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Economia Relações estremecidas

Crise diplomática
envolvendo Gaza pode
minar relações
comerciais entre Brasil e
Israel?
Corrente de comércio entre os países
somou cerca de US$ 2 bilhões em 2023,
mas estudo recente da Apex elencou 327
oportunidades de negócios; tecnologia e
alimentos tem atraído investimentos

Roberto de Lira
21/02/2024 08h00 • Atualizado 18 horas atrás

(Getty Images)

Além da crise diplomática gerada pelas


declarações do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva comparando a crise humanitária na Faixa
de Gaza com o Holocausto judeu da 2ª Guerra
Mundial – com uma dura resposta dada por
Israel -, é natural que se pense em possíveis
impactos comerciais com o estremecimento
das relações.

Em termos de volume, o impacto de algum tipo


sanção pode ser considerado pequeno, dada a
dimensão da corrente de comércio entre os
dois países, mas também é verdade que as
relações estavam crescendo até o início do
conflito entre Israel e Hamas.

A corrente de comércio entre os dois países no


ano passado foi pouco superior a US$ 2
bilhões, com vendas brasileiras de cerca de
US$ 750 milhões e compras de US$ 1,3 bilhão,
de acordo com dados da Secex.

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XP

Assessor de
investimentos da XP
diz que atendimento
sempre será
personalizado

Daniel Demétrio, de Fortaleza (CE),


afirma que as informações disponíveis
na plataforma da XP e a orientação dos
assessores de investimentos possibilita

Oportunidades
Em setembro de 2023, a Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos
(Apex) divulgou um perfil reunindo informações
sobre comércio e investimentos entre Brasil e
Israel e chegou a uma projeção de 327
oportunidades de ampliação.

Esses negócios potenciais estão em


segmentos nos quais já existem negócios
bilaterais, como em combustíveis e
commodities, quanto em áreas de máquinas e
equipamentos de transporte e alguns artigos
manufaturados.

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Segundo o estudo da Apex, a corrente de


comércio Brasil-Israel cresceu cerca 130% no
período entre 2021 e 2022, com 85% do valor
das exportações brasileiras concentradas nos
grupos de produtos como petróleo, carne
bovina, milho e soja.

Um dado interessante é que as exportações de


petróleo começaram apenas em 2021 e já se
transformaram no principal item da pauta
exportadora em 2022, passando de US$ 1
bilhão, o equivalente a 56,7% dos embarques
totais de US$ 1,883 bilhão.

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Por sua vez, o Brasil comprou US$ 2,118


bilhões de bens e serviços de Israel em 2022,
sendo 54% foram adubos e fertilizantes.

Investimento direto
Ad

O investimento direto israelense também tem


crescido no país, embora ainda esteja apenas
na 38ª posição entre as nações que mais
aportam recursos no Brasil. Conforme dados
do Banco Central, o estoque de capital
israelense no Brasil cresceu mais de 650%
entre 2012 e 2021, chegando a US$ 993
milhões aportados.

Entre os investimentos ‘greenfield’ dos últimos


anos, a Apex destacou a abertura de um
escritório comercial da unicórnio Pentera
Cybersecurity no Brasil no ano passado (US$
4,4 milhões). Também foi listada a abertura de
representações da Tuvis, de vendas online, em
Campinas e São Paulo (US$ 3,7 milhões) e de
centros de segurança em nuvem da Radware
no mesmo ano, sem valores revelados.

Em fusões e aquisições, foram citadas a


compra em 2021 da Fertilaqua, da Aqua
Capital, pelo ICL Group, por US$ 122 milhões, e
a aquisição de 51% da empresa alimentícia
Bremil pela Frutarom, em 2018, por US$ 30
milhões. Um ano antes a mesma empresa havia
comprado 80% do Grupo SDFLC, por US$ 32,8
milhões.

O estoque de IED do Brasil em Israel é bem


inferior, tendo atingido US$ 143 milhões em
2021. Entre os negócios mais recentes, a Apex
citou a compra pela brasileira Avante.com de
100% da desenvolvedora israelense de
aplicativos de transferência de dinheiro online
Sling, em 2016, por US$ 10 milhões.

Segundo a agência, os setores brasileiros de


tecnologia, venture capital e imobiliário têm
demonstrado crescente interesse no mercado
israelense, participando de missões em
parceria com o Escritório ApexBrasil em Tel
Aviv.

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