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Indução, Dedução e

Dialética
I – Indução
Método Indutivo

Indução é o raciocínio que permite passar de


Observações particulares para afirmações ou leis
gerais e universais.

Observações
Particulares 1ª) Este metal dilata-se com o
calor.
2ª) Aquele outro metal dilata-
se com o calor.
Indução 3ª) O metal seguinte também
(salto lógico) se dilata com o calor.

Conclusão
Universal ou Portanto, todos os metais dilatam-se com
Lei Geral o calor.
Método Indutivo

Ou seja, o método indutivo parte de uma


observação particular, para assim, depois de
muitos testes em situações a variáveis diversas,
generalizar indutivamente os resultados daqueles
testes e construir uma lei geral e universal.

Por exemplo, ao afirmar que “a


água é uma substância composta
de hidrogênio e oxigênio”, estamos
fazendo uma afirmação válida para
qualquer porção de água.
Método Indutivo

No entanto, existem três condições necessárias


para que o método indutivo aconteça
satisfatoriamente na Ciência:

1ª) O número de testes e observações que


formarão a base da generalização deve ser grande;

2ª) As observações devem ser repetidas e testadas


sob ampla variedade de condições;

3ª) Nenhuma proposição de observação (resultado


de cada teste) deve conflitar com a lei universal
derivada.
II – Dedução
Método Dedutivo

No entanto, depois de construída uma lei geral ou


universal (através do método indutivo), a Ciência
utiliza-se do Método Dedutivo, que permite, por
sua vez, a partir dessas leis gerais, prever a
ocorrência de fenômenos particulares,
possibilitando com isso uma maior eficácia para a
transformação da natureza.
Método Dedutivo

Dedução é o raciocínio que permite passar de uma


afirmação universal para uma conclusão particular,
cuja verdade da conclusão já está totalmente contida na
verdade do conteúdo das afirmações anteriores.

Afirmação
Todos os homens respiram.
Universal

Paulo é homem.

Dedução

Conclusão Portanto,
Particular Paulo respira.
Indução e Dedução

O conhecimento científico usa da indução para construir


leis gerais; no entanto, usa da dedução para prever
fatos e acontecimentos particulares através de leis
universais já provadas e consolidadas.
III – Dialética
Método Dialético

A dialética foi um método que teve em Hegel e


Marx um grande destaque. O principal para a
dialética é o fato de que a razão é histórica, ou
seja, a verdade é construída no tempo.

Trata-se da filosofia
do devir, do ser
como “processo”,
como “movimento”,
como “vir-a-ser”.
Método Dialético

Para a dialética, o ser está em


constante transformação,
donde surge a necessidade de
fundar uma Nova Lógica que
não parta do princípio de
identidade (A=A), que é
estático, mas do princípio de
contradição (A≠A), para dar
conta da dinâmica do real.

Esta nova lógica é a Dialética.


Método Dialético

Há, com isso, um novo conceito de história,


também dialético:

A história não é uma simples


acumulação ou justaposição de
fatos acontecidos no tempo, mas é
o resultado de um processo, cujo
motor interno são as contradições
presentes na própria história.

Ou seja, o presente é a síntese de um longo


processo de contradições do passado.
Dialética hegeliana

Hegel, por exemplo, faz das palavras do poeta


Goethe a lei da dialética: “Tudo o que existe merece
desaparecer”.

Mas essa força destruidora


é ao mesmo tempo a força
motriz do processo
histórico: a morte é
criadora e geradora.

A ideia central é a de que todo ser contém em si


mesmo o germe da ruina e de sua superação.
Dialética hegeliana

Hegel explicou a dialética através dos conceitos de


tese, antítese e síntese. Por exemplo:

Botão (tese) Flor (antítese) Fruto (síntese)


Ou seja, é a Ou seja, trata-se aqui Ou seja, é a superação
afirmação acerca da contradição, a da contradição entre
de algo. negação do botão. botão e flor.
Dialética hegeliana

Para melhor entender o processo dialético,


lembremos que Hegel utilizou a palavra alemã
“aufheben”, que significar “superar”.

A riqueza do termo superar


(aufheben) significa tanto a
ideia de suprimir como
também a de conservar.

Ou seja, a dialética representa um processo que, na


superação da contradição de algo, o que é negado é ao
mesmo tempo mantido na própria dialética.

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