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ALTERAÇÕES SANGUÍNEAS E ANEMIAS NA PRÁTICA

DA FISIOPATOLOGIA À CONDUTA NUTRICIONAL

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

• SANGUE Constituído por componentes líquidos e sólidos

Plasma carrega nutrientes essenciais, hormônios e proteínas por


todo o corpo. 3 tipos de glóbulos - vermelhos, brancos e plaquetas

Medula óssea está sempre produzindo novas células


As células sanguíneas são produzidas na medula
sanguíneas para substituir aquelas que morreram ou
óssea
foram destruídas ou perdidas
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O QUE REPRESENTA CADA ITEM DA SÉRIE VERMELHA DO HEMOGRAMA?

Eritrócitos/Hemácias

Células de forma bicôncavo destituídas de núcleo

Seu número por mm3 fornece uma estimativa indireta


da hemoglobina no sangue

Possuem vida média de aproximadamente 120 dias

Passam por vários processos de maturação, sendo que,


na penúltima, recebem o nome de reticulócitos3
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

HEMÁCIAS

Produzidas na medula óssea


Principal função
(eritropoiese)

Transportar oxigênio e remover


dióxido de carbono
Através da
hemoglobina

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HEMÁCIAS – PROVÁVEIS ANOMALIAS

QUANTO AO TAMANHO
Normocitose: Hemácias de tamanho normal Microcitose: diminuição no tamanho
Anisocitose: desigualdade no tamanho Macrocitose: aumento no tamanho

QUANTO À FORMA
Poiquilocitose: formas variáveis

QUANTO À COR
Policromatofilia: Hc imaturas com restos de substâncias
basófilas (RNA) apresentando coloração variável entre rosa e Hipocromia: Coloração insuficiente das hemácias
azul acinzentado. Indica eritropoiese acelerada e reticulocitose

QUANTO AO NÚMERO
Reticulocitose: aumento da eritropoiese 5
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

HEMOGLOBINA

Pigmento dentro da hemácia

Proteína rica em ferro que se liga ao O₂ nos pulmões e o


transporta para os tecidos de todo o corpo

Sintetizado na medula óssea

<10g/dL ou 20g/dL → indicação de investigação

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Composição da Hemoglobina

2 cadeias α com 2 cadeias β (globina) + molécula Heme + Ferro


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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

Representa a proporção (em %) dos eritrócitos no


• HEMATÓCRITO total do sangue entre o volume de Hc presente no
plasma

O valor do Ht está baixo em todas as anemias. Sofre


O valor do Ht depende do volume ocupado pelos
influência do volume sanguíneo e de seu estado
glóbulos vermelhos
dilucional (ex: gestação)

Valores ↓ podem estar relacionados com a


hemodiluição ou hiper-hidratação

Valores ↑ podem estar relacionados com hemoconcentração ou desidratação.


Por isso, não deve ser utilizado isoladamente (ver HB + HT + VCM) no diagnóstico de anemia 8
VALORES DE REFERÊNCIA PARA ERITRÓCITOS, HEMOGLOBINA E HEMATÓCRITO

ERITRÓCITOS HEMOGLOBINA HEMATÓCRITO


(x 10⁶/mm³) (g/100 dL) (%)

Recém-nascido (a termo) 4,0-5,6 13,5-19,6 44-62

Criança (3 meses) 4,5-4,7 9,5-12,5 32-44

Criança (1 ano) 4,0-4,7 11,0-13,0 36-44

Criança (10-12 anos) 4,5-4,7 11,5-14,8 37-44

Mulheres grávidas 3,9-5,6 11,5-16,0 34-47

Mulheres não grávidas* 4,0-5,6 12,0-16,5 35-47

Homens** 4,5-6,5 13,5-18,0 40-54

***Os valores de referência podem sofrer pequenas variações conforme o laboratório 9


Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

Parâmetros hematoquímicos de 501 indivíduos Indivíduos centenários saudáveis: HB 12,53 g/dL ± 1,39
Indivíduos idosos saudáveis: HB 11,42 g/dL ± 1,2
saudáveis (120 centenários >100 anos e 381
indivíduos >65 anos e <85 anos)

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS

Reflete o volume/tamanho médio das hemácias


• Volume corpuscular médio - VMC

Importante para definir se a anemia é de eritrócitos de


pequeno volume (microcítica) ou de grande volume
(macrocítica)

VCM (m³) = Hematócrito x 100


Hemácias (dois primeiros algarismos)
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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS

Normocitose: doença crônica, câncer, hipotireoidismo,


• Volume corpuscular médio - VMC hepatopatia, distúrbio falciforme

Microcitose: deficiência de ferro e anemia da doença


crônica

Macrocitose: falta de vit. B12 e ácido fólico

Anisocitose: diferentes tamanhos. Presença de macro e


micro-citose ao mesmo tempo, sem predominância
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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA - HCM

➢ HIPOCRÔMICA - com
pouca hemoglobina
Conteúdo de hemoglobina em cada hemácia. ➢ HIPERCRÔMICA - com
hemoglobina aumentada
Fornece a informação do tipo de anemia...

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPUSCULAR MÉDIA - CHCM

➢ VALORES DIMINUÍDOS:
HIPOCROMIA
Concentração de hemoglobina para
determinado hematócrito expresso ➢ VALORES AUMENTADOS:
em % HIPERCROMIA

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VALORES DE REFERÊNCIA PARA VCM, HCM E CHCM

VCM (µ³) HCM (pcg) CHCM (%)

Criança (3 meses) 83-110 24-34 27-34

Criança (1 ano) 77-101 23-31 28-33

Criança (10-12 anos) 77-95 24-30 30-33

Mulheres 81-101 27-34 31,5-36

Homens 82-101 27-34 31,5-36

*Os valores de referência podem sofrer pequenas variações conforme o laboratório

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CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS DE ACORDO COM A VCM <81 = Microcitose: déficit de ferro, talassemias, anemia de doença
crônica (tardia), deficiência de cobre
MORFOLOGIA E SÍNTESE DE ERITRÓCITOS
VCM 82-101 = Normocitose: Anemia ferropriva (precoce), anemia de
doença crônica, perda aguda de sangue, doença renal, anemia aplásica
e lesão medular, hipotireoidismo, hipopituitarismo
VCM (µ³) HCM (pcg) CHCM (%)
VCM >101 = Macrocitose: Alcoolismo, ↓ de ácido fólico, ↓ de vit B12,
reticulocitose (recuperação de anemias hemolíticas, carenciais e
Anemias hipocrômicas e <81 <27 <31 sangramentos), mielodisplasia, leucemia mielóide aguda, hepatopatia
microcíticas crônica, medicamentos, hipotireoidismo

Anemias hipercrômicas e >101 >34 >36 VCM >115: Macrocitose >115 é quase que exclusivamente causada por
macrocíticas deficiência de vitamina B12 e/ou ácido fólico

Anemias normocíticas 82-101 27-34 31,5-36 HCM <27 = Hipocromia: Anemia ferropriva; talassemia

*Os valores de referência podem sofrer pequenas variações conforme o laboratório


HCM >34 = Hipercromia: Costuma acompanhar macrocitoses

CHCM <31: Anemia ferropriva, talassemias

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CHCM >36: Esferocitose (hereditária ou adquirida); doença falciforme
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

• Índice de Anisocitose Eritrocitária - RDW

Indica o grau de variação no tamanho dos O aumento do RDW habitualmente precede as


eritrócitos alterações de outros parâmetros

Assim, a alteração precocemente na deficiência de ferro


pode ser indicada por este índice...

