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Apostila BNB Solução
Apostila BNB Solução
BNB
BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A
Analista Bancário I
CÓD: SL-017FV-24
7908433248934
INTRODUÇÃO
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!
Editora
Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados................................................................................................... 9
2. Reconhecimento detipos e gêneros textuais.............................................................................................................................. 12
3. Domínio da ortografia oficial...................................................................................................................................................... 19
4. Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conecto-
res e de outros elementos de sequenciação textual.................................................................................................................. 20
5. Emprego de tempos e modos verbais........................................................................................................................................ 22
6. Domínio da estrutura morfossintática do período.Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. Relações
de subordinação entre orações e entre termos da oração......................................................................................................... 24
7. Emprego das classes de palavras. .............................................................................................................................................. 27
8. Emprego dos sinais de pontuação.............................................................................................................................................. 36
9. Concordância verbal e nominal. ................................................................................................................................................ 38
10. Regência verbal e nominal. ........................................................................................................................................................ 39
11. Emprego do sinal indicativo de crase.......................................................................................................................................... 42
12. Colocação dos pronomes átonos................................................................................................................................................ 44
13. Significação das palavras............................................................................................................................................................. 45
Conhecimentos Bancários
1. Sistema Financeiro Nacional. Instituições do Sistema Financeiro Nacional - tipos, finalidades e atuação. Banco Central do
Brasil e Conselho Monetário Nacional - funções e atividades.................................................................................................... 107
2. Instituições Financeiras Oficiais Federais - papel e atuação....................................................................................................... 111
3. Operações de Crédito Bancário.................................................................................................................................................. 117
4. Cadastro de pessoas físicas. Cadastro de pessoas jurídicas. Tipos e constituição das pessoas. Composição societária/acioná-
ria................................................................................................................................................................................................ 119
5. Forma de tributação. Mandatos e procurações.......................................................................................................................... 119
6. Fundamentos do crédito. Conceito de crédito. Elementos do crédito. Requisitos do crédito................................................... 120
7. Riscos da atividade bancária. De crédito. De mercado. Operacional. Sistêmico. De liquidez..................................................... 130
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Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação,
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente,
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada
em nossos conhecimentos prévios.
Compreensão de Textos
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do “A Constituição garante o direito à educação para todos e a
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem. inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender. menos severas.”
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, (A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos 1988.
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito (B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado severas.
evento. (C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes
ou não.
Interpretação de Textos (D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os incluídos socialmente.
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias (E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar
é decodificar o sentido de um texto por indução. Comentário da questão:
A interpretação de textos compreende a habilidade de se Em “A” o texto é sobre direito à educação, incluindo as pessoas
chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade. =
texto, seja ele escrito, oral ou visual. afirmativa correta.
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado Em “B” o complemento “mais ou menos severas” se refere à
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado “deficiências de toda ordem”, não às leis. = afirmativa incorreta.
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, Em “C” o advérbio “também”, nesse caso, indica a inclusão/
podendo ser diferente entre leitores. adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à educação,
além das que não apresentam essas condições. = afirmativa correta.
Exemplo de compreensão e interpretação de textos Em “D” além de mencionar “deficiências de toda ordem”, o
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de texto destaca que podem ser “permanentes ou temporárias”. =
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em afirmativa correta.
um texto misto (verbal e visual): Em “E” este é o tema do texto, a inclusão dos deficientes. =
afirmativa correta.
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Espe-
cial > 2015 Resposta: Logo, a Letra B é a resposta Certa para essa questão,
Português > Compreensão e interpretação de textos visto que é a única que contém uma afirmativa incorreta sobre o
texto.
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-
do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso- dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens. Ironia verbal
As informações que se relacionam com o tema chamamos de Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram, nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a
ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida- intenção são diferentes.
de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível!
fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães. Ironia de situação
Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o
capaz de identificar o tema do texto! resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja.
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja
Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias- uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li-
-secundarias/ vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces-
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
morte. principal. Compreender relações semânticas é uma competência
imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
Ironia dramática (ou satírica) Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos textos -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre inten-
ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar Busca de sentidos
os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé- os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con- apreensão do conteúdo exposto.
flitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
da narrativa. relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o citadas ou apresentando novos conceitos.
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.
Como se classificam os tipos e os gêneros textuais tas a realização de uma crítica social). Para exemplo, destacamos
As classificações conforme o gênero podem sofrer mudanças os seguintes romancistas brasileiros: Machado de Assis, Guimarães
e são amplamente flexíveis. Os principais gêneros são: romance, Rosa, Eça de Queiroz, entre outros.
conto, fábula, lenda, notícia, carta, bula de medicamento, cardápio
de restaurante, lista de compras, receita de bolo, etc. Quanto aos Conto
tipos, as classificações são fixas, e definem e distinguem o texto É um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa,
com base na estrutura e nos aspectos linguísticos. Os tipos textuais que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmen-
são: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo. te, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a reproduzi-
Resumindo, os gêneros textuais são a parte concreta, enquanto -lo de forma escrita com a publicação de Decamerão.
as tipologias integram o campo das formas, da teoria. Acompanhe Ele é um gênero da esfera literária e se caracteriza por ser uma
abaixo os principais gêneros textuais inseridos e como eles se narrativa densa e concisa, a qual se desenvolve em torno de uma
inserem em cada tipo textual: única ação. Geralmente, o leitor é colocado no interior de uma ação
Texto narrativo: esse tipo textual se estrutura em: apresentação, já em desenvolvimento. Não há muita especificação sobre o antes
desenvolvimento, clímax e desfecho. Esses textos se caracterizam e nem sobre o depois desse recorte que é narrado no conto. Há a
pela apresentação das ações de personagens em um tempo e construção de uma tensão ao longo de todo o conto.
espaço determinado. Os principais gêneros textuais que pertencem Diversos contos são desenvolvidos na tipologia textual narrati-
ao tipo textual narrativo são: romances, novelas, contos, crônicas va: conto de fadas, que envolve personagens do mundo da fantasia;
e fábulas. contos de aventura, que envolvem personagens em um contexto
Texto descritivo: esse tipo compreende textos que descrevem mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto popular); con-
lugares ou seres ou relatam acontecimentos. Em geral, esse tipo de tos de terror ou assombração, que se desenrolam em um contexto
texto contém adjetivos que exprimem as emoções do narrador, e, sombrio e objetivam causar medo no expectador; contos de misté-
em termos de gêneros, abrange diários, classificados, cardápios de rio, que envolvem o suspense e a solução de um mistério.
restaurantes, folhetos turísticos, relatos de viagens, etc.
Texto expositivo: corresponde ao texto cuja função é transmitir Fábula
ideias utilizando recursos de definição, comparação, descrição, É um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As
conceituação e informação. Verbetes de dicionário, enciclopédias, personagens principais não são humanos e a finalidade é transmitir
jornais, resumos escolares, entre outros, fazem parte dos textos alguma lição de moral.
expositivos.
Texto argumentativo: os textos argumentativos têm o objetivo Novela
de apresentar um assunto recorrendo a argumentações, isto é, É um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevi-
caracteriza-se por defender um ponto de vista. Sua estrutura é dade do romance e a brevidade do conto. Esse gênero é constituído
composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. Os textos por uma grande quantidade de personagens organizadas em dife-
argumentativos compreendem os gêneros textuais manifesto e rentes núcleos, os quais nem sempre convivem ao longo do enredo.
abaixo-assinado. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista,
Texto injuntivo: esse tipo de texto tem como finalidade de de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.
orientar o leitor, ou seja, expor instruções, de forma que o emissor
procure persuadir seu interlocutor. Em razão disso, o emprego de Crônica
verbos no modo imperativo é sua característica principal. Pertencem É uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com
a este tipo os gêneros bula de remédio, receitas culinárias, manuais linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de
de instruções, entre outros. crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou arti-
Texto prescritivo: essa tipologia textual tem a função de instruir go de jornal, revistas e programas da TV. Há na literatura brasileira
o leitor em relação ao procedimento. Esses textos, de certa forma, vários cronistas renomados, dentre eles citamos para seu conhe-
impedem a liberdade de atuação do leitor, pois decretam que ele cimento: Luís Fernando Veríssimo, Rubem Braga, Fernando Sabido
siga o que diz o texto. Os gêneros que pertencem a esse tipo de entre outros.
texto são: leis, cláusulas contratuais, edital de concursos públicos.
Diário
Gêneros textuais predominantemente do tipo textual narra- É escrito em linguagem informal, sempre consta a data e não
tivo há um destinatário específico, geralmente, é para a própria pessoa
que está escrevendo, é um relato dos acontecimentos do dia. O
Romance objetivo desse tipo de texto é guardar as lembranças e em alguns
É um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem momentos desabafar. Veja um exemplo:
definidosl. Pode ter partes em que o tipo narrativo dá lugar ao des-
critivo em função da caracterização de personagens e lugares. As “Domingo, 14 de junho de 1942
ações são mais extensas e complexas. Pode contar as façanhas de Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando
um herói em uma história de amor vivida por ele e uma mulher, o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu
muitas vezes, “proibida” para ele. Entretanto, existem romances estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.)
com diferentes temáticas: romances históricos (tratam de fatos li-
gados a períodos históricos), romances psicológicos (envolvem as Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é
reflexões e conflitos internos de um personagem), romances sociais de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam le-
(retratam comportamentos de uma parcela da sociedade com vis- vantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a do artigo de opinião.
sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfre- Nos tipos textuais argumentativos, o autor geralmente tem
gando-se em minhas pernas.” a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa
Trecho retirado do livro “Diário de Anne Frank”. apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opini-
ões.
Gêneros textuais predominantemente do tipo textual descri- O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais
tivo do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar.
Elegia Soneto
Um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a mor- É um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quarte-
te é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor expressa tos e dois tercetos.
tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema
melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e Yufa, de William Vilancete
Shakespeare. São as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escár-
nio e de maldizer); satíricas, portanto.
Epitalâmia
Um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites ro- Gênero Épico ou Narrativo
mânticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos
a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais. eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos,
o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do
Ode (ou hino) gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de
É o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à prosa com características diferentes: o romance, a novela, o conto,
pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a a crônica, a fábula.
alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acom-
panhamento musical. Épico (ou Epopeia)
Os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de
Idílio (ou écloga) um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens,
Poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exalta-
natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema ção, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exem-
bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas plos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisseia, de Homero.
e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais
a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com Ensaio
diálogos (muito rara). É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático,
expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de
Sátira certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado.
É o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e
ou a algo, em tom sério ou irônico. Tem um forte sarcasmo, pode subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social,
abordar críticas sociais, a costumes de determinada época, assun- cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em for-
tos políticos, ou pessoas de relevância social. malidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de
caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a tolerância, de John Lo-
Acalanto cke.
Canção de ninar.
Gênero Dramático
Acróstico Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse
Composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso for- tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “aconte-
mam uma palavra ou frase. Ex.: ce” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os
papéis das personagens nas cenas.
Amigos são
Muitas vezes os Tragédia
Irmãos que escolhemos. É a representação de um fato trágico, suscetível de provocar
Zelosos, eles nos compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era “uma re-
Ajudam e presentação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em
Dedicam-se por nós, para que nossa relação seja verdadeira e linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando
Eterna dó e terror”. Ex.: Romeu e Julieta, de Shakespeare.
https://www.todamateria.com.br/acrostico/
Farsa
Balada A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de
Uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas processos como o absurdo, as incongruências, os equívocos, a ca-
de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se ricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em especial, o
destinam à dança. engano.
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
No terceiro modelo, monografia de estudo de caso, o autor/ os sinais de pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e
pesquisador faz uma análise específica da relação existente entre decorrentes dessas funções, entre outros.
um caso e hipóteses, modelos e teorias. O modelo metodológico Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre
adotado obedece aos seguintes passos: escolha do assunto/delimi- a qual recaem, para que palavras com grafia similar possam
tação do tema; bibliografia pertinente ao tema (área específica sob ter leituras diferentes, e, por conseguinte, tenham significados
estudo); fundamentação teórica; levantamento de dados da organi- distintos. Resumidamente, os acentos são agudo (deixa o som da
zação sob estudo; caracterização da organização; análise e interpre- vogal mais aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz
tação das informações; conclusões e resultados. com que o som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase).
Observa-se que esses modelos possuem suas particularidades, O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão
mas também aspectos que coincidem. Este é o caso da pesquisa estabelecidos os sinais gráficos e os sons representados por cada
bibliográfica, que é imprescindível em qualquer trabalho científico. um dos sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes.
As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras
Discurso Literário8 foram integradas oficialmente ao alfabeto do idioma português
brasileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico.
O discurso literário pode não ser apenas ligado aos procedi- As possibilidades da vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente,
mentos adotados pelo autor, mas também, e talvez mais direta- para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo:
mente do que se pensa, ligado ao contexto sociocultural no qual – Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km
está inserido, evidenciando-se, nem sempre claramente, uma influ- (quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma).
ência das instituições que o cercam na escolha de determinados – Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus
procedimentos de linguagem. derivados na língua portuguesa, como Britney, Washington, Nova
A ideia de que o discurso literário constrói-se a partir de ele- York.
mentos intrínsecos ao texto literário tomou corpo com os estudos
realizados no início do século XX. Foram os formalistas russos que Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos
demonstraram uma preocupação com a materialidade do texto lite- do emprego da ortografia correta das palavras e suas principais
rário, recusando, num primeiro momento, explicações de base ex- regras:
traliterária. Neste sentido, o que importava para os integrantes do
movimento era o procedimento, ou seja, o princípio da organização «ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos:
da obra como produto estético. Assim, a preocupação dos formalis- – Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum,
tas era investigar e explicar o que faz de uma determinada obra uma abacaxi.
obra literária, nas palavras de Jakobson: “a poesia é linguagem em – Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa.
sua função estética. Deste modo, o objeto do estudo literário não é – Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar.
a literatura, mas a literariedade, isto é, aquilo que torna determina- – Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer,
da obra uma obra literária”. A questão da literariedade como pro- mexerica.
cesso ou procedimento de elaboração está centrado nas estruturas
que diferenciam o texto literário de outros textos. s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos:
A literariedade é conceituada não só pela linguagem diferen- – Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa,
ciada que gera o estranhamento, mas também histórica e cultural- verminose.
mente. Uma obra literária não pode ser apenas uma construção – Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjetivos.
bem elaborada, mas deve também retratar o homem de sua época Exemplo: amazonense, formosa, jocoso.
ou época anterior, com todas as suas angústias, desejos e forma de – Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título ou
pensar. Tornando-se, assim, não apenas um material para ser estu- nacionalidade. Exemplo: marquês/marquesa, holandês/holandesa,
dado linguisticamente, mas também e, principalmente, uma obra burguês/burguesa.
viva em que toda vez que se relê encontre-se algo novo e represen- – Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”.
tativo do ser humano. Exemplo: casa – casinha – casarão; análise – analisar.
– Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao – Demonstrativa: emprego de advérbios e pronomes
fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi embora novamente. demonstrativos.
Por quê? Exemplo:
“Inclua todos os nomes na lista, menos este: Fred da Silva.”
Parônimos e homônimos Temos uma referência demonstrativa catafórica.
– Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na
pronúncia, mas se divergem no significado. Exemplos: absolver – Substituição: consiste em substituir um elemento, quer seja
(perdoar) e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e nome, verbo ou frase, por outro, para que ele não seja repetido.
apreender (capturar). Analise o exemplo:
– Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas “Iremos ao banco esta tarde, elas foram pela manhã.”
que divergem na pronúncia. Exemplos: “gosto” (substantivo) e
“gosto” (verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome Perceba que a diferença entre a referência e a substituição é
demonstrativo). evidente principalmente no fato de que a substituição adiciona ao
texto uma informação nova. No exemplo usado para a referência, o
pronome pessoal retoma as pessoas “Ana e Sara”, sem acrescentar
DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL. EM- quaisquer informações ao texto.
PREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUI-
ÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E DE OUTROS ELE- – Elipse: trata-se da omissão de um componente textual –
MENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL nominal, verbal ou frasal – por meio da figura denominando eclipse.
Exemplo:
“Preciso falar com Ana. Você a viu?” Aqui, é o contexto que
— Definições e diferenciação proporciona o entendimento da segunda oração, pois o leitor fica
Coesão e coerência são dois conceitos distintos, tanto que um ciente de que o locutor está procurando por Ana.
texto coeso pode ser incoerente, e vice-versa. O que existe em comum
entre os dois é o fato de constituírem mecanismos fundamentais – Conjunção: é o termo que estabelece ligação entre as orações.
para uma produção textual satisfatória. Resumidamente, a coesão Exemplo:
textual se volta para as questões gramaticais, isto é, na articulação “Embora eu não saiba os detalhes, sei que um acidente
interna do texto. Já a coerência textual tem seu foco na articulação aconteceu.” Conjunção concessiva.
externa da mensagem.
– Coesão lexical: consiste no emprego de palavras que fazem
— Coesão Textual parte de um mesmo campo lexical ou que carregam sentido
Consiste no efeito da ordenação e do emprego adequado aproximado. É o caso dos nomes genéricos, sinônimos, hiperônimos,
das palavras que proporcionam a ligação entre frases, períodos e entre outros.
parágrafos de um texto. A coesão auxilia na sua organização e se Exemplo:
realiza por meio de palavras denominadas conectivos. “Aquele hospital público vive lotado. A instituição não está
dando conta da demanda populacional.”
As técnicas de coesão
A coesão pode ser obtida por meio de dois mecanismos — Coerência Textual
principais, a anáfora e a catáfora. Por estarem relacionados à A Coerência é a relação de sentido entre as ideias de um texto
mensagem expressa no texto, esses recursos classificam-se como que se origina da sua argumentação – consequência decorrente
endofóricas. Enquanto a anáfora retoma um componente, a catáfora dos saberes conhecimentos do emissor da mensagem. Um texto
o antecipa, contribuindo com a ligação e a harmonia textual. redundante e contraditório, ou cujas ideias introduzidas não
apresentam conclusão, é um texto incoerente. A falta de coerência
As regras de coesão prejudica a fluência da leitura e a clareza do discurso. Isso quer dizer
Para que se garanta a coerência textual, é necessário que as que a falta de coerência não consiste apenas na ignorância por parte
regras relacionadas abaixo sejam seguidas. dos interlocutores com relação a um determinado assunto, mas da
emissão de ideias contrárias e do mal uso dos tempos verbais.
Referência Observe os exemplos:
– Pessoal: emprego de pronomes pessoais e possessivos. “A apresentação está finalizada, mas a estou concluindo até
Exemplo: o momento.” Aqui, temos um processo verbal acabado e um
«Ana e Sara foram promovidas. Elas serão gerentes de inacabado.
departamento.” Aqui, tem-se uma referência pessoal anafórica
(retoma termo já mencionado). “Sou vegana e só como ovos com gema mole.” Os veganos
não consomem produtos de origem animal.
– Comparativa: emprego de comparações com base em
semelhanças. Princípios Básicos da Coerência
Exemplo: – Relevância: as ideias têm que estar relacionadas.
“Mais um dia como os outros…”. Temos uma referência – Não Contradição: as ideias não podem se contradizer.
comparativa endofórica. – Não Tautologia: as ideias não podem ser redundantes.
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Fatores de Coerência Concessão - embora, conquanto, ainda que, mesmo que, mes-
– As inferências: se partimos do pressuposto que os mo quando, se bem que, apesar de, ainda assim, mesmo assim, por
interlocutores partilham do mesmo conhecimento, as inferências mais que, de qualquer forma, posto que, malgrado, não obstante,
podem simplificar as informações. inobstante, em que pese, independentemente de…
Exemplo: Conclusão / síntese / resumo - pois, portanto, por conseguin-
“Sempre que for ligar os equipamentos, não se esqueça de que te, assim, logo, enfim, concluindo, conclusivamente, em conclusão,
voltagem da lavadora é 220w”. em síntese, consequentemente, em consequência, por outras pala-
vras, ou seja, em resumo, ou melhor, pois, por isso, deste modo, em
Aqui, emissor e receptor compartilham do conhecimento de suma, sintetizando, finalizando…
que existe um local adequado para ligar determinado aparelho. Condição - se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo
se, a menos que, a não ser que, sem que, uma vez que (seguida de
– O conhecimento de mundo: todos nós temos uma bagagem verbo no subjuntivo)
de saberes adquirida ao longo da vida e que é arquivada na nossa Confirmação - com efeito, efetivamente, na verdade, de fato,
memória. Esses conhecimentos podem ser os chamados scripts factualmente, verdade, verdadeiramente, óbvio, obviamente…
(roteiros, tal como normas de etiqueta), planos (planejar algo Consequência - pelo que, de modo que, de forma que, de ma-
com um objetivo, tal como jogar um jogo), esquemas (planos de neira que, de sorte que, de jeito que, daí que, tão… que, tal... que,
funcionamento, como a rotina diária: acordar, tomar café da manhã, tanto... que, tamanho... que, por tudo isso, consequentemente, por
sair para o trabalho/escola), frames (rótulos), etc. conseguinte, como consequência…
Exemplo: Dúvida - Talvez, possivelmente, provavelmente, é possível que,
“Coelhinho e ovos de chocolate! Vai ser um lindo Natal!” é provável que, porventura, quiçá, acaso, quem sabe, por certo…
Explicitação / particularização - quer isto dizer, isto (não) signi-
O conhecimento cultural nos leva a identificar incoerência na fica que, por outras palavras, isto é, por exemplo, ou seja, é o caso
frase, afinal, “coelho” e “ovos de chocolate” são elementos, os de, nomeadamente, em particular, a saber, entre outros, especifi-
chamados frames, que pertencem à comemoração de Páscoa, e camente…
nada têm a ver com o Natal. Finalidade / intencionalidade - com o fim de, com intuito, para
(que), a fim de (que), com o objetivo de, de forma a, com o fim /
EMPREGO DE CONECTORES9 com o objetivo de / com o propósito de / com intuito de / com a
intenção de, com o fito de, que, porque (= para que)…
Os conectores são, assim, palavras ou expressões que se utili- Modo / forma / maneira - bem, mal, assim, depressa, devagar,
zam para especificar as relações entre vários segmentos linguísticos melhor, pior, rapidamente, calmamente, facilmente e a maioria dos
de um texto - servem para associar as ideias e estabelecer ligações advérbios terminados em -mente, à toa, à vontade, às claras, às es-
entre elas. curas, às pressas, à francesa, às escondidas, em silêncio, em vão,
O uso correto de conectores permite uma maior coesão textual sem medo, de mansinho, ao vivo
e envolve uma compreensão facilitada da globalidade do texto. Necessidade / obrigação - faz-se mister, é necessário que, faz-
Os conectores pertencem a diversas classes de palavras - con- -se urgente que, urge que, é preciso que, é dever, torna-se impres-
junções (ou locuções conjuntivas) coordenativas e subordinativas, cindível que
advérbios (ou locuções adverbiais), preposições (ou locuções pre- Opinião - na minha opinião, a meu ver, em meu entender, pa-
positivas), expressões adjetivas ou até orações completas. rece-me que, estou em crer que…
Oposição / contraste - mas, porém, todavia, contudo, entre-
Tipos de Conectores tanto, no entanto, senão (= mas sim) contrariamente, em vez de, ao
invés de, pelo contrário, por oposição, oposto, opostamente, dou-
Adição - e, nem, pois, além disso, e ainda, não só…mas tam- tro modo, ao contrário, não obstante, por outro lado…
bém, como ainda, bem como…assim como, por um lado…por outro Proporção / proporcionalidade - ao passo que, à medida que,
lado, depois, logo após, finalmente, em primeiro lugar, em segundo à proporção que, quanto mais, tanto mais, enquanto
lugar, do mesmo modo, igualmente, de igual modo, da mesma ma- Reafirmação / confirmação / resumo - ou seja, ou melhor, ou
neira, de igual maneira, de novo, novamente, também, primeira- antes, isto é, digo, por assim dizer, por outras palavras, com efeito,
mente, da mesma forma, de igual forma, ultimamente, opostamen- efetivamente, na verdade, de fato, de tato, em suma, em resumo,
te, de modo oposto, de maneira oposta, por último… resumidamente…
Alternativa - ou, ou...ou, ora…ora, já...já, seja...seja, quer… Reformulação - quer dizer, mais corretamente, mais precisa-
quer, talvez...talvez, não...nem, em alternativa… mente, ou melhor, dito de outro modo, numa palavra, noutros ter-
Certeza / afirmação - certamente, é evidente que, com certeza, mos, por outras palavras…
decerto, naturalmente, que, sem dúvida, sem dúvida que, de cer- Razão / motivo / causa - porque, já que, visto que, uma vez
to, é óbvio que, evidentemente, obviamente, verdadeiramente, de que, porquanto, como (= porque), na medida em que, devido a, em
verdade, verdadeiro, realmente, exato, exatamente, com exatidão… virtude de, em razão de, em vista de, tendo em vista que, em face
Conformidade - consoante, conforme, segundo, como, de de, em decorrência de
acordo com Sequência - começando, primeiramente, para começar, em pri-
Comparação - como, também, conforme, tanto…quanto, tal meiro lugar, num primeiro momento, antes de, em segundo lugar,
como, assim como, bem como, pela mesma razão, de forma idênti- em seguida, logo após, depois de, por último, concluindo, para ter-
ca, de forma similar… minar, em conclusão, em síntese, finalizando…
9 Livro de Gramática "Saber Português Hoje - ensino secundário" Sequência temporal - Hoje, ontem, agora, amanhã, ainda,
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cedo, depois, tarde, antes Obs.: O pretérito perfeito indica uma ação extinta; o imperfei-
Sequência geográfica / espacial - Aqui, ali, aí, lá, perto, longe, to, uma ação que se prolongava num determinado ponto do pas-
dentro, fora, à direita, à esquerda, à frente, acima, abaixo, à distân- sado; o mais-que-perfeito, uma ação passada em relação a outra
cia, de longe, de perto ação, também passada. Ex.:
Tempo - quando, enquanto, até que, antes que, logo que, assim Eu cantei aquela música. (perfeito)
que, depois que, sempre que, desde que, desde quando, todas as Eu cantava aquela música. (imperfeito)
vezes, senão quando, ao tempo que, mal... Quando ele chegou, eu já cantara. (mais-que-perfeito)
Negação - não, nunca, tampouco, jamais, nada, ninguém, de
modo algum, de jeito nenhum, em hipótese alguma c) Futuro:
Ordem - ultimamente, primeiramente, antes, depois... - Do presente: estudaremos
Designação - eis, vede, aqui está... - Do pretérito: estudaríamos
Realce / função expletiva - cá, lá, só, é que, ainda, mas...
Inclusão / exclusão - também, até, mesmo, inclusive, só, salvo, Obs.: No modo subjuntivo, com relação aos tempos simples,
menos, apenas, senão, exclusive, fora, tirante, sequer... temos apenas o presente, o pretérito imperfeito e o futuro (sem
Intensidade / quantidade - muito, pouco, bastante, mais, me- divisão). Os tempos compostos serão estudados mais adiante.
nos, tão, tanto, quase, demais...
5) Vozes: são três.
a) Ativa: o sujeito pratica a ação verbal.
Ex.: O carro derrubou o poste.
EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS
b) Passiva: o sujeito sofre a ação verbal.
FLEXÃO VERBAL - Analítica ou verbal: com o particípio e um verbo auxiliar.
Ex.: O poste foi derrubado pelo carro.
1) Número: singular ou plural
Ex.: ando, andas, anda → singular - Sintética ou pronominal: com o pronome apassivador se.
andamos, andais, andam → plural Ex.: Derrubou-se o poste.
2) Pessoas: são três. Obs.: Estudaremos bem o pronome apassivador (ou partícula
a) A primeira é aquela que fala; corresponde aos pronomes eu apassivadora) na sétima lição: concordância verbal.
(singular) e nós (plural).
Ex.: escreverei, escreveremos. c) Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação verbal; aparece um
pronome reflexivo. Ex.: O garoto se machucou.
b) A segunda é aquela com quem se fala; corresponde aos pro-
nomes tu (singular) e vós (plural). Formação do Imperativo
Ex.: escreverás, escrevereis. 1) Afirmativo: tu e vós saem do presente do indicativo menos a
letra s; você, nós e vocês, do presente do subjuntivo.
c) A terceira é aquela acerca de quem se fala; corresponde aos Ex.: Imperativo afirmativo do verbo beber
pronomes ele ou ela (singular) e eles ou elas (plural). Bebo → beba
Ex.: escreverá, escreverão. bebes → bebe (tu) bebas
bebe beba → beba (você)
3) Modos: são três. bebemos bebamos → bebamos (nós)
a) Indicativo: apresenta o fato verbal de maneira positiva, indu- bebeis → bebei (vós) bebais
bitável. Ex.: vendo. bebem bebam → bebam (vocês)
Reunindo, temos: bebe, beba, bebamos, bebei, bebam.
b) Subjuntivo: apresenta o fato verbal de maneira duvidosa, hi-
potética. Ex.: que eu venda. 2) Negativo: sai do presente do subjuntivo mais a palavra não.
Ex.: beba
c) Imperativo: apresenta o fato verbal como objeto de uma or- bebas → não bebas (tu)
dem. Ex.: venda! beba → não beba (você)
bebamos → não bebamos (nós)
4) Tempos: são três. bebais → não bebais (vós)
a) Presente: falo bebam → não bebam (vocês)
Assim, temos: não bebas, não beba, não bebamos, não bebais,
b) Pretérito: não bebam.
- Perfeito: falei
- Imperfeito: falava Observações:
- Mais-que-perfeito: falara a) No imperativo não existe a primeira pessoa do singular, eu; a
terceira pessoa é você.
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b) O verbo ser não segue a regra nas pessoas que saem do pre- d) o infinitivo pessoal.
sente do indicativo. Eis o seu imperativo: Ex.: caber → caber, caberes, caber, cabermos, caberdes, cabe-
- Afirmativo: sê, seja, sejamos, sede, sejam. rem.
- Negativo: não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não
sejam. e) o gerúndio.
Ex.: caber → cabendo.
c) O tratamento dispensado a alguém numa frase não pode
mudar. Se começamos a tratar a pessoa por você, não podemos f) o particípio.
passar para tu, e vice-versa. Ex.: caber → cabido.
Ex.: Pede agora a tua comida. (tratamento: tu)
Peça agora a sua comida. (tratamento: você) Tempos Compostos
Formam-se os tempos compostos com o verbo auxiliar (ter ou
d) Os verbos que têm z no radical podem, no imperativo afir- haver) mais o particípio do verbo que se quer conjugar.
mativo, perder também a letra e que aparece antes da desinência s.
Ex.: faze (tu) ou faz (tu) 1) Perfeito composto: presente do verbo auxiliar mais particí-
dize (tu) ou diz (tu) pio do verbo principal.
Ex.: tenho falado ou hei falado → perfeito composto do indica-
e) Procure ter “na ponta da língua” a formação e o emprego do tivo tenha falado ou haja falado → perfeito composto do subjuntivo.
imperativo. É assunto muito cobrado em concursos públicos.
2) Mais-que-perfeito composto: imperfeito do auxiliar mais
Tempos Primitivos e Tempos Derivados particípio do principal.
1) O presente do indicativo é tempo primitivo. Da primeira pes- Ex.: tinha falado → mais-que-perfeito composto do indicativo.
soa do singular sai todo o presente do subjuntivo. tivesse falado → mais-que-perfeito composto do subjuntivo.
Ex.: digo → que eu diga, que tu digas, que ele diga etc.
dizes 3) Demais tempos: basta classificar o verbo auxiliar.
diz Ex.: terei falado → futuro do presente composto (terei é futuro
Obs.: isso não ocorre apenas com os poucos verbos que não do presente).
apresentam a desinência o na primeira pessoa do singular.
Ex.: eu sou → que eu seja. Verbos Irregulares Comuns em Concursos
eu sei → que eu saiba. É importante saber a conjugação dos verbos que seguem. Eles
estão conjugados apenas nas pessoas, tempos e modos mais pro-
2) O pretérito perfeito é tempo primitivo. Da segunda pessoa blemáticos.
do singular saem: 1) Compor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem integral-
mente o verbo pôr.
a) o mais-que-perfeito. Ex.: ponho → componho, imponho, deponho etc.
Ex.: coubeste → coubera, couberas, coubera, coubéramos, pus → compus, repus, expus etc.
coubéreis, couberam.
2) Deter, conter, reter, manter etc.: seguem integralmente o
b) o imperfeito do subjuntivo. verbo ter.
Ex.: coubeste → coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, Ex.: tivermos → contivermos, mantivermos etc.
coubésseis, coubessem. tiveste → retiveste, mantiveste etc.
- Requerer e prover não seguem integralmente os verbos que- 14) Confiar, renunciar, afiar, arriar etc.: verbos regulares.
rer e ver. Eles serão mostrados mais adiante. Ex.: confio, confias, confia, confiamos, confiais, confiam.
6) Estourar, roubar, aleijar, inteirar etc.: mantém o ditongo fe- - Mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar, ape-
chado em todos os tempos, inclusive o presente do indicativo. Ex.: A sar de terminarem em iar, apresentam o ditongo ei.
bomba estoura. (e não estóra, como normalmente se diz). Ex.: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais, medeiam,
medeie, medeies, medeie, mediemos, medieis, medeiem.
7) Aderir, competir, preterir, discernir, concernir, impelir, expe-
lir, repelir: 15) Requerer: só é irregular na 1ª pessoa do singular do pre-
a) presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos, ade- sente do indicativo e, consequentemente, em todo o presente do
rimos, aderem. subjuntivo.
Ex.: requeiro, requeres, requer
b) presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos, adi- requeira, requeiras, requeira
rais, adiram. requeri, requereste, requereu
Obs.: Esses verbos mudam o e do infinitivo para i na primeira 16) Prover: conjuga-se como verbo regular no pretérito perfei-
pessoa do singular do presente do indicativo e em todas do presen- to, no mais-que-perfeito, no imperfeito do subjuntivo, no futuro do
te do subjuntivo. subjuntivo e no particípio; nos demais tempos, acompanha o verbo
ver.
8) Aguar, desaguar, enxaguar, minguar: Ex.: Provi, proveste, proveu; provera, proveras, provera; pro-
a) presente do indicativo: águo, águas, água; enxáguo, enxá- vesse, provesses, provesse etc.
guas, enxágua. provejo, provês, provê; provia, provias, provia; proverei, prove-
rás, proverá etc.
b) presente do subjuntivo: águe, águes, águe; enxágue, enxá-
gues, enxágue. 17) Reaver, precaver-se, falir, adequar, remir, abolir, colorir, res-
sarcir, demolir, acontecer, doer são verbos defectivos. Estude o que
9) Arguir, no presente do indicativo: arguo, argúis, argúi, argui- falamos sobre eles na lição anterior, no item sobre a classificação
mos, arguis, argúem. dos verbos. Ex.: Reaver, no presente do indicativo: reavemos, rea-
veis.
10) Apaziguar, averiguar, obliquar, no presente do subjuntivo:
apazigúe, apazigúes, apazigúe, apaziguemos, apazigueis, apazi-
gúem. DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍO-
DO.RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E EN-
11) Mobiliar: TRE TERMOS DA ORAÇÃO. RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO
a) presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília, mobilia- ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO.
mos, mobiliais, mobíliam.
b) presente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie, mobilie- Definição: sintaxe é a área da Gramática que se dedica ao
mos, mobilieis, mobíliem. estudo da ordenação das palavras em uma frase, das frases em um
discurso e também da coerência (relação lógica) que estabelecem
12) Polir, no presente do indicativo: pulo, pules, pule, polimos, entre si. Sempre que uma frase é construída, é fundamental que
polis, pulem. ela contenha algum sentido para que possa ser compreendida pelo
receptor. Por fazer a mediação da combinação entre palavras e
13) Passear, recear, pentear, ladear (e todos os outros termina- orações, a sintaxe é essencial para que essa compreensão se efetive.
dos em ear) Para que se possa compreender a análise sintática, é importante
a) presente do indicativo: passeio, passeias, passeia, passea- retomarmos alguns conceitos, como o de frase, oração e período.
mos, passeais, passeiam. Vejamos:
b) presente do subjuntivo: passeie, passeies, passeie, passee-
mos, passeeis, passeiem. Frase
Trata-se de um enunciado que carrega um sentido completo
Observações: que possui sentido integral, podendo ser constituída por somente
- Os verbos desse grupo (importantíssimo) apresentam o diton- uma ou várias palavras podendo conter verbo (frase verbal) ou
go ei nas formas rizotônicas, mas apenas nos dois presentes. não (frase nominal). Uma frase pode exprimir ideias, sentimentos,
- Os verbos estrear e idear apresentam ditongo aberto. apelos ou ordens. Exemplos: “Saia!”, “O presidente vai fazer seu
Ex.: estreio, estreias, estreia; ideio, ideias, ideia. discurso.”, “Atenção!”, “Que horror!”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
A ordem das palavras: associada à pontuação apropriada, 1 – Termos Essenciais (ou fundamentais) da oração
a disposição das palavras na frase também é fundamental para a Sujeito e Predicado: enquanto um é o ser sobre quem/o qual
compreensão da informação escrita, e deve seguir os padrões da se declara algo, o outro é o que se declara sobre o sujeito e, por
Língua Portuguesa. Observe que a frase “A professora já vai falar.” isso, sempre apresenta um verbo ou uma locução verbal, como nos
Pode ser modificada para, por exemplo, “Já vai falar a professora.” , respectivos exemplos a seguir:
sem que haja prejuízo de sentido. No entanto, a construção “Falar a Exemplo: em “Fred fez um lindo discurso.”, o sujeito é “Fred”,
já professora vai.” , apesar da combinação das palavras, não poderá que “fez um lindo discurso” (é o restante da oração, a declaração
ser compreendida pelo interlocutor. sobre o sujeito).
Nem sempre o sujeito está no início da oração (sujeito direto),
Oração podendo apresentar-se também no meio da fase ou mesmo após
É uma unidade sintática que se estrutura em redor de um o predicado (sujeito inverso). Veja um exemplo para cada um dos
verbo ou de uma locução verbal. Uma frase pode ser uma oração, respectivos casos:
desde que tenha um verbo e um predicado; quanto ao sujeito, nem “Fred fez um lindo discurso.”
sempre consta em uma oração, assim como o sentido completo. O “Um lindo discurso Fred fez.”
importante é que seja compreensível pelo receptor da mensagem. “Fez um lindo discurso, Fred.”
Analise, abaixo, uma frase que é oração com uma que não é.
1 – Silêncio!”: É uma frase, mas não uma oração, pois não – Sujeito determinado: é aquele identificável facilmente pela
contém verbo. concordância verbal.
2 – “Eu quero silêncio.”: A presença do verbo classifica a frase – Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo
como oração. ligado ao verbo. Ex.: “Júlia passou no teste”.
– Sujeito determinado composto: possui dois ou mais núcleos.
Unidade sintática (ou termo sintático): a sintaxe de uma Ex.: “Júlia e Felipe passaram no teste.”
oração é formada por cada um dos termos, que, por sua vez,
estabelecem relação entre si para dar atribuir sentido à frase. No – Sujeito determinado implícito: não aparece facilmente na
exemplo supracitado, a palavra “quero” deve unir-se às palavras oração, mas a frase é dotada de entendimento. Ex.: “Passamos no
“Eu” e “silêncio” para que o receptor compreenda a mensagem. teste.” Aqui, o termo “nós” não está explícito na oração, mas a
Dessa forma, cada palavra desta oração recebe o nome de termo concordância do verbo o destaca de forma indireta.
ou unidade sintática, desempenhando, cada qual, uma função – Sujeito indeterminado: é o que não está visível na oração
sintática diferente. e, diferente do caso anterior, não há concordância verbal para
determiná-lo.
Classificação das orações: as orações podem ser simples ou
compostas. As orações simples apresentam apenas uma frase; as Esse sujeito pode aparecer com:
compostas apresentam duas ou mais frases na mesma oração. – Verbo na 3a pessoa do plural. Ex.: “Reformaram a casa velha”.
Analise os exemplos abaixo e perceba que a oração composta tem – Verbo na 3a pessoa do singular + pronome “se”: “Contrata-se
duas frases, e cada uma tem seu próprio sentido. padeiro.”».
– Oração simples: “Eu quero silêncio.” – Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você
– Oração composta: “Eu quero silêncio para poder ouvir o estiver lá.”
noticiário”.
– Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado,
Período e sua mensagem está centralizada no verbo, que é impessoal.
É a construção composta por uma ou mais orações, sempre com Essas orações podem ter verbos que constituam fenômenos da
sentido completo. Assim como as orações, o período também pode natureza, ou os verbos ser, estar, haver e fazer quando indicativos
ser simples ou composto, que se diferenciam em razão do número de fenômeno meteorológico ou tempo. Observe os exemplos:
de orações que apresenta: o período simples contém apenas uma “Choveu muito ontem”.
oração, e o composto mais de uma. Lembrando que a oração é uma “Era uma hora e quinze”.
frase que contém um verbo. Assim, para não ter dúvidas quanto à
classificação, basta contar quantos verbos existentes na frase. – Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e
– Período simples: “Resolvo esse problema até amanhã.” - verbo, ou entre verbo e complementos. Os verbos, por sua vez,
apresenta apenas um verbo. também recebem sua classificação, conforme abaixo:
– Período composto: Resolvo esse problema até amanhã ou – Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adiante
ficarei preocupada.” - contém dois verbos. para passar a informação adequada. Em outras palavras, é o verbo
que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa
— Análise Sintática compreensão, esse trânsito do verbo, o complemento pode ser
É o nome que se dá ao processo que serve para esmiuçar a direto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e
estrutura de um período e das orações que compõem um período. complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e
Termos da oração: é o nome dado às palavras que atribuem complemento são unidos por preposição. Ex.: “Preciso de dinheiro.”
sentido a uma frase verbal. A reunião desses elementos forma o – Verbo intransitivo: não requer complemento, é provido de
que chamamos de estrutura de um período. Os termos essenciais sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, nascer, nadar,
se subdividem em: essenciais, integrantes e acessórios. Acompanhe cair, mergulhar, correr.
a seguir as especificidades de cada tipo.
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– Período composto por subordinação: são constituídos por orações dependentes uma da outra. Como as orações subordinadas
apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas de forma separada. As orações subordinadas são divididas em substantivas,
adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos:
– Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado que o suspeito era realmente o culpado.”
– Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não queria que isso acontecesse.”
– Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É obrigatório de que todos os estudantes sejam assíduos.”
– Oração subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho expectativa de que os planos serão melhores em breve!”
– Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa é que meus pais são saudáveis.”
– Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba disto: que tudo esteja organizado quando eu voltar!”
– Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me demorar porque tenho hora marcada na psicóloga.”
– Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão felizes que pulamos de alegria.”
– Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando para que nós chegássemos a casa em segurança.”
– Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu cheguei, eles iniciaram o trabalho.”
– Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo, espero por você.»
– Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que estivesse cansado, concluiu a maratona.”
– Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia como se ainda vivesse no interior.”
– Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme combinamos anteriormente, entregarei o produto até amanhã.”
– Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais me exercito, mais tenho disposição.”
– Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que passou no concurso, mudou-se para o interior.”
– Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve enferma conseguiu ser aprovada nas provas.”
— Definição
As classes gramaticais são grupos de palavras que organizam o estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua portuguesa
condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida em razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades de cada classe
gramatical.
— Artigo
É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo, podendo flexionar em número e em gênero.
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Pronomes pessoais
Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso
(pessoas gramaticais), e se subdividem em pronomes do caso reto
(desempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos
(atuam como complemento), sendo que, para cada o caso reto,
existe um correspondente oblíquo.
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Pronomes demonstrativos
Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo, ao espaço e à pessoa do discurso – nesse último caso, o pronome
determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em gênero e número.
Observe os exemplos:
“Esta caneta é sua?”
“Esse restaurante é bom e barato.”
Pronomes Indefinidos
Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do discurso. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis (não flexionam). Analise os exemplos abaixo:
– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefinida ou não especificada.
– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de modo vago, pois não se
sabe de qual convidado se trata.
– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase “criança”, sem especificá-lo.
– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem especificar de quais lojas se
trata.
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Pronomes relativos
Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, ou seja, para prevenir a repetição
indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual, cujo, quanto) ou invariáveis (que, quem, onde).
Observe os exemplos:
– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos (“pessoas” e “história”) e se
relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”).
– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o substantivo dito anteriormente
(“problemas”).
Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e indiretas. Exemplos:
“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta)
“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)
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— Conjunção
As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado ou oração e, com isso,
estabelecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados. Em função dessa relação entre os termos
conectados, as conjunções podem ser classificadas, respectivamente e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras
palavras, as conjunções são um vínculo entre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado maior clareza e precisão.
No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações em um mesmo período: além
de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há relação de dependência entre ambas as sentenças, e que,
para fazerem sentido, elas não têm necessidade uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as
relaciona, como coordenativa.
Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além disso, notamos que o sentido
da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração
principal, enquanto a segunda, de oração subordinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.
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Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a conjunção subordinativa pode ser
de dois subtipos:
1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,
complemento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exemplos:
“É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.”
“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”
2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração
principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo:
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Numeral
É a classe de palavra variável que exprime um número determinado ou a colocação de alguma coisa dentro de uma sequência.
Os numerais podem ser: cardinais (um, dois, três...), ordinais (primeiro, segundo, terceiro...), fracionários (meio, terço, quarto...) e
multiplicativos (dobro, triplo, quádruplo...). Antes de nos profundarmos em cada caso, vejamos o emprego dos numerais e suas três
principais finalidades:
1 – indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral ordinal somente até o número nono; após, devem ser utilizados os
numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); Parágrafo 10° (Parágrafo 10).
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2 – indicar os dias do mês: nessas situações, empregam-se os que gera significado e sentido, esteja presente, apenas possui um
numerais cardinais, sendo que a única exceção é a indicação do menor valor.
primeiro dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal.
Exemplos: dezesseis de outubro; primeiro de agosto. Classificação das preposições
3 – indicar capítulos, séculos, reis e papas: após o substantivo Preposições essenciais: só aparecem na língua propriamente
emprega-se o numeral ordinal até o décimo; após o décimo utiliza- como preposições, sem outra função. São elas:
se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); século IV
(quarto); Henrique VIII (oitavo), Bento XVI (dezesseis).
— Preposição
Essa classe de palavras tem o objetivo de marcar as relações
gramaticais que outras classes (substantivos, adjetivos, verbos e
advérbios) exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas
relações entre as unidades linguísticas dentro do enunciado,
as preposições não possuem significado próprio se isoladas no
discurso. Em razão disso, as preposições são consideradas classe
gramatical dependente, ou seja, sua função gramatical (organização
e estruturação) é principal, embora o desempenho semântico,
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REPETIÇÃO
Os arranjos estão lindos, lindos!
Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada.
2 – Isolar o vocativo
“Crianças, venham almoçar!”
“Quando será a prova, professora?”
3 – Separar apostos
“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.”
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Concordância verbal com a partícula de indeterminação do sujeito se: nesse caso, o verbo cria concordância com a 3a pessoa do
singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos ou por verbos transitivos indiretos:
– «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.”
Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo concorda com o objeto direto, que desempenha a função de sujeito
paciente, podendo aparecer no singular ou no plural:
– Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.”
Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria, a maior parte: preferencialmente, o verbo fará concordância com a 3°
pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode ser empregada:
– “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos entraram.”
– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das pessoas entenderam.”
Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo, mas
também concordar com a forma no masculino plural:
– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.”
– “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.”
Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais:
– “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”
– “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”
Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular, se
houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o substantivo deve estar no plural:
Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas expressões, o adjetivo flexiona em gênero e número, sempre que
houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista esse artigo, o adjetivo deve permanecer invariável, no masculino singular:
– “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É proibido circulação de pessoas não identificadas.”
– “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada de crianças acompanhadas.”
Concordância nominal com menos: a palavra menos permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela advérbio ou
adjetivo:
– “Menos pessoas / menos pessoas”.
– “Menos problema /menos problemas.”
Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe, barato, meio e caro: esses termos instauram concordância em gênero e
número com o substantivo quando exercem função de adjetivo:
– “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.”
– “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”.
– “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.
Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando, em um enunciado ou
oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina termo determinante, essa relação entre esses
termos denominamos regência.
— Regência Nominal
É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um substantivo, um adjetivo ou um
advérbio e será o termo determinante.
O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse pelo complemento.
Observe os exemplos:
“A nova entrada é acessível a cadeirantes.”
“Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”
“Ele é perito em investigações como esta.”
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Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O mesmo ocorre com os
substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem as preposições de e em para completude de seus
sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição
para que seu sentido seja completo.
— Regência Verbal
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Um verbo
possui a mesma regência do nome do qual deriva.
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Definição: na gramática grega, o termo quer dizer “mistura “ou “contração”, e ocorre entre duas vogais, uma final e outra inicial, em
palavras unidas pelo sentido. Basicamente, desse modo: a (preposição) + a (artigo feminino) = aa à; a (preposição) + aquela (pronome
demonstrativo feminino) = àquela; a (preposição) + aquilo (pronome demonstrativo feminino) = àquilo. Por ser a junção das vogais, a
crase, como regra geral, ocorre diante de palavras femininas, sendo a única exceção os pronomes demonstrativos aquilo e aquele, que
recebem a crase por terem “a” como sua vogal inicial. Crase não é o nome do acento, mas indicação do fenômeno de união representado
pelo acento grave.
A crase pode ser a contração da preposição a com:
– O artigo feminino definido a/as: “Foi à escola, mas não assistiu às aulas.”
– O pronome demonstrativo a/as: “Vá à paróquia central.”
– Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo: “Retorne àquele mesmo local.”
– O a dos pronomes relativos a qual e as quais: “São pessoas às quais devemos o maior respeito e consideração”.
Perceba que a incidência da crase está sujeita à presença de duas vogais a (preposição + artigo ou preposição + pronome) na construção
sintática.
2 – Troque verbos que expressem a noção de movimento (ir, vir, chegar, voltar, etc.) pelo verbo voltar. Se aparecer a preposição da,
ocorrerá crase; caso apareça a preposição de, o acento grave não deve ser empregado.
Exemplos:
“Vou a São Paulo. / Voltei de São Paulo.”
“Vou à festa dos Silva. / Voltei da Silva.”
“Voltarei a Roma e à Itália. / Voltarei de Roma e da Itália.”
3 – Troque o termo regente da preposição a por um que estabeleça a preposição por, em ou de. Caso essas preposições não se façam
contração com o artigo, isto é, não apareçam as formas pela(s), na(s) ou da(s), a crase não ocorrerá.
Exemplos:
“Começou a estudar (sem crase) – Optou por estudar / Gosta de estudar / Insiste em estudar.”
“Refiro-me à sua filha (com crase) – Apaixonei-me pela sua filha / Gosto da sua filha / Votarei na sua filha.”
“Refiro-me a você. (sem crase) – Apaixonei-me por você / Gosto de você / Penso em você.”
4 – Tratando-se de locuções, isto é, grupo de palavras que expressam uma única ideia, a crase somente deve ser empregada se a
locução for iniciada por preposição e essa locução tiver como núcleo uma palavra feminina, ocorrerá crase.
Exemplos:
“Tudo às avessas.”
“Barcos à deriva.”
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Tornara-se tão íntima da substância terrestre – a dor – que se mercados emergentes (inclusive o Brasil), e a presença de metais
fazia difícil para o médico saber o que sentia; acabava dizendo que e substâncias tóxicas em muitos componentes, trazendo risco à
doía um pouco, por delicadeza. saúde e ao meio ambiente. Segundo a ONU, são gerados hoje 150
Capaz de longos jejuns e abstinências, já no final da vida, podia milhões de toneladas de lixo eletroeletrônico por ano, e esse tipo
acompanhar um casal amigo a Copacabana, passar do bar da moda de resíduo cresce a uma velocidade três a cinco vezes maior que a
ao restaurante diferente, beber dois cafés ou três uísques em santa do lixo urbano.
serenidade e aceitar com alegria o prato exótico. No trecho “Tudo isso exerce um fascínio irresistível para os jo-
Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão, admirava vens.” (parágrafo 3), a palavra que apresenta o sentido contrário ao
São Paulo e Santo Agostinho, acreditava que era preciso se fazer da palavra destacada é
violência para entrar no reino celeste. (A) atração
Poucas horas antes de morrer, pediu um conhaque e sorriu, (B) encanto
destemida e doce, como quem vai partir para o céu. Santificara-se. (C) repulsa
Deus era o dia e a noite de seu coração, o Pai, a piedade, o fogo do (D) sedução
espírito. Perdi quem me amava e perdoava, quem me encomen- (E) embevecimento
dava à compaixão do Criador e me defendia contra o mundo de
revólver na mão. 3. CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLE-
Em “escutava maternalmente meus contos toscos” (parágrafo AR/ADMINISTRADOR/2022
4), a palavra toscos pode ser substituída, sem a alteração de seu Significação de vocábulo e expressões
significado no contexto, por Texto
(A) criativos Entulho eletrônico: risco iminente para a saúde e o ambiente
(B) malfeitos Os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (lixo eletroele-
(C) primorosos trônico) são, por definição, produtos que têm componentes elétri-
(D) incompletos cos e eletrônicos e que, por razões de obsolescência (perspectiva
(E) sofisticados ou programada) e impossibilidade de conserto, são descartados
pelos consumidores. Os exemplos mais comuns são televisores e
2. CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLE- equipamentos de informática e telefonia, mas a lista inclui eletro-
AR/ADMINISTRADOR/2022 domésticos, equipamentos médicos, brinquedos, sistemas de alar-
Significação de vocábulo e expressões me, automação e controle.
Texto Obsolescência programada é a decisão intencional de fabricar
Entulho eletrônico: risco iminente para a saúde e o ambiente um produto que se torne obsoleto ou não funcional após certo tem-
Os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (lixo eletroele- po, para forçar o consumidor a comprar uma nova geração desse
trônico) são, por definição, produtos que têm componentes elétri- produto. Já a obsolescência perspectiva é uma forma de reduzir a
cos e eletrônicos e que, por razões de obsolescência (perspectiva vida útil de produtos ainda funcionais. Nesse caso, são lançadas no-
ou programada) e impossibilidade de conserto, são descartados vas gerações com aparência inovadora e pequenas mudanças fun-
pelos consumidores. Os exemplos mais comuns são televisores e cionais, dando à geração em uso aspecto de ultrapassada, o que
equipamentos de informática e telefonia, mas a lista inclui eletro- induz o consumidor à troca.
domésticos, equipamentos médicos, brinquedos, sistemas de alar- O lixo eletroeletrônico é mais um desafio que se soma aos pro-
me, automação e controle. blemas ambientais da atualidade. O consumidor raramente reflete
Obsolescência programada é a decisão intencional de fabricar sobre as consequências do consumo crescente desses produtos,
um produto que se torne obsoleto ou não funcional após certo tem- preocupando- se em satisfazer suas necessidades. Afinal, eletroele-
po, para forçar o consumidor a comprar uma nova geração desse trônicos são tidos como sinônimos de melhor qualidade de vida, e a
produto. Já a obsolescência perspectiva é uma forma de reduzir a explosão da indústria da informação é uma força motriz da socieda-
vida útil de produtos ainda funcionais. Nesse caso, são lançadas no- de, oferecendo ferramentas para rápidos avanços na economia e no
vas gerações com aparência inovadora e pequenas mudanças fun- desenvolvimento social. O mundo globalizado impõe uma constan-
cionais, dando à geração em uso aspecto de ultrapassada, o que te busca de informações em tempo real, e a sua interação com no-
induz o consumidor à troca. vas tecnologias traz maiores oportunidades e benefícios, segundo
O lixo eletroeletrônico é mais um desafio que se soma aos pro- estudo da Organização das Nações Unidas (ONU). Tudo isso exerce
blemas ambientais da atualidade. O consumidor raramente reflete um fascínio irresistível para os jovens.
sobre as consequências do consumo crescente desses produtos, Dois aspectos justificam a inclusão dos eletroeletrônicos entre
preocupando- se em satisfazer suas necessidades. Afinal, eletroele- as preocupações da ONU: as vendas crescentes, em especial nos
trônicos são tidos como sinônimos de melhor qualidade de vida, e a mercados emergentes (inclusive o Brasil), e a presença de metais
explosão da indústria da informação é uma força motriz da socieda- e substâncias tóxicas em muitos componentes, trazendo risco à
de, oferecendo ferramentas para rápidos avanços na economia e no saúde e ao meio ambiente. Segundo a ONU, são gerados hoje 150
desenvolvimento social. O mundo globalizado impõe uma constan- milhões de toneladas de lixo eletroeletrônico por ano, e esse tipo
te busca de informações em tempo real, e a sua interação com no- de resíduo cresce a uma velocidade três a cinco vezes maior que a
vas tecnologias traz maiores oportunidades e benefícios, segundo do lixo urbano.
estudo da Organização das Nações Unidas (ONU). Tudo isso exerce AFONSO, J. C. Revista Ciência Hoje, n. 314, maio 2014. São Paulo:
um fascínio irresistível para os jovens. SBPC. Disponível em: https://cienciahoje.periodicos.capes. gov.br/
Dois aspectos justificam a inclusão dos eletroeletrônicos entre storage/acervo/ch/ch_314.pdf. Adaptado.
as preocupações da ONU: as vendas crescentes, em especial nos
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No 3o parágrafo, no trecho “a explosão da indústria da infor- mensurá-lo, especialistas dizem que ele pode ser desenvolvido.
mação é uma força motriz da sociedade”, a palavra destacada pode Como diz Edmondson: “Aprender a aprender é uma missão
ser substituída, sem prejuízo de sentido, por crítica. A capacidade de aprender, mudar, crescer, experimentar se
(A) infalível tornará muito mais importante do que o domínio de um assunto.”
(B) obrigatória
(C) abrangente A frase em que o verbo apresenta a mesma predicação que o
(D) imprescindível verbo ocorrer em “Isso ocorre porque um algoritmo pode executar
(E) impulsionadora essas tarefas” (parágrafo 5) é:
(A) “Entra em cena então um novo quociente”. (parágrafo 3)
4. CESGRANRIO - ESC BB/BB/AGENTE COMERCIAL/2021 (B) “Esse quociente envolve também características como flexi-
Predicado bilidade, curiosidade, coragem e resiliência.” (parágrafo 4)
O que é o QA e por que ele pode ser mais importante que o QI (C) “A tecnologia mudou bastante a forma como alguns traba-
no mercado de trabalho lhos são feitos”. (parágrafo 5)
Há algum tempo, se você quisesse avaliar as perspectivas de al- (D) “você é um contador.” (parágrafo 7)
guém crescer na carreira, poderia considerar pedir um teste de QI, (E) “Seu QI o ajuda nas provas”. (parágrafo 7)
o quociente de inteligência, que mede indicadores como memória
e habilidade matemática. 5. CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLE-
Mais recentemente, passaram a ser avaliadas outras letrinhas: AR/ESPECIALISTA EM PROTEÇÃO RADIOLÓGICA/2022
o quociente de inteligência emocional (QE), uma combinação de Orações subordinadas adverbiais
habilidades interpessoais, autocontrole e comunicação. Não só no Texto
mundo do trabalho, o QE é visto como um kit de habilidades que Maria José
pode nos ajudar a ter sucesso em vários aspectos da vida. Paulo Mendes Campos
Tanto o QI quanto o QE são considerados importantes para o Faz um ano que Maria José morreu. Era meiga quase sempre,
sucesso na carreira. Hoje, porém, à medida que a tecnologia rede- violenta quando necessário. Eu era menino e apanhava de um com-
fine como trabalhamos, as habilidades necessárias para prosperar panheiro maior, quando ela me gritou da sacada se eu não via a
no mercado de trabalho também estão mudando. Entra em cena pedra que marcava o gol. Dei uma pedrada no outro e acabei com
então um novo quociente, o de adaptabilidade (QA), que considera a briga por milagre.
a capacidade de se posicionar e prosperar em um ambiente de mu- Visitava os miseráveis, internava indigentes enfermos, devota-
danças rápidas e frequentes. va-se ao alívio de misérias físicas e morais do próximo, estudava o
O QA não é apenas a capacidade de absorver novas informa- mistério teológico, exigia sempre o mais difícil de si mesma, comun-
ções, mas de descobrir o que é relevante, deixar para trás noções gava todos os dias, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco.
obsoletas, superar desafios e fazer um esforço consciente para mu- Mas nunca deixou de ter na gaveta o revólver que havia recebido,
dar. Esse quociente envolve também características como flexibili- menina- e-moça, das mãos do pai, e que empunhou no quintal no-
dade, curiosidade, coragem e resiliência. turno, perseguindo um ladrão, para espanto de meus cinco anos.
Amy Edmondson, professora de Administração da Harvard Bu- Já perto dos setenta anos, ela explicava para um amigo meu
siness School, diz que é a velocidade vertiginosa das mudanças no que tinha chegado à humildade da velhice; já não se importava com
mercado de trabalho que fará o QA vencer o QI. Automatiza-se fa- quem tentasse ofendê-la, mas conservava o revólver para a defesa
cilmente qualquer função que envolva detectar padrões nos dados dos filhos e dos netos.
(advogados revisando documentos legais ou médicos buscando o Tratou-me com a dureza e o carinho que mereciam a rebeldia
histórico de um paciente, por exemplo), diz Dave Coplin, diretor da e o verdor da minha meninice. Ensinou- me a ler as primeiras sen-
The Envisioners, consultoria de tecnologia sediada no Reino Unido. tenças; me falava do Cura d’Ars e nos dois Franciscos, o de Sales e
A tecnologia mudou bastante a forma como alguns trabalhos são o de Assis; apresentou-me aos contos de Edgar Poe e aos poemas
feitos, e a tendência continuará. Isso ocorre porque um algoritmo de Baudelaire; dizia-me sorrindo versos de Antônio Nobre que ha-
pode executar essas tarefas com mais rapidez e precisão do que um via decorado quando menina; discutia comigo as ideias finais de
humano. Tolstoi; escutava maternalmente meus contos toscos. Quando me
Para evitar a obsolescência, os trabalhadores que cumprem es- desgarrei nos primeiros envolvimentos adolescentes, Maria José,
sas funções precisam desenvolver novas habilidades, como a criati- com irônico afeto, me repetia a advertência de Drummond: “Paulo,
vidade para resolver novos problemas, empatia para se comunicar sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija, amanhã
melhor e responsabilidade. não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém
Edmondson diz que toda profissão vai exigir adaptabilidade e sabe o que será”.
flexibilidade, do setor bancário às artes. Digamos que você é um Logo que me fiz homenzinho, deixou a dureza e se fez minha
contador. Seu QI o ajuda nas provas pelas quais precisa passar para amiga: nada me perguntava, adivinhava tudo.
se qualificar; seu QE contribui na conexão com um recrutador e de- Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice. Com o gosto
pois no relacionamento com colegas e clientes no emprego. Então, espontâneo da qualidade das coisas, renunciou às vaidades mais
quando os sistemas mudam ou os aspectos do trabalho são auto- singelas. Sensível, alegre, aprendeu a encarar o sofrimento de olhos
matizados, você precisa do QA para se acomodar a novos cenários. lúcidos. Fiel à disciplina religiosa, compreendia celestialmente as al-
Ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habili- mas que perdiam o rumo. Fé, Esperança e Caridade eram para ela a
dades existentes diante de novas maneiras de trabalhar. No mundo flecha e o alvo das criaturas.
corporativo, o QA está sendo cada vez mais buscado na hora da
contratação. Uma coisa boa do QA é que, mesmo que seja difícil
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Tornara-se tão íntima da substância terrestre – a dor – que se enfrentar essa ruptura, com aulas ou encontros extras, com anos
fazia difícil para o médico saber o que sentia; acabava dizendo que (letivos) de transição.
doía um pouco, por delicadeza. IDOETA, P.A. 8 lições após um ano de ensino remoto na pan
Capaz de longos jejuns e abstinências, já no final da vida, podia demia. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/noticias/
acompanhar um casal amigo a Copacabana, passar do bar da moda bbc/2021/04/24/8-licoes-apos-um-ano-de-ensino-remoto-na- pan-
ao restaurante diferente, beber dois cafés ou três uísques em santa demia. htm>. Acesso em: 21 jul. 2021. Adaptado.
serenidade e aceitar com alegria o prato exótico.
Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão, admirava No trecho “A importância de cultivar interações entre os estu-
São Paulo e Santo Agostinho, acreditava que era preciso se fazer dantes, mesmo que eles não estejam no mesmo ambiente físico”
violência para entrar no reino celeste. (parágrafo 4), a expressão destacada estabelece com a oração prin-
Poucas horas antes de morrer, pediu um conhaque e sorriu, cipal a relação de
destemida e doce, como quem vai partir para o céu. Santificara-se. (A) condição
Deus era o dia e a noite de seu coração, o Pai, a piedade, o fogo do (B) concessão
espírito. Perdi quem me amava e perdoava, quem me encomen- (C) comparação
dava à compaixão do Criador e me defendia contra o mundo de (D) conformidade
revólver na mão. (E) proporcionalidade
No trecho: “Mas nunca deixou de ter na gaveta o revólver que 7. CESGRANRIO - TBN (CEF)/CEF/”SEM ÁREA”/2021
recebera, menina-e-moça, das mãos do pai, e que empunhou no Orações subordinadas adverbiais
quintal noturno, perseguindo um ladrão”, (parágrafo 2), a oração Relacionamento com o dinheiro
destacada pode ser substituída, sem prejuízo de seu significado, por Desde cedo, começamos a lidar com uma série de situações
(A) por isso perseguia um ladrão. ligadas ao dinheiro. Para tirar melhor proveito do seu dinheiro, é
(B) enquanto perseguia um ladrão. muito importante saber como utilizá-lo da forma mais favorável a
(C) embora perseguisse um ladrão. você. O aprendizado e a aplicação de conhecimentos práticos de
(D) desde que perseguisse um ladrão. educação financeira podem contribuir para melhorar a gestão de
(E) por mais que perseguisse um ladrão. nossas finanças pessoais, tornando nossas vidas mais tranquilas e
equilibradas sob o ponto de vista financeiro.
6. CESGRANRIO - ESC BB/BB/AGENTE DE TECNOLOGIA/2021 Se pararmos para pensar, estamos sujeitos a um mundo finan-
Orações subordinadas adverbiais ceiro muito mais complexo que o das gerações anteriores. No entan-
Lições após um ano de ensino remoto na pandemia to, o nível de educação financeira da população não acompanhou
No momento em que se tornam ainda mais complexas as dis- esse aumento de complexidade. A ausência de educação financeira,
cussões sobre a volta às aulas presenciais, o ensino remoto conti- aliada à facilidade de acesso ao crédito, tem levado muitas pessoas
nua a ser a rotina de muitas famílias, atualmente. ao endividamento excessivo, privando-as de parte de sua renda em
Mas um ano sem precedentes na história veio acompanhado função do pagamento de prestações mensais que reduzem suas ca-
de lições inéditas para professores, alunos e estudiosos. Diante do pacidades de consumir produtos que lhes trariam satisfação.
pouco acesso a planos de dados ou a dispositivos, a alternativa de Infelizmente, não faz parte do cotidiano da maioria das pesso-
muitas famílias e professores tem sido se conectar regularmente via as buscar informações que as auxiliem na gestão de suas finanças.
aplicativos de mensagens. Para agravar essa situação, não há uma cultura coletiva, ou seja,
Uma pesquisa apontou que 83% dos professores mantinham uma preocupação da sociedade organizada em torno do tema. Nas
contato com seus alunos por meio dos aplicativos de mensagens, escolas, pouco ou nada é falado sobre o assunto. As empresas, não
muito mais do que pelas próprias plataformas de aprendizagem. compreendendo a importância de ter seus funcionários alfabeti-
Esse uso foi uma grande surpresa, mas é porque não temos outras zados financeiramente, também não investem nessa área. Similar
ferramentas de massificação. A maior parte do ensino foi feita pelo problema é encontrado nas famílias, nas quais não há o hábito de
celular e, geralmente, por um celular compartilhado (entre vários reunir os membros para discutir e elaborar um orçamento familiar.
membros da família), o que é algo muito desafiador. Igualmente entre os amigos, assuntos ligados à gestão financeira
Outro aspecto a ser considerado é que, felizmente, mensagens pessoal muitas vezes são considerados invasão de privacidade e
direcionadas são uma forma relativamente barata de comunicação. pouco se conversa em torno do tema. Enfim, embora todos lidem
A importância de cultivar interações entre os estudantes, mesmo diariamente com dinheiro, poucos se dedicam a gerir melhor seus
que eles não estejam no mesmo ambiente físico, também é uma recursos.
forma de motivá-los e melhorar seus resultados. Recentemente, A educação financeira pode trazer diversos benefícios, entre os
uma pesquisadora afirmou que “Aprendemos que precisamos dos quais, possibilitar o equilíbrio das finanças pessoais, preparar para o
demais: comparar estratégias, falar com alunos, com outros profes- enfrentamento de imprevistos financeiros e para a aposentadoria,
sores e dar mais oportunidades de trabalho coletivo, mesmo que qualificar para o bom uso do sistema financeiro, reduzir a possibi-
seja cada um na sua casa. Além disso, a pandemia ressaltou a im- lidade de o indivíduo cair em fraudes, preparar o caminho para a
portância do vínculo anterior entre escolas e comunidades”. realização de sonhos, enfim, tornar a vida melhor.
Embora seja difícil prever exatamente como o fechamento das
escolas vai afetar o desenvolvimento futuro dos alunos, educado-
res internacionais estimam que estudantes da educação básica já
foram impactados. É preciso pensar em como agrupar esses alunos
e averiguar os que tiveram ensino mínimo ou nulo e decidir como
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
No trecho do parágrafo 3 “As empresas, não compreendendo Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigan-
a importância de ter seus funcionários alfabetizados financeira- do, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama.
mente, também não investem nessa área”, a oração destacada tem Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.
valor semântico de Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, en-
(A) causa vergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da
(B) proporção boca por acaso. Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.
(C) alternância
(D) comparação LISPECTOR, Clarice. Medo da eternidade.
(E) consequência
A frase que guarda o mesmo sentido do trecho “Até que não
8. CESGRANRIO - TEC CIEN (BASA)/BASA/TECNOLOGIA DA suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o
INFORMAÇÃO/2021 chicle mastigado cair no chão de areia.” é:
Orações reduzidas (A) Até que não suportei mais, e, como atravessei o portão da
Medo da eternidade escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a (B) Até que não suportei mais, e, já que atravessei o portão da
eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não tinha prova- escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
do chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia (C) Até que não suportei mais, e, para que atravessasse o por-
bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o di- tão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão
nheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro de areia.
eu lucraria não sei quantas balas. Afinal minha irmã juntou dinhei- (D) Até que não suportei mais, e, embora atravessasse o portão
ro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de
— Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se areia.
acaba. Dura a vida inteira. (E) Até que não suportei mais, e, quando atravessei o portão da
— Como não acaba? escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
— Parei um instante na rua, perplexa.
— Não acaba nunca, e pronto. 9. CESGRANRIO - TEC BAN (BASA)/BASA/2022
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas, parênteses etc)
de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de- Maior fronteira agrícola do mundo está no bioma amazônico”,
-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase diz pesquisador da Embrapa
não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às O Brasil é um dos poucos países no mundo com a possibilidade
vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só de ampliar áreas com a agropecuária. De fato, um estudo da ONU
para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de mostra que o país será o grande responsável por produzir os ali-
aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do mentos necessários para atender os mais de 9 bilhões de pessoas
qual eu já começara a me dar conta. Com delicadeza, terminei afinal que habitarão o planeta em 2050. De acordo com pesquisadores
pondo o chicle na boca. da Embrapa, a região possui potencial e áreas para ampliação sus-
— E agora que é que eu faço? tentável da agricultura. Portanto, a responsabilidade do agricultor
— Perguntei para não errar no ritual que certamente deveria brasileiro é muito grande.
haver. A região amazônica se mostra promissora para a agricultura,
— Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só pois ela é rica em um insumo fundamental, a água. Estados como
depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a Rondônia e Acre têm municípios que recebem até 2.800 milímetros
vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. Perder a de chuvas por ano. E isso proporciona a qualidade e a possibilidade
eternidade? Nunca. O adocicado do chicle era bonzinho, não podia de semear mais de uma cultura por ano.
dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a Entretanto, as críticas internacionais, quanto ao uso e à am-
escola. pliação da agricultura na região amazônica, são um limitante para a
— Acabou-se o docinho. E agora? exploração dessas áreas. Para cada nova área aberta para a agricul-
— Agora mastigue para sempre. tura, parte deveria ser obrigatoriamente destinada à preservação
Assustei-me, não sabia dizer por quê. Comecei a mastigar e em ambiental, segundo as exigências dos países que compram nossos
breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que produtos agrícolas.
não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia con-
trafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o em-
de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se prego adequado da vírgula está plenamente atendido em:
tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. Eu não quis con- (A) A criação de animais para a produção de alimentos, é de
fessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava afli- grande importância para o sustento de milhares de famílias.
ção. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. Até (B) A floresta Amazônica, apesar de parecer homogênea, pos-
que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um sui muitas diferenças na sua vegetação.
jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia. (C) A melhor maneira de proteger as povoações situadas nas
— Olha só o que me aconteceu! margens dos rios, é procurar soluções que impeçam o comér-
— Disse eu em fingidos espanto e tristeza. cio ilegal.
— Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!
— Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ele não acaba nunca.
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) O estado do Amazonas apresenta, a maior população in- (C) Ele se incomodou, com as grades do Rio.
dígena do Brasil com aproximadamente trinta mil habitantes. (D) Todos os dias que passo pelo Aterro vejo, as árvores cada
(E) O número de estudiosos preocupados com o futuro do pla- vez mais crescidas.
neta, aumentou devido ao aquecimento global. (E) O porteiro, que prende passarinhos em gaiolas, não vê que
o outono fica mais lindo quando estamos livres.
10. CESGRANRIO - TEC CIEN (BASA)/BASA/TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO/2022 11. CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONU-
Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas, parênteses etc) CLEAR/ESPECIALISTA EM PROTEÇÃO RADIOLÓGICA/2022
Uma cena Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas, parênteses etc)
É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa Texto
época qualquer, mas no outono. Outono no Rio. O ar é fino, quase Maria José
frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto, o céu Paulo Mendes Campos
já é de um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conse- Faz um ano que Maria José morreu. Era meiga quase sempre,
guiu vencer os prédios e arrasta seus raios pelo mar, pelas praias, violenta quando necessário. Eu era menino e apanhava de um com-
por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua. E, naquele panheiro maior, quando ela me gritou da sacada se eu não via a
trecho, onde as amendoeiras trançam suas copas, ainda é quase pedra que marcava o gol. Dei uma pedrada no outro e acabei com
madrugada. a briga por milagre.
Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol. Visitava os miseráveis, internava indigentes enfermos, devota-
É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua ca- va-se ao alívio de misérias físicas e morais do próximo, estudava o
deira, na calçada. Na rua tranquila, de pouco movimento, não passa mistério teológico, exigia sempre o mais difícil de si mesma, comun-
quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros, nem gava todos os dias, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco.
pessoas. O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássa- Mas nunca deixou de ter na gaveta o revólver que havia recebido,
ros. Os primeiros, com suas vassouras e mangueiras, conversando menina- e-moça, das mãos do pai, e que empunhou no quintal no-
sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando – dentro ou fora turno, perseguindo um ladrão, para espanto de meus cinco anos.
das gaiolas. Já perto dos setenta anos, ela explicava para um amigo meu
Mas, mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está sen- que tinha chegado à humildade da velhice; já não se importava com
tada muito ereta, com seu vestido estampado, de corte simples, quem tentasse ofendê-la, mas conservava o revólver para a defesa
suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a cumprimentar dos filhos e dos netos.
quem surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repou- Tratou-me com a dureza e o carinho que mereciam a rebeldia
sa, mas também parece pronta a erguer -se num aceno, quando e o verdor da minha meninice. Ensinou- me a ler as primeiras sen-
alguém passar. tenças; me falava do Cura d’Ars e nos dois Franciscos, o de Sales e
É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias. o de Assis; apresentou-me aos contos de Edgar Poe e aos poemas
Parece coisa de antigamente. de Baudelaire; dizia-me sorrindo versos de Antônio Nobre que ha-
Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placi- via decorado quando menina; discutia comigo as ideias finais de
damente em sua cadeira na calçada, observando as manhãs, está Tolstoi; escutava maternalmente meus contos toscos. Quando me
atrás das grades. desgarrei nos primeiros envolvimentos adolescentes, Maria José,
Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem com irônico afeto, me repetia a advertência de Drummond: “Paulo,
vir aqui, ao voltar só teve um choque: as grades. Nada mais o im- sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija, amanhã
pressionou, tudo ele achou normal. Fez comentários vagos sobre não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém
as árvores crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros, sabe o que será”.
tudo sem muita ênfase. Mas e essas grades, me perguntou, por que Logo que me fiz homenzinho, deixou a dureza e se fez minha
todas essas grades? E eu, espantada com seu espanto, eu que de amiga: nada me perguntava, adivinhava tudo.
certa forma já me acostumara à paisagem gradeada, fiquei sem sa- Terna e firme, nunca lhe vi a fraqueza da pieguice. Com o gosto
ber o que dizer. espontâneo da qualidade das coisas, renunciou às vaidades mais
Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora. singelas. Sensível, alegre, aprendeu a encarar o sofrimento de olhos
Todos os dias, o porteiro coloca ali a cadeira para que ela se sente, lúcidos. Fiel à disciplina religiosa, compreendia celestialmente as al-
junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do gradil mas que perdiam o rumo. Fé, Esperança e Caridade eram para ela a
pintado com tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão flecha e o alvo das criaturas.
antigo, se desenrola assim, por trás de barras de ferro, que mesmo Tornara-se tão íntima da substância terrestre – a dor – que se
sendo de alumínio para não enferrujar são de um ferro simbólico, fazia difícil para o médico saber o que sentia; acabava dizendo que
que prende, constrange, restringe. doía um pouco, por delicadeza.
Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de Capaz de longos jejuns e abstinências, já no final da vida, podia
metal, sua figura frágil me fazendo lembrar os passarinhos que os acompanhar um casal amigo a Copacabana, passar do bar da moda
porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvores. ao restaurante diferente, beber dois cafés ou três uísques em santa
serenidade e aceitar com alegria o prato exótico.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o em- Gostava das pessoas erradas, consumidas de paixão, admirava
prego adequado da vírgula está plenamente atendido em: São Paulo e Santo Agostinho, acreditava que era preciso se fazer
(A) O outono que o Rio nos oferece, tem um ar fino, quase frio. violência para entrar no reino celeste.
(B) Uma senhora de cabelos muito brancos, ficava sentada, em
uma cadeira.
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
Poucas horas antes de morrer, pediu um conhaque e sorriu, qual eu já começara a me dar conta. Com delicadeza, terminei afinal
destemida e doce, como quem vai partir para o céu. Santificara-se. pondo o chicle na boca.
Deus era o dia e a noite de seu coração, o Pai, a piedade, o fogo do — E agora que é que eu faço?
espírito. Perdi quem me amava e perdoava, quem me encomen- — Perguntei para não errar no ritual que certamente deveria
dava à compaixão do Criador e me defendia contra o mundo de haver.
revólver na mão. — Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só
depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a
Considerando-se o emprego da vírgula, a frase que está de vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. Perder a
acordo com o padrão formal escrito da língua é eternidade? Nunca. O adocicado do chicle era bonzinho, não podia
(A) Eu que era frágil, sentia-me seguro, em sua presença. dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a
(B) Todos os dias, Maria José lia poemas para seu filho. escola.
(C) Seu desejo, era sempre, estar por perto para me proteger. — Acabou-se o docinho. E agora?
(D) Maria José era uma mulher terna e, ao mesmo tempo firme. — Agora mastigue para sempre.
(E) Nem ela, nem o médico, nem eu, esperávamos aquele des- Assustei-me, não sabia dizer por quê. Comecei a mastigar e em
fecho, triste. breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que
não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia con-
12. CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLE- trafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem
AR/ADMINISTRADOR/2022 de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se
Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas, parênteses etc) tem diante da ideia de eternidade ou de infinito. Eu não quis con-
fessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava afli-
O emprego da vírgula está plenamente de acordo com as exi- ção. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. Até
gências da norma-padrão da Língua Portuguesa em: que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um
(A) Caso sejam priorizadas medidas de proteção ao meio am- jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
biente, a substituição dos lixões por uma forma adequada para — Olha só o que me aconteceu!
tratar o lixo será benéfica. — Disse eu em fingidos espanto e tristeza.
(B) Em todo o mundo há uma preocupação com a maneira de — Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!
descartar o lixo por isso, é sempre preferível corrigir nossos há- — Já lhe disse, repetiu minha irmã, que ele não acaba nunca.
bitos. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigan-
(C) O aterro sanitário apresenta inúmeras vantagens, como a do, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama.
redução da poluição porém, há desvantagens, como o seu alto Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.
custo. Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, en-
(D) O lixo eletrônico encontrado, em televisores, rádios, gela- vergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da
deiras, celulares, pilhas compromete a saúde pública. boca por acaso. Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.
(E) O lixo hospitalar decorrente do atendimento médico a se-
res humanos ou animais, acarreta muitos problemas de saúde A frase que apresenta todas as vírgulas corretamente emprega-
pública. das, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, é:
(A) A menina que descobriu o chicle, também experimentou, a
13. CESGRANRIO - TEC CIEN (BASA)/BASA/TECNOLOGIA DA possibilidade da eternidade.
INFORMAÇÃO/2021 (B) São consideradas maravilhosas, aquelas histórias de prínci-
Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas, parênteses etc) pes e fadas, que vivem eternamente.
Medo da eternidade (C) Aproveitou, a textura, o sabor docinho do chicle, e ainda o
Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a comparou com o mundo impossível da eternidade.
eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não tinha prova- (D) Muitas crianças, quando se deparam com o desconhecido,
do chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia passam a fantasiar sobre ele na tentativa de entendê-lo.
bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o di- (E) Quando as crianças sonham, em serem príncipes, princesas
nheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro e fadas, elas fantasiam sobre viverem felizes para sempre.
eu lucraria não sei quantas balas. Afinal minha irmã juntou dinhei-
ro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: 14. CESGRANRIO - ESC BB/BB/AGENTE COMERCIAL/2021
— Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas, parênteses etc)
acaba. Dura a vida inteira. A palavra salário vem mesmo de “sal”?
— Como não acaba? Vem. A explicação mais popular diz que os soldados da Roma
— Parei um instante na rua, perplexa. Antiga recebiam seu ordenado na forma de sal. Faz sentido. O di-
— Não acaba nunca, e pronto. nheiro como o conhecemos surgiu no século 7 a.C., na forma de
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino discos de metal precioso (moedas), e só foi adotado em Roma 300
de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de- anos depois
-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase Antes disso, o que fazia o papel de dinheiro eram itens não
não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às perecíveis e que tinham demanda garantida: barras de cobre (fun-
vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só damentais para a fabricação de armas), sacas de grãos, pepitas de
para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de ouro (metal favorito para ostentar como enfeite), prata (o ouro de
aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do segunda divisão) e, sim, o sal.
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a solução para o seu concurso!
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Num mundo sem geladeiras, o cloreto de sódio era o que ga- É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua ca-
rantia a preservação da carne. A demanda por ele, então, tendia ao deira, na calçada. Na rua tranquila, de pouco movimento, não passa
infinito. Ter barras de sal em casa funcionava como poupança. Você quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros, nem
poderia trocá-las pelo que quisesse, a qualquer momento. pessoas. O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássa-
As moedas, bem mais portáteis, acabariam se tornando o gran- ros. Os primeiros, com suas vassouras e mangueiras, conversando
de meio universal de troca – seja em Roma, seja em qualquer outro sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando – dentro ou fora
lugar. Mas a palavra “salário” segue viva, como um fóssil etimoló- das gaiolas.
gico. Mas, mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está sen-
Só há um detalhe: não há evidência de que soldados romanos tada muito ereta, com seu vestido estampado, de corte simples,
recebiam mesmo um ordenado na forma de sal. Roma não tinha suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a cumprimentar
um exército profissional no século 4 a.C. A força militar da época quem surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repou-
era formada por cidadãos comuns, que abandonavam seus afaze- sa, mas também parece pronta a erguer -se num aceno, quando
res voluntariamente para lutar em tempos de guerra (questão de alguém passar.
a
sobrevivência). É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias .
A ideia de que havia pagamentos na forma de sal vem do his- Parece coisa de antigamente.
toriador Plínio, o Velho (um contemporâneo de Jesus Cristo). Ele Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placi-
escreveu o seguinte: “Sal era uma das honrarias que os soldados re- damente em sua cadeira na calçada, observando as manhãs, está
cebiam após batalhas bem-sucedidas. Daí vem nossa palavra sala- atrás das grades.
rium.” Ou seja: o sal era um bônus para voluntários, não um salário Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem
para valer. Quando Roma passou a ter uma força militar profissional vir aqui, ao voltar só teve um choque: as grades. Nada mais o im-
e permanente, no século 3 a.C., o soldo já era mesmo pago na for- pressionou, tudo ele achou normal. Fez comentários vagos sobre
ma de moedas. as árvores crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros,
tudo sem muita ênfase. Mas e essas grades, me perguntou, por que
VERSIGNASSI, A. A palavra salário vem mesmo de “sal” VC S/A, todas essas grades? E eu, espantada com seu espanto, eu que de
b
São Paulo: Abril, p. 67, Jun. 2021. Adaptado. certa forma já me acostumara à paisagem gradeada , fiquei sem
saber o que dizer.
O período em que o sinal de dois pontos é empregado para Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora.
introduzir uma enumeração, como no trecho que segue “demanda Todos os dias, o porteiro coloca ali a cadeira para que ela se sentec,
garantida” (parágrafo 2), é: junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do gradil
(A) A remuneração faz parte do conjunto de ganhos de um pintado com tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão
prestador de serviço; ou seja: todos os ganhos auferidos pela antigo, se desenrola assim, por trás de barras de ferro, que mesmo
pessoa compõem sua remuneração. sendo de alumínio para não enferrujar são de um ferro simbólico,
(B) As horas extras, o vale-transporte e o plano de saúde po- que prende, constrange, restringed.
dem fazer parte da remuneração: muitos trabalhadores esco- Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de
lhem seus empregos com base nessas vantagens. metal, sua figura frágil me fazendo lembrar os passarinhos que os
(C) O gerente informou aos candidatos como seria a remune- porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvorese.
ração pelos serviços: “O valor mensal vai depender de diversos
itens, a serem combinados.” A frase na qual o que cumpre somente a função de promover
(D) Muitos itens já fizeram papel de dinheiro: o sal, usado até a continuidade do texto sem acumular a função de retomar um an-
hoje por tribos da Etiópia, a cachaça, utilizada no Brasil colo- tecedente é:
nial, e o bacalhau, antes usado na Escandinávia. (A) “Cena que se repete todos os dias”.
(E) O tabaco também já foi usado como moeda de troca: no sé- (B) “eu que de certa forma já me acostumara à paisagem gra-
culo XVIII, o estado americano de Virginia adotou esse método. deada”.
(C) “Todos os dias, o porteiro coloca ali a cadeira para que ela
15. CESGRANRIO - TEC CIEN (BASA)/BASA/TECNOLOGIA DA se sente”.
INFORMAÇÃO/2022 (D) “são de um ferro simbólico, que prende, constrange, res-
Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores - tringe.”
Pronomes relativos, Conjunções etc) (E) “os passarinhos que os porteiros guardam nas gaiolas, pen-
Uma cena durados nas árvores.”
É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa
época qualquer, mas no outono. Outono no Rio. O ar é fino, quase 16. CESGRANRIO - PNS (ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLE-
frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto, o céu AR/ADMINISTRADOR/2022
já é de um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conse- Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos Conectores -
guiu vencer os prédios e arrasta seus raios pelo mar, pelas praias, Pronomes relativos, Conjunções etc)
por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua. E, naquele Texto
trecho, onde as amendoeiras trançam suas copas, ainda é quase Entulho eletrônico: risco iminente para a saúde e o ambiente
madrugada. Os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (lixo eletroele-
Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol. trônico) são, por definição, produtos que têm componentes elétri-
cos e eletrônicos e que, por razões de obsolescência (perspectiva
ou programada) e impossibilidade de conserto, são descartados
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a solução para o seu concurso!
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pelos consumidores. Os exemplos mais comuns são televisores e que habitarão o planeta em 2050. De acordo com pesquisadores
equipamentos de informática e telefonia, mas a lista inclui eletro- da Embrapa, a região possui potencial e áreas para ampliação sus-
domésticos, equipamentos médicos, brinquedos, sistemas de alar- tentável da agricultura. Portanto, a responsabilidade do agricultor
me, automação e controle. brasileiro é muito grande.
Obsolescência programada é a decisão intencional de fabricar A região amazônica se mostra promissora para a agricultura,
um produto que se torne obsoleto ou não funcional após certo tem- pois ela é rica em um insumo fundamental, a água. Estados como
po, para forçar o consumidor a comprar uma nova geração desse Rondônia e Acre têm municípios que recebem até 2.800 milímetros
produto. Já a obsolescência perspectiva é uma forma de reduzir a de chuvas por ano. E isso proporciona a qualidade e a possibilidade
vida útil de produtos ainda funcionais. Nesse caso, são lançadas no- de semear mais de uma cultura por ano.
vas gerações com aparência inovadora e pequenas mudanças fun- Entretanto, as críticas internacionais, quanto ao uso e à am-
cionais, dando à geração em uso aspecto de ultrapassada, o que pliação da agricultura na região amazônica, são um limitante para
induz o consumidor à troca. a exploração dessas áreas. Para cada nova área aberta para a agri-
O lixo eletroeletrônico é mais um desafio que se soma aos pro- cultura, partedeveria ser obrigatoriamente destinada à preservação
blemas ambientais da atualidade. O consumidor raramente reflete ambiental, segundo as exigências dos países que compram nossos
sobre as consequências do consumo crescente desses produtos, produtos agrícolas.
preocupando- se em satisfazer suas necessidades. Afinal, eletroele-
trônicos são tidos como sinônimos de melhor qualidade de vida, e a POPOV, Daniel. Canal Rural. Disponível em: https://www.
explosão da indústria da informação é uma força motriz da socieda- canalrural. com.br/projeto-soja-brasil/noticia/maior-fronteira-a-
de, oferecendo ferramentas para rápidos avanços na economia e no gricola- -mundo-amazonia-embrapa/. 19 set. 2019. Acesso em: 30
desenvolvimento social. O mundo globalizado impõe uma constan- nov. 2021. Adaptado.
te busca de informações em tempo real, e a sua interação com no-
vas tecnologias traz maiores oportunidades e benefícios, segundo De acordo com o texto, para atender às exigências internacio-
estudo da Organização das Nações Unidas (ONU). Tudo isso exerce nais, o país deve
um fascínio irresistível para os jovens. (A) conscientizar os agricultores da necessidade de ampliar
Dois aspectos justificam a inclusão dos eletroeletrônicos entre seus negócios.
as preocupações da ONU: as vendas crescentes, em especial nos (B) diversificar os tipos de culturas que exigem a utilização de
mercados emergentes (inclusive o Brasil), e a presença de metais muita água.
e substâncias tóxicas em muitos componentes, trazendo risco à (C) garantir a destinação de terras a atividades de preservação
saúde e ao meio ambiente. Segundo a ONU, são gerados hoje 150 ambiental.
milhões de toneladas de lixo eletroeletrônico por ano, e esse tipo (D) liberar as áreas de cultivo de produtos agrícolas na região
de resíduo cresce a uma velocidade três a cinco vezes maior que a amazônica.
do lixo urbano. (E) restringir as terras amazônicas ao desenvolvimento da pe-
cuária.
AFONSO, J. C. Revista Ciência Hoje, n. 314, maio 2014. São
Paulo: SBPC. Disponível em: https://cienciahoje.periodicos.capes. 18. CESGRANRIO - TEC CIEN (BASA)/BASA/TECNOLOGIA DA
gov.br/storage/acervo/ch/ch_314.pdf. Adaptado. INFORMAÇÃO/2022
Interpretação de Textos (compreensão)
No texto, o referente do termo ou expressão em destaque está Uma cena
corretamente explicitado, entre colchetes, no trecho: É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa
(A) “Nesse caso, são lançadas novas gerações com aparência época qualquer, mas no outono. Outono no Rio. O ar é fino, quase
inovadora e pequenas mudanças funcionais.” [obsolescência frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto, o céu
programada] - parágrafo 2 já é de um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conse-
(B) “O consumidor raramente reflete sobre as consequências guiu vencer os prédios e arrasta seus raios pelo mar, pelas praias,
do consumo crescente desses produtos”. [lixo eletroeletrôni- por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua. E, naquele
co] - parágrafo 3 trecho, onde as amendoeiras trançam suas copas, ainda é quase
(C) “preocupando-se em satisfazer suas necessidades.” [consu- madrugada.
midor] - parágrafo 3 Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.
(D) “e sua interação com novas tecnologias traz maiores opor- É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua ca-
tunidades e benefícios”. [constante busca] - parágrafo 3 deira, na calçada. Na rua tranquila, de pouco movimento, não passa
(E) “e esse tipo de resíduo cresce a uma velocidade” [substân- quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros, nem
cias tóxicas] - parágrafo 4 pessoas. O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássa-
ros. Os primeiros, com suas vassouras e mangueiras, conversando
17. CESGRANRIO - TEC BAN (BASA)/BASA/2022 sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando – dentro ou fora
Interpretação de Textos (compreensão) das gaiolas.
“Maior fronteira agrícola do mundo está no bioma amazônico”, Mas, mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está
diz pesquisador da Embrapa sentada muito ereta, com seu vestidoestampado, de corte simples,
O Brasil é um dos poucos países no mundo com a possibilidade suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a cumprimentar
de ampliar áreas com a agropecuária. De fato, um estudo da ONU quem surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repou-
mostra que o país será o grande responsável por produzir os ali- sa, mas também parece pronta a erguer -se num aceno, quando
mentos necessários para atender os mais de 9 bilhões de pessoas alguém passar.
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a solução para o seu concurso!
