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LICENCIATURA EM HISTÓRIA

(CAHL/UFRB)

HISTORIOGRAFIA
2021.1
Prof. Gabriel Ávila
História da historiografia: aproximações
iniciais
Teoria da História X Filosofia da História x História da Historiografia x
Metodologia

• Filosofia Providencial ou Cristã da História


• Filosofia Especulativa da História
• Filosofia Crítica ou Epistemologia ou Teoria da História
filosofia providencial da história
• Concepção cristã de tempo (linear, entre a Queda e o Juízo)

• Sto. Agostinho (354-430): Nos Sumus Tempora [nós somos o tempo]


(Ricoeur)

• A história é a realização da Divina Providência (sentido da história)


filosofia especulativa (metafísica ou idealista)
da história
• Concepção “aritmética” do tempo (linear e causal)

• Iluminismo: Voltaire, Kant e Hegel

• A história é a “Marcha do Espírito em direção ao Progresso”; história


em si, “astúcia da razão”, realização da Liberdade através da Razão
(sentido)
filosofia crítica (epistemologia ou teoria) da
história
• Concepção científica de tempo (da precisão à heterocronia)

• Surge em consonância com a ciência da história: “Hegel e seu


antídoto: Ranke”, Marx e Engels, Droysen, Dilthey, Weber...

• Empírica: “A história se faz com documentos”.

• A história é uma ciência que interpreta e explica determinado recorte


da realidade (sentido como significado)
teorias contemporâneas da história
• Heterocronia

• Segunda metade do século XX: pós-estruturalismo, pós-modernismo,


pós-colonialidade

• Crítica da ciência: potência ambígua da história, teoria como


fenomenologia da experiência do tempo.
Acreditamos que a instauração de um arquivo é indispensável para restituir os negros à sua história, mas é uma tarefa

extraordinariamente complicada. Com efeito, nem tudo que os negros viveram como história necessariamente deixou

vestígios; e, nos lugares onde foram produzidos, nem todos esses vestígios foram preservados. Assim, como é que, na

ausência de vestígios, de fontes dos fatos historiográficos, se escreve a História? Rapidamente se tem a impressão de que

a escrita da história dos negros só pode ser feita com base em fragmentos, mobilizados para dar conta de uma

experiência em si mesma fragmentada, a de um povo em pontilhado, lutando para se definir não como um compósito

disparatado, mas como uma comunidade cujas manchas de sangue são visíveis por toda a superfície da modernidade.

Essa escrita se esforça, aliás, por fazer surgir uma comunidade que precisa ser forjada a partir de restos dispersos por

todos os cantos do mundo.

MBEMBE, Achille. Crítica da Razão Negra, 2018, p. 63

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