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2016
Introdução: Classificação dos Métodos Analíticos
Segundo a maneira de
Análise Clássica executar a análise Análise Instrumental
Métodos
Analíticos
Métodos Métodos
Clássicos Instrumentais
Gravimétrico volumétricos
Técnicas eletroquímicas
Conjunto de técnicas analíticas cujas informações quantitativas sobre o analito são obtidas
com base em medidas de propriedades elétricas.
De modo geral:
Capazes de descrever o comportamento eletroquímico dos sistemas estudados.
Capazes de fornecer baixos limites de detecção.
Capazes de fornecer informações sobre estados de oxidação distintos (especiação).
Instrumentação relativamente simples e de baixo custo.
Capazes de fornecer informações sobre atividades.
5
Reações Redox
Pode ocorrer por dois caminhos fisicamente diferentes
e-
Ponte salina
Zn0 Cu0
Zn0 Zn0
Zn2+ Cu2+
Zn0 2e- Cu0
Zn2+ Zno ⇄ Zn2+ + 2e- Cu2+ + 2e- ⇄ Cuo
Cu2+
Células eletroquímicas:
Condutores elétricos: eletrodos
Solução de eletrólito
7
Células Eletroquímicas
Célula Galvânica
Dispositivo no qual há ocorrência espontânea de uma reação de oxido-
redução, permitindo a geração de corrente elétrica.
Chamada também de pilha
Bateria: associação de duas ou mais pilhas
Obs.: A célula galvânica acima torna-se uma célula eletrolítica substituindo o voltímetro por uma bateria com
potencial maior e, conectando ao terminal positivo no eletrodo de Ag e o negativo no eletrodo de Cu. 9
Células Eletroquímicas
e- e-
0,48 V - 0,49 V
Ânodo de
estanho
Cl- K+ Cl- K+
Cátodo de
cobre
Sn2+ SO42- SO42- Cu2+
SO42- Sn2+ SO42-
Cu2+
Galvânica Eletrolítica
Oxiredução
Oxiredução Não espontânea
Espontânea
provocada pela
que produz
Corrente Elétrica
denominada
Corrente Elétrica
Eletrólise
1
Eletrodo
é chamado é chamado
Ânodo Cátodo
se nele se nele
ocorrer ocorrer
Oxidação Redução
na pilha na pilha
Pólo - Pólo +
na eletrólise na eletrólise
Pólo + Pólo -
12
Células Eletroquímicas
Notação esquemática de células eletroquímicas
Ânodos e Cátodos: Por definição, o cátodo de uma célula eletroquímica é o
eletrodo no qual ocorre a semi-reação de redução e o ânodo é o eletrodo onde
ocorre semi-reação de oxidação.
Ânodo esquerda
Cátodo direita
| interface
|| Ponte salina
Ex.: Zn0 + Cu2+ ⇄ Zn2+ + Cu0 : é representada por:
Zn0(s)|Zn2+(aq)||Cu2+(aq)|Cu0(s)
Concentrações especificadas:
Zn0(s)|Zn2+(aq) (0,01 mol L-1)||Cu2+(aq) (0,01 mol L-1)|Cu0(s)
13
Potenciais em Células Eletroquímicas
e-
Ecélula: medida da capacidade da
+ -
célula em “empurrar” elétrons pelo
Cu
Zn circuito externo.
Cu2+ Zn2+
Cátodo Ânodo
Questões:
Propriedades
Potencial (E) termodinâmicas
14
Potenciais Padrão de Eletrodo (E0)
E0 – mede o poder de um único eletrodo “puxar” elétrons em uma
célula galvânica. E
W (J )
V
Q(C )
Por convenção (IUPAC), E0 é SEMPRE determinado considerando
semi-reações de redução.
15
Importância do Conhecimento de Potenciais de Eletrodo
Pt(s)|H2(g),H+
ENH:
Estabeleceu a escala de potenciais padrão.
Eletrodo Padrão de
ERH
Hidrogênio
(EPH)
17
Potenciais Padrão de Eletrodo (E0)
Potenciômetro Potenciômetro
+ 0,337 V -0,763 V
Bolhas de Bolhas de
hidrogênio hidrogênio
Zn0
Cu2+ Zn2+
Lâmina de platina Lâmina de platina
22
Potenciais Padrão e a Termodinâmica
Reações redox, estão ligadas a fatores cinéticos e termodinâmicos por
meio de medidas de Potencial (E).
