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LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO 2
by: Crispim Camango, Manager.
Gestão de stocks
Gestão de stocks (português europeu) ou Administração de estoques
(português brasileiro) é uma área da administração das empresas, pois o
desempenho nesta área tem reflexos imediatos nos resultados comerciais e
financeiros da empresa.
Os stocks são todos os artigos que se encontram em armazém para serem
utilizados numa fase posterior. Entretanto, para se poder abastecer a empresa
de tudo o que precisa para a sua actividade é necessária a constituição de
Stocks. Portanto, as quantidades em Stocks devem ser adequadas às
necessidades e à medida que se vai gastando deve repor-se.
Tipos de stocks
a) Estoque de Antecipação
Este tipo de estoque é formado quando há oscilações previsíveis de demanda,
entrega ou produção de um item. Geralmente utilizado quando as variações do
fornecimento são relevantes, o estoque de antecipação tem o objetivo de
nivelar este tipo de flutuação.
b) Estoque Consignado
É aquele que está em posse de terceiros (clientes, distribuidores ou outros)
através de acordo, mas cuja propriedade permanece sendo do fabricante.
c) Estoque de Contingência
É o estoque mantido para cobrir potenciais situações de falha extraordinária
no sistema.
d) Estoque Inativo
Estoque de produtos obsoletos ou que não tiveram saída em determinado
período (que pode variar de acordo com a determinação do gestor).
e) Estoque Máximo
Diz respeito à quantidade máxima de produtos armazenados por um
determinado período (determinada previamente) até que se faça novo pedido.
f) Estoque Médio
Refere-se à metade do estoque normal somado ao estoque de segurança. Este
estoque deve ser verificado com mais frequência no caso de produtos
perecíveis.
g) Estoque Mínimo (stock de segurança)
Está ligado à menor quantidade de um item em estoque para prevenir uma
eventualidade que se deve ao consumo além do previsto ou atraso na entrega
de novas mercadorias.
h) Estoque de Proteção
É o estoque formado para evitar que a empresa seja “pega de surpresa”
e fique desabastecida em caso de greve, aumento abusivo de preços, dentre
outras eventualidades.
i) Estoque Pulmão
Estoque composto por produtos que ainda se encontram pendentes, seja por
serem matérias-primas ou semiacabados. A quantidade é definida de maneira
estratégica, previamente.
j) Estoque Regulador
É geralmente utilizado em empresas com diversas filiais. Neste caso, uma das
unidades mantém um estoque maior para suprir as eventuais necessidades das
outras.
k) Estoque Sazonal
Estoque determinado com antecedência para cobrir uma demanda que foi
prevista para o futuro, um pico ou quando a demanda e a capacidade de
produção estiverem em desequilíbrio.
l) Estoque em Trânsito
Refere-se aos produtos que estão no camião, em vias de entrega pelas
transportadoras. Diz respeito ao tempo em que as mercadorias permanecem
nos veículos de transporte.
Importância de stocks
A gestão de stocks de mercadorias é de extrema importância pois tem reflexos
imediatos nos resultados da empresa. Para que a gestão do stock seja eficaz é
necessário um pouco mais do que ter bom senso. Uma boa gestão de stocks é
o que vai permitir manter os seus clientes satisfeitos no que respeita à
disponibilidade dos produtos que procuram, não só ao nível da quantidade
como ao nível da qualidade.
Uma boa gestão de stocks vai dizer-lhe o que encomendar e quando
encomendar, para que tenha sempre resposta atempada às solicitações dos
seus clientes mas sem desperdícios ou investimentos avultados.
Os clientes apreciam que tenha disponível o que eles precisam, quando
precisam, sem terem de esperar demasiado tempo. Se não tiver essa
disponibilidade, facilmente procuram quem tenha e nessas situações pode não
estar a perder só uma venda mas um bom cliente.
