01/04/2024

Psicopatologia
Especial
Apresentação
Prof. Fabiano S. Castro

Programa esperado
• O campo da Psicopatologia e seu objeto
• Critérios de avaliação do normal e patológico
• Medicalização em saúde
• Os Manuais Diagnósticos (DSM e CID): construção e reflexões
• Identificação e discussão dos principais quadros sindrômicos/
transtornos mentais:
 Transtornos fóbico-ansiosos
 Transtorno obsessivo-compulsivo e associados;
 Transtornos relacionados à afetividade;
 Transtornos de personalidade;
 Espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos;
 Distúrbios do Neurodesenvolvimento;
 e dependências de substâncias psicoativas e alcoolismo*

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Objetivos da disciplina:

- Psicopatologia: definições, fenômenos e classificações.

- A diferença entre normal e patológico.

- Diagnóstico dos transtornos mentais e seu o impacto social.

- Principais agrupamentos classificatórios em Transtornos

Mentais.

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Calendário e Avaliação
• F1 01-05/04 Avaliação Individual (AI)
• F2 07-08/05 AI + Etapa do Projeto
• F3 12-13/06 Relatório Final do Projeto

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Como funcionaremos
• Material de estudo = livros, textos e slides
• Acesso: Liga Online e Onedrive
• Lembretes, comunicados e avisos
= representante + monitoria
• Contato:
 Email: fabiano.castro@celsolisboa. edu.br
 Monitoria: Amanda (turma noite) e Silvia (turma manhã)

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Bibliografia Utilizada
• DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia
dos Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2018.
• Associação Americana de Psiquiatria. DSM-V, 2015.

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Psicopatologia:psyche/pathos/logos
= Conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental em
seus vários aspectos: suas causas, as alterações estruturais e
funcionais, os métodos de investigação e suas formas de
manifestação
Prevalência
Descrição Incidência Transtornos
Clínica Curso (Prognóstico) mentais
Nosologia

Causas Etiologia

Tratamentos e Resultados 7
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Semiologia Médica/Psiquiátrica
= Estudo dos sinais e sintomas das enfermidades, estudo que inclui a identificação das
alterações físicas e mentais, a ordenação dos fenômenos observados e a formulação de
diagnósticos (base da prática médica)

Transtornos
Sinais
Mentais
Classificação

= aspectos objetivos, verificáveis pela observação direta. Podem ser

verificados por outra pessoa, além do paciente

Semiologia Sintomas
Psiquiátrica
= vivência subjetiva relatado pelo paciente. Aquilo que ele experimenta e
comunica de alguma forma

Forma: estrutura, semelhante entre diversos sujeitos

Conteúdo: aquilo que preenche; ligado à história e contexto 8

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Psicopatologia:psyche/pathos/logos
- Relacionada a múltiplas abordagens e referenciais teóricos = Várias Psicopatologias

Psicopatologias
Explicativas
Baseiam-se em modelos teóricos ou achados experimentais. Podem
ser de orientação psicodinâmica, cognitiva, comportamental,
biológica, etc
Dois Grupos Psicopatologias
Descritivas
Consistem na descrição e na categorização precisas de
experiências anormais. Possuem um caráter semiológico.
Interessadas na forma das alterações psíquicas, a estrutura dos
sintomas.

- É necessária postura crítica e reflexiva dos profissionais. 9

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As Vertentes da Psicopatologia
A Psicopatologia Descritiva
Dinâmica
Médica (naturalista)
Existencial
Cognitivo
Comportamental
Psicanalítica
Categorial x Dimensional

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As Vertentes da Psicopatologia
- P. Descritiva = forma das alterações psíquicas, estrutura dos sintomas
- P. Psicodinâmica = conteúdo das vivências, não necessariamente
classificável em sintomas
- P. existencialista = visto como uma “existência singular”, não apenas
natural e biológico mas também fundamentalmente histórico e humano: a
“doença mental” não é vista como disfunção biológica ou psi, mas como um
modo particular de existência”
- P. comportamental / cognitivista / psicanalítica = comportamento /
representações cognitivas / forças desejos e conflitos
inconscientes
- P. categorial / dimensional: “entidades” únicas X possibilidade de formas
brandas e graves, não excludentes
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O campo da Psicopatologia
= A psicopatologia é uma ciência normativa, que estuda, investiga e
classifica os fenômenos patológicos da mente humana e representa
uma verdadeira psicologia do patológico.