... Mesmo antes das alterações do VCM e da diminuição da hemoglobina


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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
• Plaquetas

São fragmentos de células presentes no sangue formado na medula óssea

Sua deficiência quantitativa ou qualitativa pode levar à hemorragia

A plaquetopenia pode ocorrer em decorrência de doenças autoimunes, anemia


aplásica, supressão medular, sepse, deficiência de vitamina B12 e ácido fólico
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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
• O que é Anemia?

A anemia é definida alternadamente como um número absoluto reduzido de hemácias circulantes ou uma
condição na qual o número de Hc (e, subsequentemente, sua capacidade de transporte de O₂) é insuficiente
para atender às necessidades fisiológicas

Embora mais comumente diagnosticada por ↓ concentração de Hb ou Ht, também pode ser
diagnosticada por meio de contagem de hemácias, VCM, contagem de reticulócitos sanguíneos,
hemograma ou eletroforese de Hb

Tipos de hemoglobina: Hemoglobina A1 (HbA1) – mais comum em adultos, correspondendo a


95% da hemoglobina total. Hemoglobina fetal (HbF) - presente em maiores concentrações nos
bebês. Hemoglobina A2(HbA2) – seu nível normal é de ~ 1,5 a 3,5%

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PONTOS DE CORTE DE Hb DA OMS PARA ANEMIA

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CAUSAS DA ANEMIA

Desequilíbrio na perda de eritrócitos em relação à produção devido

1) Eritropoiese ineficaz ou deficiente


• Deficiências nutricionais
• Inflamação
• Deficiência enzimática
• Distúrbios genéticos de Hb (defeitos na produção)

2) Perda excessiva de eritrócitos


• Hemólise
• Perda de sangue
• Ou ambos
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SINTOMAS MAIS COMUNS DA ANEMIA

✓ Cansaço
✓ Fadiga
✓ Falta de ar
✓ Taquicardia
✓ Palidez
✓ Câimbras
✓ Hipotensão
✓ Desenvolvimento e funcionamento do cérebro prejudicados

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS

ANEMIA AGUDA

✓ Perda excessiva ou acelerada de sangue, hemorragias e sangramentos

✓ Perda de sangue entre 10 a 20%: tonturas, mal-estar, cansaço

✓ Perda de sangue entre >20%: taquicardia, palidez, falta de ar, queda de pressão

✓ Perda de sangue >30%: choque hipovolêmico

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS

ANEMIA CRÔNICA

• Normalmente é assintomática, a queda da hemoglobina é mais lenta e normalmente o


organismo vai adaptando-se
• Taquicardia, sonolência, falta de memória, falta de ar, palidez, cansaço/fadiga

• Causas: sangramento menstrual intenso

• Causas: Perda de sangue gastrointestinal por úlceras, esquistossomose e/ou infecção


parasitária (ex: amebíase, giardíase, ascaridíase, ancilostomíase, enterobíase, teníase,
leishmaniose, úlceras, esquistossomose)
• Causas: Perda de sangue urinário (esquistossomose) 24
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS

ANEMIA ADQUIRIDA

• Normalmente desencadeada por falta de nutrientes , mas também pode ser de outras causas
como anemias carenciais, doença crônica e doenças infecciosas
• Causas: anemias carenciais - deficiência de ferro, vitamina B12 e ácido fólico

• Causas: doença crônica - doenças imunomediadas/autoimunes, processos inflamatórios


crônicos, neoplasias
• Causas: doenças infecciosas acometida por vírus (ex: infecção por malária)

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS

ANEMIA HEREDITÁRIA

• Quando o indivíduo já nasce com a doença, apresentará sempre os sintomas, ou o mesmo é o


portador, portanto precisará de assistência médica por toda a vida dependendo da gravidade

• Causas: distúrbios da hemoglobina (distúrbios da célula falciforme e talassemias)

• Causas: enzimopatias (deficiência de G6PD)

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As respostas estão nas
perguntas!
Qual tipo de
anemia?

TRATAMENTO PARA
Por hemólise? Déficit de algum
ANEMIA DEPENDE
nutriente?

Hemorragia
moderada ou
intensa?

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TIPOS DE ANEMIA E CONDUTA NUTRICIONAL

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

Condição na qual a medula óssea não consegue


produzir novos eritrócitos suficientes para
• Anemia Hemolítica (AH)
substituir aqueles que são destruídos muito cedo.
A AH pode ser adquirida ou hereditária

A AH hereditária está relacionada a problemas com os


Na AH adquirida, o corpo recebe um sinal de que algo
genes que controlam como os eritrócitos são
está errado com as Hc, embora elas sejam normais
produzidos...

... Isso causa defeitos nas membranas externas dos eritrócitos,


deficiências enzimáticas dentro dos eritrócitos ou distúrbios da Hb
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HEREDITÁRIA ADQUIRIDA
Defeito na membrana dos eritrócitos
(Anemia Falciforme, Esferocitose Respostas autoimunes
Hereditária, Eliptocitose hereditária)

Defeito na produção e hemoglobinas


Fragmentação das hemácias
(talassemia)

Defeito no metabolismo (deficiência Exposição a certos organismos Amebíase, giardíase,


da G6PD, piruvato quinase) infecciosos e toxinas ascaridíase,
ancilostomíase,
enterobíase, teníase,
Infecções parasitárias leishmaniose, úlceras,
esquistossomose

Reações a certos medicamentos

Incompatibilidade Rh
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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
• Anemia Hemolítica

SINAIS E SINTOMAS

Palidez nas mucosas


Esplenomegalia (destruição
Sinais e sintomas específicos para das hemácias)
anemia hemolítica; eles refletem o que está Icterícia
acontecendo no corpo conforme as Hc são Dor na parte superior do
destruídas e o número de Hc diminui abdômen
Urina avermelhada ou
marrom
Calafrios 31
OUTRAS ANEMIAS HEMOLÍTICAS
Tipo de anemia Causa Tratamento Diagnóstico

