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651-38 - HP0742123703
Fala, Concurseiro! Em primeiro lugar, queremos agradecer por você estar aqui dando uma chance ao
nosso material. Isso significa muito para nós e, é claro, fala muito de você, que só por estar aqui evidencia o
quanto está preocupado em aprimorar a sua preparação e em sair na frente dos concorrentes. Apesar
disso, e de parecer clichê, não esqueça: o seu maior concorrente é você mesmo.
Agora, partindo para a apresentação do material, como descrito no nosso portal, nesse primeiro
momento, o Avalanche Concursos abre suas portas com foco total no Concurso Nacional Unificado – CNU.
A seguir, você terá acesso a todo o conteúdo do seu edital por meio de discursivas, uma abordagem
inovadora que, com certeza, fará a diferença durante a sua jornada. Cada tópico do seu edital é abordado
por meio de temas de discursivas inéditas, garantindo que você esteja preparado para qualquer questão que
apareça no dia da sua prova.
O material está disposto, primeiramente, com o índice dividido por tópicos do seu edital. Cada tópico
refere-se a uma questão discursiva proposta e, é claro, a todo o restante do material referente ao tópico. Ao
acessar o conteúdo de cada tópico, você visualizará todos os seus subitens. A partir desses subitens, é
elaborada a questão discursiva inédita. Essa divisão por menores ajudará, principalmente, durantes as suas
revisões, pois você passará necessariamente por todo o conteúdo do edital, item a item.
• Sugestões de Padrão de Resposta: entenda o que as bancas examinadoras esperam de você com
nossas sugestões de padrão resposta, elaboradas a partir de análises detalhadas de provas
anteriores.
• Respostas Discursivas Completas: além de orientações, fornecemos exemplos de respostas
discursivas completas para que você possa modelar suas próprias respostas com excelência.
• Dicas para Resumos: aprenda a sintetizar informações importantes com nossas dicas exclusivas para
resumos, otimizando seu tempo de estudo e retenção de conteúdo.
• Mapas Mentais: reforce seu aprendizado e facilite a revisão de temas complexos com nossos mapas
mentais, projetados para ajudá-lo a visualizar conexões importantes entre os conceitos.
Esperamos que você aproveite o conteúdo ao máximo, pois cada questão foi feita com muito zelo,
pensando, antes de mais nada, na sua aprovação.
Dito isso, desfrute do nosso material sem moderação, e fique tranquilo quanto ao resultado que você
poderá ter estudando conosco. Temos a certeza de que, no mínimo, você ganhará aqueles pontos que
farão diferença para a sua aprovação, e que permitirão a você alcançar o seu objetivo.
Edital
Questão Discursiva
Diante dos desafios contemporâneos enfrentados pela sociedade, as políticas públicas emergem
como ferramentas essenciais para a promoção do bem-estar coletivo e o desenvolvimento sustentável.
Nesse contexto, é fundamental que os candidatos a cargos públicos possuam um entendimento sólido sobre
os conceitos, tipologias, elaboração, implementação e avaliação de políticas públicas, bem como os princípios
norteadores de sua eficácia e eficiência. Com base nesse entendimento, elabore uma resposta discursiva
abordando os seguintes tópicos:
d) Discuta a importância da avaliação de políticas públicas e como ela contribui para a melhoria
contínua dos serviços prestados à população.
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve começar pela definição de políticas públicas como conjuntos de ações
governamentais voltadas para a solução de problemas e necessidades da sociedade. Em seguida, deve
detalhar as principais tipologias de políticas públicas (distributivas, regulatórias, redistributivas e
constitutivas), fornecendo exemplos claros para cada tipo. Além disso, é importante descrever o processo de
elaboração dessas políticas, destacando a importância da participação de diversos atores, incluindo
governos, sociedade civil e setor privado, e como essa interação pode influenciar os resultados alcançados.
Por fim, a resposta deve enfatizar a relevância da avaliação de políticas públicas como meio de garantir sua
eficácia e eficiência, permitindo ajustes e reformulações necessárias para atender melhor às demandas
sociais.
Resposta Sugerida
Políticas públicas são estratégias e ações promovidas pelo Estado com o objetivo de atender às
necessidades e direitos da população, influenciando diversos aspectos da vida social, econômica e política.
Elas são fundamentais para promover a justiça social, o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida
dos cidadãos.
As principais tipologias de políticas públicas incluem as políticas distributivas, que visam a alocação
de recursos em áreas específicas, como educação e saúde; as regulatórias, que estabelecem normas e
regulamentos para ordenar setores da sociedade; as redistributivas, focadas na redistribuição de renda e
recursos para reduzir desigualdades; e as constitutivas, que definem como outras políticas serão criadas e
implementadas.
A avaliação de políticas públicas é crucial, pois permite analisar seus impactos, eficiência e eficácia,
fornecendo dados importantes para o aprimoramento e a correção de rumos das políticas implementadas.
Através dessa avaliação, é possível garantir que as políticas públicas continuem a atender às necessidades da
população de forma efetiva e eficiente, promovendo melhorias contínuas nos serviços oferecidos.
• Políticas Públicas: São conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado, com a
participação da sociedade, para garantir e implementar condições que visem ao bem comum. Referência:
Souza, Celina. "Políticas Públicas: Uma Revisão da Literatura". Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 16, jul/dez
2006, p. 20-45.
• Tipologias de Políticas Públicas: Classificação que ajuda a entender a natureza e o objetivo das políticas
públicas, divididas em distributivas, regulatórias, redistributivas e constitutivas. Referência: Lowi, Theodore
J. "American Business, Public Policy, Case-Studies, and Political Theory". World Politics, vol. 16, nº 4, 1964, p.
677-715.
• Avaliação de Políticas Públicas: Processo de análise sistemática das políticas públicas, considerando seus
resultados e impactos, para verificar sua eficácia, eficiência e relevância. Referência: Patton, Michael Quinn.
"Utilization-Focused Evaluation". Sage Publications, 4ª edição, 2008.
Mapa da Aprovação
Edital
1.2 Ciclos de políticas públicas: agenda e formulação; processos de decisão; implementação, seus planos,
projetos e programas; monitoramento e avaliação.
Questão Discursiva
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve começar pela compreensão da importância da agenda e formulação
de políticas públicas, descrevendo como as necessidades da sociedade são identificadas, priorizadas e
incorporadas na agenda governamental. Em seguida, deve abordar os processos de decisão, ressaltando a
participação de diferentes atores sociais e institucionais e como isso influencia a definição de políticas. Ao
discutir a implementação, é crucial identificar os principais desafios enfrentados e as estratégias adotadas
para superá-los, considerando os planos, projetos e programas desenvolvidos. Por fim, a análise deve
concluir com a importância do monitoramento e avaliação, demonstrando como esses processos asseguram
que as políticas públicas alcancem seus objetivos de maneira eficaz e eficiente. O texto deve ser coeso, claro
e objetivo, fundamentando cada parte da resposta com exemplos relevantes e atuais, quando possível.
Resposta Sugerida
O processo de políticas públicas no Brasil envolve diversas etapas críticas, começando pela agenda e
formulação, onde as demandas sociais são coletadas, analisadas e priorizadas. Essa etapa é fundamental,
pois define quais questões serão abordadas pelo governo, requerendo um entendimento profundo das
necessidades da população e dos recursos disponíveis. Na sequência, os processos de decisão são essenciais
para determinar as políticas a serem implementadas. Estes processos são enriquecidos pela participação de
diversos atores sociais e institucionais, garantindo que múltiplas perspectivas sejam consideradas, o que
contribui para a criação de políticas mais inclusivas e eficazes.
Por fim, o monitoramento e avaliação são essenciais para garantir que as políticas públicas atinjam
seus objetivos. Essas etapas permitem que o governo avalie a eficácia e a eficiência das políticas
implementadas, fazendo ajustes quando necessário para melhorar os resultados. O monitoramento contínuo
e a avaliação sistemática são fundamentais para um ciclo de políticas públicas responsivo e adaptável, que
atenda efetivamente às necessidades da população.
• Processos de Decisão: Envolve a determinação de quais políticas públicas serão adotadas, considerando a
participação de diversos atores governamentais e não governamentais. A inclusão de múltiplas perspectivas
visa assegurar que as decisões sejam justas e eficazes.
• Monitoramento e Avaliação: São processos contínuos que verificam o progresso e a eficácia das políticas
públicas implementadas. Eles são fundamentais para garantir a accountability, a transparência e a adaptação
das políticas conforme necessário para melhor atender às necessidades da população.
Mapa da Aprovação
Edital
1.3 Institucionalização das políticas em Direitos Humanos como políticas de Estado. 1.4 Federalismo e
descentralização de políticas públicas no Brasil: organização e funcionamento dos sistemas de programas
nacionais.
Questão Discursiva
Elabore um texto discursivo que aborde a importância da institucionalização das políticas em Direitos
Humanos como políticas de Estado, considerando a relevância do federalismo e da descentralização de
políticas públicas no Brasil. Seu texto deve contemplar os seguintes tópicos:
c) Como a descentralização contribui para a efetividade das políticas em Direitos Humanos, levando em
consideração as especificidades regionais e locais.
Padrão de Resposta
Uma resposta bem-elaborada deve iniciar com a contextualização da institucionalização das políticas
em Direitos Humanos como essenciais para a construção de uma sociedade equitativa, ressaltando a
importância destas políticas como fundamentais para o Estado. Deve-se, então, analisar como o federalismo
influencia a organização e a operacionalização dos programas nacionais, evidenciando a descentralização de
políticas públicas como uma estratégia para atender às necessidades específicas de cada região. A
contribuição da descentralização para a eficácia das políticas em Direitos Humanos deve ser discutida,
apontando como a consideração das particularidades regionais pode melhorar a implementação dessas
políticas. Por fim, é crucial examinar os desafios da descentralização, como a coordenação entre diferentes
níveis de governo, para garantir a efetividade das políticas em Direitos Humanos. Uma resposta exemplar
deve ser clara, coesa e objetiva, abordando cada tópico de maneira detalhada.
Resposta Sugerida
A institucionalização das políticas em Direitos Humanos como políticas de Estado é fundamental para
assegurar que a promoção e proteção dos direitos humanos sejam uma prioridade constante,
independentemente de mudanças governamentais. Essas políticas servem como um pilar para a construção
de uma sociedade mais justa e igualitária, garantindo direitos fundamentais a todos os cidadãos. O
federalismo, por sua vez, desempenha um papel crucial na organização e funcionamento dos sistemas de
programas nacionais no Brasil, promovendo a descentralização de políticas públicas. Essa descentralização é
essencial para adaptar as políticas às realidades específicas de cada região, permitindo uma resposta mais
eficaz às diversas necessidades da população.
1. Institucionalização das Políticas em Direitos Humanos como Políticas de Estado: Refere-se ao processo
pelo qual as políticas de direitos humanos são formalmente estabelecidas e integradas nas estruturas e
processos governamentais, assegurando sua continuidade e prioridade independentemente de mudanças
políticas.
2. Federalismo: Sistema de governo em que o poder é dividido entre um governo central e várias entidades
regionais ou estaduais, cada uma com certas competências legislativas e executivas.
Mapa da Aprovação
Edital
2.1 Estado de direito e a Constituição Federal de 1988: consolidação da democracia, representação política
e participação cidadã.
Questão Discursiva
d) A participação cidadã como elemento fundamental na democracia prevista pela Constituição Federal
de 1988.
Seu texto deve refletir sobre como esses elementos se interconectam para formar a base do sistema
político brasileiro atual, destacando a relevância de cada um para a efetivação de um Estado democrático de
direito. Priorize a análise crítica e a conexão entre os tópicos, demonstrando compreensão sobre como a
Constituição Federal de 1988 estrutura esses pilares da democracia brasileira.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve iniciar contextualizando o Estado de Direito e sua estreita relação com a
Constituição Federal de 1988, destacando como este documento legal reforça os princípios democráticos e
assegura direitos fundamentais. Em seguida, deve-se discorrer sobre a relevância da Constituição na
consolidação da democracia no Brasil, elucidando como ela promoveu mudanças significativas na governança
e na participação popular. A explanação deve também abordar o papel da representação política,
evidenciando a importância do sistema representativo e das instituições democráticas estabelecidas pela
Constituição. Por fim, a discussão deve incorporar a participação cidadã, argumentando como a Constituição
de 1988 ampliou os mecanismos de participação direta e indireta dos cidadãos na política. A resposta deve
ser articulada de maneira coesa e direta, com foco nos conceitos básicos e na inter-relação entre os tópicos,
demonstrando compreensão do impacto da Constituição Federal de 1988 na democracia brasileira.
Resposta Sugerida
A Constituição Federal de 1988, conhecida como "Constituição Cidadã", estabeleceu o Brasil como
um Estado de Direito, fundamentado na soberania popular, no pluralismo político e na garantia de direitos
fundamentais. O conceito de Estado de Direito é essencialmente vinculado à ideia de que o poder deve ser
exercido conforme as leis previstas na Constituição, assegurando a todos os cidadãos igualdade perante a lei
e proteção contra abusos do poder. Este marco legal foi crucial para a consolidação da democracia no Brasil,
após um longo período de regime autoritário, promovendo um ambiente de liberdades civis, direitos políticos
e sociais que são a base para a participação efetiva da população na vida política do país.
Portanto, a Constituição Federal de 1988 não apenas consolidou o Estado de Direito no Brasil, mas
também estabeleceu as bases para uma democracia participativa e representativa, onde a soberania popular
é exercida tanto pelo voto quanto pela participação direta na política. Este documento legal é, assim, a pedra
angular da democracia brasileira, assegurando a manutenção e o desenvolvimento de um sistema político
que valoriza a participação, a representação e o respeito aos direitos fundamentais.
• Estado de Direito: Princípio onde o poder é exercido de acordo com a lei, assegurando a todos igualdade e
proteção legal. Baseia-se na ideia de que todas as ações do governo devem seguir as leis previamente
estabelecidas e serem submetidas ao controle judicial. (Fonte: Dicionário de Política, Norberto Bobbio)
• Constituição Federal de 1988: Documento que estabeleceu o Brasil como um Estado Democrático de Direito,
garantindo direitos fundamentais e estruturando o poder político. Marcou a transição para a democracia,
reforçando a separação dos poderes, a soberania popular e os direitos e garantias individuais. (Fonte:
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988)
• Representação Política: Mecanismo pelo qual os cidadãos elegem representantes para tomar decisões
políticas em seu nome, sendo um pilar fundamental em democracias representativas. É garantido pela
Constituição Federal de 1988, que estabelece um sistema eleitoral para a escolha de representantes nos
poderes legislativo e executivo. (Fonte: A Democracia na América, Alexis de Tocqueville)
• Participação Cidadã: Envolve o engajamento dos cidadãos na vida política e na tomada de decisões do país,
indo além do voto. A Constituição de 1988 promoveu a participação direta por meio de instrumentos como
plebiscitos, referendos e iniciativas populares. (Fonte: Participação e Controle Social, Evelina Dagnino)
Mapa da Aprovação
Edital
2.2 Divisão e coordenação de Poderes da República. 2.3 Presidencialismo como sistema de governo: noções
gerais, capacidades governativas e especificidades do caso brasileiro.
Questão Discursiva
Elabore um texto discursivo que aborde os seguintes tópicos, fundamentais para a compreensão da
organização política e administrativa do Brasil:
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve iniciar contextualizando a divisão de poderes na República Federativa do
Brasil, evidenciando a importância dessa separação funcional para garantir a liberdade e evitar o abuso de
poder, conforme preconiza a Constituição Federal de 1988. Em seguida, deve-se explorar os mecanismos de
coordenação e controle entre os poderes, detalhando como medidas provisórias, o processo legislativo e o
controle de constitucionalidade atuam para promover a governabilidade e o equilíbrio entre as funções
estatais. A discussão deve avançar para a descrição do presidencialismo, destacando suas características
como sistema de governo, especialmente no que se refere às capacidades governativas do Presidente e as
particularidades do modelo brasileiro, incluindo o contexto do federalismo e do sistema multipartidário. O
texto deve demonstrar compreensão das dinâmicas políticas e institucionais do Brasil, apresentando
argumentos coesos e baseados em conhecimentos teóricos e na legislação pertinente.
Resposta Sugerida
A República Federativa do Brasil adota a divisão de poderes como princípio fundamental para a
organização do Estado, visando assegurar a independência e harmonia entre o Executivo, Legislativo e
Judiciário, conforme estabelecido pela Constituição Federal de 1988. Essa separação funcional é essencial
para o equilíbrio do poder e a prevenção de abusos, assegurando que nenhuma esfera detenha controle
absoluto sobre as funções estatais. A coordenação entre os poderes se manifesta através de mecanismos
como as medidas provisórias, que permitem ao Executivo legislar em casos de relevância e urgência, sujeitas
à posterior análise do Legislativo, evidenciando a flexibilidade e adaptabilidade do sistema político brasileiro.
Em resumo, o sistema político brasileiro é marcado pela divisão de poderes, com mecanismos de
coordenação que promovem a governabilidade e o equilíbrio institucional, e um presidencialismo com
características próprias que influenciam a gestão pública e as relações intergovernamentais. A compreensão
desses aspectos é fundamental para analisar a eficácia e os desafios da governança no Brasil.
• Divisão de Poderes: Refere-se à distribuição das funções estatais entre o Executivo, Legislativo e Judiciário,
visando prevenir o abuso de poder e garantir a independência e harmonia entre eles. A ideia, originária do
pensamento de Montesquieu, é fundamental para o funcionamento da democracia. (Referência:
Montesquieu, "Do Espírito das Leis")
• Coordenação entre os Poderes: Envolve mecanismos legais e institucionais que permitem a interação e o
equilíbrio entre os poderes, como o processo legislativo, o controle de constitucionalidade e o uso de
medidas provisórias, assegurando a governabilidade. (Referência: Constituição Federal de 1988)
• Especificidades do Caso Brasileiro: O presidencialismo no Brasil é marcado pelo federalismo e pelo sistema
multipartidário, que afetam a governabilidade e as relações entre os poderes, exigindo negociações
constantes e a formação de coalizões políticas para a aprovação de leis e políticas públicas. (Referência:
Constituição Federal de 1988)
Edital
2.4 Efetivação e reparação de Direitos Humanos: memória, autoritarismo e violência de Estado. 2.5
Programa Nacional de Direitos Humanos PNDH-3 (Decreto nº 7.037/2009).
Questão Discursiva
c) A relação entre a efetivação dos Direitos Humanos e a superação do autoritarismo, com ênfase na
importância de políticas públicas de memória e reparação.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve começar contextualizando a importância da memória histórica na luta contra
o autoritarismo e a violência de Estado, citando exemplos de mecanismos de memória e verdade no Brasil.
Em seguida, deve-se analisar o papel do PNDH-3, destacando suas diretrizes fundamentais para a promoção
dos Direitos Humanos e a prevenção da violência estatal. É crucial discutir a relação entre a efetivação dos
Direitos Humanos e a superação do autoritarismo, ressaltando a importância de políticas públicas de
Resposta Sugerida
Neste contexto, o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), estabelecido pelo Decreto nº
7.037/2009, surge como uma política pública estratégica para a promoção e proteção dos Direitos Humanos,
delineando diretrizes fundamentais para a reparação de violações e a prevenção da violência estatal. O
PNDH-3 enfoca a importância de se reconhecer as atrocidades do passado e de se implementar ações
concretas para a reparação das vítimas, além de estabelecer mecanismos para prevenir futuras violações.
• Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3): O PNDH-3 é um programa do governo brasileiro que
estabelece diretrizes para a promoção e proteção dos Direitos Humanos no país. Ele visa, entre outros
objetivos, fortalecer as políticas de reparação às vítimas de violações de Direitos Humanos, promover a
educação em Direitos Humanos e fomentar a cultura da paz.
• Efetivação dos Direitos Humanos: Refere-se ao processo de tornar plenamente aplicáveis e respeitados os
direitos fundamentais de todos os cidadãos, especialmente aqueles mais vulneráveis. Implica a adoção de
medidas legislativas, judiciais e administrativas que garantam o pleno exercício desses direitos.
• Desafios para a Efetivação dos Direitos Humanos no Brasil: Englobam desde a resistência política e
institucional até a falta de recursos financeiros e humanos para a implementação de políticas públicas
efetivas. Os desafios também incluem a necessidade de superar a cultura de impunidade e de fortalecer os
mecanismos de justiça e reparação.
Edital
2.6 Combate às discriminações, desigualdades e injustiças: de renda, regional, racial, etária e de gênero. 2.7
Desenvolvimento sustentável, meio ambiente e mudança climática
Questão Discursiva
A atualidade demanda um olhar crítico e soluções efetivas para diversas questões sociais e
ambientais que afetam global e localmente as sociedades. Com base nisso, elabore um texto dissertativo
abordando os seguintes tópicos:
Padrão de Resposta
Um bom texto deve iniciar destacando a prevalência das diversas formas de discriminação e
desigualdades na sociedade, evidenciando seus impactos negativos no desenvolvimento socioeconômico.
Em seguida, deve enfatizar a importância do combate a essas injustiças, apresentando possíveis ações
Resposta Sugerida
• Desenvolvimento Sustentável: Definido no Relatório Brundtland (1987) como "o desenvolvimento que
atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender suas
próprias necessidades". Este conceito sublinha a importância de considerar a interdependência entre
crescimento econômico, justiça social e proteção ambiental.
• Mudanças Climáticas: Refere-se a alterações significativas e de longo prazo nas estatísticas dos padrões
climáticos globais ou regionais. As atividades humanas, especialmente a queima de combustíveis fósseis, são
a principal causa das mudanças climáticas atuais, resultando em fenômenos extremos, como aumento da
temperatura global, elevação do nível do mar e eventos climáticos extremos.
Mapa da Aprovação
Edital
3.1 Princípios e valores éticos do serviço público, seus direitos e deveres à luz do artigo 37 da Constituição
Federal de 1988, e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal
(Decreto nº 1.171/1994).
Questão Discursiva
a) A importância dos princípios éticos no serviço público, destacando como estes contribuem para a
integridade e a confiança pública.
b) Os direitos e deveres dos servidores públicos conforme estabelecidos pelo artigo 37 da Constituição
Federal de 1988, com ênfase nos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade
e eficiência.
c) As normas de conduta previstas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal (Decreto nº 1.171/1994), destacando a relevância destas para a promoção de um
ambiente de trabalho ético.
Uma resposta de qualidade deve introduzir o tema da ética no serviço público, reconhecendo sua
fundamental importância para a manutenção da confiança pública e para a promoção de um ambiente de
trabalho íntegro e eficiente. Deve-se discutir os princípios éticos básicos, como legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência, detalhando como estes são aplicados no contexto do serviço público
brasileiro e quais são os direitos e deveres dos servidores públicos segundo o artigo 37 da Constituição
Federal de 1988. Além disso, a dissertação deve abordar as normas de conduta do Código de Ética Profissional
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, enfatizando a importância de aderir a estas normas para
a promoção de práticas éticas. Por fim, é crucial refletir sobre o papel dos servidores públicos na promoção
da ética, argumentando que a observância rigorosa às normas estabelecidas é essencial para garantir a
eficácia das instituições públicas.
Resposta Sugerida
A ética no serviço público é um pilar fundamental para a construção de uma sociedade justa e para
a manutenção da confiança da população nas instituições. Os princípios éticos não apenas orientam a
conduta dos servidores públicos mas também asseguram a transparência e a eficiência na gestão pública.
Conforme o artigo 37 da Constituição Federal de 1988, os servidores estão submetidos aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, que juntos formam a base sobre a qual o
serviço público deve operar. Estes princípios garantem que as ações dos servidores estejam em conformidade
com as leis, sejam realizadas com objetividade, sem favorecimentos ou discriminações, promovam a
moralidade administrativa, sejam transparentes e busquem a máxima eficiência.
O Decreto nº 1.171/1994, por sua vez, complementa a legislação ao estabelecer normas específicas
de conduta para os servidores do Poder Executivo Federal, enfatizando a necessidade de um comportamento
ético que ultrapasse a mera observância das leis. Este Código de Ética destaca a importância da preservação
da honra e da imagem da instituição, a proibição de práticas desonestas e a necessidade de tratar todos com
respeito e justiça.
No contexto do serviço público, o servidor tem um papel crucial na promoção da ética, sendo o
exemplo de integridade, transparência e compromisso com o interesse público. A observância às normas
estabelecidas é essencial, não apenas para a legalidade das ações mas também para garantir a legitimidade
e a eficácia das instituições públicas. Portanto, a ética no serviço público transcende a simples aderência à
lei, envolvendo um compromisso profundo com os valores que sustentam a sociedade democrática.
• Princípios éticos no serviço público: São diretrizes que orientam a conduta dos servidores públicos,
assegurando a transparência, a eficiência e a integridade no exercício de suas funções.
• Artigo 37 da Constituição Federal de 1988: Estabelece os princípios básicos que devem nortear a atuação
dos servidores públicos, incluindo legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
• Decreto nº 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal):
Define normas de conduta ética para os servidores públicos do Poder Executivo Federal, visando a promoção
de um ambiente de trabalho ético e a preservação da imagem e da honra pública.
Mapa da Aprovação
Edital
3.2 Governança pública e sistemas de governança (Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017). Gestão
de riscos e medidas mitigatórias na Administração Pública.
Questão Discursiva
A administração pública contemporânea tem sido marcada por profundas transformações, guiadas
pelos princípios da eficiência, transparência e responsabilidade. Neste contexto, analise os seguintes
aspectos:
Elabore uma resposta discutindo a inter-relação desses elementos na busca por uma administração
pública mais eficiente e transparente, considerando as especificidades do contexto brasileiro.
Uma resposta adequada deve abordar a interdependência entre governança pública, sistemas de
governança, gestão de riscos e medidas mitigatórias na Administração Pública. Deve-se iniciar destacando a
importância da governança pública, conforme o Decreto nº 9.203/2017, como um mecanismo para
aprimorar a gestão pública através da promoção da integridade, accountability e controle. Em seguida,
enfatizar como os sistemas de governança atuam para concretizar esses objetivos, facilitando a
implementação de práticas transparentes e responsáveis. A discussão deve seguir para a gestão de riscos,
evidenciando sua relevância na prevenção de falhas e promoção da eficácia, e concluir com as medidas
mitigatórias, destacando exemplos de como estas podem ser aplicadas para enfrentar riscos na gestão
pública. A resposta deve ser coesa, direta, e baseada em conceitos e legislações pertinentes ao tema.
Resposta Sugerida
A gestão de riscos emerge, nesse contexto, como uma ferramenta estratégica para identificar,
avaliar, e tratar riscos que podem afetar a capacidade do governo de atingir seus objetivos. A identificação
proativa de potenciais ameaças e vulnerabilidades permite à administração pública adotar medidas
preventivas, reduzindo a possibilidade de ocorrência de eventos adversos que comprometam a eficiência e
eficácia dos serviços públicos.
Por fim, as medidas mitigatórias são elementos chave na gestão de riscos, consistindo em estratégias
e ações específicas destinadas a minimizar os impactos negativos identificados. Estas podem incluir a revisão
de processos, o fortalecimento de controles internos, e a implementação de políticas de treinamento e
capacitação continuada para servidores. Ao enfrentar os riscos de maneira estratégica, a Administração
Pública pode não apenas prevenir falhas e perdas, mas também promover um ambiente de gestão mais
seguro, transparente, e orientado para resultados.
• Governança Pública: Refere-se ao conjunto de mecanismos, processos, relações e instituições através dos
quais os cidadãos e grupos articulam seus interesses, exercem seus direitos e obrigações, e mediam seus
conflitos, no contexto do serviço público. O Decreto nº 9.203/2017 é um referencial normativo que
estabelece os princípios da governança na administração pública federal, destacando a gestão ética,
transparente e eficiente. Fonte: Decreto nº 9.203/2017.
• Medidas Mitigatórias: São estratégias e ações implementadas para reduzir a probabilidade de ocorrência ou
o impacto de riscos identificados. Incluem a adoção de controles internos mais robustos, a melhoria de
processos e procedimentos, e o desenvolvimento de capacidades e competências organizacionais. Fonte:
ABNT NBR ISO 31000:2018 - Gestão de Riscos - Princípios e Diretrizes.
