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Modelo de Estudo de Caso DMG
Modelo de Estudo de Caso DMG
GAMALIEL
CENTRO EDUCACIONAL E CULTURAL DA AMAZÔNIA
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
TUCURUÍ – PA
2024
ADRIELE ROBERTA DA SILVA MORAES
LILIAN CRISTINE VIEIRA DA SILVA
MARIA DO SOCORRO CASTRO
ODINILZA WANZELER
ROSINETE SILVA DE CARVALHO MACIEL
Trabalho de Enfermagem
apresentado à Faculdade de
Teologia, Filosofia e Ciências
Humanas – Gamaliel. Como
requisito parcial para a obtenção
de média semestral na disciplina
de Estágio Supervisionado
Orientador: Ana Zélia Fernandes
TUCURUÍ – PA
2024
Sumário
1.INTRODUÇÃO------------------------------------------------------------------------------1
2.FISIOPATOLOGIA-------------------------------------------------------------------------2
3.TRATAMENTO-----------------------------------------------------------------------------3
3.1 Tratamento medicamentoso ----------------------------------------------------------4
3.2 Tratamento não medicamentoso-----------------------------------------------------4
4.METODOLOGIA----------------------------------------------------------------------------5
5.RESULTADO E DISCUSSÃO----------------------------------------------------------5
6.SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM------------------6
7.CONCLUSÃO-------------------------------------------------------------------------------6
REFERÊNCIAS-------------------------------------------------------------------------------13
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1 INTRODUÇÃO
O diabetes mellitus gestacional (DMG) é considerado como um problema de
saúde pública, isto por ser uma doença que apresenta disfunção metabólica bastante
comum no período gestacional. Assim sendo, é de grande relevância que se busque
ainda mais informação acerca da DMG, para que desse modo, efetive-se ações de
sensibilização às gestantes sobre a importância do tratamento e especialmente aos
riscos materno-infantil associados a essa doença (LIMA,2018).
O diagnóstico precoce das gestantes portadoras de DMG é de suma
importância, por isso é imprescindível que os exames sejam realizados ainda no
primeiro trimestre, quando se inicia o Pré-Natal. Pois através da identificação de
alterações na glicemia, é possível orientar a gestante acerca dos cuidados que deve
adotar durante a gravidez, ressaltando a importância de minimizar os efeitos adversos
que causam alterações metabólicas sobre o binômio mãe filho, assim como também
de identificar quais são as mulheres que apresentam um maior risco de desenvolver
diabetes futuramente (ROSSET,2020).
A maioria das gestantes com diagnóstico de DMG apresenta normalidade na
tolerância aos carboidratos após o puerpério. No entanto, é extremamente importante
se a paciente ainda apresenta os níveis de glicose descompassados,
principalmente em relação ao preparo desta para uma futura gestação, uma vez que
a DMG pode novamente surgir à medida que a mulher volta a engravidar, por isso os
cuidados se estendem até no pós-parto (ZAPELINI,2014).
Segundo o Ministério da Saúde (MS), o Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é
definido como uma intolerância aos carboidratos de graus e intensidades variados e
diagnosticado pela primeira vez na gestação, e ainda, pode ou não prosseguir no
período pós-parto (BLOTTA,2018)
O desenvolvimento da DMG está associado ao aumento dos hormônios
contrarreguladores da insulina, gerado principalmente pela carga de estresse
proveniente das mudanças que vão ocorrendo no organismo por causa da gravidez,
além da contribuição de fatores genéticos ou ambientais para seu surgimento. Os
hormônios responsáveis por apresentar resistência à insulina são: o hormônio
actogênico placentário, hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e a
prolactina (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2019).
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2 FISIOPATOLOGIA
Para compreender a fisiopatologia do DMG é preciso estar ciente do contexto
de resistência crônica à insulina que uma gestação promove, associada a uma
disfunção das células pancreáticas. Portanto, são os dois componentes críticos da
fisiopatologia do DMG (PLOWS et al., 2018).
