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tributária
AULA 1
DIREITO TRIBUTÁRIO
• O direito tributário regula a atividade
financeira do Estado, no que pertine a
tributação.
• Já o direito financeiro regula toda a atividade
financeira do Estado, menos a que se refere a
tributação.
CONCEITO DE TRIBUTO
• Tributo é toda prestação : objeto da obrigação
tributária é o ato de prestar, ou seja, realizar o
pagamento;
• d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem
favorecimentos; e
• Assim, a competência tributária, em estrito sentido legal, pertence exclusivamente à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios.
• A capacidade tributária é um outro conceito, que envolve apenas a fiscalização e a cobrança, por delegação, sem
poder de legislar. Nesse caso está, por exemplo, o INSS.
• A atribuição de arrecadar tributos a pessoa de direito privado não constitui delegação, mas apenas uma relação
contratual (CTN, art. 7°, § 3°).
• A competência é privativa quando pertence a uma só entidade, como no caso do ISS, que é atribuído aos
Municípios. É comum quando pertinente a todas as entidades, como é o caso das taxas e contribuições de
meloria, dentro da área de atuação de cada uma.
COMPETÊNCIA E CAPACIDADE TRIBUTÁRIA
• A competência é concorrente quando atribuída aos Municípios, aos Estados e à União, ficando esta com
o direito de editar as normas gerais e os outros entes, as normas suplementares.
• Na omissão da União, podem os outros entres públicos editar também as normas gerais, válidas
enquantoperdurar referida omissão (CF, art. 24, §§ 3° e 4°).
• Competência residual é a faculdade, dada à União, de criar outros impostos, por lei complementar, além
dos previstos no art. 153 da Constituição federal, desde que não-cumulativos e com fato gerador
diverso dos impostos existentes (CF, art. 1254, I).
• Competência extraordinária é a referente a impostos que podem ser criados pela União, no caso de
gerra (CF, art. 154, II).
• COMPETÊNCIA:
• 1 - Privativa;
• 2 - Comum;
• 3 - Concorrente;
• 4 - Residual;
• 5 - Extraordinária.
CONCEITO DE TRIBUTO
• O Código Tributário Nacional define como
tributo "toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de
ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa
plenamente vinculada".
FUNÇÕES DOS TRIBUTOS
• 1º. Função Fiscal, quando seu objetivo principal é a
arrecadação de recursos financeiros para o Estado;
• 2º. Função Extrafiscal, quando seu objetivo principal é a
interferência no domínio econômico, buscando um efeito
diverso da simples arrecadação de recursos financeiros;
• 3º. Função Parafiscal, quando seu objetivo é a
arrecadação de recursos para o custeio de atividades que,
em princípio, não integram funções próprias do Estado, mas
que este as desenvolve através de entidades específicas.
IMPOSTOS FEDERAIS,ESTADUAIS
E MUNICIPAIS
AULA 5
IMPOSTOS FEDERAIS
• Imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou
nacionalizados – IE;
• Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros – II;
• Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou
relativas a Títulos ou Valores Mobiliários – IOF;
• Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;
• Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza
– IR;
• Imposto Territorial Rural – ITR.
IMPOSTOS ESTADUAIS
• Imposto sobre operações relativas à Circulação
de Mercadorias e prestação de Serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação – ICMS;
• Imposto sobre Propriedade de Veículos
Automotores – IPVA;
• Imposto sobre Transmissões Causa Mortis e
Doações de Qualquer Bem ou Direito – ITCMD;
IMPOSTOS MUNICIPAIS
• Imposto sobre a Propriedade predial e Territorial
Urbana - IPTU;
• Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS;
• Imposto sobre Transmissão inter vivos de Bens e
Imóveis e de direitos reais a eles relativos – ITBI.
• Há também o Imposto sobre Grandes Fortunas - IGF
que, apesar de previsto na Constituição, está ocioso,
aguardando lei complementar que o regule.
TAXAS
• Taxa de Fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários - CVM
(Lei 7.940/89);
• Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar -
TAFIC (MP 233/04, art. 12);
• Taxa de Licenciamento Anual de Veículo;
• Taxa de Utilização do MERCANTE - decreto 5.324/04;
• Taxa de Utilização do SISCOMEX;
• Taxa Processual Conselho Administrativo de Defesa Econômica -
CADE (Lei 9.718/98);
• Taxas do Registro do Comércio - Juntas Comerciais.