Mapa da Aprovação
Edital
3.3 Integridade pública (Decreto nº 11.529/2023). 3.4 Transparência e qualidade na gestão pública, cidadania
e equidade social. 3.7 Transparência e imparcialidade nos usos da inteligência artificial no âmbito do serviço
público.
Questão Discursiva
Diante dos desafios enfrentados pela administração pública contemporânea, torna-se imperativa a
discussão sobre princípios e práticas que assegurem a governança eficaz e ética. Nesse contexto, elabore um
texto que aborde os seguintes tópicos:
d) Como a articulação desses tópicos contribui para a construção de uma administração pública
confiável, eficiente e inclusiva, alinhada aos princípios democráticos e aos direitos fundamentais.
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada a esta questão deve contextualizar a relevância da integridade pública,
conforme delineado pelo Decreto nº 11.529/2023, evidenciando a sua função essencial na prevenção de
condutas antiéticas e na promoção de um ambiente de trabalho íntegro no setor público. Deve-se discutir a
transparência e qualidade na gestão pública como pilares para a efetivação da cidadania e da equidade social,
enfatizando a necessidade de mecanismos que assegurem a participação popular e o controle social sobre
as ações governamentais. É fundamental abordar os desafios relacionados à implementação de práticas
transparentes e imparciais no uso da inteligência artificial, reconhecendo tanto as potencialidades quanto os
riscos associados a essa tecnologia no serviço público. A resposta deve articular como a integração desses
elementos contribui para fortalecer a confiança na administração pública, promovendo uma gestão mais
eficiente, justa e alinhada aos princípios democráticos.
Resposta Sugerida
A integridade pública, conforme delineada pelo Decreto nº 11.529/2023, ocupa uma posição central
na administração pública, estabelecendo um marco normativo para o comportamento ético e a conduta dos
servidores públicos. Este decreto é uma ferramenta vital para consolidar a confiança pública no setor
governamental, ao enfatizar a necessidade de uma atuação baseada em princípios éticos claros e na
responsabilidade. Ele propõe medidas concretas para a prevenção de atos de corrupção e para o
fortalecimento da integridade institucional, incluindo a promoção de políticas de compliance e a
implementação de sistemas de gestão de riscos.
Além disso, a transparência e a qualidade na gestão pública são fundamentais para garantir a
cidadania e a equidade social. A transparência permite que os cidadãos tenham acesso às informações
governamentais de maneira clara e precisa, facilitando o controle social e a participação democrática. A
qualidade na gestão, por sua vez, refere-se à capacidade do governo de fornecer serviços eficientes e
eficazes, atendendo às expectativas dos cidadãos e promovendo a equidade social. Ações como a
disponibilização de dados abertos e a realização de consultas públicas são exemplos de práticas que reforçam
esses princípios.
No tocante ao uso da inteligência artificial (IA) no serviço público, enfrenta-se o desafio de assegurar
que sua aplicação seja transparente e imparcial. A IA tem o potencial de transformar a prestação de serviços
públicos, aumentando a eficiência e a precisão. Contudo, é essencial que seu uso esteja alinhado com
diretrizes éticas claras, prevenindo qualquer forma de viés e garantindo a proteção de dados e a privacidade
dos cidadãos. A adoção de padrões de transparência e a realização de avaliações de impacto ético são
medidas importantes para mitigar riscos e assegurar que a IA sirva ao interesse público.
• Integridade Pública: Refere-se ao conjunto de práticas, políticas e leis destinadas a promover a ética, a
honestidade e a responsabilidade entre os funcionários e representantes do governo. Essa abordagem visa
prevenir a corrupção, o nepotismo e outras formas de má conduta no setor público.
• Qualidade na Gestão Pública: Envolve a implementação de práticas de gestão que assegurem a eficiência,
eficácia e efetividade na prestação de serviços públicos, visando atender às necessidades e expectativas dos
cidadãos.
Mapa da Aprovação
Edital
3.5 Governo eletrônico e seu impacto na sociedade e na Administração Pública. Lei nº 14.129/2021
Questão Discursiva
Sua resposta deve contemplar uma análise crítica sobre como a implementação de políticas de
governo eletrônico, amparadas pela Lei nº 14.129/2021, contribui para a modernização da Administração
Pública e o fortalecimento da democracia, considerando os desafios e as oportunidades apresentadas pela
digitalização dos serviços públicos.
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve começar por definir o governo eletrônico, destacando sua relevância
para a modernização da gestão pública e a melhoria dos serviços oferecidos à população. Deve, então,
analisar a Lei nº 14.129/2021, enfatizando como ela serve de marco legal para a digitalização dos serviços
públicos, promovendo eficiência, acessibilidade e inclusão digital. É importante discutir o impacto dessa
transformação na eficiência operacional da Administração Pública, evidenciando casos ou dados que ilustrem
melhorias na prestação de serviços. A resposta deve também refletir sobre como o governo eletrônico amplia
a participação cidadã e a transparência, permitindo maior acesso à informação e facilitando o engajamento
dos cidadãos nas decisões governamentais. Concluir com uma reflexão crítica sobre os desafios enfrentados
na implementação do governo eletrônico, como a necessidade de superar barreiras tecnológicas e garantir
a segurança da informação, é essencial para uma resposta completa.
Resposta Sugerida
A Lei nº 14.129/2021, ao definir os princípios para a digitalização dos serviços públicos, desempenha
um papel crucial na superação desses desafios, estabelecendo um caminho para que o governo eletrônico
possa efetivamente contribuir para uma administração pública mais eficiente, transparente e inclusiva. A
implementação dessa lei representa um passo significativo na direção de uma gestão pública que valoriza a
• Lei nº 14.129/2021: Estabelece princípios, regras e diretrizes para a digitalização dos serviços públicos,
buscando promover a eficiência, a transparência e a participação cidadã. (Fonte: Diário Oficial da União)
• Participação Cidadã e Transparência Governamental: A participação cidadã é a inclusão dos cidadãos nos
processos decisórios e de governança, enquanto a transparência refere-se à abertura e disponibilidade de
informações governamentais ao público. Ambos são ampliados pelo governo eletrônico. (Fonte: Banco
Mundial, "Governo Eletrônico como Ferramenta para Transparência")
Mapa da Aprovação
Edital
Questão Discursiva
Elabore um texto discursivo que aborde os seguintes tópicos relativos ao acesso à informação,
conforme estipulado pela Lei nº 12.527/2011, também conhecida como Lei de Acesso à Informação (LAI):
Seu texto deve refletir sobre como a LAI contribui para o fortalecimento da democracia e o combate à
corrupção, considerando o contexto brasileiro atual. Discorra sobre os desafios encontrados na
implementação efetiva da lei e na consolidação de uma cultura de transparência no país.
Padrão de Resposta
Um bom texto sobre o tema proposto deve iniciar destacando a relevância da Lei de Acesso à
Informação (LAI) como ferramenta democrática que assegura ao cidadão o direito de acessar informações
públicas. Deve-se discorrer sobre os princípios fundamentais da LAI, como a publicidade como preceito geral
e o sigilo como exceção, apontando como estes contribuem para a transparência e o controle social sobre as
ações governamentais. Em seguida, é essencial abordar as obrigações impostas aos órgãos e entidades
públicas, incluindo a necessidade de promover a divulgação de informações de interesse público de forma
proativa e a implementação de procedimentos que facilitem o acesso à informação. O texto deve também
refletir sobre os mecanismos de controle e as instâncias de fiscalização responsáveis por garantir o
cumprimento da lei, além de discutir as limitações e as hipóteses de sigilo, destacando como estas buscam
equilibrar o direito à informação com a proteção de outros interesses legítimos. Finalmente, é importante
que sejam apontados os desafios para a efetiva implementação da LAI e a promoção de uma cultura de
transparência no Brasil, considerando os avanços já alcançados e os obstáculos ainda presentes.
Resposta Sugerida
A LAI também prevê mecanismos de controle e instâncias responsáveis pela fiscalização de seu
cumprimento, como os órgãos de controle interno de cada entidade pública. Estes órgãos são essenciais para
garantir que as disposições da lei sejam efetivamente aplicadas e para assegurar que eventuais
irregularidades sejam identificadas e corrigidas.
Contudo, a LAI estabelece limitações ao direito de acesso à informação, prevendo hipóteses de sigilo
para proteger informações pessoais, a segurança do Estado e outros interesses legítimos. Estas restrições
são necessárias para equilibrar o direito à informação com a proteção de outros direitos fundamentais e
interesses públicos.
Apesar dos avanços promovidos pela LAI, ainda existem desafios significativos para sua
implementação plena. Entre estes, destacam-se a resistência cultural à transparência em certos setores da
administração pública e as dificuldades operacionais para atender aos pedidos de informação de forma
eficiente. Para superar esses obstáculos, é necessário um comprometimento contínuo com a promoção de
uma cultura de transparência e a adoção de medidas que fortaleçam os mecanismos de controle e
fiscalização.
• Princípios fundamentais da LAI: A Lei de Acesso à Informação estabelece a transparência como regra,
determinando que qualquer informação produzida ou custodiada pelo poder público deve ser acessível aos
cidadãos, salvo algumas exceções previstas em lei. A publicidade das ações governamentais é essencial para
o exercício da cidadania e o fortalecimento da democracia.
• Obrigações dos órgãos públicos: Segundo a LAI, os órgãos públicos devem promover a divulgação proativa
de informações de interesse público e responder às solicitações de informação de forma rápida e eficiente,
garantindo assim o direito de acesso à informação.
• Mecanismos de controle e fiscalização: A LAI prevê a criação de instâncias de controle responsáveis por
monitorar e assegurar o cumprimento da legislação, além de receber e investigar denúncias de
irregularidades.
• Limitações e sigilo: A legislação prevê casos específicos em que o acesso à informação pode ser restringido,
para proteger a segurança nacional, a privacidade das pessoas e outros interesses legítimos. Estas exceções
são fundamentais para equilibrar o direito à informação com a proteção de outros direitos e interesses
públicos.
Edital
4.1 Diversidade de sexo, gênero e sexualidade; diversidade étnico-racial; diversidade cultural. 4.2 Desafios
sociopolíticos da inclusão de grupos vulnerabilizados: crianças e adolescentes; idosos; LGBTQIA+; pessoas
com deficiências; pessoas em situação de rua, povos indígenas, comunidades quilombolas e demais
minorias sociais.
Questão Discursiva
d) Estratégias efetivas para superar os desafios sociopolíticos da inclusão desses grupos, com ênfase na
legislação vigente e nas práticas sociais que promovam a equidade e a justiça social.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve abordar a essencialidade do reconhecimento das diversas identidades de
gênero, sexuais e étnico-raciais, ressaltando como este reconhecimento é crucial para a elaboração de
políticas públicas que visem à inclusão efetiva. É importante mencionar os obstáculos enfrentados por grupos
Resposta Sugerida
A inclusão social e o respeito à diversidade são pilares fundamentais para o desenvolvimento de uma
sociedade justa e igualitária. O reconhecimento das diversidades de sexo, gênero e sexualidade é essencial
para a construção de políticas públicas inclusivas, que assegurem direitos iguais e combatam a discriminação.
As diversidades étnico-racial e cultural também desempenham um papel crucial nesse cenário, exigindo
esforços contínuos para promover a igualdade e a valorização das diferentes culturas e identidades dentro
do ambiente social e no mercado de trabalho.
• Diversidade de Sexo, Gênero e Sexualidade: Refere-se ao espectro amplo de identidades que vão além das
categorias binárias de masculino e feminino, incluindo pessoas transgênero, não-binárias, intersexuais, e a
diversidade na orientação sexual. Fonte: Organização Mundial da Saúde.
• Diversidade Étnico-Racial e Cultural: A compreensão e valorização das diferentes etnias, culturas, tradições
e histórias que compõem a sociedade, promovendo a igualdade racial e o combate ao racismo. Fonte:
UNESCO.
Edital
Questão Discursiva
Discorra sobre os princípios constitucionais e as normas que regem a administração pública, com
foco nos artigos de 37 a 41 da Constituição Federal de 1988, considerando os seguintes tópicos:
c) O regime jurídico dos servidores públicos civis, abordando aspectos como estabilidade, remuneração
e direitos fundamentais previstos nos artigos 39 a 41 da Constituição Federal.
Padrão de Resposta
Resposta Sugerida
O controle interno e externo, fundamentado nesses princípios, tem papel vital na manutenção da
probidade administrativa e no combate à corrupção, por meio de mecanismos de accountability que incluem
auditorias, fiscalizações e a atuação de órgãos como os Tribunais de Contas e o Ministério Público. Esses
instrumentos garantem a fiscalização efetiva das ações governamentais, promovendo a responsabilização
em casos de desvio ou má gestão dos recursos públicos.
Quanto ao regime jurídico dos servidores públicos civis, os artigos 39 a 41 detalham regras sobre
estabilidade, remuneração e direitos fundamentais que visam à valorização do servidor e à melhoria da
prestação de serviços à população. Estas normas estabelecem um equilíbrio entre os direitos dos servidores
e as necessidades de uma administração pública eficaz, promovendo um ambiente de trabalho justo e
motivador.
• Legalidade: Exige que toda ação administrativa seja fundamentada em lei. A administração pública só pode
agir conforme o que está previsto legalmente, garantindo segurança jurídica e previsibilidade.
• Impessoalidade: Determina que os atos e decisões devem visar ao interesse público, sem favorecimentos ou
perseguições pessoais, evitando a personalização da gestão pública.
Mapa da Aprovação
Edital
Questão Discursiva
1. Princípios Básicos da Administração Pública: Descreva os princípios básicos que norteiam a Administração
Pública Federal, com base no Decreto Lei nº 200/1967.
Uma boa resposta deve iniciar com uma breve introdução sobre a relevância do Decreto Lei nº
200/1967 para a estruturação da Administração Pública Federal, seguida de uma explanação clara e objetiva
sobre os princípios básicos que regem a Administração Pública, conforme o decreto. Em seguida, deve-se
detalhar a estrutura da Administração Pública Federal, enfatizando a organização e as principais
características definidas pelo decreto. A análise sobre a descentralização administrativa deve destacar sua
definição, importância e impacto na eficiência dos serviços públicos. Por fim, a discussão sobre reforma
administrativa e modernização deve refletir sobre como o decreto influencia e proporciona bases para
atualizações e melhorias na administração pública. Toda a resposta deve ser articulada em um texto fluído,
com informações precisas e sem a necessidade de enumerar os tópicos.
Resposta Sugerida
O Decreto Lei nº 200/1967, um instrumento legal que rege a estrutura da Administração Pública
Federal no Brasil, institui diretrizes fundamentais para a organização e funcionamento do Estado, visando à
eficiência e ao atendimento efetivo das necessidades da sociedade. Este decreto estabelece princípios
básicos como eficiência, planejamento, descentralização e coordenação, essenciais para uma gestão pública
coerente e responsável.
A estrutura da Administração Pública Federal é definida pela divisão em Administração Direta, que
compreende os serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos
Ministérios, e Administração Indireta, que inclui entidades com personalidade jurídica própria, como
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. Essa organização
permite uma distribuição clara de competências e uma gestão mais focada em resultados específicos.
• Princípios Básicos da Administração Pública: São diretrizes que orientam a atuação do Estado, incluindo
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Esses princípios garantem uma gestão
transparente, ética e eficaz.
Mapa da Aprovação
Edital
5.3 Agentes públicos: Regime Jurídico Único (Lei nº 8.112/1990 e suas alterações).
Questão Discursiva
A Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, estabelece o regime jurídico dos servidores públicos civis
da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais, marcando um
ponto de inflexão na gestão de recursos humanos no setor público brasileiro. Com base nessa legislação e
considerando os desafios atuais, elabore uma dissertação abordando os seguintes tópicos:
Padrão de Resposta
Uma resposta bem-elaborada deve iniciar com a definição clara de agente público, seguida de uma
descrição das categorias de agentes públicos e a importância dessa distinção para o regime jurídico aplicável.
Em seguida, deve detalhar os direitos e deveres dos servidores públicos, ressaltando como estes contribuem
para a eficiência e moralidade administrativa. A exposição sobre as formas de provimento e vacância deve
abordar os procedimentos de admissão e desligamento, enfatizando sua importância para a gestão de
recursos humanos no setor público. Por fim, a discussão sobre a estabilidade deve refletir sobre seu papel
na gestão pública e na qualidade do serviço público, considerando o contexto da reforma administrativa. O
texto deve ser coeso, com argumentos bem encadeados e fundamentados na Lei nº 8.112/1990 e suas
alterações.
Resposta Sugerida
Agentes públicos são todos aqueles que exercem, temporária ou permanentemente, com ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos ou entidades públicas. A Lei nº 8.112/1990, ao
estabelecer o Regime Jurídico Único dos servidores públicos civis da União, categoriza os agentes públicos e
delineia os direitos e deveres que garantem a eficiência e moralidade no exercício da função pública. Esta
legislação contempla os procedimentos para o provimento e a vacância dos cargos públicos, estabelecendo
as bases para uma gestão eficaz do pessoal no setor público.
As normas sobre provimento e vacância têm papel crucial na administração pública, assegurando
que o ingresso e a saída dos servidores ocorram de maneira organizada e transparente, o que é essencial
para o planejamento e a qualidade dos serviços públicos. A estabilidade do servidor, por sua vez, é um tema
de intenso debate, especialmente no contexto de discussões sobre reforma administrativa. Enquanto
garante direitos aos servidores efetivos após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de
desempenho, também é vista como um mecanismo que pode dificultar a renovação e a eficiência da gestão
pública. No entanto, é importante destacar que a estabilidade visa proteger o servidor de demissões
arbitrárias, contribuindo para a continuidade e a qualidade dos serviços públicos.
• Agente público: Indivíduos que exercem funções no Estado, independentemente da forma de investidura ou
vínculo, englobando servidores públicos, empregados públicos e ocupantes de cargos políticos. A Lei nº
8.112/1990 os classifica e regula, estabelecendo o regime jurídico único para os servidores públicos civis da
União, autarquias e fundações públicas federais.
• Direitos e deveres dos servidores públicos: Esses aspectos são regulados pela Lei nº 8.112/1990, que visa
assegurar condições de trabalho justas para os servidores públicos, bem como garantir a eficiência e a
moralidade no exercício da função pública. Incluem-se direitos como remuneração, licenças, aposentadoria
e deveres como lealdade às instituições, eficiência no serviço e observância das normas legais.
• Provimento e vacância: O provimento de cargos públicos pode ocorrer por nomeação, promoção,
readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e ascensão, enquanto a vacância ocorre por
exoneração, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo incompatível e
falecimento. Esses procedimentos são essenciais para a organização e a gestão eficiente do quadro de
pessoal na administração pública.
• Estabilidade dos servidores públicos: A estabilidade, após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação
de desempenho, é um direito assegurado aos servidores públicos pela Constituição Federal e regulamentada
pela Lei nº 8.112/1990. Tem como objetivo proteger o servidor de demissões não motivadas, contribuindo
para a continuidade dos serviços públicos. Contudo, é objeto de discussão quanto à sua reformulação para
garantir tanto a segurança do servidor quanto a eficiência e adaptabilidade da administração pública.
Mapa da Aprovação
Edital
6.1 Atribuições econômicas do Estado. 6.2 Fundamentos das finanças públicas, tributação e orçamento.
Questão Discursiva
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve discutir de forma clara e objetiva as principais atribuições econômicas do
Estado, destacando seu papel na regulação dos mercados, na promoção da eficiência econômica e na
redistribuição de renda. Deve-se explicar os princípios fundamentais da tributação, como eficiência e
equidade, e como estes princípios orientam a criação e implementação de impostos. O orçamento público
deve ser apresentado como um instrumento crucial de planejamento e controle das finanças do Estado,
essencial para a alocação de recursos, controle do gasto público e promoção do desenvolvimento econômico
sustentável. Por fim, a relação entre finanças públicas e desenvolvimento econômico deve ser analisada,
evidenciando como políticas fiscais e orçamentárias podem promover crescimento econômico e justiça
social.
Resposta Sugerida
A tributação, uma das principais ferramentas do Estado para exercer suas funções econômicas, deve
ser norteada pelos princípios da eficiência e equidade. A eficiência na tributação busca minimizar os excessos
Por fim, a inter-relação entre finanças públicas e desenvolvimento econômico é inegável. Políticas
fiscais e orçamentárias adequadas são capazes de estimular o crescimento, ao mesmo tempo que reduzem
desigualdades e promovem a justiça social. Investimentos públicos em infraestrutura, por exemplo, não
apenas melhoram a qualidade de vida, mas também reduzem custos logísticos e aumentam a
competitividade da economia. Assim, a gestão eficaz das finanças públicas é um pilar para o desenvolvimento
econômico, com o Estado desempenhando um papel crucial na orientação da economia para um crescimento
inclusivo e sustentável.
• Atribuições econômicas do Estado: O Estado é responsável pela regulação dos mercados, correção de falhas
de mercado, provisão de bens públicos e redistribuição de renda. Essas funções são essenciais para garantir
a eficiência econômica, a equidade social e o bem-estar da população. A intervenção estatal nos mercados
visa prevenir ou corrigir distorções econômicas, como monopólios ou externalidades negativas, e garantir a
provisão de bens públicos que o mercado não forneceria de forma adequada, como defesa, justiça e
infraestrutura básica.
• Princípios da tributação: Os princípios fundamentais da tributação incluem eficiência e equidade. A eficiência
se refere à capacidade do sistema tributário de arrecadar receitas com o menor custo econômico possível,
evitando distorções nas decisões de consumo e investimento. A equidade, por sua vez, diz respeito à justa
distribuição dos encargos tributários entre os cidadãos, podendo ser dividida em equidade horizontal
(indivíduos em situações semelhantes pagam a mesma quantidade de impostos) e equidade vertical
(indivíduos com maior capacidade econômica pagam mais impostos).
• Orçamento público: O orçamento público é um instrumento de planejamento e controle financeiro que
expressa a política econômica e social do governo, mostrando como os recursos serão alocados entre as
diversas áreas e atividades. Ele é fundamental para a gestão eficiente dos recursos públicos, permitindo o
controle do gasto público e a promoção do desenvolvimento econômico sustentável. O processo
orçamentário envolve a estimação de receitas, a fixação de despesas e a definição de prioridades, visando
equilibrar as contas públicas e financiar programas e projetos que atendam às necessidades da sociedade.
• Finanças públicas e desenvolvimento: A relação entre finanças públicas e desenvolvimento econômico é
complexa e bidirecional. Por um lado, políticas fiscais e orçamentárias prudentes podem fornecer os recursos
necessários para investimentos em infraestrutura, educação e saúde, que são fundamentais para o
crescimento econômico de longo prazo. Por outro lado, o desenvolvimento econômico aumenta a base
tributária e melhora a capacidade do governo de financiar suas atividades sem recorrer a déficits excessivos
ou inflação. Políticas fiscais equilibradas e eficientes promovem a estabilidade econômica, reduzem a
desigualdade e contribuem para a justiça social.
Edital
6.3 Financiamento das Políticas Públicas: estrutura de receitas e despesas do Estado brasileiro.
Questão Discursiva
A eficiência e eficácia na gestão de políticas públicas são essenciais para o desenvolvimento e bem-
estar social. Com base nesse entendimento, elabore um texto discursivo abordando os seguintes tópicos
relacionados ao financiamento das políticas públicas no contexto do Estado brasileiro:
b) Estrutura de Receitas do Estado: Descreva as principais fontes de receita para o financiamento das
políticas públicas, incluindo impostos, contribuições, taxas, e transferências intergovernamentais.
c) Despesas Públicas e sua Classificação: Examine as categorias de despesas públicas e sua relevância
para a implementação de políticas públicas, diferenciando despesas correntes de despesas de
capital.
Padrão de Resposta
Resposta Sugerida
As despesas públicas, por sua vez, são classificadas em correntes e de capital. As despesas correntes
relacionam-se ao custeio da máquina pública e à manutenção de serviços essenciais, enquanto as despesas
de capital são investimentos em obras e projetos que contribuem para o desenvolvimento sustentável. Esta
classificação é crucial para o planejamento e execução orçamentária visando a eficácia das políticas públicas.
O controle e fiscalização orçamentária são exercidos por meio de órgãos competentes, como o
Tribunal de Contas da União, que desempenha um papel vital na garantia da transparência e na avaliação da
aplicação dos recursos públicos. Esta atuação contribui para a responsabilidade fiscal e para a otimização da
alocação de recursos em políticas públicas que promovam o bem-estar social e o desenvolvimento
econômico.
• Princípios Orçamentários: São diretrizes que norteiam a elaboração, execução, e controle do orçamento
público, garantindo transparência, eficiência, e equidade na gestão dos recursos públicos.
• Estrutura de Receitas do Estado: Compreende todas as formas de ingressos financeiros ao Estado, que
financiam as despesas públicas, incluindo a execução de políticas públicas.
• Despesas Públicas e sua Classificação: Refere-se ao conjunto de gastos realizados pelo Estado para a
prestação de serviços públicos, investimentos em infraestrutura, e manutenção da ordem pública.
• Controle e Fiscalização Orçamentária: Mecanismos e instituições responsáveis por assegurar a legalidade,
legitimidade, e eficiência na gestão dos recursos públicos, incluindo a fiscalização da execução
orçamentária e a avaliação da gestão fiscal.
Edital
6.4 Noções de orçamento público: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei
Orçamentária Anual (LOA).
Questão Discursiva
a) Plano Plurianual (PPA): Descreva a finalidade do PPA, seu período de vigência e como ele orienta as
políticas públicas de médio prazo.
c) Lei Orçamentária Anual (LOA): Caracterize a LOA, indicando como ela detalha as receitas e despesas
do governo para um exercício fiscal e sua conexão com o PPA e a LDO.
d) Relação entre PPA, LDO e LOA: Discorra sobre a importância da integração entre PPA, LDO e LOA
para a eficácia da gestão fiscal e a promoção do desenvolvimento sustentável.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve articular a compreensão dos conceitos de Plano Plurianual (PPA), Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), evidenciando a importância desses
mecanismos no planejamento e execução orçamentária do governo. Deve-se iniciar com uma breve
Resposta Sugerida
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), por sua vez, funciona como um elo entre o PPA e a Lei
Orçamentária Anual (LOA), definindo metas e prioridades para o próximo ano fiscal, além de orientar a
elaboração da LOA, com base nas diretrizes estabelecidas pelo PPA. A LDO estabelece as regras para a
execução do orçamento, incluindo limites de despesas para os poderes, e orienta a distribuição dos recursos,
visando ao equilíbrio fiscal.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) detalha a previsão de receitas e a fixação das despesas do governo
para o ano subsequente, refletindo as prioridades estabelecidas pela LDO e seguindo as diretrizes do PPA. É
através da LOA que o governo estima receitas e autoriza despesas, conforme o planejamento estratégico de
médio prazo proposto pelo PPA e os objetivos anuais da LDO. A inter-relação entre o PPA, a LDO e a LOA é
essencial para a gestão eficaz e transparente dos recursos públicos, assegurando que os investimentos sejam
feitos de maneira a promover o desenvolvimento sustentável e a atender às necessidades da população.
• Plano Plurianual (PPA): Documento que orienta a ação governamental por um período de quatro anos,
estabelecendo diretrizes, objetivos e metas da administração pública. Seu objetivo é assegurar a
implementação e a continuidade dos programas de governo, promovendo o desenvolvimento sustentável.
Referência: Constituição Federal de 1988, art. 165.
• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): Estabelece as metas e prioridades do governo para o ano seguinte,
orientando a elaboração da LOA. A LDO define as regras para a execução do orçamento, incluindo limites de
despesa e orientações para a alocação dos recursos. Referência: Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de
2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
• Relação entre PPA, LDO e LOA: Esses instrumentos formam o ciclo orçamentário, essencial para a gestão
fiscal responsável e transparente, promovendo o desenvolvimento sustentável e atendendo às necessidades
da população. A integração entre eles garante a eficácia na aplicação dos recursos públicos. Referência:
Constituição Federal de 1988, artigos 165 a 169.