W (J )
Medida do trabalho utilizado para mover
uma carga elétrica de um ponto a outro.
E V
Q(C )
23
Potenciais Padrão e a Termodinâmica
Idéia QUANTITATIVA de quão espontânea é a reação:
-RT ln K = -nFE0célula
o
nFE nE0
ln K Célula
K e 0, 025693
RT
A parir de K, pode-se determinar se a formação do produto é ou não favorecida
24
Efeito da Atividade nos Valores de Potencial
O potencial de uma célula é também dependente da concentração*
das espécies.
Equação de Nernst!
de reação
(A) (B)
c d c d
RT (C) (D) 0,059 (C) (D)
EE o
ln EE
o
log
nF (A) a (B) b n (A)a (B) b
27
Equação de Nernst
Simplificação: substituição das atividades por concentrações molares
0,059 1
Zn2+ + 2e- ⇄ Zno EE o
Zn 2
/ Zn o log
2 [Zn 2 ]
0,059 [Fe2 ]
Fe3+ + e- ⇄ Fe2+ EE o
Fe3 / Zn 2 log
1 [Fe3 ]
0,059 pH 2
2H+ + 2e- ⇄ H2 EE o
H / H2 log 2
2 [H ]
0,059 [Cr 3 ]2 1
E E o Cr2O7 2 / Cr 3 log 2
6 [Cr2O7 ] [H ]14
28
Equação de Nernst
Determinação do potencial em uma célula galvânica: Zno(s) + Cu2+ ⇄ Zn2+ + Cuo(s)
0 0,059 1 0 0,059 2
E célula E Cu 2 / Cu 0 log
2
Zn 2 / Zn 0
E log[ Zn ]
2 [Cu ] 2
0,059 [ Zn ]
2
Ecélula E 0
E 0
log
Cu 2 / Cu 0 Zn 2 / Zn 0
2 [Cu ]
2
2
0,059 [Zn ]
Ecélula Ecélula
o
log
2 [Cu 2 ]
Quando [Zn2+] = [Cu2+] Ecélula = Eocélula
*Apenas nos casos que os íons possuírem a mesma carga! 29
Potenciometria
Baseia-se na medida de potencial (E) de uma célula eletroquímica, cuja medida
dar-se-á na ausência de corrente elétrica ( i ).
Aplicações em medidas de ponto final de titulações, determinação direta para
medida de E de íons seletivos em diferentes amostras
Atual
Antes Potenciômetro
Eletrodo de Eletrodo
referência indicador Eletrodo
combinado
31
Potenciômetros
Capazes de fornecer condições de I ≈ 0.
Amplamente empregados.
Baixo custo.
Precisão 0,005 a 0,01 V.
P _
+ R AC
E AC E P
R AB
C
A B Se E AC E P I 0
+ _
G
K Circuito
simplificado!
32
Como é efetuada a medida do Potencial?
Os potenciais não podem ser medidos de maneira absoluta (são medidas
relativas)
Os potenciais devem ser então medidos em relação a um potencial de
referência, que assumimos ser zero.
Como é possível saber qual o Potencial da célula?
Quais os fatores que afetam o Potencial da célula?
Potenciômetro
Eletrodo de Eletrodo
referência indicador
33
Representação da Célula Potenciométrica
* Para algumas aplicações o potencial não precisa ser conhecido ele deve ser apenas constante
35
Eletrodos de referência
Eletrodo Padrão de Hidrogênio 2H+ + 2e ⇄ H2
(EPH)
Em condições de aH+ = 1 e pH2 = 1 atm, Eo = 0,0 V.
Estabeleceu a escala de potenciais padrão.
Cumpre, satisfatoriamente, os requisitos anteriores.
36
Eletrodos de referência: Eletrodo de Calomelano Saturado (ECS)
Cabo para
Hg2Cl2(s) + 2e ⇄ 2Hg(l) + 2Cl-
conexão
Em KClsat Eo = + 0,268 V vs. EPH.
Soluções saturadas: Fácil preparo. Concentrações
Orifício
iônicas não variam por evaporação do solvente.
Fio de Pt
Hg(l)
Hg2Cl2
Potencial dependente da concentração de
cloreto.