ICMS
• ICMS - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação
• Legislação aplicável
AULA 6
LIVROS FISCAIS-ESCRITURAÇÃO
• Salvo legislação especial, o contribuinte do ICMS deverá manter, em cada
estabelecimento, conforme as operações ou prestações que realizar, os seguintes livros
fiscais (art. 51, Convênio SINIEF s/nº, de 15.12.70, art. 63, e Convênio SINIEF 6/89, art. 87):
• I - Registro de Entradas, modelo 1;
• II - Registro de Entradas, modelo 1-A;
• III - Registro de Saídas, modelo 2;
• IV - Registro de Saídas, modelo 2-A;
• V - Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3;
• VI - Registro de Impressão de Documentos Fiscais, modelo 5;
• VII - Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6;
• VIII - Registro de Inventário, modelo 7;
• IX - Registro de Apuração do ICMS, modelo 9;
• X - Movimentação de Combustíveis.
LIVROS FISCAIS
• Os livros Registro de Entradas, modelo 1, e Registro
de Saídas, modelo 2, serão utilizados por
contribuinte sujeito, simultaneamente, à legislação
do Imposto sobre Produtos Industrializados e do
ICMS.
• Os livros Registro de Entradas, modelo 1-A, e
Registro de Saídas, modelo 2-A, serão utilizados por
contribuinte sujeito apenas à legislação do ICMS.
LIVROS FISCAIS
• O livro Registro de Controle da Produção e do
Estoque, modelo 3, será utilizado por
estabelecimento industrial ou a ele
equiparado pela legislação federal, e por
atacadista, podendo, a critério do Fisco, ser
exigido de estabelecimento de contribuinte de
outro setor, com as adaptações necessárias.
LIVROS FISCAIS
• O livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais,
modelo 5, será utilizado por estabelecimento que
confeccionar impressos de documentos fiscais para
terceiro ou para uso próprio.
• Os livros Registro de Utilização de Documentos Fiscais e
Termos de Ocorrências, modelo 6, Registro de
Inventário, modelo 7, e Registro de Apuração do ICMS,
modelo 9, serão utilizados por todos os
estabelecimentos.
LIVROS FISCAIS
• É facultado ao contribuinte acrescentar, nos
livros fiscais, indicações de seu interesse, desde
que não lhes prejudiquem a clareza.
• As disposições acima não se aplica a produtor
não equiparado a comerciante ou industrial, que
deverá registrar as operações na forma
estabelecida pela Secretaria de Fazenda
Estadual.
IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA
• 1. O lucro real;
• 2. O lucro presumido; e
• 3. O lucro arbitrado.
REGIME DE APURAÇÃO DO IRPJ-LUCRO
PRESUMIDO
• O lucro presumido é uma modalidade simplificada de tributação
da renda, na qual o imposto é calculado com base em um
percentual da receita bruta, sem dedução de custos ou despesas.
• Trata-se de uma opção do contribuinte, que pode ser adotada
pelas pessoas jurídicas não obrigadas à tributação pelo lucro real,
desde que, no ano-calendário anterior, tenham auferido receita
bruta total igual ou inferior a R$48.000.000,00 ou a
R$4.000.000,00 multiplicado pelo número de meses em atividade
no ano-calendário anterior (Lei Federal 10.637/2002, art. 46; Lei
Federal 9.718/98, art. 13; RIR, art.516).
REGIME DE APURAÇÃO DO IRPJ-LUCRO
PRESUMIDO
• A opção pelo regime é exercida mediante pagamento da
primeira ou única quota do imposto devido, que é de
periodicidade trimestral, com encerramento nos dias 31 de
março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de
cada ano-calendário (Lei Federal 9.430/1996, arts. 1 ° e 25;
art. 26, §1 °).
• A base de cálculo (o lucro presumido), por sua vez, deve
corresponder a 8% da receita bruta auferida no período de
apuração, salvo nas seguintes atividades (RIR, arts. 518 e
519) que estão sujeitas a percentuais especiais:
REGIME DE APURAÇÃO DO IRPJ-LUCRO
PRESUMIDO
• Revenda, para consumo, de combustível derivado de
petróleo, álcool etílico carburante e gás natural: 1,6%;
• Prestação de serviço de transporte, exceto o de
carga: 16%;
• Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços
hospitalares; intermediação de negócios;
administração, locação ou cessão de bens, imóveis e
móveis e direitos de qualquer natureza: 32%.
