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a solução para o seu concurso!

EBSERH
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS
HOSPITALARES

Fisioterapeuta

EDITAL Nº 03 – EBSERH/NACIONAL – ÁREA


ASSISTENCIAL, DE 02 DE OUTUBRO DE 2023

CÓD: SL-097OT-23
7908433244165
INTRODUÇÃO

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.

Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!


• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;

• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;

• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;

• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;

• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.

• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;

• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.

A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!

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ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de textos. . ................................................................................................................................. 7
2. Tipologia textual e gêneros textuais. ......................................................................................................................................... 10
3. Ortografia oficial. ....................................................................................................................................................................... 16
4. Acentuação gráfica...................................................................................................................................................................... 18
5. Classes de palavras. ................................................................................................................................................................... 19
6. Uso do sinal indicativo de crase. ................................................................................................................................................ 27
7. Sintaxe da oração e do período.................................................................................................................................................. 28
8. Pontuação................................................................................................................................................................................... 30
9. Concordância nominal e verbal.................................................................................................................................................. 32
10. Regência nominal e verbal.......................................................................................................................................................... 34
11. Significação das palavras............................................................................................................................................................. 36

Raciocínio Lógico
1. Noções de Lógica. ...................................................................................................................................................................... 45
2. Diagramas Lógicos: conjuntos e elementos. .............................................................................................................................. 46
3. Lógica da argumentação............................................................................................................................................................. 47
4. Tipos de Raciocínio. ................................................................................................................................................................... 48
5. Conectivos Lógicos. .................................................................................................................................................................... 52
6. Proposições lógicas simples e compostas. ................................................................................................................................. 54
7. Elementos de teoria dos conjuntos,........................................................................................................................................... 56
8. análise combinatória e probabilidade........................................................................................................................................ 57
9. Resolução de problemas com frações........................................................................................................................................ 60
10. conjuntos.................................................................................................................................................................................... 63
11. porcentagens.............................................................................................................................................................................. 65
12. sequências com números, figuras, palavras............................................................................................................................... 66

Legislação - EBSERH
1. Lei Federal nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011................................................................................................................... 71
2. Decreto nº 7.661, de 28 de dezembro de 2011.......................................................................................................................... 73
3. Regimento Interno da Ebserh (Aprovado na 155ª Reunião Extraordinária do Conselho de Administração, realizada no dia
28 de março de 2023)................................................................................................................................................................. 77
4. Código de Ética e Conduta da Ebserh - Princípios Éticos e Compromissos de Conduta – Segunda Edição (2020).................... 98
5. estatuto Social da Ebserh (Aprovado na Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 24 de maio de 2023)..................... 101
6. Regulamento de Pessoal da Ebserh............................................................................................................................................ 114
7. Norma Operacional de Controle Disciplinar da Ebserh (atualizado em 17/01/2023, art. 1º ao art. 6º; art. 28 ao art. 45)........ 121
8. Regulamento de Licitações e Contratos da Ebserh 2.0............................................................................................................... 124
9. Lei 13.303/2016 (Estatuto jurídico da empresa pública)............................................................................................................ 163

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ÍNDICE

Legislação - SUS
1. Evolução histórica da organização do sistema de saúde no Brasil e a construção do Sistema Único de Saúde (SUS)– princípios,
diretrizes e arcabouço legal........................................................................................................................................................ 185
2. Controle social no SUS................................................................................................................................................................ 192
3. Resolução 453/2012 do Conselho Nacional da Saúde................................................................................................................ 195
4. Constituição Federal 1988, Título VIII - artigos de 194 a 200...................................................................................................... 197
5. Lei Orgânica da Saúde - Lei n º 8.080/1990................................................................................................................................ 200
6. Lei nº 8.142/1990....................................................................................................................................................................... 210
7. Decreto Presidencial nº 7.508, de 28 de junho de 2011............................................................................................................. 211
8. Determinantes sociais da saúde................................................................................................................................................. 214
9. Sistemas de informação em saúde............................................................................................................................................. 215
10. RDC nº 63, de 25 de novembro de 2011 que dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Servi-
ços de Saúde............................................................................................................................................................................... 220
11. Resolução CNS nº 553, de 9 de agosto de 2017, que dispõe sobre a carta dos direitos e deveres da pessoa usuária da saú-
de................................................................................................................................................................................................ 224
12. RDC nº 36, de 25 de julho de 2013 que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras provi-
dências........................................................................................................................................................................................ 228
13. Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP).................................................................................................................... 230

Conhecimentos Específicos
Fisioterapeuta
1. Métodos e técnicas de avaliação, tratamento e procedimentos em fisioterapia....................................................................... 237
2. Provas de função muscular......................................................................................................................................................... 237
3. Cinesiologia e Biomecânica......................................................................................................................................................... 239
4. Análise da marcha....................................................................................................................................................................... 241
5. Exercícios terapêuticos e treinamento funcional........................................................................................................................ 243
6. Indicação, contra-indicação, técnicas e efeitos fisiológicos da hidroterapia, massoterapia, mecanoterapia, crioterapia, ele-
troterapia, termoterapia superficial e profunda......................................................................................................................... 244
7. Prescrição e treinamento de órteses e próteses........................................................................................................................ 248
8. Anatomia, fisiologia, fisiologia do exercício e fisiopatologia, semiologia e procedimentos fisioterápicos nas áreas: neu-
rológicas e neuropediátricas; ortopedia e traumatologia; cardiologia; pneumologia; ginecologia e obstetrícia. Geriatria:
fisioterapia preventiva, curativa e reabilitadora......................................................................................................................... 249
9. Ética profissional......................................................................................................................................................................... 269

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LÍNGUA PORTUGUESA

A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.


COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.

Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação,
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente,
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada
em nossos conhecimentos prévios.

Compreensão de Textos
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do “A Constituição garante o direito à educação para todos e a
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem. inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender. menos severas.”
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, (A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos 1988.
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito (B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado severas.
evento. (C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes
ou não.
Interpretação de Textos (D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os incluídos socialmente.
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias (E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar
é decodificar o sentido de um texto por indução. Comentário da questão:
A interpretação de textos compreende a habilidade de se Em “A” o texto é sobre direito à educação, incluindo as pessoas
chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade. =
texto, seja ele escrito, oral ou visual. afirmativa correta.
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado Em “B” o complemento “mais ou menos severas” se refere à
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado “deficiências de toda ordem”, não às leis. = afirmativa incorreta.
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, Em “C” o advérbio “também”, nesse caso, indica a inclusão/
podendo ser diferente entre leitores. adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à educação,
além das que não apresentam essas condições. = afirmativa correta.
Exemplo de compreensão e interpretação de textos Em “D” além de mencionar “deficiências de toda ordem”, o
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de texto destaca que podem ser “permanentes ou temporárias”. =
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em afirmativa correta.
um texto misto (verbal e visual): Em “E” este é o tema do texto, a inclusão dos deficientes. =
afirmativa correta.
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar Espe-
cial > 2015 Resposta: Logo, a Letra B é a resposta Certa para essa questão,
Português > Compreensão e interpretação de textos visto que é a única que contém uma afirmativa incorreta sobre o
texto.

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IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM


O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia TEXTOS VARIADOS
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen- Ironia
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou
significativo, que é o texto. com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem).
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre novo sentido, gerando um efeito de humor.
o assunto que será tratado no texto. Exemplo:
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-
do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso- dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens. Ironia verbal
As informações que se relacionam com o tema chamamos de Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram, nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a
ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida- intenção são diferentes.
de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível!
fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães. Ironia de situação
Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o
capaz de identificar o tema do texto! resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja.
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja
Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-se- uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li-
cundarias/ vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces-

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so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
morte. principal. Compreender relações semânticas é uma competência
imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
Ironia dramática (ou satírica) Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos textos -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre inten-
ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar Busca de sentidos
os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé- os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con- apreensão do conteúdo exposto.
flitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
da narrativa. relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o citadas ou apresentando novos conceitos.
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.

Humor Importância da interpretação


Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare- A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti- pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor- específicos, aprimora a escrita.
rer algo fora do esperado numa situação. Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa-
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti- tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi-
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto,
acessadas como forma de gerar o riso. pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges. sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
Exemplo: são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-
tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários,
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido,
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au-
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas.
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas.
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão,
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.

Diferença entre compreensão e interpretação


A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O
ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ- leitor tira conclusões subjetivas do texto.
NERO EM QUE SE INSCREVE
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que
de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
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Gêneros Discursivos Exemplo de fato:


Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- A mãe foi viajar.
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma Interpretação
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
dárias. sas, previmos suas consequências.
Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso- Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única ças sejam detectáveis.
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações
encaminham-se diretamente para um desfecho. Exemplos de interpretação:
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- tro país.
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O do que com a filha.
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um Opinião
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
curto. juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
que fazemos do fato.
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
como horas ou mesmo minutos.
Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin- anteriores:
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
imagens. A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
do que com a filha. Ela foi egoísta.
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con- Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
vencer o leitor a concordar com ele. cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um mos expressando nosso julgamento.
entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
de destaque sobre algum assunto de interesse. analisamos um texto dissertativo.

Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali- Exemplo:


za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando com o sofrimento da filha.
os professores a identificar o nível de alfabetização delas.

Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo


TIPOLOGIA TEXTUAL E GÊNEROS TEXTUAIS.
de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
berdade para quem recebe a informação.
Definições e diferenciação: tipos textuais e gêneros textuais
DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO são dois conceitos distintos, cada qual com sua própria linguagem
e estrutura. Os tipos textuais gêneros se classificam em razão
Fato da estrutura linguística, enquanto os gêneros textuais têm sua
O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência classificação baseada na forma de comunicação. Assim, os gêneros
do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é são variedades existente no interior dos modelos pré-estabelecidos
uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei- dos tipos textuais. A definição de um gênero textual é feita a partir
ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro. dos conteúdos temáticos que apresentam sua estrutura específica.
Logo, para cada tipo de texto, existem gêneros característicos.
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Como se classificam os tipos e os gêneros textuais tas a realização de uma crítica social). Para exemplo, destacamos
As classificações conforme o gênero podem sofrer mudanças os seguintes romancistas brasileiros: Machado de Assis, Guimarães
e são amplamente flexíveis. Os principais gêneros são: romance, Rosa, Eça de Queiroz, entre outros.
conto, fábula, lenda, notícia, carta, bula de medicamento, cardápio
de restaurante, lista de compras, receita de bolo, etc. Quanto aos Conto
tipos, as classificações são fixas, e definem e distinguem o texto É um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa,
com base na estrutura e nos aspectos linguísticos. Os tipos textuais que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmen-
são: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo. te, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi o primeiro a reproduzi-
Resumindo, os gêneros textuais são a parte concreta, enquanto -lo de forma escrita com a publicação de Decamerão.
as tipologias integram o campo das formas, da teoria. Acompanhe Ele é um gênero da esfera literária e se caracteriza por ser uma
abaixo os principais gêneros textuais inseridos e como eles se narrativa densa e concisa, a qual se desenvolve em torno de uma
inserem em cada tipo textual: única ação. Geralmente, o leitor é colocado no interior de uma ação
Texto narrativo: esse tipo textual se estrutura em: apresentação, já em desenvolvimento. Não há muita especificação sobre o antes
desenvolvimento, clímax e desfecho. Esses textos se caracterizam e nem sobre o depois desse recorte que é narrado no conto. Há a
pela apresentação das ações de personagens em um tempo e construção de uma tensão ao longo de todo o conto.
espaço determinado. Os principais gêneros textuais que pertencem Diversos contos são desenvolvidos na tipologia textual narrati-
ao tipo textual narrativo são: romances, novelas, contos, crônicas va: conto de fadas, que envolve personagens do mundo da fantasia;
e fábulas. contos de aventura, que envolvem personagens em um contexto
Texto descritivo: esse tipo compreende textos que descrevem mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto popular); con-
lugares ou seres ou relatam acontecimentos. Em geral, esse tipo de tos de terror ou assombração, que se desenrolam em um contexto
texto contém adjetivos que exprimem as emoções do narrador, e, sombrio e objetivam causar medo no expectador; contos de misté-
em termos de gêneros, abrange diários, classificados, cardápios de rio, que envolvem o suspense e a solução de um mistério.
restaurantes, folhetos turísticos, relatos de viagens, etc.
Texto expositivo: corresponde ao texto cuja função é transmitir Fábula
ideias utilizando recursos de definição, comparação, descrição, É um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As
conceituação e informação. Verbetes de dicionário, enciclopédias, personagens principais não são humanos e a finalidade é transmitir
jornais, resumos escolares, entre outros, fazem parte dos textos alguma lição de moral.
expositivos.
Texto argumentativo: os textos argumentativos têm o objetivo Novela
de apresentar um assunto recorrendo a argumentações, isto é, É um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevi-
caracteriza-se por defender um ponto de vista. Sua estrutura é dade do romance e a brevidade do conto. Esse gênero é constituído
composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. Os textos por uma grande quantidade de personagens organizadas em dife-
argumentativos compreendem os gêneros textuais manifesto e rentes núcleos, os quais nem sempre convivem ao longo do enredo.
abaixo-assinado. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista,
Texto injuntivo: esse tipo de texto tem como finalidade de de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.
orientar o leitor, ou seja, expor instruções, de forma que o emissor
procure persuadir seu interlocutor. Em razão disso, o emprego de Crônica
verbos no modo imperativo é sua característica principal. Pertencem É uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com
a este tipo os gêneros bula de remédio, receitas culinárias, manuais linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de
de instruções, entre outros. crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou arti-
Texto prescritivo: essa tipologia textual tem a função de instruir go de jornal, revistas e programas da TV. Há na literatura brasileira
o leitor em relação ao procedimento. Esses textos, de certa forma, vários cronistas renomados, dentre eles citamos para seu conhe-
impedem a liberdade de atuação do leitor, pois decretam que ele cimento: Luís Fernando Veríssimo, Rubem Braga, Fernando Sabido
siga o que diz o texto. Os gêneros que pertencem a esse tipo de entre outros.
texto são: leis, cláusulas contratuais, edital de concursos públicos.
Diário
Gêneros textuais predominantemente do tipo textual narra- É escrito em linguagem informal, sempre consta a data e não
tivo há um destinatário específico, geralmente, é para a própria pessoa
que está escrevendo, é um relato dos acontecimentos do dia. O
Romance objetivo desse tipo de texto é guardar as lembranças e em alguns
É um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem momentos desabafar. Veja um exemplo:
definidosl. Pode ter partes em que o tipo narrativo dá lugar ao des-
critivo em função da caracterização de personagens e lugares. As “Domingo, 14 de junho de 1942
ações são mais extensas e complexas. Pode contar as façanhas de Vou começar a partir do momento em que ganhei você, quando
um herói em uma história de amor vivida por ele e uma mulher, o vi na mesa, no meio dos meus outros presentes de aniversário. (Eu
muitas vezes, “proibida” para ele. Entretanto, existem romances estava junto quando você foi comprado, e com isso eu não contava.)
com diferentes temáticas: romances históricos (tratam de fatos li-
gados a períodos históricos), romances psicológicos (envolvem as Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas, o que não é
reflexões e conflitos internos de um personagem), romances sociais de espantar; afinal, era meu aniversário. Mas não me deixam le-
(retratam comportamentos de uma parcela da sociedade com vis- vantar a essa hora; por isso, tive de controlar minha curiosidade até
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quinze para as sete. Quando não dava mais para esperar, fui até a do artigo de opinião.
sala de jantar, onde Moortje (a gata) me deu as boas-vindas, esfre- Nos tipos textuais argumentativos, o autor geralmente tem
gando-se em minhas pernas.” a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa
Trecho retirado do livro “Diário de Anne Frank”. apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opini-
ões.
Gêneros textuais predominantemente do tipo textual descri- O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais
tivo do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar.

Currículo Discurso Político


É um gênero predominantemente do tipo textual descritivo. O discurso político2 é um texto argumentativo, fortemente per-
Nele são descritas as qualificações e as atividades profissionais de suasivo, em nome do bem comum, alicerçado por pontos de vista
uma determinada pessoa. do emissor ou de enunciadores que representa, e por informações
compartilhadas que traduzem valores sociais, políticos, religiosos
Laudo e outros. Frequentemente, apresenta-se como uma fala coletiva
É um gênero predominantemente do tipo textual descritivo. que procura sobrepor-se em nome de interesses da comunidade
Sua função é descrever o resultado de análises, exames e perícias, e constituir norma de futuro. Está inserido numa dinâmica social
tanto em questões médicas como em questões técnicas. que constantemente o altera e ajusta a novas circunstâncias. Em
períodos eleitorais, a sua maleabilidade permite sempre uma res-
Outros exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos posta que oscila entre a satisfação individual e os grandes objetivos
descritivos são: folhetos turísticos; cardápios de restaurantes; clas- sociais da resolução das necessidades elementares dos outros.
sificados; etc. Hannah Arendt (em The Human Condition) afirma que o dis-
curso político tem por finalidade a persuasão do outro, quer para
Gêneros textuais predominantemente do tipo textual expo- que a sua opinião se imponha, quer para que os outros o admirem.
sitivo Para isso, necessita da argumentação, que envolve o raciocínio, e
da eloquência da oratória, que procura seduzir recorrendo a afetos
Resumos e Resenhas e sentimentos.
O autor faz uma descrição breve sobre a obra (pode ser cine- O discurso político é, provavelmente, tão antigo quanto a vida
matográfica, musical, teatral ou literária) a fim de divulgar este tra- do ser humano em sociedade. Na Grécia antiga, o político era o
balho de forma resumida. cidadão da “pólis” (cidade, vida em sociedade), que, responsável
Na verdade resumo e/ou resenha é uma análise sobre a obra, pelos negócios públicos, decidia tudo em diálogo na “agora” (praça
com uma linguagem mais ou menos formal, geralmente os rese- onde se realizavam as assembleias dos cidadãos), mediante pala-
nhistas são pessoas da área devido o vocabulário específico, são vras persuasivas. Daí o aparecimento do discurso político, baseado
estudiosos do assunto, e podem influenciar a venda do produto de- na retórica e na oratória, orientado para convencer o povo.
vido a suas críticas ou elogios. O discurso político implica um espaço de visibilidade para o ci-
dadão, que procura impor as suas ideias, os seus valores e projetos,
Verbete de dicionário recorrendo à força persuasiva da palavra, instaurando um processo
Gênero predominantemente expositivo. O objetivo é expor de sedução, através de recursos estéticos como certas construções,
conceitos e significados de palavras de uma língua. metáforas, imagens e jogos linguísticos. Valendo-se da persuasão e
da eloquência, fundamenta-se em decisões sobre o futuro, prome-
Relatório Científico tendo o que pode ser feito.
Gênero predominantemente expositivo. Descreve etapas de
pesquisa, bem como caracteriza procedimentos realizados. Requerimento
Predominantemente dissertativo-argumentativo. O requeri-
Conferência mento tem a função de solicitar determinada coisa ou procedimen-
Predominantemente expositivo. Pode ser argumentativo tam- to. Ele é dissertativo-argumentativo pela presença de argumenta-
bém. Expõe conhecimentos e pontos de vistas sobre determinado ção com vistas ao convencimento
assunto. Gênero executado, muitas vezes, na modalidade oral.
Outros exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos
Outros exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos argumentativos são: abaixo-assinados; manifestos; sermões; etc.
expositivos são: enciclopédias; resumos escolares; etc.
Gêneros textuais predominantemente do tipo textual injun-
Gêneros textuais pertencentes aos textos argumentativos tivo

Artigo de Opinião Bulas de remédio


É comum1 encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, A bula de remédio traz também o tipo textual descritivo. Nela
nos jornais, temas polêmicos que exigem uma posição por parte aparecem as descrições sobre a composição do remédio bem como
dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o autor geralmen- instruções quanto ao seu uso.
te apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através
1 http://www.odiarioonline.com.br/noticia/43077/VENDEDOR-BRASILEIRO-ESTA-MENOS-
-SIMPATICO 2 https://www.infopedia.pt/$discurso-politico
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Manual de instruções as opiniões da equipe e, por isso, não recebem a assinatura do au-
O manual de instruções tem como objetivo instruir sobre os tor. No geral, eles apresentam a opinião do meio de comunicação
procedimentos de uso ou montagem de um determinado equipa- (revista, jornal, rádio, etc.).
mento. Tanto nos jornais como nas revistas podemos encontrar os edi-
toriais intitulados como “Carta ao Leitor” ou “Carta do Editor”.
Exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos injunti- Em relação ao discurso apresentado, esse costuma se apoiar
vos são: receitas culinárias, instruções em geral. em fatos polêmicos ligados ao cotidiano social. E quando falamos
em discurso, logo nos atemos à questão da linguagem que, mesmo
Gêneros textuais predominantemente do tipo textual prescri- em se tratando de impressões pessoais, o predomínio do padrão
tivo formal, fazendo com que prevaleça o emprego da 3ª pessoa do sin-
gular, ocupa lugar de destaque.
Exemplos de gêneros textuais pertencentes aos textos prescri-
tivos são: leis; cláusulas contratuais; edital de concursos públicos; Reportagem
receitas médicas, etc. Reportagem é um texto jornalístico amplamente divulgado nos
meios de comunicação de massa. A reportagem informa, de modo
Outros Exemplos mais aprofundado, fatos de interesse público. Ela situa-se no ques-
tionamento de causa e efeito, na interpretação e no impacto, so-
Carta mando as diferentes versões de um mesmo acontecimento.
Esta, dependendo do destinatário pode ser informal, quando é A reportagem não possui uma estrutura rígida, mas geralmen-
destinada a algum amigo ou pessoa com quem se tem intimidade. E te costuma estabelecer conexões com o fato central, anunciado no
formal quando destinada a alguém mais culto ou que não se tenha que chamamos de lead. A partir daí, desenvolve-se a narrativa do
intimidade. fato principal, ampliada e composta por meio de citações, trechos
Dependendo do objetivo da carta a mesma terá diferentes es- de entrevistas, depoimentos, dados estatísticos, pequenos resu-
tilos de escrita, podendo ser dissertativa, narrativa ou descritiva. As mos, dentre outros recursos. É sempre iniciada por um título, como
cartas se iniciam com a data, em seguida vem a saudação, o corpo todo texto jornalístico.
da carta e para finalizar a despedida. O objetivo de uma reportagem é apresentar ao leitor várias
versões para um mesmo fato, informando-o, orientando-o e contri-
Propaganda buindo para formar sua opinião.
Este gênero aparece também na forma oral, diferente da maio- A linguagem utilizada nesse tipo de texto é objetiva, dinâmi-
ria dos outros gêneros. Suas principais características são a lingua- ca e clara, ajustada ao padrão linguístico divulgado nos meios de
gem argumentativa e expositiva, pois a intenção da propaganda é comunicação de massa, que se caracteriza como uma linguagem
fazer com que o destinatário se interesse pelo produto da propa- acessível a todos os públicos, mas pode variar de formal para mais
ganda. O texto pode conter algum tipo de descrição e sempre é informal dependendo do público a que se destina. Embora seja im-
claro e objetivo. pessoal, às vezes é possível perceber a opinião do repórter sobre os
fatos ou sua interpretação.3
Notícia
Este é um dos tipos de texto que é mais fácil de identificar. Sua Gêneros Textuais e Gêneros Literários
linguagem é narrativa e descritiva e o objetivo desse texto é infor-
mar algo que aconteceu. Conforme o próprio nome indica, os gêneros textuais se refe-
A notícia é um dos principais tipos de textos jornalísticos exis- rem a qualquer tipo de texto, enquanto os gêneros literários se re-
tentes e tem como intenção nos informar acerca de determinada ferem apenas aos textos literários.
ocorrência. Bastante recorrente nos meios de comunicação em ge- Os gêneros literários são divisões feitas segundo características
ral, seja na televisão, em sites pela internet ou impresso em jornais formais comuns em obras literárias, agrupando-as conforme crité-
ou revistas. rios estruturais, contextuais e semânticos, entre outros.
Caracteriza-se por apresentar uma linguagem simples, clara, - Gênero lírico;
objetiva e precisa, pautando-se no relato de fatos que interessam - Gênero épico ou narrativo;
ao público em geral. A linguagem é clara, precisa e objetiva, uma - Gênero dramático.
vez que se trata de uma informação.
Gênero Lírico
Editorial É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no po-
O editorial é um tipo de texto jornalístico que geralmente apa- ema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime suas emo-
rece no início das colunas. Diferente dos outros textos que com- ções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente
põem um jornal, de caráter informativo, os editoriais são textos os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da
opinativos. função emotiva da linguagem.
Embora sejam textos de caráter subjetivo, podem apresentar
certa objetividade. Isso porque são os editoriais que apresentam Elegia
os assuntos que serão abordados em cada seção do jornal, ou seja, Um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a mor-
Política, Economia, Cultura, Esporte, Turismo, País, Cidade, Classifi- te é elevada como o ponto máximo do texto. O emissor expressa
cados, entre outros. 3 CEREJA, William Roberto & MAGALHÃES, Thereza Cochar. Texto e interação.
Os textos são organizados pelos editorialistas, que expressam São Paulo, Atual Editora, 2000
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tristeza, saudade, ciúme, decepção, desejo de morte. É um poema Vilancete


melancólico. Um bom exemplo é a peça Roan e Yufa, de William São as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escár-
Shakespeare. nio e de maldizer); satíricas, portanto.

Epitalâmia Gênero Épico ou Narrativo


Um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites ro- Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos
mânticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é eram apenas o épico, o lírico e o dramático. Com o passar dos anos,
a peça Romeu e Julieta nas noites nupciais. o gênero épico passou a ser considerado apenas uma variante do
gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de
Ode (ou hino) prosa com características diferentes: o romance, a novela, o conto,
É o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à a crônica, a fábula.
pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a
alguém ou algo importante para ele. O hino é uma ode com acom- Épico (ou Epopeia)
panhamento musical. Os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de
um povo ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens,
Idílio (ou écloga) gestos heroicos, etc. Normalmente apresentam um tom de exalta-
Poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem à ção, isto é, de valorização de seus heróis e seus feitos. Dois exem-
natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema plos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisseia, de Homero.
bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas
e riquezas ao lado da amada (pastora), que enriquece ainda mais Ensaio
a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático,
diálogos (muito rara). expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de
certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado.
Sátira Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e
É o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social,
ou a algo, em tom sério ou irônico. Tem um forte sarcasmo, pode cultural, moral, comportamental, etc.), sem que se paute em for-
abordar críticas sociais, a costumes de determinada época, assun- malidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de
tos políticos, ou pessoas de relevância social. caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a tolerância, de John Lo-
cke.
Acalanto
Canção de ninar. Gênero Dramático
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse
Acróstico tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “aconte-
Composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso for- ce” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os
mam uma palavra ou frase. Ex.: papéis das personagens nas cenas.

Amigos são Tragédia


Muitas vezes os É a representação de um fato trágico, suscetível de provocar
Irmãos que escolhemos. compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era “uma re-
Zelosos, eles nos presentação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em
Ajudam e linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando
Dedicam-se por nós, para que nossa relação seja verdadeira e dó e terror”. Ex.: Romeu e Julieta, de Shakespeare.
Eterna
https://www.todamateria.com.br/acrostico/ Farsa
A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de
Balada processos como o absurdo, as incongruências, os equívocos, a ca-
Uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas ricatura, o humor primário, as situações ridículas e, em especial, o
de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se engano.
destinam à dança.
Comédia
Canção (ou Cantiga, Trova) É a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento
Poema oral com acompanhamento musical. comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas popu-
lares.
Gazal (ou Gazel)
Poesia amorosa dos persas e árabes; odes do oriente médio. Tragicomédia
Modalidade em que se misturam elementos trágicos e cômi-
Soneto cos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.
É um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quarte-
tos e dois tercetos.

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Poesia de cordel religioso é uma promessa, para os que não creem é uma ameaça.
Texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte apelo
linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da Os discursos religiosos, como já vimos, se mostram com estru-
realidade vivida por este povo. turas rígidas quanto aos papéis dos interlocutores (a divindade e os
seres humanos). Os dogmas sagrados, por exemplos, fé e Deus, são
Discurso Religioso4 intocáveis. “Deus define-se (...) a si mesmo como sujeito por exce-
lência, aquele que é por si e para si (Sou aquele que É) e aquele que
A Análise Crítica do Discurso (ADC) tem como fulcro a aborda- interpela seu sujeito (...) eis quem tu és: é Pedro.”
gem das relações (internas e recíprocas) entre linguagem e socie- Outros traços do DR se configuram com o uso do imperativo e
dade. Os textos produzidos socialmente em eventos autênticos são do vocativo – características inerentes de discursos de doutrinação;
resultantes da estruturação social da linguagem que os consome uso de metáforas – explicitadas por paráfrases que indicam a leitura
e os faz circular. Por outro lado, esses mesmos textos são também apropriada para as metáforas utilizadas; uso de citações no original
potencialmente transformadores dessa estruturação social da lin- (grego, hebraico, latim) – traduzidas para a língua em uso através de
guagem, assim como os eventos sociais são tanto resultado quanto perífrases extensas e explicativas em que se busca aproveitar o má-
substrato dessas estruturas sociais. ximo o efeito de sentido advindo da língua original; o uso de perfor-
O discurso religioso é “aquele em que há uma relação espon- mativos – uso de verbos em que o ‘dizer’ representa o ‘fazer’; o uso
tânea com o sagrado” sendo, portanto, “mais informal”; enquanto de sintagmas cristalizados – usadas em orações e funções fáticas.
o teológico é o tipo de “discurso em que a mediação entre a alma Ainda em relação às unidades textuais, podemos acrescentar o
religiosa e o sagrado se faz por uma sistematização dogmática das uso de determinadas formas simbólicas do DR como as parábolas, a
verdades religiosas, e onde o teólogo (...) aparece como aquele que utilização de certos temas, como a efemeridade da vida humana, a
faz a relação entre os dois mundos: o mundo hebraico e o mundo vida eterna, o galardão, entre outros. Acrescenta-se também como
cristão”, sendo, assim, “mais formal”. Porém, podemos falar em DR marca a intertextualidade.
de maneira globalizante.
Assim, temos: Discurso Jurídico5
- Desnivelamento, assimetria na relação entre o locutor e o ou-
vinte – o locutor está no plano espiritual (Deus), e o ouvinte está no O discurso legal caracteriza-se como um discurso hierárquico
plano temporal (os adoradores). As duas ordens de mundo são to- e dominante, baseado numa estrutura de exclusão e discriminação
talmente diferentes para os sujeitos, e essa ordem é afetada por um de várias minorias sociais, como os pobres, os negros, os homos-
valor hierárquico, por uma desigualdade, por um desnivelamento. sexuais, as mulheres, etc. A especificidade da linguagem jurídica,
Deus, o locutor, é imortal, eterno, onipotente, onipresente, onis- e as restrições educacionais quanto a quem pode militar na Área
ciente, em resumo, o todo-poderoso. Os seres humanos, os ouvin- (advogados, promotores, juízes, etc.), são apenas algumas das es-
tes, são mortais, efêmeros e finitos. tratégias utilizadas pelo sistema jurídico para manter o discurso le-
- Modos de representação. A voz no discurso religioso (DR) se gal inacessível à maioria das pessoas, e desta forma protege-lo de
fala em seus representantes (Padre, pastor, profeta), essa é uma análises e críticas.
forma de relação simbólica. Essa apropriação ocorre sem explicitar Como em todo discurso dominante, as posições de poder cria-
os mecanismos de incorporação da voz, aspecto que caracteriza a das para os participantes de textos legais são particularmente assi-
mistificação. métricas, como é o caso num julgamento (e.g. entre o juiz e o réu;
- O ideal do DR é que o ‘representante’, o que se apropria do entre o juiz e as testemunhas; etc.). Os juízes, por exemplo, detêm
discurso de Deus’, não o modifique. Ele deve seguir regras restritas um poder especial devido ao seu status social e ao seu acesso privi-
reguladas pelo texto sagrado, pela Igreja, pelas liturgias. Deve-se legiado ao discurso legal (são eles que produzem a forma final dos
manter distância entre ‘o dito de Deus’ e ‘o dizer do homem’. textos legais). Portanto, é a visão de mundo do juiz que prevalece
- A interpretação da palavra de Deus é regulada. “Os sentidos nas sentenças, em detrimento de outras posições alternativas.
não podem ser quaisquer sentidos: o discurso religioso tende forte- Além de relações de poder, os textos legais também expressam
mente para a monossemia”. relações de gênero. A lei e a cultura masculina estão intimamen-
- Dualismos, as formas da ilusão da reversibilidade: plano hu- te ligadas; o sistema jurídico é quase que inteiramente dominado
mano e plano divino; ordem temporal e ordem espiritual; sujeitos e por homens (só recentemente as mulheres passaram a fazer parte
Sujeito; homem e Deus. A ilusão ocorre na passagem de um plano de instituições jurídicas) e, de forma geral, ele expressa uma visão
para outro e pode ter duas direções: de cima para baixo, ou seja, masculina do mundo. As mulheres que são parte em processos le-
de Deus para os homens, momento em que Ele compartilha suas gais (e.g. reclamantes, rés, testemunhas, etc.) estão expostas a um
propriedades (ministração de sacramentos, bênçãos); de baixo para duplo grau de discriminação e exclusão: primeiro, como leigas, elas
cima, quando o homem se alça a Deus, principalmente, através da ocupam uma posição desfavorecida se comparadas com militantes
visão, da profecia. Estas são formas de ‘ultrapassagem’. legais (advogados, juízes, promotores, etc.); segundo, elas são estig-
- Escopo do discurso religioso. A fé separa os fiéis dos não-fiéis, matizadas também por serem mulheres, e têm seu comportamento
“os convictos dos não-convictos. Logo, é o parâmetro pelo qual de- social e sexual avaliado e controlado pelo discurso jurídico.
limita a comunidade e constitui o escopo do discurso religioso em
suas duas formações características: para os que creem, o discurso
4 https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/article/downloa-
d/4694/3461#:~:text=O%20discurso%20religioso%20%C3%A9%20aquele,discur-
so%20(Orlandi%2C%201996).&text=locutor%20est%C3%A1%20no%20plano%20
espiritual,plano%20temporal%20(os%20adoradores). 5 https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/download/23353/21030/0
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Discurso Técnico6 discurso são unidades complementares.


A partir da compreensão de discurso, passa-se a refletir sobre
Para o desempenho de tal papel, eles contam com suas carac- o que vem ser discurso científico. Para Guimarães é aquele em que
terísticas intrínsecas, as quais são responsáveis pelo “rótulo” que “o autor pretende fazer o leitor saber.” Ou seja, a intenção do autor
cada tipo textual carrega. é fazer o leitor ou pesquisador saber como os resultados daquela
Tais características se evidenciam formal e funcionalmente e pesquisa foram alcançados, dando-lhe oportunidade de repetir os
são percebidas, de maneira mais ou menos clara pelo leitor/ouvin- procedimentos metodológicos em outras pesquisas similares.
te. Afinal, todos os tipos de texto têm um público fiel, ao qual se Para Carioca, “o discurso científico é a forma de apresentação
destinam. da linguagem que circula na comunidade científica em todo o mun-
Os autores que têm o texto técnico como objeto de estudo con- do. Sua formulação depende de uma pesquisa minuciosa e efetiva
cordam que ele apresenta as seguintes características: sobre um objeto, que é metodologicamente analisado à luz de uma
• Linguagem monossêmica; teoria.” Outra posição é que o discurso científico não se dá apenas
• Vocabulário específico ou léxico especializado; pela comprovação ou refutação do que foi escrito, dá-se também
• Objetividade; pela aceitabilidade dos pares que compõem a comunidade espe-
• Emprego de voz passiva; cífica.
• Preferência pelo emprego do tempo verbal presente. Desse modo, pode-se dizer que a estrutura global da comunica-
ção científica está respaldada em parâmetros normativos referen-
As características apontadas acima coadunam-se com o obje- tes à produção de gêneros e à produção da linguagem, ou seja, o
tivo principal de qualquer produção de cunho técnico: transmissão discurso acadêmico se estabeleceu dentro de convenções instituí-
de conhecimentos de forma clara e imparcial. Embora a objetivida- das pela comunidade científica, que, ao longo do tempo, se expres-
de e a neutralidade sejam fiéis parceiras do texto técnico, não se sa por características, como impessoalidade, objetividade, clareza,
pode afirmar que esse tipo textual seja isento das marcas de seu precisão, modéstia, simplicidade, fluência, dentre outros.
autor, enquanto produtor de ideias e veiculador de informações. É importante apresentar a posição de Charaudeau sobre a
Quando há a troca da 3ª pessoa do singular pela 1ª pessoa do plu- problemática entre o discurso informativo (DI) e discurso científico
ral, por exemplo, o autor tem a intenção de conquistar o seu in- (DC). Para o autor, o que eles têm em comum é a problemática da
terlocutor, tornando-o um parceiro “na assunção das informações prova. “[...] o primeiro se atém essencialmente a uma prova pela
dadas, numa forma de estratégia argumentativa.” designação e pela figuração (a ordem da constatação, do testemu-
Todo tipo textual possui a argumentatividade, porém essa apa- nho, do relato de reconstituição dos fatos), o segundo inscreve a
rece de modo mais intenso e explícito em alguns textos e de modo prova num programa de demonstração racional.”.
menos intenso e explícito em outros. Para complementar a afirma- Percebe-se que o interesse principal do discurso informativo é
ção dessas autoras, cita-se Benveniste para o qual, o sujeito está transmitir uma verdade através dos fatos. Já o discurso científico se
sempre presente no texto, não havendo, portanto, texto neutro ou impõe pela prova da racionalidade que reside na força da argumen-
imparcial. tatividade. E mais, este deve se comprometer com a logicidade das
Percebe-se, então, que o texto técnico possui características ideias para estas se tornem mais convincentes.
que o diferenciam dos demais tipos de textos. No entanto, não se Como se viu, o discurso acadêmico é produzido dentro de uma
deve afirmar que ele seja desprovido de marcas autorais. Tanto é esfera de comunicação relativamente definida chamada de comuni-
verdade, que alguns autores de textos técnicos não dispensam o dade científica. Em geral, no ensino superior, vão se encontrar mo-
uso de certos advérbios e conjunções, por exemplo, expedientes delos de discurso acadêmico que já se tornaram consagrados para
que têm a função de modalizar o discurso. essa comunidade. Na subseção que segue se mostrará especifica-
A modalização, nesse tipo de texto, pode aparecer de forma mente alguns deles.
implícita e/ou explícita. Sob essa última forma, verificam-se o apa- O primeiro modelo, monografia de análise teórica, evidencia
recimento de construções específicas, tais como as nominalizações, uma organização de ideias advindas de bibliografias selecionadas
a voz passiva, o emprego de determinadas conjunções e preposi- sobre um determinado assunto. Nesse tipo, pode-se fazer uma aná-
ções. lise crítica ou comparativa de uma teoria ou modelo já consagrado
pela comunidade científica. O modelo metodológico indicado pelos
Discurso Acadêmico/Científico7 autores é: escolha do assunto/ delimitação do tema; bibliografia
pertinente ao tema; levantamento de dados específicos da área sob
O texto como objeto abstrato se configura no campo da lin- estudo; fundamentação teórica; metodologia e modelos aplicáveis;
guística como teoria geral. Já discurso é uma realidade de intera- análise e interpretação das informações; conclusões e resultados.
ção-enunciação objeto de análises discursivas. Enquanto os textos, No segundo modelo, monografia de análise teórico-empírica,
como objetos concretos, são aqueles que se apresentam completos faz-se uma análise interpretativa de dados primários, com apoio de
constituídos de um ato de enunciação que visa à interação entre fontes secundárias, passando-se para o teste de hipóteses, mode-
produtor e interlocutor. Partindo dessas concepções, percebe- se los ou teorias. A partir dos dados primários e secundários, o autor
que texto e discurso se complementam, pois, para o autor, “a sepa- /pesquisador mostrará um trabalho inovador. Quanto ao modelo
ração do textual e do discursivo é essencialmente metodológica”, metodológico, tem-se: realidade observável; pergunta problema e
o que leva à distinção entre os dois a anular-se. Neste caso, texto e objetivo proposto; bibliografia e dados secundários; teoria perti-
6 https://revistas.ufg.br/lep/article/download/32601/17331/ nente ao tema (conceitos, técnicas, constructos) e dados secundá-
7 http://www.repositorio.jesuita.org.br/bitstream/handle/UNISINOS/4823/ rios; instrumentos de pesquisa (questionário); pesquisa empírica;
MARIA%20DE%20F%c3%81TIMA%20RIBEIRO%20DOS%20SANTOS_.pdf?se- análise; conclusões e resultados.
quence=1&isAllowed=y No terceiro modelo, monografia de estudo de caso, o autor/
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pesquisador faz uma análise específica da relação existente entre decorrentes dessas funções, entre outros.  
um caso e hipóteses, modelos e teorias. O modelo metodológico Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre
adotado obedece aos seguintes passos: escolha do assunto/delimi- a qual recaem, para que palavras com grafia similar possam
tação do tema; bibliografia pertinente ao tema (área específica sob ter leituras diferentes, e, por conseguinte, tenham significados
estudo); fundamentação teórica; levantamento de dados da organi- distintos.  Resumidamente, os acentos são agudo (deixa o som da
zação sob estudo; caracterização da organização; análise e interpre- vogal mais aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz
tação das informações; conclusões e resultados. com que o som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase).
Observa-se que esses modelos possuem suas particularidades, O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão
mas também aspectos que coincidem. Este é o caso da pesquisa estabelecidos os sinais gráficos e os sons representados por cada
bibliográfica, que é imprescindível em qualquer trabalho científico. um dos sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes.  
As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras
Discurso Literário8 foram integradas oficialmente ao alfabeto do idioma português
brasileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico.
O discurso literário pode não ser apenas ligado aos procedi- As possibilidades da vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente,
mentos adotados pelo autor, mas também, e talvez mais direta- para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo:  
mente do que se pensa, ligado ao contexto sociocultural no qual – Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km
está inserido, evidenciando-se, nem sempre claramente, uma influ- (quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma).
ência das instituições que o cercam na escolha de determinados – Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus
procedimentos de linguagem. derivados na língua portuguesa, como Britney, Washington, Nova
A ideia de que o discurso literário constrói-se a partir de ele- York.  
mentos intrínsecos ao texto literário tomou corpo com os estudos
realizados no início do século XX. Foram os formalistas russos que Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos
demonstraram uma preocupação com a materialidade do texto lite- do emprego da ortografia correta das palavras e suas principais
rário, recusando, num primeiro momento, explicações de base ex- regras:
traliterária. Neste sentido, o que importava para os integrantes do
movimento era o procedimento, ou seja, o princípio da organização «ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos:
da obra como produto estético. Assim, a preocupação dos formalis- – Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum,
tas era investigar e explicar o que faz de uma determinada obra uma abacaxi.  
obra literária, nas palavras de Jakobson: “a poesia é linguagem em – Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa.
sua função estética. Deste modo, o objeto do estudo literário não é – Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar.
a literatura, mas a literariedade, isto é, aquilo que torna determina- – Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer,
da obra uma obra literária”. A questão da literariedade como pro- mexerica.   
cesso ou procedimento de elaboração está centrado nas estruturas
que diferenciam o texto literário de outros textos. s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos:
A literariedade é conceituada não só pela linguagem diferen- – Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa,
ciada que gera o estranhamento, mas também histórica e cultural- verminose.
mente. Uma obra literária não pode ser apenas uma construção – Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjetivos.
bem elaborada, mas deve também retratar o homem de sua época Exemplo: amazonense, formosa, jocoso.
ou época anterior, com todas as suas angústias, desejos e forma de – Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título ou
pensar. Tornando-se, assim, não apenas um material para ser estu- nacionalidade. Exemplo: marquês/marquesa, holandês/holandesa,
dado linguisticamente, mas também e, principalmente, uma obra burguês/burguesa.
viva em que toda vez que se relê encontre-se algo novo e represen- – Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”.
tativo do ser humano. Exemplo: casa – casinha – casarão; análise – analisar.

Porque, Por que, Porquê ou Por quê?


– Porque (junto e sem acento): é conjunção explicativa, ou seja,
ORTOGRAFIA OFICIAL.
indica motivo/razão, podendo substituir o termo pois. Portanto,
toda vez que essa substituição for possível, não haverá dúvidas de
— Definições que o emprego do porque estará correto. Exemplo: Não choveu,
Com origem no idioma grego, no qual orto significa “direito”, porque/pois nada está molhado.  
“exato”, e grafia quer dizer “ação de escrever”, ortografia é o nome – Por que (separado e sem acento): esse formato é empregado
dado ao sistema de regras definido pela gramática normativa que para introduzir uma pergunta ou no lugar de “o motivo pelo qual”,
indica a escrita correta das palavras. Já a Ortografia Oficial se refere para estabelecer uma relação com o termo anterior da oração.
às práticas ortográficas que são consideradas oficialmente como Exemplos: Por que ela está chorando? / Ele explicou por que do
adequadas no Brasil. Os principais tópicos abordados pela ortografia cancelamento do show.  
são: o emprego de acentos gráficos que sinalizam vogais tônicas, – Porquê (junto e com acento): trata-se de um substantivo e,
abertas ou fechadas; os processos fonológicos (crase/acento grave); por isso, pode estar acompanhado por artigo, adjetivo, pronome
os sinais de pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e ou numeral. Exemplo: Não ficou claro o porquê do cancelamento
8 http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/Lin- do show.  
guaPortuguesa/artigo12.pdf – Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao
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fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi embora novamente. Não recebem acento gráfico:
Por quê?   – As monossílabas tônicas: par, nus, vez, tu, noz, quis.
– As formas verbais monossilábicas terminadas em “-ê”, nas
Parônimos e homônimos quais a 3a pessoa do plural termina em “-eem”. Antes do novo
– Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na acordo ortográfico, esses verbos era acentuados. Ex.: Ele lê → Eles
pronúncia, mas se divergem no significado. Exemplos: absolver lêem leem.
(perdoar) e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e
apreender (capturar). Exceção! O mesmo não ocorre com os verbos monossilábicos
– Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas terminados em “-em”, já que a terceira pessoa termina em “-êm”.
que divergem na pronúncia. Exemplos: “gosto” (substantivo) e Nesses caso, a acentuação permanece acentuada. Ex.: Ele tem →
“gosto” (verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome Eles têm; Ele vem → Eles vêm.
demonstrativo).
Acentuação das palavras Oxítonas
As palavras cuja última sílaba é tônica devem ser acentuadas
as oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e
ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
-o, sucedidas ou não por -s. Ex.: aliás, após, crachá, mocotó, pajé,
vocês. Logo, não se acentuam as oxítonas terminadas em “-i” e “-u”.
— Definição Ex.: caqui, urubu.
A acentuação gráfica consiste no emprego do acento nas
palavras grafadas com a finalidade de estabelecer, com base nas Acentuação das palavras Paroxítonas
regras da língua, a intensidade e/ou a sonoridade das palavras. São classificadas dessa forma as palavras cuja penúltima
Isso quer dizer que os acentos gráficos servem para indicar a sílaba sílaba é tônica. De acordo com a regra geral, não se acentuam as
tônica de uma palavra ou a pronúncia de uma vogal. De acordo com palavras paroxítonas, a não ser nos casos específicos relacionados
as regras gramaticais vigentes, são quatro os acentos existentes na abaixo. Observe as exceções:
língua portuguesa: – Terminadas em -ei e -eis. Ex.: amásseis, cantásseis, fizésseis,
– Acento agudo: Indica que a sílaba tônica da palavra tem som hóquei, jóquei, pônei, saudáveis.
aberto. Ex.: área, relógio, pássaro. – Terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps. Ex.: bíceps, caráter, córtex,
– Acento circunflexo: Empregado acima das vogais “a” e” e esfíncter, fórceps, fóssil, líquen, lúmen, réptil, tórax.  
“o”para indicar sílaba tônica em vogal fechada. Ex.: acadêmico, – Terminadas em -i e -is. Ex.: beribéri, bílis, biquíni, cáqui, cútis,
âncora, avô. grátis, júri, lápis, oásis, táxi.
– Acento grave/crase: Indica a junção da preposição “a” com – Terminadas em -us. Ex.: bônus, húmus, ônus, Vênus, vírus,
o artigo “a”. Ex: “Chegamos à casa”. Esse acento não indica sílaba tônus.  
tônica! – Terminadas em -om e -ons. Ex.: elétrons, nêutrons, prótons.
– Til: Sobre as vogais “a” e “o”, indica que a vogal de – Terminadas em -um e -uns. Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns,
determinada palavra tem som nasal, e nem sempre recai sobre a quórum, quóruns.  
sílaba tônica. Exemplo: a palavra órfã tem um acento agudo, que – Terminadas em -ã e -ão. Ex.: bênção, bênçãos, ímã, ímãs,
indica que a sílaba forte é “o” (ou seja, é acento tônico), e um til órfã, órfãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos.  
(˜), que indica que a pronúncia da vogal “a” é nasal, não oral. Outro
exemplo semelhante é a palavra bênção.   Acentuação das palavras Proparoxítonas
Classificam-se assim as palavras cuja antepenúltima sílaba é
— Monossílabas Tônicas e Átonas tônica, e todas recebem acento, sem exceções. Ex.: ácaro, árvore,
Mesmo as palavras com apenas uma sílaba podem sofrer bárbaro, cálida, exército, fétido, lâmpada, líquido, médico, pássaro,
alteração de intensidade de voz na sua pronúncia. Exemplo: observe tática, trânsito.
o substantivo masculino “dó” e a preposição “do” (contração
da preposição “de” + artigo “o”).   Ao comparar esses termos, Ditongos e Hiatos
percebermos que o primeiro soa mais forte que o segundo, ou seja, Acentuam-se:
temos uma monossílaba tônica e uma átona, respectivamente. – Oxítonas com sílaba tônica terminada em abertos “_éu”,
Diante de palavras monossílabas, a dica para identificar se é tônica “_éi” ou “_ói”, sucedidos ou não por “_s”. Ex.: anéis, fiéis, herói,
(forte) ou fraca átona (fraca) é pronunciá-las em uma frase, como mausoléu, sóis, véus.
abaixo: – As letras “_i” e “_u” quando forem a segunda vogal tônica de
“Sinto grande dó ao vê-la sofrer.” um hiato e estejam isoladas ou sucedidas por “_s” na sílaba. Ex.: caí
“Finalmente encontrei a chave do carro.” (ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú).

Recebem acento gráfico:   Não se acentuam:


– As monossílabas tônicas terminadas em: -a(s) → pá(s), má(s); – A letra “_i”, sempre que for sucedida por de “_nh”. Ex.:
-e(s) → pé(s), vê(s); -o(s) → só(s), pôs. moinho, rainha, bainha.
– As monossílabas tônicas formados por ditongos abertos -éis, – As letras “_i” e o “_u” sempre que aparecerem repetidas. Ex.:
-éu, -ói. Ex: réis, véu, dói. juuna, xiita. xiita.
– Hiatos compostos por “_ee” e “_oo”. Ex.: creem, deem, leem,
enjoo, magoo.
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O Novo Acordo Ortográfico


Confira as regras que levaram algumas palavras a perderem acentuação em razão do Acordo Ortográfico de 1990, que entrou em vigor
em 2009:

1 – Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas.


Exemplos: enjôo – enjoo; magôo – magoo; perdôo – perdoo; vôo – voo; zôo – zoo.

2 – Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas.


Exemplos: alcalóide – alcaloide; andróide – androide; alcalóide – alcaloide; assembléia – assembleia; asteróide – asteroide; européia
– europeia.

3 – Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas.


Exemplos: feiúra – feiura; maoísta – maoista; taoísmo – taoismo.

4 – Palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que possuem -e tônico em hiato.


Isso ocorre com a 3a pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo. Exemplos: deem; lêem – leem; relêem – releem;
revêem.

5 – Palavras com trema: somente para palavras da língua portuguesa. Exemplos: bilíngüe – bilíngue; enxágüe – enxágue; linguïça –
linguiça.

6 – Paroxítonas homógrafas: são palavras que têm a mesma grafia, mas apresentam significados diferentes. Exemplo: o verbo PARAR:
pára – para. Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo “parar” era acentuada para que fosse diferenciada da preposição “para”.
Atualmente, nenhuma delas recebe acentuação. Assim:
Antes: Ela sempre pára para ver a banda passar. [verbo / preposição]
Hoje: Ela sempre para para ver a banda passar. [verbo / preposição]

CLASSES DE PALAVRAS.

— Definição
Classes gramaticais são grupos de palavras que organizam o estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua portuguesa
condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida em razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades de cada classe
gramatical.

— Artigo
É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo, podendo flexionar em número e em gênero.

A classificação dos artigos


Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou para referirem-se a um ser específico por já ter sido mencionado ou por
ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem flexionar em número (singular e plural) e gênero (masculino e feminino).
Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento não
é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira vez em que aparece no discurso. Podem variar em número e gênero.
Observe:

NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS


Preciso de um pedreiro.
Singular Um Uma
Vi uma moça em frente à casa.
Localizei uns documentos antigos.
Plural Umas Umas
Joguei fora umas coisas velhas.

Outras funções do artigo


Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do emprego do
artigo. Observe:  
– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado.

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Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de
posse. Por exemplo:
“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”
Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronome possessivo dela.

Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor
aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e
“aproximadamente. Observe:
“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.”
“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.”

Contração de artigos com preposições


Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse processo
ocorre:

PREPOSIÇÃO
de em a per/por
singular o do no ao pelo
masculino
plural os dos nos aos pelos
ARTIGOS
DEFINIDOS singular a da na à pela
feminino plural as das nas às pelas
singular um dum num
masculino plural uns duns nuns
ARTIGOS
INDEFINIDOS singular uma duma numa
feminino plural umas dumas numas

— Substantivo
Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os substantivos
se subdividem em:
Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) ou lugares
(São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto, caneta, cachorro).
Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra palavra,
é substantivo derivado (carruagem, planetário).
Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que nomeiam
sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos.  
Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres pertencentes ao mesmo grupo. Exemplos: manada (rebanho de gado),
constelação (aglomerado de estrelas), matilha (grupo de cães).  

— Adjetivo
É a classe de palavras que se associa ao substantivo para alterar o seu significado, atribuindo-lhe caracterização conforme uma
qualidade, um estado e uma natureza, bem como uma quantidade ou extensão à palavra, locução, oração, pronome, enfim, ao que quer
que seja nomeado.

Os tipos de adjetivos
Simples e composto: com apenas um radical, é adjetivo simples (bonito, grande, esperto, miúdo, regular); apresenta mais de um
radical, é composto (surdo-mudo, afrodescendente, amarelo-limão).  
Primitivo e derivado: o adjetivo que origina outros adjetivos é primitivo (belo, azul, triste, alegre); adjetivos originados de verbo,
substantivo ou outro adjetivo são classificados como derivados (ex.: substantivo morte → adjetivo mortal; adjetivo lamentar → adjetivo
lamentável).
Pátrio ou gentílico: é a palavra que indica a nacionalidade ou origem de uma pessoa (paulista, brasileiro, mineiro, latino).  

O gênero dos adjetivos


Uniformes: possuem forma única para feminino e masculino, isto é, não flexionam seu termo. Exemplo: “Fred é um amigo leal.” / “Ana
é uma amiga leal.”  

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Biformes: os adjetivos desse tipo possuem duas formas, que (pretérito, presente ou futuro). Perceba que a conjugação desse
variam conforme o gênero. Exemplo: “Menino travesso.” / “Menina no presente do indicativo: o radical não sofre quaisquer alterações,
travessa”. tampouco a desinência. Portanto, o verbo nutrir é regular: Eu nutro;
tu nutre; ele/ela nutre; nós nutrimos; vós nutris; eles/elas nutrem.
O número dos adjetivos – Verbos irregulares: os verbos irregulares, ao contrário dos
Por concordarem com o número do substantivo a que se regulares, têm seu radical modificado quando conjugados e /ou
referem, os adjetivos podem estar no singular ou no plural. Assim, têm desinência diferente da apresentada pelo verbo paradigma.
a sua composição acompanha os substantivos. Exemplos: pessoa Exemplo: analise o verbo dizer conjugado no pretérito perfeito
instruída → pessoas instruídas; campo formoso → campos do indicativo: Eu disse; tu dissestes; ele/ela disse; nós dissemos;
formosos. vós dissestes; eles/elas disseram. Nesse caso, o verbo da segunda
conjugação (-er) tem seu radical, diz, alterado, além de apresentar
O grau dos adjetivos duas desinências distintas do verbo paradigma”. Se o verbo dizer
Quanto ao grau, os adjetivos se classificam em comparativo fosse regular, sua conjugação no pretérito perfeito do indicativo
(compara qualidades) e superlativo (intensifica qualidades). seria: dizi, dizeste, dizeu, dizemos, dizestes, dizeram.

Comparativo de igualdade: “O novo emprego é tão bom — Pronome


quanto o anterior.”   O pronome tem a função de indicar a pessoa do discurso (quem
Comparativo de superioridade: “Maria é mais prestativa do fala, com quem se fala e de quem se fala), a posse de um objeto
que Luciana.” e sua posição. Essa classe gramatical é variável, pois flexiona em
Comparativo de inferioridade: “O gerente está menos atento número e gênero. Os pronomes podem suplantar o substantivo
do que a equipe.”    ou acompanhá-lo; no primeiro caso, são denominados “pronome
Superlativo absoluto: refere-se a apenas um substantivo, substantivo” e, no segundo, “pronome adjetivo”. Classificam-se em:
podendo ser: pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, indefinidos e
– Analítico - “A modelo é extremamente bonita.” relativos.
– Sintético - “Pedro é uma pessoa boníssima.”
Pronomes pessoais
Superlativo relativo: refere-se a um grupo, podendo ser de: Os pronomes pessoais apontam as pessoas do discurso
– Superioridade - “Ela é a professora mais querida da escola.” (pessoas gramaticais), e se subdividem em pronomes do caso reto
– Inferioridade - “Ele era o menos disposto do grupo.”   (desempenham a função sintática de sujeito) e pronomes oblíquos
(atuam como complemento), sendo que, para cada caso reto, existe
Pronome adjetivo um correspondente oblíquo.
Recebem esse nome porque, assim como os adjetivos, esses
pronomes alteram os substantivos aos quais se referem. Assim, CASO RETO CASO OBLÍQUO
esse tipo de pronome flexiona em gênero e número para fazer
concordância com os substantivos. Exemplos: “Esta professora é Eu Me, mim, comigo.
a mais querida da escola.” (o pronome adjetivo esta determina o Tu Te, ti, contigo.
substantivo comum professora).
Ele Se, o, a , lhe, si, consigo.
Locução adjetiva Nós Nos, conosco.
Uma locução adjetiva é formada por duas ou mais palavras,
Vós Vos, convosco.
que, associadas, têm o valor de um único adjetivo. Basicamente,
consiste na união preposição + substantivo ou advérbio. Eles Se, os, as, lhes, si, consigo.
Exemplos:
– Criaturas da noite (criaturas noturnas). Observe os exemplos:
– Paixão sem freio (paixão desenfreada). – Na frase “Maria está feliz. Ela vai se casar.”, o pronome cabível
– Associação de comércios (associação comercial). é do caso reto. Quem vai se casar? Maria.  
– Na frase “O forno? Desliguei-o agora há pouco. O pronome
— Verbo “o” completa o sentido do verbo. Fechei o que? O forno.
É a classe de palavras que indica ação, ocorrência, desejo,
fenômeno da natureza e estado. Os verbos se subdividem em: Lembrando que os pronomes oblíquos o, a, os, as, lo, la, los, las,
Verbos regulares: são os verbos que, ao serem conjugados, não no, na nos, e nas desempenham apenas a função de objeto direto.  
têm seu radical modificado e preservam a mesma desinência do
verbo paradigma, isto é, terminado em “-ar” (primeira conjugação),
“-er” (segunda conjugação) ou “-ir” (terceira conjugação).  Observe
o exemplo do verbo “nutrir”:
– Radical: nutr (a parte principal da palavra, onde reside seu
significado).
– Desinência: “-ir”, no caso, pois é a terminação da palavra e,
tratando-se dos verbos, indica pessoa (1a, 2a, 3a), número (singular
ou plural), modo (indicativo, subjuntivo ou imperativo) e tempo
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Pronomes possessivos
Esses pronomes indicam a relação de posse entre o objeto e a pessoa do discurso.

PESSOA DO DISCURSO PRONOME


1 pessoa – Eu
a
Meu, minha, meus, minhas
2 pessoa – Tu
a
Teu, tua, teus, tuas
3 pessoa–
a
Seu, sua, seus, suas

Exemplo: “Nossos filhos cresceram.” → o pronome indica que o objeto pertence à 1ª pessoa (nós).

Pronomes de tratamento
Tratam-se termos solenes que, em geral, são empregados em contextos formais — a única exceção é o pronome você. Eles têm a
função de promover uma referência direta do locutor para interlocutor (parceiros de comunicação). São divididos conforme o nível de
formalidade, logo, para cada situação, existe um pronome de tratamento específico. Apesar de expressarem interlocução (diálogo), à qual
seria adequado o emprego do pronome na segunda pessoa do discurso (“tu”), no caso dos pronomes de tratamento, os verbos devem ser
usados em 3a pessoa.
PRONOME USO ABREVIAÇÕES
Você situações informais V./VV
Senhor (es) e
pessoas mais velhas Sr. Sr.a (singular) e Srs. , Sra.s. (plural)
Senhora (s)
Vossa Senhoria em correspondências e outros textos redigidos V. S.a/V.Sas
altas autoridades, como Presidente da República, senadores,
Vossa Excelência V. Ex.a/ V. Ex.as
deputados, embaixadores
Vossa Magnificência reitores das Universidades V. Mag.a/V. Mag.as
Vossa Alteza príncipes, princesas, duques V.A (singular) e V.V.A.A. (plural)
Vossa Reverendíssima sacerdotes e religiosos em geral V. Rev. m.a/V. Rev. m. as
Vossa Eminência cardeais V. Ex.a/V. Em.as
Vossa Santidade Papa V.S.

Pronomes demonstrativos
Sua função é indicar a posição dos seres no que se refere ao tempo ao espaço e à pessoa do discurso – nesse último caso, o pronome
determina a proximidade entre um e outro. Esses pronomes flexionam-se em gênero e número.

PESSOA DO DISCURSO PRONOMES POSIÇÃO


1a pessoa Este, esta, estes, estas, isto. Os seres ou objetos estão próximos da pessoa que fala.
Os seres ou objetos estão próximos da pessoa com quem se
2a pessoa Esse, essa, esses, essas, isso.
fala.
3a pessoa Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Com quem se fala.

Observe os exemplos:
“Esta caneta é sua?”
“Esse restaurante é bom e barato.”

Pronomes Indefinidos
Esses pronomes indicam indeterminação ou imprecisão, assim, estão sempre relacionados à 3ª pessoa do discurso. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (flexionam conforme gênero e número) ou invariáveis (não flexionam). Analise os exemplos abaixo:
– Em “Alguém precisa limpar essa sujeira.”, o termo “alguém” quer dizer uma pessoa de identidade indefinida ou não especificada).
– Em “Nenhum convidado confirmou presença.”, o termo “nenhum” refere-se ao substantivo “convidado” de modo vago, pois não se
sabe de qual convidado se trata.
– Em “Cada criança vai ganhar um presente especial.”, o termo “cada” refere-se ao substantivo da frase “criança”, sem especificá-lo.
– Em “Outras lojas serão abertas no mesmo local.”, o termo “outras” refere-se ao substantivo “lojas” sem especificar de quais lojas se
trata.
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Confira abaixo a tabela com os pronomes indefinidos:

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INDEFINIDOS


VARIÁVEIS Muito, pouco, algum, nenhum, outro, qualquer, certo, um, tanto, quanto, bastante, vários, quantos, todo.
INVARIÁVEIS Nada, ninguém, cada, algo, alguém, quem, demais, outrem, tudo.

Pronomes relativos
Os pronomes relativos, como sugere o nome, se relacionam ao termo anterior e o substituem, sendo importante, portanto, para
prevenir a repetição indevida das palavras em um texto. Eles podem ser variáveis (o qual, cujo, quanto) ou invariáveis (que, quem, onde).
Observe os exemplos:
– Em “São pessoas cuja história nos emociona.”, o pronome “cuja” se apresenta entre dois substantivos (“pessoas” e “história”) e se
relaciona àquele que foi dito anteriormente (“pessoas”).
– Em “Os problemas sobre os quais conversamos já estão resolvidos.” , o pronome “os quais” retoma o substantivo dito anteriormente
(“problemas”).

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES RELATIVOS


VARIÁVEIS O qual, a qual, os quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que, onde.

Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos são palavras variáveis e invariáveis cuja função é formular perguntas diretas e indiretas. Exemplos:
“Quanto vai custar a passagem?” (oração interrogativa direta)
“Gostaria de saber quanto custará a passagem.” (oração interrogativa indireta)

CLASSIFICAÇÃO PRONOMES INTERROGATIVOS


VARIÁVEIS Qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
INVARIÁVEIS Quem, que.

— Advérbio
É a classe de palavras invariável que atua junto aos verbos, aos adjetivos e mesmo aos advérbios, com o objetivo de modificar ou
intensificar seu sentido, ao adicionar-lhes uma nova circunstância. De modo geral, os advérbios exprimem circunstâncias de tempo, modo,
lugar, qualidade, causa, intensidade, oposição, aprovação, afirmação, negação, dúvida, entre outras noções. Confira na tabela:

CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAIS TERMOS EXEMPLOS


Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa,
devagar.
“Coloquei-o cuidadosamente no berço.”
ADVÉRBIO DE MODO Grande parte das palavras terminam em
“Andou depressa por causa da chuva”
“-mente”, como cuidadosamente, calmamente,
tristemente.
“O carro está fora.”
ADVERBIO DE LUGAR Perto, longe, dentro, fora, aqui, ali, lá e atrás. “Foi bem no teste?”
“Demorou, mas chegou longe!”
Antes, depois, hoje, ontem, amanhã sempre, “Sempre que precisar de algo, basta chamar-me.”
ADVÉRBIO DE TEMPO
nunca, cedo e tarde. “Cedo ou tarde, far-se-á justiça.”
“Eles formam um casal tão bonito!”
ADVÉRBIO DE INTENSIDADE Muito, pouco, bastante, tão, demais, tanto. “Elas conversam demais”
“Você saiu muito depressa”
Sim e decerto e palavras afirmativas com o
“Decerto passaram por aqui”
sufixo “-mente” (certamente, realmente).
ADVÉRBIO DE AFIRMAÇÃO “Claro que irei!”
Palavras como claro e positivo, podem ser
“Entendi, sim.”
advérbio, dependendo do contexto.

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Não e nem. Palavras como negativo, nenhum, “Jamais reatarei meu namoro com ele.”
ADVÉRBIO DE NEGAÇÃO nunca, jamais, entre outras, podem ser “Sequer pensou para falar.”
advérbio de negação, conforme o contexto. “Não pediu ajuda.”
Talvez, quiçá, porventura e palavras que “Quiçá seremos recebidas.”
ADVÉRBIO DE DÚVIDA expressem dúvida acrescidas do sufixo “Provavelmente sairei mais cedo.”
“-mente”, como possivelmente. “Talvez eu saia cedo.”
“Por que vendeu o livro?” (oração interrogativa
Quando, como, onde, aonde, donde, por que. direta, que indica causa)
ADVÉRBIO DE Esse advérbio pode indicar circunstâncias de “Quando posso sair?” (oração interrogativa direta,
INTERROGAÇÃO modo, tempo, lugar e causa. É usado somente que indica tempo)
em frases interrogativas diretas ou indiretas. “Explica como você fez isso.”
(oração interrogativa indireta, que indica modo).

— Conjunção
As conjunções integram a classe de palavras que tem a função de conectar os elementos de um enunciado ou oração e, com isso,
estabelecer uma relação de dependência ou de independência entre os termos ligados. Em função dessa relação entre os termos
conectados, as conjunções podem ser classificadas, respectivamente e de modo geral, como coordenativas ou subordinativas. Em outras
palavras, as conjunções são um vínculo entre os elementos de uma sentença, atribuindo ao enunciado uma maior mais clareza e precisão
ao enunciado.

Conjunções coordenativas: observe o exemplo:


“Eles ouviram os pedidos de ajuda. Eles chamaram o socorro.” – “Eles ouviram os pedidos de ajuda e chamaram o socorro.”

No exemplo, a conjunção “e” estabelece uma relação de adição ao enunciado, ao conectar duas orações em um mesmo período: além
de terem ouvido os pedidos de ajuda, chamaram o socorro. Perceba que não há relação de dependência entre ambas as sentenças, e que,
para fazerem sentido, elas não têm necessidade uma da outra. Assim, classificam-se como orações coordenadas, e a conjunção que as
relaciona, como coordenativa.

Conjunções subordinativas: analise este segundo caso:


“Não passei na prova, apesar de ter estudado muito.”

Neste caso, temos uma locução conjuntiva (duas palavras desempenham a função de conjunção). Além disso, notamos que o sentido
da segunda sentença é totalmente dependente da informação que é dada na primeira. Assim, a primeira oração recebe o nome de oração
principal, enquanto a segunda, de oração subordinada. Logo, a conjunção que as relaciona é subordinativa.

Classificação das conjunções


Além da classificação que se baseia no grau de dependência entre os termos conectados (coordenação e subordinação), as conjunções
possuem subdivisões.
Conjunções coordenativas: essas conjunções se reclassificam em razão do sentido que possuem cinco subclassificações, em função o
sentido que estabelecem entre os elementos que ligam. São cinco:

CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS


Estabelecer relação de adição (positiva
“No safári, vimos girafas, leões e zebras.” /
Conjunções coordenativas ou negativa). As principais conjunções
“Ela ainda não chegou, nem sabemos quando vai
aditivas coordenativas aditivas são “e”, “nem” e
chegar.”
“também”.
Estabelecer relação de oposição. As principais
“Havia flores no jardim, mas estavam murchando.” /
Conjunções coordenativas conjunções coordenativas adversativas
“Era inteligente e bom com palavras, entretanto,
adversativas são “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”,
estava nervoso na prova.”
“entretanto”.
Estabelecer relação de alternância. As principais “Pode ser que o resultado saia amanhã ou depois.” /
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, “Ora queria viver ali para sempre, ora queria mudar
alternativas
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”.. de país.”

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Estabelecer relação de conclusão. As principais “Não era bem remunerada, então decidi trocar de
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas conclusivas são emprego.” /
conclusivas
“portanto”, “então”, “assim”, “logo”. “Penso, logo existo.”
Estabelecer relação de explicação. As principais “Quisemos viajar porque não conseguiríamos
Conjunções coordenativas
conjunções coordenativas explicativas são descansar aqui em casa.” /
explicativas
“porque”, “pois”, “porquanto”. “Não trouxe o pedido, pois não havia ouvido.”

Conjunções subordinativas: com base no sentido construído entre as duas orações relacionadas, a conjunção subordinativa pode ser
de dois subtipos:  

1 – Conjunções integrantes: introduzem a oração que cumpre a função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo,
complemento nominal ou aposto de outra oração. Essas conjunções são que e se. Exemplos:  
«É obrigatório que o senhor compareça na data agendada.”   
“Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”

2 – Conjunções adverbiais: introduzem sintagmas adverbiais (orações que indicam uma circunstância adverbial relacionada à oração
principal) e se subdividem conforme a tabela abaixo:

CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLOS


São empregadas para introduzir a oração que Que e se. Analise:
cumpre a função de sujeito, objeto direito, “É obrigatório que o senhor compareça na data
Conjunções Integrantes
objeto indireto, predicativo, complemento agendada.” e
nominal ou aposto de outra oração. “Gostaria de saber se o resultado sairá ainda hoje.”
Conjunções subornativas Introduzem uma oração subordinada que Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto
causais denota causa. que, que, porquanto.
Estabelecer relação de alternância. As principais
Conjunções subornativas
conjunções coordenativas alternativas são “ou”, Conforme, segundo, como, consoante.
conformativas
“ou... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”..
Introduzem uma oração subordinada em que
Conjunções subornativas é indicada uma hipótese ou uma condição Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado
condicionais necessária para que seja realizada ou não o fato que, a menos que, a não ser que.
principal.
Mais, menos, menor, maior, pior, melhor, seguidas
Conjunções subornativas Introduzem uma oração que expressa uma de que ou do que. Qual depois de tal. Quanto depois
comparativas comparação. de tanto. Como, assim como, como se, bem como,
que nem.
Indicam uma oração em que se admite um Por mais que, por menos que, apesar de que,
Conjunções subornativas
fato contrário à ação principal, mas incapaz de embora, conquanto, mesmo que, ainda que, se bem
concessivas
impedí-la. que.
Introduzem uma oração, cujos acontecimentos
Conjunções subornativas são simultâneos, concomitantes, ou seja, À proporção que, ao passo que, à medida que, à
proporcionais ocorrem no mesmo espaço temporal daqueles proporção que.
contidos na outra oração.
Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas
Conjunções subornativas Introduzem uma oração subordinada indicadora
as vezes que, antes que, sempre que, logo que, mal,
temporais de circunstância de tempo.
quando.
Introduzem uma oração na qual é indicada a Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida
Conjunções subornativas
consequência do que foi declarado na oração pelo que em outra oração). De maneira que, de
consecutivas
anterior. forma que, de sorte que, de modo que.
Conjunções subornativas Introduzem uma oração indicando a finalidade
A fim de que, para que.
finais da oração principal.

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— Numeral Coletivos: correspondem aos substantivos que exprimem


É a classe de palavra variável que exprime um número quantidades precisas, como dezena (10 unidades) ou dúzia (12
determinado ou a colocação de alguma coisa dentro de uma unidades).
sequência. Os numerais podem ser: cardinais (um, dois, três), – Os numerais coletivos sofrem a flexão de número: unidade/
ordinais (primeiro, segundo, terceiro), fracionários (meio, terço, unidades, dúzia/dúzias, dezena/dezenas, centena/centenas.
quarto) e multiplicativos (dobro, triplo, quádruplo). Antes de nos
aprofundarmos em cada caso, vejamos o emprego dos numerais, — Preposição
que tem três principais finalidades: Essa classe de palavras cujo objetivo é marcar as relações
1 – Indicar leis e decretos: nesses casos, emprega-se o numeral gramaticais que outras classes (substantivos, adjetivos, verbos e
ordinal somente até o número nono; após, devem ser utilizados advérbios) exercem no discurso. Por apenas marcarem algumas
os numerais cardinais. Exemplos: Parágrafo 9° (parágrafo nono); relações entre as unidades linguísticas dentro do enunciado,
Parágrafo 10 (Parágrafo 10). as preposições não possuem significado próprio se isoladas no
2 – Indicar os dias do mês: nessas situações, empregam-se os discurso. Em razão disso, as preposições são consideradas classe
numerais cardinais, sendo que a única exceção é a indicação do gramatical dependente, ou seja, sua função gramatical (organização
primeiro dia do mês, para a qual deve-se utilizar o numeral ordinal. e estruturação) é principal, embora o desempenho semântico, que
Exemplos: dezesseis de outubro; primeiro de agosto. gera significado e sentido, esteja presente, possui um valor menor.
3 – Indicar capítulos, séculos, capítulos, reis e papas: após o
substantivo emprega-se o numeral ordinal até o décimo; após o Classificação das preposições
décimo utiliza-se o numeral cardinal. Exemplos: capítulo X (décimo); Preposições essenciais: são aquelas que só aparecem na língua
século IV (quarto); Henrique VIII (oitavo), Bento XVI (dezesseis). propriamente como preposições, sem outra função. São elas: a,
antes, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante,
Os tipos de numerais por (ou per, em dadas variantes geográficas ou históricas), sem,
Cardinais: são os números em sua forma fundamental e sob, sobre, trás.
exprimem quantidades. Exemplo 1 – ”Luís gosta de viajar.” e “Prefiro doce de coco.” Em
Exemplos: um dois, dezesseis, trinta, duzentos, mil.   ambas as sentenças, a preposição de manteve-se sempre sendo
– Alguns deles flexionam em gênero (um/uma, dois/duas, preposição, apesar de ter estabelecido relação entre unidades
quinhentos/quinhentas). linguísticas diferentes, garantindo-lhes classificações distintas
– Alguns números cardinais variam em número, como é o caso: conforme o contexto.
milhão/milhões, bilhão/bilhões, trilhão/trilhões, e assim por diante.
– Apalavra ambos(as) é considerada um numeral cardinal, pois
significa os dois/as duas. Exemplo: Antônio e Pedro fizeram o teste, Exemplo 2 – “Estive com ele até o reboque chegar.” e “Finalizei
mas os dois/ambos foram reprovados. o quadro com textura.” Perceba que nas duas fases, a mesma
preposição tem significados distintos: na primeira, indica recurso/
Ordinais: indicam ordem de uma sequência (primeiro, segundo, instrumento; na segunda, exprime companhia. Por isso, afirma-se
décimo, centésimo, milésimo…), isto é, apresentam a ordem de que a preposição tem valor semântico, mesmo que secundário ao
sucessão e uma série, seja ela de seres, de coisas ou de objetos. valor estrutural (gramática).
– Os numerais ordinais variam em gênero (masculino e
feminino) e número (singular e plural). Exemplos: primeiro/ Classificação das preposições
primeira, primeiros/primeiras, décimo/décimos, décima/décimas, Preposições acidentais: são aquelas que, originalmente, não
trigésimo/trigésimos, trigésima/trigésimas.   apresentam função de preposição, porém, a depender do contexto,
– Alguns numerais ordinais possuem o valor de adjetivo. podem assumir essa atribuição.  São elas: afora, como, conforme,
Exemplo: A carne de segunda está na promoção.   durante, exceto, feito, fora, mediante, salvo, segundo, visto, entre
outras.
Fracionários: servem para indicar a proporções numéricas Exemplo: ”Segundo o delegado, os depoimentos do
reduzidas, ou seja, para representar uma parte de um todo. suspeito apresentaram contradições.” A palavra “segundo”, que,
Exemplos: meio ou metade (½), um quarto (um quarto (¼), três normalmente seria um numeral (primeiro, segundo, terceiro), ao
quartos (¾), 1/12 avos.   ser inserida nesse contexto, passou a ser uma preposição acidental,
– Os números fracionários flexionam-se em gênero (masculino por tem o sentido de “de acordo com”, “em conformidade com”.  
e feminino) e número (singular e plural). Exemplos: meio copo de
leite, meia colher de açúcar; dois quartos do salário-mínimo.    Locuções prepositivas
Recebe esse nome o conjunto de palavras com valor e
Multiplicativos: esses numerais estabelecem relação entre emprego de uma preposição. As principais locuções prepositivas
um grupo, seja de coisas ou objetos ou coisas, ao atribuir-lhes uma são constituídas por advérbio ou locução adverbial acrescido da
característica que determina o aumento por meio dos múltiplos. preposição de, a ou com. Confira algumas das principais locuções
Exemplos: dobro, triplo, undécuplo, doze vezes, cêntuplo.   prepositivas.
– Em geral, os multiplicativos são invariáveis, exceto quando
atuam como adjetivo, pois, nesse caso, passam a flexionar número
e gênero (masculino e feminino). Exemplos: dose dupla de elogios,
duplos sentidos.

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abaixo de de acordo junto a


acerca de debaixo de junto de USO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE.
acima de de modo a não obstante
a fim de dentro de para com Definição: na gramática grega, o termo quer dizer “mistura “ou
“contração”, e ocorre entre duas vogais, uma final e outra inicial,
à frente de diante de por debaixo de em palavras unidas pelo sentido. Basicamente, desse modo: a
antes de embaixo de por cima de (preposição) + a (artigo feminino) = aa à; a (preposição) + aquela
(pronome demonstrativo feminino) = àquela; a (preposição) +
a respeito de em cima de por dentro de aquilo (pronome demonstrativo feminino) = àquilo. Por ser a junção
atrás de em frente de por detrás de das vogais, a crase, como regra geral, ocorre diante de palavras
femininas, sendo a única exceção os pronomes demonstrativos
através de em razão de quanto a
aquilo e aquele, que recebem a crase por terem “a” como sua vogal
com respeito a fora de sem embargo de inicial. Crase não é o nome do acento, mas indicação do fenômeno
de união representado pelo acento grave.
— Interjeição A crase pode ser a contração da preposição a com:
É a palavra invariável ou sintagma que compõem frases que – O artigo feminino definido a/as: “Foi à escola, mas não
manifestam por parte do emissor do enunciado uma surpresa, uma assistiu às aulas.”
hesitação, um susto, uma emoção, um apelo, uma ordem, etc., – O pronome demonstrativo a/as: “Vá à paróquia central.”
por parte do emissor do enunciado. São as chamadas unidades – Os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo:
autônomas, que usufruem de independência em relação aos demais “Retorne àquele mesmo local.”
elementos do enunciado. As interjeições podem ser empregadas – O a dos pronomes relativos a qual e as quais: “São pessoas às
também para chamar exigir algo ou para chamar a atenção do quais devemos o maior respeito e consideração”.
interlocutor e são unidades cuja forma pode sofrer variações como:
– Locuções interjetivas: são formadas por grupos e palavras Perceba que a incidência da crase está sujeita à presença de
que, associadas, assumem o valor de interjeição. Exemplos: “Ai de duas vogais a (preposição + artigo ou preposição + pronome) na
mim!”, “Minha nossa!” Cruz credo!”. construção sintática.
– Palavras da língua: “Eita!” “Nossa!”
– Sons vocálicos: “Hum?!”, “Ué!”, “Ih…!» Técnicas para o emprego da crase
1 – Troque o termo feminino por um masculino, de classe
Os tipos de interjeição semelhante. Se a combinação ao aparecer, ocorrerá crase diante da
De acordo com as reações que expressam, as interjeições palavra feminina.
podem ser de: Exemplos:
“Não conseguimos chegar ao hospital / à clínica.”
ADMIRAÇÃO “Ah!”, “Oh!”, “Uau!” “Preferiu a fruta ao sorvete / à torta.”
“Comprei o carro / a moto.”
ALÍVIO “Ah!, “Ufa!” “Irei ao evento / à festa.”
ANIMAÇÃO “Coragem!”, “Força!”, “Vamos!”
2 – Troque verbos que expressem a noção de movimento (ir, vir,
APELO “Ei!”, “Oh!”, “Psiu!” chegar, voltar, etc.) pelo verbo voltar. Se aparecer a preposição da,
APLAUSO “Bravo!”, “Bis!” ocorrerá crase; caso apareça a preposição de, o acento grave não
deve ser empregado.
DESPEDIDA/SAUDAÇÃO “Alô!”, “Oi!”, “Salve!”, “Tchau!” Exemplos:
“Vou a São Paulo. / Voltei de São Paulo.”
DESEJO “Tomara!” “Vou à festa dos Silva. / Voltei da Silva.”
DOR “Ai!”, “Ui!” “Voltarei a Roma e à Itália. / Voltarei de Roma e da Itália.”

DÚVIDA “Hã?!”, “Hein?!”, “Hum?!” 3 – Troque o termo regente da preposição a por um que
ESPANTO “Eita!”, “Ué!” estabeleça a preposição por, em ou de. Caso essas preposições não
se façam contração com o artigo, isto é, não apareçam as formas
IMPACIÊNCIA pela(s), na(s) ou da(s), a crase não ocorrerá.
“Puxa!”
(FRUSTRAÇÃO) Exemplos:
IMPOSIÇÃO “Psiu!”, “Silêncio!” “Começou a estudar (sem crase) – Optou por estudar / Gosta
SATISFAÇÃO “Eba!”, “Oba!” de estudar / Insiste em estudar.”
“Refiro-me à sua filha (com crase) – Apaixonei-me pela sua
SUSPENSÃO “Alto lá!”, “Basta!”, “Chega!” filha / Gosto da sua filha / Votarei na sua filha.”
“Refiro-me a você. (sem crase) – Apaixonei-me por você /
Gosto de você / Penso em você.”

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4 – Tratando-se de locuções, isto é, grupo de palavras que contém verbo.


expressam uma única ideia, a crase somente deve ser empregada 2 – “Eu quero silêncio.”: A presença do verbo classifica a frase
se a locução for iniciada por preposição e essa locução tiver como como oração.
núcleo uma palavra feminina, ocorrerá crase.
Exemplos: Unidade sintática (ou termo sintático): a sintaxe de uma
“Tudo às avessas.” oração é formada por cada um dos termos, que, por sua vez,
“Barcos à deriva.” estabelecem relação entre si para dar atribuir sentido à frase. No
exemplo supracitado, a palavra “quero” deve unir-se às palavras
5 – Outros casos envolvendo locuções e crase: “Eu” e “silêncio” para que o receptor compreenda a mensagem.
Na locução «à moda de”, pode estar implícita a expressão Dessa forma, cada palavra desta oração recebe o nome de termo
“moda de”, ficando somente o à explícito. ou unidade sintática, desempenhando, cada qual, uma função
Exemplos: sintática diferente.
“Arroz à (moda) grega.”
“Bife à (moda) parmegiana.”
Classificação das orações: as orações podem ser simples ou
Nas locuções relativas a horários, ocorra crase apenas no caso compostas. As orações simples apresentam apenas uma frase; as
de horas especificadas e definidas: Exemplos: compostas apresentam duas ou mais frases na mesma oração.
“À uma hora.” Analise os exemplos abaixo e perceba que a oração composta tem
“Às cinco e quinze”. duas frases, e cada uma tem seu próprio sentido.
– Oração simples: “Eu quero silêncio.”
– Oração composta: “Eu quero silêncio para poder ouvir o
noticiário”.
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO.
Período
Definição: sintaxe é a área da Gramática que se dedica ao É a construção composta por uma ou mais orações, sempre com
estudo da ordenação das palavras em uma frase, das frases em um sentido completo. Assim como as orações, o período também pode
discurso e também da coerência (relação lógica) que estabelecem ser simples ou composto, que se diferenciam em razão do número
entre si. Sempre que uma frase é construída, é fundamental que de orações que apresenta: o período simples contém apenas uma
ela contenha algum sentido para que possa ser compreendida pelo oração, e o composto mais de uma. Lembrando que a oração é uma
receptor. Por fazer a mediação da combinação entre palavras e frase que contém um verbo. Assim, para não ter dúvidas quanto à
orações, a sintaxe é essencial para que essa compreensão se efetive. classificação, basta contar quantos verbos existentes na frase.
Para que se possa compreender a análise sintática, é importante – Período simples: “Resolvo esse problema até amanhã.” -
retomarmos alguns conceitos, como o de frase, oração e período. apresenta apenas um verbo.
Vejamos: – Período composto: Resolvo esse problema até amanhã ou
ficarei preocupada.” - contém dois verbos.
Frase
Trata-se de um enunciado que carrega um sentido completo — Análise Sintática
que possui sentido integral, podendo ser constituída por somente É o nome que se dá ao processo que serve para esmiuçar a
uma ou várias palavras podendo conter verbo (frase verbal) ou estrutura de um período e das orações que compõem um período.
não (frase nominal). Uma frase pode exprimir ideias, sentimentos, Termos da oração: é o nome dado às palavras que atribuem
apelos ou ordens. Exemplos: “Saia!”, “O presidente vai fazer seu sentido a uma frase verbal. A reunião desses elementos forma o
discurso.”, “Atenção!”, “Que horror!”. que chamamos de estrutura de um período. Os termos essenciais
se subdividem em: essenciais, integrantes e acessórios. Acompanhe
A ordem das palavras: associada à pontuação apropriada, a seguir as especificidades de cada tipo.
a disposição das palavras na frase também é fundamental para a
compreensão da informação escrita, e deve seguir os padrões da 1 – Termos Essenciais (ou fundamentais) da oração
Língua Portuguesa. Observe que a frase “A professora já vai falar.” Sujeito e Predicado: enquanto um é o ser sobre quem/o qual
Pode ser modificada para, por exemplo, “Já vai falar a professora.” , se declara algo, o outro é o que se declara sobre o sujeito e, por
sem que haja prejuízo de sentido. No entanto, a construção “Falar a isso, sempre apresenta um verbo ou uma locução verbal, como nos
já professora vai.” , apesar da combinação das palavras, não poderá respectivos exemplos a seguir:
ser compreendida pelo interlocutor. Exemplo: em “Fred fez um lindo discurso.”, o sujeito é “Fred”,
que “fez um lindo discurso” (é o restante da oração, a declaração
Oração sobre o sujeito).
É uma unidade sintática que se estrutura em redor de um Nem sempre o sujeito está no início da oração (sujeito direto),
verbo ou de uma locução verbal. Uma frase pode ser uma oração, podendo apresentar-se também no meio da fase ou mesmo após
desde que tenha um verbo e um predicado; quanto ao sujeito, nem o predicado (sujeito inverso). Veja um exemplo para cada um dos
sempre consta em uma oração, assim como o sentido completo. O respectivos casos:
importante é que seja compreensível pelo receptor da mensagem. “Fred fez um lindo discurso.”
Analise, abaixo, uma frase que é oração com uma que não é. “Um lindo discurso Fred fez.”
1 – Silêncio!”: É uma frase, mas não uma oração, pois não “Fez um lindo discurso, Fred.”
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– Sujeito determinado: é aquele identificável facilmente pela – Predicado Verbo-Nominal: esse tipo deve apresentar sempre
concordância verbal. um predicativo do sujeito associado a uma ação do sujeito acrescida
– Sujeito determinado simples: possui apenas um núcleo de uma qualidade sua. Exemplo: “As meninas saíram mais cedo da
ligado ao verbo. Ex.: “Júlia passou no teste”. aula. Por isso, estavam contentes.
– Sujeito determinado composto: possui dois ou mais núcleos. O sujeito “As meninas” possui como predicado o verbo “sair”
Ex.: “Júlia e Felipe passaram no teste.” e também o adjetivo “contentes”. Logo, “estavam contentes” é o
predicativo do sujeito e o verbo de ligação é “estar”.
– Sujeito determinado implícito: não aparece facilmente na
oração, mas a frase é dotada de entendimento. Ex.: “Passamos no 2 – Termos integrantes da oração
teste.” Aqui, o termo “nós” não está explícito na oração, mas a Basicamente, são os termos que completam os verbos de uma
concordância do verbo o destaca de forma indireta. oração, atribuindo sentindo a ela. Eles podem ser complementos
– Sujeito indeterminado: é o que não está visível na oração verbais, complementos nominais ou mesmo agentes da passiva.
e, diferente do caso anterior, não há concordância verbal para – Complementos Verbais: como sugere o nome, esses termos
determiná-lo. completam o sentido de verbos, e se classificam da seguinte forma:
– Objeto direto: completa verbos transitivos diretos, não
Esse sujeito pode aparecer com: exigindo preposição.
– Verbo na 3a pessoa do plural. Ex.: “Reformaram a casa velha”. – Objeto indireto: complementam verbos transitivos indiretos,
– Verbo na 3a pessoa do singular + pronome “se”: “Contrata-se isto é, aqueles que dependem de preposição para que seu sentido
padeiro.”». seja compreendido.
– Verbo no infinitivo impessoal: “Vai ser mais fácil se você
estiver lá.” Quanto ao objeto direto, podemos ter:
– Um pronome substantivo: “A equipe que corrigiu as provas.”
– Orações sem sujeito: são compostas somente por predicado, – Um pronome oblíquo direto: “Questionei-a sobre o
e sua mensagem está centralizada no verbo, que é impessoal. acontecido.”
Essas orações podem ter verbos que constituam fenômenos da – Um substantivo ou expressão substantivada: “Ele consertou
natureza, ou os verbos ser, estar, haver e fazer quando indicativos os aparelhos.»
de fenômeno meteorológico ou tempo. Observe os exemplos:
“Choveu muito ontem”. – Complementos Nominais: esses termos completam o sentido
“Era uma hora e quinze”. de uma palavra, mas não são verbos; são nomes (substantivos,
adjetivos ou advérbios), sempre seguidos por preposição. Observe
– Predicados Verbais: resultam da relação entre sujeito e os exemplos:
verbo, ou entre verbo e complementos. Os verbos, por sua vez, – “Maria estava satisfeita com seus resultados.” – observe que
também recebem sua classificação, conforme abaixo: “satisfeita” é adjetivo, e “com seus resultados” é complemento
– Verbo transitivo: é o verbo que transita, isto é, que vai adiante nominal.
para passar a informação adequada. Em outras palavras, é o verbo – “O entregador atravessou rapidamente pela viela. –
que exige complemento para ser entendido. Para produzir essa “rapidamente” é advérbio de modo.
compreensão, esse trânsito do verbo, o complemento pode ser – “Eu tenho medo do cachorro.” – Nesse caso, “medo” é um
direto ou indireto. No primeiro caso, a ligação direta entre verbo e substantivo.
complemento. Ex.: “Quero comprar roupas.”. No segundo, verbo e
complemento são unidos por preposição. Ex.: “Preciso de dinheiro.” – Agentes da Passiva: são os termos de uma oração que praticam
– Verbo intransitivo: não requer complemento, é provido de a ação expressa pelo verbo, quando este está na voz passiva. Assim,
sentido completo. São exemplos: morrer, acordar, nascer, nadar, estão normalmente acompanhados pelas preposições de e por.
cair, mergulhar, correr. Observe os exemplos do item anterior modificados para a voz
– Verbo de ligação: servem para expressar características de passiva:
estado ao sujeito, sendo eles: estado permanente (“Pedro é alto.”), – “Os resultados foram motivo de satisfação de Maria.”
estado de transição (“Pedro está acamado.”), estado de mutação – “O cachorro foi alvo do meu medo.”
(“Pedro esteve enfermo.”), estado de continuidade (“Pedro continua – “A viela foi atravessada rapidamente pelo entregador.”
esbelto.”) e estado aparente (“Pedro parece nervoso.”).
– Predicados nominais: são aqueles que têm um nome 3 – Termos acessórios da oração
(substantivo ou adjetivo) como cujo núcleo significativo da oração. Diversamente dos termos essenciais e integrantes, os termos
Ademais, ele se caracteriza pela indicação de estado ou qualidade, acessórios não são fundamentais o sentido da oração, mas servem
e é composto por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito. para complementar a informação, exprimindo circunstância,
– Predicativo do sujeito: é um termo que atribui características determinando o substantivo ou caracterizando o sujeito. Confira
ao sujeito por meio de um verbo. Exemplo: em “Marta é abaixo quais são eles:
inteligente.”, o adjetivo é o predicativo do sujeito “Marta”, ou seja, – Adjunto adverbial: são os termos que modificam o sentido
é sua característica de estado ou qualidade. Isso é comprovado pelo do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Analise os exemplos:
“ser” (é), que é o verbo de ligação entre Marta e sua característica “Dormimos muito.”
atual. Esse elemento não precisa ser, obrigatoriamente, um adjetivo,
mas pode ser uma locução adjetiva, ou mesmo um substantivo ou O termo acessório “muito” classifica o verbo “dormir”.
palavra substantivada. “Ele ficou pouco animado com a notícia.”
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O termo acessório “pouco” classifica o adjetivo “animado” – Oração coordenada explicativa: “Marta passou no exame
“Maria escreve bastante bem.” porque estudou bastante.”

O termo acessório “bastante” modifica o advérbio “bem”. – Período composto por subordinação: são constituídos por
orações dependentes uma da outra. Como as orações subordinadas
Os adjuntos adverbiais podem ser: apresentam sentidos incompletos, não podem ser entendidas
– Advérbios: pouco, bastante, muito, ali, rapidamente longe, etc. de forma separada. As orações subordinadas são divididas em
– Locuções adverbiais: o tempo todo, às vezes, à beira-mar, etc. substantivas, adverbiais e adjetivas. Veja os exemplos:
– Orações: «Quando a mercadoria chegar, avise.” (advérbio de – Oração subordinada substantiva subjetiva: “Ficou provado
tempo). que o suspeito era realmente o culpado.”
– Oração subordinada substantiva objetiva direta: “Eu não
– Adjunto adnominal: é o termo que especifica o substantivo, queria que isso acontecesse.”
com função de adjetivo. Em razão disso, pode ser representado – Oração subordinada substantiva objetiva indireta: “É
por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, numerais adjetivos ou obrigatório de que todos os estudantes sejam assíduos.”
pronomes adjetivos. Analise o exemplo: – Oração subordinada substantiva completiva nominal: “Tenho
“O jovem apaixonado presenteou um lindo buquê à sua colega expectativa de que os planos serão melhores em breve!”
de escola.” – Oração subordinada substantiva predicativa: “O que importa
– Sujeito: “jovem apaixonado” é que meus pais são saudáveis.”
– Núcleo do predicado verbal: “presenteou”
– Objeto direto do verbo entregar: “um lindo buquê” – Oração subordinada substantiva apositiva: “Apenas saiba
– Objeto indireto: “à amiga de classe” – Adjuntos adnominais: disto: que tudo esteja organizado quando eu voltar!”
no sujeito, temos o artigo “o” e “apaixonado”, pois caracterizam – Oração subordinada adverbial causal: “Não posso me
o “jovem”, núcleo do sujeito; o numeral “um” e o adjetivo “lindo” demorar porque tenho hora marcada na psicóloga.”
fazem referência a “buquê” (substantivo); o artigo “à” (contração – Oração subordinada adverbial consecutiva: “Ficamos tão
da preposição + artigo feminino) e a locução “de trabalho” são os felizes que pulamos de alegria.”
adjuntos adnominais de “colega”. – Oração subordinada adverbial final: “Eles ficaram vigiando
para que nós chegássemos a casa em segurança.”
– Aposto: é o termo que se relaciona com o sujeito para – Oração subordinada adverbial temporal: “Assim que eu
caracterizá-lo, contribuindo para a complementação uma cheguei, eles iniciaram o trabalho.”
informação já completa. Observe os exemplos: – Oração subordinada adverbial condicional: “Se você vier logo,
“Michael Jackson, o rei do pop, faleceu há uma década.” espero por você.»
“Brasília, capital do Brasil, foi construída na década de 1950.” – Oração subordinada adverbial concessiva: “Ainda que
estivesse cansado, concluiu a maratona.”
– Vocativo: esse termo não apresenta relação sintática nem – Oração subordinada adverbial comparativa: “Marta sentia
com sujeito nem com predicado, tendo sua função no chamamento como se ainda vivesse no interior.”
ou na interpelação de um ouvinte, e se relaciona com a 2a pessoa – Oração subordinada adverbial conformativa: “Conforme
do discurso. Os vocativos são o receptor da mensagem, ou seja, a combinamos anteriormente, entregarei o produto até amanhã.”
quem ela é dirigida. Podem ser acompanhados de interjeições de – Oração subordinada adverbial proporcional: “Quanto mais
apelo. Observe: me exercito, mais tenho disposição.”
“Ei, moça! Seu documento está pronto!” – Oração subordinada adjetiva explicativa: “Meu filho, que
“Senhor, tenha misericórdia de nós!” passou no concurso, mudou-se para o interior.”
“Vista o casaco, filha!” – Oração subordinada adjetiva restritiva: “A aluna que esteve
enferma conseguiu ser aprovada nas provas.”
— Estudo da relação entre as orações
Os períodos compostos são formados por várias orações.
As orações estabelecem entre si relações de coordenação ou de
PONTUAÇÃO.
subordinação.
– Período composto por coordenação: é formado por
orações independentes. Apesar de estarem unidas por conjunções — Visão Geral
ou vírgulas, as orações coordenadas podem ser entendidas O sistema de pontuação consiste em um grupo de sinais
individualmente porque apresentam sentidos completos. gráficos que, em um período sintático, têm a função primordial
Acompanhe a seguir a classificação das orações coordenadas: de indicar um nível maior ou menor de coesão entre estruturas
– Oração coordenada aditiva: “Assei os salgados e preparei os e, ocasionalmente, manifestar as propriedades da fala (prosódias)
doces.” em um discurso redigido. Na escrita, esses sinais substituem os
– Oração coordenada adversativa: “Assei os salgados, mas não gestos e as expressões faciais que, na linguagem falada, auxiliam a
preparei os doces.” compreensão da frase.
– Oração coordenada alternativa: “Ou asso os salgados ou O emprego da pontuação tem as seguintes finalidades:
preparo os doces.” – Garantir a clareza, a coerência e a coesão interna dos diversos
– Oração coordenada conclusiva: “Marta estudou bastante, tipos textuais;
logo, passou no exame.” – Garantir os efeitos de sentido dos enunciados;
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– Demarcar das unidades de um texto; 10 – Marcar a omissão de um termo:


– Sinalizar os limites das estruturas sintáticas. “Eu faço o recheio, e você, a cobertura.” (omissão do verbo
“fazer”).
— Sinais de pontuação que auxiliam na elaboração de um
enunciado • Entre as sentenças
1 – Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas
Vírgula “Meu aluno, que mora no exterior, fará aulas remotas.”
De modo geral, sua utilidade é marcar uma pausa do enunciado
para indicar que os termos por ela isolados, embora compartilhem 2 – Para separar as orações coordenadas sindéticas e
da mesma frase ou período, não compõem unidade sintática. Mas, assindéticas, com exceção das orações iniciadas pela conjunção “e”:
se, ao contrário, houver relação sintática entre os termos, estes “Liguei para ela, expliquei o acontecido e pedi para que nos
não devem ser isolados pela vírgula. Isto quer dizer que, ao mesmo ajudasse.”
tempo que existem situações em que a vírgula é obrigatória, em
outras, ela é vetada. Confira os casos em que a vírgula deve ser 3 – Para separar as orações substantivas que antecedem a
empregada: principal:
“Quando será publicado, ainda não foi divulgado.”
• No interior da sentença
1 – Para separar elementos de uma enumeração e repetição: 4 – Para separar orações subordinadas adverbiais desenvolvidas
ou reduzidas, especialmente as que antecedem a oração principal:
ENUMERAÇÃO
Adicione leite, farinha, açúcar, ovos, óleo e chocolate. Por ser sempre assim, ninguém dá
Reduzida
atenção!
Paguei as contas de água, luz, telefone e gás.
Porque é sempre assim, já ninguém dá
Desenvolvida
atenção!
REPETIÇÃO
Os arranjos estão lindos, lindos! 5 – Separar as sentenças intercaladas:
“Querida, disse o esposo, estarei todos os dias aos pés do seu
Sua atitude foi, muito, muito, muito indelicada. leito, até que você se recupere por completo.”

2 – Isolar o vocativo • Antes da conjunção “e”


“Crianças, venham almoçar!” 1 – Emprega-se a vírgula quando a conjunção “e” adquire
“Quando será a prova, professora?” valores que não expressam adição, como consequência ou
diversidade, por exemplo.
3 – Separar apostos “Argumentou muito, e não conseguiu convencer-me.”
“O ladrão, menor de idade, foi apreendido pela polícia.”
2 – Utiliza-se a vírgula em casos de polissíndeto, ou seja, sempre
que a conjunção “e” é reiterada com com a finalidade de destacar
4 – Isolar expressões explicativas: alguma ideia, por exemplo:
“As CPIs que terminaram em pizza, ou seja, ninguém foi “(…) e os desenrolamentos, e os incêndios, e a fome, e a sede;
responsabilizado.” e dez meses de combates, e cem dias de cancioneiro contínuo; e o
esmagamento das ruínas...” (Euclides da Cunha)
5 – Separar conjunções intercaladas
“Não foi explicado, porém, o porquê das falhas no sistema.” 3 – Emprega-se a vírgula sempre que orações coordenadas
apresentam sujeitos distintos, por exemplo:
6 – Isolar o adjunto adverbial anteposto ou intercalado: “A mulher ficou irritada, e o marido, constrangido.”
“Amanhã pela manhã, faremos o comunicado aos
funcionários do setor.” O uso da vírgula é vetado nos seguintes casos: separar sujeito
“Ele foi visto, muitas vezes, vagando desorientado pelas ruas.” e predicado, verbo e objeto, nome de adjunto adnominal, nome
e complemento nominal, objeto e predicativo do objeto, oração
7 – Separar o complemento pleonástico antecipado: substantiva e oração subordinada (desde que a substantivo não seja
“Estas alegações, não as considero legítimas.” apositiva nem se apresente inversamente).

8 – Separar termos coordenados assindéticos (não conectadas Ponto


por conjunções) 1 – Para indicar final de frase declarativa:
“Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se, morrem.” “O almoço está pronto e será servido.”

9 – Isolar o nome de um local na indicação de datas: 2 – Abrevia palavras:


“São Paulo, 16 de outubro de 2022”. – “p.” (página)
– “V. Sra.” (Vossa Senhoria)
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– “Dr.” (Doutor) 2 – Algumas vezes, acompanha o ponto de exclamação para


destacar o enunciado:
3 – Para separar períodos: “Não brinca, é sério?!”
“O jogo não acabou. Vamos para os pênaltis.”
Ponto de Exclamação
Ponto e Vírgula 1 – Após interjeição:
1 – Para separar orações coordenadas muito extensas ou “Nossa Que legal!”
orações coordenadas nas quais já se tenha utilizado a vírgula:
“Gosto de assistir a novelas; meu primo, de jogos de RPG; 2 – Após palavras ou sentenças com carga emotiva
nossa amiga, de praticar esportes.” “Infelizmente!”

2 – Para separar os itens de uma sequência de itens: 3 – Após vocativo


“Os planetas que compõem o Sistema Solar são: “Ana, boa tarde!”
Mercúrio;
Vênus; 4 – Para fechar de frases imperativas:
Terra; “Entre já!”
Marte;
Júpiter; Parênteses
Saturno; a) Para isolar datas, palavras, referências em citações, frases
Urano; intercaladas de valor explicativo, podendo substituir o travessão ou
Netuno.” a vírgula:
“Mal me viu, perguntou (sem qualquer discrição, como
Dois Pontos sempre)
1 – Para introduzirem apostos ou orações apositivas, quem seria promovido.”
enumerações ou sequência de palavras que explicam e/ou resumem
ideias anteriores. Travessão
“Anote o endereço: Av. Brasil, 1100.” 1 – Para introduzir a fala de um personagem no discurso direto:
“Não me conformo com uma coisa: você ter perdoado aquela “O rapaz perguntou ao padre:
grande ofensa.” — Amar demais é pecado?”

2 – Para introduzirem citação direta: 2 – Para indicar mudança do interlocutor nos diálogos:
“Desse estudo, Lavoisier extraiu o seu princípio, atualmente “— Vou partir em breve.
muito conhecido: “Nada se cria, nada se perde, tudo se — Vá com Deus!”
transforma’.”
3 – Para iniciar fala de personagens: 3 – Para unir grupos de palavras que indicam itinerários:
“Ele gritava repetidamente: “Esse ônibus tem destino à cidade de São Paulo — SP.”
– Sou inocente!”
4 – Para substituir a vírgula em expressões ou frases explicativas:
Reticências “Michael Jackson — o retorno rei do pop — era imbatível.”
1 – Para indicar interrupção de uma frase incompleta
sintaticamente: Aspas
“Quem sabe um dia...” 1 – Para isolar palavras ou expressões que violam norma culta,
como termos populares, gírias, neologismos, estrangeirismos,
2 – Para indicar hesitação ou dúvida: arcaísmos, palavrões, e neologismos.
“Então... tenho algumas suspeitas... mas prefiro não revelar “Na juventude, ‘azarava’ todas as meninas bonitas.”
ainda.” “A reunião será feita ‘online’.”

3 – Para concluir uma frase gramaticalmente inacabada com o 2 – Para indicar uma citação direta:
objetivo de prolongar o raciocínio: “A índole natural da ciência é a longanimidade.” (Machado de
“Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas Assis)
faces duns longes cor-de-rosa...” (Cecília - José de Alencar).

4 – Suprimem palavras em uma transcrição:


CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL.
“Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros -
Raimundo Fagner).
Visão Geral: sumariamente, as concordâncias verbal e nominal
Ponto de Interrogação estudam a sintonia entre os componentes de uma oração.
1 – Para perguntas diretas: – Concordância verbal: refere-se ao verbo relacionado ao
“Quando você pode comparecer?” sujeito, sendo que o primeiro deve, obrigatoriamente, concordar
em número (flexão em singular e plural) e pessoa (flexão em 1a,
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2a, ou 3a pessoa) com o segundo. Isto é, ocorre quando o verbo é – “Foi ele que fez.» e “Fui eu que fiz.»
flexionado para concordar com o sujeito. – “Foram eles que fizeram.” e “Fomos nós que fizemos.»
– Concordância nominal: corresponde à harmonia em gênero
(flexão em masculino e feminino) e número entre os vários nomes Concordância verbal com a partícula de indeterminação do
da oração, ocorrendo com maior frequência sobre os substantivos sujeito se: nesse caso, o verbo cria concordância com a 3a pessoa do
e o adjetivo. Em outras palavras, refere-se ao substantivo e suas singular sempre que a oração for constituída por verbos intransitivos
formas relacionadas: adjetivo, numeral, pronome, artigo. Tal ou por verbos transitivos indiretos:
concordância ocorre em gênero e pessoa – «Precisa-se de cozinheiro.” e «Precisa-se de cozinheiros.”

Casos específicos de concordância verbal Concordância com o elemento apassivador se: aqui, verbo
Concordância verbal com o infinitivo pessoal: existem três concorda com o objeto direto, que desempenha a função de sujeito
situações em que o verbo no infinitivo é flexionado: paciente, podendo aparecer no singular ou no plural:
I – Quando houver um sujeito definido; – Aluga-se galpão.” e “Alugam-se galpões.”
II – Sempre que se quiser determinar o sujeito;
III – Sempre que os sujeitos da primeira e segunda oração Concordância verbal com as expressões a metade, a maioria,
forem distintos. a maior parte: preferencialmente, o verbo fará concordância com
a 3° pessoa do singular. Porém, a 3a pessoa do plural também pode
Observe os exemplos: ser empregada:
“Eu pedir para eles fazerem a solicitação.” – “A maioria dos alunos entrou” e “A maioria dos alunos
“Isto é para nós solicitarmos.” entraram.”
– “Grande parte das pessoas entendeu.” e “Grande parte das
Concordância verbal com o infinitivo impessoal: não há flexão pessoas entenderam.”
verbal quando o sujeito não for definido, ou sempre que o sujeito
da segunda oração for igual ao da primeira oração, ou mesmo Concordância nominal muitos substantivos: o adjetivo deve
em locuções verbais, com verbos preposicionados e com verbos concordar em gênero e número com o substantivo mais próximo,
imperativos. mas também concordar com a forma no masculino plural:
– “Casa e galpão alugado.” e “Galpão e casa alugada.”
Exemplos: – “Casa e galpão alugados.” e “Galpão e casa alugados.”
“Os membros conseguiram fazer a solicitação.”
“Foram proibidos de realizar o atendimento.” Concordância nominal com pronomes pessoais: o adjetivo
concorda em gênero e número com os pronomes pessoais:
Concordância verbal com verbos impessoais: nesses casos, – “Ele é prestativo.” e “Ela é prestativa.”
verbo ficará sempre em concordância com a 3a pessoa do singular, – “Eles são prestativos.” e “Elas são prestativas.”
tendo em vista que não existe um sujeito.
Observe os casos a seguir: Concordância nominal com adjetivos: sempre que existir dois
– Verbos que indicam fenômenos da natureza, como anoitecer, ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no singular,
nevar, amanhecer. se houver um artigo entre os adjetivos. Se o artigo não aparecer, o
Exemplo: “Não chove muito nessa região” ou “Já entardeceu.» substantivo deve estar no plural:

– O verbo haver com sentido de existir. Exemplo: “Havia duas – “A blusa estampada e a colorida.” e “O casaco felpudo e o
professoras vigiando as crianças.” xadrez.”
– O verbo fazer indicando tempo decorrido. Exemplo: “Faz – “As blusas estampada e colorida.” e “Os casacos felpudo e
duas horas que estamos esperando.” xadrez.”

Concordância nominal com é proibido e é permitido: nessas


Concordância verbal com o verbo ser: diante dos pronomes expressões, o adjetivo flexiona em gênero e número, sempre que
tudo, nada, o, isto, isso e aquilo como sujeito, há concordância houver um artigo determinando o substantivo. Caso não exista
verbal com o predicativo do sujeito, podendo o verbo permanecer esse artigo, o adjetivo deve permanecer invariável, no masculino
no singular ou no plural: singular:
– “Tudo que eu desejo é/são férias à beira-mar.” – “É proibida a circulação de pessoas não identificadas.” e “É
– “Isto é um exemplo do que o ocorreria.” e “Isto são exemplos proibido circulação de pessoas não identificadas.”
do que ocorreria.” – “É permitida a entrada de crianças.” e “É permitido entrada
de crianças acompanhadas.”
Concordância verbal com pronome relativo quem: o verbo, Concordância nominal com menos: a palavra menos
ou faz concordância com o termo precedente ao pronome, ou permanece é invariável independente da sua atuação, seja ela
permanece na 3a pessoa do singular: advérbio ou adjetivo:
– “Fui eu quem solicitou.» e “Fomos nós quem solicitou.» – “Menos pessoas / menos pessoas”.
– “Menos problema /menos problemas.”
Concordância verbal com pronome relativo que: o verbo
concorda com o termo que antecede o pronome:
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Concordância nominal com muito, pouco, bastante, longe, barato, meio e caro: esses termos instauram concordância em gênero e
número com o substantivo quando exercem função de adjetivo:
– “Tomei bastante suco.” e “Comprei bastantes frutas.”
– “A jarra estava meia cheia.” e “O sapato está meio gasto”.
– “Fizemos muito barulho.” e “Compramos muitos presentes.

REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL.

Visão geral: na Gramática, regência é o nome dado à relação de subordinação entre dois termos. Quando, em um enunciado ou
oração, existe influência de um tempo sobre o outro, identificamos o que se denomina termo determinante, essa relação entre esses
termos denominamos regência.

— Regência Nominal
É a relação entre um nome o seu complemento por meio de uma preposição. Esse nome pode ser um substantivo, um adjetivo ou um
advérbio e será o termo determinante.
O complemento preenche o significado do nome, cujo sentido estaria impreciso ou ambíguo se não fosse pelo complemento.
Observe os exemplos:
“A nova entrada é acessível a cadeirantes.”
“Eu tenho o sonho de viajar para o nordeste.”
“Ele é perito em investigações como esta.”

Na primeira frase, adjetivo “acessível” exige a preposição a, do contrário, seu sentido ficaria incompleto. O mesmo ocorre com os
substantivos “sonho“ e “perito”, nas segunda e terceira frases, em que os nomes exigem as preposições de e em para completude de seus
sentidos. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem. Veja nas tabelas abaixo quais são os nomes que regem uma preposição
para que seu sentido seja completo.

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO A


acessível a cego a fiel a nocivo a
agradável a cheiro a grato a oposto a
alheio a comum a horror a perpendicular a
análogo a contrário a idêntico a posterior a
anterior a desatento a inacessível a prestes a
apto a equivalente a indiferente a surdo a
atento a estranho a inerente a visível a
avesso a favorável a necessário a

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO POR


admiração por devoção por responsável por
ansioso por respeito por

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO DE


sedento
amante de cobiçoso de digno de inimigo de natural de
de
amigo de contemporâneo de dotado de livre de obrigação de seguro de
ávido de desejoso de fácil de longe de orgulhoso de sonho de
capaz de diferente de impossível de louco de passível de
cheio de difícil de incapaz de maior de possível de

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REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO EM


doutor em hábil em interesse em negligente em primeiro em
exato em incessante em lento em parco em versado em
firme em indeciso em morador em perito em

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO PARA


apto para essencial para mau para
bastante para impróprio para pronto para
bom para inútil para próprio para

REGÊNCIA COM A PREPOSIÇÃO COM


amoroso com compatível com descontente com intolerante com
aparentado com cruel com furioso com liberal com
caritativo com cuidadoso com impaciente com solícito com

— Regência Verbal
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos regidos. Um verbo
possui a mesma regência do nome do qual deriva.

Observe as duas frases:


I – “Eles irão ao evento.” O verbo ir requer a preposição a (quem vai, vai a algum lugar), e isso o classifica como verbo transitivo direto;
“ao evento” são os termos regidos pelo verbo, isto é, constituem seu complemento.  
II – “Ela mora em região pantanosa.” O verbo morar exige a preposição em (quem mora mora em algum lugar), portanto, é verbo
transitivo indireto.  

No sentido de / pela REGE


VERBO EXEMPLO
transitividade PREPOSIÇÃO?
ajudar, dar assistência NÃO “Por favor, assista o time.”
Assistir ver SIM “Você assistiu ao jogo?”
pertencer SIM “Assiste aos cidadãos o direito de protestar.”
valor, preço NÃO “Esse imóvel custa caro.”
Custar
desafio, dano, peso moral SIM “Dizer a verdade custou a ela.”
fundamento / verbo
NÃO “Isso não procede.”
Proceder instransitivo
origem SIM “Essa conclusão procede de muito vivência.”
finalidade, objetivo SIM “Visando à garantia dos direitos.”
Visar
avistar, enxergar NÃO “O vigia logo visou o suspeito.”
desejo NÃO “Queremos sair cedo.”
Querer
estima SIM “Quero muito aos meus sogros.”
pretensão SIM “Aspiro a ascensão política.”
Aspirar
absorção ou respiração NÃO “Evite aspirar fumaça.”
consequência / verbo
NÃO “A sua solicitação implicará alteração do meu trajeto.”
Implicar transitivo direto
insistência, birra SIM “Ele implicou com o cachorro.”

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convocação NÃO “Chame todos!”


“Chamo a Talita de Tatá.”
Chamar Rege complemento, com “Chamo Talita de Tatá.”
apelido
e sem preposição “Chamo a Talita Tatá.”
“Chamo Talita Tatá.”
o que se paga NÃO “Paguei o aluguel.”
Pagar
a quem se paga SIM “Pague ao credor.”
quem chega, chega a algum
Chegar lugar / verbo transitivo SIM “Quando chegar ao local, espere.”
indireto
quem obedece a algo /
Obedecer SIM “Obedeçam às regras.”
alguém / transitivo indireto
Esquecer verbo transitivo direito NÃO “Esqueci as alianças.”
... exige um
verbo transitivo direito e
Informar complemento sem e “Informe o ocorrido ao gerente.”
indireto, portanto...
outro com preposição
quem vai vai a algum lugar /
Ir SIM “Vamos ao teatro.”
verbo transitivo indireto
Quem mora em algum lugar “Eles moram no interior.”
Morar SIM
(verbo transitivo indireto) (Preposição “em” + artigo “o”).
Namorar verbo transitivio direito NÃO “Júlio quer namorar Maria.”
verbo bi transitivo (direto e
Preferir SIM “Prefira assados a frituras.”
indireto)
quem simpatiza simpatiza
Simpatizar com algo/ alguém/ verbo SIM “Simpatizei-me com todos.”
transitivo indireto

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS.

Visão Geral: o significado das palavras é objeto de estudo da semântica, a área da gramática que se dedica ao sentido das palavras e
também às relações de sentido estabelecidas entre elas.

Denotação e conotação
Denotação corresponde ao sentido literal e objetivo das palavras, enquanto a conotação diz respeito ao sentido figurado das palavras.
Exemplos:
“O gato é um animal doméstico.”
“Meu vizinho é um gato.”

No primeiro exemplo, a palavra gato foi usada no seu verdadeiro sentido, indicando uma espécie real de animal. Na segunda frase, a
palavra gato faz referência ao aspecto físico do vizinho, uma forma de dizer que ele é tão bonito quanto o bichano.

Hiperonímia e hiponímia
Dizem respeito à hierarquia de significado. Um hiperônimo, palavra superior com um sentido mais abrangente, engloba um hipônimo,
palavra inferior com sentido mais restrito.
Exemplos:
– Hiperônimo: mamífero: – hipônimos: cavalo, baleia.
– Hiperônimo: jogo – hipônimos: xadrez, baralho.

Polissemia e monossemia
A polissemia diz respeito ao potencial de uma palavra apresentar uma multiplicidade de significados, de acordo com o contexto em
que ocorre. A monossemia indica que determinadas palavras apresentam apenas um significado. Exemplos:
– “Língua”, é uma palavra polissêmica, pois pode por um idioma ou um órgão do corpo, dependendo do contexto em que é inserida.
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– A palavra “decalitro” significa medida de dez litros, e não ( 1 ) narrativa;


tem outro significado, por isso é uma palavra monossêmica. ( 2 ) dialogal;
( 3 ) argumentativa;
Sinonímia e antonímia ( 4 ) injuntiva;
A sinonímia diz respeito à capacidade das palavras serem ( 5 ) descritiva.
semelhantes em significado. Já antonímia se refere aos significados
opostos. Desse modo, por meio dessas duas relações, as palavras Está correta a alternativa:
expressam proximidade e contrariedade. (A) 1 - 2 - 3 - 4 - 5.
Exemplos de palavras sinônimas: morrer = falecer; rápido = (B) 1 - 3 - 2 - 4 - 5.
veloz. (C) 2 - 1 - 4 - 5 - 3.
Exemplos de palavras antônimas: morrer x nascer; pontual x (D) 4 - 3 - 2 - 5 - 1.
atrasado.
2. FCC - 2022 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário - Biblio-
Homonímia e paronímia teconomia- O rio de minha terra é um deus estranho.
A homonímia diz respeito à propriedade das palavras Ele tem braços, dentes, corpo, coração,
apresentarem: semelhanças sonoras e gráficas, mas distinção de muitas vezes homicida,
sentido (palavras homônimas), semelhanças homófonas, mas foi ele quem levou o meu irmão.
distinção gráfica e de sentido (palavras homófonas) semelhanças
gráficas, mas distinção sonora e de sentido (palavras homógrafas). É muito calmo o rio de minha terra.
A paronímia se refere a palavras que são escritas e pronunciadas de
forma parecida, mas que apresentam significados diferentes. Veja Suas águas são feitas de argila e de mistérios.
os exemplos: Nas solidões das noites enluaradas
– Palavras homônimas: caminho (itinerário) e caminho (verbo a maldição de Crispim desce
caminhar); morro (monte) e morro (verbo morrer). sobre as águas encrespadas.
– Palavras homófonas: apressar (tornar mais rápido) e apreçar
(definir o preço); arrochar (apertar com força) e arroxar (tornar O rio de minha terra é um deus estranho.
roxo).
– Palavras homógrafas: apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar); Um dia ele deixou o monótono caminhar de corpo mole
boto (golfinho) e boto (verbo botar); choro (pranto) e choro (verbo para subir as poucas rampas do seu cais.
chorar) . Foi conhecendo o movimento da cidade,
– Palavras parônimas: apóstrofe (figura de linguagem) e a pobreza residente nas taperas marginais.
apóstrofo (sinal gráfico), comprimento (tamanho) e cumprimento
(saudação). Pois tão irado e tão potente fez-se o rio
que todo um povo se juntou para enfrentá-lo.
Mas ele prosseguiu indiferente,
carregando no seu dorso bois e gente,
QUESTÕES até roçados de arroz e de feijão.

Na sua obstinada e galopante caminhada,


1. PREFEITURA DE LUZIÂNIA-GO – PROFESSOR I – AROEIRA – destruiu paredes, casas, barricadas,
2021 deixando no percurso mágoa e dor.
Nos enunciados abaixo, pode-se observar a presença de
diferentes tipologias textuais como base dos gêneros materializados Depois subiu os degraus da igreja santa
nas sequências enunciativas. Numere os parênteses conforme o e postou-se horas sob os pés do Criador.
código de cada tipologia.
( ) 1 - --- Não; é casada. --- Com quem? --- Com um estancieiro E desceu devagarinho, até deitar-se
do Rio grande. --- Chama-se? --- Ele? Fonseca, ela, Maria Cora. --- O novamente no seu leito.
marido não veio com ela? --- Está no Rio Grande. (ASSIS, Machado
de Assis.Maria Cora.) Mas toda noite o seu olhar de rio
( ) 2 - Ao acertar os seis números na loteria, Paulo foi para casa, fica boiando sob as luzes da cidade.
entrou calado no quarto e dormiu. (Adaptado de: MORAES, Herculano. O rio da minha
( ) 3 - Incorpore em sua vida quatro sentimentos positivos: a terra. Disponível em: https://www.escritas.org)
compaixão, a generosidade, a alegria e o otimismo.
( ) 4 - No meu ponto de vista, a mulher ideal deve ter como No trecho até roçados de arroz e de feijão, o termo “até” clas-
características físicas o cabelo liso, pele macia, olhos claros, nariz sifica-se como
fino. Ser amiga, compreensiva e, acima de tudo, ser fiel. (ALVES, (A) pronome.
André, Escola. Estadual Pereira Barreto. Texto adaptado.) (B) preposição.
( ) 5 - As palavras mal empregadas podem ter efeitos mais (C) artigo.
negativos do que os traumas físicos. (D) advérbio.
(E) conjunção.
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3. INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder à questão que a ele se refere.

Texto 01

Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/38102601. Acesso em: 18 set. 2022.

De acordo com o texto, “[...] sair de um acidente em alta velocidade pelo vidro da frente” indica uma

(A) solução.
(B) alternativa.
(C) prevenção.
(D) consequência.
(E) precaução.

4. FGV - 2022 - TJ-DFT - Oficial de Justiça Avaliador Federal- “Quando se julga por indução e sem o necessário conhecimento dos fatos,
às vezes chega-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores.” O raciocínio abaixo que deve ser considerado como indutivo é:
(A) Os funcionários públicos folgam amanhã, por isso meu marido ficará em casa;
(B) Todos os juízes procuram julgar corretamente, por isso é o que ele também procura;
(C) Nos dias de semana os mercados abrem, por isso deixarei para comprar isso amanhã;
(D) No inverno, chove todos os dias, por isso vou comprar um guarda-chuva;
(E) Ontem nevou bastante, por isso as estradas devem estar intransitáveis.

5. FGV - 2022 - TJ-DFT - Analista Judiciário - Segurança da Informação- “Também leio livros, muitos livros: mas com eles aprendo menos
do que com a vida. Apenas um livro me ensinou muito: o dicionário. Oh, o dicionário, adoro-o. Mas também adoro a estrada, um dicionário
muito mais maravilhoso.”
Depreende-se desse pensamento que seu autor:

(A) nada aprende com os livros, com exceção do dicionário;


(B) deve tudo que conhece ao dicionário;
(C) adquire conhecimentos com as viagens que realiza;
(D) conhece o mundo por meio da experiência de vida;
(E)constatou que os dicionários registram o melhor da vida.

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6. COTEC - 2022 - Prefeitura de Paracatu - MG - Técnico Higiene Dental - INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 01 a seguir para
responder à questão que a ele se refere.

Texto 01

Disponível em: http://bichinhosdejardim.com/triste-fim-relacoes-afetivas/. Acesso em: 18 set. 2022.

A vírgula, na fala do primeiro quadro, foi usada de acordo com a norma para separar um

(A) vocativo.
(B) aposto explicativo.
(C) expressão adverbial.
(D) oração coordenada.
(E) predicativo.

7. CESPE / CEBRASPE - 2022 - Prefeitura de Maringá - PR - Médico Texto CG1A1


Por muitos séculos, pessoas surdas ao redor do mundo eram consideradas incapazes de aprender simplesmente por possuírem
uma deficiência. No Brasil, infelizmente, isso não era diferente. Essa visão capacitista só começou a mudar a partir do século XVI, com
transformações que ocorreram, num primeiro momento, na Europa, quando educadores, por conta própria, começaram a se preocupar
com esse grupo.
Um dos educadores mais marcantes na luta pela educação dos surdos foi Ernest Huet, ou Eduard Huet, como também era conhe-
cido. Huet, acometido por uma doença, perdeu a audição ainda aos 12 anos; contudo, como era membro de uma família nobre da França,
teve, desde cedo, acesso à melhor educação possível de sua época e, assim, aprendeu a língua de sinais francesa no Instituto Nacional
de Surdos-Mudos de Paris. No Brasil, tomando-se como inspiração a iniciativa de Huet, fundouse, em 26 de setembro de 1856, o Impe-
rial Instituto de SurdosMudos, instituição de caráter privado. No seu percurso, o instituto recebeu diversos nomes, mas a mudança mais
significativa se deu em 1957, quando foi denominado Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES, que está em funcionamento até
hoje! Essa mudança refletia o princípio de modernização da década de 1950, pelo qual se guiava o instituto, com suas discussões sobre
educação de surdos.
Dessa forma, Huet e a língua de sinais francesa tiveram grande influência na língua brasileira de sinais, a Libras, que foi ganhando
espaço aos poucos e logo passou a ser utilizada pelos surdos brasileiros. Contudo, nesse mesmo período, muitos educadores ainda defen-
diam a ideia de que a melhor maneira de ensinar era pelo método oralizado, ou seja, pessoas surdas seriam educadas por meio de línguas
orais. Nesse caso, a comunicação acontecia nas modalidades de escrita, leitura, leitura labial e também oral. No Congresso de Milão, em
11 de setembro de 1880, muitos educadores votaram pela proibição da utilização da língua de sinais por não acreditarem na efetividade
desse método na educação das pessoas surdas.
Essa decisão prejudicou consideravelmente o ensino da Língua Brasileira de Sinais, mas, mesmo diante dessa proibição, a Libras
continuou sendo utilizada devido à persistência dos surdos. Posteriormente, buscou-se a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais, e os
surdos continuaram lutando pelo seu reconhecimento e regulamentação por meio de um projeto de lei escrito em 1993. Porém, apenas
em 2002, foi aprovada a Lei 10.436/2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão
no país.
Internet:: <www.ufmg.br>(com adaptações)

Assinale a opção correta a respeito do emprego das formas verbais e dos sinais de pontuação no texto CG1A1.
(A) A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas, caso a vírgula empregada logo após o vocábulo “mas” (primeiro
período do quarto parágrafo) fosse eliminada.
(B) A forma verbal “tiveram” (primeiro período do terceiro parágrafo) poderia ser substituída por “obtiveram” sem prejuízo aos sen-
tidos e à correção gramatical do texto.

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(C) A forma verbal “continuou” (primeiro período do quarto 9. AGIRH - 2022 - Prefeitura de Roseira - SP - Enfermeiro 36
parágrafo) está flexionada no singular para concordar com o horas - Assinale o item que contém erro de ortografia.
artigo definido “a”, mas poderia ser substituída, sem prejuízo (A) Na cultura japonesa, fica desprestigiado para sempre quem
à correção gramatical, pela forma verbal “continuaram”, que inflinge as regras da lealdade.
estabeleceria concordância com o termo “Libras”. (B) Não conseguindo prever o resultado a que chegariam, sen-
(D) A forma verbal “acreditarem” (quarto período do terceiro tiu-se frustrado.
parágrafo) concorda com “educadores” e por isso está flexio- (C) Desgostos indescritíveis, porventura, seriam rememorados
nada no plural. durante a sessão de terapia.
(E) No primeiro período do terceiro parágrafo do texto, é facul- (D) Ao reverso de outros, trazia consigo autoconhecimento e
tativo o emprego da vírgula imediatamente após “Libras”. autoafirmação.

8. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - 10. Unoesc - 2022 - Prefeitura de Maravilha - SC - Agente Admi-
Área Judiciária- A chama é bela nistrativo - Edital nº 2- Considerando a acentuação tônica, assinale
as alternativas abaixo com (V) verdadeiro ou (F) falso.
Nos anos 1970 comprei uma casa no campo com uma ( ) As palavras “gramática” e “partir” são, respectivamente,
bela lareira, e para meus filhos, entre 10 e 12 anos, a experiência do proparoxítona e oxítona.
fogo, da brasa que arde, da chama, era um fenômeno absolutamen- ( ) “Nós” é uma palavra oxítona.
te novo. E percebi que quando a lareira estava acesa eles deixavam ( ) “César” não é proparoxítona, tampouco oxítona.
a televisão de lado. A chama era mais bela e variada do que qual- ( ) “Despretensiosamente” é uma palavra proparoxítona.
quer programa, contava histórias infinitas, não seguia esquemas ( ) “Café” é uma palavra paroxítona.
fixos como um programa televisivo. A sequência correta de cima para baixo é:
(A) F, V, V, F, V.
O fogo também se faz metáfora de muitas pulsões, do infla- (B) V, V, F, V, F.
mar-se de ódio ao fogo da paixão amorosa. E o fogo pode ser a luz (C) V, F, V, F, V.
ofuscante que os olhos não podem fixar, como não podem encarar (D) V, V, V, F, F.
o Sol (o calor do fogo remete ao calor do Sol), mas devidamente
amestrado, quando se transforma em luz de vela, permite jogos de 11. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TCE-PB - Médico- Texto CB1A1-I
claro-escuro, vigílias noturnas nas quais uma chama solitária nos
obriga a imaginar coisas sem nome... A história da saúde não é a história da medicina, pois apenas
de 10% a 20% da saúde são determinados pela medicina, e essa
O fogo nasce da matéria para transformar-se em substância porcentagem era ainda menor nos séculos anteriores. Os outros
cada vez mais leve e aérea, da chama rubra ou azulada da raiz à cha- três determinantes da saúde são o comportamento, o ambiente e a
ma branca do ápice, até desmaiar em fumaça... Nesse sentido, a na- biologia – idade, sexo e genética. As histórias da medicina centradas
tureza do fogo é ascensional, remete a uma transcendência e, con- no atendimento à saúde não permitem uma compreensão global
tudo, talvez porque tenhamos aprendido que ele vive no coração da da melhoria da saúde humana. A história dessa melhoria é uma his-
Terra, é também símbolo de profundidades infernais. É vida, mas é tória de superação. Antes dos primeiros progressos, a saúde huma-
também experiência de seu apagar-se e de sua contínua fragilidade. na estava totalmente estagnada. Da Revolução Neolítica, há 12 mil
anos, até meados do século XVIII, a expectativa de vida dos seres
(Adaptado de: ECO, Umberto. Construir o inimigo. Rio de Janeiro: humanos ocidentais não evoluíra de modo significativo. Estava pa-
Record, 2021, p. 54-55) ralisada na faixa dos 25-30 anos. Foi somente a partir de 1750 que
o equilíbrio histórico se modificou positivamente. Vários elementos
Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase: alteraram esse contexto, provocando um aumento praticamente
(A) Os filhos do autor diante da lareira, não deixaram de se es- contínuo da longevidade. Há 200 anos, as suecas detinham o re-
pantar, com o espetáculo inédito daquelas chamas bruxulean- corde mundial com uma longevidade de 46 anos. Em 2019, eram as
tes. japonesas que ocupavam o primeiro lugar, com uma duração média
(B) Como metáfora, o fogo por conta de seus inúmeros atribu- de vida de 88 anos. Mesmo sem alcançar esse recorde, as popula-
tos, chega mesmo a propiciar expansões, simbólicas e metafó- ções dos países industrializados podem esperar viver atualmente
ricas. ao menos 80 anos. Desde 1750, cada geração vive um pouco mais
(C) Tanto como a do Sol, a luz do fogo, uma vez expandida, do que a anterior e prepara a seguinte para viver ainda mais tempo.
pode ofuscar os olhos de quem, imprudente, ouse enfrentá-la.
(D) O autor do texto em momentos descritivos, não deixa de Jean-David Zeitoun. História da saúde humana: vamos viver cada vez
insinuar sua atração, pela magia dos poderes e do espetáculo mais?
do fogo. Tradução Patrícia Reuillard. São Paulo: Contexto, 2022, p. 10-11 (com
(E) Disponíveis metáforas, parecem se desenvolver quando, adaptações).
por amor ou por ódio extremos somos tomados por paixões
incendiárias.

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No que se refere a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, jul- Quando escrevo histórias, sou como alguém que está em seu
gue o item seguinte. país, nas ruas que conhece desde a infância, entre as árvores e os
A inserção de uma vírgula imediatamente após o termo “au- muros que são seus. Este é o meu ofício, e o farei até a morte. Entre
mento” (nono período) prejudicaria a correção gramatical e o sen- os cinco e dez anos ainda tinha dúvidas e às vezes imaginava que
tido original do texto. podia pintar, ou conquistar países a cavalo, ou inventar uma nova
( )CERTO máquina. Mas a primeira coisa séria que fiz foi escrever um conto,
( )ERRADO um conto curto, de cinco ou seis páginas: saiu de mim como um mi-
lagre, numa noite, e quando finalmente fui dormir estava exausta,
12. FGV - 2022 - SEAD-AP - Cuidador Uma das marcas da textu- atônita, estupefata.
alidade é a coerência. Entre as frases abaixo, assinale aquela que se
mostra coerente. (Adaptado de: GINZBURG, Natalia. As pequenas virtudes. Trad. Maurí-
(A) Avise-me se você não receber esta carta. cio Santana Dias. São Paulo: Cosac Naify, 2015, p, 72-77, passim)
(B) Só uma coisa a vida ensina: a vida nada ensina. As normas de concordância verbal encontram-se plenamente
(C) Quantos sofrimentos nos custaram os males que nunca observadas em:
ocorreram.
(D) Todos os casos são únicos e iguais a outros. (A) As palavras que a alguém ocorrem deitar no papel acabam
(E) Como eu disse antes, eu nunca me repito. por identificar o estilo mesmo de quem as escreveu.
(B) Gaba-se a autora de que às palavras a que recorre nunca
13. OBJETIVA - 2022 - Prefeitura de Dezesseis de Novembro - falta a espontaneidade dos bons escritos.
RS - Controlador Interno- Considerando-se a concordância nominal, (C) Faltam às tarefas outras de que poderiam se incumbir a fa-
marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assi- cilidade que encontra ela em escrever seus textos.
nalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: (D) Os possíveis entraves para escrever um conto, revela a au-
( ) Agora que tudo passou, sinto que tenho menas tristezas na tora, logo se dissipou em sua primeira tentativa.
minha vida. (E) Não haveria de surgir impulsos mais fortes, para essa escri-
( ) Posso pedir teu bloco e tua caneta emprestada? tora, do que os que a levaram a imaginar histórias.
( ) É proibido a entrada de animais na praia.
15. SELECON - 2019 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Técnico em
(A) C - E - C. Nutrição Escolar- Considerando a regência nominal e o emprego do
(B) C - E - E. acento grave, o trecho destacado em “inerentes a esta festa” está
(C) E - E - C. corretamente substituído em:
(D) E - C - E.
(A) inerentes à determinado momento
14. FCC - 2022 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário (B) inerentes à regras de convivência
- Área Judiciária (C) inerentes à regulamentos anteriores
(D) inerentes à evidência de incorreções
O meu ofício
16. Assinale a frase com desvio de regência verbal.
O meu ofício é escrever, e sei bem disso há muito tempo.
Espero não ser mal-entendida: não sei nada sobre o valor daquilo (A) Informei-lhe o bloqueio do financiamento de pesquisas.
que posso escrever. Quando me ponho a escrever, sinto-me extra- (B) Avisaram-no a liberação de recursos para ciência e tecno-
ordinariamente à vontade e me movo num elemento que tenho logia.
a impressão de conhecer extraordinariamente bem: utilizo instru- (C) Os acadêmicos obedecem ao planejamento estratégico.
mentos que me são conhecidos e familiares e os sinto bem firmes (D) Todos os homens, por natureza, aspiram ao saber.
em minhas mãos. Se faço qualquer outra coisa, se estudo uma lín- (E) Assistimos ao filme que apresentou a obra daquele grande
gua estrangeira, se tento aprender história ou geografia, ou tricotar cientista.
uma malha, ou viajar, sofro e me pergunto como é que os outros
conseguem fazer essas coisas. E tenho a impressão de ser cega e 17. MPE-GO - 2022 - MPE-GO - Oficial de Promotoria - Edital
surda como uma náusea dentro de mim. nº 007- Sendo (C) para as assertivas corretas e (E) para as erradas,
assinale a alternativa com a sequência certa considerando a obser-
Já quando escrevo nunca penso que talvez haja um modo vância das normas da língua portuguesa:
mais correto, do qual os outros escritores se servem. Não me im- ( ) O futebol é um esporte de que o povo gosta.
porta nada o modo dos outros escritores. O fato é que só sei escre- ( ) Visitei a cidade onde você nasceu.
ver histórias. Se tento escrever um ensaio de crítica ou um artigo ( ) É perigoso o local a que você se dirige.
sob encomenda para um jornal, a coisa sai bem ruim. O que escrevo ( ) Tenho uma coleção de quadros pela qual já me ofereceram
nesses casos tenho de ir buscar fora de mim. E sempre tenho a sen- milhões.
sação de enganar o próximo com palavras tomadas de empréstimo
ou furtadas aqui e ali. (A) E – E – E – C
(B) C – C – C – E
(C) C – E – E – E
(D) C – C – C – C
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18. FADCT - 2022 - Prefeitura de Ibema - PR - Assistente Admi- centrais da pista, por onde os carros preferencialmente circulam
nistrativo- A frase “ O estudante foi convidado para assistir os deba- sob velocidade mais ou menos previsível. Assim que o último carro
tes políticos.” apresenta, de acordo com a norma padrão da Língua passou, ficou fácil pressupor que o centro da pista permaneceria
portuguesa, um desvio de: vazio por um intervalo de tempo seguro para a travessia. As late-
(A) Concordância nominal. rais da pista, locais em que motocicletas geralmente trafegam, não
(B) Concordância verbal. tiveram a atenção merecida, e a velocidade da moto não estava no
(C) Regência verbal. padrão esperado.
(D) Regência nominal O mundo aqui fora é um caos repleto de acontecimentos, e
nossos cérebros têm que coletar e reter alguns deles para que pos-
19. FUNCERN - 2019 - Prefeitura de Apodi - RN - Professor de samos compreendê-lo e, assim, agirmos em busca da nossa sobre-
Ensino Fundamental I ( 1º ao 5º ano)- vivência. Mas essas informações são salpicadas, incompletas e mu-
táveis. Traçar uma linha que contextualize todos esses dados não é
Os pontos cegos de nosso cérebro e o risco eterno de aciden- simples. Eventualmente, esse jogo mental de ligar pontinhos cria
tes armadilha para nós mesmos, pois por vezes um ponto que deveria
ser descartado é inserido em uma lógica apenas por ser chamativo.
Luciano Melo E outro, ao contrário, deveria ser considerado, mas é menospreza-
do, pois à primeira vista não atendeu a um pressuposto.
O motorista aguarda o momento seguro para conduzir seu Essas interpretações podem provocar outras tragédias além
carro e atravessar o cruzamento. Olha para os lados que atravessará de acidentes de carro.
e, estático, aguarda que outros veículos deixem livre o caminho pela
via transversal à sua frente. Enquanto espera, olha de um lado a ou- Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 20 abr.
tro a vigiar a pista quase livre. Finalmente não avista mais nenhum 2019. (texto adaptado)
veículo que poderá atrapalhar seu planejado movimento. É hora de
dirigir, mas, no meio da travessia, ele é surpreendido por uma grave No trecho “[...]poderemos assistir à queda de um deles.”, a
colisão. Uma motocicleta atinge a traseira de seu veículo. ocorrência do acento grave é justificada
(A) pela exigência de artigo do termo regente, que é um ver-
Eu tomo a defesa do motorista: ele não viu a moto se aproxi- bo, e pela exigência de preposição do termo regido, que é um
mar. Presumo que vários dos leitores já passaram por situação se- nome.
melhante, mas, caso você seja exceção e acredite que enxergaria (B) pela exigência de preposição do termo regente, que é um
a motocicleta, eu o convido a assistir a um vídeo que existe sobre nome, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um
isso. O filme prova quão difícil é perceber objetos que de repente verbo.
somem ou aparecem em uma cena. (C) pela exigência de artigo do termo regente, que é um nome,
Nossa condição humana está casada com uma inabilidade de e pela exigência de artigo do termo regido, que é um verbo.
perceber certas mudanças. Claro que notamos muitas alterações à (D) pela exigência de preposição do termo regente, que é um
nossa volta, especialmente se olharmos para o ponto alvo da modi- verbo, e pela exigência de artigo do termo regido, que é um
ficação no momento em que ela ocorrerá. Assim, se olharmos fixa- nome.
mente para uma janela cheia de vasos de flores, poderemos assistir
à queda de um deles. Mas, se desviarmos brevemente nossos olhos 20. MPE-GO - 2022 - MPE-GO - Oficial de Promotoria - Edital
da janela, justamente no momento do tombo, é possível que nem nº 006
notemos a falta do enfeite. O fenômeno se chama cegueira para A importância dos debates
mudança: nossa incapacidade de visualizar variações do ambiente
entre uma olhada e outra. É promissor que os candidatos ao governo gaúcho venham
No mundo real, mudanças são geralmente antecedidas por dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo de inte-
uma série de movimentos. Se esses movimentos superam um limiar resse específico dos eleitores
atrativo, vão capturar nossa atenção que focará na alteração consi- O primeiro confronto direto entre os candidatos Eduardo Leite
derada dominante. Por sua vez, modificações que não ultrapassam (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB), que disputam o governo do Estado
o limiar não provocarão divergência da atenção e serão ignoradas. em segundo turno, reafirmou a importância dessa alternativa de-
Quando abrimos nossos olhos, ficamos com a impressão de mocrática para ajudar os eleitores a fazer suas escolhas. Uma das
termos visão nítida, rica e bem detalhada do mundo que se estende vantagens do sistema de votação em dois turnos, instituído pela
por todo nosso campo visual. A consciência de nossa percepção não Constituição de 1988, é justamente a de propiciar um maior de-
é limitada, mas nossa atenção e nossa memória de curtíssimo prazo talhamento dos programas de governo dos dois candidatos mais
são. Não somos capazes de memorizar tudo instantaneamente à votados na primeira etapa.
nossa volta e nem podemos nos ater a tudo que nos cerca. Nossa in- Foi justamente o que ocorreu ontem entre os postulantes ao
trospecção da grandiosidade de nossa experiência visual confronta Palácio Piratini. Colocados frente a frente nos microfones da Rá-
com nossas limitações perceptivas práticas e cria uma vivência rica, dio Gaúcha, ambos tiveram a oportunidade de enfrentar questões
porém efêmera e sujeita a erros de interpretações. Dimensiona um importantes ligadas ao cotidiano dos eleitores. A viabilidade de as
gradiente entre o que é real e o que se presume, algo que favorece principais demandas dos gaúchos serem contempladas vai depen-
os acidentes de trânsito. der acima de tudo da estratégia de cada um para enfrentar a crise
Podemos interpretar que o acidente do exemplo do início do das finanças públicas.
texto se deu porque o motorista convergiu sua atenção às partes
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a solução para o seu concurso!
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Diferentemente do que os eleitores estão habituados a assistir 12 B


no horário eleitoral obrigatório e a acompanhar por postagens dos
candidatos nas redes sociais, debates se prestam menos para pro- 13 D
paganda pessoal, estratégias de marketing e para a disseminação 14 B
de informações inconfiáveis e notícias falsas, neste ano usadas lar-
gamente em campanhas. Além disso, têm a vantagem de desafiar 15 D
os candidatos com questionamentos de jornalistas e do público. As 16 B
respostas, inclusive, podem ser conferidas por profissionais de im-
17 D
prensa, com divulgação posterior, o que facilita o discernimento por
parte de eleitores sobre o que corresponde ou não à verdade. 18 C
O Rio Grande do Sul enfrenta uma crise fiscal no setor público 19 D
que, se não contar com uma perspectiva de solução imediata, pra-
ticamente vai inviabilizar a implantação de qualquer plano de go- 20 D
verno. Por isso, é promissor que, enquanto em outros Estados pre-
dominam denúncias e acusações, os candidatos ao governo gaúcho
venham dando ênfase nas conversas diretas a projetos de governo ANOTAÇÕES
de interesse específico dos eleitores.
Democracia se faz com diálogo e transparência. Sem discus-
sões amplas, perdem os cidadãos, que ficam privados de informa- ______________________________________________________
ções essenciais para fazer suas escolhas com mais objetividade e
______________________________________________________
menos passionalismo.
______________________________________________________
(A IMPORTÂNCIA dos debates. GaúchaZH, 17 de outubro de 2018. Dis-
ponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br. Acesso em: 30 de agosto ______________________________________________________
de 2022)
______________________________________________________
No segundo parágrafo do texto, há a frase: “Colocados frente
a frente nos microfones da Rádio Gaúcha, ambos tiveram a oportu- ______________________________________________________
nidade de enfrentar questões importantes ligadas ao cotidiano dos
______________________________________________________
eleitores.” Conforme se observa, na expressão em destaque, não há
ocorrência da crase. ______________________________________________________
Assim, seguindo a regra gramatical acerca da crase, assinale a ______________________________________________________
alternativa em que há o emprego da crase indevidamente:
(A) cara a cara; às ocultas; à procura. ______________________________________________________
(B) face a face; às pressas; à deriva.
(C) à frente; à direita; às vezes. ______________________________________________________
(D) à tarde; à sombra de; a exceção de.
______________________________________________________

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GABARITO
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1 C ______________________________________________________

2 D ______________________________________________________
3 D ______________________________________________________
4 E
______________________________________________________
5 D
6 A ______________________________________________________
7 D ______________________________________________________
8 C
______________________________________________________
9 A
______________________________________________________
10 D
11 CERTO ______________________________________________________

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a solução para o seu concurso!
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RACIOCÍNIO LÓGICO

Nos próximos exemplos, veremos como relacionar uma ou


NOÇÕES DE LÓGICA. mais proposições através de conectivos.

Raciocínio lógico é o modo de pensamento que elenca Existem cinco conectivos fundamentais, são eles:
hipóteses, a partir delas, é possível relacionar resultados, obter
conclusões e, por fim, chegar a um resultado final. ^: e (aditivo) conjunção
Mas nem todo caminho é certeiro, sendo assim, certas Posso escrever “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o
estruturas foram organizadas de modo a analisar a estrutura da Real”, posso escrever p ^ q.
lógica, para poder justamente determinar um modo, para que
o caminho traçado não seja o errado. Veremos que há diversas v: ou (um ou outro) ou disjunção
estruturas para isso, que se organizam de maneira matemática. p v q: Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real
A estrutura mais importante são as proposições.
: “ou” exclusivo (este ou aquele, mas não ambos) ou
Proposição: declaração ou sentença, que pode ser verdadeira disjunção exclusiva (repare o ponto acima do conectivo).
ou falsa. p v q: Ou Carlos é professor ou a moeda do Brasil é o Real (mas
nunca ambos)
Ex.: Carlos é professor.
¬ ou ~: negação
As proposições podem assumir dois aspectos, verdadeiro ou ~p: Carlos não é professor
falso. No exemplo acima, caso Carlos seja professor, a proposição é
verdadeira. Se fosse ao contrário, ela seria falsa. ->: implicação ou condicional (se… então…)
Importante notar que a proposição deve afirmar algo, p -> q: Se Carlos é professor, então a moeda do Brasil é o Real
acompanhado de um verbo (é, fez, não notou e etc). Caso a nossa
frase seja “Brasil e Argentina”, nada está sendo afirmado, logo, a ⇔: Se, e somente se (ou bi implicação) (bicondicional)
frase não é uma proposição. p ⇔ q: Carlos é professor se, e somente se, a moeda do Brasil
Há também o caso de certas frases que podem ser ou não é o Real
proposições, dependendo do contexto. A frase “N>3” só pode
ser classificada como verdadeira ou falsa caso tenhamos algumas Vemos que, mesmo tratando de letras e símbolos, estas
informações sobre N, caso contrário, nada pode ser afirmado. estruturas se baseiam totalmente na nossa linguagem, o que torna
Nestes casos, chamamos estas frases de sentenças abertas, devido mais natural decifrar esta simbologia.
ao seu caráter imperativo. Por fim, a lógica tradicional segue três princípios. Podem
O processo matemático em volta do raciocínio lógico nos parecer princípios tolos, por serem óbvios, mas pensemos aqui, que
permite deduzir diversas relações entre declarações, assim, estamos estabelecendo as regras do nosso jogo, então é primordial
iremos utilizar alguns símbolos e letras de forma a exprimir estes que tudo esteja extremamente estabelecido.
encadeamentos.
As proposições podem ser substituídas por letras minúsculas 1 – Princípio da Identidade
(p.ex.: a, b, p, q, …) p=p
Literalmente, estamos afirmando que uma proposição é igual
Seja a proposição p: Carlos é professor (ou equivalente) a ela mesma.
Uma outra proposição q: A moeda do Brasil é o Real
2 – Princípio da Não contradição
É importante lembrar que nosso intuito aqui é ver se a p=qvp≠q
proposição se classifica como verdadeira ou falsa. Estamos estabelecendo que apenas uma coisa pode acontecer
às nossas proposições. Ou elas são iguais ou são diferentes, ou seja,
Podemos obter novas proposições relacionando-as entre si. não podemos ter que uma proposição igual e diferente a outra ao
Por exemplo, podemos juntar as proposições p e q acima obtendo mesmo tempo.
uma única proposição “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o
Real”. 3 – Princípio do Terceiro excluído
pv¬p
Por fim, estabelecemos que uma proposição ou é verdadeira
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RACIOCÍNIO LÓGICO

ou é falsa, não havendo mais nenhuma opção, ou seja, excluindo


uma nova (como são duas, uma terceira) opção).

DICA: Vimos então as principais estruturas lógicas, como


lidamos com elas e quais as regras para jogarmos este jogo. Então,
escreva várias frases, julgue se são proposições ou não e depois
tente traduzi-las para a linguagem simbólica que aprendemos.
Existe pelo menos um elemento co-
mum aos conjuntos A e B.
Podemos ainda representar das seguin-
DIAGRAMAS LÓGICOS: CONJUNTOS E ELEMENTOS.
tes formas:

Diagramas lógicos ALGUM


Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários I
AéB
problemas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que
envolvam argumentos dedutivos, as quais as premissas deste ar-
gumento podem ser formadas por proposições categóricas.

ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos


para conseguir resolver questões que envolvam os diagramas
lógicos.

Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas:

TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS

TODO
A
AéB

Se um elemento pertence ao conjunto A,


então pertence também a B.

NENHUM ALGUM
E O
AéB A NÃO é B

Existe pelo menos um elemento que


pertence a A, então não pertence a B, e
vice-versa.
Perceba-se que, nesta sentença, a aten-
ção está sobre o(s) elemento (s) de A que
não são B (enquanto que, no “Algum A é
B”, a atenção estava sobre os que eram B,
ou seja, na intercessão).
Temos também no segundo caso, a dife-
rença entre conjuntos, que forma o con-
junto A - B

Exemplo:
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRA-
ÇÃO – IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma
casa de cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “al-
gum teatro é casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que
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RACIOCÍNIO LÓGICO

(A) existem cinemas que não são teatros.


(B) existe teatro que não é casa de cultura.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
(D) existe casa de cultura que não é cinema.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.

Resolução:
Vamos chamar de:
Cinema = C
Casa de Cultura = CC
Teatro = T
Analisando as proposições temos:
- Todo cinema é uma casa de cultura (B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo
mesmo princípio acima.
(C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Erra-
do, a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama
nos afirma isso

- Existem teatros que não são cinemas

(D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justi-


ficativa é observada no diagrama da alternativa anterior.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. –
Correta, que podemos observar no diagrama abaixo, uma vez
que todo cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de
cultura também não é cinema.

- Algum teatro é casa de cultura

LÓGICA DA ARGUMENTAÇÃO.

Quando falamos sobre lógica de argumentação, estamos


nos referindo ao processo de argumentar, ou seja, através de
argumentos é possível convencer sobre a veracidade de certo
Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC
assunto.
Segundo as afirmativas temos:
No entanto, a construção desta argumentação não é
(A) existem cinemas que não são teatros- Observando o úl-
necessariamente correta. Veremos alguns casos de argumentação,
timo diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que
e como eles podem nos levar a algumas respostas corretas e outras
existe pelo menos um dos cinemas é considerado teatro.
falsas.

Analogias: Argumentação pela semelhança (analogamente)


Todo ser humano é mortal
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RACIOCÍNIO LÓGICO

Sócrates é um ser humano certas frases podem fazer sentido verbalmente, mas devemos nos
Logo Sócrates é mortal ater a lógica em si e buscar então absorver isso ao nosso raciocínio.

