Você está na página 1de 11

Espiritualidade e

Autotranscendência

Centro Universitário Claretiano


Antropologia Filosófica
Prof. Paulo R.
Comportamento humano
Um dos esforços constantes do comportamento
humano é superar o comportamento dos animais
no pensamento, na liberdade, no trabalho, na
palavra, na técnica, na diversão etc.
Autotranscendência
Mais singular ainda é o fato de o homem querer
superar a si mesmo em tudo o que ele faz, diz,
pensa, deseja.

Essa atitude é
chamada de
autotranscendência,
que significa “superar
a si mesmo”
Espiritualidade
A autotranscendência é sinal de que o homem
não pode ser reconduzido apenas pela matéria e
pelas suas forças.

Além de um elemento
corpóreo, somático,
material, o homem
possui também outro
elemento diferente: a
espiritualidade.
Espiritualidade
De fato, não é possível que uma realidade consiga
continuamente superar a si mesma em tudo o que
faz, por vezes prescindindo do tempo e do espaço,
se ela for apenas de ordem material.

Apenas uma
realidade
imaterial ou
espiritual pode
fazer isso.
Espiritualidade
O homem está em condição de sair de si mesmo,
sobrevoar todo o mundo da experiência, julgar o
presente e o passado e antecipar o futuro, porque
traz em si um elemento da espiritualidade.

A autotrans-
cendência é a
expressão clara
e inconfundível
da espiritualidade
do homem.
Assim escreveu o filósofo indiano Radhakrishnan:

“O verdadeiro humanismo ensina-nos que há, no


homem, algo a mais do que aparece na sua
consciência ordinária, algo que gera ideias e
pensamentos, uma presença espiritual mais sutil que
o torna insatisfeito com as suas conquistas puramente
terrenas. A condição ordinária do homem não é, pois,
a sua essência mais íntima: há nele um Si mais
profundo; quer que se chame sopro vital ou espírito,
alma, mente. Em cada ser habita uma luz que
nenhuma potência pode extinguir, um espírito imortal,
benigno e tolerante, um testemunho silencioso nas
profundezas do seu coração” (1966, p. 34).
Conclusão
É claro que, ao pensar a existência humana, não
podemos deixar de considerar o materialismo e
suas alienações históricas.

O homem é influenciado a
todo momento por
questões mais
abrangentes, que não
dependem unicamente de
sua consciência e escolha
pessoal.
Conclusão
No entanto, afirmar que o homem deve ser
entendido apenas pelo enfoque material seria
reduzi-lo a aquilo que ele não é, ou seja, apenas
como mero resultado do contexto socioeconômico.

Isso provoca uma


generalização no conceito de
ser humano, haja vista que a
sua definição não passa pelo
conceito de liberdade
pessoal, mas pelo de
massificação.
Conclusão
Não é caso de prescindir da questão material, nem
fechar os olhos às alienações socioeconômicas. No
entanto, isso não quer dizer que o ser humano deva
ser entedido SOMENTE pela perspectiva materialista.

Fazendo uso da frase de


Sartre ao lado, percebe-se
que a liberdade humana é
algo absoluto sim, porém,
contextualizada na história e
nas adversidades materiais.
Referência Bibliográfica

RAMPAZZO, Lino. Antropologia, Religiões e


valores cristãos. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2004.

Você também pode gostar