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Objetivos da Unidade:
📄 Contextualização
📄 Material Teórico
📄 Material Complementar
📄 Referências
📄 Contextualização
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Imagine que você foi contratado para prestar uma consultoria em uma transportadora que recebe
milhares de encomendas para despachar por dia, a fim de verificar se a condição de trabalho dos
empacotadores é segura (ênfase nos riscos ergonômicos). Qual ferramenta quantitativa de
ergonomia você irá utilizar para verificar se o peso que os empacotadores estão carregando é
seguro a eles? Nesta unidade essa pergunta será respondida.
📄 Material Teórico
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Introdução
Até agora, nesta disciplina, aprendemos diversos conceitos teóricos sobre a importância de um
bom projeto ergonômico para o posto de trabalho, visando proporcionar conforto e segurança ao
trabalhador. Nosso foco principal foi na atividade de transporte e levantamento de cargas, pois é
uma das que mais prejudicam os trabalhadores. Carregar pesos sem adotar uma postura correta
pode resultar em lesões irreversíveis, e isso se agrava ainda mais quando a tarefa é realizada
rotineiramente. Mas afinal, o que seria a ‘postura correta’ para levantar uma carga? Até que peso e
frequência diária de levantamento de carga um homem ou mulher adulta pode suportar sem
comprometer sua saúde física? Isso varia conforme a idade do trabalhador? Nesta unidade,
explicaremos algumas ferramentas biomecânicas de ergonomia que se preocupam em estudar a
sobrecarga nos membros superiores, e abordaremos a equação do NIOSH, que se propõe a
responder a essas questões. Por fim, discutiremos o estudo da antropometria estática e sua
Aspectos Gerais
O transporte e levantamento manual de cargas são sempre muito problemáticos ao ser humano e
vários fatores precisam ser considerados sobre a atividade. A princípio, devemos fazer de tudo
para que seja evitado o máximo possível que esse tipo de tarefa seja executada pelo trabalhador,
sem nenhum tipo de ajuda mecânica. Vimos na unidade anterior que a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) estipula um peso máximo de levantamento de carga de até 60 kg para um homem
adulto e de até 25 kg para uma mulher em um trabalho ocasional ou de até 20 kg para um trabalho
contínuo. Porém, a NR-17 é muito mais restritiva quanto a isso e relata que os trabalhadores não
podem levantar e manusear cargas que comprometam a sua saúde, sendo esta orientação que
deve ser seguida. Logo, veremos a forma mais recomendada de realizar o levantamento de
cargas para garantir o máximo possível a integridade física do trabalhador.
A massa da carga não é a única coisa que importa no levantamento de cargas. Há outros
aspectos que precisam ser considerados, como a facilidade da pega, formato do objeto,
distância do centro de gravidade do corpo humano (coluna vertebral) até o centro do objeto:
lombar no corpo humano, conforme ocorre a mudança de postura. Por exemplo, se a pessoa
estiver deitada com as costas para baixo (decúbito dorsal), a força média de compressão é de 45
kgf; caso esteja em pé com a coluna ereta, a força é de 80 kgf. No entanto, se estiver em pé com
a coluna arqueada para frente, a força será de 120 kgf. Se ela estiver sentada com a coluna ereta,
a força é de 112 kgf; no entanto, se estiver sentada com a coluna arqueada para frente, a força
será de 148 kgf.
Portanto, o simples ato de arquear a coluna sem carregar qualquer tipo de peso enquanto está
sentado, resultará em uma compressão adicional de 36 kgf, levando ao aumento da pressão na
região da coluna lombar. Se o arqueamento da coluna ocorrer em pé, também sem levantar
qualquer peso, o aumento será de 40 kgf.
A Figura 1 também ilustra duas situações envolvendo o levantamento manual de carga nas duas
seja, 113 kgf a mais, simplesmente por não ter adotado a posição recomendada para o
levantamento da carga.
Você Sabia?
Por que ocorre esse aumento drástico na pressão exercida sobre a coluna?
(braço de alavanca) sobre a força exercida pela carga. Quanto mais distante
o centro de gravidade da carga estiver da nossa coluna, maior será a pressão
exercida nela. Nosso corpo também é uma carga e o peso dos nossos
membros influenciam nessa pressão.
Para tornar essa situação mais didática, imagine uma mulher que trabalha em uma creche
precisando colocar diversas crianças para dormir no berço durante um determinado período do
dia. Suponhamos que cada criança pese 10 kg. Se a mulher pegar a criança na posição
recomendada para o levantamento da carga, ela exercerá uma força de 227 kgf em sua região
lombar. No entanto, se ela pegar a criança na posição não recomendada, a força será de 340 kgf.