Inferências: Argumentar através da dedução Uma importante ferramenta neste momento são as Leis de
Se Carlos for professor, haverá aula Morgan:
Se houve aula, então significa que Carlos é professor, caso
contrário, então Carlos não é professor 1ª lei de Morgan
¬(p ∧ q) = (¬p) ∨ (¬q)
Deduções: Argumentar partindo do todo e indo a uma parte
específica 2ª lei de Morgan
Roraima fica no Brasil ¬(p ∨ q) = (¬p) ∧ (¬q)
A moeda do Brasil é o Real
Logo, a moeda de Roraima é o Real Exemplo:
p: João dirige
Indução: É a argumentação oposta a dedução, indo de uma q: a capital do mundo é Itapeva.
parte específica e chegando ao todo
Todo professor usa jaleco p ∧ q: João dirige e a capital do mundo é Itapeva.
Todo médico usa jaleco
Então todo professor é médico Vamos negar esta proposição. Num primeiro momento,
podemos estar inclinados a responder que a negativa seria João não
Vemos que nem todas as formas de argumentação são verdades dirige e a capital do mundo não é Itapeva. Mas a 1ª Lei de Morgan
universais, contudo, estão estruturadas de forma a parecerem nos sinaliza que está errado2. Devemos, negar as proposições
minimamente convincentes. Para isso, devemos diferenciar uma simples e trocar o nosso conectivo. Se estava e, agora precisa estar
argumentação verdadeira de uma falsa. Quando a argumentação ou.
resultar num resultado falso, chamaremos tal argumentação de Assim, a negação da frase seria: João não dirige ou a capital do
sofismo1. mundo não é Itapeva. Diferença sutil, mas muito importante.
No sofismo temos um encadeamento lógico, no entanto, esse
encadeamento se baseia em algumas sutilezas que nos conduzem a p ∨ q: João dirige ou a capital do mundo é Itapeva
resultados falsos. Por exemplo:
Vamos novamente negar esta frase. Da mesma forma da
A água do mar é feita de água e sal anterior, nosso senso pode nos levar a responder que a negação
A bolacha de água e sal é feita de água e sal seria João não dirige ou a capital do mundo é Itapeva. Mais uma
Logo, a bolacha de água e sal é feita de mar (ou o mar é feito vez, pela 2ª Lei de Morgan, temos que a negação se trata de João
de bolacha) não dirige e a capital do mundo não é Itapeva.
Esta argumentação obviamente é falsa, mas está estruturada Podemos então estabelecer que para negar logicamente uma
de forma a parecer verdadeira, principalmente se vista com pressa. frase verbal, devemos não só negar suas partes, mas também inver-
Convidamos você, caro leitor, para refletir sobre outro exemplo ter seu conectivo. Se antes estava e, deve se tornar ou na negação.
de sofismo: Igualmente, se antes estava ou, deve se tornar e.
Queijo suíço tem buraco Outra negativa importante, não abordada diretamente pelas
Quanto mais queijo, mais buraco Leis de Morgan, é a negativa de “se…então…”.
Quanto mais buraco, menos queijo
Então quanto mais queijo, menos queijo? Se João dirige, então a capital do mundo é Itapeva.
Como iremos negar esta proposição? A ideia aqui é manter a
primeira proposição e negar a segunda, retirando os termos “se” e
“então”. Ficamos então com a negativa: João dirige e a capital do
TIPOS DE RACIOCÍNIO.
mundo não é Itapeva.
Neste exemplo, vemos que essa questão é menos intuitiva
RACIOCÍNIO VERBAL comparada àquelas que são abordadas pelas Leis de Morgan, mas
novamente, sendo bem absorvidas, farão sentido e evitarão erros
O raciocínio verbal lida com problemas de lógica quase que na resolução das questões.
totalmente escritos, abordando geralmente a negação de certas
frases que podem parecer óbvias mas que muitas vezes nos pregam RACIOCÍNIO ESPACIAL E TEMPORAL
peças.
Podemos nos perguntar se a lógica, em geral, não é estabelecer Existem tipos de questões de lógica que envolvem situações
símbolos para traduzir estas frases. Sim! A diferença é que negar específicas que necessitam de algo a mais para resolver do que so-
1 O termo sofismo vem dos Sofistas, pensadores não alinhados aos mente as tabelas verdade. Um exemplo disso são questões envol-
movimentos platônico e aristotélico na Grécia dos séculos V e IV AEC, vendo espaço (posição, fila e tamanho e etc.) e tempo (horas, dias,
sendo considerados muitas vezes falaciosos por essas linhas de pensa- 2 Repare que as Leis de Morgan se tratam de equivalências lógicas.
mento. Desta forma, o termo sofismo se refere a quando a estrutura Caso se interesse em ver essas igualdades, veja o tópico equivalências
foge da lógica tradicional e se obtém uma conclusão falsa. lógicas.
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RACIOCÍNIO LÓGICO

calendário e etc.). 2023 2024: +2 dias na semana


Não há uma forma de elaborar estratégias específicas para a = +4 dias na semana
resolução de questões deste tipo, então iremos fornecer alguns
exemplos para inspirar quais análises podem ser feitas. 6º) Como o dia 23 de outubro de 2021 caiu num sábado, o
dia 23 de outubro de 2024 cairá 4 dias da semana depois, ou seja,
Exemplos: numa quarta.
1 – Em um determinado ano, o mês de setembro teve 5 sábados
e 5 domingos. Rodrigo faz aniversário no dia 1º de setembro. Em – Lembrando: calendário e horas
qual dia da semana foi o seu aniversário esse ano? Janeiro – 31 dias
Fevereiro – 28* dias
Aqui, temos um exercício lidando com tempo. Neste caso, Março – 31 dias
estamos lidando com calendário, envolvendo dias de um mês. Abril – 30 dias
Numa primeira vista, esta questão pode parecer muito difícil de Maio – 31 dias
resolver, pois, aparentemente, há informações faltando. Mas vamos Junho – 30 dias
ver como proceder na análise: Julho – 31 dias
1º) Vamos nos atentar que setembro possui 30 dias; Agosto – 31 dias
2º) Dessa forma, dividindo este valor por 7, descobrimos Setembro – 30 dias
quantas semanas há nesse mês: 30 : 7 = 4 (e sobra 2). Outubro – 31 dias
3º) Assim, esse mês terá 4 semanas e mais dois dias. Novembro – 30 dias
4º) Se o mês começasse numa quinta-feira, teríamos então: Dezembro – 31 dias
4 domingos
4 segundas *Os anos bissextos acontecem a cada 4 anos (múltiplos de 4
4 terças como 2000, 2004, 2008, 2012, 2016, 2020, 2024, 2028, …) e nestes
4 quartas anos fevereiro possui 29 dias.
4 quintas
5 sextas 1 dia = 24 horas
5 sábados 1 hora = 60 minutos
1 minuto = 60 segundos
5º) No exemplo acima, para dar 5 sextas e 5 sábados, o mês
começou numa quinta. Assim, para termos 5 sábados e 5 domingos, 3 – Ana, Bela, Carla e Dora estão sentadas em volta de uma
o mês deve começar numa sexta. mesa quadrada em cadeiras numeradas de 1 a 4, como mostra a
6º) Como o aniversário de Rodrigo é no dia 1º de setembro, figura a seguir:
então seu aniversário será numa sexta-feira

---

2 – Observando o calendário de 2021, temos que o dia 23 de


outubro caiu em um sábado. Sabendo que o ano de 2020 foi o
último ano bissexto, o dia 23 de outubro de 2024 cairá em uma:

Vamos operar de maneira semelhante à questão anterior:


1º) Vamos dividir 365 (dias por ano) por 7 (dias por semana)
para vermos quantas semanas temos no ano Sabe-se que:
– Ana não está em frente a Bela.
365 : 7 = 52 (sobra 1) – Bela tem Carla a sua esquerda.
– Ana e Dora estão nas cadeiras pares.
2º) A divisão acima nos diz que a cada ano, avançamos um dia.
Ou seja, se o dia 1º de janeiro de 2023 foi num domingo, em 2024 Onde cada uma está sentada?
será numa segunda. Vamos proceder com a seguinte análise:
3º) Devemos analisar também o ano bissexto, pois nestes anos, 1º) Como Ana não está na frente a Bela, então elas estão uma
há um dia a mais, então seria para dividirmos 366 por 7. do lado da outra.
366 : 7 = 52 (sobra 2) 2º) Bela tem Carla a sua esquerda.
Então ela tem a Ana a sua direita.
4º) O último ano bissexto foi em 2020, então o próximo será E por fim, Dora está a sua frente.
em 2024. Nos anos bissextos, fevereiro ganha um dia a mais.
5º) Temos então que de 2021 para 2024: 3º) Ana e Dora estão nas cadeiras pares
Se Ana estiver na cadeira 2, temos a configuração:
2021 2022: +1 dia na semana
2022 2023: +1 dia na semana 1 – Carla 2 – Ana 3 – Bela 4 – Dora

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Se Ana estiver na cadeira na cadeira 4, temos a configuração Assim são proposições as seguintes expressões:
-( x ϵ A) ( y ϵ B) (p (x, y)
1 – Dora 2 – Bela 3 – Carla 4 – Ana

Mas essa opção não é possível, pois Ana e Dora estão nas pares. -( x ϵ A) (Ǝ y ϵ B) (p (x, y)
Logo, estão sentadas Carla na cadeira 1, Ana na cadeira 2, Bela
na cadeira 3 e Dora na cadeira 4.
- (Ǝ x ϵ A) ( y ϵ B) ( z ϵ C) (p (x, y, z))
---
Exemplos
Vemos que cabe ao candidato uma certa criatividade aliada ao
raciocínio para abordar as questões. Não há nada muito complexo, 1) Consideremos os conjuntos:
mas deve ser cuidadosamente vista para evitar deslizes e más
interpretações. H = {Jorge, Claudio, Paulo}, M = {Suely, Carmen}

RACIOCÍNIO QUANTITATIVO e seja p(x,y) a sentença aberta em H x M : “x é irmão de y}.

QUANTIFICAÇÃO MÚLTIPLA E QUANTIFICAÇÃO PARCIAL A proposição


(Ǝ x ϵ H) ( y ϵ M) (p(x,y))
Quantificadores 3são palavras/expressões que referem a quan-
tidades tais como “todos” e “alguns” e indicam para quantos ele- Se pode ler: “Para todo x de H existe pelo menos um y de M tal
mentos do domínio um dado predicado é verdadeiro. que x é irmão de y”. Em outros termos: “Cada homem de H é irmão
de Suely ou de Carmen”.
QUANTIFICAÇÃO PARCIAL
A proposição:
Consideremos, por exemplo, a expressão:
(Ǝ y ϵ M) ( x ϵ H) (p(x,y))
(Ǝ x ϵ A) (2x + y < 7)
Se pode ler: “Pelo menos uma das mulheres de M é irmã de
Exemplos todos os homens de H”. Observe-se que, mudando a ordem dos
quantificadores, obtém-se uma proposição diferente.
A expressão: (Ǝ x ϵ A) (2x + y < 7), sendo A = {1, 2, 3, 4, 5} o uni-
verso das variáveis x e y. Podemos ler essa expressão como: “Existe 2) Dado os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {0, 2, 4, 6, 8} e a sen-
pelo menos um x ϵ A para o qual se tem 2x + y < 7”. tença aberta em A x B: 2x + y = 8.

Essa sentença não é uma proposição, visto que seu valor lógico A proposição:
não depende de x (variável aparente), depende ainda de y (variável
livre). Portanto é uma sentença aberta em y, cujo conjunto verdade ( x ϵ A) (Ǝ y ϵ B) (2x + y = 8) é verdadeira, pois:
é {1, 2, 3, 4}, pois somente para y = 5 não existe x ϵ A tal que 2x +
y < 7. Para:

A expressão: ( y ϵ A) (2x + y < 10), sendo A = {1, 2, 3, 4, 5}


o universo das variáveis x e y. Podemos ler essa expressão como:
“Para todo o y ϵ A se tem 2x + y < 10”.
A proposição:
Observamos novamente que a expressão não é uma propo-
sição, é uma sentença aberta em x (variável livre), cujo conjunto ( y ϵ B) (Ǝ x ϵ A) (2x + y = 8) é falsa, pois para y = 8 temos
verdade é {1, 2}, pois somente x = 1 e x = 2 se tem 2x + y < 10 para que
todo y ϵ A.
x=0 A.
QUANTIFICAÇÃO MÚLTIPLA
A proposição:
Toda sentença aberta precedida de quantificadores, um para
cada variável (todas as variáveis quantificadas) é uma proposição, (Ǝ y ϵ B) ( x ϵ A) (2x + y = 8) também é falsa, pois não existe
pois assume os valores lógicos V ou F. um y ϵ B tal que para todo x ϵ A seja 2x + y = 8.
3[ ALENCAR FILHO, Edgar de. Iniciação a lógica matemática. São
A proposição:
Paulo, Nobel. 2002.
] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (Ǝ x ϵ A) ( y ϵ B) (2x + y = 8) também é falsa analogamente

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RACIOCÍNIO LÓGICO

(analisando as proposições acima). 2º) Vemos que o padrão segue a tabuada do 6

Questão 6 x 1 = 6 (0 até 5)
6 x 2 = 12 (10 até 15)
01. (POLITEC-MT – Papiloscopista – UFMT) Considere verdadei- 6 x 3 = 18 (20 até 25)
ras as seguintes proposições:
I - Nenhum professor é fumante. 3º) O número que está multiplicando o 6 menos uma unidade
II - Existem médicos fumantes. representa a dezena que estamos começando a contar:

A partir dessas proposições, é correto afirmar: 6 x 1 1 - 1 = 0 (0 até 5)


(A) Todo médico é fumante. 6 x 2 2 - 1 = 1 (10 até 15)
(B) Nem todo médico é professor. 6 x 3 3 - 1 = 2 (20 até 25)
(C) Nem todo professor é médico.
(D) Existem médicos não fumantes. 4º) Se dividirmos 74 por 6 e 95 por 6 descobriremos seus
valores
Resposta
74 : 6 = 12 (sobra 2)
01. Resposta B 95 : 6 = 15 (sobra 5)
(A) Todo médico é fumante. Não podemos afirmar, o fato de
alguns médicos fumarem não implica no fato de outros médicos 5º) O termo 74 então está dois termos após 6 x 12
fumarem, ok?
(B) Nem todo médico é professor. Se nenhum professor fuma 6 x 12 12 - 1 = 11 (110 até 115)
aqueles médicos que fumam não são professores, está correto. Então o termo 74 está no intervalo entre 120 até 125
(C) Nem todo professor é médico. É possível que todos os pro- O 74º termo é o número 121
fessores sejam médicos, uma vez que alguns médicos podem não
fumar, falso ok? 6º) Da mesma forma, 95 está 5 após 6 x 15
(D) Existem médicos não fumantes. Não se pode afirmar isso,
alguns não é a negação de todos, ok?
6 x 15 15 - 1 = 14 (140 até 145)
O termo 95 está no intervalo entre 150 até 155
RACIOCÍNIO SEQUENCIAL.
O 95º termo é o número 154
A lógica sequencial envolve a percepção e interpretação de
7º) Somando 121 + 154 = 275
objetos que induzem a uma sequência, buscando reconhecer essa
sequência e estabelecer sucessores a este objeto.
2. Analise a sequência a seguir:
Muitas vezes essas questões vêm atreladas com aspectos
aritméticos (sequências numéricas) ou geometria (construção de
4; 7; 13; 25; 49
certas figuras).
Não há como sistematizar este assunto, então iremos ver
Admitindo-se que a regularidade dessa sequência permaneça a
alguns exemplos para nos inspirar para que busquemos resolver
mesma para os números seguintes, é correto afirmar que o sétimo
demais questões.
termo será igual a?
Exemplos:
1º) Do primeiro termo para o segundo, estamos somando 3.
1 – A sequência de números a seguir foi construída com um
2º) Do segundo termo para o terceiro, estamos somando 6.
padrão lógico e é uma sequência ilimitada:
3º) Do terceiro termo para o quarto, estamos somando 12.
4º) Do quarto termo para o quinto, estamos somando 24.
0, 1, 2, 3, 4, 5, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 30,
5º) Podemos estabelecer o padrão que estamos multiplicando
31, 32, 33, 34, 35, 40, …
a soma anterior por 2.
6º) Assim, do quinto termo para o sexto, estaríamos somando
A partir dessas informações, identifique o termo da posição 74
48. E do sexto para o sétimo estaríamos somando 96
e o termo da posição 95. Qual a soma destes dois termos?
7º) Dessa forma, basta somarmos 49 com 48 e 96: 49 + 48 +
96 = 193
Vamos analisar esta sequência dada:
1º) Vemos que a sequência vai de 6 em 6 termos e pula para a
dezena seguinte

Os primeiros 6 termos vão de 0 a 5


Do 7º termo ao 12º termo: 10 a 15
13º termo ao 18º termo: 20 a 25

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RACIOCÍNIO LÓGICO

3 – Observe a sequência:

O padrão de formação dessa sequência permanece para as figuras seguintes. Desse modo, a figura que deve ocupar a 131ª posição
na sequência é idêntica à qual figura?
1º) Vemos que o padrão retorna para a origem a cada 7 termos.
2º) Os termos 14, 21, 28, 35, …, irão ser os mesmos que o padrão da 7ª figura.
3º) Os termos 8, 15, 22, 29, 36, …, irão ser os mesmos que o padrão da 1ª figura.
4º) Vamos então dividir 131 por 7 para descobrir essa equivalência.

131 : 7 = 18 (sobra 5)

5º) Justamente essa sobra, 5, será a posição equivalente.


Assim, a figura da 131ª posição é idêntica a figura da 5ª posição

CONECTIVOS LÓGICOS.

Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos.

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA EXEMPLOS


Negação ~ Não p A cadeira não é azul.
Conjunção ^ peq Fernando é médico e Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Inclu-
v p ou q Fernando é médico ou Nicolas é Engenheiro.
siva
Disjunção Exclu-
v Ou p ou q Ou Fernando é médico ou João é Engenheiro.
siva
Condicional → Se p então q Se Fernando é médico então Nicolas é Engenheiro.
p se e somente
Bicondicional ↔ Fernando é médico se e somente se Nicolas é Engenheiro.
se q

Conectivo “não” (~)


Chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F)
quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de p. Pela tabela verdade temos:

Conectivo “e” (˄)


Se p e q são duas proposições, a proposição p ˄ q será chamada de conjunção. Para a conjunção, tem-se a seguinte tabela-verdade:

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RACIOCÍNIO LÓGICO

No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das


proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das
proposições poderá ser verdadeiro

Conectivo “Se... então” (→)


Se p e q são duas proposições, a proposição p→q é chamada
subjunção ou condicional. Considere a seguinte subjunção: “Se fizer
sol, então irei à praia”.
1. Podem ocorrer as situações:
ATENÇÃO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão 2. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
o valor verdadeiro somente quando todas as sentenças, ou argu- 3. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
mentos lógicos, tiverem valores verdadeiros. 4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade)
5. Não fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade, pois eu não dis-
Conectivo “ou” (v) se o que faria se não fizesse sol. Assim, poderia ir ou não ir à praia).
Este inclusivo: Elisabete é bonita ou Elisabete é inteligente. Temos então sua tabela verdade:
(Nada impede que Elisabete seja bonita e inteligente).

Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando


Conectivo “ou” (v) a primeira proposição, p, for verdadeira e a segunda, q, for falsa.
Este exclusivo: Elisabete é paulista ou Elisabete é carioca. (Se
Elisabete é paulista, não será carioca e vice-versa). Conectivo “Se e somente se” (↔)
Se p e q são duas proposições, a proposição p↔q1 é chamada
bijunção ou bicondicional, que também pode ser lida como: “p é
condição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é condição
necessária e suficiente para p”.
Considere, agora, a seguinte bijunção: “Irei à praia se e somen-
te se fizer sol”. Podem ocorrer as situações:
1. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
2. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
3. Não fez sol e fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade). Sua tabela
verdade:
• Mais sobre o Conectivo “ou”
– “inclusivo”(considera os dois casos)
– “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

Exemplos:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa
No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das
proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das
proposições poderá ser verdadeira
Observe que uma bicondicional só é verdadeira quando as pro-
Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusi- posições formadoras são ambas falsas ou ambas verdadeiras.
vo”(considera apenas um dos casos)
Exemplo: ATENÇÃO: O importante sobre os conectivos é ter em mente a
R: Paulo é professor ou administrador tabela de cada um deles, para que assim você possa resolver qual-
S: Maria é jovem ou idosa quer questão referente ao assunto.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Ordem de precedência dos conectivos:


O critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivos ou operadores lógicos de uma expressão qualquer. A lógica matemática
prioriza as operações de acordo com a ordem listadas:

Em resumo:

Exemplo:
(PC/SP - DELEGADO DE POLÍCIA - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B

PROPOSIÇÕES LÓGICAS SIMPLES E COMPOSTAS.

A lógica proposicional é baseada justamente nas proposições e suas relações. Podemos ter dois tipos de proposições, simples ou
composta.
Em geral, uma proposição simples não utiliza conectivos (e; ou; se; se, e somente se). Enquanto a proposição composta são duas ou
mais proposições (simples) ligadas através destes conectivos.
Mas às vezes uma proposição composta é de difícil análise. “Carlos é professor e a moeda do Brasil é o Real”. Se Carlos não for
professor e a moeda do Brasil for o real, a proposição composta é verdadeira ou falsa? Temos uma proposição verdadeira e falsa? Como
podemos lidar com isso?
A melhor maneira de analisar estas proposições compostas é através de tabelas-verdades.

A tabela verdade é montada com todas as possibilidades que uma proposição pode assumir e suas combinações. Se quiséssemos
saber sobre uma proposição e sua negativa, teríamos a seguinte tabela verdade:

p ~p
V F
F V

A tabela verdade de uma conjunção (p ^ q) é a seguinte:

p q p^q
V V V

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RACIOCÍNIO LÓGICO

V F F
F V F
F F F

Todas as tabelas verdades são as seguintes:

p q p^q pvq p -> q p ⇔q p v. q


V V V V V V F
V F F V F F V
F V F V V F V
F F F F V V F

Note que quando tínhamos uma proposição, nossa tabela verdade resultou em uma tabela com 2 linhas e quando tínhamos duas
proposições nossa tabela era composta por 4 linhas.
A fórmula para o número de linhas se dá através de 2^n, onde n é o número de proposições.
Se tivéssemos a seguinte tabela verdade:

p q r p v q -> r

Mesmo sem preenchê-la, podemos afirmar que ela terá 2³ linhas, ou seja, 8 linhas.
Mais um exemplo:

p q p -> q ~p ~q ~q -> ~p
V V V F F V
V F F F V F
F V V V F V
F F V V V V

Note que o resultado de p->q é igual a ~q -> ~p (V-F-F-V). Quando isso acontece, diremos que as proposições compostas são logicamente
equivalentes (iguais).

Outro exemplo de como a tabela verdade pode nos ajudar a resolver certas proposições mais complicadas: Quero saber os resultados
para a proposição composta (p^q) -> pvq. O que vamos fazer primeiro é montar a tabela verdade para p^q e pvq.

p q p^q pvq
V V V V
V F F V
F V F V
F F F F

Agora que sabemos como nossos elementos se comportam, vamos relacionar com p->q:

p q p->q
V V V
V F F
F V V
F F V

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Desta forma, sabemos que a implicação que relaciona V com V resulta em V, e V com F resulta em F, e assim por diante.
Podemos então agora montar nossa tabela completa com todas estas informações:

p q p^q pvp p->q (p^q) -> pvq


V V V V V V
V F F V F V
F V F V V V
F F F F V V

O processo pode parecer trabalhoso, mas a prática faz com que seja rápida a montagem destas tabelas, chegando rapidamente na
análise da questão e com seu resultado prontamente obtido.

Geralmente, não é simples construir uma tabela verdade, algumas relações podem facilitar as análises. Uma delas são as Leis de
Morgan, que negam algumas relações. São elas:
– 1ª lei de Morgan: ¬(p^q) = (¬p) v (¬q)
– 2ª lei de Morgan: ¬(p v q) = (¬p) ^ (¬q)

Vejamos o exemplo para decifrar o que dizem estas leis:


p: Carlos é professor
q: a moeda do Brasil é o Real

Então, através de Morgan, negar p ^ q (Carlos é professor E a moeda do Brasil é o Real,) equivale a dizer, Carlos não é professor OU a
moeda do Brasil não é o real
Da mesma forma, negar p v q (Carlos é professor OU a moeda do Brasil é o Real) equivale a Carlos não é professor E a moeda do Brasil
não é o Real.

Estas leis podem parecer abstratas mas através da prática é possível familiarizar-se com elas, já que são importantes aliadas para
resolver diversas questões.

ELEMENTOS DE TEORIA DOS CONJUNTOS,

A teoria dos conjuntos é a teoria matemática capaz de agrupar elementos4.


Dessa forma, os elementos (que podem ser qualquer coisa: números, pessoas, frutas) são indicados por letra minúscula e definidos
como um dos componentes do conjunto.

Exemplo: o elemento “a” ou a pessoa “x”

Assim, enquanto os elementos do conjunto são indicados pela letra minúscula, os conjuntos, são representados por letras maiúsculas
e, normalmente, dentro de chaves ({ }).
Além disso, os elementos são separados por vírgula ou ponto e vírgula, por exemplo:
A = {a,e,i,o,u}

— Diagrama de Euler-Venn
No modelo de Diagrama de Euler-Venn (Diagrama de Venn), os conjuntos são representados graficamente:

4 https://www.todamateria.com.br/teoria-dos-conjuntos/
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RACIOCÍNIO LÓGICO

— Relação de Pertinência
A relação de pertinência é um conceito muito importante na
“Teoria dos Conjuntos”.
Ela indica se o elemento pertence (e) ou não pertence (ɇ) ao
determinado conjunto, por exemplo:
D = {w,x,y,z}
Logo:
w e D (w pertence ao conjunto D);
j ɇ D (j não pertence ao conjunto D).

— Relação de Inclusão
A relação de inclusão aponta se tal conjunto está contido (C),
não está contido (Ȼ) ou se um conjunto contém o outro (Ɔ), por
exemplo: A diferença entre conjuntos corresponde ao conjunto de
A = {a,e,i,o,u} elementos que estão no primeiro conjunto, e não aparecem no
B = {a,e,i,o,u,m,n,o} segundo, por exemplo:
C = {p,q,r,s,t} A = {a, b, c, d, e} – B = {b, c, d}

Logo: Logo:
A C B (A está contido em B, ou seja, todos os elementos de A A-B = {a,e}
estão em B);
C Ȼ B (C não está contido em B, na medida em que os elementos
do conjunto são diferentes);
B Ɔ A (B contém A, donde os elementos de A estão em B).

— Conjunto Vazio
O conjunto vazio é o conjunto em que não há elementos; é
representado por duas chaves { } ou pelo símbolo Ø. Note que o
conjunto vazio está contido (C) em todos os conjuntos.

— União, Intersecção e Diferença entre Conjuntos


A união dos conjuntos, representada pela letra (U), corresponde
a união dos elementos de dois conjuntos, por exemplo: — Igualdade dos Conjuntos
A = {a,e,i,o,u} Na igualdade dos conjuntos, os elementos de dois conjuntos
B = {1,2,3,4} são idênticos, por exemplo nos conjuntos A e B:
A = {1,2,3,4,5}
Logo: B = {3,5,4,1,2}
AB = {a,e,i,o,u,1,2,3,4}.
Logo:
A = B (A igual a B).

— Conjuntos Numéricos
Os conjuntos numéricos são formados pelos:
- Números Naturais: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12...}.
- Números Inteiros: Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3...}.
- Números Racionais: Q = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,4,5,6...}.
- Números Irracionais: I = {..., √2, √3, √7, 3, 141592…}.
- Números Reais (R): N (números naturais) + Z (números
inteiros) + Q (números racionais) + I (números irracionais).

A intersecção dos conjuntos, representada pelo símbolo (∩), ANÁLISE COMBINATÓRIA E PROBABILIDADE
corresponde aos elementos em comum de dois conjuntos, por
exemplo:
C = {a, b, c, d, e} ∩ D = {b, c, d} A análise combinatória ou combinatória é a parte da
Matemática que estuda métodos e técnicas que permitem resolver
Logo: problemas relacionados com contagem5.
CD = {b, c, d}

5 https://www.todamateria.com.br/analise-combinatoria/
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Muito utilizada nos estudos sobre probabilidade, ela faz análise das possibilidades e das combinações possíveis entre um conjunto de
elementos.

— Princípio Fundamental da Contagem


O princípio fundamental da contagem, também chamado de princípio multiplicativo, postula que:
“quando um evento é composto por n etapas sucessivas e independentes, de tal modo que as possibilidades da primeira etapa é x e as
possibilidades da segunda etapa é y, resulta no número total de possibilidades de o evento ocorrer, dado pelo produto (x) . (y)”.

Em resumo, no princípio fundamental da contagem, multiplica-se o número de opções entre as escolhas que lhe são apresentadas.
Exemplo: Uma lanchonete vende uma promoção de lanche a um preço único. No lanche, estão incluídos um sanduíche, uma bebida
e uma sobremesa. São oferecidas três opções de sanduíches: hambúrguer especial, sanduíche vegetariano e cachorro-quente completo.
Como opção de bebida pode-se escolher 2 tipos: suco de maçã ou guaraná. Para a sobremesa, existem quatro opções: cupcake de cereja,
cupcake de chocolate, cupcake de morango e cupcake de baunilha. Considerando todas as opções oferecidas, de quantas maneiras um
cliente pode escolher o seu lanche?

Solução: Podemos começar a resolução do problema apresentado, construindo uma árvore de possibilidades, conforme ilustrado
abaixo:

Acompanhando o diagrama, podemos diretamente contar quantos tipos diferentes de lanches podemos escolher. Assim, identificamos
que existem 24 combinações possíveis.
Podemos ainda resolver o problema usando o princípio multiplicativo. Para saber quais as diferentes possibilidades de lanches, basta
multiplicar o número de opções de sanduíches, bebidas e sobremesa.
Total de possibilidades: 3.2.4 = 24.
Portanto, temos 24 tipos diferentes de lanches para escolher na promoção.

— Tipos de Combinatória
O princípio fundamental da contagem pode ser usado em grande parte dos problemas relacionados com contagem. Entretanto, em
algumas situações seu uso torna a resolução muito trabalhosa.
Desta maneira, usamos algumas técnicas para resolver problemas com determinadas características. Basicamente há três tipos de
agrupamentos: arranjos, combinações e permutações.
Antes de conhecermos melhor esses procedimentos de cálculo, precisamos definir uma ferramenta muito utilizada em problemas de
contagem, que é o fatorial.
O fatorial de um número natural é definido como o produto deste número por todos os seus antecessores. Utilizamos o símbolo ! para
indicar o fatorial de um número.
Define-se ainda que o fatorial de zero é igual a 1.
Exemplo:
0! = 1.
1! = 1.
3! = 3.2.1 = 6.
7! = 7.6.5.4.3.2.1 = 5.040.
10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1 = 3.628.800.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Note que o valor do fatorial cresce rapidamente, conforme


cresce o número. Então, frequentemente usamos simplificações
para efetuar os cálculos de análise combinatória.

— Arranjos Exemplo: A fim de exemplificar, podemos pensar na escolha de


Nos arranjos, os agrupamentos dos elementos dependem da 3 membros para formar uma comissão organizadora de um evento,
ordem e da natureza dos mesmos. dentre as 10 pessoas que se candidataram.
Para obter o arranjo simples de n elementos tomados, p a p (p De quantas maneiras distintas essa comissão poderá ser
≤ n), utiliza-se a seguinte expressão: formada?
Note que, ao contrário dos arranjos, nas combinações a ordem
dos elementos não é relevante. Isso quer dizer que escolher Maria,
João e José é equivalente a escolher João, José e Maria.

Exemplo: Como exemplo de arranjo, podemos pensar na


votação para escolher um representante e um vice-representante
de uma turma, com 20 alunos. Sendo que o mais votado será o
representante e o segundo mais votado o vice-representante.
Dessa forma, de quantas maneiras distintas a escolha poderá Observe que para simplificar os cálculos, transformamos
ser feita? Observe que nesse caso, a ordem é importante, visto que o fatorial de 10 em produto, mas conservamos o fatorial de 7,
altera o resultado. pois, desta forma, foi possível simplificar com o fatorial de 7 do
denominador.
Assim, existem 120 maneiras distintas formar a comissão.

— Probabilidade e Análise Combinatória


A Probabilidade permite analisar ou calcular as chances de
obter determinado resultado diante de um experimento aleatório.
Logo, o arranjo pode ser feito de 380 maneiras diferentes.
São exemplos as chances de um número sair em um lançamento de
dados ou a possibilidade de ganhar na loteria.
— Permutações
A partir disso, a probabilidade é determinada pela razão entre
As permutações são agrupamentos ordenados, onde o número
o número de eventos possíveis e número de eventos favoráveis,
de elementos (n) do agrupamento é igual ao número de elementos
sendo apresentada pela seguinte expressão:
disponíveis.
Note que a permutação é um caso especial de arranjo, quando
o número de elementos é igual ao número de agrupamentos.
Desta maneira, o denominador na fórmula do arranjo é igual a 1
na permutação.
Assim a permutação é expressa pela fórmula: Sendo:
P (A): probabilidade de ocorrer um evento A.
n (A): número de resultados favoráveis.
n (Ω): número total de resultados possíveis.
Exemplo: Para exemplificar, vamos pensar de quantas maneiras
diferentes 6 pessoas podem se sentar em um banco com 6 lugares. Para encontrar o número de casos possíveis e favoráveis,
Como a ordem em que irão se sentar é importante e o número muitas vezes necessitamos recorrer as fórmulas estudadas em
de lugares é igual ao número de pessoas, iremos usar a permutação: análise combinatória.
Exemplo: Qual a probabilidade de um apostador ganhar o
prêmio máximo da Mega-Sena, fazendo uma aposta mínima, ou
seja, apostar exatamente nos seis números sorteados?
Logo, existem 720 maneiras diferentes para as 6 pessoas se
sentarem neste banco. Solução: Como vimos, a probabilidade é calculada pela razão
entre os casos favoráveis e os casos possíveis. Nesta situação, temos
— Combinações apenas um caso favorável, ou seja, apostar exatamente nos seis
As combinações são subconjuntos em que a ordem dos números sorteados.
elementos não é importante, entretanto, são caracterizadas pela Já o número de casos possíveis é calculado levando em
natureza dos mesmos. consideração que serão sorteados, ao acaso, 6 números, não
Assim, para calcular uma combinação simples de n elementos importando a ordem, de um total de 60 números.
tomados p a p (p ≤ n), utiliza-se a seguinte expressão: Para fazer esse cálculo, usaremos a fórmula de combinação,
conforme indicado abaixo:

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Assim, existem 50 063 860 modos distintos de sair o resultado. A probabilidade de acertarmos então será calculada como:

— Probabilidade
A teoria da probabilidade é o campo da Matemática que estuda experimentos ou fenômenos aleatórios e através dela é possível
analisar as chances de um determinado evento ocorrer6.
Quando calculamos a probabilidade, estamos associando um grau de confiança na ocorrência dos resultados possíveis de experimentos,
cujos resultados não podem ser determinados antecipadamente. Probabilidade é a medida da chance de algo acontecer.
Desta forma, o cálculo da probabilidade associa a ocorrência de um resultado a um valor que varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de
1 estiver o resultado, maior é a certeza da sua ocorrência.
Por exemplo, podemos calcular a probabilidade de uma pessoa comprar um bilhete da loteria premiado ou conhecer as chances de
um casal ter 5 filhos, todos meninos.

— Experimento Aleatório
Um experimento aleatório é aquele que não é possível conhecer qual resultado será encontrado antes de realizá-lo.
Os acontecimentos deste tipo quando repetidos nas mesmas condições, podem dar resultados diferentes e essa inconstância é
atribuída ao acaso.
Um exemplo de experimento aleatório é jogar um dado não viciado (dado que apresenta uma distribuição homogênea de massa) para
o alto. Ao cair, não é possível prever com total certeza qual das 6 faces estará voltada para cima.

— Fórmula da Probabilidade
Em um fenômeno aleatório, as possibilidades de ocorrência de um evento são igualmente prováveis.
Sendo assim, podemos encontrar a probabilidade de ocorrer um determinado resultado através da divisão entre o número de eventos
favoráveis e o número total de resultados possíveis:

Sendo:
P(A): probabilidade da ocorrência de um evento A.
n(A): número de casos favoráveis ou, que nos interessam (evento A).
n(Ω): número total de casos possíveis.

O resultado calculado também é conhecido como probabilidade teórica.


Para expressar a probabilidade na forma de porcentagem, basta multiplicar o resultado por 100.

Exemplo: Se lançarmos um dado perfeito, qual a probabilidade de sair um número menor que 3?

Solução: Sendo o dado perfeito, todas as 6 faces têm a mesma chance de caírem voltadas para cima. Vamos então, aplicar a fórmula
da probabilidade.
Para isso, devemos considerar que temos 6 casos possíveis (1, 2, 3, 4, 5, 6) e que o evento “sair um número menor que 3” tem 2
possibilidades, ou seja, sair o número 1 ou 2. Assim, temos:

6 https://www.todamateria.com.br/probabilidade/
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O conjunto do evento é igual ao espaço amostral.


Exemplo: Em uma delegação feminina de atletas, uma ser
sorteada ao acaso e ser mulher.

Evento Impossível
O conjunto do evento é vazio.

Exemplo: Imagine que temos uma caixa com bolas numeradas


de 1 a 20 e que todas as bolas são vermelhas.
Para responder na forma de uma porcentagem, basta
multiplicar por 100. O evento “tirar uma bola vermelha” é um evento certo, pois
todas as bolas da caixa são desta cor. Já o evento “tirar um número
maior que 30”, é impossível, visto que o maior número na caixa é
20.
Portanto, a probabilidade de sair um número menor que 3 é
de 33%. Evento Complementar
Os conjuntos de dois eventos formam todo o espaço amostral,
— Ponto Amostral sendo um evento complementar ao outro.
Ponto amostral é cada resultado possível gerado por um
experimento aleatório. Exemplo: No experimento lançar uma moeda, o espaço
amostral é Ω = {cara, coroa}.
Exemplo: Seja o experimento aleatório lançar uma moeda e
verificar a face voltada para cima, temos os pontos amostrais cara e Seja o evento A sair cara, A = {cara}, o evento B sair coroa é
coroa. Cada resultado é um ponto amostral. complementar ao evento A, pois, B={coroa}. Juntos formam o
próprio espaço amostral.
— Espaço Amostral
Representado pela letra Ω(ômega), o espaço amostral Evento Mutuamente Exclusivo
corresponde ao conjunto de todos os pontos amostrais, ou, Os conjuntos dos eventos não possuem elementos em comum.
resultados possíveis obtidos a partir de um experimento aleatório. A intersecção entre os dois conjuntos é vazia.
Por exemplo, ao retirar ao acaso uma carta de um baralho,
o espaço amostral corresponde às 52 cartas que compõem este Exemplo: Seja o experimento lançar um dado, os seguintes
baralho. eventos são mutuamente exclusivos
Da mesma forma, o espaço amostral ao lançar uma vez um A: ocorrer um número menor que 5, A = {1, 2, 3, 4}.
dado, são as seis faces que o compõem: B: ocorrer um número maior que 5, A = {6}.
Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
— Probabilidade Condicional
A quantidade de elementos em um conjunto chama-se A probabilidade condicional relaciona as probabilidades entre
cardinalidade, expressa pela letra n seguida do símbolo do conjunto eventos de um espaço amostral equiprovável. Nestas circunstâncias,
entre parênteses. a ocorrência do evento A, depende ou, está condicionada a
Assim, a cardinalidade do espaço amostral do experimento ocorrência do evento B.
lançar um dado é n(Ω) = 6. A probabilidade do evento A dado o evento B é definida por:

— Espaço Amostral Equiprovável


Equiprovável significa mesma probabilidade. Em um espaço
amostral equiprovável, cada ponto amostral possui a mesma
probabilidade de ocorrência.
Onde o evento B não pode ser vazio.
Exemplo: Em uma urna com 4 esferas de cores: amarela, azul,
preta e branca, ao sortear uma ao acaso, quais as probabilidades de Exemplo de caso de probabilidade condicional: Em um encontro
ocorrência de cada uma ser sorteada? de colaboradores de uma empresa que atua na França e no Brasil,
um sorteio será realizado e um dos colaboradores receberá um
Sendo experimento honesto, todas as cores possuem a mesma prêmio. Há apenas colaboradores franceses e brasileiros, homens
chance de serem sorteadas. e mulheres.

— Tipos de Eventos Como evento de probabilidade condicional, podemos associar


Evento é qualquer subconjunto do espaço amostral de um a probabilidade de sortear uma mulher (evento A) dado que seja
experimento aleatório. francesa (evento B).
Neste caso, queremos saber a probabilidade de ocorrer A (ser
Evento certo mulher), apenas se for francesa (evento B).

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RACIOCÍNIO LÓGICO

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COM FRAÇÕES

Fração é todo número que pode ser escrito da seguinte forma


a/b, com b≠0. Sendo a o numerador e b o denominador. Uma fração
é uma divisão em partes iguais. Observe a figura:
O MMC entre os denominadores (3,2) = 6

• Multiplicação e Divisão
Multiplicação: É produto dos numerados pelos denominadores
dados. Ex.:
O numerador indica quantas partes tomamos do total que foi
dividida a unidade. – Divisão: É igual a primeira fração multiplicada pelo inverso da
O denominador indica quantas partes iguais foi dividida a uni- segunda fração. Ex.:
dade.
Lê-se: um quarto.

Atenção:
• Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, quar-
tos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos e décimos.
• Frações com denominadores potências de 10: décimos, cen-
tésimos, milésimos, décimos de milésimos, centésimos de milési-
mos etc. Obs.: Sempre que possível podemos simplificar o resultado da
• Denominadores diferentes dos citados anteriormente: Enun- fração resultante de forma a torna-la irredutível.
cia-se o numerador e, em seguida, o denominador seguido da pa-
lavra “avos”. Exemplo:
(EBSERH/HUPES – UFBA – TÉCNICO EM INFORMÁTICA – IADES)
Tipos de frações O suco de três garrafas iguais foi dividido igualmente entre 5 pesso-
– Frações Próprias: Numerador é menor que o denominador. as. Cada uma recebeu
Ex.: 7/15
– Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao denomi- (A)
nador. Ex.: 7/6
– Frações aparentes: Numerador é múltiplo do denominador.
As mesmas pertencem também ao grupo das frações impróprias.
Ex.: 6/3
– Frações mistas: Números compostos de uma parte inteira e (B)
outra fracionária. Podemos transformar uma fração imprópria na
forma mista e vice e versa. Ex.: 1 1/12 (um inteiro e um doze avos)
– Frações equivalentes: Duas ou mais frações que apresentam
a mesma parte da unidade. Ex.: 2/4 = 1/2 (C)
– Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o denomi-
nador são primos entre si. Ex.: 5/11 ;

Operações com frações (D)


• Adição e Subtração
Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador e so-
ma-se ou subtrai-se os numeradores. (E)

Resolução:
Se cada garrafa contém X litros de suco, e eu tenho 3 garrafas,
então o total será de 3X litros de suco. Precisamos dividir essa quan-
tidade de suco (em litros) para 5 pessoas, logo teremos:
Com denominadores diferentes: é necessário reduzir ao mes-
mo denominador através do MMC entre os denominadores. Usa-
mos tanto na adição quanto na subtração.

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Onde x é litros de suco, assim a fração que cada um recebeu de


suco é de 3/5 de suco da garrafa.

Resposta: B

CONJUNTOS

Um conteúdo matemático comum de ser associado com a


temática da lógica é a Teoria de Conjuntos. Veremos que podemos
estabelecer diversas relações entre os temas, enriquecendo ainda
mais nosso repertório de abordagem para as questões. Mas
primeiro devemos entender do que se trata um conjunto.
Um conjunto é uma coleção de objetos quaisquer. Podem ou
não seguir alguma lógica para se formarem. Podemos elencar um
conjunto através de enumerar seus objetos (um conjunto formado
por parafuso, prego e uma chave de fenda), ou a partir de uma
“lei” (conjunto de ferramentas que tenho em casa: chave de fenda,
furadeira, chave inglesa, entre outras). Além disso, cada um desses
Fonte: Autor
objetos pertencentes a um conjunto iremos chamar de elemento.
Assim, um conjunto é formado por uma coleção de elementos.
Neste caso, dizemos que o conjunto E é um subconjunto do
Iremos chamar os conjuntos através de letras maiúsculas (A, B,
conjunto D.
C, X, Y, Z, …), enquanto que seus elementos por letras minúsculas
Dessa forma, dizemos que um conjunto X está contido em outro
(a, b, c, …).
Y quando todos seus elementos de Y também são elementos de X,
mas o contrário não vale (no nosso exemplo, abacaxi e maracujá
fazem parte de D, mas milho e quindim não fazem parte de E).
Para tudo isso que vimos, há uma simbologia apropriada.
Para indicar que um elemento está no conjunto (que pertence ao
conjunto) utilizamos o signo ∈, quando ele não está no conjunto
(quando não pertence), utilizamos o mesmo sinal, mas cortado, ∉.

Pedra ∈ A (o elemento Pedra pertence ao conjunto A)


Jeans ∉ A (o elemento Jeans não pertence ao conjunto A)
Quindim ∉ D
Quindim ∉ E

Fonte: autor E além de elementos, podemos fazer o mesmo para conjuntos,


através dos símbolos ⊂ (contido), ⊄ (não contido), ⊃ (contém) e ⊅
Podemos listar que Pedra, Rubi, Esmeralda, Pérola e Diamante (não contém).
pertencem a esse conjunto A, enquanto Pente, Jeans e Acerola não
pertencem. D ⊃ E (o conjunto D contém o subconjunto E)
Simbolicamente, podemos definir o conjunto A enumerando E ⊂ D (o conjunto E está contido em D)
seus elementos da seguinte forma: A ⊅ D (o conjunto A não contém o conjunto D)
A = {Pedra; Rubi; Esmeralda; Diamante; Pérola}. D ⊄ E (o conjunto D não está contido no conjunto E)

Podemos ter também subconjuntos, ou seja, um conjunto Repare que os símbolos são muito próximos, sempre voltados
dentro de outro. Se criássemos um conjunto onde seus elementos ao “conjunto principal” que se referem. Mais uma vez, tanto os
são alimentos amarelos, poderíamos agrupar seus elementos e símbolos de pertencimento quanto os de contenção fazem alusão
obter um subconjunto com frutas amarelas. a linguagem oral.
Além destes símbolos, temos também outros que, tais quais
os conectivos lógicos, se assemelham a certas estruturas, são eles:
união, intersecção e diferença.

União (∪)
É a “soma” entre dois ou mais conjuntos, unindo-os.

G = conjunto dos números pares


F= conjunto dos números menores que 10
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RACIOCÍNIO LÓGICO

G ∪ F = {1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9; 10; 12; 14; 16; 18; …}

Fonte: autor

À esquerda temos a representação de G-F, enquanto que à direita


temos F-G.

Um tipo específico de conjuntos são os conjuntos numéricos,


conjuntos os quais seus elementos são números (conjunto dos
números pares, conjunto dos números inteiros).
Fonte: Autor
Os principais conjuntos numéricos são:
Representação da união entre conjuntos
Conjunto dos números naturais - números positivos
Intersecção (∩) ℕ = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; …)
São os elementos comuns entre os conjuntos (há nos dois ao
mesmo tempo) Conjunto dos números inteiros - números positivos e negativos
ℤ = {...; -3; -2; -1; 0; 1; 2; 3; …}
G = conjunto dos números pares
F= conjunto dos números menores que 10 Conjunto dos números racionais - números que podem ser
G ∩ F = {2; 4; 6; 8} escritos como uma fração (razão), ou seja, números com vírgulas,
dízimas periódicas, números inteiros.
ℚ = {...; -½; …; -0,25; …; 0; 3; 0,222222222222…; …}

Conjunto dos números irracionais - números que não podem


ser escritos como uma fração, ou seja, números que resultam em
dízimas não periódicas.
𝕀 = {...; √ 2; π; 7,135794613…; …}

Conjunto dos números reais - união entre o conjunto dos


números racionais e dos números irracionais.
ℝ=𝕀∪ℚ

Interessante notar que estamos aumentando o escopo dos


conjuntos numéricos, podendo assim fazer a seguinte representação
Fonte: autor por diagrama destes conjuntos todos:

Representação da intersecção entre conjuntos

Diferença ( — )
São os elementos que um conjunto não tem em comum com
outro. Nos nossos exemplos, G — F seria pensar o que há em G que
não há em F?, assim como F — G seria o que há em F que não há
em G?

G = conjunto dos números pares


F= conjunto dos números menores que 10
G — F = {10; 12; 14; 16; 18; …}
F — G = {1; 3; 5; 7; 9}

Ou seja, em G — F, tirei os elementos de F de G (tirei os números Fonte: Autor


menores que 10 do conjunto de todos os números pares, tirando
assim os números 2; 4; 6 e 8.

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RACIOCÍNIO LÓGICO

Vimos então o quão prático é a representação de conjuntos 2º passo: dividir o resultado anterior por 100.
através de diagramas, fazendo ficar muito mais intuitivo as operações
e estabelecer relações entre os elementos e os subconjuntos devido
ao apelo visual.

Por fim, iremos ver uma equação que nos será muito útil para
Calculando Porcentagem de Forma Rápida
contar elementos de um conjunto quando ocorre uma união:
Alguns cálculos podem levar muito tempo na hora de fazer uma
A∪B=A+B-A∩B
prova. Pensando nisso, trouxemos dois métodos que te ajudarão a
fazer porcentagem de maneira mais rápida.
Lemos esta expressão como o número de elementos da união
entre A e B (A ∪ B) é igual a soma do número de elemento de A com
Método 1: Calcular porcentagem utilizando o 1%
o número de elementos de B - a intersecção entre A e B (A ∩ B).
Você também tem como calcular porcentagem rapidamente
Pode parecer complicada esta equação, mas pense assim.
utilizando o correspondente a 1% do valor.
Quando somo os elementos de A com os de B, pode ser que
existam elementos repetidos entre estes conjuntos, estes elementos
Vamos continuar usando o exemplo do 20% de 200 para
repetidos são justamente a intersecção. Quando a tiramos, tiramos
aprender essa técnica.
esta repetição e obtemos então o número exato de elementos da
1º passo: dividir o valor por 100 e encontrar o resultado que
união entre A e B.
representa 1%.

PORCENTAGENS

A porcentagem representa uma razão cujo denominador é


2º passo: multiplicar o valor que representa 1% pela
100, ou seja, . porcentagem que se quer descobrir.

O termo por cento é abreviado usando o símbolo %, que 2 x 20 = 40


significa dividir por 100 e, por isso, essa razão também é chamada
de razão centesimal ou percentual7. Chegamos mais uma vez à conclusão que 20% de 200 é 40.
Saber calcular porcentagem é importante para resolver
problemas matemáticos, principalmente na matemática financeira Método 2: Calcular porcentagem utilizando frações
para calcular descontos, juros, lucro, e assim por diante. equivalentes
As frações equivalentes representam a mesma porção do todo
— Calculando Porcentagem de um Valor e podem ser encontradas dividindo o numerador e o denominador
Para saber o percentual de um valor basta multiplicar a razão da fração pelo mesmo número natural.
centesimal correspondente à porcentagem pela quantidade total.
Exemplo: para descobrir quanto é 20% de 200, realizamos a
seguinte operação: Veja como encontrar a fração equivalente de .

Se a fração equivalente de é , então para calcular


20% de um valor basta dividi-lo por 5. Veja como fazer:
Generalizando, podemos criar uma fórmula para conta de
porcentagem:

— Calcular porcentagem de aumentos e descontos


Se preferir, você pode fazer o cálculo de porcentagem da Aumentos e descontos percentuais podem ser calculados
seguinte forma: utilizando o fator de multiplicação ou fator multiplicativo.
1º passo: multiplicar o percentual pelo valor.

20 x 200 = 4.000
7 https://www.todamateria.com.br/calcular-porcentagem/
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SEQUÊNCIAS COM NÚMEROS, FIGURAS, PALAVRAS.

Essa fórmula é diferente para acréscimo e decréscimo no preço


de um produto, ou seja, o resultado será fatores diferentes. Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado
em tópicos anteriores.
Fator multiplicativo para aumento em um valor
Quando um produto recebe um aumento, o fator de
multiplicação é dado por uma soma. QUESTÕES
Fator de multiplicação = 1 + i.

Exemplo: Foi feito um aumento de 25% em uma mercadoria 1. CAU/SE - AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO - IADES/2022)
que custava R$ 100. O valor final da mercadoria pode ser calculado Em uma empresa de arquitetura, há 10 arquitetos, entre os
da seguinte forma: quais 60% são paisagistas. Dois paisagistas serão escolhidos para
realizar um projeto urbanístico. Quantas escolhas distintas poderão
1º passo: encontrar a taxa de variação. ser feitas para selecionar os dois arquitetos?
(A) 10
(B) 12
(C) 15
(D) 18
(E) 21
2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo. 2. CÂMARA DE IPIRANGA DO NORTE/MT - ASSISTENTE
Fator de multiplicação = 1 + 0,25. ADMINISTRATIVO - OBJETIVA/2022
Fator de multiplicação = 1,25. Sabendo-se que uma urna contém 10 bolas coloridas, de modo
que 5 são azuis, 3 vermelhas e 2 verdes, qual a probabilidade de,
3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo. ao retirar 2 bolas dessa caixa, sem reposição entre as retiradas, elas
serem uma vermelha e uma azul?
100 x 1,25 = 125 reais. (A) 1/3
(B) 1/4
Um acréscimo de 25% fará com que o valor final da mercadoria (C) 1/5
seja R$ 125. (D) 1/6
Fator multiplicativo para desconto em um valor 3. PREFEITURA DE BAURU/SP - PROFESSOR SUBSTITUTO DE
Para calcular um desconto de um produto, a fórmula do fator EDUCAÇÃO BÁSICA - PREFEITURA DE BAURU/SP/2021
multiplicativo envolve uma subtração. Na Escola Municipal Cinderela 8 alunos ganharam um prêmio,
Fator de multiplicação = 1 - 0,25. por participarem de uma gincana. Havia um fotógrafo para registrar
o momento. De quantas maneiras diferentes os 8 alunos podem
Exemplo: Ao aplicar um desconto de 25% em uma mercadoria tirar a foto sentados no banco da praça?
que custa R$ 100, qual o valor final da mercadoria? (A) 40.320 fotos
1º passo: encontrar a taxa de variação. (B) 64.000 fotos
(C) 30 fotos
(D) 67.349 fotos

4. PREFEITURA DE HORIZONTINA/RS - ANALISTA DE SUPORTE


DE INFORMÁTICA - OBJETIVA/2021
2º passo: aplicar a taxa na fórmula do fator multiplicativo. Para finalizar sua fantasia, Pedro precisa escolher uma peruca
Fator de multiplicação = 1 - 0,25. e uma máscara. Ao chegar à loja, ele poderia comprar 5 tipos de
Fator de multiplicação = 0,75. perucas diferentes e 7 máscaras diferentes. Sabendo‐se que ele
pretende comprar apenas uma peruca e uma máscara, ao todo, de
3º passo: multiplicar o valor inicial pelo fator multiplicativo. quantos modos distintos ele pode fazer essa escolha?
(A) 35
100 x 0,75 = 75 reais. (B) 30
(C) 25
(D) 20
(E) 10

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5. PREFEITURA DE RIO AZUL/PR - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO 9. PREFEITURA DE VICTOR GRAEFF/RS - PROFESSOR - OBJETI-
- FAUEL/2021 VA/2021
Uma família de 15 pessoas fez um amigo secreto para as festas Sabendo-se que a razão entre a altura de certa árvore e a
de fim de ano. Para a realização do sorteio do amigo secreto, projeção de sua sombra é igual a 3/4 e que a sua sombra mede
escreveram os nomes de todos os 15 membros da família em papeis, 1,6m, ao todo, qual a altura dessa árvore?
dobraram-nos e colocaram em um saco opaco para sorteio. Luis, (A) 1m
membro da família, foi o primeiro a sortear. Qual a probabilidade (B) 1,1m
de Luis sortear a si mesmo? (C) 1,2m
(A) 1/15 (D) 1,3m
(B) 1/14
(C) 15/15 10. PREFEITURA DE JARDINÓPOLIS/SC - FISCAL DE VIGILÂNCIA
(D) 14/15 SANITÁRIA - GS ASSESSORIA E CONCURSOS/2021
Na construção de um muro 8 pedreiros levaram 12 dias para
6. GASBRASILIANO - ECONOMISTA JÚNIOR - IESES conclui-lo. Se a disponibilidade para fazer esse muro fosse de 6
Assinale a alternativa INCORRETA sobre a Teoria dos Conjuntos homens em quanto tempo estaria concluído?
(A) O conjunto vazio pertence a todos os conjuntos. (A) 16
(B) Um conjunto pode ser representado pelo Diagrama de (B) 14
Venn. (C) 20
(C) Uma amostra é um subconjunto da população. (D) 21
(D) Chama-se intersecção ao conjunto formado pelos elemen- (E) 18
tos comuns a dois conjuntos.
11. PREFEITURA DE PIRACICABA/SP - PROFESSOR -
7. CRA/SC - ADVOGADO - IESES VUNESP/2020
Leia as frases abaixo sobre a teoria dos conjuntos: Uma escola tem aulas nos períodos matutino e vespertino.
I. {0, 1, 2, 3, 5} pertencem ao conjunto dos Números Naturais. Nessa escola, estudam 400 alunos, sendo o número de alunos do
II. A raiz quadrada de 2 é um Número Irracional. período vespertino igual a 2/3 do número de alunos do período
III. Os Números Reais são formados pela intersecção dos matutino. A razão entre o número de alunos do período vespertino
Números Racionais e os Irracionais. e o número total de alunos dessa escola é:
IV. Todo número inteiro não positivo pertence ao conjunto dos (A) 1/4
Números Naturais. (B) 1/3
(C) 2/5
A sequência correta é: (D) 3/5
(A) Apenas as assertivas I e II estão corretas. (E) 2/3
(B) Apenas as assertivas II e III estão corretas.
(C) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. 12. UEPA - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - FADESP/2020
(D) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. Doze funcionários de um escritório de contabilidade trabalham
8 horas por dia, durante 25 dias, para atender a um certo número de
8. AVAREPREV/SP - OFICIAL DE MANUTENÇÃO E SERVIÇOS - clientes. Se dois funcionários adoecem e precisam ser afastados por
VUNESP/2020 tempo indeterminado, o total de dias que os funcionários restantes
Paulo vai alugar um carro e pesquisou os preços em duas levarão para atender ao mesmo número de pessoas, trabalhando 2
agências. A tabela a seguir apresenta os valores cobrados para a horas a mais por dia, no mesmo ritmo de trabalho, será de:
locação de um mesmo tipo de carro nessas duas agências. (A) 23 dias.
Agência Taxa inicial Taxa por quilômetro rodado (B) 24 dias.
I R$ 40,00 R$ 8,00 (C) 25 dias.
II R$ 20,00 R$ 5,00 (D) 26 dias.

O valor do aluguel é calculado somando-se a taxa inicial com 13. PREFEITURA DE SÃO ROQUE/SP - INSPETOR DE ALUNOS -
o valor correspondente ao total de quilômetros rodados. Se Paulo VUNESP/2020
escolher a agência II e rodar 68 km, ele pagará pelo aluguel a Seu José cria 36 galinhas em seu sítio. Se todas as galinhas
quantia de botarem 1 ovo por dia, em uma semana, o total de ovos que as
(A) R$ 360,00. galinhas terão botado é:
(B) R$ 420,00. (A) 15 dúzias.
(C) R$ 475,00. (B) 18 dúzias.
(D) R$ 584,00. (C) 21 dúzias.
(D) 24 dúzias.
(E) 30 dúzias.

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14. PREFEITURA DE MINISTRO ANDREAZZA/RO - AGENTE AD- 18. Dizer que “André é artista ou Bernardo não é engenheiro”
MINISTRATIVO - IBADE/2020 é logicamente equivalente a dizer que:
Em uma determinada loja de departamentos, o fogão custava (A) André é artista se e somente Bernardo não é engenheiro.
R$ 400,00. Após negociação o vendedor aplicou um desconto de R$ (B) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.
25,00. O valor percentual de desconto foi de: (C) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro.
(A) 5,57% (D) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.
(B) 8,75% (E) André não é artista e Bernardo é engenheiro.
(C) 12,15%
(D) 6,25% 19. Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista,” é do
(E) 6,05% ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que:
(A) Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
15. (VUNESP - Esc (TJ SP)/TJ SP/”Capital e Interior”/2021) (B) Se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro.
(C) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista.
Observe o diagrama a seguir. (D) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista.
(E) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista.

20. IBGE – 2022- Sabendo que o valor lógico da proposição


simples p: “Carlos acompanhou o trabalho da equipe” é verdadeira
e que o valor lógico da proposição simples q: “O recenseador visitou
todos os locais” é falso, então é correto afirmar que o valor lógico
da proposição composta:
(A) p disjunção q é falso
(B) p conjunção q é falso
A partir das informações fornecidas pelo diagrama, conclui- se (C) p condicional q é verdade
que a única afirmação verdadeira é: (D) p bicondicional q é verdade
(A) Os cantores pianistas são dançarinos. (E) p disjunção exclusiva q é falso
(B) Todo pianista é cantor ou dançarino.
(C) Os pianistas que não são dançarinos são cantores. 21. PC – BA- “O acidente foi investigado e o autor foi
(D) Todo cantor é pianista. encontrado”. De acordo com a lógica proposicional, a negação da
(E) Os dançarinos que são pianistas são cantores. frase é descrita como:
(A) “o acidente não foi investigado e o autor não foi encontra-
16. FCC - 2023 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - do”
Área Administrativa- Três candidatos A, B e C receberam um total (B) “o acidente não foi investigado ou o autor não foi encon-
de 400 votos em uma eleição em que 25% dos eleitores era do sexo trado”
feminino. Cada um dos três candidatos recebeu 1/3 do total de (C) “o acidente não foi investigado e o autor foi encontrado”
votos dos eleitores do sexo masculino. O candidato A recebeu 40% (D) “o acidente foi investigado e o autor não foi encontrado”
dos votos femininos; o candidato B obteve 10 votos a mais do que o (E) “o acidente não foi investigado ou o autor foi encontrado”
candidato C. O total de votos do candidato menos votado foi:
(A) 135 22. CRF – GO 2022- Julgue o item:
(B) 125 A frase “Dois mil mais vinte mais dois” não é uma proposição.
(C) 140 ( ) CERTO
(D) 150 ( ) ERRADO
(E) 145
23. IBGE – 2022
17. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Renato De acordo com a proposição lógica a frase “Se o coordenador
falou a verdade quando disse: realizou a previsão orçamentária, então o trabalho foi realizado
• Corro ou faço ginástica. com sucesso” é equivalente a frase:
• Acordo cedo ou não corro. (A) Se o coordenador não realizou a previsão orçamentária, en-
• Como pouco ou não faço ginástica. tão o trabalho não foi realizado com sucesso.
Certo dia, Renato comeu muito. (B) O coordenador realizou a previsão orçamentária e o traba-
lho foi realizado com sucesso.
É correto concluir que, nesse dia, Renato: (C) O coordenador realizou a previsão orçamentária ou o traba-
(A) correu e fez ginástica; lho foi realizado com sucesso.
(B) não fez ginástica e não correu; (D) Se o trabalho não foi realizado com sucesso, então o coor-
(C) correu e não acordou cedo; denador não realizou a previsão orçamentária.
(D) acordou cedo e correu; (E) Se o trabalho foi realizado com sucesso, então o coordena-
(E) não fez ginástica e não acordou cedo. dor realizou a previsão orçamentária.

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24. Sabe-se que a ocorrência de B é condição necessária para 19 A


a ocorrência de C e condição suficiente para a ocorrência de D.
Sabe-se, também, que a ocorrência de D é condição necessária e 20 B
suficiente para a ocorrência de A Assim quando C ocorre, 21 B
(A) D ocorre e B não ocorre
(B) D não ocorre ou A não ocorre 22 CERTO
(C) B e A ocorrem 23 D
(D) Nem B nem D ocorrem
24 C
(E) B não ocorre ou A não ocorre
25 E
25. Observe esta sequência de figuras formadas por triângulos
brancos e pretos:
ANOTAÇÕES

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________
Seguindo-se esse mesmo padrão, a 4ª figura terá:
(A) 12 triângulos pretos ______________________________________________________
(B) 12 triângulos brancos
(C) 18 triângulos pretos ______________________________________________________
(D) 18 triângulos brancos
(E) 27 triângulos pretos ______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________
1 C
______________________________________________________
2 D
______________________________________________________
3 A
4 A ______________________________________________________
5 A ______________________________________________________
6 A
______________________________________________________
7 A
8 A ______________________________________________________

9 C ______________________________________________________
10 A
______________________________________________________
11 C
______________________________________________________
12 B
13 C ______________________________________________________
14 D ______________________________________________________
15 A
______________________________________________________
16 B
17 D _____________________________________________________

18 D _____________________________________________________

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LEGISLAÇÃO - EBSERH

nos privados de assistência à saúde, na forma estabelecida pelo art.


LEI FEDERAL Nº 12.550, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2011 32 da Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, observados os valores
de referência estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde Suple-
mentar.
LEI Nº 12.550, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2011. Art. 4º Compete à EBSERH:
I - administrar unidades hospitalares, bem como prestar servi-
Autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denomi- ços de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio diag-
nada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH; acres- nóstico e terapêutico à comunidade, no âmbito do SUS;
centa dispositivos ao Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de II - prestar às instituições federais de ensino superior e a outras
1940 - Código Penal; e dá outras providências. instituições congêneres serviços de apoio ao ensino, à pesquisa e
à extensão, ao ensino-aprendizagem e à formação de pessoas no
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- campo da saúde pública, mediante as condições que forem fixadas
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: em seu estatuto social;
III - apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa de ins-
Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a criar empresa públi- tituições federais de ensino superior e de outras instituições con-
ca unipessoal, na forma definida no inciso II do art. 5º do Decreto- gêneres, cuja vinculação com o campo da saúde pública ou com
-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, e no art. 5º do Decreto-Lei outros aspectos da sua atividade torne necessária essa cooperação,
nº 900, de 29 de setembro de 1969, denominada Empresa Brasi- em especial na implementação das residências médica, multiprofis-
leira de Serviços Hospitalares - EBSERH, com personalidade jurídica sional e em área profissional da saúde, nas especialidades e regiões
de direito privado e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da estratégicas para o SUS;
Educação, com prazo de duração indeterminado. IV - prestar serviços de apoio à geração do conhecimento em
§1º A EBSERH terá sede e foro em Brasília, Distrito Federal, e pesquisas básicas, clínicas e aplicadas nos hospitais universitários
poderá manter escritórios, representações, dependências e filiais federais e a outras instituições congêneres;
em outras unidades da Federação. V - prestar serviços de apoio ao processo de gestão dos hos-
§2º Fica a EBSERH autorizada a criar subsidiárias para o desen- pitais universitários e federais e a outras instituições congêneres,
volvimento de atividades inerentes ao seu objeto social, com as com implementação de sistema de gestão único com geração de
mesmas características estabelecidas no caput deste artigo, apli- indicadores quantitativos e qualitativos para o estabelecimento de
cando-se a essas subsidiárias o disposto nos arts. 2º a 8º , no caput metas; e
e nos §§1º , 4º e 5º do art. 9º e, ainda, nos arts. 10 a 15 desta Lei. VI - exercer outras atividades inerentes às suas finalidades, nos
Art. 2º A EBSERH terá seu capital social integralmente sob a termos do seu estatuto social.
propriedade da União. Art. 5º É dispensada a licitação para a contratação da EBSERH
Parágrafo único. A integralização do capital social será realizada pela administração pública para realizar atividades relacionadas ao
com recursos oriundos de dotações consignadas no orçamento da seu objeto social.
União, bem como pela incorporação de qualquer espécie de bens e Art. 6º A EBSERH, respeitado o princípio da autonomia univer-
direitos suscetíveis de avaliação em dinheiro. sitária, poderá prestar os serviços relacionados às suas competên-
Art. 3º A EBSERH terá por finalidade a prestação de serviços cias mediante contrato com as instituições federais de ensino ou
gratuitos de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio instituições congêneres.
diagnóstico e terapêutico à comunidade, assim como a prestação às §1º O contrato de que trata o caput estabelecerá, entre outras:
instituições públicas federais de ensino ou instituições congêneres I - as obrigações dos signatários;
de serviços de apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, ao ensino- II - as metas de desempenho, indicadores e prazos de execução
-aprendizagem e à formação de pessoas no campo da saúde públi- a serem observados pelas partes;
ca, observada, nos termos do art. 207 da Constituição Federal, a III - a respectiva sistemática de acompanhamento e avaliação,
autonomia universitária. contendo critérios e parâmetros a serem aplicados; e
§1º As atividades de prestação de serviços de assistência à saú- IV - a previsão de que a avaliação de resultados obtidos, no
de de que trata o caput estarão inseridas integral e exclusivamente cumprimento de metas de desempenho e observância de prazos
no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. pelas unidades da EBSERH, será usada para o aprimoramento de
§2º No desenvolvimento de suas atividades de assistência à pessoal e melhorias estratégicas na atuação perante a população e
saúde, a EBSERH observará as orientações da Política Nacional de as instituições federais de ensino ou instituições congêneres, visan-
Saúde, de responsabilidade do Ministério da Saúde. do ao melhor aproveitamento dos recursos destinados à EBSERH.
§3º É assegurado à EBSERH o ressarcimento das despesas com §2º Ao contrato firmado será dada ampla divulgação por inter-
o atendimento de consumidores e respectivos dependentes de pla- médio dos sítios da EBSERH e da entidade contratante na internet.
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LEGISLAÇÃO - EBSERH

§3º Consideram-se instituições congêneres, para efeitos desta 180 (cento e oitenta) dias de vigência dele.
Lei, as instituições públicas que desenvolvam atividades de ensino e §2º Os contratos temporários de emprego de que trata o caput
de pesquisa na área da saúde e que prestem serviços no âmbito do poderão ser prorrogados uma única vez, desde que a soma dos 2
Sistema Único de Saúde - SUS. (dois) períodos não ultrapasse 5 (cinco) anos.
Art. 7º No âmbito dos contratos previstos no art. 6º , os servi- Art. 12. A EBSERH poderá celebrar contratos temporários de
dores titulares de cargo efetivo em exercício na instituição federal emprego com base nas alíneas a e b do §2º do art. 443 da Con-
de ensino ou instituição congênere que exerçam atividades relacio- solidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº
nadas ao objeto da EBSERH poderão ser a ela cedidos para a realiza- 5.452, de 1º de maio de 1943, mediante processo seletivo simpli-
ção de atividades de assistência à saúde e administrativas. ficado, observado o prazo máximo de duração estabelecido no seu
§1º Ficam assegurados aos servidores referidos no caput os art. 445.
direitos e as vantagens a que façam jus no órgão ou entidade de Art. 13. Ficam as instituições públicas federais de ensino e ins-
origem. tituições congêneres autorizadas a ceder à EBSERH, no âmbito e
§2º A cessão de que trata o caput ocorrerá com ônus para o durante a vigência do contrato de que trata o art. 6º , bens e direitos
cessionário. (Revogado pela Lei nº 12.863, de 2013) necessários à sua execução.
Art. 8º Constituem recursos da EBSERH: Parágrafo único. Ao término do contrato, os bens serão devol-
I - recursos oriundos de dotações consignadas no orçamento vidos à instituição cedente.
da União; Art. 14. A EBSERH e suas subsidiárias estarão sujeitas à fiscaliza-
II - as receitas decorrentes: ção dos órgãos de controle interno do Poder Executivo e ao controle
a) da prestação de serviços compreendidos em seu objeto; externo exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal
b) da alienação de bens e direitos; de Contas da União.
c) das aplicações financeiras que realizar; Art. 15. A EBSERH fica autorizada a patrocinar entidade fechada
d) dos direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros, dividen- de previdência privada, nos termos da legislação vigente.
dos e bonificações; e Parágrafo único. O patrocínio de que trata o caput poderá ser
e) dos acordos e convênios que realizar com entidades nacio- feito mediante adesão a entidade fechada de previdência privada
nais e internacionais; já existente.
III - doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe Art. 16. A partir da assinatura do contrato entre a EBSERH e a
forem destinados por pessoas físicas ou jurídicas de direito público instituição de ensino superior, a EBSERH disporá de prazo de até 1
ou privado; e (um) ano para reativação de leitos e serviço inativos por falta de
IV - rendas provenientes de outras fontes. pessoal.
Parágrafo único. O lucro líquido da EBSERH será reinvestido Art. 17. Os Estados poderão autorizar a criação de empresas
para atendimento do objeto social da empresa, excetuadas as par- públicas de serviços hospitalares.
celas decorrentes da reserva legal e da reserva para contingência. Art. 18. O art. 47 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
Art. 9º A EBSERH será administrada por um Conselho de Admi- 1940 - Código Penal, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso V:
nistração, com funções deliberativas, e por uma Diretoria Executiva “Art. 47. .....................................................................
e contará ainda com um Conselho Fiscal e um Conselho Consultivo. .............................................................................................
§1º O estatuto social da EBSERH definirá a composição, as atri- V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame
buições e o funcionamento dos órgãos referidos no caput . públicos.” (NR)
§2º (VETADO). Art. 19. O Título X da Parte Especial do Decreto-Lei nº 2.848, de
§3º (VETADO). 7 de dezembro de 1940 - Código Penal , passa a vigorar acrescido
§4º A atuação de membros da sociedade civil no Conselho do seguinte Capítulo V:
Consultivo não será remunerada e será considerada como função
relevante. CAPÍTULO V
§5º Ato do Poder Executivo aprovará o estatuto da EBSERH. DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO
Art. 10. O regime de pessoal permanente da EBSERH será o da Fraudes em certames de interesse público
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei ‘Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de
nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e legislação complementar, con- beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do
dicionada a contratação à prévia aprovação em concurso público certame, conteúdo sigiloso de:
de provas ou de provas e títulos, observadas as normas específicas I - concurso público;
editadas pelo Conselho de Administração. II - avaliação ou exame públicos;
Parágrafo único. Os editais de concursos públicos para o preen- III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou
chimento de emprego no âmbito da EBSERH poderão estabelecer, IV - exame ou processo seletivo previstos em lei:
como título, o cômputo do tempo de exercício em atividades corre- Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
latas às atribuições do respectivo emprego. §1º Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por
Art. 11. Fica a EBSERH, para fins de sua implantação, autorizada qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações
a contratar, mediante processo seletivo simplificado, pessoal técni- mencionadas no caput .
co e administrativo por tempo determinado. §2º Se da ação ou omissão resulta dano à administração pú-
§1º Os contratos temporários de emprego de que trata o caput blica:
somente poderão ser celebrados durante os 2 (dois) anos subse- Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
quentes à constituição da EBSERH e, quando destinados ao cumpri- §3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido
mento de contrato celebrado nos termos do art. 6º , nos primeiros por funcionário público.’ (NR)”
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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO - EBSERH

Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. -se-á por meio da celebração de contrato específico para este fim,
Brasília, 15 de dezembro de 2011; 190º da Independência e pactuado de comum acordo entre a EBSERH e cada uma das insti-
123º da República. tuições de ensino ou instituições congêneres, respeitado o princípio
da autonomia das universidades.
§4º A EBSERH, no exercício de suas atividades, deverá estar
DECRETO Nº 7.661, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2011 orientada pelas políticas acadêmicas estabelecidas no âmbito das
instituições de ensino com as quais estabelecer contrato de presta-
ção de serviços.
DECRETO Nº 7.661, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2011 Art. 4º O prazo de duração da EBSERH é indeterminado.
Art. 5º A EBSERH sujeitar-se-á ao regime jurídico próprio das
Aprova o Estatuto Social da Empresa Brasileira de Serviços Hos- empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis,
pitalares -EBSERH, e dá outras providências. comerciais, trabalhistas e tributários.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe CAPÍTULO II


confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o dis- DO CAPITAL SOCIAL E DOS RECURSOS
posto na Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011,
DECRETA: Art. 6º O capital social da EBSERH é de R$ 5.000.000,00 (cinco
Art. 1º Fica aprovado o Estatuto Social da Empresa Brasileira milhões de reais), integralmente sob a propriedade da União.
de Serviços Hospitalares - EBSERH, nos termos do Anexo, empresa Parágrafo único. O capital social da EBSERH poderá ser au-
pública federal, unipessoal, vinculada ao Ministério da Educação. mentado e integralizado com recursos oriundos de dotações con-
Art. 2º A constituição inicial do capital social da EBSERH será de signadas no orçamento da União, bem como pela incorporação de
R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), a ser integralizado pela qualquer espécie de bens e direitos suscetíveis de avaliação em di-
União. nheiro.
Art. 3º O disposto no art. 1º , inciso II do caput, do Decreto nº Art. 7º Constituem recursos da EBSERH:
757, de 19 de fevereiro de 1993, não se aplica à EBSERH. I - as dotações que lhe forem consignadas no orçamento da
Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. União;
Brasília, 28 de dezembro de 2011; 190º da Independência e II - as receitas decorrentes:
123º da República. a) da prestação de serviços compreendidos em seu objeto;
b) da alienação de bens e direitos;
ANEXO c) das aplicações financeiras que realizar;
ESTATUTO SOCIAL DA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS d) dos direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros, dividen-
HOSPITALARES S.A. - EBSERH dos e bonificações; e
e) dos acordos e convênios que realizar com entidades nacio-
CAPÍTULO I nais e internacionais;
DA NATUREZA, FINALIDADE, SEDE E DURAÇÃO III - doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe
forem destinados por pessoas físicas ou jurídicas de direito público
Art. 1º A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - EBSERH, ou privado;
empresa pública dotada de personalidade jurídica de direito priva- IV - os oriundos de operações de crédito, assim entendidos os
do e patrimônio próprio, reger-se-á pelo presente Estatuto Social e provenientes de empréstimos e financiamentos obtidos pela enti-
pelas disposições legais que lhe forem aplicáveis. dade; e
Parágrafo único. A EBSERH fica sujeita à supervisão do Ministro V - rendas provenientes de outras fontes.
de Estado da Educação. Parágrafo único. O lucro líquido da EBSERH será reinvestido
Art. 2º A EBSERH tem sede e foro em Brasília, Distrito Federal, para atendimento do objeto social da empresa, excetuadas as par-
e atuação em todo o território nacional, podendo criar subsidiárias, celas decorrentes da reserva legal e da reserva para contingência.
sucursais, filiais ou escritórios e representações no país.
Art. 3º A EBSERH terá por finalidade a prestação de serviços CAPÍTULO III
gratuitos de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio DA COMPETÊNCIA
diagnóstico e terapêutico à comunidade, assim como a prestação
às instituições públicas federais de ensino ou instituições congê- Art. 8º A EBSERH exercerá atividades relacionadas com suas fi-
neres de serviços de apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, ao nalidades, competindo-lhe, particularmente:
ensino-aprendizagem e à formação de pessoas no campo da saúde I - administrar unidades hospitalares, bem como prestar servi-
pública, observada, nos termos do art. 207 da Constituição , a au- ços de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio diag-
tonomia universitária. nóstico e terapêutico à comunidade, integralmente disponibilizados
§1º As atividades de prestação de serviços de assistência à saú- ao Sistema Único de Saúde;
de de que trata o caput estarão inseridas integral e exclusivamente II - prestar, às instituições federais de ensino superior e a outras
no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. instituições públicas congêneres, serviços de apoio ao ensino e à
§2º No desenvolvimento de suas atividades de assistência à pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem e à formação de
saúde, a EBSERH observará as diretrizes e políticas estabelecidas pessoas no campo da saúde publica, em consonância com as dire-
pelo Ministério da Saúde. trizes do Poder Executivo;
§3º A execução das atividades mencionadas neste artigo dar- III - apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa de insti-
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LEGISLAÇÃO - EBSERH

tuições federais de ensino superior e de outras instituições públicas VII - os que tiverem interesse conflitante com a sociedade.
congêneres, cuja vinculação com o campo da saúde pública ou com §1º Aos integrantes dos órgãos de administração é vedado in-
outros aspectos da sua atividade torne necessária essa cooperação, tervir em operação em que, direta ou indiretamente, sejam inte-
em especial na implementação de residência médica ou multipro- ressadas sociedades de que detenham o controle ou participação
fissional e em área profissional da saúde, nas especialidades e regi- superior a cinco por cento do capital social.
ões estratégicas para o SUS; §2º O impedimento referido no §1º aplica-se, ainda, quando se
IV - prestar serviços de apoio à geração do conhecimento em tratar de empresa em que ocupem ou tenham ocupado, em período
pesquisas básicas, clínicas e aplicadas nos hospitais universitários imediatamente anterior à investidura na EBSERH, cargo de gestão.
federais e a outras instituições públicas congêneres;
V - prestar serviços de apoio ao processo de gestão dos hos- CAPÍTULO V
pitais universitários e federais e a outras instituições públicas con- DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
gêneres, com a implementação de sistema de gestão único com
geração de indicadores quantitativos e qualitativos para o estabele- Art. 12. O órgão de orientação superior da EBSERH é o Con-
cimento de metas; e selho de Administração, composto por nove membros, nomeados
VI - exercer outras atividades inerentes às suas finalidades. pelo Ministro de Estado da Educação, obedecendo a seguinte com-
Art. 9º A EBSERH prestará os serviços relacionados às suas posição:
competências mediante contrato com as instituições federais de I - três membros indicados pelo Ministro de Estado da Educa-
ensino ou instituições públicas congêneres, o qual conterá, obriga- ção, sendo que um será o Presidente do Conselho e outro substitu-
toriamente: to nas suas ausências e impedimentos;
I - as obrigações dos signatários; II - o Presidente da Empresa, que não poderá exercer a Presi-
II - as metas de desempenho, indicadores e prazos de execução dência do Conselho, ainda que interinamente;
a serem observados pelas partes; e III - um membro indicado pelo Ministro de Estado do Planeja-
III - a respectiva sistemática de acompanhamento e avaliação, mento, Orçamento e Gestão;
contendo critérios e parâmetros a serem aplicados. IV - dois membros indicados pelo Ministro de Estado da Saúde;
Parágrafo único. A EBSERH dará ampla publicidade aos contra- V - um representante dos empregados e respectivo suplente,
tos firmados, inclusive por meio de sítio na Internet. na forma da Lei nº 12.353, de 28 de dezembro de 2010 ; e
VI - um membro indicado pela Associação Nacional dos Diri-
CAPÍTULO IV gentes das Instituições Federais de Ensino Superior - ANDIFES, sen-
DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS do reitor de universidade federal ou diretor de hospital universitá-
rio federal.
Art. 10. São órgãos estatutários da EBSERH: §1º O prazo de gestão dos membros do Conselho de Adminis-
I - o Conselho de Administração; tração será de dois anos contados a partir da data de publicação
II - a Diretoria Executiva; do ato de nomeação, podendo ser reconduzidos por igual período.
III - o Conselho Fiscal; e §2º O representante dos empregados, de que trata o inciso V
IV - o Conselho Consultivo. deste artigo, e seu respectivo suplente, serão escolhidos dentre os
Art. 11. Não podem participar dos órgãos da EBSERH, além dos empregados ativos da EBSERH, pelo voto direto de seus pares, em
impedidos por lei: eleição organizada pela empresa em conjunto com as entidades sin-
I - os que detenham controle ou participação relevante no capi- dicais que os representem, na forma da Lei nº 12.353, de 2010, e
tal social de pessoa jurídica inadimplente com a EBSERH ou que lhe sua regulamentação.
tenha causado prejuízo ainda não ressarcido, estendendo-se esse §3º O representante dos empregados não participará das dis-
impedimento aos que tenham ocupado cargo de administração em cussões e deliberações sobre assuntos que envolvam relações sin-
pessoa jurídica nessa situação, no exercício social imediatamente dicais, remuneração, benefícios e vantagens, inclusive assistenciais
anterior à data da eleição ou nomeação; ou de previdência complementar, hipóteses em que fica configu-
II - os que houverem sido condenados por crime falimentar, de rado o conflito de interesse, sendo tais assuntos deliberados em
sonegação fiscal, de prevaricação, de corrupção ativa ou passiva, reunião separada e exclusiva para tal fim.
de concussão, de peculato, contra a economia popular, contra a fé §4º A investidura dos membros do Conselho de Administração
pública, contra a propriedade ou que houverem sido condenados far-se-á mediante assinatura em livro de termo de posse.
a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a §5º Na hipótese de recondução, o prazo de nova gestão conta-
cargos públicos; -se a partir da data do término do prazo de gestão anterior.
III - os declarados inabilitados para cargos de administração em §6º Findo o prazo de gestão, o membro do Conselho de Admi-
empresas sujeitas a autorização, controle e fiscalização de órgãos e nistração permanecerá no exercício da função até a investidura de
entidades da administração pública direta e indireta; substituto.
IV - os declarados falidos ou insolventes; §7º No caso de vacância definitiva do cargo de Conselheiro, o
V - os que detiveram o controle ou participaram da administra- substituto será nomeado pelos Conselheiros remanescentes e ser-
ção de pessoa jurídica concordatária, falida ou insolvente, no perí- virá até a designação do novo representante, exceto no caso do re-
odo de cinco anos anteriores à data da eleição ou nomeação, salvo presentante dos empregados.
na condição de síndico, comissário ou administrador judicial; §8º O suplente do representante dos empregados exercerá
VI - sócio, ascendente, descendente ou parente colateral ou suas funções apenas no caso de vacância definitiva do seu titular.
afim, até o terceiro grau, de membro do Conselho de Administra- §9º Salvo impedimento legal, os membros do Conselho de Ad-
ção, da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal; ministração farão jus a honorários mensais correspondentes a dez
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LEGISLAÇÃO - EBSERH

por cento da remuneração média mensal dos Diretores da EBSERH, simples de votos dos presentes, respeitado o quorum do §1º , e re-
além do reembolso, obrigatório, das despesas de locomoção e esta- gistradas em atas, cabendo ao Presidente, além do voto ordinário,
da necessárias ao desempenho da função. o voto de qualidade.
§10. Além dos casos de morte, renúncia, destituição e outros
previstos em lei, considerar-se-á vaga a função de membro do Con- CAPÍTULO VI
selho de Administração que, sem causa formalmente justificada, DA DIRETORIA
não comparecer a duas reuniões consecutivas ou três alternadas,
no intervalo de um ano, salvo caso de forca maior ou caso fortuito. Art. 15. A EBSERH será administrada por uma Diretoria Executi-
Art. 13. Compete ao Conselho de Administração: va, composta pelo Presidente e até seis Diretores, todos nomeados
I - fixar as orientações gerais das atividades da EBSERH; e destituíveis, a qualquer tempo, pelo Presidente da República, por
II - examinar e aprovar, por proposta do Presidente da EBSERH, indicação do Ministro de Estado da Educação.
políticas gerais e programas de atuação a curto, médio e longo pra- §1º A investidura dos membros da Diretoria far-se-á mediante
zo, em harmonia com a política de educação, com a política de saú- assinatura em livro de termo de posse.
de e com a política econômico-financeira do Governo Federal; §2º O Presidente e Diretores da EBSERH serão nomeados den-
III - aprovar o regimento interno da EBSERH, que deverá conter, tre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:
dentre outros aspectos, a estrutura básica da empresa e os níveis I - idoneidade moral e reputação ilibada;
de alçada decisória da Diretoria e do Presidente, para fins de apro- II - notórios conhecimentos na área de gestão, da atenção hos-
vação de operações; pitalar e do ensino em saúde; e
IV - aprovar o orçamento e programa de investimentos e acom- III - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva ati-
panhar a sua execução; vidade profissional que exija os conhecimentos mencionados no
V - aprovar os contratos previstos no art. 6º da Lei nº 12.550, inciso anterior.
de 2011 ; Art. 16. Compete à Diretoria:
VI - apreciar os relatórios anuais de auditoria e as informações I - administrar e dirigir os bens, serviços e negócios da EBSERH
sobre os resultados da ação da EBSERH, bem como sobre os princi- e decidir, por proposta dos responsáveis pelas respectivas áreas
pais projetos por esta apoiados; de coordenação, sobre operações de responsabilidade situadas no
VII - autorizar a contratação de auditores independentes; respectivo nível de alçada decisória estabelecido pelo Conselho de
VIII - opinar e submeter à aprovação do Ministro de Estado da Administração;
Fazenda, por intermédio do Ministro de Estado da Educação: II - propor e implementar as linhas orientadoras da ação da EB-
a) o relatório de administração e as demonstrações contábeis SERH;
anuais da EBSERH; III - apreciar e submeter ao Conselho de Administração o orça-
b) a proposta de destinação de lucros ou resultados; mento e programa de investimentos da EBSERH;
c) a proposta de criação de subsidiárias; e IV - deliberar sobre operações, situadas no respectivo nível de
d) a proposta de dissolução, cisão, fusão e incorporação que alçada decisória estabelecido pelo Conselho de Administração;
envolva a EBSERH. V - autorizar a aquisição, alienação e oneração de bens móveis,
IX - deliberar sobre alteração do capital e do estatuto social da exceto valores mobiliários, podendo estabelecer normas e delegar
EBSERH; poderes;
X - deliberar, mediante proposta da Diretoria Executiva, sobre: VI - analisar e submeter à aprovação do Conselho de Adminis-
a) o regulamento de licitação; tração propostas de aquisição, alienação e oneração de bens imó-
b) o regulamento de pessoal, incluindo o regime disciplinar e as veis e valores mobiliários;
normas sobre apuração de responsabilidade; VII - estabelecer normas e delegar poderes, no âmbito de sua
c) o quadro de pessoal, com a indicação do total de vagas au- competência;
torizadas; e VIII - elaborar as demonstrações financeiras de encerramento
d) o plano de salários, benefícios, vantagens e quaisquer outras de exercício;
parcelas que componham a retribuição de seus empregados; IX - autorizar a realização de acordos, contratos e convênios
XI - autorizar a aquisição, alienação e a oneração de bens imó- que constituam ônus, obrigações ou compromissos para a EBSERH,
veis e valores mobiliários; exceto os constantes do art. 6º da Lei nº 12.550, de 2011; e
XII - autorizar a contratação de empréstimos no interesse da X - pronunciar-se sobre todas as matérias que devam ser sub-
EBSERH; metidas ao Conselho de Administração.
XIII - designar e destituir o titular da auditoria interna, após Art. 17. A Diretoria reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por
aprovação da Controladoria Geral da União; e semana e, extraordinariamente, sempre que convocada pelo Presi-
XIV - dirimir questões em que não haja previsão estatutária, dente da EBSERH, deliberando com a presença da maioria de seus
aplicando, subsidiariamente, a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de membros.
1976. §1º As deliberações da Diretoria serão tomadas por maioria de
Art. 14. O Conselho de Administração reunir-se-á, ordinaria- votos e registradas em atas, cabendo ao Presidente, além do voto
mente, mensalmente e, extraordinariamente, sempre que for con- ordinário, o de qualidade.
vocado pelo Presidente, a seu critério, ou por solicitação de, pelo §2º O Presidente poderá vetar as deliberações da Diretoria,
menos, quatro de seus membros. submetendo-as, neste caso, ao Conselho de Administração.
§1º O Conselho somente deliberará com a presença da maioria Art. 18. Compete ao Presidente:
absoluta dos seus membros. I - representar a EBSERH, em juízo ou fora dele, podendo dele-
§2º As deliberações do Conselho serão tomadas por maioria gar essa atribuição, em casos específicos, e, em nome da entidade,
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LEGISLAÇÃO - EBSERH

constituir mandatários ou procuradores; III - opinar sobre a modificação do capital social, planos de in-
II - convocar e presidir as reuniões da Diretoria; vestimento ou orçamentos de capital, transformação, incorporação,
III - coordenar o trabalho das unidades da EBSERH, podendo fusão ou cisão;
delegar competência executiva e decisória e distribuir, entre os Di- IV - denunciar, por qualquer de seus membros, os erros, frau-
retores, a coordenação dos serviços da empresa; des ou crimes que descobrirem, e sugerir providências úteis;
IV - editar normas necessárias ao funcionamento dos órgãos e V - analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais
serviços da EBSERH, de acordo com a organização interna e a res- demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela EB-
pectiva distribuição de competências estabelecidas pela Diretoria; SERH; e
V - admitir, promover, punir, dispensar e praticar os demais atos VI - acompanhar a execução patrimonial, financeira e orçamen-
compreendidos na administração de pessoal, de acordo com as nor- tária, podendo examinar livros e quaisquer outros documentos e
mas e critérios previstos em lei e aprovados pela Diretoria, podendo requisitar informações.
delegar esta atribuição no todo ou em parte; §1º A Diretoria e o Conselho de Administração são obrigados a
VI - designar substitutos para os membros da Diretoria, em disponibilizar, por meio de comunicação formal, aos membros em
seus impedimentos temporários, que não possam ser atendidos exercício do Conselho Fiscal, dentro de dez dias, cópia das atas de
mediante redistribuição de tarefas, e, no caso de vaga, até o seu suas reuniões e, dentro de quinze dias de sua elaboração, cópias
preenchimento; e dos balancetes e demais demonstrações financeiras elaboradas pe-
VII - apresentar, trimestralmente, ao Conselho de Administra- riodicamente, bem como dos relatórios de execução do orçamento.
ção relatório das atividades da EBSERH. §2º O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente, a cada mês
Art. 19. Aos Diretores compete auxiliar o Presidente na direção e, extraordinariamente, quando convocado pelo seu Presidente.
e coordenação das atividades da EBSERH e exercer as tarefas de §3º Em caso de renúncia, falecimento ou impedimento, os
coordenação que lhe forem atribuídas em regimento ou delegadas membros efetivos do Conselho Fiscal serão substituídos pelos seus
pelo Presidente. suplentes, até a nomeação de novo membro.
Art. 20. Os contratos que a EBSERH celebrar ou em que vier a §4º Além dos casos de morte, renúncia, destituição e outros
intervir e os atos que envolvam obrigações ou responsabilidades previstos em lei, considerar-se-á vaga a função de membro do Con-
por parte da empresa serão assinados pelo Presidente, em conjunto selho Fiscal que, sem causa formalmente justificada, não compare-
com um Diretor. cer a duas reuniões consecutivas ou três alternadas, no intervalo de
§1º Os títulos ou documentos emitidos em decorrência de um ano, salvo caso de forca maior ou caso fortuito.
obrigações contratuais, bem como os cheques e outras obrigações
de pagamento serão assinados pelo Presidente, que poderá delegar CAPÍTULO VIII
esta atribuição. DO CONSELHO CONSULTIVO
§2º Na hipótese de delegação da atribuição referida no §1º , os
títulos, documentos, cheques e outras obrigações deverão conter, Art. 23. Conselho Consultivo é órgão permanente da EBSERH
pelo menos, duas assinaturas. que tem as finalidades de consulta, controle social e apoio à Direto-
ria Executiva e ao Conselho de Administração, e é constituído pelos
CAPÍTULO VII seguintes membros:
DO CONSELHO FISCAL I- o Presidente da EBSERH, que o preside;
Art. 21. O Conselho Fiscal, como órgão permanente da EBSERH, II - dois representantes do Ministério da Educação;
compõe-se de três membros efetivos e respectivos suplentes, no- III - um representante do Ministério da Saúde;
meados pelo Ministro de Estado da Educação, sendo: IV - um representante dos usuários dos serviços de saúde dos
I - um membro indicado pelo Ministro de Estado da Educação, hospitais universitários federais, indicado pelo Conselho Nacional
que exercerá a sua presidência; de Saúde;
II - um membro indicado pelo Ministro de Estado da Saúde; e V - um representante dos residentes em saúde dos hospitais
III - um membro indicado pelo Ministro de Estado da Fazenda universitários federais, indicado pelo conjunto de entidades repre-
como representante do Tesouro Nacional. sentativas;
§1º A investidura dos membros do Conselho Fiscal far-se-á me- VI - um reitor ou diretor de hospital universitário, indicado pela
diante registro na ata da primeira reunião de que participarem. ANDIFES; e
§2º O mandato dos membros do Conselho Fiscal será de dois VII - um representante dos trabalhadores dos hospitais univer-
anos contados a partir da data de publicação do ato de nomeação, sitários federais administrados pela EBSERH, indicado pela respecti-
podendo ser reconduzidos por igual período. va entidade representativa.
§3º Salvo impedimento legal, os membros do Conselho Fiscal §1º Os membros do Conselho Consultivo serão indicados bie-
farão jus a honorários mensais correspondentes a dez por cento da nalmente pelos respectivos órgãos e entidades e designados pelo
remuneração média mensal dos Diretores da EBSERH, além do re- Ministro de Estado da Educação, sendo sua investidura feita me-
embolso, obrigatório, das despesas de locomoção e estada neces- diante registro na ata da primeira reunião de que participarem.
sárias ao desempenho da função. §2º A atuação de membros da sociedade civil no Conselho
Art. 22. Cabe ao Conselho Fiscal: Consultivo não será remunerada e será considerada como função
I - fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos ad- relevante, assegurado o reembolso das despesas de locomoção e
ministradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estada necessárias ao desempenho da função.
estatutários; Art. 24. Compete ao Conselho Consultivo:
II - opinar sobre o relatório anual da administração e demons- I - opinar sobre as linhas gerais das políticas, diretrizes e es-
trações financeiras do exercício social; tratégias da EBSERH, orientando o Conselho de Administração e a
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Diretoria Executiva no cumprimento de suas atribuições; casos em que não houver incompatibilidade com os interesses da
II - propor linhas de ação, programas, estudos, projetos, formas empresa.
de atuação ou outras medidas, orientando para que a EBSERH atinja Parágrafo único. A defesa prevista no caput aplica-se, no que
os objetivos para a qual foi criada; couber, e a critério do Conselho de Administração, aos empregados
III - acompanhar e avaliar periodicamente o desempenho da ocupantes e ex-ocupantes de cargo ou de função de confiança.
EBSERH; e Art. 33. A EBSERH rege-se pela Lei nº 12.550, de 2011, pela Lei
IV - assistir à Diretoria e ao Conselho de Administração em suas nº 6.404, de 1976, por este Estatuto e pelas demais normas que
funções, sobretudo na formulação, implementação e avaliação das lhe sejam aplicáveis.
estratégias de ação da EBSERH.
Art. 25. O Conselho Consultivo reunir-se-á ordinariamente pelo *(Revogado pelo Decreto nº 10.810, de 2021)
menos uma vez por ano e, extraordinariamente, sempre que convo-
cado pelo presidente, por sua iniciativa ou por solicitação do Conse-
lho de Administração, ou a pedido de um terço dos seus membros. REGIMENTO INTERNO DA EBSERH (APROVADO NA 155ª
REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO DE ADMINIS-
CAPÍTULO IX TRAÇÃO, REALIZADA NO DIA 28 DE MARÇO DE 2023)
DO EXERCÍCIO SOCIAL, DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
E DOS LUCROS

Art. 26. O exercício social da EBSERH coincidirá com o ano civil. REGIMENTO INTERNO DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DA
Art. 27. A EBSERH levantará demonstrações financeiras e pro- REDE EBSERH
cederá à apuração do resultado em 31 de dezembro de cada exer-
cício. CAPÍTULO I
Art. 28. Do resultado do exercício, feita a dedução para atender DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
a prejuízos acumulados e a provisão para imposto sobre a renda, o
Conselho de Administração proporá ao Ministro de Estado da Fa- Art. 1º A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh),
zenda a sua destinação, observando a parcela de cinco por cento empresa pública de capital fechado, com personalidade jurídica de
para a constituição da reserva legal, até o limite de vinte por cento direito privado e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da
do capital social. Educação (MEC), regida pelo Estatuto Social, pela Lei 6.404, de 15
Parágrafo único. Os prejuízos acumulados devem, preferencial- de dezembro de 1976, pela Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de
mente, ser deduzidos do capital social. 2011, pela Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, pelo Decreto nº
8.945, de 27 de dezembro de 2016, reger-se-á pelas disposições le-
CAPÍTULO X gais que lhe forem aplicáveis e pelos dispositivos deste Regimento.
DA ORGANIZAÇÃO INTERNA E DO PESSOAL Art. 2º A Rede Ebserh é composta pela Administração Central e
pelos Hospitais Universitários Federais (HUFs), sendo que, para os
Art. 29. A estrutura organizacional da EBSERH e a respectiva fins deste Regimento, considera-se:
distribuição de competências serão estabelecidas pelo Conselho de I. Administração Central: com foro em Brasília/DF, é constituí-
Administração, mediante proposta da Diretoria Executiva. da pelos Órgãos Sociais e Estatutários, pela Presidência, Vice-Presi-
Parágrafo único. O órgão de auditoria interna da EBSERH vincu- dência e Diretorias, juntamente com as suas áreas vinculadas, cuja
la-se diretamente ao Conselho de Administração. competência prioritária é a gestão da Rede Ebserh; e
Art. 30. Aplica-se ao pessoal da EBSERH o regime jurídico esta- II. Hospitais Universitários Federais (HUFs): também denomi-
belecido pela legislação vigente para as relações de emprego pri- nados como Filiais, são os hospitais geridos pela Ebserh, por meio
vado. de contrato de gestão especial firmado com as Universidades Fede-
Parágrafo único. O ingresso do pessoal far-se-á mediante con- rais, para a prestação de serviços de ensino, pesquisa e de atenção
curso público de provas ou de provas e títulos, observadas as nor- à saúde, sendo esse último exclusivamente no âmbito do Sistema
mas específicas expedidas pela Diretoria, respeitado o disposto no Único de Saúde (SUS), com o objetivo de oferecer assistência huma-
art. 10 da Lei nº 12.550, de 2011. nizada e de qualidade em média e alta complexidade, oferecer cam-
po de prática de excelência para a formação profissional, inovação
CAPÍTULO XI e conhecimento científico para o fortalecimento do SUS, por meio
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS de aplicação de boas práticas de gestão hospitalar e de governança
corporativa.
Art. 31. Os membros do Conselho de Administração, da Di-
retoria Executiva, do Conselho Fiscal e os ocupantes de cargos de CAPÍTULO II
confiança, direção, assessoramento ou chefia, ao assumirem suas DOS ÓRGÃOS SOCIAIS E ESTATUTÁRIOS
funções, apresentarão declaração de bens e renda, anualmente re- Art. 3º Para atendimento do objeto social da empresa, a Admi-
novada. nistração Central da Rede Ebserh terá Assembleia Geral e os seguin-
Art. 32. A EBSERH, na forma previamente definida pelo Conse- tes órgãos estatutários:
lho de Administração, assegurará aos integrantes e ex-integrantes I. Conselho de Administração;
dos Conselhos de Administração e Fiscal e da Diretoria Executiva II. Diretoria Executiva;
a defesa em processos judiciais e administrativos contra eles ins- III. Conselho Fiscal;
taurados pela prática de atos no exercício do cargo ou função, nos IV. Conselho Consultivo;
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V. Comitê de Auditoria; e c. Serviço de Planejamento Orçamentário – SPO;


VI. Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração. III. Coordenadoria de Contabilidade – CCONT:
Art. 4º São Unidades internas de governança da Ebserh: a. Serviço de Informações Gerenciais e Gestão de Custos – SIGC;
I. Auditoria Interna; b. Serviço de Contabilidade – SC.
II. Área de Controle Interno, Conformidade e Gerenciamento Art. 9º São áreas vinculadas à Diretoria de Gestão de Pessoas
de Riscos, denominada na Administração Central de Assessoria de – DGP:
Conformidade, Controle Interno e Gerenciamento de Riscos - AC- I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Gestão de Pes-
CIGR; e soas – APDGP;
III. Ouvidoria-Geral. II. Coordenadoria de Planejamento de Pessoal – CPP:
Art. 5º As competências e demais informações sobre a As- a. Serviço de Dimensionamento e Monitoramento de Pessoal
sembleia Geral, órgãos sociais e estatutários e unidades internas – SEDIMP; e b. Serviço de Seleção e Provimento de Pessoal – SESP;
de governança que compõem a estrutura da Administração Central III. Coordenadoria de Administração de Pessoal – CAP:
da Rede Ebserh constam do Estatuto Social da empresa e em seus a. Serviço de Documentação e Registro – SDR;
respectivos regimentos internos. b. Serviço de Pagamento de Pessoal – SPP; e
c. Serviço de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho –
CAPÍTULO III SSOST;
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E SUAS VINCULAÇÕES IV. Coordenadoria de Desenvolvimento de Pessoas – CDP:
a. Serviço de Capacitação e Avaliação de Desempenho – SE-
Art. 6º São áreas vinculadas à Presidência – PRES: CAD; e
I. Chefia de Gabinete da Presidência – CG: b. Serviço de Relações de Trabalho – SERET.
a. Secretaria-Geral – SG; e Art. 10. São áreas vinculadas à Diretoria de Atenção à Saúde
b. Assessoria Técnica – ASTEC; – DAS:
II. Assessoria Parlamentar – ASPAR; I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Atenção à Saúde
III. Assessoria de Conformidade, Controle Interno e Gerencia- – APDAS;
mento de Riscos – ACCIGR; II. Coordenadoria de Gestão da Clínica – CGC:
IV. Assessoria – APRES; a. Serviço de Gestão do Cuidado Assistencial – SGCA;
V. Coordenadoria da Consultoria Jurídica – CONJUR; b. Serviço de Gestão da Qualidade – SGQ; e
a. Assessoria – ACONJUR; c. Serviço de Regulação Assistencial – SRA;
b. Assessoria de Inteligência de Dados e Apoio Administrativo III. Coordenadoria de Gestão da Atenção Hospitalar – CGAH:
– AIDA; a. Serviço de Contratualização Hospitalar – SCH;
c. Serviço Jurídico de Contencioso Geral – SCOG; b. Serviço de Gestão da Informação, Monitoramento e Avalia-
d. Serviço Jurídico de Contencioso Trabalhista – SCOT; ção – SGIMA;
e. Serviço Jurídico de Consultivo Administrativo – SCAD; e c. Serviço de Planejamento Assistencial – SPA; e
f. Serviço Jurídico de Consultivo Trabalhista – SCTR; d. Serviço de Planejamento de Insumos Assistenciais – SPIA.
VI. Coordenadoria da Corregedoria-Geral – COGER; Art. 11. São áreas vinculadas à Diretoria de Ensino, Pesquisa e
VII. Coordenadoria de Comunicação Social – CCS: Inovação – DEPI:
a. Serviço de Produção de Conteúdo – SPC; I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Ensino, Pesquisa
b. Serviço de Eventos e Promoção Institucional – SEPI; e e Inovação – APDEPI;
c. Serviço de Relacionamento com a Imprensa – SRI. II. Coordenadoria de Gestão do Ensino – CGEN:
Art. 7º São áreas vinculadas à Vice-Presidência – VP: a. Serviço de Gestão de Pós-Graduação – SGPOS; e
I. Chefia de Gabinete da Vice-Presidência; b. Serviço de Gestão da Graduação, Ensino Técnico e Extensão
II. Assessoria – AVP; – SGETE.
III. Coordenadoria de Gestão da Rede – CGR: III. Coordenadoria de Gestão da Pesquisa e Inovação Tecnológi-
a. Supervisão de Contratos de Gestão – SCG; ca em Saúde – CGPITS:
b. Supervisão de Programas Governamentais – SPG; a. Serviço de Gestão da Inovação Tecnológica em Saúde –
c. Supervisão de Desempenho dos HUFs – SDHUF; e SGITS; e
d. Supervisão de Relacionamento dos HUFs – SRHUF; b. Serviço de Gestão da Pesquisa – SGPQ.
IV. Coordenadoria de Estratégia e Inovação Corporativa – CEIC: Art. 12. São áreas vinculadas à Diretoria de Administração e In-
a. Serviço de Gestão por Processos – SGPS; fraestrutura – DAI:
b. Serviço de Gestão Estratégica – SEGES e I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Administração e
c. Serviço de Gestão da Inovação Corporativa e do Conheci- Infraestrutura – APDAI;
mento – SGIC. II. Coordenadoria de Gestão de Suprimentos – CGS:
Art. 8º São áreas vinculadas à Diretoria de Orçamento e Finan- a. Serviço de Gestão de Estoque – SGE; e
ças – DOF: b. Serviço de Gestão de Patrimônio – SGPA;
I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Orçamento e Fi- III. Coordenadoria de Administração – CAD:
nanças – APDOF; a. Serviço de Contratos e Convênios – SCC;
II. Coordenadoria de Planejamento e Execução Orçamentária e b. Serviço de Compras e Licitações – SCL;
Financeira – CPEOF: a. Serviço de Execução Orçamentária e Finan- c. Serviço de Administração da Sede – SADS; e
ceira – SEOF; d. Serviço de Compras Centralizadas – SCCEN;
b. Serviço de Gestão Orçamentária e Financeira – SGOFI; e IV. Coordenadoria de Infraestrutura Hospitalar e Hotelaria –
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CIH: blicas relacionados ao ensino e à gestão hospitalar.


a. Serviço de Manutenção Predial, Projetos e Obras – SMPO; Parágrafo único. Poderão ser instituídos outros colegiados in-
b. Serviço de Engenharia Clínica – SEC; e ternos, além dos previstos nesse artigo, desde que não haja sobre-
c. Serviço de Hotelaria Hospitalar – SHH. posição e conflito de competências com os definidos neste Regi-
Art. 13. São áreas vinculadas à Diretoria de Tecnologia da In- mento Interno e atendam ao disposto no §1º do artigo 15.
formação – DTI: Art. 15. Os Colegiados Internos com atuação no âmbito da Ad-
I. Assessoria de Planejamento da Diretoria de Tecnologia da In- ministração Central serão instituídos por meio de portaria emitida
formação – APDTI; pela autoridade competente.
II. Serviço de Governança de Tecnologia da Informação – SGTI; §1º A portaria de instituição dos colegiados internos deverá
III. Coordenadoria de Sistemas da Informação – CDSI: conter, no mínimo, os seguintes itens:
a. Serviço de Desenvolvimento de Sistemas – SDS; I. objetivos e competências do colegiado;
b. Serviço de Arquitetura de Sistemas – SAS; e II. composição, com a indicação de nomes dos cargos e funções
c. Serviço de Saúde Digital e Inteligência de Dados – SDID; específicas que representem as áreas imprescindíveis à realização
IV. Coordenadoria de Infraestrutura, Suporte e Segurança de dos respectivos trabalhos, bem como previsão de substituição;
Tecnologia da Informação – CISTI: a. Serviço de Infraestrutura e Se- III. coordenador do colegiado interno;
gurança de Tecnologia da Informação – SISEG; e b. Serviço de Supor- IV. área organizacional a qual o colegiado interno terá vínculo
te de Tecnologia da Informação – STI. temático e de suporte ao seu funcionamento;
V. área(s) organizacional(is) ou gestor(es) ao qual o colegiado
CAPÍTULO IV interno deverá submeter os resultados da sua atuação;
DOS COLEGIADOS INTERNOS VI. prazo para início e, no caso de comissões temporárias e gru-
pos de trabalho, de encerramento das atividades com a previsão
Art. 14. Para fins deste Regimento Interno os Colegiados Inter- sobre a possibilidade de prorrogação;
nos serão constituídos para atender as necessidades explícitas e re- VII. órgão superior responsável pela aprovação do regimento
conhecidas como relevantes, cujos objetos de atuação não possam interno do colegiado, com exceção de colegiados temporários; e
ser resolvidos pelas áreas organizacionais isoladamente e podem VIII. previsão de participação de convidados.
organizar-se sob as seguintes formas: §2º A portaria de que trata o parágrafo anterior deverá ser
I. Câmara Técnica: de duração perene, atua de forma consultiva precedida por nota técnica que apresente as motivações para sua
no nível tático, composta por profissionais de referência na área de instituição.
atuação, analisando detalhadamente temas específicos e de grande §3º A participação nos colegiados internos não será remune-
amplitude, como padronizações técnicas e definições de melhores rada.
práticas; §4º Os comitês e comissões permanentes terão seus regimen-
II. Centro de Competência: de duração perene ou temporária, tos aprovados pela respectiva autoridade competente.
atua de forma consultiva no nível operacional, composta por equi-
pe multidisciplinar da Administração Central e dos HUFs da Rede CAPÍTULO V
Ebserh, analisando detalhadamente temas de tecnologia da infor- DAS COMPETÊNCIAS
mação e propondo padronizações técnicas e definições de melho-
res práticas, quanto a sistemas e a infraestrutura de TI; SEÇÃO I
III. Comissão: de duração perene ou temporária, atua de forma DAS COMPETÊNCIAS COMUNS
consultiva ou executiva no nível tático operacional, analisando de-
talhadamente temas específicos e de grande amplitude, procuran- Art. 16. São competências comuns à Presidência, Vice-Presi-
do aprofundar discussões técnicas ou administrativas; dência, Diretorias, Coordenadorias, Supervisões e Serviços:
IV. Comitê: de duração perene, atua de forma consultiva no ní- I. acompanhar e apoiar a evolução dos projetos relacionados
vel estratégico, formulando e avaliando políticas e diretrizes de na- ao Planejamento Estratégico Organizacional executados sob sua
tureza corporativa, planejando e coordenando ações transversais à responsabilidade;
organização com ampla abrangência, propondo soluções integradas II. coordenar a integração e articulação entre os processos sob
para problemas complexos; sua responsabilidade e destes com as demais áreas da Administra-
V. Escritório: de duração perene, atua de forma consultiva ou ção Central e dos HUFs da Rede Ebserh;
executiva no nível estratégico, tático e operacional, analisando de- III. cumprir e fazer cumprir os Instrumentos Normativos e Deci-
talhadamente temas específicos e de grande amplitude, com o ob- sórios de conteúdo técnico e administrativo necessários ao desen-
jetivo de disseminar, zelar, propor e apoiar padrões e práticas de volvimento dos processos sob sua responsabilidade; IV. estabelecer
gestão estabelecidos no âmbito da Rede Ebserh; diretrizes, bem como procedimentos internos e fluxos de trabalho
VI. Grupo de Trabalho: de duração temporária, atua de forma dentro da sua esfera de competência e em conformidade com os
consultiva ou executiva no nível técnico operacional, na execução normativos da Rede Ebserh; V. prestar suporte e orientações téc-
de ações ou projetos específicos, com prazo preestabelecido, pro- nicas, no âmbito de suas competências, às áreas responsáveis pela
pondo soluções para problemas determinados ou executando ações execução dos processos sob sua responsabilidade nos HUFs da
transversais que envolvam mais de uma área organizacional; e Rede Ebserh; VI. monitorar o desenvolvimento da integridade e
VII. Núcleo Técnico Operacional: de duração perene, atua de transparência nos processos executados sob sua responsabilidade;
forma consultiva ou executiva no nível técnico operacional, em te- VII. realizar a identificação e avaliação de eventos de riscos nos
mas específicos, instituídos em consonância com as orientações da processos executados sob sua responsabilidade, bem como esta-
Administração Central da Ebserh ou por normativos e políticas pú- belecer e monitorar atividades de controle interno e mitigação de
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riscos; X. trabalhar de maneira articulada com as demais Diretorias,


VIII. definir, registrar, monitorar, avaliar e compartilhar os resul- Vice-Presidência e Presidência, prestando o apoio necessário ao de-
tados dos processos e projetos executados sob sua responsabilida- senvolvimento da Rede Ebserh;
de, por meio da avaliação de indicadores e metas; IX. promover a XI. realizar articulação institucional com órgãos e entidades re-
gestão e melhoria contínua de processos sob sua responsabilidade, lacionadas à sua área de atuação; e
buscando a priorização daqueles que se alinham aos instrumentos XII. gerenciar processos e celebrar parcerias que não exigem
norteadores da Rede Ebserh; X. propor, acompanhar e apoiar os repasses financeiro, mediante a aprovação prévia da Diretoria Exe-
processos de planejamento de compras, seleção de fornecedores cutiva.
e fiscalização de contratos, das contratações realizadas sob sua res- Parágrafo único. A edição de normas que sejam afetas a mais
ponsabilidade no âmbito da Administração Central; de uma diretoria serão aprovadas em Diretoria Executiva.
XI. atuar na elaboração do plano anual de compras centrali- Art. 18. São competências comuns às Assessorias de Planeja-
zadas, planejamento da contratação e seleção de fornecedores de mento das Diretorias:
compras centralizadas das categorias de compras sob sua respon- I. assessorar a organização e o funcionamento da Diretoria;
sabilidade; II. proceder a articulação da Diretoria em suas relações admi-
XII. fornecer informações e relatórios gerenciais sobre todos nistrativas com as demais Diretorias, com os HUFs da Rede Ebserh,
os atos relacionados aos processos sob sua responsabilidade, para órgãos e entidades;
subsidiar a avaliação por parte de seus superiores e a elaboração III. elaborar e consolidar as pautas de assuntos a serem discuti-
de respostas institucionais aos órgãos de gestão, à coordenadoria dos e deliberados nas reuniões em que participe o Diretor;
da consultoria jurídica e aos órgãos de controle interno e externo; IV. preparar os expedientes a serem despachados ou assinados
XIII. propor, monitorar e apoiar a institucionalização e melhoria pelo Diretor; V. organizar a agenda de compromissos, eventos e reu-
de ferramentas de Tecnologia da Informação (TI) que suportem a niões da Diretoria; VI. organizar viagens e visitas institucionais do
execução dos processos sob sua responsabilidade; XIV. promover Diretor, promovendo as medidas necessárias para a sua realização;
ações de sustentabilidade na instituição, buscando a viabilidade VII. realizar o recebimento, registro, triagem, distribuição, con-
econômica/ambiental/social nos processos executados sob sua res- trole e arquivo de documentos e processos encaminhados à Dire-
ponsabilidade ou no âmbito das áreas gestoras sob sua responsa- toria;
bilidade; VIII. realizar a manutenção e organização de arquivos digitais e
XV. promover o desenvolvimento de estudos e coordenar ações físicos e demais materiais de interesse da Diretoria;
que visem à inovação, à racionalização e ao dimensionamento oti- IX. realizar estudos e pesquisas de interesse da Diretoria;
mizado dos serviços no âmbito de suas competências; X. elaborar e/ou consolidar os documentos técnicos de cará-
XVI. apoiar tecnicamente a Rede Ebserh em processos de ava- ter transversal da Diretoria; XI. conduzir o processo de solicitação e
liação de necessidades de aquisição de tecnologias em saúde, no concessão de diárias e passagens no âmbito da Diretoria;
âmbito das suas competências; XII. coordenar as ações relacionadas ao planejamento tático e
XVII. gerir colegiados internos especificados no artigo 14, rela- estratégico no âmbito da Diretoria; e
cionados aos temas sob sua responsabilidade; e XIII. assessorar o Diretor em outros assuntos que lhe forem de-
XVIII. identificar lacunas de conhecimento no âmbito da sua signados no âmbito da atuação da Diretoria.
área de atuação e propor, em conjunto com a Diretoria de Gestão Art. 19. São competências comuns às Coordenadorias e aos
de Pessoas (DGP), ações de capacitação da(s) equipe(s) de trabalho. Serviços:
Art. 17. São competências comuns às Diretorias: I. orientar tecnicamente os HUFs da Rede Ebserh nos assuntos
I. propor e gerir as políticas relacionadas à área de atuação da relacionados à sua área de atuação;
Diretoria; II. avaliar tecnicamente o planejamento, a execução e as revi-
II. elaborar e monitorar a execução do planejamento orçamen- sões dos planos de aplicação de recursos e do Contrato de Objetivos
tário da Administração Central no que tange as categorias de com- no que tange as categorias de compras sob sua responsabilidade;
pras sob sua responsabilidade; III. subsidiar a diretoria na elaboração e no monitoramento da
III. atuar na avaliação de pleitos assistenciais em relação a ava- execução do planejamento orçamentário da Administração Central
liação de alteração da oferta de serviços assistenciais nos HUFs da no que tange as categorias de compras sob sua responsabilidade;
Rede Ebserh, no que tange sua área de atuação; IV. contribuir com IV. propor e gerir as políticas relacionadas à área de atuação
a formulação e qualificação de políticas públicas relacionadas à sua da Diretoria;
área de atuação; V. propor normas e procedimentos administrativos e técnicos
V. fomentar ações de atualização e projetos voltados ao desen- relativos à sua área de atuação; e VI. realizar, no âmbito da área de
volvimento científico e incorporação de novas tecnologias vincula- atuação, atividades demandadas pela Diretoria à qual se encontram
das às áreas e temas de sua competência vinculados.
VI. editar normas e procedimentos administrativos e técnicos
relativos à sua área de atuação, em articulação com as demais Dire- SEÇÃO II
torias e a Consultoria Jurídica; DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS
VII. apoiar a estruturação dos hospitais da Rede Ebserh para o
processo de certificação e de recertificação como hospital de ensi- SUBSEÇÃO I
no; DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA PRESIDÊNCIA
VIII. promover eventos institucionais relacionados aos temas
sob sua responsabilidade; IX. divulgar as atividades desenvolvidas Art. 20. São competências da Presidência – PRES:
no âmbito de sua atuação; I. dirigir os processos relacionados à comunicação social e ges-
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tão documental; VIII. estudar e emitir parecer nos assuntos que lhe forem sub-
II. dirigir os processos relacionados gestão de órgãos colegia- metidos, para que contribuam com a tomada de decisões.
dos estatutários; Art. 25. São competências da Assessoria – APRES:
III. dirigir os processos relacionados a apuração de responsa- I. fazer a interlocução com as coordenadorias e serviços da Pre-
bilidade, ao relacionamento com órgãos de controle e à atuação sidência, sobre os assuntos afetos à Presidência;
jurídica da empresa; e II. auxiliar o Presidente na articulação com a Vice-Presidência,
IV. dirigir os processos relacionados à conformidade, controle Diretorias, equipes de governança dos HUFs da Rede Ebserh, órgãos
interno e gerenciamento de riscos. Art. 21. São competências da e entidades;
Chefia de Gabinete da Presidência – CG: III. estudar e emitir pareceres nos assuntos que lhe forem sub-
I. prestar assistência direta e imediata ao Presidente na prepa- metidos para apoio à tomada de decisão do Presidente;
ração, na análise e no despacho do expediente; IV. elaborar e/ou consolidar os documentos técnicos em articu-
II. coordenar os trabalhos da Secretaria-Geral e da Assessoria lação com as coordenadorias e assessorias da Presidência; e
Técnica; V. assessorar o Presidente em outros assuntos que lhe forem
III. organizar as agendas internas e externas que tenham parti- designados no âmbito da sua atuação.
cipação do Presidente; IV. subsidiar e auxiliar o Presidente na pre- Art. 26. São competências da Coordenadoria da Consultoria Ju-
paração de documentos para apresentação em eventos internos e rídica – CONJUR:
externos à Ebserh, com a participação da Coordenadoria de Gestão I. assessorar a Presidência, a Diretoria Executiva, o Conselho de
da Rede (CGR) da Vice-Presidência e da Coordenadoria de Comuni- Administração, o Conselho Fiscal, o Conselho Consultivo, os Cole-
cação Social (CCS), quando necessário; giados Executivos, as Superintendências e demais áreas da empresa
V. redigir, revisar, tramitar e organizar a correspondência e ou- em assuntos de natureza jurídica;
tros documentos da Presidência da Ebserh; II. realizar advocacia preventiva na Rede Ebserh;
VI. supervisionar o trabalho da Secretaria–Geral relativo à ges- III. avaliar a legalidade e a regularidade de atos e procedimen-
tão documental na empresa; e VII. supervisionar a operação dos tos submetidos à análise;
órgãos colegiados. IV. formular e supervisionar as teses jurídicas da Ebserh, a se-
Art. 22. São competências da Secretaria-Geral – SG: rem uniformemente seguidas em sua área de atuação;
I. gerir a operação dos órgãos colegiados e manter os registros V. defender os interesses da empresa em ações judiciais e pro-
das reuniões e resoluções; cedimentos extrajudiciais; VI. prestar informações em mandado de
II. organizar e participar das reuniões dos órgãos colegiados segurança, com subsídios prestados pelas áreas da empresa;
estatutários, bem como elaborar os documentos pertinentes rela- VII. Atuar em processos judiciais e extrajudiciais na defesa de
cionados às reuniões; gestor e ex-gestor nos casos autorizados, conforme Norma de Defe-
III. editar e publicar o Boletim de Serviço da Administração Cen- sa de Gestor da Ebserh;
tral; VIII. assistir ao Presidente no controle interno da legalidade
IV. orientar a gestão documental na empresa; e administrativa dos atos a serem por ele praticados ou já efetiva-
V. gerir o repositório dos atos administrativos publicados no dos, e daqueles oriundos de órgão ou entidade sob sua supervisão
Boletim de Serviço da Administração Central e os emitidos pelos jurídica;
órgãos sociais e estatutários da Ebserh. IX. recomendar, de ofício, providências de natureza jurídica a
Art. 23. São competências da Assessoria Técnica – ASTEC: serem adotadas em atendimento ao interesse público e às normas
I. dispensar assistência direta à Presidência; vigentes, mediante elaboração de manifestação jurídica própria; X.
II. assessorar a Presidência em viagens, promovendo e monito- editar portarias e atos normativos inerentes às suas atribuições;
rando as ações necessárias; XI. propor à gestão da empresa a criação ou alteração de nor-
III. contribuir com as atividades de expediente relativas à Pre- mas;
sidência; e XII. analisar e autorizar a não propositura de ações e a não in-
IV. exercer outras atividades que lhe sejam atribuídas pela Pre- terposição de recursos, assim como a estratégia de extinção das
sidência. ações em curso ou de desistência dos respectivos recursos judiciais,
Art. 24. São competências da Assessoria Parlamentar – ASPAR: nos termos da legislação vigente e normativos internos;
I. dispensar assistência direta e imediata ao Presidente em sua XIII. autorizar pagamento de custas processuais, depósitos
representação política; recursais, honorários periciais, condenações, multas e outras des-
II. acompanhar, junto ao Congresso Nacional, os projetos de lei pesas processuais, conforme alçadas estabelecidas em normativo
de interesse da empresa; próprio;
III. analisar e elaborar respostas a requerimentos de informa- XIV. coordenar o desenvolvimento do Plano de Ações de Riscos
ção de parlamentares; Jurídicos;
IV. acompanhar a Presidência em audiências com parlamenta- XV. controlar e monitorar os passivos contingentes prováveis,
res; possíveis e remotos da empresa; e XVI. realizar a projeção das des-
V. atender a parlamentares e assessores parlamentares; pesas judiciais passíveis de execução orçamentária e financeira em
VI. coordenar e acompanhar a captação de recursos orçamen- cada exercício.
tários por intermédio de emendas parlamentares para a adminis- Parágrafo único. A Coordenadoria da Consultoria Jurídica po-
tração central e para os hospitais universitários; derá, sem prejuízo do disposto nesse regimento interno, elaborar
VII. monitorar matérias de interesse da empresa relativas a regulamento próprio especificando as competências dos Serviços,
assuntos legislativos e orientar as ações da Ebserh, em articulação Divisões, Setores e Unidades que compõem a estrutura centralizada
com a Consultoria Jurídica; e de serviços dessa Coordenadoria.
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Art. 27. São competências da Assessoria – ACONJUR: XI. submeter à deliberação superior conflito de competências,
I. assessorar o Consultor Jurídico nos assuntos de sua compe- positivo ou negativo, que envolva a sua área com outra não vincu-
tência; lada;
II. proceder a articulação da CONJUR em suas relações adminis- XII. estudar e propor medidas com vistas à prevenção e ao en-
trativas com as áreas assessoradas, cerramento de litígios judiciais e extrajudiciais;
III. coordenar a distribuição de processos e documentos recebi- XIII. propor treinamento e capacitação de sua equipe de tra-
dos no Gabinete da Consultoria Jurídica; balho;
IV. gerenciar a capacitação dos colaboradores da CONJUR; XIV. propor a implementação de novas ferramentas e tecnolo-
V. elaborar e consolidar as pautas de assuntos a serem discu- gias com vistas à otimização das rotinas administrativas da Consul-
tidos e deliberados nas reuniões em que participe o Consultor Ju- toria Jurídica; e
rídico; XV. desenvolver quaisquer outras atividades que lhe forem atri-
VI. preparar os expedientes a serem despachados ou assinados buídas pelos superiores hierárquicos.
pelo Consultor Jurídico; VII. realizar estudos e pesquisas de interes- Art. 30. São competências do Serviço Jurídico Contencioso Ge-
se da CONJUR; ral – SCOG:
VIII. coordenar as ações relacionadas ao planejamento tático e I. defender os interesses da empresa nas ações judiciais em trâ-
estratégico no âmbito da CONJUR; e mite na justiça comum e em procedimentos extrajudiciais;
IX. exercer outras funções delegadas pelo Consultor Jurídico e II. acompanhar ações de controle abstrato de constitucionali-
demais competências estabelecidas em regulamento próprio. dade e reclamações de interesse da Ebserh, nos temas de sua com-
Art. 28. São competências da Assessoria de Inteligência de Da- petência; e
dos e Apoio Administrativo – AIDA: III. coordenar a elaboração das informações a serem prestadas
I. coordenar a distribuição de processos e documentos destina- em mandado de segurança.
dos à Consultoria Jurídica; Art. 31. São competências do Serviço Jurídico de Contencioso
II. formular métodos, monitorar, otimizar e automatizar proces- Trabalhista – SCOT:
sos internos, visando o aumento da eficiência operacional da Con- I. defender os interesses da empresa nas ações judiciais em trâ-
sultoria Jurídica; mite na Justiça do Trabalho;
III. realizar análises descritivas e preditivas, dando suporte à II. acompanhar ações de controle abstrato de constitucionali-
Consultoria Jurídica em tomada de decisões e na advocacia preven- dade e reclamações de interesse da Ebserh, nos temas de sua com-
tiva; petência; e
IV. articular com outras áreas o desenho e estruturação de ban- III. coordenar a elaboração das informações a serem prestadas
co de dados e demais recursos tecnológicos; em mandado de segurança.
V. coordenar as atividades desenvolvidas pelo apoio adminis- Art. 32. São competências do Serviço Jurídico de Consultivo Ad-
trativo da Consultoria Jurídica; ministrativo – SCAD:
VI. gerenciar as atividades que envolvam análise contábil e ela- I. prestar assessoramento jurídico, elaborar manifestações jurí-
boração de cálculos em processos judiciais; dicas e realizar estudos em matérias administrativas ou finalísticas,
VII. exercer atividades de planejamento, elaboração e acompa- em especial:
nhamento do orçamento e despesas judiciais; e a. governança corporativa;
VIII. exercer outras funções delegadas pelo Consultor Jurídico e b. proteção de dados pessoais;
demais competências estabelecidas em regulamento próprio. c. orçamento público e assuntos relacionados ao direito tribu-
Art. 29. São competências comuns dos Serviços Jurídicos: tário e ao direito financeiro;
I. coordenar, supervisionar e orientar as respectivas áreas vin- d. assuntos relacionados ao direito constitucional, ao direito
culadas, nas matérias de suas competências, conforme especificado administrativo, ao direito empresarial, ao direito ambiental e ao
no Regulamento da Consultoria Jurídica; direito eleitoral;
II. elaborar ações de planejamento das atividades jurídicas de- e. contratos de gestão especial com as Instituições Federais de
senvolvidas pela área e suas vinculadas; Ensino Superior e protocolos de intenções;
III. auxiliar na elaboração da proposta de Plano de Gestão da f. assuntos relacionados ao Programa de Reestruturação dos
Consultoria Jurídica; IV. apresentar proposições normativas de apri- Hospitais Universitários Federais (Rehuf);
moramento ou atualização de interesse da Consultoria Jurídica e g. instrumentos formais de contratualização no âmbito do SUS;
da Ebserh; h. assuntos relacionados à gestão hospitalar e à assistência mé-
V. aprovar teses, modelos e manifestações, em matérias rele- dico-hospitalar, ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico
vantes de sua competência; à população;
VI. propor orientações normativas e pareceres referenciais nas i. biodireito;
matérias de sua competência; j. assuntos relacionados ao ensino, pesquisa, extensão, inova-
VII. submeter ao Consultor Jurídico propostas e recomenda- ção, propriedade intelectual e ao relacionamento com fundações
ções que impliquem criação ou alteração de normas da empresa; de apoio e startups;
VIII. avocar processos das áreas vinculadas sempre que julgar k. licitações, contratos, convênios e instrumentos congêneres;
necessário; e
IX. resolver divergências de entendimentos jurídicos entre as l. assuntos relacionados à doação, alienação, cessão e transfe-
áreas vinculadas; rência de bens ou serviços.
X. deliberar sobre conflito de competências, positivo ou negati- Art. 33. São competências do Serviço Jurídico de Consultivo
vo, entre áreas vinculadas; Trabalhista – SCTR:
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I. prestar assessoramento jurídico, elaborar manifestações Controladoria-Geral da União; e


jurídicas e realizar estudos sobre: a. matérias trabalhistas e previ- XIII. assessorar os membros da Diretoria Executiva e do Conse-
denciárias, quando não abrangidas pelas competências das demais lho de Administração em matérias inerentes à sua área de atuação.
áreas; Art. 35. São competências da Coordenadoria de Comunicação
b. matéria tributária, quando relacionada aos tributos decor- Social – CCS:
rentes do vínculo de empregatício; I. planejar, orientar, coordenar e supervisionar as atividades de
c. proposição legislativa de interesse da Ebserh que trate de comunicação da Ebserh, quanto a jornalismo, publicidade e rela-
matéria relacionada a pessoal; ções públicas, alinhadas às políticas de Comunicação do MEC;
d. procedimentos éticos e disciplinares; e II. elaborar, supervisionar e avaliar a execução do Plano Anual
e. Estatuto Social, Regimento Interno e outros normativos da de Comunicação;
Ebserh, exceto aqueles nos quais a matéria predominante esteja III. difundir objetivos, serviços, ações, imagem, papel e impor-
abrangida pelas competências das demais áreas. tância da Ebserh;
Art. 34. São competências da Coordenadoria da Corregedoria- IV. orientar tecnicamente as Unidades de Comunicação Social
-Geral – COGER: das filiais da Ebserh na execução de suas atividades;
I. coordenar, orientar e supervisionar a execução das ativida- V. intermediar o relacionamento da Ebserh com os veículos e
des inerentes à sua área de atuação, inclusive no que se refere às profissionais de imprensa;
ações preventivas, objetivando a melhoria do padrão de qualidade VI. produzir, organizar e divulgar, interna e externamente, ma-
no processo de gestão e, como consequência, na prestação de ser- terial de comunicação institucional relativo ao trabalho da empresa;
viços à sociedade; VII. subsidiar os órgãos de direção da Ebserh em relação ao
II. propor ao Conselho de Administração a redação e/ou revisão comportamento e à imagem da empresa na mídia, por meio de mo-
de normas relativas às atividades de apuração de responsabilidade nitoramento e avaliação das informações a respeito da instituição,
administrativa de agentes públicos e de pessoas jurídicas no âmbito divulgadas pelos veículos de imprensa;
da Ebserh; VIII. orientar os empregados porta–vozes da empresa sobre
III. editar resoluções administrativas correcionais para orientar como lidar adequadamente com a imprensa;
a aplicação das normas de apuração de responsabilidade e a ade- IX. assessorar a Presidência, as Diretorias e demais órgãos da
quação da Ebserh às instruções normativas da Controladoria–Geral Ebserh nas ações que envolvam comunicação social, promoção ins-
da União; titucional e realização de eventos institucionais;
IV. receber denúncias envolvendo desvio de conduta de agen- X. estabelecer e administrar processos e procedimentos para a
tes públicos em atuação na Ebserh e de pessoa jurídica, nos termos realização de solenidades e eventos institucionais, de acordo com
da Lei nº 12.846/2013, realizar o juízo de admissibilidade e adotar normas de Cerimonial e Protocolo;
os procedimentos correcionais cabíveis, nos termos das normas in- XI. desenvolver, regulamentar e monitorar o uso correto e pa-
ternas de apuração de responsabilidade; dronizado da marca e demais elementos relacionados à identidade
V. fiscalizar o andamento dos procedimentos correcionais pre- visual da empresa, disponibilizadas na intranet, internet, redes so-
vistos nas normas internas de apuração de responsabilidade e o ciais, banners, cartazes, folders e demais publicações institucionais;
preenchimento dos sistemas correcionais mantidos pela Controla- XII. coordenar, elaborar ou editar material gráfico ou audiovi-
doria–Geral da União no âmbito da Ebserh, podendo solicitar rela- sual com vistas à divulgação da empresa para o público interno ou
tórios periódicos dos Superintendentes; externo;
VI. coordenar, capacitar e orientar tecnicamente as comissões XIII. estabelecer, em parceria com os HUFs da Rede Ebserh, di-
internas de apuração de responsabilidade, podendo solicitar em- retrizes para envio de mensagens dos diversos setores da Ebserh
pregados públicos para compor comissões internas de apuração de aos empregados da Administração Central e das filiais;
responsabilidade referentes a fatos praticados em áreas distintas; XIV. planejar, gerenciar, propor e monitorar ações de comuni-
VII. encaminhar anualmente ao Conselho de Administração cação para meios digitais como internet, tecnologia móvel, redes
dados consolidados e sistematizados, relativos aos resultados pro- sociais e blogs, em parceria com a Diretoria de Tecnologia da Infor-
cedimentos de apuração de responsabilidade de agentes públicos; mação (DTI); e
VIII. avocar, em qualquer fase processual, os processos inves- XV. desenvolver a estratégia de imagem, prevenção e trata-
tigativos ou punitivos instaurados nos HUFs da Rede Ebserh, nos mento de crises em comunicação.
termos da norma interna de apuração de responsabilidade, quando Art. 36. São competências do Serviço de Produção de Conteú-
verificada a omissão da autoridade responsável ou devido à com- do – SPC:
plexidade e relevância da matéria; I. executar o mapeamento de pautas institucionais e, a partir
IX. examinar e instruir, a qualquer tempo antes da decisão final, do levantamento, produzir conteúdo jornalístico para a empresa;
processos de apuração de responsabilidade que lhe forem encami- II. planejar e executar conteúdo para as redes sociais da em-
nhados; presa;
X. julgar processos disciplinares em face de quaisquer empre- III. produzir e orientar os trabalhos para a produção de vídeos
gados públicos da Ebserh nas hipóteses de infração leve; institucionais e jornalísticos;
XI. encaminhar recursos em processos de apuração de respon- IV. produzir, gerenciar e alimentar o site institucional e a intra-
sabilidade de agentes públicos à Diretoria Executiva ou ao Presiden- net com conteúdos jornalísticos, mediante consulta às áreas res-
te para julgamento, nos termos da norma interna específica; ponsáveis;
XII. atuar como unidade Setorial do Sistema de Correição V. criar e produzir informativos internos dirigidos aos emprega-
do Poder Executivo Federal, conforme previsão do Decreto nº dos da empresa;
10.768/2021, zelando pelo cumprimento de atos normativos da VI. realizar cobertura jornalística e fotográfica de eventos ins-
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titucionais; e nismos internacionais;


