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EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

2ª EDIÇÃO - 2003
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROCESSUAL CIVIL – RECURSO ESPECIAL – EXECUÇÃO


FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 7/STJ – EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO – OMISSÃO – OBSCURIDADE – CONTRADIÇÃO –
INEXISTÊNCIA – I - Os embargos de declaração constituem recurso
de rígidos contornos processuais, consoante disciplinamento imerso
no artigo 535 do Código de Processo Civil, exigindo-se, para seu
acolhimento, que estejam presentes os pressupostos legais de
cabimento. II - Inocorrentes as hipóteses de omissão, obscuridade
ou contradição, não há como prosperar o inconformismo, cujo real
intento é a obtenção de efeitos infringentes. III - Embargos de
declaração rejeitados. (STJ – EARESP 397478 – RJ – 1ª T. – Rel.
Min. Francisco Falcão – DJU 28.04.2003)JCPC.535

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


Execuções não instauradas. Incabimento. Sucumbência inexistente.
(STJ – AGA 448491 – SP – 4ª T. – Rel. Min. Aldir Passarinho Junior
– DJU 14.04.2003)

AGRAVO REGIMENTAL – MEDIDA CAUTELAR – EXECUÇÃO –


TÍTULO EXECUTIVO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E
AGRAVO DE INSTRUMENTO – 1. Apresentada exceção de pré-
executividade, em primeiro grau, para discutir a existência de título
executivo, não há conferir efeito suspensivo a Recurso Especial
interposto contra Acórdão que julga agravo de instrumento, este
tirado contra despacho que manda citar os executados, almejando
discutir, também, a questão da executividade. Ausência dos
requisitos legais. 2. Agravo regimental desprovido. (STJ – AGRMC
5846 – MG – 3ª T . – Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito – DJU
07.04.2003)
PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL –
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE – SÚMULA 233/STJ – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – MATÉRIA PASSÍVEL DE CONHECIMENTO DE
OFÍCIO – AUSÊNCIA DE PRECLUSÃO – EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO – MULTA – AFASTAMENTO – I – É possível o
oferecimento de exceção de pré-executividade, nos casos em que o
juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a exemplo do que se
verifica a propósito da higidez do título executivo. Esse entendimento
independe da oposição dos embargos do devedor, vez que a
questão não está sujeita à preclusão. II - Não se evidenciando
comportamento justificador da cominação aplicada, é de ser afastada
a imposição da sanção do § único do artigo 538 do Estatuto
Processual civil. Recurso Especial provido. (STJ – RESP 442448 –
SP – 3ª T. – Rel. Min. Castro Filho – DJU 07.04.2003)JCPC.538
JCPC.538.PUN

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ADMISSIBILIDADE – CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO – TÍTULO EXECUTIVO – INEXISTÊNCIA
– ART. 585, II, CPC – NOTA PROMISSÓRIA – I. É possível ao
devedor acionado no processo de execução argüir a nulidade da
execução, através de exceção de pré-executividade e não de
embargos, desde que verse sobre matéria que possa ser conhecida
de ofício pelo Juízo (4ª Turma, RESP nº 180.734/RN, Rel. Min.
Sálvio de Figueiredo Teixeira, unânime, DJU de 02.08.1999). II. O
contrato de abertura de crédito em conta corrente, ainda que
acompanhado de extratos de movimentação financeira, não constitui
título hábil à promoção de ação executiva. III. A nota promissória
vinculada ao contrato de abertura de crédito não goza de autonomia
por restar descaracterizada, em tal situação, a sua natureza como
título executivo. IV. Precedentes da 2ª Seção. V. Recurso conhecido
e provido. (STJ – RESP 268031 – SP – 4ª T. – Rel. Min. Aldir
Passarinho Junior – DJU 31.03.2003)JCPC.585 JCPC.585.II
PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – CONFISSÃO DE DÍVIDA –
NULIDADE ARGÜIDA EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
POSSIBILIDADE – PRECEDENTES – TÍTULO MÚLTIPLO –
LIQUIDEZ DO TÍTULO – SÚMULAS NS – 5 E 7 DESTA CORTE –
VERBA HONORÁRIA – OFENSA AO ART. 20, § 4º, CPC –
APRECIAÇÃO EQÜITATIVA – Em situações excepcionais, como na
hipótese, a nulidade da execução pode ser argüida por simples
petição, em sede de exceção de pré-executividade, conforme
pacífico entendimento desta Corte (RESP 215.127/RS; RESP
124.364/PE; RESP 160.107/ES; RESP 187.195/RJ; RESP
220.100/RJ). - A verificação, no caso, dos requisitos de liquidez,
certeza e exigibilidade do título embasador da execução passa pelo
reexame de matéria fática e de cláusulas contratuais, incidindo as
Súmulas ns. 5 e 7 desta Corte. - A verba honorária fixada "consoante
apreciação eqüitativa do juiz" (art. 20, § 4º/CPC), por decorrer de ato
discricionário do magistrado, deve traduzir-se num valor que não fira
a chamada lógica do razoável, pois em nome da eqüidade não se
pode baratear a sucumbência, nem elevá-la a patamares
pinaculares. - Recurso parcialmente conhecido e, nessa parte,
provido. (STJ – RESP 312520 – AL – 4ª T. – Rel. Min. Cesar Asfor
Rocha – DJU 24.03.2003)JCPC.20 JCPC.20.4

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – AÇÃO MONITÓRIA – CONVERSÃO –
RECURSO ESPECIAL – DISSÍDIO INEPTO –
PREQUESTIONAMENTO – AUSÊNCIA – SÚMULAS NS – 282 E
356-STF – I. O prequestionamento constitui requisito indispensável à
abertura da via especial. II. Dissídio jurisprudencial não comprovado
nos termos regimentais. III. Recurso não conhecido. (STJ – RESP
331864 – SP – 4ª T. – Rel. Min. Aldir Passarinho Junior – DJU
24.03.2003)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA – LEI Nº 5.741,


DE 1971 – A alegação de nulidade da execução hipotecária pelo
descumprimento do disposto no artigo 2º, inciso IV, da Lei nº 5.741
de 1971 só pode ser examinada em sede de embargos do devedor,
não em exceção de pré-executividade, porque resulta de fato externo
ao título executivo. Agravo regimental não provido. (STJ – AGA
474150 – DF – 3ª T. – Rel. Min. Ari Pargendler – DJU 17.03.2003)

RESP – LOCAÇÃO – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ACORDO JUDICIAL CELEBRADO ENTRE AS
PARTES – DESNECESSIDADE DE PROVA – AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO – PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO –
PRAZO – RECURSO – INTERRUPÇÃO – INOCORRÊNCIA – I -
Inviável o Recurso Especial no tópico referente à alegada violação
ao art. 344, II, do CPC, à míngua do necessário prequestionamento
(Súm. 282 e 356 do STF), bem como em face da vedação contida na
Súmula 7-STJ. II - O pedido de reconsideração não interrompe o
prazo para interposição de recurso. Precedentes. Recurso não
conhecido. (STJ – RESP 470634 – SP – 5ª T. – Rel. Min. Felix
Fischer – DJU 17.03.2003)JCPC.344 JCPC.344.II

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – NOVAÇÃO – CITAÇÃO DOS


GARANTES ANTERIORES – INTERVENÇÃO – VIAS –
UTILIZAÇÃO DOS EMBARGOS DE TERCEIROS –
DESCABIMENTO – POSSIBILIDADE, NO CASO –
CIRCUNSTÂNCIAS DA CAUSA – INSTRUMENTALIDADE DO
PROCESSO – RECURSO PROVIDO – MAIORIA – I – A parte citada
na execução como executada, mesmo indevidamente, integra a
relação processual enquanto não excluída por decisão judicial.
Assim, na defesa de seu direito, não poderá ela se valer do manejo
de embargos de terceiro, por ser essa via deferida apenas a quem
não é parte no processo. II – No caso concreto, no entanto, em face
da instrumentalidade do processo, admiti-se o manejo dos embargos
de terceiro, na medida em que poderiam os recorrentes, inclusive,
oferecer a exceção de pré-executividade. Se podiam mais, poderiam
também utilizar-se, não obstante, sem rigor técnico, da via dos
embargos de terceiros. (STJ – RESP 98655 – RS – 4ª T. – Rel. p/o
Ac. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira – DJU 17.03.2003)
PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – NULIDADE DA CDA – MATÉRIA DE ORDEM
PÚBLICA – PRECLUSÃO – AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO – APLICAÇÃO DA SÚMULA 211 DO STJ
– IMPROVIMENTO – I - A ausência de prequestionamento da
matéria versada no Recurso Especial, embora opostos embargos
declaratórios, impede a admissibilidade do agravo de instrumento
tendente a viabilizá-lo, a teor da Súmula 211 do STJ, inobstante
tratar-se de questão de ordem pública, operando-se a sua preclusão.
II - Agravo regimental improvido. (STJ – AGA 453784 – PB – 1ª T. –
Rel. Min. Francisco Falcão – DJU 10.03.2003)

RECURSO ESPECIAL – PROCESSO CIVIL – LOCAÇÃO –


EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
IMPROCEDÊNCIA – CONDENAÇÃO EM VERBA HONORÁRIA –
DESCABIMENTO – De acordo com recente julgado desta 5ª Turma
(RESP nº 442.156 -SP, Rel. Min. José Arnaldo, DJ de 11.11.2002), a
condenação ao pagamento de verba honorária somente é cabível no
caso em que a exceção de pré-executividade é julgada procedente,
com a conseqüente extinção da execução. Ao réves, vencido o
excipiente-devedor, prosseguindo a execução (como ocorreu in
casu), incabível é a condenação em verba honorária. Recurso
provido. (STJ – RESP 446062 – SP – 5ª T. – Rel. Min. Felix Fischer
– DJU 10.03.2003)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO REGIMENTAL – INEXISTÊNCIA


DE OMISSÃO NO ACÓRDÃO RECORRIDO – IMPOSSIBILIDADE
DE A PARTE, QUE NÃO RECORRE, APROVEITAR-SE DE
RECURSO DA PARTE ADVERSA PARA ACRESCER
FUNDAMENTOS E TESES NÃO DESENVOLVIDAS NA ÉPOCA
OPORTUNA – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
EXTEMPORÂNEA – 1. Agravo Regimental interposto contra decisão
que negou provimento ao agravo de instrumento da parte agravante,
ante a inexistência de omissão no acórdão recorrido e face à
impossibilidade de a parte, que não recorre, aproveitar-se de recurso
da parte adversa para acrescer fundamentos e teses não
desenvolvidas na época oportuna. 2. Acórdão a quo segundo o qual:
A) é devida a inclusão de multa em débito de empresa concordatária;
b) não cabe à parte que não apelou aproveitar do recurso da parte
adversa para acrescer argumentos e teses que não alegou nos
embargos à execução. 3. Fundamentos, nos quais se suporta a
decisão impugnada, apresentam-se claros e nítidos. Não dão lugar,
portanto, a obscuridades, dúvidas ou contradições. O não
acatamento das argumentações contidas no recurso não implica
cerceamento de defesa, posto que ao julgador cabe apreciar a
questão de acordo com o que ele entender atinente à lide. 4. Não
está obrigado o Magistrado a julgar a questão posta a seu exame de
acordo com o pleiteado pelas partes, mas sim com o seu livre
convencimento (art. 131, do CPC), utilizando-se dos fatos, provas,
jurisprudência, aspectos pertinentes ao tema e da legislação que
entender aplicável ao caso concreto. 5. Não obstante a interposição
de embargos declaratórios, não são eles mero expediente para
forçar o ingresso na instância extraordinária, se não houve omissão
do acórdão a que deva ser suprida. Desnecessidade, no bojo da
ação julgada, de se abordar, como suporte da decisão, os
dispositivos legais e constitucionais apontados. Inexiste ofensa ao
art. 535, II, do CPC, quando a matéria enfocada é devidamente
abordada no âmbito do voto do aresto a quo. 6. O pedido de
exclusão do 1% majorado não foi conhecido; como dito no acórdão,
'deixo de analisar o pedido de fls. 73/81, pois: A) a embargante não
apelou e não pode 'aproveitar' o apelo da Fazenda para, em pedido
próprio, tentar modificar a decisão apelada; b) não se inova a lide na
fase recursal e decisão judicial não pode ser considerada 'fato novo'
a justificar a ampliação da lide, até por analisar acréscimo iniciado
em 1989 – Cuja inconstitucionalidade podia ter sido alegada pela
embargante no momento próprio; c) o conhecimento da matéria nova
transformaria o Tribunal em instância originária, suprindo um grau de
jurisdição." 7. A "exceção de pré-executividade" há de ser requerida
antes do momento próprio para apresentação da defesa, evitando
um prosseguimento inútil e o constrangimento da penhora em bens
do devedor. Não há que se falar em "exceção de pré-executividade"
após a realização da penhora e após, como in casu, a rejeição dos
embargos opostos pela devedora. 8. Agravo regimental não provido.
(STJ – AGA 470702 – SP – 1ª T. – Rel. Min. José Delgado – DJU
24.02.2003)JCPC.131 JCPC.535 JCPC.535.II
EXECUÇÃO DE CONTRATO DE LOCAÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – EXCEPCIONALIDADE – INOCORRÊNCIA, NO
CASO – Para ter cabimento essa exceção, há de se demonstrar de
pronto a inviabilidade do processo de execução por ocorrer uma das
hipóteses previstas no art. 618, do CPC. Recurso não conhecido.
(STJ – RESP 450241 – DF – 5ª T. – Rel. Min. José Arnaldo da
Fonseca – DJU 24.02.2003)JCPC.618

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 7/STJ – A
jurisprudência desta Corte restringe a exceção de pré-executividade
às matérias de ordem pública e aos casos em que o reconhecimento
da nulidade do título puder ser verificada de plano, sem necessidade
de contraditório e dilação probatória. No caso em espécie, a questão
alusiva à nulidade do título executivo não se revela de fácil
percepção, impondo-se a necessidade de dilação probatória, que só
pode ser exercida em sede de embargos. Ademais, a análise do
Recurso Especial na forma em que se apresenta, enseja o reexame
do substrato fático contido nos autos, o que é inviável, a teor da
Súmula 7/STJ. Agravo regimental improvido. (STJ – AGA 445092 –
SP – 1ª T. – Rel. Min. Francisco Falcão – DJU 03.02.2003) (Ementas
no mesmo sentido)

AGRAVO REGIMENTAL – RECURSO ESPECIAL EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE – 1. É da essência do processo de execução
a busca da satisfação rápida e eficaz do credor. Por esse motivo, o
nosso sistema processual estabeleceu como condição específica
dos embargos do devedor a segurança do juízo, capaz de tornar útil
o processo após a rejeição dos embargos. 2. Todavia, a doutrina e a
jurisprudência, diante da existência de vícios no título executivo que
possam ser declarados de ofício, vêm admitindo a utilização da
exceção de pré-executividade, cuja principal função é a de desonerar
o executado de proceder à segurança do juízo para discutir a
inexeqüibilidade de título ou a iliqüidez do crédito exeqüendo. 3. A
nulidade da CDA só pode ser declarada em face da inobservância
dos requisitos formais previstos nos incisos do art. 202 do CTN. Se o
título está formalmente perfeito, não induz à falta de liquidez e
certeza o reconhecimento, judicial ou administrativo, da ilegitimidade
de parte da dívida. 4. Acaso se impusesse raciocínio diverso, toda
vez que os embargos à execução fossem julgados parcialmente
procedentes a favor do contribuinte, o resultado implicaria na
extinção do processo de execução, com a conseqüente nulidade do
título por falta de liquidez, reclamando por parte da Fazenda um
novo processo com base em um novo lançamento tributário para
apuração do tributo devido. 5. Solução que se harmoniza com a
regra de que a simples propositura da ação de cognição anulatória
não inibe a execução fiscal (art. 585, 1º do CPC). 6. Agravo
Regimental desprovido. (STJ – AGRESP 413542 – RS – 1ª T. – Rel.
Min. Luiz Fux – DJU 19.12.2002)JCPC.585 JCPC.585.1

COMERCIAL E PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE


INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO –
NECESSIDADE DE APROFUNDADA DILAÇÃO PROBATÓRIA –
MATÉRIA FÁTICA – SÚMULAS Nº 7/STJ – I. A conclusão de que a
necessidade de aprofundada produção de provas não permite o
imediato acolhimento da exceção de pré-executividade, com base na
Súmula nº 233/STJ, não pode ser elidida sem que se proceda ao
exame da matéria fática, para declarar-se o inverso, o que é vedado
na instância especial, nos termos da Súmulas nº 7. II. Recurso
Especial não conhecido. (STJ – RESP 443783 – SP – 4ª T. – Rel.
Min. Aldir Passarinho Junior – DJU 16.12.2002)
PROCESSO CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
TÍTULO JUDICIAL – A exceção de pré-executividade é cabível, em
casos excepcionais, quando se pode verificar, de plano, a falta de
título; em se tratando de título judicial, o eventual vício na citação
levada a efeito no processo de conhecimento prejudica, sim, a
validade da execução, mas constitui matéria própria de embargos à
execução (CPC, art. 741, I). Recurso Especial conhecido e provido.
(STJ – RESP 419218 – SP – 3ª T. – Rel. Min. Ari Pargendler – DJU
16.12.2002)JCPC.741 JCPC.741.I

DIREITO PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE REJEITADA – RECURSO ESPECIAL – TEMAS
NÃO TRATADOS NO ACÓRDÃO RECORRIDO, A DESPEITO DA
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DECLARATÓRIOS – APLICAÇÃO DA
SÚMULA Nº 211/STJ – I – Não podem ser objeto de Recurso
Especial questões não debatidas no acórdão recorrido, ainda que
opostos embargos de declaração para tal fim. II – A exceção de pré-
executividade não é sucedâneo dos embargos do devedor. Deve ser
manejada para ensejar o conhecimento de matéria sobre a qual o
julgador poderia pronunciar-se de ofício. III – Agravo regimental
desprovido. (STJ – AGA 442203 – SP – 3ª T. – Rel. Min. Antônio de
Pádua Ribeiro – DJU 16.12.2002)
PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – ACÓRDÃO RECORRIDO QUE
EXPRESSAMENTE DESTACOU QUE O ACOLHIMENTO DA
REFERIDA EXCEÇÃO NÃO PÔS FIM AO PROCESSO –
APELAÇÃO – NÃO CABIMENTO – INCIDENTE PROCESSUAL –
AGRAVO DE INSTRUMENTO – 1. A exceção de pré-executividade é
defesa interinal do executado no bojo de execução e que tem por
finalidade obstar o início dos atos executivos em desconformidade
com as prescrições legais, e que por isso não encerram certeza
sobre a relação jurídica material discutida. 2. O acolhimento parcial
da exceção de pré-executividade com o prosseguimento do processo
de execução com latro em CDA inatacada, sem a extinção do
processo na sua inteireza, com a subsistência da relação processual
quanto à parte do crédito exeqüentes consubstanciado em terceira
certidão de dívida ativa, desafia agravo de instrumento, ou retido,
que, a fortiori, são os meios processuais adequados para evitar a
preclusão. 3. A decisão que acolhe a exceção de pré-executividade
em relação a duas das certidões de dívida ativa, embora tenha
conteúdo decisório, não pôe fim ao processo. Aplicação dos arts.
162 e 513. Princípio da fungibilidade recursal. Inaplicabilidade
quando o recurso erroneamente proposto infringe o requisito da
tempestividade. Precedentes. 4. Recurso Especial conhecido e
improvido. (STJ – RESP 435372 – SP – 1ª T. – Rel. Min. Luiz Fux –
DJU 09.12.2002)

PROCESSUAL CIVIL – ACÓRDÃO ESTADUAL – NULIDADE NÃO


CONFIGURADA – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – PROSSEGUIMENTO DA COBRANÇA –
EMBARGOS INTEMPESTIVOS – PRETENSÃO DE REDISCUTIR O
VALOR NO BOJO DA EXECUÇÃO – REEXAME FÁTICO –
IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA Nº 7/STJ – I. Nulidade do acórdão
estadual não configurada. II. "A pretensão de simples reexame de
prova não enseja Recurso Especial" (Súmula nº 7/STJ). III. Agravo
improvido. (STJ – AGA 410339 – SP – 4ª T. – Rel. Min. Aldir
Passarinho Junior – DJU 02.12.2002)

