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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E


CONTABILIDADE - FEARP

Análise Relato Integrado: Renner S.A.

Docente: Profa. Dra. Solange


Integrantes da equipe: Beatriz Domingos
Gabrieli Domingues
Gabriel Herrera
João Victor Leite da Silva
Lucas Antonio
Nayara Silva

RIBEIRÃO PRETO
2023
1. Sobre a empresa

A Lojas Renner, líder em faturamento no setor varejista de moda no Brasil,


destaca-se por sua sólida cultura corporativa e uma abordagem gerencial centrada no
encantamento, visando superar as expectativas dos clientes. Em 1996, a empresa
inovou ao criar o Encantômetro, tornando-se a primeira a mensurar a satisfação dos
clientes diretamente na entrada de suas lojas.

O espírito pioneiro da Renner também se reflete na organização de suas


coleções, que são categorizadas de acordo com estilos de vida. Reconhecendo a
importância de respeitar a diversidade individual no modo de ser e viver, a empresa
vai além das simples tendências de moda. Esse comprometimento resultou em um
crescimento contínuo, e atualmente, a Lojas Renner opera mais de 350
estabelecimentos, incluindo lojas Renner, Camicado e YouCom, distribuídas nas cinco
regiões do país, contando com uma equipe de mais de 17 mil colaboradores.

Em 2014, a marca da Lojas Renner foi classificada como a nona mais valiosa
no varejo da América Latina, a terceira no setor de vestuário na região e a primeira no
setor de vestuário no Brasil, segundo a Interbrand. Desde 2010, a empresa também
atua no mercado de e-commerce, abrangendo segmentos como casa e decoração,
moda plus size, moda jovem especializada e uma plataforma de revenda de roupas e
acessórios de moda.

Marcando um passo significativo em 2017, a Lojas Renner inaugurou sua


primeira operação internacional, com 14 lojas, incluindo 10 no Uruguai e 4 na
Argentina. Além disso, o Instituto Lojas Renner, uma Organização da Sociedade Civil
de Interesse Público (Oscip) estabelecida em 2008, desempenha um papel
fundamental como entidade gestora do investimento social privado da Lojas Renner
S.A. Seu propósito é promover a inserção da mulher no mercado de trabalho,
apoiando iniciativas sociais empreendedoras desenvolvidas por organizações da
sociedade civil, contribuindo efetivamente para a qualificação e inclusão das
mulheres, assim como para o desenvolvimento das comunidades em que a empresa
está presente.
2. Protocolo/Diretrizes utilizadas

Desde 2008, o Comitê de Sustentabilidade tem desempenhado um papel


crucial ao assessorar o Conselho no estabelecimento de diretrizes e princípios
relacionados ao desenvolvimento sustentável nos pilares social, ambiental, econômico
e no contexto das melhores práticas de governança corporativa. No ano de 2022, o
Comitê realizou quatro reuniões, alcançando uma impressionante taxa de participação
média de 100% por parte de seus membros.

A estrutura de diretrizes é composta por três políticas e 21 normas, juntamente


com manuais detalhados que delineiam os procedimentos para assegurar a segurança
da informação, a proteção de dados, a gestão de riscos e incidentes, bem como a
continuidade do negócio.
A Lojas Renner S.A. conduziu uma avaliação da conformidade de sua
estratégia climática com as diretrizes da Task Force for Climate Disclosure (TCFD),
identificando oportunidades de aprimoramento e traçando um plano para avançar nos
próximos dois anos em todas as quatro áreas destacadas pela TCFD.
Os princípios, compromissos e diretrizes aqui expressos são aplicáveis a todas
as subsidiárias da Lojas Renner S.A., em todas as unidades de operação, abrangendo a
totalidade da cadeia de valor da Companhia e todas as partes interessadas envolvidas,
desde os produtores de matéria-prima até os atores que participam na fase
pós-consumo. Acreditamos firmemente que a moda deve ser ágil, justa, consciente e
responsável.
Princípios:
- Engajamento para a sustentabilidade e melhoria contínua
- Desenvolvimento social
- Preservação ambiental
- Econômico
Compromissos:
- Pacto Global das Nações Unidas
- Princípios pelo Empoderamento de Mulheres
- Pacto pela Erradicação do trabalho escravo
Diretrizes Estratégicas:
- Fornecedores responsáveis
- Gestão ecoeficiente
- Engajamento de colaboradores, comunidades e clientes
- Produtos e serviços sustentáveis
Responsabilidades:
- Comitê de Sustentabilidade
- Gerência de Sustentabilidade
- Áreas do negócio

3. Modelo de negócios

Para entender o modelo de negócios do Grupo Lojas Renner, podemos


destacar os elementos enumerados abaixo:

1. Varejo da moda;

2. Marcas Próprias;

3. Lojas Físicas;

4. E-commerce;

5. Omnichannel;

6. Cartão de Crédito;

7. Inovação e Sustentabilidade; e

8. Atendimento ao Cliente.

O grupo Renner é a maior varejista de moda omni no Brasil com 20 marcas


próprias, conta com 435 lojas físicas (422 em todos os estados do Brasil, 10 lojas no
Uruguai, 4 lojas na Argentina), loja online e outros oito canais de venda, além de
marketplace. Para o enfoque no e-commerce, a marca Camicado é especializada em
casa e decoração, presente em todas as regiões do Brasil, com 123 lojas, mais
e-commerce. Além dos itens de revenda, desenvolve itens de marca própria e conta
com 505 sellers no seu marketplace. Complementando seu “core” em varejistas de
moda, a marca YouCom oferece roupas, calçados e acessórios. Além disso, a marca
femininos e masculinos. Conta com 114 lojas em todas as regiões do Brasil, além de
e-commerce. Atenta às tendências da moda, a marca Ashua surge para desenvolver
uma moda “curve” e “plus size”.

Desde 2018, conta também com 13 lojas físicas para ampliação da oferta
omnicanal. Para o enfoque na moda circular, intensificando seu compromisso com o
meio ambiente, a marca Repassa, adquirida em 2021, é uma plataforma online que
revende roupas, calçados e acessórios. Startup nativa digital, fundada em 2016, com
sustentabilidade no centro, o Repassa amplia nossa oferta aos nossos clientes com um
serviço adjacente à nossa atuação no varejo, gerenciando a revenda de moda. Para o
enfoque em fidelização e conveniência dos nossos clientes, a marca Realize dá
suporte à operação de varejo da Companhia com a oferta de um conjunto de serviços
financeiros aos clientes, entre eles o Cartão Renner (private label) e o Meu Cartão
(cartão de crédito internacional), do Saque Rápido e de um portfólio de Seguros, além
de linhas de crédito para fornecedores. Com vocação digital, a empresa oferece
soluções que acompanham toda a jornada do consumidor, de forma cúmplice,
transparente e encantadora. Por fim, em 2021, o grupo Renner fez a aquisição da
Uello, logtech – termo em inglês para empresas que unem logística e tecnologia – que
já nasceu digital, em 2017, focada na otimização de entregas do e-commerce por meio
de uma rede de parceiros e hubs

4. Stakeholders

A partir do ano de 2022, a empresa realizou um processo de revisão de sua


materialidade- esse que envolveu diretamente a análise dos impactos, prioridades e
significância da entidade- e tornou cristalino qual o relacionamento da Renner S.A.
com seus stakeholders.
Há, no ecossistema da empresa, uma priorização dos stakeholders, tanto
internos quanto externos, com base na metodologia de poder e interesse de cada grupo
de stakeholders. O resultado de tal vínculo direciona e norteia as contínuas ações de
engajamento desse público além de- não menos importante- definir o peso atribuído
ao resultado da opinião de cada grupo de stakeholders.
Ademais, há uma relação de mútuo interesse entre os stakeholders e a
empresa, uma vez que esta formulou- no processo de revisão de sua materialidade-
questionários virtuais cujos ênfases eram voltados à práticas, diretrizes ESG que são
de extrema importância para aqueles.
Vale ressaltar, também, que a existência do comitê de crise multidisciplinar
reafirma o virtuoso relacionamento da Renner S.A. com seus stakeholders. Tal órgão,
que se reúne quando há uma não conformidade- de distintas naturezas- que afeta a
reputação da empresa, define iniciativas que buscam minimizar e remediar os
impactos contra a própria empresa e aos stakeholders da mesma.