Mapa da Aprovação
Edital
6.5 Federalismo fiscal no Brasil; Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000).
Questão Discursiva
O Brasil, como uma república federativa, possui uma complexa organização fiscal que envolve a
distribuição de competências tributárias e responsabilidades fiscais entre os diferentes níveis de governo:
federal, estadual e municipal. Este arranjo visa a promover um equilíbrio entre a autonomia dos entes
federativos e a necessidade de uma política fiscal coordenada que assegure a estabilidade econômica e o
desenvolvimento sustentável. Neste contexto, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) - Lei Complementar nº
101/2000, surge como um instrumento fundamental para a gestão fiscal responsável. Considerando o
cenário fiscal brasileiro, elabore um texto discursivo abordando os seguintes tópicos:
c) A relevância da transparência fiscal e do controle dos gastos públicos estabelecidos pela LRF para a
sustentabilidade das finanças públicas.
d) As consequências do descumprimento das normas estabelecidas pela LRF para os gestores públicos
e para a estabilidade econômica do país.
Uma resposta adequada deve começar pela definição do federalismo fiscal, explicando como esse
sistema permite a distribuição de competências tributárias entre os diferentes níveis de governo no Brasil e
sua importância para a autonomia e o equilíbrio fiscal entre União, estados e municípios. Em seguida, deve
detalhar os princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal, como responsabilidade na gestão fiscal,
planejamento, transparência, e controle dos gastos públicos, destacando como esses princípios contribuem
para a eficiência da administração pública e a prevenção de crises fiscais. A explanação deve incluir a
importância da transparência fiscal e o controle rigoroso dos gastos públicos para a sustentabilidade
financeira do país, bem como as implicações negativas para os gestores públicos e a estabilidade econômica
em caso de não cumprimento das normas da LRF.
Resposta Sugerida
A Lei de Responsabilidade Fiscal representa um marco na gestão fiscal brasileira, impondo normas
de conduta para todos os níveis de governo. Seus princípios fundamentais incluem a responsabilidade na
gestão fiscal, com a exigência de planejamento e transparência, controle de gastos, e a busca pelo equilíbrio
entre receitas e despesas. A LRF também estabelece limites para a dívida pública e para a despesa com
pessoal, visando assegurar a sustentabilidade das finanças públicas.
A transparência fiscal e o controle dos gastos públicos, preceitos fundamentais da LRF, são essenciais
para o fortalecimento da democracia, permitindo que a sociedade acompanhe e fiscalize a gestão dos
recursos públicos. Esses mecanismos ajudam a prevenir o desperdício e a corrupção, contribuindo para uma
alocação mais eficiente dos recursos e para a sustentabilidade fiscal de longo prazo.
O descumprimento das normas da LRF acarreta sérias consequências para os gestores públicos,
incluindo restrições legais e penais, além de comprometer a estabilidade econômica do país. O não
cumprimento dos limites de gastos e endividamento pode levar a crises fiscais, afetando a credibilidade do
Brasil junto a investidores e instituições financeiras, com impactos negativos sobre o desenvolvimento
econômico e social.
• Federalismo Fiscal: Sistema de organização financeira que permite a distribuição de competências tributárias
entre diferentes níveis de governo (federal, estadual e municipal), visando promover a eficiência na
arrecadação e alocação de recursos. Referência: Tesouro Nacional.
• Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF): Lei Complementar nº 101/2000, estabelece normas de finanças
públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com o objetivo de assegurar o equilíbrio entre
receitas e despesas, promover a transparência e controlar os gastos públicos. Referência: Planalto.gov.br.
• Transparência Fiscal: Princípio que garante o acesso público às informações sobre a gestão fiscal, permitindo
o acompanhamento e a fiscalização dos recursos públicos pela sociedade. Referência: Controladoria-Geral
da União (CGU).
Mapa da Aprovação
Edital
1 Planejamento e gestão estratégica: conceitos, princípios, etapas, níveis, métodos e ferramentas. 1.2
Matriz SWOT. 1.6 Análise de cenários.
Questão Discursiva
d) A utilização da matriz SWOT como ferramenta para análise de cenários internos e externos à
organização.
Em sua resposta, enfatize a relevância da análise SWOT na elaboração de estratégias que respondam
de forma proativa às oportunidades e ameaças do ambiente externo, além de considerar as forças e
fraquezas internas da organização. Discorra sobre como a análise de cenários pode auxiliar na previsão de
tendências futuras e na tomada de decisão estratégica. Evite menções a autores específicos e concentre-se
nos conceitos e aplicações práticas dentro do contexto organizacional público.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve iniciar com a definição e a importância do planejamento e da gestão
estratégica no setor público, destacando como estes processos auxiliam as organizações a alcançarem suas
metas e objetivos de maneira eficaz. Em seguida, deve-se explanar sobre os princípios que orientam o
planejamento estratégico, tais como a missão, visão, valores, e objetivos de longo prazo da organização,
enfatizando a necessidade de alinhamento com as políticas públicas e as expectativas da sociedade. A
descrição das etapas de implementação de um planejamento estratégico é crucial, incluindo a análise
situacional, formulação de estratégias, execução e controle. A aplicação da matriz SWOT para a análise de
cenários deve ser detalhada, mostrando como essa ferramenta contribui para a identificação de forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças, e como ela é fundamental na elaboração de estratégias que aproveitem
as oportunidades externas e minimizem os efeitos das ameaças, considerando as capacidades internas da
organização. A resposta deve ser objetiva, clara e coesa, abordando todos os tópicos de maneira integrada e
demonstrando compreensão dos conceitos básicos de planejamento e gestão estratégica no contexto
público.
O planejamento e a gestão estratégica no setor público são fundamentais para a eficácia das políticas
públicas, uma vez que permitem às organizações se adaptarem e responderem de forma proativa às
mudanças e desafios do ambiente. Estes conceitos englobam a definição de missão, visão, e objetivos de
longo prazo, guiando a organização na direção de seus objetivos estratégicos. Os princípios que norteiam o
planejamento e a gestão estratégica incluem a transparência, a responsabilidade, a participação e a
eficiência, essenciais para garantir a confiança pública e o alinhamento com as expectativas da sociedade.
A implementação de um planejamento estratégico efetivo passa por várias etapas, começando pela
análise situacional, que avalia o contexto interno e externo da organização. Esta análise é seguida pela
formulação de estratégias, que define os cursos de ação para alcançar os objetivos organizacionais. A
execução dessas estratégias e o subsequente controle e avaliação são cruciais para assegurar que a
organização permaneça no caminho certo para alcançar suas metas.
• Planejamento e Gestão Estratégica: Processos que organizam a direção que a organização deve seguir para
alcançar seus objetivos de longo prazo, considerando sua missão, visão e valores. Fonte: Bryson, J. M. (2018).
Strategic Planning for Public and Nonprofit Organizations.
• Matriz SWOT: Ferramenta de análise que ajuda na identificação de forças, fraquezas, oportunidades e
ameaças relacionadas à organização, facilitando a formulação de estratégias. Fonte: Weihrich, H. (1982). The
TOWS Matrix — A Tool for Situational Analysis.
Edital
1.1 Ferramentas de gestão pública: detalhamento das ferramentas de diagnóstico organizacional. Balanced
Scorecard (BSC). 1.3 Estabelecimento de objetivos e metas organizacionais. 1.4 Métodos de
desdobramento de objetivos e metas e elaboração de planos de ação e mapas estratégicos. 1.5
Implementação de estratégias.
Questão Discursiva
Elabore um texto discursivo que aborde a importância e aplicação do Balanced Scorecard (BSC) como
ferramenta de gestão estratégica nas organizações contemporâneas. Seu texto deve contemplar os seguintes
tópicos:
a) Defina o conceito de Balanced Scorecard (BSC) e explique sua relevância como ferramenta de gestão
estratégica.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve começar definindo o Balanced Scorecard (BSC) como uma ferramenta
estratégica multifuncional que permite às organizações traduzir sua visão e estratégia em um conjunto
abrangente de indicadores de desempenho. Em seguida, é crucial discutir como o estabelecimento de
objetivos e metas organizacionais se integra ao BSC, servindo como um guia para alinhar as ações e projetos
da organização com sua visão de longo prazo. O candidato deve então detalhar os métodos de
desdobramento de objetivos em metas específicas e a elaboração de planos de ação e mapas estratégicos,
Resposta Sugerida
O Balanced Scorecard (BSC) é uma ferramenta de gestão estratégica desenvolvida para transformar
a missão e a visão de uma organização em um conjunto abrangente de indicadores de desempenho que
provêm uma estrutura para o sistema de medição estratégica da empresa. Este modelo ajuda a garantir que
a empresa se concentre nas iniciativas mais importantes para alcançar seus objetivos estratégicos, ligando
os objetivos e metas organizacionais à implementação e execução de estratégias.
Para efetivar essa visão, o BSC emprega métodos de desdobramento de objetivos em metas
específicas, acompanhados da elaboração de planos de ação e mapas estratégicos. Esses instrumentos são
essenciais para traduzir as estratégias em ações tangíveis, permitindo uma execução efetiva através da
definição de prioridades, alocação de recursos e monitoramento do progresso.
A implementação de estratégias, como parte do processo do BSC, assegura que a organização não
apenas planeje suas ações estratégicas, mas também as execute de maneira eficaz. Isso implica um ciclo
contínuo de revisão e ajuste das estratégias com base nos resultados alcançados, promovendo uma cultura
de melhoria contínua e adaptabilidade estratégica.
O BSC, portanto, serve como um mecanismo vital para alinhar as iniciativas estratégicas com os
objetivos organizacionais, assegurando que a empresa permaneça focada em suas metas de longo prazo, ao
mesmo tempo em que se adapta às mudanças do ambiente de negócios.
1. Balanced Scorecard (BSC): O BSC é uma ferramenta de gestão que traduz a missão e estratégia de uma
organização em um conjunto abrangente de indicadores de desempenho que fornecem a base para um
sistema de medição e gestão estratégica. [Kaplan, R.S., & Norton, D.P. "The Balanced Scorecard: Measures
that Drive Performance." Harvard Business Review, 1992.]
3. Métodos de desdobramento de objetivos e metas: São técnicas usadas para traduzir objetivos gerais em
metas específicas, ações e projetos, facilitando a elaboração de planos de ação e mapas estratégicos que
orientam a execução estratégica. [Kaplan, R.S., & Norton, D.P. "Strategy Maps: Converting Intangible Assets
into Tangible Outcomes." Harvard Business School Press, 2004.]
Mapa da Aprovação
Edital
1.7 Metodologias para medição de desempenho. 1.8 Indicadores de desempenho: conceito, formulação e
análise. 1.9 Detalhamento da ferramenta de avaliação de desempenho: OKR.
Questão Discursiva
b) As metodologias para medição de desempenho e como elas se aplicam na prática para melhorar a
eficiência organizacional.
Uma resposta adequada deve iniciar contextualizando a relevância das ferramentas de gestão no
cenário atual, onde a adaptabilidade e eficiência se tornam imperativas. Em seguida, deve explorar as
metodologias de medição de desempenho, destacando sua aplicabilidade e impacto na otimização dos
processos organizacionais. O texto deve então avançar para os indicadores de desempenho, detalhando
como são formulados, analisados e aplicados na tomada de decisão estratégica. Por fim, deve-se discorrer
sobre a ferramenta OKR, explicando seu funcionamento, benefícios e desafios associados à sua
implementação, sem perder de vista a objetividade e a relevância de cada tópico para a gestão
contemporânea. O texto deve ser coeso, coerente e fundamentado, refletindo uma compreensão profunda
dos conceitos abordados.
Resposta Sugerida
Os indicadores de desempenho, por sua vez, são ferramentas quantificáveis que permitem às
organizações monitorar a eficácia de suas estratégias e processos. Estes indicadores, tais como o ROI
(Retorno sobre Investimento) e a taxa de satisfação do cliente, são fundamentais para a análise de
desempenho, pois oferecem insights claros sobre o progresso em direção aos objetivos estabelecidos. Eles
são a base para uma gestão estratégica eficaz, possibilitando ajustes rápidos em estratégias quando os
resultados não estão alinhados com as expectativas.
A metodologia OKR (Objectives and Key Results) representa uma abordagem inovadora na avaliação
de desempenho, centrando-se na definição de objetivos claros e mensuráveis (Objectives) que são vinculados
a resultados-chave (Key Results) específicos. Esta ferramenta promove um ciclo de feedback contínuo e
engajamento de equipe, ao estabelecer metas ambiciosas e quantificáveis que são regularmente revisadas
para garantir o alinhamento com a direção estratégica da empresa. OKRs têm sido adotados por uma gama
variada de organizações, desde startups a gigantes tecnológicos, demonstrando sua adaptabilidade e eficácia
em promover crescimento e inovação.
• Ferramentas de Gestão: São técnicas, softwares ou metodologias utilizadas para otimizar os processos de
negócio, melhorar a eficiência operacional e facilitar a tomada de decisão estratégica. Referência: "Gestão
de Organizações Empresariais" - Silva, R. L. de.
• Metodologias para Medição de Desempenho: Conjunto de procedimentos que visam avaliar a eficácia e
eficiência de processos organizacionais. Envolvem a definição de métricas e indicadores para acompanhar o
desempenho em relação aos objetivos estabelecidos. Referência: "Avaliação de Desempenho
Organizacional" - Neely, A.
• Indicadores de Desempenho: São métricas utilizadas para quantificar a eficiência e eficácia de uma ação ou
processo dentro da organização. Eles são essenciais para o processo de gestão estratégica, pois fornecem
dados objetivos para análise de desempenho. Referência: "Indicadores de Desempenho: Conceitos e
Aplicações" - Kaplan, R. S.; Norton, D. P.
• OKR (Objectives and Key Results): Metodologia de gestão focada na definição de objetivos claros e
mensuráveis (Objectives) e seus respectivos resultados-chave (Key Results) para avaliação do progresso.
Favorece a transparência, alinhamento e engajamento em todos os níveis da organização. Referência:
"Measure What Matters" - Doerr, J.
Mapa da Aprovação
Edital
Questão Discursiva
A gestão pública contemporânea enfrenta desafios complexos que demandam inovação e adaptação
às novas realidades. Diante disso, avalie os seguintes aspectos da inovação na gestão pública:
O candidato deve elaborar um texto dissertativo, abordando cada um dos tópicos listados, de forma
crítica e fundamentada, com o objetivo de demonstrar a relevância da inovação na gestão pública
contemporânea.
Padrão de Resposta
Resposta Sugerida
Portanto, a inovação na gestão pública não apenas otimiza os serviços oferecidos à população, mas
também promove a transparência, a sustentabilidade e a participação cidadã, elementos fundamentais para
uma sociedade mais justa e equitativa.
• Digitalização dos Serviços Públicos: Refere-se ao uso de tecnologias digitais para melhorar a oferta
e a eficiência dos serviços públicos, tornando-os mais acessíveis à população. Fonte: OCDE
(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
• Transparência e Acesso à Informação: É a garantia de que as ações do governo sejam realizadas de
forma aberta e que as informações estejam disponíveis e sejam acessíveis ao público, essencial para
a accountability e a democracia. Fonte: Transparência Internacional.
• Sustentabilidade e Gestão Ambiental: Envolve práticas e políticas que buscam integrar objetivos
ambientais, sociais e econômicos para garantir o desenvolvimento sustentável e a conservação dos
recursos para as futuras gerações. Fonte: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA).
• Participação Cidadã e Governança Colaborativa: Refere-se à inclusão dos cidadãos nos processos de
tomada de decisão e na formulação de políticas públicas, promovendo uma gestão mais democrática
e eficaz. Fonte: Banco Mundial.
Mapa da Aprovação
Edital
Questão Discursiva
Nos últimos anos, a gestão de pessoas nas organizações passou por transformações significativas,
impulsionadas tanto por avanços tecnológicos quanto por mudanças nas expectativas dos trabalhadores e
nas dinâmicas de trabalho. Nesse contexto, quatro tópicos se destacam pela sua relevância atual e impacto
nas práticas de gestão de pessoas:
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve abordar os quatro tópicos, demonstrando compreensão das
complexidades e desafios associados à gestão de pessoas nas organizações contemporâneas. Deve-se
discutir a importância de programas de gestão do desempenho bem estruturados, que não apenas avaliem
o desempenho, mas também promovam o desenvolvimento pessoal e profissional. Além disso, é
fundamental explorar as práticas de gestão do teletrabalho, enfatizando a importância da comunicação, da
confiança e do suporte tecnológico. A resposta deve também reconhecer a importância do trabalho em
equipe, destacando estratégias para melhorar a colaboração e a sinergia entre os membros da equipe. Por
fim, deve-se discutir o papel da cultura organizacional na modelagem de comportamentos e na promoção de
um ambiente de trabalho positivo e produtivo.
Resposta Sugerida
A gestão de pessoas no cenário atual exige uma abordagem holística que reconheça a
interdependência entre o desempenho individual e os objetivos organizacionais. Programas eficazes de
gestão do desempenho são cruciais, pois servem não apenas para avaliar a contribuição individual, mas
também para identificar oportunidades de desenvolvimento e alinhar as expectativas dos colaboradores com
as metas da organização. Esses programas devem ser acompanhados de feedback constante e oportunidades
de aprendizado contínuo, criando um ambiente que valorize o crescimento pessoal e profissional.
Em suma, a gestão de pessoas no contexto atual requer uma abordagem integrada, que considere as
necessidades e expectativas dos colaboradores, promova um ambiente de trabalho colaborativo e sustente
uma cultura organizacional adaptável e inovadora.
Edital
3 Gestão de projetos: conceitos básicos. 3.1 Processos do PMBOK. 3.2 Gerenciamento da integração, do
escopo, do tempo, de custos, da qualidade, de recursos humanos, de comunicações, de riscos, de aquisições,
de partes interessadas.
Questão Discursiva
b) Processos do PMBOK: Explique a estrutura dos processos de gestão de projetos conforme o PMBOK,
destacando a relevância de sua aplicação no contexto da administração pública.
Uma resposta eficaz a esta questão deve começar com uma definição clara de projeto, enfatizando
sua temporalidade, unicidade e objetivo de criar um produto, serviço ou resultado único, e a importância da
gestão de projetos no setor público para atender às demandas sociais com eficiência e eficácia. Em seguida,
deve-se descrever a estrutura dos processos de gestão de projetos segundo o PMBOK, mencionando as cinco
áreas de conhecimento e as fases de iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle, e
encerramento. A explicação sobre o gerenciamento da integração deve destacar sua função de coordenar os
aspectos diversos do projeto, incluindo o desenvolvimento do plano de projeto, a execução do plano e o
controle integrado de mudanças. Por fim, a discussão sobre o gerenciamento de partes interessadas deve
ressaltar a importância de identificar todas as partes envolvidas, entender suas expectativas e necessidades,
e desenvolver estratégias para garantir seu engajamento e satisfação. A resposta deve ser objetiva, direta e
estruturada em parágrafos coesos e coerentes.
Resposta Sugerida
A gestão de projetos no setor público é um campo que requer atenção especial aos conceitos básicos
e práticas consagradas, como aquelas apresentadas no Guia PMBOK. Um projeto é definido como um esforço
temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único. Esta definição ressalta a
importância da gestão de projetos no setor público, uma vez que permite a implementação de iniciativas
com objetivos claros e temporários, visando à melhoria dos serviços prestados à população.
Por fim, o gerenciamento de partes interessadas é vital em projetos do setor público devido à
diversidade de interesses envolvidos. Identificar todas as partes interessadas, compreender suas
necessidades e expectativas, e desenvolver estratégias para manter seu engajamento e satisfação são
desafios constantes. Isso requer uma comunicação eficaz e um compromisso com a transparência e a
inclusão, assegurando que o projeto atenda às necessidades da comunidade e contribua para o bem-estar
social.
• Conceitos básicos de gestão de projetos: Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um
produto, serviço ou resultado único. A gestão de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades,
ferramentas e técnicas às atividades do projeto para atender aos seus requisitos. (Fonte: Project
Management Institute. A Guide to the Project Management Body of Knowledge (PMBOK® Guide)).
• Processos do PMBOK: Os processos de gestão de projetos são divididos em cinco grupos: iniciação,
planejamento, execução, monitoramento e controle, e encerramento. Estes processos garantem que o
projeto seja concluído de forma eficaz e eficiente. (Fonte: Project Management Institute. A Guide to the
Project Management Body of Knowledge (PMBOK® Guide)).
Mapa da Aprovação
Edital
Questão Discursiva
a) Princípios fundamentais das Metodologias Ágeis e sua diferenciação em relação às metodologias tradicionais.
b) O papel do Scrum como uma das Metodologias Ágeis mais empregadas, destacando suas cerimônias,
artefatos e papéis.
c) A importância da comunicação e do trabalho em equipe dentro do framework ágil para o sucesso dos
projetos.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve começar por estabelecer um entendimento claro dos princípios
fundamentais das Metodologias Ágeis, contrastando-os com as abordagens tradicionais para destacar suas
vantagens, como flexibilidade, resposta rápida a mudanças e foco no valor entregue ao cliente. Em seguida,
deve detalhar o Scrum, uma metodologia ágil popular, explicando suas cerimônias (Sprint Planning, Daily
Stand-up, Sprint Review, Sprint Retrospective), artefatos (Product Backlog, Sprint Backlog, Increment) e
papéis (Product Owner, Scrum Master, Development Team), para exemplificar como uma abordagem ágil é
estruturada na prática. A discussão deve prosseguir enfatizando a importância crítica da comunicação e
colaboração entre os membros da equipe, bem como a participação ativa do cliente ao longo do projeto para
garantir que o produto final atenda às necessidades reais do usuário. Por fim, deve-se abordar a capacidade
das Metodologias Ágeis de se adaptarem às mudanças de requisitos, permitindo entregas contínuas e
incrementais de valor, o que é essencial em um mercado que evolui rapidamente. Esta resposta não apenas
demonstrará compreensão teórica, mas também aplicabilidade prática das Metodologias Ágeis.
Resposta Sugerida
No atual cenário de gestão de projetos, as Metodologias Ágeis emergem como uma resposta eficaz
às demandas por maior flexibilidade, rapidez e adaptação às mudanças constantes do mercado.
Diferenciando-se significativamente das abordagens tradicionais, as Metodologias Ágeis priorizam a entrega
contínua de valor para o cliente, a colaboração estreita entre equipe e cliente, e a capacidade de se adaptar
a mudanças a qualquer momento do ciclo de vida do projeto.
O Scrum, como um exemplo proeminente de Metodologia Ágil, oferece uma estrutura que inclui
cerimônias como o Sprint Planning, o Daily Stand-up, o Sprint Review e o Sprint Retrospective. Estas
cerimônias facilitam a comunicação contínua, permitindo ajustes frequentes e mantendo todos alinhados
com os objetivos do projeto. Os artefatos do Scrum, como o Product Backlog, o Sprint Backlog e os
Incrementos, ajudam na priorização e na visibilidade do trabalho, enquanto os papéis definidos de Product
Owner, Scrum Master e Development Team asseguram que cada membro contribua com sua expertise
específica.
A comunicação e o trabalho em equipe são essenciais no sucesso das Metodologias Ágeis. Uma
comunicação aberta e eficaz entre todos os envolvidos no projeto - incluindo clientes - garante que as
expectativas sejam alinhadas e que as necessidades dos usuários finais sejam atendidas de maneira eficiente.
O trabalho em equipe colaborativo, incentivado pelas Metodologias Ágeis, promove um ambiente onde o
conhecimento é compartilhado e os problemas são resolvidos coletivamente.
Finalmente, a capacidade das Metodologias Ágeis de se adaptarem a mudanças é, talvez, seu maior
benefício. Ao invés de ver as mudanças como obstáculos, estas metodologias as encaram como
Em resumo, as Metodologias Ágeis fornecem uma abordagem robusta e flexível para a gestão de
projetos, que é adaptável às mudanças, focada na colaboração e na entrega de valor. Essas características as
tornam especialmente adequadas para projetos em ambientes dinâmicos e complexos, onde as necessidades
podem mudar rapidamente e a eficiência e eficácia na entrega são cruciais.
• Scrum: Scrum é uma framework ágil que ajuda equipes a trabalhar juntas. Ela encoraja equipes a aprender
através de experiências, a se organizar enquanto trabalham em um problema e a refletir sobre seus sucessos
e fracassos para melhorar continuamente. Referência: Schwaber, Ken; Sutherland, Jeff. "The Scrum Guide".
ScrumGuides.org.
• Comunicação e trabalho em equipe: A comunicação efetiva e o trabalho em equipe são essenciais nas
Metodologias Ágeis para garantir que as necessidades do cliente sejam compreendidas e atendidas. A
colaboração contínua é um dos doze princípios do Manifesto Ágil, que enfatiza a importância de equipes
motivadas, com bom ambiente de trabalho e suporte necessário. Referência: "Principles behind the Agile
Manifesto", AgileManifesto.org.
• Adaptação a mudanças: As Metodologias Ágeis são projetadas para aceitar e incorporar mudanças, mesmo
em estágios tardios de desenvolvimento. Isso proporciona uma grande vantagem competitiva, permitindo
que os projetos se adaptem às necessidades em evolução dos clientes e do mercado. Referência: Highsmith,
Jim. "Agile Project Management: Creating Innovative Products". Addison-Wesley Professional.
Mapa da Aprovação
Edital
Questão Discursiva
A gestão de riscos constitui um pilar fundamental na administração pública moderna, garantindo que
as organizações estejam preparadas para enfrentar incertezas e desafios de forma eficaz. Diante disso,
elabore uma dissertação abordando os seguintes tópicos relacionados à gestão de riscos:
Sua resposta deve refletir a compreensão dos conceitos básicos de gestão de riscos, aplicabilidade
prática dos processos e a importância estratégica da gestão de riscos nas organizações públicas.
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve iniciar com uma breve introdução aos princípios fundamentais da
gestão de riscos, seguido de uma descrição detalhada do processo de gestão de riscos, incluindo etapas como
comunicação, consulta, contextualização, identificação, análise, tratamento, monitoramento e
retroalimentação. Deve-se, então, discorrer sobre as boas práticas adotadas tanto em nível nacional quanto
internacional, enfatizando a relevância de técnicas e modelos consagrados. Por fim, é essencial analisar como
a integração da gestão de riscos ao planejamento estratégico influencia positivamente na tomada de
decisões e promove a sustentabilidade das organizações públicas. É importante que o texto seja claro, coeso
e coletivo, apresentando os conceitos de maneira direta e objetiva, além de exemplificar com legislações
pertinentes quando relevante.
Resposta Sugerida
A gestão de riscos emerge como um pilar vital na governança das organizações públicas, integrando-
se estrategicamente ao planejamento e à tomada de decisões para enfrentar incertezas e otimizar
resultados. Inicialmente, é fundamental reconhecer os princípios da gestão de riscos, que englobam a
necessidade de ser uma parte integrante dos processos organizacionais, a importância de ser parte da
tomada de decisão, a abordagem baseada em evidências e a necessidade de ser adaptável a mudanças. Estes
princípios fundamentam a estrutura sobre a qual o processo de gestão de riscos é construído.
A integração da gestão de riscos ao planejamento estratégico é crucial, uma vez que permite que as
organizações alinhem suas estratégias de gestão de riscos com seus objetivos e metas gerais. Este
alinhamento é fundamental para garantir que as decisões tomadas estejam informadas sobre os potenciais
riscos e suas implicações. Legislações como a Lei de Responsabilidade Fiscal no Brasil exemplificam a
incorporação de práticas de gestão de riscos na governança pública, exigindo que entidades governamentais
adotem medidas de controle e avaliação de riscos para promover a responsabilidade fiscal e a transparência.
• Gestão de Riscos: Refere-se ao processo de identificar, avaliar e tratar riscos que poderiam afetar
negativamente uma organização. É um elemento chave para garantir a sustentabilidade e a eficiência
operacional.
• Processo de Gestão de Riscos: Inclui etapas como comunicação e consulta, contextualização, identificação
de riscos, análise de riscos, tratamento de riscos, monitoramento e revisão. Esse processo é fundamental
para uma gestão eficaz de riscos.