- Karl Jaspers (1883-1969): “Psicopatologia Geral”

“Queremos saber o que os homens vivenciam e como o fazem.
Pretendemos conhecer a envergadura das realidades psíquicas [...]
mas nem todos os fenômenos psíquicos constituem nosso objeto.
Apenas os patológicos”
= A psicopatologia deve considerar o individuo globalmente atentando
sempre para os padrões de normalidade aonde o indivíduo a ser
questionado está inserido, não se deixando guiar “cegamente” pelos
sintomas. Considerar um sintoma isolado é fazer com que o objetivo
principal de entende-lo (compreender o indivíduo) seja esquecido. 12
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Seu objeto é o Fenômeno psíquico...

... mas só os patológicos
= Identifica e compreende os diversos elementos do adoecimento
mental

Não inclui critérios de valor, tampouco aceita dogmas ou verdades a

priori – rejeita orientar-se a partir de julgamentos morais

Normal X Patológico?

Onde se encontra o limite do conceito de normalidade?

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Normal e Patológico
sobre o normal, patológico e as práticas discursivas dos saberes médicos.
G. Canguilhem + M. Foucault
As noções de saúde e doenca são O conceito de loucura muda de acordo
apresentadas como construções com mudanças ocorridas na sociedade
conceituais essencialmente valorativas: que legitima esse conceito (de loucura)
quantitativas e sim qualitativas = as intervenções em saúde mental
- Patológico seria uma normatividade dependem de um conjunto de valores que
inferior que levasse a menor possibilidade prevalecem na sociedade naquele
de manter a vida momento.
- Saúde implica capacidade de reação as
intempéries da vida

Se a definição de loucura* é situada no tempo e espaço, como garantir que os critérios adotados
para gerar essa definição são melhores que outros quaisquer?
= No processo diagnóstico, a disputa se torna sobre a legitimação dos critérios que sustentam
a classificação patológica (e com isso a ação terapêutica). 14
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Normalidade
Normal Patológico

Normalidade como ausência de doença

Normal é aquele livre de qualquer transtorno mental

X Definição negativa: pelo o que não é

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Normalidade
Normal Patológico

Normalidade como norma estabelecida e idealizada

Normal é aquilo que cabe dentro da norma socialmente constituída e referenciada

X Dependente de critérios socioculturais e ideológicos

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Normalidade
Normal Patológico

Normalidade Estatística

Normal é aquilo que se observa com mais frequência

X nem tudo que é frequente é saudável

e nem tudo que é raro é patológico
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Normalidade
Normal Patológico

Normalidade como Bem-Estar

Normal é completo bem estar físico, mental e social (OMS)

X Quem é normal?

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Normalidade
Normal Patológico

Normalidade Funcional
Normal é aquilo que é funcional, não produz sofrimento (para si ou outros)

X Pouco preciso e controverso

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Normalidade
Normal Patológico

Normalidade Subjetiva
Normal é estabelecido pela percepção subjetiva do próprio indivíduo

X Controverso. E o maníaco?

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Normalidade
Normal Patológico

Normalidade como processo

Normal é estabelecido por aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial

Útil para psiquiatria infantil, de adolescentes e

geriátrica.
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Normalidade
Normal Patológico

Normal; Anormal; Patológico*

Onde se encontra o limite do conceito de normalidade?

Subjetivo: está doente quem sofre ou se sente doente

Três
Critérios Estatístico: normal é sinônimo de comum, próximo à média
Básicos
Qualitativo: aquilo adequado a determinado padrão funcional “ideal”
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Conceituando / Diferenciando
Doença Síndrome Transtorno

Apresenta Síndrome é um Disorder e

etiologia agrupamento Disease:
de sintomas e traduções que
específica ou sinais que trazem
processo ocorrem juntos aproximações e
fisiopatológico e que diferenças entre
específico, constituem os conceitos
uma condição
conhecido, reconhecível
muitas vezes com etiologias e
com mecanismos
tratamento diversos.
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específico
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Doença e Transtorno
Síndrome: Doença: Transtorno*:
Associação de Alteração das funções Qualquer anormalidade,
sintomas e sinais que do organismo como um sofrimento ou
evoluem em conjunto, todo ou de um órgão e comprometimento de
provocada por está associada a ordem psicológica e/ou
mecanismos vários e sintomas específicos. mental.
dependente de causas Pode ser causada por
diversas. Também se fatores externos, como Poucos quadro clínicos
chama de síndrome infecções (vírus) ou mentais apresentam todas
certas situações em por malformações ou as características de uma
que a doença ainda disfunção internas. doença no sentido
não está bem tradicional do termo, ou
esclarecida com todos seja, o conhecimento exato
os seus sintomas e dos mecanismos
sinais envolvidos e suas causas
explícitas. 24
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Transtorno Mental
Normal Patológico