Membrana porosa
Facilmente preparado
37
Eletrodo de Calomelano
A 25 oC, os potenciais desse eletrodo para
diferentes valores de KCl são:
calomelano (Hg2Cl2)
algodão A especificação da concentração
Cuidados
41
Eletrodos de referência: cuidados operacionais
42
Eletrodos Indicadores
Um eletrodo indicador ideal deve responder rapidamente e de maneira
reprodutível às variações na atividade do íon analito.
SENSÍVEL À ESPÉCIE IÔNICA DE INTERESSE
O potencial que o eletrodo assume, é função da concentração do analito
na solução em estudo
Metodologia geral: Elaborar um RT Red
sistema, no qual o potencial EE o
ln
dependa apenas da atividade do nF Ox
analito de interesse.
E=xV
c d
0,059 (C) (D)
EI
EE
o
log
n (A)a (B) b
Características desejáveis:
Robusto
44
Tipos de Eletrodos Indicadores
Eletrodos Metálicos: o potencial surge da tendência de ocorrer uma
reação de oxidação/redução na superfície do eletrodo.
Eletrodo de 1ª Classe
Eletrodo de 2ª Classe
Eletrodo de 3ª Classe
Indicadores Metálicos Redox: eletrodos inertes.
Utilização limitada:
Pouca seletividade (respondem a cátions mais facilmente redutíveis).
Interfere significativa do Ag+.
Alguns metais são solubilizados em meio ácido. Ex.: Zn, Cd, etc.
Alguns metais não fornecem medidas de potencial reprodutíveis. Ex.: Fe, Co,
Ni, etc. 46
Eletrodos Indicadores Metálicos: 2o Tipo
2o Tipo – Eletrodo metálico em contato com um ânion que forme um sal
insolúvel ou um complexo estável com o cátion do metal.
Ex. 1: eletrodo de Ag para haletos (ou ânions que se comportam como tal)
Exemplo: 0,0592 aY 4
HgY2- + 2e ⇄ Hgo + Y4- Eo = 0,21 V
Eind 0,21 log
2 aHgY 2
Para se fazer medidas com este eletrodo é necessário adicionar inicialmente uma pequena
quantidade do complexo HgY2-.
A constante de formação do complexo HgY2- é Kf = 6,3x1021
A constante é tão alta que a atividade do complexo é, essencialmente, constante para
uma faixa considerável de atividades de Y4-
Em que: 0,0592 1
0,0592 K 0,21 log
Eind K log aY 4 2 aHgY2
2
Este eletrodo é útil para a determinação de pontos de equivalência em
titulações com EDTA.
48
Eletrodos Indicadores Metálicos: 3o Tipo
3o Tipo – Sob determinadas condições é possível que um determinado
eletrodo responda a variações na atividade de um outro cátion
Ex.: eletrodo de Hg para Ca2+
Do exemplo anterior, E.I. de 2 tipo, temos:
0,059
HgY2- + 2e ⇄ Hg(l) + Y4- Eind K log a Y4-
2
Introdução de um complexo Ca-EDTA
aCaY2
Kf
CaY2- ⇄ Ca2+ + Y4- aCa2 aY 4
Combinando com a equação do Eind com [CaY2-] constante:
Ce4+ + e- ⇄ Ce3+
a Ce3
Eind E o
Ce 4 /Ce3
0,059 log
a Cu 4
Limitações:
Respondem a qualquer par redox reversível (rápida transferência eletrônica).
Não respondem de maneira previsível a sistemas com baixas velocidades de
transferência eletrônica. Ex.: S2O32-, Cr2O72-, etc.
Principal aplicação: titulações redox.
50
Eletrodos Indicadores de Membrana
Também chamados de eletrodos de íons seletivos devido a alta
seletividade da maioria desses dispositivos.
Permite determinações rápidas e seletivas de vários cátions e ânions
através de medidas potenciométricas diretas.
Membrana é uma fina camada de um material consistente, que
separa duas fases líquidas, através da qual, pelo menos alguns dos
componentes daquelas fases podem passar.
Baseiam-se na formação de potenciais através de membranas
semipermeáveis, que devem deixar passar tão seletivamente quanto
possível a espécie iônica interessada.
51
Eletrodos Indicadores de Membrana
Comumente chamados de ELETRODOS ÍON SELETIVOS (ISEs)
CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS
Mínima solubilidade na amostra. solubilidade da membrana na solução da
espécie a ser analisada deve ser praticamente zero - Ex.: Vidros, resinas
poliméricas, etc.
