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1 A FORMAÇÃO DOS SUJEITOS PARA O EXERCÍCIO DA FUNÇÃO DOCENTE

NO CURSO DE PEDAGOGIA

Nesta seção da tese são apresentados pequenos fragmentos das narrativas


de oito sujeitos participantes desse estudo de caso, de modo a apresentar os
motivos que os levaram a escolher o curso de formação docente. Eles são
identificados por letras maiúsculas por princípio ético e na intensão de preservar
suas identidades. São eles: C; P; F; R; D; S; K; A.
No intuito de identificar o que levou os graduandos à escolha de um curso no
campo da Educação, foram utilizadas, como recurso metodológico, entrevistas com
caráter narrativo, de modo a apreender tais escolhas.

1.1 MARCAS DA FORMAÇÃO RECEBIDA NO CURSO DE PEDAGOGIA

Há um consenso entre os entrevistados sobre a importância do curso em


suas vidas. Cada um relata de maneira muito peculiar como suas vidas foram
transformadas ao realizar o curso. Convém ressaltar que o curso é ministrado pela
Universidade, porém o vestibular é realizado pelo Consórcio CEDERJ, e este, por
sua vez, está presente no imaginário e vocabulário dos entrevistados como sendo a
instituição a qual tornou possível a realização do curso e até mesmo a responsável
pela habilitação.
Ao relatar sobre a sua formação, o entrevistado R narra com muito
entusiasmo o momento vivido, declarando-se apaixonado pela Pedagogia.

Comecei o curso em 2008. Era o currículo novo [...] comecei no ano de


2008 com muito gás porque eu estava muito apaixonado pela
Pedagogia. Leituras em educação me motivavam muito. Eu me via
lendo livros voltados para a educação [...]. Eu estava lendo mais sobre
pedagogia do que propriamente sobre Matemática. Lia muito sobre
educação matemática, não lia matemática pura que era base da minha
graduação. Então eu comecei muito motivado e certo de que talvez os
meus vínculos estivessem muito mais próximos da pedagogia do que
da matemática tamanho o apaixonamento que eu tive ali pela
Pedagogia. Grifos nossos

Nesse ínterim, o processo de ensino-aprendizagem é um dos pontos centrais


no desenvolvimento do professor como profissional. Este processo de alta
complexidade se dá em diferentes níveis da individualidade, e coletividade, dos
agentes abarcados durante este processo, sobretudo no que se refere aos
professores quanto aos alunos. Aspectos como a psicologia do indivíduo, suas
experiências únicas de vida, seu trajeto social e familiar são alguns dos pontos a
serem levados em consideração de forma conjunta quando se deseja gerar uma
imagem aproximada de um indivíduo, como o alunado, dentro de um contexto de
processo de ensino-aprendizagem.
Sabe-se, portanto, que muitos destes aspectos são extremamente sutis, e
alcançá-los como professor, em sua totalidade, é uma tarefa praticamente que
precisa de percepção dentro do sistema educacional. É importante salientar que
quanto mais se tem a precisão de avaliar a condição e qualidade do ensino superior,
bem como, ter a compreensão das transformações advindas no currículo dos cursos
de licenciatura, com a finalidade de superar as complexas conjunturas de ensino.
Lima (2007, p. 39) garante que:

O desenvolvimento de professores remete-nos a um procedimento de


formação de dimensões pessoais e profissionais, estimulado pela
agregação do amadurecimento interno com as experiências de
aprendizagem. Assim, a formação, então, contém um inevitável elemento
pessoal, entretanto não afasta os alcances externos, haja vista que não se
alcança, excepcionalmente, de modo autônomo e espontâneo, e que se
perceba para além da capacidade profissional.

Sabe-se que o desenvolvimento inicial é um campo de teoria e prática ligada


por uma didática e arranjo escolar, composta pelos conhecimentos e aprendizagens
adquiridos que protegem e melhoram as informações no exercício docente.
De acordo com Libâneo (1998, p.7), “não há melhoria educacional, não há
sugestão pedagógica sem professores, uma vez que são os docentes mais
diretamente abarcados com os processos e implicações da aprendizagem escolar”.
Ao analisar a metodologia de reforma e progresso de ensino superior e os aspectos
de ensino, Lima (2007, p.31) descreve que:

(...) a evidência na responsabilização do educador pelos resultados


escolares não é a mesma com que ele é incluído nos planos e reformas
educacionais. A elaboração de uma proposta de formação docente,
acompanhada de medidas destinadas a melhorar, substancialmente, a
qualidade de vida e a qualidade profissional dos professores, não recebem
tanto destaque quanto a indicação de um rol de competências necessárias
aos docentes.

É importante lembrar que o desenvolvimento inicial é uma metodologia


contínua de ampliação profissional, ou seja, a formação se apresenta como um
acontecimento complexo e diferente acerca do qual vivem somente insuficientes
conceptualizações e ainda menos ajustes no que concerne às extensões e teorias
mais proeminentes para a sua crítica.
Em suma, o desenvolvimento docente inicial exibe numerosos desafios,
dúvida e receios no princípio da carreira profissional. Deve-se então, reverberar a
prática docente, o instruir-se a ensinar, no intuito de ir além de esses problemas que
se depara no começo da profissão de ser educador.
R mantém o mesmo entusiasmo ao tratar da instituição formadora e sobre o
seu processo de aprendizagem.

O CEDERJ, ele foi incrível. Eu fui muito feliz passar pelo CEDERJ,
porque ele permitiu a mim, um nível de leitura e de investigação que eu
não sei se um curso presencial me daria. Eu não tive esse empenho de
pesquisador no curso de Matemática, por exemplo, que era presencial.
Talvez isso seja até preconceituoso, mas o curso presencial me dava
às coisas muito mastigadas e o curso a distância não. Eu tinha todo o
suporte dos tutores, da tutoria online e por telefone também. Mas a
necessidade de ler aquele material todo e fazer as atividades. Havia as
atividades à distância, aquilo me deu uma segurança de leitura, de
escrita que eu não tive em nenhum outro lugar. Eu lembro bem da minha
diretora falando que nós sairíamos de lá muito bem formados, porque nós
líamos muito, escrevíamos muito e que em outros lugares essas coisas não
aconteciam. Eu costumo dizer que o que eu sou antes e depois daquela
prática do CEDERJ, principalmente no que diz respeito à escrita
porque nós escrevíamos muito. Nosso contato era todo escrito nos e-
mails, nas plataformas, nos fóruns. Essa interação era muito grande, era
intensa. Eu sei que mudei muito essa minha forma de comunicação por
conta do CEDERJ. O CEDERJ foi muito importante assim na minha vida
acadêmica, eu tenho muita clareza disso. Grifos nossos

Assim, com o constante avanço do Ensino a Distância no Brasil,


especialmente nas universidades, onde a busca por essa modalidade de educação
desenvolve firmemente, surgem transformações salutares no panorama de
educação e aprendizagem, como o progressivo uso das tecnologias e mídias
digitais, notadamente na EaD, onde o vínculo e interação advêm na maior parte do
tempo através de instrumentos e ferramentas digitais, elevando indagações acerca
das reivindicações encarregadas aos profissionais que operam nessa configuração
educacional. Vale considerar qual constituiria o novo costume dos profissionais de
EaD no modo de ensinar, analisando que os alunos devem ter conhecimento como
lidar com um número apreciável de recursos.
É evidente a precisão de entender o desempenho dos docentes-tutores, que
se consolida na investigação da intercessão pedagógica, que conforme Masseto
(2009) é:

O modo, a conduta do docente que se põe como facilitador, incentivador ou


motivador da aprendizagem, que se exibe com o arranjo de ser uma ponte
entre o aprendiz e sua aprendizagem – não uma ponte estática, contudo
uma ponte “rolante”, que ativamente coopera para que o principiante
aproxime aos seus objetivos (MASSETO, 2009, p.144-145).

Na configuração da EaD, o formato do educador-tutor viabiliza e ganha


espaço cada vez mais imprescindível e essencial para a metodologia de orientação
das atividades desencadeadoras de aprendizagem, porquanto faz intervenção entre
educador e educando, educando e educando, educando e conteúdo, educando e
instituição.
Segundo as entrevistadas F e P realizar o curso na modalidade
semipresencial não constituiu uma tarefa fácil.

A faculdade foi um grande desafio porque eu tinha que estudar muito e


como eu trabalhava e tinha que dar conta de casa, marido, a sogra. Muitas
das vezes eu estudava a madrugada inteira porque eu tinha que ler muito. A
minha dificuldade era muito grande de entender alguns conteúdos, algumas
situações. Eu questionava muito no Polo, eu brigava bastante porque eu
tinha certa dificuldade. Então eu falava: - Eu tenho que me superar. E aí
muitas das vezes eu começava a estudar onze horas da noite e quando eu
via estava na hora de eu tomar banho para eu ir para o trabalho. Quando eu
percebia, quando eu dava por mim estava na hora de tomar banho para eu
ir trabalhar, tal era a minha necessidade de estar me dedicando, estudando,
estudando e graças a Deus eu tive bons resultados com isso. (Entrevistada
F)

Tinha que fazer CEDERJ e CEDERJ muita gente fala assim: - Ah! Mas
CEDERJ é muito difícil. Você não consegue terminar o curso não. É uma
loucura. Você faz prova sábado e domingo o dia inteiro. E me assustavam
muito. Mas eu pensava assim: -- Poxa eu já passei por tantos, por tanta
coisa e, assim, é de graça. Não vou ter condições mesmo de pagar outra.
Vou tentar. O primeiro período foi um baque muito grande para mim porque
eu fiz AP3 em quatro disciplinas, se eu não me engano. Peguei cinco que
era a grade e fiquei logo com quatro de cara. – Meu Deus eu não sei nada,
eu não aprendo nada, eu sou uma burra, não tem como, não tem condições.
E foi quando começou a estreitar o laço entre algumas amigas que foi a
Fabíola, Márcia e Daiane porque eram de Araruama. E a gente começou a
fazer essa amizade. Elas diziam: -- Não. Você consegue sim. Isso acontece.
Todo início é difícil. Eu não conseguia me adaptar a metodologia, a forma
escrita da AD. Até mesmo na hora da AP, de articular as minhas respostas,
eu acredito que eu sabia a resposta, mas eu não conseguia colocá-la no
papel até por conta de deficiências lá atrás. Um ensino fundamental fraco,
um ensino médio também fraco porque era à noite, o professor acaba
aliviando. Poxa quantas vezes eu cheguei a dormir dentro da sala de aula,
muito cansada mesmo e o professor sabia disso. Então foram deficiências
que eu tive que correr atrás. E o CEDERJ muito bom, mas você tem que
querer muito porque não tem um conselho de classe para te aprovar, que
nós sabemos que isso acontece muito. Então assim, você tem que querer
muito. É você e você e tem que correr atrás. No segundo período só fiquei
em três. Senti que a coisa estava melhorando. A minha média de primeiro
período, segundo, terceiro era tudo assim: sessenta e cinco setenta. Oitenta
era um sonho para mim, não chegava aquele oitenta e eu estudava muito.
No quarto período em diante eu consegui me adaptar. (Entrevistada P)

Desse modo, é indispensável que ele esteja organizado e estruturado para a


prática da tutoria, especialmente no que concerne ao diálogo e a utilização das
tecnologias. Conforme Moore e Kearsley:

[...] em se tratando da Educação a distância é o aprendizado esquematizado


que acontece geralmente em um espaço distinto do lugar de ensino,
estabelecendo técnicas particulares de criação do curso e de educação,
entendimento através de múltiplas tecnologias e acondicionamentos
organizacionais e administrativos especiais (MOORE; KEARSLEY, 2007, p.
2).

Na modalidade presencial, de modo genérico a influência mútua acontece de


modo síncrono, diversamente da modalidade à distância, em que acontece tanto no
modo síncrono, quanto assíncrono. Desse modo, nessa metodologia de vínculo,
docentes e alunos tem condições de conversar, controverter, dividir experiências,
auferir orientações, ultrapassar desafios, barreiras e beneficiar as interlocuções
entre teoria e prática por meio das condições midiáticas. Assim sendo, é
imprescindível que esse profissional tenha conhecimento acerca dos saberes,
conhecimentos e práticas com a utilização dos novos recursos tecnológicos voltados
para desempenho nessa configuração educacional.
De acordo Prado e Martins (2002), a interferência pedagógica:

[...] se compõe num movimento de afinidades que admite a recriação de


táticas para que o educando possa conferir significado naquilo que está
aprendendo. Para fazer o intermédio, o educador precisa ter limpidez da sua
intencionalidade (o quê, como e o porquê) e, paralelamente, conhecer a
metodologia de aprendizagem do aluno. Este conhecimento do estudante,
portanto, não se devem restringir as condições cognitivas, é preciso
considerar a existência da inter-relação das propriedades afetivas e
contextuais (sociais e culturais) no procedimento de aprendizagem.
(PRADO; MARTINS, 2002, p. 33).
É de suma relevância verificar as competências profissionais do educador-
tutor e verificar o que precisa ter para desenvolver e ampliar seu trabalho com
efetividade, os desempenhos do professor-tutor online, explorando a mediação
pedagógica e os processos que abarcam essa modalidade de ensino, a metodologia
de interação e de motivação, acompanhamento e acolhimento aos estudantes, os
desafios e barreiras encontrados na prática de sua atividade, dentre outras
particularidades importante para o conhecimento na prática dessa profissão e
registrar apoios para o alicerce de conhecimento da EaD.
O curso de Pedagogia foi um divisor de águas para a formação da
entrevistada D que relata:

A faculdade abriu um leque de conhecimento muito grande porque a


educação a distância faz com que você estude muito, principalmente
sobre aprendizagens significativas. Então, você tem que ler muito,
porque mesmo você tendo tutor, o tutor só vai sanar suas dúvidas, ele não
vai dar uma aula para você. Pode até acontecer de dar uma aula, mas é
tempo corrido. Então você tem que ter lido aquilo.

