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Faculdade Estácio
Curso de Direito
Professor: João Bernardo Guedes
TÓPICOS
PODER DE LIMITAÇÕES
TRIBUTAR: A ESTE
PODER
PREVISÃO: PREVISÃO:
CRFB 1988 CRFB 1988
EXTERIORIZAM PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS
ANTERIORIDADE CAPACIDADE
LEGALIDADE ISONOMIA
TRIBUTÁRIA CONTRIBUTIVA
PREVISÃO CONSTITUCIONAL:
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
“Art. 5º CRFB 1988: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”
LIBERDADE DE IR E VIR, e
PERMANECER
Art. 150, V, da CRFB de
1988 atua como “NORMA
JURÍDICA DE REFORÇO”
ao preconizado no Art.
5º, XV da CRFB 1988 VEDADO QUE A TRIBUTAÇÃO
CRIE BARREIRAS PARA A LIVRE
LOCOMOÇÃO DE PESSOAS E
BENS
GARANTE
DIRIGE-SE A TODOS OS ENTES CONSTITUCIONALMENTE A
TRIBUTANTES LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
150,V,CRFB
PROÍBE QUE O TRIBUTO PAUTADO EM DOIS FUNDAMENTOS:
ESTABELEÇA BARREIRAS À LIBERDADE RELATIVA (i) AO
CIRCULAÇÃO DE BENS OU DE TRÁFEGO DE PESSOAS; e (ii) AO
PESSOAS TRÁFEGO DE BENS
FUNDAMENTOS
Art. 150, V CRFB 1988: - “estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias
conservadas pelo Poder Público”.(Grifei).
Pedágio terá natureza de taxa (com natureza tributária) se a conservação da via pública estiver a
cargo do próprio Poder Público diretamente.
Pedágio terá natureza de tarifa (ou preço público) se a conservação da via pública for explorada por
meio de concessão ou permissão (prestação indireta).
“Art. 152. CRFB 1988: É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer
diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou
destino”.
DOIS PRINCÍPIOS DA CRFB QUE PRESERVAM O PACTO FEDERATIVO: UNIDADE GEOGRÁFICA E VEDAÇÃO
DA DIFERENÇA TRIBUTÁRIA EM RAZÃO DA PROCEDÊNCIA OU DESTINO.
Ex.: NÃO SE PODE CONCEBER QUE A ALÍQUOTA DO IPVA SEJA UMA PARA VEÍCULOS DE PROCEDÊNCIA
NACIONAL E OUTRA MAIOR PARA IMPORTADOS.
(...)
“Lei n.º 12.741, de 2012: Dispõe sobre as medidas de esclarecimento ao consumidor, de que trata o §
5º do artigo 150 da Constituição Federal; altera o inciso III do art. 6º e o inciso IV do art. 106 da Lei
nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Código de Defesa do Consumidor.
Art. 1º Emitidos por ocasião da venda ao consumidor de mercadorias e serviços, em todo território
nacional, deverá constar, dos documentos fiscais ou equivalentes, a informação do valor aproximado
correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja incidência influi na
formação dos respectivos preços de venda”.
LIVRE INICIATIVA
“CRFB 1988:Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.”
LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR
LIVRE INICIATIVA
“A livre iniciativa empresarial é uma forma de liberdade individual e, mais especificamente, uma
modalidade de livre iniciativa econômica, aplicada às situações de empreendedorismo e atuação
econômica. Exatamente por isso é considerada fundamental no modelo de economia capitalista, pois
enseja a criação de entidades empresariais privadas que irão constituir grande parte das relações
econômicas do chamado mercado. É também um dos esteios da Constituição econômica brasileira de
1988.”
Fonte: https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/237/edicao-1/livre-iniciativa-empresarial
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/237/edicao-1/livre-iniciativa-empresarial
LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR
LIVRE INICIATIVA
Art. 4º É dever da administração pública e das demais entidades que se vinculam a esta Lei, no
exercício de regulamentação de norma pública pertencente à legislação sobre a qual esta Lei versa,
exceto se em estrito cumprimento a previsão explícita em lei, evitar o abuso do poder regulatório de
maneira a, indevidamente:
I - criar reserva de mercado ao favorecer, na regulação, grupo econômico, ou profissional, em prejuízo
dos demais concorrentes; (...) “.
