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Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

GUIA PRÁTICO PARA O


DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
PSICOLÓGICO EM TERAPIA
COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Coordenadora: Eliana Melcher Martins

Diretora do CETCC
Mestre e Doutoranda em Ciências pela UNIFESP
Psicóloga Clínica em TCC pelo Beck Institute – EUA
Guia Prático

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Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Introdução

Este trabalho foi realizado com muito carinho para os alunos do CETCC com o objetivo
de facilitar seu futuro trabalho com a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).
A abordagem Cognitivo-Comportamental tem se tornado cada vez mais utilizada entre
os psicólogos por ser mais prática, focada em problemas e metas, proporcionando aos
clientes/pacientes níveis de adaptação e resultados de uma forma mais eficaz e rápida.
Obviamente um conhecimento mais aprofundado dos conceitos teóricos torna-se
necessário, porque, embora pareça muito fácil esse trabalho psicoterápico, se os profissionais
não entenderem seus objetivos e testarem sua prática não conseguirão obter os resultados
almejados.
Diante de uma experiência de quase 20 anos como professora, supervisora e psicóloga
na linha cognitivo-comportamental achei por bem criar meios que facilitassem o ensino da
TCC. Além das aulas expositivas com professores altamente qualificados, exercícios práticos,
filmes e experiências de atendimentos estou lançando este guia prático que pode orientar todo
o trabalho em consultório daqueles que procuram a TCC por vários motivos.
Lembrando que este trabalho não substitui um aprendizado constante através de
pesquisas recentes, leitura de livros consagrados, a participação em congressos e em
supervisões, mas acredito que vai proporcionar uma ajuda bastante significativa para aqueles
que precisam de algo mais concreto.
Neste guia vocês encontrarão um material substancioso que vai englobar desde a
entrevista inicial até a produção de um relatório final de caso que será apresentado no final do
curso que estiverem efetuando (formação ou especialização).
Portanto, utilizem este material para tornar a TCC o mais prática possível para que os
psicoterapeutas desta abordagem adquiram mais segurança para o tratamento de pessoas que
procuram respostas e soluções para os seus problemas emocionais.
Mãos à obra e parabéns por sua disponibilidade em aprender algo tão valioso para sua
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prática profissional.

Atenciosamente
Eliana Melcher Martins

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ENTREVISTA INICIAL

Estrutura da 1ª. Entrevista

• Estabelecimento da Agenda
• Checagem de Humor (incluindo escores objetivos)
• Esmiuçar a queixa manifesta
• Estabelecer metas para a terapia
• Mostrar o modelo cognitivo
• Identificar as expectativas do paciente quanto à terapia
• Educar o paciente sobre o seu transtorno
• Estabelecer a tarefa de casa
• Fazer um resumo da sessão
• Pedir feedback ao paciente

Itens Relevantes da Agenda

• Medicação
• Abuso de álcool ou drogas

Casos especiais:
• Ideação suicida
• Desesperança
• Paciente em perigo

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Representante de perigo para os outros

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CHECAGEM DE HUMOR

Em toda a sessão faz-se a checagem de humor de duas formas:


a) Perguntando: Como está seu humor hoje: triste, alegre, ansioso, preocupado de 0 a
100%? -Usando essa escala analógica no início da sessão e no final da mesma e anota-
se no formulário: Anotações de Sessão.
b) Através dos Inventários de Beck: BDI, BAI, BHS. Se o paciente pontuar a questão 9 do
BDI e se forem altos os escores do BHS aplica-se o BSI e/ou se já houve tentativa prévia
de suicídio.
Escores dos Inventários:

BDI – Somam-se os escores assinalados em cada afirmativa (0 a 3)


0-11 = Depressão Mínima
12-19 = Depressão Leve
20-35 = Depressão Moderada
36-63 = Depressão Severa

BAI – Somam-se os escores das colunas ( a 1ª vale 0, a 2ª 1, a 3ª 2 e a 4ª 3) em separados e


depois somam-se os resultados finais de cada coluna:
0-10 = Ansiedade Mínima
11-19 = Ansiedade Leve
20-30 = Ansiedade Moderada
31-63 = Ansiedade Severa

BHS – Tem um crivo que acompanha o Kit dos inventários. Somam-se os pontos vazados do
crivo, valendo 1 ponto cada um:
0-4= Assintomático
5-8= Médio
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9-13= Desesperança moderada


14-20= Desesperança severa

BSI – Tem 2 fases: se o paciente pontuar a questão 4 ou 5 ou ambas ele abre o inventário e
responde às afirmativas que podem indicar um planejamento suicida. Independente da
pontuação, tomam-se as providências cabíveis nestes casos.
Se não pontuar nestas duas questões encerra-se a aplicação do inventário.

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GRÁFICO DOS INVENTÁRIOS

Faz-se esse gráfico no “excel” de seu computador:

Data
BAI
BHS
BDI
BSI

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

0
BAI BHS BDI BSI
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IDENTIFICAÇÃO DE DEMANDA

Nome___________________________________________________Data____/____/201___
Área da Vida Informações

a Saúde Física
Problema
Meta

1 Profissional
Problema
Meta

2 Familiar
Problema
Meta

3 Afetiva
Problema
Meta

4 Acadêmica
Problema
Meta

5 Social
Problema
Meta

6 Saúde
Psicológica
Problema
Meta

7 Financeira
Problema
Meta
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8 Lazer
Problema
Meta
Outra
9

Outra
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RODA da VIDA

Assinale na Roda da Vida como está aquele aspecto de sua vida neste momento
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numerando de 0 a 10, sendo que 0 (zero) representa muito mal e 10 muito bem.
Identifique as possíveis estratégias de mudança e faça uma lista para pode segui-la neste
processo terapêutico.

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PSICOEDUCAÇÃO SOBRE O MODELO COGNITIVO

Procurar sempre exemplificar com as situações problemáticas do próprio paciente.


Outra opção é mostrar um exemplo como este:

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ANAMNESE
Seus dados pessoais:

Nome: _____________________________________________________________________
Estado Civil: ______________________ Data de Nascimento: ______/_____/________
Religião: _________________________________________ Sexo: _____________________
Data: ______/_____/________ Ocupação: _________________________________________

Suas Dificuldades e Objetivos

Por favor, liste resumidamente as três dificuldades principais que o levaram a procurar ajuda.
1- ________________________________________________________________________
2- ________________________________________________________________________
3- ________________________________________________________________________

Por favor, diga o que você quer conseguir com a terapia


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Você e sua Família

1- Qual o seu local de nascimento?


__________________________________________________________________________

2 - Por favor, dê alguns detalhes sobre o seu PAI (se souber)


Qual a idade dele atualmente? __________________________________________________
Se ele não está vivo, com que idade morreu?_______________________________________
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Qual é ou era a ocupação dele? _________________________________________________

Por favor, conte alguma coisa sobre seu pai: seu caráter ou personalidade, e o seu
relacionamento com ele.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

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3 - Por favor, dê alguns detalhes sobre sua MÃE (se souber)


Qual é a idade dela atualmente? __________________________________________________
Se ela já não está viva, com que idade morreu?______________________________________
Que idade você tinha quando ela morreu? __________________________________________
Qual é, ou era, a ocupação dela? _________________________________________________

Por favor, conte alguma coisa sobre sua mãe, seu caráter ou personalidade ,e o seu
relacionamento com ela.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

4 - Se houver algum problema no seu relacionamento com seus pais, por favor, descreva
o(s)mais importante(s).
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
O quanto isso o incomoda atualmente? (por favor, circule)
Em absoluto Um pouco Moderadamente Muito Não poderia ser pior

5 - Seus irmãos e irmãs (se souber)


Quantos filhos, incluindo você, há na sua família? _____________________________
Por favor, dê seus nomes e outros detalhes listados abaixo, Inclua você, e comece pelo mais
velho. Inclua também meio - irmãos, filho de padrasto ou madrasta ou outras crianças adotadas
por seus pais e indique quem são elas.
Nome Ocupação Idade Sexo Comentários
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Por favor, descreva as relações com seus irmãos, se são benéficas ou problemáticas para você.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

6 - Como era o clima geral na sua casa?


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

7 - Houve alterações importantes, por exemplo, mudanças ou outro evento significativo, durante
a sua infância ou adolescência?
Inclua alguma separação da família. Por favor dê as idades aproximadas e detalhes.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

8 - Houve mais alguém que tenha sido importante para você durante a sua infância, (p.ex., avós,
tias/tios, amigo da família, etc.)?Em caso positivo, você poderia nos contar alguma coisa sobre
ele(a)?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________

9 - Alguém na sua família já recebeu tratamento psiquiátrico?


( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho certeza

10 - Alguém na sua família tem história de doença mental, álcool ou abuso de droga?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não tenho certeza

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Em caso positivo, preencha:


Lista de problemas psiquiátricos, com
Membro da Família
álcool ou drogas

11 - Algum membro de sua família já morreu por suicídio? S/N


Em caso positivo, qual seu grau de parentesco com essa pessoa?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Sua Educação

a) Por favor, conte-nos alguma coisa sobre sua escolaridade e educação.


___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

b) Você gostava da escola? Houve algum sucesso ou dificuldade em particular? Quais foram
os mais importantes?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

O quanto isso o incomoda? (por favor, circule)

Em absoluto Um pouco Moderadamente Muito Não poderia ser pior

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Sua História Laboral


1. Que atividade ou papel principal desempenha atualmente?

___________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
2. Por favor conte-nos alguma coisa sobre sua vida laboral passada, incluindo os empregos e
treinamentos que fez.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3. Houve dificuldades particulares? Quais foram as mais importantes?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Experiências de Acontecimentos Perturbadores

1. Às vezes acontecem coisas às pessoas que são extremamente perturbadoras- coisas


como estar em uma situação de ameaça de vida, como um desastre importante, um
acidente muito grave ou um incêndio, ser agredido fisicamente ou estuprado; ou ver
outra pessoa ser morta, muito ferida ou ficar sabendo de algo terrível que aconteceu a
alguém próximo a você.
Em algum momento durante a sua vida, este tipo de coisas aconteceu com você?
a) Em caso negativo, por favor, marque aqui. ______________
b) Em caso positivo, por favor, liste os eventos traumáticos.
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Descrição Breve Data (mês/ano Idade

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Caso tenha sido listado algum evento: Às vezes as coisas ficam voltando em pesadelos,
flashbacks ou pensamentos dos quais você não consegue se livrar. Isso já aconteceu a você?
Sim ( ) Não ( )

Em caso negativo: E quanto a ficar muito perturbado quando você esteve em uma situação que
lhe fez lembrar de uma dessas coisas terríveis?
Sim ( ) Não ( )

2. Você alguma vez passou pela experiência de abuso físico quando criança?
Sim ( ) Não ( ) Não tenho Certeza ( )

3. Você alguma vez passou pela experiência de abuso físico quando adulto?
Sim ( ) Não ( ) Não tenho Certeza ( )

4. Você alguma vez passou pela experiência de abuso sexual quando criança?
Sim ( ) Não ( ) Não tenho Certeza ( )

5. Você alguma vez passou pela experiência de violência sexual, incluindo encontros
amorosos ou conjugais?
Sim ( ) Não ( ) Não tenho Certeza ( )

6. Você alguma vez passou pela experiência de abuso emocional ou verbal quando
criança?
Sim ( ) Não ( ) Não tenho Certeza ( )

7. Você alguma vez passou pela experiência de abuso emocional ou verbal quando adulto?
Sim ( ) Não ( ) Não tenho Certeza ( )

Seu Parceiro e Sua Família Atual


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1. Sobre o(s) seu(s) parceiro(s)


a) Por favor, descreva brevemente relacionamento(s) anterior(es) importante(s), em ordem
cronológica. Inclua o tempo que durou e por que você acha que o(s) relacionamento(s)
terminou.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

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b) Você tem um parceiro atualmente? Em caso positivo, qual a idade dele/dela?


_____________________________________________________________________

Qual é a ocupação dele/dela? ________________________________________________


Há quanto tempo vocês estão juntos? __________________________________________

c) Por favor, conte-nos alguma coisa sobre seu parceiro(a), seu caráter ou personalidade e
o seu relacionamento com ele/ela. O que você gosta nesta relação?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

d) Se houver problemas no relacionamento com o seu parceiro, por favor, descreva o(s)
mais importante(s).

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
O quanto isso lhe incomoda atualmente? (circule)

Em absoluto Um pouco Moderadamente Muito Não Poderia ser pior

2. Como é sua vida sexual? Você tem alguma dificuldade em sua vida sexual? Em caso
positivo, por favor, tente descrevê-la.

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
O quanto isso lhe incomoda atualmente? (por favor, circule)

Em absoluto Um pouco Moderadamente Muito Não Poderia ser pior

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Sobre seus filhos (se souber)

a) Se você tiver filhos, liste-os por ordem de idade. Por favor, indique algum filho de
casamento(s) anterior (ES) e filhos adotados; indique quem eles são.

Nome Ocupação Idade Sexo Comentários

b) Por favor, descreva seu relacionamento com seus filhos. Se houver alguma dificuldade
com seus filhos, por favor, descreva a (s) mais importante(s).

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

O quanto isso lhe incomoda atualmente? (por favor, circule).


Em absoluto Um pouco Moderadamente Muito Não Poderia ser pior

Sua História Psiquiátrica

1. Você já foi hospitalizado por algum motivo emocional ou psiquiátrico? S / N

Data Nome do Hospital Razão para hospitalização Foi útil?

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2. Você já recebeu tratamento psiquiátrico ou psicológico ambulatorial? S/N

Em caso positivo, preencha o seguinte:

Data Nome do Profissional Razão para tratamento Foi útil?


S/N
S/N
S/N

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3. Você está tomando alguma medicação por motivos psiquiátricos? S/N

Em caso positivo, preencha o seguinte:


Medicação Dosagem Frequência Nome do médico que
prescreveu.

4. Você já tentou suicídio? S / N

Em caso positivo, quantas vezes você tentou suicídio?

Data aproximada O que exatamente você fez Você foi hospitalizado?


para se machucar?

Sua História Médica

1. Quem é seu clínico geral?

Nome
Endereço do Clínico

2. Qual foi a última vez que você fez um check up?

__________________________________________________________________

3. Você foi tratado pelo seu clínico geral ou foi hospitalizado neste último ano? S / N
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Em caso positivo, por favor, especifique.


__________________________________________________________________

4. Houve alguma mudança na sua saúde geral neste último ano? S/N

Em caso positivo, por favor, especifique.


