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→ Glicogênese:…………………………………………………………….………………….

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O glicogênio é um polímero de glicose, polímeros são macromoléculas
formadas a partir de unidades estruturais menores, ou seja, o glicogênio é um
agregado de diversas moléculas de glicose. A glicogênese é ativada na
presença de insulina, pois a presença de insulina significa que há glicose no
sangue e parte dela será armazenada na forma de glicogênio. Na presença
de glucagon a glicogênese é inibida, pois o glucagon é secretado em
situações de hipoglicemia, logo tem que haver a glicólise que irá liberar a
glicose no sangue. A adrenalina e o cálcio também inibem a glicogênese
porque indicam contração muscular que precisa da glicose para gerar ATP.

1ª reação - a glicose precisa ser energizada para ligar-se a molécula de


glicogênio, para isso a enzima hexocinase pega o fosfato do ATP e
transfere para a glicose, formando a glicose-6-fosfato.

2ª reação - a enzima fosfoglicomutase transforma a glicose-6-fosfato


em glicose-1-fosfato, transferindo o fosfato do carbono 6 para o
carbono 1.

3ª reação - o UTP libera 3 fosfatos que se unem a glicose somando 4 fosfatos; forma-se a
UDP-glicose que é facilmente reversível
4ª reação - uma enzima vai separar 2 P da molécula, libera-se 2 Pi e a glicose fica livre pra
se ligar ao glicogênio.
5ª reação - a enzima glicogênio sintase que faz a união entre o glicogênio e a glicose.
6ª reação - por meio da glicogênio sintase, são estabelecidas as ligações α-1,4 e por meio
da enzima ramificadora, as ligações α-1,6, formando o glicogênio.
O glicogênio mais solúvel em água além de tornar a síntese e a degradação do glicogênio
mais rápidos, pois elas acontecem a partir das extremidades.
LIPOGÊNESE

É estimulada por fatores hormonais, alimentares e neuronais, em dietas hipercalóricas por


exemplo, quando há grande ingestão de carboidratos eles serão armazenados como
glicogênio no fígado, e quando há ingestão de proteínas elas serão armazenadas como
gorduras, já as gorduras são armazenadas no tecido adiposo.
Quando há muito ATP a lipogênese também é estimulada pois a célula tem muita energia
que será armazenada como gordura.

1ª reação - o acetil-CoA não consegue atravessar parede da mitocôndria, então ele é


convertido em oxaloacetato e a união de 2 C do acetil-CoA com 4 C do oxaloacetato
formam o citrato.
2ª reação - o citrato sai da mitocôndria e no citosol ele se une a CoA e produz oxaloacetato
e acetil-CoA. O oxaloacetato vira malato que junto ao CO2 forma o piruvato (que volta pra
mitocôndria e produz NADPH que fornece elétrons na síntese de ácidos graxos.
obs: a enzima isocitrato desidrogenase é inibida e o citrato não continua no ciclo de Krebs,
ele é desviado para a lipogênese.
Durante a síntese de ácidos graxos são gerados 2 C do acetil-CoA e o restante vem do
malonil CoA.

Síntese do malonil CoA:


DISLIPIDEMIA

Dislipidemia é a elevação de colesterol e/ou de triglicerídeos no plasma ou uma baixa


concentração de HDL que contribui para o desenvolvimento de aterosclerose. As causas
podem ser primárias (genéticas) ou secundárias. O diagnóstico é realizado pela medida das
concentrações totais de colesterol, triglicerídeos e lipoproteínas individuais. O tratamento
envolve alterações alimentares, atividade física e drogas hipolipemiantes.
As dislipidemias eram tradicionalmente classificadas por padrões de elevação de lipídios e
lipoproteínas no plasma (fenótipos de Fredrickson — Padrões de lipoproteínas (fenótipos de
Fredrickson). Um sistema mais prático categoriza as dislipidemias como primárias ou
secundárias e classifica-as por:
● Aumentos apenas do colesterol (hipercolesterolemia pura ou isolada)
● Aumentos apenas dos TGs (hipertrigliceridemia pura ou isolada),
● Aumentos de colesterol e triglicerídeos (dislipidemias mistas ou combinadas)

Causas primárias - As causas primárias são mutações genéticas únicas ou múltiplas que
resultam em superprodução ou remoção deficiente de triglicerídios e colesterol LDL ou em
pouca produção ou eliminação exagerada de HDL ( Dislipidemias genéticas primárias). Os
nomes das várias doenças primárias refletem a nomenclatura antiga na qual as
lipoproteínas eram detectadas e diferenciadas de acordo com sua separação em bandas
alfa (HDL) e beta (LDL) nos géis eletroforéticos.