Desempenhar os acadêmicos da graduação de Pedagogia para a crítica e a


autonomia no que concerne à condição de uma gestão aberta e democrática,
compõe uma circunstância imprescindível para as práticas pedagógicas avançadas,
democráticas e retornadas à materialização das leis educativas do Brasil.
Portanto, busca-se com esta dissertação mostrar a relevância deste cenário
que é a educação à distância, por viabilizar a vivência desse novo espaço onde se
dará a atuação profissional. Assim sendo, fica em destaque o quanto este momento
é relevante, sobretudo por instigar a reflexão sobre as próprias concepções e ações,
no que concerne à efetivação do processo ensino/aprendizagem.
Para Moreira:

É importante reiterar que a aprendizagem significativa se caracteriza


pela interação entre conhecimentos prévios e conhecimentos novos, e
que essa interação é não literal e não arbitrária. Nessa construção, os novos
conhecimentos adquirem sentido para o sujeito e os conhecimentos prévios
adquirem novos significados ou maior equilíbrio cognitivo (MOREIRA, 2012,
p. 2). Grifos nossos

Entretanto, é de suma relevância destacar que aprendizagem significativa não


implica dizer aprendizagem harmônica com o saber formal, convalidado. Ou seja,
quando alguém aplica significados a um saber a partir da influência mútua com seus
conhecimentos precedentes, constitui a aprendizagem significativa, independente de
esses sentidos serem aceitos na configuração do indivíduo.
Mediante isso, verifica-se que a pedagogia tem relevância primordial para a
formação absoluta das competências e habilidades do ser humano. E, no caso
particular do Ensino Infantil, compreende-se como probabilidade de adaptar a
criança tanto para a vida quanto para o aperfeiçoamento do raciocínio lógico, da
inventividade e da criação.
A entrevistada K partilha da ideia que o curso é bom. Todavia, as políticas
públicas da educação constituem um problema.

O Curso de Pedagogia, eu avalio, eu acho um curso bom. [...] mas a


gente vê que na prática a gente não consegue colocar. [...] o problema
não é o curso, o problema são as políticas públicas de educação no
nosso país que você recebe uma bagagem e na hora que você chega à
escola preparada para poder atuar, você vê um espaço físico que não
funciona. Você vê práticas que não funcionam. Então você não consegue
colocar na prática tudo o que você aprendeu e muitas das vezes você tem
que fazer vista grossa, porque senão você vai se indispuser com os colegas
de trabalho. Grifos nossos

O processo de ensino-aprendizagem e as metodologias educacionais no


Ensino vêm sendo debatidos em várias pesquisas no transcursar dos últimos anos,
isso leva em consideração a distintos aspectos, a exemplo do caráter do conteúdo
curricular, como asseguram Santos et al., (2015), que assinalam que um dos
grandes desafios no método de ensino e aprendizagem na educação infantil é o
obstáculo dos educandos na vinculação de alguns conteúdos com o seu cotidiano.

Aprendizagem é uma metodologia que começa com o surgimento e só finda


com a morte, isto é, em qualquer fase, em qualquer situação ou em
qualquer época o sujeito está aprendendo. À proporção que aprendemos
transformamos a conduta, o desempenho, a ótica, as abordagens e os
enfoques (LOMBARDE, 2015, p. 9).

O processo de ensino e aprendizagem tem sido estudado em diversas teorias


que procuram explicar como se dá o processo de ensino e aprendizagem. Segundo
Piaget (2002) o processo de aprendizagem baseia-se nos conceitos de assimilação,
acomodação e equilibração. E ainda, afirma que quando o organismo (a mente)
assimila, ele incorpora a realidade a seus esquemas de ação, impondo-se ao meio
Entretanto, quando o ambiente apresenta problemas ao sujeito, é levado a
desistir ou a modificar seus esquemas, reestruturando-os com novas situações,
ocorrendo uma acomodação. A adaptação justifica-se como um estado de equilíbrio
entre a acomodação e a assimilação (Moreira, 2011 apud Lombarde, 2015).
Com a universalização do ensino, as práxis educativas necessitaram ser
reexaminadas e, nesta oportunidade, o intuito é formar o sujeito que iria ter interação
na sociedade e cumprir função significativa como agente e consumidor de bens e
serviços.
1.2 PONTOS POSITIVOS DA EAD

Os professores que participaram da pesquisa colocaram a EAD de forma


positiva em sua formação. O entrevistado R relata que conseguiu interagir bem na
sua forma e que isso aconteceu graças ao domínio que possuía dos recursos
tecnológicos.

Eu acho que a interação que eu tive foi boa. Meu processo de


formação foi muito amparado. Eu tive muito suporte, os recursos
tecnológicos foram muito importantes para eu garantir essa interação.
E uma coisa muito legal que a EAD me permitiu foi assim, que o fato de me
tornar hábil nos recursos tecnológicos me formou um professor tecnológico.
E o fato de estar sempre manipulando o computador, manipulando os
recursos tecnológicos, de estar enviando e-mail, construindo algo de
maneira virtual garantiu que eu fosse um professor com habilidades
tecnológicas. Grifos nossos

Percebe-se que as tecnologias de informação e comunicação vêm sendo


mostradas como recurso para resolver dificuldades ligadas ao ensino e
aprendizagem. Ou seja, a utilização de metodologias de informática na educação e
como os professores atuam nessa condição com a prática do uso é de suma
importância para a percepção de como mostrar as principais possibilidades de
utilizar desse tipo9 de conhecimento tecnológico, identificando, assim, os principais
obstáculos em empregar as tecnologias em suas aulas.
Com o avanço da tecnologia, fica claro que diversas atividades que antes
eram regras se tornaram ultrapassadas, defasadas, e que precisavam ser renovadas
e implementadas para melhor funcionarem no dia a dia de todos. A educação, como
principal gerador de novos pensadores, não poderia ficar para trás, também
necessitando de remodelações para gerar interesse na nova geração de pessoas
crescidas envolvidas por um ambiente tecnológico.
Como diz Lévy (1999, p. 64): "O meio é o meio ou meio de informação". Por
exemplo, imprensa, rádio, televisão, cinema ou Internet são meios de comunicação"
(Lévy, 1999, p. 64). Além disso, para Setton (2015, p. 17) "[...] compreender a cultura
do nosso tempo, a cultura da mídia, pode ser uma pista para compreender a
sociedade em que vivemos, seus conflitos, lutas internas, jogos de interesse e
medos.
A partir desta perspectiva, estamos interessados em como os meios digitais,
que tiveram tanto impacto na sociedade contemporânea, estão integrados na
realidade da educação. Afinal de contas, "a vida cotidiana, seja no lazer, mídia,
equipamentos, interfaces ou no próprio conteúdo, foi ou está sendo rapidamente
digitalizada" (Bianchetti, 2008, p. 15). Segundo Moran (2013), a educação inovadora
pode construir pilares, "[...] com o apoio de tecnologias móveis, a aprendizagem
pode se tornar mais flexível, integrada, empreendedora e inovadora" (ibidem, p. 13).
Oportunidades infinitas de pesquisa. Esta motivação aumenta quando os
professores criam uma atmosfera de confiança, abertura e proximidade para os
alunos.
Conciliar trabalho e estudo, montar seu próprio horário sem deixar de lado a
vida social foi extremamente relevante para que a entrevistada C conseguisse êxito
em sua aprendizagem.

A gente consegue trabalhar, estudar, fazer curso, ter uma vida. Mesmo,
às vezes quem não está trabalhando consegue tempo para estar se
dedicando, para estar vivendo coisas [...] a gente consegue conciliar.
Já numa presencial não. A gente precisa se dedicar aquilo vinte e
quatro horas, perde vida social, perde tudo. Já na faculdade à
distância, a gente consegue viver, estudar, trabalhar, montar o seu
próprio horário. Eu por exemplo não conseguia, não consigo estudar
durante o dia com movimento. Gente perto (não consigo). Então, quando eu
comecei no meu ensino a distância, eu estudava à noite na casa dos meus
pais [...] fazia tudo sozinha com tranquilidade. Grifos nossos

Sendo assim, Freire teve por princípio a certeza de que a educação é um ato
político, de construção do conhecimento e de criação de outra sociedade, sendo um
processo mais ético, mais justo, mais humano, e deste modo, mais solidário. Torna-
se relevante ressaltar que, em todos os momentos da vida a área educacional deve
ser avaliada como sendo um importante componente para a cidadania, sobretudo,
quando se quer ter a chance de tratar sobre, por exemplo, a diversidade no mundo e
isso se revestem de inúmeros desafios para todos aqueles abrangidos no método
ensino-aprendizagem. A educação, no entanto, precisa ser compreendida como um
mecanismo importante para a redução das desigualdades, oferecendo equidade e
igualdade social e étnico-cultural perante a sociedade.
Destarte, nesse contexto, as tendências pedagógicas têm uma função de
suma importância na Educação, dando representação aos conflitos e as críticas
disseminadas pelas sociedades, pois cada contexto histórico marca um aspecto
pedagógico predominante, isto é, um modo de domínio. Contudo, como pauta
Foucault (2017, p.104), “onde há poder, há resistência”. Ou seja, onde há poder há
sempre a possibilidade de resistir, visto que, poder e resistência se distribui nas
vicissitudes do social em um vínculo perpétuo de forças.
A tutoria também possui um papel de suma importância que pode ser
compreendida como uma atuação na orientação global, ponto para pronunciar a
educação e o educativo. De tal modo, é necessário também que o professor-tutor
tenha conhecimento acerca das tecnologias digitais de informação e comunicação
(TDIC) que fazem parte desse novo evento educacional. Contudo, o professor-tutor
não precisa ser um perito em tecnologia para que possa instituir propostas
inovadoras na educação, entretanto deve ter conhecimento em empregar as TDIC
para ser apropriada de escolher a relação entre o conteúdo e as tecnologias.

[...] não resta somente ao sujeito contrair conhecimentos funcionais para


poder fruir das probabilidades interativas com as novas tecnologias. A força
das novas tecnologias reverbera-se de modo ampliado acerca da própria
natureza e propriedade do que é ciência, do que é conhecimento. Exige
uma ponderação intensa acerca dos entendimentos do que é o saber e
sobre as maneiras de ensinar e aprender (KENSKI, 2003, p.75).

O diálogo mediado pelas TDIC transforma o momento das mensagens dos


tutores para os estudantes, uma vez que além de se empregar de linguagens
distintas, comumente os estudantes recebem as palavras-chave e mensagem em
períodos díspares. Assim sendo, os tutores devem estar informados da maneira
como as tecnologias entusiasmam a concernente interação com os alunos e devem
projetar atenciosamente as táticas de comunicação. As potencialidades e conflitos
não aparecem tão-somente dos componentes e das maneiras de fazer a
comunicação. Existe toda uma tradição que passou a existir a partir das novas
maneiras de fazer diálogo em massa e essa cultura digital é que determina impulsos
nas maneiras de ser e estar no mundo hodierno, principalmente na configuração da
EaD, onde a entrada às TDIC são categorias imprescindíveis a ampliação dos
estudos.
De acordo com a entrevistada K, o grande diferencial de uma formação pelo
ensino a distância é o estudo sem a necessidade de estar presente em um espaço
físico determinado.

A EAD é um caminho para quem não tem condições de estar naquele


espaço físico todo dia. Para uma pessoa que acha que não vai conseguir
mais retornar aos estudos, você vê que há possibilidades através das
novas tecnologias de informação. Então é uma forma da pessoa até se
descobrir que ela é capaz, que ela, não vou dizer autodidata, mas ela
consegue aprender sem estar presencialmente naquele espaço.

Conforme Belloni (2006), a entrada mais intensa dos meios tecnológicos de


comunicação e informação propiciou uma condição de estrutura mais difícil para os
cursos a distância, daí a precisão de colocar segmentação na condição de ensinar
em multíplices tarefas, o que se assinala, na EaD, o acesso de um desenvolvimento
do cargo docente.
Os educandos, além disso, têm desempenado novas maneiras de aprender e
compartilhar seus conhecimentos e informações com outros, tornando-se peças
imprescindíveis na metodologia de protagonismo do desenvolvimento do
conhecimento, que é sempre coletivo (Matos; Piconez, 2012). Deste modo, a
democratização da entrada ao conhecimento fez com que o docente tivesse que
rever sua maneira para se viabilizar num novo profissional, permitindo efetivamente
de ser o cerne do saber.
Pode-se apreender que esses enfoques indicam uma espécie de
restruturação da função do docente, que conforme o CEAD,

[...] prossegue sendo o influente principal de transformações e influência


mútua na educação, de modo geral, seja na preparação do conteúdo do
curso como no comando dos projetos individuais e em grupo, no feedback
acerca do progresso do aluno, assim como no registro, motivação,
representação e estimativa da eficácia do curso, entretanto o estudante e o
educador não são os excepcionais sujeitos abarcados neste procedimento
(CEAD, 2012, pg. 08).

Além do educador, existem diversos outros profissionais que trabalham para


que o curso seja oferecido da melhor maneira plausível, fazendo utilização de vários
recursos, soluções e meios.
Compete a cada profissional o empenho, esforço e desenvolvimento na
efetivação do seu trabalho, vislumbrando-se sempre fazer com que a intenção global
do projeto esteja viva e esteja sempre em busca do melhoramento do seu exercício,
por meio de cursos, capacitações e treinamentos que ajudem na preferência do
melhor formato de emprego dos recursos. Deste modo, estes profissionais devem
estar conscientes não apenas das reais habilidades da tecnologia, da sua
potencialidade e de como agrega-las na sua prática, assim como das barreiras, para
que possa escolher qual é o melhor formato de emprego a ser empreendido em sua
área de atuação, cooperando para o progresso do procedimento.
Para Freire (1987) a educação desafiadora, professor e alunos (os dois na
formação educativa), podem ser principiantes, ou seja, o professor instrui seu aluno,
bem como seu aluno auxilia a desenvolver seu professor, tendo influência mútua
entre educadores e educandos onde à educação e a aprendizagem partem de
ambos. Quem educa aprende, quem se instrui ensina concomitantemente.
Robustecendo, com pauta na reflexão exposta, na educação desafiadora o saber
não é contemporizado do docente para aluno, ele acontece em constantes
compartilhamentos de tirocínios, através da discussão que ocorre nos aspectos
necessários para a formação desses conhecimentos e de seres decisivos.
De acordo com Freire (1987, p. 46) os alunos no mundo são pessoas a serem
desafiadas. Em virtude a isso:

Quanto mais se desafiam os educandos, como seres no mundo e com


mundo, tanto mais se sentirão desafiados. Tão mais desafiados, quanto
mais obrigados a responder ao desafio. Desafiados, compreendem o
desafio na própria ação de captá-lo. Mas, precisamente porque captam o
desafio como um problema em suas conexões com outros, num plano de
contexto e não como algo petrificado, a concepção resultante tende a
tornar-se crescentemente crítica, por isto, cada vez mais desalienada.

