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Índice

Introdução...................................................................................................................................................2
Personalidade..............................................................................................................................................3
Teoria da personalidade de Karen Horney...................................................................................................6
Teoria da personalidade de Hurry Stack Sullivan.........................................................................................8
Conclusão..................................................................................................................................................12
Referências bibliográficas.........................................................................................................................13
Introdução

A palavra “Personalidade” é muito discutida entre os teóricos da psicologia e por isso envolve
conceitos muito variados. Isso torna difícil procurar o seu significado. Seria preciso, então. Um
estudo mais aprofundado sobre cada um desses teóricos e suas respectivas teorias.

No quis diz respeito ao estudo da personalidade, ao longo da história destacaram-se vários nomes
da Psicologia, como é o caso de: Segmund Freud, Carl Jung, Karen Horney, Alfred Adler, Harry
Stack Sullivan, Eric Erikson, de entre vários outros.

Metodologia

Os métodos ou as técnicas usadas para a realização obedecem as normas de elaboração de


trabalho cientifico desta Universidade Rovuma que está em vigor (Norma APA) e obedece a
seguinte ordem:

 Introdução
 Desenvolvimento
 Conclusão e
 bibliografia

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Personalidade

Todos nós já ouvimos falar, provavelmente muitas vezes ou algumas, em “Personalidade”, ou é


um pai orgulhoso, diz que seu filho tem uma personalidade “forte”, ou alguém ressentido, diz
que seu colega “não tem personalidade”.

O que estas pessoas estariam a querer dizer usando essa palavra é que: o pai esteja tentando dizer
que o seu filho exerce uma influencia marcante sobre os amigos; e a outra pessoa, quem sabe,
esta afirmando que o colega não sustenta suas opiniões em todas as situações.

O que parece, nestes exemplos e noutras situações é que a palavra personalidade é usada na
linguagem informal, e a referencia a um atributo ou característica da pessoa, que causa alguma
impressão.

“Personalidade” no ponto de vista etimológico

A palavra person – do latim “persona” significa – mascara usada por um actor. Neste sentido, o
termo deixava transparecer dois aspectos essências: o aspecto exterior que representa o que se
percebe aos olhos do observador e o papel desempenhado por este. Mais tarde, este termo foi
usado para designar um individuo digno de nota de respeito, que desempenha um papel
proponente.

Formação da personalidade

A configuração única da personalidade de um individuo desenvolve-se a partir de factores


genéticos e ambientais. Os factores genéticos exercem sua influencia através da estrutura
orgânica e do processo de maturação. Os factores ambientais incluem tanto e meio físico como
social e começam a influenciar a formação da personalidade já na vida intra-uterina.
(BRAGHIROLL, GUY et al, 2002. p. 144)

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Teoria da personalidade

Como antes mencionado, existem diferentes definições de “personalidade” no entanto o conceito


de personalidade como “o conjunto de comportamentos peculiares de individuo” é aceite pela
maioria dos estudiosos.

Os psicólogos têm o mesmo conceito de personalidade, o mesmo objecto, e de certa forma, as


mesmas metas (descrever, compreender e prever o comportamento do Homem).

Por essa razão ao longo do tempo vêem sendo criadas varias teorias a cerca dos factores, origem
e causa do comportamento do Homem.

Então, “O que seria teoria?”

“Uma teoria é um sistema conceptível bem coordenada que objectiva dar coerência racional a um
corpo de leis empíricas conhecidas, das quais se podem deduzir teoremas cujos valores
preditivos podem ser aprovados” (ALLPORT, apud CUELI e REIL, 1974. p. 15).

Então, “O que seria uma teoria da personalidade?”

“Uma teoria da personalidade seria, então, a organização cuidadosa do conjunto total de


conhecimentos sobre o comportamento, suficientemente compreensiva para abranger e
predizer/prever o comportamento humano, ou boa parte dele”( BRAGHIROLL, GUY et al,
2002, p. 153).

Assim entendeu-se a personalidade mais ou menos da mesma maneira, os estudiosos diferem


quanto ao aspecto ou tipo de comportamento enfocado quando a forma de estudá-lo.