__________________________________________________________________

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5. No momento você está tomando alguma medicação não – psiquiátrica ou drogas de


prescrição? S /N

Medicações Dosagem Frequência Razão

6. Você já teve ou tem uma história de (marque todos os que se aplicam)


Derrame - S/N Febre Reumática - S/N Cirurgia Cardíaca - S/N

Asma - S/N Sopro Cardíaco - S/N Ataque Cardíaco - S/N

Tuberculose - S/N Anemia - S/N Angina S/N

Úlcera S/N Hipertensão ou Problemas de tireóide


Hipotensão - S/N S/N

Diabete S/N

Você está grávida ou acha que pode estar? S/N


Você já teve ataques, acessos, convulsões ou epilepsia S / N
Você tem prótese de válvula cardíaca? S/N
Você tem alguma condição médica atual? S / N
Em caso positivo, por favor, especifique:
________________________________________________________________________
Guia Prático

________________________________________________________________________

Você tem alergia a alguma medicação ou alimento S/N


Em caso positivo, por favor, especifique:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

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História de Uso de Álcool e Drogas

1. O seu uso de álcool já lhe causou algum problema? S/ N


2. Alguém já lhe disse que o álcool lhe causava algum problema ou reclamou sobre o
seu comportamento de beber? S/ N
3. O seu uso de drogas já lhe causou algum problema? S/ N
4. Alguém já lhe disse que as drogas lhe causavam algum problema ou reclamou sobre
o seu uso delas? S/ N
5. Você ficou “viciado” em alguma medicação prescrita ou já tomou mais do que
deveria? S/ N

Em caso positivo, por favor liste essas medicações:

6. Você já foi hospitalizado, entrou em programa de desintoxicação ou esteve em


algum programa de reabilitação por problemas com alguma droga ou álcool? S/ N

Em caso positivo, quando e onde você foi hospitalizado?


_______________________________________________________________________
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Guia Prático

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_______________________________________________________________________
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Seu Futuro

1. Por favor, mencione alguma satisfação particular que você obtém com a sua família,
sua vida laboral ou outras áreas que são importantes para você.

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

2. Você poderia nos contar alguma coisa sobre seus planos, esperanças e expectativas
para o futuro.

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

3. Por favor, você poderia nos contar como se sentiu preenchendo este questionário?

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
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Guia Prático

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

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Introduzindo um exemplo de Prontuário a ser seguido durante os atendimentos em TCC

ANOTAÇÕES de SESSÃO

Anotações de Sessão
TERAPEUTA ______________________________________________________________________

Paciente ___________________________ Data________________ Sessão no.____________

Humor antes __________________________ Humor depois___________________________

BDI________________ BAI____________ BHS________________ BSI________________

Objetivos do terapeuta ____________________________________________________


___________________________________________________________________________

Agenda:____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Resumo:____________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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Tarefa de Casa:_______________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Objetivos para a próxima sessão:_________________________________________________
___________________________________________________________________________

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Iniciando o processo terapêutico

Psicoeducação sobre os erros cognitivos

Pode-se fazer de algumas formas. Duas sugestões:

1) Mostrar ao paciente uma lista com os erros cognitivos e pedindo que ele identifique
aquele ou aqueles que ele faz mais.

2) Fazer o que se chama de “Baralho dos Erros Cognitivos”: plastifica-se cada erro
separadamente e oferece-os aos pacientes para que eles manuseiem e separe aquele ou
aqueles com os quais se identificam em determinadas situações:

Lista de Verificação das Distorções Cognitivas

1. Leitura mental: Você imagina que sabe o que as pessoas pensam sem ter evidências
suficientes. Por exemplo: “Ele acha que sou um fracasso”.

2. Adivinhação do futuro: Você prevê o futuro – que as coisas vão piorar ou que há
perigos pela frente. Por exemplo: “Vou ser reprovado no exame” ou “Não conseguirei
o emprego”.

3. Catastrofização: Você acredita que o que aconteceu ou vai acontecer é tão terrível e
insustentável que não será capaz de suportar. Por exemplo: “Seria horrível se eu
fracassasse”.

4. Rotulação: Você atribui traços negativos a si mesmo e aos outros. Por exemplo: “Sou
indesejável” ou “Ele é uma pessoa imprestável”.
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5. Desqualificação dos aspectos positivos: Você afirma que as realizações positivas, suas
ou alheias, são triviais. Por exemplo: “É isso que se espera das esposas – de modo que
não conta quando ela é legal comigo” ou “Esses sucessos são fáceis, de modo que não
importam”.

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6. Filtro negativo: Você foca quase exclusivamente os aspectos negativos e raramente


nota os positivos. Por exemplo: “Veja todas as pessoas que não gostam de mim”.

7. Supergeneralização: Você percebe um padrão global de aspectos negativos com base


em um único incidente. Por exemplo: “Isso geralmente me acontece. Parece que eu
fracasso em muitas coisas”.

8. Pensamento Dicotômico: Você vê eventos, ou pessoas, em termos de tudo-ou-nada.


Por exemplo: “Sou rejeitado por todos” ou “Tudo isso foi uma perda de tempo”.

9. Afirmações do tipo “deveria”: Você interpreta os eventos em termos de como as


coisas devem ser, em vez de simplesmente concentrar-se no que elas são. Por exemplo:
“Eu deveria me sair bem. Caso contrário, serei um fracasso”.

10. Personalização: Você atribui a si mesmo culpa desproporcional por eventos negativos
e não consegue ver que certos eventos também são provocados por outros”. Por
exemplo: “Meu casamento terminou porque falhei”.

11. Atribuição da culpa: Você se concentra na outra pessoa como fonte de sentimentos
negativos e se recusa a assumir a responsabilidade de mudança. Por exemplo: “Estou
me sentindo assim agora por culpa dela” ou “Meus pais são a causa de todos os meus
problemas”.

12. Comparações injustas: Você interpreta os eventos em termos de padrões irrealistas,


comparando-se com pessoas que se saem melhor do que você e concluindo, então, que
é inferior a elas. Por exemplo: “Ela é mais bem sucedida do que eu” ou “Os outros se
saíram melhor do que eu no teste”.
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13. Orientação para o remorso: Você fica preso à ideia de que poderia ter se saído melhor
no passado, em vez de pensar no que pode fazer melhor agora. Por exemplo: “Eu poderia
ter conseguido um emprego melhor se tivesse tentado” ou “Eu não deveria ter dito isso”.

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14. E se...? Você faz uma série de perguntas do tipo “e se...” alguma coisa acontecer, e
nunca fica satisfeito com as respostas. Por exemplo: “Sim, mas e se eu ficar ansioso?”
ou “E se eu não conseguir respirar”?”
15. Raciocínio Emocional: Você deixa os sentimentos guiarem sua interpretação da
realidade. Por exemplo: “Sinto-me deprimida; consequentemente, meu casamento não
está dando certo”.

16. Incapacidade de refutar: Você rejeita qualquer evidência ou argumento que possa
contradizer os pensamentos negativos. Por exemplo, quando você pensa “Não sou digno
de amor”, rejeita como irrelevante qualquer evidência de que as pessoas gostem de você.
Consequentemente, o pensamento não é refutado. Outro exemplo: “Esse não é o
problema real. Há problemas mais profundos. Existem outros fatores”.

17. Foco no julgamento: Você avalia a si próprio, os outros e os eventos em termos de


preto-e-branco (bom-mau ou superior-inferior), em vez de simplesmente descrever,
aceitar ou compreender. Está continuamente se avaliando e avaliando os outros segundo
padrões arbitrários e concluindo que você e os outros deixam a desejar. Você se
concentra no julgamento dos outros e de si mesmo. Por exemplo: “Não tive um bom
desempenho na faculdade” ou “Se eu for aprender tênis, vou me sair mal” ou “Veja
como ela faz sucesso. Eu não consigo”.1

Guia Prático

1
Fonte: LEAHY, Robert L. Técnicas de terapia Cognitiva: manual do terapeuta. Tradução Maria
Adriana Veríssimo Veronese; Luzia Araújo. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 48

25
RPD - 3 colunas
Nome __________________________________________________________________ Data ____ / _____ / ____

Quando você percebe que seu humor está piorando, pergunte a si mesmo: "O que está passando pela minha cabeça agora?" e preencha
as colunas abaixo.
1 2 3
Data PENSAMENTO AUTOMÁTICO
SITUAÇÃO EMOÇÃO
Hora PA

1- Que evento(s) real (is) ou recordação 1-Que pensamento (s) e/ou imagem (ns) 1-Que emoção (ões) (tristeza, ansiedade,
(ões) levaram à emoção desagradável? passou pela sua cabeça? raiva, medo, dor, etc.) você sentiu no
momento?
2- Qual ( se houver) sensação aflitiva 2-Quanto você acreditou em cada um no
você teve? momento? 2-Quão intensa (0 a 100%) foi a emoção ?
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pensamentos automáticos que devem ser anotados neste formulário ou no próximo:


Adaptado de: Beck, Judith S. Terapia Cognitiva: teoria e prática, ARTMED:1997.
Começando o tratamento com a TCC - Técnicas Básicas

26
Você pode começar a trabalhar com o paciente pedindo que ele se observe e veja que
quando seu humor muda ou o está incomodando, algo passa pela sua cabeça. São os
Guia Prático
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TÉCNICA A-B-C (Albert Ellis)

Nome: _____________________________________________ Data: ____/ ____/________


“Evento ativador” refere-se ao evento que precede o pensamento ou crença. Por exemplo,
reconhecer que “O exame é amanhã” é o evento ativador que precede o pensamento “Não estou
preparado", que poderia levar à “Consequência: Sentimento” de ansiedade e preocupação e à
“Consequência: Comportamento" de estudar com muito empenho para o exame.2

C= Consequência
B= Crença (Belief)
A= Evento Ativador Sentimentos
(Pensamento)
Comportamentos

Guia Prático

2
Fonte: LEAHY, Robert L. Técnicas de terapia Cognitiva: manual do terapeuta. Tradução Maria
Adriana Veríssimo Veronese; Luzia Araújo. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 4

27
DIAGRAMA 5 PARTES Nome: ________________________________________________ Data ____ / ____ / ____

SITUAÇÃO:
DIAGRAMA de 5 PARTES
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Adaptado de: Conceitualização de Casos Colaborativa (Padesky & Cols) ARTMED:2010

28
Guia Prático
DIAGRAMA 5 PARTES Nome: ________________________________________________ Data ____ / ____ / ____

SITUAÇÃO:
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

29
Adaptado de: Conceitualização de Casos Colaborativa (Padesky & Cols) ARTMED:2010

Guia Prático
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Nome: _______________________________________ Data ___________

EXEMPLO 1

EXEMPLO 2 Guia Prático

EXEMPLO 3

30
RPD - 4 colunas
Nome __________________________________________________________________ Data ____ / _____ / ____

Quando você percebe que seu humor está piorando, pergunte a si mesmo: "O que está passando pela minha cabeça agora?" e preencha as colunas abaixo.

1 2 3 4
Data PENSAMENTO AUTOMÁTICO
SITUAÇÃO EMOÇÃO DISTORÇÃO COGNITIVA
Hora PA
1- Que evento(s) real (is) ou recordação 1-Que pensamento (s) e/ou imagem 1-Que emoção (ões) (tristeza, 1-Qual distorção cognitiva você
(ões) levaram à emoção desagradável? (ns) passou pela sua cabeça? ansiedade, raiva, medo, dor, etc.) cometeu?
você sentiu no momento?
2- Qual ( se houver) sensação aflitiva 2-Quanto você acreditou em cada um 2-Há mais alguma distorção cognitiva?
você teve? no momento? 2-Quão intensa (0 a 100%) foi a
emoção ?
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

31
Adaptado de: Beck, Judith S. Terapia Cognitiva: teoria e prática, ARTMED:1997.

Guia Prático
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Categorizando as distorções cognitivas pesquisando a lista dos


Erros Cognitivos.

Registro de pensamentos disfuncionais ( RPD)

O registro de pensamentos disfuncionais fornece aos pacientes um formato estruturado


para monitorar seus pensamentos e emoções e responder de forma adaptativa. Eles devem ser
apresentados depois que os pacientes compreenderam fortemente que seus pensamentos em
situações específicas que afetam seu humor e comportamento e nestas vezes seu pensamento
fica distorcido. Caso contrário, não faz sentido para os pacientes usá-los como formulário. A
folha de trabalho também é inapropriada para pacientes que achariam muito confuso ou teriam
uma aversão a formulários/planilhas.

O terapeuta deve introduzir apenas as primeiras quatro colunas inicialmente e ter certeza
que os pacientes entenderam as diferenças entre as situações, pensamentos automáticos e
emoções e podem com sucesso registrá-los na sessão com o terapeuta antes e de forma
colaborativa definindo uma atribuição para completar estas colunas em casa quando eles notam
mudança de humor.

Quando os pacientes demonstrarem boa habilidade com a primeira parte do RPD, o


terapeuta deve explicar as duas colunas finais e o terapeuta deve se certificar novamente se os
pacientes entenderam como usar as perguntas na parte inferior do RPD para desenvolver uma
resposta alternativa e poder mensurar novamente a intensidade da crença em seu pensamento
automático e de suas emoções uma sessão antes deles tentarem fazer isto em casa.

O terapeuta deve avisar os pacientes que o RPD pode parecer enganosamente simples
mas pode ser mais difícil do que parece na sessão seguinte.
Guia Prático

32
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Nome:_______________________________________Data:__________________________

Instruções: quando você perceber que o seu humor está piorando pergunte a si mesmo
“o que está passando pela minha mente agora mesmo” tão logo quanto possível registre
rapidamente o pensamento ou a imagem mental no registro de pensamento na coluna de
Registro de Pensamento Automático.
Data /Hora Situação Pensamento Emoção Resposta Alternativa Resultados
Automático
1. Qual o evento 1. Qual 1. Quais as 1. (Opcional) Qual distorção 1. O quanto você
atual, fluxo de pensamento ou emoções (tristeza, acredita agora em
cognitiva você fez ? (exemplo
pensamentos ou imagem passou ansiedade, raiva cada pensamento?
devaneio, ou pela sua você sentiu pensamento de tudo ou nada;
recordação levou a cabeça? naquele momento) 2. Quais emoções
leitura mental; catastrofismo)
emoção indesejável você sente agora (0-
2. O quanto 2. Qual a 100%)
2. Qual foi (se você acreditou intensidade dessa
2. Use as questões da parte ao
houver) alguma em cada um emoção (0-100%) 3. O que você vai
sensação de física naquele lado para compor uma resposta fazer (ou faria?)
angustiante o que momento
alternativa aos seus
você teve?
pensamentos automáticos.

3. Quanto você acreditou em


cada resposta.

Pensando sobre o Ele não se Triste (90%) Pulando para conclusões 1.Ele 1. PA = 70%
fato de o MarK não importa (90%) não me ligou quando ele disse
ter me ligado. que me ligaria mas ele estava 2. Triste = 60%
apaixonado na última vez que
estávamos juntos.2-Talvez ele 3. Eu ligarei para
tem estado ocupado no trabalho ele depois de
ou apenas esqueceu o pior é que trabalhar hoje à
ele nunca vai ligar de novo e eu noite
ficarei muito infeliz mas eu acho
que os meus amigos e minha
família poderiam me ajudar.
Melhor seria se ele ligasse
agora, mas é mais realístico ele
ligar daqui um dia ou dois. 4-
Acreditar que ele não se importa
me faz me sentir devastada.
Perceber que eu poderia ter
cometido erros faz-me sentir
mais esperançosa. 5-Eu deveria
seguir adiante e ligar pra ele
6.Se a Joan estivesse nessa
situação eu diria pra ela pra
seguir em frente e ligar pra ele
(75%)
As questões podem ajudar a compor uma resposta alternativa: (1) Qual a evidência que
o pensamento automático seja verdadeiro? E não verdadeiro? ( 2) Há alguma explicação
Guia Prático

alternativa?( 3) O que de pior poderia acontecer e se acontecesse como eu poderia reparar? Qual
a melhor coisa que poderia acontecer ? Qual é o resultado mais realista? (4) Qual o efeito da
minha crença no meu pensamento automático? Qual poderia ser o efeito de mudar o meu
pensamento? (6) se ( o nome de um amigo) estivesse nessa situação e tivesse esse pensamento
o que eu diria para ele/ela?

