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SINAIS E MANOBRAS DO ABDOME

2. Paciente em decúbito dorsal;

3. Expor/despir do apêndice xifoide até a sínfise púbica;


- Sinal de Cullen= equimose periumbilical com significado
de pancreatite necro hemorrágica// hemorragia
retroperitoneal; 4. Dividir o abdome em zonas (4 quadrantes ou 9
- Sinal de Grey-Turner= equimose nos flancos, significando quadrantes)
hemorragia retroperitoneal, pancreatite necro-hemorrágica;

- Sinal de vascolejo= busca presença de líquido na área de 5. Inspeção estática: tipo (plano, escavado, batráquio,
Traube; globoso), descrever caso haja alguma lesão elemental,
- Sinal de piparote= quando positivo, indica ascite grave; circulação colateral ou alguma peristalse.

- Sinal de Blumberg= descompressão brusca do ponto de


McBurney, sendo um indicativo de apendicite; 6. Inspeção dinâmica: solicitar o paciente para contrair a
- Sinal de psoas // obturador = quando ambos apresentam barriga como se ele estivesse fazendo um abdominal
dor na região de Mcburney, são indicativos de apendicite; (contrair abdome - visualizar se uma tumoração é da
cavidade abdominal ou da parede abdominal) e em seguida
- Sinal de Murphy= compressão no ponto de Murphy ou fazer a manobra de valsava (colocar o dorso da mão na boca
ponto cístico, ou seja, local de projeção da vesícula biliar, é e sopra sem deixar o ar sair --> permite aumentar a pressão
indicativo de colecistite; da parede abdominal a fim de expor defeitos presentes como
hérnias);
- Sinal de Rovsing= com punhos cerrados, começar
compressão no quadrante inferior direito e seguir trajeto
semelhante ao da alça intestinal rodando o punho, em caso
de dor, suspeitar de apendicite Semiologia do abdome - AUSCULTA

- Sinal de Giordano= Batidas nas costas em sentido Obs: não há relação entre peristalse e resultados pós-
descendente, cuja finalidade é analisar a possibilidade de operatórios. Pouca aplicabilidade.
inflamação da capsula renal;

- Sinal de Dunphy= dor ao se percutir no ponto de Objetivo: observar se há ou não peristalse. Pode-se
Mcburney, sendo um indicativo de apendicite; contabilizar as peristalse. Normalmente faz a relação com as
- Sinal de Lapinski= Dor a compressão do ceco contra a incursões respiratórias.
parede posterior do abdome, enquanto o doente eleva o
membro inferior direito. Pode ser indicativo de apendicite;
Normal --> 1 peristalse a cada 2 ou 3 incursões respiratórias
- Sinal de FOx= equimose na região inguinal e na base do
pênis, sendo indicativo de hemorragia retroperitoneal. Pode
ser encontrado em pancreatite necro-hemorrágica.
Sem peristalse --> tentar auscultar por, no mínimo, 3
- Sinal de Laffont= Dor referida no ombro direito, sendo minutos em cada quadrante
indicativo de hemorragia retroperitoneal, pois o sangue na
cavidade peritoneal irrita o nervo frênico;
Semiologia do abdome - PERCUSSÃO
- Sinal de Kehr= Dor referida na região infraescapula, sendo
indicativo clássico de ruptura de baço quando está localizada
no ombro esquerdo;
Deve-se percutir em todos os quadrantes;
- Sinal de Valsava= ao exercer um aumento de pressão intra-
abdominal, bolsas herniáticas bem desenvolvidas podem
inflar para fora do abdome, revelando sua localização
Se o abdome do paciente estiver distendido: deve-se pensar
se está distendido por ar (som hipertimpanico) ou líquido
(som maciço - pode ser liquido ou sólido);
Semiologia do abdome - INSPEÇÃO

1. Posicionar-se a direita do paciente;

1
Como pesquisar se o paciente está com ascite --> 3
manobras:
Semiologia do abdome - PALPAÇÃO 2

- Existem 3 vísceras que merecem uma avaliação específica:


1. MACICEZ MOVEL DE DECUBITO: percutir em toda a fígado, baço e rins;
linha mediana (onde deve-se acumular o ar quando o
paciente está em decúbito --> som hipertimpanico) e, em
seguida, percutir na linha do flanco do paciente (se o
paciente estiver com ascite --> som maciço)
FÍGADO: palpação e Hepatimetria
- em seguida, coloque o dedo no local em que auscultou o
som maciço e peça ao paciente para se posicionar em - Iniciar a palpação sempre no momento expiratório
decúbito lateral, a fim de fazer uma nova manobra --> faça a (solicita-se então ao paciente para respirar fundo e soltar o
percussão na área maciça novamente e, se o som for ar);
hipertimpanico, é provável que o paciente tenha ascite;