O autor observa que na educação desafiadora é que os alunos necessitam e


são condicionados a instruir-se a refletir e a criar uma conscientização analítica,
como, só de tal modo, no meio dos opressos, é que os sujeitos se tornam mais
cônscios, aliás, a partir da ocasião que se abriga a consciência apreciativa é que
nascem os questionamentos no axioma dos seres e, nesse ínterim, dar início à
procura pelo conhecimento e a descoberta do saber.
Na concepção da entrevistada A, o ensino de qualidade, o material didático
gratuito são aspectos positivos da EAD.
Condição de a gente estudar porque eu não teria dinheiro para pagar
passagem para ir à faculdade todo dia, nem que fosse duas vezes à
semana. [...] o ensino de qualidade, o material gratuito, os módulos facilitam
para caramba, porque para imprimir tudo assim, a gente tem um gasto
grande também de material, internet, aquilo tudo que a gente tem que ter de
suporte [...]. Eu vejo muito mais pontos positivos, porque a gente lê mais, a
gente precisa se esforçar mais, a gente precisa buscar caminhos, [...] criar
autonomia mesmo. Então assim, eu vejo que prepara melhor a gente, dá um
pouco mais de bagagem, a gente não sai cru.

Para Freire (1987) a disposição do professor-aluno é que os dois edifiquem


um modo autêntico de refletirem e agirem, assim, o refletir em si mesmo e no mundo
em que vive, ao mesmo tempo, sem divisão esse refletir em ação. Assim, o autor
ainda elucida que o ensino problematizador acontece como um valor por meio do
qual os homens vão abrangendo, de modo crítico, como estão sendo e convivendo
no mundo em que se percorrem. De maneira antagônica ao da educação bancária
que persevera em sustentar escondidas certos motivos que elucidam a forma como
estão consistindo e convivendo os homens no mesmo orbe, porque, ela mistifica o
fato. O desafio, comprometido com a liberdade, na configuração educacional, se
vigora na desmitificação.
Desse modo, ao examinar a obra de Freire (2018), “Pedagogia da
Autonomia”, percebe-se que um ensino libertador e consciente pode fazer com que
o sujeito contraia certeza, reflexão, ética, consideração da identidade cultural e
criticidade, podendo ser um indivíduo com competência de transformar o mundo em
que está contextualizado. Para que o sujeito tenha noção de sua função e lugar na
sociedade ele necessita de um espaço educacional e de professores que o instrua a
práxis de um ser que raciocina capaz de influência no lugar em que vive e para o
lugar em que vive.
Assim, o Referencial de Qualidade EaD (2007) considera que a inclusão de
ensino deve ser comum a todos, independente da modalidade de ensino a qual
esteja implantada, qualificando a educação como embasamento primordial. Por mais
que existam diversos exemplos de preparo do comando de ensino a distância, este
tem particularidades especiais e linguagens próprias, constituindo que possui uma
intensa cobrança no que concerne a sua supervisão, acompanhamento e avaliação,
haja vista que tais requisições recebem maior importância quando agregadas ao
debate político e pedagógico no que tange às ações educativas.
É preciso que as instituições que proporcionam cursos à distância envolvam
as características que envolvem as condições pedagógicas, recursos humanos e
infraestrutura, para que alcancem observar todas as matérias necessárias para que
o Projeto Político Pedagógico se torne eficaz. Abaixo serão listados os elementos
que precisam ser listados no PPP de um curso na modalidade EaD:

Compreensão de educação e currículo na metodologia de ensino e


aprendizagem; Normas de Comunicação; Material didático; Estimativa;
Equipe multidisciplinar; Base de apoio; Gestão Acadêmico-Administrativa;
Sustentabilidade financeira (BRASIL, 2007, p. 8).

Em concordância com o Referencial de Qualidade EaD (2007) o mais salutar


no ensino superior, independente da categoria de ensino, é a formação humana,
impulsionando uma estrutura curricular inovadora que independe dos distintos
ajustes plausíveis entre o presencial e o virtual, trazendo como compromisso a luta
pelo desenvolvimento de uma sociedade mais justa, solidária e igualitária.
O encontro com tutores comprometidos com o trabalho docente foi
considerado pela entrevistada D ponto positivo da EAD e também o material de
estudo que na sua concepção é muito bem elaborado.

A EAD é positiva porque eu encontrei tutores, alguns tutores bem


comprometidos que me ensinaram muito, que eu tenho também como
bagagem. [...] E o material, eu acredito, assim o material é muito bem
elaborado. Não estou puxando o saco não, porque até hoje, depois eu vou
te mostrar os meus livrinhos. Estão todos ali na minha estante, porque eu
uso muitas vezes eles para alguma coisa, busco informações e ali sempre
eles estão me dando now hall.

A função do aluno na EaD é estudar e pesquisar mais o material que está


disponível pelo docente, compartilhar dos fóruns, pesquisar em livros ou na
internet para desenvolver seu conhecimento acerca das temáticas abordadas no
período das videoconferências e a influência com os novos instrumentos na área
Virtual de Aprendizagem (AVA), desempenhando maior captação e papel nos
estudos, pesquisas e tarefas realizadas.
Sob essa ótica, Belloni (2003), afirma que:

Podemos ressaltar que a educação a distância adveio com a finalidade


de socializar e desenvolver o ensino por meio da aprendizagem das salas
virtuais, constituindo um local de produção de conhecimentos, em que
seus usuários compartilham dados, ideias e conhecimentos,
empregaando-se das tecnologias da informação e da digitalização que o
meio pertence e viabiliza através da interatividade entre educadores,
alunos e sociedade, isto ocorre por consideração do grande progresso
tecnológico e da informática nomeadamente, tendo como propriedade
apresentar apoio ao ensino à distância, na procura de fortalecer o
autoconhecimento (BELLONI, 2003, p. 125).

Ademais, embora a tecnologia seja uma peça fundamental da Educação a


Distância, qualquer programa de valor deve focar mais nas precisões instrucionais
dos educandos do que na própria tecnologia. Devem ser atendidos, por exemplo,
suas idades, seu embasamento cultural e socioeconômico, interesses e
experiências, vivências, graus de educação e familiaridade com metodologias de
Educação a Distância.
A ação educativa norteada pelo princípio do protagonismo da Educação a
Distância explora uma característica latente no ser humano, que apenas requer
agentes situacionais provocadores que a façam vir à tona. Os sujeitos são mais ou
menos protagonistas em função das oportunidades que têm para exercitar sua
capacidade de protagonizar ações.
A educação da atualidade deve ir além das transmissões de conteúdos. Ela
deve possibilitar o diálogo sobre temas que fomentem a sensibilização, a
compreensão, a humanização, a equidade, a tolerância, a justiça social, o respeito
mútuo. Todas necessárias à formação social visando à transformação de hábitos e
comportamentos para a vida. Além disso, esse novo modelo de educação a
distancia deve assumir o compromisso de proporcionar o desenvolvimento de
competências que vão além das diretrizes educacionais estabelecidas pela estrutura
hierárquica e, muitas vezes, classista, centralizadora, segregada e excludente.
A EaD deve ser um ambiente acolhedor, de troca de experiências, de
conexão, de partilha e, não apenas transmissor de conteúdos. Para isso, cada
pessoa, que a compõe, pode desvencilhar-se de (pré) conceitos permitindo-se
conhecer/aprender sobre assuntos – de grande relevância para a atualidade –
visando a desconstrução de ‘verdades absolutas’, saindo do senso comum e
passando a ser mais crítica, participativa, assertiva nas suas falas e/ou ações, com o
intuito de não ser uma mera reprodutora de ‘discursos prontos, superficiais e/ou
demagogos’.
O educador como ‘agente social de mudança’ tem a função de mediar e
fomentar o desenvolvimento de competências que permitam a análise,
compreensão, reflexão de forma crítica para que socialização seja com
embasamento e segurança. Desse modo, todas as pessoas, que compõem a
educação, podem questionar-se e avaliar-se cotidianamente possibilitando a
compreensão de si (e do outro) como um ‘ser aprendente’ porque na medida em que
ensina, também está aprendendo.
Segundo Freire (2004):

É próprio do pensar certo da disponibilidade ao risco, a aceitação do


novo que não pode ser negado ou acolhido só porque é novo, assim
como o critério de recusa ao velho não é apenas cronológico. O velho
que preserva sua validade ou que encarna uma tradição ou marca uma
presença no tempo continua novo (FREIRE, 2004. p. 35). Grifos nossos

O desenvolvimento na qualidade e sucesso da educação, como um todo,


depende do comprometimento de todas as pessoas envolvidas. A conscientização
da sociedade possibilita criar uma educação transformadora. Todo sujeito necessita
conhecer os direitos civis, políticos e sociais para que possam analisar a si mesmos.
Assim, torna-se possível educar para o respeito às diferenças, dirimindo as
desigualdades que acometem toda a sociedade.
Segundo o relato de F poder estudar em horários variados e ter o material a
sua disposição são pontos positivos da EAD.

A possibilidade de você estudar dentro do horário que você pode. Apesar de eu ter
ido a todas as tutorias, eu procurei não faltar nenhuma tutoria. Mas assim, como
eu tinha que buscar mais, porque num curso normal você está todo dia ali com o
professor. Então você tira suas dúvidas na hora, ali na hora que ele está
explicando e na EAD a gente precisa se dedicar mais. Então essa facilidade de
você ter um horário para estudar de madrugada, estudar à tarde, ter a sua
disposição o material isso te ajuda bastante.

Com a entrada da informática na esfera educacional foram preenchidas


muitas falhas no que concerne à disponibilização da educação para sujeitos que
por motivos diversos não tiveram ou não têm a chance de fazer um curso regular.
A maior parte são trabalhadores, que vislumbram por qualificação profissional,
onde o fator tempo é de suma importância e muitas pessoas ficam incapazes de
estudar em tempo apto. É nesta configuração que a EaD aufere lugar como um
espaço de oportunizar a tais sujeitos a perspectiva de organizar seus horários de
leituras, pequisas e estudos. Desse modo, o aluno pode estudar a qualquer hora e
em qualquer ambiente, haja vista que disponibilize dos instrumentos necessários.
A EaD confronta-se grandes questionamentos no que tange à sua
competência e eficácia. Alguns indivíduos dizem que a mesma não surte os efeitos
imprescindíveis para o devido desenvolvimento do aluno levando em consideração
os inúmeros enfrentamentos e, especialmente, a falta física dos professores;
outros percorrem na EaD um instrumento indispensável no método de conquistas
e probabilidade de contribuir uma chance de estudo para aqueles sujeitos que não
tenham condições de instruir-se nos horários instituídos no espaço tradicional. Sob
a condição social, Vianney (2006), afirma que:

A EAD se decompõe de um instrumento de probabilidades para essas


pessoas. Atuam assim, como um meio integrador de parcelas da
sociedade, podendo ser empregado para o desenvolvimento e
atualização de contingentes populacionais com pouca escolaridade as
grandes vivências de vida, acomodando-se as múltiplas realidades
desses sujeitos, buscando até mesmo, alterá-las em cidadãos ativos na
sociedade (VIANNEY, 2006, p. 49).

Levando-se em conta o axioma de Vianney, pode-se confirmar que as


tecnologias são apropriadas de apresentar novas oportunidades para a
socialização dos sujeitos, ampliação da comunicação, da criatividade e da auto-
relização. Por conseguinte, a EaD é provável pela propagação de vivências de
grande aquisição social, dando promoção à educação a amplos contingentes
afastados das instituições formais de ensino, ou que têm problema de acesso a
elas. Entretanto, essa oportunidade de altiva abrangência social deve ser tratada
com discernimento e responsabilidade para que não se torne só um elemento de
se “possuir diplomas”.
Na concepção de P, o horário flexível para o estudo é o ponto positivo da
educação à distância, assim como o local que não está restrito a um prédio físico.

Essa facilidade, essa flexibilização de horários é ponto positivo da EAD para


uma possível aprendizagem significativa. Você pode estudar onde você
quiser, onde você estiver. Por exemplo, nós estamos aqui num dia
ensolarado, nós estamos embaixo de uma árvore, super fresca. E poderia
estar com um livro, poderia estar com meu notebook aqui fazendo uma
pesquisa, estudando tranquilamente. Então a faculdade à distância te dá
esse leque, essa brecha de você estudar onde você quiser, no horário que
você quiser. - Ah! Perdi o sono, uma hora da manhã, abro o computador e
vou estudar tranquila até o sono aparecer.

Percebe-se que os aspectos positivos dessa formação foram os mais


variados: domínio dos recursos tecnológicos, conciliação trabalho e estudo, horário
próprio para estudo, ensino virtual, material gratuito, ensino de qualidade, tutores
comprometidos com o ensino entre outros aspectos.
A formação e a ampliação da EaD estão vinculados à democratização do
ensino e ao promoção às tecnologias de informação e de diálogo. Conforme o
Referencial EaD (2007), a utilização de metodologias unidas a área educacional
deve ter embasamento em um método de aprendizagem que viabilize aos alunos um
intercâmbio e diálogo na metodologia de ensino e aprendizagem, através da criação
de oportunidades que possam colaborar para a formação de projetos
compartilhados, respeitando e adotando as díspares culturas, cooperando assim
para o desenvolvimento de conhecimentos através da relação e até da interatividade
através da tecnologia.
Nesta configuração, a aprendizagem significativa através da tecnologia trata
da motivação do estudante e ao fato de que aquilo que o aluno já sabe, quer dizer,
seu conhecimento prévio, ser o fator isolado que mais influencia a aprendizagem
subsequente. Além do mais, pode ser promovida também pelos usos de mapas
conceituais, visto que são considerados diagramas hierárquicos que buscam refletir
a organização conceitual de uma disciplina, sendo usado como uma ferramenta para
organizar e representar conhecimento (Lombarde, 2015).

