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FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE BOA

ESPERANÇA
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ANA DAÍSE MAGALHAES

INCLUSÃO ESCOLAR: UM DEBATE HISTÓRICO

SANTANA DO ACARAÚ, CE
2023
Resumo

O presente artigo se originou a partir de extensas pesquisas bibliográficas, nas quais


foi realizada uma análise abrangente da realidade do ensino inclusivo, explorando
sua evolução histórica e as concepções vigentes na contemporaneidade. Além
disso, o artigo se propõe a estimular um debate relevante sobre o papel dos
profissionais da educação no processo contínuo de aprimoramento da inclusão
escolar. Destaca-se a importância da participação ativa e do engajamento desses
profissionais na implementação de práticas pedagógicas que sejam sensíveis às
necessidades individuais dos alunos e que promovam uma educação
verdadeiramente inclusiva e igualitária. Em suma, o artigo resultante dessas
pesquisas bibliográficas aborda a evolução do ensino inclusivo ao longo do tempo,
examinando sua histórica e suas concepções contemporâneas. Além disso, enfatiza
como fatores políticos, sociais e econômicos moldaram esse processo e ressalta a
importância do comprometimento dos profissionais da educação na promoção da
inclusão escolar.

Palavras-chave: Inclusão escolar. Educação inclusiva. Formação de Professores.


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INTRODUÇÃO

Assim como tudo na sociedade muda/evolui, o sistema de ensino e as


escolas também buscam acompanhar essas mudanças. Dessa forma, as escolas
foram sendo construídas com o intuito de se tornarem ambientes integrados e
receptivos a todos, independentemente de raça, cor, etnia, religião ou classe social.
No Brasil, o direito à educação está garantido no artigo 205 da Constituição Federal,
que destaca: “A educação, direito de todos e dever da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho”.
Assim sendo a escola é o ambiente onde a criança começará o processo de
aprendizagem, a conhecer e ser orientada sobre seus direitos, e a pôr em prática as
noções de cidadania, acolhendo e respeitando as diferenças. No entanto, por muito
tempo as instituições de ensino se configuraram como espaços tradicionais que
legitimavam e reforçavam práticas voltadas apenas para um ideal de aluno, ou seja,
um aluno modelo. Era esse aluno que deveria adaptar-se às condições da
instituição, fato que a tornava um ambiente seletivo e injusto, prejudicando alunos
com situações divergentes do padrão estabelecido.
Nos últimos anos, o cenário sobre a inclusão de crianças com necessidades
especiais no âmbito escolar tem passado por mudanças significativas, os debates
sobre o tema se intensificaram, porém nota-se que nem todos os envolvidos estão
preparados para fazer a inclusão propriamente dita ou não possuem as ferramentas
necessárias para isso. Mesmo porque muito ainda se discute sobre a melhor
maneira de proceder.
Mas aceitar e reconhecer diferenças é algo inerente a todos, como sociedade
moderna e justa. As partes envolvidas no processo pedagógico têm como missão
oferecer condições de aprendizagem iguais para todos, é o que chamamos de
“Educação Inclusiva”. Por isso, nesse trabalho iremos discutir a formação inicial de
professores para a proposição de práticas pedagógicas inclusivas.
Para Mantoan (2003), “Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”,
ou seja, é preciso ter senso crítico capaz de entender e reconhecer o outro,
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valorizando e respeitando cada indivíduo e suas particularidades. A Lei de Diretrizes


