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Para conhecimento do crime de furto privilegiado é indiferente que o bem furtado tenha

sido restituído à vítima, pois o critério legal para reconhecimento do privilégio é


somente o pequeno valor da coisa subtraída.

Para reconhecimento do privilégio não é somente o pequeno valor da coisa subtraída, é


preciso ter dois requisitos, sendo eles: Se o agente for primário, se o valor da coisa subtraída
não ultrapassar de forma valorada o salário mínimo vigente a época do fato, de acordo com
a súmula 511 do STJ.

O furto é privilegiado (artigo 155, §2°, código penal) se o criminoso é primário, e é de


pequeno valor a coisa furtada. A análise do requisito objetivo não é baseada na eventual
restituição ou na reparação do dano, mas sim no valor do objeto.

O furto privilegiado ocorre quando o criminoso é primário e a coisa furtada é de pequeno


valor. São requisitos cumulativos, ou seja, os dois devem estar presentes na situação para
que possa ser reconhecido o privilégio.

“A aplicação do privilégio previsto no §2° do art. 155 do código penal, exige a


conjugação de dois requisitos, quais sejam, a primariedade do réu e o pequeno valor
da coisa furtada, que, na linha do entendimento pacífico desta corte Superior de
Justiça, deve ter como parâmetro o valor do salário mínimo vigente à época dos
fatos, sendo indiferente que o bem seja restituído à vítima. Precedentes, hipótese
em que as instâncias ordinárias assentaram que o bem subtraído possuía valor
estimado de R$2.000,00, montante superior ao valor do salário mínimo à época dos
fatos (R$954,00), motivo pelo qual é inviável o reconhecimento da forma
privilegiada” (AgRg no HC 583.651/SC,j. 23/06/2020).

FURTO PRIVILEGIADO

Requisitos (cumulativos) Criminoso primário


Coisa furtada de pequeno valor.
Consequências (alternativas) Substituição da pena de reclusão por detenção
Diminuição da pena de um à dois terços;
Aplicação somente da pena de multa.

FURTO PRIVILEGIADO
 Privilégio na aplicação da pena;
 Segundo maioria da jurisprudência, coisa valorada em até 1 salário mínimo;
 Não leva em consideração a situação econômica da vítima;
 Súmula 511 e 582 STJ.
No furto privilegiado o legislador verifica que, na situação, há menor reprovabilidade,
concedendo uma diminuição da pena ao acusado. É importante ressaltar que primariedade
não se confunde com maus antecedentes. Dessa forma, se o réu possuir maus antecedentes
mas não se enquadrar nos artigos 63 e 64 do Código Penal, poderá obter o privilégio.

O segundo requisito é que o objeto seja de pequeno valor. Contudo, como se define o
que é pequeno valor? O STJ já definiu a questão ao entender que a coisa é considerada de
pequeno valor desde que, ao tempo do crime, valha um salário mínimo ou menos. É
importante observar duas coisas: que o valor do salário mínimo é considerado o vigente na
época do crime, bem como que não se exige valor exato. Se a diferença para mais ou para
menos for pequena, ainda é possível falar em privilégio.

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