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Curso: Direito - 3º Semestre


Discente:

Professor: Fernando Henrique Caetano DATA:

DISCIPLINA Direito Civil – II

NOTA

ATIVIDADE – AULA 02

Avançando na Prática

Presente Promocional
Descrição da situação-problema

01 - Após ter sido promovido em seu novo emprego, Maximiliano decidiu fazer uma surpresa para sua
esposa, Roberta. Por meio de um corretor de imóveis, descobriu uma casa muito próxima de um belo
lago. Passadas duas semanas de tratativas, Maximiliano finalmente realizou um contrato de compra e
venda com o vendedor, Sr. Davi, sendo intermediador, o corretor. Após ler o contrato, com muita cautela,
você perguntou se o instrumento particular seria o suficiente. Seu corretor, com pressa para finalizar o
negócio, disse que em toda compra e venda de imóvel é mais do que suficiente o simples contrato
particular entre as partes, conhecido como “contrato de gaveta”, independentemente do valor do bem
imóvel. Sem buscar auxílio profissional, você fechou a compra e realizou o pagamento da primeira
parcela do valor total de aproximadamente R$300.000,00. Ao pedir as chaves do imóvel ao Sr. Davi, este
disse que a transferência da propriedade do imóvel ainda não havia sido concluída, e que preferia, para ser
correto, finalizar o negócio de acordo com as formalidades necessárias, e nada mais explicou. Ocorrida
essa situação, imediatamente Maximiliano procurou você, como advogado, para que diligenciasse para
encerrar esse negócio jurídico de compra e venda. O que você faria, e por qual motivo? Esse negócio
jurídico realizado entre as partes, para fins de transferência da propriedade imóvel, é considerado válido?
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02 - Meses depois de ter realizado o anúncio de seu veículo em uma plataforma na internet de anúncios,
Clécio finalmente recebeu o telefonema de um pretenso comprador. Já sem paciência alguma para realizar
a venda, pois muito precisava do dinheiro para quitar dívidas pessoais, Clécio agendou um horário para
levar o carro até William, o comprador que lhe havia telefonado, e ali mesmo tratar de valores e formas
de pagamento. Encontram-se numa praça praticamente vazia, e, nesse local, após ter visto o veículo,
William diz a Clécio que não queria realizar a compra. Nesse momento, Clécio retirou um contrato de
uma mala e passou para William assinar, dizendo a este que se não assinasse o contrato, sairia com o
veículo e o atropelaria, assim que deixassem a praça. William prontamente assinou o contrato, realizou,
inclusive, o pagamento de parte do valor total e saiu dirigindo o veículo comprado.
Nesse caso, o negócio jurídico de compra e venda pode ser considerado:
a) Ineficaz, pois não é possível a produção de efeitos para o negócio inválido.
b) Válido, sendo que foram preenchidos todos os requisitos de validade.
c) Inexistente, na medida em que não foi observada a forma prescrita em lei.
d) Inválido, pois o objeto do negócio não é lícito, em razão da coação.
e) Inválido, em razão de a vontade manifestada por William não ter sido livre.

03 - Depois de anos realizando de maneira pontual os pagamentos em um plano de consórcio para


aquisição de terrenos, Ricardo foi sorteado. Com o valor para aquisição em mãos, dirigiu-se até a
Construtora Imóveis dos Sonhos e acabou fechando negócio para adquirir um terreno em um condomínio
fechado. Firmou o contrato particular de compra e venda e, ao chegar no local especificado no próprio
contrato, deparou-se, simplesmente, com uma lagoa, sendo este um lugar sem possibilidade alguma de
construção. Em conversa com pessoas que moravam próximas à lagoa, soube que não havia mais terrenos
à venda no condomínio.
Com relação aos requisitos de validade do negócio jurídico, assinale a única alternativa correta:
a) O negócio jurídico de compra e venda do terreno é considerado ineficaz, pois o terreno não está em um
local determinado.

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b) Trata-se de uma compra e venda válida, à medida que estão presentes os agentes, a vontade, o objeto e
a forma.
c) O negócio jurídico é inválido, pois seu objeto é impossível, à medida que não havia mais terrenos à
venda no condomínio, e tampouco seria a lagoa considerada um terreno apto a construções imobiliárias.
d) A compra do terreno é válida, mas ineficaz, pois é um fator de eficácia a possibilidade de
desenvolvimento daquilo que as partes pretendiam como negócio.
e) Não estão preenchidos os elementos de existência em referido negócio jurídico, estando ausente a
forma prevista em lei, que obrigaria a venda de um terreno em terra firme.

04 - Já com 63 anos de idade, Nicolas recebeu o telefonema de um advogado e foi informado de que
receberia como herança de um falecido tio uma conhecida indústria de refrigerantes, e que passaria a
receber todos os lucros dessa empresa, da qual passaria a ser o único proprietário. Mas o falecido tio
estabeleceu em seu testamento que Nicolas somente poderia receber os lucros mensais se empregasse
esforços pessoais para administrar lares de crianças adotivas. Os relatórios dos trabalhos nesses lares,
todos especificados no testamento, deveriam ser entregues, trimestralmente, ao advogado responsável
pelo caso. Nicolas, interessado mais nos lucros do que no trabalho filantrópico, procurou você, no intuito
de livrar-se dessa tarefa que lhe havia sido atribuída, para receber apenas
os lucros.
Diante dessa situação, de que maneira você, como advogado, deveria aconselhar Nicolas, respeitando a
legislação vigente?
a) O conselho profissional adequado seria no sentido de que seria impossível a estipulação dessa
obrigação, pois é vedada a modulação de efeitos dos negócios jurídicos.
b) Essa atribuição agregada à herança deve ser considerada inexistente, porquanto significa afronta à
autonomia do herdeiro, que poderia administrar os bens como bem lhe aprouvesse.
c) Não há necessidade de respeito ao encargo apontado no testamento, pois Nicolas, na condição de
herdeiro, passaria a controlar todo o patrimônio, podendo alterar o testamento, se assim pretendesse.
d) O encargo apontado no testamento é um fator de eficácia, devendo ser respeitado, caso Nicolas
pretenda usufruir da herança, na medida em que existe previsão legal que permite a modulação desse
efeito.
e) Os efeitos do testamento não podem ser estipulados pelo testador, porquanto já estão todos previstos
em lei, de maneira taxativa, sendo o testamento um ato jurídico stricto sensu.

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