e Bases da Educação Nacional (LDB) em seu artigo 58, define o seguinte: “Entende-
se por educação especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educação
escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com
deficiência, transtornos globais e altas habilidades ou superdotação” (BRASIL,
1996).
Portanto, já existem leis que reconhecem e abrangem indivíduos
diagnosticados com necessidades especiais, inclusive no âmbito escolar. A LDB
estabelece ainda, em seu artigo 59 (BRASIL, 1996) que os sistemas de ensino
assegurarão aos educandos com necessidades especiais, professores com
especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento
especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a inclusão
desses educandos em classes comuns.
A escolha desse tema justifica-se pela relevância e preocupação com o
desenvolvimento educacional da criança, levando em consideração sua diversidade.
Por meio de pesquisa bibliográfica e documental, buscou-se identificar os principais
obstáculos e avanços existentes nas práticas de ensino em sala de aula.
Logicamente é impossível tratar sobre práticas pedagógicas voltadas para cada tipo
de Necessidade Educacional Especial (NEE) apresentada pelos alunos, busca-se
aqui trazer um panorama geral do que tem sido feito.
Educação inclusiva constitui tema relevante e complexo. O professor deve ser
preparado adequadamente por meio de processo permanente de desenvolvimento
profissional, envolvendo formação inicial e continuada baseada em princípios e leis,
com o objetivo de contemplar as necessidades de alunos com necessidades
especiais. Mas tratar das práticas pedagógicas é só uma ferramenta das muitas que
são necessárias para dar suporte ao sistema educacional brasileiro.
Verifica-se também que a educação inclusiva ainda encontra muitos entraves
para ser implantada com êxito porque a própria sociedade não está preparada para
enxergar as pessoas com necessidades especiais como seres ativos e,
consequentemente, inseri-los em suas práticas do cotidiano. É importante ajudar
esses alunos a ter sua própria independência e autonomia, tendo consciência de
que são capazes de serem inseridas na sociedade e na vida profissional quando
estiverem na fase adulta.
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A questão não deve ser vista apenas como colocar o aluno com NEE dentro
da sala de aula, a gestão e professores precisam trabalhar juntamente com o aluno
para terem um desenvolvimento integral da criança, considerando suas
características individuais. Por isso, no cargo de gestor é preciso ter alguém
devidamente habilitado, assim criando possibilidades de um maior desempenho da
criança inserindo-a nas atividades como um aluno da educação regular.
Dos muitos desafios que permeiam o cotidiano escolar e o fazer docente, a
inclusão escolar busca seu lugar no planejamento pedagógico a fim de superar uma
visão tipicamente conservadora adotada pelos sistemas escolares durante muito
tempo. Para, quando possível, diminuir a divisão que existe entre escola especial e
escola regular, uma vez que essa separação reflete diretamente na formação inicial
de professores e na exclusão dos alunos com NEE.
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REFERENCIAL TEÓRICO

Educação Inclusiva e a Formação dos Professores

Muitos desafios estão sendo quebrados para que a educação inclusiva seja
realmente efetivada, entre eles destaca-se a formação de professores, uma vez que,
este deve estar preparado e seguro para trabalhar com o aluno com NEE. O foco é
garantir que todos os alunos, independentemente de suas habilidades,
características ou necessidades, tenham acesso a uma educação de qualidade em
um ambiente escolar que valoriza a diversidade e promove a igualdade de
oportunidades.
A educação especial teve uma evolução significativa ao longo do tempo,
passando por diferentes modelos e abordagens. Como primeiro marco importante,
Souza (2019) cita o ano 1970 onde foi fundada, em Paris, a primeira instituição
especializada na educação de pessoas deficientes, bem como o Instituto Nacional
dos Jovens Cegos.
No Brasil, Rodrigues (2013) destaca:
[...] no ano de 1854, foi fundação no Brasil o Imperial Instituto dos Meninos
Cegos, na cidade do Rio de Janeiro, por D. Pedro II, que criou também, em
1857, o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos. [...] na primeira metade do
século XX, novas escolas especializadas foram criadas, mas é na segunda
metade desse século que aconteceu um aumento crescente de entidades
voltadas para a educação das pessoas com necessidades especiais.