5. Materialidade

De acordo com o relatório anual da empresa, a materialidade foi revisada e o


processo será realizado a cada dois anos, no mínimo.
● Análise de impactos, prioridades, significância e ambições na visão da Companhia
● Priorização de stakeholders internos e externos, com base na metodologia de poder e
interesse de cada grupo de stakeholders. O resultado orienta as ações contínuas de
engajamento desses públicos, além de definir o peso a ser atribuído ao resultado da
opinião de cada público na consulta aos stakeholders.
● Construção de questionário online para consulta aos stakeholders, com base nos temas
da estratégia 2030 e em uma análise dos temas ESG relevantes aos setores de atuação
do nosso ecossistema, a partir dos assessments dos principais índices e ratings ESG do
mercado de capitais.
● Consulta online aos stakeholders, para que priorizasse dentre os temas de nosso
compromisso 2030 e as temáticas ESG relevantes ao setor (conforme etapa anterior),
com metodologia de distribuição forçada, que propõe um total de pontos a ser
distribuído entre as questões, não permitindo dar pontuação igual a mais de um item.
● Cruzamento do resultado da consulta aos stakeholders, com base na metodologia da
dupla materialidade, que traz uma visão de materialidade de impacto externo, com o
processo amplo de análise e priorização de impacto construído para a definição dos
compromissos 2030, que traz uma visão de materialidade de impacto (financeiro e
não financeiro) sofrido e exercido do ponto de vista da Companhia.
Assim, o resultado da matriz de materialidade da empresa foi:
6. Geração de Valor

Durante seu relatório, a empresa define as seguintes políticas para reafirmam o


compromisso com a geração de valor para a sociedade:
- Política de Sustentabilidade;
- Política de Direitos Humanos;
- Código de Conduta;
- Código de Conduta para Fornecedores.
Comprometida com a geração de valor em toda a cadeia, a empresa destaca que a
concentração da cadeia de fornecedores de revenda no Brasil fortalece as iniciativas de
qualificação e desenvolvimento. A proximidade nos relacionamentos com os fornecedores
impulsiona o crescimento de seus negócios, resultando na geração de valor para os
colaboradores. Desde 2016, a empresa também atua no apoio financeiro aos fornecedores,
facilitando operações de financiamento entre eles e o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES).

7. ODS - Objetivos de desenvolvimento Sustentável

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são uma coleção de 17 metas globais,


estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
A Lojas Renner SA classifica como prioritário objetivos a seguir, destacando sua
aplicação nas páginas do relatório, onde fazem questão de inserir os Capitais e ODS
relacionados com determinados projetos:
4 - Educação de Qualidade: Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e
promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos
5 - Igualdade de Gênero: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e
meninas.
8 - Trabalho Decente e Crescimento Econômico: Promover o crescimento econômico
sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos.
10 - Redução de Desigualdades: Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
12 - Consumo e Produção Responsáveis: Assegurar padrões de produção e de consumo
sustentáveis.
13 - Ação contra a Mudança Global do Clima: Tomar medidas urgentes para combater a
mudança climática e seus impactos.
17 - Parcerias e Meios de Implementação: Fortalecer os meios de implementação e
revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.
Sendo assim, a mesma insere o seguinte “Mapa das ODS Prioritários” onde é
sintetizado os objetivos como está aplicando cada um deles na empresa, anteriormente
destacado por página:

8. Asseguração

O Comitê de Auditoria e Gestão de Riscos existe desde 2012, exerce funções


consultivas ao Conselho sobre o cumprimento de suas responsabilidades de supervisão pelo
monitoramento da integridade dos processos das Demonstrações Financeiras e sistemas de
controles internos da Companhia, revisando e avaliando a independência e o desempenho dos
auditores independentes, bem como dos auditores internos. O Comitê estatutário também
revisa as áreas de riscos significativos e monitora o cumprimento dos requerimentos legais e
regulatórios. Em 2022, o Comitê se reuniu 13 vezes, com 100% de frequência média dos
membros. Há reporte anual do progresso das ações e metas desde 2013 e asseguração da
terceira parte desde 2014.

9. GRI (MUDAR ESSES INDICADORES DEPOIS)

9.1. Contexto Geral

A estrutura e governança do Grupo Renner é marcada pela existência de um


conselho de administração cujos membros são individualmente eleitos para mandatos
de um ano com a possibilidade de reeleição. Tal rotatividade corrobora para a
renovação e acompanhamento da alta administração do grupo com as tendências e-
acima disso- exigências do corpo social para com o grupo, visto que a mescla de
opiniões de especialistas eleitos com experiências específicas converge na construção
de uma visão diversificada e abrangente em relação aos mais variados tópicos de
discussão.
Ademais, vale ressaltar que a estrutura e governança do Grupo Renner são
revestidas de práticas de valorização da diversidade de gênero, “Women on Board
(WOB)”, comprometendo-se a possuir no mínimo duas mulheres em seu conselho de
administração.
9.2. Série 200 – Econômicos

A imagem acima demonstra a aplicação dos capitais do Grupo Renner e o


valor gerado ao decorrer do período. Com enfoque no capital Manufaturado e
Financeiro, o Grupo Renner alterou o formato do E-commerce para o Omnichannel
visando uma interligação dos seus canais de comunicação para proporcionar uma
melhora na experiência do cliente ao acessar os catálogos ou realizar a compra. Além
disso, podemos destacar o valor das ações que, desde 2005, apresentam uma alta
valorização acumulada. Um dos principais motivos da valorização das ações do
Grupo Renner é a capacidade da entidade agregar aspectos sustentáveis em suas
operações de forma que o consumidor final consegue enxergar valor, ou seja, que
agregam positivamente no funcionamento das operações.

9.3. Série 300 - Ambientais

O Programa Rede Responsável é uma iniciativa de qualificação corporativa de


fornecedores da Lojas Renner S.A., que foi criada em 2022 a partir da expansão do
Programa Produção Mais Limpa 4.0, que estava em andamento desde 2017 com os
fornecedores de Revenda. Inicialmente, o programa tinha como foco principal a
melhoria do desempenho dos fornecedores na redução de resíduos. Ao longo dos
anos, no entanto, ele foi ampliado para abordar diversas questões ambientais,
incluindo químicos, resíduos têxteis, efluentes, água, emissões atmosféricas e energia.
Com o progresso e a abrangência do programa, a estratégia foi redefinida e o Rede
Responsável foi lançado.
As principais ações ambientais da empresa são:
Água e Efluentes:
Em 2021, a empresa desenvolveu uma metodologia própria e certificada para
medir o consumo de água e incentivou a instalação de hidrômetros para monitorar o
consumo em seus fornecedores de revenda. Como resultado, todos os fornecedores da
cadeia de produção de jeans alcançaram 100% de certificação para relatar dados de
consumo de água por peça. Além disso, em 2022, 52% dos produtos jeans entregues à
Lojas Renner S.A. foram classificados como de baixo consumo de água nas etapas de
confecção e acabamento.
A empresa também avaliou a conformidade da gestão de efluentes em todos os
fornecedores que geram esses resíduos por meio de auditorias. Em 2022, tanto os
fornecedores diretos quanto seus contratados alcançaram 100% de conformidade em
relação aos efluentes. Adicionalmente, 38% dos fornecedores implementaram práticas
de recirculação de água em seus processos fabris, demonstrando um compromisso
com a sustentabilidade ambiental.

