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• Diversas condições podem ser precipitadas ou mesmo agravadas pela obesidade, como
diabetes mellitus, esteato-hepatite não alcoólica e distúrbios cardiovasculares;
• Existe uma maior incidência de algumas neoplasias malignas em obesos: cânceres
colorretal, de próstata, de estômago, de mama e de endométrio;
- IMC
$
-TC
-Medidas
Pesagem dentro da água -RNM
antropométricas
-DEXA
-Bioimpedância
IMC
Calculado através da divisão do peso em kg pela altura em metros elevada ao quadrado kg/m²
35
IMC 70% dos homens e 61% das
mulheres com hipertensão são
Vantagens obesos, ou seja, têm um índice de
massa corporal superior a 30
Prático, rápido e barato kg/m². Ministério da Saúde
Desvantagens
Massa magra X Massa gordurosa
Distribuição gordura corporal (sexo e idade)
Não é indicador do mesmo grau de gordura em populações diversas
CINTURA/QUADRIL
• Indivíduos que apresentem IMC≥40 Kg/m², com ou sem comorbidades, sem sucesso no tratamento
clínico longitudinal , por dois anos seguido protocolos clínicos;
• IMC>35 kg/m2 e com comorbidades, como diabetes mellitus e/ou hipertensão arterial sistêmica de difícil
controle, apneia do sono, doenças articulares degenerativas, sem sucesso no tratamento clínico
longitudinal realizado por no mínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos.
CONTRAINDICAÇÕES
• Paciente não concordante com a cirurgia (principalmente no pré operatório
• Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso de álcool ou drogas ilícitas; no entanto, quadros
psiquiátricos graves sob controle não são contraindicações obrigatórias à cirurgia;
• Hipertensão portal, com varizes esofagogástricas; doenças imunológicas ou inflamatórias do trato digestivo
superior que venham a predispor o indivíduo a sangramento digestivo ou outras condições de risco
Desvantagem
Aderência do dispositivo
Dilatação do esôfago
GASTRECTOMIA VERTICAL -
SLEEVE
Remoção de aproximadamente 80% do estômago
O procedimento:
O estômago é reduzido a um volume pequeno, reduzindo a quantidade de
alimento que pode ser consumido. (50 a 200 ml)
Essa restrição com a remoção de 70 a 80% do estômago proximal ao
antro age como mecanismo hormonal por meio da redução da secreção
de grelina pela retirada do fundo gástrico.
Induz a uma rápida e significativa perda de peso, similar a Y de Roux
PO de 2 dias
Desvantagens:
Não é um procedimento reversível
Fístulas e sangramentos
A longo prazo leva a deficiência vitamínicas
• É utilizado como um procedimento de
“ponte cirúrgica” em pacientes de alto
risco proibitivos para um duodenal
switch completo com obesidade grave.
BALÃO INTRAGÁSTRICO
Uma forma de preencher parcialmente
o estômago – 500 a 700 ml.
Visa saciedade precoce, diminuindo o
volume de alimentos ingeridos.
Complicações: obstrução pilórica e
intestinal decorrentes de sua migração.
Utilizado desde pré-operatório de super
obesos (ponte ate a bariátrica ) até nos
obesos leves (IMC >28).
Pode permanecer 6-12meses.
Completamente reversível.
Via endoscópica. Necessita anestesia
geral (risco especialmente na retirada)
TÉCNICAS
CIRÚRGICAS
DISABSORTIVAS
TÉCINAS DISABSORTIVAS
• São cirurgias que teoricamente alteram pouco o tamanho e a capacidade do
estômago em receber alimentos.
• Alteram drasticamente a absorção dos alimentos a nível de intestino delgado,
conhecidas como cirurgias de by-pass intestinal ou cirurgias de desvio intestinal.
• São cirurgias que por causarem um grande desvio intestinal e reduzirem o tempo do
alimento no transito pelo intestino delgado, reduzem a capacidade de absorção do
mesmo, com isso, por diminuição de absorção acabam induzindo ao emagrecimento.
DERIVAÇÃO
BILIOPANCREÁTICA
SCOPINARO
• Gastrectomia horizontal e formação de uma
gastroileostomia, com produção de um canal comum
de 50cm e redução da absorção de alimentos.
DERIVAÇÃO
BILIOPANCREÁTICA
SCOPINARO
• Aumento da taxa de desnutrição proteico-calórica, ulceração gástrica e síndrome de
Dumping.
DERIVAÇÃO
BILIOPANCREÁTICA
DUODENAL SWITCH
• É a associação entre gastrectomia vertical e desvio
intestinal.
• 60% do estômago é retirado, porém a anatomia básica do
órgão e sua fisiologia de esvaziamento são mantidas.
