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PIESC - Arboviroses

terça-feira, 9 de abril de 2024 20:21

Dengue: Manifestações Clínicas: Classificação da Dengue!!!!! Tratamento:


• Características do Vírus: • "Febre quebra-ossos" • Atual • Três pilares
○ Grupo Arbovírus • Ela pode se apresentar como assintomática (maioria), leve/moderada ou como uma doença ○ Dengue ○ Hidratação
○ RNA grave ○ Dengue com sinais de alarma ○ Controle de sintomas
○ Flavivírus • As fases da doença são:  Representa a fase crítica da doença, logo após a fase febril ○ Repouso
○ Possui 5 sorotipos, no Brasil temos do 1-4 ○ Febril:  Ela está relacionada com o aumento da permeabilidade • Classificação de risco
○ Maior incidência da dengue em região centro-oeste e sudeste, seguido da região nordeste e norte  Cefaleia e dor retro orbitária  Presença do SILVA3H ○ Condições ou fatores de risco
• Fisiopatologia:  Febre muito alta e de início súbito (39º) ○ Dengue grave  Criança com menos de 2 anos
○ Transmissão → Aedes aegypti e albopictus, o primeiro é mais comum  Exantema  Possui mortalidade maior que 10%  Idoso
 Possui hábitos diurnos, preferência por regiões tropicais e subtropicais e zona urbana  Mialgia e artralgia  Nesse caso temos:  Gestante
desordenada □ A mialgia é mais importante na dengue! □ Choque  Imunossuprimido
 É a fêmea que transmite a doença, pois ela se alimenta de sangue  Pense no mnemônico COMETA  Taquicardia  Comorbidades (diabetes, doenças crônicas de fígado, rins e do coração e
 Seus ovos são resistentes ao ressecamento  O que é considerado um caso suspeito?  Extremidades frias, cianose e pulso fraco esômago)
 Mosquito não infectado → alimenta de sangue de pessoa infectada → após 8-12 dias o □ Estar em localização endêmica nos últimos 14 dias + Febre com duração  Oliguria, menos de 1,5 ml/kg/hora ○ Sangramento cutâneo
mosquito passa ser o transmissor → alimenta-se de pessoa não infectada → paciente de até uma semana + ter pelo menos duas das manifestações abaixo:  Enchimento capilar lento  Petéquia
desenvolve sintomas após 4-10 dias, com média de 6 (transmissor desde dia -1 ao 5º dia)  Náusea/vômitos  PA convergente, quando a diferença entre a sistólica e diastólica é  Prova do laço positiva
○ Viremia e resposta imune  Exantema inferior a 20 ○ Sinais de gravidade (alarme ou choque)
 Pico de febre segue o pico de viremia que acontece no primeiro dia de manifestação dos  Mialgia/artralgia □ Desconforto respiratório  SILVA3H
sintomas  Cefaleia e dor retro-orbitária □ Sangramento grave • Estadiamento da dengue?
 A febre tende a diminuir a partir do 3 dia de sintomas, assim como a viremia  Petéquias ou prova do laço positiva  Associado a melena, hematêmese, metrorragia, SNC e sangramento ○ A → sem sinais de alarme, comorbidades ou fator de risco
 Viremia se encerre aproximadamente no 6º dia  Leucopenia (exame de sangue) columoso  Acompanhamento ambulatorial, com medicamento sintomáticos e hidratação p/
 A detecção dos anticorpos (igM e igG) só vai poder ser detectada a partir do 6º dia de doença  Qual a característica do exantema da dengue? □ Comprometimento de órgãos via oral em casa, recomendar que retorne após a melhora da febre ou se ela não
○ Patogenia □ Ele é maculopapular  Hepatite com elevação de transaminases ceder após 5 dias
 Resposta inflamatória a ação viral: □ Difuso, ou seja, pega todo o corpo (pele, tronco, membros, palmas e  Miocardite → fração de ejeção mais elevada ○ B → S/ AS + comorbidades e fator de risco ou sangramento de pele (petéquias ou
□ Febre plantas)  Encefalite prova do laço)
□ Cefaleia □ Ele geralmente aparece no terceiro dia da doença até o 6º  Etc...  Solicitar o hemograma. Fazer hidratação oral e dar sintomáticos e reavaliar após
□ Mialgia □ Pode coçar ou não • Alterações laboratoriais da dengue 4 horas
□ Artralgia □ E a sua intensidade não está associada a gravidade da doença ○ Alteração de transaminases é o mais comum  Se hematócrito normal e sem sinais de alarme liberar o paciente
 Disfunção endotelial: □ Ele tende a desaparecer a digitopressão  Grave é quando há acima de 1000 de transaminases  Se vier alterado ou com AS seguir como grupo C
□ Extravasamento plasmático, por conta do aumento da permeabilidade vascular □ Presença de petéquias pode se associar a gravidade ○ Aumento da bilirrubina ○ C → Sinais de Alarme
□ Isso provoca hemoconcentração, redução das proteínas séricas e derrames cavitários  Identificando dengue em crianças!! ○ Hipoalbuminemia em casos graves  Presença de SILVA3H
