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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a Distância

Disciplina: método de investigação científica

Tema: Elaboração de um Projecto de Pesquisa

Discente:

Guilherme Moisés Sambo

Docente:

Maputo, aos 06 de Abril de 2024

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Universidade Católica de Moçambique
instituto de Educação a Distância

Tema; Elaboração de um Projecto de Pesquisa

Guilherme Moisés Sambo


708241289

Licenciatura em
administração publica

Disciplina; método de
investigação científica
1°Ano

Maputo, aos 06 de Abril de 2024

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Índice
Introdução …………………………………………………………1
Justificativa … …………………………………………………….2
Objectivo geral …………………………………………………….3
Objectivo especifico………………………………………………..4
Metodologia ………………………………………………………..5
Revisão bibliográfica ………………………………………………6
Considerações finais………………………………………………...7

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INTRODUÇÃO
Neste trabalho abordar-se-á acerca da Responsabilidade e Autonomia do Estudante no Ensino
Superior, a tempos atrás e actualmente alguns jovens são bombardeados por informações diversas
– redes sociais, aplicativos para telefone, internet, televisão, etc. –, falhas na estrutura da educação
que levam alunos a ingressarem em instituições de ensino superior com um baixo nível de
conhecimento nas mais diversas áreas do conhecimento, uma metodologia de ensino engessada
que prefere o passar informação ao invés de formar profissionais protagonistas: lidar com a
formação de indivíduos tem se tornado um desafio cada vez maior frente a esse complexo cenário
que as instituições de ensino se deparam. Ingressar em uma sala de aula com o objetivo de
contribuir com a evolução do indivíduo oferece inúmeros obstáculos. Com o fácil acesso à
informação, professores são questionados por alunos baseados em uma rápida busca no Google ou
Wikipédia em seus telefones celulares. Manter o interesse do aluno em sala de aula concorre com
o Whatsapp, Facebook e Snapchat, ao mesmo tempo que os professores se mantêm despreparados
em como lidar com tal situação. A velocidade das comunicações tem contribuído
substancialmente para que os jovens atualizem seus comportamentos e estereótipos com
velocidade, dificultando o acompanhamento do docente que também, em muitos casos, não busca
se aperfeiçoar. Simultaneamente, nos deparamos com uma sociedade consumista, que aproveita
de todos momentos para introduzir um padrão de comportamento que reforça o próprio consumo.
Consequentemente, aos poucos, os jovens passam de um consumo econômico para também
consumirem a própria identidade, adequando-se a um estado medíocre de não crescimento
(SCHAEFER et al., 2011).

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Justificativa

Este trabalho foi constituído com intenção de se observar a correlação existente entre um contexto
educacional construído para a provocação da responsabilidade e da autonomia, que por meio de
problemas reais, provoca um comportamento autônomo no aluno e uma consequente tendência a
adoção de uma abordagem profunda ao estudo por parte do mesmo. Em suma, este estudo pode
contribuir não só para o corpo docente, mas também para o corpo discente de instituições de
ensino superior.

1.1. Objectivos da Pesquisa

1.1.1. Objectivo Geral

Esta pesquisa tem por objectivo investigar se o contexto educacional baseado no estímulo da
responsabilidade e autonomia, provoca uma abordagem profunda ao estudo no aluno ingressante
no ensino superior.

1.1.2. Objectivos Específicos

O trabalho em curso tem como objectivos específicos os seguintes:

 Analisar o impacto da autonomia dos estudantes dentro do ensino superior;

 Intender o motivo que permite que estes estudantes consigam esta autonomia;

 Demonstrar alguns métodos necessários para que um estudante universitário seja autónomo até
ao ponto de ser o principal responsável pela sua formação académica.

1.2. Metodologia
A observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações. Marconi e
Lakatos (2006, p. 192) conceituam que: “Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também
em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar”. O trabalho foi fundamentado por
pesquisas bibliográficas que segundo Silva (2008, p.54), “Essa pesquisa explica e discute um
tema ou problema com base em referências teóricas já publicadas em livros, revistas, artigos
científicos”.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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2.1. Responsabilidade
A palavra responsabilidade na sua etimologia latina é responder, portanto, responder e faz
referência a uma “situação psicológica na qual o sujeito é necessitado a responder ou
existencialmente, ou juridicamente ou moralmente. É necessidade de resposta adequada para
salvaguardar a integridade do apelado” (MENEGHETTI, 200:211) A pessoa com forma
mentis justa se interroga sobre as causas primeiras daquilo que acontece, buscando colher as
eventuais próprias responsabilidades. É madura, tem um sentido de responsabilidade e
autocrítica construtiva e não atribui ao externo as culpas ou causas dos eventos que a
envolvem diretamente. (MENCARELLI, 2005). Portanto a responsabilidade é o dever de
arcar com as consequências do próprio comportamento ou de outras pessoas. É uma
obrigação jurídica concluída a partir do desrespeito de algum direito.

