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InovaGov
Introdução à Inovação em Governo
Concepção e Desenvolvimento: Sebrae/RJ
InovaGov
©2023. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro – Sebrae/RJ.
Avenida Marechal Câmara, 171, Centro, Rio de Janeiro /RJ.
Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos
direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).
DIRETOR-SUPERINTENDENTE
Antônio Alvarenga Neto
DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO
Sergio Malta
GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO
Antonio Carlos Kronemberger – Gerente
CONSULTORIA
Francisco Pereira – Conteudista
ISBN 978-65-5818-901-9
CDD 351
CDU 35:005
InovaGov
Sumário
Introdução....................................................................................................................5
Módulo 1: Introdução à inovação em governo..................................6
Conceituando a inovação ....................................................................... 7
Conceituando a inovação em governo............................................... 10
Marco Legal da Inovação em Governo no Brasil............................ 11
A transição do foco no processo para o foco no cidadão....................... 11
Princípios e diretrizes para um governo digital....................................... 13
Barreiras à inovação em governo........................................................ 13
A Inovação é para mim? Mitos sobre a Inovação..................................... 15
Módulo 2: Transformação Digital ou Digitalização:
qual a diferença?.....................................................................................................17
A relação entre a transformação e a inovação em governo..... 18
Como os governos lidam com problemas complexos?............... 19
Problemas simples.......................................................................................... 19
Problemas complicados................................................................................. 20
Problemas complexos.................................................................................... 21
Mundo Vuca ou mundo Bani? Ou os dois?................................................ 22
Transformação digital e digitalização................................................ 23
Diretrizes para a transformação digital............................................. 24
Módulo 3: Os agentes da transformação:
um olhar sobre as pessoas.............................................................................26
O papel dos agentes públicos na transformação digital............ 26
Employee experience: uma nova abordagem sobre
a jornada do servidor público................................................................ 29
Construindo um ambiente de confiança criativa para os
agentes públicos......................................................................................... 30
Laboratórios de inovação em governo.............................................. 34
InovaGov
Introdução
Olá! Damos as boas-vindas ao curso InovaGov.
Aqui, começamos uma jornada sobre a transformação digital e a inovação em Governo. De início,
abordaremos os principais conceitos relacionados ao tema e o marco legal sobre o assunto.
Também falaremos sobre alguns dos principais mitos sobre inovação com a finalidade de mostrar que
seus métodos e ferramentas são aplicáveis a diversos contextos, adaptando-se à complexidade e ao
tamanho da estrutura em que se deseja aplicá-los.
Introdução
5
InovaGov
Em um rápido levantamento em que se pergunta a uma plateia o que lhe vem à mente quando falamos
em “inovação em governo”, é provável que surjam respostas que indiquem a incompatibilidade entre
setor público e inovação, ou surjam respostas em que a inovação seja vista como “algo para poucos”, ou
que ainda necessite de muita tecnologia para acontecer.
Mas veremos a seguir que muito disso reside no campo do senso comum sobre o assunto
e que a inovação e seus métodos são úteis e adaptáveis ao contexto do setor público.
Conceituando a inovação
O Manual de Oslo foi criado e editado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE) e tem como objetivo orientar os governos nacionais sobre conceitos e metodologias sobre a inovação.
Foco na teoria
Segundo o Manual de Oslo, a inovação acontece quando há a introdução de um bem ou serviço
novo ou significativamente melhorado quanto às suas características ou usos previstos, ou,
ainda, a implementação de métodos ou processos de produção, distribuição, marketing ou
organizacionais.
Já que estamos falando em inovação, que tal conhecer os tipos de inovação? São elas:
∙ inovação em processo;
∙ inovação organizacional;
∙ inovação em marketing;
∙ inovação disruptiva.
Podcast
Quer saber mais? Volte ao curso e ouça o podcast Os tipos de inovação que
preparamos para você.
A inovação também pode ser classificada sob o aspecto de como ela introduz novos elementos a novos
ou atuais usuários. Confira a seguir.
Inovação disruptiva
Inovação evolucionária
Inovação incremental
Um ponto importante sobre a inovação e que a diferencia de criatividade é que, para ser inovação, ela
precisa resolver um problema real das pessoas. Aqueles que sentem a dor precisam perceber que sua
vida melhorou.
Inovação é uma ideia, que posta em ação, cria valor real para as pessoas,
transformando a sua realidade para melhor.