TRIBUTÁRIO – PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS À EXECUÇÃO


FISCAL – INSUFICIÊNCIA DA PENHORA – ADMISSIBILIDADE
DOS EMBARGOS – 1. A insuficiência de penhora não é causa
suficiente para determinar a extinção dos embargos do devedor.
Assim, cumpre ao magistrado, antes da extinção intimar o devedor a
proceder ao reforço, à luz da sua capacidade econômica e da
garantia pétrea do acesso à justiça. 2. A possibilidade de
substituição dos bens penhorados ou de reforço da penhora, revelam
excessivo obstar a admissibilidade dos embargos do devedor ante à
insuficiência do valor do bem constrito, máxime porque a
expropriação do mesmo garante parcial pagamento e conspira em
prol da amplitude da defesa. 3. Revelar-se-á ilógico impedir a defesa
do executado nessas circunstâncias, quando se vem admitindo a
denominada exceção de pré-executividade, interinamente e sem
garantia. 4. Cabe ao Juiz, antes da extinção dos embargos, intimar o
devedor a proceder o reforço da penhora, à luz da sua capacidade
econômica e da garantia pétrea do acesso à justiça. 5. Recurso
parcialmente provido. (STJ – RESP 425288 – RS – 1ª T. – Rel. Min.
Luiz Fux – DJU 04.11.2002)

TRIBUTÁRIO – PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS À EXECUÇÃO


FISCAL – INSUFICIÊNCIA DA PENHORA – ADMISSIBILIDADE
DOS EMBARGOS – 1. A insuficiência de penhora não é causa
suficiente para determinar a extinção dos embargos do devedor.
Assim, cumpre ao magistrado, antes da extinção intimar o devedor a
proceder ao reforço, à luz da sua capacidade econômica e da
garantia pétrea do acesso à justiça. 2. A possibilidade de
substituição dos bens penhorados ou de reforço da penhora, revelam
excessivo obstar a admissibilidade dos embargos do devedor ante à
insuficiência do valor do bem constrito, máxime porque a
expropriação do mesmo garante parcial pagamento e conspira em
prol da amplitude da defesa. 3. Revelar-se-á ilógico impedir a defesa
do executado nessas circunstâncias, quando se vem admitindo a
denominada exceção de pré-executividade, interinamente e sem
garantia. 4. Recurso improvido. (STJ – RESP 396732 – MG – 1ª T. –
Rel. Min. Luiz Fux – DJU 14.10.2002)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO, DE
PLANO DO ÓBICE AO PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO –
Recurso Especial improvido. (STJ – RESP 392308 – RS – 2ª T. –
Relª Minª Eliana Calmon – DJU 07.10.2002)

EXECUÇÃO FISCAL – PROCESSO CIVIL – PRESCRIÇÃO –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – POSSIBILIDADE ANTES
DOS EMBARGOS DO DEVEDOR E DA PENHORA – LEI Nº
6.830/80 ART. 8º, § 2º CPC, ARTIGOS 219, § §§ 2º, 3º E 4º, E 620 –
CTN, ARTIGO 174 E PARÁGRAFO ÚNICO – 1. Denunciada a
ocorrência da prescrição, verificação independente da produção ou
exame laborioso de provas, não malfere nenhuma regra do Código
de Processo Civil o oferecimento da exceção de "pré-executividade",
independentemente dos embargos de devedor e da penhora para a
prévia garantia do juízo. Condicionar o exame da prescrição à
interposição dos embargos seria gerar desnecessários gravames ao
executado, ferindo o espírito da Lei de execução, que orienta no
sentido de serem afastados art. 620, CPC. Provocada, pois, a
prestação jurisdicional quanto à prescrição, pode ser examinada
como objeção à pré-executividade. Demais, seria injúria ao princípio
da instrumentalidade adiar para os embargos a extinção do processo
executivo. 2. A prescrição somente considera-se interrompida
efetivando-se a citação e não por decorrência do despacho
ordenatório da citação. Interpretação das disposições legais
aplicáveis. 3. Precedentes jurisprudenciais. 4. Recurso provido. (STJ
– RESP 179750 – SP – 1ª T. – Rel. Min. Milton Luiz Pereira – DJU
23.09.2002)JCPC.219 JCPC.620 JCPP.620 JLEF.8 JCTN.174
JCTN.174.PUN

TRIBUTÁRIO – AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – ILIQUIDEZ E INCERTEZA
DA CDA – LEI Nº 8.198/92 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
– POSSIBILIDADE – VIOLAÇÃO AO ART. 16 DA LEI Nº 6.830/80
NÃO CONFIGURADA – I – Com o advento da Lei nº 8.198/92, o
débito exeqüendo tornou-se ilíquido e incerto, razão pela qual é nula
a certidão de dívida ativa. II – O acórdão recorrido encontra-se em
consonância com o entendimento dominante no âmbito desta Corte,
no sentido de que é cabível a utilização de exceção de pré-
executividade, em caso de discussão sobre os aspectos formais do
crédito tributário. Com isso, inocorre violação ao art. 16, da Lei de
Execução Fiscal. III – Agravo regimental improvido. (STJ – AGA
339672 – SP – 1ª T. – Rel. Min. Francisco Falcão – DJU
23.09.2002)JLEF.16
PROCESSO CIVIL – AGRAVO REGIMENTAL – 1. Exceção de pré-
executividade perseguida em medida cautelar, sem haver Recurso
Especial pendente. 2. Agravo regimental improvido. (STJ – AGRMC
5130 – SP – 2ª T. – Relª Minª Eliana Calmon – DJU 16.09.2002)

RECURSO ESPECIAL – ALEGATIVA DE VIOLAÇÃO AOS


ARTIGOS 1º, DA LEI Nº 6839/80 E 335, DA CLT – AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO DOS ALUDIDOS PRECEITOS LEGAIS –
RECURSO NÃO CONHECIDO NESTE ASPECTO – 1. Os preceitos
dos artigos 1º, da Lei nº 6839/80 e 335, da CLT, apesar de citados
no voto-condutor guerreado, não tiveram seu teor debatido, já que
ficou ali consignado o entendimento de que os mesmos constituíam
matéria de mérito que deveria ser discutida nos Embargos do
Devedor. 2. Recurso Especial não conhecido. PROCESSUAL.
EXECUÇÃO FISCAL. ALEGATIVA DE TÍTULO EXECUTIVO
INVÁLIDO. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA.
IMPOSSIBILIDADE DE EXAME EM SEDE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. MATÉRIA DE MÉRITO A SER ANALISADA EM
SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR E QUE DIZ RESPEITO A
ESTAR OU NÃO A EMPRESA OBRIGADA, NOS TERMOS LEGAIS,
A MANTER INSCRIÇÃO NO Conselho Regional de Química DE
Santa Catarina. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E,
NESTA PARTE, DESPROVIDO. 1. A exceção de pré-executividade
é construção doutrinária que visa à instrumentalização do processo,
não é sede própria à argüição de ilegalidade da relação jurídica
material que deu origem ao título executivo, principalmente se a
verificação de tal afirmativa demanda o exame de provas. In casu, a
recorrente alega ser o título inválido por não estar obrigada, nos
termos da Lei nº 6839/80, artigo 1º, a manter um p rofissional químico
em seu quadro e, conseqüentemente, estar inscrita no CRQ/SC. Tal
questão constitui matéria de mérito a ser examinada em Embargos
do Devedor. 2. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nesta
parte, desprovido. (STJ – RESP 388389 – SC – 1ª T. – Rel. Min.
José Delgado – DJU 09.09.2002)JCLT.335
EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – QUESTÃO
DEPENDENTE DE PROVA – PRECEDENTES DA CORTE – 1. Já
decidiu a Corte que a exceção de pré-executividade não é cabível
quando as questões suscitadas dependem de prova. 2. Recurso
Especial conhecido e provido. (STJ – RESP 339291 – RJ – 3ª T. –
Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito – DJU 26.08.2002)

HONORÁRIOS DE ADVOGADO – JULGAMENTO DA EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SEM A FIXAÇÃO DA VERBA
HONORÁRIA – AUSÊNCIA RECURSO – APROVEITAMENTO DOS
HONORÁRIOS FIXADOS AO INÍCIO DA EXECUÇÃO – AUSÊNCIA
DE TÍTULO EXECUTIVO – PRECEDENTES DA CORTE – 1. Não
fixando a decisão que acolheu a exceção de pré-executividade a
verba correspondente aos honorários de advogado, cabível era a
interposição dos embargos de declaração para que a omissão fosse
suprida. Se assim não aconteceu, os honorários fixados ao início da
execução, em benefício do exeqüente, não servem como título hábil
para a parte interessada executar os honorários. 2. Recurso Especial
conhecido e provido. (STJ – RESP 399888 – MG – 3ª T. – Rel. Min.
Carlos Alberto Menezes Direito – DJU 26.08.2002)
PROCESSUAL CIVIL – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
– HIGIDEZ DO TÍTULO DISCUTIDA EM EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – EXISTÊNCIA DE EMBARGOS DO DEVEDOR
QUE NÃO DEBATERAM A QUESTÃO ESPECÍFICA – COISA
JULGADA INEXISTENTE – PRESSUPOSTOS DE CONSTITUIÇÃO
DA AÇÃO – MATÉRIA CONHECÍVEL DE OFÍCIO – CPC, ART. 267,
IV C/C § 3º – I. Em se tratando de matéria conhecível de ofício, como
é o caso da alegada falta de higidez do título cobrado, pode ela ser
objeto de exceção de pré-executividade, ainda que não suscitada,
antes, em sede de embargos à execução. Coisa julgada inexistente.
II. Nulidade da decisão decretada, para que seja examinada, em 1ª
instância, o mérito da exceção apresentada. III. Recurso Especial
conhecido e parcialmente provido. (STJ – RESP 419376 – MS – 4ª
T. – Rel. Min. Aldir Passarinho Junior – DJU 19.08.2002)JCPC.267
JCPC.267.3 JCPC.267.IV

COMERCIAL E PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE


INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – REPACTUAÇÃO
POSTERIOR EM CONTRATO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA –
INVESTIGAÇÃO DA LEGITIMIDADE DE CLÁUSULAS
ANTERIORES – SEQÜÊNCIA CONTRATUAL – NOVAÇÃO –
CONTINUIDADE NEGOCIAL – SÚMULAS N. 5 E 7 STJ – I. Possível
a revisão de cláusulas contratuais celebradas antes da novação por
instrumento de confissão de dívida, se há uma seqüência na relação
negocial e a discussão não se refere, meramente, ao acordo sobre
prazos maiores ou menores, descontos, carências, taxas
compatíveis e legítimas, limitado ao campo da discricionariedade das
partes, mas à verificação da própria legalidade do repactuado,
tornando necessária a retroação da análise do acordado desde a
origem, para que seja apreciada a legitimidade do procedimento
bancário durante o tempo anterior, em que por atos sucessivos foi
constituída a dívida novada. II. A conclusão de que a confissão de
dívida não operou a extinção da contratação anterior firmada entre
as partes não pode ser elidida sem que se proceda ao exame do
contrato e da matéria fática, para declarar a inocorrência de
continuidade negocial que viabilizaria a execução do novo contrato, o
que é vedado ao STJ, nos termos das Súmulas n. 5 e 7, eis que, no
caso, houve expressa intenção de não novar a dívida. III. Recurso
Especial conhecido e improvido. (STJ – RESP 404685 – RS – 4ª T. –
Rel. Min. Aldir Passarinho Junior – DJU 19.08.2002)

PROCESSO CIVIL – TÍTULO EXECUTIVO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – Execução instruída por cédula rural hipotecária;
a alegação de que o crédito nela representado teve o vencimento
prorrogado por força de Lei só pode ser examinada em embargos do
devedor, não em exceção de pré-executividade, porque resulta de
fato externo ao título executivo. Agravo regimental não provido. (STJ
– AGA 433674 – SP – 3ª T. – Rel. Min. Ari Pargendler – DJU
12.08.2002)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – HIGIDEZ DO TÍTULO EXECUTIVO –
REQUISITOS FORMAIS – VERIFICAÇÃO NA INSTÂNCIA
ESPECIAL – INVIABILIDADE – ENUNCIADOS NS 5 E 7 DA
SÚMULA/STJ – PRECEDENTES – RECURSO DESACOLHIDO –
Tendo o acórdão impugnado examinado os termos do título
executivo e concluído pela sua falta de liquidez e deficiência formal,
a verificação desses requisitos na instância especial encontra óbice
nos enunciados sumulares ns. 5 e 7 STJ, que veda o simples
reexame de provas. (STJ – RESP 422219 – PB – 4ª T. – Rel. Min.
Sálvio de Figueiredo Teixeira – DJU 12.08.2002)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO DE


NULIDADE DOS TÍTULOS – FUNDAMENTAÇÃO INSUFICIENTE
DO ACÓRDÃO RECORRIDO – NECESSIDADE DE INTEGRAÇÃO
– ARTIGOS 458, II, E 535 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –
PRECEDENTE DA CORTE – 1. Como já assentou esta Corte, a
"parte tem o direito a receber completa prestação jurisdicional, sendo
veículo próprio para suprir eventual omissão o recurso de embargos
de declaração" (RESP nº 226.066/RS, da minha relatoria, DJ de
05/02/01). 2. Recurso Especial conhecido e provido. (STJ – RESP
351584 – RJ – 3ª T. – Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito –
DJU 01.07.2002)JCPC.458 JCPC.458.II JCPC.535

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO REGIMENTAL – AUSÊNCIA DE


PREQUESTIONAMENTO – ICMS – CIRCULAÇÃO DE
MERCADORIA EFETUADA POR ESTABELECIMENTOS DE UMA
MESMA EMPRESA – SÚMULA Nº 166/STJ – 1. Agravo Regimental
interposto contra decisão que negou seguimento ao Recurso
Especial da parte agravante, ante a ausência de prequestionamento
e que a matéria de fundo encontra-se no sentido da Súmula nº
166/STJ. 2. Acórdão a quo que, com base na referida Súmula,
entendeu ser possível o deferimento da Exceção de Pré-
Executividade se é nulo o título que embasou a execução, que se
fundou em cobrança de tributo sem fato gerador, por se tratar de
Operações realizadas por empresas de construção civil, que não são
contribuintes do ICMS. 3. Ausência do necessário
prequestionamento. Os dispositivos legais indicados como violados
não foram abordados, em momento algum, no âmbito do voto-
condutor do aresto a quo, sem que se tenham ofertados embargos
declaratórios para suprir a omissão, porventura existente. 4.
Estabelece a Súmula nº 166, desta Corte Superior: "não constitui fato
gerador do ICMS o simples deslocamento de mercadoria de um para
outro estabelecimento do mesmo contribuinte." 5. Agravo regimental
não provido. (STJ – AGRESP 418726 – AM – 1ª T. – Rel. Min. José
Delgado – DJU 01.07.2002)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO DA PARTE
CONTRÁRIA – NULIDADE DA SENTENÇA – RECURSO ESPECIAL
– SEGUIMENTO OBSTADO POR AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO E FALTA DE DEMONSTRAÇÃO
ANALÍTICA DO DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL – AGRAVO
REGIMENTAL – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS DA
DECISÃO IMPUGNADA – IMPROVIMENTO – Negado seguimento
ao recurso especial, por ausência de prequestionamento (Súmulas
282 e 356 do STF), se estes fundamentos subsistem íntegros, não
cabe prover agravo regimental para reformar a decisão impugnada.
Agravo regimental improvido. (STJ – AGRESP 358218 – PE – 1ª T. –
Rel. Min. Garcia Vieira – DJU 24.06.2002)

PROCESSO CIVIL - AÇÃO DE EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - A escritura pública de confissão de dívida, em
valor certo e líquido, constitui título executivo extrajudicial; se uma
das respectivas cláusulas enseja dúvidas de interpretação a respeito
da ratificação, ou não, de ajustes anteriores, a matéria deve ser
examinada em embargos do devedor, não em exceção de pré-
executividade. Recurso especial conhecido e provido. (STJ - REsp
331431 - AL - 3ª T. - Rel. Min.- Ari Pargendler DJU 11.03.2002)

PROCESSUAL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ADMISSÃO ANTES DE EFETIVADA A
PENHORA – IMPOSSIBILIDADE – I – O sistema consagrado no art.
16 da Lei 6.830/80 não admite as denominadas "exceções de pré-
executividade". II – O processo executivo fiscal foi concebido como
instrumento compacto, rápido, seguro e eficaz, para realização da
dívida ativa pública. Admitir que o executado, sem a garantia da
penhora, ataque a certidão que o instrumenta, é tornar insegura a
execução. Por outro lado, criar instrumentos paralelos de defesa é
complicar o procedimento, comprometendo-lhe rapidez. III – Nada
impede que o executado – antes da penhora – advirta o Juiz, para
circunstâncias prejudiciais (pressupostos processuais ou condições
da ação) suscetíveis de conhecimento ex-officio. Transformar,
contudo, esta possibilidade em defesa plena, com produção de
provas, seria fazer tabula rasa do preceito contido no art. 16 da LEF
– Seria emitir um convite à chicana, transformando a execução fiscal
em ronceiro procedimento ordinário. (STJ – REsp 143.571 – RS –
97.0056167-4 – 1ª T. – Rel. Min. Humberto Gomes de Barros – DJU
01.03.1999 – p. 227)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – PENHORA DE BENS –


AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA A DECISÃO QUE A
ORDENOU CONTRA TERCEIRO INDICADO COMO SUCESSOR
TRIBUTÁRIO – A regra, na execução fiscal, é a de que o executado
deverá alegar toda a matéria útil à defesa nos embargos do devedor
(Lei nº 6.830, de 1980, art. 16, § 2º). Excepcionalmente, admite -se a
exceção de pré-executividade, no âmbito da qual, sem o
oferecimento da penhora, o executado pode obter um provimento,
positivo ou negativo, sobre os pressupostos do processo ou sobre as
condições da ação – decisão, então, sujeita a agravo de instrumento.
Hipótese em que o interessado interpôs desde logo o agravo de
instrumento contra o ato que ordenou a penhora. Mal sucedido
nesse recurso, não podia substituí-lo pelo mandado de segurança.
Recurso ordinário improvido. (STJ – RMS 9.980 – SP – 98.50955-0 –
2ª T. – Rel. Min. Ari Pargendler – DJU 05.04.1999 – p. 100)

RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. REJEIÇÃO. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO
CPC. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. FUNDAMENTAÇÃO
SUFICIENTE.
I - Não viola nenhum dispositivo do CPC, decisão que, entendendo
inexistentes vícios que pudessem ser apreciados de ofício, repele a
exceção de pré-executividade e remete a argüição do fato para os
embargos à execução.
II - O órgão judicial não está obrigado a tecer considerações sobre
todos os pontos levantados pelas partes. É suficiente que se
manifeste sobre os elementos em que se baseou para solucionar a
lide.
III - Recurso especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as
acima indicadas.
Decide a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade
dos votos e das notas taquigráficas anexas, por unanimidade, não
conhecer do recurso especial nos termos do voto do Sr. Ministro
Relator.
Participaram do julgamento os Srs. Ministros Ari Pargendler,
Menezes Direito e Nancy Andrighi.
Referências Legislativas:
CPC Art. 737 Inc. I Inc. II
Veja:
STJ - AGA 197577-GO
(Recurso Especial nº 280810/RJ (2000/0100285 -6), 3ª Turma do
STJ, Rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro, j. 03.04.2001, Publ. DJU
30.04.2001 p. 133)
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. ARGÜIÇÃO DE NULIDADE.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-
CORRENTE. PROMISSÓRIA VINCULADA. AUSÊNCIA DO NOME
DO BENEFICIÁRIO.
I - É admissível exceção de pré-executividade para postular a
nulidade da execução, independentemente dos embargos do
devedor.
II - O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, ainda que
acompanhado de extratos da conta de movimentação bancária, não
constitui título executivo.
III - A iliquidez do título de crédito contamina a nota promissória que
dele se originou.
IV - A ausência do nome do beneficiário importa descaracterização
da nota promissória.
V - Recurso especial conhecido e provido, a fim de julgar o autor
carecedor da execução.
Decisão:
Decide a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conf ormidade
dos votos e das notas taquigráficas anexas, por unanimidade,
conhecer do recurso especial e dar-lhe provimento nos termos do
voto do Sr. Ministro Relator.
Participaram do julgamento os Srs. Ministros Menezes Direito e
Nancy Andrighi. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Ari
Pargendler.
Referências Legislativas:
CPC Art. 618, Art. 585 Inc. I, Art. 586
Veja:
(Argüição de nulidade em exceção de pré-executividade)
STJ - REsp 194070-RS, REsp 160107-ES, REsp 3079-MG
(Contrato de abertura de crédito - Título executivo)
STJ - REsp 209958-SC (REVJUR 265/103), REsp 195215-SC, REsp
158039-MG, REsp 212455-MG, EREsp 197090-RS, AEREsp
197090-RS
(Nota promissória - Ausência do nome do beneficiário)
STJ - REsp 137769-MG, REsp 38471-MG (RSTJ 79/188)
(Recurso Especial nº 220631/MT (1999/0056795 -1), 3ª Turma do
STJ, Rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro, j. 19.03.2001, Publ. DJU
30.04.2001 p. 131, JBCC Vol.: 00190, p. 00449)

EXECUÇÃO FISCAL - AGRAVO REGIMENTAL - EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE - INADMISSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO - SÚMULA Nº 282/STF - AGRAVO
IMPROVIDO.
1. Ausência de prequestionamento dos dispositivos apontados no
especial como violados. Incidência da Súmula nº 282/STF.
2. Agravo regimental improvido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos
e das notas taquigráficas a seguir, por maioria, negar provimento ao
agravo regimental. Votaram com a Relatora os Ministros Franciulli
Netto, Castro Filho e Francisco Peçanha Martins. Ausente
justificadamente o Sr. Ministro Paulo Gallotti.
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 329814/SP
(2000/0090366-3), 2ª Turma do STJ, Relª. Min. Eliana Calmon, j.
01.03.2001, Publ. DJU 23.04.2001, p. 157)

PROCESSUAL CIVIL. LOCAÇÃO EMBARGOS À EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACÓRDÃO FUNDADO EM
DUPLO FUNDAMENTO. ATAQUE PARCIAL. SÚMULA 283/STF.
Fundando-se o acórdão em duplo fundamento - descabimento dos
embargos do devedor ante decisões reiteradas sobre o mesmo
assunto e substituição dos embargos do devedor pela exceção de
pré-executividade-, é inadmissível o recurso que ataca apenas um
dos temas, consoante o comando expresso na Súmula 283, do STF.
Recurso Especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 6ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, não conhecer do recurso, nos termos do
voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Fernando Gonçalves,
Hamilton Carvalhido e Fontes de Alencar votaram com o Sr. Ministro
Relator. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Paulo Gallotti.
(Recurso Especial nº 332779/SP (2001/0094697 -2), 6ª Turma do
STJ, Rel. Min. Vicente Leal, j. 20.11.2001, Publ. DJU 04.02.2002 p.
602)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CABIMENTO.


