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CARTA DA TERRA
EM AÇÃO
Mediação de Conflitos

Sandra Inês Baraglio Granja


12 de julho de 2017 sines@uol.com.br
Objetivos

 Desenvolver e aplicar a resolução pacífica de conflitos.

Dialogar e desenvolver o processo de tecelagem de acordos, utilizando


formas de comunicação não–violenta.

Compreender a multidimensionalidade dos conflitos, sua transversalidade e


o enfrentamento de problemas socioambientais.

Incentivar ações de protagonismo de mediação socioambiental em diversas


situações, colaborando para uma cidade mais sustentável.

Compreender o território onde se localizam os problemas socioambientais.

Refletir sobre a importância e a necessidade das redes sociais, bem como


articulação de políticas públicas no suporte às ações mediação de conflitos.
Compreendendo
A mediação
Arcabouço jurídico
LEI Nº 13.140, DE 26 DE JUNHO DE 2015.
Dispõe sobre a mediação entre particulares
como meio de solução de controvérsias e
sobre a autocomposição de conflitos no
âmbito da administração pública; altera a Lei
no 9.469, de 10 de julho de 1997, e o Decreto
no 70.235, de 6 de março de 1972; e revoga
o § 2o do art. 6o da Lei no 9.469, de 10 de
julho de 1997.

Você sabia que no município de São Paulo, a PMSP criou várias Casas de Mediação?
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/seguranca_urbana/casas_de_mediacao/index.php?p=45127
DIMENSÃO DO CONFLITO
Dimensão transversal do conflito
Conflito

• Relação existente entre uma ou mais partes que se sente afetada por algum
questionamento ocorrido no que foi estabelecido.

• Interação complexa de interesses e valores que podem competir entre si.


• Relações humanas.

• Oportunidade de identificar problemas e resolver questões sociais ou


socioambientais.
• Construção social ou um feito social.

• Ruptura ou distorção da dinâmica de uma relação.


• Pontuais: capazes de serem solucionados rapidamente.
• Graduais.

• Parte do processo da vida social.


• Funções e efeitos.
• Patologia social.
Visões de conflito

Tradicional: ruins e danosos.


Relações humanas: natural e inevitável.
Atual: pode ser uma força positiva e é absolutamente
necessário.

Tipos de conflitos:
Ideias.
Poder.
Interesses:
Interpessoais.
Intrapessoal.
Prefiro evitar o conflito?
Conflitos de interesses: projetos particulares x coletivo
IP x IP
IP x IC
IC x IC
IC x IP
Identifique um conflito de interesse: IP x IC
Fontes de Conflito
Incompatibilidade de metas Desonestidade Autoritarismo
Arrogância / subestimação
Interdependência das partes Negligência
do outro
Diferenças na interpretação dos Preconceito e
Intenção
fatos discriminações
Desacordos baseados em Atitudes que fogem ao diálogo –
Falha de comunicação
expectativas comportamentais inclusive violentas
Sentimentos de ameaças a Apego exagerado às próprias Falta de equidade de poder
valores e tradições opiniões e crenças entre as partes
Manipulação de informações ante Falhas no estabelecimento de Má condução de uma
a situações que envolvem risco limites situação anterior de conflito
Qual(is) modelo(s) de mediação?

Processo de tomada de decisão não-coercitivo, igualitário?


Forma de comunicação que descontrói hierarquias e constrói
cooperação?
Modelo de vários passos?
Comportamentos em situação de conflito
Estilos na solução de conflitos
O que é mediação ?
Mediação
Processo de tecelagem contínuo, por meio
do compartilhamento de interpretações e
sentidos e da realização de ações articuladas
que resultem melhorias para a comunidade,
para os envolvidos.
Processo complexo que implica na
participação das partes e de um terceiro.
Mediador pode ser um indivíduo, um grupo
de indivíduos ou uma instituição. As partes
escolhem o mediador.
Sem juízos ou decisões vinculantes para as
partes.
Processo deve ter um caráter educativo-
pedagógico.
Facilitador que colabora em um acordo
consensual, utilizando atos de fala.
Processo de comunicação, tornando
transparente cada fase.
Características básicas
  
O mediador deve ser imparcial?