• Boas Práticas de Gestão de Riscos: Incluem a adoção de frameworks internacionais como a ISO 31000, que
fornece diretrizes para a gestão de riscos, e o modelo COSO para controle interno e gestão de riscos
empresariais.
• Integração ao Planejamento Estratégico: A gestão de riscos deve ser integrada ao planejamento estratégico
das organizações para garantir que todos os riscos sejam considerados na tomada de decisões e na definição
de objetivos.
Edital
5 Processos participativos de gestão pública: controle social e cidadania; mecanismos legais e institucionais
de ampliação, diversificação e garantia de direitos individuais, coletivos e difusos. 5.1 Mobilização,
organização e participação social nos processos de gestão das instituições estatais: conselhos, conferências
e outros fóruns, orçamento participativo, parceria entre governo e sociedade. 5.2 Comunicação na gestão
pública, governo eletrônico, transparência da administração pública e accountability. 5.3 Controles interno
e externo
Questão Discursiva
Diante do cenário atual, onde a transparência, o controle social e a participação cidadã assumem
papéis fundamentais na gestão pública, elabore um texto discursivo que aborde os seguintes tópicos:
d) A importância dos controles interno e externo na administração pública, evidenciando como estes
contribuem para a eficiência, eficácia e efetividade da gestão.
Uma resposta adequada deve começar estabelecendo a relevância do controle social e da cidadania
na gestão pública, como fundamentos para uma democracia forte e ativa. Em seguida, deve detalhar os
mecanismos legais e institucionais que promovem a garantia de direitos e a participação social, como os
conselhos e o orçamento participativo, destacando exemplos concretos quando possível. A comunicação
eficaz na gestão pública, incluindo o governo eletrônico e a transparência, deve ser abordada como essencial
para a accountability e a confiança pública. Por fim, deve-se discutir a importância dos controles interno e
externo, citando exemplos de como estes contribuem para uma gestão pública responsável e alinhada aos
interesses da população. Respostas bem-elaboradas apresentarão uma argumentação coesa, com exemplos
específicos e referências à legislação pertinente, demonstrando compreensão profunda dos tópicos.
Resposta Sugerida
Os controles interno e externo são componentes vitais na administração pública, assegurando que
as ações do governo estejam em conformidade com as leis e regulamentos, e que os recursos públicos sejam
utilizados de maneira eficiente e ética. O controle interno, exercido pelas próprias instituições
governamentais, e o controle externo, realizado por entidades independentes como os Tribunais de Contas,
contribuem significativamente para a prevenção da corrupção, o aumento da eficiência e a melhoria da
qualidade dos serviços públicos.
• Controle Social e Cidadania: Referem-se à capacidade que a população tem de influenciar e fiscalizar as ações
governamentais, promovendo uma gestão pública transparente e participativa. Fonte: Participação Social
como Método de Governo?, Avritzer, L.
Mapa da Aprovação
ET1 5.4 Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD (Lei nº 13.709/2018 e suas
alterações).
Edital
5.4 Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD (Lei nº 13.709/2018 e suas alterações).
Questão Discursiva
Tendo em vista a relevância da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei nº 13.709/2018,
e suas alterações, no contexto atual de tratamento de dados no Brasil, é fundamental que os candidatos a
cargos públicos demonstrem compreensão sobre os principais aspectos dessa legislação. Considerando isso,
elabore uma resposta discursiva abordando os seguintes tópicos:
a) Os princípios fundamentais da LGPD que orientam o tratamento de dados pessoais, destacando sua
importância para a proteção da privacidade e liberdade dos titulares dos dados.
b) As categorias de dados pessoais definidas pela LGPD, com ênfase na distinção entre dados pessoais
e dados pessoais sensíveis, e a relevância dessa diferenciação no tratamento de dados.
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve iniciar com uma introdução sucinta sobre a Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais (LGPD), contextualizando sua criação e objetivos principais. Em seguida, deve-se explorar
cada um dos tópicos solicitados de forma clara e objetiva. Ao abordar os princípios fundamentais, o candidato
deve ressaltar a importância de cada um deles para assegurar a proteção da privacidade e dos dados
pessoais. Na discussão sobre as categorias de dados, é essencial fazer uma distinção clara entre dados
pessoais e dados sensíveis, enfatizando a importância dessa diferenciação. Ao tratar das hipóteses de
tratamento de dados sem consentimento, exemplifique com situações práticas, demonstrando compreensão
das exceções previstas na lei. Por fim, ao falar sobre a ANPD, destaque seu papel regulador e fiscalizador,
concluindo com a importância dessa autoridade na implementação efetiva da LGPD. O texto deve ser coeso,
com uma argumentação lógica e sem desvios temáticos.
Resposta Sugerida
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei nº 13.709/2018, representa um marco
regulatório essencial para a proteção de dados pessoais no Brasil, estabelecendo diretrizes para o tratamento
desses dados por entidades públicas e privadas. Entre seus princípios fundamentais, destacam-se a
finalidade, adequação, necessidade, e transparência, garantindo que o tratamento de dados seja realizado
de forma clara, com objetivos legítimos e limitados ao necessário para atingir seus fins, assegurando a
privacidade e liberdade dos titulares dos dados.
A LGPD classifica os dados em pessoais e sensíveis, sendo os últimos aqueles relacionados a origem
racial ou étnica, convicção religiosa, opiniões políticas, saúde ou vida sexual, dados genéticos ou biométricos.
Esta diferenciação é crucial para estabelecer níveis de proteção mais rigorosos para os dados sensíveis,
exigindo cautela e medidas de segurança específicas no seu tratamento.
A legislação prevê algumas hipóteses em que o tratamento de dados pessoais pode ocorrer sem o
consentimento do titular, como para o cumprimento de obrigação legal, execução de políticas públicas,
realização de estudos por órgão de pesquisa, proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou terceiro,
entre outras. Estas exceções são fundamentais para equilibrar a proteção de dados com outras necessidades
legítimas da sociedade e do Estado.
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) tem um papel vital na governança e aplicação
da LGPD, atuando na fiscalização, elaboração de diretrizes normativas, e aplicação de sanções em caso de
violação das normas de proteção de dados. Sua atuação é central para assegurar os direitos dos titulares,
promovendo a conscientização sobre a importância da proteção de dados e medindo conflitos entre os
diferentes interesses envolvidos no tratamento de dados pessoais.
• Princípios fundamentais da LGPD: São diretrizes que orientam o tratamento de dados pessoais, incluindo
finalidade, adequação, necessidade, e transparência, visando proteger a privacidade e liberdade dos titulares
dos dados. Referência: Lei nº 13.709/2018, Artigos 6º e 7º.
• Categorias de dados pessoais: A LGPD faz uma distinção entre dados pessoais e dados sensíveis, sendo estes
últimos aqueles que dizem respeito a características pessoais íntimas, requerendo níveis mais altos de
proteção. Referência: Lei nº 13.709/2018, Artigo 5º.
• Hipóteses de tratamento de dados sem consentimento: A lei estabelece situações específicas onde o
tratamento de dados pode ser realizado sem a obtenção do consentimento do titular, como para a execução
de políticas públicas ou proteção da vida. Referência: Lei nº 13.709/2018, Artigo 11.
• Atuação da ANPD: A Autoridade Nacional de Proteção de Dados é responsável por fiscalizar, orientar e
aplicar sanções no âmbito da proteção de dados pessoais, garantindo o cumprimento da LGPD. Referência:
Lei nº 13.709/2018, Artigos 55-A ao 55-L.
Mapa da Aprovação
Figura 29 LGPD
Edital
Questão Discursiva
Nos últimos anos, a eficácia das ações governamentais tem sido frequentemente avaliada sob a
perspectiva de sua capacidade de articulação e coordenação frente à fragmentação das políticas públicas.
Este desafio envolve diversas dimensões que necessitam de análise crítica e compreensão aprofundada.
Considerando este contexto, elabore uma dissertação abordando os seguintes tópicos:
Sua resposta deve refletir a compreensão desses aspectos e como eles interagem entre si para
promover uma governança eficiente e responsiva às necessidades da população.
Padrão de Resposta
Uma resposta satisfatória deve abordar a complexidade da articulação e coordenação das ações
governamentais, reconhecendo a importância de superar a fragmentação para alcançar políticas públicas
eficazes. Deve-se discutir a necessidade de integração intragovernamental, apontando os desafios e
propondo caminhos para uma gestão coesa. Além disso, a análise deve reconhecer a importância da
coordenação intergovernamental, enfatizando a necessidade de políticas coerentes que transcendam as
fronteiras administrativas. Por fim, deve-se enfatizar o valor do engajamento entre governo e sociedade,
argumentando como essa colaboração contribui para políticas mais inclusivas e eficazes. A resposta deve
demonstrar uma compreensão clara dos tópicos solicitados, articulando-os de forma coesa e fundamentada.
Resposta Sugerida
A articulação e coordenação das ações governamentais surgem como fundamentais para a superação
da fragmentação das políticas públicas, uma vez que promovem uma abordagem integrada capaz de
responder de maneira eficaz às necessidades da sociedade. A importância dessa articulação reside na
capacidade de unir diferentes órgãos e entidades do governo em torno de objetivos comuns, superando os
desafios impostos pela gestão compartimentada e pela falta de comunicação entre diferentes níveis
administrativos. A coordenação intragovernamental, neste sentido, é vital para a criação de um ambiente
colaborativo que permita a troca de informações, o alinhamento de estratégias e a otimização de recursos,
enfrentando assim os desafios de maneira coletiva e coesa.
No âmbito intergovernamental, a coordenação se faz necessária para assegurar que políticas públicas
sejam coesas e consistentes em diferentes esferas de governo, promovendo sinergias e evitando
redundâncias ou contradições entre ações municipais, estaduais e federais. Este aspecto é especialmente
relevante em contextos nos quais as competências e responsabilidades se sobrepõem, exigindo uma atuação
coordenada que potencialize os resultados e beneficie a população de maneira equitativa.
Além disso, o diálogo e a colaboração entre governo e sociedade constituem pilares para a
construção de políticas públicas mais inclusivas e efetivas. A participação social, além de democratizar o
processo de formulação de políticas, permite que as demandas e perspectivas da população sejam
incorporadas nas decisões governamentais, aumentando a legitimidade e a aderência das ações
implementadas. A interação governo-sociedade é, portanto, essencial para a identificação de prioridades, a
• Articulação das Ações Governamentais: Refere-se ao processo de integração e alinhamento entre diferentes
órgãos e entidades do governo para alcançar objetivos comuns, superando a fragmentação das políticas
públicas.
Mapa da Aprovação
Edital
Padrão de Resposta
A resposta deve apresentar uma análise crítica e fundamentada sobre os quatro tópicos propostos,
demonstrando compreensão da relevância dos processos de compras e gestão de contratos para a eficiência
e transparência na administração pública. Deve-se discutir a integração de critérios de sustentabilidade nas
contratações públicas, destacando sua importância para o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade
social. A discussão sobre compras centralizadas deve contemplar tanto as vantagens quanto os desafios
dessa prática, considerando aspectos como economia de escala e padronização de processos. Por fim, é
essencial abordar estratégias para incentivar o desenvolvimento de fornecedores locais e a inovação,
ressaltando como essas estratégias podem beneficiar as compras governamentais. A resposta deve ser coesa,
coerente e fundamentada, com uma exposição clara de ideias e argumentação lógica.
Resposta Sugerida
A sustentabilidade nas contratações públicas emerge como um pilar essencial para o atendimento
das metas de desenvolvimento sustentável. A adoção de critérios ambientais, sociais e econômicos nas
licitações públicas incentiva o mercado a desenvolver soluções inovadoras e sustentáveis, contribuindo para
a redução do impacto ambiental e promovendo práticas de responsabilidade social.
As compras centralizadas, por sua vez, oferecem vantagens significativas como a economia de escala,
que pode resultar em redução de custos para o governo. Entretanto, enfrentam desafios como a necessidade
de adequação às diversas necessidades de diferentes órgãos governamentais e a potencial limitação na
competitividade do mercado. Para superar esses desafios, é essencial que haja um equilíbrio entre as
compras centralizadas e a flexibilidade para atender às necessidades específicas de cada órgão.
Mapa da Aprovação
Edital
1 As diferentes conceituações de políticas públicas. 1.1 Tipos de políticas públicas: distributivas, regulatórias
e redistributivas.
a) Defina políticas públicas e explique sua relevância no contexto do bem-estar social e na promoção
da equidade.
c) Discuta como as políticas públicas podem influenciar diretamente na redução das desigualdades
sociais e no desenvolvimento econômico.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve iniciar definindo políticas públicas como estratégias e ações governamentais
destinadas a solucionar questões relevantes para a sociedade, enfatizando sua importância para o bem-estar
social e a promoção da equidade. Em seguida, deve-se detalhar os três tipos de políticas públicas
(distributivas, regulatórias e redistributivas), com exemplos práticos de cada uma, ressaltando como elas
operam no contexto brasileiro para atender às necessidades da população e promover o desenvolvimento.
A discussão deve prosseguir com uma análise de como essas políticas contribuem para a redução das
desigualdades sociais e o fomento ao desenvolvimento econômico. Por fim, é essencial argumentar sobre a
importância da participação popular e da transparência nos processos de formulação, implementação e
avaliação das políticas públicas, conforme previsto na legislação brasileira, destacando como esses
elementos fortalecem a democracia e promovem uma gestão pública mais eficaz e responsiva às demandas
sociais.
Resposta Sugerida
As políticas públicas constituem ferramentas essenciais para a gestão governamental, tendo como
objetivo principal responder às necessidades e demandas da sociedade. Elas são desenvolvidas e
implementadas com o intuito de promover o bem-estar social, a equidade e o desenvolvimento econômico
sustentável. Fundamentalmente, as políticas públicas podem ser categorizadas em três tipos principais:
distributivas, regulatórias e redistributivas, cada uma com características e objetivos específicos que
contribuem para o alcance desses fins.
As políticas distributivas focam na alocação de recursos do Estado para a sociedade, sem identificar
um grupo específico de financiadores para esses custos. Um exemplo prático seria a implementação de
programas de infraestrutura urbana, que visam melhorar a qualidade de vida da população em geral. No
Brasil, projetos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) servem como ilustrações de políticas
distributivas, visando estimular o desenvolvimento econômico e social através de grandes obras de
infraestrutura.
As políticas redistributivas, diferentemente das anteriores, têm como objetivo a redução das
desigualdades sociais e econômicas, através da redistribuição de renda e de recursos de segmentos mais
abastados da sociedade para os mais desfavorecidos. Programas como o Bolsa Família, agora parte do Auxílio
Brasil, exemplificam essa categoria, buscando combater a pobreza e promover a inclusão social por meio de
transferências diretas de renda.
Além disso, a eficácia das políticas públicas está intrinsecamente ligada à participação popular e à
transparência em sua formulação, implementação e avaliação. A Constituição Federal de 1988, por exemplo,
estabelece a participação social como um direito, fortalecendo os mecanismos de controle social e
assegurando que as políticas públicas reflitam as reais necessidades da população. A Lei de Acesso à
Informação (LAI), sancionada em 2011, é outro marco legal que reforça a transparência, ao garantir à
população o acesso a informações relativas à atuação do Estado, possibilitando uma maior fiscalização das
políticas públicas.
• Políticas Públicas: Estratégias e ações do governo destinadas a atender às necessidades sociais, promovendo
o bem-estar geral e a equidade. Referência: Souza, Celina. "Políticas Públicas: uma revisão da literatura".
Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 16, jul/dez 2006, p. 20-45.
Edital
2 O papel do Estado na definição das políticas públicas. 2.1 Poder, racionalidade, discricionariedade, tomada
de decisões e implementação de políticas públicas. 2.2 Federalismo e descentralização de políticas públicas
no Brasil: organização e funcionamento dos sistemas e programas nacionais. 2.3 Programas de
Desenvolvimento Regional.
Questão Discursiva
1. O papel do Estado na definição das políticas públicas, destacando a importância da racionalidade, poder,
discricionariedade, tomada de decisões e a implementação de tais políticas.
Uma boa resposta deve iniciar contextualizando o papel do Estado na definição e implementação de
políticas públicas, mencionando a importância do equilíbrio entre poder, racionalidade e discricionariedade
na tomada de decisões. Deve-se destacar como o federalismo e a descentralização influenciam a organização
e o funcionamento dos sistemas e programas nacionais no Brasil, ressaltando a relevância dos Programas de
Desenvolvimento Regional na promoção de equidade e desenvolvimento sustentável. A discussão deve
incluir os desafios enfrentados na implementação dessas políticas, como a necessidade de coordenação
entre diferentes níveis de governo e a adaptação às especificidades locais. Uma resposta completa abordará
esses tópicos de maneira integrada, com exemplos de legislações e programas atuais, demonstrando
compreensão das complexidades e da dinâmica das políticas públicas no contexto brasileiro.
Resposta Sugerida
Em resumo, o sucesso das políticas públicas no Brasil depende de uma gestão eficiente que saiba
equilibrar poder, racionalidade e discricionariedade na tomada de decisões, ao mesmo tempo que enfrenta
os desafios impostos pelo federalismo e pela descentralização. A implementação de Programas de
Desenvolvimento Regional, sob essa perspectiva, emerge como uma ferramenta vital para atender às
necessidades específicas das diferentes regiões do país, promovendo um desenvolvimento mais harmonioso
e sustentável.
• Papel do Estado nas Políticas Públicas: Refere-se à capacidade do governo de planejar, implementar e
monitorar ações voltadas para o bem-estar social, econômico e ambiental da população. Envolve o uso do
poder, racionalidade na tomada de decisões, discricionariedade na aplicação de leis e a implementação
efetiva de programas e projetos.
Mapa da Aprovação
Edital
3 Teorias e modelos de análise contemporâneos de políticas públicas: escolha racional institucional; teoria
de redes de políticas públicas; teoria dos múltiplos fluxos; teoria do equilíbrio pontuado; teoria de coalizões
de defesa.
a) A importância da escolha racional institucional na análise de políticas públicas, explicando como essa
abordagem contribui para o entendimento das decisões políticas dentro das instituições.
b) A teoria de redes de políticas públicas e seu papel na facilitação da cooperação entre diferentes
stakeholders no processo de políticas públicas, incluindo governos, setor privado e sociedade civil.
c) A teoria dos múltiplos fluxos e como ela explica a janela de oportunidades para a implementação de
políticas públicas, considerando a interação entre o problema, a solução e a política em contextos
específicos.
Padrão de Resposta
Uma resposta eficaz deve começar por contextualizar a importância das teorias e modelos de análise
em políticas públicas, identificando como cada teoria contribui para a compreensão das dinâmicas políticas
e institucionais na formulação e implementação de políticas. A resposta deve detalhar a escolha racional
institucional, destacando seu foco no papel das instituições e na racionalidade dos atores na tomada de
decisões. Deve-se explicar a teoria de redes, enfatizando a importância da colaboração entre diferentes
atores e como essa colaboração impacta a eficácia das políticas públicas. Ao abordar a teoria dos múltiplos
fluxos, é essencial discutir o conceito de janela de oportunidades e como as políticas são influenciadas por
eventos e contextos específicos. A explicação sobre a teoria do equilíbrio pontuado e a teoria de coalizões
de defesa deve focar em como mudanças significativas ocorrem nas políticas públicas e o papel das coalizões
na promoção dessas mudanças. Finalmente, a resposta deve ser concluída de forma coesa, ressaltando a
interconexão entre as teorias e sua aplicabilidade prática na análise e implementação de políticas públicas.
Resposta Sugerida
A teoria de redes de políticas públicas, por sua vez, ilumina a importância das interações entre
diversos atores, incluindo governos, organizações não governamentais, empresas e cidadãos, na formação
de políticas. Essas redes são fundamentais para a colaboração, partilha de informações e recursos, e para a
criação de consenso ou compromisso entre os stakeholders, o que é vital para a eficácia da implementação
de políticas públicas.
Finalmente, a teoria do equilíbrio pontuado e a teoria de coalizões de defesa são fundamentais para
explicar as mudanças drásticas nas políticas públicas. A teoria do equilíbrio pontuado sugere que as políticas
públicas tendem a experimentar longos períodos de estabilidade, interrompidos por breves períodos de
mudança significativa. A teoria de coalizões de defesa foca na formação de alianças entre diferentes grupos
com interesses comuns na promoção ou bloqueio de mudanças políticas, ressaltando a importância da
colaboração estratégica e do lobby na política.
Essas teorias não apenas esclarecem diferentes aspectos da política pública mas também
demonstram a complexidade e a interdependência dos processos políticos. Compreender esses modelos é
essencial para analisar a formulação e a implementação de políticas de maneira eficaz, permitindo aos
responsáveis pela política pública navegar com mais sucesso no ambiente político e institucional em que
operam.
• Escolha Racional Institucional: Este modelo foca na forma como as decisões são tomadas dentro das
instituições, com os atores fazendo escolhas que maximizam seus interesses dentro de restrições específicas.
Reflete a ideia de que as políticas são o resultado de processos de decisão racional em contextos
institucionais.
• Teoria de Redes de Políticas Públicas: Aborda a importância da colaboração entre diferentes atores
(governamentais e não governamentais) no processo de políticas públicas. Enfatiza como essas redes
facilitam a partilha de informações, recursos e a formação de consensos.
• Teoria dos Múltiplos Fluxos: Propõe que a política pública é o resultado da convergência de três fluxos:
problemas, políticas e política. Essa convergência cria janelas de oportunidade para a mudança de políticas.
• Teoria do Equilíbrio Puntuado: Sugere que as políticas experimentam períodos de estabilidade seguidos por
curtos períodos de mudança significativa. A teoria explica como e por que ocorrem mudanças substanciais
nas políticas públicas.
• Teoria de Coalizões de Defesa: Examina como grupos com interesses similares se formam em coalizões para
influenciar políticas públicas. Destaca a importância do poder, estratégia e recursos na promoção ou bloqueio
de mudanças políticas.
Edital
Questão Discursiva
c) Os arranjos institucionais que podem ser adotados para a implementação de políticas públicas.
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve discutir inicialmente as fases de políticas públicas, identificando e
explicando cada uma delas: formação da agenda, formulação, implementação, monitoramento e avaliação.
Deve-se, em seguida, abordar os desafios encontrados no processo de elaboração e implementação dessas
Resposta Sugerida
Mapa da Aprovação
Edital
5 A diversidade e a inclusão nas políticas públicas. 5.1 Ações afirmativas e competências para atuação com
diversidade de públicos-alvo e interseccionalidades (crianças e adolescentes, pessoas idosas, LGBTQIA+,
pessoas com deficiência, pessoas em situação de rua, migrantes, indígenas, refugiados e apátridas, dentre
outros).
Questão Discursiva
a) A importância da diversidade e inclusão nas políticas públicas, destacando como esses conceitos
contribuem para a construção de uma sociedade mais equitativa.
b) A descrição e análise das ações afirmativas como estratégias para combater desigualdades históricas
e promover a inclusão de grupos vulneráveis.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve contextualizar a importância da diversidade e inclusão nas políticas públicas,
evidenciando como estes conceitos são essenciais para a promoção de uma sociedade mais justa e equitativa.
Deve-se descrever as ações afirmativas como ferramentas vitais para o combate às desigualdades sociais,
históricas e culturais, enfatizando a necessidade de políticas que considerem as particularidades e as
interseccionalidades dos grupos vulneráveis. Além disso, é importante abordar as competências necessárias
para uma atuação eficaz com diversidade de públicos, destacando exemplos concretos de políticas públicas
que tenham sido bem-sucedidas na promoção da inclusão e da diversidade. A resposta deve ser objetiva,
direta e fundamentada em exemplos reais e legislações pertinentes, refletindo sobre os desafios e
possibilidades para avançar na construção de uma sociedade mais inclusiva.
Resposta Sugerida
A diversidade e a inclusão nas políticas públicas são fundamentais para a construção de uma
sociedade equitativa, reconhecendo e valorizando as diferenças entre os indivíduos. A implementação de
ações afirmativas é crucial para mitigar as desigualdades históricas e estruturais, promovendo oportunidades
iguais para todos. Tais ações são desenhadas para reconhecer as necessidades específicas de grupos
vulneráveis, incluindo crianças e adolescentes, pessoas idosas, LGBTQIA+, pessoas com deficiência, entre
outros, e trabalham para garantir seu acesso a direitos e serviços de forma igualitária.
Exemplos de políticas públicas efetivas incluem programas de educação inclusiva, que garantam o
acesso e permanência de pessoas com deficiência nas escolas, iniciativas de empoderamento econômico
para mulheres e minorias étnicas, e políticas de saúde que considerem as particularidades de grupos
LGBTQIA+ e indígenas. Estas políticas devem ser acompanhadas de mecanismos de monitoramento e
avaliação que assegurem sua efetividade e sustentabilidade a longo prazo.
Mapa da Aprovação
Edital
6 Política educacional. 6.1 Avaliações educacionais em larga escala nacionais e internacionais: objetivos,
abrangência e público-alvo. 6.2 Exames de Certificação: objetivos, abrangência e público-alvo. 6.3 Censo da
Educação Básica e Censo da Educação Superior: finalidades e aplicações em programas do Governo Federal.
Questão Discursiva
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deverá apresentar uma discussão detalhada e objetiva sobre cada um dos tópicos
solicitados, começando por definir e explicar a natureza e os propósitos das avaliações educacionais em larga
escala, tanto nacionais quanto internacionais, e dos exames de certificação, destacando seus públicos-alvo e
a importância de tais avaliações e exames para a educação. Em seguida, deve-se detalhar as finalidades e as
implicações do Censo da Educação Básica e do Censo da Educação Superior, evidenciando como estes
contribuem para o desenvolvimento de políticas educacionais pelo Governo Federal. Por fim, é crucial
analisar o impacto dessas ferramentas de avaliação na formulação de políticas educacionais, enfatizando a
importância da coleta e análise de dados para a promoção de uma educação de qualidade e acessível a todos.
A resposta deve ser coesa e fluente, articulando os conceitos de maneira lógica e fundamentada, sem a
necessidade de uma listagem ou enumeração de tópicos.
Resposta Sugerida
No que tange aos exames de certificação, estes visam aferir a competência de indivíduos em
determinadas áreas, funcionando como um mecanismo de validação de conhecimentos e habilidades. Tais
exames abrangem um vasto público, desde estudantes que buscam certificação para progressão educacional
até profissionais em busca de reconhecimento no mercado de trabalho. A relevância desses exames se
manifesta na sua capacidade de promover a educação continuada e na valorização de competências
específicas.
O Censo da Educação Básica e o Censo da Educação Superior, por sua vez, são instrumentos cruciais
para o mapeamento das características estruturais e pedagógicas das instituições de ensino. Estes censos
coletam dados abrangentes que vão desde a quantidade de escolas, alunos e professores, até informações
sobre infraestrutura e recursos didáticos disponíveis. Através desses dados, é possível realizar um diagnóstico
preciso do estado atual da educação, orientando a alocação de recursos e a implementação de políticas
públicas que visem à melhoria do ensino.
A integração das informações provenientes das avaliações educacionais e dos censos educacionais é
fundamental para a formulação de políticas educacionais eficazes. Esses dados permitem aos gestores
• Avaliações Educacionais em Larga Escala: São instrumentos destinados a medir o desempenho dos
estudantes em diferentes níveis de ensino, com o objetivo de avaliar a qualidade da educação oferecida.