APRESENTAÇÃO DE EMBARGOS DE DEVEDOR
AGASALHANDO IMPUGNAÇÃO SOBRE A NULIDADE DO
TÍTULO. PRECEDENTES DA CORTE.
1. Já decidiu a Corte que a exceção de pré-executividade é cabível
quando as questões suscitadas não dependem de prova. No caso,
os embargos de devedor que foram apresentados já contêm a
impugnação sobre a inépcia da inicial e a impropriedade da via
executiva diante da não existência dos comprovantes de depósito,
construindo mais um obstáculo para o sucesso da exceção.
2. Havendo contraditório na exceção de pré-executividade, não há
razão alguma para afastar o cabimento da verba honorária,
configurada a sucumbência diante do julgamento de improcedência.
3. Recurso Especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, não conhecer do Recurso Especial. Os
Srs. Ministros Nancy Andrighi e Ari Pargendler votaram com o Sr.
Ministro Relator. Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Castro
Filho e Antônio de Pádua Ribeiro.
(Recurso Especial nº 296932/MG (2000/0142738 -5), 3ª Turma do
STJ, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, j. 15.10.2001, Publ.
DJU 04.02.2002 p. 349)

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. SEPARAÇÃO JUDICIAL.


PARTILHA NÃO ULTIMADA. CESSAÇÃO DOS EFEITOS DO
CASAMENTO: REGIME UNIVERSAL DE BENS PERSISTÊNCIA
DA PROPRIEDADE SOB AS REGRAS DO CONDOMÍNIO.
COBRANÇA DE DESPESAS CONDOMINIAIS. SOLIDARIEDADE.
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. NULIDADE RECONHECIDA.
Cessada a comunhão universal pela separação judicial pode o
patrimônio comum subsistir sob a forma de condomínio se não
ultimada a partilha.
Sendo os ex cônjuges casados sob o regime de comunhão universal,
co-proprietários da unidade autônoma ensejadora da ação de
cobrança de despesas condominiais, incumbe-lhes a obrigação pelo
respectivo pagamento, pois, estas nos termos do art. 12 da Lei
4591/64, são de responsabilidade de todos os condôminos.
Há litisconsórcio necessário, pois, a separação judicial, não
acompanhada da respectiva partilha do imóvel, não afasta a
comunhão de direitos e obrigações relativas ao imóvel comum.
Recurso provido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos
e das notas taquigráficas constantes dos autos, por unanimidade,
conhecer do Recurso Especial e dar-lhe provimento. Os Srs.
Ministros Ari Pargendler e Carlos Alberto Menezes Direito votaram
com a Sra. Ministra Relatora. Ausentes, justificadamente, os Srs.
Ministros Castro Filho e Antônio de Pádua Ribeiro.
(Recurso Especial nº 254190/SP (2000/0032537 -6), 3ª Turma do
STJ, Relª. Minª. Nancy Andrighi, j. 15.10.2001, Publ. DJU 04.02.2002
p. 347)

RECURSO ESPECIAL - EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CABIMENTO.
I - Não ofende dispositivos do CPC a decisão que, acolhendo
exceção de pré-executividade, dá pela falta de liquidez, certeza e
exigibilidade de escritura de confissão de dívida, que não faz mera
referência aos títulos originários, mas os incorpora de tal forma que
passam a integrá-la.
II - Questão que não poderia ser revista a não ser com
desobediência das regras contidas nos enunciados 5 e 7, do STJ.
III - Agravo regimental desprovido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental.
Os Srs. Ministros Ari Pargendler, Carlos Alberto Menezes Direito,
Nancy Andrighi e Castro Filho votaram com o Sr. Ministro Relator.
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 344328/AL
(2000/0118609-4), 3ª Turma do STJ, Rel. Min. Antônio de Pádua
Ribeiro. j. 02.10.2001, Publ. DJU 22.10.2001, p. 321)

PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - MATÉRIA DE DEFESA:


PRÉ-EXECUTIVIDADE - PRESCRIÇÃO.
1. Doutrinariamente, entende-se que só por embargos é possível
defender-se o executado, admitindo-se, entretanto, a exceção de
pré-executividade.
2. Consiste a pré-executividade na possibilidade de, sem embargos
ou penhora, argüir-se na execução, por mera petição, as matérias de
ordem pública ou as nulidades absolutas.
3. A tolerância doutrinária, em se tratando de execução fiscal,
esbarra em norma específica que proíbe a pré-executividade (art. 16,
§ 3º, da LEF).
4. A prescrição, por ser direito disponível, não pode ser reconhecida
fora dos embargos.
5. Recurso provido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos
e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, dar provimento
ao recurso. Votaram com a Relatora os Ministros Franciulli Netto,
Laurita Vaz, Paulo Medina e Francisco Peçanha Martins.
Referências Legislativas:
Lei nº 6.830 Art. 16 § 3º
CC Art. 162
Veja:
STJ - RESP 20056-SP (RT 691/207), RESP 178353-RS (RSTJ
118/163), RESP 237560-PB
(Recurso Especial nº 229394/RN (1999/0081393 -6), 2ª Turma do
STJ, Relª. Minª. Eliana Calmon, j. 07.08.2001, Publ. DJU 24.09.2001
p. 264)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO. TÍTULO EXECUTIVO. INEXISTÊNCIA.
ART. 585, II, CPC.
I. É possível ao devedor acionado no processo de execução argüir a
nulidade da execução, por meio de exceção de pré-executividade e
não de Embargos, desde que verse sobre matéria que possa ser
conhecida de ofício pelo Juízo.
II. Precedentes da 4ª Turma.
III. O contrato de abertura de crédito em conta corrente, ainda que
acompanhado de extratos de movimentação financeira, não constitui
título hábil à promoção de ação executiva.
IV. Recurso conhecido e provido.
Decisão:
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima
indicadas, decide a 4ª Turma do Superior Tribu nal de Justiça, à
unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento, na forma do
relatório e notas taquigráficas constantes dos autos, que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado. Participaram do
julgamento os Srs. Ministros Barros Monteiro, César Asfor Rocha e
Ruy Rosado de Aguiar. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro
Sálvio de Figueiredo Teixeira.
(Recurso Especial nº 224789/RS (1999/0067529 -0), 4ª Turma do
STJ, Rel. Min. Aldir Passarinho Júnior. j. 11.09.2001, Publ. DJU
04.02.2002 p. 370).
PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE MÚTUO BANCÁRIO.
EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. TÍTULO
HÁBIL. CPC, ART. 585, II.
I. O contrato de mútuo bancário, ainda que os valores sejam
depositados em conta corrente, constitui, em princípio, título hábil a
autorizar a cobrança pela via executiva, não se confundindo com
contrato de abertura de crédito.
II. Recurso conhecido e desprovido.
Decisão:
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima
indicadas, decide a 4ª Turma do Superior Tribunal de Jus tiça, à
unanimidade, conhecer do recurso, mas negar-lhe provimento, na
forma do relatório e notas taquigráficas constantes dos autos, que
ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Participaram do
julgamento os Srs. Ministros Sálvio de Figueiredo Teixeira, Barros
Monteiro, César Asfor Rocha e Ruy Rosado de Aguiar.
(Recurso Especial nº 324189/ES (2001/0056605 -0), 4ª Turma do
STJ, Rel. Min. Aldir Passarinho Júnior. j. 04.09.2001, Publ. DJU
04.02.2002 p. 387).

AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL. ATUAÇÃO DO RELATOR.


LIMITES. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. FUNDAMENTAÇÃO. NECESSIDADE.
ACÓRDÃO. OMISSÃO.
É de se reconhecer ofensa ao art. 535, II do CPC, quando, opostos
os declaratórios, o Tribunal a quo recalcitra em se omitir sobre ponto
a respeito do qual deveria pronunciar-se. Examinando o Julgador de
forma suficiente a irresignação do apelante afasta-se a alegação de
violação à lei federal.
À guisa do devido processo legal, também as decisões
interlocutórias devem ser fundamentadas, embora possam sê-lo de
forma livre.
Decisão ausente de fundamentação não se confunde com
fundamentação deficiente ou concisa. Tendo em vista o escopo do
aproveitamento dos atos processuais que rege o processo civil
moderno, apenas a primeira, porque traduz error in procedendo do
Magistrado, violador de direito cogente de relevância pública,
manifesta-se absolutamente nula.
Não padece de invalidade o ato agravado, o qual, embora sucinto,
assenta-se em entendimento harmônico e suficiente à prestação
jurisdicional invocada, na esteira do requerido pela parte interessada.
Estando amparado pela jurisprudência assente do Tribunal está o
relator autorizado a negar seguimento ao Recurso Especial, pois o
juízo prelibatório que lhe incumbe admite análise meritória, não se
restringindo ao exame dos requisitos extrínsecos e intrínsecos de
sua admissibilidade.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos
e das notas taquigráficas constantes dos autos, por unanimidade,
negar provimento ao Agravo Regimental. Os Srs. Ministros Antônio
de Pádua Ribeiro, Ari Pargendler e Carlos Alberto Menezes Direito
votaram com a Srª Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr.
Ministro Castro Filho.
Referências Legislativas:
CPC Art. 557, Art. 535 Inc. II
Sucessivos:
AGRESP 324103 DF 2001/0055103-8 Decisão: 12/11/2001 DJ Data:
18/02/2002 Pg: 420
Veja:
STJ - AGRESP 223530/PR
(Agravo Regimental no Recurso Especial nº 317012/RJ
(2001/0041413-3), 3ª Turma do STJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, j.
13.08.2001, Publ. DJU 10.09.2001 p. 385)

PROCESSO CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


A exceção de pré-executividade sempre é oportuna em relação aos
aspectos formais do título, e, no caso, ordenou-se-lhe o exame com
base na divergência jurisprudencial. Agravo regimental não provido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, negar provimento ao Agravo Regimental.
Os Srs. Ministros Carlos Alberto Menezes Direito, Castro Filho e
Antônio de Pádua Ribeiro votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, ocasionalmente, a Srª Ministra Nancy Andrighi.
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 320348/SP
(2000/0070327-3), 3ª Turma do STJ, Rel. Min. Ari Pargendler, j.
07.08.2001, Publ. DJU 10.09.2001 p. 386)

PROCESSUAL CIVIL. RFFSA SUCESSORA DA FEPASA.


COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO. ART. 535 DO CPC.
VIOLAÇÃO. EMBARGOS DECLARATÓRIOS. OMISSÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA
AD CAUSAM.
I - Não ocorre ofensa ao art. 535 do CPC em face da rejeição dos
embargos declaratórios, se não havia omissão a ser sanada pelo
órgão julgador. Precedentes.
II - Impossibilidade de se examinar a exceção de pré-executividade
oposta pela executada, tendo em vista que aborda matéria estranha
aos limites do art. 618 do CPC, buscando seja reconhecida sua
ilegitimidade passiva ad causam, questão já apreciada em definitivo
no processo de conhecimento.
Recurso desprovido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 5ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, conhecer do recurso, mas negar-lhe
provimento. Os Srs. Ministros Gilson Dipp, Jorge Scartezzini, Edson
Vidigal e José Arnaldo da Fonseca votaram com o Sr. Ministro
Relator.
Referências Legislativas:
CPC Art. 618, Art. 267 Inc. I § 3º
Doutrinas:
Obra: Direito Processual Civil Brasileiro, Saraiva, 10ª ed., v. 3º, 1995.
Autor: Vicente Greco Filho.
Obra: Comentários ao Código de Processo Civil, RT, 2000, v. 8, p.
418. Autor: Teori Albino Zavascki.
Veja:
STJ - REsp. 187195/RJ (RSTJ 123/264, JSTJ 6/251), REsp.
180734/RN (REVFOR 351/395), REsp. 13960/SP (RSTJ 40/447),
REsp. 160107/ES, REsp. 167331/DF
(Recurso Especial nº 325893/SP (2001/0070118 -4), 5ª Turma do
STJ, Rel. Min. Felix Fischer, j. 02.08.2001, Publ. DJU 03.09.2001 p.
254)

AGRAVO.
- A inexigibilidade o título pode ser argüida em exceção de pré-
executividade, independentemente da oposição de embargos do
devedor.
- A Súmula 233 desta Corte enuncia: "O contrato de abertura de
crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-corrente, não é
título executivo."
- Requisito do prequestionamento cumprido.
Honorários: fixação por apreciação eqüitativa (art. 20, § 4º, do CPC).
- Agravo improvido.
Decisão:
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas:
Decide a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade,
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr.
Ministro-Relator, na forma do relatório e notas taquigráficas
precedentes que integram o presente julgado. Votaram com o
Relator os Srs. Ministros Ruy Rosado de Aguiar e Sálvio de
Figueiredo Teixeira.
Referências Legislativas:
Súmula nº 233 do STJ
CPC Art. 20 § 4º
Veja:
(Exceção de Pré-executividade) STJ - REsp. 187428/DF, REsp.
187195/RJ (RSTJ 123/264, JSTJ 6/251), REsp. 124364/PE (LEXSTJ
vol. 00116 Abril/1999/180)
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 292036/SP
(2000/0018544-2), 4ª Turma do STJ, Rel. Min. Barros Monteiro, j.
01.03.2001, Publ. DJU 04.06.2001 p. 160)

PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. PENHORA. OS


EMBARGOS DO DEVEDOR PRESSUPÕEM PENHORA
REGULAR, QUE SÓ SE DISPENSA EM SEDE DE EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, LIMITADA À QUESTÕES RELATIVAS
AOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E ÀS CONDIÇÕES DA
AÇÃO; NESSE ROL NÃO SE INCLUI A ALEGAÇÃO DE QUE A
DÍVIDA FOI PAGA.
Recurso especial conhecido e provido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, conhecer do recurso especial e dar-lhe
provimento. Os Srs. Ministros Carlos Alberto Menezes Direito e
Nancy Andrighi votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente,
justificadamente, o Sr. Ministro Antônio de Pádua Ribeiro.
Referências Legislativas:
CPC Art. 737 Inc. I
(Recurso Especial nº 146923/SP (1997/0062231 -2), 3ª Turma do
STJ, Rel. Min. Ari Pargendler, j. 24.05.2001, Publ. DJU 18.06.2001,
p. 146)

PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. PENHORA. OS


EMBARGOS DO DEVEDOR PRESSUPÕEM PENHORA
REGULAR, QUE SÓ SE DISPENSA EM SEDE DE EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, LIMITADA À QUESTÕES RELATIVAS
AOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E ÀS CONDIÇÕES DA
AÇÃO; NESSE ROL NÃO SE INCLUI A ALEGAÇÃO DE QUE A
DÍVIDA FOI PAGA.
Recurso especial conhecido e provido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, conhecer do recurso especial e dar-lhe
provimento. Os Srs. Ministros Carlos Alberto Menezes Direito e
Nancy Andrighi votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente,
justificadamente, o Sr. Ministro Antônio de Pádua Ribeiro.
Referências Legislativas:
CPC Art. 737 Inc. I
(Recurso Especial nº 146923/SP (1997/0062231 -2), 3ª Turma do
STJ, Rel. Min. Ari Pargendler, j. 24.05.2001, Publ. DJU 18.06.2001,
p. 146)

PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. PENHORA. OS


EMBARGOS DO DEVEDOR PRESSUPÕEM PENHORA
REGULAR, QUE SÓ SE DISPENSA EM SEDE DE EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, LIMITADA À QUESTÕES RELATIVAS
AOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E ÀS CONDIÇÕES DA
AÇÃO; NESSE ROL NÃO SE INCLUI A ALEGAÇÃO DE QUE A
DÍVIDA FOI PAGA.
Recurso especial conhecido e provido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, conhecer do recurso especial e dar-lhe
provimento. Os Srs. Ministros Carlos Alberto Menezes Direito e
Nancy Andrighi votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente,
justificadamente, o Sr. Ministro Antônio de Pádua Ribeiro.
Referências Legislativas:
CPC Art. 737 Inc. I
(Recurso Especial nº 146923/SP (1997/0062231 -2), 3ª Turma do
STJ, Rel. Min. Ari Pargendler, j. 24.05.2001, Publ. DJU 18.06.2001,
p. 146)
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. PENHORA. OS
EMBARGOS DO DEVEDOR PRESSUPÕEM PENHORA
REGULAR, QUE SÓ SE DISPENSA EM SEDE DE EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, LIMITADA À QUESTÕES RELATIVAS
AOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E ÀS CONDIÇÕES DA
AÇÃO; NESSE ROL NÃO SE INCLUI A ALEGAÇÃO DE QUE A
DÍVIDA FOI PAGA.
Recurso especial conhecido e provido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, conhecer do recurso especial e dar-lhe
provimento. Os Srs. Ministros Carlos Alberto Menezes Direito e
Nancy Andrighi votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente,
justificadamente, o Sr. Ministro Antônio de Pádua Ribeiro.
Referências Legislativas:
CPC Art. 737 Inc. I
(Recurso Especial nº 146923/SP (1997/0062231 -2), 3ª Turma do
STJ, Rel. Min. Ari Pargendler, j. 24.05.2001, Publ. DJU 18.06.2001,
p. 146)

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL.