Químicos:
A empresa realizou treinamentos em parceria com o SENAI, com duração de
8 horas, abordando o armazenamento de produtos químicos e substâncias restritas.
Além disso, foram conduzidos testes nas peças da cadeia de produção de jeans como
parte do seu plano para eliminar químicos potencialmente tóxicos. Essas ações visam
aprimorar a segurança e a conformidade ambiental na fabricação de produtos jeans

Energia:
A empresa tem se empenhado em conscientizar seus fornecedores sobre a
importância da eficiência energética e já alcançou que 23% dos participantes do
programa Rede Responsável utilizem energia renovável de baixo impacto. Em 2022,
foi realizado um workshop focado na redução de custos por meio de energia limpa,
com a presença de duas empresas especializadas em práticas de Energia Distribuída,
Ambiente de Contratação Livre e Venda de Certificados de I-RECs. Essas ações
visam promover a utilização de energia mais sustentável e eficiente ao longo da
cadeia de produção.

Resíduos têxteis:
38% dos participantes do programa enviam a totalidade de seus resíduos
têxteis para reciclagem, aumentando o ciclo de vida do produto.

Sistema de gestão ambiental:


A empresa ampliou a implementação do Sistema de Dados Ambientais (SDA),
desenvolvido com tecnologia própria, para abranger todos os fornecedores das marcas
Renner, Ashua e Youcom. Isso possibilitou uma gestão mais eficiente dos indicadores
ambientais em toda a cadeia de produção, permitindo uma avaliação mais precisa da
intensidade dos impactos ambientais gerados pelos produtos. Em 2022, 53% dos
fornecedores aderiram ao sistema, demonstrando um avanço significativo na coleta e
análise de dados ambientais em toda a empresa.

Emissões de GEE:
Através do Sistema de Gestão Ambiental, os fornecedores têm a capacidade de
realizar um inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) de acordo com a
metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol. Em 2022, 20% das empresas que
participam do programa Rede Responsável realizaram seus inventários, abrangendo as
emissões dos escopos 1 e 2. Além disso, 6% dessas empresas estabeleceram metas de
redução de GEE.
Algumas delas também participam da iniciativa de "fábrica neutra", na qual,
além de realizar o inventário, compensam suas emissões por meio de projetos
validados pelo Compromisso com o Clima. Em 2022, 4,7% do volume de produtos
recebidos pela empresa foram produzidos em fábricas neutras, demonstrando um
compromisso com a redução das emissões de GEE e a promoção da sustentabilidade
ambiental.

Série 400 - Sociais


Uma parte dos recursos próprios do Grupo é direcionada ao Instituto Lojas
Renner por meio do Movimento #TodasAvançamJuntas. Esse movimento tem como
objetivo conscientizar e sensibilizar a sociedade sobre o protagonismo e
empoderamento das mulheres, além de arrecadar fundos para apoiar os projetos do
Instituto. O Movimento promove a destinação de uma porção das vendas de marcas
como Renner, Ashua, Youcom, Camicado e Realize durante um determinado período,
reinvestindo esses recursos em projetos do Instituto, criando assim um ciclo virtuoso.
No ano de 2022, durante a 15ª campanha do Movimento, foi alcançado um recorde
histórico, arrecadando um total de R$ 5,4 milhões para apoiar projetos sociais
voltados para o empoderamento econômico e social das mulheres na cadeia da moda.
Além disso, são promovidas diversas iniciativas para incentivar doações, como:
- Doação Recorrente De Salário (Colaboradores)
- Estilo Solidário
- Repassa (Contribuição)
- Voluntariado
- Tecendo Sonhos
- Empoderando Refugiadas
- Varejo Plural
- Voa Guria
- Empreendedoras Da Moda – Cadeia Moda Sustentável
- Empreendedoras Da Moda
- Algodão Agroecológico
- Moda Autoral E Sustentável
Um plano corporativo de desenvolvimento é realizado pela Universidade Renner
(UR) por meio de diversas abordagens, incluindo trilhas de desenvolvimento e uma variedade
de atividades presenciais e virtuais, síncronas e assíncronas. Fundada há mais de 22 anos, a
UR é uma das pioneiras no conceito de universidades corporativas e continua inovando
constantemente para fortalecer ainda mais a cultura de aprendizagem na organização.
Atualmente, ela funciona como uma plataforma de rede social voltada para o
desenvolvimento, desempenhando um papel fundamental na aceleração da transformação
cultural e da mentalidade necessária para enfrentar os desafios da transformação digital e da
agilidade nos negócios.
Outra iniciativa, lançada em 2019, é o "Programa Circuito - Grandes Talentos
Circulam por Aqui" tem como objetivo estreitar nossa relação com o ecossistema de
Educação e Inovação, tanto no Brasil como no exterior. O programa visa não apenas atrair
talentos, mas também desenvolver tanto os talentos internos quanto os externos por meio de
uma série contínua de encontros com parceiros.
O Programa vai além da simples atração e criação de um canal de talentos. Ele possui
um propósito maior de desenvolver habilidades em talentos externos, enquanto também
promove uma forma de mentoria reversa, em que nossos próprios talentos internos podem
aprender com os externos. Isso resulta em um impacto social e de desenvolvimento
significativo no ecossistema, ao mesmo tempo que gera diversas oportunidades de inovação
para o nosso negócio.

10. SASB

- O que é o SASB? Quais os principais aspectos da proposta para divulgação? Como


está sendo usado no mundo? Está sendo considerado pelo ISSB International
Sustainability Standards Board? De que forma?

A sigla SASB, correspondente a "Sustainability Accounting Standards Board", pode


ser interpretada como "Conselho de Normas Contábeis Sustentáveis". Fundada em 2011 por
Jean Rogers, trata-se de uma organização sem fins lucrativos cujo propósito é o
estabelecimento e manutenção de padrões específicos, direcionados a distintos setores da
economia, com o intuito de orientar a divulgação de informações relacionadas à
sustentabilidade, que detenham relevância financeira para as empresas, destinando-se a
investidores e outros stakeholders do âmbito financeiro. A finalidade subjacente a tal
empreendimento reside na concepção e desenvolvimento de padrões contábeis vinculados à
sustentabilidade.

A abordagem adotada pelo SASB na formulação de tais padrões fundamenta-se na


especificidade inerente a cada setor e na materialidade financeira das informações,
conferindo, assim, uma base sólida para a exposição de dados concernentes à
sustentabilidade. As divulgações resultantes desse processo, conforme preconizadas pelos
padrões SASB, contribuem significativamente para a compreensão, por parte dos
investidores, de como as questões relativas ao clima impactam as operações empresariais.
Esse entendimento auxilia as organizações não apenas a identificar, mas também a mensurar,
gerir e relatar os aspectos do ESG (Ambiental, Social e Governança) que exercem influência
direta sobre a criação de valor a longo prazo para os negócios.

Os padrões SASB, ao serem adaptados para cada setor de maneira específica,


complementam outras normas e estruturas no âmbito do ESG, permitindo que empresas de
diversas naturezas e provenientes de variados setores possam adotar de modo descomplicado
suas diretrizes. Até o momento, observa-se que 2800 empresas, originárias de 70 jurisdições
distintas e operando em 66 mercados variados, procedem à divulgação de suas métricas
conforme estabelecido pelos padrões SASB.