Já parou para pensar sobre o conceito de inovação em governo? A inovação em governo é aquela que
incorpora à entrega de serviços e políticas públicas os elementos da inovação, mas não é só isso!
Vídeo
Acesse o curso e assista ao vídeo O que é inovação em governo? para saber
mais.
Você sabia que em 29 de março de 2021 o governo brasileiro publicou a Lei nº 14.129, conhecida como a
Lei do Governo Digital? Interessante, não é mesmo? Acompanhe, que a seguir falaremos mais sobre o
Governo Digital.
Vídeo
Assista ao vídeo Conhecendo os princípios e diretrizes para conhecer os
itens que se destacam na Lei do Governo Digital, sancionada em 2021.
Foco na teoria
Em um artigo de Soraya Brandão e Maria Bruno-Faria publicado em 2017, as autoras listam 9
fatores que exercem o papel de barreira à inovação em gestão no setor público.
2 Restrições legais
Normas que dificultam ou impedem a implementação de ações inovadoras.
3 Estrutura verticalizada
Estruturas hierárquicas rígidas e com alta quantidade de níveis.
4
Aversão ao risco
Hábitos, crenças, valores e atitudes compartilhados e que refletem resistência às
ideias inovadoras.
6
Rotatividade de dirigentes
O modo de escolha e retenção de pessoas nos níveis de média e alta gestão se
assenta em um sistema que favorece a rotatividade.
7
Diversidade social, cultural e econômica do país
Convívio simultâneo de pessoas com diversos níveis culturais e de acesso a
recursos tecnológicos.
Agora, outro fator que pode ser listado como barreira à inovação são os mitos criados em torno do
assunto. São eles:
Podcast
Volte ao curso e ouça o podcast para saber mais sobre os 3 principais mitos
sobre inovação.
Sejam quais forem os mitos identificados, é preciso que se aprofunde em seu entendimento, na intenção
de eliminar possíveis barreiras à criação de uma cultura de inovação.
Olá! Você sabia que a transformação digital se tornou um termo largamente utilizado e associado à ideia
de inovação? Por outro lado, ouvimos também sobre a digitalização. Mas, afinal, qual a diferença entre
transformar e digitalizar? E qual o papel da inovação nesse contexto? Continue no módulo para saber
tudo isso e muito mais!
Por muito tempo, o setor público se voltou para sua própria estrutura interna, criando processos que
respondem às suas necessidades de gestão, mas que, por vezes, criam problemas aos cidadãos.
O resultado disso é a percepção de um setor público lento e desatualizado, e isso se reflete numa
desconfiança crescente da população sobre os agentes públicos e o uso de seus recursos.
Podcast
Para entender essa relação entre a transformação e a inovação em governo,
acesse o curso e ouça o podcast Transformação e inovação em governo.
Bom, problemas são situações que nos impõem desafios e que exigem criatividade ou o resgate de boas
práticas para sua solução.
Neste curso, classificamos problemas a partir de uma abordagem que considera seu grau de
complexidade. Veremos a seguir quais são os tipos de problemas e suas definições. Então vamos lá!
Problemas simples
Um problema será classificado como simples quando for possível identificar em sua análise determinadas
características, como:
Existem soluções
prontas ou facilmente Envolvem poucos
Não são inéditos. Já
adaptáveis para a sua recursos como
foram vividos por
solução, ou seja, é pessoas, materiais
outras pessoas em
possível aplicar algo já ou dinheiro e tem
outro tempo ou
existente para a sua efeitos limitados.
contexto.
solução sem grandes
adaptações.
Problemas complicados
Já um problema complicado apresenta novas condições que o tornam algo mais complexo do que um
problema simples. Um problema é complicado quando:
Existem soluções
Não é inédito, mas prontas e testadas, mas Pode ser uma
tem uma ou outra talvez não em casos Envolve mais recursos composição de 2 ou
característica de concretos como o que que os problemas mais problemas
novidade ou esteja vivenciando ou simples; simples.
tamanho. do tamanho que se
apresenta.
Problemas complexos
Agora um problema será complexo à medida que as variáveis e a relação entre elas tornam-se numerosa,
e as consequências sejam difíceis de prever. Um problema é complexo quando:
Em que ambiente os governos precisam lidar com a transformação digital? Podemos dizer que o contexto
é de complexidade crescente e isso exige a compreensão sobre que mudanças são essas. Inicialmente,
fala-se em mundo Vuca, mas agora temos também mundo Bani.
