Casos Práticos

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Casos Práticos

1. A..., B., C... e D.., são devedores de E..., numa dívida de 1.200.000,00MT,
provenientes de prática de facto ilícito. E..., exige a A..., o pagamento de
300.000,00MT, mas este defende-se arguindo com êxito, que no momento da
prática do facto se encontrava inimputável. E... dirige-se, então, a B..., que por
sua vez lhe contrapõe a titularidade de um crédito sobre E... no montante de
300.000,00MT. Pode E... reclamar a D... o pagamento de 1.200.000,00MT? D...
pagou a totalidade do valor a E.
2. A concorda em vender seu carro para B por 250.000,00 Mt. Eles concordam
verbalmente com os termos, mas não colocam nada por escrito. Após o
pagamento de 125.000,00 MT por B, A se recusa a transferir a propriedade do
carro. João deseja saber se tem direito a receber o carro ou o reembolso do valor
pago.

Caracterize as obrigações em função das modalidades que estudou.

3. A., mandou publicar o seguinte anúncio: ´´gratifica-se com 5.000,00 Mt quem


entregar na turma do 3º ano do curso de Direito da UL-Beira, uma carteira
contendo documentos de identificação de A., que se perdeu no chapa que faz a
rota Baixa-Macuti via Ponta-Gea.´´ Um mês depois da perda da carteira, A.,
segreda a B., seu colega de faculdade que perdeu a esperança de encontrar a
carteira e, por isso, fica sem efeito a gratificação oferecida. No dia seguinte, B.,
e C., encontram a carteira e entregam-na ao A., exigindo 10 mil meticais por
forma a que cada um tenha 5.000,00 Mt, conforme o anúncio. A., recusa-se a
entregar quer os 10 mil meticais quer os 5 mil meticais, invocando a conversa
tida com B.

Quid juris.

4. A, vendeu a B, um tractor com reboque pelo preço de 100.000,00 Mt. A,


comprometeu-se a entregar o tractor e o reboque, mediante o pagamento
simultâneo do preço acordado, no dia 31 de Agosto de 2016. Na data estipulada
para o cumprimento do contrato, A, entregou a B, o tractor e disse-lhe que o
reboque só poderia ser entregue daí a 15 dias. Estará B, obrigado a aceitar o
tractor sem o reboque. Imagine ainda, agora, que, depois de ter concluído o

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contrato com B, A, se lembrou que o tractor e o reboque lhe faziam falta para as
vindimas. Na data estipulada para o cumprimento do contrato, A, entregou a
B…, uma furgoneta, avaliada em 120.500, 00 Mt.

Quid juris.

5. Em 10 de Junho de 2023, A., celebrou com B., um contrato de compra e venda


de um iate pertencente a este último, sujeito às condições seguintes: (i) O preço
era de 200.000, 00 Mt, a pagar em 10 prestações mensais e iguais, vencendo-se a
primeira no dia 1 de Julho de 2023, e as seguintes no primeiro dia de cada um
dos meses subsequentes;
Imagine agora que B., o reservou a propriedade do iate até ao pagamento
integral do preço e que, após ter liquidado as primeiras oito prestações, A., falha
o pagamento da nona (vencida em 1 de Março de 2024). Em consequência disso,
B., enviou a A., uma carta a resolver o contrato, exigindo a imediata restituição
do iate.

Quid juris.

6. A que se encontrava aflito prometeu vender a vivenda do seu irmão por


3.000.000,00MT a B. Este último, porque não tinha interesse guardou a
promessa numa das gavetas. Semanas depois A contacta C com o mesmo
propósito, tendo este pago a soma de 1.000.000,00MT, ficando por se marcar a
data da escritura. Porque o valor que A pretendia não era suficiente, eis que
resolve contactar D, tendo ambos se dirigido ao Notário para reconhecimento
das assinaturas mediante um adiantamento de 2.000.000,00MT feitos pelo D. No
referido contrato, A e D declararam que pretendem atribuir eficácia real ao
mesmo. Em todos os casos (com B, C e D) sujeitaram a regra do artigo 830 do
CC para o caso de incumprimento da promessa. Sucede, porém, que o irmão de
A (proprietário) vende a E a referida vivenda pelo preço de 8.000.000,00MT
com registo de propriedade a favor deste. Em função disso B e D morrem por
problemas cardíacos.

