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Augusto MIC
Augusto MIC
1. Introdução...............................................................................................................................4
1.1 Objectivos..........................................................................................................................5
3. Considerações Finais............................................................................................................11
Referências Bibliográficas........................................................................................................12
1. Introdução
O presente trabalho centra-se na abordagem sobre o papel da melhor identificação do
problema num trabalho de pesquisa. O objectivo desta pesquisa é analisar o papel da melhor
identificação do problema num trabalho de pesquisa. Ademais, no contexto de investigação
científica, os trabalhos científicos apresentam elementos imprescindíveis para a pesquisa de
um determinado objecto. Dentre os elementos obrigatórios, destacam-se o tema, o problema,
as hipóteses, os objectivos, a delimitação da pesquisa e a justificativa. O problema de pesquisa
é o centro de investigação de um trabalho e torna-se imprescindível o conhecimento de
melhor identificação deste elemento num trabalho de pesquisa.
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1.1 Objectivos
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2. O Papel da melhor Identificação do Problema num Trabalho de Pesquisa
2.1 Conceito de Problema de Pesquisa
Para Gil (1999) o problema é qualquer questão não resolvida e que é objecto de discussão, em
qualquer domínio do conhecimento. Ou seja, num trabalho de pesquisa, busca-se
continuamente resolver problemas.
Segundo Gil (1991), nem todo problema é passível de tratamento científico, é preciso
identificar o que é científico daquilo que não é. Um problema é de natureza científica quando
envolver variáveis que podem ser tidas como testáveis.
Segundo Lakatos e Marconi (1991) uma vez formulado o problema, com a certeza de ser
cientificamente válido, propõe-se uma resposta “suposta”, provável e provisória, isto é, uma
hipótese. Ambos, problema e hipótese são enunciados de relações entre variáveis, a diferença
reside em que o problema constitui sentença interrogativa e a hipótese sentença afirmativa.
Gil (1991) estabelece que várias podem ser as condições para a formulação de problemas,
entre elas podemos citar:
Gil (1991) afirma quer o processo de formular um problema não é tarefa fácil. Há de se
reconhecer que o treinamento desempenha papel importante nesse processo. O treinamento é
uma actividade que exige dedicação e orientação, e considerando o ato de formular um
problema, o treinamento ainda é pouco explorado, visto que a atividade de formular um
problema é restrito ao meio académico.
O processo de formular um problema envolve uma gama de variáveis, que não podem, na
maioria das vezes serem controladas, é o caso do factor criatividade.
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Selltiz apud Gil (1991), ressalta que existem algumas condições que facilitam a tarefa de
formular o problema, tais como: imersão sistemática no objeto de estudo; estudo da literatura
existente; discussão com pessoas com experiência na área de interesse.
Um problema de pesquisa é definido como uma área de preocupação que requer uma
compreensão significativa de um tópico específico, uma condição, uma contradição ou uma
dificuldade. Um problema de pesquisa significa encontrar respostas às perguntas ou reforçar
os resultados existentes para atenuar o défice de conhecimentos com vista à resolução de
problemas.
Para Braga (2005), o acto de formular perguntas se configura como importante exercício de
organização do pensamento e fundamental para o planejamento de uma investigação. Ainda
que com matrizes epistemológicas distintas, todos os textos apresentam o problema como o
elemento que norteia a investigação, por isso a importância de sua definição. Não há pesquisa
sem um problema, seja prático e solucionável, seja uma indagação orientada a compreender
um contexto social.
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De modo geral, os autores também comungam da ideia de formular o problema em formato
de pergunta. Para alguns, porém, esta deve ser ampla, já outros, propõem que sua construção
traga em si os recortes já traçados na realidade empírica a ser estudada.
Braga (2005) recomenda, inclusive, que o problema deve evidenciar os passos da pesquisa de
modo que fique claro o processo pelo qual aquela questão será respondida, por exemplo, se
exigirá observações, entre outros procedimentos.
Ainda que todos concordem que o problema é o guia da pesquisa, para alguns autores este só
pode ser estabelecido após o reconhecimento das condições do campo e/ou em um primeiro
contato com o objeto empírico estudado. Para outros autores, basta a realização do estado da
arte do tema da pesquisa no campo para a formulação do problema.
Silva e Menezes (2005) apresentam a necessidade do problema ser bem definido, como ponto
de partida que torna possível a realização de uma pesquisa. Assim sendo, a identificação do
problema de pesquisa no trabalho é inequívoco.
Azurduy (2007) recomenda a elaboração de uma pergunta central ou pergunta problema, que
dará origem à investigação e contém o objeto de estudo. Pode ser complementada com
perguntas secundárias, com as quais estão relacionados objectivos da pesquisa.