Com vistas a romper o paradigma de uma educação segregada, em 1994, o


Brasil participou da Conferência Mundial de Educação Especial, em Salamanca na
Espanha. Na ocasião, o país assinou um acordo conhecido como Declaração de
Salamanca (1994) que atuou na promoção de avanços no processo de inclusão
escolar. A partir de então, o Brasil passou a planejar suas políticas públicas com
direcionamentos a uma educação acolhedora, com igualdade de direitos,
respeito e valorização da diversidade.
Inicialmente, a educação especial estava separada das escolas regulares e
era muitas vezes oferecida em instituições específicas, como as escolas especiais
ou as instituições filantrópicas, como as APAEs (Associação de Pais e Amigos dos
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Excepcionais), presentes no sul do país. Cenário que mudou quando foram criadas
normas e diretrizes para que a inclusão fosse inerente a educação nacional.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996 é um marco
importante no cenário educacional brasileiro, e teve impacto significativo na
formação de professores. Ela estabeleceu diretrizes e normas para a organização da
educação no Brasil, desde a educação básica até a educação superior . O proposito
foi começar um processo de transformação em todos os níveis da educação, que
foram reorganizados em educação básica que abrange a educação infantil, o ensino
fundamental, o ensino médio e ensino superior.
Em seu artigo 13, a LDB (BRASIL, 1996) indica as responsabilidades dos
professores, independentemente da fase escolar em que colaboram, e que eles
reconheçam as necessidades de cada educando fornecendo uma educação
inclusiva. “[...] A perspectiva inclusiva não significa propor outro currículo ou um
currículo diferente, mas uma diferenciação nos métodos, nas estratégias, no tempo,
nos materiais, entre outros, possibilitando a participação do aluno com deficiência
nas atividades escolares” (DUEK, 2018).
Para que isso seja efetivo, é essencial que os professores estejam
preparados para atender às demandas dessa abordagem educacional. É importante
compreendermos que no Brasil, a educação inclusiva vem sendo valorizada, porém
percebe-se que há muito que ser feito para que a educação seja de qualidade. Além
disso, observa-se que muitos professores não possuem uma formação apropriada
para incluir à criança em sala de aula (PINHEIRO, COSTA, 2016).
Goés (2009) também aponta que a grande dificuldade da prática filosófica
inclusiva é a formação de professores para lidar com as necessidades individuais de
aprendizagem e desenvolvimento dos alunos, conforme descrito por Vygotsky, que
enfatiza a importância do contexto social e das interações para o desenvolvimento
cognitivo dos alunos.
A atenção às necessidades singulares de aprendizagem e desenvolvimento
de cada aluno é essencial para otimizar a educação inclusiva. No entanto, muitos
professores podem não estar adequadamente preparados para atender a essa
demanda. Isso pode ocorrer por diversas razões, incluindo falta de treinamento
específico em educação inclusiva, falta de recursos adequados, falta de
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conscientização sobre as necessidades diversificadas dos alunos, entre outros


fatores.
Para superar essa dificuldade, têm-se buscado investir em programas de
formação de professores que abordem os princípios da educação inclusiva,
forneçam estratégias para lidar com a diversidade dos alunos em sala de aula e
promovam o desenvolvimento de habilidades de adaptação curricular, comunicação
e colaboração entre professores, alunos e suas famílias.
A formação dos professores para atuar na inclusão de alunos NEE deve ser
preocupação e compromisso das instituições de ensino superior (IES). Vitaliano e
Nozi (2012) destaca obre a importância de que os cursos de formação de
professores tenham uma proposta pedagógica voltada para a diversidade,
considerando que a universidade é um ambiente onde os valores e práticas de
educação inclusiva devem ser experimentados e ensinados.
Capellini (2012) defende a importância de desenvolver professores que sejam
questionadores, capazes de avaliar suas próprias práticas pedagógicas e que
estejam aptos a acompanhar os objetivos de aprendizagem alcançados pelos
alunos, bem como a identificar e implementar apoios necessários para atender às
diversas necessidades da sala de aula. Além disso, afirma que o desafio para a
formação inicial e continuada desses profissionais é a constituição de professores
que recriam suas práticas para dar conta da diversidade presente na sala de aula
comum.
Dessa forma, a ideia central é que os professores devem ser flexíveis,
reflexivos e comprometidos com a melhoria contínua de suas práticas pedagógicas,
de modo a atender às necessidades de todos os alunos em suas salas de aula. Isso
envolve a disposição de recriar suas abordagens de ensino, desenvolvendo
estratégias diferenciadas para promover o aprendizado eficaz para todos,
independentemente de suas diferenças.
Para Mantoan (2003), a estrutura organizacional da escola está cheia de
formação racionalista, onde se dividiu em modalidades de ensino, tipos de serviços,
grades curriculares, burocracias. Logo, a quebra da base de sua estrutura
organizacional, como proposta na educação inclusiva, tendo em vista uma saída
para que a escola possa fluir, expandindo sua ação formadora em todos que nela
participam ou frequentam.
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Segundo Sebastian (2010), o movimento pela inclusão na educação se