Então segundo PECK e WHITLOW (1976, p.13) “ não existe portanto, uma teoria da
personalidade, no sentido de que uma teoria abrange todos os aspectos do comportamento
humano, mas existem muitas teorias cuja principal área de interesse se situa no domínio da
personalidade”.

Teorias da personalidade:

 Teoria psicanalítica;
 Teoria neo-analítica

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 Teoria humanista;
 Teoria de aprendizagem;
 Teoria cognitiva;
 Teoria constitucional;

Neste trabalho, nos importa referir apenas a Teoria Neo-analítica, centralizando a nossa atenção
apenas nas contribuições de Karen Horney e Hurry Stack Sullivan

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Teoria da personalidade de Karen Horney
Nasceu na Alemanha em 1885 e morreu em 1952, foi uma psicanalista, também uma das
seguidoras de Segmund Freud. Ela da importância ao contexto social no desenvolvimento da
personalidade e consiste que as ideias de Freud eram muito rígidas. Horney considerou que a
personalidade é resultado das experiencias variadas das crianças. Atribuiu um efeito nefasto do
isolamento e desamparo como consequência das primeiras interacções entre pais e filhos as quais
bloqueiam o crescimento interior da criança.

Na visão de Horney, Freud superestimou o impulso sexual, o que o levou a apresentar um quadro
dos relacionamentos humanos.

Embora ele que a sexualidade figurava dentro do desenvolvimento da personalidade, pensava


que os factores não sexuais, tais como a necessidade básica de afecto, segurança e a reacção a
ameaças reais ou imaginarias, tinham um papel ainda maior.

Um exemplo concreto disso é a necessidade de afecto e protecção que todo individuo tem em
relação aos pais/figura próxima disso, independentemente de qualquer sentimentos sexuais que
tenham por eles.

Para Horney a ansiedade – “ a reacção a perigos reais ou imaginários – é uma poderosa força
motivadora. Enquanto Freud acreditava que a ansiedade surgia dos conflitos sexuais, “ Horney
afirmava que os sentimentos de ansiedade originavam-se também em uma variedade de
contextos não sexuais”

Na infância, a ansiedade surgia porque as crianças dependiam dos adultos para sua
sobrevivência. A incerteza de receber ou não protecção e afecto contínuos fazia com que as
crianças desenvolvessem protecções ou defesas internas que lhes oferecessem satisfação e
segurança. Quando essas defesas eram ameaçadas eles sentiam mais ansiedade.

De acordo com Horney, os adultos ansiosos adoptam uma de três estratégias defensivas ou
Tendências Neuróticas. Que são:

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 Tendências neuróticas do tipo submisso: são as que o individuo com medo de perder
o afecto e a protecção, move-se em direcção aos outros ainda que isso lhe custe a sua
independência pessoal.
 Tendências neuróticas do tipo agressivo: nesse caso, o individuo não vendo forma de
como satisfazer a sua necessidade de recessão de segurança e afecto, ele voltar-se-á
contra os outros a sua volta. Tentando esconder, contudo, seus sentimentos de
insegurança e ansiedade por esse meio da agressividade.
 Tendências neuróticas do tipo distante/afastamento: nesse caso o individuo ao não se
ver na recepção de afecto e nem de segurança, no que o seu ponto de vista, é seu
direito, o individuo afastar-se-á deles. O tipo distante lida com suas ansiedades
afastando-se dos outros. É como se dissesse: se eu me afastar, nada poderá me
afectar.

Por outro lado “ as pessoas bem ajustadas também experimentam ansiedade a ameaças a sua
segurança e sentimentos básico, mas o facto de terem crescido num ambiente estável que
permitiu a satisfação das necessidades básicas, conseguem se desenvolver sem ficarem presas
nos estilos de vida neuróticos”.

E essas foram as contribuições da Horney tentando explicar a “Personalidade”, mais ou menos


afirmando que o comportamento do Homem, a sua conduta e personalidade, se deve as suas
vivencias na sua fase da infância.