Mas existem mais motivos (vantagens) para constituir stock,
nomeadamente:
– Com base na especulação, poderá comprar a baixo preço para mais tarde
vender com maior rentabilidade;
– Ao adquirir maiores quantidades de determinados artigos mais facilmente
consegue beneficiar de descontos junto dos seus fornecedores;
Por outro lado manter grandes quantidades de mercadorias em stock
também tem os seus riscos (desvantagens):
– Capital estagnado
– Eventual deterioração de mercadorias
– Custos de armazenamento
– Risco dos produtos ficarem obsoletos (não deteriorados mas que deixam
de ter procura)
classificação de stocks
a)Stocks de matérias-primas (MPs): os stocks de MPs constituem os insumos
e materiais básicos que ingressam no processo produtivo da empresa. São
os itens iniciais para a produção dos produtos/serviços da empresa. Isto
significa que a produção é totalmente dependente das entradas de MPs para
ter a sua sequência e continuidade garantidas. Geralmente, as MPs são
compradas dos fornecedores externos pelo orgão de compras e, quando
recebidas, são estocadas no almoxarifado da empresa. Ex: chapa de aço
destinada a corte e prensagem para fabrico de tejadilhos de viaturas
automóveis;
b) Stocks de materias em processamento (ou em vias): stocks de materiais em
processamento-também denominados materiais em vias-são constituídos de
materiais que estão sendo processados ao longo das diversas secções que
compôem o processo de produção ou em vias de serem processados em cada
um das secções produtivas da empresa. Não estão nem no almoxarifado, por
não serem mais MPs iniciais, nem no depósito, por ainda não serem PAs. São
os materiais que ingressaram na empresa na forma de MPs, saíram do
almoxarifado e ainda estão transitando pelas etapas do processo produtivo da
empresa em alguma secção. Mais adiante serão transformados em PAs. Ex:
chassis em fase de tratamento de superfície ou em movimentação na linha de
produção;
c) Stocks de materiais semi-acabados: os stocks de materiais semi-acabados
referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo processamento está em
algum estágio intermediário de acabamento e que se encontram também ao
longo das diversas secções que compõem o processo produtivo. Diferem dos
materiais em processamento pelo seu estágio mais avançado, pois se
encontram quase acabados, faltando apenas mais algumas etapas do processo
produtivo para se transformarem em materiais acabados ou em PAs. Ex:
jantes com pneus destinados a linha de montagem;
d) Stocks de materiais acabados ou componentes: os stocks de materiais
acabados-também denominados componentes-referem-se a peças isoladas ou
componentes já acabados e prontos para serem anexados ao produto. São, na
realidade, partes prontas ou montadas que, quando juntadas, constituirão o PA.
Ex: jantes de pneus de viaturas automóveis;
e) Stocks de produtos acabados (PA): os stocks de produtos acabados se
referem aos produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi
completado inteiramente. Constituem o estágio final do processamento
produtivo e já passaram por todas as fases, como MP, materiais em
processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados e PAs. Ex: pneus
destinados ao mercado de reposição ou a linhas de montagem de automóveis;
ALMOXARIFADO E DEPÓSITO
Secções produtivas
Input Output
Materiais
Materiais Materiais Depósito
Almoxarifado semi-
em Proc. acabados (PA)
(MP) Acabados
Armazenagem
por tamanho,
peso e volume
Armazenagem
por frequência
Armazenagem
por sectores de
montagem
Conservação e protecção de materiais
Consiste na preservação da qualidade dos materiais armazenados, assegurando
que ao serem utilizados estão em perfeitas condições, mantendo intactos todos
os seus atributos, como as características físico-químicas, as formas e as
dimensões. Há dois tipos de conservação:
a) Conservação passiva: não implica qualquer intervenção especial, mas
apenas o bom senso e o cuidado de quem arruma, para não colocar os
materiais em situações que só por si sejam fontes de danos, por mau
posicionamento, etc;
b) Conservação preventiva: obriga a operações sobre os materiais,
conferindo-lhes um dispositivo de defesa contra ataques dos agentes
corrosivos, etc; ex: embalagem. Nos materiais não embalados, podemos
ter: protecção temporária (em armazéns-vernizes, películas aderentes, etc)
e protecção permanente (fabricação-pintura, zincagem, etc);
Aviamento e expedição
Aviamento é a actividade de entrega do material requisitado no local de
aviamento ou o encaminhamento para o local de utilização, em conformidade
com a programação.
