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Anenimo Jorge César

Resolução de Ficha de Exercícios

Licenciatura em Ensino Básico

Universidade Licungo

Delegação de Quelimane

2024
Anenimo Jorge César

Resolução de Ficha de Exercícios

Trabalho de Investigação Cientifica, a ser


apresentado na Faculdade de Educação e
Psicologia, como requisito parcial de
avaliação, na cadeira de Historia da
Educação, cadeira lecionada por:

Lic. José Maria Pedro Salia

Universidade Licungo

Delegação de Quelimane

2024
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Índice

1. Introdução............................................................................................................................ 3

2. Fundamentação Teórica ...................................................................................................... 4

Resolução de Exercícios ......................................................................................................... 4

Educação na antiguidade .................................................................................................... 4

3. Conclusão ......................................................................................................................... 11

4. Referencias Bibliográficas ................................................................................................ 12


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1. Introdução
Introduzindo este presente trabalho de investigação que abordara assuntos ligados com a
educação, podemos antes salientar na antiguidade os sofistas eram frequentemente criticados
por Sócrates e Platão, entre outros, por ensinarem a arte de argumentar sem necessariamente
buscar a verdade objetiva. Eles eram vistos como relativistas, acreditando que a verdade podia
variar de acordo com as circunstâncias e as convenções sociais. No entanto, alguns sofistas,
como Protágoras, também faziam contribuições significativas para a filosofia, explorando
questões como a natureza da verdade, a moralidade e a política.

E também frisar que a Grécia é considerada o berço da civilização ocidental por várias razões.
Em primeiro lugar, a Grécia Antiga foi o lar de algumas das primeiras formas de governo
democrático, como na cidade-estado de Atenas. A democracia ateniense influenciou
profundamente o pensamento político e social ocidental.
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2. Fundamentação Teórica
Resolução de Exercícios
Educação na antiguidade
1. A Antiguidade Clássica refere-se a um período na história que abrange as civilizações da
Grécia Antiga e de Roma, geralmente datado aproximadamente entre os séculos VIII a.C.
e V d.C. Essas civilizações tiveram um profundo impacto na história da educação, com
destaque para a Grécia, que desenvolveu sistemas de educação que influenciaram muitas
culturas posteriores. A educação na Grécia Antiga, por exemplo, era centrada na formação
integral do cidadão, com ênfase no desenvolvimento físico, mental e moral. Já em Roma, a
educação era mais voltada para a preparação dos jovens para a vida cívica e militar.

2. A Grécia é considerada o berço da civilização ocidental por várias razões. Em primeiro


lugar, a Grécia Antiga foi o lar de algumas das primeiras formas de governo democrático,
como na cidade-estado de Atenas. A democracia ateniense influenciou profundamente o
pensamento político e social ocidental.

Além disso, a Grécia foi o berço da filosofia ocidental, com pensadores como Sócrates,
Platão e Aristóteles desenvolvendo ideias que moldaram a maneira como pensamos sobre
o mundo, a ética e a política até os dias de hoje.

A Grécia Antiga também foi o local de nascimento dos Jogos Olímpicos, que representavam
não apenas uma competição esportiva, mas também um momento de paz e unidade entre
as diversas cidades-estado gregas.

A arte e a arquitetura gregas também tiveram um impacto duradouro na civilização


ocidental, com obras como o Partenon e esculturas como a Vênus de Milo e o Discóbolo
influenciando artistas e arquitetos por séculos.

Esses são apenas alguns dos motivos pelos quais a Grécia é considerada o berço da
civilização ocidental, pois sua cultura e contribuições tiveram um impacto profundo e
duradouro no desenvolvimento da sociedade ocidental.

3. A educação em Esparta e Atenas era bastante diferente devido às suas distintas prioridades
sociais, políticas e culturais.
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Educação em Esparta:

- Foco: A principal ênfase da educação espartana era a preparação dos cidadãos para a
guerra e para servir o Estado.

- Conteúdo: As crianças espartanas, desde tenra idade, eram submetidas a um


treinamento rigoroso, incluindo exercícios físicos intensivos, competições atléticas e
treinamento militar.

- Objetivo: O objetivo era formar soldados fortes e disciplinados, capazes de suportar as


dificuldades da guerra e defender o Estado espartano.