Durante uma gestação saudável, o corpo materno passa por diversas
mudanças fisiológicas como alterações nos sistemas cardiovascular, renal,
hematológico, respiratório e metabólico. Em relação ao sistema metabólico é
importante destacar o aumento da sensibilidade à insulina, que acaba promovendo a
captação de glicose nas reservas adiposas para suprir as demandas de energia da
gravidez. No entanto, os hormônios locais e placentários como, estrogênio,
progesterona, leptina, cortisol, lactogênio placentário e hormônio de crescimento
placentário, juntos, promovem um estado de resistência à insulina (PLOWS et al.,
2018).
Sendo assim, ocorre um pequeno aumento dos níveis de glicose no sangue,
todavia, essa hiperglicemia materna é facilmente transportada através da placenta
para alimentar o crescimento do feto. Como o organismo materno está levemente
resistente a insulina, este acaba por quebrar o estoque de gordura, resultando em
um aumento adicional nas concentrações de glicose e ácidos graxos livres.
Portanto, quando as adaptações metabólicas normais à gravidez não ocorrem
adequadamente, algumas gestações podem ter o desfecho de DMG (PLOWS et al.,
2018.
Com a progressão da gravidez, principalmente no 3º trimestre, há um aumento
de hormônios locais e placentários gerando resistência à insulina e, na tentativa de
manter a homeostase, ocorre hipertrofia e hiperplasia das células beta. (PLOWS
et al., 2018; CHOUDHURY; DEVI RAJESWARI,2021).
Além disso, nesse período gravídico, o metabolismo materno usa, em maior
quantidade, lipídios como fonte de energia. Com isso, tem-se mais ácidos graxos
na circulação, fato que também pode contribuir para o aumento da resistência
à insulina. Conforme mencionado, após essas mudanças hormonais fisiológicas, há
um aumento da secreção das células beta pancreáticas. Todavia, essas células
mencionadas, se não conseguirem ser compensatórias, ou caso haja falência dessas
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3 TRATAMENTO
tempo em que ficam ativas no corpo, pelo tempo que levam para começar a agir e de
acordo com a situação do dia em que são mais eficientes; e, apesar de estarem
disponíveis comercialmente, o uso da maioria delas ainda não foi extensivamente
avaliado na gravidez. Sendo assim, a insulina regular é idêntica à humana na sua
estrutura e possui ação rápida, já a NPH (neutral protamine Hagedorn) é associada
às substâncias protamina e zinco, o que promove um efeito mais prolongado a ela, ou
seja, um tempo de ação intermediário. Em contrapartida, os análogos de insulina são
produzidos a partir da insulina humana e, então, modificados de modo a apresentarem
ação mais rápida, como a lispro, aspart ou glulisina, ou ação mais prolongada, como
a glargina, detemir e degludeca. Dessa forma, quanto aos análogos da insulina de
ação rápida, somente lispro e aspart foram investigadas na gravidez e apresentaram
traços de segurança aceitáveis, efetividade clínica, transferência mínima através da
barreira placentária e nenhuma evidência de teratogênese. Quanto à glargina,
análogo de insulina de ação prolongada, estudos de perfusão in vitro e um pequeno
estudo em humanos demonstraram que ela não atravessa a placenta em níveis
mensuráveis. E, em relação à insulina detemir, em 2012, um ensaio multinacional
sobre a segurança e a eficácia dela relatou resultados de segurança e eficácia
tranquilizadores, o que levou o Food and Drug Administration (FDA) a reclassificar a
insulina detemir de categoria de risco “C” para “B”. Entretanto, com base nos dados
disponíveis, ainda é preferível o uso de insulina humana – NPH e regular – por causa
de seu menor risco imunogênico, maior segurança e maior eficácia, como parte de um
regime de injeção múltipla em mulheres grávidas com DMG. Dose/esquemas
terapêuticos A dose de insulina varia entre os indivíduos em razão das variadas taxas
de obesidade, características étnicas, grau de hiperglicemia e outros critérios
demográficos. Dessa forma, o regime da insulinoterapia deve se basear no perfil
glicêmico individual, ao mesmo tempo em que depende do peso da gestante.
