coletividade de pessoas ou por uma massa de bens, dirigidos à realização de interesses comuns ou coletivos, às quais a ordem jurídica atribui a Personalidade Jurídica. Duas espécies fundamentais de Pessoas Coletivas Corporações Fundações. As Corporações, têm um substrato integrado por um agrupamento de pessoas singulares que visam um interesse comum, egoístico ou altruístico. Essas pessoas ou associados organizam a corporação, dão-lhe assistência e cabe-lhe a sua vida e destino. As Fundações, têm um substrato integrado por um conjunto de bens adstrito pelo fundador a um escopo ou interesse de natureza social. O fundador pode fixar, com a atribuição patrimonial a favor da nova Fundação, as diretivas ou normas de regulamentação do ente fundacional da sua existência, funcionamento e destino. Elemento da pessoa coletiva
Elemento Pessoal, verifica-se nas Corporações. É a
coletividade de indivíduos que se agrupam para a realização através de actividades pessoais e meios materiais de um escopo ou finalidade comum. É o conjunto dos associados. Elemento Teleológico: a Pessoa Coletiva deve prosseguir uma certa finalidade, justamente a fim ou causa determinante da formação da coletividade social ou da dotação fundacional. Elemento Intencional: trata-se do intento de constituir uma nova pessoa jurídica, distinta dos associados, do fundador ou dos beneficiários. Elemento organizatório: a Pessoa Coletiva é, igualmente, por uma organização destinada a introduzir na pluralidade de pessoas e de bens existente uma ordenação unificadora. Pessoas coletivas de direito público e pessoas coletivas de direito privado
Para o Prof. Dias Marques, são pessoas de
Direito Público, aquelas que se encontram vinculadas e cooperam com o Estado num conjunto de funções públicas específicas. Pessoas Coletivas de Direito Privado e utilidade pública: são aquelas que propõem um escopo de interesse público, ainda que concorrentemente acabem por satisfazer os interesses dos seus próprios associados. O legislador designou as Pessoas Coletivas em três modalidades: - Associações; - Fundações; - Sociedades. Sociedades Comerciais
Nos termos do art. 1º/2 do Código das Sociedades
Comerciais, a sociedade é comercial quando tenha por objecto a prática de actos de comércio e adopte um dos diversos tipos regulados nesse código. Tipos de Sociedades Comerciais
Sociedades em nome coletivo: nestas sociedades cada
sócio responde individualmente pela sua entrada e responde ainda solidariamente e subsidiariamente pelas organizações sociais (art. 175º/1 CSC). Neste caso, se um dos sócios satisfizer do passivo social mais que aquilo que lhe competia, tem direito de regresso sobre os demais sócios (art. 175º/3 CSC). Sociedade por quotas de responsabilidade limitada: cada sócio responde apenas pela realização da sua quota e solidariamente pela dos demais sócios até à completa realização do capital social. No entanto não responde em geral pelas dívidas sociais (art. 172º CSC). Sociedades anónimas art. 234º CSC: cada sócio responde apenas pela realização das ações que subscreveu. Uma vez realizado o seu capital, o sócio não responde nem pela realização da quota dos demais sócios, nem pelas dívidas sociais. Sociedades em Comandita: nestas sociedades o regime de responsabilidade dos sócios é misto: há sócios comanditados que são aqueles que respondem como sócios das sociedades em nome coletivo e há os sócios comanditários, estes respondem apenas pela sua entrada na sociedade (art. 477 seg. CSC). Constituição das pessoas coletivas
O início da sua personalidade resulta de um acto que
geralmente se analisa em, três momentos distintos: 1. Organização do substrato da Pessoa Coletiva; 2. Reconhecimento da Pessoa Coletiva; 3. Registo da Pessoa Coletiva. Extinção das pessoas coletivas
A cessação da personalidade da Pessoa Coletiva, resulta da sua
extinção. Esta tem três momentos: 1. Dissolução: opera pela verificação de um facto, que é capaz de determinar a extinção da Pessoa Coletiva. É um facto dissolutivo, ocorrido este, inicia-se o processo de extinção. Continua a ter Personalidade Jurídica, porque enquanto não for extinta não está impossibilitada de retomar a sua actividade normal (art. 1019º CC). Não é um fenómeno irreversível. 2. Liquidação: consiste na ultimação dos assuntos em que a Pessoa Coletiva estava envolvida, e no apuramento total dos bens desta. Para isso é necessário realizar o ativo patrimonial (liquidez) e pagar o passivo da sociedade. Feito isso, apuramos o acervo. 3. Sucessão: o destino a dar ao património da Pessoa Coletiva, mediante a atribuição a outras pessoas, sejam coletivas ou privadas (art. 166º CC).
Instrumentos Empregados no Estado Democrático de Direito para persuadir o cidadão a respeito de sua responsabilidade tributária: coerção, incentivo e educação