- Inclusão: A educação espartana era restrita apenas aos meninos e meninas nascidos de
cidadãos espartanos, excluindo estrangeiros, escravos e até mesmo os espartanos que não
passassem em testes de aptidão física.

- Estilo de vida: Após completarem o treinamento militar, os jovens espartanos eram


incentivados a viverem de forma austera, focados no bem-estar da cidade-estado e no
fortalecimento da coletividade em detrimento do individualismo.

Educação em Atenas:

- Foco: A educação em Atenas tinha um foco mais amplo, visando o desenvolvimento


intelectual, artístico e físico dos cidadãos.

- Conteúdo: A educação em Atenas incluía a música, a literatura, a matemática, a


filosofia e o debate público, além de atividades físicas.

- Objetivo: O objetivo era formar cidadãos educados e politicamente engajados,


capazes de participar da vida política e cultural da cidade.

- Inclusão: A educação em Atenas era mais inclusiva, sendo disponível para meninos
de famílias livres e, em alguns casos, até para meninas de famílias nobres.

- Estilo de vida: Os atenienses valorizavam o equilíbrio entre o desenvolvimento físico


e intelectual, buscando uma vida equilibrada e harmoniosa.

Essas diferenças refletiam as prioridades e os valores distintos de cada cidade-estado


grega, com Esparta enfatizando a disciplina militar e a coesão social, enquanto Atenas
valorizava a educação para a participação política e o desenvolvimento intelectual e
cultural.
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4. Na educação espartana, as diferenças entre a educação de homens e mulheres eram


significativas e refletiam os papéis distintos que desempenhariam na sociedade espartana.
Educação dos Homens:

- Foco: A principal ênfase da educação dos homens espartanos era a preparação para a
guerra e o serviço militar.

- Treinamento Militar: Desde tenra idade, os meninos espartanos eram submetidos a um


treinamento militar rigoroso, que incluía exercícios físicos intensivos, competições
atléticas e técnicas de combate.

- Vida em Comunidade: Os jovens espartanos viviam em alojamentos coletivos chamados


de "agelai", onde aprendiam a viver em comunidade, compartilhando alimentos, roupas e
experiências.

- Disciplina e Lealdade: A disciplina e a lealdade ao Estado espartano eram valores


fundamentais ensinados aos jovens, que eram encorajados a colocar os interesses da
cidade estado acima dos seus próprios.

- Vida Adulta: Após completarem o treinamento militar, os homens espartanos tornavam-


se parte da milícia espartana, continuando a servir o Estado em diferentes capacidades.

Educação das Mulheres:


- Foco: A educação das mulheres espartanas era voltada principalmente para a saúde física
e a capacidade de procriação.

- Exercícios Físicos: As meninas espartanas também eram submetidas a exercícios físicos,


mas de forma menos intensiva do que os meninos, visando principalmente à saúde e à
fertilidade.

- Papel na Sociedade: As mulheres em Esparta tinham um papel mais ativo na sociedade


em comparação com outras cidades-estado gregas, e eram encorajadas a participar de
atividades físicas e intelectuais para garantir que pudessem ser mães saudáveis e educar
seus filhos para o serviço militar.

- Libertinagem Relativa: Em comparação com as mulheres de outras cidades-estado


gregas, as mulheres espartanas tinham uma certa liberdade e autonomia, podendo
gerenciar propriedades e participar de eventos públicos em certa medida.
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Essas diferenças na educação entre homens e mulheres em Esparta refletiam os papéis de


gênero tradicionais e as necessidades específicas da sociedade espartana, onde a disciplina
militar e a força física eram altamente valorizadas nos homens, enquanto a saúde e a
fertilidade eram prioridades para as mulheres.

5. Na Atenas Antiga, os meninos frequentavam dois tipos principais de escolas: a escola


primária (didaskaléion) e a escola secundária (gumnásio).
a. Escola Primária (Didaskaléion):
- Idade: As crianças começavam a frequentar a escola primária por volta dos seis anos
de idade.

- Conteúdo: O currículo incluía leitura, escrita, matemática básica, música e ginástica.

- Métodos: A educação era baseada principalmente na memorização e recitação de


poemas épicos e textos literários.

- Professor: O professor (didáskalos) era responsável por ensinar os alunos e era


altamente respeitado na sociedade ateniense.

b. Escola Secundária (Gumnásio):


- Idade: Por volta dos 13 anos, os meninos frequentavam o gumnásio para a educação
secundária.