33
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Nome:____________________________________________ Data:_____________________

Testando seus pensamentos (exemplo)

Esta folha de trabalho é uma versão mais fácil do Registro de Pensamento Disfuncional e
deveria ser usada no lugar dele para alguns clientes tais como adolescentes.
• Qual é a situação?
Joanne gritou comigo
• O que eu estou pensando ou imaginando?
Ela nunca vai me ligar de novo
• Como este pensamento e me faz me sentir ?
Furioso, triste, nervoso, outro:_______________________________________________
• O que me faz sentir que o pensamento é verdade?
Ela parecia muito brava.
• O que me faz pensar que o pensamento não é verdade ou não é completamente verdade?
ela ficou brava comigo mas parece que passou.
• Qual outro jeito de olhar pra isso?
Ela é temperamental mas não ficou furiosa
• Qual é o pior que poderia acontecer? O que eu poderia fazer então?
Eu perderia minha melhor amiga eu teria que me concentrar nos meus outros amigos
• Qual o melhor que poderia acontecer?
Se ela ligar vai ser logo e pedir desculpas.
• O que provavelmente aconteceria ?
Ela agirá de forma fria por alguns dias então eu ligarei para ela
• O que poderia acontecer se eu mudar meu pensamento?
Eu poderia me sentir melhor e talvez eu ligue pra ela mais tarde
• O que é eu diria para minha amiga (pense em uma pessoa específica) Emily se isso
Guia Prático

acontecesse com ela?


________________________________________________________________________
• Não se preocupe só espere 2 dias e ligue
• O que devo fazer agora?
Ligar para um amigo diferente

34
RPD - 5 colunas
Nome __________________________________________________________________ Data ____ / _____ / ____

Quando você percebe que seu humor está piorando, pergunte a si mesmo: "O que está passando pela minha cabeça agora?" e preencha as colunas abaixo.

1 2 3 4 5
Data PA
SITUAÇÃO EMOÇÃO RESPOSTA ADAPTATIVA RESULTADO
Hora PENSAMENTO AUTOMÁTICO
1- Que evento(s) real 1-Que pensamento (s) e/ou 1-Que emoção (ões) 1-Que distorção cognitiva você 1-Quanto você acredita agora em
(is) ou recordação (ões) imagem (ns) passou pela sua (tristeza, ansiedade, raiva realizou? cada PA?
levaram à emoção cabeça? etc.) você sentiu no 2-Use as perguntas abaixo para 2- Que emoção você sente agora?
desagradável? momento? compor uma resposta adaptativa 3-Quão intensa é esta emoção, de
2- Qual ( se houver) 2-Quanto você acreditou em 2-Quão intensa (0 a 100%) ao(s) PA(s)? 0-100%?
sensação aflitiva você cada um no momento? foi a emoção ? 3-Quanto você acredita em cada 4-O que você fará agora (ou fez)?
teve? resposta?

Faça a si mesmo estas perguntas (DEBATE SOCRÁTICO) e encontre uma resposta adaptativa (DESCOBERTA GUIADA):
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

1. Quais são as evidências de que o PA é verdadeiro? (Não é verdadeiro?) 6. Qual é o resultado mais realista?
2. Há uma explicação alternativa? 7. Qual é o efeito da minha crença no PA?
3. Qual é o pior que poderia acontecer? 8. Qual poderia ser o efeito de mudar o meu pensamento?
4. Eu poderia superar isso? 9. O que eu deveria fazer em relação a isso?
5. Qual é o melhor que poderia acontecer? 10. O que eu diria a um amigo, se ele estivesse na mesma situação?

35
Adaptado de: Beck, Judith S. Terapia Cognitiva: teoria e prática, ARTMED:1997.

Guia Prático
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Nome:____________________________________________ Data:_____________________

Testando seus pensamentos (exemplo)

Esta folha de trabalho é uma versão mais fácil do Registro de Pensamento Disfuncional e
deveria ser usada no lugar dele, para alguns clientes tais como adolescentes.
• Qual é a situação?
________________________________________________________________________
• O que eu estou pensando ou imaginando?
________________________________________________________________________
• Como este pensamento faz me sentir ?
( ) Furioso ( ) Triste ( ) Nervoso ( ) Outro:______________
• O que me faz sentir que o pensamento é verdade?
________________________________________________________________________
O que me faz pensar que o pensamento não é verdade ou não é completamente verdade?
________________________________________________________________________
• Qual outro jeito de olhar pra isso?
________________________________________________________________________
• Qual é o pior que poderia acontecer? O que eu poderia fazer então?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
• Qual o melhor que poderia acontecer?
________________________________________________________________________
• O que provavelmente aconteceria?
________________________________________________________________________
• O que poderia acontecer se eu mudar meu pensamento?
________________________________________________________________________
Guia Prático

• O que é eu diria para o amigo (a) (pense em uma pessoa específica)se isso acontecesse com
ele______________________________________________________________________
• O que eu devo fazer agora?
________________________________________________________________________

36
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Exercício:

Leia o seguinte Caso Clínico e use o RPD de 7 colunas para trabalhar


PADs:

Logo no primeiro atendimento, João, 44 anos, contador, apresentou-se muito tímido e


com dificuldade para expressar suas dificuldades e o que buscava na terapia. Apenas conseguiu
relatar que buscava a terapia, pois se sentia muito inferior no trabalho e apresentava insônia.
Fazia uso esporádico de maconha “para esquecer” o cotidiano. Apesar de ser apaixonado por
sua esposa, João andava com dificuldades em seu casamento.
Após 3 sessões, João consegue dizer a seu terapeuta que sentia -se muito ansioso, tanto
no trabalho, como na presença de sua esposa e constantemente pensava que era incapaz de fazer
seu trabalho adequadamente, pois esquecia alguns detalhes e já há algum tempo, apresentava
disfunção erétil sem causa orgânica.
Antes de chegar ao trabalho, João lembrava da morte do seu pai, que era também
contador e também pensava em situações que lhe causavam sofrimento. Relata que pensava
muito no que aconteceria se fosse demitido, pois sentia-se incapaz e constantemente estes
pensamentos surgiam acompanhados de outros pensamentos e imagens mentais em sequência.
João imaginava que seria demitido, ficaria endividado e perderia sua casa e seu carro, seria
abandonado pela esposa e teria que morar na rua.
João sentia taquicardia, sudorese e dificuldade de se concentrar, pois estes pensamentos
ocorriam frequentemente em sua cabeça.

Guia Prático

37
RPD - 7 colunas
Nome __________________________________________________________________ Data ____ / _____ / ____

Quando você percebe que seu humor está piorando, pergunte a si mesmo: "O que está passando pela minha cabeça agora?" e preencha as colunas abaixo.
1 2 3 4 5 6 7
EMOÇÃO Pensamentos EMOÇÃO
PA Evidências ou fatos que Evidências ou fatos que
Situação Estado de Humor Alternativos Estado de Humor
Pensamentos Automáticos APOIAM NÃO APOIAM
(na situação) (ou Compénsatórios ) (agora)
O quê aconteceu? O que estava passando pela sua O que vc sentiu? Quais as evidências A FAVOR? Quais as evidências CONTRA? Qual o pensamento alternativo? O que vc sente?
cabeça instantes antes de vc começar Meça 0 - 100%. Meça 0 - 100%. Meça 0 - 100%.
a se sentir deste modo?

Quando foi?

Onde vc estava? Algum outro pensamento?


Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Com quem ? Alguma imagem?

Circule o "Pensamento Quente"

38
Adaptado de: A mente vencendo o humor (Padesky & Greenberger), ARTMED:2008

Guia Prático
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Questionamento Socrático de Bolso – Faça um Cartão de Enfrentamento

Quando reconhecer que está tendo pensamentos disfuncionais, algum comportamento


inadequado ou uma emoção forte, pergunte a você mesmo:
O que é que está passando na minha cabeça? (“Congele” esse pensamento)

Então pergunte-se:

1. O que me faz pensar que esse pensamento é verdadeiro?


Existe alguma evidência de que o pensamento pode não ser verdadeiro, ou ao
menos não muito verdadeiro?

2. Existe uma outra forma de ver essa situação?

3. E se for verdadeiro, se o pior acontecer, o que eu posso fazer?


O que de melhor poderia acontecer nesta situação?
O que é mais possível que aconteça?

4. O que acontece quando acredito nesse pensamento?


O que aconteceria se eu mudasse a minha forma de pensar?

5. O que eu diria a um(a) amigo(a) se ele ou ela estivesse nessa situação? (pode até pensar
numa pessoa específica)

6. O que devo fazer, então, com ou sobre este problema, mais adaptativamente?
Guia Prático

CETCC – CENTRO DE ESTUDOS EM

TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

39
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

RPD Processual

Guia Prático

40
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Seta Descendente

(Se Meu Pensamento Fosse Verdade, Por Que Isso Me Incomodaria?)3

Nome: ____________________________________________ Data: ____/ ____/________


Evento:_____________________________________________________________________

Pensamento:

Isso me incomodaria porque me faria pensar que...

Guia Prático

3
Fonte: LEAHY, Robert L. Técnicas de terapia Cognitiva: manual do terapeuta. Tradução Maria
Adriana Veríssimo Veronese; Luzia Araújo. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 50

41
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

SETA DESCENDENTE

Nome:______________________________________________________ Data: _____/_____/______

Situação:

PA:
O que isso significa ou diz a meu respeito?

O que isso significa ou diz a meu respeito?

O que isso significa ou diz a meu respeito?

Se for assim, posso concluir que .....


Guia Prático

42
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Escala de Atitudes Disfuncionais

Responda cada uma das afirmações da seguinte maneira:


0. Concordo totalmente
1. Concordo
2. Concordo parcialmente
3. Sou neutro
4. Discordo parcialmente
5. Discordo totalmente

ATITUDES PONTOS
É difícil ser feliz a não ser que eu tenha boa aparência, seja inteligente,
1
rico e criativo.
Felicidade é mais o modo como ajo do que como as outras pessoas me
2
percebem.
3 As pessoas provavelmente pensarão mal de mim se eu cometer um erro.

4 Se eu não fizer sempre as coisas perfeitas não serei respeitado.


É tolice correr um pouco de risco, porque se eu perder vai parecer um
5
desastre.
6 É possível ser respeitado por outros sem ter nenhum talento especial.
Eu não consigo ser feliz a não ser que eu seja admirado por muitas
7
pessoas que eu conheço.
8 Quando uma pessoa pede ajuda é sinal de fraqueza.
Se eu não me sair tão bem como outras pessoas isso significa que sou um
9
ser humano inferior.
10 Se eu falhar no meu trabalho significa que eu sou uma pessoa fracassada.
Se você não pode fazer algo bem feito, não se importa em faze-lo de outro
11
modo.
12 É bom cometer erros, assim posso aprender com eles.
Se alguém não concorda comigo, isso provavelmente indica que ele não
13
gosta de mim.
Guia Prático

14 Se eu falho em uma parte é tão ruim como se eu falhasse completamente.


Se outras pessoas souberem como você realmente é, elas irão te
15
desvalorizar.
16 Eu não sou nada se uma pessoa que eu amo não me ama.
As pessoas podem ter prazer por uma atividade sem se preocupar com o
17
resultado final.
As pessoas deveriam ter uma probabilidade razoável de sucesso antes de
18
qualquer empreendimento.

43
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

19 Meu valor como pessoa depende do modo como os outros me vêem.


Se eu não estiver no topo por mim mesmo, eu serei uma pessoa de
20
segunda categoria.
Se eu sou uma pessoa com méritos / qualidades, eu preciso ser realmente
21
excepcional, para pelo menos ser mais respeitado.
Pessoas que tem boas ideias são mais merecedoras do que aquelas que não
22
tem.
23 Eu deveria ficar desanimado se eu cometo erro.
Minhas opiniões sobre mim mesmo são mais importantes do que as
24
opiniões dos outro sobre mim.
Para ser uma pessoa boa, que tenha moral e méritos / qualidades, é preciso
25
ajudar todos que necessitam.
Se eu faço uma pergunta / se tenho uma dúvida, isso faz com que eu
26
pareça inferior.
27 É horrível ser criticado por uma pessoa que eu considero importante.

28 Se você não tem outras pessoas para apoiar-se, você tende a ficar triste.

29 Eu posso alcançar metas importantes sem me escravizar.

30 É possível para uma pessoa receber uma bronca sem se sentir triste.

31 Eu não posso confiar nas pessoas porque elas podem ser cruéis comigo.

32 Se outras pessoas não gostam de você, você não pode ser feliz.
O melhor é desistir de seus próprios interesses para agradar outras
33
pessoas.
34 Minha felicidade depende mais das outras pessoas do que de mim mesmo.

35 Eu não preciso da aprovação das outras pessoas para ser feliz


Se uma pessoa evita os problemas eles (os problemas) tendem a
36
desaparecer
37 Eu posso ser feliz mesmo se eu perder as coisas boas da vida.
Guia Prático

38 O que as pessoas pensam de mim é muito importante.

39 Estar isolado das outras pessoas é o primeiro passo para se tornar infeliz.

40 Eu posso achar a felicidade sem estar apaixonado por outra pessoa.

TOTAL:

Gabarito: Obtém-se a pontuação total somando-se as repostas numéricas de cada item.

44
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Técnica :

Análise de Vantagem e Desvantagem

Os pacientes podem achar útil aprender habilidade de analisar a vantagem


e a desvantagem numa variedade de contextos:

1. Em tomar decisões:
a. Pesando os atributos (eu deveria pegar o emprego A ou o emprego B)
b. Decidir quando dar o passo certo. (Eu deveria deixar meu parceiro? Voltar pra
escola? Tomar medicação?)
c. Determinar quanto tempo razoável leva para dar o passo certo. (Dado que eu
eventualmente terei que mudar de emprego devo fazer agora, mais tarde)

2.Na mudança de certas crenças

a. Quais são as vantagens e desvantagens de continuar a manter essa crença?


b. Qual seria a vantagem ou desvantagem de mudar esta crença?

3.Motivando o paciente

a. Quais são as vantagens e desvantagens de se envolver neste comportamento?


b. Quais são as vantagens e desvantagens de não se envolver neste
Guia Prático

comportamento?
c. Quais são as vantagens e desvantagens de não se envolver neste
comportamento?

45
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Nome: ______________________________________Data:__________________________

Análise de Vantagem e Desvantagem (Exemplo)

Vantagem de mudar minha crença central que Desvantagens de mudar minha crença central
eu sou fraca.
1 - Poderia me sentir ansiosa.
1- Poderia sentir-me melhor comigo mesma.
2 - Poderia não me sentir realmente como eu
2 - Poderia tentar coisas mais facilmente. mesma.

3 - Poderia ser menos dura comigo mesma 3 - Poderia tentar algumas coisas nas quais eu não
quando eu não sou perfeita. sou boa.

4- Poderia manter um melhor humor com


mais frequência.

Vantagens em manter minha crença Desvantagens de manter minha crença central


central
1 - Não alcançar minhas metas.
1 - Não ter que encarar ansiedade.
2 - Vou continuar me sentindo emperrada.
2 - Não ter que tentar coisas novas.
3 - Nunca realmente saber se serei capaz.

4 - Se não me aventuro, não ganho nada.