Deve haver isonomia entre as partes?

A mediação é um processo oral? Por que? 

Punição ou responsabilização pelos atos?

O processo de mediação visa a busca do consenso?

Deve existir a confidencialidade?


Pressupostos para plataformas de mediação

Entender as preocupações dos envolvidos.


Aceitar responsabilidades, admitir erros.
Agir de modo confiável todo o tempo.
Enfoque na construção de relações de longo prazo.
Encorajamento ao exercício de construir alternativas de forma conjunta.
Reuniões “legitimadas”.
A abordagem da construção de consensos deve articular saberes e experiências dos
interlocutores para obter resultados de forma sinérgica e integrada.
Ênfase na participação.
Construir consensos gradativos.
Interesses e preocupações comuns na definição/solução do problema.
Sensos comuns com várias percepções, diferentes respostas para diferentes perguntas.
Processo que busca uma solução maior do que as contribuições pessoais.
Necessidades e expectativas de pessoas com interesses diferentes.
Habilidades do mediador

- Deve ser aceito por todos.


- Ouvir.
- Explicitar sempre.
- Entender.
- Quem deve ser envolvido?
- Fornecer informações precocemente.
- Balancear o poder entre os interlocutores e seus interesses.
- Perceber diferenças culturais, pois interfere nas estratégias.
- Entender a história de como o processo de decisão é tomado. Isso pode
indicar um padrão que melhora o entendimento da situação.
- Compreensão das propostas, até antagônicas, delimitando áreas de
aproximação e outras de conflito.
O que o mediador não deve fazer

- Ser participante ativo no conteúdo da discussão.

- Controlar conteúdo.

- Advogar uma posição.

- Ter um interesse no conteúdo do resultado da reunião.

- Influenciar.

- Se afastar da agenda.

- Se irritar com a questão em foco.


Críticas aos argumentos do outro?
É possível mediar sem apoio institucional?
Culpando o outro, apontando dedos
Encaminhamentos da mediação:

• Diluição da culpa individual.


• Significação do diálogo.

• Tradição da culpa individual sabota


o diálogo transformador.

• Culpar alguém é posicionar-se como


alguém que sabe tudo e totalmente
íntegro.

• Hostilidade é uma reação comum às


acusações.

• Grupos antagônicos: negam sua


própria participação no conflito,
atribuindo a culpa ao outro: ricos-
exploração; pobres-indolência.

• Reciprocidade: você, depois eu,


depois você, depois eu
(informações, concessões)
• Consistência: ponto de partida
(pequeno e depois crescer).
• Afinidade: semelhanças,
oportunidades de cooperação.
Escolha um conflito para mediar
Escolha um conflito para mediar
É necessário conhecer o território?
Por que?
Exemplo de conflito para ser mediado
Qual(is) modelo(s) de mediação?

Processo de tomada de decisão não-coercitivo, igualitário?


Forma de comunicação que descontrói hierarquias e constrói
cooperação?
IP x IC ?
Modelo de vários passos? Requer planejamento?.
Quantas
explicações
diferentes
permite uma
situação?
(Apreciações
Situacionais)

20
Lago Birmânia
Apreciação situacional
Consenso e seus Limites
A construção de
consensos só é
possível quando
gera
compartilhamento
de conhecimento
e discussão de
conflitos.
Os limites do consenso,
está no
entendimentos da
situação.

Processo de
socialização =
compartilhamento. dos
O consenso não pode
ser um fator de
pressão quando há
tensão, discussão e
desacordo.
O consenso é um
processo.

Quando a abstração do
consenso é muito
grande, “visão de
futuro”, por
exemplo, os
interlocutores não
conseguem se
comprometer.
Diálogo Transformador

Objetiva facilitar a construção colaborativa de novas realidades.

Forma ativa de construção conjunta do real.

Desafio: construção conjunta de um futuro viável.

Parte da ação, com situações de realidades múltiplas e conflitantes.

Busca ações e condições conversacionais que têm potencial transformador.