Causas secundárias - são responsáveis para muitos casos de dislipidemias em adultos. A


causa secundária mais importante em países desenvolvidos é o estilo de vida sedentário com
ingestão excessiva de gordura saturada, colesterol e ácidos graxos trans. Estes são ácidos
graxos mono ou poli-insaturados aos quais foram adicionados átomos de hidrogênio; são
utilizados em vários alimentos processados e são tão aterogênicos quanto as gorduras
saturadas. Outras causas secundárias comuns incluem: Diabetes melito, Abuso de álcool,
Doença renal crônica, Hipotireoidismo, Cirrose biliar primária e outras doenças hepáticas
colestáticas (pois o fígado realiza a quebra das gorduras e armazenamento de glicogênio),
Fármacos, como tiazídicos, beta-bloqueadores, retinóides, agentes antirretrovirais altamente
ativos, ciclosporina, tacrolimus, estrogênio e progesterona e glucocorticoides. As causas
secundárias dos baixos níveis de colesterol HDL incluem tabagismo, esteróides anabólicos,
infecção por HIV e síndrome nefrótica.

O diabetes é uma causa secundária porque os pacientes tendem a ter combinação aterogênica
de triglicerídios elevados, concentração elevada de LDL pequenas e densas e HDL baixo
(dislipidemia diabética, hiperapo B hipertrigliceridêmica). Pacientes com diabetes tipo 2 são
especialmente suscetíveis. Em consequência da obesidade e/ou do mau controle do
diabetes, que pode aumentar os AGL circulantes, provocando aumento da produção
hepática de VLDL. As VLDL enriquecidas com triglicerídios transferem então triglicerídios
e colesterol para LDL e HDL, promovendo a formação de LDL pequenas e densas ricas
em triglicerídios e a remoção das HDL ricas em triglicerídios. A dislipidemia diabética é,
muitas vezes, exacerbada pelo aumento da ingestão calórica e pela inatividade física que
caracteriza o estilo de vida de alguns pacientes com diabetes tipo 2. Mulheres diabéticas
apresentam risco especial para doenças cardíacas nessa forma.

REGULAÇÃO DOS NÍVEIS DE COLESTEROL E TRIGLICERÍDEOS

A regulação da síntese é feita nos seus passos iniciais, por vários mecanismos operados
sobre a HMG-CoA redutase, que controlam a sua quantidade e atividade. A atividade da
enzima é regulada por um mecanismo de inibição retroativa pelo mevalonato (produto
imediato), e pelo colesterol (produto final), e também pela sua fosforilação, feita pela
HMG-CoA redutase cinase. Este último processo é desencadeado pela ação do glucagon e
glicocorticoides. Já a insulina e o hormônio da tireoide promovem o processo inverso,
estimulando a atividade da enzima. O ponto de controle da síntese do colesterol é a enzima
HMG-CoA redutase que catalisa a redução de HMG-CoA em mevalonato. A enzima é
inibida pelo mevalonato e por alguns derivados do colesterol, sendo também regulada
endocrinamente. O glucagon estimula a enzima, enquanto a insulina promove a síntese de
colesterol. O colesterol em excesso se esterifica e, armazenado, causa diminuição do
receptor LDL para evitar a entrada na célula de mais colesterol proveniente do sangue.

Colesterol - O ponto de controle da síntese do colesterol é a enzima HMG-CoA redutase


que catalisa a redução de HMG-CoA em mevalonato. A enzima é inibida pelo mevalonato e
por alguns derivados do colesterol, sendo também regulada endocrinamente. O glucagon
estimula a enzima, enquanto a insulina promove a síntese de colesterol. O colesterol em
excesso se esterifica e, armazenado, causa diminuição do receptor LDL para evitar a
entrada na célula de mais colesterol proveniente do sangue.
De forma geral, o lipidograma envolve de 4 a 6 exames. Estes, trazem todo o
cenário para que o profissional da saúde possa verificar quaisquer alterações.

