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UNIVERSIDADE FEDERAL DE

ALAGOAS
CENTRO DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA QUÍMICA
FENÔMENOS DE TRANSPORTE III

TRANSPORTE DE MASSA
INTERFASE
Ana Lara Santos de Oliveira
Lucas Oliveira Mendes da Silva

Prof.: Dr. Altair Marques da Silva


INTRODUÇÃO

Várias operações de Transferência de Massa envolvem a


transferência de matéria entre duas fases de contato. Essas fases
podem ser:

- corrente gasosa em contato com um líquido


- duas correntes líquidas imiscíveis
- escoamento de um fluido através de um sólido

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EQUILÍBRIO

Transferência dentro de uma única fase:

- O transporte de massa (convecção e molecular) tem mostrado ser


diretamente dependente do gradiente de concentração da espécie difusa;
- Quando atingido o equilíbrio a taxa de difusão desta espécie é zero dentro da
fase.

Transferência entre duas fases:

- A transferência entre duas fases também requererá o ponto de equilíbrio entre


as concentrações média e principal dentro de cada fase;
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EQUILÍBRIO

Considerando um sistema de duas fases:

Gás (ar e amônia) em contato com um líquido (água);

I. Quando se inicia o contato, a amônia é transferida para a água na qual é solúvel, e a água é vaporizada
para a fase gasosa. Se a mistura gás-líquido está em um recipiente em condições isotérmicas e isobáricas,
o equilíbrio dinâmico entre as duas fases será estabelecido.

II. Similarmente, uma quantidade da água evaporada dentro da fase gasosa é re-condensada para dentro da
solução. O equilíbrio dinâmico é indicado indicado pela concentração constante da amônia na fase liquida
e a concentração constante ou pressão parcial da mesma na fase gasosa.

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EQUILÍBRIO

Esta condição de equilíbrio pode ser alterada adicionando mais amônia neste mesmo
recipiente. Após um período de tempo um novo equilíbrio dinâmico se estabilizará com diferentes
concentrações de amônia no líquido e uma diferente pressão parcial da mesma na fase gasosa. e assim
sucessivamente.

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EQUILÍBRIO

Equações relacionadas com as concentrações de equilíbrio nas duas fases, para os casos ideais:
Lei de Raoult (fase líquida)

= é a pressão parcial de equilíbrio do componente A na fase vapor acima da fase líquida;


= fração molar de A na fase líquida;
= pressão de vapor do componente puro A à T de equilíbrio;

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EQUILÍBRIO

• Lei de Dalton (fase gasosa)

= fração molar de A na fase gasosa


P = pressão total do sistema

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EQUILÍBRIO

• Outra relação de equilíbrio no qual é encontrado ser verdadeira para soluções diluídas é:

Lei de Henry

=
• H = constante de Henry
• = composição de equilíbrio de A na fase líquida

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EQUILÍBRIO

Os conceitos básicos comuns a todos os sistemas envolvendo a distribuição de um componente entre duas
fases são descritas pela T.M. entre fases:
I. um conjunto fixo de condições (T e P), a regra de Gibbs estabelece a existência de um conj. de relações
de equilíbrio que podem ser mostrados na forma de uma curva de distribuição de equilíbrio;
II. quando um sistema está em equilíbrio, não há T.M. líquida entre as fase;
III. Quando um sistema não está em equilíbrio, um ou mais componentes do sistema será transportado de
tal maneira a causar modificação da composição do sistema. Se o tempo for suficiente, ele atingirá o
equilíbrio.

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TEORIA DE DUAS RESISTÊNCIAS

• A transferência de massa entre fases envolve basicamente 3 passos:

T.M. das condições


T.M. por meio da
principais de uma das
interface para a segunda
fases para a superfície da
fase
interface

TEORIA DE DUAS
RESISTÊNCIAS T.M. da segunda fase
para condições principais

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TEORIA DE DUAS RESISTÊNCIAS

• Proposta por Walter Gordon Whitman (1923), a Teoria de Duas Resistências parte de duas hipóteses principais:
I. Taxa de T.M. entre as duas fases é controlada através das taxas de difusão de cada lado das fases da interface;
II. Nenhuma resistência é oferecida para a transferência do componente difusivo através da interface.

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TEORIA DE DUAS RESISTÊNCIAS

• A condição de não haver resistência à T.M. na superfície interfacial impõe que e são as concentrações do
equilíbrio termodinâmico. Tais concentrações são obtidas se as duas fases estiverem em contato por um período
de tempo suficientemente longo.
• A relação entre a pressão parcial, , e a concentração, , entre as fases depende intrinsecamente das condições de
temperatura e pressão do equilíbrio termodinâmico.

OBSERVAÇÃO:
A explicação foi feita tomando como base a T.M.
da fase gasosa para a líquida. Naturalmente, se a
transferência fosse da fase líquida para a fase
gasosa, seria maior que e , seria maior que .

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TEORIA DE DUAS RESISTÊNCIAS

• Coeficiente de Transferência de Massa individuais:


Considerando a transferência de um componente A para cada lado da interface na direção z, as taxas de difusão para
as fases gasosa e líquida podem ser expressas, respectivamente, por
Força motriz da
fase gasosa

Força motriz da
Em que:
fase líquida
é o coeficiente de T.M. convectiva na fase gasosa
é o coeficiente de T.M. convectiva na fase líquida

Assumindo a condição de regime estacionário, o fluxo de cada uma das fases deve ser iguais. Assim, igualando e
rearranjando as equações anteriores, obtemos que:
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TEORIA DE DUAS RESISTÊNCIAS

𝑘𝐿 𝑝 𝐴, 𝐺 − 𝑝 𝐴,𝑖
− =
𝑘𝐺 𝑐 𝐴 , 𝐿 −𝑐 𝐴,𝑖 14
TEORIA DE DUAS RESISTÊNCIAS

• Coeficiente de Transferência de Massa globais


Por ser relativamente difícil medir fisicamente a pressão parcial e a concentração na interface, é conveniente
empregar coeficientes globais baseado na força motriz total entre as composições principais .
Um coeficiente de T.M. global pode ser definido em termos da força motriz da pressão parcial e de concentração
utilizando as equações mostradas anteriormente. Estes coeficientes, K G e KL deve-se levar em consideração a
resistência difusiva de ambas as fases.

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TEORIA DE DUAS RESISTÊNCIAS

• Coeficiente de Transferência de Massa globais

• As equação acima estabelece que o valor relativo as resistências das fases individuais dependem da solubilidade
do gás.
• Para um sistema envolvendo um gás solúvel, como amônia em água, m é muito pequeno e a fase gasosa é
essencialmente igual a resistência global de um sistema. Quando isso é verdadeiro, a maior resistência à T.M. está
na fase gasosa, e é dita fase gasosa controlada.
• Sistemas envolvendo gases de baixa solubilidade, como CO 2 em água, m possui grande valor, onde a resistência
da fase gasosa pode ser desprezível e o KL , coeficiente global, é essencialmente igual ao coeficiente individual
líquido, kL. Este tipo de sistema é designado pela fase líquida controlada.

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!

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