VII. gerenciar a publicação de conteúdos administrativos no V. dirigir o planejamento para incorporação de novos HUFs à
site da internet e intranet. Rede Ebserh; VI. gerir os processos relacionados aos Contratos de
Art. 37. São competências do Serviço de Eventos e Promoção Gestão Especial;
Institucional – SEPI: VII. dirigir os processos de monitoramento, articulação e inte-
I. elaborar e implementar estratégias de relacionamento com gração da Rede Ebserh; e
os diversos públicos da Ebserh; VIII. coordenar o processo de Tomada de Contas Especial.
II. planejar e executar a gestão de eventos institucionais, in- Art. 42. São competências da Chefia de Gabinete da Vice-Pre-
cluindo as atividades de cerimonial e protocolo; sidência - CGVP:
III. definir as diretrizes táticas da comunicação organizacional I. auxiliar na condução da gestão interna e execuções das ativi-
em alinhamento com as diretrizes da governança corporativa e a dades administrativas vinculadas à Vice-Presidência da Ebserh em
comunicação institucional; articulação com as Assessorias de planejamento, Assessoria da Vi-
IV. desenvolver e avaliar o uso correto e padronizado da marca ce-Presidência e Chefia de Gabinete da Presidência;
da Ebserh; e II. auxiliar o Vice-Presidente em suas relações administrativas
V. produzir e orientar os trabalhos de editoração e produção com a Presidência, Diretorias, equipes de governança dos HUFs da
gráfica de materiais relacionados à Ebserh com vistas à divulgação Rede Ebserh, órgãos e entidades;
da empresa para o público interno ou externo. III. elaborar e consolidar as pautas de assuntos a serem discuti-
Art. 38. São competências do Serviço de Relacionamento com dos e deliberados nas reuniões em que participe o Vice-Presidente;
a Imprensa – SRI: IV. organizar os expedientes a serem despachados ou assinados
I. intermediar, assessorar, orientar e promover o relacionamen- pelo Vice-Presidente; V. gerir a agenda do Vice-Presidente;
to da Rede Ebserh com os veículos e profissionais de imprensa; VI. assistir ao Vice-Presidente em viagens e visitas, promoven-
II. responder demandas da imprensa sobre as atividades da Eb- do as medidas necessárias para a sua realização;
serh e dar apoio nas demandas dos HUFs da Rede Ebserh; VII. realizar o recebimento, registro, triagem, distribuição, con-
III. editar, produzir, organizar e divulgar para a imprensa ma- trole e arquivo de documentos e processos recebidos na Vice-Pre-
terial jornalístico relativo às ações da Ebserh e hospitais, mediante sidência; e
consulta às áreas responsáveis; VIII. realizar a manutenção e organização de arquivos digitais e
IV. monitorar, selecionar e avaliar as informações sobre a Eb- físicos e demais materiais de interesse da Vice-Presidência.
serh, divulgadas pelos veículos de imprensa, de forma a subsidiar Art. 43. São competências da Assessoria – AVP:
os gestores para a tomada de decisão e proteger a imagem da em- I. fazer a interlocução com as coordenadorias, supervisões e
presa; e serviços da Vice-Presidência, sobre os assuntos afetos à Vice-Pre-
V. gerir e monitorar crises de comunicação na imprensa. sidência;
Art. 39. As competências da Assessoria de Conformidade, Con- II. auxiliar o Vice-Presidente na articulação com a Presidência,
trole Interno e Gerenciamento de Riscos – ACCIGR estão previstas Diretorias, equipes de governança dos HUFs da Rede Ebserh, órgãos
no artigo 96 do Estatuto Social. e entidades;
III. estudar e emitir pareceres nos assuntos que lhe forem sub-
SUBSEÇÃO II metidos para apoio à tomada de decisão do Vice-Presidente;
DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA VICE-PRESIDÊNCIA IV. elaborar e/ou consolidar os documentos técnicos em articu-
lação com as coordenadorias da Vice Presidência; e
Art. 40. Sem prejuízo do disposto no artigo 57 do Estatuto So- V. assessorar o Vice-Presidente em outros assuntos que lhe fo-
cial da empresa, são atribuições do Vice-Presidente: rem designados no âmbito da sua atuação.
I. assistir ao Presidente na supervisão, coordenação, monitora- Art. 44. São competências da Coordenadoria de Gestão da
mento e avaliação das ações desenvolvidas pelas Diretorias e pelas Rede – CGR:
Filiais; I. coordenar os processos de planejamento para incorporação
II. substituir o Presidente em suas ausências e impedimentos; de novos HUFs à Rede Ebserh;
III. deliberar sobre pleitos de alteração da oferta de serviços II. coordenar os processos de formalização, alteração e moni-
assistenciais nos HUFs da Rede Ebserh; e toramento dos Contratos de Gestão Especial com as Instituições
IV. coordenar e articular a atuação dos(as) Diretores(as) para o Federais de Ensino Superior;
alcance dos resultados institucionais. Art. 41. São competências da III. coordenar os processos de monitoramento, articulação e in-
Vice-Presidência – VP: tegração da Rede Ebserh; IV. coordenar o processo de planejamen-
I. dirigir os processos relacionados à Estratégia Organizacional, to, avaliação e monitoramento da aplicação de recursos nos HUFs
Arquitetura Organizacional e Arquitetura de Processos da Rede Eb- da Rede Ebserh;
serh; V. coordenar a Comissão Permanente de Análise de Pleitos As-
II. dirigir a elaboração, revisão e implementação do Estatuto sistenciais na avaliação de alteração da oferta de serviços assisten-
Social e do Regimento Interno da Administração Central e dos HUFs ciais nos HUFs da Rede Ebserh;
da Rede Ebserh; VI. coordenar o processo de monitoramento de resultados dos
III. dirigir ações de implementação e fortalecimento da gestão HUFs da Rede Ebserh; e
por processos, de gestão da mudança, de gestão de projetos, de VII. coordenar a operacionalização do Programa de Reestrutu-
gestão da inovação corporativa e da gestão do conhecimento na ração dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf).
Rede Ebserh; Art. 45. São competências da Supervisão de Contratos de Ges-
IV. dirigir acordos e projetos de cooperação técnica com orga- tão – SCG:
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I. avaliar a viabilidade de incorporações de novos HUFs à Rede IV. conduzir iniciativas de gestão e melhoria contínua de pro-
Ebserh, em conjunto com as Diretorias da Administração Central; cessos priorizados no âmbito da Administração Central; e
II. conduzir o processo de formalização e alteração dos Con- V. orientar e monitorar a priorização de processos nos HUFs
tratos de Gestão Especial com as Instituições Federais de Ensino da Rede Ebserh, promovendo a articulação entre os HUFs, entre as
Superior; e Diretorias e os HUFs, e entre as Diretorias para potencializar inicia-
III. monitorar e avaliar o cumprimento das obrigações pactua- tivas de gestão por processos em rede.
das nos Contratos de Gestão Especial. Art. 51. São competências do Serviço de Gestão Estratégica –
Art. 46. São competências da Supervisão de Programas Gover- SEGES:
namentais – SPG: I. gerir a elaboração, revisão e implementação da Arquitetura
I. conduzir o processo de elaboração, formalização, monitora- Organizacional da Rede Ebserh;
mento, avaliação e alterações dos Planos de Aplicação de Recursos II. gerir a elaboração, revisão e implementação do Estatuto So-
e dos Contratos de Objetivos; cial e do Regimento Interno da Administração Central e dos HUFs
II. elaborar estudos e análises estratégicas acerca da execução da Rede Ebserh;
orçamentária da Rede Ebserh; e III. operacionalizar o Rehuf. III. conduzir a elaboração do Plano Estratégico da Rede Ebserh,
Art. 47. São competências da Supervisão de Desempenho dos promovendo sua revisão e atualização tempestivamente;
HUFs – SDHUF: IV. conduzir a priorização de projetos, indicadores e metas es-
I. promover a cultura de gestão por indicadores com vistas a tratégicas;
acompanhar os resultados da Rede Ebserh e fomentar o aprimora- V. monitorar e avaliar os indicadores e metas do Plano Estra-
mento da gestão; tégico;
II. orientar a Rede Ebserh na formulação e análise de indica- VI. orientar as Diretorias e os HUFs da Rede Ebserh quanto ao
dores; desdobramento da estratégia em seus Planos Diretores;
III. monitorar o desempenho dos HUFs da Rede Ebserh; e VII. monitorar e avaliar o alinhamento entre o Plano Estratégico
IV. consolidar informações gerenciais dos HUFs da Rede Ebserh da Rede Ebserh e os Planos Diretores Estratégicos (PDEs) dos HUFs
com o apoio das demais Diretorias para subsidiar a alta gestão da da Rede Ebserh.
Ebserh na avaliação e tomada de decisão. VIII. orientar e avaliar a elaboração dos projetos estratégicos e
Art. 48. São competências da Supervisão de Relacionamento dos projetos previstos nos PDEs;
dos HUFs – SRHUF: IX. monitorar e avaliar a execução dos projetos do Plano Estra-
I. acompanhar, em conjunto com as Diretorias, os HUFs da tégico da Rede Ebserh;
Rede Ebserh, identificando necessidades de suporte, orientação e X. monitorar a execução do portfólio dos projetos dos PDEs; e
atuação para aprimoramento da gestão; II. coordenar ações trans- XI. orientar a Rede Ebserh quanto à gestão de projetos e gestão
versais e integradas para atendimento de demandas dos hospitais da mudança.
priorizadas pela alta gestão da Ebserh; e Art. 52. São competências do Serviço de Gestão da Inovação
III. conduzir com o apoio das Diretorias o processo de planeja- Corporativa e do Conhecimento – SGIC:
mento da incorporação de novos HUFs à Rede Ebserh. I. gerir processos de inovação corporativa e gestão do conheci-
Art. 49. São competências da Coordenadoria de Estratégia e mento no âmbito da Administração Central;
Inovação Corporativa – CEIC: II. gerir o Escritório de Gestão do Conhecimento da Rede Eb-
I. coordenar os processos de elaboração, revisão e implemen- serh e orientar a estruturação e funcionamento dos Escritórios no
tação da Arquitetura Organizacional da Rede Ebserh; âmbito dos HUFs da Rede Ebserh;
II. coordenar a elaboração, revisão e implementação do Esta- III. prospectar parcerias e cooperações técnicas visando o al-
tuto Social e do Regimento Interno da Administração Central e dos cance dos objetivos estratégicos organizacionais;
HUFs da Rede Ebserh; IV. gerir os processos de elaboração, execução, monitoramen-
III. coordenar os processos de definição, desdobramento, mo- to e revisão dos projetos de cooperação técnica com organismos
nitoramento e revisão da estratégia organizacional da Rede Ebserh; internacionais;
IV. coordenar os processos de elaboração e revisão da Cadeia V. orientar a Rede Ebserh quanto à gestão do conhecimento,
de Valor e Arquitetura de Processos da Rede Ebserh; gestão da inovação corporativa e cooperações técnicas; e
V. coordenar as ações de implementação e fortalecimento da VI. orientar a elaboração dos projetos de cooperação técnica
gestão por processos, de gestão da mudança, de gestão de projetos, e parcerias firmadas pelas diretorias e pelos HUFs da Rede Ebserh.
de gestão da inovação corporativa e da gestão do conhecimento na
Rede Ebserh; e
VI. coordenar a elaboração, execução, monitoramento e revi- SUBSEÇÃO III
são dos projetos de cooperação técnica. DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA DIRETORIA DE ORÇA-
Art. 50. São competências do Serviço de Gestão por Processos MENTO E FINANÇAS
– SGPS:
I. gerir a elaboração e revisão da Cadeia de Valor e Arquitetura Art. 53. São competências da Diretoria de Orçamento e Finan-
de Processos da Rede Ebserh; ças – DOF:
II. gerir o Escritório de Processos da Administração Central e I. planejar, implementar e controlar as políticas e diretrizes de
orientar a estruturação e funcionamento dos Escritórios de Proces- gestão orçamentária, financeira e contábil no âmbito da Adminis-
sos no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh; tração Central e filiais;
III. orientar a Rede Ebserh quanto à gestão e melhoria contínua II. apoiar e monitorar as filiais da Ebserh no planejamento, im-
de processos; plementação e controle de seus respectivos orçamentos e desem-
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penhos institucionais, de acordo com as características definidas no III. recepcionar e avaliar as demandas que promovam impacto
planejamento de cada HUF da Rede Ebserh; no orçamento, indicar a classificação e conceder a disponibilidade
III. planejar, gerenciar e monitorar a execução orçamentária e e, se necessário, descentralização de créditos no âmbito da Ebserh,
financeira da Rede Ebserh com as medidas necessárias à manuten- observando o planejamento e programação aprovados, os limites
ção da sustentabilidade orçamentária e financeira da empresa; orçamentários disponíveis, respeitadas as competências das de-
IV. disponibilizar para a Rede Ebserh informações gerenciais mais áreas responsáveis pelas solicitações;
atualizadas de natureza orçamentária, financeira e de desempenho IV. recepcionar e avaliar as demandas de descentralização de
com a finalidade de contribuir para a tomada de decisão nas diver- créditos no âmbito da Ebserh, observando o planejamento e pro-
sas instâncias de gestão e para a sustentabilidade da empresa; gramação aprovados, os limites orçamentários disponíveis, respei-
V. estabelecer diretrizes para a gestão de custos da empresa, tando as competências das demais áreas demandantes;
bem como monitorar e avaliar a implantação de sistemas e indica- V. elaborar e monitorar a programação financeira mensal da
dores de custos; e Ebserh;
VI. apresentar à Diretoria Executiva as Demonstrações Finan- VI. gerenciar o fluxo de caixa de recursos financeiros da Ebserh,
ceiras da empresa. monitorando os saldos de recursos a receber e a repassar e as dis-
Art. 54. São competências da Coordenadoria de Planejamento ponibilidades financeiras da empresa;
e Execução Orçamentária e Financeira – CPEOF: VII. apurar, gerenciar e monitorar o fluxo de receita de produ-
I. coordenar a elaboração e consolidação da programação e ção SUS da Rede Ebserh; e
reprogramação dos orçamentos anuais e plurianuais no âmbito da VIII. realizar apuração de contas contábeis para um adequado
Rede Ebserh; encerramento do exercício financeiro da Ebserh.
II. coordenar, analisar e acompanhar as atividades afetas ao Art. 57. São competências do Serviço de Planejamento Orça-
planejamento, programação, acompanhamento, controle e execu- mentário – SPO:
ção orçamentária no âmbito da Ebserh, resguardados os devidos I. promover, orientar, e consolidar o planejamento orçamentá-
limites de alçada das instâncias responsáveis em cada unidade ges- rio anual e plurianual da Ebserh;
tora (UG) vinculada à empresa; II. orientar e avaliar as demandas, justificar e elaborar a pro-
III. realizar a interlocução junto às demais áreas da empresa e posta, realizar o acompanhamento, monitoramento e as revisões
às setoriais dos órgãos superiores envolvidos, quanto às ações ne- do Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal, da Lei de Diretrizes
cessárias ao tratamento das questões relativas ao planejamento e a Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) no âmbito
execução do orçamento no âmbito da Rede Ebserh; da Ebserh;
IV. acompanhar, bem como fazer divulgar, e orientar com vistas III. realizar e consolidar, dentro dos seus limites de alçada, as
ao cumprimento das determinações, recomendações e orientações projeções e estudos necessários ao planejamento orçamentário
emanadas pelos órgãos de controle e órgãos setorial e central dos da Ebserh, incluindo despesas obrigatórias e discricionárias; e IV.
Sistemas de Planejamento, Orçamento e de Administração Finan- estruturar, controlar e monitorar as principais bases de dados orça-
ceira Federal, no que se refere à sua área de competência; mentárias da Diretoria.
V. avaliar, monitorar e controlar o fluxo das receitas dos HUFs Art. 58. São competências da Coordenadoria de Contabilidade
da Rede Ebserh no âmbito do SUS; VI. avaliar, monitorar, controlar – CCONT:
e apurar a necessidade de recursos financeiros a receber do Órgão I. coordenar, supervisionar, avaliar e propor melhorias às ativi-
Setorial, bem como do Fundo Nacional de Saúde/MS; e dades relacionadas à contabilidade e controle de custos;
VII. disciplinar os prazos e procedimentos para o encerramen- II. coordenar a elaboração das Demonstrações Financeiras, tri-
to de exercício financeiro. Art. 55. São competências do Serviço de mestrais e anuais, da empresa;
Execução Orçamentária e Financeira – SEOF: III. solicitar às demais áreas da empresa as informações neces-
I. controlar e realizar a execução orçamentária e financeira da sárias para a correta compatibilidade dos registros contábeis;
Administração Central, em todas as suas etapas; IV. acompanhar a regularidade da empresa nos órgãos fiscais
II. analisar a instrução de processos de solicitação de empenho, e comerciais;
emitir as notas de empenho e monitorar seus respectivos saldos; V. coordenar a elaboração e envio das declarações acessórias;
III. analisar a instrução de processos de solicitação de paga- VI. supervisionar e orientar as atividades de conformidade de
mento, realizar a liquidação da despesa e a emissão da ordem de gestão e contábil;
pagamento; e VII. coordenar, supervisionar e propor métodos de apuração e
IV. acompanhar o resultado dos pagamentos executados, man- mensuração da eficiência do gasto; e
ter interlocuções com as entidades envolvidas no processo, noti- VIII. disciplinar os prazos e procedimentos para o encerramen-
ficar as áreas demandantes e providenciar a regularização de in- to de exercício financeiro.
consistências, conforme orientação, no âmbito da Administração Art. 59. São competências do Serviço de Informações Geren-
Central. ciais e Gestão de Custos – SIGC:
Art. 56. São competências do Serviço de Gestão Orçamentária I. apurar, monitorar e analisar as informações de custos hospi-
e Financeira – SGOFI: talares da Rede Ebserh;
I. gerenciar as dotações orçamentárias no âmbito da Ebserh, II. propor e realizar, dentro de suas competências, estudos téc-
resguardados os devidos limites de alçada das instâncias respon- nicos e indicadores que contribuam para apuração do desempenho
sáveis; financeiro e mensuração da eficiência do gasto da empresa; e
II. realizar e monitorar os pedidos de alterações orçamentárias III. gerenciar plataforma de informações gerenciais de natureza
no âmbito da Ebserh, providenciado as articulações necessárias orçamentária, financeira e de desempenho da empresa.
com as demais áreas envolvidas; Art. 60. São competências do Serviço de Contabilidade – SC:
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I. elaborar e analisar relatórios e documentos pertinentes à XI. formular os programas de estágio não obrigatório e de jo-
contabilidade da Ebserh; vens aprendizes da Ebserh.
II. elaborar as Demonstrações Financeiras Consolidadas da Eb- Art. 62. São competências da Coordenadoria de Planejamento
serh; de Pessoal – CPP:
III. realizar registros Contábeis Patrimoniais e orientar a execu- I. coordenar os processos de solicitação e controle de vagas,
ção orçamentária e financeira, quando couber; dimensionamento, monitoramento, seleção e provimento da força
IV. realizar a conformidade contábil da Unidade no Sistema In- de trabalho própria e cedida da Ebserh, de acordo com as necessi-
tegrado de Administração Financeira (Siafi); dades de cada HUF da Rede Ebserh;
V. elaborar as declarações acessórias para os órgãos fazendá- II. planejar e gerir os processos de contratação de recursos hu-
rios; manos, através da realização de concursos públicos, processos sele-
VI. realizar e controlar os cadastros de usuários no Siafi, no Sis- tivos e contratação de estagiários e aprendizes;
tema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg) e de- III. coordenar processo de movimentação da força de trabalho;
mais sistemas oficiais na alçada da contabilidade; IV. desenvolver a integração dos empregados da Ebserh, em
VII. realizar e controlar os cadastros de pessoa jurídica da em- articulação com as demais Diretorias, os órgãos da Presidência e as
presa nos órgãos competentes; e Equipes de Governança das filiais; e
VIII. realizar conformidade de registro de gestão no Siafi. V. implantar e gerir os Programas de Estágio e Aprendizagem
da Rede Ebserh.
SUBSEÇÃO IV Art. 63. São competências do Serviço de Dimensionamento e
DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA DIRETORIA DE GESTÃO Monitoramento de Pessoal – SEDIMP:
DE PESSOAS I. realizar dimensionamento de pessoal, de acordo com o pla-
nejamento assistencial e os processos de trabalho, em articulação
Art. 61. São competências da Diretoria de Gestão de Pessoas com as demais áreas técnicas e equipe de governança dos HUFs da
– DGP: Rede Ebserh;
I. gerir e articular ações relativas aos processos de planejamen- II. instruir processo, em conjunto com as demais áreas técnicas,
to, administração, avaliação e desenvolvimento da força de traba- de solicitação de vagas junto aos órgãos competentes;
lho, com todas as instâncias de gestão da Ebserh e com outras enti- III. elaborar, validar e revisar metodologia de dimensionamento
dades públicas ou privadas; de pessoal;
II. dirigir e articular com as demais diretorias os processos de IV. gerir o quadro de vagas autorizadas;
gerenciamento de vagas, dimensionamento de pessoas, seleção e V. monitorar e orientar os HUFs da Rede Ebserh quanto a lota-
provimento, monitoramento de pessoas e decisão sobre contrata- ção dos colaboradores da empresa;
ções, observando as necessidades que garantam o pleno funciona- VI. acompanhar a tabela de Cargos da Rede Ebserh com o obje-
mento da Rede da Ebserh; tivo de sugerir a alteração, extinção e/ou criação de novos cargos/
III. dirigir as ações de Segurança e Medicina do Trabalho na especialidades, baseado em tendências e pesquisas;
Rede Ebserh, em articulação com as demais Diretorias e órgãos da VII. manter atualizado os dados e informações referentes à for-
Presidência; ça de trabalho da Rede Ebserh;
IV. articular, desenvolver e implementar, em conjunto com ou- VIII. monitorar, permanentemente, o quadro de pessoal da
tras entidades públicas ou privadas, projetos e ações, bem como Rede Ebserh, considerando todos os regimes e natureza de contra-
quaisquer outras contribuições que possibilitem melhoria dos pro- tação;
cessos de gestão de pessoas na Ebserh; IX. elaborar proposta com plano de ação visando a adequação
V. gerir o aperfeiçoamento dos Planos de Cargos, Carreiras e de serviços, realocação e/ou ampliação do quadro de pessoal em
Salários, de Benefícios e de Cargos em Comissão e Funções Gratifi- articulação com as demais áreas técnicas e equipe de governança
cadas para a Ebserh, em articulação com as demais Diretorias e os dos HUFs da Rede Ebserh; e
órgãos da Administração Pública Federal; X. pesquisar, estudar e buscar metodologias/técnicas utilizadas
VI. dirigir a formação, capacitação e a avaliação dos colabora- e/ou propostas para monitoramento de pessoal, considerando as
dores da Ebserh, em consonância com o presente Regimento Inter- necessidades da Rede Ebserh.
no e com o planejamento da instituição, bem como de acordo com Art. 64. São competências do Serviço de Seleção e Provimento
as necessidades institucionais da Ebserh; de Pessoal – SESP:
VII. implementar políticas de integração da força de trabalho, I. implementar processos de contratação de recursos humanos
em articulação com as demais Diretorias, Equipes de Governança para a Ebserh, incluindo concurso público e a realização de proces-
das filiais e órgãos da Administração Pública; VIII. gerir a divulgação sos seletivos para as diversas formas de provimento para cargos
de informações relativas à política de gestão de pessoas, bem como temporários, emergenciais ou comissionados;
sobre as atribuições, funções, direitos e deveres de empregados e II. executar a Política de movimentação de empregados na Rede
demais colaboradores no âmbito da Ebserh, em articulação com a Ebserh, propondo normativos e observando as legislações vigentes;
Coordenadoria de Comunicação Social; III. realizar a convocação de candidatos aprovados nos concur-
IX. articular, no âmbito de suas atribuições, com órgãos de clas- sos públicos e/ou processos seletivos acompanhando o provimento
se e sindicais, informações e condições relacionados ao trabalho na dos cargos.
Ebserh; IV. analisar a conformidade dos processos de provimento para
X. negociar acordos coletivos de trabalho da Ebserh com as en- os cargos e funções comissionadas de acordo com o normativo in-
tidades sindicais representativas dos empregados, mediante asses- terno;
soramento da Coordenadoria da Consultoria Jurídica; e V. executar o Programa de Estágio não obrigatório da Ebserh; e
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VI. executar o Programa Jovem aprendiz da Ebserh. Art. 68. São competências do Serviço de Saúde Ocupacional e
Art. 65. São competências da Coordenadoria de Administração Segurança do Trabalho – SSOST:
de Pessoal – CAP: I. gerir, no âmbito da Administração Central, e orientar e acom-
I. coordenar a elaboração da proposta orçamentária relativa à panhar, no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh, os processos relacio-
folha de pagamento da Ebserh; nados à saúde e segurança do trabalho na Rede Ebserh;
II. manter atualizado o controle de cargos comissionados, fun- II. propor e acompanhar ações de vigilância em saúde, por
ções e gratificações do quadro de pessoal da Rede Ebserh; meio de estudos e análises epidemiológicas, indicadores de ava-
III. preparar atos de nomeação e exoneração de cargos efetivos liação e gerenciamento de dados sobre a saúde e segurança dos
e comissionados; colaboradores;
IV. coordenar a admissão e demissão dos empregados da Eb- III. receber e registrar as informações de licenças médicas e ou-
serh; tros afastamentos por motivos de saúde dos colaboradores da Ad-
V. coordenar os processos relativos à Segurança e Medicina do ministração Central e prestar orientações aos HUFs da Rede Ebserh
Trabalho e à Saúde e Segurança do Trabalho da Rede Ebserh; quanto ao tema;
VI. gerenciar a elaboração da política salarial e de concessão IV. gerir as ações e políticas de prevenção e promoção na área
de gratificações e benefícios, elaborando os estudos de impacto fi- de saúde e segurança dos trabalhadores desenvolvidas no âmbito
nanceiro; da Rede Ebserh;
VII. coordenar a execução da folha de pagamentos da empresa, V. desenvolver programas e ações de promoção de qualidade
conforme o Plano de Cargos, Carreiras, Salários e Plano de Vanta- de vida do trabalhador da Rede Ebserh;
gens e Benefícios; e VI. prestar orientações técnicas acerca da elaboração de Laudos
VIII. coordenar o cadastro, documentação e registro dos em- Técnicos de Insalubridade/ Periculosidade e de outros documentos
pregados efetivos, temporários e cedidos à Ebserh. técnicos relacionados à saúde e segurança do trabalho na Rede Eb-
Art. 66. São competências do Serviço de Documentação e Re- serh, bem como monitorar a aplicação dos referidos documentos;
gistro – SDR: VII. orientar, encaminhar e acompanhar os empregados da Ad-
I. gerir o cadastro dos empregados efetivos, temporários e ocu- ministração Central em demandas relativas ao Instituto Nacional
pantes de cargo em comissão ou função gratificada da Ebserh; de Seguridade Social (INSS), bem como orientar os HUFs da Rede
II. gerenciar os processos de cessão e requisição de emprega- Ebserh sobre como encaminhar e acompanhar demandas dessa na-
dos e servidores da Rede Ebserh e elaborar atos relativos à gestão tureza relativas aos empregados dos HUFs; e
de pessoas; VIII. desenvolver programas e ações de promoção de qualidade
III. manter e conservar o arquivo de documentos funcionais dos de vida do trabalhador da Rede Ebserh.
empregados e colaboradores da Ebserh; Art. 69. São competências da Coordenadoria de Desenvolvi-
IV. gerir processos relativos ao cadastro, concessão de férias, mento de Pessoas – CDP:
afastamentos funcionais não relacionados à saúde, frequência, I. gerir o processo de desenvolvimento de pessoas da Rede Eb-
banco de horas e escalas de trabalho; serh;
V. elaborar atos de pessoal, de nomeação, transferência, apos- II. planejar e coordenar o processo de Gestão do Desempenho
tilamentos, substituição e exoneração e controlar o provimento dos por Competências (GDC) dos colaboradores da Ebserh;
Cargos Comissionados e Funções Gratificadas; e VI. providenciar III. planejar e coordenar o processo de avaliação do período de
relatórios e declarações de dados cadastrais dos empregados efe- experiência dos novos empregados da Ebserh;
tivos, temporários e ocupantes de cargo em comissão ou função IV. monitorar a gestão do ambiente virtual de aprendizagem
gratificada da Rede Ebserh. (AVA) da Escola Ebserh de Educação Corporativa (3EC);
Art. 67. São competências do Serviço de Pagamento de Pessoal V. planejar e coordenar a gestão do Plano de Cargos, Carreiras e
– SPP: Salários e o Plano de Cargos Comissionados e Funções Gratificadas
I. gerir a folha de pagamento da Rede Ebserh; da Rede Ebserh;
II. gerir as atividades necessárias aos recolhimentos dos encar- VI. coordenar as ações referentes aos processos de afastamen-
gos sociais; to do país para capacitação dos empregados da Rede Ebserh;
III. analisar os documentos de cobrança e providenciar o res- VII. planejar e coordenar a política e o processo de negociações
sarcimento de salários e encargos sociais de servidores cedidos por coletivas da Rede Ebserh;
outros órgãos à Rede Ebserh; VIII. planejar e coordenar a execução de ações preventivas de
IV. efetuar a cobrança de salários e encargos sociais de empre- combate ao Assédio Moral e ao Assédio Sexual;
gados da EBSERH cedidos para outros órgãos; IX. planejar e coordenar ações referentes ao Clima Organizacio-
V. orientar as Divisões de Gestão de Pessoas (DivGPs) dos HUFS nal, em conjunto com as ações de Qualidade de Vida no Trabalho; e
da Rede Ebserh sobre procedimentos de cálculos e pagamento de X. monitorar a mediação dos conflitos de relação de trabalho
remuneração, utilização dos sistemas e aplicação da legislação, nor- junto aos HUFs da Rede Ebserh. Art. 70. São competências do Servi-
mativos e fluxos pertinentes às atividades e processos de pagamen- ço de Capacitação e Avaliação de Desempenho – SECAD:
to de pessoal; I. executar o processo de desenvolvimento de pessoas da Rede
VI. elaborar e executar as rotinas anuais referentes à Declara- Ebserh;
ção do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF); e II. propor e executar ações de capacitação para a Rede deman-
VII. elaborar projeção detalhada de gastos com pessoal para dadas pelas Diretorias ou identificadas na GDC;
inclusão e acompanhamento no Orçamento Anual, bem como fun- III. propor, implementar e monitorar o processo de GDC dos
damentar possíveis necessidades de suplementação de recursos colaboradores da Ebserh;
orçamentários e financeiros. IV. propor metodologia e gerir o processo de avaliação de perí-
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odo de experiência dos novos empregados, na Administração Cen- dados e informações relacionados à assistência, incluindo informa-
tral e acompanhar o processo nos HUFs da Rede Ebserh; ções dos prontuários médicos e seus correlatos, para fins de ensino,
V. gerir o ambiente virtual de aprendizagem (AVA) da Escola pesquisa, desenvolvimento tecnológico e outros usos dos dados as-
Ebserh de Educação Corporativa (3EC); sistenciais de pacientes;
VI. gerir o Plano de Cargos, Carreiras e Salários - PCCS da Ebserh XIII. definir e promover o processo de monitoramento e avalia-
e o Plano de Cargos Comissionados e Funções Gratificadas - PCCFG ção do desempenho da atenção hospitalar da Rede Ebserh; e
da Ebserh; e XIV. estabelecer estratégias para a qualificação do registro das
VII. gerir o processo de afastamento do País para capacitação informações assistenciais.
dos empregados da Ebserh. Art. 73. São competências da Coordenadoria de Gestão da Clí-
Art. 71. São competências do Serviço de Relações de Trabalho nica – CGC:
– SERET: I. coordenar a integração, implantação e implementação de
I. identificar as entidades sindicais por categoria e região dos dispositivos de gestão da clínica;
empregados da Ebserh; II. coordenar ações estratégicas e as atividades multidisciplina-
II. organizar, supervisionar e gerenciar a Mesa Nacional de Ne- res com vistas a promover a integralidade do cuidado;
gociação Permanente da Ebserh - MNNP/Ebserh; III. coordenar a elaboração, padronização e implantação dos
III. promover ações referentes ao Clima Organizacional, em guias, instrutivos, manuais, protocolos clínicos assistenciais e di-
conjunto com as ações de Qualidade de Vida no Trabalho; retrizes terapêuticas e outros documentos normativos relativos à
IV. atuar na administração, mediação e negociação para o trata- assistência à saúde;
mento de conflitos decorrentes das relações de trabalho; IV. coordenar a implantação de instrumentos de apoio à deci-
V. propor, acompanhar e promover ações afirmativas e preven- são clínica a serem adotados pelos HUFs da Rede Ebserh;
tivas de combate ao assédio moral e ao assédio sexual; e V. coordenar os processos de organização e funcionamento das
VI. gerir e executar as ações relativas às relações de trabalho. comissões hospitalares obrigatórias relacionadas à gestão da clíni-
ca;
SUBSEÇÃO V VI. coordenar e monitorar as ações de regulação assistencial
DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA DIRETORIA DE ATEN- junto às filiais Ebserh, de maneira articulada ao gestor local do SUS;
ÇÃO À SAÚDE VII. coordenar a gestão da informação clínica em consonância
com a Política de Gestão Documental da Ebserh e com as legisla-
Art. 72. São competências da Diretoria de Atenção à Saúde – ções sanitária e arquivística vigentes;
DAS: VIII. coordenar a implementação de ações de gestão da quali-
I. promover a qualificação da assistência prestada nos HUFs da dade, segurança do paciente e humanização; e
Rede Ebserh; IX. propor, no âmbito de sua atuação, ações referentes à assis-
II. promover, em conjunto com a DAI e DTI, a modernização da tência hospitalar, à vigilância em saúde e no que se refere a eventos
estrutura para a assistência dos HUFs da Rede Ebserh; de importância em saúde pública.
III. propor modelo de avaliação da estrutura assistencial dos Art. 74. São competências do Serviço de Gestão do Cuidado
HUFs da Rede Ebserh; Assistencial – SGCA:
IV. estabelecer, em diálogo com a DEPI, princípios e diretrizes I. orientar e monitorar a implantação de dispositivos de gestão
para análise de mérito relativo à alteração de oferta de serviços as- do cuidado assistencial no âmbito da Rede Ebserh;
sistenciais em saúde no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh; II. promover e monitorar a implantação de instrumentos de
V. definir diretrizes e apoiar a Rede Ebserh nos processos de apoio à decisão clínica a serem adotados pelos HUFs da Rede Eb-
negociação e pactuação da contratualização junto aos gestores do serh, em especial a classificação de risco;
SUS; III. orientar a definição e a implementação, bem como monito-
VI. promover a integração das ações assistenciais com o ensino, rar a estruturação de linhas de cuidado no âmbito da Rede Ebserh;
a pesquisa e a inovação tecnológica em saúde, em conjunto com a IV. promover e monitorar a implantação nas filiais Ebserh, dos
DEPI; protocolos clínico-assistenciais, diretrizes terapêuticas assistenciais,
VII. qualificar a atuação dos HUFs da Rede Ebserh junto à Rede guias, instrutivos e outras documentações assistenciais, a serem
de Atenção à Saúde, por meio de dispositivos de gestão da atenção adotados na Rede, visando qualificar os processos e a gestão do
hospitalar e de gestão da clínica; cuidado em saúde;
VIII. definir a utilização de protocolos assistenciais, diretrizes V. atuar de maneira articulada com o SPIA no desenvolvimento
terapêuticas e de tecnologias em saúde, alinhados com os Protoco- de dispositivos que assegurem a utilização de medicamentos e pro-
los Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde dutos para saúde padronizados nos protocolos clínicos e diretrizes
(MS), a serem adotados pelos HUFs da Rede Ebserh; terapêuticas;
IX. promover, em diálogo com a DEPI e DTI, o acesso da Rede VI. orientar os HUFs da Rede Ebserh na implementação, mo-
Ebserh às bases de dados de evidências científicas para o ensino, nitoramento e avaliação da farmácia clínica e dispensação farma-
pesquisa, inovação e assistência; cêutica;
X. propor ações referentes à assistência hospitalar e à vigilância VII. apoiar a gestão dos processos envolvidos no cuidado in-
em saúde, inclusive em eventos de importância em saúde pública; tegrado especializado no âmbito hospitalar, inclusive os mediados
XI. gerir os convênios e os instrumentos formais de contratuali- por tecnologias de telessaúde, relativos ao diagnóstico, tratamento,
zação estabelecidos com os gestores de saúde, considerando o seu prevenção e reabilitação;
caráter finalístico; VIII. apoiar a Rede na gestão dos processos de alta por óbitos,
XII. definir e autorizar, em diálogo com a DEPI, a utilização de busca ativa de doadores de órgãos e tecidos, e necrópsia;
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IX. apoiar a Rede na padronização do processamento de mate- cluindo formas de controle e padronização de formatação de acor-
riais hospitalares; do com a política de gestão documental da Ebserh.
X. apoiar a Rede na organização e gestão de estruturas de bio- Art. 76. São competências do Serviço de Regulação Assistencial
ética, de forma a mitigar conflitos e instrumentalizar as decisões – SRA:
difíceis na prática assistencial; e I. propor diretrizes para organização dos processos de gestão
XI. promover a implantação e gestão das comissões hospitala- da oferta de consultas, exames, leitos e cirurgias;
res obrigatórias relacionadas ao cuidado assistencial. II. promover o desenvolvimento de capacidades técnicas rela-
Art. 75. São competências do Serviço de Gestão da Qualidade tivas à elaboração, uso e aplicação de protocolos de regulação do
– SGQ: acesso;
I. estabelecer diretrizes e parâmetros para a gestão da quali- III. elaborar diretrizes para os processos de gestão da lista de
dade, da segurança do paciente, da humanização e das ações de espera cirúrgica (LEC);
vigilância em saúde, nos componentes epidemiológicos, controle IV. monitorar a gestão da informação relacionada à oferta de
de infecção hospitalar e gestão de riscos de tecnologias em saúde, consultas, internações, cirurgias e exames;
nas filiais Ebserh; V. promover os ciclos de melhoria dos processos regulatórios
II. gerir a implementação do Programa Ebserh de Gestão da assistenciais por meio do monitoramento e avaliação dos seus in-
Qualidade, do Programa Ebserh Gestão à Vista, do Programa Eb- dicadores;
serh de Segurança do Paciente e das ações de humanização, esta- VI. propor diretrizes para pactuação e gestão dos processos re-
belecendo indicadores e metas, incentivando a avaliação crítica dos lacionados a transferências internas, admissão e alta, referência e
dados e a realização dos ciclos de melhoria por meio da análise dos contrarreferência de pacientes;
planos de ação; VII. apoiar as filiais em discussões com gestores locais de saú-
III. gerir a execução do processo de avaliação externa do Pro- de, dentro do escopo da regulação assistencial; e
grama Ebserh de Gestão da Qualidade e Selo Ebserh da Qualidade; VIII. propor diretrizes e apoiar a gestão da informação clínica no
IV. orientar tecnicamente as filiais Ebserh para qualificação do âmbito da Rede Ebserh, incluindo as informações clínicas em meio
processo de gestão da informação relativa às doenças e agravos de físico, a digitalização de prontuários físicos e o prontuário eletrônico
notificação compulsória (DNC), bem como no controle de infecções do paciente.
relacionadas à assistência de saúde (IRAS); Art. 77. São competências da Coordenadoria de Gestão da
V. orientar tecnicamente as filiais Ebserh na estruturação e de- Atenção Hospitalar – CGAH:
senvolvimento de atividades de gestão de riscos e incidentes em I. coordenar o processo de planejamento e programação as-
saúde, incluindo os assistenciais e aqueles relacionados às tecnolo- sistencial e aqueles relacionados à contratualização hospitalar da
gias em saúde, como a farmacovigilância, tecnovigilância, hemovi- Rede Ebserh;
gilância e vigilância de produtos saneantes; II. validar os estudos de dimensionamento de serviços assisten-
VI. atuar de maneira articulada com o SPIA no desenvolvimen- ciais da Rede Ebserh; III. validar análises dos Instrumentos Formais
to de dispositivos que assegurem a qualidade dos medicamentos e de Contratualização (IFCs) e estabelecer medidas de apoio à imple-
produtos para saúde; mentação de processos de planejamento assistencial e contratuali-
VII. orientar tecnicamente as filiais Ebserh para qualificação do zação hospitalar;
processo de identificação, tratamento da informação e comunica- IV. coordenar o processo de padronização de medicamentos e
ção de riscos e incidentes em saúde; produtos para saúde para uso na Rede Ebserh;
VIII. gerir o sistema de Vigilância em Saúde e Gestão de Ris- V. coordenar o processo de monitoramento e avaliação do de-
cos Assistenciais Hospitalares (Vigihosp), o Painel de Indicadores de sempenho da atenção hospitalar da Rede Ebserh; e
Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente e demais sistemas VI. propor estratégias para qualificação do registro das infor-
de informação relacionados à gestão da qualidade, vigilância em mações assistenciais.
saúde, segurança do paciente e humanização, orientando e incen- Art. 78. São competências do Serviço de Contratualização Hos-
tivando a notificação e investigação de eventos adversos e queixas pitalar – SCH:
técnicas em sistema próprio e nas plataformas dos órgãos sanitários I. prestar apoio técnico aos HUFs da Rede Ebserh para a (re)
competentes; pactuação dos Instrumentos Formais de Contratualização (IFC) no
IX. identificar e avaliar o perfil de morbimortalidade hospitalar, âmbito do SUS, incluindo a construção das bases e estratégias de
auxiliando a análise de situação de saúde e o processo de melhorias negociação;
para subsidiar a tomada de decisão gerencial; II. monitorar e avaliar a situação de vigência dos IFC e o desem-
X. apoiar a implantação e atuação das Comissões Obrigatórias penho dos HUFs da Rede Ebserh no cumprimento de metas;
diretamente relacionadas à vigilância em saúde, à humanização, à III. fornecer subsídios técnicos aos HUFs da Rede Ebserh para o
qualidade e à segurança do paciente; monitoramento e a avaliação de desempenho dos IFC;
XI. monitorar e avaliar as ações de gestão da qualidade da as- IV. atuar na mediação de eventuais conflitos inerentes à contra-
sistência à saúde, segurança do paciente, humanização e vigilância tualização, entre os HUFs da Rede Ebserh e a gestão do SUS;
em saúde nas filiais Ebserh; V. representar a Ebserh perante os gestores de saúde; e
XII. orientar o desenvolvimento de capacidades técnicas em VI. atuar junto ao MS na resolução de problemas e/ou de regu-
gestão da qualidade da assistência à saúde, da segurança do pacien- larização de repasses de recursos, considerando os acordos e valo-
te, da humanização e das ações de vigilância em saúde no âmbito res estabelecidos nos instrumentos formais de contratualização dos
das filiais da Ebserh; e HUFs da Rede Ebserh.
XIII. orientar os HUFs da Rede Ebserh a respeito da elaboração Art. 79. São competências do Serviço de Gestão da Informação,
e gestão de documentos do sistema de Gestão da Qualidade, in- Monitoramento e Avaliação – SGIMA:
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I. desenvolver e operacionalizar metodologia de gestão da in- mento de dispositivos que assegurem a utilização de medicamen-
formação, incluindo monitoramento e avaliação de indicadores da tos e produtos para saúde padronizados nos protocolos clínicos e
atenção hospitalar na Rede Ebserh; diretrizes terapêuticas;
II. implementar ferramentas para o monitoramento e avaliação VIII. estruturar e implementar a forma e o conteúdo do Catálo-
dos indicadores da produção assistencial da Rede Ebserh definidos go de Padronização de Tecnologias em Saúde Nacional e dos HUFs
pela DAS; da Rede Ebserh; e
III. monitorar e avaliar o desempenho da atenção hospitalar da IX. definir em conjunto com a DOF as naturezas de despesa de
Rede Ebserh no âmbito dos sistemas de informação em saúde de medicamentos e produtos para saúde a serem utilizadas pela Rede
base nacional do SUS; Ebserh.
IV. subsidiar a gestão no processo de tomada de decisão com
o fornecimento de informações relativas à atenção hospitalar da SUBSEÇÃO VI
Rede Ebserh; DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA DIRETORIA DE ENSINO,
V. desenvolver e implementar estratégias de qualificação do PESQUISA E INOVAÇÃO
registro das informações assistenciais no âmbito dos sistemas de
informação em saúde de base nacional do SUS; Art. 82. São competências da Diretoria de Ensino, Pesquisa e
VI. subsidiar a integração do sistema de informação em saúde Inovação – DEPI:
da Rede Ebserh com os sistemas de informação em saúde de base I. estabelecer a política do ensino, da pesquisa e da inovação
nacional do SUS; e tecnológica em saúde;
VII. fornecer subsídios técnicos para a operacionalização de sis- II. promover a qualificação do ensino, da pesquisa e da inova-
temas de informação em saúde de base nacional do SUS. ção tecnológica em saúde;
Art. 80. São competências do Serviço de Planejamento Assis- III. promover a gestão das atividades do ensino, da pesquisa e
tencial – SPA: da inovação tecnológica em saúde realizadas na Rede Ebserh;
I. realizar estudos para a definição de perfil assistencial, a partir IV. promover, em conjunto com a DAI e DTI, a modernização da
da análise da situação de saúde, diagnóstico, projeção assistencial estrutura para ensino, pesquisa e inovação tecnológica em saúde
dos HUFs e estrutura organizacional das Gerências de Atenção à dos HUFs da Rede Ebserh;
Saúde (GAS) dos HUFs da Rede Ebserh; V. propor modelo de avaliação da estrutura de ensino, pesquisa
II. estabelecer parametrização de serviços assistenciais para o e inovação tecnológica em saúde dos HUFs da Rede Ebserh;
planejamento assistencial; VI. estabelecer, em diálogo com a DAS, princípios e diretrizes
III. fornecer subsídios técnicos aos HUFs da Rede Ebserh nos para análise de mérito relativo à alteração de oferta de serviços de
processos de planejamento e programação assistencial para defini- ensino, pesquisa e inovação de tecnologias em saúde no âmbito
ção de seu perfil assistencial; dos HUFs da Rede Ebserh;
IV. analisar o perfil assistencial dimensionado para o HUF da VII. promover, em conjunto com a DAS, a integração das ações
Rede Ebserh, a fim de subsidiar a tomada de decisões pela gestão; de ensino, pesquisa e inovação tecnológica com a assistência à saú-
V. orientar tecnicamente os HUFs da Rede Ebserh no processo de;
de habilitação de serviços assistenciais especializados no âmbito do VIII. definir estratégias para captação de recursos orçamentá-
SUS; rios e financeiros destinados ao ensino, à pesquisa e à inovação tec-
VI. monitorar as habilitações de serviços assistenciais especiali- nológica em saúde;
zados no âmbito do SUS; e IX. promover, em diálogo com a DAS e DTI, o acesso da Rede
VII. analisar e subsidiar a emissão de parecer de mérito assis- Ebserh às bases de dados de evidências científicas para o ensino,
tencial para as demandas de criação, ampliação, suspensão ou ex- pesquisa e inovação tecnológica em saúde;
tinção de serviços assistenciais no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh. X. promover e apoiar os Núcleos de Avaliação de Tecnologias
Art. 81. São competências do Serviço de Planejamento de Insu- em Saúde (NATS) na Rede Ebserh;
mos Assistenciais - SPIA: XI. propor estratégias para o fortalecimento e a expansão das
I. definir o processo de seleção e padronização de medicamen- atividades de avaliação em tecnologias de saúde;
tos e produtos para saúde a serem adotados na Rede Ebserh; XII. promover e fortalecer as atividades de ensino, pesquisa e
II. padronizar medicamentos e produtos para saúde para uso inovação tecnológica em saúde;
pela Rede Ebserh; XIII. gerir os convênios relacionados às atividades de ensino,
III. definir em conjunto com a DAI os medicamentos e produtos pesquisa e inovação tecnológica em saúde;
para saúde para contratação centralizada em casos de desabasteci- XIV. participar da construção e gestão dos instrumentos for-
mento por cenários de mercado; mais de contratualização estabelecidos com os gestores de saúde
IV. propor diretrizes e atuar no âmbito das Comissões de Pa- no que concerne ao ensino, pesquisa e inovação tecnológica em
dronização de medicamentos e produtos para saúde para seu pleno saúde, em diálogo com a DAS;
funcionamento; XV. Apoiar a DAS na definição e autorização da utilização de
V. subsidiar a Rede Ebserh na identificação de necessidades dados e informações relacionados à assistência, incluindo informa-
quanto à incorporação, alteração ou exclusão de medicamentos e ções dos prontuários médicos e seus correlatos, para fins de ensino,
produtos para saúde em consonância com as diretrizes do SUS; VI. pesquisa, desenvolvimento tecnológico e outros usos dos dados as-
atuar de maneira articulada com o SGQ no desenvolvimento de dis- sistenciais de pacientes;
positivos que assegurem a qualidade dos medicamentos e produtos XVI. promover, em diálogo com a DAS, a integração das ações
para saúde; do ensino, da pesquisa e da inovação tecnológica em saúde da rede
VII. atuar de maneira articulada com o SGCA no desenvolvi- Ebserh em consonância com as Universidades, MEC e MS; XVII.
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Propor estratégias para a internacionalização do ensino, pesquisa e IX. participar da elaboração e gerenciamento do plano de ação
inovação tecnológica em saúde da Rede Ebserh; decorrente do desdobramento estratégico da Rede Ebserh na área
XVIII. Promover as atividades de ensino, pesquisa e inovação de ensino;
tecnológica em saúde em redes colaborativas. X. apoiar o desenvolvimento de atividades voltadas ao ensino
Art. 83. São competências da Coordenadoria de Gestão do En- em rede para a pós-graduação; e
sino – CGEN: XI. elaborar diretrizes e normas para realização das atividades
I. coordenar o planejamento da área de ensino da Rede Ebserh, de ensino da pós-graduação nos HUFs da Rede Ebserh.
coerente com as políticas e diretrizes gerais do MEC e do MS, ali- Art. 85. São competências do Serviço de Gestão da Graduação,
nhado ao Planejamentos Estratégico da empresa e suas respectivas Ensino Técnico e Extensão – SGETE:
Diretorias e áreas técnicas; I. apoiar os HUFs da Rede Ebserh na execução dos processos de
II. propor políticas, diretrizes e normativos para orientar os pro- gestão do campo de prática para atividades da graduação, ensino
cessos de gestão do campo de prática para o ensino; técnico e da extensão;
III. apoiar as Gerências de Ensino e Pesquisa (GEPs) para o de- II. monitorar o cumprimento dos normativos e diretrizes inter-
senvolvimento das condições técnicas necessárias para ações da nas voltados à Rede Ebserh, enquanto campo de prática das ativida-
área de ensino na Rede Ebserh; des de graduação, ensino técnico e extensão;
IV. monitorar e avaliar as atividades desenvolvidas pelas GEPs III. monitorar e avaliar as atividades desenvolvidas pelas GEPs
da Rede Ebserh no âmbito do ensino; V. apoiar o processo de arti- da Rede Ebserh no âmbito da graduação, ensino técnico e extensão;
culação dos HUFs da Rede Ebserh junto às instâncias acadêmicas IV. desenvolver modelo de avaliação do campo de prática das
das universidades; atividades de graduação, ensino técnico e extensão;
VI. articular, junto às instâncias gestoras, estratégias de apoio V. monitorar a implementação do modelo de atuação da pre-
e incentivo à adoção de metodologias pedagógicas inovadoras que ceptoria na Rede Ebserh; e
integrem as ações de atenção à saúde, ensino, pesquisa e extensão VI. elaborar diretrizes e normas para a realização das atividades
na Rede Ebserh; de ensino de graduação, ensino técnico e extensão nos HUFs da
VII. monitorar a estruturação dos HUFs da Rede Ebserh para o Rede Ebserh.
processo de certificação e de recertificação como hospital de ensi- Art. 86. São competências da Coordenadoria de Gestão da Pes-
no; quisa e Inovação Tecnológica em Saúde – CGPITS:
VIII. propor modelo de avaliação do campo de prática para o I. propor e gerir a política de inovação de tecnologia em saúde
ensino; e propriedade intelectual na Rede Ebserh;
IX. propor modelo de atuação da preceptoria na Rede Ebserh; II. apoiar a gestão da inovação tecnológica em saúde na Rede
X. coordenar programa de mobilidade em Rede para residen- Ebserh;
tes; III. apoiar as GEPs da Rede Ebserh para o desenvolvimento das
XI. apoiar a estruturação e gestão dos programas de residência condições técnicas necessárias para ações da área de pesquisa e
da Rede Ebserh; XII. realizar articulação institucional e interinstitu- inovação tecnológica em saúde na Rede Ebserh;
cional para o fortalecimento dos programas de residência na Rede IV. monitorar e avaliar as atividades desenvolvidas pelas GEPs
Ebserh; da Rede Ebserh no âmbito da pesquisa e inovação tecnológica em
XIII. promover o ensino baseado em competências e EPAs (Ati- saúde;
vidades Profissionais Confiáveis); V. apoiar o processo de articulação dos HUFs da Rede Ebserh
XIV. apoiar a implementação de práticas de ensino baseadas junto às instâncias acadêmicas das universidades;
em simulação; e VI. articular, junto às instâncias gestoras da Saúde e da Ciência,
XV. promover o desenvolvimento de atividades voltadas ao En- Tecnologia e Inovação, estratégias de apoio e incentivo às ações de
sino em Rede. pesquisa e inovação tecnológica em saúde com foco no fortaleci-
Art. 84. São competências do Serviço de Gestão de Pós-Gradu- mento do SUS;
ação – SGPOS: VII. estruturar e desenvolver processos que apoiem a Rede Eb-
I. orientar os HUFs da Rede Ebserh no planejamento das ativi- serh na certificação e recertificação dos HUFs da Rede Ebserh como
dades da pós-graduação e na gestão do campo de prática; hospitais de ensino;
II. monitorar o cumprimento dos normativos e diretrizes inter- VIII. propor e gerenciar modelo de captação de recursos para a
nos voltados à Rede Ebserh, enquanto campo de prática das ativi- pesquisa e inovação tecnológica em saúde;
dades de pós-graduação; IX. coordenar a estruturação e gestão da pesquisa, inovação
III. monitorar e avaliar as atividades desenvolvidas pelas GEPs tecnológica em saúde e dos Núcleos de Avaliação Tecnológica em
no âmbito do ensino da pós graduação; Saúde (NATS) da Rede Ebserh; e
IV. avaliar as atividades de estruturação dos HUFs da Rede Eb- X. participar do processo de análise e proposição de políticas
serh para a execução de processos de certificação e recertificação públicas relacionadas à pesquisa clínica, inovação em tecnologias
como hospital de ensino; em saúde e avaliação de tecnologias em saúde.
V. desenvolver modelo de avaliação do campo de prática para Art. 87. São competências do Serviço de Gestão da Inovação
o ensino; Tecnológica em Saúde – SGITS:
VI. apoiar as GEPs na implementação do modelo de atuação da I. gerir a política de inovação tecnológica em saúde na Rede
preceptoria na Rede Ebserh; VII. desenvolver e monitorar o progra- Ebserh;
ma de mobilidade em rede para residentes; II. apresentar propostas de inovação tecnológica aplicáveis à
VIII. monitorar a estruturação e gestão dos programas de resi- saúde no âmbito da Rede Ebserh;
dência da Rede Ebserh; III. realizar prospecção de inovação tecnológica em saúde para
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a Rede Ebserh; IV. identificar e propor a ampliação e diversificação SUBSEÇÃO VII


de fontes de recursos para o fortalecimento da inovação tecnológi- DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA DIRETORIA DE ADMI-
ca aplicáveis aos HUFs da Rede Ebserh; NISTRAÇÃO E INFRAESTRUTURA
V. identificar, prospectar, avaliar, articular e propor parcerias
para o desenvolvimento de soluções tecnológicas em saúde aplicá- Art. 89. São competências da Diretoria de Administração e In-
veis aos HUFs da Rede Ebserh; fraestrutura – DAI:
VI. propor e gerir programas, projetos, estratégias, soluções I. propor, implementar e monitorar as políticas de licitações,
tecnológicas inovadoras em saúde e realização de provas de concei- contratos e convênios, compras centralizadas, patrimonial, supri-
to no âmbito dos HUFs da Rede Ebserh; mentos, infraestrutura física, engenharia clínica, hotelaria no âmbi-
VII. avaliar e propor estratégias de implementação e escalona- to da Administração Central, e dos HUFs da Rede Ebserh, bem como
mento de soluções tecnológicas em saúde nos HUFs da Rede Eb- a logística administrativa da Administração Central;
serh; II. dirigir o planejamento das compras centralizadas de bens e
VIII. gerenciar e estimular registro de propriedade intelectual serviços necessários ao pleno funcionamento da Rede Ebserh;
(produtos e patentes); III. dirigir os procedimentos para o desenvolvimento das se-
IX. monitorar as atividades de inovação tecnológica em saúde guintes atividades na Rede Ebserh: a. compras regulares e compras
na Rede Ebserh e apoiar sua divulgação; centralizadas de bens e serviços;
X. promover e fomentar atividades de iniciação tecnológica b. gerenciamento e fiscalização de contratos e convênios;
aplicada aos HUFs da Rede Ebserh para estimular a transferência de c. planejamento e gerenciamento dos serviços de apoio hos-
inovações tecnológicas em saúde e formação de recursos humanos pitalares;
focados em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D); d. gestão patrimonial;
XI. estimular, acompanhar e orientar o processamento dos pe- e. planejamento e gestão de suprimentos;
didos de registro de propriedade intelectual na Rede Ebserh; e f. planejamento e gestão da infraestrutura física;
XII. realizar articulação institucional e interinstitucional para g. planejamento e gestão da engenharia clínica;
promover a ampliação e fortalecimento da Inovação Tecnológica h. planejamento e gestão da hotelaria hospitalar; e
em Saúde e Saúde Digital no âmbito da Rede Ebserh. i. logística administrativa no âmbito da Administração Central;
Art. 88. São competências do Serviço de Gestão da Pesquisa – IV. dirigir a gestão do almoxarifado, do patrimônio, da infraes-
SGPQ: trutura física e dos serviços administrativos da Administração Cen-
I. gerir a política de pesquisa e de avaliação de tecnologias em tral;
saúde na Rede Ebserh; V. orientar e supervisionar os processos relacionados à emissão
II. identificar a necessidade de capacitação de profissionais em de passagens e diárias no âmbito da Rede Ebserh; e
pesquisa clínica e no uso de bancos de dados para fins de pesquisa; VI. estabelecer parâmetros para o provimento de infraestrutu-
III. apoiar a gestão da pesquisa na Rede Ebserh; ra física e de engenharia clínica das filiais.
IV. monitorar e aprimorar o sistema de gestão de pesquisa e o Parágrafo único. As competências constantes da DAI e áreas
controle de acesso à plataforma de coleta de dados; correlacionadas não abrangem os convênios relacionados a ativida-
V. acompanhar os processos de gestão e modernização da es- des de inovação e pesquisa científica e tecnológica, convênios rela-
trutura para realização de pesquisa nos HUFs da Rede Ebserh; cionados a cooperações internacionais ou os instrumentos formais
VI. monitorar o registro de Grupos Temáticos e Pesquisadores de contratualização estabelecidos pelos gestores de saúde, consi-
que atuam na Rede Ebserh; derando o seu caráter finalístico.
VII. promover a realização de pesquisas multicêntricas de rele- Art. 90. São competências da Coordenadoria de Gestão de Su-
vância para o SUS na Rede Ebserh; primentos – CGS:
VIII. apoiar a captação de recursos para o desenvolvimento de I. coordenar o desenvolvimento do modelo de gestão de esto-
pesquisa na Rede Ebserh; que e de patrimônio da Ebserh;
IX. monitorar os resultados da produção científica na Rede Eb- II. monitorar a gestão de estoque e de patrimônio da Rede Eb-
serh e fomentar a sua divulgação; serh, de forma a propor melhorias nas políticas e diretrizes sobre
X. monitorar a execução de projetos de pesquisa com fomento o tema;
Ebserh; III. coordenar a prestação de suporte especializado aos gesto-
XI. fomentar atividades de iniciação científica nos HUFs da Rede res de estoque e de patrimônio da Rede Ebserh; e
Ebserh; IV. supervisionar o desenvolvimento de estudos e coordenar as
XII. monitorar e avaliar as condições técnicas e operacionais ações que visem à racionalização e ao dimensionamento otimizado
para a implantação e/ou aprimoramento dos Núcleos de Avaliação da gestão de estoque e de patrimônio.
de Tecnologias em Saúde (NATS); Art. 91. São competências do Serviço de Gestão de Estoque –
XIII. promover a instituição de uma rede colaborativa de avalia- SGE:
ções de tecnologias em saúde no âmbito da Rede Ebserh; e I. acompanhar e orientar as atividades relacionadas a registro
XIV. propor estratégias para o fortalecimento e a expansão das e controle de estoque, recebimento, armazenamento, movimenta-
atividades de avaliação em tecnologias em saúde. ção, distribuição e dispensação de produtos na Rede Ebserh;
II. desenvolver estudos e operacionalizar ações que visem à ra-
cionalização e ao dimensionamento otimizado de estoque;
III. fomentar o uso racional e sustentável dos materiais;
IV. orientar e monitorar a elaboração de relatórios gerenciais
de estoque na Rede Ebserh.
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V. acompanhar e avaliar os Relatórios Mensais de Movimenta- II. promover a designação dos responsáveis pela gestão e fisca-
ção de Almoxarifados, de composição analítica e sintética de Gestão lização dos contratos, convênios e demais instrumentos obrigacio-
de Estoque da Rede Ebserh; nais firmados pela Administração Central, observado o exposto no
VI. monitorar e orientar os processos relacionados à movimen- parágrafo único do art. 90 deste Regimento Interno;
tação de estoques entre os HUFs da Rede Ebserh; e III. instruir processos de solicitação de pagamento de despesas
VII. orientar, monitorar e consolidar o inventário geral de esto- contratadas pela Administração Central, após ateste dos documen-
ques da Rede Ebserh. tos hábeis;
Art. 92. São competências do Serviço de Gestão de Patrimônio IV. conduzir procedimentos de apuração de irregularidades co-
– SGPA: metidas por fornecedores na execução de contratos firmados pela
I. acompanhar e orientar as atividades de registro e controle Administração Central; e
patrimonial na Rede Ebserh; V. elaborar relatórios gerenciais sobre a execução de contra-
II. orientar e monitorar a elaboração de relatórios gerenciais de tos, convênios, atas de registro de preços e demais instrumentos
patrimônio na Rede Ebserh; obrigacionais firmados pela Rede Ebserh observado o exposto no
III. acompanhar e avaliar os Relatórios Mensais de Movimenta- parágrafo único do art. 90 deste Regimento Interno.
ção de Bens, de composição analítica e sintética de Gestão de Patri- Art. 95. São competências do Serviço de Compras e Licitações
mônio da Rede Ebserh; – SCL:
IV. elaborar relatórios consolidados de gestão patrimonial e de I. promover a designação e apoiar as equipes de planejamento
conciliação contábil da Rede Ebserh; das contratações da Administração Central;
V. orientar, monitorar e consolidar o inventário geral, avaliação II. instruir processos de contratação da Administração Central,
e classificação, testes de recuperabilidade (impairment test) e des- atuando como controle interno sobre a fase de planejamento das
fazimento dos bens na Rede Ebserh; contratações;
VI. conduzir as atividades de registro patrimonial da Adminis- III. conduzir a fase das contratações relacionada à seleção de
tração Central, bem como prestar informações sobre classificação fornecedores, na Administração Central; e
de bens às equipes de planejamento de contratações; IV. acompanhar as compras diretas e licitações conduzidas pela
VII. proceder com o registro de bens recebidos na Administra- Rede Ebserh. Art. 96. São competências do Serviço de Administra-
ção Central, após o seu recebimento definitivo pelas equipes de fis- ção da Sede – SADS:
calização dos contratos; e I. gerir os serviços logísticos gerais e a infraestrutura física ne-
VIII. elaborar os relatórios de composição analítica e sintética cessários ao funcionamento da Administração Central;
de ativo imobilizado e intangível da Administração Central. II. promover e monitorar o uso racional e sustentável dos re-
Art. 93. São competências da Coordenadoria de Administração cursos logísticos e da infraestrutura física da Administração Central;
– CAD: III. gerenciar e acompanhar a utilização e a destinação dos es-
I. coordenar o desenvolvimento do modelo de gestão das con- paços físicos da Administração Central;
tratações da Ebserh; IV. operacionalizar as atividades de protocolo e de arquivo cen-
II. coordenar o modelo de categorias de compras da Rede Eb- tral da Administração Central;
serh; V. operacionalizar as atividades do almoxarifado e do patrimô-
III. coordenar as atividades de compras centralizadas; nio da Administração Central;
IV. monitorar as contratações realizadas pela Rede Ebserh; VI. gerir o processo de trabalho da emissão de passagens e con-
V. propor e coordenar ações estruturantes para aprimorar o cessão de diárias na Rede Ebserh;
grau de maturidade da governança das aquisições da Ebserh; VII. operacionalizar a incorporação, a guarda, o controle e a dis-
VI. coordenar as atividades para realização das contratações da tribuição dos materiais do almoxarifado da Administração Central;
Administração Central da Ebserh; VIII. elaborar os Relatórios Mensais de Movimentação de Almo-
VII. coordenar as atividades de acompanhamento dos contra- xarifados, de composição analítica e sintética de Gestão de Estoque
tos, convênios, atas de registro de preços e demais instrumentos da Administração Central;
obrigacionais firmados pela Administração Central da Ebserh, ob- IX. recepcionar os bens móveis entregues por fornecedores na
servado o exposto no parágrafo único do art. 90 deste Regimento Administração Central, acionando as respectivas equipes de fiscali-
Interno; zação dos contratos para registro de seu recebimento provisório e
VIII. coordenar a gestão dos recursos logísticos e da infraestru- condução de demais trâmites de fiscalização contratual;
tura física necessários ao funcionamento da Administração Central; X. emitir os termos de responsabilidade, com a carga patrimo-
IX. coordenar a gestão do protocolo e do arquivo central da nial do material, nos processos de distribuição e movimentação de
Administração Central; bens, após a manifestação das áreas requisitantes dos bens;
X. coordenar a gestão do almoxarifado e do patrimônio da Ad- XI. comunicar formalmente às instâncias superiores sobre o ex-
ministração Central; e travio ou a identificação de danos sobre os bens móveis;
XI. coordenar a gestão do processo de trabalho de emissão de XII. conduzir o armazenamento provisório, a movimentação os
passagens e de concessão de diárias. processos de classificação, avaliação, desfazimento, testes de recu-
Art. 94. São competências do Serviço de Contratos e Convênios perabilidade e inventários de bens móveis e estoque da Administra-
– SCC: ção Central; e
I. formalizar e acompanhar os contratos, convênios, atas de re- XIII. promover a regularização imobiliária da Administração
gistro de preços e demais instrumentos obrigacionais firmados pela Central.
Administração Central, observado o exposto no parágrafo único do Art. 97. São competências do Serviço de Compras Centralizadas
art. 90 deste Regimento Interno; – SCCEN:
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I. gerir o modelo de categorias de compras da Rede Ebserh e de tão da Rede Ebserh.


câmaras técnicas de padronização nacional referentes às categorias Art. 100. São competências do Serviço de Engenharia Clínica
de compras; – SEC:
II. desenvolver estudos e operacionalizar ações que visem à I. elaborar, propor e promover orientações e diretrizes técnicas
implementação de estratégias e soluções inovadoras relativas às para a Rede Ebserh quanto ao planejamento e a gestão de serviços
contratações; da área de engenharia clínica;
III. planejar as compras centralizadas, fomentando a incorpora- II. desenvolver estudos e operacionalizar ações que visem à ra-
ção das necessidades e do conhecimento técnico dos HUFs da Rede cionalização e ao dimensionamento otimizado dos serviços no âm-
Ebserh; bito de sua competência;
IV. instruir os procedimentos de planejamento das compras III. Promover a qualificação das equipes de engenharia clínica
centralizadas, realizando estudos técnicos e prospecções de merca- da Rede Ebserh, bem como o compartilhamento do conhecimento
do, com suporte das áreas específicas das demais Diretorias; técnico e a integração das equipes;
V. monitorar a efetividade das compras centralizadas e seus in- IV. gerir o dimensionamento e monitorar o parque tecnológico
dicadores de eficiência e economicidade; de equipamentos médico hospitalares da Rede Ebserh;
VI. articular, com demais centrais de compras nacionais e inter- V. orientar e monitorar a Rede Ebserh acerca da atualização
nacionais, o desenvolvimento de ações colaborativas visando apri- tecnológica e dos planos de substituição de equipamentos médico
morar as compras centralizadas; hospitalares; e
VII. propor e manter atualizado o cronograma de compras cen- VI. orientar os HUFs da Rede Ebserh quanto à realização de trei-
tralizadas; e namentos e manutenções preventivas e programadas, relacionados
VIII. propor estratégias de profissionalização dos compradores aos equipamentos médico-hospitalares.
da Rede Ebserh. Art. 101. São competências do Serviço de Hotelaria Hospitalar
Art. 98. São competências da Coordenadoria de Infraestrutura – SHH:
Hospitalar e Hotelaria – CIH: I. propor, elaborar e divulgar orientações e diretrizes técnicas
I. avaliar e coordenar a implementação de diretrizes para o pla- para a Rede Ebserh que tratem sobre o planejamento e a gestão
nejamento e a gestão de serviços da área de infraestrutura física de serviços relacionados à produção e distribuição de dietas orais
hospitalar, engenharia clínica e hotelaria hospitalar no âmbito da e enterais, higienização hospitalar, reposição e uso do enxoval hos-
Rede Ebserh; pitalar, colchões hospitalares e travesseiros, transporte interno e
II. coordenar a prestação de suporte especializado aos gestores externo de pacientes, utilização de áreas de áreas de uso comum,
de infraestrutura física, engenharia clínica e hotelaria hospitalar da controle de pragas e vetores e gerenciamento de resíduos sólidos
Rede Ebserh; hospitalares;
III. supervisionar o desenvolvimento de estudos e coordenar II. desenvolver estudos e operacionalizar ações que visem à ra-
ações que visem à inovação, à racionalização e ao dimensionamen- cionalização e ao dimensionamento otimizado dos serviços no âm-
to otimizado dos serviços no âmbito de suas competências; bito de sua competência;
IV. coordenar iniciativas de compartilhamento do conhecimen- III. promover a qualificação das equipes de hotelaria hospitalar
to técnico e a integração das equipes de infraestrutura física, enge- da Rede Ebserh, bem como o compartilhamento do conhecimento
nharia clínica e hotelaria hospitalar da Rede Ebserh; técnico e a integração das equipes; e
V. coordenar ações estruturantes para aprimorar o grau de ma- IV. monitorar a gestão dos serviços da hotelaria hospitalar na
turidade da governança relacionada à infraestrutura física, enge- Rede Ebserh com vistas ao seu aprimoramento.
nharia clínica e hotelaria hospitalar da Rede Ebserh; e
VI. prover e subsidiar a DAI com informações técnicas sobre os SUBSEÇÃO VIII
projetos e ações de sua competência para a definição e execução de DAS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DA DIRETORIA DE TECNO-
investimentos e demais atividades no âmbito da sua atuação. LOGIA DA INFORMAÇÃO
Art. 99. São competências do Serviço de Manutenção Predial,
Projetos e Obras – SMPO: Art. 102. São competências da Diretoria de Tecnologia da In-
I. elaborar, propor e promover orientações e diretrizes téc- formação – DTI:
nicas para a Rede Ebserh no planejamento e gestão dos serviços I. propor e gerir, em articulação com as demais Diretorias, Vi-
relacionados a estudos especializados e projetos de arquitetura e ce-Presidência e Presidência da Ebserh, o modelo de governança
engenharia, capacidade da infraestrutura física, serviços comuns de de Tecnologia da Informação (TI) da empresa, que permita a pa-
engenharia, obras e manutenção predial; dronização e o controle dos recursos de TI, além da implantação de
II. orientar e monitorar a Rede Ebserh quanto a elaboração, políticas, planos, metodologias, normas e regulamentos;
implementação, gestão e atualização do Plano Diretor Físico Hos- II. propor e apoiar, em articulação com as demais Diretorias,
pitalar (PDFH); Vice-Presidência e Presidência da Ebserh, soluções tecnológicas re-
III. promover ações para a adequação da infraestrutura física da lacionadas à transformação digital, no âmbito das atividades insti-
Rede Ebserh às diretrizes presentes nas normativas vigentes; tucionais, administrativas, de ensino, pesquisa e atenção à saúde,
IV. promover o compartilhamento do conhecimento técnico e inclusive promovendo e propondo parcerias, prospecção tecnológi-
a integração das equipes de infraestrutura física da Rede Ebserh; ca e intercâmbio de experiências e informações;
V. monitorar e avaliar a gestão de infraestrutura física dos HUFs III. propor, em articulação com as demais Diretorias, Vice-Presi-
da Rede Ebserh e a execução dos serviços a ela relacionados; e dência e Presidência da Ebserh, estratégias de inteligência de dados,
VI. gerir informações e indicadores de infraestrutura física da visando qualificar a governança e a gestão dos dados da Ebserh;
Rede Ebserh para subsidiar a tomada de decisões no âmbito da ges- IV. coordenar a elaboração, submeter à aprovação do Comitê
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Gestor de Tecnologia da Informação, gerir, e avaliar o Plano Estra- IV. apoiar a elaboração e executar o modelo de governança de
tégico de Tecnologia da Informação (PETI), que atenda à Adminis- TI em sua esfera de atuação;
tração Central e aos HUFs da Rede Ebserh, em consonância com o V. coordenar a elaboração de estratégias de inteligência de da-
planejamento estratégico institucional; dos visando a definição da arquitetura de tecnologia para a integra-
V. coordenar a elaboração, atualização e execução do Plano Di- ção de dados e de sistemas de informação no âmbito da Ebserh;
retor de Tecnologia da Informação (PDTI) da Administração Central VI. apoiar a elaboração e executar o PETI e o PDTI da Adminis-
da Ebserh, e submetê-lo à aprovação do Comitê Gestor de Tecnolo- tração Central, no que tange aos sistemas de informação;
gia da Informação, assim como orientar a elaboração e acompanhar VII. gerir a implantação das políticas e diretrizes de segurança
a execução do PDTI dos HUFs da Rede Ebserh; da informação, no que tange aos sistemas de informação;
VI. coordenar e promover a implantação de políticas e diretri- VIII. propor, avaliar, coordenar e monitorar a contratação e
zes de segurança cibernética e de segurança da informação; implantação de soluções de sistemas de informação, no âmbito da
VII. orientar a Rede Ebserh quanto às contratações e implanta- Administração Central da Ebserh;
ções de soluções de TI; VIII. coordenar o desenvolvimento, evolu- IX. coordenar o desenvolvimento, evolução e implantação do
ção, implantação e infraestrutura tecnológica do sistema de gestão sistema padronizado e único de gestão hospitalar, com módulos as-
hospitalar da Rede Ebserh; sistenciais e administrativos, para a Ebserh, com o apoio das demais
IX. prover, em articulação com as áreas interessadas, soluções Diretorias e dos HUFs da Rede Ebserh;
complementares aos sistemas de suporte assistencial e administra- X. acompanhar, coordenar e avaliar o desenvolvimento, a im-
tivo que não possuam funcionalidades concorrentes ao sistema de plantação, a manutenção, a disponibilidade e o suporte dos siste-
gestão hospitalar da Rede Ebserh; mas de informação e de inteligência de dados, com foco nos pro-
X. coordenar o desenvolvimento, implantação e manutenção cessos institucionais;
de sistemas de informações com foco nos processos institucionais; XI. coordenar a integração dos sistemas de informação da Ad-
XI. coordenar a integração, quando couber, dos sistemas de in- ministração Central da Ebserh com os sistemas de informação dos
formações da Ebserh com os sistemas de informações do SUS, de HUFs da Rede Ebserh e sistemas federais;
forma a qualificar os sistemas internos da instituição; XII. coorde- XII. coordenar os centros de competência de desenvolvimento
nar o alinhamento dos sistemas, da infraestrutura e da segurança de sistemas de informação; e
cibernética da Ebserh com as estratégias e as políticas públicas do XIII. promover a padronização e a modernização dos sistemas
Governo Federal; de informação.
XIII. coordenar a integração das redes de dados e de telecomu- Art. 105. São competências do Serviço de Desenvolvimento de
nicações entre a Administração Central e os HUFs da Rede Ebserh; Sistemas – SDS:
XIV. manter a segurança, a integridade e a confiabilidade das I. propor e executar ações de inovação no desenvolvimento e
bases de dados institucionais geridas pela Administração Central; e sustentação de sistemas de informação;
XV. gerir acesso lógico às bases de dados institucionais da Ad- II. propor, planejar e executar a contratação e implantação de
ministração Central, conforme regulamento específico ou, em sua soluções e serviços de desenvolvimento de sistemas de informação
ausência, conforme deliberação da Diretoria Executiva da Ebserh. no âmbito da Administração Central da Ebserh e apoiar a contrata-
Art. 103. São competências do Serviço de Governança de Tec- ção e implantação nos HUFs da Rede Ebserh;
nologia da Informação – SGTI: III. desenvolver, evoluir e sustentar sistema padronizado e úni-
I. propor o alinhamento das ações de TI ao planejamento estra- co de gestão hospitalar, com módulos assistenciais e administrati-
tégico da Ebserh; vos para a Rede Ebserh;
II. elaborar, monitorar e avaliar o modelo de governança de TI; IV. desenvolver, implantar, manter e integrar sistemas de infor-
III. propor, apoiar e monitorar políticas, normas e procedimen- mação com foco nos processos institucionais da Ebserh; e
tos relacionados à TI; V. definir e acompanhar aspectos tecnológicos do desenvolvi-
IV. elaborar e monitorar o PETI e o PDTI da Administração Cen- mento de sistemas de informação.
tral e orientar a elaboração dos PDTIs dos HUFs da Rede Ebserh; Art. 106. São competências do Serviço de Arquitetura de Sis-
V. prover informações relacionadas à DTI aos órgãos de contro- temas – SAS:
le internos e externos; I. propor e executar ações na arquitetura e nas integrações dos
VI. coordenar a elaboração e o acompanhamento do orçamen- sistemas de informação em conformidade com a Metodologia de
to anual da DTI e acompanhar a descentralização do orçamento dos Desenvolvimento de Sistemas (MDS);
HUFs da Rede Ebserh relacionados à TI; e II. implantar, manter e integrar sistemas de informação com
VII. apoiar o monitoramento das contratações de soluções de foco nos processos institucionais da Ebserh;
TI no âmbito da Administração Central. III. prover a gestão de configuração de ambientes de sistemas
Art. 104. São competências da Coordenadoria de Sistemas da de informação;
Informação – CDSI: IV. orientar aspectos tecnológicos de projetos de desenvolvi-
I. coordenar as ações de sistemas de informação assegurando mento de sistemas de informação;
seu alinhamento aos objetivos estratégicos e políticas institucionais V. garantir a implementação de padrões de identidade visual de
da Ebserh; sistemas de informação e portais; e
II. coordenar o alinhamento dos sistemas da Ebserh com as es- VI. propor, planejar e executar a contratação e implantação de
tratégias de saúde digital e políticas públicas correlatas do Governo sistemas de informação no âmbito da Administração Central da Eb-
Federal; serh e apoiar a contratação e implantação nos HUFs da Rede Ebserh.
III. apoiar ações de inovação em sistemas de informação, saúde Art. 107. São competências do Serviço de Saúde Digital e Inte-
digital e inteligência de dados; ligência de Dados – SDID:
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I. prospectar, prover e integrar sistemas de saúde digital e inte- VI. executar a gerência de configuração dos equipamentos e
ligência de dados no âmbito das atividades institucionais da Ebserh; serviços relacionados à infraestrutura e segurança cibernética;
II. atuar na governança de dados, elaborando a estratégia de VII. executar e monitorar a padronização e a modernização do
inteligência de dados, identificando e provendo fontes de dados ge- parque de equipamentos e serviços de infraestrutura e segurança
renciais para a Ebserh; cibernética; e
III. desenvolver, implantar e manter painéis de análise de da- VIII. propor e executar ações de inovação em infraestrutura e
dos, com foco nos processos institucionais, propondo padrões de segurança cibernética. Art. 110. São competências do Serviço de
implementação para a Rede Ebserh; Suporte de Tecnologia da Informação – STI:
IV. implantar sistema padronizado e único de gestão hospitalar, I. prover suporte técnico aos serviços e equipamentos de TI no
com módulos assistenciais e administrativos para Rede Ebserh, bem âmbito da Administração Central e orientar a prestação dos servi-
como outros sistemas de saúde digital com o apoio das demais Di- ços nos HUFs da Rede Ebserh;
retorias e dos HUFs da Rede Ebserh; e II. propor, planejar e executar a contratação e implantação de
V. definir e acompanhar aspectos tecnológicos do desenvolvi- equipamentos e soluções de suporte de TI, no âmbito da Adminis-
mento de sistemas para a saúde digital. tração Central e apoiar a contratação e implantação nos HUFs da
Art. 108. São competências da Coordenadoria de Infraestrutu- Rede Ebserh;
ra, Suporte e Segurança de Tecnologia da Informação – CISTI: III. executar a gerência de configuração dos equipamentos e
I. coordenar as ações de infraestrutura, suporte e segurança serviços relacionados ao suporte de TI;
cibernética, assegurando seu alinhamento com os objetivos estra- IV. promover a padronização e a modernização do parque de
tégicos e políticas institucionais da Ebserh; equipamentos e serviços de TI de acordo com a necessidade da
II. coordenar o alinhamento das iniciativas de infraestrutura, rede;
suporte e segurança cibernética da Ebserh com as estratégias e po- V. manter e atualizar o catálogo de serviços e o inventário de
líticas públicas correlatas do Governo Federal; equipamentos de TI; e
III. coordenar ações de infraestrutura de TI para sustentação VI. propor e executar ações de inovação em suporte de TI.
dos sistemas de informação da Ebserh; IV. apoiar a elaboração e
executar o modelo de governança de TI em sua esfera de atuação; CAPÍTULO VI
V. propor e executar políticas e diretrizes de segurança da informa- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
ção no que tange à infraestrutura, suporte e segurança cibernética;
VI. apoiar a elaboração e executar o PETI e o PDTI da Adminis- Art. 111. Fica revogado o Regimento Interno da Ebserh, aprova-
tração Central, no que tange a infraestrutura, suporte e segurança do na 137 ª Reunião Extraordinária do Conselho de Administração,
cibernética; realizada no dia 14 junho de 2022.
VII. propor, avaliar, coordenar e monitorar a contratação e im- Art. 112. Até a publicação de regimentos internos próprios dos
plantação de soluções de infraestrutura, suporte e segurança ciber- HUFs da Rede Ebserh os atos de indicação, aprovação e nomeação
nética, no âmbito da Administração Central da Ebserh; de superintendentes e gerentes obedecerão aos seguintes critérios:
VIII. orientar o planejamento e acompanhar as contratações e I. os Superintendentes serão indicados pelo Reitor, conforme
implantações de equipamentos e serviços de infraestrutura, supor- critérios estabelecidos de titulação acadêmica e comprovada expe-
te e segurança cibernética na Rede Ebserh; riência em gestão pública no campo da saúde, definidos pela Eb-
IX. coordenar as ações de sustentação da infraestrutura de TI serh, nos termos do artigo 6º da Lei n°. 12.550, de 2011; e
para sistema padronizado e único de gestão hospitalar, com módu- II. as Gerências serão ocupadas por pessoas selecionadas por
los assistenciais e administrativos, para Rede Ebserh; uma comissão, composta por membros da Diretoria Executiva da
X. coordenar e monitorar as redes de dados da Administração Ebserh e pelo Superintendente do HUF, indicadas a partir de análise
Central e dos HUFs da Rede Ebserh; e curricular que comprove qualificação para o atendimento das com-
XI. promover a padronização e a modernização do parque de petências específicas de cada Gerência.
equipamentos e serviços de infraestrutura e segurança cibernética. Parágrafo único - A aprovação e a nomeação de Superintenden-
Art. 109. São competências do Serviço de Infraestrutura e Se- tes e Gerentes serão realizadas pelo Presidente da Ebserh.
gurança de Tecnologia da Informação – SISEG: Art. 113. Os casos omissos e as dúvidas referentes à aplicação
I. especificar, prover, integrar e administrar as soluções de in- deste Regimento Interno, não solucionadas no âmbito da Diretoria
fraestrutura e segurança cibernética relativas a redes de computa- Executiva, serão dirimidos pelo Conselho de Administração.
dores, seus serviços e aos demais equipamentos de TI; Art. 114. O presente Regimento Interno entra em vigor na data
II. prover orientação e suporte técnico aos serviços e equipa- da publicação de seu extrato no Diário Oficial da União (DOU) e da
mentos de infraestrutura e segurança cibernética; sua disponibilidade integral na página oficial da Ebserh.
III. propor e executar ações de segurança cibernética na Admi-
nistração Central e orientar tais ações no âmbito dos HUFs da Rede
Ebserh;
IV. promover e monitorar ações de segurança cibernética;
V. sustentar a infraestrutura de TI e zelar pela segurança ciber-
nética para o sistema padronizado e único de gestão hospitalar, com
módulos assistenciais e administrativos para a Rede Ebserh;

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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO - EBSERH

Ebserh, pessoas físicas e jurídicas prestadoras de serviços à Ebserh,


CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DA EBSERH - PRINCÍPIOS estagiários, estudantes, residentes e todos aqueles que, de forma
ÉTICOS E COMPROMISSOS DE CONDUTA – SEGUNDA EDI- individual ou coletiva, por força de lei, contrato ou qualquer outro
ÇÃO (2020) ato jurídico, prestem serviços à Empresa, de natureza permanente,
temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira,
direta ou indiretamente.
CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DA EBSERH CAPÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS E VALORES FUNDAMENTAIS
PRINCÍPIOS ÉTICOS E COMPROMISSOS DE CONDUTA 2º EDI-
ÇÃO (2020) Art. 3º A Ebserh observará os princípios constantes no art. 37
da Constituição Federal, zelando pela predominância da probida-
APRESENTAÇÃO de administrativa, da integridade, da dignidade da pessoa humana,
da urbanidade, da transparência, da honestidade, da lealdade, do
O Código de Ética e Conduta da Empresa Brasileira de Serviços repúdio ao preconceito e ao assédio, do respeito à diversidade, da
Hospitalares (Ebserh), cuja validade é indeterminada, apresenta o responsabilidade social e do desenvolvimento sustentável, do inte-
compromisso da Empresa no sentido de submeter seu conteúdo a resse público, do sigilo profissional, e dos demais princípios nortea-
processos de avaliação e revisão periódica, com vistas ao acompa- dores já consagrados da Administração Pública Federal.
nhamento das rápidas mudanças sociais, tecnológicas e administra- Art. 4º Os princípios éticos, tais como o decoro, o zelo, a eficá-
tivas compatíveis com a missão institucional da Ebserh de prestar cia e a consciência dos princípios morais, deverão ser considerados
serviços gratuitos de atenção à saúde e de prestar apoio ao ensino, em todas as decisões dos gestores, bem como em todos os rela-
à pesquisa e à extensão e à formação de pessoas no campo da saú- cionamentos empreendidos no âmbito da empresa, com o objetivo
de pública. de contribuir para a construção e a consolidação da identidade da
O Código de Ética e Conduta busca balizar os princípios e valo- Ebserh como uma instituição que preza pela preservação da ética
res requeridos de seus colaboradores. É o norteador principiológico em todos os seus atos e instâncias.
de ações, buscando assegurar, em um patamar superior de ética e
valores, a todas as categorias e níveis hierárquicos, uma conduta CAPÍTULO III – DOS COMPROMISSOS DE CONDUTA
íntegra no relacionamento com pacientes e seus familiares, colegas,
fornecedores e público em geral. Nesse sentido, trata-se de um do- Art. 5º O exercício da governança e os compromissos de condu-
cumento balizador das condutas pessoais e profissionais de todos ta constantes deste código estarão em conformidade e decorrerão
os empregados da Ebserh, independente do cargo ou da função que dos princípios e valores fundamentais indicados neste Código.
ocupem. §1º Os princípios e valores indicados devem estar refletidos
Em sintonia com o mapa estratégico da Empresa, este docu- nos relacionamentos nos âmbitos interno e externo à Empresa, em
mento tem como inspiração sua visão, sua missão e seus valores conformidade com o que dispõem os artigos 3° e 4° deste Código,
institucionais, e propugna de modo inarredável pelo que consta no sempre zelando pela imagem, reputação e integridade da Ebserh.
referido mapa: ‘A ética é inegociável’. Com todos os públicos com os §2º A marca da empresa e o conhecimento produzido interna-
quais a rede Ebserh se relaciona, a ética em suas diferentes dimen- mente no desenvolvimento de suas atividades ou em parceria são
sões deve estar entrelaçada nas condutas de seus agentes e parcei- patrimônios institucionais e devem ser sempre protegidos por to-
ros, sempre na busca por trabalho inovador e de excelência, boas dos os colaboradores.
práticas de governança corporativa e comunicação transparente. §3º A propriedade intelectual da empresa diz respeito ao seu
Busca-se, com este Código, a inibição de ações antiéticas e direito de proteção às ideias e criação desenvolvidas internamente
atitudes inapropriadas, mas mais do que isso, uniformizar o en- e inclui sua marca, patentes, direitos autorais, registro de software,
tendimento corporativo que possa balizar e realçar os princípios e dentre outros.
valores que são esperados dos colaboradores no exercício de suas §4º A marca e a propriedade intelectual serão protegidas do
atividades. Com isso, fica instituído um mecanismo de fortaleci- mau uso, de desvios ou da utilização para benefícios pessoais, ca-
mento institucional e de princípios éticos efetivos que representem bendo o mesmo zelo e respeito à propriedade intelectual de ter-
os valores preconizados pela Ebserh. ceiros.
§5º O acesso e o tratamento de dados pessoais deverão ser
CAPÍTULO I – DOS OBJETIVOS protegidos nos termos da Lei nº 13.709, de 14/08/2018, a Lei Geral
de Proteção de Dados, bem como dos dispositivos específicos das
Art. 1º O Código de Ética e Conduta da Empresa Brasileira de normas profissionais específicas que regem a proteção de dados
Serviços Hospitalares (Ebserh) tem por objetivo estruturar os princí- dos pacientes, incluindo as limitações de divulgação interna junto a
pios e valores que norteiam as ações e os compromissos de conduta outros colaboradores, bem como a terceiros.
institucionais, nas relações internas e externas à Rede Ebserh. Art. Art. 6º A preservação ambiental e iniciativas de sustentabilida-
2º Este Código de Ética e Conduta é de observância obrigatória por de serão levadas em consideração pela Ebserh nas ações, projetos e
todos os membros do Conselho de Administração, do Conselho Fis- relações de que seja parte.
cal, da Diretoria Executiva, profissionais do quadro permanente da Art. 7º As ações e recursos da Ebserh deverão estar alinhados
Empresa, ocupantes de cargos de confiança, profissionais ou servi- com o Propósito, Visão, Valores e Objetivos Estratégicos, bem como
dores requisitados ou cedidos de outros órgãos públicos, profissio- com a busca constante pela excelência na gestão.
nais de empresas prestadoras de serviços, servidores públicos que Art. 8º A atuação dos agentes da Ebserh deverá estar alinha-
encontram-se desempenhando suas atividades nas unidades da da com o interesse público, respeitadas as razões que motivaram a
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LEGISLAÇÃO - EBSERH

criação da Empresa, sem concessões à ingerência de interesses e fa- nheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta, colateral
vorecimentos particulares, partidários ou pessoais, tanto nas ações ou por afinidade, até o 3º grau;
e decisões gerenciais, quanto na ocupação de cargos. IV.utilizar o cargo ou função pública para captar clientes para
Art. 9º O agente público, no exercício da liberdade de expres- negócios privados de qualquer natureza;
são, deve utilizar adequadamente os canais formais mantidos pela V.atuar, com ganho financeiro ou não, em conflito com o desen-
empresa para manifestar opiniões, sugestões, reclamações, críticas volvimento das atividades da organização;
e denúncias, engajando-se na melhoria contínua dos processos e VI.aceitar, para benefício próprio, direta ou indiretamente,
procedimentos da Empresa, resguardando sua reputação e a de quaisquer tipos de brindes ou gratificações de qualquer pessoa fí-
seus colaboradores. sica ou jurídica com a qual a Ebserh mantenha ou pretenda manter
relação comercial, salvo nos casos protocolares, e quando não hou-
CAPÍTULO IV – DAS RESPONSABILIDADES E DEVERES DO ver valor comercial do objeto;
COLABORADOR VII.permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos
ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com usuários
Art. 10. São responsabilidades e deveres do colaborador: dos serviços ou colegas e superiores hierárquicos;
I.ter consciência de que sua atuação é regida por princípios VIII.assediar, de qualquer forma, outro colaborador ou, ainda,
éticos, efetivados na correta execução dos trabalhos realizados na compactuar com tal conduta;
Rede Ebserh; IX.fazer uso de quaisquer informações, dados ou conhecimen-
II.abster-se sempre de exercer sua função, seu poder ou sua tos pertinentes ao trabalho realizado na Ebserh em benefício pró-
autoridade com finalidade estranha ao interesse da Ebserh; prio, de parentes, de amigos ou de terceiros;
III.resistir, denunciar e não se submeter às pressões de cole- X.divulgar, sem expressa autorização do Superintendente, nos
gas, superiores hierárquicos e partes interessadas que visem obter hospitais, ou do vice-presidente, na Administração Central, em
quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrên- qualquer meio, informações ou imagens dos bens móveis ou imó-
cia de ações imorais, ilegais ou antiéticas; veis, de profissionais e/ou de usuários dos hospitais da Rede, sejam
IV.comunicar às instâncias de gestão sobre convites para even- eles pacientes ou acompanhantes;
tos oferecidos por fornecedores ou empresas do setor privado; XI.manifestar-se, nos veículos de comunicação, redes sociais ou
V.declarar qualquer situação, com respeito ao seu envolvimen- grupos de trocas de mensagem, de forma a denegrir a imagem da
to em atividades profissionais, que constitua conflito de interesse empresa ou de seus colegas de trabalho e superiores hierárquicos,
real, aparente ou possível; bem como para incitar ações que vão contra o interesse público;
VI.cumprir as tarefas relativas ao seu cargo e aos trabalhos que XII.prover informações ou dados falsos com a finalidade de ser
lhe forem confiados, sempre com critério, segurança, agilidade e admitido em emprego, cargo, ou, ainda, obter promoção ou vanta-
confidencialidade, escolhendo, sempre, quando estiver diante de gem pessoal ou salarial;
duas opções, a que garanta a lisura de sua atuação na Ebserh; XIII.apropriar-se de bens que não lhe pertençam, assim como
VII.manter o sigilo de informações, dados e conhecimentos re- remover materiais e equipamentos das instalações da Rede Ebserh
cebidos em razão do seu cargo; sem observar os procedimentos necessários para tanto;
VIII.preservar a confidencialidade profissional mesmo após o XIV.consumir bebida alcóolica ou ter consigo, armazenar ou fa-
desligamento da instituição; zer uso de substâncias que comprometam a atividade laboral, nas
IX.atuar sempre de forma a observar as normas de segurança dependências da Rede Ebserh, bem como apresentar-se ao traba-
do trabalho e a não permitir que haja qualquer risco para si ou para lho sob efeito das mesmas;
terceiros nos serviços prestados, colaborando com os setores res- XV.interferir inadequadamente em quaisquer procedimentos
ponsáveis pela segurança institucional, informando ou reportando operacionais realizados no âmbito da Ebserh, ou tentar obstruí-los,
defeitos, falhas técnicas, atividades ou atitudes suspeitas que pos- especialmente aqueles relacionados à segurança;
sam colocar em risco a atuação da Empresa; XVI.lesar a Ebserh em qualquer de seus recursos patrimoniais,
X.ser cortês e ter urbanidade, disponibilidade e atenção, res- tanto tangíveis quanto intangíveis;
peitando a capacidade e as limitações individuais de todos, sem XVII.manusear aparelho celular, para fins pessoais, de modo a
qualquer espécie de preconceito; comprometer a atividade laboral ou colocar em risco a segurança
XI.acolher pacientes e seus acompanhantes de forma huma- do paciente.
nizada, com profissionalismo, dedicação, cordialidade, presteza e
respeito. CAPÍTULO VI – DOS RELACIONAMENTOS NO ÂMBITO INTER-
NO
CAPÍTULO V – DAS VEDAÇÕES AO COLABORADOR
Art. 12. A Ebserh buscará adotar medidas para que não haja
Art. 11. É vedado ao colaborador: distinção de tratamento entre as pessoas que atuam na Empresa,
I.alegar desconhecimento deste Código para tentar defender- com respeito à hierarquia e ao desempenho das competências de
-se em caso de cometimento de infração; cada um, em conformidade com os princípios e valores fundamen-
II.utilizar pessoal ou recursos materiais da Ebserh na execução tais.
de atividades particulares ou para outros fins que não aqueles re- Art. 13. Todas as pessoas que atuam no âmbito da Ebserh deve-
lacionados aos objetivos da Empresa e às suas atividades profissio- rão contribuir para o estabelecimento e a manutenção de um am-
nais desempenhadas; biente de trabalho em que prevaleçam a cooperação, a eficiência, a
III.agir em benefício ou por interesse de pessoa jurídica de que dedicação, a iniciativa, a justiça, a responsabilidade, a transparência
participe o próprio colaborador ou seus sócios, cônjuge, compa- e a urbanidade.
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Art. 14. Todos os que atuam na Ebserh devem se comprometer CAPÍTULO IX – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
no sentido de não serem coniventes com qualquer infração a este
Código, bem como aos demais atos normativos da Empresa. Art. 25. Constituem referências e devem ser utilizados conjunta
ou subsidiariamente na aplicação do Código de Ética e Conduta, os
CAPÍTULO VII – DOS RELACIONAMENTOS NO ÂMBITO EXTER- seguintes normativos.
NO I.Constituição Federal;
II.Código de Ética e Conduta Profissional do Servidor Público
Art. 15. A Ebserh se pautará, em suas relações externas, pelo Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto nº 1.171,
mais elevado padrão ético, bem como pelos princípios e valores de 1994;
fundamentais orientadores deste Código, assumindo o compromis- III.Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, insti-
so de regular tais relações por meio de procedimentos imparciais, tuído pelo Decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro de 2007;
isonômicos, transparentes, idôneos e em conformidade com a le- IV.Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013;
gislação vigente. V.Código de Conduta da Alta Administração Federal, aprovado
Art. 16. A atuação da Ebserh se pautará pelo compromisso em 21 de agosto de 2000;
com os projetos e as políticas governamentais vigentes, buscando a VI.Resolução nº 10, de 29 de setembro de 2008, da Comissão
prestação de serviços de forma responsável e em consonância com de Ética Pública, da Presidência da República;
o interesse público, com foco no paciente, corpos docente e discen- VII.Códigos de Ética das categorias profissionais que atuam na
te e de pesquisadores. Ebserh;
Art. 17. A Ebserh atuará permanentemente na prevenção e re- VIII.Regulamento de Pessoal da Ebserh;
pressão ao surgimento e manutenção de práticas que possam resul- IX.Regimento Interno da Ebserh;
tar em vantagens ou benefícios pessoais que caracterizem conflito X.Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016;
de interesse para os envolvidos, bem como participação em práti- XI.Decreto 8.945, de 27 de dezembro de 2016.
cas ilegais, desleais ou contrárias aos princípios éticos. Art. 26. Compete à CEE a divulgação, implementação e atu-
Art. 18. A Ebserh deve nortear suas ações com intuito de pre- alização deste Código de Ética e Conduta, a resposta a consultas
servar o bom relacionamento com seus públicos, pautando-se sem- éticas, bem como a apuração de denúncias por transgressão ética.
pre pelo compromisso e satisfação no seu atendimento, preservan- §1º Qualquer pessoa poderá entrar em contato com a CEE, pe-
do o princípio da equidade. los canais de comunicação indicados na intranet e internet, sendo
Art.19. A Ebserh buscará prevenir corrupções e fraudes, bem assegurado total sigilo e confidencialidade das informações.
como o conflito entre o interesse público e os interesses privados §2º A CEE será composta, na forma do seu regimento interno,
de seus colaboradores. por três agentes públicos da Ebserh e respectivos suplentes, todos
Parágrafo único. Não serão tolerados quaisquer atos lesivos à designados pela Presidência da Empresa, contando com o apoio de
Administração Pública ou a qualquer outra instituição ou indivíduos representantes indicados pelos Colegiados Executivos nas filiais.
com os quais a Ebserh mantenha vínculo. Art. 27. A CEE possui competência para celebrar acordos de condu-
ta ética e aplicar sanção de censura.
CAPÍTULO VIII – DAS DENÚNCIAS §1º A censura ética é aplicável nos casos de descumprimento
ao que dispõe o presente Código de Ética e Conduta da Rede Ebserh
Art. 20. Os tratamentos de denúncias referentes às transgres- ou quando constatado desvio ético.
sões éticas serão feitos conforme disciplinados nos normativos re- §2º A censura ética não é publicizada, sendo consignada em
ferenciados no inciso VI do art. 25 deste Código, os editados pela parecer da CEE, encaminhado, conforme o caso, à área de gestão
Comissão de Ética Pública e no Regimento Interno da Comissão de de gestão da Ebserh ou à Comissão de Ética Pública, da Presidência
Ética da Ebserh (CEE). da República.
Art. 21. A denúncia de uma conduta contrária aos preceitos éti- Art. 28. Todas as pessoas que atuam no âmbito da Ebserh de-
cos poderá ser feita por qualquer cidadão, empregado da Ebserh ou vem tomar conhecimento e implementar as orientações estabele-
não, por meio dos canais adequados da Ouvidoria-Geral. cidas neste Código.
Art. 22. O denunciante deverá indicar o responsável ou os res- Art. 29. A Ebserh disponibilizará treinamento periódico, no mí-
ponsáveis pela possível transgressão ética, devendo a denúncia ser nimo anual, sobre o Código de Ética e Conduta, para empregados e
clara, objetiva, específica, e conter a apresentação dos elementos administradores.
de prova ou indicação de onde podem ser encontrados. Art. 30. No ato da contratação, será disponibilizado ao empre-
Art. 23. É garantido sigilo, confidencialidade e proteção insti- gado o acesso a este Código.
tucional ao denunciante de boa fé e aos integrantes da comissão Art. 31. Este Código entra em vigor na data de sua publicação.
responsável pelo processamento das denúncias de transgressões
éticas.
§1º É vedado à CEE divulgar informação sobre qualquer pro-
cesso instaurado.
§2º A Ebserh estabelecerá mecanismo de proteção que impeça
qualquer espécie de retaliação às pessoas que utilizem o canal de
denúncias.
Art. 24. Será assegurado ao investigado o direito à ampla defe-
sa e ao contraditório.

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LEGISLAÇÃO - EBSERH

vinculação com o campo da saúde pública torne necessária a co-


ESTATUTO SOCIAL DA EBSERH (APROVADO NA ASSEM- operação, em especial na implementação de residência médica,
BLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA NO DIA 24 DE uniprofissional ou multiprofissional, no campo da saúde, nas espe-
MAIO DE 2023) cialidades e regiões estratégicas para o SUS;
X- prestar serviços de apoio à geração do conhecimento em
pesquisas básicas, clínicas e aplicadas, promovendo, estimulando,
ESTATUTO DA EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITA- coordenando, apoiando e executando atividades de pesquisa, de-
LARES senvolvimento e inovação, com o objetivo de produzir conhecimen-
tos e tecnologia para o desenvolvimento da saúde pública do País;
CAPÍTULO I XI- realizar, na forma fixada pela Diretoria Executiva e aprovada
DA RAZÃO SOCIAL, NATUREZA JURÍDICA, SEDE, REPRESENTA- pelo Conselho de Administração, aplicações não reembolsáveis ou
ÇÃO GEOGRÁFICA E PRAZO DE DURAÇÃO parcialmente reembolsáveis destinadas a apoiar projetos de ensi-
no, pesquisa, extensão e inovação na área de saúde;
Art. 1º. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - Ebserh, XII - atuar em projetos e programas de cooperação técnica na-
empresa pública de capital fechado, com personalidade jurídica de cional e internacional com vistas ao desenvolvimento de suas ati-
direito privado e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da vidades e ao aprimoramento da formação profissional e da saúde
Educação, é regida por este Estatuto Social, pela Lei nº 6.404, de pública;
15 de dezembro de 1976, pela Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de XIII- prestar serviços delegados pelo Governo Federal com vis-
2011, pelaLei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, pelo Decreto nº tas ao cumprimento do seu objeto social; e
8.945, de 27 de dezembro de 2016, e demais legislações aplicáveis. XIV- exercer outras atividades inerentes às suas finalidades.
Art. 2º. A Ebserh tem sede e foro em Brasília, Distrito Federal, e §1º As atividades de prestação de serviços de assistência à saú-
pode criar escritórios, representações, dependências, filiais e subsi- de desenvolvidas pela Ebserh estarão inseridas integral e exclusiva-
diárias no País, para o desenvolvimento de atividades inerentes ao mente no âmbito do SUS.
seu objeto social, nos termos da Lei nº 12.550, de 2011. §2º No desenvolvimento de suas atividades de ensino, a Ebserh
Parágrafo único. A Rede Ebserh é composta pela Administração observará as orientações da Política Nacional de Educação, de res-
Central, pelos hospitais universitários federais geridos pela Ebserh, ponsabilidade do Ministério da Educação.
além de escritórios, representações, dependências, filiais e subsidi- §3º No desenvolvimento de suas atividades de assistência à
árias criadas pela empresa no País. saúde, a Ebserh observará as orientações da Política Nacional de
Art. 3º. O prazo de duração da Ebserh é indeterminado. Saúde, de responsabilidade do Ministério da Saúde.

CAPÍTULO II CAPÍTULO III


DO OBJETO SOCIAL DO INTERESSE PÚBLICO

Art. 4º. Ebserh tem por objeto social: Art. 5º. A Ebserh poderá ter suas atividades, sempre que con-
I- prestar serviços gratuitos de assistência médico-hospitalar, sentâneas com seu objeto social, orientadas pela União de modo a
ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico à população, no contribuir para o interesse público que justificou a sua criação.
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); §1º No exercício da prerrogativa de que trata o caput deste arti-
II- administrar unidades hospitalares; go, a União somente poderá orientar a Ebserh a assumir obrigações
III- prestar serviços de apoio à gestão hospitalar, com otimiza- ou responsabilidades, incluindo a realização de projetos de investi-
ção de processos e serviços, implementação de sistema de gestão, mento e assunção de custos operacionais específicos, em condições
monitoramento de resultados, bem como o desenvolvimento de diversas às de qualquer outra sociedade do setor privado que atue
outras atividades afins; no mesmo mercado, quando:
IV- prestar serviços de consultoria e assessoria em sua área de I- estiver definida em lei ou regulamento, bem como prevista
atuação; em contrato, convênio ou ajuste celebrado com o ente público com-
V- prestar a terceiros serviços secundários operacionais contí- petente para estabelecê-la, observada a ampla publicidade desses
nuos que sejam relacionados às atividades de assistência à saúde; instrumentos; e
VI- participar de iniciativas de promoção da inovação, como in- II- tiver seu custo e receitas discriminados e divulgados de for-
cubadoras, centros de inovação e aceleradoras de empresas; ma transparente, inclusive no plano contábil.
VII- prestar serviços de apoio ao ensino, pesquisa e extensão §2º Para fins de atendimento ao inciso II do caput, a adminis-
nas diversas áreas do conhecimento com vistas à inovação, ensino- tração da companhia deverá:
-aprendizagem e formação de pessoas no campo da saúde pública, I– evidenciar as obrigações ou responsabilidades assumidas em
inclusive mediante intermediação e apoio financeiro, observada, notas explicativas específicas das demonstrações contábeis de en-
nos termos do art. 207 da Constituição, a autonomia universitária cerramento do exercício; e,
e as políticas acadêmicas estabelecidas no âmbito das instituições II– descrevê-las em tópico específico do relatório de adminis-
de ensino; tração.
VIII- promover, estimular, coordenar, apoiar e executar progra- §3º O exercício das prerrogativas de que tratam os parágrafos
mas de formação profissional contribuindo para qualificação profis- anteriores será objeto da Carta Anual, subscrita pelos membros do
sional no campo da saúde pública no País; Conselho de Administração, prevista no art. 13, inciso I, do Decreto
IX- apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa, cuja nº 8.945, de 2016.

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CAPÍTULO IV respeitados os prazos previstos na legislação.


DO CAPITAL SOCIAL E RECURSOS Parágrafo único. As pautas das Assembleias Gerais serão cons-
tituídas, exclusivamente, dos assuntos constantes dos editais de
Art. 6º. O capital social da Ebserh é de R$ 681.560.045,66 (seis- convocação, não se admitindo a inclusão de assuntos gerais.
centos e oitenta e um milhões, quinhentos e sessenta mil, quarenta Art. 11. As deliberações serão registradas no livro de atas, que
e cinco reais e sessenta e seis centavos), integralmente sob a pro- podem ser lavradas na forma de sumário dos fatos ocorridos e se-
priedade da União. rão divulgadas em sítio eletrônico oficial atualizado.
Parágrafo único. O capital social poderá ser alterado nas hipó- Seção IV Competências
teses previstas em lei, vedada a capitalização direta do lucro sem Art. 12. A Assembleia Geral, além das matérias previstas na Lei
trâmite pela conta de reservas. nº 6.404, de 1976, e no Decreto nº 1.091, de 21 de março de 1994,
Art. 7º. Constituem recursos da Ebserh: e respeitadas às disposições da Lei nº 13.303, de 2016, e do Decreto
I - as dotações que lhe forem consignadas no orçamento da nº 8.945, de 2016, reunir-se-á para deliberar sobre alienação, no
União; todo ou em parte, de ações do capital social da Ebserh ou, quando
II - as receitas decorrentes: não competir ao Conselho de Administração, de suas controladas.
a)da prestação de serviços compreendidos em seu objeto;
b)da alienação de bens e direitos; CAPÍTULO VI
c)das aplicações financeiras que realizar; DAS REGRAS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA
d)dos direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros, dividen-
dos e bonificações; e SEÇÃO I
e)dos acordos e convênios que realizar com entidades nacio- ÓRGÃOS SOCIAIS E ESTATUTÁRIOS
nais e internacionais.
III- doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe fo- Art. 13. A Ebserh terá Assembleia Geral e os seguintes órgãos
rem destinados por pessoas físicas ou jurídicas de direito público estatutários:
ou privado; I - Conselho de Administração;
IV- rendas provenientes de outras fontes. II - Diretoria Executiva;
Parágrafo único. A empresa poderá receber recursos dos orça- III - Conselho Fiscal;
mentos fiscal e da seguridade social da União para o pagamento de IV - Conselho Consultivo;
despesas com pessoal ou de custeio em geral, conforme expressa- V - Comitê de Auditoria;
mente autorizado pela Lei nº 12.550, de 2011. VI - Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração.
Art. 14. A Ebserh será administrada pelo Conselho de Adminis-
CAPÍTULO V tração e pela Diretoria Executiva, de acordo com as atribuições e
DA ASSEMBLEIA GERAL poderes conferidos pela legislação aplicável e pelo presente Esta-
SEÇÃO I tuto Social.
CARACTERIZAÇÃO Parágrafo único. Os administradores deverão orientar a execu-
ção das atividades da Ebserh com observância aos princípios e às
Art. 8º. A Assembleia Geral realizar-se-á ordinariamente, uma melhores práticas adotados e formulados por instituições e fóruns
vez por ano, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao encerra- nacionais e internacionais que sejam referência no tema da gover-
mento de cada exercício social, para deliberação das matérias pre- nança corporativa, observadas às legislações aplicáveis à adminis-
vistas em lei e extraordinariamente, sempre que os interesses so- tração pública indireta.
ciais, a legislação ou as disposições deste Estatuto Social exigirem.
SEÇÃO II
SEÇÃO II REQUISITOS E VEDAÇÕES PARA ADMINISTRADORES
COMPOSIÇÃO
Art. 15. Os administradores da Ebserh, inclusive o conselhei-
Art. 9º. A Assembleia Geral é composta pela União, represen- ro representante dos empregados, deverão atender aos requisitos
tada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, nos termos do obrigatórios e observar as vedações para o exercício de suas ativi-
Decreto-Lei nº 147, de 3 de fevereiro de 1967. dades previstos na Lei nº 6.404, de 1976, na Lei nº 13.303, de 2016
§1º Os trabalhos da Assembleia Geral serão dirigidos pelo pre- e no Decreto nº 8.945, de 2016.
sidente do Conselho de Administração da Ebserh ou pelo substituto Parágrafo único. É vedado o ingresso ou permanência no Con-
que esse vier a designar, que escolherá o secretário da Assembleia selho de Administração e na Diretoria Executiva, além dos impedi-
Geral. dos por lei, de ascendente, descendente ou parente colateral ou
§2º Fica assegurada a participação do Presidente da Ebserh nas afim, até o terceiro grau, de membro do Conselho de Administra-
reuniões da Assembleia Geral como convidado, sem direito a voto. ção, da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal.
Art. 16. Sem prejuízo de outras condições a serem detalhadas
SEÇÃO III em Política de Indicação da Ebserh, será considerado cidadão com
CONVOCAÇÃO E DELIBERAÇÃO reputação ilibada aquele que:
a)não possuir contra si processos judiciais ou administrativos
Art. 10. A Assembleia Geral será convocada pelo Presidente do com acórdão desfavorável ao indicado, em segunda instância, ob-
Conselho de Administração ou pelo substituto que esse vier a de- servada a atividade a ser desempenhada;
signar, ressalvadas as exceções previstas na Lei nº 6.404, de 1976, b)não possuir falta grave relacionada ao descumprimento do
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Código de Ética e Conduta da Ebserh ou outros normativos inter- mediante assinatura de termo de posse lavrado no respectivo livro
nos, quando aplicável; de atas, entrando em exercício imediato.
c)não ter sofrido penalidade trabalhista ou administrativa na Art. 21. O Termo de Posse deverá conter, sob pena de nulidade:
Ebserh ou em outra pessoa jurídica de direito público ou privado a indicação de, pelo menos, um domicílio no qual o administrador
nos últimos 3 (três) anos em decorrência de apurações internas, receberá citações e intimações em processos administrativos e judi-
quando aplicável. ciais relativos a atos de sua gestão, as quais se reputarão cumpridas
Art. 17. Além dos requisitos legais obrigatórios aplicáveis aos mediante entrega no domicílio indicado, cuja modificação somente
administradores da Ebserh, aos membros da Diretoria Executiva será válida após comunicação por escrito à Ebserh, além da sujeição
será exigida a comprovação do exercício, nos últimos dez anos, de do administrador ao Código de Conduta e às políticas internas da
uma das experiências profissionais abaixo, sem prejuízos aos de- Ebserh.
mais requisitos estabelecidos na Política de Indicação da Ebserh: Art. 22. Os membros do Conselho Fiscal serão investidos em
I- cargos gerenciais relevantes em instituições que atuam na seus cargos independentemente da assinatura de termo de posse,
área da saúde ou educação, por, no mínimo, 2 (dois) anos; desde a data da respectiva eleição ou nomeação.
II- função gratificada ou cargo comissionado na Administração Parágrafo único. Os membros do Comitê de Auditoria serão in-
Central ou Unidades Hospitalares da Rede Ebserh, por, no mínimo, vestidos em seus cargos mediante assinatura do termo de posse,
2 (dois) anos; desde a data da respectiva eleição.
III- cargos estatutários ou cargos gerenciais relevantes em um Art. 23. Antes de entrar no exercício da função e ao deixar o
dos 2 (dois) níveis hierárquicos não estatutários mais altos em em- cargo, cada membro estatutário deverá apresentar à Ebserh, que
presa de grande porte, por, no mínimo, quatro anos; zelará pelo sigilo legal, Declaração de Ajuste Anual do Imposto de
IV- cargos em comissão ou função de confiança equivalente a Renda Pessoa Física e das respectivas retificações apresentadas à
nível 4, ou superior, do Grupo Direção e Assessoramento Superio- Receita Federal do Brasil ou autorização de acesso às informações
res DAS, em órgãos ou entidades da administração pública, por, no nela contidas.
mínimo, 4 (quatro) anos. Parágrafo único. No caso dos Diretores, a declaração anual de
§1º Os membros da Diretoria Executiva deverão residir na mes- bens e rendas também deve ser apresentada à Comissão de Ética
ma cidade da Administração Central da Ebserh. Pública da Presidência da República - CEP/PR.
§2º A Ebserh divulgará o currículo profissional resumido dos
Administradores e dos membros dos Órgãos Estatutários, em sítio SEÇÃO V
eletrônico oficial atualizado, com acesso fácil e organizado, com PERDA DO CARGO PARA ADMINISTRADORES, CONSELHEIROS
atualização das informações sempre que houver modificação. FISCAIS, MEMBROS DO COMITÊ DE AUDITORIA E DEMAIS
Art. 18. O Conselho de Administração fará recomendação não COMITÊS DE ASSESSORAMENTO
vinculante de novos membros desse colegiado e perfis para apro-
vação da Assembleia Geral, sempre relacionadas aos resultados do Art. 24. Além dos casos previstos em lei, dar-se-á vacância do
processo de avaliação e às diretrizes da política de indicação e do cargo quando:
plano de sucessão. I- o membro do Conselho de Administração ou Fiscal ou do
Comitê de Auditoria ou de Comitês de Assessoramento deixar de
SEÇÃO III comparecer a duas reuniões consecutivas ou 3 (três) intercaladas,
DA VERIFICAÇÃO DOS REQUISITOS E VEDAÇÕES PARA ADMI- nas últimas 12 (doze) reuniões, sem justificativa; e
NISTRADORES II- o membro da Diretoria Executiva se afastar do exercício do
cargo por mais de 30 (trinta) dias consecutivos, salvo em caso de
Art. 19. Os requisitos e as vedações exigíveis para os Adminis- licença, inclusive férias, ou nos casos autorizados pelo Conselho de
tradores deverão ser respeitados em todas as nomeações e elei- Administração.
ções realizadas, inclusive em caso de recondução.
§1º Os requisitos deverão ser comprovados documentalmen- SEÇÃO VI
te, na forma exigida pelo formulário padronizado, aprovado pela REMUNERAÇÃO
Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais e
disponibilizado em seu sítio eletrônico. Art. 25. A remuneração dos membros estatutários e, quando
§2º A ausência dos documentos referidos no §1º importará em aplicável, dos demais comitês de assessoramento, será fixada anu-
rejeição do formulário pelo Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Su- almente em Assembleia Geral, nos termos da legislação vigente,
cessão e Remuneração da empresa. sendo vedado o pagamento de qualquer forma de remuneração
§3º O Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remune- não prevista em Assembleia Geral.
ração deverá verificar se os requisitos e vedações estão atendidos, Parágrafo único. A Ebserh divulgará toda e qualquer remunera-
por meio da análise da autodeclaração apresentada pelo indicado e ção dos membros de órgãos estatutários.
sua respectiva documentação. Art. 26. Os membros dos Conselhos de Administração e Fiscal,
Comitê de Auditoria e demais órgãos estatutários terão ressarcidas
SEÇÃO IV suas despesas de locomoção e estada necessárias ao desempenho
POSSE E RECONDUÇÃO da função, sempre que residentes fora da cidade em que for reali-
zada a reunião.
Art. 20 No prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da elei- Parágrafo único. Caso o membro resida na mesma cidade da
ção ou nomeação, os eleitos para o Conselho o Conselho de Ad- Administração Central da Ebserh, esta custeará as despesas de lo-
ministração e Diretoria Executiva serão investidos em seus cargos comoção e alimentação.
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Art. 27. A remuneração mensal devida aos membros dos Con- §1º Fica assegurado aos administradores e conselheiros fiscais,
selhos de Administração e Fiscal da Ebserh não excederá a dez por bem como aos ex-administradores e ex-conselheiros, o conheci-
cento da remuneração mensal média dos membros da Diretoria mento de informações e documentos constantes de registros ou de
Executiva, sendo vedado o pagamento de participação, de qualquer bancos de dados da Ebserh, indispensáveis à defesa administrativa
espécie, nos lucros da Ebserh. ou judicial, em ações propostas por terceiros, de atos praticados
Parágrafo único. A remuneração dos membros do Comitê de durante o seu prazo de gestão ou de atuação, conforme o caso.
Auditoria será fixada em Assembleia Geral em montante não infe- §2º O benefício previsto no caput aplica-se, no que couber e a
rior à remuneração dos Conselheiros Fiscais. critério do Conselho de Administração, aos membros dos comitês
estatutários e àqueles que figuram no polo passivo de processo ju-
SEÇÃO VII dicial ou administrativo, em decorrência de atos que tenham prati-
TREINAMENTO cado no exercício de competência delegada pelos Administradores.
§3º A forma da defesa em processos judiciais e administrativos
Art. 28. Os administradores e os conselheiros fiscais, inclusi- será definida pelo Conselho de Administração.
ve o representante de empregados, devem participar, na posse e §4º Na defesa em processos judiciais e administrativos, se be-
anualmente, de treinamentos específicos disponibilizados direta ou neficiário da defesa for condenado, em decisão judicial transitada
indiretamente pela Ebserh, conforme disposições da Lei nº 13.303, em julgado, com fundamento em violação de lei ou do Estatuto,
de 2016, e do Decreto nº 8.945, de 2016. ou decorrente de ato culposo ou doloso, ele deverá ressarcir à em-
Art. 29. É vedada a recondução do administrador ou do Con- presa todos os custos e despesas decorrentes da defesa feita pela
selheiro Fiscal que não participar de nenhum treinamento anual Ebserh, além de eventuais prejuízos causados.
disponibilizado pela Ebserh nos últimos dois anos.
SEÇÃO XI
SEÇÃO VIII SEGURO DE RESPONSABILIDADE
CÓDIGO DE CONDUTA
Art. 30. A Ebserh disporá de Código de Conduta e Integridade, Art. 34. A Ebserh poderá manter contrato de seguro de respon-
elaborado e divulgado na forma da Lei nº 13.303, de 2016, e do sabilidade civil permanente em favor dos Administradores e Conse-
Decreto nº 8.945 de 2016. lheiros Fiscais, na forma e extensão definidas pelo Conselho de Ad-
ministração, para cobertura das despesas processuais e honorários
SEÇÃO IX advocatícios de processos judiciais e administrativos instaurados
CONFLITO DE INTERESSES contra eles relativos às suas atribuições junto à empresa.

Art. 31. Nas reuniões dos órgãos colegiados, anteriormente à SEÇÃO XII
deliberação, o membro que não seja independente em relação à QUARENTENA PARA A DIRETORIA EXECUTIVA
matéria em discussão deve manifestar seu conflito de interesses ou
interesse particular, retirando-se da reunião. Art. 35. Os membros da Diretoria Executiva ficam impedidos
§1º Caso não o faça, qualquer outro membro poderá manifes- do exercício de atividades que configurem conflito de interesse, ob-
tar o conflito, caso dele tenha ciência, devendo o órgão colegiado servados a forma e o prazo estabelecidos na legislação pertinente.
deliberar sobre o conflito conforme seu Regimento e legislação apli- §1º Após o exercício da gestão, o ex-membro da Diretoria Exe-
cável. cutiva, que estiver em situação de impedimento, poderá receber re-
§2º Aos integrantes dos órgãos estatutários é vedado intervir muneração compensatória equivalente apenas ao honorário men-
em operação em que, direta ou indiretamente, sejam interessadas sal da função que ocupava, observados os §§2º e 3º deste artigo.
sociedades de que detenham o controle ou participação superior a §2º Não terá direito à remuneração compensatória, o ex-mem-
cinco por cento do capital social. bro da Diretoria Executiva que retornar, antes do término do perí-
§3º O impedimento referido no §2º aplica-se, ainda, quando odo de impedimento, ao desempenho da função que ocupava na
se tratar de empresa em que os integrantes dos órgãos estatutários administração pública ou privada anteriormente à sua investidura,
ocupem ou tenham ocupado cargos de administração ou controle, desde que não caracterize conflito de interesses.
em período de até 3 (três) anos anterior à investidura na Ebserh. §3º A configuração da situação de impedimento dependerá de
prévia manifestação da Comissão de Ética Pública da Presidência da
SEÇÃO X República.
DEFESA JUDICIAL E ADMINISTRATIVA
CAPÍTULO VII
Art. 32. Os Administradores e os Conselheiros Fiscais são res- DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
ponsáveis, na forma da lei, pelos prejuízos ou danos causados no
exercício de suas atribuições. SEÇÃO I
Art. 33. A Ebserh, por intermédio de seu órgão jurídico ou me- CARACTERIZAÇÃO
diante advogado especialmente contratado, deverá assegurar aos
integrantes e ex-integrantes da Diretoria Executiva e dos Conselhos Art. 36. O Conselho de Administração é órgão de deliberação
de Administração e Fiscal a defesa em processos judiciais e adminis- estratégica e colegiada da Ebserh e deve exercer suas atribuições
trativos contra eles instaurados, pela prática de atos no exercício do considerando os interesses de longo prazo da empresa, os impactos
cargo ou função, nos casos em que não houver incompatibilidade decorrentes de suas atividades na sociedade e no meio ambiente
com os interesses da Ebserh. e os deveres fiduciários de seus membros, em alinhamento ao dis-
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posto na Lei nº 13.303, de 2016. de membro do Conselho de Administração a esse colegiado ocorre-
rá após período equivalente a um prazo de gestão.
SEÇÃO II §3º O prazo de gestão dos membros do Conselho de Adminis-
COMPOSIÇÃO tração se prorrogará até a efetiva investidura dos novos membros.

Art. 37. O Conselho de Administração é composto por 9 (nove) SEÇÃO IV


membros, eleitos pela Assembleia Geral, obedecendo a seguinte VACÂNCIA E SUBSTITUIÇÃO EVENTUAL
composição:
I- 3 (três) membros indicados pelo Ministro de Estado da Edu- Art. 39. Em caso de vacância do cargo de conselheiro de admi-
cação; nistração, o substituto será nomeado pelos conselheiros remanes-
II- o Presidente da Empresa, que não poderá exercer a Presi- centes e servirá até a primeira Assembleia Geral subsequente.
dência do Conselho, ainda que interinamente; §1º Em caso de vacância da maioria dos cargos de conselheiros
III- 1 (um) membro indicado pelo Ministro de Estado da Eco- de administração, deverá ser convocada pelos conselheiros rema-
nomia; nescentes a Assembleia Geral para proceder nova eleição de mem-
IV - 2 (dois) membros indicados pelo Ministro de Estado da Saú- bros.
de; §2º No caso de vacância de todos os cargos do Conselho de
V- 1 (um) membro representante dos empregados, na forma da Administração, compete à Diretoria Executiva convocar a Assem-
Lei nº 12.353, de 28 de dezembro de 2010; e bleia Geral.
VI- 1 (um) membro indicado pela Associação Nacional dos Diri- Art. 40. Para o Conselho de Administração proceder à nome-
gentes das Instituições Federais de Ensino Superior - ANDIFES, sen- ação de membros para o colegiado na forma do caput do Art. 39
do reitor de universidade federal. deste Estatuto, deverão ser verificados pelo Comitê de Pessoas, Ele-
§1º O Conselho de Administração deve ser composto por, no gibilidade, Sucessão e Remuneração todos os requisitos de elegibi-
mínimo, 02 (dois) membros independentes, sendo 1 (um) indicado lidade exigidos para eleição pela Assembleia Geral.
pelo Ministro de Estado da Educação e 1 (um) indicado pelo Minis- Art. 41. A função de Conselheiro de Administração é pessoal e
tro de Estado da Saúde. não admite substituto temporário ou suplente, inclusive para repre-
§2º Serão considerados, para o cômputo das vagas destinadas sentante dos empregados.
a membros independentes, aqueles que se enquadrarem nas hipó- Parágrafo único. No caso de ausências ou impedimentos even-
teses previstas no §1º do art. 22 da Lei nº 13.303, de 2016, bem tuais de qualquer membro do Conselho, o colegiado deliberará com
como no §1º do art. 36 do Decreto nº 8.945, de 2016. os remanescentes.
§3º O Presidente do Conselho de Administração e seu substi-
tuto serão escolhidos pelo colegiado, dentre os membros indicados SEÇÃO V
pelo Ministro de Estado da Educação, que não estejam na condição DA REUNIÃO
de membro independente.
§4º O representante dos empregados, de que trata o inciso V Art. 42. O Conselho de Administração se reunirá, com a presen-
deste artigo será escolhido dentre os empregados ativos da Ebserh, ça da maioria dos seus membros, ordinariamente, uma vez por mês
pelo voto direto de seus pares, em eleição organizada pela empre- e extraordinariamente, sempre que necessário.
sa em conjunto com as entidades sindicais que os representem, na §1º O Conselho de Administração será convocado por seu Pre-
forma da Lei nº 12.353, 28 de dezembro de 2010, e sua regulamen- sidente ou pela maioria dos membros do colegiado.
tação. §2º As reuniões do Conselho de Administração podem ser
§5º Para o exercício do cargo, o conselheiro representante dos presenciais, virtuais ou mistas, com a participação de um ou mais
empregados está sujeito a todos os critérios, exigências, requisitos, membro por tele ou videoconferência.
impedimentos e vedações previstas na Lei nº 13.303, de 2016, e do §3º Em casos excepcionais, e a critério do Conselho de Adminis-
Decreto nº 8.945 de 2016. tração, poder-se- á convocar reuniões exclusivamente presenciais.
§6º O representante dos empregados não participará das dis- §4º A pauta da reunião e a respectiva documentação serão dis-
cussões e deliberações sobre assuntos que envolvam relações sin- tribuídas com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis, salvo
dicais, remuneração, benefícios e vantagens, inclusive assistenciais nas hipóteses justificadas e acatadas pelo colegiado.
ou de previdência complementar, hipóteses em que fica configu- Art. 43. As deliberações serão tomadas pelo voto da maioria
rado o conflito de interesse, sendo tais assuntos deliberados em dos membros presentes e serão registradas no livro de atas, poden-
reunião separada e exclusiva para tal fim. do ser lavradas de forma sumária.
§1º Nas deliberações colegiadas do Conselho de Administra-
SEÇÃO III ção, o Presidente terá o voto de desempate, além do voto pessoal.
PRAZO DE GESTÃO §2º Em caso de decisão não-unânime, a justificativa do voto
divergente será registrada, a critério do respectivo membro, obser-
Art. 38. O Conselho de Administração terá prazo de gestão uni- vado que se exime de responsabilidade o conselheiro dissidente
ficado de 2 (dois) anos, permitidas, no máximo, 3 (três) recondu- que faça consignar sua divergência em ata de reunião ou, não sen-
ções consecutivas. do possível, dela dê ciência imediata e por escrito ao Conselho de
§1º No prazo estabelecido no caput serão considerados os pe- Administração.
ríodos anteriores de gestão, na Ebserh, ocorridos há menos de 2 §3º As atas do Conselho de Administração devem ser redigidas
(dois) anos. com clareza e registrar as decisões tomadas, as pessoas presentes,
§2º Atingido o limite a que se referem o caput e §1º, o retorno os votos divergentes e as abstenções.
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SEÇÃO VI de forma a garantir que a decisão a ser tomada pelo Colegiado seja
DAS COMPETÊNCIAS tecnicamente bem fundamentada;
XXI- eleger e destituir os membros de comitês de assessora-
Art. 44. Compete ao Conselho de Administração: mento ao Conselho de Administração, bem como do Comitê de Pes-
I - fixar a orientação geral dos negócios da Ebserh; soas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração;
II - avaliar, a cada 4 (quatro) anos, o alinhamento estratégico, XXII- atribuir formalmente a responsabilidade pelas áreas de
operacional e financeiro das participações da Companhia ao seu Controle Interno, Conformidade e Gerenciamento de Riscos a mem-
objeto social, devendo, a partir dessa avaliação, recomendar a sua bros da Diretoria Executiva;
manutenção, a transferência total ou parcial de suas atividades para XXIII- avaliar anualmente o desempenho do próprio Conselho
outra estrutura da administração pública ou o desinvestimento da de Administração e da Diretoria Executiva, individual e coletivamen-
participação; te, e dos membros de comitês de assessoramento ao Conselho de
III- eleger e destituir os membros da Diretoria Executiva da Eb- Administração, nos termos do inciso III do art. 13 da Lei 13.303,
serh, inclusive o Presidente, fixando-lhes as atribuições; de 2016, com o apoio metodológico e procedimental do Comitê de
IV- fiscalizar a gestão dos membros da Diretoria Executiva, exa- Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração;
minar, a qualquer tempo, os livros e papéis da empresa, solicitar XXIV- nomear e destituir os titulares da Auditoria Interna e,
informações sobre contratos celebrados ou em via de celebração, e após, submeter a decisão à aprovação da Controladoria Geral da
quaisquer outros atos; União;
V- manifestar-se previamente sobre as propostas a serem sub- XXV- conceder afastamento e licença ao Presidente da Ebserh,
metidas à deliberação dos acionistas em assembleia; inclusive a título de férias;
VI- aprovar a inclusão de matérias no instrumento de convo- XXVI- aprovar o Regimento Interno do Conselho de Adminis-
cação da Assembleia Geral, não se admitindo a rubrica “assuntos tração, do Comitê de Auditoria e dos demais comitês de assesso-
gerais”; ramento, bem como o Código de Conduta e Integridade da Ebserh;
VII- convocar a Assembleia Geral; XXVII- aprovar e manter atualizado um plano de sucessão não-
VIII- manifestar-se sobre o relatório da administração e as con- -vinculante dos membros do Conselho de Administração e da Di-
tas da Diretoria Executiva; retoria Executiva, cuja elaboração deve ser coordenada pelo Presi-
IX- manifestar-se previamente sobre atos ou contratos relativos dente do Conselho de Administração;
à sua alçada decisória; XXVIII- aprovar as atribuições da Diretoria Executiva não previs-
X - autorizar a alienação de bens do ativo não circulante, a tas no Estatuto Social;
constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações XXIX - aprovar o Regulamento Interno de Licitações e Contra-
de terceiros; tos;
XI- autorizar e homologar a contratação de auditores indepen- XXX- aprovar a prática de atos que importem em renúncia,
dentes, bem como a rescisão dos respectivos contratos; transação ou compromisso arbitral, observada a política de alçada
XII- aprovar as Políticas de Controle Interno, Conformidade e da Ebserh;
Gerenciamento de Riscos, Participações Societárias, bem como ou- XXXI- discutir, deliberar e monitorar práticas de governança
tras políticas gerais da empresa; corporativa e relacionamento com partes interessadas;
XIII- aprovar e acompanhar o plano de negócios, estratégico XXXII- aprovar e divulgar a Carta Anual com explicação dos
e de investimentos, e as metas de desempenho, que deverão ser compromissos de consecução de objetivos de políticas públicas, na
apresentados pela Diretoria Executiva; forma prevista na Lei 13.303, de 2016;
XIV- analisar, ao menos trimestralmente, as demonstrações fi- XXXIII - aprovar e fiscalizar o cumprimento das metas e resul-
nanceiras elaboradas periodicamente pela empresa, sem prejuízo tados específicos a serem alcançados pelos membros da Diretoria
da atuação do Conselho Fiscal; Executiva;
XV- determinar a implantação e supervisionar os sistemas de XXXIV- promover anualmente análise das metas e resultados
gestão de riscos e de controle interno estabelecidos para a preven- na execução do plano de negócios e da estratégia de longo prazo,
ção e mitigação dos principais riscos a que está exposta a Ebserh, sob pena de seus integrantes responderem por omissão, devendo
inclusive os riscos relacionados à integridade das informações con- publicar suas conclusões e informá-las ao Congresso Nacional e ao
tábeis e financeiras e os relacionados à ocorrência de corrupção e Tribunal de Contas da União;
fraude; XXXV- propor à Assembleia Geral a remuneração dos adminis-
XVI- definir os assuntos e valores para sua alçada decisória e da tradores e dos membros dos demais órgãos estatutários da Ebserh;
Diretoria Executiva; XXXVI- executar e monitorar a remuneração de que trata o inci-
XVII - identificar a existência de ativos não de uso próprio da so XXXV deste artigo, dentro dos limites aprovados pela Assembleia
empresa e avaliar a necessidade de mantê-los; Geral;
XVIII- autorizar a alteração dos limites estabelecidos nos inci- XXXVII- autorizar a constituição de subsidiárias;
sos I e II do art. 29 da Lei 13.303, de 2016, que trata da realização XXXVIII- aprovar o Regulamento de Pessoal, bem como quanti-
de contratação por dispensa de licitação, para refletir a variação de tativo de pessoal próprio e de cargos em comissão, acordos coleti-
custos; vos de trabalho, plano de cargos e salários, plano de funções, bene-
XIX- aprovar o Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna fícios de empregados e programa de desligamento de empregados;
- PAINT e o Relatório Anual das Atividades de Auditoria Interna - XXXIX - aprovar o patrocínio a plano de benefícios;
RAINT, sem a presença do Presidente da empresa; XL - estabelecer a Política de Seleção para os titulares das uni-
XX- criar comitês de assessoramento ao Conselho de Adminis- dades de auditoria interna, área de controle interno, conformidade
tração, para aprofundamento dos estudos de assuntos estratégicos, e gestão de riscos, e ouvidoria;
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XLI - estabelecer política de divulgação de informações visando transferência de Diretor para outra Diretoria da Ebserh.
a transparência, clareza e equidade; §2º Atingido o limite a que se refere o caput e o §1º, o retorno
XLII - autorizar a formalização dos contratos de gestão, previs- de membro da Diretoria Executiva para o cargo de Diretor da em-
tos no Art. 6º da Lei 12.550, de 2011; e presa só poderá ocorrer após decorrido período equivalente a um
XLIII – autorizar as tratativas e condições para a incorporação prazo de gestão.
de novas unidades hospitalares à Rede Ebserh. §3º O prazo de gestão dos membros da Diretoria Executiva se
Parágrafo único. Excluem-se da obrigação de publicação a que prorrogará até a efetiva investidura dos novos membros.
se refere o inciso XXXIV as informações de natureza estratégica cuja
divulgação possa ser comprovadamente prejudicial ao interesse da SEÇÃO IV
empresa. LICENÇA, VACÂNCIA E SUBSTITUIÇÃO EVENTUAL

SEÇÃO VII Art. 50. Em caso de vacância, ausências ou impedimentos even-


COMPETÊNCIAS DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINIS- tuais de qualquer membro da Diretoria Executiva, o Presidente de-
TRAÇÃO signará o substituto dentre os membros da Diretoria Executiva.
§1º Em caso de vacância, ausência ou impedimentos eventuais,
Art. 45. Compete ao Presidente do Conselho de Administração: o Presidente da empresa será substituído pelo Vice-Presidente, o
I- presidir as reuniões do colegiado, observando o cumprimen- qual terá os mesmos deveres e atribuições.
to do Estatuto Social e do Regimento Interno; §2º Em caso de vacância, ausência ou impedimentos eventuais
II– interagir, isoladamente ou em conjunto com o Presidente do Presidente e do Vice-Presidente da empresa, excepcionalmente,
da Ebserh, com o ministério supervisor, e demais representantes do o Conselho de Administração designará o seu substituto dentre os
acionista controlador, no sentido de esclarecer a orientação geral membros da Diretoria Executiva.
dos negócios, assim como questões relacionadas ao interesse pú- §3º Em caso de vacância de todos os cargos da Diretoria Exe-
blico a ser perseguido pela Ebserh, observado o disposto no Art. 89 cutiva, o Conselho de Administração deverá imediatamente eleger,
da Lei nº 13.303, de 2016; entre seus membros, o Presidente interino para praticar, até a reali-
III- estabelecer os canais e processos para interação entre os zação de nova eleição, os atos urgentes de administração da Ebserh,
acionistas e o Conselho de Administração, especialmente no que após verificação pelo Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e
tange às questões de estratégia, governança, remuneração, suces- Remuneração do atendimento de todos os requisitos de elegibili-
são e formação do Conselho de Administração, observado o dispos- dade exigidos neste Estatuto Social, na Lei nº 13.303, de 2016, e no
to no Art. 89 da Lei nº 13.303, de 2016. Decreto nº 8.945, de 2016.
Art. 51. Os membros da Diretoria Executiva farão jus, anual-
CAPÍTULO VIII mente, a 30 dias de licença-remunerada, que podem ser acumula-
DIRETORIA EXECUTIVA dos até o máximo de 2 (dois) períodos, sendo vedada sua conversão
em espécie e indenização.
SEÇÃO I
CARACTERIZAÇÃO SEÇÃO V
REUNIÃO
Art. 46. A Diretoria Executiva é o órgão gestor central de admi-
nistração e representação, cabendo-lhe assegurar o funcionamento Art. 52. A Diretoria Executiva se reunirá, com a presença da
regular da Ebserh em conformidade com a orientação geral traçada maioria dos seus membros, ordinariamente, uma vez por semana
pelo Conselho de Administração. e extraordinariamente, sempre que necessário.
§1º A Diretoria Executiva será convocada pelo Presidente da
SEÇÃO II Ebserh ou pela maioria dos membros do colegiado.
COMPOSIÇÃO E INVESTIDURA §2º As reuniões da Diretoria Executiva devem ser, preferencial-
mente, presenciais, admitindo, excepcionalmente, a reunião virtual
Art. 47. A Diretoria Executiva é composta pelo Presidente, pelo ou a participação de membro por tele ou videoconferência, me-
Vice-Presidente e por até 6 (seis) Diretores, todos eleitos pelo Con- diante justificativa aprovada pelo colegiado.
selho de Administração. §3º A pauta da reunião e a respectiva documentação serão
Art. 48. É condição para investidura em cargo da Diretoria Exe- distribuídas com antecedência 4 (quatro) dias, salvo nas hipóteses
cutiva da Ebserh a assunção de compromissos com metas e resul- justificadas e acatadas pelo colegiado.
tados específicos a serem alcançados, que deverão ser aprovados Art. 53. As deliberações serão tomadas pelo voto da maioria
pelo Conselho de Administração. dos membros presentes e serão registradas no livro de atas, poden-
do ser lavradas de forma sumária.
SEÇÃO III §1º Nas deliberações colegiadas da Diretoria Executiva, o Presi-
PRAZO DE GESTÃO dente terá o voto de desempate, além do voto pessoal.
§2º Em caso de decisão não-unânime, a justificativa do voto di-
Art. 49. O prazo de gestão da Diretoria Executiva será unificado vergente será registrada, a critério do respectivo membro, observa-
e de 2 (dois) anos, sendo permitidas, no máximo, 3 (três) recondu- do que se exime de responsabilidade o membro dissidente que faça
ções consecutivas. consignar sua divergência em ata de reunião ou, não sendo possí-
§1º No prazo estabelecido no caput serão considerados os pe- vel, dela dê ciência imediata e por escrito à Diretoria Executiva.
ríodos anteriores de gestão ocorridos há menos de 2 (dois) anos e a §3º Cabe à secretaria da Diretoria Executiva proceder ao regis-
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tro das deliberações tomadas em reuniões ordinárias e extraordi- anos;


nárias, que deverão constar em ata, a qual será assinada pelo Pre- XVI- propor a constituição de subsidiárias;
sidente, pelo Vice-Presidente, pelos Diretores e pelo representante XVII- realizar a avaliação anual de desempenho individual dos
da Consultoria Jurídica, quando presentes, que constará no mínimo: membros dos Colegiados Executivos dos hospitais universitários da
a)o dia, a hora e o local de sua realização e quem a presidiu; Rede Ebserh, observados os quesitos mínimos:
b)os nomes dos membros da Diretoria Executiva presentes, dos a)exposição dos atos de gestão praticados, quanto à licitude e
ausentes, consignando, a respeito destes, a justificativa da ausên- à eficácia da ação administrativa;
cia, se houver; b)contribuição para o resultado do exercício;
c)a presença das demais autoridades participantes; c)consecução dos objetivos estabelecidos no plano de negócios
d)os fatos ocorridos; e e atendimento à estratégia de longo prazo.
e)a síntese da deliberação das matérias, os votos divergentes XVIII- convocar assembleia geral, nas hipóteses admitidas em
e as abstenções. lei.
Art. 54. A Diretoria Executiva poderá convidar agentes públicos
ou terceiros a prestarem informações ou assistirem às suas reuni- SEÇÃO VII
ões, sem direito a voto. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE
Parágrafo único. É vedada a participação de agente público ou
terceiro estranho ao funcionamento da reunião, com exceção dos Art. 56. Sem prejuízo das demais atribuições da Diretoria Exe-
casos previstos no caput deste artigo. cutiva, compete especificamente ao Presidente da empresa:
I- dirigir, supervisionar, coordenar e controlar as atividades e a
SEÇÃO VI política administrativa da empresa;
COMPETÊNCIAS II- coordenar as atividades dos membros da Diretoria Executi-
va;
Art. 55. Compete à Diretoria Executiva, no exercício das suas III- interagir, isoladamente ou em conjunto com o Presidente do
atribuições e respeitadas as diretrizes fixadas pelo Conselho de Ad- Conselho de Administração, com o ministério supervisor, e demais
ministração: representantes do acionista controlador, no sentido de esclarecer a
I- gerir as atividades da empresa e avaliar os seus resultados; orientação geral dos negócios, assim como questões relacionadas
II- monitorar a sustentabilidade dos negócios, os riscos estra- ao interesse público a ser perseguido pela Ebserh, observado o dis-
tégicos e respectivas medidas de mitigação, elaborando relatórios posto no Art. 89 da Lei nº 13.303, de 2016;
gerenciais com indicadores de gestão; IV- representar a Empresa em juízo e fora dele, podendo, para
III- elaborar os orçamentos anuais e plurianuais da empresa e tanto, constituir procuradores “ad-negotia” e “ad-judicia”, especifi-
acompanhar sua execução; cando os atos que poderão praticar nos respectivos instrumentos
IV- definir a estrutura organizacional da empresa e a distribui- do mandato;
ção interna das atividades administrativas; V- assinar, com o Diretor da área competente, os atos que cons-
V- aprovar as normas internas de funcionamento da empresa; tituam ou alterem direitos ou obrigações da empresa, bem como
VI- promover a elaboração, em cada exercício, do relatório da aqueles que exonerem terceiros de obrigações para com ela, po-
administração e submetê- lo aos Conselhos de Administração e Fis- dendo, para tanto, delegar atribuições ou constituir procurador
cal e ao Comitê de Auditoria; para esse fim;
VII- promover a elaboração, em cada exercício, das demons- VI- expedir atos de admissão, designação, promoção, cessão,
trações financeiras e submetê-las à Auditoria Independente e aos transferência, dispensa, suspensão de contrato de trabalho e licen-
Conselhos de Administração e Fiscal e ao Comitê de Auditoria; ça de empregados;
VIII- autorizar previamente os atos e contratos relativos à sua VII- baixar as resoluções da Diretoria Executiva;
alçada decisória; VIII- criar e homologar os processos de licitação, podendo de-
IX- indicar os representantes da empresa nos órgãos estatutá- legar tais atribuições;
rios de suas participações societárias; IX- conceder afastamento e licenças aos demais membros da
X- submeter, instruir e preparar adequadamente os assuntos Diretoria Executiva, inclusive a título de férias;
que dependam de deliberação do Conselho de Administração, ma- X- designar os substitutos dos membros da Diretoria Executiva;
nifestando-se previamente quando não houver conflito de interes- XI - convocar e presidir as reuniões da Diretoria Executiva;
se; XII- manter o Conselho de Administração e Fiscal informados
XI- cumprir e fazer cumprir este Estatuto, as deliberações da As- das atividades da empresa; e
sembleia Geral e do Conselho de Administração, bem como avaliar XIII- exercer outras atribuições que lhe forem fixadas pelo Con-
as recomendações do Conselho Fiscal; selho de Administração.
XII - colocar à disposição dos outros órgãos sociais pessoal qua-
lificado para secretariá- los e prestar o apoio técnico necessário; SEÇÃO VIII
XIII- aprovar o seu Regimento Interno; ATRIBUIÇÕES DOS DEMAIS DIRETORES
XIV- deliberar sobre os assuntos que lhe submeta qualquer Di-
retor; Art. 57. São atribuições do Vice-Presidente e dos Diretores:
XV- apresentar, até a última reunião ordinária do Conselho de I - gerir as atividades da sua área de atuação;
Administração do ano anterior, plano de negócios para o exercício II- participar das reuniões da Diretoria Executiva, concorrendo
anual seguinte e estratégia de longo prazo atualizada com análise para a definição das políticas a serem seguidas pela Rede Ebserh e
de riscos e oportunidades para, no mínimo, os próximos (5) cinco relatando os assuntos da sua respectiva área de atuação;
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III- cumprir e fazer cumprir a orientação geral dos negócios da (dois) anos.
Rede Ebserh estabelecida pelo Conselho de Administração na ges- SEÇÃO IV
tão de sua área específica de atuação; e REQUISITOS
IV- auxiliar o Presidente na direção e coordenação das ativida-
des da Ebserh e exercer as tarefas de coordenação que lhe forem Art. 61. Os membros do Conselho Fiscal deverão atender aos
atribuídas em regimento ou delegadas pelo Presidente. requisitos obrigatórios e observar as vedações para exercício das
§1º Compete exclusivamente ao Vice-Presidente assistir ao suas atividades determinados pela Lei nº 6.404, de 1976, pela Lei
Presidente na supervisão, coordenação, monitoramento e avalia- nº 13.303, de 2016, pelo Decreto nº 8.945, de 2016, e por demais
ção das ações desenvolvidas pelas Diretorias e pelas Filiais, além de normas que regulamentem a matéria.
coordenar e articular a atuação dos(as) Diretores(as) para o alcance §1º O Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remune-
dos resultados institucionais. ração deverá opinar sobre a observância dos requisitos e vedações
§2º As demais atribuições e poderes de cada um dos membros para investidura dos membros no Conselho Fiscal.
daDiretoria Executiva serão detalhadas em Regimento Interno. §2º As vedações serão verificadas por meio da autodeclaração
apresentada pelo indicado nos moldes do formulário padronizado.
CAPÍTULO IX
CONSELHO FISCAL SEÇÃO V
VACÂNCIA E SUBSTITUIÇÃO EVENTUAL
SEÇÃO I
CARACTERIZAÇÃO Art. 62. Os membros do Conselho Fiscal serão substituídos em
suas ausências ou impedimentos eventuais pelos respectivos su-
Art. 58. O Conselho Fiscal é órgão permanente de fiscalização plentes.
da Ebserh, de atuação colegiada e individual. Parágrafo único. Na hipótese de vacância, renúncia ou desti-
Parágrafo único. Além das normas previstas na Lei 13.303, de tuição do membro titular, o suplente assume até a eleição do novo
2016 e sua regulamentação, aplicam-se aos membros do Conselho titular.
Fiscal da empresa as disposições para esse colegiado previstas na
Lei 6.404, de 1976, inclusive aquelas relativas a seus poderes, de- SEÇÃO VI
veres e responsabilidades, a requisitos e impedimentos parainves- REUNIÃO
tidura e a remuneração.
Art. 63. O Conselho Fiscal se reunirá, com a presença da maio-
SEÇÃO II ria dos seus membros, ordinariamente, uma vez por mês e extraor-
DA COMPOSIÇÃO dinariamente, sempre que necessário.
§1º O Conselho Fiscal será convocado por seu Presidente ou
Art. 59. O Conselho Fiscal será composto de 3 (três) membros pela maioria dos membros do colegiado.
efetivos e respectivos suplentes, eleitos pela Assembleia Geral, sen- §2º As reuniões do Conselho Fiscal podem ser presenciais, vir-
do: tuais ou mistas, com a participação de um ou mais membro por tele
I - 1 (um) membro indicado pelo Ministro de Estado da Educa- ou videoconferência.
ção; II - 1 (um) membro indicado pelo Ministro de Estado da Saúde; §3º Em casos excepcionais, e a critério do Conselho Fiscal, po-
e der-se-á convocar reuniões exclusivamente presenciais.
III - 1 (um) membro indicado pelo Ministro de Estado da Econo- §4º A pauta da reunião e a respectiva documentação serão dis-
mia, como representante do Tesouro Nacional. tribuídas com antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis, salvo
§1º O membro representante do Ministério da Economia de- nas hipóteses justificadas e acatadas pelo colegiado.
verá ser servidor público com vínculo permanente com a adminis- Art. 64. As deliberações serão tomadas pelo voto da maioria
tração pública. dos membros presentes e serão registradas no livro de atas, poden-
§2º Na primeira reunião após a eleição, os membros do Conse- do ser lavradas de forma sumária.
lho Fiscal assinarão o termo de adesão ao Código de Ética e Conduta §1º Em caso de decisão não-unânime, a justificativa do voto
da Ebserh e outros normativos internos, assim como escolherão o divergente será registrada, a critério do respectivo membro, obser-
seu Presidente, ao qual caberá dar cumprimento às deliberações do vado que se exime de responsabilidade o conselheiro fiscal dissi-
órgão, com registro no livro de atas e pareceres do Conselho Fiscal. dente que faça consignar sua divergência em ata de reunião ou, não
sendo possível, dela dê ciência imediata e por escrito ao Conselho
SEÇÃO III Fiscal.
PRAZO DE ATUAÇÃO §2º As atas do Conselho Fiscal devem ser redigidas com clareza
e registrar as decisões tomadas, as pessoas presentes, os votos di-
Art. 60. O prazo de atuação dos membros do Conselho Fiscal vergentes e as abstenções.
será de 2 (dois) anos, permitidas, no máximo, 2 (duas) reconduções
consecutivas. SEÇÃO VII
§1º Atingido o limite a que se referem o caput, o retorno de COMPETÊNCIAS
membro do Conselho Fiscal a esse colegiado ocorrerá após período
equivalente a um prazo de gestão. Art. 65. Compete ao Conselho Fiscal:
§2º No prazo a que se refere o §1º deste artigo serão conside- I- fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos Admi-
rados os períodos anteriores de gestão ocorridos há menos de 2 nistradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e es-
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tatutários; função.
II- opinar sobre o relatório anual da administração e as de-
monstrações financeiras do exercício social; SEÇÃO III
III- manifestar-se sobre as propostas dos órgãos da administra- REUNIÃO
ção, a serem submetidas à Assembleia Geral, relativas à modifica-
ção do capital social e bônus de subscrição, planos de investimentos Art. 68. O Conselho Consultivo reunir-se-á ordinariamente pelo
ou orçamentos de capital, transformação, incorporação, fusão ou menos uma vez por ano e, extraordinariamente, sempre que convo-
cisão; cado pelo Presidente da Ebserh, por sua iniciativa ou por solicitação
IV- denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos de do Conselho de Administração.
administração e, se estes não adotarem as providências necessárias
para a proteção dos interesses da empresa, à Assembleia Geral, os SEÇÃO IV
erros, fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir providências; COMPETÊNCIAS
V - convocar a Assembleia Geral Ordinária, se os órgãos da ad-
ministração retardarem por mais de um mês essa convocação, e a Art. 69. Compete ao Conselho Consultivo emitir pareceres opi-
Extraordinária, sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes; nativos, anualmente ou quando solicitado pelo Conselho de Admi-
VI- analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais nistração ou Diretoria Executiva, sobre as linhas gerais das políticas,
demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela empre- diretrizes e estratégias da Ebserh.
sa;
VII- fornecer, sempre que solicitadas, informações sobre maté- CAPÍTULO XI
ria de sua competência à União; COMITÊ DE AUDITORIA
VIII- exercer essas atribuições durante a eventual liquidação da
empresa; SEÇÃO I
IX - examinar o RAINT e PAINT; CARACTERIZAÇÃO
X- assistir às reuniões do Conselho de Administração ou da Di-
retoria Executiva em que se deliberar sobre assuntos que ensejam Art. 70. O Comitê de Auditoria é o órgão de assessoramento
parecer do Conselho Fiscal; ao Conselho de Administração, auxiliando este, entre outros, no
XI- aprovar seu Regimento Interno e seu plano de trabalho anu- monitoramento da qualidade das demonstrações financeiras, dos
al; controles internos, da conformidade, do gerenciamento de riscos e
XII- realizar a autoavaliação anual de seu desempenho, indivi- das auditorias interna e independente.
dual e coletiva; Parágrafo único. O Comitê de Auditoria terá autonomia ope-
XIII- acompanhar a execução patrimonial, financeira e orça- racional e dotação orçamentária, anual ou por projeto, dentro de
mentária, podendo examinar livros, quaisquer outros documentos limites aprovados pelo Conselho de Administração, para conduzir
e requisitar informações; e ou determinar a realização de consultas, avaliações e investigações
XIV- fiscalizar o cumprimento do limite de participação da em- dentro do escopo de suas atividades, inclusive com a contratação e
presa no custeio dos benefícios de assistência à saúde e de previ- utilização de especialistas externos independentes.
dência complementar.
SEÇÃO II
CAPÍTULO X COMPOSIÇÃO
CONSELHO CONSULTIVO
Art. 71. O Comitê de Auditoria, eleito e destituído pelo Conse-
SEÇÃO I lho de Administração, será integrado por 03 (três) membros.
CARACTERIZAÇÃO §1º É vedada a existência de membro suplente no Comitê de
Auditoria.
Art. 66. Conselho Consultivo é órgão permanente da Ebserh §2º Os membros do Comitê de Auditoria devem ser escolhidos,
que tem as finalidades de consulta, controle social e apoio à Direto- preferencialmente, entre pessoas residentes na cidade onde se si-
ria Executiva e ao Conselho de Administração. tua a Administração Central da Ebserh.
§3º Os membros do Comitê de Auditoria, em sua primeira reu-
SEÇÃO II nião, elegerão o seu Presidente, que deverá ser membro indepen-
COMPOSIÇÃO dente do Conselho de Administração, a quem caberá dar cumpri-
mento às deliberações do órgão, com registro no livro de atas.
Art. 67. O Conselho Consultivo é composto pelos seguintes Art. 72. São condições mínimas para integrar o Comitê de Au-
membros: ditoria as estabelecidas no Art. 25 da Lei nº 13.303, de 2016 e no
I - o Presidente da Ebserh, que o preside; Art. 39 do Decreto nº 8.945, de 2016, além das demais normas apli-
II - todos os ex-presidentes efetivos da Ebserh, desde que não cáveis.
estejam no exercício de função gratificada ou cargo em comissão §1º Os membros do Comitê de Auditoria Estatutário devem ter
na Empresa. experiência profissional ou formação acadêmica compatível com o
Parágrafo único. A atuação de membros do Conselho Consul- cargo, preferencialmente na área de contabilidade, auditoria ou no
tivo é considerada atividade de relevante interesse público, de ca- setor de atuação da Ebserh, sendo que pelo menos 1 (um) mem-
ráter voluntário e não remunerada, assegurado o reembolso das bro deve ter reconhecida experiência profissional em assuntos de
despesas de locomoção e estada necessárias ao desempenho da contabilidade societária e ao menos 1 (um) deve ser conselheiro
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independente da Ebserh. avaliando sua independência, a qualidade dos serviços prestados e


§2º O Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remune- a adequação de tais serviços às necessidades da Ebserh;
ração deverá opinar sobre a observância dos requisitos e vedações III- supervisionar as atividades desenvolvidas nas áreas de con-
para os membros do Comitê de Auditoria. trole interno, de auditoria interna e de elaboração das demonstra-
§3º O atendimento às previsões deste artigo deve ser compro- ções financeiras da Ebserh;
vado por meio de documentação mantida na Administração Central IV- monitorar a qualidade e a integridade dos mecanismos de
da Ebserh pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos, contado do último controle interno, das demonstrações financeiras e das informações
dia de mandato do membro do Comitê de Auditoria. e medições divulgadas pela Ebserh;
Art. 73. O Conselho de Administração poderá convidar mem- V- avaliar e monitorar exposições de risco da Ebserh, poden-
bros do Comitê de Auditoria para assistir suas reuniões, sem direito do requerer, entre outras, informações detalhadas sobre políticas e
a voto. procedimentos referentes a:
a)remuneração da administração;
SEÇÃO III b)utilização de ativos da Ebserh; e
MANDATO c)gastos incorridos em nome da Ebserh.
VI- avaliar e monitorar, em conjunto com a administração da
Art. 74. O mandato dos membros do Comitê de Auditoria será Ebserh e a área de auditoria interna, a adequação e o fiel cumpri-
de 3 (três) anos, não coincidente para cada membro, permitida uma mento das transações com partes relacionadas aos critérios esta-
única reeleição. belecidos na Política de Transações com Partes Relacionadas e sua
Parágrafo único. Para assegurar a não coincidência, os manda- divulgação;
tos dos primeiros membros do Comitê de Auditoria serão de um, VII- elaborar relatório anual com informações sobre as ativida-
dois e três anos, a ser estabelecido quando de sua eleição. des, os resultados, as conclusões e suas recomendações, registran-
Art. 75. Os membros do Comitê de Auditoria poderão ser des- do, se houver, as divergências significativas entre administração,
tituídos pelo voto justificado da maioria absoluta do Conselho de auditoria independente e o próprio Comitê de Auditoria em relação
Administração. às demonstrações financeiras.
Art. 81. Ao menos um dos membros do Comitê de Auditoria
SEÇÃO IV deverá participar das reuniões do Conselho de Administração que
VACÂNCIA E SUBSTITUIÇÃO EVENTUAL tratem das demonstrações contábeis periódicas, da contratação do
auditor independente e do PAINT.
Art. 76. No caso de vacância de membro do Comitê de Audi- Art. 82. O Comitê de Auditoria deverá possuir meios para rece-
toria, o Conselho de Administração elegerá o novo membro para ber denúncias, inclusive sigilosas, internas e externas à Ebserh, em
completar o mandato do membro anterior. matérias relacionadas ao escopo de suas atividades.
Art. 77. O cargo de membro do Comitê de Auditoria é pessoal e
não admite substituto temporário. CAPÍTULO XII
Parágrafo único. No caso de ausências ou impedimentos even- COMITÊ DE PESSOAS, ELEGIBILIDADE, SUCESSÃO E REMUNE-
tuais de qualquer membro do comitê, este deliberará com os rema- RAÇÃO
nescentes.
SEÇÃO I
SEÇÃO V CARACTERIZAÇÃO
REUNIÃO
Art. 83. A Ebserh disporá de Comitê de Pessoas, Elegibilidade,
Art. 78. O Comitê de Auditoria deverá realizar pelo menos 2 Sucessão e Remuneração que visará assessorar a União e o Con-
(duas) reuniões mensais, de modo que as informações contábeis selho de Administração nos processos de indicação, de avaliação,
sejam sempre apreciadas antes de sua divulgação. de sucessão e de remuneração dos administradores, conselheiros
Art. 79. A Ebserh deverá divulgar as atas de reuniões do Comitê fiscais e demais membros de órgãos estatutários.
de Auditoria em sítio eletrônico próprio.
§1º Na hipótese de o Conselho de Administração considerar SEÇÃO II
que a divulgação da ata possa pôr em risco interesse legítimo da COMPOSIÇÃO
Ebserh, apenas o seu extrato será divulgado.
§2º A restrição de que trata o §1º não será oponível aos órgãos Art. 84 O Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remu-
de controle, que terão total e irrestrito acesso ao conteúdo das atas neração será constituído por 3 (três) membros integrantes do Con-
do Comitê de Auditoria, observada a transferência de sigilo. selho de Administração ou do Comitê de Auditoria, sem remunera-
ção adicional, observando-se os artigos 153 à 156 da Lei nº 6.404,
SEÇÃO VI de 1976.
COMPETÊNCIAS §1º Caso o Comitê seja constituído apenas por integrantes do
Conselho de Administração, a maioria deverá ser de conselheiros
Art. 80. Compete ao Comitê de Auditoria, sem prejuízo de ou- independentes.
tras competências previstas na legislação: §2º A remuneração dos membros do Comitê de Pessoas, Elegi-
I- opinar sobre a contratação e destituição de auditor indepen- bilidade, Sucessão e Remuneração será fixada em Assembleia Geral
dente; em montante não superior à remuneração dos Conselheiros Fiscais.
II- supervisionar as atividades dos auditores independentes, §3º Os integrantes do Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Suces-
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são e Remuneração deverão possuir a qualificação e a experiência CAPÍTULO XIII


necessárias para o exercício de suas atividades. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

SEÇÃO III SEÇÃO I


COMPETÊNCIAS EXERCÍCIO SOCIAL

Art. 85. Compete ao Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Suces- Art. 86. O exercício social coincidirá com o ano civil e obedece-
são e Remuneração: rá, quanto às demonstrações financeiras, aos preceitos deste Esta-
I- opinar, de modo a auxiliar os acionistas na indicação de mem- tuto e da legislação pertinente.
bros do Conselho de Administração e conselheiros fiscais, sobre o Art. 87. A Ebserh deverá elaborar demonstrações financeiras
preenchimento dos requisitos e a ausência de vedações para as res- trimestrais e divulga-las em sítio eletrônico, observando as regras
pectivas eleições; de escrituração e elaboração de demonstrações financeiras conti-
II- opinar, de modo a auxiliar os membros do Conselho de Ad- das na Lei nº 6.404, de 1976, e nas normas da Comissão de Valores
ministração na indicação de diretores e membros do Comitê de Au- Mobiliários, inclusive quanto à obrigatoriedade de auditoria inde-
ditoria; pendente por auditor registrado naquela autarquia.
III- verificar a conformidade do processo de avaliação e dos Art. 88. Ao fim de cada exercício social, a Diretoria Executiva
treinamentos dos administradores e conselheiros fiscais; fará elaborar, com base na legislação vigente e na escrituração con-
IV- auxiliar o Conselho de Administração na elaboração e no tábil, as demonstrações financeiras aplicáveis às empresas de capi-
acompanhamento do plano de sucessão de administradores; tal aberto, discriminando com clareza a situação do patrimônio da
V- auxiliar o Conselho de Administração na avaliação das pro- Ebserh e as mutações ocorridas no exercício.
postas relativas à política de pessoal e no seu acompanhamento; e Parágrafo único. Outras demonstrações financeiras intermedi-
VI- auxiliar o Conselho de Administração na elaboração da pro- árias serão preparadas, caso necessárias ou exigidas por legislação
posta de remuneração dos administradores para submissão à As- específica.
sembleia Geral.
§1º O Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remune- SEÇÃO II
ração se reunirá sempre que necessitar deliberar assunto de sua DESTINAÇÃO DO LUCRO
competência, convocado pelo Presidente do Comitê e terá o seu
funcionamento e atribuições regulados em regimento interno apro- Art. 89. O lucro líquido da Ebserh será reinvestido para atendi-
vado pelo Conselho de Administração. mento do objeto social da empresa, excetuadas as parcelas decor-
§2º Nas hipóteses dos incisos I e II deste artigo, o comitê deverá rentes da reserva legal e da reserva para contingência, conforme
se manifestar no prazo máximo de 8 (oito) dias úteis, a partir do disposto no Art. 8º, parágrafo único, da Lei nº 12.550, de 2011.
recebimento de formulário padronizado da entidade da Adminis-
tração Pública responsável pelas indicações, sob pena de aprovação CAPÍTULO XIV
tácita e responsabilização de seus membros, caso se comprove o UNIDADES INTERNAS DE GOVERNANÇA
descumprimento de algum requisito.
§3º As manifestações do Comitê, que serão deliberadas por SEÇÃO I
maioria de votos com registro em ata, deverão ser lavradas na for- DESCRIÇÃO
ma de sumário dos fatos ocorridos, inclusive dissidências e protes-
tos, e conter a transcrição apenas das deliberações tomadas. Art. 90. A Ebserh terá Auditoria Interna, Área de Conformidade,
§4º A manifestação do Comitê referente à indicação de mem- Controle Interno e Gerenciamento de Riscos e Ouvidoria-Geral.
bro aos Conselhos de Administração e Fiscal será submetida a apre- Parágrafo único. O Conselho de Administração estabelecerá
ciação do Conselho de Administração, que o encaminhará para de- Política de Seleção para os titulares dessas unidades, com asses-
liberação da Assembleia Geral. soramento do Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remu-
§5º O mesmo procedimento descrito no §4º deste artigo deve- neração.
rá ser observado na indicação de membros da Diretoria Executiva
e do Comitê de Auditoria, para deliberação do Conselho de Admi- SEÇÃO II
nistração. AUDITORIA INTERNA
§6º As atas das reuniões do Conselho de Administração que
deliberarem sobre os assuntos mencionados nos parágrafos ante- Art. 91. A Auditoria Interna deverá ser vinculada ao Conselho
riores deverão ser divulgadas. de Administração, diretamente ou por meio do Comitê de Audito-
§7º Na hipótese de o Comitê de Elegibilidade, Pessoas e Suces- ria.
são considerar que a divulgação da ata possa pôr em risco interesse Art. 92. À Auditoria Interna compete:
legítimo da Ebserh, apenas o seu extrato será divulgado. I- executar as atividades de auditoria de natureza contábil, fi-
§8º A restrição de que trata o §7º deste artigo não será opo- nanceira, orçamentária, administrativa, patrimonial e operacional
nível aos órgãos de controle, que terão total e irrestrito acesso ao da empresa;
conteúdo das atas do Comitê de Elegibilidade, Pessoas e Sucessão, II- propor as medidas preventivas e corretivas dos desvios de-
observada a transferência de sigilo. tectados;
III- verificar o cumprimento e a implementação pela empresa
das recomendações ou determinações da Controladoria-Geral da
União - CGU, do Tribunal de Contas da União – TCU e do Conselho
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Fiscal; SEÇÃO IV
IV- avaliar a adequação do controle interno, a efetividade do OUVIDORIA-GERAL
gerenciamento dos riscos e dos processos de governança e a con-
fiabilidade do processo de coleta, mensuração, classificação, acu- Art. 97. A Ouvidoria-Geral se vincula ao Conselho de Adminis-
mulação, registro e divulgação de eventos e transações, visando ao tração, ao qual deverá se reportar diretamente.
preparo de demonstrações financeiras; e Parágrafo único. As ouvidorias locais dos hospitais universitá-
V- outras atividades correlatas definidas pelo Conselho de Ad- rios da Rede Ebserh ficarão sujeitas à orientação normativa e à su-
ministração. pervisão técnica da Ouvidoria-Geral e terão suporte administrativo
Art. 93. Serão enviados relatórios trimestrais ao Comitê de das respectivas Superintendências, que proverão os meios e as con-
Auditoria sobre as atividades desenvolvidas pela área de Auditoria dições necessárias à execução das suas competências.
Interna. Art. 98. À Ouvidoria-Geral compete:
I - estabelecer diretrizes e procedimentos para a sistematização
SEÇÃO III e padronização das ações das ouvidorias no âmbito dos hospitais
ÁREA DE CONTROLE INTERNO, CONFORMIDADE E GERENCIA- universitários federais da Rede Ebserh;
MENTO DE RISCOS II - receber, analisar e responder as sugestões, reclamações,
elogios, solicitações e denúncias de cidadão;
Art. 94. À área de Controle Interno, Conformidade e Gerencia- III- propor metodologia e coordenar a realização de pesquisa
mento de Riscos, diretamente vinculada e conduzida pelo Presiden- de satisfação de usuário e da pesquisa de satisfação do residente
te da Ebserh, podendo ser conduzida por ele próprio ou por outro no âmbito da Rede Ebserh;
Diretor estatutário será assegurada a atuação independente. IV- promover a transparência passiva e ativa, nos termos da le-
Art. 95. A área de Controle Interno, Conformidade e Gerencia- gislação vigente;
mento de Riscos deverá se reportar diretamente ao Conselho de V- elaborar, anualmente, relatório de atividades, que deverá
Administração, em situações em que se suspeite do envolvimento consolidar as informações mencionadas no inciso II deste artigo, e,
do Presidente em irregularidades ou quando este se furtar à obri- com base nelas, apontar falhas e sugerir melhorias na prestação de
gação de adotar medidas necessárias em relação à situação a ele serviços públicos prestados pela Ebserh.
relatada. VI- outras atividades correlatas definidas pelo Conselho de Ad-
Art. 96. À área de Controle Interno, Conformidade e Gerencia- ministração.
mento de Riscos compete: Art. 99. A Ouvidoria-Geral deverá dar encaminhamento aos
I- propor políticas de Controle Interno, Conformidade e Geren- procedimentos necessários para a solução dos problemas suscita-
ciamento de Riscos para a empresa, as quais deverão ser periodi- dos e fornecer meios suficientes para os interessados acompanha-
camente revisadas e aprovadas pelo Conselho de Administração, e rem as providências adotadas.
comunicá-las a todo o corpo funcional da organização; Parágrafo único. As atribuições das ouvidorias locais dos hos-
II- verificar a aderência da estrutura organizacional e dos pro- pitais universitários federais da Rede Ebserh serão detalhadas no
cessos, produtos e serviços da empresa às leis, normativos, políticas Regimento Interno da Rede de Ouvidoria da Ebserh.
e diretrizes internas e demais regulamentos aplicáveis;
III- comunicar à Diretoria Executiva, aos Conselhos de Adminis- CAPÍTULO XV
tração e Fiscal e ao Comitê de Auditoria a ocorrência de ato ou con- PESSOAL
duta em desacordo com as normas aplicáveis à empresa;
IV- verificar a aplicação adequada do princípio da segregação Art. 100. A estrutura organizacional da Ebserh e a respectiva
de funções, de forma que seja evitada a ocorrência de conflitos de distribuição de competências serão estabelecidas no Regimento
interesse e fraudes; Interno da Ebserh, aprovado pelo Conselho de Administração, me-
V- verificar o cumprimento do Código de Conduta e Integri- diante proposta da Diretoria Executiva.
dade, conforme art. 18 do Decreto nº 8.945, de 2016, bem como Art. 101. Os empregados estarão sujeitos ao regime jurídico da
promover treinamentos periódicos aos empregados e dirigentes da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, à legislação complementar
empresa sobre o tema; e aos regulamentos internos da Ebserh.
VI- coordenar os processos de identificação, classificação e ava- §1° A admissão de empregados será realizada mediante prévia
liação dos riscos a que está sujeita a empresa; aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos.
VII- coordenar a elaboração e monitorar os planos de ação §2° Os requisitos para o provimento de cargos, exercício de
para mitigação dos riscos identificados, verificando continuamen- funções e respectivos salários, serão fixados em Plano de Cargos e
te a adequação e a eficácia da gestão de riscos; VIII - estabelecer Salários e Plano de Funções.
planos de contingência para os principais processos de trabalho da §3° Os cargos em comissão de livre nomeação e exoneração,
organização; aprovados pelo Conselho de Administração nos termos do inciso
IX- elaborar relatórios quadrimestrais de suas atividades, sub- XXXVIII do art. 44 deste Estatuto Social, serão submetidos, nos ter-
metendo-os à Diretoria Executiva, aos Conselhos de Administração mos da lei, à aprovação da Secretaria de Coordenação e Governan-
e Fiscal e ao Comitê de Auditoria; ça das Empresas Estatais - Sest, que fixará, também, o limite de seu
X- disseminar a importância do Controle Interno, Conformida- quantitativo.
de e do Gerenciamento de Riscos, bem como a responsabilidade §4º O empregado público efetivo da Ebserh que for eleito para
de cada área da empresa nestes aspectos; e XI - outras atividades ocupar cargo na Diretoria Executiva da Ebserh, terá o respectivo
correlatas definidas pela Presidência da Ebserh. contrato de trabalho suspenso, restando afastada, durante o perí-
odo de gestão, a subordinação jurídica inerente à relação de em-
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prego. instrumentos legais superiores:


Art. 102. Integram o quadro de pessoal da Ebserh:
I- os empregados públicos efetivos, admitidos sob o regime ce- 2.1 EMPREGADO
letista, mediante prévia aprovação em concurso público de provas Toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventu-
ou de provas e títulos; al à EBSERH, sob a dependência desta, mediante salário.
II- os ocupantes de cargo em comissão sem vínculo efetivo com
a Administração Pública; 2.2 QUADRO DE PESSOAL
III- os servidores, civis e militares, e empregados públicos a ela Conjunto de cargos, cargos em comissão e funções gratificadas
cedidos. necessárias à realização das finalidades da EBSERH.
Parágrafo único. Os empregados temporários, contratados na
forma do art. 11, 2.3 CARGO
§§1º e 2º, e do art. 12 da Lei nº 12.550, de 2011, não farão par- Composição de funções ou atividades e de atribuições de na-
te do quadro de pessoal próprio da Ebserh e não poderão integrar o tureza e requisitos semelhantes e que tem responsabilidades espe-
Plano de Cargos, Carreiras e Salários da empresa. cíficas a serem praticadas pelo empregado integrante do Plano de
Art. 103. As formas e requisitos para ingresso na Ebserh, a po- Cargos, Carreiras e Salários - PCCS.
lítica de desenvolvimento na carreira, as políticas de remuneração,
os benefícios e as demais relações funcionais e trabalhistas serão 2.4 CARGO EM COMISSÃO E FUNÇÃO GRATIFICADA
disciplinados pelos Regulamento de Pessoal; Plano de Cargos, Car- Conjunto de atividades específicas que se diferenciam das
reiras e Salários; Plano de Cargos em Comissão e Funções Gratifica- atribuições inerentes aos cargos, quanto à natureza e ao nível de
das e Plano de Benefícios da Ebserh. responsabilidade e complexidade, para ocupação em caráter tran-
sitório, na forma que se dispuser o Plano de Cargos em Comissão e
CAPÍTULO XVI Funções Gratificadas - PCCFG.
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
2.5 CEDIDO
Art. 104. É incompatível com a participação nos órgãos de ad- Todo servidor pertencente à Administração Pública Federal,
ministração da Ebserh a candidatura a mandato público eletivo, de- suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de eco-
vendo o interessado requerer seu afastamento, sob pena de perda nomia mista, órgãos e entidades dos Poderes da União, Estados,
do cargo, a partir do momento em que tornar pública sua pretensão Distrito Federal e dos Municípios, que mediante processo de cessão
à candidatura. passe a exercer funções na EBSERH.
Parágrafo único. Durante o período de afastamento referido no
caput não serádevida qualquer remuneração ao membro do órgão 2.6 EMPREGADO CEDIDO
de administração, o qual perderá o cargo a partir da data do registro O empregado da EBSERH que, por interesse da Empresa for
da candidatura. cedido à Administração Pública direta, suas autarquias, fundações,
Art. 105. Os membros do Conselho de Administração, da Dire- empresas públicas, sociedades de economia mista, mediante pro-
toria Executiva, do Conselho Fiscal e os ocupantes de cargos comis- cesso de cessão.
sionados ou funções gratificadas prestarão declaração de bens ao
assumirem suas funções e ao deixarem o cargo, renovada anual- 2.7 CONTRATADO PARA O EXERCÍCIO DE CARGO EM COMIS-
mente durante o prazo de gestão ou atuação. SÃO
Art. 106. O Regimento Interno da Ebserh e os regimentos pre- A pessoa física contratada a termo e demissível ad nutum para,
vistos no art. 44, inciso XXVI, deverão ser elaborados ou revisados exclusivamente, exercer cargo em comissão.
pelas áreas respectivas e submetidos à aprovação do Conselho de
Administração em até 180 dias após a publicação deste Estatuto. 2.8 TRANSFERÊNCIA
Art. 107. Os casos omissos surgidos no cumprimento deste Es- A movimentação do empregado por necessidade do serviço,
tatuto serão resolvidos pelo Conselho de Administração. e no interesse das partes, da sede para filiais ou outras unidades
Art. 108. O presente Estatuto Social entra em vigor na data da descentralizadas e vice-versa, desde que haja mudança obrigatória
sua aprovação pela Assembleia Geral. de domicílio, respeitando-se o quantitativo do quadro de pessoal.

