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PODERES EXECUTÓRIOS DO JUIZ: BREVE


LEITURA DO INC. IV DO ART. 139 DO CPC/2015

1. Introdução: a “re-legislação” e seus riscos

O CPC/2015 traz, como uma das novidades em relação ao CPC/73, a expressa e


textual atribuição ao juiz de poderes executórios indeterminados para “cumprimento de
ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária”, nos
termos do inc. IV do seu art. 139. Como em várias outras disposições, o legislador
cuidou de tornar expresso e eliminar qualquer dúvida, acerca de estar ou não o juiz
aparelhado de certos poderes – no caso, para obtenção de resultados práticos tidos
como normativamente devidos, ainda que em razão dos mais diversos títulos.

Contudo, ao optar o Estado por “concretizar a Constituição” através da lei,


apenas trocando uma dicção legal supostamente insuficiente, por outra supostamente
melhor e mais adequada a este ou aquele valor constitucional, pode cometer – e de fato
tem cometido no CPC/2015 – alguns equívocos, sobretudo em casos em que, doutrina e
jurisprudência já vinham concretizando diretamente a constituição (em caráter
propositivo, por parte da doutrina, em caráter normativo, por parte da jurisprudência).

Em primeiro lugar, há o risco de passar uma mensagem que reforça uma cultura
de “indiferença à Constituição em excessiva exaltação da previsão infraconstitucional”,
a qual ainda hoje prevalece em inúmeros setores. Com efeito, é possível considerar que
tal orientação ainda é extremamente forte no direito brasileiro e uma evidência disto,
por paradoxal que seja, consiste no uso abusivo e irracional de valores constitucionais
para afastar normas infraconstitucionais claramente determináveis a partir de seus
respectivos textos legais. A prática majoritária nos Tribunais brasileiros – e nisso não
são efetivamente auxiliados pela doutrina majoritária, da qual as práticas judiciais são
sempre o reflexo – é a de oscilar entre dois extremos, que se revelam a cara e a coroa da
mesma moeda, a saber:

(1) Deixar de decidir de determinada maneira, invocando a mera ausência


de norma legal autorizando a decisão naquele sentido;

(2) Decidir de certa maneira, contrariando expressa norma


infraconstitucional que desautoriza a decisão nesse sentido, invocando
um valor constitucional, sem ter o mínimo cuidado em demonstrar:

(a) se a decisão contra legem é efetivamente apta a realizar o


valor constitucional invocado;
(b) se ao fazer isso, a decisão contra legem não viola outro valor
constitucional;

(c) se não existiria uma outra decisão, mesmo que contra legem,
que realizaria a melhor realização possível entre todos os valores
envolvidos no caso concretos;

(d) se, caso a última hipótese não seja possível, o valor realizado
com a decisão contra legem se revela, no caso concreto, mais
relevante do que o valor eventualmente realizado com a decisão
que se limitasse a aplicar a norma inequivocamente aplicável à
espécie.1

Em segundo lugar, esta opção de “re-legislar” sobre matéria já objeto de


evolução doutrinária e jurisprudencial acumulada, corre o risco, extremamente provável,
de o “novo texto legal” criado pelo legislador, embora resolva alguns problemas da
legislação anterior, termine por trazer outros. Isso é quase inevitável ocorrer. O
problema é que, com o reforço da indiferença constitucional que, hipoteticamente, a
excessiva aposta na figura do legislador para concretizar a Constituição, este reforço
mantém os aplicadores das novas normas infraconstitucionais igualmente despreparados
para resolver esses problemas.

Essas ligeiras observações sobre questões que exigem, reconhece-se, uma


reflexão muito mais elaborada e de maior fôlego, servem, no entanto, para bem
contextualizar uma leitura crítica da norma veiculada pelo inc. IV do art. 139 do
CPC/2015. Os poderes que aí são expressamente reconhecidos, já eram reconhecidos
em parte da doutrina e parte da jurisprudência. O exercício concreto desses poderes, é
certo, padeciam de maior delimitação racional. Porém, quanto a isso, o art. 139 não
pode ser considerado como trazendo nenhuma ajuda. Ao contrário, trouxe novos
problemas de interpretação, uma vez que há vários pontos falhos em sua redação.