Em agosto de 2022, a Value Reporting Foundation, a entidade encarregada da


supervisão dos Padrões SASB, e o Climate Disclosure Standards Board (CDSB) se alinharam
à Fundação IFRS (International Financial Reporting Standards), para inaugurar o Conselho
Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB). Nesse contexto, os padrões SASB
passaram a ser objeto de supervisão do ISSB.

Sendo assim, empresas que atualmente aplicam as Normas SASB e as


Recomendações TCFD estarão devidamente preparadas para adotar com eficiência as normas
IFRS S1 (sustentabilidade) e IFRS S2 (clima). O ISSB assumirá a responsabilidade de manter
e aprimorar os Padrões SASB durante o seu período de vigência, instando ativamente os
preparadores de relatórios e investidores a continuar a utilizá-los à medida que prosseguem
em direção à adoção dos Padrões ISSB.

- Faça download dos padrões de sustentabilidade da indústria em que sua empresa se


enquadra e descreva do que se trata o documento;

A Divulgação de Informações Financeiras Relacionadas à Sustentabilidade (IFRS S1)


exige que as entidades se refiram e considerem a aplicabilidade dos tópicos de divulgação nas
Normas SASB ao identificar os riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade que
poderiam razoavelmente afetar as perspectivas de uma entidade. Da mesma forma, o IFRS S1
exige que as entidades se refiram e considerem a aplicabilidade das métricas nas Normas
SASB ao determinar quais informações divulgar sobre riscos e oportunidades relacionados à
sustentabilidade.
O documento é dividido em duas partes, onde na primeira há uma contextualização
quanto à aplicabilidade dos padrões de sustentabilidade (uso das normas) e a importância de
se entender a especificidade de cada indústria para se atender às normas. A segunda parte se
propõe a apresentar os tópicos e métricas de sustentabilidade.
As Normas SASB incluem:
Descrição da indústria - para identificar orientações específicas da indústria descrevendo os
modelos de negócios, atividades associadas;
Tópicos de divulgação - descrevem riscos ou oportunidades específicos relacionados à
sustentabilidade associados às atividades realizadas por entidades em uma determinada
indústria;
Métricas - acompanham os tópicos de divulgação e são projetadas para fornecer informações
úteis sobre o desempenho de uma entidade em relação a um tópico de divulgação específico,
seja individualmente ou como parte de um conjunto.
Protocolos técnicos - que oferecem orientações sobre definições, escopo, implementação e
apresentação das métricas associadas.
Métricas de atividade - Quantificam a escala de atividades ou operações específicas de uma
entidade e são destinadas a serem usadas em conjunto com as métricas mencionadas para
normalizar dados e facilitar comparações.

As informações apresentadas a seguir referem-se a dados dos padrões de


sustentabilidade (SASB) da indústria originalmente chamada de “Vestuário, Acessórios e
Calçados”, setor este em que se enquadra a Renner. Esta indústria inclui entidades envolvidas
no design, fabricação, atacado e varejo de diversos produtos, como roupas para adultos e
crianças, bolsas, jóias, relógios e calçados. Os produtos são fabricados principalmente por
fornecedores em mercados emergentes, permitindo assim que as entidades da indústria
concentrem-se no design, atacado, marketing, gestão da cadeia de suprimentos e atividades
de varejo.

Na seção de tópicos e métricas de sustentabilidade, o documento expõe os pontos


sensíveis da indústria em questão e define como os mesmos serão tratados. Os tópicos
principais são: Gerenciamento de Produtos Químicos em Produtos (I), Impactos
Ambientais na Cadeia de Suprimentos (II), Condições de Trabalho na Cadeia de
Suprimentos (III) e Aquisição de Matérias-Primas (IV).
I) Produtos acabados podem conter substâncias proibidas, o que pode ser prejudicial à saúde.
A falta de gestão desse problema pode resultar em regulamentações mais rigorosas, danos à
reputação e afetar a licença social de operação de uma empresa. As empresas devem trabalhar
na fase de design e produção para gerenciar o uso de substâncias prejudiciais e desenvolver
alternativas seguras, equilibrando a qualidade e custos do produto.
Métricas: CG-AA-250a.1: Discussão de processos para manter a conformidade com
restrições regulamentos sobre substâncias;
CG-AA-250a.2: Discussão de processos para avaliar e gerenciar riscos e/ou perigos
associados a produtos químicos em produtos.
II) A indústria de roupas, acessórios e calçados têm um impacto ambiental significativo
devido ao uso da água, poluição e poluição do ar. Isso pode prejudicar a reputação das
empresas e aumentar os custos. A indústria muitas vezes fabrica em lugares com
regulamentações ambientais fracas. No entanto, a pressão dos consumidores e
regulamentações mais rígidas estão forçando as empresas a trabalhar com fornecedores para
serem mais sustentáveis. Empresas que fazem isso podem economizar dinheiro e proteger o
valor das ações.
Métricas: CG-AA-430a.1: Porcentagem de (1) instalações de fornecedores de nível 1 e (2)
instalações de fornecedores além do nível 1 em conformidade com licenças de descarga de
águas residuais e/ou acordos contratuais;
CG-AA-430a.2: Porcentagem de (1) instalações de fornecedores de nível 1 e (2) instalações
de fornecedores além do Nível 1 que completaram a Avaliação Higg de Coalizão de Vestuário
Sustentável do Módulo Ambiental da Instalação (Higg FEM) ou equivalente avaliação de
dados ambientais
III) A gestão dos trabalhadores na cadeia de suprimentos da indústria de vestuário, acessórios
e calçados é uma preocupação crescente. Aspectos críticos incluem saúde dos funcionários,
remuneração justa, trabalho infantil e forçado. A complexa rede de fornecedores dificulta a
gestão, e a produção em países com regulamentações limitadas expõe as entidades a riscos de
reputação e impactos nos custos e vendas. A regulamentação crescente, greves e mudanças na
demanda podem agravar esses efeitos. Entidades com padrões rigorosos na cadeia de
suprimentos estão mais bem posicionadas para proteger o valor acionário a longo prazo.
Métricas: CG-AA-430b.1: Porcentagem de (1) instalações de fornecedores de nível 1 e (2)
instalações de fornecedores além do Nível 1 que foram auditados de acordo com um código
de conduta trabalhista, (3) porcentagem do total de auditorias realizadas por um auditor
terceirizado;
CG-AA-430b.2. Taxa de não conformidade prioritária e taxa de ação corretiva associada para
auditorias do código de conduta trabalhista dos fornecedores;
CG-AA-430b.3: Descrição dos maiores (1) riscos trabalhistas e (2) riscos ambientais, de
saúde e segurança na cadeia de abastecimento.
IV) A indústria de vestuário, acessórios e calçados depende de diversas matérias-primas, mas
os impactos sustentáveis, como mudanças climáticas e conflitos em regiões de sua cadeia de
suprimentos, afetam a obtenção confiável desses materiais. A falta de transparência nas
cadeias de suprimentos pode complicar o gerenciamento de escassez, interrupções e riscos de
reputação. Entidades que não lidam efetivamente com esses desafios enfrentam atrasos,
redução de lucros, margens mais estreitas e custos adicionais. Estratégias como engajamento
com fornecedores, certificações, uso de materiais alternativos e práticas de economia circular
podem mitigar esses riscos, melhorando a reputação e criando novas oportunidades de
mercado.
Métricas: CG-AA-440a.3: (1) Lista de matérias-primas prioritárias; para cada matéria-prima
prioritária: (2) fator(es) ambiental(ais) ou social(is) mais propenso(s) a ameaçar o
abastecimento, (3) discussão sobre riscos ou oportunidades comerciais associados a fatores
ambientais ou sociais e (4) estratégia de gestão para lidar com riscos e oportunidades
comerciais;
CG-AA-440a.4: (1) Quantidade de matérias-primas prioritárias compradas, por material, e
(2) quantidade de cada matéria-prima prioritária certificada de acordo com um padrão
ambiental ou social de terceiros, por padrão.
- Acesse o mapa de materialidade da indústria que sua empresa se enquadra e explique
quais são os temas materiais encontrados lá;
A materialidade varia de acordo com o setor em que uma empresa atua no mercado.
Além disso, a percepção de materialidade pode ser distinta mesmo entre empresas do mesmo
setor. Portanto, é responsabilidade da empresa compreender quais oportunidades e riscos em
relação à sustentabilidade são mais relevantes para seu contexto. A figura abaixo ilustra as
áreas de maior destaque na materialidade do setor de vestuário, de acordo com as diretrizes
do SASB, sendo os em negrito como sendo mais importantes.
O primeiro ponto diz respeito ao capital social, especialmente à qualidade do produto
e à segurança. No setor de vestuário, é crucial que os produtos não comprometam a saúde
nem a segurança dos consumidores. Isso envolve responsabilidade em relação a retiradas do
mercado, testes de produtos e a gestão segura de produtos químicos durante a produção.
Os segundo e terceiro pontos estão relacionados ao modelo de negócios e à inovação.
A gestão da cadeia de suprimentos aborda os riscos de ESG (ambientais, sociais e de
governança) presentes nas atividades dos fornecedores, incluindo questões ambientais,
responsabilidade social, direitos humanos, práticas trabalhistas e ética, bem como prevenção
de corrupção. A gestão da cadeia de suprimentos envolve a triagem, seleção, monitoramento
e engajamento com os fornecedores para mitigar esses impactos. O fornecimento de materiais
e eficiência considera os impactos de fatores externos nas operações dos fornecedores, o que
pode afetar a disponibilidade e os preços de recursos-chave. Isso inclui estratégias de gestão
que permitem à empresa lidar com esses riscos, como o uso de materiais reciclados e
renováveis, a redução do consumo de materiais-chave (desmaterialização), o aumento da
eficiência no uso de recursos na produção e investimentos em pesquisa e desenvolvimento de
materiais alternativos. Além disso, as empresas podem administrar essas questões por meio
da triagem, seleção, monitoramento e engajamento com fornecedores para garantir a
resiliência diante de riscos externos.
- Análise do relatório da sua empresa e relate o que ela divulga em relação ao SASB.