Essas avaliações possibilitam comparar resultados educacionais entre diferentes regiões ou países, identificar
desafios e orientar políticas públicas de educação. Exemplos notáveis incluem o Sistema de Avaliação da
Educação Básica (SAEB) no Brasil e o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), administrado
pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). (Fonte: OCDE, "PISA 2018
Results")
• Exames de Certificação: São processos de avaliação que medem as competências e habilidades de indivíduos
em áreas específicas, servindo como uma forma de reconhecimento oficial de qualificações profissionais ou
acadêmicas. Esses exames são fundamentais para a certificação de competências profissionais, contribuindo
para o desenvolvimento educacional e a inserção no mercado de trabalho. (Fonte: Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, "Exame Nacional para Certificação de Competências
de Jovens e Adultos")
• Censo da Educação Básica e Censo da Educação Superior: Levantamentos estatísticos completos que
coletam informações detalhadas sobre as instituições de ensino, incluindo dados sobre alunos, professores,
infraestrutura física e recursos pedagógicos. Estes censos são fundamentais para o planejamento
educacional, permitindo uma análise detalhada das condições e necessidades do sistema educacional. O
Censo da Educação Básica e o Censo da Educação Superior no Brasil são realizados pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), fornecendo dados essenciais para a formulação de
políticas públicas na área da educação. (Fonte: INEP, "Censo Escolar da Educação Básica")
Edital
Questão Discursiva
Resposta Sugerida
A história da educação no Brasil é marcada por avanços e desafios que refletem as transformações
sociais, econômicas e políticas do país. Desde os períodos coloniais, com a predominância da educação
jesuítica, até os dias atuais, com a busca pela universalização do acesso à educação básica e a melhoria da
qualidade do ensino, a trajetória educacional brasileira evidencia os esforços e as lacunas na concretização
do direito à educação para todos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394/1996,
representa um marco regulatório que busca orientar a organização e a estruturação dos sistemas de ensino
no Brasil, refletindo as preocupações contemporâneas com a democratização do acesso, a qualidade da
educação e a valorização dos profissionais da educação.
Mapa da Aprovação
Edital
8 Política de justiça e segurança pública. 8.1 Defesa do consumidor. 8.2 Política Nacional sobre drogas
(Decreto nº 9.761/2019) e o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas (SISNAD) (Lei nº 11.343, de 23 de
agosto de 2006 e alterações). 8.3 Política Nacional de Migrações (Lei nº 13.445, de 24 de maio de 2017)
A segurança pública e a justiça social são pilares fundamentais para o desenvolvimento sustentável
de uma nação, envolvendo a implementação de políticas públicas eficazes que garantam a proteção e bem-
estar da população. Neste contexto, discorra sobre os seguintes tópicos, articulando-os com a realidade
brasileira e considerando a relevância atual de cada um:
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve apresentar uma análise crítica e objetiva sobre a interação e relevância
das políticas de justiça e segurança pública, defesa do consumidor, política sobre drogas e migração no
contexto brasileiro. É essencial que o candidato demonstre compreensão da complexidade e interconexão
destes temas, evidenciando como cada política contribui para a promoção da justiça social, o combate à
criminalidade, e o desenvolvimento econômico e social do país. Deve-se destacar a importância da integração
de esforços entre os diferentes níveis de governo e a sociedade civil na implementação destas políticas, bem
como os desafios enfrentados. A menção a legislações específicas como o Decreto nº 9.761/2019, a Lei nº
11.343/2006 e a Lei nº 13.445/2017, deve ser usada para exemplificar a estrutura legal de suporte às políticas
discutidas, fornecendo uma base sólida para os argumentos apresentados.
Resposta Sugerida
A interação entre as políticas de justiça e de segurança pública é fundamental no Brasil, visando não
apenas ao combate efetivo à criminalidade, mas também à promoção de uma justiça social equitativa. Esta
integração se reflete na necessidade de abordagens multidisciplinares que envolvam ações preventivas, de
repressão ao crime e de ressocialização, fundamentais para a construção de uma sociedade mais segura e
justa.
No tocante à defesa do consumidor, políticas robustas nesta área são essenciais para garantir a
proteção dos direitos dos consumidores, promovendo a justiça social e impactando positivamente na
economia. A transparência, a equidade nas relações de consumo e a efetiva aplicação das normas de defesa
do consumidor contribuem para o fortalecimento da confiança no mercado, incentivando o consumo
responsável e sustentável.
A Política Nacional sobre Drogas e o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas (SISNAD),
regulamentados pelo Decreto nº 9.761/2019 e pela Lei nº 11.343/2006, respectivamente, representam o
compromisso do Brasil em abordar a questão das drogas de maneira integral, combinando prevenção,
tratamento e reinserção social dos usuários e dependentes. A abordagem busca equilibrar a necessidade de
A Lei nº 13.445/2017, que estabelece a Política Nacional de Migrações, é um marco na gestão das
migrações no Brasil, assegurando direitos aos migrantes e reconhecendo sua contribuição para o
desenvolvimento cultural, social e econômico do país. Esta legislação reflete uma visão humanitária e
inclusiva, promovendo a integração dos migrantes na sociedade brasileira, ao mesmo tempo em que respeita
sua diversidade e direitos fundamentais. A lei é um exemplo de como o Brasil busca se posicionar de forma
aberta e solidária no cenário internacional de migrações, tratando os migrantes não como uma questão de
segurança, mas como sujeitos de direitos e potenciais contribuintes para a nação.
Em suma, a abordagem integrada dessas políticas públicas é crucial para o fortalecimento da justiça
social, da segurança pública, da defesa dos direitos dos consumidores, do enfrentamento aos desafios
impostos pelo consumo de drogas e da gestão das migrações de forma humana e eficiente. Cada uma dessas
áreas, embora distinta, contribui para a construção de uma sociedade mais justa, segura e inclusiva,
refletindo a complexidade e a interdependência dos desafios contemporâneos enfrentados pelo Brasil.
• Política de justiça e segurança pública: Refere-se ao conjunto de estratégias e ações do Estado para garantir
a ordem pública, a segurança dos cidadãos e o cumprimento das leis, integrando as atividades de prevenção
ao crime, repressão e ressocialização. A eficácia desta política depende da colaboração entre diferentes
níveis de governo e da sociedade civil.
• Defesa do consumidor: Área do direito que visa assegurar que os direitos dos consumidores sejam
respeitados, promovendo práticas de mercado justas e transparentes. As políticas de defesa do consumidor
são fundamentais para o funcionamento eficiente do mercado e para a proteção dos direitos básicos do
consumidor.
• Política Nacional sobre Drogas e SISNAD: A Lei nº 11.343/2006 e o Decreto nº 9.761/2019 estabelecem
diretrizes para a prevenção do uso de drogas, tratamento, recuperação e reintegração social de usuários e
dependentes, além da repressão ao tráfico. Essa abordagem dual reflete a compreensão de que a questão
das drogas deve ser tratada tanto sob a perspectiva de saúde pública quanto de segurança.
• Política Nacional de Migrações (Lei nº 13.445/2017): Esta legislação moderniza o arcabouço legal sobre
migração no Brasil, priorizando a proteção dos direitos humanos, a inclusão social e o reconhecimento da
contribuição dos migrantes para a sociedade. Substitui o Estatuto do Estrangeiro de 1980, oferecendo uma
abordagem mais humanitária e menos securitária sobre migração.
Edital
Questão Discursiva
c) Analisar a importância da articulação entre o setor público e o setor privado na execução das Políticas
Públicas de CT&I, conforme orientado pelo Marco Legal de CT&I, e como essa interação pode
potencializar os resultados e impactos dessas políticas na sociedade e na economia.
d) Avaliar o impacto das disposições constitucionais sobre o ambiente de CT&I no Brasil, considerando
a garantia de suporte e investimento estatal e a proteção ao conhecimento como elementos
fundamentais para a inovação e desenvolvimento tecnológico nacional.
Uma resposta eficaz deve começar com a explanação da importância das Políticas de Ciência,
Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento sustentável e econômico do Brasil, destacando a necessidade
de fomentar a pesquisa e a inovação como motores de progresso social e econômico. Em seguida, deve-se
detalhar os critérios, mecanismos e procedimentos introduzidos pelo Marco Legal de CT&I, ressaltando a sua
contribuição para a simplificação dos processos de apoio à pesquisa e desenvolvimento tecnológico. A análise
deve prosseguir com a discussão sobre a importância da colaboração entre os setores público e privado,
conforme estabelecido pelo Marco Legal, e como essa cooperação é vital para maximizar os benefícios das
políticas de CT&I para a sociedade e economia. Por fim, é crucial avaliar o papel das disposições
constitucionais na promoção de um ambiente favorável à CT&I, sublinhando como o suporte e investimento
estatais, juntamente com a proteção ao conhecimento, são essenciais para impulsionar a inovação e o
desenvolvimento tecnológico no país.
Resposta Sugerida
A relevância das Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) para o desenvolvimento nacional
reside na sua capacidade de impulsionar o progresso econômico e social através da pesquisa e inovação.
Estas políticas, amparadas pelo Marco Legal de CT&I, Lei nº 13.243/2016, e pelas disposições da Constituição
Federal, artigos 218 a 219-B, estabelecem um ambiente propício para o avanço científico e tecnológico,
garantindo recursos, simplificando procedimentos de fomento e incentivando a cooperação entre entidades
públicas e privadas.
O Marco Legal de CT&I é um divisor de águas na forma como o país aborda o desenvolvimento
científico e tecnológico. Ele introduz critérios e mecanismos que simplificam a interação entre universidades,
institutos de pesquisa e o setor produtivo. Isso é feito através da flexibilização de processos de
financiamento, da proteção de propriedade intelectual e da promoção de ambientes de inovação, como
parques tecnológicos e incubadoras, que são essenciais para transformar pesquisa em produtos e serviços
inovadores.
A articulação entre o setor público e o privado, conforme preconizado pelo Marco Legal, é
fundamental para o sucesso das políticas de CT&I. Esta cooperação permite a combinação de forças, recursos
e competências, ampliando o alcance e a eficácia da pesquisa e da inovação. A legislação incentiva essa
colaboração ao permitir que empresas invistam em projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em
parceria com instituições científicas, podendo, inclusive, se beneficiar de incentivos fiscais por tais
investimentos.
Em síntese, as políticas de CT&I, fortalecidas pelo Marco Legal de CT&I e pelas disposições
constitucionais, são pilares para o desenvolvimento sustentável e econômico do Brasil. Elas promovem a
inovação, a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico como elementos centrais para o progresso do país,
Mapa da Aprovação
Edital
1 Cenário epidemiológico do Brasil: transição demográfica e epidemiológica das DCNT e Agravos da Saúde.
1.1 Determinantes sociais, ambientais e biológicos do processo saúde-doença. 1.2 Parâmetros técnicos na
organização da rede de atenção à saúde, epidemiologia e vigilância das DCNT e Agravos da Saúde e de seus
fatores de risco. 1.3 Sistemas de Informação em Saúde no Brasil e sistematização de Informação. 1.4 Ações
de saúde: promoção da saúde, prevenção e controle das DCNT. 1.5 Cuidado integral em saúde: definição,
organização de linhas de cuidado em saúde das pessoas com DCNT e Agravos da Saúde. 1.6 Avaliação e
monitoramento de políticas e programas de saúde pública para DCNT. 1.7 Informação, Comunicação e
Educação em Saúde.
Questão Discursiva
O cenário epidemiológico do Brasil tem passado por significativas mudanças ao longo dos anos,
refletindo diretamente na saúde pública e na gestão de políticas voltadas às Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT) e aos Agravos da Saúde. Neste contexto, é fundamental compreender a complexidade
dos fatores que influenciam o processo saúde-doença e as estratégias de enfrentamento dessas condições.
Considerando os itens listados, elabore uma resposta discursiva que aborde os seguintes aspectos:
c) Discuta a relevância dos Sistemas de Informação em Saúde para a organização da rede de atenção à
saúde, especialmente na epidemiologia e vigilância das DCNT e seus fatores de risco.
d) Avalie as ações de saúde voltadas para a promoção da saúde, prevenção e controle das DCNT,
destacando a importância do cuidado integral e das políticas de saúde pública.
Padrão de Resposta
Para elaborar uma resposta eficaz, o candidato deve iniciar contextualizando a transição demográfica
e epidemiológica como um fenômeno relevante para o aumento das DCNT e Agravos da Saúde no Brasil,
destacando a mudança no perfil populacional e nos padrões de morbidade e mortalidade. Em seguida, deve-
se analisar o papel dos determinantes sociais, ambientais e biológicos no processo saúde-doença,
enfatizando como estes fatores estão interligados e influenciam a incidência das DCNT. A discussão deve
prosseguir com a importância dos Sistemas de Informação em Saúde, evidenciando sua contribuição para a
organização da rede de atenção à saúde, a epidemiologia e a vigilância das DCNT, além de seus fatores de
risco. Por fim, o candidato deve avaliar as ações de saúde destinadas à promoção da saúde, prevenção e
controle das DCNT, mencionando a necessidade de políticas de saúde pública que priorizem o cuidado
integral e a gestão eficaz de recursos. O texto deve ser objetivo, claro e estruturado em parágrafos,
abordando cada tópico com detalhamento e baseando-se em conceitos chave.
Os determinantes sociais, ambientais e biológicos são essenciais para entender o processo saúde-
doença. Fatores como condições de vida e trabalho, educação, acesso a serviços de saúde, e aspectos
ambientais como poluição, determinam desigualdades em saúde. Tais determinantes interagem de forma
complexa, afetando a exposição a riscos e a vulnerabilidade às DCNT. O reconhecimento desses
determinantes é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de saúde pública eficazes.
Nesse contexto, os Sistemas de Informação em Saúde (SIS) desempenham um papel vital. Eles
fornecem dados essenciais para o monitoramento e a avaliação de tendências de saúde, a eficácia das
intervenções e a distribuição dos recursos de saúde. Os SIS permitem uma melhor compreensão dos padrões
de DCNT e agravos à saúde, apoiando a tomada de decisão baseada em evidências para a prevenção e
controle dessas condições.
As ações de saúde para a promoção da saúde, prevenção e controle das DCNT devem ser
multifacetadas. Políticas públicas que incentivam estilos de vida saudáveis, como alimentação balanceada e
atividade física regular, são essenciais. Além disso, ações de educação em saúde que visam aumentar a
conscientização sobre os fatores de risco das DCNT podem contribuir significativamente para a prevenção. O
cuidado integral em saúde, que abrange desde a prevenção até o tratamento e a reabilitação, é um
componente chave para o manejo eficaz das DCNT. Este cuidado deve ser organizado em linhas de cuidado
que garantam a continuidade e a integralidade dos serviços de saúde.
Por fim, a avaliação e o monitoramento de políticas e programas de saúde pública são cruciais para
assegurar que as estratégias implementadas sejam eficazes na redução da prevalência das DCNT e na
promoção da saúde da população. Ações baseadas em evidências, que considerem os determinantes sociais,
ambientais e biológicos do processo saúde-doença, são indispensáveis para enfrentar os desafios impostos
pelas DCNT no Brasil.
Mapa da Aprovação
Edital
2 Ciência e tecnologia em saúde. 2.1 Tecnologias em saúde: conceitos e tipologia. 2.2 Política Nacional de
Gestão de Tecnologia em Saúde. 2.3 Aspectos éticos e bioéticos nos estudos e uso da Avaliação das
Tecnologias em Saúde (ATS). 2.4 Análise e uso de bases de dados. 2.5 Tomada de decisão na incorporação
tecnológica e fluxo de Incorporação das Novas Tecnologias. 2.6 Avaliação Econômica em Saúde (AES).
Questão Discursiva
b) Discorra sobre a Política Nacional de Gestão de Tecnologia em Saúde, enfatizando seu objetivo
principal e como ela contribui para a melhoria do sistema de saúde.
c) Analise os aspectos éticos e bioéticos fundamentais nos estudos e uso da Avaliação das Tecnologias
em Saúde (ATS), incluindo como esses aspectos influenciam na tomada de decisão ética para a
incorporação tecnológica.
Padrão de Resposta
Uma resposta eficaz deve começar com uma definição clara de Tecnologias em Saúde, seguida de
uma descrição de sua tipologia, ressaltando a relevância destas para os avanços no cuidado à saúde. Em
seguida, deve-se abordar a Política Nacional de Gestão de Tecnologia em Saúde, detalhando seus objetivos
e impactos na otimização dos recursos e na eficácia dos tratamentos disponibilizados à população. É essencial
discutir os aspectos éticos e bioéticos na Avaliação das Tecnologias em Saúde (ATS), demonstrando como
esses princípios orientam uma prática responsável e focada no bem-estar do paciente. Por último, a análise
e o uso de bases de dados na Avaliação Econômica em Saúde (AES) devem ser explorados, enfatizando como
esses processos contribuem para uma decisão informada e eficiente na incorporação de novas tecnologias.
Este padrão de resposta guiará o candidato a apresentar uma discussão coerente e abrangente, evidenciando
uma compreensão profunda dos tópicos solicitados.
Resposta Sugerida
Os aspectos éticos e bioéticos são fundamentais na Avaliação das Tecnologias em Saúde (ATS), uma
vez que orientam a pesquisa, desenvolvimento e implementação de inovações tecnológicas de maneira
responsável. A ATS considera não apenas os benefícios clínicos e econômicos, mas também os valores morais,
a equidade no acesso e o impacto dessas tecnologias na qualidade de vida dos indivíduos. Esta abordagem
garante que as decisões sobre a incorporação tecnológica respeitem os direitos dos pacientes e promovam
o bem-estar coletivo, evitando desigualdades no acesso às inovações em saúde.
• Tecnologias em Saúde: Referem-se a qualquer intervenção que possa ser utilizada para promover a saúde,
prevenir, diagnosticar ou tratar doenças, ou para reabilitação e cuidados paliativos. Incluem desde
medicamentos, vacinas, procedimentos e dispositivos, até sistemas organizacionais e de suporte utilizados
na prestação de cuidados de saúde (WHO, 2021).
• Política Nacional de Gestão de Tecnologia em Saúde: É um conjunto de diretrizes do governo destinadas a
orientar a seleção, a aquisição, a utilização e a avaliação das tecnologias de saúde no sistema público, com o
objetivo de melhorar a qualidade e a eficiência do atendimento à população (Ministério da Saúde, Brasil).
• Aspectos Éticos e Bioéticos na ATS: Refere-se à consideração de valores morais, direitos dos pacientes e
justiça social na avaliação e incorporação de novas tecnologias em saúde, assegurando que as decisões sejam
tomadas com base no respeito à dignidade e à autonomia do indivíduo (Beauchamp & Childress, Princípios
de Ética Biomédica).
• Análise e Uso de Bases de Dados na AES: Envolve a utilização de grandes volumes de dados de saúde para
avaliar a relação custo-benefício de tecnologias de saúde, possibilitando decisões baseadas em evidências
sobre a incorporação de inovações no sistema de saúde (Drummond et al., Avaliação Econômica em Saúde:
Conceitos e Métodos).
Mapa da Aprovação
Edital
3 A Política de Saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS). 3.1 Estrutura e organização do Sistema Único de
Saúde. 3.2 Financiamento e critérios de alocação de Recursos no SUS. 3.3 Determinantes da Demanda dos
Serviços em Saúde 3.4 Modelos Assistenciais em Saúde. 3.5 Análise das políticas públicas de Saúde. 3.6
Questão Discursiva
A saúde é um direito de todos e um dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação. Neste contexto, o Sistema Único de Saúde (SUS) emerge como
a principal estrutura para a efetivação desse direito. Com base na legislação do SUS (artigo 196 da CF, Lei nº
8080/1990 e suas alterações; Lei 8.142/1990 e suas alterações) e nos princípios que norteiam a Política
Nacional de Saúde, elabore um texto discursivo que aborde os seguintes tópicos:
a) A estrutura e organização do Sistema Único de Saúde (SUS), destacando sua importância na garantia
do acesso universal à saúde.
b) O financiamento do SUS e os critérios utilizados para a alocação de recursos, enfatizando como esses
aspectos impactam a eficiência e a equidade na prestação dos serviços de saúde.
d) A relevância das políticas públicas de vigilância em saúde e o papel dos serviços de saúde nos
diferentes níveis da assistência na resposta às emergências em saúde pública e eventos de potencial
risco sanitário nacional.
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve iniciar contextualizando a importância do SUS na garantia do direito à
saúde, conforme estabelecido pela Constituição Federal e pelas leis que regulamentam o sistema. Em
seguida, deve detalhar a estrutura e organização do SUS, destacando como essa configuração promove o
acesso universal e igualitário aos serviços de saúde. O candidato deve explicar o mecanismo de
financiamento do SUS e os critérios para alocação de recursos, demonstrando a relação entre esses
elementos e a eficácia do sistema em atender às necessidades da população. É fundamental discutir os
determinantes da demanda por serviços de saúde e como os modelos assistenciais são desenhados para
responder a essas demandas. Por fim, deve-se enfatizar a importância das políticas públicas de vigilância em
saúde e o papel essencial dos serviços de saúde em todos os níveis de assistência, especialmente em
situações de emergência em saúde pública e diante de riscos sanitários. A resposta deve ser clara, objetiva e
fundamentada na legislação pertinente, refletindo a compreensão integrada dos tópicos solicitados.
Resposta Sugerida
O Sistema Único de Saúde (SUS), conforme estabelecido pela Constituição Federal de 1988 e
regulamentado pelas Leis nº 8.080/1990 e 8.142/1990, constitui-se como a espinha dorsal da política de
saúde no Brasil, garantindo acesso universal, integral e igualitário aos serviços de saúde. A estrutura do SUS
é fundamentada em princípios de descentralização, atendimento integral, e participação comunitária,
A demanda por serviços de saúde é determinada por uma complexa interação de fatores sociais,
econômicos, ambientais, culturais e biológicos. O SUS, através de seus modelos assistenciais, procura
responder a essa demanda com estratégias que vão desde a atenção primária, focada na promoção e
prevenção, até serviços de alta complexidade, garantindo um cuidado continuado e integrado. Isso implica
na organização de redes de atenção à saúde que sejam capazes de oferecer respostas efetivas e eficientes às
diversas necessidades de saúde da população brasileira.
No que se refere às políticas públicas de vigilância em saúde, o SUS desempenha um papel crucial na
prevenção e no controle de riscos, agravos e doenças, assim como na resposta a emergências em saúde
pública. A Lei nº 8.080/1990 destaca a importância da vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental como
componentes essenciais para a promoção da saúde e prevenção de doenças. A capacidade do sistema de
saúde em monitorar, detectar e responder prontamente a eventuais ameaças representa um aspecto vital
para a proteção da saúde pública, especialmente em situações de surtos, epidemias e pandemias.
Assim, a eficácia do SUS, enquanto política pública de saúde, depende de sua capacidade de integrar
e coordenar ações que abranjam desde o planejamento e financiamento até a execução de serviços que
respondam de maneira eficaz aos desafios impostos pelos determinantes de saúde e pelas necessidades da
população, garantindo o acesso universal e igualitário a serviços de saúde de qualidade.
• Estrutura e Organização do SUS: O SUS é baseado na descentralização, no comando único em cada esfera
de governo, na integralidade da assistência e na participação da comunidade. Fonte: Lei nº 8.080/1990.
• Financiamento do SUS: Financiado por recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios, seguindo critérios de distribuição que consideram aspectos
demográficos e de necessidades de saúde. Fonte: Constituição Federal, artigo 198.
• Determinantes da Demanda dos Serviços em Saúde: Influenciados por fatores socioeconômicos, ambientais,
biológicos e comportamentais, esses determinantes afetam diretamente a saúde da população e a demanda
por serviços de saúde. Fonte: Organização Mundial da Saúde.
• Modelos Assistenciais em Saúde: Estratégias e organização dos serviços de saúde visando à promoção,
prevenção, tratamento e reabilitação, adequados aos diferentes contextos e necessidades da população.
Fonte: Ministério da Saúde do Brasil.
• Políticas Públicas de Vigilância em Saúde: Compreendem o conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir
ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção
e circulação de bens e da prestação de serviços de saúde. Fonte: Lei nº 8.080/1990.
Edital
Questão Discursiva
d) Como os indicadores de avaliação são utilizados para medir a eficiência e eficácia dos serviços de
saúde, contribuindo para o processo de tomada de decisão e para a melhoria contínua dos serviços
oferecidos à população.
Padrão de Resposta
Uma resposta eficaz a esta questão deve destacar a centralidade do planejamento estratégico no
setor da saúde como um instrumento para orientar a gestão dos serviços, garantindo que sejam alcançados
Resposta Sugerida
O planejamento estratégico na saúde é essencial para definir direções e objetivos claros visando a
melhoria contínua dos serviços prestados à população. Esse processo envolve a análise detalhada das
necessidades de saúde da população, a determinação de prioridades e a alocação eficiente de recursos.
Através deste planejamento, é possível estabelecer metas realistas e mensuráveis, fundamentais para o
acompanhamento e avaliação do progresso dos serviços de saúde. Tal planejamento é respaldado por
legislações que estabelecem diretrizes para a gestão em saúde, como a Lei Orgânica da Saúde no Brasil, que
prioriza a organização do SUS de forma descentralizada e participativa.
A elaboração de projetos de investigação e intervenção é outro pilar crucial na gestão de saúde, pois
permite identificar problemas específicos e desenvolver soluções inovadoras e efetivas. Esses projetos são
baseados em metodologias científicas rigorosas e podem ser direcionados para a prevenção de doenças,
promoção da saúde ou melhoria da gestão de serviços de saúde. Eles contribuem significativamente para a
base de conhecimento em saúde e são essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas baseadas em
evidências.
Mapa da Aprovação
Edital
5 Estudos e avaliação de indicadores de saúde: sistemas nacionais de informação para doenças transmissíveis
e não transmissíveis. 5.1 Diagnóstico de saúde; diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças
transmissíveis de notificação obrigatória. 5.2 Desenhos de estudos epidemiológicos para investigação de
doenças transmissíveis. 5.3 Desenho de estudos avaliativos de efetividade e impacto de intervenções ou
políticas públicas com foco nas doenças transmissíveis e não transmissíveis. 5.4 Monitoramento e avaliação
de intervenções para controle ou eliminação ou erradicação de doenças transmissíveis (tuberculose,
hanseníase, sífilis congênita e HIV/AIDS e hepatites). 5.5 Controle e avaliação de risco e programas de
educação.
Padrão de Resposta
Uma resposta bem elaborada deve iniciar com a contextualização da importância dos sistemas
nacionais de informação na saúde pública, seguido de uma discussão sobre como esses sistemas contribuem
para o diagnóstico e a notificação de doenças. Em seguida, deve-se detalhar os desenhos de estudos
epidemiológicos, enfatizando sua relevância na investigação de doenças transmissíveis e as metodologias
aplicadas. Além disso, é fundamental discutir como os estudos avaliativos ajudam a medir a efetividade de
intervenções e políticas públicas, citando exemplos aplicáveis. Por fim, a resposta deve abordar estratégias
de monitoramento e avaliação de intervenções para doenças específicas, destacando a importância de
programas de educação para a saúde e controle de riscos. Ao longo do texto, exemplos práticos e legislação
pertinente podem ser citados para enriquecer a argumentação, mantendo a objetividade e clareza na
exposição dos conceitos.
Resposta Sugerida
• Sistemas Nacionais de Informação em Saúde: Ferramentas essenciais para a coleta, análise e disseminação
de dados sobre a saúde da população, permitindo o monitoramento de indicadores de saúde, diagnóstico de
doenças, e avaliação de políticas públicas. (Fonte: Organização Mundial da Saúde)
• Desenhos de Estudos Epidemiológicos: Metodologias utilizadas para investigar a ocorrência, distribuição e
determinantes de eventos relacionados à saúde nas populações, incluindo estudos de coorte, caso-controle,
e transversais. (Fonte: "Epidemiology" por Leon Gordis)
• Estudos Avaliativos de Intervenções: Análises que medem a eficácia e o impacto de intervenções de saúde
pública, incluindo políticas, programas e práticas, no controle de doenças e na promoção da saúde. (Fonte:
"Evaluating Public and Community Health Programs" por Muriel J. Harris)
• Monitoramento e Avaliação de Doenças Transmissíveis: Processos que envolvem a coleta sistemática de
dados sobre doenças específicas, avaliando a eficácia de intervenções para seu controle, eliminação ou
erradicação. Inclui estratégias de prevenção, tratamento e educação para a saúde. (Fonte: Centers for
Disease Control and Prevention)
Mapa da Aprovação
Edital
6 Vigilância em saúde. 6.1 Política Nacional de Vigilância em Saúde. 6.2 Contribuição da vigilância em saúde
e ferramentas para ações de controle e monitoramento de epidemias, endemias regionais e de vetores
relacionados as doenças transmissíveis. 6.3 Planejamento, execução e avaliação do processo de vigilância em
saúde das doenças transmissíveis e não transmissíveis. 6.4 Composição de equipes multidisciplinares para o
planejamento, execução, monitoramento e avaliação do processo de vigilância das doenças transmissíveis e
não transmissíveis. 6.5 Apoio aos profissionais da saúde nas intervenções e no processo de saúde-doença
dos indivíduos aliado ao gerenciamento de soluções tecnológicas mitigadoras e da avaliação, controle das
doenças transmissíveis e não transmissíveis. 6.6 Investigação, monitoração e avaliação de riscos e dos
determinantes dos agravos transmissíveis e dos danos à saúde e ao meio ambiente.