Horney sustentava a ideia que as forças culturais, inclusive os papéis sócias e o status social,
moldam mais a nossa personalidade que os imperativos biológicos.

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Teoria da personalidade de Hurry Stack Sullivan

Foi um psiquiatra Americano nasceu entre 1892 e morreu entre 1949. Como Karen Horney,
Sullivan deu maior importância aos relacionamentos sócias no desenvolvimento de
personalidade.

Aliás, para Sullivan “ a personalidade é constituída pela configuração duradoira das situações
interpessoais rcorrentes que caracterizam uma vida humana. O conjunto destas relações a “dois
começa com a relação com a mãe/figura materna mais próxima e termina com a escolha do
parceiro/a”.(HANSENNE, 2003)

Considerava que os comportamentos desviantes ou aceitáveis moldam-se através da interacção


com os pais durante o decorrer da fase de socialização da criança. Considerou que o
comportamento das pessoas era impelido por dois tipos de necessidades: as de segurança; e as
biológicas.

Sullivan (1953) achava que o comportamento e a personalidade de um individuo são o resultado


das relações interpessoais. Antes de desenvolver seu próprio arcabouço teórico, Sullivan aderia
aos conceitos de Freud, posteriormente ele passou o seu foco da perspectiva de Freud para uma
perspectiva de conotação mais interpessoal, em que a personalidade humana podia ser observado
em interacções sociais com outras pessoas.

As ideias não foram, a prior, aceitas por todos na sua época, elas só chegaram a pratica da
psiquiatria pela publicação depois da sua morte, em 1949.

Principais conceitos usados por Sullivan:

 Ansiedade: é dado como sendo um sentimento de desconforto emocional, para o alivio ou


prevenção do qual se dirige todo o comportamento. Sullivan acreditava que a ansiedade
era a “principal força de desorganizadora nas relações interpessoais e o principal factor
na ocorrência de dificuldades graves na vida”. Ela se origina da incapacidade do
individuo em satisfazer as suas necessidades ou na busca de segurança interpessoal.

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 Satisfação das necessidades: é a satisfação de todos os requisitos associados ao ambiente
físico-químico de um individuo. Como: oxigénio, água, cslor, repouso, actividade,
expressão sexual, ou seja, tudo que na sua ausência cause desconforto ao individuo.
 Segurança interpessoal: é o sentimento associado ao alivio da ansiedade. Experimenta-se
esse sentimento quando o individuo entende que todas as suas necessidades foram
satisfeitas. Porque na perspectiva de Sullivan todos os indivíduos tem uma necessidade
de segurança interpessoal.

Para Sullivan o individuo para se proteger da ansiedade um sistema que se baseia nas
experiencias interpessoais do individuo, o qual chamou “sistema de eu”, que contem 3
componentes, que são:

 O “bom eu” – que seria a parte da personalidade que se desenvolve em resposta aos
comentários positivos dos responsáveis pelo cuidado primário do individuo. Aqui o
individuo mune-se de um sentimento de prazer, contentamento e gratificação.
 O “eu mau” este, se desenvolve em resposta aos comentários negativos vindos dos
responsáveis primários. Aqui o individuo mune-se de um sentimento de desconforto,
desagrado e angustia. Consequentemente a criança evita sentimentos negativos mudando
alguns comportamentos.
 O “não eu” é a parte da personalidade que se desenvolve em resposta a situação que
produzem uma ansiedade intensa na criaça. Em resposta a essas vivencias origina-se um
sentimento de repulsa, medo, apreensão e ódio, levando a criança a negar esses
sentimentos na tentativa de aliviar a ansiedade. Este retraimento das emoções tem
implicação graves para disturbius mentais na vida adulta.

Níveis de cognição na teoria interpessoal/teoria de Sullivan

Sullivan reconhecimento três níveis de cognição, ou modos de perceber as acções que são:

 Nível prototoxico: e a experiencias que são impossíveis de colocar em palavras ou


comunicar a outras pessoas são chamadas de prototoxico.
 Nível paratoxico: são experiencias que são pré-lógicas e quase impossíveis de se
comunicar com precisão para os outros.