2.2. Autonomia
O termo autonomia vem de duas palavras gregas: autos (si mesmo) e nomosla (a lei, a regra).
Ele aparece nos textos antigos para definir a condição de uma cidade que não é submetida a
uma dominação exterior. Autonomia: refere-se à capacidade da pessoa de agir livremente e
autonomamente, fazendo referência somente ao próprio critério interno. A pessoa com uma
forma mentis justa, é autônoma no sentido que age sem fazer-se influenciar por pessoas ou
situações, ou sem que seja necessário a sustentação ou a assistência de um chefe ou de uma
pessoa amiga: demonstra de ter autonomia no operar, e isto é ligado também à autoestima e a
maturidade (MENCARELLI: 2005). De acordo com MENEGHETTI (2010, p. 161)
autonomia “significa fazer lei segundo a própria identidade específica”. Se verificada no
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, indica capacidade de se autogovernar. A partir da
compreensão do filósofo Immanuel Kant (1724-1804), é a capacidade apresentada pela
vontade humana de se autodeterminar segundo uma legislação moral por ela mesma
estabelecida, livre de qualquer fator estranho

2.3. Responsabilidade e autonomia do estudante no ensino superior


O ingresso no ensino superior pressupõe a aquisição de habilidades e atitudes específicas da
vida académica e principalmente a capacidade de participar da construção dos conhecimentos
científico a partir da investigação e da pesquisa. Para isso, há necessidade de que sejam
explícitas as relações entre o processo de ensino e aprendizagem e conhecimento no âmbito
da vida universitária. A Iniciação à vida académica, a possibilidade de construir o
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conhecimento é o que diferencia o ser humano de outros seres. O conhecimento é “ o
elemento específico fundamental na construção do destino da humanidade” e todos os
sistemas educativos são organizados em função da produção, reprodução, conservação,
sistematização, organização, transmissão e universalização do conhecimento. De modo
particular esse processo se verifica na educação superior. A universidade na sua essência
assume o papel de construtora de conhecimento na sua tríplice vocação: pela pesquisa, pelo
ensino e pela extensão. A universidade deve ser um espaço de busca do saber (pesquisa), de
mediação pedagógica (ensino) e que propicia o melhoramento da existência humana a partir
da intervenção na sociedade (extensão). Nesta tríplice função da universidade acontece a
produção, a transmissão e a aplicação do conhecimento que exige a responsabilidade e
autonomia do estudante para desenvolver certas competências que o permitem ser diferente
de estudantes de outros níveis de ensino. (SEVERINO 2007:27). Segundo MATTAR (2008),
a experiência da universidade é uma das mais marcantes na vida de um ser humano. O
estudante passa, durante o período em que está cursando a universidade, por diversas
mudanças, como mudanças de aprendizado e cognitivas, de atitudes e valores, psicológicos e
sociais, além do desenvolvimento moral.

2.3.1. Competências e autonomia na vida académica


Competências e autonomia na vida académica segundo TEIXEIRA (2000) classifica em
três as principais competências a serem desenvolvidas pelo estudante universitário que se
resumem em três actos: estudar, ler e escrever textos.

a) Acto de estudar : Ao chegar à universidade os estudantes enfrentam três tipos de imaturidades:

 Cultural, que tem a ver com a apropriação dos aspectos do mundo que nos rodeia;
 Psicológica, relacionada com a definição clara de objectivos e aspirações e,
 Lógica, com falta de sequência lógica nos seus argumentos.

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Há que ter em conta que estudar depende da capacidade de fazer escolhas e organizar-se nos
seus hábitos. Essas habilidades devem ser aprendidas para que se tenha sucesso na vida
universitária. A mesma autora enfatiza que há dois modos de aprender: o modo aquisitivo, no
qual aprende-se através do que diz o professor ou os livros e ainda, o interativo, em que o
aluno se envolve, participa e interpreta dando sentido o que o professor e os alunos dizem.
Alguns aspectos são importantes para o acto de estudar tais como: a atenção; a memória (que
é diferente do decorar) e a associação de ideias, esta última enquanto capacidade que
possibilita ao estudante relacionar e evocar factos e ideias e que também pode ser estimulada
com diversos exercícios para criar o hábito de estudar é importante desenvolver e organizar,
o tempo para estudar, o material com que estudar e o local onde estudar.

b) Acto de ler a leitura como é a prática de dar significado ao mundo que nos cerca, as
principais pistas para este acto são:

 Descobrir os conceitos chaves e compreendê-los;


 Identificar os autores que o autor cita e suas ideias e concepções;
 Descobrir a contribuição própria do autor lido ao tema em questão e,
 Verificar se o pensamento do autor está vinculado a algum paradigma. Para resumir e
analisar um texto algumas questões são pertinentes, tais como: o que o autor afirma? Qual é o
significado da afirmação do autor? Onde se verifica tal problema? Quais as partes que
constituem o texto? Quais são as ideias essenciais? Qual é o valor lógico das ideias? E, como
pensar ou agir perante conhecimento adquirido? Uma boa leitura deve activar na mente as
seguintes funções: apreensão, entendimento, aplicação, análise, síntese, julgamento e
criatividade.

c) Acto de escrever textos:

A universidade é um lugar de excelência para a produção de textos. E todo estudante deve


iniciar-se na arte de escrever seus próprios textos a partir de sua experiência de vida.
(TEIXEIRA: 2000:36).
Os textos em sua estrutura precisam ter uma coerência, que é o encadeamento das ideias sem
oposição e com valor de verdade e ainda, a coesão, que é o encadeamento lógico das ideias.
Para o estudante escrever textos necessita de seguintes conhecimentos prévios:

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 Conhecimento linguísticos;
 Tipos de textos – se é descritivo, narrativo e dissertativo e,
 Conhecimento do mundo, o que normalmente denomina-se de cultura geral, que é
apreendida com muita leitura.

Na universidade pode-se considerar um bom estudante aquele que sabe estudar, ler e escrever
texto. É preciso enfatizar que essas habilidades estão em estrita ligação entre elas e são apreendidas
a partir da exercitação.

SEVERINO (2007: pg.38) afirma com razão que “a aprendizagem, em nível universitário, só
se realiza mediante o esforço individualizado e autónomo do aluno”. Isso significa dizer que
o que faz a universidade boa ou má é o estudante, este é o principal ator do processo, pela sua
participação no processo de construção do conhecimento. Nesta unidade, da disciplina de
Metodologia de Investigação Científica deu-se ênfase à necessidade de cada estudante
participar do processo da construção do conhecimento que lhe será útil na sua vida
profissional. Para isso, alguns instrumentos se tornam fundamentais, a começar pelo hábito
de criação de uma pequena biblioteca pessoal, com aquisição de livros fundamentais para o
seu estudo, tais como dicionários e algumas bibliografias mais especializadas. Um outro
aspecto não menos importante é a disciplina no estudo. Porque o nível de exigência dos
professores universitários é diferente dos do ensino primário e secundário, é importante que
cada estudante crie sua própria rotina de trabalho (estudos, leitura e realização de trabalhos),
para rentabilizar o pouco tempo que dispõe. Isto pode permitir que participe dos debates em
sala de aula.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho foi constituído com intenção de se observar a correlação existente entre um
contexto educacional construído para a provocação da responsabilidade e da autonomia, que
por meio de problemas reais, provoca um comportamento autônomo no aluno e uma
consequente tendência a adoção de uma abordagem profunda ao estudo por parte do mesmo.
Em suma, este estudo pode contribuir não só para o corpo docente, mas também para o corpo
discente de instituições de ensino superior. Para o docente, há a oportunidade de um melhor
entendimento do seu papel no processo de aprendizagem, o que pode auxiliá-lo em como
despertar a inteligência presente em seus alunos, através de métodos de ensino diferenciados.
Para o discente também é possível um melhor entendimento de como deve operar para
aproveitar as oportunidades de desenvolvimento lançadas em sua direcção.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KANT, I. Crítica da razão pura. 3 ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Vol. I. MENMENEGHETTI, A.
Nova Fronda Virescit. Introdução à Ontopsicologia para jovens. Vol. 1, Recanto Maestro: Ontopsicológica
Editrice, 2006. MENEGHETTI, A. Manual de Ontopsicologia. 4. ed. Recanto Maestro: Ontopsicológica
Editora Universitária, 2010. MENEGHETTI, A. Dicionário de Ontopsicologia. Recanto Maestro:
Ontopsicológica Editora Universitária, 2012. EGHETTI, A. Nova Fronda Virescit. Introdução à
Ontopsicologia para jovens. Vol. 1, Recanto Maestro: Ontopsicológica Editrice, 2006. MATTAR, João.
Metodologia de Científica, na era da Informática. 9ª. Ed. Saraiva: São Paulo, 2008. SEVERINO, Antônio
Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. São Paulo: Cortez, 2007. TEIXEIRA, Elizabeth. As
Três Metodologias: Acadêmica, da ciência e da pesquisa. 5 ed. Belém: UNAMA, 2001.

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