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ESTUDO DE CASO

ENTRE PARES

Maria Gabriela Honorato Galvão


Discipulador: André Macêdo
TAMA - BRASIL
ESTUDO DE CASO
- Nome: Maria
- 32, Brasília
1- INFORMAÇÔES GERAIS: - Missionária
- De sua família de origem, é a filha primogênita, tem um irmão. Casada, tem uma filha.
- Chegou querendo ser ver livre do que ela disse se chamar sentimento de rejeição, ela começou a
2- APRESENTAR O PROBLEMA:
sessão falando que sentia-se rejeitada pela presença da entiada.
- Sentimentos:
Os sentimentos que Maria apresentou na primeira sessão foram tristeza, raiva, incompletude e
falta de pertencimento, sendo que trabalhamos durante a sessão o acesso ao sentimento mais
repetido que foi a tristeza e já no final da primeira sessão ela saiu acessando também o
sentimento de posse, e já nas últimas sessões foi que ela conseguiu apresentar e falar sobre o
medo, que até então ela não conseguia acessar.

- Comportamento:
Na primeira sessão era um comportamento defensivo, que queria racionalizar o que ela pensava, e
anular o que ela sentia a respeito da entiada, queria tratar e tratava com a entiada de forma
madura no pensamento e na atitude, mas dentro dela ela sentia-se rejeitada pelo marido por causa
da presença da entiada e então ela sentia raiva. Então, Maria começou a observar o seu
comportamento e disse que por ela todos da sua família ficariam dentro do espaço que ela criou,
3- DETALHE DO PROBLEMA:
onde a entiada não estaria presente. Com o passar do tempo ela assumiu comportamentos
controladores e possessivos. Percebeu que estava reproduzindo comportamentos da família
original com a filha e o marido, no que diz respeito que ela quer que eles façam tudo o que é
correto e ela não se importa com o que eles querem fazer ou sentem. Assumiu comportamentos
de dependência emocional do marido, disse que ele sabe fazer a leitura emocional dela melhor que
ela, depois admitiu que para ela pensar sobre seus sentimentos a cansa. Então ela entregava na
mão do marido pra evitar a fadiga.

- Crenças:
Rejeição, mundo ideal versus mundo real, ela acredita que pra sentir-se realizada só se seu marido
e filha fizerem o que ela quer. Ela acredita que precisa entender tudo, e o que não entende e não
racionaliza, ela descarta.
No começo me pareceu que o que ela estava chamando de sentimento de rejeição era ciúmes.
Mas ela não conseguia ver o ciúmes, depois, na segunda sessão a minha suposição seguiu sendo
confirmada, mas também alterada pois quando acessamos aos desenho, sentimento de posse e a
frustação do mundo ideal para o mundo real, ela conseguiu chegar e confessar o controle, e o
egoísmo, então é mais que ciúmes. A partir do controle identificado, a hipótese seguiu sendo
confirmada a partir das memórias e relações com o sistema familiar primário e a reprodução de
comportamentos, mas também me parecia que havia muito medo, porém ela não acessava o
medo.

Trabalhamos por emoções apresentadas, na primeira sessão a tristeza, na segunda tristeza e


raiva, na terceira o perdão (tanto liberado, quanto de arrependimento) ligado a tristeza e raiva e
também porque ela chegou a conclusão e chegou a falar: que nunca perguntou a Deus sobre o que
a Marília (filha) precisa, ela só criou a Marília com a bagagem que ela recebeu como filha, na
quarta sessão ainda trabalhamos o perdão, porque também ela conseguiu acessar e enxergar a
dependência emocional no marido, e o que me pareceu e depois foi confirmada com a própria fala
e conclusão da aconselhada, era que antes a dependência emocional dela estava nas mãos dos
pais, depois na juventude ela “assumiu” fez o que ela quis sem a direção e a orientação de Deus. E
4- DESENVOLVIMENTO
depois entregou ao marido. Só na sessão de número 5, ela acessou o medo, que ao me ver na sua
DO PROBLEMA:
história era a emoção base do controle que ela exercia sobre as pessoas a sua volta e
principalmente as pessoas do seu âmbito familiar (origem e nuclear).