constitui em uma postura ativa de identificação das barreiras que dificultam a
aprendizagem escolar que alguns grupos encontram, bem como a busca de
estratégias para ultrapassá-las, consolidando um novo paradigma educacional que
se baseia na escola aberta às diferenças. Logo, precisa-se proporcionar a
modificação da escola e de sua pedagogia com o intuito de garantir a educação para
todos, nos ambientes regulares de ensino.
Portanto, o ponto central de desempenho do professor deve ser a
aprendizagem de todos os alunos, incluindo aqueles que apresentam necessidades
educacionais especiais. Qualquer elemento que venha a dificultar ou impossibilitar o
método será necessária uma intervenção e, em seguida, devem ser criadas ações
conjuntas para a preparação de uma ação pedagógica que procure solucionar o
problema ou compensá-lo (SEBASTIAN, 2010).
Xavier (2006) enfatiza a construção diária da educação inclusiva e ressalta
que não existem fórmulas fixas ou previsíveis para o sucesso desse processo.
Portanto, é importante a reflexão por parte dos professores, que devem
constantemente avaliar e ajustar suas práticas para atender às demandas da
diversidade dos alunos. “A construção cotidiana da educação inclusiva, [...], jamais
disporá de fórmulas cujos resultados estejam previstos. Daí a necessidade da
reflexão’’ (XAVIER, 2006).
Mantoan (2003) ressalta que os professores estão habituados a aprender de
maneira fragmentada e essencialmente instrucional. Eles esperam uma preparação
para ensinar os alunos com deficiência e/ou dificuldades de aprendizagem e
problemas de indisciplina, ou seja, uma formação que lhes permita aplicar esquemas
de trabalho pedagógico predefinidos às suas salas de aula, garantindo-lhes a
solução dos problemas que presumem encontrar nas escolas ditas inclusivas.
Portanto, a escola deve ser um local onde o aluno possa construir o
conhecimento segundo suas capacidades e ideias, de forma que possam se
desenvolver como cidadãos, nas suas diferenças. Assim, Gil (2005) afirma que:
[...] a melhor resposta para o aluno com deficiência e para todos os demais
é a educação que respeite as características de cada estudante, que
ofereça alternativas pedagógicas que atendam às necessidades
educacionais de cada aluno: uma escola que ofereça tudo isso num
ambiente inclusivo e acolhedor, onde todos possam conviver e aprender
com as diferenças.
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Tendo em vista a perspectiva da educação inclusiva, se faz necessário que a


escola esteja preparada e adaptada para receber o aluno e conceder a ele todas as
condições de aprendizado e desenvolvimento de suas habilidades. A política
nacional de educação especial é um marco que garantiu a matrícula das pessoas
com deficiência no ensino regular, com atendimento especializado. Esse direito foi
também garantido na Lei Brasileira de Inclusão nº13.146/2015, que no seu artigo 28,
incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar,
acompanhar e avaliar:

I - Sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem


como o aprendizado ao longo de toda a vida;
II - Aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garantir condições
de acesso, permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta
de serviços e de recursos de acessibilidade que eliminem as barreiras e
promovam a inclusão plena;
III - Projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional
especializado, assim como os demais serviços adaptações razoáveis, para
atender às características dos estudantes com deficiência e garantir o seu
pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, promovendo a
conquista e o exercício de sua autonomia;
IV - Oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na
modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas
e classes bilíngues e em escolas inclusivas;
V - Adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que
maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com
deficiência, favorecendo o acesso, a permanência, a participação e a
aprendizagem em instituições de ensino; VI - pesquisas voltadas para o
desenvolvimento de novos métodos e técnicas [...] (BRASIL, 2015).

A flexibilização curricular pode configurar poucas ou variadas modificações no


fazer pedagógico, visando remover as barreiras que impedem a aprendizagem e a
participação dos alunos que apresentam dificuldades em seu processo de
escolarização. Miranda e Galvão Filho (2012) veem a flexibilização curricular como
“uma oportunidade para (re) pensar as relações de poder existentes no currículo, os
mecanismos utilizados para validar os conhecimentos e os pressupostos que
fundamentam quem pode ou não aprender na escola”.
Mantoan (2003) argumenta que a inclusão não deve se limitar a práticas de
ensino específicas para cada tipo de deficiência ou dificuldade de aprendizagem. Em
vez disso, os alunos devem aprender de acordo com seus próprios ritmos e
capacidades. Se o ensino for de alta qualidade, os professores devem considerar as
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limitações individuais dos alunos e aproveitar ao máximo as habilidades e