5 - Não me sentirei significantemente melhor


do que agora
Guia Prático

46
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Nome:________________________________________ Data:_________________________

Análise de Vantagem e Desvantagem

Vantagem de : Desvantagens de:

Vantagem de : Desvantagens de:

Guia Prático

47
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Nome: _______________________________________ Data: _________________________

Planilha para Resolução de Problemas (Exemplo)

Esta folha de trabalho é uma versão modificada do Registro Disfuncional de


Pensamento com uma ênfase maior na elaboração de soluções uma vez que o paciente tenha
respondido aos significados especiais ligados ao problema.

1. Problema

O namorado disse que vai viajar a negócios.

2.Significado especial: Pensamentos automáticos e crenças.

Ele não se importa com os meus sentimentos.

3.Resposta ao significado especial.

Não é necessariamente verdade. Ele se importa. Este projeto particular é muito


importante para ele.

Isto não significa que eu não sou importante. Ele se importa.

4. Solução Possível

1. Organize-se para ligar para ele ou para receber ligações dele várias vezes quando
ele estiver longe.

2.Passem o final de semana juntos quando ele voltar, até para ajudarem-se com o
trabalho em casa.
Guia Prático

3. Explique para ele que “eu agi com raiva dele porque me senti machucada/chateada
mas agora eu percebo que ele se importa”.

48
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Nome: _______________________________________ Data: _________________________

Planilha para Resolução de Problemas

1. Problema

2. Significado especial: Pensamentos automáticos e crenças.

3. Resposta ao significado especial.

4. Solução Possível
Guia Prático

49
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Nome: ____________________________________________ Data: ____________________

Formulário sobre a Crença Central (Exemplo)

CRENÇA CENTRAL ANTIGA: Sou um fracasso

Quanto você acredita na crença central antiga agora? (0-100) 70%

• Quanto mais você acreditou nesta crença nesta semana ? (0-100%) 90%
• Quanto menos você acreditou nessa semana? (0-100%) 50%

Nova Crença: Sou competente mesmo com ambos: pontos fortes e fraquezas

Quanto você acredita na nova crença agora? (0-100%) 50%

EVIDÊNCIAS QUE CONTRADIZEM A CRENÇA ANTIGA EVIDÊNCIAS QUE PARECEM REFORÇAR A CRENÇA
E QUE REFORÇAM A NOVA CRENÇA CENTRAL ANTIGA COM SEU REENQUADRE

Trabalhei num contrato novo com senhor R A empresa ainda tem problemas significantes, MAS
estou fazendo tudo que posso para resolvê-los agora
Consegui uma prorrogação de S. Eu não consigo fazer minha mãe tomar a medicação,
MAS isso está realmente fora do meu controle.
Diariamente estou escrevendo cartas e telefonando
para tentar resolver o problema com companhia A.
Continuo no projeto ABC. (atividade de voluntária de O pai me culpa pela falência potencialmente, MAS
caridade)
(1) a empresa tinha problemas quando eu assumi (2)
eu compartilhei a responsabilidade pelos problemas
que continuavam com várias outras pessoas e (3) se
esta empresa falir não significa que eu sou uma
pessoa fracassada.

Essas situações devem estar relacionadas a um aumento ou uma diminuição da força da


Guia Prático

crença para estarem nos tópicos da agenda?

50
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Nome: ___________________________________________ Data: _____________________

Formulário sobre a Crença Central

CRENÇA CENTRAL ANTIGA:_______________________________________________

Quanto você acredita na crença central antiga agora? (0-100) ____%

• Quanto mais você acreditou nesta crença nesta semana? (0-100%)____%


• Quanto menos você acreditou nessa semana? (0-100%) _____%

Nova Crença: ________________________________________________________

Quanto você acredita na nova crença agora? (0-100%) ______

EVIDÊNCIAS QUE CONTRADIZEM A CRENÇA ANTIGA EVIDÊNCIAS QUE PARECEM REFORÇAR A CRENÇA
E QUE REFORÇAM A NOVA CRENÇA CENTRAL ANTIGA COM SEU REENQUADRE

Guia Prático

Essas situações devem estar relacionadas a um aumento ou uma diminuição da força da


crença para estarem nos tópicos da agenda?

51
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Revisão histórica e modificação da Crença Central/Nuclear

Essa planilha é usada quando as intervenções orientadas para modificar a crença


nuclear são insuficientes. O terapeuta geralmente precisa fazer muitas perguntas cobrindo
os aspectos das áreas de desenvolvimento tais como os eventos de funcionamento em casa,
na vizinhança, na escola e em outras instituições; relações com membros da família; família
estendida; vizinhos; chefes; funcionários da escola; etc.) para identificar os dados
relevantes para as primeiras duas perguntas.

Para perguntar a questão 3 na folha é geralmente útil para os terapeutas:

1.Educar o paciente que não reconhece que seu comportamento pode ter tido um
desenvolvimento apropriado para sua idade.

2.Ajudar os pacientes a compararem como eles interpretam eventos negativos que


aconteceram a eles na infância versus como eles interpretariam o mesmo evento
acontecendo por uma outra criança.

3.Buscar formas de questionamento que ajudem os pacientes a descobrirem que


certos eventos tiveram mais problemas atribuídos com outras pessoas do que com eles
mesmos.

4.Investigar a possibilidade de que certos eventos poderiam indicar uma certa falha
ou queda específica da criança, sem indicar que a criança fracassou totalmente.
Guia Prático

Alguns pacientes podem ser capazes de continuar a trabalhar neste formulário em


casa, depois de ter sido apresentado durante a sessão. Outros pacientes, entretanto,
experimentam muita angústia quando eles seletivamente evocam apenas os eventos
negativos cujos significados, eles são incapazes de reatribuir sem a ajuda do seu terapeuta.

52
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Revisão histórica e modificação da Crença Central (Exemplo)

Nome: Joana S. Data:__05/10/18 Crença central: sou ruim


O quanto você acredita nessa crença central agora (em nível intelectual) 50 %
O quanto você acredita nesta crença central agora (no nível mais visceral) 80%
Período: Ensino Fundamental
(Período escolar – Pré- escola, Ensino Fundamental , Ensino Médio, etc)
(Por idade - 5 a 10 anos de 10 a 15 anos, etc)

1. O que me faz pensar que a crença central era verdadeira?

Mamãe gritou comigo e me bateu todos os dias. Meu quarto estava sempre bagunçado.

Mamãe não agia do mesmo jeito com meu irmão. Minha mãe sempre disse que eu era ruim.

Eu era gorda Papai nunca me defendeu.

Não tenho amigos de verdade. As crianças pegavam no meu pé na escola.

2. Quais evidências existem que a crença central não é verdadeira ou não é completamente
verdade?

O vizinho ao lado tentou me ajudar. Tentei ajudar minha mãe.

Meus primos se importavam comigo. Ajudei crianças menores na rua.

Os professores pareciam gostar de mim. Eu sempre fiz minha lição de casa.

Eu estudei arduamente na escola. Eu não comecei discussões e brigas com o meu irmão.

3. Para cada item na questão 1 acima, qual seria uma outra explicação? Você precisará de
outra folha de papel.

Minha mãe era abusiva, mas também era alcoolista, infeliz e descontava em mim.
Guia Prático

4. Examinando todas as evidências, como você vê agora a precisão de sua crença central
durante esse período?

Talvez eu fosse uma criança normal e até me comportei melhor que a maioria.

5. Quanto você acredita na crença central agora?


(em nível intelectual) 50 %
(no nível mais visceral) 60%

53
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Revisão histórica e modificação da Crença Central

Nome:_________________________________ Data:___________ Crença central: _______________

O quanto você acredita nessa crença central agora (em nível intelectual) _____%

O quanto você acredita nesta crença central agora (no nível mais visceral) _____%

Período: _____________________________________________________

(Período escolar – Pré- escola, Ensino Fundamental , Ensino Médio, etc)

(Por idade - 5 a 10 anos de 10 a 15 anos, etc)

1. O que me faz pensar que a crença central era verdadeira?

2. Quais evidências existem que a crença central não é verdadeira ou não é


completamente verdade?

3. Para cada item na questão 1 acima, qual seria uma outra explicação? Você precisará
de outra folha de papel.
_____________________________________________________________________
Guia Prático

4. Examinando todas as evidências, como você vê agora a precisão de sua crença


central durante esse período?
_____________________________________________________________________
5. Quanto você acredita na crença central agora?

(em nível intelectual) ______%

(no nível mais visceral) _____%

54
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Transformação de Antigas Regras / Pressupostos em Novas


Regras / Pressupostos

Na coluna da esquerda, escreva exemplos de suas regras, afirmações do tipo “deveria”


e pressupostos. Na coluna da direita, escreva regras práticas, afirmações e pressupostos mais
adaptados.

Antiga Regra ou Pressuposto Regra ou Pressuposto mais Adaptado

Guia Prático

55
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Avaliação e Atuação de Acordo com Regras / Pressupostos mais


Adaptados

Nova Regra ou Pressuposto: ____________________________________________________


___________________________________________________________________________

Comportamentos
Custos Benefícios
relacionados

Guia Prático

56
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CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA

O Diagrama de Conceitualização Cognitiva permite ao terapeuta filtrar uma


gama grande de informações sobre as crenças centrais de seus pacientes e modelos
comportamentais fundamentais e entender as conexões entre as experiências de seus pacientes
na infância, o desenvolvimento de crenças nucleares sobre si mesmo e as formas nas quais os
pacientes compensam suas crenças globais, negativas e rígidas.
Os terapeutas deveriam começar preenchendo o diagrama assim que coletarem
os dados de seus pacientes. O diagrama é baseado nos dados específicos que cada paciente
fornece. Por isso, quando os terapeutas formulam hipóteses, eles deveriam indicar estes itens
(como um ponto de interrogação, por exemplo) e examinar suas hipóteses como tentativas de
entendimento, até serem confirmadas pelo paciente. Geralmente é melhor começar do meio e
na parte de baixo da página, registrando situações problemáticas que são bem típicas para cada
paciente. (É importante perceber que três situações importantes são insuficientes para entender
a complexidade de alguns pacientes e os terapeutas devem acrescentar campos adicionais por
toda a extensão do diagrama (particularmente quando os pacientes têm várias crenças
nucleares). Certificar-se do significado dos pensamentos automáticos dos pacientes
transversalmente com situações representativas, deve ser o guia de sua hipótese sobre a crença
nuclear do paciente. Usando as perguntas na próxima página, o terapeuta pode preencher o resto
do diagrama.
Quando for apropriado, o terapeuta pode apresentar ao paciente um diagrama em
branco para completarem juntos. Novamente, geralmente é melhor dobrar o diagrama pela
metade e começar pela parte inferior. Trabalhar junto com o paciente no preenchimento do
diagrama ajuda os pacientes a entenderem porque eles reagem (geralmente disfuncionais) de
formas características durante as situações. Às vezes é útil para o terapeuta e paciente preencher
o diagrama juntos e de forma articulada para ajudar o paciente entender os fundamentos do
comportamento de outras pessoas (Judith Beck, 1993).
Guia Prático

57
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Guia Prático

58
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Por Exemplo:
Primeiramente colocar na parte de baixo do diagrama as situações, pensamentos
automáticos disfuncionais dos pacientes para começar a entender como as crenças mais centrais
e intermediárias estão agindo naqueles contextos.

Situação 1 Situação 2 Situação 3

Qual a situação problemática?

PAD PAD PAD

O que passou por sua cabeça?

Significado do PAD Significado do PAD Significado do PAD

O que o pensamento automático


significou para ele/ela?

Emoção Emoção Emoção

O que o paciente sentiu?

(tristeza, medo, frustração,


vergonha?)

Comportamento Comportamento Comportamento


Guia Prático

O que a paciente fez então?

59
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

PARTE SUPERIOR DO DIAGRAMA

Preenchida depois de muitas situações trazidas pelo paciente

Dados relevantes da infância


Quais experiências contribuíram no desenvolvimento e na manutenção da crença
central?

Crenças Nucleares
Quais são as maiores/a maioria das crenças da paciente sobre ela mesma?

Suposições Condicionais / atitudes/regras


Quais pressupostos a ajudaram a manter a crença central?

Estratégias de enfrentamento
Quais comportamentos a auxiliaram a manter esta crença?
Guia Prático

60
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Diagrama de Conceitualização Cognitiva – (exemplo)

Nome do Paciente Maria Diagnóstico: Depressão Maior Recorrente Data: 5/5


Dados relevantes da infância

Os pais tinham padrões/regras muito elevadas. Os irmãos tinham melhor desempenho na escola. Pai altamente
crítico, elogiava apenas desempenho excelente, parecia frio e não aceitava quando os filhos tinham desempenho inferior. Mãe
reprimida e amedrontada.

Crenças Nucleares

Sou incompetente.

Pressupostos Condicionais / atitudes/regras

Se eu confiar em mim, vou falhar, mas se eu confiar nos outros ficarei bem.

Se eu cometer um erro, coisas terríveis vão acontecer. Mas se eu fizer tudo certo, as coisas vão ficar bem.

Situação 1 Situação 2 Situação 3

A diretora diz a M. que ele O especialista em leitura diz a M. Sente-se fisicamente doente.
virá ara observar. que ela tem que andar mais rápido com o
material de ensino.

PAD PAD PAD

Ela vai achar que estou E se ela contar à diretora? Eu Há muito a ser feito. Não
fazendo um péssimo trabalho. posso se demitida. tenho energia. Nunca vou conseguir
terminar tudo.

Significado do PAD Significado do PAD Significado do PAD

Sou incompetente Sou incompetente. Não consigo enfrentrar.

Emoção Emoção Emoção

Ansiosa Ansiosa Triste


Guia Prático

Comportamento Comportamento Comportamento

Passa uma enorme parte do Liga para a mãe, terapeuta, em Vai para a cama e não faz
tempo se preparando. pânico pedindo ajuda. mais nada.

61
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FORMULAÇÃO DE CASO EM TCC (Jesse Wright)

Nome do paciente: ______________________________________ Data____/_____/20______


Diagnóstico/Sintomas:

Influências do Desenvolvimento:

Questões situacionais (Problemas atuais):

Fatores biológicos, genéticos e médicos:

Pontos fortes/qualidades:

Erros ou distorções cognitivas:


Guia Prático

Estratégias Compensatórias

62
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Evento 1 Evento 2 Evento 3

Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos

Emoções Emoções Emoções

Comportamentos Comportamentos Comportamentos

Esquemas/ crenças centrais e intermediárias:

Integração dos dados obtidos e Metas do tratamento tanto do paciente quanto do Terapeuta:

Guia Prático

Plano de tratamento:

63
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Exercícios:

Usando a formulação de caso acima analisem o Caso Florinda

Dados da cliente

- Florinda (nome fictício), 30 anos: sexo feminino, negra, ensino médio completo, nível
socioeconômico baixo, noiva e católica praticante.
Queixa -No processo de triagem, a cliente relatou as seguintes queixas: choro frequente,
tristeza, crises depressivas recorrentes, dificuldades financeiras e histórico de abuso sexual.
No decorrer dos atendimentos iniciais, explicitou mais algumas queixas, como a falta
de autoconhecimento e inassertividade
"Quero entender por que eu choro tanto",
"Por que as pessoas têm pena de mim?",
"Eu não entendo porque eu não impedi que eles fizessem isso (abuso sexual) comigo"
“Eu não sei dizer não para as pessoas... Meus irmãos e cunhados sempre pedem dinheiro
para mim e não pagam. Quando digo que não tenho ou não posso, as pessoas parecem que
sabem que estou mentindo, aí eu acabo emprestando mesmo".