Os padrões SASB visam identificar e padronizar as divulgações relacionadas à


sustentabilidade que são relevantes para a tomada de decisão dos investidores e stakeholders.
Pensando nisso, a Renner traz algumas temáticas para o seu relatório que estão em
conformidade com o SASB, são elas:
- Gerenciamento de Produtos químicos
CG-AA-250a.1 - Discussão dos processos para manter a conformidade com os regulamentos
relativos a substâncias restritas.
CG-AA-250a.2 - Discussão de processos para avaliar e gerenciar riscos e/ou perigos
associados a produtos químicos em produtos.
- Impactos ambientais na cadeia de suprimentos
CG-AA-430a.1 - Porcentagem de (1) instalações de fornecedores tier 1 e (2) instalações de
fornecedores além do tier 1 em conformidade com as licenças de descarte de águas residuais
e/ou acordo contratual.
CG-AA-430a.2 - Porcentagem de (1) instalações de fornecedores tier 1 e (2) instalações de
fornecedores além do tier 1 que completaram a avaliação do Módulo Ambiental de
Instalações Higg Facility (Higg FEM) da Sustainable Apparel Coalition ou uma avaliação de
dados ambientais equivalente.
- Condições de trabalho na cadeia de fornecimento
CG-AA-430b.1 - Porcentagem de (1) instalações de fornecedores tier 1 e (2) instalações de
fornecedores além do tier 1 que foram auditadas por um Código de Conduta trabalhista, (3)
porcentagem do total de auditorias realizadas por um auditor externo.
CG-AA-430b.2 - Taxa de não conformidade prioritária e taxa de ação corretiva associada
para auditorias do Código de Conduta do trabalho dos fornecedores.
CG-AA-430b.3 - Descrição dos maiores (1) riscos trabalhistas e (2) riscos ambientais, de
saúde e de segurança na cadeia de fornecimento
- Fornecimento de matéria-prima
CG-AA-440a.3 - (1) Lista de matérias-primas prioritárias; para cada matéria-prima
prioritária: (2) ambiental e/ou fator(es) social(is) com maior probabilidade de ameaças, (3)
discussão sobre riscos de negócios e/ou oportunidades associadas a fatores ambientais e/ou
sociais, e (4) estratégia de gestão para abordar os negócios riscos e oportunidades.
CG-AA-440a.4 - (1) Quantidade de matérias-primas prioritárias adquiridos, por material, e
(2) quantidade de cada matéria-prima prioritária certificada por um ambientais e/ou sociais de
terceiros padrão, por padrão
- Métricas de atividade
CG-AA-000.A - Número de (1) fornecedores tier 1 e (2) fornecedores além do tier 1.
11. Resolução CVM - 193 - Parecer de Asseguração

- Explicação do que é asseguração limitada e asseguração razoável

A resolução da CVM nº 193 torna o Brasil o primeiro país a adotar o International


Sustainability Standards Board (ISSB). De acordo com a resolução até o final do exercício
social de 2025 a asseguração é limitada e a partir dos exercícios sociais iniciados em, ou
após, 1º de janeiro de 2026 a asseguração é razoável.
De acordo com o Conselho Nacional de Contabilidade, o trabalho de asseguração
razoável é o trabalho de asseguração no qual o auditor independente reduz o risco do
trabalho para um nível aceitavelmente baixo nas circunstâncias do trabalho como base para a
sua conclusão. A conclusão do auditor independente é emitida de forma que o possibilite
expressar sua opinião sobre o resultado da mensuração ou avaliação de determinado objeto de
acordo com os critérios aplicáveis, enquanto a asseguração limitada é o trabalho de
asseguração no qual o auditor independente reduz o risco do trabalho a um nível que é
aceitável nas circunstâncias do trabalho, em que o risco é maior do que o risco para o trabalho
de asseguração razoável como base para emissão de uma conclusão na forma que expresse se,
com base nos procedimentos executados e nas evidências obtidas, algum assunto tenha
chegado ao conhecimento do auditor independente de forma a levá-lo a acreditar que a
informação do objeto esteja distorcida de forma relevante. A natureza, a época e a extensão
dos procedimentos executados em trabalho de asseguração limitada são restritos (menos
extensos) quando comparados com os que são necessários em trabalhos de asseguração
razoável, mas são planejados para obter um nível de segurança que seja, no julgamento
profissional do auditor independente, significativo. Para que seja significativo, o nível de
segurança obtido pelo auditor deve ser capaz de aumentar a confiança dos usuários previstos
sobre a informação do objeto a um nível que seja claramente mais do que irrelevante.
Portanto, a segurança razoável é um nível de segurança elevado, porém não absoluto,
no qual o auditor assegura que a informação reportada é substancialmente correta. Por outro
lado, a garantia limitada declara que o auditor não tem conhecimento de modificações
materiais que devam ser efetuadas.
A garantia ESG razoável exige uma compreensão mais aprofundada dos processos e
controles internos. Ela requer que o auditor verifique meticulosamente as métricas e
divulgações, rastreando sua origem para confirmar sua precisão. Isso também implica uma
análise mais minuciosa dos elementos que são relevantes para os stakeholders, garantindo
que a empresa apresente um relatório equilibrado e significativo. Essa abordagem ajuda a
mitigar práticas enganosas e garante que a empresa não dê ênfase injustificada a áreas nas
quais seu desempenho é bom.
Por outro lado, a garantia limitada depende mais fortemente das informações
fornecidas pela equipe de gestão da empresa como fonte de dados. Isso implica uma
verificação menos rigorosa dos documentos de origem em comparação com um trabalho de
garantia razoável, uma compreensão menos detalhada dos processos e controles, bem como
um nível mais baixo de escrutínio sobre os dados de origem e os tópicos a serem incluídos no
relatório.
- Parecer de Asseguração
A Renner possui dois pareceres de Asseguração, o primeiro foi feito pela Ernst &
Young e o segundo pela KPMG, ambos com a finalidade de trazer uma asseguração limitada,
apresentando conclusões sobre os dados apresentados no Relatório Anual de
Sustentabilidade.
Relatório realizado pela EY:
- Objetivo