• O desvio intestinal reduz a absorção dos nutrientes,
levando ao emagrecimento.
• Criada em 1978, a técnica corresponde a 5% dos
procedimentos e leva à perda de 75% a 85% do excesso de
peso inicial.
DERIVAÇÃO
BILIOPANCREÁTICA
DUODENAL SWITCH
1. Gastrectomia vertical com ressecção da
grande curvatura do estômago e
preservação do antro, piloro e primeira
parte do duodeno (estômago de 150ml);
2. Anastomose do íleo distal à primeira
parte do duodeno (contribuição duodenal
no membro alimentar);
3. Membro bileopancreático é
anastomosado aos 100cm do íleo distal.
DERIVAÇÃO
BILIOPANCREÁTICA
DUODENAL SWITCH
Indicado em pacientes de alto risco com IMC muito alto, pois pode ser realizado em
dois tempos:
1. Gastrectomia vertical isolada
≃ 40 = 80 a 120cm
Tamanho da alça
depende do IMC
> 50 = 150cm
MORTALIDADE
Hemorragia
gastrointestinal;
Tromboemcolismo
LAPAROSCOPIA venoso; LAPAROTOMIA
0 A 0.9% Obstrução intestinal; 0.4 A 1.5%
Estenose anastomótica;
Úlceras marginais;
Deficiência nutricional
QUAL ESCOLHER?
DM 2 Superobesos
Síndrome Metabólica
DRGE
EFICÁCIA
Refluxo gastroesofágico:
• Por aumento da pressão no tubo gástrico
DERIVAÇÃO EM Y DE ROUX
Causas de mortalidade: TEP, deiscência anastomótica, eventos cardíacos, abscesso
intra-abdominal e falência múltipla dos órgãos
Deiscência de anastomose (1-2%):
• + comum na anastomose gastrojejunal
• Anastomose jejunojejunal: secreção biliar
Úlceras marginais(2-10%):
• Incidência com tratamento pré-operatório para o H. pylori
Sangramentos intestinais
DERIVAÇÃO EM Y DE ROUX
Síndrome de Dumping
• Até 50% das gastrectomias parciais, mais comum das síndromes que sucedem a gastrectomia
• Conjunto de sintomas vasomotores e gastrointestinais, associados ao esvaziamento gástrico rápido ou
à exposição súbita do intestino delgado aos nutrientes
Presença súbita do
conteúdo gástrico
Liberaçãode
bradicinina, Sintomas tardios
serotonina e (90 min-3h)
enteroglucagon
Alta secreção de
Sintomas iniciais insulina
(30 min) provocando a
hipoglicemia
DERIVAÇÃO EM Y DE ROUX
• Diagnóstico: Score de Sigstad 7 após a ingestão de glicose é +. Score de Arts avalia gravidade dos
sintomas
• Tratamento: retardar o esvaziamento gástrico. Menores refeições, com mais frequência; evitar
líquidos durante as refeições ou nas primeiras 2h após e evitar açúcares de absorção rápida e lactose.
Em casos refratários podem ser usados análogos da somastotatina
DESVIO BILIOPANCREÁTICO
Úlceras marginais: problema que foi resolvido com a modificação SD, preservando
o piloro.
ASPECTOS
NUTRICIONAIS
TERAPÊUTICA NUTRICIONAL EM
PACIENTES CANDIDATOS
À CIRURGIA BARIÁTRICA
- Objetivos: Repouso gástrico, iniciar transição para dieta branda e treinamento exaustivo de mastigação.
Alimentos que devem ser evitados na dieta líquida restrita e
dieta líquida:
•Alimentos ricos em açúcar, como doces, achocolatados, bolachas, bolos e sorvete
•Temperos prontos e molhos industrializados
•Bebidas gaseificadas, como refrigerante e água com gás
•Bebida alcoólica
•Sucos industrializados que contenham açúcar
•Chá mate / preto, café, bebidas à base de cola ou xarope de guaraná
•Pimentas (pó, grão, secas ou in natura) e hortelã
Alimentos que devem ser evitados – dieta pastosa
•Alimentos na forma integral, como pães, macarrão, arroz e biscoitos
•Legumes e verduras cruas
•Frutas duras cozidas e macias, na consistência de papa
•Alimentos ricos em açúcar
•Temperos prontos e molhos industrializados
•Bebidas gaseificadas
•Bebida alcoólica
•Sucos industrializados
•Oleaginosas como nozes, castanhas, amêndoas e amendoim (in natura, cremes ou
pastas)
•Frituras
Relação dos alimentos Permitidos na primeira semana da
cirurgia bariátrica:
•Água mineral ou água filtrada;
•Chás claros (ex.: erva-cidreira, camomila, maçã, etc. – devem ser evitados os chás
mate e preto);
•Água de coco verde (pode ser de caixinha);
•Suco de laranja lima coado;
•Caldos coados (água do cozimento)
Dieta Branda: 15 dias após a pastosa.