Condutividade elétrica: deve apresentar um mínimo de condutividade
elétrica
Reatividade seletiva ao analito: a membrana deve ser capaz de ligar-se
seletivamente ao íon que pretende-se determinar (troca-iônica, complexação,
cristalização)
ISEs NÃO ENVOLVEM PROCESSOS REDOX
Potencial (E) de junção através da membrana interações analito/ membrana
52
Eletrodos Indicadores de Membrana: potencial de junção
Formado na interface entre duas soluções contendo diferentes
concentrações de eletrólitos
Ej
Cl- K+
Solução
Água
de KCl
K+ Cl
-
Porcelana Porosa
54
Eletrodo de Vidro para medidas de pH
Medida de pH – medida da diferença de potencial através de uma membrana de vidro que
separa a solução desconhecida de uma solução de referência cuja [H+] é conhecida.
Skoog, D. A.; Leary, J. J., Princípios de Análise Instrumental, 5a ed., Artmed Editora S.A. Porto Alegre (RS), 2002. 55
Eletrodo Combinado de Vidro
1.Membrana seletiva de vidro: Quando o pH está é determinado com
um eletrodo de vidro, quatro
contem uma solução de íons H+ de potenciais se desenvolvem na célula:
atividade fixa.
- dois potenciais são potenciais de
2. Eletrodo de referência interno. Referência e são constantes.
3. Cerâmica porosa que permite a
- Um 3º potencial é o de junção Ej que
passagem de íons para o eletrodo se desenvolve na ponte salina que
externo. separa o eletrodo de referência da
solução do analito.
4. Eletrodo de referência externo
5. Cabo coaxial: contem fios - O 4º e o mais importante potencial é
2
o potencial de interface, Eint., que
elétricos, um interno e outro varia com o pH da solução do analito.
externo que o envolve, mas com
- Os dois eletrodos de referência
uma camada de isolante elétrico apenas provêm os contatos elétricos
entre eles. Desse modo, a leitura com a solução para que as variações
do potencial de interface possam ser
do sinal dos dois eletrodos pode medidas.
vir em um único cabo ligado ao
voltímetro.
56
Eletrodo Combinado de Vidro
Eletrodo combinado: maior praticidade
Solução saturada de
AgCl e KCl
Ag/ AgCl
Solução interna
de referência
AgCl e KCl
sólido
Ponte salina Ag/AgCl
Membrana de vidro
HCl 0,1 M
saturada com
AgCl
57
Eletrodo Combinado de Vidro
Eletrodo de referência
Eletrodo
de vidro
Eletrodo combinado
de vidro
58
Eletrodo Combinado de Vidro
Solitrode: Um eletrodo
de vidro em corpo
plástico.
59
Eletrodo Combinado de Vidro
Solvotrode
Um eletrodo para
titulações em
meio não-aquoso
60
Eletrodo de Vidro para medidas de pH
Cada átomo de silício está ligado a
três átomos de oxigênio no plano do
papel.
Além disso, cada um está ligado a
outro oxigênio, acima ou abaixo do
plano. Assim, o vidro consiste de uma
rede tridimensional infinita de grupos
SiO44- nos quais cada átomo de silício
está ligado a quatro átomos de oxigênio.
Cada oxigênio é compartilhado por
dois de silício.
Dentro dos interstícios dessa
estrutura, há cátions suficientes para
balancear a carga negativa dos grupos
silicatos.
Silício Oxigênio Cátion Cátions com carga unitária como Na+
e Li +, tem mobilidade dentro do retículo
e são responsáveis pela condução de
SiO44- - Cargas negativas são
corrente dentro da membrana
contrabalanceadas pelos cátions
inseridos no retículo 61
Eletrodo de Vidro para medidas de pH
Hidratação da membrana
Medida de pH
63
Eletrodo de Vidro para medidas de pH
Solução interna aH+ = cte
64
Eletrodo de Vidro para medidas de pH
Interfaces Mesmo número de sítios internos e
externos: L1 = L2, a1´= a2´
amostra vidro refer. in-
terna a2 a1
a1
E m E1 E 2 0,059 log
a1´ a2´ a2
Como na solução interna a2 = cte
E1 = L1- 0,059 log a1’
n a1
Em L´ 0,059 log a1
E2 = L2- 0,059 log a2’
n a2
Em L´ 0,059pH
Em L´ 0,059pH
66
Eletrodo de Vidro para medidas de pH
ERROS EM MEDIDAS DE pH:
67
Eletrodo de Vidro para medidas de pH
Vantagens dos Eletrodos de Vidro
É de fácil manuseio
Atinge rapidamente o equilíbrio
Não contamina a solução e nem é por ela contaminado
Responde a variações de [H+] em quase toda escala de pH.