O problema se desenvolveu segundo a compreensão dela na criação e na ausência de limites dos


pais para com ela, ela disse que tinha tudo que queria e que quando criança queria mandar em
tudo, e também na separação dos mesmos, com a questão da separação, ela quando criança tinha
o desejo de unir os pais, ela acreditava inclusive que depois que os pais voltaram a ficar juntos, só
voltaram por causa dela, e isso ela afirma, pois quando criança ouviu do pai a seguinte fala: que só
estava com a mãe por causa dela. A racionalização dela, afetou muito porque ela minimiza, ou
consola as emoções com a racionalização, ou justifica abafando o que verdadeiramente sente
com o pensamento correto. E comecei a compreender que até mesmo o mecanismo de defesa
(racionalização) era um padrão que ela aprendeu com a sua figura paterna, e isso porque o que ela
sentia na sua infância ela disse que não era validado, nem valorizado, e ela acessou e perdou o pai,
mas percebeu que era isso que estava fazendo com a sua família nuclear, ela só tinha que fazer o
que era correto quando criança, e agora ela só cobrova do seu esposo e filha o mesmo, que eles
fizessem o que era correto, ou como ela mesma disse: que ela entende que seja correto.
Então me pareceu que o problema tinha muito a ver com a falta de percepção, valorização e
respeito (reconhecimento, acolhimento e regulação) das suas emoções, bem como também com a
falta da liberação de perdão aos pais e respeito e valorização das emoções principalmente da sua
família nuclear. Porque como ela minimiza os sentimentos, ela não consegue enxergar nem
valorizar seus sentimentos, porque ou minimiza ou nega, porque diz sempre entender que eles a
amavam, porém todas as vezes que prosseguimos na abordagem de associação aos seus
sentimentos, ela tinha uma memória ligada aos pais. Ou se não se via de modo controlador e
exigente, sem se preocupar se o esposo e filha estão emocionalmente bem, contato que eles
estejam fazendo o que é certo isso é o que importa e deixa ela realizada.
4- DESENVOLVIMENTO Os tijolos que construiram sua personalidade:
DO PROBLEMA: Ela viveu durante muito tempo na infância convivendo com com a tristeza, insegurança, se via
muitas vezes isolada e apática dos outros sentimentos, na sua criação não era importante o que
ela sentia e nem pensava, ela só tinha que fazer o que era correto, os pais meio que compensavam
ela sempre com o que ela queria. A medida que ela foi crescendo ela começou a lidar com a
rebeldia e hostilidade, por não ter as coisas saindo do jeito que ela queria. Ou pelos pais não
deixaram ela fazer o que ela queria do jeito que queria, os pais disseram que aos 18 ela podia,
então nessa faixa étaria foi que ela foi também experimentando ainda mais possessividade,
personalidade dominante, crítica, orgulhosa e competitiva.

-Eventos traumáticos:
A separação dos pais foi muito difícil para ela, incluso é fortemente perceptível perceber pela
memória que ela trouxe, ela disse que certa vez quando seu pai se separou, ela se viu entre o pai e
a mãe e o pai dela dando a mão para ela, e ela ficou no meio sem saber o que fazer, quando ela
falou esse memória ela disse sentir muita confusão, mas era perceptível que ela também ficara,
confusa, foi muito forte.

-Situações com a figura de autoridade que lhe feriram:


* A separação dos pais;
5- RAÍZES CAUSAIS * O autoritarismo da mãe, o não se importar do pai sobre o que ela sentia e pensava.
* Ela mesma com o próprio coração

-Descreva os pecados:
Egoísmo, controle, posse, orgulho, falta de confiança em Deus (incredulidade), rebeldia,
hostilidade, competição.

