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UNIDADE VI:

PROVAS
Disposições Gerais:
- São meios de prova: I - confissão;
II - documento;
III - testemunha;
IV - presunção;
V - perícia.
- Natureza Jurídica
- Objeto da prova: fatos
- Ônus da prova
- Livre convencimento motivado VS hierarquia entre provas
Art. 372 – CPC: O juiz poderá admitir a utilização de prova
- Prova emprestada produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório.
1. Confissão (arts. 213 e 214, CC):

- Há confissão quando a parte admite veracidade de fato contrário ao seu interesse e favorável
ao interesse do adversário.
judicial Pode ser feita pela parte
- Espontânea ou por procurador com
extrajudicial
poderes especiais.

- Provocada judicial (ato personalíssimo)

- Anulabilidade da confissão (art.214): A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se


decorreu de erro de fato ou de coação. A legitimidade para tal ação é exclusiva do
confidente (art. 393, §único, CPC)
2. Prova Documental (arts. 215 e 226, CC):

- Documento é toda atestação escrita ou gravada de um fato.


- Documento Público: lavrado por oficial estatal com poderes para tanto. Possui fé público.
- Documento Particular: por exclusão, é todo documento que não é público. Possuem presunção
relativa de veracidade (art. 219).
- Escritura Pública: lavrada por serventuário público; independe de testemunhas. Possui fé
pública Art. 225

requisitos: art. 215, §1°


3. Prova testemunhal (arts. 227 e 228)
- É produzida mediante a inquirição de pessoas humanas (estranhas ao processo) que possuem
conhecimento, direto ou indireto, dos fatos que se queira provar.

- Requisitos (art. 228):


- ser plenamente capaz
- não ser interessado no litígio, amigos das parte ou inimigo capital delas
- não ser cônjuge, ascendente, descendente ou colateral, até o terceiro grau, de alguma das
partes, por consanguinidade ou afinidade
Pode o juiz, excepcionalmente, admitir o depoimento das pessoas acima. (art. 228, §1º)

Art. 227, § único. Qualquer que seja o valor do negócio


jurídico, a prova testemunhal é admissível como
subsidiária ou complementar da prova por escrito.
3. Prova testemunhal (arts. 227 e 228)
- Tipos de testemunhas:
- instrumentárias: presenciam situações jurídicas concretas. (ex: testemunhas de um contrato)
- judiciais: presenciaram um fato passado que se encontra sub judice.
- referencial: não estão inicialmente no rol de testemunhas. São chamadas por serem citadas
em outros testemunhos, para esclarecem mais os fatos.
- indiciária: testemunha que possui conhecimento dos fatos apenas por fala de terceiros.
- informante: as testemunhas impedidas pelo art. 226, que forem permitidas pelo magistrado.
- Falso testemunho: a testemunha tem compromisso com os fatos a
serem provados e, portanto, com a verdade.
Caso a testemunha falte com a verdade ela incorre em crime de falso
testemunho (at. 342, CP).
- Direito ao silêncio: art. 448, CPC.
4. Presunção:
Presunção legal Presunção simples ou hominis
Quando a presunção advém da lei quando deduzida pelo juiz da causa ou pelo
aplicador do direito, deixada ao seu livre
critério, guiado pela equidade e pela
razoabilidade.

Presunção Absoluta (“juris et de jure”) Presunção relativa (“juris tantum”)


a presunção de veracidade que não admite prova presunção relativa presumem-se verdadeiros os
em contrário. Dessa forma, o fato não é objeto fatos, até que se prove o contrário.
de prova

Ex: estupro de vulnerável (art. 217 – A, CP); Ex: pagamento ao portador da quitação (art. 311,
Perda de propriedade (art. 1.276, CC) CC); presunção de paternidade (art. 1.597, CC)
5. Prova pericial (arts. 231 e 232)
- É o exame, vistoria ou avaliação de algo, por profissional com conhecimento técnico.

- Ao final da perícia emite-se um laudo que deverá responder os questionamentos levantados.

- Impedimento e suspeição dos peritos.


Art. 231. Aquele que se nega a
- Perito assistente técnico submeter-se a exame médico
necessário não poderá aproveitar-se de
- Perícia Médica: sua recusa.
- possibilidade de recusa
- a recusa injustificada não beneficia quem se recusa Art. 232. A recusa à perícia médica
- a recusa supre a prova que se pretendia obter ordenada pelo juiz poderá suprir a
- a recusa justificada afasta a regra do art. 231 prova que se pretendia obter com o
exame.
ex: não realizar exame por crença religiosa
ONDE ENCONTRAR

➢ Nelson Rosenvald e Cristiano Chaves de Farias – Vol. 1. Edição 2018


– págs. 824 a 897
➢ Flávio Tartuce – Vol 1. Edição 2017 - págs. 559 a 602 (minha
biblioteca).
➢ Paulo Nader – Vol 1. Edição 2016 – págs. 585 a 599 (minha
biblioteca)
➢ Carlos Roberto Gonçalves – Vol 1. Edição 2017 –págs. 551 a 560
(minha biblioteca)
➢ Pablo Stolze – Vol 1. Edição 2017 – págs. 497 a 520 (minha
biblioteca)

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