68
Eletrodo de Vidro para medidas de pH
Cuidados Operacionais:
69
Calibração do Eletrodo de pH
1. Valor do Slope é determinado
2. Valor do Potencial Assimétrico Eas. (limites ± 30 mV)
Estes parâmetros estão relacionados com:
- condição do diafragma e da membrana de vidro
- tempo de resposta do eletrodo
Valor do Slope é determinado
Em(mV)
(há limites estabelecidos por ex. Entre
0,90 a 1,03)
400
Slope ideal = 100%
Em L´ 0,059pH
H+
- 400
y a.x b 14 12 10 8 6 4 2 pH
70
Eletrodos de Membrana Cristalina
Tipo mais importante: constituída por um composto iônico ou
misturas homogêneas de compostos iônicos.
Ag/AgCl
NaF 0,1 M +
Ex.: Eletrodo íon-seletivo para F-
NaCl 0,1 M
Potencial desenvolvido pelo processo,
Semelhante a membrana de vidro. LaF3 dopado
com EuF2
Equilíbrio: LaF3 ⇄ LaF2+ + F-
EuF2 aumenta a
condutividade do LaF3
e consequentemente da
Eind L 0,059pF membrana
72
Eletrodos de Membrana Líquida
São formadas por líquidos imiscíveis a água e que possuem espécies que se
ligam seletivamente a determinados íons.
Ionóforo: trocadores iônicos ou compostos orgânicos complexantes.
Permitem a determinação potenciométrica direta de uma série de cátions
polivalentes.
Referência
Interna (ER) Referência
interna
Solução aquosa
saturada Solução
AgCl + MCl2 interna
O AgCl forma o ER
trocador iônico
líquido
200 mm Líquido
íon–seletivo
Membrana plástica
porosa que suporta o
trocador iônico 1 mm
3 mm
73
Eletrodos de Membrana Líquida
A diferença de
concentração dos
dois lados da
membrana gera um
potencial (E)
0,059
Ex.: Eletrodo íon-seletivo para Ca2+ Eind L .log.a Ca 2
Membrana é um trocador catiônico 2
0,059
Ativo em pH entre 5,5 e 11, pois abaixo Eind L
'
. pCa
de 5,5 sofre interferência dos íons H+ 2
74
Coeficientes de Seletividade
ISEs: seletivos, mas não específicos.
resposta para X
K A,X
resposta para A
< KA,X → < interferência da espécie X
75
Medidas Potenciométricas
76
Cuidados Antes da Medição
77
Cuidados Durante a Medição
Mergulhar o eletrodo de modo que sua junção fique abaixo do nível da
solução e efetuar a medida. De uma solução para outra lavar o eletrodo com
água destilada;
78
Medidas potenciométricas: Potenciometria direta
Respondem a atividade e não a concentração analítica.
Maioria dos casos os coeficientes de atividade não são acessíveis, ou porque a
força iônica da solução é desconhecida ou porque a equação de Debye-Hückel
não se aplica.
Considerar atividade = concentração introduz erros significativos,
principalmente para analitos polivalentes.
Em medidas de pH os padrões são tampão empregadas para calibração,
preparadas em termos de atividade de H+. Porém, se a amostra possuir uma
força iônica mais alta do que a dos padrões, a concentração de H+ vai diferir
significativamente da atividade.
Correção: Curva analítica empírica construída em termos de concentração.
Para evitar erro, a força iônica dos padrões usados para a construção da curva
analítica deve ser muito próxima a força iônica da amostra.
Necessita de ajuste da força iônica: Excesso de um eletrólito inerte. Ex. NaCl
+ tampão acetato + tampão citrato. Mantém força iônica constante para o
analito e a amostra.