Deficiência Nutricionais
Técnica cirúrgica do by-pass gástrico em Y-de-Roux e suas principais alterações metabólicas.
DEFICIÊNCIAS DAS
VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS
B12
•Mais frequentes após p BGYR
•Redução de HCL diminuição de pepsina, necessária para liberação b12 presentes
em alimentos proteicos.
• Diminuição de FI.
• Percebida após 1 ano.
B1
•Ocorrência de deficiência de tiamina no pós-cirúrgico, especialmente na presença de
náuseas e vómitos.
•Baixa ingestão + má absorção
•Presença de Beriberi pode afetar inúmeros órgãos: coração, TGI e SN
•Seu diagnóstico prévio pode ajudar a evitar consequências graves a saúde como
lesões neuromusculares irreversíveis e defeitos permanentes de memória recente.
•Mais frequente: BGYR, banda gástrica vertical e derivação biliopancreática.
•Pouco armazenamento.
•Síndrome de Wernicke Korsakoff: alteração de memoria recente, neuropatia
periférica, oftalmoplegia, ataxia e confusão mental.
Ácido Fólico ( Vitamina M)
•Pode esgotar em poucos meses de pós-operatório na ausência da suplementação ou
ingestão inadequada (hortaliças verde-escuras, frutas, vísceras, fígados e cereais).
•47% após 6 meses de BGYR, 41% após um ano.
•Níveis elevados de homocisteína fator de risco.
• Esquecimento, irritabilidade, hostilidade e comportamentos paranoicos.
•Maioria assintomáticos e sintomas subclínicos.
FERRO
• 2/3 dos pacientes possuem anemia por deficiência de ferro.
• BGYR 20 a 49% possuem deficiência.
•Principais Fatores: hipocloridria gástrica, impossibilitando a absorção de ferro dos
alimentos (não ocorre a redução de fe 3+ em fe 2+), má absorção devio a exclusão
dos principais locais (duodeno e jejuno proximal), intolerância alimentar a carne
vermelha ou ainda perdas sanguíneas peri-operatória, menstruação, etc.
DEFICIÊNCIA DE VITAMINAS
LIPOSSOLÚVEIS
A digestão de lipídios após by-pass gástrico ocorre de forma mais lenta devido à
ausência de contato das gorduras com o duodeno o que prejudica a atuação da CCK,
hormônio intestinal necessário para a liberação de lipases biliares e pancreáticas.
Cálcio e Vitamina D
• O cálcio é absorbido no duodeno e jejuno proximal, e sua absorção é facilitada pela
vitamina D em um ambiente ácido.
•A presença de deficiência de vitamina D e cálcio após DBO é considerada elevada.
•Maior risco de doença óssea (osteomalácia, osteoporose e o hiperparatiroidismos
secundários) tem sido relatado após cirurgia bariátrica.
DEFICIÊNCIA DE
MACRONUTRIENTE
Deficiência de proteínas
•É a mais comumente relatada entre os macronutrientes
•Após as técnicas disabsortivas ou mistas (DBP/DS e BGYR)
•Associada à outros componentes: anorexia, vômitos persistentes, diarreia,
intolerância alimentar e etilismo.
• Desnutrição protéica representa uma grave complicação metabólica observada
principalmente nos pós-operatório. Caracterizada: hipoalbuminemia, anemia, edema,
astenia e alopecia.
•Relacionada a negligência do paciente em relação às recomendações: 0,8 a 1,2g/Kg
ASPECTOS PSICOLÓGICOS
PARA O SUCESSO
TERAPÊUTICO
• Terapia Cognitivo-Comportamental: modificações de hábitos prejuduciais; não
isolada, mas adicional;
• Automonitoramento/Controle de estímulos/Resolução de problemas/Reestruturação
cognitiva/Entrevista motivacional/Apoio Social = mantém as mudanças de estilo de
vida e diminuem os riscos de depressão;
• Manejo do estresse e atenção plena;
Durante o Pré-operatório: Durante o Pós-operatório:
Mudança no estilo de vida Comprometimento a longo prazo as
O estabelecimento de objetivos mudanças
realistas/alcançáveis de perda de peso Autorreconhecimento e construção
Estimular a perda de peso para a de sua imagem
realização da cirurgia
Recaídas a após a diminuição da
Acompanhamento psicológico e
velocidade de perda de peso
psiquiátrico
Evitar a transferência da compulsão
alimentar
Acompanhamento psicológico e
psiquiátrico