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Visa identificar e fortalecer processos interacionais
fundamentais que permitem às famílias resistir aos
desafios desorganizadores da vida e renascer a
partir deles.
- muda a perspectiva de se encarar a família em
situação de angústia como defeituosas, para
encará-las como desafiadas, evidenciando seu
potencial para o reparo e o crescimento. (WALSH,
2005, p. 3)
Resiliência familiar:
Para Walsh é a capacidade de renascer da
adversidade fortalecido e com mais recurso.
- é um processo ativo de resistência;
- forjada pela abertura a experiência.
Em vez de focarmos em como as famílias
fracassam, devemos nos focar em como elas
obtém sucesso.
Não tem relação com invulnerabilidade ou
autossuficiência. (WALSH, 2005, p. 4)
Individualismo x visão interacional:
Tem-se atribuído a resiliência
a traços de personalidade ou
estilos de enfrentamento;
Algo inato ou adquirido por
recurso próprio;
Visão desdenhosa por aqueles
que não adquirem sucesso.
Porém, a resiliência está
relacionada com a interação
entre natureza e educação,
estimulada por
relacionamento de apoio.
(WALSH, 2005, p. 6)
A resiliência é forjada
pela diversidade e não
apesar dela. (WALSH,
2005, p. 6)
Questões:
1- O que é resiliência e qual a origem do conceito?
2- Qual a diferença entre a visão fatalista e a visão
que evidencia o empoderamento nas pessoas?
3- O que são fatores de risco? Cite quais poderiam
ser:
4- O que são os fatores de proteção e como podem
desencadear processos de resiliência?
5- Explique qual a diferença entre a visão
individualista e a interacional sobre a resiliência:
A visão sistêmica:
A maior parte dos estudos sobre resiliência
concentrou-se nos traços e disposições individuais.
Estudos recentes: apontam a importância de uma
visão sistêmica;
Mas a maior parte das pequisas apontam a
influência de uma única pessoa: estudos de
Bowlby - aborda o contexto em termos de
influência de uma única pessoa importante num
relacionamento diádico com uma criança em risco.
- vínculos precoces determinantes da vida;
(WALSH, 2005, p. 11-12)
Perspectiva ecológica e
desenvolvimental:
A resiliência é tecida em uma rede de
relacionamentos e experiências no
decorrer do ciclo de vida e entre as
gerações.
É necessário tanto uma perspectiva
ecológica quanto desenvolvimental para
compreender a resiliência no contexto
social e no decorrer do tempo. (WALSH,
2005, p. 11-12)
PERSPECTIVA
ECOLÓGICA:
O modelo bioecológico do
desenvolvimento humano:
Bronfenbrenner e Evans :
- referências para “avaliar ecologicamente” o
dinamismo das interações e das transições na
vida das pessoas, em diferentes momentos do
ciclo vital.
Deve-se observar: a pessoa, os ambientes
imediatos, suas interações e transições em
ambientes mais distantes. (POLETTO;
KOLLER, 2008, p.406)
O modelo bioecológico do
desenvolvimento humano:
Modelo ecológico: toda experiência individual se dá em
ambientes “concebidos como uma série de estruturas
encaixadas, uma dentro da outra, como um conjunto de
bonecas russas”.
- “os aspectos do meio ambiente mais importantes no
crescimento psicológico são aqueles que têm
significado para a pessoa numa dada situação”;
- propõe que o desenvolvimento humano seja estudado
por meio da interação do meio ambiente com: o
processo, a pessoa e o tempo. (POLETTO; KOLLER,
2008, p.406)
Visão sistêmica: o contexto
Microssistemas (mais
próximo):
- produzem e sustentam o
desenvolvimento,
- compreende um conjunto de
relações entre a pessoa em
desenvolvimento e seu
ambiente mais imediato, como
a família, a escola, a
vizinhança;
Características: disposição,
recurso e demanda das pessoas
envolvidas. (POLETTO;
KOLLER, 2008, p.406)
Visão sistêmica: o contexto
Mesossistema:
- conjunto de relações entre
dois ou mais
microssistemas nos quais a
pessoa em
desenvolvimento
participam de maneira ativa
(as relações família-
escola, por exemplo).
Os diferentes ambientes são
interdependentes.
(POLETTO; KOLLER,
2008, p.406)
Visão sistêmica: o contexto
Exossistema: estruturas sociais formais e informais
que influenciam o que acontece no ambiente mais
próximo;
- a família extensa, as condições e as experiências
de trabalho dos adultos e da família, as amizades, a
vizinhança;
- ambientes que a pessoa não frequenta;
- principais: o trabalho dos pais, a rede de apoio
social e a comunidade em que a família está
inserida. (POLETTO; KOLLER, 2008, p.407)
Visão sistêmica: o contexto
Macrossistema: é composto
pelo padrão global de
ideologias, crenças,
valores, religiões, formas
de governo, culturas e
subculturas, situações e
acontecimentos históricos
presentes no cotidiano das
pessoas e que influenciam
seu desenvolvimento.
(POLETTO; KOLLER,
2008, p.407)
PERSPECTIVA
DESENVOLVIMENTAL:
Enfrentamento e adaptação:
Pesquisadores tem investigado o
enfrentamento e adaptação sob diversas
condições de estresse, como doença crônica,
transições desenvolvimentais, morte de um
ente querido, divórcio, privação econômica,
maus-tratos, negligência, guerra, genocídio e
desastres comunitários.
Intensificam quando: inesperados, grave
ou persistente, efeitos cumulativos.
(WALSH, 2005, p. 12)
O funcionamento adaptativo:
O funcionamento adaptativo na infância e
adolescência serve como um previsor em geral
bom na vida adulta;
- porém, estudos longitudinais apontam que a
resiliência não pode ser avaliada uma vez e
definitivamente;
- algo pode ser bom por um tempo e não
funcionar mais depois; as pessoas estão sempre
se desenvolvendo; diferenças entre meninos
(maior risco na infância) e meninas (maior risco
na adolescência). (WALSH, 2005, p. 13)
Resiliência familiar:
processo de
enfrentamento e
adaptação na família
como uma unidade
funcional. (WALSH,
2005, p. 14)
A resiliência familiar:
Atividade:
A turma será dividida em dois grupos:
Conceituem resiliência e façam uma crítica
e um elogio.
20 minutos.
Mitos em relação a família “normal”:
Visões de normalidade e saúde são socialmente
construídas;
Dois mitos:
1. As famílias saudáveis são isentas de problemas:
- o que diferencia a família saudável não é ausência de
problemas, mas a maneira de enfrentá-los e a competência
para resolvê-los;
2. De que a família “tradicional” idealizada é o único
modelo possível para uma família saudável;
- família branca, rica, pai provedor e mãe dona de casa.
(WALSH, 2005, p. 15)
NÃO É A FORMA, MAS OS
PROCESSOS