- Conteúdo: O currículo incluía disciplinas mais avançadas, como retórica, filosofia,


geometria, astronomia, música e educação física.

- Métodos: Os alunos eram incentivados a participar de debates e discutir temas


filosóficos e políticos.

- Professor: Os professores eram conhecidos como grammatikós e eram responsáveis


por ensinar literatura, gramática e retórica.

Além dessas escolas formais, os meninos atenienses também recebiam educação em casa, onde
aprendiam habilidades práticas e valores morais com seus pais e tutores.

A educação em Atenas valorizava o desenvolvimento intelectual, artístico e físico dos cidadãos,


preparando-os para participar ativamente na vida política e cultural da cidade.
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6. Os sofistas eram filósofos e mestres da retórica na Grécia Antiga, que floresceram


principalmente durante o século V a.C. Eles eram conhecidos por ensinar habilidades de
argumentação, retórica e debate público, cobrando pelos seus ensinamentos. Os sofistas
eram bastante influentes em Atenas e outras cidades gregas, onde ensinavam principalmente
a arte da persuasão e da argumentação.

Os sofistas eram frequentemente criticados por Sócrates e Platão, entre outros, por
ensinarem a arte de argumentar sem necessariamente buscar a verdade objetiva. Eles eram
vistos como relativistas, acreditando que a verdade podia variar de acordo com as
circunstâncias e as convenções sociais. No entanto, alguns sofistas, como Protágoras,
também faziam contribuições significativas para a filosofia, explorando questões como a
natureza da verdade, a moralidade e a política.

7. Sócrates, Platão e Aristóteles: Quadro Comparativo


Sócrates Platão Aristóteles
Período Seculo V a.C. Seculo V à IV a.C. Seculo IV a.C.
Abordagem A maiêutica (arte de fazer Idealismo (crença em Realismo (ênfase na
Filosófica perguntas para levar os um mundo das ideias observação e análise
outros a descobrirem a ou formas perfeitas, do mundo natural)
verdade por si mesmos) e a além do mundo
ironia socrática. material).
Conhecimento A sabedoria está em O conhecimento O conhecimento vem
reconhecer a própria verdadeiro vem da da observação e da
ignorância (conceito do contemplação das experiência do
"sei que nada sei"). formas ideais, que mundo natural.
são eternas e
imutáveis.
Ética A virtude é conhecimento; A alma é imortal e A ética está no
fazer o bem resulta de busca a pureza e a equilíbrio e na
conhecer o bem. perfeição moral moderação, evitando
através da filosofia. os extremos.
Política Crítica à democracia Defendeu a ideia de Valorizou a
ateniense, defendendo um uma República ideal, "política" como a
governo baseado na busca pela melhor
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sabedoria dos filósofos (a governada por forma de governo,


"teoria das formas"). filósofos-reis. enfatizando a
importância da
comunidade política.
Educação A educação é o processo de A educação visa A educação deve
trazer à luz o conhecimento recordar o cultivar as virtudes
inato, através do conhecimento das morais e intelectuais,
questionamento e da formas ideais que a buscando o bem
reflexão. alma já conhecia comum da sociedade.
antes de nascer.
Ideias - Preocupação com a ética e - A busca pelo - A crítica à
Comuns: a virtude como caminho conhecimento como democracia
para uma vida boa. meio de alcançar a ateniense e a defesa
verdade e a de formas
sabedoria. alternativas de
governo baseadas
na razão e na
virtude.
Ideias - Sócrates enfatizava a - Platão desenvolveu - Aristóteles
Diferentes: importância do a teoria das formas, valorizava a
conhecimento prático e da acreditando na observação
virtude como formas de existência de um empírica e a
alcançar a felicidade. mundo perfeito e experiência como
imutável de formas base para o
ideais. conhecimento,
rejeitando a ideia de
formas ideais
separadas do
mundo natural.

8. Para Sócrates, a finalidade da educação era levar os indivíduos a reconhecerem a própria


ignorância e, através desse reconhecimento, buscar a verdade e a sabedoria. Ele acreditava
que o conhecimento verdadeiro vem do autoexame e da reflexão sobre questões
fundamentais da vida, como a moralidade, a ética e o significado da existência. Sócrates
enfatizava a importância de questionar, discutir e refletir sobre as ideias, em vez de
simplesmente aceitá-las passivamente. Ele via a educação como um processo de iluminação
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e autodescoberta, no qual os indivíduos buscavam constantemente aperfeiçoar-se moral e


intelectualmente.