2.9 REMOÇÃO
REGULAMENTO DE PESSOAL DA EBSERH A movimentação do empregado, no âmbito da sede para filiais
ou unidades descentralizadas e vice-versa, que não caracterize ne-
cessidade de mudança de domicílio, não gere despesas a EBSERH e
1.FINALIDADE respeite o limite do quadro de pessoal.
1.1Disciplinar em âmbito geral os direitos, deveres, obrigações
e penalidades aplicáveis aos integrantes do quadro de pessoal da 2.10 AFASTAMENTOS
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, suas filiais e Ausências temporárias justificadas do empregado.
demais unidades descentralizadas.
2.11 ESTÁGIO
2.DEFINIÇÕES CONCEITUAIS É o ato educativo escolar supervisionado desenvolvido no am-
Para fins deste Regulamento considera-se as seguintes defini- biente de trabalho, que visa a preparação para trabalho produtivo
ções conceituais, além de outras que possam vir a ser definidas em de educandos que estejam frequentando o ensino regular em ins-
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tituições: - de educação superior; - de educação profissional; - de II– cargos em comissão, de livre provimento, assim denomina-
ensino médio; - da educação especial e - dos anos finais do ensino dos:
fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e a)para a sede: Coordenador, Assessor, Auditor Geral; Ouvidor
adultos. (Artigo 1º da Lei 11.788 de 25/09/2008). e Chefe
de Gabinete.
2.12 ESTÁGIO REMUNERADO b)Para as unidades hospitalares – Filiais: Superintendente, Ge-
Compreende o estágio não obrigatório, aquele desenvolvido rente, Ouvidor e Auditor Chefe.
como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obriga- III– funções gratificadas:
tória (art. 2º, §2º, da Lei 11.788/2008). a)para a sede: Auditor Adjunto; Supervisor Regional; Secretário
Geral
REGULAMENTO DE PESSOAL Chefe de Serviço; e
b)para unidades hospitalares: Chefe de Divisão, Chefe de Setor
CAPÍTULO I e Chefe de Unidade.
DO QUADRO DE PESSOAL §2º O cargo em comissão e a função gratificada, demissíveis
ad nutum, serão providos por ato do Presidente da Empresa ou seu
Art. 1º Para a sede, filiais ou outras unidades descentralizadas substituto legal, por meio de portaria publicada no boletim de ser-
administradas pela EBSERH haverá um Quadro de Pessoal definido viço disponível no sítio eletrônico da EBSERH.
pela Diretoria de Gestão de Pessoas, ouvidas as demais áreas, apro- §3º As funções gratificadas serão exercidas, exclusivamen-
vado pela Diretoria Executiva, pelo Conselho de Administração da te, por empregados admitidos na forma do artigo 10 da Lei nº
EBSERH, e autorizado pela Secretaria de Coordenação e Governan- 12.550/2011, ou por cedidos.
ça das Empresas Estatais, do Ministério da Economia - SEST / ME. §4º O cargo em comissão e a função gratificada possuem ta-
Parágrafo único. A alteração do Quadro de Pessoal poderá bela salarial específica descrita no Plano de Cargos em Comissão
ocorrer mediante a reavaliação dos objetivos, das metas e dos pro- e Funções Gratificadas, observada a competência da Secretaria de
cessos da Sede, filiais e outras unidades descentralizadas que justi- Coordenação e Governança das Empresas Estatais, do Ministério da
fiquem a alteração pretendida. Economia - SEST / ME, sobre a matéria.
Art. 6º O cargo em comissão e a função gratificada exigem, para
CAPÍTULO II o seu exercício, comprovada qualificação profissional, adequada
DO PLANO DE CARGOS, CARREIRAS E SALÁRIOS - PCCS para a área de atuação.
Art. 7º Ao ocupante de Cargo em Comissão ou Função Gratifi-
Art. 2º Serão definidos no PCCS: a composição da estrutura de cada não é permitido conceder:
cargos e carreiras, os critérios de admissão, os requisitos mínimos I.licença para trato de interesse particular;
para ocupação dos cargos e carreiras, as atribuições dos cargos, o II.cessão por outro órgão; e
sistema de remuneração, a estrutura salarial e a política de progres- III.outros afastamentos que gerem suspensão do contrato de
são funcional dos empregados da EBSERH. trabalho.
Parágrafo único. O PCCS deverá ser periodicamente reavaliado
e atualizado, sempre que necessário, observada a competência da CAPÍTULO IV
Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, do DO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
Ministério da Economia - SEST / ME, sobre a matéria.
Art. 8º O recrutamento e a seleção de profissionais, nos termos
CAPÍTULO III dos artigos 10, 11 e 12, da Lei nº 12.550/2011, se dará por concurso
DOS CARGOS, CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES GRATIFI- público ou processo seletivo simplificado, amplamente divulgado
CADAS na imprensa escrita e falada.
§1º A divulgação do concurso público ou do processo seletivo
Art. 3º Os cargos serão providos por concurso público, em cum- simplificado dar-se-á por meio de edital que especifique todos os
primento ao art. 10 da Lei nº 12.550/2011, na forma como se dis- procedimentos do certame.
puser o Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS, ou legislação §2º O concurso público de que trata o art. 10 da Lei nº
superior superveniente. 12.550/2011, será composto por provas ou provas e títulos.
Parágrafo único. Os cargos ocupados na forma dos artigos 11 e §3º O processo seletivo simplificado de que trata os art. 11 e
12 da Lei nº 12.550/2011, não integram o PCCS, tendo como refe- 12 da Lei nº 12.550/2011, será composto por provas ou provas e
rência remuneratória o primeiro nível salarial da respectiva carreira. títulos ou títulos.
Art. 4º Os cargos em comissão e as funções gratificadas para as §4º O processo de recrutamento e seleção para os ocupantes
estruturas da sede e das filiais têm a sua classificação, descrição e de Cargo em Comissão ou Função Gratificada será realizado por
atribuições apresentadas no Plano de Cargos em Comissão e Fun- meio de avalição de títulos e comprovação de experiência na área
ções Gratificadas – PCCFG. de atuação.
Art. 5º Os cargos em comissão e as funções gratificadas consti- §5º O concurso público destina-se ao provimento de cargos
tuem cargos de confiança e caracterizam-se por atividades de dire- efetivos vagos e dos que forem criados para a sede e unidades hos-
ção, assessoramento ou chefia. pitalares administradas pela EBSERH.
§1º Constituem-se cargos de confiança da EBSERH: §6º O processo seletivo simplificado se destina ao provimento
I– cargos estatutários: presidente e diretor, conforme descritos de vagas com contratos temporários, respeitado o quantitativo de
no Estatuto Social da Empresa. cargos previstos para a sede e unidades hospitalares administradas
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pela EBSERH. CAPÍTULO VI


§7º As vagas serão preenchidas em ordem rigorosa de classifi- DA REMUNERAÇÃO
cação, de acordo com a necessidade e a conveniência da EBSERH.
Art. 17 A Remuneração do empregado da EBSERH compreende:
CAPÍTULO V I)salário base fixado na Estrutura Salarial constante do Plano de
DA ADMISSÃO E CONTRATAÇÃO Cargos, Carreiras e Salários;
II)salário fixado do cargo em comissão e função gratificada, se
Art. 9º A vaga será provida por candidato aprovado em concur- for o caso, constante do Plano de Cargos em Comissão e Funções
so público ou processo seletivo simplificado. gratificadas;
§1º A admissão e contratação dos empregados dependerá de III)benefícios remuneratórios constantes do Plano de Benefí-
prévia inspeção médica e de atendimento aos pré-requisitos descri- cios;
tos no respectivo edital. IV)outras parcelas remuneratórias decorrentes da legislação
§2º A relação de emprego será estabelecida por meio de con- aplicável, de Acordo Coletivo de Trabalho ou de autorização da Di-
trato individual de trabalho em cumprimento ao artigo 442 da CLT. retoria Executiva, aprovada pelo Conselho de Administração, obser-
Art. 10 A Admissão de empregado ocorrerá na classe e nível vada a competência da Secretaria de Coordenação e Governança
salarial estabelecido para o cargo efetivo, e divulgado no edital que das Empresas Estatais, do Ministério da Economia - SEST / ME sobre
regula o certame de recrutamento e seleção, observados os requi- a matéria.
sitos estabelecidos para o provimento do cargo. §1º Salário Base é o valor percebido pelo empregado fixado no
Art. 11 A Admissão de empregado em cargo efetivo se dará, Plano de Cargos, Carreiras e Salários, sem vantagens pessoais ou
inicialmente, por período não superior a 90 (noventa) dias, consi- transitórias.
derado como prazo de experiência, sendo o contrato de trabalho §2º Remuneração é o valor total percebido pelo empregado,
automaticamente prorrogado por prazo indeterminado após o pe- resultante da soma de salário base, gratificações e outras vantagens
ríodo de experiência, desde que haja interesse na sua prorrogação remuneratórias permanentes e/ou transitórias.
por parte da Empresa e do empregado e avaliação de desempenho Art.18 A remuneração dos profissionais cedidos à EBSERH para
satisfatória. o exercício de cargo em comissão ou função gratificada terá como
Art.12 A contratação de profissional qualificado para o exercí- base a Tabela de Salários dos respectivos cargos, observados os ter-
cio exclusivo de cargo em comissão, de livre nomeação e exonera- mos do instrumento de cessão, obedecida a legislação aplicável em
ção se dará por meio de portaria. vigor, em especial o Decreto nº 9.144/2017 e atualizações, o art.
Parágrafo único. Entende-se como profissional qualificado 7º da Lei nº 12.550/2011, bem como as normas internas vigentes.
aquele que possua a habilitação que o cargo em comissão requeira Parágrafo único. O profissional cedido à EBSERH para ocupar
e atenda aos requisitos estabelecidos no Plano de Cargos em Co- cargo em comissão terá que optar: EBSERH;
missão e Funções Gratificadas – PCCFG, ou norma específica. a) pela remuneração do cargo em comissão ou função gratifi-
Art.13 O contrato temporário respeitará o prazo fixado no edi- cada da EBSERH;
tal do processo, conforme previsto no art. 11 da Lei nº 12.550/2011. b) pela remuneração do órgão de origem acrescida de 60 %
Art. 14 Poderá ocorrer a contratação na forma do art. 12 da (sessenta por cento) do cargo em comissão ou função gratificada
Lei nº 12.550/2011, com base nas alíneas “a” e “b” do §2º do art. da EBSERH.
443 da Consolidação das Leis do Trabalho, para suprir empregada Art. 19 Nas viagens a serviço da EBSERH, no país ou no exterior,
em licença maternidade ou nos afastamentos, não remunerados, de interesse da Empresa, haverá a concessão de passagens e diárias
superiores a 30 (trinta) dias. de viagem, correspondentes ao cargo efetivo, ao cargo em comis-
Art. 15 Para a realização de serviços técnicos especializados, são ou à função gratificada ocupada.
na forma de norma específica, poderá ser contratado, excepcional- Art.20 A periodicidade do pagamento de salários será mensal.
mente, na estrita necessidade desses serviços, a juízo da Diretoria Art. 21 (REVOGADO)
Executiva, pessoal técnico de alta qualificação, por prazo certo e
nunca superior ao previsto em lei, para os contratos de trabalho CAPÍTULO VII
por prazo determinado, desde que não possua a EBSERH, em seu DOS BENEFÍCIOS
Quadro de Pessoal, cargos efetivos, funções ou cargos em comissão
necessários para a sua execução, e nem utilize, para tanto, a contra- Art.22 Benefício é a vantagem “in natura” ou pecuniária, paga
tação indireta. diretamente ou indiretamente ao empregado, quando obedecidos
Art. 16 Será regulado em norma específica o Estágio remune- os critérios estabelecidos para sua concessão no Plano de Benefí-
rado, que deverá ser formalizado por contrato, tendo como forma cios aprovado para a EBSERH.
de ingresso, o recrutamento, via processo seletivo, de acordo com
Orientação nº 22 da ata da Coordenadoria Nacional de Combate CAPÍTULO VIII
às Irregularidades Trabalhistas na Administração Pública - Conap e DA PROGRESSÃO FUNCIONAL
Portaria nº 567/2008 do Ministério Público da União.
Art.23 O desenvolvimento do empregado da EBSERH na carrei-
ra ocorrerá mediante progressões horizontal e vertical regulamen-
tadas no Plano de Cargos, Carreiras e Salários, com base em crité-
rios específicos, incluída a avaliação de desempenho.
Parágrafo único. A progressão não acarreta mudança de cargo.
Art.24 Caberá à EBSERH, no âmbito de sua competência, insti-
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tuir programa permanente de capacitação destinado à formação, CAPÍTULO XI


qualificação e aperfeiçoamento profissional, visando à preparação DAS FÉRIAS
dos empregados para desempenharem atribuições de maior com-
plexidade e responsabilidade, para atendimento às finalidades da Art. 33 Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do
Empresa. contrato de trabalho o empregado adquirirá direito a férias, de
acordo com as disposições trabalhistas e regulamentares vigentes.
CAPÍTULO IX §1º As férias serão gozadas, obrigatoriamente, no decorrer dos
DA JORNADA DE TRABALHO 12 (doze) meses subsequentes à data de aquisição do direito, com a
anuência da Chefia Imediata.
Art. 25 A duração normal da jornada de trabalho do emprega- §2º Entre dois períodos de gozo de férias deverá haver um pe-
do da EBSERH é de 8 (oito) horas diárias, observado o máximo de 40 ríodo mínimo de 30 (trinta) dias de trabalho.
(quarenta) horas semanais e respeitadas as exceções estabelecidas §3º (REVOGADO)
em lei. §4º As férias dos cedidos observarão as regras do regime de
Art.26 O empregado da EBSERH com exercício nas filiais e ou- origem.
tras unidades descentralizadas, terá jornadas de trabalho de 4 (qua-
tro), 6 (seis) ou 8 (oito) horas diárias, observado o máximo de 40 CAPÍTULO XII
(quarenta) horas semanais e respeitadas as exceções estabelecidas DAS LICENÇAS E AFASTAMENTOS
em lei.
§1º. Em todas as situações que exigirem funcionamento contí- Art.34 Licença é o afastamento de empregado do serviço ativo
nuo do serviço nas 24 (vinte e quatro) horas para garantir o atendi- assegurado por lei ou autorizado pela Empresa.
mento ao público, será admitido o regime de 12 (doze) horas con- Art.35 O empregado poderá ser licenciado nas seguintes mo-
secutivas de trabalho e 36 (trinta e seis) horas de descanso (12x36) dalidades:
(doze por trinta e seis) para o turno da noite, respeitada a jornada I.licença médica ou odontológica;
de trabalho contratual dos empregados. II.licença por acidente de trabalho;
§2º Nas situações previstas no parágrafo anterior, será excep- III.licença paternidade de 5 (cinco) dias, consecutivos, a contar
cionalmente admitido o regime de 12 (doze) horas diurna para a da data do nascimento, ou adoção;
categoria de médicos. IV.licença maternidade de 120 (cento e vinte) dias consecu-
Art.27 O regime de trabalho dos empregados ou cedidos que tivos, a contar da data do nascimento ou adoção, prorrogada por
ocuparem cargos de confiança ou função gratificada será de dedi- mais 60 (sessenta) dias nos termos da Leinº11.770/2008 e atuali-
cação integral, com vista ao atendimento das necessidades da Em- zações. (Redação aprovada pela Resolução CA nº 125, de 26 de no-
presa. vembro de 2020).
Art. 28 O horário de trabalho do empregado deverá estar afi- V.licença gala de 8 (oito) dias consecutivos a contar da data do
xado em quadro específico, em cada posto de trabalho da EBSERH. casamento, ou da data do registro, em cartório, da União Estável;
Art. 29 Todo empregado terá direito ao repouso semanal remu- VI.licença por morte de familiar de:
nerado, em conformidade com as disposições legais e regulamen- a)8 (oito) dias consecutivos a contar da data do óbito de cônju-
tares vigentes. ge ou companheiro, pais, filhos, irmãos;
b)3 (três) dias consecutivos, a contar da data do óbito de avós,
CAPÍTULO X netos, sogros, noras, ou pessoa devidamente inscrita como sua de-
DO REGISTRO E CONTROLE DE FREQUÊNCIA E DE PRESENÇA pendente
VII.licença sem remuneração para tratar de interesse particular
Art. 30 O registro de frequência será eletrônico, em cumpri- pelo período de 2 (dois) anos, devidamente justificada e autoriza-
mento à Portaria nº 1.510/2009 do antigo Ministério do Trabalho e da pela chefia imediata, e aprovada por meio de portaria da DGP,
Emprego, e é obrigatório para todo o empregado da EBSERH, assim no caso da Sede, e pelo Superintendente, para os empregados das
como para os servidores cedidos à Empresa. Filiais, observados os 3 (três) anos de efetivo exercício na Empresa,
Art. 31 As variações de horário no registro de frequência do podendo ser prorrogada, uma única vez, por igual período, e inter-
empregado não excedentes de cinco minutos, observados o limite rompida, a qualquer tempo, a pedido do empregado ou no interes-
máximo de dez minutos diários não serão descontados nem com- se da Administração. (Redação aprovada pela Resolução CA nº 125,
putados como jornada extraordinária. (§1º, art. 58, CLT) de 26 de novembro de 2020).
Parágrafo único. O acúmulo diário de atrasos no registro de fre- Parágrafo único. Uma vez concedida a licença sem remunera-
quência ensejará averiguação e providências disciplinares por parte ção de que trata o Inciso VII, o empregado somente poderá solicitá-
da chefia imediata. -la novamente após transcorrido o prazo de efetivo exercício dispos-
Art. 32 Os ocupantes de cargos em comissão ou funções gratifi- to no mesmo inciso. (Redação aprovada pela Resolução CA nº 125,
cadas deverão registrar presença diária em instrumento específico de 26 de novembro de 2020).
para este fim. VIII.licença para acompanhamento de familiar, filhos menores
Parágrafo único. As ausências previstas de ocupantes de cargos ou pais maiores de 60 (sessenta) anos, conforme normativa a ser
em comissão ou função gratificada deverão ser devidamente noti- aprovada pela Diretoria Executiva.
ficadas pela chefia imediata à Coordenadoria de Administração de IX.licença para capacitação e estudos especializados, conforme
Pessoal da DGP ou à Chefia da Divisão de Gestão de Pessoas, nas normativa específica a ser aprovada pela Diretoria Executiva;
filiais, para fins de registro e cobertura de eventuais intercorrências. X.licença para exercício de mandato de cargo de direção em en-
tidade Sindical representativa dos empregados da EBSERH; (art.543,
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parágrafo 2º da CLT); tiva dentro e fora da Empresa, de modo a não comprometer o nome
XI.licença para atividade política; (Lei 7.664/88, artigo 25); da EBSERH e de seus empregados;
XII.outras ausências permitidas por lei ou em razão de Acordo XXII.observar o estabelecido no Código de Ética da EBSERH;
ou Convenção Coletiva. XXIII.reembolsar valores recebidos indevidamente, quaisquer
Art. 36 O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço, que tenham sido as causas;
sem perda da remuneração, por motivo de: XXIV.efetuar ressarcimento de valores pela utilização de equi-
I - doação de sangue, por um dia em cada seis meses de traba- pamentos da Empresa, para uso pessoal, na forma regulada em
lho; II - alistamento eleitoral, até 2 (dois) dias, consecutivos ou não; norma específica;
III- depoimento em inquérito policial ou processo judicial; XXV.comunicar ao chefe imediato, com antecedência, a impos-
IV- convocação para o Júri, funções da Justiça Eleitoral desde sibilidade de comparecer ao serviço;
que amparada em lei, apresentação militar e outros serviços legal- XXVI.cientificar-se das obrigações e penalidades neste Regula-
mente obrigatórios; mento, Normas Internas, Resoluções, Circulares, Ordens de Serviço,
V- realização de provas de exame vestibular; Avisos, Comunicados e outras instruções expedidas pela Direção da
VI- participação em reuniões da Comissão de Negociação. Empresa;
XXVII.representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de po-
CAPÍTULO XIII der;
DOS DEVERES E PROIBIÇÕES XXVIII.compartilhar conhecimentos obtidos em cursos ou
eventos patrocinados pela Empresa;
Art.37 É dever do empregado: XXIX.cumprir regras de uso de equipamentos, recursos, ferra-
I.exercer com zelo e dedicação suas atribuições; mentas, softwares e material, observando as políticas de segurança
II.ser leal à Empresa; da informação e identidade visual da Empresa; e,
III.tratar a todos com urbanidade; XXX.defender os interesses da Empresa.
IV.cumprir as determinações dos superiores hierárquicos, exce- Art. 38 Além dos estabelecidos no artigo 37, são deveres dos
to quando reconhecidamente ilegais ou que afetem o princípio da empregados designados para exercer Cargo em Comissão ou Fun-
moralidade da Administração Pública, delas podendo divergir me- ção Gratificada:
diante manifesto formal dirigido à chefia imediata; I. zelar pela manutenção da disciplina e da ordem;
V.agir com prudência, discernimento e sensatez; II. zelar pelo fiel cumprimento das decisões emanadas pela Di-
VI.ressarcir despesas a que der causa, sem prévia autorização; reção da EBSERH;
VII.desempenhar com diligência e economicidade os trabalhos III. orientar seus subordinados na execução dos serviços;
que lhe forem atribuídos; IV. manter o grupo que dirige em ambiente de boas relações
VIII.guardar sigilo sobre informações de caráter restrito, de que pessoais;
tenha conhecimento em razão do cargo que exerce na EBSERH; V. fazer cumprir, nos locais de trabalho, as Normas e Instruções
IX.manter espírito de cooperação e solidariedade no grupo de da EBSERH;
trabalho a que pertence, guardando respeito mútuo e evitando VI. comunicar à área da gestão de pessoas qualquer irregulari-
comportamento capaz de conturbar o ambiente e prejudicar o bom dade sobre a frequência de seus subordinados; e
andamento do serviço; VII. propor medidas que visem a melhor execução e racionali-
X.comunicar à chefia imediata quaisquer fatos ou informações zação dos serviços.
que possam interessar aos serviços, bem como qualquer irregulari- Art. 39 Ao empregado é proibido, além do previsto na legisla-
dade de que tiver ciência; ção trabalhista:
XI.desempenhar todas as suas atividades de forma a produzir I.ausentar-se em horário de expediente, bem como sair anteci-
a menor degradação ambiental e, sempre que possível, adotar pos- padamente sem autorização da chefia imediata;
tura proativa na defesa do meio ambiente, independentemente de II.permanecer nas instalações da Empresa antes ou após o tér-
cargo, atividade ou setor de trabalho; mino da jornada de trabalho, sem prévia determinação ou autori-
XII.zelar pela boa conservação dos materiais e equipamentos zação;
que compõem o patrimônio da EBSERH; III.permitir que pessoas estranhas à EBSERH, fora dos casos
XIII.ser imparcial em suas informações e decisões, evitando previstos em lei, desempenhe atribuição que seja de sua respon-
preferências pessoais; sabilidade;
XIV.apresentar-se adequadamente trajado ou fazer uso de uni- IV.promover reuniões particulares, dentro ou fora do expedien-
forme específico, de acordo com a área em que estiver lotado; te, no recinto da Empresa, sem autorização;
XV.portar crachá de identificação ostensivamente; V.valer-se de sua condição funcional para lograr, direta ou indi-
XVI.conhecer e acatar as normas legais e regulamentares da retamente, qualquer proveito pessoal;
EBSERH; VI.receber favores, benefícios ou vantagens de quaisquer espé-
XVII.submeter-se aos exames médicos ocupacionais - admissio- cies, em razão de suas atribuições;
nal, periódico, para retorno ao trabalho e demissional - ou quando VII.exercer qualquer espécie de comércio nas dependências da
determinado pela EBSERH; Empresa;
XVIII.manter seus registros funcionais atualizados; VIII.trabalhar em outro local em horário coincidente com seu
XIX.cumprir o regime de trabalho que lhe for determinado; expediente na EBSERH;
XX.comunicar à área da gestão de pessoas quando do registro IX. fazer parte, como sócio ou dirigente, de empresa que preste
de sua candidatura a qualquer cargo eletivo; serviços e forneça bens para a EBSERH, ou que com ela transacione;
XXI.manter conduta compatível com a moralidade administra- X. dedicar-se a assuntos particulares durante o horário de tra-
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balho; pregado deverá restituir à Empresa documentos de identidade fun-


XI. adotar falsa identidade dentro ou fora das dependências da cionais, uniformes, bens e numerários sob sua guarda e responsa-
Empresa; bilidade, e apresentar a Carteira de Trabalho e Previdência Social
XII. portar armas nos locais de trabalho, salvo se exercer função – CTPS.
de vigilância e estiver devidamente autorizado;
XIII. dirigir-se de maneira depreciativa, ofensiva ou agressiva ao CAPÍTULO XV
corpo dirigente e funcional da EBSERH ou depreciar a imagem da DO REQUERIMENTO DE DIREITOS PELO EMPREGADO
Empresa;
XIV. retirar das dependências da EBSERH qualquer tipo de ma- Art. 43 É assegurado ao empregado o direito de requerer, re-
terial, equipamento ou documento, sem a devida autorização; correr e representar, dentro das normas de subordinação, disciplina
XV. registrar a frequência de outro empregado ou contribuir e urbanidade, junto à autoridade competente para decidir.
para fraudes no seu registro ou apuração; §1º A representação de que trata o artigo 37, inciso XXVII, será
XVI. organizar ou participar de quaisquer atividades político- encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade su-
-partidárias nas dependências da EBSERH; perior àquela a qual é formulada, assegurando-se a ampla defesa.
XVII. fornecer informações a terceiros, bem como utilizar do- §2º O empregado poderá ser afastado preventivamente de
cumentos e papéis oficiais da EBSERH, sem estar devidamente au- suas funções em situações que assim sejam recomendadas, verifi-
torizado; cadas estas no processo de apuração de responsabilidade.
XVIII. receber presentes, salvo de autoridades estrangeiras nos Art. 44 O recurso, quando cabível, será dirigido à autoridade
casos protocolares em que houver reciprocidade, não sendo consi- competente na matéria, imediatamente superior à que houver ex-
derados presentes, os brindes que não tenham valor comercial ou pedido o ato ou proferido a decisão, no prazo de até 10 (dez) dias
que forem distribuídos por entidades de qualquer natureza a títu- corridos, contados do dia seguinte ao da ciência do empregado.
lo de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de §1º O recurso objeto de matérias não disciplinares não terá
eventos especiais, ou datas comemorativas, que não ultrapassem o efeito suspensivo e a respectiva decisão retroagirá nos efeitos à
valor de R$ 100,00 (cem reais); data do ato impugnado, caso julgado procedente.
XIX. deixar de comparecer ao serviço sem causa justificada; §2º O recurso terá efeito suspensivo, no que se refere à aplica-
XX. utilizar recursos materiais e humanos da EBSERH em servi- ção de penalidades, conforme disposto na Norma Operacional de
ço ou atividade particular; Controle Disciplinar da Ebserh. (Redação aprovada pela Resolução
XXI. afixar cartazes, comunicados, retratos ou avisos nas de- CA nº 125, de 26 de novembro de 2020).
pendências da Empresa, sem que esteja previamente autorizado §3º Da decisão proferida em recurso pelo Presidente, não ca-
pela área competente; berá novo recurso.
XXII. utilizar o serviço de correio eletrônico da EBSERH para as-
suntos particulares; CAPÍTULO XVI
XXIII. deixar de utilizar o crachá e o uniforme específico da EB- DA SUBSTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO OU FUNÇÃO
SERH, de acordo com a área em que estiver lotado; GRATIFICADA
XXIV. utilizar indevidamente dinheiro da EBSERH, bem como
deixar de apresentar, tempestivamente, prestação de contas; Art.45 Substituição é a designação para o exercício transitório
XXV. exorbitar de sua autoridade ou função; e de Cargo em Comissão ou Função Gratificada, em virtude de ausên-
XXVI. deixar de acusar o recebimento de qualquer importância cias ou impedimentos do titular, por empregado indicado previa-
indevidamente creditada em sua remuneração. mente pelo titular e designado pela autoridade competente.
§1º Durante o período de substituição por impedimento, o em-
CAPÍTULO XIV pregado que assumir o cargo em comissão ou a função gratificada,
DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO deverá cumprir a jornada de trabalho do titular, registrando a pre-
sença em folha específica.
Art. 40 A rescisão do contrato de trabalho verificar-se-á: §2º Nos casos de ausência, o substituto exercerá as atividades
I.por término do prazo contratado; do titular sem direito à remuneração - as ausências são caracteri-
II.por dispensa: zadas pela impossibilidade da ação do titular, decorrente de caso
a)a pedido do empregado; fortuito, incerto, casual ou acidental.
b)sem justa causa; §3º Nos casos de impedimento, o substituto exercerá as ativi-
c)com justa causa; dades do titular do Cargo em Comissão ou Gratificada, sem prejuízo
§1º O empregado será comunicado de seu desligamento por de suas obrigações correntes, e fará jus à gratificação correspon-
meio de notificação em observância à alínea “b”, §6º do art. 477 da dente ao cargo substituído na proporção dos dias de efetiva subs-
Consolidação das Leis do Trabalho; tituição, sendo vedada a percepção cumulativa de vencimentos,
§2º O ocupante de cargo em comissão e função gratificada será gratificações ou vantagens - os impedimentos são caracterizados
notificado de sua exoneração por meio da ciência em Portaria; pela impossibilidade legal, regulamentar ou contratual do titular do
Art.41 É assegurado o direito do retorno ao local de origem, cargo em exercer suas atividades, e tem caráter temporário.
ao empregado transferido para outra localidade por interesse da §4º Se o substituto já exercer Cargo em Comissão ou Função
EBSERH, que venha a ser dispensado, na forma regulada em norma Gratificada, fará jus à gratificação de maior valor, sem prejuízo de
específica, respeitado o prazo de até 24 (vinte e quatro) meses da suas obrigações correntes.
transferência. §5º A substituição perdurará durante todo o afastamento do
Art. 42 Por ocasião da rescisão do contrato de trabalho, o em- substituído, salvo no caso de nomeação ou designação de outro
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ocupante para o cargo ou função objeto da substituição, ou, ainda, de âmbito federal, estadual ou municipal e dos Poderes Legislativo
no caso de nova designação de substituto. e Judiciário, ou empregados públicos de empresas estatais, para o
Art. 46 A comunicação de ausência de titular de Cargo em Co- exercício de cargos em comissão e funções gratificadas.
missão ou Função Gratificada para fins de substituição, deverá ser §2º O servidor cedido para a EBSERH poderá optar pelo Plano
feita à área de gestão de pessoas, no prazo máximo de 10 (dez) dias de Benefícios da Empresa ou de seu órgão de origem.
a contar da data da ausência do titular. §3º O empregado ou servidor público cedido à EBSERH, quan-
Art.47 Compete à área de gestão de pessoas o controle de au- do desligado da Empresa, deverá retornar ao órgão de origem, no
sência ou impedimento de titular de Cargo em Comissão ou Função prazo máximo de 15 (quinze) dias.
Gratificada, junto à chefia imediatamente superior.
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XVII DAS PENALIDADES
DA TRANSFERÊNCIA E REMOÇÃO
Art.54 O descumprimento e a inobservância da legislação de
Art. 48 Considera-se transferência a movimentação do empre- caráter geral ou especial, deste Regulamento, bem como dos de-
gado, profissional cedido à EBSERH ou contratado exclusivamente mais normativos da EBSERH, sujeitam o empregado à sanção dis-
para o exercício de Cargo em Comissão, da sede para filial ou congê- ciplinar.
nere e vice-versa, desde que haja mudança obrigatória de domicílio. Parágrafo único. A aplicação de penalidade disciplinar será
Art.49 Considera-se a remoção a movimentação do emprega- precedida de procedimento apuratório conforme estabelecido em
do, profissional cedido à EBSERH e contratado exclusivamente para norma específica.
o exercício de Cargo em Comissão, no âmbito da sede para filial Art.55 Segundo a gravidade da falta cometida, havendo ou não
ou congênere e vice-versa, que não caracterize necessidade de mu- reincidência, os empregados estarão sujeitos às penalidades a se-
dança de domicílio e não gere despesas para a EBSERH. guir descritas, observados os princípios da ampla defesa e do con-
Art. 50 A Transferência ou Remoção ocorrerá em decorrência traditório, na forma da lei.
de: I.advertência por escrito;
I - alteração regimental; II.suspensão por até 30 (trinta) dias; e
II- alteração no quadro de lotação; III.rescisão contratual por justa causa.
III- mudança de unidade organizacional; §1º Os dias de suspensão serão descontados da remuneração
IV - desligamentos; e do empregado e computados para efeito de férias e progressão fun-
V - cessões ou requisições. cional, sendo vedada a sua compensação com direitos funcionais
Art. 51 A Transferência ou a Remoção, em caráter definitivo ou ou a sua conversão em pecúnia.
provisório, da sede para filial ou congênere e vice-versa, deverá ser §2º A ausência do empregado em dia de feriados ou no dia que
formalizada conforme norma específica, e será autorizada quando o antecede ou subsequente, em que estiver designado para traba-
atendidas as seguintes condições: lhar, sem a comunicação prévia à chefia imediata para consequente
I- existência de vaga no local de destino; substituição, será passível de sanção disciplinar, com suspensão de
II- preenchimento, pelo empregado, dos requisitos mínimos 1 (um) dia.
exigidos para o exercício de suas atividades na nova lotação; §3º A penalidade prevista no parágrafo anterior será aplicada
III- prévia aprovação em exame médico ocupacional, quando também ao empregado que faltar injustificadamente 3 (três) dias
necessário; e, destino. de forma consecutiva ou intercalada no mesmo mês.
IV- prévia autorização da chefia imediata do local de origem e Art.56 No exercício regular de suas funções, o empregado é
do local de destino. responsável pelos danos que causar à Empresa ou a terceiros, fican-
do resguardado, na última hipótese, o direito regressivo da EBSERH.
CAPÍTULO XVIII Parágrafo único. A responsabilidade prevista neste item abran-
DA CESSÃO ge os atos e omissões resultantes de dolo ou culpa.
Art.57 Pelo exercício irregular de suas atribuições, os emprega-
Art. 52 Cessão é o ato discricionário do gestor, autorizado pela dos pertencentes ao Quadro de Pessoal da EBSERH e ocupantes de
Diretoria de Gestão de Pessoas e Diretoria Executiva ao empregado Cargo em Comissão ou Função Gratificada, estarão ainda sujeitos às
efetivo da EBSERH, para o exercício de Cargo em Comissão ou para sanções cíveis, criminais e administrativas.
atender situações previstas em leis específicas, em outro órgão ou Art.58 São competentes para aplicar as punições previstas no
entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e artigo 55 deste Regulamento:
dos Municípios, sem alteração do quadro de lotação da unidade de I.o Presidente, quanto aos incisos I, II, e III;
origem. (Redação aprovada pela Resolução CA nº 125, de 26 de no- II.o Diretor ou Superintendente, em sua área de competência,
vembro de 2020). quanto aos incisos I e II; e,
Art. 53 Poderão ser cedidos para a EBSERH os servidores titu- III.ao Coordenador, ao Gerente e Chefes de Serviço, Chefe de
lares de cargo efetivo em exercício na instituição federal de ensino Seção, Chefe de Divisão, Chefe de Setor e Chefe de Unidade, em
ou instituição congênere que formalizarem contrato com a EBSERH, suas áreas de competência, quanto ao inciso I.
conforme prevê o art. 7º da Lei nº 12.550/2011. Art. 59 As penalidades serão formalmente aplicadas por ato es-
§1º Poderá ser solicitada pela EBSERH, por ato discricionário pecífico, devendo o empregado, em todos os casos, dar o “ciente”
do gestor, autorizado pela Diretoria de Gestão de Pessoas a juízo da no original, ficando com uma cópia do documento.
Diretoria Executiva, a cessão de servidores de órgão ou entidade da §1º Caso o empregado se recuse a apor o “ciente”, este fato
Administração Pública direta, indireta, autárquica ou fundacional deverá ser registrado no original do documento, com a assinatura
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de 2 (duas) testemunhas. Art. 69 Os casos omissos serão dirimidos pela Diretoria de Ges-
§2º As penalidades aplicadas ao empregado deverão ser regis- tão de Pessoas.
tradas na sua ficha funcional. Art. 70 Este Regulamento de Pessoal entra em vigor a partir de
§3º Caso o empregado esteja em afastamento legal, a penali- sua aprovação pelo Conselho de Administração da EBSERH.
dade será aplicada no dia do seu retorno ao trabalho.
Art. 60 A gestão dos cedidos à EBSERH, quanto a direitos, de-
veres, proibições e penalidades, ficará sujeita ao tratamento disci- NORMA OPERACIONAL DE CONTROLE DISCIPLINAR DA
plinar da Empresa. EBSERH (ATUALIZADO EM 17/01/2023, ART. 1º AO ART. 6º;
ART. 28 AO ART. 45)
CAPÍTULO XX
DA RESPONSABILIDADE
NORMA OPERACIONAL DE CONTROLE DISCIPLINAR
Art.61 Pelo exercício irregular de suas atribuições, o emprega-
do responderá civil, penal e administrativamente. Dispõe sobre o procedimento apuratório para aplicação da pe-
§1º A responsabilidade civil decorrerá de procedimento doloso nalidade disciplinar, no âmbito da Empresa Brasileira de Serviços
ou de procedimento culposo, de que resulte dano ou prejuízo para Hospitalares-EBSERH.
a EBSERH ou para terceiros.
§2º A responsabilidade penal decorrerá de crime previsto na A Coordenadoria da Corregedoria-Geral da Ebserh no uso das
lei penal, praticado pelo empregado no exercício ou em decorrência atribuições que lhe confere o art. 33 do Regimento Interno da Ad-
do cargo ou função. ministração Central da Ebserh, RESOLVE: Divulgar Norma Operacio-
§3º A responsabilidade administrativa decorrerá de atos prati- nal que dispõe sobre o procedimento para investigação de irregula-
cados pelo empregado, por ação ou omissão, dolosa ou culposa, no ridade e aplicação de penalidade disciplinar, no âmbito da Empresa
exercício de cargo ou função, ou fora dele. Brasileira de Serviços Hospitalares - Ebserh.
Art. 62 Apurada a responsabilidade do empregado, deverá ser
providenciado, quando for o caso, o ressarcimento do prejuízo. CAPÍTULO I
§1º O prejuízo ou dano ocasionado à EBSERH ou a terceiros, DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
por dolo ou culpa do empregado, será composto em 48 horas, a
partir de sua exigibilidade. SEÇÃO I
§2º Não ocorrendo a composição do prejuízo ou dano, inten- OBJETIVO
tar-se-á, para o efetivo ressarcimento, a competente ação judicial,
precedida, se for o caso, de medidas cautelares, assecuratórias, ad- Art. 1º Esta Norma Operacional tem como objetivo estabelecer
ministrativas ou de outros meios admitidos em direito. os procedimentos relativos à apuração de possível irregularidade
§3º Inclui-se nas medidas administrativas previstas no item an- no âmbito da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh,
terior o desconto compulsório em folha de pagamento. tratando da análise e investigação de fato irregular e eventual impu-
§4º O ressarcimento do prejuízo não eximirá o empregado da tação de responsabilidade disciplinar aplicada a agentes públicos.
penalidade disciplinar cabível.
Art. 63 Tratando-se de crime, deverá ser providenciada a ins- SEÇÃO II
tauração do respectivo inquérito policial. ESCOPO DE APLICAÇÃO
Art. 64 Independem as cominações civis, penais e administra-
tivas. Art. 2º Esta norma é aplicável no âmbito da Ebserh para:
I - empregados públicos celetistas contratados pela Ebserh na
CAPÍTULO XXI forma do art. 10 e 12 da Lei nº 12.550/2011, inclusive os que se
DISPOSIÇÕES GERAIS encontrarem cedidos a outros órgãos;
II - agentes públicos cedidos ou em exercício na Ebserh;
Art. 65 As disposições contidas neste Regulamento serão disci- III - membros do corpo diretivo; e
plinadas, quando necessário, através de normas específicas baixa- IV - residentes e estudantes.
das pela Diretoria Executiva. Parágrafo único. A Ebserh, na aplicação da presente Norma
Art. 66 São assegurados à EBSERH os direitos de autoria refe- Operacional, obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalida-
rentes aos programas de computador, assim como artes, projetos de, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, mora-
e demais criações e informações elaboradas por empregado em lidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
razão do cargo ou função, desenvolvidos durante a vigência do con- público e eficiência.
trato de trabalho mantido com a Empresa.
Art. 67 Contar-se-ão por dias corridos os prazos previstos neste SEÇÃO III
Regulamento. DEFINIÇÕES
Parágrafo único. Não se computará no prazo o dia inicial, pror-
rogando-se o vencimento que incidir em dia em que não haja expe- Art. 3º Para os efeitos desta Norma, são estabelecidas as se-
diente para o primeiro dia útil subsequente. guintes definições:
Art. 68 A Sede e as Filiais contarão com programa de estágio I - ampla defesa e contraditório – direito de participação do
regulamentado em norma específica, de acordo com a legislação acusado no esclarecimento dos fatos investigados, por meio de
vigente. produção de provas, acesso à documentação juntada aos autos e
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apresentação de argumentos de defesa e prova; ria CGU nº 2.463/2020, que organiza as informações dos procedi-
II - antecedentes funcionais – são circunstâncias examinadas mentos administrativos correcionais e gera peças necessárias para
a partir dos dados registrados nos assentamentos do empregado a condução dos procedimentos disciplinares.
público, seja positiva ou negativamente. São exemplos de bons an- XIV - fato irregular – ilícito administrativo ou qualquer ação ou
tecedentes funcionais: os agradecimentos e elogios registrados nos omissão lesiva ao interesse público;
assentamentos do empregado ou qualquer outro documento que XV - Hospital Universitário Federal (HUF) – Hospital Universitá-
demonstre sua dedicação e comprometimento com o trabalho. São rio Federal filiado à Rede Ebserh;
exemplos de maus antecedentes funcionais: Termos de Ajustamen- XVI - infração leve – quaisquer das infrações disciplinares lis-
to de Conduta descumpridos ou qualquer outro documento que tadas no art. 112 desta norma, referenciados no Regulamento de
demonstre a falta de compromisso com o trabalho; Pessoal da Ebserh;
III - ato omissivo – não realização de um comportamento exigi- XVII - infração média – quaisquer das infrações disciplinares lis-
do, que o agente tenha o dever funcional de praticar no exercício de tadas no art. 113 desta norma, referenciados no Regulamento de
suas atribuições ou, não tendo o dever de praticar, deixa de promo- Pessoal da Ebserh;
ver-lhe a comunicação quando identifica o fato omissivo; XVIII - infração grave – quaisquer das infrações disciplinares lis-
IV - ato comissivo – aquele que se realiza mediante ação ou que tadas no art. 114 desta norma, referenciados no Regulamento de
se perpetua com o resultado da omissão; Pessoal da Ebserh e na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT;
V - autoridade instauradora – autoridade com competência XIX - Investigação Preliminar (IP) - constitui procedimento ad-
para instaurar o procedimento disciplinar; ministrativo de caráter preparatório, informal e de acesso restrito,
VI - autoridade julgadora – autoridade com competência para que objetiva a coleta de elementos de informação para a análise
julgar o procedimento disciplinar; acerca da existência dos elementos de autoria e materialidade rele-
VII - circunstâncias agravantes – são situações relacionadas à vantes para a instauração de processo administrativo sancionador;
conduta e que podem atuar contra a defesa, majorando a penalida- XX - instauração – ato formal de constituição de Investigação
de a ser aplicada. São exemplos de aplicação: o registro de penali- Preliminar ou de Processo Administrativo Sancionador;
dade vigente no assentamento funcional; comprovado treinamento XXI - instrução – fase do Processo Administrativo Sancionador
na área técnica relacionada à infração; elevada experiência e tempo na qual a Comissão Apuradora ou o Comissário disponibiliza as pro-
de serviço na área; o fato de o agente exercer função gratificada ou vas instrutórias do processo, para exercício da ampla defesa e do
ocupar cargo em comissão; ter o agente cometido a irregularidade contraditório, e complementa com as diligências que entender per-
com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício tinentes;
ou profissão; ter o agente cometido a irregularidade em desfavor XXII - matriz de responsabilização – método de estruturação da
de criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grá- apuração feita em caráter inicial, que permite a sistematização das
vida, em ocasião de incêndio, inundação ou qualquer calamidade informações coletadas durante a fase de admissibilidade e tem por
pública; atuar em condições de infraestrutura física e operacional base os seguintes elementos: fato/conduta, agente, elementos de
de sua unidade que favoreçam o desempenho de suas atividades; informação, elementos faltantes e possível tipificação;
ter cometido o ato por motivo irrelevante; XXIII - notificação – comunicação emitida ao agente público
VIII - circunstâncias atenuantes – são situações relacionadas à com o objetivo de cientificálo sobre quaisquer atos processuais;
conduta e que podem atuar a favor da defesa, diminuindo a pena- XXIV - Processo Administrativo Sancionador (PAS) – procedi-
lidade a ser aplicada. São exemplos de aplicação: o agente ter pro- mento punitivo com contraditório, instaurado em desfavor de em-
curado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após a pregado público, que se destina a elucidar irregularidades na Eb-
infração, evitar ou minorar as consequências desta, ou ter, antes do serh, das quais possa resultar aplicação de penalidade disciplinar;
julgamento, reparado o dano; comprovada falta de treinamento ou XXV - reincidência - é verificada quando o empregado, com pe-
capacitação do empregado na área técnica relacionada ao ato irre- nalidade vigente no registro funcional, reitera na prática de infração
gular; problemas de ordem pessoal devidamente justificados e que disciplinar;
possam comprometer a rotina/desempenho do empregado; precá- XXVI - residente – profissional que, após concluir a graduação,
rias condições de infraestrutura física e operacional da Administra- cursa residência em hospital universitário federal filiado à Ebserh;
ção que sejam capazes de dificultar o desempenho do empregado; XXVII - tipificação – é o enquadramento da conduta do agente
os obstáculos, as reais dificuldades do gestor na previsibilidade do aos preceitos legais, administrativos e regulamentares vigentes à
resultado ou dano; a confissão espontânea; ter cometido o ato sob época do fato e/ou da prática do ato sob apuração;
domínio de violenta emoção; XXVIII - Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) – procedimen-
IX - citação – comunicação formal ao empregado para ciência, a to administrativo voltado à resolução consensual de conflitos, por
partir da qual o agente se torna acusado no PAS; meio da assinatura de um instrumento, no qual o empregado públi-
X - comissão apuradora – comissão designada pela autoridade co interessado se compromete a ajustar sua conduta em observân-
instauradora e responsável pela condução do procedimento admi- cia aos deveres e proibições previstas na Consolidação das Leis do
nistrativo durante o período de vigência da portaria; Trabalho – CLT, no Regulamento de Pessoal da Ebserh e no Código
XI - comissário – empregado ou servidor público designado de Ética e Conduta da Ebserh.
pela autoridade instauradora para conduzir a Investigação Prelimi-
nar durante o período de vigência da portaria;
XII - e-Cor – Sistema de Procedimentos de Corregedoria da Eb-
serh;
XIII - e-Pad – Sistema desenvolvido pela Controladoria-Geral
da União, de preenchimento obrigatório, de acordo com a Porta-
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SEÇÃO IV de informação para a análise acerca de autoria e materialidade, vi-


APURAÇÃO DE FATO IRREGULAR sando ao preenchimento da matriz de responsabilização.
Art. 32. Após o encerramento da instrução, o comissário deverá
Art. 4º A Investigação Preliminar – IP deverá ser instaurada produzir o Relatório Conclusivo, o qual deverá conter, obrigatoria-
quando a apuração demandar previamente a coleta de elementos mente, o histórico do processo, a descrição dos atos de instrução, a
de informação para análise acerca da existência dos elementos de análise dos elementos da matriz de responsabilização e a sugestão
autoria e materialidade relevantes para a instauração do Processo final de:
Administrativo Sancionador – PAS. I- arquivamento da IP, se não houver indícios de autoria e/ou
Art. 5º A IP é o único procedimento cabível para apuração da de materialidade da infração;
conduta de: II- instauração de PAS, se houver indícios de autoria e de mate-
I - agentes públicos originariamente vinculados às Universida- rialidade da infração;
des Federais que estejam cedidos ou em exercício na Ebserh; III - celebração de Termo de Ajustamento de Conduta - TAC.
II - residentes e estudantes; Art. 33. A autoridade instauradora avaliará a IP em até 30 (trin-
III - ex-agentes públicos que tenham praticado irregularidade ta) dias.
durante o exercício da função ou cargo público. Parágrafo único. A autoridade instauradora poderá, motivada-
Art. 6º O processamento do fato irregular, nos casos em que mente, reconduzir a IP, mediante portaria publicada em boletim de
seja possível identificar na notícia de irregularidade todos os ele- serviço, caso as diligências realizadas pelo Comissário forem insufi-
mentos da matriz de responsabilização, poderá ser realizado direta- cientes para a análise de admissibilidade.
mente por meio de PAS. Art. 34. A identificação de indícios de autoria de agentes públi-
Parágrafo Único. A IP não poderá ser dispensada nos casos lis- cos vinculados às Universidades Federais que estejam cedidos ou
tados no art. 5º desta norma. em exercício na Ebserh, determina obrigatoriamente o encaminha-
mento da IP ao órgão de origem do referido agente.
( ) Art. 35. Nos casos em que houver identificação de irregularida-
CAPÍTULO III des praticadas por residentes, a IP deverá ser encaminhada à res-
PROCEDIMENTO INVESTIGATIVO pectiva Comissão de Residência Médica ou Comissão de Residência
Multiprofissional.
SEÇÃO I Parágrafo único. Nos casos em que houver identificação de irre-
INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR - IP gularidades praticadas por estudantes, a IP deverá ser encaminha-
da à respectiva instituição com a qual possuir vínculo.
Art. 28. A IP constitui procedimento administrativo de caráter Art. 36. Se verificados indícios de ilícitos criminais, civis ou re-
preparatório, informal e de acesso restrito, que objetiva a coleta de ferente às normas de conselhos profissionais, independentemente
elementos de informação para a análise acerca da existência dos de repercussões disciplinares, o resultado da apuração deverá ser
elementos de autoria e materialidade relevantes para a instauração encaminhado para o respectivo órgão competente.
de processo administrativo sancionador.
Parágrafo único. Da IP não poderá resultar aplicação de sanção, CAPÍTULO IV
sendo dispensável a observância aos princípios do contraditório e PROCEDIMENTO ESPECIAL
da ampla defesa.
Art. 29. Será assegurada à IP o sigilo necessário para o esclare- SEÇÃO I
cimento do fato. Parágrafo único. Poderá ser concedido acesso ao TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA – TAC
processo, mediante requerimento do agente público mencionado
na denúncia ou de seu defensor legalmente constituído, desde que Art. 37. O TAC consiste em procedimento administrativo vol-
não prejudique o andamento das investigações. tado à resolução consensual de conflitos relativos à infração dis-
Art. 30. A IP será instaurada de ofício ou com base em notícia ciplinar de natureza leve e punível com advertência, devendo ser
de irregularidade recebida. proposto quando o investigado:
§1º A instauração da IP será feita por meio de portaria, publica- I- não tenha registro vigente de penalidade disciplinar em seus
da em Boletim de serviço, designando, no mínimo, um comissário. assentamentos funcionais;
§2º A IP deverá ser concluída no prazo de 60 (sessenta) dias, a II- não tenha firmado TAC nos últimos dois anos, contados des-
contar da data da publicação da portaria de instauração, podendo de a publicação do instrumento; e
haver prorrogação por igual período, mediante justificativa do co- III- tenha ressarcido, ou se comprometido a ressarcir, eventual
missário, a ser avaliada pela autoridade instauradora. dano causado à Administração Pública.
§3º A designação do agente público para atuar como comissá- Parágrafo Único O eventual ressarcimento ou compromisso de
rio de IP é encargo ressarcimento de dano causado à Administração Pública deve ser
obrigatório e irrecusável, que independe de prévia autorização comunicado à Divisão de Gestão de Pessoas (DivGP), no HUF, ou
da chefia imediata. 10 à Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP), na Administração Central.
§4º A omissão ou cumprimento indevido do encargo sujeitará Art. 38. Por meio do TAC o agente público interessado se com-
o comissário à promete a ajustar sua conduta e a observar os deveres e proibições
apuração de responsabilidade. previstos na legislação vigente.
Art. 31. O Comissário será responsável pela instrução do pro- Art. 39. A celebração do TAC será realizada pela autoridade
cedimento, mediante a coleta de provas ou informações, por qual- competente para instauração do respectivo procedimento acusa-
quer meio de diligência lícito, com o objetivo de reunir elementos tório.
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Parágrafo único. O empregado público poderá ser acompanha- §2º No caso de descumprimento do TAC, a chefia imediata in-
do de procurador devidamente constituído durante a celebração do formará imediatamente à autoridade competente para instauração
TAC. ou continuidade do respectivo processo punitivo, não cabendo re-
Art. 40. A proposta de TAC poderá: curso desta decisão.
I- ser oferecida de ofício pela autoridade competente para ins-
tauração do respectivo procedimento acusatório até o momento CAPÍTULO V
anterior ao julgamento do PAS; PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR (PAS)
II- ser sugerida pelo comissário responsável pela condução da
IP ou do PAS; ou Art. 44. A autoridade competente deverá instaurar o PAS se ve-
III - ser apresentada pelo agente público interessado. rificada a existência de todos os elementos da matriz de responsa-
§1º Em procedimentos disciplinares em curso, o pedido de TAC bilização, nas seguintes hipóteses:
poderá ser feito pelo interessado à autoridade instauradora em até I- infração disciplinar não sujeita a arquivamento ou instaura-
10 dias após o recebimento da citação. ção de IP, nos termos do art. 19 desta norma;
§2º O pedido de celebração de TAC apresentado pelo comis- II- recusa ou descumprimento de TAC, nos termos do art. 43,
sário responsável ou pelo interessado poderá ser, motivadamente, §2º, desta norma;
indeferido pela autoridade competente se não preenchidos os re- III - após apreciação de Relatório Conclusivo de IP.
quisitos constantes do art. 37 desta norma. Art. 45. O PAS compreende as seguintes fases:
§3º Quando oferecido de ofício, a autoridade competente con- I - instauração; I
cederá o prazo de 10 (dez) dias para manifestação do agente públi- I - instalação;
co interessado, interpretando-se o seu silêncio como recusa. III - citação;
Art. 41. O TAC deverá conter: IV - defesa escrita;
I- a qualificação do agente público envolvido; V - instrução;
II- os fundamentos de fato e de direito para sua celebração; VI- razões finais;
III - a descrição das obrigações assumidas; VII- relatório conclusivo;
IV - o prazo e o modo para o cumprimento das obrigações; e VIII - análise jurídica;
V - a forma de fiscalização das obrigações assumidas. IX - julgamento;
§1º As obrigações estabelecidas pela Administração devem ser X - recurso; e
proporcionais e adequadas à conduta praticada, visando mitigar a XI - julgamento recursal.
ocorrência de nova infração e compensar eventual dano. Parágrafo único. As fases descritas nos incisos V, VI e VIII deste
§2º As obrigações estabelecidas no TAC poderão compreender, artigo poderão ser dispensadas de acordo com os critérios estabe-
dentre outras: lecidos nesta norma.
I - reparação do dano causado;
II- retratação do interessado;
III- participação em cursos visando à correta compreensão dos REGULAMENTO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS DA EBSERH
seus deveres e proibições ou à melhoria da qualidade do serviço 2.0
desempenhado;
IV- acordo relativo ao cumprimento de horário de trabalho e
compensação de horas não trabalhadas; REGULAMENTO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS DA EMPRESA
V- cumprimento de metas de desempenho; BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES - EBSERH
VI- sujeição a controles específicos relativos à conduta irregular
praticada. TÍTULO I
§3º O prazo de cumprimento do TAC não poderá ser superior DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
a 2 (dois) anos.
§4º A inobservância das obrigações estabelecidas no TAC carac- Art. 1º Este regulamento tem por objetivo definir e disciplinar
teriza o descumprimento do dever de lealdade à empresa. 12 os procedimentos de contratação de bens, serviços e obras, de alie-
Art. 42. Após a celebração do TAC, será publicado extrato em nação de bens e de formalização de convênios no âmbito da Ebserh,
Boletim de serviço nos termos da Lei nº 13.303/2016 e do Decreto nº 8.945/2016.
da Administração Central ou do HUF, contendo o número do Art. 2º As contratações serão precedidas de licitação, ressal-
processo e a descrição genérica do fato. vados os casos previstos neste regulamento, e destinam-se a as-
§1º A celebração do TAC será comunicada à chefia imediata do segurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no que se
agente público, com o envio de cópia do Termo, para acompanha- refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em que se
mento do seu efetivo cumprimento. caracterize sobrepreço ou superfaturamento.
§2º O TAC será de acesso restrito até o seu efetivo cumprimen- Art. 3º Nos procedimentos de contratação devem ser observa-
to ou até a conclusão do processo punitivo decorrente de seu des- dos os princípios da impessoalidade, da legalidade, da moralidade,
cumprimento. da igualdade, da publicidade, da eficiência, da probidade adminis-
Art. 43. O TAC será registrado no assentamento funcional do trativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional susten-
agente público. tável, da vinculação ao instrumento convocatório, da obtenção de
§1º Declarado o cumprimento das condições do TAC pela che- competitividade, do julgamento objetivo e do formalismo modera-
fia imediata do agente público, não será instaurado procedimento do.
disciplinar pelos mesmos fatos objeto do ajuste. Art. 4º As seguintes diretrizes devem ser observadas nas con-
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tratações conduzidas pela Ebserh: TÍTULO II


I- padronização dos objetos de contratação, dos instrumentos DOS PROCEDIMENTOS DE CONTRATAÇÃO
convocatórios, das minutas de contratos e dos demais artefatos que
compõem o processo de contratação; CAPÍTULO I
II- busca da maior vantagem competitiva, considerando cus- DAS NORMAS GERAIS
tos e benefícios diretos e indiretos de natureza econômica, social
e ambiental, inclusive os relativos à manutenção, ao desfazimento Art. 6º As contratações de que trata este regulamento serão
de bens e resíduos, ao índice de depreciação econômica e a outros realizadas observando-se as seguintes fases:
fatores de igual relevância; I- Formalização da Demanda;
III- parcelamento do objeto, visando a ampliar a participação II- Planejamento da Contratação;
de licitantes, sem perda de economia de escala, e desde que não III - Seleção de Fornecedor;
atinja valores inferiores aos limites estabelecidos no art. 79, incisos IV - Gestão do Contrato.
I e II; §1º O nível de detalhamento da instrução processual e das in-
IV- adoção preferencial da modalidade de licitação denomina- formações necessárias para instruir cada fase da contratação deve-
da Pregão, na forma eletrônica, em portais de compras de acesso rá considerar a análise de riscos do objeto a ser contratado.
público na internet; §2º No caso de utilização da modalidade Pregão, as disposições
V- utilização de tecnologia e de recursos eletrônicos nos pro- da Lei nº 14.133/2021 acerca dos procedimentos para operação da
cessos e procedimentos de contratação, especialmente nas sele- sessão pública apenas serão aplicadas a partir de sua abertura até a
ções de fornecedores com etapas de lances; etapa de homologação.
VI- observância de políticas de compras sustentáveis, de rela- Art. 7º O valor estimado do procedimento licitatório será sigilo-
cionamento com fornecedores, de integridade, de transação com so, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos e
partes relacionadas, de proteção de dados pessoais e outras políti- das demais informações necessárias para a elaboração das propos-
cas aprovadas no âmbito da Ebserh, que guardem pertinência com tas, facultando-se sua publicidade, mediante justificativa.
o objeto da contratação. §1º Para fins do disposto no caput, o valor estimado para a
Parágrafo único. É vedada a realização de licitações no forma- contratação será tornado público apenas após o encerramento da
to presencial, com exceção daquelas autorizadas previamente pela etapa de julgamento das propostas.
Diretoria Executiva, sendo facultada a adequação da etapa externa §2º Nas hipóteses em que forem adotados os critérios de julga-
dos procedimentos de seleção de fornecedor aos sistemas informa- mento por maior desconto ou por melhor técnica, a estimativa de
tizados de compras disponíveis, tais como dispensa eletrônica, pre- preços deverá constar do instrumento convocatório.
gão eletrônico, RDC eletrônico, dentre outros, sem que haja afronta Art. 8º Os contratos admitirão os seguintes regimes de execu-
às disposições deste regulamento, de forma a garantir o uso dos ção:
recursos eletrônicos. I- Contratação por Preço Unitário, nos casos em que não for
Art. 5º As contratações devem observar, no que couber para possível definir previamente as quantidades dos serviços a serem
cada tipo de objeto, as normas relativas à: posteriormente executados;
I- disposição final ambientalmente adequada dos resíduos só- II- Contratação por Preço Global, quando for possível definir
lidos gerados; previamente, com boa margem de precisão, as quantidades dos
II- mitigação dos danos ambientais por meio de medidas con- serviços a serem posteriormente executados;
dicionantes e de compensação ambiental, que serão definidas no III- Contratação por Tarefa, em contratações de profissionais
procedimento de licenciamento ambiental; autônomos ou de pequenas empresas para realização de serviços
III- utilização de produtos, equipamentos e serviços que, com- técnicos comuns e de curta duração;
provadamente, reduzam o consumo de energia e de recursos na- IV- Contratação por Empreitada Integral, nos casos em que o
turais; contratante necessite receber o objeto, normalmente de alta com-
IV- avaliação de impactos de vizinhança, observada a legislação plexidade, em condição de operação imediata;
urbanística; V- Contratação Semi-integrada, em caso de obra ou serviço de
V- proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e engenharia cuja execução possa ser realizada com diferentes meto-
imaterial, inclusive por meio da avaliação do impacto direto ou indi- dologias ou tecnologias, quando for possível definir previamente no
reto causado por investimentos realizados pela Ebserh; Projeto Básico as quantidades dos serviços a serem posteriormente
VI- acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobi- executados na fase contratual;
lidade reduzida; VI- Contratação Integrada, em caso de obra ou serviço de enge-
VII- vigilância sanitária, proteção radiológica e demais normas nharia de natureza predominantemente intelectual e de inovação
técnicas relacionadas à garantia de qualidade e de disponibilidade tecnológica do objeto licitado ou puder ser executado com diferen-
sobre infraestrutura, equipamentos e suprimentos. tes metodologias ou tecnologias de domínio restrito no mercado.
Parágrafo único. A contratação da qual decorra impacto nega- Art. 9º Nas contratações Semi-integradas e Integradas, o instru-
tivo sobre bens do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e mento convocatório deverá conter Matriz de Riscos, que conterá,
imaterial tombados dependerá de prévia autorização da esfera de no mínimo, as seguintes informações:
governo encarregada da proteção do respectivo patrimônio, deven- I- listagem de possíveis eventos supervenientes à assinatura do
do o impacto ser compensado por meio de medidas determinadas contrato, impactantes no equilíbrio econômico-financeiro da aven-
pela Diretoria Executiva, na forma da legislação aplicável. ça, e previsão de eventual necessidade de prolação de termo aditi-
vo quando de sua ocorrência;
II- estabelecimento preciso das frações do objeto em que ha-
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verá liberdade das contratadas para inovar em soluções metodo- membros de mais de uma unidade da empresa, cujo propósito en-
lógicas ou tecnológicas, em obrigações de resultado, em termos de volve o desenvolvimento, a guarda e a promoção da padronização
modificação das soluções previamente delineadas no Anteprojeto das especificações técnicas sobre sua área temática para toda a
de Engenharia ou no Projeto Básico da licitação; Rede Ebserh.
III- estabelecimento preciso das frações do objeto em que não §3º As unidades organizacionais responsáveis por gerenciar as
haverá liberdade das contratadas para inovar em soluções meto- categorias de compras serão denominadas Gestora da Categoria
dológicas ou tecnológicas, em obrigações de meio, devendo haver de Compras, no caso da Administração Central e com abrangência
obrigação de identidade entre a execução e a solução pré-definida nacional, e Responsável pela Categoria de Compras, no caso das
no Anteprojeto de Engenharia ou no Projeto Básico da licitação. unidades hospitalares e com abrangência local.
§1º Os riscos decorrentes de fatos supervenientes à contrata- §4º A Responsável pela Categoria de Compras atuará sempre
ção associados à escolha da solução pela contratante deverão ser alinhada às estratégias e orientações da Gestora da Categoria de
alocados como de sua responsabilidade na Matriz de Riscos. Compras, exceto nos casos em que ainda não haja definição formal
§2º A ferramenta da Matriz de Riscos poderá ser estendida sobre algum tema, situações em que a Responsável pela Categoria
aos demais regimes de execução e abranger outros objetos além de Compras poderá atuar com total autonomia, nos limites de sua
de obras e serviços de engenharia, quando compatível e no que competência, dentro de sua unidade hospitalar.
couber. Art. 14. Serão designadas formalmente as unidades organiza-
Art. 10. Na contratação de obras e serviços poderá ser estabe- cionais responsáveis por formalizar as demandas de cada categoria
lecida remuneração variável, vinculada ao desempenho do contra- ou subcategoria de compras.
tado, como base em metas, padrões de qualidade, critérios de sus- Parágrafo único. A unidade organizacional responsável por for-
tentabilidade ambiental e prazos de entrega definidos pela Ebserh malizar a demanda de contratação sobre uma categoria ou subcate-
no instrumento convocatório ou no contrato. goria de compras é denominada unidade requisitante.
Parágrafo único. A remuneração variável está condicionada à Art. 15. As unidades organizacionais que necessitam de bens,
demonstração de eficiência e vantajosidade e respeitará o limite or- serviços ou obras para entregar resultados sob sua responsabilida-
çamentário fixado pela Ebserh para a respectiva contratação, con- de são denominadas unidades demandantes, podendo atuar como
templando: unidade requisitante, se for o caso, ou solicitar às unidades requisi-
I - parâmetros escolhidos para aferir o desempenho do con- tantes que procedam com a formalização de demandas.
tratado; Parágrafo único. A solicitação de compra encaminhada pela
II - faixas de remuneração. unidade demandante à unidade requisitante deve contemplar, ao
Art. 11. Poderá ser celebrado mais de um contrato para exe- menos:
cutar serviço de mesma natureza, quando o objeto da contratação I- apresentação de necessidades, sempre que possível indican-
puder ser executado de forma concorrente e simultânea por mais do os objetivos estratégicos e as iniciativas impactadas pela contra-
de um contratado, desde que: tação pretendida;
I- haja justificativa expressa; II- expectativa de data para recebimento do objeto contratado.
II- não implique perda de economia de escala; Art. 16. As unidades requisitantes devem, antes de formalizar
III- seja mantido controle individualizado da execução do obje- uma demanda, levar em consideração as seguintes diretrizes:
to contratual relativamente a cada um dos contratados; I- levantamento das necessidades das unidades organizacionais
IV- o edital estabeleça os parâmetros objetivos para a alocação abrangidas por seu escopo de atuação, evitando o início de proce-
das atividades a serem executadas por cada contratado. dimentos de contratação que não contemplam a demanda existen-
te na unidade hospitalar ou na Administração Central, conforme o
CAPÍTULO II caso;
DA FORMALIZAÇÃO DA DEMANDA II- adequação das necessidades aos catálogos padronizados de
bens e serviços;
Art. 12. A Formalização da Demanda resulta do levantamento III- correspondência das necessidades com o planejamento or-
da necessidade de uma contratação em termos do negócio da or- çamentário da organização;
ganização, evitando a condução de procedimentos de contratação IV - racionalização dos recursos e estoques disponíveis e ado-
que não contribuam para o alcance dos resultados institucionais. ção de diretrizes sustentáveis;
Art. 13. As contratações realizadas pela Ebserh podem ser di- V - correlação das necessidades levantadas e da demanda a ser
vididas em categorias e subcategorias de compras, representando formalizada com a necessidade real da organização.
a diversidade de objetos contratados pela estatal e permitindo a Parágrafo único. É vedado o fracionamento de despesas, veri-
especialização temática das unidades organizacionais responsáveis ficado quando sobrevierem contratações sucessivas, representadas
por gerenciar cada categoria ou subcategoria. por objetos idênticos ou de natureza semelhante, que
§1º A Diretoria Executiva designará unidades organizacionais poderiam ter sido somadas e realizadas conjunta e concomi-
para atuarem, de forma local ou nacional, como referencial técnico tantemente, ou seja, dentro do mesmo exercício orçamentário,
e de gestão das categorias ou subcategorias de compras, permitin- especialmente quando leve à indevida utilização de contratações
do uma reflexão propositiva e em rede sobre o aprimoramento das diretas.
contratações e do uso de recursos da estatal, resultando no desen- Art. 17. A materialização da fase de Formalização da Demanda
volvimento de estratégias de compras. se dará por intermédio da elaboração, pela unidade requisitante,
§2º As unidades organizacionais gestoras das categorias ou do Documento de Formalização da Demanda – DFD, para aquisi-
subcategorias de compras deverão, sempre que viável, participar ções em geral, ou do Documento de Oficialização da Demanda –
das câmaras técnicas de padronização nacionais, compostas por DOD, para aquisições de soluções de Tecnologia da Informação e
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Comunicação - TIC. com as câmaras técnicas de padronização nacionais, quando for-


§1º O DFD ou o DOD deverá formalizar a abertura do processo malizadas;
administrativo de planejamento de contratação e, preferencialmen- II- apoiar a prestação de informações aos interessados na con-
te, deve ser acompanhado ou citar os documentos comprobatórios tratação, como respostas a esclarecimentos, impugnações e pedi-
da fase de Formalização da Demanda. dos de informação;
§2º O DFD deve contemplar: III- atuar na análise de documentação técnica e de amostras,
I- justificativa da necessidade da contratação, considerando o bem como participar de provas de conceito durante a fase de Sele-
Planejamento Estratégico, o Plano Anual de Compras - PAC e o pla- ção de Fornecedor;
nejamento orçamentário; IV- ampliar a multidisciplinariedade nas etapas de gerencia-
II- quantidade a ser contratada, conforme avaliação inicial, a mento de riscos prévias à contratação.
ser aprofundada nas etapas seguintes; Art. 19. Os colaboradores indicados para participação na EPC
III- previsão de data em que a contratação deve estar disponí- ou na Equipe Técnica de Suporte à EPC devem ser empregados,
vel para ser executada; servidores de cargo efetivo cedidos ou em exercício na Ebserh, e
IV- indicação de colaboradores para compor a Equipe de Pla- devem registrar ciência expressa de sua indicação, antes de serem
nejamento da Contratação - EPC como Integrantes Requisitantes; formalmente designados, observadas as atribuições constantes
V- indicação de coordenador da EPC, preferencialmente da deste Regulamento.
unidade requisitante, que ficará responsável por coordenar os tra- §1º O registro da ciência deverá ser feito no próprio corpo do
balhos da equipe, bem como elaborar cronograma de atividades, DFD ou DOD, por assinatura dos colaboradores indicados.
buscando a previsibilidade necessária à organização da agenda de §2º Em caso de necessidade de alteração dos integrantes da
licitações e contratações da organização; EPC ou na Equipe Técnica de Suporte à EPC, o pedido deverá ser
VI- aprovação da chefia da unidade responsável, respeitado o formalizado via ofício, com registro da ciência dos novos colabora-
disposto no art. 20 deste Regulamento. dores indicados no corpo do próprio documento.
§3º O DOD deve ser composto por: Art. 20. O DFD e o DOD serão divididos em documentos aparta-
I- justificativa da necessidade da contratação, considerando o dos e sequenciais, da seguinte forma:
Planejamento Estratégico, o Plano Diretor de Tecnologia da Infor- I- no caso de contratações de bens, serviços e obras:
mação e Comunicação - PDTIC, o PAC e o planejamento orçamen- a)DFD I: elaborado pela unidade requisitante, conforme art. 17,
tário; §2º;
II- explicitação da motivação e dos resultados a serem alcan- b)DFD II: elaborado pela área de compras, conforme art. 25.
çados com a contratação da solução de Tecnologia da Informação II- no caso de contratações de soluções de Tecnologia da Infor-
e Comunicação - TIC, conforme avaliação inicial, a ser aprofundada mação e Comunicação - TIC:
nas etapas seguintes; a)DOD I: elaborado pela unidade requisitante, conforme art.
III- previsão de data em que a contratação deve estar disponí- 17, §3º;
vel para ser executada; b)DOD II: elaborado pela área de tecnologia da informação,
IV- indicação da fonte dos recursos para a contratação, confor- conforme art. 22;
me planejamento orçamentário da unidade; c)DOD III: elaborado pela área de compras, conforme art. 25,
V- indicação de colaboradores para compor a Equipe de Plane- §1º.
jamento da Contratação - EPC; Art. 21. O DFD I deverá ser encaminhado à área de compras
VI- indicação de coordenador da EPC, preferencialmente da para que seja iniciada a fase de Planejamento da Contratação.
unidade requisitante, que ficará responsável por coordenar os tra- Parágrafo único. Caso o DFD I contemple demanda que atenda
balhos da equipe, bem como elaborar cronograma de atividades, a mais de uma unidade requisitante, deverão ser indicados repre-
buscando a previsibilidade necessária à organização da agenda de sentantes de todas as requisitantes envolvidas.
licitações e contratações da organização; Art. 22. O DOD I será enviado à área de tecnologia da infor-
VII- aprovação da chefia da unidade responsável, respeitado o mação, que avaliará o alinhamento da contratação ao PDTIC e ao
disposto no art. 20 deste Regulamento. PAC e indicará o Integrante Técnico para composição da EPC, com
§4º No caso de constituição de EPC Permanente, nos termos do formalização no DOD II.
art. 27, o DFD ou DOD deve indicar os integrantes responsáveis por §1º Após concluída a etapa prevista no caput, a área de tecno-
conduzir o planejamento daquela contratação específica, referen- logia da informação encaminhará o processo administrativo à área
ciando a portaria de constituição da EPC Permanente. de compras para início da fase de Planejamento da Contratação.
§5º O DFD ou o DOD referenciados nos §§2º e 3º poderão ser §2º O DOD II referenciado no caput poderá ser acompanha-
acompanhados da indicação dos colaboradores que irão compor a do da indicação dos colaboradores que irão compor a Equipe de
Equipe de Fiscalização dos Contratos - EFC, os quais poderão parti- Fiscalização dos Contratos como Fiscais Técnicos, os quais poderão
cipar da EPC. participar da EPC.
Art. 18. O DFD ou o DOD pode, ainda, indicar colaboradores
para compor a Equipe Técnica de Suporte à EPC, no caso de contra- CAPÍTULO III
tações envolvendo amostras, provas de conceito ou complexidades DO PLANEJAMENTO DA CONTRATAÇÃO
técnicas nas exigências de habilitação, que será informada pela EPC
sobre o andamento das etapas da contratação e poderá ser convo- Art. 23. As contratações serão antecedidas por planejamento
cada para: prévio e detalhado, com a finalidade de otimizar o desempenho da
I- robustecer o detalhamento das especificações técnicas, in- empresa, proteger o interesse público envolvido e promover trans-
clusive sobre requisitos da contratação, realizando interlocução parência e equidade, com vistas a maximizar seus resultados econô-
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micos e suas finalidades estatutárias. de Administração.


§1º As contratações de soluções de Tecnologia da Informação §2º É recomendada a indicação de Integrante Administrativo
e Comunicação – TIC deverão observar os normativos específicos para compor EPC nas seguintes situações:
expedidos pelo Ministério da Economia, no que não conflitar com I- aquisições envolvendo vultos significativos para a organiza-
este Regulamento. ção;
§2º As contratações de tecnologias em saúde deverão obser- II- aquisições com elevada criticidade e alto impacto nas entre-
var os normativos específicos expedidos pelo Ministério da Saúde e gas institucionais;
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, no que não III- demais integrantes percorrendo os estágios iniciais da curva
conflitar com este Regulamento. de aprendizagem sobre planejamento de contratações, quando os
Art. 24. O planejamento de cada nova contratação consistirá Integrantes Administrativos devem atuar inclusive na transferência
na instrução de processo administrativo contendo documentação de conhecimento sobre o tema.
capaz de materializar as seguintes etapas: Art. 26. A EPC é o conjunto de colaboradores que reúnem as
I - estudos técnicos preliminares; competências necessárias à completa execução das etapas de pla-
II - gerenciamento de riscos; nejamento da contratação, o que inclui conhecimentos sobre as-
III - elaboração de documentos contendo as especificações téc- pectos técnicos e de uso do objeto, licitações e contratos, dentre
nicas da contratação, como o Anteprojeto de Engenharia, o Termo outros.
de Referência ou o Projeto Básico, com suas respectivas pesquisas §1º A EPC deverá acompanhar as fases da contratação, atuan-
de preços. do, no caso de licitações, na pronta resposta a eventuais esclareci-
§1º Ficam dispensados a elaboração de estudos técnicos pre- mentos e impugnações durante o certame.
liminares e o gerenciamento de riscos, salvo na fase de Gestão do §2º Mediante justificativa, poderá ser formalizada EPC conten-
Contrato e diante da ocorrência de eventos relevantes, quando se do somente um integrante da unidade requisitante da contratação,
tratar de: ressalvado o disposto no §1º do art. 25.
I- contratações diretas de baixo valor, aquelas cujos valores se §3º A constituição da EPC ocorrerá por intermédio da desig-
enquadrem nos limites dos incisos I e II do art. 79 deste Regulamen- nação formal do Diretor de Administração e Infraestrutura ou pelo
to; ou Gerente Administrativo, divulgada em boletim de serviço.
II- contratações diretas emergenciais, previstas no inciso XV do §4º O ato de constituição da EPC deve prever um prazo para
art. 79 deste Regulamento. a conclusão de suas atividades, indicado pela área administrativa
§2º Podem ser aproveitados os documentos já elaborados na com base no PAC e na data prevista para início da execução da con-
fase de Planejamento da Contratação original, a serem inseridos em tratação, informada, pela unidade requisitante, na fase de Formali-
novo processo administrativo relacionado ao original, observadas zação da Demanda.
as disposições do art. 79, §§3º a 5º, no caso das seguintes contra- §5º Compete ao coordenador da EPC acompanhar e priorizar
tações diretas: as atividades da equipe, informando a autoridade competente caso
I- decorrente de licitação deserta, prevista no inciso III do art. seja necessário prorrogar o prazo inicialmente estabelecido.
79 deste Regulamento; §6º Encerrado o prazo previsto nos §4º e 5º sem a conclusão
II- decorrente de licitação fracassada, prevista no inciso IV do das atividades da EPC, a continuidade da fase de Planejamento da
art. 79 deste Regulamento; Contratação dependerá de reedição da portaria de constituição da
III - de remanescente, prevista no inciso VI do art. 79 deste Re- EPC, mediante solicitação fundamentada da Gerência ou Diretoria
gulamento. responsável pela unidade requisitante.
§3º Nas licitações desertas ou fracassadas, deve ser elaborado §7º Nos limites do seu conhecimento técnico ou administrativo
relatório pela EPC que contenha: sobre o tema, os membros da EPC responderão solidariamente por
I- avaliação dos motivos do insucesso da contratação, abordan- todos os atos praticados pela equipe, ressalvado o membro que ex-
do a adequação do preço estimado, o procedimento de seleção do pressar posição individual divergente devidamente fundamentada
fornecedor, número de licitantes e marcas ofertadas, possível con- e registrada em ata lavrada na reunião em que houver sido tomada
centração de mercado, divergência de descritivos técnicos, dentre a decisão.
outros; Art. 27. No caso de objetos de contratação recorrentes, pre-
II- revisão do gerenciamento de riscos decorrente da etapa de vistos no Plano Anual de Compras, poderá ser constituída uma EPC
seleção do fornecedor; permanente, com as seguintes características:
III- conclusão pela reedição do procedimento licitatório ou re- I- designação por exercício;
alização de dispensa de licitação prevista no art. 79, III ou IV, opção II- definição prévia das categorias de compras abarcadas;
esta que deve conter a demonstração de que a repetição do certa- III- preferencialmente rotatividade periódica de ao menos um
me traria prejuízos à Ebserh, podendo ser aproveitados os docu- colaborador a cada recondução.
mentos já elaborados na fase de Planejamento da Contratação. Parágrafo único. No caso de EPC permanente constituída, o
Art. 25. A fase de Planejamento da Contratação se inicia com o DFD ou DOD deverá ser encaminhado à área de compras para que
recebimento, pela área de compras, do DFD I ou DOD II. haja, se necessário, indicação de colaboradores da área administra-
§1º Poderá ser indicado colaborador da área administrativa tiva para comporem a EPC como Integrantes Administrativos.
para compor a EPC como Integrante Administrativo, preferencial-
mente da área de compras, com a formalização do DFD II, sendo
obrigatória a indicação somente nos casos de contratação de obje-
tos de TIC, quando deverá ser formalizado o DOD III, ambos apro-
vados pelo Coordenador de Administração ou pelo Chefe do Setor
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SEÇÃO I tos nos incisos I, IV, V, VI, VII, IX, XIII e XIV e, quando não contemplar
DOS ESTUDOS TÉCNICOS PRELIMINARES os demais elementos do caput, apresentar as devidas justificativas
no próprio documento que o materializa.
Art. 28. O Estudo Técnico Preliminar - ETP, produzido e regis- §3º O ETP será assinado por todos os integrantes da EPC, sendo
trado no Sistema ETP digital pela EPC com base nas informações desnecessária a aprovação por autoridade superior.
consolidadas na fase de Formalização da Demanda, deverá conter: §4º No caso de contratação de solução de Tecnologia da Infor-
I- descrição da necessidade da contratação, considerado o pro- mação e Comunicação - TIC, o ETP será assinado pelos integrantes
blema a ser resolvido sob a perspectiva do interesse público; Técnico e Requisitante da EPC e aprovado pelo Diretor de Tecnolo-
II- descrição dos requisitos necessários e suficientes à escolha gia da Informação, no caso da Administração Central, ou pelo Setor
da solução, prevendo critérios e práticas de sustentabilidade; de Tecnologia da Informação e Saúde Digital, no caso das unidades
III- levantamento de mercado, que consiste na prospecção e hospitalares.
análise das alternativas possíveis de soluções, podendo, entre ou-
tras opções: SEÇÃO II
a)levar em consideração contratações similares feitas por ou- DAS PESQUISAS DE PREÇOS
tros órgãos e entidades, com objetivo de identificar a existência de
novas metodologias, tecnologias ou inovações que melhor aten- Art. 29. O planejamento de cada contratação conterá pesquisa
dam às necessidades da administração; de preços, empreendida pela EPC com a profundidade operacional
b)ser realizada consulta, audiência pública ou interlocução e metodológica necessária, conforme o caso, para determinar os
transparente com potenciais contratadas, registrada nos autos, referenciais de preços para as contratações.
para coleta de contribuições. Parágrafo único. Os procedimentos básicos para a realização de
IV- descrição da solução como um todo, inclusive das exigên- pesquisas de preços serão regulamentados por norma específica.
cias relacionadas à manutenção e à assistência técnica, quando for Art. 30. A estimativa preliminar de valor da contratação ela-
o caso, acompanhada das justificativas técnica e econômica da es- borada no ETP pode ser substituída pela realização da pesquisa de
colha do tipo de solução; preços, realizada de forma antecipada, caso as condições e os requi-
V- estimativa das quantidades a serem contratadas, acompa- sitos da contratação elaborados até essa etapa permitam um levan-
nhada das memórias de cálculo e dos documentos que lhe dão su- tamento mais preciso do referencial de preços para a contratação.
porte, considerando a interdependência com outras contratações, Art. 31. O orçamento de referência do custo global de obras e
de modo a possibilitar economia de escala; serviços de engenharia deverá ser obtido a partir de custos unitá-
VI- estimativa preliminar do valor da contratação, acompanha- rios de insumos ou serviços menores ou iguais à mediana de seus
da dos preços unitários referenciais, das memórias de cálculo e dos correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Ín-
documentos que lhe dão suporte, que deverá ser apresentada em dices da Construção Civil (Sinapi), no caso de construção civil em
processo administrativo ou anexo de acesso restritos até a conclu- geral, devendo ser observadas as peculiaridades geográficas.
são da etapa de julgamento das propostas, citando-se no ETP so- §1º No caso de inviabilidade da definição dos custos consoante
mente o número do processo ou anexo que contém tal informação, o disposto no caput, a estimativa de custo global poderá ser apura-
exceto se a Administração optar pela sua publicidade, de forma da por meio da utilização de dados contidos em tabela de referência
justificada; formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração
VII- justificativas para o parcelamento ou não da solução, se pública federal, em publicações técnicas especializadas, em banco
aplicável; de dados e sistema específico instituído para o setor ou em pesqui-
VIII - contratações correlatas e/ou interdependentes; sa de mercado.
IX- demonstração do alinhamento entre a contratação e o pla- §2º Os eventuais componentes de custo que não estejam pre-
nejamento da organização, identificando a previsão no PAC, PDTIC vistos no Sinapi ou outras tabelas citadas no §1º deverão ter seu
(contratação de soluções de Tecnologia da Informação e Comuni- referencial de preços estimado com base no procedimento básico
cação – TIC), ou, se for o caso, justificando a ausência de previsão; para realização de pesquisa de preços regulamentado por norma
X- resultados pretendidos, em termos de efetividade e de de- específica.
senvolvimento nacional sustentável; §3º As contratações de obras e serviços de engenharia devem,
XI- providências a serem adotadas pela administração previa- ainda, utilizar os critérios indicados em Decreto do Poder Executivo
mente à celebração do contrato, inclusive quanto à capacitação de Federal.
servidores ou de empregados para fiscalização e gestão contratual
ou adequação do ambiente da organização; SEÇÃO III
XII- possíveis impactos ambientais e respectivas medidas de DO GERENCIAMENTO DE RISCOS
tratamento;
XIII- posicionamento conclusivo sobre a viabilidade e razoabili- Art. 32. O gerenciamento de riscos de cada contratação consis-
dade da contratação; te nas seguintes atividades:
XIV- avaliação da necessidade de classificação do ETP como si- I- identificação dos principais riscos que possam comprometer
giloso, nos termos da Lei nº 12.527/ 2011. a efetividade do planejamento da contratação, da seleção do forne-
§1º Caso, após o levantamento do mercado de que trata o in- cedor e da gestão contratual ou que impeçam o alcance dos resul-
ciso III, a quantidade de fornecedores for considerada restrita, de- tados que atendam às necessidades da contratação;
ve-se verificar se os requisitos que limitam a participação são real- II- avaliação dos riscos identificados, consistindo na mensura-
mente indispensáveis, flexibilizando-os sempre que possível. ção da probabilidade de ocorrência e do impacto de cada risco;
§2º O ETP deve obrigatoriamente conter os elementos dispos- III- tratamento dos riscos considerados inaceitáveis por meio
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da definição das ações para reduzir a probabilidade de ocorrência XV- garantia de execução (do contrato), se exigida;
dos eventos ou suas consequências; XVI- critérios de sustentabilidade ambiental, social e econômi-
IV- para os riscos que persistirem inaceitáveis após o tratamen- ca; XVII - critérios e índices de reajustes, conforme o caso;
to, definição das ações de contingência para o caso de os eventos XVIII - adequação orçamentária; XIX - subcontratação e consór-
correspondentes aos riscos se concretizarem; cios; XX - alteração subjetiva;
V- definição dos responsáveis pelas ações de tratamento dos XXI - matriz de riscos, se for o caso.
riscos e das ações de contingência. §1º Devem ser preferencialmente utilizados os modelos de TR
Parágrafo único. O gerenciamento de riscos será conduzido: padronizados, como aqueles:
I - pela EPC, durante a fase de Planejamento da Contratação e I- divulgados pelas gestoras das respectivas categorias de com-
de Seleção de Fornecedor; ou pras, preferencialmente com apoio das câmaras técnicas de padro-
II - pela EFC, durante a fase de Gestão do Contrato. nização nacionais; ou
Art. 33. O gerenciamento de riscos materializa-se no documen- II- aprovados pela Consultoria Jurídica.
to Mapa de Riscos. §2º Na ausência de modelos de TR disponíveis, deve ser avalia-
§1º O Mapa de Riscos deve ser confeccionado ao final da elabo- da a adoção das diretrizes de elaboração divulgadas pelo Ministério
ração do ETP e abarcar os possíveis riscos das fases de Planejamen- da Economia, por intermédio de Instruções Normativas ou Cader-
to da Contratação, Seleção de Fornecedor e Gestão do Contrato. nos de Logística, com as devidas adequações a este Regulamento.
§2º O Mapa de Riscos será atualizado, pelo menos: Art. 36. O Anteprojeto de Engenharia, elaborado pela EPC no
I- ao final da elaboração do Termo de Referência, do Projeto caso de contratação integrada, a partir do ETP e do gerenciamento
Básico ou do Anteprojeto de Engenharia; de riscos, deverá conter, no mínimo, o seguinte conteúdo:
II- após a fase de Seleção de Fornecedor; I- demonstração e justificativa do programa de necessidades,
III- caso haja eventos relevantes, durante a fase de Gestão do avaliação de demanda do público-alvo, motivação técnico-econô-
Contrato. mico-social do empreendimento, visão global dos investimentos e
§3º Podem ser utilizados os modelos de Mapa de Riscos divul- definições relacionadas ao nível de serviço desejado;
gados nas Instruções Normativas do Ministério da Economia, caso a II- condições de solidez, de segurança e de durabilidade;
Ebserh não disponha de modelo próprio. III - prazo de entrega;
Art. 34. Em contratações consideradas de elevada complexida- IV- estética do projeto arquitetônico, traçado geométrico e/ou
de técnica e/ou tecnológica, é recomendado o aprofundamento da projeto da área de influência, quando cabível;
etapa de gerenciamento de riscos, atentando-se ainda mais para V- parâmetros de adequação ao interesse público, de economia
o disposto na Política de Gestão de Riscos e Controles Internos da na utilização, de facilidade na execução, de impacto ambiental e de
Ebserh para confeccionar um Mapa de Riscos diferenciado. acessibilidade;
VI- proposta de concepção da obra ou do serviço de engenha-
SEÇÃO IV ria;
DAS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA CONTRATAÇÃO VII- projetos anteriores ou estudos preliminares que embasa-
ram a concepção proposta;
Art. 35. O Termo de Referência – TR ou o Projeto Básico - PB, VIII - levantamento topográfico e cadastral;
elaborado pela EPC a partir do ETP e do gerenciamento de riscos, IX- pareceres de sondagem;
deverá conter, no mínimo, o seguinte conteúdo: X- memorial descritivo dos elementos da edificação, dos com-
I- definição do objeto; ponentes construtivos e dos materiais de construção, de forma a
II- fundamentação e justificativa da contratação; estabelecer padrões mínimos para a contratação.
III- descrição da solução como um todo, contendo inclusive os Art. 37. Os TR ou Anteprojetos de Engenharia devem ser apro-
códigos dos catálogos de materiais e de serviços, observada a natu- vados de modo fundamentado por:
reza de despesa do objeto; I- Presidente, Vice-Presidente ou Diretor, no caso de contrata-
IV- requisitos da contratação; ção conduzida pela Administração Central, conforme suas compe-
V- regime de execução ou forma de fornecimento; tências temáticas;
VI- necessidade de formalização de termo de contrato ou ins- II- Superintendente ou Gerentes, no caso de contratação con-
trumento equivalente; duzida pela unidade hospitalar, conforme suas competências temá-
VII- modelos de execução do objeto e de gestão do contrato, ticas.
contendo inclusive a forma de controle e fiscalização contratual, §1º A competência prevista no caput poderá ser avocada por
bem como as condições de entrega, se for o caso; instância colegiada superior ou delegada, neste caso com delimita-
VIII- critérios de medição e pagamento, contendo inclusive as ção de alçadas.
condições de aceitação do objeto; §2º No caso de contratação de solução de tecnologia da infor-
IX - forma de seleção de fornecedor; mação, o TR, antes de ser aprovado, deve ser validado pelo Diretor
X- critérios de seleção de fornecedor, inclusive modo de dispu- de Tecnologia da Informação, no caso da Administração Central, ou
ta e intervalos entre lances, no caso de licitação, e razão de escolha pelo Setor de Tecnologia da Informação e Saúde Digital, no caso das
do fornecedor, no caso de contratação direta; unidades hospitalares.
XI- indicação do sigilo do orçamento ou, caso decidida a sua di- Art. 38. A fase de Planejamento da Contratação se encerra com
vulgação de forma justificada, as estimativas detalhadas dos preços; o envio dos processos de planejamento da contratação, após sua
XII- definição das responsabilidades das partes; completa instrução, à área de compras.
XIII - sanções administrativas;
XIV- garantia do produto ou serviço, se exigida;
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CAPÍTULO IV I- aquisições com valores iguais ou inferiores aos dos incisos I e


DA SELEÇÃO DE FORNECEDOR II do art. 79, caso haja minuta de contrato ou de outro instrumento
obrigacional não previamente padronizado pelo órgão de assesso-
Art. 39. A fase de Seleção de Fornecedor será conduzida com ramento jurídico da Ebserh;
base na documentação produzida durante o planejamento da con- II- aquisições com valores superiores aos dos incisos I e II do
tratação e poderá consistir em condução de licitação ou instrução art. 79.
de contratação direta. §1º No caso de reedição de procedimento licitatório ou contra-
Art. 40. A fase de Seleção de Fornecedor observará a seguinte tação direta decorrentes de licitação fracassada ou deserta, é dis-
sequência de etapas: pensável a remessa dos autos à análise jurídica, desde que tenham
I - preparação; sido observadas as mesmas condições do instrumento convocatório
II- divulgação; inicialmente aprovado.
III- apresentação de lances ou propostas, conforme o modo de §2º Caso se opte pela contratação direta decorrente de licita-
disputa adotado; ção fracassada ou deserta sem nova remessa à análise jurídica, de-
IV - julgamento; ve-se ter especial atenção ao cumprimento do disposto no art. 24,
V - verificação de efetivação dos lances ou propostas; §3º, e art. 83 deste regulamento.
VI - negociação; Art. 44. Na elaboração de parecer jurídico, o órgão de assesso-
VII- habilitação; ramento jurídico deverá:
VIII- interposição de recursos e adjudicação do objeto; I- apreciar o processo de contratação conforme critérios objeti-
IX- homologação do resultado ou revogação do procedimento. vos prévios de atribuição de prioridade;
§1º A etapa de habilitação poderá, excepcionalmente, ante- II- redigir sua manifestação em linguagem simples e compre-
ceder as etapas referidas nos incisos III a VI do caput, desde que ensível e de forma clara e objetiva, com apreciação de todos os
justificado no processo e expressamente previsto no instrumento elementos indispensáveis à contratação e com exposição dos pres-
convocatório. supostos de fato e de direito levados em consideração na análise
§2º As contratações diretas seguirão as etapas previstas nos jurídica;
incisos I, VI, VII e IX do caput, podendo adotar as etapas dos inci- III- dar especial atenção à conclusão, que deverá ser aparta-
sos II a V, no que couber, caso seja utilizada a dispensa eletrônica da da fundamentação, a fim de permitir à autoridade consulente
ou o procedimento auxiliar de chamamento público de propostas sua fácil compreensão e atendimento e, se constatada ilegalidade,
comerciais. apresentar posicionamento conclusivo quanto à impossibilidade de
Art. 41. As eventuais irregularidades cometidas por empresas continuidade da contratação nos termos analisados, com sugestão
e demais interessados durante a fase de Seleção de Fornecedor se- de medidas que possam ser adotadas para adequá-la à legislação
rão apuradas conforme procedimento específico, regido por norma aplicável.
interna, pelo qual pode ser determinada a aplicação de penalidade Art. 45. O órgão de assessoramento jurídico da Ebserh pode-
de suspensão temporária de participação em licitação e impedi- rá homologar minutas-padrão de editais, de termos de contrato e
mento de contratar com a entidade sancionadora, por prazo não outros instrumentos obrigacionais, bem como aprovar pareceres
superior a 2 (dois) anos, bem como as sanções previstas na Lei nº referenciais sobre matérias recorrentes.
12.846/2013. §1º Havendo manifestação jurídica referencial, é dispensada a
análise individualizada do processo de contratação pelo órgão jurí-
SEÇÃO I dico, desde que a área de licitações ou de contratos ateste, de for-
DA PREPARAÇÃO ma expressa, que o caso concreto se amolda aos termos da citada
manifestação.
Art. 42. A etapa de preparação da contratação consiste na re- §2º A Diretoria Executiva ou o Colegiado Executivo, no âmbito
alização de instrução processual para viabilizar a condução da li- de sua competência e com base na avaliação da maturidade da ges-
citação ou a recomendação da efetivação da contratação direta, tão administrativa, poderá dispensar a análise jurídica de processos
compreendendo: em caso de utilização de minutas-padrão, desde que não haja alte-
I- realização de conformidade administrativa sobre o processo ração, inclusão ou exclusão de cláusulas gerais dos modelos homo-
de planejamento da contratação; logados.
II- elaboração das minutas dos instrumentos convocatórios, Art. 46. As licitações serão processadas e julgadas por Agente
dos termos de contrato, das atas de registro de preços e demais de Licitação, empregado, servidor de cargo efetivo cedido ou em
instrumentos obrigacionais; exercício na Ebserh, designado por ato do Diretor de Administração
III- classificação orçamentária da despesa, bem como registro e Infraestrutura, no caso da Administração Central, ou do Gerente
de disponibilidade orçamentária, quando for o caso; Administrativo, no caso das unidades hospitalares.
IV- apreciação do órgão de assessoramento jurídico, quando §1º O ato de designação de que trata o caput deve ser publica-
for o caso; do em boletim interno e terá validade até o final do respectivo exer-
V- avaliação, ratificação ou alteração da forma escolhida pelo cício, podendo haver inclusões ou destituições de colaboradores, a
TR para seleção de fornecedor; critério da autoridade signatária.
VI - instauração do procedimento licitatório, quando for o caso. §2º O Agente de Licitação poderá ser auxiliado por equipe de
Art. 43. Deverá haver submissão do processo administrativo de apoio e responderá individualmente pelos atos que praticar, salvo
seleção de fornecedor à apreciação do órgão de assessoramento quando induzido a erro pela atuação dessa equipe.
jurídico da Ebserh, que realizará controle prévio de legalidade me- §3º Em licitações complexas, o Agente de Licitação poderá ser
diante análise jurídica da contratação, nos seguintes casos: substituído por Comissão de Licitação formada por, no mínimo, 3
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(três) membros, que responderão solidariamente por todos os atos recimentos ou impugnar edital de licitação por irregularidade na
praticados pela comissão, ressalvado o membro que expressar po- aplicação deste Regulamento e da legislação aplicável, devendo
sição individual divergente fundamentada e registrada em ata lavra- protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para
da na reunião em que houver sido tomada a decisão. a ocorrência do certame, assegurando o prazo de 3 (três) dias úteis
§4º A equipe de apoio ou a Comissão de Licitação deverá ser para o julgamento e resposta pela Administração e, na sequência, o
integrada por empregados, servidores de cargo efetivo cedidos ou prazo de 2 (dois) dias úteis para a apresentação das propostas pelos
em exercício na Ebserh, e será constituída seguindo a mesma rotina licitantes, se for o caso.
estabelecida no caput e §1º. §1º Na hipótese de aquisição de bens, caso se utilize prazo de
Art. 47. Em licitação que envolva bens ou serviços especiais, publicidade do edital inferior a 15 (quinze) dias úteis, para que se
cujo objeto não seja rotineiramente contratado pela Ebserh, pode- viabilize o pedido de esclarecimento e a impugnação, o prazo do
rá ser contratado, por prazo determinado, serviço de empresa ou caput será reduzido para 2 (dois) dias úteis antes da data fixada para
profissional especializado para assessorar os agentes públicos res- a ocorrência do certame, assegurando o prazo de 1 (um) dia útil
ponsáveis pela condução da licitação. para o julgamento e resposta pela Administração e, na sequência,
o prazo de 1 (um) dia útil para a apresentação das propostas pelos
SEÇÃO II licitantes, se for o caso.
DA DIVULGAÇÃO §2º O dia de abertura da licitação não é computado para a con-
tagem dos prazos referidos no caput e no §1º.
Art. 48. O aviso com o resumo do edital da licitação ou de cha-
mamento público de propostas para contratação direta deverá ser SEÇÃO III
publicado no Diário Oficial da União e no Portal da Ebserh. DA APRESENTAÇÃO DE LANCE OU PROPOSTA E DO MODO DE
§1º Caso se utilize a dispensa eletrônica, o aviso deverá ser pu- DISPUTA
blicado no Sistema de Compras do Governo Federal – Comprasnet
4.0 e no Portal da Ebserh. Art. 51. Poderão ser adotados os modos de disputa aberto ou
§2º A autorização para divulgação compete ao Diretor de Ad- fechado, ou, quando o objeto da licitação puder ser parcelado, a
ministração e Infraestrutura, no caso da Administração Central, ou combinação de ambos.
ao Gerente Administrativo, no caso das unidades hospitalares. Art. 52. No modo de disputa aberto, os licitantes apresentarão
§3º Demais atos e procedimentos do processo serão divulga- lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes, conforme
dos exclusivamente por meio eletrônico, nos termos definidos no o critério de julgamento adotado.
instrumento convocatório. Parágrafo único. Quando for adotado o modo de disputa aber-
Art. 49. Serão observados os seguintes prazos mínimos para a to, poderão ser admitidos:
apresentação de propostas ou lances, contados a partir da divulga- I - a apresentação de lances intermediários, quais sejam:
ção do instrumento convocatório: a)iguais ou inferiores ao maior já ofertado, quando adotado o
I - para aquisição de bens: julgamento pelo critério da maior oferta;
a)5 (cinco) dias úteis, quando adotado como critério de julga- b)iguais ou superiores ao menor já ofertado, quando adotados
mento o menor preço ou o maior desconto; os demais critérios de julgamento.
b)10 (dez) dias úteis, nas demais hipóteses. II - o reinício da disputa aberta, após a definição do melhor lan-
II - para contratação de obras e serviços: ce, para definição das demais colocações, quando existir diferença
a)15 (quinze) dias úteis, quando adotado como critério de jul- de pelo menos 10% (dez por cento) entre o melhor lance e o sub-
gamento o menor preço ou o maior desconto; sequente.
b)30 (trinta) dias úteis, nas demais hipóteses. Art. 53. No modo de disputa fechado, as propostas apresenta-
III- 45 (quarenta e cinco) dias úteis para licitação em que se das pelos licitantes serão sigilosas até a data e a hora designadas
adote como critério de julgamento a melhor técnica ou a melhor para que sejam divulgadas.
combinação de técnica e preço, bem como para licitação em que
haja contratação Semi-integrada ou Integrada. SEÇÃO IV
IV- 10 (dez) dias úteis para alienação de bens. DO JULGAMENTO
§1º No caso de inversão de fases, os prazos mínimos citados no
caput devem ser utilizados como referência para a abertura da fase Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julga-
de habilitação. mento:
§2º No caso de dispensa eletrônica ou chamamento público de I - Menor Preço;
propostas para contratação direta, o prazo para apresentação de II- Maior Desconto;
propostas não será inferior a 3 (três) dias úteis, salvo justificativa III- Melhor Combinação de Técnica e Preço;
fundamentada. IV - Melhor Técnica;
§3º As modificações promovidas no instrumento convocatório V - Melhor Conteúdo Artístico;
serão objeto de divulgação nos mesmos termos e prazos dos atos VI - Maior Oferta de Preço;
e procedimentos originais, exceto quando a alteração não afetar a VII- Maior Retorno Econômico;
preparação das propostas. VIII- Melhor Destinação de Bens Alienados.
§4º No caso da vistoria prévia obrigatória prevista no art. 67, §1º Os critérios de julgamento serão expressamente identifi-
§2º, o prazo de divulgação de que trata o caput não poderá ser infe- cados no instrumento convocatório e poderão ser combinados na
rior a 20 (vinte) dias úteis. hipótese de parcelamento do objeto.
Art. 50. Qualquer cidadão é parte legítima para solicitar escla- §2º Na hipótese de adoção dos critérios referidos nos incisos
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III, IV, V e VII do caput deste artigo, o julgamento das propostas será do valor mínimo de arrematação.
efetivado mediante o emprego de parâmetros específicos, defini- §2º Na hipótese do parágrafo anterior, o licitante vencedor per-
dos no instrumento convocatório, destinados a limitar a subjetivi- derá a quantia em favor da Ebserh caso não efetue o pagamento
dade do julgamento. devido no prazo estipulado.
§3º Para efeito de julgamento, não serão consideradas vanta- §3º Os bens e direitos a serem licitados pelo critério de maior
gens não previstas no instrumento convocatório. oferta serão previamente avaliados para fixação do valor mínimo
Art. 55. O critério de julgamento pelo menor preço ou maior de arrematação.
desconto considerará o menor dispêndio para a Ebserh, atendidos §4º Os bens e direitos arrematados serão pagos à vista, em até
os parâmetros mínimos de qualidade definidos no instrumento 1 (um) dia útil contado da data da assinatura da ata lavrada no local
convocatório. do julgamento ou da data de notificação, salvo se o instrumento
Parágrafo único. Os custos indiretos, relacionados às despesas convocatório previr de forma diferente.
de manutenção, utilização, reposição, depreciação e impacto am- §5º O instrumento convocatório poderá prever que o paga-
biental, entre outros fatores, poderão ser considerados para a de- mento seja realizado mediante entrada em percentual não inferior
finição do menor dispêndio, sempre que objetivamente mensurá- a 5% (cinco por cento), no prazo referido no parágrafo anterior, com
veis, conforme parâmetros definidos no instrumento convocatório. pagamento do restante no prazo estipulado no mesmo instrumen-
Art. 56. O critério de julgamento por maior desconto terá como to, sob pena de perda, em favor da Ebserh, do valor já recolhido.
referência o preço global fixado no instrumento convocatório, es- §6º O instrumento convocatório estabelecerá as condições
tendendo-se o desconto oferecido nas propostas ou lances vence- para a entrega do bem ao arrematante.
dores a eventuais termos aditivos. Art. 60. No critério de julgamento pelo maior retorno econô-
§1º No caso de obras e serviços de engenharia, o desconto in- mico as propostas serão consideradas de forma a selecionar a que
cidirá de forma linear sobre a totalidade dos itens constantes do proporcionar a maior economia para a Ebserh decorrente da execu-
orçamento estimado, que deverá obrigatoriamente integrar o ins- ção do contrato.
trumento convocatório. §1º O instrumento convocatório deverá prever parâmetros
§2º Para os demais objetos, o desconto linear, total ou parcial, objetivos de mensuração da economia gerada com a execução do
poderá ser exigido conforme definido no instrumento convocatório. contrato, que servirá de base de cálculo da remuneração devida ao
Art. 57. O critério de julgamento pela melhor combinação de contratado.
técnica e preço será utilizado quando a avaliação e a ponderação da §2º Quando não for gerada a economia prevista no lance ou
qualidade técnica das propostas que superarem os requisitos míni- propostas, a diferença entre a economia contratada e a efetivamen-
mos estabelecidos no instrumento convocatório forem relevantes te obtida será descontada da remuneração do contratado.
aos fins pretendidos. §3º Se a diferença entre a economia contratada e a efetivamen-
§1º No julgamento pelo critério de melhor combinação de téc- te obtida for superior à remuneração do contratado, será aplicada
nica e preço, deverão ser avaliadas e ponderadas as propostas téc- sanção prevista em contrato.
nicas e de preço apresentadas pelos licitantes, segundo fatores de §4º Para efeito de julgamento da proposta, o retorno econômi-
ponderação objetivos previstos no instrumento convocatório. co é o resultado da economia que se estima gerar com a execução
§2º O fator de ponderação mais relevante será limitado a 70% da proposta de trabalho, deduzida a proposta de preço.
(setenta por cento). §5º Nas licitações que adotem o critério de julgamento pelo
§3º Poderão ser utilizados parâmetros de sustentabilidade am- maior retorno econômico, os licitantes apresentarão:
biental para a pontuação das propostas técnicas. I- proposta de trabalho, que deverá contemplar:
§4º O instrumento convocatório pode estabelecer pontuação a)as obras, serviços ou bens, com respectivos prazos de realiza-
mínima para as propostas técnicas, cujo não atingimento implicará ção ou fornecimento;
desclassificação. b)a economia que se estima gerar, expressa em unidade de
Art. 58. O critério de julgamento pela melhor técnica ou pelo medida associada à obra, bem ou serviço e expressa em unidade
melhor conteúdo artístico poderá ser utilizado para a contratação monetária.
de projetos e trabalhos de natureza técnica, científica ou artística, II- proposta de preço, que corresponderá a um percentual so-
incluídos os projetos arquitetônicos. bre a economia que se estima gerar durante determinado período,
§1º O critério de julgamento pela melhor técnica ou pelo me- expressa em unidade monetária.
lhor conteúdo artístico considerará exclusivamente as propostas Art. 61. Na implementação do critério melhor destinação de
técnicas ou artísticas apresentadas pelos licitantes, segundo parâ- bens alienados, será obrigatoriamente considerada, nos termos do
metros objetivos inseridos no instrumento convocatório. respectivo instrumento convocatório, a repercussão, no meio so-
§2º Poderão ser utilizados parâmetros de sustentabilidade am- cial, da finalidade para cujo atendimento o bem será utilizado pelo
biental para a pontuação das propostas nas licitações para contra- adquirente.
tação de projetos. Parágrafo único. O descumprimento da finalidade a que se re-
§3º O instrumento convocatório poderá estabelecer pontuação fere o caput deste artigo resultará na imediata restituição do bem
mínima para as propostas, cujo não atingimento implicará desclas- alcançado ao acervo patrimonial da Ebserh, vedado, nessa hipóte-
sificação. se, o pagamento de indenização em favor do adquirente.
Art. 59. O critério de julgamento pela maior oferta de preço
será utilizado no caso de contratos que resultem em receita para
a Ebserh.
§1º Poderá ser requisito de habilitação a comprovação do reco-
lhimento de quantia como garantia, limitada a 5% (cinco por cento)
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SEÇÃO V SEÇÃO VI
DA VERIFICAÇÃO DE EFETIVIDADE DOS LANCES OU PROPOS- DA NEGOCIAÇÃO
TAS
Art. 63. Confirmada a efetividade do lance ou proposta que ob-
Art. 62. Efetuado o julgamento dos lances ou propostas, será teve a primeira colocação na etapa de julgamento, ou que passe a
verificada a sua efetividade, promovendo-se a desclassificação da- ocupar essa posição em decorrência da desclassificação de outra
queles que: que tenha obtido colocação superior, a Ebserh deverá negociar con-
I- contenham vícios insanáveis; dições mais vantajosas com quem o apresentou.
II- descumpram especificações técnicas constantes do instru- §1º Ainda que a proposta do primeiro classificado esteja abaixo
mento convocatório; do orçamento estimado, deverá haver negociação com o licitante
III - apresentem preços manifestamente inexequíveis; para obtenção de condições ainda mais vantajosas.
IV - se encontrem acima do orçamento estimado para a contra- §2º A negociação de que trata o §1º deverá ser feita com os de-
tação, quando for o caso; mais licitantes, segundo a ordem inicialmente estabelecida, quando
V - não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exi- o preço do primeiro colocado, mesmo após a negociação, permane-
gida; cer acima do orçamento estimado.
VI - apresentem desconformidade com outras exigências do §3º Se depois de adotada a providência referida no §2º deste
instrumento convocatório, salvo se for possível a acomodação a artigo não for obtido valor igual ou inferior ao orçamento estimado
seus termos antes da adjudicação do objeto e sem que se prejudi- para a contratação, será revogada a licitação.
que a atribuição de tratamento isonômico entre os licitantes. Art. 64. No caso de contratação direta, deve ser registrada nos
§1º A verificação da efetividade dos lances ou propostas pode- autos ao menos uma tentativa de negociação de condições mais
rá ser feita exclusivamente em relação aos lances e propostas mais vantajosas sobre a melhor proposta apresentada.
bem classificados. Seção VII Da habilitação
§2º A Ebserh poderá realizar diligências para aferir a efetivida- Art. 65. Na habilitação a Ebserh deverá exigir a documenta-
de das propostas ou exigir dos licitantes que ela seja demonstrada, ção apta a comprovar a possibilidade da aquisição de direitos e da
bem como para facultar a correção de vícios sanáveis, sem que se contração de obrigações por parte somente do licitante mais bem
prejudique a atribuição de tratamento isonômico entre os licitan- classificado, exceto quando a fase de habilitação anteceder a de jul-
tes. gamento, dividindo-se em:
§3º Para fins do disposto no §2º, são considerados vícios sa- I- jurídica, que visa a demonstrar a capacidade de o licitante
náveis, entre outros, os defeitos materiais atinentes à descrição exercer direitos e assumir obrigações, sendo que a documentação
do objeto da proposta e suas especificações técnicas, incluindo a ser apresentada limita-se à comprovação de existência jurídica da
aspectos relacionados à execução do objeto, às formalidades, aos pessoa e, quando cabível, de autorização para o exercício da ativi-
requisitos de representação, às planilhas de composição de preços, dade a ser contratada;
à inexequibilidade ou ao valor excessivo de preços unitários quan- II- fiscal em nível federal, de seguridade social e trabalhista,
do o julgamento não é realizado sob o regime de empreitada por mediante a verificação dos seguintes documentos:
preço unitário e, de modo geral, aos documentos de conteúdo de- a)a inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadas-
claratório sobre situações pré-existentes, desde que não alterem a tro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ);
substância da proposta. b)a inscrição no cadastro de contribuintes estadual e/ou muni-
§4º Nas licitações de obras e serviços de engenharia, conside- cipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, pertinen-
ram-se inexequíveis as propostas com valores globais inferiores a te ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual;
70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores: c)a regularidade perante a Fazenda federal;
I- média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% d)a regularidade relativa à Seguridade Social e ao FGTS, que
(cinquenta por cento) do valor do orçamento estimado para a con- demonstre cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei;
tratação; ou e)a regularidade perante a Justiça do Trabalho;
II- valor do orçamento estimado para a contratação. f)o cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da
§5º Para os demais objetos, para efeito de avaliação da exequi- Constituição Federal.
bilidade ou de sobrepreço, deverão ser estabelecidos critérios de III- qualificação técnico-profissional e/ou técnico-operacional,
aceitabilidade de preços que considerem o preço global, os quanti- restrita a parcelas do objeto técnica ou economicamente relevan-
tativos e os preços unitários, assim definidos no instrumento con- tes, de acordo com parâmetros estabelecidos de forma expressa no
vocatório. instrumento convocatório, restringindo-se a:
§6º Ainda que as referências para identificação de possível a)apresentação de profissional, devidamente registrado no
inexequibilidade sejam alcançadas, a desclassificação do licitante conselho profissional competente, quando for o caso, detentor de
deverá ser precedida de realização de diligências, confirmação da atestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou ser-
proposta e outros meios que confirmem a situação inicialmente vis- viço de características semelhantes, para fins de contratação;
lumbrada, que restarão juntadas ao processo de contratação. b)de certidões ou atestados, regularmente emitidos pelo con-
selho profissional competente, quando for o caso, que demonstrem
capacidade operacional na execução de serviços similares de com-
plexidade tecnológica e operacional equivalente ou superior, bem
como documentos comprobatórios complementares;
c)da indicação do pessoal técnico, das instalações e do apare-
lhamento adequados e disponíveis para a realização do objeto da
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licitação, bem como da qualificação de cada membro da equipe téc- aprovada pela Administração.
nica que se responsabilizará pelos trabalhos; §9º Nos casos de aquisições cujos valores se enquadrem nos
d)da prova do atendimento de requisitos previstos em lei espe- limites dos incisos I e II do art. 79, deverão ser exigidos os requisitos
cial, quando for o caso; de habilitação dos incisos I e II do caput, podendo haver dispensa
e)do registro ou inscrição na entidade profissional competente, dos requisitos indicados nos incisos III a V do caput.
quando for o caso; §10 Nos casos de aquisições de bens para pronta entrega e pa-
f)da declaração de que o licitante tomou conhecimento de to- gamento cujos valores sejam superiores aos limites estabelecidos
das as informações e das condições locais para o cumprimento das no inciso II do art. 79, poderá ser dispensado o requisito de habili-
obrigações objeto da licitação. tação indicado no inciso IV do caput, mediante prévia avaliação de
IV- capacidade econômico-financeira, visando a demonstrar riscos.
a aptidão econômica do licitante para cumprir as obrigações de- §11 Quando o critério de julgamento utilizado for a maior ofer-
correntes do futuro contrato, devendo ser comprovada de forma ta de preço, os requisitos de qualificação técnica e de capacidade
objetiva, por coeficientes e índices econômicos previstos no edital, econômico-financeira poderão ser dispensados.
devidamente justificados no processo licitatório, e será restrita à §12 Na hipótese do inciso V, reverterá a favor da Ebserh o valor
apresentação da seguinte documentação: de quantia eventualmente exigida no instrumento convocatório a
a)balanço patrimonial, demonstração de resultado de exercício título de adiantamento, caso o licitante não efetue o restante do
e demais demonstrações contábeis dos 2 (dois) últimos exercícios pagamento devido no prazo para tanto estipulado.
sociais; §13 Quando o requisito de informações sobre capacidade eco-
b)certidão negativa de feitos sobre falência expedida pelo dis- nômico-financeira estiver vinculado ao valor da contratação, o ins-
tribuidor da sede do licitante. trumento convocatório deverá indicar que a informação deverá se
V- recolhimento de quantia a título de adiantamento, no caso referir ao valor da proposta apresentada pelo licitante.
de licitação cujo critério de julgamento for o de maior oferta. §14 De forma excepcional e justificada, para fins de demons-
§1º Os documentos referidos nos incisos do caput poderão ser tração da capacidade econômico- financeira prevista no inciso IV é
substituídos ou supridos, no todo ou em parte, por outros meios admitida:
hábeis a comprovar a regularidade do licitante, inclusive por meio I- apresentação de declaração, assinada por profissional habi-
eletrônico. litado da área contábil, que ateste o atendimento pelo licitante dos
§2º As empresas estrangeiras que não funcionem no País deve- índices econômicos previstos no edital;
rão apresentar documentos equivalentes, na forma de regulamento II- exigência da relação dos compromissos assumidos pelo lici-
emitido pelo Poder Executivo federal. tante que importem em diminuição de sua capacidade econômico-
§3º A exigência de atestados constante do inciso III do caput -financeira, excluídas parcelas já executadas de contratos firmados;
será restrita às parcelas de maior relevância ou valor significativo III- o estabelecimento da exigência de capital mínimo ou de
do objeto da licitação, assim consideradas as que tenham valor in- patrimônio líquido mínimo equivalente a até 10% (dez por cento)
dividual igual ou superior a 4% (quatro por cento) do valor total do valor da proposta apresentada pelo licitante, nas compras para
estimado da contratação. entrega futura e na execução de obras e serviços;
§4º Observado o disposto no caput e no §3º, será admitida a IV- outros meios de comprovação da capacidade econômico-fi-
exigência de atestados com quantidades mínimas de até 50% (cin- nanceira condizentes com as especificidades do caso concreto.
quenta por cento) das parcelas de que trata o referido parágrafo, §15 Para fins de demonstração da capacidade econômico-fi-
vedadas limitações de tempo e de locais específicos relativas aos nanceira prevista no inciso IV é vedada a exigência de:
atestados, exceto se houver no ETP situação específica devidamen- I- valores mínimos de faturamento anterior e de índices de ren-
te fundamentada que justifique adoção de limitação temporal. tabilidade ou lucratividade;
§5º Salvo na contratação de obras e serviços de engenharia, II- índices e valores não usualmente adotados para a avaliação
as exigências a que se referem as alíneas “a” e “b” do inciso III do de situação econômico- financeira suficiente para o cumprimento
caput, a critério da Administração, poderão ser substituídas por ou- das obrigações decorrentes da licitação.
tra prova de que o profissional ou a empresa possui conhecimento Art. 66. Após a entrega dos documentos para habilitação, não
técnico e experiência prática na execução de serviço de característi- será permitida a substituição ou a apresentação de novos docu-
cas semelhantes, hipótese em que as provas alternativas aceitáveis mentos, salvo em sede de diligência, para:
deverão ser previstas em norma específica. I- atestar condição pré-existente à abertura da sessão pública
§6º Serão aceitos atestados ou outros documentos hábeis do certame;
emitidos por entidades estrangeiras quando acompanhados de tra- II- complementação de informações acerca dos documentos já
dução para o português, salvo se comprovada a inidoneidade da apresentados pelos licitantes e desde que necessária para apurar
entidade emissora. fatos existentes à época da abertura do certame;
§7º Em se tratando de serviços contínuos, o edital poderá exigir III- atualização de documentos cuja validade tenha expirado
certidão ou atestado que demonstre que o licitante tenha executa- após a data de recebimento das propostas.
do serviços similares ao objeto da licitação, em períodos sucessi- §1º Na análise dos documentos de habilitação, o Agente de Li-
vos ou não, por um prazo mínimo, que não poderá ser superior a 3 citação ou a Comissão de Licitação poderá sanar erros ou falhas que
(três) anos. não alterem a substância dos documentos e sua validade jurídica,
§8º Os profissionais indicados pelo licitante na forma das alí- mediante despacho fundamentado registrado e acessível a todos,
neas “a” e “c” do inciso III do caput deverão participar da obra ou atribuindo-lhes eficácia para fins de habilitação e classificação.
serviço objeto da licitação, e será admitida a sua substituição por §2º Quando a fase de habilitação anteceder a de julgamento e
profissionais de experiência equivalente ou superior, desde que já tiver sido encerrada, não caberá exclusão de licitante por motivo
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relacionado à habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes pela empresa substituída para fins de habilitação do consórcio.
ou só conhecidos após o julgamento. Art. 69. Estará impedida de participar de licitações e de ser con-
Art. 67. Quando a avaliação prévia do local de execução for im- tratada pela Ebserh a empresa:
prescindível para o conhecimento pleno das condições e peculiari- I - suspensa no âmbito da Rede Ebserh;
dades do objeto a ser contratado, mediante justificativa no ETP, o II- declarada inidônea pela União, por Estado ou pelo Distrito
instrumento convocatório poderá prever, sob pena de inabilitação, Federal, enquanto perdurarem os efeitos da sanção;
a necessidade de o licitante atestar que conhece o local e as condi- III- impedida de licitar e de contratar com a União;
ções de realização da obra ou serviço, assegurado a ele o direito de IV- constituída por sócio de empresa que estiver suspensa, im-
realização de vistoria prévia. pedida ou declarada inidônea;
§1º Para os fins previstos no caput, se os licitantes optarem por V - cujo administrador seja sócio de empresa suspensa, impedi-
realizar vistoria prévia, deverão ser disponibilizados data e horário da ou declarada inidônea;
diferentes para os eventuais interessados. VI- constituída por sócio que tenha sido sócio ou administrador
§2º Em situações excepcionais, devidamente motivadas e apro- de empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea, no período
vadas pela Diretoria Executiva ou pelo Colegiado Executivo, confor- dos fatos que deram ensejo à sanção;
me o âmbito da contratação, a vistoria prévia pode ser declarada VII- cujo administrador tenha sido sócio ou administrador de
como requisito obrigatório de habilitação. empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea, no período
§3º No caso da vistoria prévia obrigatória prevista no §2º, o dos fatos que deram ensejo à sanção;
prazo de divulgação de que trata o art. 49 não poderá ser inferior a VIII- que tiver, nos seus quadros de diretoria, pessoa que parti-
20 (vinte) dias úteis. cipou, em razão de vínculo de mesma natureza, de empresa decla-
§4º Para os fins previstos no caput, o edital de licitação deve- rada inidônea;
rá prever a possibilidade de substituição da vistoria por declaração IX- cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5% (cin-
formal assinada pelo responsável técnico do licitante acerca do co- co por cento) do capital social seja integrante de órgão estatutário,
nhecimento pleno das condições e peculiaridades da contratação, empregado, servidor cedido ou em exercício na Ebserh;
salvo nos casos em que a vistoria prévia tiver sido declarada como X- cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5% (cinco
requisito obrigatório de habilitação, nos termos do §2º. por cento) do capital social seja integrante do Ministério da Edu-
Art. 68. Salvo vedação devidamente justificada no processo de cação ou de Instituições Federais de Ensino Superior e congêneres
contratação, pessoa jurídica poderá participar de licitação em con- signatárias de contratos de gestão com a Ebserh.
sórcio, observado o seguinte: §1º Aplica-se a vedação prevista no caput:
I- comprovação de compromisso público ou particular de cons- I- à contratação, como pessoa física ou em procedimentos lici-
tituição de consórcio, subscrito pelos consorciados; tatórios, na condição de licitante, de integrante de órgão estatutá-
II- indicação de empresa líder do consórcio, que será responsá- rio, empregado, servidor cedido ou exercício na Ebserh, bem como
vel por sua representação perante a Administração; de integrante do Ministério da Educação ou de Instituições Federais
III- admissão, para efeito de habilitação técnica, do somatório de Ensino e congêneres signatários de contratos de gestão com a
dos quantitativos de cada consorciado e, para efeito de habilitação Ebserh;
econômico-financeira, do somatório dos valores de cada consorcia- II- a quem tenha relação de parentesco, até o terceiro grau civil,
do; com:
IV- impedimento, na mesma licitação, de participação de em- a)integrantes de órgãos estatutários da Ebserh;
presa consorciada, isoladamente ou por meio de mais de um con- b)empregado, servidor cedido ou em exercício na Ebserh cujas
sórcio; atribuições envolvam a atuação na área responsável pela licitação
V- responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos prati- ou estejam envolvidos no respectivo processo de contratação;
cados em consórcio, tanto na fase de Seleção de Fornecedor quanto c)autoridade do Ministério da Educação;
na de Gestão do Contrato. d)autoridade das Instituições Federais de Ensino Superior e
§1º O edital deverá estabelecer para o consórcio acréscimo de congêneres signatárias de contratos de gestão com a Ebserh.
10% (dez por cento) a 30% (trinta por cento) sobre o valor exigido III- cujo proprietário, mesmo na condição de sócio, tenha ter-
de licitante individual para a capacidade econômico-financeira, sal- minado seu prazo de gestão ou rompido seu vínculo com a Ebserh
vo justificativa no ETP. há menos de 6 (seis) meses.
§2º O acréscimo previsto no §1º deste artigo não se aplica aos §2º A vedação prevista no caput também será aplicada ao li-
consórcios compostos, em sua totalidade, de microempresas e pe- citante que atue em substituição a outra pessoa, física ou jurídica,
quenas empresas, assim definidas em lei. com o intuito de burlar a efetividade da sanção a ela aplicada, des-
§3º O licitante vencedor é obrigado a promover, antes da ce- de que comprovado o ilícito ou a utilização fraudulenta da persona-
lebração do contrato, a constituição e o registro do consórcio, nos lidade jurídica do licitante.
termos do compromisso referido no inciso I do caput. §3º A aplicação das vedações previstas nos incisos IV a VIII do
§4º Desde que haja justificativa técnica aprovada pela autori- caput e no §2º deverá ser precedida de realização de diligências
dade competente, o edital de licitação poderá estabelecer limite para verificar se houve tentativa de fraude por parte das empresas
máximo ao número de empresas consorciadas. apontadas, por meio dos vínculos societários, linhas de fornecimen-
§5º A substituição de consorciado deverá ser expressamente to similares, datas de abertura, dentre outros, sendo necessária a
autorizada pela unidade contratante e condicionada à comprovação convocação do fornecedor para manifestação previamente à sua
de que a nova empresa do consórcio possui, no mínimo, os mesmos desclassificação.
quantitativos para efeito de habilitação técnica e os mesmos valo- §4º O disposto nos §§2º e 3º deve ser observado quando da
res para efeito de capacidade econômico-financeira apresentados emissão de nota de empenho, formalização da contratação e pa-
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gamento. incontornável; ou
IV- homologar o procedimento e autorizar a celebração do con-
SEÇÃO VIII trato.
DA INTERPOSIÇÃO DE RECURSOS E DA ADJUDICAÇÃO DO §1º A anulação da licitação por motivo de ilegalidade não gera
OBJETO obrigação de indenizar, observado o disposto no §2º deste artigo.
§2º A nulidade da licitação induz à do contrato.
Art. 70. Após a declaração do licitante vencedor, será aberta §3º Depois de iniciada a fase de apresentação de lances ou pro-
fase recursal. postas, a revogação ou a anulação da licitação somente será efetiva-
Parágrafo único. Na ausência de interposição de recurso, o da quando assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa a
objeto será adjudicado pelo Agente de Licitação ou Comissão de ser exercido no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
Licitação. §4º A sistemática adotada para revogação ou anulação dos pro-
Art. 71. Salvo no caso de inversão de fases, o procedimento cedimentos licitatórios se aplica, no que couber, aos atos por meio
licitatório terá fase recursal única. Parágrafo único. Na hipótese de dos quais se determine a contratação direta.
inversão de fases, o prazo recursal será aberto: Art. 76. A homologação do resultado implica a constituição de
I- após a habilitação; direito relativo à celebração do contrato em favor do licitante ven-
II- após o encerramento da verificação de efetividade dos lan- cedor, encerrando a fase de Seleção de Fornecedor.
ces ou propostas, abrangendo os atos decorrentes do julgamento. Art. 77. A Ebserh não poderá celebrar contrato com preterição
Art. 72. Os licitantes que desejarem recorrer em face dos atos da ordem de classificação das propostas ou com terceiros estranhos
da habilitação ou julgamento deverão manifestar a sua intenção de à licitação.
recorrer no prazo determinado no instrumento convocatório, que Art. 78. No caso de contratação direta, o encerramento da fase
será de no mínimo 30 (trinta) minutos, sob pena de preclusão do de Seleção de Fornecedor se materializa com a recomendação da
direito de recorrer. contratação e subsequente ratificação da dispensa ou inexigibilida-
Parágrafo único. A falta de manifestação do licitante quanto à de de licitação.
intenção de recorrer, nos termos do caput, importará na decadência §1º Compete ao Coordenador de Administração, no âmbito da
desse direito, ficando o Agente de Licitação ou Comissão de Licita- Administração Central, e ao Chefe da Divisão Administrativa Finan-
ção autorizado a adjudicar o objeto ao licitante declarado vencedor. ceira, no âmbito da unidade hospitalar, recomendar a contratação
Art. 73. As razões dos recursos deverão ser apresentadas no direta.
prazo de 5 (cinco) dias úteis contados da manifestação de intenção §2º Compete ao Diretor de Administração e Infraestrutura, no
de recorrer. âmbito da Administração Central, e ao Gerente Administrativo, no
Parágrafo único. O prazo para apresentação de contrarrazões âmbito da unidade hospitalar, ratificar a dispensa ou inexigibilidade
será de 5 (cinco) dias úteis e começará imediatamente após o en- de licitação.
cerramento do prazo a que se refere o caput. §3º A dispensa ou inexigibilidade de licitação ratificada deverá
Art. 74. O recurso será recepcionado pelo Agente de Licitação ser registrada em sistema informatizado de compras, permitindo a
ou Comissão de Licitação, que apreciará sua admissibilidade, po- formalização das contratações decorrentes, sendo dispensada a pu-
dendo reconsiderar sua decisão ou encaminhar o recurso ao Diretor blicação de extrato no Diário Oficial da União, sem prejuízo de sua
de Administração e Infraestrutura, no caso da Administração Cen- divulgação no Portal da Ebserh.
tral, ou ao Gerente Administrativo, no caso das unidades hospitala-
res, que decidirá sobre o provimento ou não do recurso. SEÇÃO X
§1º O acolhimento de recurso implicará invalidação apenas dos DA CONTRATAÇÃO DIRETA
atos insuscetíveis de aproveitamento.
§2º Julgados os recursos, a adjudicação do objeto licitado será Art. 79. É dispensável a realização de licitação nas seguintes
realizada pelo Diretor de Administração e Infraestrutura, no caso da situações:
Administração Central, ou pelo Gerente Administrativo, no caso das I- para obras e serviços de engenharia de valor até R$
unidades hospitalares. 137.000,00 (cento e trinta e sete mil reais), desde que não se refi-
ram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e
SEÇÃO IX serviços de mesma natureza e no mesmo local que possam ser rea-
DA HOMOLOGAÇÃO DO RESULTADO OU REVOGAÇÃO DO lizadas conjunta e concomitantemente, dentro do mesmo exercício
PROCEDIMENTO orçamentário; (Valor alterado pela Portaria - SEI nº 07, publicada no
Boletim de Serviço nº 1476, de 13.01.2023)
Art. 75. Após a adjudicação, o procedimento licitatório será II- para outros serviços e compras de valor até R$ 68.000,00
encerrado e os autos encaminhados ao Diretor de Administração (sessenta e oito mil reais), e para alienações, nos casos previstos
e Infraestrutura, no caso da Administração Central, ou ao Gerente neste regulamento, desde que não se refiram a parcelas de um
Administrativo, no caso das unidades hospitalares, que poderá: mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser
I- determinar o retorno dos autos para saneamento de vícios realizado de uma só vez, no mesmo local e dentro do mesmo exercí-
supríveis; cio orçamentário; (Valor alterado pela Portaria - SEI nº 07, publicada
II- anular o procedimento, no todo ou em parte, por ilegalidade no Boletim de Serviço nº 1476, de 13.01.2023)
de ofício ou por provocações de terceiros, salvo quando for viável a III- na hipótese de contratação decorrente de licitação que
convalidação do ato ou do procedimento viciado; resultou deserta, e essa, justificadamente, não puder ser repetida
III- revogar o procedimento por motivo de interesse público sem prejuízo, desde que mantidas as condições preestabelecidas e
decorrente de fato superveniente que constitua óbice manifesto observadas as disposições deste regulamento, em especial do art.
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24; biente produtivo e dá outras providências, observados os princípios