-Qualquer outra raiz que tenha detectado:


Tristeza, frustração, medo, raiva, falta de pertencimento, rejeição, incompletude, isolamento,
apatia, insegurança, confusão.
Na primeira sessão como ela trouxe a questão da rejeição, então comecei perguntando: como
você se sente quando rejeitada? Ela respondeu: triste. E aí refleti: Então, você se sente triste… aí ela
foi acessando a tristeza, percebeu que era muita tristeza e depois disse: na verdade é tristeza com
um pouco de raiva, e eu falei, tem um pouco de raiva…, e ela foi acessando a raiva, e acessando a
6- REGISTRO raiva, voltou para tristeza, disse que era mais tristeza que raiva, e nesse troca eu disse: é mais
tristeza que raiva? E ela confirmou, mas disse que é uma tristeza misturada com raiva que faz ela
DO ESCUTAR ATIVO
se sentir incompleta, então refleti: me corrija se eu tiver errada, então quando você percebe a
rejeição, isso te faz sentir tristeza, e você percebe que é muita tristeza, mas que também tem um
pouco de raiva, mas na verdade é mais tristeza, e essa tristeza se mistura com a raiva e isso te faz
sentir incompleta? E então ela riu, ficou um pouco em silêncio e disse: é, é assim, como se eu não
me sentisse parte, como se eu não pertencesse…
Ela teve mais consciência dela mesma, porque ela tinha determinadas reações, como por exemplo
sobre o foco principal que foi sobre controle e partir da necessidade que ela tinha de controlar, do
porque controlava e isso era devido a falta de confiança em Deus, que gerava medo, insegurança, e
nesse lugar de medo e insegurança ela sentia muita confusão e ela achava por bem ter o controle
da situação, porque no falso controle ela sentia-se tranquila e realizada, com isso ela se viu
egoísta, compreendeu a dependência emocional na pessoa do esposo, entendeu também que o
casamento não era mais importante para ela que a necessidade de ter razão. Acredito que ela
apenas deve seguir se aprofundando e permanecendo no que o Senhor já revelou, caminhando
com consciência, trabalhando a vulnerabilidade no lar, entre casal e entre mãe e filha.
7- TRATAMENTO
PARA O PROBLEMA Em todo esse autoconhecimento ela reconheceu e pediu perdão teve conversas com o marido,
começou um curso de pais e filhos, já nas últimas sessões percebi também um ordem nos seus
pensamentos e sentimentos, porque no começo tudo parecia embaralhado. Misturados. Ela
também percebeu essa melhora dela na maneira dela se ver, até falou isso na nossa última
sessão.Continuar na jornada de autoconhecimento com Deus, percebendo, respeitando e
valorizando suas emoções e sentimentos (reconhecendo, acolhendo e regulando), ser vulnerável
ao seu esposo e filha, acredito que é uma mulher bastante quebrantada, o que pude acompanhar é
que ela não conseguia enxergar, mas todas as vezes que ela enxergou (teve a revelação) ela
prontamente se arrependeu e pediu e liberou perdão.
Logo no começo da primeira sessão foi difícil o fato dela não acessar muito os sentimentos, então
procurei fazer perguntas abertas de como ela se sente, ou sentiu? E mesmo com as perguntas ela
trazia mais o evento e a situação. Então comecei a refletir os pensamentos, ajudou um pouco, mas
8- PROCESSO ainda não chegamos nos sentimentos. E ainda assim ela teve dificuldade de trazer o sentimento,
DE MINISTRAÇÃO então o espírito me lembrou da metáfora, então aos 22 min do 2º tempo literalmente perto de
encerrar a sessão, sugeri a metáfora da miséria do nikanor, e na metáfora foi onde ela percebeu
que ela mesma se colocava no canto de uma sala. Então ela saiu um pouco da racionalização e
começou a expressar mais seus sentimentos, e aí foi quando ela começou a falar do bloco de
sentimentos e onde fui fazendo tanto o refletir, como o resumo reflexivo (tristeza, raiva,
incompletude, falta de pertencimento). E depois dessa metáfora ela trouxe um acenal de
lembranças e uma específica, onde ela fez uma associação com a história de hoje sobre falta de
pertencimento. Que era a própria metáfora pessoal que ela tinha, que na verdade era uma
metáfora contaminada, que o que ela tinha mesmo era vontade de colocar todo mundo dentro
desse muro que ela viu, e perguntei o que o muro simbolizava para ela? E ela disse segurança,
então aí vi que estava contaminada, e na hora entendi que deveríamos orar e perguntar ao Senhor
sobre esse muro. Mas Ele não compartilhou nada com ela, compartilhou comigo uma dinâmica,
então fui lá e fiz: era como uma dinâmica de sondagem onde Ele me disse para pedir todas as
coisas e pertences dela pra mim e ela relutou em me entregar, riu nervosa, e eu pedi mais, ela não
me deu, balançou a cabeça em negativa, riu, e aí pedia a terceira vez, aí ela bem sem querer me
dar, mas enfim me entregou, então o senhor pediu para fazer um paralelo entre o muro e a
dinâmica, e perguntar a ela o que ela entendia dele ter dado essa dinâmica quando perguntamos a
Ele sobre o muro? E prontamente ela respondeu: Sentimento de posse. E ficou em silêncio, meio
em choque por um tempo, como se uma ficha tivesse caindo. Aí encerramos.