REGIME DE APURAÇÃO DO IRPJ-LUCRO REAL
• O lucro real, por sua vez, é o lucro líquido da pessoa jurídica, apurado de
acordo com as regras da legislação comercial, ajustado pelas adições,
exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação
tributária, o que também poder ser designado lucro líquido ajustado
(Decreto-Lei 1.598/77, art. 6.°; Lei 8.981/95, art. 37, §1.°; RIR, art. 247).
• O contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis
comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;
• A escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros
ou deficiências que a tornem imprestável para: identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou
determinar o lucro real;
• O comissário ou o representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro da sua
atividade separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no exterior (RIR, art. 398);
REGIME DE APURAÇÃO DO IRPJ-LUCRO
ARBITRADO
• O contribuinte não mantiver em boa ordem e segundo as
normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas
utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os
lançamentos efetuados no Diário.
• Regime de incidência
• Legislação aplicável
• Base de cálculo
AULA 7
• Relevância do tema:
Situação atual de insegurança jurídica quanto às
hipóteses e limites na desconsideração de negócios
realizados pelo contribuinte.
VERDADE X MENTIRA
Que verdade é essa?
Podemos falar em ilícitos atípicos?
SJSS
CJ
Segurança jurídica no sistema autopoiético
Incorporação às Avessas
• Caso 1
• “IRPJ – INCORPORAÇÃO ÀS AVESSAS – GLOSA DE
PREJUÍZOS – IMPROCEDÊNCIA – A denominada
“incorporação às avessas”, não proibida pelo
ordenamento, realizada entre empresas operativas e
que sempre estiveram sob controle comum, não pode
ser tipificada como operação simulada ou abusiva,
mormente quando, a par da inegável intenção de não
perda de prejuízos fiscais acumulados, teve por escopo
a busca de melhor eficiência das operações entre
ambas praticadas.” (Ac. 107-07.596)
• Caso 2
“IRPJ – “INCORPORAÇÃO ÀS AVESSAS” – MATÉRIA DE
PROVA – COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS. A
definição legal do fato gerador é interpretada
abstraindo-se da validade jurídica dos atos
efetivamente praticados. Se a documentação
acostada aos autos comprova de forma inequívoca
que a declaração de vontade expressa nos atos de
incorporação era enganosa para produzir efeito
diverso do ostensivamente indicado, a autoridade
fiscal não está jungida aos efeitos jurídicos que os
atos produziriam, mas à verdadeira repercussão
econômica dos fatos subjacentes .” (CSRF/01-02.107)
Debêntures Participativas
• Caso 3
• “DESPESAS DE DEBÊNTURES. DEDUTIBILIDADE. A dedução
das despesas decorrentes das obrigações relativas a
debêntures está condicionada, entre outras, à efetiva
captação de novos recursos financeiros inerente à emissão
desses títulos.” (AC. 103-21.543)
• Caso 4
• “DESPESAS COM REMUNERAÇÃO DE DEBÊNTURES.
Restando caracterizado o caráter de liberalidade dos
pagamentos aos sócios, decorrentes de operações
formalizadas apenas “no papel” e que transformaram lucros
distribuídos em remuneração de debêntures, consideram-se
indedutíveis as despesas contabilizadas.” (AC. 101-94.986)
• Caso 5
“DESCONSIDERAÇÃO DE ATO JURÍDICO. Devidamente
demonstrado nos autos que os atos negociais praticados deram-
se em direção contrária a norma legal, com o intuito doloso de
excluir ou modificar as características essenciais do fato gerador
da obrigação tributária (art. 149 do CTN), cabível a
desconsideração do suposto negócio jurídico realizado e a
exigência do tributo incidente sobre a real operação.