IV- quando todas as propostas apresentadas consignarem pre- gerais de contratação dela constantes;
ços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacio- XV- em situações de emergência, quando caracterizada ur-
nal, incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes gência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo
ou acima do valor estimado para a contratação, mesmo após nego- ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipa-
ciação com todos os licitantes, resultando em licitação fracassada, mentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os
também configurada no caso de inabilitação de todos os interes- bens necessários ao atendimento da situação emergencial e para
sados durante o procedimento licitatório, e essa, justificadamente, as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo
não puder ser repetida sem prejuízo, desde que mantidas as con- máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos,
dições preestabelecidas e observadas as disposições deste regula- contado da ocorrência da emergência, vedada a prorrogação dos
mento, em especial do art. 24; respectivos contratos, observado o disposto no §6º deste artigo;
V- para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendi- XVI- na transferência de bens a órgãos e entidades da Adminis-
mento das finalidades precípuas da Ebserh, quando as necessida- tração Pública, inclusive quando efetivada mediante permuta;
des de instalação e localização condicionarem a escolha do imóvel, XVII- na doação de bens móveis para fins e usos de interesse
desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segun- social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socio-
do avaliação prévia; econômica relativamente à escolha de outra forma de alienação;
VI- na contratação de remanescente de obra, de serviço ou de XVIII- na compra e venda de ações, títulos de crédito e de dívi-
fornecimento, em consequência de rescisão contratual, ainda que a da, bens produzidos ou comercializados pela Ebserh.
execução do contrato não tenha sido iniciada, desde que atendida §1º Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput podem
a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas ser alterados, para refletir a variação de custos, por deliberação do
condições do contrato encerrado por rescisão ou distrato, inclusive Conselho de Administração da Ebserh.
quanto ao preço, devidamente corrigido; §2º As dispensas previstas nos incisos I e II do caput deverão,
VII- na contratação de instituição brasileira incumbida regimen- preferencialmente, ser realizadas mediante procedimento de dis-
tal ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvi- pensa eletrônica, aplicando-se os procedimentos constantes do
mento institucional ou de instituição dedicada à recuperação social Sistema de Dispensa Eletrônica, e da Instrução Normativa da Secre-
do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputa- taria de Gestão da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão
ção ético-profissional e não tenha fins lucrativos; e Governo Digital do Ministério da Economia (IN SEGES/ME) n.º 67,
VIII- para a aquisição de componentes ou peças de origem na- de 8 de julho de 2021 e suas atualizações, que institui o referido
cional ou estrangeira necessários à manutenção de equipamentos sistema, somente quanto à fase de Seleção do Fornecedor.
durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original §3º Nas dispensas decorrentes de licitações desertas ou fracas-
desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for in- sadas, conforme incisos III e IV do caput, deve ser avaliada a redu-
dispensável para a vigência da garantia; ção das quantidades inicialmente licitadas, como forma de viabilizar
IX- na contratação de associação de pessoas com deficiência o alcance imediato de parte do planejamento inicial, sendo o quan-
física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, para a pres- titativo restante imediatamente incluído em novo procedimento
tação de serviços ou fornecimento de mão de obra, desde que o licitatório.
preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; §4º Nas dispensas decorrentes de licitações fracassadas, con-
X- na contratação de concessionário, permissionário ou auto- forme inciso IV do caput, caso não se obtenham propostas de for-
rizado para fornecimento ou suprimento de energia elétrica ou gás necedores com valores inferiores ao estimado da licitação, é possí-
natural e de outras prestadoras de serviço público, segundo as nor- vel a realização de nova pesquisa de preços antes da efetivação da
mas da legislação específica, desde que o objeto do contrato tenha contratação direta, reduzindo-se, nesse caso, as quantidades inicial-
pertinência com o serviço público; mente licitadas ao mínimo necessário ao atendimento das necessi-
XI- nas contratações entre a Ebserh e suas respectivas subsidia- dades até a realização de novo procedimento licitatório.
rias, para aquisição ou alienação de bens e prestação ou obtenção §5º Na dispensa de licitação sobre remanescente, prevista no
de serviços, desde que os preços sejam compatíveis com os prati- inciso VI do caput, na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a
cados no mercado e que o objeto do contrato tenha relação com a contratação nas condições e no preço do contrato encerrado, pode-
atividade da contratada prevista em seu estatuto social; rão ser convocados os licitantes remanescentes, na ordem de classi-
XII- na contratação de coleta, processamento e comercialização ficação, para a celebração do contrato nas condições ofertadas por
de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas estes durante a licitação, desde que o respectivo valor seja igual ou
com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou inferior ao orçamento estimado para a contratação, inclusive quan-
cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa to aos preços atualizados nos termos do instrumento convocatório.
renda que tenham como ocupação econômica a coleta de materiais §6º A dispensa de licitação emergencial, com base no inciso XV
recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas do caput, não dispensará a responsabilização de quem, por ação
técnicas, ambientais e de saúde pública; ou omissão, tenha dado causa ao motivo ali descrito, inclusive no
XIII- para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou tocante ao disposto na Lei nº 8.429/1992.
prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexi- §7º As dispensas de licitação serão conduzidas preferencial-
dade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão mente por dispensa eletrônica ou por intermédio de chamamentos
especialmente designada pela Diretoria Executiva da Ebserh; públicos de propostas, com prazo mínimo de 3 (três) dias úteis de
XIV- nas contratações visando ao cumprimento do disposto divulgação, cabendo às respectivas EPC justificar a não utilização
nos artigos 3º, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973/2004, que dispõe sobre desses formatos.
incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no am- §8º No caso de dispensa de licitação emergencial, com base no
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inciso XV do caput, o prazo previsto no §7º poderá ser reduzido de §4º A contratação decorrente de diálogo competitivo é carac-
forma justificada. terizada como inexigibilidade de licitação, diante da inviabilidade
§9º Os valores constantes do art. 79, incisos I e II, serão atuali- de competição decorrente do fato de que a solução escolhida por
zados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial intermédio do procedimento contido no art. 95, caput, implica em
(IPCA-E) em 1º de janeiro de cada exercício, por ato do Presidente. características únicas e exclusivas, de propriedade do fornecedor
§10 Para fins do disposto no §9º, o valor resultante da atualiza- selecionado.
ção será arredondado, a menor, até a casa do milhar. Art. 82. Em qualquer dos casos de dispensa ou inexigibilidade
Art. 80. Os procedimentos internos e externos das licitações de licitação, se comprovado, pelo órgão de controle externo, sobre-
destinados à substituição dos contratos celebrados com fundamen- preço ou superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano
to em dispensa de licitação em razão de situação emergencial, nos causado quem houver decidido pela contratação direta, inclusive os
termos do art. 79, inciso XV, deste Regulamento, serão conduzidos responsáveis pelos subsídios à tomada de decisão, e o fornecedor
sob regime prioritário. ou o prestador de serviços.
Parágrafo único. Nos casos em que seja caracterizada a efetiva Art. 83. No processo de contratação direta, durante a instrução
situação de emergência, a Equipe de Planejamento da Contratação indicada no art. 24, devem ser destacados os seguintes elementos:
– EPC deverá iniciar os trabalhos para a realização de procedimento I- caracterização da situação emergencial ou calamitosa que
licitatório juntamente com eventual procedimento de contratação justifique a dispensa, quando for o caso;
direta relativo ao mesmo objeto. II- razão da escolha do fornecedor ou do executante;
Art. 81. Será inexigível a licitação quando houver inviabilidade III - justificativa do preço.
de competição, em especial na hipótese de:
I- aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só CAPÍTULO V
possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante co- DOS PROCEDIMENTOS AUXILIARES
mercial exclusivo;
II- contração dos seguintes serviços técnicos especializados, Art. 84. São procedimentos auxiliares das contratações regidas
com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a por este Regulamento:
inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação: I - pré-qualificação permanente;
a)estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou exe- II- cadastramento;
cutivos; III- Sistema de Registro de Preços (SRP);
b)pareceres, perícias e avaliações em geral; IV - catálogo eletrônico de padronização;
c)assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras V - credenciamento;
ou tributárias; VI- diálogo competitivo;
d)fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou ser- VII- audiência e consulta públicas;
viços; VIII- Manifestação de Interesse Privado;
e)patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; IX- Acordos-Quadro e Mercado Eletrônico.
f)treinamento e aperfeiçoamento de pessoal, incluindo a con- Parágrafo único. Os procedimentos de que trata o caput pode-
tratação de professores, conferencistas ou instrutores, bem como rão, se necessário, ser detalhados em normativos específicos.
a inscrição de empregados, servidores cedidos ou em exercício na
Ebserh para participação de cursos abertos a terceiros; SEÇÃO I
g)restauração de obras de arte e bens de valor histórico. DA PRÉ-QUALIFICAÇÃO PERMANENTE
III- objetos que devam ou possam ser contratados por meio de
credenciamento. Art. 85. A pré-qualificação permanente é o procedimento des-
§1º Para fins do disposto no inciso I do caput deste artigo, a tinado a identificar:
Administração deverá demonstrar a inviabilidade de competição I- fornecedores que reúnam condições de habilitação e de qua-
mediante atestado de exclusividade, contrato de exclusividade, de- lificação técnica exigidas para o fornecimento de bem ou a execu-
claração do fabricante ou outro documento idôneo capaz de com- ção de serviço ou obra nos prazos, locais e condições previamente
provar que o objeto é fornecido ou prestado por produtor, empresa estabelecidos;
ou representante comercial exclusivos, vedada a preferência por II- bens que atendam às exigências técnicas e de qualidade es-
marca específica. tabelecidas pela Ebserh.
§2º Nos processos de planejamento de contratação em que se §1º O procedimento de pré-qualificação será público e perma-
identifique solução que só possa ser fornecida por produtor, em- nentemente aberto à inscrição de qualquer interessado.
presa ou representante comercial exclusivo, na forma do inciso I §2º Na pré-qualificação, a Ebserh poderá atribuir indicadores
do caput, além da comprovação da exclusividade, deverá haver no para classificação dos fornecedores com base em critérios objetivos
ETP a demonstração de que aquela solução é a que melhor atende de excelência operacional, sustentabilidade e melhoria da competi-
à Administração ou se mostre a única possível. tividade, entre outros.
§3º Considera-se de notória especialização o profissional ou a §3º A pré-qualificação poderá ser efetuada nos grupos ou seg-
empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente mentos, segundo as especialidades dos fornecedores.
de desempenho anterior, estudos, experiência, publicações, orga- §4º A pré-qualificação poderá ser parcial ou total, contendo al-
nização, aparelhamento, equipe técnica ou outros requisitos rela- guns ou todos os requisitos de habilitação ou técnicos necessários
cionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é à contratação, assegurada, em qualquer hipótese, a igualdade de
essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação condições entre os concorrentes.
do objeto do contrato. §5º A pré-qualificação terá validade de até 1 (um) ano, poden-
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do ser atualizada a qualquer tempo. Gestoras vinculadas às Instituições Federais de Ensino Superior po-
§6º Na pré-qualificação aberta de produtos, poderá ser exigida dem aderir ao SRP da Ebserh durante o período de transição de
a comprovação de qualidade. gestão para a Unidade Gestora da Ebserh.
§7º É obrigatória a divulgação, no Portal da Ebserh, dos produ- §3º As licitações no âmbito do SRP serão preferencialmente
tos e dos interessados que forem pré-qualificados. precedidas do procedimento de Intenção de Registro de Preços -
§8º O edital de pré-qualificação estabelecerá os requisitos e IRP, com prioridade para participação de outras unidades hospita-
condições de participação, além do prazo e da forma de apresen- lares da Ebserh.
tação, pelos interessados, de questionamentos ou impugnações às §4º Após a formalização do ETP, a EPC deverá elaborar a minuta
suas disposições. do TR e solicitar apoio da área de compras para a abertura de IRP,
Art. 86. A Ebserh poderá exigir, para o procedimento de pré- avaliando e decidindo em seguida as eventuais manifestações de
-qualificação, a apresentação de amostras, a realização de prova de interesse e incluindo as informações consolidadas no TR definitivo.
conceito e a demonstração das exigências de habilitação, qualifica- §5º Os ETP com indicação de realização de licitação no âmbito
ção técnica e de aceitação de bens, conforme o caso, mediante a do SRP devem conter informações e justificativas sobre as eventuais
divulgação no Portal da Ebserh. dispensas do procedimento de abertura de IRP, bem como indicar
§1º Será fornecido certificado de pré-qualificação do fornece- e fundamentar se haverá previsão de adesão de outros órgãos ou
dor e do bem, renovável sempre que o registro for atualizado. entidades.
§2º Caberá recurso no prazo de 5 (cinco) dias úteis contados Art. 90. Poderá ser utilizado o SRP de entidades federais cujas
a partir da data da divulgação do julgamento da pré-qualificação. licitações sejam regidas pela Lei nº 8.666/1993 ou pela Lei nº
Art. 87. A Ebserh poderá realizar licitação restrita aos fornece- 14.133/2021, mediante participação na origem ou adesão à ata de
dores ou produtos pré-qualificados, desde que: registro de preços, para aquisições:
I- conste na convocação para a pré-qualificação a informação I- de bens de pronta entrega e pagamento, desde que não re-
de que as futuras licitações poderão ser restritas aos pré-qualifi- sulte obrigações futuras, como assistência técnica, e não seja exigi-
cados; da a assinatura de termo de contrato; ou
II- os requisitos de qualificação técnica exigidos sejam compatí- II- capitaneadas pela Central de Compras do Ministério da Eco-
veis com o objeto a ser contratado. nomia, independentemente do objeto.
§1º A participação no SRP citada no caput dependerá de confe-
SEÇÃO II rência, pela unidade contratante, da inexistência dos impedimentos
DO CADASTRAMENTO constantes do art. 69, previamente à formalização da contratação.
§2º A assinatura de contrato de garantia, não se confundindo
Art. 88. A Ebserh poderá adotar registros cadastrais próprios com serviço de assistência técnica, não veda a participação em SRP
para a habilitação dos inscritos em procedimentos licitatórios e nos termos do inciso I do caput.
para anotações da atuação do licitante no cumprimento de obriga- §3º Durante a execução de contratações decorrentes da utiliza-
ções assumidas, os quais serão válidos por até 1 (um) ano, podendo ção do SRP citada no caput, deverão ser observadas as disposições
ser atualizados a qualquer tempo. da Lei nº 13.303/2016 e do presente Regulamento quanto a:
§1º A Ebserh utilizará o SICAF - Sistema de Cadastramento Uni- I - acréscimo e supressão do objeto contratual;
ficado de Fornecedores para a realização do registro cadastral de II - rescisão contratual;
fornecedores enquanto não houver a adoção de cadastro próprio III - aplicação de Sanções.
mantido pela Ebserh. §4º É necessário que o fornecedor seja previamente cientifica-
§2º O cadastramento será regulamentado por normativo es- do quanto ao disposto no parágrafo anterior, preferencialmente no
pecífico. momento da solicitação de autorização para adesão ou da forma-
lização da contratação quando se tratar de participação na origem
SEÇÃO III da licitação.
DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS Art. 91. Nas contratações em que a Ebserh for participante de
um SRP na origem da licitação ou aderir à ata de registro de pre-
Art. 89. O Sistema de Registro de Preços (SRP) será regido por ços, a EPC deverá instruir processo simplificado de planejamento de
decreto do Poder Executivo e observará, entre outras, as seguintes contratação, tendo em vista que a instrução do processo licitatório
condições: de forma ampla deverá ser realizada pelo órgão gerenciador.
I- realização prévia de ampla pesquisa de preços; §1º A formalização das contratações decorrentes de participa-
II- seleção de acordo com os procedimentos previstos no ins- ção na origem de um SRP ou adesão à ata de registro de preços,
trumento convocatório; previstas no caput, deverá respeitar a vantajosidade técnica e eco-
III - controle e atualização periódicos dos preços registrados; nômica, as condições de habilitação, os impedimentos e demais dis-
IV- definição da validade do registro; posições previstas neste Regulamento.
V- inclusão, na respectiva ata, do registro dos licitantes que §2º Nas contratações em que a unidade for aderir a um SRP, é
aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais ao do licitan- necessário observar os seguintes requisitos:
te vencedor na sequência da classificação do certame. I- no caso de participação na origem:
§1º Poderá aderir ao sistema referido no caput, seja por partici- a)o processo simplificado de planejamento será constituído de
pação na origem da licitação ou adesão à ata de registro de preços, DFD, constituição de EPC e elaboração de ETP com as informações
qualquer órgão ou entidade responsável pela execução das ativida- dos incisos I, V, VI, VIII, IX, X, XI, XII, XIII e XIV do art. 28;
des contempladas no art. 1º da Lei nº 13.303/2016. b)o ETP deverá demonstrar a compatibilidade do planejamento
§2º As unidades hospitalares da Ebserh que operam Unidades da contratação com o Termo de Referência do órgão gerenciador.
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II- no caso de adesão, além dos requisitos citados no inciso I, as seguintes regras:
o processo simplificado de planejamento deverá conter pesquisa I- a Ebserh deverá disponibilizar, permanentemente, em sítio
de preços comprovando a vantajosidade econômica da contratação eletrônico oficial, instrumento convocatório de chamamento de in-
pretendida. teressados, de modo a permitir o cadastramento de novos interes-
§3º No caso de adesão à ata de registro de preços, a consulta sados a qualquer tempo;
ao fornecedor beneficiário da ata sobre a aceitação do fornecimen- II- na hipótese do inciso I do caput, quando o objeto não permi-
to deve conter a solicitação de informação sobre eventual direito a tir a contratação simultânea de todos os credenciados, deverão ser
reajuste ou revisão de preços sobre o contrato a ser firmado, decor- adotados critérios objetivos de distribuição da demanda;
rente de fatos ocorridos em momento anterior à consulta, sob pena III- o instrumento convocatório de chamamento de interessa-
de configuração de preclusão do respectivo direito, por se tratar de dos deverá prever as condições padronizadas de contratação e, nas
informação essencial à análise da vantajosidade quanto ao uso do hipóteses dos incisos I e II do caput, deverá definir o valor da con-
registro de preços. tratação;
Art. 92. A concessão de adesão a uma ata de registro de preços IV- na hipótese do inciso III do caput, a Ebserh deverá registrar
firmada pela Ebserh demanda a solicitação prévia de remessa de as cotações de mercado vigentes no momento da contratação;
estudo, elaborado pelo órgão ou entidade que pretende aderir à V- não será permitido o cometimento a terceiros do objeto con-
ata, demonstrando ganho de eficiência, viabilidade e economicida- tratado sem autorização expressa da Ebserh;
de nessa contratação. VI- será admitida a denúncia por qualquer das partes nos pra-
§1º A área de contratos deverá monitorar o recebimento de zos fixados no instrumento convocatório.
solicitações de adesão a atas de registro de preços firmadas pela
unidade da Ebserh, bem como realizar a interlocução com os ór- SEÇÃO VI
gãos ou entidades interessados para solicitar a remessa do estudo DO DIÁLOGO COMPETITIVO
previsto no caput.
§2º O estudo referido no caput deve ser avaliado e validado Art. 95. O diálogo competitivo, por convite ou amplo, é restrito
pela unidade da Ebserh gerenciadora do registro de preços, além de a contratações em que a Ebserh:
complementado com a manifestação prévia da equipe técnica res- I - vise a contratar objeto que envolva, pelo menos, uma das
ponsável pela execução das contratações oriundas da ata, relacio- seguintes condições:
nada ao eventual impacto da adesão e a certificação da adequada a)inovação tecnológica ou técnica;
execução dos contratos, quando for o caso. b)possibilidade de execução com diferentes metodologias; ou
c)possibilidade de execução com tecnologias de domínio res-
SEÇÃO IV trito no mercado;
DO CATÁLOGO ELETRÔNICO DE PADRONIZAÇÃO II- verifique a necessidade de definir e identificar os meios e
as alternativas que possam vir a satisfazer suas necessidades, com
Art. 93. A Ebserh poderá instituir catálogo eletrônico de padro- destaque para os seguintes aspectos:
nização de compras, serviços e obras, destinado a permitir a padro- a)a solução técnica mais adequada;
nização dos itens a serem adquiridos, por intermédio de sistema b)os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já defi-
informatizado de gerenciamento. nida; ou
Parágrafo único. O catálogo referido no caput poderá ser utili- c)a estrutura jurídica ou financeira do contrato;
zado em licitações cujo critério de julgamento seja o menor preço III- considere que os modos de disputa aberto e fechado não
ou o maior desconto e conterá: permitem apreciação adequada das variações entre propostas.
I- a especificação de bens, serviços ou obras; §1º Na hipótese de diálogo competitivo amplo, serão observa-
II- descrição de requisitos de habilitação de licitantes, confor- das as seguintes etapas:
me o objeto da licitação; I- divulgação de edital contendo os critérios empregados para
III- documentos considerados necessários ao procedimento de pré-seleção dos interessados;
licitação que possam ser padronizados. II- encaminhamento, às empresas selecionadas, de acordos de
confidencialidade para participação no processo;
SEÇÃO V III- envio de solicitações de informação (Request for Informa-
DO CREDENCIAMENTO tion - RFI) às empresas que responderem aos acordos de confiden-
cialidade, contendo as necessidades e as exigências já definidas
Art. 94. O credenciamento poderá ser usado nas seguintes hi- pela Ebserh;
póteses de contratação: IV- encaminhamento, às empresas que responderam aos acor-
I- paralela e não excludente: caso em que é viável e vantajosa dos de confidencialidade, de solicitações de proposta (Request for
para a Ebserh a realização de contratações simultâneas em condi- Proposal - RFP) a serem apresentadas em Sessão de Avaliação, com
ções padronizadas; base em especificações técnicas atualizadas diante das informações
II- com seleção a critério de terceiros: caso em que a seleção do recebidas;
contratado está a cargo do beneficiário direto da prestação; V- realização de Sessão de Avaliação com as empresas que re-
III- em mercados fluidos: caso em que a flutuação constante tornarem as RFP, permitindo a defesa das propostas e a entrega da
do valor da prestação e das condições de contratação inviabiliza a documentação;
seleção de agente por meio do procedimento de licitação. VI- avaliação, pela EPC e por banca especialmente designada,
Parágrafo único. Os procedimentos de credenciamento serão das propostas apresentadas na Sessão de Avaliação, utilizando cri-
definidos nos respectivos instrumentos convocatórios, observadas térios objetivos e subjetivos para cada um dos objetos pretendidos;
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VII- ranqueamento das empresas, a partir dos escores obtidos ca com a participação do mercado fornecedor e demais interessa-
na etapa anterior; dos, sendo precedida de publicação na imprensa oficial e preferen-
VIII- caso reste alguma dúvida sobre qual a melhor solução cialmente registrada em gravação de áudio e vídeo.
apresentada, realização de uma rodada de refinamento das pro- §2º O prazo entre a publicação e a realização da audiência pú-
postas com número reduzido de empresas (Final Proposal Revision blica não pode ser inferior a 10 (dez) dias úteis.
- FPR); §3º A consulta pública consiste na busca de informações e su-
IX- seleção da empresa com melhor escore obtido. gestões junto ao mercado fornecedor e demais interessados, utili-
§2º Na hipótese de diálogo competitivo por convite, adota- zando-se de ferramentas e divulgação em formatos eletrônicos.
do de forma excepcional e justificada, poderá haver a delimitação §4º O prazo da consulta pública não poderá ser inferior a 5 (cin-
do universo de empresas aptas a concorrerem ao certame, prefe- co) dias úteis.
rencialmente com base em fontes independentes, devendo o rito Art. 97. A EPC solicitará a realização de audiência ou consulta
subsequente seguir as etapas previstas para o diálogo competitivo públicas à área de compras, encaminhando pelo menos a descrição
amplo. do objeto, eventuais especificações técnicas a serem debatidas, os
§3º As seguintes diretrizes serão observadas nos diálogos com- prazos esperados para realização dos procedimentos e a lista de po-
petitivos: tenciais interessados.
I- quando da publicação do instrumento convocatório, a Ebserh Parágrafo único. As unidades organizacionais gestoras ou res-
divulgará apenas suas necessidades e as exigências já definidas; ponsáveis pelas categorias ou subcategorias de compras podem so-
II- é vedada a divulgação de informações de modo discrimina- licitar a realização de audiência ou consulta públicas para debater
tório que possa implicar vantagem para algum interessado; estudos, prospecções e especificações técnicas com os interessa-
III- a Ebserh não poderá revelar a outros interessados as so- dos.
luções propostas ou as informações sigilosas comunicadas por um Art. 98. A área de compras tomará as providências para a di-
interessado sem o seu consentimento; vulgação de audiência ou consulta públicas, sendo responsável pelo
IV- o diálogo poderá ser mantido até que a Ebserh identifique a recebimento de questionamentos e sugestões dos interessados e
solução que atenda às suas necessidades; repasse aos solicitantes para manifestação, bem como posterior di-
V- o diálogo poderá prever a realização de fases sucessivas, vulgação das respectivas respostas, no caso da consulta pública, ou
caso em que cada fase poderá restringir as soluções ou as propos- dos registros e gravações, no caso da audiência pública.
tas a serem discutidas; Art. 99. O chamamento público de propostas comerciais para
VI- a Ebserh abrirá prazo não inferior a 20 (vinte) dias para que contratação por dispensa de licitação é considerado uma espécie
os interessados apresentem suas propostas finais, que deverão con- de consulta pública, devendo seguir seus ritos, e somente admite a
ter todos os elementos necessários para a realização do projeto; entrega de propostas de forma eletrônica.
VII- a Ebserh poderá solicitar esclarecimentos ou ajustes às pro-
postas apresentadas, desde que não impliquem discriminação ou SEÇÃO VIII
distorçam a concorrência entre as propostas; DA MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE PRIVADO
VIII- a Ebserh definirá a proposta vencedora de acordo com cri-
térios a serem divulgados a todos os interessados no momento da Art. 100. A Ebserh poderá adotar procedimento de Manifes-
abertura do prazo para apresentação de propostas; tação de Interesse Privado - MIP, a ser regulado em normativo
IX- o diálogo competitivo será conduzido por EPC composta de específico, para o recebimento de propostas e projetos de empre-
pelo menos 3 (três) colaboradores, entre empregados, servidores endimentos com vistas a atender necessidades previamente iden-
cedidos ou em exercício na Ebserh; tificadas.
X- a banca de avaliação será composta de pelo menos 5 (cinco) §1º O procedimento de MIP destina-se à apresentação de pro-
colaboradores, entre integrantes de órgão estatutário, emprega- jetos, levantamentos, investigações ou estudos por pessoa física ou
dos, servidores cedidos ou em exercício na Ebserh; jurídica de direito privado, espontaneamente ou a pedido da Eb-
XI- a Auditoria Interna e os órgãos de controle poderão acom- serh.
panhar e monitorar os diálogos. §2º A avaliação e a seleção de projetos, levantamentos, inves-
§4º A banca de avaliação poderá conter a participação adicio- tigações e estudos apresentados serão efetuadas por comissão de-
nal de empregados ou servidores públicos sem vínculo funcional signada pela Ebserh.
com a Ebserh, na proporção de 1 colaborador externo para cada 4 §3º O procedimento de MIP poderá ser restrito a startups, as-
membros internos, desde que possuam notória especialização no sim considerados os microempreendedores individuais, as micro-
objeto a ser contratado e não haja incidência das vedações do art. empresas e as empresas de pequeno porte, de natureza emergente
69 e conflito com a política de transações com partes relacionadas. e com grande potencial, que se dediquem à pesquisa, ao desenvol-
§5º A condução do procedimento de diálogo competitivo está vimento e à implementação de novos produtos ou serviços basea-
condicionada à autorização prévia da Administração Central. dos em soluções tecnológicas inovadoras que possam causar alto
impacto.
SEÇÃO VII Art. 101. O autor ou financiador do projeto poderá participar
DA AUDIÊNCIA E CONSULTA PÚBLICAS da licitação para a execução do objeto, podendo ser ressarcido pe-
los custos aprovados pela Ebserh caso não vença o certame, desde
Art. 96. Havendo necessidade de um conhecimento mais apu- que seja promovida a cessão de direitos.
rado do objeto licitado ou do mercado específico, poderá ser reali- Art. 102. A Ebserh não está obrigada a utilizar, licitar ou contra-
zada audiência ou consulta públicas por solicitação da EPC. tar objeto decorrente de projeto oriundo de procedimento de MIP,
§1º A audiência pública consiste na realização de reunião públi- nem será cobrada pelos projetos, levantamentos, investigações ou
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estudos apresentados. §2º Se o catálogo contiver o bem ou serviço pretendido, a uni-


dade atendida pelo Acordo-Quadro poderá adquiri-lo, devendo:
SEÇÃO IX I- abrir processo administrativo contendo a justificativa da de-
DOS ACORDOS-QUADRO E MERCADO ELETRÔNICO manda e das quantidades a serem adquiridas na aquisição preten-
dida, elaborada pela unidade requisitante, evitando o fracionamen-
Art. 103. As unidades encarregadas de compras centralizadas to de compras;
poderão realizar, de ofício ou a pedido de uma ou mais unidades II- certificar a disponibilidade orçamentária para a aquisição
compradoras atendidas, seleção de fornecedores para firmar Acor- pretendida;
do-Quadro para compra de bens e serviços. III- encaminhar os autos, via Gerência Administrativa, à unida-
§1º O Acordo-Quadro é um acordo entre uma ou mais unida- de centralizadora, respeitando o cronograma de pedidos de com-
des contratantes e um ou mais fornecedores, com natureza de pré- pras ao abrigo dos Acordos-Quadro;
-contrato, cujo objeto é a fixação dos termos dos contratos a serem IV- emitir os empenhos referentes à aquisição pretendida, após
possivelmente celebrados durante um determinado período, prin- receber autorização e orientação da Administração Central;
cipalmente em matéria de preços e, se necessário, das quantidades V- fiscalizar a execução dos empenhos emitidos ao abrigo dos
previstas. Acordos-Quadro, seguindo as regras de recebimento, liquidação e
§2º Cabe à Administração Central conduzir compras centraliza- pagamento previstas no instrumento convocatório.
das para firmar Acordos-Quadro ou autorizar a condução de etapas §3º A rotina de aquisição prevista no parágrafo anterior será
do processo de compras centralizadas por unidade hospitalar per- preferencialmente automatizada por intermédio de sistema de in-
tencente à estatal. formação.
§3º A seleção de fornecedores para firmar Acordos-Quadro Art. 109. No caso de aquisições por intermédio de um Acordo-
será realizada preferencialmente por licitação, sendo admitida as -Quadro, com valor total da compra maior que o limite estabelecido
hipóteses de contratação direta nas situações previstas neste Re- no art. 79, inciso II, serão solicitadas propostas aos fornecedores
gulamento. credenciados, por meio de procedimento de Grandes Compras.
Art. 104. O Acordo-Quadro firmado é de uso obrigatório pe-
las unidades atendidas, que deverão interagir com os fornecedores SUBSEÇÃO II
credenciados, conforme dinâmica de interação previamente pactu- GRANDES COMPRAS
ada.
§1º Após iniciada a vigência de um Acordo-Quadro, quando Art. 110. Nas aquisições acima do limite estabelecido no art.
as unidades atendidas ainda tiverem à disposição condições mais 79, inciso II, chamadas de Grandes Compras, as unidades devem
vantajosas em atas de registro de preços ou contratos vigentes, é comunicar, através do sistema de informação, a intenção de compra
permitida a contratação com base em tais instrumentos, vedada a a todos os fornecedores selecionados na respectiva categoria do
sua substituição. Acordo-Quadro.
§2º A Administração Central poderá autorizar as unidades aten- §1º A intenção de compra incluirá as condições especificas de
didas pelos Acordos-Quadro, de forma excepcional e emergencial, fornecimento pretendidas, concedendo prazo razoável para a apre-
a efetuar compras por outros instrumentos de contratação sobre o sentação de ofertas, que não pode ser inferior a 5 dias úteis a partir
mesmo objeto. da data de publicação.
Art. 105. Os Acordos-Quadro devem preferencialmente gerar §2º A intenção de compra indicará, no mínimo, a data da deci-
Mercados Eletrônicos de compras, contendo lista de bens e/ou ser- são de compra, os requisitos específicos da demanda, as condições
viços e suas correspondentes condições de contratação, através de e os critérios de entrega e os pesos aplicáveis à avaliação das ofer-
sistema de informação, disponíveis para as unidades compradoras. tas.
§3º A unidade deve selecionar a oferta mais conveniente de
SUBSEÇÃO I acordo com o resultado da tabela comparativa, que deve ser feita
MECANISMO DE OPERAÇÃO com base nos critérios de avaliação e ponderações definidos na co-
municação da intenção de compra, devendo a tabela ser anexada
Art. 106. As unidades centralizadoras de compras poderão re- à ordem de compra emitida e servir de base para a aprovação da
alizar processos para firmar Acordos- Quadro considerando, entre contratação.
outros elementos, os planejamentos anuais de compra das unida- Art. 111. Os fornecedores participantes do Acordo-Quadro são
des compradoras atendidas, bem como estudos de demandas mais obrigados a apresentar propostas nos procedimentos de Grandes
comuns e padronizáveis. Compras, respeitado o preço máximo ofertado no procedimento de
Art. 107. As unidades compradoras podem solicitar à respecti- seleção de fornecedores.
va centralizadora a realização de um Acordo-Quadro para objeto ou
conjunto de objetos específicos, ficando a cargo da centralizadora a SUBSEÇÃO III
avaliação de oportunidade e conveniência de atender à demanda. FORMALIZAÇÃO DOS ACORDOS-QUADRO
Art. 108. O Acordo-Quadro vigente será traduzido em um ca-
tálogo, que conterá uma descrição dos bens e serviços oferecidos, Art. 112. O processo de seleção de fornecedores para um Acor-
suas condições de contratação e a identificação dos fornecedores do-Quadro será realizado por intermédio de licitação, de acordo
credenciados. com este Regulamento.
§1º Cada unidade requisitante será obrigada a consultar o ca- Parágrafo único. Os preços ofertados pelos interessados duran-
tálogo antes de iniciar um procedimento de planejamento de con- te a etapa de seleção de fornecedores serão considerados preços
tratação. máximos.
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Art. 113. O instrumento convocatório para Acordo-Quadro I- para recomposição do equilíbrio econômico-financeiro de-
deve estabelecer os critérios de avaliação que a Administração con- corrente de caso fortuito ou força maior;
sidera relevantes para o contrato específico e, entre outras coisas, II- por necessidade de alteração do projeto ou das especifica-
deve levar em conta o preço, as condições comerciais, a experiência ções para melhor adequação técnica aos objetivos da contratação,
dos concorrentes, a qualidade técnica, as considerações ambientais a pedido da Ebserh, desde que não decorrentes de erros ou omis-
e o frete. sões por parte da empresa contratada, observados os limites esta-
Parágrafo único. O instrumento convocatório previsto no caput belecidos neste regulamento;
deverá indicar preferencialmente o critério de menor preço. III- alterações de aspectos formais, sem impacto no objeto con-
Art. 114. Os Acordos-Quadro vigentes serão formalizados por tratado ou no valor do contrato. Art. 118. As contratações Semi-in-
intermédio de Contratos-Marco, compreendidos como pré-contra- tegradas e Integradas observarão os seguintes requisitos:
tos centralizados de execução descentralizada. I- o instrumento convocatório deverá conter:
§1º O prazo de vigência dos Contratos-Marco será de até qua- a)Anteprojeto de Engenharia, no caso de Contratação Integra-
tro anos. da, com elementos técnicos que permitam a caracterização da obra
§2º Os Contratos-Marco devem regulamentar os direitos e as ou do serviço e a elaboração e comparação, de forma isonômica,
obrigações das partes, assim como orientar como a unidade cen- das propostas a serem ofertadas pelos particulares;
tralizadora manterá a supervisão adequada dos Acordos-Quadro. b)TR, nos casos de Contratação Semi-integrada;
§3º A formalização da execução descentralizada poderá ocor- c)documento técnico, com definição precisa das frações do
rer por intermédio de assinatura de contratos, por emissão de no- empreendimento em que haverá liberdade de as contratadas ino-
tas de empenho ou por outro meio igualmente válido. varem em soluções metodológicas ou tecnológicas, seja em termos
§4º Poderá ser admitido o reajuste de preços máximos nos de modificação das soluções previamente delineadas no Anteproje-
Contratos-Marco, nos termos previamente definidos pelo instru- to de Engenharia ou no Projeto Básico, seja em termos de detalha-
mento convocatório. mento dos sistemas e procedimentos construtivos previstos nessas
Art. 115. As falhas no cumprimento de suas obrigações sujei- peças técnicas;
tam os fornecedores às penalidades descritas neste Regulamento e d)matriz de riscos.
no Contrato-Marco. II- o valor estimado do objeto a ser licitado será calculado com
Parágrafo único. A ausência de apresentação de propostas nas base em valores de mercado, em valores pagos pela administração
intenções de compra durante os procedimentos de Grandes Com- pública em serviços e obras similares ou em avaliação do custo glo-
pras implica em apuração de irregularidade na execução contratual bal da obra, aferido mediante orçamento sintético ou metodologia
e sujeita o fornecedor a sanção administrativa. expedita ou paramétrica;
Art. 116. As rescisões antecipadas de Contratos-Marco devem III- o critério de julgamento a ser adotado será o de menor pre-
ser deliberadas pela unidade centralizadora e podem ser motivadas ço ou de melhor combinação de técnica e preço, pontuando-se na
por falhas no cumprimento de suas obrigações. avaliação técnica as vantagens e os benefícios que eventualmente
Parágrafo único. No caso de rescisões de Contratos-Marco, a forem oferecidos para cada produto ou solução;
unidade centralizadora deve avaliar a decisão de manutenção dos IV- na Contratação Semi-integrada, o TR poderá ser alterado,
Contratos-Marco restantes em cada Acordo-Quadro, de forma a desde que demonstrada a superioridade das inovações em termos
manter a competitividade da sistemática pela existência de um nú- de redução de custos, de aumento da qualidade, de redução do pra-
mero adequado de fornecedores. zo de execução e de facilidade de manutenção ou operação.
Art. 119. No caso dos orçamentos das Contratações Integradas:
CAPÍTULO VI I- sempre que o Anteprojeto de Engenharia da licitação, por
DAS NORMAS ESPECÍFICAS seus elementos mínimos, assim o permitir, as estimativas de preço
devem se basear em orçamento tão detalhado quanto possível, de-
SEÇÃO I vendo a utilização de estimativas paramétricas e a avaliação apro-
DAS OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA ximada baseada em outras obras similares ser realizadas somente
nas frações do empreendimento não suficientemente detalhadas
Art. 117. Nas licitações de obras e serviços de engenharia pode- no Anteprojeto de Engenharia da licitação, exigindo-se das contra-
rá ser utilizada a contratação integrada, desde que haja justificati- tadas, no mínimo, o mesmo nível de detalhamento em seus de-
vas técnicas e econômicas e quando o objeto envolver, pelo menos, monstrativos de formação de preços;
uma das seguintes condições: II- quando utilizada metodologia expedita ou paramétrica para
I- inovação tecnológica ou técnica; abalizar o valor do empreendimento ou de fração dele, considera-
II- possibilidade de execução com tecnologias de domínio res- das as disposições do inciso I, entre 2 (duas) ou mais técnicas esti-
trito no mercado; mativas possíveis, deve ser utilizada nas estimativas de preço-base
III - possibilidade de execução com diferentes metodologias. a que viabilize a maior precisão orçamentária, exigindo-se das lici-
§1º Na Contratação Integrada, a Ebserh elabora o Anteproje- tantes, no mínimo, o mesmo nível de detalhamento na motivação
to de Engenharia, ficando sob a responsabilidade da empresa con- dos respectivos preços ofertados.
tratada a elaboração e o desenvolvimento do Projeto Básico e do Art. 120. No caso de licitação de obras e serviços de engenha-
Projeto Executivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a ria, deverá ser utilizada a Contratação Semi-integrada, quando for
montagem, a realização de testes, a pré-operação e todas as demais possível definir previamente no TR as quantidades dos serviços a
operações necessárias e suficientes para entrega final do objeto. serem posteriormente executados na fase contratual, em obra ou
§2º É vedada a celebração de termos aditivos aos contratos serviço de engenharia que possa ser executado com diferentes me-
oriundos de Contratação Integrada, exceto nos seguintes casos: todologias ou tecnologias, podendo ser utilizadas outras modalida-
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des, desde que essa opção seja devidamente justificada. I- MIP, respeitado o disposto no art. 102 e seguintes;
§1º Na Contratação Semi-integrada a elaboração do TR é de II- participação da pessoa física e das pessoas jurídicas de que
responsabilidade da Ebserh, ficando sob a responsabilidade da em- tratam os incisos II e III em licitação ou em execução de contrato,
presa contratada a elaboração e o desenvolvimento do projeto exe- como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão
cutivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a montagem, ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da Ebserh.
a realização de testes, a pré-operação e todas as demais operações §2º Considera-se participação indireta a existência de vínculos
necessárias e suficientes para entrega final do objeto. de natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou trabalhis-
§2º A ausência de TR não será admitida como justificativa para ta entre o autor do Projeto Básico, pessoa física ou jurídica, e o lici-
a adoção da modalidade de contratação integrada. tante ou responsável pelos serviços, fornecimentos e obras, incluin-
Art. 121. Nos contratos decorrentes de licitações de obras ou do-se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários, bem
serviços de engenharia em que tenha sido adotado o modo de dis- como a participação de empregados incumbidos de levar a efeito
puta aberto, o contratado deverá reelaborar e apresentar à Ebserh, atos e procedimentos realizados para a Ebserh no curso da licitação.
por meio eletrônico, as planilhas com indicação dos quantitativos e
dos custos unitários, bem como do detalhamento das Bonificações SEÇÃO II
e Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos Sociais (ES), com os res- DA AQUISIÇÃO DE BENS
pectivos valores adequados ao lance vencedor.
Art. 122. Nas contratações de obras e serviços de engenharia Art. 125. O planejamento de aquisição de bens deve considerar
de grande vulto, o instrumento convocatório poderá exigir a pres- a expectativa de consumo anual e observar o seguinte:
tação de garantia na modalidade seguro-garantia, na forma do art. I - condições de aquisição e pagamento semelhantes às do se-
144. e prever a obrigação de a seguradora, em caso de inadimple- tor privado;
mento pela empresa contratada, assumir a execução e concluir o II - processamento por meio de SRP, quando pertinente;
objeto do contrato, hipótese em que: III- determinação de unidades e quantidades a serem adquiri-
I- a seguradora deverá firmar o contrato, inclusive os aditivos, das em função de consumo e utilização prováveis, cuja estimativa
como interveniente anuente e poderá: será obtida, sempre que possível, mediante adequadas técnicas
a)ter livre acesso às instalações em que for executado o con- quantitativas, admitido o fornecimento contínuo;
trato principal; IV- condições de guarda e armazenamento que não permitam
b)acompanhar a execução do contrato principal; a deterioração do material;
c)ter acesso a auditoria técnica e contábil; V - atendimento aos princípios:
d)requerer esclarecimentos ao responsável técnico pela obra a)da padronização, considerando a compatibilidade de especi-
ou pelo fornecimento. ficações estéticas, técnicas ou de desempenho;
II- a emissão de empenho em nome da seguradora, ou a quem b)do parcelamento, quando for tecnicamente viável e econo-
ela indicar para a conclusão do contrato, será autorizada desde que micamente vantajoso;
demonstrada sua regularidade fiscal; c)da responsabilidade fiscal, mediante a verificação da despesa
III- a seguradora poderá subcontratar a conclusão do contrato, estimada com a prevista no planejamento orçamentário.
total ou parcialmente. §1º Na aplicação do princípio do parcelamento, referente às
§1º São considerados obra ou serviço de engenharia de grande aquisições de bens, devem ser considerados:
vulto aqueles com valor total acima de R$ 50.000.000,00 (cinquenta I- a viabilidade da divisão do objeto em lotes;
milhões de reais). II- o aproveitamento das particularidades do mercado local, vi-
§2º Na hipótese de inadimplemento da empresa contratada, sando à economicidade, sempre que possível, desde que atendidos
serão observadas as seguintes disposições: os parâmetros de qualidade;
I- caso a seguradora execute e conclua o objeto do contrato, III- o dever de buscar a ampliação da competição e de evitar a
conforme atestado pela Ebserh, estará isenta da obrigação de pagar concentração de mercado.
a importância segurada indicada na apólice; §2º O parcelamento não será adotado quando:
II- caso a seguradora não assuma a execução do contrato, pa- I- a economia de escala, a redução de custos de gestão de con-
gará a integralidade da importância segurada indicada na apólice. tratos ou a maior vantagem na contratação recomendar a compra
Art. 123. É vedada a execução, sem projeto executivo, de obras do mesmo item ou de vários itens do mesmo fornecedor;
e serviços de engenharia, independentemente do regime adotado. II- o objeto a ser contratado configurar sistema único e inte-
Art. 124. É vedada a participação direta ou indireta nas licita- grado e houver a possibilidade de risco ao conjunto do objeto pre-
ções relativas a obras e serviços de engenharia: tendido;
I- de pessoa física ou jurídica que tenha elaborado o Anteproje- III- o processo de padronização ou de escolha de marca levar a
to de Engenharia ou o TR da licitação; fornecedor exclusivo.
II- de pessoa jurídica que participar de consórcio responsável Art. 126. O planejamento de aquisição de bens deverá consi-
pela elaboração do Anteprojeto de Engenharia ou do TR da licita- derar ainda:
ção; I- indicação do produto, a partir do catálogo definido como
III- de pessoa jurídica da qual o autor do Anteprojeto de En- padrão pela Administração, preferencialmente, ou a especificação
genharia ou do TR da licitação seja administrador, controlador, ge- completa do bem a ser adquirido;
rente, responsável técnico, subcontratado ou sócio, neste último II- definição das unidades e das quantidades a serem adquiri-
caso quando a participação superar 5% (cinco por cento) do capital das;
votante. III - locais de entrega dos produtos;
§1º A vedação do caput não se aplica aos seguintes casos: IV - regras específicas para recebimento provisório e definitivo,
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quando for o caso; SEÇÃO IV


V - indicação das condições de manutenção, assistência técnica DAS CONTRATAÇÕES INTERNACIONAIS
e garantia exigidas;
VI - detalhamento de forma suficiente a permitir a elaboração Art. 129. Para participação de empresas estrangeiras nos pro-
da proposta, com características que garantam qualidade, rendi- cedimentos de contratação em que a execução do objeto se dê em
mento, compatibilidade, durabilidade e segurança. território nacional, o edital deverá observar as seguintes disposi-
Parágrafo único. Em relação à informação de que trata o inciso ções:
V do caput, desde que fundamentada no ETP, a Ebserh poderá exigir I- diretrizes de política monetária e comércio exterior dos ór-
que os serviços de manutenção e assistência técnica sejam presta- gãos competentes, quando cabíveis;
dos mediante deslocamento de equipe técnica ou disponibilidade II- exigências de habilitação mediante apresentação de docu-
em unidade de prestação de serviços localizada em distância com- mentos equivalentes àqueles exigidos da empresa nacional, quan-
patível com suas necessidades. do for possível;
Art. 127. A Ebserh, na licitação para aquisição de bens, poderá, III- necessidade de representação legal no Brasil, prevendo po-
de forma motivada: deres expressos para receber citação e responder administrativa ou
I - indicar marca ou modelo, nas seguintes hipóteses: judicialmente.
a)em decorrência da necessidade de padronização do objeto; Parágrafo único. É possível dispensar a representação legal no
b)quando determinada marca ou modelo comercializado por Brasil no caso de fornecedor exclusivo de objeto cujo valor se en-
mais de um fornecedor constituir o único capaz de atender o objeto quadre no limite estabelecido no inciso II do art. 79, mediante jus-
do contrato; tificativa fundamentada.
c)quando for necessária, para compreensão do objeto, a iden- Art. 130. Para a realização de obras, prestação de serviços ou
tificação de determinada marca ou modelo apto a servir como refe- aquisição de bens com recursos provenientes de financiamento ou
rência, situação em que será obrigatório o acréscimo da expressão doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira, ban-
“ou similar ou de melhor qualidade”. co estrangeiro de fomento, organismo financeiro multilateral ou de-
II- exigir amostra ou prova de conceito do bem no procedimen- mais entidades públicas ou privadas de natureza de direito interna-
to de pré-qualificação ou na fase de julgamento das propostas ou cional, deverão ser admitidas as condições decorrentes de acordos,
de lances ou no período de vigência do contrato ou da ata de regis- protocolos, convenções, tratados e contratos internacionais.
tro de preços; §1º Na situação prevista no caput também serão admitidas as
III- solicitar a certificação, o laudo laboratorial ou documento normas e procedimentos operacionais daquelas entidades, desde
similar que possibilite a aferição da qualidade e da conformidade do que inexistam conflitos com os princípios que regem a Adminis-
produto ou do processo de fabricação, inclusive sob o aspecto am- tração Pública, inclusive quanto ao critério de seleção da proposta
biental, por instituição oficial competente ou entidade credenciada; mais vantajosa, o qual poderá contemplar, além do preço, outros
IV- vedar a contratação de marca ou produto, quando, median- fatores de avaliação, desde que por elas exigidos para a obtenção
te processo administrativo, parecer da Câmara Técnica de Padroni- do financiamento ou da doação.
zação Nacional e deliberação da Administração Central, §2º As normas e procedimentos operacionais citados no §1º
restar comprovado que produtos adquiridos e utilizados ante- deste artigo serão adotados em detrimento da legislação nacional
riormente não atendem a requisitos indispensáveis ao pleno adim- aplicável, observados os princípios deste regulamento quando com-
plemento da obrigação contratual. patível.
§1º O edital poderá exigir, como condição de aceitabilidade da Art. 131. Poderá ser editada norma operacional versando sobre
proposta, a adequação às normas da Associação Brasileira de Nor- os procedimentos de contratação em que a execução do objeto se
mas Técnicas (ABNT) ou a certificação da qualidade do produto por dê em território estrangeiro, respeitadas as diretrizes deste Regu-
instituição credenciada pelo Sistema Nacional de Metrologia, Nor- lamento.
malização e Qualidade Industrial (Sinmetro).
§2º No interesse da Administração, as amostras poderão ser SEÇÃO V
examinadas por instituição com reputação ético-profissional na es- DA ALIENAÇÃO
pecialidade do objeto, previamente indicada no instrumento con-
vocatório. Art. 132. A alienação de bens pela Ebserh será precedida de:
§3º Para fins de fundamentação do disposto no inciso IV, po- I- avaliação formal do bem contemplado, ressalvadas as hipóte-
derão ser utilizadas informações de fármaco e tecnovigilância, in- ses previstas nos incisos XVI a XVIII do art. 79;
cluindo a verificação de alertas da Agência Nacional de Vigilância II- licitação, ressalvado o previsto nos incisos I e II do art. 192.
Sanitária – Anvisa referentes a fabricante, produto, modelo ou lote/ §1º A avaliação formal será feita observando-se as normas re-
série, por meio de consulta no Portal da agência, e da existência de gulamentares aplicáveis, admitindo- se a aplicação de redutores
queixas técnicas ou eventos adversos nos sistemas nacionais e da sobre o valor de avaliação apurado ou apreciação como bem sem
Rede Ebserh. valor econômico, nos casos em que custos diretos e indiretos, de
natureza econômica, social, ambiental e operacional, bem como,
SEÇÃO III riscos físicos, sociais e institucionais os autorizem, tais como:
DA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS I- incidência de despesas que não justifiquem a sua manuten-
ção no acervo patrimonial da Ebserh;
Art. 128. A contratação de serviços observará o disposto neste II- classificação do bem como antieconômico, ou seja, de ma-
regulamento e em norma operacional específica, ressalvada a situ- nutenção onerosa ou que produza rendimento precário, em virtude
ação descrita no art. 225, §1º. de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo;
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III- classificação do bem como irrecuperável, ou seja, aquele base no volume de inscrições a serem efetivadas;
que não pode ser utilizado para o fim a que se destina ou quando III- relatório de pesquisa de preços, comprovando que o preço
a recuperação ultrapassar 50 % (cinquenta por cento) de seu valor a ser praticado na contratação é igual ou inferior ao praticado pela
de mercado; empresa a ser contratada, podendo ser utilizado como parâmetro
IV- classificação do bem como ocioso, ou seja, aquele que apre- um preço público divulgado em sítio eletrônico ou outro meio de
senta condições de uso, mas não está sendo aproveitado, ou aque- comunicação amplo, desde que contenha a data de acesso;
le que, devido a seu tempo de utilização ou custo de transporte, IV- Termo de Referência.
não justifique o remanejamento para outra unidade ou, por último, Parágrafo único. A adoção do rito simplificado indicado no
aquele para o qual não há mais interesse; caput requer a formalização prévia de EPC permanente.
V- custo de carregamento no estoque;
VI- tempo de permanência do bem em estoque; SEÇÃO IX
VII- depreciação econômica gerada por decadência estrutural/ DAS LOCAÇÕES DE IMÓVEIS
física, desvirtuação irreversível como ocupações irregulares perpe-
tuadas pelo tempo, bem como depreciação gerada por alterações Art. 139. As contratações de locação de imóveis, inclusive na
ambientais no local em que o bem se localiza, como erosões, conta- hipótese prevista no art. 79, V, deste regulamento, devem observar
minações, calamidades, entre outros; os seguintes procedimentos adicionais:
VIII- custo de oportunidade do capital; I- formalização de EPC com, no mínimo, 3 (três) representantes
IX- outros fatores ou redutores de igual relevância. de unidades organizacionais distintas;
§2º O desfazimento, o reaproveitamento, a movimentação e II- elaboração de metodologia para seleção adequada do mo-
a alienação de materiais inservíveis serão regulados em normativo delo de locação a ser efetuado, considerando, ao menos, os custos
específico. com mudança e a restituição de imóveis, bem assim a demonstra-
Art. 133. Estendem-se à atribuição de ônus real a bens in- ção do custo-benefício favorável no tocante à contratação de ser-
tegrantes do acervo patrimonial da Ebserh as normas da Lei nº viços condominiais inclusos nos contratos de locação imobiliária,
13.303/2016 aplicáveis à sua alienação, inclusive em relação às hi- quando aplicável;
póteses de dispensa e de inexigibilidade de licitação. III- avaliação, no ETP, da vigência contratual a ser proposta, com
base na estratégia de ocupação de espaços da unidade e na Lei nº
SEÇÃO VI 8.245/1991;
DAS CONTRATAÇÕES DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA IV- vedação à restrição da locação a determinados bairros ou
regiões, salvo quando houver atendimento ao público, caso em que
Art. 134. As contratações de serviços de publicidade e propa- poderá ser privilegiada a localização do imóvel em razão da facilida-
ganda observarão as diretrizes e os procedimentos deste Regula- de de acesso do público-alvo, ou quando seu uso demandar logís-
mento e aqueles previstos em norma específica. tica diária de transporte de materiais ou documentos com impacto
direto na prestação de serviços assistenciais ou de apoio ao ensino
SEÇÃO VII e à pesquisa;
DAS CONTRATAÇÕES DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E V- certificação da inexistência de imóveis públicos vagos e dis-
COMUNICAÇÃO poníveis que atendam ao objeto;
VI- realização de chamamento público de propostas comer-
Art. 135. As contratações de soluções de tecnologia da infor- ciais, contendo anexo descritivo das necessidades e requisitos da
mação e comunicação deverão respeitar o Plano Diretor de Tecno- organização, fundamentadas no ETP elaborado na fase de Planeja-
logia da Informação e Comunicação - PDTIC e demais instrumentos mento da Contratação, no caso de dispensa de licitação prevista no
de gestão estratégica da empresa. art. 79, V;
Art. 136. Poderá ser editada norma específica para tratar das VII- emissão de parecer técnico fundamentado sobre as pro-
contratações de tecnologia da informação e comunicação, ressalva- postas recebidas, com avaliação objetiva baseada nos requisitos
da a situação descrita no art. 225, §1º. descritos;
VIII- a elaboração laudo de avaliação patrimonial do imóvel a
SEÇÃO VIII ser locado, para suportar as negociações de preços sobre a propos-
DAS CONTRATAÇÕES DE TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO ta do imóvel escolhido.
§1º As avaliações patrimoniais dos imóveis a serem locados,
Art. 137. As contratações de treinamento e capacitação ob- nos termos do inciso VIII do caput, devem ser realizadas:
servarão o planejamento anual de capacitação da Administração I - pela Caixa Econômica Federal, mediante contrato ou convê-
Central ou da unidade hospitalar, conforme caso, respeitando-se o nio específico;
enquadramento legal constante do art. 81, inciso II alínea “f”. II - por particulares habilitados, mediante celebração de con-
Art. 138. No caso de aquisição de inscrições em cursos abertos tratos;
ou in company, até o limite de valor do inciso II do art. 79, poderá III - por profissional devidamente habilitado com registro ativo
ser adotado um rito simplificado de formalização de demanda e de no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA ou no
planejamento de contratação, que consiste em: Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU.
I- DFD contendo a indicação e ciência dos membros da EPC fixa §2º As disposições deste artigo se aplicam, no que couber, à
que participarão do planejamento da respectiva contratação e se- compra de imóveis.
rão responsáveis pela elaboração dos documentos pertinentes; Art. 140. A Ebserh poderá firmar contratos de locação de imó-
II- registro de tentativa de negociação de preços, inclusive com veis nos quais o locador realiza prévia aquisição, construção ou
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reforma substancial, com ou sem aparelhamento de bens, por si ção exclusiva de mão de obra, os valores para o pagamento das fé-
mesmo ou por terceiros, do espaço físico especificado. rias, décimo terceiro salário e verbas rescisórias aos trabalhadores
Parágrafo único. O valor da locação a que se refere o caput não da contratada serão depositados pela Administração em conta vin-
poderá exceder, ao mês, 1% (um por cento) do valor do imóvel lo- culada específica, aberta em nome da contratada, com movimenta-
cado. ção somente por ordem da contratante;
XIII- o foro do contrato, e quando necessário, a legislação apli-
SEÇÃO X cável.
DAS CESSÕES DE USO DE ÁREAS E INSTALAÇÕES Parágrafo único. Poderá ser admitida adoção de mecanismos
de solução pacífica de conflitos relativos a direitos patrimoniais dis-
Art. 141. As cessões de uso de áreas e instalações, edificadas ou poníveis, observando-se as disposições da Lei nº 9.307/1996.
não edificadas, devem observar os dispositivos deste regulamento. Art. 144. Poderá ser exigida prestação de garantia nas contrata-
§1º As cessões de uso de imóveis sob domínio ou posse da Eb- ções de obras, serviços e compras.
serh devem obedecer ao disposto nos contratos de gestão firmados §1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes moda-
com as Instituições Federais de Ensino Superior. lidades de garantia:
§2º Inexistindo vedação expressa no contrato de gestão, as ces- I - caução em dinheiro;
sões de uso de que trata o caput, a título gratuito ou oneroso, de II- seguro-garantia, emitido por instituição credenciada na Su-
áreas para exercício de atividades de apoio necessárias ao desem- perintendência de Seguros Privados - Susep;
penho da atividade da Ebserh não serão consideradas utilização em III- fiança bancária, emitida por banco ou instituição financei-
fim diverso do previsto no referido contrato. ra devidamente autorizada a operar no país pelo Banco Central do
§3º Quando destinadas a empreendimentos com fins lucrati- Brasil.
vos, as cessões de uso deverão ser sempre onerosas e, sempre que §2º A garantia a que se refere o caput não excederá a 5% (cinco
houver condições de competitividade, deverá ser observado o pro- por cento) do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mes-
cedimento licitatório previsto neste regulamento. mas condições nele estabelecidas.
§3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto en-
TÍTULO III volvendo complexidade técnica e riscos financeiros elevados, o li-
DOS CONTRATOS E CONVÊNIOS mite de garantia previsto no parágrafo segundo poderá ser elevado
para até 10% (dez por cento) do valor do contrato.
CAPÍTULO I §4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou resti-
DOS CONTRATOS tuída após a execução do contrato, devendo ser atualizada moneta-
riamente na hipótese do inciso I do parágrafo primeiro deste artigo.
Art. 142. Os contratos firmados pela Ebserh regulam-se pelas §5º Nos casos de contratos que importem na entrega de bens
normas aqui descritas, pelos preceitos de direito privado e pela Lei pela Ebserh, dos quais o contratado ficará depositário, ao valor da
nº 13.303/2016. garantia poderá ser acrescido o valor desses bens.
Art. 143. São cláusulas necessárias nos contratos: §6º Nas contratações de obras e serviços de engenharia, será
I- o objeto e seus elementos característicos; exigida garantia adicional do licitante vencedor cuja proposta for
II- o regime de execução ou a forma de fornecimento; inferior a 85% (oitenta e cinco por cento) do valor do orçamento
III- o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data- estimado, equivalente à diferença entre esse último e o valor da
-base e a periodicidade do reajustamento de preços e os critérios proposta, sem prejuízo das demais garantias exigidas.
de atualização monetária entre a data do adimplemento das obri- Art. 145. A Ebserh pode promover o pagamento antecipado
gações e a do efetivo pagamento; nas contratações em casos excepcionalíssimos, devidamente justifi-
IV- o cronograma de execução, com as respectivas entregas, cados, desde que essa medida:
quando for o caso, e de recebimento; I- represente condição indispensável para obter o bem ou asse-
V- a indicação dos recursos orçamentários que assegurem o pa- gurar a prestação do serviço; ou
gamento das obrigações, quando cabível; II- propicie significativa economia de recursos.
VI- as garantias oferecidas para assegurar a plena execução do §1º Na hipótese de que trata o caput deste artigo, a Adminis-
objeto contratual, quando exigidas; tração deverá:
VII- os direitos e as responsabilidades das partes, as tipificações I- prever a antecipação de pagamento em edital ou em instru-
das infrações e as respectivas penalidades e valores das multas; mento formal de contratação direta;
VIII- os casos de rescisão do contrato e os mecanismos para II- exigir a devolução integral do valor antecipado na hipótese
alteração de seus termos; de inexecução do objeto, atualizado monetariamente pela variação
IX- a vinculação ao instrumento convocatório da respectiva lici- acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
tação ou ao termo que instruiu a contratação, bem como ao lance (IPCA), ou índice que venha a substituí-lo, desde a data do paga-
ou proposta do licitante vencedor ou do proponente, no caso de mento da antecipação até a data da devolução;
contratação direta; III- prever cautelas aptas a reduzir o risco de inadimplemento
X- a obrigação de o contratado manter, durante a execução do contratual, tais como:
contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, a)a comprovação da execução de parte ou de etapa inicial do
as condições de habilitação e qualificação exigidas no curso do pro- objeto pelo contratado, para a antecipação do valor remanescente;
cedimento licitatório; b)a prestação de garantia nas modalidades de que trata o art.
XI- Matriz de Riscos, quando cabível; 144, de até 100% (cem por cento) do valor a ser adiantado, ainda
XII- a determinação de que, nos casos de contrato com dedica- que ultrapasse o percentual usual de garantia prestada;
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c)a emissão de título de crédito pelo contratado; dentro da vigência contratual.


d)o acompanhamento da mercadoria, em qualquer momento Art. 150. Os contratos regidos por este Regulamento somente
do transporte, por representante da Administração. poderão ser prorrogados por acordo entre as partes, vedando-se
§2º É vedado o pagamento antecipado pela Administração ajuste que resulte em violação da obrigação de licitar.
na hipótese de prestação de serviços com regime de dedicação §1º Os contratos poderão ter a sua duração prorrogada com
exclusiva de mão de obra, com exceção de parcelas referentes a vistas à manutenção de preços e condições mais vantajosas para a
investimentos em infraestrutura e equipamentos necessários para Ebserh, respeitado o disposto no art. 147.
a implantação dos serviços demandados, desde que cumpridos os §2º Na contratação por escopo, caso excepcionalmente e de
requisitos indicados no caput. forma justificada não tenha sido viabilizada a prorrogação de seu
Art. 146. Nas contratações de serviços contínuos com regime prazo de vigência por aditamento, poderá haver sua prorrogação
de dedicação exclusiva de mão de obra, para assegurar o cumpri- automática quando seu objeto não for concluído no período firma-
mento pelo contratado de obrigações trabalhistas, previdenciárias do no contrato, por apostilamento, desde que registradas nos autos
e com o FGTS, a Ebserh, mediante previsão em edital ou contrato, as ocorrências supervenientes que ocasionaram a não conclusão do
deverá adotar, entre outras medidas, os seguintes controles inter- objeto, sem prejuízo de eventual apuração de responsabilidade.
nos: §3º Na hipótese do parágrafo anterior, quando a não conclusão
I- Conta-Depósito Vinculada - bloqueada para movimentação, no prazo decorrer de culpa da contratada, deverão ser aplicadas as
conforme disposto em Caderno de Logística, elaborado pela Secre- sanções administrativas cabíveis e/ou a rescisão do contrato, po-
taria de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e dendo, nesse último caso, ser adotadas as medidas admitidas neste
Gestão, sem prejuízo da edição de norma interna pela Ebserh; ou Regulamento para a continuidade da execução contratual.
II- Pagamento pelo Fato Gerador, conforme disposto em Cader- Art. 151. A ausência de formalização contratual não exonera
no de Logística, elaborado pela Secretaria de Gestão do Ministério a Ebserh do dever de indenizar o contratado pelo que este houver
do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, sem prejuízo da edi- executado, apurando-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.
ção de norma interna pela Ebserh. Art. 152. É dispensável a redução a termo do contrato, com sua
Art. 147. A duração dos contratos regidos por este Regulamen- substituição por documento equivalente:
to não excederá a 5 (cinco) anos, contados a partir de sua celebra- I- nas contratações por escopo de serviços cujos valores se en-
ção, exceto: quadrem no limite do inciso II do art. 79, desde que não resultem
I- para projetos contemplados no plano de negócios e investi- obrigações futuras, dentre as quais se inclui a assistência técnica;
mentos da Ebserh; II- nas contratações por escopo de bens das quais não resultem
II- nos casos em que a pactuação por prazo superior a 5 (cinco) obrigações futuras, dentre as quais se inclui a assistência técnica,
anos seja prática rotineira de mercado e a imposição desse prazo independentemente de seu valor;
inviabilize ou onere excessivamente a realização do negócio; III- nos casos em que a substituição por documento equivalen-
III- nas locações de imóveis; te seja prática de mercado.
IV- no contrato sob o regime de fornecimento e prestação de §1º Para efeito deste artigo, constituem documentos equiva-
serviço associado, que terá sua vigência máxima definida pela soma lentes a carta-contrato, a autorização de compra, a ordem de exe-
do prazo relativo ao fornecimento inicial ou à entrega da obra com o cução de serviço, nota de empenho, ou qualquer outro documento
prazo relativo ao serviço de operação e manutenção, este limitado que comprove a efetivação da despesa.
a 5 (cinco) anos contados da data de recebimento do objeto inicial. §2º O disposto no caput não prejudicará o registro contábil
Art. 148. É vedado o contrato por prazo indeterminado. exaustivo dos valores despendidos e a exigência de recibo por parte
Parágrafo único. É admitido prazo de vigência indeterminado dos respectivos destinatários.
nos contratos em que a Ebserh seja usuária de serviços públicos Art. 153. Será convocado o licitante vencedor ou o destinatário
essenciais de energia elétrica, água e esgoto, dentre outros, assim de contratação para assinar o termo de contrato, observados o pra-
como de serviços postais monopolizados pela ECT (Empresa Brasi- zo e as condições estabelecidos, sob pena de decadência do direito
leira de Correios e Telégrafos), desde que no processo da contra- à contratação.
tação estejam explicitados os motivos que justificam a adoção do §1º O prazo de convocação poderá ser prorrogado 1 (uma) vez,
prazo indeterminado e comprovadas, a cada exercício financeiro, a por igual período.
estimativa de consumo e a existência de previsão de recursos orça- §2º É facultado à Ebserh, quando o convocado não assinar o
mentários. termo de contrato no prazo e nas condições estabelecidos:
Art. 149. O contrato terá sua duração definida de acordo com I- convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classifica-
as seguintes formas de contratação: ção, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas
I- contratação continuada, nas situações em que a necessidade pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados
permanente ou prolongada do objeto impõe à parte contratada o em conformidade com o instrumento convocatório;
dever de realizar uma conduta que se renova ou se mantém no de- II- revogar a licitação.
curso do tempo durante a vigência contratual; Art. 154. Os termos de contrato, termos aditivos e termos de
II- contratação por escopo, nas situações em que o fim contra- rescisão serão assinados pelas seguintes autoridades da Ebserh, ve-
tual almejado consiste na entrega de objeto certo e determinado, dada a subdelegação:
extinguindo-se a relação jurídica com o alcance do resultado con- I- na Administração Central, pelo Presidente em conjunto com
tratado. um Diretor;
§1º Os contratos firmados pela Ebserh deverão estabelecer, II- nas unidades hospitalares, pelo Superintendente em conjun-
expressamente, a data de início e encerramento de sua vigência. to com um Gerente.
§2º Eventuais alterações ou prorrogações deverão ser firmadas Parágrafo único. Os termos de apostilamento podem ser for-
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malizados somente pelo Diretor de Administração e Infraestrutura, CAPÍTULO II


no caso da Administração Central, ou pelo Gerente Administrativo, DA GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS
no caso das unidades hospitalares.
Art. 155. Os termos de contratos, termos aditivos e termos de Art. 161. A execução dos contratos deverá ser acompanhada e
rescisão, após formalizados, deverão ser publicados no Diário Ofi- fiscalizada pela Ebserh com o objetivo de garantir a observância dos
cial da União e no Portal da Ebserh. direitos e o cumprimento das obrigações pactuadas, bem como a
Parágrafo único. As atas de registro de preços, como instru- obediência à legislação pertinente.
mentos pré-contratuais, devem ser publicadas somente no Portal §1º A execução dos contratos deverá ser acompanhada e fisca-
da Ebserh. lizada por representantes da Ebserh especialmente designados, ou
Art. 156. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, pelos respectivos substitutos, permitida a contratação de terceiros
reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, para assisti-los e subsidiá-los com informações pertinentes a essa
o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou in- atribuição, desde que justificada a necessidade de assistência es-
correções resultantes da execução ou de materiais empregados, e pecializada.
responderá por danos causados diretamente a terceiros ou à Eb- §2º Na hipótese de contratação de terceiros prevista no §1º
serh, independentemente da comprovação de sua culpa ou dolo na deste artigo, deverão ser observadas as seguintes disposições:
execução do contrato. I- a empresa ou o profissional contratado assumirá responsabi-
Art. 157. O contratado é responsável pelos encargos trabalhis- lidade civil objetiva pela veracidade e pela precisão das informações
tas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do prestadas, firmará termo de compromisso de confidencialidade e
contrato. não poderá exercer atribuição própria e exclusiva de representan-
§1º A inadimplência do contratado quanto aos encargos traba- tes da Ebserh;
lhistas, fiscais e comerciais não transfere à Ebserh a responsabilida- II- a contratação de terceiros não eximirá de responsabilidade
de por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou dos representantes da Ebserh designados para controlar e fiscali-
restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive zar os contratos, nos limites das informações recebidas do terceiro
perante o Registro de Imóveis. contratado.
§2º Será responsabilizado aquele que proceder com culpa no Art. 162. A empresa contratada deverá indicar preposto, aceito
cumprimento das obrigações previstas neste Regulamento, espe- pela Ebserh, para representá-la durante a execução do contrato.
cialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratu- Parágrafo único. O instrumento convocatório poderá exigir a
ais e legais da prestadora de serviço como empregadora, no caso de manutenção de preposto no local da obra ou do serviço.
serviço com dedicação exclusiva de mão de obra. Art. 163. As atividades de gestão e fiscalização da execução con-
Art. 158. O contratado, na execução do contrato, sem prejuí- tratual competem aos gestores da execução dos contratos, auxilia-
zo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar dos pela fiscalização técnica, administrativa, setorial e pelo público
partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em usuário, conforme o caso, de acordo com as seguintes disposições:
cada caso, pela Ebserh, conforme previsto no edital do certame. I- gestão do contrato: coordenação das atividades relacionadas
§1º A empresa subcontratada deverá atender, em relação ao à fiscalização técnica, administrativa, setorial e pelo público usuá-
objeto da subcontratação, as exigências de qualificação técnica im- rio, bem como dos atos preparatórios à instrução processual e ao
postas ao licitante vencedor. encaminhamento da documentação pertinente à área de acom-
§2º É vedada a subcontratação de empresa ou consórcio que panhamento dos contratos para formalização dos procedimentos
tenha participado: quanto aos aspectos que envolvam a prorrogação, alteração, ree-
I - do procedimento licitatório do qual se originou a contrata- quilíbrio, pagamento, eventual aplicação de sanções, extinção dos
ção; contratos, dentre outros;
II - direta ou indiretamente, da elaboração de Termo de Refe- II- fiscalização técnica: acompanhamento com o objetivo de
rência, Projeto Básico ou Projeto Executivo. avaliar a execução do objeto nos moldes contratados e, se for o
§3º As empresas de prestação de serviços técnicos especializa- caso, aferir se a quantidade, qualidade, tempo e modo da presta-
dos deverão garantir que os integrantes de seu corpo técnico execu- ção dos serviços ou fornecimento de bens estão compatíveis com
tem pessoal e diretamente as obrigações a eles imputadas, quando os indicadores de níveis mínimos de desempenho estipulados no
a respectiva relação for apresentada em procedimento licitatório ato convocatório, para efeito de pagamento conforme o resultado;
ou em contratação direta. III- fiscalização administrativa de contratos com dedicação
Art. 159. Os direitos patrimoniais e autorais de projetos ou ser- exclusiva de mão de obra: acompanhamento dos aspectos admi-
viços técnicos especializados desenvolvidos por profissionais autô- nistrativos da execução dos serviços nos contratos com regime de
nomos ou por empresas contratadas passam a ser propriedade da dedicação exclusiva de mão de obra quanto às obrigações previ-
Ebserh, sem prejuízo da preservação da identificação dos respecti- denciárias, fiscais e trabalhistas, bem como quanto às providências
vos autores e da responsabilidade técnica a eles atribuída. tempestivas nos casos de inadimplemento;
Art. 160. É possível à empresa contratada caucionar ou ceder IV- fiscalização administrativa de contratos de execução indire-
os créditos do contrato, para qualquer operação financeira, desde ta de obras públicas: acompanhamento mensal, por amostragem,
que haja prévia e expressa autorização da unidade contratante da do cumprimento das obrigações trabalhistas, previdenciárias e para
Ebserh. com o FGTS, em relação aos empregados da contratada que efetiva-
mente participarem da execução do contrato;
V- fiscalização administrativa de contratos sobre soluções de
tecnologia da informação e comunicação: acompanhamento dos
aspectos administrativos da execução dos contratos sobre soluções
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de tecnologia da informação quanto à verificação de aderência dos Registro de Preços, compreendendo as atividades de gestão e fis-
recebimentos realizados aos termos do contrato, bem como verifi- calização dos elementos de natureza pré-contratual e das contrata-
cação das regularidades fiscais, trabalhistas e previdenciárias, para ções decorrentes da ata de registro de preços.
fins de pagamento; Parágrafo único. Os elementos pré-contratuais sob gestão e
VI- fiscalização setorial: acompanhamento da execução do con- fiscalização da Equipe de Fiscalização de Ata de Registro de Preços
trato nos aspectos técnicos ou administrativos quando a prestação compreendem, inclusive, a troca ou substituição de marcas e pro-
dos serviços ou fornecimento de bens ocorrer concomitantemente dutos, a manifestação sobre a oportunidade de concessão de ade-
em setores distintos ou em unidades desconcentradas de um mes- são e os impactos sobre eventuais alterações de preços ou cancela-
mo órgão ou entidade; mento da ata, realizados com suporte da área de contratos.
VII- fiscalização pelo público usuário: acompanhamento da Art. 166. A EFC deve promover a abertura de processo adminis-
execução contratual por pesquisa de satisfação junto ao usuário, trativo específico, relacionado ao principal, para consolidar a docu-
com o objetivo de aferir os resultados da prestação dos serviços ou mentação referente à fiscalização contratual, viabilizando a juntada
fornecimento de bens, os recursos materiais e os procedimentos de documentos referentes à execução do contrato.
utilizados pela contratada, quando for o caso, ou outro fator deter- Art. 167. A EFC contará com o suporte das áreas de acompa-
minante para a avaliação dos aspectos qualitativos do objeto; nhamento e de fiscalização administrativa dos contratos, que atu-
VIII- Equipe de Fiscalização do Contrato - EFC: conjunto de co- arão para disseminar boas práticas entre as EFC e para apoiar a
laboradores responsáveis pela gestão e fiscalização contratual, na instituição de controles internos administrativos sobre a gestão e
qualidade de titulares ou substitutos. fiscalização contratual.
Art. 164. A Ebserh designará formalmente a EFC, por ato do §1º Os contratos deverão ser monitorados pelas instâncias in-
Diretor de Administração e Infraestrutura ou do Gerente Adminis- teressadas na organização por intermédio de processos de trabalho
trativo, conforme o caso, podendo conter a indicação de titulares e com incorporação de tecnologia da informação, como:
substitutos para as atividades elencadas. I- sistema eletrônico de processos administrativos, no qual
§1º Somente podem atuar na EFC colaboradores com vínculo ocorrerá a assinatura eletrônica de termos de contratos e demais
direto com a Administração Pública, seja celetista, comissionado ou instrumentos similares;
estatutário, indicados preferencialmente pela unidade requisitante, II- sistema de gestão de contratos, que conterá uma base de
com exceção dos fiscais administrativos. dados dos contratos em execução e deverá permitir ações de trans-
§2º O gestor e os fiscais deverão ser cientificados, expressa- parência ativa de informações e documentos.
mente, da indicação e respectivas atribuições antes da formalização §2º Os contratos devem ser classificados por categoria e sub-
do ato de designação. categoria de compras, conforme tipologia definida pela Administra-
§3º Os substitutos eventualmente designados atuarão nas au- ção Central.
sências e nos impedimentos eventuais e regulamentares dos titu- §3º Deverá haver uma classificação especial de contratos de ar-
lares. rendamento mercantil, cujos reflexos contábeis devem ser monito-
§4º Na ausência, a qualquer título, de gestor e fiscal(ais) do rados pelas áreas de contabilidade, conforme normativo específico.
contrato, as providências de suas alçadas ficarão a cargo da chefia
responsável pela unidade requisitante, que assumirá integralmente SEÇÃO I
as atividades e responsabilidades dos ausentes ou não designados. DO RECEBIMENTO DO OBJETO
§5º É admitida, de forma excepcional e principalmente no caso
de contratações de menor complexidade, a designação de EFC so- Art. 168. O objeto do contrato será recebido, conforme forma-
mente com dois membros, quais sejam, o gestor do contrato titu- lização em termos específicos:
lar e seu substituto, que acumularão todas as competências de EFC I- provisoriamente, pelo fiscal técnico do contrato, para verifi-
previstas neste Regulamento. cação da conformidade com as exigências contratuais;
§6º No caso de aquisições de bens em que haja ordem de for- II- definitivamente, pelo gestor do contrato, após validação dos
necimento com valor superior a R$ 200.000,00 (duzentos mil re- demais integrantes da EFC, quando verificado o atendimento das
ais), a EFC deverá ser formada com pelo menos 3 (três) membros exigências contratuais.
titulares, sendo 1 (um) necessariamente representante da unidade §1º O objeto do contrato poderá ser rejeitado, no todo ou em
requisitante. parte, quando executado em desacordo com o contrato.
§7º Deve ser evitada a designação de integrantes da EFC que §2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui a respon-
acumulem papéis de gestão na organização com maior alçada deci- sabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem
sória, a exemplo de membros da Diretoria Executiva e do Colegiado a responsabilidade ético-profissional pela perfeita execução do con-
Executivo, que podem, conforme o caso, exercer controles internos trato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.
sobre a atuação das EFC sob sua supervisão. §3º Os prazos e os métodos para a realização dos recebimentos
§8º Aplica-se a recomendação do §7º aos dirigentes máximos provisório e definitivo serão definidos em norma ou no contrato.
da Auditoria Interna, da Corregedoria-Geral e da Ouvidoria-Geral, §4º Salvo disposição em contrário constante do instrumento
em razão de suas atividades de apoio à Alta Administração. convocatório, os ensaios, testes e demais provas para aferição da
§9º No caso de contratações por escopo enquadradas nos limi- boa execução do objeto do contrato exigidos por normas técnicas
tes dos incisos I e II do art. 79, é dispensada a designação de EFC, oficiais correm por conta da empresa contratada.
quando o encargo de gestão contratual ficará sob responsabilidade Art. 169. O recebimento definitivo do objeto contratado, repre-
da chefia responsável pela unidade requisitante da contratação. sentando o ateste da execução da despesa, é requisito para a instru-
Art. 165. No caso de formalização de ata de registro de preços, ção do processo de pagamento de despesas contratadas.
é recomendada a designação de Equipe de Fiscalização de Ata de Art. 170. A ocorrência de irregularidade fiscal, trabalhista ou
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de seguridade social da empresa contratada requer a abertura de lidade da contratada.


procedimento de apuração de irregularidade na execução contra- §4º A variação do valor contratual para fazer face a repactu-
tual, mas não autoriza a retenção de pagamentos sobre execução ação ou reajuste de preços previsto no próprio contrato e as atu-
contratual realizada, sob pena de enriquecimento ilícito. alizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes
Parágrafo único. No caso de contratos sobre serviços com de- das condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho
dicação exclusiva de mão de obra ou de contratos de execução de de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor
obras públicas, caso não seja apresentada a documentação com- corrigido, não caracterizam alteração do contrato e podem ser re-
probatória do cumprimento das obrigações trabalhistas, previden- gistrados por termo de apostilamento, dispensada a celebração de
ciárias e para com o FGTS, a Ebserh: aditamento.
I- comunicará o fato à empresa contratada e reterá o pagamen- Art. 172. O reequilíbrio econômico-financeiro do contrato po-
to da fatura mensal, em valor proporcional ao inadimplemento, até derá ocorrer por meio de:
que a situação seja regularizada; I - reajuste em sentido estrito;
II- não havendo quitação das obrigações por parte da contrata- II- repactuação;
da no prazo de quinze dias, a Ebserh poderá efetuar o pagamento III- revisão.
das obrigações diretamente aos empregados da empresa contra- §1º O reajuste em sentido estrito ou a repactuação serão con-
tada que tenham participado da execução dos serviços objeto do cedidos por termo de apostilamento e a revisão será formalizada
contrato, no limite dos valores retidos, situação na qual o sindicato por termo aditivo.
representante da categoria do trabalhador deverá ser notificado §2º O reajuste em sentido estrito pode ser concedido de ofício.
para acompanhar o pagamento das verbas. §3º Para a formalização do reajuste em sentido estrito ou da re-
pactuação não é necessária a concordância da empresa contratada
SEÇÃO II com os cálculos efetuados pela Administração.
DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS §4º A empresa contratada pode interpor recurso administra-
tivo, sem efeito suspensivo, sobre os cálculos efetuados pela Ad-
Art. 171. Os contratos contarão com cláusula que estabeleça a ministração para a concessão de reequilíbrio econômico-financeiro.
possibilidade de alteração, por acordo entre as partes, nos seguin- Art. 173. O reajuste em sentido estrito deve observar os dis-
tes casos: positivos previstos no instrumento convocatório ou, excepcio-
I- quando houver modificação do projeto ou das especifica- nalmente, a combinação de índice para o reajuste, o qual deverá
ções, para melhor adequação técnica aos seus objetivos; ser preferencialmente um índice setorial ou específico, e, apenas
II- quando necessária a modificação do valor contratual em de- na ausência de tal índice, um índice geral, que deverá ser o mais
corrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, conservador possível de forma a não onerar injustificadamente a
nos limites permitidos pelo art. 177; Administração.
III- quando conveniente a substituição da garantia de execução; §1º O reajuste deverá observar o interregno mínimo de um ano
IV- quando necessária a modificação do regime de execução da data limite para apresentação da proposta.
da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face §2º Os reajustes subsequentes respeitarão o interregno míni-
de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais mo de um ano, contado a partir dos efeitos do reajuste anterior.
originários; §3º Caso o contrato possua vigência superior a 12 (doze) me-
V- quando necessária a modificação da forma de pagamento, ses, deverá haver consulta formal ao contratado quanto à possível
por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor renúncia ao direito ao reajuste a cada anualidade, ou redução do
inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com rela- percentual aplicável.
ção ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contra- Art. 174. A repactuação de preços, como espécie de reajuste
prestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; contratual, deverá ser utilizada nas contratações de serviços con-
VI- para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicial- tinuados com regime de dedicação exclusiva de mão de obra, des-
mente entre os encargos do contratado e a retribuição da adminis- de que seja observado o interregno mínimo de um ano da data da
tração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, apresentação da proposta ou da data da última repactuação.
objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro ini- §1º A repactuação pode ser dividida em tantas parcelas quanto
cial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou forem necessárias, podendo ser realizada em momentos distintos
previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou para discutir a variação de custos que tenham sua anualidade resul-
impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força tante em datas diferenciadas, tais como os custos decorrentes da
maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econô- mão de obra, quando deve ser considerada a data do acordo, con-
mica extraordinária e extracontratual. venção ou dissídio coletivo, e os custos decorrentes dos insumos
§1º A criação, a alteração ou a extinção de quaisquer tributos necessários à execução do serviço, quando deve ser considerada a
ou encargos legais, bem como a superveniência de disposições le- data da apresentação da proposta.
gais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, §2º Quando a contratação envolver mais de uma categoria pro-
com comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a fissional, com datas-bases diferenciadas, a repactuação deve ser di-
revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso. vidida em tantas quanto forem os acordos, dissídios ou convenções
§2º Em havendo alteração do contrato que aumente ou reduza coletivas das categorias envolvidas na contratação.
os encargos do contratado, a Ebserh deverá restabelecer, por adita- §3º A repactuação em razão de novo acordo, dissídio ou con-
mento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial. venção coletiva deve repassar integralmente o aumento de custos
§3º É vedada a celebração de aditivos decorrentes de eventos da mão de obra decorrente desses instrumentos, inclusive novos
supervenientes alocados na Matriz de Riscos como de responsabi- benefícios não previstos na proposta original que tenham se torna-
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do obrigatórios por força deles. Art. 176. Desde que cumpridos todos os requisitos próprios
§4º O interregno mínimo de um ano para a primeira repactua- para a concessão de reajuste em sentido estrito, repactuação ou
ção será contado a partir: revisão em momento anterior à assinatura do termo de contrato,
I- da data limite para apresentação das propostas constante do este poderá ser firmado com valores reajustados ou revistos, con-
ato convocatório, em relação aos custos com a execução do serviço forme o caso.
decorrentes do mercado, tais como o custo dos materiais e equipa- Art. 177. O contratado poderá aceitar, nas mesmas condições
mentos necessários à execução do serviço; ou contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem neces-
II- da data do Acordo, Convenção, Dissídio Coletivo de Trabalho sários nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por
ou equivalente vigente à época da apresentação da proposta quan- cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular
do a variação dos custos for decorrente da mão de obra e estiver de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cin-
vinculada às datas-bases destes instrumentos. quenta por cento) para os seus acréscimos.
§5º Nas repactuações subsequentes à primeira, a anualidade §1º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites
será contada a partir da data do fato gerador que deu ensejo à últi- estabelecidos no caput, salvo as supressões resultantes de acordo
ma repactuação. celebrado entre as partes.
§6º A repactuação deve ser precedida de solicitação da con- §2º Se no contrato não houver preços unitários para obras ou
tratada, acompanhada de demonstração analítica da alteração dos serviços, esses serão fixados mediante acordo entre as partes, res-
custos, por meio de apresentação da planilha de custos e formação peitados os limites estabelecidos no caput.
de preços e do novo acordo, convenção ou dissídio coletivo que fun- §3º No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o con-
damenta a repactuação, conforme for a variação de custos objeto tratado já houver adquirido os materiais e posto no local dos tra-
da repactuação. balhos, esses materiais deverão ser ressarcidos pela Ebserh pelos
§7º A Ebserh não se vinculará às disposições contidas em acor- custos de aquisição regularmente comprovados e monetariamente
dos, convenções ou dissídios coletivos de trabalho que tratem de corrigidos, podendo caber indenização por outros danos eventual-
matéria não trabalhista, de pagamento de participação dos traba- mente decorrentes da supressão, desde que regularmente compro-
lhadores nos lucros ou resultados do contratado, ou que estabele- vados.
çam direitos não previstos em lei, como valores ou índices obriga-
tórios de encargos sociais ou previdenciários, bem como de preços CAPÍTULO III
para os insumos relacionados ao exercício da atividade. DAS SANÇÕES E DA RESCISÃO DE CONTRATOS
§8º É vedado à Ebserh se vincular às disposições previstas nos
acordos, convenções ou dissídios coletivos de trabalho que tratem SEÇÃO I
de obrigações e direitos que somente se aplicam aos contratos com DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
a Administração Pública, na qualidade de tomadora de serviços.
§9º Os novos valores contratuais decorrentes das repactuações Art. 178. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Ebserh
terão suas vigências iniciadas da seguinte forma: poderá, garantido o regular processo administrativo, aplicar ao con-
I- a partir da ocorrência do fato gerador que deu causa à repac- tratado as seguintes sanções:
tuação, como regra geral; I - advertência, na forma prevista no instrumento convocatório
II- em data futura, desde que acordada entre as partes, sem ou no contrato;
prejuízo da contagem de periodicidade e para concessão das próxi- II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou
mas repactuações futuras; ou no contrato;
III- em data anterior à ocorrência do fato gerador, exclusiva- III - suspensão temporária de participação em licitação e im-
mente quando a repactuação envolver revisão do custo de mão de pedimento de contratar com a Ebserh, por prazo não superior a 2
obra em que o próprio fato gerador, na forma de Acordo, Conven- (dois) anos.
ção ou Dissídio Coletivo de Trabalho, contemplar data de vigência §1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia presta-
retroativa, podendo esta ser considerada para efeito de compensa- da, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferen-
ção do pagamento devido, assim como para a contagem da anuali- ça, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos
dade em repactuações futuras. pela Ebserh ou cobrada judicialmente.
§10 Os efeitos financeiros da repactuação deverão ocorrer ex- §2º As sanções previstas nos incisos I e III do caput poderão ser
clusivamente para os itens que a motivaram e apenas em relação à aplicadas juntamente com a do inciso II, devendo a defesa prévia do
diferença porventura existente. interessado, no respectivo processo, ser apresentada no prazo de
Art. 175. A revisão deve ser precedida de solicitação da empre- 10 (dez) dias úteis a contar da notificação da instauração do proces-
sa contratada, acompanhada de comprovação: so administrativo para apuração de descumprimento de obrigação
I- dos fatos imprevisíveis ou previsíveis, porém com consequ- contratual.
ências incalculáveis; §3º Deverá ser emitida GRU - Guia de Recolhimento da União
II- da alteração de preços ou custos, por meio de notas fiscais, para pagamento da multa devida pela empresa contratada.
faturas, tabela de preços, orçamentos, notícias divulgadas pela im- §4º Caso não seja identificado o pagamento da GRU sobre a
prensa e por publicações especializadas e outros documentos per- multa, a Administração deverá proceder com o desconto de even-
tinentes, preferencialmente com referência à época da elaboração tuais créditos em benefício da empresa contratada e, caso não exis-
da proposta e do pedido de revisão; tam créditos disponíveis, executar a garantia contratual, restando
III- de demonstração analítica, por meio de planilha de custos possível a cobrança judicial dos valores devidos na hipótese de não
e formação de preços, sobre os impactos da alteração de preços ou quitação da multa após os procedimentos listados.
custos no total do contrato. §5º A sanção de suspensão temporária de participação em li-
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citação e impedimento de contratar poderá também ser aplicada à Art. 184. Constituem motivo para a rescisão unilateral do con-
empresa ou ao profissional que: trato:
I- tenha sofrido condenação definitiva por praticar, por meios I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações,
dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos; projetos ou prazos;
II- tenha praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos II - a decretação de falência ou a instauração de insolvência ci-
da licitação; vil;
III- demonstre não possuir idoneidade para contratar com a Eb- III- o descumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da
serh em virtude de atos ilícitos praticados; Constituição Federal, que proíbe o trabalho noturno, perigoso ou
IV- convocado dentro do prazo de validade da sua proposta ou insalubre a menores de 18 anos e qualquer trabalho a menores de
da vigência da ata de registro de preços, não celebrar o contrato; 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos;
V- deixar de entregar a documentação exigida para o certame; IV- a prática de atos previstos na Lei nº 12.846/2013;
VI - apresentar documentação falsa exigida para o certame; V- a inobservância da vedação ao nepotismo, nos termos do
VII - ensejar o retardamento da execução do objeto da licita- Decreto nº 7.203/2010;
ção; VIII - não mantiver a proposta; VI- a prática de atos que prejudiquem ou comprometam a ima-
IX- falhar ou fraudar na execução do contrato; gem ou reputação das partes, direta ou indiretamente.
X- comportar-se de modo inidôneo, inclusive com a prática de §1º A rescisão decorrente dos motivos acima elencados será
atos lesivos à Administração Pública previstos na Lei nº 12.846/2013. efetivada após o regular processo administrativo.
Art. 179. O atraso injustificado na execução do contrato sujeita- §2º A rescisão unilateral deverá ser precedida de comunicação
rá o contratado a multa de mora, na forma prevista no instrumento escrita e fundamentada da parte interessada e ser enviada à outra
convocatório ou no contrato. parte com antecedência mínima de 90 (noventa) dias.
§1º A aplicação de multa de mora não impedirá que a Ebserh §3º A critério da Ebserh, caso exista risco ao regular funciona-
a converta em compensatória e promova a extinção unilateral do mento da unidade, o prazo referido no parágrafo anterior poderá
contrato com a aplicação cumulada de outras sanções previstas ser reduzido ou ampliado.
neste Regulamento. §4º Os efeitos da rescisão do contrato serão operados a partir
§2º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia presta- da comunicação escrita sobre o julgamento do processo administra-
da, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferen- tivo, preferencialmente por meio eletrônico, ou, na impossibilidade
ça, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos de notificação do interessado, por meio de publicação no Diário
pela Ebserh ou cobrada judicialmente. Oficial da União.
Art. 180. A aplicação de sanções às empresas contratadas, após §5º Caso a imediata solução de continuidade do contrato tra-
o devido processo administrativo, será decidida: ga prejuízos à Ebserh, a comunicação citada no parágrafo anterior
I- na Administração Central, pelo Diretor de Administração e poderá prever que os efeitos da rescisão serão operados em data
Infraestrutura, em primeira instância, e pelo Presidente, em última futura.
instância;
II- nas unidades hospitalares, pelo Gerente Administrativo, em SEÇÃO III
primeira instância, e pelo Superintendente, em última instância. DOS RECURSOS
Parágrafo único. Não serão admitidos recursos hierárquicos de Art. 185. Caberá recurso, no prazo de 10 (dez) dias úteis a con-
sanções administrativas aplicadas pelos Superintendentes. tar da data da comunicação do ato, nos casos de aplicação de san-
Art. 181. No processo administrativo de apuração de indícios ções ou rescisão do contrato.
de irregularidades na execução contratual, a ser regido por norma §1º Os recursos referidos no caput não têm efeito suspensivo,
interna, serão garantidos o contraditório e a ampla defesa, não po- porém a autoridade competente para decidir sobre o recurso tem
dendo o prazo concedido para apresentação de defesa prévia ser poder para, motivadamente e presentes razões de interesse públi-
inferior a 10 (dez) dias úteis. co, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva.
Art. 182. Após o trânsito em julgado do processo, as sanções §2º A comunicação do ato para fins de contagem do prazo re-
administrativas aplicadas pela Ebserh deverão ser registradas e pu- cursal será feita, preferencialmente, na forma eletrônica, desde que
blicadas no SICAF. haja confirmação de recibo por parte da empresa contratada.
Parágrafo único. Quando a sanção aplicada decorrer de Proces-
so Administrativo de Responsabilização - PAR, os dados relativos à SEÇÃO IV
penalidade deverão ser incluídos no Cadastro Nacional de Empre- DOS CRIMES E DAS PENAS
sas Inidôneas e Suspensas - CEIS, de que trata a Lei nº 12.846/2013.
Art. 186. Aplicam-se às licitações e aos contratos regidos por
SEÇÃO II este Regulamento as disposições do Capítulo II-B do Título XI da
DOS CASOS DE RESCISÃO DO CONTRATO Parte Especial do Decreto-Lei nº 2.848/1940 (Código Penal).

Art. 183. A rescisão do contrato se dará: CAPÍTULO IV


I- de forma unilateral, assegurada a prévia defesa com prazo DOS CONVÊNIOS
não inferior a 10 (dez) dias úteis;
II- por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo, Art. 187. Convênio é o instrumento destinado a formalizar a
desde que haja conveniência para a Ebserh e para a empresa con- comunhão de esforços entre a Ebserh e entidades privadas ou pú-
tratada; blicas para viabilizar o fomento ou a execução de atividades na pro-
III- por determinação judicial. moção de objetivos comuns.
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§1º Os seguintes critérios deverão ser cumulativamente obser- e entidades privadas ou públicas, para o atendimento de interesses
vados na formalização dos convênios: recíprocos, sem prejuízo de ser adotado, para o instrumento a ser
I - a convergência de interesses entre as partes; celebrado, nomenclatura prevista em legislação específica, desde
II - a execução em regime de mútua cooperação; que observado, no que couber, o disposto neste Regulamento.
III- o alinhamento com a função social de realização do interes- §4º As disposições do inciso II não se aplicam aos convênios
se coletivo; relacionados a atividades de inovação e pesquisa científica e tecno-
IV- a análise prévia da conformidade do convênio com a política lógica, convênios relacionados a cooperações internacionais ou os
de transações com partes relacionadas; instrumentos formais de contratualização estabelecidos pelos ges-
V- a análise prévia do histórico de envolvimento com corrupção tores de saúde, considerando o seu caráter finalístico.
ou fraude, por parte da instituição beneficiada, e da existência de Art. 189. O planejamento da formalização do convênio deverá
controles e políticas de integridade na instituição; ser acompanhado de adequada instrução processual, composta mi-
VI- a vedação de celebrar convênio com dirigente de partido nimamente de:
político, titular de mandato eletivo, empregado ou administrador I- manifestação de interesse subscrita pela área demandante
da empresa estatal, ou com seus parentes consanguíneos ou afins e aprovada pelo Diretor/Gerente a que estiver vinculada e/ou pela
até o terceiro grau, e também com pessoa jurídica cujo proprietário Presidência/Superintendência, com indicação do objeto pretendi-
ou administrador seja uma dessas pessoas. do;
§2º A formalização do instrumento contemplará documento II- realização de chamamento público para a definição do par-
anexo contendo detalhamento dos objetivos, das metas, resultados tícipe ou apresentação de justificativa para a seleção direta do par-
a serem atingidos, cronograma de execução, critérios de avaliação ceiro;
de desempenho, indicadores de resultados e a previsão de eventu- III- manifestação de interesse do(s) partícipe(s) selecionado (s),
ais receitas e despesas. assinado por autoridade competente;
§3º O prazo do instrumento deve ser estipulado de acordo com IV- plano de trabalho que contemple detalhamento dos objeti-
a natureza e complexidade do objeto, metas estabelecidas e prazo vos, das metas, dos resultados a serem atingidos, do cronograma de
de execução previsto no plano de trabalho. execução e, se aplicável, dos critérios de avaliação de desempenho,
§4º Aos convênios de patrocínio são aplicáveis os parâmetros dos indicadores de resultados e a previsão de eventuais receitas e
acima e as regras próprias previstas no Capítulo I do Título IV. despesas;
§5º Os convênios relacionados às atividades de inovação e V- minuta do instrumento de convênio;
pesquisa científica e tecnológica devem seguir norma específica, VI- manifestação das áreas técnicas envolvidas no ajuste ou em
podendo haver afastamento de dispositivos previstos neste Regu- relação as quais haja pertinência temática com o seu objeto, acerca
lamento, considerando o seu caráter finalístico. dos seus aspectos técnicos;
Art. 188. O procedimento de formalização de convênio obser- VII- parecer técnico (subscrito pela área demandante e apro-
vará as seguintes fases: vado pelo Diretor/Gerente a que estiver vinculada e/ou pela Presi-
I - planejamento da formalização do convênio; dência/Superintendência), que contextualize a parceria pretendida,
II - seleção do convenente; incluindo a demonstração de convergência de interesses entre as
III - gestão do convênio. partes, execução em regime de mútua cooperação e o alinhamento
§1º Aplicam-se, no que couber, as disposições do Título II des- com a função social de realização do interesse coletivo, bem como
te Regulamento ao procedimento de formalização de convênio, em demonstração de que o prazo do instrumento foi estipulado de
especial: acordo com a natureza e complexidade do objeto, metas estabele-
I- respeito à legislação específica e às boas práticas sobre a es- cidas e prazo de execução previsto no plano de trabalho;
pécie de convênio que será celebrada; VIII- juntada aos autos dos atos constitutivos do partícipe e
II- submissão do planejamento da formalização do convênio identificação de seus dirigentes;
à etapa de conformidade administrativa, que será realizada pela IX- análise prévia da conformidade com a Política de Transações
Diretoria de Administração e Infraestrutura, no âmbito da Sede, e com Partes Relacionadas da Ebserh;
pelas Gerências Administrativas no âmbito das filiais, incluindo-se a X- análise prévia do histórico de envolvimento com corrupção
indicação da programação orçamentária que autoriza e viabiliza a ou fraude, por parte da instituição beneficiada, e da existência de
celebração do ajuste, caso ele envolva receitas e despesas; controles e políticas de integridade na instituição;
III- envio do processo administrativo de formalização do convê- XI- declaração de que está sendo observada a vedação de cele-
nio à análise jurídica, na fase de seleção do convenente; brar convênio com dirigente de partido político, titular de mandato
IV- assinatura do convênio nos moldes da assinatura dos ter- eletivo, empregado ou administrador da empresa estatal, ou com
mos de contrato e a publicação de seu extrato no Diário Oficial da seus parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau, e também
União e no Portal da Ebserh, neste último caso juntamente com a com pessoa jurídica cujo proprietário ou administrador seja uma
via assinada do termo de convênio; dessas pessoas.
V- designação de equipe de fiscalização do convênio - EFCONV. TÍTULO IV
§2º A celebração de convênio com entidades privadas deverá DOS MECANISMOS DE POSICIONAMENTO CONCORRENCIAL
ser preferencialmente precedida de chamamento público ou jus-
tificada a escolha direta do parceiro, desde que demonstrado que CAPÍTULO I
atende de forma mais eficaz à necessidade da Ebserh. DO PATROCÍNIO
§3º A denominação convênio, no âmbito da Ebserh, é utilizada
em seu sentido amplo, para abranger todos os instrumentos admi- Art. 190. Para realização de patrocínio, a Ebserh poderá cele-
nistrativos que formalizam a comunhão de esforços entre a estatal brar convênio ou contrato com pessoa física ou jurídica para pro-
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moção de atividades culturais, sociais, esportivas, educacionais e de §1º Para fins deste Regulamento, governança das aquisições
inovação tecnológica, desde que comprovadamente vinculadas ao é a condução dos atores, instituições, estruturas organizacionais,
fortalecimento de sua marca. instrumentos e processos relacionados com a função de compras
§1º O convênio ou contrato de patrocínio celebrado com pes- públicas em direção ao alcance de resultados coletivamente pac-
soas físicas ou jurídicas obedecerá, no que couber, as normas deste tuados e socialmente legitimados, considerando a geração de valor
Regulamento. público, a transparência, o accountability¸ a gestão do conhecimen-
§2º A realização de patrocínio poderá ser regulamentada por to e as dimensões formais e informais dos cenários, ambientes e
normativo específico. arranjos.
Art. 191. O patrocínio de inovação tecnológica tem por objetivo §2º Os colaboradores da Ebserh devem atuar, de forma colabo-
a procura, a descoberta, as experimentações, os desenvolvimentos, rativa, para promover o amadurecimento da governança das aqui-
a imitação ou a adoção de novos produtos, processos, formas de sições na estatal.
organização, metodologias, entre outros, cujo objetivo final possa Art. 194. São objetivos da estratégia de governança das aquisi-
agregar valor à Ebserh. ções da Ebserh:
Parágrafo único. O patrocínio de inovação tecnológica, conside- I- garantir a disponibilidade de estrutura e instituições adminis-
rado uma parceria para a inovação, poderá ser regulamentado por trativas capazes de sustentar a prestação de serviços de apoio ao
normativo específico. ensino e à pesquisa, por intermédio da oferta de assistência à saúde
com qualidade nas unidades hospitalares;
CAPÍTULO II II- viabilizar o planejamento integrado de aquisição de bens e
DA ATIVIDADE FINALÍSTICA E OPORTUNIDADE DE NEGÓCIOS serviços pela Rede Ebserh, fomentando a atuação de compras cen-
tralizadas, com incorporação de estratégia e inteligência de com-
Art. 192. Ressalvado, no que couber, o Capítulo IV - Dos Convê- pras;
nios, este Regulamento não se aplica: III- ampliar a transparência dos planos e atos decisórios relati-
I- à comercialização, prestação ou execução, de forma direta, vos à gestão de bens e serviços;
de produtos, serviços ou obras especificamente relacionados com IV- orientar as ações dos agentes públicos envolvidos nos pro-
o objeto social da Ebserh; cessos de aquisições aos padrões esperados de conduta e integri-
II- aos casos em que a escolha do parceiro esteja associada as dade;
suas características particulares, vinculadas às oportunidades de V- fornecer subsídios para definições de papéis e responsabili-
negócio definidas e específicas, justificada a inviabilidade de proce- dades com o intuito de possibilitar a prestação de contas dos ges-
dimento competitivo; tores.
III- aos contratos de patrocínio de pesquisa clínica; Parágrafo único. A profissionalização dos agentes públicos en-
IV- aos instrumentos formais de contratualização estabelecidos volvidos com as contratações atuará como fundamento para alcan-
com os gestores de saúde, no âmbito da Política Nacional de Aten- ce dos objetivos da estratégia de governança das aquisições, pro-
ção Hospitalar (PNHOSP), cuja finalidade é a contratação de ações movendo ações estratégicas como:
e serviços de saúde ofertados pelas unidades hospitalares da Rede I- estruturação de trilhas de capacitação e de liderança em con-
Ebserh no âmbito do Sistema Único de Saúde, quando serão ob- tratações públicas, desenvolvendo talentos e habilidades em com-
servados regramentos próprios, especialmente as condições esta- pras;
belecidas pela Lei n.º 8.080/1990 e os normativos expedidos pelo II- criação da Jornada Ebserh de Licitações e Contratos, consti-
Ministério da Saúde; tuindo um programa anual de capacitação em logística e compras
V- aos contratos de gestão firmados com as Instituições Fede- públicas, compreendendo rodadas de debates e treinamentos es-
rais de Ensino Superior. pecíficos;
Parágrafo único. Consideram-se oportunidades de negócio a III- desenvolvimento de estudos sobre recrutamento e seleção
que se refere o inciso II do caput, a formação e a extinção de parce- de colaboradores e gestores das áreas diretamente envolvidas com
rias e outras formas associativas, societárias ou contratuais, a aqui- contratações com base nas diretrizes e objetivos da estratégia de
sição e a alienação de participação em sociedades e outras formas governança das aquisições.
associativas, societárias ou contratuais e as operações realizadas no
âmbito do mercado de capitais, respeitada a regulação pelo respec- CAPÍTULO I
tivo órgão competente. DA CENTRALIZAÇÃO DAS COMPRAS

TÍTULO V Art. 195. A Ebserh divulgará sua Política de Compras Centrali-


DA GOVERNANÇA DAS AQUISIÇÕES zadas, contendo seu modelo de atuação voltado ao estímulo das
Art. 193. A Diretoria Executiva e os Colegiados Executivos são compras conjuntas, com o intuito de viabilizar a captura de ganhos
re de eficiência operacional, como redução de custos e garantia de
sponsáveis pela governança das aquisições e devem implemen- abastecimento de suas unidades.
tar processos e estruturas, inclusive de gestão de riscos e controles Parágrafo único. Para fins deste Regulamento, as compras cen-
internos, para avaliar, direcionar e monitorar os processos licitató- tralizadas são compras nas quais são agregadas, por um ponto focal,
rios e os respectivos contratos, com o intuito de alcançar os obje- informações, expertise, recursos ou volumes de compras de unida-
tivos deste Regulamento e promover um ambiente íntegro e confi- des da Rede Ebserh com o intuito de aprimorar suas performances,
ável, assegurar o alinhamento das contratações ao planejamento em substituição aos métodos desconexos pelos quais cada unidade
estratégico e às leis orçamentárias e promover eficiência, efetivida- adquire individualmente o bem ou serviço requisitado.
de e eficácia em suas contratações. Art. 196. Cabe à Administração Central da Ebserh conduzir
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compras centralizadas para firmar instrumentos conjuntos de con- pras centralizadas, entre outros: I - contratos centralizados de exe-
tratação, bem como autorizar a condução de etapas do processo de cução centralizada;
compras centralizadas por unidade hospitalar pertencente à estatal. II - contratos centralizados de execução descentralizada;
Parágrafo único. As unidades hospitalares podem articular en- III - atas de registro de preços;
tre si a condução de processos de compras centralizadas em caráter IV - Acordos-Quadro, Contratos-Marco e Mercado Eletrônico.
regional, ficando a unidade gerenciadora responsável por informar
seu andamento à Administração Central. CAPÍTULO II
Art. 197. Compete às Superintendências das unidades hospita- DO PLANO ANUAL DE COMPRAS
lares a prática dos seguintes atos de gestão de compras centraliza-
das no âmbito da unidade hospitalar, objetivando a racionalização Art. 199. O Plano Anual de Compras - PAC é o documento que
de procedimentos e o melhor uso do poder de compra da empresa: materializa o plano anual de aquisições da Unidade Gestora.
I- apoiar e participar dos processos de compras centralizadas §1º A condução do processo de elaboração do PAC deve con-
conduzidos pela Administração Central ou por unidade responsável tar com participação das unidades requisitantes dos bens e servi-
pela realização de compra regional; ços contratados e das gestoras e responsáveis pelas categorias de
II- disponibilizar equipe técnica para formação de grupos de compras.
padronização de especificações e de análises técnicas durante os §2º O PAC deve ser aprovado pela Diretoria Executiva, no âmbi-
procedimentos de contratação, fomentando o uso do conhecimen- to da Administração Central, ou pelo Colegiado Executivo, no caso
to técnico disponível na rede; das unidades hospitalares.
III- encaminhar, quando solicitado, os dados sobre suas aquisi- §3º Os PAC devem ser publicados e mantidos atualizados no
ções para viabilizar a consolidação da demanda da rede, se respon- Portal da Ebserh, com o intuito de fomentar a atuação de compras
sabilizando pelas informações prestadas, as quais serão utilizadas conjuntas na aquisição de bens e serviços estratégicos, consideran-
para balizar os itens a serem adquiridos; do possíveis ganhos de escala, mitigação de riscos de desabaste-
IV- acompanhar o andamento dos processos de contratação, cimento dos estoques e padronização das especificações técnicas
prestando apoio às equipes da Administração Central ou de unida- com garantia de qualidade.
de responsável pela realização de compra regional quando solici- §4º Cabe à Superintendência, no caso das unidades hospita-
tado; lares, e à Vice-Presidência, no âmbito da Administração Central, o
V- promover o uso consciente dos recursos disponíveis e uma acompanhamento periódico da execução do plano, submetendo ao
gestão de demandas efetiva, capaz de estabelecer previsibilidade colegiado responsável por sua aprovação qualquer necessidade de
e adequabilidade na gestão dos insumos da unidade, facilitando a correção de desvios.
construção da demanda consolidada das compras centralizadas; Art. 200. O PAC deverá conter:
VI- mobilizar e fomentar a integração das equipes finalísticas e I- definição de unidades requisitantes dos bens e serviços, com
administrativas, garantindo a retroalimentação do ciclo de gestão base na distribuição das competências sobre as categorias de com-
de recursos logísticos e a exploração do potencial técnico disponível pras;
na unidade no apoio às compras centralizadas; II- estudo dos tempos médios de processamento das deman-
VII- avaliar, previamente à abertura de procedimento de con- das de aquisição entre o planejamento da contratação e a disponi-
tratação a ser conduzido pela unidade hospitalar, a existência de bilização do contrato para a execução, com diferenciação de fases e
processo de compra centralizada no qual a demanda da unidade de formatos de seleção de fornecedor;
está inserida, somente autorizando sua continuidade caso haja jus- III- materialização do planejamento anual, contendo, para cada
tificava nos autos, evitando duplicidade de cobertura de contrato contratação pretendida:
ou de outro instrumento obrigacional e consequente frustração da a)descrição sucinta do objeto, com quantidades estimadas de
demanda centralizada; itens;
VIII- priorizar as aquisições dos itens registrados pelas compras b)justificativa resumida da necessidade;
centralizadas, compreendendo a oportunidade de promover conti- c)valor estimado, obtido em verificação preliminar dos preços
nuidade e credibilidade aos processos centralizados. dos bens e serviços, não se confundindo com a pesquisa de preços
§1º As Superintendências podem promover a aquisição de conduzida no planejamento da contratação;
itens em contratações locais cujos preços sejam inferiores aos de d)identificação das unidades requisitantes;
compra centralizada com participação da unidade hospitalar, des- e)indicação do formato de seleção de fornecedor provável;
de que informem o feito à unidade gerenciadora da contratação f)data estimada para início de execução do contrato, conforme
e apoiem a identificação das razões pelas quais o preço obtido na expectativa inicial;
compra local foi inferior, subsidiando a reavaliação da inclusão da g)data na qual os documentos sobre o planejamento da con-
demanda da unidade nos próximos ciclos de planejamento da con- tratação devem ser recebidos na área de compras, com base nos
tratação e evitando uma nova frustração da demanda. tempos médios de processamento dos processos;
§2º Na análise da vantajosidade para realização de contrata- h)programa/ação suportado(a) pela aquisição;
ções locais, além do preço do produto ou serviço, deverão ser ava- i)objetivo(s) estratégico(s) apoiado(s) pela aquisição.
liados os custos administrativos decorrentes da instrução de pro- Art. 201. O PAC deve, sempre que possível, ser integrado aos
cesso de contratação independente. instrumentos de planejamento orçamentário, viabilizando uma ges-
§3º A permissão de contratações locais descrita no §1º não se tão integrada do custeio e dos investimentos da Unidade Gestora.
aplica a eventual reedição ou prorrogação quando o objeto de con-
tratação constar do planejamento de compras centralizadas.
Art. 198. São instrumentos obrigacionais de suporte às com-
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CAPÍTULO III IV - ações de divulgação, conscientização e capacitação.


DA LOGÍSTICA SUSTENTÁVEL Art. 205. As práticas de sustentabilidade, responsabilidade so-
cial e racionalização do uso de materiais e serviços deverão abran-
Art. 202. As unidades da Ebserh devem adotar os seguintes ger, no mínimo, os seguintes temas:
atos de logística sustentável com reflexo em seus procedimentos I- material de consumo compreendendo, pelo menos, papel
de contratação: para impressão, copos descartáveis e cartuchos para impressão;
I- adotar práticas de racionalização com o objetivo de melhoria II- energia elétrica;
da qualidade do gasto público e contínua busca por economicidade III- água e esgoto;
e primazia na gestão dos processos; IV- coleta seletiva;
II- adotar práticas de sustentabilidade com o objetivo de cons- V- qualidade de vida no ambiente de trabalho;
truir um novo modelo de cultura institucional visando à inserção VI- compras e contratações sustentáveis, compreendendo,
de critérios de sustentabilidade nas atividades e contratações da pelo menos, obras, equipamentos, serviços de processamento de
unidade; roupas, de nutrição, de vigilância, de limpeza, de telefonia, de pro-
III- coordenar o fluxo de materiais, de serviços e de informa- cessamento de dados, de apoio administrativo e de manutenção
ções, do fornecimento ao desfazimento, considerando a proteção predial e de equipamentos, contemplando-se inclusive as respon-
ambiental, a justiça social e o desenvolvimento econômico equili- sabilidades do fornecedor pelo recolhimento e descarte do material
brado; utilizado;
IV- implementar estratégias que garantam a padronização dos VII- deslocamento de pessoal, considerando todos os meios de
processos de trabalho, como a implantação de protocolos assisten- transporte, com foco na redução de gastos e de emissões de subs-
ciais, procedimentos operacionais padrão e fluxos padronizados, tâncias poluentes.
visando à redução de custos e o desenvolvimento das dimensões Art. 206. Os PLS deverão ser formalizados em processos e, para
da qualidade; cada tema, deverão ser criados Planos de Ação com os seguintes
V- elaborar Plano de Gestão de Logística Sustentável - PLS no tópicos:
âmbito da unidade, instruindo e designando Comitê Gestor do Pla- I- objetivo do Plano de Ação;
no de Gestão de Logística Sustentável - CGPLS; II- detalhamento de implementação das ações;
VI- relatar à Administração Central da Ebserh as boas práticas III- unidades e áreas envolvidas pela implementação de cada
realizadas sob a diretriz da gestão sustentável para subsidiar a ela- ação e respectivos responsáveis;
boração do relatório anual de sustentabilidade da empresa. IV - metas anuais a serem alcançadas para cada ação;
Art. 203. O PLS é uma ferramenta de planejamento com obje- V- cronograma de implantação das ações;
tivos e responsabilidades definidas, ações, metas, prazos de execu- VI- previsão de recursos financeiros, humanos, instrumentais,
ção e mecanismos de monitoramento e avaliação, que permite à entre outros, necessários para a implementação das ações.
unidade estabelecer práticas de sustentabilidade, responsabilidade Art. 207. Deverão ser observadas as orientações e boas práticas
social e racionalização de gastos e processos. de gestão do PLS socializadas pelo Poder Executivo Federal.
§1º A condução do processo de elaboração do PLS deve contar
com participação multidisciplinar e cabe a cada CGPLS. CAPÍTULO IV
§2º O PLS deve ser aprovado pela Diretoria Executiva, no âm- DA GESTÃO DE RISCOS DO PROCESSO DE CONTRATAÇÃO
bito da Administração Central, e no Colegiado Executivo, no âmbito
das unidades hospitalares. Art. 208. O Plano de Gestão de Riscos nas Aquisições - PGRA
§3º Os PLS devem ser publicados no Portal da Ebserh. é resultado da avaliação sistemática e periódica dos processos de
§4º Cabe a cada CGPLS o acompanhamento periódico da exe- trabalho de contratação, em ambiente colaborativo e pela busca da
cução do plano, sendo os resultados consolidados e submetidos ao melhoria contínua, aumentando a probabilidade de alcance dos ob-
colegiado responsável por sua aprovação. jetivos da Ebserh e reduzindo os riscos a níveis aceitáveis.
§5º O CGPLS será instituído e conduzido pelas seguintes unida- §1º Cabe à Diretoria de Administração e Infraestrutura apoiar a
des organizacionais: elaboração do PGRA da Rede Ebserh, com visão integrada dos desa-
I- na Administração Central: instituição pela Diretoria de Admi- fios, instituindo Plano de Ação para tratamento dos riscos comparti-
nistração e Infraestrutura e condução pelo Serviço de Administra- lhados, que deverão ser aprovados pela Diretoria Executiva.
ção da Sede, com apoio das demais áreas que suportam o funciona- §2º O PGRA deve ser reavaliado a cada dois anos, consolidando
mento da sede da empresa; as lições aprendidas pelo Plano anterior e propondo novas ações de
II- nas unidades hospitalares: instituição pela Superintendên- enfrentamento aos riscos persistentes.
cia e condução pela Divisão de Logística e Infraestrutura Hospitalar, §3º Cada Unidade Gestora pode elaborar um PGRA próprio, ali-
com apoio das demais áreas que suportam o funcionamento da uni- nhado ao da Rede Ebserh, resultado de reflexão participativa dos
dade hospitalar. colaboradores, de forma a transparecer sua estratégia interna de
Art. 204. O PLS deverá conter, no mínimo: gestão de riscos, que deverá ser aprovado por seu Colegiado Exe-
I- atualização do inventário de bens e materiais da unidade e cutivo.
identificação de similares de menor impacto ambiental para subs- Art. 209. O PGRA deverá se materializar em um Mapa de Ris-
tituição; cos contendo, no mínimo, as atividades previstas no art. 32 deste
II- práticas de sustentabilidade, responsabilidade social e de ra- Regulamento.
cionalização do uso de materiais e serviços; Art. 210. O PGRA da Rede Ebserh deve ser atualizado para re-
III- responsabilidades, metodologia de implementação e ava- fletir o apetite a risco definido pela Diretoria Executiva, permitindo
liação do plano; o desenvolvimento de uma visão de riscos de forma consolidada.
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Parágrafo único. A elaboração do PGRA da Rede Ebserh deverá Art. 216. Nas contratações com valores acima de R$
seguir as rotinas preconizadas pela Política de Gestão de Riscos e 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), o instrumento convo-
Controles Internos. catório deverá prever a obrigatoriedade de implantação de progra-
ma de integridade pela empresa vencedora do certame, no prazo
CAPÍTULO V de 6 (seis) meses, contado a partir da formalização do contrato.
DA TRANSPARÊNCIA ATIVA Parágrafo único. A existência prévia de programa de integri-
dade na empresa vencedora do certame, seguida de apresentação
Art. 211. Os atos praticados nos processos de contratação são sobre sua construção, seus dispositivos e seus resultados no prazo
públicos, ressalvadas as hipóteses de informações cujo sigilo seja citado no caput, supre o requisito deste Regulamento.
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, na forma da Art. 217. A Ebserh divulgará Política de Classificação de Contra-
lei. tos por Riscos de Fraude e Corrupção, visando a classificação dos
§1º A publicidade será diferida: contratos firmados conforme seu grau de exposição aos riscos de
I- quanto aos documentos do planejamento da contratação, fraude e corrupção, permitindo o estabelecimento de controles in-
até a publicação do instrumento convocatório ou da ratificação da ternos específicos por tipo de contrato.
contratação direta; Art. 218. Serão instituídos controles internos para evitar a ocor-
II- quanto ao orçamento estimado da contratação, até o encer- rência de contratações com preços inadequados, caracterizados
ramento da etapa de julgamento de propostas; como:
III- quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva aber- I- sobrepreço, quando os preços contratados são expressiva-
tura. mente superiores aos preços referenciais de mercado, podendo re-
§2º Os órgãos de controle interno e externo terão acesso ir- ferir-se ao valor unitário de um item, se a licitação ou a contratação
restrito aos processos de contratação, em qualquer fase ou etapa. for por preços unitários, ou ao valor global do objeto, se a licitação
Art. 212. As seguintes informações referentes às contratações, ou a contratação for por preço global ou por empreitada;
bem como a eventual íntegra de documentos ou dos processos ad- II- superfaturamento, quando houver dano ao patrimônio da
ministrativos que os fundamentaram, serão divulgadas no Portal da Ebserh caracterizado, por exemplo:
Ebserh: a)pela medição de quantidades superiores às efetivamente
I - mecanismos de participação de interessados, como audiên- executadas ou fornecidas;
cia e consulta públicas; b)pela deficiência na execução de obras e serviços de engenha-
II - editais de licitação e de chamamento público de propostas ria que resulte em diminuição da qualidade, da vida útil ou da segu-
para contratação direta; rança das instalações;
III- resultados de licitações e das contratações diretas, conten- c)alterações no orçamento de obras e de serviços de engenha-
do preços unitários e quantitativos; ria que causem o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato
IV- contratos, atas de registro de preços, convênios e instru- em favor da empresa contratada;
mentos congêneres firmados, bem como suas alterações e resci- d)outras alterações de cláusulas financeiras que gerem recebi-
sões; mentos contratuais antecipados sem justificativas adequadas, dis-
V- pagamentos efetuados sobre os contratos firmados; torção do cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada
VI- dados sobre colaboradores terceirizados disponibilizados do prazo contratual com custos adicionais para a Ebserh ou reajuste
por contratos de prestação de serviços com dedicação exclusiva de irregular de preços.
mão de obra, respeitada a legislação referente à proteção de dados Art. 219. É vedada aos agentes públicos envolvidos nas fases de
pessoais; Planejamento da Contratação e de Seleção de Fornecedor a prática
Parágrafo único. As informações constantes do inciso III serão de atos que frustrem o objetivo da contratação, a exemplo de:
disponibilizadas com a publicação de link de acesso a portal de I- admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos que praticar, situ-
compras e as dos incisos IV, V e VI do caput serão disponibilizadas ações que:
por intermédio de sistema de informação. a)comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo
Art. 213. A relação das aquisições de bens efetivadas será pu- do processo licitatório inclusive nos casos de participação de socie-
blicada pela área de licitações, semestralmente, no Portal da Eb- dades cooperativas;
serh, contendo as seguintes informações: b)estabeleçam preferências ou distinções em razão da natu-
I - identificação do bem comprado, de seu preço unitário e da ralidade, da sede ou do domicílio dos licitantes, sem justificativas
quantidade adquirida; robustas;
II - nome do fornecedor; c)sejam impertinentes ou irrelevantes para o objeto específico
III - valor total de cada aquisição. do contrato.
II- estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial,
CAPÍTULO VI legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra entre empresas
DA INTEGRIDADE E DOS MECANISMOS ANTICORRUPÇÃO brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, mo-
dalidade e local de pagamento, mesmo quando envolvido financia-
Art. 214. Os agentes públicos envolvidos nas contratações ob- mento de agência internacional;
jeto deste Regulamento respeitarão as políticas de ética e integri- III- opor resistência injustificada ao andamento dos processos
dade da Ebserh, como Código de Ética e Programa de Integridade. e, indevidamente, retardar ou deixar de praticar ato de ofício, ou
Art. 215. Os termos de contrato firmados pela Ebserh devem praticá-lo contra disposição expressa em lei.
conter cláusulas antinepotismo e anticorrupção, estando as even- Art. 220. É vedada aos agentes públicos envolvidos na fase de
tuais infrações cometidas sujeitas à apuração de responsabilidade. Gestão do Contrato a prática de atos de ingerência na administra-
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ção da empresa contratada, a exemplo de: cionais de que trata o caput para um de seus membros, que atuará
I- possibilitar ou dar causa a atos de subordinação, vinculação de forma monocrática, respeitada a definição de valor como limite
hierárquica, prestação de contas, aplicação de sanção e supervisão de alçada.
direta sobre os empregados da empresa contratada; §2º A aprovação prévia citada no caput pode ocorrer no iní-
II- exercer o poder de mando sobre os empregados da empre- cio da fase de Seleção de Fornecedor ou antes da formalização dos
sa contratada, devendo reportar-se somente aos prepostos ou res- contratos, termos aditivos e convênios que constituam ônus, obri-
ponsáveis por ela indicados, exceto quando o objeto da contratação gações ou compromissos para a Ebserh.
previr a notificação direta para a execução das tarefas previamente
descritas no contrato de prestação de serviços para a função espe- CAPÍTULO VIII
cífica, tais como nos serviços de recepção, apoio administrativo ou DO MODELO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA
ao usuário;
III- direcionar a contratação de pessoas para trabalhar nas em- Art. 224. O Modelo de Gestão Administrativa da Ebserh - MGAE
presas contratadas; é o caderno de processos e práticas contendo os fluxos processuais,
IV- promover ou aceitar o desvio de funções dos trabalhadores manuais de trabalho e modelos de documentos padronizados rela-
da empresa contratada, mediante a utilização destes em atividades cionados aos procedimentos de formalização de demanda, planeja-
distintas daquelas previstas no objeto da contratação e em relação mento de contratação, seleção de fornecedor e gestão e fiscalização
à função específica para a qual o trabalhador foi contratado; de contratos administrativos.
V- considerar os trabalhadores da empresa contratada como §1º Cabe à Diretoria de Administração e Infraestrutura o papel
colaboradores eventuais da própria unidade responsável pela con- de facilitador na construção coletiva e revisão periódica do MGAE,
tratação, especialmente para efeito de concessão de diárias e pas- cuja implementação é de responsabilidade de cada Unidade Ges-
sagens; tora.
VI- definir o valor da remuneração dos trabalhadores da em- §2º Cabe à Diretoria Executiva a aprovação do MGAE.
presa contratada para prestar os serviços, salvo nos casos específi-
cos em que se necessitam de profissionais com habilitação/experi- TÍTULO VI
ência superior a daqueles que, no mercado, são remunerados pelo DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
piso salarial da categoria, desde que justificadamente;
VII- conceder aos trabalhadores da empresa contratada direi- Art. 225. A Ebserh editará normativos internos para o detalha-
tos típicos de empregados e servidores públicos, tais como recesso, mento dos procedimentos disciplinados por este regulamento, bem
ponto facultativo, dentre outros. como manuais, com o objetivo de uniformizar procedimentos e di-
Art. 221. É vedada às empresas contratadas a contratação, vulgar eventuais recomendações de órgãos de controle.
como prestador de serviço terceirizado, de cônjuge, companheiro §1º Enquanto não houver a publicação dos normativos citados
ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro no caput, deverão ser observadas as normatizações federais perti-
grau, de dirigente da unidade contratante ou de agente público que nentes ao respectivo tema, em especial as Instruções Normativas
desempenhe funções em qualquer fase da contratação, nos termos do Ministério da Economia, no que não conflitar com as disposições
do Decreto n.º 7.203/2010. deste Regulamento.
Art. 226. Será editado normativo interno para reger a disponi-
CAPÍTULO VII bilização, concessão, aplicação, utilização e prestação de contas de
DOS LIMITES DE ALÇADA aquisições via adiantamento por Suprimento de Fundos, as quais
deverão preferencialmente ocorrer por intermédio de Cartão de
Art. 222. Os níveis de alçada decisória e tomada de decisão Pagamento do Governo Federal.
para aplicação dos procedimentos deste Regulamento são estabe- Art. 227. Aplicam-se às licitações as disposições sobre direito
lecidos em normativo interno da Ebserh, com observância das se- de preferência constantes dos artigos 42 a 49 da Lei Complementar
guintes premissas: nº 123/2006.
I- as competências serão estabelecidas, preferencialmente, de Art. 228. Aplica-se a Lei Complementar nº 182/2021 na con-
forma colegiada; tratação de pessoas físicas ou jurídicas, isoladamente ou em con-
II- os níveis de alçada serão definidos considerando-se os valo- sórcio, para o teste de soluções inovadoras por elas desenvolvidas
res envolvidos e a modalidade da contratação, com regras diferen- ou a ser desenvolvidas, com ou sem risco tecnológico, por meio de
ciadas para as licitações, as contratações diretas e as situações de licitação na modalidade especial regida por essa Lei Complementar.
oportunidade de negócios, conforme seja a necessidade de contro- Parágrafo único. No caso das contratações previstas no caput,
le identificada; os dispositivos deste Regulamento serão aplicados de forma subsi-
III- o regime de alçadas será submetido para aprovação da Di- diária, no que couber.
retoria Executiva, conforme as definições do Conselho de Adminis- Art. 229. Os colaboradores não podem recusar os encargos de
tração. integrante de EPC, de agente de licitação, de gestor e fiscal de con-
Art. 223. Compete à Diretoria Executiva, no âmbito da Admi- trato e de quaisquer outros papéis previstos neste Regulamento,
nistração Central, e o Colegiado Executivo, no âmbito da unidade devendo haver a exposição ao superior hierárquico das deficiências
hospitalar, o exame e a aprovação prévia dos contratos, termos adi- e limitações técnicas que possam dificultar o diligente cumprimen-
tivos e convênios que constituam ônus, obrigações ou compromis- to do exercício de suas atribuições, se for o caso.
sos para a Ebserh. Parágrafo único. Ocorrendo a situação de que trata o caput,
§1º O colegiado competente pode, por decisão unânime, dele- a Ebserh deverá providenciar a qualificação do colaborador para o
gar a competência de exame e aprovação dos instrumentos obriga- desempenho das atribuições, conforme a natureza e complexidade
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do objeto, ou designar outro colaborador com a qualificação reque- §3º No caso de eventual rescisão contratual antecipada de con-
rida. tratação regida pela Lei nº 8.666/1993, caso haja risco de paralisa-
Art. 230. Os colaboradores envolvidos nos procedimentos disci- ção das atividades da unidade, é permitida a condução de procedi-
plinados por este Regulamento deverão, nos limites das respectivas mento de contratação de remanescente, prevista no art. 79, inciso
atribuições, prestar informações com vistas a subsidiar manifesta- VI, desde que seguido o rito de compatibilização de legislações, a
ções no âmbito de ações judiciais, representações junto ao Tribunal exemplo do previsto no art. 90, §1º a 3º.
de Contas da União, inquéritos administrativos, notificações, pe- §4º É facultada a aplicação, no que couber, de disposições des-
tições, solicitações de auditoria ou ouvidoria e de procedimentos te Regulamento aos procedimentos citados no §1º, desde que não
análogos, atuando de modo cooperativo e responsável. haja reflexo na isonomia das respectivas fases de Seleção de For-
Art. 231. As despesas realizadas sem o devido processo de necedor.
contratação, nos termos dos normativos da Ebserh, deverão ser Art. 234. Fica revogado o Regulamento de Licitações e Contra-
quitadas por meio de reconhecimento ou confissão de dívida, após tos da Ebserh, versão 1.1, aprovado na 94ª Reunião do Conselho de
aprovação do Presidente, no âmbito da Administração Central, e do Administração.
Superintendente, no âmbito da unidade hospitalar. Art. 235. Este Regulamento entra em vigor em 1º de julho de
§1º A apuração da legitimidade da despesa deverá ocorrer em 2022.
processo administrativo específico que inclua relatório conclusivo
no qual conste, no mínimo: ANEXO I
I - o nome do credor e o valor do débito; DO GLOSSÁRIO DE ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
II - o histórico dos fatos;
III- a apresentação das justificativas para a realização da des- Ficam definidos os seguintes conceitos, para fins deste Regu-
pesa; lamento:
IV- a verificação sobre se o valor a ser pago está em conformi- I- Anteprojeto de Engenharia: peça técnica com todos os sub-
dade com os praticados pelo mercado; sídios necessários à elaboração do Projeto Básico, contendo os
V- a existência de atesto do efetivo recebimento dos bens ou da elementos técnicos que permitam a caracterização da obra ou do
prestação de serviços. serviço e a elaboração e comparação, de forma isonômica, das pro-
§2º Aprovado o reconhecimento ou confissão da dívida, deverá postas a serem ofertadas pelos particulares;
ser solicitada ao fornecedor a Nota Fiscal, bem como os documen- II- Área de acompanhamento dos contratos: unidade organiza-
tos que atestem a sua regularidade fiscal e trabalhista, nos termos cional responsável pela formalização e acompanhamento dos con-
deste Regulamento. tratos, representada conforme o arquétipo da unidade:
§3º O processo administrativo de reconhecimento ou confissão a)Administração Central: Serviço de Contratos e Atas;
dívida deverá ser instruído com declaração de disponibilidade orça- b)Hospital Tipo I, II e III: Unidade de Contratos;
mentária que ateste a existência de recursos orçamentários dispo- c)Hospital Tipo IV: Unidade de Licitações e Contratos.
níveis para cobertura das despesas realizadas. III- Área administrativa: unidade organizacional responsável
§4º Os colaboradores que deram causa ao reconhecimento ou pela supervisão do macroprocesso de contratações, representada
confissão de dívida ficam sujeitos à responsabilização por ilegali- conforme o arquétipo da unidade:
dades, irregularidades ou ainda por eventuais danos ou prejuízos a)Administração Central: Coordenadoria de Administração;
sofridos pela Ebserh. b)Hospital Tipo I, II, III e IV: Setor de Administração.
Art. 232. Na contagem dos prazos estabelecidos neste Regula- IV- Área de compras: unidade organizacional responsável pela
mento, exclui-se o dia do início e inclui-se o do vencimento. conformidade administrativa sobre o processo de planejamento de
Parágrafo único. Os prazos se iniciam e expiram exclusivamente contratação, representada conforme o arquétipo da unidade:
em dia útil da localidade da unidade da Ebserh responsável pela a)Administração Central: Serviço de Compras e Licitações;
contratação. b)Hospital Tipo I: Unidade de Planejamento de Compras;
Art. 233. Aplicam-se as regras deste Regulamento aos pro- c)Hospital Tipo II e III: Unidade de Compras e Licitações;
cedimentos licitatórios e de contratações que tenham sido inicia- d)Hospital Tipo IV: Unidade de Licitações e Contratos.
dos após sua entrada em vigor, permanecendo regidas pela Lei nº V- Área de contabilidade: unidade organizacional responsável
8.666/1993, pela Lei nº 14.133/2021 ou regulamentos anteriores as pela operacionalização de procedimentos contábeis, representada
demais contratações celebradas sob a égide desses normativos, até conforme o arquétipo da unidade:
sua completa finalização, inclusive eventuais prorrogações. a)Administração Central: Serviço de Contabilidade;
§1º Aplicam-se as regras da versão anterior do Regulamento b)Hospital Tipo I, II, III e IV: Setor de Contabilidade.
de Licitações e Contratos, aprovado na 94ª Reunião do Conselho de VI- Área de fiscalização administrativa dos contratos: unidade
Administração, às contratações em andamento que tiverem, até a organizacional responsável pela fiscalização administrativa dos con-
entrada em vigor deste Regulamento, a respectiva versão final do tratos, representada conforme o arquétipo da unidade:
Termo de Referência ou do Projeto Básico devidamente aprovada a)Administração Central: Serviço de Contratos e Atas;
pela autoridade competente. b)Hospital Tipo I, II e III: Unidade de Fiscalização Administrativa
§2º As contratações em andamento que, na data de entrada de Contratos;
em vigor deste Regulamento, ainda não tiverem a respectiva ver- c)Hospital Tipo IV: Unidade de Licitações e Contratos.
são final do Termo de Referência ou do Projeto Básico devidamente VII- Área de desenvolvimento de pessoas: unidade organiza-
aprovada pela autoridade competente, deverão ser adequadas a cional responsável pelo planejamento e gestão das ações de trei-
este Regulamento, sem prejuízo dos atos praticados que puderem namento e capacitação dos colaboradores da Ebserh, representada
ser aproveitados, desde que não haja conflito com o disposto neste. conforme o arquétipo da unidade:
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a)Administração Central: Serviço de Capacitação e Avaliação de cos, TR ou PB, estudo de mercado, pesquisa de preços, realização
Desempenho; de análises técnicas, além de outras atividades necessárias à instru-
b)Hospital Tipo I, II e III: Unidade de Desenvolvimento de Pes- ção do processo de compra;
soas; XX- Equipe Técnica de Suporte à Equipe de Planejamento da
c)Hospital Tipo IV: Divisão de Gestão de Pessoas. Contratação: equipe responsável por incorporar conhecimentos
VIII- Área de licitações: unidade organizacional responsável técnicos à contratação, por intermédio de prestação de suporte à
pela condução da fase de Seleção de Fornecedor, representada con- Equipe de Planejamento da Contratação, compreendida principal-
forme o arquétipo da unidade: mente por representantes das áreas demandantes e/ou áreas fina-
a)Administração Central: Serviço de Compras e Licitações; lísticas da organização;
b)Hospital Tipo I, II e III: Unidade de Licitações; XXI- Estratégias de compras: definição do formato mais ade-
c)Hospital Tipo IV: Unidade de Licitações e Contratos. quado de uma contratação, resultante de um processo estruturado
IX- Área de tecnologia da informação: unidade organizacional envolvendo análise sistêmica da situação atual; diagnóstico e análi-
responsável pela gestão de tecnologia da informação, representada se dos gastos; mapeamento da base de fornecedores; entendimen-
conforme o arquétipo da unidade: to dos processos e competências; avaliação dos cenários externo
a)Administração Central: Diretoria de Tecnologia da Informa- e interno e implantação de processos colaborativos entre equipes
ção; internas multidisciplinares e fornecedores;
b)Hospital Tipo I, II, III e IV: Setor de Tecnologia da Informação XXII- Gerenciamento de Riscos: processo de identificação, aná-
e Saúde Digital. lise, avaliação e tratamento de riscos, aplicado ao procedimento de
X- Câmara Técnica de Padronização Nacional: colegiado respon- contratação como forma de garantir o alcance dos objetivos institu-
sável, no âmbito de toda a Rede Ebserh, por desenvolver, guardar cionais, materializado no documento denominado Mapa de Riscos;
e promover a padronização das especificações técnicas de catego- XXIII- Gestora de categoria ou subcategoria de compras: uni-
rias de compras, interagindo com as comissões de padronização, de dade organizacional designada para atuar como referencial técnico
âmbito local; e de gestão das categorias ou subcategorias de compras na Admi-
XI- Categoria de compras: agrupamento de despesas que são nistração Central, com abrangência nacional, resultando no moni-
tecnicamente similares ou que possuem o mesmo tipo de mercado toramento da evolução da categoria ou subcategoria, na condução
fornecedor, podendo ser dividida em subcategorias de compras; do processo de padronização de especificações técnicas, na condu-
XII- Comissão de padronização: colegiado local responsável por ção de eventuais comissões de padronização ou câmaras técnicas
desenvolver, guardar e promover a padronização das especificações de padronização nacionais, no desenvolvimento de estratégias de
técnicas sobre sua área temática; compras e na atuação como ponto focal de relacionamento com o
XIII- Compra: iniciativa estatal de dispêndio de recursos orça- mercado para debater prospecções e incorporação de novas solu-
mentários diretamente, por intermédio de órgãos ou entidades da ções;
Administração Pública, visando contratar a prestação de serviços, a XXIV- Licitação deserta: licitação na qual não acudiram interes-
execução de obras ou o fornecimento de materiais com o objetivo sados;
de atender a uma demanda definida pela organização contratante XXV- Licitação fracassada: licitação na qual as propostas apre-
como necessária ao atendimento da sua missão institucional; sinô- sentadas consignarem preços manifestamente superiores aos prati-
nimo de contratação, aquisição; cados no mercado nacional ou incompatíveis com os fixados pelos
XIV- Contrato: instrumento pelo qual a Administração firma órgãos oficiais competentes, também configurada no caso de inabi-
ajuste com o particular ou com outra entidade da Administração litação de todos os interessados durante o procedimento licitatório;
Pública, com vistas à regulação das relações jurídicas obrigacionais XXVI- Manifestação de Interesse Privado: procedimento desti-
recíprocas, para consecução de objetivos de interesse público, que nado à apresentação de projetos, levantamentos, investigações ou
pode ser formalizado por termo de contrato ou documento equi- estudos por pessoa física ou jurídica de direito privado, com a fina-
valente; lidade de subsidiar a construção de soluções para as necessidades
XV- Documento de Formalização de Demanda: documento que identificadas pela Ebserh;
materializa a fase de Formalização da Demanda, elaborado pela XXVII- Matriz de Riscos: cláusula contratual definidora de riscos
unidade requisitante; e de responsabilidades entre as partes e caracterizadora do equilí-
XVI- Documento de Oficialização de Demanda: documento que brio econômico-financeiro inicial do contrato, em termos de ônus
materializa a fase de Formalização da Demanda de aquisições de financeiro decorrente de eventos supervenientes à contratação;
Tecnologia da Informação, elaborado pela unidade requisitante; XXVIII- Pesquisa de preços: processo de obtenção da estimativa
XVII- Equipe de Fiscalização da Ata de Registro de Preços: con- ou referência do valor da contratação, contendo registro em me-
junto de colaboradores responsáveis pela gestão dos elementos mórias de cálculo e documentos que lhe dão suporte; sinônimo de
pré-contratuais da ata de registro de preços e da gestão e fiscali- pesquisa de mercado;
zação dos contratos decorrentes da ata de registro de preços, na XXIX- Prática de mercado: situação identificada como corriquei-
qualidade de titulares ou substitutos; ra em organizações públicas ou privadas, utilizada como forma de
XVIII- Equipe de Fiscalização do Contrato: conjunto de colabo- atender às necessidades de maneira usual e recorrente, caracteriza-
radores responsáveis pela gestão e fiscalização contratual, na quali- da por documentos obtidos em sítios eletrônicos ou encaminhados
dade de titulares ou substitutos; pelas respectivas organizações;
XIX- Equipe de Planejamento de Contratação: equipe multidis- XXX- Projeto Básico: documento necessário para a contratação
ciplinar responsável por conduzir a fase de Planejamento da Contra- de obras e serviços de engenharia, contendo parâmetros e elemen-
tação e prestar suporte técnico na fase de Seleção de Fornecedor, tos descritivos para subsidiar as etapas de Seleção de Fornecedor e
sendo responsável pela elaboração do ETP, gerenciamento de ris- de Gestão do Contrato;
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XXXI- Projeto Executivo: conjunto de elementos necessários e descritivos para subsidiar as etapas de Seleção de Fornecedor e de
suficientes à execução completa da obra, com o detalhamento das Gestão do Contrato.
soluções previstas no Projeto Básico, a identificação de serviços, de
materiais e de equipamentos a serem incorporados à obra, bem
como suas especificações técnicas, de acordo com as normas téc- LEI 13.303/2016 (ESTATUTO JURÍDICO DA EMPRESA PÚBLI-
nicas pertinentes; CA)
XXXII- Reajuste em sentido estrito: forma de manutenção do
equilíbrio econômico-financeiro de contrato consistente na aplica-
ção do índice de correção monetária previsto no contrato, que deve LEI Nº 13.303, DE 30 DE JUNHO DE 2016.
retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção
de índices específicos ou setoriais; Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da socie-
XXXIII- Repactuação: forma de manutenção do equilíbrio eco- dade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União,
nômico-financeiro de contrato utilizada para serviços contínuos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
com regime de dedicação exclusiva de mão de obra ou predomi-
nância de mão de obra, por meio da análise da variação dos custos O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de
contratuais, devendo estar prevista no edital com data vinculada à PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
apresentação das propostas, para os custos decorrentes do merca- decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
do, e com data vinculada ao acordo, à convenção coletiva ou ao dis-
sídio coletivo ao qual o orçamento esteja vinculado, para os custos TÍTULO I
decorrentes da mão de obra; DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS ÀS EMPRESAS PÚBLICAS E ÀS SO-
XXXIV- Responsável pela categoria ou subcategoria de com- CIEDADES DE ECONOMIA MISTA
pras: unidade organizacional designada para atuar como referencial
técnico e de gestão das categorias ou subcategorias de compras nas CAPÍTULO I
unidades hospitalares, com abrangência local, resultando no moni- DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
toramento da evolução da categoria ou subcategoria, na condução
do processo de padronização de especificações técnicas, na condu- Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa
ção de eventuais comissões de padronização ou câmaras técnicas pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias,
de padronização nacionais, no desenvolvimento de estratégias de abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade de eco-
compras e na atuação como ponto focal de relacionamento com o nomia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
mercado para debater prospecções e incorporação de novas solu- cípios que explore atividade econômica de produção ou comercia-
ções. Atua em observância às estratégias e orientações emanadas lização de bens ou de prestação de serviços, ainda que a atividade
pela Gestora de categoria ou subcategoria de compras; econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja
XXXV- Revisão: forma de manutenção do equilíbrio econômi- de prestação de serviços públicos.
co-financeiro de contrato, que pode ocorrer a qualquer tempo, §1º O Título I desta Lei, exceto o disposto nos arts. 2º, 3º, 4º,
quando se está diante de fatos imprevisíveis ou previsíveis, mas de 5º, 6º, 7º, 8º, 11, 12 e 27, não se aplica à empresa pública e à socie-
consequências incalculáveis, que venham a retardar ou impedir a dade de economia mista que tiver, em conjunto com suas respec-
execução contratual; tivas subsidiárias, no exercício social anterior, receita operacional
XXXVI- Serviço com mão de obra dedicada de forma exclusiva: bruta inferior a R$ 90.000.000,00 (noventa milhões de reais).
serviços cujo modelo de execução contratual exige, entre outros re- §2º O disposto nos Capítulos I e II do Título II desta Lei apli-
quisitos, que: ca-se inclusive à empresa pública dependente, definida nos termos
a)os empregados da empresa contratada fiquem à disposição do inciso III do art. 2º da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio
nas dependências do contratante para a prestação dos serviços; de 2000 , que explore atividade econômica, ainda que a atividade
b)a empresa contratada não compartilhe os recursos humanos econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja
e materiais disponíveis de uma contratação para execução simultâ- de prestação de serviços públicos.
nea de outros contratos; §3º Os Poderes Executivos poderão editar atos que estabele-
c)a empresa contratada possibilite a fiscalização pelo contra- çam regras de governança destinadas às suas respectivas empresas
tante quanto à distribuição, controle e supervisão dos recursos hu- públicas e sociedades de economia mista que se enquadrem na hi-
manos alocados aos seus contratos. pótese do §1º, observadas as diretrizes gerais desta Lei.
XXXVII- Unidade demandante: unidade organizacional que ne- §4º A não edição dos atos de que trata o §3º no prazo de 180
cessita de bens, serviços ou obras para entregar resultados sob sua (cento e oitenta) dias a partir da publicação desta Lei submete as
responsabilidade, pertencentes a determinadas categorias ou sub- respectivas empresas públicas e sociedades de economia mista às
categorias de compras que possuem outras unidades requisitantes regras de governança previstas no Título I desta Lei.
designadas, não possuindo competência regimental para elaborar §5º Submetem-se ao regime previsto nesta Lei a empresa pú-
um Documento de Formalização de Demanda sobre esse objeto; blica e a sociedade de economia mista que participem de consórcio,
sinônimo de unidade beneficiária de bens, serviços ou obras; conforme disposto no art. 279 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro
XXXVIII- Unidade requisitante: unidade organizacional respon- de 1976 , na condição de operadora.
sável por formalizar a demanda de contratação sobre uma categoria §6º Submete-se ao regime previsto nesta Lei a sociedade, in-
ou subcategoria de compras; clusive a de propósito específico, que seja controlada por empresa
XXXIX- Termo de Referência: documento necessário para a pública ou sociedade de economia mista abrangidas no caput .
contratação de bens e serviços, contendo parâmetros e elementos §7º Na participação em sociedade empresarial em que a em-
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presa pública, a sociedade de economia mista e suas subsidiárias Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
não detenham o controle acionário, essas deverão adotar, no de- Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de
ver de fiscalizar, práticas de governança e controle proporcionais personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada
à relevância, à materialidade e aos riscos do negócio do qual são por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito
partícipes, considerando, para esse fim: a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito
I - documentos e informações estratégicos do negócio e demais Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.
relatórios e informações produzidos por força de acordo de acionis- §1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia
tas e de Lei considerados essenciais para a defesa de seus interesses mista tem os deveres e as responsabilidades do acionista contro-
na sociedade empresarial investida; lador, estabelecidos na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 ,
II - relatório de execução do orçamento e de realização de in- e deverá exercer o poder de controle no interesse da companhia,
vestimentos programados pela sociedade, inclusive quanto ao ali- respeitado o interesse público que justificou sua criação.
nhamento dos custos orçados e dos realizados com os custos de §2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de eco-
mercado; nomia mista com registro na Comissão de Valores Mobiliários sujei-
III - informe sobre execução da política de transações com par- ta-se às disposições da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976 .
tes relacionadas;
IV - análise das condições de alavancagem financeira da socie- CAPÍTULO II
dade; DO REGIME SOCIETÁRIO DA EMPRESA PÚBLICA E DA SOCIE-
V - avaliação de inversões financeiras e de processos relevantes DADE DE ECONOMIA MISTA
de alienação de bens móveis e imóveis da sociedade;
VI - relatório de risco das contratações para execução de obras, SEÇÃO I
fornecimento de bens e prestação de serviços relevantes para os DAS NORMAS GERAIS
interesses da investidora;
VII - informe sobre execução de projetos relevantes para os in- Art. 5º A sociedade de economia mista será constituída sob a
teresses da investidora; forma de sociedade anônima e, ressalvado o disposto nesta Lei, es-
VIII - relatório de cumprimento, nos negócios da sociedade, tará sujeita ao regime previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro
de condicionantes socioambientais estabelecidas pelos órgãos am- de 1976 .
bientais; Art. 6º O estatuto da empresa pública, da sociedade de eco-
IX - avaliação das necessidades de novos aportes na socieda- nomia mista e de suas subsidiárias deverá observar regras de go-
de e dos possíveis riscos de redução da rentabilidade esperada do vernança corporativa, de transparência e de estruturas, práticas de
negócio; gestão de riscos e de controle interno, composição da administra-
X - qualquer outro relatório, documento ou informação produ- ção e, havendo acionistas, mecanismos para sua proteção, todos
zido pela sociedade empresarial investida considerado relevante constantes desta Lei.
para o cumprimento do comando constante do caput . Art. 7º Aplicam-se a todas as empresas públicas, as sociedades
Art. 2º A exploração de atividade econômica pelo Estado será de economia mista de capital fechado e as suas subsidiárias as dis-
exercida por meio de empresa pública, de sociedade de economia posições da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e as normas
mista e de suas subsidiárias. da Comissão de Valores Mobiliários sobre escrituração e elaboração
§1º A constituição de empresa pública ou de sociedade de eco- de demonstrações financeiras, inclusive a obrigatoriedade de audi-
nomia mista dependerá de prévia autorização legal que indique, toria independente por auditor registrado nesse órgão.
de forma clara, relevante interesse coletivo ou imperativo de se- Art. 8º As empresas públicas e as sociedades de economia mis-
gurança nacional, nos termos do caput do art. 173 da Constituição ta deverão observar, no mínimo, os seguintes requisitos de trans-
Federal . parência:
§2º Depende de autorização legislativa a criação de subsidiá- I - elaboração de carta anual, subscrita pelos membros do Con-
rias de empresa pública e de sociedade de economia mista, assim selho de Administração, com a explicitação dos compromissos de
como a participação de qualquer delas em empresa privada, cujo consecução de objetivos de políticas públicas pela empresa públi-
objeto social deve estar relacionado ao da investidora, nos termos ca, pela sociedade de economia mista e por suas subsidiárias, em
do inciso XX do art. 37 da Constituição Federal . atendimento ao interesse coletivo ou ao imperativo de segurança
§3º A autorização para participação em empresa privada pre- nacional que justificou a autorização para suas respectivas criações,
vista no §2º não se aplica a operações de tesouraria, adjudicação de com definição clara dos recursos a serem empregados para esse
ações em garantia e participações autorizadas pelo Conselho de Ad- fim, bem como dos impactos econômico-financeiros da consecução
ministração em linha com o plano de negócios da empresa pública, desses objetivos, mensuráveis por meio de indicadores objetivos;
da sociedade de economia mista e de suas respectivas subsidiárias. II - adequação de seu estatuto social à autorização legislativa
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalida- de sua criação;
de jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com III - divulgação tempestiva e atualizada de informações relevan-
patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela tes, em especial as relativas a atividades desenvolvidas, estrutura
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. de controle, fatores de risco, dados econômico-financeiros, comen-
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante per- tários dos administradores sobre o desempenho, políticas e práticas
maneça em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal de governança corporativa e descrição da composição e da remune-
ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a ração da administração;
participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, IV - elaboração e divulgação de política de divulgação de in-
bem como de entidades da administração indireta da União, dos formações, em conformidade com a legislação em vigor e com as
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melhores práticas; de Conduta e Integridade e das demais normas internas de ética e


V - elaboração de política de distribuição de dividendos, à luz obrigacionais;
do interesse público que justificou a criação da empresa pública ou IV - mecanismos de proteção que impeçam qualquer espécie
da sociedade de economia mista; de retaliação a pessoa que utilize o canal de denúncias;
VI - divulgação, em nota explicativa às demonstrações finan- V - sanções aplicáveis em caso de violação às regras do Código
ceiras, dos dados operacionais e financeiros das atividades relacio- de Conduta e Integridade;
nadas à consecução dos fins de interesse coletivo ou de segurança VI - previsão de treinamento periódico, no mínimo anual, sobre
nacional; Código de Conduta e Integridade, a empregados e administradores,
VII - elaboração e divulgação da política de transações com par- e sobre a política de gestão de riscos, a administradores.
tes relacionadas, em conformidade com os requisitos de competi- §2º A área responsável pela verificação de cumprimento de
tividade, conformidade, transparência, equidade e comutatividade, obrigações e de gestão de riscos deverá ser vinculada ao diretor-
que deverá ser revista, no mínimo, anualmente e aprovada pelo -presidente e liderada por diretor estatutário, devendo o estatuto
Conselho de Administração; social prever as atribuições da área, bem como estabelecer meca-
VIII - ampla divulgação, ao público em geral, de carta anual de nismos que assegurem atuação independente.
governança corporativa, que consolide em um único documento §3º A auditoria interna deverá:
escrito, em linguagem clara e direta, as informações de que trata I - ser vinculada ao Conselho de Administração, diretamente ou
o inciso III; por meio do Comitê de Auditoria Estatutário;
IX - divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabi- II - ser responsável por aferir a adequação do controle inter-
lidade. no, a efetividade do gerenciamento dos riscos e dos processos de
§1º O interesse público da empresa pública e da sociedade de governança e a confiabilidade do processo de coleta, mensuração,
economia mista, respeitadas as razões que motivaram a autoriza- classificação, acumulação, registro e divulgação de eventos e tran-
ção legislativa, manifesta-se por meio do alinhamento entre seus sações, visando ao preparo de demonstrações financeiras.
objetivos e aqueles de políticas públicas, na forma explicitada na §4º O estatuto social deverá prever, ainda, a possibilidade de
carta anual a que se refere o inciso I do caput . que a área de compliance se reporte diretamente ao Conselho de
§2º Quaisquer obrigações e responsabilidades que a empresa Administração em situações em que se suspeite do envolvimento
pública e a sociedade de economia mista que explorem atividade do diretor-presidente em irregularidades ou quando este se furtar
econômica assumam em condições distintas às de qualquer outra à obrigação de adotar medidas necessárias em relação à situação a
empresa do setor privado em que atuam deverão: ele relatada.
I - estar claramente definidas em lei ou regulamento, bem Art. 10. A empresa pública e a sociedade de economia mista
como previstas em contrato, convênio ou ajuste celebrado com o deverão criar comitê estatutário para verificar a conformidade do
ente público competente para estabelecê-las, observada a ampla processo de indicação e de avaliação de membros para o Conselho
publicidade desses instrumentos; de Administração e para o Conselho Fiscal, com competência para
II - ter seu custo e suas receitas discriminados e divulgados de auxiliar o acionista controlador na indicação desses membros.
forma transparente, inclusive no plano contábil. Parágrafo único. Devem ser divulgadas as atas das reuniões do
§3º Além das obrigações contidas neste artigo, as sociedades comitê estatutário referido no caput realizadas com o fim de verifi-
de economia mista com registro na Comissão de Valores Mobiliá- car o cumprimento, pelos membros indicados, dos requisitos defi-
rios sujeitam-se ao regime informacional estabelecido por essa au- nidos na política de indicação, devendo ser registradas as eventuais
tarquia e devem divulgar as informações previstas neste artigo na manifestações divergentes de conselheiros.
forma fixada em suas normas. Art. 11. A empresa pública não poderá:
§4º Os documentos resultantes do cumprimento dos requisi- I - lançar debêntures ou outros títulos ou valores mobiliários,
tos de transparência constantes dos incisos I a IX do caput deverão conversíveis em ações;
ser publicamente divulgados na internet de forma permanente e II - emitir partes beneficiárias.
cumulativa. Art. 12. A empresa pública e a sociedade de economia mista
Art. 9º A empresa pública e a sociedade de economia mista deverão:
adotarão regras de estruturas e práticas de gestão de riscos e con- I - divulgar toda e qualquer forma de remuneração dos admi-
trole interno que abranjam: nistradores;
I - ação dos administradores e empregados, por meio da imple- II - adequar constantemente suas práticas ao Código de Con-
mentação cotidiana de práticas de controle interno; duta e Integridade e a outras regras de boa prática de governança
II - área responsável pela verificação de cumprimento de obri- corporativa, na forma estabelecida na regulamentação desta Lei.
gações e de gestão de riscos; Parágrafo único. A sociedade de economia mista poderá solu-
III - auditoria interna e Comitê de Auditoria Estatutário. cionar, mediante arbitragem, as divergências entre acionistas e a
§1º Deverá ser elaborado e divulgado Código de Conduta e In- sociedade, ou entre acionistas controladores e acionistas minoritá-
tegridade, que disponha sobre: rios, nos termos previstos em seu estatuto social.
I - princípios, valores e missão da empresa pública e da socie- Art. 13. A lei que autorizar a criação da empresa pública e da
dade de economia mista, bem como orientações sobre a prevenção sociedade de economia mista deverá dispor sobre as diretrizes e
de conflito de interesses e vedação de atos de corrupção e fraude; restrições a serem consideradas na elaboração do estatuto da com-
II - instâncias internas responsáveis pela atualização e aplicação panhia, em especial sobre:
do Código de Conduta e Integridade; I - constituição e funcionamento do Conselho de Administra-
III - canal de denúncias que possibilite o recebimento de de- ção, observados o número mínimo de 7 (sete) e o número máximo
núncias internas e externas relativas ao descumprimento do Código de 11 (onze) membros;
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II - requisitos específicos para o exercício do cargo de diretor, cados para os cargos de diretor, inclusive presidente, diretor-geral
observado o número mínimo de 3 (três) diretores; e diretor-presidente, serão escolhidos entre cidadãos de reputação
III - avaliação de desempenho, individual e coletiva, de perio- ilibada e de notório conhecimento, devendo ser atendidos, alterna-
dicidade anual, dos administradores e dos membros de comitês, tivamente, um dos requisitos das alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I e,
observados os seguintes quesitos mínimos: cumulativamente, os requisitos dos incisos II e III:
a) exposição dos atos de gestão praticados, quanto à licitude e I - ter experiência profissional de, no mínimo:
à eficácia da ação administrativa; a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, na área de atu-
b) contribuição para o resultado do exercício; ação da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou
c) consecução dos objetivos estabelecidos no plano de negó- em área conexa àquela para a qual forem indicados em função de
cios e atendimento à estratégia de longo prazo; direção superior; ou
IV - constituição e funcionamento do Conselho Fiscal, que exer- b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes car-
cerá suas atribuições de modo permanente; gos:
V - constituição e funcionamento do Comitê de Auditoria Es- 1. cargo de direção ou de chefia superior em empresa de porte
tatutário; ou objeto social semelhante ao da empresa pública ou da socieda-
VI - prazo de gestão dos membros do Conselho de Administra- de de economia mista, entendendo-se como cargo de chefia supe-
ção e dos indicados para o cargo de diretor, que será unificado e rior aquele situado nos 2 (dois) níveis hierárquicos não estatutários
não superior a 2 (dois) anos, sendo permitidas, no máximo, 3 (três) mais altos da empresa;
reconduções consecutivas; 2. cargo em comissão ou função de confiança equivalente a
VII – (VETADO); DAS-4 ou superior, no setor público;
VIII - prazo de gestão dos membros do Conselho Fiscal não su- 3. cargo de docente ou de pesquisador em áreas de atuação da
perior a 2 (dois) anos, permitidas 2 (duas) reconduções consecuti- empresa pública ou da sociedade de economia mista;
vas. c) 4 (quatro) anos de experiência como profissional liberal em
atividade direta ou indiretamente vinculada à área de atuação da
SEÇÃO II empresa pública ou sociedade de economia mista;
DO ACIONISTA CONTROLADOR II - ter formação acadêmica compatível com o cargo para o qual
foi indicado; e
Art. 14. O acionista controlador da empresa pública e da socie- III - não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previstas
dade de economia mista deverá: nas alíneas do inciso I do caput do art. 1º da Lei Complementar nº
I - fazer constar do Código de Conduta e Integridade, aplicável 64, de 18 de maio de 1990 , com as alterações introduzidas pela Lei
à alta administração, a vedação à divulgação, sem autorização do Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010.
órgão competente da empresa pública ou da sociedade de econo- §1º O estatuto da empresa pública, da sociedade de economia
mia mista, de informação que possa causar impacto na cotação dos mista e de suas subsidiárias poderá dispor sobre a contratação de
títulos da empresa pública ou da sociedade de economia mista e seguro de responsabilidade civil pelos administradores.
em suas relações com o mercado ou com consumidores e forne- §2º É vedada a indicação, para o Conselho de Administração e
cedores; para a diretoria:
II - preservar a independência do Conselho de Administração I - de representante do órgão regulador ao qual a empresa pú-
no exercício de suas funções; blica ou a sociedade de economia mista está sujeita, de Ministro
III - observar a política de indicação na escolha dos administra- de Estado, de Secretário de Estado, de Secretário Municipal, de
dores e membros do Conselho Fiscal. titular de cargo, sem vínculo permanente com o serviço público,
Art. 15. O acionista controlador da empresa pública e da so- de natureza especial ou de direção e assessoramento superior na
ciedade de economia mista responderá pelos atos praticados com administração pública, de dirigente estatutário de partido político
abuso de poder, nos termos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de e de titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente da
1976 . federação, ainda que licenciados do cargo;
§1º A ação de reparação poderá ser proposta pela socieda- II - de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis) meses,
de, nos termos do art. 246 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de como participante de estrutura decisória de partido político ou em
1976 , pelo terceiro prejudicado ou pelos demais sócios, indepen- trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de cam-
dentemente de autorização da assembleia-geral de acionistas. panha eleitoral;
§2º Prescreve em 6 (seis) anos, contados da data da prática do III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical;
ato abusivo, a ação a que se refere o §1º. IV - de pessoa que tenha firmado contrato ou parceria, como
fornecedor ou comprador, demandante ou ofertante, de bens ou
SEÇÃO III serviços de qualquer natureza, com a pessoa político-administrati-
DO ADMINISTRADOR va controladora da empresa pública ou da sociedade de economia
mista ou com a própria empresa ou sociedade em período inferior
Art. 16. Sem prejuízo do disposto nesta Lei, o administrador de a 3 (três) anos antes da data de nomeação;
empresa pública e de sociedade de economia mista é submetido V - de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de con-
às normas previstas na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 . flito de interesse com a pessoa político-administrativa controladora
Parágrafo único. Consideram-se administradores da empresa da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a
pública e da sociedade de economia mista os membros do Conse- própria empresa ou sociedade.
lho de Administração e da diretoria. §3º A vedação prevista no inciso I do §2º estende-se também
Art. 17. Os membros do Conselho de Administração e os indi- aos parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau das pesso-
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as nele mencionadas. de de economia mista ou de suas subsidiárias.