LÍNGUA PORTUGUESA
É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias. Mas, mesmo com tão pouco movimento, a senhora já está sen-
Parece coisa de antigamente. tada muito ereta, com seu vestido estampado, de corte simples,
Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placi- suas sandálias. Tem o olhar atento, o sorriso pronto a cumprimentar
damente em sua cadeira na calçada, observando as manhãs, está quem surja. No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repou-
atrás das grades. sa, mas também parece pronta a erguer -se num aceno, quando
Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem alguém passar.b
vir aqui, ao voltar só teve um choque: as grades. Nada mais o im- É uma cena bonita, eu acho. Cena que se repete todos os dias.
pressionou, tudo ele achou normal. Fez comentários vagos sobre Parece coisa de antigamente.
as árvores crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros, Parece. Não fosse por um detalhe. A senhora, sentada placi-
tudo sem muita ênfase. Mas e essas grades, me perguntou, por que damente em sua cadeira na calçada, observando as manhãs, está
todas essas grades? E eu, espantada com seu espanto, eu que de atrás das grades.
certa forma já me acostumara à paisagem gradeada, fiquei sem sa- Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos sem
ber o que dizer. vir aqui, ao voltar só teve um choque: as gradesd. Nada mais o im-
Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhora. pressionou, tudo ele achou normal. Fez comentários vagos sobre
Todos os dias, o porteiro coloca ali a cadeira para que ela se sente, as árvores crescidas no Aterro, sobre o excesso de gente e carros,
junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do gradil tudo sem muita ênfase. Mas e essas grades, me perguntou, por que
pintado com tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão todas essas grades? E eu, espantada com seu espanto, eu que de
antigo, se desenrola assim, por trás de barras de ferro, que mesmo certa forma já me acostumara à paisagem gradeada, fiquei sem sa-
sendo de alumínio para não enferrujar são de um ferro simbólico, ber o que dizer.
que prende, constrange, restringe. Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senhorae.
Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de Todos os dias, o porteiro coloca ali a cadeira para que ela se sente,
metal, sua figura frágil me fazendo lembrar os passarinhos que os junto ao jardim, em frente à portaria, por trás da proteção do gradil
porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvores. pintado com tinta cor de cobre. E essa cena tão singela, de sabor tão
antigo, se desenrola assim, por trás de barras de ferro, que mesmo
SEIXAS, Heloisa. Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001. sendo de alumínio para não enferrujar são de um ferro simbólico,
que prende, constrange, restringe.
Esse texto, que se inicia a partir do cotidiano de uma velha se- Eu, da calçada, vejo-a sempre por entre as tiras verticais de
nhora que tem por hábito sentar-se na calçada observando as ma- metal, sua figura frágil me fazendo lembrar os passarinhos que os
nhãs, constrói uma crítica porteiros guardam nas gaiolas, pendurados nas árvores. O texto
(A) ao abandono dos idosos que, na velhice, se veem sozinhos, apresenta-se dividido em dois momentos: o primeiro, em que o
sem o apoio e o carinho de sua família. narrador descreve minuciosamente a cena observada; e o segundo,
(B) ao excesso de pessoas e carros nas ruas, que somente é per- em que o narrador se aproxima mais do leitor, estabelecendo, com
cebido por quem se afasta da cidade por um tempo e retorna. ele, uma quase conversa e colocando-se explicitamente no texto. O
(C) às cenas diárias que repetem costumes do passado, que há início do segundo momento se dá com o trecho:
muito já deveriam ter sido abandonados pela população. (A) “Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol.”
(D) às grades, que hoje dominam o cenário das cidades e que (B) “No braço da cadeira de plástico branco, sua mão repousa,
foram sendo colocadas aos poucos ao redor de todos nós. mas também parece pronta a erguer-se num aceno, quando
(E) às autoridades de segurança pública, que não atuam em alguém passar.”
prol do direito de ir e vir, sem riscos, da população. (C) “É uma cena bonita, eu acho.”
(D) “Meu irmão, que foi morar fora do Brasil e ficou 15 anos
19. CESGRANRIO - TEC CIEN (BASA)/BASA/TECNOLOGIA DA sem vir aqui, ao voltar só teve um choque: as grades.”
INFORMAÇÃO/2022 (E) “Penso nisso agora, ao passar pela rua e ver aquela senho-
Interpretação de Textos (compreensão) ra.”
Uma cena
É de manhã. Não num lugar qualquer, mas no Rio. E não numa 20. CESGRANRIO - PNMO (ELETRONUCLEAR)/ELETRONU-
época qualquer, mas no outono. Outono no Rio. O ar é fino, quase CLEAR/ESPECIALISTA EM PROTEÇÃO RADIOLÓGICA/2022
frio, as pedras portuguesas da calçada estão úmidas. No alto, o céu Interpretação de Textos (compreensão)
já é de um azul escandaloso, mas o sol oblíquo ainda não conse- Texto
guiu vencer os prédios e arrasta seus raios pelo mar, pelas praias, Maria José
por cima das montanhas, longe dali. Não chegou à rua. E, naquele Paulo Mendes Campos
trecho, onde as amendoeiras trançam suas copas, ainda é quase Faz um ano que Maria José morreu. Era meiga quase sempre,
madrugada. violenta quando necessário. Eu era menino e apanhava de um com-
a
Mesmo assim, ela já está lá – como se à espera do sol. panheiro maior, quando ela me gritou da sacada se eu não via a
É uma senhora de cabelos muito brancos, sentada em sua ca- pedra que marcava o gol. Dei uma pedrada no outro e acabei com
deira, na calçada. Na rua tranquila, de pouco movimento, não passa a briga por milagre.
quase ninguém a essa hora, tão de manhãzinha. Nem carros, nem Visitava os miseráveis, internava indigentes enfermos, devota-
pessoas. O que há mais é o movimento dos porteiros e dos pássa- va-se ao alívio de misérias físicas e morais do próximo, estudava o
ros. Os primeiros, com suas vassouras e mangueiras, conversando mistério teológico, exigia sempre o mais difícil de si mesma, comun-
sobre o futebol da véspera. Os segundos, cantando – dentro ou fora gava todos os dias, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco.
das gaiolas. Mas nunca deixou de ter na gaveta o revólver que havia recebido,
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MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E
QUANTITATIVO
Intervalos reais
O conjunto dos números reais possui subconjuntos chamados
intervalos, determinados por meio de desigualdades. Dados os
números a e b, com a < b, temos os seguintes intervalos:
– Bolinha aberta: representa o intervalo aberto (excluindo o
número), utilizando os símbolos:
> ;< ; ] ; [
Lembrando que N Ϲ Z Ϲ Q, podemos construir o diagrama – Bolinha fechada: representa o intervalo fechado (incluindo o
abaixo: número), utilizando os símbolos:
≥;≤;[;]
a) Em algumas situações, é necessário registrar numericamente variações de valores em sentidos opostos, ou seja, maiores ou
acima de zero (positivos), como as medidas de temperatura ou valores em débito ou em haver, etc. Esses números, que se estendem
indefinidamente tanto para o lado direito (positivos) quanto para o lado esquerdo (negativos), são chamados números relativos.
b) O valor absoluto de um número relativo é o valor numérico desse número sem levar em consideração o sinal.
c) O valor simétrico de um número é o mesmo numeral, diferindo apenas no sinal.
Exemplos:
1) Na figura abaixo, o ponto que melhor representa a diferença na reta dos números reais é:
(A) P.
(B) Q.
(C) R.
(D) S.
Solução: Resposta: A.
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MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
É correto afirmar que: 6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o valor do
A) I, II e III são verdadeiras. expoente, o resultado será igual a zero.
B) apenas I e II são verdadeiras.
C) I, II e III são falsas.
D) apenas II e III são falsas.
Solução: Resposta: C.
I. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
II. Falso, pois m é Real e pode ser negativo. Propriedades
III. Falso, pois m é Real e pode ser positivo. 1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de mesma
base, repete-se a base e soma os expoentes.
Potenciação Exemplos:
Multiplicação de fatores iguais 24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
2³=2.2.2=8
Casos
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56
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MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Radiciação a na
Radiciação é a operação inversa a potenciação * *
=
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R , n ∈ N , então: n
+
b nb
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente indicado
é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos termos do
radicando.
Técnica de Cálculo
A determinação da raiz quadrada de um número torna-se mais
fácil quando o algarismo se encontra fatorado em números primos.
Veja:
64 2 Operações
32 2
16 2
8 2
4 2
Operações
2 2
1
Multiplicação
64=2.2.2.2.2.2=26
Exemplo
Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-se” um
e multiplica.
Divisão
Observe:
1 1
1 Exemplo
3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
De modo geral, se
a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * , Adição e subtração
8 2 20 2
n
a.b = n a .n b
4 2 10 2
O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado é 2 2 5 5
igual ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do radi- 1 1
cando.
1 1 Caso tenha:
2 2 2 2 2
2
Observe: = = 1 = Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.
3 3 3
32
Racionalização de Denominadores
Normalmente não se apresentam números irracionais com
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
radicais no denominador. Ao processo que leva à eliminação dos Portanto, os múltiplos de 2 são:
radicais do denominador chama-se racionalização do denominador. M(2) = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24}
1º Caso: Denominador composto por uma só parcela
Observe que listamos somente os 12 primeiros números, mas
poderíamos ter listado quantos fossem necessários, pois a lista
de múltiplos é gerada pela multiplicação do número por todos os
inteiros. Assim, o conjunto dos múltiplos é infinito.
Para verificar se um número é múltiplo de outro, é necessário
encontrar um número inteiro de forma que a multiplicação entre
eles resulte no primeiro número. Em outras palavras, a é múltiplo
de b se existir um número inteiro k tal que a=b⋅k. Veja os exemplos:
2º Caso: Denominador composto por duas parcelas. – O número 49 é múltiplo de 7, pois existe número inteiro que,
multiplicado por 7, resulta em 49. 49 = 7 · 7
– O número 324 é múltiplo de 3, pois existe número inteiro
que, multiplicado por 3, resulta em 324.
324 = 3 · 108
Devemos multiplicar de forma que obtenha uma diferença de – O número 523 não é múltiplo de 2, pois não existe número
quadrados no denominador: inteiro que, multiplicado por 2, resulte em 523.
523 = 2 · ?”
– Múltiplos de 4
Como observamos, para identificar os múltiplos do número 4, é
MÚLTIPLOS E DIVISORES necessário multiplicar o 4 por números inteiros. Portanto:
Os conceitos de múltiplos e divisores de um número natural 4·1=4
podem ser estendidos para o conjunto dos números inteiros1. Ao 4·2=8
abordar múltiplos e divisores, estamos nos referindo a conjuntos 4 · 3 = 12
numéricos que satisfazem certas condições. Múltiplos são obtidos 4 · 4 = 16
pela multiplicação por números inteiros, enquanto divisores são 4 · 5 = 20
números pelos quais um determinado número é divisível. 4 · 6 = 24
Esses conceitos conduzem a subconjuntos dos números 4 · 7 = 28
inteiros, pois os elementos dos conjuntos de múltiplos e divisores 4 · 8 = 32
pertencem ao conjunto dos números inteiros. Para compreender 4 · 9 = 36
o que são números primos, é fundamental ter uma compreensão 4 · 10 = 40
sólida do conceito de divisores. 4 · 11 = 44
4 · 12 = 48
Múltiplos de um Número
Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, o número a ...
é múltiplo de b se, e somente se, existir um número inteiro k tal
que a=b⋅k. Portanto, o conjunto dos múltiplos de a é obtido Portanto, os múltiplos de 4 são:
multiplicando a por todos os números inteiros, e os resultados M(4) = {4, 8, 12, 16, 20. 24, 28, 32, 36, 40, 44, 48, … }
dessas multiplicações são os múltiplos de a.
Por exemplo, podemos listar os 12 primeiros múltiplos de 2 Divisores de um Número
da seguinte maneira, multiplicando o número 2 pelos 12 primeiros Sejam a e b dois números inteiros conhecidos, vamos dizer que
números inteiros: 2⋅1,2⋅2,2⋅3,…,2⋅12 b é divisor de a se o número b for múltiplo de a, ou seja, a divisão
Isso resulta nos seguintes múltiplos de 2: 2,4,6,…,24 entre b e a é exata (deve deixar resto 0).
2·1=2 Veja alguns exemplos:
2·2=4 – 22 é múltiplo de 2, então, 2 é divisor de 22.
2·3=6 – 121 não é múltiplo de 10, assim, 10 não é divisor de 121.
2·4=8
2 · 5 = 10 CRITÉRIOS DE DIVISIBILIDADE
2 · 6 = 12 Critérios de divisibilidade são diretrizes práticas que permitem
2 · 7 = 14 determinar se um número é divisível por outro sem realizar a
2 · 8 = 16 operação de divisão.
2 · 9 = 18 – Divisibilidade por 2 ocorre quando um número termina em 0,
2 · 10 = 20 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando é um número par.
2 · 11 = 22 – A divisibilidade por 3 ocorre quando a soma dos valores
2 · 12 = 24 absolutos dos algarismos de um número é divisível por 3.
– Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando seus
1 https://brasilescola.uol.com.br/matematica/multiplos-divisores.htm dois últimos algarismos formam um número divisível por 4.
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MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Exemplos:
1) O número de divisores positivos do número 40 é:
(A) 8
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MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
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MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
AxD=BxC
RAZÃO Ou
Exemplo: Ou
Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25 moças.
Encontre a razão entre o número de rapazes e o número de moças.
(lembrando que razão é divisão)
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MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Diretamente Proporcionais
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn direta-
mente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema
Ou com n equações e n incógnitas, sendo as somas X1+X2+...+Xn=M e
p1+p2+...+pn=P.
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MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Exemplos:
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de areia. Em
5 horas, quantos caminhões serão necessários para descarregar
125m³?
cuja solução segue das propriedades das proporções: Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as
grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as grandezas de es-
pécies diferentes que se correspondem:
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
• Divisão em várias partes diretamente proporcionais: para decompor um número M em partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcio-
nais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas x1 + x2 + ... + xn= M e p1 + p2 + ... + pn = P:
• Divisão em várias partes inversamente proporcionais: para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn inversamente propor-
cionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor este número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. A montagem
do sistema com n equações e n incógnitas, assume que x1 + x2 + ... + xn= M:
• Divisão em n partes direta e inversamente proporcionais: para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente pro-
porcionais a p1, p2, ..., pn e inversamente proporcionais a q1, q2, ..., qn, basta decompor este número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente
proporcionais a p1/q1, p2/q2, ..., pn/qn.
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas exige que x1 + x2 + ... + xn = M:
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Resolução:
2x + 7x + 6x + 6000 = 36000
15x = 30000
x = 2000
Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se dedi-
cou 3 anos a empresa, pois 2000.3 = 6000
Exemplos: Resposta: D
(PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – IMA)
Uma herança de R$ 750.000,00 deve ser repartida entre três her- (SABESP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC) Uma empresa
deiros, em partes proporcionais a suas idades que são de 5, 8 e 12 quer doar a três funcionários um bônus de R$ 45.750,00. Será feita
anos. O mais velho receberá o valor de: uma divisão proporcional ao tempo de serviço de cada um deles. Sr.
(A) R$ 420.000,00 Fortes trabalhou durante 12 anos e 8 meses. Sra. Lourdes trabalhou
(B) R$ 250.000,00 durante 9 anos e 7 meses e Srta. Matilde trabalhou durante 3 anos
(C) R$ 360.000,00 e 2 meses. O valor, em reais, que a Srta. Matilde recebeu a menos
(D) R$ 400.000,00 que o Sr. Fortes é
(E) R$ 350.000,00 (A) 17.100,00.
(B) 5.700,00.
Resolução: (C) 22.800,00.
5x + 8x + 12x = 750.000 (D) 17.250,00.
25x = 750.000 (E) 15.000,00.
x = 30.000
O mais velho receberá: 12⋅30000=360000 Resolução:
Resposta: C * Fortes: 12 anos e 8 meses = 12.12 + 8 = 144 + 8 = 152 meses
* Lourdes: 9 anos e 7 meses = 9.12 + 7 = 108 + 7 = 115 meses
(TRF 3ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC) Quatro funcionários di- * Matilde: 3 anos e 2 meses = 3.12 + 2 = 36 + 2 = 38 meses
vidirão, em partes diretamente proporcionais aos anos dedicados * TOTAL: 152 + 115 + 38 = 305 meses
para a empresa, um bônus de R$36.000,00. Sabe-se que dentre * Vamos chamar a quantidade que cada um vai receber de F,
esses quatro funcionários um deles já possui 2 anos trabalhados, L e M.
outro possui 7 anos trabalhados, outro possui 6 anos trabalhados e
o outro terá direito, nessa divisão, à quantia de R$6.000,00. Dessa
maneira, o número de anos dedicados para a empresa, desse últi-
mo funcionário citado, é igual a
(A) 5.
(B) 7.
(C) 2. Agora, vamos calcular o valor que M e F receberam:
(D) 3.
(E) 4.
Resolução:
2x + 7x + 6x + 6000 = 36000
15x = 30000
x = 2000 M = 38 . 150 = R$ 5 700,00
Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se dedi-
cou 3 anos a empresa, pois 2000.3 = 6000
Resposta: D
(C) R$ 48.000,00
(D) R$ 24.000,00
(E) R$ 30.000,00
Resolução:
MÉDIA ARITMÉTICA
Ela se divide em:
Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANALISTA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) Na festa
de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de João estavam presentes. A idade de João nessa ocasião representava 2 vezes a média
aritmética da idade de seus filhos, e a razão entre a soma das idades deles e a idade de João valia
(A) 1,5.
(B) 2,0.
(C) 2,5.
(D) 3,0.
(E) 3,5.
Resolução:
Foi dado que: J = 2.M
(I)
Foi pedido:
Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Exemplo:
A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e 345, é
dada por:
G = R4[12 ×64×126×345] = 76,013
PORCENTAGEM
Resposta: E Este termo se refere a uma fração cujo denominador é 100, seu
símbolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que a encontra-
• Ponderada: é a soma dos produtos de cada elemento multi- mos nos meios de comunicação, nas estatísticas, em máquinas de
plicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos. calcular, etc.
Para o cálculo
Os acréscimos e os descontos é importante saber porque ajuda
muito na resolução do exercício.
Acréscimo
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determina-
do valor, podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse
ATENÇÃO: A palavra média, sem especificações (aritmética ou valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for
ponderada), deve ser entendida como média aritmética. de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja a tabela
abaixo:
Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – PRO-
GRAMADOR DE COMPUTADOR – FIP) A média semestral de um cur- ACRÉSCIMO OU LUCRO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO
so é dada pela média ponderada de três provas com peso igual a 1 10% 1,10
na primeira prova, peso 2 na segunda prova e peso 3 na terceira.
Qual a média de um aluno que tirou 8,0 na primeira, 6,5 na segunda 15% 1,15
e 9,0 na terceira? 20% 1,20
(A) 7,0
47% 1,47
(B) 8,0
(C) 7,8 67% 1,67
(D) 8,4
(E) 7,2 Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos:
Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos: A equação do 1º grau é apresentada da seguinte forma:
10 X 0,90 = R$ 9,00
Chamamos de lucro em uma transação comercial de compra e É importante dizer que a e b representam qualquer número real
venda a diferença entre o preço de venda e o preço de custo. e a é diferente de zero (a 0). A incógnita x pode ser representada por
Lucro=preço de venda -preço de custo qualquer letra, contudo, usualmente, utilizamos x ou y como valor
a ser encontrado para o resultado da equação. O primeiro membro
Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem de duas da equação são os números do lado esquerdo da igualdade, e o
formas: segundo membro, o que estão do lado direito da igualdade.
Resolução
45------100%
X-------60% 2° exemplo:
X=27
O menor número de meninas possíveis para ter gripe é se to- O número que está do mesmo lado de x é o 12 e ele está
dos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2 meninas estão. subtraindo. Nesse exemplo, ele vai para o outro lado da igualdade
com a operação inversa, que é a soma:
Resposta: C.
3° exemplo:
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Exemplos:
— Propriedade Fundamental das Equações
a) Resolvendo a inequação 3x + 19 < 40.
A propriedade fundamental das equações é também chamada
Para resolver a inequação devemos isolar o x, passando o 19 e
de regra da balança. Não é muito utilizada no Brasil, mas tem
o 3 para o outro lado da desigualdade.
a vantagem de ser uma única regra. A ideia é que tudo que for
Lembrando que ao mudar de lado devemos trocar a operação.
feito no primeiro membro da equação deve também ser feito no
Assim, o 19 que estava somando, passará diminuindo e o 3 que
segundo membro com o objetivo de isolar a incógnita para se obter
estava multiplicando passará dividindo.
o resultado. Veja a demonstração nesse exemplo:
3x < 40 -19
x < 21/3
x<7
Começaremos com a eliminação do número 12. Como ele
está somando, vamos subtrair o número 12 nos dois membros da b) Como resolver a inequação 15 - 7x ≥ 2x - 30?
equação: Quando há termos algébricos (x) dos dois lados da desigualdade,
devemos juntá-los no mesmo lado.
Ao fazer isso, os números que mudam de lado têm o sinal
alterado.
15 - 7x ≥ 2x - 30
Para finalizar, o número 3 que está multiplicando a incógnita
- 7x - 2 x ≥ - 30 -15
será dividido por 3 nos dois membros da equação:
- 9x ≥ - 45
Inequação é uma sentença matemática que apresenta pelo Portanto, a solução dessa inequação é x ≤ 5.
menos um valor desconhecido (incógnita) e representa uma
desigualdade2. — Resolução usando o gráfico da inequação
Nas inequações usamos os símbolos: Outra forma de resolver uma inequação é fazer um gráfico no
> maior que plano cartesiano.
< menor que No gráfico, fazemos o estudo do sinal da inequação identificando
≥ maior que ou igual que valores de x transformam a desigualdade em uma sentença
≤ menor que ou igual verdadeira.
Para resolver uma inequação usando esse método devemos
Exemplos: seguir os passos:
a) 3x - 5 > 62 1º) Colocar todos os termos da inequação em um mesmo lado.
b) 10 + 2x ≤ 20 2º) Substituir o sinal da desigualdade pelo da igualdade.
3º) Resolver a equação, ou seja, encontrar sua raiz.
2 https://www.todamateria.com.br/inequacao/ 4º) Fazer o estudo do sinal da equação, identificando os valores
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
3x + 19 - 40 < 0
3x - 21 < 0
x = 21/3
x = 7 (raiz da equação)
Raiz da função
Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor em que a
reta cruza o eixo x, para isso consideremos o valor de y igual a zero,
pois no momento em que a reta intersecta o eixo x, y = 0. Observe a
representação gráfica a seguir:
Identificamos que os valores < 0 (valores negativos) são os
valores de x < 7. O valor encontrado coincide com o valor que
encontramos ao resolver diretamente (exemplo a, anterior).
FUNÇÃO DO 1º GRAU
A função do 1° grau relacionará os valores numéricos obtidos
de expressões algébricas do tipo (ax + b), constituindo, assim, a fun-
ção f(x) = ax + b.
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MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Observe a presença de um sinal ± na fórmula de Bhaskara. 3º passo: encontrar o valor de x1 e x2 analisando a equação.
Esse sinal indica que deveremos fazer um cálculo para √Δ positivo Nesse caso, estamos procurando dois números cujo produto
e outro para √Δ negativo. Ainda no exemplo 4x2 – 4x – 24 = 0, seja igual a 6 e a soma seja igual a 5.
substituiremos seus coeficientes e seu discriminante na fórmula de Os números cuja multiplicação é igual a 6 são:
Bhaskara: I. 6 x 1 = 6
II. 3 x 2 =6
III. (-6) x (-1) = 6
IV. (-3) x (-2) = 6
Então, as soluções dessa equação são 3 e – 2, e seu conjunto de Em cada caso, é possível utilizar métodos diferentes para
solução é: S = {3, – 2}. encontrar o conjunto de soluções da equação. Por mais que seja
possível resolvê-la utilizando a fórmula de Bhaskara, os métodos
— Soma e Produto específicos de cada equação incompleta acabam sendo menos
Nesse método é importante conhecer os divisores de um trabalhosos. A diferença entre a equação completa e a equação
número. Ele se torna interessante quando as raízes da equação são incompleta é que naquela todos os coeficientes são diferentes de 0,
números inteiros, porém, quando são um número decimal, esse já nesta pelo menos um dos seus coeficientes é zero.
método fica bastante complicado.
A soma e o produto é uma relação entre as raízes x1 e x2 da Como Resolver Equações do 2º Grau Incompletas
equação do segundo grau, logo devemos buscar quais são os Para encontrar as soluções de uma equação do 2º grau, é
possíveis valores para as raízes que satisfazem a seguinte relação: bastante comum a utilização da fórmula de Bhaskara, porém
existem métodos específicos para cada um dos casos de equações
incompletas, a seguir veremos cada um deles.
Quando c = 0
Quando o c = 0, a equação do 2º grau é incompleta e é uma
equação do tipo ax² + bx = 0. Para encontrar seu conjunto de
soluções, colocamos a variável x em evidência, reescrevendo essa
Exemplo: Encontre as soluções para a equação x² – 5x + 6 = 0.
equação como uma equação produto. Vejamos um exemplo a
1º passo: encontrar a, b e c.
seguir.
a=1
Exemplo: Encontre as soluções da equação 2x² + 5x = 0.
b = -5
1º passo: colocar x em evidência.
c=6
Reescrevendo a equação colocando x em evidência, temos que:
2x² + 5x = 0
2º passo: substituir os valores de a, b e c na fórmula.
x · (2x + 5) = 0
2x + 5 = 0 b=-1
2x = -5 c=-6
x = -5/2
Utilizamos a fórmula de Bhaskara (Δ = b² - 4ac) e substituímos
Então encontramos as duas soluções da equação, x = 0 ou x = pelos valores dos coeficientes:
-5/2.
Δ = (- 1)² - 4 . 1 . (- 6)
Quando b = 0 Δ = 1 + 24
Quando b = 0, encontramos uma equação incompleta do tipo Δ = 25
ax² + c = 0. Nesse caso, vamos isolar a variável x até encontrar as
possíveis soluções da equação. Vejamos um exemplo: Continuando na fórmula de Bhaskara, substituímos novamente
Exemplo: Encontre as soluções da equação 3x² – 12 = 0. pelos valores dos nossos coeficientes:
Para encontrar as soluções, vamos isolar a variável.
3x² – 12 = 0
3x² = 12
x² = 12 : 3
x² = 4
Quando b = 0 e c = 0
Quando tanto o coeficiente b quanto o coeficiente c são iguais
a zero, a equação será do tipo ax² = 0 e terá sempre como única
solução x = 0. Vejamos um exemplo a seguir.
Exemplo:
3x² = 0
x² = 0 : 3
x² = 0 As raízes da equação são -2 e 3. Como o coeficiente a da
x = ±√0 equação do 2º grau é positivo, seu gráfico terá a concavidade
x = ±0 voltada para cima.
x=0
INEQUAÇÃO DO 2º GRAU
Exemplo: Resolvendo a inequação x² - x - 6 < 0. Pelo gráfico, observamos que os valores que satisfazem a
inequação são: - 2 < x < 3.
Para resolver uma inequação do segundo grau é preciso Podemos indicar a solução usando a seguinte notação:
encontrar valores cuja expressão do lado esquerdo do sinal < dê
uma solução menor do que 0 (valores negativos).
Primeiro, identifique os coeficientes:
a=1
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Raízes
FUNÇÃO DO 2º GRAU
Em geral, uma função quadrática ou polinomial do segundo
grau tem a seguinte forma:
f(x)=ax²+bx+c, onde a≠0
f(x)=a(x-x1)(x-x2)
Vértices e Estudo do Sinal
É essencial que apareça ax² para ser uma função quadrática e Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e
deve ser o maior termo. um ponto de mínimo V; quando a < 0, a parábola tem concavidade
voltada para baixo e um ponto de máximo V.
Concavidade
A concavidade da parábola é para cima se a>0 e para baixo se
a<0 Em qualquer caso, as coordenadas de V são .
Veja os gráficos:
Discriminante(∆)
∆ = b²-4ac
∆>0
∆=0
Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
EQUAÇÃO EXPONENCIAL 3x = 1
x = 0 ou
Chama-se equação exponencial6, toda equação onde a variável
x se encontra no expoente. 3x = 3 1
x=1
Exemplos
S = {0,1}
Exemplos
C) 4x + 4 > 5 . 2x
Perceba que, por fatoração, 4x = 22x e 22x é o mesmo que (2x)².
Vamos reescrever a inequação:
(2x)² + 4 > 5 . 2x
Chamando 2x de t, para facilitar a resolução, ficamos com:
t2 + 4 > 5t
t2 – 5t + 4 > 0, observe que caímos em uma inequação do 2º
grau, resolvendo a equação gerada pela inequação encontramos as
raízes t’ = 1 e t’’ = 4. Como a > 0, concavidade fica para cima e isto
também significa que estamos procurando valores que tornem a
inequação positiva, ficamos com:
t < 1 ou t > 4
Retornando a equação inicial:
t = 2x A Constante de Euler
2x < 1 x < 0 lembre-se que todo número elevado a 1 é É definida por :
igual ao próprio número, e que todo número elevado a zero é igual e = exp(1)
a 1.
2x > 4 2x > 22 x > 2. O número e é um número irracional e positivo e em função da
S = {x ∈ R | x < 0 ou x > 2} definição da função exponencial, temos que:
Ln(e) = 1
FUNÇÃO EXPONENCIAL
A expressão matemática que define a função exponencial é Este número é denotado por e em homenagem ao matemático
uma potência. Nesta potência, a base é um número real positivo e suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primeiros a estudar as
diferente de 1 e o expoente é uma variável. propriedades desse número.
EQUAÇÃO LOGARÍTMICA7
7 brasilescola.com
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática – Volume 1
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Ùnico
Editora
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MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Exemplo
Temos que:
2x + 4 = 3x + 1
2x – 3x = 1 – 4
–x=–3
x=3
Portanto, S = {3}
2º) Equações redutíveis a uma igualdade entre dois logaritmos e um número real:
Exemplo
3º) Equações que são resolvidas por meio de uma mudança de incógnita:
Exemplo
Exemplo
Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Como ficamos com uma igualdade entre dois logaritmos, segue que:
(2x + 3)(x + 2) = x2
ou
2x2 + 4x + 3x + 6 = x2
2x2 – x2 + 7x + 6 = 0
x2 + 7x + 6 = 0
x = -1 ou x = - 6
Lembre-se que para o logaritmo existir o logaritmando e a base devem ser positivos. Com os valores encontrados para x, o logaritman-
do ficará negativo. Sendo assim, a equação não tem solução ou S = ø.
INEQUAÇÃO LOGARÍTMICA
A forma de se resolver a inequação logarítmica é a mesma da equação, mas é preciso ter muito cuidado quando a base for 0 < a < 1.
São dois tipos de inequação logarítmica.
Exemplo
Log3 (2x + 1) ≤ 1
Condição de existência:
2x + 1 > 0 → 2x > – 1 → x > -1/2 (S1)
Veja que no 2º membro da desigualdade não temos um logaritmo. Porém, podemos escrever o número 1 em forma de logaritmo,
dessa forma igualando as bases: 1 = log3 31. A Base 3 foi escrita intencionalmente, para se igualar a base do logaritmo escrito no 1º mem-
bro. Reescrevendo a inequação:
Log3 (2x + 1) ≤ log3 31 → como a > 1 mantem-se a direção inicial do sinal.
2x + 1 ≤ 31 → 2x ≤ 3 – 1
2x ≤ 2 → x ≤ 1.
S = S1 ∩ S2 → a solução final é a interseção das soluções 1 e 2.
S = {x ∈ R / −12 < x ≤ 1}
Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
SISTEMA DO 1º GRAU
Para resolver uma inequação desse tipo, basta substituir r por Um sistema de equação de 1º grau com duas incógnitas é for-
, assim teremos: mado por: duas equações de 1º grau com duas incógnitas diferen-
tes em cada equação. Veja um exemplo:
Exemplo
log1/2 (x − 7) > log1/2(3x + 1)
Condições de existência: • Resolução de sistemas
x – 7 > 0 → x > 7 (S1) Existem dois métodos de resolução dos sistemas. Vejamos:
3x + 1 > 0 → 3x > – 1 → x > −13 (S2)
• Método da substituição
log1/2(x − 7) > log1/2(3x + 1) → como 0 < a <1 inverte-se a direção Consiste em escolher uma das duas equações, isolar uma das
inicial do sinal. incógnitas e substituir na outra equação, veja como:
x – 7 < 3x + 1 → x – 3x < 1 + 7
–2x < 8 → 2x > – 8 → x > – 4 (S3)
S = S1 ∩ S2 ∩ S3 → a solução final é a interseção das soluções Dado o sistema , enumeramos as equações.
1, 2 e 3.
S = {x ∈ R | x > 7}
Método da adição
Esse método consiste em adicionar as duas equações de tal
forma que a soma de uma das incógnitas seja zero. Para que isso
aconteça será preciso que multipliquemos algumas vezes as duas
equações ou apenas uma equação por números inteiros para que a
soma de uma das incógnitas seja zero.
Dado o sistema
Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Resolução:
Para descobrirmos o valor de x basta escolher uma das duas
Vitórias: x
equações e substituir o valor de y encontrado:
Empate: y
x + y = 20 → x + 12 = 20 → x = 20 – 12 → x = 8
Derrotas: 2
Portanto, a solução desse sistema é: S = (8, 12).
Pelo método da adição temos:
Exemplos:
(SABESP – APRENDIZ – FCC) Em uma gincana entre as três equi-
pes de uma escola (amarela, vermelha e branca), foram arrecada-
dos 1 040 quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou
50 quilogramas a mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30
quilogramas a menos que a equipe branca. A quantidade de alimen-
tos arrecadada pela equipe vencedora foi, em quilogramas, igual a
(A) 310
(B) 320
(C) 330
(D) 350 Resposta: E
(E) 370
SISTEMA DO 2º GRAU
Resolução: Utilizamos o mesmo princípio da resolução dos sistemas de
Amarela: x 1º grau, por adição, substituições, etc. A diferença é que teremos
Vermelha: y como solução um sistema de pares ordenados.
Branca: z
x = y + 50 Sequência prática
y = z - 30 – Estabelecer o sistema de equações que traduzam o problema
z = y + 30 para a linguagem matemática;
– Resolver o sistema de equações;
– Interpretar as raízes encontradas, verificando se são compatí-
veis com os dados do problema.
Exemplos:
(CPTM - MÉDICO DO TRABALHO – MAKIYAMA) Sabe-se que o
Substituindo a II e a III equação na I: produto da idade de Miguel pela idade de Lucas é 500. Miguel é
5 anos mais velho que Lucas. Qual a soma das idades de Miguel e
Lucas?
(A) 40.
(B) 55.
(C) 65.
(D) 50.
Substituindo na equação II (E) 45.
x = 320 + 50 = 370
z=320+30=350 Resolução:
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg Sendo Miguel M e Lucas L:
M.L = 500 (I)
Resposta: E M = L + 5 (II)
substituindo II em I, temos:
(L + 5).L = 500
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Então L = 20
M.20 = 500
m = 500 : 20 = 25 O número de maneiras diferentes de se vestir é:2(calças).
M + L = 25 + 20 = 45 3(blusas)=6 maneiras
Resposta: E
Fatorial
(TJ- FAURGS) Se a soma de dois números é igual a 10 e o seu É comum nos problemas de contagem, calcularmos o produto
produto é igual a 20, a soma de seus quadrados é igual a: de uma multiplicação cujos fatores são números naturais consecu-
(A) 30 tivos. Para facilitar adotamos o fatorial.
(B) 40 n! = n(n - 1)(n - 2)... 3 . 2 . 1, (n ϵ N)
(C) 50
(D) 60 Arranjo Simples
(E) 80 Denomina-se arranjo simples dos n elementos de E, p a p, toda
sequência de p elementos distintos de E.
Resolução:
Exemplo
Usando somente algarismos 5, 6 e 7. Quantos números de 2
algarismos distintos podemos formar?
Exemplo
Quantos anagramas tem a palavra PARALELEPÍPEDO?
Solução
Se todos as letras fossem distintas, teríamos 14! Permutações.
Como temos uma letra repetida, esse número será menor.
LINHA 0 1
LINHA 1 1 1
Combinação Simples
Dado o conjunto {a1, a2, ..., an} com n objetos distintos, pode- LINHA 2 1 2 1
mos formar subconjuntos com p elementos. Cada subconjunto com LINHA 3 1 3 3 1
i elementos é chamado combinação simples. LINHA 4 1 4 6 4 1
LINHA 5 1 5 10 10 5 1
LINHA 6 1 6 15 20 15 6 1
Binômio de Newton
Exemplo
Denomina-se binômio de Newton todo binômio da forma (a +
Calcule o número de comissões compostas de 3 alunos que po-
b)n, com n ϵ N. Vamos desenvolver alguns binômios:
demos formar a partir de um grupo de 5 alunos.
n = 0 → (a + b)0 = 1
n = 1 → (a + b)1 = 1a + 1b
Solução
n = 2 → (a + b)2 = 1a2 + 2ab +1b2
n = 3 → (a + b)3 = 1a3 + 3a2b +3ab2 + b3
Binomiais Complementares
PROBABILIDADE
Dois binomiais de mesmo numerador em que a soma dos de-
nominadores é igual ao numerador são iguais:
Experimento Aleatório
Qualquer experiência ou ensaio cujo resultado é imprevisível,
por depender exclusivamente do acaso, por exemplo, o lançamento
de um dado.
Editora
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Espaço Amostral
Num experimento aleatório, o conjunto de todos os resultados
possíveis é chamado espaço amostral, que se indica por E.
No lançamento de um dado, observando a face voltada para Exemplo
cima, tem-se: Uma bola é retirada de uma urna que contém bolas coloridas.
E={1,2,3,4,5,6} Sabe-se que a probabilidade de ter sido retirada uma bola verme-
lha é .Calcular a probabilidade de ter sido retirada uma bola que
No lançamento de uma moeda, observando a face voltada para não seja vermelha.
cima:
E={Ca,Co} Solução
Evento
É qualquer subconjunto de um espaço amostral.
No lançamento de um dado, vimos que
São complementares.
E={1,2,3,4,5,6}
Solução Exemplo
a) O espaço amostral tem 8 elementos, pois cada lançamento, No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de se obter
há duas possibilidades. um número par ou menor que 5, na face superior?
2x2x2=8 Solução
E={1,2,3,4,5,6} n(E)=6
b)
E={(C,C,C), (C,C,R),(C,R,C),(R,C,C),(R,R,C),(R,C,R),(C,R,R),(R,R,R)} Sejam os eventos
A={2,4,6} n(A)=3
Considere um experimento aleatório de espaço amostral E com B={1,2,3,4} n(B)=4
n(E) amostras equiprováveis. Seja A um evento com n(A) amostras.
Eventos complementares
Seja E um espaço amostral finito e não vazio, e seja A um
evento de E. Chama-se complementar de A, e indica-se por ,o
evento formado por todos os elementos de E que não pertencem Probabilidade Condicional
a A. É a probabilidade de ocorrer o evento A dado que ocorreu o
evento B, definido por:
E={1,2,3,4,5,6}, n(E)=6
B={2,4,6} n(B)=3
A={2}
Note que
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
JUROS COMPOSTOS Como calcular a taxa que realmente vai ser utilizada; isto é, a
o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir do saldo taxa efetiva?
no início de correspondente intervalo. Ou seja: o juro de cada in- Vamos acompanhar através do exemplo
tervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e passa a render
juros também. Taxa Efetiva
Calcular o montante de um capital de R$ 1.000,00 (mil reais),
Quando usamos juros simples e juros compostos? aplicados durante 18 (dezoito) meses, capitalizados mensalmente,
A maioria das operações envolvendo dinheiro utilizajuros com- a uma taxa de 12% a.a. Explicando o que é taxa Nominal, efetiva
postos. Estão incluídas: compras a médio e longo prazo, compras mensal e equivalente mensal:
com cartão de crédito, empréstimos bancários, as aplicações finan-
ceiras usuais como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos Respostas e soluções:
de renda fixa, etc. Raramente encontramos uso para o regime de 1) A taxa Nominal é 12% a.a; pois o capital não vai ser capitali-
juros simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do pro- zado com a taxa anual.
cesso de desconto simples de duplicatas. 2) A taxa efetiva mensal a ser utilizada depende de duas con-
venções: taxa proporcional mensal ou taxa equivalente mensal.
O cálculo do montante é dado por: a) Taxa proporcional mensal (divide-se a taxa anual por 12):
12%/12 = 1% a.m.
M = C (1 + i)t b) Taxa equivalente mensal (é aquela que aplicado aos R$
1.000,00, rende os mesmos juros que a taxa anual aplicada nesse
Exemplo mesmo capital).
Calcule o juro composto que será obtido na aplicação de
R$25000,00 a 25% ao ano, durante 72 meses Cálculo da taxa equivalente mensal:
C = 25000
i = 25%aa = 0,25
i = 72 meses = 6 anos
M = C (1 + i)t
M = 25000 (1 + 0,25)6
M = 25000 (1,25)6 onde:
M = 95367,50 iq : taxa equivalente para o prazo que eu quero
it : taxa para o prazo que eu tenho
M=C+J q : prazo que eu quero
J = 95367,50 - 25000 = 70367,50 t : prazo que eu tenho
Taxa Nominal
A taxa nominal de juros relativa a uma operação financeira
pode ser calculada pela expressão: iq = 0,009489 a.m ou iq = 0,949 % a.m.
Taxa nominal = Juros pagos / Valor nominal do empréstimo 3) Cálculo do montante pedido, utilizando a taxa efetiva mensal
as diferentes formas de amortização, utilizaremos o mesmo exercí- A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitali-
cio:uma dívida de valor inicial de R$ 100 mil, prazo de três meses e zação por juros compostos. O resultado é listado a seguir:
juros de 3% ao mês. n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
Pagamento único 0 - - - 100.000,00
É a quitação de toda a dívida (amortização + juros) em um úni- 1 3.000,00 32.353,04 35.353,04 67.646,96
co pagamento, ao final do período. Utilizamos a mesma fórmula do
montante: 2 2.029,41 33.323,63 35.353,04 34.323,33
3 1.029,71 34.323,33 35.353,04 -
Nos juros simples:
M = C (1 + i×n) Sistema de Amortização Misto (SAM)
M = montante É a média aritmética das prestações calculadas nas duas formas
C = capital inicial anteriores (SAC e Price). É encontrado pela fórmula:
i= taxa de juros
n = período PMTSAM = (PTMSAC + PMTPRICE) / 2
Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do PMT = valor da prestação
período do desembolso das prestações. A fórmula para encontrar- VP = valor inicial do empréstimo
mos a prestação é dada a seguir: i = taxa de juros
n = período
PMT = VP . _i.(1+i)n_ (1+i)n -1
An = An-1_
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MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
(1- i)
OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do cálculo e serão
desconsiderados.
O SAC é um dos tipos de sistema de amortização utilizados em financiamentos imobiliários. A principal característica do SAC é que
ele amortiza um percentual fixo do saldo devedor desde o início do financiamento. Esse percentual de amortização é sempre o mesmo,
o que faz com que a parcela de amortização da dívida seja maior no início do financiamento, fazendo com que o saldo devedor caia mais
rapidamente do que em outros mecanismos de amortização.
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês (em juros sim-
ples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00 (dez mil reais). Essa fórmula
é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12 meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC
fica:
Nº Prestação Prestação Juros Amortização Saldo Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0
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Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro. Sendo assim, o juro
é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as prestações. A soma das prestações
é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
N Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (3.000,00) (36.333,33) (35.353,04) (35.843,19) (34.353,64)
2 - (3.000,00) (35.333,33) (35.353,04) (35.343,19) (34.353,64)
3 (109.272,70) (103.000,00) (34.333,34) (35.353,04) (34.843,19) (34.353,64)
As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitalização por juros
compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas se equivale. Vejam: no nosso
exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês (regime de juros compostos) ou 9,27% no
acumulado dos três meses.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.912,62) (35.275,08) (34.323,34) (34.799,21) (33.353,04)
2 - (2.827,79) (33.305,05) (33.323,63) (33.314,35) (32.381,60)
3 (100.000,00) (94.259,59) (31.419,87) (32.353,04) (31.886,45) (31.438,44)
VPL - - - - - (173,09)
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OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é, abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo. Isso seria uma
situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto menor (em módulo) o VPL,
melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de vista financeiro.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.941,18) (35.620,91) (34.659,84) (35.140,38) (33.680,04)
2 - (2.883,51) (33.961,29) (33.980,24) (33.970,77) (33.019,64)
3 (102.970,11) (97.059,20) (32.353,07) (33.313,96) (32.833,52) (32.372,20)
VPL (2.970,11) (2.883,88) (1.935,28) (1.954,04) (1.944,67) (2.071,88)
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir, teremos como
custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais barato do que uma aplicação no
mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento
único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.884,62) (34.935,89) (33.993,31) (34.464,61) (33.032,34)
2 - (2.773,67) (32.667,65) (32.685,87) (32.676,77) (31.761,87)
3 (97.143,03) (91.566,62) (30.522,21) (31.428,72) (30.975,47) (30.540,26)
VPL 2.856,97 2.775,09 1.874,24 1.892,10 1.883,16 1.665,53
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 4% ao mês.
M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
Do ponto de vista da análise econômico-financeira, um projeto de investimento é qualquer atividade produtiva de vida limitada, que
implique na mobilização de alguns recursos na forma de bens de produção, em determinado momento, na expectativa de gerar recursos
futuros oriundos da produção. Esse tipo de conceituação pressupõe a possibilidade de quantificação monetária dos insumos e produtos
associados ao projeto (Noronha e Duarte8).
8 NORONHA, J. F. e DUARTE, L. Avaliação de projetos de investimentos na empresa agropecuária. In: AIDAR, A. C. K. Administração Rural. São Paulo: Paulicéia,
1995.
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Para Gitman9 na análise de qualquer projeto se faz necessário Empresas de grande porte costumam usar o período de payba-
uma abordagem de viabilidade econômico-financeira. Para isso, se ck para avaliar projetos de baixo valor, enquanto as pequenas cos-
faz importante o entendimento do timing dos fluxos de caixa des- tumam utilizá-lo para a maioria de seus projetos. A popularidade
tes, ou seja, o valor do dinheiro no tempo, que é baseado na ideia do método resulta da simplicidade de cálculo e do apelo intuitivo.
de que uma unidade monetária hoje vale mais do que uma outra Também é interessante por considerar os fluxos de caixa, e não o
que será recebida em uma data futura. Isso explica porque deseja- lucro contábil.
-se receber o quanto antes e pagar o mais tarde possível uma deter- Critérios de decisão do Payback
minada quantia que não será reajustada ao longo do tempo.
Quando usamos o período de payback para tomar decisões de
A análise e avaliação de projetos de investimento está intima- aceita-rejeição, aplicam-se os seguintes critérios de decisão:
mente ligada a gestão financeira que tem como principal objetivo - Se o período de payback for menor do que o período máximo
maximizar o valor do empreendimento, ou seja maximização da ri- aceitável de payback, aceitar o projeto.
queza dos proprietários, que depende da distribuição no tempo dos - Se o período de payback for maior do que o período máximo
fluxos de caixa de seus investimentos. aceitável de payback, rejeitar o projeto.
Técnicas de Análise e Avaliação de Projetos de Investimento A duração do período máximo aceitável é fixado subjetivamen-
te, com base em uma série de fatores, inclusive o tipo do projeto
Existem diversas técnicas (também conhecidas como métodos) (expansão, substituição, renovação ou outros), percepção do risco
para realizar análise e avaliação de projetos de investimentos que do projeto e relação percebida entre o período de payback e o va-
consideram o valor do dinheiro no tempo e a verificação de opor- lor da ação. Trata-se, simplesmente, de um valor que se acredita
tunidades de obter resultados positivos por meio da avaliação dos que, em média, resultará em decisões de investimento geradoras
fluxos de caixa. de valor.
Por existirem várias áreas na avaliação existe também espaço O critério de decisão com o payback pode ser aplicado tanto a
para discórdia, entre estas: a estimativa dos fluxos de caixa e do cus- projetos únicos quanto a projetos concorrentes.
to de oportunidade. Ou seja, mesmo que os modelos de avaliação
sejam quantitativos, a avaliação possui aspectos subjetivos. Isso faz - Projeto Único: deve-se definir um tempo máximo aceitável.
com que, por exemplo, dois analistas possam através da utilização Após definido esse tempo, se o projeto tiver um payback inferior ao
das mesmas técnicas chegarem a conclusões diferentes com rela- máximo aceitável, aceita-se o projeto, senão, rejeita-se.
ção à avaliação de um projeto de investimento.
As abordagens mais comuns envolvem a interação de procedi- - Projetos Correntes: com dois ou mais projetos que são exclu-
mentos de valor do dinheiro no tempo, considerações quanto ao dentes, deve-se escolher apenas o melhor, ou seja, o que tem me-
risco e retorno e conceitos de avaliação para selecionar a riqueza nor payback, tendo, portanto, o retorno mais rápido.
dos proprietários, onde se destacam três principais técnicas:
Atenção Candidato(a)
- Métodos não exatos - Período de Recuperação do Investi-
mento (Payback); Para que você possa compreender da melhor forma a aplicação
- Valor Presente Líquido (VPL); da técnica de Payback, utilizaremos a aplicação no fluxo de caixa do
- Taxa Interna de Retorno (TIR). Projeto A a seguir
No momento em que o valor acumulado dos fluxos de caixa atingir o valor do investimento inicial, atingiu-se o payback, ou seja, o
investimento retornou os recursos utilizados, ou ainda, “recuperou-se o capital investido”.
O payback do projeto é de três anos, pois esse é o tempo necessário para retornar o valor do investimento inicial de R$ 400.000,00,
sendo inferior ao período máximo estipulado. Com base nesse resultado o projeto A deve ser aprovado com base na técnica de payback.
- Despreza o custo do dinheiro, ou seja, não compara o investimento realizado com possíveis ganhos em outros investimentos, tais
como aplicações financeiras, podendo levar o investidor a escolher projetos de retorno muito mais longos do que seria necessário.
- O payback considera que todos os investimentos analisados possuem o mesmo risco, desprezando a análise de risco de cada um. As-
sim, um investidor, utilizando o payback, pode escolher um projeto muito mais arriscado que outro, sem ter uma recompensa significativa
no retorno por esse risco adicional, ou seja, ele não foi levado a fazer a escolha mais racional possível.
- Não considera os fluxos de caixa após o período de payback, pois ele só analisa o investimento até este ser recuperado pelo investidor,
ou seja, ao atingir-se o tempo de payback, cessa-se a análise, desprezando todos os fluxos de caixa posteriores.
Existem grandes controvérsias quanto a como calcular esta taxa. Alguns autores afirmam que a taxa de juros a ser usada pela engenha-
ria econômica é a taxa de juros equivalente à maior rentabilidade das aplicações correntes e de pouco risco. Uma proposta de investimen-
to, para ser atrativa, deve render, no mínimo, esta taxa de juros.
Outro enfoque dado a TMA é a de que deve ser o custo de capital investido na proposta em questão, ou ainda, o custo de capital da
empresa mais o risco envolvido em cada alternativa de investimento. Naturalmente, haverá disposição de investir se a expectativa de ga-
nhos, já deduzido o valor do investimento, for superior ao custo de capital. Por custo de capital, entendesse a média ponderada dos custos
das diversas fontes de recursos utilizadas no projeto em questão.
O valor presente líquido, também conhecido pela terminologia Valor Atual, caracteriza-se, essencialmente, pela transferência para
o instante presente de todas as variações de caixa esperadas, descontadas à taxa mínima de atratividade. Em outras palavras, seria o
transporte para a data zero de um diagrama de fluxos de caixa, de todos os recebimentos e desembolsos esperados, descontados à taxa
de juros considerada.
Se o valor presente for positivo, a proposta de investimento é atrativa, e quanto maior o valor positivo, mais atrativa é a proposta.
n
F
C t
VPL = ∑ − I0
Onde: t =1 (1 + k )t
– valor presente das entradas de caixa;
– investimento inicial;
10 http://www.iepg.unifei.edu.br/edson/download/Engecon2/CAP3EEA.pdf
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Exemplo
Numa análise realizada em determinada empresa, foram detectados custos operacionais excessivamente elevados numa linha de pro-
dução, em decorrência da utilização de equipamentos velhos e obsoletos.
Os engenheiros responsáveis pelo problema propuseram à gerência duas soluções alternativas.
A primeira consistindo numa reforma geral da linha, exigindo investimentos estimados em $ 10.000, cujo resultado será uma redução
anual de custos igual a $ 2.000 durante 10 anos, após os quais os equipamentos seriam sucatados sem nenhum valor residual.
A segunda proposição foi a aquisição de uma nova linha de produção no valor de $ 35.000 para substituir os equipamentos existentes,
cujo valor líquido de revenda foi estimado a $ 5.000. Esta alternativa deverá proporcionar ganhos de $ 4.700 por ano, apresentando ainda
um valor residual de $ 10.705 após dez anos.
Sendo a TMA para a empresa igual a 8% ao ano, qual das alternativas deve ser preferida pela gerência?
Portanto o VALOR PRESENTE LIQUIDO é de R$ 3.420,16, este valor é considerado o Benefício líquido do projeto, pois já descontamos o
valor do investimento total que foi de dez mil reais, e ainda o investidor terá uma TMA a 8% ao ano.
Explicações da tabela:
Coluna 1 – Datas - data zero em economia consideramos a data do Valor presente. As outras datas são exatamente a vida útil do pro-
jeto (maquinários e outros bens relacionados),
Coluna 2 – Valores R$ - R$ 10.000,00 é o investimento – valor negativo para representar que este dinheiro sairá do caixa da empresa
para o projeto. Os outros valores R$ 2.000,00 do ano 1 ao ano 10 é exatamente os valores de redução de custo se o projeto for implantado.
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Coluna 3 – Item – são a nomenclatura respectivas de investimentos e redução de custo – neste caso podemos também lançar como
retorno dependendo do caso.
Coluna 4 – Fator de Cálculo - o fator de cálculo utilizado para análise de investimento é baseado na metodologia de JURO COMPOSTO,
lembra-se?
É claro que esta formula é do montante, mas em nosso caso, neste item vamos usar somente o fator.
(1+ i)
n
V
F =V
P
Então o que é fator de cálculo a juro composto? É exatamente - uma mais taxa elevado ao período respectivo, como segue:
(1+ i)
n
Para que serve então o fator de cálculo? Serve para “trazer para a data presente um valor que está no futuro”!
É evidente que se dividirmos um valor pelo seu respectivo fator teremos como resulta o valor presente. Se multiplicarmos teremos o
respectivo valor futuro. Entendeu? Grande dica para concursos.
Coluna 5 - VP – valor presente respectivo de cada ano, ou seja estamos calculando aqueles valores que a empresa terá no futuro, veri-
ficando qual será seu respectivo valor na data zero - valor presente, ...ok?
V
F
VP =
(1+ i)
n
Coluna 6 – Saldos R$ – calculamos o respectivo saldo em cada ano. Ou seja, teremos que “pagar os investimentos efetuados pela em-
presa”, então temos que ir pagando de acordo com as entradas de caixa ou neste caso será a redução de custos, entendeu?
Quando o saldo se transforma em positivo é sinal que conseguimos cobrir o valor dos investimentos, portanto fique alerta neste perí-
odo temos a viabilidade do projeto.
Podemos também utilizar a formula do valor presente líquido para cálculo direto:
n
2.000 2.000 2.000 2.000 2.000
VPL = ∑ 1,08
t =1
1
+
8 2
1,0
+
8 3
1,0
+
8 4
1,0
+
8 5
1,0
....n − 1
0 .000
n
2.000 2.000 2.000 2.000 2.000
VPL = ∑
t =1 1,0
8
+
1,166
+
1,259
+
1,3
6
+
1,469
.....n − 1
0 .000
VPL 13 .420,1
6 1
0 .000 3.420,1
6
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Portanto o VALOR PRESENTE LIQUIDO é de R$ 3.811,84, este valor é considerado o Benefício líquido do projeto, pois já descontamos o
valor do investimento total que foi de dez mil reais, e ainda o investidor terá uma TMA a 8% ao ano.
n
4.700 4.700 4.700 4.700 4.700
VPL = ∑ + + + + ....n − 35 .000
t =1 1,08 1 1,08 2 1,08 3 1,08 4 1,08 5
n
4.700 4.700 4.700 4.700 4.700
VPL = ∑ + + + + .....n − 35 .000
t =1 1,08 1,166 1,259 1,36 1,469
VPL = 38 .811,24 − 35000 = 3.811,84
Taxa Interna de Retorno – TIR
A Taxa Interna de Retorno, ou TIR, é uma medida bastante utilizada no orçamento de capital. A TIR é uma medida da taxa de rentabili-
dade. Por definição, é uma taxa de desconto que iguala o valor presente dos fluxos de caixa futuros ao investimento inicial. Simplificando,
é uma taxa de desconto que torna o VPL igual à zero.
A TIR é um método similar ao VPL, ou seja, utiliza a mesma lógica de cálculo, contudo, apresenta os resultados em porcentagem, e não
em valores monetários. Dessa forma, é bastante popular, uma vez que muitos investidores preferem mensurar retornos em porcentagens,
e não em valores absolutos. Esse método também é conhecido por seu nome em inglês, ou seja, Internal Rate of Return, cuja sigla utilizada
é IRR.
A TIR deve ser usada em relação aos tipos de projetos, ou seja, projetos únicos ou projetos concorrentes, da seguinte forma:
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MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
Projeto Único: estabelecer uma taxa mínima de atratividade. Se a TIR for maior que a taxa mínima de atratividade, aceitar o projeto,
se for menor, rejeitá-lo.
Projetos Concorrentes: calcular a TIR de cada projeto e escolher a maior, mas estabelecendo, da mesma forma que no projeto único,
uma taxa mínima de atratividade. Caso as TIRs dos dois projetos sejam menores que essa taxa, o dois projetos devem ser rejeitados.
De acordo com Hoji11, a TIR é uma taxa de juros implícita numa série de pagamentos (saídas) e recebimentos (entradas), que tem a
função de descontar um valor futuro ou aplicar o fator de juros sobre um valor presente, conforme o caso, para trazer ou levar cada valor
do fluxo de caixa para uma data focal (data base de comparação de valores correntes de diversas datas).
Geralmente, adota-se a data de início da operação – momento zero – como a data focal de comparação dos fluxos de caixa (Neto12). A
soma das saídas deve ser igual à soma das entradas, em valor da data focal, para se anularem (Hoji).
A taxa interna de retorno, apesar de ser consideravelmente mais difícil de calcular à mão do que o VPL (Valor Presente Líquido – outro
método de análise de investimentos) é possivelmente a técnica sofisticada mais usada para a avaliação de alternativas de investimentos.
Como a TIR é a taxa de desconto que faz com que o VPL de uma oportunidade de investimento iguale-se a zero (já que o valor presente
das entradas de caixa é igual ao investimento inicial), matematicamente, a TIR é obtida resolvendo-se a Equação 1 para o valor de k que
torne o VPL igual a zero (Gitman13).
n
F
C t
VPL = ∑ − I0 (01)
t =1 (1 + k ) t
n
FC t
0=∑ − I0 (02)
t =1 (1 + TIR)t
Onde: FCt – valor presente das entradas de caixa;
– investimento inicial;
–taxa de desconto (igual ao custo de capital de empresa), será utilizada a – Taxa Interna de Retorno.
– tempo de desconto de cada entrada de caixa;
- tempo de desconto do último fluxo de caixa.
Nessa situação, o investimento requer somente um desembolso de caixa no momento inicial, e o cálculo da IRR é desenvolvido no
momento inicial, e o cálculo da TIR é desenvolvido da seguinte maneira:
Desta forma, a taxa interna de retorno calculada é de 33,09% ao ano. Isto significa que, ao se descontar os vários fluxos previstos de
caixa por esta TIR, o resultado atualizado será exatamente igual ao montante do investimento (R$ 145.000,00), denotando se por conse-
guinte, a rentabilidade do projeto.
11 HOJI, Masakazu. Administração Financeira: uma abordagem pratica. 5ª ed. São Paulo: ATLAS, 2006. 525.
12 NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e Suas Aplicações. 9ª ed. São Paulo: ATLAS, 2006. 448p.
13 GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira, 7ª ed. São Paulo: HARBRA, 2002. 841 p.
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Observa-se que a taxa interna de retorno decresce comparativamente à situação anterior devido ao diferimento mais que proporcional
dos benefícios de caixa em relação ao padrão de dispêndio de capital. A taxa de desconto que produz um NPV = R$ 0 é a IRR do investi-
mento.
Atenção Candidato(a):
O cálculo manual da TIR a partir da equação envolve uma técnica complexa de tentativa e erro que testa, logicamente, diversas taxas
de desconto, até encontrar aquela que faz com que o valor presente das entradas de caixa do projeto seja idêntico ao investimento inicial
(ou seja, VPL igual a R$ 0,00).
Sendo assim você deverá substituir por um possível valor percentual da TIR até que seja de fato encontrado o correto, essa
situação ocorre tanto para o cálculo da TIR com um único investimento inicial no fluxo de caixa, quanto para duas ou mais parcelas de
investimentos como apresentado acima (A TIR e a Distribuição dos Fluxos de Caixa no Tempo).
Este método procura encontrar uma série anual uniforme equivalente de um fluxo de caixa do investimento, considerando uma dada
taxa mínima de atratividade. Esse método pode ser utilizado também para converter o desembolso de um fluxo de caixa e os seus benefí-
cios no custo anual uniforme equivalente e no benefício anual uniforme equivalente, respectivamente. Assim, uma vez transformados os
custos e os benefícios de um fluxo de caixa em seus respectivos valores anuais uniforme equivalente podemos compará-los.
em que
= Fluxo de Caixa do Projeto;
= Taxa de Juros do Projeto;
= Tempo de Vida do Projeto.
sendo que o primeiro termo do lado direito da expressão é o valor atual de um fluxo de caixa e o segundo termo é o fator de recupe-
ração do capital de uma série uniforme.
QUESTÕES
1. (CESGRANRIO - 2021 - Banco do Brasil - Agente de Tecnologia) Um casal está muito apaixonado, mas devido à distância de suas casas
e ao regime de trabalho dos dois, eles não conseguem se encontrar com a frequência de que gostariam. A moça só tem folga aos sábados,
e o rapaz trabalha três dias seguidos, folgando no quarto dia.
Se hoje é terça-feira e é dia de folga do rapaz, quantas folgas dele cairão no sábado nos próximos 365 dias?
Alternativas
(A) 4
(B) 8
(C) 12
(D) 13
(E) 15
Editora
100
100
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
2. (CESGRANRIO - 2012 - EPE - Assistente Administrativo) As 6. (CESGRANRIO - 2013 - Banco da Amazônia - Técnico Bancário
luzes de um semáforo alternam entre amarelo (atenção), vermelho - 1) Suponha que a taxa de câmbio entre reais (R$) e dólares (US$)
(fechado) e verde (aberto), nessa ordem. Os tempos de cada etapa seja de 2 R$/US$, e a taxa de câmbio entre libras (£) e dólares seja
são respectivamente iguais a 3 s, 30 s e 45 s. de 0,50 £/US$. Deduz-se que a taxa de câmbio entre reais e libras,
em R$/£, é de
Se o semáforo fechou exatamente às 9h 36min 12s, ele esteve Alternativas
aberto quando eram (A) 0,5
Alternativas (B) 1
(A) 9h 33 min 55 s (C) 2
(B) 9h 34 min 2 s (D) 3
(C) 9h 34 min 12 s (E) 4
(D) 9h 35 min 15 s
(E) 9h 35 min 20 s 7. (CESGRANRIO - 2016 - ANP - Técnico em Regulação de Pe-
tróleo e Derivados - Especialidade Geral) Os faturamentos de uma
3. (CESGRANRIO - 2012 - Petrobras) empresa nos três primeiros trimestres de 2015 foram confirmados
e são dados a seguir.
1º Trimestre: R$ 1.000.000,00
2º Trimestre: R$ 3.000.000,00
3º Trimestre: R$ 5.000.000,00 O faturamento da empresa pre-
visto para o 4o Trimestre é de R$ 6.000.000,00.
Dois números reais não nulos, representados na reta, são iden-
A média aritmética dos quatro faturamentos foi calculada e
tificados pelas letras P e M.
considerada como uma previsão em um relatório de final de ano,
Se a distância PM é √50, o número identificado pela letra M é
sendo representada por Mprov.
Alternativas
A média aritmética dos quatro faturamentos trimestrais con-
(A) √15
firmados será 20% maior do que Mprov se o faturamento do 4º
(B) √18
Trimestre for maior do que o previsto em
(C) √24
Alternativas
(D) √42
(A) 20%
(E) √98
(B) 25%
(C) 40%
4. (CESGRANRIO - 2016 - ANP) Uma determinada solução é a
(D) 50%
mistura de 3 substâncias, representadas pelas letras P, Q e R. Uma
(E) 80%
certa quantidade dessa solução foi produzida, e sua massa é igual à
soma das massas das três substâncias P, Q e R, usadas para compô-
8. (CESGRANRIO - 2022 - ELETROBRAS-ELETRONUCLEAR) Em
-la. As massas das substâncias P, Q e R dividem a massa da solução
um determinado concurso, a nota final de cada candidato é calcu-
em partes diretamente proporcionais a 3, 5 e 7, respectivamente.
lada por meio da média aritmética ponderada das notas de quatro
provas: Matemática, Português, Informática e Inglês. A Tabela a se-
A que fração da massa da solução produzida corresponde a
guir mostra os pesos de cada prova e as notas de um candidato em
soma das massas das substâncias P e Q utilizadas na produção?
três delas, pois ele desconhece sua nota na prova de Inglês.
Alternativas
(A) 1/2
(B) 2/3
(C) 12/35
(D) 8/15
(E) 10/21
9. (CESGRANRIO - 2011 - Petrobras - Técnico de Comercializa- 13. (CESGRANRIO - 2012 - BR Distribuidora - Técnico(a) de Ad-
ção Logística Júnior) O gerente de uma distribuidora de combus- ministração e Controle Júnior) Considere que carros novos, 0 km,
tíveis verificou que seus custos fixos são de R$ 170.000,00 e seus desvalorizam 20% no primeiro ano e 10% nos anos seguintes. Uma
custos variáveis são de R$ 1,79 por litro de combustível. Sabendo-se pessoa comprou dois carros, um básico 0 km e um completo com 1
que o preço de venda do combustível pela transportadora é de R$ ano de uso. Daqui a dois anos, ela deve vender os dois carros pelo
2,13 por litro de combustível, o ponto de equilíbrio da distribuidora, mesmo preço.
em litros de combustível, é de
Alternativas Qual a razão entre o preço do carro 0 km e o preço do carro
(A) 79.813 usado comprado por essa pessoa?
(B) 94.973 Alternativas
(C) 257.576 (A) 8/9
(D) 304.300 (B) 9/8
(E) 500.000 (C) 7/8
(D) 8/7
10. (CESGRANRIO - 2018 - Banco da Amazônia - Técnico Bancá- (E) 13/12
rio) Quando começou a pensar na construção de relacionamentos
de longo prazo com clientes, o diretor de uma empresa precisou 14. (CESGRANRIO - 2018 - Petrobras - Geofísico Júnior - Geolo-
determinar qual seria o valor financeiro desses relacionamentos no gia) Um estudo indicou que a população P(t) de uma determinada
longo prazo. espécie, dada em milhares de indivíduos, pode ser modelada pela
seguinte função:
Pressupondo-se que um ciclo de vida médio, para clientes ban-
cários Pessoa Jurídica, é de 20 anos e que cada cliente desses gera,
aproximadamente, negócios mensais de R$ 3.000,00, o valor de
cada cliente bancário Pessoa Jurídica é de
em que t é dado em décadas contadas a partir do início do es-
Alternativas tudo.
(A) 60.000,00
(B) 120.000,00 Considerando esse modelo, o valor mais próximo do número
(C) 360.000,00 de décadas, contadas a partir do início do estudo, necessário para
(D) 600.000,00 que essa população atinja a metade de sua capacidade de suporte
(E) 720.000,00 é igual a
16. (CESGRANRIO - 2010 - Petrobras - Geofísico Júnior - Física) 20. (CESGRANRIO - 2012 - Petrobras - Todos os Cargos - Grupo
Considere a curva definida por y = 3x2 no intervalo [0, 10]. O ponto F - Técnico de Nível Médio) Para que o sistema linear
desta curva que mais se aproxima da reta y = 3x - 10 tem abscissa
igual a
Alternativas
(A) 0,5
seja impossível, é necessário que
(B) 2,5
(C) 2,8
Alternativas
(D) 3,0
(A) k ≠ 27
(E) 3,5
(B) k = 9
(C) k ≠ 9
17. (CESGRANRIO - 2015 - Petrobras - Profissional Júnior - En-
(D) k = 81
genharia de Produção) Considere as informações a seguir para res-
(E) k ≠ 81
ponder à questão.
Um fazendeiro pretende cultivar x kg de milho, y kg de arroz e z
kg de feijão. Por experiência, o fazendeiro sabe que a produtividade
21. (CESGRANRIO - 2018 - Transpetro - Analista de Comercia-
de sua terra é de 0,2 kg de milho por m2 cultivado, 0,4 kg de arroz
lização e Logística Júnior - Comércio e Suprimento) Considere um
por m2 cultivado e 0,4 kg de feijão por m2 cultivado. Cada tipo de
conjunto de 10 empresas, denominadas A, B, C, D, E, F, G, H, I e J.
cultura demanda uma certa quantidade de água: 5,5 litros por hec-
Um analista precisa escolher quatro dessas empresas para distribuir
tare para o milho, 4 litros por hectare para o arroz e 3,5 litros por
quatro serviços diferentes, um para cada uma escolhida. Após uma
hectare para o feijão. Há a disponibilidade de 0,02 litros de água
análise técnica, decidiu que exatamente duas das três primeiras
por metro quadrado disponível para cultivo. A área disponível para
empresas — A, B e C — deveriam fazer quaisquer dois serviços den-
cultivo é de 10 hectares.
tre os quatro disponíveis. Os outros dois serviços que sobrassem
A inequação que representa a restrição associada à área dispo-
seriam distribuídos entre duas das sete outras empresas restantes.
nível para o cultivo é
Nessas condições, o número de possibilidades diferentes para
Alternativas
essa distribuição de serviços é igual a
(A) 50x + 25y + 25z ≤ 100.000
Alternativas
(B) 50x + 25y + 25z ≤ 4
(A) 1724
(C) 2x + y + z ≤ 40.000
(B) 1692
(D) 2x + y + z ≤ 100.000
(C) 1584
(E) 2x + y + z ≤ 4
(D) 1512
(E) 1294
18. (CESGRANRIO - 2010 - Petrobras - Administrador) Em uma
festa comunitária, uma barraca de tiro ao alvo dá um prêmio ao
22. (CESGRANRIO - 2018 - Transpetro - Analista de Comercia-
cliente de R$ 30,00, cada vez que o mesmo acerta a área central do
lização e Logística Júnior - Transporte Marítimo) De um quadro de
alvo. Caso contrário, o cliente paga R$ 10,00. Um indivíduo deu 50
profissionais com quatro engenheiros e cinco técnicos pretende-se
tiros e pagou R$ 100,00. Nessas condições, o número de vezes que
formar um grupo de cinco profissionais com, pelo menos, um enge-
ele ERROU o alvo foi
nheiro e um técnico.
Alternativas
Nessas condições, quantas possibilidades diferentes existem
(A) 10
de formação desse grupo de cinco profissionais?
(B) 20
Alternativas
(C) 25
(A) 19
(D) 35
(B) 20
(E) 40
(C) 120
(D) 125
19. (CESGRANRIO - 2013 - BR Distribuidora - Técnico de Supri-
(E) 126
mento e Logística Júnior) Ao comprar seis balas e um bombom, Jú-
lio gastou R$ 1,70. Se o bombom custa R$ 0,80, qual é o preço de
cada bala?
Alternativas
(A) R$ 0,05.
(B) R$ 0,15.
(C) R$ 0,18.
(D) R$ 0,30.
(E) R$ 0,50.
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103
a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
23. (CESGRANRIO - 2018 - Transpetro - Analista de Comercialização e Logística Júnior - Transporte Marítimo) Uma empresa de trans-
porte marítimo transporta cargas classificadas como “Químico”, “Combustíveis” e “Alimentos”, e cada um de seus navios transporta apenas
um tipo de carga. Essa empresa informa que, dos 350 navios, 180 transportam combustíveis, e 120 transportam alimentos.
Ao chegar ao porto, a probabilidade de um navio dessa empresa estar transportando carga “Químico” ou “Alimentos” é, aproximada-
mente, de
Alternativas
(A) 0,14
(B) 0,34
(C) 0,49
(D) 0,62
(E) 0,75
24. (CESGRANRIO - 2018 - Petrobras - Engenheiro de Petróleo Júnior) A probabilidade de sucesso em uma prova de campo é a nona
parte da probabilidade de fracasso. Provas sucessivas e independentes são realizadas até que o sucesso ocorra pela primeira vez. Nessas
circunstâncias, o número esperado de fracassos que deverão ocorrer até que se verifique o primeiro sucesso é igual a
Alternativas
(A) 2
(B) 3
(C) 6
(D) 9
(E) 10
26. (CESGRANRIO - 2011 - Transpetro - Contador Júnior - Auditoria Interna) Um aplicador realizou um investimento cujo valor de resga-
te é de R$ 80.000,00. Sabendo-se que a taxa de juros simples é de 3,5% ao mês e que faltam 5 meses para o resgate, o valor da aplicação,
em reais, foi de
Alternativas
(A) 68.085,10
(B) 66.000,00
(C) 65.000,00
(D) 64.555,12
(E) 63.656,98
27. (CESGRANRIO - 2015 - Banco do Brasil - Escriturário - 001) Uma conta de R$ 1.000,00 foi paga com atraso de 2 meses e 10 dias.
Considere o mês comercial, isto é, com 30 dias; considere, também, que foi adotado o regime de capitalização composta para cobrar juros
relativos aos 2 meses, e que, em seguida, aplicou-se o regime de capitalização simples para cobrar juros relativos aos 10 dias.
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
28. (CESGRANRIO - 2010 - BNDES - Técnico Administrativo) Uma pessoa fez, com o capital de que dispunha, uma aplicação diversi-
ficada: na Financeira Alfa, aplicou R$ 3.000,00 a 24% ao ano, com capitalização bimestral; na Financeira Beta, aplicou, no mesmo dia, o
restante desse capital a 42% ao semestre, com capitalização mensal. Ao final de 1 semestre, os montantes das duas aplicações somavam
R$ 6.000,00. A taxa efetiva de juros da aplicação diversificada no período foi de
Alternativas
(A) 60%
(B) 54%
(C) 46%
(D) 34%
(E) 26%
29. (CESGRANRIO - 2006 - Petrobras - Administrador) A Cia. Brasília está analisando duas alternativas de investimento, com as seguin-
tes características:
Considerando-se os elementos apresentados e a técnica usual de avaliação de investimentos, a empresa deverá escolher a alternativa:
Alternativas
(A) A porque apresenta Taxa Interna de Retorno maior do que a da alternativa B e 154% maior que a taxa esperada pela empresa.
(B) A porque os benefícios de caixa esperados são crescentes, aumentando a remuneração dessa alternativa em relação à alternativa
B.
(C) A porque o retorno do investimento ocorrerá logo após o segundo ano, enquanto na alternativa B só ocorrerá após o terceiro ano.
(D) B porque, no nível de taxa esperada pela empresa, essa alternativa sempre apresentará riqueza líquida superior à apresentada
pela alternativa A.
(E) B porque os fluxos de caixa são decrescentes, aumentando a remuneração dessa alternativa em relação à alternativa A.
30. (CESGRANRIO - 2014 - Petrobras - Engenheiro(a) de Petróleo Júnior) Um engenheiro avalia a compra de um equipamento cujo
investimento é de 300 mil reais (alocados no ano zero) para melhorar a produção em uma determinada planta industrial. O tempo de vida
útil do equipamento é de 2 anos, e, com a utilização desse equipamento, os fluxos esperados de receitas e despesas, considerando compra,
manutenção e operação, em milhares de reais, estão representados na Tabela a seguir.
Considerando que os fluxos de caixa anuais do projeto sejam obtidos exclusivamente pela diferença entre receitas e despesas, a taxa
interna de retorno esperada para esse investimento é de, aproximadamente,
Alternativas
(A) 5%
(B) 8%
(C) 10%
(D) 12%
(E) 15%
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a solução para o seu concurso!
MATEMÁTICA / RACIOCÍNIO LÓGICO E QUANTITATIVO
ANOTAÇÕES
GABARITO
______________________________________________________
1 D ______________________________________________________
2 C ______________________________________________________
3 B
______________________________________________________
4 D
5 D ______________________________________________________
6 E ______________________________________________________
7 D
______________________________________________________
8 E
______________________________________________________
9 E
10 E ______________________________________________________
11 B ______________________________________________________
12 C
______________________________________________________
13 B
14 B ______________________________________________________
15 B _____________________________________________________
16 A _____________________________________________________
17 C
______________________________________________________
18 E
19 B ______________________________________________________
20 E ______________________________________________________
21 D
______________________________________________________
22 D
______________________________________________________
23 C
24 D ______________________________________________________
25 C ______________________________________________________
26 A
______________________________________________________
27 D
28 E ______________________________________________________
29 D ______________________________________________________
30 C
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
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106
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS
BANCÁRIOS
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - TIPOS, FINALIDADES E ATUAÇÃO.
BANCO CENTRAL DO BRASIL E CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL - FUNÇÕES E ATIVIDADES
O Sistema Financeiro Nacional é formado por um conjunto de instituições cujo principal objetivo é proporcionar condições satisfa-
tórias para a manutenção dos fluxos de recursos financeiros entre poupadores e investidores do país. O Sistema Financeiro Nacional visa
criar condições para a liquidez de títulos e valores mobiliários no mercado financeiro.
— Banco Central
O Banco Central do Brasil é, conforme a Lei Complementar nº 179, de 24 de fevereiro de 2021:
Art. 6º O Banco Central do Brasil é autarquia de natureza especial caracterizada pela ausência de vinculação a Ministério, de tutela ou
de subordinação hierárquica, pela autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira, pela investidura a termo de seus dirigentes
e pela estabilidade durante seus mandatos [...].
— Missão do Bacen
Editora
107
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Fomentar o bem-estar econômico da sociedade IV - Receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inci-
Variáveis como aumento da renda, queda no desemprego e in- so anterior e, ainda, os depósitos voluntários à vista das instituições
flação controlada são elementos que possibilitam o bem-estar eco- financeiras, nos termos do inciso III e § 2° do art. 19.
nômico. Logo, o Banco Central (Bacen) atua para que essa relação V - Realizar operações de redesconto e empréstimo com ins-
seja a melhor possível. tituições financeiras públicas e privadas, consoante remuneração,
limites, prazos, garantias, formas de negociação e outras condições
Composição estabelecidos em regulamentação por ele editada;
A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil terá 9 (nove) VI - Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas;
membros, sendo um deles o Presidente, todos nomeados pelo Pre- Todos itens mencionados até aqui estão relacionados a moeda
sidente da República entre brasileiros idôneos, de reputação iliba- e instrumentos de política monetária, quando mencionado serviços
da e de notória capacidade em assuntos econômico-financeiros ou do meio circulante, significa emissão de dinheiro o gerenciamen-
com comprovados conhecimentos que os qualifiquem para a fun- to e o controle da emissão de papel-moeda é do Banco Central,
ção. assim como determinar o quanto que os bancos devem recolher
Antes de 2021, o presidente do Banco Central era escolhido via depósito compulsório, essa medida restringe a capacidade dos
pelo Presidente da República e tinha mandato, assim como seus bancos emprestar dinheiro, também vale destacar as operações de
diretores, compatível com o mandato presidencial. Atualmente, de- redesconto que são empréstimos efetuados com a finalidade de su-
pois da Lei Complementar 179/2021, a regra passou a ser diferente. prir desequilíbrios financeiros das instituições e evitar insolvência
De acordo com a LC, a partir do próximo mandato, o regramento financeira no sistema financeiro nacional, por esta modalidade de
de nomeação do Presidente do Banco Central e de seus diretores empréstimo o Bacen é considerado Banco dos Bancos.
passa a funcionar de forma distinta. VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos
da lei;
Leia com atenção o disposto a seguir: VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda es-
Art. 4º O Presidente e os Diretores do Banco Central do Brasil trangeira e de Direitos Especiais de Saque e fazer com estas últimas
serão indicados pelo Presidente da República e por ele nomeados, todas e quaisquer operações previstas no Convênio Constitutivo do
após aprovação de seus nomes pelo Senado Federal. Fundo Monetário Internacional;
§ 1º O mandato do Presidente do Banco Central do Brasil terá Por essa atribuição de ser depositário das reservas oficiais de
duração de 4 (quatro) anos, com início no dia 1º de janeiro do ter- ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque o Bacen
ceiro ano de mandato do Presidente da República. é conhecido como o Banqueiro do Governo.
§ 2º Os mandatos dos Diretores do Banco Central do Brasil te- IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar
rão duração de 4 (quatro) anos, observando-se a seguinte escala: as penalidades previstas;
I - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de [...]
março do primeiro ano de mandato do Presidente da República; XII - efetuar, como instrumento de política monetária, ope-
II - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de rações de compra e venda de títulos públicos federais, consoante
janeiro do segundo ano de mandato do Presidente da República; remuneração, limites, prazos, formas de negociação e outras con-
III - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de dições estabelecidos em regulamentação por ele editada, sem pre-
janeiro do terceiro ano de mandato do Presidente da República; e juízo do disposto no art. 39 da Lei Complementar nº 101, de 4 de
IV - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no dia 1º de maio de 2000;
janeiro do quarto ano de mandato do Presidente da República. Essa operação de compra e venda de títulos também é conhe-
cida como Open Market, um instrumento de política monetária,
Principais Competências do Bacen muito utilizado para controlar a quantidade de moeda disponível
Conforme a Lei 4.595 artigo 10, compete ao Bacen: nos bancos, pode ser usado para restringir (controlar a inflação) ou
expandir (estimular a economia) a oferta de moeda.
Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da Repúbli- [...]
ca do Brasil: XIV - aprovar seu regimento interno;
[..] XV - Efetuar, como instrumento de política cambial, operações
II - Executar os serviços do meio-circulante; de compra e venda de moeda estrangeira e operações com instru-
III - determinar o recolhimento de até cem por cento do total mentos derivativos no mercado interno, consoante remuneração,
dos depósitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos limites, prazos, formas de negociação e outras condições estabele-
contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição cidos em regulamentação por ele editada.
de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos
da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, Ademais, conforme consta no art. 18 da Lei nº 4.595, de 1964:
em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, a forma e Art. 18 As instituições financeiras somente poderão funcionar
condições por ele determinadas, podendo: no País mediante prévia autorização do Banco Central da República
a) adotar percentagens diferentes em função: do Brasil ou decreto do Poder Executivo, quando forem estrangei-
1. das regiões geoeconômicas; ras.
2. das prioridades que atribuir às aplicações;
3. da natureza das instituições financeiras; — Comitê de Política Monetária (COPOM)
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que O Copom está dentro da estrutura do Bacen e é composto por
tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros uma diretoria colegiada, na qual participam o presidente do Ban-
favorecidos e outras condições por ele fixadas co Central do Brasil e mais 8 (oito) diretores. Reúnem-se a cada 45
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
dias com a finalidade de avaliar o desempenho monetário do país Essas negociações ocorrem no Mercado de Capitais. Portanto,
e, com base nas informações apuradas, estabelecer a meta da taxa se surgir em sua prova alguma questão abordando os temas men-
Selic, considerada a taxa de juros básica da economia. Quando o Co- cionados acima, há grandes chances de a resposta estar relacionada
pom se reúne, esse encontro tem a duração de 2 (dois) dias, sendo à CVM.
que no segundo dia, após as 18:00 horas, é divulgada a informação
referente à decisão da taxa Selic. Competências da CVM
A principal função do Copom é cumprir a meta de inflação de- Com base na lei 6.385 artigo 8º:
finida pelo CMN, por meio de aumento ou redução da taxa Selic, de Art . 8º Compete à Comissão de Valores Mobiliários:
acordo com a necessidade do momento. Quanto à meta de infla- I - Regulamentar, com observância da política definida pelo
ção para os anos de 2024 e 2025, está estabelecida em 3,00% a.a, Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente previstas
podendo variar em 1,5% para cima e 1,5% para baixo. Portanto, a nesta Lei e na lei de sociedades por ações;
inflação pode situar-se no intervalo de 1,50% a.a – 4,50% a.a. II - Administrar os registros instituídos por esta Lei;
Caso a meta não seja atingida, será necessário que o Presidente III - fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do
do Banco Central do Brasil informe publicamente, via carta aberta mercado de valores mobiliários, de que trata o Art. 1º, bem como
ao Ministro de Estado da Fazenda, os motivos do não atingimento a veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que
da meta. Esta carta deve apresentar: dele participem, e aos valores nele negociados;
– Descrição detalhada das causas do descumprimento; IV - Propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual fixação
– Providências para assegurar o retorno da inflação aos limites de limites máximos de preço, comissões, emolumentos e quaisquer
estabelecidos; e outras vantagens cobradas pelos intermediários do mercado;
– O prazo no qual se espera que as providências produzam efei- V - Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada priori-
to. dade às que não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de
Esse fato de emissão de carta aberta, ocorreu pela última vez pagar o dividendo mínimo obrigatório.
em 10 de janeiro de 2023, quando o Presidente do Bacen, teve que Verifica-se que a CVM se preocupa em assegurar o funciona-
justificar o descumprimento da meta de inflação no ano de 2022. mento eficiente e regular dos mercados de capitais, protegendo os
titulares de valores mobiliários contra possíveis irregularidades dos
— Comissão de Valores Mobiliários (CVM) participantes e visa coibir possíveis fraudes como por exemplo: a
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é um órgão supervi- manipulações de preços.
sor do sistema financeiro nacional, cujas atribuições incluem disci- Já que estamos vendo o poder punitivo que a CVM pode ter,
plinar, normatizar e fiscalizar a atuação de todos os integrantes do importante saber quais penalidades ela pode aplicar:
mercado de valores mobiliários no país. Funciona como uma autar- – Advertência;
quia em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com – Multa (não deverá exceder o maior destes valores):
personalidade jurídica e patrimônio próprio. Possui autoridade ad- a) R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais);
ministrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, b) o dobro do valor da emissão ou da operação irregular;
mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, além de autonomia c) 3 (três) vezes o montante da vantagem econômica obtida ou
financeira e orçamentária. da perda evitada em decorrência do ilícito; ou
d) o dobro do prejuízo causado aos investidores em decorrên-
De acordo com e lei 6.385 no artigo 1º, fica a cargo da CVM a cia do ilícito.
fiscalização dos seguintes ítens: – Inabilitação temporária / proibição temporária;
Art. 1o Serão disciplinadas e fiscalizadas de acordo com esta Lei – Suspensão da autorização ou registro para o exercício das ati-
as seguintes atividades: vidades de que trata esta Lei;
I - a emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; Composição:
II - a negociação e intermediação no mercado de valores mo- A composição da CVM pode ser observada na lei:
biliários;
III - a negociação e intermediação no mercado de derivativos; Art. 6ª A Comissão de Valores Mobiliários será administrada
IV - a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas por um Presidente e quatro Diretores, nomeados pelo Presidente
de Valores; da República, depois de aprovados pelo Senado Federal, dentre
V - a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas pessoas de ilibada reputação e reconhecida competência em maté-
de Mercadorias e Futuros; ria de mercado de capitais.
VI - a administração de carteiras e a custódia de valores mobi- § 1ª O mandato dos dirigentes da Comissão será de cinco anos,
liários; vedada a recondução, devendo ser renovado a cada ano um quinto
VII - a auditoria das companhias abertas; dos membros do Colegiado.
VIII - os serviços de consultor e analista de valores mobiliários. § 2ª Os dirigentes da Comissão somente perderão o mandato
em virtude de renúncia, de condenação judicial transitada em julga-
Para compreendermos melhor o nicho de atuação da CVM, do ou de processo administrativo disciplinar.
podemos classificar os valores mobiliários como títulos emitidos § 3ª Sem prejuízo do que preveem a lei penal e a lei de im-
por empresas do tipo sociedades anônimas, que representam, para probidade administrativa, será causa da perda do mandato a inob-
aqueles que os adquirem, um investimento com determinado grau servância, pelo Presidente ou Diretor, dos deveres e das proibições
de risco. inerentes ao cargo.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 4ª Cabe ao Ministro de Estado da Fazenda instaurar o pro- d) aprovar os limites de operações das Sociedades Segurado-
cesso administrativo disciplinar, que será conduzido por comissão ras, de conformidade com o critério fixado pelo CNSP;
especial, competindo ao Presidente da República determinar o [...]
afastamento preventivo, quando for o caso, e proferir o julgamento. g) fiscalizar a execução das normas gerais de contabilidade e
§ 5ª No caso de renúncia, morte ou perda de mandato do Presi- estatística fixadas pelo CNSP para as Sociedades Seguradoras;
dente da Comissão de Valores Mobiliários, assumirá o Diretor mais h) fiscalizar as operações das Sociedades Seguradoras, inclusive
antigo ou o mais idoso, nessa ordem, até nova nomeação, sem pre- o exato cumprimento deste Decreto-lei, de outras leis pertinentes,
juízo de suas atribuições. disposições regulamentares em geral, resoluções do CNSP e aplicar
§ 6ª No caso de renúncia, morte ou perda de mandato de Dire- as penalidades cabíveis;
tor, proceder-se-á à nova nomeação pela forma disposta nesta Lei, De acordo com as competências demonstradas acima podemos
para completar o mandato do substituído. perceber que a palavra fiscalizar é uma constante nas atribuições da
Susep, sempre que o assunto tratar de seguros, capitalização, pre-
Atente-se ao fato de que a cada ano 1/5 dos membros da Dire- vidência privada aberta e resseguros, estará associado a ela. Como
toria Colegiada é renovado, o que significa que anualmente encer- um órgão supervisor zelar pela solvência das empresas participan-
ra-se o mandato de um Diretor. tes assim como pelos interesses dos consumidores, propicia uma
harmonia no Sistema Nacional de Seguros Privados.
Vimos até aqui que a CVM tem um papel muito relevante no Seguindo com as competências da Susep:
sistema financeiro nacional. Através dela, fica assegurado o aces- i) proceder à liquidação das Sociedades Seguradoras que tive-
so do público a informações sobre valores mobiliários negociados, rem cassada a autorização para funcionar no País;
além da supervisão do mercado de capitais em todos os seus parti- j) organizar seus serviços, elaborar e executar seu orçamento.
cipantes. Tudo isso ocorre para aumentar a eficiência e o funciona- k) fiscalizar as operações das entidades autorreguladoras do
mento do mercado no país, estimulando a formação de poupança e mercado de corretagem, inclusive o exato cumprimento deste De-
sua aplicação em valores mobiliários. creto-Lei, de outras leis pertinentes, de disposições regulamentares
em geral e de resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados
— Superintendência de Seguros Privados - SUSEP (CNSP), e aplicar as penalidades cabíveis; e
A SUSEP é o órgão supervisor do sistema financeiro nacional, [...]
responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro,
capitalização, previdência privada aberta e resseguro. Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP certamente
A autarquia, vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo é a maior competência da Susep. Portanto, caso seja identificada
Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. alguma irregularidade no cumprimento das normas e leis estabele-
cidas, a Susep aplicará multas e penalidades, além de ter poderes
Missão para efetuar a liquidação das operações das seguradoras que este-
“Estimular o desenvolvimento dos mercados de seguro, resse- jam em situação de irregularidade.
guro, previdência complementar aberta e capitalização, garantindo
a livre concorrência, estabilidade e o respeito ao consumidor.” — Superintendência Nacional de Previdência Complementar
(PREVIC)
Composição A Previc é uma entidade supervisora, constituída na forma de
A Susep é administrada por um Conselho Diretor, composto uma autarquia de natureza especial, dotada de autonomia adminis-
por um superintendente e quatro diretores, o cargo de superinten- trativa e financeira, bem como de patrimônio próprio, vinculada ao
dente é uma nomeação exclusiva do presidente da república. Ministério da Previdência Social.
Entre as atribuições do Colegiado, estão: a coordenação do
mercado de seguros, cumprir as deliberações do CNSP (órgão nor- Principais competências da PREVIC
mativo) e aprovar instruções, circulares e pareceres de orientação Conforme a lei 1254 no artigo 2º.
em matérias de sua competência. Art. 2ª Compete à Previc:
I - Proceder à fiscalização das atividades das entidades fecha-
Compete a Susep das de previdência complementar e de suas operações;
Com base no decreto de lei nº 73 no artigo 36: II - Apurar e julgar infrações e aplicar as penalidades cabíveis;
Art 36. Compete à SUSEP, na qualidade de executora da política III - expedir instruções e estabelecer procedimentos para a apli-
traçada pelo CNSP, como órgão fiscalizador da constituição, orga- cação das normas relativas à sua área de competência, de acordo
nização, funcionamento e operações das Sociedades Seguradoras: com as diretrizes do Conselho Nacional de Previdência Complemen-
a) processar os pedidos de autorização, para constituição, orga- tar, a que se refere o inciso XVIII do art. 29 da Lei no 10.683, de 28
nização, funcionamento, fusão, encampação, grupamento, transfe- de maio de 2003;
rência de controle acionário e reforma dos Estatutos das Sociedades IV - autorizar:
Seguradoras, opinar sobre os mesmos e encaminhá-los ao CNSP; a) a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de
b) baixar instruções e expedir circulares relativas à regulamen- previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos
tação das operações de seguro, de acordo com as diretrizes do estatutos e regulamentos de planos de benefícios;
CNSP; b) as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qual-
c) fixar condições de apólices, planos de operações e tarifas a quer outra forma de reorganização societária, relativas às entidades
serem utilizadas obrigatoriamente pelo mercado segurador nacio- fechadas de previdência complementar;
nal;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
c) a celebração de convênios e termos de adesão por patroci- II - Um representante do Banco Central do Brasil (Bacen);
nadores e instituidores, bem como as retiradas de patrocinadores III - Um representante da Comissão de Valores Mobiliários
e instituidores; e (CVM);
d) as transferências de patrocínio, grupos de participantes e as- IV - Quatro representantes das entidades de classe dos merca-
sistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades fechadas dos afins, por esses indicados em lista tríplice.
de previdência complementar;
V - Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previ- O presidente do CRSFN é um dos integrantes indicados pelo
dência complementar com as normas e políticas estabelecidas para ministério da fazenda e o vice-presidente é um dos representantes
o segmento; das entidades de classe, porém indicado pelo ministério da fazenda.
Assim como os demais órgãos supervisores em suas respecti- Fazem ainda parte do Conselho de Recursos três Procuradores
vas competências, a Previc é quem autoriza a constituição/funcio- da Fazenda Nacional, designados pelo Procurador-Geral da Fazenda
namento dos participantes de sua responsabilidade. no caso são os Nacional, com atribuição de zelar pela fiel observância da legislação
planos de previdência fechados (fundos de pensão) aplicável.
VI - Decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entida-
des fechadas de previdência complementar, bem como nomear in- Mandato
terventor ou liquidante, nos termos da lei; Os conselheiros titulares e os conselheiros suplentes, terão seu
VII - nomear administrador especial de plano de benefícios es- mandato com duração de 3 (três) anos, podendo ser reconduzido
pecífico, podendo atribuir-lhe poderes de intervenção e liquidação aos cargos até duas vezes.
extrajudicial, na forma da lei;
VIII - promover a mediação e a conciliação entre entidades fe-
chadas de previdência complementar e entre estas e seus partici- INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS OFICIAIS FEDERAIS - PAPEL E
pantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores, bem como diri- ATUAÇÃO
mir os litígios que lhe forem submetidos na forma da Lei no 9.307,
de 23 de setembro de 1996;
As Instituições Financeiras Federais são regidas pela Lei nº
IX - Enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da
6.404/76, e pela Lei nº 4.595/1964. Sujeitam-se, portanto, ao re-
Previdência Social e, por seu intermédio, ao Presidente da Repúbli-
gime das empresas privadas. Ao mesmo tempo, estão obrigadas a
ca e ao Congresso Nacional; e
cumprirem sua função social e a se submeterem à fiscalização do
X - Adotar as demais providências necessárias ao cumprimento
Estado e da sociedade.
de seus objetivos.