1.3 PONTOS NEGATIVOS DA EAD

Os professores relataram em suas narrativas, que o curso realizado por eles,


na modalidade semipresencial possuíam aspectos positivos, porém apontaram que
ele apresenta alguns pontos negativos que são passíveis de correção e que mesmo
apresentando alguns problemas, não retiraram a excelência do curso.
Para o entrevistado R, um aspecto que pode ser considerado negativo é o
pouco contato dos alunos com a iniciação científica, fato este só detectado por ele
ao cursar o mestrado. Ressalvando, que depende da perspectiva de cada um.

Talvez um ponto negativo, até pensei aqui, agora, em algo que eu poderia
colocar como negativo. Eu vejo assim hoje passando pelo stricto sensu,
passando pelo mestrado, eu consigo perceber que o ensino a distância, ele
proporciona pouquíssimo contato com trabalhos de iniciação científica. Eu
não via isso, eu cobrava inclusive. –Ah! Será que eu não posso participar de
um grupo de pesquisa? Será que não tem um trabalho de iniciação
científica? Eu sentia falta desse contato, de ter contato com professores
presenciais, que falassem: --Ah! Eu tenho um grupo de pesquisa, vem
pesquisar com a gente, entra no nosso grupo, vem assistir uma aula como
ouvinte aqui no mestrado para você saber. Isso infelizmente o curso a
distância não proporcionou. Eu senti bastante falta disso estando depois no
mestrado e tendo contato com vários amigos que participaram disso
naturalmente na sua graduação. –Ah! Eu estou pesquisando isso porque na
minha graduação eu participei de um projeto de iniciação científica e eu não
tinha essa vivência pelo fato de ter passado por um curso em educação à
distância. Acredito que seja assim, em minha opinião esse o ponto negativo
que pode não ser um ponto negativo dependendo da perspectiva
profissional daquele aluno. Por exemplo: foi ruim para mim porque eu tinha
perspectiva de dar continuidade na minha vida de professor pesquisador,
mas muitas pessoas não. Estão ali porque querem ser profissionais e que
não querem dar continuidade. Eu quero fazer mestrado, eu quero fazer
doutorado, quero ser profissional, quero ser gestor. Então, talvez esse
contato com a academia não seja um ponto negativo para eles.

É imperioso que os cursos EaD sejam surgidos por um princípio de diálogo


que adéque aos educandos decidir em passo acelerado distintas pautas acerca do
material didático, materiais e seus conteúdos, e ainda assuntos relativos à direção
educacional, instituindo junturas entre educandos e educadores tutores, sendo que
estas relações devem ser impulsionadas e avaliadas, especialmente em cursos à
distância, de modo a contribuir para impedir o afastamento e estimular o vínculo do
grupo na metodologia educativa.
Nos cursos EaD, o educando deve ser o núcleo da metodologia educativa, e
o interação deve ser observada por uma regra de tutoria e um espaço virtual que
acolha as necessidades educacionais dos educandos, prevendo vias de
entendimento entre os todos os atuantes do processo educacional, para que este
método não perca sua propriedade por conta do isolamento (BRASIL, 2007).
. À medida que o processo acadêmico se desenvolve na vida do indivíduo,
novos mecanismos de aprendizagem são criados, e ao mesmo tempo, observa-se a
capacidade de compreensão e assimilação do conhecimento pelo aluno. Isso
evidencia que o aluno desenvolve suas capacidades intelectuais e seu
conhecimento por meio do processo de ensino/aprendizagem promovido pelo
professor em sala de aula (Soares; Peniche; Aviz, 2017).
A entrevistada S relata que considera negativo na educação à distância, a
falta de vivência acadêmica como a participação em simpósios.

Uma das coisas que tem, é crítica da EAD, que eu ouço, é essa vivência
que eu escutei já falar que é. Eu escutei uma professora uma vez falar
que é um pecado, que é uma maldade de você não dar essa vivência
para o aluno estar junto, de estar num ambiente acadêmico. Eu sinto
falta disso. Então eu acho que tem que ter essa formação, essa coisa toda
junta e agora outra coisa que estava falando de negativo que eu acho que
tem assim, uma coisa que eu senti tanto da primeira como da segunda é
essa relação acadêmica, e não tem esse incentivo. Você faz parte de uma
universidade, mas você é como se fosse à parte. Então você não participa
da vida acadêmica, simpósios. Você termina muito fraquinha em relação a
isso. Assim, eu estou no grupo de estudo, eu tenho insegurança. Eu vou,
mas [...] eu me sinto assim meio que “burrinha” em relação ao grupo. Eu me
sinto assim um pouco menos. Até falei para a minha filha e meu marido
sobre isso porque o pessoal lê, escreve rápido, lê aquilo, faz um resumo,
apresenta trabalho em tudo quanto é lugar. Isso a EAD, eu acho que ela
peca nisso. Eu achei que o CEDERJ pecou nisso. Eu achava que deveria
inserir esse aluno. Ele está à distância, mas está estudando igual. Então
deveria colocá-lo junto assim, eu acho. Não! Eu tenho certeza. Deveria estar
ali. Teve um simpósio de qualquer coisa, de Educação, deveria o Polo ou
quem é responsável na EAD lá, os coordenadores ou outra pessoa avisar
para os alunos se inscreverem e apresentar trabalho. Ter alguém que te
orientasse nisso, tipo assim como no outro tem um orientador que te
direciona. Ó, vai ter não sei o que, vai assistir simpósio. Pelo menos para
você estar no meio acadêmico. Isso não tem. Esse incentivo não vejo não.

Nesta perspectiva, o ensino acontece em diferentes espaços por meio da


mediação de um profissional, portanto é preciso compreender a educação dentro e
fora do ambiente acadêmico. Desta forma, educar é o ato de compartilhar
conhecimentos, haja vista que a partilha se efetiva de diversas maneiras e em
diferentes locais (Modesto; Pereira, 2021).
Para tanto, Ausubel desenvolveu a Teoria da Aprendizagem Significativa
(TAS), na qual define princípios e características que facilitam a aprendizagem na
sala de aula, à medida que proporcionam a construção de significados pelos alunos
(Pozo, 1998 apud Puhl; Müller; Lima, 2020).

Diante disso, compreende-se que a aprendizagem mecânica deve ser


evitada enquanto hábito, ainda que em algumas ocasiões se faça
necessária, especialmente quando algumas informações ainda não
consolidadas são requisitadas para a constituição de outros significados. A
aprendizagem significativa está condicionada ao estabelecimento de
interações entre conhecimentos que de certa forma são individuais e
por causa disso sofre influência da maturidade, do nível cognitivo e da
experiência do estudante. Desse modo, é possível que um conhecimento
seja, por um tempo, memorizado de forma arbitrária e literal, para,
posteriormente, estabelecer relações com os novos conceitos abordados
por outra tarefa de aprendizagem, tornando-os significativos. Assim, tem-se
que a aprendizagem mecânica e a significativa não são dicotômicas, mas
processos contínuos (PUHL; MÜLLER; LIMA, 2020, p. 8).

Para que ocorra a aprendizagem significativa não é suficiente que o novo


material ou a nova informação seja relacional com as ideias relevantes, na estrutura
cognitiva do aprendiz. A estrutura cognitiva de cada educando deve incluir as
capacidades intelectuais exigidas, experiências anteriores, caso se pretenda
considerar relevante e relacional com a tarefa de aprendizagem, ou seja, a
capacidade de subsunção da estrutura cognitiva de cada educando que converte o
significado lógico em potencial e que diferencia a aprendizagem significativa da por
memorização (Ausubel, 2003 apud Lombarde, 2015).
A falta de estrutura na organização geral, o tratamento pouco humano da
direção do Polo e a avaliação foram os principais pontos negativos apontados pela
entrevistada A.

Eu acho que é um ponto negativo a estrutura que precisa ser melhorada.


Ainda que a gente encontre problemas em algumas disciplinas, encontrava
coordenadores de disciplinas bem maleáveis, nos estágios principalmente.
Agora outros que nem parecia que estava no ensino à distância, a
cobrança, a prova. [...] às vezes a gente estudava muita coisa, lia muita
coisa, ia para a prova era duas questões, uma questão. A gente era muito
cobrada. Também não é considerado o nosso contexto de ler muito mais. A
avaliação poderia ser de uma forma diferenciada. [...] E a estrutura do Polo,
a estrutura aqui. Nossa! Deixa muito a desejar. Mas, por causa da direção
do Polo porque a gente vê que em outros Polos tem um acolhimento
melhorado, mais humano. Aqui é um pouco difícil. Então a gente sentia meio
ET às vezes, meio mecânico, às vezes.

O intuito de salientar a subjetividade dos estudantes correlação a Educação a


Distância explana elevar o protagonismo dos alunos nos contextos científicos. Com
levantamento de hipóteses e dados podemos obter resultados positivos em que os
estudantes elaboram experimentos e a imagem cientista é humanizada.
Compreende-se que os afetos mudam quando acontece um mecanismo diferencial
nas metodologias aplicadas, uma aula interativa em que os estudantes estão
participando dos experimentos de forma assídua, é atenuada um despertar
emocional nos envolvidos.
Para Giraffa e Faria (2010) o ensino de Educação à Distância é uma iniciativa
eficaz nas metodologias aplicadas, a pesquisa e as resoluções em que o professor,
que segue como mediador no processo pode conduzir as etapas das metodologias
analisadas e ressaltar aos alunos em como os fenômenos se comportam em um
determinado estado. É uma apresentação didática concedendo ao professor em
viabilizar o protagonismo aos estudantes, sobressaindo além das anotações e das
atividades, interagindo no diálogo e no trabalho em conjunto com foco nas
habilidades serem desenvolvidas. Assessorar os indivíduos à compreensão de
características das atividades em que estão envolvidos é de suma importância para
a percepção do acolhimento no ensino à distância.
Diferente de todos os entrevistados C não considera nenhum aspecto
negativo na EAD. E a ausência de tutores para determinadas disciplinas é a parte
negativa da EAD na concepção da entrevistada K.

A parte negativa que eu acho que determinadas disciplinas precisaria de


tutoria. Acho que a tutoria ela é um direcionamento. Chega um momento
que você acha que não precisa participar da tutoria porque a EAD já leva
você a ter a tua prática emancipada, mas têm determinadas disciplinas que
eu achava que tinha que ter mais presencial. Necessita mesmo mais tutoria
para poder ter, você ter um relacionamento com a turma, ter aquele diálogo.
Não pode ser uma coisa totalmente à distância.

Conforme Netto, Giraffa e Faria (2010), a qualidade da EaD é posta em


dúvida por causa de estabelecimentos não qualificadas e de acusações efetividades
acerca das ofertas destes cursos. O MEC vem adotando algumas maneiras para
tentar impedir o interstício e o funcionamento de cursos de baixa qualidade,
sobretudo quanto ao regramento de franquias, através da avaliação dos polos de
base presencial.

O padrão regulatório para a Educação a Distância (EaD) no Brasil tem


transitado por constantes e hodiernas transformações, revisões e
aperfeiçoamentos. É amplo e louvável o empenho do Ministério da
Educação (MEC) para tentar dar conta de um fato que tem a tendência a
transformar o cenário educacional brasileiro, reflexo do que sobrevém em
boa parte dos países onde as atuais Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) são seguidas em maior escala pela população
(SATHLER, 2008, p. 2).

Entretanto, os cursos na modalidade à distância precisam dirigir à qualidade,


abarcando as categorias que abrangem as condições pedagógicas, recursos
humanos e toda a infraestrutura que se deve ter de uma instituição, não podendo
faltar no Projeto Político Pedagógico (PPP) de um estabelecimento superior EaD as
concepções de educação e currículo na metodologia de ensino e aprendizagem; os
Sistemas de Comunicação; Material de apoio didático apropriado; Avaliação; Equipe
multidisciplinar; Infraestrutura de apoio; Gestão Acadêmico-Administrativa e
Sustentabilidade financeira (BRASIL, 2007).
Para melhor desenvolvimento nesse processo, o imprescindível é que o
mediador possa organizar a melhor configuração em como desenvolver essas
metodologias nas aulas. Assim, o mediador deverá conduzir os estudantes às
práticas voltadas à Educação a Distância de uma forma elucidada para que todos
tenham a compreensão à participação ativa nas descobertas e no fomento do
conhecimento aplicado. Para que o ensino com investigação seja aplicado de uma
maneira satisfatória alguns pontos devem ser relevantes.
Beltrano defende a presença do tutor auxiliando os alunos em todos os anos
da vida acadêmica. Em contrapartida, Sicrano não vê a necessidade desse
acompanhamento em todo o processo educacional, pois considera que é próprio da
metodologia da EAD tornar o aluno independente e autônomo.
Na concepção de D, a falta de comprometimento com a profissão é um ponto,
negativo, assim como tem algumas pessoas que deixam a desejar.
A desvalorização do tutor foi o ponto negativo apresentado por F para a EAD.

Negativo eu realmente acho que a desvalorização dos tutores porque isso


causou no meio do curso, greve. Isso traz prejuízo para a gente. Eu acho
que a desvalorização no geral é o negativo. Eu não vejo a EAD como nada
negativo, a não ser a desvalorização realmente dos tutores, das pessoas
que trabalham.