- Conclusão

Relatório realizado pela KPMG:


- Objetivo
- Conclusão
- Resolução se o parecer atende ao que é solicitado em uma asseguração limitada.
O parecer em questão atende- fidedigna e pontualmente- o solicitado em uma
asseguração limitada.
Tal processo requer que o auditor independente reduza o risco do trabalho a um nível
que é aceitável nas circunstâncias do mesmo- isso é- que o risco seja maior do que o risco
para o trabalho de asseguração razoável como base para emissão de uma conclusão na forma
que expresse se, com base nos procedimentos executados e nas evidências obtidas, algum
assunto tenha chegado ao conhecimento do auditor independente de forma a levá-lo a
acreditar que a informação do objeto esteja distorcida de forma relevante.
Tais exigências são cumpridas com base nos proeminentes expressos a seguir:

E na conclusão negativa do relatório:

12. TCFD
Parte 1:
- Qual o objetivo da TCFD?
O propósito central das divulgações conforme as diretrizes do TCFD (Task
Force on Climate-related Financial Disclosures) é promover a transparência em
relação aos riscos climáticos enfrentados por empresas e organizações. A TCFD, uma
iniciativa de alcance global, foi estabelecida com o intuito de desenvolver um
conjunto de recomendações para divulgações específicas sobre o clima. Essas
divulgações destinam-se a ser adotadas por empresas e instituições financeiras,
proporcionando uma base informativa mais robusta para investidores, acionistas e o
público em geral, no intuito de aprimorar a compreensão dos riscos financeiros
associados às mudanças climáticas.

- O que significa Divulgação financeira relacionada ao clima?

Segundo Michael R. Bloomberg, Chair da Task Force e fundador de


Bloomberg L.P. e Bloomberg Philanthropies: “Os riscos climáticos também são riscos
financeiros, e mais medição e divulgação são cruciais para construir uma economia
mais sustentável e resiliente e um futuro mais seguro. ”

Sob essa ótica, compreendemos que as divulgações financeiras representam


registros das transações e operações corporativas. Esses registros possibilitam que
investidores e entidades examinem esses dados, monitorando os impactos ambientais
gerados pelas empresas. Vale destacar que a estrutura da TCFD organiza os riscos
climáticos corporativos, que são observados através das divulgações em duas
categorias principais:
1º: Os riscos físicos podem ter impactos financeiros súbitos e significativos se
afetarem as operações, o transporte, as cadeias de suprimentos ou a segurança dos
funcionários ou dos clientes
2º: Riscos transacionais são riscos inerentes à transição em uma economia de
baixo carbono. Os riscos de transição podem ter um impacto financeiro direto
contínuo e também podem afetar a reputação de uma organização.

- Que organização criou a TCFD?

Em 2015, o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) estabeleceu a Task Force on


Climate-related Financial Disclosures (TCFD), com a missão de incentivar as empresas a
comunicarem aos seus investidores os riscos associados às mudanças climáticas e como esses
riscos são gerenciados. Até novembro de 2022, o TCFD alcançou o apoio de mais de 4.000
organizações em 101 jurisdições, representando um valor combinado de capital de mercado
de US$27 trilhões. Durante o período de 2017 a 2021, observou-se um aumento de 26% no
número de empresas que divulgam informações alinhadas às recomendações da TFC.

- Quais as áreas temáticas e as 11 divulgações recomendadas pela TCFD?


As recomendações do TCFD estabelecem um padrão globalmente reconhecido para
que as organizações divulguem seus riscos, oportunidades e impactos financeiros associados
às mudanças climáticas. Embora inicialmente possa parecer que o foco é exclusivamente nos
riscos climáticos, as divulgações preconizadas pelo TCFD abrangem os três pilares do ESG -
ambiental, social e governança.

Essas recomendações do TCFD são organizadas em torno de quatro temas principais:


Governança, Estratégia, Gerenciamento de Riscos e Métricas e Metas. Além disso, são
respaldadas por sete princípios essenciais para uma divulgação eficaz, concebidos para
auxiliar as organizações a tornarem suas divulgações financeiras relacionadas ao clima mais
transparentes e consistentes possível. Esses princípios incluem:

​ 1. As divulgações devem apresentar informações relevantes.


​ 2. As divulgações devem ser específicas e completas.
​ 3. As divulgações devem ser claras, equilibradas e compreensíveis.
​ 4. As divulgações devem ser consistentes ao longo do tempo.
​ 5. As divulgações devem ser comparáveis entre organizações dentro de um setor, setor
ou portfólio.
​ 6. As divulgações devem ser confiáveis, verificáveis e objetivas.
​ 7. As divulgações devem ser fornecidas em tempo hábil.

Parte 2: Analise o relatório da sua empresa e descreva o que ela divulga com base no
TCFD. Se a sua empresa não divulga procure um outro relatório para analisar.
Com base no relatório anual completo da empresa Renner S.A., a mesma divulga com
base no TCFD- como o conselho de administração supervisiona, avalia e gerem os riscos e
oportunidades relativos às mudanças climáticas e, sobretudo, quais riscos e oportunidades
foram identificados e como os mesmos impactam os negócios, a estratégia e o planejamento
financeiro da entidade.
Ademais, a empresa divulga a resiliência da estratégia da organização considerando
diferentes cenários de mudanças climáticas e os processos utilizados para identificar tais
transformações.
Por fim, a Renner S.A. divulga suas metas para os riscos e oportunidades relativos às
mudanças climáticas, a emissão de gases do efeito estufa de Escopo 1, 2 e- caso relacionados-
3 e como os processos utilizados pela organização para identificar, avaliar e gerenciar os
riscos relacionados às mudanças climáticas são integrados à gestão geral de riscos da
organização.
Parte 3: Consulte o texto da norma IFRS S2 (
https://www.ifrs.org/issued-standards/ifrs-sustainability-standards-navigator/ifrs-s2-cli
mate-related-disclosures/#standard ) e descreva o que a norma considera em relação a
TCFD no Apêndice do documento (procure pela palavra chave TCFD)– explique alguns
aspectos e não deixe de explicar o que são riscos físicos e riscos de transição – resenha
de no mínimo 250 palavras e máximo de 500 palavras.

O apêndice B aborda que a entidade é obrigada a utilizar uma abordagem de análise


de cenários relacionados com o clima que lhe permita considerar todas as medidas razoáveis
e informação sustentável que seja disponível para entidade a data de relato, sem custos ou
esforços devidos. A empresa deve considerar a sua exposição com riscos e oportunidades,
além de suas competências, capacidades e recursos disponíveis à entidade para análise de
cenário do clima.

A norma entende que se uma empresa tiver um grau mais elevado de exposição a
riscos relacionados ao clima, então uma abordagem mais quantitativa ou mais sofisticada
tecnicamente seria mais benéfica para usuários da informação e para entidades no geral.
Entretanto, se a entidade possui poucos riscos relacionados ao clima, há probabilidade menor
dos usuários da informação se beneficiarem. Assim, conforme a exposição a riscos desse
gênero aumentar, mais sofisticada deve ser a abordagem da empresa.