Transtorno Mental
= disfunção psicológica que ocorre em um indivíduo e está associada com angústia e diminuição da capacidade
adaptativa e uma resposta que não é culturalmente esperada

Disfunção Angústia ou Resposta

psicológica incapacitação atípica

= Interrupção no = O sujeito manifesta = Relativo ao que ocorre

funcionamento cognitivo, perturbação ou apresenta com frequência; desviante
emocional e/ou prejuízo da média
comportamental

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Avaliação Psicopatológica
Súmula
Exame do Psicopatológica
Estado
Mental Exames Físicos e
Coportamentais
Avaliação
Anamnese
Clínica
Projetivos
Psicológicos
Testes Inventários

Neuropsicológicos 26
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Princípios Gerais do Diagnóstico

Psicopatológico
• Quais os limites do diagnóstico (psiquiátrico)? Rótulos legitimadores do
poder médico e seu controle social ou mesmo valor que o diagnóstico médico?

• = Sem diagnóstico psicopatológico aprofundado não se pode compreender

adequadamente o paciente e seu sofrimento, nem escolher o tipo de
estratégia terapêutica apropriado.

• “Assim, há, no processo diagnóstico, uma relação dialética permanente entre

o particular, individual (aquele paciente específico, aquela pessoa em
especial), e o geral, universal (categoria diagnóstica à qual essa pessoa
pertence). Portanto, não se deve esquecer: os diagnósticos são ideias
(construtos), fundamentais para o trabalho clínico e para o conhecimento
científico” (DALGALARRONDO, p. 81).

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Aspectos Gerais e Específicos da

prática clínica diagnóstica
• Distinção entre 3 grupos de fenômenos na POSSIBILIDADE de classificação:

• 1. aspectos encontrados em todos/vários; sintoma pode ser dito inespecífico

• = comum a vários (privação de sono)

• 2. aspectos encontrados em algumas pessoas, mas não em todas (sinais e

sintomas); típico ou característico

• = interessantes; exibe elevada associação com um quadro

• 3. aspecto encontrado em particular; pode ser patognômonico (diacrítico)

• = exclusivo de uma determinada condição, sua presença basta para o

diagnóstico

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Aspectos Gerais e Específicos da

prática clínica diagnóstica
• 1. Baseado preponderantemente nos dados clínicos

• 2. Em PISCOPATOLOGIA, não é baseado em possíveis mecanismos

etiológicos supostos pelo entrevistador

• 3. Não existem sinais e sintomas totalmente específicos de determinado

transtorno mental = não sinal/sintoma patognomônico (Kraepelin)

• 4. Em alguns casos, só é possível com a observação do curso do transtorno

(em semiologia médica, o diagnóstico indica o prognóstico; aqui é o inverso)

• 5. Deve ser sempre pluridimensional; eixos dinâmicos, culturais, sociais.

= os sistemas de classificação (DSM e CID) servem como instrumentos no
diagnóstico

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O Diagnóstico
= Identificar uma totalidade por meio de seus componentes
mais elementares; reconhecer um tipo ou grupo geral de
problemas

Nosologia: etiologia,
patogênese e/ou sintoma
Classificação
Construção de grupos ou
categorias para designar
objetos ou pessoas

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= Identificar uma totalidade por meio de

Classificar = Diagnosticar (?) seus componentes mais elementares;
reconhecer um tipo ou grupo geral de
problemas
classificatório e etiológico em psiquiatria

Emil Kraepelin
Dois autores basilares no pensamento

• Influência de um realismo alemão= doenças mentais são entes em si

• há diversas doenças mentais discretas, que se classificam como
síndromes, que por sua vez são categoricamente diferentes entre si
• Nosologia baseada na observação clínica a longo prazo

Sigmund Freud

• Abordagem dos sintomas por meio da escuta do paciente, do

significado do que se fala sintoma como signo,
• o sintoma é uma formação do inconsciente (+ sonho, chistes e atos
falhos); levam ao sujeito do inconsciente (método interpretativo)
• Tratado de Psiquiatria, de Bleuler (1924): doença mental como uma
reação do aparelho psíquico aos eventos decorridos na trajetória da
vida. A noção de doença mental como reação psicodinâmica presente
nas duas primeiras edições do DSM 31
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Sistemas de Classificação
Baseada na etiologia ( pneumonia viral)

