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AMPLO E A JUSTIFICAÇÃO
DE CRENÇAS MORAIS
Prof. Dr. Rogel E. de Oliveira
(PNPD-Capes/PUCRS)
EPISTEMOLOGIA MORAL
John Rawls (1951) – Antecipa alguns elementos do ER, em especial o papel dos
“Juízos morais ponderados” (Considered moral judgments).
Nelson Goodman (1955) – Aplica o método (sem nome) para a justificação da
dedução e indução.
John Rawls (1971) – Apresenta e nomeia o método, aplicando-o à teoria moral e
política.
John Rawls (1975) – Torna explícita a diferença entre ER “restrito” e “amplo”
(narrow & wide reflective equilibrium)
EQUILÍBRIO REFLEXIVO (ER) – BREVE HISTÓRICO
Obs.: No livro “A Theory of Justice” (1971), “Rawls oferece o que poderia ser visto como
três ideias de justificação: o método do equilíbrio reflexivo, a derivação de princípios na
posição original, e a ideia da razão pública. Elas podem parecer estar em alguma tensão
uma com outra” (Scanlon, 2003, p. 139).
Os métodos de fato interagem entre si: na seção 4 do Cap. 1, o método do ER é aplicado
para a justificação das próprias condições da Posição Original!
Entretanto, o ER ganhou autonomia como método de justificação entre os teóricos morais.
EQUILÍBRIO REFLEXIVO (ER) – BREVE HISTÓRICO
M. DePaul:
“Uma vez que você tem uma caracterização abstrata do método, é plausível pensar que
filósofos o têm usado, em ética e em outros lugares, durante todo o tempo” (2006, p.
598)
EQUILÍBRIO REFLEXIVO (ER) –
USO ATUAL EM TEORIA MORAL
Em outras palavras:
1) RESPOSTA AO PROBLEMA DA
“CREDIBILIDADE/SUSTENTABILIDADE INICIAL”
DOS JUÍZOS PONDERADOS:
a) Teste das Ações & Presunção Epistêmica
b) O Poder da Coerência
A) O TESTE DAS AÇÕES & PRESUNÇÃO
EPISTÊMICA
“Nossas convicções formam a base para nossas ações. (...). Assim, confiança
num dado juízo indica que nós ainda não o consideramos impedimento para a
ação. (...). Que as sentenças que nós aceitamos não frustram, em geral, nossos
esforços é alguma razão para aceitá-las. É razão suficiente, eu sugiro, para torná-
las inicialmente sustentáveis. Desde o começo de qualquer investigação, portanto,
há uma presunção epistêmica em favor das convicções que nós já temos.” (Elgin,
1996, p. 102).
Embora nós não possamos identificar “o que é aceito” com “o que é aceitável” -
argumenta Elgin - “uma sentença ser aceita não é epistemicamente irrelevante
para sua aceitabilidade.” (ibid.).
B) O PODER DA COERÊNCIA
1) CIRCULARIDADE:
Obs.: P(X/A&B) será alta, mesmo que P(X/A) e P(B/X) sejam próximas de 0 (mas não iguais
a 0), somente se P(B/~X) também for bastante pequena. Isto, por sua vez, implica que
P(~B/~X) deve ser bastante alta. Ora, P(~B/~X) é um outro tipo de credibilidade, conhecida
como “sensibilidade” (ibid., p. 367, n. 49).
CONCLUSÃO