Uma entidade deve considerar suas competências, capacidades e recursos ao escolher


a abordagem adequada para a análise de cenários climáticos. Isso inclui recursos internos e
externos. Esses fatores influenciam o custo e o esforço necessários para uma abordagem
específica. Por exemplo, se uma entidade estiver apenas começando a lidar com análises
climáticas, pode não ser viável usar uma abordagem complexa sem investir em recursos e
capacitação necessários. Se os recursos estiverem disponíveis, a entidade pode investir em
adquirir ou desenvolver as habilidades necessárias.

Os riscos de transição envolvem possíveis impactos negativos sobre uma empresa


devido a mudanças em políticas, regulamentações, tecnologia e preferências do mercado,
como, por exemplo, regulamentações climáticas que podem tornar seus ativos obsoletos. Os
riscos físicos referem-se a ameaças diretas provenientes de eventos climáticos extremos,
como tempestades, inundações, secas e elevação do nível do mar, que têm o potencial de
causar danos aos ativos da empresa, interrupções em suas operações e prejuízos financeiros.

13. CDP Disclosure Insight Action e GHG Protocol

1. Verifique se a sua Empresa faz inventário de emissões:


https://registropublicodeemissoes.com.br/mapa-dos-inventarios. Se não faz, procure outra
empresa para fazer a tarefa.
2. No site do Registro de emissões colete e analise os dados dos últimos 3 anos, nos 3
escopos divulgados (ou Escopo 1 e 2 se ela não fizer a divulgação do escopo 3). Há redução
ou aumento?
No âmbito do Escopo 01, observa-se um crescimento nos indicadores. No entanto, no
Escopo 02, identificam-se oscilações, destacando-se uma redução acentuada de mais de 50%
no último ano. Por fim, no Escopo 03, há variações ao longo dos três anos, mas merece
destaque o aumento expressivo em 2022, representando 14 vezes o valor registrado em 2021,
conforme a imagem abaixo:

3. Se a sua Empresa adota GRI, verifique o que divulga sobre emissões de gases de efeito
estufa nos indicadores ambientais 300 da versão Standard e analise se é similar ao que é
apresentado no Registro de Emissões. Traz justificativas para aumento ou redução de
emissões?
A empresa Lojas Renner S.A. divulga- no quesito das emissões de gases de efeito
estufa nos indicadores ambientais 300 da versão Standard- sobre “Emissões diretas (Escopo
1) de gases de efeito estufa (GEE)”, “Emissões indiretas (Escopo 2) de gases de efeito estufa
(GEE) provenientes da aquisição de energia”, “Outras emissões indiretas (Escopo 3) de gases
de efeito estufa (GEE)”, “Intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE)” e
“Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE)”.

4. Se adota o Relato Integrado, verifique o que divulga sobre emissões de gases de efeito
estufa no capital natural e analise se é similar ao que é apresentado no Registro de Emissões.
Traz justificativas para aumento ou redução de emissões?

A Lojas Renner S.A. aderiu o Relato Integrado desde 2015 e divulga o seguinte
inventário de emissões de gases de efeito estufa.
Quando comparamos os dados de cada escopo, é perceptível que os dados divulgados
pela empresa referentes aos escopos 1 e 2, para os anos de 2019, 2020, 2021 e 2022 são
similares aos apresentados no registro público de emissões, porém, os números do escopo 3
são divergentes nos anos anteriores a 2022.

No relatório, a empresa não divulga justificativas sobre o motivo de aumento ou


diminuição da emissão de gases, ela apenas apresenta as estratégias adotadas para a redução
de tal emissão.

É interessante analisar suas metas e seus impactos de acordo com cada escopo. Acessível em:
Mudanças climáticas
14. Objetivos de desenvolvimento sustentável

Organize os seguintes aspectos da Região onde Sua Empresa tem sede ou onde tenha
operações: Índices IDHM: total e nas dimensões longevidade, educação e renda. Veja
cidades e capitais da sua Região ou estatísticas (Base Atlas Brasil);
Dados de trabalho, educação e saúde (IBGE Cidades):
A sede administrativa das lojas Renner fica localizada na cidade de Porto Alegre-RS. Com
isso, segue abaixo as informações coletadas no site IBGE Cidades:

● Trabalho e Rendimento: Segundo o site IBGE CIdades, em 2021, o salário médio


mensal era de 4.1 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à
população total era de 51.23%. Na comparação com os outros municípios do estado,
ocupava as posições 3 de 497 e 15 de 497, respectivamente. Já na comparação com
cidades do país todo, ficava na posição 20 de 5570 e 69 de 5570, respectivamente.
Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por
pessoa, tinha 25.6% da população nessas condições, o que o colocava na posição 360
de 497 dentre as cidades do estado e na posição 5269 de 5570 dentre as cidades do
Brasil.
● Saúde: Segundo o site IBGE Cidades, a taxa de mortalidade infantil média na cidade
é de 7.78 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 0.7 para
cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica nas
posições 175 de 497 e 244 de 497, respectivamente. Quando comparado a cidades do
Brasil todo, essas posições são de 3297 de 5570 e 2889 de 5570, respectivamente.
● Educação: Segundo o site IBGE Cidades, a taxa de escolarização da cidade de
Porto-Alegre alcança 96,9%, comparando esses valores com outros municípios e
Estados , a cidade ocupa a posição 5570° e 497°, respectivamente. Além disso, no
índice IDEP, a cidade atingiu 5,3% nos anos iniciais e 4,7% nos anos finais.
● Dados ambientais, relativos ao bioma, desmatamento, queimadas.
A matriz está situada em Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul. Contudo, a
Lojas Renner destaca-se como a principal varejista de moda no Brasil, mantendo um
ecossistema composto por 412 unidades Renner (incluindo 8 lojas no Uruguai, 4 na
Argentina e 9 Ashua), 119 Camicado e 104 Youcom. Isso totaliza mais de 650
estabelecimentos até 30 de setembro de 2021, sem mencionar suas presenças online.
Os dados fornecidos pelo Monitor ABIT3 indicam que, em 2018, o país registrou a
produção de 1,2 milhão de toneladas de produtos têxteis, abrangendo fibras e tecidos, e uma
fabricação de 8,9 bilhões de peças de confecção, englobando vestuário, meias, acessórios,
além de artigos de cama, mesa e banho.
Com ênfase no Estado do Rio Grande do Sul, o setor foi impactado pela
disponibilidade abundante de matéria-prima, impulsionada pela expansão da ovinocultura na
região do bioma Pampa, que representa mais de 68% da área total do Estado, sendo um
bioma que possui biodiversidade única, tendo como principal característica as extensas áreas
de campos naturais.. As características climáticas específicas do estado desempenharam um
papel crucial na determinação desse padrão produtivo. A peculiaridade climática, associada à
base produtiva do estado, estabeleceu um dos limites históricos da indústria no Rio Grande
do Sul. Sendo um estado meridional com particularidades climáticas que contrastam com a
maior parte do país, a indústria têxtil-vestuário do estado teve a lã como matéria-prima
original, concentrando-se na produção de artigos de vestuário para o inverno.
O MapBiomas Alerta divulgou o Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD
2022), apresentando dados abrangentes sobre a perda de vegetação em todos os biomas do
país durante o ano de 2022. Conforme destacado no documento, observou-se um aumento
significativo de 22,3% na área desmatada em comparação com 2021, atingindo a cifra total
de 2.057.251 hectares. Em termos proporcionais, os maiores incrementos no desmatamento
foram registrados no Cerrado (31,2%) e no Pampa (27,2%), este último sendo o bioma onde
está localizada a sede da Lojas Renner S.A., embora a atuação da empresa seja internacional.
O relatório apontou para um crescimento da atividade de desmatamento em todos os biomas,
com dinâmicas distintas entre os estados.
Fonte: Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD 2022)
● Análise o relatório da Sua Empresa e descreva dados divulgados referentes aos
ODS 3, 4 e 10 (Indicadores ODS https://odsbrasil.gov.br/)