Estas instituições sujeitam-se ao regime das empresas privadas
Suas atividades principais são fiscalizar e supervisionar as ati-
e mesmo tempo, estão obrigadas a cumprirem sua função social e a
vidades das entidades fechadas de previdência complementar
se submeterem à fiscalização do Estado e da sociedade.
(fundos de pensão) e executar as políticas estabelecidas pelo CNPC
Neste grupamento, estão classificadas instituições como o Ban-
(órgão colegiado) para o regime de previdência complementar ope-
co do Brasil S.A. – BB, Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-
rado pelas entidades fechadas de previdência complementar.
mico e Social – BNDES e a Caixa Econômica Federal – Caixa.
Composição:
Com base no decreto n° 11.241 de 2022, a Previc é dirigida por
Banco do Brasil S.A
uma Diretoria Colegiada, composta por:
– Diretor-Superintendente;
Até a criação do Banco Central do Brasil, o Banco do Brasil era
– Diretor de Administração;
o banco do governo.
– Diretor de Fiscalização e Monitoramento;
O Banco do Brasil S.A. (BB) é uma instituição financeira brasi-
– Diretor de Licenciamento; e
leira, constituída na forma de sociedade de economia mista, com
– Diretor de Normas.
participação da União brasileira em 68,7% das ações. Juntamente
com a Caixa Econômica Federal, o Banco Nacional de Desenvolvi-
CRSFN - Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional
mento Econômico e Social, o Banco da Amazônia e o Banco do Nor-
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRS-
deste, o Banco do Brasil é um dos cinco bancos estatais do governo
FN) é um órgão paritário integrante da estrutura do Ministério da
brasileiro.
Fazenda. Sua principal atribuição é ser responsável por julgar, em
Segundo sua filosofia corporativa sua missão é: “Ser um banco
segunda e última instância, os recursos interpostos sobre a aplica-
competitivo e rentável, promover o desenvolvimento sustentável
ção de penalidades administrativas pelo Banco Central do Brasil,
do Brasil e cumprir sua função pública com eficiência”.
pela Comissão de Valores Mobiliários, pelo COAF em processos re-
De acordo com dados do próprio banco, a empresa possui
ferentes a crimes de lavagem de dinheiro, além de sanções inter-
15.133 pontos de atendimento distribuídos pelo país, entre agên-
postas pela SUSEP e demais autoridades competentes.
cias e postos, sendo que 95% de suas agências possuem salas de
autoatendimento (são mais de 40 mil terminais), que funcionam
Estrutura
além do expediente bancário. Possui ainda opções de acesso via
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional - CR-
internet, telefone e telefone celular. Está presente em mais de 21
SFN é constituído, paritariamente, por oito Conselheiros, possui-
países além do Brasil.
dores de conhecimentos especializados em assuntos relativos aos
mercados financeiro, de câmbio, de capitais, de consórcios e de cré-
dito rural e industrial, observada a seguinte composição:
I - Dois representantes do Ministério da Fazenda;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
O Banco do Brasil possui cinco mil agências, estando presente VII - realizar recebimentos ou pagamentos e outros serviços de
na maioria dos municípios do país, com uma estrutura de mais de interesse do Banco Central da República do Brasil, mediante contra-
110 mil funcionários,6 além de dez mil estagiários, cinco mil contra- tação na forma do art. 13, desta lei;
tados temporários e 4,8 mil adolescentes trabalhadores. VIII - dar execução à política de comércio exterior (Vetado)
IX - financiar a aquisição e instalação da pequena e média pro-
Vamos ver o que ensina a Lei nº 4.595/1964 sobre esta insti- priedade rural, nos termos da legislação que regular a matéria;
tuição: X - financiar as atividades industriais e rurais, estas com o favo-
recimento referido no art. 4º, inciso IX, e art. 53, desta lei;
(...) XI - difundir e orientar o crédito, inclusive às atividades comer-
SEÇÃO II ciais suplementando a ação da rede bancária;
DO BANCO DO BRASIL S. A.
a) no financiamento das atividades econômicas, atendendo às
Art. 19. Ao Banco do Brasil S. A. competirá precipuamente, sob necessidades creditícias das diferentes regiões do País;
a supervisão do Conselho Monetário Nacional e como instrumento b) no financiamento das exportações e importações. (Vide Lei
de execução da política creditícia e financeira do Governo Federal: nº 8.490 de 19.11.1992)
I - na qualidade de Agente, Financeiro do Tesouro Nacional, § 1º - O Conselho Monetário Nacional assegurará recursos es-
sem prejuízo de outras funções que lhe venham a ser atribuídas e pecíficos que possibilitem ao Banco do Brasil S. A., sob adequada
ressalvado o disposto no art. 8º, da Lei nº 1628, de 20 de junho de remuneração, o atendimento dos encargos previstos nesta lei.
1952: § 2º - Do montante global dos depósitos arrecadados, na forma
a) receber, a crédito do Tesouro Nacional, as importâncias pro- do inciso III deste artigo o Banco do Brasil S. A. Colocará à disposição
venientes da arrecadação de tributos ou rendas federais e ainda o do Banco Central da República do Brasil, observadas as normas que
produto das operações de que trata o art. 49, desta lei; forem estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, a parcela
b) realizar os pagamentos e suprimentos necessários à execu- que exceder as necessidades normais de movimentação das con-
ção do Orçamento Geral da União e leis complementares, de acor- tas respectivas, em função dos serviços aludidos no inciso IV deste
do com as autorizações que lhe forem transmitidas pelo Ministério artigo.
da Fazenda, as quais não poderão exceder o montante global dos § 3º - Os encargos referidos no inciso I, deste artigo, serão ob-
recursos a que se refere a letra anterior, vedada a concessão, pelo jeto de contratação entre o Banco do Brasil S. A. e a União Federal,
Banco, de créditos de qualquer natureza ao Tesouro Nacional; esta representada pelo Ministro da Fazenda.
c) conceder aval, fiança e outras garantias, consoante expressa § 4º - O Banco do Brasil S. A. prestará ao Banco Central da Re-
autorização legal; pública do Brasil todas as informações por este julgadas necessárias
d) adquirir e financiar estoques de produção exportável; para a exata execução desta lei.
e) executar a política de preços mínimos dos produtos agro- § 5º - Os depósitos de que trata o inciso II deste artigo, também
pastoris; poderão ser feitos nas Caixas econômicas Federais, nos limites e
f) ser agente pagador e recebedor fora do País; condições fixadas pelo Conselho Monetário Nacional.
g) executar o serviço da dívida pública consolidada; Art. 20. O Banco do Brasil S. A. e o Banco Central da República
II - como principal executor dos serviços bancários de interesse do Brasil elaborarão, em conjunto, o programa global de aplicações
do Governo Federal, inclusive suas autarquias, receber em depósi- e recursos do primeiro, para fins de inclusão nos orçamentos mone-
to, com exclusividade, as disponibilidades de quaisquer entidades tários de que trata o inciso III, do artigo 4º desta lei.
federais, compreendendo as repartições de todos os ministérios Art. 21. O Presidente e os Diretores do Banco do Brasil S. A.
civis e militares, instituições de previdência e outras autarquias, deverão ser pessoas de reputação ilibada e notória capacidade.
comissões, departamentos, entidades em regime especial de ad- § 1º A nomeação do Presidente do Banco do Brasil S. A. será
ministração e quaisquer pessoas físicas ou jurídicas responsáveis feita pelo Presidente da República, após aprovação do Senado Fe-
por adiantamentos, ressalvados o disposto no § 5º deste artigo, as deral.
exceções previstas em lei ou casos especiais, expressamente auto- § 2º As substituições eventuais do Presidente do Banco do Bra-
rizados pelo Conselho Monetário Nacional, por proposta do Banco sil S. A. não poderão exceder o prazo de 30 (trinta) dias consecuti-
Central da República do Brasil; vos, sem que o Presidente da República submeta ao Senado Federal
III - arrecadar os depósitos voluntários, à vista, das instituições o nome do substituto.
de que trata o inciso III, do art. 10, desta lei, escriturando as res- § 3º (Vetado)
pectivas contas; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 2.284, de 1986) § 4º (Vetado).
IV - executar os serviços de compensação de cheques e outros
papéis; Caixas Econômicas
V - receber, com exclusividade, os depósitos de que tratam os
artigos 38, item 3º, do Decreto-lei nº 2.627, de 26 de setembro de São instituições eminentemente de cunho social, concedendo
1940, e 1º do Decreto-lei nº 5.956, de 01/11/43, ressalvado o dis- empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de
posto no art. 27, desta lei; assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos
VI - realizar, por conta própria, operações de compra e venda e esporte.
de moeda estrangeira e, por conta do Banco Central da Repúbli- Sua principal atividade, porém, está ligada ao Sistema Brasileiro
ca do Brasil, nas condições estabelecidas pelo Conselho Monetário de Poupança e Empréstimo (SBPE), ligada ao Sistema Financeiro da
Nacional; Habitação (SFH), onde sua principal fonte de recursos, a caderneta
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
de poupança, canaliza as economias da sociedade para a aplicação O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando das atribuições que lhe
no crédito imobiliário de habitações populares, na infraestrutura e confere o § 1º do artigo 2º do Ato Institucional nº 5, de 13 de de-
no saneamento básico das cidades. zembro de 1969,
DECRETA:
Outras atividades:
- captar depósitos à vista e a prazo; Art 1º Fica o Poder Executivo autorizado a constituir a Caixa
- realizar operações ativas e de prestação de serviços, basica- Econômica Federal - CEF, instituição financeira sob a forma de em-
mente às pessoas físicas; presa pública, dotada de personalidade jurídica de direito privado,
- têm o monopólio das operações de empréstimo sob penhor com patrimônio próprio e autonomia administrativa, vinculada ao
de bens pessoais e sob consignação; Ministério da Fazenda.
- vender bilhetes das loterias; Parágrafo único. A CEF terá sede e foro na Capital da República
- centralização do recolhimento e da posterior aplicação dos e jurisdição em todo o território nacional.
recursos do FGTS.
Art 2º A CEF terá por finalidade:
Atualmente, não há no Brasil caixas econômicas estaduais. a) receber em depósito sob a garantia da União, economias po-
pulares, incentivando os hábitos de poupança;
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL b) conceder empréstimos e financiamentos de natureza assis-
tencial, cooperando com as entidades de direito público e privado
A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está regulada pelo na solução dos problemas sociais e econômicos;
Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de 1969, como empresa pública c) operar no setor habitacional, como sociedade de crédito
vinculada ao Ministério da Fazenda. Trata-se de instituição asse- imobiliário e principal agente do Banco Nacional de Habitação, com
melhada aos bancos comerciais, podendo captar depósitos à vis- o objetivo de facilitar e promover a aquisição de sua casa própria,
ta, realizar operações ativas e efetuar prestação de serviços. Uma especialmente pelas classes de menor renda da população;
característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão de d) explorar, com exclusividade, os serviços da Loteria Federal
empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de do Brasil e da Loteria Esportiva Federal nos termos da legislação
assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos pertinente;
e esporte. Pode operar com crédito direto ao consumidor, finan- e) exercer o monopólio das operações sobre penhores civis,
ciando bens de consumo duráveis, emprestar sob garantia de pe- com caráter permanente e da continuidade;
nhor industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio do f) prestar serviços que se adaptem à sua estrutura de natureza
empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob consignação e tem financeira, delegados pelo Governo Federal ou por convênio com
o monopólio da venda de bilhetes de loteria federal. Além de cen- outras entidades ou empresas.
tralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos g) realizar, no mercado financeiro, como entidade integrante
oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra do Sistema Financeiro Nacional, quaisquer outras operações, no
o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema plano interno ou externo, podendo estipular cláusulas de correção
Financeiro da Habitação (SFH). monetária, observadas as condições normativas estabelecidas pelo
Conselho Monetário Nacional;
A Caixa Econômica Federal: a CEF caracteriza-se por estar volta- h) realizar, no mercado de capitais, para investimento ou reven-
da ao financiamento habitacional e ao saneamento básico. da, as operações de subscrição, aquisição e distribuição de ações,
É um instrumento governamental de financiamento social. obrigações e quaisquer outros títulos ou valores mobiliários, obser-
Tem como missão, promover a melhoria contínua da qualidade vadas as condições normativas estabelecidas pelo Conselho Mone-
de vida da sociedade, intermediando recursos e negócios financei- tário Nacional;
ros de qualquer natureza, atuando, prioritariamente, no fomento i) realizar, na qualidade de Agente do Governo Federal, pôr
ao desenvolvimento urbano e nos segmentos de habitação, sanea- conta e ordem deste, e sob a supervisão do Conselho Monetário
mento e infraestrutura, e na administração de fundos, programas e Nacional, quaisquer operações ou serviços nos mercados financeiro
serviços de caráter social, tendo como valores fundamentais: e de capitais, que Ihe forem delegados, mediante convênio.
Direcionamento de ações para o atendimento das expectativas Parágrafo único. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 1.259, de 1973)
da sociedade e dos clientes;
- Busca permanente de excelência na qualidade de serviços; Art 3º O capital inicial da CFF pertencerá integralmente à União
- Equilíbrio financeiro em todos os negócios; e será constituído pelo total do patrimônio líquido do Conselho Su-
- Conduta ética pautada exclusivamente nos valores da socie- perior das Caixas Econômicas Federais e de todas as Caixas Econô-
dade; micas Federais ora existentes, devidamente avaliados e cujo mon-
- Respeito e valorização do ser humano. tante se estabelecerá através de ato do Ministro da Fazenda.
DECRETO-LEI Nº 759, DE 12 DE AGOSTO DE 19691 Art 4º O patrimônio da CEF será constituído pelo acervo de
todas as Caixas Econômicas Federais e do seu Conselho Superior,
Autoriza o Poder Executivo a constituir a empresa pública Caixa incluídos em tal acervo os haveres, direitos, obrigações e ações,
Econômica Federal e dá outras providências. bens móveis e documentos e papéis de seu arquivo que lhe serão
automaticamente incorporados.
1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0759.htm. Acessado em
03.03.2021
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art 5º O pessoal da CEF será obrigatoriamente admitido me- § 1º A CEF terá direito a uma comissão de venda a título de
diante concurso público de provas ou de provas e títulos. remuneração fixa pelos serviços de distribuição nacional dos bilhe-
§ 1º O regime legal do pessoal da CEF será o da Consolidação tes de loteria, cujo saldo líquido será anualmente levado à conta
das Leis Trabalhistas. do Fundo de Reserva, para futuro aproveitamento em aumentos
§ 2º Poderão eventualmente ser requisitados pela CEF servido- de capital.
res dos quadros do serviço público federal, das autarquias federais § 2º A CEF contabilizará em separado todas as operações rela-
ou das empresas públicas e sociedades de economia mista, exclu- tivas à exploração dos serviços da Loteria Federal e da Loteria Es-
sivamente para o exercício de funções técnicas, mediante o ressar- portiva Federal, não podendo os resultados financeiros decorrentes
cimento, pela CEF, aos órgãos de origem ou entidades de origem, dessa exploração inclusive os referidos no parágrafo anterior, ser
dos proventos globais a que fizerem jus os servidores requisitados. consideradas sob forma alguma para o cálculo de gratificações e
de quaisquer vantagens devidas a empregados ou administradores.
Art 6º Como instituição integrante do Sistema Financeiro Na- § 3º O limite máximo para as despesas efetivas de custeio e
cional, a CEF estará sujeita às normas gerais, às decisões e a disci- manutenção dos serviços lotéricos e para a comissão de venda refe-
plina normativa estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional e à rida no § 1º assim como as normas sobre a contabilização da renda
fiscalização do Banco Central do Brasil. líquida decorrente da exploração dos mesmos serviços serão esta-
belecidos em regulamento.
Art 7º Os recursos das Agências Estaduais da CEF serão apli-
cados obrigatoriamente nas respectivas jurisdições, de forma pro- Art 11. Fica vedado às instituições financeiras em geral e a
porcional aos depósitos ali captados e aos resultados da venda de quaisquer outras empresas, ressalvadas as Caixas Econômicas Es-
bilhetes de loteria no Estado. taduais já em funcionamento, o uso da denominação “Caixa Eco-
Parágrafo único. Tendo em vista a instalação de novas Agências nômica”.
ou Filiais e o desenvolvimento dos negócios da empresa, poderão
ser feitas aplicações, até o limite de 10% (dez por cento) das apli- Art 12. As atuais Caixas Econômicas Estaduais não poderão re-
cações totais da CEF, em áreas diversas da origem dos depósitos. alizar operações vedadas à CEF.
Art 8º Os diretores da CEF, respeitados os princípios da legisla- Art 13. Considerar-se-ão extintos em 31 de dezembro de 1970
ção em vigor, serão solidariamente responsáveis pelos prejuízos ou o Conselho Superior das Caixas Econômicas Federais e as Caixas
danos causados pelo não cumprimento das obrigações ou deveres Econômicas Federais dos Estados e no Distrito Federal.
impostos pela lei ou regulamentos que lhes definam os encargos e
atribuições. Art 14. Os atuais servidores do Conselho Superior e das Caixas
Econômicas Federais serão aproveitados como empregados da CEF,
Art 9º Os estatutos da CEF, expedidos pelo Ministro da Fazenda de preferência nas respectivas jurisdições, em conformidade com o
e aprovados por Decreto do Presidente da República, estabelecerão que for estabelecido pelo Poder Executivo.
a constituição, atribuições e funcionamento dos órgãos que com- Parágrafo único. Os dispositivos do artigo 461 do Decreto-lei nº
põem sua estrutura básica. 5.452, de 1º de maio de 1943, não prevalecerão para efeito de equi-
Parágrafo único. Tanto na elaboração dos estatutos, quanto na paração entre os novos empregados da CEF e os antigos servidores
plantação da estrutura geral e normas de funcionamento da CEF, dos órgãos públicos indicados neste artigo.
serão observadas, entre outras, os seguintes princípios fundamen-
tais: Art 15. O Poder Executivo poderá baixar os atos que se fizerem
I - programação e coordenação das atividades em todos os ní- necessários a assegurar a continuidade administrativa do Conselho
veis administrativos; Superior e dos Conselhos Administrativos das Caixas Econômicas
II - desconcentração da autoridade executiva, objetivando en- Federais, em fase de extinção, bem como antecipar a extinção pre-
curtar os canais processuais e assegurar rapidez à solução das ope- vista no artigo 13.
rações;
III - descentralização e desburocratização dos serviços e opera- Art 16. Os depósitos judiciais em dinheiro relativos a processos
ções, eliminando-se as tramitações desnecessárias e os controles de competência dos juízes federais serão obrigatoriamente feitos
supérfluos; na CEF, ficando sujeitos à correção monetária a contar do segundo
IV - economia dos gastos administrativos, reduzindo-se as des- trimestre civil posterior à data do depósito, ressalvadas as disposi-
pesas de pessoal ao estritamente necessário; ções legais que fixem momento anterior para essa correção.
V - simplificação das estruturas, evitando-se o excesso de che-
fias e níveis hierárquicos; Art 17. Fica constituído a partir da data deste Decreto-lei o Fun-
VI - incentivo ao aumento de produtividade de seus serviços. do de instalação da CEF, que será administrado e aplicado de acordo
com instruções baixadas pelo Ministro da Fazenda.
Art 10. Os resultados da exploração da Loteria Federal e da Lo- §1º O Fundo a que se refere este artigo receberá, entre outras
teria Esportiva Federal que couberem à CEF como executora desses contribuições, depósitos correspondentes à percentagem que vier
serviços públicos serão destinados ao fortalecimento do patrimônio a ser fixada em regulamento sobre o preço do plano de cada bilhete
da empresa, vedada sua aplicação no custeio de despesas corren- de loteria vendido pelas Agências das Caixas Econômicas Federais
tes. nos Estados e no Distrito Federal.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 2º Os recursos do Fundo criado por este artigo serão aplica- Desafios contemporâneos
dos na aquisição ou construção de prédio destinado aos serviços
centrais da CEF, bem como para pagamento de serviços e materiais O século 21 começou com a consolidação da vertente social na
indispensáveis à criação e instalações da empresa. missão do Banco, que é promover a competitividade da economia
brasileira, de forma agregada à sustentabilidade, à geração de em-
Art 18. Este Decreto-lei entrará em vigor na data de sua publi- prego e renda e à redução das desigualdades sociais e regionais. O
cação, revogadas as disposições em contrário. BNDES busca promover, nos projetos que solicitam apoio, o desen-
volvimento local e regional, o compromisso socioambiental e a ca-
RELAÇÃO CEF/BNH pacidade de inovação, desafios mais urgentes em um mundo cada
vez mais dinâmico e em constante transformação.
Em 21 de novembro de 1986 (DL 2291), foi decretada a extin- O BNDES é hoje uma instituição ativa e moderna, que continua
ção do BNH, por incorporação à CEF, que assumiu o conjunto de desbravando novas fronteiras em prol do crescimento do Brasil. Ao
atribuições antes de responsabilidade do BNH. Assim, toda orienta- mesmo tempo em que se expande internamente, com a alocação
ção, disciplinamento e controle do SFH está ao cargo da CEF. em salas de um novo prédio no Rio de Janeiro e com a difusão de
sua rede de agências credenciadas, o Banco inaugurou, em 2009,
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e um novo escritório na América do Sul (Montevidéu), outro na Eu-
Social ropa (Londres), e, em 2013, uma nova representação na África (Jo-
anesburgo) a fim de buscar novas alternativas ao desenvolvimento
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - em um mundo globalizado e interconectado.
BNDES, ex-autarquia federal criada pela Lei nº 1.628, de 20 de ju- Todos os segmentos econômicos são contemplados pelo Ban-
nho de 1952, foi enquadrado como uma empresa pública federal, co: agropecuária, indústria, comércio e serviços, infraestrutura,
com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, sempre com condições especiais para as micro, pequenas e médias
pela Lei nº 5.662, de 21 de junho de 1971. O BNDES é um órgão empresas. O incentivo às exportações e o fortalecimento do merca-
vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do de capitais permanecem como ações estratégicas. Presente em
Exterior e tem como objetivo apoiar empreendimentos que contri- todos os setores, o BNDES promove o aumento da competitividade
buam para o desenvolvimento do país. e o fortalecimento da economia nacional, apoia o avanço social e
Desta ação resultam a melhoria da competitividade da econo- cultural e contribui para ampliar o acesso de todos os cidadãos a
mia brasileira e a elevação da qualidade de vida da sua população. uma vida melhor, com mais educação, saúde, emprego e cidadania.
Desde a sua fundação, em 20 de junho de 1952, o BNDES vem
financiando os grandes empreendimentos industriais e de infra- Missão, Visão e Valores
estrutura tendo marcante posição no apoio aos investimentos na
agricultura, no comércio e serviço e nas micro, pequenas e médias Missão: Promover o desenvolvimento sustentável e competiti-
empresas, e aos investimentos sociais, direcionados para a educa- vo da economia brasileira, com geração de emprego e redução das
ção e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e ambiental e desigualdades sociais e regionais.
transporte coletivo de massa. Visão: Ser o Banco do desenvolvimento do Brasil, instituição
Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo de excelência, inovadora e pró-ativa ante os desafios da nossa so-
prazo e custos competitivos, para o desenvolvimento de projetos ciedade.
de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipa- Valores:
mentos novos, fabricados no país, bem como para o incremento - A ética é o solo sobre o qual o BNDES vem sendo construído
das exportações brasileiras. desde sua criação. Assim, o BNDES exige de seus profissionais uma
Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura de ca- conduta ética irrepreensível no exercício de suas atribuições. Tal
pital das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de ca- conduta se traduz sobretudo em responsabilidade e honestidade.
pitais. Preservamos o respeito e a confiança em nossos relacionamentos e
A BNDESPAR, subsidiária integral, investe em empresas nacio- marcamos nossos atos pela transparência. Partimos do princípio de
nais através da subscrição de ações e debêntures conversíveis. que só há desenvolvimento com ética.
O BNDES considera ser de fundamental importância, na execu- - Agimos em todas as circunstâncias com responsabilidade, re-
ção de sua política de apoio, a observância de princípios ético-am- tidão, integridade, honestidade e senso de justiça.
bientais e assume o compromisso com os princípios do desenvolvi- - Respeitamos a individualidade, dignidade e privacidade de
mento sustentável. todos, valorizamos a diversidade e repudiamos qualquer forma de
As linhas de apoio financeiro e os programas do BNDES aten- discriminação.
dem às necessidades de investimentos das empresas de qualquer - Temos compromisso vital com os direitos humanos de todos
porte e setor, estabelecidas no país. A parceria com instituições fi- os participantes de nossa cadeia de relacionamentos.
nanceiras, com agências estabelecidas em todo o país, permite a - Construímos um ambiente de trabalho marcado por respeito,
disseminação do crédito, possibilitando um maior acesso aos recur- pluralidade de pensamentos, diálogo e capacidade de se colocar no
sos do BNDES. lugar do outro.
- Estabelecemos e mantemos nossos relacionamentos com res-
peito, confiança e transparência
- Zelamos pela discrição e pelo sigilo no tratamento das infor-
mações utilizadas nas atividades do BNDES.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
As instituições financeiras oficiais federais desempenham um BASA apoia diversas atividades econômicas, desde a agricultura até
papel crucial na economia brasileira, atuando como agentes de po- o turismo ecológico, desempenhando um papel chave na inclusão
líticas públicas, fomento ao desenvolvimento econômico e social, e financeira das populações locais.
inclusão financeira. Entre essas instituições, destacam-se o Banco
do Brasil (BB), a Caixa Econômica Federal (CAIXA), o Banco Nacio- Outras Instituições Relevantes
nal de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Além dessas, existem outras instituições financeiras federais
Nordeste (BNB) e o Banco da Amazônia (BASA). Cada uma dessas que desempenham papéis específicos, como o Banco Central do
entidades possui atribuições específicas, refletindo a diversidade Brasil (BACEN), responsável pela supervisão do sistema financeiro,
de necessidades do país em termos de desenvolvimento regional, controle da inflação e formulação da política monetária.
setorial e social. As instituições financeiras oficiais federais são pilares para a
execução de políticas públicas, desenvolvimento econômico e so-
Banco do Brasil (BB) cial, e inclusão financeira no Brasil. Cada banco possui uma missão
O Banco do Brasil, fundado em 1808, é uma das instituições específica que reflete as prioridades do país em diferentes áreas
financeiras mais antigas do país. Como banco múltiplo, oferece uma e regiões, trabalhando em conjunto para promover o bem-estar
ampla gama de produtos e serviços bancários tanto para o setor da população e a sustentabilidade do desenvolvimento brasileiro.
público quanto para o privado. Além de sua atuação comercial, o Para candidatos a concursos bancários, compreender o papel e a
BB desempenha um papel significativo no desenvolvimento agríco- atuação dessas instituições é fundamental, pois reflete o amplo es-
la do país, sendo responsável pela execução de políticas de crédito pectro de atuação e responsabilidade social que caracteriza o setor
agrícola e financiamento de safra, contribuindo diretamente para bancário público no Brasil.
a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável do setor
agrário brasileiro. Papel e Atuação
As instituições financeiras oficiais federais no Brasil desempe-
Caixa Econômica Federal (CAIXA) nham papéis cruciais que vão além da oferta de produtos e serviços
A CAIXA, criada em 1861, é uma instituição chave para a políti- financeiros típicos. Elas são ferramentas estratégicas nas mãos do
ca habitacional e de assistência social do governo federal. Adminis- governo para promover políticas públicas, impulsionar o desenvol-
tra programas de grande impacto social, como o Fundo de Garantia vimento econômico e social, garantir a inclusão financeira e respon-
do Tempo de Serviço (FGTS), o Programa de Integração Social (PIS) e der a desafios regionais específicos. A atuação desses bancos refle-
o seguro-desemprego. Além disso, é o principal agente de políticas te a diversidade de necessidades econômicas, sociais e ambientais
públicas para habitação, operando programas como o Minha Casa do país, e cada um contribui de maneira única para o bem-estar da
Minha Vida, o que a torna essencial para a promoção da inclusão sociedade brasileira e para a sustentabilidade do desenvolvimento
social e redução do déficit habitacional no Brasil. nacional.
e financiamento habitacional são administrados por esses bancos, - Operações de Empréstimos: são caracterizados por não se
garantindo que recursos cheguem diretamente às mãos daqueles destinarem a uma finalidade específica. É o caso dos empréstimos
que mais precisam. pessoais, dos empréstimos consignados, do cheque especial, do
cartão de crédito, entre outros. A liberação do empréstimo, por en-
• Resposta a Desafios Regionais volver menos formalidades do que um financiamento, costuma ser
A atuação dos bancos federais é fundamental para responder mais simples e rápida, com menor número de procedimentos. O
aos desafios econômicos e sociais específicos de diferentes regiões proponente ao empréstimo é submetido à análise de crédito pela
do Brasil. O Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia, por exem- instituição financeira podendo, inclusive, não ser exigida uma ga-
plo, oferecem condições de financiamento adaptadas às realidades rantia, embora tal condição possa ser negociada entre as partes
locais, fomentando o desenvolvimento em áreas que enfrentam com o propósito de redução do grau de risco da operação e conse-
desafios particulares, como pobreza, desemprego e questões am- quentemente, da taxa de juros e demais encargos a serem conven-
bientais. Esses bancos desempenham um papel essencial na pro- cionados.
moção do desenvolvimento sustentável, equilibrando crescimento
econômico com preservação ambiental. Outras alternativas para a aquisição de bens são as operações
conhecida como arrendamento mercantil ou leasing.
As instituições financeiras oficiais federais no Brasil são mais do
que meros bancos; elas são instrumentos de política pública com - Arrendamento Mercantil: a propriedade do bem arrendado
o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social, fica com a arrendadora, neste caso a instituição financeira, que con-
garantir a inclusão financeira e atender às necessidades específi- cede o direito de uso desse bem ao arrendatário, o cliente durante
cas de diversas regiões do país. Sua atuação é fundamental para o prazo do contrato. O arrendamento mercantil oferece a opção de
a realização de objetivos estratégicos nacionais, incluindo o cresci- compra do bem por parte do arrendatário ao final do contrato.
mento sustentável, a redução das desigualdades e a promoção de
uma sociedade mais justa e inclusiva. Compreender o papel e a atu- - Leasing: é uma operação classificada como financeira ou ope-
ação desses bancos é essencial para qualquer pessoa interessada racional e em geral, o contrato de leasing financeiro, o qual se as-
na economia brasileira, na política de desenvolvimento e na gestão semelha a uma operação de financiamento, por abranger a quase
pública. totalidade do valor do bem, onde o cliente quase sempre opta pela
compra do bem ao final do contrato, no entanto, possuem prazo
mínimo de duração, que são determinados pela legislação e variam
OPERAÇÕES DE CRÉDITO BANCÁRIO conforme o prazo de vida útil do produto. Já o contrato de leasing
operacional, possui prazo mais curto e similaridade com uma loca-
ção, e é mais utilizado quando o cliente não pretende, pelo menos
Operações de Crédito são acordos de vontades entre as partes,
em princípio, adquirir o bem. Uma das principais características do
pelo princípio da autonomia2, onde as instituições financeiras têm
Leasing é que o prazo mínimo da operação é de dois anos para bens
autonomia para conceder empréstimos e financiamentos com base
com vida econômica útil igual ou menor do que cinco anos.
em critérios próprios. O Banco Central, na qualidade de ente regu-
lador e fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional, não interfere
- Empréstimo em Consignação: é uma modalidade de emprés-
na celebração de contratos de empréstimos e financiamentos, nem
timo em que o desconto da prestação é feito diretamente na fo-
na renegociação de dívidas entre as instituições financeiras e seus
lha de pagamento ou de benefício previdenciário do contratante.
clientes.
A consignação em folha de pagamento ou de benefício depende
de autorização prévia e expressa do cliente à instituição financeira
As operações de crédito são divididas entre operações de fi-
concedente do empréstimo.
nanciamento e de empréstimo.3
Em relação ao empréstimo consignado, a Circular do Banco
Central nº 3.522/20114 em seu artigo 1º estabelece a vedação às
- Operações de Financiamentos: são recursos financeiros des-
instituições financeiras na celebração de convênios.
tinados a finalidade ou segmento específico previstos no contrato.
“Art. 1º Fica vedada às instituições financeiras, na prestação de
Como exemplo, podem ser citados os financiamentos imobiliários,
serviços e na contratação de operações, a celebração de convênios,
industriais e rurais. Nesses casos, o próprio bem financiado pode
contratos ou acordos que impeçam ou restrinjam o acesso de clien-
servir de garantia, tornando a operação mais segura para o credor
tes a operações de crédito ofertadas por outras instituições, inclusi-
e menos onerosa para o tomador. As regras para sua concessão
ve aquelas com consignação em folha de pagamento”.
são mais rigorosas e os procedimentos mais detalhados. Em linhas
gerais, as instituições financeiras realizam a análise da capacidade
Há também normas federais que tratam do assunto, como a Lei
financeira do tomador do crédito, a avaliação do bem a ser adqui-
10.820 de 20035, onde estabelece:
rido e eventualmente em outras garantias oferecidas por este pro-
Art. 1º - Os empregados regidos pela Consolidação das Leis do
ponente.
Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio
de 1943, poderão autorizar, de forma irrevogável e irretratável, o
2 Princípio que consiste no poder entre partes para estipular livremente, como desconto em folha de pagamento ou na sua remuneração disponí-
melhor convier, mediante acordo a disciplina de seus interesses, suscitando efei- 4 https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/
tos ordem jurídica, envolvendo a criação de contratos e a liberdade de contratar ou Lists/Normativos/Attachments/49474/Circ_3522_v1_O.pdf
não contratar. 5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.820.htm - Último acesso em
3 https://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/c/noticias/223 26/10/2018 as 09h12min
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
vel dos valores referentes ao pagamento de empréstimos, financia- - Empréstimo com Penhor: modalidade de empréstimo onde a
mentos, cartões de crédito e operações de arrendamento mercantil pessoa física tem acesso a um crédito rápido, ficando livre de aná-
concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrenda- lise de cadastro e livre de avalista. Além disso, o consumidor pode
mento mercantil, quando previsto nos respectivos contratos. (Reda- estar com restrições.
ção dada pela Lei nº 13.172, de 2015)
§ 1º O desconto mencionado neste artigo também poderá inci- Desconto Bancário
dir sobre verbas rescisórias devidas pelo empregador, se assim pre-
visto no respectivo contrato de empréstimo, financiamento, cartão O Desconto bancário é uma operação bancária, através da qual
de crédito ou arrendamento mercantil, até o limite de 35% (trinta e a instituição adianta créditos de terceiros para clientes, deduzindo
cinco por cento), sendo 5% (cinco por cento) destinados exclusiva- assim os juros da operação mediante a cessão do crédito que é feita
mente para: (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015) através do endosso cambiário6. Neste caso, a instituição financei-
I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão ra antecipa ao seu cliente o valor de crédito que este titulariza, ou
de crédito; seja, antecipa assim os recebíveis deste cliente perante terceiro, na
[...] maioria das vezes não vencido, e o recebe em cessão. Dessa forma
§ 5º Nas operações de crédito consignado de que trata este ar- a instituição financeira paga pelo crédito descontado, representado
tigo, o empregado poderá oferecer em garantia, de forma irrevogá- geralmente por título de crédito, como duplicata, notas promissó-
vel e irretratável:(Redação dada pela Lei nº 13.313, de 2016) rias e outros, deduzindo os juros correspondente ao período com-
I - até 10% (dez por cento) do saldo de sua conta vinculada no preendido entre a data da antecipação e do vencimento do título.
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS; (Redação dada pela O Desconto Bancário é considerado contrato real, uma vez que se
Lei nº 13.313, de 2016); aperfeiçoa com a transferência do crédito a instituição financeira.
II - até 100% (cem por cento) do valor da multa paga pelo em-
pregador, em caso de despedida sem justa causa ou de despedida Adiantamento Bancário
por culpa recíproca ou força maior, nos termos dos §§ 1º e 2º do art.
18 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. (Redação dada pela Lei O Adiantamento Bancário pode ser definido como o contrato
nº 13.313, de 2016); bancário pelo qual o Banco adianta certa importância pecuniária ao
[...] cliente contra a entrega de uma garantia real do pagamento do em-
Art. 6º Os titulares de benefícios de aposentadoria e pensão préstimo, a qual será executada caso haja inadimplemento da obri-
do Regime Geral de Previdência Social poderão autorizar o Instituto gação. O adiantamento ou antecipação bancária se caracteriza por:
Nacional do Seguro Social - INSS a proceder aos descontos referi- a) Oferta de uma garantia real dada pelo interessado;
dos no art. 1º e autorizar, de forma irrevogável e irretratável, que b) Adiantamento pecuniário de um crédito cambiário lastreado
a instituição financeira na qual recebam seus benefícios retenha, pela garantia;
para fins de amortização, valores referentes ao pagamento mensal c) Concedido por banco ou instituição financeira equiparada.
de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações de
arrendamento mercantil por ela concedidos, quando previstos em As formas de Antecipação bancária variam em função dos ob-
contrato, nas condições estabelecidas em regulamento, observadas jetos sobre os quais recairá a garantia real, podendo incidir sobre:
as normas editadas pelo INSS. (Redação dada pela Lei nº 13.172, - Mercadorias ou documentos;
de 2015); - Títulos de crédito representados por mercadorias ou esto-
[...] ques;
§ 5º Os descontos e as retenções mencionados no caput não - Outros títulos de crédito em geral;
poderão ultrapassar o limite de 35% (trinta e cinco por cento) do - Direitos creditórios diversos.
valor dos benefícios, sendo 5% (cinco por cento) destinados exclusi-
vamente para: (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015); Crédito Direto ao Consumidor (CDC)7
I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de
crédito; ou (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015); É uma operação de crédito concedida tanto a pessoas físicas
II - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de como jurídicas para a aquisição de bens ou serviços. O consumidor
crédito. (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015). que contrata esse tipo de crédito passa a desfrutar imediatamente
de um bem que será pago com sua renda futura. Os cartões de cré-
- Empréstimo com Cheque Especial: neste caso tipo de em- dito também podem conceder crédito direto ao consumidor para
préstimo o banco que o cliente é correntista disponibiliza um crédi- aquisição de bens. Normalmente são contemplados em contratos
to pré-aprovado com um limite de recurso em dinheiro estabeleci- no máximo de 60 parcelas.
do de acordo com o perfil do correntista que pode ser usado como As taxas de juros correspondem à média das taxas praticadas8
empréstimo de cheque especial quando necessário. nas diversas operações realizadas pelas instituições financeiras em
cada modalidade de crédito. Em uma mesma modalidade, as taxas
- Empréstimo Rotativo: este tipo de empréstimo se caracteriza de juros diferem entre clientes de uma mesma instituição financeira
como a liberação de uma valor a título de emprestado e no ato do e variam de acordo com diversos fatores de risco envolvidos nas
pagamento, será pago apenas parte dele, ou seja, consiste no valor 6 É o ato pelo qual o credor de um título de crédito com a cláusula à ordem trans-
mínimo da fatura de um cartão de crédito, por exemplo. Em contra- mite os seus direitos à outra pessoa.
partida é nessa modalidade onde as taxas e encargos cobrados são 7 http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2009/11/saiba-como-viabilizar-o-
os mais altos do mercado. -credito-direto-ao-consumidor
8 https://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/c/txjuros/1
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
operações, tais como o valor e a qualidade das garantias apresen- apenas identifica o indivíduo perante as instituições financeiras,
tadas na contratação do crédito. Na modalidade9 para pessoa físi- mas também é utilizado para rastrear suas atividades econômicas
ca divindade em pré-fixada e pós-fixadas. Já para pessoa jurídica e financeiras, garantindo a conformidade com as leis tributárias e
também em pré-fixadas e pós-fixadas, mas nesta última em juros regulamentações bancárias.
flutuantes e em moedas estrangeira.
Cadastro de Pessoas Jurídicas
Contas Garantidas O cadastro de pessoas jurídicas é igualmente importante no
setor bancário. No Brasil, o CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Ju-
A conta garantida é uma conta de crédito com um valor limite, rídica) é o número que identifica empresas e outras organizações.
Normalmente é movimentada pelo cliente através de seus cheques, Similar ao CPF, o CNPJ é fundamental para a realização de ativida-
desde que não haja saldo disponíveis em sua conta corrente de des empresariais, como a abertura de contas bancárias corporati-
movimentação. A medida que entram recursos na conta corrente vas, emissão de notas fiscais, contratação de empregados, e para
do cliente, eles são usados para cobrir o saldo devedor da conta cumprir obrigações tributárias e regulatórias. O CNPJ fornece infor-
garantida. mações vitais sobre a empresa, incluindo sua natureza jurídica, en-
dereço, descrição da atividade econômica, entre outros.
É um tipo de empréstimo em que são utilizadas em conjunto
duas contas: Tipos e Constituição das Pessoas
- A conta corrente de livre movimentação A constituição de uma pessoa jurídica no Brasil pode assumir
- A conta garantida várias formas, incluindo sociedades limitadas, sociedades anôni-
mas, cooperativas, entre outras. Cada tipo tem suas próprias regras
Sendo assim garante uma fluidez de recursos para as empresas, de constituição, governança, responsabilidades e obrigações fiscais.
já para o banco é um excelente recurso mercadológico. O valor de Por exemplo, uma sociedade limitada (Ltda.) é formada por um
limite e o prazo de pagamentos são definidos pela instituição finan- contrato social entre os sócios, enquanto uma sociedade anônima
ceira conforme capacidade de pagamento da empresa. Em relação (S.A.) é regida por um estatuto social e suas ações podem ser nego-
aos encargos, podem ser: ciadas publicamente, dependendo de sua categoria.
- Taxas pré ou pós-fixadas: que são incidente sobre os valores Composição Societária/Acionária
utilizado se respectivo prazo. Para cálculo dos juros devidos, as ins- A composição societária ou acionária é um elemento chave na
tituições financeiras somam os valores utilizado sem um determi- estrutura de uma empresa. Em uma sociedade limitada, os sócios
nado período (mês cheio ou 30 dias corridos) e, sobre o somatório, têm sua responsabilidade limitada ao valor de suas quotas, mas ge-
aplicam a taxa mensal de juros convertidas para um dia. renciam ativamente os negócios. Em uma sociedade anônima, os
- Incidente sobre os prazos e valores utilizados, conforme le- acionistas podem ter responsabilidade limitada ao valor de suas
gislação em vigor: nessa modalidade, é cobrado somente após a ações e podem ou não ter um papel ativo na gestão da empresa. A
utilização do crédito e para calcular o valor devido as instituições composição acionária de uma S.A. é particularmente relevante em
financeiras e somam os valores utilizados em um determinado pe- empresas listadas em bolsa de valores, onde as ações são negocia-
ríodo. das publicamente e a estrutura acionária pode influenciar significa-
- Taxa de Abertura de Crédito (TAC): cobrada pela instituição tivamente as decisões corporativas e a governança.
para cada contrato, conforme tabela de tarifas. Entender esses aspectos é crucial não apenas para a conformi-
dade legal e regulatória, mas também para a análise de risco, plane-
jamento financeiro e estratégico das entidades envolvidas. No setor
CADASTRO DE PESSOAS FÍSICAS. CADASTRO DE PESSOAS bancário, um conhecimento profundo dessas áreas permite uma
JURÍDICAS. TIPOS E CONSTITUIÇÃO DAS PESSOAS. COM- melhor avaliação dos clientes, uma gestão de risco mais eficiente
POSIÇÃO SOCIETÁRIA/ACIONÁRIA e facilita o cumprimento das normas anti-lavagem de dinheiro e de
financiamento ao terrorismo.
• Simples Nacional: é um regime tributário simplificado des- tituições financeiras buscando priorizar a segurança e a certeza de
tinado a micro e pequenas empresas. Essa opção permite o paga- recebimento dos valores emprestados, com o foco principal, obvia-
mento de vários impostos federais, estaduais e municipais em uma mente, em seus lucros.
única guia, facilitando o processo fiscal. É limitado a empresas com Esta operação causa um impacto financeiro na empresa credo-
receita bruta anual de até um determinado teto. ra, já que ceder crédito a uma pessoa que não possui condições de
efetuar seu pagamento pode exigir renegociações, obrigar a empre-
• Lucro Presumido: é um regime onde a base de cálculo do sa a arcar com o crédito cedido até que o cliente faça o pagamento
imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido é e, em algumas vezes, até fazer com que a empresa se responsabili-
determinada por um percentual fixo sobre a receita bruta da em- ze completamente pela dívida. Nesse último caso, a empresa pode
presa. É uma opção vantajosa para empresas com lucratividade alta recorrer à justiça. No entanto, a pessoa pode não possuir nenhum
e despesas operacionais baixas. bem ou recurso e, consequentemente, não conseguirá pagar, fazen-
do com que a empresa credora, além de assumir a dívida, tenha
• Lucro Real: é o regime onde a empresa paga os impostos com custo adicional de serviços jurídicos. Por isso a importância da aná-
base em seu lucro líquido real. Esse regime é obrigatório para em- lise de crédito.
presas com receitas anuais acima de um determinado valor e pode Análise de crédito é o momento em que, de forma automática
ser mais complexo em termos de gestão fiscal, exigindo uma conta- (política ou estratégica) ou de forma manual (análise subjetiva efe-
bilidade mais detalhada. tuada, em regra, por profissionais especializados), as informações
Cada regime tributário tem suas vantagens e desvantagens, e do interessado em adquirir crédito são avaliadas e ponderadas em
a escolha depende de uma série de fatores, incluindo a estrutura relação ao risco e a capacidade, seja do endividamento da pessoa
operacional da empresa, suas despesas, receitas e objetivos de ne- ou da empresa que concederá o crédito. Desta forma, a concessão
gócios. de crédito se torna mais inteligente e segura, e o crédito passa a
ser o que se denomina atualmente de crédito responsável, conceito
Mandatos e Procurações estratégico intimamente ligado à inadimplência, ao equilíbrio eco-
Mandatos e procurações são instrumentos legais que permi- nômico e ao fomento do mercado.
tem a uma pessoa (o mandatário ou procurador) agir em nome de Através da análise também é possível detectar fraudadores,
outra (o mandante ou outorgante). No ambiente corporativo, esses eliminando, na cadeia de créditos, o nome das pessoas inidôneas.
instrumentos são vitais para a delegação de poderes, permitindo Em outras palavras, a análise de crédito é importante para manter
que representantes legais ou agentes realizem atividades especí- a harmonia entre clientes e empresa, diminuindo os riscos das dívi-
ficas, como operações bancárias, decisões de negócios, ou ações das não serem pagas e fazendo que, consequentemente, as empre-
legais. sas possam trabalhar com cliente mais comprometidos.
• Mandatos: normalmente se referem a uma autorização mais
geral para agir em nome do mandante em uma variedade de situa- Análise e contratação10
ções. Eles podem ser específicos (para uma tarefa ou tipo de deci-
são particular) ou gerais (cobrindo uma ampla gama de atividades). Consiste a análise de crédito no momento em que, de forma
automática (política ou estratégica) ou de forma manual (análise
• Procurações: são tipicamente mais formais e detalhadas do subjetiva efetuada, em regra, por profissionais especializados), as
que os mandatos. Elas especificam exatamente quais poderes estão informações do interessado em adquirir crédito são avaliadas e
sendo concedidos e em que circunstâncias podem ser exercidos. ponderadas em relação ao risco e a capacidade, seja do endivida-
As procurações são amplamente utilizadas em transações legais e mento da pessoa ou da empresa que concederá o crédito. Desta
financeiras, como a assinatura de contratos, a representação em forma, a concessão de crédito se torna mais inteligente e segura,
processos judiciais ou a realização de transações bancárias. e o crédito passa a ser o que se denomina atualmente de “crédito
responsável”, conceito estratégico intimamente ligado à inadim-
Tanto os mandatos quanto as procurações devem ser elabo- plência, ao equilíbrio econômico e ao fomento do mercado.
rados cuidadosamente para garantir que confiram os poderes cor- Através da análise também é possível detectar fraudadores,
retos e sejam válidos sob a lei. Além disso, eles precisam estar em eliminando, na cadeia de créditos, o nome das pessoas inidôneas.
conformidade com as regulamentações locais e ser revisados regu- Em outras palavras, a análise de crédito é importante para manter
larmente para garantir que permaneçam relevantes e adequados às a harmonia entre clientes e empresa, diminuindo os riscos das dívi-
necessidades atuais da empresa ou do indivíduo. das não serem pagas e fazendo que, consequentemente, as empre-
sas possam trabalhar com cliente mais comprometidos.
A análise subjetiva do tomador do crédito é importante, visto
FUNDAMENTOS DO CRÉDITO. CONCEITO DE CRÉDITO. ELE- que através da experiência do agente de crédito é possível identifi-
MENTOS DO CRÉDITO. REQUISITOS DO CRÉDITO car fatores de caráter, capacidade, capital e condições de pagamen-
to. Porém, essa análise não pode ser realizada de maneira aleatória,
é preciso estar embasada em conceitos técnicos que irão guiar a
FUNDAMENTOS DO CRÉDITO
tomada de decisão.
O crédito cada vez mais se torna elemento importante no de-
senvolvimento econômico do nosso país, com os clientes buscando
10 Sabrina Carvalho. Por que realizar análise de crédito no meu negócio?
operações com taxas de juros e condições mais vantajosas e as ins-
Netconsultas. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_de_cr%-
C3%A9dito.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Algumas empresas de pequeno porte não dispõem de capaci- - Capacidade Creditícia: a partir do grau de risco que o toma-
dade financeira para manter um analista de crédito, por isso tem dor apresenta e a projeção do seu nível de endividamento futuro,
surgido empresas que podem dar um suporte a esses empreende- avaliar a capacidade creditícia do tomador, ou seja, qual a quantia
dores, visando a diminuição das perdas financeiras com a inadim- de capital que ele poderá obter junto ao credor.
plência. Todos os processos descritos abaixo, são feitos por essas
empresas e em seus relatórios com os resultados da análise de cré- Para que ocorra uma análise minuciosa de risco da operação de
dito também estão incluídas as consultas no SPC/SERASA. concessão de crédito à pessoa física, é preciso passar por algumas
A contratação de crédito, nada mais é do que o fornecimento fases distintas durante o processo. Santos (2006) define seis fases
de crédito para um indivíduo. Este capital possibilita acesso a bens para este processo, conforme quadro a seguir:
e serviços que, de outra forma, não seriam adquiridos ou demora- - Análise Cadastral;
riam a ser. - Análise de Idoneidade;
- Análise Financeira;
Processo de análise de crédito para pessoa física - Análise de Relacionamento;
- Análise Patrimonial; e
O processo de análise de crédito para pessoa física visa a iden- - Análise de Sensibilidade.
tificar os riscos para a organização que está concedendo o crédito,
evidenciar conclusões quanto à capacidade de repagamento do to- Análise cadastral
mador e fazer recomendações sobre o melhor tipo de empréstimo
a ser concedido. A análise refere-se a processo de análise dos dados de identi-
A análise ocorrerá conforme as necessidades do solicitante e ficação dos clientes. Conforme Blatt (1999) evidencia, o sucesso da
dentro de um nível de risco aceitável, a partir de documentação concessão do crédito depende de informações confiáveis a respeito
apresentada e análise da mesma, objetivando a maximização dos do cliente. Santos (2006) complementa, dizendo que:
resultados da instituição, segundo Schrickel (2000). “O levantamento e a análise das informações básicas de crédito
Este processo é extremamente importante para a análise de são requisitos fundamentais para a determinação do valor do crédi-
crédito efetuada em organizações de concessão de microcrédito, to, prazo de amortização, taxas de juros e, se necessário reforço ou
principalmente devido à simplificação e desburocratização desta vinculação de novas garantias.” (SANTOS, 2006, p. 47).
modalidade, conforme explicado anteriormente. Segundo o Manual de Normas e Instruções do Banco Central
Além disso, a análise subjetiva de crédito não é um exercício do Brasil (2006), as instituições de crédito, micro crédito e bancos
que visa ao cumprimento de disposições normativas, mas sim tem tradicionais só devem conceder empréstimos (crédito) a tomadores
por objetivo chegar a uma decisão clara sobre a concessão ou não se possuírem adequadas e não restritivas informações cadastrais.
do crédito ao solicitante, acrescenta Santos (2006). Schrickel (2000) reafirma todos estes fatos, dizendo que as institui-
Porém, o processo de análise subjetiva, como o próprio nome ções de crédito devem munir-se de elementos informativos essen-
diz, não é uma ciência exata, podendo existir inúmeras soluções ciais e indispensáveis sobre o potencial tomador do crédito, antes
para cada situação de concessão, sendo certo que a análise pode de manter qualquer tipo de relacionamento concreto ou formalizar
fazer emergir opções durante o processo decisório, complementa alguma operação de crédito.
Blatt (1999).
É preciso dizer, ainda, que a análise de crédito é um processo Porém, todas as instituições de crédito devem atentar para o
organizado a fim de reunir e montar todos os fatos que conduzem sigilo das informações coletadas pelos agentes de crédito. Schrickel
ao problema, determinar as questões e suposições relevantes para (2000) sugere que as informações e documentação pessoal devem
a tomada de decisão, analisar e avaliar os fatos levantados e desen- ser mantidas arquivadas sobre minucioso controle. Tal atenção é
volver uma decisão a partir das alternativas funcionais e aceitáveis. necessária para que ocorra sigilo das informações e para que me-
Schrickel (2000) complementa que a análise será mais consis- lhor lhe permita o controle, manuseio e atualização dos dados.
tente quanto mais presentes e valiosas forem as quantificações dos
riscos identificados e praticidade, bem como a viabilidade das con- Os dados que deverão ser identificados para análise, segundo
clusões chegadas. Santos (2006), deverão ser os seguintes:
Portanto, o processo de análise de crédito para pessoa física - Escolaridade;
baseia-se na qualidade das informações obtidas e nas decisões de- - Estado Civil;
correntes. Essas decisões devem ser práticas e viáveis dentro de um - Idade;
modelo funcional adaptado à realidade da organização. - Idoneidade;
- Moradia (se própria ou alugada e tempo de residência);
Além disso, em qualquer situação de análise de crédito, há três - Número de dependentes;
etapas distintas a percorrer, conforme Schrickel (2000): - Renda (principal e complementar);
- Análise Retrospectiva: avaliação do desempenho histórico - Situação legal dos documentos; e
do tomador potencial, analisando os riscos inerentes ao mesmo e - Tempo no atual emprego ou atividade exercida.
como foram contornados. Este processo visa identificar fatores na
atual condição do tomador que possam dificultar o pagamento da Santos (2006) ainda defende que no processo de análise de
dívida; crédito deve-se considerar todas as informações relacionadas com
- Análise de Tendências: projeção da condição futura do toma- a situação financeira do cliente, pois a análise conjunta dos dados
dor do crédito, a fim de avaliar o nível de endividamento suportável
e o quão oneroso será o crédito que se espera obter; e
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
irá fornecer informações mais precisas para a tomada de decisão. Análise financeira
Para Schrickel (2000), o agente de crédito deve atentar para a se-
guinte documentação legal: Em relação à análise financeira, Blatt (1999) explica que a mes-
- Certidão de Casamento, se casado (a); ma é primordial para a determinação das forças e fraquezas finan-
- Cédula de Identidade (RG); ceiras do cliente, a partir das informações das demonstrações fi-
- Cartão de Identificação do Contribuinte (CPF); nanceiras do mesmo. A análise da renda total do cliente e posterior
- Declaração de Bens (anexo da declaração do Imposto de Ren- análise de compatibilidade com os créditos pretendidos é uma fase
da), conforme Lei 8.009/1990 – Lei de Impenhorabilidade do Bem de vital importância no processo de análise dos riscos de crédito.
de Família; Para Black; Morgan (apud Santos, 2006), deve ser dada atenção
- Comprovante de rendimentos; especial à análise da renda, pois consideram existir relação direta
- Comprovante de residência; entre a renda e a taxa de inadimplência de pessoas físicas. Santos
- Procurações (se houver); (2006) ainda diz que é de suma importância determinar o valor
- Cartões de Instituições Financeiras (originais); e exato da renda e a sua regularidade, bem como a probabilidade
- Ficha Cadastral preenchida e assinada. de continuar sendo recebida. Desta maneira é possível identificar
fatores que poderão vir a prejudicar o futuro pagamento da dívida
Por fim, Blatt (1999) explica que a ficha cadastral é um resumo contraída.
da vida do cliente, por meio da qual o credor tem a possibilidade Autores como Santos (2006), Blatt (1999) e Schrickel (2000) de-
de obter um conhecimento inicial sobre o mesmo. Ele ainda define finem os Demonstrativos de Pagamento, Declaração de Imposto de
como “[...] um conjunto de informações financeiras e não financei- Renda e Extratos Bancários como as melhores fontes de informa-
ras que subsidiam o processo decisório de crédito, auxiliando na ções sobre a renda do cliente.
avaliação [...] do cliente. (BLATT, 1999, p. 78). Os Demonstrativos de Pagamento, fornecidos pelos emprega-
dores dos solicitantes de crédito, constituem-se na fonte mais uti-
Análise de idoneidade lizada pelas instituições de concessão de crédito. A Declaração do
Imposto de Renda é uma fonte alternativa de dados que possibilita
Já a análise de idoneidade consiste no levantamento e análise um melhor cálculo sobre a renda média mensal do solicitante, se-
de informações relacionadas à idoneidade do cliente com o mer- gundo Santos (2006).
cado de crédito. Segundo Santos (2006), esta análise baseia-se na No caso de pessoas físicas autônomas ou profissionais que tra-
coleta de informações sobre o solicitante do crédito junto às em- balhem em atividades sazonais, o agente de crédito deve tomar es-
presas especializadas no gerenciamento de risco de crédito. Empre- pecial cuidado com discrepâncias na renda média mensal do clien-
sas como Serasa, Boa Vista Serviços (SCPC), EQUIFAX e SPC (Serviço te. Para Santos (2006), nessa situação, a comprovação da renda é de
de Proteção ao Crédito) são exemplos de organizações que podem extrema dificuldade e por isso o agente de crédito deve se basear
fornecer informações úteis sobre a situação de crédito do cliente. em cálculos aproximados a partir de demonstrativos bancários, tais
Para Santos (2006), a análise da idoneidade deve ser uma das como extratos de contas bancárias.
primeiras informações averiguadas, pois caso o cliente não possua É sugerido, por Santos (2006), a construção de um Balanço Pa-
informações negativas as demais informações poderão ser coleta- trimonial adaptado do solicitante do crédito, por parte do agente
das e analisadas para a análise do risco total. de crédito. Tal instrumento visa a uma melhor visualização dos ati-
A idoneidade do cliente pode ainda ser classificada em quatro vos e passivos a fim de determinar a situação financeira e capacida-
categorias, conforme Santos (2006): de de pagamento do cliente.
- Sem Restritivos: quando não há informações negativas sobre Os ativos representam os bens, tanto financeiros como pa-
o cliente no mercado de crédito; trimoniais, dos clientes. São colocados em ordem de liquidez, ini-
- Alertas: quando há registros antigos no mercado de crédito, ciando pelos ativos que melhor possam ser convertidos em receita
já solucionados, que não impedem a concessão de novos créditos. imediata, representados por valores em conta corrente, salário e
Apenas ocorre a exigência de uma análise mais criteriosa por parte outros, até os ativos menos líquidos, como por exemplo, veículos
do agente de crédito; e imóveis. Os passivos representam todos os compromissos que o
- Restritivos: indicam que o cliente possui informações desabo- cliente assumiu com o mercado de crédito ou para a compra de
nadoras no mercado de crédito. São exemplos: registros de atrasos, bens e serviços. São organizados de maneira a iniciar pelos de maior
renegociações e geração de prejuízos a credores. Podem ser clas- solvência (imediata) até os de maior prazo de pagamento.
sificadas como de caráter subjetivo (de uso interno de instituições Segundo Santos (2006), quanto maior for o saldo do ativo total
do mercado de crédito) ou de caráter objetivo, tais como protestos, em relação ao passivo total, maior será a capacidade de o cliente
registros de cheques sem fundo, ações de busca e apreensão, den- honrar as dívidas adquiridas. Neste caso, o patrimônio líquido, cal-
tre outros; e culado pela diferença entre o total dos ativos e o total dos passivos,
- Impeditivos: são apontamentos que impedem que pessoas será um excelente indicador da riqueza do cliente e, por conseguin-
físicas atuem como tomadores de crédito, a exemplo de bloqueios te, da capacidade de pagamento do mesmo.
de bens, impedimentos no Sistema Financeiro da Habitação (SFH),
proibições legais de concessão de crédito, dentre outros. Análise de relacionamento
possível extrair informações de créditos adquiridos anteriormente, Método credit scoring de análise de crédito
taxas de juros aplicadas, frequência de utilização, pontualidade na
amortização, dentre outros. A aplicação de modelos de credit scoring e outras ferramentas
Santos (2006) acredita que essa análise de relacionamento au- para análises de crédito se iniciaram na década de 1930, em com-
xilia na análise da idoneidade do cliente e pode garantir uma deci- panhias seguradoras, conforme Blatt (1999). Porém, seu desenvol-
são mais favorável ou não à concessão do crédito. Contudo, aponta vimento em instituições financeiras deu-se a partir da década de
a dificuldade dos agentes de crédito de conseguirem informações 1960, conforme Vasconcellos (2002).
precisas junto a outras instituições de crédito devido à necessidade Este modelo proporciona uma vantagem competitiva para a
de manter sigilo sobre as operações com que trabalham. Conhecer organização, porém, apenas após a estabilização da economia bra-
o patrimônio dos clientes é importante no processo de análise de sileira, em 1994, é que começou a ser difundido no Brasil.
crédito, principalmente para que seja possível vinculá-lo em con- O termo credit scoring é utilizado para descrever métodos es-
tratos de crédito sempre que for verificada a existência de algum tatísticos adotados para classificar candidatos à obtenção de um
risco maior. crédito em grupos de risco. Segundo Blatt (1999) a partir do histó-
rico de concessões de crédito efetuadas por uma instituição de cré-
Análise patrimonial dito é possível, através de técnicas estatísticas, identificar as variá-
veis socioeconômicas que influenciam na capacidade do cliente em
A análise patrimonial é frequentemente utilizada para a avalia- pagar o crédito, ou seja, na qualidade do crédito da pessoa física.
ção das garantias que os clientes podem oferecer para vincularem O método de credit scoring é baseado na classificação de can-
ao contrato de concessão, segundo Santos (2006). O autor define didatos a crédito em grupos de acordo com seus prováveis compor-
garantia como a vinculação de um bem que assegure a liquidação tamentos de pagamento. Vasconcellos (2002) informa que a proba-
do crédito caso o tomador não honre suas dívidas. bilidade de um candidato gerar ou não um risco a organização deve
Entretanto, Blatt (1999) defende que a concessão do crédito ser estimada com base nas informações que o tomador fornecer na
não pode estar atrelada ao bem disposto como garantia, pois assim data do pedido de concessão, e a estimativa servirá como funda-
a organização estaria comprando um bem que não é de interesse. mento para a decisão de aprovação ou não do crédito.
Santos (2006) complementa dizendo que a finalidade da garan- Santos (2006) complementa, explicando que o modelo, basea-
tia é evitar que fatores imprevisíveis impossibilitem a quitação do do em informações do passado recente da carteira de crédito, gera
crédito adquirido pelo solicitante. O Banco Central estabelece que notas (scores) para novos candidatos ao crédito que representam a
as instituições financeiras que trabalham com a concessão de crédi- expectativa de que os clientes paguem suas dividas sem se torna-
to devem exigir dos solicitantes garantias suficientes para garantir o rem inadimplentes.
retorno do capital utilizado na operação. Assim, conforme Zerbini (2000), o modelo de credit scoring é
Porém, fica a cargo da instituição de concessão de crédito defi- uma ferramenta valiosa para decisões de aprovação ou não de pe-
nir quais garantias serão aceitas, bem como a real necessidade das didos de crédito, obedecendo à hipótese de que o público alvo da
mesmas para a realização da operação de crédito. Além disso, San- carteira de crédito, após a implementação do modelo, se mantenha
tos (2006) diz que as garantias reais (bens) devem ser corretamente o mesmo que no passado recente sobre o qual todo o procedimen-
analisadas para se verificar a possibilidade de solvência das mes- to estatístico se baseia.
mas, assim como seu valor de mercado real e a existência de ações A partir de uma equação gerada através de variáveis referentes
legais que impeçam que sejam utilizadas. ao candidato à operação de crédito, os analistas de credit scoring
geram uma pontuação que representa o risco de inadimplência, ou
Análise de sensibilidade seja, o escore que resultante da equação de credit scoring pode ser
interpretado como probabilidade de inadimplência.
A análise de sensibilidade é uma fase extremamente importan- Conforme ressalta Saunders (2000), o escore pode ser utilizado
te no processo de análise da concessão de um crédito. Nesta fase, para classificação de créditos como adimplentes ou inadimplentes,
o agente de crédito ou analista financeiro irá monitorar a situação bons ou maus, desejáveis ou não, de acordo com a pontuação ob-
macroeconômica a fim de prever situações que poderão aumentar tida por cada crédito. Esta classificação, por sua vez, pode orientar
o nível de risco da operação. a decisão do analista em relação à concessão ou não do crédito so-
Santos (2006) cita como exemplo o monitoramento das taxas licitado.
de juros. O aumento das mesmas pode desencadear a redução do Assim, a ideia essencial dos modelos de credit scoring é iden-
nível de atividade econômica ou até levar à recessão, reduzindo a tificar certos fatores-chave que influenciam na adimplência ou ina-
capacidade de geração e retenção de fluxos de caixa, comprome- dimplência dos clientes, permitindo a classificação dos mesmos em
tendo a capacidade real de pagamento dos compromissos financei- grupos distintos e, como consequência, a decisão sobre a aceitação
ros das mesmas. ou não do crédito em análise.
É importante que os analistas de crédito monitorem o mercado A diferenciação desse modelo em relação aos modelos subje-
e a economia em geral a fim de prever possíveis situações de de- tivos de análise de crédito se dá pelo fato da seleção dos fatores-
sequilibro na economia. O objetivo é evitar o cenário de incumpri- -chave e seus respectivos pesos ser realizada através de processos
mento dos pagamentos nas suas carteiras de crédito. Blatt (1999) estatísticos. Além disso, a pontuação gerada para cada cliente, a
explica que uma correta avaliação do mercado pode ajudar a definir partir da equação do modelo credit scoring, fornece indicadores
quais taxas serão praticadas, quais prazos de pagamento são mais quantitativos das chances de inadimplência desse cliente, confor-
favoráveis e em quais situações o devedor poderá se tornar incum- me Blatt (1999).
pridor.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Os modelos de credit scoring podem ser aplicados tanto à - Excesso de confiança nos modelos: algumas estatísticas po-
análise de crédito de pessoas físicas quanto a empresas. Quando dem superestimar a eficácia dos modelos, fazendo com que usu-
aplicados a pessoas físicas, eles utilizam informações cadastrais e ários, principalmente aqueles menos experientes, considerem tais
socioeconômicas dos clientes de acordo com Vasconcellos (2002). modelos perfeitos, não criticando seus resultados;
Blatt (1999) ressalta que a metodologia básica para o desenvol- - Falta de dados oportunos: se o modelo necessita de dados
vimento de um modelo de credit scoring não difere entre aplicações que não foram informados, pode haver problemas na sua utilização
para pessoa física ou jurídica, sendo que as seguintes etapas devem na instituição, gerando resultados diferentes dos esperados. Além
ser cumpridas para o seu desenvolvimento: da falta de algumas informações necessárias, faz-se necessário ana-
- Planejamento e definições: mercados e produtos de crédito lisar também a qualidade e fidedignidade das informações disponí-
para os quais serão desenvolvidos o sistema, finalidades de uso, ti- veis, uma vez que elas representam o insumo principal dos modelos
pos de clientes, conceito de inadimplência a ser adotado e horizon- de credit scoring; e
te de previsão do modelo; - Interpretação equivocada dos escores: o uso inadequado do
- Identificação das variáveis potenciais: caracterização do pro- sistema devido à falta de treinamento e aprendizagem de como
ponente ao crédito, caracterização da operação, seleção das vari- utilizar suas informações pode ocasionar problemas sérios à insti-
áveis significativas para o modelo e análise das restrições a serem tuição.
consideradas em relação às variáveis;
- Planejamento amostral e coleta de dados: seleção e dimen- Verifica-se, portanto, que os modelos de credit scoring podem
sionamento da amostra, coleta dos dados e montagem da base de trazer significativos benefícios à instituição quando adequadamen-
dados; te desenvolvidos e utilizados. No entanto, eles também possuem
- Determinação da fórmula de escoragem através de técnicas limitações que precisam ser bem avaliadas antes do desenvolvi-
estatísticas, como por exemplo, a análise discriminante ou regres- mento e implementação de um modelo dessa natureza.
são logística; e
- Determinação do ponto de corte, a partir do qual o cliente é Recuperação de Crédito
classificado como adimplente ou bom pagador; em outras palavras,
é o ponto a partir do qual a instituição financeira pode aprovar a O processo de recuperação de crédito11 é feito por empresas
liberação do crédito. especializadas em conseguir o pagamento de dívidas. Elas podem
ser contratadas, por exemplo, por instituições financeiras para fazer
Segundo Chaia (2003), os modelos de credit scoring propria- a cobrança da pendência. O que muitas destas empresas fazem é
mente ditos são ferramentas que dão suporte à tomada de deci- adquirir (comprar) as dívidas que pertencem a bancos ou outros
são sobre a concessão de crédito para novas aplicações ou novos tipos de instituições financeiras e de crédito.
clientes. Com a dívida em posse da empresa, o processo passa a ser a re-
cuperação do crédito devido. Por serem especializadas no assunto,
Chaia (2003) faz o seguinte resumo das principais vantagens conseguem oferecer meios aos devedores de maneira que possam
dos modelos credit scoring: pagar com mais facilidade, como por parcelamentos ou renegocia-
- Consistência: são modelos bem elaborados, que utilizam a ex- ções
periência da instituição, e servem para administrar objetivamente Recuperação de crédito é um procedimento que visa reparar
os créditos dos clientes já existentes e dos novos solicitantes; inadimplências. Inadimplência, por sua vez, é o fato que se dá quan-
- Facilidade: os modelos credit scoring tendem a ser simples e do uma das partes de uma negociação não cumpre com o que havia
de fácil interpretação, com instalação relativamente fácil. As meto- sido acordado. No comércio, o mais comum é a inadimplência ocor-
dologias utilizadas para construção de tais modelos são comuns e rer através do atraso no pagamento de determinada dívida.
bem entendidas, assim como as abordagens de avaliação dos mes- Empresas recuperadoras de crédito operam com dívidas nega-
mos; tivadas, em que o consumidor do crédito está como o “nome sujo”.
- Melhor organização da informação de crédito: a sistematiza- Negociar dívidas com estas empresas é uma das formas de conse-
ção e organização das informações contribuem para a melhoria do guir limpar o nome e voltar a ter acesso ao crédito
processo de concessão de crédito; As recuperadoras de crédito também costumam compram dívi-
- Redução de metodologia subjetiva: o uso de método quanti- das de bancos ou financeiras. Assim, as contas não pagas passam a
tativo com regras claras e bem definidas contribui para a diminuição ser cobradas por essas empresas. E depois de negociar o pagamen-
do subjetivismo na avaliação do risco de crédito; e to, seu nome fica limpo, e você pode voltar ao mercado de crédito.
- Maior eficiência do processo: o uso de modelos credit scoring
na concessão de crédito direciona os esforços dos analistas, trazen- Como funciona a compra das dívidas?
do redução de tempo e maior eficiência a este processo. Quando você tem uma dívida velha, e que pode até chegar ao
ponto de caducar, muitas vezes o banco prefere vender a dívida
Chaia (2003) também demonstra as principais desvantagens para recuperadoras. E deixam de ter que fazer todo o processo de
dos modelos de credit scoring: cobrança e recuperação.
- Custo de desenvolvimento: desenvolver um sistema credit No momento em que a dívida passa para recuperadora, não
scoring pode acarretar custos, não somente com o sistema em si, muda o valor inicial da dívida dentro dos bancos de dados de ina-
mas também com o suporte necessário para sua construção, como dimplentes, mas muda a possibilidade de negociação. A recupera-
por exemplo, profissionais capacitados, equipamentos, coleta de
informações necessárias ao desenvolvimento do modelo, dentre
outros; 11 https://www.serasa.com.br/ensina/seu-nome-limpo/recuperacao-de-credito/
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
ção de crédito tem como objetivo não só quitar a dívida, mas te aju- 6 - As operações de crédito rural alongadas na forma da Reso-
dar a limpar seu nome e voltar a conseguir crédito. Para isso existe lução nº 2.238, de 31/01/96, bem assim aquelas renegociadas na
o momento de negociação do valor. forma do seu art. 1º, inciso IX, devem ser reclassificadas para sub-
títulos de uso interno específicos dos subtítulos contábeis destina-
Qual a diferença entre cobrança e recuperação de crédito? dos ao registro das operações de financiamento rural originalmente
De forma genérica é a abordagem que a empresa tem com efetuadas, observada a atividade preponderante desenvolvida pelo
você e o tipo de dívida a ser negociado. Em ambos os casos, as em- tomador do crédito.
presas entram em contato por mensagem, e-mail ou por ligações.
Quando é uma cobrança de pagamento, a empresa tem como 7 - O recebimento, em produto, das parcelas de operações
objetivo apenas fazer com que você pague aquela pendência, que alongadas deve ser registrado, pelo valor correspondente ao da
pode estar negativada ou não. Você vai ouvir várias ofertas, mas parcela a ser amortizada, no título DEPOSITÁRIOS DE VALORES
pode ser que nenhuma caiba no seu bolso, e a empresa não vai EM CUSTÓDIA, subtítulo De Terceiros, código 3.0.4.30.20-0, tendo
conseguir o pagamento. como contrapartida o título DEPOSITANTES DE VALORES EM CUSTÓ-
Agora, em caso de recuperação, as empresas têm a preocu- DIA, código 9.0.4.80.00-1. (Cta-Circ 2642 item 6)
pação de oferecer alternativas que possam ser uma oportunidade
para você negociar o valor e quitar sua dívida. Nesses casos, o tipo 8 - Os valores repassados à instituição financeira pela Compa-
de dívida é negativada, eles não trabalham com caso de contas em nhia Nacional de Abastecimento - CONAB, contra entrega dos pro-
atraso. dutos e sua incorporação aos estoques governamentais, devem ser
Algumas pessoas odeiam o contato das recuperadoras de cré- transferidos ao Tesouro Nacional na mesma data do seu recebimen-
dito, enxergam como um incômodo. No entanto, é um bom mo- to, promovendo-se a simultânea baixa dos registros efetuados na
mento para você conseguir negociar suas pendências de uma forma forma do item anterior. (Cta-Circ 2642 item 7)
que te favoreça.
9 - As operações de desconto de notas promissórias rurais,
Acompanhamento e Controle de operações duplicatas rurais e títulos assemelhados devem ser registradas nos
títulos e subtítulos adequados do desdobramento do subgrupo Fi-
1 - Na classificação das operações de crédito, pelos diversos nanciamentos Rurais e Agroindustriais, código 1.6.3.00.00-0. (Cta-
títulos contábeis, deve-se ter em conta: -Circ 2723 item 1)
a) a aplicação dada aos recursos, por tipo ou modalidade de
operação; Classificação das Operações de Crédito por Nível de Risco e
b) a atividade predominante do tomador do crédito. Provisionamento
2 - As operações de crédito distribuem-se segundo as seguintes 1 - As instituições financeiras e demais instituições autorizadas
modalidades: a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem classificar as opera-
a) empréstimos - são as operações realizadas sem destinação ções de crédito, em ordem crescente de risco, nos seguintes níveis:
específica ou vínculo à comprovação da aplicação dos recursos. São nível AA; nível A; nível B; nível C; nível D; nível E; nível F; nível G e
exemplos os empréstimos para capital de giro, os empréstimos pes- nível H. (Res 2682 art 1º I/IX)
soais e os adiantamentos a depositantes;
2 - A classificação da operação no nível de risco correspondente
b) títulos descontados - são as operações de desconto de tí- é de responsabilidade da instituição detentora do crédito e deve
tulos; ser efetuada com base em critérios consistentes e verificáveis, am-
c) financiamentos - são as operações realizadas com destina- parada por informações internas e externas, contemplando, pelo
ção específica, vinculadas à comprovação da aplicação dos recursos. menos, os seguintes aspectos: (Res 2682 art 2º I, II)
São exemplos os financiamentos de parques industriais, máquinas a) em relação ao devedor e seus garantidores:
e equipamentos, bens de consumo durável, rurais e imobiliários. I - situação econômico-financeira;
II - grau de endividamento;
3 - Em operações de repasse, a instituição pode proceder ao III - capacidade de geração de resultados;
seu registro segundo a origem dos recursos em desdobramentos de IV - fluxo de caixa;
uso interno, sem prejuízo do disposto no item anterior. V - administração e qualidade de controles;
VI - pontualidade e atrasos nos pagamentos;
4 - Mediante a utilização de subtítulos de uso interno ou de VII - contingências;
sistema computadorizado paralelo, as aplicações em operações de VIII - setor de atividade econômica;
crédito devem ser segregadas segundo a atividade predominante IX - limite de crédito;
do tomador do crédito, de forma que permita o preenchimento dos b) em relação à operação:
documentos da Estatística Econômico-Financeira previstos na seção I - natureza e finalidade da transação;
1.19. II - características das garantias, particularmente quanto à sufi-
ciência e liquidez;
5 - Os saldos credores em contas de empréstimo devem ser III - valor.
inscritos, diariamente, pelo valor global, em SALDOS CREDORES EM
CONTAS DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS, do Passivo Circu-
lante, no subtítulo adequado.
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3 - A classificação das operações de crédito: (Res 2682 art 2º der, no mínimo, ao risco nível A, bem como que o Banco Central
parágrafo único, 3º) do Brasil pode alterar o valor de que se trata. (Res 2682 art 5º e
a) de titularidade de pessoas físicas deve levar em conta, tam- parágrafo único; Res 2697 art 2º)
bém, as situações de renda e de patrimônio, bem como outras in-
formações cadastrais do devedor; 7 - A provisão para fazer face aos créditos de liquidação duvido-
b) de um mesmo cliente ou grupo econômico deve ser definida sa deve ser constituída mensalmente, não podendo ser inferior ao
considerando aquela que apresentar maior risco, admitindo-se ex- somatório decorrente da aplicação dos percentuais a seguir men-
cepcionalmente classificação diversa para determinada operação, cionados, sem prejuízo da responsabilidade dos administradores
observado o disposto na alínea “b” do item anterior. das instituições pela constituição de provisão em montantes sufi-
cientes para fazer face a perdas prováveis na realização dos crédi-
4 - A classificação da operação nos níveis de risco de que trata tos: (Res 2682 art 6º I/VIII)
o item 1.6.2.1 deve ser revista: (Res 2682 art 4º I e II; Cta-Circ 2899 a) 0,5% (cinco décimos por cento) sobre o valor das operações
item 12 I e II) classificadas como de risco nível A;
a) mensalmente, por ocasião dos balancetes e balanços, em b) 1% (um por cento) sobre o valor das operações classificadas
função de atraso verificado no pagamento de parcela de principal como de risco nível B;
ou de encargos, devendo ser observado, no mínimo: c) 3% (três por cento) sobre o valor das operações classificadas
I - atraso entre 15 (quinze) e 30 (trinta) dias: risco nível B; como de risco nível C;
II - atraso entre 31 (trinta e um) e 60 (sessenta) dias: risco nível d) 10% (dez por cento) sobre o valor das operações classifica-
C; dos como de risco nível D;
III - atraso entre 61 (sessenta e um) e 90 (noventa) dias: risco e) 30% (trinta por cento) sobre o valor das operações classifica-
nível D; dos como de risco nível E;
IV - atraso entre 91 (noventa e um) e 120 (cento e vinte) dias: f) 50% (cinquenta por cento) sobre o valor das operações clas-
risco nível E; sificados como de risco nível F;
V - atraso entre 121 (cento e vinte e um) e 150 (cento e cin- g) 70% (setenta por cento) sobre o valor das operações classifi-
qüenta) dias: risco nível F; cados como de risco nível G;
VI - atraso entre 151 (cento e cinqüenta e um) e 180 (cento e h) 100% (cem por cento) sobre o valor das operações classifica-
oitenta) dias: risco nível G; das como de risco nível H.
VII - atraso superior a 180 (cento e oitenta) dias: risco nível H;
b) com base nos critérios estabelecidos nos itens 2 e 3; 8 - A operação classificada como de risco nível H deve ser trans-
I - a cada 6 (seis) meses, para operações de um mesmo cliente ferida para conta de compensação, com o correspondente débito
ou grupo econômico cujo montante seja superior a 5% (cinco por em provisão, após decorridos 6 (seis) meses da sua classificação
cento) do patrimônio líquido ajustado; nesse nível de risco, desde que apresente atraso superior a 180
II - uma vez a cada 12 (doze) meses, em todas as situações, dias, não sendo admitido o registro em período inferior. A operação
exceto na hipótese prevista no item 1.6.2.6; classificada na forma deste item deve permanecer registrada em
c) por ocasião da revisão mensal prevista na alínea “a”, a reclas- conta de compensação pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos e en-
sificação da operação para categoria de menor risco, em função da quanto não esgotados todos os procedimentos para cobrança. (Res
redução do atraso, esta limitada ao nível estabelecido na classifica- 2682 art 7º e parágrafo único; Cta-Circ 2899 item 12 VI)
ção anterior;
9 - A operação objeto de renegociação deve ser mantida, no
d) para efeito do disposto no inciso anterior, deve ser consi- mínimo, no mesmo nível de risco em que estiver classificada, ob-
derada classificação anterior a classificação mais recente efetuada servado que aquela registrada como prejuízo deve ser classificada
com base nos critérios estabelecidos nos itens 1.6.2.2 e 3, observa- como de risco nível H, bem como que: (Res 2682 art 8º § 1º/3º)
da a exigência prevista na alínea “b”. a) admite-se a reclassificação para categoria de menor risco
quando houver amortização significativa da operação ou quando
5 - Com relação ao disposto no item anterior deve ser observa- fatos novos relevantes justificarem a mudança do nível de risco;
do: (Res 2682 art 4º § 1º,2º; Res 2697 art 5º) b) o ganho eventualmente auferido por ocasião da renegocia-
a) para as operações com prazo a decorrer superior a 36 (trinta ção deve ser apropriado ao resultado quando do seu efetivo rece-
e seis) meses admite-se a contagem em dobro dos prazos previstos bimento;
na alínea “a”; c) considera-se renegociação a composição de dívida, a pror-
b) o não atendimento ao ali disposto implica a reclassificação rogação, a novação, a concessão de nova operação para liquidação
das operações do devedor para o risco nível H, independentemente parcial ou integral de operação anterior ou qualquer outro tipo de
de outras medidas de natureza administrativa. acordo que implique alteração nos prazos de vencimento ou nas
condições de pagamento originalmente pactuadas.
6 - As operações de crédito contratadas com cliente cuja res-
ponsabilidade total seja de valor inferior a R$ 50.000,00 (cinquenta 10 - É vedado o reconhecimento no resultado do período de
mil reais) podem ser classificadas mediante adoção de modelo in- receitas e encargos de qualquer natureza relativos a operações de
terno de avaliação ou em função dos atrasos consignados na alínea crédito que apresentem atraso igual ou superior a 60 (sessenta)
“a” do item 1.6.2.4, observado que a classificação deve correspon- dias, no pagamento de parcela de principal ou encargos. (Res 2682
art 9º)
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11 - As instituições devem manter adequadamente documen- provisionados no período, ou a crédito de REVERSAO DE PROVISOES
tadas sua política e procedimentos para concessão e classificação OPERACIONAIS, se já transitados em balanço. (Cta-Circ 2899 item
de operações de crédito, os quais devem ficar à disposição do Ban- 12 III)
co Central do Brasil e do auditor independente. A documentação
deve evidenciar, pelo menos, o tipo e os níveis de risco que se dis- 17 - O disposto no item anterior aplica-se também as provisões
põe a administrar, os requerimentos mínimos exigidos para a con- adicionais eventualmente constituídas em função da classificação
cessão de empréstimos e o processo de autorização. (Res 2682 art das operações de crédito contratadas ate 29 de fevereiro de 2000,
10 e parágrafo único) nos diferentes níveis de risco previstos no item 1.6.2.1. (Cta-Circ
2899 item 12 IV)
12 - Devem ser divulgadas em nota explicativa às demonstra-
ções financeiras informações detalhadas sobre a composição da 18 - Para fins de constituição de provisão em operações de ar-
carteira de operações de crédito, observado, no mínimo: (Res 2682 rendamento mercantil, deve-se considerar como base de cálculo o
art 11 I/III; Res 2697 art 3º) valor presente das contraprestações dos contratos, utilizando-se a
a) distribuição das operações, segregadas por tipo de cliente e taxa interna de retorno de cada contrato na forma do previsto no
atividade econômica; item 1.11.8.5. (Cta-Circ 2899 item 12 V)
b) distribuição por faixa de vencimento;
c) montantes de operações renegociadas, lançados contra pre- 19 - Os créditos baixados como prejuízo devem ser registra-
juízo e de operações recuperadas, no exercício; dos em contas próprias do sistema de compensação, em subtítulos
d) distribuição nos correspondentes níveis de risco previstos no adequados à identificação do período em que ocorreu o registro,
item 1, segregando-se as operações, pelo menos, em créditos de devendo ser mantido controle analítico desses créditos, com identi-
curso normal com atraso inferior a 15 (quinze) dias, e vencidos com ficação das características da operação, devedor, valores recupera-
atraso igual ou superior a 15 (quinze) dias. dos, garantias e respectivas providências administrativas e judiciais,
visando a sua recuperação. (Cta-Circ 2899 item 12 VII)
13 - O auditor independente deve elaborar relatório circuns-
tanciado de revisão dos critérios adotados pela instituição quanto à 20 - O ganho eventualmente auferido por ocasião da renego-
classificação nos níveis de risco e de avaliação do provisionamento ciação de operações de crédito, calculado pela diferença entre o
registrado nas demonstrações financeiras. (Res 2682 art 12) valor da renegociação e o valor contábil dos créditos, deve ser re-
gistrado em subtítulo de uso interno da própria conta que registra
14 - O Banco Central do Brasil pode determinar: (Res 2682 art o crédito e ser apropriado ao resultado somente quando do seu
13 I/VI) recebimento, mediante registro na conta RENDAS DE OPERAÇÕES
a) reclassificação de operações com base nos critérios estabe- DE CRÉDITO, segundo critérios previstos na renegociação ou pro-
lecidos nesta seção, nos níveis de risco de que trata o item 1; porcionalmente aos novos prazos de vencimento. (Cta-Circ 2899
b) provisionamento adicional, em função da responsabilidade item 12 VIII)
do devedor junto ao Sistema Financeiro Nacional;
c) providências saneadoras a serem adotadas pelas institui- 21 - Os créditos baixados como prejuízo e porventura rene-
ções, com vistas a assegurar a sua liquidez e adequada estrutura gociados devem ser registrados pelo exato valor da renegociação,
patrimonial, inclusive na forma de alocação de capital para opera- observado o disposto no inciso anterior quanto ao registro do ga-
ções de classificação considerada inadequada; nho eventualmente auferido, a crédito da conta RECUPERAÇÃO DE
d) alteração dos critérios de classificação de créditos, de conta- CRÉDITOS BAIXADOS COMO PREJUÍZO, com baixa simultânea dos
bilização e de constituição de provisão; seus valores das respectivas contas de compensação. (Cta-Circ 2899
item 12 IX)
e) teor das informações e notas explicativas constantes das de-
monstrações financeiras; 22 - No caso de recuperação de créditos mediante dação de
f) procedimentos e controles a serem adotados pelas institui- bens em pagamento, devem ser observados os seguintes procedi-
ções. mentos: (Cta-Circ 2899 item 12 X)
I - quando a avaliação dos bens for superior ao valor contábil
15 - O disposto nesta seção: (Res 2682 art 14,15) dos créditos, o valor a ser registrado deve ser igual ao montante do
a) aplica-se também às operações de arrendamento mercantil crédito, não sendo permitida a contabilização do diferencial como
e a outras operações com características de concessão de crédito; receita;
b) não contempla os aspectos fiscais, sendo de inteira respon- II - quando a avaliação dos bens for inferior ao valor contábil
sabilidade da instituição a observância das normas pertinentes. dos créditos, o valor a ser registrado limita-se ao montante da ava-
liação dos bens.
16 - A provisão para créditos de liquidação duvidosa deve ser
constituída sobre o valor contábil dos créditos mediante registro a 23 - Na recuperação de créditos ainda não baixados como pre-
debito de DESPESAS DE PROVISOES OPERACIONAIS e a crédito da juízo que atendam ao disposto no inciso II do item anterior, o mon-
adequada conta de provisão para operações de crédito. No caso de tante que exceder ao valor de avaliação do bem deve ser registrado
insuficiência, reajusta-se o saldo das contas de provisão a débito a débito da adequada conta de provisão para operações de crédito,
da conta de despesa. No caso de excesso, reajusta-se o saldo das até o limite desta, e a diferença, se ainda houver, a débito de DESPE-
contas de provisão a crédito da conta de despesa, para os valores SAS DE PROVISÕES OPERACIONAIS. (Cta-Circ 2899 item 12 XI)
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24 - Considera-se valor contábil dos créditos o valor da opera- b) a observância ao disposto no seu art. 8º (Cosif 1.6.2.9), po-
ção na data de referência, computadas as receitas e encargos de dendo a instituição em atendimento a critérios consistentes e pre-
qualquer natureza, observado o disposto no item 1.6.2.10. (Cta-Circ vistos naquela resolução, reclassificar a operação para categoria de
2899 item 13) menor risco.
25 - Os créditos titulados por empresas concordatárias devem 32 - Para efeito do disposto no item anterior, considera-se re-
ser classificados levando-se em conta os novos prazos e condições negociação a composição de dívida, a prorrogação, a novação, a
estabelecidos nas sentenças judiciais homologatórias das respecti- concessão de nova operação para liquidação parcial ou integral de
vas concordatas. (Com 2559) operação anterior ou qualquer outro tipo de acordo que implique
alteração nos prazos de vencimento ou nas condições de pagamen-
26 - Às custas judiciais e outros gastos ressarcíveis referentes a to originalmente pactuadas. (Res 3749 art 1º § 1º)
créditos em situação anormal ou baixados como prejuízo, aplicam-
-se os seguintes procedimentos: (Circ 1273; Res 2682 art 1º I/IX) 33 - O disposto no item 1.6.2.31 aplica-se somente caso o de-
a) escrituram-se em DEVEDORES DIVERSOS - PAÍS ou em despe- vedor se mantenha na atividade regular de produção agropecuária.
sas, enquanto mantidas referidas operações nas contas de origem; (Res 3749 art 1º § 2º)
b) escrituram-se em despesas as relativas a créditos já baixados
como prejuízo; 34 - O disposto nos itens 1.6.2.31 a 1.6.2.33 aplica-se também
às operações de crédito rural realizadas com recursos do fundo
27 - As instituições financeiras, detentoras de créditos reali- Constitucional de financiamento do Centro-Oeste (FCO) e do Fun-
zados com recursos de origem interna vencidos e vincendos, con- do de Amparo ao Trabalhador (FAT) abrangidas por autorizações de
tratados com a Siderurgia Brasileira S.A. (SIDERBRÁS) não abrangi- refinanciamentos, renegociações ou prorrogações específicas dos
dos pelas disposições da Resolução nº 1.757, de 29.10.90, e que respectivos Órgãos ou Conselhos Gestores, desde que as referidas
tenham sido objeto de refinanciamento e reescalonamento junto operações sejam realizadas com risco dos agentes financeiros. (Res
ao Governo Federal, podem: (Res 1904 art 1º; Res 2682 art 1º I/IX) 3749 art 2º)
a) estornar para a conta de origem, os valores relativos àqueles
créditos; Disposições Gerais
b) manter em contas de rendas a apropriar os encargos rela-
tivos aos períodos anteriores à repactuação, para reconhecê-los 1 - A comissão de abertura de crédito recebida antecipadamen-
como receita efetiva quando de seu recebimento; te registra-se em RENDAS ANTECIPADAS e apropria-se mensalmen-
c) registrar os respectivos encargos a decorrer em contas de te “pro rata temporis”. Pode ser reconhecida como receita efetiva
rendas a apropriar, observadas a periodicidade mensal, os quais no ato do recebimento, se estabelecida em até 3% (três por cento)
somente são reconhecidos como receita efetiva quando do seu re- do valor da operação. (Circ 1273)
cebimento.
2 - As composições de dívidas de operações, originalmente
28 - Prevalecem as condições de que trata o item anterior en- classificadas como Operações de Crédito, devem ser mantidas no
quanto o crédito renegociado não tenha sido cedido, ou de qual- mesmo subgrupo, apenas com a reclassificação contábil, se for o
quer forma transferido ou utilizado. (Res 1904 art 1º § 1º) caso. (Circ 1273)
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c) o disposto neste inciso aplica-se também às negociações rea- na negociação, quando for possível identificar inequivocamente a
lizadas entre as instituições mencionadas no art. 4º da Resolução nº parcela ou a proporção do valor da operação correspondente aos
4.571, de 2017, e pelas entidades e programas ou fundos públicos riscos e benefícios retidos ou transferidos.
referidos no art. 5º da mesma Resolução. Art. 8º Não devem ser fornecidas ao SCR as informações sobre:
II - nos casos em que houver transferência substancial dos ris- I - os créditos decorrentes da comercialização de bens e de ser-
cos e benefícios por parte do cedente: viços realizada pelas entidades referidas no inciso I do art. 5º da
a) as instituições cessionárias devem fornecer ao SCR as infor- Resolução nº 4.571, de 2017, com exceção daqueles referidos no
mações sobre as operações de crédito objeto de negociação, em art. 3º desta Circular;
nome do sacado, do devedor ou do tomador final; II - os títulos públicos;
b) as instituições cedentes devem fornecer ao SCR as informa- III - as operações de intermediação de títulos e valores mobi-
ções sobre as operações de crédito objeto de negociação, em nome liários;
do sacado, do devedor ou do tomador final, quando essa negocia- IV - as cotas de fundo de investimento e títulos de securitiza-
ção se der com fundos de investimento administrados pela institui- ção, conforme definição do art. 115 da Circular nº 3.648, de 4 de
ção cedente ou por outra instituição pertencente ao conglomerado março de 2013;
prudencial; V - as ações, as cotas e os bônus de subscrição, quando não
III - nos casos de negociação de operações de crédito sem tenham característica de renda fixa;
transferência e sem retenção substancial dos riscos e benefícios, VI - as operações com instrumentos financeiros derivativos ou
mas com retenção de controle pelo cedente, deve ser observado o certificados de operações estruturadas;
disposto no inciso I; VII - os depósitos interfinanceiros, depósitos bancários ou le-
IV - nos casos de negociação de operações de crédito sem tras emitidas por instituições financeiras; e
transferência e sem retenção substancial dos riscos e benefícios, VIII - os créditos decorrentes de operações de seguro, de cos-
mas com a assunção de controle pelo cessionário, deve ser obser- seguro, de resseguro, de títulos de capitalização, de consórcio, de
vado o disposto na alínea “a” do inciso II. planos de previdência complementar e de planos de saúde.