Já o processo formativo da educação à distância beneficia a educação formal,


porque o ser humano se faz aprendiz por toda a vida, as duas modalidades são
complementares, porém distintas, proporcionando aprendizados sobre diversas
áreas do conhecimento, possibilitando diferentes contribuições para a formação do
ser humano de forma integral. Ainda, é possível implementar a educação fora da
escola de maneira prática e didática favorecendo o aprendizado no processo
educativo (Modesto; Pereira, 2021, p.3).
Dessa forma, espera-se que esta pesquisa possa contribuir em discussões
que abordem a temática, dando ênfase às contribuições dos espaços de ensino a
distancia, constituindo-se como potencial destes espaços para a formação docente e
como pode atuar nesses espaços. Tais espaços e as formas de trabalho que
moldam os espaços do ensino e aprendizagem podem ter grande influência na vida
dos alunos.
Para Nogueira; Souza; Vasconcelos (2020), afirmam que o espaço de
aprendizagem pode ser experimentado pelo educador na utilização de novas
estratégias de ensino que acolham os alunos de maneira diferenciada, gerando uma
ruptura de rotina para fixação da mensagem repassada. Além da estratégia de
mudança dos espaços de aprendizagem, deve-se permanecer sempre o respeito e a
aceitação do professor com cada aluno e dos alunos com eles mesmos, para que
ocorra uma boa relação que transforme o momento do aprender em um momento
especial e significativo valorizando o professor.
A entrevistada P relatou, por sua vez, que o ponto negativo está na
incapacidade do graduando no início do curso em organizar o seu horário de estudo,
cumprir os prazos estabelecidos e a solidão.

Os pontos negativos no CEDERJ foram porque no início eu não tinha esse


domínio de horário, eu não tinha essa questão de cumprir aqueles prazos
deles. Então eu acho que podia ter um suporte maior, porque quando é à
distância e nós não estamos acostumados, nós nos sentimos sozinhos. Eu
acho que é onde muitos alunos desistem tipo assim [...] - Ah! Não vou
conseguir. É muito complicado e às vezes você posta uma pergunta e a
pessoa não vê, não responde. O outro vem, posta a pergunta abaixo da
sua, a do outro aluno é respondida e a sua não foi. Você acha que [...] Ah!
Não formulei a pergunta adequadamente e você começa a pensar num
monte de coisa que às vezes não tem nada a ver, mas você acaba se
sentindo muito sozinho, muito isolado. Então acredito assim que com um
grupo de estudo [...] Ah! A distância, a distância, mas aquele horariozinho
para se reunir para pelo menos dar um flashbackzinho, fazer uma pergunta
só para mostrar estou aqui, eu sei que você existe.

Conforme Netto, Giraffa e Faria (2010), diante dessa configuração de avanço


do Ensino Superior, o grande questionamento que aparece está vinculado com a
qualidade dessas ofertas e as estruturas capazes de assegurar a qualidade dos
cursos atingidos nessa modalidade, sobretudo cursos de licenciatura, que
desenvolvem educadores e deve ser de qualidade.

Os infindáveis progressos das tecnologias redefiniram as definições de


tempo e espaço geográfico, dando potência a modalidade EaD e tornando
viável uma Educação cada vez mais próxima e personalizada. Aparece
assim, por meio dessa modalidade de ensino, a probabilidade de propiciar e
qualificar o desenvolvimento de educadores, oportunizando
desenvolvimento inicial e continuado, isto é, oportunidade de estudo e
pesquisa para aqueles que querem se tornar professores e para aqueles
que já estão em prática (NETTO, GIRAFFA; FARIA, 2010, p. 42).

Para acolher às exigências e perspectivas de qualidade nas metodologias


pedagógicas dos cursos EaD, devem ser contribuídas e disponibilizadas pelas
instituições de ensino as qualidades de telecomunicação, como: telefone, correio
eletrônico, videoconferência, fórum de discussão e debate pela Internet, espaços
virtuais de aprendizagem, etc., que sejam apropriados de promover interação,
admitindo assim a maior conexão entre os educadores, professores e educandos
(BRASIL, 2007).
Há enfrentamentos que ainda obstaculizam a educação à distância. Entre
eles pode-se referir, embora de estar tendo uma transformação, o receio no
exercício sem a apresentação de docente diretamente, existe ainda algum
preconceito. Conforme Capeletti (2014) a não relação com os colegas e Educadores
absolutamente pela independência e virtualidade que o curso se fundamenta, haja
vista, alternativa da precisão de ter um computador e um entendimento de internet
com qualidades menores de acesso as aulas online são amplas adversidades para o
educando.
Outras possíveis dificuldades encontradas nesse contexto seriam as
adaptações dos professores a um sistema de mídias digitais, que a cada dia inovam
no aprendizado, deve haver treinamento para atualização desse corpo docente nos
programas e tecnologias. Pode-se citar também o emprego de multimídias e
ferramentas de comunicação tanto no ensino básico como nas universidades, pois
são elas que permitem a interação entre pessoas de diferentes lugares.

MATERIAL DIDÁTICO

O Curso de Pedagogia, assim como todos os outros cursos do CEDERJ


oferece material gratuito aos alunos. A gratuidade do curso e do material foi
apontada pelos entrevistados como fatores decisivos para que o sonho de fazer a
faculdade se tornasse realidade.
Sobre o formato do material oferecido pelo curso os entrevistados relataram
que ele tinha a forma impressa, módulos, links, vídeos, textos em PDF postados na
plataforma. A entrevistada F ao relatar sobre o material utilizado no curso
considerou-o de boa qualidade e de fácil compreensão.

O material era de boa qualidade. [...] Não sei como está, se continua os
mesmos livros agora, porque começou a mudar no finalzinho. Mas o
material foi muito bom, de fácil compreensão e ainda você tem a condição
de pesquisar na internet. Então não tenho o que reclamar.

Na concepção de P, o material didático do curso era muito esclarecedor, não


estava restrito ao material impresso sendo indicados diversos links para
complementação do estudo. Todavia, apresentava problemas no que se refere a sua
atualização.

O material quando estava atualizado estava bom. A questão que às vezes a


gente recebia o material e o material não estava de acordo. Postavam um
monte de links para a gente baixar as apostilas. Mas no geral o curso foi
muito bom. O material didático, em minha opinião é muito esclarecedor, tem
a parte do resumo, tem a parte das atividades. Só que não sei como está
hoje. Mas às vezes não batia com o conteúdo daquele período, tinha que
baixar um monte de coisa e a gente ficava com um monte de livro que as
vezes nem usava.

A entrevistada A não partilha da mesma opinião de P quanto a falta de


atualização do material do curso. No entanto, considera o material de qualidade tal
qual a entrevistada F.

O material é muito bom. Até uma colega minha que é professora do Estado
me pediu emprestado que ela dava aula de Sociologia da Educação porque
o material do CEDERJ é sempre atual, sempre está sendo reformulado,
sempre está sendo reeditado digamos assim. Então, não tenho o que
reclamar do material didático. Eu acho que ele é de excelente qualidade e
assim os teóricos que são utilizados são atuais, são importantes para a
educação, para a sociedade também. Então eu acho que é de uma
excelente qualidade.

Segundo a entrevistada S, o material utilizado no curso continua sendo como


fontes de pesquisa para estudos posteriores.

Eu gostava tanto que eu ainda tenho, [...] às vezes eu ainda pego


referências. Até agora mesmo para fazer algumas coisas eu fui pesquisar.
Eu tive que fazer um curso de gestão, eu fiz agora há pouco tempo. Eu
procurei o material para responder pelos teóricos de lá.
A entrevistada K relatou que não tem nada a declarar quanto ao material
oferecido pelo curso. Exceto a questão da linguagem.

Do material didático eu não tenho o que falar, apesar de algumas disciplinas


eu ter mais dificuldades de assimilar a linguagem. Mas eu vou colocar
oitenta por cento. Parecia que eu estava lendo, conversando com o
professor. A linguagem era maravilhosa.

Sobre a linguagem do material, (XXXXXXXXXX) diz que deve ser apropriada


ao público.
Segundo o entrevistado R se ele fosse avaliar o curso daria nota máxima. Em
sua concepção o curso funcionou satisfatoriamente em todos os aspectos: estrutura,
atuação dos tutores, material didático.

Se eu puder colocar em uma escala de zero a dez, eu daria nota máxima,


daria dez para o CEDERJ diante do que me proporcionou, do que ele me
permitiu conhecer, como ele me formou. Para mim, o CEDERJ foi um curso
que funcionou bastante. Eu achei o CEDERJ um curso muito inteligente, a
forma como os materiais são planejados e como os tutores trabalham com
as disciplinas é algo leve, a gente nem sentia. Era um ambiente
universitário, mas com certa leveza. O material era muito bom, o material
era muito bem pensado, o material muito bonito, o material era muito bem
escrito, o material fazia links com várias outras coisas, ele motivava a
pesquisa até as disciplinas que não tinham material pronto, que
selecionavam artigos, eram artigos bastante interessantes. Assim, não teria
como medir elogios para o CEDERJ, para o curso que eu fiz pelo Consórcio
CEDERJ.

PRÁTICA
DISCIPLINAS QUE CONTRIBUÍRAM PARA A FORMAÇÃO E PARA A PRÁTICA

De acordo com os entrevistados diversas disciplinas contribuíram de modo


especial para a formação e para a prática deles.
Na concepção da entrevistada K não houve uma disciplina que fosse superior a
outra em de relevância, todas têm o seu valor.

Todas as disciplinas são importantes. Todas, desde a Introdução a


Informática que a gente tem que ter base, Políticas Públicas de Educação,
Didática, Dinâmica, Avaliação [...] Não tem como você chegar e dizer é
essa. Todas elas para mim. O conteúdo de Matemática e Português como
eu não atuo como PII, as disciplinas de Matemática, Português, Ciências e
Geografia, elas ajudaram para fazer a prova do concurso, mas eu não estou
atuando.

*PII

A entrevistada P relatou que muitas disciplinas foram importantes para a sua


formação, mas elegeu Educação para o Trabalho, EJA e Filosofia como as
disciplinas mais marcantes.

As disciplinas foram tantas, mas eu gostei muito de Educação para o


Trabalho. Foi tanto assim que o meu TCC girou em torno disso. E gostei
muito de EJA e Filosofia. Gostava muito de Filosofia. Era o Mário na época.
Essa questão de questionar, de não estar satisfeito com que eu sou, não
estar satisfeito com o mundo. Foram muitas disciplinas, mas essas me
marcaram mais.

História da Educação e Didática foram às disciplinas que a entrevistada F elencou


como aquelas que foram especiais no curso de Pedagogia.

A História da Educação, poder conhecer melhor como tudo aconteceu


durante esses longos anos de educação, entender um pouco dessa
desvalorização nossa que vem de muito tempo e a questão da Didática
porque me fez aprimorar bastante no meu trabalho. A Didática realmente é
uma disciplina até que eu sonho se eu puder um dia lecionar no curso de
formação de professores, porque realmente é muito bom.

Ao falar da disciplina Didática durante o curso, F demonstrou um desejo de


lecionar um dia essa disciplina e foi com um brilho no olhar que narrou esse
momento.
De acordo com a entrevistada C algumas disciplinas forma importantes para
que ela conhecesse a abrangência do curso em suas múltiplas possibilidades de
atuação. Porém serviu para que tomasse conhecimento de quais segmentos não
deveria atuar como professora que é o caso da Educação infantil.

Eu me lembro de que eu tive muita dificuldade na Educação Infantil. Tirava


nota baixa na Educação Infantil direto. Eu não me identifico na Educação
Infantil [...] Eu acho que o professor tem que estar ali o tempo todo, senta no
chão e brinca. O tempo todo tem que estar rindo. Às vezes, a gente não
está num dia bom e a gente tem que estar ali feliz para a criança motivar.
Ah! Não consigo. Mas as outras, a Metodologia de Pesquisa ensinou a
gente a pesquisar, procurar fontes de pesquisa, achei interessante. Práticas,
achei muito interessante também porque a gente podia estar ali em contato.
Tinha práticas em contextos não escolares que a gente teve de fazer fora.
Eu nem sabia que a Pedagogia podia ir para essas áreas. Para mim, a
Pedagogia estava restrita ali dentro da escola e com essa disciplina eu pude
ver que não. Eu poderia trabalhar num presídio, num hospital, eu poderia
trabalhar em vários lugares. Abriu um leque, eu não tinha noção disso.
Então foram as disciplinas que mais gostei que me marcaram muito.

Diferente da entrevistada C, a entrevistada S gostou da Educação Infantil. Ela


não se identificou com as disciplinas Educação Especial, Matemática e Ciências,
fato este apontado pela entrevistada pelo não desejo de dar aulas.

Gostei da Educação Infantil, Artes. Na época PPP eu também gostei, que eu


não tinha nem noção muito o que era. Vim ter mesmo ali. E, Didática. Eu
não gostei muito de Educação Especial, por isso eu fico assim. E agora eu
quero fazer neuropsicopedagogia. Não sei se tem. È meio ilógico, mas
assim, na época não foi muito. Mas assim, eu tirava boas notas. Mas o que
eu gostava mesmo era aquela parte de Artes, era o que eu gostava.
Português e a Formação do Leitor eu gostei muito. Agora Matemática,
Ciências, não gostei não. Em parte, acho porque não queria trabalhar com
Licenciatura.

A disciplina Educação Infantil num primeiro momento constituiu um entrava na


vida da entrevistada D. Mas a superação dos obstáculos foi condição sine qua non
para seu progresso como docente, assim como a de Alfabetização.

Educação Infantil, que eu da primeira vez que cursei fiquei enrolada. Aquele
negócio de reinstitucionalização. Isso foi uma tristeza na minha vida, mas
depois eu aprendi e não esqueço mais esse negócio. Educação infantil
contribuiu muito porque eu peguei a minha matrícula de primeiro ao quinto
ano e de educação infantil. Então os livrinhos que eu tenho que eu guardei,
eles falam muita coisa. Quando você pega para estudar, o livro é uma coisa,
quando você pega o livro para observar em relação a sua prática dentro da
escola é outra visão, então muita coisa que eu observo nas crianças está
contido ali. Outro livro é o da Alfabetização, por que alfabetização?
Alfabetização fala dos ambientes alfabetizadores, da proposta
alfabetizadora, como é que você vai levar aquela criança dentro do macro,
que são os textos ir para o micro e trabalhar com as hipóteses de escrita,
como Emília Ferrero fala, que é o pré-silábico, o silábico, o silábico-
alfabético e alfabético. Então essas disciplinas, elas me deram alicerce para
eu trabalhar dentro da Educação Especial, porque dentro da Educação
Especial Inclusiva eu tenho alunos que estão tanto no pré como na
alfabetização. OUVIR AUDIO Nos meus horários na Educação Infantil eu
trabalho com Artes que também a faculdade me deu [...] porque são os
quatro eixos que você trabalha dentro da UNIRIO que te dá uma bagagem
que é música, dança, teatro e artes visuais. E na dança e suas artes visuais
eu entrei em contato com o expressionismo, eu achei isso muito show e eu
fiz uma dança. Uma amiga minha, professora de Educação Física, eu pedi
para ela me ajudar e eu peguei uma música clássica e fiz as crianças
dançarem hip hop. Então foi muito legal. Construí um conceito totalmente
diferente para aquele aluno, mostrei para aquele aluno que aquelas músicas
que eles acham arcaicas eles podem colocar numa roupagem atual, dentro
da ideologia deles hoje que é o hip hop, o funk.