EXERCÍCIOS - QUESTÕES
2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-DF Prova: CESPE - 2020 - SEFAZ-DF - Auditor Fiscal
Considerando as regras do CTN acerca da vigência da legislação tributária e das limitações constitucionais ao
poder de tributar, julgue o item que se segue.
A imunidade tributária recíproca dos entes federativos não é extensível às respectivas autarquias e fundações
públicas.
( ) CERTO
( ) ERRADO
EXERCÍCIOS - QUESTÕES
2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SEFAZ-DF Prova: CESPE - 2020 - SEFAZ-DF - Auditor Fiscal
Considerando as regras do CTN acerca da vigência da legislação tributária e das limitações constitucionais ao
poder de tributar, julgue o item que se segue.
A imunidade tributária recíproca dos entes federativos não é extensível às respectivas autarquias e fundações
públicas.
( ) CERTO
( X ) ERRADO
EXERCÍCIOS - QUESTÕES
Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 8ª Região (AM/AC/RO/RR) Prova: Quadrix - 2018 - CREF - 8ª Região
(AM/AC/RO/RR) - Assistente Financeiro
É vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios instituir tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situação equivalente e proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida.
( ) CERTO
( ) ERRADO
EXERCÍCIOS - QUESTÕES
Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CREF - 8ª Região (AM/AC/RO/RR) Prova: Quadrix - 2018 - CREF - 8ª Região
(AM/AC/RO/RR) - Assistente Financeiro
É vedado à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios instituir tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em situação equivalente e proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida.
( X ) CERTO
( ) ERRADO
LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS
AO PODER DE TRIBUTAR
(RESTRINGINDO O PODER DO
FISCO DE INSTITUIR TRIBUTOS)
ASSIM COMO OS PRINCÍPIOS
TRIBUTÁRIOS, AS IMUNIDADES
TRIBUTÁRIAS TÊM NATUREZA
JURÍDICA DÚPLICE:
GARANTIAS FUNDAMENTAIS DO
CONTRIBUINTE
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
PRINCÍPIOS: INSTRUMENTOS
PROTETIVOS OU GARANTIDORES “Princípios em sua acepção
DO CIDADÃO (CONTRIBUINTES) jurídica significa um conjunto
PRINCÍPIOS E IMUNIDADES
Ex.: legalidade tributária, de regras que determina um
ESTABELECEM GARANTIAS AOS
anterioridade tributária, certo tipo de comportamento.
CONTRIBUINTES, mas ambos
capacidade contributiva, vedação São eles os responsáveis pela
não se confundem.
ao confisco. harmonia do sistema
normativo. Os princípios
Princípios:
Dois deles de extrema podem vir implícitos no
Mandamentos nucleares de um
importância ao direito tributário: sistema constitucional
sistema, alicerces de um
capacidade contributiva (justiça vigente ou expresso na lei
ordenamento jurídico
de tributação) e legalidade maior”. Citação de Adilson
(segurança jurídica). Rodrigues Pires.
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
A maioria da doutrina converge no sentido de que a imunidade, à luz do Direito é uma norma jurídica
que encontra amparo na Constituição.
SACHA CALMON: explica que país algum “constitucionalizou” o Direito Tributário tanto quanto o Brasil.
(CRFB possui cerca de 20 artigos destinado ao tema).
A IMUNIDADE, seja qual for, NÃO AFASTA o cumprimento das obrigações tributárias acessórias definidas
pela legislação.
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
ADEMAIS, A CRFB DE 1988 TROUXE EM SEU ARTIGO 1º, O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
É VEDADA A EDIÇÃO DE
A REGULAMENTAÇÃO IMUNIDADES DEVEM
MEDIDA PROVISÓRIA PARA
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS INFRACONSTITUCIONAL SER INVOCADAS EM
A REGULAMENTAÇÃO
CONSTITUEM CLÁUSULAS DAS IMUNIDADES FAVOR DO
INFRACONSTITUCIONAL
PÉTREAS TRIBUTÁRIAS EXIGE LEI CONTRIBUINTE E NÃO
DE IMUNIDADE
COMPLEMENTAR EM FAVOR DO FISCO
TRIBUTÁRIA
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
“CRFB 1988: Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: § 4º Não será objeto de
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: IV - os direitos e garantias individuais.”
AS IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS NÃO PODEM SER REDUZIDAS OU SUPRIMIDAS POR EMENDA CONSTITUCIONAL,
FAZENDO PARTE DO NÚCLEO IMODIFICÁVEL DA CONSTITUIÇÃO. (ADIN 939).