8- PROCESSO Na segunda sessão: trabalhei a partir do sentimento de posse, sugerindo desenharmos as duas
DE MINISTRAÇÃO metáforas de miséria, a que ela teve ao fechar os olhos e se ver sozinha no canto da sala, e a que
ela criou e já caminhava com ela que era a do muro, ouvi a reflexão dela, quando acessamos aos
desenhos e o sentimento de posse, fiz perguntas de juntar os pontos e confronto do mundo ideal
(o muro) e do mundo real (sentimento de sozinha no canto da sala), e ela percebeu que havia
muita frustação do mundo ideal para o mundo real, então refletimos sobre a frustração e
acessando a frustração ela conseguiu chegar e confessar o controle, e o egoísmo. Então o Senhor
foi comunicando que era isso que ela precisava se conectar com as suas memórias e sentimentos,
toda vez que ela silenciava para ir para esse caminho de se conectar com as suas memórias e
sentimentos, ela encontrava uma resposta do espírito. E a partir daí comecei só escutá-la,
esclarecia com as perguntas abertas, quando necessário confrontava e retornávamos para essa
conexão direta de perguntar a Deus. E assim vi o Senhor me comunicando a maneira com a qual,
ela saia da racionalização. Parando para ouví-lo. Então seguimos o ouvindo, agora sobre o
egoísmo, e quando o ouvimos sobre o egoísmo, ele foi mostrando a ela a verdade que ela queria
ser a dona do mundo, e que ninguém saberia cuidar do esposo e filha como ela, incluso Ele. Nesse
momento ela ficou muito quebrantada e começou a chorar, porque ela disse que tinha
compreendido porque ela queria mandar em tudo quando criança, por antes tinha vindo essa
memória para ela, que foi quando mergulhamos nessa memória de mandar em tudo e chegamos
na criação sem limites que ela teve.

Então acreditei que seria o tempo de na terceira sessão explorar metas e a vida verdadeira dela.
Porque saímos do sentimento de rejeição, chegamos no sentimento de posse, e agora chegamos
na verdade que ela disse: que quer controlar tudo, que queria ser dona do mundo e que quando as
coisas não são como ela quer ela sente-se rejeitada e frustrada. Ela orou e pediu perdão a Deus,
reconheceu o orgulho, e egoísmo, e que queria ser mais que Deus, reconheceu que não sabia nada,
e que precisa aprender a confiar em Deus, liberou seus pais diante da descoberta de que a criação
sem limites reforçou seu comportamento de controle, posse.