A mulher poderia também abaixar uma das pernas no chão para erguer o peso.
Figura 2 – Homem pegando caixa de aproximadamente 10 kg no
colo, em pé e com a coluna arqueada para frente (posição não
recomendada)
Fonte: Getty Images
O levantamento de cargas além do limite seguro para cada pessoa pode gerar diversos
problemas na coluna vertebral, sendo o mais conhecido deles a lombalgia. Em casos mais
graves, o quadro pode evoluir para hérnia(s) de disco, na qual o disco intervertebral localizado
entre as vértebras da coluna sofre um esmagamento além do comum, resultando em fortes dores
na coluna. A Figura 1 ilustra o esmagamento do disco intervertebral conforme o aumento da
pressão exercida na coluna. Em situações mais críticas da hérnia de disco, alguns pacientes
podem necessitar de intervenção cirúrgica para aliviar a dor.
No entanto, é preciso ressaltar que não apenas o transporte e levantamento de cargas acarretam
problemas na coluna. Posturas incorretas ao sentar-se e até mesmo ao andar podem, ao longo do
tempo, levar a patologias na coluna, devido à sobrecarga exercida sobre ela, como também
ilustrado na Figura 1.
Mas afinal, como vamos descobrir quantitativamente de fato, qual realmente é o limite de peso
mais seguro para um trabalhador poder levantar de carga? Quais são as variáveis que
influenciam?
Em 1981, nos Estados Unidos, o National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH)
liderou a iniciativa de desenvolver uma ferramenta para estabelecer a carga recomendada
máxima a ser levantada e movimentada manualmente durante uma atividade laboral. Foi
desenvolvido então a equação do NIOSH que foi revista em 1991. Veremos a seguir.
Ferramentas de Ergonomia
Para viabilizar o dimensionamento do posto de trabalho, com ênfase em aspectos ergonômicos, é
possível empregar diversas ferramentas que visam avaliar a probabilidade de surgimento de
doenças ocupacionais. Com o intuito de realizar uma análise ergonômica precisa e técnica do
ambiente laboral, são empregadas ferramentas auxiliares pertinentes ao campo da ergonomia.
As ferramentas conseguem apenas estimar a probabilidade de ocorrer lesão, uma vez que são
Algumas das características dessas ferramentas são: obtenção rápida de resultados; resultados
objetivos; avaliação comparativa pós-implementação de melhorias; aplicação simplificada;
reconhecimento dos resultados em nível internacional; identificação de tarefas com maior risco
ergonômico; prevenção de riscos ergonômicos; aplicabilidade comercial; e uso em ações
judiciais.
Explicaremos a seguir algumas dessas ferramentas: NIOSH, REBA, RULA e Questionário Nórdico.
Ao calcular o LPR e o IL, pode-se estimar o nível do risco de lesão física ao trabalhador, caso ele
execute o trabalho naquele cenário, naquele posto de trabalho.
Essa equação compreende o peso que uma pessoa pode levantar em situação de trabalho, no
qual 90% dos homens adultos e, no mínimo, 75% das mulheres, executem a tarefa sem lesão
física.
A Figura 4 ilustra três variáveis da equação do NIOSH que compõem a fórmula, referente aos
fatores de carga:
Listaremos a seguir as nove variáveis que compõem a equação do NIOSH para cálculo do LPR,
conforme a ISO 11228-1:2021. Com a integração da equação com a norma BS EN 1005-2:2003, há
mais duas variáveis incluídas, totalizando então 11 variáveis envolvidas no cálculo:
18 a 45
25 kg 20 kg
anos
LC 23 kg
<18 anos
e >45 20 kg 15 kg
anos
Caso o H seja menor que 25 cm, pode-se adotar o valor de 25 cm, pois
isso significa que a carga está muito próxima ao corpo do trabalho, não
acarretando excesso de esforços;
Caso o H seja maior que 63 cm, significa que a carga que o trabalhador
está pegando está muito longe do seu corpo, acarretando esforços
excessivos e prejudiciais, portanto, a tarefa não deve ser realizada.
HM = 25/H
Multiplicador Vertical (VM)
É a distância vertical entre o piso e o local da pega (centro onde o trabalhador põe a mão), no
momento do levantamento, que é o “V” da Figura 4. O valor de V não pode ser superior a 175 cm
(V<175 cm), pois caso contrário a altura de levantamento da carga estaria muito alta.