Parágrafo único. A partir da data-base de novembro de 2019, as Art. 9º O fornecimento de informações ao SCR deve ser reali-
informações relativas às operações de crédito concedidas pelas ins- zado considerando o valor presente na data-base de cada um dos
tituições e entidades mencionadas no art. 4º e no inciso I do art. 5º fluxos previstos no contrato, observado o disposto no art. 9º da Re-
da Resolução nº 4.571, de 2017, e que sejam objeto de negociação solução nº 2.682, de 21 de dezembro de 1999.
com transferência substancial dos riscos e benefícios ou de contro-
le, no próprio mês da concessão, devem ser fornecidas ao SCR pela Art. 10. As instituições obrigadas à remessa de informações ao
instituição cedente. SCR devem divulgar, no mínimo, os seguintes esclarecimentos:
Art. 7º A retenção substancial de riscos e de benefícios ou de I - a finalidade e o uso das informações do sistema;
controle em negociação de operações de crédito, conforme dispos- II - as formas de consulta às informações do sistema;
to na Resolução nº 3.533, de 2008, fica caracterizada quando as III - os procedimentos a serem observados perante as próprias
instituições mencionadas no art. 4º da Resolução nº 4.571, de 2017, instituições para:
realizarem: a) a correção e a exclusão de informações constantes no sis-
I - a aquisição dos seguintes instrumentos financeiros que atri- tema;
buam à instituição adquirente participação significativa nos riscos e b) o cadastramento de medida judicial;
benefícios sobre operações de crédito: c) o registro de manifestação de discordância quanto às infor-
a) cotas subordinadas de fundos de investimento; mações constantes do sistema;
b) certificados de recebíveis imobiliários (CRI); IV - a consulta sobre qualquer informação do sistema depende
c) debêntures emitidas por companhias securitizadoras de cré- de prévia autorização do cliente;
ditos; e V - a autorização de que trata o inciso IV se estende às institui-
d) certificados de cédulas de crédito bancário (CCCB) ou outros ções que, nos termos da regulamentação vigente, podem realizar
instrumentos financeiros representativos da negociação dos títulos consultas ao SCR e que adquiram ou recebam em garantia, ou ma-
de crédito. nifestem interesse de adquirir ou de receber em garantia, total ou
II - na forma do art. 6º desta Circular, a negociação em que o parcialmente, operações de crédito de responsabilidade do cliente;
interveniente ou o cedente assumir, ainda que de forma tácita, a VI - é de responsabilidade exclusiva da instituição remetente a
obrigação de substituir ou de recomprar, em razão de inadimplência inserção de informações que digam respeito ao cliente;
do sacado, do devedor ou do tomador final, quaisquer operações VII - independentemente do que conste no SCR a respeito das
dentre aquelas negociadas. operações de responsabilidade do cliente, a decisão sobre a con-
§ 1º O disposto neste artigo aplica-se também às negociações cessão de novas operações de crédito é exclusiva da instituição, se-
de operações de crédito realizadas com os fundos de investimento, gundo sua política de crédito;
com as companhias securitizadoras de créditos ou com as entidades VIII - os extratos das informações constantes no SCR são elabo-
de propósito específico. rados de acordo com critérios contábeis e metodologia específica
§ 2º Os dados sobre retenções ou transferências substanciais estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, podendo diferenciar-se
dos riscos e dos benefícios de parte das operações de crédito ne- daqueles apresentados por outros sistemas que tenham natureza e
gociadas na forma do art. 6º desta Circular somente podem ser for- finalidade distintas;
necidos ao SCR de forma proporcional, pelas instituições envolvidas IX - as informações relativas ao montante de responsabilidades
de clientes em operações de crédito são encaminhadas ao Banco
Central do Brasil com base no saldo existente no último dia do mês
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de referência, havendo, portanto, lapso temporal entre a remessa § 1º A designação e a indicação referidas neste artigo devem
dos dados, seu processamento pelo Banco Central do Brasil e sua ser registradas no Sistema de Informações sobre Entidades de In-
disponibilização no SCR; teresse do Banco Central (Unicad), instituído pela Circular nº 3.165,
X - a consulta às informações existentes em nome do próprio de 4 de dezembro de 2002.
cliente no SCR pode ser feita, também, por meio do sistema Regis- § 2º Para fins da responsabilidade de que trata este artigo, ad-
trato - Extrato do Registro de Informações no Banco Central; e mite-se que o diretor designado desempenhe outras funções na
XI - a responsabilidade pela operacionalização do cumprimento instituição, exceto as relativas à administração de recursos de ter-
de medidas judiciais é das instituições remetentes de informações. ceiros e a operações de tesouraria.
Art. 17. As instituições de que trata o art. 4º da Resolução nº
Art. 11. As instituições mencionadas no art. 4º da Resolução 4.571, de 2017, devem manter à disposição do Banco Central do
nº 4.571, de 2017, devem remeter, no mínimo, as seguintes infor- Brasil, pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos, os dados e a descrição
mações sobre as decisões judiciais relativas a operações de crédito: da metodologia utilizados para a elaboração das informações for-
I - a identificação do cliente; necidas ao SCR.
II - a operação de crédito, quando especificada; Art. 18. As instituições mencionadas no art. 4º da Resolução
III - a data-base de referência, quando especificada; nº 4.571, de 2017, resultantes de processo de transformação, in-
IV - o período de abrangência; e corporação, fusão ou cisão, assumem as obrigações das instituições
V - a natureza da decisão, especificando a obrigação de elimi- transformadas, incorporadas, fusionadas ou cindidas, relativas ao
nar o registro da operação no SCR ou de realizar a sua marcação fornecimento de informações ao SCR, inclusive no que tange ao dis-
como sub judice. posto nos arts. de 11 a 14 desta Circular.
Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso II do art. 2º da Art. 19. Conforme disposto no Regimento Interno do Banco
Resolução nº 4.571, de 2017, será realizada a retirada de informa- Central do Brasil, o departamento responsável pela gestão do SCR
ções ou a marcação sub judice para a data-base objeto da decisão estabelecerá a forma, os prazos e as condições para remessa, pelas
judicial, conforme informações remetidas pela instituição. instituições mencionadas no art. 4º da Resolução nº 4.571, de 2017,
das informações de que trata esta Circular, observada a necessida-
Art. 12. As instituições mencionadas no art. 4º da Resolução de para fins de supervisão.
nº 4.571, de 2017, devem remeter, no mínimo, as seguintes infor- Art. 20. Esta Circular entra em vigor em 1º de janeiro de 2018.
mações sobre as manifestações de discordância apresentadas pelos Art. 21. Fica revogado o art. 17 da Circular nº 3.681, de 4 de no-
clientes de operações de crédito: vembro de 2013, e a Circular nº 3.567, de 12 de dezembro de 2011,
I - a identificação do cliente; passando as citações e o fundamento de validade de normativos
II - a operação de crédito a que se referem; editados pelo Banco Central do Brasil, com base nas normas ora
III - a data-base de referência; revogadas, a ter como referência esta Circular.
IV - o período objeto de discordância; e
V - os motivos da discordância.
RISCOS DA ATIVIDADE BANCÁRIA. DE CRÉDITO. DE MER-
Art. 13. As instituições mencionadas no art. 4º da Resolução CADO. OPERACIONAL. SISTÊMICO. DE LIQUIDEZ
nº 4.571, de 2017, devem, tão logo tenham conhecimento, reme-
ter, no mínimo, as seguintes informações relativas aos processos
Os riscos da atividade bancária são elementos cruciais que as
de recuperação judicial e extrajudicial de clientes de operações de
instituições financeiras devem gerenciar para garantir sua estabi-
crédito:
lidade, rentabilidade e conformidade regulatória. Estes riscos são
I - a identificação do cliente;
variados e incluem riscos de crédito, de mercado, operacionais,
II - a etapa do processo; e
sistêmicos e de liquidez. Cada um desses riscos apresenta desafios
III - a data de início de cada etapa.
únicos para os bancos e requer estratégias específicas de mitigação.
Art. 14. As instituições mencionadas no art. 4º da Resolução nº
Risco de Crédito
4.571, de 2017, ao constatarem fraude na concessão de operação,
O risco de crédito é talvez o mais conhecido dos riscos bancá-
devem proceder à retirada do registro no SCR ou à marcação de
rios. Ele ocorre quando um mutuário não consegue cumprir suas
vício de contrato dessa operação.
obrigações financeiras para com o banco, seja em termos de paga-
Parágrafo único. A retirada de que trata este artigo não carac-
mento de juros ou do principal. Isso pode resultar de insolvência do
teriza erro na remessa de informação ao Banco Central do Brasil.
mutuário ou de uma deterioração de sua situação financeira. Ban-
Art. 15. As instituições referidas no art. 4º da Resolução nº
cos gerenciam o risco de crédito através de uma cuidadosa análise
4.571, de 2017, poderão ter acesso às informações consolidadas de
de crédito antes da concessão de empréstimos e monitoramento
que trata o art. 9º da referida Resolução, somente para as datas-ba-
contínuo da saúde financeira dos mutuários durante o período do
ses remetidas ao Banco Central do Brasil e incorporadas à base de
empréstimo.
dados do SCR.
Art. 16. As instituições de que trata o art. 4º da Resolução nº
Risco de Mercado
4.571, de 2017, devem designar diretor responsável pelo cumpri-
O risco de mercado refere-se à possibilidade de um banco so-
mento do disposto nesta Circular e indicar empregado para respon-
frer perdas devido a mudanças adversas nas condições de merca-
der a eventuais questionamentos sobre as informações fornecidas
do, como flutuações nas taxas de juros, taxas de câmbio, preços de
ao SCR.
ações e preços de commodities. Este tipo de risco é particularmente
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relevante para bancos que mantêm grandes portfólios de títulos ou existentes e outras obrigações financeiras. Análises de relatórios
que participam ativamente de negociações no mercado financeiro. de crédito e históricos de pagamento são comuns para avaliar este
A gestão do risco de mercado envolve o uso de ferramentas sofisti- aspecto.
cadas de modelagem e análise para prever e mitigar possíveis per-
das. • Histórico de Crédito: O histórico de crédito de um cliente for-
nece informações valiosas sobre seu comportamento em relação a
Risco Operacional obrigações financeiras anteriores. Pontuações de crédito baixas ou
O risco operacional decorre de falhas nos processos internos, históricos de inadimplência são indicadores de risco elevado.
sistemas, pessoas ou eventos externos. Isso inclui tudo, desde er-
ros simples de processamento de dados até fraudes, ciberataques • Estabilidade de Emprego e Renda: Clientes com empregos es-
e catástrofes naturais. A gestão eficaz do risco operacional requer táveis e fontes de renda consistentes são geralmente considerados
sistemas robustos de controle interno, auditoria regular, treinamen- de menor risco. A instabilidade no emprego ou renda irregular pode
to de funcionários e planos de contingência para lidar com eventos aumentar o risco de inadimplência.
inesperados.
• Garantias Oferecidas: As garantias oferecidas pelo cliente,
Risco Sistêmico como imóveis ou outros ativos, podem reduzir o risco de crédito,
O risco sistêmico se refere ao risco de colapso de todo o sis- pois proporcionam uma forma de recuperação no caso de inadim-
tema financeiro ou mercado, muitas vezes desencadeado pelo fra- plência.
casso de uma única entidade ou grupo de entidades, que leva a um
efeito dominó. Este tipo de risco foi notavelmente exemplificado • Propósito do Empréstimo: O propósito para o qual o emprés-
pela crise financeira de 2008. A gestão do risco sistêmico é comple- timo é solicitado também pode afetar o risco. Por exemplo, emprés-
xa, pois envolve não apenas a gestão de riscos individuais dos ban- timos para investimentos em negócios podem ser mais arriscados
cos, mas também a regulação e supervisão do sistema financeiro do que empréstimos para melhorias residenciais.
como um todo.
Variáveis Relacionadas à Operação
Risco de Liquidez Quantia do Empréstimo: Quanto maior o valor do empréstimo,
O risco de liquidez é o risco de um banco não conseguir aten- maior o risco para o credor. Bancos geralmente aplicam critérios
der suas obrigações financeiras quando elas vencem, sem incorrer de avaliação mais rigorosos para empréstimos de valores elevados.
em perdas significativas. Isso pode ocorrer devido à incapacidade
de converter ativos em dinheiro rapidamente ou devido a saques • Prazo do Empréstimo: Empréstimos com prazos mais longos
inesperados em grande escala por depositantes. Bancos gerenciam geralmente apresentam um risco maior devido à incerteza a longo
o risco de liquidez mantendo reservas adequadas de liquidez e di- prazo na capacidade de pagamento do cliente.
versificando suas fontes de financiamento.
O gerenciamento eficaz desses riscos é vital para a saúde e es- • Taxa de Juros: A taxa de juros do empréstimo reflete o risco
tabilidade do setor bancário. Ele requer uma combinação de análise percebido. Clientes com maior risco de crédito geralmente recebem
cuidadosa, supervisão regulatória, estratégias de mitigação de ris- taxas de juros mais altas.
cos e, em alguns casos, intervenção governamental para proteger o
sistema financeiro como um todo. • Condições de Mercado: As condições econômicas gerais e as
tendências de mercado podem influenciar o risco de crédito. Por
exemplo, uma recessão econômica pode aumentar o risco de ina-
PRINCIPAIS VARIÁVEIS RELACIONADAS AO RISCO DE CRÉ- dimplência devido à perda de empregos e diminuição da renda.
DITO. CLIENTES. OPERAÇÃO
• Regulamentações e Políticas: As políticas de crédito da insti-
tuição financeira e as regulamentações do setor também desem-
O risco de crédito é uma das principais preocupações no setor
penham um papel crucial na gestão do risco de crédito. Políticas
financeiro, especialmente para instituições que oferecem emprésti-
mais estritas podem reduzir o risco, mas também limitam o acesso
mos e créditos. Esse risco refere-se à possibilidade de perda resul-
ao crédito.
tante do não cumprimento das obrigações financeiras por parte dos
tomadores de empréstimo. As principais variáveis relacionadas ao
Ao avaliar o risco de crédito, é vital para os credores considerar
risco de crédito podem ser categorizadas em duas grandes áreas:
uma combinação dessas variáveis para formar uma visão abrangen-
clientes e operação. Cada uma dessas áreas abrange diferentes fa-
te do perfil de risco do cliente e da operação. Essa avaliação cuida-
tores que as instituições financeiras devem avaliar cuidadosamente
dosa não apenas protege a instituição financeira, mas também aju-
ao tomar decisões de crédito.
da a garantir práticas de empréstimo responsáveis que beneficiam
a economia como um todo.
Variáveis Relacionadas aos Clientes
Capacidade de Pagamento: A capacidade de pagamento do
cliente é um dos fatores mais críticos. Isso envolve avaliar a situação
financeira atual do cliente, incluindo sua renda, despesas, dívidas
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Exemplo prático:
TIPOS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO BANCÁRIO (EMPRÉS- Uma empresa possui uma duplicata de R$10.000,00 com venci-
TIMOS, DESCONTOS, FINANCIAMENTOS E ADIANTAMEN- mento para daqui a 60 dias. Optando pelo desconto, o banco adian-
TOS) ta, por exemplo, 90% desse valor, cobrando uma taxa de desconto
de 5%.
— Introdução Benefícios adicionais
As operações de crédito bancário desempenham um papel cru- Além de fornecer liquidez, operações de desconto podem re-
cial no funcionamento do sistema financeiro, fornecendo recursos duzir riscos financeiros ao transferir parte da responsabilidade de
para indivíduos, empresas e governos. Neste contexto, é essencial pagamento para o banco.
compreender os diferentes tipos de operações de crédito disponí-
veis, incluindo empréstimos, descontos, financiamentos e adianta- — Financiamentos
mentos.
Definição
— Empréstimos Os financiamentos representam a concessão de recursos para
aquisição de bens ou realização de projetos específicos.
Definição
Os empréstimos são uma forma comum de operação de cré- Características
dito, onde o tomador recebe uma quantia específica de dinheiro Finalidade: recursos destinados a um propósito específico.
com a obrigação de devolvê-la ao banco em parcelas, geralmente Amortização: pagamento em parcelas ao longo do tempo.
acompanhadas de juros. Garantias: podem ser exigidas pelo banco.
Características Utilização
Montante: determinado valor é concedido ao tomador. Indivíduos e empresas utilizam financiamentos para adquirir
Prazo: período definido para a quitação do empréstimo. imóveis, veículos e investir em projetos de longo prazo.
Juros: taxa de juros aplicada sobre o valor emprestado.
Exemplo Prático:
Vantagens e cautelas Suponha que um indivíduo deseje adquirir um imóvel no valor
Os empréstimos oferecem flexibilidade financeira, mas é cru- de R$200.000,00. Optando por um financiamento, ele pode realizar
cial analisar as taxas de juros e garantias necessárias para evitar en- o pagamento em prestações mensais ao longo de 20 anos, com uma
dividamentos excessivos. taxa de juros de 7% ao ano.
Exemplo prático: Variações de financiamentos
Suponha que uma empresa necessite de capital para expandir Existem diferentes tipos de financiamentos, como o imobiliá-
suas operações. Optando por um empréstimo, ela pode receber um rio, automotivo e empresarial, cada um adaptado a necessidades
montante específico, com a obrigação de devolver em prestações específicas. Compreender as características de cada modalidade é
mensais ao longo de cinco anos, com uma taxa de juros anual fixa crucial para tomar decisões financeiras informadas.
de 8%. — Adiantamentos
Considerações adicionais
Além das características mencionadas, é essencial compreen- Definição
der que os empréstimos podem ser classificados em diversas moda- Adiantamentos envolvem a concessão de valores antes da data
lidades, como empréstimos pessoais, empresariais e consignados, prevista para seu recebimento.
cada um adequado a diferentes necessidades e perfis de tomado-
res. Características
Antecipação: recebimento de valores antes do vencimento.
— Descontos Aplicações: comum em transações comerciais.
Definição Benefícios
As operações de desconto referem-se à antecipação de valo- Adiantamentos facilitam fluxos de caixa, permitindo que as
res a receber, geralmente relacionados a títulos de crédito, como partes envolvidas obtenham recursos previamente.
duplicatas.
Exemplo prático:
Características Um fornecedor pode oferecer um desconto significativo se um
Antecipação: o banco adianta o valor presente do título ao cliente efetuar o pagamento antecipado de uma fatura, incentivan-
cliente. do a prática de adiantamentos.
Taxa de Desconto: taxa cobrada pelo banco pela antecipação. Estratégias empresariais
Empresas frequentemente utilizam adiantamentos como estra-
Aplicações comuns tégia para melhorar a previsibilidade financeira e garantir a conti-
Empresas frequentemente recorrem aos descontos para obter nuidade das operações.
liquidez imediata, antecipando recebíveis.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Considerações finais
Entender as nuances entre o Crédito Pessoal e o CDC é crucial para escolher a modalidade mais adequada às necessidades individuais.
A análise cuidadosa de prazos, taxas e garantias é fundamental para uma decisão financeira informada.
Documentos de Cobrança
Duplicatas
A emissão de duplicata possibilita um processo de pagamento que se originou da celebração de um contrato à vista ou a prazo de
compra e venda mercantil, sendo emitida de forma facultativa pelo vendedor contra o comprador. Na hipótese de haver endossante ou
avalista, se torna necessário a anuência destes para manter sua coobrigação.
Para não perder o direito regressivo contra endossantes e respectivos avalistas, deverá o portador tirar o protesto de duplicata dentro
do prazo de 30 dias contados da data do seu vencimento. É necessário o protesto contra o aceitante, seu avalista para garantir a ação
executiva. Mas se o sacado não deu aceite no título ou não devolveu, torna-se indispensável o protesto para promover a ação executiva,
desde que esteja acompanhado do documento comprobatório da remessa ou entrega da mercadoria ou comprovante de prestação de
serviços. A duplicata poderá ser protestada pelos seguintes motivos:
- Por falta de aceite;
- Por falta de devolução;
- Por falta de pagamento;
- Ação para cobrança.
Nota Promissória
A Nota promissória12 é um título cambiário em que seu responsável assume a obrigação direta e principal de pagar a soma constante
no título. Se caracteriza como vínculo jurídico transitório entre credor e devedor.
Em sentido amplo essa obrigação refere-se a uma relação entre pelo menos duas partes e para que se concretize, é necessária a im-
posição de uma dessas e a sujeição de outra em relação a uma restrição de liberdade da segunda. A nota promissória nada mais é do que
um documento formal de uma promessa de pagamento. Como nos demais títulos de crédito a nota promissória pode ser transferida a
terceiro por endosso, bem como nela é possível a garantia do aval.
Caso a nota promissória não seja paga em seu vencimento poderá ser protestada, como ainda será possível ao beneficiário efetuar a
cobrança judicial, a qual ocorre por meio da ação cambial que é executiva, no entanto a parte só pode agir em juízo se estiver representada
por advogado legalmente habilitado.
Cheque
O cheque13 é uma ordem de pagamento à vista e um título de crédito. A operação com cheque envolve três agentes:
- O emitente (emissor ou sacador), que é aquele que emite o cheque;
- O beneficiário, que é a pessoa a favor de quem o cheque é emitido;
- O sacado, que é o banco onde está depositado o dinheiro do emitente.
Contudo, para os cheques de valor superior a R$ 5.000,00 (Cinco Mil Reais), é prudente que o cliente comunique ao banco com ante-
cedência, pois a instituição pode postergar saques acima desse valor para o expediente seguinte. O cheque é também um título de crédito
para o beneficiário que o recebe, porque pode ser protestado ou executado em juízo. Nele estão presentes dois tipos de relação jurídica.
A primeira entre o emitente e o banco (baseada na conta bancária). Já a segunda entre o emitente e o beneficiário.
Cheque pré-datado
Trata-se de um cheque comum, entretanto ele é preenchido com uma data futura. Ou seja, quando você deseja comprar a prazo e
coloca, na parte de baixo da folha do cheque a data que você deseja que o valor seja compensado. Isso o torna um cheque pré-datado.
A maneira do preenchimento de cheque pré-datado pode fazer valer algumas características que irão influenciar diretamente em seu
uso. É possível torná-lo um cheque endereçado.
Dessa maneira, quando esse estilo de cheque está endereçado, ele só poderá ser sacado pela pessoa ou conta em que está destinado.
Essa modalidade é conhecida como cheque nominal quando tem um nome em específico ou cheque cruzado quando for para conta
corrente.
Além do direcionamento, o cheque cruzado pode conter também o banco ao qual deverá ser realizado o saque, descrito entre as
linhas cruzadas.
No caso do cheque pré-datado, colocar a data futura em que deverá ser compensado;
Realizar dois riscos de forma paralela “//” em algum dos lados na parte frontal do cheque;
Para direcionar também o banco, basta colocar entre os riscos o nome do banco em questão.
Capital de Giro
Capital de Giro é uma linha de crédito concedida pelos bancos para financiar a operação diárias de uma organização, sendo oferecido
em condições facilitadas pelos bancos e instituições financeiras.
A gestão do capital de giro é uma das mais importantes, e também uma das mais complexas e abrangentes áreas financeiras de uma
organização. A gestão do capital de giro diz respeito aos elementos de giro, que correspondem aos recursos correntes de curto prazo da
uma organização, como o ativo circulante e o passivo circulante, e de que maneira estes elementos estão inter-relacionados, conforme
abaixo:
A gestão do capital de giro refere-se à capacidade da firma em saldar, as compras de matérias-primas, o pagamento de fornecedores,
o processo produtivo, os estoques, as vendas, a concessão de crédito, o recebimento, o pagamento de salários, impostos e outros encargos
referentes à operação das empresas.
No estudo do ativo circulante são naturais implicações com o gerenciamento de caixa, nível de crédito e nível de estoque, ou seja, de
que maneira os recursos da empresa são aplicados no capital de giro.
A gestão do ativo circulante de uma empresa deve estabelecer a quantidade de caixa necessário para sustentar a atividade operacio-
nal de caixa e também para:
a) atender a necessidades inesperadas de caixa. A empresa deve possuir caixa para atender a necessidades inesperadas de dinheiro,
como campanha de marketing repentina, devido a mudanças na concorrência;
b) obter crédito (reciprocidade). A liquidez das empresas é importante para enfrentar as necessidades financeiras e manter sua clas-
sificação de risco de crédito, junto às instituições financeiras. Além disso, os bancos costumam conceder descontos em tarifas bancárias,
conforme o montante de recursos da empresa aplicados no banco (reciprocidade);
c) obter descontos comerciais. A disponibilidade de caixa também é útil para aproveitar descontos comerciais, como aqueles obtidos
pelo pagamento antecipado das contas ou obtidos ao se adquirir uma quantidade maior de produtos. Não havendo possibilidade de ga-
nhos financeiros, o caixa deve tender a zero, a partir de um adequado planejamento.
A concessão de crédito também deve ser observada pelo administrador durante a gestão do comportamento das vendas e da formu-
lação de uma política de crédito que compreenda a avaliação do risco de crédito, prazos de concessão e política de cobrança.
Outro elemento importante na gestão do ativo circulante é o estoque. Para a determinação do nível adequado de estoques deve ser
feita a comparação entre o custo que esse estoque representa incorrerá, caso venha a faltar estoque.
Cartão de Crédito
O cartão de crédito é um serviço de intermediação que permite ao consumidor adquirir bens e serviços em estabelecimentos comer-
ciais previamente credenciados, mediante a comprovação de sua condição de usuário. Tal comprovação é feita com a apresentação do
cartão no ato da aquisição da mercadoria.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Juridicamente, o cartão de crédito é um contrato de adesão - Avaliação de Crédito em Caráter de Urgência: é a tarifa cobra-
entre consumidor e administradora de cartões de crédito, que tem da quando o cliente ultrapassa o limite máximo do cartão;
por objeto a prestação dos seguintes serviços: - Pagamentos de Contas: é cobrada quando o cliente utiliza o
– Serviços de intermediação de pagamentos à vista entre con- cartão de crédito para pagamento de contas, como água, luz, bole-
sumidor e fornecedor pertencente a uma rede credenciada; tos, entre outros.
– Serviço de intermediação financeira (crédito) para cobertura
de obrigações assumidas através do cartão de crédito junto a forne- Crédito Rotativo
cedor pertencente a uma rede credenciada; A partir de Abril de 2017, com a entrada em vigor da Resolução
– Serviço de intermediação financeira (crédito) para cobertura do BACEN 4.549/201715 e 3.892/201816, o saldo devedor da fatura
de inadimplemento por parte do consumidor de obrigações assu- de cartão de crédito, quando não pago integralmente até o venci-
midas junto a fornecedor pertencente a uma rede credenciada; mento, somente pode ser mantido em crédito rotativo até o venci-
– Serviço de intermediação financeira (crédito) para emprésti- mento da próxima fatura, normalmente no prazo de 30 dias.
mos em dinheiro direto ao consumidor, disponibilizado através de Sendo assim no mês seguinte, ou seja, no final do prazo dos
operação de saque. 30 dias, o cliente não terá mais a opção do pagamento mínimo e
O contrato de intermediação de pagamentos à vista é o contra- deverá escolher entre pagar o valor integral ou parcelar a fatura, de
to realizado entre o consumidor e uma administradora de cartões acordo com as opções que o banco ofereça, com a taxa de juros do
de crédito, que tem por objeto a prestação do serviço de interme- parcelamento sempre menor do que a do rotativo.
diação de pagamentos à vista das obrigações assumidas por meio
de cartão, até um limite estabelecido entre o consumidor e um for- Microcrédito Urbano
necedor de bens ou serviços pertencente a uma rede credenciada,
desde que o consumidor pague suas obrigações integralmente até O microcrédito é a concessão de empréstimos de pequeno va-
o dia do vencimento da fatura e não opte pelo parcelamento do lor a microempreendedores formais e informais, normalmente sem
valor das compras. acesso ao sistema financeiro tradicional.17
Podem obter recursos do BNDES Microcrédito as pessoas físi-
Fatura ou Demonstrativo do Cartão cas e jurídicas empreendedoras de atividades produtivas de peque-
As instituições devem fornecer aos seus clientes demonstrati- no porte, ou seja, aquelas que obtenham receita bruta igual ou infe-
vos ou faturas mensais de cartão de crédito, explicitando informa- rior a R$ 360 mil em cada ano-calendário. Os recursos destinam-se
ções, no mínimo, a respeito dos seguintes aspectos: sempre ao financiamento de capital de giro ou de investimentos
- Limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de produtivos fixos, como obras civis, compra de máquinas e equipa-
operação de crédito passível de contratação; mentos novos e usados, e compra de insumos e materiais.
- Limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de O valor do financiamento e a taxa de juros são determinados
operação de crédito passível de contratação; pelo agente operador, de acordo com limites pré-estabelecidos.
- Gastos realizados com o cartão, por evento, inclusive quando Como o BNDES não atua diretamente no apoio aos microempreen-
parcelados; dedores, os interessados devem dirigir-se aos agentes operadores
- Identificação das operações de crédito contratadas e respec- do microcrédito de sua cidade/região, que analisarão a possibilida-
tivos valores; de de concessão de crédito e as condições do financiamento.
- Valores relativos aos encargos cobrados, informados de forma
segregada de acordo com os tipos de operações realizadas por meio
do cartão; OPERAÇÕES DE CRÉDITO ESPECIALIZADO. CRÉDITO RU-
- Valor dos encargos a ser cobrado no mês seguinte no caso de RAL. CONCEITO, BENEFICIÁRIOS, PRECEITOS E FUNÇÕES
o cliente optar pelo pagamento mínimo da fatura; BÁSICAS; FINALIDADES: OPERAÇÕES DE INVESTIMENTO,
- Custo Efetivo Total (CET), para o próximo período, das opera- CUSTEIO E COMERCIALIZAÇÃO
ções de crédito passíveis de contratação;
- Taxas dos encargos de atraso no pagamento ou na liquidação
Operações de Crédito são acordos de vontades entre as partes,
de obrigações.
pelo princípio da autonomia18, onde as instituições financeiras têm
autonomia para conceder empréstimos e financiamentos com base
Tarifas
em critérios próprios. O Banco Central, na qualidade de ente regu-
O Banco Central, através da Resolução 3.919/201014 definiu
lador e fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional, não interfere
cinco tipos de tarifas para cartão de crédito:
- Segunda Via de Cartão: é cobrada para emissão de uma nova
via do mesmo cartão, por motivo de roubo, perda, entre outros 15 https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/normativo.asp?numero=4549&ti-
pelo usuário; po=Resolu%C3%A7%C3%A3o&data=26/1/2017
- Saque: é cobrado quando o usuário efetua saques através do 16 https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/normativo.asp?numero=3892&ti-
cartão de crédito através de caixas eletrônicos ou outros canais de po=Circular&data=26/4/2018
atendimento no Brasil ou no exterior; 17 https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/bndes-microcre-
- Anuidade: é cobrado uma vez por ano, podendo ser paga à dito/bndes-microcredito
vista ou parcelada; 18 Princípio que consiste no poder entre partes para estipular livremente, como
melhor convier, mediante acordo a disciplina de seus interesses, suscitando efei-
14 https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/normativo.asp?tipo=res&a- tos ordem jurídica, envolvendo a criação de contratos e a liberdade de contratar ou
no=2010&numero=3919&r=1 não contratar.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
na celebração de contratos de empréstimos e financiamentos, nem - Pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e
na renegociação de dívidas entre as instituições financeiras e seus embriões;
clientes. - Prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária,
Aqui traremos algumas operações de créditos que são disponi- em imóveis rurais, inclusive para proteção do solo;
bilizadas para determinados ramos ou situações onde se há neces- - Prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis
sidade de crédito. rurais;
- Medição de lavouras;
Crédito Rural - Atividades florestais.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
- Investimento: Para financiar atividades agropecuárias ou não - Pronaf Agroecologia: financiamento a agricultores e produto-
agropecuárias, para implantação, ampliação ou modernização da res rurais familiares, pessoas físicas, para investimento em sistemas
estrutura de produção, beneficiamento, industrialização e de ser- de produção agroecológicos ou orgânicos, incluindo-se os custos
viços, no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais relativos à implantação e manutenção do empreendimento.
próximas, de acordo com projetos específicos. Integralização de
cotas-partes pelos beneficiários nas cooperativas de produção: des- - Pronaf ECO: financiamento a agricultores e produtores rurais
tinam-se a financiar a capitalização de cooperativas de produção familiares, pessoas físicas, para investimento na utilização de tecno-
agropecuárias formadas por beneficiários do Pronaf; logias de energia renovável, tecnologias ambientais, armazenamen-
- Industrialização: Para financiar atividades agropecuárias, da to hídrico, pequenos aproveitamentos hidro energéticos, silvicultu-
produção própria ou de terceiros enquadrados no Pronaf, de acor- ra e adoção de práticas conservacionistas e de correção da acidez
do com projetos específicos ou propostas de financiamento. Os e fertilidade do solo, visando sua recuperação e melhoramento da
créditos individuais, independentemente da classificação dos bene- capacidade produtiva.
ficiários a que se destinam, devem objetivar, sempre que possível, o
desenvolvimento do estabelecimento rural como um todo. - Pronaf Mais Alimentos: financiamento a agricultores e pro-
dutores rurais familiares, pessoas físicas, para investimento em sua
Principais Condições ao Crédito estrutura de produção e serviços, visando ao aumento de produti-
É necessária a apresentação de garantias para obtenção de fi- vidade e à elevação da renda da família.
nanciamento do PRONAF, sendo a escolha dessas de livre conven- - Pronaf Jovem: financiamento a agricultores e produtores ru-
ção entre o financiado e o financiador, que devem ser ajustadas de rais familiares, pessoas físicas, para investimento nas atividades de
acordo com a natureza e o prazo do crédito. Um dos benefícios do produção, desde que beneficiários sejam maiores de 16 anos e me-
PRONAF é de a documentação pertinente à relação contratual en- nores de 29 anos entre outros requisitos.
tre o proprietário da terra e o beneficiário do crédito não estarem
sujeitas à exigência de registro em cartório. - Pronaf Microcrédito (Grupo “B”): financiamento a agriculto-
res e produtores rurais familiares, pessoas físicas, que tenham obti-
Limites e Prazos do renda bruta familiar de até R$ 20 mil, nos 12 meses de produção
O valor do custeio rural contratado ao amparo do PRONAF fica normal que antecederam a solicitação da Declaração de Aptidão ao
limitada a R$250.000,00 por mutuário e por ano agrícola. PRONAF (DAP).
O prazo de pagamentos observando os ciclos de cada empre-
endimento são: - Pronaf Cotas-Partes: financiamento para integralização de
- Para o Custeio Agrícola: cotas-partes por beneficiários do Pronaf associados a cooperativas
De até 3 anos para as culturas de açafrão e palmeira real (pal- de produção rural; e aplicação pela cooperativa em capital de giro,
mito); custeio, investimento ou saneamento financeiro.
De até 2 anos para as culturas bianuais;
De até 1 ano para as demais culturas.
CRÉDITO INDUSTRIAL, AGROINDUSTRIAL, PARA O CO-
- Para o Custeio Pecuário: MÉRCIO E PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: CONCEITO,
De até 6 meses, no financiamento para aquisição de bovinos e FINALIDADES (INVESTIMENTO FIXO E CAPITAL DE GIRO
bubalinos para engorda em regime de confinamento; ASSOCIADO), BENEFICIÁRIOS
De até 2 anos quando o financiamento envolver a aquisição de
bovinos e bubalinos para recria e engorda em regime extensivo e o
crédito abranger as duas finalidades na mesma operação; Crédito Industrial e Agroindustrial
De até 1 ano nos demais financiamentos, podendo esse prazo
ser estendido por mais 1 ano quando o crédito se destinar à aqui- O crédito Industrial e Agroindustrial é uma modalidade que
cultura, conforme o ciclo produtivo de cada espécie contido no pla- busca promover o desenvolvimento do segmento por meio da ex-
no, proposta ou projeto. pansão, diversificação e aumento de competitividade das empre-
sas, contribuindo para agregar valor às matérias-primas locais, me-
Subprogramas do PRONAF27 diante o financiamento de empreendimentos de pequeno, médio e
- Pronaf Agroindústria: financiamento a agricultores e produ- grande porte. Financia principalmente:
tores rurais familiares, pessoas físicas e jurídicas, e a cooperativas - A aquisição de bens de capital e implantação ou moderniza-
para investimento em beneficiamento, armazenagem, processa- ção, reforma ou ampliação de empreendimentos;
mento e comercialização agrícola, extrativista, artesanal e de pro- - Aquisição de veículos utilitários necessários ao funcionamen-
dutos florestais; e para apoio à exploração de turismo rural; to do empreendimento;
- Modernização de máquinas e equipamentos;
- Pronaf Mulher: financiamento à mulher agricultora integran- - Aquisição de móveis e utensílios;
te de unidade familiar de produção enquadrada no Pronaf, inde- - Elaboração de estudos ambientais;
pendentemente do estado civil. - Capital de giro associado ao investimento;
- Entre outras modalidades.
27 https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/produto/pronaf
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
O público alvo são empresários registrados na junta comer- to de quaisquer despesas que se verificarem com vistorias frustra-
cial e pessoas jurídicas de direito privado que realizem atividades das, ou que forem efetuadas em consequência de procedimento seu
produtivas no setor industrial e agroindustrial, como por exemplo, que possa prejudicar as condições legais e celulares.
Cooperativas, Associações de Produtores, Pequenas Indústria, Em-
presas Prestadoras de Serviços, entre outros. CAPÍTULO II
Abaixo trazemos na íntegra o Decreto Lei 413/1969 que dis- DA CÉDULA DE CRÉDITO INDUSTRIAL
pões sobre o financiamento industrial.
Art. 9º A cédula de crédito industrial e promessa de pagamento
DECRETO-LEI Nº 413, DE 09 DE JANEIRO DE 1969.28 em dinheiro, com garantia real, cedularmente constituída.
Art. 10. A cédula de crédito industrial é título líquido e certo,
Dispõe sobre títulos de crédito industrial e dá outras providên- exigível pela soma dela constante ou do endosso, além dos juros,
cias. da comissão de fiscalização, se houver, e demais despesas que o
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe credor fizer para segurança, regularidade e realização de seu direito
confere o § 1º do Art.2º do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezem- creditório.
bro de 1968, § 1º Se o emitente houver deixado de levantar qualquer parce-
DECRETA la do credito deferido, ou tiver feito pagamentos parciais, o credor
desconta-los-á da soma declarada na cédula, tornando-se exigível
CAPÍTULO I apenas o saldo.
DO FINANCIAMENTO INDUSTRIAL § 2º Não constando do endosso o valor pelo qual se transfere
a cédula, prevalecerá o da soma declarada no título, acrescido dos
Art. 1º O financiamento concedido por instituições financeiras a acessórios, na forma deste Art.igo, deduzido o valor das quitações
pessoa física ou jurídica que se dedique à atividade industrial pode- parciais passadas no próprio título.
rá efetuar-se por meio da cédula de crédito industrial prevista neste Art. 11. Importa em vencimento antecipado da dívida resultan-
Decreto-lei. te da cédula, independentemente de aviso ou de interpelação judi-
Art. 2º O emitente da cédula fica obrigado a aplicar o finan- cial, a inadimplência de qualquer obrigação do eminente do título
ciamento nos fins ajustados, devendo comprovar essa aplicação no ou, sendo o caso, do terceiro prestante da garantia real.
prazo e na forma exigidos pela instituição financiadora. § 1º Verificado o inadimplemento, poderá, ainda, o financiador
Art. 3º A aplicação do financiamento ajustar-se-á em orçamen- considerar vencidos antecipadamente todos os financiamentos con-
to, assinado, em duas vias, pelo emitente e pelo credor, dele deven- cedidos ao emitente e dos quais seja credor.
do constar expressamente qualquer alteração que convencionarem. § 2º A inadimplência, além de acarretar o vencimento anteci-
Parágrafo único. Far-se-á, na cédula, menção do orçamento pado da dívida resultante da cédula e permitir igual procedimento
que a ela ficará vinculado. em relação a todos os financiamentos concedidos pelo financiador
Art. 4º O financiador abrirá, com o valor do financiamento con- ao emitente e dos quais seja credor, facultará ao financiador a capi-
ta vinculada à operação, que o financiado movimentará por meio talização dos juros e da comissão de fiscalização, ainda que se trate
de cheques, saques, recibos, ordens, cArt.as ou quaisquer outros de crédito fixo.
documentos, na forma e no tempo previstos na cédula ou no orça- Art. 12. A cédula de crédito industrial poderá ser aditada, ra-
mento. tificada e retificada, por meio de menções adicionais e de aditivos,
Art. 5º As importâncias fornecidas pelo financiador vencerão datados e assinados pelo emitente e pelo credor, lavrados em folha
juros e poderão sofrer correção monetária às taxas e aos índices à pArt.e do mesmo formato e que passarão a fazer pArt.e integran-
que o Conselho Monetário Nacional fixar, calculados sobre os saldos te do documento cedular.
devedores da conta vinculada à operação, e serão exigíveis em 30 Art. 13. A cédula de crédito industrial admite amortizações pe-
de junho, 31 de dezembro, no vencimento, na liquidação da cédula riódicas que serão ajustadas mediante a inclusão de cláusula, na
ou, também, em outras datas convencionadas no título, ou admiti- forma prevista neste Decreto-lei.
das pelo referido Conselho. Art. 14. A cédula de crédito industrial conterá os seguintes re-
Parágrafo único. Em caso de mora, a taxa de juros constante da quisitos, lançados no contexto:
cédula será elevável de 1% (um por cento) ao ano. I - Denominação “Cédula de Crédito Industrial”.
Art. 6º O devedor facultará ao credor a mais ampla fiscalização II - Data do pagamento, se a cédula for emitida para pagamen-
do emprego da quantia financiada, exibindo, inclusive os elementos to parcelado, acrescentar-se-á cláusula discriminando valor e data
que lhe forem exigidos. de pagamento das prestações.
Art. 7º O financiador poderá, sempre que julgar conveniente e III - Nome do credor e cláusula à ordem.
por pessoas de sua indicação, não só percorrer todas e quaisquer IV - Valor do crédito deferido, lançado em algarismos por exten-
dependências dos estabelecimentos industriais referidos no título, so, e a forma de sua utilização.
como verificar o andamento dos serviços neles existentes. V - Descrição dos bens objeto do penhor, ou da alienação fiduci-
Art. 8º Para ocorrer às despesas cem a fiscalização, poderá ser ária, que se indicarão pela espécie, qualidade, quantidade e marca,
ajustada, na cédula, comissão fixada e exigível na forma do Art. 5º se houver, além do local ou do depósito de sua situação, indicando-
deste Decreto-lei, calculada sobre os saldos devedores da conta vin- -se, no caso de hipoteca, situação, dimensões, confrontações, ben-
culada à operação, respondendo ainda o financiado pelo pagamen- feitorias, título e data de aquisição do imóvel e anotações (número,
livro e folha) do registro imobiliário.
28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del0413.htm - Último VI - Taxa de juros a pagar e comissão de fiscalização, se houver,
acesso em 27/10/2018 as 12h36min e épocas em que serão exigíveis, podendo ser capitalizadas.
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Parágrafo único. Faculta-se ao credor exigir que o emitente § 3º Cada grupo de 200 (duzentas) cópias será encadernado na
faça averbar, à margem da inscrição principal, a constituição de di- ordem cronológica de seu arquivamento, em livro que o CArt.ório
reto real sobre os bens e benfeitorias referidos neste Art.igo. apresentará no prazo de quinze dias depois de completado o grupo,
Art. 26. Aplicam-se à hipoteca cedular os princípios da legisla- ao Juiz de Direito da Comarca, para abri-lo e encerra-lo, rubricando
ção ordinária sobre hipoteca, no que não colidirem com o presente as respectivas folhas numeradas em série crescente a começar de
Decreto-lei. 1 (um).
Art. 27. Quando da garantia da cédula de crédito industrial fizer § 4º Nos casos do § 5º do Art.. 14 deste Decreto-lei, à via da
pArt.e a alienação fiduciária, observar-se-ão as disposições cons- cédula destinada ao CArt.ório será anexada cópia dos títulos de do-
tantes da Seção XIV da Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965, no que mínio, salvo se os imóveis hipotecados se acharem registrados no
não colidirem com este Decreto-lei. mesmo CArt.ório.
Art. 28. Os bens vinculados à cédula de crédito industrial con- Art. 33. Ao efetuar a inscrição ou qualquer averbação, o Oficial
tinuam na posse imediata do emitente, ou do terceiro prestante da do Registro de Imóveis mencionará, no respectivo ato, a existência
garantia real, que responderá por sua guarda e conservação como de qualquer documento anexo à cédula e nele aporá sua rubrica,
fiel depositário, seja pessoa física ou jurídica. Cuidando-se de garan- independentemente de qualquer formalidade.
tia constituída por terceiro, este e o emitente da cédula responderão Art. 34. O CArt.ório anotará a inscrição, com indicação do nú-
solidariamente pela guarda e conservação dos bens gravados. mero de ordem, livro e folhas, bem como valor dos emolumentos
Parágrafo único. O disposto neste Art.igo não se aplica aos pa- cobrados no verso da cédula, além de mencionar, se for o caso, os
péis mencionados no item IX, Art.. 20, deste Decreto-lei, inclusive anexos apresentados.
em consequência do endosso. 11§ 1º Pela inscrição da cédula, serão cobrados do interessado,
em todo o território nacional, o seguintes emolumentos, calculados
CAPÍTULO V sobre o valer do crédito deferido: (Extinto pela Lei nº 8.522, de 1992)
SEÇÃO I a) até NCr$ 200,00 - 0,1%
DA INSCRIÇÃO E AVERBAÇÃO DA CÉDULA DO CRÉDITO b) de NCr$ 200,01 a NCr$ 500,00 - 0,2%
INDUSTRIAL c) de NCr$ 500,01 a NCr$ 1.000,00 - 0,3%
d) de NCr$ 1.000,01 a NCr$ 1.500,00 - 4%
Art. 29. A cédula de crédito industrial somente vale contra ter- e) acima de NCr$ 1.500,00 - 0,5% - até o máximo de ¼ (um
ceiros desde a data da inscrição. Antes da inscrição, a cédula obriga quArt.o) do salário-mínimo da região.
apenas seus signatários. § 2º Cinquenta por cento (50%) dos emolumentos referidos no
Art. 30. De acordo com a natureza da garantia constituída, a parágrafo anterior caberão ao oficial do Registro de Imóveis e os
cédula de crédito industrial inscreve-se no CArt.ório de Registro de restantes cinquenta por cento (50%) serão recolhidos ao Banco do
Imóveis da circunscrição do local de situação dos bens objeto do Brasil S.A., a crédito do Tesouro Nacional. (Extinto pela Lei nº 8.522,
penhor cedular, da alienação fiduciária, ou em que esteja localizado de 1992)
o imóvel hipotecado. Art. 35. O oficial recusará efetuar a inscrição, se já houver regis-
Art. 31. A inscrição fa-se-á na ordem de apresentação da cé- tro anterior no grau de prioridade declarado no texto da cédula, ou
dula, em livro próprio denominada “Registro de Cédula de Crédito se os houverem sido objeto de alienação fiduciária considerando-se
Industrial”, observado o disposto nos Art.igos 183, 188, 190 e 202, nulo o ato que infringir este dispositivo.
do Decreto 4.857, de 9 de novembro de 1939. Art. 36. Para os fins previstos no Art.. 29 deste Decreto-lei aver-
§ 1º Os livros destinados à inscrição da cédula de crédito in- bar-se-ão, à margem da inscrição da cédula, os endossos posterio-
dustrial serão numerados em série crescente a começar de 1 (um) res à inscrição, as menções adicionais, aditivos e qualquer outro ato
e cada livro conterá termos de abertura e de encerramento, assina- que promova alteração na garantia ou noções pactuadas.
dos pelo Juiz de Direito da Comarca, que rubricará todas as folhas. § 1º Dispensa-se a averbação dos pagamentos parcial e do en-
§ 2º As formalidades a que se refere o parágrafo anterior pre- dosso das instituições financiadoras em operações de redesconto
cederão a utilização do livro. ou caução.
§ 3º Em cada CArt.ório haverá, em uso, apenas um livro “Re- § 2º Os emolumentos devidos pelos atos referidos neste Art.
gistro de Cédula de Crédito Industrial”, utilizando-se o de número igo serão calculados na base de 10% (dez por cento) sobre os va-
subsequente depois de findo o anterior. lores constante do parágrafo único do Art.igo 34 deste Decreto-lei,
Art. 32. A inscrição consistirá na anotação dos seguintes requi- cabendo ao oficial do Registro de Imóveis e ao Juiz de Direito da Co-
sitos cedulares: marca as mesmas percentagens naquele dispositivo. (Extinto pela
a) Data e forma do pagamento. Lei nº 8.522, de 1992)
b) Nome do emitente, do financiador e, quando houver, do ter- Art. 37. Os emolumentos devidos pela inscrição da cédula ou
ceiro prestante da garantia real e do endossatário. pela averbação de atos posteriores poderão ser pagos pelo credor, a
c) Valor do crédito deferido e forma de sua utilização. débito da conta a que se refere o Art.igo 4º deste Decreto-lei.
d) Praça do pagamento. Art. 38. As inscrições das cédulas e as averbações posteriores
e) Data e lugar da emissão. serão efetuadas no prazo de 3 (três) dias úteis a contar da apresen-
§ 1º Para a inscrição, o apresentante do título oferecerá, com tação do título sob pena de responsabilidade funcional do oficial
o original da cédula, cópia em impresso idêntico, com a declaração encarregado de promover os atos necessários.
“Via não negociável”, em linhas paralelas transversais. § 1º A transgressão do disposto neste Art.igo poderá ser co-
§ 2º O CArt.ório conferirá a exatidão da cópia, autenticando-a. municada ao Juiz de Direito da Comarca pelos interessados ou por
qualquer pessoa que tenha conhecimento do fato.
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§ 2º Recebida a comunicação, o Juiz instaurará imediatamente 5º) findo o termo referido no item anterior, o Juiz, impugnado
inquérito administrativo. ou não o pedido, procederá a uma instrução sumária, facultando às
§ 3º Apurada a irregularidade, o oficial pagará multa de valor pArt.es a produção de provas, decidindo em seguida;
correspondente aos emolumentos que seriam cobrados, por dia de 6º) a decisão será proferida dentro de 30 (trinta) dias, a contar
atraso, aplicada pelo Juiz de Direito da Comarca, devendo a respec- da efetivação da penhora;
tiva importância ser recolhida, dentro de 15 (quinze) dias, a esta- 7º) não terão efeito suspensivo os recursos interpostos das de-
belecimento bancário que a transferirá ao Banco Central do Brasil, cisões proferidas na ação de cobrança a que se refere este Art.igo;
para crédito do Fundo Geral para Agricultura e Indústria - FUNAGRI, 8º) o foro competente será o da praça do pagamento da cédula
criado pelo Decreto nº 56.835, de 3 de setembro de 1965. de crédito industrial.
SEÇÃO II CAPÍTULO VI
DO CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO DA CÉDULA DE DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
CRÉDITO INDUSTRIAL
Art. 42. A concessão dos financiamentos previstos neste Decre-
Art. 39. Cancela-se a inscrição mediante a averbação, no livro to-lei bem como a constituição de suas garantias, pelas instituições
próprio: de crédito, públicas e privadas, independe da exibição de compro-
I - da prova da quitação da cédula, lançada no próprio título ou vante de cumprimento de obrigações fiscais, da previdência social,
passada em documento em separado com força probante; ou de declaração de bens e certidão negativa de multas.
II - da ordem judicial competente. Parágrafo único. O ajuizamento da dívida fiscal ou previdenci-
§ 1º No ato da averbação do cancelamento, o serventuário ária impedirá a concessão do financiamento industrial, desde que
mencionará o nome daquele que recebeu, a data do pagamento sua comunicação pela repArt.ição competente às instituições de
e, em se tratando de quitação em separado, as características des- crédito seja por estas recebida antes da emissão da cédula, exceto
se instrumento; no caso de cancelamento por ordem judicial, esta se as garantias oferecidas assegurarem a solvabilidade do crédito
também será mencionada na averbação, pela indicação da data do em litígio e da operação proposta pelo interessado.
mandato, Juízo de que precede, nome do Juiz que o subscreveu e
demais características correntes. Art. 43. Pratica crime de estelionato e fica sujeito às penas do
§ 2º Arquivar-se-ão no CArt.ório a ordem judicial de cancela- Art. 171 do Código Penal aquele que fizer declarações falsas ou ine-
mento da inscrição ou uma das vias do documento da quitação da xatas acerca de bens oferecidos em garantia de cédula de crédito
cédula, procedendo-se como se dispõem no § 3º do Art.igo 32 deste industrial, inclusive omitir declaração de já estarem eles sujeitos a
Decreto-lei. outros ônus ou responsabilidade de qualquer espécie, até mesmo
de natureza fiscal.
SEÇÃO III Art. 44. Quando, do penhor cedular fizer pArt.e matéria-prima,
DA CORREIÇÃO DOS LIVROS DE INSCRIÇÃO DA CÉDULA DE o emitente se obriga a manter em estoque, na vigência da cédula,
CRÉDITO INDUSTRIAL uma quantidade desses mesmos bens ou dos produtos resultantes
de sua transformação suficiente para a cobertura do saldo devedor
Art. 40. O Juiz de Direito da Comarca precederá à correção do pôr ela garantido.
livro “Registro de Cédula de Crédito Industrial” uma vez por semes- Art. 45. A transformação da matéria-prima oferecida em pe-
tre, no mínimo. nhor cedular não extingue o vínculo real, que se transfere para os
produtos e subprodutos.
CAPÍTULO VI Parágrafo único. O penhor dos bens resultantes da transfor-
DA AÇÃO PARA COBRANÇA DA CÉDULA DE CRÉDITO mação, industrial poderá ser substituído pelos títulos de crédito re-
INDUSTRIAL presentativos da comercialização daqueles produtos, a crédito do
credor, mediante endosso pleno.
Art. 41. Independentemente da inscrição de que trata o Art.. Art. 46. O penhor cedular de máquinas e aparelhos utilizado na
30 deste Decreto-lei, o processo judicial para cobrança da cédula de indústria tem preferência sobre o penhor legal do locador do imóvel
crédito industrial seguirá o procedimento seguinte: de sua situação.
1º) Despachada a petição, serão os réus, sem que haja preparo Parágrafo único. Para a constituição da garantia cedular a que,
ou expedição de mandado, citados pela simples entrega de outra se refere este Art.igo, dispensa-se o consentimento do locador.
via do requerimento, para, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, pa- Art. 47. Dentro do prazo estabelecido para utilização do cré-
gar a dívida; dito, poderá ser admitida a reutilização pelo devedor, para novas
2º) não depositado, naquele prazo, o montante do débito, pro- aplicações, das parcelas entregues para amortização ao débito.
ceder-se-á a penhora ou ao sequestro dos bens constitutivos da ga- Art. 48. Quando, do penhor ou da alienação fiduciária, fizerem
rantia ou, em se tratando de nota de crédito industrial, à daqueles pArt.e veículos automotores, embarcações ou aeronaves, o grava-
enumerados no Art.. 1.563 do Código Civil (Art.igo 17 deste Decre- me será anotado nos assentamentos próprios da repArt.ição com-
to-lei); petente para expedição de licença ou registro dos veículos.
3º) no que não colidirem com este Decreto-lei, observar-se-ão, Art. 49. Os bens onerados poderão ser objeto de nova garan-
quanto à penhora, as disposições do Capítulo III, Título III, do Livro tia cedular a simples inscrição da respectiva cédula equivalerá à
VIII, do Código de Processo Civil; averbação à margem da anterior, do vínculo constituído em grau
4º) feita a penhora, terão réus, dentro de 48 (quarenta e oito) subsequente.
horas, prazo para impugnar o pedido;
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Art. 50. Em caso de mais de um financiamento, sendo os mes- Art. 61. A cédula de crédito industrial e a nota de crédito indus-
mos o credor e emitente da cédula, o credor e os bens onerados, po- trial poderão ser redescontadas em condições estabelecidas pelo
derá estender-se aos financiamentos subsequentes o vínculo origi- Conselho Monetário Nacional.
nariamente constituído mediante referência à extensão nas cédulas Art. 62. Da cédula de crédito industrial poderão constar outras
posteriores, reputando-se uma só garantia com cédulas industriais condições da dívida ou obrigações do emitente, desde que não con-
distintas. trariem o disposto neste Decreto-lei e a natureza do título.
§ 1º A extensão será averbada à margem da inscrição anterior Parágrafo único. O Conselho Monetário Nacional, observadas
e não impede que sejam vinculados outros bens à garantia. as condições do mercado de crédito, poderá fixar prazos de venci-
§ 2º Havendo vinculação de novos bens, além da averbação, es- mento dos títulos do crédito industrial, bem como determinar inclu-
tará a cédula sujeita à inscrição no CArt.ório do Registro de Imóveis. são de denominações que caracterizem a destinação dos bens e as
§ 3º Não será possível a extensão se tiver havido endosso ou se condições da operação.
o bens já houverem sido objeto de novo ônus em favor de terceiros. Art. 63. Os bens apenhados poderão, se convier ao credor, ser
Art. 51. A venda dos bens vinculados à cédula de crédito indus- entregues à guarda de terceiro fiel-depositário, que se sujeitará às
trial depende de prévia anuência do credor, por escrito. obrigações e às responsabilidades legais e cedulares.
Art. 52. Aplicam-se à cédula de crédito industrial e à nota de § 1º Os direitos e as obrigações do terceiro fiel-depositário, in-
crédito industrial, no que forem cabíveis, as normas do direito cam- clusive a imissão, na posse, do imóvel da situação dos bens ape-
bial, dispensado, porém, o protesto para garantir direito de regres- nhados, independerão da lavratura de contrato de comodato e de
so contra endossantes e avalistas. prévio consentimento do locador, perdurando enquanto subsistir a
dívida.
CAPÍTULO VIII § 2º Tôdas as despesas de guarda e conservação dos bens con-
DISPOSIÇÕES GERAIS tratados ao terceiro fiel-depositário correrão, exclusivamente, por
conta do devedor.
Art. 53. Dentro do prazo da cédula, o credor, se assim o enten- § 3º Nenhuma responsabilidade terão credor e terceiro fiel-de-
der, poderá autorizar o emitente a dispor de pArt.e ou de todos os positário pelos dispêndios que se tornarem precisos ou aconselhá-
bens da garantia, na forma e condições que convencionarem. veis para a boa conservação do imóvel e dos bens apenhados.
Art. 54. Os bens dados em garantia assegurarão o pagamento § 4º O devedor é obrigado a providenciar tudo o que fôr recla-
do principal, juros, comissões, pena convencional, despesas legais e mado pelo credor para a pronta execução dos reparos ou obras de
convencionais, com as preferências estabelecidas na legislação em que, porventura, necessitar o imóvel, ou que forem exigidos para a
vigor. perfeita armazenagem dos bens empenhados.
Art. 55. Se baixar no mercado o valor dos bens onerados ou se Art. 64. Serão segurados, até final resgate da cédula, os bens
se verificar qualquer ocorrência que determine sua diminuição ou nela descritos e caracterizados, observada à vigente legislação de
depreciação, o emitente reforçará a garantia dentro do prazo de seguros obrigatórios.
quinze dias da notificação que o credor lhe fizer, por cArt.a enviada Art. 65. A cédula de crédito industrial e a nota de crédito indus-
pelo Correio, ou pelo Oficial do CArt.ório de Títulos e Documentos trial obedecerão aos modelos anexos, quais poderão ser padroni-
da Comarca. zados e alterados pelo Conselho Monetário Nacional, observado o
Art. 56. Se os bens oferecidos em garantia de cédula de crédito disposto no Art.igo 62 deste Decreto-lei.
industrial, pertencerem a terceiras, estes subscreverão também o Art. 66. Este Decreto-lei entrará em vigor 90 (noventa) dias de-
título para que se constitua o vínculo. pois de publicado, revogando-se os Decretos-leis nºs 265, de 28 de
Art. 57. Os bens vinculados à cédula de crédito industrial não fevereiro de 1967, 320, de 29 de março de 1967 e 331, de 21 de
serão penhorados ou sequestrados por outras dívidas do emitente setembro de 1967 na pArt.e referente à cédula Industrial Pignoratí-
ou de terceiro prestante da garantia real, cumprindo a qualquer de- cia,1.271, de 16 de maio de 1939, 1.697, de 23 de outubro de 1939,
les denunciar a existência da cédula as autoridades incumbidas da 2.064, de 7 de março de 1940, 3.169, de 2 de abril de 1941, 4.191,
diligência, ou a quem a determinou, sob pena de responderem pelos de 18 de março de 1942, 4.312, de 20 de maio de 1942 e Leis nºs
prejuízos resultantes de sua omissão. 2.931, de 27 de outubro 1956, e 3.408, de 16 de junho de 1958, as
Art. 58. Em caso de cobrança em processo contencioso ou não, demais disposições em contrário.
judicial ou administrativo, o emitente da cédula de crédito industrial Brasília, 9 de janeiro de 1969; 148º da Independência e 81º da
responderá ainda pela multa de 10% (dez por cento) sobre o princi- República.
pal e acessórios em débito, devida a pArt.ir do primeiro despacho da
autoridade competente na petição de cobrança ou de habilitação
do crédito. RECURSOS UTILIZADOS NA CONTRATAÇÃO DE FINANCIA-
Art. 59. No caso de execução judicial, os bens adquiridos ou MENTOS
pagos com o crédito concedido pela célula de crédito industrial res-
ponderão primeiramente pela satisfação do título, não podendo ser
— Introdução
vinculados ao pagamento de dívidas privilegiadas, enquanto não
A tomada de decisão sobre os recursos utilizados na contrata-
fôr liquidada a cédula.
ção de financiamentos é uma etapa crucial para atingir objetivos
Art. 60. O emitente da cédula manterá em dia o pagamento
financeiros. Nesta seção, exploraremos detalhadamente diversas
dos tributos e encargos fiscais, previdenciários e trabalhistas de sua
opções, desde recursos próprios até alternativas oferecidas pelo
responsabilidade, inclusive a remuneração dos empregados, exibin-
mercado financeiro.
do ao credor os respectivos comprovantes sempre que lhe forem
exigidos.
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Criado em 1988 (artigo 159, inciso I, alínea “c” da Constituição O Banco do Nordeste, anualmente, elabora e submete ao MI
da República Federativa do Brasil e artigo 34 do Ato das Disposi- e à Sudene, proposta de aplicação de recursos por meio da Progra-
ções Constitucionais Transitórias) e regulamentado em 1989 (Lei nº mação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, a
7.827, de 27/09/1989), o Fundo Constitucional de Financiamento qual contempla, dentre outros aspectos, as estratégias de ação e os
do Nordeste (FNE) é um instrumento de política pública federal programas de financiamento, além dos planos estaduais de aplica-
operado pelo Banco do Nordeste que objetiva contribuir para o ção de recursos.
desenvolvimento econômico e social do Nordeste, através da exe-
cução de programas de financiamento aos setores produtivos, em Seguem os dispositivos da Lei 7.827/1989:
consonância com o plano regional de desenvolvimento, possibili-
tando, assim, a redução da pobreza e das desigualdades. LEI Nº 7.827, DE 27 DE SETEMBRO DE 1989
Provido de recursos federais, o FNE financia investimentos
de longo prazo e, complementarmente, capital de giro ou custeio. Regulamenta o art. 159, inciso I, alínea c, da Constituição Fe-
Além dos setores agropecuário, industrial e agroindustrial, também deral, institui o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte -
são contemplados com financiamentos os setores de turismo, co- FNO, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste - FNE e
mércio, serviços, cultural e infraestrutura. o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste - FCO, e
Os recursos do Fundo representam ingressos adicionais para dá outras providências.
o Nordeste, mas não substituem outros fluxos financeiros do Go-
verno Federal, de órgãos repassadores ou do próprio BNB. Por de- O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no exercício do
finição legal, não se sujeita a injunções de políticas conjunturais de cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
contingenciamento de crédito, tendo em vista a conveniência e a Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
necessidade de se assegurar a continuidade das inversões de de-
senvolvimento regional. Art. 1° Ficam criados o Fundo Constitucional de Financiamen-
Atualmente, o FNE atende a 1.990 municípios situados nos to do Norte - FNO, o Fundo Constitucional de Financiamento do
nove estados que compõem a região Nordeste e no Norte dos es- Nordeste - FNE e o Fundo Constitucional de Financiamento do Cen-
tados do Espírito Santo e de Minas Gerais, incluindo os Vales do tro-Oeste - FCO, para fins de aplicação dos recursos de que trata a
Jequitinhonha e do Mucuri, contemplando com acesso ao crédito alínea c do inciso I do art. 159 da Constituição Federal, os quais se
os segmentos empresariais de microempreendedores individuais, organizarão e funcionarão nos termos desta Lei.
produtores, empresas, associações e cooperativas. I - Das Finalidades e Diretrizes Gerais
O Fundo é operacionalizado em respeito às diretrizes legais, Art. 2° Os Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte,
tais como: destinação de pelo menos metade do ingressos de re- Nordeste e Centro-Oeste têm por objetivo contribuir para o desen-
cursos para o semiárido; ação integrada com as instituições federais volvimento econômico e social das regiões Norte, Nordeste e Cen-
sediadas na Região; tratamento preferencial aos mini, micro e pe- tro-Oeste, através das instituições financeiras federais de caráter
quenos empreendedores; preservação do meio ambiente; conjuga- regional, mediante a execução de programas de financiamento aos
ção do crédito com a assistência técnica; democratização do acesso setores produtivos, em consonância com os respectivos planos re-
ao crédito e apoio às atividades inovadoras. gionais de desenvolvimento.
Na medida em que o Fundo prioriza o atendimento a mini e § 1° Na aplicação de seus recursos, os Fundos Constitucionais
pequenos produtores rurais, a micro e pequenas empresas, à região de Financiamento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste ficarão a sal-
semiárida e aos municípios localizados em microrregiões de baixa vo das restrições de controle monetário de natureza conjuntural
renda, dinâmicas e estagnadas no âmbito da Política Nacional de e deverão destinar crédito diferenciado dos usualmente adotados
Desenvolvimento Regional (PNDR), reforça-se a importância desse pelas instituições financeiras, em função das reais necessidades das
instrumento de política de fomento para o desenvolvimento. Dessa regiões beneficiárias.
forma, o planejamento da ação desenvolvimentista e a integração § 2° No caso da região Nordeste, o Fundo Constitucional de
de políticas, programas e ações em múltiplas escalas, desde o in- Financiamento do Nordeste inclui a finalidade específica de finan-
traurbano ao mesorregional, são fundamentais para assegurar uma ciar, em condições compatíveis com as peculiaridades da área, ati-
maior eficiência na utilização dos recursos públicos e maior efetivi- vidades econômicas do semi-árido, às quais destinará metade dos
dade na intervenção nas economias locais. recursos ingressados nos termos do art. 159, inciso I, alínea c, da
Nesse contexto, o FNE Itinerante, fruto de uma parceria entre Constituição Federal.
o Ministério da Integração Nacional (MI) e a Superintendência de Art. 3° Respeitadas as disposições dos Planos Regionais de De-
Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), tem por objetivo benefi- senvolvimento, serão observadas as seguintes diretrizes na formu-
ciar, por meio da divulgação das linhas de financiamento do FNE, as lação dos programas de financiamento de cada um dos Fundos:
micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais, I - concessão de financiamento aos setores produtivos das regi-
instaladas naqueles municípios que apresentam maiores dificulda- ões beneficiadas; (Redação dada pela Lei nº 13.530, de 2017)
des de acesso ao sistema bancário. Os eventos do FNE Itinerante ca- II - ação integrada com instituições federais sediadas nas regi-
racterizam-se pela oferta de palestras técnicas e informativas, aten- ões;
dimento negocial individual dos participantes e pelo agendamento III - tratamento preferencial às atividades produtivas de peque-
de visitas gerenciais a microempresários e microempreendedores nos e miniprodutores rurais e pequenas e microempresas, às de uso
individuais (para maiores informações, acessar o Relatório do FNE intensivo de matérias-primas e mão-de-obra locais e as que produ-
Itinerante 2017 no link disponível no final da página). zam alimentos básicos para consumo da população, bem como aos
projetos de irrigação, quando pertencentes aos citados produtores,
suas associações e cooperativas;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Art. 8° Os Fundos gozarão de isenção tributária, estando os § 1º O montante dos repasses a que se referem o caput estará
seus resultados, rendimentos e operações de financiamento livres limitado a proporção do patrimônio líquido da instituição financei-
de qualquer tributo ou contribuição, inclusive o imposto sobre ope- ra, fixada pelo Conselho Monetário Nacional. (Incluído pela Medida
rações de crédito, imposto sobre renda e proventos de qualquer Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
natureza e as contribuições do PIS, Pasep e Finsocial. § 2º O retorno dos recursos aos Fundos Constitucionais se su-
§ 1º Para os efeitos do art. 14 da Lei Complementar nº 101, de bordina à manutenção da proporção a que se refere o § 3º e inde-
4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a fim de com- pende do adimplemento, pelos mutuários, das obrigações contra-
pensar a renúncia de receita do crédito presumido de que trata o § tadas pelas instituições financeiras com tais recursos. (Incluído pela
3º do art. 1º da Lei nº 9.826, de 23 de agosto de 1999, entre 1º de Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2025 será cobrado o Imposto § 3º O retorno dos recursos aos Fundos Constitucionais, em
sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos decorrência de redução do patrimônio líquido das instituições fi-
ou Valores Mobiliários (IOF) sobre as operações de crédito pratica- nanceiras, será regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional.
das com recursos do FCO, não aplicada a respectiva isenção de que (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.076, de 2020) § 4º Nas operações realizadas nos termos deste artigo: (Incluí-
§ 2º Relativamente às operações de crédito de que trata o § do pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
1º deste artigo, a alíquota do IOF será a mesma alíquota incidente I - serão observados os encargos estabelecidos na Lei nº 10.177,
nas demais operações de crédito não isentas sujeitas ao referido de 12 de janeiro de 2001; e (Redação dada pela Lei nº 13.682, de
imposto. (Incluído pela Lei nº 14.076, de 2020) 2018)
Art. 9º Observadas as diretrizes estabelecidas pelo Ministério II - o del credere das instituições financeiras: (Incluído pela Me-
da Integração Nacional, os bancos administradores poderão repas- dida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
sar recursos dos Fundos Constitucionais a outras instituições auto- a) fica limitado a seis por cento ao ano; (Incluído pela Medida
rizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, com capacidade Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
técnica comprovada e com estrutura operacional e administrativa b) está contido nos encargos a que se refere o inciso I; e (Inclu-
aptas a realizar, em segurança e no estrito cumprimento das diretri- ído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
zes e normas estabelecidas, programas de crédito especificamente c) (Revogado pela Lei nº 14.227, de 2021)
criados com essa finalidade. (Redação dada pela Lei nº 10.177, de § 5º Os saldos diários das disponibilidades relativas aos re-
12.1.2001) cursos transferidos nos termos do caput serão remunerados pelas
§ 1º Respeitado o disposto no caput deste artigo, caberá aos instituições financeiras com base na taxa extra-mercado divulgada
Conselhos Deliberativos das Superintendências Regionais de De- pelo Banco Central do Brasil. (Incluído pela Medida Provisória nº
senvolvimento definir o montante de recursos dos respectivos Fun- 2.196-3, de 24.8.2001)
dos Constitucionais de Financiamento a serem repassados a outras § 6º Os recursos transferidos e utilizados em operações de cré-
instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central dito serão remunerados pelos encargos pactuados com os mutuá-
do Brasil. (Incluído pela Lei nº 13.682, de 2018) rios, deduzido o del credere a que se refere o § 4º, inciso II; (Incluído
§ 2º As instituições financeiras beneficiárias dos repasses de- pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
volverão aos bancos administradores os valores devidos, de acordo § 7º Os bancos administradores deverão manter sistema que
com o cronograma de reembolso das operações formalizadas nos permita consolidar as disponibilidades e aplicações dos recursos,
contratos, independentemente do pagamento pelo tomador final. independentemente de estarem em nome do Fundo Constitucio-
(Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020 nal ou da instituição financeira. (Incluído pela Medida Provisória nº
§ 3º Aos bancos cooperativos e às confederações de coope- 2.196-3, de 24.8.2001)
rativas de crédito, em conformidade com o § 5º do art. 2º da Lei § 8º As instituições financeiras, nas operações de financiamen-
Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, no seu conjunto, sob to realizadas nos termos deste artigo, gozam da isenção tributária
seu risco exclusivo, fica assegurado, nos casos do FCO e do FNO, o a que se refere o art. 8º desta Lei. (Incluído pela Medida Provisória
repasse de 10% (dez por cento) dos recursos previstos para cada nº 2.196-3, de 24.8.2001)
exercício ou do valor efetivamente demandado por essas institui- § 9º Poderão ser considerados, para os efeitos deste artigo, os
ções, o que for menor. (Redação dada pela Lei nº 14.227, de 2021) valores que já tenham sido repassados às instituições financeiras e
§ 4º O montante do repasse de que trata este artigo terá como as operações de crédito respectivas. (Incluído pela Medida Provisó-
teto o limite de crédito da instituição beneficiária do repasse peran- ria nº 2.196-3, de 24.8.2001)
te o banco administrador dos recursos dos Fundos Constitucionais § 10. Na hipótese do § 9º: (Incluído pela Medida Provisória nº
de Financiamento, observadas as boas práticas bancárias. (Incluído 2.196-3, de 24.8.2001)
pela Lei nº 13.682, de 2018) I - não haverá risco de crédito para as instituições financeiras
§ 5º As instituições financeiras beneficiárias dos repasses deve- nas operações contratadas até 30 de novembro de 1998; (Incluído
rão assumir integralmente o risco da operação perante o respectivo pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
Fundo. (Incluído pela Lei nº 14.227, de 2021) II - nas operações contratadas de 1º de dezembro de 1998 a 30
Art. 9º-A. Os recursos dos Fundos Constitucionais poderão ser de junho de 2001, o risco de crédito das instituições financeiras fica
repassados aos próprios bancos administradores, para que estes, limitado a cinqüenta por cento; e (Incluído pela Medida Provisória
em nome próprio e com seu risco exclusivo, realizem as operações nº 2.196-3, de 24.8.2001)
de crédito autorizadas por esta Lei e pela Lei nº 10.177, de 12 de III - o del credere das instituições financeiras, mantendo-se
janeiro de 2001. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de inalterados os encargos pactuados com os mutuários: (Incluído
24.8.2001) pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001)
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a) fica reduzido a zero para as operações a que se refere o in- valores deverão ser apurados segundo critérios de avaliação forne-
ciso I; e (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001) cidos previamente pelas instituições administradoras às instituições
b) fica limitado a três por cento para as operações a que se tomadoras dos recursos. (Incluído pela Lei nº 13.682, de 2018)
refere o inciso II. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.196-3, de § 3º Para fins do disposto no § 2º deste artigo, as instituições
24.8.2001) beneficiárias dos repasses deverão habilitar-se até a data prevista
§ 11. Para efeito do cálculo da taxa de administração a que fa- no § 1º deste artigo perante as instituições financeiras administra-
zem jus os bancos administradores, serão deduzidos do patrimônio doras. (Incluído pela Lei nº 13.682, de 2018)
líquido dos Fundos Constitucionais os valores repassados às insti- § 4º As instituições financeiras administradoras somente reser-
tuições financeiras, nos termos deste artigo. (Incluído pela Medida varão a parcela de que trata o § 3º do art. 9º desta Lei às instituições
Provisória nº 2.196-3, de 24.8.2001) financeiras beneficiárias que cumprirem a exigência do § 3º deste
IV - Dos Encargos Financeiros artigo. (Incluído pela Lei nº 13.682, de 2018)
Art. 10. (Revogado pela Lei 9.126, de 10.11.1995) Art. 14-A. Cabe ao Ministério da Integração Nacional estabele-
Art. 11. (Revogado pela Lei nº 10.177, de 18.1.2001) cer as diretrizes e orientações gerais para as aplicações dos recursos
Art. 12. (Revogado pela Lei 9.126, de 10.11.1995) dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, Nordeste e
V - Da Administração Centro-Oeste, de forma a compatibilizar os programas de financia-
Art. 13. A administração dos Fundos Constitucionais de Finan- mento com as orientações da política macroeconômica, das políti-
ciamento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste será distinta e autô- cas setoriais e da Política Nacional de Desenvolvimento Regional.
noma e, observadas as atribuições previstas em lei, exercida pelos (Incluído pela Lei Complementar nº 125, de 2007)
seguintes órgãos: (Redação dada pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001) Parágrafo único. O Ministério da Integração Nacional exercerá
I - Conselho Deliberativo das Superintendências de Desenvol- as competências relativas aos Conselhos Deliberativos das Superin-
vimento da Amazônia, do Nordeste e do Centro-Oeste; (Redação tendências de Desenvolvimento das Regiões Norte e Nordeste, de
dada pela Lei Complementar nº 129, de 2009). que trata o art. 14 desta Lei, até que sejam instalados os menciona-
II - Ministério da Integração Nacional; e (Redação dada pela Lei dos Conselhos. (Incluído pela Lei nº 11.524, de 2007)
nº 10.177, de 12.1.2001) Art. 15. São atribuições de cada uma das instituições financei-
III - instituição financeira de caráter regional e Banco do Brasil ras federais de caráter regional e do Banco do Brasil S.A., nos ter-
S.A. (Incluído pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001) mos da lei: (Redação dada pela Lei nº 10.177, de 12.1.2001)
Art. 14. Cabe ao Conselho Deliberativo da respectiva superin- I - aplicar os recursos e implementar a política de concessão
tendência de desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Cen- de crédito de acordo com os programas aprovados pelos respecti-
tro-Oeste: (Redação dada pela Lei Complementar nº 125, de 2007) vos Conselhos Deliberativos; (Redação dada pela Lei nº 10.177, de
I - estabelecer, anualmente, as diretrizes, prioridades e progra- 12.1.2001)
mas de financiamento dos Fundos Constitucionais de Financiamen- II - definir normas, procedimentos e condições operacionais
to, em consonância com o respectivo plano regional de desenvol- próprias da atividade bancária, respeitadas, dentre outras, as dire-
vimento; (Redação dada pela Lei Complementar nº 125, de 2007) trizes constantes dos programas de financiamento aprovados pelos
II - aprovar, anualmente, até o dia 15 de dezembro, os progra- Conselhos Deliberativos de cada Fundo; (Redação dada pela Lei nº
mas de financiamento de cada Fundo para o exercício seguinte, es- 10.177, de 12.1.2001)
tabelecendo, entre outros parâmetros, os tetos de financiamento III - analisar as propostas em seus múltiplos aspectos, inclusive
por mutuário; (Redação dada pela Lei Complementar nº 125, de quanto à viabilidade econômica e financeira do empreendimento,
2007) mediante exame da correlação custo/benefício, e quanto à capaci-
III - avaliar os resultados obtidos e determinar as medidas de dade futura de reembolso do financiamento almejado, para, com
ajustes necessárias ao cumprimento das diretrizes estabelecidas e base no resultado dessa análise, enquadrar as propostas nas faixas
à adequação das atividades de financiamento às prioridades regio- de encargos e deferir créditos; (Redação dada pela Lei Complemen-
nais; (Redação dada pela Lei Complementar nº 125, de 2007) tar nº 125, de 2007)
IV - encaminhar o programa de financiamento para o exercício IV - formalizar contratos de repasses de recursos na forma pre-
seguinte, a que se refere o inciso II do caput deste artigo, junta- vista no art. 9º desta Lei, respeitados os limites previstos no § 3º
mente com o resultado da apreciação e o parecer aprovado pelo do referido dispositivo; (Redação dada pela Lei nº 13.682, de 2018)
Colegiado, à Comissão Mista permanente de que trata o § 1º do V - prestar contas sobre os resultados alcançados, desempe-
art. 166 da Constituição Federal, para conhecimento e acompanha- nho e estado dos recursos e aplicações ao Ministério da Integração
mento pelo Congresso Nacional. (Incluído pela Lei Complementar Nacional e aos respectivos conselhos deliberativos; (Redação dada
nº 125, de 2007) pela Lei Complementar nº 125, de 2007)
§ 1º Até o dia 30 de outubro de cada ano, as instituições finan- VI - exercer outras atividades inerentes à aplicação dos recur-
ceiras federais de caráter regional encaminharão, à apreciação do sos, à recuperação dos créditos, inclusive nos termos definidos nos
Conselho Deliberativo da respectiva superintendência de desenvol- arts. 15-B, 15-C e 15-D, e à renegociação de dívidas, de acordo com
vimento regional, a proposta de aplicação dos recursos relativa aos as condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. (Re-
programas de financiamento para o exercício seguinte, a qual será dação dada pela Lei nº 12.793, de 2013)
aprovada até 15 de dezembro. (Redação dada pela Lei nº 13.682, § 1º O Conselho Monetário Nacional, por meio de proposta do
de 2018) Ministério da Integração Nacional, definirá as condições em que os
§ 2º Na data prevista no § 1º deste artigo, as instituições finan- bancos administradores poderão renegociar dívidas, limitando os
ceiras administradoras deverão informar àquelas previstas no art. encargos financeiros de renegociação aos estabelecidos no contra-
9º desta Lei os limites disponíveis para repasse a cada uma, e os to de origem da operação inadimplida. (Incluído pela Lei nº 12.793,
de 2013)
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§ 2º Até o dia 30 de setembro de cada ano, as instituições fi- § 1º § 1º A renegociação extraordinária poderá ser solicitada
nanceiras de que trata o caput encaminharão ao Ministério da In- pelo mutuário sempre que satisfeitas as condições estabelecidas
tegração Nacional e às respectivas superintendências regionais de neste artigo.. (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021)
desenvolvimento, para análise, a proposta dos programas de finan- § 2º Os acordos de renegociação extraordinária de que trata
ciamento para o exercício seguinte. (Incluído pela Lei nº 12.793, de o caput deste artigo aplicam-se exclusivamente às operações de
2013) crédito cuja contratação original tenha ocorrido há, no mínimo, 7
Art. 15-A. (Revogado pela Lei Complementar nº 125, de 2007) (sete) anos da data de sua solicitação e que, nas demonstrações
Art. 15-B. Ficam convalidadas as liquidações de dívida efetua- financeiras dos Fundos Constitucionais, tenham sido: (Incluído pela
das pelas instituições financeiras federais administradoras dos Fun- Lei nº 14.166, de 2021)
dos Constitucionais, que tenham sido realizadas em conformidade I - integralmente provisionadas; (Incluído pela Lei nº 14.166,
com as práticas e regulamentações bancárias das respectivas insti- de 2021)
tuições e que tenham sido objeto de demanda judicial, recebidas II - totalmente lançadas em prejuízo. (Incluído pela Lei nº
pelo equivalente financeiro do valor dos bens passíveis de penhora 14.166, de 2021)
dos devedores diretos e respectivos garantes, relativamente a ope- § 3º Nos acordos de renegociação extraordinária de que trata
rações concedidas com recursos dos Fundos Constitucionais de Fi- o caput deste artigo ficam autorizadas a concessão de prazos e for-
nanciamento, de que trata esta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.945, de mas de pagamento especiais, incluídos o diferimento, a moratória e
2009). a concessão de descontos, observadas as seguintes condições: (In-
§ 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se liquidada a dívida cluído pela Lei nº 14.166, de 2021)
pelo equivalente financeiro do valor dos bens passíveis de penhora I – os descontos: (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021)
quando obtida mediante o desconto a uma taxa real que correspon- a) não poderão reduzir o valor original da operação de crédi-
da ao custo de oportunidade do Fundo que tenha provido os recur- to, excluídos os acréscimos a qualquer título; (Incluído pela Lei nº
sos financiadores da dívida liquidada, pelo tempo estimado para o 14.166, de 2021)
desfecho da ação judicial, aplicada sobre o valor de avaliação dos b) não poderão implicar redução superior a 90% (noventa por
referidos bens. (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009). cento) dos valores a serem renegociados; e (Incluído pela Lei nº
§ 2º A convalidação referida no caput deste dispositivo resul- 14.166, de 2021)
tará na anotação de restrição que impossibilitará a contratação de c) serão concedidos na forma de: (Incluído pela Lei nº 14.166,
novas operações nas instituições financeiras federais, ressalvada a de 2021)
hipótese de o devedor inadimplente recolher ao respectivo Fundo 1. rebate para liquidação dos créditos atualizados na forma do
financiador da operação o valor atualizado equivalente à diferença § 5º deste artigo, segundo critérios e percentuais a serem definidos
havida entre o que pagou na renegociação e o que deveria ter sido em regulamento; (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021)
pago caso incidissem no cálculo os encargos de normalidade em 2. bônus de adimplência para pagamento dos créditos repactu-
sua totalidade, quando então poderá ser baixada a aludida anota- ados atualizados na forma do § 5º deste artigo, segundo critérios e
ção. (Incluído pela Lei nº 11.945, de 2009). percentuais a serem definidos em regulamento; (Incluído pela Lei
§ 3º As instituições financeiras federais administradoras dos nº 14.166, de 2021)
Fundos Constitucionais deverão apresentar relatório ao Ministério II – as garantias vigentes deverão ser mantidas, permitidos o
da Integração Nacional, com a indicação dos quantitativos renego- oferecimento de exoneração mediante pagamento do valor equi-
ciados sob a metodologia referida no caput. (Incluído pela Lei nº valente, a substituição, a liberação ou a alienação de garantias e
11.945, de 2009). de constrições, inclusive com a utilização do patrimônio rural em
§ 4º O disposto neste artigo somente se aplica aos devedores afetação, de acordo com o disposto na Lei nº 13.986, de 7 de abril
que tenham investido corretamente os valores financiados, confor- de 2020. (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021)
me previsto nos respectivos instrumentos de crédito. (Incluído pela § 4º Fica vedada a renegociação extraordinária que envolva
Lei nº 11.945, de 2009). operação de crédito objeto de renegociação extraordinária anterior
Art. 15-C. As instituições financeiras federais poderão, nos rescindida por descumprimento pelo mutuário das cláusulas e das
termos do art. 15-B e parágrafos, proceder à liquidação de dívidas condições pactuadas. (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021)
em relação às propostas cujas tramitações tenham sido iniciadas § 5º O valor total dos créditos a serem liquidados ou repactu-
em conformidade com as práticas e regulamentações bancárias de ados será obtido mediante a soma dos valores que se enquadrem
cada instituição financeira federal. (Incluído pela Lei nº 11.945, de nos termos deste artigo, atualizados com base nos encargos de
2009). normalidade, sem o cômputo de multa, de mora ou de quaisquer
Art. 15-D. Os administradores dos Fundos Constitucionais ficam outros encargos de inadimplemento, mesmo que tenham sido in-
autorizados a liquidar dívidas pelo equivalente financeiro do valor corporados ou pactuados por meio de aditivos contratuais ou de
atual dos bens passíveis de penhora, observando regulamentação escrituras públicas de confissão. (Incluído pela Lei nº 14.166, de
específica dos respectivos Conselhos Deliberativos, a qual deverá 2021)
respeitar, no que couber, os critérios estabelecidos no art. 15-B. (In- § 6º Ao saldo devedor a ser liquidado ou repactuado, atuali-
cluído pela Lei nº 11.945, de 2009). zado na forma do § 5º deste artigo, conforme o caso, poderão ser
Art. 15-E. Além das medidas de recuperação de crédito e de acrescidos honorários advocatícios máximos equivalentes a 1% (um
renegociação de dívidas dispostas no inciso VI do caput e no § 1º por cento) do valor da dívida atualizada no caso de operações que
do art. 15 desta Lei, os bancos administradores do FNO, do FNE e se encontrem em cobrança judicial . (Incluído pela Lei nº 14.166,
do FCO ficam autorizados a realizar acordos de renegociação ex- de 2021)
traordinária de operações de crédito inadimplidas sob sua gestão.
(Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021) (Regulamento)
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§ 7º A partir da data de repactuação, incidirão sobre o saldo de- titucionais de Financiamento ficam autorizados a realizar renego-
vedor não liquidado nos termos deste artigo os encargos aplicáveis ciações de dívidas com substituição dos encargos contratados na
a novos créditos destinados ao financiamento de itens semelhantes operação de crédito pelos encargos correntemente utilizados para
aos originalmente financiados pela operação renegociada, obser- contratação de nova operação. (Incluído pela Lei nº 14.166, de
vadas a atividade econômica e a classificação original de porte do 2021)
devedor.. (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021) § 1º A substituição de encargos de que trata o caput deste arti-
§ 8º Na hipótese de repactuação, o pagamento das prestações go aplica-se exclusivamente às operações de crédito: (Incluído pela
será realizado em até 120 (cento e vinte) meses, admitidas presta- Lei nº 14.166, de 2021)
ções anuais para as operações de crédito rural. (Incluído pela Lei nº I - que tenham sido integralmente provisionadas ou lançadas
14.166, de 2021) totalmente em prejuízo nas demonstrações financeiras dos Fundos
§ 9º O disposto neste artigo não se aplica às operações de cré- Constitucionais; e (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021)
dito de mutuários que tenham comprovadamente cometido inapli- II – em que seja proposta a realização de um dos seguintes pro-
cação, desvio de finalidade ou fraude em operações de crédito con- cedimentos: (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021)
tratadas com recursos dos Fundos Constitucionais. (Incluído pela a) substituição do titular da operação, por meio de assunção,
Lei nº 14.166, de 2021) de expromissão ou por outro meio que transfira a obrigação da dívi-
§ 10. O disposto no § 9º deste artigo não impede a renegocia- da a terceiro; ou (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021)
ção nos casos em que: (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021) b) alteração do controle societário direto ou indireto da empre-
I - a irregularidade tenha sido devidamente saneada pelo inte- sa mutuária. (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021)
ressado ou em que seja saneada concomitantemente à liquidação § 2º Nas hipóteses previstas no § 1º deste artigo, as renego-
ou à repactuação; (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021) ciações serão condicionadas à avaliação do banco administrador
II – na hipótese de inaplicação, o objeto do financiamento te- acerca da idoneidade financeira e da capacidade de pagamento do
nha sido, de forma comprovada, fisicamente implantado ou adqui- assuntor, do expromitente ou do controlador direto ou indireto su-
rido. (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021) perior em relação ao devedor ou controlador original e a outros
§ 11. Para os fins deste artigo, considera-se contratação origi- critérios, em conformidade com as práticas e as regulamentações
nal: (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021) bancárias das respectivas instituições. (Incluído pela Lei nº 14.166,
I - a operação que deu origem ao crédito, mesmo que renego- de 2021)
ciada por meio dos normativos internos da instituição financeira, de § 3º Os encargos a serem utilizados para a substituição de
resoluções do Conselho Monetário Nacional ou de autorização legal que trata este artigo terão como parâmetros: (Incluído pela Lei nº
específica, inclusive aquelas operações alongadas com fundamento 14.166, de 2021)
no § 3º do art. 5º da Lei nº 9.138, de 29 de novembro de 1995; e I - na hipótese de substituição do titular da operação em que o
(Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021) novo titular exerça atividade econômica passível de financiamento
II - as operações renegociadas com fundamento no § 6º do art. pelo Fundo Constitucional: (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021)
5º da Lei nº 9.138, de 29 de novembro de 1995, e da Resolução nº a) o programa de crédito vigente para a concessão de crédito
2.471, de 26 de fevereiro de 1998, do Conselho Monetário Nacio- no momento da renegociação e que financie a principal atividade
nal. (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021) econômica desenvolvida pelo novo titular e que seja passível de
§ 12. O ônus financeiro decorrente do ajuste do saldo deve- financiamento pelo Fundo Constitucional; e (Incluído pela Lei nº
dor e dos descontos previstos neste artigo será suportado: (Incluído 14.166, de 2021)
pela Lei nº 14.166, de 2021) b) o porte do novo titular no momento da renegociação, de
I – no caso das operações provisionadas integralmente ou lan- acordo com as normas de concessão de crédito; ou (Incluído pela
çadas totalmente em prejuízo nas demonstrações financeiras dos Lei nº 14.166, de 2021)
Fundos Constitucionais, pela instituição financeira administradora, II – na hipótese de não haver substituição do titular da opera-
pela instituição repassadora ou pelo respectivo Fundo Constitucio- ção ou na hipótese de substituição do titular em que o novo titu-
nal, de acordo com a proporção do risco de cada um; (Incluído pela lar não exerça atividade econômica passível de financiamento pelo
Lei nº 14.166, de 2021) Fundo Constitucional: (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021)
II – nos demais casos, pelo respectivo Fundo Constitucional.. a) o programa de crédito vigente para a concessão de crédito
(Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021) no momento da renegociação e que financie itens semelhantes aos
§ 13. Para os fins do disposto neste artigo, sem prejuízo do es- financiados originalmente pela operação renegociada; e (Incluído
tabelecido no § 3º do art. 195 da Constituição Federal, ficam afas- pela Lei nº 14.166, de 2021)
tadas as exigências de regularidade fiscal previstas no art. 62 do b) a atividade econômica e o porte do devedor original no mo-
Decreto-Lei nº 147, de 3 de fevereiro de 1967, no § 1º do art. 1º do mento da contratação do crédito renegociado. (Incluído pela Lei nº
Decreto-Lei nº 1.715, de 22 de novembro de 1979, na alínea b do 14.166, de 2021)
caput do art. 27 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, e na Lei § 4º Para os fins do disposto neste artigo, sem prejuízo do es-
nº 10.522, de 19 de julho de 2002. (Incluído pela Lei nº 14.166, de tabelecido no § 3º do art. 195 da Constituição Federal, ficam afas-
2021) tadas as exigências de regularidade fiscal previstas no art. 62 do
§ 14. O regulamento tratará dos casos omissos que necessitem Decreto-Lei nº 147, de 3 de fevereiro de 1967, no § 1º do art. 1º do
ser disciplinados para dar efetividade ao disposto neste artigo. (In- Decreto-Lei nº 1.715, de 22 de novembro de 1979, na alínea b do
cluído pela Lei nº 14.166, de 2021) caput do art. 27 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, e na Lei
Art. 15-F. Além das medidas de recuperação de crédito e de nº 10.522, de 19 de julho de 2002.’. (Incluído pela Lei nº 14.166, de
renegociação de dívidas dispostas no inciso VI do caput e no § 1º 2021)
do art. 15 desta Lei, os bancos administradores dos Fundos Cons-
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 15-G. Para os fins do disposto nos arts. 15-E e 15-F desta I - os saldos dos recursos do FNO, do FNE e do FCO de que trata
Lei: (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021) o art. 4º da Lei nº 9.126, de 10 de novembro de 1995; (Incluído pela
I - o encaminhamento para cobrança judicial, as execuções e Lei nº 13.682, de 2018)
as cobranças judiciais em curso e o prazo de prescrição das dívidas II - os valores repassados ao banco administrador nos termos
para as quais foi solicitada a renegociação ficam suspensos a partir do § 11 do art. 9º-A desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 13.682, de
do protocolo do pedido de renegociação até o término da análise 2018)
do pedido pelo banco administrador; (Incluído pela Lei nº 14.166, III - os saldos das operações contratadas na forma do art. 6º-A
de 2021) da Lei nº 10.177, de 12 de janeiro de 2001, conforme regulamenta-
II – a instituição financeira deverá apresentar ao devedor, caso do pelo Conselho Monetário Nacional. (Incluído pela Lei nº 13.682,
este solicite formalmente, extrato demonstrativo da evolução da de 2018)
dívida conforme os critérios estabelecidos nesta Lei; (Incluído pela § 2º Os bancos administradores farão jus ao percentual de
Lei nº 14.166, de 2021) 0,09% a.a. (nove centésimos por cento ao ano) sobre os saldos dos
III - as regras previstas nos demais dispositivos desta Lei apli- recursos do FNO, do FNE e do FCO de que trata o art. 4º da Lei
cam-se subsidiariamente. (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021) nº 9.126, de 10 de novembro de 1995. (Redação dada pela Lei nº
Art. 15-H. Ficam os bancos administradores dos Fundos Cons- 14.227, de 2021)
titucionais de Financiamento autorizados a ceder a empresas es- § 3º O montante a ser recebido pelos bancos administradores
pecializadas na cobrança de créditos inadimplidos operações en- em razão da taxa de administração de que trata este artigo, deduzi-
quadradas mas não renegociadas nos termos dos arts. 15-E e 15-F do o valor a que se refere o § 2º deste artigo, poderá ser acrescido
desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.166, de 2021) em até 20% (vinte por cento), a título de taxa de performance. (Re-
Parágrafo único. O valor obtido com a cessão de que trata o dação dada pela Lei nº 14.227, de 2021)
caput deste artigo será dividido entre o banco administrador e o § 4º A taxa de administração de que trata o caput deste artigo
Fundo Constitucional na proporção do risco de crédito assumido somada à remuneração de que trata o § 2º deste artigo ficam limi-
por cada um na data da concessão. (Incluído pela Lei nº 14.166, de tadas, em cada mês, a 20% (vinte por cento) do valor acumulado,
2021) até o mês de referência, das transferências de que trata a alínea c
Art. 16. O Banco da Amazônia S.A. - Basa, o Banco do Nordeste do inciso I do caput do art. 159 da Constituição Federal, realizadas
do Brasil S.A. - BNB e o Banco do Brasil S.A. - BB são os administra- pela União a cada um dos bancos administradores, descontados os
dores do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte - FNO, valores pagos nos meses anteriores referentes à taxa de administra-
do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste - FNE e do ção de que trata o caput deste artigo e ao percentual de que trata o
Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste - FCO, res- § 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.682, de 2018)
pectivamente. § 5º Ato conjunto dos Ministros de Estado da Economia e do
§ 1° O Banco do Brasil S.A. transferirá a administração, patri- Desenvolvimento Regional regulamentará a taxa de performance
mônio, operações e recursos do Fundo Constitucional de Financia- de que trata o § 3º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 14.227,
mento do Centro-Oeste - FCO para o Banco de Desenvolvimento de 2021)
do Centro-Oeste, após sua instalação e entrada em funcionamento, § 6º Ato do Presidente da República regulamentará a sistemá-
conforme estabelece o art. 34, § 11, do Ato das Disposições Consti- tica do cálculo e da apropriação da taxa de administração a que fa-
tucionais Transitórias. zem jus os bancos administradores do FNO, do FNE e do FCO. (Inclu-
§ 2° (Parágrafo revogado pela Lei nº 10.177, de 18.1.2001) ído pela Lei nº 13.682, de 2018)
Art. 17. (Revogado implicitamente pela Lei 10.177, de 12.1.200 VI - Do Controle e Prestação de Contas
que revogou o art. 13 da Lei 9.126/1995) Art. 18. Cada Fundo terá contabilidade própria, registrando to-
Art. 17-A. Os bancos administradores do FNO, do FNE e do FCO dos os atos e fatos a ele referentes, valendo-se, para tal, do sistema
farão jus a taxa de administração sobre o patrimônio líquido dos contábil da respectiva instituição financeira federal de caráter regio-
respectivos Fundos, apropriada mensalmente, nos seguintes per- nal, no qual deverão ser criados e mantidos subtítulos específicos
centuais: (Incluído pela Lei nº 13.682, de 2018) para esta finalidade, com apuração de resultados à parte.