Então na terceira sessão fiz um resumo reflexivo das emoções do primeiro e do segundo encontro
+ pergunta funil + perguntas reflexivas + refletir + confronto + cadeira vazia, não trabalhamos
como acreditei que trabalharia a meta da vida verdadeira, porque ainda trabalhamos um pouco
mais sobre perdão aos pais e também a Deus, pois ela teve uma revelação sobre a filha durante a
cadeira vazia com os pais, ela chegou a conclusão que nunca perguntou a deus sobre o que a
Marília precisa e precisava, ela só criou e tem criado a mesma com a bagagem que ela recebeu
como filha, ela trouxe essa reflexão e no final disse que tinha que falar com Deus sobre isso. E
então fiz a pergunta de quando. E combinamos dela trazer e falarmos sobre isso na próxima
sessão.

Na quarta sessão literalmente trabalhamos a partir da perspectiva de ouvir a Deus, o que o Senhor
tinha comunicado para mim um dia antes da sessão foi trabalhar com a intercessão por princípios,
até pensei se tinha ouvido realmente a Deus de maneira correta, mas ao chegar na sessão tive
certeza, quando a Maria me disse pela primeira que não sabia o que falar, então tive um
confirmação e segurança no meu interior que era exatamente o que devíamos fazer, eu e ela, só
crer no que ele iria fazer. Expliquei a ela, até pedi perdão porque pensei que havia entendido errado,
mas que agora confirmara no meu interior, e se ela topava, ela riu disse que sim e começamos:
8- PROCESSO
DE MINISTRAÇÃO Na primeira parte conduzi ela no que o Senhor tinha dito, de utilizar intercessão por princípios, ela
teve uma visão de um campo de lavanda e atrás desse campo de lavanda, tinha um campo de
guerra, ela estava entre os dois campos, quando ela saiu dessa visão que compartilhou ela
começou a se perguntar porque a guerra, porque se incomodava tanto com aquilo que ela não
quer, deu exemplos familiares, depois novamente ele conversou diretamente com o senhor e eu
fiquei intercedendo, e ela seguiu perguntando porque dizia se incomodar, por que quando ela
falava sobre o incômodo ela dizia não saber porque o incômodo, e então ela teve outra visão dela
sende engolida pra dentro de um buraco que ela entendeu que estava entre os campos. Então
quando perguntei a ela como ela se sentia dentro desse buraco, ela disse que não sabia como se
sentia que não via nada. Então perguntei como você se sentiu dentro de um buraco onde não via
nada? E ela conseguiu chegar a confusa, mas que ela não sabe porque está confusa. Então
compreendi de fazer um resumo reflexivo porque ela trouxe a confusão no primeiro encontro, mas
tinha mais tristeza que confusão, depois no segundo encontro seguimos trabalhando sobre a
tristeza, no terceiro encontro trabalhamos sobre a raiva, e após o resumo reflexivo, convidei se ela
queria acessar onde nasceu essa confusão, ela disse que sim, mas não acessamos, porque aí ela
por ela mesmo começou a assumir a confusão em muitos dos seus relacionamentos, e que ela se
via confusa em muitos momentos da vida dela. Então deixei ela elucidar a confusão e reconhê-la
em mais áreas da sua vida, e a partir daí, fui ouvindo, fiz um psicodrama para confrontar uma falsa
crença, (que ela acredita que pode ajudar a pessoa de qualquer jeito, mesmo que a pessoa não
queira). Elucidei também a partir da palavra do que queres que te faça da bíblia. Depois fiz um
resumo reflexivo do que ela tinha dito até então, e ela compreendeu que estava deixando as
pessoas escolherem por ela. Depois ela disse que a principal pessoa era o esposo. Com isso
fizemos uma linha do tempo das emoções, onde foi visto as emoções nas mãos dos pais, depois
na dela mesma (sozinha), e agora na mão do marido. Com isso ela foi vendo que realmente ela
entregou na mão do Sevirino (esposo), disse porque ele sempre soube ler as emoções dela melhor
que ela, depois disse que era porque não precisava se cansar com ele fazendo isso. Ela acredita
ser confusa, e acredita que o marido sabe melhor que ela das emoções dela, e que ela colocou ele
no pedestal, pedi pra ela perguntar a Deus se Sevirino está no pedestal o que ele está fazendo no
pedestal, e ela entendeu que ela estava no pedestal segurando as emoções dela, que ela mesma
deu a ele. Então maximizei a miséria dela, e perguntei o que realmente ela quer? E ela disse: Eu
quero administrar as minhas emoções de acordo com a vontade de Deus, e então fiz mais um
psicodrama indo de encontro ao que ela estava dizendo e ela repitiu que ela queria administrar as