Orozco e González (2011) afirmam que o problema de pesquisa são facilitadoras para limitar
o campo ao objecto que se quer pesquisar e um trabalho sem campo limitado torna-se vasto e
impossível de pesquisa. (p. 50).
Köche (2009) delimita também que o problema precisa ser respondível e deve englobar
variáveis: “O problema é, portanto, um enunciado interrogativo que questiona sobre a
possível relação que possa haver entre (no mínimo) duas variáveis, pertinentes ao objeto de
estudo investigado e passível de testagem ou observação empírica” (p. 108).
Soriano (2004) afirma outro aspecto importante na formulação do problema: a relação com as
hipóteses de pesquisa. Quando delimita-se a pergunta de pesquisa, “antecipamos” as nossas
hipóteses.
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“Do ponto de vista semântico, o problema é uma dificuldade ainda sem solução que precisa
ser determinada com precisão para que seu exame, avaliação, crítica e solução possam ser
feitos em seguida. É a pergunta da pesquisa que será respondida por meio da investigação. Já
a hipótese é a resposta que o pesquisador supõe que irá encontrar para o problema formulado”
(Dencker e Viá, 2001, p. 73).
O problema deve apontar com clareza o tipo de resposta que se pretende buscar, assim como
deve ter como lastro conhecimentos prévios sobre o tema investigado. Lopes (1990) diz que o
problema de pesquisa precisa estar dentro de uma orientação teórica que lhe dá os conceitos,
ou seja, é necessário fazer um estado da arte para situar o problema em relação ao que já foi
feito.
Luna (2006) afirma que o problema precisa ser relevante, e para verificarmos devemos
aproximá-lo e confrontá-lo com o que pesquisadores e profissionais vêm fazendo na área
(estado da arte). É possível – e recomendável – elaborar um problema a partir das lacunas
deixadas pelas pesquisas anteriores.
Para Gil (2010), o problema deve ser uma pergunta empírica, delimitado pela sua viabilidade.
Além do estado da arte, é necessário conhecer a realidade investigada de modo a construir
uma questão de pesquisa que possa efectivamente ser respondida.
Marconi e Lakatos (2009) afirmam que formular o problema consiste em dizer, de maneira
explícita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e
que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas características.
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O conhecimento científico tem como característica capital o uso da razão. No entanto, a
escolha da temática de investigação pode (ou talvez deva) ter contornos passionais. Pois, o
trabalho do investigador consiste em debruçar-se sobre a observação de factos e fenómenos
relacionados a sua área de actuação. No entanto, tal pesquisa ou investigação no objecto de
pesquisa não funciona sem a identificação de problema de pesquisa.
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3. Considerações Finais
O objectivo desta pesquisa foi analisar o papel da melhor identificação do problema num
trabalho de pesquisa. Para tal, foi necessário a identificação do conceito de problema num
trabalho de pesquisa; a caracterização do papel da melhor identificação do problema num
trabalho de pesquisa e a descrição da relevância da melhor identificação do problema num
trabalho de pesquisa.
O problema de trabalho de pesquisa constitui o elemento central para que se proceda com os
resultados pretendidos na investigação. Na perspectiva semântica, o problema é uma lacuna,
uma indagação, uma dificuldade ou barreira. Tais elementos determinam o avanço de um
trabalho, pois, sem a melhor identificação do problema de pesquisa compromete a realização
da mesma.
Deste modo, o problema é qualquer questão não resolvida e que é objecto de discussão, em
qualquer domínio do conhecimento. Ou seja, num trabalho de pesquisa, busca-se
continuamente resolver problemas. Vários podem ser os papéis para a formulação de
problemas, entre elas pode se citar: introduzir a importância do tema na proposta de pesquisa;
posicionar o problema num contexto adequado e fornecer um quadro para analisar e
comunicar os resultados da pesquisa.
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Referências Bibliográficas
Braga, J. L. (2005) Para começar um projeto de pesquisa. 3ª ed. São Paulo: Comunicação &
educação.
Dencker, A. F. M & Viá, S. C. (2001) Pesquisa empírica em ciências humanas: com ênfase
em comunicação. 1ª ed. São Paulo: Futura.
Gil, A. C. (1991) Como elaborar projetos de pesquisa. 3a. ed. São Paulo: Altas.
Gil, A. C. (2010) Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas.
Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (1991) Metodologia Cientifica. 2a. ed. São Paulo: Editora
Atlas.
Marconi, M. A. & lakatos, E. M. (2009) Fundamentos de metodologia científica. 6ª. ed. São
Paulo: Atlas.
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