Segundo a entrevistada D, as disciplinas Educação Infantil e Alfabetização


foram os grandes pilares para trabalhar com a Educação Especial, assim como
Artes.
Muitas disciplinas marcaram a vida da entrevistada A na realização do curso.
As disciplinas Didáticas e Avaliação foram as disciplinas que mais contribuíram para
a formação da entrevistada A, assim como Educação para a Diversidade,
Matemática, História, Educação para o Trabalho, Currículo. Na concepção da
entrevistada, apenas em Políticas Públicas ela não viu uma aplicação prática nos
conteúdos estudados.

Nossa! Eu aprendi com um cara fantástico de Avaliação. Ele até veio aqui
no ano passado, na Semana Pedagógica. O Celso Antunes e tinha outro
que era o cara da Avaliação. [...] Luckesi! Nossa! Luckesi quando fala de
avaliação, caramba! Acho que todo educado tinha que ler e semplo já leu
tem que ler de novo, conversar com ele, ouvi-lo. Celso Antunes, por
exemplo, que ele veio agora, eu fui. No ano retrasado que eu não fui ao ano
passado eu fui eu o ouvi. Nossa! Então, assim, Avaliação contribuiu Didática
contribuiu. Adolescência e Juventude foram uma optativa, mas foi muito
bom para mim também. Educação para a Diversidade porque me mostrou
que a sala de aula é bem diversificada e eu tenho que ensinar todos, todos
têm que aprender. Então eu tenho que considerar todo tipo de diferença
dentro da sala de aula, na escola, na sociedade, na minha família. Enfim,
saber me relacionar com todo tipo de pessoa, nível social, econômico, etc.
Matemática foi muito bom para mim. História foi uma desconstrução e uma
reconstrução por causa daquela tradição lá que eu aprendi. Educação e
Trabalho foi uma coisa muito engraçada porque é logo no início do curso e
para mim, eu fiz até uma crítica. Aí eu tranquei e fiz no último período ou
penúltimo. Último. Foi a melhor coisa que eu fiz porque estava com outra
coisa na cabeça, mais informação. Uma também, Dinâmica e Organização
Escolar, parece. Tinha outra que todo mundo tremeu na base e para mim foi
muito boa. Currículo, que eu pude ver muita coisa interessante. A parte de
Filosofia, todas as disciplinas de Filosofia. Para você ter uma ideia eu fiquei
com Marx gravado na minha mente, porque eu fiz Educação e Trabalho no
último período porque eu hoje eu olho a sociedade de outra forma, eu posso
ver as relações econômicas, as relações do modo de produção em tudo,
presente em tudo e principalmente na educação. Então, assim, de uma
forma geral, só algumas disciplinas que foram ruins, tipo Políticas Públicas
que era uma cobrança desnecessária para eu saber, qual era o artigo tal, da
lei não sei o que. Achei aquilo desnecessário, mas a maioria das disciplinas
me marcou muito.
Na concepção do entrevistado R, as disciplinas iniciais do curso
proporcionaram um conhecimento amplo sobre a educação. De modo particular a
disciplina optativa denominada Paulo Freire, vida e obra foram fundamental para
uma visão crítica da educação e também Matemática na Educação, disciplina a qual
lhe deu muitas respostas aos questionamentos feitos em sua vida cotidiana em sua
outra atividade como professor de matemática.

O conhecimento sobre o que é educação e como a educação se construiu e


estabeleceu no Brasil, que a educação que nós temos hoje foram passadas
pelas disciplinas bem iniciais, Fundamentos da Educação. Na época existia
até uma metáfora com uma viagem de trem que você para nas estações e
você conhecia às vezes o personagem, era um grande educador. Tinha um
pouco dessa história que é o que eu falo da leveza dos estudos do
CEDERJ. As disciplinas me ajudaram muito. A própria disciplina Paulo
Freire, Vida e Obra por conta da dimensão dessa educação crítica social
transformadora dita por ele e que eu pude conhecer e de certa forma me
apaixonar e querer conhecer mais. Mas, sem dúvida, uma disciplina que foi,
eu consigo lembra até com bastante detalhe das aulas presenciais, das
atividades práticas foi Matemática na Educação 1 e 2, que foi você até que
me deu, porque eu era de Matemática, quer dizer sou de Matemática e ali
na disciplina eu encontrei os porquês da matemática, como funciona, como
a criança deve lidar com o recurso pedagógico para de fato aprender a
matemática. Então aquela disciplina conseguiu me responder algumas das
questões que eu levantei enquanto era só da matemática. Ainda que seja
uma disciplina voltada para prática de sala de aula, era uma disciplina de
conteúdos de matemática, como trabalhar frações, quais os princípios do
trabalho com os números racionais. E existia ali embutido uma teoria de
educação na matemática. Então, existia, uma teoria que me trouxe outra
visão sobre o trabalho com matemática. Então sendo matemático que
ingressou na Pedagogia, essa disciplina realmente foi uma disciplina chave
na minha formação.

AVALIAÇÃO
Os entrevistados apresentaram várias críticas sobre a forma como são avaliados.
Dentre as críticas apresentadas pelos entrevistados está a avaliação como medida.
Luckesi () define avaliação como um ato de medir quando:

Convém ressaltar que críticas sobre a avaliação não são exclusivas da EAD,
pois aparecem também quando ensino é presencial como aponta Luckesi
Sobre a avaliação, a entrevistada D relata:

Eu acho que em relação às avalições, a gente foge um pouco do que a


gente estuda, porque eles falam que hoje a avaliação tem que ser
diferenciada e a gente ainda continuam no papel observando se aquela
pessoa realmente adquiriu o conhecimento. Então ainda está arcaica e
fugindo daquilo que eles pregam. Há uma discrepância, há um conflito de
conceitos. Se eles falam que é do ciclo, do currículo adaptado e da
avaliação e continua sendo uma avaliação para medir realmente o
conhecimento e muitas vezes aquela pessoa que está fazendo aquela
avaliação decorou.

De acordo com a entrevistada A o único problema apresentado na avaliação


refere-se à pontuação dos instrumentos avaliativos.

A única crítica que eu sempre fiz, foi no âmbito da pontuação da AD. Porque
quem faz CEDERJ sabe que a educação a distância não é feita de qualquer
forma. Tem que estudar sim, tem que ler sim, tem que ler muito. Às vezes,
muitas vezes para você poder assimilar alguma coisa, entender o que o
autor quer dizer. [...] Eu só deixei de fazer uma AD. Em todo o curso, eu só
não fiz uma AD porque eu tinha que ler um montão de coisas para valer dois
pontos. Então, a minha única crítica nisso tudo é na pontuação da AD,
porque a gente tem que ler muito também para responder as perguntas e
fazer o que eles propõem e a pontuação é muito pouca para quem faz sério
mesmo. Eu acredito que deveria ser como a Informática, por exemplo, que é
de quatro pontos e seis pontos, a AP.

*Luckesi (pág 90 - 97) instrumentos – conteúdos essenciais


A entrevistada P partilha da mesma opinião da entrevistada A quanto ao
pouco valor atribuído a AD e considera que o peso da avaliação não confere ao tutor
presencial a competência devida no ato avaliativo.

A avaliação do CEDERJ é uma avaliação totalmente a distância, a não ser a


AP. A AD tem um peso tão pequenininho. Eu acredito que de repente meio a
meio, porque o tutor presencial ele tem mais autonomia, ele consegue
conhecer mais os alunos e às vezes ele não tem um peso de uma
avaliação. Acredito que a presencial e a distância poderia ser cinquenta por
cento para cada, porque muitas das vezes você olha para um aluno, fala
assim: -- Poxa! Ele errou essa questão! Acredito que o tutor presencial tem
tanta autonomia quanto o a distância para nos avaliar. E a AD, ela é braba
gente, ela é bem pesada. Às vezes até mais pesada do que a presencial.
Então eu acho que essa questão se não me engano vale dois pontos. Peso
dois. Então eu acho que poderia ser meio a meio.

Na concepção do entrevistado R, as avaliações eram contextualizadas e bem


elaboradas e sentia apenas a necessidade de um feedback quanto aos erros e
acertos.

Em relação a avaliação e as dificuldades que eu tinha, as dificuldades que


eu tive no tocante a avaliação era só no que diz respeito a uma necessidade
de revisão da prova. As provas eram muito bem elaboradas, as provas eram
sempre apontadas com certa antecedência pelos tutores, o que nós
deveríamos estudar. As provas eram bastante contextualizadas pelo menos
em todo o período que eu cursei. Eu achava as provas muito bem
montadas, elas nunca estavam além ou aquém do que a gente estava
trabalhando. Mas, eu tinha uma avaliação, eu tinha, por exemplo, um
conceito e eu às vezes não concordávamos ou não entendia porque
determinado conceito era dado e eu nem sempre conseguia nesse processo
da distância me explicar tão bem para o tutor e nem conseguia ter
explicações tão bem dadas por eles a ponto de entender. Então a ausência
desse contato me deixava um pouco angustiado nas avaliações, mas
pouquíssimas vezes eu tive essa necessidade de questionar determinada
questão da avaliação. Pouquíssimas vezes. Então, no geral, foi tudo
positivo.

METODOLOGIA DO CURSO – PLATAFORMA

Durante muitos anos, o ensino constituiu-se na modalidade presencial. Com o


avanço das tecnologias, a necessidade do mercado e a amplitude do espaço
geográfico permitiram a inserção da modalidade a distância ou semipresencial.
Todavia, a mudança de uma estrutura de ensino presencial para a forma a distância
não atinge a todos da mesma maneira e com a mesma facilidade. Muitos se
adaptam facilmente enquanto outros sentem mais dificuldades. Com os egressos do
curso de Pedagogia em estudo não foi diferente. Na concepção de D essa inserção
se deu de modo natural face que durante toda a sua vida estudantil teve contato
com o ensino dessa forma. Sua formação no ensino médio ocorreu de forma
presencial, através de vídeo aulas.

Lá no João Evangelista que é um curso de formação de professore a


distância, ele é um curso semipresencial. Você assiste, na minha época era
vídeo aula. Hoje esse curso, ele é online. Então os alunos vão dois dias na
semana e o restante é na plataforma AVA onde eles realizam as atividades.
Segundo a entrevistada C, ela também não teve nenhum problema com a
metodologia, que não encontrou dificuldades no uso da plataforma no início do
curso, assustando-se um pouco quando ocorreu uma modificação, visto que a nova
causa certo estranhamento.

Tudo foi assim muito prático. Teve a última vez que a plataforma mudou que
eu fiquei desesperada, não conseguia me encontrar. Quando entrei era de
um jeito. Depois que a gente se acostuma com uma coisa, quando muda, o
novo, causa certa estranheza. Então quando a plataforma mudou, eu fiquei
um pouco assustada, mas a gente logo se adaptou. Eu achava interessante
que tinha os fóruns, a gente podia debater conhecer, estar em contato com
outras pessoas também. Aquilo permitia a gente trocar uma ideia. Então a
plataforma contribuía muito, tinha um vídeo na plataforma, então eu não
sentia falta de estar numa sala de aula ai presencial porque tudo que a
gente precisava estava ali: informes, tudo no tempo certo. Então foi muito
bom, muito válido.

Em relação à Metodologia do curso, a entrevistada F relata que no uso da


plataforma apareceram alguns problemas, mas que não desqualificou a qualidade
do curso.
Não tenho o que reclamar [...] alguns problemas pontuais nas plataformas,
mas eu acho que isso no geral faz parte você tem uma dificuldade ou outra,
o retorno das respostas mais demorado, mas eu acho que até pelo
processo em si. Mas muito bom. Não tenho o que reclamar.

A entrevistada S, não partilha da mesma opinião que F. Sobre o uso da


plataforma relatou:

Não tive problema nenhum com a plataforma, tanto que depois fui fazer a
pós no Moodle, plataforma Moodle. Acho fácil de lidar, fiz o curso de... Há
pouco tempo fiz o curso de Formação para tutoria para mexer no Moodle,
então eu acho tranquilo.

A entrevistada P fez uma crítica quanto a ferramenta plataforma que na sua


concepção deveria ser mais interativa.

A plataforma eu acho que ela pode ser mais interativa, ter mais vídeos, uma
comunicação maior com os alunos, porque é muita leitura, leitura, leitura. É
livro, é livro, é livro. Então eu acho essa questão da interação da plataforma.

TUTORIA

Na modalidade EAD, o ensino aprendizagem conta com a presença do tutor


ou professor tutor*. Cabe ao professor tutor mediar todo o desenvolvimento do
curso. No modelo CEDERJ eles são diferenciados com a nomenclatura tutor
presenciais e tutor a distância. Cada um assume para o aluno funções distintas e/ou
semelhantes no processo. Sobre o papel dos tutores, da tutoria, os entrevistados
apresentaram as seguintes percepções.
*autor que define o termo Gonzalez p. 40
Segundo a professora egressa S é de grande valia a figura do tutor no processo de
formação do aluno.

Eu acho que o tutor é importante, porque se não tiver tutor, você fica muito
solto. Eu vejo pelo meu filho. Tentou CEDERJ também duas vezes, como
ele não acompanhava com tutoria, ele desistiu. Então, eu acho que precisa
ter tutoria presencial. A tutoria a distância utilizava muito o telefone. Eu
tirava dúvidas, utilizava muito para tirar dúvidas nas APs. Eu tirava para
fazer as APs, para fazer a AD. Eu ia todo sábado, eu assistia todas as
tutorias. Somente as tutorias que eram no meio da semana, como eu
morava longe que eu ia às vezes, mas não era sempre não. Mas sábado eu
ia de oito até as cinco. Eu fazia todas elas.
A justificativa apontada pela entrevistada D está no papel que as tutorias
desempenham na aprendizagem dos alunos e que frequentá-las depende da
necessidade de cada aluno. No seu caso, ela frequentou todas independente do dia
da semana devido ao seu alto grau de dificuldade em aprender.