suas emoções de acordo com Deus, terminou orando em arrependimento, fiz uma cadeira vazia
como se fosse o Severino o que ela queria dizer, ela agradeceu a ele, mas que pegava de volta
suas emoções para administrá-las com Deus, pediu perdão a Deus porque viu que realmente ela
entregou ao esposo, também reconheceu que não era capaz quando estava sozinha, e depois
pediu perdão porque não viu como o Senhor podia ajudá-la depois que ela se converteu a cuidar
das suas emoções.
8- PROCESSO
DE MINISTRAÇÃO Na quinta sessão entendi de fazer o processo Emanoel para acessarmos a confusão e foi o que
fizemos, o processo completo, depois da apreciação e da memória interativa, durante a conversa
dela com o Emanoel, o Senhor falou para mim sobre o medo, como sendo a emoção primária que
leva ela ao controle, e entendi ele me falando apenas para interceder, e foi o que eu fiz, comecei a
orar específico sobre isso intercedendo interiormente, e foi muito especial porque o Emanoel
revelou a ela o medo, falou com ela mostrando a palavra de Pedro na tempestade, ela entendeu
como se ela fosse Pedro. E ele mostrou o medo, porque ela perguntou ao Emanoel sobre a
confusão, e então ele trouxe o medo, e perguntou a ela se ela achava que ele não era capaz, se ele
não conhece ela o suficiente, então ela teve um conversa bem boa com ele, ela renunciou também
que ela não queria ser forte, nem
parecer forte e depois dessa conversa ela entendeu que quando ela escolhe não olhar pra Jesus,
ela sente medo, ela fica preocupada, e sobrecarregada e confusa, e quer controlar. Percebeu o
ciclo do medo. Trouxe ela de volta a apreciação, conseguimos executar o processo Emanoel
completo e ainda conseguimos seguir no ouvir ativo, sem ter distinção, encerrando o processo
Emanoel, estavamos no ouvir ativo naturalmente. Então, encerramos a sessão considerando que
agora ela podia ter uma atenção consciente do ciclo do medo, agora que ela está desperta e
descobriu a razão por que ela quer tanto controlar tudo, que era a pergunta chave que ela fazia:
Porque quero controlar tudo? Então quando ela estivesse consciente da ação do medo sobre o seu
corpo estabelecer rotinas de conversas consigo mesma e Jesus nesse momento exato.
Na última sessão conversamos sobre como estava sendo para ela, o que ela via de melhora, o que
ela tinha se posicionado, então ela falou do curso para pais que ela estava fazendo, que na verdade
ela começou na semana que ela teve a revelação de nunca ter perguntando a Deus sobre o que a
filha precisava de fato nEle, e que ela seguia fazendo e que era bom, e que estava vivendo com o
esposo e a filha um tempo de melhor comunhão, que teve boas conversas com o marido, mas
também aí ela trouxe algo que incomodava ela ainda sobre o marido, que as vezes ela queria
questionar ou conversar para decidir juntos algo e ele simplesmente dizia a ela que podia ser
como ela quisesse e isso dava muita raiva nela, então fizemos um dinâmica com o corpo, onde ela
tinha que andar normal e andar pulando, então com essa dinâmica trabalhamos a partir do
princípio que pulando e indo pra mesma direção vamos chegar no mesmo lugar de quando
estamos andando normal e na mesma direção, mas qual era a diferença? Então ela trouxe a
8- PROCESSO perspectiva do cansaço que ela sentiu, que os dois pés pulando juntos estão mais competindo que
DE MINISTRAÇÃO caminhando juntos, e aí ela chegou a conclusão que ela estava mais competindo com o marido e a
raiva, era que ela queria que ele argumentasse, porque ela queria ter o direito de fala, que para ela
era muito importante o direito de fala, ela disse que amava ter razão. Então o Senhor pediu pra
perguntar o que era mais importante para ela na relação dela com o marido, então ela disse o meu
casamento, então eu perguntei: então você está me dizendo que o mais importante na sua relação
com o seu marido é o seu casamento? Aí ela riu e disse eu penso que é né, mas eu tô dizendo
também que eu amo ter razão. Então eu só fiz um paralelo com as minhas mãos como se fossem
uma balança, o que você ama mais, ter razão ou o seu casamento? Então ela ficou um tempo em
silêncio e depois já começou a orar e pedir perdão a Deus, porque entendeu que não queria se
submeter ao marido, ela entendeu que tudo era porque ela amava ter razão. Então competia com o
próprio esposo. Entendeu que precisava abrir mão e pediu perdão porque viu que o casamento não
era mais importante que isso. Ela achava que era, mas entendeu que não.

