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Toxicodinâmica

I- FASE EXPOSIÇÃO
Vias de introdução/dose/frequência

II- FASE TOXICOCINÉTICA


Biodisponibilidade
Absorção, distribuição, biotransformação e excreção

III-TOXICODINÂMICA
Interação com o sítio de ação
Ação tóxica

IV- FASE CLÍNICA


Efeito nocivo
Sinais e sintomas
Toxicodinâmica

Estudo de mecanismos de interação-ação dos


agentes químicos ou seus produtos com
células e sítios específicos do organismo
promovendo alterações bioquímicas,
morfológicas, funcionais (ação tóxica)
Toxicodinâmica

Objetivos:
• Estimar a probabilidade de um AT causar efeito nocivo;

• Estabelecer procedimentos para prevenir e antagonizar os efeitos


tóxicos;

• Auxiliar no desenvolvimento de medicamentos e agentes químicos


menos ofensivos;

• Auxiliar no desenvolvimento de praguicidas mais seletivos aos


organismos-alvo.
Toxicodinâmica

A ação tóxica depende da:

• concentração do agente no ambiente;

• tempo de exposição ao agente;

• estado físico (sólido-líquido-gasoso) do agente;

• solubilidade (lipo e hidrossolubilidade);

• afinidade por moléculas orgânicas;

• susceptibilidade individual.
Toxicodinâmica
Efeito Agudo
• exposição única ou múltiplas exposições em curto período de
tempo (24 h)
• efeitos imediatos ou após alguns dias (máx. 2 semanas)

Efeito Crônico
• decorrente de exposições repetidas, durante longo período
(meses ou anos)
• efeitos podem ser lentos e graves
• ex.: mutagenicidade e carcinogenicidade
Classificação dos agentes tóxicos
Critérios:

• Químico (metais), Físico (gás), Bioquímico (inibidor de enzimas específicas) e


Farmacológico (inibidor de receptores, canais)

Seletividade de ação

• Não seletivo – mesmo efeito em qualquer tecido (ex.: ácidos corrosivos)

• Seletivo - danos a estruturas/orgãos específicos → alvo biológico


(ex.: inseticidas)
Toxicodinâmica

Tipos de receptores:

▪ Canais iônicos: Ca++, Cl-, K+, Na+: podem ser bloqueados por toxinas;
▪ Lípedes: anestésicos locais;
▪ Enzimas: ciclooxigenase, colinesterase, etc;
▪ Moléculas transportadoras: aminoácidos, colina e glicose;
▪ Macromoléculas (DNA, RNA): hormônios esteroidais,
glicocorticóides;
▪ Receptores clássicos.
Tipo Estrutura Localização Exemplo

Acetilcolina (nicotinico)
Glicina
membrana
Canal iônico Glutammato
celular
GABAA

Acetilcolina
(muscarinico)
Acoplado a membrana
Adrenalina (a e b)
proteína G celular

Hormônios peptídicos
Acoplado a membrana Hormônio de
enzima celular crescimento
Insulina

Hormônios esteroidais
Intracelular citoplasma Vitamina D
Hormônios da tireóide

GABA=acido g-aminobutirico; GTP=guanosina trifosfato; GDP=guanosina difosfato.


Toxicodinâmica

Chumbo inibe:

▪ ácido delta-aminolevulínico

desidratase

▪ coproporfibilinogênio

descarboxilase

▪ hemessintetase
Inibição de enzimas - efeitos do Pb na biossíntese do heme

Succinil CoA
ALA - sintetase
ALAU Ácido delta amino levulínico
ALA - desidratase Pb
Porfobilinogênio

Uroporfobilinogênio
UPG - descarboxilase
CPU Coproporfirinogênio
CPG - descarboxilase Pb
Zn++ Protoporfirinogênio

ZPP Protoporfirina IX
Fe++ Heme - sintetase Pb
Heme
Globina
Hemoglobina
Interferência nas membranas
• Potencial de ação é uma onda de descarga elétrica que
percorre a membrana de uma célula.
• Transportam rapidamente informações entre e dentro dos
tecidos.
• Comunicação entre neurônio-músculo, neurônio-glândula
Interferência nas membranas

• Tetrodotoxina
Encontrada: Gônadas, fígado,
e pele de peixe da familia
Tetrodontidae.
• Ação
Bloqueio de canais de sódio,
nas menbranas axônicas,
causando: Paralisia muscular,
completa e morte.
Interferência nas membranas

• Batrocotoxina
Encontrada: Pele de rã,
Phyllobates aurotaenia.

• Ação
Aumento da permeabilidade
das membranas em repouso
aos íons sódio, tornando as
membranas hiperexcitáveis e
potencial de ação prolongado.
Afinidade: Miocárdio.
Interferência com sistemas
enzimáticos
INTERFERÊNCIA NAS
MEMBRANAS
• membranas excitáveis :
– bloqueio fluxo iônico

de sódio;

– fluidez da membrana

– Dificuldade de propagação
do Potencial de Ação

– solventes orgânicos
Interferência nas reações gerais da
célula
Ação anestésica:
Clorofórmio, diclorometano,
éter:por serem bastante
lipossolúveis, as moléculas
desses solventes atravessam
a barreira hematoencefálica
e se depositam ao redor dos
neurônios, atrapalhando a
neurotransmissão.
Neurotransmissão:

Bloqueio na liberação de
ACh no terminal
nervoso
- Toxina botulínica
(Clostridium botulinum)
Neurotransmissão:

Bloqueio na liberação de
ACh no terminal
nervoso
- Toxina botulínica
(Clostridium botulinum)
Neurotransmissão:

Bloqueio na liberação de
ACh no terminal
nervoso
- Toxina botulínica
(Clostridium botulinum)
Interferência nas reações gerais da
célula
Neurotransmissão:

neuroreceptores e
neurotransmissores:
- atropina (bloqueio de
recept. Muscarínicos da
acetilcolina-ACh);

- curare (bloqueio de recept.


nicotínicos)
Interferência nas reações gerais da célula

“ECSTASY”(MDMA) - 3,4-metilenodioximetanfetamina
Fonte: https://www.scielosp.org/pdf/rpsp/2000.v8n6/393-402/pt
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