□ É um quadro mais inespecífico, principalmente em menores de 2 anos ○ Disturbios de coagulação  Mas sem sinais de choque ou disfunção grave de órgãos
□ O que observamos no hemograma é o aumento do hematócrito do paciente por
□ Muito confundido com uma IVAS ou outra infecção viral  Aumento de protombina, tromboplastina parcial e trombina  Nessas casos devemos fazer internação hospitalar e a hidratação deve ser IV
hemoconcentração
 Diminuição de fibrinogênio, protrombina, Fator VIII, XII, antitrombina e  Solicitamos hemograma, albumina, as transaminases, uma radiografia do tórax
□ A redução das proteínas séricas vai se manifestar pela dosagem baixa de albumina sérica □ Isso gera um atraso diagnóstico
antiplasmina (acometimento de cavidades) um USG de abdome
□ O derrame cavitário vai se manifestar pelo acumulo em região peritoneal, pericárdico e ○ Crítica:
• Diagnóstico laboratorial  Solicitar um exame de diagnóstico como a sorologia, PCR ou um teste rápido,
pleural  Ocorre assim que a pessoa melhora da febre depndendo do período da doença
 Choque da dengue:  É nessa fase que há aumento da permeabilidade capilar, que leva ao choque ○ Detecção do vírus → encontrado 1º-5º dia por RT-PCR ou NS1 que é um teste rápido
para o antígeno da dengue ○ D → Choque e sinais de lesão de órgãos
□ É a principal causa óbito hipovolêmico
○ Anticorpos contra o vírus → Após o 6º dia por ELISA  Choque e sangramento grave e disfunção orgânica grave
□ Ocorre logo após a redução da febre, no terceiro dia  Presença de sinais de alarme e manifestações hemorrágicas
• Notificação compuls[oria de casos suspeitos ou confirmados  UTI e Hidratação venosa
□ É um choque hipovolêmico, causada pela perda de volume sanguíneo para o terceiro  Quais são os sinais de alarme da dengue?
• Óbitos → notificação imedita  Solicitar os mesmos exames do B
espaço □ SILVA 3H (mnemônico)
□ Sua melhora ocorre com dois a três dias □ Sangramento de mucosa Prova do Laço:
 Manifestações hemorrágicas da dengue □ Irritabilidade ou letargia (comum em crianças!!!) • Todos devem fazer para detectar fragilidade capilar
□ Petéquias, sangramento de mucosas e sangramentos cavitários □ Líquido acumulado em cavidade • Se já tem petéquias não faz sentido fazer
□ Elas são causadas pela plaquatopenia, por um mecanismo autoimune □ Vômitos persistentes • Esfigmo e caneta
□ Pode haver coagulopatia de consumo nesses pacientes (coagulação intravascular □ Abdome doloroso, associado a uma dor contínua 1. Fazer a média da PA (PAS+PAD/2)
disseminada) □ Hipotensão postural ou lipotimia 2. Insuflar o manguito no valor obtido
 Risco de dengue grave é mais elevado quando ocorre reinfecção por outro sorotipo □ Hepatomegalia (abaixo de dois cm ou mais do rebordo costal)  Em crianças é por 3 minutos
□ Teoria da amplificação dependente de anticorpos □ Hematócrito elevado  Adultos 5
 O anticorpo que a pessoa obteve na primoinfecção acaba não protegendo de um ○ Recuperação 3. Contar as petéquias no quadrado (2,5 cm x 2,5 cm)
novo sorotipo, além de auxiliar na replicação desse novo vírus, devido a infecção de  Reabsorção e sobrecarga de fluídos i. 10 em crianças!!
macrófagos e outras células do sistema imune  Recuperação dos valores de plaquetas ii. 20 em adultos
 Gestante transfere seus anticorpos igG para seu filho, se essa criança for infectado  Ocorre 24 a 48 horas após o período crítico
por um sorotipo diferente da mãe há risco de desenvolver dengue grave  Cuidado com hipervolemia
Como hidratar um paciente com dengue?
• A e B → em casa
○ 60ml/kg/dia → 1/3 S. Salina e o resto líquidos normais (menos café e refrigerante)
○ CRIANÇAS!!!!!!!!
 DE ACORDO COM O PESO!!!
□ Até 10 kg → 130ml/kg/dia
□ 10-20 → 100
□ Acima de 20 → 80
• C → 10ml/kg IV em 1h solução isotônica → respondeu bem → fazer manutenção:
○ 25 ml/kg em 6 horas
○ 25 ml/kg em 8h (1/3 salina e o resto glicose 5%)
• D → 20ml/kg/IV em 20 minutos
○ Repetir até 3x
• Se o acesso venoso na criança for difícil posso fazer acesso intraósseo

Se o paciente tem dificuldade de acesso for pobre ou estiver vomitando muito, devemos
internar ele
Usar só dipirona e paracetamol para a febre!! Não usar AAS pois causa a síndrome de Reye
e AINES pois piora o sangramento!!!

Como dar alta para um paciente internado


• Atingir todos os critérios
○ Estabilidade hemodinamica com duração de 2 dias
○ Sem febre durante 2 dias
○ Melhora clínica
○ Hematócrito estável durante 1 dia
○ Plaquetas acima de 50 mil ou com tendencia a melhorar
○ Melhora dos derrames cavitários

Página 1 de PIESC Pediatria

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