1. Na expiração, deve-se inserir os dedos abaixo do rebordo


2. SINAL DO PIPAROTE: com o paciente em decúbito costal direito (não é o momento em que você sente o fígado
dorsal, coloque uma mão distendida em um flanco do por que o diafragma é o fígado estarão mais acima devido a
abdome e, do outro lado, o examinador deve dar pequenos expiração);
petelecos (piparote) --> se o examinador conseguir sentir
com a mão distendida o propagar das ondas geradas pelos
piparotes, é sinal que a ascite está presente; 2. Com as mãos sob o rebordo costal direito, solicita-se ao
paciente para inspirar profundamente novamente (diafragma
Obs: Para evitar o falseamento dessa propagação de onda
e fígado desce --> sente o fígado "bater" na mão).
pela pele do paciente --> pode-se solicitar ao paciente ou
outro examinador para colocar o flanco da mão sobre o
umbigo.
3. Ao começar a sentir o fígado, pode iniciar a retirada da
mão.
3. SEMICÍRCULOS DE SKODA:

(Possível diferenciar ascite septada de ascite livre e até de 4. Caracterizar o contorno do rebordo costal (heterogêneo,
cistos ovarianos). Partir a percussão sempre de um ponto homogêneo, textura do fígado, etc.
convergente do paciente, a fim de delimitar o limite inferior
entre a macicez e o hipertimpanismo (para definir se esse
limite tem a concavidade para cima (ascite) ou para baixo
5. Hepatimetria: Utiliza-se uma fita métrica para medir entre
(presença de uma massa))
a margem superior e inferior do fígado.

5.1. Percussão desde o segundo espaço intercostal até o


Semiologia do abdome - PALPAÇÃO rebordo costal direito: definir a margem superior do fígado
(quando notar a diferença entre o som claro pulmonar e o
1. Lavar as mãos; som timpânico)
2. Pedir permissão para o paciente; 5.2. Para descobrir o limite inferior, pode-se utilizar a
palpação ou a percussão.
3. Perguntar ao paciente se há alguma área dolorida (se
houver, deve ser a última área a ser examinada);

4. Esquentar as mãos para que o paciente não tenha Lobo esquerdo: 4 a 8 cm é normal
nenhuma contração involuntária;
Lobo direito: 8 a 12 cm é normal

1. PALPAÇÃO SUPERFICIAL:

Utiliza-se as polpas digitais dos dedos.


BAÇO: Percussão do espaço de Traube e palpação
esplênica:
2. PALPAÇÃO PROFUNDA:

Utiliza-se uma mão sobre a outra para aprofundar-se sobre o Espaço de Traube: trata-se de uma área triangular delimitada
abdome do paciente; pela sexta costela, linha axilar anterior e rebordo costal.

2
Sinal de Grey-Turner: equimose nos flancos abdominais -
pancreatite aguda grave, principalmente;
1. Percussão do espaço de Traube: deve ser timpânico
devido a flexura esplênica do cólon. Caso a Percussão relate
um som maciço, possivelmente será uma esplenomegalia.
Sinal de Danforth: dor no ombro durante a inspiração -
hemoperitônio;

2. Palpação do baço: com o paciente na posição de Schuster,


coloca se a mão esquerda por trás das costelas do
hipocondrio esquerdo, a fim de empurrar o baço para frente. Sinal de Fothergill: massa palpável na parede abdominal que
Com a mão direita, deve-se fazer a palpação assim como no fica ainda mais visível durante a contração da parede
fígado: introduz a mão durante a expiração e pede para o abdominal - hematoma da bainha de reto;
paciente inspirar.

Sinal do ileopsoas: com o paciente deitado, realiza-se uma


RINS: punho-percussão e palpação renal elevação com extensão ativa contra a resistência do membro
inferior direito - paciente apresenta dor;

1. Punho-percussão: averiguar o sinal de Giordano;


Sinal do obturador: flexão com rotação externa do membro
inferior direito - paciente apresenta dor na fossa ilíaca
direita, principalmente;
2. Palpação renal: paciente em decúbito dorsal, coloca- se a
mão esquerda na lombar do paciente e a mão direita
aprofunda o abdome do paciente. Mão esquerda deve fazer
pequenos impulsos para frente, afim de fazer a mão direita Sinal de Kerh: dor irradiada no ombro esquerdo (irritação do
sentir uma massa nas pontas dos dedos. diafragma);

Semiologia do abdome - abdome agudo - exame direcionado Sinal de Dunphy: paciente refere dor na fossa ilíaca direita
ao tossir - típica de apendicite aguda;

Sinal de Aaron: dor epigástrica quando se palpa sobre o


ponto de McBurney Sinal de Ransohoff: região periumbilical ictérica;

Sinal de Blumberg: aumento da sensibilidade à Sinal de Rovsing: examinador deve movimentar o ar


descompressão súbita de qualquer região abdominal; abdominal desde a fossa ilíaca direita até a flexura esplênica
a fim de deslocar o ar para a fossa ilíaca direita e causar dor
em casos de apendicite aguda;

Sinal de Chandelier: dor abdominal ou pélvica no exame


ginecológico após movimentação do colo uterino - DIP;

Tríade de Charcot: dor abdominal no HCD, icterícia e febre


com calafrios;

Sinal de Claybrook: intensificação dos sons cardíacos e da


respiração pela parede abdominal;

Sinal de Courvoiser-Terrier: vesícula biliar palpável e


indolor;

Sinal de Cullen: equimose periumbilical;

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