ODS 3 - Saúde e Bem-Estar: Sem divulgação;

ODS 4 - Educação de Qualidade:

• Projetos de capacitação de mulheres na cadeia de valor da moda

Diversidade e inclusão por meio do Instituto Lojas Renner: faz a gestão do nosso
investimento social privado, direcionado tanto ao desenvolvimento de comunidades, quanto à
geração de renda, capacitação e apoio ao empreendedorismo de mulheres no ecossistema da
moda. Parte dos recursos próprios destinados ao Instituto é levantada por meio do
Movimento #TodasAvançamJuntas, voltado a conscientizar e sensibilizar a sociedade sobre
o protagonismo e empoderamento das mulheres, além de arrecadar recursos para apoiar os
projetos do Instituto Lojas Renner.

O Movimento promove a destinação de parte das vendas de determinado período de


Renner, Ashua, Youcom, Camicado e Realize, para reinvestimento em projetos do Instituto e
em 2022 foi responsável por arrecadar um total de R$ 5,4 milhões para apoiar projetos sociais
voltados ao empoderamento econômico e social de mulheres na cadeia da moda. Além das
diversas ações de incentivo a doações: Troco “Uma Empodera Muitas” (R$275 mil); Doação
recorrente de salário de colaboradores através de desconto em folha; Estilo Solidário: doação
de até 6% de seu imposto de renda destinados a projetos validados e apoiados pelo Instituto
(R$ 20.380,00 mil).
Principais projetos apoiados pelo Instituto que promovem a diversidade e inclusão na
sociedade e na cadeia da moda:
TECENDO SONHOS: desenvolvimento e formalização profissional de
microempreendedores migrantes, em São Paulo, com capacitações e mentorias para oficinas
de costura nas áreas de logística, comercialização, desenvolvimento humano e financeiro,
além de assessoria jurídica e contábil. Em 2022, 290 pessoas foram impactadas através do
programa, além do apoio de 222 negócios;
EMPODERANDO REFUGIADAS: Capacitação e encaminhamento para o mercado de
trabalho. Hoje, as principais frentes de atuação de empoderamento das mulheres refugiadas
são capacitação e desenvolvimento na área de costura e de atendimento e venda para varejo
na capital de São Paulo;
VAREJO PLURAL: capacitação de grupos minorizados para inclusão socioeconômica no
varejo. Em 2022 houve capacitação de 30 mulheres de diversos recortes - como mulheres cis,
transexuais, refugiadas e negras;
VOA GURIA: Encabeçado pela Realize, o projeto busca beneficiar empreendedoras da
moda a partir da disseminação de conhecimento em educação financeira, acesso a crédito e
mentoria de gestão a todas as interessadas;
EMPREENDEDORAS DA MODA – CADEIA MODA SUSTENTÁVEL: Maior projeto
do Instituto com um investimento de R$3,2 milhões, duração de 24 meses e um escopo que
abrange diferentes etapas de uma cadeia produtiva: 1) EMPREENDEDORAS: acelerar
negócios no setor da moda liderados por mulheres que atuam com impacto social positivo e
tenham produtos que trazem menor risco ao meio ambiente; 2) ALGODÃO
AGROECOLÓGICO: fomentar o plantio e cultivo do algodão agroecológico por pequenos
agricultores em comunidades de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Ceará, integrando na
cadeia de fornecimento da Lojas Renner. O projeto gerou 15,1 toneladas de algodão
agroecológico em 2022 e o material foi incorporado na cadeia produtiva das peças menos
impactantes disponibilizadas em coleções especiais da Renner, que recebem o Selo Re Moda
Responsável. 3) MODA AUTORAL E SUSTENTÁVEL: um projeto focado em
empreendedores da moda autoral brasileira, irá estimular estilistas e marcas a desenvolverem
práticas sustentáveis de produção e de gestão.
• Programas de apoio ao desenvolvimento de fornecedores e seus contratados: Programa
Rede Responsável. O Programa Rede Responsável é a iniciativa de qualificação corporativa
de fornecedores da Lojas Renner S.A., criado em 2022, a partir da ampliação do Programa
Produção Mais Limpa 4.0. O programa inicialmente era focado na melhoria do desempenho
dos fornecedores em redução de resíduos e, com o passar dos anos, expandido para criar
soluções ambientais para os temas: Químicos, Resíduos Têxteis, Efluentes, Água, Emissões
Atmosféricas e Energia. Com o passar do tempo e avanço do projeto, o olhar de qualificação
foi expandido também para os temas de Governança e Social.
• Programas de desenvolvimento dos colaboradores: plano corporativo de desenvolvimento,
que tem como objetivo garantir o upskilling (desenvolvimento de novas habilidades ou
habilidades do futuro) e o reskiling (atualização das habilidades atuais) de habilidades
associadas aos drivers estratégicos e powers skills.

ODS 10 - Redução das Desigualdades


• Fomentar a adoção do living wage* pelos fornecedores estratégicos para promoção do
salário justo nacional e internacionalmente.
Foi iniciada a avaliação entre living wage e remuneração paga aos funcionários da
cadeia de Fornecedores de Revenda (tier 1 e 2) pelo Brasil, que é o país onde há a maior
cadeia (63,4% do volume produzido), e haverá avanço nos demais. Em todos os outros países
onde há cadeia de fornecedores, o requisito é de pagamento de pelo menos o salário mínimo.
Está havendo avanço na avaliação de living wages nos países com maior concentração de
fornecedores.
• Estar entre as referências nacionais em engajamento, Garantindo living wage* e
avançando continuamente na promoção do bem - estar dos colaboradores.
• Programas de apoio ao desenvolvimento de fornecedores e seus contratados:
Universidade Renner (UR) para Fornecedores; Programa de Aceleração em Conformidade
(PAC) (consultoria aos Fornecedores de Revenda da Renner); Encadeamento Produtivo (Em
parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas));
Programa de Excelência Renner (PER): Busca promover e incentivar o desenvolvimento e a
inovação na cadeia de Fornecedores de Revenda da Renner, reconhecendo as empresas que se
destacam em Qualidade, Sustentabilidade, Eficiência, Cooperação e Inovação na Convenção
de Fornecedores; Intermédio de operações de financiamento entre os fornecedores e o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

REFERÊNCIAS

Política de Sustentabilidade Lojas Renner S.A aprovada pelo Conselho de Administração no


dia 19 de abril de 2017:
https://mz-filemanager.s3.amazonaws.com/13154776-9416-4fce-8c46-3e54d45b03a3/file_ma
nager/065a39d0-3c81-4e41-8d87-7a618b746a52/politica_de_sustentabilidade.pdf
Relatório Anual Completo 2022:
https://api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/13154776-9416-4fce-8c46-3e54d45b03a3/7f5440f
5-ca3e-1fe3-d6ba-b02082b0c2dd?origin=1 /
Encontre Tópicos do Setor - SASB
Mudanças climáticas
https://www.lojasrennersa.com.br/sustentabilidade/meio-ambiente/mudancas-climaticas/

RELATÓRIO ANUAL DO DESMATAMENTO NO BRASIL


https://storage.googleapis.com/alerta-public/dashboard/rad/2022/RAD_2022.pdf

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