Portanto, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recomenda que o cálculo da dose
inicial seja entre 0,3 e 0,5 UI/kg/dia, porém a maioria dos estudos afirma controle
glicêmico com doses entre 0,7 e 2 UI/kg/ dia. Ademais, dependendo da dose diária
calculada, ela deverá ser distribuída em múltiplas aplicações diárias, de duas a três,
correspondentes a dois terços de insulina NPH e um terço de insulina regular no
esquema basal-bólus –, sendo aplicado, então, cada terço antes de cada uma das
três principais refeições diárias, com a maior concentração pela manhã, antes do café
da manhã. A titulação da dose de insulina para os níveis de glicose no sangue é
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x metformina Nos dias atuais, outras opções de tratamento para a DMG são os
hipoglicemiantes orais, principalmente a gliburida e a metformina, que cada vez mais
ganham espaço no âmbito da pesquisa em relação às suas vantagens e
desvantagens para o uso ao longo da gestação. A glibenclamida/gliburida
(sulfonilureia) e a metformina (biguanida) são duas drogas muito utilizadas no
tratamento do DMG, com ótimos resultados. Essas duas drogas, porém, atravessam
a placenta e, consequentemente, podem interagir com o feto. Por esse e outros
motivos, nenhum desses dois medicamentos foi aprovado pelo FDA e pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso durante a gestação. Não existem,
contudo, evidências de que essas drogas sejam teratogênicas. Até o presente
momento, os dados disponíveis evidenciam que essas drogas são seguras para uso
durante a gestação e que têm demonstrado equivalência em relação à insulina e aos
desfechos da gestação. Contudo, é necessário considerar alguns aspectos antes de
prescrever tais medicações à gestante, como: taxa de falha – os dois hipoglicemiantes
possuem uma taxa de falha, ou seja, podem não atingir os níveis glicêmicos
esperados, mesmo com o uso correto e a dose máxima; quando isso ocorrer, deve-
se trocar a medicação prontamente por insulina; eficácia – a maioria dos estudos
demonstrou não haver grandes diferenças na eficácia dos agentes orais
hipoglicemiantes em relação à insulina; efeitos epigenéticos – uma das grandes
dúvidas em relação ao uso dos agentes orais são as possíveis repercussões em longo
prazo, tanto no feto quanto na mãe; efetividade – sabemos que os agentes orais são
mais baratos e que possuem maior adesão em relação à insulina. A gliburida, a qual
estimula a secreção de insulina pelas células betapancreáticas, é considerada a
melhor opção entre as sulfonilureias para utilização em gestantes, pois apresenta uma
transferência mínima através da placenta humana, uma vez que a proporção média
estimada entre o cordão umbilical e a concentração de glibenclamida no sangue
materno no momento do parto é de 0,62 a 0,70. Assim como ocorre com a
insulinoterapia, esse medicamento deve ser cuidadosamente balanceado com
refeições e lanches para evitar a hipoglicemia materna. Doses iniciais de 2,5 a 5 mg
uma vez ao dia são comumente usadas, e a dose é aumentada, conforme necessário,
até um máximo de 20 mg ao dia. As mulheres candidatas ao uso de gliburida são
aquelas com gestação única, glicemia em jejum inferior a 140 mg/dL e idade
gestacional entre 11 e 33 semanas. Outro hipoglicemiante oral é a metformina, que
reduzirá a produção de glicose hepática e melhorará a sensibilidade à insulina. O
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torno de 300 kcal em relação à dieta basal anterior à gestação. Para estabelecer a
necessidade calórica correta de cada gestante, devem-se levar em consideração tanto
o peso atual como o peso ideal da gestante. Então, para o cálculo das necessidades
calóricas diárias, deve-se avaliar o peso corporal ideal durante a gravidez: mulheres
com peso adequado necessitam de 30 kcal/kg/dia, mulheres com sobrepeso, de 25
kcal/ kg/dia e mulheres obesas, de 20 kcal/kg/dia (peso atual), levando-se em
consideração uma ingesta mínima de 1.800 kcal/dia para evitar a cetose. Para as
mulheres que estão abaixo do peso, a necessidade calórica pode ser de até 40
kcal/kg/dia para atingir os ganhos de peso recomendados e os objetivos de glicemia
e ingestão de nutrientes. Assim, o recomendado é que a ingesta seja de 1.800 a 2.200