possibilidades de cada um.
A brincadeira é o instrumento preferido como prática pedagógica inclusiva.
Souza (2019) defende as práticas pedagógicas mediadas pela ludicidade como
método de trabalho dos educadores, pois ela revela-se como elemento estruturante
de uma teoria prática. Sendo os professores mediadores para que as crianças com
NEE consigam brincar e manusear os brinquedos, eles devem saber as diferentes
formas de mediação, de estratégias que irá realizar no momento da brincadeira.
Tal situação é ainda um desafio, pois demanda professores detentores de
conhecimentos teórico e prático em sua formação, além de um trabalho de
reflexividade crítica sobre suas práticas, por isso necessitam de capacitações,
especializações ou mesmo experiências exitosas trocadas e estudos acerca do tema
ora abordado, os quais possuem custos por vezes elevados.
Outro fator que contribui para a má formação docente é o tempo disponível,
pois possuem uma jornada exaustiva, impedindo o professor de adquirir
conhecimentos em relação à temática da inclusão, bem como a falta de dispositivos
de apoio e condições escolares para planejamentos coletivos, estratégias e
metodologias de ensino e de processos de avaliação que possibilitem ao educador
acompanhar o desenvolvimento de cada aluno que está em sala de aula, visando à
construção de novas práticas pedagógicas inclusivas.
Diante de tudo isso, notamos que existe um paradigma entre a forma ideal e a
forma possível da preparação dos professores. Uma formação continuada voltada
para a educação inclusiva vem tentando auxiliar esses profissionais a inserir alunos
com NEE nas salas de aulas. Sendo o quadro de profissionais da educação infantil
indispensáveis no processo de inclusão, eles devem ser formados para isso.
Isso envolve reconhecer a diversidade das crianças e adaptar as estratégias
pedagógicas e de suporte para atender às necessidades individuais de cada criança.
O foco na criança como um ser completo, em vez de definir sua identidade com base
em suas deficiências, é fundamental para promover a igualdade de oportunidades e
o respeito pela dignidade de cada aluno.

Atendimento Educacional Especializado (AEE)


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Nos últimos anos, inúmeros recursos de acessibilidade foram criados para


que as crianças tenham a possibilidade de estarem incluídas em espaços onde
antes não podiam aprender, levando em conta suas singularidades. Recentemente,
no intuito de favorecer a aprendizagem e o avanço dos alunos com necessidades
educativas especiais, foi criado o atendimento educacional especializado (AEE),
ofertado nas instituições regulares de ensino.
O atendimento educacional especializado (AEE) no Brasil é uma prática
educacional voltada para alunos com necessidades educacionais especiais, que
busca garantir a inclusão e o acesso igualitário à educação. A implementação do
AEE está ancorada em políticas públicas e legislações que reconhecem a
diversidade das necessidades dos estudantes e buscam assegurar que todos
tenham acesso a uma educação de qualidade, respeitando suas especificidades.
O AEE abrange uma ampla gama de necessidades educacionais especiais,
incluindo deficiências físicas, sensoriais, intelectuais, transtornos do espectro autista,
entre outras. Essa diversidade de demandas exige uma abordagem flexível e
personalizada, que possibilite a criação de estratégias e recursos pedagógicos
específicos para cada aluno.
Para Souza (2015), “O atendimento educacional especializado é uma garantia
ofertada pela educação especial visando eliminar as barreiras do processo de
escolarização dos estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação”.
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) visa proporcionar um
suporte individualizado para os alunos, identificando suas dificuldades de
aprendizagem e adaptando os recursos pedagógicos de acordo com suas
necessidades específicas. Isso é fundamental para garantir uma educação inclusiva
e de qualidade para todos os alunos, independentemente de suas limitações.
O atendimento inclusivo se diferencia do ensino regular, mas não substitui a
escolarização tradicional. Esse atendimento tem como objetivo complementar a
formação dos alunos, visando proporcionar autonomia tanto dentro quanto fora do
ambiente escolar. Isso significa que os alunos com necessidades especiais recebem
instrução não apenas nas disciplinas convencionais, mas também em métodos de
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comunicação alternativos, como linguagem de sinais, braille e tecnologias que os