1. Se, ao apreciar agravo de instrumento tirado contra decisão que
rejeitou exceção de pré-executividade, o Tribunal a quo entende que
a matéria necessita de maior elucidação, a qual somente através de
autos adequados poderá vir à superfície, torna-se impossível o
conhecimento de recurso especial para rediscutir o mérito de tal
questionamento.
2. Ação declaratória de relação jurídico-tributária envolvendo
determinado período de ocorrência de fato gerador.
3. Discussão se a decisão nela proferida produz efeitos para fatos
geradores futuros.
4. Agravo de instrumento improvido sob a alegação de que aspectos
fáticos necessitam ser esclarecidos.
5. Execução fiscal em curso que se pretende extinguir, pela via da
exceção de pré-executividade, para que a decisão da ação
declaratória produza efeitos.
6. Agravo regimental improvido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Exmos. Srs.
Ministros da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Exmo. Sr. Ministro Relator.
Votaram com o Relator os Exmos. Srs. Ministros Francisco Falcão,
Garcia Vieira, Humberto Gomes de Barros e Milton Luiz Pereira.
(AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL nº 241483/MG,
PRIMEIRA TURMA do STJ, Rel. JOSÉ DELGADO. j. 11.04.2000,
Publ. DJU 15.05.2000 p. 00143)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES
EXCEPCIONAIS. PRECEDENTES. DOUTRINA. REQUISITOS.
INAPLICABILIDADE AO CASO. AGRAVO DESPROVIDO.
I - A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
II - Suscitadas questões, no entanto, que dependeriam do exame de
provas, e não dizem respeito a aspectos formais do título executivo,
e nem poderiam ser conhecidas de ofício, não se mostra adequada a
exceção de pré-executividade.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar
provimento ao agravo regimental. Votaram com o Relator os
Ministros Barros Monteiro, Cesar Asfor Rocha, Ruy Rosado de
Aguiar e Aldir Passarinho Júnior.
(AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO nº
197577/GO, QUARTA TURMA do STJ, Rel. SÁLVIO DE
FIGUEIREDO TEIXEIRA. j. 28.03.2000, Publ. DJU 05.06.2000 p.
00167)
Doutrina:
Obra: CODIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADO, 6ª ED., 1996,
SARAIVA, P. 454. Autor: SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA
Obra: PROCESSO DE EXECUÇÃO E ASSUNTOS AFINS, SOBRE
A OBJEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, SÃO PAULO, REVISTA
DOS TRIBUNAIS, 1998, P. 410. Autor: TERESA ARRUDA ALVIM
WAMBIER E LUIZ RODRIGUES WAMBIER
Obra: MANUAL DO PROCESSO DE EXECUÇÃO, Nº 167. Autor:
ARAKEN DE ASSIS
Obra: A EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, REVISTA DE
PROCESSO, 55/62. Autor: LUIZ EDMUNDO APPEL BOJUNGA

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS DEVIDOS EM PRINCÍPIO. CPC,
ART. 20. CASO CONCRETO. EXECUÇÃO NÃO EXTINTA.
RECURSO DESACOLHIDO.
I - O sistema processual civil vigente, em sede de honorários
advocatícios, funda-se em critério objetivo, resultante da
sucumbência.
II - A doutrina e a jurisprudência desta Corte vêm se orientando no
sentido do cabimento de honorários advocatícios em execução.
III - Na espécie, ao determinar a citação para contestar, nos moldes
do art. 603, CPC, a Juíza de primeiro grau deu início à forma
adequada de liquidação da sentença, tendo reconhecido o equívoco
de haver recebido anteriormente a petição com os cálculos de
liquidação, não se justificando, neste quadro, a imposição de
honorários.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não
conhecer do recurso. Votaram com o Relator os Ministros Barros
Monteiro, Cesar Asfor Rocha e Aldir Passarinho Júnior. Ausente,
justificadamente, o Ministro Ruy Rosado de Aguiar.
(RECURSO ESPECIAL nº 253693/RS, QUARTA TURMA do STJ,
Rel. SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA. j. 29.06.2000, Publ. DJU
04.09.2000 p. 00164)
Referência Legislativa:
CPC Art. 20, §1º, Art. 603
Doutrina:
Obra: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, RT, 3ª ED., Nº 175 -A, P. 992
Autor: YUSSEF SAID CAHALI

EXECUÇÃO - ART. 604 DO CPC - INEXISTÊNCIA DO


PROCEDIMENTO DE HOMOLOGAÇÃO DOS CÁLCULOS -
DESPACHO QUE DETERMINA A CITAÇÃO DO DEVEDOR -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - INADMISSIBILIDADE - RECURSO
ESPECIAL NÃO CONHECIDO.
I - Na nova sistemática do art. 604 do CPC, deve a execução ser
instruída diretamente com a memória de cálculo feita pelo credor,
podendo ser utilizado, quando necessário, o contador judicial.
Apresentados os cálculos, o devedor será citado, sem passar por
qualquer estágio intermediário, pois com as alterações introduzidas
pela Lei n.º 8.898/94, deixou de existir a homologação daqueles por
sentença.
II - Do despacho que ordena a citação do devedor cabe exceção de
pré-executividade ou embargos à execução e não agravo de
instrumento.
III - Recurso especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Senhores
Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, não conhecer do recurso especial. Participaram do
julgamento os Srs. Ministros Ari Pargendler, Menezes Direito e
Eduardo Ribeiro.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Pádua Ribeiro.
(RECURSO ESPECIAL nº 172093/DF, TERCEIRA TURMA do STJ,
Rel. WALDEMAR ZVEITER DESCABIMENTO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO, DESPACHO, DETERMINAÇÃO, CITAÇÃO,
EXECUTADO, AMBITO, LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA,
CABIMENTO, INTERPOSIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, APRECIAÇÃO, JUIZO, PRIMEIRO GRAU,
NECESSIDADE, OBSERVANCIA, PRINCIPIO, DUPLO GRAU DE
JURISDIÇÃO.. j. 25.05.2000, Publ. DJU 01.08.2000 p. 00261)
Referência Legislativa:
CPC Art. 604, (REDAÇÃO DADA PELA LEI 8898/94)
Doutrina:
Obra: CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL, V. 2, 22ª ED.,
FORENSE, P. 95 Autor: HUMBERTO THEODORO JUNIOR

EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL. BENEFICIÁRIO DA


JUSTIÇA GRATUITA VENCIDO NA AÇÃO INVESTIGATÓRIA DE
PATERNIDADE. ARGÜIÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO
EXECUTIVO. ADEQUAÇÃO DA OBJEÇÃO NOS PRÓPRIOS
AUTOS DA EXECUÇÃO, INDEPENDENTEMENTE DO
OFERECIMENTO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR.
- A inexigibilidade do título executivo pode ser argüida por simples
petição nos autos da execução (a chamada exceção de pré-
executividade, independentemente de oferecimento dos embargos
do devedor). Precedentes do STJ.
Recurso especial conhecido e provido.
Decisão:
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas: Decide a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça,
por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento, na
forma do relatório e notas taquigráficas precedentes que integram o
presente julgado. Votaram com o Relator os Srs. Ministros Cesar
Asfor Rocha, Ruy Rosado de Aguiar, Aldir Passarinho Júnior e Sálvio
de Figueiredo Teixeira.
(RECURSO ESPECIAL nº 187428/DF, QUARTA TURMA do STJ,
Rel. BARROS MONTEIRO. j. 05.10.2000 Publ. DJU 27.11.2000, p.
166

EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL. BENEFICIÁRIO DA


JUSTIÇA GRATUITA VENCIDO NA AÇÃO INVESTIGATÓRIA DE
PATERNIDADE. ARGÜIÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO
EXECUTIVO. ADEQUAÇÃO DA OBJEÇÃO NOS PRÓPRIOS
AUTOS DA EXECUÇÃO, INDEPENDENTEMENTE DO
OFERECIMENTO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR.
- A inexigibilidade do título executivo pode ser argüida por simples
petição nos autos da execução (a chamada exceção de pré-
executividade, independentemente de oferecimento dos embargos
do devedor). Precedentes do STJ.
Recurso especial conhecido e provido.
Decisão:
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas: Decide a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça,
por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento, na
forma do relatório e notas taquigráficas precedentes que integram o
presente julgado. Votaram com o Relator os Srs. Ministros Cesar
Asfor Rocha, Ruy Rosado de Aguiar, Aldir Passarinho Júnior e Sálvio
de Figueiredo Teixeira.
(RECURSO ESPECIAL nº 187428/DF, QUARTA TURMA do STJ,
Rel. BARROS MONTEIRO. j. 05.10.2000 Publ. DJU 27.11.2000, p.
166

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ARBITRAMENTO.


HOMOLOGAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
REJEIÇÃO. COISA JULGADA.
- Não colhe a exceção de pré-executividade que renova a discussão
sobre matéria já definitivamente decidida.
Recurso especial não conhecido.
Decisão:
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas: Decide a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça,
por unanimidade, não conhecer do recurso, na forma do relatório e
notas taquigráficas precedentes que integram o presente julgado.
Votaram com o Relator os Srs. Ministros Cesar Asfor Rocha, Ruy
Rosado de Aguiar, Aldir Passarinho Júnior e Sálvio de Figueiredo
Teixeira.
(RECURSO ESPECIAL nº 167331/DF, QUARTA TURMA do STJ,
Rel. BARROS MONTEIRO. j. 14.11.2000 Publ. DJU 18.12.2000, p.
199
Referência Legislativa:
CPC Art. 468, Art. 541, Paragrafo Único
RISTJ Art. 255, §1º, §2 º

EXECUÇÃO. Exceção de pré-executividade.


A defesa que nega a executividade do título apresentado pode ser
formulada nos próprios autos do processo da execução e independe
do prazo fixado para os embargos de devedor. Precedentes.
Recurso conhecido em parte e parcialmente provido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
QUARTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade
dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade,
conhecer do recurso e dar-lhe provimento parcial, nos termos do voto
do Sr.
Ministro Relator. Votaram com o Relator os Srs. Ministros ALDIR
PASSARINHO JUNIOR e BARROS MONTEIRO. Ausentes,
ocasionalmente, os Srs. Ministros SÁLVIO DE FIGUEIREDO
TEIXEIRA e CESAR ASFOR ROCHA.
(RECURSO ESPECIAL nº 220100/RJ, QUARTA TURMA do STJ,
Rel. RUY ROSADO DE AGUIAR. j. 02.09.1999, Publ. DJU
25.10.1999 p. 00093)

CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. Falta-lhe caráter


executório, segundo a recente orientação da 2ª Seção do STJ. Em
tal aspecto, admite-se possa o devedor argüir a nulidade da
execução, independentemente de estar seguro o juízo, através de
exceção de pré-executividade e não de embargos. Precedentes do
STJ. Recurso especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos
e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não conhecer
do recurso especial. Participaram do julgamento os Srs. Ministros
Eduardo Ribeiro, Waldemar Zveiter, Ari Pargendler e Menezes
Direito.
(RECURSO ESPECIAL nº 194070/RS, TERCEIRA TURMA do STJ,
Rel. NILSON NAVES. j. 07.06.1999, Publ. DJU 20.09.1999 p. 00062)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS DEVIDOS. CPC, ART. 20.
DOUTRINA E PRECEDENTES DO TRIBUNAL. RECURSO
PROVIDO.
I - O sistema processual civil vigente, em sede de honorários
advocatícios, funda-se em critério objetivo, resultante da
sucumbência.
II - Extinguindo-se a execução por iniciativa dos devedores, ainda
que em decorrência de exceção de pré-executividade, devida é a
verba honorária.
Decisão:
Por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento.
(RECURSO ESPECIAL nº 195351/MS, QUARTA TURMA do STJ,
Rel. SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA. j. 18.02.1999, Publ. DJU
12.04.1999 p. 00163)
Referência Legislativa:
RISTJ Art. 257
CPC Art. 20, §4º
Doutrina:
Obra: HONORARIOS ADVOCATICIOS, RT, 3A. ED., N. 175-A, P.
992 Autor: YUSSEF SAID CAHALI
Obra: EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, SERGIO ANTONIO
FABRIS EDITOR, P. 90 Autor: MARCOS VALLS FEU ROSA

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA DE BENS.


AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA A DECISÃO QUE A
ORDENOU CONTRA TERCEIRO INDICADO COMO SUCESSOR
TRIBUTÁRIO. A regra, na execução fiscal, é a de que o executado
deverá alegar toda a matéria útil à defesa nos embargos do devedor
(Lei n° 6.830, de 1980, art. 16, § 2º). Excepcionalmente, admite-se a
exceção de pré-executividade, no âmbito da qual, sem o
oferecimento da penhora, o executado pode obter um provimento,
positivo ou negativo, sobre os pressupostos do processo ou sobre as
condições da ação - decisão, então, sujeita a agravo de instrumento.
Hipótese em que o interessado interpôs desde logo o agravo de
instrumento contra o ato que ordenou a penhora. Mal sucedido
nesse recurso, não podia substituí-lo pelo mandado de segurança.
Recurso ordinário improvido.
Decisão:
Por unanimidade, negar provimento ao recurso ordinário.
(RECURSO ORDINARIO EM MANDADO DE SEGURANÇA nº
9980/SP, SEGUNDA TURMA do STJ, Rel. ARI PARGENDLER. j.
23.02.1999, Publ. DJU 05.04.1999 p. 00100)
Referência Legislativa:
Lei nº 6830/80 ***** LEF -80 LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS Art. 16,
§2º
Lei nº 1533/51 ***** LMS -51 LEI DO MANDADO DE SEGURANÇA
Art. 5º, Inc. 2º

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Falta de liquidez, certeza e exigibilidade do título.
1. Não ofende a nenhuma regra do Código de Processo Civil o
oferecimento da exceção de pré-executividade para postular a
nulidade da execução (art. 618 do Código de Processo Civil),
independentemente dos embargos de devedor.
2. Considerando o Tribunal de origem que o título não é líquido, certo
e exigível, malgrado ter o exeqüente apresentado os documentos
que considerou aptos, não tem cabimento a invocação do art. 616 do
Código de Processo Civil.
3. Recurso especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Senhores
Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, não conhecer do recurso especial. Participaram do
julgamento os Senhores Ministros Nilson Naves e Eduardo Ribeiro.
Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Waldemar Zveiter.
(RECURSO ESPECIAL nº 160107/ES, TERCEIRA TURMA do STJ,
Rel. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO. j. 16.03.1999, Publ.
DJU 03.05.1999 p. 00145)
Referência Legislativa:
CPC Art. 618, Inc. 1º, Art. 736, Art. 745, Art. 616, Art. 614, Inc. 1º
Doutrina:
Obra: DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO, SARAIVA, 8A
ED., 1994, P. 52 Autor: VICENTE GRECO FILHO

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES. HIGIDEZ DO
TÍTULO EXECUTIVO. MATÉRIAS APRECIÁVEIS DE OFÍCIO.
VERIFICAÇÃO NO CASO CONCRETO. REEXAME DE PROVAS E
INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL. RECURSO
NÃO CONHECIDO.
I - A sistemática processual que rege a execução por quantia certa
exige, via de regra, a segurança do juízo como pressuposto para o
oferecimento de embargos do devedor.
II - A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
III - Se a verificação dos requisitos formais do título executivo
depende da análise de premissas de fato, como o reexame de
provas e a interpretação de cláusulas contratuais, a apreciação do
tema, na instância especial, atrita com a competência
constitucionalmente reservada ao Superior Tribunal de Justiça
(enunciados nºs 5 e 7 da súmula/STJ).
IV - Não se vislumbra a apontada negativa de prestação jurisdicional,
quando o órgão julgador não deixa de examinar qualquer ponto
suscitado pela parte interessada.
V - A configuração do dissídio pretoriano, a ensejar recurso especial,
depende da semelhança entre as situações fáticas e da
demonstração da divergência, na conformidade do art. 541,
parágrafo único, do Código de Processo Civil.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não
conhecer do recurso. Votaram com o Relator os Ministros Barros
Monteiro, Cesar Asfor Rocha e Ruy Rosado de Aguiar.
(RECURSO ESPECIAL nº 180734/RN, QUARTA TURMA do STJ,
Rel. SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA. j. 20.04.1999, Publ. DJU
02.08.1999 p. 00191)
Referência Legislativa:
CPC Art. 541, Paragrafo Único
Doutrina:
Obra: PROCESSO DE EXECUÇÃO E ASSUNTOS AFINS, SOBRE
A OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, REVISTA DOS
TRIBUNAIS, SP, 1998, P. 410 Autor: TERESA ARRUDA ALVIM
WAMBIER, LUIZ RODRIGUES WAMBIER
Obra: MANUAL DE PROCESSO DE EXECUÇÃO, Nº 167 Autor:
ARAKEN DE ASSIS
Obra: A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, REVISTA DE
PROCESSO, 55/62 Autor: LUIZ EDMUNDO APPEL BOJUNGA
EXECUÇÃO. FALTA DE LIQUIDEZ. NULIDADE (PRÉ-
EXECUTIVIDADE).
1. Admite-se a exceção, de maneira que é lícito argüir de nula a
execução, por simples petição. A saber, pode a parte alegar a
nulidade, independentemente de embargos, por exemplo,
Admissível, como condição de pré-executividade, o exame da
liquidez, certeza e exigibilidade do Título a viabilizar o processo de
execução (REsp-124.364, DJ de 26.10.98).
2. Mas não afeta a liquidez do título questões atinentes à
capitalização, cumulação de comissão de permanência e correção
monetária, utilização de determinado modelo de correção. Trata-se
de matérias próprias dos arts. 741 e 745 do Cód. de Pr. Civil.
3. Podendo validamente opor-se à execução por meio de embargos,
não é lícito se utilize da exceção.
4. Caso em que na origem se impunha, para melhor discussão da
dívida ou do título, a oposição de embargos, uma vez seguro o juízo
da execução. Inocorrência de afronta ao art. 618, I do Cód. de Pr.
Civil. Dissídio não configurado.
5. Recurso especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos
e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não conhecer
do recurso especial. Participaram do julgamento os Srs. Ministros
Eduardo Ribeiro, Waldemar Zveiter e Menezes Direito.
(RECURSO ESPECIAL nº 187195/RJ, TERCEIRA TURMA do STJ,
Rel. NILSON NAVES. j. 09.03.1999 DJ DATA:17/05/1999 PG:00202
RSTJ VOL.:00123 PG:00264
Referência Legislativa:
CPC Art. 618, Inc. 1º, Art. 586, Art. 585, Inc. 2º, Art. 741, Art. 745
CC Art. 1.092

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: AGA 344328/AL (200001186094)


408017 AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes


as acima indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do
Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao
agravo regimental.
Os Srs. Ministros Ari Pargendler, Carlos Alberto Menezes Direito,
Nancy Andrighi e Castro Filho votaram com o Sr. Ministro Relator.

DATA DA DECISÃO: 02/10/2001

ORGÃO JULGADOR: - TERCEIRA TURMA

EMENTA
Recurso especial. Execução. Exceção de pré-executividade.
Cabimento.
I - Não ofende dispositivos do CPC a decisão que, acolhendo
exceção de pré-executividade, dá pela falta de liquidez, certeza e
exigibilidade de escritura de confissão de dívida, que não faz mera
referência aos títulos originários, mas os incorpora de tal forma que
passam a integrá-la.
II - Questão que não poderia ser revista a não ser com
desobediência das regras contidas nos enunciados 5 e 7, do STJ.
III - Agravo regimental desprovido.

RELATOR: MINISTRO ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA

FONTE: DJ DATA: 22/10/2001 PG: 00321

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: AGA 320348/SP (200000703273)


402107 AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes
as acima indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do
Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao
agravo regimental. Os Srs. Ministros Carlos Alberto Menezes Direito,
Castro Filho e Antônio de Pádua Ribeiro votaram com o Sr. Ministro
Relator.
Ausente, ocasionalmente, a Sra. Ministra Nancy Andrighi.

DATA DA DECISÃO: 07/08/2001

ORGÃO JULGADOR: - TERCEIRA TURMA

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. A
exceção de pré-executividade sempre é oportuna em relação aos
aspectos formais do título, e, no caso, ordenou-se-lhe o exame com
base na divergência jurisprudencial. Agravo regimental não provido.

RELATOR: MINISTRO ARI PARGENDLER

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA

FONTE: DJ DATA: 10/09/2001 PG: 00386

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: AGA 329814/SP (200000903663)


388732 AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
maioria, negar provimento ao agravo regimental. Votaram com a
Relatora os Ministros Franciulli Netto, Castro Filho e Francisco
Peçanha Martins.
Ausente justificadamente o Sr. Ministro Paulo Gallotti.

DATA DA DECISÃO: 01/03/2001

ORGÃO JULGADOR: - SEGUNDA TURMA

EMENTA
EXECUÇÃO FISCAL - AGRAVO REGIMENTAL - EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE - INADMISSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO - SÚMULA N.
282/STF - AGRAVO IMPROVIDO.
1. Ausência de prequestionamento dos dispositivos apontados no
especial como violados. Incidência da Súmula n. 282/STF.
2. Agravo regimental improvido.

RELATOR: MINISTRO ELIANA CALMON

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA

FONTE: DJ DATA: 23/04/2001 PG: 00157

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: AGA 292036/SP (200000185442)


390787 AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO

DECISÃO: Vistos e relatados estes autos em que são partes as


acima indicadas: Decide a Quarta Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental,
nos termos do voto do Sr. Ministro-Relator, na forma do relatório e
notas taquigráficas precedentes que integram o presente julgado.
Votaram com o Relator os Srs. Ministros Ruy Rosado de Aguiar e
Sálvio de Figueiredo Teixeira.
DATA DA DECISÃO: 01/03/2001

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
AGRAVO.
- A inexigibilidade o título pode ser argüida em exceção de pré-
executividade, independentemente da oposição de embargos do
devedor.
- A súmula 233 desta Corte enuncia: "O contrato de abertura de
crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-corrente, não é
título executivo." - Requisito do prequestionamento cumprido.
Honorários: fixação por apreciação eqüitativa (art. 20, § 4º, do CPC).
- Agravo improvido.

RELATOR: MINISTRO BARROS MONTEIRO

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA.

FONTE: DJ DATA: 04/06/2001 PG: 00160

VEJA: (EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE) STJ - RESP 187428-


DF, RESP 187195-RJ (RSTJ 123/264, JSTJ 6/251), RESP 124364-
PE (LEXSTJ VOL.: 00116 ABRIL/1999/180)

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED SUM: 000233 (STJ)


LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973 ***** CPC-73 CODIGO DE
PROCESSO CIVIL ART: 00020 PAR: 00004

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: AGA 197577/GO (199800538275)


358827 AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental. Votaram com
o Relator os Ministros Barros Monteiro, Cesar Asfor Rocha, Ruy
Rosado de Aguiar e Aldir Passarinho Júnior.