VM = 1 – (0,003 × |V – 75|)
Caso o D seja maior que 175 cm, significa que a altura de levantamento
está muito alta e o trabalho não deve ser realizado.
DM = 0,82 + (4,5/D)
trabalhador está girando excessivamente o seu tronco, correndo grande risco de lesão. Quanto
menos o trabalhador girar o tronco, mais seguro será para ele.
AM = 1 – (0,0032 × A)
Figura 5 – Representação gráfica do ângulo de simetria do
levantamento (A)
Fonte: Adaptada de MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2002
Obs.: Plano sagital é um plano imaginário que divide o corpo humano em duas metades, esquerda
e direita.
Reflita
Caso o trabalhador movimente totalmente os pés ao virar junto com a carga,
haverá ângulo de simetria ou não?
Nesse caso, o ângulo de simetria será zero, pois ele somente ocorre quando
há uma rotação do tronco que não é acompanhada totalmente pelos pés.
Caso o trabalhador não fixe total ou parcialmente os pés no chão,
movimentando os pés junto com o deslocamento angular da carga, ele não
irá rotacionar o tronco. Essa situação é a mais ideal para tarefas que exigem
esse tipo de movimento no levantamento.
1. Para recipientes
com desenho
1. Para recipientes 1. Para recipientes
desfavorável ou
com desenho ótimo com desenho
objetos irregulares
e com local para ótimo, mas razoável
e volumosos, difícil
pega local para pega
para manusear, ou
com quinas vivas
2. Para recipientes
2. Para objetos
com desenho
irregulares, que
ótimo, mas sem
normalmente não
local para pega,
estão em 2. Manuseando
objetos irregulares,
recipientes, uma objetos não rígidos,
uma pega
“BOA” pega pode pelo meio do
“RAZOÁVEL” é
ser definida como mesmo
definida quando
confortável quando
cada mão pode ser
cada mão pode
flexionada em torno
envolver o objeto
de 90 graus
V < 75 cm V ≥ 75 cm
Boa 1 1
Tipo de pega Multiplicador da Pega (CM)
Razoável 0,95 1
Obs.: No caso de dois trabalhadores carregando a carga, a massa da carga (L) que é colocada na
fórmula do Índice de Levantamento (IL) deve ser dividida por dois.
Levantamento por três trabalhadores (PM2)
A norma BS EN 1005-2 integrada junto a equação do NIOSH prevê que caso o levantamento seja
feito por três trabalhadores, o multiplicador PM2 deve ser 0,50. Caso seja feito por apenas um
Obs.: No caso de três trabalhadores carregando a carga, a massa da carga (L) que é colocada na
fórmula do IL deve ser dividida por três.
Horas no 10 a 11 a
≤8 8a9 9 a 10
turno 11 12
IL = L/LPR
Caso o IL seja ≤ 1,0, então a condição de trabalho é aceitável da forma como é executada. Caso
IL seja > 1,0, é necessário verificar a classificação do risco (Figura 6).
Nesse exercício, há duas situações que devem ser calculadas separadamente. A inspeção das
caixas que ocorre na prateleira 1 (situação 1 – origem) deve ser calculada separadamente do
momento que o trabalhador termina de levantar a caixa e posicioná-la na prateleira 2 (situação 2 –
destino). Logo, haverá duas equações do NIOSH a serem aplicadas. Iremos adotar a qualidade da
pega do tipo razoável.
C O NT I NU E
Expectativa de Resposta
Passo 1 (obter o valor das variáveis):
Horigem = 25 cm; Hdestino = 51 cm; Vorigem = 56 cm; Vdestino = 150 cm; D origem = 94 cm;
FMorigem = 0,88; FMdestino = 0,88; CMorigem = 0,95; CMdestino = 1,00; OMorigem = 1,00;
OMdestino = 1,00.
Devido ao trabalhador realizar o trabalho sozinho e seu turno não ultrapassar 8 horas diárias,
obtemos: PM1 = 1,00; PM2 = 1,00; eM = 1,00.