Objetivos da Cliente: Entender as "causas" do choro e "ficar boa da depressão".

Demandas :logo nas primeiras sessões, a paciente mostrava-se passiva, inassertiva e


emitia suas vontades disfarçadas, e não diretas, com bastante frequência.

Variáveis históricas

Histórico Familiar: Família extensa, com pai falecido, mãe e seis irmãos, dentre eles
quatro homens e duas mulheres. Ficou responsável por administrar o dinheiro de sua mãe após
o falecimento do pai. o que gerava pedidos corriqueiros de empréstimo de dinheiro por parte
dos parentes. que não pagavam e, às vezes, Florinda contraía dívidas em decorrência disso. Ela
Guia Prático

se recusava a emprestar, inicialmente, mas terminava cedendo à insistência. Como exemplo


dessa situação, relatou uma dívida contraída com compra de material de construção para
levantar o barraco em que a mãe morava. Enquanto todos os outros irmãos contribuíam com o
pagamento do material, a paciente cobria o rombo mensal deixado pelo irmão (que cometeu o
abuso sexual) que, além de não arcar com a parte que lhe cabia, ainda retirava produtos da loja
de materiais de construção para si sem avisar aos demais irmãos e acrescentava à conta.

64
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

As discussões de Florinda com o irmão abusador frequentemente eram acompanhadas


de gritos da parte dele que, por sua vez, eram seguidos de choro da parte da paciente. Relatou
que sempre após as discussões sentia-se muito mal com sentimentos de menos valia e tinha
pensamentos que a faziam engolir a agressividade do irmão. Achava que ela era culpada por tal
comportamento, pois não sabia como impedir que o irmão a agredisse sexualmente no passado
e psicologicamente no presente. O que fazia naquele momento era chorar e voltar rapidamente
para o lar. Onde sentia-se segura e protegida de certa maneira.
Histórico Social: Na adolescência, as colegas zombavam dela pelo fato de ter medo de
homens. Marcavam encontros com rapazes que a cumprimentassem apenas para vê-la fugindo
deles. Numa dessas "brincadeiras", ela conheceu o noivo e, depois, começaram a namorar.
Relatou que "tento ser amiga, mas não tenho amigos; as pessoas brincaram muito comigo, já
sofri muito com amizades"; "meu único amigo é meu noivo".
Florinda comentou em uma sessão que certa vez, uma colega de sua igreja, ao conhecer
o seu noivo comentou: "Nossa, esse que é o seu namorado", "todos na minha casa veem e não
fazem nada!". “Por que meus familiares não me ajudam, não me defendem?”
Florinda afirmou que o dia do seu noivado foi o dia mais feliz de sua vida e que almejava
casar-se para sair de casa o quanto antes. Revelou que, quando tinha que resolver algum
compromisso fora de casa, demorava propositalmente para adiar seu retorno. Entretanto, logo
o irmão abusador ligava para saber em que local estava; as colegas, quando viam seu noivo,
costumavam dizer "ele é bonito, né?... Pensei que ele fosse igual àqueles neguinhos da rua". A
paciente se sentia diminuída e magoada, pois compreendia que as colegas a julgavam incapaz
de namorar um homem branco por ser negra (situação de discriminação racial), porém a
paciente nada fazia.
Frequentava a igreja habitualmente e disse gostar muito do que fazia. Além disso,
participava de um grupo religioso que rezava terços na casa de pessoas assiduamente.
Muitas vezes, chorava na frente de outras pessoas, dizendo que sentia uma enorme
tristeza. As pessoas costumavam ir até ela, acolhiam-na e perguntavam o que ela estava
Guia Prático

sentindo. Ela respondia: "Não sei”.


Histórico Afetivo-sexual: Foi abusada sexualmente na infância pelo cunhado e pelo
irmão. Com o cunhado, houve dois episódios: o primeiro aconteceu enquanto ela brincava de
pular na cama em que o cunhado estava; ele tocou em sua vagina, havendo ardor e ela então
saiu correndo. No segundo episódio, não consumado, ele tentou retirar o cobertor e as roupas
dela durante a noite, mas ela empurrou suas mãos, impedindo que o fizesse. A diferença de

65
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

idade entre o cunhado abusador e a cliente era de 18 anos, sendo que na época dessas duas
tentativas, ela tinha aproximadamente 4 anos e ele 22.
Os episódios de abuso cometidos pelo irmão (cinco anos mais velho) foram frequentes
e diversos: em "brincadeiras” nas quais ele a tocava; com penetração dos dedos na vagina da
cliente: em situações nas quais os pais saíam e ele a levava até o banheiro, ordenava que ela
abaixasse as roupas e encurvasse o corpo de costas para ele - nessas ocasiões, manipulava o
pênis em contato com sua vagina, chegando a haver introdução vaginal alguma vezes. Ao falar
dos abusos do irmão. sensibilizava-se e afirmava: "Ele é meu dono”. “O meu pai era um homem
bom, mas ele era dominado pelo meu irmão". "Ele só queria me usar, ele só queria a minha
vagina".
A paciente dizia não se lembrar quantos anos tinha quando ocorreram os abusos; nem
da idade da primeira menstruação, ocasião na qual os episódios de abuso se encerraram, pois
ela poderia engravidar. Dizia também não se lembrar de nada falado nas sessões terapêuticas
nas quais o abuso fora tratado. Lembrava-se, contudo, de outras datas relevantes.
Relatou que, apenas quando foi esclarecendo-se sobre o ocorrido, começou a sofrer
bastante e culpabilizar-se. e isso afetava diretamente sua vida até o momento presente. Poucas
pessoas tinham conhecimento do ocorrido; dentre elas, um padre, o noivo e duas psicólogas.
Temia que esse assunto, algum dia, viesse a ser revelado à família, pois ninguém acreditaria
nela e a acusariam de tê-los provocado.
Nunca havia tido envolvimento sexual com o noivo, seu primeiro namorado, com quem
estava há cinco anos. Defendia o sexo só depois do casamento, devido a preceitos religiosos.
Vale ressaltar que ela costumava usar camisas com imagens de santo e um terço envolto entre
os dedos. Disse que sexo era algo importante para o casal quando vivido no casamento, que
desejava casar-se e ter filhos com esse noivo e que não o via apenas para a reprodução.
Costumava namorar na praça; no entanto, quando estavam na casa dela, evitava aproximar-se
dele, para evitar comentários moralistas da mãe.
Histórico Acadêmico e/ou Profissional: Concluiu o ensino médio. Não trabalhava
Guia Prático

durante o período que durou o atendimento, porém gostaria de ter um emprego para ajudar o
noivo com o casamento e esperava que algum colega a indicasse para um trabalho. Não queria
emprego relacionado à limpeza, pois havia avançado nos estudos e acreditava merecer algo
melhor. Tinha experiências de trabalho em uma padaria e na cozinha de um grande
supermercado. Em relação ao serviço no supermercado, atribuiu sua demissão ao fato de ter
sido verdadeira com uma das chefes. A chefe fazia comentários maliciosos a respeito de
Florinda com outros colegas pelo fato de ela ser virgem. Frente a essas provocações, a paciente,

66
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

inicialmente, relatou partes da Bíblia para a chefe e, posteriormente, disse à mesma que ela não
se valorizava. que não valia nada, apesar de ser bonita.
Após ter iniciado a terapia, deixou currículos em uma empresa e fez inscrição em um
concurso público, com o auxílio financeiro do noivo para o pagamento da inscrição. Resistiu
em aceitar a ajuda financeira do noivo, pois acreditava que não deveria aceitar dinheiro de
homem (regra da mãe), principalmente: "se ele ainda não é seu marido, não deve decidir nada
por você". Todavia o noivo insistiu, disse que não cobraria dela depois e a cliente acabou
aceitando. Animou-se em fazer o concurso, pois teria prova prática de corrida e ela lembrou-se
de ter corrido e caminhado no passado e que ainda gostava muito dessas atividades. No entanto,
não estudou regularmente para o concurso e hesitou várias vezes em fazer as caminhadas,
conforme havia se comprometido. Além disso, foi chamada para entrevistas de emprego e as
recusou, afirmando estar atribulada com os preparativos para o casamento e que não sobraria
tempo para fazer as duas coisas.
Histórico Médico-psicológico: A cliente realizava consultas semestrais com um
psiquiatra da rede pública, o qual receitava antidepressivo, ansiolítico e estabilizador de humor,
de forma conjugada. Foi diagnosticada pelo psiquiatra como tendo Transtorno Bipolar. Já havia
passado por duas terapias anteriormente, de abordagens diversas. A última foi em uma
instituição de Ensino Superior do Distrito Federal, na qual fez três triagens e 18 sessões, sendo
que o atendimento foi interrompido, pois o local entrou em férias e a terapeuta se formou, não
podendo dar continuidade à psicoterapia.

Guia Prático

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FORMULAÇÃO DE CASO EM TCC (Jesse Wright)

Nome do paciente: _________________________________________ Data: _____/_____/20_______

Diagnóstico/Sintomas:

Influências do Desenvolvimento:

Questões situacionais (Problemas atuais):

Fatores biológicos, genéticos e médicos:

Pontos fortes/qualidades:

Erros ou distorções cognitivas:


Guia Prático

Estratégias Compensatórias

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Evento 1 Evento 2 Evento 3

Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos

Emoções Emoções Emoções

Comportamentos Comportamentos Comportamentos

Esquemas/ crenças centrais e intermediárias:

Integração dos dados obtidos e Metas do tratamento tanto do paciente quanto do Terapeuta:

Plano de tratamento:
Guia Prático

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Usando o mesmo formulário de Jesse Wright analise o caso


Grace:

O exemplo de caso a seguir mostra o trabalho da dra. Sudak no desenvolvimento de uma


conceituação abrangente para o tratamento de Grace, uma paciente com depressão.

Informações introdutórias

Grace é uma mulher de 41 anos de idade que foi passando por luto e depressão maior
após a morte de seu marido por câncer cerebral há 10 meses. Sua doença foi rápida e
progressiva e levou a uma mudança substancial em sua personalidade.
Grace cuidou dele em casa durante toda a sua doença e conseguiu manter razoavelmente
normal a vida dos filhos. Ela assumiu a responsabilidade por toda a casa e foi o principal apoio
durante todas as consultas médicas de seu marido.
Grace foi encaminhada a um conselheiro pastoral por seu pastor 3 meses após a morte
de seu marido. O encaminhamento foi inicialmente para trabalhar o luto com seus filhos. Seu
médico de cuidado primário a encaminhou para a Dra. Sudak há cerca de 6 meses devido a
sintomas depressivos. O conselheiro pastoral continuou a atender Grace e seus filhos por 3
meses após o encaminhamento e a Dra. Sudak comunicava-se com o conselheiro para
coordenar seus esforços.
Depois de a Dra. Sudak começar um tratamento. com um inibidor seletivo de recaptação
da serotonina (ISRS), Grace melhorou significativamente e foi capaz de voltar ao trabalho como
gerente de escritório. No entanto, sua empresa fez cortes e há 2 meses ela ficou desempregada.
Grace rapidamente conseguiu um emprego melhor como assistente administrativa de
um diretor executivo de uma empresa de transportes; ela, porém, estava muito mais sintomática
desde que aceitou o novo emprego. Andava ruminando sobre capacidade e a possibilidade de
fracassar em seu cargo, especialmente agora que ela via como a única fonte de sustento para
seus filhos e a única progenitora da família. Ela pensa: "eu posso ser demitida novamente...
Guia Prático

meu chefe não vai gostar de mim ... vou cometer algum erro e ser demitida".
Grace tem preocupações especialmente intensas á noite, quando está tentando dormir
(p. ex., sente-se oprimida por pensamentos de não acordar no horário se não tiver dormido
suficientemente, ter de fazer o almoço para todos, chegar ao trabalho no horário, cuidar de seus
filhos, cuidar da casa, conferir seu talão de cheques). Como o novo emprego representa um
"salto" em termos de responsabilidades, ela tem muitas dúvidas sobre sua própria competência
e está extremamente preocupada com a catástrofe que acredita que o fracasso traria para sua

70
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

vida. Ela voltou ao consultório da Dra. Sudak porque sabe que precisa ser menos ansiosa antes
de começar no novo emprego.
Grace tem evitado tarefas simples, como pagar as contas em dia e conferir o talão de
cheques. Suas amigas querem que ela namore, mas ela não está pronta. Ela está se isolando da
família e dos amigos, não visita a família de seu falecido marido e evita suas amigas. Assim,
elas pararam de telefonar com frequência. Ela se descreve como se sentindo "sozinha e
solitária". Seus três filhos estão em melhor condição. Grace estava envolvida com a escola de
seus filhos e dava aulas na escola dominical antes da doença de seu marido.
Embora anteriormente sentisse prazer em fazer exercícios recreativos ao ar livre com
seu marido e com seus filhos, ela parou completamente porque se sente culpa por tirar algum
tempo para ela mesma. Ela não passa tanto tempo se arrumando quanto fazia no passado.

História familiar/social

Grace é a segunda de dois filhos, nascida de um casal religioso de classe média baixa.
Seu irmão, 4 anos mais velho, foi um rapaz atlético e agregador que era altamente bem-sucedido
na escola e o filho favorito. Os pais de Grace pareciam esperar pouco dela, a não ser casar e ter
uma família. Ela sempre foi uma boa aluna e uma pessoa diligente e cuidadosa.
Ela se casou com Jim, seu namorado no ensino médio, depois de terminar a faculdade
de 2 anos. Na opinião de todos, eles tinham um relacionamento de amor e apoio. Eles tinham
três filhos, de 14, 11 e 8 anos de idade na ocasião da morte de Jim. Grace sempre foi ativa na
igreja e na escola de seus filhos. Ela voltou a trabalhar como gerente de escritório quando seu
filho mais novo entrou na pré-escola. Antes da doença de seu marido e o início da depressão de
Grace, ela mantinha uma vida social ativa com amigos e família.

História de Tratamento

Grace terminou a terapia focada no luto com o conselheiro pastoral e está tomando um
ISRS com bons resultados desde que começou o tratamento com a Dra. Sudak, há 6 meses. As
sessões mensais de cerca de 20 minutos com a Dra. Sudak passaram a ocorrer a cada duas
Guia Prático

semanas quando Grace teve uma recaída depois do estresse de ter perdido o emprego e da
expectativa das responsabilidades de seu novo emprego. Ela não tinha uma história psiquiátrica
antes da morte de seu marido.