2. Estratégias de realização judicial de condutas devidas

Para bem interpretar o dispositivo legal objeto do presente texto, é curial traçar
um quadro das estratégias concebíveis, com total independência de qualquer
ordenamento jurídico (porém aproveitando-se dos exemplos colhidos nos ordenamentos
concretos), das medidas ou estratégias que pode utilizar o juiz, quando incumbido da
missão de obter a realização judicial de condutas devidas, a qualquer título que seja.
Registre-se, desde logo, que é conhecimento consagrado por décadas de reflexão
(menos no Brasil e muito mais em países como EUA, Inglaterra e outros exemplares
do Common Law) sobre o problema prático de realizar judicialmente condutas devidas,
seja a que título for que tais condutas sejam devidas – a título estritamente judicial, ou
legal, ou contratual, ou provisório ou definitivo – que são concebíveis apenas duas

1
Aliás, boa parte da controvérsia doutrinária sobre a questão, está ligada à falta de consenso sobre o que
se deve, afinal, entender por “ordem judicial”: quando é que um ato do juiz deve, racional e
juridicamente, ser considerado como uma ordem judicial.
ordens de estratégias a serem adotadas pelo juiz (ou por quem quer que se veja nesta
situação, ou seja, com a missão de obter a realização concreta de uma conduta devida):

(i) Ou são utilizadas medidas para “induzir” o sujeito da conduta devida a


realizar ele mesmo a conduta devida.

(ii) Ou são utilizadas medidas em que o resultado concreto que seria


produzido pela realização da conduta devida é produzido pela realização
de condutas de pessoas diversas do sujeito que deveria realizá-la, tudo
sob supervisão do juiz, o qual, diz-se costumeiramente, substitui o sujeito
que deveria realizar a mencionada conduta.

Para fins de viabilizar a presente argumentação, convém batizar as duas


estratégias delineadas como “estratégia personalíssima” e “estratégia substitutiva”,
cabendo se referir às medidas judiciais que efetivam cada uma dessas estratégias,
obviamente, de “medidas personalíssimas” e “medidas substitutivas”. No plano
puramente lógico, a estratégia personalíssima admite uma óbvia subdivisão:

(1) Medidas que criam uma motivação psicológica positiva ao sujeito que
deve realizar a conduta devida, para induzi-lo pela promessa de
recompensa a realizar esta conduta.

(2) Medidas que criam uma motivação psicológica negativa ao sujeito


que deve realizar a conduta devida, para induzi-lo pela promessa de um
castigo a realizar esta conduta.

As medidas do primeiro grupo, sempre para fins puramente terminológicos e de


possibilitar uma argumentação coerente, podem ser denominadas medidas
personalíssimas premiais. Já as medidas do segundo grupo, por sua vez, poderiam ser
chamadas medidas personalíssimas coercitivas. Insista-se, tanto o termo ‘premial’,
como o termo ‘coercitivo’ são arbitrariamente fixados e quaisquer outros poderiam ser
utilizados, numa fase como a presente de mera construção de um vocabulário teórico,
com o qual se vai compreender institutos legais, correspondentes a normas que são
veiculadas por textos que contêm termos no mínimo “estranhos”, como é o caso do inc.
IV do art. 139 do CPC. Contudo, tais termos são de uso consagrado e já incorporado ao
vocabulário jurídico comum (e, assim, quase pré-teórico).

Enfim, também é já consagrada uma subdivisão das medidas personalíssimas


coercitivas em “pessoais”, quando consistente em ameaças de restrição de liberdade do
sujeito da conduta devida, e “patrimoniais”, quando consistente em ameaças de
imposição de sanções pecuniárias ao patrimônio do sujeito da conduta devida.

Registre-se, por extremamente oportuno, que tal subdivisão está longe de ser
exaustiva. A experiência de outros ordenamentos demonstra inúmeros exemplos de
medidas personalíssimas coercitivas que não se enquadram facilmente, em nenhuma das
duas categorias, assim como medidas que podem ser enquadradas em ambas. Como
exemplo pitoresco da primeira hipótese, aponte a medida, adotada por um juiz
americano, como civil contempt, que ameaçou o xerife de determinada cidade de tomar-
lhe o distintivo, caso ele insistisse em violar ordem judicial determinando a sua omissão
em realizar comentários racistas a determinada parte. Como exemplo da segunda
espécie, mencione-se o “sequestro coercitivo”, utilizado pelas cortes inglesas contra
pessoas jurídicas, nomeadamente sindicatos que se recusam a cumprir uma ordem de
encerrar um movimento paredista, sequestro este que mais se assemelha a uma “prisão
civil” de uma empresa, do que mera sanção pecuniária, uma vez que consiste em
“congelar” todo o patrimônio da pessoa jurídica, até que ela cumpra de terminada ordem
(realize determinada conduta qualificada como devida).2