Esferocitose hereditária Desordem da membrana Ácido fólico, transfusões VCM <70, Esfregaço:
Eliptocitose hereditária dos eritrócitos de sangue, remoção do esferócitos
baço (raramente)
Deficiência da enzima G6PD Def. da G6PD, Profilaxia com Esfregaço: corpúsculo de
anormalidade do substâncias oxidantes, heinz nas hemácias
metabolismo da HC, transfusão de sangue se (inclusão), dosagem da
desordem genética ligada necessário enzima G6PD
ao cromossomo X
Autoimune Destruição precoce das Corticosteróides e Hemácias
hemácias por outros medicamentos microesferócitos (VCM
autoanticorpos para suprimir <70), eritoblastos,
o sistema imunológico, coombs direto +
Plasmaferese,
gamaglobulina
intravenosa, evitar
temperaturas frias
Microangiopática Fragmentação das Plasmaferese Plaquetopenia, provas de
hemácias normais por função renal alteradas
microvasos anormais
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ANEMIAS HEMOLÍTICAS

Reposição de
folato

Administrar
Esplenectomia
haptoglobina

TRATAMENTO

Retirar
medicamentos
Transfusão
e substâncias
de sangue que causam
hemólise
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ANEMIAS HEMOLÍTICAS

Hemograma:
VCM baixo

Esfregaço
Haptoglobina:
sangue:

esferócitos

EXAMES
LABORATORIAIS

Bilirrubina: ↑ Reticulócitos:
(icterícia) ↑

LDH: ↑

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Transtorno de Ansiedade

ANEMIA PÓS-HEMORRÁGICA

Perda aguda e acelerada de sangue. Pode variar de leve, Tratamento: 1) Inicialmente com cristaloides para manter
moderada à intensa. Medula óssea não consegue repor o volume sanguíneo; 2) Infusão de hemocomponentes
os elementos sanguíneos. quase que imediatamente - dependendo da quantidade
perdida de sangue.

Diagnóstico Laboratorial – Na aguda: ↓ de HC, HB, HT,


plaquetas e leucócitos. Na crônica: valores normais,
apresentando HC policromáticas e ↑ na contagem de
reticulócitos.

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
• Anemia Aplástica

✓ Doença rara. Ocorre quando a medula óssea está comprometida.


Como resultado, as células-tronco são destruídas ou não se
desenvolvem normalmente, ↓ a produção de Hc, Lc e plaquetas

✓ Pode ser adquirida ou hereditária.


✓ Algumas causas: radioterapia ou quimioterapia, toxinas ✓ ↓ das plaquetas pode causar: sangramento fácil ou
ambientais, certos medicamentos, infecções virais, doenças hematomas, petéquias, sangramento nasal, sangramento
autoimunes. nas gengivas, sangue nas fezes e períodos menstruais
✓ Pode ser grave ou fatal (podendo levar à óbito em menos intensos.
de 1 ano, se não tratado.

✓ Sintomas
✓ Diagnóstico Laboratorial
✓ ↓ de Hc podem causar: cansaço, fraqueza, falta de ar, pele
✓ Pancitopenia: Hb baixa (anemia), VCM baixo (microcitose),
e gengivas pálidos, tontura, dores de cabeça, mãos e pés
HCM e CHCM baixos (hipocromia). Avaliar também
frios e dor no peito.
leucócitos e plaquetas.
✓ ↓ de leucócitos pode causar: febre, infecções frequentes
✓ Reticulócitos: contagem normal. 36
ou graves e sintomas persistentes de gripes.
TRATAMENTO NA ANEMIA APLÁSTICA

MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA


TRANSPLANTE DE MEDULA
ÓSSEA, SE INDEFINIDO A
CAUSA

TRANSFUSÃO DE SANGUE,
SE NECESSÁRIO
PROCESSO PARA
INTERVENÇÃO “REMOVER A CAUSA
REDUZIR EXPOSIÇÃO À
DIRECIONADA E CONHECIDA PODE
TOXINAS, ESTRESSORES
INDIVIDUALIZADA CURAR A DOENÇA”
AMBIENTAIS

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ANEMIAS ASSOCIADAS À AUTOIMUNIDADE NA PRÁTICA COM O PACIENTE!

1) Identifique exposição à insultos tóxicos.


2) Sintomas comuns de intoxicação: dores de cabeça/enxaqueca, depressão, fadiga
generalizada, disfunção cognitiva, perda de memória, dificuldade na escrita.
3) Oriente paciente para evitar contato habitual à carga tóxica.
4) Oriente paciente quanto ao consumo de peixes menores.
5) Alimentação sustentável e orgânica.
6) Oriente sobre rotatividade entre alimentos de origem animal e vegetal - gado que Utilize a
consome pastagem ou grãos com agrotóxicos? orientação
7) Ovos caipira nutricional a seu
8) Água de boa procedência (filtros especializados, filtro de barro). favor e do seu
9) Oriente higienizar devidamente os alimentos – antiparasitário paciente!
10) Avalie processo detox do paciente (fígado 60-75%, rins e intestino ~20%).
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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

• Chlorella Pyrenoidosa 2 a 5 gramas/dia.

Uso: 30 minutos antes das principais refeições.

• Natural Cellular Defense®

Uso: 15 gotas ou 3 comprimidos, duas vezes ao dia.

• Glutationa Lipossomal 150 mg


Excipiente qsp. 1 unidade Aumentos significativos na
excreção urinária metais
Uso: Consumir 1 dose duas vezes ao dia. tóxicos, desintoxicação de
poluentes radioativos e
*Manipular em cáps. transparentes, livres de lactose e corantes
artificiais glifosato
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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

MÉTODO PARA REMOÇÃO DE AGRÓTOXICOS

Imersão em 0,1% de vinagre com água - taxa de remoção ± 67.03%


Imersão em 10% de solução salina comestível com água - taxa de remoção ± 58.46%
Imersão em 10% de solução de Bicarbonato de sódio com água - taxa de remoção ± 63.28%

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

NA PRÁTICA: MÉTODO PARA REMOÇÃO DE AGROTÓXICOS

25 ml de vinagre + 1 col. de chá de bicarbonato de sódio (1 g) + 1 col. de solução


salina comestível (10 g) – para cada 1 litro de água

1. Higienizar bem os alimentos primeiramente por 2 min. com água para retirar a
sujeira
2. Colocar os alimentos em imersão em 1 litro de água com o sal por 10-15 min.
3. Retirar a água e colocar novamente os alimentos em 1 litro de água com o
vinagre por 10-15 min.
4. Retirar a água e colocar novamente os alimentos em 1 litro de água com o
bicarbonato de sódio por mais 10-15 min.
5. Após o último processo, lavar os alimentos em água corrente.
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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
• Anemia ferropriva/ferropênica