Eu frequentei todas as tutorias, porque eu tinha uma certa dificuldade,


porque é um mundo novo, são conceitos novos, porque você está
conhecendo. Então eu mencionei a Educação Infantil, eu tive certa
dificuldade e se não fosse a tutoria, eu não teria passado na Educação
Infantil. Então eu acho importante ter o tutor sim. Eu não acho que fique
sem o professor para te orientar.

Na concepção da entrevistada A, tutoria é fundamental e faz uma crítica


quanto a carga horária estabelecida para algumas disciplinas.

A tutoria é fundamental. Fundamental. A minha crítica até vai ao CEDERJ,


porque quando eu comecei o curso, as tutorias eram de duas horas e a
maioria caiu para uma hora. [...] Educação e Trabalho já não tinha tutor.
Agora quando eu fiz, foi tudo a distância, mas como já estava no final do
curso, já estava um pouco mais madura, já sabia, já estava organizada,
digamos assim. Agora, a tutoria presencial, fundamental. [...] porque às
vezes não fica tudo ali no âmbito do texto, a gente aprofunda para a
realidade, para a prática e a gente reflete sobre um monte de coisa. Então
assim, para mim tutoria presencial é fundamental. A distância também é
muito importante que aí eu já recorri no final do curso. Foram muitas poucas
vezes. Eu só recorri só na hora dos estágios, na verdade. Então para mim é
fundamental.

Partilha da mesma opinião que a entrevistada A considerando a tutoria como


fundamental, a entrevistada P.
A tutoria é fundamental. Eu não perdia uma tutoria. Eu ia a todas, porque eu
tinha muito essa coisa ainda de aula presencial e eu precisava me sentir em
uma universidade, precisava me sentir uma universitária. Então os
encontros na tutoria fortaleceram muito isso e me orientaram que caminho
seguir, como melhorar, como você está errando aqui, errando ali, vamos
avançar nesse ponto. Então a tutoria foi fundamental, muito importante
mesmo.

O entrevistado R via a relação com os tutores como um porto seguro, um amparo.

Eu sempre estive muito amparado [...] Eu nunca senti dificuldade em


receber retorno. Nós não conhecíamos os nossos tutores a distância, mas
nós tínhamos com eles uma relação quase que de tutores presenciais, nos
conhecíamos praticamente pela voz. Eles atendiam e nós: -- Ah! Fulano
você está aí hoje atendendo? Então assim eu tive em todo o processo do
curso. O curso foi muito bem amparado.

De acordo com a entrevistada F a tutoria era muito importante dada uma


característica dela, ser Caxias*. Em outras palavras ser uma pessoa presente.
A tutoria para mim que sou Caxias foi muito boa, porque eu estava em todas
as tutorias. Às vezes, eu era a única e, às vezes só com uma amiga, porque
as pessoas não curtiam muito estar na tutoria. Mas, cada um sabe da sua
necessidade e eu estava em todas as tutorias. Então todas as minhas
dúvidas, é claro que em toda situação que um ou outro tutor não veste tanto
a camisa como os demais. Mas é coisa pontual, bem pouquinho. Nada
assim que tivesse que desmerecer o curso não.

Os cursos do CEDERJ contam com o apoio de tutores presenciais e a


distância e a entrevistada C tratou da importância de cada um em sua formação de
acordo com as especificidades das funções que assumem no curso, citando alguns
momentos marcantes durante as tutorias.

Olha tinha aqueles à distância que a gente não tinha muito contato. E
mesmo assim, às vezes tinha uma dúvida. Eu raramente entrava em contato
com a tutoria a distância para tirar dúvida. Tinha colegas que discavam o
zero oitocentos* (0800). Viviam falando: -- Vai lá! Liga! Você não está
entendendo, disca o zero oitocentos, é rapidinho. Olha a pessoa atende,
fala com você. Mas, eu não tive essa experiência do tutor a distância. Acho
que os presenciais foram os que contribuíram mais. Tinha alunos que não
iam à tutoria à noite por exemplo. Eu ia, eu saía de Maricá à noite, por
exemplo, ia para lá. Meu pai reclamava. – Não eu tenho que ir nessa tutoria.
O tutor de Geografia teve uma vez que ele pegou e me deu zero numa
prova de Geografia. Fiquei horrorizada. Zero! Eu nunca tirei zero na minha
vida. Por que eu tirei zero? Eu vou nessa tutoria. Vou lá, vou debater, vou
perguntar para ele. Aí ele pegou, ele disse que a minha prova ficou idêntica
a de uma menina. Ficou idêntica a prova de fulana. Aí fiquei, mas como
assim ficou idêntica? Tinha respostas ali que... Eu nem conhecia a outra
pessoa que ele disse que a minha prova ficou igual. Nem conhecia, mas
tinha questões que não tinha como fugir. Por exemplo: -- Qual o significado
da sigla tal? Tinha uma sigla lá, a gente tinha que dizer né? O que era a
sigla. Ficou igual. Claro. Porque não tem outro significado para sigla. Então
aquela questão como que ele me deu zero naquela questão. Pelo menos
me desse um, dois. – Ah! Deu-me zero. Aí fiquei de noite, debate, tal. Então
essa questão, né? Semipresencial, semipresencial. É a distância, mas é
semipresencial. Então foi muito bom, porque eu tinha tutores que eu podia
contar, sabia os dias da semana que eles iam estar lá. Tinha-se qualquer
problema, eu chegava lá falava, perguntava. E tinha uma disciplina
também de teatro que foi muito interessante que a gente brincava. Ele
ensinava a gente brincar, dar aula de forma lúdica, contar histórias. Então foi
muito interessante. Eu ia para o Polo, a gente tirava dúvida, perguntava.
Tinha a Naida também que era a tutora de Educação Especial que eu
adorava, porque eu já tinha esse contato com o Arthur. Então sempre que
eu tinha uma dúvida perguntava para ela de Libras. Eu fazia Libras também.
Aí eu perguntava para ela. Eu fiz o curso de Libras em Maricá. Terminei.
Então foi muito válido, aquilo contribuiu, dava gosto da gente querer
aprender mais. Então vendo agrade, quando eu vi que tinha a disciplina de
Libras com a Naida, caramba! Que legal! Vou aprender Libras. Mas não foi
bem isso. Ali a gente aprendeu a teoria, da onde veio, como que é, o que
que é e aquilo já foi dando um gostinho. E aí na rede, surgiu no Município o
curso de Libras. Comecei. Em dois anos terminei o curso de Libras. Então
foi muito válido. Eu já dei aula na sala. Agora no Município a gente tem a
diversificada que são horários de planejamento do professor. O professor
sai de sala e entra o professor da diversificada. Eu fiquei como professora
diversificada de Libras. Eu entrava na classe bilíngue e dava aulas de
Português e Matemática da classe de surdos. Então foi um conhecimento
muito válido, uma coisinha que surgiu ali, uma semente que ela plantou e
que mais para frente eu pude colher os frutos.

Na concepção da entrevistada K, alguns tutores foram mais incisivos e o que


mais se destacou foi aquele que exerceu o papel de professor, aquele que deu aula
do modo tradicional.

A gente teve aqueles tutores que você teve mais contato. Por que o tutor na
realidade que foi mais incisivo foi aquele que fez o papel de professor, que
você ia para a sala de aula e ele não perguntava onde você parou, qual a
sua dúvida. Ele chagava e fazia um resumo, dava um aulão. Então esse
tutor, ele marca mais porque o aluno vai para a aula dele para poder ter.
Não ter uma tutoria, mas para ter uma aula.
*tutor x professor
*tutoria x aula presencial

TEORIA X PRÁTICA

Houve uma unanimidade por parte dos alunos ao narrar as experiências que
tiveram ao realizar o curso de Pedagogia no CEDERJ e de como essa formação foi
importante para a vida deles tanto pessoal como profissional.
R relata a importância do curso em sua vida ao permitir que ele se transformasse
num ser autônomo, protagonista de sua história justificando que o mesmo
protagonismo não aconteceria se o curso fosse presencial.

Eu tenho muita certeza de que esse curso em especial foi importante para
essa minha transformação, como eu posso dizer? Essa necessidade que eu
tive de buscar, essa quase obrigatoriedade que o curso de Educação a
Distância te dá, de ter essa autonomia. Eu sou realmente um protagonista
do meu processo de formação, o ensino a distância permite isso de uma
forma tão interessante que o curso presencial não permite. Então eu me
sentia muito responsável. Sabe assim, o meu desempenho era realmente
responsabilidade minha. [...] Eu tinha realmente muita autonomia, o curso,
permite isso, mas ele ao mesmo tempo me dava esse feedback, de que: --
Olha o se desempenho é seu. Existem variáveis, mas você está se
formando, você está buscando. Não sei se eu sei explicar muito bem o que
é. Mas o curso em EAD me permitiu esse protagonismo que eu tenho
certeza que eu não teria no presencial, porque eu passei pelo presencial.
Então consigo fazer esse comparativo entre o que foi o presencial e o que
foi a educação a distância e eu tive umas certezas m relação ao curso e eu
te digo hoje isso com muito mais convicção da importância da EAD, quando
no mestrado eu tive uma professora de Educação, de Informática Educativa,
ela trabalhava com tecnologias em sala de aula, ela falava muito sobre isso.
E ela uma vez colocou numa mesa de discussão que preferia um aluno de
EAD a dez alunos do presencial. Todo mundo ficou muito chocado com
aquilo e ela falou porque ela preferia um aluno da EAD a dez do presencial,
porque esse aluno de EAD, ele realmente tinha um espírito de pesquisa, ele
tinha uma bagagem de leitura bastante diferente do aluno da presencial e
eu me reconheci naquela fala, porque eu realmente, eu sempre pensei
nisso. – Nossa! Eu li muito no a distância e foi uma leitura estimulada. Eu
lembro que na presencial nós líamos assim: --Ah! Eu tenho que
complementar aquela aula, eu preciso ler isso aqui para poder levar para a
aula e na EAD não, a leitura era a aula. Então eu era estimulado, era uma
leitura leve. No CEDERJ tinha uma inteligência na forma de gestar os
processos de estudos, que era tudo muito leve, era tudo muito prazeroso,
tudo muito interessante.

A entrevistada P

PRÁTICA X FORMAÇÃO

Ao narrar sobre a sua formação em contraposição com a preparação para a


prática, não foram unânimes as colocações dos entrevistados. Ocorreu um caso de
discordância.
Para a entrevistada S a realização do Curso de Pedagogia foi de extrema
importância para melhor execução de sua prática. Um ponto relevante apontado
pela entrevista é o fato que o curso exige muita leitura o que facilita a realização de
tarefas fundamentais para um professor que é o planejamento.

Eu lia muito durante a Pedagogia. Foi a época que eu mais li. Eu lia e fazia
todas as disciplinas, respondia tudo, tinha todo aquele cuidado de fazer
aquilo. Então aquilo me ajudou a ter segurança. Assim, logo que peguei
turma eu não tinha segurança, eu não tinha segurança de montar plano de
aula. Mas ao fazer o curso eu me sentia segura e eu optei na época e todo
o trabalho que eu fiz para o UMEI foi sempre com arte, voltada pela arte.
Então tudo meu era ligado em arte, tanto que minha colega dizia que eu
tinha que fazer arte terapia, [...] Eu não trabalho música, eu não sei, não
tenho esse jeito para música, mas eu trabalhava muito artes plásticas. Na
época tudo que eu tinha lido os livros de Janirei Barbosa que eu tinha pelo
CEDERJ, eu continuei, me aprofundei para fazer a Pós e para fazer o TCC.
O TCC da Pós também foi sobre Artes. Um deles eu falei sobre artes
novamente: “O trabalho do Pedagogo utilizando a Arte na Educação” e
então eu tinha segurança, eu sabia o que eu estava fazendo. Então na hora
de trabalhar com as crianças pequenininhas, então eu pegava um quadro
de Monet eu sabia trabalhar um quadro de Monet com crianças de quatro
para cinco anos. Eu tenho essa segurança, eu sei o que eu tenho o que
fazer como trabalhar. Não é para eles fazer a arte em si, mas como ajuda-
los a desenvolver. Então foi por aí, foi por esse lado, foi importante isso para
mim também para concurso, que se eu não tivesse, não somente para
titulação, eu também não teria base para fazer as provas.

Na concepção da pedagoga P, o curso de Pedagogia não prepara para a


realidade que a sala de aula que a escola apresenta.

Com a prática eu acho que a formação deixa um pouco a desejar. Porque


eu quando saí da faculdade, diante de Deus, saí eu vou mudar o mundo, eu
tenho a força. E quando a gente bate dentro da sala de aula, a gente vê que
não é isso, a gente pega alunos com defasagem da séria, distorção e cheios
de problemas e aluno que chegou no quinto ano que não sabe ler, nem
escrever. E você tem que dar conteúdos diversificados. São trinta alunos,
como que você vai dar uma coisinha para cada um? Você vai abrir a
caixinha e CABUM! Então a faculdade em si, eu acredito que não me
preparou para essa realidade.

A entrevistada P relata que o curso com as teorias estudadas aponta


caminhos para o desenvolvimento da prática, mas não qual o caminho a seguir. E
ela exemplifica com a questão dos estágios.