71
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FORMULAÇÃO DE CASO EM TCC (Jesse Wright)


Nome do paciente: __________________________________________ Data: _____/_____/20______

Diagnóstico/Sintomas:

Influências do Desenvolvimento:

Questões situacionais (Problemas atuais):

Fatores biológicos, genéticos e médicos:

Pontos fortes/qualidades:

Erros ou distorções cognitivas:


Guia Prático

Estratégias Compensatórias

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Evento 1 Evento 2 Evento 3

Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos

Emoções Emoções Emoções

Comportamentos Comportamentos Comportamentos

Esquemas/ crenças centrais e intermediárias:

Integração dos dados obtidos e Metas do tratamento tanto do paciente quanto do Terapeuta:

Plano de tratamento:
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Exercício:

Agora tente fazer a formulação de um caso seu que será trazido para a supervisão

73
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

EXERCÍCIO:

PACIENTE BORDERLINE – IDENTIFICAÇÃO DE PENSAMENTOS,


SENTIMENTOS E CRENÇAS

Complete os parênteses quando for SITUAÇÃO, PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS,


EMOÇÃO, RESPOSTA FISIOLÓGICA, COMPORTAMENTO, CRENÇA
INTERMEDIÁRIA E CRENÇA CENTRAL

Indivíduos com Transtorno de Personalidade Borderline às vezes se envolvem em


comportamentos de auto-mutilação, como se cortar.
Muitas vezes referem-se à auto-mutilação como "automática" e fora de controle.

É útil pedir aos clientes para descrever, detalhadamente, um episódio recente de auto-
mutilação. O questionamento cuidadoso pode eliciar a sequência precisa de situações,
pensamentos automáticos e reações (emocionais, comportamentais e fisiológicas).

Os Psicoterapeutas podem registrar a sequência por escrito e, em seguida, indicar aos


clientes todos os pontos ao longo do caminho no qual eles podem aprender a intervir. Isso ajuda
os clientes a se sentirem mais esperançosos de modo que eles possam parar o comportamento
auto-prejudicial, que eles próprios muitas vezes rotulam como "anormal" ou "louco".

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

MC, uma vendedora de 23 anos de idade, veio para tratamento por causa das suas
"mudanças de humor".
Guia Prático

Ela vinha se cortando entre uma vez por semana e uma vez por mês durante vários anos.

Quando perguntada sobre um episódio recente, ela relatou, "eu não sei o que aconteceu,
realmente. Só sei que fiquei louca, quando meu chefe ligou para dizer que eu tinha que vir
trabalhar no sábado, o que significava que eu teria que cancelar meus planos. Eu estava tão
chateada que eu fui na cozinha e me cortei."

74
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Através do questionamento, MC foi capaz de identificar a seguinte sequência:


Ela recebeu o telefonema perturbador (................)
e pensou, "isso é tão desagradável. Eu tenho que dizer sim, ou ele vai me demitir,"
(............................................), que em seguida levou-a a se sentir irritada (.............) e a
experienciar repuxos, tensão em sua parte superior do corpo, e pontadas no estômago
(....................................).

O significado para ela foi: "estou presa. Não há nada que eu possa fazer sobre isso,"
(.....................................).

MC então notou como se sentiu tensa e com raiva (.................) e pensou, "Eu não posso
continuar me sentindo assim," (......................................).

O significado para ela foi que ela era fraca e vulnerável a emoções negativas.

Ela então lembrou-se da semana anterior em que ela acabou se cortando logo que
chegou em casa, após um encontro com seu chefe, durante o qual ele tinha sido muito crítico
em relação a ela (...........................................................................).

Esses pensamentos levaram-na a se sentir muito ansiosa (........................).

Aumentaram a tensão em seu corpo e o calor no rosto e garganta, e ela percebeu que
seu coração começou a bater mais rápido (..................................).

Ela novamente focou em suas sensações físicas (...................) e pensou, "Eu não posso
estar sentindo desse jeito!" (.............................................).
Guia Prático

Sentiu-se ainda mais ansiosa (..................) e suas sensações físicas, continuaram a


aumentar (......................................).

Ela continuou a se concentrar em seu corpo e em seu estado emocional (....................) e


pensou, "eu tenho que fazer essa sensação desaparecer. Eu sei que eu não deveria, mas vou me
cortar" (...............................................................).

75
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Ela então começou, imediatamente, a sentir um pouco de alívio (.................) e suas


sensações começaram a diminuir (......................................).

Ela então começou a pensar, "Eu vou arrumar uma lâmina de barbear," (....................
................................) e ela encontrou a lâmina e se cortou (..............................).
Ela pensou, "Isso é muito bom" (...............................................) e imediatamente
experimentou mais alívio (....................).

Mas, alguns minutos mais tarde, quando ela percebeu que tinha novamente sido
envolvida nesse comportamento auto-prejudicial (..................), ela pensou, " não posso
acreditar que fiz isso. Eu sou realmente louca. Se alguém soubesse disso... [eles iriam me
rejeitar]," (.................................................) e ela se sentiu envergonhada e sem esperança
(.....................).

O episódio fortificou suas ideias de que é louca, fraca e sem controle (...................) .
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Guia Prático

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TÉCNICAS de REGULAÇÃO EMOCIONAL

Diário de Emoções

Diretrizes: Para as emoções na coluna da esquerda, marque os dias nos quais perceber que elas
ocorrem. Você pode adicionar outras emoções que não estejam listadas na coluna da esquerda.
Emoções Domingo Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
Felicidade
Interesse
Empolgação
Cuidado
Afeição
Amor
Amado
Compaixão
Gratidão
Orgulho
Confiança
Mágoa
Tristeza
Arrependimento
Irritação
Raiva
Ressentimento
Nojo
Contentamento
Vergonha
Culpa
Inveja
Ciúme
Ansiedade
Guia Prático

Medo
Desanimo

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Emoções que alguém pode ter nesta situação (Exemplo)

Diretrizes: Na coluna da esquerda, liste todas as emoções diferentes que você tenha nesta
situação, incluindo as desagradáveis, neutras e agradáveis. Por exemplo, você pode estar se
sentindo triste, sozinho, com raiva ansioso, confuso, indiferente, aliviado, desafiado, curioso,
feliz ou outras emoções. Na coluna da direita, liste os pensamentos específicos associados a
essas emoções. Por exemplo, para a emoção raiva, você pode pensar: “Eles não me respeitam”.
Na coluna inferior esquerda, liste outras emoções que você pode ter e o pensamento que se
encaixaria com elas. Por exemplo, você pode sentir “raiva”, mas outra emoção possível é
“ansiedade”. Que pensamentos se encaixam com “ansiedade”?
Emoções que estou sentindo Pensamentos
Não sei o que faço em relação ao S, se continuo
Confusão
insistindo em ficar com ele ou desisto

Queria que ele se importasse comigo do jeito que me


Tristeza
importo com ele

Preocupação Não sei se sou capaz de passar na entrevista de quinta

Outras emoções que eu poderia ter Pensamentos


Sinto que não sou capaz de decidir o que quero em
Ansiedade
relação ao S.
Guia Prático

Raiva Quero que o S. fique comigo e não com a D.

Aflita Estou com medo da entrevista

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Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Emoções que alguém pode ter nesta situação

Diretrizes: Na coluna da esquerda, liste todas as emoções diferentes que você tenha nesta
situação, incluindo as desagradáveis, neutras e agradáveis. Por exemplo, você pode estar se
sentindo triste, sozinho, com raiva ansioso, confuso, indiferente, aliviado, desafiado, curioso,
feliz ou outras emoções. Na coluna da direita, liste os pensamentos específicos associados a
essas emoções. Por exemplo, para a emoção raiva, você pode pensar: “Eles não me respeitam”.
Na coluna inferior esquerda, liste outras emoções que você pode ter e o pensamento que se
encaixaria com elas. Por exemplo, você pode sentir “raiva”, mas outra emoção possível é
“ansiedade”. Que pensamentos se encaixam com “ansiedade”?
Emoções que estou sentindo Pensamentos

Outras emoções que eu poderia ter Pensamentos


Guia Prático

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Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Custo e benefícios de pensar em minhas emoções são anormais (Exemplo)

Diretrizes: Na coluna da esquerda, liste as emoções que considere anormais,


incomuns ou que possa deixá-lo envergonhado ou culpado. Então, nas duas
colunas seguintes, liste os custos e benefícios de acreditar que essas emoções seja,
anormais. O que você mudaria e como você se sentiria sobre suas emoções, se
pensasse que elas não são anormais? Sua vida seria melhor ou pior? Por exemplo,
você pode achar que os custos de sentir raiva são que você fica infeliz e tem mais
conflitos com as pessoas, mas também pode pensar que os benefícios são que você
está se defendendo.
Emoções que considero Custos Benefícios
anormais
Tristeza Sempre fico triste por Nenhum
qualquer coisa
Ansiedade Me sinto mal Aprender a controlar a
ansiedade
Preocupação Fico preocupada com Sempre tento fazer algo que
qualquer situação dê certo ao meu ver
Confusão Não consigo me decidir e Nenhum
acabo ficando preocupada
Incapacidade Acho que não sou capaz de Tento sempre ser a melhor
muita coisa no que faço para provar a
mim mesma que sou capaz
Não me valorizo Acabo aceitando qualquer Nenhum
situação

Guia Prático

80
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Custo e benefícios de pensar em minhas emoções são anormais

Diretrizes: Na coluna da esquerda, liste as emoções que considere anormais,


incomuns ou que possa deixá-lo envergonhado ou culpado. Então, nas duas
colunas seguintes, liste os custos e benefícios de acreditar que essas emoções seja,
anormais. O que você mudaria e como você se sentiria sobre suas emoções, se
pensasse que elas não são anormais? Sua vida seria melhor ou pior? Por exemplo,
você pode achar que os custos de sentir raiva são que você fica infeliz e tem mais
conflitos com as pessoas, mas também pode pensar que os benefícios são que você
está se defendendo.
Emoções que considero Custos Benefícios
anormais

Guia Prático

81
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Levantamento de outras pessoas que têm essas emoções

Diretrizes: Liste as emoções que o perturbam na coluna da esquerda e, na


coluna da direita, liste pessoas que você conhece ou personagens de histórias,
poemas, filmes ou músicas que retratem essas emoções. Como você interpreta o
fato de que muitas pessoas diferentes têm esses sentimentos?

Emoções que sinto Pessoas que têm esses sentimentos

Guia Prático

82
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Cronograma de Atividades, emoções e Pensamentos (Exemplo)

Diretrizes: Nossas emoções mudam frequentemente, dependendo do que estamos fazendo e


pensando. Registre suas atividades a cada hora, anotando as emoções e seu grau ou intensidade
e, em seguida, registrando os pensamentos e o grau em que acredita neles. Por exemplo, você
pode avaliar a intensidade da raiva como 90% quando pensa “Ele está tentando me
ridicularizar”, e pode acreditar nesses pensamentos 80%. Se acreditasse 20% você poderia ter
muito menos raiva. Há alguma relação entre as atividades, os pensamentos e as emoções? Estas
são temporárias – aumentam e diminuem de intensidade? O que leva as emoções a ficarem
menos intensas?
Emoção Pensamentos
Horário Atividade
(0-100%) (grau de crédito 0-100%)
07:00 Me arrumando para ir trabalhar Desanimada Meu tempo está sendo desperdiçado
nessa empresa 75%
08:00 Indo trabalhar angustiada Pq o S. não gosta de mim? 90%
09:00 Leio meus e-mails do trabalho Desanimada Vai demorar muito para ir para casa?
90%
10:00 Reunião Desanimada Eles não valorizam meu trabalho
aqui preciso de um emprego novo
11:00 Reunião Desanimada Eles não valorizam meu trabalho
aqui preciso de um emprego novo
12:00 Trabalhando Ansiosa Tenho que me sair muito bem na
entrevista de quinta
13:00 Indo pra casa triste Não consigo superar o S.
14:00 Almoço Triste Fico lembrando da minha conversa
de ontem com o S.
15:00 Dormir
16:00 Dormir
17:00 Indo para o cinema Preguiça Não deveria ter aceitado o convite
Guia Prático

18:00 Cinema
19:00 Cinema Normal Até que o filme foi bonitinho
20:00 Indo para casa Chateada Cansada da minha vida
21:00 Jantar Chateada Cansada da minha vida
22:00 Dormir Desanimada Amanhã vai ser tudo igual
23:00
00:00

83
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Cronograma de Atividades, emoções e Pensamentos

Diretrizes: Nossas emoções mudam frequentemente, dependendo do que estamos fazendo e


pensando. Registre suas atividades a cada hora, anotando as emoções e seu grau ou intensidade
e, em seguida, registrando os pensamentos e o grau em que acredita neles. Por exemplo, você
pode avaliar a intensidade da raiva como 90% quando pensa “Ele está tentando me
ridicularizar”, e pode acreditar nesses pensamentos 80%. Se acreditasse 20% você poderia ter
muito menos raiva. Há alguma relação entre as atividades, os pensamentos e as emoções? Estas
são temporárias – aumentam e diminuem de intensidade? O que leva as emoções a ficarem
menos intensas?
Emoção Pensamentos
Horário Atividade
(0-100%) (grau de crédito 0-100%)
01:00
02:00
03:00
04:00
05:00
06:00
07:00
08:00
09:00
10:00
11:00
12:00
13:00
14:00
15:00
16:00
17:00
Guia Prático

18:00
19:00
20:00
21:00
22:00
23:00
00:00

84
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Custos e benefícios de acreditar que as emoções são temporárias


(Exemplo)

Diretrizes: Quais são os custos e benefícios de acreditar que suas emoções são
temporárias? O que mudaria se você acreditasse que um sentimento desagradável foi apenas
temporário?

Custos Benefícios
Acho que não tem custos saber q as Posso aprender uma nova maneira de lidar

Emoções são temporárias, pois se uma Com esse sentimento

Emoção anormal, logo ela passará Nem tudo que é ruim é pra sempre

Guia Prático

O que mudaria se você acreditasse que suas emoções são temporárias?


Eu não me preocuparia tanto com esses sentimentos, pois eu saberia que logo mudaria.

85
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Custos e benefícios de acreditar que as emoções são temporárias

Diretrizes: Quais são os custos e benefícios de acreditar que suas emoções são
temporárias? O que mudaria se você acreditasse que um sentimento desagradável foi apenas
temporário?

Custos Benefícios

Guia Prático

O que mudaria se você acreditasse que suas emoções são temporárias?

86
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Como aceitar sentimentos difíceis (Exemplo)

Diretrizes: Exemplos de como aceitar sentimentos incluem: “Não lute contra o


sentimento; permita que ele aconteça. Tome distância e observe-o. Imagine que o sentimento
está flutuando e você está flutuando com ele. Observe-o subir e descer, ir e vir, momento a
momento”. Veja se você pode estabelecer um limite para se sentir da forma como se sente –
por ex., 10 minutos-, e então passe para outra coisa. Você também pode se distrair com outras
atividades, fazer coisas agradáveis ou praticar a consciência da atenção plena – tomando
distância, simplesmente observando que você se sente de maneira como se sente e deixando o
sentimento passar.

Perguntas a serem feitas Exemplos

é difícil aceitar que o S. preferiu ficar com a


Qual é o sentimento difícil de aceitar?
D. do que a mim.
Se eu aceitar isso quer dizer que não sou
O que significa você aceitar que teve esse
boa o suficiente para ele ficar comigo e que
sentimento?
provavelmente fiz algo errado
Vantagens: se eu aceitar que ele preferiu a
D. é que posso seguir em frente com minha
Quais são as vantagens e desvantagens de vida.
aceitar o sentimento? Desvantagens: eu não ficarei com ele do
jeito que quero e isso conclui que ele não
gosta de mim
Estabeleça um limite de tempo para
focalizar o sentimento.
Guia Prático

Traga a atenção para outras atividades e


coisas ao seu redor.
Há coisas produtivas, compensadoras ou
Sim, estudar e fazer natação
agradáveis para fazer?