DATA DA DECISÃO: 28/03/2000

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES EXCEPCIONAIS.
PRECEDENTES. DOUTRINA.
REQUISITOS. INAPLICABILIDADE AO CASO. AGRAVO
DESPROVIDO.
I - A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
II - Suscitadas questões, no entanto, que dependeriam do exame de
provas, e não dizem respeito a aspectos formais do título executivo,
e nem poderiam ser conhecidas de ofício, não se mostra adequada a
exceção de pré-executividade.

RELATOR: MINISTRO SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA

INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, EXCEÇÃO DE PRE-


EXECUTIVIDADE, OBJETIVO, DECRETAÇÃO, NULIDADE,
PROCESSO DE EXECUÇÃO, ALEGAÇÃO, OCORRENCIA,
PAGAMENTO, PENSÃO ALIMENTICIA, NÃO CARACTERIZAÇÃO,
IMPUGNAÇÃO, VICIO FORMAL, TITULO EXECUTIVO,
IMPOSSIBILIDADE, JUIZ, CONHECIMENTO, MATERIA, EX
OFFICIO, NECESSIDADE, DILAÇÃO PROBATORIA, OPOSIÇÃO,
EMBARGOS A EXECUÇÃO.

FONTE: DJ DATA: 05/06/2000 PG: 00167

VEJA: RESP 180734-RN, RESP 124364-PE (STJ)

DOUTRINA: OBRA: CODIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADO, 6ª


ED., 1996, SARAIVA, P.
454.
AUTOR: SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA OBRA: PROCESSO
DE EXECUÇÃO E ASSUNTOS AFINS, SOBRE A OBJEÇÃO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, SÃO PAULO, REVISTA DOS TRIBUNAIS,
1998, P. 410.
AUTOR: TERESA ARRUDA ALVIM WAMBIER E LUIZ RODRIGUES
WAMBIER OBRA: MANUAL DO PROCESSO DE EXECUÇÃO, Nº
167.
AUTOR: ARAKEN DE ASSIS OBRA: A EXCEÇÃO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, REVISTA DE PROCESSO, 55/62.
AUTOR: LUIZ EDMUNDO APPEL BOJUNGA

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: AGRESP 317012/RJ (200100414133)


402105 AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas constantes dos
autos, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental. Os
Srs.
Ministros Antônio de Pádua Ribeiro, Ari Pargendler e Carlos Alberto
Menezes Direito votaram com a Sra. Ministra Relatora. Ausente,
justificadamente, o Sr. Ministro Castro Filho.
DATA DA DECISÃO: 13/08/2001

ORGÃO JULGADOR: - TERCEIRA TURMA

EMENTA
Agravo no Recurso Especial. Atuação do Relator. Limites. Decisão
interlocutória. Exceção de pré-executividade. Fundamentação.
Necessidade. Acórdão. Omissão.
É de se reconhecer ofensa ao art. 535, II do CPC, quando, opostos
os declaratórios, o Tribunal a quo recalcitra em se omitir sobre ponto
a respeito do qual deveria pronunciar-se. Examinando o julgador de
forma suficiente a irresignação do apelante afasta-se a alegação de
violação à lei federal.
À guisa do devido processo legal, também as decisões
interlocutórias devem ser fundamentadas, embora possam sê-lo de
forma livre.
Decisão ausente de fundamentação não se confunde com
fundamentação deficiente ou concisa. Tendo em vista o escopo do
aproveitamento dos atos processuais que rege o processo civil
moderno, apenas a primeira, porque traduz error in procedendo do
magistrado, violador de direito cogente de relevância pública,
manifesta-se absolutamente nula.
Não padece de invalidade o ato agravado, o qual, embora sucinto,
assenta-se em entendimento harmônico e suficiente à prestação
jurisdicional invocada, na esteira do requerido pela parte interessada.
Estando amparado pela jurisprudência assente do Tribunal está o
relator autorizado a negar seguimento ao Recurso Especial, pois o
juízo prelibatório que lhe incumbe admite análise meritória, não se
restringindo ao exame dos requisitos extrínsecos e intrínsecos de
sua admissibilidade.

RELATOR: MINISTRO NANCY ANDRIGHI

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA.


FONTE: DJ DATA: 10/09/2001 PG: 00385

VEJA: STJ - AGRESP 223530-PR

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00557 ART:
00535 INC: 00002

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: AGRESP 241483/MG (199901127122)


354541 AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Exmos. Srs.
Ministros da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Exmo. Sr. Ministro Relator.
Votaram com o Relator os Exmos. Srs. Ministros Francisco Falcão,
Garcia Vieira, Humberto Gomes de Barros e Milton Luiz Pereira.

DATA DA DECISÃO: 11/04/2000

ORGÃO JULGADOR: - PRIMEIRA TURMA

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL.
1. Se, ao apreciar agravo de instrumento tirado contra decisão que
rejeitou exceção de pré-executividade, o Tribunal a quo entende que
a matéria necessita de maior elucidação, a qual somente através de
autos adequados poderá vir à superfície, torna-se impossível o
conhecimento de recurso especial para rediscutir o mérito de tal
questionamento.
2. Ação declaratória de relação jurídico-tributária envolvendo
determinado período de ocorrência de fato gerador.
3. Discussão se a decisão nela proferida produz efeitos para fatos
geradores futuros.
4. Agravo de instrumento improvido sob a alegação de que aspectos
fáticos necessitam ser esclarecidos.
5. Execução fiscal em curso que se pretende extinguir, pela via da
exceção de pré-executividade, para que a decisão da ação
declaratória produza efeitos.
6. Agravo regimental improvido.

RELATOR: MINISTRO JOSÉ DELGADO

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA

FONTE: DJ DATA: 15/05/2000 PG: 00143

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: MC 1315/RJ (199800317694)


226773 MEDIDA CAUTELAR

DECISÃO: Por unanimidade, indeferir a medida liminar e extinguir o


processo.

DATA DA DECISÃO: 23/06/1998

ORGÃO JULGADOR: - TERCEIRA TURMA

EMENTA
RECURSO ESPECIAL. EFEITO SUSPENSIVO. MEDIDA
CAUTELAR INOMINADA.
EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
1. É admissível a denominada exceção de pré-executividade.
Admite-se também que se dê efeito suspensivo a recurso especial.
Uma e outra são excepcionais, dependendo do preenchimento de
requisitos próprios e fundamentais.
2. O efeito suspensivo pressupõe a ocorrência dos requisitos da
ação cautelar. Na ausência de um desses requisitos, o pedido não
pode ser acolhido.
3. Liminar indeferida. Extinção do processo, sem julgamento do
mérito.

RELATOR: MINISTRO NILSON NAVES

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA

FONTE: DJ DATA: 21/09/1998 PG: 00157 RSTJ VOL.: 00115 PG:


00241

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 229394/RN (199900813936)


405085 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, dar provimento ao recurso. Votaram com a Relatora os
Ministros Franciulli Netto, Laurita Vaz, Paulo Medina e Francisco
Peçanha Martins.

DATA DA DECISÃO: 07/08/2001

ORGÃO JULGADOR: - SEGUNDA TURMA

EMENTA
PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - MATÉRIA DE DEFESA:
PRÉ-EXECUTIVIDADE - PRESCRIÇÃO.
1. Doutrinariamente, entende-se que só por embargos é possível
defender-se o executado, admitindo-se, entretanto, a exceção de
pré-executividade.
2. Consiste a pré-executividade na possibilidade de, sem embargos
ou penhora, argüir-se na execução, por mera petição, as matérias de
ordem pública ou as nulidades absolutas.
3. A tolerância doutrinária, em se tratando de execução fiscal,
esbarra em norma específica que proíbe a pré-executividade (art. 16,
§ 3º, da LEF).
4. A prescrição, por ser direito disponível, não pode ser reconhecida
fora dos embargos.
5. Recurso provido.

RELATOR: MINISTRO ELIANA CALMON

INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, ALEGAÇÃO, PRESCRIÇÃO,


AMBITO, EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO
FISCAL, NECESSIDADE, AJUIZAMENTO, EMBARGOS A
EXECUÇÃO, OBJETIVO, DEFESA, DECORRENCIA, LEI DE
EXECUÇÃO FISCAL, RESTRIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, EXCLUSIVIDADE, HIPOTESE, QUESTÃO DE
ORDEM PUBLICA, CARACTERIZAÇÃO, PRESCRIÇÃO, MATERIA,
DIREITO DISPONIVEL, INAPLICABILIDADE, NORMA GERAL,
CODIGO CIVIL.

FONTE: DJ DATA: 24/09/2001 PG: 00264

VEJA: STJ - RESP 20056-SP (RT 691/207), RESP 178353-RS


(RSTJ 118/163), RESP 237560-PB

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 006830 ANO: 1980


***** LEF-80 LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS ART: 00016 PAR:
00003 LEG: FED LEI: 003071 ANO: 1916 ***** CC-16 CODIGO
CIVIL ART: 00162
Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 325893/SP (200100701184)


401574 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes


as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do
Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer do recurso,
mas negar-lhe provimento. Os Srs. Ministros Gilson Dipp, Jorge
Scartezzini, Edson Vidigal e José Arnaldo da Fonseca votaram com
o Sr. Ministro Relator.

DATA DA DECISÃO: 02/08/2001

ORGÃO JULGADOR: - QUINTA TURMA

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. RFFSA SUCESSORA DA FEPASA.
COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO. ART. 535 DO CPC.
VIOLAÇÃO. EMBARGOS DECLARATÓRIOS. OMISSÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA
AD CAUSAM.
I - Não ocorre ofensa ao art. 535 do CPC em face da rejeição dos
embargos declaratórios, se não havia omissão a ser sanada pelo
órgão julgador. Precedentes.
II - Impossibilidade de se examinar a exceção de pré-executividade
oposta pela executada, tendo em vista que aborda matéria estranha
aos limites do art. 618 do CPC, buscando seja reconhecida sua
ilegitimidade passiva ad causam, questão já apreciada em definitivo
no processo de conhecimento.
Recurso desprovido.

RELATOR: MINISTRO FELIX FISCHER


INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, DISCUSSÃO, LEGITIMIDADE DE
PARTE, AMBITO, EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE,
DECORRENCIA, NÃO CARACTERIZAÇÃO, MATERIA, PREVISÃO
LEGAL, CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
IMPOSSIBILIDADE, DISCUSSÃO, CONDIÇÃO DA AÇÃO,
POSTERIORIDADE, TRANSITO EM JULGADO, DECISÃO
JUDICIAL, EXTINÇÃO DO PROCESSO COM JULGAMENTO DO
MERITO, OCORRENCIA, PRECLUSÃO.

FONTE: DJ DATA: 03/09/2001 PG: 00254

VEJA: STJ - RESP 187195-RJ (RSTJ 123/264, JSTJ 6/251), RESP


180734-RN (REVFOR 351/395), RESP 13960-SP (RSTJ 40/447),
RESP 160107-ES, RESP 167331-DF

DOUTRINA: OBRA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO,


SARAIVA, 10ª ED., V.
3º, 1995 AUTOR: VICENTE GRECO FILHO OBRA: COMENTARIOS
AO CODIGO DE PROCESSO CIVIL, RT, 2000, V. 8, P.
418 AUTOR: TEORI ALBINO ZAVASCKI

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00618 ART:
00267 INC: 00001 PAR: 00003

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 146923/SP (199700622312)


393173 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes


as acima indicadas, acordam os Ministros da TERCEIRA TURMA do
Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer do recurso
especial e dar-lhe provimento. Os Srs. Ministros Carlos Alberto
Menezes Direito e Nancy Andrighi votaram com o Sr. Ministro
Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Antônio de Pádua
Ribeiro.

DATA DA DECISÃO: 24/05/2001

ORGÃO JULGADOR: - TERCEIRA TURMA

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. PENHORA. Os
embargos do devedor pressupõem penhora regular, que só se
dispensa em sede de exceção de pré-executividade, limitada à
questões relativas aos pressupostos processuais e às condições da
ação; nesse rol não se inclui a alegação de que a dívida foi paga.
Recurso especial conhecido e provido.

RELATOR: MINISTRO ARI PARGENDLER

INDEXAÇÃO: INADMISSIBILIDADE, EMBARGOS DO DEVEDOR,


HIPOTESE, FALTA, PENHORA, NECESSIDADE, GARANTIA DA
EXECUÇÃO, IRRELEVANCIA, EMBARGANTE, COMPROVAÇÃO,
PAGAMENTO, DIVIDA.
RESSALVA, POSSIBILIDADE, DISPENSA, GARANTIA DA
EXECUÇÃO, CARATER EXCEPCIONAL, AMBITO, EXCEÇÃO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, HIPOTESE, EXECUTADO, ALEGAÇÃO,
NULIDADE, EXECUÇÃO JUDICIAL.

FONTE: DJ DATA: 18/06/2001 PG: 00146

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00737 INC:
00001

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 268532/RS (200000741345)


392221 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos e relatados estes autos, em que são partes as


acima indicadas, decide a Quarta Turma do Superior Tribunal de
Justiça, à unanimidade, não conhecer do recurso, na forma do
relatório e notas taquigráficas constantes dos autos, que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado. Participaram do
julgamento os Srs.
Ministros Barros Monteiro e Ruy Rosado de Aguiar. Ausentes,
justificadamente, os Srs. Ministros Sálvio de Figueiredo Teixeira e
Cesar Asfor Rocha.

DATA DA DECISÃO: 05/04/2001

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. SUSPENSÃO DO PROCESSO. CABIMENTO.
CPC, ART. 791.
I - A regra do art. 791 da lei adjetiva civil comporta maior largueza na
sua aplicação, admitindo-se, também, a suspensão do processo de
execução, pedida em exceção de pré-executividade, quando haja a
anterioridade de ação revisional em que discute o valor do débito
cobrado pelo credor hipotecário de financiamento contratado pelo S.
F. H.
II - Recurso especial não conhecido.

RELATOR: MINISTRO ALDIR PASSARINHO JUNIOR

INDEXAÇÃO: POSSIBILIDADE, SUSPENSÃO, EXECUÇÃO POR


TITULO EXTRAJUDICIAL, DIVIDA, FINANCIAMENTO, SFH,
HIPOTESE, PENDENCIA, JULGAMENTO, AÇÃO REVISIONAL,
INDEPENDENCIA, INTERPOSIÇÃO, EMBARGOS DO DEVEDOR.
CABIMENTO, SUSPENSÃO, EXECUÇÃO POR TITULO
EXTRAJUDICIAL, DIVIDA, CONTRATO, FINANCIAMENTO, SFH,
HIPOTESE, DEFERIMENTO, MEDIDA CAUTELAR,
DETERMINAÇÃO, SUSPENSÃO.

FONTE: DJ DATA: 11/06/2001 PG: 00230

VEJA: STJ - RESP 192175-RS

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00791

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 280810/RJ (200001002856)


388620 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são


partes as acima indicadas.
Decide a Terceira Turma do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA,
na conformidade dos votos e das notas taquigráficas anexas, por
unanimidade, não conhecer do recurso especial nos termos do voto
do Sr. Ministro Relator.
Participaram do julgamento os Srs. Ministros Ari Pargendler,
Menezes Direito e Nancy Andrighi.

DATA DA DECISÃO: 03/04/2001

ORGÃO JULGADOR: - TERCEIRA TURMA

EMENTA
Recurso especial. Execução. Exceção de pré-executividade.
Rejeição.
Inexistência de ofensa ao CPC. Embargos de declaração.
Fundamentação suficiente.
I - Não viola nenhum dispositivo do CPC, decisão que, entendendo
inexistentes vícios que pudessem ser apreciados de ofício, repele a
exceção de pré-executividade e remete a argüição do fato para os
embargos à execução.
II - O órgão judicial não está obrigado a tecer considerações sobre
todos os pontos levantados pelas partes. É suficiente que se
manifeste sobre os elementos em que se baseou para solucionar a
lide.
III - Recurso especial não conhecido.

RELATOR: MINISTRO ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA.

FONTE: DJ DATA: 30/04/2001 PG: 00133

VEJA: STJ - AGA 197577-GO

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00737 INC:
00001 INC: 00002

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 220631/MT (199900567951)


388601 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Decide a Terceira Turma do SUPERIOR TRIBUNAL DE


JUSTIÇA, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas
anexas, por unanimidade, conhecer do recurso especial e dar-lhe
provimento nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Participaram do julgamento os Srs. Ministros Menezes Direito e
Nancy Andrighi.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Ari Pargendler.
DATA DA DECISÃO: 19/03/2001

ORGÃO JULGADOR: - TERCEIRA TURMA

EMENTA
Processual civil. Execução. Argüição de nulidade. Exceção de pré-
executividade. Título extrajudicial. Contrato de abertura de crédito
em conta-corrente. Promissória vinculada. Ausência do nome do
beneficiário.
I - É admissível exceção de pré-executividade para postular a
nulidade da execução, independentemente dos embargos do
devedor.
II - O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, ainda que
acompanhado de extratos da conta de movimentação bancária, não
constitui título executivo.
III - A iliquidez do título de crédito contamina a nota promissória que
dele se originou.
IV - A ausência do nome do beneficiário importa descaracterização
da nota promissória.
V - Recurso especial conhecido e provido, a fim de julgar o autor
carecedor da execução.

RELATOR: MINISTRO ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA.

FONTE: DJ DATA: 30/04/2001 PG: 00131 JBCC VOL.: 00190 PG:


00449

VEJA: (POSSIBILIDADE DE ARGÜIÇÃO DE NULIDADE EM


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE) STJ - RESP 194070-RS,
RESP 160107-ES, RESP 3079-MG (CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO - TÍTULO EXECUTIVO) STJ - RESP 209958-SC
(REVJUR 265/103), RESP 195215-SC, RESP 158039-MG, RESP
212455-MG, AERESP 197090-RS (NOTA PROMISSÓRIA -
AUSÊNCIA DO NOME DO BENEFICIÁRIO) STJ - RESP 137769-
MG, RESP 38471-MG (RSTJ 79/188)

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 280878/SC (200001004379)


384020 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Ministros da QUARTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos
termos do voto do Sr.
Ministro Relator. Votaram com o Relator os Srs. Ministros ALDIR
PASSARINHO JUNIOR, SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA,
BARROS MONTEIRO e CESAR ASFOR ROCHA.

DATA DA DECISÃO: 14/12/2000

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
HONORÁRIOS DE ADVOGADO. Execução. Exceção de pré-
executividade.
Valor irrisório.
É desproporcional o valor de RÇ 3.000,00 para honorários de
advogado que suscitou com êxito a exceção de pré-executividade
em processo de execução superior a RÇ 2.000.000,00. A só
responsabilidade pelo patrocínio de demanda desse valor e a efetiva
atuação em juízo justifica a elevação da verba para RÇ 30.000,00.
Recurso conhecido e provido.

RELATOR: MINISTRO RUY ROSADO DE AGUIAR

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA.


FONTE: DJ DATA: 12/03/2001 PG: 00149 JBCC VOL.: 00189 PG:
00353

VEJA: STJ - RESP 45978-MG, RESP 195351-MS

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00020

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 167331/DF (199800182624)


379393 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos e relatados estes autos em que são partes as


acima indicadas: Decide a Quarta Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, não conhecer do recurso, na forma do
relatório e notas taquigráficas precedentes que integram o presente
julgado. Votaram com o Relator os Srs. Ministros Cesar Asfor Rocha,
Ruy Rosado de Aguiar, Aldir Passarinho Júnior e Sálvio de
Figueiredo Teixeira.

DATA DA DECISÃO: 14/11/2000

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ARBITRAMENTO.
HOMOLOGAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
REJEIÇÃO. COISA JULGADA.
- Não colhe a "exceção de pré-executividade" que renova a
discussão sobre matéria já definitivamente decidida.
Recurso especial não conhecido.

RELATOR: MINISTRO BARROS MONTEIRO


INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA.

FONTE: DJ DATA: 18/12/2000 PG: 00199

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00468 ART:
00541 PAR: ÚNICO LEG: FED RGI: ****** ANO: 1989 ***** RISTJ-89
REGIMENTO INTERNO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ART: 00255 PAR: 00001 PAR: 00002

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 257002/ES (200000412937)


379455 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos e relatados estes autos em que são partes as


acima indicadas: Decide a Quarta Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, não conhecer do recurso, nos termos do
voto do Sr.
Ministro-Relator, na forma do relatório e notas taquigráficas
precedentes que integram o presente julgado. Votaram com o
Relator os Srs. Ministros Ruy Rosado de Aguiar e Aldir Passarinho
Júnior.

DATA DA DECISÃO: 24/10/2000

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
EXECUÇÃO. DESISTÊNCIA. COMPARECIMENTO AOS AUTOS
PELOS EXECUTADOS.
DESPESAS POR ELES EFETUADAS. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS DEVIDOS PELA PARTE DESISTENTE.
- Os honorários de advogado são devidos quando a atuação do
litigante exigir, para a parte adversa, providência em defesa de seus
interesses.
Recurso especial não conhecido.

