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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências Socias e Humanas

Curso de Licenciatura em Administração pública

Factores do in/sucesso na expressão oral e escrita dos alunos nas aulas de língua
portuguesa

Nome do aluno: Mário Amano

Código do estudante: 96240505

Lichinga aos 10 de Março de 2024


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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
Faculdade de Ciências Socias e Humanas
Curso de Licenciatura em Administração pública

Factores do in/sucesso na expressão oral e escrita dos alunos nas aulas de língua
portuguesa

Trabalho de Campo a ser submetido


na Coordenação do Curso de
Licenciatura em Administração
pública pela UnISCED.

Tutor:

Nome do aluno: Mário Amano

Código do estudante: 96240505

Lichinga aos 10 de Março de 2024


Índic
e
1. Introdução............................................................................................................................3

1.1. Objectivos.....................................................................................................................3

1.1.1. Geral.........................................................................................................................3

1.1.2. Específicos................................................................................................................3

1.2. Metodologia.................................................................................................................3

2. Factores do in/sucesso na expressão oral e escrita dos alunos nas aulas de língua
portuguesa...................................................................................................................................4

2.1. FALA E ESCRITA......................................................................................................5

2.2. LINGUAGEM, ESCRITA E PODER.........................................................................5

2.3. Expressão oral..............................................................................................................6

2.4. Leitura..........................................................................................................................6

Escrita......................................................................................................................................6

Interpretação de texto..............................................................................................................6

Processo de leitura...................................................................................................................7

2.5. Aspectos críticos..........................................................................................................7

2.6. Criatividade na escrita e leitura....................................................................................7

2.7. Propostas para os professores.......................................................................................7

3. Conclusão............................................................................................................................8

4. Bibliografia..........................................................................................................................9
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1. Introdução
O princípio de estudo desse trabalho é ver como a fala e a escrita influencia sobremaneira a
escrita. Quando a criança inicia o processo de aquisição da linguagem apresenta influências
da fala na escrita.

Essa pesquisa contribui para a compreensão de professores sobre tudo para os níveis inicias
em relação aos problemas que alguns alunos têm enfrentando durante a aquisição da
linguagem escrita, e o quanto o meio social influencia nesse processo.

À escola cabe conhecer os factores que intervém no processo de escolarização da criança,


procurando, no dia-a-dia da rotina escolar, acolher as diferenças, sem anulá-las, e envidar todo
o esforço no caminho da transformação dessas formas iniciais de socialização. Conhecer as
diferenças, saber operar com e a partir delas para se conseguir a mudança e a transformação
social desejada. Esta é a finalidade do processo educativo- a formação de pessoas críticas,
criativas e autónomo.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral
Conceituar e identificar as características da expressão oral bem como da expressão
Escrita.

1.1.2. Específicos
Identificar e descrever os factores que contribuem para o insucesso/ sucesso na
expressão oral e escrita dos alunos nas aulas de língua portuguesa;
Propor metodologias que auxiliem o professor bem como aos encarregados de
educação a incentivar a expressão oral e escrita dos alunos.

1.2. Metodologia
Para realização do presente trabalho foi necessário o uso de bibliografias presentes pelos
artigos baixados durante a pesquisa e outras que foram consultadas no manual fornecido pelo
docente.
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2. Factores do in/sucesso na expressão oral e escrita dos alunos nas aulas de língua
portuguesa.
Numa perspectiva geral, as línguas apresentam-se sob duas modalidades principais: a oral e a
escrita. Tais modalidades são de suma importância para o estabelecimento da interacção entre
os sujeitos. Os estudos acerca das relações entre fala/escrita não são novos; contudo, nos
últimos anos, têm ganhado corpo devido ao grande avanço dos Estudos Linguísticos.

Para Flávio (2009, p17): Em sua pesquisa ele diz que “a escrita tem sido vista como estrutura
complexa, formal e abstrata, enquanto a fala, de estrutura simples ou desestruturada, informal,
concreta e dependente do contexto”.

Portanto para o caso de Moçambique em particular em Nampula, a fala, portanto, é tida como
não planejada, presa à situação enunciativa, voltada às necessidades mais imediatas, dispersa,
sendo considerada um “caos”, enquanto a escrita era caracterizada como planejada
previamente, mais ligada à cultura de um povo e à elaboração intelectual, coesa e bem
estruturada.