auxiliam na aprendizagem.
Portanto, é destacado que esse processo de atendimento inclusivo ocorre em
escolas da rede pública e também em centros de atendimento especializado, sejam
eles conveniados ou públicos. Isso enfatiza a importância de uma colaboração entre
diferentes instituições e profissionais para garantir uma educação inclusiva de
qualidade.
Conforme o art.13 da resolução de 02 de outubro de 2009, são atribuições do
professor do atendimento educacional especializado:
a. Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos,
de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas
dos alunos público-alvo da educação especial;
b. Elaborar e executar plano de atendimento educacional especializado,
avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e
de acessibilidade;
c. Organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de
recursos multifuncional;
d. Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos
pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular,
bem como em outros ambientes da escola;
e. Estabelecer parcerias com as áreas Inter setoriais na elaboração de
estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade;
f. Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de
acessibilidade utilizados pelo aluno;
g. Ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as
tecnologias da informação e comunicação, a comunicação alternativa e
aumentativa, a informática acessível, o soroban, os recursos ópticos e não
ópticos, os softwares específicos, os códigos e linguagens, as atividades de
orientação e mobilidade entre outros; de forma a ampliar habilidades
funcionais dos alunos, promovendo autonomia, atividade e participação.
h. Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum,
visando a disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos
nas atividades escolares.
i. Promover atividades e espaços de participação da família e a interface
com os serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros.

O atendimento educacional especializado no Brasil é um campo em constante


evolução, impulsionado por legislações progressistas e pela necessidade de
promover uma educação inclusiva e igualitária. A Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) estabeleceu diretrizes para a
promoção da igualdade de oportunidades e o pleno exercício dos direitos das
pessoas com deficiência, incluindo o direito à educação inclusiva (BRASIL, 2015).
Todavia, reconhecendo todos os benefícios que essa estrutura trouxe, é
preciso ressaltar que quando o AEE não é ofertado na escola de ensino regular,
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dificilmente a criança se beneficia desse serviço, pois na maioria das vezes as


famílias não têm condições de se deslocarem, e nesse caso, acabam optando por
deixarem seus filhos nas instituições que já contam com esses serviços ou recursos,
ou seja, acabam voltando estes para as escolas especiais, segregacionistas.
Portanto, a presença dessas salas e a interação entre os professores do AEE
e os professores das salas regulares são passos importantes para a criação de um
ambiente educacional mais inclusivo e acessível. A comunicação constante e a
participação ativa no planejamento pedagógico garantem que as estratégias de
ensino sejam ajustadas de acordo com as necessidades em constante evolução dos
alunos com deficiência.
A análise dos avanços e a identificação das áreas que precisam de melhoria
são aspectos cruciais desse processo colaborativo. Além disso, ao promover a
autonomia do educando, os professores estão capacitando os alunos a serem
participantes ativos em sua própria educação, o que é um objetivo importante em
qualquer ambiente educacional.
Apesar dos avanços legislativos e das diretrizes claras, a implementação do
AEE ainda enfrenta desafios no Brasil. A falta de formação adequada para
professores, a infraestrutura inadequada nas escolas e a falta de recursos
pedagógicos adaptados são alguns dos obstáculos que podem comprometer a
qualidade do atendimento.
Partindo desse pressuposto, SILVA (2009) destaca que o desenvolvimento
eficaz da inclusão educacional só pode ser alcançado por meio da qualificação
adequada dos educadores. Isso é particularmente relevante quando se trata de lidar
com alunos com deficiências, já que muitos professores podem não estar
familiarizados com as estratégias pedagógicas necessárias para atender às
necessidades desses alunos.
Portanto, a colaboração entre os profissionais, a adaptação de recursos e
estratégias pedagógicas, e o foco na inclusão e autonomia dos alunos com
deficiência são peças-chave para garantir uma educação de qualidade e uma
experiência positiva de aprendizado para todos os alunos.