Colesterol total
Basicamente, o exame de colesterol total mede as taxas do mesmo, bem como
todas as suas frações. Por frações, dentro do exame de colesterol total, temos:
– HDL;
– LDL ;
– Triglicerídeos.
Todos eles, avaliados na corrente sanguínea.
Este é um exame básico no que se refere ao risco de doença coronariana. Ele dá ao
médico, um parâmetro mais geral da forma como o organismo se encontra. Além de
auxiliar na criação de estratégias de tratamento. No caso de um aumento anormal
do colesterol total, é possível criar uma estratégia de melhora de tal condição.
Em casos mais brandos, podemos usar a mudança de hábitos. Um exemplo é a
melhora na alimentação e utilização de exercícios físicos na rotina do paciente. Em
casos mais avançados, o médico no geral utiliza medicamentos.
O exame é altamente simples, feito com base em uma coleta de sangue. Porém, o
que vai fazer a diferença neste caso, é a preparação. É necessário um jejum, que
pode variar de 3 a 12 horas, dependendo da idade do paciente. Além disso, para
que o exame de colesterol total seja o mais fidedigno possível, é recomendável que
o paciente não ingira grandes quantidades de comida gordurosa, nas últimas 48
horas que antecedem a coleta. Quanto ao uso de álcool, deve-se evitá-lo nas 72
horas antes do exame. Caso o paciente faça o uso de remédios, o mesmo deve ser
informado. Isso porque alguns medicamentos podem causar alterações no resultado
do exame.
Os valores de referência para o colesterol total normal, são:
Colesterol total inferior a 200 mg/dL
HDL: superior a 60 mg/dL
Triglicerídeos: inferior a 150 mg/dL
LDL: inferior a 100 mg/dL
O colesterol HDL é chamado, de maneira popular, como o colesterol “bom”. O
exame do colesterol HDL, dentro do perfil lipídico, é usado para avaliar o risco de
doença cardíaca e verificar se não há possíveis alterações de lipídios.
No geral, o exame de colesterol HDL é requisitado pelo médico quando há um
resultado alto de colesterol total, ou então, em exames de rotina.
Salvo raros casos, ele sempre faz parte de uma série de exames, para verificar a
situação dos lipídeos como um todo.
No caso de pessoas que apresentem maior risco de desenvolver doença
coronariana, é comum que o médico peça este exame com maior frequência.
Alguns dos principais fatores de risco são o tabagismo, avanço da idade (homens
acima de 45 anos e mulheres acima de 55), hipertensão arterial, genética, diabetes
ou doença cardíaca.
Quanto aos resultados, caso o HDL esteja abaixo de 40 mg/dL para homens e 50
mg/dL para mulheres, há um maior risco de desenvolvimento de doenças
coronarianas, mesmo que o nível de colesterol LDL esteja baixo.
Caso o HDL esteja em 40-50 mg/dL para homens e 50-59 mg/dL para mulheres, há
um risco médio de doenças do coração. No caso de níveis acima de 60 mg/dL de
HDL, há menor incidência do desenvolvimento de doenças coronarianas.

Colesterol LDL
O temido “colesterol ruim”. O LDL é conhecido como colesterol ruim, exatamente
por que ele pode trazer complicações para a saúde, principalmente cardíaca.
Concentrações elevadas de LDL podem fazer com que este vá se depositando aos
poucos nas paredes dos vasos sanguíneos e com isso, formando placas de
ateroma.
O exame, dentro do perfil lipídico, é muito importante. Isso, por que o colesterol
LDL, quando acima dos níveis indicados, pode trazer consigo, um risco elevado de
infarto do miocárdio, por exemplo, além de outras patologias.
Dentro dos parâmetros indicados de LDL, preconiza-se que este deva estar abaixo
de 100 mg/dl para que esteja em níveis ótimos.
Para a maioria das pessoas, níveis menores do que 130 mg/dl são considerados
bons. Já níveis que ultrapassem a casa dos 160 mg/dl são fortes indicativos de
doença coronariana. Por isso, em quadros como estes, deve-se iniciar um
tratamento para a redução do mesmo.
Porém, em pessoas que já apresentam dois ou mais fatores de risco para doenças
cardíacas, níveis acima de 130 mg/dl já são considerados altamente perigosos.
Já em pessoas que sejam portadoras de diabetes, o nível desejado de LDL deve ser
abaixo de 100 mg/dl.
Já para portadores de doença coronária previa, há ainda mais riscos. Por isso, os
níveis de colesterol LDL devem estar abaixo de 70 mg/dl nestes casos. Neste caso,
como é muito difícil conseguir tais níveis, mesmo com a dieta adequada, é muito
comum que seja feita a utilização de medicação.
Assim, para que haja menores riscos de doenças coronarianas, precisamos de
níveis de LDL mais baixos.

Triglicerídeos
Os triglicerídeos são a forma mais comum de lipídio de nosso corpo. Porém, no
caso de excesso de ingestão de gorduras ou outros alimentos que se convertam em
lipídios, eles podem representar um risco ao sistema cardíaco. Por isso, dentro do
lipidograma, sempre é importante avaliar a concentração de triglicerídeos na
corrente sanguínea.
Isso, pelo fato de que o excesso de triglicerídeos na corrente sanguínea, pode fazer
com que pequenas placas de gordura se prendam as paredes dos vasos e possam
vir a causar aterosclerose.
Os níveis, considerados normais, de triglicerídeos, são quando a concentração do
mesmo está abaixo de abaixo de 150 mg/dL. Entre 150 e 199 mg/dL temos um
quadro moderado, mas que já merece atenção. Entre 200 e 499 mg/dL temos um
quadro considerado alto e que oferece riscos diretos a saúde coronariana. Níveis
acima de 500 mg/dL são considerados muito altos e incidem diretamente sobre o
risco de infarto do miocárdio e outras doenças cardíacas.
Por estas razões, os triglicerídeos são tão importantes dentro do perfil cardíaco.
Mensurá-los corretamente, dará ao médico, uma maior possibilidade de um quadro
mais assertivo.
Estes são os exames mais comuns, presentes no lipidograma. Além disso, para
exames mais apurados, ainda é possível utilizar o VLDL e o colesterol-não HDL.
Ambos são mais apurados e medem quadros mais específicos.

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