Busca não equalizar as diferenças, ou anulá-las, mas facilitar a troca de experiências.

Ressalta o valor dessas diferenças, da variedade de sentidos e recursos que


disponibilizam para a construção de novas visões, consensos e alternativas mais
aptas.

As limitações do discurso dominante são reconhecidas e as possibilidades de superá-


lo podem ser consideradas.
Conversações públicas
Debate Diálogo

• Envolve troca de perspectivas e


• Pessoas falam a partir de um
convicções na qual as pessoas falam
posicionamento de certeza,
e ouvem aberta e respeitosamente.
defendendo suas próprias
convicções; desafiando e atacando o • Participantes falam como indivíduos únicos
outro lado, tentando persuadir os sobre suas convicções e experiências,
outros a adotar seu ponto de vista. revelam suas certezas e incertezas e
tentam entender-se.
• Os escolhidos para participar não são
• Os participantes tendem a ser líderes necessariamente “líderes”. Falam como
conhecidos por apresentar uma indivíduos cujas próprias experiências
posição cuidadosamente elaborada. particulares diferem de alguma forma das
dos outros.
• Clima de segurança: facilitadores propõem,
• Clima ameaçador: esperam-se ataques obtêm acordo e executam com regras
e interrupções por parte dos claras para aumentar a segurança e
participantes , geralmente permitidos promover a conversa.
pelos moderadores. • Os participantes falam como indivíduos a
partir de sua própria experiência e uns com
• Participantes falam a seus próprios os outros.
grupos e, talvez ao grupo de indecisos.
• Declarações são previsíveis e • Surgem novas informações.
oferecem pouca informação
nova. • O sucesso requer a
exploração das
• O sucesso requer declarações complexidades da questão
fervorosas simples. que está sendo discutida.

• Os debates funcionam dentro • Os participantes são


das limitações do discurso do encorajados a questionar o
público dominante. discurso público dominante.
• O discurso define o problema e • A expressar necessidades
as opções para sua resolução. fundamentais que podem, ou
não estar refletidas no
discurso e a explorar diversas
• Presume que as necessidades e opções para a definição e
valores fundamentais já foram resolução do problema.
claramente entendidos. • Os participantes podem
descobrir inadequações na
linguagem e conceitos
normalmente utilizados no
debate público.
• As diferenças entre os
“lados” são negadas ou • As diferenças entre os
minimizadas. participantes do mesmo “lado”
são reveladas à medida que
• Os participantes expressam exploram as bases individuais e
um comprometimento pessoais de convicções e valores.
resoluto com um ponto de
vista, como uma abordagem • Os participantes expressam
ou ideia. incertezas, bem como convicções
extremamente firmes.
• Os participantes ouvem a fim
de refutar os dados • Os participantes ouvem para
apresentados pelo outro entender e obter conhecimento
lado e para expor a lógica das convicções e preocupações
falha de seus argumentos. dos outros.

• As perguntas são feitas de • As perguntas são feitas por


uma posição de certeza. curiosidade.
Essas perguntas
frequentemente constituem
desafios retóricos ou
declarações disfarçadas.
AS REDES DE APOIO
PARA A MEDIAÇÃO
O RH e os líderes precisarão de suporte de redes após a mediação?
Redes horizontais e nas relações de confiança no trabalho pós mediação
Redes intersubjetivas de pactuação, construídas a partir do seu reconhecimento como
formas de reconhecimento do outro como legítimo outro na convivência (Maturana, 1998
apud Teixeira, 2003).
Governança integrada: negociação e parceiras

Organização Organização Organização ONG PPP


A B N

Programa 1

Programa 2

M
E
T Programa 3
A
S

Programa 4

Programa n

Caio Marini & Humberto Martins


MEDIAÇÃO E VOCABULÁRIO
Linguagem não violenta
Processo da comunicação na mediação

FILTRO
PERCEPTIVO
Idéias ou INTENÇÃO
emoções Significado
-----------
MENSAGEM--------- da mensagem
Significado
da Resposta OBJETO
+
SITUAÇÃO
Dinâmica Interna
Dinâmica Interna
do Receptor
da Fonte
--------------------RESPOSTA-
FILTRO
PERCEPTIVO
INTENÇÃO
Vozes da mediação

Combater a linguagem preconceituosa.