Integrar ou Incluir
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Integração e inclusão são conceitos relacionados, mas que têm abordagens


diferentes. Sendo necessário salientar que alguns estudiosos por vezes se utilizam
dos termos integração e inclusão escolar como similares, e em outras apontam para
uma distinção significativa entre ambos. A não diferenciação entre o processo de
integração escolar e o processo de inclusão escolar, acaba por reforçar concepções
do paradigma tradicional de educação.
A integração escolar envolve a colocação de estudantes com deficiências ou
necessidades especiais em salas de aula regulares, permitindo-lhes participar das
atividades acadêmicas e sociais ao lado de seus colegas sem deficiência. No
entanto, a integração muitas vezes não considera totalmente as necessidades
individuais dos alunos e pode não fornecer os apoios necessários para que eles
tenham sucesso.
Por outro lado, a inclusão escolar vai além da simples presença física na sala
de aula. Ela se concentra em criar um ambiente que seja acolhedor e adaptado para
atender às necessidades de todos os alunos, independentemente de suas
características. Isso envolve a implementação de estratégias pedagógicas
diferenciadas, apoios individualizados e a promoção de uma cultura escolar que
valorize a diversidade. Portanto, uma escola inclusiva deve ser o modelo da escola
de qualidade, promovendo o acesso, a permanência e o sucesso dos alunos,
independentemente de suas necessidades e possibilidades de aprendizagem.
De acordo com Pieczkowski e Naujourks (2012): [...] a concepção de
integração tenta localizar a ‘deficiência’ na pessoa, a qual deve ‘adequar-se’ ao
sistema vigente, contanto que suas condições permitam. Tratando-se do espaço
escolar, permite-se a participação de todos os estudantes, desde que estes se
adaptem às estruturas existentes. Já, o termo inclusão pressupõe adaptar as
estruturas para atender às necessidades educacionais de todos os estudantes.
Pedro (2008) aponta a diferenciação desses dois termos: Inclusão possui uma
abrangência maior, ao atribuir não somente ao indivíduo, mas também a própria
sociedade o papel de terem de se modificar para que “as necessidades especiais”
sejam satisfeitas. Diferentemente da Integração, que se destinava esse papel única
e exclusivamente às pessoas com deficiência (PEDRO, 2008).
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Mantoan (2006) ressalta a importância da capacidade de entender,


reconhecer e conviver com pessoas diferentes de nós como um aspecto
fundamental da educação inclusiva. Estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus
e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é
interagir com o outro, o estudante com deficiência física, para os que têm
comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a
criança que é.
Além disso, Victor (2012) destaca a importância de incluir crianças com
deficiência e transtornos globais do desenvolvimento na educação infantil de uma
maneira que rompa com os paradigmas que focam nas deficiências das crianças. A
abordagem sugerida é primeiro compreender a criança como um todo e, em
seguida, entender a natureza de sua deficiência para fornecer os apoios necessários
para sua educação.
A inclusão escolar pressupõe uma mudança mais radical dentro do Sistema
porque é mais ampla que a integração, isso requer um compromisso coletivo de
todos os envolvidos, incluindo pais, professores, alunos, gestores escolares e a
sociedade em geral assumindo seu papel na construção de uma comunidade mais
justa, igualitária, desconstruindo práticas de segregação e discriminação, buscando
a garantia de uma vida melhor, com mais respeito ao ser humano. “A inclusão é
produto de uma educação plural, democrática e transgressora” (MANTOAN, 2009).
Ambos os conceitos têm como objetivo criar um ambiente educacional mais
diversificado, onde as diferenças individuais sejam valorizadas e onde os alunos
possam aprender com e sobre os outros. A abordagem mais adequada dependerá
das circunstâncias específicas de uma escola, das necessidades dos alunos e dos
recursos disponíveis. Em muitos casos, uma abordagem inclusiva é o objetivo mais
amplo e desejado.
Reis (2006) amplia o conceito de inclusão de alunos com necessidades
educacionais especiais e passa a incluir, além das crianças portadoras de
deficiências aquelas que estejam experimentando dificuldades temporárias, que
repetem continuamente os anos escolares, que não têm onde morar, que trabalham
para ajudar no sustento da família, que sofrem de extrema pobreza, ou que
simplesmente, estão fora da escola, por qualquer motivo.
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Assim, o nosso desafio enquanto educadores é expandir esse conceito a


todos, tendo em vista, neste âmbito, além da diversidade, as diferenças sociais,
culturais, históricas, psíquicas, biológicas e físicas. Mantoan (2006) destaca a
importância de uma perspectiva interdisciplinar, envolvendo profissionais como
psicólogos, terapeutas, fonoaudiólogos e outros especialistas, para garantir que as
necessidades individuais dos alunos sejam atendidas de forma adequada.
Portanto, é fundamental compreender que a inclusão não é apenas uma
questão de diversidade, mas também uma questão de justiça social e respeito aos
direitos humanos. Por isso é importante mudar a cultura escolar, buscando eliminar
barreiras e preconceitos para criar ambientes verdadeiramente inclusivos, onde
todos os alunos possam aprender juntos e se beneficiar das experiências uns dos
outros.
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Considerações Finais