Vídeo
Ficou curioso(a) para saber mais sobre o mundo Vuca e o mundo Bani?
Então, volte ao curso e assista ao vídeo Mundo Vuca e mundo Bani!
Foco na teoria
José Sabili Neto, na obra O novo código da cultura: vida ou morte na era exponencial, afirma que a
digitalização tem a ver com máquinas, e a transformação digital tem a ver com pessoas. Como
podemos identificar essa distinção?
A Transformação Digital
A digitalização Deve-se pensar em transformação digital
Digitalizar refere-se muito mais à partindo da ideia de que tudo começa
conversão de soluções físicas para o meio pelas pessoas às quais servimos.
digital, considerando muito mais as Consideramos que o setor público realiza
necessidades internas do setor público. a transformação digital quando ele se
Em geral, a barreira que já existia no reorganiza internamente em função da
mundo físico, como formulários com jornada do usuário de serviços ou de
grande quantidade de campos, políticas públicas. Por vezes, pode
necessidade de cópias de documentos, significar o aumento da complexidade
entre outros, é convertida para o meio interna para os agentes públicos. É
digital e cria uma nova barreira: a de partindo das pessoas que todo o resto
acesso e conhecimento sobre acontece, como a melhoria de processo, a
tecnologias. eliminação de exigências, a extinção ou o
surgimento de novos serviços.
Agora entendido que a transformação digital abrange diversos campos de atuação além da própria
infraestrutura de tecnologia, devemos esclarecer quais são esses pilares ou diretrizes.
Vídeo
Volte ao curso e assista ao vídeo As diretrizes para transformação digital
e conheça-as.
Estamos chegando ao final deste módulo, mas, antes, o que acha de testar seu aprendizado resolvendo o quiz?
Questão
Com relação aos tipos de problema, analise as afirmativas e escolha a alternativa correta:
I – Problemas complicados podem ser entendidos como uma combinação de dois ou mais problemas
simples.
II – Problemas simples têm soluções já criadas e utilizadas com sucesso para a sua resolução.
III – Problemas complexos são aqueles que não têm solução previamente elaborada e testada.
Serão os agentes públicos que, em suas atividades diárias, se capacitarão e agirão para que a inovação se
concretize.
É fundamental que, cada vez mais, as áreas de negócios e de tecnologia caminhem juntas e em
cooperação. O agente público responsável por liderar pessoas nesse contexto precisa dar especial
atenção ao clima organizacional e aos sinais de entusiasmo ou de desmotivação das equipes.
Foco na teoria
Em recente estudo realizado pelo Instituto Gallup na América Latina e Caribe – State of the
Global Workplace 2022 Report, o percentual de pessoas que se dizem engajadas no trabalho
ficou em 23%. Significa dizer que de 3 a cada 4 pessoas não se declaram engajadas para o
trabalho.
Isso é um desafio enorme para os gestores. Sabe-se que o serviço público ainda carrega desafios adicionais
no que se refere à gestão de pessoas: a rotatividade de lideranças; a descontinuidade de projetos; a falta de
autonomia; entre outros fatores que podem potencializar ainda mais a falta de motivação e engajamento.
Saiba Mais
O Laboratório de Inovação GNOVA, do governo federal, realizou, em parceria com o LA-BORA
gov!, um estudo sobre engajamento no setor público chamado Engajamento de Servidores
Públicos no Trabalho. Clique aqui para descobrir mais sobre o estudo.
Será por meio das pessoas que agem no setor público que a transformação digital e a inovação em governo
acontecerão. Elas devem caminhar no sentido de uma construção colaborativa da transformação e da
inovação, que se alinhe aos anseios e desejos dos agentes de transformação, para que não se tornem
mais um fator de desmotivação e estresse.
Vídeo
Para conhecer mais sobre essa transformação, volte para o curso e assista
ao vídeo Os agentes da transformação.
Foco na teoria
Simon Sinek afirmou que um time não é um grupo de pessoas que trabalham juntas. Um time é
um grupo de pessoas que confiam umas nas outras.