Tem-se, assim, o seguinte quadro das medidas que, concebivelmente, com


abstração de qualquer ordenamento jurídico e levando em consideração apenas a
“natureza das coisas”, pode o juiz dispor para desincumbir-se da missão de “obter a
realização judicial de uma conduta devida”:

medidas
substitutivas

Premial

medidas
personalíssimas Patrimonial

Coercitiva
Pessoal

3. Direito fundamental à tutela jurisdicional efetiva e os poderes


executórios do juiz: estado da arte anterior ao CPC/2015

Trazendo essas distinções para a compreensão do direito brasileiro, já se cuidou


de evidenciar3 que, da norma consagrada no inc. XXXV do art. 5º da CF, pode-se
derivar outra mais restrita, no sentido de consagrar não um direito à efetividade da tutela
jurisdicional em geral, mas um direito à efetividade da tutela executiva. É essa norma
jusfundamental que se pode considerar como autorizando, com validade prima
facie obviamente (ou seja, com exercício concreto a depender do cuidadoso exame das
circunstâncias concretas e dos valores em jogo), que o juiz adote toda e qualquer
medida capaz de proporcionar a total satisfação in executivis dos direitos tidos, pela lei,
como merecedores de tutela executiva. Nessa ordem, não há nenhuma diferença entre a
prestação de tutela executiva através de um módulo processual autônomo e
independente de uma prévia cognição judicial acertando a existência do direito a ser
satisfeito – vale dizer, através do que se conhece, no direito brasileiro atual, como
“processo de execução” – e a prestação de tutela executiva através de um módulo
2
Cf., exemplificativamente, GUERRA, Marcelo Lima. Direitos Fundamentais e a Proteção do Credor
na Execução Civil. São Paulo: RT, 2003; MARINONI, Luiz Guilherme. Teoria Geral do Processo, São
Paulo: RT, 2006; DIDIER JR. Fredie, CUNHA, Leonardo José Carneiro da, BRAGA, Paula Sarno e
OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Processual Civil – Execução, Vol. 5, 2ª Ed. Salvador: JusPODVM,
2010.
3
Cf. GUERRA, Marcelo Lima. Execução Indireta. São Paulo: RT, 1999.
processual que é mera “fase” sucessiva a um módulo processual destinado à declaração
judicial do direito a ser satisfeito in executivis – aquilo que se conhece, no direito
brasileiro atual, como “cumprimento de sentença”.

Enfim, não se pode negar que os mesmos poderes podem ser tidos como
conferidos ao juiz, já com base no direito fundamental à tutela jurisdicional (em geral)
efetiva, em todas as hipóteses em que a efetividade da tutela jurisdicional devida a
alguém, dependa da obtenção de um resultado prático, algo empiricamente análogo
àquilo em que se traduz a “feição puramente factual” da tutela executiva. É o que
ocorre, emblemática e exemplificativamente, na efetivação de tutela de urgência e no
cumprimento de ordem de exibição de coisa ou documento em poder de terceiro, para
fins puramente probatórios. Também para essas situações e todas as outras que lhes
sejam análogas, se pode considerar que o direito fundamental à tutela efetiva,
consagrado no inc. XXXV do art. 5º da CF significa, entre outras coisas, a atribuição de
poderes indeterminados ao juiz para adotar toda e qualquer medida que se
revele adequada, necessária e proporcional em sentido estrito, à luz dos dados da
situação concreta.

São esses poderes judiciais, caracterizados por serem voltados à obtenção ou da


realização de uma determinada conduta devida (a qualquer título que seja) pelo seu
respectivo sujeito, ou da obtenção do resultado prático equivalente à realização desta
conduta pela seu titular (através da realização de outras condutas, por sujeitos distintos),
que podem ser denominados “poderes executórios do juiz”. O uso do adjetivo
‘executório’ atende à necessidade de assinalar, já na terminologia escolhida, que tais
poderes têm um campo de aplicação mais amplo do que aquele determinado pela
prestação de tutela executiva. Contudo, nunca é demais dizer, que essa terminologia é
uma escolha arbitrária, para designar um conceito que é teórico, ou doutrinária, por
contraposição a um conceito legal, ou seja, que corresponda ao sentido de algum texto
legislativo.

4. Análise do inc. IV do art. 139 do CPC/2015

Feito esse meteórico repasse do estado da arte da doutrina processual sobre os


poderes executórios do juiz, na perspectiva do CPC/73, cumpre passar, agora, ao exame
do inc. IV do art. 139 do CPC/2015. Para tanto, convém reproduzir o mencionado
dispositivo legal:

Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste


Código, incumbindo-lhe:

(…)