§4º Os administradores eleitos devem participar, na posse e Art. 21. (VETADO).
anualmente, de treinamentos específicos sobre legislação societá- Parágrafo único. (VETADO).
ria e de mercado de capitais, divulgação de informações, controle
interno, código de conduta, a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013 SEÇÃO V
(Lei Anticorrupção), e demais temas relacionados às atividades da DO MEMBRO INDEPENDENTE DO CONSELHO DE ADMINIS-
empresa pública ou da sociedade de economia mista. TRAÇÃO
§5º Os requisitos previstos no inciso I do caput poderão ser dis-
pensados no caso de indicação de empregado da empresa pública Art. 22. O Conselho de Administração deve ser composto, no
ou da sociedade de economia mista para cargo de administrador ou mínimo, por 25% (vinte e cinco por cento) de membros indepen-
como membro de comitê, desde que atendidos os seguintes quesi- dentes ou por pelo menos 1 (um), caso haja decisão pelo exercício
tos mínimos: da faculdade do voto múltiplo pelos acionistas minoritários, nos
I - o empregado tenha ingressado na empresa pública ou na so- termos do art. 141 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 .
ciedade de economia mista por meio de concurso público de provas §1º O conselheiro independente caracteriza-se por:
ou de provas e títulos; I - não ter qualquer vínculo com a empresa pública ou a socie-
II - o empregado tenha mais de 10 (dez) anos de trabalho efeti- dade de economia mista, exceto participação de capital;
vo na empresa pública ou na sociedade de economia mista; II - não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim, até o ter-
III - o empregado tenha ocupado cargo na gestão superior da ceiro grau ou por adoção, de chefe do Poder Executivo, de Ministro
empresa pública ou da sociedade de economia mista, comprovan- de Estado, de Secretário de Estado ou Município ou de administra-
do sua capacidade para assumir as responsabilidades dos cargos de dor da empresa pública ou da sociedade de economia mista;
que trata o caput . III - não ter mantido, nos últimos 3 (três) anos, vínculo de qual-
quer natureza com a empresa pública, a sociedade de economia
SEÇÃO IV mista ou seus controladores, que possa vir a comprometer sua in-
DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO dependência;
IV - não ser ou não ter sido, nos últimos 3 (três) anos, emprega-
Art. 18. Sem prejuízo das competências previstas no art. 142 da do ou diretor da empresa pública, da sociedade de economia mis-
Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 , e das demais atribuições ta ou de sociedade controlada, coligada ou subsidiária da empresa
previstas nesta Lei, compete ao Conselho de Administração: pública ou da sociedade de economia mista, exceto se o vínculo
I - discutir, aprovar e monitorar decisões envolvendo práticas for exclusivamente com instituições públicas de ensino ou pesquisa;
de governança corporativa, relacionamento com partes interessa- V - não ser fornecedor ou comprador, direto ou indireto, de
das, política de gestão de pessoas e código de conduta dos agentes; serviços ou produtos da empresa pública ou da sociedade de eco-
II - implementar e supervisionar os sistemas de gestão de riscos nomia mista, de modo a implicar perda de independência;
e de controle interno estabelecidos para a prevenção e mitigação VI - não ser funcionário ou administrador de sociedade ou enti-
dos principais riscos a que está exposta a empresa pública ou a so- dade que esteja oferecendo ou demandando serviços ou produtos
ciedade de economia mista, inclusive os riscos relacionados à inte- à empresa pública ou à sociedade de economia mista, de modo a
gridade das informações contábeis e financeiras e os relacionados à implicar perda de independência;
ocorrência de corrupção e fraude; VII - não receber outra remuneração da empresa pública ou
III - estabelecer política de porta-vozes visando a eliminar risco da sociedade de economia mista além daquela relativa ao cargo de
de contradição entre informações de diversas áreas e as dos execu- conselheiro, à exceção de proventos em dinheiro oriundos de par-
tivos da empresa pública ou da sociedade de economia mista; ticipação no capital.
IV - avaliar os diretores da empresa pública ou da sociedade de §2º Quando, em decorrência da observância do percentual
economia mista, nos termos do inciso III do art. 13, podendo con- mencionado no caput , resultar número fracionário de conselhei-
tar com apoio metodológico e procedimental do comitê estatutário ros, proceder-se-á ao arredondamento para o número inteiro:
referido no art. 10. I - imediatamente superior, quando a fração for igual ou supe-
Art. 19. É garantida a participação, no Conselho de Adminis- rior a 0,5 (cinco décimos);
tração, de representante dos empregados e dos acionistas mino- II - imediatamente inferior, quando a fração for inferior a 0,5
ritários. (cinco décimos).
§1º As normas previstas na Lei nº 12.353, de 28 de dezembro §3º Não serão consideradas, para o cômputo das vagas desti-
de 2010 , aplicam-se à participação de empregados no Conselho de nadas a membros independentes, aquelas ocupadas pelos conse-
Administração da empresa pública, da sociedade de economia mis- lheiros eleitos por empregados, nos termos do §1º do art. 19.
ta e de suas subsidiárias e controladas e das demais empresas em §4º Serão consideradas, para o cômputo das vagas destinadas
que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital a membros independentes, aquelas ocupadas pelos conselheiros
social com direito a voto. eleitos por acionistas minoritários, nos termos do §2º do art. 19.
§2º É assegurado aos acionistas minoritários o direito de eleger §5º (VETADO).
1 (um) conselheiro, se maior número não lhes couber pelo processo
de voto múltiplo previsto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de SEÇÃO VI
1976 . DA DIRETORIA
Art. 20. É vedada a participação remunerada de membros da
administração pública, direta ou indireta, em mais de 2 (dois) con- Art. 23. É condição para investidura em cargo de diretoria da
selhos, de administração ou fiscal, de empresa pública, de socieda- empresa pública e da sociedade de economia mista a assunção de
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compromisso com metas e resultados específicos a serem alcança- significativas entre administração, auditoria independente e Comitê
dos, que deverá ser aprovado pelo Conselho de Administração, a de Auditoria Estatutário em relação às demonstrações financeiras;
quem incumbe fiscalizar seu cumprimento. VIII - avaliar a razoabilidade dos parâmetros em que se funda-
§1º Sem prejuízo do disposto no caput , a diretoria deverá mentam os cálculos atuariais, bem como o resultado atuarial dos
apresentar, até a última reunião ordinária do Conselho de Adminis- planos de benefícios mantidos pelo fundo de pensão, quando a em-
tração do ano anterior, a quem compete sua aprovação: presa pública ou a sociedade de economia mista for patrocinadora
I - plano de negócios para o exercício anual seguinte; de entidade fechada de previdência complementar.
II - estratégia de longo prazo atualizada com análise de riscos e §2º O Comitê de Auditoria Estatutário deverá possuir meios
oportunidades para, no mínimo, os próximos 5 (cinco) anos. para receber denúncias, inclusive sigilosas, internas e externas à
§2º Compete ao Conselho de Administração, sob pena de seus empresa pública ou à sociedade de economia mista, em matérias
integrantes responderem por omissão, promover anualmente aná- relacionadas ao escopo de suas atividades.
lise de atendimento das metas e resultados na execução do plano §3º O Comitê de Auditoria Estatutário deverá se reunir quando
de negócios e da estratégia de longo prazo, devendo publicar suas necessário, no mínimo bimestralmente, de modo que as informa-
conclusões e informá-las ao Congresso Nacional, às Assembleias ções contábeis sejam sempre apreciadas antes de sua divulgação.
Legislativas, à Câmara Legislativa do Distrito Federal ou às Câmaras §4º A empresa pública e a sociedade de economia mista de-
Municipais e aos respectivos tribunais de contas, quando houver. verão divulgar as atas das reuniões do Comitê de Auditoria Estatu-
§3º Excluem-se da obrigação de publicação a que se refere o tário.
§2º as informações de natureza estratégica cuja divulgação possa §5º Caso o Conselho de Administração considere que a divul-
ser comprovadamente prejudicial ao interesse da empresa pública gação da ata possa pôr em risco interesse legítimo da empresa pú-
ou da sociedade de economia mista. blica ou da sociedade de economia mista, a empresa pública ou a
sociedade de economia mista divulgará apenas o extrato das atas.
SEÇÃO VII §6º A restrição prevista no §5º não será oponível aos órgãos de
DO COMITÊ DE AUDITORIA ESTATUTÁRIO controle, que terão total e irrestrito acesso ao conteúdo das atas
do Comitê de Auditoria Estatutário, observada a transferência de
Art. 24. A empresa pública e a sociedade de economia mista sigilo.
deverão possuir em sua estrutura societária Comitê de Auditoria §7º O Comitê de Auditoria Estatutário deverá possuir auto-
Estatutário como órgão auxiliar do Conselho de Administração, ao nomia operacional e dotação orçamentária, anual ou por projeto,
qual se reportará diretamente. dentro de limites aprovados pelo Conselho de Administração, para
§1º Competirá ao Comitê de Auditoria Estatutário, sem prejuí- conduzir ou determinar a realização de consultas, avaliações e in-
zo de outras competências previstas no estatuto da empresa públi- vestigações dentro do escopo de suas atividades, inclusive com a
ca ou da sociedade de economia mista: contratação e utilização de especialistas externos independentes.
I - opinar sobre a contratação e destituição de auditor inde- Art. 25. O Comitê de Auditoria Estatutário será integrado por,
pendente; no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco) membros, em sua maio-
II - supervisionar as atividades dos auditores independentes, ria independentes.
avaliando sua independência, a qualidade dos serviços prestados §1º São condições mínimas para integrar o Comitê de Auditoria
e a adequação de tais serviços às necessidades da empresa pública Estatutário:
ou da sociedade de economia mista; I - não ser ou ter sido, nos 12 (doze) meses anteriores à nome-
III - supervisionar as atividades desenvolvidas nas áreas de con- ação para o Comitê:
trole interno, de auditoria interna e de elaboração das demonstra- a) diretor, empregado ou membro do conselho fiscal da empre-
ções financeiras da empresa pública ou da sociedade de economia sa pública ou sociedade de economia mista ou de sua controladora,
mista; controlada, coligada ou sociedade em controle comum, direta ou
IV - monitorar a qualidade e a integridade dos mecanismos de indireta;
controle interno, das demonstrações financeiras e das informações b) responsável técnico, diretor, gerente, supervisor ou qual-
e medições divulgadas pela empresa pública ou pela sociedade de quer outro integrante com função de gerência de equipe envolvi-
economia mista; da nos trabalhos de auditoria na empresa pública ou sociedade de
V - avaliar e monitorar exposições de risco da empresa públi- economia mista;
ca ou da sociedade de economia mista, podendo requerer, entre II - não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim, até o
outras, informações detalhadas sobre políticas e procedimentos segundo grau ou por adoção, das pessoas referidas no inciso I;
referentes a: III - não receber qualquer outro tipo de remuneração da em-
a) remuneração da administração; presa pública ou sociedade de economia mista ou de sua controla-
b) utilização de ativos da empresa pública ou da sociedade de dora, controlada, coligada ou sociedade em controle comum, direta
economia mista; ou indireta, que não seja aquela relativa à função de integrante do
c) gastos incorridos em nome da empresa pública ou da socie- Comitê de Auditoria Estatutário;
dade de economia mista; IV - não ser ou ter sido ocupante de cargo público efetivo, ain-
VI - avaliar e monitorar, em conjunto com a administração e a da que licenciado, ou de cargo em comissão da pessoa jurídica de
área de auditoria interna, a adequação das transações com partes direito público que exerça o controle acionário da empresa pública
relacionadas; ou sociedade de economia mista, nos 12 (doze) meses anteriores à
VII - elaborar relatório anual com informações sobre as ativi- nomeação para o Comitê de Auditoria Estatutário.
dades, os resultados, as conclusões e as recomendações do Comi- §2º Ao menos 1 (um) dos membros do Comitê de Auditoria
tê de Auditoria Estatutário, registrando, se houver, as divergências Estatutário deve ter reconhecida experiência em assuntos de con-
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tabilidade societária. TÍTULO II


§3º O atendimento às previsões deste artigo deve ser com- DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS ÀS EMPRESAS PÚBLICAS, ÀS SOCIE-
provado por meio de documentação mantida na sede da empresa DADES DE ECONOMIA MISTA E ÀS SUAS SUBSIDIÁRIAS QUE
pública ou sociedade de economia mista pelo prazo mínimo de 5 EXPLOREM ATIVIDADE ECONÔMICA DE PRODUÇÃO OU CO-
(cinco) anos, contado a partir do último dia de mandato do membro MERCIALIZAÇÃO DE BENS OU DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS,
do Comitê de Auditoria Estatutário. AINDA QUE A ATIVIDADE ECONÔMICA ESTEJA SUJEITA AO
REGIME DE MONOPÓLIO DA UNIÃO OU SEJA DE PRESTAÇÃO
SEÇÃO VIII DE SERVIÇOS PÚBLICOS.
DO CONSELHO FISCAL
CAPÍTULO I
Art. 26. Além das normas previstas nesta Lei, aplicam-se aos DAS LICITAÇÕES
membros do Conselho Fiscal da empresa pública e da sociedade de
economia mista as disposições previstas na Lei nº 6.404, de 15 de SEÇÃO I
dezembro de 1976 , relativas a seus poderes, deveres e responsa- DA EXIGÊNCIA DE LICITAÇÃO E DOS CASOS DE DISPENSA E DE
bilidades, a requisitos e impedimentos para investidura e a remu- INEXIGIBILIDADE
neração, além de outras disposições estabelecidas na referida Lei.
§1º Podem ser membros do Conselho Fiscal pessoas naturais, Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de
residentes no País, com formação acadêmica compatível com o serviços às empresas públicas e às sociedades de economia mista,
exercício da função e que tenham exercido, por prazo mínimo de 3 inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação
(três) anos, cargo de direção ou assessoramento na administração de bens, à alienação de bens e ativos integrantes do respectivo pa-
pública ou cargo de conselheiro fiscal ou administrador em empre- trimônio ou à execução de obras a serem integradas a esse patri-
sa. mônio, bem como à implementação de ônus real sobre tais bens,
§2º O Conselho Fiscal contará com pelo menos 1 (um) mem- serão precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as
bro indicado pelo ente controlador, que deverá ser servidor público hipóteses previstas nos arts. 29 e 30.
com vínculo permanente com a administração pública. §1º Aplicam-se às licitações das empresas públicas e das socie-
dades de economia mista as disposições constantes dos arts. 42 a
CAPÍTULO III 49 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 .
DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA PÚBLICA E DA SOCIEDADE §2º O convênio ou contrato de patrocínio celebrado com pes-
DE ECONOMIA MISTA soas físicas ou jurídicas de que trata o §3º do art. 27 observará, no
que couber, as normas de licitação e contratos desta Lei.
Art. 27. A empresa pública e a sociedade de economia mista te- §3º São as empresas públicas e as sociedades de economia
rão a função social de realização do interesse coletivo ou de atendi- mista dispensadas da observância dos dispositivos deste Capítulo
mento a imperativo da segurança nacional expressa no instrumento nas seguintes situações:
de autorização legal para a sua criação. I - comercialização, prestação ou execução, de forma direta,
§1º A realização do interesse coletivo de que trata este artigo pelas empresas mencionadas no caput , de produtos, serviços ou
deverá ser orientada para o alcance do bem-estar econômico e para obras especificamente relacionados com seus respectivos objetos
a alocação socialmente eficiente dos recursos geridos pela empre- sociais;
sa pública e pela sociedade de economia mista, bem como para o II - nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a
seguinte: suas características particulares, vinculada a oportunidades de ne-
I - ampliação economicamente sustentada do acesso de consu- gócio definidas e específicas, justificada a inviabilidade de procedi-
midores aos produtos e serviços da empresa pública ou da socieda- mento competitivo.
de de economia mista; §4º Consideram-se oportunidades de negócio a que se refe-
II - desenvolvimento ou emprego de tecnologia brasileira para re o inciso II do §3º a formação e a extinção de parcerias e outras
produção e oferta de produtos e serviços da empresa pública ou da formas associativas, societárias ou contratuais, a aquisição e a alie-
sociedade de economia mista, sempre de maneira economicamen- nação de participação em sociedades e outras formas associativas,
te justificada. societárias ou contratuais e as operações realizadas no âmbito do
§2º A empresa pública e a sociedade de economia mista de- mercado de capitais, respeitada a regulação pelo respectivo órgão
verão, nos termos da lei, adotar práticas de sustentabilidade am- competente.
biental e de responsabilidade social corporativa compatíveis com o Art. 29. É dispensável a realização de licitação por empresas
mercado em que atuam. públicas e sociedades de economia mista:
§3º A empresa pública e a sociedade de economia mista po- I - para obras e serviços de engenharia de valor até R$
derão celebrar convênio ou contrato de patrocínio com pessoa fí- 100.000,00 (cem mil reais), desde que não se refiram a parcelas de
sica ou com pessoa jurídica para promoção de atividades culturais, uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e serviços de mesma
sociais, esportivas, educacionais e de inovação tecnológica, desde natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e
que comprovadamente vinculadas ao fortalecimento de sua marca, concomitantemente;
observando-se, no que couber, as normas de licitação e contratos II - para outros serviços e compras de valor até R$ 50.000,00
desta Lei. (cinquenta mil reais) e para alienações, nos casos previstos nesta
Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço,
compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizado de uma
só vez;
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III - quando não acudirem interessados à licitação anterior e gência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo
essa, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipa-
a empresa pública ou a sociedade de economia mista, bem como mentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os
para suas respectivas subsidiárias, desde que mantidas as condi- bens necessários ao atendimento da situação emergencial e para
ções preestabelecidas; as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo
IV - quando as propostas apresentadas consignarem preços máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos,
manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional ou contado da ocorrência da emergência, vedada a prorrogação dos
incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes; respectivos contratos, observado o disposto no §2º ;
V - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendi- XVI - na transferência de bens a órgãos e entidades da adminis-
mento de suas finalidades precípuas, quando as necessidades de tração pública, inclusive quando efetivada mediante permuta;
instalação e localização condicionarem a escolha do imóvel, desde XVII - na doação de bens móveis para fins e usos de interesse
que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo ava- social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socio-
liação prévia; econômica relativamente à escolha de outra forma de alienação;
VI - na contratação de remanescente de obra, de serviço ou de XVIII - na compra e venda de ações, de títulos de crédito e de
fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde que dívida e de bens que produzam ou comercializem. (Vide ADIN 5624)
atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as (Vide ADIN 5846) (Vide ADIN 5924) (Vide ADIN 6029)
mesmas condições do contrato encerrado por rescisão ou distrato, §1º Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contratação
inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido; nos termos do inciso VI do caput , a empresa pública e a sociedade
VII - na contratação de instituição brasileira incumbida regi- de economia mista poderão convocar os licitantes remanescentes,
mental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desen- na ordem de classificação, para a celebração do contrato nas condi-
volvimento institucional ou de instituição dedicada à recuperação ções ofertadas por estes, desde que o respectivo valor seja igual ou
social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável inferior ao orçamento estimado para a contratação, inclusive quan-
reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos; to aos preços atualizados nos termos do instrumento convocatório.
VIII - para a aquisição de componentes ou peças de origem na- §2º A contratação direta com base no inciso XV do caput não
cional ou estrangeira necessários à manutenção de equipamentos dispensará a responsabilização de quem, por ação ou omissão, te-
durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original nha dado causa ao motivo ali descrito, inclusive no tocante ao dis-
desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for in- posto na Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 .
dispensável para a vigência da garantia; §3º Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput podem
IX - na contratação de associação de pessoas com deficiência ser alterados, para refletir a variação de custos, por deliberação
física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, para a pres- do Conselho de Administração da empresa pública ou sociedade
tação de serviços ou fornecimento de mão de obra, desde que o de economia mista, admitindo-se valores diferenciados para cada
preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; sociedade.
X - na contratação de concessionário, permissionário ou auto- Art. 30. A contratação direta será feita quando houver inviabili-
rizado para fornecimento ou suprimento de energia elétrica ou gás dade de competição, em especial na hipótese de:
natural e de outras prestadoras de serviço público, segundo as nor- I - aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só
mas da legislação específica, desde que o objeto do contrato tenha possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante co-
pertinência com o serviço público. mercial exclusivo;
XI - nas contratações entre empresas públicas ou sociedades de II - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados,
economia mista e suas respectivas subsidiárias, para aquisição ou com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a
alienação de bens e prestação ou obtenção de serviços, desde que inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
os preços sejam compatíveis com os praticados no mercado e que a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou exe-
o objeto do contrato tenha relação com a atividade da contratada cutivos;
prevista em seu estatuto social; b) pareceres, perícias e avaliações em geral;
XII - na contratação de coleta, processamento e comerciali- c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras
zação de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em ou tributárias;
áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associa- d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou ser-
ções ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas viços;
de baixa renda que tenham como ocupação econômica a coleta de e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
as normas técnicas, ambientais e de saúde pública; g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
XIII - para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou §1º Considera-se de notória especialização o profissional ou a
prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexi- empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente
dade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão de desempenho anterior, estudos, experiência, publicações, orga-
especialmente designada pelo dirigente máximo da empresa públi- nização, aparelhamento, equipe técnica ou outros requisitos rela-
ca ou da sociedade de economia mista; cionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é
XIV - nas contratações visando ao cumprimento do disposto essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação
nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de do objeto do contrato.
2004 , observados os princípios gerais de contratação dela cons- §2º Na hipótese do caput e em qualquer dos casos de dispen-
tantes; sa, se comprovado, pelo órgão de controle externo, sobrepreço ou
XV - em situações de emergência, quando caracterizada ur- superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado
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quem houver decidido pela contratação direta e o fornecedor ou o sa de mercado.


prestador de serviços. §4º A empresa pública e a sociedade de economia mista po-
§3º O processo de contratação direta será instruído, no que derão adotar procedimento de manifestação de interesse privado
couber, com os seguintes elementos: para o recebimento de propostas e projetos de empreendimentos
I - caracterização da situação emergencial ou calamitosa que com vistas a atender necessidades previamente identificadas, ca-
justifique a dispensa, quando for o caso; bendo a regulamento a definição de suas regras específicas.
II - razão da escolha do fornecedor ou do executante; §5º Na hipótese a que se refere o §4º, o autor ou financiador
III - justificativa do preço. do projeto poderá participar da licitação para a execução do em-
preendimento, podendo ser ressarcido pelos custos aprovados pela
SEÇÃO II empresa pública ou sociedade de economia mista caso não vença
DISPOSIÇÕES DE CARÁTER GERAL SOBRE LICITAÇÕES E CON- o certame, desde que seja promovida a cessão de direitos de que
TRATOS trata o art. 80.
Art. 32. Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão
Art. 31. As licitações realizadas e os contratos celebrados por observadas as seguintes diretrizes:
empresas públicas e sociedades de economia mista destinam-se a I - padronização do objeto da contratação, dos instrumentos
assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, inclusive no que convocatórios e das minutas de contratos, de acordo com normas
se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar operações em que internas específicas;
se caracterize sobrepreço ou superfaturamento, devendo observar II - busca da maior vantagem competitiva para a empresa públi-
os princípios da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da ca ou sociedade de economia mista, considerando custos e benefí-
publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da econo- cios, diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou ambien-
micidade, do desenvolvimento nacional sustentável, da vinculação tal, inclusive os relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e
ao instrumento convocatório, da obtenção de competitividade e do resíduos, ao índice de depreciação econômica e a outros fatores de
julgamento objetivo. igual relevância;
§1º Para os fins do disposto no caput , considera-se que há: III - parcelamento do objeto, visando a ampliar a participação
I - sobrepreço quando os preços orçados para a licitação ou os de licitantes, sem perda de economia de escala, e desde que não
preços contratados são expressivamente superiores aos preços re- atinja valores inferiores aos limites estabelecidos no art. 29, incisos
ferenciais de mercado, podendo referir-se ao valor unitário de um I e II;
item, se a licitação ou a contratação for por preços unitários de ser- IV - adoção preferencial da modalidade de licitação denomina-
viço, ou ao valor global do objeto, se a licitação ou a contratação for da pregão, instituída pela Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002 ,
por preço global ou por empreitada; para a aquisição de bens e serviços comuns, assim considerados
II - superfaturamento quando houver dano ao patrimônio da aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser ob-
empresa pública ou da sociedade de economia mista caracterizado, jetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usu-
por exemplo: ais no mercado;
a) pela medição de quantidades superiores às efetivamente V - observação da política de integridade nas transações com
executadas ou fornecidas; partes interessadas.
b) pela deficiência na execução de obras e serviços de enge- §1º As licitações e os contratos disciplinados por esta Lei de-
nharia que resulte em diminuição da qualidade, da vida útil ou da vem respeitar, especialmente, as normas relativas à:
segurança; I - disposição final ambientalmente adequada dos resíduos só-
c) por alterações no orçamento de obras e de serviços de enge- lidos gerados pelas obras contratadas;
nharia que causem o desequilíbrio econômico-financeiro do contra- II - mitigação dos danos ambientais por meio de medidas con-
to em favor do contratado; dicionantes e de compensação ambiental, que serão definidas no
d) por outras alterações de cláusulas financeiras que gerem procedimento de licenciamento ambiental;
recebimentos contratuais antecipados, distorção do cronograma III - utilização de produtos, equipamentos e serviços que, com-
físico-financeiro, prorrogação injustificada do prazo contratual com provadamente, reduzam o consumo de energia e de recursos na-
custos adicionais para a empresa pública ou a sociedade de econo- turais;
mia mista ou reajuste irregular de preços. IV - avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação
§2º O orçamento de referência do custo global de obras e servi- urbanística;
ços de engenharia deverá ser obtido a partir de custos unitários de V - proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e
insumos ou serviços menores ou iguais à mediana de seus corres- imaterial, inclusive por meio da avaliação do impacto direto ou indi-
pondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da reto causado por investimentos realizados por empresas públicas e
Construção Civil (Sinapi), no caso de construção civil em geral, ou no sociedades de economia mista;
Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro), no caso de obras VI - acessibilidade para pessoas com deficiência ou com mobi-
e serviços rodoviários, devendo ser observadas as peculiaridades lidade reduzida.
geográficas. §2º A contratação a ser celebrada por empresa pública ou so-
§3º No caso de inviabilidade da definição dos custos consoante ciedade de economia mista da qual decorra impacto negativo so-
o disposto no §2º, a estimativa de custo global poderá ser apurada bre bens do patrimônio cultural, histórico, arqueológico e imaterial
por meio da utilização de dados contidos em tabela de referência tombados dependerá de autorização da esfera de governo encar-
formalmente aprovada por órgãos ou entidades da administração regada da proteção do respectivo patrimônio, devendo o impacto
pública federal, em publicações técnicas especializadas, em banco ser compensado por meio de medidas determinadas pelo dirigente
de dados e sistema específico instituído para o setor ou em pesqui- máximo da empresa pública ou sociedade de economia mista, na
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a solução para o seu concurso!
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forma da legislação aplicável. pedida ou declarada inidônea;


§3º As licitações na modalidade de pregão, na forma eletrôni- V - cujo administrador seja sócio de empresa suspensa, impedi-
ca, deverão ser realizadas exclusivamente em portais de compras da ou declarada inidônea;
de acesso público na internet. VI - constituída por sócio que tenha sido sócio ou administra-
§4º Nas licitações com etapa de lances, a empresa pública ou dor de empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea, no pe-
sociedade de economia mista disponibilizará ferramentas eletrôni- ríodo dos fatos que deram ensejo à sanção;
cas para envio de lances pelos licitantes. VII - cujo administrador tenha sido sócio ou administrador de
Art. 33. O objeto da licitação e do contrato dela decorrente será empresa suspensa, impedida ou declarada inidônea, no período
definido de forma sucinta e clara no instrumento convocatório. dos fatos que deram ensejo à sanção;
Art. 34. O valor estimado do contrato a ser celebrado pela em- VIII - que tiver, nos seus quadros de diretoria, pessoa que parti-
presa pública ou pela sociedade de economia mista será sigiloso, cipou, em razão de vínculo de mesma natureza, de empresa decla-
facultando-se à contratante, mediante justificação na fase de pre- rada inidônea.
paração prevista no inciso I do art. 51 desta Lei, conferir publicidade Parágrafo único. Aplica-se a vedação prevista no caput :
ao valor estimado do objeto da licitação, sem prejuízo da divulgação I - à contratação do próprio empregado ou dirigente, como pes-
do detalhamento dos quantitativos e das demais informações ne- soa física, bem como à participação dele em procedimentos licitató-
cessárias para a elaboração das propostas. rios, na condição de licitante;
§1º Na hipótese em que for adotado o critério de julgamento II - a quem tenha relação de parentesco, até o terceiro grau
por maior desconto, a informação de que trata o caput deste artigo civil, com:
constará do instrumento convocatório. a) dirigente de empresa pública ou sociedade de economia
§2º No caso de julgamento por melhor técnica, o valor do prê- mista;
mio ou da remuneração será incluído no instrumento convocatório. b) empregado de empresa pública ou sociedade de economia
§3º A informação relativa ao valor estimado do objeto da lici- mista cujas atribuições envolvam a atuação na área responsável
tação, ainda que tenha caráter sigiloso, será disponibilizada a ór- pela licitação ou contratação;
gãos de controle externo e interno, devendo a empresa pública ou c) autoridade do ente público a que a empresa pública ou so-
a sociedade de economia mista registrar em documento formal sua ciedade de economia mista esteja vinculada.
disponibilização aos órgãos de controle, sempre que solicitado. III - cujo proprietário, mesmo na condição de sócio, tenha ter-
§4º (VETADO). minado seu prazo de gestão ou rompido seu vínculo com a respecti-
Art. 35. Observado o disposto no art. 34, o conteúdo da pro- va empresa pública ou sociedade de economia mista promotora da
posta, quando adotado o modo de disputa fechado e até sua aber- licitação ou contratante há menos de 6 (seis) meses.
tura, os atos e os procedimentos praticados em decorrência desta Art. 39. Os procedimentos licitatórios, a pré-qualificação e os
Lei submetem-se à legislação que regula o acesso dos cidadãos às contratos disciplinados por esta Lei serão divulgados em portal es-
informações detidas pela administração pública, particularmente pecífico mantido pela empresa pública ou sociedade de economia
aos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 . mista na internet, devendo ser adotados os seguintes prazos míni-
Art. 36. A empresa pública e a sociedade de economia mista mos para apresentação de propostas ou lances, contados a partir da
poderão promover a pré-qualificação de seus fornecedores ou pro- divulgação do instrumento convocatório:
dutos, nos termos do art. 64. I - para aquisição de bens:
Art. 37. A empresa pública e a sociedade de economia mista a) 5 (cinco) dias úteis, quando adotado como critério de julga-
deverão informar os dados relativos às sanções por elas aplicadas mento o menor preço ou o maior desconto;
aos contratados, nos termos definidos no art. 83, de forma a man- b) 10 (dez) dias úteis, nas demais hipóteses;
ter atualizado o cadastro de empresas inidôneas de que trata o art. II - para contratação de obras e serviços:
23 da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013 . a) 15 (quinze) dias úteis, quando adotado como critério de jul-
§1º O fornecedor incluído no cadastro referido no caput não gamento o menor preço ou o maior desconto;
poderá disputar licitação ou participar, direta ou indiretamente, da b) 30 (trinta) dias úteis, nas demais hipóteses;
execução de contrato. III - no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias úteis para licitação
§2º Serão excluídos do cadastro referido no caput , a qualquer em que se adote como critério de julgamento a melhor técnica ou a
tempo, fornecedores que demonstrarem a superação dos motivos melhor combinação de técnica e preço, bem como para licitação em
que deram causa à restrição contra eles promovida. que haja contratação semi-integrada ou integrada.
Art. 38. Estará impedida de participar de licitações e de ser con- Parágrafo único. As modificações promovidas no instrumento
tratada pela empresa pública ou sociedade de economia mista a convocatório serão objeto de divulgação nos mesmos termos e pra-
empresa: zos dos atos e procedimentos originais, exceto quando a alteração
I - cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5% (cinco não afetar a preparação das propostas.
por cento) do capital social seja diretor ou empregado da empresa Art. 40. As empresas públicas e as sociedades de economia
pública ou sociedade de economia mista contratante; mista deverão publicar e manter atualizado regulamento interno de
II - suspensa pela empresa pública ou sociedade de economia licitações e contratos, compatível com o disposto nesta Lei, espe-
mista; cialmente quanto a:
III - declarada inidônea pela União, por Estado, pelo Distrito Fe- I - glossário de expressões técnicas;
deral ou pela unidade federativa a que está vinculada a empresa II - cadastro de fornecedores;
pública ou sociedade de economia mista, enquanto perdurarem os III - minutas-padrão de editais e contratos;
efeitos da sanção; IV - procedimentos de licitação e contratação direta;
IV - constituída por sócio de empresa que estiver suspensa, im- V - tramitação de recursos;
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VI - formalização de contratos; VIII - projeto básico: conjunto de elementos necessários e su-


VII - gestão e fiscalização de contratos; ficientes, com nível de precisão adequado, para, observado o dis-
VIII - aplicação de penalidades; posto no §3º, caracterizar a obra ou o serviço, ou o complexo de
IX - recebimento do objeto do contrato. obras ou de serviços objeto da licitação, elaborado com base nas
Art. 41. Aplicam-se às licitações e contratos regidos por esta indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegure a viabi-
Lei as normas de direito penal contidas nos arts. 89 a 99 da Lei nº lidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do
8.666, de 21 de junho de 1993 . empreendimento e que possibilite a avaliação do custo da obra e a
definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os
SEÇÃO III seguintes elementos:
DAS NORMAS ESPECÍFICAS PARA OBRAS E SERVIÇOS a) desenvolvimento da solução escolhida, de forma a fornecer
visão global da obra e a identificar todos os seus elementos consti-
Art. 42. Na licitação e na contratação de obras e serviços por tutivos com clareza;
empresas públicas e sociedades de economia mista, serão observa- b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente de-
das as seguintes definições: talhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou
I - empreitada por preço unitário: contratação por preço certo de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e
de unidades determinadas; de realização das obras e montagem;
II - empreitada por preço global: contratação por preço certo c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais
e total; e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especifica-
III - tarefa: contratação de mão de obra para pequenos traba- ções, de modo a assegurar os melhores resultados para o empre-
lhos por preço certo, com ou sem fornecimento de material; endimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;
IV - empreitada integral: contratação de empreendimento em d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de mé-
sua integralidade, com todas as etapas de obras, serviços e instala- todos construtivos, instalações provisórias e condições organiza-
ções necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a cionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua
sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, execução;
atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em con- e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da
dições de segurança estrutural e operacional e com as característi- obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de supri-
cas adequadas às finalidades para as quais foi contratada; mentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em
V - contratação semi-integrada: contratação que envolve a ela- cada caso;
boração e o desenvolvimento do projeto executivo, a execução de f) (VETADO);
obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização de tes- IX - projeto executivo: conjunto dos elementos necessários e
tes, a pré-operação e as demais operações necessárias e suficientes suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas
para a entrega final do objeto, de acordo com o estabelecido nos técnicas pertinentes;
§§1º e 3º deste artigo; X - matriz de riscos: cláusula contratual definidora de riscos e
VI - contratação integrada: contratação que envolve a elabora- responsabilidades entre as partes e caracterizadora do equilíbrio
ção e o desenvolvimento dos projetos básico e executivo, a execu- econômico-financeiro inicial do contrato, em termos de ônus finan-
ção de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização ceiro decorrente de eventos supervenientes à contratação, conten-
de testes, a pré-operação e as demais operações necessárias e sufi- do, no mínimo, as seguintes informações:
cientes para a entrega final do objeto, de acordo com o estabeleci- a) listagem de possíveis eventos supervenientes à assinatura
do nos §§1º, 2º e 3º deste artigo; do contrato, impactantes no equilíbrio econômico-financeiro da
VII - anteprojeto de engenharia: peça técnica com todos os ele- avença, e previsão de eventual necessidade de prolação de termo
mentos de contornos necessários e fundamentais à elaboração do aditivo quando de sua ocorrência;
projeto básico, devendo conter minimamente os seguintes elemen- b) estabelecimento preciso das frações do objeto em que ha-
tos: verá liberdade das contratadas para inovar em soluções metodoló-
a) demonstração e justificativa do programa de necessidades, gicas ou tecnológicas, em obrigações de resultado, em termos de
visão global dos investimentos e definições relacionadas ao nível de modificação das soluções previamente delineadas no anteprojeto
serviço desejado; ou no projeto básico da licitação;
b) condições de solidez, segurança e durabilidade e prazo de c) estabelecimento preciso das frações do objeto em que não
entrega; haverá liberdade das contratadas para inovar em soluções meto-
c) estética do projeto arquitetônico; dológicas ou tecnológicas, em obrigações de meio, devendo haver
d) parâmetros de adequação ao interesse público, à economia obrigação de identidade entre a execução e a solução pré-definida
na utilização, à facilidade na execução, aos impactos ambientais e no anteprojeto ou no projeto básico da licitação.
à acessibilidade; §1º As contratações semi-integradas e integradas referidas,
e) concepção da obra ou do serviço de engenharia; respectivamente, nos incisos V e VI do caput deste artigo restringir-
f) projetos anteriores ou estudos preliminares que embasaram -se-ão a obras e serviços de engenharia e observarão os seguintes
a concepção adotada; requisitos:
g) levantamento topográfico e cadastral; I - o instrumento convocatório deverá conter:
h) pareceres de sondagem; a) anteprojeto de engenharia, no caso de contratação integra-
i) memorial descritivo dos elementos da edificação, dos com- da, com elementos técnicos que permitam a caracterização da obra
ponentes construtivos e dos materiais de construção, de forma a ou do serviço e a elaboração e comparação, de forma isonômica,
estabelecer padrões mínimos para a contratação; das propostas a serem ofertadas pelos particulares;
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b) projeto básico, nos casos de empreitada por preço unitário, por sua natureza, possuam imprecisão inerente de quantitativos
de empreitada por preço global, de empreitada integral e de contra- em seus itens orçamentários;
tação semi-integrada, nos termos definidos neste artigo; II - empreitada por preço global, quando for possível definir
c) documento técnico, com definição precisa das frações do previamente no projeto básico, com boa margem de precisão, as
empreendimento em que haverá liberdade de as contratadas ino- quantidades dos serviços a serem posteriormente executados na
varem em soluções metodológicas ou tecnológicas, seja em termos fase contratual;
de modificação das soluções previamente delineadas no antepro- III - contratação por tarefa, em contratações de profissionais
jeto ou no projeto básico da licitação, seja em termos de detalha- autônomos ou de pequenas empresas para realização de serviços
mento dos sistemas e procedimentos construtivos previstos nessas técnicos comuns e de curta duração;
peças técnicas; IV - empreitada integral, nos casos em que o contratante neces-
d) matriz de riscos; site receber o empreendimento, normalmente de alta complexida-
II - o valor estimado do objeto a ser licitado será calculado com de, em condição de operação imediata;
base em valores de mercado, em valores pagos pela administração V - contratação semi-integrada, quando for possível definir pre-
pública em serviços e obras similares ou em avaliação do custo glo- viamente no projeto básico as quantidades dos serviços a serem
bal da obra, aferido mediante orçamento sintético ou metodologia posteriormente executados na fase contratual, em obra ou serviço
expedita ou paramétrica; de engenharia que possa ser executado com diferentes metodolo-
III - o critério de julgamento a ser adotado será o de menor pre- gias ou tecnologias;
ço ou de melhor combinação de técnica e preço, pontuando-se na VI - contratação integrada, quando a obra ou o serviço de en-
avaliação técnica as vantagens e os benefícios que eventualmente genharia for de natureza predominantemente intelectual e de ino-
forem oferecidos para cada produto ou solução; vação tecnológica do objeto licitado ou puder ser executado com
IV - na contratação semi-integrada, o projeto básico poderá diferentes metodologias ou tecnologias de domínio restrito no mer-
ser alterado, desde que demonstrada a superioridade das inova- cado.
ções em termos de redução de custos, de aumento da qualidade, §1º Serão obrigatoriamente precedidas pela elaboração de
de redução do prazo de execução e de facilidade de manutenção projeto básico, disponível para exame de qualquer interessado, as
ou operação. licitações para a contratação de obras e serviços, com exceção da-
§2º No caso dos orçamentos das contratações integradas: quelas em que for adotado o regime previsto no inciso VI do caput
I - sempre que o anteprojeto da licitação, por seus elementos deste artigo.
mínimos, assim o permitir, as estimativas de preço devem se basear §2º É vedada a execução, sem projeto executivo, de obras e
em orçamento tão detalhado quanto possível, devendo a utilização serviços de engenharia.
de estimativas paramétricas e a avaliação aproximada baseada em Art. 44. É vedada a participação direta ou indireta nas licitações
outras obras similares ser realizadas somente nas frações do em- para obras e serviços de engenharia de que trata esta Lei:
preendimento não suficientemente detalhadas no anteprojeto da I - de pessoa física ou jurídica que tenha elaborado o antepro-
licitação, exigindo-se das contratadas, no mínimo, o mesmo nível jeto ou o projeto básico da licitação;
de detalhamento em seus demonstrativos de formação de preços; II - de pessoa jurídica que participar de consórcio responsável
II - quando utilizada metodologia expedita ou paramétrica para pela elaboração do anteprojeto ou do projeto básico da licitação;
abalizar o valor do empreendimento ou de fração dele, considera- III - de pessoa jurídica da qual o autor do anteprojeto ou do
das as disposições do inciso I, entre 2 (duas) ou mais técnicas esti- projeto básico da licitação seja administrador, controlador, geren-
mativas possíveis, deve ser utilizada nas estimativas de preço-base te, responsável técnico, subcontratado ou sócio, neste último caso
a que viabilize a maior precisão orçamentária, exigindo-se das lici- quando a participação superar 5% (cinco por cento) do capital vo-
tantes, no mínimo, o mesmo nível de detalhamento na motivação tante.
dos respectivos preços ofertados. §1º A elaboração do projeto executivo constituirá encargo do
§3º Nas contratações integradas ou semi-integradas, os riscos contratado, consoante preço previamente fixado pela empresa pú-
decorrentes de fatos supervenientes à contratação associados à blica ou pela sociedade de economia mista.
escolha da solução de projeto básico pela contratante deverão ser §2º É permitida a participação das pessoas jurídicas e da pes-
alocados como de sua responsabilidade na matriz de riscos. soa física de que tratam os incisos II e III do caput deste artigo em
§4º No caso de licitação de obras e serviços de engenharia, as licitação ou em execução de contrato, como consultor ou técnico,
empresas públicas e as sociedades de economia mista abrangidas nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusi-
por esta Lei deverão utilizar a contratação semi-integrada, prevista vamente a serviço da empresa pública e da sociedade de economia
no inciso V do caput , cabendo a elas a elaboração ou a contrata- mista interessadas.
ção do projeto básico antes da licitação de que trata este parágrafo, §3º Para fins do disposto no caput , considera-se participação
podendo ser utilizadas outras modalidades previstas nos incisos do indireta a existência de vínculos de natureza técnica, comercial,
caput deste artigo, desde que essa opção seja devidamente justifi- econômica, financeira ou trabalhista entre o autor do projeto bási-
cada. co, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos servi-
§5º Para fins do previsto na parte final do §4º, não será admi- ços, fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens
tida, por parte da empresa pública ou da sociedade de economia e serviços a estes necessários.
mista, como justificativa para a adoção da modalidade de contrata- §4º O disposto no §3º deste artigo aplica-se a empregados in-
ção integrada, a ausência de projeto básico. cumbidos de levar a efeito atos e procedimentos realizados pela
Art. 43. Os contratos destinados à execução de obras e serviços empresa pública e pela sociedade de economia mista no curso da
de engenharia admitirão os seguintes regimes: licitação.
I - empreitada por preço unitário, nos casos em que os objetos, Art. 45. Na contratação de obras e serviços, inclusive de enge-
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nharia, poderá ser estabelecida remuneração variável vinculada ao Art. 50. Estendem-se à atribuição de ônus real a bens integran-
desempenho do contratado, com base em metas, padrões de qua- tes do acervo patrimonial de empresas públicas e de sociedades
lidade, critérios de sustentabilidade ambiental e prazos de entrega de economia mista as normas desta Lei aplicáveis à sua alienação,
definidos no instrumento convocatório e no contrato. inclusive em relação às hipóteses de dispensa e de inexigibilidade
Parágrafo único. A utilização da remuneração variável respeita- de licitação.
rá o limite orçamentário fixado pela empresa pública ou pela socie-
dade de economia mista para a respectiva contratação. SEÇÃO VI
Art. 46. Mediante justificativa expressa e desde que não impli- DO PROCEDIMENTO DE LICITAÇÃO
que perda de economia de escala, poderá ser celebrado mais de
um contrato para executar serviço de mesma natureza quando o Art. 51. As licitações de que trata esta Lei observarão a seguinte
objeto da contratação puder ser executado de forma concorrente e sequência de fases:
simultânea por mais de um contratado. I - preparação;
§1º Na hipótese prevista no caput deste artigo, será mantido II - divulgação;
controle individualizado da execução do objeto contratual relativa- III - apresentação de lances ou propostas, conforme o modo de
mente a cada um dos contratados. disputa adotado;
§2º (VETADO). IV - julgamento;
V - verificação de efetividade dos lances ou propostas;
SEÇÃO IV VI - negociação;
DAS NORMAS ESPECÍFICAS PARA AQUISIÇÃO DE BENS VII - habilitação;
VIII - interposição de recursos;
Art. 47. A empresa pública e a sociedade de economia mista, na IX - adjudicação do objeto;
licitação para aquisição de bens, poderão: X - homologação do resultado ou revogação do procedimento.
I - indicar marca ou modelo, nas seguintes hipóteses: §1º A fase de que trata o inciso VII do caput poderá, excepcio-
a) em decorrência da necessidade de padronização do objeto; nalmente, anteceder as referidas nos incisos III a VI do caput , desde
b) quando determinada marca ou modelo comercializado por que expressamente previsto no instrumento convocatório.
mais de um fornecedor constituir o único capaz de atender o objeto §2º Os atos e procedimentos decorrentes das fases enumera-
do contrato; das no caput praticados por empresas públicas, por sociedades de
c) quando for necessária, para compreensão do objeto, a iden- economia mista e por licitantes serão efetivados preferencialmente
tificação de determinada marca ou modelo apto a servir como refe- por meio eletrônico, nos termos definidos pelo instrumento con-
rência, situação em que será obrigatório o acréscimo da expressão vocatório, devendo os avisos contendo os resumos dos editais das
“ou similar ou de melhor qualidade”; licitações e contratos abrangidos por esta Lei ser previamente pu-
II - exigir amostra do bem no procedimento de pré-qualificação blicados no Diário Oficial da União, do Estado ou do Município e na
e na fase de julgamento das propostas ou de lances, desde que jus- internet.
tificada a necessidade de sua apresentação; Art. 52. Poderão ser adotados os modos de disputa aberto ou
III - solicitar a certificação da qualidade do produto ou do pro- fechado, ou, quando o objeto da licitação puder ser parcelado, a
cesso de fabricação, inclusive sob o aspecto ambiental, por institui- combinação de ambos, observado o disposto no inciso III do art.
ção previamente credenciada. 32 desta Lei.
Parágrafo único. O edital poderá exigir, como condição de acei- §1º No modo de disputa aberto, os licitantes apresentarão lan-
tabilidade da proposta, a adequação às normas da Associação Bra- ces públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes, conforme o
sileira de Normas Técnicas (ABNT) ou a certificação da qualidade critério de julgamento adotado.
do produto por instituição credenciada pelo Sistema Nacional de §2º No modo de disputa fechado, as propostas apresentadas
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro) . pelos licitantes serão sigilosas até a data e a hora designadas para
Art. 48. Será dada publicidade, com periodicidade mínima se- que sejam divulgadas.
mestral, em sítio eletrônico oficial na internet de acesso irrestrito, à Art. 53. Quando for adotado o modo de disputa aberto, pode-
relação das aquisições de bens efetivadas pelas empresas públicas rão ser admitidos:
e pelas sociedades de economia mista, compreendidas as seguintes I - a apresentação de lances intermediários;
informações: II - o reinício da disputa aberta, após a definição do melhor lan-
I - identificação do bem comprado, de seu preço unitário e da ce, para definição das demais colocações, quando existir diferença
quantidade adquirida; de pelo menos 10% (dez por cento) entre o melhor lance e o sub-
II - nome do fornecedor; sequente.
III - valor total de cada aquisição. Parágrafo único. Consideram-se intermediários os lances:
I - iguais ou inferiores ao maior já ofertado, quando adotado o
SEÇÃO V julgamento pelo critério da maior oferta;
DAS NORMAS ESPECÍFICAS PARA ALIENAÇÃO DE BENS II - iguais ou superiores ao menor já ofertado, quando adotados
os demais critérios de julgamento.
Art. 49. A alienação de bens por empresas públicas e por socie- Art. 54. Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julga-
dades de economia mista será precedida de: mento:
I - avaliação formal do bem contemplado, ressalvadas as hipó- I - menor preço;
teses previstas nos incisos XVI a XVIII do art. 29; II - maior desconto;
II - licitação, ressalvado o previsto no §3º do art. 28. III - melhor combinação de técnica e preço;
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IV - melhor técnica; II - descumpram especificações técnicas constantes do instru-


V - melhor conteúdo artístico; mento convocatório;
VI - maior oferta de preço; III - apresentem preços manifestamente inexequíveis;
VII - maior retorno econômico; IV - se encontrem acima do orçamento estimado para a contra-
VIII - melhor destinação de bens alienados. tação de que trata o §1º do art. 57, ressalvada a hipótese prevista
§1º Os critérios de julgamento serão expressamente identifi- no caput do art. 34 desta Lei;
cados no instrumento convocatório e poderão ser combinados na V - não tenham sua exequibilidade demonstrada, quando exi-
hipótese de parcelamento do objeto, observado o disposto no inci- gido pela empresa pública ou pela sociedade de economia mista;
so III do art. 32. VI - apresentem desconformidade com outras exigências do
§2º Na hipótese de adoção dos critérios referidos nos incisos instrumento convocatório, salvo se for possível a acomodação a
III, IV, V e VII do caput deste artigo, o julgamento das propostas será seus termos antes da adjudicação do objeto e sem que se prejudi-
efetivado mediante o emprego de parâmetros específicos, defini- que a atribuição de tratamento isonômico entre os licitantes.
dos no instrumento convocatório, destinados a limitar a subjetivi- §1º A verificação da efetividade dos lances ou propostas pode-
dade do julgamento. rá ser feita exclusivamente em relação aos lances e propostas mais
§3º Para efeito de julgamento, não serão consideradas vanta- bem classificados.
gens não previstas no instrumento convocatório. §2º A empresa pública e a sociedade de economia mista pode-
§4º O critério previsto no inciso II do caput : rão realizar diligências para aferir a exequibilidade das propostas ou
I - terá como referência o preço global fixado no instrumento exigir dos licitantes que ela seja demonstrada, na forma do inciso V
convocatório, estendendo-se o desconto oferecido nas propostas do caput .
ou lances vencedores a eventuais termos aditivos; §3º Nas licitações de obras e serviços de engenharia, conside-
II - no caso de obras e serviços de engenharia, o desconto in- ram-se inexequíveis as propostas com valores globais inferiores a
cidirá de forma linear sobre a totalidade dos itens constantes do 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores:
orçamento estimado, que deverá obrigatoriamente integrar o ins- I - média aritmética dos valores das propostas superiores a 50%
trumento convocatório. (cinquenta por cento) do valor do orçamento estimado pela empre-
§5º Quando for utilizado o critério referido no inciso III do sa pública ou sociedade de economia mista; ou
caput , a avaliação das propostas técnicas e de preço considerará o II - valor do orçamento estimado pela empresa pública ou so-
percentual de ponderação mais relevante, limitado a 70% (setenta ciedade de economia mista.
por cento). §4º Para os demais objetos, para efeito de avaliação da exequi-
§6º Quando for utilizado o critério referido no inciso VII do bilidade ou de sobrepreço, deverão ser estabelecidos critérios de
caput , os lances ou propostas terão o objetivo de proporcionar aceitabilidade de preços que considerem o preço global, os quanti-
economia à empresa pública ou à sociedade de economia mista, tativos e os preços unitários, assim definidos no instrumento con-
por meio da redução de suas despesas correntes, remunerando-se vocatório.
o licitante vencedor com base em percentual da economia de re- Art. 57. Confirmada a efetividade do lance ou proposta que ob-
cursos gerada. teve a primeira colocação na etapa de julgamento, ou que passe a
§7º Na implementação do critério previsto no inciso VIII do ocupar essa posição em decorrência da desclassificação de outra
caput deste artigo, será obrigatoriamente considerada, nos termos que tenha obtido colocação superior, a empresa pública e a socie-
do respectivo instrumento convocatório, a repercussão, no meio dade de economia mista deverão negociar condições mais vantajo-
social, da finalidade para cujo atendimento o bem será utilizado sas com quem o apresentou.
pelo adquirente. §1º A negociação deverá ser feita com os demais licitantes, se-
§8º O descumprimento da finalidade a que se refere o §7º gundo a ordem inicialmente estabelecida, quando o preço do pri-
deste artigo resultará na imediata restituição do bem alcançado ao meiro colocado, mesmo após a negociação, permanecer acima do
acervo patrimonial da empresa pública ou da sociedade de econo- orçamento estimado.
mia mista, vedado, nessa hipótese, o pagamento de indenização em §2º (VETADO).
favor do adquirente. §3º Se depois de adotada a providência referida no §1º deste
Art. 55. Em caso de empate entre 2 (duas) propostas, serão uti- artigo não for obtido valor igual ou inferior ao orçamento estimado
lizados, na ordem em que se encontram enumerados, os seguintes para a contratação, será revogada a licitação.
critérios de desempate: Art. 58. A habilitação será apreciada exclusivamente a partir
I - disputa final, em que os licitantes empatados poderão apre- dos seguintes parâmetros:
sentar nova proposta fechada, em ato contínuo ao encerramento I - exigência da apresentação de documentos aptos a compro-
da etapa de julgamento; var a possibilidade da aquisição de direitos e da contração de obri-
II - avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, gações por parte do licitante;
desde que exista sistema objetivo de avaliação instituído; II - qualificação técnica, restrita a parcelas do objeto técnica ou
III - os critérios estabelecidos no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 economicamente relevantes, de acordo com parâmetros estabele-
de outubro de 1991 , e no §2º do art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de cidos de forma expressa no instrumento convocatório;
junho de 1993 ; III - capacidade econômica e financeira;
IV - sorteio. IV - recolhimento de quantia a título de adiantamento, tratan-
Art. 56. Efetuado o julgamento dos lances ou propostas, será do-se de licitações em que se utilize como critério de julgamento a
promovida a verificação de sua efetividade, promovendo-se a des- maior oferta de preço.
classificação daqueles que: §1º Quando o critério de julgamento utilizado for a maior ofer-
I - contenham vícios insanáveis; ta de preço, os requisitos de qualificação técnica e de capacidade
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econômica e financeira poderão ser dispensados. II - bens que atendam às exigências técnicas e de qualidade da
§2º Na hipótese do §1º, reverterá a favor da empresa pública administração pública.
ou da sociedade de economia mista o valor de quantia eventual- §1º O procedimento de pré-qualificação será público e perma-
mente exigida no instrumento convocatório a título de adiantamen- nentemente aberto à inscrição de qualquer interessado.
to, caso o licitante não efetue o restante do pagamento devido no §2º A empresa pública e a sociedade de economia mista pode-
prazo para tanto estipulado. rão restringir a participação em suas licitações a fornecedores ou
Art. 59. Salvo no caso de inversão de fases, o procedimento produtos pré-qualificados, nas condições estabelecidas em regula-
licitatório terá fase recursal única. mento.
§1º Os recursos serão apresentados no prazo de 5 (cinco) dias §3º A pré-qualificação poderá ser efetuada nos grupos ou seg-
úteis após a habilitação e contemplarão, além dos atos praticados mentos, segundo as especialidades dos fornecedores.
nessa fase, aqueles praticados em decorrência do disposto nos inci- §4º A pré-qualificação poderá ser parcial ou total, contendo al-
sos IV e V do caput do art. 51 desta Lei. guns ou todos os requisitos de habilitação ou técnicos necessários
§2º Na hipótese de inversão de fases, o prazo referido no §1º à contratação, assegurada, em qualquer hipótese, a igualdade de
será aberto após a habilitação e após o encerramento da fase pre- condições entre os concorrentes.
vista no inciso V do caput do art. 51, abrangendo o segundo prazo §5º A pré-qualificação terá validade de 1 (um) ano, no máximo,
também atos decorrentes da fase referida no inciso IV do caput do podendo ser atualizada a qualquer tempo.
art. 51 desta Lei. §6º Na pré-qualificação aberta de produtos, poderá ser exigida
Art. 60. A homologação do resultado implica a constituição de a comprovação de qualidade.
direito relativo à celebração do contrato em favor do licitante ven- §7º É obrigatória a divulgação dos produtos e dos interessados
cedor. que forem pré-qualificados.
Art. 61. A empresa pública e a sociedade de economia mista Art. 65. Os registros cadastrais poderão ser mantidos para efei-
não poderão celebrar contrato com preterição da ordem de classifi- to de habilitação dos inscritos em procedimentos licitatórios e se-
cação das propostas ou com terceiros estranhos à licitação. rão válidos por 1 (um) ano, no máximo, podendo ser atualizados a
Art. 62. Além das hipóteses previstas no §3º do art. 57 desta qualquer tempo.
Lei e no inciso II do §2º do art. 75 desta Lei, quem dispuser de com- §1º Os registros cadastrais serão amplamente divulgados e fi-
petência para homologação do resultado poderá revogar a licitação carão permanentemente abertos para a inscrição de interessados.
por razões de interesse público decorrentes de fato superveniente §2º Os inscritos serão admitidos segundo requisitos previstos
que constitua óbice manifesto e incontornável, ou anulá-la por ile- em regulamento.
galidade, de ofício ou por provocação de terceiros, salvo quando for §3º A atuação do licitante no cumprimento de obrigações assu-
viável a convalidação do ato ou do procedimento viciado. midas será anotada no respectivo registro cadastral.
§1º A anulação da licitação por motivo de ilegalidade não gera §4º A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou can-
obrigação de indenizar, observado o disposto no §2º deste artigo. celado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as exigências
§2º A nulidade da licitação induz à do contrato. estabelecidas para habilitação ou para admissão cadastral.
§3º Depois de iniciada a fase de apresentação de lances ou pro- Art. 66. O Sistema de Registro de Preços especificamente desti-
postas, referida no inciso III do caput do art. 51 desta Lei, a revoga- nado às licitações de que trata esta Lei reger-se-á pelo disposto em
ção ou a anulação da licitação somente será efetivada depois de se decreto do Poder Executivo e pelas seguintes disposições:
conceder aos licitantes que manifestem interesse em contestar o §1º Poderá aderir ao sistema referido no caput qualquer órgão
respectivo ato prazo apto a lhes assegurar o exercício do direito ao ou entidade responsável pela execução das atividades contempla-
contraditório e à ampla defesa. das no art. 1º desta Lei.
§4º O disposto no caput e nos §§1º e 2º deste artigo aplica-se, §2º O registro de preços observará, entre outras, as seguintes
no que couber, aos atos por meio dos quais se determine a contra- condições:
tação direta. I - efetivação prévia de ampla pesquisa de mercado;
II - seleção de acordo com os procedimentos previstos em re-
SEÇÃO VII gulamento;
DOS PROCEDIMENTOS AUXILIARES DAS LICITAÇÕES III - desenvolvimento obrigatório de rotina de controle e atuali-
zação periódicos dos preços registrados;
Art. 63. São procedimentos auxiliares das licitações regidas por IV - definição da validade do registro;
esta Lei: V - inclusão, na respectiva ata, do registro dos licitantes que
I - pré-qualificação permanente; aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais ao do licitan-
II - cadastramento; te vencedor na sequência da classificação do certame, assim como
III - sistema de registro de preços; dos licitantes que mantiverem suas propostas originais.
IV - catálogo eletrônico de padronização. §3º A existência de preços registrados não obriga a administra-
Parágrafo único. Os procedimentos de que trata o caput deste ção pública a firmar os contratos que deles poderão advir, sendo
artigo obedecerão a critérios claros e objetivos definidos em regu- facultada a realização de licitação específica, assegurada ao licitante
lamento. registrado preferência em igualdade de condições.
Art. 64. Considera-se pré-qualificação permanente o procedi- Art. 67. O catálogo eletrônico de padronização de compras, ser-
mento anterior à licitação destinado a identificar: viços e obras consiste em sistema informatizado, de gerenciamento
I - fornecedores que reúnam condições de habilitação exigidas centralizado, destinado a permitir a padronização dos itens a serem
para o fornecimento de bem ou a execução de serviço ou obra nos adquiridos pela empresa pública ou sociedade de economia mista
prazos, locais e condições previamente estabelecidos; que estarão disponíveis para a realização de licitação.
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Parágrafo único. O catálogo referido no caput poderá ser utili- co por cento) do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas
zado em licitações cujo critério de julgamento seja o menor preço mesmas condições nele estabelecidas, ressalvado o previsto no §3º
ou o maior desconto e conterá toda a documentação e todos os deste artigo.
procedimentos da fase interna da licitação, assim como as espe- §3º Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto en-
cificações dos respectivos objetos, conforme disposto em regula- volvendo complexidade técnica e riscos financeiros elevados, o limi-
mento. te de garantia previsto no §2º poderá ser elevado para até 10% (dez
por cento) do valor do contrato.
CAPÍTULO II §4º A garantia prestada pelo contratado será liberada ou resti-
DOS CONTRATOS tuída após a execução do contrato, devendo ser atualizada moneta-
riamente na hipótese do inciso I do §1º deste artigo.
SEÇÃO I Art. 71. A duração dos contratos regidos por esta Lei não exce-
DA FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS derá a 5 (cinco) anos, contados a partir de sua celebração, exceto:
I - para projetos contemplados no plano de negócios e inves-
Art. 68. Os contratos de que trata esta Lei regulam-se pelas timentos da empresa pública ou da sociedade de economia mista;
suas cláusulas, pelo disposto nesta Lei e pelos preceitos de direito II - nos casos em que a pactuação por prazo superior a 5 (cinco)
privado. anos seja prática rotineira de mercado e a imposição desse prazo
Art. 69. São cláusulas necessárias nos contratos disciplinados inviabilize ou onere excessivamente a realização do negócio.
por esta Lei: Parágrafo único. É vedado o contrato por prazo indeterminado.
I - o objeto e seus elementos característicos; Art. 72. Os contratos regidos por esta Lei somente poderão ser
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; alterados por acordo entre as partes, vedando-se ajuste que resulte
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data- em violação da obrigação de licitar.
-base e a periodicidade do reajustamento de preços e os critérios Art. 73. A redução a termo do contrato poderá ser dispensada
de atualização monetária entre a data do adimplemento das obri- no caso de pequenas despesas de pronta entrega e pagamento das
gações e a do efetivo pagamento; quais não resultem obrigações futuras por parte da empresa públi-
IV - os prazos de início de cada etapa de execução, de conclu- ca ou da sociedade de economia mista.
são, de entrega, de observação, quando for o caso, e de recebimen- Parágrafo único. O disposto no caput não prejudicará o registro
to; contábil exaustivo dos valores despendidos e a exigência de recibo
V - as garantias oferecidas para assegurar a plena execução do por parte dos respectivos destinatários.
objeto contratual, quando exigidas, observado o disposto no art. Art. 74. É permitido a qualquer interessado o conhecimento
68; dos termos do contrato e a obtenção de cópia autenticada de seu
VI - os direitos e as responsabilidades das partes, as tipificações inteiro teor ou de qualquer de suas partes, admitida a exigência de
das infrações e as respectivas penalidades e valores das multas; ressarcimento dos custos, nos termos previstos na Lei nº 12.527, de
VII - os casos de rescisão do contrato e os mecanismos para 18 de novembro de 2011 .
alteração de seus termos; Art. 75. A empresa pública e a sociedade de economia mista
VIII - a vinculação ao instrumento convocatório da respectiva convocarão o licitante vencedor ou o destinatário de contratação
licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, bem como ao com dispensa ou inexigibilidade de licitação para assinar o termo
lance ou proposta do licitante vencedor; de contrato, observados o prazo e as condições estabelecidos, sob
IX - a obrigação do contratado de manter, durante a execução pena de decadência do direito à contratação.
do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumi- §1º O prazo de convocação poderá ser prorrogado 1 (uma) vez,
das, as condições de habilitação e qualificação exigidas no curso do por igual período.
procedimento licitatório; §2º É facultado à empresa pública ou à sociedade de economia
X - matriz de riscos. mista, quando o convocado não assinar o termo de contrato no pra-
§1º (VETADO). zo e nas condições estabelecidos:
§2º Nos contratos decorrentes de licitações de obras ou ser- I - convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classifi-
viços de engenharia em que tenha sido adotado o modo de dispu- cação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propos-
ta aberto, o contratado deverá reelaborar e apresentar à empresa tas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualiza-
pública ou à sociedade de economia mista e às suas respectivas dos em conformidade com o instrumento convocatório;
subsidiárias, por meio eletrônico, as planilhas com indicação dos II - revogar a licitação.
quantitativos e dos custos unitários, bem como do detalhamento Art. 76. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover,
das Bonificações e Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos Sociais reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o
(ES), com os respectivos valores adequados ao lance vencedor, para objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incor-
fins do disposto no inciso III do caput deste artigo. reções resultantes da execução ou de materiais empregados, e res-
Art. 70. Poderá ser exigida prestação de garantia nas contrata- ponderá por danos causados diretamente a terceiros ou à empresa
ções de obras, serviços e compras. pública ou sociedade de economia mista, independentemente da
§1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes moda- comprovação de sua culpa ou dolo na execução do contrato.
lidades de garantia: Art. 77. O contratado é responsável pelos encargos trabalhis-
I - caução em dinheiro; tas, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.
II - seguro-garantia; §1º A inadimplência do contratado quanto aos encargos tra-
III - fiança bancária. balhistas, fiscais e comerciais não transfere à empresa pública ou à
§2º A garantia a que se refere o caput não excederá a 5% (cin- sociedade de economia mista a responsabilidade por seu pagamen-
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to, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regula- VI - para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicial-
rização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro mente entre os encargos do contratado e a retribuição da adminis-
de Imóveis. tração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento,
§2º (VETADO). objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro ini-
Art. 78. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo cial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou
das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou
partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força
cada caso, pela empresa pública ou pela sociedade de economia maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econô-
mista, conforme previsto no edital do certame. mica extraordinária e extracontratual.
§1º A empresa subcontratada deverá atender, em relação ao §1º O contratado poderá aceitar, nas mesmas condições con-
objeto da subcontratação, as exigências de qualificação técnica im- tratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, ser-
postas ao licitante vencedor. viços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
§2º É vedada a subcontratação de empresa ou consórcio que atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício
tenha participado: ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para
I - do procedimento licitatório do qual se originou a contrata- os seus acréscimos.
ção; §2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites
II - direta ou indiretamente, da elaboração de projeto básico estabelecidos no §1º, salvo as supressões resultantes de acordo ce-
ou executivo. lebrado entre os contratantes.
§3º As empresas de prestação de serviços técnicos especializa- §3º Se no contrato não houverem sido contemplados preços
dos deverão garantir que os integrantes de seu corpo técnico execu- unitários para obras ou serviços, esses serão fixados mediante acor-
tem pessoal e diretamente as obrigações a eles imputadas, quando do entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no §1º.
a respectiva relação for apresentada em procedimento licitatório §4º No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o con-
ou em contratação direta. tratado já houver adquirido os materiais e posto no local dos traba-
Art. 79. Na hipótese do §6º do art. 54, quando não for gera- lhos, esses materiais deverão ser pagos pela empresa pública ou so-
da a economia prevista no lance ou proposta, a diferença entre a ciedade de economia mista pelos custos de aquisição regularmente
economia contratada e a efetivamente obtida será descontada da comprovados e monetariamente corrigidos, podendo caber indeni-
remuneração do contratado. zação por outros danos eventualmente decorrentes da supressão,
Parágrafo único. Se a diferença entre a economia contratada e desde que regularmente comprovados.
a efetivamente obtida for superior à remuneração do contratado, §5º A criação, a alteração ou a extinção de quaisquer tributos
será aplicada a sanção prevista no contrato, nos termos do inciso VI ou encargos legais, bem como a superveniência de disposições le-
do caput do art. 69 desta Lei. gais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta,
Art. 80. Os direitos patrimoniais e autorais de projetos ou ser- com comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a
viços técnicos especializados desenvolvidos por profissionais au- revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso.
tônomos ou por empresas contratadas passam a ser propriedade §6º Em havendo alteração do contrato que aumente os encar-
da empresa pública ou sociedade de economia mista que os tenha gos do contratado, a empresa pública ou a sociedade de economia
contratado, sem prejuízo da preservação da identificação dos res- mista deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-
pectivos autores e da responsabilidade técnica a eles atribuída. -financeiro inicial.
§7º A variação do valor contratual para fazer face ao reajus-
SEÇÃO II te de preços previsto no próprio contrato e as atualizações, com-
DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS pensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições
de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações
Art. 81. Os contratos celebrados nos regimes previstos nos inci- orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido,
sos I a V do art. 43 contarão com cláusula que estabeleça a possibili- não caracterizam alteração do contrato e podem ser registrados por
dade de alteração, por acordo entre as partes, nos seguintes casos: simples apostila, dispensada a celebração de aditamento.
I - quando houver modificação do projeto ou das especifica- §8º É vedada a celebração de aditivos decorrentes de eventos
ções, para melhor adequação técnica aos seus objetivos; supervenientes alocados, na matriz de riscos, como de responsabi-
II - quando necessária a modificação do valor contratual em lidade da contratada.
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto,
nos limites permitidos por esta Lei; SEÇÃO III
III - quando conveniente a substituição da garantia de execu-
ção; DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
IV - quando necessária a modificação do regime de execução Art. 82. Os contratos devem conter cláusulas com sanções ad-
da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face ministrativas a serem aplicadas em decorrência de atraso injustifi-
de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais cado na execução do contrato, sujeitando o contratado a multa de
originários; mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no con-
V - quando necessária a modificação da forma de pagamento, trato.
por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor §1º A multa a que alude este artigo não impede que a empresa
inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com rela- pública ou a sociedade de economia mista rescinda o contrato e
ção ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contra- aplique as outras sanções previstas nesta Lei.
prestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; §2º A multa, aplicada após regular processo administrativo,
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será descontada da garantia do respectivo contratado. e acordos constitutivos.


§3º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia presta- Art. 86. As informações das empresas públicas e das socieda-
da, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferen- des de economia mista relativas a licitações e contratos, inclusive
ça, a qual será descontada dos pagamentos eventualmente devidos aqueles referentes a bases de preços, constarão de bancos de da-
pela empresa pública ou pela sociedade de economia mista ou, ain- dos eletrônicos atualizados e com acesso em tempo real aos órgãos
da, quando for o caso, cobrada judicialmente. de controle competentes.
Art. 83. Pela inexecução total ou parcial do contrato a empresa §1º As demonstrações contábeis auditadas da empresa pública
pública ou a sociedade de economia mista poderá, garantida a pré- e da sociedade de economia mista serão disponibilizadas no sítio
via defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções: eletrônico da empresa ou da sociedade na internet, inclusive em
I - advertência; formato eletrônico editável.
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou §2º As atas e demais expedientes oriundos de reuniões, ordi-
no contrato; nárias ou extraordinárias, dos conselhos de administração ou fiscal
III - suspensão temporária de participação em licitação e impe- das empresas públicas e das sociedades de economia mista, inclu-
dimento de contratar com a entidade sancionadora, por prazo não sive gravações e filmagens, quando houver, deverão ser disponibili-
superior a 2 (dois) anos. zados para os órgãos de controle sempre que solicitados, no âmbito
§1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia presta- dos trabalhos de auditoria.
da, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferen- §3º O acesso dos órgãos de controle às informações referidas
ça, que será descontada dos pagamentos eventualmente devidos no caput e no §2º será restrito e individualizado.
pela empresa pública ou pela sociedade de economia mista ou co- §4º As informações que sejam revestidas de sigilo bancário,
brada judicialmente. estratégico, comercial ou industrial serão assim identificadas, res-
§2º As sanções previstas nos incisos I e III do caput poderão ser pondendo o servidor administrativa, civil e penalmente pelos danos
aplicadas juntamente com a do inciso II, devendo a defesa prévia causados à empresa pública ou à sociedade de economia mista e a
do interessado, no respectivo processo, ser apresentada no prazo seus acionistas em razão de eventual divulgação indevida.
de 10 (dez) dias úteis. §5º Os critérios para a definição do que deve ser considerado
Art. 84. As sanções previstas no inciso III do art. 83 poderão sigilo estratégico, comercial ou industrial serão estabelecidos em
também ser aplicadas às empresas ou aos profissionais que, em ra- regulamento.
zão dos contratos regidos por esta Lei: Art. 87. O controle das despesas decorrentes dos contratos e
I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por demais instrumentos regidos por esta Lei será feito pelos órgãos do
meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos; sistema de controle interno e pelo tribunal de contas competente,
II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos na forma da legislação pertinente, ficando as empresas públicas e
da licitação; as sociedades de economia mista responsáveis pela demonstração
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a da legalidade e da regularidade da despesa e da execução, nos ter-
empresa pública ou a sociedade de economia mista em virtude de mos da Constituição.
atos ilícitos praticados. §1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de
licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo proto-
CAPÍTULO III colar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada para a
DA FISCALIZAÇÃO PELO ESTADO E PELA SOCIEDADE ocorrência do certame, devendo a entidade julgar e responder à
impugnação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade
Art. 85. Os órgãos de controle externo e interno das 3 (três) es- prevista no §2º.
feras de governo fiscalizarão as empresas públicas e as sociedades §2º Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica
de economia mista a elas relacionadas, inclusive aquelas domicilia- poderá representar ao tribunal de contas ou aos órgãos integrantes
das no exterior, quanto à legitimidade, à economicidade e à eficácia do sistema de controle interno contra irregularidades na aplicação
da aplicação de seus recursos, sob o ponto de vista contábil, finan- desta Lei, para os fins do disposto neste artigo.
ceiro, operacional e patrimonial. §3º Os tribunais de contas e os órgãos integrantes do sistema
§1º Para a realização da atividade fiscalizatória de que trata o de controle interno poderão solicitar para exame, a qualquer tem-
caput , os órgãos de controle deverão ter acesso irrestrito aos do- po, documentos de natureza contábil, financeira, orçamentária, pa-
cumentos e às informações necessários à realização dos trabalhos, trimonial e operacional das empresas públicas, das sociedades de
inclusive aqueles classificados como sigilosos pela empresa pública economia mista e de suas subsidiárias no Brasil e no exterior, obri-
ou pela sociedade de economia mista, nos termos da Lei nº 12.527, gando-se, os jurisdicionados, à adoção das medidas corretivas per-
de 18 de novembro de 2011 . tinentes que, em função desse exame, lhes forem determinadas.
§2º O grau de confidencialidade será atribuído pelas empresas Art. 88. As empresas públicas e as sociedades de economia
públicas e sociedades de economia mista no ato de entrega dos do- mista deverão disponibilizar para conhecimento público, por meio
cumentos e informações solicitados, tornando-se o órgão de con- eletrônico, informação completa mensalmente atualizada sobre a
trole com o qual foi compartilhada a informação sigilosa correspon- execução de seus contratos e de seu orçamento, admitindo-se re-
sável pela manutenção do seu sigilo. tardo de até 2 (dois) meses na divulgação das informações.
§3º Os atos de fiscalização e controle dispostos neste Capítu- §1º A disponibilização de informações contratuais referentes a
lo aplicar-se-ão, também, às empresas públicas e às sociedades de operações de perfil estratégico ou que tenham por objeto segredo
economia mista de caráter e constituição transnacional no que se industrial receberá proteção mínima necessária para lhes garantir
refere aos atos de gestão e aplicação do capital nacional, indepen- confidencialidade.
dentemente de estarem incluídos ou não em seus respectivos atos §2º O disposto no §1º não será oponível à fiscalização dos ór-
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gãos de controle interno e do tribunal de contas, sem prejuízo da 12.846, de 1º de agosto de 2013 , salvo as previstas nos incisos II,
responsabilização administrativa, civil e penal do servidor que der III e IV do caput do art. 19 da referida Lei .
causa à eventual divulgação dessas informações. Art. 95. A estratégia de longo prazo prevista no art. 23 deverá
Art. 89. O exercício da supervisão por vinculação da empresa ser aprovada em até 180 (cento e oitenta) dias da data de publica-
pública ou da sociedade de economia mista, pelo órgão a que se ção da presente Lei.
vincula, não pode ensejar a redução ou a supressão da autonomia Art. 96. Revogam-se:
conferida pela lei específica que autorizou a criação da entidade I - o §2º do art. 15 da Lei nº 3.890-A, de 25 de abril de 1961 ,
supervisionada ou da autonomia inerente a sua natureza, nem au- com a redação dada pelo art. 19 da Lei nº 11.943, de 28 de maio
toriza a ingerência do supervisor em sua administração e funciona- de 2009;
mento, devendo a supervisão ser exercida nos limites da legislação II - os arts. 67 e 68 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997 .
aplicável. Art. 97. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 90. As ações e deliberações do órgão ou ente de controle Brasília, 30 de junho de 2016; 195º da Independência e 128º
não podem implicar interferência na gestão das empresas públicas da República.
e das sociedades de economia mista a ele submetidas nem ingerên-
cia no exercício de suas competências ou na definição de políticas
públicas. QUESTÕES

TÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS 1. IBFC - 2022 - EBSERH - Técnico de Enfermagem

Art. 91. A empresa pública e a sociedade de economia mista No que se refere às unidades internas de governança da Em-
constituídas anteriormente à vigência desta Lei deverão, no prazo presa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), analise as afir-
de 24 (vinte e quatro) meses, promover as adaptações necessárias mativas abaixo:
à adequação ao disposto nesta Lei. I. A área de Controle Interno, Conformidade e Gerenciamento
§1º A sociedade de economia mista que tiver capital fechado de Riscos se vincula diretamente ao Presidente, podendo ser con-
na data de entrada em vigor desta Lei poderá, observado o prazo duzida por ele próprio ou por outro Diretor estatutário.
estabelecido no caput , ser transformada em empresa pública, me- II. À Auditoria Interna compete, dentre outras funções, propor
diante resgate, pela empresa, da totalidade das ações de titularida- as medidas preventivas e corretivas dos desvios detectados.
de de acionistas privados, com base no valor de patrimônio líquido III. À Ouvidoria-Geral compete, dentre outras funções, receber,
constante do último balanço aprovado pela assembleia-geral. analisar e responder as sugestões, reclamações, elogios, solicita-
§2º (VETADO). ções e denúncias de cidadão.
§3º Permanecem regidos pela legislação anterior procedimen-
tos licitatórios e contratos iniciados ou celebrados até o final do pra- Assinale a alternativa correta.
zo previsto no caput . (A) As afirmativas I, II e III estão corretas
Art. 92. O Registro Público de Empresas Mercantis e Ativida- (B) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
des Afins manterá banco de dados público e gratuito, disponível na (C) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
internet, contendo a relação de todas as empresas públicas e as (D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
sociedades de economia mista. (E) Apenas a afirmativa I está correta
Parágrafo único. É a União proibida de realizar transferência
voluntária de recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios 2. IBFC - 2022 - EBSERH - Médico - Clínica Médica
que não fornecerem ao Registro Público de Empresas Mercantis e Acerca dos recursos da Empresa Brasileira de Serviços Hospita-
Atividades Afins as informações relativas às empresas públicas e às lares (EBSERH), segundo o disposto na Lei nº 12.550/2011, analise
sociedades de economia mista a eles vinculadas. as afirmativas abaixo:
Art. 93. As despesas com publicidade e patrocínio da empresa I. O lucro líquido da EBSERH será reinvestido para atendimento
pública e da sociedade de economia mista não ultrapassarão, em do objeto social da empresa, excetuadas as parcelas decorrentes da
cada exercício, o limite de 0,5% (cinco décimos por cento) da receita reserva legal e da reserva para contingência.
operacional bruta do exercício anterior. II. Constituem recursos da EBSERH os oriundos de dotações
§1º O limite disposto no caput poderá ser ampliado, até o limi- consignadas no orçamento da União.
te de 2% (dois por cento) da receita bruta do exercício anterior, por III. Constituem recursos da EBSERH as receitas decorrentes das
proposta da diretoria da empresa pública ou da sociedade de eco- aplicações financeiras que realizar.
nomia mista justificada com base em parâmetros de mercado do
setor específico de atuação da empresa ou da sociedade e aprovada Assinale a alternativa correta.
pelo respectivo Conselho de Administração. (A) As afirmativas I, II e III estão corretas
§2º É vedado à empresa pública e à sociedade de economia (B) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
mista realizar, em ano de eleição para cargos do ente federativo a (C) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
que sejam vinculadas, despesas com publicidade e patrocínio que (D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
excedam a média dos gastos nos 3 (três) últimos anos que antece- (E) Apenas a afirmativa I está correta
dem o pleito ou no último ano imediatamente anterior à eleição.
Art. 94. Aplicam-se à empresa pública, à sociedade de eco-
nomia mista e às suas subsidiárias as sanções previstas na Lei nº
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3. IBFC - 2022 - EBSERH - Médico - Clínica Médica Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de
cima para baixo.
Acerca das disposições da Lei nº 12.550/2011 sobre a Empresa (A) V - V - V
Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), assinale a alternativa (B) V - F - V
incorreta: (C) F - F - V
(A) A EBSERH tem sede e foro em Brasília, Distrito Federal (D) V - V - F
(B) A EBSERH pode manter escritórios, representações, depen- (E) F - F - F
dências e filiais em outras unidades da Federação
(C) A EBSERH está autorizada pela lei a criar subsidiárias para o 6. IBFC - 2022 - EBSERH - Técnico em Contabilidade
desenvolvimento de atividades inerentes ao seu objeto social
(D) A EBSERH tem seu capital social dividido entre pessoas de No que se refere aos Órgãos Sociais e Estatutários da Empresa
direito público e privado que comprovem o desenvolvimento Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), segundo dispõe seu
de ações na área da saúde Estatuto Social, assinale a alternativa que apresente incorretamen-
(E) É dispensada a licitação para a contratação da EBSERH pela te um órgão estatutário da EBSERH.
administração pública para realizar atividades relacionadas ao (A) Conselho de Administração
seu objeto social (B) Conselho Nacional de Fiscalização Sanitária
(C) Comitê de Auditoria
4. IBFC - 2022 - EBSERH - Médico - Clínica Médica A Lei nº (D) Conselho Fiscal
12.550/2011 aborda as competências da Empresa Brasileira de Ser- (E) Diretoria Executiva
viços Hospitalares (EBSERH). Sobre o assunto, assinale a alternativa
que apresente incorretamente uma competência da EBSERH: 7. IBFC - 2022 - EBSERH - Técnico em Contabilidade

(A) Administrar unidades hospitalares, bem como prestar ser- No que se refere à Assembleia Geral da Empresa Brasileira de
viços de assistência médicohospitalar, ambulatorial e de apoio Serviços Hospitalares (EBSERH), leia abaixo o artigo 8º do Estatuto
diagnóstico e terapêutico à comunidade, no âmbito do SUS Social da EBSERH:
(B) Prestar serviços de apoio à geração do conhecimento em Art. 8º. A Assembleia Geral realizar-se-á ordinariamente, uma
pesquisas básicas, clínicas e aplicadas nos hospitais universitá- vez por ano, nos ______ primeiros meses seguintes ao encerramen-
rios federais e a outras instituições congêneres to de cada exercício social, para deliberação das matérias previstas
(C) Homologar acordos visando à transformação de penalida- em lei e extraordinariamente, sempre que ______, ______ ou as
des pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse disposições deste Estatuto Social exigirem. Capítulo V, Seção I, Arti-
para a proteção ambiental e sanitária go 8º do Estatuto Social da EBSERH.
(D) Prestar serviços de apoio ao processo de gestão dos hospi- Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente
tais universitários e federais e a outras instituições congêneres, as lacunas.
com implementação de sistema de gestão único com geração (A) 5 (cinco) / o Poder Público / a sociedade
de indicadores quantitativos e qualitativos para o estabeleci- (B) 4 (quatro) / o Poder Público / a sociedade
mento de metas (C) 6 (seis) / a sociedade / a legislação
(E) Prestar às instituições federais de ensino superior e a outras (D) 4 (quatro) / os interesses sociais / a legislação
instituições congêneres serviços de apoio ao ensino, à pesquisa (E) 6 (seis) / os interesses sociais / a legislação
e à extensão, ao ensino-aprendizagem e à formação de pessoas
no campo da saúde pública, mediante as condições que forem 8. IBFC - 2019 - Emdec - Advogado Jr
fixadas em seu estatuto social
A respeito dos conceitos de Empresa Pública e Sociedade de
5. IBFC - 2022 - EBSERH - Pedagogo Economia Mista estabelecidos pela Lei n° 13.303/2016, assinale a
alternativa correta.
Acerca do Conselho de Administração da Empresa Brasileira de (A) Sociedade de economia mista é a entidade dotada de per-
Serviços Hospitalares (EBSERH), segundo seu Estatuto Social, anali- sonalidade jurídica de direito público, criada por lei, sob a for-
se as afirmativas abaixo e dê valores de Verdadeiro (V) ou Falso (F). ma de sociedade anônima, cujo capital social é integralmente
( ) O Conselho de Administração é órgão de deliberação estra- detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
tégica e colegiada da EBSERH e deve exercer suas atribuições con- Municípios
siderando os interesses de longo prazo da empresa, os impactos (B) Empresa pública é a entidade dotada de personalidade ju-
decorrentes de suas atividades na sociedade e no meio ambiente e rídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com
os deveres fiduciários de seus membros. patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido
( ) O Conselho de Administração é composto por 9 (nove) pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Mu-
membros, eleitos pela Assembleia Geral. nicípios
( ) Na composição do Conselho de Administração há 4 (qua- (C) Sociedade de economia mista é a entidade dotada de perso-
tro) membros indicados pelo Ministro de Estado da Educação, 3 nalidade jurídica de direito privado, criada por lei, sob qualquer
(três) membros indicados pelo Ministro de Estado da Economia e; 2 forma societária, cujas ações com direito a voto pertençam
(dois) membros indicados pelo Ministro de Estado da Saúde. pelo menos um terço à União, aos Estados, ao Distrito Federal,
aos Municípios ou a entidade da administração indireta

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LEGISLAÇÃO - EBSERH

(D) Empresa pública é a entidade dotada de personalidade ju-


rídica de direito público, com criação autorizada por lei, cujo GABARITO
capital social seja, pelo menos, um terço pertencente à União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios

9. IBFC - 2022 - AFEAM - Especialista de Fomento - Adminis- 1 A


tração 2 A
3 D
A empresa pública e a sociedade de economia mista deverão
possuir em sua estrutura societária Comitê de Auditoria Estatutá- 4 C
rio como órgão auxiliar do Conselho de Administração, ao qual se 5 D
reportará diretamente. Acerca do Comitê de Auditoria Estatutário
e das disposições da Lei nº 13.303/2016, assinale a alternativa in- 6 B
correta. 7 D
(A) O Comitê de Auditoria Estatutário deverá possuir meios
para receber denúncias, inclusive sigilosas, internas e externas 8 B
à empresa pública ou à sociedade de economia mista, em ma- 9 C
térias relacionadas ao escopo de suas atividades 10 D
(B) O Comitê de Auditoria Estatutário deverá se reunir quan-
do necessário, no mínimo bimestralmente, de modo que as
informações contábeis sejam sempre apreciadas antes de sua
divulgação
ANOTAÇÕES
(C) A empresa pública e a sociedade de economia mista deve- ______________________________________________________
rão divulgar as atas das reuniões do Comitê de Auditoria Esta-
tutário, sendo vedado publicar apenas o extrato das atas em ______________________________________________________
qualquer hipótese
(D) Ao menos 1 (um) dos membros do Comitê de Auditoria ______________________________________________________
Estatutário deve ter reconhecida experiência em assuntos de
contabilidade societária ______________________________________________________

______________________________________________________
10. IBFC - 2022 - PC-BA - Investigador de Polícia Civil
______________________________________________________
A Lei nº 13.303/2016 dispõe sobre o estatuto jurídico da em-
presa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidi- ______________________________________________________
árias e traz disposições sobre o Comitê de Auditoria Estatutário.
Sobre o assunto, analise as afirmativas abaixo e dê valores de Ver- ______________________________________________________
dadeiro (V) ou Falso (F).
( ) A empresa pública e a sociedade de economia mista deverão ______________________________________________________
possuir em sua estrutura societária Comitê de Auditoria Estatutário
como órgão auxiliar do Conselho de Administração, ao qual se re- ______________________________________________________
portará diretamente.
______________________________________________________
( ) O Comitê de Auditoria Estatutário deverá possuir meios para
receber denúncias, inclusive sigilosas, internas e externas à empre- ______________________________________________________
sa pública ou à sociedade de economia mista, em matérias relacio-
nadas ao escopo de suas atividades. ______________________________________________________
( ) O Comitê de Auditoria Estatutário deverá se reunir quando
necessário, no mínimo anualmente, de modo que as informações ______________________________________________________
contábeis sejam sempre apreciadas antes de sua divulgação.
______________________________________________________
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de
______________________________________________________
cima para baixo.
(A) V - V - V ______________________________________________________
(B) V - F - V
(C) F - F - V ______________________________________________________
(D) V - V - F
(E) F - V - F ______________________________________________________

______________________________________________________

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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO - EBSERH

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LEGISLAÇÃO - SUS

Secretaria Estadual de Saúde (SES)


EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE Participa da formulação das políticas e ações de saúde, pres-
SAÚDE NO BRASIL E A CONSTRUÇÃO DO SISTEMA ÚNICO ta apoio aos municípios em articulação com o conselho estadual e
DE SAÚDE (SUS)– PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E ARCABOUÇO participa da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para aprovar e
LEGAL implementar o plano estadual de saúde.

Secretaria Municipal de Saúde (SMS)


O que é o Sistema Único de Saúde (SUS)? Planeja, organiza, controla, avalia e executa as ações e serviços
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais com- de saúde em articulação com o conselho municipal e a esfera esta-
plexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o dual para aprovar e implantar o plano municipal de saúde.
simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio
da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo aces- Conselhos de Saúde
so integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com O Conselho de Saúde, no âmbito de atuação (Nacional, Esta-
a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema dual ou Municipal), em caráter permanente e deliberativo, órgão
público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e colegiado composto por representantes do governo, prestadores
não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação
todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco de estratégias e no controle da execução da política de saúde na
na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e fi-
da saúde. nanceiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder
A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser solidária e legalmente constituído em cada esfera do governo.
participativa entre os três entes da Federação: a União, os Estados Cabe a cada Conselho de Saúde definir o número de membros,
e os municípios. A rede que compõe o SUS é ampla e abrange tan- que obedecerá a seguinte composição: 50% de entidades e movi-
to ações quanto os serviços de saúde. Engloba a atenção primária, mentos representativos de usuários; 25% de entidades representa-
média e alta complexidades, os serviços urgência e emergência, a tivas dos trabalhadores da área de saúde e 25% de representação
atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológi- de governo e prestadores de serviços privados conveniados, ou sem
ca, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica. fins lucrativos.

AVANÇO: Conforme a Constituição Federal de 1988 (CF-88), a Comissão Intergestores Tripartite (CIT)
“Saúde é direito de todos e dever do Estado”. No período anterior a Foro de negociação e pactuação entre gestores federal, estadu-
CF-88, o sistema público de saúde prestava assistência apenas aos al e municipal, quanto aos aspectos operacionais do SUS
trabalhadores vinculados à Previdência Social, aproximadamente
30 milhões de pessoas com acesso aos serviços hospitalares, caben- Comissão Intergestores Bipartite (CIB)
do o atendimento aos demais cidadãos às entidades filantrópicas. Foro de negociação e pactuação entre gestores estadual e mu-
nicipais, quanto aos aspectos operacionais do SUS
Estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS)
O Sistema Único de Saúde (SUS) é composto pelo Ministério da Conselho Nacional de Secretário da Saúde (Conass)
Saúde, Estados e Municípios, conforme determina a Constituição Entidade representativa dos entes estaduais e do Distrito Fede-
Federal. Cada ente tem suas co-responsabilidades. ral na CIT para tratar de matérias referentes à saúde

Ministério da Saúde Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Co-


Gestor nacional do SUS, formula, normatiza, fiscaliza, monitora nasems)
e avalia políticas e ações, em articulação com o Conselho Nacional Entidade representativa dos entes municipais na CIT para tratar
de Saúde. Atua no âmbito da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de matérias referentes à saúde
para pactuar o Plano Nacional de Saúde. Integram sua estrutura:
Fiocruz, Funasa, Anvisa, ANS, Hemobrás, Inca, Into e oito hospitais Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems)
federais. São reconhecidos como entidades que representam os entes
municipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes
à saúde, desde que vinculados institucionalmente ao Conasems, na
forma que dispuserem seus estatutos.

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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO - SUS

Responsabilidades dos entes que compõem o SUS viços voltada para a atenção primária à saúde, com hierarquização,
descentralização e universalização, iniciando-se já a partir do Pro-
União grama de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS),
A gestão federal da saúde é realizada por meio do Ministério da em 1976.
Saúde. O governo federal é o principal financiador da rede pública Em 1980, foi criado o Programa Nacional de Serviços Básicos
de saúde. Historicamente, o Ministério da Saúde aplica metade de de Saúde (PREV-SAÚDE) - que, na realidade, nunca saiu do papel -,
todos os recursos gastos no país em saúde pública em todo o Brasil, logo seguida pelo plano do Conselho Nacional de Administração da
e estados e municípios, em geral, contribuem com a outra meta- Saúde Previdenciária (CONASP), em 1982 a partir do qual foi imple-
de dos recursos. O Ministério da Saúde formula políticas nacionais mentada a política de Ações Integradas de Saúde (AIS), em 1983.
de saúde, mas não realiza as ações. Para a realização dos projetos, Essas constituíram uma estratégia de extrema importância para o
depende de seus parceiros (estados, municípios, ONGs, fundações, processo de descentralização da saúde.
empresas, etc.). Também tem a função de planejar, elabirar nor- A 8ª Conferência Nacional da Saúde, realizada em março de
mas, avaliar e utilizar instrumentos para o controle do SUS. 1986, considerada um marco histórico, consagra os princípios pre-
conizados pelo Movimento da Reforma Sanitária.
Estados e Distrito Federal Em 1987 é implementado o Sistema Unificado e Descentrali-
Os estados possuem secretarias específicas para a gestão de zado de Saúde (SUDS), como uma consolidação das Ações Integra-
saúde. O gestor estadual deve aplicar recursos próprios, inclusive das de Saúde (AIS), que adota como diretrizes a universalização e
nos municípios, e os repassados pela União. Além de ser um dos a equidade no acesso aos serviços, à integralidade dos cuidados,
parceiros para a aplicação de políticas nacionais de saúde, o estado a regionalização dos serviços de saúde e implementação de distri-
formula suas próprias políticas de saúde. Ele coordena e planeja o tos sanitários, a descentralização das ações de saúde, o desenvolvi-
SUS em nível estadual, respeitando a normatização federal. Os ges- mento de instituições colegiadas gestoras e o desenvolvimento de
tores estaduais são responsáveis pela organização do atendimento uma política de recursos humanos.
à saúde em seu território. O capítulo dedicado à saúde na nova Constituição Federal, pro-
mulgada em outubro de 1988, retrata o resultado de todo o proces-
Municípios so desenvolvido ao longo dessas duas décadas, criando o Sistema
São responsáveis pela execução das ações e serviços de saúde Único de Saúde (SUS) e determinando que “a saúde é direito de
no âmbito do seu território. O gestor municipal deve aplicar recur- todos e dever do Estado” (art. 196).
sos próprios e os repassados pela União e pelo estado. O município Entre outros, a Constituição prevê o acesso universal e igua-
formula suas próprias políticas de saúde e também é um dos par- litário às ações e serviços de saúde, com regionalização e hierar-
ceiros para a aplicação de políticas nacionais e estaduais de saú- quização, descentralização com direção única em cada esfera de
de. Ele coordena e planeja o SUS em nível municipal, respeitando a governo, participação da comunidade e atendimento integral, com
normatização federal. Pode estabelecer parcerias com outros mu- prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços
nicípios para garantir o atendimento pleno de sua população, para assistenciais.
procedimentos de complexidade que estejam acima daqueles que A Lei nº 8.080, promulgada em 1990, operacionaliza as disposi-
pode oferecer. ções constitucionais. São atribuições do SUS em seus três níveis de
governo, além de outras, “ordenar a formação de recursos huma-
História do sistema único de saúde (SUS) nos na área de saúde” (CF, art. 200, inciso III).
As duas últimas décadas foram marcadas por intensas transfor-
mações no sistema de saúde brasileiro, intimamente relacionadas Princípios do SUS
com as mudanças ocorridas no âmbito político-institucional. Simul- São conceitos que orientam o SUS, previstos no artigo 198 da
taneamente ao processo de redemocratização iniciado nos anos 80, Constituição Federal de 1988 e no artigo 7º do Capítulo II da Lei n.º
o país passou por grave crise na área econômico-financeira. 8.080/1990. Os principais são:
No início da década de 80, procurou-se consolidar o processo Universalidade: significa que o SUS deve atender a todos, sem
de expansão da cobertura assistencial iniciado na segunda metade distinções ou restrições, oferecendo toda a atenção necessária,
dos anos 70, em atendimento às proposições formuladas pela OMS sem qualquer custo;
na Conferência de Alma-Ata (1978), que preconizava “Saúde para Integralidade: o SUS deve oferecer a atenção necessária à saú-
Todos no Ano 2000”, principalmente por meio da Atenção Primária de da população, promovendo ações contínuas de prevenção e tra-
à Saúde. tamento aos indivíduos e às comunidades, em quaisquer níveis de
Nessa mesma época, começa o Movimento da Reforma Sa- complexidade;
nitária Brasileira, constituído inicialmente por uma parcela da in- Equidade: o SUS deve disponibilizar recursos e serviços com
telectualidade universitária e dos profissionais da área da saúde. justiça, de acordo com as necessidades de cada um, canalizando
Posteriormente, incorporaram-se ao movimento outros segmentos maior atenção aos que mais necessitam;
da sociedade, como centrais sindicais, movimentos populares de Participação social: é um direito e um dever da sociedade par-
saúde e alguns parlamentares. ticipar das gestões públicas em geral e da saúde pública em par-
As proposições desse movimento, iniciado em pleno regime ticular; é dever do Poder Público garantir as condições para essa
autoritário da ditadura militar, eram dirigidas basicamente à cons- participação, assegurando a gestão comunitária do SUS; e
trução de uma nova política de saúde efetivamente democrática, Descentralização: é o processo de transferência de responsabi-
considerando a descentralização, universalização e unificação como lidades de gestão para os municípios, atendendo às determinações
elementos essenciais para a reforma do setor. constitucionais e legais que embasam o SUS, definidor de atribui-
Várias foram às propostas de implantação de uma rede de ser- ções comuns e competências específicas à União, aos estados, ao
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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO - SUS

Distrito Federal e aos municípios. das no Plano Municipal de Saúde;


- planejamento, organização, coordenação, controle e avalia-
Principais leis ção das ações e dos serviços de saúde sob gestão municipal; e
Constituição Federal de 1988: Estabelece que “a saúde é direi- - participação no processo de integração ao SUS, em âmbito
to de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais regional e estadual, para assegurar a seus cidadãos o acesso a servi-
e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros ços de maior complexidade, não disponíveis no município.
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços
para sua promoção, proteção e recuperação”. Determina ao Poder Responsabilização Microssanitária
Público sua “regulamentação, fiscalização e controle”, que as ações É determinante que cada serviço de saúde conheça o território
e os serviços da saúde “integram uma rede regionalizada e hierar- sob sua responsabilidade. Para isso, as unidades da rede básica de-
quizada e constituem um sistema único”; define suas diretrizes, vem estabelecer uma relação de compromisso com a população a
atribuições, fontes de financiamento e, ainda, como deve se dar a ela adstrita e cada equipe de referência deve ter sólidos vínculos te-
participação da iniciativa privada. rapêuticos com os pacientes e seus familiares, proporcionando-lhes
abordagem integral e mobilização dos recursos e apoios necessá-
Lei Orgânica da Saúde (LOS), Lei n.º 8.080/1990: Regulamen- rios à recuperação de cada pessoa. A alta só deve ocorrer quando
ta, em todo o território nacional, as ações do SUS, estabelece as da transferência do paciente a outra equipe (da rede básica ou de
diretrizes para seu gerenciamento e descentralização e detalha as outra área especializada) e o tempo de espera para essa transfe-
competências de cada esfera governamental. Enfatiza a descentra- rência não pode representar uma interrupção do atendimento: a
lização político-administrativa, por meio da municipalização dos equipe de referência deve prosseguir com o projeto terapêutico,
serviços e das ações de saúde, com redistribuição de poder, com- interferindo, inclusive, nos critérios de acesso.
petências e recursos, em direção aos municípios. Determina como
competência do SUS a definição de critérios, valores e qualidade Instâncias de Pactuação
dos serviços. Trata da gestão financeira; define o Plano Municipal São espaços intergovernamentais, políticos e técnicos onde
de Saúde como base das atividades e da programação de cada nível ocorrem o planejamento, a negociação e a implementação das po-
de direção do SUS e garante a gratuidade das ações e dos serviços líticas de saúde pública. As decisões se dão por consenso (e não
nos atendimentos públicos e privados contratados e conveniados. por votação), estimulando o debate e a negociação entre as partes.
Comissão Intergestores Tripartite (CIT): Atua na direção nacio-
Lei n.º 8.142/1990: Dispõe sobre o papel e a participação das nal do SUS, formada por composição paritária de 15 membros, sen-
comunidades na gestão do SUS, sobre as transferências de recursos do cinco indicados pelo Ministério da Saúde, cinco pelo Conselho
financeiros entre União, estados, Distrito Federal e municípios na Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e cinco pelo
área da saúde e dá outras providências. Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).
Institui as instâncias colegiadas e os instrumentos de participa- A representação de estados e municípios nessa Comissão é, por-
ção social em cada esfera de governo. tanto regional: um representante para cada uma das cinco regiões
existentes no País.
Responsabilização Sanitária
Desenvolver responsabilização sanitária é estabelecer clara- Comissões Intergestores Bipartites (CIB): São constituídas pa-
mente as atribuições de cada uma das esferas de gestão da saú- ritariamente por representantes do governo estadual, indicados
de pública, assim como dos serviços e das equipes que compõem pelo Secretário de Estado da Saúde, e dos secretários municipais
o SUS, possibilitando melhor planejamento, acompanhamento e de saúde, indicados pelo órgão de representação do conjunto dos
complementaridade das ações e dos serviços. Os prefeitos, ao as- municípios do Estado, em geral denominado Conselho de Secretá-
sumir suas responsabilidades, devem estimular a responsabilização rios Municipais de Saúde (Cosems). Os secretários municipais de
junto aos gerentes e equipes, no âmbito municipal, e participar do Saúde costumam debater entre si os temas estratégicos antes de
processo de pactuação, no âmbito regional. apresentarem suas posições na CIB. Os Cosems são também ins-
tâncias de articulação política entre gestores municipais de saúde,
Responsabilização Macrossanitária sendo de extrema importância a participação dos gestores locais
O gestor municipal, para assegurar o direito à saúde de seus nesse espaço.
munícipes, deve assumir a responsabilidade pelos resultados, bus-
cando reduzir os riscos, a mortalidade e as doenças evitáveis, a Espaços regionais: A implementação de espaços regionais de
exemplo da mortalidade materna e infantil, da hanseníase e da tu- pactuação, envolvendo os gestores municipais e estaduais, é uma
berculose. Para isso, tem de se responsabilizar pela oferta de ações necessidade para o aperfeiçoamento do SUS. Os espaços regionais
e serviços que promovam e protejam a saúde das pessoas, previ- devem-se organizar a partir das necessidades e das afinidades espe-
nam as doenças e os agravos e recuperem os doentes. A atenção cíficas em saúde existentes nas regiões.
básica à saúde, por reunir esses três componentes, coloca-se como
responsabilidade primeira e intransferível a todos os gestores. O Descentralização
cumprimento dessas responsabilidades exige que assumam as atri- O princípio de descentralização que norteia o SUS se dá, espe-
buições de gestão, incluindo: cialmente, pela transferência de responsabilidades e recursos para
- execução dos serviços públicos de responsabilidade munici- a esfera municipal, estimulando novas competências e capacidades
pal; político-institucionais dos gestores locais, além de meios adequa-
- destinação de recursos do orçamento municipal e utilização dos à gestão de redes assistenciais de caráter regional e macror-
do conjunto de recursos da saúde, com base em prioridades defini- regional, permitindo o acesso, a integralidade da atenção e a ra-
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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO - SUS

cionalização de recursos. Os estados e a União devem contribuir base nacional, que podem ser acessados no site do Datasus. Nesse
para a descentralização do SUS, fornecendo cooperação técnica e processo, a implantação do Cartão Nacional de Saúde tem papel
financeira para o processo de municipalização. central. Cabe aos prefeitos conhecer e monitorar esse conjunto de
informações essenciais à gestão da saúde do seu município.
Regionalização: consensos e estratégias - As ações e os ser-
viços de saúde não podem ser estruturados apenas na escala dos Níveis de atenção à saúde: O SUS ordena o cuidado com a saú-
municípios. Existem no Brasil milhares de pequenas municipalida- de em níveis de atenção, que são de básica, média e alta complexi-
des que não possuem em seus territórios condições de oferecer dade. Essa estruturação visa à melhor programação e planejamento
serviços de alta e média complexidade; por outro lado, existem das ações e dos serviços do sistema de saúde. Não se deve, porém,
municípios que apresentam serviços de referência, tornando-se desconsiderar algum desses níveis de atenção, porque a atenção à
polos regionais que garantem o atendimento da sua população e saúde deve ser integral.
de municípios vizinhos. Em áreas de divisas interestaduais, são fre- A atenção básica em saúde constitui o primeiro nível de aten-
quentes os intercâmbios de serviços entre cidades próximas, mas ção à saúde adotada pelo SUS. É um conjunto de ações que engloba
de estados diferentes. Por isso mesmo, a construção de consensos promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. De-
e estratégias regionais é uma solução fundamental, que permitirá senvolve-se por meio de práticas gerenciais e sanitárias, democrá-
ao SUS superar as restrições de acesso, ampliando a capacidade de ticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipe, dirigidas
atendimento e o processo de descentralização. a populações de territórios delimitados, pelos quais assumem res-
ponsabilidade.
O Sistema Hierarquizado e Descentralizado: As ações e servi- Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade,
ços de saúde de menor grau de complexidade são colocadas à dis- objetivando solucionar os problemas de saúde de maior frequência
posição do usuário em unidades de saúde localizadas próximas de e relevância das populações. É o contato preferencial dos usuários
seu domicílio. As ações especializadas ou de maior grau de comple- com o sistema de saúde. Deve considerar o sujeito em sua singu-
xidade são alcançadas por meio de mecanismos de referência, or- laridade, complexidade, inteireza e inserção sociocultural, além de
ganizados pelos gestores nas três esferas de governo. Por exemplo: buscar a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de do-
O usuário é atendido de forma descentralizada, no âmbito do mu- enças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam compro-
nicípio ou bairro em que reside. Na hipótese de precisar ser atendi- meter suas possibilidades de viver de modo saudável.
do com um problema de saúde mais complexo, ele é referenciado, As Unidades Básicas são prioridades porque, quando as Unida-
isto é, encaminhado para o atendimento em uma instância do SUS des Básicas de Saúde funcionam adequadamente, a comunidade
mais elevada, especializada. Quando o problema é mais simples, o consegue resolver com qualidade a maioria dos seus problemas de
cidadão pode ser contrarreferenciado, isto é, conduzido para um saúde. É comum que a primeira preocupação de muitos prefeitos
atendimento em um nível mais primário. se volte para a reforma ou mesmo a construção de hospitais. Para o
SUS, todos os níveis de atenção são igualmente importantes, mas a
Plano de saúde fixa diretriz e metas à saúde municipal prática comprova que a atenção básica deve ser sempre prioritária,
É responsabilidade do gestor municipal desenvolver o processo porque possibilita melhor organização e funcionamento também
de planejamento, programação e avaliação da saúde local, de modo dos serviços de média e alta complexidade.
a atender as necessidades da população de seu município com efici-
ência e efetividade. O Plano Municipal de Saúde (PMS) deve orien- Estando bem estruturada, ela reduzirá as filas nos prontos so-
tar as ações na área, incluindo o orçamento para a sua execução. corros e hospitais, o consumo abusivo de medicamentos e o uso
Um instrumento fundamental para nortear a elaboração do PMS é indiscriminado de equipamentos de alta tecnologia. Isso porque
o Plano Nacional de Saúde. Cabe ao Conselho Municipal de Saúde os problemas de saúde mais comuns passam a ser resolvidos nas
estabelecer as diretrizes para a formulação do PMS, em função da Unidades Básicas de Saúde, deixando os ambulatórios de especiali-
análise da realidade e dos problemas de saúde locais, assim como dades e hospitais cumprirem seus verdadeiros papéis, o que resulta
dos recursos disponíveis. No PMS, devem ser descritos os princi- em maior satisfação dos usuários e utilização mais racional dos re-
pais problemas da saúde pública local, suas causas, consequências cursos existentes.
e pontos críticos. Além disso, devem ser definidos os objetivos e
metas a serem atingidos, as atividades a serem executadas, os cro- Saúde da Família: é a saúde mais perto do cidadão. É parte
nogramas, as sistemáticas de acompanhamento e de avaliação dos da estratégia de estruturação eleita pelo Ministério da Saúde para
resultados. reorganização da atenção básica no País, com recursos financeiros
específicos para o seu custeio. Cada equipe é composta por um con-
Sistemas de informações ajudam a planejar a saúde: O SUS junto de profissionais (médico, enfermeiro, auxiliares de enferma-
opera e/ou disponibiliza um conjunto de sistemas de informações gem e agentes comunitários de saúde, podendo agora contar com
estratégicas para que os gestores avaliem e fundamentem o pla- profissional de saúde bucal) que se responsabiliza pela situação de
nejamento e a tomada de decisões, abrangendo: indicadores de saúde de determinada área, cuja população deve ser de no mínimo
saúde; informações de assistência à saúde no SUS (internações 2.400 e no máximo 4.500 pessoas. Essa população deve ser cadas-
hospitalares, produção ambulatorial, imunização e atenção básica); trada e acompanhada, tornando-se responsabilidade das equipes
rede assistencial (hospitalar e ambulatorial); morbidade por local atendê-la, entendendo suas necessidades de saúde como resultado
de internação e residência dos atendidos pelo SUS; estatísticas também das condições sociais, ambientais e econômicas em que
vitais (mortalidade e nascidos vivos); recursos financeiros, infor- vive. Os profissionais é que devem ir até suas casas, porque o objeti-
mações demográficas, epidemiológicas e socioeconômicas. Cami- vo principal da Saúde da Família é justamente aproximar as equipes
nha-se rumo à integração dos diversos sistemas informatizados de das comunidades e estabelecer entre elas vínculos sólidos.
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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO - SUS

A saúde municipal precisa ser integral. O município é respon- infantil e materna; execução das ações básicas de vigilância sanitá-
sável pela saúde de sua população integralmente, ou seja, deve ria; gestão e/ou gerência dos sistemas de informação epidemioló-
garantir que ela tenha acessos à atenção básica e aos serviços espe- gica, no âmbito municipal; coordenação, execução e divulgação das
cializados (de média e alta complexidade), mesmo quando localiza- atividades de informação, educação e comunicação de abrangência
dos fora de seu território, controlando, racionalizando e avaliando municipal; participação no financiamento das ações de vigilância
os resultados obtidos. em saúde e capacitação de recursos.
Só assim estará promovendo saúde integral, como determina
a legislação. É preciso que isso fique claro, porque muitas vezes o Desafios públicos, responsabilidades compartilhadas: A legis-
gestor municipal entende que sua responsabilidade acaba na aten- lação brasileira – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e legislação
ção básica em saúde e que as ações e os serviços de maior comple- sanitária, incluindo as Leis n.º 8.080/1990 e 8.142/1990 – estabe-
xidade são responsabilidade do Estado ou da União – o que não é lece prerrogativas, deveres e obrigações a todos os governantes. A
verdade. Constituição Federal define os gastos mínimos em saúde, por es-
A promoção da saúde é uma estratégia por meio da qual os fera de governo, e a legislação sanitária, os critérios para as trans-
desafios colocados para a saúde e as ações sanitárias são pensa- ferências intergovernamentais e alocação de recursos financeiros.
dos em articulação com as demais políticas e práticas sanitárias e Essa vinculação das receitas objetiva preservar condições mínimas
com as políticas e práticas dos outros setores, ampliando as pos- e necessárias ao cumprimento das responsabilidades sanitárias e
sibilidades de comunicação e intervenção entre os atores sociais garantir transparência na utilização dos recursos disponíveis. A res-
envolvidos (sujeitos, instituições e movimentos sociais). A promo- ponsabilização fiscal e sanitária de cada gestor e servidor público
ção da saúde deve considerar as diferenças culturais e regionais, deve ser compartilhada por todos os entes e esferas governamen-
entendendo os sujeitos e as comunidades na singularidade de suas tais, resguardando suas características, atribuições e competências.
histórias, necessidades, desejos, formas de pertencer e se relacio- O desafio primordial dos governos, sobretudo na esfera municipal,
nar com o espaço em que vivem. Significa comprometer-se com os é avançar na transformação dos preceitos constitucionais e legais
sujeitos e as coletividades para que possuam, cada vez mais, auto- que constituem o SUS em serviços e ações que assegurem o direi-
nomia e capacidade para manejar os limites e riscos impostos pela to à saúde, como uma conquista que se realiza cotidianamente em
doença, pela constituição genética e por seu contexto social, polí- cada estabelecimento, equipe e prática sanitária. É preciso inovar
tico, econômico e cultural. A promoção da saúde coloca, ainda, o e buscar, coletiva e criativamente, soluções novas para os velhos
desafio da intersetorialidade, com a convocação de outros setores problemas do nosso sistema de saúde. A construção de espaços de
sociais e governamentais para que considerem parâmetros sanitá- gestão que permitam a discussão e a crítica, em ambiente demo-
rios, ao construir suas políticas públicas específicas, possibilitando a crático e plural, é condição essencial para que o SUS seja, cada vez
realização de ações conjuntas. mais, um projeto que defenda e promova a vida.
Muitos municípios operam suas ações e serviços de saúde em
Vigilância em saúde: expande seus objetivos. Em um país com condições desfavoráveis, dispondo de recursos financeiros e equi-
as dimensões do Brasil, com realidades regionais bastante diver- pes insuficientes para atender às demandas dos usuários, seja em
sificadas, a vigilância em saúde é um grande desafio. Apesar dos volume, seja em complexidade – resultado de uma conjuntura so-
avanços obtidos, como a erradicação da poliomielite, desde 1989, cial de extrema desigualdade. Nessas situações, a gestão pública
e com a interrupção da transmissão de sarampo, desde 2000, con- em saúde deve adotar condução técnica e administrativa compa-
vivemos com doenças transmissíveis que persistem ou apresentam tível com os recursos existentes e criativa em sua utilização. Deve
incremento na incidência, como a AIDS, as hepatites virais, as me- estabelecer critérios para a priorização dos gastos, orientados por
ningites, a malária na região amazônica, a dengue, a tuberculose análises sistemáticas das necessidades em saúde, verificadas junto
e a hanseníase. Observamos, ainda, aumento da mortalidade por à população. É um desafio que exige vontade política, propostas
causas externas, como acidentes de trânsito, conflitos, homicídios e inventivas e capacidade de governo.
suicídios, atingindo, principalmente, jovens e população em idade
produtiva. Nesse contexto, o Ministério da Saúde com o objetivo de A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios compar-
integração, fortalecimento da capacidade de gestão e redução da tilham as responsabilidades de promover a articulação e a interação
morbimortalidade, bem como dos fatores de risco associados à saú- dentro do Sistema Único de Saúde – SUS, assegurando o acesso uni-
de, expande o objeto da vigilância em saúde pública, abrangendo as versal e igualitário às ações e serviços de saúde.
áreas de vigilância das doenças transmissíveis, agravos e doenças O SUS é um sistema de saúde, regionalizado e hierarquizado,
não transmissíveis e seus fatores de riscos; a vigilância ambiental que integra o conjunto das ações de saúde da União, Estados, Distri-
em saúde e a análise de situação de saúde. to Federal e Municípios, onde cada parte cumpre funções e compe-
tências específicas, porém articuladas entre si, o que caracteriza os
Competências municipais na vigilância em saúde níveis de gestão do SUS nas três esferas governamentais.
Compete aos gestores municipais, entre outras atribuições, as Criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela
atividades de notificação e busca ativa de doenças compulsórias, Lei nº 8.080/90, conhecida como a Lei Orgânica da Saúde, e pela Lei
surtos e agravos inusitados; investigação de casos notificados em nº 8.142/90, que trata da participação da comunidade na gestão
seu território; busca ativa de declaração de óbitos e de nascidos vi- do Sistema e das transferências intergovernamentais de recursos
vos; garantia a exames laboratoriais para o diagnóstico de doenças financeiros, o SUS tem normas e regulamentos que disciplinam as
de notificação compulsória; monitoramento da qualidade da água políticas e ações em cada Subsistema.
para o consumo humano; coordenação e execução das ações de A Sociedade, nos termos da Legislação, participa do planeja-
vacinação de rotina e especiais (campanhas e vacinações de blo- mento e controle da execução das ações e serviços de saúde. Essa
queio); vigilância epidemiológica; monitoramento da mortalidade participação se dá por intermédio dos Conselhos de Saúde, presen-
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tes na União, nos Estados e Municípios. Em 1990, foi editada a Lei n. 8.080/90 que, em seus arts. 5º e
6º, cuidou dos objetivos e das atribuições do SUS, tentando melhor
Níveis de Gestão do SUS explicitar o art. 200 da CF (ainda que, em alguns casos, tenha repe-
Esfera Federal - Gestor: Ministério da Saúde - Formulação de tido os incisos daquele artigo, tão somente).
políticas nacionais de saúde, planejamento, normalização, avalia- São objetivos do SUS:
ção e controle do SUS em nível nacional. Financiamento das ações a) a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e de-
e serviços de saúde por meio da aplicação/distribuição de recursos terminantes da saúde;
públicos arrecadados. b) a formulação de políticas de saúde destinadas a promover,
Esfera Estadual - Gestor: Secretaria Estadual de Saúde - Formu- nos campos econômico e social, a redução de riscos de doenças e
lação da política estadual de saúde, coordenação e planejamento outros agravos; e
do SUS em nível Estadual. Financiamento das ações e serviços de c) execução de ações de promoção, proteção e recuperação
saúde por meio da aplicação/distribuição de recursos públicos ar- da saúde, integrando as ações assistenciais com as preventivas, de
recadados. modo a garantir às pessoas a assistência integral à sua saúde.
Esfera Municipal - Gestor: Secretaria Municipal de Saúde - For-
mulação da política municipal de saúde e a provisão das ações e O art. 6º, estabelece como competência do Sistema a execução
serviços de saúde, financiados com recursos próprios ou transferi- de ações e serviços de saúde descritos em seus 11 incisos.
dos pelo gestor federal e/ou estadual do SUS. O SUS deve atuar em campo demarcado pela lei, em razão do
disposto no art. 200 da CF e porque o enunciado constitucional de
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE que saúde é direito de todos e dever do Estado, não tem o condão
Pela dicção dos arts. 196 e 198 da CF, podemos afirmar que de abranger as condicionantes econômico-sociais da saúde, tam-
somente da segunda parte do art. 196 se ocupa o Sistema Único de pouco compreender, de forma ampla e irrestrita, todas as possíveis
Saúde, de forma mais concreta e direta, sob pena de a saúde, como e imagináveis ações e serviços de saúde, até mesmo porque haverá
setor, como uma área da Administração Pública, se ver obrigada a sempre um limite orçamentário e um ilimitado avanço tecnológico
cuidar de tudo aquilo que possa ser considerado como fatores que a criar necessidades infindáveis e até mesmo questionáveis sob o
condicionam e interferem com a saúde individual e coletiva. Isso ponto de vista ético, clínico, familiar, terapêutico, psicológico.
seria um arrematado absurdo e deveríamos ter um super Ministério Será a lei que deverá impor as proporções, sem, contudo, é ob-
e super Secretarias da Saúde responsáveis por toda política social e vio, cercear o direito à promoção, proteção e recuperação da saú-
econômica protetivas da saúde. de. E aqui o elemento delimitador da lei deverá ser o da dignidade
Se a Constituição tratou a saúde sob grande amplitude, isso humana.
não significa dizer que tudo o que está ali inserido corresponde a Lembramos, por oportuno que, o Projeto de Lei Complementar
área de atuação do Sistema Único de Saúde. n. 01/2003 -- que se encontra no Congresso Nacional para regu-
Repassando, brevemente, aquela seção do capítulo da Seguri- lamentar os critérios de rateio de transferências dos recursos da
dade Social, temos que: -- o art. 196, de maneira ampla, cuida do União para Estados e Municípios – busca disciplinar, de forma mais
direito à saúde; -- o art. 197 trata da relevância pública das ações e clara e definitiva, o que são ações e serviços de saúde e estabelecer
serviços de saúde, públicos e privados, conferindo ao Estado o direi- o que pode e o que não pode ser financiado com recursos dos fun-
to e o dever de regulamentar, fiscalizar e controlar o setor (público dos de saúde. Esses parâmetros também servirão para circunscre-
e privado); -- o art. 198 dispõe sobre as ações e os serviços públicos ver o que deve ser colocado à disposição da população, no âmbito
de saúde que devem ser garantidos a todos cidadãos para a sua do SUS, ainda que o art. 200 da CF e o art. 6º da LOS tenham defini-
promoção, proteção e recuperação, ou seja, dispõe sobre o Sistema do o campo de atuação do SUS, fazendo pressupor o que são ações
Único de Saúde; -- o art. 199, trata da liberdade da iniciativa priva- e serviços públicos de saúde, conforme dissemos acima. (O Conse-
da, suas restrições (não pode explorar o sangue, por ser bem fora lho Nacional de Saúde e o Ministério da Saúde também disciplina-
do comércio; deve submeter-se à lei quanto à remoção de órgãos ram o que são ações e serviços de saúde em resoluções e portarias).
e tecidos e partes do corpo humano; não pode contar com a parti-
cipação do capital estrangeiro na saúde privada; não pode receber O QUE FINANCIAR COM OS RECURSOS DA SAÚDE?
auxílios e subvenções, se for entidade de fins econômicos etc.) e a De plano, excetuam-se da área da saúde, para efeito de finan-
possibilidade de o setor participar, complementarmente, do setor ciamento, (ainda que absolutamente relevantes como indicadores
público; -- e o art. 200, das atribuições dos órgãos e entidades que epidemiológicos da saúde) as condicionantes econômico-sociais.
compõem o sistema público de saúde. O SUS é mencionado somen- Os órgãos e entidades do SUS devem conhecer e informar à socie-
te nos arts. 198 e 200. dade e ao governo os fatos que interferem na saúde da população
A leitura do art. 198 deve sempre ser feita em consonância com com vistas à adoção de políticas públicas, sem, contudo, estarem
a segunda parte do art. 196 e com o art. 200. O art. 198 estatui que obrigados a utilizar recursos do fundo de saúde para intervir nessas
todas as ações e serviços públicos de saúde constituem um único causas.
sistema. Aqui temos o SUS. E esse sistema tem como atribuição ga- Quem tem o dever de adotar políticas sociais e econômicas que
rantir ao cidadão o acesso às ações e serviços públicos de saúde visem evitar o risco da doença é o Governo como um todo (políticas
(segunda parte do art. 196), conforme campo demarcado pelo art. de governo), e não a saúde, como setor (políticas setoriais). A ela,
200 e leis específicas. saúde, compete atuar nos campos demarcados pelos art. 200 da CF
O art. 200 define em que campo deve o SUS atuar. As atribui- e art. 6º da Lei n. 8.080/90 e em outras leis específicas.
ções ali relacionadas não são taxativas ou exaustivas. Outras pode- Como exemplo, podemos citar os servidores da saúde que de-
rão existir, na forma da lei. E as atribuições ali elencadas dependem, vem ser pagos com recursos da saúde, mas o seu inativo, não; não
também, de lei para a sua exequibilidade. porque os inativos devem ser pagos com recursos da Previdência
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Social. Idem quanto as ações da assistência social, como bolsa-a- fronteiras e de portos marítimos, fluviais e aéreos;
limentação, bolsa-família, vale-gás, renda mínima, fome zero, que g) vigilância em saúde, especialmente quanto às drogas, medi-
devem ser financiadas com recursos da assistência social, setor ao camentos e alimentos;
qual incumbe promover e prover as necessidades das pessoas ca- h) pesquisa científica e tecnológica na área da saúde.
rentes visando diminuir as desigualdades sociais e suprir suas ca-
rências básicas imediatas. Isso tudo interfere com a saúde, mas não Ao Ministério da Saúde compete a vigilância sobre alimentos
pode ser administrada nem financiada pelo setor saúde. (registro, fiscalização, controle de qualidade) e não a prestação de
O saneamento básico é outro bom exemplo. A Lei n. 8.080/90, serviços que visem fornecer alimentos às pessoas de baixa renda.
em seu art. 6º, II, dispõe que o SUS deve participar na formulação O fornecimento de cesta básica, merenda escolar, alimentação
da política e na execução de ações de saneamento básico. Por sua a crianças em idade escolar, idosos, trabalhadores rurais temporá-
vez, o §3º do art. 32, reza que as ações de saneamento básico que rios, portadores de moléstias graves, conforme previsto na Lei do
venham a ser executadas supletivamente pelo SUS serão financia- Estado do Rio de Janeiro, são situações de carência que necessitam
das por recursos tarifários específicos e outros da União, Estados, de apoio do Poder Público, sem sombra de dúvida, mas no âmbito
DF e Municípios e não com os recursos dos fundos de saúde. da assistência social ou de outro setor da Administração Pública e
Nesse ponto gostaríamos de abrir um parêntese para comentar com recursos que não os do fundo de saúde. Não podemos mais
o Parecer do Sr. Procurador Geral da República, na ADIn n. 3087- confundir assistência social com saúde. A alimentação interessa à
6/600-RJ, aqui mencionado. saúde, mas não está em seu âmbito de atuação.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, pela Lei n. 4.179/03, Tanto isso é fato que a Lei n. 8.080/90, em seu art. 12, estabe-
instituiu o Programa Estadual de Acesso à Alimentação – PEAA, leceu que “serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacio-
determinando que suas atividades correrão à conta do orçamento nal, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos
do Fundo Estadual da Saúde, vinculado à Secretaria de Estado da Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas
Saúde. O PSDB, entendendo ser a lei inconstitucional por utilizar da sociedade civil”, dispondo seu parágrafo único que “as comissões
recursos da saúde para uma ação que não é de responsabilidade intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e programas
da área da saúde, moveu ação direta de inconstitucionalidade, com de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não com-
pedido de cautelar. preendidas no âmbito do Sistema Único de Saúde”. Já o seu art. 13,
O Sr. Procurador da República (Parecer n. 5147/CF), opinou destaca, algumas dessas atividades, mencionando em seu inciso I a
pela improcedência da ação por entender que o acesso à alimenta- “alimentação e nutrição”.
ção é indissociável do acesso à saúde, assim como os medicamen- O parâmetro para o financiamento da saúde deve ser as atri-
tos o são e que as pessoas de baixa renda devem ter atendidas a buições que foram dadas ao SUS pela Constituição e por leis espe-
necessidade básica de alimentar-se. cíficas e não a 1º parte do art. 196 da CF, uma vez que os fatores
Infelizmente, mais uma vez confundiu-se “saúde” com “assis- que condicionam a saúde são os mais variados e estão inseridos
tência social”, áreas da Seguridade Social, mas distintas entre si. nas mais diversas áreas da Administração Pública, não podendo ser
A alimentação é um fator que condiciona a saúde tanto quanto o considerados como competência dos órgãos e entidades que com-
saneamento básico, o meio ambiente degradado, a falta de renda põe o Sistema Único de Saúde.
e lazer, a falta de moradia, dentre tantos outros fatores condicio-
nantes e determinantes, tal qual mencionado no art. 3º da Lei n. DA INTEGRALIDADE DA ASSISTÊNCIA
8.080/90. Vencida esta etapa, adentramos em outra, no interior do setor
A Lei n. 8.080/90 ao dispor sobre o campo de atuação do SUS saúde - SUS, que trata da integralidade da assistência à saúde. O
incluiu a vigilância nutricional e a orientação alimentar, atividades art. 198 da CF determina que o Sistema Único de Saúde deve ser
complexas que não tem a ver com o fornecimento, puro e simples, organizado de acordo com três diretrizes, dentre elas, o atendimen-
de bolsa-alimentação, vale-alimentação ou qualquer outra forma to integral que pressupõe a junção das atividades preventivas, que
de garantia de mínimos existenciais e sociais, de atribuição da assis- devem ser priorizadas, com as atividades assistenciais, que também
tência social ou de outras áreas da Administração Pública voltadas não podem ser prejudicadas.
para corrigir as desigualdades sociais. A vigilância nutricional deve A Lei n. 8.080/90, em seu art. 7º (que dispõe sobre os princípios
ser realizada pelo SUS em articulação com outros órgãos e setores e diretrizes do SUS), define a integralidade da assistência como “o
governamentais em razão de sua interface com a saúde. São ativi- conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e
dades que interessam a saúde, mas as quais, a saúde como setor, curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos
não as executa. Por isso a necessidade das comissões intersetoriais os níveis de complexidade do sistema”.
previstas na Lei n. 8.080/90.
A própria Lei n. 10.683/2003, que organiza a Presidência da Re- A integralidade da assistência exige que os serviços de saúde
pública, estatuiu em seu art. 27, XX ser atribuição do Ministério da sejam organizados de forma a garantir ao indivíduo e à coletividade
Saúde: a proteção, a promoção e a recuperação da saúde, de acordo com
a) política nacional de saúde; as necessidades de cada um em todos os níveis de complexidade
b) coordenação e fiscalização do Sistema Único de Saúde; do sistema.
c) saúde ambiental e ações de promoção, proteção e recupe- Vê-se, pois, que a assistência integral não se esgota nem se
ração da saúde individual e coletiva, inclusive a dos trabalhadores completa num único nível de complexidade técnica do sistema,
e dos índios; necessitando, em grande parte, da combinação ou conjugação de
d) informações em saúde; serviços diferenciados, que nem sempre estão à disposição do cida-
e) insumos críticos para a saúde; dão no seu município de origem. Por isso a lei sabiamente definiu
f) ação preventiva em geral, vigilância e controle sanitário de a integralidade da assistência como a satisfação de necessidades
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individuais e coletivas que devem ser realizadas nos mais diversos seu encargo no seu plano de saúde que, por sua vez, deve guardar
patamares de complexidade dos serviços de saúde, articulados pe- consonância com os pactos da regionalização, consubstanciados
los entes federativos, responsáveis pela saúde da população. em instrumentos jurídicos competentes .
Nesse ponto, temos ainda a considerar que, dentre as atribui-
A integralidade da assistência é interdependente; ela não se ções do SUS, uma das mais importantes -- objeto de reclamações e
completa nos serviços de saúde de um só ente da federação. Ela ações judiciais -- é a assistência terapêutica integral. Por sua indivi-
só finaliza, muitas vezes, depois de o cidadão percorrer o caminho dualização, imediatismo, apelo emocional e ético, urgência e emer-
traçado pela rede de serviços de saúde, em razão da complexidade gência, a assistência terapêutica destaca-se dentre todas as demais
da assistência atividades da saúde como a de maior reivindicação individual. Fale-
E para a delimitação das responsabilidades de cada ente da fe- mos dela no tópico seguinte.
deração quanto ao seu comprometimento com a integralidade da
assistência, foram criados instrumentos de gestão, como o plano de
saúde e as formas de gestão dos serviços de saúde. CONTROLE SOCIAL NO SUS
Desse modo, devemos centrar nossas atenções no plano de
saúde, por ser ele a base de todas as atividades e programações da
saúde, em cada nível de governo do Sistema Único de Saúde, o qual Participação e Controle Social no SUS
deverá ser elaborado de acordo com diretrizes legais estabelecidas Os movimentos sociais ocorridos durante a década de 80 na
na Lei n. 8.080/90: epidemiologia e organização de serviços (arts. 7º busca por um Estado democrático aos serviços de saúde impulsio-
VII e 37). O plano de saúde deve ser a referência para a demarcação naram a modificação do modelo vigente de controle social da época
de responsabilidades técnicas, administrativas e jurídicas dos entes que culminou com a criação do SUS a partir da Constituição Fede-
políticos. rativa de 1988.
Sem planos de saúde -- elaborados de acordo com as diretri- O objetivo deste texto é realizar uma análise deste modelo de
zes legais, associadas àquelas estabelecidas nas comissões intergo- participação popular e controle social no SUS, bem como favorecer
vernamentais trilaterais, principalmente no que se refere à divisão reflexões aos atores envolvidos neste cenário, através de uma pes-
de responsabilidades -- o sistema ficará ao sabor de ideologias e quisa narrativa baseada em publicações relevantes produzidas no
decisões unilaterais das autoridades dirigentes da saúde, quando Brasil nos últimos 11 anos.
a regra que perpassa todo o sistema é a da cooperação e da conju-
gação de recursos financeiros, tecnológicos, materiais, humanos da É insuficiente o controle social estar apenas na lei, é preciso
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em redes que este aconteça na prática. Entretanto, a sociedade civil, ainda
regionalizadas de serviços, nos termos dos incisos IX, b e XI do art. não ocupa de forma efetiva esses espaços de participação.
7º e art. 8º da Lei n. 8.080/90. O processo de criação do SUS teve início a partir das defini-
Por isso, o plano de saúde deve ser o instrumento de fixação ções legais estabelecidas pela nova Constituição Federal do Brasil
de responsabilidades técnicas, administrativas e jurídicas quanto de 1988, sendo consolidado e regulamentado com as Leis Orgânicas
à integralidade da assistência, uma vez que ela não se esgota, na da Saúde (LOA), n° 8080/90 e n° 8.142/90, sendo estabelecidas nes-
maioria das vezes, na instância de governo-sede do cidadão. Ressal- tas as diretrizes e normas que direcionam o novo sistema de saúde,
te-se, ainda, que o plano de saúde é a expressão viva dos interesses bem como aspectos relacionados a sua organização e funcionamen-
da população, uma vez que, elaborado pelos órgãos competentes to, critérios de repasses para os estados e municípios além de disci-
governamentais, deve ser submetido ao conselho de saúde, repre- plinar o controle social no SUS em conformidade com as represen-
sentante da comunidade no SUS, a quem compete, discutir, aprovar tações dos critérios estaduais e municipais de saúde (FINKELMAN,
e acompanhar a sua execução, em todos os seus aspectos. 2002; FARIA, 2003; SOUZA, 2003).
Lembramos, ainda, que o planejamento sendo ascendente, O SUS nos trouxe a ampliação da assistência à saúde para a
iniciando-se da base local até a federal, reforça o sentido de que coletividade, possibilitando, com isso, um novo olhar às ações, ser-
a integralidade da assistência só se completa com o conjunto arti- viços e práticas assistenciais. Sendo estas norteadas pelos princí-
culado de serviços, de responsabilidade dos diversos entes gover- pios e diretrizes: Universalidade de acesso aos serviços de saúde;
namentais. Integralidade da assistência; Equidade; Descentralização Político-
Resumindo, podemos afirmar que, nos termos do art. 198, II, -administrativa; Participação da comunidade; regionalização e hie-
da CF, c/c os arts. 7º, II e VII, 36 e 37, da Lei n. 8.080/90, a integra- rarquização (REIS, 2003). A participação popular e o controle social
lidade da assistência não é um direito a ser satisfeito de maneira em saúde, dentre os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS),
aleatória, conforme exigências individuais do cidadão ou de acordo destacam-se como de grande relevância social e política, pois se
com a vontade do dirigente da saúde, mas sim o resultado do plano constituem na garantia de que a população participará do processo
de saúde que, por sua vez, deve ser a consequência de um planeja- de formulação e controle das políticas públicas de saúde.
mento que leve em conta a epidemiologia e a organização de ser- No Brasil, o controle social se refere à participação da comu-
viços e conjugue as necessidades da saúde com as disponibilidades nidade no processo decisório sobre políticas públicas e ao contro-
de recursos , além da necessária observação do que ficou decidido le sobre a ação do Estado (ARANTES et al., 2007). Nesse contex-
nas comissões intergovernamentais trilaterais ou bilaterais, que to, enfatiza-se a institucionalização de espaços de participação da
não contrariem a lei. comunidade no cotidiano do serviço de saúde, através da garantia
Na realidade, cada ente político deve ser eticamente respon- da participação no planejamento do enfrentamento dos problemas
sável pela saúde integral da pessoa que está sob atenção em seus priorizados, execução e avaliação das ações, processo no qual a par-
serviços, cabendo-lhe responder civil, penal e administrativamente ticipação popular deve ser garantida e incentivada (BRASIL, 2006).
apenas pela omissão ou má execução dos serviços que estão sob
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Sendo o SUS a primeira política pública no Brasil a adotar cons- A participação popular na gestão da saúde é prevista pela Cons-
titucionalmente a participação popular como um de seus princí- tituição Federal de 1998, em seu artigo 198, que trata das diretrizes
pios, esta não somente reitera o exercício do controle social sob as do SUS: descentralização, integralidade e a participação da comuni-
práticas de saúde, mas também evidencia a possibilidade de seu dade. Essas diretrizes orientam a organização e o funcionamento do
exercício através de outros espaços institucionalizados em seu arca- sistema, com o intuito de torná-lo mais adequado a atender às ne-
bouço jurídico, além dos reconhecidos pela Lei Orgânica de saúde cessidades da população brasileira (BRASIL, 2006; WENDHAUSEN;
de n° 8.142/90, os conselhos e as conferências de saúde. Destaca, BARBOSA; BORBA, 2006; OLIVEIRA, 2003).
ainda, as audiências públicas e outros mecanismos de audiência da A discussão com ênfase dada ao controle social na nova Cons-
sociedade, de usuários e de trabalhadores sociais (CONASS, 2003; tituição se expressa em novas diretrizes para a efetivação deste por
BARBOSA, 2009; COSSETIN, 2010). meio de instrumentos normativos e da criação legal de espaços ins-
Ademais, a Lei Orgânica da Saúde n.º 8.080/1990 estabelece titucionais que garantem a participação da sociedade civil organiza-
em seu art. 12 a criação de comissões intersetoriais subordinadas da na fiscalização direta do executivo nas três esferas de governo.
ao Conselho Nacional de Saúde, com o objetivo de articular as Na atualidade, muitas expressões são utilizadas corriqueiramente
políticas públicas relevantes para a saúde. Entretanto, é a Lei n.° para caracterizar a participação popular na gestão pública de saú-
8.142/1990 que dispõe sobre a participação social no SUS, definin- de, a que consta em nossa Carta Magna e o termo ‘participação da
do que a participação popular estará incluída em todas as esferas comunidade na saúde’. Porém, iremos utilizar aqui o termo mais
de gestão do SUS. Legitimando assim os interesses da população no comum em nosso meio: ‘controle social’. Sendo o controle social
exercício do controle social (BRASIL, 2009). uma importante ferramenta de democratização das organizações,
Essa perspectiva é considerada uma das formas mais avança- busca-se adotar uma série de práticas que efetivem a participação
das de democracia, pois determina uma nova relação entre o Es- da sociedade na gestão (GUIZARDI et al ., 2004).
tado e a sociedade, de maneira que as decisões sobre as ações na
saúde deverão ser negociadas com os representantes da sociedade, Embora o termo controle social seja o mais utilizado, consi-
uma vez que eles conhecem a realidade da saúde das comunidades. deramos que se trata de um reducionismo, uma vez que este não
Amiúde, as condições necessárias para que se promova a de- traduz a amplitude do direito assegurado pela nova Constituição
mocratização da gestão pública em saúde se debruça com a discus- Federal de 1988, que permite não só o controle e a fiscalização
são em torno do controle social em saúde. permanente da aplicação de recursos públicos. Este também se
O presente estudo tem como objetivo realizar uma análise do manifesta através da ação, onde cidadãos e políticos têm um papel
modelo vigente de participação popular e controle social no SUS e social a desempenhar através da execução de suas funções, ou ain-
ainda elucidar questões que permitirão entender melhor a partici- da através da proposição, onde cidadãos participam da formulação
pação e o controle social, bem como favorecer algumas reflexões a de políticas, intervindo em decisões e orientando a Administração
todos os atores envolvidos no cenário do SUS. Pública quanto às melhores medidas a serem adotadas com objeti-
vo de atender aos legítimos interesses públicos (NOGUEIRA, 2004;
Participação e Controle Social BRASIL, 2011b; MENEZES, 2010).
Após um longo período no qual a população viveu sob um es-
tado ditatorial, com a centralização das decisões, o tecnicismo e Fonte: http://cebes.org.br/2013/05/participacao-popular-e-o-controle-
o autoritarismo, durante a década de 1980 ocorreu uma abertura -social-como-diretriz-do-sus-uma-revisao-narrativa/
democrática que reconhece a necessidade de revisão do modelo
de saúde vigente na época, com propostas discutidas em ampliar a Estratégias operacionais e metodológicas para o controle so-
participação popular nas decisões e descentralizar a gestão pública cial
em saúde, com vistas a aproximar as decisões do Estado ao cotidia- Recomenda-se que o processo de educação permanente para
no dos cidadãos brasileiros (DALLARI, 2000; SCHNEIDER et al., 2009; o controle social no SUS ocorra de forma descentralizada, respei-
VANDERLEI; ALMEIDA, 2007). tando as especifi cidades e condições locais a fim de que possa ter
Nessa perspectiva, a dimensão histórica adquire relevância es- maior efetividade.
sencial para a compreensão do controle social, o que pode provocar Considerando que os membros do Conselho de Saúde reno-
reações contraditórias. De fato, o controle social foi historicamente vam-se periodicamente e outros sujeitos sociais alternam-se em
exercido pelo Estado sobre a sociedade durante muitos anos, na suas representações, e o fato de estarem sempre surgindo novas
época da ditadura militar. demandas oriundas das mudanças conjunturais, torna-se necessá-
É oportuno destacar que a ênfase ao controle social que aqui rio que o processo de educação permanente para o controle social
será dada refere-se às ações que os cidadãos exercem para moni- esteja em constante construção e atualização.
torar, fiscalizar, avaliar, interferir na gestão estatal e não o inverso. A operacionalização do processo de educação permanente
Pois, como vimos, também denominam-se controle social as ações para o controle social no SUS deve considerar a seleção, preparação
do Estado para controlar a sociedade, que se dá por meio da legisla- do material e a identifi cação de sujeitos sociais que tenham condi-
ção, do aparato institucional ou mesmo por meio da força. ções de transmitir informações e possam atuar como facilitadores
A organização e mobilização popular realizada na década de 80, e incentivadores das discussões sobre os temas a serem tratados.
do século XX, em prol de um Estado democrático e garantidor do Para isso é importante:
acesso universal aos direitos a saúde, coloca em evidência a possibi- • identificar as parcerias a serem envolvidas, como: universida-
lidade de inversão do controle social. Surge, então, a perspectiva de des, núcleos de saúde, escolas de saúde pública, técnicos e especia-
um controle da sociedade civil sobre o Estado, sendo incorporada listas autônomos ou ligados a instituições, entidades dos segmentos
pela nova Constituição Federal de 1988 juntamente com a criação sociais representados nos Conselhos, Organização Pan-Americana
do SUS (CONASS, 2003). da Saúde (Opas), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Uni-
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LEGISLAÇÃO - SUS

cef), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e tivas Medidas Provisórias;
a Cultura (Unesco), Instituto Brasileiro de Administração Municipal • Relatórios das Conferências Nacionais de Saúde;
(Ibam), Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva • Normas Operacionais do SUS;
(Abrasco) e outras organizações da sociedade que atuem na área • Princípios e Diretrizes para a Gestão do Trabalho (NOB/ RH
de saúde. Na identifi cação e articulações das parcerias, deve fi car – SUS), 2005 (BRASIL, 2005), Diretrizes e Competências da Comis-
clara a atribuição dos conselhos, conselheiros e parceiros; são Intergestora Tripartite (CIT), Comissões Intergestoras Bipartites
• realizar as atividades de educação permanente para os con- (CIBs) e das Condições de Gestão dos Estados e Municípios;
selheiros e os demais sujeitos sociais de acordo com a realidade • Constituição do Estado e Leis Orgânicas do Estado, do Distrito
local, garantindo uma carga horária que possibilite a participação e Federal e Município;
a ampla discussão dos temas, democratização das informações e a • Seleção de Deliberações do Conselho Estadual de Saúde
utilização de técnicas pedagógicas para o controle social que facili- (CES), Conselho Municipal de Saúde (CMS) e pactuações das Comis-
tem a construção dos conteúdos teóricos e, também, a interação do sões Intergestoras Tripartite e Bipartite;
grupo. Sugere-se que as atividades de educação permanente para • Resoluções e deliberações do Conselho de Saúde relaciona-
o controle social no SUS sejam enfocadas em dois níveis: um geral, das à Gestão em Saúde: Plano de Saúde, Financiamento, Normas,
garantindo a representação de todos os segmentos, e outro específi Direção e Execução, Planejamento – que compreende programa-
co, que poderá ser estruturado e oferecido de acordo com o inte- ção, orçamento, acompanhamento e avaliação;
resse ou a necessidade dos segmentos que compõem os Conselhos • Resolução do Conselho Nacional de Saúde n.º 333/2003
de Saúde e os demais órgãos da sociedade. (BRASIL, 2003c), Resolução n.º 322/2003 (BRASIL, 2003b), Resolu-
ção n.º 196/96 (BRASIL, 1996) e outras correspondentes com mes-
Para promover o alcance dos objetivos do processo de edu- mo mérito, e deliberações no campo do controle social – formula-
cação permanente para o controle social no SUS, recomenda-se a ção de estratégias e controle da execução pelos Conselhos de Saúde
utilização de metodologias que busquem a construção coletiva de e pela sociedade.
conhecimentos, baseada na experiência do grupo, levando-se em
consideração o conhecimento como prática concreta e real dos su- A definição dos conteúdos básicos de educação permanente
jeitos a partir de suas vivências e histórias. Metodologias essas que para o controle social no SUS deve ser objeto de deliberação pelos
ultrapassem as velhas formas autoritárias de lidar com a aprendiza- plenários dos Conselhos de Saúde nas suas respectivas esferas go-
gem e muitas vezes utilizadas como, por exemplo, a da comunica- vernamentais.
ção unilateral, que transforma o indivíduo num mero receptor de Recomenda-se que, para esse processo, seja prevista a criação
teorias e conteúdos. de instrumentos de acompanhamento e avaliação dos resultados
Recomenda-se, também, a utilização de dinâmicas que propi- das atividades
ciem um ambiente de troca de experiências, de refl exões pertinen-
tes à atuação dos Conselheiros de Saúde e dos sujeitos sociais e de Responsabilidades
técnicas que favoreçam a sua participação e integração, como, por
exemplo, reuniões de grupo, plenárias, estudos dirigidos, seminá- Esferas governamentais
rios, ofi cinas, todos envolvendo debates. Compete ao Estado, nas três esferas do governo:
A 12.ª Conferência Nacional de Saúde (CONFERÊNCIA..., 2005) a) Oferecer todas as condições necessárias para que o processo
recomendou a realização de ações para educação permanente e de educação permanente para o controle social ocorra, garantindo
propôs que as atividades do Conselheiro de Saúde fossem consi- o pleno funcionamento dos Conselhos de Saúde e a realização das
deradas de relevância pública. Essa proposição foi contemplada na ações para a educação permanente e controle social dos demais
Resolução n.º 333/2003 (BRASIL, 2003c), aprovada pelo Conselho sujeitos sociais.
Nacional de Saúde, que garante ao Conselheiro de Saúde a dis- b) Promover o apoio à produção de materiais didáticos desti-
pensa, sem prejuízo, do seu trabalho, para participar das reuniões, nados às atividades de educação permanente para o controle social
eventos, capacitações e ações específi cas do Conselho de Saúde. no SUS, ao desenvolvimento e utilização de métodos, técnicas e fo-
Assim, o processo proposto, especialmente, no que diz respei- mento à pesquisa que contribuam para esse processo.
to aos Conselhos de Saúde deve dar conta da intensa renovação de
Conselheiros de Saúde, que ocorre em razão do final dos manda- Ministério da Saúde
tos, ou por decisão da instituição ou entidade de substituir o seu a) Incentivar e apoiar, inclusive nos aspectos fi nanceiros e téc-
representante. Isto requer, no mínimo, a oferta de material básico nicos, as instâncias estaduais, municipais e do Distrito Federal para
informativo, uma capacitação inicial promovida pelo Conselho de o processo de elaboração e execução da política de educação per-
Saúde e a garantia de mecanismos que disponibilizem informações manente para o controle social no SUS;
aos novos Conselheiros. b) Manter disponível e atualizado o acervo de referências sobre
saúde e oferecer material informativo básico e audiovisual que pro-
Sugestões de material de apoio: picie a veiculação de temas de interesse geral em saúde, tais como:
• Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU); legislação, orçamento, direitos em saúde, modelo assistencial, mo-
• Declaração dos Direitos da Criança e Adolescente (Unicef); delo de gestão e outros.
• Declaração de Otawa, Declaração de Bogotá e outras;
• Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 2003) – Capítulo da
Ordem Social;
• Leis Federais: 8.080/90 (BRASIL, 1990a), 8.142/90 (BRASIL,
1990b), 8.689/93 (BRASIL, 1993), 9.656/98 (BRASIL, 1998) e respec-
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LEGISLAÇÃO - SUS

DA INSTITUIÇÃO E REFORMULAÇÃO DOS CONSELHOS DE


RESOLUÇÃO 453/2012 DO CONSELHO NACIONAL DA SAÚ- SAÚDE
DE
Segunda Diretriz: a instituição dos Conselhos de Saúde é esta-
belecida por lei federal, estadual, do Distrito Federal e municipal,
RESOLUÇÃO Nº 453, DE 10 DE MAIO DE 2012 obedecida a Lei no 8.142/90.
Parágrafo único. Na instituição e reformulação dos Conselhos
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua Ducentési- de Saúde o Poder Executivo, respeitando os princípios da demo-
ma Trigésima Terceira Reunião Ordinária, realizada nos dias 9 e 10 cracia, deverá acolher as demandas da população aprovadas nas
de maio de 2012, no uso de suas competências regimentais e atri- Conferências de Saúde, e em consonância com a legislação.
buições conferidas pela Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990,
e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, e pelo Decreto no A ORGANIZAÇÃO DOS CONSELHOS DE SAÚDE
5.839, de 11 de julho de 2006, e
Considerando os debates ocorridos nos Conselhos de Saúde, Terceira Diretriz: a participação da sociedade organizada, ga-
nas três esferas de Governo, na X Plenária Nacional de Conselhos de rantida na legislação, torna os Conselhos de Saúde uma instância
Saúde, nas Plenárias Regionais e Estaduais de Conselhos de Saúde, privilegiada na proposição, discussão, acompanhamento, delibera-
nas 9a, 10a e 11a Conferências Nacionais de Saúde, e nas Conferên- ção, avaliação e fiscalização da implementação da Política de Saúde,
cias Estaduais, do Distrito Federal e Municipais de Saúde; inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros. A legislação
Considerando a experiência acumulada do Controle Social da estabelece, ainda, a composição paritária de usuários em relação
Saúde à necessidade de aprimoramento do Controle Social da Saú- ao conjunto dos demais segmentos representados. O Conselho de
de no âmbito nacional e as reiteradas demandas dos Conselhos Es- Saúde será composto por representantes de entidades, instituições
taduais e Municipais referentes às propostas de composição, orga- e movimentos representativos de usuários, de entidades represen-
nização e funcionamento, conforme o §5o inciso II art. 1o da Lei no tativas de trabalhadores da área da saúde, do governo e de entida-
8.142, de 28 de dezembro de 1990; des representativas de prestadores de serviços de saúde, sendo o
Considerando a ampla discussão da Resolução do CNS no seu presidente eleito entre os membros do Conselho, em reunião
333/92 realizada nos espaços de Controle Social, entre os quais se plenária. Nos Municípios onde não existem entidades, instituições
destacam as Plenárias de Conselhos de Saúde; e movimentos organizados em número suficiente para compor o
Considerando os objetivos de consolidar, fortalecer, ampliar Conselho, a eleição da representação será realizada em plenária no
e acelerar o processo de Controle Social do SUS, por intermédio Município, promovida pelo Conselho Municipal de maneira ampla
dos Conselhos Nacional, Estaduais, Municipais, das Conferências de e democrática.
Saúde e Plenárias de Conselhos de Saúde; I - O número de conselheiros será definido pelos Conselhos de
Considerando que os Conselhos de Saúde, consagrados pela Saúde e constituído em lei.
efetiva participação da sociedade civil organizada, representam po- II - Mantendo o que propôs as Resoluções nos 33/92 e 333/03
los de qualificação de cidadãos para o Controle Social nas esferas do CNS e consoante com as Recomendações da 10a e 11a Confe-
da ação do Estado; e rências Nacionais de Saúde, as vagas deverão ser distribuídas da
Considerando o que disciplina a Lei Complementar no 141, de seguinte forma:
13 de janeiro de 2012, e o Decreto nº 7.508, de 28 de junho de a)50% de entidades e movimentos representativos de usuários;
2011, que regulamentam a Lei Orgânica da Saúde, resolve: b)25% de entidades representativas dos trabalhadores da área
de saúde;
Aprovar as seguintes diretrizes para instituição, reformulação, c)25% de representação de governo e prestadores de serviços
reestruturação e funcionamento dos Conselhos de Saúde: privados conveniados, ou sem fins lucrativos.
III - A participação de órgãos, entidades e movimentos sociais
DA DEFINIÇÃO DE CONSELHO DE SAÚDE PRIMEIRA DIRETRIZ: terá como critério a representatividade, a abrangência e a comple-
mentaridade do conjunto da sociedade, no âmbito de atuação do
o Conselho de Saúde é uma instância colegiada, deliberativa e Conselho de Saúde. De acordo com as especificidades locais, apli-
permanente do Sistema Único de Saúde (SUS) em cada esfera de cando o princípio da paridade, serão contempladas, dentre outras,
Governo, integrante da estrutura organizacional do Ministério da as seguintes representações:
Saúde, da Secretaria de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos a)associações de pessoas com patologias;
Municípios, com composição, organização e competência fixadas b)associações de pessoas com deficiências;
na Lei no 8.142/90. O processo bem-sucedido de descentralização c)entidades indígenas;
da saúde promoveu o surgimento de Conselhos Regionais, Conse- d)movimentos sociais e populares, organizados (movimento
lhos Locais, Conselhos Distritais de Saúde, incluindo os Conselhos negro, LGBT...);
dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, sob a coordenação dos e)movimentos organizados de mulheres, em saúde;
Conselhos de Saúde da esfera correspondente. Assim, os Conselhos f)entidades de aposentados e pensionistas;
de Saúde são espaços instituídos de participação da comunidade g)entidades congregadas de sindicatos, centrais sindicais, con-
nas políticas públicas e na administração da saúde. federações e federações de trabalhadores urbanos e rurais;
Parágrafo único. Como Subsistema da Seguridade Social, o Con- h)entidades de defesa do consumidor;
selho de Saúde atua na formulação e proposição de estratégias e i)organizações de moradores;
no controle da execução das Políticas de Saúde, inclusive nos seus j)entidades ambientalistas;
aspectos econômicos e financeiros. k)organizações religiosas;
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l)trabalhadores da área de saúde: associações, confederações, técnico e administrativo, subordinada ao Plenário do Conselho de
conselhos de profissões regulamentadas, federações e sindicatos, Saúde, que definirá sua estrutura e dimensão;
obedecendo as instâncias federativas; III - o Conselho de Saúde decide sobre o seu orçamento;
m)comunidade científica; IV - o Plenário do Conselho de Saúde se reunirá, no mínimo, a
n)entidades públicas, de hospitais universitários e hospitais cada mês e, extraordinariamente, quando necessário, e terá como
campo de estágio, de pesquisa e desenvolvimento; base o seu Regimento Interno. A pauta e o material de apoio às reu-
o)entidades patronais; niões devem ser encaminhados aos conselheiros com antecedência
p)entidades dos prestadores de serviço de saúde; e mínima de 10 (dez) dias;
q)governo. V - as reuniões plenárias dos Conselhos de Saúde são abertas
IV - As entidades, movimentos e instituições eleitas no Conse- ao público e deverão acontecer em espaços e horários que possibi-
lho de Saúde terão os conselheiros indicados, por escrito, conforme litem a participação da sociedade;
processos estabelecidos pelas respectivas entidades, movimentos e VI - o Conselho de Saúde exerce suas atribuições mediante o
instituições e de acordo com a sua organização, com a recomenda- funcionamento do Plenário, que, além das comissões intersetoriais,
ção de que ocorra renovação de seus representantes. estabelecidas na Lei no 8.080/90, instalará outras comissões inter-
V - Recomenda-se que, a cada eleição, os segmentos de repre- setoriais e grupos de trabalho de conselheiros para ações transitó-
sentações de usuários, trabalhadores e prestadores de serviços, ao rias.As comissões poderão contar com integrantes não conselhei-
seu critério, promovam a renovação de, no mínimo, 30% de suas ros;
entidades representativas. VII - o Conselho de Saúde constituirá uma Mesa Diretora eleita
VI - A representação nos segmentos deve ser distinta e autôno- em Plenário, respeitando a paridade expressa nesta Resolução;
ma em relação aos demais segmentos que compõem o Conselho, VIII - as decisões do Conselho de Saúde serão adotadas me-
por isso, um profissional com cargo de direção ou de confiança na diante quórum mínimo (metade mais um) dos seus integrantes, res-
gestão do SUS, ou como prestador de serviços de saúde não pode salvados os casos regimentais nos quais se exija quórum especial,
ser representante dos(as) Usuários(as) ou de Trabalhadores(as). ou maioria qualificada de votos;
VII - A ocupação de funções na área da saúde que interfiram a) entende-se por maioria simples o número inteiro imediata-
na autonomia representativa do Conselheiro(a) deve ser avaliada mente superior à metade dos membros presentes;
como possível impedimento da representação de Usuário(a) e Tra- b) entende-se por maioria absoluta o número inteiro imediata-
balhador( a), e, a juízo da entidade, indicativo de substituição do mente superior à metade de membros do Conselho;
Conselheiro( a). c) entende-se por maioria qualificada 2/3 (dois terços) do total
VIII - A participação dos membros eleitos do Poder Legislativo, de membros do Conselho;
representação do Poder Judiciário e do Ministério Público, como IX - qualquer alteração na organização dos Conselhos de Saúde
conselheiros, não é permitida nos Conselhos de Saúde. preservará o que está garantido em lei e deve ser proposta pelo
IX - Quando não houver Conselho de Saúde constituído ou em próprio Conselho e votada em reunião plenária, com quórum quali-
atividade no Município, caberá ao Conselho Estadual de Saúde as- ficado, para depois ser alterada em seu Regimento Interno e homo-
sumir, junto ao executivo municipal, a convocação e realização da logada pelo gestor da esfera correspondente;
Conferência Municipal de Saúde, que terá como um de seus objeti- X - a cada três meses, deverá constar dos itens da pauta o pro-
vos a estruturação e composição do Conselho Municipal. O mesmo nunciamento do gestor, das respectivas esferas de governo, para
será atribuído ao Conselho Nacional de Saúde, quando não houver que faça a prestação de contas, em relatório detalhado, sobre an-
Conselho damento do plano de saúde, agenda da saúde pactuada, relatório
Estadual de Saúde constituído ou em funcionamento. de gestão, dados sobre o montante e a forma de aplicação dos re-
X - As funções, como membro do Conselho de Saúde, não serão cursos, as auditorias iniciadas e concluídas no período, bem como
remuneradas, considerando-se o seu exercício de relevância públi- a produção e a oferta de serviços na rede assistencial própria, con-
ca e, portanto, garante a dispensa do trabalho sem prejuízo para o tratada ou conveniada, de acordo com o art. 12 da Lei no 8.689/93
conselheiro. Para fins de justificativa junto aos órgãos, entidades e com a Lei Complementar no 141/2012;
competentes e instituições, o Conselho de Saúde emitirá declara- XI - os Conselhos de Saúde, com a devida justificativa, buscarão
ção de participação de seus membros durante o período das reuni- auditorias externas e independentes sobre as contas e atividades
ões, representações, capacitações e outras atividades específicas. do Gestor do SUS; e
XI - O conselheiro, no exercício de sua função, responde pelos XII - o Pleno do Conselho de Saúde deverá manifestar-se por
seus atos conforme legislação vigente. meio de resoluções, recomendações, moções e outros atos delibe-
rativos.
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS DE SAÚDE As resoluções serão obrigatoriamente homologadas pelo chefe
do poder constituído em cada esfera de governo, em um prazo de
Quarta Diretriz: as três esferas de Governo garantirão auto- 30 (trinta) dias, dando-se-lhes publicidade oficial. Decorrido o prazo
nomia administrativa para o pleno funcionamento do Conselho de mencionado e não sendo homologada a resolução e nem enviada
Saúde, dotação orçamentária, autonomia financeira e organização justificativa pelo gestor ao Conselho de Saúde com proposta de al-
da secretaria-executiva com a necessária infraestrutura e apoio téc- teração ou rejeição a ser apreciada na reunião seguinte, as entida-
nico: des que integram o Conselho de Saúde podem buscar a validação
I - cabe ao Conselho de Saúde deliberar em relação à sua estru- das resoluções, recorrendo à justiça e ao Ministério Público, quan-
tura administrativa e o quadro de pessoal; do necessário. Quinta Diretriz: aos Conselhos de Saúde Nacional,
II - o Conselho de Saúde contará com uma secretaria-executiva Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, que têm competências
coordenada por pessoa preparada para a função, para o suporte definidas nas leis federais, bem como em indicações advindas das
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Conferências de Saúde, compete: XIX - examinar propostas e denúncias de indícios de irregula-


I - fortalecer a participação e o Controle Social no SUS, mobi- ridades, responder no seu âmbito a consultas sobre assuntos per-
lizar e articular a sociedade de forma permanente na defesa dos tinentes às ações e aos serviços de saúde, bem como apreciar re-
princípios constitucionais que fundamentam o SUS; cursos a respeito de deliberações do Conselho nas suas respectivas
II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras normas instâncias;
de funcionamento; XX - estabelecer a periodicidade de convocação e organizar
III - discutir, elaborar e aprovar propostas de operacionalização as Conferências de Saúde, propor sua convocação ordinária ou
das diretrizes aprovadas pelas Conferências de Saúde; extraordinária e estruturar a comissão organizadora, submeter o
IV - atuar na formulação e no controle da execução da política respectivo regimento e programa ao Pleno do Conselho de Saúde
de saúde, incluindo os seus aspectos econômicos e financeiros, e correspondente, convocar a sociedade para a participação nas pré-
propor estratégias para a sua aplicação aos setores público e pri- -conferências e conferências de saúde;
vado; XXI - estimular articulação e intercâmbio entre os Conselhos
V - definir diretrizes para elaboração dos planos de saúde e de- de Saúde, entidades, movimentos populares, instituições públicas e
liberar sobre o seu conteúdo, conforme as diversas situações epide- privadas para a promoção da Saúde;
miológicas e a capacidade organizacional dos serviços; XXII - estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas sobre
VI - anualmente deliberar sobre a aprovação ou não do relató- assuntos e temas na área de saúde pertinente ao desenvolvimento
rio de gestão; do Sistema Único de Saúde (SUS);
VII - estabelecer estratégias e procedimentos de acompanha- XXIII - acompanhar o processo de desenvolvimento e incorpo-
mento da gestão do SUS, articulando-se com os demais colegiados, ração científica e tecnológica, observados os padrões éticos compa-
a exemplo dos de seguridade social, meio ambiente, justiça, educa- tíveis com o desenvolvimento sociocultural do País;
ção, trabalho, agricultura, idosos, criança e adolescente e outros; XXIV - estabelecer ações de informação, educação e comuni-
VIII - proceder à revisão periódica dos planos de saúde; cação em saúde, divulgar as funções e competências do Conselho
IX - deliberar sobre os programas de saúde e aprovar projetos de Saúde, seus trabalhos e decisões nos meios de comunicação, in-
a serem encaminhados ao Poder Legislativo, propor a adoção de cluindo informações sobre as agendas, datas e local das reuniões e
critérios definidores de qualidade e resolutividade, atualizando-os dos eventos;
face ao processo de incorporação dos avanços científicos e tecnoló- XXV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a educação perma-
gicos na área da Saúde; nente para o controle social, de acordo com as Diretrizes e a Política
X - a cada quadrimestre deverá constar dos itens da pauta o Nacional de Educação Permanente para o Controle Social do SUS;
pronunciamento do gestor, das respectivas esferas de governo, XXVI - incrementar e aperfeiçoar o relacionamento sistemático
para que faça a prestação de contas, em relatório detalhado, sobre com os poderes constituídos, Ministério Público, Judiciário e Legis-
andamento do plano de saúde, agenda da saúde pactuada, rela- lativo, meios de comunicação, bem como setores relevantes não
tório de gestão, dados sobre o montante e a forma de aplicação representados nos conselhos;
dos recursos, as auditorias iniciadas e concluídas no período, bem XXVII - acompanhar a aplicação das normas sobre ética em pes-
como a produção e a oferta de serviços na rede assistencial própria, quisas aprovadas pelo CNS;
contratada ou conveniada, de acordo com a Lei Complementar no XXVIII - deliberar, encaminhar e avaliar a Política de Gestão do
141/2012. Trabalho e Educação para a Saúde no SUS;
XI - avaliar, explicitando os critérios utilizados, a organização e o XXIX - acompanhar a implementação das propostas constantes
funcionamento do Sistema Único de Saúde do SUS; do relatório das plenárias dos Conselhos de Saúde; e
XII - avaliar e deliberar sobre contratos, consórcios e convênios, XXX - atualizar periodicamente as informações sobre o Conse-
conforme as diretrizes dos Planos de Saúde Nacional, Estaduais, do lho de Saúde no Sistema de Acompanhamento dos Conselhos de
Distrito Federal e Municipais; Saúde (SIACS).
XIII - acompanhar e controlar a atuação do setor privado cre- Fica revogada a Resolução do CNS no 333, de 4 de novembro
denciado mediante contrato ou convênio na área de saúde; de 2003.
XIV - aprovar a proposta orçamentária anual da saúde, tendo
em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias, observado o princípio do processo de planejamento CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988, TÍTULO VIII - ARTIGOS DE
e orçamento ascendentes, conforme legislação vigente; 194 A 200
XV - propor critérios para programação e execução financeira e
orçamentária dos Fundos de Saúde e acompanhar a movimentação
e destino dos recursos; O Título VIII da Constituição cuida da Ordem Social, elencada
XVI - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critérios de em seus artigos 193 a 232.
movimentação de recursos da Saúde, incluindo o Fundo de Saúde
e os recursos transferidos e próprios do Município, Estado, Distrito – Chamamos a atenção para o fato de que referente ao assunto
Federal e da União, com base no que a lei disciplina; supracitado, os concursos públicos cobram do candidato a literali-
XVII - analisar, discutir e aprovar o relatório de gestão, com a dade do texto legal, portanto, é importante conhecer bem todos os
prestação de contas e informações financeiras, repassadas em tem- artigos deste capítulo em sua integralidade!
po hábil aos conselheiros, e garantia do devido assessoramento;
XVIII - fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das ações
e dos serviços de saúde e encaminhar denúncias aos respectivos
órgãos de controle interno e externo, conforme legislação vigente;
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LEGISLAÇÃO - SUS

TÍTULO VIII ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste ser-
DA ORDEM SOCIAL viço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
CAPÍTULO I c) o lucro;
DISPOSIÇÃO GERAL II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência so-
cial, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre
e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdên-
Parágrafo único. O Estado exercerá a função de planejamen- cia Social; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
to das políticas sociais, assegurada, na forma da lei, a participação 2019)
da sociedade nos processos de formulação, de monitoramento, III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
de controle e de avaliação dessas políticas. (Incluído pela Emenda IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem
Constitucional nº 108, de 2020) a lei a ele equiparar.
§1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
No tocante à Seguridade Social, segue um processo mnemô- pios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orça-
nico para ser utilizado como técnica de auxílio no processo de me- mentos, não integrando o orçamento da União.
morização: §2º A proposta de orçamento da seguridade social será ela-
borada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde,
Seguridade Social previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e
prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, asse-
P Previdência Social gurada a cada área a gestão de seus recursos.
A Assistência Social §3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da segurida-
de social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o
S Saúde Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios.
CAPÍTULO II §4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a
DA SEGURIDADE SOCIAL manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o dispos-
to no art. 154, I.
SEÇÃO I §5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá
DISPOSIÇÕES GERAIS ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de
custeio total.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto inte- §6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão
grado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o
à assistência social. disposto no art. 150, III, «b».
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, §7º São isentas de contribuição para a seguridade social as en-
organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: tidades beneficentes de assistência social que atendam às exigên-
I - universalidade da cobertura e do atendimento; cias estabelecidas em lei.
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às po- §8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e
pulações urbanas e rurais; o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exer-
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios çam suas atividades em regime de economia familiar, sem empre-
e serviços; gados permanentes, contribuirão para a seguridade social median-
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; te a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização
V - equidade na forma de participação no custeio; da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.
VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em §9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste
rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas e as des- artigo poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade
pesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da
preservado o caráter contributivo da previdência social; (Redação empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sen-
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) do também autorizada a adoção de bases de cálculo diferenciadas
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, apenas no caso das alíneas «b» e «c» do inciso I do caput. (Redação
mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhado- dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
res, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos §10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para
colegiados. o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a socie- os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os
dade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recur- Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.
sos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito §11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo su-
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: perior a 60 (sessenta) meses e, na forma de lei complementar, a
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam a alínea
na forma da lei, incidentes sobre: «a» do inciso I e o inciso II do caput. (Redação dada pela Emenda
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos Constitucional nº 103, de 2019)
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§12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os §1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos
quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da
caput, serão não-cumulativas. União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de
§13. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) outras fontes.
§14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de §2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a competência aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde
cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima men- recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados
sal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de con- sobre:
tribuições. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo
exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por
Saúde cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
A saúde é direito de todos e dever do Estado. Segundo o artigo II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da ar-
197, da Constituição, as ações e os serviços de saúde devem ser recadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de
executados diretamente pelo poder público ou por meio de tercei- que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas
ros, tanto por pessoas físicas quanto jurídicas. as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios;
A responsabilidade em matéria de saúde é solidária entre os III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da
entes federados. arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos
de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e §3º.
– Diretrizes da Saúde §3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada
De acordo com o Art. 198, da CF, as ações e os serviços públicos cinco anos, estabelecerá:
de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e cons- I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do §2º; (Reda-
tituem um sistema único – o SUS –, organizado de acordo com as ção dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
seguintes diretrizes: II – os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à
I – descentralização, com direção única em cada esfera de go- saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios,
verno; e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivan-
II – atendimento integral, com prioridade para as atividades do a progressiva redução das disparidades regionais;
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III – as normas de fiscalização, avaliação e controle das despe-
III – participação da comunidade. sas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal;
IV - (revogado).
– A Saúde e a Iniciativa Privada §4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão
Referente ao Artigo 199, da CF, a assistência à saúde é livre à admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate
iniciativa privada e instituições privadas poderão participar de for- às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo
ma complementar do SUS, segundo diretrizes deste, mediante con- com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos
trato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades específicos para sua atuação.
filantrópicas e as sem fins lucrativos. §5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial
profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a
– Atribuições Constitucionais do SUS regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e
Por fim, o Artigo 200 da CF, elenca quais atribuições são de agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos
competência do SUS. da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido
SEÇÃO II piso salarial.
DA SAÚDE §6º Além das hipóteses previstas no §1º do art. 41 e no §4º
do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garanti- equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente
do mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de
risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitá- descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o
rio às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. seu exercício.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saú- §7º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos
de, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua agentes de combate às endemias fica sob responsabilidade da
regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser União, e cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa estabelecer, além de outros consectários e vantagens, incentivos,
física ou jurídica de direito privado. auxílios, gratificações e indenizações, a fim de valorizar o trabalho
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma desses profissionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120,
rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, de 2022)
organizado de acordo com as seguintes diretrizes: §8º Os recursos destinados ao pagamento do vencimento
I - descentralização, com direção única em cada esfera de go- dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às
verno; endemias serão consignados no orçamento geral da União com
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades dotação própria e exclusiva. (Incluído pela Emenda Constitucional
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; nº 120, de 2022)
III - participação da comunidade. §9º O vencimento dos agentes comunitários de saúde e dos
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agentes de combate às endemias não será inferior a 2 (dois) salários de interesse para a saúde e participar da produção de medicamen-
mínimos, repassados pela União aos Municípios, aos Estados e ao tos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros in-
Distrito Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de sumos;
2022) II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica,
§10. Os agentes comunitários de saúde e os agentes de bem como as de saúde do trabalhador;
combate às endemias terão também, em razão dos riscos inerentes III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
às funções desempenhadas, aposentadoria especial e, somado IV - participar da formulação da política e da execução das
aos seus vencimentos, adicional de insalubridade. (Incluído pela ações de saneamento básico;
Emenda Constitucional nº 120, de 2022) V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento
§11. Os recursos financeiros repassados pela União aos científico e tecnológico e a inovação; (Redação dada pela Emenda
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para pagamento Constitucional nº 85, de 2015)
do vencimento ou de qualquer outra vantagem dos agentes VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle
comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias não de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo
serão objeto de inclusão no cálculo para fins do limite de despesa humano;
com pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 120, de 2022) VII - participar do controle e fiscalização da produção, trans-
§12. Lei federal instituirá pisos salariais profissionais nacionais porte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos,
para o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de tóxicos e radioativos;
enfermagem e a parteira, a serem observados por pessoas jurídicas VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreen-
de direito público e de direito privado. (Incluído pela Emenda dido o do trabalho.
Constitucional nº 124, de 2022)
§13. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
até o final do exercício financeiro em que for publicada a lei de que LEI ORGÂNICA DA SAÚDE - LEI N º 8.080/1990
trata o §12 deste artigo, adequarão a remuneração dos cargos ou
dos respectivos planos de carreiras, quando houver, de modo a
atender aos pisos estabelecidos para cada categoria profissional. LEI FEDERAL N° 8.080/1990
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 124, de 2022)
§14. Compete à União, nos termos da lei, prestar assistência Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recu-
financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos peração da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
Municípios e às entidades filantrópicas, bem como aos prestadores correspondentes e dá outras providências.
de serviços contratualizados que atendam, no mínimo, 60%
(sessenta por cento) de seus pacientes pelo sistema único de O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Na-
saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata o §12 cional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 127, de 2022)
§15. Os recursos federais destinados aos pagamentos da DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios e às entidades filantrópicas, bem como aos Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações
prestadores de serviços contratualizados que atendam, no mínimo, e serviços de saúde, executados isolada ou conjuntamente, em ca-
60% (sessenta por cento) de seus pacientes pelo sistema único de ráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de
saúde, para o cumprimento dos pisos salariais de que trata o §12 direito Público ou privado.
deste artigo serão consignados no orçamento geral da União com
dotação própria e exclusiva. (Incluído pela Emenda Constitucional TÍTULO I
nº 127, de 2022) DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§1º As instituições privadas poderão participar de forma Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, de-
complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes vendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno
deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo exercício.
preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. §1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formula-
§2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou ção e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redu-
subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. ção de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento
§3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações
capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
previstos em lei. §2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das
§4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que empresas e da sociedade.
facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicio-
fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, nantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento bási-
processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo co, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte,
vedado todo tipo de comercialização. o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras da população expressam a organização social e econômica do País.
atribuições, nos termos da lei: Art. 3º Os níveis de saúde expressam a organização social e
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicio-
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nantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento bá- IX - a participação no controle e na fiscalização da produção,
sico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoati-
física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. vos, tóxicos e radioativos;
(Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013) X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, científico e tecnológico;
por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às XI - a formulação e execução da política de sangue e seus de-
pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e rivados.
social. §1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações
capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir
TÍTULO II nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produ-
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE ção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da
saúde, abrangendo:
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamen-
te, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por processos, da produção ao consumo; e
órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta
Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Po- ou indiretamente com a saúde.
der Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). §2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de
§1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições pú- ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção
blicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes
pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de san- de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e
gue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde. adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
§2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de §3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei,
Saúde (SUS), em caráter complementar. um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigi-
lância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção
CAPÍTULO I da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabi-
DOS OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES litação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos
advindos das condições de trabalho, abrangendo:
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS: I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e de- ou portador de doença profissional e do trabalho;
terminantes da saúde; II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos
nos campos econômico e social, a observância do disposto no §1º riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de tra-
do art. 2º desta lei; balho;
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promo- III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único
ção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das con-
das ações assistenciais e das atividades preventivas. dições de produção, extração, armazenamento, transporte, distri-
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema buição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de
Único de Saúde (SUS): equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
I - a execução de ações: IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
a) de vigilância sanitária; V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindi-
b) de vigilância epidemiológica; cal e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença
c) de saúde do trabalhador; (Redação dada pela Lei nº 14.572, profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações,
de 2023) avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;
e) de saúde bucal; (Incluída pela Lei nº 14.572, de 2023) VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos
II - a participação na formulação da política e na execução de serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas pú-
ações de saneamento básico; blicas e privadas;
III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas
saúde; no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; das entidades sindicais; e
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compre- VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao
endido o do trabalho; órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco
imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.
participação na sua produção; §4º Entende-se por saúde bucal o conjunto articulado de ações,
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substân- em todos os níveis de complexidade, que visem a garantir promo-
cias de interesse para a saúde; ção, prevenção, recuperação e reabilitação odontológica, individual
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas e coletiva, inseridas no contexto da integralidade da atenção à saú-
para consumo humano; de. (Incluído pela Lei nº 14.572, de 2023)
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CAPÍTULO II Saúde ou órgão equivalente.


DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para de-
senvolver em conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços pri- correspondam.
vados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único §1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o
de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes pre- princípio da direção única, e os respectivos atos constitutivos dispo-
vistas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos rão sobre sua observância.
seguintes princípios: §2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), po-
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os derá organizar-se em distritos de forma a integrar e articular recur-
níveis de assistência; sos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto ar- saúde.
ticulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, Art. 11. (Vetado).
individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacio-
de complexidade do sistema; nal, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas
integridade física e moral; da sociedade civil.
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou pri- Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade
vilégios de qualquer espécie; de articular políticas e programas de interesse para a saúde, cuja
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos servi- Único de Saúde (SUS).
ços de saúde e a sua utilização pelo usuário; Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de comissões intersetoriais, abrangerá, em especial, as seguintes ati-
prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática; vidades:
VIII - participação da comunidade; I - alimentação e nutrição;
IX - descentralização político-administrativa, com direção única II - saneamento e meio ambiente;
em cada esfera de governo: III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; IV - recursos humanos;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saú- V - ciência e tecnologia; e
de; VI - saúde do trabalhador.
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio am- Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de inte-
biente e saneamento básico; gração entre os serviços de saúde e as instituições de ensino profis-
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, mate- sional e superior.
riais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finali-
Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da po- dade propor prioridades, métodos e estratégias para a formação e
pulação; educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único de
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis Saúde (SUS), na esfera correspondente, assim como em relação à
de assistência; e pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições.
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar dupli- Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são
cidade de meios para fins idênticos. reconhecidas como foros de negociação e pactuação entre gesto-
XIV – organização de atendimento público específico e especia- res, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde
lizado para mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que (SUS). (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipar-
e cirurgias plásticas reparadoras, em conformidade com a Lei nº tite e Tripartite terá por objetivo: (Incluído pela Lei nº 12.466, de
12.845, de 1º de agosto de 2013. (Redação dada pela Lei nº 13.427, 2011).
de 2017) I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e admi-
nistrativos da gestão compartilhada do SUS, em conformidade com
CAPÍTULO III a definição da política consubstanciada em planos de saúde, apro-
DA ORGANIZAÇÃO, DA DIREÇÃO E DA GESTÃO vados pelos conselhos de saúde; (Incluído pela Lei nº 12.466, de
2011).
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermu-
Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou mediante participação nicipal, a respeito da organização das redes de ações e serviços de
complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma re- saúde, principalmente no tocante à sua governança institucional e à
gionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente. integração das ações e serviços dos entes federados; (Incluído pela
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de Lei nº 12.466, de 2011).
acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição Federal, sendo III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário,
exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos: integração de territórios, referência e contrarreferência e demais
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde en-
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva tre os entes federados. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Co-
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de nass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
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(Conasems) são reconhecidos como entidades representativas dos ção e recuperação da saúde;
entes estaduais e municipais para tratar de matérias referentes XVII - promover articulação com os órgãos de fiscalização do
à saúde e declarados de utilidade pública e de relevante função exercício profissional e outras entidades representativas da socie-
social, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.466, de dade civil para a definição e controle dos padrões éticos para pes-
2011). quisa, ações e serviços de saúde;
§1º O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento XVIII - promover a articulação da política e dos planos de saúde;
geral da União por meio do Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde;
no custeio de suas despesas institucionais, podendo ainda celebrar XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscaliza-
convênios com a União. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). ção inerentes ao poder de polícia sanitária;
§2º Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos es-
são reconhecidos como entidades que representam os entes mu- tratégicos e de atendimento emergencial.
nicipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à
saúde, desde que vinculados institucionalmente ao Conasems, na SEÇÃO II
forma que dispuserem seus estatutos. (Incluído pela Lei nº 12.466, DA COMPETÊNCIA
de 2011).
Art. 16. À direção nacional do SUS compete: (Redação dada
CAPÍTULO IV pela Lei nº 14.572, de 2023)
DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;
II - participar na formulação e na implementação das políticas:
SEÇÃO I a) de controle das agressões ao meio ambiente;
DAS ATRIBUIÇÕES COMUNS b) de saneamento básico; e
c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho;
Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios III - definir e coordenar os sistemas:
exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições: a) de redes integradas de assistência de alta complexidade;
I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação b) de rede de laboratórios de saúde pública;
e de fiscalização das ações e serviços de saúde; c) de vigilância epidemiológica; e
II - administração dos recursos orçamentários e financeiros d) vigilância sanitária;
destinados, em cada ano, à saúde; IV - participar da definição de normas e mecanismos de con-
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde trole, com órgão afins, de agravo sobre o meio ambiente ou dele
da população e das condições ambientais; decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana;
IV - organização e coordenação do sistema de informação de V - participar da definição de normas, critérios e padrões para
saúde; o controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar
V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de pa- a política de saúde do trabalhador;
drões de qualidade e parâmetros de custos que caracterizam a as- VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilância
sistência à saúde; epidemiológica;
VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de pa- VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de
drões de qualidade para promoção da saúde do trabalhador; portos, aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser comple-
VII - participação de formulação da política e da execução das mentada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios;
ações de saneamento básico e colaboração na proteção e recupera- VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o con-
ção do meio ambiente; trole da qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde; consumo e uso humano;
IX - participação na formulação e na execução da política de IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de fis-
formação e desenvolvimento de recursos humanos para a saúde; calização do exercício profissional, bem como com entidades repre-
X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de sentativas de formação de recursos humanos na área de saúde;
Saúde (SUS), de conformidade com o plano de saúde; X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução
XI - elaboração de normas para regular as atividades de servi- da política nacional e produção de insumos e equipamentos para a
ços privados de saúde, tendo em vista a sua relevância pública; saúde, em articulação com os demais órgãos governamentais;
XII - realização de operações externas de natureza financeira de XI - identificar os serviços estaduais e municipais de referência
interesse da saúde, autorizadas pelo Senado Federal; nacional para o estabelecimento de padrões técnicos de assistência
XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e à saúde;
transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de ca- XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substân-
lamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade com- cias de interesse para a saúde;
petente da esfera administrativa correspondente poderá requisitar XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao
bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo- Distrito Federal e aos Municípios para o aperfeiçoamento da sua
-lhes assegurada justa indenização; (Vide ADIN 3454) atuação institucional;
XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componen- XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Sistema
tes e Derivados; Único de Saúde (SUS) e os serviços privados contratados de assis-
XV - propor a celebração de convênios, acordos e protocolos tência à saúde;
internacionais relativos à saúde, saneamento e meio ambiente; XV - promover a descentralização para as Unidades Federadas
XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, prote- e para os Municípios, dos serviços e ações de saúde, respectiva-
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mente, de abrangência estadual e municipal; XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o con-
XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacio- trole e avaliação das ações e serviços de saúde;
nal de Sangue, Componentes e Derivados; XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter suple-
XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de mentar, de procedimentos de controle de qualidade para produtos
saúde, respeitadas as competências estaduais e municipais; e substâncias de consumo humano;
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito XIII - colaborar com a União na execução da vigilância sanitária
do SUS, em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Dis- de portos, aeroportos e fronteiras;
trito Federal; XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indica-
XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a dores de morbidade e mortalidade no âmbito da unidade federada.
avaliação técnica e financeira do SUS em todo o Território Nacional Art. 18. À direção municipal do SUS compete: (Redação dada
em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Fede- pela Lei nº 14.572, de 2023)
ral. (Vide Decreto nº 1.651, de 1995) I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços
XX - definir as diretrizes e as normas para a estruturação física de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde;
e organizacional dos serviços de saúde bucal. (Incluído pela Lei nº II - participar do planejamento, programação e organização
14.572, de 2023) da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde
§1º A União poderá executar ações de vigilância epidemioló- (SUS), em articulação com sua direção estadual;
gica e sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência III - participar da execução, controle e avaliação das ações refe-
de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da rentes às condições e aos ambientes de trabalho;
direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que repre- IV - executar serviços:
sentem risco de disseminação nacional. (Renumerado do parágrafo a) de vigilância epidemiológica;
único pela Lei nº 14.141, de 2021) b) vigilância sanitária;
§2º Em situações epidemiológicas que caracterizem emergên- c) de alimentação e nutrição;
cia em saúde pública, poderá ser adotado procedimento simplifica- d) de saneamento básico; (Redação dada pela Lei nº 14.572,
do para a remessa de patrimônio genético ao exterior, na forma do de 2023)
regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.141, de 2021) e) de saúde do trabalhador;
§3º Os benefícios resultantes da exploração econômica de pro- f) de saúde bucal; (Incluída pela Lei nº 14.572, de 2023)
duto acabado ou material reprodutivo oriundo de acesso ao patri- V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e
mônio genético de que trata o §2º deste artigo serão repartidos nos equipamentos para a saúde;
termos da Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015. (Incluído pela Lei VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente
nº 14.141, de 2021) que tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos
Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para contro-
compete: lá-las;
I - promover a descentralização para os Municípios dos serviços VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;
e das ações de saúde;. VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilân-
Sistema Único de Saúde (SUS); cia sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e execu- X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contra-
tar supletivamente ações e serviços de saúde; tos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de
IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;
serviços: XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços priva-
a) de vigilância epidemiológica; dos de saúde;
b) de vigilância sanitária; XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públi-
c) de alimentação e nutrição; (Redação dada pela Lei nº 14.572, cos de saúde no seu âmbito de atuação.
de 2023) Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reserva-
d) de saúde do trabalhador; das aos Estados e aos Municípios.
e) de saúde bucal; (Incluída pela Lei nº 14.572, de 2023)
V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agra- CAPÍTULO V
vos do meio ambiente que tenham repercussão na saúde humana; DO SUBSISTEMA DE ATENÇÃO À SAÚDE INDÍGENA
VI - participar da formulação da política e da execução de ações (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
de saneamento básico;
VII - participar das ações de controle e avaliação das condições Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o aten-
e dos ambientes de trabalho; dimento das populações indígenas, em todo o território nacional,
VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar coletiva ou individualmente, obedecerão ao disposto nesta Lei. (In-
e avaliar a política de insumos e equipamentos para a saúde; cluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indí-
gerir sistemas públicos de alta complexidade, de referência estadu- gena, componente do Sistema Único de Saúde – SUS, criado e defi-
al e regional; nido por esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990,
X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública com o qual funcionará em perfeita integração. (Incluído pela Lei nº
e hemocentros, e gerir as unidades que permaneçam em sua orga- 9.836, de 1999)
nização administrativa; Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, finan-
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ciar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. (Incluído pela Lei CAPÍTULO VI


nº 9.836, de 1999) DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICI-
Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema insti- LIAR
tuído por esta Lei com os órgãos responsáveis pela Política Indígena (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
do País. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições governa- Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de
mentais e não-governamentais poderão atuar complementarmen- Saúde, o atendimento domiciliar e a internação domiciliar. (Incluído
te no custeio e execução das ações. (Incluído pela Lei nº 9.836, de pela Lei nº 10.424, de 2002)
1999) §1º Na modalidade de assistência de atendimento e internação
§1º A União instituirá mecanismo de financiamento específi- domiciliares incluem-se, principalmente, os procedimentos médi-
co para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, sempre que cos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência
houver necessidade de atenção secundária e terciária fora dos ter- social, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes
ritórios indígenas. (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020) em seu domicílio. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
§2º Em situações emergenciais e de calamidade pública: (Inclu- §2º O atendimento e a internação domiciliares serão realizados
ído pela Lei nº 14.021, de 2020) por equipes multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina
I - a União deverá assegurar aporte adicional de recursos não preventiva, terapêutica e reabilitadora. (Incluído pela Lei nº 10.424,
previstos nos planos de saúde dos Distritos Sanitários Especiais In- de 2002)
dígenas (Dseis) ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena; (Inclu- §3º O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser
ído pela Lei nº 14.021, de 2020) realizados por indicação médica, com expressa concordância do pa-
II - deverá ser garantida a inclusão dos povos indígenas nos pla- ciente e de sua família. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
nos emergenciais para atendimento dos pacientes graves das Secre-
tarias Municipais e Estaduais de Saúde, explicitados os fluxos e as CAPÍTULO VII
referências para o atendimento em tempo oportuno. (Incluído pela DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRA-
Lei nº 14.021, de 2020) BALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO
Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
realidade local e as especificidades da cultura dos povos indígenas
e o modelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena, que Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde -
se deve pautar por uma abordagem diferenciada e global, contem- SUS, da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a
plando os aspectos de assistência à saúde, saneamento básico, nu- presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante
trição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras, educação todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
sanitária e integração institucional. (Incluído pela Lei nº 9.836, de (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
1999) §1º O acompanhante de que trata o caput deste artigo será
Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá indicado pela parturiente. (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
ser, como o SUS, descentralizado, hierarquizado e regionalizado. §2º As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos di-
(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) reitos de que trata este artigo constarão do regulamento da lei, a
§1º O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como ser elaborado pelo órgão competente do Poder Executivo. (Incluído
base os Distritos Sanitários Especiais Indígenas. (Incluído pela Lei nº pela Lei nº 11.108, de 2005)
9.836, de 1999) §3º Ficam os hospitais de todo o País obrigados a manter, em
§1º-A. A rede do SUS deverá obrigatoriamente fazer o registro local visível de suas dependências, aviso informando sobre o direito
e a notificação da declaração de raça ou cor, garantindo a identi- estabelecido no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.895, de
ficação de todos os indígenas atendidos nos sistemas públicos de 2013)
saúde. (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020) Art. 19-L. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
§1º-B. A União deverá integrar os sistemas de informação da
rede do SUS com os dados do Subsistema de Atenção à Saúde Indí- CAPÍTULO VIII
gena. (Incluído pela Lei nº 14.021, de 2020) (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
§2º O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE
Atenção à Saúde Indígena, devendo, para isso, ocorrer adaptações TECNOLOGIA EM SAÚDE”
na estrutura e organização do SUS nas regiões onde residem as po-
pulações indígenas, para propiciar essa integração e o atendimento Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere
necessário em todos os níveis, sem discriminações. (Incluído pela a alínea d do inciso I do art. 6o consiste em: (Incluído pela Lei nº
Lei nº 9.836, de 1999) 12.401, de 2011)
§3º As populações indígenas devem ter acesso garantido ao I - dispensação de medicamentos e produtos de interesse para
SUS, em âmbito local, regional e de centros especializados, de acor- a saúde, cuja prescrição esteja em conformidade com as diretrizes
do com suas necessidades, compreendendo a atenção primária, terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou o agra-
secundária e terciária à saúde. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) vo à saúde a ser tratado ou, na falta do protocolo, em conformidade
Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar com o disposto no art. 19-P; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
dos organismos colegiados de formulação, acompanhamento e II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domi-
avaliação das políticas de saúde, tais como o Conselho Nacional de ciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de tabelas elaboradas
Saúde e os Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando for pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde - SUS, realizados no
o caso. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) território nacional por serviço próprio, conveniado ou contratado.
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Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são adota- objeto do processo, acatadas pelo órgão competente para o regis-
das as seguintes definições: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) tro ou a autorização de uso; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas II - a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos
coletoras e equipamentos médicos; (Incluído pela Lei nº 12.401, de custos em relação às tecnologias já incorporadas, inclusive no que
2011) se refere aos atendimentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar,
II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que quando cabível. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à §3º As metodologias empregadas na avaliação econômica a
saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais que se refere o inciso II do §2º deste artigo serão dispostas em regu-
produtos apropriados, quando couber; as posologias recomenda- lamento e amplamente divulgadas, inclusive em relação aos indica-
das; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e dores e parâmetros de custo-efetividade utilizados em combinação
a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos com outros critérios. (Incluído pela Lei nº 14.313, de 2022)
gestores do SUS. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se re-
Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas de- fere o art. 19-Q serão efetuadas mediante a instauração de proces-
verão estabelecer os medicamentos ou produtos necessários nas so administrativo, a ser concluído em prazo não superior a 180 (cen-
diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que to e oitenta) dias, contado da data em que foi protocolado o pedido,
tratam, bem como aqueles indicados em casos de perda de eficácia admitida a sua prorrogação por 90 (noventa) dias corridos, quando
e de surgimento de intolerância ou reação adversa relevante, pro- as circunstâncias exigirem. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
vocadas pelo medicamento, produto ou procedimento de primeira §1º O processo de que trata o caput deste artigo observará, no
escolha. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) que couber, o disposto na Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e
Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou pro- as seguintes determinações especiais: (Incluído pela Lei nº 12.401,
dutos de que trata o caput deste artigo serão aqueles avaliados de 2011)
quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade I - apresentação pelo interessado dos documentos e, se cabível,
para as diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde das amostras de produtos, na forma do regulamento, com infor-
de que trata o protocolo. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) mações necessárias para o atendimento do disposto no §2º do art.
Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêu- 19-Q; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
tica, a dispensação será realizada: (Incluído pela Lei nº 12.401, de II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
2011) III - realização de consulta pública que inclua a divulgação do
I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo parecer emitido pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecno-
gestor federal do SUS, observadas as competências estabelecidas logias no SUS; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na IV - realização de audiência pública, antes da tomada de deci-
Comissão Intergestores Tripartite; (Incluído pela Lei nº 12.401, de são, se a relevância da matéria justificar o evento. (Incluído pela Lei
2011) nº 12.401, de 2011)
II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma V - distribuição aleatória, respeitadas a especialização e a com-
suplementar, com base nas relações de medicamentos instituídas petência técnica requeridas para a análise da matéria; (Incluído
pelos gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade pelo forneci- pela Lei nº 14.313, de 2022)
mento será pactuada na Comissão Intergestores Bipartite; (Incluído VI - publicidade dos atos processuais. (Incluído pela Lei nº
pela Lei nº 12.401, de 2011) 14.313, de 2022)
III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar, com §2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
base nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores mu- Art. 19-S. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
nicipais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactu- Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS:
ada no Conselho Municipal de Saúde. (Incluído pela Lei nº 12.401, (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
de 2011) I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medica-
Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS mento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico experimental,
de novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sani-
constituição ou a alteração de protocolo clínico ou de diretriz tera- tária - ANVISA; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
pêutica, são atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembol-
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS. (Incluí- so de medicamento e produto, nacional ou importado, sem registro
do pela Lei nº 12.401, de 2011) na Anvisa. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
§1º A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo: (Incluí-
SUS, cuja composição e regimento são definidos em regulamento, do pela Lei nº 14.313, de 2022)
contará com a participação de 1 (um) representante indicado pelo I - medicamento e produto em que a indicação de uso seja dis-
Conselho Nacional de Saúde, de 1 (um) representante, especialista tinta daquela aprovada no registro na Anvisa, desde que seu uso
na área, indicado pelo Conselho Federal de Medicina e de 1 (um) re- tenha sido recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação
presentante, especialista na área, indicado pela Associação Médica de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), demonstradas
Brasileira. (Redação dada pela Lei nº 14.655, de 2023) as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e
§2º O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tec- a segurança, e esteja padronizado em protocolo estabelecido pelo
nologias no SUS levará em consideração, necessariamente: (Incluí- Ministério da Saúde; (Incluído pela Lei nº 14.313, de 2022)
do pela Lei nº 12.401, de 2011) II - medicamento e produto recomendados pela Conitec e ad-
I - as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efeti- quiridos por intermédio de organismos multilaterais internacionais,
vidade e a segurança do medicamento, produto ou procedimento para uso em programas de saúde pública do Ministério da Saúde e
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suas entidades vinculadas, nos termos do §5º do art. 8º da Lei nº direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no
9.782, de 26 de janeiro de 1999. (Incluído pela Lei nº 14.313, de Conselho Nacional de Saúde.
2022) §1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de
Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento de pagamento da remuneração aludida neste artigo, a direção nacio-
medicamentos, produtos de interesse para a saúde ou procedimen- nal do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá fundamentar seu ato
tos de que trata este Capítulo será pactuada na Comissão Interges- em demonstrativo econômico-financeiro que garanta a efetiva qua-
tores Tripartite. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) lidade de execução dos serviços contratados.
§2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técni-
TÍTULO III cas e administrativas e aos princípios e diretrizes do Sistema Único
DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio econômico e financeiro do
contrato.
CAPÍTULO I §3° (Vetado).
DO FUNCIONAMENTO §4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de entida-
des ou serviços contratados é vedado exercer cargo de chefia ou
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracteri- função de confiança no Sistema Único de Saúde (SUS).
zam-se pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais,
legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na TÍTULO III-A
promoção, proteção e recuperação da saúde. (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. DA TELESSAÚDE
Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saú-
de, serão observados os princípios éticos e as normas expedidas Art. 26-A. A telessaúde abrange a prestação remota de serviços
pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às relacionados a todas as profissões da área da saúde regulamenta-
condições para seu funcionamento. das pelos órgãos competentes do Poder Executivo federal e obede-
Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusi- cerá aos seguintes princípios: (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
ve controle, de empresas ou de capital estrangeiro na assistência I - autonomia do profissional de saúde; (Incluído pela Lei nº
à saúde nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 14.510, de 2022)
2015) II - consentimento livre e informado do paciente;
I - doações de organismos internacionais vinculados à Orga- III - direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaú-
nização das Nações Unidas, de entidades de cooperação técnica e de, com a garantia do atendimento presencial sempre que solicita-
de financiamento e empréstimos; (Incluído pela Lei nº 13.097, de do; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
2015) IV - dignidade e valorização do profissional de saúde; (Incluído
II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou pela Lei nº 14.510, de 2022)
explorar: (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) V - assistência segura e com qualidade ao paciente; (Incluído
a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, pela Lei nº 14.510, de 2022)
policlínica, clínica geral e clínica especializada; e (Incluído pela Lei VI - confidencialidade dos dados; (Incluído pela Lei nº 14.510,
nº 13.097, de 2015) de 2022)
b) ações e pesquisas de planejamento familiar; (Incluído pela VII - promoção da universalização do acesso dos brasileiros às
Lei nº 13.097, de 2015) ações e aos serviços de saúde; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por VIII - estrita observância das atribuições legais de cada profis-
empresas, para atendimento de seus empregados e dependentes, são; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
sem qualquer ônus para a seguridade social; e (Incluído pela Lei nº IX - responsabilidade digital. (Incluído pela Lei nº 14.510, de
13.097, de 2015) 2022)
IV - demais casos previstos em legislação específica. (Incluído Art. 26-B. Para fins desta Lei, considera-se telessaúde a moda-
pela Lei nº 13.097, de 2015) lidade de prestação de serviços de saúde a distância, por meio da
utilização das tecnologias da informação e da comunicação, que en-
CAPÍTULO II volve, entre outros, a transmissão segura de dados e informações
DA PARTICIPAÇÃO COMPLEMENTAR de saúde, por meio de textos, de sons, de imagens ou outras formas
adequadas. (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes Parágrafo único. Os atos do profissional de saúde, quando pra-
para garantir a cobertura assistencial à população de uma deter- ticados na modalidade telessaúde, terão validade em todo o terri-
minada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos tório nacional. (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022)
serviços ofertados pela iniciativa privada. Art. 26-C. Ao profissional de saúde são asseguradas a liberdade
Parágrafo único. A participação complementar dos serviços e a completa independência de decidir sobre a utilização ou não da
privados será formalizada mediante contrato ou convênio, observa- telessaúde, inclusive com relação à primeira consulta, atendimento
das, a respeito, as normas de direito público. ou procedimento, e poderá indicar a utilização de atendimento pre-
Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantró- sencial ou optar por ele, sempre que entender necessário. (Incluído
picas e as sem fins lucrativos terão preferência para participar do pela Lei nº 14.510, de 2022)
Sistema Único de Saúde (SUS). Art. 26-D. Compete aos conselhos federais de fiscalização do
Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços exercício profissional a normatização ética relativa à prestação dos
e os parâmetros de cobertura assistencial serão estabelecidos pela serviços previstos neste Título, aplicando-se os padrões normati-
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vos adotados para as modalidades de atendimento presencial, no entidades profissionais correspondentes.


que não colidirem com os preceitos desta Lei. (Incluído pela Lei nº
14.510, de 2022) TÍTULO V
Art. 26-E. Na prestação de serviços por telessaúde, serão ob- DO FINANCIAMENTO
servadas as normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema
Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu funcionamento, CAPÍTULO I
observada a competência dos demais órgãos reguladores. (Incluído DOS RECURSOS
pela Lei nº 14.510, de 2022)
Art. 26-F. O ato normativo que pretenda restringir a prestação Art. 31. O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema
de serviço de telessaúde deverá demonstrar a imprescindibilidade Único de Saúde (SUS) de acordo com a receita estimada, os recursos
da medida para que sejam evitados danos à saúde dos pacientes. necessários à realização de suas finalidades, previstos em proposta
(Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022) elaborada pela sua direção nacional, com a participação dos órgãos
Art. 26-G. A prática da telessaúde deve seguir as seguintes de- da Previdência Social e da Assistência Social, tendo em vista as me-
terminações: (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022) tas e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
I - ser realizada por consentimento livre e esclarecido do pa- Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos prove-
ciente, ou de seu representante legal, e sob responsabilidade do nientes de:
profissional de saúde; (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022) I - (Vetado)
II - prestar obediência aos ditames das Leis nºs 12.965, de 23 II - Serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assis-
de abril de 2014 (Marco Civil da Internet), 12.842, de 10 de julho tência à saúde;
de 2013 (Lei do Ato Médico), 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei III - ajuda, contribuições, doações e donativos;
Geral de Proteção de Dados), 8.078, de 11 de setembro de 1990 IV - alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
(Código de Defesa do Consumidor) e, nas hipóteses cabíveis, aos V - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados
ditames da Lei nº 13.787, de 27 de dezembro de 2018 (Lei do Pron- no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); e
tuário Eletrônico). (Incluído pela Lei nº 14.510, de 2022) VI - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.
Art. 26-H. É dispensada a inscrição secundária ou complemen- §1° Ao Sistema Único de Saúde (SUS) caberá metade da receita
tar do profissional de saúde que exercer a profissão em outra juris- de que trata o inciso I deste artigo, apurada mensalmente, a qual
dição exclusivamente por meio da modalidade telessaúde. (Incluído será destinada à recuperação de viciados.
pela Lei nº 14.510, de 2022) §2° As receitas geradas no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS) serão creditadas diretamente em contas especiais, movimen-
TÍTULO IV tadas pela sua direção, na esfera de poder onde forem arrecadadas.
DOS RECURSOS HUMANOS §3º As ações de saneamento que venham a ser executadas su-
pletivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), serão financiadas
Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será por recursos tarifários específicos e outros da União, Estados, Dis-
formalizada e executada, articuladamente, pelas diferentes esferas trito Federal, Municípios e, em particular, do Sistema Financeiro da
de governo, em cumprimento dos seguintes objetivos: Habitação (SFH).
I - organização de um sistema de formação de recursos huma- §4º (Vetado).
nos em todos os níveis de ensino, inclusive de pós-graduação, além §5º As atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e
da elaboração de programas de permanente aperfeiçoamento de tecnológico em saúde serão co-financiadas pelo Sistema Único de
pessoal; Saúde (SUS), pelas universidades e pelo orçamento fiscal, além de
II - (Vetado) recursos de instituições de fomento e financiamento ou de origem
III - (Vetado) externa e receita própria das instituições executoras.
IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema §6º (Vetado).
Único de Saúde (SUS).
Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema CAPÍTULO II
Único de Saúde (SUS) constituem campo de prática para ensino e DA GESTÃO FINANCEIRA
pesquisa, mediante normas específicas, elaboradas conjuntamente
com o sistema educacional. Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessora- (SUS) serão depositados em conta especial, em cada esfera de sua
mento, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), só poderão ser atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conse-
exercidas em regime de tempo integral. lhos de Saúde.
§1° Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou §1º Na esfera federal, os recursos financeiros, originários do
empregos poderão exercer suas atividades em mais de um estabe- Orçamento da Seguridade Social, de outros Orçamentos da União,
lecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). além de outras fontes, serão administrados pelo Ministério da Saú-
§2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos ser- de, através do Fundo Nacional de Saúde.
vidores em regime de tempo integral, com exceção dos ocupantes §2º (Vetado).
de cargos ou função de chefia, direção ou assessoramento. §3º (Vetado).
Art. 29. (Vetado). §4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de seu siste-
Art. 30. As especializações na forma de treinamento em serviço ma de auditoria, a conformidade à programação aprovada da apli-
sob supervisão serão regulamentadas por Comissão Nacional, insti- cação dos recursos repassados a Estados e Municípios. Constatada
tuída de acordo com o art. 12 desta Lei, garantida a participação das a malversação, desvio ou não aplicação dos recursos, caberá ao Mi-
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nistério da Saúde aplicar as medidas previstas em lei. Art. 38. Não será permitida a destinação de subvenções e auxí-
Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição da re- lios a instituições prestadoras de serviços de saúde com finalidade
ceita efetivamente arrecadada transferirão automaticamente ao lucrativa.
Fundo Nacional de Saúde (FNS), observado o critério do parágrafo
único deste artigo, os recursos financeiros correspondentes às do- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
tações consignadas no Orçamento da Seguridade Social, a projetos
e atividades a serem executados no âmbito do Sistema Único de Art. 39. (Vetado).
Saúde (SUS). §1º (Vetado).
Parágrafo único. Na distribuição dos recursos financeiros da §2º (Vetado).
Seguridade Social será observada a mesma proporção da despesa §3º (Vetado).
prevista de cada área, no Orçamento da Seguridade Social. §4º (Vetado).
Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos §5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade do Inamps
a Estados, Distrito Federal e Municípios, será utilizada a combina- para órgãos integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS) será feita
ção dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas de modo a preservá-los como patrimônio da Seguridade Social.
e projetos: §6º Os imóveis de que trata o parágrafo anterior serão inventa-
I - perfil demográfico da região; riados com todos os seus acessórios, equipamentos e outros bens
II - perfil epidemiológico da população a ser coberta; móveis e ficarão disponíveis para utilização pelo órgão de direção
III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde municipal do Sistema Único de Saúde - SUS ou, eventualmente,
na área; pelo estadual, em cuja circunscrição administrativa se encontrem,
IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período mediante simples termo de recebimento.
anterior; §7º (Vetado).
V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos esta- §8º O acesso aos serviços de informática e bases de dados,
duais e municipais; mantidos pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Trabalho
VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede; e da Previdência Social, será assegurado às Secretarias Estaduais e
VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para Municipais de Saúde ou órgãos congêneres, como suporte ao pro-
outras esferas de governo. cesso de gestão, de forma a permitir a gerencia informatizada das
§1º (Revogado pela Lei Complementar nº 141, de 2012) (Vide contas e a disseminação de estatísticas sanitárias e epidemiológicas
Lei nº 8.142, de 1990) médico-hospitalares.
§2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos a notório pro- Art. 40. (Vetado)
cesso de migração, os critérios demográficos mencionados nesta lei Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras
serão ponderados por outros indicadores de crescimento popula- Sociais e pelo Instituto Nacional do Câncer, supervisionadas pela
cional, em especial o número de eleitores registrados. direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), permanecerão
§3º (Vetado). como referencial de prestação de serviços, formação de recursos
§4º (Vetado). humanos e para transferência de tecnologia.
§5º (Vetado). Art. 42. (Vetado).
§6º O disposto no parágrafo anterior não prejudica a atuação Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde fica preser-
dos órgãos de controle interno e externo e nem a aplicação de pe- vada nos serviços públicos contratados, ressalvando-se as cláusulas
nalidades previstas em lei, em caso de irregularidades verificadas dos contratos ou convênios estabelecidos com as entidades priva-
na gestão dos recursos transferidos. das.
Art. 44. (Vetado).
CAPÍTULO III Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universitários e de
DO PLANEJAMENTO E DO ORÇAMENTO ensino integram-se ao Sistema Único de Saúde (SUS), mediante
convênio, preservada a sua autonomia administrativa, em relação
Art. 36. O processo de planejamento e orçamento do Sistema ao patrimônio, aos recursos humanos e financeiros, ensino, pesqui-
Único de Saúde (SUS) será ascendente, do nível local até o federal, sa e extensão nos limites conferidos pelas instituições a que este-
ouvidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as necessi- jam vinculados.
dades da política de saúde com a disponibilidade de recursos em §1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais e municipais
planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e de previdência social deverão integrar-se à direção correspondente
da União. do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme seu âmbito de atuação,
§1º Os planos de saúde serão a base das atividades e progra- bem como quaisquer outros órgãos e serviços de saúde.
mações de cada nível de direção do Sistema Único de Saúde (SUS), §2º Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os servi-
e seu financiamento será previsto na respectiva proposta orçamen- ços de saúde das Forças Armadas poderão integrar-se ao Sistema
tária. Único de Saúde (SUS), conforme se dispuser em convênio que, para
§2º É vedada a transferência de recursos para o financiamento esse fim, for firmado.
de ações não previstas nos planos de saúde, exceto em situações Art. 46. o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecerá mecanis-
emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde. mos de incentivos à participação do setor privado no investimento
Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as dire- em ciência e tecnologia e estimulará a transferência de tecnologia
trizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, em das universidades e institutos de pesquisa aos serviços de saúde
função das características epidemiológicas e da organização dos nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e às empresas nacionais.
serviços em cada jurisdição administrativa. Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os níveis es-
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taduais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS), organizará, micos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe
no prazo de dois anos, um sistema nacional de informações em saú- do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
de, integrado em todo o território nacional, abrangendo questões §3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o
epidemiológicas e de prestação de serviços. Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems)
Art. 48. (Vetado). terão representação no Conselho Nacional de Saúde.
Art. 49. (Vetado). §4° A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e
Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e os Municípios, Conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais seg-
celebrados para implantação dos Sistemas Unificados e Descentrali- mentos.
zados de Saúde, ficarão rescindidos à proporção que seu objeto for §5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão
sendo absorvido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). sua organização e normas de funcionamento definidas em regimen-
Art. 51. (Vetado). to próprio, aprovadas pelo respectivo conselho.
Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, constitui cri- Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão
me de emprego irregular de verbas ou rendas públicas (Código Pe- alocados como:
nal, art. 315) a utilização de recursos financeiros do Sistema Único I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus
de Saúde (SUS) em finalidades diversas das previstas nesta lei. órgãos e entidades, da administração direta e indireta;
Art. 53. (Vetado). II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do
Art. 53-A. Na qualidade de ações e serviços de saúde, as ati- Poder Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional;
vidades de apoio à assistência à saúde são aquelas desenvolvidas III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério
pelos laboratórios de genética humana, produção e fornecimento da Saúde;
de medicamentos e produtos para saúde, laboratórios de analises IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem imple-
clínicas, anatomia patológica e de diagnóstico por imagem e são mentados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.
livres à participação direta ou indireta de empresas ou de capitais Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste arti-
estrangeiros. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) go destinar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura
Art. 54. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde.
Art. 55. São revogadas a Lei nº. 2.312, de 3 de setembro de Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei
1954, a Lei nº. 6.229, de 17 de julho de 1975, e demais disposições serão repassados de forma regular e automática para os Municí-
em contrário. pios, Estados e Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos
Brasília, 19 de setembro de 1990; 169º da Independência e no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990.
102º da República. §1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios
previstos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990,
será utilizado, para o repasse de recursos, exclusivamente o critério
LEI Nº 8.142/1990 estabelecido no §1° do mesmo artigo. (Vide Lei nº 8.080, de 1990)
§2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo
menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante
LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990. aos Estados.
§3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execu-
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sis- ção de ações e serviços de saúde, remanejando, entre si, parcelas
tema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergoverna- de recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta lei.
mentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras pro- Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta
vidências. lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar
com:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Na- I - Fundo de Saúde;
cional decreta e eu sanciono a seguinte lei: II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo
com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990;
Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° III - plano de saúde;
8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de go- IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata
verno, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as se- o §4° do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990;
guintes instâncias colegiadas: V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orça-
I - a Conferência de Saúde; e mento;
II - o Conselho de Saúde. VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Sa-
§1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com lários (PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.
a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situa- Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos
ção de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de Estados, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste
saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo artigo, implicará em que os recursos concernentes sejam adminis-
ou, extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. trados, respectivamente, pelos Estados ou pela União.
§2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e delibe- Art. 5° É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministro
rativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, de Estado, autorizado a estabelecer condições para aplicação desta
prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na lei.
formulação de estratégias e no controle da execução da política de Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econô- Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
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Brasília, 28 de dezembro de 1990; 169° da Independência e produtos apropriados, quando couber; as posologias recomenda-
102° da República. das; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e
a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos
gestores do SUS.
DECRETO PRESIDENCIAL Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DO SUS
DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011.
Art. 3º O SUS é constituído pela conjugação das ações e ser-
Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para viços de promoção, proteção e recuperação da saúde executados
dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o pla- pelos entes federativos, de forma direta ou indireta, mediante a
nejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfe- participação complementar da iniciativa privada, sendo organizado
derativa, e dá outras providências. de forma regionalizada e hierarquizada.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe SEÇÃO I


confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o dis- DAS REGIÕES DE SAÚDE
posto na Lei nº 8.080, 19 de setembro de 1990,
DECRETA: Art. 4º As Regiões de Saúde serão instituídas pelo Estado, em
articulação com os Municípios, respeitadas as diretrizes gerais pac-
CAPÍTULO I tuadas na Comissão Intergestores Tripartite - CIT a que se refere o
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES inciso I do art. 30.
§1º Poderão ser instituídas Regiões de Saúde interestaduais,
Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de se- compostas por Municípios limítrofes, por ato conjunto dos respec-
tembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único tivos Estados em articulação com os Municípios.
de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a §2º A instituição de Regiões de Saúde situadas em áreas de
articulação interfederativa. fronteira com outros países deverá respeitar as normas que regem
Art. 2º Para efeito deste Decreto, considera-se: as relações internacionais.
I - Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído Art. 5º Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no
por agrupamentos de Municípios limítrofes, delimitado a partir de mínimo, ações e serviços de:
identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunica- I - atenção primária;
ção e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalida- II - urgência e emergência;
de de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações III - atenção psicossocial;
e serviços de saúde; IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e
II - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde - acordo V - vigilância em saúde.
de colaboração firmado entre entes federativos com a finalidade Parágrafo único. A instituição das Regiões de Saúde observará
de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regio- cronograma pactuado nas Comissões Intergestores.
nalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indi- Art. 6º As Regiões de Saúde serão referência para as transferên-
cadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, cias de recursos entre os entes federativos.
recursos financeiros que serão disponibilizados, forma de controle Art. 7º As Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas no
e fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à âmbito de uma Região de Saúde, ou de várias delas, em consonân-
implementação integrada das ações e serviços de saúde; cia com diretrizes pactuadas nas Comissões Intergestores .
III - Portas de Entrada - serviços de atendimento inicial à saúde Parágrafo único. Os entes federativos definirão os seguintes
do usuário no SUS; elementos em relação às Regiões de Saúde:
IV - Comissões Intergestores - instâncias de pactuação consen- I - seus limites geográficos;
sual entre os entes federativos para definição das regras da gestão II - população usuária das ações e serviços;
compartilhada do SUS; III - rol de ações e serviços que serão ofertados; e
V - Mapa da Saúde - descrição geográfica da distribuição de IV - respectivas responsabilidades, critérios de acessibilidade e
recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo escala para conformação dos serviços.
SUS e pela iniciativa privada, considerando-se a capacidade instala-
da existente, os investimentos e o desempenho aferido a partir dos SEÇÃO II
indicadores de saúde do sistema; DA HIERARQUIZAÇÃO
VI - Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços
de saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a Art. 8º O acesso universal, igualitário e ordenado às ações e
finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde; serviços de saúde se inicia pelas Portas de Entrada do SUS e se com-
VII - Serviços Especiais de Acesso Aberto - serviços de saúde pleta na rede regionalizada e hierarquizada, de acordo com a com-
específicos para o atendimento da pessoa que, em razão de agravo plexidade do serviço.
ou de situação laboral, necessita de atendimento especial; e Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços de saúde
VIII - Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica - documento que nas Redes de Atenção à Saúde os serviços:
estabelece: critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à I - de atenção primária;
saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais II - de atenção de urgência e emergência;
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III - de atenção psicossocial; e nal, estadual e nacional.


IV - especiais de acesso aberto. Art. 17. O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das
Parágrafo único. Mediante justificativa técnica e de acordo com necessidades de saúde e orientará o planejamento integrado dos
o pactuado nas Comissões Intergestores, os entes federativos po- entes federativos, contribuindo para o estabelecimento de metas
derão criar novas Portas de Entrada às ações e serviços de saúde, de saúde.
considerando as características da Região de Saúde. Art. 18. O planejamento da saúde em âmbito estadual deve ser
Art. 10. Os serviços de atenção hospitalar e os ambulatoriais realizado de maneira regionalizada, a partir das necessidades dos
especializados, entre outros de maior complexidade e densidade Municípios, considerando o estabelecimento de metas de saúde.
tecnológica, serão referenciados pelas Portas de Entrada de que Art. 19. Compete à Comissão Intergestores Bipartite - CIB de
trata o art. 9º . que trata o inciso II do art. 30 pactuar as etapas do processo e os
Art. 11. O acesso universal e igualitário às ações e aos serviços prazos do planejamento municipal em consonância com os planeja-
de saúde será ordenado pela atenção primária e deve ser fundado mentos estadual e nacional.
na avaliação da gravidade do risco individual e coletivo e no critério
cronológico, observadas as especificidades previstas para pessoas CAPÍTULO IV
com proteção especial, conforme legislação vigente. DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Parágrafo único. A população indígena contará com regramen-
tos diferenciados de acesso, compatíveis com suas especificidades Art. 20. A integralidade da assistência à saúde se inicia e se
e com a necessidade de assistência integral à sua saúde, de acordo completa na Rede de Atenção à Saúde, mediante referenciamento
com disposições do Ministério da Saúde. do usuário na rede regional e interestadual, conforme pactuado nas
Art. 12. Ao usuário será assegurada a continuidade do cuidado Comissões Intergestores.
em saúde, em todas as suas modalidades, nos serviços, hospitais e
em outras unidades integrantes da rede de atenção da respectiva SEÇÃO I
região. DA RELAÇÃO NACIONAL DE AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE -
Parágrafo único. As Comissões Intergestores pactuarão as re- RENASES
gras de continuidade do acesso às ações e aos serviços de saúde na
respectiva área de atuação. Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde - RE-
Art. 13. Para assegurar ao usuário o acesso universal, igualitário NASES compreende todas as ações e serviços que o SUS oferece ao
e ordenado às ações e serviços de saúde do SUS, caberá aos entes usuário para atendimento da integralidade da assistência à saúde.
federativos, além de outras atribuições que venham a ser pactua- Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES em
das pelas Comissões Intergestores: âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT.
I - garantir a transparência, a integralidade e a equidade no Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde conso-
acesso às ações e aos serviços de saúde; lidará e publicará as atualizações da RENASES.
II - orientar e ordenar os fluxos das ações e dos serviços de Art. 23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
saúde; pactuarão nas respectivas Comissões Intergestores as suas respon-
III - monitorar o acesso às ações e aos serviços de saúde; e sabilidades em relação ao rol de ações e serviços constantes da RE-
IV - ofertar regionalmente as ações e os serviços de saúde. NASES.
Art. 14. O Ministério da Saúde disporá sobre critérios, diretri- Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
zes, procedimentos e demais medidas que auxiliem os entes federa- adotar relações específicas e complementares de ações e serviços
tivos no cumprimento das atribuições previstas no art. 13. de saúde, em consonância com a RENASES, respeitadas as respon-
sabilidades dos entes pelo seu financiamento, de acordo com o pac-
CAPÍTULO III tuado nas Comissões Intergestores.
DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE
SEÇÃO II
Art. 15. O processo de planejamento da saúde será ascendente DA RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS -
e integrado, do nível local até o federal, ouvidos os respectivos Con- RENAME
selhos de Saúde, compatibilizando-se as necessidades das políticas
de saúde com a disponibilidade de recursos financeiros. Art. 25. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RE-
§1º O planejamento da saúde é obrigatório para os entes públi- NAME compreende a seleção e a padronização de medicamentos
cos e será indutor de políticas para a iniciativa privada. indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito
§2º A compatibilização de que trata o caput será efetuada no do SUS.
âmbito dos planos de saúde, os quais serão resultado do planeja- Parágrafo único. A RENAME será acompanhada do Formulário
mento integrado dos entes federativos, e deverão conter metas de Terapêutico Nacional - FTN que subsidiará a prescrição, a dispensa-
saúde. ção e o uso dos seus medicamentos.
§3º O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a Art. 26. O Ministério da Saúde é o órgão competente para dis-
serem observadas na elaboração dos planos de saúde, de acordo por sobre a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêu-
com as características epidemiológicas e da organização de serviços ticas em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela
nos entes federativos e nas Regiões de Saúde. CIT.
Art. 16. No planejamento devem ser considerados os serviços e Parágrafo único. O Ministério da Saúde consolidará e publicará
as ações prestados pela iniciativa privada, de forma complementar as atualizações: (Redação dada pelo Decreto nº 11.161, de 2022)
ou não ao SUS, os quais deverão compor os Mapas da Saúde regio- Vigência
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I - da RENAME, a cada dois anos, e disponibilizará, nesse prazo, cretarias Municipais de Saúde - COSEMS.
a lista de tecnologias incorporadas, excluídas e alteradas pela CONI- Art. 32. As Comissões Intergestores pactuarão:
TEC e com a responsabilidade de financiamento pactuada de forma I - aspectos operacionais, financeiros e administrativos da ges-
tripartite, até que haja a consolidação da referida lista; (Incluído tão compartilhada do SUS, de acordo com a definição da política de
pelo Decreto nº 11.161, de 2022) Vigência saúde dos entes federativos, consubstanciada nos seus planos de
II - do FTN, à medida que sejam identificadas novas evidências saúde, aprovados pelos respectivos conselhos de saúde;
sobre as tecnologias constantes na RENAME vigente; e (Incluído II - diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integração de limi-
pelo Decreto nº 11.161, de 2022) Vigência tes geográficos, referência e contrarreferência e demais aspectos
III - de protocolos clínicos ou de diretrizes terapêuticas, quando vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os en-
da incorporação, alteração ou exclusão de tecnologias em saúde no tes federativos;
SUS e da existência de novos estudos e evidências científicas identi- III - diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e interes-
ficados a partir de revisões periódicas da literatura relacionada aos tadual, a respeito da organização das redes de atenção à saúde,
seus objetos. (Incluído pelo Decreto nº 11.161, de 2022) Vigência principalmente no tocante à gestão institucional e à integração das
Art. 27. O Estado, o Distrito Federal e o Município poderão ado- ações e serviços dos entes federativos;
tar relações específicas e complementares de medicamentos, em IV - responsabilidades dos entes federativos na Rede de Aten-
consonância com a RENAME, respeitadas as responsabilidades dos ção à Saúde, de acordo com o seu porte demográfico e seu desen-
entes pelo financiamento de medicamentos, de acordo com o pac- volvimento econômico-financeiro, estabelecendo as responsabili-
tuado nas Comissões Intergestores. dades individuais e as solidárias; e
Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência farmacêu- V - referências das regiões intraestaduais e interestaduais de
tica pressupõe, cumulativamente: atenção à saúde para o atendimento da integralidade da assistên-
I - estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do cia.
SUS; Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da CIT a pac-
II - ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, tuação:
no exercício regular de suas funções no SUS; I - das diretrizes gerais para a composição da RENASES;
III - estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os II - dos critérios para o planejamento integrado das ações e ser-
Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação es- viços de saúde da Região de Saúde, em razão do compartilhamento
pecífica complementar estadual, distrital ou municipal de medica- da gestão; e
mentos; e III - das diretrizes nacionais, do financiamento e das questões
IV - ter a dispensação ocorrido em unidades indicadas pela di- operacionais das Regiões de Saúde situadas em fronteiras com ou-
reção do SUS. tros países, respeitadas, em todos os casos, as normas que regem
§1º Os entes federativos poderão ampliar o acesso do usuário as relações internacionais.
à assistência farmacêutica, desde que questões de saúde pública o
justifiquem. SEÇÃO II
§2º O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras diferen- DO CONTRATO ORGANIZATIVO DA AÇÃO PÚBLICA DA SAÚDE
ciadas de acesso a medicamentos de caráter especializado.
Art. 29. A RENAME e a relação específica complementar es- Art. 33. O acordo de colaboração entre os entes federativos
tadual, distrital ou municipal de medicamentos somente poderão para a organização da rede interfederativa de atenção à saúde será
conter produtos com registro na Agência Nacional de Vigilância Sa- firmado por meio de Contrato Organizativo da Ação Pública da Saú-
nitária - ANVISA. de.
Art. 34. O objeto do Contrato Organizativo de Ação Pública da
CAPÍTULO V Saúde é a organização e a integração das ações e dos serviços de
DA ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA saúde, sob a responsabilidade dos entes federativos em uma Região
de Saúde, com a finalidade de garantir a integralidade da assistên-
SEÇÃO I cia aos usuários.
DAS COMISSÕES INTERGESTORES Parágrafo único. O Contrato Organizativo de Ação Pública da
Saúde resultará da integração dos planos de saúde dos entes fede-
Art. 30. As Comissões Intergestores pactuarão a organização e rativos na Rede de Atenção à Saúde, tendo como fundamento as
o funcionamento das ações e serviços de saúde integrados em re- pactuações estabelecidas pela CIT.
des de atenção à saúde, sendo: Art. 35. O Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde de-
I - a CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministério da Saúde finirá as responsabilidades individuais e solidárias dos entes fede-
para efeitos administrativos e operacionais; rativos com relação às ações e serviços de saúde, os indicadores
II - a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à Secretaria Estadual e as metas de saúde, os critérios de avaliação de desempenho, os
de Saúde para efeitos administrativos e operacionais; e recursos financeiros que serão disponibilizados, a forma de controle
III - a Comissão Intergestores Regional - CIR, no âmbito regio- e fiscalização da sua execução e demais elementos necessários à
nal, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde para efeitos adminis- implementação integrada das ações e serviços de saúde.
trativos e operacionais, devendo observar as diretrizes da CIB. §1º O Ministério da Saúde definirá indicadores nacionais de ga-
Art. 31. Nas Comissões Intergestores, os gestores públicos de rantia de acesso às ações e aos serviços de saúde no âmbito do SUS,
saúde poderão ser representados pelo Conselho Nacional de Secre- a partir de diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Saúde.
tários de Saúde - CONASS, pelo Conselho Nacional de Secretarias §2º O desempenho aferido a partir dos indicadores nacionais
Municipais de Saúde - CONASEMS e pelo Conselho Estadual de Se- de garantia de acesso servirá como parâmetro para avaliação do
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desempenho da prestação das ações e dos serviços definidos no Organizativo de Ação Pública de Saúde no sistema de informações
Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde em todas as Regi- em saúde organizado pelo Ministério da Saúde e os encaminhará ao
ões de Saúde, considerando-se as especificidades municipais, regio- respectivo Conselho de Saúde para monitoramento.
nais e estaduais.
Art. 36. O Contrato Organizativo da Ação Pública de Saúde con- CAPÍTULO VI
terá as seguintes disposições essenciais: DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
I - identificação das necessidades de saúde locais e regionais;
II - oferta de ações e serviços de vigilância em saúde, promo- Art. 42. Sem prejuízo das outras providências legais, o Minis-
ção, proteção e recuperação da saúde em âmbito regional e inter- tério da Saúde informará aos órgãos de controle interno e externo:
-regional; I - o descumprimento injustificado de responsabilidades na
III - responsabilidades assumidas pelos entes federativos pe- prestação de ações e serviços de saúde e de outras obrigações pre-
rante a população no processo de regionalização, as quais serão vistas neste Decreto;
estabelecidas de forma individualizada, de acordo com o perfil, a II - a não apresentação do Relatório de Gestão a que se refere o
organização e a capacidade de prestação das ações e dos serviços inciso IV do art. 4º da Lei no 8.142, de 1990 ;
de cada ente federativo da Região de Saúde; III - a não aplicação, malversação ou desvio de recursos finan-
IV - indicadores e metas de saúde; ceiros; e
V - estratégias para a melhoria das ações e serviços de saúde; IV - outros atos de natureza ilícita de que tiver conhecimento.
VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de monitora- Art. 43. A primeira RENASES é a somatória de todas as ações
mento permanente; e serviços de saúde que na data da publicação deste Decreto são
VII - adequação das ações e dos serviços dos entes federativos ofertados pelo SUS à população, por meio dos entes federados, de
em relação às atualizações realizadas na RENASES; forma direta ou indireta.
VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas respon- Art. 44. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretri-
sabilidades; e zes de que trata o §3º do art. 15 no prazo de cento e oitenta dias a
IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por cada partir da publicação deste Decreto.
um dos partícipes para sua execução. Art. 45. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá instituir formas Brasília, 28 de junho de 2011; 190º da Independência e 123º
de incentivo ao cumprimento das metas de saúde e à melhoria das da República.
ações e serviços de saúde.
Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde ob-
servará as seguintes diretrizes básicas para fins de garantia da ges- DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE
tão participativa:
I - estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação
do usuário das ações e dos serviços, como ferramenta de sua me- Os determinantes sociais em saúde são as condições sociais,
lhoria; econômicas, culturais, políticas e ambientais que influenciam a
II - apuração permanente das necessidades e interesses do usu- saúde e o bem-estar das pessoas e das populações. Eles são os
ário; e fatores que determinam as diferenças existentes na saúde entre
III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em diferentes grupos populacionais, incluindo as desigualdades em
todas as unidades de saúde do SUS, inclusive nas unidades privadas morbidade, mortalidade e expectativa de vida.
que dele participem de forma complementar. Os determinantes sociais em saúde incluem a renda e a
Art. 38. A humanização do atendimento do usuário será fator distribuição de renda, a educação, o trabalho, o ambiente físico, o
determinante para o estabelecimento das metas de saúde previstas acesso aos serviços de saúde, a cultura, o gênero, a raça, a etnia
no Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde. e as políticas públicas, entre outros. Esses fatores interagem e
Art. 39. As normas de elaboração e fluxos do Contrato Organi- influenciam a saúde de forma complexa e multifatorial.
zativo de Ação Pública de Saúde serão pactuados pelo CIT, cabendo Assim, entender e atuar sobre os determinantes sociais em
à Secretaria de Saúde Estadual coordenar a sua implementação. saúde é fundamental para promover a saúde e a equidade, já que
Art. 40. O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do SUS, eles afetam a saúde de forma mais profunda e duradoura do que
por meio de serviço especializado, fará o controle e a fiscalização do as intervenções baseadas somente no tratamento das doenças e
Contrato Organizativo de Ação Pública da Saúde. sintomas. Políticas e ações que visem a melhoria dos determinantes
§1º O Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV do art. 4º sociais em saúde são importantes para reduzir as desigualdades na
da Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, conterá seção espe- saúde e garantir o acesso universal e equitativo aos serviços de
cífica relativa aos compromissos assumidos no âmbito do Contrato saúde e à qualidade de vida.
Organizativo de Ação Pública de Saúde. Os determinantes sociais em saúde têm um papel fundamental
§2º O disposto neste artigo será implementado em conformi- no desenvolvimento de políticas públicas, pois eles influenciam
dade com as demais formas de controle e fiscalização previstas em diretamente as condições de vida e de saúde das populações.
Lei. Entender os determinantes sociais em saúde é essencial para
Art. 41. Aos partícipes caberá monitorar e avaliar a execução identificar as causas das desigualdades em saúde e para orientar a
do Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde, em relação elaboração de políticas e intervenções que promovam a equidade
ao cumprimento das metas estabelecidas, ao seu desempenho e à em saúde.
aplicação dos recursos disponibilizados. Ao levar em conta os determinantes sociais em saúde, as
Parágrafo único. Os partícipes incluirão dados sobre o Contrato políticas públicas podem abordar as causas fundamentais das
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doenças e das desigualdades em saúde, em vez de apenas tratar outras ações frequentemente realizadas. Também influencia favo-
seus sintomas. Dessa forma, é possível promover a prevenção e ravelmente na área gerencial, disponibilizando em curto espaço de
a promoção da saúde em diversos níveis, desde a melhoria das tempo informações atualizadas de diversas naturezas que subsi-
condições de vida e de trabalho até a ampliação do acesso aos diam as ações administrativas, como recursos humanos existentes
serviços de saúde. e suas características, dados relacionados a recursos financeiros e
Além disso, as políticas públicas que consideram os orçamentários, recursos materiais (consumo, estoque, reposição,
determinantes sociais em saúde têm o potencial de reduzir as manutenção de equipamentos e fornecedores), produção (número
disparidades na saúde entre diferentes grupos populacionais, como de atendimentos e procedimentos realizados) e aqueles relativos à
as desigualdades entre ricos e pobres, entre homens e mulheres, taxa de nascimentos, óbitos, infecção hospitalar, média de perma-
entre diferentes raças e etnias, entre áreas urbanas e rurais, entre nência, etc.
outros. Essas políticas também podem melhorar a qualidade de As informações do paciente, geradas durante seu período de
vida e o bem-estar da população como um todo. internação, constituirão o documento denominado prontuário,
Portanto, é importante que as políticas públicas sejam o qual, segundo o Conselho Federal de Medicina (Resolução nº
baseadas em uma abordagem de determinantes sociais em saúde, 1.331/89), consiste em um conjunto de documentos padronizados
integrando diferentes setores e áreas de atuação para promover a e ordenados, proveniente de várias fontes, destinado ao registro
saúde e a equidade de forma mais ampla e sustentável. dos cuidados profissionais prestados ao paciente.
Os principais determinantes sociais em saúde são: O prontuário agrega um conjunto de impressos nos quais são
1 – Renda e distribuição de renda: a pobreza e a desigualdade registradas todas as informações relativas ao paciente, como histó-
socioeconômica são fatores que afetam negativamente a saúde, rico da doença, antecedentes pessoais e familiares, exame físico,
aumentando a exposição a riscos ambientais, a falta de acesso a diagnóstico, evolução clínica, descrição de cirurgia, ficha de anes-
serviços de saúde adequados e a uma alimentação saudável. tesia, prescrição médica e de enfermagem, exames complemen-
tares de diagnóstico, formulários e gráficos. É direito do paciente
2 – Educação: a falta de acesso à educação e a baixa ter suas informações adequadamente registradas, como também
escolaridade estão associados a piores indicadores de saúde, como acesso - seu ou de seu responsável legal - às mesmas, sempre que
maior incidência de doenças crônicas, menor expectativa de vida e necessário.
maior taxa de mortalidade. Legalmente, o prontuário é propriedade dos estabelecimentos
3 – Ambiente físico: a qualidade do ambiente em que as pessoas de saúde e após a alta do paciente fica sob os cuidados da institui-
vivem, incluindo a poluição do ar e da água, a falta de saneamento ção, arquivado em setor específico. Quanto à sua informatização,
básico e a exposição a desastres naturais, pode afetar a saúde de há iniciativas em andamento em diversos hospitais brasileiros, haja
forma significativa. vista que facilita a guarda e conservação dos dados, além de agilizar
4 – Acesso aos serviços de saúde: o acesso a serviços de saúde informações em prol do paciente. Devem, entretanto, garantir a pri-
de qualidade, incluindo a prevenção, diagnóstico e tratamento de vacidade e sigilo dos dados pessoais.
doenças, é fundamental para a promoção da saúde e prevenção de
doenças. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Sistema de In-
5 – Gênero: fatores sociais e culturais relacionados ao formação em Saúde (SIS):
gênero podem afetar a saúde, incluindo a violência de gênero, a “ ….. é um conjunto de componentes que atuam de forma inte-
discriminação e a falta de acesso a serviços de saúde. grada por meio de mecanismos de coleta, processamento, análise e
6 – Raça e etnia: a discriminação racial e étnica pode levar a transmissão da informação necessária e oportuna para implemen-
piores indicadores de saúde, incluindo maior incidência de doenças tar processos de decisões no Sistema de Saúde. Seu propósito é
crônicas e menor expectativa de vida. selecionar dados pertinentes e transformá-los em informações para
7 – Condições de trabalho: o ambiente de trabalho pode afetar aqueles que planejam, financiam, proveem e avaliam os serviços de
a saúde, incluindo a exposição a substâncias tóxicas, o estresse e a saúde” (OMS, 1981:42).
falta de acesso a direitos trabalhistas e à proteção social. Informação Oportuna: disponível no local e hora necessários
para tomada de decisão
Informação de Qualidade: atualizada, pertinente e consistente.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
Funções:
- Respaldar a operação diária e a gestão da atenção à saúde;
Sistema de informação em saúde - Conhecer e monitorar o estado de saúde da população e as
Um sistema de informação representa a forma planejada de re- condições sócio-ambientais;
ceber e transmitir dados. Pressupõe que a existência de um número - Facilitar o planejamento, a supervisão e o controle e avaliação
cada vez maior de informações requer o uso de ferramentas (inter- de ações e serviços;
net, arquivos, formulários) apropriadas que possibilitem o acesso - Subsidiar os processos decisórios nos diversos níveis de deci-
e processamento de forma ágil, mesmo quando essas informações são e ação;
dependem de fontes localizadas em áreas geográficas distantes. - Apoiar a produção e utilização de serviços de saúde;
No hospital, a disponibilidade de uma rede integrada de infor- - Disponibilizar informações para as atividades de diagnóstico
mações através de um sistema informatizado é muito útil porque e tratamento;
agiliza o atendimento, tornando mais rápido o processo de ad- - Monitorar e avaliar as intervenções, resultados e impactos;
missão e alta de pacientes, a marcação de consultas e exames, o - Subsidiar educação e a promoção da saúde;
processamento da prescrição médica e de enfermagem e muitas - Apoiar as atividades de pesquisa e produção de conhecimen-
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tos

SIS (Sistema de Informação em Saúde)


- Coleta
- Processamento
- Análise
- Transmissão da Informação

Sistemas de Informação e Banco de Dados

Sistema de informação:
É o processo de produção de informação e sua comunicação a atores, possibilitando sua análise com vistas à geração de conhecimen-
tos.

Banco de dados:
É um dos principais componentes do sistema, sendo um agrupamento organizado de dados que pode ser utilizado por vários sistemas.

Sistemas de Informação em Saúde


Componentes que atuam de forma integrada e articulada para obter e selecionar dados e transformá-los em informação:

Principais Sistemas de Informação em Saúde

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SIAB
- O Sistema de Informação da Atenção Básica foi implantado para o acompanhamento das ações e dos resultados das atividades
realizadas pela Estratégia de Saúde da Família - ESF. O SIAB foi desenvolvido como instrumento gerencial dos Sistemas Locais de Saúde e
incorporou em sua formulação conceitos como território, problema e responsabilidade sanitária.

- Através dele obtêm-se informações sobre cadastros de famílias, condições de moradia e saneamento, situação de saúde, produção e
composição das equipes de saúde. Principal instrumento de monitoramento das ações do Programa Saúde da Família, tem sua gestão na
Coordenação de Acompanhamento e Avaliação do Departamento de Atenção Básica / SAS.

Benefícios:
Micro-espacialização de problemas de saúde e de avaliação de intervenções;
Utilização mais ágil e oportuna da informação;
Produção de indicadores capazes de cobrir todo o ciclo de organização das ações de saúde;
Consolidação progressiva da informação partindo de níveis menos agregados para mais agregados.

Funcionalidades
• Cadastros de famílias;
• Condições de moradia e saneamento;
• Situação de saúde;
• Produção e marcadores; Composição das Equipes de Saúde da Família e Agentes Comunitários de Saúde.1

E-SUS
O Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB) tem por finalidade fornecer de forma prática, ágil, atualizada, completa e de fácil
manipulação, instrumentos de controle e planejamento, além de possibilitar a socialização das informações de saúde.

O SIAB apresenta também como objetivo, avaliar a adequação dos serviços oferecidos e readequá-los, sempre que necessário e, por
fim, melhorar a qualidade dos serviços de saúde.

Isso também é válido para a análise das prioridades políticas a partir dos perfis epidemiológicos de determinada localidade e, princi-
palmente, para a fiscalização da aplicação dos recursos públicos destinados à área social, conformando-se numa estratégia para a opera-
cionalização do Sistema Único de Saúde.
O SIAB tem como lógica central de seu funcionamento a referência a uma determinada base populacional. O Ministério da Saúde (MS)
em 1998, por meio da Coordenadoria de Saúde da Comunidade, editou um manual que descreve os conceitos e procedimentos básicos
que compõem o SIAB, bem como as orientações gerais para seu preenchimento e operacionalização.
1 Fonte: https://www.enfconcursos.com/Fonte: http://www.saude.gov.br
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O SIAB baseia-se nos conceitos de modelo de atenção, família, Quanto ao cadastramento das famílias, é um bom indicador
domicílio, área, micro área e território. O Ministério da Saúde orien- para acompanhamento do planejamento de implantação e imple-
ta que o SIAB seja informatizado. Caso o município não disponha do mentação da Equipe de Saúde da Família (ESF), pois permite deter-
programa, este deve procurar o DATASUS ou a Coordenação Esta- minar com garantia quanto de cobertura da população do municí-
dual do PSF para que estes instalem (gratuitamente) o programa. pio e de cobertura das famílias estimadas já foram realizadas.

O SIAB é um sistema idealizado para agregar e para processar Ainda são possíveis determinar a estrutura familiar, o núme-
as informações sobre a população visitada. Estas informações são ro de pessoas e a idade por família. Em relação ao saneamento,
recolhidas em fichas de cadastramento e de acompanhamento e o instrumento revela-se como suficiente e de fácil manuseio para
analisadas a partir dos relatórios de consolidação dos dados. avaliação das informações, além de proporcionar uma ferramenta
para divulgação, planejamento e possibilitar a indicação de serviços
O preenchimento das fichas é tarefa do agente comunitário, e ainda avaliar a prestação de serviço público e mecanismo de au-
a partir de suas visitas domiciliares. Elas devem ser atualizadas toproteção.2
sempre que necessário, ou seja, mediante ocorrência de eventos,
como: óbito, nascimento, inclusão de parente ou agregado ao gru- E-SUS AB
po familiar, etc. O e-SUS AB é uma estratégia do Departamento de Atenção Bá-
sica (DAB) para reestruturar as informações da Atenção Básica (AB)
Assim, registrar corretamente os dados com maior fidedigni- em nível nacional. Esta ação está alinhada com a proposta mais ge-
dade possível é responsabilidade do Agente comunitário. As fichas ral de reestruturação dos Sistemas de Informação em Saúde (SIS) do
são instrumentos de trabalho do PSF, pois permitem o planejamen- Ministério da Saúde (MS), entendendo que a qualificação da gestão
to das atividades da equipe, tendo como base o conhecimento do da informação é fundamental para ampliar a qualidade no atendi-
diagnóstico de necessidades da população a que assiste. mento à população.
A Estratégia e-SUS AB faz referência ao processo de informati-
São instrumentos de coleta de dados: zação qualificada do Sistema Único de Saúde (SUS) em busca de um
• Ficha A – cadastramento das famílias; SUS eletrônico (e-SUS) e tem como objetivo concretizar um novo
• Ficha B-GES – acompanhamento de gestantes; modelo de gestão de informação que apoie os municípios e os ser-
• Ficha B-HÁ – acompanhamento de hipertensos; viços de saúde na gestão efetiva da AB e na qualificação do cuidado
• Ficha B-DIA – acompanhamento de diabéticos; dos usuários. Esse modelo nacional de gestão da informação na AB
• Ficha B-TB – acompanhamento de pacientes com tubercu- é definido a partir de diretrizes e requisitos essenciais que orientam
lose; e organizam o processo de reestruturação do sistema de informa-
• Ficha B-HAN – acompanhamento de pacientes com hanse- ção, instituído o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção
níase; Básica (SISAB), por meio da Portaria GM/MS Nº 1.412, de 10 de
• Ficha C (cartão da criança) – acompanhamento de crianças; julho de 2013, e a Estratégia e-SUS AB para sua operacionalização.
• Ficha D – registro de atividades, procedimentos e notifica- A Estratégia e-SUS AB preconiza:
ções. ● Individualizar o registro: registro individualizado das infor-
mações em saúde, para o acompanhamento dos atendimentos aos
São instrumentos de consolidação de dados: cidadãos;
• Relatórios A1, A2, A3 e A4 – relatório de consolidado anual ● Integrar a informação: integração dos diversos sistemas de
das famílias cadastradas; informação oficiais existentes na AB, a partir do modelo de infor-
• Relatórios SSA2 e SSA4 – relatório de situação de saúde e mação;
acompanhamento das famílias; ● Reduzir o retrabalho na coleta de dados: reduzir a necessida-
• Relatórios PMA2 e PMA4 – relatórios de produção e marca- de de registrar informações similares em mais de um instrumento
dores para avaliação. (fichas/sistemas) ao mesmo tempo;
● Informatizar as unidades: desenvolvimento de soluções tec-
O dado, após coletado, deve ser selecionado, processado, ana- nológicas que contemplem os processos de trabalho da AB, com
lisado e transformado em informação pela equipe de PSF. Este se recomendações de boas práticas e o estímulo à informatização dos
conforma como um produto das relações entre os vários atores en- serviços de saúde;
volvidos (médico, enfermeiro, auxiliar ou técnico de enfermagem, ● Gestão do cuidado: introdução de novas tecnologias para oti-
agentes comunitários, famílias, etc.). mizar o trabalho dos profissionais na perspectiva de fazer gestão
O SIAB gera relatórios de uma determinada base populacional, do cuidado
população coberta pelas equipes de saúde da família, a partir da ● Coordenação do cuidado: a qualificação do uso da informa-
ficha de cadastramento da família denominada Ficha A, cadastra- ção na gestão e no cuidado em saúde na perspectiva de integração
mento este realizado pelos agentes comunitários de saúde e que dos serviços de saúde.
produz informações relativas às condições demográficas, sanitárias
e sociais. Além de possibilitar traçar alguns aspectos da situação de A estratégia é composta por dois sistemas:
saúde referida da população. ● SISAB, sistema de informação nacional, que passa a ser o
Apesar de fornecer algumas informações essenciais para as sistema de informação vigente para fins de financiamento, moni-
equipes do Programa de Saúde da Família esse instrumento de co- toramento, acompanhamento do cuidado em saúde e de adesão
leta e o seu produto são passíveis de crítica. 2 Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/
sistema-de-informacao-de-atencao-basica-siab-o-que-e/37938
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aos programas e estratégias da Política Nacional de Atenção Básica humanos disponíveis para esse fim. Em especial, contemplando os
(PNAB), e diferentes cenários de implantação, como visto no Manual de Im-
● Sistema e-SUS AB, composto por dois softwares para cole- plantação da Estratégia e-SUS AB, o fluxo deve estar adequado a
ta dos dados: ○ Sistema com Coleta de Dados Simplificada (CDS), cada realidade.
sistema de transição/contingência, que apoia o processo de coleta
de dados por meio de fichas e sistema de digitação; ○ Sistema com O Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB) tem por fi-
Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), sistema com prontuário nalidade fornecer de forma prática, ágil, atualizada, completa e de
eletrônico, que tem como principal objetivo apoiar o processo de fácil manipulação, instrumentos de controle e planejamento, além
informatização das UBS. de possibilitar a socialização das informações de saúde.

Durante o texto, os softwares do Sistema e-SUS AB também são O SIAB apresenta também como objetivo, avaliar a adequação
referidos como Sistema com CDS e Sistema com PEC ou simples- dos serviços oferecidos e readequá-los, sempre que necessário e,
mente, CDS e PEC. por fim, melhorar a qualidade dos serviços de saúde.

Fichas de Coleta de Dados Simplificada Isso também é válido para a análise das prioridades políticas a
O Sistema com CDS é um dos componentes da estratégia e-SUS partir dos perfis epidemiológicos de determinada localidade e, prin-
AB, adequada para UBS não informatizadas, ou quando o acesso a cipalmente, para a fiscalização da aplicação dos recursos públicos
informatização está temporariamente indisponível devido a falta de destinados à área social, conformando-se numa estratégia para a
energia elétrica, problemas com o computador, acesso a internet, operacionalização do Sistema Único de Saúde.
entre outros. O SIAB tem como lógica central de seu funcionamento a re-
O objetivo é ser uma estratégia de coleta de dados por meio ferência a uma determinada base populacional. O Ministério da
de instrumentos com questões estruturadas, na qual a maioria das Saúde (MS) em 1998, por meio da Coordenadoria de Saúde da Co-
perguntas são fechadas. munidade, editou um manual que descreve os conceitos e proce-
Os instrumentos são denominados “Fichas de Coleta de Dados dimentos básicos que compõem o SIAB, bem como as orientações
Simplificada” para a obtenção de dados de cadastros da população gerais para seu preenchimento e operacionalização.
do território adstrito às UBS, das visitas domiciliares, atendimentos O SIAB baseia-se nos conceitos de modelo de atenção, família,
e atividades desenvolvidas pelos profissionais das equipes de AB. domicílio, área, micro área e território. O Ministério da Saúde orien-
Esses dados devem ser digitados no CDS off-line ou PEC e, poste- ta que o SIAB seja informatizado. Caso o município não disponha do
riormente, enviados para o SISAB por meio do PEC com conectivi- programa, este deve procurar o DATASUS ou a Coordenação Esta-
dade à internet. dual do PSF para que estes instalem (gratuitamente) o programa.
A Coleta de Dados Simplificada utilizada pela equipe de Aten-
ção Básica é composta por dez fichas a seguir: O SIAB é um sistema idealizado para agregar e para processar
1. Cadastro Individual; as informações sobre a população visitada. Estas informações são
2. Cadastro Domiciliar; recolhidas em fichas de cadastramento e de acompanhamento e
3. Ficha de Atendimento Individual; analisadas a partir dos relatórios de consolidação dos dados.
4. Ficha de Procedimentos;
5. Ficha de Atendimento Odontológico Individual; O preenchimento das fichas é tarefa do agente comunitário,
6. Ficha de Atividade Coletiva; a partir de suas visitas domiciliares. Elas devem ser atualizadas
7. Ficha de Vacinação (nova); sempre que necessário, ou seja, mediante ocorrência de eventos,
8. Ficha de Visita Domiciliar; como: óbito, nascimento, inclusão de parente ou agregado ao gru-
9. Marcadores de Consumo Alimentar; po familiar, etc.
10. Ficha Complementar,
Assim, registrar corretamente os dados com maior fidedigni-
A Coleta de Dados Simplificada ainda conta com mais duas fichas dade possível é responsabilidade do Agente comunitário. As fichas
de uso exclusivo das equipes do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD): são instrumentos de trabalho do PSF, pois permitem o planejamen-
1. Ficha de Avaliação de Elegibilidade, to das atividades da equipe, tendo como base o conhecimento do
2. Ficha de Atenção Domiciliar. diagnóstico de necessidades da população a que assiste.

A estratégia avança ao permitir a entrada dos dados orientada São instrumentos de coleta de dados:
pelo curso natural do atendimento e não ser focada na situação- • Ficha A – cadastramento das famílias;
-problema de saúde. A entrada de dados individualizados por cida- • Ficha B-GES – acompanhamento de gestantes;
dão abre caminho para a gestão do cuidado e aproximação desses • Ficha B-HÁ – acompanhamento de hipertensos;
dados ao processo de planejamento da equipe. • Ficha B-DIA – acompanhamento de diabéticos;
Dessa forma, este manual foi elaborado com a finalidade de • Ficha B-TB – acompanhamento de pacientes com tuberculose;
orientar os profissionais de saúde e gestores da Atenção Básica a • Ficha B-HAN – acompanhamento de pacientes com hanse-
operar o Sistema e-SUS AB com CDS, tendo em vista, o preenchi- níase;
mento adequado das fichas do CDS e a consequente digitação dos • Ficha C (cartão da criança) – acompanhamento de crianças;
dados no sistema. • Ficha D – registro de atividades, procedimentos e notifica-
O processo de digitação deve ser definido no âmbito da ges- ções.
tão municipal, considerando os aspectos logísticos e os recursos
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São instrumentos de consolidação de dados: Diretora- Presidente Substituta, determino a sua publicação:
• Relatórios A1, A2, A3 e A4 – relatório de consolidado anual Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Técnico que estabelece
das famílias cadastradas; os Requisitos de Boas Práticas para Funcionamento de Serviços de
• Relatórios SSA2 e SSA4 – relatório de situação de saúde e Saúde, nos termos desta Resolução.
acompanhamento das famílias;
• Relatórios PMA2 e PMA4 – relatórios de produção e marca- CAPÍTULO I
dores para avaliação. DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

O dado, após coletado, deve ser selecionado, processado, ana- SEÇÃO I


lisado e transformado em informação pela equipe de PSF. Este se OBJETIVO
conforma como um produto das relações entre os vários atores en-
volvidos (médico, enfermeiro, auxiliar ou técnico de enfermagem, Art. 2º Este Regulamento Técnico possui o objetivo de estabe-
agentes comunitários, famílias, etc.). lecer requisitos de Boas Práticas para funcionamento de serviços de
O SIAB gera relatórios de uma determinada base populacional, saúde, fundamentados na qualificação, na humanização da atenção
população coberta pelas equipes de saúde da família, a partir da e gestão, e na redução e controle de riscos aos usuários e meio am-
ficha de cadastramento da família denominada Ficha A, cadastra- biente.
mento este realizado pelos agentes comunitários de saúde e que
produz informações relativas às condições demográficas, sanitárias SEÇÃO II
e sociais. Além de possibilitar traçar alguns aspectos da situação de ABRANGÊNCIA
saúde referida da população.
Art. 3º Este Regulamento Técnico se aplica a todos os serviços
Apesar de fornecer algumas informações essenciais para as de saúde no país, sejam eles públicos, privados, filantrópicos, civis
equipes do Programa de Saúde da Família esse instrumento de co- ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pes-
leta e o seu produto são passíveis de crítica. quisa.
Quanto ao cadastramento das famílias, é um bom indicador
para acompanhamento do planejamento de implantação e imple- SEÇÃO III
mentação da Equipe de Saúde da Família (ESF), pois permite deter- DEFINIÇÕES
minar com garantia quanto de cobertura da população do municí-
pio e de cobertura das famílias estimadas já foram realizadas. Art. 4º Para efeito deste Regulamento Técnico são adotadas as
Ainda são possíveis determinar a estrutura familiar, o núme- seguintes definições:
ro de pessoas e a idade por família. Em relação ao saneamento, I - garantia da qualidade: totalidade das ações sistemáticas ne-
o instrumento revela-se como suficiente e de fácil manuseio para cessárias para garantir que os serviços prestados estejam dentro
avaliação das informações, além de proporcionar uma ferramenta dos padrões de qualidade exigidos, para os fins a que se propõem;
para divulgação, planejamento e possibilitar a indicação de serviços II - gerenciamento de tecnologias: procedimentos de gestão,
e ainda avaliar a prestação de serviço público e mecanismo de au- planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas,
toproteção. normativas e legais, com o objetivo de garantir a rastreabilidade,
qualidade, eficácia, efetividade, segurança e em alguns casos o de-
Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/ sempenho das tecnologias de saúde utilizadas na prestação de ser-
enfermagem/sistema-de-informacao-de-atencao-basica-siab-o-que- viços de saúde, abrangendo cada etapa do gerenciamento, desde
-e/37938 o planejamento e entrada das tecnologias no estabelecimento de
saúde até seu descarte, visando à proteção dos trabalhadores, a
preservação da saúde pública e do meio ambiente e a segurança
RDC Nº 63, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2011 QUE DISPÕE do paciente;
SOBRE OS REQUISITOS DE BOAS PRÁTICAS DE FUNCIONA- III - humanização da atenção e gestão da saúde: valorização da
MENTO PARA OS SERVIÇOS DE SAÚDE dimensão subjetiva e social, em todas as práticas de atenção e de
gestão da saúde, fortalecendo o compromisso com os direitos do
cidadão, destacando-se o respeito às questões de gênero, etnia,
RESOLUÇÃO-RDC Nº 63, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2011 raça, orientação sexual e às populações específicas, garantindo o
acesso dos usuários às informações sobre saúde, inclusive sobre
Dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento os profissionais que cuidam de sua saúde, respeitando o direito a
para os Serviços de Saúde acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha),
e a valorização do trabalho e dos trabalhadores;
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitá- IV - licença atualizada: documento emitido pelo órgão sanitário
ria, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 11, do competente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios, con-
Regulamento aprovado pelo Decreto no- . 3.029, de 16 de abril de tendo permissão para o funcionamento dos estabelecimentos que
1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos § § 1o- e 3o- do exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária;
art. 54 do Regimento Interno nos termos do Anexo I da Portaria V - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
no- . 354 da Anvisa, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU (PGRSS): documento que aponta e descreve as ações relativas
de 21 de agosto de 2006, em reunião realizada em 24 de novembro ao manejo dos resíduos sólidos, observadas suas características
de 2011, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu, e riscos, no âmbito dos estabelecimentos de saúde, contemplando
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os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, c) equipamentos, materiais e suporte logístico; e


coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, d) procedimentos e instruções aprovados e vigentes.
bem como as ações de proteção à saúde pública e ao meio ambien- III - as reclamações sobre os serviços oferecidos devem ser exa-
te. minadas, registradas e as causas dos desvios da qualidade, investi-
VI - política de qualidade: refere-se às intenções e diretrizes gadas e documentadas, devendo ser tomadas medidas com relação
globais relativas à qualidade, formalmente expressa e autorizada aos serviços com desvio da qualidade e adotadas as providências no
pela direção do serviço de saúde. sentido de prevenir reincidências.
VII - profissional legalmente habilitado: profissional com forma-
ção superior ou técnica com suas competências atribuídas por lei; SEÇÃO II
VIII - prontuário do paciente: documento único, constituído de DA SEGURANÇA DO PACIENTE
um conjunto de informações, sinais e imagens registrados, gerados
a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do pa- Art. 8º O serviço de saúde deve estabelecer estratégias e ações
ciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e cien- voltadas para Segurança do Paciente, tais como:
tífico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe mul- I. Mecanismos de identificação do paciente;
tiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo; II. Orientações para a higienização das mãos;
IX - relatório de transferência: documento que deve acompa- III. Ações de prevenção e controle de eventos adversos relacio-
nhar o paciente em caso de remoção para outro serviço, contendo nadaà assistência à saúde;
minimamente dados de identificação, resumo clínico com da- IV. Mecanismos para garantir segurança cirúrgica;
dos que justifiquem a transferência e descrição ou cópia de laudos V. Orientações para administração segura de medicamentos,
de exames realizados, quando existentes; sangue e hemocomponentes;
X - responsável técnico - RT: profissional de nível superior legal- VI. Mecanismos para prevenção de quedas dos pacientes;
mente habilitado, que assume perante a vigilância sanitária a res- VII. Mecanismos para a prevenção de úlceras por pressão;
ponsabilidade técnica pelo serviço de saúde, conforme legislação VIII. Orientações para estimular a participação do paciente na
vigente; assistência prestada.
XI - segurança do Paciente: conjunto de ações voltadas à prote-
ção do paciente contra riscos, eventos adversos e danos desneces- SEÇÃO III
sários durante a atenção prestada nos serviços de saúde. DAS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS
XII - serviço de saúde: estabelecimento de saúde destinado a
prestar assistência à população na prevenção de doenças, no trata- Art. 9º O serviço de saúde deve possuir regimento interno ou
mento, recuperação e na reabilitação de pacientes. documento equivalente, atualizado, contemplando a definição e a
descrição de todas as suas atividades técnicas, administrativas e as-
CAPÍTULO II sistenciais, responsabilidades e competências.
DAS BOAS PRÁTICAS DE FUNCIONAMENTO Art. 10. Os serviços objeto desta resolução devem possuir li-
cença atualizada de acordo com a legislação sanitária local, afixada
SEÇÃO I em local visível ao público.
DO GERENCIAMENTO DA QUALIDADE Parágrafo único. Os estabelecimentos integrantes da Adminis-
tração Pública ou por ela instituídos independem da licença para
Art. 5º O serviço de saúde deve desenvolver ações no senti- funcionamento, ficando sujeitos, porém, às exigências perti-
do de estabelecer uma política de qualidade envolvendo estrutura, nentes às instalações, aos equipamentos e à aparelhagem adequa-
processo e resultado na sua gestão dos serviços. da e à assistência e responsabilidade técnicas, aferidas por meio de
Parágrafo único. O serviço de saúde deve utilizar a Garantia da fiscalização realizada pelo órgão sanitário local.
Qualidade como ferramenta de gerenciamento. Art. 11. Os serviços e atividades terceirizadas pelos estabeleci-
Art. 6º As Boas Práticas de Funcionamento (BPF) são os com- mentos de saúde devem possuir contrato de prestação de serviços.
ponentes da Garantia da Qualidade que asseguram que os serviços § 1º Os serviços e atividades terceirizados devem estar regula-
são ofertados com padrões de qualidade adequados. rizados perante a autoridade sanitária competente, quando couber.
§ 1º As BPF são orientadas primeiramente à redução dos riscos § 2º A licença de funcionamento dos serviços e atividades
inerentes a prestação de serviços de saúde. terceirizados deve conter informação sobre a sua habilitação para
§ 2º Os conceitos de Garantia da Qualidade e Boas Práticas de atender serviços de saúde, quando couber.
Funcionamento (BPF) estão inter-relacionados estando descritos Art. 12. O atendimento dos padrões sanitários estabelecidos
nesta resolução de forma a enfatizar as suas relações e sua impor- por este regulamento técnico não isenta o serviço de saúde do cum-
tância para o funcionamento dos serviços de saúde. primento dos demais instrumentos normativos aplicáveis.
Art. 7º As BPF determinam que: Art. 13. O serviço de saúde deve estar inscrito e manter seus
I- o serviço de saúde deve ser capaz de ofertar serviços dentro dados atualizados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
dos padrões de qualidade exigidos, atendendo aos requisitos das Saúde - CNES.
legislações e regulamentos vigentes. Art. 14. O serviço de saúde deve ter um responsável técnico
II - o serviço de saúde deve fornecer todos os recursos neces- (RT) e um substituto.
sários, incluindo: Parágrafo único. O órgão sanitário competente deve ser noti-
a) quadro de pessoal qualificado, devidamente treinado e iden- ficado sempre que houver alteração de responsável técnico ou de
tificado; seu substituto.
b) ambientes identificados; Art. 15. As unidades funcionais do serviço de saúde devem ter
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um profissional responsável conforme definido em legislações e re- SEÇÃO IV


gulamentos específicos. DO PRONTUÁRIO DO PACIENTE
Art. 16. O serviço de saúde deve possuir profissional legalmen-
te habilitado que responda pelas questões operacionais durante o Art. 24. A responsabilidade pelo registro em prontuário cabe
seu período de funcionamento. aos profissionais de saúde que prestam o atendimento.
Parágrafo único. Este profissional pode ser o próprio RT ou téc- Art. 25. A guarda do prontuário é de responsabilidade do servi-
nico designado para tal fim. ço de saúde devendo obedecer às normas vigentes.
Art. 17. O serviço de saúde deve prover infraestrutura física, § 1º O serviço de saúde deve assegurar a guarda dos prontuá-
recursos humanos, equipamentos, insumos e materiais necessários rios no que se refere à confidencialidade e integridade.
à operacionalização do serviço de acordo com a demanda, modali- § 2º O serviço de saúde deve manter os prontuários em local
dade de assistência prestada e a legislação vigente. seguro, em boas condições de conservação e organização, permitin-
Art. 18. A direção e o responsável técnico do serviço de saúde do o seu acesso sempre que necessário.
têm a responsabilidade de planejar, implantar e garantir a qualida- Art. 26. O serviço de saúde deve garantir que o prontuário con-
de dos processos. tenha registros relativos à identificação e a todos os procedimentos
Art. 19. O serviço de saúde deve possuir mecanismos que ga- prestados ao paciente.
rantam a continuidade da atenção ao paciente quando houver ne- Art. 27. O serviço de saúde deve garantir que o prontuário seja
cessidade de remoção ou para realização de exames que não exis- preenchido de forma legível por todos os profissionais envolvidos
tam no próprio serviço. diretamente na assistência ao paciente, com aposição de assinatura
Parágrafo único. Todo paciente removido deve ser acompanha- e carimbo em caso de prontuário em meio físico.
do por relatório completo, legível, com identificação e assinatura do Art. 28. Os dados que compõem o prontuário pertencem ao
profissional assistente, que deve passar a integrar o prontuário no paciente e devem estar permanentemente disponíveis aos mesmos
destino, permanecendo cópia no prontuário de origem. ou aos seus representantes legais e à autoridade sanitária quando
Art. 20. O serviço de saúde deve possuir mecanismos que ga- necessário.
rantam o funcionamento de Comissões, Comitês e Programas esta-
belecidos em legislações e normatizações vigentes. SEÇÃO V
Art. 21. O serviço de saúde deve garantir mecanismos para o DA GESTÃO DE PESSOAL
controle de acesso dos trabalhadores, pacientes, acompanhantes
e visitantes. Art. 29. As exigências referentes aos recursos humanos do ser-
Art. 22. O serviço de saúde deve garantir mecanismos de iden- viço de saúde incluem profissionais de todos os níveis de escolari-
tificação dos trabalhadores, pacientes, acompanhantes e visitantes. dade, de quadro próprio ou terceirizado.
Art. 23. O serviço de saúde deve manter disponível, segundo o Art. 30. O serviço de saúde deve possuir equipe multiprofissio-
seu tipo de atividade, documentação e registro referente à: nal dimensionada de acordo com seu perfil de demanda.
I - Projeto Básico de Arquitetura (PBA) aprovado pela vigilância Art.31. O serviço de saúde deve manter disponíveis registros de
sanitária competente. formação e qualificação dos profissionais compatíveis com as fun-
II - controle de saúde ocupacional; ções desempenhadas.
III - educação permanente; Parágrafo único. O serviço de saúde deve possuir documenta-
IV - comissões, comitês e programas; ção referente ao registro dos profissionais em conselhos de classe,
V - contratos de serviços terceirizados; quando for o caso.
VI - controle de qualidade da água; Art. 32. O serviço de saúde deve promover a capacitação de
VII - manutenção preventiva e corretiva da edificação e insta- seus profissionais antes do início das atividades e de forma perma-
lações; nente em conformidade com as atividades desenvolvidas.
VIII - controle de vetores e pragas urbanas; Parágrafo único. As capacitações devem ser registradas conten-
IX - manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos e do data, horário, carga horária, conteúdo ministrado, nome e a
instrumentos; formação ou capacitação profissional do instrutor e dos traba-
X - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde; lhadores envolvidos.
XI - nascimentos; Art. 33. A capacitação de que trata o artigo anterior deve ser
XII - óbitos; adaptada à evolução do conhecimento e a identificação de novos
XIII - admissão e alta; riscos e deve incluir:
XIV - eventos adversos e queixas técnicas associadas a produ- I - os dados disponíveis sobre os riscos potenciais à saúde;
tos ou serviços; II - medidas de controle que minimizem a exposição aos agen-
XV - monitoramento e relatórios específicos de controle de in- tes;
fecção; III - normas e procedimentos de higiene;
XVI - doenças de Notificação Compulsória; IV - utilização de equipamentos de proteção coletiva, individual
XVII - indicadores previstos nas legislações vigentes; e vestimentas de trabalho;
XVIII - normas, rotinas e procedimentos; V - medidas para a prevenção de acidentes e incidentes;
XIX - demais documentos exigidos por legislações específicas VI - medidas a serem adotadas pelos trabalhadores no caso de
dos estados, Distrito Federal e municípios. ocorrência de acidentes e incidentes;
VII - temas específicos de acordo com a atividade desenvolvida
pelo profissional.

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SEÇÃO VI obstétricos, nas unidades de tratamento intensivo, nas unidades de


DA GESTÃO DE INFRAESTRUTURA isolamento e centrais de material esterilizado.
Art. 47. O serviço de saúde deve garantir mecanismos de pre-
Art. 34. O serviço de saúde deve ter seu projeto básico de ar- venção dos riscos de acidentes de trabalho, incluindo o forneci-
quitetura atualizado, em conformidade com as atividades desenvol- mento de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, em número
vidas e aprovado pela vigilância sanitária e demais órgãos compe- suficiente e compatível com as atividades desenvolvidas pelos tra-
tentes. balhadores.
Art. 35. As instalações prediais de água, esgoto, energia elétri- Parágrafo único. Os trabalhadores não devem deixar o local de
ca, gases, climatização, proteção e combate a incêndio, comunica- trabalho com os equipamentos de proteção individual
ção e outras existentes, devem atender às exigências dos códigos de Art. 48. O serviço de saúde deve manter registro das comunica-
obras e posturas locais, assim como normas técnicas pertinentes a ções de acidentes de trabalho.
cada uma das instalações. Art. 49. Em serviços de saúde com mais de vinte trabalhado-
Art. 36. O serviço de saúde deve manter as instalações físicas resé obrigatória a instituição de Comissão Interna de Prevenção de
dos ambientes externos e internos em boas condições de conserva- Acidentes - CIPA.
ção, segurança, organização, conforto e limpeza. Art. 50. O Serviço de Saúde deve manter disponível a todos os
Art. 37. O serviço de saúde deve executar ações de gerencia- trabalhadores:
mento dos riscos de acidentes inerentes às atividades desenvolvi- I - Normas e condutas de segurança biológica, química, física,
das. ocupacional e ambiental;
Art. 38 O serviço de saúde deve ser dotado de iluminação e II - Instruções para uso dos Equipamentos de Proteção Indivi-
ventilação compatíveis com o desenvolvimento das suas atividades. dual - EPI;
Art. 39. O serviço de saúde deve garantir a qualidade da água III - Procedimentos em caso de incêndios e acidentes;
necessária ao funcionamento de suas unidades. IV - Orientação para manuseio e transporte de produtos para
§ 1º O serviço de saúde deve garantir a limpeza dos reservató- saúde contaminados.
rios de água a cada seis meses.
§ 2º O serviço de saúde deve manter registro da capacidade e SEÇÃO VIII
da limpeza periódica dos reservatórios de água. DA GESTÃO DE TECNOLOGIAS E PROCESSOS
Art. 40. O serviço de saúde deve garantir a continuidade do
fornecimento de água, mesmo em caso de interrupção do forneci- Art. 51. O serviço de saúde deve dispor de normas, procedi-
mento pela concessionária, nos locais em que a água é considerada mentos e rotinas técnicas escritas e atualizadas, de todos os seus
insumo crítico. processos de trabalho em local de fácil acesso a toda a equipe.
Art. 41. O serviço de saúde deve garantir a continuidade do Art. 52. O serviço de saúde deve manter os ambientes limpos,
fornecimento de energia elétrica, em situações de interrupção do livres de resíduos e odores incompatíveis com a atividade, devendo
fornecimento pela concessionária, por meio de sistemas de energia atender aos critérios de criticidade das áreas.
elétrica de emergência, nos locais em que a energia elétrica é con- Art. 53. O serviço de saúde deve garantir a disponibilidade dos
siderada insumo crítico. equipamentos, materiais, insumos e medicamentos de acordo com
Art. 42. O serviço de saúde deve realizar ações de manutenção a complexidade do serviço e necessários ao atendimento da de-
preventiva e corretiva das instalações prediais, de forma própria ou manda.
terceirizada. Art. 54. O serviço de saúde deve realizar o gerenciamento de
suas tecnologias de forma a atender as necessidades do serviço
SEÇÃO VII mantendo as condições de seleção, aquisição, armazenamento,
DA PROTEÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR instalação, funcionamento, distribuição, descarte e rastreabilidade.
Art. 55. O serviço de saúde deve garantir que os materiais e
Art. 43. O serviço de saúde deve garantir mecanismos de orien- equipamentos sejam utilizados exclusivamente para os fins a que
tação sobre imunização contra tétano, difteria, hepatite B e contra se destinam.
outros agentes biológicos a que os trabalhadores possam estar ex- Art. 56. O serviço de saúde deve garantir que os colchões, col-
postos. chonetes e demais mobiliários almofadados sejam revestidos de
Art. 44. O serviço de saúde deve garantir que os trabalhadores material lavável e impermeável, não apresentando furos, rasgos,
sejam avaliados periodicamente em relação à saúde ocupacional sulcos e reentrâncias.
mantendo registros desta avaliação. Art. 57. O serviço de saúde deve garantir a qualidade dos pro-
Art. 45. O serviço de saúde deve garantir que os trabalhadores cessos de desinfecção e esterilização de equipamentos e materiais.
com agravos agudos à saúde ou com lesões nos membros superio- Art. 58. O serviço de saúde deve garantir que todos os usuários
res só iniciem suas atividades após avaliação médica. recebam suporte imediato a vida quando necessário.
Art. 46. O serviço de saúde deve garantir que seus trabalha- Art. 59. O serviço de saúde deve disponibilizar os insumos, pro-
dores com possibilidade de exposição a agentes biológicos, físicos dutos e equipamentos necessários para as práticas de higienização
ou químicos utilizem vestimentas para o trabalho, incluindo de mãos dos trabalhadores, pacientes, acompanhantes e visitantes.
calçados, compatíveis com o risco e em condições de conforto. Art. 60. O serviço de saúde que preste assistência nutricional
§ 1º Estas vestimentas podem ser próprias do trabalhador ou ou forneça refeições deve garantir a qualidade nutricional e a segu-
fornecidas pelo serviço de saúde. rança dos alimentos.
§ 2º O serviço de saúde é responsável pelo fornecimento e pelo Art. 61. O serviço de saúde deve informar aos órgãos compe-
processamento das vestimentas utilizadas nos centros cirúrgicos e tentes sobre a suspeita de doença de notificação compulsória con-
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forme o estabelecido em legislação e regulamentos vigentes. Considerando a Lei nº 9.836, de 23 de setembro de 1999, que
Art. 62. O serviço de saúde deve calcular e manter o registro acrescenta dispositivos à Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990,
referente aos Indicadores previstos nas legislações vigentes. que institui o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena;
Considerando a Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, que ins-
SEÇÃO IX titui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto
DO CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS da Pessoa com Deficiência);
Considerando a Lei nº 12.527 (Lei de Acesso à Informação), de
Art. 63. O serviço de saúde deve garantir ações eficazes e con- 18 de novembro de 2011;
tínuas de controle de vetores e pragas urbanas, com o objetivo de Considerando a Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017, que
impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação dos mes- dispõe sobre a participação, a proteção e a defesa dos direitos do
mos. usuário dos serviços públicos da administração pública;
Parágrafo único. O controle químico, quando for necessário, Considerando o Decreto nº 6.040, de 07 de fevereiro de 2007,
deve ser realizado por empresa habilitada e possuidora de licença que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos
sanitária e ambiental e com produtos desinfestantes regularizados Povos e Comunidades Tradicionais;
pela Anvisa. Considerando a Portaria nº 992, de 13 de maio de 2009, que
Art. 64. Não é permitido comer ou guardar alimentos nos pos- institui a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra;
tos de trabalho destinados à execução de procedimentos de saúde. Considerando a Portaria nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011,
que institui a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays,
CAPÍTULO III Bissexuais, Travestis e Transexuais;
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Considerando a Portaria nº 2.866, de 02 de dezembro de 2011,
que institui a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do
Art. 65. Os estabelecimentos abrangidos por esta resolução te- Campo e da Floresta;
rão o prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados a partir da data Considerando as Diretrizes estabelecidas na Política Nacional
de sua publicação para promover as adequações necessárias ao Re- de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS, de 2003;
gulamento Técnico. Considerando a Política Nacional de Gestão Estratégica e Par-
Parágrafo único. A partir da publicação desta resolução, os no- ticipativa no SUS, Portaria nº 3.027, de 26 de novembro de 2007;
vos estabelecimentos e aqueles que pretendam reiniciar suas ativi- Considerando a Política Nacional de Educação Popular em Saú-
dades, devem atender na íntegra às exigências nela contidas. de no âmbito do SUS (PNEPS-SUS), Portaria nº 2.761, de 19 de no-
Art. 66. O descumprimento das disposições contidas nesta re- vembro de 2013;
solução e no regulamento por ela aprovado constitui infração sani- Considerando a Política Nacional de Educação Permanente
tária, nos termos da Lei no- . 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem para o Controle Social no SUS, Resolução CNS nº 363, de 11 de agos-
prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis. to de 2006;
Art. 67. Esta resolução entra em vigor na data de sua publica- Considerando a Portaria nº 971/GM/MS, de 3 de maio de 2006,
ção. que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Comple-
mentares no SUS (PNPIC);
Considerando as diretrizes estabelecidas nas Conferências de
RESOLUÇÃO CNS Nº 553, DE 9 DE AGOSTO DE 2017, QUE Saúde, nas esferas Municipal, Estadual e Nacional, e no Conselho
DISPÕE SOBRE A CARTA DOS DIREITOS E DEVERES DA PES- Nacional de Saúde, em defesa do SUS e dos seus princípios;
SOA USUÁRIA DA SAÚDE. Considerando as proposições do Grupo de Trabalho do Conse-
lho Nacional de Saúde, que elaborou propostas e sistematizou as
contribuições da Consulta à Sociedade, realizada de maio a junho
RESOLUÇÃO Nº 553, DE 09 DE AGOSTO DE 2017 de 2017, para atualização da Carta dos Direitos dos Usuários da
Saúde; e
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em sua 61ª Reu- Considerando que compete ao Conselho Nacional de Saúde o
nião Extraordinária, realizada no dia 9 de agosto de 2017, no uso de fortalecimento da participação e do controle social no SUS (artigo
suas atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 10, IX da Resolução nº 407, de 12 de setembro de 2008).
1990, pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990 e pelo Decre- Resolve:
to nº 5.839, de 11 de julho de 2006, cumprindo as disposições da
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, da legisla- Aprovar a atualização da Carta dos Direitos e Deveres da Pes-
ção brasileira correlata; e soa Usuária da Saúde, que dispõe sobre as diretrizes dos Direitos e
Considerando a necessidade de atualização da Carta dos Direi- Deveres da Pessoa Usuária da Saúde anexa a esta Resolução.
tos dos Usuários da Saúde, publicada por meio da Portaria nº 1.820,
de 13 de agosto de 2009, a partir da legislação e avanços do Sistema ANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 553, DE 9 DE AGOSTO DE 2017
Único de Saúde (SUS);
Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que Primeira diretriz: toda pessoa tem direito, em tempo hábil, ao
dispõe sobre as condições para a promoção, a proteção e a recupe- acesso a bens e serviços ordenados e organizados para garantia da
ração da saúde a organização e funcionamento dos serviços corres- promoção, prevenção, proteção, tratamento e recuperação da saú-
pondentes; de.
Considerando a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que I- Cada pessoa possui direito de ser acolhida no momento em
dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS; que chegar ao serviço e conforme sua necessidade de saúde e espe-
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cificidade, independentemente de senhas ou procedimentos buro- i)partes do corpo afetadas pelos procedimentos, instrumental
cráticos, respeitando as prioridades garantidas em Lei. a ser utilizado, efeitos colaterais, riscos ou consequências indese-
II- A promoção e a proteção da saúde devem estar relacionadas jáveis;
com as condições sociais, culturais e econômicas das pessoas, inclu- j)duração prevista dos procedimentos e tempo de recuperação;
ídos aspectos como: k)evolução provável do problema de saúde;
a)segurança alimentar e nutricional; l)informações sobre o custo das intervenções das quais a pes-
b)saneamento básico e ambiental; soa se beneficiou;
c)tratamento às doenças negligenciadas conforme cada região m)outras informações que forem necessárias;
do País; I- que toda pessoa tem o direito de decidir se seus familiares e
d)iniciativas de combate às endemias e doenças transmissíveis; acompanhantes deverão ser informados sobre seu estado de saú-
e)combate a todas as formas de violência e discriminação; de;
f)educação baseada nos princípios dos Direitos Humanos; II- o registro atualizado e legível no prontuário, das seguintes
g)trabalho digno; e informações:
h)acesso à moradia, transporte, lazer, segurança pública e pre- a)motivo do atendimento ou internação;
vidência social. b)dados de observação e da evolução clínica;
§1º O acesso se dará preferencialmente nos serviços de Aten- c)prescrição terapêutica;
ção Básica. d)avaliações dos profissionais da equipe;
§2º Nas situações de urgência e emergência, qualquer serviço e)procedimentos e cuidados de enfermagem;
de saúde deve receber e cuidar da pessoa bem como encaminhá-la f)quando for o caso, procedimentos cirúrgicos e anestésicos,
para outro serviço no caso de necessidade. odontológicos, resultados de exames complementares laboratoriais
§3º Em caso de risco de vida ou lesão grave, deverá ser assegu- e radiológicos;
rada a remoção do usuário, em tempo hábil e em condições seguras g)a quantidade de sangue recebida e dados que garantam a
para um serviço de saúde com capacidade para resolver seu tipo de qualidade do sangue, como origem, sorologias efetuadas e prazo
problema. de validade;
§4º O encaminhamento às especialidades e aos hospitais, h)identificação do responsável pelas anotações;
pela Atenção Básica, será estabelecido em função da necessidade i)data e local e identificação do profissional que realizou o aten-
de saúde e indicação clínica, levando-se em conta a gravidade do dimento;
problema a ser analisado pelas centrais de regulação, com trans- j)outras informações que se fizerem necessárias;
parência. I- o acesso à anestesia em todas as situações em que for indi-
§5º Quando houver alguma dificuldade temporária para aten- cada, bem como a medicações e procedimentos que possam aliviar
der as pessoas é da responsabilidade da direção e da equipe do a dor e o sofrimento;
serviço, acolher, dar informações claras e encaminhá-las sem discri- II- o recebimento das receitas e prescrições terapêuticas, de-
minação e privilégios. verão conter:
Segunda diretriz: toda pessoa tem direito ao atendimento inte- a)o nome genérico das substâncias prescritas;
gral, aos procedimentos adequados e em tempo hábil a resolver o b)clara indicação da dose e do modo de usar;
seu problema de saúde, de forma ética e humanizada. c)escrita impressa, datilografada ou digitada, ou em caligrafia
Parágrafo único. É direito da pessoa ter atendimento adequado, legível;
inclusivo e acessível, com qualidade, no tempo certo e com garantia d)textos sem códigos ou abreviaturas;
de continuidade do tratamento, e para isso deve ser assegurado: e)o nome legível do profissional e seu número de registro no
I- atendimento ágil, com estratégias para evitar o agravamento, conselho profissional; e
com tecnologia apropriada, por equipe multiprofissional capacitada f)a assinatura do profissional e a data;
e com condições adequadas de atendimento; I- o recebimento dos medicamentos, quando prescritos, que
II- disponibilidade contínua e acesso a bens e serviços de imu- compõem a farmácia básica e, nos casos de necessidade de me-
nização conforme calendário e especificidades regionais; dicamentos de alto custo, deve ser garantido o acesso conforme
II- espaços de diálogo entre usuários e profissionais da saúde, protocolos e normas do Ministério da Saúde;
gestores e defensoria pública sobre diferentes formas de tratamen- II- a garantia do acesso à continuidade da atenção no domicílio,
tos possíveis. quando pertinente, com estímulo e orientação ao autocuidado que
III- informações sobre o seu estado de saúde, de forma objeti- fortaleça sua autonomia e a garantia de acompanhamento em qual-
va, respeitosa, compreensível, e em linguagem adequada a atender quer serviço que for necessário, extensivo à rede de apoio;
a necessidade da usuária e do usuário, quanto a: III- o encaminhamento para outros serviços de saúde deve ser
a)possíveis diagnósticos; por meio de um documento que contenha:
b)diagnósticos confirmados; a)caligrafia legível ou datilografada ou digitada ou por meio
c)resultados dos exames realizados; eletrônico;
d)tipos de exames solicitados, as justificativas e riscos; b)resumo da história clínica, possíveis diagnósticos, tratamento
e)objetivos, riscos e benefícios de procedimentos diagnósticos, realizado, evolução e o motivo do encaminhamento;
cirúrgicos, preventivos ou de tratamento; c)linguagem clara evitando códigos ou abreviaturas;
f)duração prevista do tratamento proposto; d)nome legível do profissional e seu número de registro no
g)quanto a procedimentos diagnósticos e tratamentos invasi- conselho profissional, assinado e datado; e
vos ou cirúrgicos; e)identificação da unidade de saúde que recebeu a pessoa, as-
h)a necessidade ou não de anestesia e seu tipo e duração; sim como da Unidade a que está sendo encaminhada.
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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO - SUS

Terceira diretriz: toda pessoa tem direito ao atendimento inclu- consultas e exames;
sivo, humanizado e acolhedor, realizado por profissionais qualifica- III - o direito a acompanhante, nos casos de internação, nas si-
dos, em ambiente limpo, confortável e acessível. tuações previstas em lei, assim como naqueles em que a autonomia
§1º Nos serviços de saúde haverá igual visibilidade aos direi- da pessoa estiver comprometida, com oferta de orientação especí-
tos e deveres das pessoas usuárias e das pessoas que trabalham no fica e adequada para os acompanhantes;
serviço de saúde. IV - o direito a visita diária não inferior a duas horas, preferen-
§2º A Rede de Serviços do SUS utilizará as tecnologias disponí- cialmente, abertas em todas as unidades de internação, ressalvadas
veis para facilitar o agendamento de procedimentos nos serviços de as situações técnicas não indicadas;
saúde em todos os níveis de complexidade. V - a continuidade das atividades escolares, bem como o es-
§3º Os serviços de saúde serão organizados segundo a deman- tímulo à recreação, em casos de internação de criança ou adoles-
da da população, e não limitados por produção ou quantidades de cente;
atendimento pré-determinados. VI - a informação a respeito de diferentes possibilidades tera-
§4º A utilização de tecnologias e procedimentos nos serviços pêuticas de acordo com sua condição clínica, baseado em evidên-
deverá proporcionar celeridade na realização de exames e diagnós- cias e a relação custo-benefício da escolha de tratamentos, com
ticos e na disponibilização dos resultados. direito à recusa, atestado pelo usuário ou acompanhante;
§5º Haverá regulamentação do tempo de espera em filas de VII - a escolha do local de morte;
procedimentos. VIII - o direito à escolha de tratamento, quando houver, inclusi-
§6º A lista de espera de média e alta complexidade deve consi- ve as práticas integrativas e complementares de saúde, e à conside-
derar a agilidade e transparência. ração da recusa de tratamento proposto;
§7º As medidas para garantir o atendimento incluem o cum- IX - o recebimento de visita, quando internado, de outros pro-
primento da carga horária de trabalho dos profissionais de saúde. fissionais de saúde que não pertençam àquela unidade hospitalar
§8º Nas situações em que ocorrer a interrupção temporária da sendo facultado a esse profissional o acesso ao prontuário;
oferta de procedimentos como consultas e exames, os serviços de- X - a opção de marcação de atendimento pessoalmente, por
vem providenciar a remarcação destes procedimentos e comunicar telefone e outros meios tecnológicos disponíveis e acessíveis;
aos usuários. XI - o recebimento de visita de religiosos de qualquer credo,
§9º As redes de serviço do SUS deverão se organizar e pactuar sem que isso acarrete mudança da rotina de tratamento e do es-
no território a oferta de plantão de atendimento 24 horas, inclusive tabelecimento e ameaça à segurança ou perturbações a si ou aos
nos finais de semana. outros;
§10 Cada serviço deverá adotar medidas de manutenção per- XII - a não-limitação de acesso aos serviços de saúde por barrei-
manente dos equipamentos, bens e serviços para prevenir interrup- ras físicas, tecnológicas e de comunicação;
ções no atendimento. XIII - a espera por atendimento em lugares protegidos, limpos
§11 É direito da pessoa, na rede de serviços de saúde, ter aten- e ventilados, tendo a sua disposição água potável e sanitários, e
dimento humanizado, acolhedor, livre de qualquer discriminação, devendo os serviços de saúde se organizarem de tal forma que seja
restrição ou negação em virtude de idade, raça, cor, etnia, religião, evitada a demora nas filas;
orientação sexual, identidade de gênero, condições econômicas ou XIV - soluções para que não haja acomodação de usuários em
sociais, estado de saúde, de anomalia, patologia ou deficiência, ga- condições e locais inadequados.
rantindo-lhe: Quarta diretriz: toda pessoa deve ter seus valores, cultura e di-
I- identificação pelo nome e sobrenome civil, devendo existir reitos respeitados na relação com os serviços de saúde.
em todo documento do usuário e usuária um campo para se regis- Parágrafo único: os direitos do caput serão garantidos por meio
trar o nome social, independente do registro civil, sendo assegura- de:
do o uso do nome de preferência, não podendo ser identificado por I- escolha do tipo de plano de saúde que melhor lhe convier,
número, nome ou código da doença ou outras formas desrespeito- de acordo com as exigências mínimas constantes da legislação e a
sas ou preconceituosas; informação pela operadora sobre a cobertura, custos e condições
II- a identificação dos profissionais, por crachás visíveis, legíveis do plano que está adquirindo;
e por outras formas de identificação de fácil percepção; II- sigilo e a confidencialidade de todas as informações pesso-
III- nas consultas, nos procedimentos diagnósticos, preventi- ais, mesmo após a morte, salvo nos casos de risco à saúde pública;
vos, cirúrgicos, terapêuticos e internações, o seguinte: III- acesso da pessoa ao conteúdo do seu prontuário ou de pes-
a) integridade física; soa por ele autorizada e a garantia de envio e fornecimento de có-
b) a privacidade e ao conforto; pia, em caso de encaminhamento a outro serviço ou mudança de
c) a individualidade; domicílio;
d) aos seus valores éticos, culturais, religiosos e espirituais; IV- obtenção de laudo, relatório e atestado sempre que justifi-
e) a confidencialidade de toda e qualquer informação pessoal; cado por sua situação de saúde;
f) a segurança do procedimento; V- consentimento livre, voluntário e esclarecido, a quaisquer
g) o bem-estar psíquico e emocional; procedimentos diagnósticos, preventivos ou terapêuticos, salvo nos
h) a confirmação do usuário sobre a compreensão das ques- casos que acarretem risco à saúde pública, considerando que o con-
tões relacionadas com o seu atendimento e possíveis encaminha- sentimento anteriormente dado poderá ser revogado a qualquer
mentos. instante, por decisão livre e esclarecida, sem que sejam imputadas
I - o atendimento agendado nos serviços de saúde, preferen- à pessoa sanções morais, financeiras ou legais;
cialmente com hora marcada; VI- pleno conhecimento de todo e qualquer exame de saúde
II - o direito a acompanhante, pessoa de sua livre escolha, nas admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de fun-
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LEGISLAÇÃO - SUS

ção, ou demissional realizado e seus resultados; sentá-los aos profissionais dos serviços de saúde;
VII- a indicação de sua livre escolha, a quem confiará a tomada IX- ter em mão seus documentos e, quando solicitados, os re-
de decisões para a eventualidade de tornar-se incapaz de exercer sultados de exames que estejam em seu poder;
sua autonomia; X- cumprir as normas dos serviços de saúde que devem res-
VIII- o recebimento ou a recusa à assistência religiosa, espiritu- guardar todos os princípios desta Resolução;
al, psicológica e social; XI- adotar medidas preventivas para situações de sua vida coti-
IX- a liberdade, em qualquer fase do tratamento, de procurar diana que coloquem em risco a sua saúde e da comunidade;
segunda opinião ou parecer de outro profissional ou serviço sobre XII- comunicar aos serviços de saúde, às ouvidorias ou à vigi-
seu estado de saúde ou sobre procedimentos recomendados; lância sanitária irregularidades relacionadas ao uso e à oferta de
X- a não-participação em pesquisa que envolva ou não trata- produtos e serviços que afetem a saúde em ambientes públicos e
mento experimental sem que tenha garantias claras da sua liber- privados;
dade de escolha e, no caso de recusa em participar ou continuar XIII- desenvolver hábitos, práticas e atividades que melhorem a
na pesquisa, não poderá sofrer constrangimentos, punições ou san- sua saúde e qualidade de vida;
ções pelos serviços de saúde, sendo necessário, para isso: XIV- comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência de
a)que o dirigente do serviço cuide dos aspectos éticos da pes- caso de doença transmissível, quando a situação requerer o isola-
quisa e estabeleça mecanismos para garantir a decisão livre e escla- mento ou quarentena da pessoa ou quando a doença constar da
recida da pessoa; relação do Ministério da Saúde; e
b)que o pesquisador garanta, acompanhe e mantenha a inte- XV- não dificultar a aplicação de medidas sanitárias, bem como
gridade da saúde dos participantes de sua pesquisa, assegurando- as ações de fiscalização sanitária.
-lhes os benefícios dos resultados encontrados; e Sexta diretriz: toda pessoa tem direito à informação sobre os
c)que a pessoa assine o termo de consentimento livre e escla- serviços de saúde e aos diversos mecanismos de participação.
recido; §1º A educação permanente em saúde e a educação perma-
XI- o direito de se expressar e ser ouvido nas suas queixas, de- nente para o controle social devem estar incluídas em todas as ins-
núncias, necessidades, sugestões e outras manifestações por meio tâncias do SUS, e envolver a comunidade.
das ouvidorias, urnas e qualquer outro mecanismo existente, sendo §2º As unidades básicas de saúde devem constituir conselhos
sempre respeitado na privacidade, no sigilo e na confidencialidade; locais de saúde com participação da comunidade.
e §3º As ouvidorias, Ministério Público, audiências públicas e ou-
XII- a participação nos processos de indicação e eleição de seus tras formas institucionais de exercício da democracia garantidas em
representantes nas Conferências, nos Conselhos de Saúde e nos lei, são espaços de participação cidadã.
Conselhos Gestores da Rede SUS. §4º As instâncias de controle social e o poder público devem
Quinta diretriz: toda pessoa tem responsabilidade e direitos promover a comunicação dos aspectos positivos do SUS.
para que seu tratamento e recuperação sejam adequados e sem §5º Devem ser estabelecidos espaços para as pessoas usuárias
interrupção. manifestarem suas posições favoráveis ao SUS e promovidas estra-
Parágrafo único. Para que seja cumprido o disposto no caput tégias para defender o SUS como patrimônio do povo brasileiro.
deste artigo, as pessoas deverão: §6º O direito previsto no caput deste artigo, inclui a informa-
I- prestar informações apropriadas nos atendimentos, nas con- ção, com linguagem e meios de comunicação adequados sobre:
sultas e nas internações sobre: I- o direito à saúde, o funcionamento dos serviços de saúde e
a)queixas; o SUS;
b)enfermidades e hospitalizações anteriores; II- os mecanismos de participação da sociedade na formulação,
c)história de uso de medicamentos, drogas, reações alérgicas, acompanhamento e fiscalização das políticas e da gestão do SUS;
exames anteriores; III- as ações de vigilância à saúde coletiva compreendendo a
d)demais informações sobre seu estado de saúde. vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental; e
II- expressar se compreendeu as informações e orientações re- IV- a interferência das relações e das condições sociais, econô-
cebidas e, caso ainda tenha dúvidas, solicitar esclarecimento sobre micas, culturais, e ambientais na situação da saúde das pessoas e
elas; da coletividade.
III- seguir o plano de tratamento proposto pelo profissional ou §7º Os órgãos de saúde deverão informar as pessoas sobre a
pela equipe de saúde responsável pelo seu cuidado, que deve ser rede SUS mediante os diversos meios de comunicação, bem como
compreendido e aceito pela pessoa que também é responsável pelo nos serviços de saúde que compõem essa rede de participação po-
seu tratamento; pular, em relação a:
IV- informar ao profissional de saúde ou à equipe responsável I- endereços;
sobre qualquer fato que ocorra em relação a sua condição de saúde; II- telefones;
V- assumir a responsabilidade formal pela recusa a procedi- III- horários de funcionamento; e
mentos, exames ou tratamentos recomendados e pelo descumpri- IV- ações e procedimentos disponíveis.
mento das orientações do profissional ou da equipe de saúde; §8º Em cada serviço de saúde deverá constar, em local visível e
VI- contribuir para o bem-estar de todas e todos nos serviços acessível à população:
de saúde, evitar ruídos, uso de fumo e derivados do tabaco e bebi- I- nome do responsável pelo serviço;
das alcoólicas, colaborar com a segurança e a limpeza do ambiente; II- nomes dos profissionais;
VII- adotar comportamento respeitoso e cordial com as demais III- horário de trabalho de cada membro da equipe, inclusive do
pessoas que usam ou que trabalham no estabelecimento de saúde; responsável pelo serviço e;
VIII- realizar exames solicitados, buscar os resultados e apre- IV- ações e procedimentos disponíveis.
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§9º As informações prestadas à população devem ser claras,


para propiciar a compreensão por toda e qualquer pessoa. RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013 QUE INSTITUI AÇÕES
§10. Os Conselhos de Saúde deverão informar à população so- PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE EM SERVIÇOS DE SAÚ-
bre: DE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS
I- formas de participação;
II- composição do Conselho de Saúde;
III- regimento interno dos Conselhos; RESOLUÇÃO - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO DE 2013
IV- Conferências de Saúde;
V- data, local e pauta das reuniões; e Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saú-
VI- deliberações e ações desencadeadas. de e dá outras providências.
§11. O direito previsto no caput desse artigo inclui a participa-
ção de Conselhos e Conferências de Saúde, o direito de representar A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sani-
e ser representado em todos os mecanismos de participação e de tária, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos III e IV, do
controle social do SUS. art. 15 da Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§
Sétima diretriz: toda pessoa tem direito a participar dos Conse- 1° e 3° do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do
lhos e Conferências de Saúde e de exigir que os gestores cumpram Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006,
os princípios anteriores. republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e suas atualizações,
§1º As Conferências Municipais de Saúde são espaços de ampla tendo em vista o disposto nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art.
e aberta participação da comunidade, complementadas por Confe- 7º da Lei n.º 9.782, de 1999, e o Programa de Melhoria do Processo
rências Livres, distritais e locais, além das de plenárias de segmen- de Regulamentação da Agência, instituído por meio da Portaria nº
tos. 422, de 16 de abril de 2008, em reunião realizada em 23 de julho
§2º Respeitada a organização da democracia brasileira, toda de 2013, adota a seguinte Resolução da Diretoria Colegiada e eu,
pessoa tem direito a acompanhar dos espaços de controle social, Diretor-Presidente , determino a sua publicação:
como forma de participação cidadã, observando o Regimento Inter-
no de cada instância. CAPÍTULO I
§3º Os gestores do SUS, das três esferas de governo, para ob- DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
servância dessas diretrizes, comprometem-se a:
I- promover o respeito e o cumprimento desses direitos e de- SEÇÃO I
veres, com a adoção de medidas progressivas, para sua efetivação; OBJETIVO
II- adotar as providências necessárias para subsidiar a divulga-
ção desta Resolução, inserindo em suas ações as diretrizes relativas Art. 1º Esta Resolução tem por objetivo instituir ações para a
aos direitos e deveres das pessoas; promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos
III- incentivar e implementar formas de participação dos traba- serviços de saúde.
lhadores e usuários nas instâncias e participação de controle social
do SUS; SEÇÃO II
IV- promover atualizações necessárias nos regimentos e estatu- ABRANGÊNCIA
tos dos serviços de saúde, adequando-os a esta Resolução;
V- adotar estratégias para o cumprimento efetivo da legislação Art. 2º Esta Resolução se aplica aos serviços de saúde, sejam
e das normatizações do SUS; eles públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo
VI- promover melhorias contínuas, na rede SUS, como a infor- aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa.
matização para implantar o Cartão SUS e o Prontuário Eletrônico Parágrafo único. Excluem-se do escopo desta Resolução os con-
com os objetivos de: sultórios individualizados, laboratórios clínicos e os serviços móveis
a)otimizar o financiamento; e de atenção domiciliar.
b)qualificar o atendimento aos serviços de saúde;
c)melhorar as condições de trabalho; SEÇÃO III
d)reduzir filas; e DEFINIÇÕES
e)ampliar e facilitar o acesso nos diferentes serviços de saúde.
Oitava diretriz: Os direitos e deveres dispostos nesta Resolução Art. 3º Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes
constituem a Carta dos Direitos Usuária da Saúde. definições:
Parágrafo único. A Carta dos Direitos e Deveres da Pessoa Usu- I - boas práticas de funcionamento do serviço de saúde: com-
ária da Saúde será disponibilizada nos serviços do SUS e conselhos ponentes da garantia da qualidade que asseguram que os serviços
de saúde por meios acessíveis e na internet, em http://www.conse- são ofertados com padrões de qualidade adequados;
lho.saude.gov.br. II - cultura da segurança: conjunto de valores, atitudes, compe-
tências e comportamentos que determinam o comprometimento
Publicada no DOU em 15/01/2018 – Ed. 10, Seção 1, Pag. 41-44 com a gestão da saúde e da segurança, substituindo a culpa e a
punição pela oportunidade de aprender com as falhas e melhorar
a atenção à saúde;
III - dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo
e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo doenças, lesão, sofri-
mento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físi-
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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO - SUS

co, social ou psicológico; risco;


IV - evento adverso: incidente que resulta em dano à saúde; IV - A garantia das boas práticas de funcionamento do serviço
V - garantia da qualidade: totalidade das ações sistemáticas ne- de saúde.
cessárias para garantir que os serviços prestados estejam dentro Art.7º Compete ao NSP:
dos padrões de qualidade exigidos para os fins a que se propõem; I - promover ações para a gestão de risco no serviço de saúde;
VI - gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de políticas, II - desenvolver ações para a integração e a articulação multi-
procedimentos, condutas e recursos na identificação, análise, ava- profissional no serviço de saúde;
liação, comunicação e controle de riscos e eventos adversos que III - promover mecanismos para identificar e avaliar a existência
afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o de não conformidades nos processos e procedimentos realizados e
meio ambiente e a imagem institucional; na utilização de equipamentos, medicamentos e insumos propondo
VII - incidente: evento ou circunstância que poderia ter resulta- ações preventivas e corretivas;
do, ou resultou, em dano desnecessário à saúde; IV - elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o Plano de
VIII - núcleo de segurança do paciente (NSP): instância do ser- Segurança do Paciente em Serviços de Saúde;
viço de saúde criada para promover e apoiar a implementação de V - acompanhar as ações vinculadas ao Plano de Segurança do
ações voltadas à segurança do paciente; Paciente em Serviços de Saúde;
IX - plano de segurança do paciente em serviços de saúde: do- VI - implantar os Protocolos de Segurança do Paciente e realizar
cumento que aponta situações de risco e descreve as estratégias e o monitoramento dos seus indicadores;
ações definidas pelo serviço de saúde para a gestão de risco visando VII - estabelecer barreiras para a prevenção de incidentes nos
a prevenção e a mitigação dos incidentes, desde a admissão até a serviços de saúde;
transferência, a alta ou o óbito do paciente no serviço de saúde; VIII - desenvolver, implantar e acompanhar programas de ca-
X - segurança do paciente: redução, a um mínimo aceitável, do pacitação em segurança do paciente e qualidade em serviços de
risco de dano desnecessário associado à atenção à saúde; saúde;
XI - serviço de saúde: estabelecimento destinado ao desenvol- IX - analisar e avaliar os dados sobre incidentes e eventos ad-
vimento de ações relacionadas à promoção, proteção, manutenção versos decorrentes da prestação do serviço de saúde;
e recuperação da saúde, qualquer que seja o seu nível de complexi- X - compartilhar e divulgar à direção e aos profissionais do ser-
dade, em regime de internação ou não, incluindo a atenção realiza- viço de saúde os resultados da análise e avaliação dos dados sobre
da em consultórios, domicílios e unidades móveis; incidentes e eventos adversos decorrentes da prestação do serviço
XII - tecnologias em saúde: conjunto de equipamentos, medi- de saúde;
camentos, insumos e procedimentos utilizados na atenção à saúde, XI - notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária os
bem como os processos de trabalho, a infraestrutura e a organiza- eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde;
ção do serviço de saúde. XII- manter sob sua guarda e disponibilizar à autoridade sanitá-
ria, quando requisitado, as notificações de eventos adversos;
CAPÍTULO II XIII - acompanhar os alertas sanitários e outras comunicações
DAS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS de risco divulgadas pelas autoridades sanitárias.

SEÇÃO I SEÇÃO II
DA CRIAÇÃO DO NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE DO PLANO DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM SERVIÇOS DE
SAÚDE
Art. 4º A direção do serviço de saúde deve constituir o Núcleo
de Segurança do Paciente (NSP) e nomear a sua composição, con- Art. 8º O Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde
ferindo aos membros autoridade, responsabilidade e poder para (PSP), elaborado pelo NSP, deve estabelecer estratégias e ações de
executar as ações do Plano de Segurança do Paciente em Serviços gestão de risco, conforme as atividades desenvolvidas pelo serviço
de Saúde. de saúde para:
§ 1º A direção do serviço de saúde pode utilizar a estrutura de I - identificação, análise, avaliação, monitoramento e comuni-
comitês, comissões, gerências, coordenações ou núcleos já existen- cação dos riscos no serviço de saúde, de forma sistemática;
tes para o desempenho das atribuições do NSP. II - integrar os diferentes processos de gestão de risco desen-
§ 2º No caso de serviços públicos ambulatoriais pode ser cons- volvidos nos serviços de saúde;
tituído um NSP para cada serviço de saúde ou um NSP para o con- III - implementação de protocolos estabelecidos pelo Ministé-
junto desses, conforme decisão do gestor local do SUS. rio da Saude;
Art. 5º Para o funcionamento sistemático e contínuo do NSP a IV - identificação do paciente;
direção do serviço de saúde deve disponibilizar: V - higiene das mãos;
I - recursos humanos, financeiros, equipamentos, insumos e VI - segurança cirúrgica;
materiais; VII - segurança na prescrição, uso e administração de medica-
II - um profissional responsável pelo NSP com participação nas mentos;
instâncias deliberativas do serviço de saúde. VIII - segurança na prescrição, uso e administração de sangue e
Art. 6º O NSP deve adotar os seguintes princípios e diretrizes: hemocomponentes;
I - A melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de IX - segurança no uso de equipamentos e materiais;
tecnologias da saúde; X - manter registro adequado do uso de órteses e próteses
II - A disseminação sistemática da cultura de segurança; quando este procedimento for realizado;
III - A articulação e a integração dos processos de gestão de XI - prevenção de quedas dos pacientes;
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XII - prevenção de úlceras por pressão; De forma integrada aos demais pontos de atenção da Rede de
XIII - prevenção e controle de eventos adversos em serviços de Atenção à Saúde (RAS) e com outras políticas intersetoriais, a Assis-
saúde, incluindo as infecções relacionadas à assistência à saúde; tência tem como objetivo garantir resolutividade da atenção e con-
XIV- segurança nas terapias nutricionais enteral e parenteral; tinuidade do cuidado, assegurando a equidade e a transparência,
XV - comunicação efetiva entre profissionais do serviço de saú- sempre de forma pactuada com os Colegiados do SUS. A Política
de e entre serviços de saúde; Nacional de Atenção Hospitalar resultou da necessidade de reorga-
XVI - estimular a participação do paciente e dos familiares na nizar e qualificar a atenção hospitalar no âmbito do SUS.
assistência prestada. A Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âm-
XVII - promoção do ambiente seguro bito do SUS está instituída na Portaria de Consolidação nº 2, de
28/07/2017, que instituiu a Consolidação das normas sobre as po-
CAPÍTULO III líticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde, Capítulo II
DA VIGILÂNCIA, DO MONITORAMENTO E DA NOTIFICAÇÃO - Das Políticas de Organização da Atenção à Saúde, Seção I - Das
DE EVENTOS ADVERSOS Políticas Gerais de Organização da Atenção à Saúde, Art. 6º - inciso
IV, Anexo XXIV, estabelecendo as diretrizes para a organização do
Art. 9º O monitoramento dos incidentes e eventos adversos componente hospitalar da Rede de Atenção à Saúde (RAS).
será realizado pelo Núcleo de Segurança do Paciente - NSP. A PNHOSP, em seu art. 6º, inciso IV, define e recomenda a cria-
Art. 10 A notificação dos eventos adversos, para fins desta Re- ção do Núcleo Interno de Regulação (NIR) nos hospitais, de forma
solução, deve ser realizada mensalmente pelo NSP, até o 15º (déci- a realizar a interface com as Centrais de Regulação, delinear o perfil
mo quinto) dia útil do mês subsequente ao mês de vigilância, por de complexidade da assistência no âmbito do SUS, bem como per-
meio das ferramentas eletrônicas disponibilizadas pela Anvisa. mitir o acesso de forma organizada e por meio do estabelecimen-
Parágrafo único - Os eventos adversos que evoluírem para óbi- to de critérios de gravidade e disponibilizar o acesso ambulatorial,
to devem ser notificados em até 72 (setenta e duas) horas a partir hospitalar, de serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, além de
do ocorrido. critérios pré-estabelecidos, como protocolos que deverão ser ins-
Art. 11 Compete à ANVISA, em articulação com o Sistema Na- tituídos em conjunto pelo NIR e a gestão da Regulação, além de
cional de Vigilância Sanitária: permitir a busca por vagas de internação e apoio diagnóstico/ te-
I - monitorar os dados sobre eventos adversos notificados pelos rapêutico fora do próprio estabelecimento para os pacientes que
serviços de saúde; requeiram serviços não disponíveis, sempre que necessário, confor-
II - divulgar relatório anual sobre eventos adversos com a análi- me pactuação na Rede de Atenção à Saúde (RAS).
se das notificações realizadas pelos serviços de saúde;
III - acompanhar, junto às vigilâncias sanitárias distrital, esta- NIR para regulação de leitos intra-hospitalares
dual e municipal as investigações sobre os eventos adversos que O NIR é uma unidade técnico-administrativa que realiza o mo-
evoluíram para óbito. nitoramento do paciente, a partir de seu ingresso no hospital, sua
movimentação interna e externa até a alta hospitalar. É uma estru-
CAPÍTULO IV tura ligada diretamente à direção geral do hospital e deve ser legiti-
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS mada, com papel e função definidos.
É oportuno apresentar um modelo que subsidie o gestor hospi-
Art. 12 Os serviços de saúde abrangidos por esta Resolução te- talar a implantar o (NIR) para apoio a realização da gestão de leitos
rão o prazo de 120 (cento e vinte) dias para a estruturação dos NSP e interface com a regulação de acesso por meio, da elaboração de
e elaboração do PSP e o prazo de 150 (cento e cinquenta) dias para diretrizes que norteiem os gestores na implantação e/ou imple-
iniciar a notificação mensal dos eventos adversos, contados a partir mentação do NIR e orientação para constituição da equipe do NIR.
da data da publicação desta Resolução. A implantação e/ou implementação do NIR deve ser entendida
Art. 13 O descumprimento das disposições contidas nesta Re- como projeto importante e permanente dentro do planejamento
solução constitui infração sanitária, nos termos da Lei n. 6.437, de estratégico das unidades hospitalares, tendo em vista que os hospi-
20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil, ad- tais são instituições complexas e com rotinas e culturas organizacio-
ministrativa e penal cabíveis. nais que necessitam ser aprimoradas para melhorar qualidade da
Art. 14 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publica- assistência prestada aos usuários do SUS.
ção. O NIR possui as seguintes funções:
— Permite o conhecimento da necessidade de leitos, por espe-
cialidades e patologias;
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO HOSPITALAR (PNHOSP) — Subsidia discussões tanto internas, como externas (na rede
de atenção à saúde), que permitam o planejamento da ampliação
e/ou readequação do perfil de leitos hospitalares ofertados;
Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP)3 — Otimiza a utilização dos leitos hospitalares, para redução
A assistência hospitalar no Sistema Único de Saúde (SUS) é or- da Taxa de Ocupação, Tempo Médio de Permanência, nos diversos
ganizada a partir das necessidades da população, a fim de garantir setores do hospital, além de ampliar o acesso aos leitos, tanto no
o atendimento aos usuários, com apoio de uma equipe multiprofis- âmbito intra-hospitalar, quanto para outros serviços disponibiliza-
sional, que atua no cuidado e na regulação do acesso, na qualidade dos pela RAS;
da assistência prestada e na segurança do paciente. — Promove o uso dinâmico dos leitos hospitalares, por meio
3 https://antigo.saude.gov.br/atencao-especializada-e-hospitalar/as- do aumento de rotatividade e monitoramento das atividades de
sistencia-hospitalar/politica-nacional-de-atencao-hospitalar-pnhosp gestão da clínica desempenhadas pelas equipes assistenciais;
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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO - SUS

— Permite e aprimora a interface entre a gestão interna hospi- profissionais da equipe de forma multiprofissional, a fim de pa-
talar e a regulação; dronizar a metodologia de investigação diagnóstica e das condutas
— Qualifica os fluxos de acesso aos serviços e as informações terapêuticas em todos os setores da unidade hospitalar, o que di-
no ambiente hospitalar; minui gastos desnecessários, evita a duplicação ou superposição de
— Otimiza os recursos existentes e aponta necessidades de in- exames, proporciona mais agilidade ao tratamento, previne a subs-
corporação de tecnologias no âmbito hospitalar; tituição precoce de drogas e diminui a ocorrência de complicações
— Promove a permanente articulação do conjunto das espe- evitáveis e iatrogenias nos pacientes.
cialidades clínicas e cirúrgicas, bem como das equipes multiprofis- Outro ponto crucial na diminuição da permanência refere-se
sionais garantindo a integralidade do cuidado, no âmbito intra-hos- à agilidade nas respostas aos exames subsidiários ao diagnóstico.
pitalar; Assim, pactuações com os serviços de apoio diagnóstico para a prio-
— Aprimora e apoia o processo integral do cuidado ao usuário rização e hierarquização dos exames da emergência, assim como da
dos serviços hospitalares visando o atendimento mais adequado às UTI, são fundamentais para esse processo.
suas necessidades; É muito importante a possibilidade de tornar os processos in-
— Apoia as equipes na definição de critérios para internação formatizados, por meio de prontuários eletrônicos e a disponibili-
e alta; zação, na rede interna, dos resultados de exames, o que garante
— Fornece subsídios às Coordenações Assistenciais para que agilidade e redução de custos.
façam o gerenciamento dos leitos, sinalizando contingências locais É necessário que a equipe do NIR assegure e tenha o papel de
que possam comprometer a assistência; intermediadora da boa comunicação, além de mediar conflitos e
— Estimula o Cuidado Horizontal dentro da instituição; diminuir riscos de ruídos entre os setores do hospital. A boa relação
— Subsidia a direção do hospital para a tomada de decisão in- entre os setores torna mais fácil e deixa mais clara a definição de
ternamente; critérios de acesso a estas áreas e diminui a disputa por recursos,
— Colabora tecnicamente, com dados de monitoramento na muitas vezes escassos.
proposição e atualização de protocolos de diretrizes clínicas e tera- No caso da gestão de leitos realizada pelo NIR em conjunto com
pêuticas e administrativos. as demais equipes da unidade hospitalar, a viabilização das ações
propostas para a diminuição das médias de permanência, aumen-
No geral, as estruturas hospitalares têm mantido, muito alto, o to da rotatividade e diminuição da superlotação, tanto no setor de
tempo médio de permanência em suas enfermarias, traduzindo-se Urgência e Emergência, quanto nos outros setores do hospital, pre-
em um excedente de usuários que fica represado nas emergências, cede da implementação de algumas “ferramentas tecnológicas”, do
causando também elevadas médias de permanência nesses locais, campo da gestão da clínica e que serão sugeridas no manual.
que por falta de estrutura ou mesmo por terem sua capacidade ins- Em face ao exposto, fica evidente que as atividades desenvol-
talada suplantada tem que ficar mal acomodados, ou em situações vidas pelo NIR favorecem a melhoria dos processos institucionais, a
de improviso e precariedade. racionalização dos recursos, de acordo com a capacidade instalada,
A melhora de indicadores, como a Média de Permanência, leva propicia o aumento da rotatividade dos leitos na unidade hospitalar
em conta a necessidade de adequação e/ou aprimoramento das com consequente ampliação do acesso, além de promover práticas
unidades de saúde em relação a todos os fatores apontados acima. assistenciais seguras, mediante a utilização de protocolos clínicos e
Mas como só está na governabilidade do hospital temas internos a instrumentos de boas práticas para elevar a qualidade do atendi-
instituição é necessário que seja feito uma reavaliação dos proces- mento prestado ao usuário.
sos da rede de atenção à saúde como um todo. Portanto, o NIR deve estar empoderado e legitimado de prefe-
Nessa perspectiva, é importante um olhar para dentro da rência como uma instância colegiada ligada diretamente à direção
instituição com vistas a diminuição das médias de permanência e do hospital.
adoção de processo de cuidado pautado na gestão da clínica e na
pactuação com as equipes do hospital e dos serviços de apoio, no
sentido de mobilizar e viabilizar os acordos internos. QUESTÕES
Um ponto muito relevante para a gestão de vagas é a necessi-
dade de compatibilização da demanda com os recursos disponíveis
no serviço, por meio da definição de perfil e identificação da cartei- 1. IBFC - 2022 - SES-DF - Médico - Clínica Médica
ra de serviços ofertada pela instituição.
Dentre as estratégias importantes estão a definição de um res- Relativamente ao tema da “Evolução histórica da organização
ponsável pela coordenação do Projeto Terapêutico tanto nos seto- do sistema de saúde no Brasil e a construção do Sistema Único de
res de emergência, como também em outros setores, uma vez que Saúde (SUS)”, assinale a alternativa incorreta.
uma unidade é reflexo da outra em sequência. (A) Até a criação do Sistema Único de Saúde – SUS, a atuação
Como já ocorre nas Unidades de Terapia Intensiva, onde a con- na área de assistência à saúde era prestada à parcela da popu-
dução do projeto terapêutico cabe ao intensivista, no ambiente da lação definida como “indigente” por alguns Municípios e Esta-
emergência também se propõe que seja dada, ao coordenador clí- dos e, principalmente, por instituições de caráter filantrópico
nico do setor, a função de coordenar esse processo, sendo o espe- (B) Com a crise de financiamento da Previdência a partir de
cialista incorporado à equipe terapêutica, mas sob a coordenação meados da década de 70, o INAMPS adota várias providên-
de um profissional emergencista ou clínico que trabalha em escala cias para racionalizar suas despesas e começa, na década de
horizontal acompanhando diariamente a situação dos usuários e 80, a “comprar” serviços do setor público (redes de unidades
apoiando as decisões de conduta de forma linear. das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde), inicialmente
Também é fundamental a pactuação de protocolos entre os através de convênios. A assistência à saúde prestada pela rede
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LEGISLAÇÃO - SUS

pública, mesmo com o financiamento do INAMPS apenas para Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de
os seus beneficiários, preservava o seu caráter de universalida- cima para baixo.
de da clientela (A) F, V, V
(C) Até a criação do Sistema Único de Saúde - SUS, o Ministé- (B) V, F, V
rio da Saúde, apoiado por Estados e Municípios, desenvolveu (C) V, F, F
basicamente ações de promoção da saúde e de prevenção de (D) F, F, V
doenças, merecendo destaque as campanhas de vacinação e (E) V, V, V
controle de endemias
(D) Na década de 80, o INAMPS adota uma série de medidas 4. IBFC - 2022 - SES-DF - Médico - Clínica Médica
que o aproximam ainda mais de uma cobertura universal de
clientela, dentre as quais se destaca o início da exigência da Em conformidade com o disposto na Resolução n° 453 de 10 de
Carteira de Segurado do INAMPS para o atendimento nos hos- maio de 2012, a qual dispõe sobre os Conselhos de Saúde, assinale
pitais próprios e conveniados da rede pública a alternativa incorreta.
(E) A Constituição previu a competência concorrente dos entes (A) Na instituição e reformulação dos Conselhos de Saúde o Po-
federados para legislar sobre a “defesa da saúde” der Executivo, respeitando os princípios da democracia, deve
acolher as demandas da população aprovadas nas Conferên-
2. IBFC - 2020 - EBSERH - Técnico em Contabilidade cias de Saúde, e em consonância com a legislação
(B) Nos Municípios onde não existem entidades, instituições e
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) representou um movimentos organizados em número suficiente para compor
marco importante para a saúde pública do Brasil, pois apresenta o Conselho, a eleição da representação deve ser realizada em
um arcabouço jurídico-institucional no campo das políticas públicas plenária no respectivo Estado, promovida pelo Conselho Esta-
de saúde. Sobre a evolução histórica do SUS, analise as afirmativas dual de maneira ampla e democrática
abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F). (C) O processo bem-sucedido de descentralização da saúde
( ) O marco da reforma do sistema de saúde brasileiro foi a 8a promoveu o surgimento de Conselhos Regionais, Conselhos
Conferência Nacional de Saúde, que ocorreu em março de 1988 e Locais, Conselhos Distritais de Saúde, incluindo os Conselhos
teve como lema “Saúde, Direito de Todos, e Dever do Estado”. dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, sob a coordenação
( ) Os princípios e diretrizes do SUS foram contemplados na Lei dos Conselhos de Saúde da esfera correspondente. Assim, os
Orgânica da Saúde, Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990. Conselhos de Saúde são espaços instituídos de participação da
( ) O SUS, portanto, não é composto somente por serviços comunidade nas políticas públicas e na administração da saúde
públicos; é integrado também por uma rede de serviços privados, (D) A participação da sociedade organizada, garantida na legis-
principalmente hospitais e unidades de diagnose e terapia, que são lação, torna os Conselhos de Saúde uma instância privilegiada
remunerados por meio dos recursos públicos destinados à saúde. na proposição, discussão, acompanhamento, deliberação, ava-
liação e fiscalização da implementação da Política de Saúde,
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros
cima para baixo. (E) A representação nos segmentos deve ser distinta e autôno-
(A) F, V, V ma em relação aos demais segmentos que compõem o Con-
(B) V, F, V selho, por isso, um profissional com cargo de direção ou de
(C) V, F, F confiança na gestão do SUS, ou como prestador de serviços de
(D) F, F, V saúde não pode ser representante dos(as) Usuários(as) ou de
(E) V, V, V Trabalhadores(as)

3. IBFC - 2020 - EBSERH - Técnico em Contabilidade 5. IBFC - 2022 - SESACRE - Agente Administrativo

Após a publicação das Leis de n° 8.080/1990, e de n° Acerca das disposições da Resolução nº 453/2012 do Conselho
8.142/1990, a atuação da sociedade no sistema de saúde tomou Nacional de Saúde, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verda-
outras dimensões, pois a partir daí, a participação social foi amplia- deiro (V) ou Falso (F).
da, democratizada e passou a ser qualificada pelo Controle Social. ( ) Como Subsistema da Seguridade Social, o Conselho de Saú-
Em relação ao Controle Social, analise as afirmativas abaixo e dê de atua na formulação e proposição de estratégias e no controle da
valores Verdadeiro (V) ou Falso (F). execução das Políticas de Saúde, inclusive nos seus aspectos econô-
( ) “A partir do controle social, a sociedade começou, efetiva- micos e financeiros.
mente, a participar da gestão do sistema de saúde.” ( ) Não há, nos Conselhos de Saúde, participação das entidades
( ) “A população, por meio dos Conselhos de Saúde, passou a representativas dos trabalhadores da área da saúde.
exercer o controle social.” ( ) As entidades, movimentos e instituições eleitas no Conse-
( ) “O controle social ocorre por meio da participação da popu- lho de Saúde terão os conselheiros indicados, por escrito, conforme
lação no planejamento das políticas públicas, fiscalizando as ações processos estabelecidos pelas respectivas entidades, movimentos e
do governo, verificando o cumprimento das leis relacionadas ao instituições e de acordo com a sua organização, com a recomenda-
SUS e analisando as aplicações financeiras realizadas pelo municí- ção de que ocorra renovação de seus representantes.
pio ou pelo estado no gerenciamento da saúde.”