O risco de resumir a discussão sobre o engajamento a uma frase pode trazer a discussão sobre o
engajamento a uma ideia de que se trata de algo pouco complexo, mas não é o caso. É por saber da
complexidade do assunto que se propõe que os gestores públicos atentem para oito comportamentos de
gestão que favorecem a confiança, tal como descritos por Paul J. Zak, professor na Claremont Graduate
University. Confira os oito comportamentos de gestão.
Reconheça a excelência
Desafie as pessoas
Dê autonomia às pessoas
Dê transparência às informações
Construa relacionamentos
intencionalmente
Mostre vulnerabilidade
Os laboratórios de inovação sofrem com uma visão do senso comum de que são lugares caóticos ou
sempre com um layout arrojado administrado por pessoas criativas. Sabe-se que são concepções que não
se confirmam na realidade.
Em 2021, a Lei de Governo Digital (Lei nº 14.129) deu maior ênfase aos laboratórios de inovação,
primeiramente esclarecendo o que são esses espaços, em seu art. 4º,e esclarecendo sobre suas diretrizes,
em seu art. 45.
Saiba Mais
Para ficar por dentro da Lei Governo Digital na íntegra, clique aqui.
Mesmo com a Lei Governo Digital em vigor, os laboratórios de inovação enfrentam algumas dificuldades,
como a formalização do Laboratório.
Podcast
Para conhecer as outras dificuldades, retorne ao curso e ouça o podcast.
Saiba Mais
A Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) tem um conteúdo ótimo sobre Laboratórios
de Inovação em Governo! Clique aqui e confira!
Antes de pensar em formalizar um laboratório de inovação, a pergunta que pode surgir é: como posso
estruturar um laboratório de inovação onde atuo? Quanto a isso, existe uma sequência de ações que
ajudam a pensar como será esse espaço. Um laboratório de inovação precisa:
04 Objetivos.
05 Escopo de atuação.
07 Instrumento de formalização.
08 Propósito.
09 Carta de serviços.
Concluímos mais uma etapa do curso. Que tal você responder ao quiz para testar seu aprendizado?
Vamos em frente!
Questão
a. Os estudos de employee experience apresentam ferramentas de apoio para engajar e dar confiança
aos servidores.
b. A gestão de pessoas na transformação digital tende a ser a menos complexa das atividades.
c. A transformação digital não depende das pessoas, estando apoiada totalmente em tecnologia.
Olá! Uma das dificuldades que se apresentam para inovar em governo é a disponibilidade de conteúdos
que orientem esse trabalho. É preciso que existam métodos e ferramentas que apoiem sua realização.
Em sentido amplo, a inovação em governo tem se apoiado em estudos de human centered design, ou
design centrado no humano.
Design thinking é uma forma criativa e colaborativa de pensar para solucionar problemas,
com foco em pessoas, e o objetivo de inovar.
Antes que se inicie qualquer projeto de inovação em governo e de transformação digital, é importante
identificar os atores que farão parte da jornada e realizar o que se chama de team building, ou
mobilização da equipe.
A preparação das pessoas pode ser feita por meio das seguintes ações:
4 ações de
preparação
Capacitação em
Realizar evento de conteúdos técnicos e
“reunião de partida” específicos para nivelar
para formalizar o início conhecimentos da
do projeto. equipe sobre o tema.
O roteiro é uma proposta de mobilização dos agentes, mas nunca se deve perder de vista a necessidade
de constante gestão sobre o engajamento e segurança dos membros. Certo?
Pilares da inovação
A inovação se assenta em 3 pilares fundamentais. São eles que devem orientar o trabalho do laboratório
de inovação ou de qualquer estrutura formal ou informal de inovação em governo.
∙ Colaboração: A mais contraintuitiva dedução que se pode ter sobre a inovação é a de que não
existe uma “equipe de inovadores”. Em outras palavras, não serão os membros da equipe que
vão definir o problema e propor ideias. Isso caberá àqueles que vivem essas dores, com o apoio
metodológico e a facilitação do processo feitos pela equipe do projeto. Por isso, fala-se em
colaboração: usuários e setor público trabalhando juntos na busca da resolução de problemas.
Entendimento do problema
Para todo problema, existe uma solução, não é verdade? E, para encontrar a solução, precisamos primeiro
entender o problema.
Podcast
Volte ao curso e ouça o podcast O problema, que preparamos para você
sobre o assunto.