Se os professores da língua portuguesa por um lado na oralidade não se pode falar em erro, já
que as variantes constituem maneiras alternativas de dizer a mesma coisa e a transgressão é
apenas um factor social, por outro lado, na língua escrita, o erro é visto de outra maneira, uma
vez que a escrita deve obedecer a um código convencionado que não prevê variação.

“Para analisar adequadamente um texto (falado ou escrito), é preciso identificar os


componentes que fazem parte da situação comunicativa, suas características pessoais
(personalidade, interesses, crenças, modos e emoções) e de seu grupo social (classe social,
grupo étnico, sexo, idade, ocupação, educação, entre outros), pois eles favorecem a
interpretação dos papéis dos interlocutores (falante-ouvinte-audiência (facultativa)/escritor-
leitor) num evento particular, determinado, dados os componentes linguísticos desse texto.
(FLÁVIO & MIRO,2011.p,30).

No estado Moçambicano é fundamental que o professor conheça a realidade de seus alunos


para que possa intervir de maneira consciente e responsável para o desenvolvimento pleno de
seus educandos.

Na visão de Morin (2013) em sua pesquisa ele diz que o uso, pelos alunos provenientes das
camadas populares, de variantes linguísticas social e escolarmente estigmatizadas provoca
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preconceitos linguísticos e leva a dificuldades de aprendizagem, já que a escola usa e quer ver
usada a variante padrão socialmente prestigiada.

2.1. FALA E ESCRITA


A aquisição e o desenvolvimento da linguagem não se dão em virtude de uma actividade
isolada do sujeito, mas se dão, fundamentalmente, a partir da interacção com o adulto. Tanto
mais rica e fluente é a linguagem quanto mais rica é a interacção social. É na interacção que a
criança se exercita na actividade constitutiva da linguagem.

É preciso, urgentemente, que a escola não só propicie, mas sobretudo


permita que seus alunos possam expressar-se com liberdade, sem medo,
sem imposições. Recuperar a fala do individuo, seu poder de expressão
verbal é condição fundamental para o processo ensino-aprendizagem
ser bem-sucedido. (RAFA & ANNI, 2010,p.21).

Convém aferir que o aprendizado da texto falado para o escrito coloca-se como indispensável
para o melhor domínio da produção escrita que tem trazido muitos problemas entre os alunos
seja no ensino básico assim como no ensino secundário.

A aplicação de actividades no ensino e aprendizagem no coso de Moçambique deve ter em


conta a observação que envolvem a organização de textos falados e escritos permite que os
alunos cheguem à percepção de como efectivamente se realizam, se constroem e se formulam
esses textos. ( ONTAMO & EVERT, 2016,p.10-16).

O trabalho do professor de língua portuguesa constitui-se em multiplicar, aumentar, e


acrescentar os recursos expressivos de que a criança não dispunha. O aluno deve, a longo
prazo, estar em contacto com as formas que coloquialmente não usa, e saber usá-las em
situações formais.

2.2. LINGUAGEM, ESCRITA E PODER


Segundo GNERRE (1994) a linguagem não é usada somente para veicular informações, isto
é, a função referencial denotativa da linguagem não é senão uma entre outras; entre estas
ocupa uma posição central a função de comunicar ao ouvinte a posição que o falante ocupa de
fato ou acha que ocupa na sociedade em que vive.
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Salientar que, as pessoas por vezes tem discursado de forma a tomar atenção das pessoas, por
vezes para representar um respeito por parte dos ouvintes e também para exercer uma
influência no ambiente em que realizam os actos linguísticos.

Para Bordeus (2012), em sua pesquisa ele afirma que, são casos mais evidentes são também
os mais extremos: discurso político, sermão na igreja, aula, atc. As produções linguísticas
deste tipo, e também de outros tipos, adquirem valor se realizadas no contexto social e
cultural apropriado.

Visto as ideias do autor citado acima, para o contexto moçambicano e com a capacidade de
previsão é devida ao fato de que nem todos os integrantes de uma sociedade tem acesso a
todas as variedades. Somente uma parte dos integrantes das sociedades complexas, por
exemplo, tem acesso a uma variedade “culta” ou “padrão”, considerada geralmente “a
língua”, e associada tipicamente a conteúdos de prestígio.

2.3. Expressão oral


A comunicação oral é vista como uma base das relações entre duas ou mais pessoas perante
uma comunicação ou dialogo. Neste caso a comunicação é preciso e necessário para a vida
das sociedades em geral. Falar de forma clara e objectiva permite elaborar argumentos e expor
opiniões, neste aspecto os autores indagam que é preciso haver relação entre os sujeitos na
comunicação.

