Você está na página 1de 27

POLITÉCNICO

DO PORTO
ESCOLA
SUPERIOR
DE TECNOLOGIA E
GESTÃO
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

RELAÇÃO JURÍDICA

Conceito e elementos
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Elementos da Relação Jurídica:


(Estrutura Interna)

Corresponde ao conteúdo (propriamente


dito) da Relação Jurídica.

É a vinculação entre o Sujeito Ativo


e o Sujeito Passivo da Relação
Jurídica.
3
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Vínculo

É o centro da Relação Jurídica, o nexo
que se estabelece entre os seus
sujeitos, ligando-os.
Esse vínculo é caraterizado pela
obrigação que corresponde ao
respetivo direito subjetivo.

4
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Dentro do nexo ou vínculo que une os


sujeitos podemos distinguir:
I – O lado ativo
Corresponde ao titular ativo do direito
subjetivo (sujeito ativo).
II – O lado passivo
Corresponde ao titular passivo do dever
jurídico ou de uma sujeição (sujeito passivo).
5
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Se o direito subjetivo do sujeito ativo é de


pretender ou exigir .....

 corresponde-lhe

Um dever jurídico do sujeito passivo

6
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Se o direito subjetivo do sujeito ativo é de


produzir um efeito jurídico .....

 corresponde-lhe

Uma sujeição do sujeito passivo

7
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Direito Subjetivo  Dever Jurídico


(ou Sujeição)

8
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Direito Subjetivo:
(noção)

É o poder atribuído pela ordem jurídica a uma


pessoa de livremente exigir ou pretender de
outra certo comportamento positivo (ação) ou
negativo (omissão), ou de por um ato de livre
vontade, só de per si ou integrado por uma
decisão judicial, produzir determinados efeitos
jurídicos que inevitavelmente se impõem a
outra pessoa (contraparte).
9
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Atenção: Só estamos perante um direito


subjetivo quando o exercício do poder jurídico
respetivo está dependente da vontade do seu
titular.

Então, só existe um Direito Subjetivo quando o


seu titular é livre de o exercer ou não.

10
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

É porque lhes falta a liberdade de atuação, que


não são considerados verdadeiros Direitos
Subjetivos, …

… os poderes deveres (ou poderes


funcionais), como por exemplo, os
poderes integrados nas responsabilidades
parentais ou na tutela.

11
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Estes poderes funcionais não podem ser


exercidos, se o seu titular quiser, e como
queira;
Têm de ser exercidos como é exigido pelo
Direito, senão o seu titular sofre sanções;

12
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Também não são considerados verdadeiros


Direitos Subjetivos, …
… os poderes jurídicos stricto sensu ou
faculdades jurídicas, porque estas são apenas
manifestações imediatas da capacidade
jurídica do sujeito de direitos, sem que se
tenham estabelecido ainda relações jurídicas
(não há uma contraparte vinculada a um dever
jurídico).

13
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Modalidades de Direitos Subjetivos:

DIREITO SUBJETIVO PROPRIAMENTE DITO

DIREITO POTESTATIVO

14
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Direito Subjetivo Propriamente dito:


(corresponde à primeira parte da definição de Direito Subjetivo)

É o Direito de Exigir ou Pretender de


outrem um determinado comportamento
positivo (ação) ou negativo (abstenção ou
omissão)

15
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Contrapõe-se-lhe o dever jurídico da


contraparte (ou sujeito passivo)
Dever de “facere ou “non facere”

O dever jurídico é pois a necessidade de (ou


a vinculação a) realizar o comportamento a
que tem direito o titular ativo da relação
jurídica.

16
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

São Direitos Subjetivos propriamente ditos,


p.ex:

Os direitos de crédito ( aos quais se


contrapõe um dever jurídico de pessoa ou
pessoas determinadas);
Os direitos reais e os direitos de
personalidade (aos quais de contrapõe uma
obrigação passiva universal ou dever geral de
abstenção, que impende sobre todas as
outras pessoas); 17
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Diz-se que o titular do Direito Subjetivo tem o


poder de exigir porque ...

Se o obrigado ao dever jurídico não cumprir,


aquele pode solicitar ao Poder Judicial que:
a) aplique determinadas medidas que lhe
proporcionem a satisfação do seu direito;
b) ou uma vantagem equivalente;
c) ou uma sanção que implique um sacrifício
ao adversário;
18
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Diz-se que o titular do Direito Subjetivo tem o


poder de pretender porque .

Se o obrigado ao dever jurídico não cumprir,


aquele não pode reagir;
(O direito subjetivo é aqui de “potencial
reduzido”).

19
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Direito Potestativo
(Corresponde à segunda parte da definição de Direito Subjetivo)

É o poder jurídico pertencente ao titular ativo


da relação jurídica de, por um ato livre de
vontade, só de per si ou integrado por uma
decisão judicial, produzir efeitos jurídicos que
inelutavelmente se impõem à contraparte
(isto é, que inevitavelmente se produzem na
esfera jurídica alheia).

20
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Ao sujeito passivo da relação jurídica,


corresponde, não um dever jurídico, mas uma
sujeição, ou seja ….

… A situação em que ele se encontra de não


poder evitar que determinadas consequências
se produzam na sua esfera jurídica.

21
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

O Sujeito Passivo
-Não está submetido a nenhuma necessidade
de agir, ….
-Nem pode contrariar a produção dos efeitos
jurídicos visados na sua própria esfera
jurídica.

22
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

O Sujeito Passivo

Vê produzir-se forçosamente uma
consequência na sua esfera jurídica por mero
efeito do exercício do direito pelo seu titular
(sujeito ativo).

23
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Os Direitos Potestativos
consoante os efeitos jurídicos que tendem a
produzir, costumam dividir-se em:

1 – Constitutivos
2 – Modificativos
3 - Extintivos

Conforme provocam, respetivamente, a constituição, a modificação ou


a extinção de Relações Jurídicas)

24
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Os Direitos Potestativos Constitutivos

Produzem a constituição de uma relação


jurídica por ato unilateral do seu titular.
(Criam uma nova relação jurídica)

25
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Os Direitos Potestativos Modificativos

Tendem a produzir uma simples modificação


numa relação jurídica existente e que
continuará a existir, embora modificada.
(Modifica-se uma relação jurídica pré-
existente)

26
POLITÉCNICO DO PORTO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Os Direitos Potestativos Extintivos

Tendem a produzir a extinção de uma relação


jurídica existente.
(Extinguem uma relação jurídica existente)

27

Você também pode gostar