Entretanto, se este aviamento for para o exterior, por exemplo, para um
estaleiro ou para um subempreiteiro, o que poderá obrigar a operações de
embalagem específica e/ou de paletização, haverá então uma expedição.
Ou seja, há uma expedição de material sempre que o destino é exterior e,
portanto, há transporte de material.
Resumindo, aviamento é uma actividade interna e expedição é uma actividade
virada para o exterior.
Saneamento de existências
É a actividade que consiste na análise periódica dos artigos existentes em
armazém e na eliminação de todos aqueles que revelam muito baixa rotação
por obsolescência ou inadequação às necessidades (monos ou excedentários).
Eis as vantagens do saneamento:
a) Libertação de fundos empatados em material depreciado ou em
existências excedentárias que só a longo prazo poderiam ser utilizadas;
b) Eliminação de espaços mortos no armazém;
c) Redução de existências e por consequência redução dos custos de posse;
d) Diminuição dos encargos administrativos e de conservação do material;
e) Melhoria dos resultados da exploração da empresa (Resultado
operacional-volume de negócio menos custos operacionais) ;
Actividades de recepção e expedição
As actividades de recepção e expedição têm o seu início com a entrada da
transportadora nas instalações e termina quando esta sai das instalações. É
importante que as transportadoras sejam muito bem escolhidas tendo em conta
as suas características, pois são factores importantes que podem influenciar a
recepção e expedição. Assim, os transportes devem ser vistos como parte
integrante da recepção e expedição. Isso mostra claramente a necessidade de
um armazém ter, no mínimo, dois lados de serviços. Um lado para receber as
mercadorias e outro lado para poder expedi-los para os requisitantes.
A recepção envolve: quantidade e qualidade. Ao passo que expedição envolve:
a separação e preparação de pedidos.
Actividades de recepção
Deve haver um contacto prévio entre o condutor da transportadora
(Empresa que presta serviços de transporte) com o armazém para
marcação de uma hora para a entrega do material e fornecimento de
informação sobre o material transportado;
a) O funcionário encarregue das recepções no armazém deve ter as
condições criadas para o sucesso da actividade;
b) Deve-se atribuir um lugar ao veículo para a devida descarga;
c) Por questões de segurança, as rodas do veículo devem ser muito bem
bloqueadas para se evitar qualquer tipo de mobilidade durante a
descarga;
e) É importante que se verifique o selo (de segurança) do veículo e que o
mesmo seja retirado na presença de um representante da transportadora;
f) A carga deve ser inspecionada para a aprovação ou rejeição;
g) Descarregar o material paletizado do veículo, bem como o não-paletizado
e solto do veículo;
h) O material deve ser disposto no chão para contagem e inspecção
(Recepção quantitativa e qualitativa);
i) Os artigos danificados devem ser retirados;
j) As mercadorias devem ser armazenadas nas zonas indicadas, depois de
identificadas, codificadas, cadastradas e catalogadas;
Os requisitos do armazém
a) Deve haver área suficiente para manobrar e estacionar o veículo;
b) Deve haver niveladores de cais e ganchos para facilitar a descarga;
c) Deve haver área de preparação para paletizar e contentorizar as
mercadorias;
d) Deve haver uma área para colocar as mercadorias antes de serem
expedidas;
e) Deve haver um suporte informático para o registo electrónico das
encomendas e produção de relatórios;
f) Dentro do armazém deve existir um escritório para guardar documentos e
realização de outras actividades administrativas inerentes ao armazém;
Actividades de expedição
a) Agregação e embalagem da encomenda;
b) Arrumação e verificação da encomenda;
c) Comparação da guia de remessa (guia de entrega) com a encomenda;
d) Identificação e fixação do veículo no cais (local para carga e descarga do
veículo);
e) Carregamento do veículo;
f) Expedição do veículo;
Sistema (método) de armazenagem
a) Sistema WMS: sistema de
armazenagem WMS é o modelo
mais utilizado pelas indústrias
modernas, pois com ele é possível
ter um maior controlo sobre aquilo
que entra e aquilo que sai, através
do registo dos itens estocados no
armazém. O cadastro dos itens é
feito por meio de etiquetas e
códigos de barras e a gestão por
meio de um software que auxilia
muito o armazém na hora do
controlo do estoque;
b) Porta-pallets: Este sistema de
armazenamento é muito comum nos
casos em que o armazém recebe
cargas paletizadas, ou seja, quando os
itens armazenados vêm em pallets. O
sistema é muito eficiente do ponto de
vista organizacional, pois os pallets
podem ser alocados inteiros em
estantes de metal, possibilitando a
separação da mercadoria a vários
níveis diferentes, seja horizontalmente
ou verticalmente, por esse motivo ele
é indicado para quem tem grande
movimentação de estoque e grande
variedade de produtos.