Questão Discursiva
Com base nos tópicos acima, elabore uma resposta discursiva que aborde os seguintes pontos:
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve destacar a Política Nacional de Vigilância em Saúde como elemento
essencial para o fortalecimento do SUS e para a promoção da saúde pública, enfatizando seu papel no
enfrentamento de riscos, doenças e agravos. Deve-se discorrer sobre as estratégias e ferramentas
empregadas pela vigilância em saúde para efetivar o controle e monitoramento de eventos que impactam a
saúde coletiva, incluindo a gestão de epidemias, endemias e vetores. A explanação deve também ressaltar a
Resposta Sugerida
A Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS) constitui um marco estratégico dentro do Sistema
Único de Saúde (SUS), orientando ações voltadas à prevenção, ao controle e ao monitoramento de doenças
e agravos que impactam a saúde pública brasileira. Ela se destaca por estabelecer diretrizes que visam à
promoção da saúde e à proteção da população contra riscos sanitários, integrando ações de vigilância
epidemiológica, sanitária, ambiental e de saúde do trabalhador. A PNVS é instrumental na articulação de
esforços para responder de maneira eficaz a emergências de saúde pública, além de promover ações
preventivas baseadas na análise contínua de dados sobre o estado de saúde da população.
Portanto, a PNVS é uma peça chave no fortalecimento da saúde pública, articulando a vigilância em
saúde como uma estratégia essencial para o monitoramento, controle e prevenção de doenças. Através da
integração de dados, planejamento estratégico e trabalho multidisciplinar, a PNVS promove uma resposta
coordenada e eficiente aos desafios sanitários contemporâneos, assegurando a promoção da saúde e o bem-
estar da população.
• Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS): Define o conjunto de ações destinadas à prevenção e
controle de doenças e agravos, sendo um componente crítico para o fortalecimento do SUS. A PNVS busca
Mapa da Aprovação
Edital
7 Legislação – Desenvolvimento Social: Constituição Federal: 7.1 Direitos sociais (art. 5, 6, 7). 7.2 Direitos
Culturais (art. 215, 216)
Questão Discursiva
b) O papel do Estado na garantia dos direitos culturais, conforme estabelecido nos artigos 215 e 216 da
Constituição Federal, e sua relevância para a preservação da identidade e diversidade cultural
brasileira.
c) A relação entre o desenvolvimento social e a efetivação dos direitos sociais e culturais, destacando
a interdependência entre esses direitos e o progresso socioeconômico.
Seu texto deve refletir sobre como esses direitos contribuem para a construção de uma sociedade
mais justa, igualitária e respeitosa das diversidades culturais.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve iniciar contextualizando brevemente a Constituição Federal de 1988 como
um marco legal para a promoção dos direitos fundamentais no Brasil. Em seguida, deve-se discutir a
importância dos direitos sociais, citando os artigos 6º e 7º, para a promoção da justiça social e a redução das
desigualdades, enfatizando a função do Estado na garantia desses direitos. A resposta deve também abordar
os direitos culturais, presentes nos artigos 215 e 216, destacando sua relevância para a preservação da
identidade e da diversidade cultural brasileira. É crucial estabelecer a relação entre desenvolvimento social
e a efetivação desses direitos, mostrando como eles são interdependentes e contribuem para o progresso
socioeconômico. Por fim, deve-se refletir sobre os desafios contemporâneos para a implementação desses
direitos no Brasil, considerando os cenários político, econômico e social, concluindo com a importância de
ações efetivas para superar tais desafios e promover um desenvolvimento social inclusivo e sustentável.
Resposta Sugerida
Por sua vez, os artigos 215 e 216 da Constituição destacam os direitos culturais, assegurando a todos o direito
de participar da cultura nacional e acessar suas fontes, além de proteger as manifestações culturais de todos
os grupos formadores da sociedade brasileira. Estes dispositivos legais reconhecem a diversidade cultural do
país como um patrimônio a ser preservado, evidenciando a necessidade de políticas públicas que promovam
a cultura e protejam as tradições.
Em suma, os direitos sociais e culturais estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 são pilares
fundamentais para o desenvolvimento social do Brasil. A garantia desses direitos é um dever do Estado e
deve ser prioridade na agenda política, pois é somente através da efetivação dos mesmos que será possível
alcançar uma sociedade verdadeiramente justa e igualitária. O desafio reside em transformar os preceitos
constitucionais em realidade prática, superando os obstáculos políticos, econômicos e sociais que se
impõem.
• Direitos Sociais (art. 6, 7 da CF/88): Referem-se ao conjunto de normas que garantem condições
indispensáveis ao bem-estar dos indivíduos, como educação, saúde, trabalho, lazer, segurança, previdência
social, proteção à maternidade e à infância, e assistência aos desamparados. São fundamentais para reduzir
desigualdades sociais e promover a justiça social.
• Direitos Culturais (art. 215, 216 da CF/88): Estes artigos asseguram a todos o direito de participar da vida
cultural do país e de acessar as fontes da cultura nacional, além de proteger as manifestações das culturas
populares, indígenas e afro-brasileiras, e de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.
Evidenciam a importância da cultura como elemento de identidade e diversidade social.
Mapa da Aprovação
Edital
8 Assistência Social: 8.1 Constituição Federal (art. 203, 204). 8.2 Política Nacional de Assistência Social (PNAS),
2004. 8.3 Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), de 1993. 8.4 Norma Operacional Básica do Suas
(NOB/Suas).
A assistência social, enquanto direito do cidadão e dever do Estado, tem seu arcabouço legal e normativo
estabelecido por diversas legislações e políticas. Com base nesse entendimento, elabore um texto discursivo
que aborde os seguintes tópicos:
a) Constituição Federal (art. 203, 204): Explique a importância desses artigos para a consolidação da
assistência social como política pública não contributiva, destinada a quem dela necessitar, e o papel
da descentralização político-administrativa e da participação da sociedade na gestão.
b) Política Nacional de Assistência Social (PNAS), 2004: Discorra sobre os objetivos e princípios desta
política para a organização da assistência social no Brasil.
c) Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), de 1993: Comente a relevância da Loas na estruturação do
Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e no estabelecimento de direitos socioassistenciais aos
cidadãos.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve iniciar contextualizando a assistência social dentro do quadro de políticas
públicas brasileiras, reconhecendo-a como um direito do cidadão e um dever do Estado. Em seguida, deve-
se detalhar a importância dos artigos 203 e 204 da Constituição Federal, que estabelecem a assistência social
como política não contributiva e definem os princípios para sua organização, como a descentralização e a
participação da sociedade. O texto deve prosseguir explicando os objetivos e princípios da Política Nacional
de Assistência Social (PNAS) de 2004, demonstrando como esta política visa organizar a assistência social no
país. A discussão sobre a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) de 1993 deve evidenciar seu papel
fundamental na estruturação do SUAS e na garantia de direitos socioassistenciais. Por fim, é essencial analisar
a Norma Operacional Básica do SUAS, destacando sua importância para a uniformização e a
operacionalização dos serviços assistenciais. A resposta deve ser clara, coesa e objetiva, abordando cada um
dos tópicos com precisão e profundidade adequadas.
Resposta Sugerida
A assistência social, conforme estabelecida na Constituição Federal de 1988, artigos 203 e 204,
representa um direito do cidadão e um dever do Estado, configurando-se como uma política pública de
caráter não contributivo. Esses artigos são fundamentais para a compreensão da assistência social no Brasil,
pois definem seus objetivos e organizam sua execução baseada na descentralização administrativa e na
participação da sociedade na gestão das políticas sociais. Esta estruturação busca garantir o atendimento às
necessidades básicas dos indivíduos, promovendo a integração ao mercado de trabalho e a habilitação e
reabilitação das pessoas com deficiência, bem como a promoção de sua integração à vida comunitária.
A Política Nacional de Assistência Social (PNAS), instituída em 2004, reforça esses princípios e
organiza a assistência social como um sistema descentralizado e participativo, o Sistema Único de Assistência
Social (SUAS). A PNAS estabelece diretrizes para a efetivação do direito à assistência social, visando a
A Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), de 1993, é um marco na estruturação do SUAS, definindo
os níveis de proteção social básica e especial e estabelecendo os benefícios, serviços, programas e projetos
de assistência social. A Loas, através do artigo 9º, assegura a gestão participativa e descentralizada,
constituindo os conselhos de assistência social em espaços de articulação entre governo e sociedade civil,
para a definição de prioridades na política de assistência social.
Por fim, a Norma Operacional Básica do SUAS (NOB/SUAS) tem papel vital na operacionalização
dessas diretrizes, estabelecendo os padrões de qualidade no atendimento, a forma de organização dos
serviços nos territórios e as responsabilidades de cada ente federativo na garantia dos direitos
socioassistenciais. A NOB/SUAS orienta a implementação dos serviços, programas, projetos e benefícios de
forma integrada às políticas sociais e econômicas, visando a superação da pobreza e a garantia dos mínimos
sociais.
• Constituição Federal (Art. 203, 204): Estabelece a assistência social como política pública não contributiva,
orientada pelos princípios da descentralização e da participação da sociedade na gestão. Fonte: Constituição
da República Federativa do Brasil de 1988.
• Política Nacional de Assistência Social (PNAS), 2004: Define os objetivos, princípios e diretrizes para a
organização da assistência social sob o SUAS, enfatizando a universalização dos direitos sociais. Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
• Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), 1993: Estrutura o SUAS e estabelece os direitos socioassistenciais,
além de definir os níveis de proteção social básica e especial. Fonte: Lei nº 8.742/1993.
Edital
9 Seguridade Social: Constituição Federal/ Seguridade Social (art. 194). 9.1 Normas mínimas de Seguridade
Social, Convenção nº 102 da OIT.
Questão Discursiva
c) Analise as normas mínimas de seguridade social estabelecidas pela Convenção nº 102 da OIT,
destacando como essas normas se aplicam e contribuem para a seguridade social no Brasil.
Um bom texto dissertativo sobre a seguridade social deve iniciar com uma introdução ao conceito,
conforme definido no artigo 194 da Constituição Federal, enfatizando sua importância para a sociedade
brasileira. O candidato deve, então, detalhar os objetivos e princípios da seguridade social, explicando como
esses elementos são fundamentais para a garantia dos direitos dos cidadãos. É essencial que o texto aborde
as normas mínimas estabelecidas pela Convenção nº 102 da OIT, evidenciando a contribuição dessas normas
para o aprimoramento da seguridade social no Brasil. Por fim, uma avaliação crítica sobre a interação entre
a legislação brasileira e as normas internacionais, destacando desafios e progressos, concluirá
adequadamente a resposta. O texto deve ser claro, objetivo e estruturado de forma lógica, com cada
parágrafo abordando um dos tópicos solicitados.
Resposta Sugerida
A seguridade social, conforme definido pelo artigo 194 da Constituição Federal do Brasil, representa
um sistema integrado que visa assegurar direitos relacionados à saúde, à previdência e à assistência social.
Este conceito é essencial para compreender a estrutura de proteção social no país, evidenciando a
importância da seguridade social como mecanismo de redução de desigualdades e promoção do bem-estar
da população. A Constituição estabelece que a seguridade social deve ser financiada por toda a sociedade,
de maneira direta e indireta, através de recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios, além de contribuições sociais.
A Convenção nº 102 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) estabelece normas mínimas para
a seguridade social, abrangendo uma gama de benefícios essenciais que devem ser garantidos aos
trabalhadores e suas famílias. O Brasil, ao alinhar suas políticas de seguridade social com as diretrizes desta
convenção, reforça seu compromisso com a proteção social. Essas normas mínimas incluem a cobertura de
contingências como doença, desemprego, velhice, acidentes de trabalho, maternidade, invalidez,
sobrevivência e proteção à família, promovendo uma rede de segurança social mais robusta e inclusiva.
Em suma, a seguridade social no Brasil, ancorada pelos princípios constitucionais e pelas normas da
Convenção nº 102 da OIT, representa um pilar fundamental na estrutura de proteção social do país. A
integração dessas diretrizes ao sistema jurídico e político nacional visa não apenas cumprir obrigações
• Seguridade Social (Constituição Federal, art. 194): Define-se como um conjunto integrado de ações de
iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social. Referência: Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
• Normas Mínimas de Seguridade Social (Convenção nº 102 da OIT): Estabelece os princípios básicos para a
seguridade social, incluindo a cobertura dos riscos sociais e a garantia de benefícios suficientes para a
manutenção do bem-estar. Referência: Organização Internacional do Trabalho.
• Relação entre as disposições da Constituição Federal e a Convenção nº 102 da OIT: A integração das normas
internacionais no ordenamento jurídico brasileiro visa fortalecer as políticas de seguridade social, alinhando-
as aos padrões internacionais de proteção social. Essa relação é crucial para o avanço da seguridade social
no Brasil, enfrentando desafios e promovendo avanços. Referência: Análise da legislação brasileira em
consonância com as normas internacionais.
Mapa da Aprovação
Edital
10. Segurança Alimentar. Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan). Lei nº 11.346, de 15 de
setembro de 2006 e alterações.
a) O conceito de segurança alimentar e nutricional conforme estabelecido pela LOSAN, destacando sua
importância para a promoção da saúde e bem-estar da população.
d) Os desafios atuais para a implementação efetiva da LOSAN no Brasil, em especial no que se refere à
integração de políticas públicas que visem ao combate à fome e à promoção da alimentação saudável
e sustentável.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve abordar de forma clara e objetiva o conceito de segurança alimentar e
nutricional, ressaltando sua relevância para a saúde e bem-estar geral da população. Deve-se detalhar os
princípios fundamentais estabelecidos pela LOSAN, evidenciando como eles orientam as ações do poder
público e da sociedade na luta contra a fome e na promoção da soberania alimentar. A resposta precisa
também identificar as responsabilidades atribuídas ao poder público pela legislação, destacando a
importância do incentivo à produção sustentável de alimentos e à garantia de acesso a todos. Por fim, é
essencial discutir os desafios enfrentados na implementação da LOSAN, considerando as necessidades de
integração de políticas públicas que efetivem o direito à alimentação adequada e contribuam para a
erradicação da fome e a promoção de práticas alimentares saudáveis e sustentáveis.
Resposta Sugerida
A Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN), estabelecida pela Lei nº 11.346 de 15
de setembro de 2006, define segurança alimentar e nutricional como a realização do direito de todos ao
acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o
acesso a outras necessidades essenciais. Esse conceito sublinha a importância da alimentação adequada
como um direito humano essencial, vinculando diretamente a segurança alimentar e nutricional à saúde, ao
bem-estar da população e ao desenvolvimento sustentável.
A LOSAN estabelece princípios fundamentais que norteiam a política nacional de segurança alimentar
e nutricional, destacando-se a soberania alimentar, a garantia de que as necessidades alimentares da
população sejam atendidas de maneira sustentável, a valorização da diversidade cultural e alimentar do país,
e a promoção de sistemas alimentares sustentáveis que sejam social, econômica e ambientalmente
equilibrados. Esses princípios são essenciais para o desenvolvimento de políticas públicas que assegurem o
acesso universal e igualitário aos alimentos.
No entanto, a efetiva implementação da LOSAN enfrenta desafios significativos, que vão desde a
necessidade de maior integração e coordenação entre políticas públicas de diferentes áreas, como saúde,
educação, agricultura e desenvolvimento social, até o combate às desigualdades socioeconômicas que
limitam o acesso a uma alimentação adequada para parte significativa da população. A superação desses
desafios requer um compromisso político contínuo, além de investimentos em infraestrutura, pesquisa e
desenvolvimento que possam sustentar sistemas alimentares inclusivos e resilientes.
• Segurança Alimentar e Nutricional: Conforme a LOSAN, refere-se à realização do direito de todos ao acesso
regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e de modo a não comprometer o
acesso a outras necessidades essenciais. A segurança alimentar e nutricional é intrinsecamente ligada à
saúde pública, ao desenvolvimento sustentável e à erradicação da pobreza e da fome. Fonte: Lei nº
11.346/2006 - LOSAN.
• Desafios para Implementação da LOSAN: Envolve a integração de políticas públicas de diferentes áreas,
como saúde, educação, agricultura e assistência social, para assegurar uma abordagem abrangente na
promoção da segurança alimentar e nutricional. Os desafios incluem também o combate à pobreza, à
desigualdade social e à garantia de práticas sustentáveis de produção e consumo de alimentos. Fonte: Análise
de políticas públicas e relatórios de organizações não governamentais atuantes na área de segurança
alimentar e nutricional.
Edital
11 Política Social – Movimentos Sociais: 11.1 Projeto ético-político profissional do serviço social. 11.2
Democracia e cidadania na sociedade contemporânea. 11.3 Estado, políticas sociais e movimentos sociais.
11.4 O serviço social nas ONG. 11.5 Estado e sociedade civil: as ONG e políticas sociais. 11.6 Sociedade civil e
movimentos sociais: 11.6.1 Associativismo local; 11.6.2 Formas de articulação interorganizacionais. 11.6.3
Mobilizações na esfera pública, 11.6.4 Redes de movimentos sociais. 11.7 Movimentos sociais: 11.7.1
movimentos rurais e urbanos. 11.7.2 Ações coletivas; 11.7.3. Sujeitos coletivos. 11.8 Movimentos sociais no
Brasil: 11.8.1 Aspectos históricos. 11.8.2 Novos atores sociais. 11.9 Cidadania Coletiva e Emergência de
Espaços Públicos Não Estatais. 11.10 Globalização, redes de movimentos sociais, cidadania.
Questão Discursiva
b) O papel das ONGs na intermediação das relações entre Estado e sociedade civil, destacando sua
contribuição para as políticas sociais.
Uma resposta bem-elaborada deve abordar de forma integrada e coesa a relação entre o projeto
ético-político do serviço social e a promoção da democracia e cidadania, evidenciando como este projeto
orienta a prática profissional no enfrentamento das desigualdades sociais. Deve-se discutir o papel
estratégico das ONGs no fortalecimento da sociedade civil e na articulação com o Estado para a formulação
e implementação de políticas sociais. A análise dos movimentos sociais deve ressaltar sua capacidade de
mobilização e articulação, contribuindo para a democratização do espaço público e o fortalecimento da
cidadania coletiva. Por fim, é essencial refletir sobre os desafios e oportunidades trazidos pela globalização
para as redes de movimentos sociais e a cidadania, considerando o surgimento de novos atores e espaços de
participação. Este texto deve ser articulado em um fluxo lógico, onde cada parte contribui para a construção
do argumento central, evidenciando a interdependência entre os tópicos abordados.
Resposta Sugerida
No contexto atual, marcado por desafios sociais complexos e pela necessidade de promover a
inclusão e a justiça social, o projeto ético-político do serviço social assume um papel fundamental. Este
projeto, que se orienta pelos princípios da defesa dos direitos humanos e da equidade, guia a atuação dos
profissionais do serviço social na luta contra as desigualdades e na promoção da cidadania. Através da sua
aplicação, busca-se consolidar uma sociedade democrática, na qual todos tenham acesso aos seus direitos e
possam participar ativamente das decisões que afetam suas vidas.
As Organizações Não Governamentais (ONGs) surgem como atores chave neste cenário, atuando na
intermediação entre o Estado e a sociedade civil. Elas desempenham um papel vital na formulação,
implementação e monitoramento de políticas sociais, facilitando o acesso a direitos e serviços essenciais. A
Lei 9.790/1999, conhecida como Lei das OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), é um
exemplo de legislação que reconhece e fomenta o papel das ONGs no desenvolvimento social. Através de
parcerias com o Estado, essas organizações conseguem ampliar sua capacidade de ação, promovendo
iniciativas que respondem às necessidades locais e contribuem para a redução das desigualdades sociais.
Movimentos sociais, por sua vez, representam a expressão organizada da sociedade civil em busca
de transformações sociais, políticas e econômicas. Através do associativismo local e de formas de articulação
interorganizacionais, estes movimentos fortalecem a democracia ao promover a participação cidadã e ao
criar espaços públicos não estatais para a discussão e reivindicação de direitos. Eles são cruciais na
mobilização por mudanças legislativas, políticas públicas inclusivas e na defesa de direitos de grupos
historicamente marginalizados.
A globalização traz consigo desafios e oportunidades para os movimentos sociais e a cidadania. Por
um lado, facilita a formação de redes transnacionais de solidariedade e ação coletiva, permitindo uma
resposta mais coordenada a problemas globais, como as mudanças climáticas e a violação de direitos
humanos. Por outro lado, a globalização pode também intensificar desigualdades e exigir dos movimentos
sociais uma capacidade de adaptação às novas dinâmicas de poder e influência. A emergência de novos
atores sociais e espaços públicos não estatais reflete a complexidade das lutas por direitos e justiça social na
era globalizada.
Assim, a interação entre o projeto ético-político do serviço social, as ONGs, os movimentos sociais e
os desafios impostos pela globalização configura um cenário em que a luta por uma sociedade mais justa e
igualitária se renova. A capacidade de adaptar estratégias de atuação, a articulação em redes e a promoção
• Projeto ético-político do serviço social: Refere-se ao conjunto de princípios e valores que orientam a atuação
dos assistentes sociais, com foco na defesa dos direitos humanos, na justiça social e na luta contra as
desigualdades. Este projeto busca a emancipação dos sujeitos e a construção de uma sociedade mais justa e
igualitária.
• ONGs e políticas sociais: As Organizações Não Governamentais são entidades da sociedade civil que
desempenham um papel fundamental na mediação entre o Estado e a sociedade, contribuindo para a
formulação, implementação e avaliação de políticas sociais. Elas atuam em diversas áreas, como educação,
saúde, meio ambiente, entre outras, visando o bem-estar coletivo e a defesa dos direitos sociais.
• Movimentos sociais: São agrupamentos sociais que se organizam em torno de causas, reivindicações ou
objetivos comuns, buscando transformações sociais, políticas, econômicas ou culturais. Os movimentos
sociais utilizam diversas formas de mobilização e articulação, incluindo o associativismo local e as redes de
movimentos sociais, para influenciar políticas públicas e promover mudanças na sociedade.
• Globalização e movimentos sociais: A globalização é um processo que envolve a integração econômica,
política, cultural e social em escala global. Este fenômeno impacta os movimentos sociais, tanto em termos
de desafios quanto de oportunidades, permitindo a articulação de redes transnacionais de solidariedade e
luta, além de promover a difusão de ideias e práticas de resistência e emancipação social.
Mapa da Aprovação
Edital
12 Política Social – Assistência Social: 12.1 Concepções sobre o surgimento do Estado. 12.2 Manifestações da
questão social e o surgimento das políticas sociais. 12.3 Conceito de política social. 12.4 Estado social de
Questão Discursiva
A evolução das políticas sociais no Brasil, em seu contexto histórico e conceitual, reflete a dinâmica
entre Estado, sociedade e as demandas por proteção social. Com base nisso, elabore um texto discursivo que
aborde os seguintes pontos:
b) A relação entre as manifestações da questão social e o surgimento das políticas sociais, destacando
o papel do Estado na mitigação dessas questões.
d) A evolução da política social no Brasil, desde suas vertentes históricas até a construção da proteção
social atual, analisando a contribuição dessas políticas na constituição da esfera pública e na
promoção da justiça social.
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve iniciar contextualizando o surgimento do Estado e sua relação
intrínseca com o desenvolvimento das políticas sociais, ressaltando a importância dessas políticas na
resposta às demandas sociais e na promoção da justiça social. Deve-se destacar a interação entre as
manifestações da questão social e a necessidade de políticas sociais como mecanismo de mitigação dessas
questões, enfatizando o papel do Estado nesse processo. A explanação sobre o conceito de política social
deve evidenciar sua relevância para o estabelecimento do Estado social de direito e do Welfare State,
considerando a realidade brasileira e suas especificidades. Por fim, a evolução da política social no Brasil deve
ser analisada, desde suas origens até a conformação atual, demonstrando como essas políticas contribuíram
para a constituição da esfera pública e a promoção da justiça social. A resposta deve ser objetiva, direta e
estruturada em parágrafos coerentes, sem a necessidade de enumerar os tópicos, mas abordando-os de
forma detalhada e fundamentada.
Resposta Sugerida
A análise das políticas sociais no Brasil exige a compreensão de sua evolução histórica e conceitual,
marcada por transformações significativas na relação entre Estado e sociedade. O surgimento do Estado,
fundamentado em teorias contratualistas, estabelece o cenário para o desenvolvimento das políticas sociais
como mecanismos de resposta às necessidades sociais. No Brasil, essas políticas surgem no contexto de
intensas desigualdades, refletindo o esforço do Estado em promover justiça social e bem-estar.
A evolução da política social no Brasil é marcada pela transição de um modelo assistencialista para
um regime de políticas públicas mais abrangentes e inclusivas. A Constituição de 1988 é crucial nesse
processo, ao estabelecer um sistema de seguridade social composto por saúde, previdência e assistência
social, que visa garantir proteção aos cidadãos em diferentes dimensões da vida social. Esse marco legal
reflete a compreensão do Estado brasileiro sobre a necessidade de uma proteção social ampla, capaz de
responder às diversas manifestações da questão social.
• Concepções sobre o surgimento do Estado: O Estado é uma organização política, jurídica e social criada para
regular a vida em sociedade, garantindo ordem, segurança e bem-estar aos seus cidadãos. As teorias sobre
o surgimento do Estado variam desde visões contratualistas, que o veem como resultado de um acordo social
para proteger direitos individuais, até perspectivas marxistas, que o entendem como instrumento de
dominação de classe.
• Manifestações da questão social e o surgimento das políticas sociais: A questão social refere-se às
desigualdades e conflitos gerados pela organização capitalista da sociedade, especialmente a pobreza, o
desemprego e a exclusão social. O surgimento das políticas sociais é uma resposta do Estado a essas
questões, buscando mitigar desigualdades e promover a integração social e econômica dos indivíduos.
• Conceito de política social: Política social é o conjunto de ações governamentais que visam garantir direitos
básicos e promover o bem-estar da população, especialmente dos mais vulneráveis. Inclui políticas de saúde,
educação, habitação, segurança social, entre outras, e é fundamental para o estabelecimento de um Estado
social de direito e do Welfare State.
• Estado social de direito e Welfare State: O Estado social de direito é um conceito que combina a garantia de
direitos civis e políticos com a promoção de direitos sociais e econômicos. O Welfare State, ou Estado de
Bem-Estar Social, é uma organização estatal que assume a responsabilidade de prover à população um
padrão mínimo de educação, saúde e segurança social.
• Política social e constituição da esfera pública: A política social contribui para a constituição da esfera pública
ao promover a participação cidadã, a deliberação pública e a transparência nas decisões políticas,
fortalecendo a democracia e a coesão social.
• Estado brasileiro e proteção social: No Brasil, a proteção social tem suas raízes nas primeiras legislações
trabalhistas e previdenciárias do início do século XX, evoluindo significativamente com a Constituição de
1988, que consolidou a assistência social como direito do cidadão e dever do Estado, marcando o início de
uma nova era na política social brasileira.
Edital
1 Marcos normativos do sistema de direitos humanos. 1.1 Normas e acordos internacionais: Declaração
Universal dos Direitos Humanos (1948); Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais
(1966); Declaração e Programa de Ação de Viena (1993); Agenda 2030 da ONU; Sistema Interamericano de
Proteção dos Direitos Humanos (Comissão e Corte Interamericana de Direitos Humanos). 1.2 Constituição de
1988 e normas infraconstitucionais. 1.3 Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990 e
alterações). 1.4 Estatuto da Pessoa Idosa (Lei nº 10.741/2003 e alterações). 1.5 Estatuto da Pessoa com
Deficiência (Lei nº 13.146/2015 e alterações). 1.6 Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). 1.7
Política Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos (PNPDDH) (Decreto nº 6.044/2007) e
Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH)
(Decreto nº 9.937/2019 e alterações e Decreto nº 10.815/2021).