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
- CRFB 1988: VEDA A EDIÇÃO DE MEDIDAS PROVISÓRIAS PARA MATÉRIAS SOBRE TEMAS EXCLUSIVOS DE LEI
COMPLEMENTAR. CRFB 1988, ART. 62, § 1º, III.
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
- INVOCAÇÃO CONCRETA DE IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS OU DE REGRAS DELA DECORRENTES: PODE SER FEITA
EM FAVOR DO CONTRIBUINTE E EM DESFAVOR DO FISCO E NÃO AO CONTRÁRIO.
“Convém fazer uma rápida referência aos conceitos de imunidade apresentados por alguns de nossos
doutrinadores que merecem especial atenção”.
PAULO DE BARROS CARVALHO: “Imunidades são uma classe finita e imediatamente determinável de normas
jurídicas, contidas no texto da Constituição Federal, e que estabelecem, de modo expresso, a incompetência
das pessoas políticas de direito constitucional interno para expedir regras instituidoras de tributos que
alcancem situações específicas e suficientemente caracterizadas”. (Curso de Direito Tributário, p. 236)
ALIOMAR BALLEIRO: “Imunidades são vedações absolutas ao poder de tributar certas pessoas ou certos bens”
(Direito tributário brasileiro, p. 113).
JOSÉ EDUARDO SOARES DE MELO: “Imunidade consiste na exclusão da competência da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios para instituir tributos relativamente a determinados atos, fatos e pessoas,
expressamente previstos na Constituição Federal”. ( Curso de Direito tributário, p. 156).
Reunindo os elementos fundamentais integrantes dos conceitos acima transcritos, identifica-se o seguinte
denominador comum acerca da conceituação do instituto das imunidades tributárias:
Ex.: CRFB 1988: Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:(...)
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social
que atendam às exigências estabelecidas em lei.”
O termo empregado é “isentas”: mas TRATA-SE DE IMUNIDADE, pois o status constitucional prevalece
sobre a nomenclatura utilizada (ADIMC 2.028, voto do Ministro Moreira Alves,2000)
“Em razão das imunidades previstas no texto constitucional, as entidades federativas já recebem suas
competências tributárias parcialmente subtraídas quanto ao seu alcance potencial, na medida em que os
entes tributantes ficam impedidos de instituir tributos sobre pessoas e itens protegidos pelas regras
imunizantes”.
MAZZA: IMUNIDADES SÃO NORMAS CONSTITUCIONAIS QUE AFASTAM A INCIDÊNCIA DE TRIBUTOS SOBRE
DETERMINADOS PRODUTOS OU PESSOAS.
CASOS MAIS COMUNS: IMUNIDADES QUE EXCLUAM SOMENTE A INCIDÊNCIA DE IMPOSTOS, HÁ CASOS DE
NORMAS IMUNIZANTES ATINGINDO AS DEMAIS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS. ASSIM, A IMUNIDADE NÃO AFASTA
SOMENTE IMPOSTOS*.
DO PONTO DE VISTA EXTRAJURÍDICO: imunidade e isenção possuem grande semelhança: na prática as duas
figuras liberam o contribuinte de pagar impostos.
DO PONTO DE VISTA DO DIREITO TRIBUTÁRIO: imunidade e isenção são institutos inconfundíveis.
IMUNIDADE:
IMUNIDADE:
ISENÇÃO AUTONÔMICA :
- NORMA CONSTITUCIONAL QUE LIMITA A
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA, AFASTANDO A - ISENÇÕES SIMPLES OU AUTONÔMICAS
INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA SOBRE DETERMINADAS (AUTÔNOMAS): SÃO AQUELAS CONCEDIDAS
PESSOAS OU BENS. POR LEI DA MESMA ENTIDADE COMPETENTE
PARA INSTITUIR O TRIBUTO.
- OPERA NO PLANO CONSTITUCIONAL,
INTERAGINDO COM AS REGRAS QUE DEFINEM A - IPTU TRIBUTO MUNICIPAL: QUANDO O
COMPETÊNCIA PARA A INSTITUIÇÃO DE PRÓPRIO MUNICÍPIO OUTORGA ISENÇÃO DE
TRIBUTO ANTES QUE O FATO GERADOR IPTU TRATA-SE DE ISENÇÃO AUTONÔMICA. (No
OCORRA. Brasil predominam as isenções autonômicas).