2.4. Leitura
A leitura é necessária para a maioria das actividades cotidianas. Pesquisas feitas pelos
cientistas afirmam que parte das informações utilizadas para comunicação dos nossos dia a
dia é transmitida por meio da escrita. Para os alunos, saber formar palavras deve se tornar
indispensável.

Escrita
Para os alunos a escrita é exigida na escola durante as classes iniciais até ao término do nível
médio, seja para os concursos de admissão a instituto, universidade e no mercado de trabalho.
Essas habilidades e competência são requeridas durante a formação profissional.

Interpretação de texto
A procurar entender o que está por trás dos códigos linguísticos é preciso adquirir o espírito
de desenvolver novos conceitos. O aluno deve procurar reflectir sobre o conteúdo de textos
verbais e não verbais é muito importante para compreender livros, peças teatrais, músicas,
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filmes e pinturas. Saiba como interpretar um texto e confira dicas para desenvolver essa
habilidade.

No caso actual com a inserção de escolas básicas é preciso que haja critério de aplicação de
metodologias que levem o aluno a desenvolver competências que possam facilitar o aluno a
ter domínio no processo de interpretação de testos.

Processo de leitura
O estudo da língua estrangeira como portuguesa contribui para ter um bom desempenho em
todo processo de ensino e aprendizagem. O saber ler, escrever e interpretar leva a bons
resultados, inclusive em matérias que envolvem equações exponenciais, linear, trigonometria,
geometria plana, fracções, equações quadrática e ate cálculos estequiométricos.

2.5. Aspectos críticos


Aprimorando o conhecimento sobre a língua materna, você adquire a capacidade de
questionar o mundo ao seu redor. Assim, será mais fácil emitir opiniões sobre assuntos
complexos.

2.6. Criatividade na escrita e leitura


As habilidades de leitura e escrita vem ampliando na criatividade e no que tange na
imaginação. Visitando novos universos por meio das palavras, você aperfeiçoa o raciocínio
lógico, a criatividade e o potencial de inovação.

2.7. Propostas para os professores


É preciso serem criadas metodologias que venham a subsidiar os professores, devem ser
criadas também tendências que façam o processo de ensino e aprendizagem mas agradável.
Os professores devem ter a capacidade de dinamizar o processo de ensino e aprendizagem,
criar metodologia activas que possa subsidiar aos alunos e verificar o bom desempenho dos
alunos na leitura e na escrita.
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3. Conclusão
Nos estudos realizados, conclui-se que o meio social influencia o processo de aquisição da
linguagem e a fala influencia a fala e a escrita. As diferenças linguísticas reflectem e
expressam diferenças culturais. A comunicação pedagógica se dá segundo uma “economia.

As relações entre linguagem e classe social são particularmente importantes para o ensino da
língua materna, sobretudo nas escolas que servem às camadas populares. Um ensino da língua
materna comprometido com a luta contra as desigualdades sociais e econômicas reconhece,
no quadro dessas relações entre escola e sociedade, o direito que têm as camadas populares de
apropriar-se do dialecto de prestigio, e fixa-se como objectivo levar os alunos pertencentes a
essas camadas dominá-lo, não para se adaptarem às exigências de uma sociedade que divide e
discrimina, mas para que adquiram um instrumento fundamental para a participação política e
a luta contra as desigualdades sociais
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4. Bibliografia

1. CASTILHO, Ataliba T. De. A língua falada no ensino de português. 2 ed. São Paulo:
Contexto, 2000.
2. FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. 16 ed. São Paulo: Cortez, 2005.
3. FLÁVIO, AQUINO, Zilda G. O. Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino de
língua materna. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2003.
4. GNERRE, Maurizio. Linguagem, Escrita e Poder. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes,
1994.
5. KATO, Mary A. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística. 7 ed. São
Paulo: Ática, 1999.
6. NUNES, Terezinha; BUARQUE, Lair; BRYANT, Peter. Dificuldades na
aprendizagem da leitura: teoria e prática. São Paulo: Cortez: Autores Associados,
1992.
7. SOARES, Magda. Linguagem e Escola: uma perspectiva social. 7 ed. São Paulo:
Ática, 1989.
8. TERRA, Ernani. Linguagem, língua e fala. 1 ed. São Paulo: Scipione, 1997.

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