Na primeira sessão não orientei o AC sobre os procedimentos do aconselhamento (horas, tempo,


confidencialidade, compromisso, uso de notas, gravações….), sendo assim reconheço que fui
adversa, apenas usei bloco de notas, porém mantive o tom de voz tranquilo, calmo. Receptiva na
comunicação não-verbal, mantendo meu olhar atento ao dela, deixei que ela se responsabilizasse
do seu problema, porém também em dado momento, errei porque usei o (se) e acredito que usei
de maneira errada, fiquei indecisa, e não fui cautelosa. Acabei que usei o se de modo sugestivo, fiz
9- AVALIAÇÃO PESSOAL um pergunta de por que e qual, mas uma vez adversa.

Na segunda sessão não consegui ainda estabelecer as metas, e percebi que preciso melhorar
minhas expressões não-verbais. Porém fiquei feliz comigo mesma, porque só obedeci a Deus
quando ele disse que era só conectar ela com as memórias e sentimentos levando ela a conversar
com ele. Literalmente um aconselhamento de oração. Ela falando com o pai e eu intercedendo por
ela a Ele mesmo.

Na terceira e na quarta sessão fiz comentário, infelizmente, e na quinta consegui um comunicação


não verbal melhor, só que na hora da apreciação, eu não aguentei e falei ai que lindo Jesus, porque
a apreciação dela foi muito linda.

Na sexta foi bem tranquilo, foi mais uma conversa de feedback e ajuste, acredito que trabalhei
muito na área da empatia, clareza, coerência e confronto, mas realmente preciso desenvolver e
aperfeiçoar a área de cuidado, respeito e acolhimento.

Me sinto grata por poder participar e ver a descoberta e a liberdade de não estar mas divagando
sobre si mesma. Mas compreender o ciclo de controle como acontece em sua vida, e isso a
9- AVALIAÇÃO PESSOAL
despertar mas pra estar juntos dos seus não como a mãe e a esposa que só quer controlar tudo e
ter razão, mas alguém que anda junto e que se erra pode ajustar isso na caminhada dela. A leveza
dela compreender isso e de ainda entender que ela tem um longo caminho pela frente porque ela
reconheceu que ela amava andar no controle e tendo razão. Sim, foi desafiador, porque graças a
Deus a Maria é uma mulher forte e de muitas convicções, então pude aprender muito, pude me
desafiar a compreender e poder ouví-la melhor.

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