O Estágio é engraçado. Quando a gente chega à sala de aula, a gente


percebe que o professor arrumou aquilo tudo. Ele já conversou com o aluno
e todo mundo fica te olhando, te idolatrando e vira as costas, as crianças
detonam a sala. “Olha nós temos visita, não pode isso, não pode aquilo”.
Então a gente acaba achando que é uma realidade muito legal dar aula, os
alunos todos respeitam o professor, os alunos todos copiam a matéria, os
alunos todos sabem ler e escrever e na realidade não é isso. Então o
conteúdo da faculdade, ele nos mostra vários caminhos, mas ele não
mostra como aplicar aquele caminho. Assim se você tem esse problema
você vai fazer isso, mas se o problema for esse, você faz isso. Só que são
inúmeros problemas. Então por mais que a faculdade tentasse não iria dar
conta, mas eu acho assim que essa parte da prática no dia a dia eu acho
que a faculdade deixa um pouco escorrer entre os dedos, não dá a
verdadeira ênfase, a verdadeira importância que deveria dar. Eu penei um
pouquinho com domínio de turma, domínio de problemas, domínio de
vocabulário. Eu acho que a faculdade não me deu suporte quanto a isso.

Uma pequena análise do relato da entrevistada P dá a ideia que ela esperava


encontrar na escola turmas homogêneas, alunos perfeitos, sem problemas e que a
faculdade desse um manual de instruções. Na verdade, se assim o fizesse, o curso
seria como uma receita de bolo e dessa forma formaria pessoas passivas sem
questionamento crítico, contrariando assim a abordagem de formação de cidadão
crítico previsto em seu projeto político e matriz curricular.
Verifica-se na narrativa da entrevistada P que a formação não prepara o
professor para todas as situações diárias e que os estágios não permitem um pleno
desenvolvimento do estagiário em sala de aula. Todavia, em seu fazer pedagógico
consegue relacionar a teoria e a prática em diversas situações de aprendizagem.

Eu consigo relacionar a teoria com a prática quando vejo meus alunos


inclusos, quando eu tenho que ter uma visão diferenciada para com ele,
quando eu vejo que tenho um aluno que tem o histórico de abandono
familiar, quando eu descubro que tenho um aluno que já se envolveu com
drogas e eu tenho que falar com ele da realidade do mundo. Então eu
consigo relacionar, embora a grade da faculdade seja uma grade muito
extensa, não se pode negar que é muito assunto, muito conteúdo e que às
vezes a gente não consegue colocar tudo em prática e que tem problemas
que às vezes a gente fala assim: -- Ah! Meu Deus! Mas eu nunca vou
passar por tal problema e quando nós caímos dentro da sala de aula tem
exatamente aquele aluno viciado, drogado e que você não imagina. Aí você
chama a mãe para falar e a mãe tem problemas piore ou então você chega
na direção: -- Preciso falar com a mãe de Fulano. E ouve: -- Nem pensar,
porque se ela chegar aqui quer quebrar tudo, vai até querer bater em você.
Então são atitudes que a faculdade às vezes nos apresenta a algum
pensador, diz como direcionar a nossa atitude em sala de aula, de como
falar com o aluno, como abordar o responsável e é assim que se consegue
fazer essa ponte.

Na concepção da entrevistada C, a formação foi essencial para sua prática e


que mesmo antes de terminar o curso já usava os conhecimentos adquiridos no
curso em seu trabalho.

Durante o curso eu já praticava em minhas aulas o que aprendia nas aulas


teóricas. Era muito bom poder estar ali praticando e aprendendo ao mesmo
tempo. Tudo o que vivenciei nos estágios, hoje posso colocar em prática
nas aulas. E quando estava estudando, também estava trabalhando, eu
levava a prática para o estudo e pegava a teoria e levava para o trabalho.
Aplicava e via que dava certo.

Assim como a entrevistada C usou os conhecimentos de sua formação antes


de finalizar o curso, a entrevistada A também não esperou o término do curso para
colocar em prática os conhecimentos adquiridos.

Para se ter uma ideia, no curso ainda, antes de terminar eu desenvolvi


quatro projetos pedagógicos na escola. Eu fiz um curso de capacitação para
professores do primeiro segmento para usar as tecnologias, fiz um projeto
voltado para a disciplina para os alunos que é o uso do wifi liberado caso
não tivesse ocorrência durante a semana, no turno da manhã que era na
maioria adolescente. Fiz um projeto que eu chamei de “Praticando a
interdisciplinaridade”, que eu sugeria que os professores utilizassem recurso
uma vez por semana, que planejassem suas aulas utilizando recursos
tecnológicos que eu ia atuar dando suporte. Eu trabalhei no Censo* e
também elaborei, tentei elaborar um projeto para a gente trabalhar melhor
essa parte e também tinha um projeto que era para atrair os pais dos
adolescentes na escola porque a gente observa a ausência dos pais dos
adolescentes na escola, principalmente dos adolescentes. Então eu tinha
um projeto que não chegou a ir para a prática, só ficou no âmbito da ideia,
que era dar uma noção de internet para ajudar os pais a navegar na
internet, porque tem uma lei* que os pais são responsáveis por tudo que o
filho menor fizer na internet. Então tinha um projeto, que esse eu não
consegui por em prática para que os pais pudessem acompanhar os filhos.

Segundo a entrevistada F, a formação enriquece a vida profissional, faz a


pessoa melhorar a qualidade do trabalho, abre novos horizontes.

A formação amplia o horizonte profissional como também a sua cabeça em


relação a sua própria prática, porque as coisas que fazia antes da formação
não eram cem por cento eficazes. Durante a formação eu vi que precisava
melhorar. Então me fez crescer bastante. E cresci profissionalmente, como
na própria prática porque eu pude mudar para melhor e ainda buscar
aprender mais e mais.
De acordo com a entrevistada K, a formação recebida é crucial par se ter uma
visão psicológica e social do aluno.

A formação é importante para o nosso fazer pedagógico. Sem a parte


teórica não teria como ter uma visão psicológica do aluno, uma visão social.
Não teria como eu saber qual o tipo de prática está sendo feita ali, o que
você pode modificar. Então a parte teórica tem tudo a ver com a prática.

De acordo com a entrevistada A a formação recebida no curso de Pedagogia


mudou a forma dela ver a educação e também de como ele passou a ser tratada
pelas pessoas que a cercava.

A realização do curso mudou a minha concepção de educação. Passei a ter


outro olhar e uma bagagem enorme de conhecimento, também uma
abordagem diferenciada, além de ser tratada de forma diferente pelos
colegas, pelos professores e pelos gestores também. Tudo isso
impulsionado pela bagagem da faculdade, pela bagagem teórica. Passei a
ser mais respeitada, requisitada, me perguntavam opinião, o que eu achava.
Então, eu comecei, passei a ser parte mesmo, a ser e a faze parte da
equipe da escola. Isso assim, eu observei que foi por causa do crescimento
pessoal, em nível de conhecimento.
PRÁTICA PÓS-FORMAÇÃO

Os entrevistados deste trabalho de investigação realizam diferentes funções


proporcionadas pela formação em Pedagogia. As escolhas foram de livre iniciativa
de cada um e de acordo com as necessidades e interesses.
F tem assumido a função de orientadora educacional e de orientadora
pedagógica. Ao tratar de sua atividade relata com extrema paixão a preferência pela
orientação pedagógica e completa que ser professor, ter a prática de sala de aula
facilita o exercício da função.

Eu tenho já dois anos como Orientadora Pedagógica e Educacional de uma


única escoa com onze turmas do segundo segmento. E para mim, tem sido
uma experiência muito gratificante, até porque a nossa prática como
professor em sala de aula nos ajuda bastante. Quando a gente assume, a
gente assuma com uma postura de realmente querer ajudar o professor,
querer ajudar o aluno e a gente se depara com profissionais que a gente
não entende porque está na profissão, porque tem que amar. Eu acho que
apesar de ser uma profissão difícil e árdua, porque quando você realmente
gosta do que faz e você quer ver mudanças precisa amar, precisa ter
coração mesmo naquilo que faz independente de ser valorizado ou não.
Você que se valoriza você que precisa buscar melhorias. Então o curso de
EAD à distância em Pedagogia me ajudou bastante porque eu pude
aprender outras coisas, além daquela minha prática. Então a soma da
minha prática com o que eu aprendi na formação constitui o meu ser
profissional. Está sendo muito gostoso o meu trabalho. Estou gostando
muito, muito do que faço e está me fazendo escolher. Minha tendência está
sendo maior para orientação pedagógica do que para Orientação
Educacional. Estou tendendo mais para esse lado, estou gostando mais.

A Educação Especial foi o caminho escolhido por D para praticar os


conhecimentos adquiridos em sua formação.

Em relação à Educação Especial, hoje eu tenho alguns projetos. Alguns


projetos eu comecei em 2014, quando entrei na Praça-Escola. É um dos
projetos que vem comigo desde 2015, porque em 2014 eu tive alguns
problemas. Minha mãe ficou doente, veio a falecer. Então 2014 foi meio
conturbado. 2015 eu trabalhei o Projeto do Bem foi um trabalho que
trabalhei vídeos sobre educação inclusiva, sobre coo as crianças deveriam
se portar sobre a questão do carro, aquela vaga marcada no
estacionamento, o banheiro adaptado e tudo. Hoje, estou com dois projetos:
um com o Grêmio Estudantil que eu quero montar na Escola. Então eu já
peguei toda aquela parte do grêmio para trabalhar, desde o primeiro ano até
o Ensino Médio e estou querendo montar com as crianças com deficiência
uma horta na escola.
A entrevistada S direcionou o seu interesse pela Educação Infantil ao ser
admitida através de Concurso Público. Todavia, se destacou nas atividades e foi
convidada para atuar na Gestão.

Eu passei no concurso, fiz para professor. Fui trabalhar no UMEI que é uma
Unidade de Educação Infantil. Trabalhei um ano na Educação Infantil.
Gostei muito, mas com crianças maiores, assim de cinco anos. Peguei
crianças com cinco anos. Peguei crianças com cinco anos. Quando eu
estava comum ano de trabalho, mudou o governo e estava formando um
grupo novo, eu fui convidada para trabalhar na Gestão Escolar como
Coordenadora de Polo. Era um trabalho novo que eu não conhecia nada. Eu
aprendi. Estou quatro anos já nisso. Estou como coordenadora de Polo Um.
Na época eram dezessete polos. Fiquei nesse trabalho coordenando tanto o
UMEI, como a Educação Especial e a EJA. Enfim todas as modalidades,
acompanhando as escolas, o trabalho dos diretores, problemas escolares,
matrículas. No momento, este mês estou, eu tive a oportunidade de ir para a
Gestão de Pessoas e estou no setor de lotação, no momento lotação de
professor.

O entrevistado R tem se enveredado por diversos campos de atuação: professor,


orientador, gestor. E segundo ele sua prática foi modificada devido as leituras
realizadas na formação em Pedagogia.

Eu comecei a trabalhar numa escola sócio interacionista como professor de


Matemática e trabalhei numa escola construtivista também como professor
de Matemática. Por ter essa filosofia moderna de educação, eu me formei
também estando nas escolas, eu me tornei professor sendo professor e isso
realmente foi muito interessante. Então quando eu comecei a fazer
Pedagogia já sendo professor de Matemática, não tenho dúvidas de que
aquelas leituras e, aquele contato me alimentou positivamente, mudei
positivamente a minha prática e aí o meu trabalho teve certo destaque e eu
comecei a atuar como Coordenador de uma das escolas, da escola sócio
interacionista. Eu comecei a trabalhar lá como, comecei atuar lá como
coordenador de área. Eu já era formado em Matemática, coordenador da
área de Matemática e suas tecnologias e, já no final do curso de Pedagogia,
a minha diretora perguntou se eu não queria atuar como auxiliar de
Orientação Educacional. Tínhamos uma Orientação Educacional, tínhamos
uma Orientadora Educacional que era psicopedagoga e fonoaudióloga,
além de pedagoga e eu trabalhava junto com ela no atendimento aos pais,
aos alunos e ali eu comecei a conhecer o trabalho da orientação
educacional que para mim era uma coisa absolutamente diferente. Para
mim, trabalhar com orientação educacional era conversar com aluno que
saía da sala, conversar com o pai que tinha problema com o aluno em casa
e é muito, além disso. É um trabalho muito mais ligado a construção
humana daquele aluno e você lidam com o professor, você lida com o pai,
você lida com o material didático do aluno, você lida com a dificuldade de
aprendizagem. Enfim, é um trabalho com muitas vertentes e ali eu comecei
realmente a fazer o primeiro trabalho de Pedagogia.
O Ensino Religioso foi o caminho escolhido por K. Foi aprovada em Concurso
antes mesmo de ter colado grau e apresentar o TCC*. Convém ressaltar que o curso
de Pedagogia não tem um viés preparatório para o Ensino Religioso, porém é uma
licenciatura e como tal, habilita o professor para dar aulas. É uma disciplina
facultativa para o aluno, porém prevista na LDB.

Abriu seleção para o Ensino Religioso. Primeiro concurso para a Prefeitura


de Rio de janeiro. Eu fui e fiz. Ainda não tinha a colação de grau. Estava
escrito que eles exigiam Licenciatura Plena em qualquer disciplina e eu
tenho Licenciatura Plena em Pedagogia. [...] Eu fiz o concurso e passei em
primeiro lugar para o Ensino Religioso. [...], todavia, eu não tinha a
declaração de conclusão. Então eu conversei com o pessoal da UNIRIO.
Enchi o saco de fulano, de beltrano, mandei e-mail para todo mundo. Só
faltou mandar e-mail para o Presidente de a República par poder colar meu
grau. Eu já tinha terminado todas as disciplinas, já tinha feito TCC. As
minhas orientadoras foram maravilhosas, elas fizeram uma apresentação de
TCC só para mim, marcaram um dia só para mim, dependia só da colação.
[...] Eu colei meu grau na sexta-feira e na segunda-feira eu tomei posse no
concurso de professora de Ensino Religioso. Comecei a minha experiência
como professora no Rio de Janeiro, em comunidade. Trabalhei no Estácio*,
trabalhei no Catumbi, na Mangueira com a disciplina de Ensino Religioso
que é uma disciplina facultativa, uma disciplina que não é obrigatória para o
aluno fazer. A disciplina funciona com diversos professores, professores de
vários credos: professor católico, evangélico, professor afro-brasileiro e os
pais direcionam para qual o filho vai estudar. Nós temos trabalhado de uma
forma bem unida, os credos. E a gente tem tido uma experiência bem
prazerosa apesar de ser uma disciplina muito polêmica, mas é uma
disciplina que está dentro da Constituição, está dentro da LDB.

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