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I
Capítulo I
Problemas em relação aos quais fazemos a pergunta “QUID
JURIS?” (“O que de Direito há a dizer sobre esta questão ?
Qual é a resposta que o Direito dá a este problema?”)
Contraponto
entre problemas
Problemas em relação aos quais fazemos a pergunta “QUID
distintos JUS?” [«Não cuidamos de obter uma resposta no direito ou do
direito (de sermos esclarecidos por ele ou através dele), mas
sim de conseguir uma resposta sobre ele…»]
O que é o Direito?
Qual é o sentido pratico-culturalmente específico que
distingue o Direito?
Podermos falar universal e ahistoricamente do Direito ou
devemos antes distinguir diversos Direitos ou pelo menos
que ao jurista
importa Formular a pergunta levando a sério uma perspectiva interna
(normativamente comprometida)? Que quer isto dizer?
Pedindo ajuda a HART…
Pedindo ajuda a HART…
Os pontos de vista interno,
externo radical e externo
moderado
(a) a procura de uma perspectiva interna distinta daquela que o
discurso jurídico do século XIX nos ensinou a reconhecer
(remissão para um dos temas capitais do nosso curso…e que o
A intenção normativa
justifica enquanto tal!);
(capaz de orientar
uma perspectiva (b) a procura de uma perspectiva interna num contexto de
multiplicação (fragmentação) das perspectivas de compreensão
interna)
do direito (a superação do paradigma do normativismo legalista
O seu problema-desafio no nosso
e a impossibilidade de reconstruir um paradigma alternativo);
contexto prático-cultural
(c) a procura de uma perspectiva interna num contexto de
reconhecimento e de valorização dos «códigos» linguísticos e
extralinguísticos que distinguem os grupos ou pequenas
comunidades (de advogados, de juízes, de «académicos»)…
Primeira Parte
O direito como dimensão da nossa prática: o problema do seu «sentido
civilizacional»
Capítulo I /
O sentido geral do «projecto humano» do direito
Os elementos da
controvérsia
δ) a exigência de β) o contexto-ordem (e
«tratamento» (ou de a dogmática integrante
assimilação) desta que o estabiliza)
juridicamente diferença
relevante
γ) os sujeitos
na sua
autonomia-
diferença
Linhas de Sujeitos Exigências- Dimensões
estrutura aspirações da Justiça
Ordo Sujeitos Autodeterminação- Justiça
privados -liberdade/Paridade/ Responsabilidade comutativa/
partium
por reciprocidade e pelo equilíbrio da
integração Justiça
ad partes
correctiva
exterioridade
lei é ao mesmo tempo móbil da acção chama- -se moralidade-Moralität
(eticidade) da mesma. Os deveres decorrentes da legislação jurídica só
/ponto de vista
podem ser deveres externos...» (KANT, Metafísica dos costumes, 1797,
Introdução, III «De uma divisão da metafísica dos costumes»)
externo
«O que nos permite começar a ver aqui a nota decisivamente
diferenciadora do direito perante a moral — esta poderá ser
apenas ad alterum e de sentido puramente imperativo (i.é, com
a exclusiva categoria do dever), mas o direito não poderá deixar
de se manifestar numa “bilateralidade atributiva” (i. é, com as
Inter- correlativas categorias de direito e de dever ou obrigação). Pelo
subjectividade que se poderá dizer que o princípio da moral está nos deveres
— no ponto de vista do outro ou no rosto do outro que me
(bilateralidade interpela (LEVINAS) — e o princípio do direito está
atributiva) simultaneamente nos direitos (no ponto de vista do eu) e nos
deveres (no ponto de vista do outro e dos outros) pela mediação
do comum da vida social.» (CASTANHEIRA NEVES, O
problema actual do direito. Um curso de Filosofia do Direito,
Coimbra-Lisboa 1994)
Proportio
ad
alterum
INTERSUBJECTIVIDADE
INTERSUBJECTIVIDADE
BILATERALIDADE ATRIBUTIVA
"Há bilateralidade atributiva quando duas ou mais pessoas se relacionam segundo uma proporção objetiva que as autoriza
a pretender ou a fazer garantidamente algo.“
“Para que haja Direito é indispensável que a relação entre os sujeitos seja objetiva, isto e, insuscetível de ser reduzida,
unilateralmente, a qualquer dos sujeitos da relação…”
Tercialidade-comparabilidade
TIPOS DE
SANÇÕES
Sanções
negativas
SE… hipótese ou previsão
A ESTRUTURA
LÓGICA DA NORMA
A articulação
hipotético-condicional
se...→então ENTÃO… estatuição
SE… hipótese ou previsão
- INVALIDADE
O PROBLEMA DA COACÇÃO (NULIDADE, ANULABILIDADE)