LPRorigem = 23 X 1,00 X 0,94 X 0,87 X 1,00 X 0,88 X 0,95 X 1,00 X 1,00 X 1,00 X 1,00
LPRorigem = 15,72 kg
LPRdestino = 23 X 0,49 X 0,78 X 0,87 X 1,00 X 0,88 X 1,00 X 1,00 X 1,00 X 1,00 X 1,00
LPRdestino = 6,73 kg
IL = L/LPR
ILOrigem = 11,79 kg/15,72 kg = 0,75 < 1,0; ILdestino = 11,79 kg/6,73 kg = 1,75 > 1,0
Interpretando os Resultados:
Devido ao ILOrigem ser < 1,0, a condição do risco é aceitável e a classificação dele é considerada
muito baixa, portanto, segundo o método NIOSH, a forma como é feita a tarefa na condição de
origem é segura ao trabalhador. Porém, na situação de destino, o ILdestino fica na faixa de
categoria de risco entre 1,5 < LI ≤ 2,0, que significa risco moderado, indicando que é necessária
uma intervenção no modo como é feita a tarefa para não ocasionar lesões ao trabalhador.
Reflita
Como identificar as variáveis na equação do NIOSH que são mais
prejudiciais ao trabalhador?
O multiplicador que mais influenciou a situação de destino foi o HMdestino, com um valor de 0,49.
Apenas esse multiplicador foi suficiente para reduzir pela metade o LPR. Isso ocorreu porque, nas
condições do exercício, o trabalhador não pode avançar os pés para colocar a caixa na prateleira
2. Esse impedimento pode ser atribuído a um possível erro de projeto, já que a prateleira 1 é muito
larga, impedindo o trabalhador de se aproximar da prateleira 2 para depositar a caixa. Portanto,
nesse caso específico, não deveria haver esse obstáculo físico que obrigasse o trabalhador a se
projetar para frente. Devido à necessidade de posicionar a caixa com precisão na prateleira 2, a
variável “D”, tanto na origem quanto no destino, é a mesma.
Se não houvesse esse obstáculo físico na prateleira 1, não seria necessário calcular duas
situações distintas (origem e destino). Suponhamos que a prateleira 1 tivesse o mesmo tamanho
da prateleira 2. Nesse caso, como o trabalhador não precisaria se projetar para frente com os pés
fixos no chão, seria necessário calcular apenas uma situação, que já seria a situação de destino
da carga.
RULA
A ferramenta RULA (Rapid Upper Limb Assessment) é um instrumento de avaliação postural para
avaliação dos membros superiores e inferiores (JUNNIOR; SILVA; CANEDO, 2017). Foi
desenvolvida em 1993 por McAtamney e Corlett. É uma das ferramentas mais indicadas para
avaliação de atividades administrativas.
Seu principal objetivo é propor uma avaliação da exposição de trabalhadores a fatores de risco
ergonômicos referentes a lesões musculoesqueléticas na atividade em que exercem (MATEUS
JUNIOR, 2009).
A aplicação da ferramenta inicia-se com a observação da atividade durante vários ciclos de
trabalho. Feito isso, o ergonomista pode apontar as posturas na análise com maior significância e
propriedade. O avaliador deve utilizar diagramas de postura corporal e tabelas de pontuação para
conseguir avaliar a exposição do trabalhador aos fatores de risco. Há cinco fatores de risco que
são avaliados no RULA: força, número de movimentos, tempo trabalhado sem pausa, posturas
de trabalho e trabalho muscular estático. Os resultados devem oferecer suporte para que
possam ser incorporados em uma análise ergonômica do trabalho (MATEUS JUNIOR, 2009).
O RULA oferece suporte para que o avaliador identifique a necessidade de uma análise mais
profunda, cujos resultados devem ser combinados com outras ferramentas ou métodos. Ele é um
instrumento de avaliação genérico, assim como outros checklists.
ao intervalo de movimento ou postura de trabalho com risco correlato mínimo, enquanto o valor 9
representa o risco correlato máximo. Essa pontuação é embasada na literatura especializada em
biomecânica ocupacional (SIQUEIRA, 2014).