IV – determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais


ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem
judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
As expressões ‘medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias’
são extremamente problemáticas. Por um lado, ‘medidas coercitivas’ e ‘medidas sub-
rogatórias’ são termos de uso consagrado e regular na doutrina, tanto nacional como
alienígena, sempre para expressar noções como as que foram, acima, denominadas com
‘medidas personalíssimas coercitivas’ e ‘medidas substitutivas’, respectivamente. Por
outro lado, ‘medida indutiva’ parece ser uma expressão inteiramente “inventada” pelo
legislador, uma vez que seu uso, se ocorrente em algum texto doutrinário, o é de forma
inteiramente isolada e recente. Enfim, ‘medida mandamental’ é a mais recente “variação
terminológica” do adjetivo introduzido na literatura jurídica brasileira por Pontes de
Miranda, para qualificar, no entanto, ações. A partir da década de 90 do século passado,
o mesmo adjetivo passou a ser utilizado para qualificar “tutela jurisdicional” e
“providência jurisdicional”. Contudo, é extremamente irregular os seus respectivos
usos, uma vez que divergem bastante os doutrinadores sobre o que se possa,
racionalmente, compreender como “ação mandamental”, “tutela mandamental” e
“providência mandamental”.4

Aqui não é, certamente, a ocasião oportuna para enfrentar esses problemas, mas
apenas para assinalá-los. Com efeito, assim fazendo, confirma-se a previsão de que “re-
legislações” são perigosas e podem trazer outros problemas do mesmo grau de
dificuldade – quando não maiores – do que aqueles que as “novas palavras da lei”
almejaram resolver.

Contudo, a parte do dispositivo legal consistente na expressão ‘necessárias para


assegurar o cumprimento de’ consiste, na verdade, na “Pedra de Roseta” a conduzir uma
interpretação razoável do dispositivo como um todo. É que apenas o teor literal de
‘medidas … necessárias a assegurar o cumprimento de…’ já é suficiente para se ter uma
ideia bastante clara do que se trata, ou melhor, de que medidas se está tratando, no inc.
IV do art. 139 do CPC/2015, mesmo que os termos escolhidos para designar cada uma
das medidas elencadas sejam enigmáticos, bem como o termo utilizado para designar o
“objeto do cumprimento” também o seja.

Ora, o sentido sério e literal da expressão ‘medidas … necessárias a assegurar o


cumprimento de…’ é tal que permite identificar que, com seu uso, se está referindo às
estratégias de que possa se valer o juiz para obter a realização de uma conduta devida,
pelo seu respectivo sujeito, ou o resultado prático da realização desta conduta,
produzido pela realização de condutas por sujeitos diversos. Por outro lado, o sentido
literal predominante de ‘coercitivas’ e ‘sub-rogatórias’ são o suficiente para cobrir,
praticamente, todo o espectro de medidas cogitáveis, deixando de fora, tão somente,
aquelas medidas que se enquadrariam como “medidas personalíssimas premiais”. Dessa
forma, o que quer que sejam as tais “medidas indutivas” e as “medidas mandamentais”
referidas no texto legal sob análise, ou elas são, nada mais nada menos do que as
próprias “medidas coercitivas”, ou são submodalidades dessas últimas. Com isso, tem-
se que os poderes expressamente atribuídos ao juiz no inc. IV do art. 139 do CPC/2015,
consistem naqueles poderes executórios indeterminados (mas não ilimitados) que já se
reconhecia como se podendo atribuir ao juiz, com fundamento apenas na própria norma
constitucional veiculada pelo inc. XXXV do art. 5º da CF.

4
Registre-se que, nessa etapa, presume-se que já tenham sido superados problemas relacionados à
determinação da norma associada a determinado texto legal.
O texto legal, todavia, ainda é bastante incompleto, além das confusões
semânticas apontadas. Se o legislador entendeu ser necessário colocar em texto expresso
poderes que já se extraiam de uma norma constitucional, também deveria ter colocado,
em texto expresso, pelo menos a ideia geral de que esses poderes hão de ser exercidos
com limites, os quais apenas podem ser determinados com elementos da situação
concreta, a saber: os “testes da proporcionalidade”, consistente na determinação da
adequação causal da medida executória, da sua necessidade ou exigibilidade (menor
gravosidade) e da sua proporcionalidade em sentido estrito. Tais limites, apesar de não
estarem textualmente expressos, existem de qualquer maneira, pois eles decorrem da
própria força normativa de todos os valores constitucionais, considerados
holisticamente.

Enfim, falhou o legislador também ao limitar a atribuição de poderes executórios


inominados ao juiz, apenas para o “cumprimento de ordens judiciais”, o que quer que se
entenda por ‘ordem judicial’. Pois é certo que, mesmo quem não entenda que nenhuma
sentença pode ser considerada como uma “ordem judicial”, em sentido legal (ou seja,
num sentido que esteja articulado com consequências inerentes ao direito brasileiro e
não a um ordenamento platônico), parece inquestionável que o juiz estará armado
desses poderes executórios indeterminados tanto para efetivar tutela provisória,
assegurar o cumprimento de ordens em sentido estrito, como aquela dirigida a um
terceiro para exibição de coisa ou documento em seu poder, como na satisfação in
executivis proporcionada através de “cumprimento de sentença”, bem como naquela
proporcionada através de “processo de execução”.

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