Tipos de porta-pallets
O porta pallets poder ser dinâmico, push back e cantilever.
c) Estante: As estantes Carrosel
Flow- vertical
são um tipo de
rack
armazenamento mais
simples se comparado aos Carroseel
modelos anteriores, e sua horizontal
melhor utilização é
quando os itens a serem
estocados tem um
tamanho menor e também
um peso inferior se
comparado aos produtos
que são carregados em
porta pallets, por isso é
indicado para cargas
leves.
Estante drive-in/drive-
through
Estante
convencional
Classificação de armazéns
Genericamente e atendendo à função desempenhada, os armazéns classificam-
se em três grandes categorias:
Distribuição
Transformação:
Acondicionamento e Transporte Armazenamento
embalagem de produtos
Funções da distribuição
Promover os
Armazenar produtos
Informação:
recolha e Assunção
sortido
transmissão de risco
Caracterização dos elementos da
cadeia
a)Consumidor
Adquire pequenas quantidades de produtos e serviços;
Adquire grande variedade de produtos e serviços;
Adquire com elevada frequência;
Possui um enorme potencial de variação de produtos / serviços
adquiridos;
É influenciado pelas variáveis: renda, proximidade, qualidade do
serviço e produto, preço, etc;
b) Produtor
Produz grande quantidade de um produto e/ou serviço;
Produz uma gama reduzida de produtos e/ou serviços;
Fornece a um conjunto de clientes reduzido;
Possui uma capacidade de resposta às mudanças no mercado;
Produz para satisfazer o cliente, tendo em conta os seus gostos,
preferências, hábitos, costumes, etc;
c) Intermediário
Possui grande mobilidade na escolha e oferta de serviços;
Possui uma grande rotação de produtos/serviços;
Intermedeia a relação do produtor com o consumidor;
Facilita a chegada dos produtos aos clientes finais;
Possui uma grande flexibilidade de aquisição/oferta de produtos e
serviços;
Possui uma política de sortido;
Distribui o produto de acordo com os pontos de venda;
Barreiras entre produtores e
consumidores
a) A barreira espacial, que corresponde à distância ou ao afastamento
geográfico que separa o produtor do consumidor;
b) A barreira temporal, que exprime a diferença existente entre o ciclo de
produção dos bens e serviços e o momento em que o consumidor pretende
adquiri-los;
c) A barreira do conhecimento ou da percepção, que resulta das diferenças
existentes entre as necessidades do consumidor e as características dos
bens e serviços;
d) A barreira da posse ou da propriedade, que irá exigir a transferência
jurídica dos produtos através de uma sequência de entidades que serão
sucessivamente seus possuidores ou proprietários até serem adquiridos
pelo consumidor final;
Circuitos de distribuição
a) Circuito ultracurto ou directo: Desintermediação
Produtor Consumidor
b) Circuito curto:
Produtor
Transportador
Retalhista
Agente
comercial
Consumidor
Grossistas e retalhistas (Intermediários)
Os retalhistas são comerciantes que compram os produtos aos produtores ou a
outros intermediários e vendem-nos directamente aos consumidores. Na
verdade, são os retalhistas quem contactam directamente com os
consumidores. Eles são o último elo dos canais de distribuição.