ISENÇÃO HETERÔNOMA:
- ISENÇÕES IMPRÓPRIAS OU HETERÔNOMA: TIPO ESPECIAL DE ISENÇÃO CONCEDIDA POR ENTIDADE
DIVERSA DAQUELA COMPETENTE PARA INSTITUIR O TRIBUTO. Trata-se de uma EXCEÇÃO à autonomia
dos entes políticos para conceder benefícios sobre seus próprios tributos.
Atualmente a CRFB 1988 prevê dois casos de isenções heterônomas, ambos relativas à União:
a) Art. 155, § 2º, XII , “e”: cabe à lei complementar excluir da incidência do ICMS, nas exportações para
o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a“;
b) Art. 156, § 3º, II: cabe à lei complementar excluir da sua incidência exportações de serviços para o
exterior.
NÃO INCIDÊNCIA é a situação em que o tributo é indevido porque não ocorreu o seu fato gerador.
A DIFERENÇA ENTRE IMUNIDADE E NÃO INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA É QUE ESTA ÚLTIMA DISPENSA A
EXISTÊNCIA DE NORMA CONSTITUCIONAL ESPECÍFICA PROTEGENDO O CONTRIBUINTE EM RELAÇÃO AO
FISCO.
Ex.: Tentativa de se exigir ISS de locação. Tendo em vista locação não ser um serviço, o ISS é indevido
diante da não ocorrência de seu fato gerador.
Súmula Vinculante n.º 31 do STF: “É inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer
natureza - ISS sobre operações de locação de bens móveis.”
< http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=1286>
ALÍQUOTA ZERO: Instituto que produz efeito prático similar ao da imunidade por liberar o contribuinte
do pagamento de tributo.
- Trata-se de forma de desoneração tributária por meio da qual o legislador, ou o Poder Executivo,
elimina a tributação sobre determinado item, zerando a alíquota incidente sobre a base de cálculo de
modo a excluir qualquer valor devido pelo contribuinte.
- Surge o fato gerador, nasce a obrigação tributária, mas não há valor devido.
DESONERAÇÃO: nomenclatura genérica para designar qualquer benefício fiscal capaz de reduzir a carga
tributária do contribuinte.
Isenção, imunidade, alíquota zero, base reduzida e até a extinção de um tributo são formas de
desoneração.
CRÉDITO PRESUMIDO: “INSTRUMENTO FISCAL utilizado pelo legislador ou pelo executivo, por meio do
qual são atribuídos créditos de determinado tributo ao contribuinte visando à compensação nas
operações seguintes, sem que tais créditos tenham sido efetivamente gerados em operação anterior.
Com isso, o contribuinte se credita, realizando posterior abatimento do valor creditado, no recolhimento
seguinte do tributo, operação que resulta do pagamento de valor menor do que seria recolhido sem o
crédito presumido”.
BASE REDUZIDA: OUTRA FORMA DE DESNONERAÇÃO FISCAL: LEGISLADOR OU PODER EXECUTIVO PROMOVE
UM DESCONTO NA BASE DE CÁCULO. HÁ UM ABATIMENTO QUANTITATIVO NA GRANDEZA ECONÔMICA
SOBRE A QUAL O TRIBUTO INCIDE.
AO SER APLICADA A ALÍQUOTA, O PRODUTO FINAL (VALOR DEVIDO) SERÁ INFERIOR AO QUE RESULTARIA
DA UTILIZAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO INTERGRAL.
MECANISMO DE BASE REDUZIDA : BENEFÍCIO CONCEDIDO POR LEI OU MEDIANTE ATO ADMINISTRATIVO AO
CONTRÁRIO DA IMUNIDADE QUE ESTARÁ SEMPRE FUNDAMENTADA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
SUBJETIVAS: São aquelas dirigidas às pessoas: a CRFB 1988 protege o patrimônio, renda e serviços de
pessoas. Ex.: art 150, VI, alíneas “a” e “c”.
OBJETIVAS: São aquelas dirigidas a um objeto, coisa ou mercadoria. Ex.: art 150, VI, alíneas “d” e “e”.
GERAIS: Com o objetivo de proteger determinada pessoa ou certo produto, afastam a incidência de mais
de um tributo. Ex.: Art. 150, VI, alíneas “a”, “b”, “c”, “d” e “e”.