DEFICIÊNCIA DE FERRO – CAUSA MAIS COMUM DE ANEMIA

Se desenvolve quando a ingestão de ferro na dieta não


pode atender às necessidades de Fe no organismo

Especialmente durante períodos da vida quando as


necessidades de Fe são particularmente altas

Ou quando as perdas de ferro excedem o ferro ingestão

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CAUSAS DA DEFICIÊNCIA DE FERRO E ANEMIA FERROPRIVA

Demanda aumentada Gestação


Adolescência
1ª infância (especialmente prematuros)
Período menstrual Perdas menstruais aumentadas
Perdas gastrointestinais Doença péptica
Doença diverticular dos cólons
Câncer
Má-formação vascular
Parasitose intestinal (ancilostomose)
Doença inflamatória intestinal
Má absorção Cirurgia bariátrica
Cirurgia de úlcera péptica
Inibidor de bomba de prótons
Doença celíaca
Diminuição da ingestão Dieta com exclusão de alimentos ricos em Fe
Idosos
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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
• Anemia ferropriva/ferropênica

SINTOMAS

Fadiga crônica/cansaço
Desânimo
Palidez
Tonturas
Geofagia (vontade de comer terra)
Dificuldade de concentração
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Taquicardia
ANEMIA FERROPRIVA

DIAGNÓSTICO
LABORATORIAL

Hemácia hipocrômica e Hemograma: ↓ de


microcítica Hb, Ht, VCM, e ↑ de RDW
CHCM

Saturação de TIBC – Capacidade


Ferritina:
Ferro: baixo transferrina: de Ligação do
diminuída
diminuída Ferro: alta

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ANEMIA FERROPRIVA

Administração
de ferro oral

Transfusão de Administração
hemácias (se de ferro via
houver parenteral
hipóxia (caso seja
tecidual) necessário)
O tratamento padrão é a
TRATAMENTO suplementação de ferro por V.O, na
dose de 50-200 mg/dia de ferro
elementar em adultos, que deve
ser feita até a normalização da
concentração de Hb e das reservas
de ferro (ferritina)

Microbiota Suporte
intestinal nutricional

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

Antibióticos, dieta inadequada, corticoides, anticoncepcionais,


laxantes, antiácidos, xenobióticos, estresse

↓Firmicutes/Bacteroides, ↑Bacteroides, ↑Clostridium cluster XIVa,


↑ Candida, ↓Lactobacillus, ↓Bifidobacterium, ↓Prevotella

Disbiose intestinal

Aumento da permeabilidade intestinal INFLAMAÇÃO SISTÊMICA, AUTOIMUNIDADE, MÁ


ABSORÇÃO E DEFICIÊNCIA DE NUTRIENTES

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

• Sugestão de Probióticos para Hiperpermeabilidade Intestinal

Adultos
Intense #112,5® 112,5 BI UFC
Excipiente qsp, 1 unidade.

Crianças
Intense #112,5® 56,2 BI UFC

Uso: Ingerir 1 dose, 1 a 2 vezes ao dia, por 6 meses.

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
• Deficiência de Ferro na Gestação

Das causas de anemia na gestação, a mais comum é a deficiência de ferro.


Na gestação: adicional de ferro de mais de 1.000mg, dos quais 350 mg para o feto e a placenta,
500mg para a expansão da massa eritrocitária e ~250 para as perdas do parto

AO LONGO DA GESTAÇÃO: necessidade diária de ferro


aumenta de 0,8mg no início da gestação para 7,5mg no 3°
trimestre, o que supera a absorção diária (1-5 mg).

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✓ Quando a ferritina estiver em níveis ↓ a 30
ng/mL, ou quando seu nível estiver entre 30-100
ng/mL na vigência de anemia - especialmente se
microcítica (é improvável a anemia ferropriva
com ferritina ≥ 100 ng/mL)...

✓ ... Sugere-se iniciar a suplementação de 50-200


mg/dia de ferro elementar, mesmo com a
concentração de Hb dentro da faixa de
normalidade

✓ Depois de iniciado o tratamento por V.O, é


importante monitorar periodicamente a sua
eficácia, por ex, 2 a 4 semanas depois do seu
início, inclusive para mudar a via de
administração de oral para parenteral caso não
se tenha observado ↑ da concentração de Hb

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SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO

• RDAs, 2001 - Dosagem Diária • FONTES ALIMENTARES

Bebês 0 a 6 meses: 0,27 mg Fígado de boi, melado de cana, gema de ovo de galinha, frango,
sardinha, ostras, chocolate amargo, agrião, acelga, folhas de beterraba,
Bebês 7 a 12 meses: 11 mg
beterraba, espinafre, acelga, agrião, broto de bambu, soja, tofu, feijão,
Crianças 1 a 3 anos: 7 mg folha de abóbora, lentilha, feijão.
Crianças 4 a 8 anos: 10 mg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 8 mg • ULs, 2001 – Limite de Tolerância Máxima
Crianças e adolescentes meninos 14 a 18 anos: 11 mg
Bebês 0 a 6 meses: 40 mg
Crianças e adolescentes meninas 14 a 18 anos: 15 mg Bebês 7 a 12 meses: 40 mg
Adultos homens 19 a 50 anos: 8 mg Crianças 1 a 3 anos: 40 mg
Crianças 4 a 8 anos: 40 mg
Adultos mulheres 19 a 50 anos: 18 mg Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 40 mg
Adultos homens e mulheres acima de 50 anos: 8 mg Adolescentes 14 a 18 anos: 45 mg
Adultos +19 anos: 45 mg
Gestantes 14 a 18 anos: 10 mg Gestantes +14 anos: 45 mg
Lactantes 18 a 50 anos: 9 mg Lactantes +14 anos: 45 mg
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SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para adultos:

• Bisglicinato de Ferro, 45 a 200 mg (ferro elementar). INDIVIDUALIDADE


BIOQUÍMICA!

Uso: Consumir 1 dose ao dia, longe de refeições contendo


cálcio.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes


artificiais.
Contraindicações/precauções: Ingestão elevada de zinco, cobre, manganês e
cádmio pode diminuir a absorção de ferro. Pacientes que possam desenvolver
sobrecarga de ferro. Não utilizar no 1° trimestre de gestação.

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

Apesar de a maior parte do ferro estar


• FERRITINA armazenado na Hb, também está armazenado na
forma de ferritina e hemossiderina

Concentração maior no fígado, baço e medula óssea. É o indicador mais sensível para a quantidade de Fe
Sua função é acumular ferro intracelular, protegendo as armazenado no organismo. Valores de ferritina abaixo
células dos efeitos tóxicos do ferro livre do normal indicam diagnóstico de anemia

MASCULINO: de 22,0 a 322,0 ng/mL


ATENÇÃO: DEPLEÇÃO ACONTECE MESMO ANTES DO FEMIMINO: de 10,0 a 291,0 ng/mL
INDIVÍDUO ENCONTRAR-SE ANÊMICO, COMO ↓ DOS Obs: dia da coleta para mulheres?
NÍVEIS DE Ht, Hb, VCM E HCM Valores ÓTIMOS?
Jejum de 4 horas

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Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

Responsável pelo transporte de Fe para seus sítios


• TRANSFERRINA de estocagem (ferritina) OU para o sistema
hematopoiético

Entretanto, sua sensibilidade é limitada, pois 30 a 40% Deve ser interpretada junto com a capacidade total de
dos indivíduos com anemia ferropriva crônica, podem ligação do ferro (CTLF) e com o índice de saturação da
ter transferrina normal transferrina