Pratique a consciência da atenção plena.

87
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Como aceitar sentimentos difíceis

Diretrizes: Exemplos de como aceitar sentimentos incluem: “Não lute contra o


sentimento; permita que ele aconteça. Tome distância e observe-o. Imagine que o sentimento
está flutuando e você está flutuando com ele. Observe-o subir e descer, ir e vir, momento a
momento”. Veja se você pode estabelecer um limite para se sentir da forma como se sente –
por ex., 10 minutos-, e então passe para outra coisa. Você também pode se distrair com outras
atividades, fazer coisas agradáveis ou praticar a consciência da atenção plena – tomando
distância, simplesmente observando que você se sente de maneira como se sente e deixando o
sentimento passar.

Perguntas a serem feitas Respostas

Qual é o sentimento difícil de aceitar?

O que significa você aceitar que teve esse


sentimento?
Quais são as vantagens e desvantagens de
aceitar o sentimento?
Estabeleça um limite de tempo para
focalizar o sentimento.
Traga a atenção para outras atividades e
coisas ao seu redor.
Há coisas produtivas, compensadoras ou
agradáveis para fazer?
Guia Prático

Pratique a consciência da atenção plena.

88
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Exemplos de Sentimentos Mistos (Exemplo)

Diretrizes: Podemos ter muitos sentimentos diferentes em relação a uma pessoa, um


local ou uma coisa. Por ex., podemos ter sentimentos mistos a respeito de nossos pais, parceiros,
amigos, experiências, locais que visitamos e coisas que fazemos. É importante perceber que
sentimentos mistos são normais e podem ilustrar a habilidade de se ter uma experiência mais
rica e complexa. No formulário a seguir, liste pessoas, locais, coisas ou experiências em relação
aos quais você tenha sentimentos mistos e, então, liste esses sentimentos.

Pessoas, locais, experiências e coisas Variedade de meus


pelos quais tenho sentimentos mistos. sentimentos

S. Tristeza, gostar dele, saudade

D. Raiva, compreensão

L. Dó, gostar dele

Ser rejeitada pelo S. Raiva, tristeza, ansiedade

O L. gostar de mim Medo, felicidade

Não conseguir passar em uma entrevista Incapacidade

Minha Mãe Amor, agressividade

Não ter os mesmos direitos igual aos


Indignação, injustiçada
outros que trabalham comigo

Não ser igual aos meus amigos Fracassada, atrasada


Guia Prático

89
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Exemplos de Sentimentos Mistos

Diretrizes: Podemos ter muitos sentimentos diferentes em relação a uma pessoa, um


local ou uma coisa. Por ex., podemos ter sentimentos mistos a respeito de nossos pais, parceiros,
amigos, experiências, locais que visitamos e coisas que fazemos. É importante perceber que
sentimentos mistos são normais e podem ilustrar a habilidade de se ter uma experiência mais
rica e complexa. No formulário a seguir, liste pessoas, locais, coisas ou experiências em relação
aos quais você tenha sentimentos mistos e, então, liste esses sentimentos.

Pessoas, locais, experiências e coisas Variedade de meus


pelos quais tenho sentimentos mistos. sentimentos

Guia Prático

90
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Vantagens e Desvantagens de aceitar sentimentos mistos (Exemplo)

Diretrizes: Você pode ter sentimentos mistos em relação ao fato de ter sentimentos
mistos! Isso também é normal. Por favor, liste as vantagens e desvantagens de você aceitar que
tem sentimentos mistos.

Vantagens Desvantagens

Sentir algo diferente para cada situação Ficar numa montanha russa de emoção

Aprender a lidar com esses sentimentos Não conseguir lidar com tudo

Pensar se é real ou não Ficar presa nesses sentimentos

Guia Prático

91
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Vantagens e Desvantagens de aceitar sentimentos mistos

Diretrizes: Você pode ter sentimentos mistos em relação ao fato de ter sentimentos
mistos! Isso também é normal. Por favor, liste as vantagens e desvantagens de você aceitar que
tem sentimentos mistos.

Vantagens Desvantagens

Guia Prático

92
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Significados adicionais na vida (Exemplo)

Diretrizes: Pense nas muitas coisas em sua vida que podem dar a você significado e
propósito. Na coluna da esquerda, estão listadas sugestões, mas você pode adicionar quantas
categorias ou experiências de significados e propósito quiser. Na coluna do meio, avalie o quão
importante cada item para você, de 0 (nenhuma importância) a 5 (essencial). Na coluna da
direita, liste algumas coisas que você pode fazer – ações, pensamentos, meditação e outras –
para ajudá-lo a buscar o que é significativo. A meta é esclarecer o que importa e direcioná-lo
para os propósitos de sua vida.
O quão importante
O que dá sentido e propósito a Exemplos de coisas que faço
é isso para mim? (0
minha vida? para consegui-lo
a 5)

Amizade 5 Manter e fazer novas amizades

Me importar e ajudar quem eu


Amor pelos outros 5
me importo
Ser bom pai ou mãe, filho (a) ou Sempre tentar compreender o
4
parceiro (a) próximo e dar tudo de mim

Pertencer a uma comunidade 2

Sempre que possível ajudar com


Ajudar os outros 5 que eu posso e está no meu
alcance
Fazer meu trabalho o melhor
Competência em meu trabalho 5 possível independente do que
aconteça
Estudar e procurar algo melhor
Guia Prático

Avançar na carreira 5
para mim
Continuar a ser gentil e educada
Trabalhar em equipe 3
com quem trabalho

Ter um estilo de vida saudável 4 Controlar minha alimentação

Exercitar-me e ser ativo 4 Continuar a natação

93
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Apreciar os arredores e minha


vida

Gratidão 3 Tentar pensar mais positivo

Apreciar o belo 2 Conseguir apreciar o simples da


vida
Sentir-me conectado a algo
maior que eu
Justiça

Aprender e crescer 4 Adquirir conhecimentos e


experiências de vida
Aventurar e experimentar coisas 4 Sair da minha zona de conforto
novas
Expressar-me

Tomar boas decisões 5 Tentar ser mais racional

Trabalhar duro e fazer as coisas 5 Ter menos preguiça

Curiosidade e abertura

Humor e diversão 5 Sair mais com meus amigos

Melhorar minhas finanças 5 Arranjar um novo emprego

Conectar-me com a tradição

Espiritualidade
Guia Prático

Aprender coisas e habilidades 5 Pesquisar coisas novas para que


novas eu possa aprender
Estar em contato com a natureza 4 Poder viajar mais

Meditação e oração 5 Conseguir meditar olhando meu


interno

94
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Significados adicionais na vida

Diretrizes: Pense nas muitas coisas em sua vida que podem dar a você significado e
propósito. Na coluna da esquerda, estão listadas sugestões, mas você pode adicionar quantas
categorias ou experiências de significados e propósito quiser. Na coluna do meio, avalie o quão
importante cada item para você, de 0 (nenhuma importância) a 5 (essencial). Na coluna da
direita, liste algumas coisas que você pode fazer – ações, pensamentos, meditação e outras –
para ajudá-lo a buscar o que é significativo. A meta é esclarecer o que importa e direcioná-lo
para os propósitos de sua vida.
O que dá sentido e propósito a O quão importante é Exemplos de coisas que faço
minha vida? isso para mim? (0 a 5) para consegui-lo

Amizade

Amor pelos outros

Ser bom pai ou mãe, filho (a) ou


parceiro (a)

Pertencer a uma comunidade

Ajudar os outros

Competência em meu trabalho

Avançar na carreira

Trabalhar em equipe

Ter um estilo de vida saudável


Guia Prático

Exercitar-me e ser ativo

Apreciar os arredores e minha


vida

Gratidão

95
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Apreciar o belo

Sentir-me conectado a algo


maior que eu
Justiça

Aprender e crescer

Aventurar e experimentar coisas


novas
Expressar-me

Tomar boas decisões

Trabalhar duro e fazer as coisas

Curiosidade e abertura

Humor e diversão

Melhorar minhas finanças

Conectar-me com a tradição

Espiritualidade

Aprender coisas e habilidades


novas
Estar em contato com a natureza

Meditação e oração
Guia Prático

96
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Emoções que também posso ter

Diretrizes: Na coluna da esquerda, listamos várias emoções positivas que você pode
almejar. Cheque os itens que você poderia desejar e escreva algumas ideias do que teria de
pensar ou fazer para experimentar essa emoção. Por exemplo, você pode sentir raiva em relação
a algo que aconteceu (talvez um amigo tenha te tratado mal), mas pode imaginar sentir amor
por outra pessoa ou curiosidade por uma atividade diferente. Pense em como as emoções podem
mudar ou ser flexíveis dependendo de onde você põe seu foco ou atenção.

Tipo de emoção O que eu poderia pensar ou fazer que me levaria a essa emoção?

Felicidade

Interesse

Empolgação

Cuidado

Afeição

Perdão

Aceitação

Amor

Amado

Compaixão

Gratidão
Guia Prático

Orgulho

Confiança

Outra

97
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Relação com valores mais elevados (Exemplo)

Diretrizes: Às vezes, sentimo-nos tristes, ansiosos ou com raiva porque sentimos falta
de algo importante para nós. Digamos que você esteja triste com o fim de um relacionamento.
Anote a resposta a cada um dos itens a seguir.

Perguntas a serem feitas a si mesmo sobre


Sua resposta
os seus valores
Isto não significa que há um valor mais Esse valor significa que sou amada, que
elevado que seja importante para você – por alguém se importa comigo e que posso
exemplo, a valorização de proximidade e contar com essa pessoa quando precisar
intimidade? Que valor é esse e o que ele
significa para você?
Esse valor não diz algo de bom a seu Sim, esse valor quer dizer algo bom porque a
respeito? mesma coisa que quero pra mim eu desejo ao
próximo
Se você aspira a valores mais elevados, isso Não, pois pra mim se possuo valores
não significa que terá de ficar decepcionado elevados a uma pessoa a considero
algumas vezes? importante pra mim e em relação dela pra
minha pessoa teria de ser a mesma coisa
Você gostaria de ser um cínico que não As vezes gostaria de ser assim, pois as
valorizasse nada? Como seria sua vida? pessoas em que a gente mais se importa são
as que mais nos decepcionam
Há experiencias valiosas ou significativas Sim, minhas experiências com meus amigos
para você pelo fato de cultivar esse valor? por exemplo, me importo muito com eles e
eles comigo
Guia Prático

Há outras pessoas que compartilham de seus Sim, meus amigos e minha mãe
valores mais elevados?
Que conselhos você lhes daria, se estivessem Pra poderem contar com quem realmente
passando pelo mesmo que você? vale a pena, se importa com você e que esteja
do seu lado, pois não estão sozinhos

98
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Relação com valores mais elevados

Diretrizes: Às vezes, sentimo-nos tristes, ansiosos ou com raiva porque sentimos falta
de algo importante para nós. Digamos que você esteja triste com o fim de um relacionamento.
Anote a resposta a cada um dos itens a seguir.

Perguntas a serem feitas a si mesmo sobre


Sua resposta
os seus valores

Guia Prático

99
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Relatório final de Caso

O relatório final de caso será uma ferramenta que os terapeutas terão para
desenvolverem uma ideia geral dos dados recebidos pelo paciente e com eles elaborarem o
melhor diagnóstico e um plano de tratamento o mais adequado possível para sua melhora. Outro
objetivo, tanto para os alunos dos cursos de formação e especialização, será sua apresentação
para que possam concluir seus cursos, mostrando que adquiriram esse expertise na Terapia
Cognitivo-Comportamental (TCC).

Exemplo de um Relatório Final de Caso por Judith Beck (1993)

A. Histórico de caso

Informação de identificação: Ana tem 44 anos, divorciou-se duas vezes, mulher


Caucasiana que não tem filhos, mora sozinha e trabalha em período integral como professora
de Espanhol nos últimos 22 anos.
Queixa Principal: A queixa de Ana no tratamento é devido uma intensificação em sua
depressão que começou em Outubro de 1996. Ela relatou que também estava comendo
compulsivamente e fazendo uso abusivo de laxantes pelo menos uma vez por semana, embora
estivesse mais aflita pela depressão do que o problema de comer e usar laxantes.
História da Doença Presente: Em Outubro de 1996, Ana se divorciou de seu segundo
marido e começou a desenvolver sintomas depressivos (tristeza, choro, isolamento social e
auto-crítica severa). A depressão piorou até alcançar níveis mais severos em Março de 1977.
Em Maio de 1977, seu quadro sintomático era o seguinte:
• Sintomas emocionais : tristeza, ansiedade, falta de interesse na maioria das atividades.

• Sintomas cognitivos: dificuldade de concentração, acreditando que era sem valor e


antipática


Guia Prático

Sintomas Comportamentais: Choro, isolamento social.

• Sintomas Fisiológicos: dificuldade para adormecer, cansaço

Ela desenvolveu sintomas clínicos de bulimia nervosa em Abril de 1977. No início, ela
relatou que aumentou sua compulsão, perdeu o controle de seu comportamento e usou laxativos
abusivamente, aproximadamente uma vez por semana, estava e está constantemente
preocupada, com uma percepção equivocada de que ela está gorda e muito autocrítica.

100
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Os aspectos estressores maiores na vida de Ana são os sociais. Desde seu divórcio ela
se esquiva de seus amigos, família e colegas de trabalho. Ela namorou várias vezes desde seu
divórcio, mas cada encontro foi apenas de “uma noite e nada mais”, o que a fez sentir-se
rejeitada e inapropriada.
Ela costumava obter satisfação significante de seus relacionamentos, mas tem se isolado
e agora se sente triste, solitária e rejeitada pelos outros. Por enquanto ela acha mais difícil
realizar seu trabalho, mas o trabalho não aparenta ser um aspecto estressor significante.
Ana recomeçou a usar Prozac aproximadamente há duas semanas (prescrito pelo médico
de sua família) mas até agora não vê mudanças em seus sintomas depressivos.

B. Histórico Psiquiátrico

O primeiro episódio de Ana de depressão maior aconteceu em 1977 quando ela e seu
primeiro marido se divorciaram. Ela ficou hospitalizada por 3 semanas e tomou Elavil. Ela não
continuou com o uso do medicamento (indo contra a recomendação médica) no momento de
alta, mas iniciou tratamento psicológico (terapia cognitiva) pela primeira vez. Sua depressão
diminuiu após 4 meses da terapia ambulatorial, embora ela tenha permanecido em terapia
quinzenal no ano seguinte, trabalhando as questões de transtorno de personalidade.
Em 1989, Ana e seu segundo marido receberam aproximadamente seis sessões de
aconselhamento conjugal (predominantemente psicodinâmico) que ela achou “moderadamente
útil.”
Em outubro de 1996, o médico de família de Ana prescreveu Prozac, que inicialmente
ajudou a diminuir seus sintomas depressivos. A depressão piorou em Dezembro de 1997,
quando ela interrompeu o uso de medicamento por conta própria.