Questão Discursiva
Discuta a intersecção desses marcos com as práticas atuais e os desafios enfrentados para sua
efetiva implementação.
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve começar destacando a importância dos acordos internacionais como
fundamentos do sistema global de proteção dos direitos humanos, ressaltando como eles influenciam as
legislações nacionais. Deve-se mencionar especificamente os marcos mencionados, destacando sua
relevância para a construção de um arcabouço jurídico internacional e nacional voltado para a garantia dos
direitos humanos. Em seguida, a resposta deve abordar a Constituição de 1988 como um marco na proteção
dos direitos humanos no Brasil, integrando os princípios internacionais ao direito interno e estabelecendo
um ambiente jurídico robusto para a proteção dos direitos individuais e coletivos. Deve-se enfatizar o papel
dos estatutos específicos (ECA, Pessoa Idosa, Pessoa com Deficiência) na efetivação desses direitos,
mostrando como eles detalham as obrigações do Estado e da sociedade para com grupos vulneráveis. Por
fim, a discussão deve incorporar a análise dos programas nacionais voltados para a defesa dos direitos
humanos, avaliando sua eficácia e desafios atuais, com ênfase na necessidade de constante vigilância e
adaptação para enfrentar novos desafios. A resposta deve ser clara, direta e embasada, mostrando
compreensão dos marcos normativos e sua aplicação prática.
Resposta Sugerida
A Declaração e Programa de Ação de Viena de 1993 reafirmou a universalidade dos direitos humanos
e a responsabilidade dos Estados em sua proteção, destacando a indivisibilidade dos direitos civis, políticos,
econômicos, sociais e culturais. Da mesma forma, a Agenda 2030 da ONU, com seus Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável, integra os direitos humanos ao desenvolvimento sustentável, enfatizando a
erradicação da pobreza e a garantia de bem-estar para todos.
Além disso, políticas como o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), a Política Nacional
de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos (PNPDDH) e o Programa de Proteção aos Defensores dos
Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH) refletem o compromisso do Estado brasileiro
com a defesa ativa dos direitos humanos. Estes programas visam não apenas proteger os indivíduos que
atuam na promoção desses direitos, mas também fortalecer a cultura de direitos humanos no país,
enfrentando desafios como a violência, a discriminação e a desigualdade social.
• Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948): Estabelece a base dos direitos humanos fundamentais
a serem universalmente protegidos, incluindo direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais. Fonte:
ONU.
• Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966): Complementa a Declaração
Universal, focando nos direitos econômicos, sociais e culturais, como educação, saúde e trabalho. Fonte:
ONU.
• Agenda 2030 da ONU: Plano de ação global para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir
prosperidade para todos, com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Fonte: ONU.
• Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos: Composto pela Comissão e Corte
Interamericana de Direitos Humanos, promove e protege os direitos humanos nas Américas. Fonte: OEA.
• Constituição de 1988: Conhecida como "Constituição Cidadã", estabelece um marco na proteção dos direitos
fundamentais no Brasil, integrando princípios de direitos humanos.
• Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): Lei nº 8.069/1990, estabelece direitos e garantias para pessoas
com até 18 anos.
• Estatuto da Pessoa Idosa: Lei nº 10.741/2003, assegura direitos sociais aos idosos, promovendo seu bem-
estar.
• Estatuto da Pessoa com Deficiência: Lei nº 13.146/2015, promove, protege e assegura o exercício pleno e
igualitário de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência.
Mapa da Aprovação
Edital
2 Direitos Humanos e Realidade brasileira. 2.1 Processos sociais históricos e riscos de violações de direitos
humanos: desigualdade econômica, racismo estrutural, exclusão social, desigualdade de gênero no Brasil,
discurso de ódio e extremismo. 2.2 Movimentos e lutas sociais em defesa dos direitos humanos. 2.3 Meio
ambiente e Direitos Humanos. 2.4 Articulação e construção de redes/agendas dos direitos humanos. 2.5
Interseccionalidade de agendas e públicos. 2.6 Articulação intersetorial e interfederativa. 2.7 Marco
Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC). 2.8 Memória e verdade; violência de Estado;
justiça de transição; governos autoritários no Brasil e na América do Sul.
Questão Discursiva
A defesa e promoção dos Direitos Humanos são fundamentais para o desenvolvimento de uma
sociedade mais justa e igualitária. No contexto brasileiro, diversos fatores históricos e sociais contribuem
para a complexidade dessa tarefa. Considerando a realidade brasileira e os desafios enfrentados na garantia
dos Direitos Humanos, elabore um texto abordando os seguintes tópicos:
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve tratar dos desafios enfrentados no Brasil em relação à desigualdade econômica
e racismo estrutural, evidenciando como esses fatores contribuem para violações de direitos humanos,
incluindo exemplos práticos. Além disso, é importante destacar a relevância dos movimentos e lutas sociais
na defesa dos direitos humanos, mencionando iniciativas que tenham impactado positivamente essa área. A
relação entre meio ambiente e direitos humanos deve ser abordada, enfatizando como a degradação
ambiental afeta diretamente a vida das pessoas, especialmente em comunidades mais vulneráveis. Por fim,
a explanação sobre o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil deve ilustrar sua importância
na estruturação e fortalecimento das entidades que atuam na promoção dos direitos humanos, incluindo
aspectos legais e práticos de sua implementação.
Resposta Sugerida
No Brasil, enfrentamos uma complexidade de desafios na promoção dos Direitos Humanos, marcada
pela interseção entre desigualdade econômica, racismo estrutural, a luta de movimentos sociais e a
regulamentação de organizações da sociedade civil. A desigualdade econômica, profundamente enraizada
na sociedade brasileira, manifesta-se por meio da distribuição desigual de renda e oportunidades,
impactando sobretudo as populações mais vulneráveis. Essa desigualdade é amplificada pelo racismo
estrutural, que se traduz em disparidades sociais, econômicas e políticas baseadas na raça, perpetuando um
ciclo de exclusão e violência contra populações negras e indígenas.
Movimentos e lutas sociais emergem como forças vitais na reivindicação e promoção dos Direitos
Humanos, enfrentando estas desigualdades e buscando transformações sociais. Eles desempenham um
papel crucial na conscientização, mobilização da sociedade e pressão sobre o poder público para a
implementação de políticas que visem à equidade e justiça social. Exemplos notáveis incluem o Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que luta pela reforma agrária e justiça social, e o movimento
feminista, que busca a igualdade de gênero e o fim da violência contra as mulheres.
O Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), instituído pela Lei nº
13.019/2014, representa um avanço significativo na regulamentação da relação entre o Estado e as
organizações civis. Ele estabelece um ambiente legal mais claro e seguro para a atuação dessas entidades,
Portanto, a garantia dos Direitos Humanos no Brasil requer uma abordagem multidimensional que
reconheça e enfrente as complexas interações entre desigualdade econômica, racismo, a atuação de
movimentos sociais e a regulamentação das organizações da sociedade civil. Somente através de esforços
conjuntos entre governo, sociedade civil e comunidade internacional, será possível superar esses desafios e
construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Mapa da Aprovação
Edital
3 Marcos normativos sobre povos indígenas. 3.1 Convenção n° 169 da OIT sobre Povos Indígenas e Tribais
(decreto nº 10.088, de 5 de novembro de 2019, anexo LXXII). 3.2 Declaração das Nações Unidas sobre os
Direitos dos Povos Indígenas. 3.3 Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas. 3.4
Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância
(Decreto nº 10.932 de 10 de janeiro de 2022). 3.5 Resolução CNJ nº 454 de 22/04/2022 e Resolução CNJ nº
287 de 25/06/2019. 3.6 Estatuto do Índio (Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973). 3.7 Constituição Federal
(Capítulo VIII, art. 231 e 232).
Questão Discursiva
Analise os principais marcos normativos e suas implicações para os povos indígenas no Brasil,
considerando os seguintes aspectos:
a) A importância da Convenção n° 169 da OIT sobre Povos Indígenas e Tribais e suas diretrizes para a
política nacional indigenista;
b) Os princípios fundamentais da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas
e sua relevância para a promoção e proteção dos direitos indígenas;
c) As disposições da Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas e seu papel no
fortalecimento dos direitos e na valorização das culturas indígenas;
d) A contribuição da Constituição Federal, especialmente o Capítulo VIII, art. 231 e 232, para a garantia
dos direitos territoriais e culturais dos povos indígenas.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve abordar de forma objetiva e clara a importância dos marcos normativos
citados para a proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas no Brasil. Inicie contextualizando
brevemente a situação dos povos indígenas e a necessidade de marcos normativos específicos para essa
população. Em seguida, detalhe cada um dos instrumentos mencionados, explicando sua relevância e como
influenciam a legislação brasileira e a vida dos povos indígenas. É fundamental relacionar os princípios e
diretrizes desses marcos com os direitos garantidos na Constituição Federal, especialmente no que tange aos
direitos territoriais, culturais e à não discriminação. Conclua ressaltando a importância desses instrumentos
na promoção da diversidade cultural e na proteção dos direitos humanos dos povos indígenas, considerando
o contexto brasileiro. O texto deve ser direto, com uma exposição lógica, sequencial dos conceitos e focando
na análise objetiva dos temas propostos.
Resposta Sugerida
A questão dos direitos dos povos indígenas no Brasil é uma matéria complexa e multifacetada,
abordada tanto por legislações nacionais quanto por tratados internacionais. A Convenção nº 169 da OIT
sobre Povos Indígenas e Tribais é um dos principais marcos internacionais, estabelecendo diretrizes para o
tratamento desses povos com base no respeito por suas culturas, territórios e formas de organização social.
Por sua vez, a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas amplia o escopo
de proteção, enfatizando a importância da autodeterminação dos povos indígenas, o direito à terra,
territórios e recursos que tradicionalmente ocupam ou utilizam, e o direito à participação na tomada de
decisões em assuntos que lhes afetam. Essa declaração reforça a necessidade de os Estados garantirem que
os direitos dos povos indígenas sejam respeitados e promovidos, indo além da simples consulta prévia, para
assegurar a participação efetiva.
A Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas segue na mesma linha, enfatizando o
reconhecimento e a valorização das culturas e idiomas indígenas, além de promover a igualdade e a
eliminação da discriminação. Este documento, embora não vinculante, serve como um forte indicativo dos
princípios que devem reger as políticas públicas em relação aos povos indígenas nas Américas.
No âmbito nacional, a Constituição Federal de 1988, nos artigos 231 e 232, oferece uma base sólida
para a proteção dos direitos indígenas, reconhecendo seus direitos originários sobre as terras que
tradicionalmente ocupam e garantindo sua proteção. Este reconhecimento constitucional não apenas
assegura o direito à terra, mas também protege os modos de vida, as crenças e as tradições indígenas,
formando a espinha dorsal da legislação indigenista no Brasil.
A interação entre esses marcos normativos cria um complexo arcabouço legal e normativo que visa
a proteção dos direitos dos povos indígenas. A implementação efetiva dessas normas, no entanto, requer
um compromisso contínuo do Estado brasileiro para garantir que as políticas públicas e as ações
governamentais estejam em conformidade com esses princípios, respeitando a diversidade cultural e os
direitos fundamentais dos povos indígenas. Dessa forma, o Brasil enfrenta o desafio de equilibrar o
desenvolvimento econômico e a proteção dos direitos indígenas, em um esforço contínuo para promover a
justiça social e a igualdade.
• Convenção n° 169 da OIT sobre Povos Indígenas e Tribais: Estabelece diretrizes para a proteção dos direitos
e da cultura dos povos indígenas e tribais, incluindo a importância da consulta prévia. Referência:
Organização Internacional do Trabalho (OIT).
• Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas: Ressalta a importância dos direitos à
autodeterminação, territórios tradicionais e proteção contra discriminações. Referência: Nações Unidas.
• Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas: Enfatiza o reconhecimento dos direitos
territoriais, culturais e de autodeterminação dos povos indígenas nas Américas. Referência: Organização dos
Estados Americanos (OEA).
• Constituição Federal, Capítulo VIII, art. 231 e 232: Garante os direitos originários dos povos indígenas sobre
suas terras tradicionais e a proteção desses direitos. Referência: Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988.
Edital
4 Marcos normativos sobre população quilombola. 4.1 Decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003. 4.2
Convenção nº 169 da OIT e Instrução Normativa do Incra nº 57, de 20 de outubro de 2009. 4.3 Licenciamento
Ambiental de empreendimentos que afetam comunidades quilombolas. 4.4 Comunidades quilombolas:
Formação, organização e contexto atual.
Questão Discursiva
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve apresentar uma compreensão clara dos marcos normativos que regem
os direitos das comunidades quilombolas no Brasil, começando pelo Decreto nº 4.887/2003, que estabelece
critérios para a identificação, reconhecimento, delimitação, e titulação das terras ocupadas por estas
comunidades. Deve-se também discutir a Convenção nº 169 da OIT e a Instrução Normativa do Incra nº
Resposta Sugerida
A situação das comunidades quilombolas no Brasil é um tema de grande relevância social, cultural e
histórica, marcada por lutas contínuas pelo reconhecimento e pela garantia de direitos. O Decreto nº 4.887,
de 20 de novembro de 2003, é um marco normativo essencial para essas comunidades, pois estabelece
critérios para a identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por
remanescentes das comunidades dos quilombos. Essa medida legal proporcionou um avanço significativo na
luta pelo direito à terra, possibilitando a regularização fundiária de muitas comunidades quilombolas.
A Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre Povos Indígenas e Tribais,
ratificada pelo Brasil, e a Instrução Normativa do Incra nº 57, de 20 de outubro de 2009, complementam o
quadro de proteção dessas comunidades. Ambas reforçam a importância do reconhecimento dos direitos
territoriais, culturais e sociais dos quilombolas, assegurando-lhes o direito à consulta prévia e informada em
casos de projetos e empreendimentos que possam afetá-los.
Quanto à formação e organização das comunidades quilombolas, elas surgem historicamente como
espaços de resistência à escravidão e ao sistema de propriedade privada, configurando-se como expressões
de luta pela terra e pela preservação de práticas culturais e modos de vida tradicionais. O censo de 2022
revelou a existência de 1,3 milhão de quilombolas no Brasil, evidenciando a importância dessas comunidades
no tecido social e cultural do país. No entanto, apesar dos avanços normativos e do crescente
reconhecimento social, as comunidades quilombolas ainda enfrentam diversos desafios, como a demarcação
de terras, a violência e a falta de políticas públicas efetivas que garantam seus direitos fundamentais.
Mapa da Aprovação
Edital
5 História e cultura dos Povos Indígenas no Brasil. 5.1 Processos históricos de colonização, resistência e
contato com sociedades não indígenas. 5.2 Impactos das políticas de assimilação e dominação. 5.3
Movimentos de reafirmação identitária, luta e consolidação dos direitos. Cosmovisão e identidade indígena.
5.4 Diversidade cultural entre os povos indígenas. 5.5 Relações sociais, estruturas familiares e sistemas de
parentesco. 5.6 Significados simbólicos, mitologia e rituais indígenas.
Questão Discursiva
c) Examine os movimentos de reafirmação identitária, luta e consolidação dos direitos dos povos
indígenas, enfatizando a importância desses movimentos na defesa de seus direitos e na preservação
de suas identidades culturais.
d) Reflita sobre a diversidade cultural entre os povos indígenas, considerando suas diferentes
cosmovisões, estruturas sociais e sistemas de parentesco, bem como os significados simbólicos de
seus mitos e rituais.
Padrão de Resposta
Um bom texto deve começar contextualizando o cenário dos povos indígenas no Brasil, mencionando
a riqueza e diversidade de suas culturas. Em seguida, deve abordar os processos históricos de colonização e
resistência, destacando como os indígenas foram afetados pelas políticas de assimilação e dominação, e
como essas políticas impactaram negativamente suas terras, culturas e modos de vida. É fundamental
também discutir os movimentos de reafirmação identitária e a luta pela consolidação de seus direitos,
demonstrando a importância dessas ações na defesa da identidade e da cultura indígena. Por fim, a
diversidade cultural entre os povos indígenas deve ser explorada, evidenciando as distintas cosmovisões,
estruturas sociais, sistemas de parentesco e a riqueza de seus mitos e rituais. A discussão deve ser embasada
em fatos e exemplos concretos, mantendo-se objetiva e direta.
Resposta Sugerida
A história dos povos indígenas no Brasil é profundamente marcada pelos processos de colonização,
resistência e interação com sociedades não indígenas. Desde a chegada dos portugueses em 1500, os
indígenas enfrentaram um longo período de exploração e violência. A colonização imprimiu um modelo de
dominação que buscou não apenas explorar os recursos naturais, mas também assimilar e submeter os povos
originários, levando à perda significativa de territórios, culturas e vidas.
As políticas de assimilação e dominação implementadas pelo Estado brasileiro ao longo dos séculos
afetaram profundamente as comunidades indígenas. A imposição de um modo de vida alheio às suas
tradições, a exploração econômica das terras e a tentativa de cristianização são exemplos de estratégias
usadas para integrar os indígenas à sociedade colonizadora. Essas políticas levaram à marginalização, à perda
cultural e linguística, e ao deslocamento forçado de muitas comunidades.
Portanto, a análise da situação dos povos indígenas no Brasil revela um panorama de luta e resiliência
diante de séculos de opressão. Ao mesmo tempo, destaca a importância de políticas públicas que garantam
a proteção e promoção dos direitos indígenas, reconhecendo a contribuição inestimável desses povos para
a diversidade cultural e ambiental do país. A continuidade dessa luta é essencial para assegurar que as futuras
gerações indígenas possam viver de acordo com suas tradições e em pleno exercício de seus direitos.
• Impactos das políticas de assimilação e dominação: Essas políticas visavam integrar os indígenas à cultura e
à economia coloniais, muitas vezes à custa de suas tradições, línguas e territórios. Tais políticas levaram à
marginalização e à perda cultural, além de conflitos sobre terras.
• Movimentos de reafirmação identitária e luta pelos direitos: Movimentos indígenas contemporâneos que
buscam reconhecimento, direitos territoriais e a preservação de suas culturas e modos de vida. A
Constituição Brasileira de 1988, por exemplo, reconhece os direitos dos povos indígenas sobre suas terras
tradicionais.
• Diversidade cultural entre os povos indígenas: Refere-se à variedade de culturas, línguas, práticas sociais e
sistemas de conhecimento entre os diferentes povos indígenas do Brasil. Essa diversidade é um reflexo da
adaptabilidade e da riqueza cultural dos povos indígenas.
Mapa da Aprovação
Edital
6 Políticas indigenistas. 6.1 Histórico das políticas de indigenismo no Brasil. 6.2 Programas governamentais
voltados para os povos indígenas. 6.3 Estatuto do Índio. Direitos territoriais e demarcação de terras
indígenas. 6.4 Proteção da cultura indígena e seus aspectos imateriais. 6.5 Abordagens éticas na pesquisa e
intervenção com povos indígenas. 6.6 Contatos interétnicos e o respeito às crenças e aos valores das
populações indígenas. 6.7 A antropologia aplicada ao indigenismo – problemas e definições.
Questão Discursiva
A questão dos povos indígenas no Brasil é multifacetada, envolvendo aspectos históricos, legais, culturais e
éticos. Considerando a importância e a atualidade do tema, elabore um texto dissertativo que aborde os
seguintes tópicos:
b) A descrição e análise dos programas governamentais voltados para os povos indígenas, com ênfase
nos objetivos e resultados desses programas.
c) O Estatuto do Índio, com foco nos direitos territoriais e na demarcação de terras indígenas,
explicando a importância dessas medidas para a proteção dos povos indígenas.
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve iniciar com uma breve contextualização histórica das políticas de
indigenismo no Brasil, identificando as principais legislações e mudanças de abordagem ao longo do tempo.
Em seguida, deve-se analisar os programas governamentais destinados aos povos indígenas, avaliando seus
objetivos, implementação e impactos. É fundamental discutir o Estatuto do Índio, com especial atenção aos
direitos territoriais e à demarcação de terras, argumentando sobre a importância dessas medidas para a
sobrevivência física e cultural desses povos. Por fim, deve-se abordar a proteção da cultura indígena e seus
aspectos imateriais, refletindo sobre a importância do respeito e da abordagem ética nas interações com
essas comunidades. O texto deve ser claro, objetivo e basear-se em conhecimento legislativo e teórico
relevante, sem desviar-se dos tópicos solicitados.
Resposta Sugerida
A política indigenista no Brasil tem sofrido transformações significativas ao longo dos anos,
influenciada por mudanças legislativas e sociais. Inicialmente, as políticas eram pautadas pela perspectiva de
assimilação dos povos indígenas à sociedade majoritária. Contudo, a partir da Constituição de 1988, houve
uma mudança paradigmática em direção ao reconhecimento e valorização da diversidade cultural indígena
e de seus direitos territoriais. Este documento estabeleceu a união como responsável pela demarcação de
terras indígenas, assegurando a estes povos o direito originário às suas terras.
O Estatuto do Índio, Lei nº 6.001/73, é uma legislação chave que regulamenta a situação dos
indígenas no Brasil, abordando desde a definição de comunidades e territórios indígenas até a proteção de
seus direitos sociais e culturais. A demarcação de terras, garantida pela legislação, é vital para a conservação
de seus modos de vida, cultura e para a proteção ambiental. No entanto, esse processo muitas vezes é lento
e encontra resistência em diversos setores da sociedade, o que requer um comprometimento político e social
para sua efetivação.
• Histórico das políticas de indigenismo no Brasil: Refere-se à trajetória das políticas públicas e legislações
voltadas para os povos indígenas no Brasil, desde o período colonial até os dias atuais. Inicialmente marcado
por uma visão integracionista, o indigenismo brasileiro evoluiu para um reconhecimento maior dos direitos
indígenas, especialmente com a Constituição de 1988.
• Programas governamentais voltados para os povos indígenas: São iniciativas do governo destinadas a
promover o bem-estar, a cultura, a saúde e a educação dos povos indígenas, buscando assegurar seus direitos
e sua sustentabilidade.
• Estatuto do Índio: Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973, que regula a situação jurídica dos povos
indígenas no Brasil, abordando desde a definição de indígena até a gestão de terras indígenas e a proteção
de suas culturas.
• Proteção da cultura indígena e seus aspectos imateriais: Envolve ações e legislações que visam preservar as
línguas, conhecimentos, crenças e práticas tradicionais dos povos indígenas, reconhecendo a importância de
sua contribuição para a diversidade cultural do país.
Edital
7 Gestão de Terras Indígenas. 7.1 Processos de demarcação e regularização fundiária. 7.2 Questões de
sobreposição de territórios, conflitos fundiários e mediação. 7.3 Preservação ambiental e cultural das terras
indígenas.
Questão Discursiva
A questão da gestão de terras indígenas no Brasil engloba diversos aspectos que são cruciais para a
manutenção da biodiversidade, a preservação cultural e a garantia dos direitos fundamentais desses povos.
Nesse contexto, elabore um texto discursivo abordando os seguintes tópicos:
c) Discuta a importância da preservação ambiental e cultural das terras indígenas, e como essa
preservação contribui para a conservação da biodiversidade e para a sustentabilidade ambiental.
d) Reflita sobre os desafios atuais enfrentados na gestão de terras indígenas, considerando o contexto
político, social e econômico.
Padrão de Resposta
Um bom texto discursivo sobre a gestão de terras indígenas deve iniciar destacando a importância dos
processos de demarcação e regularização fundiária, especificando as etapas legais e os órgãos responsáveis,
Resposta Sugerida
A gestão das terras indígenas no Brasil é um tema de vital importância, tanto para a conservação
ambiental quanto para a proteção dos direitos fundamentais dos povos indígenas. Este processo inicia-se
com a demarcação e regularização fundiária, que são procedimentos legalmente estabelecidos para
identificar, delimitar e formalizar as terras ocupadas por povos indígenas. A Constituição Federal de 1988,
em seu artigo 231, reconhece os direitos dos indígenas sobre as terras que tradicionalmente ocupam,
incumbindo à União a demarcação dessas áreas. O processo envolve estudos de identificação e delimitação,
consulta pública, e finaliza com a homologação presidencial, sendo conduzido pela Fundação Nacional do
Índio (FUNAI).
A preservação ambiental e cultural das terras indígenas é de suma importância, não apenas para os
povos que nelas residem, mas para a sociedade como um todo. Essas terras são espaços de grande
biodiversidade e constituem um patrimônio cultural rico e diversificado. A proteção dessas áreas é essencial
para a conservação da flora e fauna, além de manter vivas as culturas e tradições dos povos indígenas,
contribuindo assim para o equilíbrio ecológico e a diversidade cultural do país.
No entanto, a gestão de terras indígenas enfrenta diversos desafios. A pressão de grupos econômicos
interessados na exploração de recursos naturais, a lentidão dos processos de demarcação e a falta de uma
política efetiva de proteção são alguns dos principais obstáculos. Além disso, o atual contexto político e
econômico muitas vezes coloca em risco a efetividade das políticas voltadas para a proteção dessas terras e
de seus povos. Assim, é fundamental que o Estado brasileiro, por meio de suas instituições, fortaleça os
mecanismos de proteção e gestão das terras indígenas, garantindo a efetivação dos direitos constitucionais
dos povos indígenas e a conservação do patrimônio ambiental e cultural do Brasil.
Mapa da Aprovação
Edital
Questão Discursiva
a) A influência da urbanização nas terras e modos de vida indígenas, incluindo o acesso a territórios
tradicionais e a manutenção de suas culturas.
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve apresentar uma análise compreensiva e crítica dos desafios
enfrentados pelas comunidades indígenas no Brasil, em face à urbanização, modernização e globalização. É
essencial que o candidato demonstre entendimento sobre como esses processos afetam negativamente o
acesso dos indígenas a seus territórios tradicionais e a manutenção de suas culturas. Deve-se também
abordar como a modernização e globalização impõem riscos à preservação da identidade cultural dessas
populações, ao mesmo tempo em que oferecem desafios e oportunidades para sua integração na sociedade
mais ampla. A discussão sobre saúde deve evidenciar os problemas de acesso e qualidade dos serviços de
saúde para as populações indígenas, enquanto a análise sobre educação, trabalho e condições de vida deve
refletir sobre as políticas públicas voltadas para essas áreas e sua eficácia. O candidato deve fornecer
exemplos concretos, quando possível, e manter um tom de análise crítica ao longo da resposta.
Resposta Sugerida
A questão indígena no Brasil é marcada por uma série de desafios que são exacerbados pela
urbanização, modernização e globalização. Esses processos têm impactos diretos e profundos nas terras,
culturas, saúde, educação, trabalho e condições de vida das populações indígenas. A urbanização, ao avançar
sobre territórios tradicionais, não só reduz o espaço físico disponível para essas comunidades, mas também
os afasta de seus modos de vida tradicionais, impactando diretamente sua sustentabilidade cultural e
material. Este fenômeno pode ser observado na crescente pressão sobre terras indígenas para expansão de
atividades agrícolas e urbanas, muitas vezes sem o devido processo de consulta e consentimento livre, prévio
e informado, conforme estabelecido pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Quanto à educação, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394/1996, prevê
a oferta de educação escolar bilíngue e intercultural aos povos indígenas, reconhecendo a importância de se
valorizar suas culturas e línguas nas práticas pedagógicas. No entanto, a efetivação dessa política ainda
enfrenta obstáculos como a falta de professores qualificados e infraestrutura adequada nas comunidades.
As condições de vida e trabalho nas comunidades indígenas também são temas de preocupação. A
falta de infraestrutura básica, como saneamento adequado e acesso a água potável, e a limitada oferta de
oportunidades de trabalho que respeitem as particularidades culturais e ambientais dessas populações são
desafios persistentes. A Lei nº 6.001/73, conhecida como Estatuto do Índio, e a Constituição Federal de 1988,
Edital
9 Posse e propriedade da terra. 9.1 Migrações. 9.2 Conflitos e movimentos‐sociais. 9.3 A importância da
economia camponesa: grupo doméstico e organização da produção no campo. 9.4 O significado da terra e
as mudanças tecnológicas. 9.5 A reprodução da sociedade camponesa e a expansão do capital.