A transferrina está ↑ na maioria das doenças por deficiência de Fe, mas


também pode aumentar na gravidez e uso de estrogênios. Níveis
reduzidos nas anemias das infecções cônicas, IRC, doença hepática grave
e síndrome nefrótica
55
Receptor de transferrina

TRANSFERRINA ↓TRANSFERRINA

Fe Fe Fe Fe Fe Fe

56
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

FERRO SÉRICO TRANSFERRINA ÍNDICE DE CAPACIDADE TOTAL


SATURAÇÃO DE DE LIGAÇÃO DO
TRANSFERRINA FERRO (CTLF)

40 a 180 ug/dL Homem: 215-365 20 a 50% 250 a 450 ug/dL


mg/dL

Mulher: 250-380
mg/dL

57
FATORES DIETÉTICOS QUE REGULAM A ABSORÇÃO DO FERRO

A absorção de ferro
é regulada por
fatores sistêmicos e
DIETÉTICOS

58
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

✓ O ferro dietético é predominantemente ferro não-heme, com cerca de


5% a 10% na forma de ferro heme em dietas contendo carne.
✓ Embora o ferro heme constitua uma parte menor do ferro dietético, é
altamente biodisponível - 20% a 30% de absorção.
✓ 1% a 10% do ferro não heme absorvido.

• Antes de poder ser absorvido, o ferro não heme • Outros fatores dietéticos incluindo ácido cítrico e
deve ser reduzido de férrico (Fe 3+) para ferroso outros ácidos orgânicos, álcool e carotenos,
(Fe 2+) por agentes redutores da dieta como ácido aumentam de forma semelhante a absorção de
ascórbico ferro não heme

• Proteínas animais como carne, peixe e aves,


• O ácido ascórbico é o potenciador mais eficaz da
aumentam a absorção de ferro, mas o
absorção de ferro não heme.
componente bioativo do “fator carne” ainda não59
foi identificado.
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

TEMPO DE COZIMENTO DA CARNE E BIODISPONIBILIDADE DE FERRO

“O COZIMENTO PROLONGADO DA CARNE VERMELHA


RESULTA NA CONVERSÃO DO FERRO HEME EM FERRO NÃO
HEME, POIS O ANEL DA PORFIRINA É DANIFICADO”

60
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

ATENÇÃO!!!

QUELANTES DE FERRO NÃO HEME: A absorção de ferro não heme é


inibida pelo ácido fítico (hexafosfato de inositol e pentafosfato de inositol)
em grãos e cereais e por polifenóis em alguns vegetais, café, chá e vinho

ATENÇÃO COM VEGETARIANOS

61
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

• E o consumo de café, chás e produtos lácteos?

A maioria dos estudos não encontrou relação entre No entanto, em populações com status MENORES
a ingestão de chá e café ou a ingestão de polifenol de ferro, parece haver uma associação NEGATIVA
e o status de ferro entre o consumo de chá e o status de ferro

Vários estudos em mulheres jovens encontraram uma Outros estudos, no entanto, não encontraram associação
associação negativa entre o nível de ferro e a ingestão entre o status de ferro e cálcio ou produtos lácteos ou
de cálcio ou produtos lácteos ingestão de leite

Em alguns casos, as associações negativas entre o nível de ferro e a ingestão de cálcio ou


produtos lácteos podem ser devido a exclusão de outros alimentos da dieta (por ex.,
carne), em vez do efeito inibidor do próprio cálcio
62
VITAMINA A E COBRE

Suplementação vit. A foi mostrado para ↑ as concentrações de


Hb, Ht, e alguns índices de estado de Fe, mesmo quando
administrada na ausência de suplementos de Fe

Mecanismos: papel dos retinóides na eritropoiese, importância


da vit. A para a função imunológica, papel bem estabelecido da
vit. A no metabolismo do ferro

A anemia de vit. A foi descrita como hipocrômica ou


microcítica e hipocrômica ,

Cobre também está envolvido na absorção e metabolismo do


ferro - age ainda na disponibilidade do ferro por intermédio da
ceruloplasmina

Cobre também é responsável pela incorporação do ferro na


molécula de hemoglobina 63
SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO RETINÓICO (VIT A)

• RDAs, 2001 - Dosagem Diária


• FONTES ALIMENTARES
Bebês 0 a 6 meses: 400 mcg
Bebês 7 a 12 meses: 500 mcg Fígado bovino, salmão.
Crianças 1 a 3 anos: 300 mcg
Crianças 4 a 8 anos: 400 mcg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 600 mcg
Meninos adolescentes 14 a 18 anos: 900 mcg
• ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança
Meninas adolescentes 14 a 18 anos: 700 mcg
Homens adultos 19 a 50 anos: 900 mcg
Lactentes: 500 UI/kg de peso corporal até o limite
Mulheres adultas 19 a 50 anos: 700 mcg
de 5.000 mcg
Homens maiores de 51 anos: 900 mcg
Crianças: 500 UI/kg de peso corporal até o limite
Mulheres maiores de 51 anos: 700 mcg
de 10.000 mcg
Gestantes 14 a 18 anos: 750 mcg
Adultos: 10.000 mcg
Gestantes 19 a 50 anos: 770 mcg
Lactantes 14 a 18 anos: 1.200 mcg
Lactantes 19 a 50 anos: 1.300 mcg 64
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO RETINÓICO NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para adultos:

• Vitamina A (Ácido Retinóico) 1000 mcg.


Aviar em gotas ou cápsulas lipofílicas.

Uso: Consumir 1 dose ao dia, podendo associado com outras vitaminas


lipossolúveis.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.


AVALIAR INDIVIDUALIDADE!

65
SUPLEMENTAÇÃO DE COBRE

• RDAs, 2001 - Dosagem Diária • FONTES ALIMENTARES


Carne de fígado, ostras, batatas cozidas, cogumelos shiitake, castanha
de caju, sementes de girassol torradas, miúdos cozidos, chocolate
Bebês 0 a 6 meses: 200 mcg amargo (70% a 85% cacau), Tofu, grão de bico, painço, salmão
Bebês 7 a 12 meses: 200 mcg selvagem, abacate cru, figos secos, espinafre, aspargos, tomate, maçãs