Através deste contacto têm os retalhistas um melhor conhecimento do
mercado. No entanto, eles têm a facilidade de conhecer melhor quais as reais
necessidades dos clientes, bem como a capacidade de aquisição ou do poder
de compra dos mesmos.
Em contraste, os grossitas fazem parte do Canal de Distribuição. Eles
compram directamente dos Fabricantes para, posteriormente, vender aos
Retalhistas. O grossista é intermediário que tem a função de vender aos
retalhistas, a outros grossitas ou ainda a fabricantes. Porém, ele não vende ao
consumidor final. Portanto, as principais actividades dos grossitas são:
a)Compra de mercadorias ao produtor ou a outro grossista;
b)Transporte de mercadorias;
c) Armazenagem e conservação dos produtos;
d)Promoção e venda dos produtos;
e) Entrega ao retalhista ou a outro grossista;
f) Crédito a clientes;
Canais de distribuição
Um canal de distribuição ou canal de marketing é um conjunto de instituições
e relacionamentos, através dos quais os produtos, direitos de uso, pagamentos
e informações fluem do produtor para o consumidor.
Ademais, canais de distribuição podem ser considerados o conjunto de
empresas e indivíduos interligados que garantem que uma mercadoria chegará
ao consumidor final. Esse conceito também pode ser chamado de canal de
marketing ou de canal comercial. Para selecionar um canal de distribuição, os
planeadores de marketing levam em conta: Características do mercado;
Natureza do produto ou serviço; Clima atual dos negócios; Estrutura da
empresa.
O canal de distribuição clássico
Como dissemos, um canal de distribuição implica o conjunto de pessoas
(individuais ou colectivas) que trabalha no processo de fazer chegar um
produto desde o produtor até ao consumidor. As pessoas envolvidas no canal
de distribuição vão ter tarefas diferentes, naturezas diferentes, objectivos
individuais, mas todos têm em comum um objectivo final: permitir que o
consumidor encontre o produto em causa no melhor local e na melhor altura e,
também, nas melhores condições.
Portanto, estas pessoas vão ter papéis diferentes no canal: uns vão ser
grossistas, outros retalhistas, alguns vendedores, outros, etc.
Produtor
Grossista
Principais
intermediários
Retalhista
Mercado
Integração vertical do canal
Produtor
Mercado
O produtor decide fazer a
distribuição por grosso, Produtor
isto é, vende directamente
aos retalhistas.
Grossista
Retalhista
Mercado
A mesma empresa faz a
distribuição por grosso e Produtor
a venda a retalho.
Grossista
Retalhista
Mercado
O produtor faz a distribuição por
grosso e também a venda a
retalho. Em todos os exemplos, Produtor
continua a haver quem faça o
trabalho de venda a grosso e a Grossista
P C P C
P C I
P C
P C
P C
P x C = 3 x 3 = 9, número de P + C = 3 + 3 = 6, número
contactos de contactos
Produtor 1 Produtor 2 Produtor 3 Produtor 4
R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8 R9 R 10
Grossista
R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8 R9 R 10
Passámos a contar apenas com 14 linhas de comunicação. Cada produtor fala apenas com 1
grossista, em vez de falar com 10 retalhistas, e estes falam também só com 1 grossista, em
vez de falarem com 4 produtos. Portanto, houve uma simplificação dramática.
Tipos de canais de distribuição
a) Direto
A empresa distribui o seu produto diretamente para o consumidor final. Um exemplo são as
marcas de cosméticos que possuem redes próprias de revendedores que atuam de porta em porta.
b) Indireto
Para fazer com que seu produto chegue ao consumidor, a empresa utiliza o serviço de
intermediários.
c) Híbrido
Um canal de distribuição híbrido é aquele em que a empresa utiliza intermediários, mas assume
parte do processo de contato com seus clientes.