Quid juris?

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7. A. e B. são proprietários de um imóvel, o qual desejam vender a C.., como C..,
ainda não dispõe da verba total, decidem celebrar um contrato promessa de
compra e venda. Assim, no dia 1 de Maio, o acordo foi reduzido a escrito, tendo
sido assinado por ambos. Por outro lado, acordaram as partes em caso de
incumprimento a possibilidade de pedir uma indemnização nos termos gerais.
Além disso, no momento da celebração do contrato, C.., entrega aos promitentes
vendedores 20% do valor da casa 800.000,00Mt. Introduziram ainda uma
cláusula que estipula a obrigação de celebrar o contrato prometido no prazo de
90 dias. Quando chega o prazo, A. e B. não comparecem.

Quid juris?

8. A, é proprietária de um Aston Martin V12 Vanquish, o qual recebeu como


prenda do seu avô aquando da conclusão do seu doutoramento. Contudo,
recentemente decidiu que pretendia alienar o veículo, de modo a canalizar o
valor do mesmo para a criação da sua start up. Em 1 de Fevereiro do presente
ano, o seu amigo B, quando soube da sua vontade, acordou verbalmente com A
que esta se comprometia a vender-lhe referido automóvel. A data marcada para a
celebração do negócio foi 1 de Março desse mesmo ano, assim, ambos teriam já
regressado de férias e tratariam tudo com calma.

De forma a demonstrar a sua boa-fé, B, transfere para a conta de A., 300.000 Mt,
tendo colocado no descritivo "carro - primeira tranche". Entretanto, A., recebeu
uma proposta do seu primo C., para aquisição do mesmo: oferece-lhe 600.000
Mt, a pagar em duas tranches, separadas por 6 meses, ficando cada prestação
sujeita a uma taxa de juros de 3% ao mês. Celebram o contrato por escrito,
reconhecendo as assinaturas junto de um notário, tendo sido entregue, por C, o
valor de 300.000 Mt a A.,. Por acordo das partes, C., procede ao registo do
contrato. O contrato definitivo fica agendado para 10 de Março de 2024.

Quando soube do que se passou B., ficou furioso: afinal, A., gozou com as suas
expectativas! Deste modo, notifica A., para a celebração do contrato-prometido:
ela não responde e nada lhe diz. No dia 10 de Março de 2024, B., dirige-se à
conservatória, onde ia ser celebrado o contrato-prometido, e exige que lhe seja

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vendido o automóvel. A.,, C., e todos os presentes ignoram-no e avançam com a
compra e venda.

Por conseguinte, B., decide contactá-lo de modo a saber quais os seus direitos e o que o
pode fazer.

9. A... comprometeu-se a dar preferência a B... na venda do imóvel de que é


proprietário; comprometeu-se ainda a vender a B..., no prazo de dois meses, um
automóvel antigo guardado nos anexos do imóvel, pelo preço de 100.000,00MT.
Passados dois meses A... recusa-se a vender a B... o automóvel, a não ser que
este esteja disposto a comprar o imóvel por 5.000.000,00MT. B... considera este
preço excessivamente elevado pelo que não aceita comprar o imóvel.

Entretanto, A... vende ambos os bens a C...: o automóvel por 120.000,00MT e o imóvel
por 5.000.000MT.

a) Poderá B... exercer algum direito contra A...?

10. Através de um escrito particular assinado pelos promitentes, com


reconhecimento notarial das respectivas assinaturas, A... prometeu vender a
B...um imóvel situado no bairro do Esturro, que, na data pertencia a C... No
momento da celebração, A... recebeu de B... a totalidade do preço acordado,
tendo as partes, além disso, estipulado de modo expresso que o não
cumprimento da promessa "implicaria o direito de recurso à execução
específica". Estabeleceu-se ainda que a escritura de compra e venda deveria ser
celebrada até ao dia 20 de Março de 2024. O imóvel continua a pertencer
actualmente a C...

a) Poderá B... recorrer agora a execução específica do contrato promessa nos termos do
artigo 830 do CC?

b)Poderá B., servir-se dos meios constantes do artigo 442 do CC?

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