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LEGISLAÇÃO - SUS

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de
cima para baixo. cima para baixo.
(A) V - V - V (A) V - V - V
(B) V - F - V (B) V - F - V
(C) F - F - V (C) F - F - V
(D) V - V - F (D) V - V - F

6. IBFC - 2022 - SESACRE - Agente Administrativo 9. IBFC - 2022 - DPE-MT - Analista - Assistente Social

As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regio- A Lei Federal nº 8.080/1990 regulamenta as ações e serviços
nalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, conforme de Saúde em todo o território nacional e em seu artigo 16º indica
dispõe a Constituição Federal de 1988. Acerca do assunto, assinale como competência da Direção Nacional do Sistema Único de Saúde:
a alternativa que não apresenta uma diretriz do sistema único. I. Colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância
(A) Participação da comunidade sanitária de portos, aeroportos e fronteiras.
(B) Atendimento integral, com prioridade para as atividades II. Promover a descentralização para os Municípios dos serviços
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais e das ações de saúde.
(C) Descentralização, com direção única em cada esfera de go- III. Participar da definição de normas, critérios e padrões para o
verno controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a
(D) Equidade na forma de participação no custeio política de saúde do trabalhador.
IV. Formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutri-
7. IBFC - 2023 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Psicólogo ção.

Sobre o atendimento e a internação domiciliar, assinale a al- Estão corretas as afirmativas:


ternativa incorreta em relação ao que é proposto pela Lei 8.080 de (A) I e III apenas
1990, no Sistema Único de Saúde brasileiro. (B) II e III apenas
(A) Na modalidade de assistência de atendimento domiciliar (C) III e IV apenas
incluem-se, principalmente, os procedimentos médicos, de en- (D) I e II apenas
fermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência so-
cial, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes 10. IBFC - 2019 - Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE -
em seu domicílio Enfermeiro Diarista e Plantonista
(B) A internação domiciliar deve ser realizada por equipes mul-
tidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina tanto pre- De acordo com a Lei nº 8142/1990, o Sistema Único de Saúde
ventiva, quanto terapêutica e reabilitadora (SUS) de que trata a Lei nº 8080/1990, contará, em cada esfera de
(C) Tanto o atendimento quanto a internação domiciliar só po- governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as se-
derá ser realizada por indicação médica, com expressa concor- guintes instâncias colegiadas: _____ e _____.
dância do paciente e de sua família Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente
(D) A modalidade de assistência de atendimento domiciliar é as lacunas.
preconizada pelo Sistema Único de Saúde, e a modalidade de (A) Estado / Município
assistência de internação domiciliar não é preconizada por esse (B) Conferência de Saúde / Conselho de Saúde
Sistema de Saúde (C) Ouvidoria / Assistência Social
(D) Educação / Município
8. IBFC - 2023 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Agente de Saúde /
Agente de Call Center 11. IBFC - 2020 - EBSERH - Assistente Administrativo

Acerca das disposições da Lei nº 8080/1990, conhecida como Os Determinantes Sociais da Saúde (DSS) abordam, de forma
Lei Orgânica da Saúde, analise as afirmativas a seguir e dê valores geral, as condições de vida e condições de trabalho dos indivíduos
Verdadeiro (V) ou Falso (F). que de alguma forma condicionam sua saúde. Com base na Comis-
( ) A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo são Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS), as-
o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. sinale a alternativa correta.
( ) O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formula- (A) Fatores psicológicos não fazem parte dos DSS
ção e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redu- (B) Fatores comportamentais não fazem parte dos DSS
ção de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento (C) Fatores étnico/raciais não fazem parte dos DSS
de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações (D) Fatores culturais e Sociais não fazem parte dos DSS
e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. (E) Fatores ambientais, como poluição do ar, da terra e dos ali-
( ) O dever do Estado exclui o das pessoas, da família, das em- mentos, não fazem parte dos DSS
presas e da sociedade.

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a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO - SUS

12. IBFC - 2019 - Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - (C) A direção do serviço de saúde deve constituir o Núcleo de
Enfermeiro Diarista e Plantonista Segurança do Paciente (NSP) e nomear a sua composição, con-
ferindo aos membros autoridade, responsabilidade e poder
Os Sistemas de Informação em Saúde são sistemas que instru- para executar as ações do Plano de Segurança do Paciente em
mentalizam e apoiam a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), Serviços de Saúde
em todas as esferas, nos processos de planejamento, programação, (D) Por segurança do paciente, deve-se compreender a maximi-
regulação, controle, avaliação e auditoria. Diante disto, analise as zação a um máximo aceitável, do risco de dano desnecessário
afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F). associado à atenção à saúde
( ) O sistema CNES significa Cadastro Nacional de Estabeleci-
mentos de Saúde. 15. IBFC - 2023 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Desenvolvimento
( ) O sistema SIA significa Sistema de Informações Ambulato- de Recursos Humanos na Saúde
riais do SUS.
( ) O sistema SIGTAP é um sistema de tabulação apenas para a De acordo com Santos et al. (2020), os marcos históricos de-
tabela da Associação Médica Brasileira (AMB). terminantes para a política de atenção hospitalar foram o Plano da
( ) O sistema SISMAC é um sistema de controle financeiro de Reforma da Atenção Hospitalar Brasileira e a Política Nacional de
todas as complexidades de ações e serviços ambulatoriais. Atenção Hospitalar - PNHOSP, pois determinaram o período entre
2003 e 2013 como oportuno para a reestruturação deste nível de
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de atenção no Sistema Único de Saúde - SUS. Sobre as formas de ges-
cima para baixo. tão de saúde no SUS, conforme os autores, assinale a alternativa
(A) F, V, V, F incorreta.
(B) V, V, F, F (A) O SUS, no tocante à atenção hospitalar, tem como poten-
(C) V, F, F, V cialidade um modelo que foge dos padrões hospitalocêntricos
(D) F, F, V, V e tem tido avanços significativos na implementação da concep-
ção sistêmica e participativa em sua forma de gestão
13. IBFC - 2022 - SES-DF - Médico - Clínica Médica (B) Hoje, a forma de gestão SUS, aponta nova institucionalida-
de jurídica da atenção hospitalar no SUS e mostra o quanto é
Em atenção ao disposto na Resolução-RDC nº 63 de 2011, a centrada no gestor estadual, pactuada com os níveis federal e
qual dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento municipal/regional e contratualizada com modelos alternativos
para os Serviços de Saúde, assinale a alternativa incorreta. de gestão indireta
(A) O serviço de saúde deve possuir mecanismos que garantam (C) O período iniciado em 2003, teve como principais desafios
a continuidade da atenção ao paciente quando houver neces- relacionados com a categoria Política de Saúde, a influência das
sidade de remoção ou para realização de exames que não exis- ideias ancoradas no projeto neoliberal e a regionalização
tam no próprio serviço (D) Para concretizar proposta de atenção hospitalar em confor-
(B) As Boas Práticas de Funcionamento (BPF) são os componen- midade com as Redes de Atenção à Saúde - RAS, dever-se-ia
tes da Garantia da Qualidade que asseguram que os serviços enfrentar os desafios da fragmentação sistêmica, complexa go-
são ofertados com padrões de qualidade adequados vernança regional, problemas de acesso aos serviços de média
(C) O serviço de saúde deve utilizar a Garantia da Qualidade complexidade e da necessidade de articulação política
como ferramenta de gerenciamento
(D) A licença de funcionamento dos serviços e atividades ter-
ceirizados deve conter informação sobre a sua habilitação para GABARITO
atender serviços de saúde, quando couber
(E) O serviço de saúde deve garantir mecanismos para o contro-
le de acesso dos trabalhadores e pacientes, vedado tal registro
1 D
para acompanhantes e visitantes
2 A
14. IBFC - 2022 - Prefeitura de Contagem - MG - Advogado 3 E
Em conformidade com as disposições da Resolução - RDC Nº 4 B
36, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de 5 B
saúde, assinale a alternativa incorreta.
(A) Compete ao Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) acom- 6 D
panhar as ações vinculadas ao Plano de Segurança do Paciente 7 D
em Serviços de Saúde 8 D
(B) O Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde
(PSP), elaborado pelo NSP, deve estabelecer estratégias e ações 9 C
de gestão de risco, conforme as atividades desenvolvidas pelo 10 B
serviço de saúde
11 E
12 B

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13 E ______________________________________________________

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ANOTAÇÕES
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CONHECIMENTOS
ESPECÍFICOS
Fisioterapeuta

MÉTODOS E TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO, TRATAMENTO E PROCEDIMENTOS EM FISIOTERAPIA

Engloba a avaliação clínica e funcional da postura, marcha, função respiratória e neurológica, incorporando a análise, compreensão,
embasamento e treinamento das manobras e procedimentos que compõem os conceitos de avaliação, juntamente com seus elementos
estruturais. Além disso, tem como objetivo a aplicação dos conhecimentos adquiridos na avaliação clínica e posterior tratamento dos
pacientes.
Abrange a identificação das bases anatomofuncionais, movimentos segmentares, e análise da postura e marcha por meio de estu-
dos teóricos e práticos. Aborda os fundamentos da avaliação, incluindo a avaliação das unidades motoras, coluna vertebral, mecânica do
equilíbrio, postura, marcha, respiração e parede abdominal, bem como técnicas como perimetria, goniometria, testes de força muscular
e avaliações específicas.
Método se refere ao procedimento ou abordagem seguida para investigar a verdade ou adquirir conhecimento em um campo de
estudo ou ciência. Raciocínio utilizado para alcançar o entendimento ou a demonstração da verdade.
Técnica, por outro lado, diz respeito aos componentes materiais ou aos processos envolvidos em uma arte ou disciplina. Em relação à
fisioterapia, investigar as disfunções do movimento é uma parte essencial de seus métodos, possivelmente sendo a mais crucial na prática
clínica. A aplicação de técnicas eficazes não é suficiente se um diagnóstico preciso não tiver sido estabelecido anteriormente.

PROVAS DE FUNÇÃO MUSCULAR

Seu propósito reside em avaliar, quantificar, qualificar, classificar, comparar e reavaliar a função dos diferentes segmentos do corpo, a
fim de identificar quaisquer alterações na funcionalidade.
Força muscular refere-se à capacidade de um músculo ou grupo de músculos gerar torque em uma articulação específica. É ampla-
mente reconhecida como uma das valências físicas mais significativas, estando estreitamente relacionada com a capacidade funcional.
A mensuração da força muscular desempenha um papel fundamental na avaliação funcional dos indivíduos e é empregada na prática
clínica com diversos objetivos. Isso inclui o diagnóstico funcional para avaliar mudanças ao longo do tempo, além de servir como um indi-
cador preditivo ou prognóstico para a ocorrência de quedas e limitações na execução das atividades diárias.

Elementos e fatores que podem influenciar na avaliação da força muscular

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A avaliação manual é uma ferramenta significativa para o diagnóstico e prognóstico de distúrbios musculoesqueléticos, requerendo
uma diferenciação rigorosa das ações musculares, uma vez que raramente um músculo atua isoladamente, com outros músculos frequen-
temente desempenhando funções semelhantes. Esses testes são categorizados em uma escala de 5 graus, variando de 0 (ausência de
contração muscular) a 5 (contração máxima). É fundamental ressaltar que essa avaliação é subjetiva.

Classificação da força muscular

Como avaliar o teste de força muscular manual


– Profundo conhecimento anatômico, fisiológico e biomecânico das posições e da estabilização dos músculos esqueléticos.
– Habilidade na palpação e na aplicação da resistência de forma precisa.
– Orientação cuidadosa para cada movimento, garantindo que a técnica seja executada corretamente.
– Compreensão da função de cada músculo, incluindo sua relação com músculos sinergistas e antagonistas.
– Observação de quaisquer diferenças no contorno e volume muscular em comparação com o lado contralateral ou com padrões
normais.
– Utilização de um método padronizado para classificar a força muscular de acordo com uma escala específica.
Esses elementos combinados permitem uma avaliação precisa e sistemática da força muscular manual.

Critérios para realizar o teste de força muscular


– Posição do Paciente: a posição do paciente deve ser adaptada de acordo com o músculo testado, sua força geral e sua condição
geral de saúde.
– Fixação do Paciente: é fundamental garantir que o corpo do paciente esteja firme e estável para garantir uma avaliação precisa. O
próprio peso corporal pode ser usado para proporcionar a estabilidade necessária. Em alguns casos, o fisioterapeuta pode precisar estabi-
lizar a parte proximal do segmento sendo testado.
– Posição da Prova: refere-se à posição na qual o segmento a ser testado é colocado pelo fisioterapeuta e deve ser mantida, na medida
do possível, pelo paciente. O movimento de teste é o movimento da parte do segmento em uma direção específica e ao longo de um arco
de movimento especificado.
– Resistência da Prova: o fisioterapeuta aplica uma resistência ao movimento para determinar a força do músculo enquanto este se
mantém na posição de teste. A pressão é geralmente aplicada próxima à extremidade distal da parte à qual o músculo está inserido. A
quantidade de pressão varia de acordo com o tamanho do paciente, a parte do corpo testada e a alavancagem envolvida.
– Substituição: é importante observar se outros grupos musculares estão tentando compensar a falta de função do músculo sendo
testado. Isso pode ocorrer quando músculos que normalmente atuam em conjunto tentam substituir a função do músculo fraco ou para-
lisado.
Para evitar a substituição, o fisioterapeuta deve posicionar o músculo sendo testado de forma a evitar que outros músculos ajam
como substitutos. Isso é particularmente relevante em provas musculares manuais, onde a substituição não deve ser permitida para uma
avaliação precisa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA

A relação entre o corpo humano e o movimento nos diversos contextos da vida diária, à luz das disciplinas Cinesiologia e Biomecânica,
tem como objetivo compreender os elementos que originam e influenciam a ampla gama de movimentos realizados pelo corpo humano
em atividades rotineiras, sejam elas recreativas, laborais, esportivas ou funcionais.
Essas áreas do conhecimento exploram como os músculos, ossos, articulações e outras estruturas do corpo interagem para possibilitar
a locomoção, postura e execução de tarefas. Além disso, avaliam como variáveis como força, torque, momento, equilíbrio e coordenação
afetam o desempenho do corpo em diversas situações.
Profissionais de saúde, como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, educadores físicos e médicos, se beneficiam desse conhe-
cimento para avaliar, diagnosticar e tratar distúrbios musculoesqueléticos, melhorar o desempenho esportivo, otimizar a reabilitação e
promover a saúde e o bem-estar. A Cinesiologia e a Biomecânica são, portanto, ferramentas essenciais para compreender como o corpo
humano responde às demandas físicas impostas pelas atividades diárias e como maximizar sua eficiência e prevenir lesões.

Temos como conceitos


Cinesiologia: considerada o estudo do movimento humano.
Biomecânica: aplicação de princípios mecânicos no estudo dos organismos vivos. A Biomecânica pode ser considerada uma subdisci-
plina da Cinesiologia, uma vez que, embora ambas se concentrem no estudo do movimento humano, a Biomecânica incorpora conceitos
fundamentados na Física, mais precisamente na área da mecânica, para analisar o comportamento do corpo em movimento.

A partir da posição anatômica de referência, podemos descrever a localização do corpo utilizando termos direcionais comuns na área
da Cinesiologia e Biomecânica:
– Superior: refere-se a uma posição mais próxima da cabeça.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

– Inferior: indica uma posição mais afastada da cabeça. Exemplos dos movimentos que ocorrem nos planos cardinais
– Anterior: descreve a parte frontal do corpo e é sinônimo de abordados.
ventral.
– Posterior: descreve a parte traseira do corpo e é sinônimo
de dorsal.
– Medial: denota uma posição próxima à linha média do corpo.
– Lateral: indica uma posição afastada da linha média do corpo.
– Proximal: descreve uma posição mais próxima de um ponto
de referência.
– Distal: descreve uma posição mais afastada de um ponto de
referência.

Para descrever o movimento humano, empregamos o sistema


de planos e eixos, que nos permite fornecer informações precisas ao
criar linhas imaginárias que “segmentam” o corpo. Existem três pla-
nos imaginários que dividem a massa do corpo em três dimensões.
Esses planos são coletivamente conhecidos como planos cardinais.
Podemos dizer que um movimento ocorre em um plano específico
quando ele se desenrola ao longo ou paralelamente a esse plano.

Planos e Eixos
Plano sagital, também referido como plano anteroposterior,
divide o corpo em lados direito e esquerdo, com massas iguais. Os
movimentos neste plano acontecem ao longo do eixo mediolateral
(perpendicular ao plano). Os movimentos articulares característicos
incluem flexão, extensão e hiperextensão.
Plano frontal, também chamado de plano coronal, divide o
corpo verticalmente em uma parte frontal (anterior) e uma parte
traseira (posterior). Os movimentos neste plano ocorrem ao longo
do eixo anteroposterior (perpendicular ao plano), também conheci-
do como eixo sagital. Os movimentos articulares característicos são
abdução e adução.
Plano transversal, também denominado plano horizontal, di-
vide o corpo em partes superior e inferior. Os movimentos neste
plano ocorrem ao longo do eixo longitudinal (perpendicular ao pla-
no), também chamado de eixo vertical. Os movimentos articulares
característicos incluem rotação interna, rotação externa, pronação
e supinação.

O movimento é a alteração na posição ou na postura do cor-


po em relação a um ponto de referência no ambiente, ao longo do
tempo.

Princípios fundamentais da Biomecânica


Alguns princípios na Biomecânica podem esclarecer as caracte-
rísticas dos movimentos de forma geral.
– Lei da Inércia: esta lei afirma que um corpo manterá seu es-
tado de repouso ou de velocidade constante, a menos que seja afe-
tado por uma força externa capaz de alterá-lo.
– Lei da Aceleração: esta lei estabelece que uma força aplicada
a um corpo resulta em uma aceleração desse corpo, sendo a mag-
nitude da aceleração diretamente proporcional à força aplicada, na
direção da força e inversamente proporcional à massa do corpo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

– Lei da Reação: essa lei estabelece que, para cada ação, haverá uma reação igual e oposta.

ANÁLISE DA MARCHA

O movimento é a alteração na posição ou na postura do corpo em relação a um ponto de referência no ambiente, ao longo do tempo.

Princípios fundamentais da Biomecânica


Alguns princípios na Biomecânica podem esclarecer as características dos movimentos de forma geral.
– Lei da Inércia: esta lei afirma que um corpo manterá seu estado de repouso ou de velocidade constante, a menos que seja afetado
por uma força externa capaz de alterá-lo.
– Lei da Aceleração: esta lei estabelece que uma força aplicada a um corpo resulta em uma aceleração desse corpo, sendo a magnitude
da aceleração diretamente proporcional à força aplicada, na direção da força e inversamente proporcional à massa do corpo.
– Lei da Reação: essa lei estabelece que, para cada ação, haverá uma reação igual e oposta.

Marcha normal
O movimento humano é regulado pelo sistema neuromuscular, mas a marcha bípede, um exemplo de movimento fundamental, pode
ser parcialmente compreendida como um mecanismo passivo.
Conforme descrito por Houglum (2014), a marcha pode ser definida como o padrão ou estilo da caminhada. Um ciclo de marcha
abrange o período desde o momento em que o calcanhar de um pé toca o solo até o momento em que toca o solo novamente. Segundo
o autor, do ponto de vista funcional, a marcha envolve três tarefas essenciais:
– Aceitação do peso.
– Apoio simples.
– Avanço do membro.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Na análise da marcha, os especialistas observam atletas, sejam profissionais ou amadores, correndo ou caminhando em uma esteira.
O propósito é examinar a maneira como a pessoa executa a atividade, incluindo o gesto esportivo, e identificar quaisquer movimentos
inadequados que possam causar desconforto ao atleta ou que possam levar a desconfortos futuros. Essa análise é, essencialmente, um
procedimento corretivo e orientativo.

A cinemática pode ser definida como a investigação da organização harmônica dos padrões de movimento, na qual se busca obter
dados relativos a tempo, espaço, velocidade e aceleração. No contexto clínico, esse estudo se concentra principalmente nos padrões de
movimento angular e no controle desses padrões (Konin, 2006).

Avaliação da marcha nos diferentes planos de movimento


A marcha é o meio pelo qual os mamíferos terrestres realizam seus deslocamentos, abrangendo todas as formas de locomoção. No
caso dos seres humanos, o ciclo da marcha segue a seguinte sequência (Houglum e Bertoti, 2014)..

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A análise da marcha humana abrange diversos planos:


(a) Ciclo da marcha;
(b) Plano sagital;
(c) Plano frontal;
(d) Plano transverso.
Fonte: Houglum e Bertoti (2014, p. 549-550).

EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS E TREINAMENTO FUNCIONAL

Diferente da musculação, quem faz esse tipo de treinamento não separa as partes do corpo para trabalhá-las, mas usa todo o corpo
de maneira integrada.
O Treinamento Funcional pode ser utilizado em várias áreas como:
– Aumento da performance;
– Reabilitação;
– Prevenção;
– Estética.

Uma outra vantagem é seu foco em movimentos relacionados ao dia a dia do aluno ou paciente. Vale a pena lembrar que o Treina-
mento Funcional pode ser caracterizado como exercício corretivo só pelo fato de trabalhar movimentos rotineiros e disfuncionais do aluno.
O trabalho integrado característico do Treinamento Funcional Terapêutico nos auxilia a atingir nosso objetivo de corrigir todo o corpo
que compensou por causa de algum desequilíbrio muscular.

Primeiros passos no Treinamento Funcional terapêutico


Não devemos envolver o paciente em exercícios ou posições que causem dor ou desconforto. Agora, estamos preparados para iniciar
o Treinamento Funcional Terapêutico.
Em qualquer processo de reabilitação que empregue o Treinamento Funcional Terapêutico, é essencial começar fortalecendo a base,
também conhecida como o “core”, do aluno. Indivíduos com uma base fraca podem enfrentar dificuldades consideráveis na execução de
muitos dos exercícios.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

1. Melhora da capacidade aeróbica;


INDICAÇÃO, CONTRA-INDICAÇÃO, TÉCNICAS E EFEITOS 2. Aprimoramento nas trocas de gases respiratórios;
FISIOLÓGICOS DA HIDROTERAPIA, MASSOTERAPIA, ME- 3. Reeducação respiratória;
CANOTERAPIA, CRIOTERAPIA, ELETROTERAPIA, TERMO- 4. Aumento do consumo de energia;
TERAPIA SUPERFICIAL E PROFUNDA 5. Auxílio na circulação venosa;
6. Aumento do fluxo sanguíneo, resultando em estabilidade da
pressão arterial e atraso no desenvolvimento de varizes.
— Hidroterapia – Sistema nervoso: a temperatura relativamente moderada da
É indicada e empregada por profissionais da área médica e água reduz a sensibilidade das terminações nervosas sensoriais, en-
fisioterapeutas em programas de reabilitação multidisciplinar, es- quanto o calor do sangue que percorre os músculos diminui o tônus
pecialmente na reumatologia. O termo “hidroterapia” abrange di- muscular, promovendo o relaxamento.
versas modalidades de utilização da água em contextos profiláticos – Sistema renal: a imersão na água, com variações de pH e pro-
e terapêuticos, que podem ser diferenciados da seguinte maneira: fundidade, aumenta os fluidos corporais, o que por sua vez resul-
1. A hidroterapia por via oral; ta em maior produção de urina. Isso ocorre devido à melhora da
2. A balneoterapia; circulação venosa, que afeta a resposta renal e estimula a micção.
3. As duchas quentes; frias ou mornas; No entanto, é importante observar que essa resposta pode ser um
4. As compressas úmidas; desafio para pacientes com incontinência urinária.
5. A crioterapia; – Sistema imunológico: estudos têm demonstrado que a apli-
6. A talassoterapia; cação prolongada e intensa de calor úmido é capaz de penetrar até
7. A fangoterapia; 3,4 cm, alcançando inclusive camadas superficiais dos músculos.
8. A crenoterapia; Isso resulta em um aumento do número de leucócitos no corpo,
9. Saunas; melhorando as condições tróficas e promovendo um estado geral
10. Turbilhão; de saúde mais favorável para o paciente.
11. Hidromassagem; – Sistema musculoesquelético: durante o tratamento, os exer-
12. Hidrocinesioterapia ou fisioterapia aquática. cícios podem ser iniciados nas fases iniciais, possibilitando o relaxa-
mento dos músculos e estimulando o metabolismo. Isso gera diver-
Os efeitos fisiológicos na água aquecida sos benefícios, incluindo:
São resultantes das atividades realizadas e variam de acordo Alívio de espasmos musculares e dor;
com as temperaturas da água, a pressão hidrostática, a duração do Redução da fadiga muscular;
tratamento e a intensidade dos exercícios. Além disso, as reações Aprimoramento do desempenho geral, envolvendo o trabalho
fisiológicas podem ser influenciadas pelas condições de saúde de equilibrado dos músculos agonistas e antagonistas;
cada paciente. Recuperação de lesões;
Muitos efeitos terapêuticos benéficos obtidos com a imersão Melhoria do condicionamento físico;
na água aquecida, como relaxamento, analgesia, redução do im- Auxílio no alongamento muscular;
pacto nas articulações, estão associados às propriedades físicas da Aumento ou manutenção das amplitudes de movimento
água que influenciam os exercícios. Estas propriedades incluem: (ADM);
– Densidade relativa: que determina a capacidade de flutuação Aperfeiçoamento da resistência e da força muscular.
de um objeto ou corpo.
– Força de empuxo ou de flutuação: a força oposta à gravidade, Técnicas utilizadas na hidroterapia
que permite flutuar na água e é utilizada como resistência ao movi- – Método Halliwick: este método surgiu em 1949 na Halliwi-
mento, sobrecarga natural e estímulo à circulação. ck School for Girls, em Southgate, Londres. Foi desenvolvido por
– Tensão superficial: atua como resistência ao movimento, MC Millian com o objetivo inicial de criar uma atividade recreativa
principalmente em músculos pequenos ou fracos. que proporcionasse independência na água a pacientes com inca-
– Pressão hidrostática: exerce uma pressão uniforme quando o pacidades, ensinando-os a nadar. Os princípios fundamentais desse
corpo está em repouso na água e possui efeitos terapêuticos, como método incluem:
aumento do débito cardíaco e da diurese. – Adaptação ambiental: este princípio se baseia no entendi-
– Impacto: os exercícios na água são executados em baixa ve- mento das forças da gravidade e do empuxo, que em conjunto ge-
locidade, reduzindo o impacto em comparação com exercícios no ram movimentos rotacionais.
solo. – Restauração do equilíbrio: o foco está na utilização de movi-
– Sistema termorregulador: a água aquecida mantém o calor mentos amplos, principalmente com os braços, para mover o corpo
durante a terapia, o que diminui a sensibilidade das fibras nervosas por diferentes posturas e, ao mesmo tempo, manter o equilíbrio.
de rápido e lento tato, levando à diminuição da dor. A temperatura – Inibição: refere-se à habilidade de criar e manter uma posi-
da água entre 33°C e 36,5°C promove a dilatação dos vasos sanguí- ção desejada, inibindo padrões posturais patológicos.
neos, aumento do metabolismo e da frequência respiratória, bem – Facilitação: é a capacidade de conceber um movimento men-
como a atividade das glândulas sudoríparas e sebáceas. talmente e controlá-lo fisicamente sem depender da flutuação. O
Essas propriedades da água desempenham um papel funda- aprendizado segue um “programa de dez pontos” que acompanha
mental nos efeitos terapêuticos da hidroterapia. a sequência de desenvolvimento do movimento físico pelo córtex
– Sistema cardiorrespiratório: durante a hidroterapia, ocorrem cerebral.
mudanças benéficas, como:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Método Bad Raggaz: este método é composto por técnicas – Feridas infectadas: a presença de feridas com infecção ativa é
de movimento realizadas em planos anatômicos e diagonais, com uma contraindicação absoluta, pois a imersão pode piorar a infec-
a resistência e estabilização providas pelo terapeuta. O paciente é ção e comprometer a saúde do paciente.
mantido em posição de decúbito dorsal com a ajuda de flutuado- – Infecções de pele e gastrointestinais: pacientes com infecções
res nos segmentos anatômicos apropriados. Essa técnica pode ser de pele ou gastrointestinais ativas não devem ser submetidos à hi-
aplicada passivamente ou ativamente em pacientes com condições droterapia, uma vez que a água pode agravar essas condições.
ortopédicas, reumáticas ou neurológicas. Os objetivos terapêuti- – Sintomas agudos de trombose venosa profunda: caso o pa-
cos incluem a redução do tônus muscular, o pré-treinamento para ciente apresente sintomas agudos de trombose venosa profunda, a
marcha, a estabilização do tronco, o fortalecimento muscular e o hidroterapia não é apropriada, pois a imersão na água pode aumen-
aumento da amplitude de movimento. tar o risco de complicações.
– Doenças sistêmicas: pacientes com doenças sistêmicas que
Método Watsu: este método envolve duas posições distintas: possam ser agravadas pela hidroterapia devem evitar esse tipo de
as simples, que consistem em movimentos básicos e flutuações li- tratamento.
vres, e as complexas, chamadas de “berços”. O fluxo de uma sessão – Tratamento radioterápico em andamento: durante um trata-
de Watsu inclui uma abertura, os movimentos básicos e três ses- mento radioterápico em andamento, a hidroterapia pode não ser
sões adicionais: recomendada, visto que a exposição à água pode interferir no tra-
– Berço da cabeça; tamento.
– Posição sob a perna distante, ombro e quadril; Além disso, processos micóticos e fúngicos graves também são
– Berço da perna próxima. contraindicações absolutas para a hidroterapia, pois a umidade do
– Cada sessão visa proporcionar relaxamento, alívio do estresse ambiente aquático pode agravar essas condições.
e melhora do bem-estar físico e mental. Por fim, processos infecciosos e inflamatórios agudos na região
Hidrocinesioterapia: esse é um conjunto de técnicas terapêu- da face e do pescoço, como inflamações dentárias, amigdalites, fa-
ticas que se baseiam no movimento humano. Envolve a prática de ringites, otites, sinusites e rinites, geralmente pioram com a imer-
fisioterapia na água e a realização de exercícios terapêuticos em pis- são, tornando a hidroterapia inapropriada para esses casos, o que
cinas, podendo incluir manuseios, manipulações, hidromassagem as torna contraindicações.
e massoterapia. Essas técnicas são incorporadas em programas de
tratamento personalizados para cada paciente. — Massoterapia
A palavra “massoterapia” tem origem no latim e sua etimologia
Indicações envolve “masso,” que significa amassamento, e “terapia,” que se
Os efeitos terapêuticos gerais são: refere a tratamento.
1. Alívio de dor;
2. Alívio do espasmo muscular; Tipos de massagem
3. Relaxamento; Existem diversas técnicas de massagem utilizadas globalmente
4. Aumento da circulação sanguínea; para uma variedade de finalidades. Podemos classificar a massa-
5. Melhora das condições da pele; gem da seguinte forma:
6. Manutenção e/ou aumento das amplitudes de movimento – Terapêutica: utilizada no tratamento de dores e disfunções;
(ADMs); – Preventiva: aplicada para relaxamento e manutenção;
7. Reeducação dos músculos paralisados; – Desportiva: empregada no aquecimento, relaxamento e re-
8. Melhora da força muscular (desenvolvimento de força e re- cuperação, especialmente em atividades esportivas;
sistência muscular); – Estética: voltada para embelezamento, modelagem do corpo
9. Melhora da atividade funcional da marcha; e drenagem.
10. Melhora das condições psicológicas do paciente; e
11. Máxima independência funciona. A classificação de tipos de massagem compreende essas qua-
tro modalidades, no entanto, dentro dessas técnicas diversas, ou-
Contraindicações tras surgem com métodos de aplicação específicos.
– Febre; Aqui estão algumas delas:
– Ferida aberta; – Drenagem linfática: é uma técnica que visa a drenagem do
– Erupção cutânea contagiosa; sistema linfático para eliminar toxinas do organismo, promovendo
– Doença infecciosa; a redução de edemas, auxiliando no emagrecimento e prevenindo
– Doença cardiovascular grave; celulites.
– História de convulsões não controladas; – Massagem modeladora: envolve movimentos rápidos e rit-
– Uso de bolsa ou cateter de colostomia; mados para estimular a circulação sanguínea e tonificar a muscu-
– Menstruação sem proteção interna; latura, atuando contra a gordura localizada, celulite e reduzindo
– Tubos de traqueostomia, gastrostomia e/ou nasogástricos; medidas.
– Controle orofacial diminuído; – Massagem corretiva: esta terapia é frequentemente realizada
– Hipotensão ou hipertensão grave; por profissionais da área de saúde, como fisioterapeutas, com o ob-
– Resistência gravemente limitada. jetivo de corrigir desequilíbrios nas estruturas osteomusculares do
corpo e realinhar a musculatura anatomicamente.
Existem algumas contraindicações absolutas que devem ser
observadas, tais como:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

– Reflexologia: foca em pontos nos pés que estão relacionados A pressoterapia, amplamente utilizada na cosmetologia, tem
ao funcionamento de diversos órgãos do corpo. A massagem con- a capacidade de reduzir o inchaço de diversas origens, combater
siste em pressionar esses pontos específicos para promover equilí- a celulite e a obesidade, além de melhorar a flacidez da pele, tor-
brio e relaxamento. nando-a mais flexível e suave. Além disso, a pressoterapia, devido
– Biomecânica da coluna vertebral: geralmente realizada por aos seus efeitos espasmolíticos e vasodilatadores, é empregada em
profissionais de saúde, como fisioterapeutas, essa massagem visa tratamentos abrangentes para aliviar a tensão muscular persisten-
corrigir desvios posturais e desbloquear articulações da coluna ver- te e prevenir varizes, reduzindo a sensação de pernas cansadas e
tebral. pesadas.
– Quiropraxia: também realizada por profissionais da área de A vibroterapia envolve a exposição controlada a vibrações
saúde, a quiropraxia atua nos ossos, tendões, cartilagens e articu- mecânicas de baixa frequência (20-200 Hz) e amplitude em todo
lações, promovendo o relaxamento dos músculos e melhorando a o corpo do paciente ou em áreas específicas. A terapia de vibração
circulação sanguínea. produz diversos efeitos benéficos, incluindo o aumento da circula-
ção sanguínea, estímulo de processos metabólicos, melhoria das
Indicações funções neurotróficas, alívio da dor, ação anti-inflamatória e hipo-
Antes de tudo, é fundamental que haja uma avaliação e uma sensibilizante. A vibração é aplicada no tratamento de condições e
aprovação médica em determinados casos. lesões do sistema nervoso (como neurite, neuralgia, plexite e ra-
A massagem contribui como coadjuvante em patologias como: diculite) e do sistema musculoesquelético (incluindo hematomas,
– Dores musculares; lesões ligamentares e distonia neurocirculatória).
– Contrações, espasmos; A endermoterapia envolve a combinação de descompressão
– Atonias e contorções musculares; local a vácuo e massagem com rolos. A pele é levantada pelo vácuo
– Luxações; e formada em dobras que são manipuladas pelos rolos, proporcio-
– Edema; nando tanto pressão negativa (devido ao sistema de vácuo) quanto
– Debilidade sexual ou nervosa; pressão positiva (gerada pelos rolos). Esse método ativa a microcir-
– Distúrbios (circulatórios, digestivos e intestinais); culação e a drenagem linfática, melhorando o trofismo da pele e o
– Calcificações articulares; metabolismo em todas as camadas cutâneas, incluindo a lipólise na
– Fadiga; gordura subcutânea.
– Obesidade;
– Paralisia; — Crioterapia
– Reumatismo; A crioterapia é uma técnica terapêutica que consiste na apli-
– Nevralgia e artrite; cação de frio local com o objetivo de tratar inflamações e dores no
– Pré e pós cirúrgicos em estética; corpo, reduzindo sintomas como inchaço e vermelhidão. Isso ocor-
– Cicatrizes; re devido à vasoconstrição que reduz o fluxo sanguíneo local e a
– Lesões em geral. permeabilidade celular, diminuindo o edema.
A crioterapia possui uma variedade de indicações, sendo útil
Contraindicações tanto no tratamento de lesões infecciosas ou musculares quanto na
É essencial que o profissional de massagem possua um conhe- sua prevenção e no tratamento de questões estéticas. As principais
cimento substancial em anatomia e patologia, a fim de tomar deci- indicações da crioterapia incluem:
sões informadas sobre a viabilidade do tratamento de massagem. – Lesões musculares, como entorses, contusões ou hematomas
Nem todos os casos são apropriados para a aplicação da massagem. na pele;
Portanto, é fundamental realizar uma anamnese detalhada do pa- – Lesões ortopédicas, em regiões como tornozelo, joelho ou
ciente e, em alguns casos, obter aprovação médica antes de prosse- coluna;
guir com o tratamento. – Inflamações em músculos e articulações;
– Febres infecciosas; – Dores musculares;
– Hemorragias; – Queimaduras de grau leve;
– Descalcificações graves (osteoporose severa); – Tratamento de lesões associadas ao HPV, sob recomendação
– Flebite; do ginecologista.
– Trombose;
– Fraturas (antes de solidificadas); Em algumas situações, a crioterapia pode ser combinada com
– Câncer; a termoterapia, que envolve a aplicação de calor em vez de frio,
– Feridas abertas; dependendo do tipo de lesão.
– Queimaduras recentes;
– Doenças mentais graves (o doente mental pode ter uma crise No entanto, a crioterapia não é recomendada nos seguintes
e atacar o terapeuta), a massagem estará contraindicada. casos:
– Em presença de feridas ou condições dermatológicas, como
— Mecanoterapia psoríase, pois o frio excessivo pode agravar a irritação da pele e
Os efeitos mecânicos aplicados à pele na área da cosmetologia prejudicar a cicatrização;
incluem forças constantes (frequentemente referidas como estres- – Em indivíduos com má circulação sanguínea, como em casos
ses mecânicos) e variações resultantes de vibrações mecânicas. de insuficiência arterial ou venosa grave, uma vez que o procedi-
mento pode diminuir ainda mais a circulação local, o que pode ser
prejudicial em pessoas com circulação já comprometida;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

– Em pessoas que sofrem de doenças autoimunes relaciona- contribui para a produção de líquido sinovial, que hidrata a cartila-
das ao frio, como doença de Raynaud, crioglobulinemia ou alergias, gem, aumentando sua espessura e melhorando sua capacidade de
uma vez que o gelo pode desencadear crises nessas condições; absorção de impactos.
– Em casos de desmaio, coma ou em pacientes com comprome- As indicações para a aplicação de calor profundo incluem
timento cognitivo, uma vez que essas pessoas podem não conseguir condições inflamatórias crônicas e subagudas, dor crônica ou su-
relatar quando o frio está causando desconforto excessivo ou dor. baguda, diminuição da amplitude de movimento, pontos-gatilho
miofasciais, proteção muscular, espasmo muscular, tensão mus-
— Electroterapia cular subaguda, entorses ligamentares e contusões subagudas. No
A eletroterapia compreende métodos de fisioterapia que se ba- entanto, a aplicação de calor é contraindicada em condições mus-
seiam no uso de correntes elétricas, campos elétricos, magnéticos culoesqueléticas agudas, distúrbios circulatórios, doença vascular
ou eletromagnéticos com efeitos doseados no corpo. Esse campo periférica, anestesia da pele, feridas abertas ou problemas de pele.
de fisioterapia é abrangente e engloba técnicas que fazem uso de Devido aos benefícios proporcionados pela termoterapia, mui-
corrente elétrica constante e alternada, apresentando diferentes tas vezes, os pacientes são orientados a realizar a termoterapia
frequências e formas de impulsos. superficial em casa como parte de seu tratamento fisioterapêutico
Quando a corrente elétrica atravessa os tecidos do corpo, ocor- para obter melhores resultados. No entanto, a crioterapia, que en-
re a transferência de substâncias carregadas e uma alteração na volve o uso de frio terapêutico, também possui ampla aplicação e
concentração delas. Vale destacar que a pele humana intacta possui eficácia. Em geral, a termoterapia é mais frequente na prática clíni-
alta resistência elétrica e baixa condutividade, fazendo com que a ca, pois oferece maior conforto e relaxamento durante a aplicação,
corrente elétrica penetre principalmente por meio dos ductos das aliviando as tensões musculares e promovendo o relaxamento pro-
glândulas sudoríparas e sebáceas, bem como pelos espaços interce- fundo dos pacientes.
lulares. Dado que a área total dos poros não ultrapassa 1/200 da su-
perfície da pele, a maior parte da energia da corrente elétrica é uti- Contraindicações para o uso de fatores físicos de influência
lizada para superar a epiderme, que apresenta a maior resistência. A escolha de qualquer fator físico para tratamento deve ser
baseada em considerações relacionadas ao estado de saúde do pa-
Na epiderme, as reações primárias (físico-químicas) à ação da ciente, sua idade, sexo, indicações e contraindicações, característi-
corrente elétrica são mais acentuadas, resultando em estimulação cas individuais e comportamentos anteriores.
dos receptores nervosos. As contraindicações podem ser classificadas como absolutas ou
relativas. As contraindicações absolutas representam uma proibi-
Além disso, é importante entender os seguintes conceitos re- ção total da exposição a determinados tratamentos e são determi-
lacionados: nadas pelo estado do paciente, a fase da doença, a gravidade da
– Campo eletromagnético: uma forma especial de matéria condição e diagnóstico médico específico.
que permite a interação entre partículas eletricamente carregadas, Já as contraindicações relativas (sejam gerais ou locais) consi-
como elétrons e íons. deram outros fatores, como:
– Campo elétrico: é gerado por cargas elétricas e partículas car- – A área e extensão da exposição (geral ou local), sendo impor-
regadas presentes no espaço. tante notar que a restrição à utilização de um método de exposição
– Campo magnético: surge quando as cargas elétricas se mo- geral não impede necessariamente o uso de terapias locais.
vem ao longo de um condutor. – O método de exposição específico (por exemplo, o uso de
O campo de uma partícula imóvel ou em movimento uniforme corrente elétrica pode apresentar um maior número de contrain-
está intrinsecamente ligado ao transportador, ou seja, uma partícu- dicações, mas a presença de contraindicações para a eletroterapia
la carregada. não impede necessariamente a aplicação de outros fatores físicos).
– Radiação eletromagnética: refere-se a ondas eletromagnéti- – A condição dos tecidos moles superficiais na área afetada e
cas geradas por várias fontes radiantes. nas áreas circundantes (por exemplo, lesões nos tecidos moles ou o
estágio pós-operatório precoce são contraindicações para procedi-
A condutividade elétrica da pele depende de diversos fatores, mentos específicos na área afetada, mas a terapia com vibro-vácuo
especialmente do equilíbrio entre água e eletrólitos. Portanto, teci- pode ser considerada desde o primeiro dia).
dos em estado de hiperemia ou edema tendem a apresentar uma – O uso de produtos tópicos, como cremes ou loções, pode
condutividade elétrica mais elevada do que tecidos saudáveis. também influenciar a escolha do tratamento adequado.

— Termoterapia Contraindicações para todos os fatores físicos de exposição


A termoterapia é um recurso terapêutico empregado no pro-
cesso de reabilitação que faz uso de fontes de calor, que podem ser Geral, absoluto:
de origem química, elétrica, magnética ou mecânica. Essas fontes – Neoplasmas malignos;
de calor aumentam a agitação molecular nos tecidos, estimulando – Doenças do sistema cardiovascular no estágio de descompen-
o metabolismo. A aplicação de calor tem vários efeitos benéficos, sação (processos inflamatórios agudos no miocárdio, endocardio,
tais como o aumento da velocidade metabólica, da excreção de re- pericárdio, defeitos cardíacos, infarto do miocárdio em período
síduos metabólicos, da vasodilatação para melhorar o fornecimento agudo, ataques frequentes de estenocardia, insuficiência cardiovas-
de oxigênio, o estímulo das contrações musculares, a redução da cular aguda);
resistência elástica e viscosa dos músculos (diminuindo o risco de – Estágio III hipertensão;
lesões nos músculos, tendões e ligamentos), bem como o aumento – Esclerose cerebral grave:
da capacidade das articulações de suportar cargas. O calor também – Doenças sistêmicas do sangue;
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

– Sangramento ou inclinações; Contraindicações relativas:


– Caquexia; – Focos crônicos frequentemente recorrentes de infecção loca-
– A condição geral grave do paciente; lizada (tonsilite, faringite, adnexite, endometrite, pneumonia, etc.);
– Febre (temperatura corporal acima de 38°C); – Couperose extensiva;
– Doença mental (epilepsia, histeria, psicose); – Dermatoses crônicas no estágio agudo.
– Varizes do III estágio;
– Sintomas ativos de flebite;
– Esclerose vascular grave com tendência a trombose e hemor- PRESCRIÇÃO E TREINAMENTO DE ÓRTESES E PRÓTESES
ragia;
– Insuficiência renal, hepática e tireoidiana;
– Condição após um curso de terapia de raios-X menos de 2 Uma órtese é uma estrutura ou dispositivo concebido para
semanas; corrigir ou complementar membros ou órgãos do corpo. Também
– Forma ativa de tuberculose dos pulmões e dos rins. pode ser definida como qualquer material, seja de uso temporário
ou permanente, que auxilie nas funções de um membro, órgão ou
Geral, Relativo: tecido, desde que sua aplicação ou remoção não exija intervenção
– Gimponto; cirúrgica.
– Distonia vegetativo-vascular; No contexto das órteses plantares, elas são geralmente catego-
– Tomando diuréticos; rizadas da seguinte forma:
– Gypoglycemia; – Calcanheiras: projetadas para dar suporte exclusivamente ao
– Menstruação; calcanhar;
– Gravidez. – Palmilhas 2/3: estendem-se apenas até antes da cabeça dos
metatarsos;
Local, absoluto: – Palmilhas 3/4: terminam na altura da cabeça dos metatarsos;
– Violação da integridade da pele na área afetada; – Palmilhas inteiras: abrangem todo o pé, proporcionando su-
– Doenças da pele no estágio de exacerbação na área do pro- porte e conforto em toda a área plantar.
cedimento;
– Lesões cutâneas supurativas e fúngicas; As órteses plantares são geralmente prescritas para aliviar zo-
– Pedras nos rins, vesícula e ductos hepáticos (quando se traba- nas dolorosas de pressão, úlceras, calosidades e para fornecer su-
lha em projeções apropriadas). porte aos arcos longitudinal e transversal do pé.
A seguir, estão listadas algumas das órteses para a coluna cer-
Contraindicações para crioterapia vical mais utilizadas:
– Colar macio de espuma: é uma opção pré-fabricada de baixo
Crioterapia local: custo, que é menos desconfortável, mas oferece uma capacidade
Contraindicações relativas gerais: limitada de imobilização. Geralmente, é utilizado para aliviar con-
– Hipersensibilidade ao fator frio; traturas da musculatura cervical e pode ser útil em casos de cervi-
– Atitude negativa do paciente para este método de tratamen- calgias agudas benignas, embora haja uma falta de evidências cien-
to. tíficas que corroborem seu uso.
– Colar de Thomas ou Schanz: é outro tipo pré-fabricado usa-
Contraindicações relativas locais: do para imobilização provisória em situações de emergência ou no
– Couperose extensiva; pós-operatório de cirurgias na coluna. Ele não oferece uma grande
– Presença na área de vasculite arterial ou tromboembolismo capacidade de restrição de movimentos.
dos vasos principais (endarterite obliterante, doença de Raynaud). – Colar de Philadelphia: também é pré-fabricado e proporcio-
na pouca restrição de movimentos, mas é mais eficiente do que os
Crioterapia geral: colares mencionados anteriormente. Possui apoio occipital e men-
Informações gerais: toniano e pode ser usado em fraturas menores do áxis e do atlas,
– Contraindicações absolutas. bem como em fraturas mínimas do corpo ou de processos espinho-
– Condições descompensadas agudas de doenças de órgãos e sos das vértebras cervicais, além do pós-operatório de procedimen-
sistemas internos; tos menores, como discectomias cervicais por via anterior.
– Vasculite arterial ou tromboembolismo dos vasos principais; – Órteses SOMI (imobilizador esterno-occipito-mandibular):
– Infarto agudo do miocárdio e o período de reabilitação após apresentam boa eficácia na imobilização da coluna cervical, espe-
um ataque cardíaco; cialmente quando é necessária a limitação dos movimentos de fle-
– Doença hipertensiva de II st. (Pressão sanguínea> 180/100); xão, extensão, rotação e flexão lateral. Elas possuem apoio mento-
– Diátese hemorrágica; niano na parte superior anterior e apoio occipital na parte superior
– Insuficiência cardíaca II st.; posterior, com possibilidade de acoplar hastes verticais ajustáveis
– Doenças do sangue; que se estendem da parte superior para a inferior.
– Intolerância ao frio individual; – Colar Minerva: é usado para uma imobilização mais rígida
– Despreparo psicopedagógico do paciente e sua atitude nega- da coluna cervical, principalmente em casos pós-fratura, especial-
tiva com este método de tratamento; mente em lesões medulares. Sua estrutura vai desde o tórax até o
– Klaustrofobiya; queixo na parte anterior e, na parte posterior, estende-se do dorso
até a região parietal.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

– Órtese Halo (Halovest): considerada a máxima imobilização que é moldada para se assemelhar a um membro humano. Os com-
da coluna cervical, é altamente eficaz na limitação dos movimentos ponentes modulares são fabricados em escala industrial e estão
até o nível de C3 e do occipital. Ela consiste em um anel rígido colo- disponíveis em várias configurações, permitindo uma ampla gama
cado na cabeça, que se conecta a placas torácicas na parte anterior de ajustes e reajustes em relação ao alinhamento. Além disso, essas
e posterior por meio de quatro hastes. O anel é fixado na lâmina próteses possibilitam a troca rápida dos componentes modulares,
óssea externa do crânio por quatro parafusos. Esse procedimento que são feitos de materiais como aço, alumínio e titânio.
é realizado por um ortopedista, muitas vezes com a assistência de
um técnico em órtese e prótese (TOP) para ajustar as hastes à altura Tipo/nível de amputação Tempo de terinamento re-
adequada do pescoço. comendado
– As órteses SOMI, MINERVA e HALO também podem ser clas-
sificadas como “cervicotorácicas”, uma vez que podem ser eficazes Transradial 5 horas
entre as vértebras C3 e T3, e, dependendo da extensão torácica da Transumeral/Desarticula- 10 horas
órtese, podem ser eficazes até T7. ção de ombro
– Órteses Toracolombossacras (TLSO): Para a região da coluna
Transradial Bilateral 12 horas
vertebral que se estende de T7 a L4, são aplicadas órteses imobili-
zadoras e corretivas. As órteses imobilizadoras têm o objetivo de Transumeral Bilateral 20 horas
restringir a movimentação total e intervertebral da coluna nesse
segmento, e em casos que envolvam regiões mais inferiores, como Fonte: adaptado de ATKINS (2002)47
L3 a L5, podem ser mais eficazes com o uso de extensores de coxa.
Lesões acima de T7 requerem uma extensão cervical na imobiliza- O programa de treinamento com a prótese deve ser realizado
ção. Já as órteses corretivas têm como objetivo a correção de defor- idealmente todos os dias, com uma duração de uma a duas horas
midades da coluna, sendo mais comumente utilizadas no tratamen- por dia. Nesta etapa, é fundamental que o paciente tenha intera-
to de escolioses, lordoses e cifoses. ções com outros amputados que possuam níveis de amputação se-
melhantes. Isso permite compartilhar experiências relacionadas a
As próteses são dispositivos de substituição para membros ou frustrações, ansiedades, conquistas e possibilidades, enriquecendo
órgãos do corpo, abrangendo qualquer material, seja permanente a jornada de reabilitação.
ou temporário, que substitua total ou parcialmente um membro,
órgão ou tecido. Segundo a Associação Médica Brasileira, essas pró- Meio Auxiliares de Locomoção
teses podem ser classificadas da seguinte forma: Os Meios Auxiliares de Locomoção ocupam uma posição de
– Próteses Internas ou Implantes: incluem dispositivos como destaque entre os recursos de Tecnologia Assistiva destinados às
próteses articulares, próteses não convencionais para substituição pessoas com deficiência. Eles promovem a independência na mobi-
de tumores, corações artificiais, válvulas cardíacas, ligamentos ar- lidade pessoal e ampliam as capacidades físicas, oferecendo supor-
tificiais, entre outros. Essas próteses são implantadas dentro do te adicional durante o deslocamento, seja durante a marcha ou não.
corpo. A prescrição desses meios deve seguir critérios objetivos.
– Próteses Externas ou Não Implantadas: são próteses para
membros superiores e inferiores que não são inseridas no corpo,
mas são utilizadas externamente. ANATOMIA, FISIOLOGIA, FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E FI-
– Próteses Implantadas Total ou Parcialmente por Intervenção SIOPATOLOGIA, SEMIOLOGIA E PROCEDIMENTOS FISIO-
Cirúrgica ou Percutânea: exemplos incluem implantes dentários e TERÁPICOS NAS ÁREAS: NEUROLÓGICAS E NEUROPEDIÁ-
pele artificial. Essas próteses podem ser parcial ou completamente TRICAS; ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA; CARDIOLOGIA;
inseridas através de procedimentos cirúrgicos ou percutâneos. PNEUMOLOGIA; GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. GERIA-
– Próteses Estéticas: são utilizadas principalmente para man- TRIA: FISIOTERAPIA PREVENTIVA, CURATIVA E REABI-
ter a forma e a estética, sem a restauração de funções específicas. LITADORA
Exemplos incluem próteses oculares, próteses mamárias e próteses
cosméticas para o nariz.
A Fisioterapia Neuropediátrica é uma especialização que se
Existem dois principais tipos de próteses em termos de estru- concentra em oferecer tratamento a crianças que apresentam con-
tura: dições neurológicas, tanto congênitas quanto adquiridas. Seu obje-
– Próteses Convencionais ou Exoesqueléticas: essas próteses tivo é promover o desenvolvimento das habilidades motoras dessas
apresentam uma estrutura externa rígida que não apenas oferece crianças, uma vez que essas condições podem afetar o funciona-
suporte, mas também possui um acabamento estético de qualida- mento do Sistema Nervoso Central e Periférico.
de. Tradicionalmente, esses dispositivos eram confeccionados em Vale ressaltar que o tratamento em Fisioterapia Neuropediá-
madeira, mas atualmente são produzidos com técnicas que utilizam trica não beneficia apenas a criança em questão. Os pais e demais
espumas rígidas extremamente leves. Essas espumas são revestidas responsáveis também colhem os frutos desse processo, uma vez
com resinas plásticas reforçadas com fibras de vidro e/ou carbono que ele aprimora os movimentos da criança, tornando-a mais inde-
para garantir durabilidade e leveza. pendente para a realização de atividades básicas no dia a dia.
– Próteses Modulares ou Endoesqueléticas: estas próteses
possuem uma estrutura interna de suporte composta por com-
ponentes modulares. Para proporcionar um aspecto estético, são
revestidas por uma estrutura externa geralmente feita de espuma,
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

— Anatomia e fisiologia do sistema esquelético O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes:
Osteologia, em um sentido estrito e etimológico, refere-se ao – Esqueleto axial: localizado na parte média e formando o eixo
estudo dos ossos. Em um sentido mais amplo, abrange o estudo central do corpo, esse componente inclui os ossos do crânio, da
das estruturas intimamente ligadas ou relacionadas aos ossos, que face, a coluna vertebral, as costelas e o esterno. Consiste em um
compõem o esqueleto. total de 80 ossos, sendo 28 deles presentes no crânio e na face, 26
Do ponto de vista da sobrevivência e da função do movimento, na coluna vertebral, e 24 costelas, além de um osso esterno e um
que é essencial para a locomoção, o foco recai sobre os Sistemas osso hioide.
Esquelético, Muscular e Articular, que, juntos, formam o Aparelho – Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular,
Locomotor do organismo. constituída pelas escápulas e clavículas, a cintura pélvica, formada
pelos ossos ilíacos (da bacia), e os esqueletos dos membros, que
englobam os membros superiores (ou anteriores) e os membros in-
feriores (ou posteriores).
A conexão entre essas duas partes ocorre por meio de estrutu-
ras ósseas conhecidas como cinturas: a escapular ou torácica, for-
mada pela escápula e clavícula, e a pélvica, composta pelos ossos
do quadril, que incluem o ílio, o púbis e o ísquio.

Imagem: AVANCINI & FAVARETTO. Biologia – Uma abordagem


evolutiva e ecológica. Vol. 2. São Paulo, Ed. Moderna, 1997.

Além de proporcionar suporte ao corpo, o esqueleto desem-


penha o papel de proteger os órgãos internos e oferece pontos de
fixação para os músculos. Ele é composto por elementos ósseos e
articulações cartilaginosas, que, quando combinados, formam um TOMITA, Rúbia Yuri. Atlas visual compacto do corpo humano. 3.
sistema de alavancas controlado pelos músculos. O esqueleto de ed. São Paulo: Rideel, 2012
um indivíduo adulto consiste normalmente em 206 ossos, embora
essa quantidade possa variar de acordo com fatores como idade, Os ossos são órgãos vitais no corpo humano, desempenhando
características individuais e critérios de contagem. Em média, os os- um papel fundamental em sua ecologia. Cerca de 75% da estrutura
sos representam aproximadamente um quinto do peso total de um óssea é composta por tecido ósseo. É importante ressaltar que os
indivíduo saudável. ossos são formados pela união de osteócitos, osteóide, sais mine-
rais e vasos capilares, resultando no tecido ósseo, conhecido como
Fatores que influenciam na contagem de ossos: osteônio.
a) Fatores Etários: da infância à velhice, há uma variação na
quantidade de ossos. a) A arquitetura dos ossos é composta por três principais com-
b) Fatores Individuais: em alguns casos, pode haver persistên- ponentes:
cia da divisão do osso frontal na fase adulta, e ossos adicionais po- – Substância compacta: responsável por fornecer sustentação
dem ocorrer, levando a variações na contagem de ossos. e apoio estrutural.
c) Critérios de Contagem: às vezes, os anatomistas aplicam – Substância esponjosa: contribui para a capacidade do osso
critérios pessoais ao contar ossos, como incluir ou excluir os ossos de se moldar e absorver impactos em caso de fraturas.
sesamoides ou os ossículos do ouvido médio.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

– Canal medular: este espaço aloja a medula óssea, que de- – Substância compacta: as lamelas do tecido ósseo estão in-
sempenha um papel crucial na produção de células sanguíneas. Os timamente unidas umas às outras, sem espaços vazios entre elas.
ossos desempenham diversas funções, como fornecer suporte para Esta região é densa e sólida, conferindo resistência aos ossos. A
o corpo, servir como uma base mecânica para o movimento e pro- substância compacta é encontrada em diversos tipos de ossos, in-
duzir estruturas vitais para o organismo. cluindo ossos longos, planos, irregulares e curtos.
– Substância esponjosa: nesta região, as áreas dos ossos são
b) Esqueleto: formadas por trabéculas ósseas dispostas em uma rede irregular,
Esse termo pode parecer simplesmente a união dos ossos, mas, variando em tamanho e forma. A substância esponjosa contribui
na realidade, vai muito além disso. Ele denota uma estrutura de su- para conferir alguma elasticidade ao osso.
porte. Portanto, podemos descrever o esqueleto como o conjunto
de ossos e cartilagens que se conectam para formar a estrutura de Além dessas estruturas, o osso apresenta:
suporte do corpo, desempenhando diversas funções. Por sua vez, – Periósteo: é um tecido conjuntivo que envolve externamente
os ossos podem ser definidos como estruturas rígidas, variáveis em o osso, exceto nas superfícies articulares. O periósteo desempenha
número, localização e forma, que, quando combinadas, constituem um papel fundamental na nutrição e inervação do osso, uma vez
o esqueleto. que contém artérias e nervos que penetram no tecido ósseo.
– Endósteo: trata-se de uma fina camada de tecido conjuntivo
c) Funções do Esqueleto: que reveste o canal medular presente no interior do osso.
O esqueleto desempenha diversas funções, tais como:
– Proteção: atua como uma estrutura protetora para órgãos Termos Estruturais Comuns do Esqueleto
vitais, como o coração, pulmões e sistema nervoso central. – Crista: uma linha óssea proeminente, aguçada;
– Sustentação: fornece a estrutura e conformação básica para – Côndilo: uma proeminência arredondada que se articula com
o corpo humano, mantendo-o ereto. outro osso;
– Armazenamento: serve como local de armazenamento de – Epicôndilo: uma pequena projeção localizada acima ou no
íons de cálcio e potássio, essenciais para diversas funções do corpo. côndilo;
– Sistema de alavancas: atua como um sistema de alavancas – Faceta: uma superfície articular quase achatada, lia;
que permite o movimento do corpo e auxilia na locomoção. – Fissura: uma passagem estreita como uma fenda;
– Deslocamento: possibilita o movimento do corpo, permitin- – Forame: um buraco;
do que os músculos realizem ações de locomoção e mobilidade. – Fossa: uma depressão frequentemente usada como superfí-
cie articular;
Classificação dos ossos – Fóvea: uma cova; geralmente usado como fixação, mais do
Os ossos do corpo humano podem ser classificados com base que para articulação;
em suas dimensões lineares, resultando em diferentes categorias: – Cabeça: geralmente a extremidade maior de um osso longo;
– Ossos longos: caracterizados pelo comprimento considera- frequentemente separada do corpo do osso por um colo estreitado;
velmente maior do que a largura e a espessura. Possuem diáfise, ex- – Linha: uma margem óssea suave;
tremidades conhecidas como epífises (uma distal e outra proximal) – Meato: um canal;
e medula óssea no interior. Além disso, apresentam uma cartilagem – Processo: uma proeminência ou projeção;
epifisária nas extremidades em crescimento. Exemplos incluem o – Ramo: uma parte projetada ou um processo alongado;
fêmur, tíbia, fíbula, falanges, úmero, rádio, entre outros. – Espinha: uma projeção afilada;
– Ossos laminares: possuem comprimento e largura aproxima- – Sulco: uma goteira;
damente iguais, predominando sobre a espessura. São por vezes – Trocânter: um processo globoso grande;
chamados erroneamente de “ossos planos”. Exemplos compreen- – Tubérculo: um nódulo ou pequeno processo arredondado;
dem os ossos do quadril, escápula e occipital. – Tuberosidade: um processo amplo, maior do que um tubér-
– Ossos curtos: têm dimensões equivalentes para culo.
comprimento, largura e espessura. Exemplos destes ossos incluem
o carpo e metacarpo. Ossos do esqueleto axial
– Ossos irregulares: apresentam uma forma complexa e irre- O crânio pode ser dividido em duas principais regiões: a calota
gular. Um exemplo notável são as vértebras da coluna espinhal e o craniana, também conhecida como calvária, e a base do crânio. A
osso temporal. calota craniana é a porção superior e é atravessada por três suturas:
– Ossos pneumáticos: caracterizam-se por conter uma ou mais – Sutura Coronal: esta sutura está localizada entre os ossos
cavidades revestidas de mucosa, que contêm ar. Essas cavidades frontais e parietais.
são chamadas de seios. Exemplos de ossos pneumáticos incluem o – Sutura Sagital: a sutura sagital percorre a linha mediana e é
etmoide, esfenoide, frontal, temporal e maxilar. formada pela articulação dos ossos parietais.
– Ossos sesamoides: são ossos inseridos em tendões ou – Sutura Lambdoide: a sutura lambdoide encontra-se entre os
cartilagens, desempenhando principalmente a função de facilitar ossos parietais e o osso occipital.
o deslizamento dessas estruturas. A patela é um exemplo de osso
sesamoide. O ponto de encontro das suturas coronal e sagital é chama-
do de Bregma, enquanto o ponto de encontro das suturas sagital e
Arquitetura óssea lambdoide é denominado Lambda.
Em estudos microscópicos, é possível identificar que o tecido O neurocrânio é composto por oito ossos, que são:
ósseo é composto por duas principais regiões:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

– Osso frontal: este osso ímpar forma a região da testa (fronte), o teto da cavidade nasal e as órbitas.
– Ossos parietais: são ossos pares, um direito e outro esquerdo, que formam os lados e o teto do crânio. Eles se articulam na linha
mediana, formando a sutura sagital.
– Ossos temporais: os ossos temporais são pares, com um lado direito e outro esquerdo. Eles constituem as paredes laterais do crânio
e são compostos por várias porções, incluindo a escamosa (articulada com o parietal na sutura escamosa), a mastoide, a timpânica e a
petrosa ou rochosa.
– Osso esfenoide: Este osso ímpar tem uma forma irregular e está situado na base do crânio, à frente dos ossos temporais e na porção
basilar do osso occipital.
– Osso etmoide: o osso etmoide é ímpar e mediano. Ele está localizado na base do crânio, mais precisamente na zona anterior medial.
– Osso occipital: este osso ímpar forma a parte posterior e parte da base do crânio. Ele se articula anteriormente com os ossos pa-
rietais, formando a sutura lambdoide.

Caixa craniana
A face, também conhecida como viscerocrânio, é composta por 14 ossos irregulares, cada um desempenhando um papel importante
na formação da estrutura facial. Esses ossos incluem:
– Osso Maxilar: é formado pelas maxilas direita e esquerda, ocupando quase toda a região da face.
– Osso Palatino: os ossos palatinos, um par direito e esquerdo, possuem uma forma de “L” com uma lâmina vertical e uma lâmina
horizontal. Eles estão localizados atrás das maxilas e desempenham um papel na delimitação das cavidades nasal, bucal e orbitária.
– Osso Zigomático: também conhecido como osso malar, consiste em um par direito e esquerdo de ossos irregulares que formam as
proeminentes maçãs do rosto.
– Osso Nasal: os ossos nasais, um par direito e esquerdo, são ossos irregulares articulados entre si no plano mediano, formando o
esqueleto ósseo da parte do dorso do nariz.
– Osso Lacrimal: são ossos pares localizados na parte anterior da parede medial da órbita ocular, delimitando a fossa do saco lacrimal.
– Conchas Nasais Inferiores: são ossos laminares, independentes e irregulares, situados na cavidade nasal.
– Osso Vômer: o osso vômer é ímpar e está situado na face anterior do crânio. Ele se articula com o osso esfenoide e possui uma
lâmina que, juntamente com a lâmina perpendicular do esfenoide, forma o septo nasal ósseo.
– Mandíbula: a mandíbula é o único osso móvel da face. Ela é ímpar e se articula com os ossos temporais, formando a articulação
temporomandibular (ATM). A mandíbula tem uma forma de ferradura e contém os alvéolos da arcada dentária inferior, além de apresentar
dois ramos, um prolongamento do corpo em um ângulo conhecido como ângulo da mandíbula.
– Osso Hioide: o osso hioide é um pequeno osso em forma de ferradura que não faz parte do crânio ou da face. Ele está localizado na
região do pescoço, abaixo da mandíbula e acima da cartilagem tireoidea da laringe. O osso hioide não se articula com nenhum outro osso
e é sustentado pelos músculos do pescoço.

Coluna Vertebral (espinha dorsal)


A coluna vertebral, que se estende do crânio até a pelve, é responsável por cerca de dois quintos do peso total do corpo humano. Ela
é constituída por tecido conjuntivo e por uma série de ossos chamados vértebras, que se sobrepõem para formar uma estrutura em forma
de coluna, daí o nome coluna vertebral. Este componente anatômico é composto por 24 vértebras, juntamente com o sacro e o cóccix, e
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

desempenha um papel fundamental no esqueleto axial, juntamen- As costelas são ossos alongados e arqueados, presentes em
te com a cabeça, esterno e costelas. A coluna vertebral é considera- doze pares. Elas se articulam posteriormente com as vértebras to-
da um pilar ósseo e ocupa o eixo mediano do corpo, estabelecendo rácicas e anteriormente com o osso esterno, sendo que somente
articulações com o crânio, costelas e raízes dos membros superiores as costelas verdadeiras se articulam diretamente com este osso.
e inferiores. Suas funções incluem o suporte do peso do tronco e Os três pares de costelas falsas se articulam com as cartilagens das
sua distribuição aos membros inferiores, bem como a proteção da costelas suprajacentes. Além disso, existem dois pares de costelas
medula espinhal, gânglios e nervos espinhais, juntamente com os livres que não se articulam anteriormente com outras estruturas.
vasos sanguíneos, proporcionando mobilidade ao tronco.
As vértebras ou espôndilos são as peças ósseas irregulares que Ossos do esqueleto apendicular superior
se unem para formar a coluna vertebral. Na anatomia, a referência Este esqueleto é constituído por uma parte fixa ao esqueleto
das vértebras é feita através de uma abreviação que inclui a região axial, na altura da cintura escapular (ou cíngulo) e uma parte livre.
da coluna (C para cervical, T para torácica, L para lombar, S para Didaticamente está dividida em: cintura escapular e parte livre do
sacral e Co para coccígea), seguida do número da vértebra em al- membro superior. A cintura escapular é formada por dois tipos de
garismos romanos. A coluna vertebral é composta por 33 vértebras ossos:
distribuídas nas seguintes regiões: – Clavícula: osso par, longo em formato de “S”, de fácil localiza-
– Região Cervical: esta região é composta por sete vértebras ção e palpação por se encontrar próxima à tela subcutânea. Estão
cervicais, sendo a parte mais móvel da coluna vertebral. Ela se es- localizadas na parte anterior e superior do tórax, na base do pes-
tende da vértebra CI até a vértebra CVII. A maioria das vértebras coço e se articulam anteriormente com o osso esterno e posterior-
cervicais possui corpos vertebrais menores, exceto a primeira e a mente com as escápulas. É o único meio de ligação direta entre o
sétima. As vértebras típicas nesta região são CIII, CIV, CV, CVI e CVII, esqueleto apendicular superior e o esqueleto axial.
enquanto CI e CII são consideradas vértebras atípicas. – Escápula: osso par, laminar bem fino podendo ser translúci-
– Região Torácica: a região torácica é composta por doze vérte- do em algumas partes, assim como a clavícula e de fácil localização
bras, cada uma delas articulada com um par de costelas. Ela se es- e palpação por encontrar-se também próxima a tela subcutânea.
tende da vértebra TI até a vértebra TXII. No início da região torácica, Estes ossos se articulam diretamente com as clavículas e com os
as vértebras apresentam corpos em forma de coração, enquanto na úmeros. A cavidade que se articula com a cabeça de cada úmero é
parte distal, assemelham-se às vértebras lombares, pois represen- denominada “cavidade glenoide”.
tam uma região de transição. A parte livre do membro superior está formada pelo úmero,
– Região Lombar: a região lombar consiste de cinco vértebras, rádio, ulna, ossos do carpo, ossos do metacarpo e as falanges.
que são mais robustas e maiores, pois suportam o peso do tronco. – Úmero: osso par, sendo o mais longo e maior osso do mem-
Estas vértebras se estendem da LI até a LV. bro superior. Apresenta na sua extremidade proximal a epífise pro-
– Região Sacral: a região sacral é composta por cinco vértebras ximal que é dilatada e arredondada, conhecida como cabeça do
que se fundem (sinostose) na idade adulta, formando um único úmero, articula-se com a cavidade glenoide da escápula, na sua
osso mediano chamado sacro. Ela se estende da vértebra SI até a extremidade distal encontramos a epífise distal que forma o coto-
vértebra SV. O sacro articula-se superiormente com a quinta vérte- velo, nesta epífise distal encontramos o côndilo umeral, formado
bra lombar, lateralmente com os ossos do quadril e inferiormente pela tróclea medial que se articula com a ulna e o capítulo lateral,
com o cóccix. articulado com a cabeça do rádio. A diáfise ou corpo do úmero é
– Região Coccígea: a região coccígea é formada por quatro vér- recoberto por músculos do braço.
tebras que também se fundem com a idade, formando o cóccix, um – Rádio: osso par, longo, localizado lateralmente no antebraço
osso pequeno e triangular. Ela se estende da CoI até a CoIV. e paralelo a ulna. Proximalmente articula-se com o úmero e a ulna
(articulação do cotovelo) e distalmente com os ossos carpo (articu-
Ossos do Tórax lação do punho), mais precisamente com o escafoide e o semilunar.
O tórax é composto por um esqueleto osteocartilaginoso que – Ulna: osso par, longo, localizado medialmente no antebra-
inclui doze vértebras na parte posterior, cada uma delas com um ço, articula-se com o úmero e o rádio onde forma a articulação do
par de costelas que se estendem em direção póstero-lateral e suas cotovelo. Na parte proximal e posterior do cotovelo apresenta-se
respectivas cartilagens costais. Além disso, o osso esterno está loca- de forma saliente que é formada pelo olécrano e na parte distal e
lizado na parte anterior, formando em conjunto a estrutura conhe- medial do antebraço destaca-se o processo estiloide da ulna.
cida como caixa torácica. O esqueleto da mão constitui-se de ossos curtos articulados
A caixa torácica desempenha funções importantes na mecânica entre si chamados carpais, por ossos longos que são os metacarpais
respiratória e na proteção dos órgãos internos situados na cavidade e falanges, também classificadas como ossos longos, apesar de seu
torácica. Na parte superior da caixa torácica, há uma abertura deli- tamanho reduzido.
mitada lateralmente pelo primeiro par de costelas, anteriormente – Ossos Carpais: formado por oito ossos curtos, encontramos
pelo osso esterno e posteriormente pelas margens superiores da dispostos em duas fileiras em cada mão. Na fileira proximal (de la-
primeira vértebra torácica. A parte inferior da caixa torácica é limi- teral para medial) temos o escafoide, o semilunar, o piramidal e o
tada lateralmente pelos décimo primeiro e décimo segundo pares pisiforme, já na fileira distal (de lateral para medial) fazem parte o
de costelas, juntamente com as cartilagens costais unidas dos pares trapézio, o trapezoide, o capitato e o hamato.
de costelas da sétima até a décima costela. Anteriormente, é deli- – Ossos Metacarpais: classificados como ossos longos e con-
mitada pelo processo xifoide e posteriormente pela décima segun- vencionalmente numerados de I, II, III, IV e V de lateral para medial,
da vértebra torácica. articulam-se proximalmente com os ossos carpais e distalmente
com as falanges.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Observamos ainda que os quatro metacarpais se articulam pro- – Ossos Metacarpais: esses ossos longos são numerados con-
ximalmente entre si por meio de suas bases. vencionalmente de I a V, da lateral para a medial, e se articulam
– Falanges: também classificadas como ossos longos, cada proximalmente com os ossos carpais e distalmente com as falanges.
dedo é composto por três falanges. Estão divididas em falanges pro- Notavelmente, os quatro metacarpais se articulam entre si na parte
ximais, falanges médias e falanges distais. Existe uma particularida- proximal por meio de suas bases.
de entre as falanges, o primeiro dedo (polegar) da mão não possui – Falanges: as falanges são também classificadas como ossos
falange média, possui somente a proximal e a distal e o quinto dedo longos. Cada dedo é composto por três falanges, divididas em fa-
é denominado dedo mínimo. langes proximais, falanges médias e falanges distais. Uma caracte-
rística especial é que o primeiro dedo (polegar) não possui falange
Ossos do esqueleto apendicular inferior média, possuindo apenas a falange proximal e a falange distal. O
Esse esqueleto compreende uma parte fixa, que se liga ao es- quinto dedo é chamado de dedo mínimo.
queleto axial na altura da cintura escapular (ou cíngulo), e uma par-
te móvel. De forma didática, ele pode ser dividido em duas partes: Classificação das articulações
a cintura escapular e a parte livre do membro superior. As articulações podem ser categorizadas em três grupos prin-
A cintura escapular é composta por dois tipos de ossos: cipais, embora apresentem variações entre elas. No entanto, há
– Clavícula: este osso é par e tem uma forma alongada em “S”, características estruturais e funcionais comuns a todas as articula-
tornando-o facilmente palpável, pois está localizado próximo à su- ções. Esses três grupos principais incluem as articulações fibrosas
perfície da pele. As clavículas ficam na parte superior e anterior do (sinartroses), as cartilaginosas (anfiartroses) e as sinoviais (diartro-
tórax, na base do pescoço. Elas se articulam anteriormente com o ses), cada uma com diferentes níveis de mobilidade. A classifica-
osso esterno e posteriormente com as escápulas. A clavícula é a ção geral das articulações foi estabelecida com base, em parte, na
única ligação direta entre o esqueleto do membro superior e o es- natureza do elemento que preenche o espaço entre as superfícies
queleto axial. articulares.
– Escápula: a escápula é um osso par, fino e achatado, que Articulações Fibrosas (Sinartroses), também conhecidas como
pode parecer translúcido em algumas áreas, assim como a clavícu- articulações sólidas: Essas articulações são caracterizadas pelo te-
la. Este osso é facilmente localizado e palpável, uma vez que está cido conjuntivo fibroso que preenche o espaço entre os ossos ar-
próximo à superfície da pele. As escápulas se articulam diretamente ticulados. Elas são predominantes no crânio, com exceção da Ar-
com as clavículas e com os úmeros. A cavidade na escápula que se ticulação Temporomandibular (ATM). Embora o tecido conjuntivo
articula com a cabeça do úmero é chamada de “cavidade glenoide”. presente confira uma certa flexibilidade ao crânio, a mobilidade
A parte móvel do membro superior é composta pelo úmero, nessas articulações é geralmente limitada.
rádio, ulna, ossos do carpo, ossos do metacarpo e falanges. Existem três tipos de articulações fibrosas: suturas, gonfoses e
– Úmero: o úmero é um osso par e é o mais longo e grande sindesmoses.
osso do membro superior. A sua extremidade proximal tem uma – Suturas: essas articulações são exclusivas do crânio, nas quais
expansão arredondada conhecida como cabeça do úmero, que se os ossos adjacentes são unidos por uma fina camada de tecido con-
articula com a cavidade glenoide da escápula. Na extremidade dis- juntivo. À medida que envelhecemos, as fibras da sutura começam
tal, encontra-se o côndilo umeral, que consiste na tróclea medial, a ser substituídas, levando à união rígida desses ossos, que é cha-
que se articula com a ulna, e o capítulo lateral, que se articula com mada de sinostose.
a cabeça do rádio. A parte média ou diáfise do úmero é coberta por
músculos do braço.
– Rádio: o rádio é um osso par, longo e localizado lateralmente
no antebraço, correndo paralelamente à ulna. Na extremidade
proximal, ele se articula com o úmero e a ulna (articulação do
cotovelo), enquanto na extremidade distal, se articula com os ossos
do carpo (articulação do punho), especificamente com o escafoide
e o semilunar.
– Ulna: a ulna é um osso par, longo e localizado medialmente
no antebraço. Ela se articula com o úmero e o rádio na articulação
do cotovelo, apresentando uma proeminência na parte proximal
conhecida como olécrano. Na extremidade distal do antebraço, a
ulna possui uma projeção estilóide.

O esqueleto da mão é composto por ossos curtos chamados – Gonfoses: são articulações fibrosas especializadas na fixação
carpais, ossos longos chamados metacarpais e falanges, que tam- dos dentes nas cavidades alveolares da mandíbula e maxilares. O
bém são consideradas ossos longos, apesar de seu tamanho redu- colágeno do periodonto é responsável por unir o cemento dentário
zido. ao osso alveolar. Frequentemente, essas articulações são referidas
– Ossos Carpais: existem oito ossos curtos dispostos em duas como «articulações em cavilhas».
fileiras em cada mão. Na fileira proximal, encontramos, da lateral – Sindesmoses: nesse tipo de articulação, o tecido conjuntivo
para a medial, o escafoide, o semilunar, o piramidal e o pisiforme. fibroso preenche o espaço entre os ossos, mas é importante obser-
Na fileira distal, também da lateral para a medial, fazem parte o var que as sindesmoses não se encontram no crânio. A Nomencla-
trapézio, o trapezoide, o capitato e o hamato.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

tura Anatômica registra apenas dois exemplos dessas articulações, – Articulação Esferoide ou Enartrose: nesse caso, o osso distal
que são a sindesmose tíbio-fibular, localizada na perna, e a sindes- é capaz de se mover em torno de vários eixos, todos com um centro
mose radio-ulnar, presente no antebraço. comum.
– Articulações Cartilaginosas (anfiartroses): nessas articula- – Articulação Plana ou Artrodias: essas articulações permitem
ções, o tecido que separa os ossos é cartilaginoso. As anfiartroses apenas movimentos deslizantes e são comuns nas articulações en-
permitem pequenos movimentos devido à presença de cartilagem tre os corpos vertebrais, assim como em algumas articulações do
entre os ossos, tornando-as conhecidas por ter movimentos limita- carpo e do tarso.
dos. Existem dois tipos de articulações cartilaginosas: sincondroses
e sínfises. Ligamentos
– Sincondroses: nesse tipo de articulação, os ossos estão uni- Os ligamentos, cordões robustos compostos por tecido conjun-
dos por cartilagem hialina, e muitas delas são temporárias. Com o tivo fibroso, desempenham o papel de manter os ossos de uma arti-
tempo, a cartilagem é gradualmente substituída por tecido ósseo. culação em sua devida posição. Esses ligamentos estão fortemente
Exemplos comuns incluem as articulações entre as epífises proximal ligados às membranas que envolvem os ossos.
e distal dos ossos longos e algumas cartilagens do crânio. No entan-
to, as cartilagens costais que unem as dez primeiras costelas são — Anatomia e fisiologia do sistema nervoso
sincondroses permanentes. O sistema nervoso tem sua origem no ectoderma embrionário
– Sínfises: nas sínfises, as superfícies articulares dos ossos são e está situado na região dorsal do embrião. Ao longo do processo
unidas por cartilagem fibrosa e cobertas por um disco fibrocartila- de desenvolvimento embrionário, o ectoderma passa por um pro-
ginoso, que é uma característica distintiva das sínfises. Esses discos cesso de invaginação, resultando na formação da goteira neural,
são compressíveis e ajudam a absorver impactos. Exemplos de sín- que posteriormente se fecha, originando o tubo neural. Este tubo
fises incluem a articulação entre os ossos púbicos e a articulação neural contém uma cavidade interna preenchida com líquido, cha-
entre os corpos das vértebras. mada canal neural. Durante a fase de neurogênese, essas estruturas
– Articulações Sinoviais (diartroses): a maioria das articula- continuam a se desenvolver até a formação completa do sistema
ções do corpo são do tipo sinovial. Nessas articulações, as super- nervoso.
fícies articulares dos ossos são cobertas por cartilagem e unidas
por ligamentos revestidos por uma membrana sinovial. Em alguns
casos, essas articulações podem ser divididas ou não por um disco
ou menisco articular, que tem sua periferia continuamente ligada à
cápsula fibrosa, enquanto suas faces livres são cobertas por mem-
brana sinovial.

Classificação das articulações sinoviais quanto à forma e mo-


vimento
As articulações podem realizar movimentos de um, dois ou três
eixos, dependendo de vários fatores. Aqui estão os tipos de articu-
lações com base na quantidade de eixos e graus de liberdade:
– Articulação Monoaxial: este tipo de articulação permite mo-
vimentos em torno de um único eixo, caracterizado por um grau
de liberdade. Geralmente, apenas a flexão e extensão são possí-
veis nesse tipo de articulação. Duas variedades de articulações mo-
noaxiais incluem a articulação em dobradiça (gínglimo) e a articula- Isso se refere a todos os processos vitais que ocorrem involun-
ção em pivô (trocoide). tariamente (atividade visceral), bem como às manifestações vo-
– Articulação Biaxial: nas articulações biaxiais, os movimen- luntárias que permitem a interação do organismo com o ambiente
tos ocorrem em torno de dois eixos, proporcionando dois graus de (atividades somáticas).
liberdade. Isso inclui movimentos de flexão, extensão, abdução e
adução. Duas variedades de articulações biaxiais são as articulações Os neurônios
condilares e selares. Essas células desempenham o papel de receber e transmitir
– Articulação Triaxial: nas articulações triaxiais, ocorrem movi- estímulos do ambiente, tanto interno quanto externo, permitindo
mentos em torno de três eixos, fornecendo três graus de liberdade. ao organismo executar respostas apropriadas para interagir com
Além dos movimentos de flexão, extensão, adução e abdução, essas o ambiente e manter a homeostase corporal. Um neurônio é uma
articulações também permitem a rotação. Uma variedade dessas célula constituída por um corpo celular que contém o núcleo, o cito-
articulações é chamada de articulação esferoide ou enartrose. plasma e o citoesqueleto, bem como por finas extensões celulares
– Articulação Condilar: essa articulação apresenta superfícies conhecidas como neuritos, que podem ser subdivididas em dendri-
articulares ovais ou condilares que se encaixam em cavidades elíp- tos e axônios.
ticas. Ela permite uma ampla variedade de movimentos, como ex-
tensão, flexão, adução, abdução e circundução, mas não permite
rotação axial.
– Articulação Selar: as superfícies articulares nesse tipo de ar-
ticulação são reciprocamente côncavas e convexas, permitindo mo-
vimentos semelhantes aos das articulações condilares.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Podemos classificar o sistema nervoso em duas principais divisões: o sistema cérebro-espinhal e o sistema nervoso autônomo ou
vegetativo.

Sistema Cérebro-Espinhal
Este sistema abrange o sistema nervoso central (SNC), que é composto pelo encéfalo e pela medula espinhal, bem como o sistema
nervoso periférico (SNP), que é formado pelos nervos cranianos, espinhais (ou raquidianos) e periféricos. O SNC funciona como o centro
de recepção e retransmissão central, enquanto o SNP, com suas terminações sensitivas e motoras, atua como as vias de transmissão.

Sistema Nervoso Autônomo ou Vegetativo


Este sistema pode ser subdividido em sistema nervoso simpático e parassimpático. Ele possui centros específicos localizados no en-
céfalo, medula e alguns nervos periféricos. O sistema nervoso autônomo regula a atividade dos órgãos internos de maneira autônoma,
embora, em algumas situações, trabalhe em coordenação com as atividades somáticas.

Funcionamento
O funcionamento do sistema nervoso é complexo e, em essência, depende da ação de três componentes principais:
a) Vias aferentes ou sensitivas: estas vias conduzem impulsos originados nos receptores, que podem ser externos (como visão, audi-
ção, olfato, paladar e tato) ou internos, presentes em vários órgãos e sensíveis a mudanças químicas, pressão ou tensão.
b) Centros nervosos: estes centros são onde as respostas aos estímulos, enviados pelas vias sensitivas, são geradas.
c) Vias eferentes ou motoras: estas são as vias nervosas que conduzem respostas voluntárias ou involuntárias dos centros nervosos
para o tecido muscular e glandular.

Sistema Nervoso Central


– Encéfalo: a calota craniana protege diversas estruturas, incluindo o cérebro (responsável pela inteligência e comandos), o cerebelo
(envolvido na coordenação de movimentos e equilíbrio) e o tronco encefálico (local onde nervos cranianos entram e saem, abrigando
centros cardiorespiratórios, além de ser o local de cruzamento de vias motoras). O encéfalo possui ventrículos cerebrais, cavidades que
se comunicam e contêm líquido cefalorraquidiano (LCR). Os principais ventrículos incluem os laterais direito e esquerdo (localizados nos
hemisférios cerebrais correspondentes), o terceiro ventrículo (entre os tálamos direito e esquerdo) e o quarto ventrículo (localizado entre
o tronco encefálico e o cerebelo).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

– Medula Espinhal: a medula espinhal é um longo eixo que liga do sistema nervoso autônomo, influenciando variáveis como a fre-
o encéfalo ao restante do corpo, com nervos saindo à direita e à quência cardíaca, pressão arterial e movimentos intestinais, entre
esquerda. Ela também recebe informações sensoriais e envia co- outras funções.
mandos motores. Sua substância cinzenta tem uma configuração
que lembra a letra “H,” com a raiz anterior (de onde saem as fibras Sistema Nervoso autônomo ou vegetativo
motoras) e a raiz posterior (por onde entram as fibras sensitivas). – Função: automatizar e regular as funções do sistema digesti-
Ela passa pelo canal raquidiano da coluna vertebral. vo, respiratório, circulatório, e outras atividades corporais de forma
involuntária.
Esta é a organização principal do sistema nervoso, que desem- – Composição: o sistema nervoso autônomo é composto pelo
penha um papel fundamental na regulação das funções do corpo e sistema simpático e pelo sistema parassimpático, que operam de
nas respostas a estímulos do ambiente interno e externo. maneira antagônica, mas mantêm um equilíbrio interno. Esses sis-
temas incluem uma série de gânglios, onde as fibras pré-ganglio-
Sistema Nervoso Central nares originadas da medula espinhal estabelecem sinapses com
É protegido por envoltórios, conhecidos como meninges, além células ganglionares. A fibra que se projeta a partir do gânglio e se
das estruturas esqueléticas, como a caixa craniana, que protege dirige aos tecidos viscerais é conhecida como fibra pós-ganglionar.
o encéfalo, e a coluna vertebral, que protege a medula espinhal
(também chamada de raque). As meninges são compostas por três Evolução e função dos três neurônios fundamentais:
camadas: a dura-máter (a camada mais externa), a aracnóide (a – Neurônio sensitivo: transmitem informações em direção ao
camada intermediária) e a pia-máter (a camada mais interna). Entre sistema nervoso central.
as camadas aracnóide e pia-máter, existe um espaço preenchido – Neurônio motor: conduzem as respostas processadas para os
com líquido, chamado de líquido cefalorraquidiano ou líquor. órgãos efetores, como músculos e glândulas.
– Dura-máter: é a camada mais externa das meninges e forma – Neurônio de associação: recebem, analisam e armazenam in-
uma estrutura fechada, protegendo o Sistema Nervoso Central. Ela formações, criando memórias e elaborando respostas, que podem
possui duas subdivisões: a dura-máter espinhal (composta por um ser conscientes ou inconscientes. Simplificando, podemos consi-
único folheto) e a dura-máter encefálica (composta por dois folhe- derar que o nosso sistema nervoso é composto por memórias que
tos). acumulamos ao longo da vida, desde o período intrauterino, e que
– Aracnoide: essa camada, situada no meio das meninges, tem essas complexas relações intrincadas, juntamente com o aumento
uma aparência semelhante a uma teia de aranha. no número de neurônios de associação, formam o que chamamos
– Pia-máter: é a camada mais interna e delicada das meninges. de neocórtex ou córtex mais elaborado. Segundo os estudiosos,
Ela acompanha as complexas curvas e sulcos do tecido nervoso, esse neocórtex é responsável pelo desenvolvimento do poder de
mantendo a sua forma. raciocínio crítico e analítico, características distintivas do ser huma-
no.
Existem espaços entre as camadas das meninges:
– Epidural: é o espaço localizado entre a dura-máter e o osso, Nervo
que contém veias e gordura. – O termo “nervo” é usado para descrever a aglomeração de
– Subdural: este é um espaço virtual entre a dura-máter e a várias fibras nervosas, que podem consistir em axônios ou dendri-
aracnoide. tos.
– Subaracnoideo: esse espaço é o mais significativo, já que con- – Essas fibras nervosas, compostas pelos prolongamentos de
tém o líquido cefalorraquidiano (líquor). É nesse espaço que proce- neurônios e suas coberturas, organizam-se em feixes.
dimentos como punções para exames do líquor e injeção de anesté- – Cada fibra nervosa é revestida por uma camada de tecido
sicos (como anestesia peridural ou raquidiana) são realizados. conjuntivo chamada endoneuro.
– Cada feixe de fibras nervosas é envolto por uma bainha con-
Sistema nervoso periférico juntiva denominada perineuro.
– Função: os nervos periféricos desempenham um papel fun- – Múltiplos feixes agrupados formam um nervo, que é cercado
damental na transmissão de estímulos entre o corpo e o cérebro, por uma camada de tecido conjuntivo chamada epineuro.
permitindo a comunicação bidirecional. Eles incluem fibras moto- – Em nosso corpo, existem inúmeros nervos, e a interconexão
ras e sensitivas presentes nos nervos espinhais e cranianos, bem desses nervos forma a extensa rede nervosa que se estende por
como gânglios sensitivos, que servem como pontos de acumulação todo o nosso organismo.
de corpos celulares, facilitando a condução dos impulsos nervosos
da periferia para o encéfalo e a medula espinhal. Medula Espinhal
– Composição: o sistema nervoso periférico é composto por Vamos começar com a descrição da medula espinhal, uma es-
doze pares de nervos cranianos, que emergem diretamente do cé- trutura com formato cilíndrico que mede aproximadamente 45 cm
rebro, e 31 pares de nervos espinhais, que se originam da medula de comprimento. Ela está localizada dentro do canal vertebral. A
espinhal. medula espinhal desempenha um papel crucial, atuando como a via
– Hipotálamo: o hipotálamo, localizado abaixo do tálamo, de- de entrada e saída para todas as sensações provenientes do corpo
sempenha diversas funções cruciais. Ele abriga a hipófise e regula a somático e das vísceras em direção ao encéfalo. Da mesma forma,
quantidade de água e a temperatura corporal. Além disso, o hipo- ela é responsável por transmitir todas as respostas originadas no
tálamo estimula a secreção de hormônios pela hipófise, controla encéfalo para todas as partes do corpo, com exceção da região da
sensações como fome e sede e atua como o centro de enervação cabeça, que é controlada pelos nervos cranianos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Nervos espinhais: são 31 pares de nervos raquidianos ou


espinhais que se originam na medula espinhal, desempenhando
papéis essenciais na sensibilidade corporal e no controle dos
músculos esqueléticos. Esses pares de nervos incluem:
– Oito pares de nervos cervicais.
– Doze pares de nervos torácicos.
– Cinco pares de nervos lombares.
– Seis pares de nervos sacrais.

Cada nervo espinhal, ao atravessar o forame intervertebral, di-


vide-se em duas raízes distintas:
– A raiz posterior ou dorsal, responsável pela condução de es-
tímulos sensitivos.
– A raiz anterior ou ventral, encarregada da transmissão de es-
tímulos motores.

Essas duas raízes unem-se imediatamente após saírem da me-


dula espinhal, resultando em nervos mistos que contêm tanto com-
ponentes motores quanto sensitivos. Na medula espinhal, a subs-
tância cinzenta divide-se em três partes: cornos dorsais, laterais e
ventrais. Os cornos dorsais são responsáveis por receber os impul-
sos sensitivos dos nervos raquidianos, enquanto os cornos ventrais
enviam impulsos motores para os músculos estriados esqueléticos.
Apenas na medula torácica, encontramos os cornos laterais, que
enviam impulsos aos neurônios motores autônomos, controlando
o funcionamento das vísceras, um processo involuntário.
Os corpos celulares dos neurônios concentram-se no centro
da medula, na região de massa cinzenta. Os axônios ascendentes
e descendentes estão localizados na substância branca da medula
espinhal, e em ambas as regiões, também encontramos células da
A medula espinhal é a parte do sistema nervoso central loca- glia.
lizada dentro do canal vertebral, apresentando limites bem defini- Funções da medula espinhal:
dos: A medula espinhal, localizada no canal vertebral, desempenha
Superiormente, sua delimitação ocorre no plano transversal funções essenciais, atuando como centro nervoso para atos invo-
que passa ao nível do forame magno. luntários e como um condutor de impulsos nervosos entre o encé-
Inferiormente, estende-se até a altura das vértebras L1 e L2. falo e o corpo. Ela é composta por dois sistemas de neurônios:
A medula espinhal também apresenta dilatações em sua estru- – Sistema ascendente: responsável por transportar sinais sen-
tura: soriais provenientes do corpo e das extremidades (receptores sen-
– Intumescência cervical: esta dilatação ocorre na região cérvi- sitivos) até a medula espinhal e, em seguida, encaminhá-los para o
cotorácica da medula, resultando do aumento do número de neu- tálamo. Posteriormente, esses sinais são transmitidos para a região
rônios, cujas fibras nervosas contribuem para a formação dos ner- cortical correspondente ao local específico do corpo no córtex sen-
vos que inervam o pescoço e os membros superiores. Nesta área, sitivo.
encontramos os nervos cervicais (C5, C6, C7, C8, T1), que compõem – Sistema descendente: este sistema envia comandos ori-
o plexo braquial. ginados nos centros corticais específicos, controlando as funções
– Intumescência lombar: essa dilatação ocorre na região lom- motoras dos músculos. Além disso, regula funções como pressão e
bossacral da medula espinhal, devido ao aumento do número de temperatura. Ele também transporta os sinais gerados nos centros
neurônios cujas fibras nervosas constituem os nervos que inervam corticais, que são, na maioria das vezes, direcionados aos músculos
a pelve e os membros inferiores. A intumescência lombar é com- estriados esqueléticos.
posta pelos nervos lombares e sacrais (L1, L2, L3, L4, L5, S1, S2), que
formam o plexo lombossacral. Constituintes do tronco encefálico, incluindo o bulbo ou me-
– Cone medular: o cone medular é a porção terminal da medu- dula oblonga:
la espinhal que se assemelha a um cone. O bulbo, ou medula oblonga, é a parte do tronco encefálico
– Fio terminal: o fio terminal é uma extensão da pia-máter que apresenta uma porção fechada mais caudal, contendo o canal
que se estende do cone medular até o fundo do saco dural, situado central que se estende da medula espinhal, e uma porção aberta,
aproximadamente ao nível de S2. onde o canal central se expande para formar o quarto ventrículo.
– Cauda equina: a cauda equina é formada pelos ramos ven- – Limites: o bulbo é delimitado inferiormente pelo plano ho-
trais dos nervos espinhais originados na intumescência lombar e rizontal que atravessa as radículas mais próximas do primeiro par
que são responsáveis pela inervação da região da pelve e dos mem- de nervos raquidianos. Superiormente, é limitado pelo sulco bulbo
bros inferiores.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

pontino. Anteriormente, é circunscrito pela porção basilar do osso plasma, uma parte líquida que contém nutrientes e resíduos celu-
occipital e pelo processo odontoide do áxis, além do cerebelo na lares, e os elementos figurados, que incluem glóbulos vermelhos e
parte posterior. brancos, bem como plaquetas.
– Funções: o bulbo, embora seja uma parte essencial do tron-
co encefálico, está além do escopo deste material introdutório em Elementos Figurados do Sangue
termos de detalhes. No entanto, é importante destacar que o bulbo Os elementos figurados do sangue podem ser divididos em
está intimamente relacionado com funções vitais, como controle dois grupos principais: glóbulos vermelhos e brancos, além das pla-
da respiração, ritmo cardíaco e pressão arterial. Além disso, ele de- quetas.
sempenha um papel crucial em reflexos como a mastigação, movi- – Glóbulos Vermelhos (Hemácias): são células sem núcleo que
mentos peristálticos, fala, piscar de olhos, secreção lacrimal e vômi- contêm hemoglobina, um pigmento responsável pelo transporte
to. Qualquer lesão ou compressão dessa área, geralmente causada de oxigênio e dióxido de carbono no sangue.
pelo cerebelo na região posterior, pode ter graves consequências, – Glóbulos Brancos (Leucócitos): essas células nucleadas de-
incluindo a interrupção dos movimentos respiratórios e cardíacos, sempenham um papel crucial na defesa do organismo contra in-
levando à morte instantânea. Além disso, nessa região ocorrem fe- fecções e patógenos. Os tipos de leucócitos incluem neutrófilos,
nômenos importantes, como a decussação das pirâmides (decussa- basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos.
ção motora) e a decussação dos lemniscos (decussação sensitiva), – Plaquetas: são fragmentos citoplasmáticos de células da
bem como a abertura do sexto ventrículo. medula óssea que desempenham um papel fundamental no
processo de coagulação sanguínea.
Cerebelo
O cerebelo, muitas vezes referido como o “pequeno cérebro”, é Coração
um centro crucial de controle do movimento. Para uma compreen- O coração, órgão central do sistema circulatório, é um órgão
são mais profunda do cerebelo, é importante abordar suas divisões muscular oco com a função de agir como uma bomba contrátil-pro-
e sua evolução em diferentes espécies, que estão intrinsecamente pulsora. O coração é composto principalmente por tecido muscular
relacionadas às funções motoras. Do ponto de vista evolutivo e de estriado cardíaco, que forma o miocárdio, uma camada média do
sobrevivência, as funções motoras são essenciais para os seres vi- órgão. Revestindo internamente o miocárdio encontra-se o endo-
vos. Um exemplo disso é que estudos demonstram que, apesar de télio, que é uma extensão da camada íntima dos vasos sanguíneos
seu tamanho relativamente pequeno, o cerebelo abriga a maioria que entram e saem do coração, conhecida como endocárdio.
dos neurônios do Sistema Nervoso. A cavidade do coração é dividida em quatro câmaras distintas,
incluindo dois átrios e dois ventrículos. Entre os átrios e os ventrícu-
Anatomia e fisiologia do sistema circulatório los, existem válvulas que direcionam o fluxo sanguíneo de forma or-
O crescimento e a manutenção da vitalidade do organismo de- denada. O coração tem a forma aproximada de um cone truncado,
pendem de uma nutrição celular adequada. A função primordial do com uma base, um ápice e faces, incluindo as faces esterno-costal,
sistema circulatório é transportar nutrientes e oxigênio para as cé- diafragmática e pulmonar.
lulas do corpo. Esse sistema é um sistema fechado, sem comunica- Quando o coração é aberto, revela uma cavidade subdividida
ção com o ambiente externo, composto por uma rede de tubos nos em quatro câmaras. O septo atrioventricular, que divide o coração
quais circulam substâncias vitais. Os tubos são conhecidos como em duas porções, superior e inferior, é responsável por essa divisão.
vasos sanguíneos, e as substâncias transportadas são o sangue e A porção superior contém um septo interatrial que separa os átrios
a linfa. Para permitir a circulação dessas substâncias pelos vasos, o direito e esquerdo. Cada átrio possui um apêndice que se asseme-
coração age como uma bomba contrátil-propulsora. lha a orelhas na superfície externa do coração. A porção inferior do
O sistema circulatório é composto por três principais compo- coração é dividida em duas câmaras, os ventrículos direito e esquer-
nentes: do, através do septo interventricular. O septo atrioventricular pos-
– Sistema Sanguíneo: este sistema inclui os vasos sanguíneos, sui dois orifícios, conhecidos como óstios atrioventriculares direito
que são responsáveis por conduzir o sangue, e o coração, que é es- e esquerdo, permitindo a comunicação entre o átrio e o ventrículo
sencialmente um órgão modificado que atua como uma bomba. Os correspondente.
vasos sanguíneos incluem as artérias, veias e capilares. O esqueleto fibroso do coração é composto por uma massa
– Sistema Linfático: este sistema é formado pelos vasos linfá- contínua de tecido conjuntivo fibroso que rodeia os óstios atrioven-
ticos, que transportam a linfa (um líquido transparente), e pelos triculares, o tronco pulmonar e a aorta. Ele ancora as válvulas des-
órgãos linfoides, como o timo, os linfonodos, as tonsilas e o baço. ses óstios, além de camadas musculares. O esqueleto também con-
– Órgãos Hematopoiéticos: esses órgãos, como a medula ós- tém trígonos fibrosos direito e esquerdo interligados, anéis fibrosos
sea vermelha, são essenciais para a produção de células sanguí- ao redor dos óstios atrioventriculares e óstios arteriais, o tendão do
neas, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. infundíbulo e a parte membranácea do septo interventricular.
A irrigação do coração é fornecida pelas artérias coronárias,
Sangue incluindo a coronária direita e a coronária esquerda. Essas artérias
O sangue desempenha um papel fundamental no transporte de são responsáveis por fornecer sangue ao miocárdio. As veias car-
oxigênio para as células e na eliminação de produtos indesejados, díacas drenam o sangue do miocárdio diretamente para as câmaras
como dióxido de carbono e ureia. As células do corpo dependem cardíacas. O seio coronário é o principal canal de drenagem do cora-
do sangue para receber nutrientes essenciais que sustentam suas ção, situado no sulco coronário entre o átrio e o ventrículo esquer-
funções vitais. O sangue é composto por duas principais partes: o dos. Ele desemboca no átrio direito e recebe tributárias como a veia
cardíaca magna, a veia cardíaca média e a veia cardíaca pequena.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Circulação do sangue
A circulação é o processo de transporte do sangue pelo coração e pelos vasos sanguíneos. Esse sistema de circulação é conduzido por
meio de duas correntes sanguíneas que partem simultaneamente do coração. A primeira corrente direciona o sangue para os pulmões,
onde ocorre a oxigenação, enquanto a segunda transporta o sangue oxigenado para todas as células do corpo. Devido a esse sistema de
dupla corrente sanguínea, nossa circulação é classificada como circulação dupla.
O caminho que compreende “coração (ventrículo direito) para os pulmões e, em seguida, de volta ao coração (átrio esquerdo)” é
conhecido como circulação pulmonar ou pequena circulação. Por outro lado, o trajeto que envolve “coração (ventrículo esquerdo) para
os sistemas corporais e, posteriormente, de volta ao coração (átrio direito)” é chamado de circulação sistêmica ou grande circulação. Esse
sistema de dupla circulação é essencial para manter o transporte de sangue oxigenado para o corpo e garantir a oxigenação adequada em
nossos pulmões.

Circulação pulmonar:
Ventrículo direito • artéria pulmonar aos pulmões• veias pulmonares• átrio esquerdo.
Circulação sistêmica:
Ventrículo esquerdo • artéria aorta• sistemas corporais • veias cavas• átrio direito.

Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos compreendem um sistema fechado de condutos, pelos quais o sangue circula impulsionado pelas batidas rít-
micas do coração. Esse sistema é composto por artérias, veias e capilares sanguíneos. A parede dos vasos sanguíneos, com exceção dos
capilares, é estruturada em três camadas distintas, conhecidas como túnicas externa, média e íntima.

Artérias
As artérias possuem uma notável elasticidade que lhes permite adaptar-se à demanda do fluxo sanguíneo e regular os níveis de
pressão. A artéria aorta, que se origina no ventrículo esquerdo, desempenha um papel central, pois suas ramificações diretas ou indiretas
darão origem a todas as artérias do sistema circulatório sistêmico. A espessura da parede arterial varia de acordo com a composição te-
cidual das camadas que a constituem. Dependendo dessa composição, as artérias são classificadas como de grande, médio ou pequeno
calibre, bem como arteríolas. À medida que se afastam do coração, essas estruturas frequentemente diminuem de calibre. A fim de suprir
as diversas necessidades do corpo, as artérias frequentemente se ramificam, dando origem a ramos terminais e colaterais.
As principais artérias do corpo incluem:
– Artéria Coronária: responsável pela irrigação do músculo cardíaco, a artéria coronária se origina na porção inicial da aorta ascenden-
te, próxima à valva aórtica. Divide-se em dois ramos principais:
– Artéria Coronária Direita: dá origem à artéria do nó, à artéria marginal direita e à artéria descendente posterior, fornecendo
irrigação para o nó sinusal, átrio direito, ventrículo direito e nódulo atrioventricular.
– Artéria Coronária Esquerda: origina a artéria circunflexa, a artéria marginal esquerda e a artéria descendente anterior, irrigando o
ventrículo esquerdo, parte do ventrículo direito e o septo interventricular.
– Aorta Ascendente: além de originar as artérias coronárias direita e esquerda, a aorta ascendente se divide em três grandes ramos:
– Artéria Braquiocefálica: dividindo-se posteriormente em carótida comum, que irriga o pescoço e a cabeça, e subclávia direita, que
supre o membro superior direito.
– Artéria Carótida Esquerda: junta-se à carótida comum para irrigar o pescoço e a cabeça.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

– Artéria Subclávia Esquerda: fornecendo sangue ao membro superior esquerdo.


Cada subclávia emite ramos arteriais, incluindo a artéria mamária (ou torácica interna). A continuação da artéria subclávia é a artéria
auxiliar, que, ao chegar no braço, passa a se chamar artéria braquial. Na altura do cotovelo, a artéria braquial se bifurca em artéria radial
e artéria ulnar.
– Aorta Torácica: fornece irrigação para as estruturas dentro da cavidade torácica.

A Aorta Abdominal origina diversas artérias, incluindo:


– Tronco Celíaco: esta artéria se ramifica em duas principais:
– Artéria Gástrica Esquerda: responsável pela irrigação do estômago e do esôfago.
– Artéria Esplênica: fornece sangue ao baço e a uma parte do estômago.
– Artéria Mesentérica Superior: irriga o intestino delgado e uma porção do intestino grosso.
– Artéria Mesentérica Inferior: responsável pela irrigação do intestino grosso a partir do cólon transverso.
– Artérias Renais Direita e Esquerda: fornecem sangue para os rins correspondentes.
– Ilíacas Comuns: a aorta se bifurca em duas ilíacas comuns, direita e esquerda, que fornecem irrigação para o peritônio. Cada ilíaca
comum, por sua vez, se divide em ilíaca interna e externa.
– Artéria Ilíaca Interna: uma das ramificações da ilíaca comum, que supre as paredes e o conteúdo da cavidade pélvica.
– Artéria Ilíaca Externa: outra divisão da ilíaca comum, que, na região inguinal, se transforma na artéria femoral.
– Artéria Femoral: Fornece irrigação para a região inguinal, parte dos órgãos genitais e a coxa. Na altura do joelho, torna-se a artéria
poplítea, que se divide em tibial anterior e posterior. A região dorsal do pé é irrigada pela artéria dorsal do pé, enquanto a região plantar
é suprida pelas artérias plantares medial e lateral.

Veias
As veias desempenham um papel fundamental na coleta do sangue que já realizou as trocas gasosas com os tecidos do corpo, redi-
recionando-o de volta ao coração. Estas veias podem ser classificadas em diferentes calibres, incluindo as de grande, médio e pequeno
calibre, bem como as vênulas. Ao contrário das artérias, elas são geralmente menos calibrosas e mais numerosas. As veias podem ser su-
perficiais ou profundas, e as superficiais encontram-se na região subcutânea, onde desempenham o papel de drenar a circulação cutânea
e auxiliar a circulação profunda por meio das veias comunicantes. As veias profundas têm a função de transportar uma maior quantidade
de sangue de volta ao coração e, geralmente, recebem o nome da artéria associada.
As veias possuem válvulas que desempenham um papel essencial no retorno do sangue ao coração. Essas válvulas impedem o refluxo
sanguíneo causado pela gravidade, auxiliando no eficiente retorno do sangue venoso ao coração.
Diferentemente das artérias e veias, que variam em calibre, os capilares sanguíneos são vasos microscópicos. Eles são responsáveis
por possibilitar as trocas gasosas entre o sangue e os tecidos do corpo e estão localizados na interface entre as veias e as artérias.
Entre as principais veias do corpo humano, destacam-se:
– Veia Cava Superior: recebe o sangue venoso dos membros superiores, da cabeça e do pescoço, e da parede e órgãos do tórax. A veia
cava superior se forma pela união das veias subclávias direita e esquerda com a veia ázigo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

– Veia Cava Inferior: recebe o sangue venoso dos membros inferiores, da região pélvica e da região abdominal. A veia cava inferior
é formada pela confluência das veias ilíacas comuns direita e esquerda, e recebe sangue das veias renais e supra-hepáticas antes de de-
sembocar no átrio direito do coração.
– Veia Porta: recebe o sangue venoso do estômago, esôfago, vesícula biliar, pâncreas e baço, levando-o para o fígado através da veia
porta. Dentro do fígado, o sangue se capilariza, formando uma rede capilar intra-hepática, que origina as veias hepáticas ou supra-hepáti-
cas, que finalmente desembocam na veia cava inferior.
– Veias Cardíacas: transportam o sangue venoso dos músculos cardíacos para o átrio direito do coração, incluindo veias muito peque-
nas que se originam nas paredes do coração e lançam o sangue venoso diretamente nas cavidades cardíacas, especialmente nos átrios.

Capilares sanguíneos
Os capilares são vasos de pequeno calibre que conectam as extremidades das arteríolas com as extremidades das vênulas. A parede
dos capilares consiste em uma única camada de células, correspondente ao endotélio presente nas artérias e veias.
Quando o sangue circula pelos capilares, uma parte do líquido que o compõe atravessa a parede capilar e se difunde entre as células
circundantes, fornecendo nutrientes e oxigênio a essas células. Simultaneamente, as células liberam dióxido de carbono e outras excre-
ções no líquido extravasado, que é denominado líquido tissular. A maior parte desse líquido tissular é reabsorvida pelos próprios capilares
e reintegrada ao fluxo sanguíneo. Apenas uma pequena porção, cerca de 1% a 2% do líquido extravasado na porção arterial do capilar, não
retorna à porção venosa, sendo então coletada por um sistema paralelo ao sistema circulatório, conhecido como sistema linfático. Nesse
ponto, o líquido extravasado passa a ser chamado de linfa e move-se lentamente pelos vasos linfáticos, que possuem válvulas.
Na porção arterial dos capilares, a pressão sanguínea é superior à pressão osmótica do plasma, o que resulta na saída de água conten-
do substâncias dissolvidas. Na porção venosa dos capilares, a pressão sanguínea é reduzida, tornando-se inferior à pressão osmótica do
plasma, o que promove o retorno do fluido para o interior do capilar.

Sistema Linfático
O sistema linfático é um sistema auxiliar de drenagem do sistema circulatório, encarregado de transportar o líquido tecidual do corpo,
conhecido como linfa, à medida que penetra nos vasos linfáticos. Além dos vasos linfáticos, o sistema linfático compreende órgãos linfoi-
des, como o timo, baço e linfonodos, que desempenham a função de filtrar o líquido transportado pelos vasos linfáticos.

Fonte: https://trabalhosparaescola.com.br

A função e a relação desse sistema com o sistema circulatório se justificam pela dificuldade que as grandes moléculas do líquido te-
cidual enfrentam para penetrar nos capilares sanguíneos. Portanto, é essencial que os capilares linfáticos tenham um diâmetro maior do
que os capilares sanguíneos. Além disso, uma diferença notável entre a rede de vasos linfáticos e os vasos do sistema circulatório é que
os capilares linfáticos são de fundo cego. Esse sistema opera em uma única direção, conduzindo exclusivamente a linfa de volta para a
corrente circulatória, não oferecendo uma via de retorno.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Fonte: FILHO, Eládio Pessoa de Andrade; PEREIRA, Francisco Carlos Ferreira – Anatomia Geral

Linfa é o fluido que circula pelos vasos linfáticos e, embora sua composição seja semelhante à do sangue, não contém hemácias. No
entanto, a linfa contém glóbulos brancos, dos quais aproximadamente 99% são linfócitos. Isso é diferente do sangue, onde os linfócitos
representam cerca de 50% do total de glóbulos brancos.
Os órgãos linfáticos desempenham um papel vital no sistema imunológico. Estes órgãos incluem as amígdalas (tonsilas), as adenoides,
o baço, os linfonodos (também chamados de nódulos linfáticos) e o timo, que é um tecido conjuntivo reticular rico em linfócitos.
As amígdalas palatinas são órgãos que produzem linfócitos. O timo é o órgão linfático mais desenvolvido no período pré-natal, conti-
nuando a evoluir desde o nascimento até a puberdade.
Os linfonodos, ou nódulos linfáticos, são os órgãos linfáticos mais numerosos no corpo. Sua principal função é filtrar a linfa, eliminan-
do quaisquer corpos estranhos que possa conter, como vírus e bactérias. Esses órgãos também são locais de proliferação de linfócitos,
macrófagos e plasmócitos. A presença de bactérias ou substâncias estranhas leva ao aumento do tamanho dos linfonodos, tornando-os
dolorosos, um fenômeno muitas vezes referido como “íngua.”
O baço, por sua vez, é um órgão linfático que está localizado fora da circulação linfática, interceptando a circulação sanguínea. Possui
uma grande quantidade de macrófagos que realizam a fagocitose, destruindo micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas e célu-
las sanguíneas desgastadas, como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Isso faz do baço um órgão fundamental para a limpeza do sangue,
atuando como um filtro crucial desse fluido essencial. Além disso, o baço também desempenha um papel importante na resposta imune,
reagindo a agentes infecciosos e é considerado por alguns cientistas como um grande nódulo linfático.
Os linfócitos, que desempenham um papel fundamental no sistema imunológico, têm origens distintas:
– Linfócitos T amadurecem no timo.
– Linfócitos B saem da medula óssea já maduros.
– Essas células chegam aos órgãos linfáticos periféricos por meio do sangue e da linfa.

Anatomia do sistema respiratório


Consiste em um conjunto de órgãos altamente interconectados que operam de maneira sinérgica. Sua função primordial é facilitar
as trocas gasosas entre o organismo e o ambiente, permitindo a oxigenação do sangue e a eliminação de dióxido de carbono. Além disso,
o sistema respiratório desempenha um papel essencial na percepção de odores (olfação), com a participação do nariz, e na produção de
sons articulados e audíveis (fonação), envolvendo a laringe.
A anatomia do Sistema Respiratório pode ser subdividida em duas partes principais: a porção superior e a porção inferior. Além disso,
funcionalmente, ele pode ser categorizado como a porção condutora e a porção respiratória.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Fonte: FILHO, Eládio Pessoa de Andrade; PEREIRA, Francisco Carlos Ferreira – Anatomia Geral

Nariz: é a estrutura que marca o início do Sistema Respiratório. Posicionado na região central da face, o nariz é constituído pelo nariz
externo, ou pirâmide nasal, bem como pela cavidade nasal, também conhecida como fossa nasal, e os seios paranasais. O dorso nasal é
formado por ossos nasais e placas de cartilagem que se estendem da base à ponta, podendo variar em conformação, apresentando-se
retilíneo, côncavo ou convexo.

Fonte: FILHO, Eládio Pessoa de Andrade; PEREIRA, Francisco Carlos Ferreira – Anatomia Geral

Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que se estendem desde as narinas até a faringe. Elas são separadas por uma parede carti-
laginosa chamada septo nasal. No interior das fossas nasais, encontramos estruturas dobradas conhecidas como cornetos nasais, que dire-
cionam o fluxo de ar criando turbulência. As fossas nasais apresentam um revestimento que contém células produtoras de muco e células
ciliadas, semelhantes às que estão presentes nas partes inferiores do sistema respiratório, como a traqueia, os brônquios e a porção inicial
dos bronquíolos. No teto das fossas nasais, localizam-se células sensoriais responsáveis pela percepção do olfato. Suas principais funções
incluem a filtração, umedecimento e aquecimento do ar inspirado. Além disso, as fossas nasais se conectam a certos ossos cranianos,
como o frontal, o maxilar, o esfenoide e as células etmoidais, formando cavidades cheias de ar denominadas seios paranasais. Estes seios
paranasais englobam o seio maxilar, o seio frontal, o seio etmoidal e o seio esfenoidal.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Faringe: é um canal compartilhado pelos sistemas digestivo e respiratório que se conecta com a boca e as fossas nasais. Todo ar que
entra no corpo, seja pelas narinas ou pela boca, necessariamente passa pela faringe antes de atingir a laringe.

Laringe: é um tubo localizado na parte superior do pescoço e sustentado por peças de cartilagem articuladas. Uma dessas cartilagens,
o pomo-de-adão, é visível no pescoço. A entrada da laringe é conhecida como glote, e acima dela, há uma cartilagem em forma de “lin-
gueta” chamada epiglote, que atua como uma válvula. Durante a alimentação, a laringe sobe, e a epiglote fecha a entrada, evitando que o
alimento entre nas vias respiratórias. As pregas na superfície interna da laringe são as cordas vocais, que desempenham um papel crucial
na produção de som durante a passagem de ar. A laringe tem três funções principais: servir como uma via para o ar durante a respiração,
produzir som (voz) e prevenir a entrada de alimentos e objetos estranhos nas vias respiratórias.

Traqueia: é um tubo com cerca de 1,5 cm de diâmetro e 10-12 cm de comprimento. Sua parede é reforçada por anéis cartilaginosos.
Na extremidade inferior, a traqueia se divide em brônquios, que se ramificam nos pulmões. O epitélio revestindo a traqueia é mucociliar e
ajuda a reter partículas de poeira e bactérias presentes no ar inalado. Posteriormente, essas partículas são eliminadas graças ao movimen-
to dos cílios e, em seguida, engolidas ou expelidas.

Pulmões: Os pulmões são órgãos esponjosos, envolvidos por uma membrana serosa chamada pleura e têm aproximadamente 25 cm
de comprimento. Dentro dos pulmões, os brônquios se ramificam extensivamente, formando bronquíolos cada vez menores. Esses bron-
quíolos terminam em pequenas bolsas conhecidas como alvéolos pulmonares. A árvore brônquica, composta por esses bronquíolos, é a
via respiratória. Cada alvéolo é formado por células epiteliais achatadas e é revestido por capilares sanguíneos.
Os pulmões têm três faces distintas:
– Face costal (lateral): é a face externa, lisa e convexa, voltada para o interior da cavidade torácica.
– Face diafragmática (inferior): é a face côncava que se encaixa na cúpula do diafragma.
– Face mediastínica (medial): possui uma região côncava que acomoda o coração, e na parte dorsal, está a área conhecida como hilo
ou raiz do pulmão.

Os pulmões direito e esquerdo apresentam diferenças morfológicas. O pulmão direito tem três lobos separados por duas fissuras:
uma fissura oblíqua que separa o lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura horizontal que separa o lobo superior do médio.
Enquanto o pulmão esquerdo, embora menor, é dividido em lobo superior e lobo inferior por uma fissura oblíqua. A região anterior e
inferior do lobo superior do pulmão esquerdo contém uma estrutura chamada língula do pulmão, que é um vestígio do desenvolvimento
embrionário do lobo médio.
Além disso, cada lobo pulmonar é subdividido em segmentos pulmonares, que são unidades anatômicas independentes. Esses seg-
mentos desempenham um papel importante na ventilação e circulação pulmonar.

Pulmão Direito
Lobo Superior: apical, anterior e posterior.
Lobo Médio: medial e lateral.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral.

Pulmão Esquerdo
Lobo Superior: apicoposterior, anterior, lingular superior e lingular inferior.
Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Tabelas esquematizando os brônquios lobares e segmentares O mediastino posterior contém a porção torácica da aorta descen-
de cada pulmão dente, as veias ázigos e hemiazygos, os nervos vagos e esplâncni-
(Fonte: https://www.auladeanatomia.com) cos, o esôfago, o ducto torácico e alguns linfonodos.

Diafragma: O diafragma é uma estrutura musculomembranosa Anatomia do sistema reprodutor


que separa o tórax do abdômen e desempenha um papel funda-
mental nos movimentos respiratórios. Ele é exclusivo dos mamí- Sistema reprodutor feminino
feros e trabalha em conjunto com os músculos intercostais para O sistema reprodutor feminino é composto por um par de ová-
facilitar a respiração. O nervo frênico, localizado logo acima do es- rios, duas tubas uterinas (conhecidas como trompas de Falópio),
tômago, controla os movimentos do diafragma. um útero, uma vagina e a vulva. Este sistema encontra-se na cavida-
Pleuras e Espaço Pleural: as superfícies externas dos pulmões e de pélvica, protegido pela estrutura óssea da pelve.
a parede interna da cavidade torácica são revestidas por uma mem-
brana serosa dupla chamada pleura. A membrana que reveste a su- Vagina
perfície externa de cada pulmão é a pleura visceral, enquanto a que A vagina é um canal elástico, medindo cerca de 8 a 10 cm de
reveste a parede da cavidade torácica é a pleura parietal. Entre as comprimento, que conecta o colo do útero aos órgãos genitais ex-
pleuras visceral e parietal, há um pequeno espaço denominado ca- ternos. Ela é revestida por uma parede flexível e contém, interna-
vidade pleural, que contém uma quantidade reduzida de líquido lu- mente, duas glândulas chamadas glândulas de Bartholin, que se-
brificante secretado pelas membranas. Esse líquido ajuda a reduzir cretam um muco lubrificante. A entrada da vagina é protegida por
o atrito entre as pleuras, permitindo que elas deslizem suavemente uma membrana circular chamada hímen, que geralmente possui
uma sobre a outra durante a respiração. uma abertura central e é frequentemente rompida nas primeiras
relações sexuais. A vagina desempenha várias funções, incluindo
Mediastino: o mediastino está situado entre as pleuras pulmo- a passagem do pênis durante o ato sexual, a eliminação do fluxo
nares esquerda e direita, na linha média do plano sagital no tórax. menstrual e, no momento do parto, permite a saída do bebê. A vul-
Ele se estende desde o esterno até a coluna vertebral na parte pos- va, a genitália externa, é delimitada e protegida por dobras de pele
terior. O mediastino contém todas as estruturas torácicas, exceto os e mucosa chamadas grandes lábios, que são ricos em vasos san-
pulmões, e pode ser dividido para fins descritivos em duas partes guíneos e terminações nervosas. Os grandes lábios são, frequen-
principais: o mediastino superior e o mediastino inferior. O medias- temente, cobertos por pelos pubianos na mulher madura. Mais
tino superior localiza-se acima do limite superior do pericárdio e internamente, os pequenos lábios envolvem a abertura vaginal e
se estende entre o manúbrio do esterno e as vértebras torácicas protegem a uretra e a entrada da vagina. O clitóris, localizado na
superiores. Ele é limitado inferiormente por um plano oblíquo que vulva, é composto por tecido erétil e é análogo ao pênis masculino.
vai da junção entre o manúbrio e o esterno até a borda inferior do
corpo da quarta vértebra torácica. As pleuras delimitam o medias- Ovários
tino lateralmente. No mediastino superior, encontram-se estrutu- Os ovários são as gônadas femininas, responsáveis pela produ-
ras como a aorta torácica, tronco braquiocefálico, artéria carótida ção dos hormônios sexuais femininos, estrógeno e progesterona.
comum esquerda, artéria subclávia esquerda, veia braquiocefálica, Durante o desenvolvimento embrionário, as meninas já possuem
metade superior da veia cava superior, nervo vago, nervo frênico, todas as células que se tornarão gametas nos ovários. Essas células,
nervos laríngeos recorrentes, traqueia, esôfago, ducto torácico, o conhecidas como ovócitos primários, estão contidas em estruturas
remanescente do timo e alguns linfonodos. chamadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir da ado-
O mediastino anterior existe apenas no lado esquerdo, onde a lescência, sob a influência de hormônios, esses folículos começam a
pleura esquerda se afasta da linha média. Ele é limitado anterior- amadurecer e crescer. Consequentemente, eles secretam o hormô-
mente pelo esterno, lateralmente pela pleura e posteriormente nio estrógeno. Geralmente, mensalmente, apenas um folículo com-
pelo pericárdio. Na parte superior, é estreito, mas se expande ligei- pleta o seu desenvolvimento, rompendo-se e liberando o ovócito
ramente inferiormente. A parede anterior é formada pelas cartila- secundário, evento conhecido como ovulação. Após a ovulação, a
gens costais da quinta, sexta e sétima costelas. O mediastino ante- massa celular restante se transforma em corpo lúteo, que passa a
rior contém uma pequena quantidade de tecido conjuntivo frouxo, produzir os hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o
alguns linfáticos que ascendem da superfície convexa do fígado, de corpo lúteo se reduz e se converte em corpo albicans, uma pequena
dois a três linfonodos mediastinais e pequenos ramos mediastinais cicatriz fibrosa que permanece no ovário.
da artéria mamária interna.
O mediastino médio é a maior parte do espaço interpleural. Tubas Uterinas (Trompas de Falópio)
Ele abriga o coração envolto por sua serosa, a aorta ascendente, a As tubas uterinas, também chamadas de trompas de Falópio,
metade inferior da veia cava superior com a veia ázigos se juntando são dois ductos que conectam os ovários ao útero. Seu revestimen-
a ela, a bifurcação da traqueia e seus dois brônquios, a artéria pul- to interno é composto por células ciliadas. Os movimentos ciliares e
monar e seus dois ramos, as veias pulmonares direita e esquerda, as contrações peristálticas das tubas uterinas impulsionam o ovóci-
os nervos frênicos e alguns linfonodos brônquicos. to secundário, o gameta feminino, em direção ao útero.
O mediastino posterior é um espaço triangular irregular que
corre paralelo à coluna vertebral. Ele é delimitado anteriormente
pelo pericárdio, inferiormente pelo diafragma, posteriormente pela
coluna vertebral, estendendo-se das quarta às décima-segundas
vértebras torácicas de ambos os lados e pelas pleuras pulmonares.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Útero
O útero é um órgão oco situado na cavidade pélvica, localizado anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto. Possui uma parede
muscular espessa chamada miométrio e tem a forma de uma pêra invertida. Internamente, o útero é revestido por um tecido altamente
vascularizado e rico em glândulas, conhecido como endométrio.

Órgãos Externos
Os órgãos genitais externos femininos, também chamados de vulva ou pudendo feminino, compõem a parte visível do sistema repro-
dutor da mulher. Essa área é caracterizada por uma abertura fusiforme de grande eixo antero-posterior, com bordas sinuosas, situada no
períneo, imediatamente atrás da sínfise do púbis.
A vulva é delimitada por duas margens proeminentes e arredondadas que formam um semiarco em cada lado, com a curvatura volta-
da para fora. Essas margens são conhecidas como grandes lábios do pudendo.
Os grandes lábios unem-se na parte frontal, nas proximidades da sínfise púbica, formando um ângulo agudo denominado comissura
anterior. O mesmo ocorre na parte posterior, no centro do períneo, criando a comissura posterior.
Anteriormente à comissura anterior dos grandes lábios, na região próxima à sínfise púbica, encontra-se uma acumulação de tecido
adiposo na camada subcutânea, resultando em uma elevação chamada de monte de púbis. A pele que recobre o monte de púbis é rica-
mente adornada por pelos, que se tornam menos densos na região dos grandes lábios do pudendo.

A abertura antero-posterior entre os dois grandes lábios é conhecida como rima do pudendo. A parte frontal desta abertura apresenta
uma proeminência triangular com a base voltada para trás, chamada glande do clitóris. O revestimento cutâneo sobre essa protuberância
é análogo ao prepúcio do clitóris.
O clitóris é comparável em miniatura ao pênis masculino e é um órgão erétil. É formado por tecido esponjoso, denominado corpo
cavernoso, que pode encher-se de sangue, causando a ereção do clitóris.

Tratamento fisioterapia preventiva em idosos


O processo de envelhecimento, na maioria das situações, acarreta desafios relacionados à saúde e à condição física. Os idosos fre-
quentemente enfrentam fragilidades nos ossos, tendões e músculos, bem como doenças graves que, por vezes, limitam sua capacidade
de se engajar em atividades físicas.
No entanto, a prática de exercícios físicos pode ser substituída pela fisioterapia preventiva destinada aos idosos. Essa abordagem de-
sempenha um papel crucial na prevenção de problemas de saúde, na reabilitação do corpo do idoso e na redução do risco de complicações
ou sequelas decorrentes de eventos como quedas ou acidentes vasculares cerebrais, por exemplo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

A fisioterapia preventiva para idosos engloba exercícios físi- Para o filósofo alemão Hegel, a moral apresenta duas vertentes,
cos e respiratórios. Quando combinada com terapias alternativas, a moral subjetiva associada ao cumprimento de dever por vontade
como acupuntura, pilates e Reeducação Postural Global (RPG), ela e a moral objetiva que é a obediência de leis e normas impostas
pode contribuir para prevenir uma série de condições de saúde, tais pelo meio.
como hipertensão, diabetes, osteoporose, tendinite, doenças car- No entanto, ética e moral caminham juntas, uma vez que
díacas, artrose, hérnia de disco e bursite. a moral se submete a um valor ético. Desta forma, uma ética
Além disso, essa abordagem terapêutica auxilia na melhoria da individual, quando enraizada na sociedade, passa a ser um valor
flexibilidade, do equilíbrio, da coordenação, da concentração e da social que é instituído como uma lei moral.
postura, e também desempenha um papel importante no controle A consequência de um comportamento antiético afronta os
de condições como insônia, ansiedade, depressão, dores nas articu- valores, caráter e o princípio de uma pessoa, enquanto a quebra
lações e músculos, além de promover um aumento na autoestima. de um valor moral é punida e justificada de acordo com a lei que
Vale ressaltar que a fisioterapia preventiva para idosos geral- rege o meio.
mente não apresenta contraindicações. No entanto, é essencial que
os idosos que tenham problemas de saúde busquem orientação Características fundamentais de uma conduta ética
médica para a realização de exames físicos, cardíacos, neurológicos Alguns conceitos são fundamentais para constituir o
e outros, a fim de garantir a segurança e a eficácia desse tipo de comportamento ético. São eles:
abordagem terapêutica. – Altruísmo: A preocupação com os interesses do outro de
uma forma espontânea e positivista.
– Moralidade: Conjunto de valores que conduzem o
ÉTICA PROFISSIONAL comportamento, as escolhas, decisões e ações.
– Virtude: Essa característica pode ser definida como a
“excelência humana” ou aquilo que nos faz plenos e autênticos.
A ética profissional é um dos critérios mais valorizados no – Solidariedade: Princípios que se aplicados às relações sociais
mercado de trabalho. Ter uma boa conduta no ambiente de trabalho e que orientam a vivência e convívio em harmonia do indivíduo com
pode ser o passaporte para uma carreira de sucesso. os demais.
A vida em sociedade, que preza e respeita o bem-estar do
outro, requer alguns comportamentos que estão associados à – Consciência: Capacidade ou percepção em distinguir o que é
conduta ética de cada indivíduo. A ética profissional é composta certo ou errado de acordo com as virtudes ou moralidade.
pelos padrões e valores da sociedade e do ambiente de trabalho – Responsabilidade ética: Consenso entre responsabilidade
que a pessoa convive. (assumir consequências dos atos praticados) pessoal e coletiva.
No meio corporativo, a ética profissional traz maior
produtividade e integração dos colaboradores e, para o profissional, O que é Ética Profissional
ela agrega credibilidade, confiança e respeito ao trabalho. A ética profissional é o conjunto de valores, normas e condutas
Contudo, há ainda muitas dúvidas acerca do que é ética, por que conduzem e conscientizam as atitudes e o comportamento de
isso, antes falar sobre ética profissional, é importante entender um um profissional na organização. Desta forma, a ética profissional é
pouco sobre o que é ética e qual a diferença entre ética e moral. de interesse e importância da empresa e também do profissional
que busca o desenvolvimento de sua carreira.
— O que é ética Além da experiência e autonomia em sua área de atuação,
A palavra Ética é derivada do grego e apresenta uma o profissional que apresenta uma conduta ética conquista mais
transliteração de duas grafias distintas, êthos que significa “hábito”, respeito, credibilidade, confiança e reconhecimento de seus
“costumes” e ethos que significa “morada”, “abrigo protetor”. superiores e de seus colegas de trabalho.
Dessa raiz semântica, podemos definir ética como uma A conduta ética também contribui para o andamento dos
estrutura global, que representa a casa, feita de paredes, vigas e processos internos, aumento de produtividade, realização de
alicerces que representam os costumes. Assim, se esses costumes metas e a melhora dos relacionamentos interpessoais e do clima
se perderem, a estrutura enfraquece e a casa é destruída. organizacional.
Em uma visão mais abrangente e contemporânea, podemos Quando profissionais e empresa prezam por valores e princípios
definir ética como um conjunto de valores e princípios que orientam éticos como gentileza, temperança, amizade e paciência, existem
o comportamento de um indivíduo dentro da sociedade. A ética bons relacionamentos, mais autonomia, satisfação, proatividade e
está relacionada ao caráter, uma conduta genuinamente humana e inovação.
enraizada, que vêm de dentro para fora. Para isso, é conveniente que a empresa tenha um código
de conduta ética, para orientar o comportamento de seus
Qual a diferença entre ética e moral colaboradores de acordo com as normas e postura da organização.
Embora ética e moral sejam usados, muitas vezes, de maneira O código de ética empresarial facilita a adaptação do colaborar
similar, ambas possuem significados distintos. A moral é regida e serve como um manual para boa convivência no ambiente de
por leis, regras, padrões e normas que são adquiridos por meio da trabalho.
educação, do âmbito social, familiar e cultural, ou seja, algo que
vem de fora para dentro. • Ética profissional e valor estratégico

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Em meio ao cenário caótico nacional, problemas políticos, 1 – Seja honesto:


desigualdade social, falta de infraestrutura para educação e saúde, Fale sempre a verdade e assuma a responsabilidade sobre seus
a ética tornou-se um dos principais assuntos abordados em escolas, erros. É muito melhor aprender com os erros do que procurar um
universidades, trabalho e até mesmo nas ruas. culpado para suas falhas.
Com a população mais consciente das questões morais e da A honestidade é uma das principais características de um
responsabilidade social com que as autoridades e as empresas profissional ético, ela é prova de credibilidade e confiança. Seja
devem prestar à sociedade e ao meio ambiente, houve um aumento sempre sincero consigo mesmo, com os seus princípios, com as
da fiscalização e cobrança pelo comprometimento ético destes normas das empresas e com os outros.
órgãos.
Com isso, a ética ganhou um novo valor, o valor estratégico. As 2 – Respeito o sigilo:
empresas se viram obrigadas a modificar seus conceitos, quebrar Algumas empresas trabalham com informações extremamente
paradigmas e apresentar uma postura mais transparente, humana sigilosas. Geralmente, essas condições são expostas ao profissional
e coerente para não perder público. dentro do contrato de trabalho.
Neste contexto, a ética profissional que deveria ser uma virtude Por isso, manter o sigilo, além de ser uma, pode ser importante
enraizada do indivíduo tornou-se parte da estratégia organizacional para preservar o emprego. Respeite esta condição, mantendo o
e, consequentemente, um diferencial competitivo no mercado de sigilo!
trabalho.
No entanto, quando a empresa adota a ética profissional 3 – Tenha comprometimento:
como uma estratégia de mercado, ela também contribui com Responsabilidade e comprometimento é o mínimo que se
desenvolvimento do profissional, que precisa melhoras suas espera de um profissional. Se fazer o seu trabalho parece uma
habilidades com relacionamentos interpessoais e liderança. obrigação, reavalie sua carreira e os seus propósitos, pois algo está
Um profissional com habilidades de liderança e relacionamento errado.
difunde valores éticos , preza pela harmonia no ambiente de Um profissional com ética tem engajamento com a empresa e
trabalho e coloca em primeiro lugar o respeito às pessoas e o cumpre sua função com empenho e consciência, sempre visando
comprometimento com o trabalho. o melhor resultado para a organização, consequentemente, isso
agregará valor a sua carreira.
• Benefícios da ética no trabalho
O profissional ético é, naturalmente, admirado, pois o respeito 4 – Seja prudente:
pelos colegas e pelos clientes é o que dá destaque a esse colaborador. Aprenda a diferenciar as relações pessoais dos profissionais,
A ética seria uma espécie de filtro que não permite a passagem da não deixe inimizades e antipatia atrapalharem o seu desempenho
fofoca, da mentira, do desejo de prejudicar um colaborador, entre ou que isso interfira de forma negativa no trabalho de seus colegas
outros aspectos negativos. e nos resultados da empresa.
Considere sempre como prioridade a realização do seu
E é necessário ressaltar que os líderes são profissionais éticos, trabalho. Respeite a hierarquia da sua empresa, seja você um líder
ou devem ser, para desenvolver as competências do cargo com ou um colaborador. Seja profissional!
êxito. Os que optam pela ética preferem oferecer feedbacks, em
vez de deixar o ambiente de trabalho desarmônico, e são honestos 5 – Tenha humildade:
quanto às próprias condições, ou seja: não inventam mentiras para Independente de hierarquia, dos conhecimentos e habilidades,
se ausentar das falhas. entenda que ninguém é melhor que ninguém. Humildade e
Cultivar a ética profissional no ambiente de trabalho traz flexibilidade são um dos pré-requisitos para o trabalho em equipe.
benefícios e vantagens a todos, uma vez que ela proporciona Tenha humildade, respeite seus colegas, seja cordial e
crescimento à empresa e a todos os envolvidos. Com uma conduta não faça julgamentos. Contribua para um bom convívio e bons
ética bem estruturada é possível , do trabalho em equipe e respeito relacionamentos no ambiente de trabalho.
mútuo entre todos colaboradores.
E com um é possível ter profissionais mais engajados, motivados 6 – Não prometa aquilo que não possa cumprir:
e satisfeitos. Não prometa aquilo que não pode entregar ou um prazo que
não pode cumprir, ou pior ainda, jogar a responsabilidade em cima
— 10 dicas para construção de uma postura ética no trabalho de outras pessoas.
Os colaboradores que conseguem construir relações de Com comprometimento e honestidade é possível alinhar
qualidade entre os colegas e conquistar a confiança dos líderes, entregas e prazos justos sem comprometer a credibilidade e a ética
com uma postura de trabalho adequada e resultados concretos, são profissional.
os que obtêm maior sucesso no desenvolvimento de suas carreiras.
Você precisa entender e respeitar os limites de sua função, 7 – Saiba fazer e receber críticas:
zelar pelos instrumentos de trabalho e o patrimônio da organização Embora as críticas nos ajudem a crescer, muitas pessoas não
e contribuir para o bom rendimento de sua equipe. Essas são sabem fazer ou interpretá-las de forma construtiva.
condições básicas para a construção de uma postura ética no Por isso, caso precise dar um feedback a alguém, nunca faça
trabalho. isso por impulso, reflita a melhor forma de dizer e como orientar
Conheça ainda outros fatores importantes que auxiliam neste a melhora. E se receber uma crítica, não leve para o lado pessoal,
processo: entenda que isso pode ser usado para o seu desenvolvimento.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

8 – Reconheça o mérito alheio: entre grau 2 e 3 na maior parte dos músculos de MsIs, deambulan-
Elogios sinceros podem e devem ser usados em um, mas, se do com andador e uso de órteses rígidas de tornozelo e pé (AFOs),
estiverem dentro do contexto profissional. Não precisa parecer um assinale a afirmativa correta.
bajulador elogiando o chefe. (A) O método FNP (Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva)
Elogie as atitudes assertivas, aquilo que realmente contribui é um modelo de exercícios de fortalecimento e mobilidade in-
com os resultados da empresa ou da equipe. Saiba reconhecer o dicado apenas para os músculos com força grau 3 ou mais.
empenho de seus colegas, dê a eles os méritos merecidos e não (B) A utilização de exercícios em cadeia cinética fechada não
espere recompensa em troca. deve ser indicada, pois exacerba a hiperextensão de joelhos,
condição patológica presente nesse tipo de paciente.
9 – Respeite a privacidade: (C) A fisioterapia aquática é boa indicação, pois os efeitos tér-
Nunca mexa no material de trabalho, documentos ou gaveta de micos da água se somam à redução do peso de até menos que
um colega de trabalho, exceto, se lhe for solicitado e ainda assim se 10% do peso real do paciente, dependendo da profundidade
for algo que vá contribuir com o bem e o trabalho de todos. de imersão, o que permite maior autonomia ao paciente.
Da mesma forma que você não gostaria que mexesse em suas (D) A eletro e a fototerapia constituem contraindicação absolu-
coisas, com certeza seu colega não gostará de saber que teve a ta para este caso, pois aumentam a espasticidade.
privacidade desrespeitada. (E) A marcha em suspensão em esteira, com ou sem o uso de
dispositivos de robótica, pode ser uma alternativa terapêutica
10 – Evite fofoca: promissora, desde que o paciente consiga ficar em bipedesta-
Fique longe de fofocas, comentários ofensivos e pessoas que ção sem auxílio.
gostam de julgar e criticar os colegas. Algumas “brincadeirinhas” por
mais que pareçam inofensivas, magoam e prejudicam as pessoas. 4. (UFU-MG - Fisioterapeuta - Edital nº 145 - UFU-MG – 2022)
Caso tenha algum problema com alguém, chame-a para O uso de órteses/braces/taping e também de recursos físicos e ele-
conversar e esclareça aquilo que está o incomodando. Se cometer troterapia no tratamento da osteoartrite (OA) de quadril e joelho
algum erro, reconheça e peça desculpas, essa é a melhor forma tem sido avaliado em vários estudos. Nas recomendações atuais,
de evitar desentendimentos e conservar a atmosfera positiva no sugerese oferecer
trabalho.1 (A) terapia de calor local como uma estratégia doméstica de
autocuidado para algumas pessoas com OA de joelho e/ou
quadril, como um tratamento coadjuvante.
QUESTÕES (B) aparelhos de descarga / realinhamento em valgo para pes-
soas com OA de joelho do compartimento tibiofemoral medial.
(C) cintas femoropatelares de realinhamento para OA femoro-
1. (Prefeitura de Blumenau - SC - Fisioterapeuta - Edital nº 002 - patelar e aplicação de gelo local para pessoas com OA de joelho
FURB – 2022) De acordo com as orientações a respeito de cinesiolo- e /ou quadril.
gia e biomecânica, o movimento de flexão dos ombros do paciente (D) modalidades de eletroterapia de ondas de choque, inter-
deve ser realizado em um plano de movimento específico, de forma ferencial e laser para pessoas com OA de joelho e / ou quadril.
que modificações nesse padrão podem indicar disfunção articular.
Indique o plano de movimento em que se passe o movimento 5. (SES-RS - Fisioterapeuta - Edital nº 15 - FAURGS – 2022) A co-
de flexão dos ombros: luna vertebral exerce um papel importante na postura e na locomo-
(A) Plano sagital. ção, além de proteger a medula e os nervos espinhais, fornecendo
(B) Plano crânio-caudal. um eixo estável e flexível para o tronco e um pivô para a cabeça.
(C) Plano frontal. Dores na coluna são a segunda condição mais prevalente no Brasil,
(D) Plano transverso. segundo o IBGE, o que causa grande demanda de serviços de saúde.
(E) Plano coronal. A anatomia da coluna é complexa, e a dor nas costas pode ter mui-
tas causas. Nesse sentido, contrastando a clínica fisioterapêutica
2. (Prefeitura de Blumenau - SC - Fisioterapeuta - Edital nº 002 com a anatomia, assinale a alternativa correta.
- FURB – 2022) Indique a principal habilidade cinesiológica que dife- (A) O tamanho dos forames intervertebrais aumentam com o
rencia os seres humanos de seus “primos” primatas. movimento de extensão e reduzem com a flexão intervertebral.
(A) Organização familiar. (B) Articulações uncovertebrais são localizadas entre os uncos
(B) Postura bípede. dos corpos das vértebras lombares e, quando comprometidas
(C) Uso de membros superiores para defesa. por artrose, podem contribuir para a estenose de canal lombar.
(D) Visão binocular. (C) A maioria das hérnias discais ocorrem nos níveis de L4-L5 ou
(E) Movimento de oponência dos dedos. L5-S1, pois, além da maior sobrecarga, essas regiões da coluna
são muito móveis para rotação lateral, o que predispõe à disco-
3. (SES-RS - Fisioterapeuta - Edital nº 15 - FAURGS – 2022) Con- patia degenerativa.
siderando um paciente jovem, de 30 anos, com paraparesia espás- (D) As vértebras cervicais apresentam forames em seus pro-
tica por lesão raquimedular por acidente automobilístico, com força cessos transversos, cuja estenose pode provocar sintomas do
Sistema Nervoso Central, como síncopes e tonturas.
(E) A direção das facetas articulares intervertebrais varia de
região para região da coluna e ajuda a determinar as caracte-
1 Fonte: www.sbcoaching.com.br rísticas cinemáticas da coluna, o que explica por que a coluna
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

torácica tem os movimentos de extensão e inclinação lateral 10. (UFU-MG - Fisioterapeuta - Edital nº 145 - UFU-MG – 2022)
mais amplos do que os das outras regiões da coluna. A reabilitação pulmonar tem se mostrado efetiva em várias con-
dições clínicas, entre elas a doença pulmonar obstrutiva crônica
6. (Prefeitura de Blumenau - SC - Fisioterapeuta - Edital nº 002 (DPOC). Sobre seu uso/indicações e/ou papel, é CORRETO afirmar
- FURB – 2022) A mão humana é um órgão de preensão. Consegue que
realizar forças acima de 45kg, bem como segurar e manipular obje- (A) programas de reabilitação pulmonar de 3 a 4 semanas são
tos delicados, como uma simples linha de costura. altamente recomendados, podendo incluir, em média de 9 a 12
Marque a alternativa que melhor explica sobre um tipo de pre- sessões no total.
ensão palmar de força: (B) pacientes com escore de dispneia de 3–5 do MRC e funcio-
nalmente limitados pela falta de ar devem ser encaminhados
(A) Segurar uma bola. para reabilitação pulmonar ambulatorial.
(B) Segurar um martelo. (C) o treino aeróbico tem se mostrado superior ao uso de exer-
(C) Segurar uma chave. cícios com resistência muscular progressiva no ganho de força
(D) Segurar uma lata de refrigerante. e endurance.
(E) Segurar a alça de uma sacola. (D) na reabilitação pulmonar do paciente com DPOC, o treino
contínuo promove resultados mais efetivos quando comparado
7. (FUNSAÚDE - CE – Fisioterapeuta - FGV – 2021) As técnicas ao treino intervalado.
de Terapia Manual têm sido utilizadas tradicionalmente para pro-
duzir mudanças terapêuticas nas dores e na extensibilidade dos te- 11. FGV - 2023
cidos moles, por meio da aplicação de forças externas específicas. Durante consulta fisioterapêutica, na qual o paciente em um
Acerca das técnicas de mobilização articular do Maitland, assi- programa de reabilitação cardiovascular fazia caminhada em
nale a afirmativa correta. esteira ergométrica, foi identificada uma elevação abrupta da
(A) As técnicas de mobilização de Grau III e IV são indicadas pressão arterial sistêmica (pico hipertensivo) – em repouso PA
preferencialmente para o alívio da dor. = 125 x 75 mmHg e após 10 minutos na fase de treinamento PA
(B) A mobilização de Grau V é uma técnica de curta duração, pe- = 150 x 90 mmHg.
quena amplitude e alta velocidade, denominada como Thrust. Não havia qualquer sintomatologia associada. Contudo, como
(C) As técnicas de mobilização de Grau I e II são indicadas para medida para a segurança do paciente, o fisioterapeuta deve:
aumentar o arco de movimento e o alongamento dos tecidos. (A) realizar manobra vagal para redução da PA;
(D) A técnica de mobilização de Grau III é um movimento de (B) interromper o exercício e orientar o paciente a descansar;
pequena dimensão no final da amplitude. (C) administrar medicamento anti-hipertensivo imediatamen-
(E) A técnica de mobilização de Grau I é um movimento de te;
grande dimensão no meio da amplitude. (D) diminuir a intensidade do exercício e monitorar com mais
frequência a PA;
8. (Prefeitura de Fortaleza - CE – Fisioterapeuta - MPARH – (E) continuar o exercício normalmente, mas monitorar com
2021) “A mobilização/manipulação é uma técnica de terapia ma- mais frequência a PA.
nual que compreende um contínuo de movimentos passivos qua-
lificados para as articulações e/ou tecidos moles relacionados que 12. FGV - 2023
são aplicados em velocidades e amplitudes variadas.” Essa técnica Homem, 34 anos, com neuropatia periférica do nervo fibular
é contraindicada para: comum por hanseníase, apresentou lesão definitiva com a Sín-
(A) melhorar a função motora através da redução da dor. drome do Pé Caído.
(B) reduzir a perda progressiva de mobilidade associada à do- Para evitar que, ao tentar deambular, este paciente sofra lesões
ença ou lesão. secundárias, a conduta fisioterapêutica a ser tomada é:
(C) aumentar e manter a mobilidade, quando um indivíduo é (A) órtese de tornozelo para manutenção do pé em dorsiflexão;
incapaz de fazer isso independentemente. (B) cinesioterapia com o objetivo de fortalecimento dos múscu-
(D) para tratar doença óssea ou fratura detectável na radiogra- los do compartimento anterior da perna;
fia. (C) exercícios terapêuticos para fortalecimento do core, estabi-
lizando a cintura pélvica;
9. (Prefeitura de Itapecerica - MG - Analista de Ensino Supe- (D) órtese crurossural para evitar sobrecarga no joelho homo-
rior – Fisioterapeuta - FUNDEP (Gestão de Concursos) – 2021) Em lateral;
abordagens específicas de controle de dor, a estimulação elétrica (E) prótese podálica, com sandália adaptada com palmilha or-
simplesmente mascara a dor ou estimula o corpo a liberar os opiá- topédica.
ceos endógenos de controle da dor.
Assinale a alternativa que não apresenta a estimulação efetiva
de controle da dor em nível motor.
(A) Estimulação elétrica neuromuscular.
(B) Estimulação pulsada de alta voltagem.
(C) Estimulação elétrica nervosa transcutânea.
(D) Estimulação interferencial.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

13. FGV - 2023 8 D


Um paciente de 50 anos, com diagnóstico de fibrose cística e
bronquiectasias saculares difusas, procura assistência fisioterapêu- 9 A
tica apresentando tosse produtiva e crônica, impactando na sua 10 B
qualidade de vida. Na avaliação fisioterapêutica notaram-se roncos
à ausculta pulmonar. 11 D
A intervenção fisioterapêutica fundamental e mais indicada 12 A
para o tratamento desse caso consiste em:
13 B
(A) exercícios de resistência respiratória;
(B) técnica expiratória de oscilação oral de alta frequência; 14 D
(C) pressão positiva contínua nas vias respiratórias; 15 B
(D) exercícios de fortalecimento muscular respiratório;
(E) técnicas de percussão torácica.

14. VUNESP - 2023


ANOTAÇÕES
A incontinência urinária é uma condição que atinge pessoas ao
redor do mundo, gerando impactos significativos na qualidade de ___________________________________________
vida. Em relação a incontinência urinária, é correto afirmar que ___________________________________________
(A) atualmente não há tabus relacionados à perda urinária, e ___________________________________________
os profissionais de saúde já são, em sua maioria, informados e
preparados para atuar nessas condições. ___________________________________________
(B) o tipo mais prevalente na população é a incontinência uri- ___________________________________________
nária de urgência. ___________________________________________
(C) fatores como sobrepeso, gestações múltiplas, cirurgias ab-
dominais e menopausa não interferem no risco para o desen-
___________________________________________
volvimento de incontinência urinária. ___________________________________________
(D) a causa da incontinência urinária sempre é multifatorial e ___________________________________________
não pode ser atribuída apenas à fraqueza dos músculos do as-
soalho pélvico.
___________________________________________
(E) a perda urinária por urgência acomete apenas mulheres ___________________________________________
idosas. ___________________________________________
___________________________________________
15. FGV - 2023
Um paciente com artrite reumatoide se interessou por fazer ___________________________________________
seu tratamento com hidroterapia após consulta com profissional ___________________________________________
fisioterapeuta. ___________________________________________
Para benefício desse paciente, o efeito fisiológico da hidrotera-
pia que deve ser considerado é: ___________________________________________
(A) aumento da produção de citocinas pró-inflamatórias; ___________________________________________
(B) promoção do relaxamento muscular, alívio da dor e rigidez ___________________________________________
articular;
(C) redução da produção de líquido sinovial; ___________________________________________
(D) aceleração da degeneração da cartilagem articular; ___________________________________________
(E) aumento não controlado da pressão arterial sistêmica. ___________________________________________
___________________________________________
GABARITO ___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
1 A ___________________________________________
2 E ___________________________________________
3 C ___________________________________________
4 A ___________________________________________
5 D ___________________________________________
6 B
___________________________________________
___________________________________________
7 B
___________________________________________
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

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