Entende-se por ideação a realização de sessões de trabalho, denominadas workshops ou oficinas, que
utilizam técnicas de facilitação para colher dos participantes a maior quantidade possível de ideias para
o problema proposto. Após a fase de entendimento do problema, é o momento da ideação da solução.
Mas não é só isso!
Vídeo
Acesse o curso e dê o play no vídeo Ideias para o problema proposto e
compreenda a fase da Ideação.
O facilitador da ideação precisa estar atento a várias questões! Acompanhe como essas questões podem
ser resolvidas.
Ao final das sessões de ideação, é possível identificar um rol de ideias que resolvem
as causas do problema principal ou que mitigam suas consequências.
Chegou a fase de prototipação e teste de soluções. Esse é o momento de construir a proposta de tal forma
que possa dar ao usuário da solução uma sensação de uso. Existem vários exemplos de protótipos:
∙ maquetes;
∙ uma encenação;
∙ storyboard;
Podcast
Volte ao curso e ouça o podcast A fase de prototipação e teste de soluções
que preparamos para você!
Uma vez definido o protótipo, parte-se para a fase de teste. A ideia, aqui, é resgatar alguns usuários da
solução ou levar a solução a campo e verificar com os usuários como é a experiência deles com a proposta.
Mais uma vez, reforça-se que não é necessário testar com amostras
estatisticamente válidas de pessoas. Quantidades entre 5 a 10 já
fornecem indicações relevantes sobre se a solução proposta ataca as
dores relatadas na fase de entendimento.
O final deste módulo está chegando, mas, antes, o que acha de testar seu aprendizado com um estudo
de caso? São três situações que você deverá avaliar e escolher apenas uma alternativa. Para todas as
questões, não há uma única alternativa correta. A proposta é que você leia e julgue que ação seria mais
ou menos alinhada com a proposta de metodologia de inovação.
a. Lucinda apresenta o problema como a baixa arrecadação e define como causa a queda no nível
de emprego, ainda que em Claridade os índices estejam abaixo da média nacional. Sua proposta
é realizar imediatamente um programa de recuperação fiscal com descontos sobre multa e juros.
Isso diminui a massa de contribuintes em débito, saindo de 30% para 19%, segundo as projeções.
b. Lucinda apresenta o problema inicial e sugere que seja formada uma equipe multidisciplinar
para entender exatamente o que tem levado as pessoas a deixarem de pagar o imposto no
último ano. Segundo Lucinda, em conversa com outras secretarias de finanças, o problema não
é geral e parece estar mais agravado em Claridade. Assim, ela acredita que pode haver causa não
identificada, e a equipe do projeto pode apoiar em uma solução mais efetiva. Essa ação não trará
efeitos ainda esse ano, podendo trazer uma solução estruturante para os próximos anos.
a. Ele pede a Lucinda que procure a Secretaria de Gestão para que se viabilize a formação de um
grupo de trabalho que terá 120 dias para delimitar os problemas que têm levado à inadimplência
e gerar ideias que possam ser transformadas em soluções para o problema.
b. Bernardo pediu que Lucinda se reúna no dia seguinte com os demais secretários e que lhe traga
uma proposta de solução a ser aplicada ainda esse ano.
c. Pediu que Lucinda e ele refletissem sobre como seria feito o programa de recuperação fiscal e que
saíssem de lá com uma proposta pronta para ser executada imediatamente.
a. Antes de levar a solução adiante, fosse feito um teste em menor escala para validar algumas
hipóteses sobre os efeitos esperados e realizar ajustes ou mesmo alterar a proposta.
c. Pediu que a proposta fosse apresentada em reunião com os secretários no dia seguinte para
validar a sua execução ou fazer pequenos ajustes.
Olá! Chegamos ao último módulo e aqui vamos apresentar alguns casos sobre inovação em governo e
transformação digital para inspirar novos gestores ou servidores a começarem ou aprofundarem práticas
de inovação em seus contextos.
Vídeo
Para saber, volte ao curso, dê o play no vídeo Portal Gov.br e aproveite o
conteúdo!
Saiba Mais
Recentemente, o Portal Gov.br, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID), disponibilizou o Guia 10 passos para a Transformação Digital em estados e municípios.
Esse documento pode ser o primeiro passo para que se inicie um processo de inovação em
serviços públicos. Clique aqui para acessar o documento.
A existência de um documento único de identificação desde o nascimento permite que qualquer cidadão
utilize um serviço sem que seja preciso comprovar a identidade ou mesmo realizar cruzamento de bases
de dados, confrontando diferentes documentos.
