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MMCSLDS23
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MONOGRAFIA
ESTUDO DOS NÍVEIS DE ANSIEDADE EM MULHERES PÓS-CESARIANA: ESTUDO REALIZADO NA MATERNIDADE AUGUSTO N
´GANGULA
Objectivos Específicos:
3) Propor medidas de intervenção psicoterapêutica para ajudar as mulheres pós-cesariana com níveis de
ansiedade fora do normal.
IMPORTÂNCIA DE ESTUDO
O trabalho em causa é importante pois trata-se de um problema muito pertinente, a cesariana
pode afectar muito o psicológico de uma mulher, devido a muitas complicações fisiológicas que o
processo pode apresentar. O tema é de bastante importância, pois de alguma forma se negligenciam
bastante as perturbações que as mulheres que sofereram uma cesariana podem desenvolver, isso
porque desde que estas estejam com os sintomas fisiológicos normais são taxadas como pessoas
totalmente saudáveis. O trabalho em destaque vem nos demonstrar que nem sempre as coisas
acontecem de tal forma, isso porque em muitos casos ou mesmo na maioria, as mulheres estão a
sofrer nesse período em que deviam estar mais calmas possível para poderem cuidar do seu filho
recém-nascido, esses problemas psicológicos que as mães podem adquirir afectam directamente o
desenvolvimento da criança.
DEFINIÇÃO DO CONCEITO
a) Ansiedade
Barlow e Durand (2010, p. 132) dizem que “a ansiedade é um estado de humor negativo
caracterizado por sintomas corporais de tensão física e apreensão em relação ao futuro.”
b) Cesariana
Domingues e Pereira (2014, p. 101) dizem que “define-se como cesariana o procedimento
por laparotomia que permite a extracção de um ou mais fetos do útero ou da cavidade abdominal,
com ou sem vida, com mais de 22 semanas e 0 dias”.
C) maternidade
Lejarraga (1996, p. 26) afirma que, “maternidade é a instituição ou local onde são encaminhadas as
senhoras que encontram-se de gravidez para efectuar o parto.”
ANSIEDADE NA GRAVIDEZ
Morais et al (2016, p. 20) dizem que:
A gestação e a maternidade têm sido, cada vez mais, alvos de investigação por parte da
comunidade científica, por envolver mudanças nos aspectos hormonal, físico, psicológico,
familiar e social, desencadeando reajustamentos e reestruturações na vida dos indivíduos. Essas
mudanças têm suscitado a hipótese de que mulheres grávidas podem ser mais vulneráveis a
agravos à saúde mental, desenvolvendo psicopatologias. Esses agravos são responsáveis por
significante parcela da morbidade e mortalidade em todo o mundo, constituindo um importante
problema de saúde pública. Muitos são os fatores que influenciam o aparecimento de agravos à
saúde mental na gravidez e no pós-parto, em particular, perturbações de ansiedade e de
depressão.
UMA PERSPECTIVA SOBRE A CESARIANA
Numa primeira fase, existem registos de partos feitos por cesariana que levantam a milhares de anos atrás, e
que se espalham um pouco por todas as regiões do mundo. Deste modo, é difícil expressar, com certeza, quando e
onde surgiu a ideia de retirar um feto directamente da cavidade abdominal. Por sua vez, podemos no entanto
deduzir que esta forma de trazer uma criança ao mundo, certamente, significava, na larga maioria das vezes,
sacrificar a vida da mãe.
Para Fadel (2017, p. 43), “outra indicação de parto por cesariana, lógica para a altura, seria a
necessidade de realizar os rituais fúnebres em separado, à mãe e ao recém-nascido”.
A cesariana é mais frequentemente realizada através de uma incisão transversa na pele, ligada a melhor
recuperação da ferida cirúrgica, menos dor pós operatória, e melhores resultados estéticos do que a incisão vertical
mediana.
METODOLOGIA
2.1 MODOS DE INVESTIGAÇÃO
2.2 HIPÓTESES
Foi realizado um estudo aleatório numa amostra de 30 mulheres angolanas que foram
submetidas à cesariana na Maternidade Augusto N´Gangula.
2.5 INSTRUMENTOS DE INVESTIGAÇÃO
Para o presente estudo, usou-se a escala de Beck de ansiedade, que é o instrumento mais
adequado para a recolha de dados sobre ansiedade nas gestantes daquela unidade hospitalar.
Sente dormência ou
formigamento?
Muito forte
10%
Moderadamente
15% Nada
Fraco 55%
20%
Fraco
Nada 54%
29%
Fraco Nada
Moderadamente Muito forte
Tabela 3 – Sente medo do pior acontecer?
Medo do pior acontecer Frequência Percentagem (%)
Moderadamente 18 58
Muito forte 7 27
Nada 3 8
Fraco 2 7
Total 30 100
Moderadamente
10%
Fraco
52%
Nada
30%
Moder-
adamente
40%
Conde, A. & Figueiredo, C. (2003). Ansiedade na gravidez. 1ª Ed. São Paulo: DICP.
Domingues, R., Dias, M., Nakamura-Pereira, M., Torres, J., d'Orsi, E., & Pereira, A. (2014).
Processo de decisão pelo tipo de parto no Brasil: da preferência inicial das mulheres à via de parto
final. Cadernos de Saúde Pública , :S101-S116.
Fadel, H. (2017). Postmortem and Perimortem Cesarean Section: Historical, Religious and Ethical
Considerations. J Islam Med Assoc , 43.
Lejarrege, A. (1996). O trauma e seus destinos. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Revinter editora.