ESPECÍFICAS: São as previstas no texto constitucional afastando a incidência de um só tributo. Ex.: IPI
sobre produtos destinados ao exterior (153, § 3º , III da CRFB 1988); ITR sobre pequenas glebas rurais
(153, § 4º , II da CRFB 1988).
TRIBUTÁRIAS: Aquelas cuja abrangência ultrapassa o âmbito específico dos impostos. É o caso, por
exemplo, das entidades assistenciais que têm imunidade a contribuições sociais. Ex.:CRFB 1988 ART.
195, § 7º.
IMPOSITIVAS: Excluem a incidência apenas dos impostos Ex.: 184, § 5º: 5º São isentas de impostos
federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de
reforma agrária.
Ex.: Instituições religiosas não pagam IPTU ou ITR sobre imóveis utilizados
para o serviço de culto, mas os deveres de manter atualizados os cadastros
(obrigações secundárias) junto ao fisco permanecem existindo.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
- É a denominada IMUNIDADE RECÍPROCA: Regra constitucional que impede as entidades federativas de cobrar impostos
reciprocamente.
- Esta imunidade aplica-se somente aos impostos, de modo que as taxas e demais espécies tributárias são devidos
normalmente.
- Imunidade recíproca é extensiva às autarquias e fundações públicas (150, § 2º), no que se refere ao patrimônio, à renda e
aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes : alcance mais restrito que a imunidade das
entidades federativas: “enquanto as entidades federativas não pagam NENHUM imposto, as entidades públicas da
administração indireta são imunes aos impostos que recaem diretamente sobre suas atividades finalísticas.
- Imunidade subjetiva estabelecida para beneficiar todas as instituições religiosas, afastando a incidência de quaisquer
impostos sobre o patrimônio, renda e serviços relacionados com suas atividades essenciais.
- Esta imunidade vale somente aos impostos, de modo que as taxas e demais espécies tributárias são devidos normalmente.
- Obs.: se o imóvel pertence à instituição religiosa, mas não é um templo, inexiste imunidade quanto ao IPTU e IR (Art. 150,
§ 4º) As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
- Obs. 2: Imóveis locados: instituição religiosa como locatária: não há imunidade de IPTU/ITR (contribuinte é o proprietário
e não o inquilino) // instituição religiosa como locadora: se for o seu templo a imunidade permanece; se for um imóvel
vazio que não integra o templo: sem imunidade sofrendo incidência integral de todos os tributos.
- Partidos políticos: pessoas jurídicas de direito privado que não integram a estrutura estatal, mas sua existência é
indispensável para o funcionamento da república e da democracia representativa.
- Finalidade da norma imunizante: busca o pleno desenvolvimento do sistema democrático: partidos políticos e suas
fundações: não pagam quaisquer impostos.
- Entidades sindicais: sindicatos, federações sindicais e centrais sindicais. Obs.: por entidades sindicais entende-se:
sindicatos, federações sindicais, confederações sindicais e centrais sindicais.
- Livros, jornais, periódicos (revistas) e o papel para sua impressão: não pagam nenhum imposto.
- É uma imunidade objetiva: voltada à proteção dos produtos citados no texto magno. Não é, portanto, uma imunidade
subjetiva instituída para proteger quem produz ou vende os referidos itens.
- Imunidade: afasta os impostos diretamente incidentes sobre os itens mencionados no texto constitucional: IPI, ICMS,
Imposto de Importação, Imposto de exportação. Com isso, editoras e livrarias vão pagar todos os impostos pessoais: IPVA,
IPTU e IR.
- Papel utilizado para produção de livros, jornais e periódicos é imune.
- Livros digitais: (e-book) são imunes. Livros eletrônicos e os suportes próprios para sua leitura são alcançados pela
imunidade. (RE 330.817).
- “Com o objetivo de combater a pirataria por meio de desoneração sobre músicas e vídeos musicais, foi promulgada a
Emenda Constitucional n.º 75, de 15/10/2013, que incluiu a alínea “e” no inciso VI do referido artigo 150, VI.
- É uma imunidade objetiva que exclui somente os impostos diretamente incidentes sobre os fonogramas e videogramas,
não atingindo impostos desvinculados do processo produtivo ou circulatório como o IR, IPTU, IPVA das gravadoras e lojas.
- A imunidade vale para os impostos e não para as demais espécies tributárias. Deve haver relação com a cultura musical
pátria.