9. Para Platão, o papel do educador era fundamental na formação dos indivíduos e na


construção de uma sociedade justa e virtuosa. Ele via o educador como um guia que ajudava
os alunos a alcançar a verdade e a sabedoria, preparando-os para assumir papéis de liderança
na sociedade.

Platão acreditava que os educadores deveriam ser filósofos, pois apenas eles teriam a
capacidade de compreender as formas ideais e transmitir esse conhecimento aos alunos. O
educador platônico deveria ser um modelo de virtude e sabedoria, inspirando os alunos a
buscar a excelência moral e intelectual. Além disso, Platão enfatizava a importância da
educação como um processo de recordação (anamnesis), no qual os educadores ajudavam
os alunos a lembrar-se do conhecimento que suas almas já possuíam antes de nascerem,
mas que haviam esquecido ao encarnar no mundo material. Dessa forma, o educador
platônico tinha a responsabilidade de despertar a mente dos alunos para a verdade e ajudá-
los a alcançar a perfeição moral e intelectual.

10. Aristóteles justifica que a base do conhecimento consiste na virtude ao argumentar que a
virtude está intrinsecamente ligada à busca da felicidade e do bem supremo. Para
Aristóteles, a virtude não é apenas uma questão de agir corretamente, mas também de
desenvolver hábitos e disposições que levem à excelência moral e à realização pessoal.

Aristóteles define a felicidade (eudaimonia) como o bem supremo e o objetivo final da vida
humana. Ele argumenta que a felicidade não pode ser alcançada através da busca de prazeres
materiais ou da gratificação dos desejos pessoais, mas sim através da realização das
potencialidades humanas mais elevadas.

Nesse sentido, a virtude desempenha um papel crucial, pois é através da prática das virtudes
morais e intelectuais que o ser humano atinge a excelência e se torna capaz de viver uma
vida plenamente realizada. Aristóteles acreditava que a virtude era um meio-termo entre os
extremos, e que ela só poderia ser alcançada através da educação e do cultivo dos hábitos
corretos.
Portanto, para Aristóteles, a base do conhecimento consiste na virtude porque é através da
virtude que se alcança a felicidade e o bem supremo, que são os objetivos finais da vida
humana.
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3. Conclusão
A Sociedade Ocidental deve muito à cultura e à civilização dos gregos e romanos. Muitas foram
as contribuições deste modelo de civilização para o ocidente, e mesmo na actualidade, muito
de nosso modo de pensar e ver o mundo ainda contém influências advindas desta época.

E também podemos concluir a cerca das diferenças na educação entre homens e mulheres em
Esparta refletiam os papéis de gênero tradicionais e as necessidades específicas da sociedade
espartana, onde a disciplina militar e a força física eram altamente valorizadas nos homens,
enquanto a saúde e a fertilidade eram prioridades para as mulheres.

Na Atenas Antiga, os meninos frequentavam dois tipos principais de escolas: a escola primária
(didaskaléion) e a escola secundária (gumnásio). Escola Primária (Didaskaléion): Idade: As
crianças começavam a frequentar a escola primária por volta dos seis anos de idade. Conteúdo:
O currículo incluía leitura, escrita, matemática básica, música e ginástica. Métodos: A educação
era baseada principalmente na memorização e recitação de poemas épicos e textos literários.
Escola Secundária (Gumnásio): Idade: Por volta dos 13 anos, os meninos frequentavam o
gumnásio para a educação secundária. Conteúdo: O currículo incluía disciplinas mais
avançadas, como retórica, filosofia, geometria, astronomia, música e educação física. Métodos:
Os alunos eram incentivados a participar de debates e discutir temas filosóficos e políticos.
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4. Referencias Bibliográficas

ALVES, Luís Alberto Marques. História da Educação. Faculdade de Letras da Universidade do


Porto, 2012. Disponível em: http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/10021.pdf

AMADO, Casimiro Manuel Martins. História da Pedagogia e da Educação. Universidade de


Évora, 2007. Disponível em: http://home.dpe.uevora.pt/~casimiro/HPE-%20Guiao%20-
%20tudo.pdf

GADOTTI, Moacir. Perspectivas Atuais da Educação. Revista São Paulo Perspectiva. Vol.14,
no.2. São Paulo,2000. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392000000200002.

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