Questão Discursiva
Diante do contexto brasileiro, a posse e a propriedade da terra emergem como questões centrais no
desenvolvimento social, econômico e ambiental do país. Nesse sentido, é imperativo analisar as dinâmicas e
os desafios contemporâneos que envolvem a terra, particularmente no que tange às migrações, conflitos e
movimentos sociais, a importância da economia camponesa, o significado da terra e as mudanças
tecnológicas, bem como a reprodução da sociedade camponesa e a expansão do capital. Com base nesses
elementos:
a) Discorra sobre como as migrações internas e externas afetam a posse e a propriedade da terra no
Brasil, destacando os principais motivadores desses fluxos migratórios.
b) Analise os conflitos e movimentos sociais ligados à terra, enfatizando sua relação com a questão da
reforma agrária e o direito à propriedade.
Uma resposta adequada deve iniciar contextualizando a importância da terra na sociedade brasileira,
seguida de uma explanação sobre como as migrações, tanto internas quanto externas, influenciam a posse
e a propriedade da terra, apontando os fatores que impulsionam esses fluxos. Em seguida, deve-se abordar
os conflitos e movimentos sociais relacionados à terra, destacando a luta pela reforma agrária e o acesso à
propriedade como elementos de disputa e resistência. A seguir, é crucial discutir a economia camponesa,
enfatizando o papel do grupo doméstico na organização da produção agrícola e as estratégias de manejo da
terra. Por fim, a resposta deve analisar o impacto das mudanças tecnológicas no campo, considerando tanto
o significado da terra quanto a expansão do capital, e como estas mudanças afetam a reprodução da
sociedade camponesa, equilibrando a análise entre os aspectos positivos e negativos desses fenômenos.
Resposta Sugerida
A relação entre posse e propriedade da terra no Brasil é complexa, marcada por intensos desafios
históricos e contemporâneos, onde migrações, conflitos e movimentos sociais, a economia camponesa, e as
mudanças tecnológicas desempenham papéis significativos. As migrações, tanto internas quanto externas,
são fenômenos que reconfiguram o cenário fundiário nacional, impulsionadas por fatores econômicos,
ambientais e sociais. Elas resultam em alterações demográficas que pressionam os recursos terra,
exacerbando conflitos pela posse e pela propriedade em diversas regiões. A legislação brasileira, como o
Estatuto da Terra (Lei nº 4.504/64), tenta regular essas relações, buscando equilibrar as necessidades de
desenvolvimento agrário com a justiça social.
Os conflitos e movimentos sociais ligados à terra, como o MST, têm papel fundamental na luta pela
reforma agrária e pelo reconhecimento dos direitos à propriedade para populações marginalizadas. Estes
movimentos evidenciam a disputa pela terra no Brasil, onde o acesso à propriedade é frequentemente
barrado por estruturas de poder que favorecem a concentração fundiária. A atuação desses movimentos
sociais ressalta a importância da terra não apenas como recurso produtivo, mas como um direito
fundamental para a dignidade e sobrevivência das comunidades rurais.
No que tange à economia camponesa, esta desempenha um papel vital na organização da produção
agrícola brasileira. Caracteriza-se pelo manejo familiar da terra, com práticas que visam a sustentabilidade e
a segurança alimentar. O grupo doméstico, neste contexto, é o centro da organização produtiva, onde a
diversificação de cultivos e a integração entre agricultura e pecuária são estratégias essenciais para a
resiliência econômica e ambiental das comunidades camponesas.
As mudanças tecnológicas representam um duplo desafio para a sociedade camponesa. Por um lado,
oferecem oportunidades para o aumento da produtividade e a melhoria das condições de vida no campo.
Por outro, aceleram a expansão do capital e podem levar à desvalorização do conhecimento tradicional e à
concentração fundiária. Este processo é evidenciado pela crescente mecanização da agricultura e pela
adoção de técnicas de produção intensiva, que, embora aumentem a eficiência produtiva, frequentemente
marginalizam pequenos produtores e ameaçam a biodiversidade.
Em conclusão, a complexidade da questão fundiária no Brasil demanda uma análise cuidadosa das
múltiplas dimensões que a compõem. É necessário um equilíbrio entre o desenvolvimento tecnológico e a
proteção dos direitos das comunidades rurais, garantindo que a expansão do capital não se faça à custa da
reprodução social e cultural do campesinato. Políticas públicas e legislações como o Estatuto da Terra são
• Posse e Propriedade da Terra: Refere-se à relação legal e social com a terra, onde a posse é o direito de
ocupar a terra, enquanto a propriedade é o direito legalmente reconhecido de possuir, usar e gerir a terra.
• Migrações: Movimentos de pessoas de uma região para outra por diversos motivos, como econômicos,
sociais ou ambientais, afetando a distribuição da população e a demanda por terra.
• Conflitos e Movimentos Sociais: Lutas por acesso à terra e reforma agrária, refletindo as disputas entre
diferentes grupos sociais pelo direito de uso, posse e propriedade da terra.
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Edital
1 Pesquisa Qualitativa e Quantitativa. 1.1 Objetivos da uma pesquisa científica: pesquisa descritiva, pesquisa
exploratória e pesquisa explicativa.
Elabore um texto dissertativo que discuta os diferentes aspectos e a importância das pesquisas
qualitativa e quantitativa no âmbito da pesquisa científica. Seu texto deve abordar os seguintes tópicos:
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve apresentar uma compreensão clara das diferenças fundamentais entre
as pesquisas qualitativa e quantitativa, não apenas em termos de metodologia, mas também no que diz
respeito aos seus objetivos e aplicações. Deve-se enfatizar a importância de cada tipo de pesquisa dentro do
processo científico, reconhecendo como cada uma contribui de maneira única para a expansão do
conhecimento em diversas áreas. A discussão sobre os objetivos da pesquisa científica - descritiva,
exploratória e explicativa - deve ser integrada para mostrar como cada abordagem serve a um propósito
específico na investigação e no entendimento de fenômenos. Além disso, é essencial argumentar sobre como
a escolha da metodologia afeta diretamente a qualidade dos dados coletados, a interpretação dos resultados
e, consequentemente, o impacto desses resultados na sociedade e na comunidade científica. A resposta deve
ser bem estruturada, coesa e coerente, demonstrando uma análise crítica das informações apresentadas.
Resposta Sugerida
No que tange aos objetivos da pesquisa científica, a escolha entre abordagens qualitativas e
quantitativas é guiada pelo propósito do estudo. A pesquisa descritiva objetiva detalhar as características de
um determinado fenômeno, sem interferir no ambiente de estudo, o que é crucial para estabelecer uma base
sólida de conhecimento sobre o objeto investigado. A pesquisa exploratória, por sua vez, é adotada quando
há pouco conhecimento sobre o fenômeno, servindo como um passo preliminar para a formulação de
hipóteses. Já a pesquisa explicativa tem como meta estabelecer relações causais entre variáveis, sendo
frequentemente apoiada por métodos quantitativos para testar tais relações.
Portanto, a escolha entre pesquisa qualitativa e quantitativa deve ser feita com base nos objetivos
específicos do estudo, considerando o fenômeno a ser investigado e as perguntas de pesquisa a serem
respondidas. A combinação de abordagens metodológicas, conhecida como métodos mistos, pode oferecer
uma visão mais completa e rica do objeto de estudo, destacando a interdisciplinaridade e a complexidade
inerentes à pesquisa científica.
Mapa da Aprovação
Edital
2 Métodos de Pesquisa Científica. 2.1 O ciclo da pesquisa e suas etapas. A construção do projeto de
pesquisa: escolha do tema e formulação do problema, revisão de Literatura, definição dos objetivos,
formulação de hipóteses, definição das variáveis, instrumentos e técnicas de coleta e análise de dados,
técnicas de organização e apresentação de dados.
Questão Discursiva
a) Descreva dois métodos de pesquisa científica amplamente utilizados e discuta suas principais
características e aplicações.
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deve iniciar delineando claramente dois métodos de pesquisa científica,
como o quantitativo e o qualitativo, descrevendo suas principais características e contextos de aplicação.
Segue-se com uma explicação detalhada sobre o ciclo da pesquisa, incluindo as etapas desde a escolha do
tema até a apresentação dos dados, enfatizando a importância de cada etapa para a integridade e relevância
do projeto de pesquisa. A escolha do tema e a formulação do problema devem ser apresentadas como etapas
cruciais que norteiam todo o desenvolvimento da pesquisa, enquanto a organização e apresentação de dados
são descritas como fundamentais para a validação e comunicação dos resultados. Este padrão deve ser
seguido para garantir uma abordagem abrangente e profunda de todos os tópicos solicitados, sem desviar
para assuntos secundários ou perder foco nas diretrizes estabelecidas.
Resposta Sugerida
O ciclo da pesquisa científica inicia-se com a escolha do tema, seguida pela formulação de um
problema específico. Esta etapa é crucial, pois estabelece o escopo da investigação. O desenvolvimento de
um projeto de pesquisa envolve a revisão de literatura, que fundamenta teoricamente o estudo; a definição
de objetivos claros; a formulação de hipóteses, quando aplicável; e a identificação das variáveis de interesse.
Importante destacar que a escolha dos instrumentos e técnicas de coleta de dados deve alinhar-se aos
objetivos da pesquisa e às características do método escolhido. A análise dos dados coletados segue
procedimentos analíticos específicos, que variam de acordo com a natureza dos dados, podendo ser
estatísticos em abordagens quantitativas ou interpretativos em estudos qualitativos.
A organização e a apresentação dos dados são etapas finais, mas de significativa importância, uma
vez que permitem a comunicação eficaz dos resultados obtidos. A apresentação clara dos resultados, seja
através de tabelas, gráficos ou descrições detalhadas, facilita a interpretação e a compreensão dos achados
da pesquisa, contribuindo para o avanço do conhecimento na área investigada.
• Método Quantitativo: Baseia-se na quantificação de dados e no uso de estatísticas para análise. Permite a
generalização dos resultados para uma população maior. Aplicado em estudos que buscam medir,
quantificar e testar hipóteses.
• Método Qualitativo: Foca na análise de dados não numéricos para compreender conceitos, opiniões ou
experiências. Rico em detalhes descritivos, é utilizado em pesquisas que exploram novos fenômenos ou em
contextos onde a quantificação é difícil.
• Ciclo da Pesquisa Científica: Envolve etapas como a escolha do tema, formulação do problema, revisão de
literatura, definição de objetivos, formulação de hipóteses, coleta e análise de dados, e apresentação dos
resultados. Cada etapa é crucial para o sucesso e a validade da pesquisa.
• Organização e Apresentação de Dados: Referem-se às formas como os dados coletados são estruturados,
analisados e apresentados. A organização adequada facilita a análise e a interpretação, enquanto uma
apresentação clara e acessível dos dados é vital para a comunicação eficaz dos resultados da pesquisa.
Referências: Creswell, J. W. (2014). Research Design: Qualitative, Quantitative, and Mixed Methods
Approaches. Sage Publications. Yin, R. K. (2018). Case Study Research and Applications: Design and Methods.
Sage Publications.
Edital
Questão Discursiva
Na atualidade, a elaboração de estudos de impacto tem se tornado uma ferramenta essencial para a
implementação de políticas públicas e desenvolvimento de projetos em diversos setores. Neste contexto,
discorra sobre os seguintes tópicos, considerando sua relevância e aplicabilidade:
a) Defina o conceito de estudo de impacto ambiental (EIA) e explique sua importância no licenciamento
ambiental de projetos potencialmente causadores de significativa degradação ao meio ambiente.
b) Apresente o conceito de estudo de impacto de vizinhança (EIV) e sua relevância para o planejamento
urbano, destacando como esse instrumento pode contribuir para a mitigação de conflitos urbanos e
promoção do desenvolvimento sustentável.
c) Descreva a relação entre estudos de impacto e a avaliação de risco, enfatizando como a avaliação de
risco pode complementar os estudos de impacto na tomada de decisões e na prevenção de danos.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve começar com a definição clara e precisa do estudo de impacto ambiental
(EIA), destacando sua função essencial no processo de licenciamento ambiental e sua importância para a
identificação, prevenção e mitigação dos impactos ambientais significativos decorrentes de projetos
diversos. Em seguida, deve-se abordar o estudo de impacto de vizinhança (EIV), explicando seu papel no
Resposta Sugerida
Paralelamente, o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), instituído pelo Estatuto da Cidade (Lei nº
10.257/2001), emerge como um instrumento de planejamento urbano, que avalia os impactos de
empreendimentos na vida da comunidade local, abrangendo aspectos como som, tráfego, valorização
imobiliária e outros. O EIV é fundamental para garantir que novos projetos contribuam positivamente para
o tecido urbano, sem prejudicar a qualidade de vida dos moradores.
A avaliação de risco se apresenta como um complemento aos estudos de impacto, fornecendo uma
análise detalhada sobre a probabilidade e a severidade de possíveis eventos adversos associados a um
projeto. Esta avaliação permite a implementação de medidas preventivas mais eficazes, contribuindo para a
redução de incertezas e para a tomada de decisão baseada em evidências. A gestão de riscos, conforme a
norma ABNT NBR ISO 31000:2018, orienta organizações sobre princípios e diretrizes para a implementação
de uma efetiva gestão de riscos, que pode ser integrada aos estudos de impacto para uma visão holística dos
projetos.
Por fim, a participação social nos processos de elaboração dos estudos de impacto é um componente
vital para a legitimidade e eficácia dos mesmos. A Lei da Política Nacional de Participação Social (Lei nº
13.204/2015) estabelece diretrizes para a inclusão da sociedade civil na formulação, no monitoramento e na
avaliação de políticas públicas. A transparência e a consulta pública não apenas enriquecem o processo
decisório com diferentes perspectivas, mas também promovem a aceitação social dos projetos, alinhando-
os às expectativas e necessidades das comunidades afetadas.
Em suma, a integração desses instrumentos - EIA, EIV, avaliação de risco e participação social - reflete
um compromisso com o desenvolvimento sustentável, assegurando que projetos de qualquer natureza
sejam realizados de maneira responsável, com o mínimo impacto negativo possível sobre o meio ambiente
e a sociedade.
• Estudo de Impacto Ambiental (EIA): Instrumento de política ambiental que visa analisar as consequências
para o meio ambiente de determinados projetos ou atividades antes de sua execução. Fonte: Lei Federal nº
6.938/1981 (Política Nacional do Meio Ambiente) e Resolução CONAMA nº 001/1986.
• Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV): Ferramenta de planejamento urbano que avalia os efeitos positivos
e negativos de empreendimentos ou atividades sobre a qualidade de vida da população residente na área
afetada. Fonte: Estatuto da Cidade - Lei Federal nº 10.257/2001.
• Avaliação de Risco: Processo de identificação e avaliação de riscos potenciais que podem ameaçar a
realização de projetos, visando a adoção de medidas de controle para mitigar ou eliminar esses riscos. Fonte:
ABNT NBR ISO 31000:2018 - Gestão de riscos - Princípios e diretrizes.
• Participação Social: Mecanismo que permite à sociedade civil contribuir ativamente para o processo de
tomada de decisões, garantindo que diferentes perspectivas sejam consideradas. Fonte: Lei da Política
Nacional de Participação Social - Lei Federal nº 13.204/2015.
Mapa da Aprovação
Edital
4 Avaliação de políticas públicas. 4.1 Tipos de avaliação: avaliação diagnóstica, formativa e somativa. 4.2
Principais componentes do processo de avaliação: custo-benefício, escala, efetividade, impacto das políticas
públicas.
Questão Discursiva
d) Apresente exemplos de como a avaliação de políticas públicas pode ser aplicada para melhorar a
gestão pública e os serviços oferecidos à população.
Padrão de Resposta
Uma boa resposta deve iniciar com uma introdução clara sobre a importância da avaliação de
políticas públicas, seguida de uma descrição detalhada dos tipos de avaliação: diagnóstica, formativa e
somativa, explicando suas características e diferenciando-os entre si. Em seguida, deve-se detalhar os
componentes do processo de avaliação, como a análise de custo-benefício, escala, efetividade e o impacto
das políticas públicas, evidenciando como estes elementos contribuem para a compreensão do alcance e da
relevância das políticas implementadas. A dissertação deve também refletir sobre a relevância destas
avaliações no contexto atual, identificando como elas auxiliam na superação de desafios e na atendimento
das expectativas da sociedade. Por fim, exemplos práticos de avaliações de políticas públicas devem ser
inseridos para ilustrar como tais avaliações podem otimizar a gestão pública e melhorar os serviços prestados
à população. A conclusão deve reiterar a essencialidade da avaliação de políticas públicas para a
administração eficiente e eficaz.
Resposta Sugerida
• Avaliação Diagnóstica: É uma forma de avaliação realizada antes da implementação de uma política pública,
com o objetivo de identificar as necessidades, problemas e capacidades da população-alvo. Ela permite aos
formuladores de políticas compreender melhor o contexto e as circunstâncias antes de desenvolver e lançar
uma nova intervenção. Referência: Patton, M.Q. (2011). Developmental Evaluation: Applying Complexity
Concepts to Enhance Innovation and Use. Guilford Press.
• Avaliação Formativa: Este tipo de avaliação ocorre durante a implementação de uma política pública e é
orientada para a melhoria contínua do programa. Seu principal objetivo é coletar feedbacks operacionais
para ajustar e otimizar as operações e a entrega do programa em tempo real. Referência: Scriven, M. (1991).
Evaluation Thesaurus. Sage Publications.
• Avaliação Somativa: Realizada após a conclusão de uma política pública ou de um programa específico, a
avaliação somativa tem como objetivo avaliar os resultados e o impacto da intervenção. Ela verifica se os
objetivos iniciais foram atingidos e qual foi o efeito da política sobre a população-alvo. Referência: Fitzpatrick,
J.L., Sanders, J.R., & Worthen, B.R. (2011). Program Evaluation: Alternative Approaches and Practical
Guidelines. Pearson.
• Análise de Custo-Benefício: É uma técnica econômica utilizada para avaliar a eficiência de uma política
pública, comparando os custos de sua implementação com os benefícios gerados para a sociedade. A análise
ajuda a determinar se uma política é economicamente viável e qual o retorno sobre o investimento.
Referência: Boardman, A.E., Greenberg, D.H., Vining, A.R., & Weimer, D.L. (2011). Cost-Benefit Analysis:
Concepts and Practice. Pearson.
• Escala: Refere-se ao âmbito ou ao alcance de uma política pública, incluindo o número de pessoas afetadas
e a extensão geográfica coberta pela política. A análise da escala ajuda a entender a magnitude e a
abrangência de uma intervenção.
• Efetividade: Mede o grau em que uma política pública atinge seus objetivos declarados. A efetividade é
crucial para avaliar o sucesso de uma intervenção e para justificar a continuidade ou ajuste de políticas.
Referência: Rossi, P.H., Lipsey, M.W., & Freeman, H.E. (2004). Evaluation: A Systematic Approach. Sage
Publications.
• Impacto: Avalia as consequências a longo prazo de uma política pública sobre a população-alvo e a sociedade
em geral. O impacto pode ser visto em termos de mudanças sociais, econômicas ou ambientais que ocorrem
como resultado da implementação de uma política. Referência: Weiss, C.H. (1998). Evaluation. Prentice Hall.
Edital
Questão Discursiva
Padrão de Resposta
Uma resposta eficaz a este tema deve começar com uma definição clara de indicadores em políticas
públicas, destacando sua importância como ferramentas para o monitoramento e avaliação da efetividade,
eficiência e impacto de programas governamentais. O candidato deve, então, discutir a análise de evidências,
Resposta Sugerida
A eficácia das políticas públicas é amplamente influenciada pela correta utilização e análise de
indicadores, que são medidas quantitativas ou qualitativas utilizadas para avaliar o desempenho de
programas e ações governamentais. Estes indicadores servem como ferramentas essenciais para o
monitoramento, avaliação e ajuste das políticas públicas, garantindo que os objetivos sejam alcançados de
maneira eficiente e eficaz.
A análise de evidências, por sua vez, permite a identificação de práticas bem-sucedidas e a tomada
de decisão baseada em dados concretos, contribuindo significativamente para a formulação de políticas mais
assertivas.
• Indicadores em Políticas Públicas: São medidas que fornecem informações essenciais para o monitoramento
e avaliação de políticas, programas e projetos governamentais. Eles ajudam a entender se os objetivos das
políticas públicas estão sendo alcançados e onde ajustes podem ser necessários. Fonte: Jannuzzi, P. M.
(2017). Indicadores no ciclo de políticas públicas e programas sociais no Brasil.
Mapa da Aprovação
Edital
Questão Discursiva
a) Explique o conceito de avaliação participativa e sua importância no contexto das políticas públicas.
Uma resposta adequada deve iniciar com uma definição clara de avaliação participativa, destacando
sua relevância para envolver diferentes stakeholders no processo de avaliação de políticas públicas, projetos
e programas. Em seguida, é crucial abordar os paradigmas de avaliação participativa, explicando como cada
um contribui para a inclusão efetiva da comunidade e outras partes interessadas no processo de tomada de
decisão. O papel da participação social deve ser detalhado, enfatizando sua importância no ciclo de políticas
públicas, incluindo a formulação, implementação, monitoramento e avaliação, para garantir que as
necessidades e expectativas da sociedade sejam adequadamente atendidas. Por fim, a resposta deve citar
exemplos de legislação que promovem esses conceitos, como leis que estabelecem conselhos de políticas
públicas e mecanismos de audiências públicas, demonstrando a integração entre teoria e prática na gestão
pública participativa.
Resposta Sugerida
No Brasil, legislações como a Lei de Acesso à Informação (LAI) e o Estatuto da Cidade exemplificam o
compromisso legal com a participação social e a avaliação participativa. A LAI, por exemplo, assegura o direito
à informação, elemento fundamental para uma participação social efetiva e informada. O Estatuto da Cidade,
por sua vez, prevê a gestão democrática das cidades, mediante a participação da população e de associações
representativas nos processos de planejamento urbano. Essas legislações evidenciam a integração entre a
teoria da participação social e sua prática, demonstrando o reconhecimento da importância da inclusão
cidadã na gestão pública.
Mapa da Aprovação
Edital
Na atualidade, a ética em pesquisa assume um papel essencial na garantia de padrões morais e legais
na condução de estudos que envolvem seres humanos, bem como na comunicação de seus resultados. Neste
contexto, avalie os seguintes aspectos:
a) Ética em Pesquisa e Resolução CNS 466/2012: Discorra sobre a importância das diretrizes e normas
regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, destacando os princípios éticos
fundamentais para a condução de pesquisas que respeitem a dignidade, a autonomia e os direitos
dos participantes.
b) Resolução CNS 510/2016: Explique a relevância desta resolução para a pesquisa em Ciências
Humanas e Sociais, enfatizando como ela se diferencia no tratamento ético dessas pesquisas em
comparação com as demais áreas.
c) Resolução CNS 580/2018: Aborde a importância de pesquisas de interesse estratégico para o Sistema
Único de Saúde (SUS) e como a ética se insere neste contexto, considerando a necessidade de
resultados que contribuam efetivamente para a saúde pública.
d) Práticas de ética na comunicação científica: Reflita sobre a importância da ética na divulgação dos
resultados de pesquisa, abordando questões como honestidade, transparência e responsabilidade
perante a comunidade científica e a sociedade em geral.
Padrão de Resposta
Uma resposta adequada deverá abordar, de forma integrada e coerente, os aspectos da ética em
pesquisa, considerando as resoluções do CNS específicas para estudos envolvendo seres humanos e em
Ciências Humanas e Sociais, bem como as diretrizes para pesquisas de interesse para o SUS. Deverá
destacar a importância de princípios éticos como a dignidade, a autonomia, a transparência e a
responsabilidade no desenho, na execução e na comunicação de pesquisas. Além disso, é essencial que a
resposta reflita sobre a relevância de uma conduta ética rigorosa na comunicação científica, evidenciando
como esta prática contribui para a confiança e o avanço do conhecimento científico, respeitando os direitos
e o bem-estar dos participantes e da sociedade.
Resposta Sugerida
A ética em pesquisa é uma dimensão fundamental na condução de estudos que envolvem seres
humanos. Ela se apoia em princípios que garantem a proteção e o respeito aos participantes. A Resolução
CNS 466/2012, por exemplo, estabelece normas rigorosas para a realização de pesquisas, sublinhando a
necessidade do consentimento informado, a proteção à privacidade e a minimização de possíveis danos aos
sujeitos de pesquisa. Este documento evidencia a importância de uma abordagem que coloque os direitos e
o bem-estar dos participantes no centro das preocupações éticas, exigindo que as pesquisas sejam
submetidas à avaliação de comitês de ética para sua aprovação.
Especificamente nas Ciências Humanas e Sociais, a Resolução CNS 510/2016 reconhece a diversidade
e a complexidade das metodologias empregadas nestes campos e adapta as diretrizes éticas para abarcar a
especificidade dessas pesquisas. Ela destaca a relevância do contexto cultural, social e individual dos
participantes, promovendo uma ética de pesquisa que respeite as diferenças e promova a inclusão.
No âmbito da saúde pública, a Resolução CNS 580/2018 destaca a importância de pesquisas que se
alinhem aos interesses estratégicos do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta resolução reforça a necessidade
Quanto às práticas de ética na comunicação científica, estas devem ser pautadas pela honestidade,
precisão e integridade. A divulgação dos resultados deve ocorrer de maneira transparente, permitindo que
a sociedade e a comunidade científica tenham acesso a informações fidedignas. Este aspecto é crucial para
a manutenção da confiança pública na ciência e para o avanço do conhecimento. A responsabilidade do
pesquisador se estende da coleta de dados à comunicação de suas descobertas, exigindo rigor e ética em
todas as etapas do processo de pesquisa.
• Ética em Pesquisa: Refere-se ao conjunto de princípios e diretrizes que orientam a conduta de pesquisadores
e instituições na realização de estudos envolvendo seres humanos, assegurando o respeito à dignidade, à
autonomia e aos direitos dos participantes.
• Resolução CNS 466/2012: Estabelece diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres
humanos no Brasil, enfatizando a proteção aos participantes, o consentimento informado, a
confidencialidade, entre outros princípios éticos.
• Resolução CNS 510/2016: Direcionada para as pesquisas em Ciências Humanas e Sociais, reconhece as
particularidades dessas áreas e propõe diretrizes éticas adaptadas às suas especificidades metodológicas e
temáticas.
• Resolução CNS 580/2018: Foca em pesquisas de interesse estratégico para o SUS, salientando a importância
de estudos que contribuam para a saúde pública e o bem-estar da população, seguindo princípios éticos.
• Práticas de ética na comunicação científica: Envolvem a honestidade, a transparência e a responsabilidade
na divulgação dos resultados de pesquisa, garantindo a integridade científica e o respeito aos participantes
e à sociedade.
Mapa da Aprovação
Edital
Questão Discursiva
d) Medidas adotadas para garantir a acessibilidade em ambientes de pesquisa, tanto no aspecto físico
quanto no acesso a informações e tecnologias, visando a participação plena de pessoas com
deficiência.
Padrão de Resposta
Resposta Sugerida
Por fim, a acessibilidade é fundamental para assegurar que todos, incluindo pessoas com deficiência,
possam participar ativamente da pesquisa científica. Isso abrange desde o desenho de laboratórios e espaços
de trabalho acessíveis até o desenvolvimento de tecnologias assistivas e a adaptação de materiais de
pesquisa, garantindo que a ciência seja verdadeiramente inclusiva.
A implementação desses princípios não apenas fortalece o caráter ético da pesquisa, mas também
amplia seu alcance e impacto, contribuindo para o avanço de uma ciência que é verdadeiramente
representativa da diversidade humana.
• Diversidade: Refere-se à inclusão de indivíduos com diferentes características pessoais, culturais, sociais e
profissionais em uma equipe, enriquecendo o processo de pesquisa com múltiplas perspectivas. (Fonte:
UNESCO, Fostering Diversity in Science)
• Inclusão: Envolve criar ambientes onde todos se sintam bem-vindos, valorizados e capazes de contribuir
plenamente, independentemente de suas diferenças. (Fonte: Science Europe, Guidance on Improving
Inclusion in Research Environments)