Crianças 1 a 3 anos: 340 mcg


• Nível máximo de tolerância (UL), 1998
Crianças 4 a 8 anos: 440 mcg Bebês 0 a 6 meses: Não Determinado
Bebês 7 a 12 meses: Não Determinado
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 700 mcg
Crianças 1 a 3 anos: 1.000 mcg
Adolescentes 14 a 18 anos: 890 mcg Crianças 4 a 8 anos: 3.000 mcg
Maiores de 19 anos: 900 mcg Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 5.000 mcg
Adolescentes 14 a 18 anos: 8.000 mcg
Grávidas 14 a 18 anos: 1000 mcg
Maiores de 19 anos: 10.000 mcg
Grávidas maiores de 19 anos: 1300 mcg Grávidas 14 a 18 anos: 8.000 mcg
Lactantes 14 a 18 anos: 1000 mcg Grávidas maiores de 19 anos: 10.000 mcg
Lactantes 14 a 18 anos: 8.000 mcg
Lactantes maiores de 19 anos: 1300 mcg
Lactantes maiores de 19 anos: 10.000 mcg 66
NA PRÁTICA COM O PACIENTE!
GRÃO-DE-BICO AO CURRY
Ingredientes:
150 gramas de grão-de-bico
1 cebola picada
2 dentes de alho amassados
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 colheres (chá) de curry em pó
500 ml de polpa de tomate orgânica
Preparo: Deixar o grão-de-bico de molho durante a noite. No dia
seguinte, escorra e coloque em uma panela com água nova. Cozinhar
tampado por 2 horas, até amolecer. Escorrer e reservar. Refogue a
cebola, o alho e o curry no azeite, mexendo sempre. Junte a polpa de
tomate e cozinhe tampado por 25 minutos. Coloque o grão-de-bico
em uma travessa e sirva com o molho por cima.
67
“Fonte em cobre”
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

SUPLEMENTAÇÃO DE COBRE NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para adultos:

Cobre quelato 0,5 a 5 mg (mineral elementar)


Aviar em cápsulas qsp.

Uso: Consumir 1 dose uma a duas vezes ao dia. Exemplo: Cobre quelato 1 mg.
Consumir 1 dose duas vezes ao dia
AVALIAR INDIVIDUALIDADE
*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais. EQUILÍBRIO PROPORÇÃO ZINCO/COBRE
**Contraindicação: suplementos de cobre não devem ser usados por pacientes portadores de Doença
de Wilson

68
ANEMIA DE DOENÇA INFLAMATÓRIA OU DE DOENÇA CRÔNICA

✓ Ocorre em doenças que causam ativação imune e inflamação como: infecção crônica, doenças
autoimunes, câncer, doença renal crônica, doença pulmonar crônica e a obesidade.

✓ Hepcidina e citocinas pró-inflamatórias envolvidas.

✓ Exames laboratoriais: caracteriza por ser anemia leve a moderada (Hb ≥ 8,5-9,0 g/dL) e normocítica
(VCM: 80-100 fL) e normocrômica.

✓ Observa-se ainda hipoferremia, hipotransferrinemia (saturação da transferrina <20%) e


hiperferritinemia (↑ na inflamação).

✓ Observa-se com frequência aumento de VHS, dos níveis séricos da proteína C reativa e do fibrinogênio.

✓ Investigar a CAUSA da anemia: avaliar as funções renal, hepática e tireoidiana e dosar a vitamina D -
exerce regulação negativa sobre a produção de hepcidina.
69
TRATAMENTO

Principalmente o Eventualmente, pode


tratamento da doença ser útil o uso da
de base eritropoetina...

Administração de ferro
pode trazer benefícios, Anemia da DI
... especialmente em
mesmo com valores de Sat. Transferrina ↓/N
pacientes idosos
ferritina dentro da Ferritina ↑/N
normalidade

Anemia Ferropriva
Sat. Transferrina ↓
Ferritina ↓ 70
ANEMIA MEGALOBÁSTICA E PERNICIOSA

71
IBP inibem pepsina e
ácido clorídrico

Dependente de cálcio

72
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

• Metformina e Vitamina B12

Mecanismos da metformina na deficiência de vit B12 incluem:


Uso de metformina é o principal
1) alterações na motilidade do intestino delgado que fator associado à deficiência de
estimulam o supercrescimento bacteriano e consequente vitamina B12 (em até 33%) entre
deficiência de vit. B12 pacientes DM2

4) Metformina também demonstrou inibir


2) Inibição competitiva ou inativação da
a absorção dependente de cálcio do
absorção de vitamina B12
complexo de vitamina B12-IF no íleo
3) Alterações nos níveis de fator
terminal. Este efeito inibitório é revertido
intrínseco (IF)). 73
com suplementação de cálcio
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

• Inibidores da bomba de prótons e Vitamina B12

Inibidores da bomba de prótons (e anti-histamínicos)


Além disso, colestiramina
suprimem a secreção de ácido gástrico e evitam a liberação de interfere com a absorção de
vitamina B12 dos alimentos vit. B12 pelo intestino

INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS E HIPOCLORIDRIA POR GASTRITE ATRÓFICA INTERFERE


NA LIBERAÇÃO DE VITAMINA B12 POR INIBIR PEPSINA E ÁCIDO CLORÍDRICO
74
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
✓ ANEMIA MEGALOBLÁSTICA

• Deficiência ou má absorção de vit. B12 e/ou ácido fólico


• Hemácia macrocítica (frequente)
• Pode levar 2 anos de deficiência de vit. B12 para que VCM torne-se
elevado e surja alterações megaloblásticas

• Alcoolistas normalmente apresentam redução no


• Causada por má absorção devido a uma falha no status de vit. B12 e ácido fólico por deficiência
fator extrínseco OU por baixa ingestão alimentar e prejuízo do álcool na absorção e
metabolismo desses nutrientes

Causada também pelo uso de alguns antibióticos,


medicamentos quimioterápicos que agem diretamente na
síntese do DNA das células
75
Prevenção de
má formação
fetal

Metabolismo
dos Divisão celular
aminoácidos

VITAMINAS
B9 E B12

Síntese Síntese de
proteica DNA e RNA

76
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
✓ Anemia Megaloblástica
↓ VIT. B12 ↓ VIT. B9

Presença de
Envolvida no
sintomas
humor
depressivos

Déficit de Confusão
atenção mental

Concentração
Apatia
e memória
Neuropatia periférica, queda de
cabelo, perda de peso, apetite, Disfunção Fadiga e
feridas na boca, ↑ de lactato, ↑ mental irritabilidade
bilirrubina, hiperhomocisteinemia
Neuropatia Neurópatia
periférica periférica 77
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Hemograma: neutrófilos polissegmentado,


Plaquetas: podem estar diminuídas
VCM ↑, HB e eritrócitos ↓

Esfregaço de sangue: macrócitos Folato sérico e/ou vit. B12 sérica: baixos

RDW: aumentado

78
TRATAMENTO NA ANEMIA MEGALOBLÁSTICA

Reposição oral de vitamina B12 e/ou ácido fólico

Tratamento com vitamina B12 intramuscular

Investigação nutricional: baixa ingestão, má absorção intestinal


(DII), uso repetitivo de antibióticos e medicamentos
específicos, consumo de álcool, quimioterápicos

Transfusão de hemácias, nos casos graves

79
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA B12

• FONTES ALIMENTARES

• RDAs, 1998 - Dosagem Diária Fígado de boi, mexilhões, ostras cozidas, salmão, carne bovina,
carne suína, frango, ovos, leite e derivados, levedura nutricional
Bebês 0 a 6 meses: 0,4 mcg enriquecida com 100% dos valores diários para vitamina B12.