I - 3% (três por cento) ao ano, no exercício de 2018; (Incluído Art. 18-A. Observadas as orientações gerais estabelecidas pelo
pela Lei nº 13.682, de 2018) Ministério da Integração Nacional, as Superintendências de De-
II - 2,7% (dois inteiros e sete décimos por cento) ao ano, no senvolvimento da Amazônia, do Nordeste e do Centro-Oeste são
exercício de 2019; (Incluído pela Lei nº 13.682, de 2018) responsáveis pelo funcionamento de ouvidorias para atender às su-
III - 2,4% (dois inteiros e quatro décimos por cento) ao ano, no gestões e reclamações dos agentes econômicos e de suas entidades
exercício de 2020; (Incluído pela Lei nº 13.682, de 2018) representativas quanto às rotinas e aos procedimentos empregados
IV - 2,1% (dois inteiros e um décimo por cento) ao ano, no exer- na aplicação dos recursos do respectivo Fundo Constitucional de
cício de 2021; (Incluído pela Lei nº 13.682, de 2018) Financiamento. (Redação dada pela Lei nº 12.716, de 2012)
V - 1,8% (um inteiro e oito décimos por cento) ao ano, no exer- § 1º As ouvidorias a que se refere o caput deste artigo terão seu
cício de 2022; e (Incluído pela Lei nº 13.682, de 2018) funcionamento guiado por regulamento próprio, que estabelecerá
VI - 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento) ao ano, a partir as responsabilidades e as possibilidades das partes envolvidas, re-
de 1º de janeiro de 2023. (Incluído pela Lei nº 13.682, de 2018) servando-se às instituições financeiras a obrigação de fornecimento
§ 1º Para efeitos do cálculo da taxa de administração a que se das informações e justificações necessárias à completa elucidação
refere o caput deste artigo, serão deduzidos do patrimônio líquido dos fatos ocorridos e à superação dos problemas detectados e pen-
apurado para o mês de referência: (Incluído pela Lei nº 13.682, de dências existentes. (Incluído pela Lei nº 12.716, de 2012)
2018)
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 2º Cabe ao Conselho Deliberativo das Superintendências de § 5º O relatório de que trata o caput deste artigo, acompa-
Desenvolvimento da Amazônia, do Nordeste e do Centro-Oeste nhado das demonstrações contábeis, devidamente auditadas, será
estabelecer o regulamento para o funcionamento da ouvidoria do encaminhado pelo respectivo conselho deliberativo de desenvol-
respectivo Fundo. (Incluído pela Lei nº 12.716, de 2012) vimento regional, juntamente com sua apreciação, a qual levará
§ 3º O ouvidor de cada Fundo será nomeado, por proposta da em consideração o disposto no § 4° deste artigo, à Comissão Mista
Superintendência Regional de Desenvolvimento, pelo respectivo permanente de que trata o § 1º do art. 166 da Constituição Fede-
Conselho Deliberativo, do qual participará com direito à voz. (Inclu- ral, para efeito de fiscalização e controle, devendo ser apreciado na
ído pela Lei nº 12.716, de 2012) forma e no prazo do seu regimento interno. (Redação dada pela Lei
§ 4º No prazo de até 30 (trinta) dias de sua solicitação, o to- Complementar nº 125, de 2007)
mador de financiamento tem o direito de receber do banco admi- § 6º Do montante de recursos a que se refere o inciso II do
nistrador uma ficha completa de cada uma de suas operações de caput do art. 6º desta Lei, será destinada anualmente a parcela de
crédito, com a discriminação de todos os lançamentos desde sua até 0,01% (um centésimo por cento) para contratação pelas respec-
contratação. (Incluído pela Lei nº 12.716, de 2012) tivas superintendências de desenvolvimento regional, e pagamento
§ 5º As entidades representativas dos produtores rurais pode- pelo banco administrador do respectivo Fundo, de atividades de
rão, nos termos do regulamento previsto no § 1o, assistir aos toma- avaliação dos impactos econômicos e sociais decorrentes da aplica-
dores na obtenção de informações sobre as pendências em suas ção dos recursos dos Fundos, de forma a permitir a aferição da efi-
operações de crédito e promover reuniões de conciliação entre os cácia, da eficiência e da efetividade desses recursos, de acordo com
agentes econômicos e os bancos administradores. (Incluído pela Lei as diretrizes definidas conjuntamente pelo Ministério da Economia
nº 12.716, de 2012) e pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, a ser descontada
§ 6º A participação das entidades representativas dos produto- de cada Fundo Constitucional de Financiamento na proporção defi-
res rurais, nos termos do § 5º, não exclui nem mitiga a responsabi- nida no parágrafo único do referido art. 6º. (Redação dada pela Lei
lidade primária dos bancos administradores em divulgar e dissemi- nº 14.227, de 2021)
nar as informações acerca das operações de crédito. (Incluído pela § 7º O conjunto mínimo de informações que deve constar do
Lei nº 12.716, de 2012) relatório a que se refere o caput deste artigo e sua estrutura serão
§ 7º Caso o banco administrador não atenda à solicitação pre- definidos em ato conjunto dos Ministros de Estado da Integração
vista no § 4º, a respectiva ouvidoria assumirá a responsabilidade Nacional e da Fazenda, com indicadores qualitativos e quantitativos
pela solicitação e informará ao Conselho Deliberativo em sua pri- que permitam a mensuração do desempenho, consoante os pro-
meira reunião após esse fato, cabendo ao Presidente do Banco Ad- pósitos e os resultados da política de aplicação dos recursos dos
ministrador justificar o não atendimento ou a demora em fazê-lo. Fundos. (Incluído pela Lei nº 13.682, de 2018)
(Incluído pela Lei nº 12.716, de 2012) VII - Das Disposições Gerais e Transitórias
Art. 19. As instituições financeiras federais de caráter regional Art. 21. Até a aprovação da proposta prevista no inciso I do art.
farão publicar semestralmente os balanços dos respectivos Fundos, 14 desta Lei, ficam as instituições financeiras federais de caráter re-
devidamente auditados. gional autorizadas a aplicar os recursos dos respectivos Fundos de
Art. 20. Os bancos administradores dos Fundos Constitucionais acordo com as diretrizes gerais estabelecidas no art. 3° desta Lei.
de Financiamento apresentarão, anualmente, ao Ministério da In- § 1° Dentro de 60 (sessenta) dias, a partir da publicação desta
tegração Nacional e às respectivas Superintendências Regionais de Lei, as instituições financeiras federais de caráter regional apresen-
Desenvolvimento relatório circunstanciado sobre as atividades de- tarão, aos Conselhos Deliberativos das respectivas superintendên-
senvolvidas e os resultados obtidos pelos respectivos Fundos. (Re- cias de desenvolvimento regional, as propostas de programas de
dação dada pela Lei nº 13.682, de 2018) financiamento de que trata o parágrafo único do art. 14 desta Lei,
§ 1° O exercício financeiro de cada Fundo coincidirá com o ano as quais deverão ser aprovadas até 60 (sessenta) dias após o rece-
civil, para fins de apuração de resultados e apresentação de rela- bimento.
tórios. § 2° As operações realizadas antes da aprovação de que trata o
§ 2° Deverá ser contratada auditoria externa, às expensas do parágrafo anterior, pelas instituições financeiras federais de caráter
Fundo, para certificação do cumprimento das disposições constitu- regional, com os recursos dos Fundos Constitucionais de Financia-
cionais e legais estabelecidas, além do exame das contas e outros mento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ficam ao abrigo desta
procedimentos usuais de auditagem. Lei, inclusive para efeito de eventuais benefícios financeiros.
§ 3° Os bancos administradores deverão colocar à disposição Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
dos órgãos de fiscalização competentes os demonstrativos, com po- Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário.
sições de final de mês, dos recursos, aplicações e resultados dos
Fundos respectivos. Brasília, 27 de setembro de 1989; 168° da Independência e
§ 4º O relatório de que trata o caput deste artigo, acompa- 101° da República.
nhado das demonstrações contábeis, devidamente auditadas, será
encaminhado pelo respectivo conselho deliberativo da superinten-
dência do desenvolvimento, juntamente com sua apreciação, às co- BNDES/FINAME: BASE LEGAL, FINALIDADE, REGRAS, FOR-
missões que tratam da questão das desigualdades inter-regionais MA DE ATUAÇÃO
de desenvolvimento na Câmara dos Deputados e no Senado Fede-
ral, para efeito de fiscalização e controle. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 129, de 2009). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -
BNDES é uma empresa pública federal vinculada ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que tem como
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
objetivo o financiamento de longo prazo de empreendimentos que produzidos no exterior. Suas atividades são desenvolvidas em con-
contribuam para o desenvolvimento do país. Essa atividade de fi- junto com a colaboração do BNDES, que por sua vez é responsável
nanciamento resulta na melhoria da competitividade da economia pela FINAME. No entanto, a gestão desta agência é da responsabili-
brasileira e no aumento da qualidade de vida de sua população. dade do seu Conselho de Administração.
O BNDES também busca fortalecer a estrutura de capital das A BNDESPAR é uma sociedade empresária, que foi constituída
empresas privadas e o desenvolvimento do mercado de capitais, como subsidiária integral do BNDES. Realiza operações de capitali-
o comércio de máquinas e equipamentos e o financiamento às ex- zação de empreendimentos controlados por grupos privados, res-
portações. As linhas de apoio financeiro e os programas do BNDES peitando os planos e políticas do BNDES.
atendem às necessidades de investimentos de empresas de qual- Entre os outros objetivos, a subsidiária é responsável por con-
quer porte e setor, estabelecidas no país. A parceria com institui- tribuir para o fortalecimento do mercado de capitais brasileiro por
ções financeiras, com agências instaladas em todo o país, permite meio da ampliação da oferta de títulos e da democratização da titu-
a divulgação do crédito, possibilitando maior acesso aos recursos laridade do capital social.
do BNDES. O banco é o principal instrumento de apoio financeiro no Bra-
O BNDES se considera de fundamental importância, na execu- sil para investimentos em todos os setores econômicos. O Banco
ção de sua política de crédito, levando em consideração os princí- destina recursos especiais, preferencialmente na forma de financia-
pios ético-ambientais e o compromisso com os princípios do de- mentos de longo prazo e participações acionárias, além de apoiar
senvolvimento sustentável. O BNDES apoia projetos que tenham empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento econô-
impacto direto na melhoria das condições de vida da população mico e social.
nas áreas de desenvolvimento urbano, ambiental, social, regional e O dinamismo do sistema econômico moderno estimula o BN-
rural. Em especial, um papel importante é o apoio a investimentos DES a investir não apenas em projetos de grande porte, mas tam-
sociais voltados para educação e saúde, agricultura familiar, sanea- bém em empreendimentos de micro, pequenas e médias empre-
mento básico e transporte coletivo de massa. sas, pessoas físicas e órgãos da administração pública. Dessa forma,
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social o Banco universalizou o acesso ao crédito e, assim, contribui para o
(BNDES) é o principal agente financiador do desenvolvimento no avanço da economia e, consequentemente, para a geração de em-
Brasil. Desde sua fundação, em 1952, o BNDES tem desempenhado prego e renda.
um papel fundamental no estímulo à expansão da indústria e da Os desembolsos do BNDES encerraram o ano de 2011 em R$
infraestrutura no país. Ao longo da história do Banco, sua atuação 139,7 bilhões. O resultado ficou dentro das expectativas do Banco
evoluiu de acordo com os desafios socioeconômicos brasileiros, e e permitiu que a instituição continuasse contribuindo para a expan-
agora inclui apoio à exportação, inovação tecnológica, desenvolvi- são dos investimentos na economia brasileira, com destaque para o
mento socioambiental sustentável e modernização da administra- setor de infraestrutura.
ção pública.
O Banco oferece diversos mecanismos de apoio financeiro a
empresas brasileiras de todos os portes e entidades da administra- FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR (FAT): BASE LE-
ção pública, viabilizando investimentos em todos os setores eco- GAL, FINALIDADES, REGRAS, FORMA DE ATUAÇÃO
nômicos. Em qualquer empreendimento apoiado, desde a fase de
análise até o monitoramento, o BNDES destaca três fatores que
Base legal
considera estratégicos: inovação, desenvolvimento local e desen-
O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) é uma instituição
volvimento socioambiental.
brasileira com base legal na Constituição Federal de 1988, especi-
No século XXI, o BNDES alinha sua atuação à realidade de um
ficamente nos artigos 239 e 240. Sua criação foi estabelecida para
mundo globalizado, com economias profundamente conectadas, e
viabilizar recursos destinados à execução de políticas de amparo
intensifica seus esforços para assumir papéis e atribuições que ul-
aos trabalhadores.
trapassam as fronteiras do Brasil, em consonância com o aumento
da inserção internacional de o país. Hoje, o Banco tem escritórios
— Finalidades
em Londres, um dos centros financeiros mais importantes do pla-
neta, e em Montevidéu, considerada a “capital” do bloco comer-
Apoio ao trabalhador desempregado
cial do Mercosul e sede de diversos organismos regionais. O BNDES
Uma das principais finalidades do FAT é prover assistência fi-
também financia a expansão de empresas nacionais muito além das
nanceira aos trabalhadores desempregados, garantindo-lhes um
fronteiras do país e busca diversificar as fontes de seus recursos no
suporte temporário enquanto buscam nova colocação no mercado
mercado internacional. Além disso, o BNDES fortaleceu seus esfor-
de trabalho.
ços já tradicionalmente realizados, como o financiamento à expor-
tação de bens e serviços brasileiros em projetos realizados no exte-
Financiamento de programas de desenvolvimento econômico
rior e a captação de recursos institucionais por meio de organismos
O FAT também desempenha um papel crucial no financiamento
multilaterais, compartilhamento de experiências e oportunidades
de programas e projetos que visam o desenvolvimento econômico
de promoção.
e a geração de empregos. Isso inclui ações voltadas para o fomento
O BNDES possui três subsidiárias integrais: FINAME, BNDESPAR
de setores estratégicos e a capacitação profissional.
e BNDES Limited. Juntas, as quatro empresas compõem o Sistema
BNDES.
Os recursos do FINAME destinam-se ao financiamento de ope-
rações de compra e venda e exportação de máquinas e equipamen-
tos brasileiros, bem como à importação de bens da mesma natureza
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Abono salarial
MICROFINANÇAS30
Outra responsabilidade do FAT é o pagamento do Abono Sala-
rial, um benefício anual destinado a trabalhadores que atendem a
As microfinanças, sobretudo por meio das operações de mi-
critérios específicos, como ter exercido atividade remunerada por
crocrédito (concessão de empréstimos de baixo valor a pequenos
pelo menos 30 dias no ano-base e ter remuneração média de até
empreendedores informais e microempresas sem acesso ao siste-
dois salários mínimos.
ma financeiro tradicional), têm sido percebidas como importantes
ferramentas mitigação da pobreza em todo o mundo.
Critérios para recebimento de benefícios
Entende-se por microfinanças o conjunto de serviços financei-
Os critérios para recebimento de benefícios, como Seguro-De-
ros que envolvem valores de pequena monta, oferecidos a indivídu-
semprego e Abono Salarial, são estabelecidos em regulamentações
os de baixa renda.
específicas. Tais critérios incluem tempo de contribuição, remune-
Tais serviços podem compreender ampla gama, desde o forne-
ração média e outros fatores que garantem a distribuição justa dos
cimento de crédito à oferta de mecanismos de investimento e de
recursos.
seguro. O crédito, por sua vez, sob a nomenclatura de “microcrédi-
to”, tem ganhado grande destaque internacional.
— Forma de atuação
Em resumo, as microfinanças são serviços e produtos desenvol-
vidos para atender às necessidades financeiras de pessoas com par-
Investimento em programas de qualificação
cos rendimentos e pouco ou nenhum patrimônio economicamente
O FAT direciona recursos significativos para programas de quali-
apreciável. Esse leque de serviços e produtos financeiros tem apoio
ficação profissional, visando melhorar a empregabilidade dos traba-
fundamental no crédito, que é concedido com base em metodolo-
lhadores brasileiros. Esses programas incluem cursos, treinamentos
gias de análise de crédito especificamente desenvolvidas para esse
e outras ações que capacitam os trabalhadores para as demandas
setor, de grande simplicidade e flexibilidade quanto aos requisitos
do mercado de trabalho.
de acesso, quanto à documentação e às garantias exigidas, e com
envolvimento direto do mutuante no cotidiano do mutuário, para
30 https://www.bcb.gov.br/htms/public/microcredito/livro_microfinan%C3%A-
7as_internet.pdf
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
O microcrédito e suas regras são geridos pelo BNDES (Banco O processo de formação de Grupos Solidários é auto-seletivo,
Nacional do Desenvolvimento), mas quem o oferece são institui- pois as pessoas buscam o bom pagador sabendo que o não paga-
ções financeiras do país. mento de um faz com que todos respondam, pagando, pelo crédito
Atualmente, o microcrédito33 é concedido no Brasil de várias concedido. Assim, estabelece-se uma rede de apoio e vigilância que
formas, por meio de ações do Poder Público, da sociedade civil e da tem como resultado a baixa inadimplência.
iniciativa privada, apresentando diferentes desenhos institucionais. Outra opção para aqueles que não querem participar do aval
O Poder Público vem atuando com programas voltados direta- solidário é a apresentação de um avalista/fiador que preencha as
mente para o tomador de microcrédito, por meio de bancos oficiais condições estabelecidas pela instituição de microcrédito.
com carteiras especializadas, a exemplo do programa CrediAmigo O fato de os tomadores de microcrédito serem pessoas empre-
do Banco do Nordeste, ou através de programas conhecidos como endedoras, que têm uma atividade econômica de escala diminu-
“Bancos do Povo”, que trabalham majoritariamente com recursos ta, porém viável economicamente, e o reconhecimento por parte
orçamentários. Há ainda os programas públicos de fomento a ins- dos tomadores do inestimável valor que o acesso a uma linha de
tituições de microcrédito da sociedade civil e da iniciativa privada. crédito permanente representa para suas atividades econômicas,
São as chamadas “instituições de segunda linha”, a exemplo do conformam as principais garantias das instituições de microcrédito.
Programa de Crédito Produtivo Popular do BNDES e do Programa Agrega-se a esses fatores o acompanhamento realizado pelo Agen-
SEBRAE de Apoio ao Segmento de Microcrédito. te de Crédito junto a cada cliente, indispensável para a verificação
O microcrédito adota uma metodologia específica, que consis- da necessidade do crédito e para o sucesso da operação financeira.
te, primeiramente, na concessão assistida do crédito. Ao contrário
do que acontece no sistema financeiro tradicional, onde existe uma Crédito Orientado
postura reativa (o cliente é que vai até o banco), nas instituições de O caráter informal de grande parte dos pequenos negócios, o
microcrédito os Agentes de Crédito vão até o local onde o candidato valor reduzido das operações de microcrédito, a ausência de garan-
ao crédito exerce sua atividade produtiva, para avaliar as necessida- tias reais nas operações e a formação sócio- cultural dos pequenos
des e as condições de seu empreendimento, bem como as possibili- empreendedores requerem procedimentos específicos no processo
dades de pagamento. Após a liberação do crédito, esse profissional de concessão de microcrédito.
passa a acompanhar a evolução do negócio. O tomador de microcrédito nem sempre vislumbra o crédito
Outro ponto que diferencia o microcrédito do crédito tradicio- como investimento no seu ramo de negócio e, em alguns casos, tem
nal são os sistemas de garantias, importantes para a cobertura de receio de se endividar. Assim, torna-se fundamental que o micro-
possíveis inadimplências. Aprática de concessão do crédito tradicio- crédito seja concedido de forma assistida, o que é feito pelo Agente
nal é a exigência de garantias reais. O microcrédito adota sistemas de Crédito. A postura do Agente de Crédito, suas atitudes, lingua-
de garantias mais próximos das condições sócio-econômicas dos gem e abordagem devem levar aos pequenos empreendedores as
pequenos empreendedores, cuja ausência de bens para oferecer informações e orientações essenciais para o êxito do negócio.
como garantia real é compensada pelo capital social da comunida- Ele é o elo entre a instituição de microcrédito e o tomador do
de (relações de confiança, reciprocidade e participação). Assim, as empréstimo, sendo o responsável pelo estabelecimento de uma re-
garantias podem ser oferecidas: individualmente, com o tomador lação profissional e de confiança. Afinal, concedentes e tomadores
indicando um avalista/fiador; coletivamente, por meio de aval so- precisam que os empréstimos sejam pagos e retornem à instituição
lidário, que consiste na formação de grupos, geralmente de três a de microcrédito, assegurando sua continuidade em bases susten-
cinco pessoas, em que cada um é ao mesmo tempo tomador do táveis.
crédito e avalista dos demais. O trabalho do Agente de Crédito, resumidamente, começa com
uma entrevista com o pretendente ao microcrédito, no local do em-
Principais características do Microcrédito preendimento, muitas vezes sua própria moradia. No diálogo com o
cliente, o Agente de Crédito faz o diagnóstico da situação financeira
Crédito Produtivo e dos aspectos gerenciais do negócio, dimensionando a viabilida-
O microcrédito é um crédito especializado para determinado de do crédito a ser concedido. A utilização de índices financeiros,
segmento da economia: o pequeno empreendimento informal e a planos de investimentos, fluxos de caixa e outros instrumentos faz
microempresa. Portanto, está voltado para apoiar negócios de pe- parte do processo de avaliação. De um modo geral, para emprésti-
queno porte, gerenciados por pessoas de baixa renda, e não se des- mos de valores muito baixos essa análise quantitativa é simplifica-
tina a financiar o consumo. da, com destaque para a confiabilidade do empreendedor, o plano
Ausência de Garantias Reais de investimento e o fluxo de caixa.
A concessão de crédito a empreendedores de baixa renda, que O Agente de Crédito está envolvido em todo o processo de
não têm garantias reais para respaldá-lo, tem sido atendida pelo mi- liberação e recebimento do crédito. Diferentemente das práticas
crocrédito de duas maneiras. A primeira é o aval solidário (ou fiança bancárias tradicionais, o Agente de Crédito vai até o cliente e não o
solidária), que consiste na reunião, em geral, de três a cinco pesso- contrário. Assim, estabelece-se uma relação que deve pautar-se em
as com pequenos negócios e necessidades de crédito, que confiam uma série de contatos pessoais e na aplicação de vários instrumen-
umas nas outras para formar um Grupo Solidário, com o objetivo de tos de conhecimento e análise da atividade econômica que está
assumir as responsabilidades pelos créditos de todo o grupo. sendo fomentada.
- empréstimos de valores pequenos: o empréstimo médio e pagam juros muito elevados a agiotas), fortalece-se o empreendi-
das instituições brasileiras de microcrédito está em torno de R$ mento e aumenta-se a renda das famílias. Desse processo, muitas
1.000,00; vezes, resulta a volta do filho para a escola, a construção de novos
- prazos de pagamentos curtos: semanais, quinzenais e, no má- cômodos na casa e a melhoria da qualidade da alimentação familiar.
ximo, De fato, o microcrédito vem apoiando modelos alternativos
- mensais; caracterização como linha de crédito: possibilidade de geração de ocupação e renda para o segmento mais pobre da
de renovação dos empréstimos; população, firmando-se como elemento importante de estratégias
- empréstimos com valores crescentes: aumento dos valores destinadas a enfrentar a pobreza e a exclusão social. Isso faz com
dos empréstimos de acordo com a capacidade de pagamento até que ele se constitua em alternativa às tendências mais gerais da
o limite estabelecido pela política de crédito de cada instituição. sociedade contemporânea de concentração da renda e ampliação
Essas características criam uma espécie de “círculo virtuoso” das disparidades sócio-econômicas
onde o tomador é incentivado a pagar em dia, já que esse é um in-
dicativo importante para o recebimento de novo crédito, que pode Condições para contratar
ser de valor maior. O fato de o tomador de microcrédito vivenciar O BNDES determina algumas regras para a captação do micro-
a obtenção, a administração e a liquidação de diversos créditos crédito. A primeira delas está relacionada à receita de quem con-
aumenta a confiança e a motivação em relação à possibilidade de trata.
crescimento do seu negócio e o grau de informação e de organiza- Para ter acesso a este tipo de empréstimo, é preciso que o
ção do seu pequeno empreendimento. Além disso, a instituição de contratante, seja pessoa jurídica ou pessoa física que pretende co-
microcrédito ganha sustentabilidade e escala nas operações. meçar um negócio, desempenhe atividades produtivas de pequeno
porte. Na prática, isso significa que ele deve ter uma receita bruta
Baixo Custo de Transação e Elevado Custo Operacional - ou seja, sem os descontos de impostos - igual ou inferior a 360 000
A decisão de fazer um empréstimo, do ponto de vista do pe- reais por ano, o que representa uma renda média mensal de até 30
queno empreendedor, esbarra na ausência de tempo (deixar o lo- 000 reais.
cal de trabalho) e recursos (garantias) para negociá- lo. Por isso, o Outra regra diz respeito ao uso do dinheiro: o valor do emprés-
empreendedor de baixa renda busca reduzir ao máximo os custos timo deve ser destinado a projetos específicos, como capital de giro
de transação que, para ele, podem pesar mais do que o custo fi- e investimentos na companhia. Isso inclui aquisições de matéria-
nanceiro. -prima, máquinas e equipamentos.
Baixo custo de transação significa:
- proximidade do cliente: a localização da instituição de micro-
crédito deve ser próxima da residência e/ou local de trabalho dos SERVIÇOS BANCÁRIOS E FINANCEIROS. CONTA CORRENTE:
clientes; ABERTURA, MANUTENÇÃO, ENCERRAMENTO, PAGAMEN-
- mínimo de burocracia: adoção de poucos procedimentos bu- TO, DEVOLUÇÃO DE CHEQUES E CADASTRO DE EMITENTES
rocráticos, tais como documentos, assinaturas etc; DE CHEQUES SEM FUNDOS (CCF). DEPÓSITOS À VISTA. DE-
- agilidade na entrega do crédito: o prazo entre a solicitação e a PÓSITOS A PRAZO (CDB E RDB). FUNDOS DE INVESTIMEN-
entrega do crédito deve ser o mais curto possível. TOS. CADERNETA DE POUPANÇA. TÍTULOS DE CAPITALI-
Essas características incentivam o bom uso do crédito e o paga- ZAÇÃO. PLANOS DE APOSENTADORIA E DE PREVIDÊNCIA
mento em dia. Por outro lado, o custo de uma instituição sustentá- PRIVADOS. 3.8 SEGUROS. CONVÊNIOS DE ARRECADAÇÃO/
vel de microcrédito é significativo, o que requer, além da eficiência PAGAMENTOS (CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇOS PÚ-
administrativa, a cobrança de taxas de juros nem sempre baixas. BLICOS, TRIBUTOS, INSS E FOLHA DE PAGAMENTO DE
O uso de tecnologia micro financeira adequada é imprescindí- CLIENTES). SERVIÇO DE COMPENSAÇÃO DE CHEQUE
vel às instituições de microcrédito. Essa tecnologia consiste na utili- E OUTROS PAPÉIS. COBRANÇA
zação de ferramentas gerenciais e organizacionais atualizadas, com
sistemas integrados de informações financeiras e contábeis, que
elevam a sua eficiência e produtividade e reduzem seus custos ad- Os serviços bancários e financeiros constituem um conjunto
ministrativos e operacionais. O BNDES vem incentivando essa mo- essencial de atividades que abrangem uma ampla gama de transa-
dernização, através do Programa de Desenvolvimento Institucional/ ções e operações destinadas a atender às necessidades financeiras
PDI, e vem criando novos instrumentos para o setor, a exemplo de dos indivíduos, empresas e instituições. Nesta seção, exploraremos
sistemas alternativos de pontuação de crédito e classificação insti- em detalhes os principais serviços oferecidos pelo setor bancário
tucional. O SEBRAE também atua nesse sentido, ofertando serviços e financeiro, destacando sua importância na economia e na vida
destinados à reestruturação e expansão das instituições de micro- cotidiana.
crédito, capacitação profissional e sistema informatizado de gestão,
que deverão resultar em crescimento e modernização das organiza- — Conta corrente
ções. Espera-se com o ganho de escala e eficiência das instituições A conta corrente é um dos principais serviços bancários, ofe-
a consolidação de uma indústria microfinanceira no País. recendo uma plataforma para a realização de diversas transações
financeiras. Vamos explorar cada aspecto relacionado à conta cor-
Ação Econômica com Forte Impacto Social rente de maneira abrangente.
O impacto positivo do microcrédito nas situações de pobreza
é amplamente reconhecido. Ao permitir o acesso continuado ao
crédito para negócios com capital próprio mínimo (razão pela qual
não alcançam empréstimos junto ao sistema financeiro tradicional
Editora
159
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Diversificação Liquidez
Os fundos possibilitam a diversificação automática de inves- A liquidez é uma das principais vantagens da poupança. Os re-
timentos, distribuindo os recursos entre diferentes ativos, como cursos podem ser resgatados a qualquer momento, proporcionan-
ações, títulos de renda fixa, câmbio, entre outros. Isso ajuda a redu- do flexibilidade aos investidores.
zir os riscos associados a um ativo específico.
Isenção de Imposto de Renda
Profissionalismo na gestão Os rendimentos da caderneta de poupança são isentos de Im-
A gestão dos fundos é realizada por profissionais especializa- posto de Renda, o que a torna uma opção atrativa para investidores
dos, os gestores de fundos, que tomam decisões baseadas em aná- de diferentes perfis.
lises de mercado, cenários econômicos e objetivos do fundo. Limitações da Caderneta de Poupança:
Perfil de investimento: a escolha entre PGBL e VGBL, assim Revisão Periódica: à medida que as circunstâncias mudam, é
como a seleção de investimentos, deve estar alinhada ao perfil de essencial revisar as apólices para garantir que continuem atenden-
risco e objetivos do investidor. do às necessidades do segurado.
Práticas éticas são fundamentais para evitar problemas legais e no âmbito do mercado financeiro com a implantação da SELIC e da
manter a reputação da empresa. CETIP; depois, em 2002, nas transações comerciais com a implanta-
ção do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
Treinamento de Equipe Em 1979, nasceu o Sistema Especial de Liquidação e Custódia
Treinamento adequado da equipe de cobrança é crucial para (SELIC), o qual passou a realizar a custódia e a liquidação financeira
garantir práticas éticas e profissionais. das operações envolvendo títulos públicos. O SELIC eliminou o uso
A empatia e a habilidade de lidar com situações delicadas são do cheque para a liquidação de operações com títulos públicos.
aspectos essenciais. Em 1980, o Banco Central do Brasil, através da Circular nº 492,
de 07.01.80, instituiu a conta de “Reservas Bancárias”, adstrita aos
bancos comerciais. A Circular nº 3.101, de 28.03.2002, do BCB, es-
SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO (SPB) tabeleceu que as disponibilidades mantidas no Banco Central do
Brasil, em moeda nacional, pelos bancos comerciais, bancos de in-
vestimento, caixas econômicas e bancos múltiplos devem ser regis-
Conceito
tradas na conta Reservas Bancárias.
Em 1983, surgiu o Sistema Nacional de Compensação, o qual
Conceitua-se o Sistema de Pagamentos Brasileiro como o con-
interligou todo o País e melhorou o uso do cheque como instrumen-
junto de procedimentos, regras, instrumentos e operações integra-
to de liquidação financeira.
das que, por meio eletrônico, dão suporte à movimentação finan-
Em 1986, nasceu a Central de Custódia e de Liquidação Finan-
ceira entre os diversos agentes econômicos do mercado brasileiro,
ceira de Títulos (CETIP), empresa de liquidação financeira. A CETIP
tanto em moeda local quanto estrangeira, visando a maior proteção
eliminou o uso do cheque para a liquidação de operações com tí-
contra rombos ou quebra em cadeia de instituições financeiras.
tulos privados.
Sua função básica é permitir a transferência de recursos finan-
Em 1988, surgiu a Compensação Eletrônica, dando velocidade
ceiros, o processamento e liquidação de pagamentos para pessoas
e segurança ao Serviço de Compensação de Cheques e Outros Pa-
físicas, jurídicas e entes governamentais.
péis, o qual em 2001, através de Sistemas Locais, 15 SIRC e do Siste-
Toda transação econômica que envolva o uso de cheque, cartão
ma Nacional, compensou diariamente, em média, 13,4 milhões de
de crédito, ou TED, por exemplo, envolve o Sistema de Pagamentos.
documentos ou R$ 17,2 bilhões.
Em 2002, nasceu o novo Sistema de Pagamentos Brasileiro
História
(SPB), regulamentado pela Lei nº 10.214, de 27.03.2001, e baseado
no Sistema de Transferência de Reservas (STR), um sistema de liqui-
Os bancos têm três funções principais: 1) a função do depósito;
dação bruta em tempo real de transferência de fundos entre seus
2) a função do sistema de pagamentos; 3) a função de crédito.
participantes.
A função de sistema de pagamentos é exercida pelos bancos
O STR, operado pelo Banco Central do Brasil, começou a funcio-
na medida em que realizam a liquidação financeira das transações
nar em 22.04.2002, ocasião em que surgiu a Transferência Eletrôni-
na economia.
ca Disponível (TED).
No século XVII, nasceu a primeira câmara de compensação na
A TED é o instrumento para a realização de transferência ele-
França, cidade de Lião.
trônica de fundos entre os bancos, liquidada sempre no mesmo dia,
Em 1921, nasceu a Câmara de Compensação do Rio de Ja-
através do STR ou de outra câmara de compensação (a CIP). O DOC
neiro, sob a responsabilidade do Banco do Brasil (Lei nº 2.591, de
é hoje liquidado em “D + 1” através do Serviço de Compensação de
07.08.1912).
Cheques e Outros Papéis.
Em 1932, nasceu a Câmara de Compensação de São Paulo. O
A partir de 29.07.2002, o valor mínimo para a emissão de
artigo 11, VI, da Lei nº 4.595, de 31.12.64, delegou ao BCB com-
Transferências Eletrônicas Disponíveis (TED) passou a ser de R$
petência para regular a execução dos serviços de compensação
5.000,00 e restou cumprida a meta estabelecida na implantação do
de cheques e outros papéis, e o artigo 19, IV, atribuiu ao Banco do
novo SPB. Anunciado em 07.07.99 pelo BCB, o novo SPB começou
Brasil a execução desses serviços. O BCB aprovou o primeiro Regu-
em 22.04.2002 com o valor mínimo da TED fixado em R$ 5 milhões,
lamento do Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papéis
reduzido em 13.05.2002 para R$ 1 milhão, em 10.06.2002 para R$
através da Circular nº 52, de 16.09.66.
100.000,00, em 08.07.2002 para R$ 50.000,00 e, por último, em
Em 1969, surgiu o Sistema Integrado Regional de Compensação
29.07.2002, para R$ 5.000,00.
(SIRC), o qual permitiu a integração de praças localizadas em uma
Na forma da Lei nº 10.214, de 27.03.2002, integram o novo
mesma região.
SPB, além do Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papéis
Na década de 70, surgiu a Compensação de Recebimentos e o
- a partir da Circular nº 3.102, de 28.03.2002, do BCB, Centralizado-
Documento de Crédito (DOC), uma ordem de transferência de fun-
ra de Compensação de Cheques e Outros Papéis (COMPE) -, os se-
dos interbancária (uma forma de transferência de recursos entre
guintes sistemas, na forma de autorização concedida às respectivas
contas de bancos diferentes), instrumento alternativo ao uso do
câmaras ou prestadores de serviços de compensação e de liquida-
cheque.
ção, pelo BCB ou pela CVM, em suas áreas de competência:
Até 1979, o cheque e o DOC desempenharam papel pratica-
I. de compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito
mente exclusivo como instrumentos de liquidação financeira. Mas a
e de crédito;
transferência de fundos, por meio eletrônico, operada por sistemas
II. de transferência de fundos e de outros ativos financeiros;
especiais, substituiu o cheque: num primeiro passo, nas transações
III. de compensação e de liquidação de operações com títulos
e valores mobiliários;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
IV. de compensação e de liquidação de operações realizadas o comprador e quando o comprador efetua o pagamento). Mas a
em bolsas de mercadorias e de futuros; e Central Clearing assume riscos e dá limites operacionais para a ne-
V. outros, inclusive envolvendo operações com derivativos fi- gociação de ativos a descoberto.
nanceiros, cujas câmaras ou prestadores de serviços tenham sido Observa João Cirilo Miedzinski, diretor da Controlbanc, consul-
autorizados. toria contratada pela CETIP: “A lógica de liquidação de operações
De acordo com a Resolução nº 2.882, de 30.08.2001, do CMN, estabelecida pelo SPB possui duas vertentes distintas: a primeira
as câmaras de compensação e de liquidação são as pessoas jurídi- é que as transações que devam ser liquidadas pelo seu valor bruto
cas que, na forma da Lei nº 10.214, de 27.03.2001, exercem, em serão processadas diretamente no STR; a segunda é que transações
caráter principal, atividade no SPB e operam um dos sistemas inte- que devam ser liquidadas pelo seu valor líquido (“net value”) serão
grantes do SPB. processadas através de câmaras especializadas para estas funções
Os regulamentos das diferentes “clearings” devem ser explí- e que proporcionem a certeza da liquidação aos seus participantes
citos quanto às responsabilidades dos participantes e da própria através de um sistema de garantias homologado pelo Banco Cen-
“clearing”, assim como devem estar claramente definidas as res- tral.”
ponsabilidades do Banco Central. Os procedimentos aplicáveis na Gilberto Mifano, diretor geral da Companhia Brasileira de Li-
hipótese de inadimplemento de qualquer participante devem estar quidação e Custódia (CBLC), avisa: a CBLC é uma das câmaras e
minuciosamente definidos, inclusive no tocante aos mecanismos de prestadores de serviços de compensação e de liquidação do novo
repartição de perdas. SPB, conforme Comunicado nº 9.419, de 18.04.2002, do BCB, o qual
autorizou a CBLC a realizar a liquidação de operações com títulos
O Banco Central do Brasil, através do Comunicado nº 9.419, de renda variável e de renda fixa pública e privada, nos mercados à
de 18.04.2002, divulgou a autorização de funcionamento das se- vista e de liquidação futura. A CBLC é a única depositária de ações
guintes câmaras e prestadores de serviços de compensação e de no Brasil e uma das maiores da América Latina e, desde o ano 2001,
liquidação: oferece serviços de custódia de títulos de renda fixa privada, como
I. Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Opera- debêntures e “commercial papers”, ressalta Gilberto Mifano, que
ções de Câmbio BM&F, para a liquidação e a gerência de riscos das acrescenta: a CBLC é a única depositária do Brasil (e uma das poucas
operações interbancárias com moeda estrangeira; no mundo) que identifica os clientes finais, os quais podem fazer
II. Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Opera- consulta dos saldos de suas aplicações via internet, em tempo real.
ções de Derivativos BM&F, para a liquidação e gerência de riscos As empresas podem pagar os dividendos à CBLC, a qual, em um
das operações de contratos de derivativos e de mercadorias; único dia, os repassa para o acionista.
III. Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), para O Comitê de Sistemas de Pagamentos e Liquidações do BIS de-
a liquidação de operações com títulos de renda variável, de renda finiu princípios para os sistemas de pagamentos e liquidações dos
fixa pública e privada, nos mercados à vista e de liquidação futura; países. De acordo com esses princípios, além de alto grau de segu-
IV. Companhia Brasileira de Meios de Pagamento (VISANET), rança e confiança operacional, um sistema deve oferecer meios de
para a liquidação de transações com cartões de crédito e de débito; se efetuarem pagamentos que sejam práticos para seus usuários e
V. Redecard S.A., para a liquidação de transações com cartões eficientes para a economia; o sistema deve prever a pronta liqui-
de crédito e de débito; dação dos valores no dia, de preferência ao longo do dia e de um
VI. Tecnologia Bancária S.A. - (TECBAN), para a liquidação de mínimo no final do expediente.
transações com cartões de débito e ordens de crédito;
VII. Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Aspectos Institucionais
(CETIP), para a realização de negócios e leilões em ambiente ele-
trônico, bem como para registro e liquidação de operações (Comu- O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) compreende as enti-
nicado nº 10.233, de 10.10.2002). dades, os sistemas e os procedimentos relacionados com o proces-
O Banco Central do Brasil, através do Comunicado nº 10.455, samento e a liquidação de operações de transferência de fundos,
de 27.11.2002, divulgou a autorização de funcionamento da Câma- de operações com moeda estrangeira ou com ativos financeiros e
ra Interbancária de Pagamento (CIP) para operar sistema de liqui- valores mobiliários. São integrantes do SPB, os serviços de compen-
dação de transferências interbancárias de fundos, por ordem de sação de cheques, de compensação e liquidação de ordens eletrô-
crédito eletrônica. nicas de débito e de crédito, de transferência de fundos e de outros
A CIP iniciou suas atividades em 06.12.2002 e pretende atrair ativos financeiros, de compensação e de liquidação de operações
parte do volume de transferências de recursos por meio de TEDs, com títulos e valores mobiliários, de compensação e de liquidação
até então realizadas com exclusividade pelo STR. A CIP está apta de operações realizadas em bolsas de mercadorias e de futuros, e
para processar mais de 300 mil TEDs por dia e oferecerá aos bancos outros, chamados coletivamente de entidades operadoras de Infra-
custo unitário mais reduzido que o STR. O volume de TEDs hoje é estruturas do Mercado Financeiro (IMF).
de 55 mil por dia. A partir de outubro de 2013, com a edição da Lei 12.865, os
A CETIP operacionaliza a Central Clearing de Compensação arranjos e as instituições de pagamento passaram, também, a in-
e Liquidação (CENTRAL), câmara de ativos, a qual tem por objeto tegrar o SPB.
compensar e liquidar as operações de mercado secundário (envol- As infraestruturas do mercado financeiro desempenham um
vendo títulos públicos ou privados, valores mobiliários, derivativos papel fundamental para o sistema financeiro e a economia de uma
e outros ativos financeiros) cursadas na CETIP. forma geral. É importante que os mercados financeiros confiem na
A CETIP, na liquidação de operações, não assume riscos e opera qualidade e continuidade dos serviços prestados pelas IMF. Seu fun-
no conceito “Entrega contra Pagamento” (somente efetiva as ope-
rações quando o vendedor tem saldo de ativos para transferir para
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
cionamento adequado é essencial para a estabilidade financeira e Na reforma conduzida pelo Banco Central do Brasil – BCB até
condição necessária para salvaguardar os canais de transmissão da 2002, o foco foi redirecionado para a administração de riscos. A en-
política monetária. trada em funcionamento do Sistema de Transferência de Reservas
O Comunicado 25.164/2014 enumera os sistemas de compen- - STR, em abril de 2002, marca o início de uma nova fase do SPB.
sação e de liquidação, depósito centralizado e registro de ativos O STR, operado pelo BCB, é um sistema de liquidação bruta em
financeiros e de valores mobiliários que atualmente integram o Sis- tempo real onde há a liquidação final de todas as obrigações finan-
tema de Pagamentos Brasileiro: ceiras no Brasil. São participantes do STR as instituições financeiras,
- Sistemas de transferências de fundos: as câmaras de compensação e liquidação e a Secretaria do Tesouro
- Sistema de Transferência de Reservas (STR), operado pelo Nacional.
Banco Central do Brasil (BCB); Com esse sistema, o país ingressou no grupo daqueles em que
- Centralizadora da Compensação de Cheques (Compe), do transferências de fundos interbancárias podem ser liquidadas em
Banco do Brasil S.A.; tempo real, em caráter irrevogável e incondicional, Além disso,
- Sistema de Liquidação Financeira Multibandeiras, da Cielo; qualquer transferência de fundos entre as contas dos participantes
- Sistema de Liquidação Doméstica, da Redecard; do STR passou a ser condicionada à existência de saldo suficiente de
- Sistema de Liquidação Diferida das Transferências Interbancá- recursos na conta do participante emitente da transferência. Para
rias de Ordens de Crédito (Siloc), da CIP; e que haja liquidez e consequentemente um melhor funcionamento
- Sistema de Transferência de Fundos (Sitraf), da CIP. do sistema de pagamentos no ambiente de liquidação em tempo
- Sistemas de liquidação de operações com títulos, valores mo- real, três aspectos são especialmente importantes:
biliários, derivativos e câmbio: 1. o BCB concede, às instituições financeiras participantes do
- Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), operado STR, crédito intradia na forma de operações compromissadas com
pelo BCB; títulos públicos federais, sem custos financeiros;
- Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações 2. utilização pelos bancos dos saldos do recolhimentos compul-
de Câmbio da BM&FBovespa; sórios ao longo do dia para fins de liquidação de obrigações, já que
- Câmara de Compensação, Liquidação e Gerenciamento de a verificação de cumprimento é feita com base em saldos de final
Riscos de Operações no Segmento Bovespa e da Central Depositária do dia; e
de Ativos (CBLC) da BM&FBovespa; 3. acionamento pelo BCB de rotina para otimizar o processo de
- Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Ativos da liquidação das ordens de transferência de fundos mantidas em filas
BM&Bovespa; de espera no âmbito do STR.
- Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações
de Derivativos da BM&FBovespa; Esses fatos possibilitaram a redução dos riscos de liquidação
- Sistema de Registro, de compensação, de liquidação e custó- nas operações interbancárias, com consequente redução também
dia da Cetip S.A. – Mercados Organizados (Cetip); do risco sistêmico, isto é, o risco de que a quebra de uma institui-
- Central de Cessão de Crédito (C3) da Câmara Interbancária de ção financeira provoque a quebra em cadeia de outras, no chama-
Pagamentos (CIP). do “efeito dominó”. Até abril de 2002, para mitigar tal risco e não
propagar a falta de liquidez de um participante aos outros, muitas
Com a efetividade da Lei nº 12.865, a partir do início de maio vezes o BCB bancava operações a descoberto em conta Reservas
de 2014, os arranjos de pagamento autorizados pelo BCB na forma Bancárias, o que significava elevar o seu risco de não receber os re-
da Circular nº 3.682, estarão assim sujeitos aos procedimentos de cursos em caso de liquidação da instituição financeira, consequen-
vigilância análogos àqueles aplicáveis as infraestruturas do merca- temente, provocando prejuízo para a sociedade brasileira. Com as
do financeiro integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro. alterações nos procedimentos, houve significativa redução do risco
Os padrões internacionais induzem o tratamento homogêneo de crédito incorrido pelo BCB.
das infraestruturas de diferentes países permitindo maior trans- A reforma de 2002, entretanto, foi além dessas modificações.
parência de regras, políticas e procedimentos adotados mundial- Para redução do risco sistêmico, que era o objetivo maior da refor-
mente. É importante ressaltar que a interligação entre os mercados ma, foram igualmente importantes algumas alterações legais.
financeiros mundiais demanda que os países cooperem e padroni- A base legal relacionada com os sistemas de liquidação foi for-
zem as exigências de funcionamento das infraestruturas. talecida por intermédio da Lei 10.214, de março de 2001, que, entre
outras disposições, reconhece a compensação multilateral e possi-
Principais aspectos do SPB: bilita a efetiva realização de garantias no âmbito desses sistemas
mesmo no caso de insolvência civil de participante. Caso uma enti-
O Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB apresenta alto grau dade opere algum sistema sistemicamente importante é necessário
de automação, com crescente utilização de meios eletrônicos para que atue como contraparte central e, ressalvado o risco de emissor,
transferência de fundos e liquidação de obrigações, em substituição assegure a liquidação dessas operações em seu sistema.
aos instrumentos baseados em papel. As entidades que atuam como contraparte central devem ado-
Até meados dos anos 90, as mudanças no SPB foram motivadas tar adequados mecanismos de proteção, dependendo do tipo de
pela necessidade de se lidar com altas taxas de inflação e, por isso, sistema e da natureza das operações cursadas em seus sistemas,
o progresso tecnológico então alcançado visava principalmente o e devem ser autorizadas pelo BCB. O princípio da entrega contra
aumento da velocidade de processamento das transações financei- pagamento é observado em todos os sistemas de compensação e
ras. de liquidação de títulos e valores mobiliários. No caso de operação
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Além dessas instituições, é importante citar que, atuando em crédito intradia às instituições financeiras participantes do STR, na
nome dos bancos, os correspondentes bancários, tipicamente ca- forma de operações compromissadas com títulos públicos federais,
sas lotéricas, farmácias, supermercados e outros estabelecimentos sem custos financeiros.
varejistas, oferecem alguns serviços bancários e de pagamentos in-
clusive em locais não atendidos pela rede bancária convencional. Instrumentos de Pagamento
• Contratos Bilaterais e Unilaterais: Um contrato bilateral é Contratos por Instrumento Público e Particular
aquele em que ambas as partes se comprometem a cumprir obri- Os contratos de crédito podem ser formalizados como instru-
gações, enquanto um unilateral envolve obrigação por apenas uma mento público ou particular, dependendo da natureza da transação
das partes. e dos requisitos legais envolvidos.
• Contratos Onerosos e Gratuitos: Nos contratos onerosos,
ambas as partes se beneficiam e assumem obrigações, enquanto • Contratos por Instrumento Público: São contratos formaliza-
nos gratuitos, apenas uma das partes obtém benefício sem assumir dos em cartório, na presença de um tabelião. Têm a vantagem de
contrapartidas. maior segurança jurídica, pois o tabelião assegura a autenticidade
do documento, a capacidade legal das partes e o cumprimento das
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
formalidades legais. São frequentemente exigidos em operações de A constituição de garantias visa gerar maior comprometimen-
maior valor ou complexidade, como hipotecas ou financiamentos to pessoal e patrimonial do tomador de recursos e aumentar, caso
de grande porte. o cliente se torne insolvente, a possibilidade de retorno do capital
emprestado.
• Contratos por Instrumento Particular: São mais comuns em A garantia assume papel acessório à decisão de crédito, não
operações de crédito e não requerem a formalização em cartório. podendo ser determinante para a realização do negócio, já que sua
Basta que as partes envolvidas assinem o documento para que ele execução é sabidamente onerosa e demorada.
tenha validade. Esses contratos são mais flexíveis e menos onero- O negócio de um banco não é cobrar judicialmente seus crédi-
sos em termos de custos e tempo. Porém, podem oferecer menor tos; é emprestar bem e receber.
segurança em relação à autenticidade e ao cumprimento das obri-
gações, comparados aos contratos públicos. As garantias do Sistema Financeiro Nacional podem ser dividi-
das em 2 modalidades:
Cédulas e Notas de Crédito
As cédulas e notas de crédito são títulos que formalizam as ope- 1. Garantias pessoais ou Garantias Fidejussórias que baseiam-
rações de crédito e têm grande importância no sistema financeiro. -se na confiança, isto é, se o devedor não pagar, uma terceira pes-
soa (que prestou a garantia pessoal) será obrigada a pagar no lugar
• Cédulas de Crédito: São títulos representativos de dívida que dele, onde temos o aval e a fiança.
especificam os termos e condições sob os quais o crédito foi conce-
dido, incluindo valor, taxa de juros, prazo de pagamento, garantias, Espécies:
entre outros. Exemplos incluem a Cédula de Crédito Bancário (CCB),
Cédula de Crédito Imobiliário (CCI) e Cédula de Crédito à Exporta- Aval
ção (CCE). Esses títulos são negociáveis e podem ser utilizados para O aval é a garantia de pagamento formal e solidária firmada
obtenção de recursos ou refinanciamento da dívida. por terceiro em um título de crédito, onde os intervenientes são: o
avalista (aquele que presta o aval), o avalizado (aquele que recebe
• Notas de Crédito: As notas de crédito, como a Nota Promis- o aval) e o credor. Para tanto, basta que se lance o aval no próprio
sória, são compromissos de pagamento onde o emitente se com- título ou na folha de alongamento. A simples assinatura no anverso
promete a pagar uma determinada quantia em uma data futura. do título é suficiente para configurar o aval.
São amplamente utilizadas em operações de financiamento e em- Considera-se não escrito o aval cancelado. Tratando-se de ga-
préstimos de curto prazo. A vantagem das notas de crédito é a sua rantia solidária, implica que o avalista é coobrigado, isto é, é code-
simplicidade e flexibilidade, sendo menos complexas que as cédulas vedor principal.
de crédito.
Fiança
Ambos, cédulas e notas de crédito, são instrumentos negociá- Dá-se a fiança quando uma pessoa se obriga a satisfazer deter-
veis e podem ser cedidos ou transferidos a terceiros, o que facilita a minada obrigação, caso o respectivo devedor não a cumpra.
liquidez no mercado financeiro. Eles desempenham um papel cru- A fiança é um contrato acessório; pode ser gratuito ou oneroso.
cial na concessão de crédito, pois proporcionam um meio formal Os intervenientes são: o devedor (afiançado), o fiador (pessoa física
e legalmente reconhecido de documentar as obrigações de paga- ou pessoa jurídica) e o credor.
mento. Caso o devedor principal não cumpra a obrigação e o fiador
A escolha entre estes diferentes instrumentos de formalização venha a ser acionado para responder pela dívida, sem que antes te-
depende da natureza da operação de crédito, da necessidade de se- nha sido acionado aquele, poderá alegar o benefício de ordem para
gurança jurídica, dos custos envolvidos e da preferência das partes. que os bens do devedor sejam excutidos em primeiro lugar, salvo se
Entender esses instrumentos é fundamental para profissionais do foi estipulada solidariedade no contrato de fiança.
setor bancário, empresas e indivíduos que buscam acessar crédito O fiador tem a prerrogativa de renunciar a este direito.
no sistema financeiro. A fiança só pode ser concedida pelo cônjuge quando o outro
der seu consentimento. A este requisito se dá o nome de outorga
uxória. A falta da autorização torna o ato anulável.
GARANTIAS. FIDEJUSSÓRIAS: FIANÇA E AVAL. REAIS: HI-
POTECA E PENHOR. ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA DE BENS MÓ- Fiança bancária
VEIS É um compromisso contratual pelo qual uma instituição finan-
ceira garante o cumprimento de obrigações de seus clientes. O pú-
blico alvo são as pessoas físicas e jurídicas. A fiança bancária é uma
As instituições financeiras ao analisar suas operações levam em obrigação por escrito (carta de fiança) assumida pelo banco, res-
conta vários fatores e ao concluir pela viabilidade do negócio, fixa as ponsabilizando-se por dívida total ou parcial de cliente que queira
condições em que ele será realizado, definindo: assumir uma obrigação perante terceiros.
• valor liberado, Regulamentação do CMN estipula o limite máximo de expo-
• prazo, sição por cliente a ser observado pelas instituições financeiras na
• encargos financeiros, e prestação de garantia de fiança bancária.
• garantias.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
A vantagem se trabalhar com fiança bancária é que a garantia A mora ou o inadimplemento do fiduciante possibilita ao fiduci-
oferecida pelos bancos goza de grande respeitabilidade no mundo ário requerer em juízo a busca e apreensão do bem móvel objeto do
dos negócios. A fiança bancária está sujeita a cobrança de tarifas, contrato, para vendê-lo a terceiros e tornar efetiva a sua garantia.
mas não se sujeita a cobrança de IOF, por tratar-se de um contrato. Se o bem móvel não for encontrado na posse do fiduciante, a busca
e apreensão podem transformar-se em ação de depósito; se ele não
2. Garantias reais que vinculam patrimônio ao cumprimento entregar a coisa, poderá ser considerado depositário infiel.
da obrigação assumida pelo devedor. Recaem sobre bens móveis ou A lei faculta a venda da coisa independentemente de leilão,
imóveis do patrimônio do devedor ou de terceiros; se ele não pagar, avaliação prévia ou interpelação do devedor. O credor deve aplicar
haverá um processo de execução em que será requerida a venda ju- o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas de-
dicial do bem, pagando-se preferencialmente o credor, onde temos correntes, entregando ao devedor o saldo apurado, se houver.
o penhor, a hipoteca e a alienação fiduciária.
Legislação sobre as garantias do Sistema Financeiro Nacional
Espécies:
Aval – código civil
Penhor
É um direito real que consiste na tradição de coisa móvel, sus- (..)
cetível de alienação, realizada pelo devedor ou por terceiro ao cre- Art. 897 O pagamento de título de crédito, que contenha obri-
dor, a fim de garantir o pagamento do débito. Tem como sujeitos o gação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval.
devedor pignoratício (pode ser tanto o sujeito passivo da obrigação Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
principal como terceiro que ofereça o ônus real) e o credor pignora- Art. 898 O aval deve ser dado no verso ou no anverso do pró-
tício (o que empresta o dinheiro). prio título.
§ 1° Para a validade do aval, dado no anverso do título, é sufi-
Penhor mercantil ciente a simples assinatura do avalista.
É caracterizando-se pela dispensa da tradição da coisa onera- § 2° Considera-se não escrito o aval cancelado.
da, ou seja, o devedor continua na sua posse, equiparando-se ao Art. 899 O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na
depositário para todos os efeitos. Visa garantir obrigação comercial. falta de indicação, ao emitente ou devedor final.
Penhor mercantil é a garantia na qual o bem empenhado faz § 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o
parte integrante do negócio comercial. Pode abranger tanto esto- seu avalizado e demais coobrigados anteriores.
ques de matérias-primas quanto estoques de produtos acabados. § 2° Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula
Os estoques objeto de penhor mercantil são confiados a fiel deposi- a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que a nulidade
tário, que se torna responsável pela guarda, existência e conserva- decorra de vício de forma.
ção dos bens dados em garantia. Art. 900 O aval posterior ao vencimento produz os mesmos
efeitos do anteriormente dado.
Hipoteca
A hipoteca é um direito real sobre um bem imóvel ou aos que (...)
forem a ele equiparados, que tem por objetivo assegurar o paga- Art. 1.647..., nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do
mento de uma dívida. outro, exceto no regime da separação absoluta:
A posse do bem gravado não se transfere ao credor. ...
A hipoteca abrange todas as acessões, melhoramentos ou III - prestar fiança ou aval.
construções no imóvel e deve ser registrada no Cartório de Registro (...)
de Imóveis.
Podem ser objeto de hipoteca os imóveis, seus acessórios, as Fiança – código civil
estradas de ferro (linhas, estações, locomotivas e vagões), as minas (...)
e pedreiras, os navios e os aviões. Art. 818 Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfa-
zer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não
Alienação fiduciária a cumpra.
Pelo contrato de alienação fiduciária, o devedor transfere ao Art. 819 A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpreta-
credor a propriedade de uma coisa móvel ou imóvel, até que a dí- ção extensiva.
vida daquele seja inteiramente paga. O devedor é chamado fidu- Art. 820 Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consenti-
ciante e o credor denomina-se fiduciário. Uma vez completado o mento do devedor ou contra a sua vontade.
pagamento, a propriedade do bem alienado volta ao fiduciante. Art. 821 As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o
A alienação fiduciária de coisas móveis rege-se pelo Decreto- fiador, neste caso, não será demandado senão depois que se fizer
-Lei 911/1969. Até a entrada em vigor do novo Código Civil os con- certa e líquida a obrigação do principal devedor.
tratos de empréstimos com garantia de alienação fiduciária de coisa Art. 822 Não sendo limitada, a fiança compreenderá todos os
móvel só podiam ser pactuados entre instituições financeiras e o acessórios da dívida principal, inclusive as despesas judiciais, desde
financiado, pessoa física ou jurídica. A partir de da entrada em vigor a citação do fiador.
da Lei 9.514/97, passou a existir também a alienação fiduciária da Art. 823 A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação
coisa imóvel. principal e contraída em condições menos onerosas, e, quando ex-
ceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá
senão até ao limite da obrigação afiançada.
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Art. 824 As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, ex- II - se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação nos seus
ceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do de- direitos e preferências;
vedor. III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavel-
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo não mente do devedor objeto diverso do que este era obrigado a lhe dar,
abrange o caso de mútuo feito a menor. ainda que depois venha a perdê-lo por evicção*.
Art. 825 Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor Evicção: perda, parcial ou total, que sofre o adquirente duma
não pode ser obrigado a aceitá-lo se não for pessoa idônea, domi- coisa em consequência da reivindicação judicial promovida pelo
ciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e não possua verdadeiro dono ou possuidor.
bens suficientes para cumprir a obrigação. Art. 839 Se for invocado o benefício da excussão e o devedor,
Art. 826 Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o retardando-se a execução, cair em insolvência, ficará exonerado o
credor exigir que seja substituído. fiador que o invocou, se provar que os bens por ele indicados eram,
Art. 827 O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem ao tempo da penhora, suficientes para a solução da dívida afian-
direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro execu- çada.
tados os bens do devedor. (...)
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a Art. 1.647, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do ou-
que se refere este artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no tro, exceto no regime da separação absoluta:
mesmo município, livres e desembargados, quantos bastem para III - prestar fiança ou aval.
solver o débito. (...)
Art. 828 Não aproveita este benefício ao fiador:
I - se ele o renunciou expressamente; Penhor – código civil
II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário; (...)
III - se o devedor for insolvente, ou falido. Art. 1.431 Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da
Art. 829 A fiança conjuntamente prestada a um só débito por posse que, em garantia do débito ao credor ou a quem o represente,
mais de uma pessoa importa o compromisso de solidariedade entre faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de
elas, se declaradamente não se reservarem o benefício de divisão. alienação.
Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada fiador respon- Parágrafo único. No penhor rural, industrial, mercantil e de ve-
de unicamente pela parte que, em proporção, lhe couber no paga- ículos, as coisas empenhadas continuam em poder do devedor, que
mento. as deve guardar e conservar.
Art. 830 Cada fiador pode fixar no contrato a parte da dívida Art. 1.432 O instrumento do penhor deverá ser levado a regis-
que toma sob sua responsabilidade, caso em que não será por mais tro, por qualquer dos contratantes; o do penhor comum será regis-
obrigado. trado no Cartório de Títulos e Documentos.
Art. 831 O fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-ro- Art. 1.433 O credor pignoratício tem direito:
gado nos direitos do credor; mas só poderá demandar a cada um I - à posse da coisa empenhada;
dos outros fiadores pela respectiva quota. II - à retenção dela, até que o indenizem das despesas devida-
Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distribuir-se-á mente justificadas, que tiver feito, não sendo ocasionadas por culpa
pelos outros. sua;
Art. 832 O devedor responde também perante o fiador por to- III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido por vício
das as perdas e danos que este pagar, e pelos que sofrer em razão da coisa empenhada;
da fiança. IV - a promover a execução judicial, ou a venda amigável, se
Art. 833 O fiador tem direito aos juros do desembolso pela taxa lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe autorizar o devedor
estipulada na obrigação principal, e, não havendo taxa convencio- mediante procuração;
nada, aos juros legais da mora. V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se en-
Art. 834 Quando o credor, sem justa causa, demorar a execu- contra em seu poder;
ção iniciada contra o devedor, poderá o fiador promover-lhe o an- VI - a promover a venda antecipada, mediante prévia autori-
damento. zação judicial, sempre que haja receio fundado de que a coisa em-
Art. 835 O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assi- penhada se perca ou deteriore, devendo o preço ser depositado. O
nado sem limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando obri- dono da coisa empenhada pode impedir a venda antecipada, subs-
gado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias após a tituindo-a, ou oferecendo outra garantia real idônea.
notificação do credor. Art. 1.434 O credor não pode ser constrangido a devolver a
Art. 836 A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a res- coisa empenhada, ou uma parte dela, antes de ser integralmente
ponsabilidade da fiança se limita ao tempo decorrido até a morte pago, podendo o juiz, a requerimento do proprietário, determinar
do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança. que seja vendida apenas uma das coisas, ou parte da coisa empe-
Art. 837 O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe fo- nhada, suficiente para o pagamento do credor
rem pessoais, e as extintivas da obrigação que competem ao de- Art. 1.435 O credor pignoratício é obrigado:
vedor principal, se não provierem simplesmente de incapacidade I - à custódia da coisa, como depositário, e a ressarcir ao dono
pessoal, salvo o caso do mútuo feito a pessoa menor. a perda ou deterioração de que for culpado, podendo ser compen-
Art. 838 O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado: sada na dívida, até a concorrente quantia, a importância da respon-
I - se, sem consentimento seu, o credor conceder moratória ao sabilidade;
devedor;
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II - à defesa da posse da coisa empenhada e a dar ciência, ao Parágrafo único. Se o credor não financiar a nova safra, poderá
dono dela, das circunstâncias que tornarem necessário o exercício o devedor constituir com outrem novo penhor, em quantia máxima
de ação possessória; equivalente à do primeiro; o segundo penhor terá preferência sobre
III - a imputar o valor dos frutos, de que se apropriar (art. o primeiro, abrangendo este apenas o excesso apurado na colheita
1.433, inciso V) nas despesas de guarda e conservação, nos juros e seguinte.
no capital da obrigação garantida, sucessivamente; Art. 1.444 Podem ser objeto de penhor os animais que integram
IV - a restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, uma vez a atividade pastoril, agrícola ou de lacticínios.
paga a dívida; Art. 1.445 O devedor não poderá alienar os animais empenha-
V - a entregar o que sobeje do preço, quando a dívida for paga, dos sem prévio consentimento, por escrito, do credor.
no caso do inciso IV do art. 1.433. Parágrafo único. Quando o devedor pretende alienar o gado
Art. 1.436 Extingue-se o penhor: empenhado ou, por negligência, ameace prejudicar o credor, pode-
I - extinguindo-se a obrigação; rá este requerer se depositem os animais sob a guarda de terceiro,
II - perecendo a coisa; ou exigir que se lhe pague a dívida de imediato.
III - renunciando o credor; Art. 1.446 Os animais da mesma espécie, comprados para subs-
IV - confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor tituir os mortos, ficam sub-rogados no penhor.
e de dono da coisa; Parágrafo único. Presume-se a substituição prevista neste ar-
V - dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda da tigo, mas não terá eficácia contra terceiros, se não constar de men-
coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele autorizada. ção adicional ao respectivo contrato, a qual deverá ser averbada.
§ 1º Presume-se a renúncia do credor quando consentir na ven- Art. 1.447 Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos,
da particular do penhor sem reserva de preço, quando restituir a materiais, instrumentos, instalados e em funcionamento, com os
sua posse ao devedor, ou quando anuir à sua substituição por outra acessórios ou sem eles; animais, utilizados na indústria; sal e bens
garantia. destinados à exploração das salinas; produtos de suinocultura, ani-
§ 2º Operando-se a confusão tão-somente quanto a parte da mais destinados à industrialização de carnes e derivados; matérias-
dívida pignoratícia, subsistirá inteiro o penhor quanto ao resto. -primas e produtos industrializados.
Art. 1.437 Produz efeitos a extinção do penhor depois de aver- Parágrafo único. Regula-se pelas disposições relativas aos ar-
bado o cancelamento do registro, à vista da respectiva prova. mazéns gerais o penhor das mercadorias neles depositadas.
Art. 1.438 Constitui-se o penhor rural mediante instrumento Art. 1.448 Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil, me-
público ou particular, registrado no Cartório de Registro de Imóveis diante instrumento público ou particular, registrado no Cartório de
da circunscrição em que estiverem situadas as coisas empenhadas. Registro de Imóveis da circunscrição onde estiverem situadas as coi-
Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívida, que sas empenhadas.
garante com penhor rural, o devedor poderá emitir, em favor do Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívida, que
credor, cédula rural pignoratícia, na forma determinada em lei es- garante com penhor industrial ou mercantil, o devedor poderá emi-
pecial. tir, em favor do credor, cédula do respectivo crédito, na forma e para
Art. 1.439. O penhor agrícola e o penhor pecuário não podem os fins que a lei especial determinar.
ser convencionados por prazos superiores aos das obrigações ga- Art. 1.449 O devedor não pode, sem o consentimento por es-
rantidas. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013) crito do credor, alterar as coisas empenhadas ou mudar-lhes a situ-
§ 1º Embora vencidos os prazos, permanece a garantia, en- ação, nem delas dispor. O devedor que, anuindo o credor, alienar as
quanto subsistirem os bens que a constituem. coisas empenhadas, deverá repor outros bens da mesma natureza,
§ 2º A prorrogação deve ser averbada à margem do registro que ficarão sub-rogados no penhor.
respectivo, mediante requerimento do credor e do devedor. Art. 1.450 Tem o credor direito a verificar o estado das coisas
Art. 1.440 Se o prédio estiver hipotecado, o penhor rural pode- empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, por si ou por pes-
rá constituir-se independentemente da anuência do credor hipote- soa que credenciar.
cário, mas não lhe prejudica o direito de preferência, nem restringe (...)
a extensão da hipoteca, ao ser executada.
Art. 1.441 Tem o credor direito a verificar o estado das coisas Hipoteca – código civil
empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, por si ou por pes- (...)
soa que credenciar. Art. 1.473 Podem ser objeto de hipoteca:
Art. 1.442 Podem ser objeto de penhor: I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com
I - máquinas e instrumentos de agricultura; eles;
II - colheitas pendentes, ou em via de formação; II - o domínio direto (diz respeito ao direito de dispor do imó-
III - frutos acondicionados ou armazenados; vel);
IV - lenha cortada e carvão vegetal; III - o domínio útil (diz respeito ao direito de utilizar ou usufruir
V - animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola. do imóvel);
Art. 1.443 O penhor agrícola que recai sobre colheita pendente, IV - as estradas de ferro;
ou em via de formação, abrange a imediatamente seguinte, no caso V - os recursos naturais (as jazidas, minas e demais recursos
de frustrar-se ou ser insuficiente a que se deu em garantia. minerais) independentemente do solo onde se acham;
VI - os navios;
VII - as aeronaves.
VIII - o direito de uso especial para fins de moradia;
IX - o direito real de uso;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
X - a propriedade superficiária (o domínio da construção ou da Art. 1.494 Não se registrarão no mesmo dia duas hipotecas, ou
plantação separado do solo). uma hipoteca e outro direito real, sobre o mesmo imóvel, em favor
Art. 1.474 A hipoteca abrange todas as acessões, melhoramen- de pessoas diversas, salvo se as escrituras, do mesmo dia, indicarem
tos ou construções do imóvel. Subsistem os ônus reais constituídos e a hora em que foram lavradas.
registrados, anteriormente à hipoteca, sobre o mesmo imóvel. Art. 1.495 Quando se apresentar ao oficial do registro título de
Art. 1.475 É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar hipoteca que mencione a constituição de anterior, não registrada,
imóvel hipotecado. sobrestará ele na inscrição da nova, depois de a prenotar, até trinta
Art. 1.476 O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra dias, aguardando que o interessado inscreva a precedente; esgota-
hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do mesmo ou de do o prazo, sem que se requeira a inscrição desta, a hipoteca ulte-
outro credor. rior será registrada e obterá preferência.
Art. 1.477 Salvo o caso de insolvência do devedor, o credor da Art. 1.497 As hipotecas legais, de qualquer natureza, deverão
segunda hipoteca, embora vencida, não poderá executar o imóvel ser registradas e especializadas.
antes de vencida a primeira. Art. 1.498 Vale o registro da hipoteca, enquanto a obrigação
Parágrafo único. Não se considera insolvente o devedor por perdurar; mas a especialização, em completando vinte anos, deve
faltar ao pagamento das obrigações garantidas por hipotecas pos- ser renovada.
teriores à primeira. Art. 1.499 A hipoteca extingue-se:
Art. 1.478. Se o devedor da obrigação garantida pela primeira I - pela extinção da obrigação principal;
hipoteca não se oferecer, no vencimento, para pagá-la, o credor da II - pelo perecimento da coisa;
segunda pode promover-lhe a extinção, consignando a importância III - pela resolução da propriedade;
e citando o primeiro credor para recebê-la e o devedor para pagá- IV - pela renúncia do credor;
-la; se este não pagar, o segundo credor, efetuando o pagamento, se V - pela remição;
sub-rogará nos direitos da hipoteca anterior, sem prejuízo dos que VI - pela arrematação ou adjudicação.
lhe competirem contra o devedor comum. Art. 1.500 Extingue-se ainda a hipoteca com a averbação, no
Parágrafo único. Se o primeiro credor estiver promovendo a Registro de Imóveis, do cancelamento do registro, à vista da res-
execução da hipoteca, o credor da segunda depositará a importân- pectiva prova.
cia do débito e as despesas judiciais. (...)
Art. 1.479 O adquirente do imóvel hipotecado, desde que não
se tenha obrigado pessoalmente a pagar as dívidas aos credores Alienação fiduciária de bens móveis -
hipotecários, poderá exonerar-se da hipoteca, abandonando-lhes o
imóvel. DECRETO-LEI Nº 911, DE 1º DE OUTUBRO DE 196934
Art. 1.485 Mediante simples averbação, requerida por ambas
as partes, poderá prorrogar-se a hipoteca, até 30 (trinta) anos da Altera a redação do art. 66, da Lei nº 4.728, de 14 de julho de
data do contrato. Desde que perfaça esse prazo, só poderá subsis- 1965, estabelece normas de processo sôbre alienação fiduciária e
tir o contrato de hipoteca reconstituindo-se por novo título e novo dá outras providências.
registro; e, nesse caso, lhe será mantida a precedência, que então
lhe competir. Art 1º A alienação fiduciária em garantia transfere ao credor
Art. 1.486 Podem o credor e o devedor, no ato constitutivo da o domínio resolúvel e a posse indireta da coisa móvel alienada, in-
hipoteca, autorizar a emissão da correspondente cédula hipotecá- dependentemente da tradição efetiva do bem, tornando-se o alie-
ria, na forma e para os fins previstos em lei especial. nante ou devedor em possuidor direto e depositário com todas as
Art. 1.487 A hipoteca pode ser constituída para garantia de dí- responsabilidades e encargos que lhe incumbem de acordo com a
vida futura ou condicionada, desde que determinado o valor máxi- lei civil e penal.
mo do crédito a ser garantido. § 1º A alienação fiduciária somente se prova por escrito e seu
§ 1º Nos casos deste artigo, a execução da hipoteca dependerá instrumento, público ou particular, qualquer que seja o seu valor,
de prévia e expressa concordância do devedor quanto à verificação será obrigatoriamente arquivado, por cópia ou microfilme, no Re-
da condição, ou ao montante da dívida. gistro de Títulos e Documentos do domicílio do credor, sob pena de
§ 2º Havendo divergência entre o credor e o devedor, caberá não valer contra terceiros, e conterá, além de outros dados, os se-
àquele fazer prova de seu crédito. Reconhecido este, o devedor res- guintes:
ponderá, inclusive, por perdas e danos, em razão da superveniente a) o total da dívida ou sua estimativa;
desvalorização do imóvel. b) o local e a data do pagamento;
Art. 1.492 As hipotecas serão registradas no cartório do lugar c) a taxa de juros, as comissões cuja cobrança for permitida e,
do imóvel, ou no de cada um deles, se o título se referir a mais de eventualmente, a cláusula penal e a estipulação de correção mone-
um. tária, com indicação dos índices aplicáveis;
Parágrafo único. Compete aos interessados, exibido o título, d) a descrição do bem objeto da alienação fiduciária e os ele-
requerer o registro da hipoteca. mentos indispensáveis à sua identificação.
Art. 1.493 Os registros e averbações seguirão a ordem em que
forem requeridas, verificando-se ela pela da sua numeração suces-
siva no protocolo.
Parágrafo único. O número de ordem determina a prioridade,
e esta a preferência entre as hipotecas. 34 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del0911Compilado.
htm. Acessado em 04.01.2022
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§ 2º Se, na data do instrumento de alienação fiduciária, o deve- Art. 3º O proprietário fiduciário ou credor poderá, desde que
dor ainda não for proprietário da coisa objeto do contrato, o domí- comprovada a mora, na forma estabelecida pelo § 2º do art. 2º, ou
nio fiduciário desta se transferirá ao credor no momento da aquisi- o inadimplemento, requerer contra o devedor ou terceiro a busca e
ção da propriedade pelo devedor, independentemente de qualquer apreensão do bem alienado fiduciariamente, a qual será concedida
formalidade posterior. liminarmente, podendo ser apreciada em plantão judiciário. (Reda-
§ 3º Se a coisa alienada em garantia não se identifica por nú- ção dada pela Lei nº 13.043, de 2014)
meros, marcas e sinais indicados no instrumento de alienação fi- § 1º Cinco dias após executada a liminar mencionada no caput,
duciária, cabe ao proprietário fiduciário o ônus da prova, contra consolidar-se-ão a propriedade e a posse plena e exclusiva do bem
terceiros, da identidade dos bens do seu domínio que se encontram no patrimônio do credor fiduciário, cabendo às repartições compe-
em poder do devedor. tentes, quando for o caso, expedir novo certificado de registro de
§ 4º No caso de inadimplemento da obrigação garantida, o pro- propriedade em nome do credor, ou de terceiro por ele indicado,
prietário fiduciário pode vender a coisa a terceiros e aplicar preço livre do ônus da propriedade fiduciária.
da venda no pagamento do seu crédito e das despesas decorrentes § 2º No prazo do § 1º o devedor fiduciante poderá pagar a in-
da cobrança, entregando ao devedor o saldo porventura apurado, tegralidade da dívida pendente, segundo os valores apresentados
se houver. pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe será
§ 5º Se o preço da venda da coisa não bastar para pagar o cré- restituído livre do ônus.
dito do proprietário fiduciário e despesas, na forma do parágrafo § 3º O devedor fiduciante apresentará resposta no prazo de
anterior, o devedor continuará pessoalmente obrigado a pagar o quinze dias da execução da liminar.
saldo devedor apurado. § 4º A resposta poderá ser apresentada ainda que o devedor
§ 6º É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a tenha se utilizado da faculdade do § 2º, caso entenda ter havido
ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga no pagamento a maior e desejar restituição.
seu vencimento. § 5º Da sentença cabe apelação apenas no efeito devolutivo.
§ 7º Aplica-se à alienação fiduciária em garantia o disposto nos § 6º Na sentença que decretar a improcedência da ação de bus-
artigos 758, 762, 763 e 802 do Código Civil, no que couber. ca e apreensão, o juiz condenará o credor fiduciário ao pagamento
§ 8º O devedor que alienar, ou der em garantia a terceiros, de multa, em favor do devedor fiduciante, equivalente a cinquenta
coisa que já alienara fiduciariamente em garantia, ficará sujeito à por cento do valor originalmente financiado, devidamente atualiza-
pena prevista no art. 171, § 2º, inciso I, do Código Penal. do, caso o bem já tenha sido alienado.
§ 9º Não se aplica à alienação fiduciária o disposto no artigo § 7º A multa mencionada no § 6º não exclui a responsabilidade
1279 do Código Civil. do credor fiduciário por perdas e danos.
§ 10. A alienação fiduciária em garantia do veículo automotor § 8º A busca e apreensão prevista no presente artigo consti-
deverá, para fins probatórios, constar do certificado de Registro, a tui processo autônomo e independente de qualquer procedimento
que se refere o artigo 52 do Código Nacional de Trânsito. posterior.
§ 9º Ao decretar a busca e apreensão de veículo, o juiz, caso
Art. 2º No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações tenha acesso à base de dados do Registro Nacional de Veículos Au-
contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, o proprietá- tomotores - RENAVAM, inserirá diretamente a restrição judicial na
rio fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, indepen- base de dados do Renavam, bem como retirará tal restrição após a
dentemente de leilão, hasta pública, avaliação prévia ou qualquer apreensão. (Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014)
outra medida judicial ou extrajudicial, salvo disposição expressa em § 10. Caso o juiz não tenha acesso à base de dados prevista no
contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no § 9º, deverá oficiar ao departamento de trânsito competente para
pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar que: (Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014)
ao devedor o saldo apurado, se houver, com a devida prestação de I - registre o gravame referente à decretação da busca e apre-
contas. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014) ensão do veículo; e (Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014)
§ 1º O crédito a que se refere o presente artigo abrange o prin- II - retire o gravame após a apreensão do veículo. (Incluído pela
cipal, juros e comissões, além das taxas, cláusula penal e correção Lei nº 13.043, de 2014)
monetária, quando expressamente convencionados pelas partes. § 11. O juiz também determinará a inserção do mandado a que
§ 2º A mora decorrerá do simples vencimento do prazo para se refere o § 9o em banco próprio de mandados. (Incluído pela Lei
pagamento e poderá ser comprovada por carta registrada com avi- nº 13.043, de 2014)
so de recebimento, não se exigindo que a assinatura constante do § 12. A parte interessada poderá requerer diretamente ao juízo
referido aviso seja a do próprio destinatário. (Redação dada pela Lei da comarca onde foi localizado o veículo com vistas à sua apreen-
nº 13.043, de 2014) são, sempre que o bem estiver em comarca distinta daquela da tra-
§ 3º A mora e o inadimplemento de obrigações contratuais ga- mitação da ação, bastando que em tal requerimento conste a cópia
rantidas por alienação fiduciária, ou a ocorrência legal ou conven- da petição inicial da ação e, quando for o caso, a cópia do despacho
cional de algum dos casos de antecipação de vencimento da dívida que concedeu a busca e apreensão do veículo. (Incluído pela Lei nº
facultarão ao credor considerar, de pleno direito, vencidas todas as 13.043, de 2014)
obrigações contratuais, independentemente de aviso ou notificação § 13. A apreensão do veículo será imediatamente comunicada
judicial ou extrajudicial. ao juízo, que intimará a instituição financeira para retirar o veículo
§ 4º Os procedimentos previstos no caput e no seu § 2º apli- do local depositado no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas.
cam-se às operações de arrendamento mercantil previstas na forma (Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014)
da Lei nº 6.099, de 12 de setembro de 1974. (Incluído pela Lei nº
13.043, de 2014)
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§ 14. O devedor, por ocasião do cumprimento do mandado de IV - a cláusula de constituição da propriedade fiduciária, com a
busca e apreensão, deverá entregar o bem e seus respectivos docu- descrição do imóvel objeto da alienação fiduciária e a indicação do
mentos. (Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014) título e modo de aquisição;
§ 15. As disposições deste artigo aplicam-se no caso de reinte- V - a cláusula que assegure ao fiduciante a livre utilização, por
gração de posse de veículos referente às operações de arrendamen- sua conta e risco, do imóvel objeto da alienação fiduciária, exceto a
to mercantil previstas na Lei nº 6.099, de 12 de setembro de 1974. hipótese de inadimplência; (Redação dada pela Lei nº 14.711, de
(Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014) 2023)VI - a indicação, para efeito de venda em público leilão, do
valor do imóvel e dos critérios para a respectiva revisão;
Art. 4º Se o bem alienado fiduciariamente não for encontrado VI - a indicação, para efeito de venda em público leilão, do valor
ou não se achar na posse do devedor, o credor poderá requerer a do imóvel e dos critérios para a respectiva revisão;
conversão do pedido de busca e apreensão, nos mesmos autos, em VII - a cláusula que disponha sobre os procedimentos de que
ação de depósito, na forma prevista no Capítulo II, do Título I, do tratam os arts. 26-A, 27 e 27-A desta Lei. (Redação dada pela Lei
Livro IV, do Código de Processo Civil. nº 14.711, de 2023)
Parágrafo único (Revogado pela Medida Provisória nº 1.162,
Art. 5º Se o credor preferir recorrer à ação executiva, direta ou de 2023)
a convertida na forma do art. 4º, ou, se for o caso ao executivo fis- § 1º Caso o valor do imóvel convencionado pelas partes nos
cal, serão penhorados, a critério do autor da ação, bens do devedor termos do inciso VI do caput seja inferior ao utilizado pelo órgão
quantos bastem para assegurar a execução. (Redação dada pela Lei competente como base de cálculo para a apuração do imposto so-
nº 13.043, de 2014) bre transmissão inter vivos, exigível por força da consolidação da
propriedade em nome do credor fiduciário, este último será o valor
(...) mínimo para efeito de venda do imóvel no primeiro leilão. (Incluído
Art. 7º-A. Não será aceito bloqueio judicial de bens constituídos pela Medida Provisória nº 1.162, de 2023)
por alienação fiduciária nos termos deste Decreto-Lei, sendo que, § 2º Nos contratos firmados com cláusula de alienação fiduci-
qualquer discussão sobre concursos de preferências deverá ser re- ária em garantia, caberá ao fiduciante a obrigação de arcar com o
solvida pelo valor da venda do bem, nos termos do art. 2º. (Incluído custo do pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Terri-
pela Lei nº 13.043, de 2014) torial Urbana - IPTU incidente sobre o bem e das taxas condominiais
existentes. (Incluído pela Medida Provisória nº 1.162, de 2023)
LEI Nº 9.514, DE 20 DE NOVEMBRO DE 199735 Art. 25º Com o pagamento da dívida e seus encargos resolve-
-se, nos termos deste artigo, a propriedade fiduciária do imóvel.
Dispõe sobre o Sistema de Financiamento Imobiliário, institui a § 1º No prazo de 30 (trinta) dias, contado da data de liquidação
alienação fiduciária de coisa imóvel e dá outras providências. da dívida, o fiduciário fornecerá o termo de quitação ao devedor
(...) e, se for o caso, ao terceiro fiduciante. (Redação dada pela Lei nº
Art. 22. A alienação fiduciária regulada por esta Lei é o negócio 14.711, de 2023)
jurídico pelo qual o fiduciante, com o escopo de garantia de obriga- § 1º-A O não fornecimento do termo de quitação no prazo pre-
ção própria ou de terceiro, contrata a transferência ao credor, ou visto no § 1º deste artigo acarretará multa ao fiduciário equivalente
fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel. (Redação dada a 0,5% (meio por cento) ao mês, ou fração, sobre o valor do con-
pela Lei nº 14.711, de 2023) trato, que se reverterá em favor daquele a quem o termo não tiver
sido disponibilizado no referido prazo. (Incluído pela Lei nº 14.711,
Art. 23º Constitui-se a propriedade fiduciária de coisa imóvel de 2023)
mediante registro, no competente Registro de Imóveis, do contrato § 2º À vista do termo de quitação de que trata o parágrafo an-
que lhe serve de título. terior, o oficial do competente Registro de Imóveis efetuará o cance-
§ 1º Parágrafo único. Com a constituição da propriedade fidu- lamento do registro da propriedade fiduciária.
ciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o fiduciante Art. 26. Vencida e não paga a dívida, no todo ou em parte, e
possuidor direto e o fiduciário possuidor indireto da coisa imóvel. constituídos em mora o devedor e, se for o caso, o terceiro fidu-
(Incluído pela Lei nº 14.620, de 2023) ciante, será consolidada, nos termos deste artigo, a propriedade do
imóvel em nome do fiduciário. (Redação dada pela Lei nº 14.711,
§ 2º Caberá ao fiduciante a obrigação de arcar com o custo de 2023)
do pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial § 1º Para fins do disposto neste artigo, o devedor e, se for o
Urbana (IPTU) incidente sobre o bem e das taxas condominiais exis- caso, o terceiro fiduciante serão intimados, a requerimento do fidu-
tentes. (Incluído pela Lei nº 14.620, de 2023) ciário, pelo oficial do registro de imóveis competente, a satisfazer,
Art. 24º O contrato que serve de título ao negócio fiduciário no prazo de 15 (quinze) dias, a prestação vencida e aquelas que
conterá: vencerem até a data do pagamento, os juros convencionais, as pe-
I - o valor da dívida, sua estimação ou seu valor máximo; (Re- nalidades e os demais encargos contratuais, os encargos legais,
dação dada pela Lei nº 14.711, de 2023) inclusive os tributos, as contribuições condominiais imputáveis ao
II - o prazo e as condições de reposição do empréstimo ou do imóvel e as despesas de cobrança e de intimação. (Redação dada
crédito do fiduciário; pela Lei nº 14.711, de 2023)
III - a taxa de juros e os encargos incidentes; § 1º-A Na hipótese de haver imóveis localizados em mais de
uma circunscrição imobiliária em garantia da mesma dívida, a inti-
mação para purgação da mora poderá ser requerida a qualquer um
35 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9514.htm. Acessado em 04.01.2022 dos registradores competentes e, uma vez realizada, importa em
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cumprimento do requisito de intimação em todos os procedimentos nos termos dos arts. 26-A, 27 e 27-A desta Lei, conforme o caso,
de excussão, desde que informe a totalidade da dívida e dos imó- hipótese em que a intimação poderá ser promovida por solicitação
veis passíveis de consolidação de propriedade. (Incluído pela Lei nº do oficial do registro de imóveis, por oficial de registro de títulos e
14.711, de 2023) documentos da comarca da situação do imóvel ou do domicílio de
§ 2º O contrato poderá estabelecer o prazo de carência, após o quem deva recebê-la, ou pelo correio, com aviso de recebimento,
qual será expedida a intimação. (Redação dada pela Lei nº 14.711, situação em que se aplica, no que couber, o disposto no art. 160 da
de 2023) Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros Públicos).