SIMULAÇÃO/DISSIMULAÇÃO – Configura-se como simulação, o
comportamento do contribuinte em que se detecta uma
inadequação ou inequivalência entre a forma jurídica sob a qual
o negócio se apresenta e a substância ou natureza do fato
gerador efetivamente realizado, ou seja, dá-se pela discrepância
entre a vontade querida pelo agente e o ato por ele praticado
para exteriorização dessa vontade, ao passo que a dissimulação
contém em seu bojo um disfarce, no qual se encontra escondida
uma operação em que o fato revelado não guarda
correspondência com a efetiva realidade, ou melhor, dissimular é
encobrir o que é.” (Ac. 101-94.771)
IOF em Operações de Crédito
• Caso 6
• “IOF. ABUSO DE FORMA. Se a entidade financeira
concede empréstimo, representado por Cédula de
Crédito Comercial, a concessionárias de veículos, mas de
fato o que houve foi financiamento para compra de
veículo por pessoa física, resta caracterizado o abuso de
forma com o fito de pagar menos tributo. Provado o
abuso, deve o Fisco desqualificar o negócio jurídico
original, exclusivamente para efeitos fiscais,
requalificando-o segundo a descrição normativo-
tributária pertinente à situação que foi encoberta pelo
desnaturamento da função objetiva do ato.” (Ac. 202-
15.765)
Caso 7
SIMULAÇÃO – SUBSTÂNCIA DOS ATOS – Não se
verifica a simulação quando os atos praticados são
lícitos e sua exteriorização revela coerência com os
institutos de direito privado adotados, assumindo o
contribuinte as conseqüências e ônus das formas
jurídicas por ele escolhidas, ainda que motivado
pelo objetivo de economia de imposto.” (Ac. 104-
21726)
• Caso 8
“INCORPORAÇÃO DE SOCIEDADE. AMORTIZAÇÃO DE
ÁGIO NA AQUISIÇÃO DE AÇÕES. SIMULAÇÃO. A
reorganização societária, para ser legítima, deve
decorrer de atos efetivamente existentes, e não
apenas artificial e formalmente revelados em
documentação ou na escrita mercantil ou fiscal. A
caracterização dos atos como simulados, e não reais,
autoriza a glosa da amortização do ágio
contabilizado.” (Ac. 101.96.724)
Tópicos de direito tributário
AULA 9
Ementa: PRESUNÇÃO LEGAL - OMISSÃO DE RECEITAS - DEPÓSITOS
BANCÁRIOS SEM COMPROVAÇÃO DE ORIGEM - não se aplica a presunção
legal estabelecida no artigo 42 da Lei nº 9.430/1996 quando o sujeito passivo
indica a origem dos recursos em sua contabilidade e o Fisco não logra
desconstituir tais registros, bem como não afasta definitivamente a capa -
cidade probatória dos documentos apresentados para tal mister pela
recorrente. REGISTROS CONTÁBEIS - VALOR PROBANTE - a contabilidade faz
prova em favor do contribuinte dos fatos nela registrados e comprovados
por documentação hábil, cabendo à autoridade administrativa a prova da
inveracidade dos fatos registrados, salvo quando a lei atribua ao
contribuinte a produção da prova daqueles.
Recurso Voluntário Provido.
(1º Conselho de Contribuintes. 1a. Câmara. ACÓRDÃO 101-96.402 em
19.10.2007. Publicado no DOU em: 04.03.2008)
TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇAO FISCAL. IRPF, IRPJ E PIS/DEDUÇAO. LUCRO ARBITRADO. LAUDO
PERICIAL QUE ATESTA A POSSIBILIDADE DE AFERIÇAO DO LUCRO REAL. PRESTABILIDADE DOS LIVROS
CONTÁBEIS. DESCLASSIFICAÇAO DA ESCRITA. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE ELEMENTOS CONCRETOS.
NULIDADE DO LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO.
1. Embargos à Execução que visam à desconstituição dos créditos tributários referentes a IRPF, IRPJ e PIS
/DEDUÇAO incidente sobre os rendimentos dos sócios e da empresa, a qual teve seu lucro arbitrado, por,
segundo a autuação fiscal, não ser possível a aferição do lucro real a partir dos livros contábeis da mesma,
gerando tributação reflexa do imposto de renda sobre os cotistas.
2. "Em tema de Imposto de Renda, a desclassificação da escrita somente se legitima na ausência de
elementos concretos que permitam a apuração do lucro real da empresa, não a justificando simples atraso
na escrita." (Súmula 76, do extinto TFR).
3. A prova pericial produzida nos autos atesta, expressamente, a possibilidade de apuração do lucro real
através dos livros contábeis da empresa e a prestabilidade da escrita para tal fim, inexistindo, pois, justo
motivo para desconsiderá-la.
4. A alegação de inexistência de livros auxiliares, ou não preenchimento dos mesmos, na época da
fiscalização, não prospera, eis que a Apelante não trouxe aos autos qualquer início de prova capaz de ilidir a
presunção de existência dos mesmos. (STJ, REsp nº 1.297.624 – PB, Rel. Min. Maruo Campbell Marques,
09/10/2012)
# A CONTABILIDADE: Tutela legal e princípios contábeis.
Direito positivo:
- Lei das Sociedades Anônimas
(em especial alterações da Lei 11.638/2007 e 11.941/2009)
- Código Civil
- Legislação esparsa.
CÓDIGO CIVIL
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um
sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração
uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva,
e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
(…)
§ 2º É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se
refere o art. 970.