A inclusão educacional se refere à prática de integrar alunos com deficiências


ou necessidades especiais em ambientes de ensino regulares, permitindo que eles
participem de aulas e atividades juntamente com seus colegas sem deficiência. Para
que isso ocorra de maneira eficaz, é fundamental que os professores possuam a
formação e a qualificação necessárias para atender às necessidades individuais de
cada aluno.
Essa pesquisa demonstrou a importância da qualificação profissional dos
professores para identificar as dificuldades e limitações dos estudantes em sala de
aula e propor alternativas inovadoras para o aprendizado. A formação contínua dos
educadores é fundamental para garantir que eles estejam atualizados em relação às
melhores práticas pedagógicas, novas abordagens de ensino e métodos de
engajamento dos alunos.
Infelizmente, é verdade que muitos professores que atuam no ensino básico
não recebem incentivos adequados para a formação contínua e para o
aprimoramento de suas habilidades pedagógicas. Isso pode ser atribuído a diversos
fatores, como restrições financeiras das instituições de ensino, falta de tempo devido
à carga de trabalho excessiva, falta de apoio administrativo, entre outros.
A falta de orientações pedagógicas, motivação e tempo para planejar práticas
pedagógicas diferenciadas pode impactar diretamente a qualidade do ensino.
Quando os professores não têm acesso a recursos, treinamentos e apoio, é mais
difícil para eles atenderem às necessidades individuais dos alunos, adotarem
abordagens inovadoras de ensino e criar um ambiente de aprendizado estimulante.
Para resolver essas questões, é essencial que os governos, instituições de
ensino e a sociedade em geral reconheçam a importância dos professores na
formação das gerações futuras e invistam em sua capacitação. Isso pode incluir
políticas que promovam a formação contínua, o acesso a recursos educacionais
atualizados, a redução da carga de trabalho para permitir tempo de planejamento
adequado e a criação de um ambiente que valorize a profissão docente.
É crucial que a educação seja vista como um investimento a longo prazo, e
não apenas um custo imediato. Professores bem preparados e motivados têm o
potencial de transformar a experiência educacional dos estudantes, preparando-os
18

para os desafios do mundo contemporâneo e contribuindo para uma sociedade mais


informada e capacitada.
Portanto, além da elaboração de políticas públicas, é necessário focar
também nas outras variáveis envolvidas no processo de inclusão escolar, tais como
a organização estrutural da escola, de seus recursos financeiros, materiais e
pedagógicos, da qualificação de seus profissionais e de suas condições de trabalho
e de carreira.
Para a efetivação de uma educação verdadeiramente inclusiva se faz
necessária uma completa reestruturação social que tenha como meta a instituição
de uma orientação amplamente democrática que, mais do que arquitetar direitos,
seja capaz de construir uma realidade de fato equitativa na qual todos os sujeitos,
independentemente das singularidades que possam apresentar, sejam reconhecidos
como cidadãos.
Professores que não estão familiarizados com as melhores práticas de ensino
inclusivo podem ter dificuldade em adaptar sua abordagem pedagógica para atender
às necessidades variadas dos alunos com deficiência. Isso pode levar a uma
experiência educacional inadequada para esses alunos, limitando seu progresso
acadêmico e social.
Portanto, é crucial que os educadores estejam comprometidos em buscar
constantemente oportunidades de formação continuada, workshops e
desenvolvimento profissional. Através dessas iniciativas, os professores podem
adquirir as habilidades necessárias para criar um ambiente educacional inclusivo e
eficaz. A formação em estratégias de ensino diferenciadas, o conhecimento sobre
tecnologias assistivas e a compreensão das necessidades específicas dos alunos
com deficiência são alguns dos aspectos que podem ser abordados nessa
formação.
No final das contas, o objetivo é garantir que todos os alunos tenham acesso
a uma educação de qualidade, independentemente de suas capacidades ou
deficiências. Isso requer um compromisso contínuo com a aprendizagem e a
melhoria por parte dos educadores, a fim de criar ambientes educacionais inclusivos,
acolhedores e eficazes.
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