§ 2º-A Quando não for estabelecido o prazo de carência no con- (Redação dada pela Lei nº 14.711, de 2023)
trato de que trata o § 2º deste artigo, este será de 15 (quinze) dias. § 3o-A. Quando, por duas vezes, o oficial de registro de imó-
(Incluído pela Lei nº 14.711, de 2023) veis ou de registro de títulos e documentos ou o serventuário por
eles credenciado houver procurado o intimando em seu domicílio
Art. 27º Uma vez consolidada a propriedade em seu nome, o ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita motivada
fiduciário, no prazo de trinta dias, contados da data do registro de de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta,
que trata o § 7º do artigo anterior, promoverá público leilão para a qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, retornará ao imóvel, a
alienação do imóvel. fim de efetuar a intimação, na hora que designar, aplicando-se sub-
§ 1º Se, no primeiro público leilão, o maior lance oferecido for sidiariamente o disposto nos arts. 252, 253 e 254 da Lei no 13.105,
inferior ao valor do imóvel, estipulado na forma do inciso VI do art. de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Incluído pela
24, será realizado o segundo leilão, nos quinze dias seguintes. Lei nº 13.465, de 2017)
§ 2º No segundo leilão será aceito o maior lance oferecido § 3o-B. Nos condomínios edilícios ou outras espécies de conjun-
desde que igual ou superior ao valor da dívida, das despesas, dos tos imobiliários com controle de acesso, a intimação de que trata o
prêmios de seguro, dos encargos legais, inclusive tributos, e das § 3o-A poderá ser feita ao funcionário da portaria responsável pelo
contribuições condominiais. recebimento de correspondência. (Incluído pela Lei nº 13.465, de
§ 3º Para os fins do disposto neste artigo, entende-se por: 2017)
I - dívida: o saldo devedor da operação de alienação fiduciária, § 4º Quando o devedor ou, se for o caso, o terceiro fiduciante,
na data do leilão, nele incluídos os juros convencionais, as penalida- o cessionário, o representante legal ou o procurador regularmente
des e os demais encargos contratuais; constituído encontrar-se em local ignorado, incerto ou inacessível, o
II - despesas: a soma das importâncias correspondentes aos fato será certificado pelo serventuário encarregado da diligência e
encargos e custas de intimação e as necessárias à realização do informado ao oficial de registro de imóveis, que, à vista da certidão,
público leilão, nestas compreendidas as relativas aos anúncios e à promoverá a intimação por edital publicado pelo período mínimo
comissão do leiloeiro. de 3 (três) dias em jornal de maior circulação local ou em jornal de
comarca de fácil acesso, se o local não dispuser de imprensa diária,
§ 4º Nos cinco dias que se seguirem à venda do imóvel no leilão, contado o prazo para purgação da mora da data da última publica-
o credor entregará ao devedor a importância que sobejar, conside- ção do edital. (Redação dada pela Lei nº 14.711, de 2023)
rando-se nela compreendido o valor da indenização de benfeitorias,
depois de deduzidos os valores da dívida e das despesas e encargos § 4º-A É responsabilidade do devedor e, se for o caso, do tercei-
de que tratam os §§ 2º e 3º, fato esse que importará em recíproca ro fiduciante informar ao credor fiduciário sobre a alteração de seu
quitação, não se aplicando o disposto na parte final do art. 516 do domicílio. (Incluído pela Lei nº 14.711, de 2023)
Código Civil.
§ 5º Se, no segundo leilão, o maior lance oferecido não for igual § 4º-B Presume-se que o devedor e, se for o caso, o terceiro
ou superior ao valor referido no § 2º, considerar-se-á extinta a dívi- fiduciante encontram-se em lugar ignorado quando não forem en-
da e exonerado o credor da obrigação de que trata o § 4º. contrados no local do imóvel dado em garantia nem no endereço
§ 6º Na hipótese de que trata o parágrafo anterior, o credor, que tenham fornecido por último, observado que, na hipótese de o
no prazo de cinco dias a contar da data do segundo leilão, dará ao devedor ter fornecido contato eletrônico no contrato, é imprescin-
devedor quitação da dívida, mediante termo próprio. dível o envio da intimação por essa via com, no mínimo, 15 (quinze)
§ 7º Se o imóvel estiver locado, a locação poderá ser denun- dias de antecedência da realização de intimação edilícia. (Incluído
ciada com o prazo de trinta dias para desocupação, salvo se tiver pela Lei nº 14.711, de 2023)
havido aquiescência por escrito do fiduciário, devendo a denúncia § 4º-C Para fins do disposto no § 4º deste artigo, considera-se
ser realizada no prazo de noventa dias a contar da data da consoli- lugar inacessível: (Incluído pela Lei nº 14.711, de 2023)
dação da propriedade no fiduciário, devendo essa condição constar I - aquele em que o funcionário responsável pelo recebimento
expressamente em cláusula contratual específica, destacando-se de correspondência se recuse a atender a pessoa encarregada pela
das demais por sua apresentação gráfica. intimação; ou (Incluído pela Lei nº 14.711, de 2023)
§ 8º Responde o fiduciante pelo pagamento dos impostos, ta- II - aquele em que não haja funcionário responsável pelo recebi-
xas, contribuições condominiais e quaisquer outros encargos que mento de correspondência para atender a pessoa encarregada pela
recaiam ou venham a recair sobre o imóvel, cuja posse tenha sido intimação. (Incluído pela Lei nº 14.711, de 2023)
transferida para o fiduciário, nos termos deste artigo, até a data em § 5º Purgada a mora no Registro de Imóveis, convalescerá o
que o fiduciário vier a ser imitido na posse. contrato de alienação fiduciária.
§ 3º A intimação será feita pessoalmente ao devedor e, se for o § 6º O oficial do Registro de Imóveis, nos três dias seguintes à
caso, ao terceiro fiduciante, que por esse ato serão cientificados de purgação da mora, entregará ao fiduciário as importâncias recebi-
que, se a mora não for purgada no prazo legal, a propriedade será das, deduzidas as despesas de cobrança e de intimação.
consolidada no patrimônio do credor e o imóvel será levado a leilão
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O saque, portanto, é o ato de criação, ou seja, da emissão da - endossante ou endossador: quem garante o pagamento do
letra de câmbio. Após esse ato, o tomador pode procurar o sacado título transferido por endosso;
para receber do mesmo a quantia devida. Sendo que não tem por - endossatário ou adquirente: quem recebe por meio dessa
única função emitir o título, mas também visa vincular o sacador transferência a letra de câmbio.
ao pagamento da letra de câmbio, assim sendo, caso o sacado não
pague a dívida ao tomador, este último poderá cobrá-la do próprio O endosso responsabiliza solidariamente o endossante ao
sacador, que é o próprio devedor do título. pagamento do crédito descrito na cártula caso o sacado e sacador
não efetuem o pagamento. Portanto, se o devedor entregar a seu
b) Aceite: É por meio deste que o sacado se compromete ao credor um título, por mera tradição e sem endosso, não estará vin-
pagamento do título ao beneficiário, na data do vencimento. Para culado ao pagamento deste crédito caso as outras partes se tornem
que seja válido este aceite deverá conter o nome e assinatura do inadimplentes.
aceitante. Importante frisar que, se este aceite se der no verso do
título, deverá acompanhar a palavra “aceito” ou “aceitamos”, para Poderá o endosso se apresentar:
que não se confunda com endosso; mas se no anverso do título, - em preto: quando na própria letra traz a indicação do endos-
bastará a assinatura do aceitante. satário do crédito. Também conhecido por endosso nominal.
O sacado/aceitante deverá ser civilmente capaz e não poderá - em branco: quando apenas constar a assinatura do endossan-
ser falido. Se este vier a falecer poderá o inventariante proceder o te, sem qualquer indicação de quem seja o endossatário. Deverá
aceite em nome dos sucessores daquele. este ser feito sempre no verso do título e se tornará um título ao
Havendo endossantes neste título, deverão estes responder portador.
como devedores cambiários solidários e, assim sendo, deverão pa-
gar o que estabelece o título ao beneficiário, caso o sacado não o Classificações doutrinárias de endosso:
aceite. O aceite é irretratável, ou seja, desde que produzido o saca- - Endosso próprio: transfere ao endossatário não só a titulari-
do não poderá se eximir do pagamento da letra. dade do crédito como também o exercício de seus direitos.
- Endosso impróprio: difere do anterior uma vez que não trans-
Prazo de respiro: é o prazo de um dia dado em virtude da pri- fere a titularidade do crédito, mas tão somente o exercício de seus
meira apresentação do título para aceite do sacado. De acordo com direitos. Este se subdivide em:
o art. 24, do anexo I, da Lei Uniforme da Letra de Câmbio: “o sacado - Endosso-mandato ou endosso-procuração: permite que o
pode pedir que a letra lhe seja apresentada uma segunda vez no dia endossatário aja como representante do endossante, podendo
seguinte ao da primeira apresentação”. exercer os direitos inerentes ao título.
As letras com data certa para vencimento ou à vista dispensam - Endosso-caução ou pignoratício: figura como mera garantia
a apresentação para aceite, porque vencem no momento em que ao endossatário de uma dívida do endossante para com ele. Deve
são apresentadas, devendo ser feita em 1 (um) ano. sempre conter a cláusula: “valor em garantia” ou “valor em pe-
Será considerada a falta de aceite quando o sacado não for en- nhor”. Tendo, portanto, o endossante cumprido a obrigação para a
contrado, estiver muito enfermo, não podendo, ao menos, expres- qual se destinou a garantia, poderá rever o título de crédito.
sar-se, ou quando nega o aceite ao título expressamente. Diante
da recusa do aceite, o beneficiário deverá, a fim de receber o valor d) Cessão Civil: é a transferência de um título de crédito por
representado pelo título, protestá-lo no primeiro dia útil seguinte, meio diverso ao do endosso.
já que esta recusa acarreta o vencimento antecipado do título. Po-
dendo o tomador perder o direito, se não protestar neste prazo, de
Diferenças de Endosso e Cessão Civil:
acionar os demais coobrigados cambiários. Sendo assim, verifica-se
- Endosso: ato unilateral que só será admitido mediante assina-
que o protesto pressupõe a ausência do aceite.
tura e declaração contidas no título. Confere direitos autôno-
O aceite deverá ser puro e simples, não podendo ser condicio-
mos ao endossatário (direitos novos) e não poderá ser parcial.
nado, e poderá ser limitado de acordo com que o aceitante se obri-
- Cessão Civil: ato bilateral, por meio de um negócio jurídico;
gar nos termos do mesmo. A lei permite que o sacador estabeleça
pode ser feita da mesma forma que qualquer outro contrato;
uma cláusula de proibição de aceitação do aceite, tornando a letra
confere os direitos derivados de quem o cedeu e poderá ser
inaceitável. Com isso, deverá o beneficiário esperar até a data do
parcial.
vencimento do título para apresentá-lo ao sacado, que só então, se
recusá-lo, poderá voltar-se ao sacador. Se, entretanto, antes da data
e) Aval: Disciplina o art. 30 da Lei Uniforme da Letra de Câm-
do vencimento o sacado aceitar o título, ele será válido.
bio, “o pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de
Essa cláusula não será permitida quando a letra for sacada a
pagar soma determinada, pode ser garantido por aval”. Com isso,
certo termo da vista, pois quando isso ocorre o prazo do vencimen-
estabelece-se que aval é a garantia cambial, pela qual terceiro (ava-
to só corre a partir da data do aceite.
lista) firma para com o avalizado, se responsabilizando pelo cumpri-
mento do pagamento do título, se este último não o fizer.
c) Endosso: É a forma pela qual se transfere o direito de receber
o valor que consta no título através da tradição da própria cártula.
Poderá o aval se apresentar:
De acordo com o art. 893 do Código Civil: “a transferência do
- em preto: indica o avalizado nominalmente;
título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes”
- em branco: não indica expressamente o avalizado, conside-
e, por assim dizer, entende-se que não só a propriedade da letra
rando, por conseguinte, o sacador como o mesmo.
que se transfere, como também a garantia de seu adimplemento.
Figuram dois sujeitos no endosso:
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
É permitido o aval parcial ou limitado, segundo o art. 30 da Lei soa (sacado) o pagamento de uma soma, a nota promissória é uma
Uniforme. promessa de pagamento feita pelo próprio devedor que se obriga,
dentro de certo prazo, ao pagamento de uma soma pré-fixada. Pas-
O aval difere da fiança pelo fato desta última se caracterizar em sa a ser um título de crédito desde a sua emissão feita pelo devedor
contratos cíveis e não sob títulos de crédito, como a primeira. e o seu possuidor ou portador poderá, logo após o vencimento, não
Conceitua-se a fiança como um contrato acessório pelo qual a sendo paga, propor ação executiva para recebê-la.
pessoa garante ao credor satisfazer a obrigação assumida pelo de- Por se tratar de um título autônomo que independe da inda-
vedor caso este não a cumpra, ao passo que a obrigação do avalista gação da causa que motivou a obrigação. “Nota promissória regu-
é autônoma, independente da do avalizado. A fiança produz mais larmente emitida e avalizada, mesmo originária de um contrato
efeitos que o aval, uma vez que a posição do fiador adquire carac- particular, - decidiu o Tribunal - pode circular. Uma vez endossada,
terísticas de principal. representa dívida autônoma, com causa legítima” (in RT 659/150).
Por fim, cumpre ressaltar que a lei concede ao fiador o benefí- Em conclusão: nota promissória é uma promessa direta que o
cio de ordem, benefício este inexistente para o avalista. devedor faz ao credor, pois ela é emitida pelo devedor. Já a letra de
câmbio é emitida por uma pessoa que dá uma ordem ao seu deve-
4. Exigibilidade do Título de Crédito dor (sacado) para pagar certa quantia a um terceiro. Quando a nota
promissória é emitida, intervêm, necessariamente, duas pessoas:
a) Vencimento o emitente que é o devedor, e o beneficiário, que é o credor. Além
O vencimento do título ocorrerá, ordinariamente, com o térmi- delas, podem aparecer outras pessoas, como o “avalista”, que se
no normal do prazo, sob as seguintes formas elencadas pelo art. 6° obriga com o emitente, solidariamente, ao pagamento do título e o
do Decreto. 2.044/1908: “endossatário”, ou terceiro, em cujas mãos passa o título quando o
a) à vista; credor o aliena.
b) a dia certo;
c) a tempo certo da data; São requisitos essenciais da nota promissória:
d) a tempo certo da vista. 1. a denominação nota promissória;
2. a importância por extenso a ser paga;
Ou, também, extraordinariamente, quando se dá pela interrup- 3. o nome da pessoa a quem deve ser paga;
ção do prazo por fato imprevisto e anormal, elencados no art. 19 da 4. a assinatura de próprio punho do emitente (devedor) ou do
mesma norma em questão. mandatário especial. “Se a cambial foi emitida por procuração, ob-
a) falta ou recusa de aceite; servados os poderes outorgados, é considerada válida (Súmula 6
b) falência do aceitante. deste Tribunal)” (in RT 652/151).
Esses requisitos devem ser lançados por extenso no seu con-
b) Pagamento texto, como acontece com a letra de câmbio; a assinatura do deve-
É através do pagamento que se tem por extinta uma, algumas dor deve ficar do lado direito e no final; o nome do credor deve apa-
ou todas as obrigações declaradas no título de crédito. Pode-se di- recer logo após a expressão “nota promissória” situada no centro
zer, com isso, que o pagamento pode extinguir: do título. A nota promissória não pode ser emitida ao portador. Um
- algumas obrigações: se o pagamento é efetuado pelo coobri- de seus requisitos essenciais é que ela contenha o nome do credor.
gado ou pelo avalista do aceitante, extingue-se a própria obrigação “A nota promissória ao portador não constitui, per se, título de dívi-
de quem pagou e também a dos posteriores coobrigados; da líquida e certa - decidiu certa vez o Tribunal - podendo, quando
- todas obrigações: se o pagamento é realizado pelo aceitante muito, auxiliar a prova da obrigação assumida pelo signatário para
do título. com o autor, cobrável pela via ordinária, e não pela executiva” (in
RT 598/213).
c) Protesto Atualmente, a ação própria para a cobrança via ordinária é a
É a prova literal de que o título foi apresentado a aceite ou a “ação monitória”. Entretanto, nada impede que se emita a nota pro-
pagamento e que nenhuma dessas providências foram atendidas, missória em branco, que poderá circular livremente. Somente no
pelo sacado ou aceitante. momento de ser apresentada em juízo, ou no Cartório de Protesto
O protesto será levado a efeito por: deve ser colocado o nome do credor. O Tribunal já decidiu que não
- falta ou recusa do aceite; enseja execução o título incompleto, “por lhe faltar um requisito de
- falta ou recusa do pagamento; forma” (in RT 591/220).
- falta da devolução do título. “Se o credor não exercitar os poderes que lhe são conferidos no
mandato tácito contido na emissão da nota promissória em branco,
5. Dos Títulos de Crédito deixando de complementá-la até o momento de sua cobrança, não
se reconhece ao título a natureza cambial, tornando nula a execu-
A) Nota promissória: A Nota Promissória é um título de crédi- ção nele embasada” (in RT 588/210). O pagamento da promissória
to no qual uma pessoa- sacador, emitente ou subscritor (obrigado será feito no tempo indicado no próprio título. Se não se determina
principal) firma, por escrito, uma promessa de pagamento para ou- o prazo para pagamento, entende-se que se trata de promissória à
tra, beneficiário ou sacado, constante do documento, ou a sua or- vista.
dem, uma quantia em dinheiro. Está sujeita às mesmas normas apli-
cadas à letra de câmbio, com exceções previstas na Lei Uniforme. A nota promissória pode ser passada:
Enquanto a letra de câmbio é uma ordem de pagamento, porque 1. à vista;
através dela o signatário (sacador) do título requisita a uma pes- 2. em dia certo;
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3. a tempo certo da data da emissão; neste caso, a data da emissão tem relevância.
Pelo art. 77 da Lei Uniforme, são aplicáveis à nota promissória todas as disposições da letra de câmbio, evidentemente no que não
lhe contrariem a natureza. Vale, assim, tudo o que for válido à letra de cambia aplica-se, mutatis mutantis, à nota promissória, no que diz
respeito a endosso, aval, vencimento, pagamento, protesto, execução, etc. Exceto no que se refere ao aceite, pois na promissória não se
utiliza deste instituto, pela simples razão de que o próprio emitente da promissória equipara-se ao aceitante da letra de câmbio. É por
isso que a nota promissória é um título de crédito desde o seu nascedouro. A prescrição é de três anos do credor contra o emitente e o
respectivo avalista e, de um ano, a ação do portador contra o endossante.
B) Duplicata : A duplicata, título príncipe do direito brasileiro, como assim se refere o doutrinador Tullio Ascarelli, é um título de cré-
dito emitido pelo fornecedor de mercadoria ou serviço, correspondente a uma fatura de venda mercantil a prazo (da qual é cópia), e que,
aceito pelo comprador, é em geral descontado num banco, que efetua sua cobrança.
No sentido etimológico, duplicata significa cópia, traslado, reprodução. Contudo, o termo “duplicata” não pode ser interpretado ao pé
da letra, como cópia ou documento duplicado de outro, mas sim como título emitido com base em crédito decorrente da venda de merca-
doria ou prestação de serviços. Existe uma corrente que defende que se pode dizer que a duplicata já existia desde o Código Comercial de
1850. Era imposto aos comerciantes a emissão de fatura. Era a fatura-duplicata, a relação por escrito das mercadorias entregue.
Em 1908, a parte que disciplinava essa matéria foi revogada pelo Decreto nº 2.044 e, mais adiante, veio a ser tratada novamente por
vários decretos e leis. Atualmente, a emissão de duplicatas é disciplinada pela lei 5.474/68. Trata-se de título de crédito causal, que se
transmite por endosso, garante-se por aval e cobra-se por ação cambial. Assim, por estar também submetida aos institutos do endosso,
aceite e aval, aplicam-se subsidiariamente, à duplicata as regras da letra de câmbio. O empresário que quer emitir duplicatas é obrigado a
ter e escriturar o Livro de registro de Duplicatas, que deve ser conservado no seu próprio estabelecimento.
A duplicata caracteriza-se como um instrumento de saque do vendedor de mercadorias pela importância faturada ao comprador.
Trata-se assim, de ordem de pagamento, assemelhando-se à letra de câmbio. Distingue-se desta porque, enquanto a letra é título abstrato
(pode ser sacada em qualquer situação, de acordo com a vontade do emitente), a duplicata é título causal que, para ser regular, deve ter
sido emitida sob o lastro de uma venda de mercadorias ou prestação de serviços, ou seja, embasada em fatura, que é a relação de mer-
cadorias vendidas, discriminadas por sua natureza, quantidade e preço, ou relação de serviços, também discriminados de acordo com a
respectiva qualidade, natureza e preço.
É um título padronizado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), através da resolução n. 102, e por isso deve conter:
I - A denominação “duplicata”;
II - A data de emissão;
III - O número de ordem;
IV - O número da fatura da qual foi extraída;
V - A data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista;
VI - O nome e o domicilio do vendedor e do comprador;
VII - A importância a pagar, em algarismos e por extenso;
VIII - A cláusula à ordem (a cláusula “não à ordem” somente pode ser inserida no título por endossante, e, como o vendedor saca a
seu favor, ele, necessariamente, é o primeiro endossante do título);
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IX - A declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la a ser assinada pelo comprador, como aceite cambial
(o comprador deve ser identificado com nome, domicílio e documento: RG, CPF etc.);
X - A assinatura do emitente (seguindo a indicação de seu nome e domicílio).
A duplicata não pode compreender a mais de uma fatura e não pode ser emitida a certo termo de vista, nem a certo termo de data,
uma vez que deve conter a data certa de vencimento.
Aceite e Pagamento
Para que ocorra o aceite, a duplicata deverá ser enviada ao sacado na praça ou no lugar de seu estabelecimento, diretamente pelo
vendedor ou por intermédio de instituições financeiras, procuradores ou correspondentes, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da
data da sua emissão (art 6º da Lei 5.474/68). No caso de remessa por intermédio de representantes, instituições financeiras, procuradores
ou correspondentes, estes deverão apresentar o título ao comprador dentro de 10 (dez) dias, contados da data de seu recebimento na
praça de pagamento. Se não for à vista, o comprador terá, no máximo, 10 (dez) dias para devolver o título ao apresentante, contados da
data de apresentação, devendo a duplicata estar devidamente assinada ou acompanhada de declarações, por escrito, das razões da falta
de aceite (art. 7º da Lei 5.474/68).
A duplicata é um título de aceite obrigatório, ou seja, o sacado, em regra, está obrigado a aceitar a ordem do título. Ele somente po-
derá negar o aceite da duplicata por motivo de:
I. Avaria ou não-recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco;
II. Vícios, defeitos e diferença na qualidade ou na quantidade das mercadorias devidamente comprovados;
III. Divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
Em função do seu caráter obrigatório, o aceite da duplicata mercantil pode ser discriminado em três categorias:
I. Aceite ordinário – Resulta da assinatura do comprador aposta no local apropriado do título de crédito.
II. Aceite por comunicação – resulta da detenção da duplicata mercantil pelo comprador autorizado por eventual instituição financeira
cobradora, com a comunicação, por escrito, ao vendedor, de seu aceite.
III. Aceite por presunção – Resulta do recebimento das mercadoria pelo comprador, desde que não tenha havido causa legal motiva-
dora de recusa, com ou sem devolução do título ao vendedor.
A prova do pagamento da duplicata é o recibo passado pelo legítimo portador, ou por seu representante com poderes especiais, no
verso do próprio título ou em documento separado com referência expressa à duplicata. Também se presume resgatada a duplicata com
a liquidação de cheque, a favor do estabelecimento endossatário, no qual conste, no verso, que seu valor se destina à amortização ou
liquidação da duplicata nele mencionada.
Aval
De acordo com o art. 12 da Lei 5.474/68, o pagamento da duplicata poderá ser assegurado por aval, sendo o avalista equiparado
àquele cujo nome indicar, caso não haja indicação, este será equiparado àquele cuja firma estiver aposta acima da sua, fora desses casos,
ao comprador.
Protesto
Poder-se-á efetuar o protesto de uma duplicata na praça de pagamento constante do título pelas seguintes razões:
I - Falta de aceite;
II - Falta de devolução do título pelo comprador;
III -Falta de pagamento.
O fato de não ter sido protestado o título por falta de aceite ou de devolução não elide a possibilidade de protesto por falta de paga-
mento (art. 13, § 2º, da Lei n. 5.474/68). Como nas cambiais, a consequência da falta de protesto dentro do prazo legal (30 dias contados
da data do seu vencimento) é a mesma, qual seja, a perda do direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas do título
(art. 13, § 4º).
Triplicata
A triplicata nada mais é do que uma cópia da duplicata que foi perdida ou extraviada, possuindo os mesmos efeitos, requisitos e for-
malidades da duplicata que substitui (art. 23). Geralmente é emitida uma triplicata quando o comprador retém a duplicata original.
Cobrança
A duplicata aceita expressamente, como é título de crédito perfeito e acabado, pode ser executada sem a exigência de maiores forma-
lidades. Basta a apresentação do título.
No entanto, a execução da duplicata aceita por presunção segue regra diferente. Além da apresentação do título, são necessários o
protesto (mesmo que a execução se dirija contra o devedor principal) e o comprovante de entrega das mercadorias. Essa sistemática está
prevista no art. 15 da lei das duplicatas:
Art. 15. A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo aplicável aos títulos executivos
extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil, quando se tratar:
l - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não;
II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente:
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Prescrição
Nos termos do art. 18 da Lei n. 5.474/68, a pretensão à execução da duplicata prescreve: I- Em 3 anos, contados da data do vencimen-
to do título, contra o sacado e respectivos avalistas; II- Em 1 ano, contando da data do protesto, contra os endossantes e respectivos avalis-
tas; III- Em 1 ano, contando da data em que haja sido efetuado o pagamento do título, de qualquer dos coobrigados, uns contra os outros.
Duplicata De Serviços
As empresas individuais ou coletivas, fundações ou sociedades civis, bem como os profissionais liberais e aqueles que prestam servi-
ços de natureza eventual, poderão, também, emitir fatura e duplicata (art. 20). Na fatura será discriminada a natureza dos serviços pres-
tados, bem como a soma correspondente ao preço desses serviços (art. 20, § 1º). Nesse caso, o sacado poderá negar aceite ao título se:
I- Os serviços prestados não corresponderem efetivamente aos contratados; II- Forem comprovados vícios ou defeitos na qualidade dos
serviços prestados; III- Houver divergência quanto aos prazos e preços ajustados.
Duplicata Simulada
Nos termos do art. 172 do Código Penal, caracteriza crime de duplicata simulada a conduta de “emitir fatura, duplicata ou nota de ven-
da que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou serviço prestado”. A pena é de detenção, de dois a quatro
anos e multa. Nas vendas a prazo, com a emissão da nota e da fatura, é possível que o vendedor emita uma duplicata que, por se tratar de
título de crédito, pode ser colocada em circulação. Assim, vendedor pode descontar antecipadamente o valor nela contido com terceira
pessoa (instituições financeiras na maioria das vezes), e esta, por ocasião do vencimento, receber do comprador a quantia respectiva. Se a
duplicata, fatura ou nota de venda for emitida sem que corresponda a uma efetiva venda ou serviço prestado, poderá gerar prejuízo para
quem a descontar. Isso porque, na data do vencimento da duplicata, é evidente que a pessoa que constar no título como adquirente da
mercadoria se negará a pagar o seu valor, já que, na realidade, nada adquiriu. Por isso, o legislador incrimina a simples conduta de “emitir”,
ainda que disso não advenha efetivo prejuízo para terceiros. Trata-se de crime formal, que se consuma com a simples emissão da duplicata,
fatura ou nota fiscal.
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C) Documentos comerciais Art. 19. A nota fiscal conterá, nos quadros e campos próprios,
observada a disposição gráfica dos modelos 1 e 1-A, as seguintes
Os documentos comerciais deverão ser fornecidos sempre que indicações:
ocorrer o fornecimento de um bem ou prestação de serviços, ainda I - no quadro “EMITENTE”:
que a saída ou a prestação do serviço esteja isenta ou imune do a) o nome ou razão social;
pagamento de impostos. b) o endereço;
Para fins de lançamento do imposto, os contribuintes do ICMS c) o bairro ou distrito;
são obrigados a utilizar os documentos fiscais instituídos pela legis- d) o Município;
lação tributária vigente, quando da ocorrência dos fatos geradores e) a unidade da Federação;
do imposto. f) o telefone e/ou fax;
Apesar da obrigatoriedade da emissão do documento fiscal ser g) o Código de Endereçamento Postal;
do vendedor da mercadoria, os clientes, ou seja, aqueles a quem h) o número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes do
as mercadorias estão destinadas, também são corresponsáveis pela Ministério da Fazenda;
sua emissão, pois de acordo com o Art. 148 do Regulamento do i) a natureza da operação de que decorrer a saída ou a entrada,
ICMS, sempre que for obrigatória a emissão de documentos fiscais, tais como: venda, compra, transferência, devolução, importação,
aqueles a quem se destinarem essas mercadorias são obrigados a consignação, remessa (para fins de demonstração, de industrializa-
exigir tais documentos dos que devam emiti-los, contendo todos os ção ou outra);
requisitos legais. j) o Código Fiscal de Operações e Prestações - CFOP;
l) o número de inscrição estadual do substituto tributário na
unidade da Federação em favor da qual é retido o imposto, quando
Observação: É importante enfatizar que a correta emissão
for o caso;
da nota fiscal ou cupom fiscal assegura:
m) o número de inscrição estadual;
1 – Que o ICMS, imposto embutido no preço da mercadoria
n) a denominação “NOTA FISCAL”;
e pago pelo adquirente, seja recolhido aos cofres públicos;
o) a indicação da operação, se de entrada ou de saída;
2 – A certeza, para o adquirente do bem (cidadão, empresa,
p) o número de ordem da nota fiscal e, imediatamente abaixo,
ou poder público), de que a sua compra está corretamente
a expressão SÉRIE, acompanhada do número correspondente, se
formalizada em um documento que lhe assegura todos os
adotada nos termos do inciso I do art. 11;
direitos.
q) o número e destinação da via da nota fiscal;
r) a data-limite para emissão da nota fiscal ou a indicação
Nota fiscal
“00.00.00”, quando o Estado não fizer uso da prerrogativa prevista
A nota fiscal é um documento fiscal que tem por fim o registro
no § 2º do artigo 16, deste Convênio;
de uma transferência de propriedade sobre um bem ou uma ativi-
s) a data de emissão da nota fiscal;
dade comercial prestada por uma empresa a uma pessoa física ou
t) a data da efetiva saída ou entrada da mercadoria no estabe-
outra empresa. Nas situações em que a nota fiscal registra trans-
lecimento;
ferência de valor monetário entre as partes, a nota fiscal também
u) a hora da efetiva saída da mercadoria do estabelecimento;
destina-se ao recolhimento de impostos e a não utilização caracte-
II - no quadro “DESTINATÁRIO/REMETENTE”:
riza sonegação fiscal. Entretanto, as notas fiscais podem também
a) o nome ou razão social;
ser utilizadas em contextos mais amplos como na regularização de
b) o número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes ou
doações, transporte de bens, empréstimos de bens, ou prestação
no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda;
de serviços sem benefício financeiro à empresa emissora. Uma nota
c) o endereço;
fiscal também pode cancelar a validade de outra nota fiscal, como
d) o bairro ou distrito;
por exemplo na devolução de produtos industrializados, outros can-
e) o Código de Endereçamento Postal;
celamentos ou cancelamento de contratos de serviços e produtos.
f) o Município;
g) o telefone e/ou fax;
O Convênio S/Nº, de 15 de dezembro de 1970, que cria o Siste-
h) a unidade da Federação;
ma Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais, traz em
i) o número de inscrição estadual;
seus artigos as principais características que devem conter a nota
III - no quadro “FATURA”, se adotado pelo emitente, as indica-
fiscal, vejamos:
ções previstas na legislação pertinente;
IV - no quadro “DADOS DO PRODUTO”:
(...)
a) o código adotado pelo estabelecimento para identificação
SEÇÃO II
do produto;
DA NOTA FISCAL
b) a descrição dos produtos, compreendendo: nome, marca,
tipo, modelo, série, espécie, qualidade e demais elementos que
Art. 18. Os estabelecimentos, excetuados os de produtores
permitam sua perfeita identificação;
agropecuários, emitirão Nota Fiscal:
c) o código estabelecido na Nomenclatura Comum do Merco-
I - sempre que promoverem a saída de mercadorias;
sul/Sistema Harmonizado - NCM/SH, nas operações realizadas por
II - na transmissão da propriedade das mercadorias, quando
estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da le-
estas não devam transitar pelo estabelecimento transmitente.
gislação federal, e nas operações de comércio exterior;
III - sempre que, no estabelecimento, entrarem bens ou merca-
d) o Código de Situação Tributária - CST;
dorias, real ou simbolicamente, nas hipóteses do artigo 54.
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e) a unidade de medida utilizada para a quantificação dos pro- IX - no comprovante de entrega dos produtos, que deverá inte-
dutos; grar apenas a 1ª via da nota fiscal, na forma de canhoto destacável:
f) a quantidade dos produtos; a) a declaração de recebimento dos produtos;
g) o valor unitário dos produtos; b) a data do recebimento dos produtos;
h) o valor total dos produtos; c) a identificação e assinatura do recebedor dos produtos;
i) a alíquota do ICMS; d) a expressão “NOTA FISCAL”;
j) a alíquota do IPI, quando for o caso; e) o número de ordem da nota fiscal.
l) o valor do IPI, quando for o caso; 28,0 cm e 28,0 x 21,0 cm para os modelos 1 e 1-A, respecti-
V - no quadro “CÁLCULO DO IMPOSTO”: vamente, e suas vias não poderão ser impressas em papel jornal,
a) a base de cálculo total do ICMS; observado o seguinte:
b) o valor do ICMS incidente na operação; 1. os quadros terão largura mínima de 20,3 cm, exceto os qua-
c) a base de cálculo aplicada para a determinação do valor do dros:
ICMS retido por substituição tributária, quando for o caso; a) “DESTINATÁRIO/REMETENTE”, que terá largura mínima de
d) o valor do ICMS retido por substituição tributária, quando 17,2 cm;
for o caso; b) “DADOS ADICIONAIS”, no modelo 1-A;
e) o valor total dos produtos; 2. o campo “RESERVADO AO FISCO” terá tamanho mínimo de
f) o valor do frete; 8,0 cm x 3,0 cm em qualquer sentido;
g) o valor do seguro; 3. os campos “CGC”, “INSCRIÇÃO ESTADUAL DO SUBSTITUTO
h) o valor de outras despesas acessórias; TRIBUTÁRIO”, “INSCRIÇÃO ESTADUAL”, do quadro “EMITENTE”, e os
i) o valor total do IPI, quando for o caso; campos “CGC/CPF” e “INSCRIÇÃO ESTADUAL”, do quadro “DESTINA-
j) o valor total da nota; TÁRIO/REMETENTE”, terão largura mínima de 4,4 cm.
VI - no quadro “TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTA-
DOS”: 1. das alíneas “a” a “h”, “m”, “n”, “p”, “q” e “r” do inciso I, de-
a) o nome ou razão social do transportador e a expressão “AU- vendo as indicações das alíneas “a”, “h” e “m” ser impressas, no
TÔNOMO”, se for o caso; mínimo, em corpo “8”, não condensado;
b) a condição de pagamento do frete: se por conta do emitente 2. do inciso VIII, devendo ser impressas, no mínimo, em corpo
ou do destinatário; “5”, não condensado;
c) a placa do veículo, no caso de transporte rodoviário, ou outro 3. das alíneas “d” e “e” do inciso IX.
elemento identificativo, nos demais casos; § 3º As indicações a que se refere as alíneas “a” a “h” e “m” do
d) a unidade da Federação de registro do veículo; inciso I, poderão ser dispensadas de impressão tipográfica, a juízo
e) o número de inscrição do transportador no Cadastro Geral do fisco estadual da localização do remetente, desde que a nota
de Contribuintes ou no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério fiscal seja fornecida e visada pela repartição fiscal, hipótese em que
da Fazenda; os dados a esta referentes serão inseridos no quadro “Emitente”,
f) o endereço do transportador; e a sua denominação será “Nota Fiscal Avulsa”, observado, ainda:
g) o Município do transportador; 1. o quadro “Destinatário/Remetente” será desdobrado em
h) a unidade da Federação do domicílio do transportador; quadros “Remetente” e “Destinatário”, com a inclusão de campos
i) o número de inscrição estadual do transportador, quando for destinados a identificar os códigos dos respectivos municípios;
o caso; 2. no quadro informações complementares, poderão ser inclu-
j) a quantidade de volumes transportados; ídos o código do Município do transportador e o valor do ICMS in-
l) a espécie dos volumes transportados; cidente sobre o frete.
m) a marca dos volumes transportados; § 4º Observados os requisitos da legislação pertinente, a nota
n) a numeração dos volumes transportados; fiscal poderá ser emitida por processamento eletrônico de dados,
o) o peso bruto dos volumes transportados; com:
p) o peso líquido dos volumes transportados; 1. as indicações das alíneas “b” a “h”, “m” e “p” do inciso I e da
VII - no quadro “DADOS ADICIONAIS”: alínea “e” do inciso IXimpressas por esse sistema;
a) no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” - outros da- 2. espaço em branco de até 5,0 cm na margem superior, na
dos de interesse do emitente, tais como: número do pedido, ven- hipótese de uso de impressora matricial.
dedor, emissor da nota fiscal, local de entrega, quando diverso do § 5º As indicações a que se referem a alínea “l” do inciso Ie as
endereço do destinatário nas hipóteses previstas na legislação, pro- alíneas “c” e “d” do inciso V, só serão prestadas quando o emitente
paganda, etc.; da nota fiscal for o substituto tributário.
b) no campo “RESERVADO AO FISCO” - indicações estabeleci- § 6º Nas operações de exportação o campo destinado ao Mu-
das pelo Fisco do Estado do emitente; nicípio, do quadro “DESTINATÁRIO/REMETENTE”, será preenchido
c) o número de controle do formulário, no caso de nota fiscal com a cidade e o país de destino.
emitida por processamento eletrônico de dados; A nota fiscal poderá servir como fatura, feita a inclusão dos
VIII - no rodapé ou na lateral direita da nota fiscal: o nome, o elementos necessários no quadro “FATURA”, caso em que a deno-
endereço e os números de inscrição, estadual e no Cadastro Geral minação prevista nas alíneas “n” do inciso I e “d” do inciso IX, passa
de Contribuintes do Ministério da Fazenda, do impressor da nota; a a ser Nota Fiscal-Fatura;
data e a quantidade da impressão; o número de ordem da primeira
e da última nota impressa e respectiva série, quando for o caso; e o
número da autorização para impressão de documentos fiscais;
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§ 9º Serão dispensadas as indicações do inciso IVse estas constarem de romaneio, que passará a constituir parte inseparável da nota
fiscal, desde que obedecidos os requisitos abaixo:
1. o romaneio deverá conter, no mínimo, as indicações das alíneas “a” a “e”, “h”, “m”, “p”, “q”, “s” e “t” do inciso I; “a” a “d”, “f”, “h” e
“i” do inciso II; “j” do inciso V; “a”, “c” a “h” do inciso VIe do inciso VIII;
2. a nota fiscal deverá conter as indicações do número e da data do romaneio e, este, do número e da data daquela.
§ 10. A indicação da alínea “a”, do inciso IV:
1. deverá ser efetuada com os dígitos correspondentes ao código de barras, se o contribuinte utilizar o referido código para o seu
controle interno;
2. poderá ser dispensada, a critério da unidade da Federação do emitente, hipótese em que a coluna “CÓDIGO PRODUTO”, no quadro
“DADOS DO PRODUTO” poderá ser suprimida.
§ 11. REVOGADO
§ 12. REVOGADO
§ 13. Os dados relativos ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza serão inseridos, quando for o caso, entre os quadros “DADOS
DO PRODUTO” e “CÁLCULO DO IMPOSTO”, conforme legislação municipal, observado o disposto no item 4 do § 4º do artigo 7ºdo Convênio
s/nº, de 15 de dezembro de 1970.
§ 14. Caso o transportador seja o próprio remetente ou o destinatário, esta circunstância será indicada no campo “NOME/RAZÃO
SOCIAL”, do quadro “TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS”, com a expressão “Remetente” ou “Destinatário”, dispensadas as
indicações das alíneas “b” e “e” a “i” do inciso VI.
§ 15. Na nota fiscal emitida relativamente à saída de mercadorias em retorno ou em devolução deverão ser indicados, ainda, no cam-
po “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES”, o número, a data da emissão e o valor da operação do documento original.
§ 16. No campo “PLACA DO VEÍCULO” do quadro “TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS”, deverá ser indicada a placa do
veículo tracionado, quando se tratar de reboque ou semirreboque deste tipo de veículo, devendo a placa dos demais veículos tracionados,
quando houver, ser indicada no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES”.
17. A aposição de carimbos nas notas fiscais, quando do trânsito da mercadoria, deve ser feita no verso das mesmas, salvo quando
forem carbonadas.
§ 18. Caso o campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” não seja suficiente para conter as indicações exigidas, poderá ser utilizado,
excepcionalmente, o quadro “DADOS DO PRODUTO”, desde que não prejudique a sua clareza.
§ 19. É permitida a inclusão de operações enquadradas em diferentes códigos fiscais numa mesma nota fiscal, hipótese em que estes
serão indicados no campo “CFOP
§ 20. É permitida a indicação de informações complementares de interesse do emitente, impressas tipograficamente no verso da nota
fiscal, hipótese em que sempre será reservado espaço, com a dimensão mínima de 10 x15 cm, em qualquer sentido, para atendimento ao
disposto no § 17.
§ 21. O fisco poderá dispensar a inserção na Nota Fiscal, do canhoto destacável, comprovante da entrega da mercadoria, mediante
indicação na AIDF.
§ 22. A Nota Fiscal poderá ser impressa em tamanho inferior ao estatuído no § 1º,exclusivamente nos casos de emissão por proces-
samento eletrônico de dados, desde que as indicações a serem impressas quando da sua emissão sejam grafadas em, no máximo, 17
caracteres por polegada, sem prejuízo do disposto no § 2º.
§ 24. A critério da unidade da Federação, poderá ser exigida dos estabelecimentos gráficos, em complemento às indicações constantes
do inciso VIII, a impressão do código da repartição fiscal a que estiver vinculado o contribuinte.
§ 25. Em se tratando dos produtos classificados nos códigos 3003 e 3004 da Nomenclatura Brasileira de Mercadoria/Sistema Harmo-
nizado - NBM/SH, na descrição prevista na alínea “b” do inciso IV deste artigo, deverá ser indicado o número do lote de fabricação a que
a unidade pertencer, devendo a discriminação ser feita em função dos diferentes lotes de fabricação e respectivas quantidades e valores.
§ 26. A Nota Fiscal emitida por fabricante, importador ou distribuidor, relativamente à saída para estabelecimento atacadista ou
varejista, dos produtos classificados nos códigos 3002, 3003, 3004 e 3006.60 da Nomenclatura Brasileira de Mercadoria/Sistema Harmoni-
zado - NBM/SH, exceto se relativa às operações com produtos veterinários, homeopáticos ou amostras grátis, deverá conter, na descrição
prevista na alínea “b” do inciso IV deste artigo, a indicação do valor correspondente ao preço constante da tabela, sugerido pelo órgão
competente para venda a consumidor e, na falta deste preço, o valor correspondente ao preço máximo de venda a consumidor sugerido
ao público pelo estabelecimento industrial.
§ 27. Nas operações não alcançadas pelo disposto na alínea “c” do inciso IV do caput deste artigo, será obrigatória somente a indicação
do correspondente capítulo da Nomenclatura Comum do Mercosul/Sistema Harmonizado - NCM/SH. (Acrescido o § 28 ao art. 19 pelo
Ajuste SINIEF 01/14, efeitos a partir de 01.05.14).
§ 28. Tratando-se de destinatário não contribuinte do imposto, a entrega da mercadoria em local situado na mesma unidade federada
de destino poderá ser efetuada em qualquer de seus domicílios ou em domicílio de outra pessoa, desde que esta também não seja con-
tribuinte do imposto e o local da efetiva entrega esteja expressamente indicado no documento fiscal relativo à operação (Acrescido o § 29
ao art. 19 pelo Ajuste SINIEF 01/14, efeitos a partir de 01.05.14).
§ 29. O disposto no parágrafo anterior não se aplica à mercadoria cuja entrega efetiva seja destinada a não contribuinte do imposto,
situado ou domiciliado no Estado de Mato Grosso.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 21. A Nota Fiscal, além das hipóteses previstas no artigo anterior, será também emitida:
I - no caso de mercadorias cuja unidade não possa ser transportada de uma só vez, desde que o Imposto sobre Produtos Industrializa-
dos e/ou o Imposto de Circulação de Mercadorias deva incidir sobre o todo;
II - no reajustamento de preço em virtude de contrato escrito de que decorra acréscimo do valor das mercadorias;
III - na regularização em virtude de diferença de preço ou de quantidade das mercadorias, quando efetuada no período de apuração
dos respectivos impostos em que tenha sido emitida a Nota Fiscal originária;
IV - para lançamento do Imposto sobre Produtos Industrializados e/ou do Imposto de Circulação de Mercadorias, não pagos nas épo-
cas próprias, em virtude de erro de cálculo ou de classificação fiscal, quando a regularização ocorrer no período de apuração dos respecti-
vos impostos em que tenha sido emitida a Nota Fiscal originária;
V - no caso de diferença apurada no estoque de selos especiais de controle fornecidos ao usuário, pelas repartições do Fisco federal,
para aplicação em seus produtos.
§ 1º Na hipótese do inciso I, serão observadas as seguintes normas:
1. a Nota Fiscal inicial será emitida se o preço de venda se estender para o todo sem indicação correspondente a cada peça ou parte;
a Nota Fiscal especificará o todo, com o lançamento do Imposto sobre Produtos Industrializados e destaque do Imposto de Circulação de
Mercadorias, devendo constar que a remessa será feita em peças ou partes.
2. a cada remessa corresponderá nova Nota Fiscal, sem lançamento do Imposto sobre Produtos Industrializados e destaque do Impos-
to de Circulação de Mercadorias, mencionando-se o número, a série e subsérie e a data da Nota Fiscal inicial.
§ 2º Na hipótese do inciso II, a Nota Fiscal será emitida dentro de 3 (três) dias da data em que se efetivou o reajustamento do preço.
§ 3º Nas hipóteses dos incisos III e IV, se a regularização não se efetuar dentro dos prazos mencionados, a Nota Fiscal será também
emitida, sendo que as diferenças dos impostos devidos serão recolhidas em guias especiais, com as especificações necessárias da regulari-
zação; na via da Nota Fiscal presa ao talonário deverá constar essa circulação, mencionando-se o número e a data da guia de recolhimento.
§ 4º Para efeito de emissão da Nota Fiscal na hipótese do inciso V:
1. a falta de selos caracteriza saída de produtos sem a emissão de Nota Fiscal e sem pagamento do Imposto sobre Produtos Industria-
lizados e do Imposto de Circulação de Mercadorias;
2. o excesso de selos caracteriza saída de produtos sem aplicação do selo e sem pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializa-
dos e do Imposto de Circulação de Mercadorias.
§ 5º A emissão da Nota Fiscal na hipótese do inciso V somente será efetuada antes de qualquer procedimento do Fisco.
§ 6º (Revogado).
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
- A NF-e transmitida para a SEFAZ não pode mais ser alterada, permitindo-se apenas, dentro de certas condições, seu cancelamento;
- As NF-e deverão ser emitidas em ordem consecutiva crescente e sem intervalos a partir do 1º número sequencial, sendo vedado a
duplicidade ou reaproveitamento dos números inutilizados ou cancelados;
- A critério das administrações tributárias, a NF-e poderá ter o seu recebimento confirmado pelo destinatário.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Nota_fiscal_eletr%C3%B4nica
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Os passos para emitir NF-e são semelhantes, independente- — Legislação básica, programas e informações gerais de sua
mente da alternativa usada: atuação como agente impulsionador do desenvolvimento susten-
tável da região nordeste
1. Certificado digital:
O primeiro passo para emitir nota eletrônica é possuir um cer- O Banco do Nordeste do Brasil S.A. é uma instituição financei-
tificado digital, que assegura validade jurídica ao documento por ra fundamental para o desenvolvimento socioeconômico da região
permitir confirmação de sua autenticidade. Há diversos órgãos au- Nordeste do Brasil. Este banco desempenha um papel crucial como
torizados como autoridades certificadoras pela ICP (Infraestrutura agente impulsionador do desenvolvimento sustentável, implemen-
de Chaves Públicas Brasileira). tando uma série de programas e políticas direcionadas ao fortale-
cimento da economia local e à melhoria das condições de vida da
2. Credenciamento na SEFAZ: população.
Mesmo usando um sistema próprio ou contratado, é preciso se
credenciar junto à secretaria da fazenda para emitir NF-e. Cada es- Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE)
tado tem um procedimento específico, mas normalmente trata-se O FNE é o principal instrumento financeiro utilizado pelo Ban-
de um cadastro simples. co do Nordeste, sendo uma parte integral da Política Nacional de
Desenvolvimento Regional (PNDR). Este fundo é um dos pilares do
3. Escolha o emissor de NF-e: Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), forne-
Existem softwares que podem ser baixados em seu computador cendo recursos financeiros essenciais para a região. O FNE visa a
para emitir notas. Outra opção é usar serviços que rodam na nuvem promoção do crescimento econômico e a redução das desigualda-
e podem ser acessados online a qualquer hora em um dispositivo des regionais, apoiando diversos setores, como agricultura, indús-
conectado à Internet. O volume é um dos fatores a se considerar: tria, turismo e infraestrutura.
empresas que tiram um volume grande de notas têm mais motivos
para adotar um emissor integrado a um sistema de faturamento ou Programas de Microcrédito: Crediamigo e Agroamigo
sistema de gestão, por exemplo. O Crediamigo é reconhecido como o maior programa de mi-
crocrédito produtivo e orientado do Brasil. Ele tem como objetivo
4. Gere as notas conforme sua necessidade: fornecer crédito a empreendedores de pequeno porte, facilitando o
Com certificado digital adequado, credenciamento realizado acesso a recursos financeiros para o desenvolvimento de negócios e
junto à Sefaz e emissor de NF-e escolhido, sua empresa está pronta geração de emprego e renda. Já o Agroamigo é um programa volta-
para faturar. Vale a pena realizar testes para homologar as notas, do para melhorar o perfil social e econômico das famílias do campo,
mas é um processo simples para seu negócio funcionar normalmen- oferecendo crédito e apoio técnico para os agricultores familiares.
te.
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf)
A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo firmou par- O Pronaf é uma iniciativa que apoia a agricultura familiar, um
ceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas segmento econômico vital para o Nordeste. O Banco do Nordeste
Empresas (Sebrae) para atender uma parcela de contribuin- atua como agente financeiro principal deste programa na região,
tes que ainda utiliza os emissores gratuitos de Nota Fiscal proporcionando crédito e assistência técnica aos agricultores fa-
Eletrônica (NF-e) e do Conhecimento de Transporte Ele- miliares, visando fortalecer este segmento e melhorar a segurança
trônico (CT-e). A Fazenda irá transferir ao Sebrae a solução alimentar.
gratuita e, a partir de julho de 2017, a instituição passará
a disponibilizar e atualizar as versões do aplicativo para as Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter)
empresas. Até essa data a Fazenda paulista manterá o apli- O Prodeter é uma iniciativa estratégica do Banco do Nordes-
cativo em funcionamento. Além do Sebrae, a Secretaria da te que combina políticas governamentais com iniciativas de de-
Fazenda do Maranhão também oferecerá o serviço gratuito, senvolvimento local. O programa visa promover o planejamento,
a partir do código fonte cedido ao governo maranhense pela a implementação e a autogestão do processo de desenvolvimento
Fazenda paulista. sustentável dos territórios, fortalecendo a economia local. Envolve
a construção e implementação de planos de ação, fortalecimento
da governança local e territorial, e a integração de políticas públicas
necessárias para o desenvolvimento.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Soluções Digitais e Governança Na Ética Aplicada, estes conceitos são utilizados para resolver
Além destes programas, o Banco do Nordeste oferece uma dilemas éticos em situações práticas. Por exemplo, em um ambien-
série de soluções digitais para facilitar o acesso aos seus serviços, te de trabalho, um profissional pode se deparar com um dilema en-
tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Com um forte enfoque tre seguir um procedimento padrão (ética) ou agir de acordo com
em governança e planejamento empresarial, o banco busca direcio- sua consciência pessoal (moral). Nesse contexto, os valores pesso-
nar esforços para o desenvolvimento da região, buscando reduzir ais e as virtudes do indivíduo desempenham um papel crucial em
as desigualdades regionais e promover mudanças significativas nas sua decisão final.
condições de vida das pessoas. Além disso, a ética aplicada é importante para estabelecer pa-
O Banco do Nordeste, portanto, não apenas fornece recursos drões em profissões que têm um impacto direto na vida das pesso-
financeiros essenciais para o desenvolvimento da região Nordeste, as, como na medicina ou no direito. Aqui, os profissionais devem
mas também desempenha um papel ativo na formulação e imple- equilibrar suas responsabilidades éticas e morais com as necessida-
mentação de políticas e estratégias voltadas para o desenvolvimen- des e direitos de seus clientes ou pacientes.
to sustentável. A instituição é um exemplo de como um banco pode Ética Aplicada é um campo vital que orienta indivíduos e orga-
contribuir significativamente para o progresso socioeconômico de nizações na tomada de decisões responsáveis e moralmente justas.
uma região, apoiando a inovação, o empreendedorismo e a inclu- Ela envolve uma compreensão profunda de ética, moral, valores
são financeira. e virtudes, e como esses conceitos podem ser usados para guiar
Para mais informações detalhadas sobre os programas, ações ações em um mundo complexo e em constante mudança.
e a atuação do Banco do Nordeste, você pode visitar o Portal do
Banco do Nordeste (https://www.bnb.gov.br/).
NOÇÕES DE ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Importância da Ética Empresarial e Profissional - Responsabilidade Social Corporativa (RSC): Iniciativas de RSC
- Construção de Confiança: Uma forte ética empresarial e pro- são cruciais para demonstrar compromisso ético, envolvendo-se
fissional ajuda a construir confiança entre a empresa, seus funcio- em práticas que beneficiam a sociedade e o meio ambiente.
nários, clientes e outras partes interessadas.
- Sustentabilidade do Negócio: Empresas que adotam práticas Gestão da Ética em Ambos os Tipos de Empresas
éticas tendem a ser mais sustentáveis a longo prazo. Em ambos os cenários, a gestão eficaz da ética envolve:
- Melhoria da Imagem Corporativa: A ética no ambiente de tra- - Códigos de Conduta e Políticas Éticas: Desenvolver e imple-
balho melhora a imagem pública da empresa e pode ser um dife- mentar códigos de conduta claros e políticas éticas que definem as
rencial competitivo. expectativas e orientam o comportamento de todos na organiza-
- Prevenção de Conflitos Legais e Financeiros: Adotar uma pos- ção.
tura ética ajuda a evitar litígios e problemas financeiros decorrentes - Treinamento e Educação: Oferecer treinamento regular em
de práticas inadequadas. ética para garantir que todos os membros da organização enten-
A ética empresarial e profissional não é apenas uma questão dam as normas e práticas éticas.
de cumprir a lei ou seguir regras. Trata-se de cultivar uma cultura - Canais de Comunicação e Denúncia: Estabelecer mecanismos
de integridade e responsabilidade, que não só beneficia a empresa seguros e confidenciais para que os funcionários possam relatar
e os profissionais individualmente, mas também a sociedade como comportamentos antiéticos ou dilemas éticos.
um todo. É um investimento na reputação e na sustentabilidade a - Avaliação e Monitoramento: Regularmente avaliar e moni-
longo prazo de qualquer organização ou carreira profissional. torar a aderência às práticas éticas, ajustando políticas conforme
necessário para lidar com novos desafios éticos.
A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS A gestão da ética é um processo contínuo que requer compro-
metimento e adaptação constantes. Empresas públicas e privadas,
embora enfrentem desafios únicos em relação à ética, comparti-
— A gestão da ética nas empresas públicas e privadas;
lham o objetivo comum de operar de maneira responsável e íntegra,
A gestão da ética em empresas públicas e privadas é um aspec-
o que é crucial para o sucesso a longo prazo e a sustentabilidade.
to crucial que aborda como as organizações desenvolvem, imple-
mentam e mantêm políticas e práticas éticas. Este conceito é fun-
damental tanto para sustentar a integridade das operações quanto CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO
para construir uma reputação positiva no mercado e na sociedade. DO NORDESTE DO BRASIL
A abordagem da gestão da ética varia entre empresas públicas e
privadas devido às suas diferentes naturezas e objetivos.
CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO
Empresas Públicas DO NORDESTE DO BRASIL S.A.
Nas empresas públicas, a gestão da ética frequentemente en-
volve considerações adicionais devido ao seu papel e responsabili- CAPÍTULO I
dade perante o público e os stakeholders governamentais. Aspectos DOS OBJETIVOS
chave incluem:
- Transparência e Prestação de Contas: Como entidades públi- Art. 1º O conteúdo deste Código está vinculado à missão, à
cas, há uma expectativa mais alta de transparência em suas opera- visão e aos valores que definem a identidade única do Banco do
ções. Isso inclui a gestão financeira, contratações e decisões ope- Nordeste e representa o compromisso da instituição, dos seus ad-
racionais. ministradores, empregados, colaboradores e daqueles que atuam
- Conformidade com Regulamentos Governamentais: Empre- ou prestam serviços em nome ou para o Banco com o alinhamento
sas públicas devem aderir estritamente às leis e regulamentos, dos padrões requeridos de comportamento pessoal e profissional
muitas vezes sujeitas a escrutínio e auditorias governamentais mais ao mais alto nível de ética e de integridade desejado para os proces-
rigorosos. sos e relacionamentos internos e externos da Instituição.
- Interesse Público e Serviço: A tomada de decisão deve consi- Art. 2º São objetivos deste Código:
derar o bem-estar público e a ética no serviço público, colocando os I- Identificar e sistematizar os princípios e valores éticos e de in-
interesses da comunidade acima dos interesses empresariais. tegridade essenciais, que devem orientar os relacionamentos inter-
nos e externos e a condução das atividades do Banco do Nordeste;
Empresas Privadas II- A partir deste conjunto de princípios e valores, alinhar e ins-
Nas empresas privadas, a gestão da ética também é vital, mas pirar diretrizes e compromissos a serem expressos nas iniciativas,
com enfoque em aspectos ligeiramente diferentes, como: políticas, programas e normas do Banco do Nordeste;
- Cultura Corporativa Ética: A criação de uma cultura empresa- III- Servir como guia e inspiração para o estabelecimento de
rial que valoriza a ética, desde a liderança até os colaboradores, é uma linha de comportamento profissional dentro do padrão ético e
essencial. Isso envolve a incorporação de princípios éticos nas práti- de integridade esperado pelo Banco do Nordeste e pela sociedade;
cas diárias e na tomada de decisão. IV- Estabelecer os princípios de integridade para prevenção à
- Reputação e Competitividade no Mercado: Empresas privadas corrupção e a outros atos lesivos ao Banco do Nordeste, inclusive
muitas vezes usam a ética como um diferencial competitivo, melho- como forma de realizar negócios responsáveis e sustentáveis;
rando a reputação e a confiança do consumidor. V- Orientar a tomada de decisão em situações de conflitos ou
dilemas éticos;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
VI- Servir como elemento norteador na busca constante de ga- CAPÍTULO III
rantir a integridade das nossas ações e uma comunicação precisa, DA MISSÃO E DOS PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS
oportuna e transparente com todas as partes interessadas; FUNDAMENTAIS
VII- Orientar a participação de todos os agentes externos, públi-
cos e privados, em seus relacionamentos com o Banco do Nordeste; Art. 5º A missão do Banco do Nordeste é atuar como o banco
VIII- Fortalecer, na dimensão ética, a imagem e a reputação da de desenvolvimento da Região Nordeste.
instituição perante a sociedade; Parágrafo único: O Banco tem por objeto social a promoção do
IX- Ser referência nas análises e apurações de eventuais infra- desenvolvimento e a circulação de bens por meio da prestação de
ções éticas ou de integridade. assistência financeira, de serviços, técnica e de capacitação a em-
preendimentos de interesse econômico e social.
CAPÍTULO II Art. 6º Os princípios e valores que fundamentam a atuação dos
DO PÚBLICO-ALVO diversos agentes submetidos a este Código são os seguintes:
I- Ética, como princípio fundamental para o aprimoramento
Art. 3º Este Código aplica-se ao seguinte público-alvo, para o contínuo da atuação, dos comportamentos e das atitudes do ser
qual o referencial ético aqui apresentado deve, obrigatoriamente, humano, sendo pré-requisito e suporte para a confiança pública;
balizar a condução de suas atividades e relacionamentos, seja no II- Legalidade (atuação sempre conforme as leis), Impessoalida-
mundo real ou no mundo virtual. de (prevalência do interesse público sobre interesses particulares),
Moralidade (conduta pautada por padrões éticos de boa-fé, decoro,
I- Membros dos órgãos estatutários: lealdade, honestidade e probidade na busca sempre do bem co-
a)Membros do Conselho de Administração; mum), Publicidade (ampla divulgação dos atos da Instituição para a
b)Membros da Diretoria Executiva; sociedade) e Eficiência (melhor desempenho com economicidade,
c)Membros do Conselho Fiscal; redução de desperdícios, qualidade, rapidez, produtividade e ren-
d)Membros do Comitê de Auditoria; dimento funcional para melhores resultados) como princípios esta-
e)Membros do Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e belecidos na Constituição da República Federativa do Brasil para a
Remuneração; e Administração Pública;
f)Comitê de Sustentabilidade, Riscos e de Capital. III- Justiça, Governança, Honestidade, Sustentabilidade, Igual-
dade, Compromisso, Democracia, Transparência, Respeito, Coope-
II- Empregados; ração, Confiança, Disciplina e Civilidade como valores institucionais
que devem reger todos os relacionamentos e processos do Banco
III- Colaboradores: do Nordeste;
a)Terceirizados; IV- Meritocracia, Integridade, Inovação e Foco nos Clientes e
b)Bolsistas; Resultados como princípios de gestão;
c)Jovens aprendizes. V- Todas as pessoas devem ser tratadas com igualdade, sen-
do inadmissível qualquer forma de discriminação, seja de origem
IV- Fornecedores; social, cultural, étnica, sexual, ou relativa a questão de cor, idade,
V- Parceiros e pessoas físicas prestadoras de serviços, bem religião, idioma, convicção filosófica ou política, orientação sexual,
como profissionais de empresas contratadas ou parceiras que de- identidade de gênero, estado civil, condição física e psíquica, ori-
senvolvam suas atividades, ou parte delas, nas dependências do gem, grau de escolaridade, formação, aparência e nacionalidade;
Banco do Nordeste; VI- A convivência no ambiente de trabalho deve ser harmonio-
VI-Pessoas que atuem em nome do Banco do Nordeste, mesmo sa e produtiva, baseada na equidade, no respeito mútuo, na cordia-
que de forma temporária, recebendo ou não remuneração sobre lidade, na colaboração e no espírito de equipe, independentemente
essa atuação. do cargo ou função;
VII- Ambientes de trabalho saudáveis e seguros são indispensá-
Art.4º São considerados agentes externos e devem observar o veis para a garantia do bem-estar de empregados e colaboradores
que está disciplinado neste Código, no que couber: e para a adequada prestação de serviços para clientes e usuários;
a) Clientes; VIII- A corrupção, em todas as suas formas, bem como as prá-
b) Usuários de serviços; ticas fraudulentas, o nepotismo, o conflito de interesses, os atos ilí-
c) Empregados da Caixa de Previdência dos Funcionários do citos ou criminosos de toda ordem são incompatíveis com o padrão
Banco do Nordeste do Brasil – Capef e do Grupo Caixa de Assistên- ético do Banco do Nordeste, devendo ser repudiados, combatidos e
cia dos Funcionários do Banco do Nordeste – Grupo Camed; denunciados às instâncias competentes;
d) Empregados das instituições parceiras e patrocinadas; IX- Os direitos humanos fundamentais devem ser respeitados,
e) Representantes de órgãos de regulação e controle, bem não sendo admitido qualquer ato que afronte a dignidade das pes-
como de empresas de auditoria externa, no exercício de suas ativi- soas e a igualdade de direitos entre elas; X Repúdio a todas as pres-
dades nas dependências do Banco do Nordeste; sões ou tentativas de interferência política, internas ou externas,
f) Pessoas que atuem para o Banco do Nordeste, mesmo que que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevi-
de forma temporária, recebendo ou não remuneração. das em decorrência de ações imorais, ilegais, aéticas ou em desa-
cordo com os normativos internos;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
XI- Responsabilidade socioambiental como um conjunto de III- Fornecer, de forma clara, precisa e tempestiva, as informa-
compromissos, princípios e diretrizes de atuação fundamentais ções necessárias à livre escolha e à tomada de decisões por parte
para o desenvolvimento sustentável e que orientam o Banco do de clientes e usuários, explicitando, inclusive, direitos e deveres,
Nordeste, como banco de desenvolvimento, na aplicação do crédito responsabilidades, custos ou ônus, penalidades e eventuais riscos
e em seus processos internos de trabalho; existentes na execução de operações e na prestação de serviços;
XIII- senção e imparcialidade no exercício das atividades e na IV- Cumprir os normativos internos e externos que regram a
condução dos relacionamentos institucionais e interpessoais, não atuação institucional;
usando a posição dentro do Banco do Nordeste para a obtenção de V- Cumprir as normas internas e externas de prevenção à lava-
benefícios ou vantagens para si ou para terceiros; gem de dinheiro e de combate à corrupção e ao financiamento do
XIII- A exploração do trabalho infantil e a utilização do trabalho terrorismo;
análogo à escravidão são práticas repudiadas pelo Banco do Nor- VI- Abster-se de realizar negócios com clientes que exploram o
deste; trabalho infantil ou o trabalho análogo ao escravo;
XIV- Zelo permanente de todos pela imagem e integridade ins- VII- Prevenir e combater atos de fraude e corrupção, denun-
titucional do Banco do Nordeste; ciando os fatos suspeitos às alçadas competentes;
XV- Atitudes e comportamentos baseados sempre no com- VIII- Manter sigilo sobre as informações que ainda não sejam
promisso inalienável de buscar fazer sempre o melhor, o que inclui de domínio público, referentes a possíveis negócios com empresas
atuar com espírito público, elevado senso de responsabilidade e de e pessoas ou com o setor público;
acordo com o disposto neste Código, nas normas internas e na le- IX- Resguardar as informações dos clientes do Banco, em espe-
gislação vigente. cial aquelas relativas à sua situação econômica, financeira e comer-
Art. 7º Todas as políticas e iniciativas institucionais devem pau- cial e dos respectivos empreendimentos;
tar-se, no que couber, no conteúdo deste Código de Conduta Ética X- Analisar as operações de financiamento e de crédito de acor-
e Integridade, respeitando todos os seus dispositivos, não sendo do com os critérios técnicos disponíveis, incluindo aqueles relacio-
admitido qualquer regramento interno que contrarie o que este Có- nados com o risco e a viabilidade pertinentes;
digo estabelece. XI- Tratar de forma colegiada as decisões sobre operações de
crédito e de financiamento;
CAPÍTULO IV XII- Não apresentar indicações a clientes, ainda que por eles
NAS RELACÕES COM CLIENTES E USUÁRIOS solicitadas, de fornecedores ou prestadores de serviços, mantendo
sempre uma comunicação estritamente profissional, preservando a
Art. 8º As interações com clientes e usuários são orientadas pe- isenção necessária e exigida.
las diretrizes e compromissos da Política de Relacionamento com
Clientes e Usuários de Produtos e Serviços Financeiros do Banco do CAPÍTULO V
Nordeste e devem ser regidas pelos seguintes princípios: NAS RELAÇÕES COM INVESTIDORES E ACIONISTAS
I. Integridade;
II. Conformidade; Art. 10º As relações com investidores e acionistas devem ser
III.Confiabilidade; pautadas nos princípios de governança universalmente aceitos e
IV. Segurança e sigilo das transações; nos pressupostos da legalidade, impessoalidade, moralidade, publi-
V. Legitimidade das operações contratadas e dos serviços pres- cidade e eficiência, que norteiam a gestão pública, visando à (ao):
tados; I- Transparência nas relações com o mercado, mediante a pres-
VI.Respeito; tação de informações claras, fidedignas, ágeis e oportunas, que
VII.Equidade; possibilitem a avaliação do desempenho da Instituição ou funda-
VIII.Cortesia; mentem, da melhor forma possível, a tomada de decisões sobre
IX.Diligência; investimentos;
X.Responsabilidade; IIEquidade de tratamento para os acionistas e respeito aos seus
XI.Transparência; direitos, não se admitindo privilégios, tanto na distribuição de resul-
XII.Receptividade a sugestões e críticas; tados, como na divulgação de informações, nem quaisquer atitudes
XIII.Privacidade e proteção de dados; discriminatórias;
XIV.Observância de princípios e normas pertinentes aos direi- III- Disponibilização de declarações, demonstrativos, relatórios,
tos do consumidor. comunicados e outros informativos que reflitam a realidade da ins-
Art. 9º Na realização de negócios, empregados e colaboradores tituição com objetividade, clareza, simplicidade e consistência;
do Banco do Nordeste devem seguir, além dos princípios e valores IV- Publicação das demonstrações financeiras e contábeis de
apresentados no artigo 6° anterior, as seguintes orientações: acordo com o estabelecido na lei e em conformidade com os prin-
I -Dispensar tratamento justo e equitativo a clientes e usuários, cípios e normas de contabilidade, de maneira a representar, com ri-
considerando seus perfis de relacionamento e vulnerabilidades as- gor e precisão, as transações realizadas, o resultado das operações,
sociadas; os fluxos de caixa e a posição patrimonial e financeira do Banco do
II- Oferecer produtos e serviços adequados às necessidades de Nordeste;
clientes e usuários de cada segmento; V- Conformidade com as leis, normas e regulamentos e exigên-
cia de seu cumprimento pelas contrapartes;
VI- Aperfeiçoamento contínuo de diretrizes e práticas de gover-
nança corporativa;
VII Cumprimento da missão institucional;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
VIII Continuidade da Instituição no longo prazo e geração de IV- Aliciar autoridades, agentes públicos, concessionários e
resultados positivos e sustentáveis. permissionários de serviço público ou candidatos a cargos eletivos,
Parágrafo único: É vedada ao público-alvo deste Código a di- por meio de presentes, ofertas, benefícios ou vantagens indevidas
vulgação, sem autorização da autoridade competente do Banco, de direcionadas a esse público, ou a terceira pessoa a eles relacionada,
informação que possa causar impacto na cotação dos títulos da Ins- seja para facilitar negócios ou contratações, seja para que cumpram
tituição e em suas relações com o mercado ou com consumidores as próprias responsabilidades legais ou para precipitar processos;
e fornecedores. V- Utilizar recursos, estrutura, instalações, imagens, informa-
ções, marcas e identidade visual do Banco do Nordeste para aten-
CAPÍTULO VI der a interesses político-partidários.
NAS RELAÇÕES COM O PODER PÚBLICO
CAPÍTULO VII
Art. 11 O relacionamento com o Setor Público e seus agentes NAS RELAÇÕES COM ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO,
deve ser norteado pela discussão democrática e pelo estabeleci- FISCALIZAÇÃO E AUDITORIA
mento de parcerias institucionais, objetivando a implementação de
políticas, projetos e programas voltados para o desenvolvimento Art. 14 O relacionamento com os representantes de órgãos re-
sustentável da área de atuação do Banco do Nordeste. guladores e fiscalizadores, bem como com as equipes de auditoria
Parágrafo único: É vedada a realização de doações eleitorais, interna e externa, deve se dar de forma atenciosa, transparente,
financeiras ou não, a pessoas ou partidos políticos por parte do prestativa e respeitosa, sempre de acordo com os princípios e valo-
Banco do Nordeste. res éticos estabelecidos neste Código e procurando atender a even-
Art. 12 São exemplos de parâmetros a serem seguidos na defi- tuais solicitações de informação nos prazos estabelecidos.
nição da conduta em relação a agentes públicos ou políticos: Art. 15 O Banco do Nordeste comunica aos órgãos de con-
I- Relações de caráter institucional com agentes públicos, in- trole e de fiscalização, através da Unidade competente, de forma
dependentemente da posição hierárquica, devem ser conduzidas transparente e fidedigna, informações sobre situações ocorridas na
pela legalidade e transparência, em especial quanto ao seu objeto, empresa que afrontem o Código de Conduta da Alta Administração
finalidade e destino dos recursos envolvidos, bem como seguidas Federal, não se eximindo de realizar as apurações internas, no que
de rigorosa prestação de contas; couber.
II- Decisões originadas a partir de relacionamentos com o setor Art. 16 Quando solicitado por órgãos de fiscalização ou de re-
público devem ser isentas de preferências partidárias ou ideológi- gulação, o Banco do Nordeste concederá acesso aos documentos
cas, de forma a preservar a integridade do Banco do Nordeste; e às informações necessários à realização dos trabalhos, inclusive
III- Parcerias e eventuais destinações de recursos, reembolsá- aqueles classificados como sigilosos, observado o disposto na Lei
veis ou não, para o setor público devem ter sempre como objetivos de Acesso à Informação - LAI (Lei 12.527/2011) e na Lei Geral de
o aprimoramento dos serviços destinados à sociedade pelo gover- Proteção de Dados - LGPD (Lei 13.709/2018).
no, órgão ou entidade pública e o bem comum; Art. 17 É compromisso do público-alvo deste Código, quando
IV- O Banco do Nordeste respeita o direito individual dos seus solicitado, disponibilizar sempre a informação mais completa, atua-
administradores e demais membros dos órgãos estatutários, dos lizada, objetiva e clara possível aos órgãos de regulação e fiscaliza-
empregados e colaboradores de participar de assuntos e proces- ção, bem como às empresas de auditoria externa e às unidades de
sos políticos, porém eventuais manifestações de opinião e a própria auditoria interna.
participação política desse público devem ter caráter estritamente Art. 18 São consideradas condutas inadmissíveis apresentar, de
pessoal e ocorrer somente em seu tempo livre e às suas próprias maneira deliberada, informações incorretas, dar falsas declarações,
custas. e, em nenhuma hipótese, representarão o posicionamento destruir ou alterar registros e documentos potencialmente impor-
do Banco do Nordeste nem seu apoio institucional; tantes em processos de apuração ou investigação e até mesmo ten-
V- No relacionamento com agentes públicos ou políticos, sem- tar induzir ao erro auditores internos ou externos e representantes
pre considerar a percepção que a sociedade possa ter da condu- de órgãos de regulação e fiscalização.
ta adotada no caso concreto, assegurando-se de que não existam
dúvidas sobre a ética e a integridade individuais e as do Banco do CAPÍTULO VIII
Nordeste. NAS RELACÕES COM O MERCADO E COM OS
Art. 13 No relacionamento com agentes públicos, as seguintes CONCORRENTES
condutas são inadmissíveis:
I- Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vanta- Art. 19 A integridade, o respeito mútuo, a civilidade e a pro-
gem indevida a agente público ou político, ou a terceira pessoa a moção da concorrência justa e leal são compromissos permanentes
eles relacionada, bem como receber qualquer benefício, monetário nas relações de mercado ou entre concorrentes.
ou não, com a finalidade de dar cumprimento ao que já seria uma Art. 20 O Banco do Nordeste respeita a concorrência e proíbe
obrigação ou para fazer com que processos ou rotinas sejam indevi- que sejam divulgados ou disseminados por qualquer meio e sob
damente facilitados, abreviados, apressados ou mesmo suprimidos; qualquer pretexto, conceito, comentário ou boato que possa com-
II- Compactuar com fraudes em contratos de financiamento prometer a imagem de empresas do mercado ou prejudicá-las de
com governos, órgãos ou entidades públicas; alguma maneira, zelando pela proteção de informações e pelo res-
III- Servir a interesses particulares em detrimento do bem co- peito à reputação, opiniões e posicionamentos dos concorrentes.
mum ou colaborar para a apropriação indevida de recursos públicos
por entes privados;
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 21 O intercâmbio de dados, informações e experiências VIII- Confidencialidade e sigilo quando do eventual acesso a
com a concorrência deve ser conduzido de forma lícita, transpa- dados e informações do Banco do Nordeste, a qualquer tempo, no
rente e fidedigna, preservando os princípios do sigilo bancário e os desenvolvimento das suas atividades como fornecedor, prestador
interesses do Banco do Nordeste. de serviços ou parceiro;
IX- Que seus empregados ou representantes sejam orientados
CAPÍTULO IX a respeitar os princípios éticos e as diretrizes de conduta definidos
NAS RELACÕES COM A SOCIEDADE E AS COMUNIDADES neste Código, bem como as normas operacionais do Banco do Nor-
deste.
Art. 22 Nos relacionamentos com a sociedade em geral e, em Art. 26 No relacionamento com fornecedores, prestadores de
particular, junto às comunidades em que o Banco do Nordeste atua, serviços e parceiros, são condutas vedadas ao público-alvo deste
o público-alvo deste Código deve-se primar pelo respeito às seguin- Código:
tes diretrizes: I- Condicionar a contratação de empresa ou a celebração de
I- Valorizar os vínculos estabelecidos entre o Banco do Nordes- parceria, bem como a manutenção dessas relações à obtenção de
te e as comunidades em que atua, respeitando os valores culturais benefício que extrapole os interesses do Banco do Nordeste, à rea-
existentes no local; lização de negócio do qual possam resultar vantagens ou benefícios
II- Desenvolver sua atuação com integridade e transparência, pessoais ou para terceiros, à admissão pela contratada ou parceira
cultivando a credibilidade junto à população de forma permanente de qualquer profissional indicado por si próprio ou por outro mem-
e influenciando positivamente a sociedade; bro ou empregado ou à participação em acordos ou práticas que
III- Levar em consideração, em todas as decisões, os impactos caracterizem conflito de interesses reais ou aparentes para os en-
que elas trarão às comunidades e ao meio ambiente e buscar sem- volvidos, de qualquer uma das partes;
pre a promoção do desenvolvimento sustentável nas ações desen- II- Prestar qualquer favor ou serviço remunerado a fornecedo-
volvidas; res, prestadores de serviços ou parceiros com os quais mantenham
IV- Considerar os princípios e diretrizes da Política de Respon- relação por força das suas atividades no Banco do Nordeste;
sabilidade Social, Ambiental e Climática (PRSAC) como premissa na III- Propor disposições contratuais ou termos de parceria que
definição de políticas corporativas, programas de financiamento e afrontem ou minimizem a dignidade, a qualidade de vida e o bem-
nas iniciativas de um modo geral. -estar dos empregados das empresas fornecedoras, prestadoras de
serviços ou parceiras.
CAPÍTULO X
NAS RELACÕES COM FORNECEDORES E PARCEIROS CAPÍTULO XI
NAS RELACÕES COM A IMPRENSA E DEMAIS ÓRGÃOS DE
Art. 23 O Banco do Nordeste pauta seu relacionamento com COMUNICAÇÃO
fornecedores, prestadores de serviços e parceiros pelo comparti-
lhamento dos padrões morais, éticos e de integridade constantes Art. 27 O Banco do Nordeste valoriza e respeita a imprensa e
deste Código. demais órgãos de comunicação, reconhecendo que são meios fun-
Art. 24 A seleção de fornecedores e prestadores de serviços damentais para a disseminação dos princípios e valores da Institui-
é realizada com imparcialidade e transparência, de forma a nunca ção, bem como de fatos relevantes, produtos e serviços, iniciativas,
existir favorecimento de qualquer espécie, procurando sempre ga- realizações, resultados alcançados e do conhecimento gerado inter-
rantir a pluralidade e a livre concorrência entre eles, bem como a namente, permitindo a visibilidade pública.
qualidade e a viabilidade socioeconômica dos serviços prestados e Art. 28 O Banco do Nordeste prima por uma relação transpa-
dos produtos fornecidos. rente, independente, ágil e respeitosa com a imprensa e demais
Art. 25 São exigidos dos fornecedores e prestadores de servi- órgãos de comunicação e, por meio de seus representantes deno-
ços, bem como de eventuais parceiros: minados porta-vozes, compromete-se em prestar as informações
I -A adesão ao conjunto de princípios, valores e condutas éticas produzidas ou custodiadas pela Instituição sempre de forma clara,
e de integridade do Banco do Nordeste; precisa, confiável e oportuna, preservando aquelas consideradas
II- O respeito aos direitos humanos e à legislação vigente; confidenciais e estratégicas.
III- O cumprimento das exigências trabalhistas, ambientais, § único O público alvo deste código deve respeitar a compe-
previdenciárias, fiscais e de segurança do trabalho; tência restrita dos porta-vozes para atender a demanda de informa-
IV- Um padrão de integridade representado pela adoção das re- ções pela mídia, conforme disposto na Política de Porta- Vozes do
gulamentações referentes à prevenção e ao combate à corrupção; Banco do Nordeste.
V- A não utilização de trabalho infantil, escravo ou em condi- Art. 29 A publicidade, os pronunciamentos e a disponibilização
ções degradantes, inclusive na cadeia produtiva de seus fornece- de informações institucionais devem ser impessoais e não podem
dores; resultar em qualquer espécie de promoção pessoal.
VI- O não envolvimento em práticas que possam, de qualquer
modo, contribuir para a disseminação do proveito criminoso da
prostituição;
VII- Responsabilidade socioambiental e compromisso com a
sustentabilidade de suas atividades;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
XV- Comunicar às áreas competentes pressão ou assédio de XXXI- Assegurar que informações pessoais, inclusive médicas e
qualquer pessoa cujo interesse conflite com os do Banco do Nor- sobre benefícios, a que tenham conhecimento em razão do cargo
deste; ou função, sejam manuseadas com o cuidado e a reserva necessá-
XVI- Contribuir para manutenção de ambiente de trabalho sau- ria, devendo ficar restritas ao conhecimento daqueles que precisem
dável baseado em respeito, solidariedade, honestidade, harmonia, das informações para a realização de suas atividades no Banco.
autodesenvolvimento, espírito de equipe, cidadania e no comparti- Art. 32 São condutas vedadas nas relações de trabalho, presen-
lhamento de conhecimentos em prol do Banco; ciais, virtuais ou remotas:
XVII- Colaborar para um ambiente de trabalho livre de ofensas, I O uso do cargo ou função, de facilidades, de amizades, de
difamação, exploração, discriminação, repressão, intimidação, assé- tempo, de posição ou de influências, para obter qualquer favoreci-
dio e violência verbal ou não verbal; mento, para si ou para outrem;
XVIII- Compartilhar com os demais colegas os conhecimentos e II- Prejudicar deliberadamente a reputação de administrado-
as informações necessárias ao exercício das atividades próprias da res, empregados e colaboradores do Banco do Nordeste, agentes
instituição, respeitadas as normas relativas ao sigilo; públicos de órgãos e entidades federais, estaduais ou municipais e
XIX- Não permitir que interesses de ordem pessoal, simpatias de cidadãos que deles dependam, bem como de clientes, parceiros,
ou antipatias interfiram no trato com colegas, público em geral e no fornecedores e concorrentes;
andamento dos trabalhos; III- Ser, mesmo que em função de seu espírito de solidariedade,
XX- Não prejudicar deliberadamente, no ambiente de trabalho conivente com erro ou infração a este Código de Conduta Ética e
ou fora dele, por qualquer meio, a imagem da instituição ou a repu- Integridade;
tação dos administradores, demais membros dos órgãos estatutá- IV- Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício
rios, empregados e colaboradores; regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral
XXI- Notificar à área responsável sobre quaisquer ocorrências ou material;
que possam oferecer risco à saúde e/ou integridade física sua ou V- Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu al-
de outrem; cance ou do seu conhecimento para cumprimento de suas respon-
XXII- Aceitar e respeitar opiniões divergentes e de caráter cons- sabilidades funcionais ou execução de suas atividades;
trutivo, agindo continuamente para prevenir e solucionar eventuais V- IPermitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos,
conflitos; paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o
XXIII- Promover a união de esforços entre as diversas unidades, público ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;
dispondo-se sempre a compartilhar conhecimentos e informações VII- Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer
nos trabalhos conjuntos, contribuindo, dessa forma, para a manu- tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou
tenção de um ambiente amplamente cooperativo; vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pes-
XXIV- Para todos aqueles que intervenham em processos de soa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outra
contratação, seleção e/ou promoção profissional, seja qual for a sua pessoa para o mesmo fim;
posição, agir com objetividade técnica em todas as suas interven- VIII- Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva enca-
ções e decisões, atuando com respeito aos regulamentos vigentes minhar para providências;
e com o único objetivo de identificar as pessoas mais adequadas ao IX- Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do
perfil e necessidades da função a preencher, promovendo a todo o atendimento do Banco do Nordeste;
tempo e circunstâncias a igualdade de oportunidades, observando- X- Desviar empregados ou colaboradores para atendimento a
-se os interesses institucionais; interesse particular;
XXV- Respeitar os direitos autorais e a legislação específica so- XI- Retirar das instalações do Banco do Nordeste, sem estar
bre propriedade intelectual, tanto das produções do Banco do Nor- legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem perten-
deste como de terceiros; cente ao Banco ou a terceiros;
XXVI- Praticar o diálogo e a cooperação com os públicos de re- XII- Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito
lacionamento do Banco do Nordeste, recepcionando críticas e su- interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de ami-
gestões de melhoria, respondendo corretamente e com rapidez às gos ou de terceiros;
dúvidas apresentadas e procurando, a partir dessas condutas, agre- XIII- Apresentar-se embriagado ou sob o efeito de substâncias
gar continuamente valor a produtos e serviços; ilícitas no serviço ou fora dele habitualmente;
XXVII- Cumprir este Código e as normas internas a ele relacio- XIV- Cooperar com qualquer instituição que atente contra a
nadas, agindo de acordo com os princípios e valores éticos e de in- moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana;
tegridade aqui apresentados e escolhendo sempre, diante de mais XV- Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a
de uma opção, a melhor para o Banco e para a sociedade; empreendimentos de cunho duvidoso.
XXVIII- Adotar os mais elevados padrões de profissionalismo, Parágrafo único: É vedado ao Presidente e aos Diretores do
integridade e comportamento ético no seu cotidiano, utilizando-se Banco do Nordeste opinar publicamente a respeito:
dessa conduta como elemento básico e norteador de suas respon- I- Da honorabilidade e do desempenho funcional de outra au-
sabilidades funcionais; toridade pública federal; e
XXIX- Conhecer e difundir, inclusive por meio das próprias atitu- II Do mérito de questão que lhe será submetida, para decisão
des, os valores e princípios contidos neste Código; individual ou em órgão colegiado.
XXX- Comunicar imediatamente quaisquer suspeitas, tentativas
ou práticas de atos ilícitos ou condutas inapropriadas que afrontem
o disposto neste Código, por meio dos canais de denúncias apresen-
tados no Artigo 62.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
CAPÍTULO XIII IX- Curtir ou compartilhar comentário, feito por terceiro, que
DO COMPORTAMENTO NAS REDES E MÍDIAS SOCIAIS atente contra os princípios e valores deste Código ou que seja ofen-
sivo ao Banco do Nordeste, por poder se constituir em ato lesivo à
Art. 33 O público-alvo deste Código e todos aqueles que atuam honra e à reputação institucional;
ou prestam serviços em nome ou para o Banco do Nordeste deve- X- Produzir e/ou divulgar informações e notícias que deveria
rão aplicar, no que couber, os dispositivos contidos neste Código saber ser falsa.
sempre que se identificarem ou forem identificáveis como vincula-
dos a essa Instituição em redes e mídias sociais. CAPÍTULO XIV
Art. 34 O Banco do Nordeste respeita e valoriza o direito à li- DAS RESPONSABILIDADES ADICIONAIS DA ALTA
vre expressão, porém é essencial que cada um esteja consciente ADMINISTRAÇÃO
de que seu comportamento em redes e mídias sociais, ainda que
em interações de caráter pessoal, pode comprometer a imagem, a Art. 37 A Alta Administração, composta pelos membros do Con-
reputação e a integridade institucionais. selho de Administração, presidente e diretores, baseada na crença
Parágrafo único: Redes e mídias sociais devem ser utilizadas de que suas ações e decisões não apenas são exemplos para todos
com responsabilidade, empatia e compromisso com a ética e a in- os empregados e colaboradores, mas que também ajudam a com-
tegridade institucionais. por a imagem do Banco do Nordeste perante o mercado e a socie-
Art. 35 Nas interações em redes e mídias sociais, o público-alvo dade, deve enxergar-se e atuar como a principal responsável pela
deste Código deve observar as seguintes orientações: promoção da cultura ética e de integridade dentro da instituição.
I- Ter a consciência de que é responsável por tudo o que publica Art. 38 Baseados na premissa de que o exemplo vem de cima,
ou compartilha nas redes e mídias sociais; os membros da Alta Administração do Banco do Nordeste devem
II- A má conduta no mundo virtual se compara e equivale àque- também:
la realizada no mundo real e pode até ser mais grave em razão da I- Entender e assumir que são os principais vetores de promo-
publicidade que pode ser alcançada; ção da cultura ética e da integridade no Banco do Nordeste;
III- Respeitar os outros usuários da rede e suas opiniões e con- II- Incentivar e monitorar a promoção da cultura ética e, em to-
vicções, mesmo em caso de discordância; dos os momentos, demonstrar de forma inequívoca e contundente,
IV- Ser o primeiro a tentar corrigir eventual erro cometido nas por meio de suas ações e decisões, o compromisso com a ética e a
suas interações virtuais, estando pronto para, se for o caso, recuar integridade e a não tolerância à má conduta;
e desculpar-se; III- Adotar postura ética exemplar no relacionamento com em-
V- Entender que o fato de as redes e mídias sociais permitirem pregados e colaboradores, com terceiros, com autoridades públicas
que qualquer pessoa publique o que pensa na Internet não dá a ela e com clientes, usuários, fornecedores e parceiros da instituição e
o direito de ofender, maltratar, ameaçar, discriminar, violar direitos solicitar que todos os empregados e colaboradores da instituição
autorais, revelar informações confidenciais ou sigilosas ou prejudi- também o façam, procurando garantir que a promoção dos mais
car pessoas e instituições. altos padrões de ética e de integridade seja uma preocupação cons-
Art. 36 São práticas inadmissíveis nas interações em redes e tante dentro da instituição;
mídias sociais: IV- Patrocinar o Plano de Trabalho Anual da Comissão de Ética,
I- Acessar imoderadamente as redes e mídias sociais no am- bem como o Programa de Integridade perante os públicos interno e
biente de trabalho para fins não relacionados às suas atribuições externo, destacando recursos humanos, financeiros e materiais su-
institucionais; ficientes para o desenvolvimento e execução de ambos e solicitan-
II- Criar perfis relacionados ou que façam menção ao Banco do do o comprometimento efetivo de todos os empregados, colabora-
Nordeste ou a alguma de suas unidades sem a expressa autorização dores e partes interessadas, para o fortalecimento de um ambiente
da Superintendência de Marketing e Comunicação; ético e íntegro no Banco do Nordeste;
III- Usar a identidade visual do Banco do Nordeste e/ou de seus V- Participar ou manifestar, de forma sistemática, apoio em to-
produtos e iniciativas em perfis pessoais ou de grupos; das as fases de desenvolvimento e execução do Plano de Trabalho
IV- Falar em nome da empresa, sem a devida designação for- Anual da Comissão de Ética e do Programa de Integridade do Banco
mal; do Nordeste, tomando para si a responsabilidade de também fo-
V- Ofender a honra do Banco do Nordeste, seus administrado- mentar a cultura ética, as políticas corporativas de integridade e o
res e demais membros dos órgãos estatutários, empregados, cola- respeito às leis dentro e fora da instituição;
boradores, parceiros, fornecedores ou concorrentes; VI- Promover o engajamento dos gestores do Banco do Nor-
VI- Divulgar ou tratar informações de natureza interna, confi- deste na criação de uma cultura institucional de ética e integrida-
dencial ou protegidas por sigilo em canais de comunicação não ho- de, criando mecanismos para encorajar, reforçar e disseminar esse
mologados pelo Banco do Nordeste; comprometimento em todos os níveis da hierarquia organizacional;
VII- Obrigar quem quer seja a participar de grupos de discus- VII- Procurar garantir que o Banco do Nordeste seja tão trans-
são ou de aplicativos de mensagens instantâneas não institucionais, parente quanto possível sobre todas as decisões, ações, planos,
uma vez que, se o canal de comunicação a ser utilizado não é do projetos, iniciativas, orçamentos, despesas e resultados, fornecen-
Banco do Nordeste, a eventual participação deve ser sempre vo- do às partes interessadas e à sociedade em geral informações que
luntária; permitam sua colaboração no desenvolvimento, acompanhamento
VIII- Divulgar fotos, vídeos ou textos que possam comprometer e avaliação das atividades institucionais, como forma de demons-
ou expor a vida privada de administradores e demais membros dos trar sua atuação sempre em conformidade com o interesse público;
órgãos estatutários, empregados, colaboradores, clientes, parceiros
ou fornecedores do Banco do Nordeste;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
I- Não haja interferência em suas atividades e responsabilida- à intenção de obter ganhos indevidos ou de recompensar alguém
des perante o Banco do Nordeste e seja compatível com seu horário pelo cumprimento de uma obrigação inerente ao cargo ou função
de trabalho; ocupada, nem caracterize troca de favores ou benefícios.
II- Não acarrete nem possa acarretar dano à reputação ou à V- Quando ofertados por autoridades estrangeiras, nos casos
imagem do Banco do Nordeste; protocolares em que houver reciprocidade ou em razão do exercício
III- Não sejam divulgadas ou utilizadas informações privilegia- de funções diplomáticas.
das obtidas em função do desempenho de suas atividades no Banco Art. 45 Na participação, por interesse institucional, em congres-
do Nordeste, observado o disposto no inciso III do Artigo 49; sos, seminários e eventos similares, a cobertura dos custos caberá
IV- Não sejam utilizados os recursos materiais e humanos pos- ao Banco do Nordeste, sendo vedado o recebimento de qualquer
tos a sua disposição para o desempenho de suas atividades no Ban- hospitalidade ou remuneração oferecida por terceiros.
co do Nordeste. Parágrafo único: Poderão ser custeados inscrição, passagem,
hospedagem e traslados, pela organização do evento, desde que
CAPÍTULO XVII não se trate de benefício exclusivo ao Banco do Nordeste ou nos
DOS PRESENTES, BRINDES E HOSPITALIDADES casos em que essas despesas forem providas por governo estran-
geiro e suas instituições, por organismos internacionais ou institui-
Art. 44 É vedado exigir, pedir, inclusive mediante insinuação, ções acadêmicas, científicas ou culturais, que não tenham interesse
oferecer, ou aceitar qualquer tipo de favor, presente, comissão, aju- em decisão ou atos dos participantes do Banco do Nordeste ou de
da financeira, vantagem, contribuição, cortesia, compensação, do- colegiados dos quais estes participem.
ação, recompensa, gratificação, prêmio ou convites pessoais para
viagens, hospedagens e entretenimento para si, para familiares ou CAPÍTULO XVIII
para terceiros, para o cumprimento da sua missão ou para influen- DOS BENS E RECURSOS DO BANCO DO NORDESTE
ciar outro agente público para o mesmo fim.
§1º Podem ser aceitos ou oferecidos brindes que: Art. 46 O patrimônio, as instalações e os recursos materiais,
I- Sejam distribuídos de forma generalizada a título de propa- técnicos e financeiros do Banco do Nordeste devem ser utiliza-
ganda, promoção institucional, divulgação habitual ou por ocasião dos de forma legal, zelosa, sustentável e primordialmente para o
de eventos especiais ou datas comemorativas de caráter histórico cumprimento das atribuições que atendam aos propósitos insti-
ou cultural e que possuam valor unitário menor do que um por cen- tucionais, bem como protegidos de danos, manuseio inadequado,
to do teto remuneratório previsto no inciso XI do caput do art. 37 perdas ou extravios, evitando e combatendo toda forma de uso in-
da Constituição; devido, abuso e desperdício.