A voz abre um leque de possibilidades, e também de consequências.

A voz só terá efetividade se associada à capacidade de cooperação na mediação.

A voz implica tempo, mobilização entendimento do problema, comprometimento,


reivindicação, participação na decisão e responsabilidade na implementação.

Desenvolver ou partilhar uma compreensão comum para solucionar a situação.


A voz é construída para a ação.

A formação de opinião e da vontade comum são essenciais ao processo de mediação.

Ética o tempo todo.

Processo dialógico.

Voz transdisciplinar, possibilitando o afrouxamento de fronteiras disciplinares


Mediação como espiral de aprendizagem
Exercício

O mundo é do
tamanho do nosso
vocabulário !

Bosch, Hieronymous:”The Temptation”


Linguagem corporal

O Grito, de Edvard
Munch, 1863
ESTRATÉGIAS
Estratégias
O que fazer com um interlocutor irracional?
Algumas Estratégias

Perceber diferenças culturais e históricas dos atores, interfere nas estratégias (o


mundo é do tamanho do nosso vocabulário).

Entendimento da história, como o processo de decisão é tomado.

Criar cooperação e diálogo sustenta-se na possibilidade de que é possível, até um


certo ponto.

Uma análise preliminar de inviabilidade não significa o abandono da tentativa de


acordo.

É possível lutar pela sua viabilização, através da utilização de estratégias e táticas.


Registro é imprescindível.

Evite consensos falsos.

Observe acordos tensos.

Explorar ideias de convergência e divergência.


PODER
Punição ou responsabilização pelos atos?

Projeto de Penitenciária de N. Harou-


Romain, 1840. Sistema panóptico:
detento reza em sua cela, diante da
torre de vigilância central. Fonte:
FOUCALT, Michel. Vigiar e Punir.
Petrópolis, Vozes, 1987
Justiça Restaurativa

“A Justiça Restaurativa baseia-se num procedimento de consenso,


em que a vítima e o infrator, e, quando apropriado, outras
pessoas ou membros da comunidade afetados pelo crime, como
sujeitos centrais, participam coletiva e ativamente na construção
de soluções para a cura das feridas, dos traumas e perdas
causados pelo crime. Trata-se de um processo estritamente
voluntário, relativamente informal, a ter lugar preferencialmente
em espaços comunitários, sem o peso e o ritual solene da
arquitetura do cenário judiciário, intervindo um ou mais
mediadores ou facilitadores, e podendo ser utilizadas técnicas de
mediação, conciliação e transação para se alcançar o resultado
restaurativo, ou seja, um acordo objetivando suprir as
necessidades individuais e coletivas das partes e se lograr a
reintegração social da vítima e do infrator”.

(Slakmon, C., R. De Vitto, e R. Gomes Pinto, org., 2005. Justiça Restaurativa


(Brasília – DF: Ministério da Justiça e Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento - PNUD).
Suportes teóricos
Leitura obrigatória

“Transcender e
transformar:
uma introdução ao
trabalho de conflitos”

Johan Galtung
Contextualizando

O Brasil conta com 87 câmaras de mediação e arbitragem implantadas em 24


unidades da federação. Quatro mil pessoas já foram capacitadas e estão aptas
a atuar como mediadores, conciliadores e árbitros. (fonte: Sebrae)

Cidade de Shijiazhuang (China) adotou uma nova forma em busca da solução


dos problemas entre os vizinhos e tem obtido resultados positivos: formam os
mediadores e criam salas para a mediação em comunidades. Em 2005 como
exemplo, foram resolvidos mais de 90 mil casos entre os moradores nas salas
de mediação.