calorias diárias totais, sempre levando em consideração o IMC da paciente e o
trimestre da gestação no qual ela se encontra. Essa dieta deverá ser fracionada e
constituída por aproximadamente 45% a 50% de carboidratos (preferencialmente de
absorção lenta – integrais), 30% a 35% de lipídios e 15% a 20% de proteínas. Essa
divisão da dieta é feita em seis refeições: café da manhã, lanche da manhã, almoço,
lanche da tarde, jantar e ceia. Outra recomendação é sobre o consumo de adoçantes
durante a gestação, devendo-se dar preferência para os naturais, como stevia e
sucralose. Esse valor calórico total deve ser distribuído durante todas as refeições do
dia, seguindo tais valores: 15% no café da manhã, 10% na colação, 30% no almoço,
10% no lanche da tarde, 25% no jantar e 10% na ceia. A nutrição propícia
desempenha um papel significante na saúde de todas as mulheres durante a
gestação, pois a qualidade e a quantidade nutricional influenciam no desenvolvimento
do feto. Dessa forma, é evidente o quanto a dieta é importante para atingir um bom
controle glicêmico durante a gestação a fim de alcançar a necessidade calórica
adequada e garantir um bom desenvolvimento tanto materno quanto fetal.
4 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de caso vivenciado pelos estagiários da disciplina de
estágio Supervisionado Maternidade sobre uma paciente gestante com Diabetes
Mellitus Gestacional, os dados, os dados utilizados relacionados a paciente foram
fictícios. Em seguida, através do NANDA (North American Nursing Diagnosis
Association) e NIC (Nursing Interventions Classification) foram levantados os
diagnósticos e as intervenções adequadas para o caso. E por fim após todos estes
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dados registrados foi feita a avaliação final da paciente por meio da NOC (Nursing
Outcomes Classification).
5 RESULTADO E DISCUSSÃO
De acordo com as etapas da PE, coletou-se no primeiro momento os dados do
paciente para realização do processo de enfermagem A primeira etapa do processo
de enfermagem consistiu na coleta de dados do paciente, a fim de construir um
histórico de enfermagem abrangente. Foram registradas informações relevantes
sobre a história clínica, antecedentes médicos, queixas atuais, e demais dados que
pudessem contribuir para uma compreensão holística do quadro clínico do paciente.
(Silva et al. 2021)
A coleta de dados é uma fase crucial no processo de enfermagem, sendo a
base para a análise e a tomada de decisões subsequentes. No contexto do histórico
de enfermagem, essa etapa envolve a obtenção de informações essenciais para a
elaboração de um plano de cuidados individualizado. É fundamental que a enfermeira
ou o enfermeiro conduza uma entrevista detalhada, buscando não apenas
informações sobre a condição de saúde atual, mas também considerando fatores
socioeconômicos, culturais e psicossociais que possam influenciar a saúde do
paciente. (Silva et al. 2021)
No presente caso, a coleta de dados para o histórico de enfermagem focou-se
na condição específica da paciente, que apresentou diabetes gestacional. A obtenção
de informações sobre os antecedentes médicos, histórico familiar de diabetes,
sintomas associados, tratamentos prévios e outros fatores relevantes permitiu uma
avaliação mais completa da situação clínica. A análise dos dados coletados
possibilitou a identificação de diagnósticos de enfermagem específicos para o
diabetes gestacional, iniciando assim o plano de cuidados subsequente.
7 CONCLUSÃO
Em síntese, o DMG é uma doença associada a um desbalanço da resistência
insulínica no período gestacional, tendo como consequência a hiperglicemia, fato que
pode causar malefícios tanto para o feto como para a gestante. Importante ressaltar
a necessidade de que os profissionais de saúde, juntamente com as gestantes, façam
um pré-natal adequado, lançando mão tanto da glicemia de jejum no início
do acompanhamento, como também do TOTG entre 24 a 28 semanas. Pois, por meio
desse rastreio, pode se realizar o diagnóstico da doença e tratá-la adequadamente.
Dessa forma, consegue-se evitar os malefícios de um DMG descompensado.
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REFERÊNCIAS
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para-o-diabetes-mellitus-g
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