RELATOR: MINISTRO BARROS MONTEIRO

INDEXAÇÃO: CABIMENTO, CONDENAÇÃO, EXEQUENTE,


HONORARIOS, ADVOGADO, HIPOTESE, DESISTENCIA,
EXECUÇÃO JUDICIAL, POSTERIORIDADE, CITAÇÃO,
OFERECIMENTO, EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE,
NOMEAÇÃO DE BENS A PENHORA, CARACTERIZAÇÃO,
DESPESA, EXECUTADO, OBSERVANCIA, PRINCIPIO DA
CAUSALIDADE, IRRELEVANCIA, INEXISTENCIA, EMBARGOS A
EXECUÇÃO.

FONTE: DJ DATA: 18/12/2000 PG: 00195 JBCC VOL.: 00187 PG:


00389

VEJA: STJ - RESP 137285-PB (RSTJ 109/223), RESP 194006-SP,


ERESP 82491-SP, RESP 134749-SC

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 273248/MG (200000836117)


386517 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, não conhecer do recurso. Votaram com o Relator os
Ministros Barros Monteiro, Ruy Rosado de Aguiar e Aldir Passarinho
Júnior. Ausente, ocasionalmente, o Ministro Cesar Asfor Rocha.

DATA DA DECISÃO: 10/10/2000


ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE ARREMATAÇÃO.
ART. 486, CPC.
PRECEDENTES. CASO CONCRETO. OCORRÊNCIA DE
PRECLUSÃO. MATÉRIA NÃO ARGÜIDA EM EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, EMBARGOS DE DEVEDOR E EMBARGOS À
ARREMATAÇÃO. RECURSO DESACOLHIDO.
I - Tendo a inicial da ação de anulação se limitado a argüir a
inexeqüibilidade dos títulos exeqüendos, a pretensão restou colhida
pela preclusão, uma vez tratar-se de tema que poderia ter sido
apreciado por meio de embargos de devedor, exceção de pré-
executividade ou embargos à arrematação, conforme o caso.
II - Ultimada a penhora, levado o bem à hasta pública e realizada a
arrematação, extraída a carta, a ação prevista no art. 486, CPC não
tem o condão de reavivar a matéria própria do processo executivo e
não argüida a tempo e modo, sob pena de eternizar-se o
procedimento executivo.

RELATOR: MINISTRO SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA

INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, AÇÃO ANULATORIA, OBJETIVO,


DESCONSTITUIÇÃO, DUPLICATA SEM ACEITE,
POSTERIORIDADE, ARREMATAÇÃO, BEM, OBJETO, PENHORA,
EXECUÇÃO JUDICIAL, DECORRENCIA, FALTA, AJUIZAMENTO,
EMBARGOS A EXECUÇÃO, EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE,
FALTA, IMPUGNAÇÃO, LIQUIDEZ E CERTEZA, TITULO
EXECUTIVO, CARACTERIZAÇÃO, PRECLUSÃO, MATERIA.

FONTE: DJ DATA: 02/04/2001 PG: 00299

VEJA: STJ - RESP 180734-RN, RESP 36604-SP, RESP 125469-RS,


RESP 76165-MA, RESP 217503-SP, RESP 2273-RS
DOUTRINA: OBRA: COMENTARIOS AO CPC, 8ª ED., N. 93, P. 160
AUTOR: BARBOSA MOREIRA

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00486 ART:
00745

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 187428/DF (199800649794)


377126 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos e relatados estes autos em que são partes as


acima indicadas: Decide a Quarta Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento,
na forma do relatório e notas taquigráficas precedentes que integram
o presente julgado. Votaram com o Relator os Srs. Ministros Cesar
Asfor Rocha, Ruy Rosado de Aguiar, Aldir Passarinho Júnior e Sálvio
de Figueiredo Teixeira.

DATA DA DECISÃO: 05/10/2000

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA
GRATUITA VENCIDO NA AÇÃO INVESTIGATÓRIA DE
PATERNIDADE. ARGÜIÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO
EXECUTIVO. ADEQUAÇÃO DA OBJEÇÃO NOS PRÓPRIOS
AUTOS DA EXECUÇÃO, INDEPENDENTEMENTE DO
OFERECIMENTO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR.
- A inexigibilidade do título executivo pode ser argüida por simples
petição nos autos da execução (a chamada exceção de pré-
executividade, independentemente de oferecimento dos embargos
do devedor). Precedentes do STJ.
Recurso especial conhecido e provido.

RELATOR: MINISTRO BARROS MONTEIRO

INDEXAÇÃO: POSSIBILIDADE, DEVEDOR, INTERPOSIÇÃO,


EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, AMBITO, EXECUÇÃO
JUDICIAL, OBJETIVO, ANULAÇÃO, TITULO EXECUTIVO
JUDICIAL, INDEPENDENCIA, INTERPOSIÇÃO, EMBARGOS DO
DEVEDOR, HIPOTESE, ALEGAÇÃO, INEXIGIBILIDADE, TITULO
EXECUTIVO.

FONTE: DJ DATA: 27/11/2000 PG: 00166

VEJA: STJ - RESP 189846-RJ, RESP 5235-SP, RESP 8751-SP,


RESP 124364-PE, RESP 160107-ES, RESP 220100-RJ

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 253693/RS (200000309990)


368344 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, não conhecer do recurso. Votaram com o Relator os
Ministros Barros Monteiro, Cesar Asfor Rocha e Aldir Passarinho
Júnior. Ausente, justificadamente, o Ministro Ruy Rosado de Aguiar.

DATA DA DECISÃO: 29/06/2000

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS DEVIDOS EM PRINCÍPIO. CPC,
ART. 20. CASO CONCRETO. EXECUÇÃO NÃO EXTINTA.
RECURSO DESACOLHIDO.
I - O sistema processual civil vigente, em sede de honorários
advocatícios, funda-se em critério objetivo, resultante da
sucumbência.
II - A doutrina e a jurisprudência desta Corte vêm se orientando no
sentido do cabimento de honorários advocatícios em execução.
III - Na espécie, ao determinar a citação para contestar, nos moldes
do art. 603, CPC, a Juíza de primeiro grau deu início à forma
adequada de liquidação da sentença, tendo reconhecido o equívoco
de haver recebido anteriormente a petição com os cálculos de
liquidação, não se justificando, neste quadro, a imposição de
honorários.

RELATOR: MINISTRO SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA

INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, CONDENAÇÃO, HONORARIOS,


ADVOGADO, AUTOR, AÇÃO DE INDENIZAÇÃO, PERDAS E
DANOS, HIPOTESE, EXTINÇÃO, EXECUÇÃO JUDICIAL,
SIMULTANEIDADE, DECISÃO, CITAÇÃO, REU, CONTESTAÇÃO,
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA, DECORRENCIA, EXISTENCIA,
ERRO, DETERMINAÇÃO, CITAÇÃO, PAGAMENTO, PENHORA,
INDEPENDENCIA, REU, AJUIZAMENTO, EXCEÇÃO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, NÃO OCORRENCIA, EXTINÇÃO DO
PROCESSO, CARACTERIZAÇÃO, INCIDENTE PROCESSUAL.

FONTE: DJ DATA: 04/09/2000 PG: 00164 RJTJRS VOL.: 00204 PG:


00056

VEJA: (HONORARIOS - EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE)


RESP 195351-MS (STJ)
DOUTRINA: OBRA: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, RT, 3ª ED., Nº
175-A, P. 992 AUTOR: YUSSEF SAID CAHALI

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00020 PAR:
00001 ART: 00603

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 172093/DF (199800300597)


363325 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Senhores Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de
Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a
seguir, por unanimidade, não conhecer do recurso especial.
Participaram do julgamento os Srs. Ministros Ari Pargendler,
Menezes Direito e Eduardo Ribeiro.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Pádua Ribeiro.

DATA DA DECISÃO: 25/05/2000

ORGÃO JULGADOR: - TERCEIRA TURMA

EMENTA
EXECUÇÃO - ART. 604 DO CPC - INEXISTÊNCIA DO
PROCEDIMENTO DE HOMOLOGAÇÃO DOS CÁLCULOS -
DESPACHO QUE DETERMINA A CITAÇÃO DO DEVEDOR -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - INADMISSIBILIDADE - RECURSO
ESPECIAL NÃO CONHECIDO.
I - Na nova sistemática do art. 604 do CPC, deve a execução ser
instruída diretamente com a memória de cálculo feita pelo credor,
podendo ser utilizado, quando necessário, o contador judicial.
Apresentados os cálculos, o devedor será citado, sem passar por
qualquer estágio intermediário, pois com as alterações introduzidas
pela Lei n.º 8.898/94, deixou de existir a homologação daqueles por
sentença.
II - Do despacho que ordena a citação do devedor cabe exceção de
pré-executividade ou embargos à execução e não agravo de
instrumento.
III - Recurso especial não conhecido.

RELATOR: MINISTRO WALDEMAR ZVEITER

INDEXAÇÃO: IMPOSSIBILIDADE, HOMOLOGAÇÃO, CALCULO,


CONTADOR JUDICIAL, AMBITO, LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA,
DECORRENCIA, LEI, 1994, SUPRESSÃO, MODALIDADE,
LIQUIDAÇÃO POR CALCULO DO CONTADOR,
OBRIGATORIEDADE, CREDOR, APRESENTAÇÃO, MEMORIA DO
CALCULO, HIPOTESE, FALTA, COMPLEXIDADE, CALCULO
ARITMETICO.
DESCABIMENTO, AGRAVO DE INSTRUMENTO, DESPACHO,
DETERMINAÇÃO, CITAÇÃO, EXECUTADO, AMBITO,
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA, CABIMENTO, INTERPOSIÇÃO,
EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, APRECIAÇÃO, JUIZO,
PRIMEIRO GRAU, NECESSIDADE, OBSERVANCIA, PRINCIPIO,
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO.

FONTE: DJ DATA: 01/08/2000 PG: 00261 RSTJ VOL.: 00139 PG:


00264

VEJA: (SUPRESSÃO LIQUIDAÇÃO POR CALCULO DO


CONTADOR) RESP 155037-RJ, RESP 135805-RJ (STJ)

DOUTRINA: OBRA: CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL, V.


2, 22ª ED., FORENSE, P. 95 AUTOR: HUMBERTO THEODORO
JUNIOR
REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973
***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00604
(REDAÇÃO DADA PELA LEI 8898/94)

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 218743/RS (199900513398)


323087 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Ministros da QUARTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento, nos termos
do voto do Sr. Ministro Relator. Votaram com o Relator os Srs.
Ministros ALDIR PASSARINHO JUNIOR, SÁLVIO DE FIGUEIREDO
TEIXEIRA e BARROS MONTEIRO. Ausente, justificadamente, o Sr.
Ministro CESAR ASFOR ROCHA.

DATA DA DECISÃO: 25/10/1999

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
EXECUÇÃO. Nulidade absoluta. Falta de citação.
A falta de citação pode ser suscitada pelo executado em qualquer
momento ou grau de jurisdição, nos termos do art. 267, IV e § 3º, do
CPC.
Recurso conhecido e provido.

RELATOR: MINISTRO RUY ROSADO DE AGUIAR

INDEXAÇÃO: CABIMENTO, INTERPOSIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRE-


EXECUTIVIDADE, INDEPENDENCIA, EMBARGOS A EXECUÇÃO,
HIPOTESE, FALTA, TITULO EXECUTIVO, DECORRENCIA,
ACORDO, INEXISTENCIA, LIQUIDEZ E CERTEZA,
EXIGIBILIDADE.
POSSIBILIDADE, ANULAÇÃO, PROCESSO DE EXECUÇÃO,
INDEPENDENCIA, FASE, PROCESSO, INDEPENDENCIA,
INSTANCIA, DECORRENCIA, FALTA, CITAÇÃO, EXECUTADO.

FONTE: DJ DATA: 17/12/1999 PG: 00377

VEJA: RESP 160107-ES, RESP 124364-PE, RESP 187195-RJ,


RESP 220100-RJ (STJ)

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00267 INC:
00004 PAR: 00003 ART: 00618

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 220100/RJ (199900554507)


302661 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Ministros da QUARTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento parcial, nos
termos do voto do Sr.
Ministro Relator. Votaram com o Relator os Srs. Ministros ALDIR
PASSARINHO JUNIOR e BARROS MONTEIRO. Ausentes,
ocasionalmente, os Srs. Ministros SÁLVIO DE FIGUEIREDO
TEIXEIRA e CESAR ASFOR ROCHA.

DATA DA DECISÃO: 02/09/1999

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
EXECUÇÃO. Exceção de pré-executividade.
A defesa que nega a executividade do título apresentado pode ser
formulada nos próprios autos do processo da execução e independe
do prazo fixado para os embargos de devedor. Precedentes.
Recurso conhecido em parte e parcialmente provido.

RELATOR: MINISTRO RUY ROSADO DE AGUIAR

INDEXAÇÃO: CABIMENTO, UTILIZAÇÃO, PETIÇÃO, EXCEÇÃO


DE PRE-EXECUTIVIDADE, OBJETIVO, ANULAÇÃO, TITULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, INDEPENDENCIA,
INTERPOSIÇÃO, EMBARGOS A EXECUÇÃO, DECORRENCIA,
ALEGAÇÃO, TITULO EXECUTIVO, FALTA, PRESSUPOSTO,
EXECUTIVIDADE, PROCESSO DE EXECUÇÃO.

FONTE: DJ DATA: 25/10/1999 PG: 00093

VEJA: RESP 215127-RS, RESP 124364-PE, RESP 160107-ES,


RESP 187195-RJ (STJ)

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 194070/RS (199800817689)


288520 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, não conhecer do recurso especial. Participaram do
julgamento os Srs. Ministros Eduardo Ribeiro, Waldemar Zveiter, Ari
Pargendler e Menezes Direito.

DATA DA DECISÃO: 07/06/1999

ORGÃO JULGADOR: - TERCEIRA TURMA


EMENTA
Contrato de abertura de crédito. Falta-lhe caráter executório,
segundo a recente orientação da 2ª Seção do STJ. Em tal aspecto,
admite-se possa o devedor "argüir a nulidade da execução,
independentemente de estar seguro o juízo, através de exceção de
pré-executividade e não de embargos". Precedentes do STJ.
Recurso especial não conhecido.

RELATOR: MINISTRO NILSON NAVES

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA.

FONTE: DJ DATA: 20/09/1999 PG: 00062

VEJA: RESP 187195-RJ, RESP 13960-SP, MC 1315-RJ (STJ)

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 180734/RN (199800489576)


273635 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, não conhecer do recurso. Votaram com o Relator os
Ministros Barros Monteiro, Cesar Asfor Rocha e Ruy Rosado de
Aguiar.

DATA DA DECISÃO: 20/04/1999

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES. HIGIDEZ DO TÍTULO
EXECUTIVO. MATÉRIAS APRECIÁVEIS DE OFÍCIO.
VERIFICAÇÃO NO CASO CONCRETO. REEXAME DE PROVAS E
INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL. RECURSO NÃO
CONHECIDO.
I - A sistemática processual que rege a execução por quantia certa
exige, via de regra, a segurança do juízo como pressuposto para o
oferecimento de embargos do devedor.
II - A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
III - Se a verificação dos requisitos formais do título executivo
depende da análise de premissas de fato, como o reexame de
provas e a interpretação de cláusulas contratuais, a apreciação do
tema, na instância especial, atrita com a competência
constitucionalmente reservada ao Superior Tribunal de Justiça
(enunciados nº s 5 e 7 da súmula/STJ).
IV - Não se vislumbra a apontada negativa de prestação jurisdicional,
quando o órgão julgador não deixa de examinar qualquer ponto
suscitado pela parte interessada.
V - A configuração do dissídio pretoriano, a ensejar recurso especial,
depende da semelhança entre as situações fáticas e da
demonstração da divergência, na conformidade do art. 541,
parágrafo único, do Código de Processo Civil.

RELATOR: MINISTRO SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA.

FONTE: DJ DATA: 02/08/1999 PG: 00191 REVFOR VOL.: 00351


PG: 00395
VEJA: (AUSÊNCIA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL) RESP
186008-SP (STJ) (EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE) RESP
157018-RS, RESP 124365-PE, RESP 40078-RS, RESP 13960-SP,
RESP 7410-MT (STJ)

DOUTRINA: OBRA: PROCESSO DE EXECUÇÃO E ASSUNTOS


AFINS, SOBRE A OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, REVISTA
DOS TRIBUNAIS, SP, 1998, P. 410 AUTOR: TERESA ARRUDA
ALVIM WAMBIER, LUIZ RODRIGUES WAMBIER OBRA: MANUAL
DE PROCESSO DE EXECUÇÃO, Nº 167 AUTOR: ARAKEN DE
ASSIS OBRA: A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, REVISTA
DE PROCESSO, 55/62 AUTOR: LUIZ EDMUNDO APPEL
BOJUNGA

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00541 PAR:
ÚNICO

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 160107/ES (199700923860)


261119 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Senhores Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de
Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a
seguir, por unanimidade, não conhecer do recurso especial.
Participaram do julgamento os Senhores Ministros Nilson Naves e
Eduardo Ribeiro.
Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Waldemar Zveiter.

DATA DA DECISÃO: 16/03/1999

ORGÃO JULGADOR: - TERCEIRA TURMA


EMENTA
Execução por título extrajudicial. Exceção de pré-executividade.
Falta de liquidez, certeza e exigibilidade do título.
1. Não ofende a nenhuma regra do Código de Processo Civil o
oferecimento da exceção de pré-executividade para postular a
nulidade da execução (art. 618 do Código de Processo Civil),
independentemente dos embargos de devedor.
2. Considerando o Tribunal de origem que o título não é líquido, certo
e exigível, malgrado ter o exeqüente apresentado os documentos
que considerou aptos, não tem cabimento a invocação do art. 616 do
Código de Processo Civil.
3. Recurso especial não conhecido.

RELATOR: MINISTRO CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO

INDEXAÇÃO: CABIMENTO, INTERPOSIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRE-


EXECUTIVIDADE, INDEPENDENCIA, EXEQUENTE,
APRESENTAÇÃO, PLURALIDADE, DOCUMENTO, HIPOTESE,
NULIDADE, CEDULA DE CREDITO COMERCIAL, DECORRENCIA,
INEXISTENCIA, LIQUIDEZ E CERTEZA, EXIGIBILIDADE.

FONTE: DJ DATA: 03/05/1999 PG: 00145

VEJA: RESP 13960-SP (STJ).

DOUTRINA: OBRA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO,


SARAIVA, 8ª ED., 1994, P. 52 AUTOR: VICENTE GRECO FILHO

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00618 INC:
00001 ART: 00736 ART: 00745 ART: 00616 ART: 00614 INC: 00001

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 187195/RJ (199800641890)


263056 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os


Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, não conhecer do recurso especial. Participaram do
julgamento os Srs. Ministros Eduardo Ribeiro, Waldemar Zveiter e
Menezes Direito.

DATA DA DECISÃO: 09/03/1999

ORGÃO JULGADOR: - TERCEIRA TURMA

EMENTA
Execução. Falta de liquidez. Nulidade (pré-executividade).
1. Admite-se a exceção, de maneira que é lícito argüir de nula a
execução, por simples petição. A saber, pode a parte alegar a
nulidade, independentemente de embargos, por exemplo,
"Admissível, como condição de pré-executividade, o exame da
liquidez, certeza e exigibilidade do Título a viabilizar o processo de
execução" (REsp-124.364, DJ de 26.10.98).
2. Mas não afeta a liquidez do título questões atinentes à
capitalização, cumulação de comissão de permanência e correção
monetária, utilização de determinado modelo de correção. Trata-se
de matérias próprias dos arts. 741 e 745 do Cód. de Pr. Civil.
3. Podendo validamente opor-se à execução por meio de embargos,
não é lícito se utilize da exceção.
4. Caso em que na origem se impunha, "para melhor discussão da
dívida ou do título, a oposição de embargos, uma vez seguro o juízo
da execução". Inocorrência de afronta ao art. 618, I do Cód. de Pr.
Civil. Dissídio não configurado.
5. Recurso especial não conhecido.

RELATOR: MINISTRO NILSON NAVES


INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, UTILIZAÇÃO, PETIÇÃO,
EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, OBJETIVO, ANULAÇÃO,
TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, HIPOTESE, CONTRATO,
DAÇÃO EM PAGAMENTO, CONFISSÃO DE DIVIDA, ALEGAÇÃO,
FALTA, LIQUIDEZ, TITULO EXECUTIVO, NECESSIDADE,
OPOSIÇÃO, EMBARGOS A EXECUÇÃO, DECORRENCIA,
PREVISÃO, LEGISLAÇÃO PROCESSUAL CIVIL.