II- Não possuam valor comercial. Art. 47 É vedada a utilização da infraestrutura, instalações,
§2º Independentemente das hipóteses previstas no § 1º, não equipamentos, redes de dados, canais de comunicação, recursos
pode ser aceito brinde distribuído por uma mesma pessoa, empre- humanos, materiais e de tecnologia da informação (correio eletrô-
sa ou entidade a intervalos menores do que doze meses. nico, Internet, Intranet, sistemas, aplicativos etc.) do Banco do Nor-
§3º Se o valor do brinde ultrapassar o valor mencionado o inci- deste para atividades ou assuntos político-partidários, religiosos ou
so I do §1º acima, será ele tratado como presente, aplicando-se-lhe, de interesse comercial próprio ou de terceiros.
em caso de impossibilidade de recusa ou de devolução imediatas,
uma das seguintes providências: CAPÍTULO XIX
I- Tratando-se de bem de valor histórico, cultural ou artístico, DA SEGURANÇA E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
destiná-lo ao acervo do Banco do Nordeste para que este lhe dê o
destino adequado; Art. 48 São compromissos do público-alvo deste Código:
II- Promover a sua doação a entidade de caráter assistencial I- Proteger a informação de forma a garantir sua integridade,
ou filantrópico reconhecida como de utilidade pública, desde que, confidencialidade e disponibilidade, conforme o caso;
tratando-se de bem não perecível, se comprometa a aplicar o bem II- Preservar a segurança da informação, abstendo-se de tratar
ou o produto da sua alienação em suas atividades-fim; ou de assuntos sigilosos, de uso interno do Banco, em salas de con-
III- Determinar a incorporação ao patrimônio do Banco do Nor- versação, fóruns de discussão, redes e mídias sociais, plataformas
deste. de videoconferência e serviços de comunicação com acesso pela
§4º Somente é permitido receber valor monetário, presente ou internet não autorizados pelo Banco;
brinde acima do limite estabelecido nas seguintes situações: III- Resguardar as informações privilegiadas, relevantes ao pro-
I- Quando procedentes de programas ou iniciativas de reconhe- cesso de decisão no âmbito do Banco do Nordeste que tenham ou
cimento interno do Banco do Nordeste. possam ter repercussão econômica ou financeira e que não sejam
II- Quando oriundos de campanhas promocionais da CAPEF ou de amplo conhecimento público, obtidas tanto no exercício de suas
da CAMED destinadas aos participantes e beneficiários respectiva- atribuições, quanto por meio casual, em virtude da falta de discri-
mente. ção ou cuidado de pessoas obrigadas a guardar;
III- Quando se configurarem como prêmio concedido em razão IV- Preservar a privacidade, proteger e tratar com sigilo os da-
de concurso de acesso público a trabalho de natureza acadêmica, dos pessoais e demais informações pertinentes a clientes, forne-
científica, tecnológica ou cultural. cedores, prestadores de serviços e demais parceiros, obtidos em
IV- Em razão de laços de amizade ou coleguismo entre em- decorrência do relacionamento empresarial, fazendo uso apenas
pregados ou colaboradores por ocasião de datas comemorativas para fins apropriados e legalmente permitidos;
ou de confraternização, a exemplo de aniversários, despedidas e
movimentações de pessoal, desde que a oferta não seja atrelada
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
V- Abster-se de consultar o cadastro, as contas de depósitos (à Art. 53 A Comissão de Ética do Banco do Nordeste é composta
vista ou vinculadas) e aplicações de empregados ou de correntistas por 3 (três) membros titulares, com respectivos suplentes, todos
sem que seja por necessidade do serviço, preservando o sigilo ca- escolhidos entre os empregados do quadro permanente e em ati-
dastral, bancário, empresarial e profissional; vidade no Banco.
VI- Prestar esclarecimentos fidedignos, quando solicitado, nos §1º Dois membros titulares e dois suplentes são designados
prazos estabelecidos em legislação. pelo Presidente do Banco do Nordeste.
§2º Um membro titular e um suplente são escolhidos pelos
CAPÍTULO XX empregados do Banco do Nordeste, respectivamente o primeiro e
DA GESTÃO DA ÉTICA E DA INTEGRIDADE o segundo mais votados em eleição direta conduzida pelo Banco e
realizada a cada três anos
Art. 49 A gestão da ética no Banco do Nordeste é conduzida §3º Compete ao Presidente do Banco do Nordeste designar,
pela Comissão de Ética e por sua Secretaria Executiva, ambas cons- dentre os componentes, o presidente da Comissão.
tituídas nos termos da legislação pertinente, em especial o Decreto §4º O mandato dos membros da Comissão é de três anos, não
nº 6.029/2007 e a Resolução nº 10/2008 da Comissão de Ética Pú- coincidentes, permitida apenas uma recondução.
blica da Presidência da República (CEP). §5ºA atuação na Comissão de Ética é considerada prestação de
Parágrafo único: As normas e procedimentos que orientam os relevante serviço público e não enseja qualquer remuneração, de-
trabalhos da Comissão de Ética estão consolidados no seu Regimen- vendo ser registrada nos assentamentos funcionais do empregado.
to Interno. §6º Os trabalhos da Comissão de Ética são considerados prio-
Art. 50 Dentre as atribuições da Comissão de Ética do Banco do ritários sobre as atribuições próprias do cargo ou função dos seus
Nordeste, destacam-se: membros, quando estes não atuarem com exclusividade na Comis-
I- Na dimensão educativa, recomendar, acompanhar e avaliar são.
o desenvolvimento de ações objetivando a disseminação, capaci- §7º O registro nos assentamentos funcionais do empregado
tação e treinamento sobre as normas de ética, bem como a divul- pode ocorrer também para o Secretário-Executivo da Comissão de
gação e implementação deste Código, em parceria com as demais Ética e para aquelas pessoas que, a juízo de seus membros, tenham
unidades competentes; prestado relevante serviço à Comissão.
II- Apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desa- §8º A infração de natureza ética cometida por membro da Co-
cordo com as normas éticas pertinentes, aplicando as consequen- missão de Ética será apurada pela Comissão de Ética Pública da Pre-
tes medidas preventivas e punitivas, conforme disciplinado no Ca- sidência da República.
pítulo XXIII; Art. 54 Aos membros da Comissão de Ética do Banco do Nor-
III- Atuar como instância consultiva e orientativa em questões deste, titulares e suplentes, será assegurada inamovibilidade de lo-
relacionadas a este Código; tação e função em comissão durante o mandato e após o fim de seu
IV- Dirimir dúvidas atinentes à interpretação deste Código e das mandato por até12 (doze) meses, conforme parágrafo único.
normas que versem sobre questões éticas e deliberar sobre casos Parágrafo único: Caso o período do mandato seja inferior a três
omissos; anos, será calculado tempo de asseguramento de forma proporcio-
V- Supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta nal ao tempo de exercício como membro na Comissão de Ética, li-
Administração Federal e comunicar à Comissão de Ética Pública mitado ao período de 12 meses.
(CEP) a ocorrência de fatos que possam configurar descumprimen- Art. 55 Os membros da Comissão de Ética e de sua Secretaria
to de suas normas; Executiva terão assistência jurídica interna durante o mandato e por
VI- Representar o Banco do Nordeste na Rede de Ética do Poder período indeterminado posterior ao mandato, ainda que desligados
Executivo Federal. dos quadros de empregados da empresa, acaso demandados admi-
Art. 51 A representação, a denúncia ou qualquer outra deman- nistrativa ou juridicamente por atos seus nesta qualidade.
da deve ser encaminhada por meio dos canais apresentados no Ar- Art. 56 O funcionamento da Comissão de Ética é estabelecido
tigo 62. em Regimento Interno aprovado pela própria Comissão.
§1º Quando o autor da demanda não se identificar, a Comissão Art. 57 As orientações e diretrizes para estruturação, efetivação
de Ética poderá acolher os fatos narrados para fins de instauração, e melhoria contínua do Programa de Integridade são apresentadas
de ofício, de procedimento investigatório, desde que contenha in- na Política de Integridade e Ética do Banco do Nordeste.
dícios suficientes da ocorrência da infração ou, em caso contrário, Parágrafo único: O Programa de Integridade do Banco do Nor-
determinar o arquivamento sumário. deste consiste no conjunto de mecanismos e procedimentos inter-
§2º Compete à Comissão de Ética analisar as ocorrências de nos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregulari-
descumprimento deste Código no que concerne à dimensão da éti- dade e na aplicação efetiva deste Código, das normas de conduta e
ca e decidir pela abertura do respectivo processo de apuração ou das políticas e diretrizes institucionais, com o objetivo de detectar
pelo encaminhamento da demanda às áreas internas competentes, e sanar desvios, fraudes, irregularidades e atos ilícitos praticados
no caso de tema ou infração de outra natureza. contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
§3º A Comissão de Ética fica obrigada a preservar o sigilo de Art. 58 A gestão da integridade no Banco do Nordeste ocorre
quaisquer informações a que tenha acesso. de forma distribuída e envolve coordenação e a utilização de meca-
Art. 52 São princípios fundamentais no trabalho desenvolvido nismos e procedimentos pelas diversas áreas da Instituição.
pelos membros da Comissão de Ética: Parágrafo único: O Ambiente de Controles e Internos e Com-
I- Preservar a honra e a imagem da pessoa investigada; pliance é a instância colegiada responsável pela coordenação das
II- Proteger a identidade do denunciante; ações da Política de Integridade e Ética do Banco do Nordeste, sub-
II-I Atuar de forma independente e imparcial. missão de atualizações dessa política e do Programa de Integridade
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à Diretoria Executiva, bem como de eventuais fragilidades, opor- §1º Da aplicação da censura decorrem as seguintes consequ-
tunidades de melhoria e ações necessárias ao aprimoramento dos ências, além de outras que venham a ser criadas por normativos
mecanismos e procedimentos de integridade. internos:
I- Não recebimento de promoção por mérito no processo em
CAPÍTULO XXI curso ou subsequente à decisão da Comissão de Ética do Banco do
DAS DENÚNCIAS Nordeste, conforme o caso;
II- Comunicação à Comissão de Ética Pública (CEP), com o nome
Art. 59 Qualquer pessoa pode apresentar denúncia relativa a do empregado censurado, para registro em seu banco de dados,
comportamentos que infringem o estabelecido neste Código. para fins de consulta pelos órgãos ou entidades da administração
§1º O Banco do Nordeste disponibiliza canais que possibilitam pública federal em casos de nomeação para cargo em comissão ou
o recebimento de denúncias internas e externas relativas ao des- de alta relevância pública;
cumprimento deste Código e das demais normas internas e obriga- III- Registro da penalidade nos assentamentos funcionais, pelo
cionais ou situações com indício de ilicitude de qualquer natureza, prazo de 3 (três) anos, contados da data em que a decisão se tornou
relacionadas às atividades da Instituição. definitiva, após o qual deverá ser retirado, caso o empregado cen-
§2º A Política de Proteção ao Denunciante é parte integrante surado não tenha praticado nova infração ética.
do Código de Conduta Ética e de Integridade do Banco do Nordeste §2º A Comissão de Ética do Banco do Nordeste dará publicida-
e possui mecanismos de proteção que impedem qualquer espécie de das decisões que resultar em sanção, em recomendação ou em
de retaliação a pessoa que utilize o canal de denúncias. ACPP, de forma resumida, com omissão dos nomes dos envolvidos,
Art. 60 A denúncia deverá conter: através de ementa, no sítio eletrônico do Banco do Nordeste na in-
I -Identificação opcional do denunciante; ternet.
II- Identificação do denunciado; §3º A Comissão de Ética manterá banco de dados com as san-
III- Descrição detalhada dos fatos; ções aplicadas nos últimos três anos, que deverá ser consultado
IV- Apresentação dos elementos de prova ou indicação de onde para fins de nomeação para o exercício de função em comissão.
podem ser encontrados. §4º A penalidade de Censura Ética será aplicada independente-
Art. 61 Os responsáveis pelo tratamento de denúncias com- mente de outras sanções, legais ou administrativas, determinadas
prometem-se a garantir o anonimato do denunciante quando este por outras áreas competentes.
assim o desejar. Art. 64 No caso dos membros da Comissão de Ética do Banco
do Nordeste, Secretaria da Comissão de Ética, da alta administração
CAPÍTULO XXII (presidente e diretores), além de membros do Conselho de Admi-
DOS CANAIS DE DENÚNCIA nistração e Fiscal, a competência para apuração e aplicação de san-
ções éticas é da Comissão de Ética Pública (CEP).
Art. 62 Os canais de denúncia do Banco do Nordeste são: Art. 65 No caso dos colaboradores sujeitos às normas deste có-
I- E-mail: comissaodeetica@bnb.gov.br ou ouvidoria@bnb.gov. digo, que não sejam empregados do Banco do Nordeste, compete
br ou superauditoriabnbdenuncias@bnb.gov.br ou comitedeAudi- à Comissão de Ética do Banco do Nordeste, tão somente proceder
toria@bnb.gov.br; a devida apuração dos fatos, sem aplicação de penalidade, com o
II- Telefones: Comissão de Ética (85) 3251-7693/ (85) 3251- envio do resultado ao gestor do contrato, reservando cópia ao Pre-
7694 ou Ouvidoria0800 033 3033. Para pessoas com deficiência sidente do Banco do Nordeste, para as providências cabíveis, junto
auditiva: 0800 033 3031; à empresa a qual o colaborador pertence.
III- Carta: Comissão de Ética - Av. Doutor Silas Munguba, 5.700 Art. 66 Pela infringência às disposições legais, normas e regu-
– Polo de Lazer – Passaré – Fortaleza – CE – CEP: 60.743-902; lamentos do Banco, e após conclusão de procedimento disciplinar
IV- Presencial, na sala da Comissão de Ética, no endereço cons- pelo envolvimento na irregularidade, o empregado, de acordo com
tante do inciso III acima, mediante agendamento com a Secretaria a natureza e a gravidade, poderá sofrer punições disciplinares, sem
Executiva da Comissão; e prejuízo, quando for o caso, da aplicação de responsabilização pe-
V- Para denúncias de assédio sexual: (85) 99857-0268. cuniária.
Art. 67 As punições disciplinares são:
CAPÍTULO XXIII I- Repreensão: aplicada para condutas que descumpram deve-
DAS SANÇÕES res funcionais, sem indícios de dolo ou má-fé, de gradação leve e
que não justifique imposição de penalidade mais grave;
Art. 63 O descumprimento ao disposto neste Código no tocante II- Advertência: aplicada em caso de reincidência de conduta
aos aspectos éticos ocasionará a aplicação da penalidade de Censu- anteriormente punida com repreensão ou nas hipóteses de des-
ra Ética, após o devido Processo de Apuração Ética (PAE), assegu- cumprimento de qualquer das vedações ou deveres funcionais pre-
rando-se o contraditório e a ampla defesa, sem prejuízo de outras vistos em lei, regulamentação ou norma interna que não justifique
providências a cargo da Comissão de Ética do Banco do Nordeste, imposição de penalidade mais grave;
cumulativamente ou não, tais como: III- Suspensão: aplicada em caso de reincidência das faltas pu-
I- Recomendação de dispensa de função de confiança; nidas com advertência, nas ocorrências de gradação média, ou de
II- Outras medidas necessárias para evitar ou sanar desvios éti- violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita
cos, lavrando, se for o caso, o Acordo de Conduta Pessoal e Profis- à penalidade de rescisão contratual por justa causa. É expressa pelo
sional – ACPP compulsório afastamento de empregado do exercício de suas ativi-
dades por período de até 30 (trinta) dias;
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Divulgação adequada e fidedigna de informações constantes Oferta de novos produtos ou serviços relevantes;
da seção “Divulgação” deste nor-mativo. Modificações relevantes nos produtos, nos serviços, nas ativi-
O Comitê de Sustentabilidade, Riscos e de Capital, com as se- dades ou nos processos do Banco;
guintes competências: Mudanças significativas no modelo de negócios do Banco;
Propor recomendações ao Conselho de Administração sobre Reorganizações societárias significativas;
o estabelecimento e a revisão daPRSAC; Mudanças políticas, legais, regulamentares, tecnológicas, ou
Avaliar o grau de aderência das ações implementadas à PRSAC de mercado, incluindo alterações significativas nas preferências
e, quando necessário, propor re-comendações de aperfeiçoamento; de consumo que impactem de forma relevante os negócios da
Manter registro das recomendações relativas aos dois itens instituição, tanto positiva quanto negativamente;
imediatamente anteriores. Alterações relevantes em relação à dimensão e à relevância da
O Conselho de Administração, com as seguintes competências: exposição ao risco social, ao riscoambiental e ao risco climático, de
Aprovar e revisar a PRSAC, com o auxílio da Diretoria de Pla- que tratam a Resolução CMN nº 4.557/2021.
nejamento e do Comitê de Sustenta-bilidade, Riscos e de Capital;
Assegurar a aderência do Banco do Nordeste à PRSAC e às ações AÇÕES COM VISTAS À EFETIVIDADE DA PRSAC
com vistas à sua efetividade; Para monitorar e avaliar a efetividade da Política de Res-
Assegurar a compatibilidade e a integração da PRSAC às de- ponsabilidade Social, Ambiental e Climática(PRSAC) foram insti-
mais políticas estabelecidas pela ins- tituição, incluindo políticas tuídos os seguintes mecanismos:
de crédito, de gestão de recursos humanos, de gerenciamento Índice de Cumprimento da PRSAC - conjunto de indicadores
deriscos, de gerenciamento de capital e de conformidade; de responsabilidade das unidades da Direção Geral, elaborados
Assegurar a correção tempestiva de deficiências relacionadas com participação das unidades responsáveis e do Ambiente de Pla-
à PRSAC; nejamento, devendo compor o Programa de Ação do Banco;
Estabelecer a organização e as atribuições do comitê responsá- Plano de Ação da PRSAC - conjunto de ações e iniciativas a se-
vel pela PRSAC no Banco do Nor- deste; rem implementadas pelas unidadesda Direção Geral com vistas a
Assegurar que a estrutura remuneratória do Banco não incenti- sanarem lacunas e / ou incorporarem avanços corporativos para
ve comportamentos incompatíveis com a PRSAC; efetivação dos princípios e diretrizes da PRSAC;
Promover a disseminação interna da PRSAC e das ações com Matriz de Responsabilidades PRSAC - as ações básicas de
vistas à sua efetividade. cumprimento da PRSAC distribuídas pelas unidades da DIRGE de
A Diretoria Executiva com a seguinte competência: acordo com suas respectivas atribuições.
Conduzir suas atividades em conformidade com a PRSAC e
com as ações implementadas comvistas à sua efetividade. CANAIS DE COMUNICAÇÃO
Os processos relativos ao estabelecimento da PRSAC e à imple- Dúvidas e sugestões relacionadas a esta Política e sua aplica-
mentação de ações com vistas à suaefetividade devem ser avaliados ção, devem ser encaminhadas ao endereço eletrônico: relaciona-
periodicamente pela Auditoria Interna. mento@bnb.gov.br.
Informações públicas acerca dessa Política estão disponíveis
DIVULGAÇÃO no link: https://www.bnb.gov.br/sustentabilidade/politica-de-res-
O Banco divulgará ao público externo, em local único e de fácil ponsabilidade-social-ambiental-e-climatica
identificação em seu sítio na internet, asseguintes informações:
A PRSAC; RESPONSÁVEIS PELO DOCUMENTO
As ações implementadas com vistas à efetividade da PRSAC, Elaboração: Célula de Estratégias de Sustentabilidade – Am-
bem como os critérios para a suaavaliação; biente de Políticas de Desenvolvimento Sus-tentável – Superinten-
A relação dos setores econômicos sujeitos a restrições nos ne- dência de Políticas de Desenvolvimento Sustentável.
gócios realizados em decorrência deaspectos de natureza social, de
natureza ambiental ou de natureza climática, quando existentes; Aprovação: Conselho de Administração Diretoria responsá-
A relação de produtos e serviços oferecidos que contribuam vel: Diretoria de Planejamento
positivamente em aspectos de natu- reza social, de natureza am-
biental ou de natureza climática, quando existentes;
A relação de pactos, acordos ou compromissos nacionais ou ESTRATÉGIA ASG (AMBIENTAL, SOCIAL E GOVERNANÇA):
internacionais de natureza social, de natureza ambiental ou de ESTRATÉGIA DE SUSTENTABILIDADE DO BANCO DO NOR-
natureza climática, dos quais o Banco seja participante, quando DESTE DO BRASIL
existentes;
Os mecanismos utilizados para promover a participação de
partes interessadas no processo deestabelecimento e de revisões A Estratégia ASG (Ambiental, Social e Governança) do Banco do
da PRSAC; Nordeste do Brasil representa um marco significativo em sua jorna-
Facultativamente, a avaliação das ações quanto à sua contribui- da para se tornar uma instituição financeira líder em sustentabili-
ção para a efetividade da PRSAC. dade e responsabilidade social. Esta estratégia é uma abordagem
multifacetada que permeia todas as operações e políticas do banco,
ATUALIZAÇÃO refletindo seu compromisso com o desenvolvimento sustentável da
A revisão da PRSAC deve ser feita no mínimo a cada três anos região Nordeste do Brasil.
ou quando da ocorrência de mudança re-gulatória ou eventos consi-
derados relevantes pelo Banco, incluindo:
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Os cartões mais utilizados são: Desde a entrada dos bancos virtuais, os clientes mudaram o
• Cartões de débito – Débito automático na conta do cliente relacionamento e o comportamento com os bancos, deixando a de-
do valor referente a compra. Segurança também para o estabele- pendência física das agências, passando a se comunicar pelo inter-
cimento, pois tem a certeza que o pagamento já saiu da conta do net banking e móbile banking na utilização dos serviços financeiros.
cliente.
• Cartão de crédito – Incentiva o consumo, pois o pagamento A experiência do usuário
de suas compras ocorrerá apenas no vencimento da fatura, inclusi- A experiência do usuário (user experience – UX) é o termo uti-
ve em parcelas. lizado para mencionar a relação de uma pessoa com um produto,
• Cartões múltiplos – Que exercem duas funções simultâneas serviço, objeto, etc. Essa relação de utilidade vai definir se a experi-
(débito e crédito). ência foi boa ou ruim.
Os bancos digitais tem concentrado todos os esforços para que
Mobile banking a experiências de seus clientes seja a melhor possível. Para isso, de-
É a tecnologia do banco voltada para a tela do celular ou outros senvolvem a todo momento, produtos e serviços que atendam às
dispositivos móveis, 365 dias por ano, permitindo a realização de necessidades dos usuários, tanto na forma de redução de burocra-
diversas transações financeiras através de aplicativos que são bai- cia de atendimento, facilidade e rapidez na solução de problemas,
xados em smartphones, relógios inteligentes, etc. realização de tarefas de maneira mais ágil.
Possibilita aos clientes rapidez e comodidade, devido acesso São produtos e serviços cada vez mais inovadores e tecnológi-
em qualquer localidade e sem a necessidade de idas as agências cos, que proporcionam aos clientes e as empresas geração de valor.
físicas; o que também reduz custos das instituições financeiras.
Segmentação e interações digitais
Open banking e o modelo de bank as a service Devido a facilidade de interação com a tecnologia, os usuários
Open Banking que mais crescem entre os clientes dos bancos digitais, são os jo-
É um conjunto de práticas que torna o cliente detentor de seus vens. Público que antigamente não se importava por assuntos de
dados financeiros, como por exemplo, datas e valores de transfe- dinheiro, tem se mostrado cada vez mais interessados nos produtos
rências, pagamentos, ou produtos que selecionou para investimen- e serviços dos bancos digitais, que prezam pela resolução de pro-
tos. O que proporciona inovação e concorrência entre os serviços blemas.
financeiros. Diferente dos bancos tradicionais, os virtuais trazem rapidez,
Em abril de 2019, o Banco Central do Brasil, iniciou a imple- inovação e inclusive linguagens mais fáceis de entendimento.
mentação do Open Banking no Brasil. Com o objetivo de ampliar o acesso de muitas pessoas a ser-
Essas novas ações possibilitam que o consumidor tenha o po- viços financeiros, essas instituições identificaram espaços para in-
der de escolha de transferir seus dados do banco A para o banco clusão de produtos e serviços, inclusive para quem não tem vínculo
B; pois acredita, por exemplo, que no segundo banco terá melhor com os bancos. Por exemplo, cartão de crédito pré-pago.
condições de taxas de juros, tarifas ou até mesmo, melhor atendi- Ou seja, o segmento de seus clientes é muito variado, embora
mento. os mais jovens sejam “mais simpáticos” e confiantes com serviços
Assim, o usuário tem a propriedade de seus dados e escolhe prestados de forma virtual.
com quem compartilhá-los. Além da qualidade dos serviços oferecidos, os bancos digitais
atraem seus clientes pelas tarifas bem mais baixas que os demais
Modelo de bank as a service bancos e a simplicidade e comodidade de ter um banco acessível a
Também conhecido por “banco como serviço”, é uma solução qualquer momento e lugar.
que tem o potencial de ampliar a competitividade e a colaboração
na prestação de serviços financeiros. Inteligência artificial cognitiva
Com o bank as a service, empresas de qualquer segmento de É a utilização da inteligência de computadores (robôs) que
mercado, passam a ter condições de oferecer serviços bancários de adquirem conhecimento com o passar do tempo. Ao utilizar essa
uma forma simples e rápida. tecnologia em seus serviços, as instituições financeiras tem como
Os grandes benefícios para o consumidor é a variedade de em- objetivo principal, a eficácia, rapidez no atendimento. E personali-
presas oferecendo serviços bancários, as filas em bancos ficam ape- zação dos serviços oferecidos.
nas na lembrança, pois tudo é realizado por meio digital. A cada acesso, o computador é abastecido com as informações
do cliente, percebendo suas necessidades e preferências, por isso
O comportamento do consumidor na relação com o banco que o sistema fica cada vez mais inteligente; por exemplo, ao aces-
Cada vez mais ligados as tecnologias, consumidores tem bus- sar o internet banking. É a tecnologia em constante desenvolvimen-
cado facilidade, comodidade e rapidez nos serviços em geral. Em to.
relação aos serviços bancários não seria diferente. Essa tecnologia é utilizada principalmente no atendimento te-
Os bancos digitais preencheram grande parte dessas necessi- lefônico das instituições, nos caixas eletrônicos através da leitura
dades, através da redução de burocracia, fim das filas e idas em biométrica e também na internet e móbile banking.
agências físicas dos bancos tradicionais. Com essas instituições já é
possível abrir contas, realizar aplicações, obter financiamentos por Banco digitalizado versus banco digital
aplicativos de forma rápida e segura. Banco digitalizado é a modalidade já conhecida de bancos
“tradicionais” (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, etc.) que
utilizaram a tecnologia para modernizar o atendimento e inovar
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Shadow banking Mas como essas instituições não são bancárias, elas não rece-
bem depósitos tradicionais como um banco tradicional. Por isso,
O shadow banking36, também conhecido em português como muitas operações feitas por essas instituições possuem maiores ris-
“sistema bancário sombra”, é um conjunto de operações e interme- cos de mercado, de crédito e de liquidez, além de não possuir uma
diários financeiros que fornecem crédito em todo o sistema finan- reserva de capital para servir como garantia.
ceiro global de forma “informal”.
Ou seja, por meio de uma série de atividades paralelas ao sis- Críticas e riscos envolvidos no shadow banking
tema bancário, algumas instituições e agentes conseguem realizar
financiamentos de forma indireta, sem passar por nenhuma super- O setor bancário paralelo desempenha um papel crítico ao
visão ou regulação. atender crescente demanda por crédito no mercado global. Porém,
Estas empresas intermediárias do segmento financeiro não embora muitos argumentam que a atuação desse sistema bancário
participam do sistema bancário tradicional. Ou seja, estão “à som- paralelo pode aumentar a eficiência econômica, sua operação gera
bra” do sistema, por isso o nome. preocupações quanto ao risco sistêmico de sistema financeiro.
O sistema financeiro tradicional é organizado em função dos Muitos acreditam, por exemplo, que o shadow banking foi o
bancos e da relação que eles possuem com os governos de cada principal responsável pela crise de 2008 – a maior recessão econô-
país. No entanto, como consequência da evolução mundial em ter- mica desde a Grande Depressão dos anos 1930.
mos de globalização e aumento de tecnologia, nos dias atuais exis- Isso se deve porque, na véspera da crise de 2008, o sistema
tem diversas alternativas dentro do segmento. financeiro paralelo nos Estados Unidos tinha crescido aproximada-
Assim passou a existir essas novas formas de trabalhar com mente o mesmo tamanho do sistema bancário tradicional do país.
operações financeiras com o nome de “shadow banking”. Por isso, quando os junk bonds imobiliários criados pelo shadow
banking começaram a derreter, os investidores correram para ten-
Dentre os intermediários não-regulamentados que podem fa- tar resgatar seu capital.
zer parte do shadow banking estão os: Mas como todas essas operações estavam completamente ala-
Bancos de investimento; vancadas (ou seja, sem nenhum lastro ou garantia real), não haviam
Fundos de hedge; fundos para honrar nenhum compromisso. Logo, esse problema se
Operações com derivativos e títulos securitizados; alastrou por todo o mercado financeiro, desencadeando todo o res-
Fundos do mercado monetário; tante da crise e afetando profundamente a economia mundial.
Companhias de seguros;
Fundos de capital privado; Regulação e limitações propostas ao shadow banking
Fundos de direitos creditórios;
Factorings e fomentadoras mercantis; Após a crise de 2008, as autoridades do mundo inteiro se em-
Empréstimos descentralizados (peer-to-peer lending). penharam para aprovar uma série de medidas que regulasse e limi-
tasse a operação do shadow banking. Porém, apesar das reformas,
A grande questão em relação ao shadow banking é a falta de principalmente aquelas aprovadas pelo Congresso americano, es-
fiscalização. Eles não sofrem com o mesmo rigor imposto aos ban- sas instituições ainda não estão sujeitas aos mesmos regulamentos
cos tradicionais, algo que pode apresentar maiores riscos a todas as que os bancos depositários tradicionais.
partes envolvidas. Isso significa que o shadow banking ainda permanece ativo e
Apenas para ilustrar essa questão, podemos citar duas das obri- altamente alavancado, com uma alta proporção de dívida em re-
gações que uma instituição bancária regulamentada precisa seguir: lação aos seus ativos de garantia. Por isso, muitos acreditam que o
esse sistema ainda pode estar expondo os mercados financeiros de
O banco precisa ter patrimônio líquido suficiente para cobrir todo mundo a um risco sistêmico excessivo.
todos os seus compromissos financeiros - inclusive com os seus
clientes.
O banco é obrigado a estabelecer processos que permitam a FUNÇÕES DA MOEDA
verificação dos seus clientes com o intuito de impedir o uso dos
seus recursos de maneira ilegal.
A moeda desempenha um papel crucial nas economias moder-
Como um shadow banking deixa de ser regulamentado e fis-
nas, desempenhando diversas funções que facilitam as transações
calizado, ele também não precisa seguir todas as exigências. Neste
e promovem o funcionamento suave do sistema financeiro. Vamos
ponto, vale reforçar que citamos apenas dois exemplos de uma sé-
explorar as principais funções da moeda:
rie de requisitos que instituições bancárias seguem. Sem a obriga-
toriedade, quem garante que uma empresa fará todos os processos
Meio de troca
exigidos? Com isso, claro, aumenta-se o risco do negócio.
Flexibilidade na especialização:
A função primordial da moeda como meio de troca não apenas
Existência do Shadow banking
simplifica as transações, mas também promove uma especialização
mais eficiente entre os agentes econômicos.
Instituições que praticam o shadow banking geralmente ser-
Essa flexibilidade na especialização tem impactos significativos
vem como intermediários entre credores e tomadores de emprésti-
no tecido produtivo das economias, impulsionando a eficiência e o
mos, fornecendo crédito e capital para investidores e corporações.
desenvolvimento econômico.
36 https://www.suno.com.br/artigos/shadow-banking/
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Ao permitir que as transações ocorram de maneira mais sua- Desenvolver estratégias eficazes para mitigar riscos associados
ve e descomplicada, a moeda facilita a concentração de recursos e à iliquidez é vital. Isso pode envolver práticas como gestão de fluxo
habilidades em áreas específicas, contribuindo para o crescimento de caixa, diversificação de investimentos e o uso de instrumentos
sustentável. financeiros adequados para garantir a flexibilidade financeira em
momentos de volatilidade.
Unidade de conta
Desafios da inflação e estratégias de mitigação: Redução da complexidade nas transações
Enquanto a moeda serve como uma unidade padrão para ex- Globalização e desafios transnacionais:
pressar o valor de bens e serviços, desafios surgem com a inflação, A moeda, ao eliminar a necessidade de trocas complexas e
que pode distorcer a estabilidade da unidade de conta ao longo do sistemas complicados de compensação, reduz a complexidade nas
tempo. transações comerciais.
Estratégias de mitigação desses efeitos envolvem o desenvolvi- No entanto, à medida que as transações se tornam mais glo-
mento de políticas monetárias sólidas, controle inflacionário e ado- bais, a moeda enfrenta desafios de complexidade em cenários
ção de medidas para preservar a estabilidade do poder de compra. transnacionais.
A compreensão desses desafios é crucial para manter a con- A evolução dos sistemas de pagamento e a adoção de padrões
fiança na moeda como uma medida confiável de valor. internacionais tornam-se cruciais para enfrentar esses desafios,
promovendo uma economia global mais eficiente.
Reserva de valor
Diversificação de ativos para preservar o poder de compra: Estímulo ao crescimento econômico
Além de sua função como meio de troca, a moeda atua como Inovações financeiras:
reserva de valor, permitindo que as pessoas armazenem poder de Além de proporcionar estabilidade, a moeda também atua
compra para o futuro. como um catalisador para o crescimento econômico por meio de
Estratégias inteligentes de diversificação de ativos tornam-se inovações financeiras.
imperativas para preservar o poder de compra em cenários econô- A ascensão das fintechs, por exemplo, influencia significativa-
micos variados. mente o ambiente econômico, estimulando a adoção de novas prá-
Investir em ativos diversificados, como ações, títulos e commo- ticas e tecnologias.
dities, pode proporcionar uma abordagem robusta para enfrentar Essas inovações criam oportunidades para investimentos, au-
a volatilidade econômica e preservar o valor ao longo do tempo. mentam a eficiência financeira e contribuem para um ambiente
propício ao desenvolvimento econômico sustentável.
Padrão de pagamentos diferidos
Influência nas Relações Contratuais: Desafios e evolução contemporânea
A moeda, ao facilitar transações a prazo, desempenha um pa- Inovações tecnológicas e globalização financeira:
pel crucial na moldagem das relações contratuais. As inovações tecnológicas, especialmente a ascensão das crip-
Mudanças nas políticas monetárias podem ter impactos signifi- tomoedas, estão redefinindo as funções tradicionais da moeda.
cativos em contratos e compromissos financeiros. O impacto das criptomoedas, com considerações sobre segu-
Compreender a influência da moeda nessas relações é funda- rança, volatilidade e aceitação generalizada, destaca a necessidade
mental para assegurar a estabilidade e a confiança no ambiente de de uma abordagem dinâmica e regulamentações adequadas.
negócios, destacando a interconexão entre as decisões políticas e o No contexto da globalização financeira, as regulações interna-
funcionamento do sistema econômico. cionais desempenham um papel crucial na moldagem da interação
entre moedas.
Instrumento de cálculo A necessidade de padrões e regulamentações em uma econo-
Tecnologia na contabilidade: mia globalizada é um ponto de discussão vital para assegurar a es-
No contexto das finanças modernas, a moeda atua não apenas tabilidade e a equidade nas transações internacionais.
como uma unidade de conta, mas também como um instrumento
de cálculo.
A integração de tecnologias inovadoras, como blockchain, na MARKETPLACE
contabilidade moderna está transformando a confiabilidade e a efi-
ciência dos processos financeiros.
O marketplace é um modelo de negócio que surgiu no Brasil
A transparência e a segurança proporcionadas por essas ino-
em 2012, também é conhecido como uma espécie de shopping cen-
vações têm o potencial de remodelar a forma como os registros
ter virtual. É considerado vantajoso para o consumidor, visto que
financeiros são mantidos, promovendo uma maior confiança nas
reúne diversas marcas e lojas em um só lugar, facilita a procura pelo
transações.
melhor produto e melhor preço.
Um marketplace37 é um espaço onde vendedores e comprado-
Liquidez
res se encontram e fazem transações.
Efeitos da Iliquidez e estratégias de mitigação:
Falando mais especificamente do mundo virtual, s são platafor-
Enquanto a liquidez é uma vantagem fundamental da moeda,
mas onde vendedores oferecem seus produtos e serviços a poten-
os efeitos da iliquidez podem ser desafiadores em diferentes con-
ciais compradores.
textos econômicos.
37 https://meunegocio.uol.com.br/blog/o-que-e-um-marketplace-e-como-ele-pode-
-ser-util-para-minha-loja-virtual/#rmcl
Editora
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O pode ser definido como um shopping virtual, no qual diver- Baixo investimento e alto retorno
sos lojistas dividem a mesma plataforma. No caso de um e-commer- Exige-se um baixo investimento para começar as vendas atra-
ce convencional, cada empresa é responsável por criar e por gerir o vés de um marketplace e o retorno obtido pode ser alto de acordo
seu site de vendas. No Marketplace, a lógica é coletiva. com o sucesso das vendas.
A principal vantagem do Marketplace é tornar os seus produ-
tos visíveis para mais internautas, aumentando as possibilidades de Diversificação de público
você alcançar o seu público-alvo. Os consumidores também têm O público que acessa o marketplace é muito variado. Ou seja,
vantagens em comprar neste tipo de canal, já que podem ter uma muitos deles nunca procurariam pela sua loja. Mas, ao ver os pro-
experiência semelhante à que acontece em um shopping center. dutos todos em um mesmo lugar, podem acabar se interessando.
Enquanto uma loja virtual, como Submarino ou Magazine Lui- Depender do marketplace
za, só tem um dono, um marketplace, como eBay ou MercadoLivre, Um grande perigo é ficar dependente do marketplace e não
reúne muitas lojas, de diferentes donos, que podem, inclusive, ven- conseguir vender por conta própria. Então, isso pode ser um grande
der produtos iguais a preços diferentes. problema em casos de imprevistos em relação ao marketplace.
No marketplace, o cliente encontra concorrência e isso significa
maior poder de escolha e melhores preços. Pouca importância para a sua marca
Para quem vende, a vantagem é a visibilidade. Vender seus Por estar exposto com várias outras marcas, a importância e o
produtos em um marketplace significa poder ser encontrado mais reconhecimento que você recebe por não ser tão bom quanto nas
facilmente pelo comprador. vendas pelo seu próprio site.
38 https://blog.vindi.com.br/o-que-e-marketplace-e-como-funciona/
Editora
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Além disso, muitas organizações apostam em parcerias de ven- Solicitação de cartão de crédito e débito para trabalhadores e
das com outras empresas para alcançar um maior número de clien- aposentados;
tes. Por exemplo, várias fintechs, companhias especializadas em Realização de recebimentos, pagamentos e transferências ele-
finanças, concedem crédito, mas precisam de instituições parceiras trônicas visando à movimentação de contas de depósitos de titula-
para emitir propriamente o capital e outras para captar público ridade de clientes mantidas pela instituição contratante;
Os correspondentes bancários geralmente são pequenos es- Aplicação e resgate em fundo de investimento;
tabelecimentos comerciais que, atuando em nome dos bancos, Realização de operações de câmbio de responsabilidade da ins-
oferecem alguns serviços bancários e de pagamentos inclusive em tituição contratante.
locais não atendidos pela rede bancária convencional, permitindo a Outras atividades, a critério do Banco Central do Brasil.
expansão geográfica do sistema de meios de pagamento. Normal-
mente são casas lotéricas, farmácias, supermercados e outros esta- Vantagens e cuidados
belecimentos varejistas que agregam o serviço bancário”.
Cada vez mais encontrados em casas lotéricas, supermercados O correspondente bancário facilita o acesso a inúmeras ope-
e até farmácias, os correspondentes bancários podem prestar uma rações, sem que você precise se deslocar até uma agência. Assim,
série de serviços também encontrados fora dos postos onde atuam. ganha tempo, pode continuar no conforto do seu lar e não corre
O leque de serviços oferecidos pelo profissional vai da abertura de perigo na rua.
contas de depósitos até a análise de crédito e cadastro. Também é possível resolver tudo em um lugar só. Por exemplo,
A função de corresponde bancário foi criada sob o argumento uma padaria, além de vender produtos próprios, pode disponibi-
de oferecer à população acesso mais simples ao Sistema Financeiro lizar saques, pagamento, abertura de contas, recarga de celular e
Nacional, “como forma de propiciar a melhoria das condições de seguros.
obtenção de crédito, de realização de poupança e de aquisição de Poderia até oferecer empréstimos, mas isso não costuma acon-
produtos financeiros, além da maior comodidade para pagamento tecer, pois a operação é um pouco mais rebuscada. Por isso existem
de contas por parte das pessoas de menor renda”, justifica a Reso- correspondentes bancários especializados nesse setor.
lução 3.156 do Banco Central. Sem contar que é muito mais barato para os bancos e financei-
ras ter correspondentes em diferentes lugares em vez de instalar
Características principais do Correspondente Bancário várias agências ou caixas eletrônicos. Com custos baixos, as em-
presas credoras também conseguem oferecer condições de paga-
- Definição: execução de serviços de cunho acessório às ativi- mento melhores. Então, no caso de empréstimos e financiamentos,
dades privativas de instituições financeiras, por meio de empresas você encara juros bem menores que a média, e prazos mais longos.
contratadas para este fim Por outro lado, é importante ressaltar o que essas empresas
- Correspondente não pode ter como atividade principal a re- NÃO podem fazer, segundo a lei. Estão proibidas de:
cepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de Cobrar pagamento adiantado.
depósitos à vista, a prazo e de poupança e os recebimentos e paga- Impor tarifas sobre o serviço de intermediação prestado
mentos relativos a contas de depósitos à vista, a prazo e de poupan- Liberar empréstimo sem ter parceria com um banco.
ça, bem como a aplicações e resgates em fundos de investimento
- Responsabilidade pelos serviços prestados permanece com o Ganhos para o país e para a sociedade
banco
- Correspondente não pode cobrar tarifa por conta própria - Penetração bancária no segmento mais pobre da população
e para as regiões mais desassistidas, contribuindo para realizar a
Aproveitamento de sinergias inclusão social;
- Desenvolvimento e disponibilidade de produtos e serviços
Banco: ganha capilaridade, canal de menor investimentos, ajustados para a população de baixa renda e para as operações de
compartilhamento de custos e amigável para clientes de menor pequeno valor;
renda, horário flexível - Fomento da economia local;
Correspondente: aproveita recursos ociosos, aumenta o movi- - Aumento da arrecadação;
mento e usa a marca do banco e amplia as receitas - Geração de empregos;
- Fomento de novos negócios;
Atividades de correspondentes bancário - Valorização da cidadania da população local.
do o cliente usa uma bandeira de cartão de crédito numa compra Os instituidores de arranjos de pagamento, integrantes do SPB,
que só é possível porque o vendedor aceita receber daquela ban- devem solicitar autorização de funcionamento em até 30 dias após
deira. o arranjo de pagamento superar os limites do quadro.
O arranjo conecta pessoas que, sem ele, não teriam como re-
alizar transações financeiras entre si. Supervisionado pelo Banco BR Code, padrão único de QR Code para pagamentos no Brasil
Central, o arranjo fornece praticidade, confiabilidade e acesso do
público a diversas formas de pagamento. O BR Code é o padrão de QR Code que deve ser utilizado pelos
Os arranjos de pagamento são as regras para viabilizar transfe- arranjos de pagamento integrantes do SPB que ofertem a iniciação
rências de recursos, aportes e saques e tudo a mais que puder ser de uma transação de pagamento por meio desse mecanismo, con-
definido como pagamento. forme disposto na Circular nº 3.989/2020.
Os arranjos podem se referir, por exemplo, aos procedimentos A existência de um único QR Code vai facilitar o processo de
utilizados para realizar compras com cartões de crédito, débito e iniciação dos pagamentos pelos usuários pagadores, que terão um
pré-pago, em moeda nacional ou estrangeira. Os serviços de trans- instrumento comum para iniciar a transação, utilizando o arranjo
ferência e remessas de recursos também são arranjos de pagamen- da sua escolha que seja aceito pelo usuário recebedor para efetivar
tos. a operação. Do ponto de vista do recebedor, existe uma redução
As pessoas jurídicas não financeiras que executam os serviços dos custos de aceitação de arranjos que permitem a iniciação por
de pagamento no arranjo são chamadas de instituições de paga- meio do BR Code, além de uma racionalização da quantidade de QR
mento e são responsáveis pelo relacionamento com os usuários fi- Codes expostos nos estabelecimentos.
nais do serviço. Instituições financeiras também podem operar com Conforme estabelecido pela Carta Circular nº 4.014/2020, as
pagamentos. especificações técnicas do BR Code estão detalhadas no Manual do
Alguns tipos de arranjo de pagamentos não estão sujeitos à re- BR Code.
gulação do BCB, tais como os cartões private label – emitidos por
grandes varejistas e que só podem ser usados no estabelecimento Pedido de autorização de funcionamento
que o emitiu ou em redes conveniadas. Também não são sujeitos à As informações e os documentos que compõem o pedido de
supervisão do BC os arranjos para pagamento de serviços públicos autorização de arranjos de pagamento integrantes do SPB devem
(como provisão de água, energia elétrica e gás) ou carregamento de ser apresentados em conformidade com os modelos e as orienta-
cartões pré-pagos de bilhete de transporte. Incluem-se nessa cate- ções descritas nos anexos da Carta Circular nº 3.949/2019.
goria, ainda, os cartões de vale-refeição e vale-alimentação. O Banco Central do Brasil iniciou, em 23/8/2018, um ciclo de
A legislação proíbe que instituições de pagamento prestem autorizações para arranjos de pagamento.
serviços privativos de instituições financeiras, como a concessão de
empréstimos e financiamentos ou a disponibilização de conta ban- Ciclo de autorizações
cária e de poupança. As autorizações estão organizadas em “lotes”, de acordo com
critérios de semelhança de características, natureza dos arranjos e
Entre as empresas que prestam serviços de pagamento, te- complexidade da análise, bem como de cronologia do recebimento
mos: dos pedidos de autorização.
Nesse contexto, o rito de autorização adota a seguinte ordem
As instituidoras do arranjo, isto é , aquelas que estabelecem as de prioridade: (i) arranjos fechados com conta de pagamento pré-
regras. É os casos das bandeiras de cartão de crédito, que conectam -paga ou pós-paga; (ii) arranjos abertos com conta de pagamento
pessoas do mundo inteiro para que o dinheiro do comprador che- de depósito à vista ou pré-paga; e (iii) arranjos abertos com conta
gue ao vendedor. de pagamento pós-paga. Esse processo depende, ainda, do aten-
dimento tempestivo a demandas do Banco Central por ajustes ou
As instituições financeiras ou de pagamento que aderirem ao de particularidades que podem, eventualmente, não estar no pleno
arranjo. O papel delas é variado incluindo, respectivamente, a ges- domínio do instituidor.
tão das contas correntes bancárias, e a emissão dos instrumentos Vale ressaltar que a autorização dos arranjos é apenas um dos
de pagamento, com os cartões de crédito e débito. processos que compõem a vigilância dos arranjos de pagamentos
integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro. Independente-
As transações são registradas em conta corrente ou em conta mente da concessão de autorização, o Banco Central continua atu-
de pagamento. Esta diferente daquela pois seus recursos não po- ando, por outros meios, a fim de garantir a segurança e a eficiência
dem ser usados para empréstimos a terceiros. dos arranjos de pagamento.
Arranjos de pagamentos integrantes do Sistema de Pagamen-
to Brasileiro (SPB)40 Prazo e forma de entrega das informações exigidas dos arran-
jos integrantes do SPB
Arranjos de pagamento integrantes do SPB são aqueles em que Essa obrigação deve ser cumprida conforme o disposto na Car-
o conjunto de participantes apresenta, de forma consolidada, nos ta Circular nº 3.923/2018 e na Carta Circular nº 3.872/2018.
últimos 12 meses, volumes iguais ou superiores a pelo menos um
dos limites constantes no quadro ao lado e não estão enquadrados
nas demais hipóteses do art. 2º da Circular nº 3.682/2013.
40 https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/arranjosintegrantesspb
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Atualmente, atribui-se às Startups e Fintechs, a fonte impulsio- —Serviços bancários como: transferências, pagamentos, segu-
nadora dos grandes movimentos tecnológicos, já que figuram como ros e investimentos;
agentes de transformação. A demanda pelo universo digital vem — Atendimento remoto e muito ágil, facilitando a rotina dos
crescendo a passos largos, devido as facilidades oferecidas e a boa usuários, já que não é necessário atendimento presencial, ou seja,
aceitação dos usuários. agradável ao público a que se destina.
As Startups e Fintechs vieram para revolucionar a forma de
como se executa algo, seu objetivo principal é facilitar a vida de Diante dessas facilidades, verifica-se o crescimento das Star-
seus usuários em busca da satisfação, ingrediente primordial para o tups e Fintechs por atuarem e buscarem parcela de clientes não
sucesso de qualquer organização no mercado. bancarizados, ou descontentes com a forma de prestação de servi-
Nesse contexto, a disputa ente as Fintechs e os grandes bancos ço bancário tradicional. Parcela de clientes que na maioria das vezes
no Brasil são acirradas, já que aquelas são estruturas enxutas e alta- possui ampla voz ativa no mercado, aliados com contribuição que
mente dinâmicas no quesito digital, o que lhes garantem maior fle- o marketing digital disponibiliza para a expansão crescente deste
xibilidade e possibilidade de desenvoltura, já os bancos tradicionais modelo de negócio.
precisam se reinventar a cada dia, para fazer frente à manutenção Verifica-se que as Startups e Fintechs possuem hoje presença
de seus clientes e usuários, de forma a garantir que no futuro te- mínima no mercado financeiro, porém suficiente para impulsionar
nham espaço no mercado. as mudanças no segmento, já que disponibiliza facilidades nunca
antes vistas na forma de ofertar produtos e serviços financeiros aos
O desenvolvimento tecnológico aplicado ao segmento bancá- diversos clientes, que precisam de novidades como medida de atra-
rio ção e segurança, e uma forma de fidelização em negócios de alta
A evolução digital vem revolucionando a forma de como se rea- competitividade.
liza negócios em todos os segmentos do mercado. Em especial, o Neste cenário, as instituições bancárias tradicionais cientes das
setor bancário tradicional é altamente afetado pelos reflexos das evoluções tecnológicas buscam moldar-se às tendências de merca-
variações tecnológicas, e por conta disso, busca a cada dia se ade- do, para assegurar sua permanência no competitivo mercado finan-
quar às inovações, para garantir sua permanência em um mercado ceiro.
altamente competitivo.
Em uma análise de contexto específico sobre essas mudanças
que a era digital vem ocasionando no mercado financeiro, área TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NO SISTEMA FINANCEIRO
onde circulam grande volume de negócios, pode-se perceber a
ocorrência de uma constante ruptura do formalismo bancário tradi-
Disruptura do método tradicional de atendimento bancário
cional, exigido pela legislação que afeta ao segmento, para muitas
Sobre a conceituação do termo disruptura, que significa rup-
flexibilizações e facilidades na forma de disponibilizar seus produtos
tura ou quebra da continuidade, diante do poder de influência das
e serviços a seus consumidores de forma eficiente e com rapidez.
Startups e Fintechs, os bancos a cada dia criam formas de se ajustar
Essas mudanças de paradigmas demonstradas com o avanço
a oferta de produtos e serviços seguindo as tendências de mercado,
da tecnologia impulsionaram os bancos tradicionais a se adaptarem
que em termos de avanços tecnológicos muitas mudanças deverão
às mesmas, por conta do desenvolvimento tecnológico responsável
ocorrer para melhorias continuas dos processos. Para tanto, a prá-
por despontar no mercado, em especial o financeiro, novos presta-
tica mais adotada pelas instituições financeiras é a implementação
dores de produtos e serviços carregados de novidades e transfor-
dos canais digitais. Hoje os principais players do mercado financeiro
mações aos usuários, como as Startups e Fintechs, disputando o
estão altamente digitalizados42.
competitivo e pouco aberto mercado financeiro.
Nesse sentido, as principais ferramentas implementadas fo-
Neste cenário, pode-se perceber que a expansão das Fintechs
ram: acesso ao mobile banking; internet banking; correspondentes
no Brasil é recente, por volta de 2010, a mudança ainda era silen-
bancários e terminais de autoatendimento. Destes canais, o que
ciosa, mas hoje essas empresas comandam uma grande transfor-
mais cresceu foi o mobile banking devido aos smartphones ganha-
mação nesse mercado. Com o surgimento das primeiras Fintechs,
rem significativo espaço no quotidiano das pessoas.
observa-se no mercado um vertiginoso crescimento destas, impul-
Os negócios bancários digitais, ou seja, aqui entendidos como
sionando e influenciando mudanças aos participantes do mercado
os produtos e serviços bancários transacionados por meios digitais,
financeiro, em especial os bancos tradicionais.
se solidificam a cada dia, devido à percepção ao usuário externo
É importante salientar que no desenvolvimento tecnológico no
da segurança e agilidade que possuem. Neste sentido, os bancos,
segmento bancário despontam as Fintechs, empresas 100% (cem
se consubstanciam como o setor de mercado que mais investe em
por cento) digitais, que se dedicam a área financeira, facilitando a
segurança no meio digital.
concessão de produtos e serviços, como por exemplo:
O cenário de atuação bancária é de risco, e, portanto, são ex-
— A disponibilização de crédito rápido, menos burocrático e
tremamente necessários os investimentos de tecnologia aliados
com reduzidas taxas de juros;
com a segurança, com vistas a garantir que seus usuários e clientes
— Abertura de conta corrente sem custos;
tenham a proteção necessária, o que culminará com o sucesso da
— Concessão de cartões de créditos com limites que agradam
instituição no mercado.
os usuários e sem anuidades;
A iminente concorrência de mercado ocasionada pelos players
digitais, como as Fintechs, bem como o acelerado mundo dos negó-
cios traz o despertar e a necessidade de incorporar a tecnologia aos
42 https://www.famaqui.edu.br/app/webroot/ojs/index.php/saberes/
article/download/26/25/.
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processos bancários. Junto a esta necessidade, os bancos investem de melhorias nos processos, bem como a fidelização com o cliente
maciçamente em segurança, pois de nada adiantaria tecnologia que de forma a dispor ao público produtos e serviços com segurança e
colocasse em risco os usuários e clientes. rapidez.
II - realizado para fins exclusivamente: VIII - encarregado: pessoa indicada pelo controlador e opera-
a) jornalístico e artísticos; ou dor para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os
b) acadêmicos, aplicando-se a esta hipótese os arts. 7º e 11 titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados
desta Lei; (ANPD); (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
III - realizado para fins exclusivos de: IX - agentes de tratamento: o controlador e o operador;
a) segurança pública; X - tratamento: toda operação realizada com dados pessoais,
b) defesa nacional; como as que se referem a coleta, produção, recepção, classificação,
c) segurança do Estado; ou utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processa-
d) atividades de investigação e repressão de infrações penais; mento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou
ou controle da informação, modificação, comunicação, transferência,
IV - provenientes de fora do território nacional e que não sejam difusão ou extração;
objeto de comunicação, uso compartilhado de dados com agentes XI - anonimização: utilização de meios técnicos razoáveis e dis-
de tratamento brasileiros ou objeto de transferência internacional poníveis no momento do tratamento, por meio dos quais um dado
de dados com outro país que não o de proveniência, desde que o perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indi-
país de proveniência proporcione grau de proteção de dados pesso- víduo;
ais adequado ao previsto nesta Lei. XII - consentimento: manifestação livre, informada e inequívo-
§ 1º O tratamento de dados pessoais previsto no inciso III será ca pela qual o titular concorda com o tratamento de seus dados
regido por legislação específica, que deverá prever medidas pro- pessoais para uma finalidade determinada;
porcionais e estritamente necessárias ao atendimento do interesse XIII - bloqueio: suspensão temporária de qualquer operação
público, observados o devido processo legal, os princípios gerais de de tratamento, mediante guarda do dado pessoal ou do banco de
proteção e os direitos do titular previstos nesta Lei. dados;
§ 2º É vedado o tratamento dos dados a que se refere o inciso XIV - eliminação: exclusão de dado ou de conjunto de dados
III do caput deste artigo por pessoa de direito privado, exceto em armazenados em banco de dados, independentemente do proce-
procedimentos sob tutela de pessoa jurídica de direito público, que dimento empregado;
serão objeto de informe específico à autoridade nacional e que de- XV - transferência internacional de dados: transferência de da-
verão observar a limitação imposta no § 4º deste artigo. dos pessoais para país estrangeiro ou organismo internacional do
§ 3º A autoridade nacional emitirá opiniões técnicas ou reco- qual o país seja membro;
mendações referentes às exceções previstas no inciso III do caput XVI - uso compartilhado de dados: comunicação, difusão, trans-
deste artigo e deverá solicitar aos responsáveis relatórios de impac- ferência internacional, interconexão de dados pessoais ou trata-
to à proteção de dados pessoais. mento compartilhado de bancos de dados pessoais por órgãos e
§ 4º Em nenhum caso a totalidade dos dados pessoais de banco entidades públicos no cumprimento de suas competências legais,
de dados de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá ser ou entre esses e entes privados, reciprocamente, com autorização
tratada por pessoa de direito privado, salvo por aquela que pos- específica, para uma ou mais modalidades de tratamento permiti-
sua capital integralmente constituído pelo poder público. (Redação das por esses entes públicos, ou entre entes privados;
dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência XVII - relatório de impacto à proteção de dados pessoais: docu-
Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se: mentação do controlador que contém a descrição dos processos de
I - dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural iden- tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às liberdades
tificada ou identificável; civis e aos direitos fundamentais, bem como medidas, salvaguardas
II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou e mecanismos de mitigação de risco;
étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou entidade da administração
organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referen- pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem
te à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando fins lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com
vinculado a uma pessoa natural; sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou em
III - dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de
identificado, considerando a utilização de meios técnicos razoáveis caráter histórico, científico, tecnológico ou estatístico; e (Redação
e disponíveis na ocasião de seu tratamento; dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
IV - banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais, XIX - autoridade nacional: órgão da administração pública res-
estabelecido em um ou em vários locais, em suporte eletrônico ou ponsável por zelar, implementar e fiscalizar o cumprimento desta
físico; Lei em todo o território nacional. (Redação dada pela Lei nº 13.853,
V - titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais de 2019) Vigência
que são objeto de tratamento; Art. 6º As atividades de tratamento de dados pessoais deverão
VI - controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito público observar a boa-fé e os seguintes princípios:
ou privado, a quem competem as decisões referentes ao tratamen- I - finalidade: realização do tratamento para propósitos legí-
to de dados pessoais; timos, específicos, explícitos e informados ao titular, sem possibi-
VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou lidade de tratamento posterior de forma incompatível com essas
privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do finalidades;
controlador; II - adequação: compatibilidade do tratamento com as finalida-
des informadas ao titular, de acordo com o contexto do tratamento;
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III - necessidade: limitação do tratamento ao mínimo neces- IX - quando necessário para atender aos interesses legítimos do
sário para a realização de suas finalidades, com abrangência dos controlador ou de terceiro, exceto no caso de prevalecerem direi-
dados pertinentes, proporcionais e não excessivos em relação às tos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos
finalidades do tratamento de dados; dados pessoais; ou
IV - livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e X - para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na
gratuita sobre a forma e a duração do tratamento, bem como sobre legislação pertinente.
a integralidade de seus dados pessoais; § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
V - qualidade dos dados: garantia, aos titulares, de exatidão, Vigência
clareza, relevância e atualização dos dados, de acordo com a ne- § 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
cessidade e para o cumprimento da finalidade de seu tratamento; Vigência
VI - transparência: garantia, aos titulares, de informações cla- § 3º O tratamento de dados pessoais cujo acesso é público
ras, precisas e facilmente acessíveis sobre a realização do tratamen- deve considerar a finalidade, a boa-fé e o interesse público que jus-
to e os respectivos agentes de tratamento, observados os segredos tificaram sua disponibilização.
comercial e industrial; § 4º É dispensada a exigência do consentimento previsto no
VII - segurança: utilização de medidas técnicas e administrati- caput deste artigo para os dados tornados manifestamente públi-
vas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados cos pelo titular, resguardados os direitos do titular e os princípios
e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, previstos nesta Lei.
comunicação ou difusão; § 5º O controlador que obteve o consentimento referido no in-
VIII - prevenção: adoção de medidas para prevenir a ocorrência ciso I do caput deste artigo que necessitar comunicar ou comparti-
de danos em virtude do tratamento de dados pessoais; lhar dados pessoais com outros controladores deverá obter consen-
IX - não discriminação: impossibilidade de realização do trata- timento específico do titular para esse fim, ressalvadas as hipóteses
mento para fins discriminatórios ilícitos ou abusivos; de dispensa do consentimento previstas nesta Lei.
X - responsabilização e prestação de contas: demonstração, § 6º A eventual dispensa da exigência do consentimento não
pelo agente, da adoção de medidas eficazes e capazes de compro- desobriga os agentes de tratamento das demais obrigações previs-
var a observância e o cumprimento das normas de proteção de da- tas nesta Lei, especialmente da observância dos princípios gerais e
dos pessoais e, inclusive, da eficácia dessas medidas. da garantia dos direitos do titular.
§ 7º O tratamento posterior dos dados pessoais a que se re-
CAPÍTULO II ferem os §§ 3º e 4º deste artigo poderá ser realizado para novas
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS finalidades, desde que observados os propósitos legítimos e especí-
ficos para o novo tratamento e a preservação dos direitos do titular,
SEÇÃO I assim como os fundamentos e os princípios previstos nesta Lei. (In-
DOS REQUISITOS PARA O TRATAMENTO DE DADOS cluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
PESSOAIS Art. 8º O consentimento previsto no inciso I do art. 7º desta Lei
deverá ser fornecido por escrito ou por outro meio que demonstre
Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser a manifestação de vontade do titular.
realizado nas seguintes hipóteses: § 1º Caso o consentimento seja fornecido por escrito, esse de-
I - mediante o fornecimento de consentimento pelo titular; verá constar de cláusula destacada das demais cláusulas contratu-
II - para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo ais.
controlador; § 2º Cabe ao controlador o ônus da prova de que o consenti-
III - pela administração pública, para o tratamento e uso com- mento foi obtido em conformidade com o disposto nesta Lei.
partilhado de dados necessários à execução de políticas públicas § 3º É vedado o tratamento de dados pessoais mediante vício
previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contratos, con- de consentimento.
vênios ou instrumentos congêneres, observadas as disposições do § 4º O consentimento deverá referir-se a finalidades determi-
Capítulo IV desta Lei; nadas, e as autorizações genéricas para o tratamento de dados pes-
IV - para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garanti- soais serão nulas.
da, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais; § 5º O consentimento pode ser revogado a qualquer momento
V - quando necessário para a execução de contrato ou de pro- mediante manifestação expressa do titular, por procedimento gra-
cedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte tuito e facilitado, ratificados os tratamentos realizados sob amparo
o titular, a pedido do titular dos dados; do consentimento anteriormente manifestado enquanto não hou-
VI - para o exercício regular de direitos em processo judicial, ver requerimento de eliminação, nos termos do inciso VI do caput
administrativo ou arbitral, esse último nos termos da Lei nº 9.307, do art. 18 desta Lei.
de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem) ; § 6º Em caso de alteração de informação referida nos incisos
VII - para a proteção da vida ou da incolumidade física do titular I, II, III ou V do art. 9º desta Lei, o controlador deverá informar ao
ou de terceiro; titular, com destaque de forma específica do teor das alterações,
VIII - para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento podendo o titular, nos casos em que o seu consentimento é exigido,
realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autorida- revogá-lo caso discorde da alteração.
de sanitária; (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
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Art. 9º O titular tem direito ao acesso facilitado às informações a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo contro-
sobre o tratamento de seus dados, que deverão ser disponibiliza- lador;
das de forma clara, adequada e ostensiva acerca de, entre outras b) tratamento compartilhado de dados necessários à execução,
características previstas em regulamentação para o atendimento do pela administração pública, de políticas públicas previstas em leis
princípio do livre acesso: ou regulamentos;
I - finalidade específica do tratamento; c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sem-
II - forma e duração do tratamento, observados os segredos pre que possível, a anonimização dos dados pessoais sensíveis;
comercial e industrial; d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em pro-
III - identificação do controlador; cesso judicial, administrativo e arbitral, este último nos termos da
IV - informações de contato do controlador; Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem) ;
V - informações acerca do uso compartilhado de dados pelo e) proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de
controlador e a finalidade; terceiro;
VI - responsabilidades dos agentes que realizarão o tratamen- f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado
to; e por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitá-
VII - direitos do titular, com menção explícita aos direitos conti- ria; ou (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
dos no art. 18 desta Lei. g) garantia da prevenção à fraude e à segurança do titular, nos
§ 1º Na hipótese em que o consentimento é requerido, esse processos de identificação e autenticação de cadastro em sistemas
será considerado nulo caso as informações fornecidas ao titular te- eletrônicos, resguardados os direitos mencionados no art. 9º desta
nham conteúdo enganoso ou abusivo ou não tenham sido apresen- Lei e exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades funda-
tadas previamente com transparência, de forma clara e inequívoca. mentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais.
§ 2º Na hipótese em que o consentimento é requerido, se hou- § 1º Aplica-se o disposto neste artigo a qualquer tratamento
ver mudanças da finalidade para o tratamento de dados pessoais de dados pessoais que revele dados pessoais sensíveis e que possa
não compatíveis com o consentimento original, o controlador de- causar dano ao titular, ressalvado o disposto em legislação especí-
verá informar previamente o titular sobre as mudanças de finalida- fica.
de, podendo o titular revogar o consentimento, caso discorde das § 2º Nos casos de aplicação do disposto nas alíneas “a” e “b”
alterações. do inciso II do caput deste artigo pelos órgãos e pelas entidades pú-
§ 3º Quando o tratamento de dados pessoais for condição para blicas, será dada publicidade à referida dispensa de consentimento,
o fornecimento de produto ou de serviço ou para o exercício de di- nos termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei.
reito, o titular será informado com destaque sobre esse fato e sobre § 3º A comunicação ou o uso compartilhado de dados pessoais
os meios pelos quais poderá exercer os direitos do titular elencados sensíveis entre controladores com objetivo de obter vantagem eco-
no art. 18 desta Lei. nômica poderá ser objeto de vedação ou de regulamentação por
Art. 10. O legítimo interesse do controlador somente poderá parte da autoridade nacional, ouvidos os órgãos setoriais do Poder
fundamentar tratamento de dados pessoais para finalidades legí- Público, no âmbito de suas competências.
timas, consideradas a partir de situações concretas, que incluem, § 4º É vedada a comunicação ou o uso compartilhado entre
mas não se limitam a: controladores de dados pessoais sensíveis referentes à saúde com
I - apoio e promoção de atividades do controlador; e objetivo de obter vantagem econômica, exceto nas hipóteses rela-
II - proteção, em relação ao titular, do exercício regular de seus tivas a prestação de serviços de saúde, de assistência farmacêutica
direitos ou prestação de serviços que o beneficiem, respeitadas as e de assistência à saúde, desde que observado o § 5º deste artigo,
legítimas expectativas dele e os direitos e liberdades fundamentais, incluídos os serviços auxiliares de diagnose e terapia, em benefí-
nos termos desta Lei. cio dos interesses dos titulares de dados, e para permitir: (Redação
§ 1º Quando o tratamento for baseado no legítimo interesse do dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
controlador, somente os dados pessoais estritamente necessários I - a portabilidade de dados quando solicitada pelo titular; ou
para a finalidade pretendida poderão ser tratados. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
§ 2º O controlador deverá adotar medidas para garantir a II - as transações financeiras e administrativas resultantes do
transparência do tratamento de dados baseado em seu legítimo uso e da prestação dos serviços de que trata este parágrafo. (Incluí-
interesse. do pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
§ 3º A autoridade nacional poderá solicitar ao controlador re- § 5º É vedado às operadoras de planos privados de assistência
latório de impacto à proteção de dados pessoais, quando o trata- à saúde o tratamento de dados de saúde para a prática de sele-
mento tiver como fundamento seu interesse legítimo, observados ção de riscos na contratação de qualquer modalidade, assim como
os segredos comercial e industrial. na contratação e exclusão de beneficiários. (Incluído pela Lei nº
13.853, de 2019) Vigência
SEÇÃO II Art. 12. Os dados anonimizados não serão considerados dados
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS SENSÍVEIS pessoais para os fins desta Lei, salvo quando o processo de anoni-
mização ao qual foram submetidos for revertido, utilizando exclusi-
Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente po- vamente meios próprios, ou quando, com esforços razoáveis, puder
derá ocorrer nas seguintes hipóteses: ser revertido.
I - quando o titular ou seu responsável legal consentir, de forma § 1º A determinação do que seja razoável deve levar em con-
específica e destacada, para finalidades específicas; sideração fatores objetivos, tais como custo e tempo necessários
II - sem fornecimento de consentimento do titular, nas hipóte- para reverter o processo de anonimização, de acordo com as tecno-
ses em que for indispensável para: logias disponíveis, e a utilização exclusiva de meios próprios.
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§ 2º Poderão ser igualmente considerados como dados pesso- § 6º As informações sobre o tratamento de dados referidas
ais, para os fins desta Lei, aqueles utilizados para formação do perfil neste artigo deverão ser fornecidas de maneira simples, clara e
comportamental de determinada pessoa natural, se identificada. acessível, consideradas as características físico-motoras, percepti-
§ 3º A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões e téc- vas, sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, com uso de re-
nicas utilizados em processos de anonimização e realizar verifica- cursos audiovisuais quando adequado, de forma a proporcionar a
ções acerca de sua segurança, ouvido o Conselho Nacional de Pro- informação necessária aos pais ou ao responsável legal e adequada
teção de Dados Pessoais. ao entendimento da criança.
Art. 13. Na realização de estudos em saúde pública, os órgãos
de pesquisa poderão ter acesso a bases de dados pessoais, que se- SEÇÃO IV
rão tratados exclusivamente dentro do órgão e estritamente para DO TÉRMINO DO TRATAMENTO DE DADOS
a finalidade de realização de estudos e pesquisas e mantidos em
ambiente controlado e seguro, conforme práticas de segurança pre- Art. 15. O término do tratamento de dados pessoais ocorrerá
vistas em regulamento específico e que incluam, sempre que pos- nas seguintes hipóteses:
sível, a anonimização ou pseudonimização dos dados, bem como I - verificação de que a finalidade foi alcançada ou de que os
considerem os devidos padrões éticos relacionados a estudos e dados deixaram de ser necessários ou pertinentes ao alcance da
pesquisas. finalidade específica almejada;
§ 1º A divulgação dos resultados ou de qualquer excerto do es- II - fim do período de tratamento;
tudo ou da pesquisa de que trata o caput deste artigo em nenhuma III - comunicação do titular, inclusive no exercício de seu direito
hipótese poderá revelar dados pessoais. de revogação do consentimento conforme disposto no § 5º do art.
§ 2º O órgão de pesquisa será o responsável pela segurança 8º desta Lei, resguardado o interesse público; ou
da informação prevista no caput deste artigo, não permitida, em IV - determinação da autoridade nacional, quando houver vio-
circunstância alguma, a transferência dos dados a terceiro. lação ao disposto nesta Lei.
§ 3º O acesso aos dados de que trata este artigo será objeto de Art. 16. Os dados pessoais serão eliminados após o término de
regulamentação por parte da autoridade nacional e das autorida- seu tratamento, no âmbito e nos limites técnicos das atividades,
des da área de saúde e sanitárias, no âmbito de suas competências. autorizada a conservação para as seguintes finalidades:
§ 4º Para os efeitos deste artigo, a pseudonimização é o tra- I - cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo contro-
tamento por meio do qual um dado perde a possibilidade de as- lador;
sociação, direta ou indireta, a um indivíduo, senão pelo uso de in- II - estudo por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possí-
formação adicional mantida separadamente pelo controlador em vel, a anonimização dos dados pessoais;
ambiente controlado e seguro. III - transferência a terceiro, desde que respeitados os requisi-
tos de tratamento de dados dispostos nesta Lei; ou
SEÇÃO III IV - uso exclusivo do controlador, vedado seu acesso por tercei-
DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS DE CRIANÇAS E DE ro, e desde que anonimizados os dados.
ADOLESCENTES
CAPÍTULO III
Art. 14. O tratamento de dados pessoais de crianças e de ado- DOS DIREITOS DO TITULAR
lescentes deverá ser realizado em seu melhor interesse, nos termos
deste artigo e da legislação pertinente. Art. 17. Toda pessoa natural tem assegurada a titularidade de
§ 1º O tratamento de dados pessoais de crianças deverá ser seus dados pessoais e garantidos os direitos fundamentais de liber-
realizado com o consentimento específico e em destaque dado por dade, de intimidade e de privacidade, nos termos desta Lei.
pelo menos um dos pais ou pelo responsável legal. Art. 18. O titular dos dados pessoais tem direito a obter do con-
§ 2º No tratamento de dados de que trata o § 1º deste artigo, trolador, em relação aos dados do titular por ele tratados, a qual-
os controladores deverão manter pública a informação sobre os ti- quer momento e mediante requisição:
pos de dados coletados, a forma de sua utilização e os procedimen- I - confirmação da existência de tratamento;
tos para o exercício dos direitos a que se refere o art. 18 desta Lei. II - acesso aos dados;
§ 3º Poderão ser coletados dados pessoais de crianças sem o III - correção de dados incompletos, inexatos ou desatualiza-
consentimento a que se refere o § 1º deste artigo quando a coleta dos;
for necessária para contatar os pais ou o responsável legal, utiliza- IV - anonimização, bloqueio ou eliminação de dados desneces-
dos uma única vez e sem armazenamento, ou para sua proteção, e sários, excessivos ou tratados em desconformidade com o disposto
em nenhum caso poderão ser repassados a terceiro sem o consen- nesta Lei;
timento de que trata o § 1º deste artigo. V - portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço ou
§ 4º Os controladores não deverão condicionar a participação produto, mediante requisição expressa, de acordo com a regula-
dos titulares de que trata o § 1º deste artigo em jogos, aplicações mentação da autoridade nacional, observados os segredos comer-
de internet ou outras atividades ao fornecimento de informações cial e industrial; (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigên-
pessoais além das estritamente necessárias à atividade. cia
§ 5º O controlador deve realizar todos os esforços razoáveis VI - eliminação dos dados pessoais tratados com o consenti-
para verificar que o consentimento a que se refere o § 1º deste ar- mento do titular, exceto nas hipóteses previstas no art. 16 desta Lei;
tigo foi dado pelo responsável pela criança, consideradas as tecno- VII - informação das entidades públicas e privadas com as quais
logias disponíveis. o controlador realizou uso compartilhado de dados;
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VIII - informação sobre a possibilidade de não fornecer consen- Art. 20. O titular dos dados tem direito a solicitar a revisão de
timento e sobre as consequências da negativa; decisões tomadas unicamente com base em tratamento automa-
IX - revogação do consentimento, nos termos do § 5º do art. tizado de dados pessoais que afetem seus interesses, incluídas as
8º desta Lei. decisões destinadas a definir o seu perfil pessoal, profissional, de
§ 1º O titular dos dados pessoais tem o direito de peticionar em consumo e de crédito ou os aspectos de sua personalidade. (Reda-
relação aos seus dados contra o controlador perante a autoridade ção dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
nacional. § 1º O controlador deverá fornecer, sempre que solicitadas,
§ 2º O titular pode opor-se a tratamento realizado com funda- informações claras e adequadas a respeito dos critérios e dos pro-
mento em uma das hipóteses de dispensa de consentimento, em cedimentos utilizados para a decisão automatizada, observados os
caso de descumprimento ao disposto nesta Lei. segredos comercial e industrial.
§ 3º Os direitos previstos neste artigo serão exercidos mediante § 2º Em caso de não oferecimento de informações de que trata
requerimento expresso do titular ou de representante legalmente o § 1º deste artigo baseado na observância de segredo comercial e
constituído, a agente de tratamento. industrial, a autoridade nacional poderá realizar auditoria para veri-
§ 4º Em caso de impossibilidade de adoção imediata da pro- ficação de aspectos discriminatórios em tratamento automatizado
vidência de que trata o § 3º deste artigo, o controlador enviará ao de dados pessoais.
titular resposta em que poderá: § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
I - comunicar que não é agente de tratamento dos dados e indi- Art. 21. Os dados pessoais referentes ao exercício regular de
car, sempre que possível, o agente; ou direitos pelo titular não podem ser utilizados em seu prejuízo.
II - indicar as razões de fato ou de direito que impedem a ado- Art. 22. A defesa dos interesses e dos direitos dos titulares de
ção imediata da providência. dados poderá ser exercida em juízo, individual ou coletivamente, na
§ 5º O requerimento referido no § 3º deste artigo será atendi- forma do disposto na legislação pertinente, acerca dos instrumen-
do sem custos para o titular, nos prazos e nos termos previstos em tos de tutela individual e coletiva.
regulamento.
§ 6º O responsável deverá informar, de maneira imediata, aos CAPÍTULO IV
agentes de tratamento com os quais tenha realizado uso comparti- DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS PELO PODER
lhado de dados a correção, a eliminação, a anonimização ou o blo- PÚBLICO
queio dos dados, para que repitam idêntico procedimento, exceto
nos casos em que esta comunicação seja comprovadamente impos- SEÇÃO I
sível ou implique esforço desproporcional. (Redação dada pela Lei DAS REGRAS
nº 13.853, de 2019) Vigência
§ 7º A portabilidade dos dados pessoais a que se refere o inciso Art. 23. O tratamento de dados pessoais pelas pessoas jurídicas
V do caput deste artigo não inclui dados que já tenham sido anoni- de direito público referidas no parágrafo único do art. 1º da Lei nº
mizados pelo controlador. 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) ,
§ 8º O direito a que se refere o § 1º deste artigo também po- deverá ser realizado para o atendimento de sua finalidade pública,
derá ser exercido perante os organismos de defesa do consumidor. na persecução do interesse público, com o objetivo de executar as
Art. 19. A confirmação de existência ou o acesso a dados pesso- competências legais ou cumprir as atribuições legais do serviço pú-
ais serão providenciados, mediante requisição do titular: blico, desde que:
I - em formato simplificado, imediatamente; ou I - sejam informadas as hipóteses em que, no exercício de suas
II - por meio de declaração clara e completa, que indique a ori- competências, realizam o tratamento de dados pessoais, fornecen-
gem dos dados, a inexistência de registro, os critérios utilizados e a do informações claras e atualizadas sobre a previsão legal, a fina-
finalidade do tratamento, observados os segredos comercial e in- lidade, os procedimentos e as práticas utilizadas para a execução
dustrial, fornecida no prazo de até 15 (quinze) dias, contado da data dessas atividades, em veículos de fácil acesso, preferencialmente
do requerimento do titular. em seus sítios eletrônicos;
§ 1º Os dados pessoais serão armazenados em formato que II - (VETADO); e
favoreça o exercício do direito de acesso. III - seja indicado um encarregado quando realizarem opera-
§ 2º As informações e os dados poderão ser fornecidos, a cri- ções de tratamento de dados pessoais, nos termos do art. 39 desta
tério do titular: Lei; e (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
I - por meio eletrônico, seguro e idôneo para esse fim; ou IV - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
II - sob forma impressa. § 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre as formas de
§ 3º Quando o tratamento tiver origem no consentimento do publicidade das operações de tratamento.
titular ou em contrato, o titular poderá solicitar cópia eletrônica in- § 2º O disposto nesta Lei não dispensa as pessoas jurídicas
tegral de seus dados pessoais, observados os segredos comercial e mencionadas no caput deste artigo de instituir as autoridades de
industrial, nos termos de regulamentação da autoridade nacional, que trata a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Aces-
em formato que permita a sua utilização subsequente, inclusive em so à Informação) .
outras operações de tratamento. § 3º Os prazos e procedimentos para exercício dos direitos do
§ 4º A autoridade nacional poderá dispor de forma diferencia- titular perante o Poder Público observarão o disposto em legislação
da acerca dos prazos previstos nos incisos I e II do caput deste artigo específica, em especial as disposições constantes da Lei nº 9.507,
para os setores específicos. de 12 de novembro de 1997 (Lei do Habeas Data) , da Lei nº 9.784,
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de 29 de janeiro de 1999 (Lei Geral do Processo Administrativo) , Parágrafo único. A informação à autoridade nacional de que
e da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à trata o caput deste artigo será objeto de regulamentação. (Incluído
Informação) . pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
§ 4º Os serviços notariais e de registro exercidos em caráter pri- Art. 28. (VETADO).
vado, por delegação do Poder Público, terão o mesmo tratamento Art. 29. A autoridade nacional poderá solicitar, a qualquer mo-
dispensado às pessoas jurídicas referidas no caput deste artigo, nos mento, aos órgãos e às entidades do poder público a realização de
termos desta Lei. operações de tratamento de dados pessoais, informações específi-
§ 5º Os órgãos notariais e de registro devem fornecer acesso cas sobre o âmbito e a natureza dos dados e outros detalhes do tra-
aos dados por meio eletrônico para a administração pública, tendo tamento realizado e poderá emitir parecer técnico complementar
em vista as finalidades de que trata o caput deste artigo. para garantir o cumprimento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
Art. 24. As empresas públicas e as sociedades de economia 13.853, de 2019) Vigência
mista que atuam em regime de concorrência, sujeitas ao disposto Art. 30. A autoridade nacional poderá estabelecer normas
no art. 173 da Constituição Federal , terão o mesmo tratamento complementares para as atividades de comunicação e de uso com-
dispensado às pessoas jurídicas de direito privado particulares, nos partilhado de dados pessoais.
termos desta Lei.
Parágrafo único. As empresas públicas e as sociedades de eco- SEÇÃO II
nomia mista, quando estiverem operacionalizando políticas pú- DA RESPONSABILIDADE
blicas e no âmbito da execução delas, terão o mesmo tratamento
dispensado aos órgãos e às entidades do Poder Público, nos termos Art. 31. Quando houver infração a esta Lei em decorrência do
deste Capítulo. tratamento de dados pessoais por órgãos públicos, a autoridade
Art. 25. Os dados deverão ser mantidos em formato interoperá- nacional poderá enviar informe com medidas cabíveis para fazer
vel e estruturado para o uso compartilhado, com vistas à execução cessar a violação.
de políticas públicas, à prestação de serviços públicos, à descen- Art. 32. A autoridade nacional poderá solicitar a agentes do Po-
tralização da atividade pública e à disseminação e ao acesso das der Público a publicação de relatórios de impacto à proteção de da-
informações pelo público em geral. dos pessoais e sugerir a adoção de padrões e de boas práticas para
Art. 26. O uso compartilhado de dados pessoais pelo Poder Pú- os tratamentos de dados pessoais pelo Poder Público.
blico deve atender a finalidades específicas de execução de políticas
públicas e atribuição legal pelos órgãos e pelas entidades públicas, CAPÍTULO V
respeitados os princípios de proteção de dados pessoais elencados DA TRANSFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DADOS
no art. 6º desta Lei.
§ 1º É vedado ao Poder Público transferir a entidades privadas Art. 33. A transferência internacional de dados pessoais so-
dados pessoais constantes de bases de dados a que tenha acesso, mente é permitida nos seguintes casos:
exceto: I - para países ou organismos internacionais que proporcionem
I - em casos de execução descentralizada de atividade pública grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto nesta Lei;
que exija a transferência, exclusivamente para esse fim específico II - quando o controlador oferecer e comprovar garantias de
e determinado, observado o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de cumprimento dos princípios, dos direitos do titular e do regime de
novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) ; proteção de dados previstos nesta Lei, na forma de:
II - (VETADO); a) cláusulas contratuais específicas para determinada transfe-
III - nos casos em que os dados forem acessíveis publicamente, rência;
observadas as disposições desta Lei. b) cláusulas-padrão contratuais;
IV - quando houver previsão legal ou a transferência for res- c) normas corporativas globais;
paldada em contratos, convênios ou instrumentos congêneres; ou d) selos, certificados e códigos de conduta regularmente emi-
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência tidos;
V - na hipótese de a transferência dos dados objetivar exclusi- III - quando a transferência for necessária para a cooperação ju-
vamente a prevenção de fraudes e irregularidades, ou proteger e rídica internacional entre órgãos públicos de inteligência, de inves-
resguardar a segurança e a integridade do titular dos dados, desde tigação e de persecução, de acordo com os instrumentos de direito
que vedado o tratamento para outras finalidades. (Incluído pela Lei internacional;
nº 13.853, de 2019) Vigência IV - quando a transferência for necessária para a proteção da
§ 2º Os contratos e convênios de que trata o § 1º deste artigo vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;
deverão ser comunicados à autoridade nacional. V - quando a autoridade nacional autorizar a transferência;
Art. 27. A comunicação ou o uso compartilhado de dados pes- VI - quando a transferência resultar em compromisso assumido
soais de pessoa jurídica de direito público a pessoa de direito priva- em acordo de cooperação internacional;
do será informado à autoridade nacional e dependerá de consenti- VII - quando a transferência for necessária para a execução de
mento do titular, exceto: política pública ou atribuição legal do serviço público, sendo dada
I - nas hipóteses de dispensa de consentimento previstas nesta publicidade nos termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei;
Lei; VIII - quando o titular tiver fornecido o seu consentimento es-
II - nos casos de uso compartilhado de dados, em que será dada pecífico e em destaque para a transferência, com informação prévia
publicidade nos termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei; ou sobre o caráter internacional da operação, distinguindo claramente
III - nas exceções constantes do § 1º do art. 26 desta Lei. esta de outras finalidades; ou
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§ 1º Nos termos do caput deste artigo, cabe ao Ministro de IX - promover ações de cooperação com autoridades de prote-
Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República instaurar o ção de dados pessoais de outros países, de natureza internacional
processo administrativo disciplinar, que será conduzido por comis- ou transnacional; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
são especial constituída por servidores públicos federais estáveis. X - dispor sobre as formas de publicidade das operações de tra-
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) tamento de dados pessoais, respeitados os segredos comercial e
§ 2º Compete ao Presidente da República determinar o afas- industrial; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
tamento preventivo, somente quando assim recomendado pela XI - solicitar, a qualquer momento, às entidades do poder pú-
comissão especial de que trata o § 1º deste artigo, e proferir o jul- blico que realizem operações de tratamento de dados pessoais in-
gamento. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) forme específico sobre o âmbito, a natureza dos dados e os demais
Art. 55-F. Aplica-se aos membros do Conselho Diretor, após o detalhes do tratamento realizado, com a possibilidade de emitir pa-
exercício do cargo, o disposto no art. 6º da Lei nº 12.813, de 16 de recer técnico complementar para garantir o cumprimento desta Lei;
maio de 2013. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Parágrafo único. A infração ao disposto no caput deste artigo XII - elaborar relatórios de gestão anuais acerca de suas ativida-
caracteriza ato de improbidade administrativa. (Incluído pela Lei nº des; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
13.853, de 2019) XIII - editar regulamentos e procedimentos sobre proteção de
Art. 55-G. Ato do Presidente da República disporá sobre a es- dados pessoais e privacidade, bem como sobre relatórios de impac-
trutura regimental da ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) to à proteção de dados pessoais para os casos em que o tratamento
§ 1º Até a data de entrada em vigor de sua estrutura regimen- representar alto risco à garantia dos princípios gerais de proteção
tal, a ANPD receberá o apoio técnico e administrativo da Casa Civil de dados pessoais previstos nesta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853,
da Presidência da República para o exercício de suas atividades. (In- de 2019)
cluído pela Lei nº 13.853, de 2019) XIV - ouvir os agentes de tratamento e a sociedade em matérias
§ 2º O Conselho Diretor disporá sobre o regimento interno da de interesse relevante e prestar contas sobre suas atividades e pla-
ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) nejamento; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Art. 55-H. Os cargos em comissão e as funções de confiança da XV - arrecadar e aplicar suas receitas e publicar, no relatório de
ANPD serão remanejados de outros órgãos e entidades do Poder gestão a que se refere o inciso XII do caput deste artigo, o detalha-
Executivo federal. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) mento de suas receitas e despesas; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
Art. 55-I. Os ocupantes dos cargos em comissão e das funções 2019)
de confiança da ANPD serão indicados pelo Conselho Diretor e no- XVI - realizar auditorias, ou determinar sua realização, no âm-
meados ou designados pelo Diretor-Presidente. (Incluído pela Lei bito da atividade de fiscalização de que trata o inciso IV e com a
nº 13.853, de 2019) devida observância do disposto no inciso II do caput deste artigo,
Art. 55-J. Compete à ANPD: (Incluído pela Lei nº 13.853, de sobre o tratamento de dados pessoais efetuado pelos agentes de
2019) tratamento, incluído o poder público; (Incluído pela Lei nº 13.853,
I - zelar pela proteção dos dados pessoais, nos termos da legis- de 2019)
lação; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) XVII - celebrar, a qualquer momento, compromisso com agen-
II - zelar pela observância dos segredos comercial e industrial, tes de tratamento para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou
observada a proteção de dados pessoais e do sigilo das informações situação contenciosa no âmbito de processos administrativos, de
quando protegido por lei ou quando a quebra do sigilo violar os fun- acordo com o previsto no Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro
damentos do art. 2º desta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) de 1942; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
III - elaborar diretrizes para a Política Nacional de Proteção de XVIII - editar normas, orientações e procedimentos simplifi-
Dados Pessoais e da Privacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de cados e diferenciados, inclusive quanto aos prazos, para que mi-
2019) croempresas e empresas de pequeno porte, bem como iniciativas
IV - fiscalizar e aplicar sanções em caso de tratamento de dados empresariais de caráter incremental ou disruptivo que se autode-
realizado em descumprimento à legislação, mediante processo ad- clarem startups ou empresas de inovação, possam adequar-se a
ministrativo que assegure o contraditório, a ampla defesa e o direi- esta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
to de recurso; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) XIX - garantir que o tratamento de dados de idosos seja efetu-
V - apreciar petições de titular contra controlador após com- ado de maneira simples, clara, acessível e adequada ao seu enten-
provada pelo titular a apresentação de reclamação ao controlador dimento, nos termos desta Lei e da Lei nº 10.741, de 1º de outubro
não solucionada no prazo estabelecido em regulamentação; (Inclu- de 2003 (Estatuto do Idoso); (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
ído pela Lei nº 13.853, de 2019) XX - deliberar, na esfera administrativa, em caráter terminativo,
VI - promover na população o conhecimento das normas e das sobre a interpretação desta Lei, as suas competências e os casos
políticas públicas sobre proteção de dados pessoais e das medidas omissos; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
de segurança; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) XXI - comunicar às autoridades competentes as infrações pe-
VII - promover e elaborar estudos sobre as práticas nacionais e nais das quais tiver conhecimento; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
internacionais de proteção de dados pessoais e privacidade; (Inclu- 2019)
ído pela Lei nº 13.853, de 2019) XXII - comunicar aos órgãos de controle interno o descumpri-
VIII - estimular a adoção de padrões para serviços e produtos mento do disposto nesta Lei por órgãos e entidades da administra-
que facilitem o exercício de controle dos titulares sobre seus dados ção pública federal; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
pessoais, os quais deverão levar em consideração as especificida-
des das atividades e o porte dos responsáveis; (Incluído pela Lei nº
13.853, de 2019)
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
XXIII - articular-se com as autoridades reguladoras públicas III - os valores apurados na venda ou aluguel de bens móveis e
para exercer suas competências em setores específicos de ativida- imóveis de sua propriedade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
des econômicas e governamentais sujeitas à regulação; e (Incluído IV - os valores apurados em aplicações no mercado financeiro
pela Lei nº 13.853, de 2019) das receitas previstas neste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
XXIV - implementar mecanismos simplificados, inclusive por 2019)
meio eletrônico, para o registro de reclamações sobre o tratamen- V - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
to de dados pessoais em desconformidade com esta Lei. (Incluído VI - os recursos provenientes de acordos, convênios ou con-
pela Lei nº 13.853, de 2019) tratos celebrados com entidades, organismos ou empresas, públi-
§ 1º Ao impor condicionantes administrativas ao tratamento cos ou privados, nacionais ou internacionais; (Incluído pela Lei nº
de dados pessoais por agente de tratamento privado, sejam eles 13.853, de 2019)
limites, encargos ou sujeições, a ANPD deve observar a exigência de VII - o produto da venda de publicações, material técnico, da-
mínima intervenção, assegurados os fundamentos, os princípios e dos e informações, inclusive para fins de licitação pública. (Incluído
os direitos dos titulares previstos no art. 170 da Constituição Fede- pela Lei nº 13.853, de 2019)
ral e nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Art. 55-M. Constituem o patrimônio da ANPD os bens e os di-
§ 2º Os regulamentos e as normas editados pela ANPD devem reitos: (Incluído pela Lei nº 14.460, de 2022)
ser precedidos de consulta e audiência públicas, bem como de aná- I - que lhe forem transferidos pelos órgãos da Presidência da
lises de impacto regulatório. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) República; e (Incluído pela Lei nº 14.460, de 2022)
§ 3º A ANPD e os órgãos e entidades públicos responsáveis pela II - que venha a adquirir ou a incorporar. (Incluído pela Lei nº
regulação de setores específicos da atividade econômica e gover- 14.460, de 2022)
namental devem coordenar suas atividades, nas correspondentes Art. 56. (VETADO).
esferas de atuação, com vistas a assegurar o cumprimento de suas Art. 5 7. (VETADO).
atribuições com a maior eficiência e promover o adequado funcio-
namento dos setores regulados, conforme legislação específica, e o SEÇÃO II
tratamento de dados pessoais, na forma desta Lei. (Incluído pela Lei DO CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS
nº 13.853, de 2019) PESSOAIS E DA PRIVACIDADE
§ 4º A ANPD manterá fórum permanente de comunicação, in-
clusive por meio de cooperação técnica, com órgãos e entidades Art. 58. (VETADO).
da administração pública responsáveis pela regulação de setores Art. 58-A. O Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais
específicos da atividade econômica e governamental, a fim de faci- e da Privacidade será composto de 23 (vinte e três) representantes,
litar as competências regulatória, fiscalizatória e punitiva da ANPD. titulares e suplentes, dos seguintes órgãos: (Incluído pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) 13.853, de 2019)
§ 5º No exercício das competências de que trata o caput deste I - 5 (cinco) do Poder Executivo federal; (Incluído pela Lei nº
artigo, a autoridade competente deverá zelar pela preservação do 13.853, de 2019)
segredo empresarial e do sigilo das informações, nos termos da lei. II - 1 (um) do Senado Federal; (Incluído pela Lei nº 13.853, de
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) 2019)
§ 6º As reclamações colhidas conforme o disposto no inciso V III - 1 (um) da Câmara dos Deputados; (Incluído pela Lei nº
do caput deste artigo poderão ser analisadas de forma agregada, e 13.853, de 2019)
as eventuais providências delas decorrentes poderão ser adotadas IV - 1 (um) do Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Lei
de forma padronizada. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) nº 13.853, de 2019)
Art. 55-K. A aplicação das sanções previstas nesta Lei compe- V - 1 (um) do Conselho Nacional do Ministério Público; (Incluí-
te exclusivamente à ANPD, e suas competências prevalecerão, no do pela Lei nº 13.853, de 2019)
que se refere à proteção de dados pessoais, sobre as competências VI - 1 (um) do Comitê Gestor da Internet no Brasil; (Incluído
correlatas de outras entidades ou órgãos da administração pública. pela Lei nº 13.853, de 2019)
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) VII - 3 (três) de entidades da sociedade civil com atuação rela-
Parágrafo único. A ANPD articulará sua atuação com outros cionada a proteção de dados pessoais; (Incluído pela Lei nº 13.853,
órgãos e entidades com competências sancionatórias e normativas de 2019)
afetas ao tema de proteção de dados pessoais e será o órgão cen- VIII - 3 (três) de instituições científicas, tecnológicas e de inova-
tral de interpretação desta Lei e do estabelecimento de normas e ção; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
diretrizes para a sua implementação. (Incluído pela Lei nº 13.853, IX - 3 (três) de confederações sindicais representativas das
de 2019) categorias econômicas do setor produtivo; (Incluído pela Lei nº
Art. 55-L. Constituem receitas da ANPD: (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
13.853, de 2019) X - 2 (dois) de entidades representativas do setor empresarial
I - as dotações, consignadas no orçamento geral da União, os relacionado à área de tratamento de dados pessoais; e (Incluído
créditos especiais, os créditos adicionais, as transferências e os re- pela Lei nº 13.853, de 2019)
passes que lhe forem conferidos; (Incluído pela Lei nº 13.853, de XI - 2 (dois) de entidades representativas do setor laboral. (In-
2019) cluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
§ 1º Os representantes serão designados por ato do Presidente
II - as doações, os legados, as subvenções e outros recursos que da República, permitida a delegação. (Incluído pela Lei nº 13.853,
lhe forem destinados; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) de 2019)
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 2º Os representantes de que tratam os incisos I, II, III, IV, V e Art. 62. A autoridade nacional e o Instituto Nacional de Estudos
VI do caput deste artigo e seus suplentes serão indicados pelos titu- e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no âmbito de suas
lares dos respectivos órgãos e entidades da administração pública. competências, editarão regulamentos específicos para o acesso a
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) dados tratados pela União para o cumprimento do disposto no § 2º
§ 3º Os representantes de que tratam os incisos VII, VIII, IX, X do art. 9º da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Dire-
e XI do caput deste artigo e seus suplentes: (Incluído pela Lei nº trizes e Bases da Educação Nacional) , e aos referentes ao Sistema
13.853, de 2019) Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), de que trata a
I - serão indicados na forma de regulamento; (Incluído pela Lei Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004 .
nº 13.853, de 2019) Art. 63. A autoridade nacional estabelecerá normas sobre a
II - não poderão ser membros do Comitê Gestor da Internet no adequação progressiva de bancos de dados constituídos até a data
Brasil; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) de entrada em vigor desta Lei, consideradas a complexidade das
III - terão mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recon- operações de tratamento e a natureza dos dados.
dução. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Art. 64. Os direitos e princípios expressos nesta Lei não excluem
§ 4º A participação no Conselho Nacional de Proteção de Da- outros previstos no ordenamento jurídico pátrio relacionados à ma-
dos Pessoais e da Privacidade será considerada prestação de serviço téria ou nos tratados internacionais em que a República Federativa
público relevante, não remunerada. (Incluído pela Lei nº 13.853, de do Brasil seja parte.