Bahia, (2001): mantidos com muito trabalho voluntário, os Escritórios


Populares de Mediação também recebem apoio do Ministério da Justiça, da
Secretaria Especial de Direitos Humanos, da Assembléia Legislativa do Estado
da Bahia e do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Contextualizando

CASA DE MEDIAÇÃO COMUNITÁRIA – SOMA - Ceará : busca contribuir para a


melhoria de vida das pessoas, pois atua pontualmente no conflito que pode se
tornar, em curto prazo, motivo gerador de crimes considerados
"aparentemente" sem uma justificativa lógica, além de prevenir a violência
familiar. Cumpre o papel de educador social ampliando a visão de mundo das
partes.

Portugal: Centro de mediação de conflitos de natureza financeira. Inicialmente,


os cinco maiores grupos bancários mostraram-se disponíveis para criar este
organismo, mas desde então a idéia tem vindo a perder força no seio das
instituições.

A Câmara de Mediação Secovi-SP é um espaço para a resolução de impasses,


divergências e conflitos por meio do dialogo. A mediação faz com que seus
participantes encarem seus impasses de forma madura e consciente, co-
responsabilizando-se pela busca de uma solução para o setor imobiliário.
Endereços das Casas de Mediação
• Sé - Praça da Sé (Próximo Metrô Sé) - Telefone: (11) 3101-8784

Campo Limpo - Rua Manoel José Pereira, nº. 300 - Jd. Gismar - Telefone: (11) 5511-4053

Vila Mariana - Rua Capitão Macedo, nº. 553 - Telefone: (11) 5086-0711

Ibirapuera - Avenida República do Líbano (Portão 7) - Telefone: (11) 5573-1329

Santo Amaro - Rua Darwin, nº. 221 - Telefone: (11) 5687-2514

Santana - Praça Heróis da FEB - Telefone: (11) 2221-4962

Pinheiros - Rua Dr. Frederico Hermann Júnior, nº. 653 - Telefone: (11) 3813-0106

Mooca - Rua Taquari, nº. 635 - Telefone: (11) 2081-1844

Itaquera - Avenida Prof. João Batista Contil, nº. 285 - Telefone: (11) 2522-8592

Guaianases - Rua Fernandes Palero, nº. 301 - Telefone: (11) 2555-2043

São Miguel - Avenida Pires do Rio, nº. 1349 - Telefones: (11) 2051-6495/(11) 2051-8826

Vila Prudente - Rua Iamacaru, nº. 131- Telefone: (11) 2703-0855

Ipiranga - Rua Breno Ferraz do Amaral, nº. 415 - Telefones: (11) 5058-3323/ (11) 5073-0799

Freguesia do Ó - João Luís Calheiros, nº. 40 - Telefones: (11) 3921-8003/(11) 3921-9931

Parelheiros - Avenida Sadamu Inoue, nº. 5.252 - Telefone: (11) 5921-4217

M’ Boi Mirim - Rua Tuparoquera, nº. 2220 - Telefone: (11) 5894-4625/5920-0236

Jaçanã/Tremembé - Rua Adauto Bezerra Delgado, n°. 210 - Telefone: (11) 2991-1732
Endereços das Casas de Mediação

• Butantã - Praça João Pisani, nº. 449 Telefone: (11) 3721-2671

Bom Retiro - Avenida Santos Dumont, nº. 767 - Bom Retiro - Telefones: (11) 3313-7792 / 3313-1685

Consolação Pacaembu - Rua João Guimarães Rosa s/n. – Telefone: (11) 3159-3733

Lapa - Rua Major Paladino, nº: 180 – Vila Leopoldina – Telefones: (11) 3801-4206/ 3801-4224 

Perus - Rua Ilídio de Figueiredo, nº. 492 – Perus – Telefones: (11) 3919-2584/3919-2585/3919-2586

Vila Maria/Vila Guilherme - Travessa Simis, nº. 09 – Carandiru – Telefones: (11) 2221-4353/2221-5116/2223-0228 

Casa Verde/ Cachoeirinha - Rua Xiró, nº. 266 Telefone: (11) 3966-5557 

Aricanduva - Praça Aroldo Daltro – Telefone: (11) 2295-9953

Cidade Ademar - Rua Sebastião Afonso, nº 828 - Telefone (11) 5622-2159

Capela do Socorro - Avenida Atlântica, nº: 2.450 - Telefone: (11) 5523-3278

São Mateus - Praça Tanque do Zunega, 31 – Jardim Roseli - Telefone: (11) 2731-6970