FONTE: DJ DATA: 17/05/1999 PG: 00202 JSTJ VOL.: 00006 PG:


00251 RSTJ VOL.: 00123 PG: 00264

VEJA: RESP 13960-SP, RSTJ 40/447, RESP 3079-MG, RESP


124364-PE, RESP 3264-PR, RSTJ 24/375 (STJ)

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00618 INC:
00001 ART: 00586 ART: 00585 INC: 00002 ART: 00741 ART: 00745
LEG: FED LEI: 003071 ANO: 1916 ***** CC-16 CODIGO CIVIL ART:
01092

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 195351/MS (199800855300)


258146 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe


provimento.

DATA DA DECISÃO: 18/02/1999

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
HONORÁRIOS DEVIDOS. CPC, ART. 20. DOUTRINA E
PRECEDENTES DO TRIBUNAL. RECURSO PROVIDO.
I - O sistema processual civil vigente, em sede de honorários
advocatícios, funda-se em critério objetivo, resultante da
sucumbência.
II - Extinguindo-se a execução por iniciativa dos devedores, ainda
que em decorrência de exceção de pré-executividade, devida é a
verba honorária.

RELATOR: MINISTRO SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA

INDEXAÇÃO: CABIMENTO, CONDENAÇÃO, EXEQUENTE,


HONORARIOS, ADVOGADO, HIPOTESE, EXTINÇÃO DO
PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MERITO, DECORRENCIA,
ACOLHIMENTO, EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE,
OBSERVANCIA, PRINCIPIO DA SUCUMBENCIA.

FONTE: DJ DATA: 12/04/1999 PG: 00163

VEJA: STF - RE 97031-RJ STJ - RESP 3490-RJ (JBCC 180/140, RT


665/199), RESP 9765-SP (JBCC 180/149)

DOUTRINA: OBRA: HONORARIOS ADVOCATICIOS, RT, 3ª ED., N.


175-A, P. 992 AUTOR: YUSSEF SAID CAHALI OBRA: EXCEÇÃO
DE PRE-EXECUTIVIDADE, SERGIO ANTONIO FABRIS EDITOR, P.
90 AUTOR: MARCOS VALLS FEU ROSA

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED RGI: ****** ANO: 1989


***** RISTJ-89 REGIMENTO INTERNO DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA ART: 00257 LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973 *****
CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00020 PAR: 00004

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 176078/SP (199800395571)


250485 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Por unanimidade, rejeitar a preliminar de inversão da


ordem de julgamento dos recursos especiais e extraordinários e
conhecer do recurso especial e lhe dar provimento.

DATA DA DECISÃO: 15/12/1998

ORGÃO JULGADOR: - SEGUNDA TURMA

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
PENHORA EM BENS DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA QUE
PRESTA SERVIÇO PÚBLICO. A sociedade de economia mista tem
personalidade jurídica de direito privado e está sujeita, quanto à
cobrança de seus débitos, ao regime comum das sociedades em
geral, nada importando o fato de que preste serviço público; só não
lhe podem ser penhorados bens que estejam diretamente
comprometidos com a prestação do serviço público.
Recurso especial conhecido e provido.

RELATOR: MINISTRO ARI PARGENDLER

INDEXAÇÃO: POSSIBILIDADE, PENHORA, BEM, SOCIEDADE DE


ECONOMIA MISTA, EXECUÇÃO POR TITULO EXTRAJUDICIAL,
DECORRENCIA, QUALIFICAÇÃO, PERSONALIDADE JURIDICA,
DIREITO PRIVADO, SUJEIÇÃO, COBRANÇA, DEBITO, DIREITO
COMUM, IRRELEVANCIA, ALEGAÇÃO, PRESTAÇÃO, SERVIÇO
PUBLICO, AMBITO, EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE.

FONTE: DJ DATA: 08/03/1999 PG: 00200 RSTJ VOL.: 00117 PG:


00296

DOUTRINA: OBRA: MANUAL DO PROCESSO DE EXECUÇÃO, RT,


1995, P. 427 (EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE).
AUTOR: ARAKEN DE ASSIS OBRA: DIREITO ADMINISTRATIVO
BRASILEIRO, RT, 15ª ED., 1990, P.
313 (ENTIDADE PARAESTATAL).
AUTOR: HELY LOPES MEIRELLES OBRA: RDA, V. 157, P. 223
(IMPENHORABILIDADE DE BENS/SOCIEDADE DE ECONOMIA
MISTA).
AUTOR: CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 006404 ANO: 1976


ART: 00242

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 143571/RS (199700561674)


248723 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Por unanimidade, negar provimento ao recurso.

DATA DA DECISÃO: 22/09/1998

ORGÃO JULGADOR: - PRIMEIRA TURMA

EMENTA
PROCESSUAL - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ADMISSÃO ANTES DE EFETIVADA A
PENHORA - IMPOSSIBILIDADE.
I - O sistema consagrado no Art. 16 da Lei 6.830/80 não admite as
denominadas "exceções de pré-executividade".
II - O processo executivo fiscal foi concebido como instrumento
compacto, rápido, seguro e eficaz, para realização da dívida ativa
pública. Admitir que o executado, sem a garantia da penhora, ataque
a certidão que o instrumenta, é tornar insegura a execução. Por
outro lado, criar instrumentos paralelos de defesa é complicar o
procedimento, comprometendo-lhe rapidez.
III - Nada impede que o executado - antes da penhora - advirta o
Juiz, para circunstâncias prejudiciais (pressupostos processuais ou
condições da ação) suscetíveis de conhecimento ex officio.
Transformar, contudo, esta possibilidade em defesa plena, com
produção de provas, seria fazer "tabula rasa" do preceito contido no
Art. 16 da LEF. Seria emitir um convite à chicana, transformando a
execução fiscal em ronceiro procedimento ordinário.

RELATOR: MINISTRO HUMBERTO GOMES DE BARROS

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA.

FONTE: DJ DATA: 01/03/1999 PG: 00227 RDDT VOL.: 00044 PG:


00182

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 006830 ANO: 1980


***** LEF-80 LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS ART: 00016

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 157018/RS (199700862569)


257971 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: Por maioria, não conhecer do recurso, vencidos os


Ministros Relator e Cesar Asfor Rocha.

DATA DA DECISÃO: 17/09/1998

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. PRESSUPOSTO.
INOCORRÊNCIA NA ESPÉCIE. PRESCRIÇÃO. RECURSO
DESACOLHIDO.
- A execução de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o Juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.

RELATOR: MINISTRO RUY ROSADO DE AGUIAR

RELATOR ACÓRDÃO: MINISTRO SALVIO DE FIGUEIREDO


TEIXEIRA

INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, EXCEÇÃO DE PRE-


EXECUTIVIDADE, AMBITO, EXECUÇÃO POR TITULO
EXTRAJUDICIAL, HIPOTESE, ALEGAÇÃO, PRESCRIÇÃO,
DIREITO DE AÇÃO, AUSENCIA, PROTESTO, CONTRATO DE
CAMBIO, DECORRENCIA, IMPOSSIBILIDADE, JUIZO,
CONHECIMENTO, EX OFFICIO, MATERIA, REFERENCIA,
VALIDADE, TITULO EXECUTIVO.
(VOTO VENCIDO), CABIMENTO, EXCEÇÃO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, AMBITO, EXECUÇÃO POR TITULO
EXTRAJUDICIAL, INDEPENDENCIA, INTERPOSIÇÃO,
EMBARGOS DO DEVEDOR, HIPOTESE, ALEGAÇÃO,
PRESCRIÇÃO, DIREITO DE AÇÃO, AUSENCIA, PROTESTO,
CONTRATO DE CAMBIO, DECORRENCIA, APLICAÇÃO,
PRINCIPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL.

FONTE: DJ DATA: 12/04/1999 PG: 00158

VEJA: (VOTO VENCEDOR) IUJAG 41165-SP (TFR).


(VOTO VENCIDO) RESP 3079-MG, RESP 13960-SP, RESP 51121-
RO

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 58813/SP (199500009420)


236245 RECURSO ESPECIAL
DECISÃO: Por unanimidade, não conhecer do recurso especial.

DATA DA DECISÃO: 16/06/1998

ORGÃO JULGADOR: - TERCEIRA TURMA

EMENTA
Uniformização de jurisprudência (Cód. de Pr. Civil, art. 476). A
admissão do incidente depende da existência de aresto divergente.
É faculdade, " não vinculando o juiz (RSTJ-17/452 e REsp-63.754).
2. Recurso especial. É inadmissível, quando não ventilada, na
decisão recorrida, a questão federal (Súmula 282/STF).
3. Recurso especial não conhecido.

RELATOR: MINISTRO NILSON NAVES

INDEXAÇÃO: INEXISTENCIA, OBRIGATORIEDADE, JUIZ,


INSTAURAÇÃO, INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DE
JURISPRUDENCIA, HIPOTESE, FALTA, DIVERGENCIA,
CARACTERIZAÇÃO, PODER DISCRICIONARIO, APRECIAÇÃO,
CONVENIENCIA (DIREITO ADMINISTRATIVO), OPORTUNIDADE
(DIREITO ADMINISTRATIVO).
DESCABIMENTO, EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE,
HIPOTESE, FALTA, LIQUIDEZ E CERTEZA, TITULO EXECUTIVO.

FONTE: DJ DATA: 16/11/1998 PG: 00085

VEJA: RESP 63754-SP, RSTJ 17/452 (STJ)

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 59157/SP (199500017334)


209965 RECURSO ESPECIAL
DECISÃO: POR UNANIMIDADE, NÃO CONHECER DO RECURSO.

DATA DA DECISÃO: 19/03/1998

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
EXECUÇÃO POR TITULO JUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRE-
EXECUTIVIDADE OPOSTA PELAS EXECUTADAS.
PREQUESTIONAMENTO. UNIFORMIZAÇÃO DE
JURISPRUDENCIA INDEFERIDA.
- IMPREQUESTIONAMENTO DOS TEMAS ALUSIVOS A
LEGITIMIDADE DE PARTE, A EXIGENCIA DA CARTA DE
SENTENÇA E A ILIQUIDEZ DO DEBITO. APLICAÇÃO DA SUM.
282/STF.
- FUNDAMENTO EXPENDIDO PELA DECISÃO RECORRIDA,
QUANTO AO INDEFERIMENTO DA INSTAURAÇÃO DO
INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO DA JURISPRUDENCIA, QUE
NÃO E OBJETO DE IMPUGNAÇÃO PELAS RECORRENTES.
RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO.

RELATOR: MINISTRO BARROS MONTEIRO

INDEXAÇÃO: VIDE EMENTA

FONTE: DJ DATA: 18/05/1998 PG: 00101

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 40078/RS (199300298577)


199198 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: POR UNANIMIDADE, NÃO CONHECER DO RECURSO.

DATA DA DECISÃO: 10/12/1997


ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
DIREITOS COMERCIAL E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO.
DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. EXCEÇÃO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. DESCABIMENTO NA ESPECIE. RECURSO
DESACOLHIDO.
I - O SISTEMA PROCESSUAL QUE REGE A EXECUÇÃO POR
QUANTIA CERTA, SALVO EXCEÇÕES, EXIGE A SEGURANÇA DO
JUIZO COMO PRESSUPOSTO PARA O OFERECIMENTO DOS
EMBARGOS DO DEVEDOR.
II - SOMENTE EM CASOS EXCEPCIONAIS, SOBRE OS QUAIS A
DOUTRINA E A JURISPRUDENCIA VEM SE DEBRUÇANDO, SE
ADMITE A DISPENSA DESSE PRESSUPOSTO, PENA DE
SUBVERSÃO DO SISTEMA QUE DISCIPLINA OS EMBARGOS DO
DEVEDOR E A PROPRIA EXECUÇÃO.
III - EM TESE, A FALTA DOS ORIGINAIS DAS DUPLICATAS NOS
AUTOS DE EXECUÇÃO NÃO CONSTITUI VICIO PASSIVEL DE
IMPUGNAÇÃO EM EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, TENDO
EM VISTA QUE OS MESMOS PODEM SER DISPENSADOS NA
HIPOTESE DE RETENÇÃO DOS TITULOS, ATENDIDOS OS
DEMAIS REQUISITOS PREVISTOS EM LEI.

RELATOR: MINISTRO SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA

INDEXAÇÃO: CABIMENTO, PROPOSITURA, EXCEÇÃO DE PRE-


EXECUTIVIDADE, HIPOTESE, INERCIA, JUIZ, DECLARAÇÃO,
INEXISTENCIA, PRESSUPOSTO, EXECUÇÃO,
DESNECESSIDADE, PENHORA, ALEGAÇÃO, NULIDADE,
EXECUÇÃO.
POSSIBILIDADE, EXECUÇÃO, DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS, INDEPENDENCIA, JUNTADA, COPIA, DOCUMENTO
ORIGINAL, NECESSIDADE, INTERPOSIÇÃO, EMBARGOS DO
DEVEDOR, IMPUGNAÇÃO, NULIDADE. (MINCHETTI)
FONTE: DJ DATA: 02/03/1998 PG: 00092 JBCC VOL.: 00182 PG:
00104 RDR VOL.: 00012 PG: 00293

VEJA: RESP 13960-SP, (STJ)

DOUTRINA: OBRA: MANUAL DO PROCESSO DE EXECUÇÃO, 2ª


ED., REVISTA DOS TRIBUNAIS, N. 167, PAGS. 425 E 427 AUTOR:
ARAKEN DE ASSIS OBRA: TITULOS DE CREDITO, 3ª ED.,
FORENSE, 1971, PAGS. 241 E 229 AUTOR: JOÃO EUNAPIO
BORGES

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00652 ART:
00737 INC: 00001 LEG: FED LEI: 005474 ANO: 1968 ART: 00015
PAR: 00013 ART: 00023 LEG: FED LEI: 006458 ANO: 1977 ART:
00007 ART: 00008

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: RESP 56158/GO (199400326530)


87546 RECURSO ESPECIAL

DECISÃO: POR UNANIMIDADE, NÃO CONHECER DO RECURSO.

DATA DA DECISÃO: 04/04/1995

ORGÃO JULGADOR: - QUARTA TURMA

EMENTA
EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE. REJEIÇÃO DA
EXCEÇÃO PELO TRIBUNAL A QUO POR DOIS FUNDAMENTOS:
1) O DOCUMENTO APRESENTADO REUNIA OS REQUISITOS
NECESSARIOS;
2) FALTOU OPORTUNA IMPUGNAÇÃO, QUANDO DA
NOMEAÇÃO DOS BENS A PENHORA.
NÃO TENDO SIDO ESTE ULTIMO FUNDAMENTO ATACADO NO
RECURSO ESPECIAL, DELE NÃO SE CONHECE.

RELATOR: MINISTRO RUY ROSADO DE AGUIAR

INDEXAÇÃO: IMPOSSIBILIDADE, REEXAME, PROVA, NULIDADE,


TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, IMPUGNAÇÃO,
PROPOSITURA, EXECUÇÃO.
CABIMENTO, EMBARGOS DO DEVEDOR, DISCUSSÃO,
VALIDADE, CLAUSULA, CONTRATO, POSSIBILIDADE,
NOVAÇÃO.

FONTE: DJ DATA: 22/05/1995 PG: 14413

VEJA: RESP 13960-SP, RESP 3264-PR, (STJ).

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 005869 ANO: 1973


***** CPC-73 CODIGO DE PROCESSO CIVIL ART: 00585 INC:
00002 ART: 00741 INC: 00006

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO: ROMS 9980/SP (199800509550)


257151 RECURSO ORDINARIO EM MANDADO DE SEGURANÇA

DECISÃO: Por unanimidade, negar provimento ao recurso ordinário.

DATA DA DECISÃO: 23/02/1999

ORGÃO JULGADOR: - SEGUNDA TURMA

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA DE BENS.
AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA A DECISÃO QUE A
ORDENOU CONTRA TERCEIRO INDICADO COMO SUCESSOR
TRIBUTÁRIO.
A regra, na execução fiscal, é a de que o executado deverá alegar
toda a matéria útil à defesa nos embargos do devedor (Lei n° 6.830,
de 1980, art. 16, § 2º).
Excepcionalmente, admite-se a exceção de pré-executividade, no
âmbito da qual, sem o oferecimento da penhora, o executado pode
obter um provimento, positivo ou negativo, sobre os pressupostos do
processo ou sobre as condições da ação - decisão, então, sujeita a
agravo de instrumento.
Hipótese em que o interessado interpôs desde logo o agravo de
instrumento contra o ato que ordenou a penhora.
Mal sucedido nesse recurso, não podia substituí-lo pelo mandado de
segurança.
Recurso ordinário improvido.

RELATOR: MINISTRO ARI PARGENDLER

INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, MANDADO DE SEGURANÇA,


IMPUGNAÇÃO, DECISÃO, AMBITO, AGRAVO DE INSTRUMENTO,
INDEFERIMENTO, AFASTAMENTO, DEVEDOR, SUCESSÃO,
POLO PASSIVO, EXECUÇÃO FISCAL.

FONTE: DJ DATA: 05/04/1999 PG: 00100 RDDT VOL.: 00045 PG:


00171

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: LEG: FED LEI: 006830 ANO: 1980


***** LEF-80 LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS ART: 00016 PAR:
00002 LEG: FED LEI: 001533 ANO: 1951 ***** LMS-51 LEI DO
MANDADO DE SEGURANÇA ART: 00005 INC: 00002

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO DA PARTE
CONTRÁRIA – NULIDADE DA SENTENÇA – RECURSO ESPECIAL
– SEGUIMENTO OBSTADO POR AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO E FALTA DE DEMONSTRAÇÃO
ANALÍTICA DO DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL – AGRAVO
REGIMENTAL – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS DA
DECISÃO IMPUGNADA – IMPROVIMENTO – Negado seguimento
ao recurso especial, por ausência de prequestionamento (Súmulas
282 e 356 do STF), se estes fundamentos subsistem íntegros, não
cabe prover agravo regimental para reformar a decisão impugnada.
Agravo regimental improvido. (STJ – AGRESP 358218 – PE – 1ª T. –
Rel. Min. Garcia Vieira – DJU 24.06.2002)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO (ART. 545, CPC) – EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE – ARGÜIÇÃO DE LEGITIMIDADE – 1.
Pontos controvertidos, com solução amoldada à jurisprudência
prevalecente trava processualmente o conhecimento na via Especial
(Súmula 83/STJ). 2. Agravo sem provimento. (STJ – AGRESP
284187 – SP – 1ª T. – Rel. Min. Milton Luiz Pereira – DJU
24.06.2002)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS –
CONDENAÇÃO – POSSIBILIDADE – 1 – Decretada a extinção da
execução, em virtude de acolhimento de exceção de pré-
executividade, são devidos honorários advocatícios. 2 – Recurso
conhecido e provido para que o Tribunal de origem fixe o quantum
que entender condizente com a causa. (STJ – RESP 411321 – PR –
6ª T. – Rel. Min. Fernando Gonçalves – DJU 10.06.2002)

PROCESSO CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Se o


thema decidendum diz respeito à ilegitimidade passiva de um dos
executados, (que se inclui entre as condições da ação), e pode ser
decidido à vista do título, a exceção de pré-executividade deve ser
processada. Recurso especial conhecido e provido. (STJ – RESP
254315 – RJ – 3ª T. – Rel. Min. Ari Pargendler – DJU 27.05.2002)
EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – OMISSÃO
DO ACÓRDÃO RECORRIDO – INEXISTÊNCIA – MULTA DO ART.
538, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC – Inexistência da alegada
omissão, pois a decisão recorrida apreciou as questões relevantes
postas em julgamento. O simples cunho infringente dos embargos
declaratórios não constitui motivo bastante para justificar a aplicação
da multa prevista no art. 538, parágrafo único, do CPC. Recurso
especial conhecido em parte e provido. (STJ – RESP 333086 – SP –
4ª T. – Rel. Min. Barros Monteiro – DJU 20.05.2002)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – MATÉRIA DE DEFESA


– PRÉ-EXECUTIVIDADE – ILEGITIMIDADE PASSIVA – 1.
Doutrinariamente, entende-se que só por embargos é possível
defender-se o executado, admitindo-se, entretanto, a exceção de
pré-executividade. 2. Consiste a pré-executividade na possibilidade
de, sem embargos ou penhora, argüir-se na execução, por mera
petição, as matérias de ordem pública ou as nulidades absolutas. 3.
A tolerância doutrinária, em se tratando de execução fiscal, esbarra
na necessidade de se fazer prova de direito líquido e certo. 4.
Recurso improvido. (STJ – RESP 403073 – DF – 2ª T. – Relª Minª
Eliana Calmon – DJU 13.05.2002)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – MATÉRIA DE DEFESA