C. Histórico Pessoal e Social

Ana cresceu como a filha do meio de três irmãos. Seus pais eram imigrantes italianos e
sua mãe não falava Inglês. Ana se considerava “o patinho feio” da família, sua irmã mais velha
era considerada magra e bonita, enquanto que Ana era chamada de “bochechuda” e de
Guia Prático

“nariguda”. Sentia-se como “um fardo” para sua família desde que soube que eles queriam um
menino quando ela nasceu. Seu irmão mais novo nasceu 18 meses mais tarde e recebeu mais
atenção da família. Ela descreve seu pai como um homem extremamente controlador, exigente
e muito preocupado com o que as outras pessoas pensavam dele. Ela descreve sua mãe como
quieta, infeliz, não era carinhosa e era cafona. Ana sentia-se sem amor e incapaz de
corresponder/ou ser como seus irmãos.

101
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

Ana frequentou a escola Católica onde ela relata ter sido treinada para ser “um soldado
perfeito”. Ela se casou pela primeira vez aos 18 anos. Relata que foi controlada e abusada pelo
seu marido, que era violento às vezes. Ela acreditava que merecia o abuso e submetia-se à sua
ira. Quando ela finalmente teve coragem de terminar o casamento, ela não teve a aprovação de
sua família e até hoje sente a falta de apoio deles.
Ana casou-se novamente em 1989. Seu segundo marido declaradamente passava muito
tempo com homens jovens e Ana suspeitava que ele era bissexual. Ele parou de ter relações
sexuais com ela aproximadamente 3 anos após o casamento. Quando eles tentaram um breve
aconselhamento de casal, seu marido ficou relutante em trabalhar na mudança da situação e eles
se divorciaram em Outubro de 1996.

D. Histórico Médico:

Ana não teve nenhum problema médico que influenciasse seu funcionamento psíquico
ou o processo de tratamento.

E. DSM V Diagnóstico:

Episódio de Depressão maior, recorrente, severo, Bulimia nervosa excluída


Transtorno de personalidade evitativa
Divórcio, muitas relações não deram certo

II - Formulação de caso

A. Precipitantes :

O segundo divórcio de Ana provavelmente precipitou uma depressão recorrente.


Embora tenha sido ela que iniciou o processo de divórcio, ainda assim sentiu-se rejeitada,
acreditando que se ela fosse mais amável ao seu marido ele teria lutado para salvar a relação.
Guia Prático

Sentindo-se não somente mau amada pelo seu marido, mas mau amada em geral, ela começou
a se isolar. Ela já não tinha mais uma abertura de contatos positiva de seus amigos, família e
colegas de trabalho por causa de sua falta de contato com eles, mas como no divórcio, ela
percebeu esta redução de contatos iniciada por ela como uma rejeição ao invés de seu próprio
afastamento deles. Ela ficou altamente triste e solitária quando seus sintomas depressivos
começaram a se desenvolver.

102
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

B. Visão transversal recente de cognições e comportamentos:

Uma típica situação problemática é que Ana teve relações sexuais no primeiro
encontro com um homem. Ao deitar na cama com ele ela tem pensamentos automáticos como:
“ sou muito feia; o que é que ele viu em mim, ele nunca ligará novamente, eu devo levantar e
sair agora”. Emocionalmente ela se sente triste e o seu comportamento é deixar abruptamente
(provavelmente parecendo antipática, no mínimo, em seu primeiro encontro). Uma segunda
situação típica é que ela está refletindo o “porque” dos homens não ligarem pra ela depois do
primeiro encontro. Seus pensamentos automáticos são: “sou muito gorda. Ninguém me quer.”
Então ela se sente triste, come compulsivamente e toma laxantes. Uma terceira situação é
quando ela frequenta o jantar familiar, onde ela percebe que seu pai está sendo crítico com ela
e sua mãe com falta de afeto. Ela pensa: “ninguém liga pra mim; há algo errado comigo não
sou importante. Ela se sente triste e se torna monossilábica e fala apenas quando falam com
ela.

C. Visão longitudinal de suas cognições e comportamentos:

Ana cresceu numa família de pais imigrantes italianos que não falavam inglês: com um
pai que era muito exigente e crítico e uma mãe emocionalmente distante. Bem cedo no seu
desenvolvimento foi construindo a crença que ela era anormal e antipática, crenças essas que
foram fortalecidas pela atenção dedicada ao seu irmão mais novo, pelo aumento constante das
expectativas de seu desempenho acadêmico. Ela desenvolveu as seguintes suposições
fundamentais: “Se eu for perfeita, não causarei problemas e se tentar sempre agradar os outros
eles gostarão de mim. Se não, eles vão me achar desagradável.” Suas estratégias
comportamentais compensatórias incluem ser excessivamente complacente, submissa,
perfeitamente comportada e com esquiva de conflitos.

D. Pontos fortes e ativos:


Guia Prático

Ana tem muitos anos de sucesso em sua vida profissional. Em sua carreira como
professora, ela é extremamente querida pelos seus alunos e recebe muitos elogios de seus
colegas.

E. Hipótese de trabalho:

É compreensível que Ana começou a se enxergar como indesejável e deficiente, como


resultado das circunstâncias de sua infância. Os seus pais altamente críticos e exigentes, sua

103
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

educação paroquial estrita e seus casamentos abusivos formaram a base e reforçaram sua visão
negativa dela mesma. Esta visão negativa de si mesma é tipicamente ativada em situações
interpessoais onde ela percebe rejeição.
Com o propósito de se adaptar ao mundo, ela tem suposições rígidas para ela mesma
como, por exemplo: ” eu devo ser perfeita ou as pessoas vão me rejeitar, eu devo agradar os
outros ou eles não vão gostar de mim”. Para operacionalizar suas suposições ela tem
desenvolvido estratégias comportamentais compensatórias de submissão e evitação.

III Plano de tratamento

A. Lista de problemas:

1. “O Massacre de Ann” - se odiando (feia e indesejável)


2. Depressão; especialmente solidão, tristeza e choro
3. Evitação e isolamento querendo ser amada, mas temendo rejeição
4. Ansiedade: temendo as sérias consequências da depressão implacável
5. Comer compulsivamente e uso abusivo de laxantes
6. Ressentimentos de seus pais pela falta de atenção e amor

B. Metas de tratamento:

1. Reduzir os comportamentos disfuncionais : repreender a si mesma verbalmente,


compulsão e purgação, isolamento.
2. Reduzir o pensamento negativo distorcido
3. Aumentar o auto valor e a auto imagem (Modificar desamor e não ser boa o suficiente
(crenças inadequadas)
4. Encontrar formas mais saudáveis de se divertir
5. Ganhar confiança para sair sozinha e assumir riscos para buscar relacionamentos
íntimos de novo
Guia Prático

6. Construir habilidades de assertividade e reduzir a subjugação.

C. Plano para o tratamento:

O plano de tratamento foi reduzindo à depressão de Ann através de auxiliá-la em suas


respostas dos seus pensamentos automáticos (especialmente aqueles que estão ligados ao
desamor) e programa de atividades (especialmente para aumentar socialização). Nós também

104
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental

trabalhamos em comportamentos alternativos à compulsão quando ela estava chateada. Depois


trabalhamos suas suposições sobre ser rejeitada e desagradar as pessoas e depois as habilidades
sociais. Nós estamos trabalhando atualmente as crenças, modificando sua visão de si mesma
como indesejada e inadequada.

IV. Curso do tratamento

A. Relação terapêutica:

O tratamento foi facilitado pela ânsia de Ana em agradar (“se eu agradar os outros, eles
gostarão de mim”) mas em contrapartida à sua suposição (“se eu desagradar as pessoas, elas
não vão gostar de mim), isto interferiu levemente. Ana estava muito voltada em agradar na
terapia e ela rapidamente concordou comigo, às vezes de fato sem parar para refletir na suas
hipóteses ou perspectivas, e nas alternativas que apresentei a ela. Foi capaz de descobrir
perspectivas e alternativas que apresentei a ela. Fui capaz de extrair dela uma outra crença ( “se
eu disser a alguém que eu discordo deles, eles entenderão como uma crítica”), ajudei- a testar
essas crenças comigo, corrigi o seu pensamento e ela se tornou mais propensa a me contar o
que ela realmente não entendeu completamente ou quando não concordou completamente com
o que eu disse.

B. Procedimentos/ Intervenções

1. Foi ensinado à paciente as ferramentas do modelo cognitivo de identificar e corrigir seus


pensamentos automáticos, o que lhe permitiu ver sua lógica disfuncional distorcida e assim
reduzir significantemente os seus sintomas depressivos e ansiosos.
2. Ana tinha conduzido experimentos comportamentais para testar as suas suposições, (como
por exemplo se eu digo não para um homem na hora de fazer sexo no primeiro encontro ele
vai ficar louco e chateado e nunca mais vai me ligar de novo). Isso resultou numa redução
da evitação e aumentou sua assertividade.
Guia Prático

3. Ana tinha mantido um diário de registros contínuo de evidências de que ela era uma pessoa
amável, o que ajudou a modificar uma crença nuclear chave.

C. Obstáculos:

Quando Ana teve uma semana ruim ela ficou sem esperança na terapia. Nós
reformulamos sua lista de reativação de seu esquema através de um incidente infeliz de um

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encontro afetivo e uma oportunidade de praticar respostas aos pensamentos negativos


solidificando uma nova crença, mais saudável.

D. Resultados:

A depressão de Ana gradualmente reduziu durante um período de 4 meses depois que nós
começamos a terapia até remissão completa. Ela permanece em terapia para trabalhar problemas
recorrentes em relacionamento com homens e sua autoimagem.

Guia Prático

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Agora você faz. Bom trabalho:

Relatório final de caso

O relatório final de atendimento deverá ser entregue em powerpoint (formação) e em


word (especialização) até 1 mês antes da primeira data de apresentação(formação) ou da
entrega final (especialização).

Descreva de forma clara e objetiva, utilizando-se dos termos empregados na Terapia


Cognitivo-comportamental, as categorias abaixo:

I. Histórico do caso
a. Dados de Identificação do paciente: Descreva nome do paciente (abreviado),
naturalidade, sexo, cor/etnia, religião, idade, grau de escolaridade, profissão,
estado civil atual, se possui ou não filhos e outra informação de relevância, por
exemplo, cidade natal.
b. Queixa principal: Descreva a queixa e os motivos que levaram a busca por
atendimento psicológico.

c. História do transtorno atual: Descreva o transtorno e os sintomas


detalhadamente separados nas categorias abaixo:
• Sintomas Emocionais: emoções desagradáveis, estados de humor, etc.
Por exemplo: tristeza, ansiedade, culpa, raiva.

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Sintomas Cognitivos: São os aspectos cognitivos disfuncionais, como


por exemplo: pessimismo, autocrítica exacerbada, dificuldade de
concentração e pensamentos catastróficos.
• Sintomas Comportamentais: são os comportamentos disfuncionais,
como por exemplo: esquiva, isolamento social, automutilação, etc.

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• Sintomas Fisiológicos: são os sintomas relacionados a sensações


físicas e biológicas, como por exemplo, agitação motora, sudorese,
tremores, respiração acelerada, taquicardia, náusea, etc.

d. História psiquiátrica: Descreva aqui os diagnósticos psiquiátricos atuais e


anteriores, especificando aproximadamente a data e medicações e tratamentos
prescritos ao paciente.

e. História pessoal e social: Considerar na descrição desta parte, os dados de


história de vida do paciente em sua configuração familiar, estigmas sociais (se
houver), expectativas sociais, acontecimentos importantes (luto, casamentos,
conquistas, etc), eventos traumáticos, mudanças abruptas, dificuldade
socioeconômica, dados sociais (relacionamentos afetivos, no trabalho, etc),
vida social e desempenho escolar/profissional. Se possível descrever por ordem
cronológica.

f. História médica: Descrever adoecimentos e tratamentos médicos relevantes,


por exemplo: possui diabetes, possui hipotireoidismo há 5 anos e faz uso de
medicamentos, hipertensão e outros eventos, como cirurgias, traumatismos que
demandam tratamento médico.

g. Diagnóstico do DSM V: Baseado no quadro apresentado pelo paciente,


descrever o transtorno, seguindo os critérios diagnósticos e a nomenclatura do
DSM V.

II. Formulação do caso


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a. Precipitantes: São todos os aspectos e eventos que antecederam os transtornos e


sintomas, são desencadeadores de sintomas e do transtorno.

b. Visão Transversal das Cognições e dos Comportamentos Atuais: Descreva as


situações típicas e atuais do paciente e de seu sofrimento/queixa. As situações, emoções,
pensamentos e situações que justificam e ilustram o transtorno. Esta descrição é
baseada na conceitualização cognitiva feita durante as sessões.

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c. Crenças Centrais e Intermediárias: Cite e descreva

d. Visão Longitudinal das Cognições e dos Comportamentos: Descrever a história


do paciente correlacionando os aspectos importantes com as crenças centrais e as
crenças intermediárias (regras, suposições). Importante descrever a visão de si do
paciente e de mundo para ilustrar melhor, descrever suas expectativas sobre seu
desempenho e sobre as outras pessoas.

e. Pontos Fortes e Qualidades: Descreva as potencialidades e as características de


resiliência e solução de problemas do paciente. Suas qualidades e pontos fortes que são
importantes para superação do transtorno atual.

f. Hipótese de trabalho: Faça uma justificativa de seu plano de trabalho levando em


consideração as informações analisadas através da conceitualização cognitiva.

III. Plano de Tratamento


a. Lista de Problemas: descreva os problemas apresentados pelo paciente, os
problemas específicos que deseja resolver em terapia.
b. Objetivos do Tratamento: descreva as metas que o paciente deseja atingir
para cada problema citado acima e, se possível, quais estratégias seriam viáveis
para conseguir alcançar seus objetivos.
c. Plano de Tratamento: Descreva o plano de tratamento justificando os
objetivos e as técnicas que são pertinentes às demandas dos sintomas do
paciente. Atenha-se ao protocolo da TCC específico para cada transtorno ou
problema apresentado. Inclua os inventários (BAI, BHS, BDI e BSI). Procurar
descrever por ordem cronológica. (Ex. Fase Inicial, Intermediária e Final).
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IV. Curso do Tratamento


a. Relação Terapêutica: Descreva a relação terapêutica e adesão do
paciente.
b. Intervenções e Procedimentos: Descreva o andamento do plano de
tratamento especificando como o paciente reagiu à terapia, inclua

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feedbacks do paciente, , potencialidades e andamento da psicoterapia. Use


ordem cronológica.(Ex. Fase Inicial, Intermediária e Final).
c. Obstáculos: Descreva os problemas que ocorreram durante o processo
terapêutico que dificultaram o atendimento com a TCC,
d. Resultados: Use gráficos dos testes aplicados, descreva resultados obtidos,
aponte suas impressões técnicas e resultados concretos. Cite feedbacks do
paciente.
e. Parecer Final: Faça uma pequena análise de como foi para você este
atendimento em TCC. Se foi o primeiro ou mais um dentre outros e suas
impressões com a utilização dessa abordagem terapêutica.

Guia Prático

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Bibliografia

Manual de Técnicas de Terapia A Mente vencendo o Humor. Terapia Cognitivo-


e Modificação do Christiane A. Padesky, Artmed comportamental Judith Beck.
Comportamento Vicente E. ARTMED, 2013
Caballo

Aprendendo a TCC – Um Guia TCC na Prática psiquiátrica. Técnicas de Terapia Cognitiva


Ilustrado, Jesse H. Wright, Paulo Knapp e cols, ARTMED, – Manual do Terapeuta Robert
Monica R Basco e Michael E. 2004 L. Leahy – Ed. Artmed, 2019
Thase. ARTMED, 2008
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Anotações:
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