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A físico-química é a disciplina que estuda as propriedades físicas e químicas da matéria, através

da combinação de duas ciências: a física (onde se destacam áreas como a termodinâmica e a


mecânica quântica1 ) e a química.
Suas funções variam desde interpretações das escalas moleculares até observações de fenômenos
macroscópicos.
Normalmente mudanças de temperatura, pressão, volume, calor, e trabalho de sistemas nos
estados sólidos, líquidos e gasosos estão relacionados até com microscópicas interações
moleculares e atômicas.
A físico-química moderna é firmemente relacionada com a física. Importantes áreas de estudo
incluem termoquímica, cinética química, química quântica, mecânica estatística e eletroquímica,
que trata do estudo da eletrólise, de pilhas e baterias, e dos equilíbrios químicos que tratam dos
reagentes que cooperam para se transformarem em produtos iônicos.
A físico-química também trata das soluções e suas propriedades coligativas e fundamental para a
ciência dos materiais. No fim do século XIX, o estudo dos coloides passou a constituir um novo
e importante campo da físico-química.2
Índice
 1 História
 2 Físico-químicos de destaque
 3 Referências
 4 Bibliografia
 5 Ver também

História

Ao químico russo Mikhail Lomonossov é creditado a utilização do termo "físico-química" pela


primeira vez, em 1752.
O termo "físico-química" foi cunhado por Mikhail Lomonosov, em 1752, quando ele apresentou
uma palestra intitulada "A Course in True Physical Chemistry" (em russo: «Курс истинной
физической химии») diante dos estudantes da Universidade Estatal de São Petersburgo.3
A físico-química moderna originou-se entre as décadas de 1860 a 1880 com trabalhos sobre
termodinâmica química, eletrólitos em soluções, cinética química entre outros assuntos. O marco
foi a publicação em 1876 por Josiah Willard Gibbs de seu artigo, sobre o equilíbrio de
substâncias heterogêneas. Este artigo apresentou vários dos pilares da físico-química, como a
energia livre de Gibbs, os potenciais químicos e a regra das fases de Gibbs.4 Outros marcos
incluem a introdução dos termos entalpia por Heike Kamerlingh Onnes e processos
macromoleculares.
A primeira revista científica especificamente no campo da físico-química foi o jornal alemão
Zeitschrift für Physikalische Chemie, fundado em 1887 por Wilhelm Ostwald e Jacobus Henricus
van 't Hoff. Juntamente com Svante August Arrhenius,5 estas foram as principais figuras da área
de físico-química no final do século 19 e início do século 20 e todos os três foram agraciados
com o Prêmio Nobel de Química entre 1901-1909.
Desenvolvimentos nas décadas seguintes incluem a aplicação da mecânica estatística para os
sistemas químicos e trabalhos envolvendo colóides e química de superfície, onde Irving
Langmuir teve muitas contribuições. Outro passo importante foi o desenvolvimento da mecânica
quântica, originando a química quântica a partir de 1930, onde Linus Pauling foi um dos
principais nomes. Desenvolvimentos teóricos andaram de mãos dadas com a evolução dos
métodos experimentais, onde o uso de diferentes formas de espectroscopia, como espectroscopia
de infravermelho, espectroscopia rotacional, espectroscopia de ressonância paramagnética
eletrônica e espectroscopia de ressonância magnética nuclear são considerados as principais
ferramentas desenvolvidas no século 20. Outros importantes aspectos da físico-química foram as
descobertas em química nuclear, especialmente a separação de isótopos (antes e durante a
Segunda Guerra Mundial), as descobertas mais recentes em astroquímica,6 bem como o
desenvolvimento de algoritmos para a previsão de parâmetros físico-químicos. Praticamente
todas as propriedades físico-químicas tais como ponto de ebulição, o ponto crítico, a tensão
superficial, a pressão do vapor, etc - mais de 20 propriedades ao todo - podem ser calculadas
com precisão a partir de estrutura química, mesmo que a molécula química seja inexistente.

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