Bebês 7 a 12 meses: 0,5 mcg • ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança


Crianças 1 a 3 anos: 0,9 mcg
Lactentes: 10,07 mcg
Crianças 4 a 8 anos: 1,2 mcg 6 meses: 0,6 mcg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 1,8 mcg 7 a 11 meses: 0,75
Acima de 14 anos: 2,4 mcg 1 a 3 anos: 1,35 mcg
Grávidas acima de 14 anos: 2,6 mcg 4 a 8 anos: 1,8 mcg
Lactantes acima de 14 anos: 2,8 mcg 9 a 18 anos: 9,64 mcg
Adultos: 9,94 mcg
Gestantes: 10,46 mcg 80
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA B12 NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para adultos:


AVALIE
INDIVIDUALIDADE
Spray sublingual de L-Metilcobalamina, até 1.000 mcg ao dia.
BIOQUÍMICA!
Uso: Consumir 1 dose ao dia, em jejum.

• Deficiência: 32-178,9 pg/ml


• Limítrofe: 179,0-210,0 pg/ml
• Normal: 211,0-911,0 pg/ml

VALORES ÓTIMOS?
81
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
• Anemia Megaloblástica

Testes de rastreamento de vit. B12 possuem algumas limitações e desvantagens.


Embora o valor de <150 pmol/L (200 pg/mL) seja frequentemente usado...

... Este valor não reflete um nível suficiente de vit. B12 no


corpo, e mais ainda, os sintomas clínicos de deficiência de
vit. B12, podem ocorrer mesmo se a vitamina B12 sérica
estiver ↑ de 200 pg/mL.

Um valor de corte mais alto de 298-350 pg/mL - com base


em indicadores mais sensíveis do status de vitamina B12,
como níveis elevados de homocisteína sérica, foi sugerido
82
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA B9 (ÁCIDO FÓLICO)

• RDAs, 1998 - Dosagem Diária • FONTES ALIMENTARES

Bebês 0 a 6 meses: 65 mcg Abacate, espinafre, feijão cozido,


gérmen de trigo, fígado de galinha cozido, grão-de-bico cozido,
Bebês 7 a 12 meses: 80 mcg aspargos cozidos, ervilhas verdes cozidas, banana, laranja.
Crianças 1 a 3 anos: 150 mcg
• RDAs (UL), 1998
Crianças 4 a 8 anos: 200 mcg
Bebês 0 a 6 meses: Não Determinado
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 300 mcg
Bebês 7 a 12 meses: Não Determinado
Adolescentes 14 a 18 anos sexo masculino: 400 mcg Crianças 1 a 3 anos: 300 mcg

Adolescentes 14 a 18 anos sexo feminino: 400 mcg Crianças 4 a 8 anos: 400 mcg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 600 mcg
Adultos +19 anos: 400 mcg
Adolescentes 14 a 18 anos: 800 mcg
Grávidas 14 a 18 anos: 600 mcg Adultos +19 anos: 1.000 mcg
Grávidas +19 anos: 600 mcg Grávidas 14 a 18 anos: 800 mcg

Lactantes 14 a 18 anos: 500 mcg Grávidas +19 anos: 1.000 mcg


Lactantes 14 a 18 anos: 800 mcg
Lactantes +19 anos: 500 mg 83
Lactantes +19 anos: 1.000 mcg
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA B9 (ÁC. FÓLICO) NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para adultos:

L-Metilfolato, até 1.000 mcg ao dia.


Aviar em cápsulas qsp.

Uso: Consumir 1 dose ao dia, podendo estar associada à outras


vitaminas do complexo B.
*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.

AVALIE
INDIVIDUALIDADE
• Deficiência: inferior a 3,4 ng/mL BIOQUÍMICA!
• Limítrofe: de 3,4 a 5,5 ng/mL VALORES ÓTIMOS?
• Normal: superior a 5,4 ng/mL
84
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

✓ ANEMIA PERNICIOSA

• Incapacidade de absorção de vitamina B12 devida à ausência do fator


intrínseco
• FI é necessário na absorção de vit. B12 pelo trato gastroinstestinal

• Decorrente de doenças autoimunes


• Pós-gastrectomia, pode desenvolver
• Doenças inflamatórias intestinais (DC,
• Supercrescimento bacteriano (SIBO)
sensibilidade ao glúten, Crohn, ressecção ileal)
• Distúrbio genético (transporte defeituoso)
• Uso de certos medicamentos para tratamento de
• Má nutrição (infância)
tuberculose

Sintomas: diarréia, constipação, fadiga, perda apetite, palidez,


défict de atenção, problemas de concentração, dificuldade para
respirar, língua inchada ou avermelhada, sangramento na
gengiva, neuropatia periférica 85
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
LABORATORIAL

Anticorpos anti-fator intrínseco


↑ os níveis de B12 no organismo
(AFI)

Anticorpos anti-célula parietal


Suplemento oral de B12
(ACP)

Tratamento com B12


Teste de Schilling
intramuscular

VCM: aumentado Investigação da causa da


Esfregaço de sangue: macrócitos deficiência de vit. B12
86
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
• Deficiência de Vitaminas B

Deficiência de riboflavina pode ↓ a mobilização de ferro das


reservas, diminuir a absorção de ferro, aumentar as perdas de
ferro e prejudicar a produção de globina

Suplementos de riboflavina fornecidos junto com os suplementos


de Fe demonstraram ter um efeito maior na concentração de Hb
do que os suplementos de Fe isoladamente entre crianças e
mulheres grávidas em alguns estudos, embora não em todos

Deficiência de vit. B6 desenvolve anemia com eritrócitos


microcíticos e hipocrômicos, podendo simular deficiência de ferro Grupo Heme: vitaminas A
(dependente de zinco), B5, B6, B7
87
SUGESTÃO DE SUPLEMENTAÇÃO COM VITAMINAS B
Exemplo de suplementação para adultos:

1) Spray sublingual de metilcobalamina 1000 mcg


Uso: Consumir 1 dose spray em jejum.

2) L-Metilfolato 250 mcg


Piridoxina HCL 20 mg
Tiamina 10 mg
Riboflavina 20 mg
Nicotinamida 15 mg
Pantotenato de cálcio 15 mg
Biotina 1 mg
Aviar em cápsulas qsp.
Uso: Consumir 1 dose duas vezes ao dia.

* Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais. 88


TALASSEMIAS

Grupo de doenças hereditárias nas quais existem


defeitos na síntese de uma ou mais das cadeias de
globina que constituem a Hb

Talassemia α é causada pela síntese ausente / reduzida


da cadeia da globina α

Talassemia β é causada pela síntese ausente / reduzida


da cadeia da globina β

Causadora de anemia ferropriva leve à severa

Também chamada de anemia do Mediterrâneo


89
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
• Talassemias

✓ 2 TIPOS DE TALASSEMIA:
✓ α-talassemia (cromossomo 16) – mais comum de todos os tipos
✓ β-talassemia (cromossomo 11)

✓ Talassemia ALFA é dividida em 4 tipos


✓ Talassemia BETA é dividida em 2 tipos
1) Portador assintomático: Quando somente uma cadeia α
1) Minor ou menor (traço talassêmico β): São pacientes
está reduzida. Não há sintomas neste caso.
heterozigotos. Anemia branda. Geralmente são
2) Traço talassêmico: 2 cadeias α estão reduzidas. Sem
assintomáticos.
sintomas, mas no hemograma apresenta uma anemia
microcítica.

✓ 3) Doença de hemoglobina H: Quando 3 cadeias α estão


reduzidas. Paciente apresenta anemia hemolítica,
2) Major ou maior ou de Cooley: são pacientes homozigotos,
esplenomegalia, alterações esqueléticas devido ↑ da
com anemia intensa. Indivíduos com baixo peso e estatura,
eritropoiese.
olhos amendoados, dentes tortos, maturidade atrasada, ossos
✓ 4) Hidropisia fetal: Quando 4 cadeias α estão reduzidas.
da face aparentes, hepatoesplesplenomegalia
Causa parto prematuro e morte fetal. É um tipo 90
INCOMPATÍVEL COM A VIDA.
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO

Transfusões de sangue quando


Hemograma: VCM, HCM, Ht e Hb
necessário. A cada 2 a 4 semanas
diminuídos
quando mais grave

Esfregaço de sangue: microcitose em


ambos os tipos, policromatofilia é Uso de medicamentos apropriados
comum, Hc com pontilhados basófilos

Técnicas imuno-hemato: especificar o


Retirada do baço
fenótipo da doença

Eletroforese de Hb: apresentam um


Transplante de MO (último caso)
valor de hemoglobina A2 elevado
91
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
• Doença Falciforme

Doença hereditária que ocorre mutação da cadeia


Má formação e afoiçamaneto das hemácias
beta e produz hemoglobina anormal (HbSS)

Hemograma normalmente revela anemia normocômica e


Causando deficiência de transporte de gases nos indivíduos
normocítica (VCM 80-100), sinais de hemólise caracterizados
acometidos pela doença
pela reticulocitose e hiperbilirrubinemia indireta

Esfregaço de sangue: pode apresentar anisopoiquilocitose


92
HbAS = HETEROZIGOSE
HbSS = HOMOZIGOSE 93
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

• Doença Falciforme

➢ Sintomas: anemia crônica, dores osteoarticulares (corpo todo), icterícias, edema extremidades
(mãos e pés), crise falcêmica (hipotensão arterial, acidose, desidratação, hipoxemia, infecção).

➢ Tratamento: melhorar alimentação, suplementos, medicamentos, imunizações (devido infecções),


transfusão sanguínea se necessário.

➢ Diagnóstico Laboratorial: VCM normal ou aumentado, RDW aumentado, Hb baixa, plaquetas e


leucócitos aumentados (se infecções). EFHb: detecção de Hb S ou C. Reticulócitos: contagem alta.
Teste do pezinho: prova de falcização (1° ano do bebê), diagnóstico precoce.
94
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
• Doença Falciforme

✓ A hemólise é uma das principais características fisiopatológicas da DF, pode causar ou pode ser o
resultado de estresse oxidativo

✓ Avaliar a eficácia da suplementação de nutrientes antioxidantes na redução da hemólise em


pacientes com DF por meio de ensaios clínicos randomizados.

✓ Ácidos graxos ômega-3, e especialmente vit. A e zinco foram os antioxidantes que melhoraram a
hemólise indireta através de parâmetros como Hb, Ht, VCM, HCM, %HCM e glóbulos vermelhos.

✓ A suplementação com altas doses de vitamina C e E piorou a hemólise após 6 meses de


tratamento, causando ↑ dos reticulócitos, LDH, bilirrubina indireta e haptoglobina

95
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática
• Doença Falciforme

✓ A hemólise crônica é promovida pelo ↑ do EO.

✓ Investigar a adequação nutricional de antioxidantes e suas relações com a hemólise em 51


pacientes adultos com DF atendidos regularmente em 2 centros de referência em hematologia
no Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

✓ Concentrações séricas de retinol, alfa-tocoferol, selênio e zinco foram avaliados.

✓ A maioria dos pacientes apresentavam deficiência de selênio e ↓ consumo de selênio. Análise


de regressão linear mostraram que o Se é o principal determinante da hemólise entre os
nutrientes antioxidantes analisados.

✓ Protocolos de atenção nutricional para pacientes com DF devem incluir fontes dietéticas de
selênio para reduzir o risco de hemólise.
96
✓ Outras anemias hemolíticas podem ser beneficiadas pela adequação nutricional do selênio
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

97
SUPLEMENTAÇÃO DE SELÊNIO NA PRÁTICA

• RDAs, 2000 - Dosagem Diária


• FONTES ALIMENTARES
Bebês 0 a 6 meses: 15 mcg Castanha do Pará/do Brasil, castanha de caju, carnes, peixes e
Bebês 7 a 12 meses: 10 mcg ovos.
Crianças 1 a 3 anos: 20 mcg
• ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança
Crianças 4 a 8 anos: 30 mcg
Lactentes: 320,20 mcg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 40 mcg
6 meses: 30 mcg
Adolescentes 14 a 18 anos: 55 mcg 7 a 11 meses: 40 mcg
Adultos 19 a 50 anos: 55 mcg 1 a 3 anos: 70 mcg
Maiores de 51 anos: 55 mcg 4 a 8 anos: 130 mcg

Grávidas 14 a 50 anos: 60 mcg 9 a 18 anos: 202,46 mcg


Adultos: 319,75 mcg
Lactantes 14 a 50 anos: 70 mcg
Gestantes: 309,65 mcg 98
Alterações Sanguíneas e Anemias na Prática

• Sugestão de Suplementação de Selênio na Prática

Exselen® 25 mg
Excipiente qsp, 1 unidade.

Uso: Consumir 1 dose uma a duas vezes ao dia.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes Selênio 100% natural e
artificiais. na forma orgânica, o que
proporciona máxima
biodisponibilidade!

99
NA PRÁTICA COM O PACIENTE!

MIX DE OLEAGINOSAS

Ingredientes:
50 gramas de noz pecã
100 gramas de castanha do Pará/do Brasil
50 gramas de castanha de caju crua sem sal
50 gramas de amêndoas
50 gramas de macadâmias sem sal

Preparo: Misturar todos os ingredientes e guardar em um pote


escuro. Se comprar as oleaginosas em casas de produtos naturais,
verificar se elas não estão envelhecidas.
100
As vezes as coisas podem parecer difíceis... Mas nada
supera a sua dedicação, esforço, fé no coração e vontade
de FAZER ACONTECER!

Danielle Rocha

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Referências
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