A abertura de uma empresa na Estônia leva cerca de 15 minutos para acontecer, enquanto no Brasil a
média é de 79 dias.
O programa de e-residency é o primeiro caso conhecido de “governo como plataforma de serviços”. Assim,
mesmo que você não seja um cidadão da Estônia, por meio dessa solução você poderá usar serviços e
fazer negócios no país.
Já que estamos falando de casos sobre inovação, o que acha de conhecer o portal único de serviços do
Estado de Goiás? É por meio dele que o cidadão pode conhecer cerca de 700 serviços públicos estaduais
e mais de 100 serviços digitais. Interessante, não é mesmo?
Podcast
Retorne ao curso e ouça o podcast Portal Único de Serviços de Goiás.
Secretaria de Desenvolvimento e
Economia Criativa.
A solução é um exemplo de como a transformação digital se dá. Ela se apoia em tecnologia para acontecer,
mas parte do entendimento da jornada e das dores que ela causa. A simples digitalização, como visto
anteriormente, poderia até mesmo criar novos entraves.
Conclusão
Encerramos este módulo com a apresentação de alguns casos de inovação em governo. Certamente,
existem inúmeros outros, e o que deve prevalecer é a ideia de que inovar e transformar não precisa
começar grande, nem ser cercado de uma aura de ineditismo. Partir do entendimento do problema e
dos usuários é um excelente começo para quem deseja iniciar esse processo.
Respostas do quiz
Questão do Módulo 2
Gabarito: Letra B
Feedback: Todas as afirmações são corretas. Problemas simples apresentam soluções previamente
criadas e utilizadas com sucesso. Problemas complicados podem ser compostos de dois ou mais
problemas simples, e, finalmente, problemas complexos se definem, entre outras características, pela
inexistência de solução previamente elaborada e testada.
Questão do Módulo 3
Gabarito: Letra A
Feedback: Os estudos de employee experience, especialmente os de Paul Zak, procuram fornecer, aos
líderes e servidores técnicos, caminhos teóricos e metodológicos para a criação de um ambiente de
engajamento e confiança, fatores tidos como fundamentais para a transformação digital.
57
InovaGov
Gabarito:
∙ Letra A – 1 ponto
∙ Feedback: Ainda que aumente a arrecadação no curto prazo e resolva a pressão sobre o prefeito, a
solução tende a perder os efeitos quando retirado o estímulo financeiro.
∙ Letra B – 5 pontos
∙ Feedback: A solução está alinhada com o que recomenda o processo de inovação em governo:
investir mais tempo agora no entendimento do problema pode ser mais efetivo a longo prazo
para a solução do real problema.
∙ Letra C – 3 pontos
∙ Feedback: A solução não é completamente alinhada com o processo de inovação em governo, mas
se utiliza de alguns de seus passos. Assim, no futuro, pode-se compreender que ela poderá ser
mais efetiva a longo prazo.
Gabarito:
∙ Letra A – 5 pontos
∙ Letra B – 3 pontos
58
InovaGov
∙ Letra C – 1 ponto
Gabarito:
∙ Letra A – 5 pontos
∙ Feedback: Testar em menor escala é uma prática alinhada com metodologias de inovação em
governo e pode evitar o gasto com ações pouco efetivas.
∙ Letra B – 1 ponto
∙ Letra C – 3 pontos
59
InovaGov
Referência bibliográficas
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de Janeiro: Alta Books, 2018.
CAVALCANTE, Pedro. Inovação e políticas públicas: superando o mito da ideia. Brasília: Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 2016.
CAVALCANTE, Pedro; CUNHA, Marizaura; SEVERO, Wilber. Inovação no setor público: teorias,
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KELLEY, Tom; KELLEY, David. Confiança criativa: libere sua criatividade e implemente suas Ideias. Rio de
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MAZZUCATO, Mariana. O Estado empreendedor: desmascarando o mito do setor público versus o setor
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InovaGov
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Disponível em: http://www.finep.gov.br/images/apoio-e-financiamento/manualoslo.pdf. Acesso em: 8
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WEGOV. Competências essenciais para inovação no setor público. 2017. Disponível em: https://wegov.
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Acesso em: 28 jul. 2022.
61
Concepção e Desenvolvimento: Sebrae/RJ