Penha - Rua das Províncias, 218 - Vila Marieta - Telefone: (11) 2957-9637

Pirituba/Jaraguá - Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, nº. 5.093 - Telefone: (11) 3974-9635

Itaim Paulista - Avenida Marechal Tito, nº. 3.012 - Telefones: (11) 2586-3117/(11) 2584-3824
Quadro 2: COMPARAÇÃO ENTRE NEGOCIAÇÃO, MEDIAÇÃO, ARBITRAGEM E
PODER JUDICIÁRIO

CARACTERÍS- FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS


TICAS Negociação Mediação Arbitragem Poder Judiciário
Decisão Partes Partes Árbitro Juiz
Regras de
Procedimentos Partes Partes, com auxílio procedimento Ordenamento
do mediador definidas pelo jurídico
órgão/Câmara
Relacionamento; Segurança do
Relacionamento possibilidade de Tempo; ordenamento
Vantagens (a priori) recurso à estabilidade da jurídico;
arbitragem e ao decisão; segurança possibilidade de
Poder Judiciário da decisão recurso a instâncias
superiores
Tempo e custos
variáveis; Tempo e custos Relacionamento; Tempo; custo;
Desvantagens possibilidade de variáveis; recurso a possibilidade de insatisfação com a
recurso a outras outras formas de insatisfação com o decisão do juiz
formas de solução solução resultado
do conflito
(relacionamento)
Fonte: adaptado de Martinelli e Guisi (2006, p. 213):
Contextualizando

China – utiliza-se das chamadas Comissões Populares de Mediação e resolve


milhões de litígios no âmbito pré-judiciário.

Japão – a mediação está bastante presente, sendo obrigatória nos casos de


divórcio.

África – realizam convocações de assembléias ou as chamadas Juntas de


Vizinhança liderada por uma associação ou por pessoas respeitadas na
comunidade.

Eua, Canadá e Europa – na década de 90 a mediação teve um impulso


extraordinário, propiciando inúmeros investimentos de acadêmicos, teóricos e
profissionais.

Austrália e Nova Zelândia – desenvolvem a mediação com vinculação a juízes e


auditores.

México, Argentina e Colômbia – têm uma visão interdisciplinar da mediação, a


Argentina adota a mediação de forma legal instituída pela Lei 24.573-92.
Contextualizando

Bogotá: tem um Programa de Seguridade e Convivência, em razão do qual


foram criadas as unidades de Mediação e Conciliação e desenvolvida a
formação de mediadores voluntários. O foco é a convivência pacífica, a
sensibilização, a prevenção da violência. Rede atual: 12 unidades de Mediação
e Conciliação, vinculadas a municipalidade e um grande número de
mediadores voluntários, que se apóiam nessas unidades. Meta 20 unidades até
2010. As Unidades de Mediação e Conciliação têm uma equipe de quatro
pessoas, sendo duas da área social (psicólogo, sociólogo, pedagogo ou outro),
uma da área do direito e um auxiliar administrativo. As unidades de Mediação
realizam as seguintes atividades: atenção à pessoas em situação de conflito;
promoção e sensibilização de cidadãos sobre a resolução pacífica de conflitos;
monitoramento de fatores de conflito na localidade. formação de cidadãos
voluntários em mediação de conflitos. Entre 1999 e 2003 foram formados
1.350 mediadores e conciliadores.Trinta por cento efetivamente ficam
trabalhando voluntariamente como mediadores comunitários. Em parte
porque não é um emprego, nem uma atividade remunerada e também porque,
no início, eles trabalhavam isolados. Hoje há uma articulação com as Unidades
de Mediação que dão suporte as atividades dos voluntários.
Justiça Restaurativa