79
Medidas potenciométricas: Potenciometria direta
80
Medidas potenciométricas: Potenciometria direta
81
Medidas potenciométricas: Potenciometria direta
E/S
V0 – Volume inicial 12
(Vo+Vp)10
Vp – Volume do padrão adicionado
10
Cp – concentração do padrão
8
Cx – Concentração da amostra
6
S = 2,303bRT/nF
4
2
V0Cx -2 -1
0
0 1 2 3 4 5 6
cp Vp / mL
82
Medidas potenciométricas: Potenciometria direta
Precisão de aproximadamente 1 %
83
Medidas Potenciométricas: Titulações Potenciométricas
Titulação, Titulometria ou Titrimetria
Procedimento baseado na determinação quantitativa do analito de interesse
(titulado) que reage quantitativamente ou estequiometricamente com um
reagente padrão ou padronizado (titulante)
Instrumentos
84
Métodos Titulométricos
Consiste basicamente na adição de uma solução de concentração
rigorosamente conhecida (titulante) a uma solução de concentração
desconhecida (titulado) até que se atinja o ponto de equivalência
Ponto de Equivalência:
Titulante: ntitulado = ntitulante
Concentração A partir do volume de
conhecida titulante gasto
encontra-se a
concentração do
Titulado: titulado
Volume
conhecido
85
Análise Titulométrica: PE
A altura da titulação em que a relação entre o número de moles do
titulante adicionadas e o número de moles do titulado é a prevista pela
estequiometria da reação:
86
Determinação Experimental do PE
Durante a titulação introduz-se um eléctrodo de
pH no titulado, o que permite medir o pH ao
longo da titulação e traçar a curva de titulação.
Adiciona-se ao titulado um
O potencial do eletrodo indicador é usado para
indicador ácido-base que
acompanhar a variação de concentração de uma
muda de cor quando se
espécie ionica envolvida em uma reação e assim
atinge o ponto de
determinar o Ponto de Equivalência.
equivalência.
Método Potenciométrico
Método Colorimétrico
87
Curvas de Titulação
Após titulação analisa-se os resultados por métodos gráficos: curvas de titulação
Curvas de titulação: permitem visualizar e interpretar como a titulação ocorre e
onde ocorre o ponto de equivalência
São gráficos de pH (ou outra alteração observável, como POTENCIAL,
temperatura, pCl, etc) versus volume de titulante adicionado.
Curva semelhante a obtida em titulações clássicas (Figura abaixo)
Excesso
titulante
P.E.
Excesso
titulado
PROPRIIEDADE
Perfil Sigmoidal
AVANÇO DA TITULAÇÃO 88
Curvas de Titulação
Ex. Método Potenciométrico: Permite medir o pH ao longo da titulação e traçar
a curva de titulação.
A representação do pH do titulado à medida que se adiciona o titulante
Ler o volume de titulante gasto até ao ponto de equivalência
Identificar titulante/titulado;
P.E.
89
Determinação do PE
Método da Primeira Derivada Método da Segunda Derivada
O PE situa-se no ponto máximo da O PE situa-se onde a derivada da
curva. segunda se anula.
25000 2000
1500
20000
1000
15000 500
10000 0
-5004,90 4,95 5,00 5,05 5,10
5000
-1000
0 -1500
4,60 4,80 5,00 5,20 5,40 -2000
90
Determinação do PE
Comparação da primeira e segunda derivada
para a curva de titulação potenciométrica
91
Titulações Potenciométricas
Precipitação: Ex: Titulação de íons Cl- com íons Ag+ (Ag+ + Cl- ⇄ AgCl↓)
Eind EAgCl
o
/ Ago ,Cl
0,059 log aCl-
Oxi-redução: Ex: Titulação de íons Fe2+ com íons Ce4+ (Fe2+ + Ce4+ ⇄ Fe3+ + Ce3+)
aCe3
Eind Eo
0,059 log
Ce4 /Ce3
aCu4
Complexação: Ex: Titulação de íons Ca2+ com EDTA (CaY2- ⇄ Ca2+ + Y4-)
0,059
Eind K´ pCa
2
Neutralização: Ex: Titulação de HCl com NaOH
Em L´ 0,059 pH
92
Titulações Potenciométricas
Permite quantificar separadamente diferentes constituintes de uma mistura.
600 800
500
AgCl 600
E / mV vs. Ag/AgCl
400
E/V
400
300
100
0
0 AgI 4000
0 1 2 3 4
-100
2000 Volume / mL
-200
0 1 2 3 4 5
2
2E/V
0
+
Volume Ag / mL
-2000
[1]. Skoog, D. A.; Leary, J. J. Skoog. Princípios de Análise Instrumental. 6. ed., Porto
Alegre: Bookman, 2009.
[2]. Harris, D. C. Analise Química Quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro, LTC, 2005.
95