Por fim, no final da aplicação da ferramenta, deve-se estabelecer o nível de ação com base na
pontuação obtida, conforme Tabela 5:
É necessário investigar e
3 5–6
mudar em breve
É necessário investigar e
4 ≥7
mudar imediatamente
REBA
O método REBA foi desenvolvido em 2000 por Hignett e McAtamney, e é uma ferramenta para
avaliar a quantidade de posturas forçadas em tarefas que envolvem manipulação de pessoas ou
qualquer tipo de carga animada. Ele apresenta grande semelhança com o método RULA e, assim
como este, é direcionado para análises dos membros superiores e para trabalhos que envolvem
movimentos repetitivos. Esse método inclui fatores de carga postural dinâmicos e estáticos na
interação pessoa-carga, e introduz um conceito denominado “gravidade assistida” para a
manutenção da postura dos membros superiores. Isso significa que a ajuda da gravidade é
utilizada para manter a postura do braço, onde é mais oneroso manter o braço levantado do que
deixá-lo pendurado para baixo. Inicialmente, foi desenvolvido para analisar posturas forçadas
adotadas por profissionais da área médica e hospitalar, como auxiliares de enfermagem e
A avaliação de risco também é realizada por meio de uma observação sistemática dos ciclos de
trabalho, atribuindo pontos às posturas do tronco, pescoço, pernas, carga, braços, antebraços e
punhos em tabelas específicas para cada grupo. Após pontuar cada grupo, é obtida uma
pontuação final que é comparada com uma tabela de níveis de risco e ação (tabela 7) em uma
escala que varia de 0 (zero), correspondente ao intervalo de movimento ou postura de trabalho
aceitável que não requer melhorias na atividade, até o valor 4 (quatro), onde o fator de risco é
considerado muito alto, exigindo intervenção imediata (PAVANI; QUELHAS, 2006).
Nível de Intervenção e
Pontuação Nível de risco
Ação posterior análise
Pode ser
1 2–3 Baixo
necessário
Prontamente
3 8 – 10 Alto
necessário
Questionário Nórdico
O questionário nórdico foi desenvolvido para autopreenchimento (ver quadro 2). No questionário,
há um desenho que divide o corpo humano em nove partes. Os trabalhadores devem responder
“não” ou “sim” para três situações específicas envolvendo essas nove partes:
(ver Tabelas 7 e 8). Esse estudo engloba tanto o trabalho em pé, quanto sentado.
correspondentes, basta conhecer a altura do trabalhador. Caso a altura do trabalhador não esteja
exatamente marcada nas Tabelas 7 e 8, é necessário encontrar o valor por meio de uma
interpolação.
Em Síntese
Ao longo desta unidade, exploramos os fundamentos essenciais da
antropometria e da biomecânica, destacando sua importância no estudo das
prazo.
Vídeos
era industrial e da desumanização causada pelo avanço tecnológico. O filme aborda questões
relacionadas à ergonomia de maneira impactante, destacando a alienação do trabalhador nas
linhas de produção devido as condições de trabalho precárias. Chaplin, por meio de sua persona
icônica, o "Vagabundo", ilustra de maneira humorística e crítica os desafios enfrentados pelos
trabalhadores diante das máquinas modernas. A narrativa destaca a falta de adaptação entre o
homem e as tecnologias, ressaltando a necessidade de considerar os aspectos ergonômicos
para garantir um ambiente de trabalho mais humano e equitativo.
Apesar do filme já ter quase 90 anos, ele continua sendo extremamente atual, pois diversos dos
problemas relatados no filme, continuam acontecendo.
o levantamento manual de cargas, além de mostrar alguns exemplos práticos que elucidam a
aplicação da ferramenta.
ACESSE
📄 Referências
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JUNNIOR, R. C. D.; SILVA, B. C. B. da; CANEDO, G. R. Aplicação do Método Rula (Rapid Upper Limb
Assessment) em um Laboratório Didático. Enegep, Joinville, p. 1-26, out. 2017. Disponível em:
<https://abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_241_401_32996.pdf>. Acesso em: 28/12/2023.
LIMA, V. R. T. de; LEITE, J. C.; SOUZA, J. A. da S. Análise Ergonômica do Trabalho (AET) no Posto
de Embalagem com Foco na Indústria de Produtos à Base de Plásticos. Sodebras, [S. l.], v. 10, n.
118, p. 61-69, out. 2015.
MARCATTO, E. J. Análise Ergonômica do Trabalho: Aplicando: ABNT NBR ISO 11228-1, ABNT NBR
ISO 11228-2, ABNT NBR ISO 11228-3 e ISO TR 12295. São Paulo: Marcatto's Treinamentos, 2018.
Disponível em: <http://marcattos.com.br/>. Acesso em: 28/12/2023.
PAVANI, A. R.; QUELHAS, O. L. G. A avaliação dos riscos ergonômicos como ferramenta gerencial
em saúde ocupacional. In: SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 13., 2006, Bauru, SP.
TOSO, B. Back School, Neck School, Bone School: programmazione, organizzazione, conduzione
e verifica. [S. l.]: Edi. Ermes, 2003.
WATERS, T. R.; PUTZ–ANDERSON, V.; GARG, A. Applications manual for the revised NIOSH lifting
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2021. Publicado em 1994 e revisado em Setembro de 2021. p. 94-110.