Classificação na Baseada em patologia estrutural/anátomo-clínica

Medicina Baseada na fisiopatologia (diabetes mellitus)
(Psiquiatria)
Baseada na apresentação sintomatológica/sindrômica
Dimensional – quando não há linha divisória clara entre
o anormal e o normal ( ex: hipertensão arterial)

- Em 1959: 37 sistemas de classificação oficiais e semioficiais

= Baixa confiabilidade nos diagnósticos, assim como na variabilidade
de informações, sintomas, critérios, etc

CID
Desenvolvimento de critérios unificados
DSM
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Os Sistemas de Classificação
Código 1948 (6)
Internacional de
Doenças 1993 (10) CID – 11
(CID) (2019*-2022)

1953 ( I ) +
Manual
Diagnóstico e 1980 ( III ) DSM-V
Estatístico * (2013-2014)
(DSM) 1993 ( IV )

*Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders

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Antes do DSM (EUA)

1952 – DSM:
106 categorias,
1880 - consideradas reações
mania, a situações
1840 – duas melancolia, existenciais para as
CID 6 sem
categorias: monomania, considerar os quais o indivíduo não
insanidade e paresia, veteranos de seria capaz de
guerra (II GM)
idiotia demência, oferecer uma resposta
dipsomania e adequada, divididas
epilepsia em transtornos
neuróticos, psicóticos
e de caráter.

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O DSM III
• Decada de 70: críticas duras ao DSM II por baixa validade, além do
modelo conceitual psicodinâmico
• 1980 – DSM III com etiologia apenas para condições com origem
claramente orgânica;
cada diagnóstico = critérios de inclusão + exclusão + duração
• Retorno a Kraepelin: organicidade do sofrimento psíquico +
importância dada às descrições biológicas que foram muito
valorizadas pelas intervenções psicofarmacológicas iniciadas na
década de 1950

• 1994 – DSM-IV: maior número de dados, mais diagnósticos e

critérios mais claros, simples e precisos. Em 2000, DSM-IV-R

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CID e DSM
CID -11 DSM -V

-Sistema de classificação da OMS para todas as - Revisto de 7 em 7 anos

doenças
- Define-se ateórico, descritivo, delineando
- Lançado em 2019*. Procura se aproximar o DSM síndromes

- Sistema de Classificação da APA

- Sistema multiaxial de 3 eixos: diagnóstico clínico,
- Editado em 2013 (TR 2021).
incapacitações e fatores contextuais
- 22 categorias, +150 caracterizações de
- O termo “transtorno” é usado por toda transtornos mentais.
classificação de forma a evitar problemas inerentes
ao uso de termos como “doença” ou “enfermidade”.

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O DSM (V-TR)
- Maior uso em pesquisa (detalhes)
- Modelo de classificação por categorias: diagnósticos em comorbidade e hieráquicos
- Divisão em eixos (agrupados no DSM-V no I, II e III)

Eixo I: transtornos clínicos, incluindo principalmente transtornos mentais, bem como

problemas do desenvolvimento e aprendizado;
Eixo II: transtornos de personalidade ou invasivos, bem como retardo mental;
Eixo III: condições médicas agudas ou desordens físicas;
Eixo IV: fatores ambientais ou psicossociais contribuindo para desordens;
Eixo V: Avaliação Global das Funções (Global Assessment of Functioning) ou Escala de
Avaliação Global para Crianças (Children’s Global Assessment Scale) para jovens abaixo
de 18 anos (numa escala de 0 a 100).

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O DSM (V-TR)
- Instrumento para auxiliar no diagnóstico de condições psicológicas
- Primeira edição – 1953 (APA)

Eixo I: transtornos clínicos, incluindo principalmente transtornos mentais, bem como

problemas do desenvolvimento e aprendizado;
Eixo II: transtornos de personalidade ou invasivos, bem como retardo mental;
Eixo III: condições médicas agudas ou desordens físicas;
Eixo IV: fatores ambientais ou psicossociais contribuindo para desordens;
Eixo V: Avaliação Global das Funções (Global Assessment of Functioning) ou Escala de
Avaliação Global para Crianças (Children’s Global Assessment Scale) para jovens abaixo
de 18 anos (numa escala de 0 a 100).