Fonte:
Slakmon
Justiça Restaurativa: resultados

Fonte:
Slakmon
Justiça Restaurativa: efeitos para a vítima

Fonte:
Slakmon
Justiça Restaurativa: efeitos para o infrator

Fonte:
Slakmon
Fonte: Preparado para o Tribunal Superior de Justicia, Puebla, México 27/4/05
Prof. Dr. Johan Galtung,
Bibliografia
• BAKER, Wayne. The network organization in theory and practice. In: NOHRIA, Nitin
& ECCLES, Robert G.(ed.) Networks and organizations: structure, form, and action.
Boston, Massachusetts: Harvard Business School Press, 1992, p. 397-429.
• BRANDÃO, Carlos Eduardo Alcântara – Resolução de Conflitos: Manual de
Mediadores e Agentes da Paz – Edição do Programa Gente que faz a Paz, 2008.
• BUCKLES, Daniel (org) CULTIVAR LA PAZ Conflicto y colaboración en el manejo de
los recursos naturales, 2000, disponível em inglês, francês e espanhol para
download em www.idrc.ca/es/ev-9398-201-1-DO_TOPIC.html
• CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
• DISKIN, Lia - Paz, como se faz?: Semeando cultura de paz nas escolas / Lia Diskin e
Laura Gorreio Roizman – 3ª Ed. – Brasília: UNESCO, Associação Palas Athena, 2007.
• GALTUNG, Johan:
• ____________. O Caminho é a Meta: Gandhi Hoje, São Paulo: Editora Palas
Athena, 2003
• ___________. Transcender e Transformar: uma introdução ao trabalho de
conflitos, Tradução de Antonio Carlos da Silva Rosa, São Paulo: Editora Palas
Athena, 2006.
• INOJOSA, R. M. Construindo futuro: transetorialidade e redes de compromisso
social. In CAVALCANTI, Marly (org). Gestão Social, estratégias e parcerias. São
Paulo: Saraiva, 2006. p. 239-251.
• ________. Intersetorialidade e rede de compromisso social na metrópole paulista
In Sousa, M. F. e MENDES, A. (Org) Tempos radicais da saúde em São Paulo. São
Paulo: Hucitec, 2003: p. 183-219.
Sugestões de leituras

http://
www.igovbrasil.com/2013/03/design-thinking-empatia-em-servicos.html
(Prof. Sam Richards, "tudo começa com a empatia“)

http://
www.5elementos.org.br/site/index.php/programas/programa-materiais-educ
ativos/publicacoes/nossas-publicacoes/manual-de-mediacao-de-conflitos-soc
ioambientais
/ (escrito por Sandra Inês B. Granja)
 http://portuguese.cri.cn/165/2007/04/10/1@65405.htm
 Mediação Interdisciplinar (www.mediacaointerdisciplinar.com.br)
 Centro de Referência em Mediação e Arbitragem (Cerema,
http://www.cerema.org.br)
 Instituto Nacional de Mediação e Arbitragem (Inama,
http://www.inama.org.br/)
 Instituto de Mediação e Arbitragem do Brasil (Imab,
http://imab.vilabol.uol.com.br)
 http://superlogica.com/boletim/?action=category&catid=011
 http://www.soma.ce.gov.br/programas/prog_med.htm
 http://associacaodemediadoresdeconflitos.blogspot.com/2007_04_01_archive.
html
 http://mediadoresdeconflitos.pt/
 http://www.sebrae.com.br/br/revistasebrae/16/tc_mediacaoarbitragem.asp
 http://www.plenarinho.gov.br/educacao/com-a-palavra/ajudar-os-amigos-as-v
ezes-e-coragem
 http://www.ccrc.com.br/
 http://marriagemediation.us/
 http://www.betteragreements.org/
 http://www.casapaz.cl/
 http://www.monografias.com/blog/2007/07/19/por-la-paz/
 http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/src/inicio/IndArtRev.jsp?iCveNum
 Rev=5562&iCveEntRev=206&institucion=#
 http://www.mediadoresdeconflitos.pt/?Area=6&SubArea=1&ID=1
Detran.SP
Sandra Inês Baraglio Granja
Assessoria
Doutora pela Universidade de Sãode Comunicação
Paulo – USP
sgranja@planejamento.sp.gov.br
2011/2012

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