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário,
que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou
eletrônica.
Balanço patrimonial
Escriturações Demonstrativo de resultado do Exercício (DRE)
obrigatórias: Livro Diário
# A CONTABILIDADE: Obrigatória x gerencial.
SOCIEDADES ANÔNIMAS
LUCRO REAL
a) Livro Diário;
b) Livro Razão;
c) Livro para registro de inventário;
d) Livro para registro de entradas (compras);
e) Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR (e-Lalur)
f) Livro para registro permanente de estoque (atividade imobiliária)
g) Livro de Movimentação de Combustíveis, (posto revendedor)
h) Controle Fiscal Contábil de Transição - FCont (RTT).
# Contabilidade:
“Verdade por correspondência” ou “verdade por persuasão”?
Há “diferentes verdades contábeis oriundas de
métodos e critérios diferentes” (Alexsandro Broedel)
Lei 11.941/09
Art. 15. Fica instituído o Regime Tributário de Transição – RTT de apuração do lucro
real, que trata dos ajustes decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis
introduzidos pela Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, e pelos arts. 57 e 38
desta lei.
§ 1º O RTT vigerá até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos tributários
dos novos métodos e critérios contábeis, buscando a neutralidade tributária.
Disponibilidade Disponibilidade
econômica jurídica
Ulhoa Canto; Caixa Competência
José Luiz Bulhões Pedreira
Acréscimo
Brandão Machado -
patrimonial
Ricardo Mariz de Oliveira; Ilícito Lícito
José Eduardo Soares de Melo
Rubens Gomes de Sousa Competência Caixa
Luís Eduardo Schoueri Posse Propriedade
# A CONTABILIDADE E O DIREITO TRIBUTÁRIO: “pós” Lei 11.941/2009.
Lei 9.249/1995
Artigo 10. Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados
apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas
pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou
arbitrado, não ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na
fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de renda do
beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no País ou no
exterior.
# A CONTABILIDADE E O DIREITO TRIBUTÁRIO: “pós” Lei 11.941/2009.
ATIVO R$ PASSIVO R$
CIRCULANTE CIRCULANTE
Obrigações Sociais e Impostos a
Disponível (bancos) 110.000 Recolher
Contas a Receber Contas a Pagar
Estoques Repasse por intermediação
Outros Créditos Lucros a Distribuir
Despesas do Exercício Seguinte Empréstimos Bancários
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
PERMANENTE
Investimentos
Imobilizado PL
Intangível Capital Social 100.000
Diferido Reservas de Capital
(-) Depreciação e Amortização Acumuladas Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Resultado do Exercício 10.000
Lucros ou Prejuízos Acumulados
110.000 110.000
# “Receita”: um signo jurídico
148
Sócio
JCP R$ 6.250.000
Retenção de IR (15%) R$ (937.500)
JCP Líquido R$ 5.312.500
Dividendos R$ 4.149.000
149
CASO CITIBANK (ACÓRDÃO 1401-000.901)
Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ Ano-calendário: 2002,
2003, 2004, 2005, 2006 Eemnta: JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO -
DEDUTIBILIDADE - LIMITE TEMPORAL - O período de competência, para efeito de
dedutibilidade dos juros sobre capital próprio da base de cálculo do imposto de
renda, é aquele em que há deliberação de órgão ou pessoa competente sobre o
seu pagamento ou crédito. Inclusive, a remuneração do capital próprio pode
tomar por base o valor existente em períodos pretéritos, desde que respeitado
os critérios e limites de dedutibilidade previstos em lei na data da deliberação do
pagamento ou creditamento. PRECLUSÃO. INAPLICABILIDADE. A preclusão está
relacionada à perda de direitos, faculdades ou poderes processuais, não se
relacionando à hipótese de ausência de deliberação de JCP em exercícios
anteriores. RENÚNCIA. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA. Não há
previsão legal sobre a configuração de renúncia de direito no caso de ausência da
deliberação do pagamento dos JCP. A renúncia de direitos deve ser interpretada
de forma restrita, não devendo o silêncio do acionista ser interpretado como ato
volitivo de abdicação de direito, gerando efeitos tributários. LANÇAMENTO
DECORRENTE - CSLL - Tratando-se de lançamento reflexo, a solução dada ao
lançamento matriz é aplicável, no que couber, ao lançamento decorrente,
quando não houver fatos novos a ensejar decisão diversa, ante a íntima relação
de causa e efeito que os vincula.
CASO BANCO VOTORANTIM