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CID (-11)
-Sistema de classificação organizado pela OMS para todas as doenças
- Abrangência internacional

- Amparada na estatística epidemiológica

- Sistema de categorias: atribuídas a entidades mórbidas segundo critérios estabelecidos

- Sistema multiaxial de 3 eixos: diagnóstico clínico, incapacitações e fatores contextuais

- O termo “transtorno” é usado por toda classificação de forma a evitar problemas inerentes ao
uso de termos como “doença” ou “enfermidade”.

- 1893: Classificação de Bertillon ou Lista Internacional de Causas de Morte

- CID – 6 (década de 50) introdução de Transtornos Mentais
- “Pré-visualização” da situação de saúde da população, para que os governos e entidades
médicas possam planejar o uso, preparar as traduções e treinar os seus profissionais de
saúde
- Início 01.01.2022 39
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(Algumas) Mudanças no CID 11

Entradas e Saídas mais significativas:

-Gaming Disorder: Transtornos de Jogos eletrônicos

- Síndorme de Burnout: não se enquadra no capítulo de Transtornos mentais
- Transexualidade: sai da lista de transtornos mentais. Transferida para a
categoria de saúde sexual
“distúrbio de
“incongruência
identidade de
de gênero”
gênero”

- Autismo: Síndrome de Rett, a Síndrome de Asperger, o transtorno

desintegrativo da infância (F84.3) e o transtorno com hipercinesia, em apenas
um único diagnóstico: o TEA (Transtorno do Espectro do Autismo)

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Estrutura do CID-10/11
- Para cada doença: uma categoria + código de até seis caracteres de longitude (X00.000).
- Cada categoria pode incluir um grupo de doenças similares.
- Capítulos > Grupos > Categorias > Subcategorias
Capítulo Código Título

I A00-B99 Algumas doenças infecciosas e parasitárias

II C00-D48 Neoplasmas (tumores)
III D50-D89 Doenças do sangue [...] e alguns transtornos imunitários
IV E00-E90 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas
V F00-F99 Transtornos mentais e comportamentais
VI G00-G99 Doenças do sistema nervoso
VII H00-H59 Doenças do olho e anexos
VIII H60-H95 Doenças do ouvido e da apófise mastóide Exemplo:
F 40 – Transtornos fóbico-ansiosos
IX I00-I99 Doenças do aparelho circulatório
F40.0 – Agorafobia
X J00-J99 Doenças do aparelho respiratório F40.1 – Fobias Sociais
... ... ... F40.2 – Fobias específicas (isoladas)
XXII U00-U99 Códigos para propósitos especiais
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Estrutura do DSM-V
- Maior uso em pesquisa (detalhes)
- Modelo de classificação por categorias: diagnósticos em comorbidade e hieráquicos
- Divisão em eixos (agrupados no DSM-V no I, II e III)

Eixo I: transtornos clínicos, incluindo principalmente transtornos mentais, bem como

problemas do desenvolvimento e aprendizado;
Eixo II: transtornos de personalidade ou invasivos, bem como retardo mental;
Eixo III: condições médicas agudas ou desordens físicas;
Eixo IV: fatores ambientais ou psicossociais contribuindo para desordens;
Eixo V: Avaliação Global das Funções (Global Assessment of Functioning) ou Escala de
Avaliação Global para Crianças (Children’s Global Assessment Scale) para jovens abaixo
de 18 anos (numa escala de 0 a 100).

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Capítulos do DSM-V
-Transtornos do Neurodesenvolvimento
-Espectro da Esquizofrenia e Outros
Transtornos Psicóticos
-Transtornos do Humor
-Transtornos de Ansiedade
-Transtorno Obsessivo-compulsivo e
Transtornos Relacionados
-Transtornos Relacionados a Trauma e a
Estressores
-Transtornos Dissociativos
-Transtorno de Sintomas Somáticos e
Transtornos Relacionados
-Transtornos Alimentares
-Transtornos da Eliminação
-Transtornos do Sono-Vigília
-Disfunções Sexuais, Disforia de Gênero e
Transtornos Parafílicos
-Transtornos Disruptivos, do Controle de
Impulsos e da Conduta
-Transtornos Relacionados a Substâncias e -
Transtornos Aditivos
-Transtornos Neurocognitivos
-Transtornos da Personalidade
-Transtornos do Movimento Induzidos por
Medicamentos e Outras Condições que Podem
Ser Foco da Atenção Clínica

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CID e DSM
- Concordância entre profissionais (linguagem em comum)
- Sistema internacional de referência
- Apresentam basicamente 6 grandes grupos:
* Transtornos mentais
* Transtornos de ajustamento e reações ao stress
* Transtornos de Personalidade
* Outros Transtornos
* Transtornos iniciados na Infância

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