2019) Art. 65. Esta Lei entra em vigor: (Redação dada pela Lei nº
Art. 58-B. Compete ao Conselho Nacional de Proteção de Dados 13.853, de 2019)
Pessoais e da Privacidade: (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) I - dia 28 de dezembro de 2018, quanto aos arts. 55-A, 55-B, 55-
I - propor diretrizes estratégicas e fornecer subsídios para a ela- C, 55-D, 55-E, 55-F, 55-G, 55-H, 55-I, 55-J, 55-K, 55-L, 58-A e 58-B; e
boração da Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Privacidade e para a atuação da ANPD; (Incluído pela Lei nº 13.853, I-A – dia 1º de agosto de 2021, quanto aos arts. 52, 53 e 54;
de 2019) (Incluído pela Lei nº 14.010, de 2020)
II - elaborar relatórios anuais de avaliação da execução das II - 24 (vinte e quatro) meses após a data de sua publicação,
ações da Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Pri- quanto aos demais artigos. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
vacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
III - sugerir ações a serem realizadas pela ANPD; (Incluído pela Brasília , 14 de agosto de 2018; 197º da Independência e 130º
Lei nº 13.853, de 2019) da República.
IV - elaborar estudos e realizar debates e audiências públicas
sobre a proteção de dados pessoais e da privacidade; e (Incluído
pela Lei nº 13.853, de 2019) LEGISLAÇÃO ANTICORRUPÇÃO: LEI Nº 12.846/2013
V - disseminar o conhecimento sobre a proteção de dados pes-
soais e da privacidade à população. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
2019)
LEI Nº 12.846, DE 1º DE AGOSTO DE 2013.
Art. 59. (VETADO).
Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pes-
soas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública,
CAPÍTULO X
nacional ou estrangeira, e dá outras providências.
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
Art. 60. A Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 (Marco Civil da
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Internet) , passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 7º ..................................................................
.......................................................................................
CAPÍTULO I
X - exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a
DISPOSIÇÕES GERAIS
determinada aplicação de internet, a seu requerimento, ao térmi-
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva ad-
no da relação entre as partes, ressalvadas as hipóteses de guarda
ministrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a
obrigatória de registros previstas nesta Lei e na que dispõe sobre a
administração pública, nacional ou estrangeira.
proteção de dados pessoais;
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às sociedades
..............................................................................” (NR)
empresárias e às sociedades simples, personificadas ou não, in-
“Art. 16. .................................................................
dependentemente da forma de organização ou modelo societário
.......................................................................................
adotado, bem como a quaisquer fundações, associações de entida-
II - de dados pessoais que sejam excessivos em relação à finali-
des ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial
dade para a qual foi dado consentimento pelo seu titular, exceto nas
ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de
hipóteses previstas na Lei que dispõe sobre a proteção de dados
direito, ainda que temporariamente.
pessoais.” (NR)
Art. 2º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetiva-
Art. 61. A empresa estrangeira será notificada e intimada de to-
mente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos pre-
dos os atos processuais previstos nesta Lei, independentemente de
vistos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo
procuração ou de disposição contratual ou estatutária, na pessoa
ou não.
do agente ou representante ou pessoa responsável por sua filial,
agência, sucursal, estabelecimento ou escritório instalado no Brasil.
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Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a res- g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos
ponsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores ou contratos celebrados com a administração pública;
de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato V - dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos,
ilícito. entidades ou agentes públicos, ou intervir em sua atuação, inclusive
§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada independentemen- no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de fiscalização do
te da responsabilização individual das pessoas naturais referidas no sistema financeiro nacional.
caput . § 1º Considera-se administração pública estrangeira os órgãos
§ 2º Os dirigentes ou administradores somente serão responsa- e entidades estatais ou representações diplomáticas de país estran-
bilizados por atos ilícitos na medida da sua culpabilidade. geiro, de qualquer nível ou esfera de governo, bem como as pessoas
Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipó- jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público
tese de alteração contratual, transformação, incorporação, fusão ou de país estrangeiro.
cisão societária. § 2º Para os efeitos desta Lei, equiparam-se à administração
§ 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilidade pública estrangeira as organizações públicas internacionais.
da sucessora será restrita à obrigação de pagamento de multa e re- § 3º Considera-se agente público estrangeiro, para os fins desta
paração integral do dano causado, até o limite do patrimônio trans- Lei, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerça
ferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas nesta cargo, emprego ou função pública em órgãos, entidades estatais ou
Lei decorrentes de atos e fatos ocorridos antes da data da fusão ou em representações diplomáticas de país estrangeiro, assim como
incorporação, exceto no caso de simulação ou evidente intuito de em pessoas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo po-
fraude, devidamente comprovados. der público de país estrangeiro ou em organizações públicas inter-
§ 2º As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no nacionais.
âmbito do respectivo contrato, as consorciadas serão solidariamen-
te responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei, restringin- CAPÍTULO III
do-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de multa e DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
reparação integral do dano causado.
Art. 6º Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas ju-
CAPÍTULO II rídicas consideradas responsáveis pelos atos lesivos previstos nesta
DOS ATOS LESIVOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Lei as seguintes sanções:
NACIONAL OU ESTRANGEIRA I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte
por cento) do faturamento bruto do último exercício anterior ao
Art. 5º Constituem atos lesivos à administração pública, nacio- da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a
nal ou estrangeira, para os fins desta Lei, todos aqueles praticados qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível
pelas pessoas jurídicas mencionadas no parágrafo único do art. 1º sua estimação; e
, que atentem contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, II - publicação extraordinária da decisão condenatória.
contra princípios da administração pública ou contra os compromis- § 1º As sanções serão aplicadas fundamentadamente, isolada
sos internacionais assumidos pelo Brasil, assim definidos: ou cumulativamente, de acordo com as peculiaridades do caso con-
I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vanta- creto e com a gravidade e natureza das infrações.
gem indevida a agente público, ou a terceira pessoa a ele relacio- § 2º A aplicação das sanções previstas neste artigo será prece-
nada; dida da manifestação jurídica elaborada pela Advocacia Pública ou
II - comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de pelo órgão de assistência jurídica, ou equivalente, do ente público.
qualquer modo subvencionar a prática dos atos ilícitos previstos § 3º A aplicação das sanções previstas neste artigo não exclui,
nesta Lei; em qualquer hipótese, a obrigação da reparação integral do dano
III - comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física causado.
ou jurídica para ocultar ou dissimular seus reais interesses ou a § 4º Na hipótese do inciso I do caput , caso não seja possível
identidade dos beneficiários dos atos praticados; utilizar o critério do valor do faturamento bruto da pessoa jurídica,
IV - no tocante a licitações e contratos: a multa será de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 (ses-
a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qual- senta milhões de reais).
quer outro expediente, o caráter competitivo de procedimento li- § 5º A publicação extraordinária da decisão condenatória ocor-
citatório público; rerá na forma de extrato de sentença, a expensas da pessoa jurídi-
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato ca, em meios de comunicação de grande circulação na área da prá-
de procedimento licitatório público; tica da infração e de atuação da pessoa jurídica ou, na sua falta, em
c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou publicação de circulação nacional, bem como por meio de afixação
oferecimento de vantagem de qualquer tipo; de edital, pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias, no próprio esta-
d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente; belecimento ou no local de exercício da atividade, de modo visível
e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para ao público, e no sítio eletrônico na rede mundial de computadores.
participar de licitação pública ou celebrar contrato administrativo; § 6º (VETADO).
f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação das san-
de modificações ou prorrogações de contratos celebrados com a ções:
administração pública, sem autorização em lei, no ato convocatório I - a gravidade da infração;
da licitação pública ou nos respectivos instrumentos contratuais; ou II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;
III - a consumação ou não da infração;
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IV - o grau de lesão ou perigo de lesão; Art. 11. No processo administrativo para apuração de respon-
V - o efeito negativo produzido pela infração; sabilidade, será concedido à pessoa jurídica prazo de 30 (trinta) dias
VI - a situação econômica do infrator; para defesa, contados a partir da intimação.
VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das in- Art. 12. O processo administrativo, com o relatório da comis-
frações; são, será remetido à autoridade instauradora, na forma do art. 10,
VIII - a existência de mecanismos e procedimentos internos de para julgamento.
integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades e Art. 13. A instauração de processo administrativo específico de
a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da reparação integral do dano não prejudica a aplicação imediata das
pessoa jurídica; sanções estabelecidas nesta Lei.
IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o Parágrafo único. Concluído o processo e não havendo paga-
órgão ou entidade pública lesados; e mento, o crédito apurado será inscrito em dívida ativa da fazenda
X - (VETADO). pública.
Parágrafo único. Os parâmetros de avaliação de mecanismos e Art. 14. A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada
procedimentos previstos no inciso VIII do caput serão estabelecidos sempre que utilizada com abuso do direito para facilitar, encobrir
em regulamento do Poder Executivo federal. ou dissimular a prática dos atos ilícitos previstos nesta Lei ou para
provocar confusão patrimonial, sendo estendidos todos os efeitos
CAPÍTULO IV das sanções aplicadas à pessoa jurídica aos seus administradores e
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESPONSABILIZAÇÃO sócios com poderes de administração, observados o contraditório e
a ampla defesa.
Art. 8º A instauração e o julgamento de processo administrati- Art. 15. A comissão designada para apuração da responsabili-
vo para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica cabem à dade de pessoa jurídica, após a conclusão do procedimento admi-
autoridade máxima de cada órgão ou entidade dos Poderes Execu- nistrativo, dará conhecimento ao Ministério Público de sua existên-
tivo, Legislativo e Judiciário, que agirá de ofício ou mediante provo- cia, para apuração de eventuais delitos.
cação, observados o contraditório e a ampla defesa.
§ 1º A competência para a instauração e o julgamento do pro- CAPÍTULO V
cesso administrativo de apuração de responsabilidade da pessoa DO ACORDO DE LENIÊNCIA
jurídica poderá ser delegada, vedada a subdelegação.
§ 2º No âmbito do Poder Executivo federal, a Controladoria- Art. 16. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pú-
-Geral da União - CGU terá competência concorrente para instaurar blica poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas
processos administrativos de responsabilização de pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos nesta Lei que colabo-
ou para avocar os processos instaurados com fundamento nesta Lei, rem efetivamente com as investigações e o processo administrativo,
para exame de sua regularidade ou para corrigir-lhes o andamento. sendo que dessa colaboração resulte:
Art. 9º Competem à Controladoria-Geral da União - CGU a apu- I - a identificação dos demais envolvidos na infração, quando
ração, o processo e o julgamento dos atos ilícitos previstos nesta couber; e
Lei, praticados contra a administração pública estrangeira, obser- II - a obtenção célere de informações e documentos que com-
vado o disposto no Artigo 4 da Convenção sobre o Combate da provem o ilícito sob apuração.
Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações § 1º O acordo de que trata o caput somente poderá ser celebra-
Comerciais Internacionais, promulgada pelo Decreto nº 3.678, de do se preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos:
30 de novembro de 2000. I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu
Art. 10. O processo administrativo para apuração da responsa- interesse em cooperar para a apuração do ato ilícito;
bilidade de pessoa jurídica será conduzido por comissão designada II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento
pela autoridade instauradora e composta por 2 (dois) ou mais ser- na infração investigada a partir da data de propositura do acordo;
vidores estáveis. III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coo-
§ 1º O ente público, por meio do seu órgão de representação pere plena e permanentemente com as investigações e o processo
judicial, ou equivalente, a pedido da comissão a que se refere o administrativo, comparecendo, sob suas expensas, sempre que soli-
caput , poderá requerer as medidas judiciais necessárias para a in- citada, a todos os atos processuais, até seu encerramento.
vestigação e o processamento das infrações, inclusive de busca e §2º A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa ju-
apreensão. rídica das sanções previstas no inciso II do art. 6º e no inciso IV do
§ 2º A comissão poderá, cautelarmente, propor à autoridade art. 19 e reduzirá em até 2/3 (dois terços) o valor da multa aplicável.
instauradora que suspenda os efeitos do ato ou processo objeto da § 3º O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obri-
investigação. gação de reparar integralmente o dano causado.
§ 3º A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 § 4º O acordo de leniência estipulará as condições necessárias
(cento e oitenta) dias contados da data da publicação do ato que a para assegurar a efetividade da colaboração e o resultado útil do
instituir e, ao final, apresentar relatórios sobre os fatos apurados e processo.
eventual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo de forma § 5º Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pes-
motivada as sanções a serem aplicadas. soas jurídicas que integram o mesmo grupo econômico, de fato e
§ 4º O prazo previsto no § 3º poderá ser prorrogado, mediante de direito, desde que firmem o acordo em conjunto, respeitadas as
ato fundamentado da autoridade instauradora. condições nele estabelecidas.
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§ 6º A proposta de acordo de leniência somente se tornará pú- Art. 20. Nas ações ajuizadas pelo Ministério Público, poderão
blica após a efetivação do respectivo acordo, salvo no interesse das ser aplicadas as sanções previstas no art. 6º , sem prejuízo daque-
investigações e do processo administrativo. las previstas neste Capítulo, desde que constatada a omissão das
§ 7º Não importará em reconhecimento da prática do ato ilícito autoridades competentes para promover a responsabilização admi-
investigado a proposta de acordo de leniência rejeitada. nistrativa.
§ 8º Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a Art. 21. Nas ações de responsabilização judicial, será adotado o
pessoa jurídica ficará impedida de celebrar novo acordo pelo prazo rito previsto na Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
de 3 (três) anos contados do conhecimento pela administração pú- Parágrafo único. A condenação torna certa a obrigação de re-
blica do referido descumprimento. parar, integralmente, o dano causado pelo ilícito, cujo valor será
§ 9º A celebração do acordo de leniência interrompe o prazo apurado em posterior liquidação, se não constar expressamente da
prescricional dos atos ilícitos previstos nesta Lei. sentença.
§ 10. A Controladoria-Geral da União - CGU é o órgão compe-
tente para celebrar os acordos de leniência no âmbito do Poder Exe- CAPÍTULO VII
cutivo federal, bem como no caso de atos lesivos praticados contra DISPOSIÇÕES FINAIS
a administração pública estrangeira.
Art. 17. A administração pública poderá também celebrar acor- Art. 22. Fica criado no âmbito do Poder Executivo federal o Ca-
do de leniência com a pessoa jurídica responsável pela prática de dastro Nacional de Empresas Punidas - CNEP, que reunirá e dará
ilícitos previstos na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com vistas publicidade às sanções aplicadas pelos órgãos ou entidades dos
à isenção ou atenuação das sanções administrativas estabelecidas Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de
em seus arts. 86 a 88. governo com base nesta Lei.
§ 1º Os órgãos e entidades referidos no caput deverão informar
CAPÍTULO VI e manter atualizados, no Cnep, os dados relativos às sanções por
DA RESPONSABILIZAÇÃO JUDICIAL eles aplicadas.
§ 2º O Cnep conterá, entre outras, as seguintes informações
Art. 18. Na esfera administrativa, a responsabilidade da pessoa acerca das sanções aplicadas:
jurídica não afasta a possibilidade de sua responsabilização na es- I - razão social e número de inscrição da pessoa jurídica ou en-
fera judicial. tidade no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ;
Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta II - tipo de sanção; e
Lei, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio III - data de aplicação e data final da vigência do efeito limitador
das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de representação ju- ou impeditivo da sanção, quando for o caso.
dicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajuizar ação § 3º As autoridades competentes, para celebrarem acordos
com vistas à aplicação das seguintes sanções às pessoas jurídicas de leniência previstos nesta Lei, também deverão prestar e manter
infratoras: atualizadas no Cnep, após a efetivação do respectivo acordo, as in-
I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem formações acerca do acordo de leniência celebrado, salvo se esse
vantagem ou proveito direta ou indiretamente obtidos da infração, procedimento vier a causar prejuízo às investigações e ao processo
ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé; administrativo.
II - suspensão ou interdição parcial de suas atividades; § 4º Caso a pessoa jurídica não cumpra os termos do acordo
III - dissolução compulsória da pessoa jurídica; de leniência, além das informações previstas no § 3º , deverá ser
IV - proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, do- incluída no Cnep referência ao respectivo descumprimento.
ações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de insti- § 5º Os registros das sanções e acordos de leniência serão ex-
tuições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo cluídos depois de decorrido o prazo previamente estabelecido no
prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos. ato sancionador ou do cumprimento integral do acordo de leniência
§ 1º A dissolução compulsória da pessoa jurídica será determi- e da reparação do eventual dano causado, mediante solicitação do
nada quando comprovado: órgão ou entidade sancionadora.
I - ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual Art. 23. Os órgãos ou entidades dos Poderes Executivo, Legisla-
para facilitar ou promover a prática de atos ilícitos; ou tivo e Judiciário de todas as esferas de governo deverão informar e
II - ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilí- manter atualizados, para fins de publicidade, no Cadastro Nacional
citos ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados. de Empresas Inidôneas e Suspensas - CEIS, de caráter público, ins-
§ 2º (VETADO). tituído no âmbito do Poder Executivo federal, os dados relativos às
§ 3º As sanções poderão ser aplicadas de forma isolada ou sanções por eles aplicadas, nos termos do disposto nos arts. 87 e 88
cumulativa. da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.
§ 4º O Ministério Público ou a Advocacia Pública ou órgão de Art. 24. A multa e o perdimento de bens, direitos ou valores
representação judicial, ou equivalente, do ente público poderá re- aplicados com fundamento nesta Lei serão destinados preferencial-
querer a indisponibilidade de bens, direitos ou valores necessários mente aos órgãos ou entidades públicas lesadas.
à garantia do pagamento da multa ou da reparação integral do dano Art. 25. Prescrevem em 5 (cinco) anos as infrações previstas
causado, conforme previsto no art. 7º , ressalvado o direito do ter- nesta Lei, contados da data da ciência da infração ou, no caso de
ceiro de boa-fé. infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
Parágrafo único. Na esfera administrativa ou judicial, a prescri-
ção será interrompida com a instauração de processo que tenha por
objeto a apuração da infração.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 26. A pessoa jurídica será representada no processo admi- I - por pessoa jurídica brasileira contra administração pública
nistrativo na forma do seu estatuto ou contrato social. estrangeira, ainda que cometidos no exterior;
§ 1º As sociedades sem personalidade jurídica serão represen- II - no todo ou em parte no território nacional ou que nele pro-
tadas pela pessoa a quem couber a administração de seus bens. duzam ou possam produzir efeitos; ou
§ 2º A pessoa jurídica estrangeira será representada pelo ge- III - no exterior, quando praticados contra a administração pú-
rente, representante ou administrador de sua filial, agência ou su- blica nacional.
cursal aberta ou instalada no Brasil. § 2º São passíveis de responsabilização nos termos do disposto
Art. 27. A autoridade competente que, tendo conhecimento na Lei nº 12.846, de 2013, as pessoas jurídicas que tenham sede,
das infrações previstas nesta Lei, não adotar providências para a filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato
apuração dos fatos será responsabilizada penal, civil e administrati- ou de direito.
vamente nos termos da legislação específica aplicável. Art. 2º A apuração da responsabilidade administrativa de pes-
Art. 28. Esta Lei aplica-se aos atos lesivos praticados por pessoa soa jurídica, decorrente do exercício do poder sancionador da ad-
jurídica brasileira contra a administração pública estrangeira, ainda ministração pública, será efetuada por meio de Processo Adminis-
que cometidos no exterior. trativo de Responsabilização - PAR ou de acordo de leniência.
Art. 29. O disposto nesta Lei não exclui as competências do
Conselho Administrativo de Defesa Econômica, do Ministério da CAPÍTULO II
Justiça e do Ministério da Fazenda para processar e julgar fato que DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
constitua infração à ordem econômica.
Art. 30. A aplicação das sanções previstas nesta Lei não afeta SEÇÃO I
os processos de responsabilização e aplicação de penalidades de- DA INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR
correntes de:
I - ato de improbidade administrativa nos termos da Lei nº Art. 3º O titular da corregedoria da entidade ou da unidade
8.429, de 2 de junho de 1992 ; e competente, ao tomar ciência da possível ocorrência de ato lesivo à
II - atos ilícitos alcançados pela Lei nº 8.666, de 21 de junho de administração pública federal, em sede de juízo de admissibilidade
1993, ou outras normas de licitações e contratos da administração e mediante despacho fundamentado, decidirá:
pública, inclusive no tocante ao Regime Diferenciado de Contrata- I - pela abertura de investigação preliminar;
ções Públicas - RDC instituído pela Lei nº 12.462, de 4 de agosto de II - pela recomendação de instauração de PAR; ou
2011. III - pela recomendação de arquivamento da matéria.
Art. 31. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após § 1º A investigação de que trata o inciso I do caput terá cará-
a data de sua publicação. ter sigiloso e não punitivo e será destinada à apuração de indícios
de autoria e materialidade de atos lesivos à administração pública
Brasília, 1º de agosto de 2013; 192º da Independência e 125º federal.
da República. § 2º A investigação preliminar será conduzida diretamente pela
corregedoria da entidade ou unidade competente, na forma esta-
belecida em regulamento, ou por comissão composta por dois ou
DECRETO Nº 11.129 DE 11/07/2022 mais membros, designados entre servidores efetivos ou emprega-
dos públicos.
§ 3º Na investigação preliminar, serão praticados os atos neces-
DECRETO Nº 11.129, DE 11 DE JULHO DE 2022 sários à elucidação dos fatos sob apuração, compreendidas todas as
diligências admitidas em lei, notadamente:
Regulamenta a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, que
I - proposição à autoridade instauradora da suspensão cautelar
dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas
dos efeitos do ato ou do processo objeto da investigação;
jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacio-
II - solicitação de atuação de especialistas com conhecimentos
nal ou estrangeira.
técnicos ou operacionais, de órgãos e entidades públicos ou de ou-
tras organizações, para auxiliar na análise da matéria sob exame;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
III - solicitação de informações bancárias sobre movimentação
confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista
de recursos públicos, ainda que sigilosas, nesta hipótese, em sede
o disposto na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013,
de compartilhamento do sigilo com órgãos de controle;
IV - requisição, por meio da autoridade competente, do com-
DECRETA:
partilhamento de informações tributárias da pessoa jurídica inves-
tigada, conforme previsto no inciso II do § 1º do art. 198 da Lei nº
CAPÍTULO I 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES V - solicitação, ao órgão de representação judicial ou equiva-
lente dos órgãos ou das entidades lesadas, das medidas judiciais
Art. 1º Este Decreto regulamenta a responsabilização objetiva
necessárias para a investigação e para o processamento dos atos
administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra
lesivos, inclusive de busca e apreensão, no Brasil ou no exterior; ou
a administração pública, nacional ou estrangeira, de que trata a Lei
VI - solicitação de documentos ou informações a pessoas físicas
nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.
ou jurídicas, de direito público ou privado, nacionais ou estrangei-
§ 1º A Lei nº 12.846, de 2013, aplica-se aos atos lesivos prati-
ras, ou a organizações públicas internacionais.
cados:
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§ 4º O prazo para a conclusão da investigação preliminar não sável pela condução do PAR, hipótese em que o prazo para apre-
excederá cento e oitenta dias, admitida a prorrogação, mediante sentação de defesa escrita será contado a partir da última data de
ato da autoridade a que se refere o caput. publicação do edital.
§ 5º Ao final da investigação preliminar, serão enviadas à auto- § 4º Caso a pessoa jurídica processada não apresente sua de-
ridade competente as peças de informação obtidas, acompanhadas fesa escrita no prazo estabelecido no caput, contra ela correrão os
de relatório conclusivo acerca da existência de indícios de autoria e demais prazos, independentemente de notificação ou intimação,
materialidade de atos lesivos à administração pública federal, para podendo intervir em qualquer fase do processo, sem direito à repe-
decisão sobre a instauração do PAR. tição de qualquer ato processual já praticado.
Art. 7º As intimações serão feitas por qualquer meio físico ou
SEÇÃO II eletrônico que assegure a certeza de ciência da pessoa jurídica pro-
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RESPONSABILIZAÇÃO cessada.
§ 1º Os prazos começam a correr a partir da data da cientifica-
Art. 4º A competência para a instauração e para o julgamento ção oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-
do PAR é da autoridade máxima da entidade em face da qual foi -se o dia do vencimento, observado o disposto no Capítulo XVI da
praticado o ato lesivo ou, em caso de órgão da administração públi- Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
ca federal direta, do respectivo Ministro de Estado. § 2º Na hipótese prevista no § 4º do art. 6º, dispensam-se as
Parágrafo único. A competência de que trata o caput será exer- demais intimações processuais, até que a pessoa jurídica interessa-
cida de ofício ou mediante provocação e poderá ser delegada, ve- da se manifeste nos autos.
dada a subdelegação. § 3º A pessoa jurídica estrangeira poderá ser notificada e in-
Art. 5º No ato de instauração do PAR, a autoridade designará timada de todos os atos processuais, independentemente de pro-
comissão, composta por dois ou mais servidores estáveis. curação ou de disposição contratual ou estatutária, na pessoa do
§ 1º Em entidades da administração pública federal cujos qua- gerente, representante ou administrador de sua filial, agência, su-
dros funcionais não sejam formados por servidores estatutários, a cursal, estabelecimento ou escritório instalado no Brasil.
comissão a que se refere o caput será composta por dois ou mais Art. 8º Recebida a defesa escrita, a comissão avaliará a perti-
empregados permanentes, preferencialmente com, no mínimo, nência de produzir as provas eventualmente requeridas pela pes-
três anos de tempo de serviço na entidade. soa jurídica processada, podendo indeferir de forma motivada os
§ 2º A comissão a que se refere o caput exercerá suas ativida- pedidos de produção de provas que sejam ilícitas, impertinentes,
des com imparcialidade e observará a legislação, os regulamentos e desnecessárias, protelatórias ou intempestivas.
as orientações técnicas vigentes. § 1º Caso sejam produzidas provas após a nota de indiciação, a
§ 3º Será assegurado o sigilo do PAR, sempre que necessário comissão poderá:
à elucidação do fato ou quando exigido pelo interesse da adminis- I - intimar a pessoa jurídica para se manifestar, no prazo de dez
tração pública, garantido à pessoa jurídica processada o direito à dias, sobre as novas provas juntadas aos autos, caso tais provas não
ampla defesa e ao contraditório. justifiquem a alteração da nota de indiciação; ou
§ 4º O prazo para a conclusão dos trabalhos da comissão de II - lavrar nova indiciação ou indiciação complementar, caso as
PAR não excederá cento e oitenta dias, admitida a prorrogação, me- novas provas juntadas aos autos justifiquem alterações na nota de
diante solicitação justificada do presidente da comissão à autorida- indiciação inicial, devendo ser observado o disposto no caput do
de instauradora, que decidirá de maneira fundamentada. art. 6º.
Art. 6º Instaurado o PAR, a comissão avaliará os fatos e as cir- § 2º Caso a pessoa jurídica apresente em sua defesa informa-
cunstâncias conhecidas e indiciará e intimará a pessoa jurídica pro- ções e documentos referentes à existência e ao funcionamento de
cessada para, no prazo de trinta dias, apresentar defesa escrita e programa de integridade, a comissão processante deverá examiná-
especificar eventuais provas que pretenda produzir. -lo segundo os parâmetros indicados no Capítulo V, para a dosime-
§ 1º A intimação prevista no caput: tria das sanções a serem aplicadas.
I - facultará expressamente à pessoa jurídica a possibilidade de Art. 9º A pessoa jurídica poderá acompanhar o PAR por meio
apresentar informações e provas que subsidiem a análise da comis- de seus representantes legais ou procuradores, sendo-lhes assegu-
são de PAR no que se refere aos elementos que atenuam o valor da rado amplo acesso aos autos.
multa, previstos no art. 23; e Parágrafo único. É vedada a retirada de autos físicos da repar-
II - solicitará a apresentação de informações e documentos, tição pública, sendo autorizada a obtenção de cópias, preferencial-
nos termos estabelecidos pela Controladoria-Geral da União, que mente em meio digital, mediante requerimento.
permitam a análise do programa de integridade da pessoa jurídica. Art. 10. A comissão, para o devido e regular exercício de suas
§ 2º O ato de indiciação conterá, no mínimo: funções, poderá praticar os atos necessários à elucidação dos fatos
I - a descrição clara e objetiva do ato lesivo imputado à pessoa sob apuração, compreendidos todos os meios probatórios admiti-
jurídica, com a descrição das circunstâncias relevantes; dos em lei, inclusive os previstos no § 3º do art. 3º.
II - o apontamento das provas que sustentam o entendimento Art. 11. Concluídos os trabalhos de apuração e análise, a comis-
da comissão pela ocorrência do ato lesivo imputado; e são elaborará relatório a respeito dos fatos apurados e da eventual
III - o enquadramento legal do ato lesivo imputado à pessoa responsabilidade administrativa da pessoa jurídica, no qual sugeri-
jurídica processada. rá, de forma motivada:
§ 3º Caso a intimação prevista no caput não tenha êxito, será I - as sanções a serem aplicadas, com a respectiva indicação da
feita nova intimação por meio de edital publicado na imprensa ofi- dosimetria, ou o arquivamento do processo;
cial e no sítio eletrônico do órgão ou da entidade pública respon-
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II - o encaminhamento do relatório final à autoridade compe- § 2º Para fins do disposto no caput, o chefe da unidade respon-
tente para instrução de processo administrativo específico para sável no órgão ou na entidade pela gestão de licitações e contra-
reparação de danos, quando houver indícios de que do ato lesivo tos deve comunicar à autoridade a que se refere o caput do art. 3º
tenha resultado dano ao erário; eventuais fatos que configurem atos lesivos previstos no art. 5º da
III - o encaminhamento do relatório final à Advocacia-Geral da Lei nº 12.846, de 2013.
União, para ajuizamento da ação de que trata o art. 19 da Lei nº Art. 17. A Controladoria-Geral da União possui, no âmbito do
12.846, de 2013, com sugestão, de acordo com o caso concreto, Poder Executivo federal, competência:
da aplicação das sanções previstas naquele artigo, como retribuição I - concorrente para instaurar e julgar PAR; e
complementar às do PAR ou para a prevenção de novos ilícitos; II - exclusiva para avocar os processos instaurados para exame
IV - o encaminhamento do processo ao Ministério Público, nos de sua regularidade ou para lhes corrigir o andamento, inclusive
termos do disposto no art. 15 da Lei nº 12.846, de 2013; e promovendo a aplicação da penalidade administrativa cabível.
V - as condições necessárias para a concessão da reabilitação, § 1º A Controladoria-Geral da União poderá exercer, a qualquer
quando cabível. tempo, a competência prevista no caput, se presentes quaisquer
Art. 12. Concluído o relatório final, a comissão lavrará ata de das seguintes circunstâncias:
encerramento dos seus trabalhos, que formalizará sua desconsti- I - caracterização de omissão da autoridade originariamente
tuição, e encaminhará o PAR à autoridade instauradora, que deter- competente;
minará a intimação da pessoa jurídica processada do relatório final II - inexistência de condições objetivas para sua realização no
para, querendo, manifestar-se no prazo máximo de dez dias. órgão ou na entidade de origem;
Parágrafo único. Transcorrido o prazo previsto no caput, a au- III - complexidade, repercussão e relevância da matéria;
toridade instauradora determinará à corregedoria da entidade ou à IV - valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o
unidade competente que analise a regularidade e o mérito do PAR. órgão ou com a entidade atingida; ou
Art. 13. Após a análise de regularidade e mérito, o PAR será V - apuração que envolva atos e fatos relacionados com mais de
encaminhado à autoridade competente para julgamento, o qual um órgão ou entidade da administração pública federal.
será precedido de manifestação jurídica, elaborada pelo órgão de § 2º Ficam os órgãos e as entidades da administração pública
assistência jurídica competente. obrigados a encaminhar à Controladoria-Geral da União todos os
Parágrafo único. Na hipótese de decisão contrária ao relatório documentos e informações que lhes forem solicitados, incluídos os
da comissão, esta deverá ser fundamentada com base nas provas autos originais dos processos que eventualmente estejam em cur-
produzidas no PAR. so.
Art. 14. A decisão administrativa proferida pela autoridade jul- Art. 18. Compete à Controladoria-Geral da União instaurar,
gadora ao final do PAR será publicada no Diário Oficial da União e no apurar e julgar PAR pela prática de atos lesivos a administração pú-
sítio eletrônico do órgão ou da entidade pública responsável pelo blica estrangeira, o qual seguirá, no que couber, o rito procedimen-
julgamento do PAR. tal previsto neste Capítulo.
Art. 15. Da decisão administrativa sancionadora cabe pedido Parágrafo único. Os órgãos e as entidades da administração
de reconsideração com efeito suspensivo, no prazo de dez dias, con- pública federal direta e indireta deverão comunicar à Controlado-
tado da data de publicação da decisão. ria-Geral da União os indícios da ocorrência de atos lesivos a ad-
§ 1º A pessoa jurídica contra a qual foram impostas sanções no ministração pública estrangeira, identificados no exercício de suas
PAR e que não apresentar pedido de reconsideração deverá cumpri- atribuições, juntando à comunicação os documentos já disponíveis
-las no prazo de trinta dias, contado do fim do prazo para interposi- e necessários à apuração ou à comprovação dos fatos, sem prejuízo
ção do pedido de reconsideração. do envio de documentação complementar, na hipótese de novas
§ 2º A autoridade julgadora terá o prazo de trinta dias para de- provas ou informações relevantes, sob pena de responsabilização.
cidir sobre a matéria alegada no pedido de reconsideração e publi-
car nova decisão. CAPÍTULO III
§ 3º Mantida a decisão administrativa sancionadora, será con- DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DOS
cedido à pessoa jurídica novo prazo de trinta dias para o cumpri- ENCAMINHAMENTOS JUDICIAIS
mento das sanções que lhe foram impostas, contado da data de
publicação da nova decisão. SEÇÃO I
Art. 16. Os atos previstos como infrações administrativas à Lei DISPOSIÇÕES GERAIS
nº 14.133, de 1º de abril de 2021, ou a outras normas de licitações
e contratos da administração pública que também sejam tipifica- Art. 19. As pessoas jurídicas estão sujeitas às seguintes sanções
dos como atos lesivos na Lei nº 12.846, de 2013, serão apurados administrativas, nos termos do disposto no art. 6º da Lei nº 12.846,
e julgados conjuntamente, nos mesmos autos, aplicando-se o rito de 2013:
procedimental previsto neste Capítulo. I - multa; e
§ 1º Concluída a apuração de que trata o caput e havendo au- II - publicação extraordinária da decisão administrativa sancio-
toridades distintas competentes para o julgamento, o processo será nadora.
encaminhado primeiramente àquela de nível mais elevado, para Parágrafo único. Caso os atos lesivos apurados envolvam infra-
que julgue no âmbito de sua competência, tendo precedência o jul- ções administrativas à Lei nº 14.133, de 2021, ou a outras normas
gamento pelo Ministro de Estado competente. de licitações e contratos da administração pública e tenha ocorrido
a apuração conjunta prevista no art. 16, a pessoa jurídica também
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estará sujeita a sanções administrativas que tenham como efeito a VI - no caso de contratos, convênios, acordos, ajustes e outros
restrição ao direito de participar em licitações ou de celebrar con- instrumentos congêneres mantidos ou pretendidos com o órgão ou
tratos com a administração pública, a serem aplicadas no PAR. com as entidades lesadas, nos anos da prática do ato lesivo, serão
considerados os seguintes percentuais:
SEÇÃO II a) um por cento, no caso de o somatório dos instrumentos to-
DA MULTA talizar valor superior a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais);
b) dois por cento, no caso de o somatório dos instrumentos
Art. 20. A multa prevista no inciso I do caput do art. 6º da Lei totalizar valor superior a R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos
nº 12.846, de 2013, terá como base de cálculo o faturamento bruto mil reais);
da pessoa jurídica no último exercício anterior ao da instauração do c) três por cento, no caso de o somatório dos instrumentos to-
PAR, excluídos os tributos. talizar valor superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);
§ 1º Os valores que constituirão a base de cálculo de que trata d) quatro por cento, no caso de o somatório dos instrumentos
o caput poderão ser apurados, entre outras formas, por meio de: totalizar valor superior a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de
I - compartilhamento de informações tributárias, na forma do reais); ou
disposto no inciso II do § 1º do art. 198 da Lei nº 5.172, de 1966 - e) cinco por cento, no caso de o somatório dos instrumentos
Código Tributário Nacional; totalizar valor superior a R$ 250.000.000,00 (duzentos e cinquenta
II - registros contábeis produzidos ou publicados pela pessoa milhões de reais).
jurídica acusada, no Brasil ou no exterior; Parágrafo único. No caso de acordo de leniência, o prazo cons-
III - estimativa, levando em consideração quaisquer informa- tante do inciso V do caput será contado a partir da data de celebra-
ções sobre a sua situação econômica ou o estado de seus negócios, ção até cinco anos após a declaração de seu cumprimento.
tais como patrimônio, capital social, número de empregados, con- Art. 23. Do resultado da soma dos fatores previstos no art. 22
tratos, entre outras; e serão subtraídos os valores correspondentes aos seguintes percen-
IV - identificação do montante total de recursos recebidos pela tuais da base de cálculo:
pessoa jurídica sem fins lucrativos no ano anterior ao da instaura- I - até meio por cento no caso de não consumação da infração;
ção do PAR, excluídos os tributos incidentes sobre vendas. II - até um por cento no caso de:
§ 2º Os fatores previstos nos art. 22 e art. 23 deste Decreto se- a) comprovação da devolução espontânea pela pessoa jurídica
rão avaliados em conjunto para os atos lesivos apurados no mesmo da vantagem auferida e do ressarcimento dos danos resultantes do
PAR, devendo-se considerar, para o cálculo da multa, a consolidação ato lesivo; ou
dos faturamentos brutos de todas as pessoas jurídicas pertencentes b) inexistência ou falta de comprovação de vantagem auferida
de fato ou de direito ao mesmo grupo econômico que tenham pra- e de danos resultantes do ato lesivo;
ticado os ilícitos previstos no art. 5º da Lei nº 12.846, de 2013, ou III - até um e meio por cento para o grau de colaboração da
concorrido para a sua prática. pessoa jurídica com a investigação ou a apuração do ato lesivo, in-
Art. 21. Caso a pessoa jurídica comprovadamente não tenha dependentemente do acordo de leniência;
tido faturamento no último exercício anterior ao da instauração do IV - até dois por cento no caso de admissão voluntária pela pes-
PAR, deve-se considerar como base de cálculo da multa o valor do soa jurídica da responsabilidade objetiva pelo ato lesivo; e
último faturamento bruto apurado pela pessoa jurídica, excluídos V - até cinco por cento no caso de comprovação de a pessoa
os tributos incidentes sobre vendas, que terá seu valor atualizado jurídica possuir e aplicar um programa de integridade, conforme os
até o último dia do exercício anterior ao da instauração do PAR. parâmetros estabelecidos no Capítulo V.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, o valor da mul- Parágrafo único. Somente poderão ser atribuídos os percentu-
ta será estipulado observando-se o intervalo de R$ 6.000,00 (seis ais máximos, quando observadas as seguintes condições:
mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais) e o limite I - na hipótese prevista na alínea “a” do inciso II do caput, quan-
mínimo da vantagem auferida, quando for possível sua estimação. do ocorrer a devolução integral dos valores ali referidos;
Art. 22. O cálculo da multa se inicia com a soma dos valores II - na hipótese prevista no inciso IV do caput, quando a admis-
correspondentes aos seguintes percentuais da base de cálculo: são ocorrer antes da instauração do PAR; e
I - até quatro por cento, havendo concurso dos atos lesivos; III - na hipótese prevista no inciso V do caput, quando o plano
II - até três por cento para tolerância ou ciência de pessoas do de integridade for anterior à prática do ato lesivo.
corpo diretivo ou gerencial da pessoa jurídica; Art. 24. A existência e quantificação dos fatores previstos nos
III - até quatro por cento no caso de interrupção no forneci- art. 22 e art. 23 deverá ser apurada no PAR e evidenciada no relató-
mento de serviço público, na execução de obra contratada ou na rio final da comissão, o qual também conterá a estimativa, sempre
entrega de bens ou serviços essenciais à prestação de serviços pú- que possível, dos valores da vantagem auferida e da pretendida.
blicos ou no caso de descumprimento de requisitos regulatórios; Art. 25. Em qualquer hipótese, o valor final da multa terá como
IV - um por cento para a situação econômica do infrator que limite:
apresente índices de solvência geral e de liquidez geral superiores I - mínimo, o maior valor entre o da vantagem auferida, quando
a um e lucro líquido no último exercício anterior ao da instauração for possível sua estimativa, e:
do PAR; a) um décimo por cento da base de cálculo; ou
V - três por cento no caso de reincidência, assim definida a b) R$ 6.000,00 (seis mil reais), na hipótese prevista no art. 21; e
ocorrência de nova infração, idêntica ou não à anterior, tipificada II - máximo, o menor valor entre:
como ato lesivo pelo art. 5º da Lei nº 12.846, de 2013, em menos a) três vezes o valor da vantagem pretendida ou auferida, o que
de cinco anos, contados da publicação do julgamento da infração for maior entre os dois valores;
anterior; e
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b) vinte por cento do faturamento bruto do último exercício II - em edital afixado no próprio estabelecimento ou no local
anterior ao da instauração do PAR, excluídos os tributos incidentes de exercício da atividade, em localidade que permita a visibilidade
sobre vendas; ou pelo público, pelo prazo mínimo de trinta dias; e
c) R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais), na hipótese III - em seu sítio eletrônico, pelo prazo mínimo de trinta dias e
prevista no art. 21, desde que não seja possível estimar o valor da em destaque na página principal do referido sítio.
vantagem auferida. Parágrafo único. A publicação a que se refere o caput será feita
§ 1º O limite máximo não será observado, caso o valor resultan- a expensas da pessoa jurídica sancionada.
te do cálculo desse parâmetro seja inferior ao resultado calculado
para o limite mínimo. SEÇÃO IV
§ 2º Na ausência de todos os fatores previstos nos art. 22 e art. DA COBRANÇA DA MULTA APLICADA
23 ou quando o resultado das operações de soma e subtração for
igual ou menor que zero, o valor da multa corresponderá ao limite Art. 29. A multa aplicada será integralmente recolhida pela pes-
mínimo estabelecido no caput. soa jurídica sancionada no prazo de trinta dias, observado o dispos-
Art. 26. O valor da vantagem auferida ou pretendida corres- to no art. 15.
ponde ao equivalente monetário do produto do ilícito, assim enten- § 1º Feito o recolhimento, a pessoa jurídica sancionada apre-
dido como os ganhos ou os proveitos obtidos ou pretendidos pela sentará ao órgão ou à entidade que aplicou a sanção documento
pessoa jurídica em decorrência direta ou indireta da prática do ato que ateste o pagamento integral do valor da multa imposta.
lesivo. § 2º Decorrido o prazo previsto no caput sem que a multa te-
§ 1º O valor da vantagem auferida ou pretendida poderá ser nha sido recolhida ou não tendo ocorrido a comprovação de seu pa-
estimado mediante a aplicação, conforme o caso, das seguintes me- gamento integral, o órgão ou a entidade que a aplicou encaminhará
todologias: o débito para inscrição em Dívida Ativa da União ou das autarquias
I - pelo valor total da receita auferida em contrato administrati- e fundações públicas federais.
vo e seus aditivos, deduzidos os custos lícitos que a pessoa jurídica § 3º Caso a entidade que aplicou a multa não possua Dívida
comprove serem efetivamente atribuíveis ao objeto contratado, na Ativa, o valor será cobrado independentemente de prévia inscrição.
hipótese de atos lesivos praticados para fins de obtenção e execu- § 4º A multa aplicada pela Controladoria-Geral da União em
ção dos respectivos contratos; acordos de leniência ou nas hipóteses previstas nos art.17 e art. 18
II - pelo valor total de despesas ou custos evitados, inclusive será destinada à União e recolhida à conta única do Tesouro Nacio-
os de natureza tributária ou regulatória, e que seriam imputáveis à nal.
pessoa jurídica caso não houvesse sido praticado o ato lesivo pela § 5º Os acordos de leniência poderão pactuar prazo distinto do
pessoa jurídica infratora; ou previsto no caput para recolhimento da multa aplicada ou de qual-
III - pelo valor do lucro adicional auferido pela pessoa jurídica quer outra obrigação financeira imputada à pessoa jurídica.
decorrente de ação ou omissão na prática de ato do Poder Público
que não ocorreria sem a prática do ato lesivo pela pessoa jurídica SEÇÃO V
infratora. DOS ENCAMINHAMENTOS JUDICIAIS
§ 2º Os valores correspondentes às vantagens indevidas pro-
metidas ou pagas a agente público ou a terceiros a ele relacionados Art. 30. As medidas judiciais, no Brasil ou no exterior, como a
não poderão ser deduzidos do cálculo estimativo de que trata o § cobrança da multa administrativa aplicada no PAR, a promoção da
1º. publicação extraordinária, a persecução das sanções previstas no
Art. 27. Com a assinatura do acordo de leniência, a multa apli- caput do art. 19 da Lei nº 12.846, de 2013 , a reparação integral dos
cável será reduzida conforme a fração nele pactuada, observado o danos e prejuízos, além de eventual atuação judicial para a finali-
limite previsto no § 2º do art. 16 da Lei nº 12.846, de 2013. dade de instrução ou garantia do processo judicial ou preservação
§ 1º O valor da multa prevista no caput poderá ser inferior ao do acordo de leniência, serão solicitadas ao órgão de representação
limite mínimo previsto no art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013. judicial ou equivalente dos órgãos ou das entidades lesadas.
§ 2º No caso de a autoridade signatária declarar o descumpri- Art. 31. No âmbito da administração pública federal direta, in-
mento do acordo de leniência por falta imputável à pessoa jurídica clusive nas hipóteses de que tratam os art. 17 e art. 18, a atuação
colaboradora, o valor integral encontrado antes da redução de que judicial será exercida pela Procuradoria-Geral da União, observadas
trata o caput será cobrado na forma do disposto na Seção IV, des- as atribuições da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para ins-
contando-se as frações da multa eventualmente já pagas. crição e cobrança de créditos da União inscritos em Dívida Ativa.
Parágrafo único. No âmbito das autarquias e das fundações
SEÇÃO III públicas federais, a atuação judicial será exercida pela Procurado-
DA PUBLICAÇÃO EXTRAORDINÁRIA DA DECISÃO ria-Geral Federal, inclusive no que se refere à cobrança da multa
ADMINISTRATIVA SANCIONADORA administrativa aplicada no PAR, respeitadas as competências da
Procuradoria-Geral do Banco Central.
Art. 28. A pessoa jurídica sancionada administrativamente pela
prática de atos lesivos contra a administração pública, nos termos
da Lei nº 12.846, de 2013, publicará a decisão administrativa san-
cionadora na forma de extrato de sentença, cumulativamente:
I - em meio de comunicação de grande circulação, física ou ele-
trônica, na área da prática da infração e de atuação da pessoa jurídi-
ca ou, na sua falta, em publicação de circulação nacional;
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Art. 40. A critério da Controladoria-Geral da União, o PAR ins- Art. 47. O percentual de redução do valor da multa aplicável
taurado em face de pessoa jurídica que esteja negociando a cele- de que trata o § 2º do art. 16 da Lei nº 12.846, de 2013, levará em
bração de acordo de leniência poderá ser suspenso. consideração os seguintes critérios:
Parágrafo único. A suspensão ocorrerá sem prejuízo: I - a tempestividade da autodenúncia e o ineditismo dos atos
I - da continuidade de medidas investigativas necessárias para lesivos;
o esclarecimento dos fatos; e II - a efetividade da colaboração da pessoa jurídica; e
II - da adoção de medidas processuais cautelares e assecurató- III - o compromisso de assumir condições relevantes para o
rias indispensáveis para se evitar perecimento de direito ou garantir cumprimento do acordo.
a instrução processual. Parágrafo único. Os critérios previstos no caput serão objeto de
Art. 41. A Controladoria-Geral da União poderá avocar os autos ato normativo a ser editado pelo Ministro de Estado da Controlado-
de processos administrativos em curso em outros órgãos ou enti- ria-Geral da União.
dades da administração pública federal relacionados com os fatos Art. 48. O acesso aos documentos e às informações comercial-
objeto do acordo em negociação. mente sensíveis da pessoa jurídica será mantido restrito durante a
Art. 42. A negociação a respeito da proposta do acordo de leni- negociação e após a celebração do acordo de leniência.
ência deverá ser concluída no prazo de cento e oitenta dias, conta- § 1º Até a celebração do acordo de leniência, a identidade da
do da data da assinatura do memorando de entendimentos. pessoa jurídica signatária do acordo não será divulgada ao público,
Parágrafo único. O prazo de que trata o caput poderá ser pror- ressalvado o disposto no § 4º do art. 38.
rogado, caso presentes circunstâncias que o exijam. § 2º As informações e os documentos obtidos em decorrência
Art. 43. A desistência da proposta de acordo de leniência ou a da celebração de acordos de leniência poderão ser compartilhados
sua rejeição não importará em reconhecimento da prática do ato com outras autoridades, mediante compromisso de sua não utiliza-
lesivo. ção para sancionar a própria pessoa jurídica em relação aos mes-
§ 1º Não se fará divulgação da desistência ou da rejeição da mos fatos objeto do acordo de leniência, ou com concordância da
proposta do acordo de leniência, ressalvado o disposto no § 4º do própria pessoa jurídica.
art. 38. Art. 49. A celebração do acordo de leniência interrompe o pra-
§ 2º Na hipótese prevista no caput, a administração pública fe- zo prescricional da pretensão punitiva em relação aos atos ilícitos
deral não poderá utilizar os documentos recebidos durante o pro- objeto do acordo, nos termos do disposto no § 9º do art. 16 da Lei
cesso de negociação de acordo de leniência. nº 12.846, de 2013, que permanecerá suspenso até o cumprimento
§ 3º O disposto no § 2º não impedirá a apuração dos fatos rela- dos compromissos firmados no acordo ou até a sua rescisão, nos
cionados com a proposta de acordo de leniência, quando decorrer termos do disposto no art. 34 da Lei nº 13.140, de 2015.
de indícios ou provas autônomas que sejam obtidos ou levados ao Art. 50. Com a celebração do acordo de leniência, serão con-
conhecimento da autoridade por qualquer outro meio. cedidos em favor da pessoa jurídica signatária, nos termos previa-
Art. 44. O acordo de leniência estipulará as condições para as- mente firmados no acordo, um ou mais dos seguintes efeitos:
segurar a efetividade da colaboração e o resultado útil do processo I - isenção da publicação extraordinária da decisão administra-
e conterá as cláusulas e obrigações que, diante das circunstâncias tiva sancionadora;
do caso concreto, reputem-se necessárias. II - isenção da proibição de receber incentivos, subsídios, sub-
Art. 45. O acordo de leniência conterá, entre outras disposi- venções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicos
ções, cláusulas que versem sobre: e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo Poder Pú-
I - o compromisso de cumprimento dos requisitos previstos nos blico;
incisos II a VII do caput do art. 37; III - redução do valor final da multa aplicável, observado o dis-
II - a perda dos benefícios pactuados, em caso de descumpri- posto no art. 27; ou
mento do acordo; IV - isenção ou atenuação das sanções administrativas previs-
III - a natureza de título executivo extrajudicial do instrumento tas no art. 156 da Lei nº 14.133, de 2021, ou em outras normas de
do acordo, nos termos do disposto no inciso II do caput do art. 784 licitações e contratos.
da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil; § 1º No acordo de leniência poderá ser pactuada a resolução
IV - a adoção, a aplicação ou o aperfeiçoamento de programa de ações judiciais que tenham por objeto os fatos que componham
de integridade, conforme os parâmetros estabelecidos no Capítulo o escopo do acordo.
V, bem como o prazo e as condições de monitoramento; § 2º Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pes-
V - o pagamento das multas aplicáveis e da parcela a que se soas jurídicas que integrarem o mesmo grupo econômico, de fato
refere o inciso VI do caput do art. 37; e ou de direito, desde que tenham firmado o acordo em conjunto,
VI - a possibilidade de utilização da parcela a que se refere o respeitadas as condições nele estabelecidas.
inciso VI do caput do art. 37 para compensação com outros valo- Art. 51. O monitoramento das obrigações de adoção, imple-
res porventura apurados em outros processos sancionatórios ou de mentação e aperfeiçoamento do programa de integridade de que
prestação de contas, quando relativos aos mesmos fatos que com- trata o inciso IV do caput do art. 45 será realizado, direta ou indire-
põem o escopo do acordo. tamente, pela Controladoria-Geral da União, podendo ser dispen-
Art. 46. A Controladoria-Geral da União poderá conduzir e jul- sado, a depender das características do ato lesivo, das medidas de
gar os processos administrativos que apurem infrações administra- remediação adotadas pela pessoa jurídica e do interesse público.
tivas previstas na Lei nº 12.846, de 2013, na Lei nº 14.133, de 2021,
e em outras normas de licitações e contratos, cujos fatos tenham
sido noticiados por meio do acordo de leniência.
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§ 1º O monitoramento a que se refere o caput será realizado, Art. 55. Os acordos de leniência celebrados serão publicados
dentre outras formas, pela análise de relatórios, documentos e in- em transparência ativa no sítio eletrônico da Controladoria-Geral
formações fornecidos pela pessoa jurídica, obtidos de forma inde- da União, respeitados os sigilos legais e o interesse das investiga-
pendente ou por meio de reuniões, entrevistas, testes de sistemas ções.
e de conformidade com as políticas e visitas técnicas.
§ 2º As informações relativas às etapas do processo de monito- CAPÍTULO V
ramento serão publicadas em transparência ativa no sítio eletrônico DO PROGRAMA DE INTEGRIDADE
da Controladoria-Geral da União, respeitados os sigilos legais e o
interesse das investigações. Art. 56. Para fins do disposto neste Decreto, programa de in-
Art. 52. Cumprido o acordo de leniência pela pessoa jurídica tegridade consiste, no âmbito de uma pessoa jurídica, no conjunto
colaboradora, a autoridade competente declarará: de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria
I - o cumprimento das obrigações nele constantes; e incentivo à denúncia de irregularidades e na aplicação efetiva de
II - a isenção das sanções previstas no inciso II do caput do art. códigos de ética e de conduta, políticas e diretrizes, com objetivo
6º e no inciso IV do caput do art. 19 da Lei nº 12.846, de 2013, bem de:
como das demais sanções aplicáveis ao caso; I - prevenir, detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e
III - o cumprimento da sanção prevista no inciso I do caput do atos ilícitos praticados contra a administração pública, nacional ou
art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013; e estrangeira; e
IV - o atendimento dos compromissos assumidos de que tra- II - fomentar e manter uma cultura de integridade no ambiente
tam os incisos II a VII do caput do art. 37 deste Decreto. organizacional.
Art. 53. Declarada a rescisão do acordo de leniência pela au- Parágrafo único. O programa de integridade deve ser estrutu-
toridade competente, decorrente do seu injustificado descumpri- rado, aplicado e atualizado de acordo com as características e os
mento: riscos atuais das atividades de cada pessoa jurídica, a qual, por sua
I - a pessoa jurídica perderá os benefícios pactuados e ficará vez, deve garantir o constante aprimoramento e a adaptação do re-
impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de três anos, contado ferido programa, visando garantir sua efetividade.
da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa que Art. 57. Para fins do disposto no inciso VIII do caput do art. 7º
julgar rescindido o acordo; da Lei nº 12.846, de 2013, o programa de integridade será avaliado,
II - haverá o vencimento antecipado das parcelas não pagas e quanto a sua existência e aplicação, de acordo com os seguintes
serão executados: parâmetros:
a) o valor integral da multa, descontando-se as frações eventu- I - comprometimento da alta direção da pessoa jurídica, inclu-
almente já pagas; e ídos os conselhos, evidenciado pelo apoio visível e inequívoco ao
b) os valores integrais referentes aos danos, ao enriquecimento programa, bem como pela destinação de recursos adequados;
indevido e a outros valores porventura pactuados no acordo, des- II - padrões de conduta, código de ética, políticas e procedi-
contando-se as frações eventualmente já pagas; e mentos de integridade, aplicáveis a todos os empregados e admi-
III - serão aplicadas as demais sanções e as consequências pre- nistradores, independentemente do cargo ou da função exercida;
vistas nos termos dos acordos de leniência e na legislação aplicável. III - padrões de conduta, código de ética e políticas de integri-
Parágrafo único. O descumprimento do acordo de leniência dade estendidas, quando necessário, a terceiros, tais como fornece-
será registrado pela Controladoria-Geral da União, pelo prazo de dores, prestadores de serviço, agentes intermediários e associados;
três anos, no Cadastro Nacional de Empresas Punidas - CNEP. IV - treinamentos e ações de comunicação periódicos sobre o
Art. 54. Excepcionalmente, as autoridades signatárias poderão programa de integridade;
deferir pedido de alteração ou de substituição de obrigações pac- V - gestão adequada de riscos, incluindo sua análise e reavalia-
tuadas no acordo de leniência, desde que presentes os seguintes ção periódica, para a realização de adaptações necessárias ao pro-
requisitos: grama de integridade e a alocação eficiente de recursos;
I - manutenção dos resultados e requisitos originais que funda- VI - registros contábeis que reflitam de forma completa e preci-
mentaram o acordo de leniência, nos termos do disposto no art. 16 sa as transações da pessoa jurídica;
da Lei nº 12.846, de 2013; VII - controles internos que assegurem a pronta elaboração e a
II - maior vantagem para a administração, de maneira que se- confiabilidade de relatórios e demonstrações financeiras da pessoa
jam alcançadas melhores consequências para o interesse público jurídica;
do que a declaração de descumprimento e a rescisão do acordo; VIII - procedimentos específicos para prevenir fraudes e ilícitos
III - imprevisão da circunstância que dá causa ao pedido de no âmbito de processos licitatórios, na execução de contratos admi-
modificação ou à impossibilidade de cumprimento das condições nistrativos ou em qualquer interação com o setor público, ainda que
originalmente pactuadas; intermediada por terceiros, como pagamento de tributos, sujeição
IV - boa-fé da pessoa jurídica colaboradora em comunicar a a fiscalizações ou obtenção de autorizações, licenças, permissões e
impossibilidade do cumprimento de uma obrigação antes do ven- certidões;
cimento do prazo para seu adimplemento; e IX - independência, estrutura e autoridade da instância interna
V - higidez das garantias apresentadas no acordo. responsável pela aplicação do programa de integridade e pela fisca-
Parágrafo único. A análise do pedido de que trata o caput consi- lização de seu cumprimento;
derará o grau de adimplência da pessoa jurídica com as demais con- X - canais de denúncia de irregularidades, abertos e amplamen-
dições pactuadas, inclusive as de adoção ou de aperfeiçoamento do te divulgados a funcionários e terceiros, e mecanismos destinados
programa de integridade. ao tratamento das denúncias e à proteção de denunciantes de bo-
a-fé;
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XI - medidas disciplinares em caso de violação do programa de II - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
integridade; administração pública, conforme disposto no inciso IV do caput do
XII - procedimentos que assegurem a pronta interrupção de ir- art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993, e no inciso IV do caput do art. 156
regularidades ou infrações detectadas e a tempestiva remediação da Lei nº 14.133, de 2021;
dos danos gerados; III - impedimento de licitar e contratar com a União, os Estados,
XIII - diligências apropriadas, baseadas em risco, para: o Distrito Federal ou os Municípios, conforme disposto no art. 7º da
a) contratação e, conforme o caso, supervisão de terceiros, tais Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, no art. 47 da Lei nº 12.462,
como fornecedores, prestadores de serviço, agentes intermediá- de 4 de agosto de 2011, e no inciso III do caput do art. 156 da Lei nº
rios, despachantes, consultores, representantes comerciais e asso- 14.133, de 2021;
ciados; IV - suspensão temporária de participação em licitação e im-
b) contratação e, conforme o caso, supervisão de pessoas ex- pedimento de contratar com a administração pública, conforme
postas politicamente, bem como de seus familiares, estreitos cola- disposto no inciso IV do caput do art. 33 da Lei nº 12.527, de 18 de
boradores e pessoas jurídicas de que participem; e novembro de 2011;
c) realização e supervisão de patrocínios e doações; V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
XIV - verificação, durante os processos de fusões, aquisições e administração pública, conforme disposto no inciso V do caput do
reestruturações societárias, do cometimento de irregularidades ou art. 33 da Lei nº 12.527, de 2011;
ilícitos ou da existência de vulnerabilidades nas pessoas jurídicas VI - declaração de inidoneidade para participar de licitação com
envolvidas; e a administração pública federal, conforme disposto no art. 46 da Lei
XV - monitoramento contínuo do programa de integridade nº 8.443, de 16 de julho de 1992;
visando ao seu aperfeiçoamento na prevenção, na detecção e no VII - proibição de contratar com o Poder Público, conforme dis-
combate à ocorrência dos atos lesivos previstos no art. 5º da Lei nº posto no art. 12 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992;
12.846, de 2013. VIII - proibição de contratar e participar de licitações com o Po-
§ 1º Na avaliação dos parâmetros de que trata o caput, serão der Público, conforme disposto no art. 10 da Lei nº 9.605, de 12 de
considerados o porte e as especificidades da pessoa jurídica, por fevereiro de 1998; e
meio de aspectos como: IX - declaração de inidoneidade, conforme disposto no inciso V
I - a quantidade de funcionários, empregados e colaboradores; do caput do art. 78-A combinado com o art. 78-I da Lei nº 10.233,
II - o faturamento, levando ainda em consideração o fato de de 5 de junho de 2001.
ser qualificada como microempresa ou empresa de pequeno porte; Parágrafo único. Poderão ser registradas no CEIS outras san-
III - a estrutura de governança corporativa e a complexidade de ções que impliquem restrição ao direito de participar em licitações
unidades internas, tais como departamentos, diretorias ou setores, ou de celebrar contratos com a administração pública, ainda que
ou da estruturação de grupo econômico; não sejam de natureza administrativa.
IV - a utilização de agentes intermediários, como consultores Art. 59. O CNEP conterá informações referentes:
ou representantes comerciais; I - às sanções impostas com fundamento na Lei nº 12.846, de
V - o setor do mercado em que atua; 2013; e
VI - os países em que atua, direta ou indiretamente; II - ao descumprimento de acordo de leniência celebrado com
VII - o grau de interação com o setor público e a importância fundamento na Lei nº 12.846, de 2013.
de contratações, investimentos e subsídios públicos, autorizações, Parágrafo único. As informações sobre os acordos de leniên-
licenças e permissões governamentais em suas operações; e cia celebrados com fundamento na Lei nº 12.846, de 2013, serão
VIII - a quantidade e a localização das pessoas jurídicas que in- registradas em relação específica no CNEP, após a celebração do
tegram o grupo econômico. acordo, exceto se sua divulgação causar prejuízos às investigações
§ 2º A efetividade do programa de integridade em relação ao ou ao processo administrativo.
ato lesivo objeto de apuração será considerada para fins da avalia- Art. 60. Constarão do CEIS e do CNEP, sem prejuízo de outros
ção de que trata o caput. a serem estabelecidos pela Controladoria-Geral da União, dados e
informações referentes a:
CAPÍTULO VI I - nome ou razão social da pessoa física ou jurídica sancionada;
DO CADASTRO NACIONAL DE EMPRESAS INIDÔNEAS E II - número de inscrição da pessoa jurídica no Cadastro Nacio-
SUSPENSAS E DO CADASTRO NACIONAL DE EMPRESAS nal da Pessoa Jurídica - CNPJ ou da pessoa física no Cadastro de
PUNIDAS Pessoas Físicas - CPF;
III - tipo de sanção;
Art. 58. O Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspen- IV - fundamentação legal da sanção;
sas - CEIS conterá informações referentes às sanções administrati- V - número do processo no qual foi fundamentada a sanção;
vas impostas a pessoas físicas ou jurídicas que impliquem restrição VI - data de início de vigência do efeito limitador ou impeditivo
ao direito de participar de licitações ou de celebrar contratos com a da sanção ou data de aplicação da sanção;
administração pública de qualquer esfera federativa, entre as quais: VII - data final do efeito limitador ou impeditivo da sanção,
I - suspensão temporária de participação em licitação e impedi- quando couber;
mento de contratar com a administração pública, conforme dispos- VIII - nome do órgão ou da entidade sancionadora;
to no inciso III do caput do art. 87 da Lei nº 8.666, de 21 de junho IX - valor da multa, quando couber; e
de 1993; X - escopo de abrangência da sanção, quando couber.
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Art. 61. Os registros no CEIS e no CNEP deverão ser realizados Art. 68. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Advoca-
imediatamente após o transcurso do prazo para apresentação do cia-Geral da União e a Controladoria-Geral da União:
pedido de reconsideração ou recurso cabível ou da publicação de I - estabelecerão canais de comunicação institucional:
sua decisão final, quando lhe for atribuído efeito suspensivo pela a) para o encaminhamento de informações referentes à prática
autoridade competente. de atos lesivos contra a administração pública nacional ou estran-
Art. 62. A exclusão dos dados e das informações constantes do geira ou derivadas de acordos de colaboração premiada e acordos
CEIS ou do CNEP se dará: de leniência; e
I - com o fim do prazo do efeito limitador ou impeditivo da san- b) para a cooperação jurídica internacional e recuperação de
ção ou depois de decorrido o prazo previamente estabelecido no ativos; e
ato sancionador; ou II - poderão, por meio de acordos de colaboração técnica, ar-
II - mediante requerimento da pessoa jurídica interessada, ticular medidas para o enfrentamento da corrupção e de delitos
após cumpridos os seguintes requisitos, quando aplicáveis: conexos.
a) publicação da decisão de reabilitação da pessoa jurídica san- Art. 69. As disposições deste Decreto se aplicam imediatamen-
cionada; te aos processos em curso, resguardados os atos praticados antes
b) cumprimento integral do acordo de leniência; de sua vigência.
c) reparação do dano causado; Art. 70. Fica revogado o Decreto nº 8.420, de 18 de março de
d) quitação da multa aplicada; e 2015.
e) cumprimento da pena de publicação extraordinária da deci- Art. 71. Este Decreto entra em vigor em 18 de julho de 2022.
são administrativa sancionadora.
Art. 63. O fornecimento dos dados e das informações de que Brasília, 11 de julho de 2022; 201º da Independência e 134º da
trata este Capítulo pelos órgãos e pelas entidades dos Poderes Exe- República.
cutivo, Legislativo e Judiciário de cada uma das esferas de governo
será disciplinado pela Controladoria-Geral da União.
Parágrafo único. O registro e a exclusão dos registros no CEIS SEGURANÇA CIBERNÉTICA: RESOLUÇÃO CMN Nº 4.893, DE
e no CNEP são de competência e responsabilidade do órgão ou da 26/02/2021
entidade sancionadora.
RESOLUÇÃO CMN Nº 4.893, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2021
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Dispõe sobre a política de segurança cibernética e sobre os re-
quisitos para a contratação de serviços de processamento e arma-
Art. 64. As informações referentes ao PAR instaurado no âm-
zenamento de dados e de computação em nuvem a serem observa-
bito dos órgãos e das entidades do Poder Executivo federal serão
dos pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central
registradas no sistema de gerenciamento eletrônico de processos
do Brasil.
administrativos sancionadores mantido pela Controladoria-Geral
da União, conforme ato do Ministro de Estado da Controladoria-
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595,
-Geral da União.
de 31 de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetá-
Art. 65. Os órgãos e as entidades da administração pública, no
rio Nacional, em sessão realizada em 25 de fevereiro de 2021, com
exercício de suas competências regulatórias, disporão sobre os efei-
base nos arts. 4º, inciso VIII, da referida Lei, 9º da Lei nº 4.728, de
tos da Lei nº 12.846, de 2013, no âmbito das atividades reguladas,
14 de julho de 1965, 7º e 23, alínea “a”, da Lei nº 6.099, de 12 de
inclusive no caso de proposta e celebração de acordo de leniência.
setembro de 1974, 1º, inciso II, da Lei nº 10.194, de 14 de fevereiro
Art. 66. O processamento do PAR ou a negociação de acordo
de 2001, e 1º, § 1º, da Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de
de leniência não interfere no seguimento regular dos processos ad-
2009,
ministrativos específicos para apuração da ocorrência de danos e
prejuízos à administração pública federal resultantes de ato lesivo
RESOLVEU:
cometido por pessoa jurídica, com ou sem a participação de agente
público.
CAPÍTULO I
Art. 67. Compete ao Ministro de Estado da Controladoria-Ge-
DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO
ral da União editar orientações, normas e procedimentos comple-
mentares para a execução deste Decreto, notadamente no que diz
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a política de segurança ci-
respeito a:
bernética e sobre os requisitos para a contratação de serviços de
I - fixação da metodologia para a apuração do faturamento bru-
processamento e armazenamento de dados e de computação em
to e dos tributos a serem excluídos para fins de cálculo da multa a
nuvem a serem observados pelas instituições autorizadas a funcio-
que se refere o art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013;
nar pelo Banco Central do Brasil.
II - forma e regras para o cumprimento da publicação extraordi-
Parágrafo único. O disposto nesta Resolução não se aplica às
nária da decisão administrativa sancionadora;
instituições de pagamento, que devem observar a regulamentação
III - avaliação do programa de integridade, inclusive sobre a for-
emanada do Banco Central do Brasil, no exercício de suas atribui-
ma de avaliação simplificada no caso de microempresas e empresas
ções legais.
de pequeno porte; e
IV - gestão e registro dos procedimentos e sanções aplicadas
em face de pessoas jurídicas e entes privados.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Parágrafo único. O diretor mencionado no caput pode desem- d) a sua aderência a certificações exigidas pela instituição para
penhar outras funções na instituição, desde que não haja conflito a prestação do serviço a ser contratado;
de interesses. e) o acesso da instituição contratante aos relatórios elaborados
Art. 8º As instituições referidas no art. 1º devem elaborar rela- por empresa de auditoria especializada independente contratada
tório anual sobre a implementação do plano de ação e de resposta pelo prestador de serviço, relativos aos procedimentos e aos con-
a incidentes, mencionado no art. 6º, com data-base de 31 de de- troles utilizados na prestação dos serviços a serem contratados;
zembro. f) o provimento de informações e de recursos de gestão ade-
§ 1º O relatório de que trata o caput deve abordar, no mínimo: quados ao monitoramento dos serviços a serem prestados;
I - a efetividade da implementação das ações descritas no art. g) a identificação e a segregação dos dados dos clientes da ins-
6º, parágrafo único, inciso I; tituição por meio de controles físicos ou lógicos; e
II - o resumo dos resultados obtidos na implementação das ro- h) a qualidade dos controles de acesso voltados à proteção dos
tinas, dos procedimentos, dos controles e das tecnologias a serem dados e das informações dos clientes da instituição.
utilizados na prevenção e na resposta a incidentes descritos no art. § 1º Na avaliação da relevância do serviço a ser contratado,
6º, parágrafo único, inciso II; mencionada no inciso I do caput, a instituição contratante deve
III - os incidentes relevantes relacionados com o ambiente ci- considerar a criticidade do serviço e a sensibilidade dos dados e
bernético ocorridos no período; e das informações a serem processados, armazenados e gerenciados
IV - os resultados dos testes de continuidade de negócios, con- pelo contratado, levando em conta, inclusive, a classificação realiza-
siderando cenários de indisponibilidade ocasionada por incidentes. da nos termos do art. 3º, inciso V, alínea “c”.
§ 2º O relatório mencionado no caput deve ser: § 2º Os procedimentos de que trata o caput, inclusive as infor-
I - submetido ao comitê de risco, quando existente; e mações relativas à verificação mencionada no inciso II, devem ser
II - apresentado ao conselho de administração ou, na sua ine- documentados.
xistência, à diretoria da instituição até 31 de março do ano seguinte § 3º No caso da execução de aplicativos por meio da internet,
ao da data-base. referidos no inciso III do art. 13, a instituição deve assegurar que o
Art. 9º A política de segurança cibernética referida no art. 2º e potencial prestador dos serviços adote controles que mitiguem os
o plano de ação e de resposta a incidentes mencionado no art. 6º efeitos de eventuais vulnerabilidades na liberação de novas versões
devem ser aprovados pelo conselho de administração ou, na sua do aplicativo.
inexistência, pela diretoria da instituição. § 4º A instituição deve possuir recursos e competências neces-
Art. 10. A política de segurança cibernética e o plano de ação e sários para a adequada gestão dos serviços a serem contratados,
de resposta a incidentes devem ser documentados e revisados, no inclusive para análise de informações e uso de recursos providos
mínimo, anualmente. nos termos da alínea “f” do inciso II do caput.
Art. 13. Para os fins do disposto nesta Resolução, os serviços
CAPÍTULO III de computação em nuvem abrangem a disponibilidade à instituição
DA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE PROCESSAMENTO E contratante, sob demanda e de maneira virtual, de ao menos um
ARMAZENAMENTO DE DADOS E DE COMPUTAÇÃO EM dos seguintes serviços:
NUVEM I - processamento de dados, armazenamento de dados, infra-
estrutura de redes e outros recursos computacionais que permitam
Art. 11. As instituições referidas no art. 1º devem assegurar à instituição contratante implantar ou executar softwares, que po-
que suas políticas, estratégias e estruturas para gerenciamento de dem incluir sistemas operacionais e aplicativos desenvolvidos pela
riscos previstas na regulamentação em vigor, especificamente no instituição ou por ela adquiridos;
tocante aos critérios de decisão quanto à terceirização de serviços, II - implantação ou execução de aplicativos desenvolvidos pela
contemplem a contratação de serviços relevantes de processamen- instituição contratante, ou por ela adquiridos, utilizando recursos
to e armazenamento de dados e de computação em nuvem, no País computacionais do prestador de serviços; ou
ou no exterior. III - execução, por meio da internet, de aplicativos implantados
ou desenvolvidos pelo prestador de serviço, com a utilização de re-
Art. 12. As instituições mencionadas no art. 1º, previamente à cursos computacionais do próprio prestador de serviços.
contratação de serviços relevantes de processamento e armazena- Art. 14. A instituição contratante dos serviços mencionados no
mento de dados e de computação em nuvem, devem adotar proce- art. 12 é responsável pela confiabilidade, pela integridade, pela dis-
dimentos que contemplem: ponibilidade, pela segurança e pelo sigilo em relação aos serviços
I - a adoção de práticas de governança corporativa e de gestão contratados, bem como pelo cumprimento da legislação e da regu-
proporcionais à relevância do serviço a ser contratado e aos riscos a lamentação em vigor.
que estejam expostas; e Art. 15. A contratação de serviços relevantes de processamen-
II - a verificação da capacidade do potencial prestador de ser- to, armazenamento de dados e de computação em nuvem deve ser
viço de assegurar: comunicada pelas instituições referidas no art. 1º ao Banco Central
a) o cumprimento da legislação e da regulamentação em vigor; do Brasil.
b) o acesso da instituição aos dados e às informações a serem § 1º A comunicação mencionada no caput deve conter as se-
processados ou armazenados pelo prestador de serviço; guintes informações:
c) a confidencialidade, a integridade, a disponibilidade e a recu- I - a denominação da empresa contratada;
peração dos dados e das informações processados ou armazenados II - os serviços relevantes contratados; e
pelo prestador de serviço;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
III - a indicação dos países e das regiões em cada país onde os V - o acesso da instituição contratante a:
serviços poderão ser prestados e os dados poderão ser armazena- a) informações fornecidas pela empresa contratada, visando a
dos, processados e gerenciados, definida nos termos do inciso III do verificar o cumprimento do disposto nos incisos I a III do caput;
art. 16, no caso de contratação no exterior. b) informações relativas às certificações e aos relatórios de au-
§ 2º A comunicação de que trata o caput deve ser realizada até ditoria especializada, citados no art. 12, inciso II, alíneas “d” e “e”; e
dez dias após a contratação dos serviços. c) informações e recursos de gestão adequados ao monitora-
§ 3º As alterações contratuais que impliquem modificação das mento dos serviços a serem prestados, citados no art. 12, inciso II,
informações de que trata o § 1º devem ser comunicadas ao Banco alínea “f”;
Central do Brasil até dez dias após a alteração contratual. VI - a obrigação de a empresa contratada notificar a instituição
Art. 16. A contratação de serviços relevantes de processamen- contratante sobre a subcontratação de serviços relevantes para a
to, armazenamento de dados e de computação em nuvem presta- instituição;
dos no exterior deve observar os seguintes requisitos: VII - a permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos con-
I - a existência de convênio para troca de informações entre o tratos e aos acordos firmados para a prestação de serviços, à docu-
Banco Central do Brasil e as autoridades supervisoras dos países mentação e às informações referentes aos serviços prestados, aos
onde os serviços poderão ser prestados; dados armazenados e às informações sobre seus processamentos,
II - a instituição contratante deve assegurar que a prestação dos às cópias de segurança dos dados e das informações, bem como aos
serviços referidos no caput não cause prejuízos ao seu regular fun- códigos de acesso aos dados e às informações;
cionamento nem embaraço à atuação do Banco Central do Brasil; VIII - a adoção de medidas pela instituição contratante, em de-
III - a instituição contratante deve definir, previamente à con- corrência de determinação do Banco Central do Brasil; e
tratação, os países e as regiões em cada país onde os serviços po- IX - a obrigação de a empresa contratada manter a instituição
derão ser prestados e os dados poderão ser armazenados, proces- contratante permanentemente informada sobre eventuais limita-
sados e gerenciados; e ções que possam afetar a prestação dos serviços ou o cumprimento
IV - a instituição contratante deve prever alternativas para a da legislação e da regulamentação em vigor.
continuidade dos negócios, no caso de impossibilidade de manu- Parágrafo único. Os contratos mencionados no caput devem
tenção ou extinção do contrato de prestação de serviços. prever, para o caso da decretação de regime de resolução da insti-
§ 1º No caso de inexistência de convênio nos termos do inciso tuição contratante pelo Banco Central do Brasil:
I do caput, a instituição contratante deverá solicitar autorização do I - a obrigação de a empresa contratada conceder pleno e ir-
Banco Central do Brasil para: restrito acesso do responsável pelo regime de resolução aos con-
I - a contratação do serviço, no prazo mínimo de sessenta dias tratos, aos acordos, à documentação e às informações referentes
antes da contratação, observado o disposto no art. 15, § 1º, desta aos serviços prestados, aos dados armazenados e às informações
Resolução; e sobre seus processamentos, às cópias de segurança dos dados e das
II - as alterações contratuais que impliquem modificação das in- informações, bem como aos códigos de acesso citados no inciso VII
formações de que trata o art. 15, § 1º, observando o prazo mínimo do caput que estejam em poder da empresa contratada; e
de sessenta dias antes da alteração contratual. II - a obrigação de notificação prévia do responsável pelo re-
§ 2º Para atendimento aos incisos II e III do caput, as instituições gime de resolução sobre a intenção de a empresa contratada in-
deverão assegurar que a legislação e a regulamentação nos países terromper a prestação de serviços, com pelo menos trinta dias de
e nas regiões em cada país onde os serviços poderão ser prestados antecedência da data prevista para a interrupção, observado que:
não restringem nem impedem o acesso das instituições contratan- a) a empresa contratada obriga-se a aceitar eventual pedido
tes e do Banco Central do Brasil aos dados e às informações. de prazo adicional de trinta dias para a interrupção do serviço, feito
§ 3º A comprovação do atendimento aos requisitos de que tra- pelo responsável pelo regime de resolução; e
tam os incisos I a IV do caput e o cumprimento da exigência de que b) a notificação prévia deverá ocorrer também na situação em
trata o § 2º devem ser documentados. que a interrupção for motivada por inadimplência da contratante.
Art. 17. Os contratos para prestação de serviços relevantes de Art. 18. O disposto nos arts. 11 a 17 não se aplica à contratação
processamento, armazenamento de dados e computação em nu- de sistemas operados por câmaras, por prestadores de serviços de
vem devem prever: compensação e de liquidação ou por entidades que exerçam ativi-
I - a indicação dos países e da região em cada país onde os ser- dades de registro ou de depósito centralizado.
viços poderão ser prestados e os dados poderão ser armazenados,
processados e gerenciados; CAPÍTULO IV
II - a adoção de medidas de segurança para a transmissão e DISPOSIÇÕES GERAIS
armazenamento dos dados citados no inciso I do caput;
III - a manutenção, enquanto o contrato estiver vigente, da se- Art. 19. As instituições referidas no art. 1º devem assegurar que
gregação dos dados e dos controles de acesso para proteção das suas políticas para gerenciamento de riscos previstas na regulamen-
informações dos clientes; tação em vigor disponham, no tocante à continuidade de negócios,
IV - a obrigatoriedade, em caso de extinção do contrato, de: sobre:
a) transferência dos dados citados no inciso I do caput ao novo I - o tratamento dos incidentes relevantes relacionados com o
prestador de serviços ou à instituição contratante; e ambiente cibernético de que trata o art. 3º, inciso IV;
b) exclusão dos dados citados no inciso I do caput pela empresa
contratada substituída, após a transferência dos dados prevista na
alínea “a” e a confirmação da integridade e da disponibilidade dos
dados recebidos;
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II - os procedimentos a serem seguidos no caso da interrupção II - a ata de reunião do conselho de administração ou, na sua
de serviços relevantes de processamento e armazenamento de da- inexistência, da diretoria da instituição, no caso de ser formalizada
dos e de computação em nuvem contratados, abrangendo cenários a opção de que trata o art. 2º, § 2º;
que considerem a substituição da empresa contratada e o reestabe- III - o documento relativo ao plano de ação e de resposta a inci-
lecimento da operação normal da instituição; e dentes, de que trata o art. 6º;
III - os cenários de incidentes considerados nos testes de conti- IV - o relatório anual, de que trata o art. 8º;
nuidade de negócios de que trata o art. 3º, inciso V, alínea “a”. V - a documentação sobre os procedimentos de que trata o art.
Art. 20. Os procedimentos adotados pelas instituições para ge- 12, § 2º;
renciamento de riscos previstos na regulamentação em vigor de- VI - a documentação de que trata o art. 16, § 3º, no caso de
vem contemplar, no tocante à continuidade de negócios: serviços prestados no exterior;
I - o tratamento previsto para mitigar os efeitos dos incidentes VII - os contratos de que trata o art. 17, contado o prazo referi-
relevantes de que trata o inciso IV do art. 3º e da interrupção dos do no caput a partir da extinção do contrato;
serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e VIII - os dados, os registros e as informações relativas aos me-
de computação em nuvem contratados; canismos de acompanhamento e de controle de que trata o art. 21,
II - o prazo estipulado para reinício ou normalização das suas contado o prazo referido no caput a partir da implementação dos
atividades ou dos serviços relevantes interrompidos, citados no in- citados mecanismos; e
ciso I do caput; e IX - a documentação com os critérios que configurem uma situ-
III - a comunicação tempestiva ao Banco Central do Brasil das ação de crise de que trata o art. 20, Parágrafo único.
ocorrências de incidentes relevantes e das interrupções dos ser- Art. 24. O Banco Central do Brasil poderá adotar as medidas
viços relevantes citados no inciso I do caput que configurem uma necessárias para cumprimento do disposto nesta Resolução, bem
situação de crise pela instituição financeira, bem como das provi- como estabelecer:
dências para o reinício das suas atividades. I - os requisitos e os procedimentos para o compartilhamento
Parágrafo único. As instituições devem estabelecer e documen- de informações, nos termos do art. 22;
tar os critérios que configurem uma situação de crise de que trata II - a exigência de certificações e outros requisitos técnicos a
o inciso III do caput. serem requeridos das empresas contratadas, pela instituição finan-
Art. 21. As instituições de que trata o art. 1º devem instituir ceira contratante, na prestação dos serviços de que trata o art. 12;
mecanismos de acompanhamento e de controle com vistas a as- III - os prazos máximos de que trata o art. 20, inciso II para rei-
segurar a implementação e a efetividade da política de segurança nício ou normalização das atividades ou dos serviços relevantes in-
cibernética, do plano de ação e de resposta a incidentes e dos re- terrompidos; e
quisitos para contratação de serviços de processamento e armaze- IV - os requisitos técnicos e procedimentos operacionais a se-
namento de dados e de computação em nuvem, incluindo: rem observados pelas instituições para o cumprimento desta Re-
I - a definição de processos, testes e trilhas de auditoria; solução.
II - a definição de métricas e indicadores adequados; e Art. 25. As instituições referidas no art. 1º que, em 26 de abril
III - a identificação e a correção de eventuais deficiências. de 2018, já tinham contratado a prestação de serviços relevantes
§ 1º As notificações recebidas sobre a subcontratação de servi- de processamento, armazenamento de dados e de computação em
ços relevantes descritas no art. 17, inciso VI, devem ser considera- nuvem devem adequar o contrato para a prestação de tais serviços:
das na definição dos mecanismos de que trata o caput. I - ao cumprimento do disposto no art. 16, incisos I, II, IV e § 2º,
no caso de serviços prestados no exterior; e
§ 2º Os mecanismos de que trata o caput devem ser subme- II - ao disposto nos arts. 15, § 1º, e 17.
tidos a testes periódicos pela auditoria interna, quando aplicável, Parágrafo único. O prazo previsto para adequação ao disposto
compatíveis com os controles internos da instituição. no caput não pode ultrapassar 31 de dezembro 2021.
Art. 22. Sem prejuízo do dever de sigilo e da livre concorrência, Art. 26. O Banco Central do Brasil poderá vetar ou impor restri-
as instituições mencionadas no art. 1º devem desenvolver iniciati- ções para a contratação de serviços de processamento e armazena-
vas para o compartilhamento de informações sobre os incidentes mento de dados e de computação em nuvem quando constatar, a
relevantes de que trata o art. 3º, inciso IV. qualquer tempo, a inobservância do disposto nesta Resolução, bem
§ 1º O compartilhamento de que trata o caput deve abranger como a limitação à atuação do Banco Central do Brasil, estabelecen-
informações sobre incidentes relevantes recebidas de empresas do prazo para a adequação dos referidos serviços.
prestadoras de serviços a terceiros. Art. 27. Ficam revogadas:
§ 2º As informações compartilhadas devem estar disponíveis I - a Resolução nº 4.658, de 26 de abril de 2018; e
ao Banco Central do Brasil. II - a Resolução nº 4.752, de 26 de setembro de 2019.
Art. 28. Esta Resolução entra em vigor em 1º de julho de 2021.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
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4. CESGRANRIO - 2023 - Banco do Brasil - Agente de Tecnologia 8. CESGRANRIO - 2023 - Banco do Brasil - Agente Comercial -
- Microrregião 158 - TI- A principal característica dos bancos exclu- Prova B- Os contratos celebrados entre um banco e seus clientes
sivamente digitais é a estabelecem tarifas, limites de crédito, taxas de juros, pagamentos
(A) oferta de produtos e serviços por meio digital. mínimos, datas e prazos para pagamento, dentre outros aspectos
(B) oferta de serviços por meio de agências bancárias. regulados. O estabelecimento de contratos só pode ocorrer devido
(C) oferta de todos os serviços operados pelos bancos múlti- à função de unidade de conta da moeda.
plos. A função de unidade de conta da moeda diz respeito à
(D) ausência de operações com moeda estrangeira. (A) possibilidade de separar no tempo e no espaço as transa-
(E) cobrança de taxas similares às cobradas pelos bancos tra- ções de compra das transações de venda.
dicionais. (B) coincidência de interesses entre as partes envolvidas nas
transações, possibilitando que o contrato seja firmado.
(C) preservação do valor da moeda em data futura, com relação
ao momento da assinatura do contrato
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
(D) determinação da quantidade de unidades monetárias que 13. CESGRANRIO - 2022 - Banco da Amazônia - Técnico Cientí-
liquidam as obrigações de um contrato. fico - Tecnologia da Informação- Existe um tipo de instituição finan-
(E) capacidade da moeda ser facilmente trocada por outros ati- ceira, formada pela associação de pessoas, cujo objetivo é prestar
vos sem perda significativa do seu valor. serviços financeiros exclusivamente aos seus associados, tais como
conta-corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, emprésti-
9. CESGRANRIO - 2023 - Banco do Brasil - Agente Comercial - mos e financiamentos. Trata-se de instituição financeira que, em-
Prova B- Liquidez é a capacidade de conversão de um bem em di- bora supervisionada pelo Banco Central do Brasil, não tem acesso à
nheiro. câmara de compensação de cheques, aos créditos oficiais, à reserva
Considerando-se apenas os efeitos da transformação digital do bancária e ao mercado interfinanceiro.
sistema financeiro sobre a liquidez dos ativos financeiros, espera-se A instituição financeira descrita é denominada
que todos os ativos abaixo possam apresentar ganhos de liquidez, (A) banco comercial
EXCETO (B) caixa econômica
(A) Cédulas e moedas (C) cooperativa de crédito
(B) Certificados de Depósito Bancário e de Depósito Interban- (D) banco comercial cooperativo
cário (CDB e CDI) (E) corretora de títulos e valores mobiliários
(C) Depósitos em caderneta de poupança
(D) Títulos privados, como letras hipotecárias e letras de câm- 14. CESGRANRIO - 2022 - Banco da Amazônia - Técnico Ban-
bio cário- Na composição do Sistema Financeiro Nacional no Brasil, o
(E) Títulos Públicos órgão normativo responsável pela fixação das metas para a inflação,
pelas diretrizes da política cambial e pelas normas inerentes ao fun-
10. CESGRANRIO - 2023 - Banco do Brasil - Agente Comercial - cionamento das instituições financeiras é o(a)
Prova B- O crédito rural é a modalidade de financiamento destinado (A) Banco Central do Brasil
ao segmento rural. Ele atende a diversas finalidades das empresas (B) Banco do Brasil
que atuam no setor agropecuário. (C) Conselho Monetário Nacional
O crédito rural destinado ao financiamento da aquisição de (D) Caixa Econômica Federal
equipamentos, como tratores e colheitadeiras, por parte dos pro- (E) Comissão de Valores Mobiliários
dutores agropecuários, atende à finalidade de crédito de
(A) investimento
15. CESGRANRIO - 2023 - BANRISUL - Escriturário- O Pix possui
(B) custeio
uma estrutura flexível e aberta de participação a fim de garantir o
(C) comercialização
acesso e o surgimento de participantes que ofertem serviços inova-
(D) industrialização
dores e diferenciados que atendam às necessidades dos usuários
(E) exportação
finais.
11. CESGRANRIO - 2023 - Banco do Brasil - Agente Comercial A participação no Pix é obrigatória para as instituições finan-
- Prova B- Nos financiamentos destinados à compra de imóveis, as ceiras e para as instituições de pagamento autorizadas a funcionar
instituições financeiras exigem, do devedor, uma modalidade de pelo Banco Central do Brasil, que tenham uma quantidade de con-
garantia, operacionalizada através da oferta de um bem, que geral- tas de clientes ativas acima de
mente assume a forma de um imóvel. (A) 100.000
A garantia em questão é denominada (B) 200.000
(A) fiança (C) 300.000
(B) penhor mercantil (D) 400.000
(C) aval (E) 500.000
(D) fiança bancária
(E) hipoteca
GABARITO
12. CESGRANRIO - 2023 - Banco do Brasil - Agente Comercial
- Prova B- Como parte integrante do Sistema Financeiro Nacional,
o Conselho Monetário Nacional (CMN) funciona como instituição 1 D
cuja função é predominantemente 2 E
(A) normativa
(B) executora 3 B
(C) bancária 4 A
(D) produtiva 5 B
(E) financeira
6 E
7 A
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ANOTAÇÕES
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