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 Nível sintáctico: são experiencias que podem ser adequadamente comunicadas aos outros
são chamados de sintácticas.

Estágios de desenvolvimento na teoria interpessoal

Sullivan (1953), concebe o individuo como um “centro” de um conjunto de interacções. Essas


interacções, para a pessoa, de certa forma, são processos do organismo em desenvolvimento, de
necessidades mutáveis.

Sullivan viu o desenvolvimento interpessoal ocorrer em seta (7) estagio. Em que as alterações de
personalidade são mais prováveis durante as transição entre os estágios.

Ele considerava que a personalidade se desenvolver segundo 6 estagios de desenvolvimento da


infância a adolescência, encontrando-se cada um centrado numa relação interpessoal única,
designadamente:

 Infância: o período que compreende desde o nascimento até o aparecimento da linguagem


sintáctica, é uma época que a criança recebe a ternura da mãe, uma vez que aprende a
ansiedade por meio de um vinculo de empatia com a mãe, durante este estágios as
crianças usam a linguagem autista, que ocorre em nível prototoxico ou protaxica.
 Infância 2: o estagio que dura desde o inicio da linguagem sintáctica até a necessidade de
pares do mesmo nível. A relação da criança interpessoal primaria com a mãe, que agora é
diferenciada das outras pessoas que alimentam a criança.
 Juventude: começa com a necessidade de colegas da mesma categoria e continua até que
a criança desenvolve a necessidade de um relacionamento intimo com um amigo. Nesta
etapa as crianças devem aprender a competir, comprometer-se e cooperar.
 Pré-adolescência: esta, estende o tempo da necessidade de um melhor amigo apenas até a
puberdade. As crianças que não aprendem ou que passam por perturbações nesta etapa
acrescentam dificuldades relacionadas a possíveis parceiros sexuais durante os estágios
posteriores.
 Adolescência: o desenvolvimento nesta fase é geralmente mercada pela coexistência de
intimidade com um único amigo do mesmo sexo e o interesse sexual de muitas pessoas
do sexo oposto.

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 Adolescência tardia: cronologicamente a adolescência tardia pode começar a qualquer
momento após os 16 anos de idade, mas psicologicamente, ela começa quando uma
pessoa é capaz de sentir intimidade e desejo em relação a mesma pessoa. O final desta
fase é caracterizada por um padrão estável de actividade sexual e pelo crescimento da
modalidade sintáctica, á medida que aprende a viver no mundo adulto.
 Idade adulta: a adolescência tardia até a idade adulta flui uma época com que uma pessoa
estabelece um relacionamento estável com uma pessoa importante e desenvolve um
quadro persistente de ver o mundo.

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Conclusão

Com este trabalho pode-se constatar e avançar na ideia que a personalidade é um conjunto de
processos cognitivos e automáticos que nos fazem reagir sobre uma determinada forma, tendo
em conta os diversos contextos compreendidos, agora, que a personalidade deve ser vista como
uma mistura de factores biológicos e ambientais, estando esses factores intimamente
relacionados.

É não menos importante referir que ao longo dos tempos a personalidade começa a ser
considerada importante noutros domínios da psicologia, como na inteligência e nas emoções.
(HANSENNE, 2003)

Com isso enceramos o trabalho e a nossa breve, mais rica, abordagem em relação a teoria neo-
analítica: teoria de Karen Horney & teoria de Hurry Stack Sullivan.

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Referências bibliográficas

HANSENNE, M. -psicologia da personalidade, 2003. Lisboa: Climepsi

MORRIS. Charles G. e MAISTO. Albert A. – understanding psychology, 6ª edição. 2003

BRAGHIRELL. Elaine M. – Psicologia geral. Vozes, 1995

ALIPIO. Jaime e VALE. Manuel M. – psicologia geral. Universidade pedagógica

SANTOS. Rosangela P. – psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem. I editora

BOCK. Ana M. Bahia, FURTADO. O e TEXEIRA, M – psicologias – uma introdução ao estudo


de psicologia. Saraiva. 1993

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