Ele ocorre, por exemplo, quando a empresa faz a divulgação direta de seus produtos (na internet,
por exemplo), mas indica os distribuidores autorizados a fazer a venda física.
Níveis de canais de distribuição
A quantidade de intermediários envolvidos no processo é o que define os níveis do
canal de distribuição.
a) Canal de nível 0: É quando o fabricante se relaciona diretamente com o seu
consumidor final.
b) Canal de nível 1: Neste canal, o fabricante vende seu produto para um grande
distribuidor que atua tanto a grosso como a retalho, onde alcança diretamente o
consumidor final.
c) Canal de nível 2: A indústria repassa o produto a um distribuidor que, por sua vez, o
venderá exclusivamente para o retalhista, que faz a venda ao consumidor final.
d) Canal de nível 3: É o canal mais tradicional, envolvendo distribuidor, representante,
retalho e cliente.
Os produtos e as modalidades de
distribuição
Existe uma grande relação entre os produtos e as modalidades de distribuição.
Neste caso, para usar uma modalidade de distribuição é importante olharmos
para a natureza do produto.
https://www.angonoticias.com/Artigos/item/38143/angola-abriga-14-por-
cento-das-franquias-brasileiras-no-exterior
Estruturação do sistema das franchsing
1. Franquia Unitária: É quando ocorre a cessão de direito de abertura de uma
empresa/negócio e o franqueador tem exclusividade na atuação naquele local, que
pode ser uma praça específica, uma região, município e assim por diante. Ou seja,
neste caso, o franqueado tem a preferência na abertura de novas franquias, se
comprovar que tem condições de lucratividade e produtividade do ponto de venda.
2. Franquia Master: O franqueado master, além de adquirir a licença para abertura
do negócio, também adquire a oportunidade de franquear novos investidores para a
marca. Ou seja, recebe autorização para implantar e terceirizar outras unidades
franqueadas. Neste caso, o franqueado master tem direito a receber parte dos
royalties dos outros franqueados com os quais formalizou negócio.
3. Franquia de Desenvolvimento de Área: Essa franquia oferece ao franqueado o
direito de cessão da marca para uma região, onde no contrato firmado com o
franqueador, já está definido uma periodicidade para que o franqueado abra novas
unidades naquela praça, podendo também vender outros pontos de venda da marca e
receber parte dos royalties.
A empresa de distribuição: elementos estratégicos
a) Capital
Para poder iniciar a sua actividade, qualquer empresa comercial necessita de
capital, que pode ser obtido através de diversas fontes. O financiamento é
crucial para as empresas investirem e expandirem, mas também para
realizarem a sua actividade no curto prazo. Algumas empresas financiam-se
essencialmente através de fundos internos, enquanto outras empresas
financiam-se sobretudo por recursos externos, ou a combinação dos dois. Os
capitais próprios são remunerados através dos lucros (só quando estes se
verificam) e apenas são exigíveis pelos titulares em circunstâncias especiais e
sem afectar a estabilidade da empresa. Pelo contrário, os capitais alheios
implicam o pagamento de juros, independentemente dos resultados obtidos, e
são exigíveis a prazo menor ou maior.
Em qualquer empresa, o dinheiro flui em círculo. As vendas geram receitas
que, convertidas em dinheiro, são depois utilizadas em compras e pagamentos,
constituindo o chamado “Ciclo corrente de dinheiro” (Cash flow cycle).
Inventário
Contas a pagar
Numerário
Vendas
Contas a receber
b) Missão
A base de gestão de uma empresa comercial deve assentar na definição que
esta faça da sua missão, a qual deverá basear-se fundamentalmente em cinco
elementos: a história ou origem da empresa, a vontade dos seus dirigentes ou
proprietários, o enquadramento da sua actividade, os seus recursos e as suas
vantagens competitivas.