– PRÉ-EXECUTIVIDADE – RESPONSABILIDADE DO SÓCIO – 1.
Em tese, a exceção de pré-executividade, consubstanciada na
oposição de defesa na execução, sem o ajuizamento da ação
incidental de embargos, é admitida por construção da doutrina e da
jurisprudência. 2. O STJ aceita a exceção de pré-executividade nas
execuções regidas pelo CPC, quando a matéria argüida independe
de prova e alveja de plano a liqüidez e certeza do título em cobrança.
3. Aceitação ainda mais restrita em relação à execução fiscal, em
razão da previsão contida no § 3º do art. 16 da LEF (Lei 6.830/80). 4.
Responsabilidade do sócio de sociedade que se extinguiu de fato é
tema controvertido e que enseja indagações fáticas e exame de
prova. 5. Recurso especial improvido. (STJ – RESP . 287515 – SP –
2ª T. – Relª Minª Eliana Calmon – DJU 29.04.2002)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – RECURSO ESPECIAL – AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO – SEGUIMENTO OBSTADO –
SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO IMPUGNADA
– IMPROVIMENTO – I – Ausente o prequestionamento viabilizador
do acesso à via excepcional, ao Ministro Relator cabe negar
seguimento ao recurso especial. II – Subsistentes os óbices que
impediram o seguimento do recurso especial, não cabe prover
agravo regimental, para submetê-lo a julgamento da Turma. III –
Agravo improvido. (STJ – AGRESP . 358238 – PE – 1ª T. – Rel. Min.
Garcia Vieira – DJU 29.04.2002)

AGRAVO REGIMENTAL – Violação do art. 535 do CPC não


configurada. Hipótese em que o Tribunal apreciou todas as questões
pertinentes. A assertiva de excesso de execução contitui temática
própria aos embargos à execução, não à denominada "exceção de
pré-executividade". Divergência não demonstrada. Não-
preenchimento do requisito do art. 255, § 2º, do RISTJ. Hipóteses
fáticas distintas. Agravo improvido. (STJ – AGA . 201496 – SP – 4ª
T. – Rel. Min. Barros Monteiro – DJU 22.04.2002)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – EXECUÇÃO –
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – DIVERGÊNCIA NÃO
DEMONSTRADA – AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO – ART. 541,
CPC – I. Dissídio jurisprudencial não configurado, sem eficiente
confronto analítico a satisfazer os pressupostos regimentais da
espécie. II. Inadmissível o especial quando ausentes a descrição das
razões jurídicas para a reforma do julgado, bem como a
demonstração do seu cabimento, nos moldes do art. 541, I e II, do
CPC. III. Recurso não conhecido. (STJ – RESP . 388856 – SC – 4ª
T. – Rel. Min. Aldir Passarinho Junior – DJU 15.04.2002)
PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – POSSIBILIDADE DE
ARGÜIÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – 1. A
exceção de pré-executividade, construção doutrinária tendente à
instrumentalização do processo, não se presta para argüir
ilegalidade da própria relação jurídica material que deu origem ao
crédito executado. Seu âmbito é restrito à questões concernentes
aos pressupostos processuais, condições da ação e vícios objetivos
do título, referentes à certeza, liquidez e exigibilidade. 2. Recurso
não provido. (STJ – RESP . 232076 – PE – 1ª T. – Rel. Min. Milton
Luiz Pereira – DJU 25.03.2002)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM –
POSSIBILIDADE – PRECEDENTES – 1. Recurso Especial
interposto contra v. Acórdão que manteve decisão singular nos autos
de execução fiscal que acolheu exceção de pré-executividade,
excluindo do pólo passivo o recorrido, ao argumento de que o
inventariante somente é responsável pelos tributos devidos pelo
espólio, e não quanto aos devidos pelo de cujos. 2. A doutrina e a
jurisprudência, como todos conhecem, aceitam que "os embargos de
devedor pressupõem penhora regular, que só se dispensa em sede
de exceção de pré-executividade, limitada à questões relativas aos
pressupostos processuais e às condições da ação", incluindo-se a
alegação de que a dívida foi paga (REsp nº 325893/SP). 3. A
jurisprudência do STJ tem acatado a exceção de pré-executividade,
impondo, contudo, alguns limites. Coerência da corrente que
defende não ser absoluta a proibição da exceção de pré-
executividade no âmbito da execução fiscal. 4. No caso em exame, o
acórdão bem aceitou a exceção de pré-executividade, haja vista ter
ficado demonstrado ser o executado parte ilegítima na relação
jurídica buscada pelo INSS. 5. Recurso não provido. (STJ – RESP
371460 – RS – 1ª T. – Rel. Min. José Delgado – DJU 18.03.2002)
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – POSSIBILIDADE –
PESSOA JURÍDICA – REDIRECIONAMENTO DA AÇÃO – SÓCIO –
CITAÇÃO – PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE – ART. 8º, IV E § 2º,
DA LEI Nº 6.830/80 – ART. 219, § 4º, DO CPC – ARTS. 125, III, E
174, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CTN – SUAS INTERPRETAÇÕES –
PRECEDENTES – 1. A doutrina e a jurisprudência aceitam que "os
embargos de devedor pressupõem penhora regular, que só se
dispensa em sede de exceção de pré-executividade, limitada a
questões relativas aos pressupostos processuais e às condições da
ação", incluindo-se a alegação de que a dívida foi paga (REsp nº
325893/SP). 2. A jurisprudência do STJ tem acatado a exceção de
pré-executividade, impondo, contudo, alguns limites. Coerência da
corrente que defende não ser absoluta a proibição da exceção de
pré-executividade no âmbito da execução fiscal. 3. No caso em
exame, a invocação da prescrição é matéria que pode ser
examinada em exceção de pré-executividade, visto que a mesma é
causa extintiva do direito do exeqüente. 4. Os casos de interrupção
do prazo prescricional estão previstos no art. 174, do CTN, nele não
incluídos os do artigo 40, da Lei nº 6.830/80. Há de ser sempre
lembrado que o art. 174, do CTN, tem natureza de Lei
Complementar. 5. O art. 40, da Lei nº 6.830/80, nos termos em que
admitido em nosso ordenamento jurídico, não tem prevalência. Sua
aplicação há de sofrer os limites impostos pelo art. 174, do CTN. 6.
Repugna aos princípios informadores do nosso sistema tributário a
prescrição indefinida. Após o decurso de determinado tempo sem
promoção da parte interessada, deve-se estabilizar o conflito, pela
via da prescrição, impondo segurança jurídica aos litigantes. 7. A
mera prolação do despacho que ordena a citação do executado não
produz, por si só, o efeito de interromper a prescrição, impondo-se a
interpretação sistemática do art. 8º, § 2º, da Lei nº 6.830/80, em
combinação com o art. 219, § 4º, do CPC, e com o art. 174 e seu
parágrafo único, do CTN. 8. De acordo com o art. 125, III, do CTN,
em combinação com o art. 8º, § 2º, da Lei nº 6830/80, a ordem de
citação da pessoa jurídica interrompe a prescrição em relação ao
sócio, responsável tributário pelo débito fiscal. 9. Fenômeno
integrativo de responsabilidade tributária que não pode deixar de ser
reconhecido pelo instituto da prescrição, sob pena de se considerar
não prescrito o débito para a pessoa jurídica e prescrito para o sócio
responsável. Ilogicidade não homenageada pela ciência jurídica. 10.
In casu, porém, verifica-se que entre as datas de citação da pessoa
jurídica (agosto/1976) e de citação das sucessoras do sócio
(junho/1999) fluiu o prazo qüinqüenal (art. 174/CTN), totalizando,
simplesmente, 23 anos. Repugna aos princípios informadores do
nosso sistema tributário a prescrição indefinida, a qual se reconhece.
11. Precedentes desta Corte de Justiça e do colendo STF. 12.
Recurso especial provido. (STJ – RESP 388000 – RS – 1ª T. – Rel.
Min. José Delgado – DJU 18.03.2002)

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL – COMERCIAL – EXECUÇÃO


DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE – REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA – Se o
acórdão recorrido, analisando as cláusulas contratuais, reconhece
que o contrato executado cuida na realidade de abertura de crédito
em conta corrente, a sua modificação esbarra no óbice do enunciado
nº 7 da Súmula desta Corte, inviabilizando-se o conhecimento do
recurso, por ambas as alíneas. Subsistentes os fundamentos do
decisório agravado, nega-se provimento ao agravo. (STJ – AGRESP
327969 – MG – 4ª T. – Rel. Min. Cesar Asfor Rocha – DJU
18.03.2002)

PROCESSO CIVIL – AÇÃO DE EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – A escritura pública de confissão de dívida, em
valor certo e líquido, constitui título executivo extrajudicial; se uma
das respectivas cláusulas enseja dúvidas de interpretação a respeito
da ratificação, ou não, de ajustes anteriores, a matéria deve ser
examinada em embargos do devedor, não em exceção de pré-
executividade. Recurso especial conhecido e provido. (STJ – RESP
331431 – AL – 3ª T. – Rel. Min. Ari Pargendler – DJU 11.03.2002)
PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO REGIMENTAL – INEXISTÊNCIA
DE OMISSÃO, OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU DÚVIDA NO
ACÓRDÃO RECORRIDO – AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO – DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO
COMPROVADO – 1. Agravo Regimental contra decisão que, com
base no art. 544, § 2º, do CPC, negou provimento ao agravo de
instrumento interposto pela parte agravante, ante a ausência de
prequestionamento e pela não comprovação da divergência
jurisprudencial, assim como inexistiu omissão no decisório recorrido.
2. Acórdão a quo rejeitou exceção de pré-executividade. 3.
Fundamentos, nos quais se suporta a decisão impugnada,
apresentam-se claros e nítidos. Não dão lugar, portanto, a
obscuridades, dúvidas ou contradições. O não acatamento das
argumentações contidas no recurso não implica em cerceamento de
defesa, posto que ao julgador cabe apreciar a questão de acordo
com o que ele entender atinente à lide. 4. Não está obrigado o
Magistrado a julgar a questão posta a seu exame de acordo com o
pleiteado pelas partes, mas sim com o seu livre convencimento (art.
131, do CPC), utilizando-se dos fatos, provas, jurisprudência,
aspectos pertinentes ao tema e da legislação que entender aplicável
ao caso concreto. 5. Não obstante a interposição de embargos
declaratórios, não são eles mero expediente para forçar o ingresso
na instância extraordinária, se não houve omissão do acórdão a que
deva ser suprida. Desnecessidade, no bojo da cautelar julgada, de
se abordar, como suporte da decisão, os dispositivos legais e
constitucionais apontados. 6. Inexiste ofensa aos arts. 165, 458, II, e
535, do CPC, quando a matéria enfocada é devidamente abordada
no âmbito do voto-condutor do aresto hostilizado. 7. Não se conhece
de recurso especial fincado no art. 105, III, "c", da CF/88, quando a
alegada divergência jurisprudencial não é devidamente
demonstrada, nos moldes em que exigida pelo parágrafo único, do
artigo 541, do CPC, c/c o art. 255 e seus §§, do RISTJ. 8. Agravo
regimental improvido. (STJ – AGA 410456 – SP – 1ª T. – Rel. Min.
José Delgado – DJU 04.03.2002)
PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – ADMISSIBILIDADE – CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO – TÍTULO EXECUTIVO – INEXISTÊNCIA
– ART. 585, II, CPC – I. É possível ao devedor acionado no processo
de execução argüir a nulidade da execução, por meio de exceção de
pré-executividade e não de embargos, desde que verse sobre
matéria que possa ser conhecida de ofício pelo Juízo. II.
Precedentes da 4ª Turma. III. O contrato de abertura de crédito em
conta corrente, ainda que acompanhado de extratos de
movimentação financeira, não constitui título hábil à promoção de
ação executiva. IV. Recurso conhecido e provido. (STJ – RESP
224789 – RS – 4ª T. – Rel. Min. Aldir Passarinho Junior – DJU
04.02.2002)

PROCESSUAL CIVIL – LOCAÇÃO EMBARGOS À EXECUÇÃO –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ACÓRDÃO FUNDADO EM
DUPLO FUNDAMENTO – ATAQUE PARCIAL – SÚMULA 283/STF –
Fundando-se o acórdão em duplo fundamento – descabimento dos
embargos do devedor ante decisões reiteradas sobre o mesmo
assunto e substituição dos embargos do devedor pela exceção de
pré-executividade-, é inadmissível o recurso que ataca apenas um
dos temas, consoante o comando expresso na Súmula 283, do STF.
– Recurso especial não conhecido. (STJ – RESP 332779 – SP – 6ª
T. – Rel. Min. Vicente Leal – DJU 04.02.2002)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO –


APRESENTAÇÃO DE EMBARGOS DE DEVEDOR AGASALHANDO
IMPUGNAÇÃO SOBRE A NULIDADE DO TÍTULO –
PRECEDENTES DA CORTE – 1. Já decidiu a Corte que a exceção
de pré-executividade é cabível quando as questões suscitadas não
dependem de prova. No caso, os embargos de devedor que foram
apresentados já contêm a impugnação sobre a inépcia da inicial e a
impropriedade da via executiva diante da não existência dos
comprovantes de depósito, construindo mais um obstáculo para o
sucesso da exceção. 2. Havendo contraditório na exceção de pré-
executividade, não há razão alguma para afastar o cabimento da
verba honorária, configurada a sucumbência diante do julgamento de
improcedência. 3. Recurso especial não conhecido. (STJ – RESP
296932 – MG – 3ª T. – Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito –
DJU 04.02.2002)

PROCESSUAL CIVIL – CONTRATO DE MÚTUO BANCÁRIO –


EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – TÍTULO
HÁBIL – CPC, ART. 585, II – I. O contrato de mútuo bancário, ainda
que os valores sejam depositados em conta corrente, constitui, em
princípio, título hábil a autorizar a cobrança pela via executiva, não
se confundindo com contrato de abertura de crédito. II. Recurso
conhecido e desprovido. (STJ – RESP 324189 – ES – 4ª T. – Rel.
Min. Aldir Passarinho Junior – DJU 04.02.2002 – p. 00387)

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL – SEPARAÇÃO JUDICIAL –


PARTILHA NÃO ULTIMADA – CESSAÇÃO DOS EFEITOS DO
CASAMENTO: REGIME UNIVERSAL DE BENS – PERSISTÊNCIA
DA PROPRIEDADE SOB AS REGRAS DO CONDOMÍNIO –
COBRANÇA DE DESPESAS CONDOMINIAIS – SOLIDARIEDADE –
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – Nulidade reconhecida – Cessada a comunhão
universal pela separação judicial pode o patrimônio comum subsistir
sob a forma de condomínio se não ultimada a partilha – Sendo os
ex-cônjuges casados sob o regime de comunhão universal, co-
proprietários da unidade autônoma ensejadora da ação de cobrança
de despesas condominiais, incumbe-lhes a obrigação pelo respectivo
pagamento, pois, estas nos termos do art. 12 da Lei 4591/64, são de
responsabilidade de todos os condôminos – Há litisconsórcio
necessário, pois, a separação judicial, não acompanhada da
respectiva partilha do imóvel, não afasta a comunhão de direitos e
obrigações relativas ao imóvel comum. Recurso provido. (STJ –
RESP 254190 – SP – 3ª T. – Relª Minª Nancy Andrighi – DJU
04.02.2002 – p. 00347)
PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – CÁRTULA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA –
FALTA DE TRADUÇÃO JURAMENTADA – SANEAMENTO –
ABERTURA DE PRAZO – CPC, ART. 616 – I – Em vista da
instrumentalidade das formas, cumpre ao juiz abrir prazo para sanar
a falta de tradução juramentada que deveria acompanhar o título
apresentado à execução. Ofensa ao art. 616 do CPC caracterizada.
II – Recurso especial conhecido e provido. (STJ – RESP 291099 –
PR – 3ª T. – Rel. p/o Ac. Min. Antônio de Pádua Ribeiro – DJU
25.02.2002)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


EXEQÜENTE SUB-ROGADA – LINHA DE CRÉDITO PARA
AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS, COM VALOR CERTO E
GARANTIDA POR NOTA PROMISSÓRIA, DEVIDAMENTE PAGA
PELA AVALISTA E EXEQÜENTE – ALEGAÇÃO DE QUE NÃO FOI
A LINHA DE CRÉDITO UTILIZADA – 1. No cenário dos autos, tendo
a exeqüente pago o título na qualidade de avalista, tudo relativo a
uma linha de crédito de valor fixo, em operação triangular para
compra de mercadorias, a alegação de falta de utilização da linha de
crédito, que ensejou a emissão do título, não autoriza a exceção de
pré-executividade. 2. Recurso especial não conhecido. (STJ – RESP
298417 – SP – 3ª T. – Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito –
DJU 25.02.2002)

RECURSO ESPECIAL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – CABIMENTO – I – Não ofende dispositivos do
CPC a decisão que, acolhendo exceção de pré-executividade, dá
pela falta de liquidez, certeza e exigibilidade de escritura de
confissão de dívida, que não faz mera referência aos títulos
originários, mas os incorpora de tal forma que passam a integrá-la. II
– Questão que não poderia ser revista a não ser com desobediência
das regras contidas nos enunciados 5 e 7, do STJ. III – Agravo
regimental desprovido. (STJ – AGA – 344328 – AL – 3ª T. – Rel. Min.
Antônio de Pádua Ribeiro – DJU 22.10.2001 – p. 00321)
PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – MATÉRIA DE DEFESA
– PRÉ-EXECUTIVIDADE – PRESCRIÇÃO – 1. Doutrinariamente,
entende-se que só por embargos é possível defender-se o
executado, admitindo-se, entretanto, a exceção de pré-
executividade. 2. Consiste a pré-executividade na possibilidade de,
sem embargos ou penhora, argüir-se na execução, por mera petição,
as matérias de ordem pública ou as nulidades absolutas. 3. A
tolerância doutrinária, em se tratando de execução fiscal, esbarra em
norma específica que proíbe a pré-executividade (art. 16, § 3º, da
LEF). 4. A prescrição, por ser direito disponível, não pode ser
reconhecida fora dos embargos. 5. Recurso provido. (STJ – REsp –
229394 – RN – 2ª T. – Relª Minª Eliana Calmon – DJU 24.09.2001 –
p. 00264)

AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL – ATUAÇÃO DO RELATOR –


LIMITES – DECISÃO INTERLOCUTÓRIA – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – FUNDAMENTAÇÃO – NECESSIDADE –
ACÓRDÃO – OMISSÃO – É de se reconhecer ofensa ao art. 535, II
do CPC, quando, opostos os declaratórios, o Tribunal a quo
recalcitra em se omitir sobre ponto a respeito do qual deveria
pronunciar-se. Examinando o julgador de forma suficiente a
irresignação do apelante afasta-se a alegação de violação à lei
federal. À guisa do devido processo legal, também as decisões
interlocutórias devem ser fundamentadas, embora possam sê-lo de
forma livre. Decisão ausente de fundamentação não se confunde
com fundamentação deficiente ou concisa. Tendo em vista o escopo
do aproveitamento dos atos processuais que rege o processo civil
moderno, apenas a primeira, porque traduz error in procedendo do
magistrado, violador de direito cogente de relevância pública,
manifesta-se absolutamente nula. Não padece de invalidade o ato
agravado, o qual, embora sucinto, assenta-se em entendimento
harmônico e suficiente à prestação jurisdicional invocada, na esteira
do requerido pela parte interessada. Estando amparado pela
jurisprudência assente do Tribunal está o relator autorizado a negar
seguimento ao Recurso Especial, pois o juízo prelibatório que lhe
incumbe admite análise meritória, não se restringindo ao exame dos
requisitos extrínsecos e intrínsecos de sua admissibilidade. (STJ –
AGRESP – 317012 – RJ – 3ª T. – Relª Minª Nancy Andrighi – DJU
10.09.2001 – p. 00385)

PROCESSO CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – A


exceção de pré-executividade sempre é oportuna em relação aos
aspectos formais do título, e, no caso, ordenou-se-lhe o exame com
base na divergência jurisprudencial. Agravo regimental não provido.
(STJ – AGA – 320348 – SP – 3ª T. – Rel. Min. Ari Pargendler – DJU
10.09.2001 – p. 00386)

PROCESSUAL CIVIL – RFFSA SUCESSORA DA FEPASA –


COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO – ART. 535 DO CPC –
VIOLAÇÃO – EMBARGOS DECLARATÓRIOS – OMISSÃO –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ILEGITIMIDADE PASSIVA
AD CAUSAM – I – Não ocorre ofensa ao art. 535 do CPC em face da
rejeição dos embargos declaratórios, se não havia omissão a ser
sanada pelo órgão julgador. Precedentes. II – Impossibilidade de se
examinar a exceção de pré-executividade oposta pela executada,
tendo em vista que aborda matéria estranha aos limites do art. 618
do CPC, buscando seja reconhecida sua ilegitimidade passiva ad
causam, questão já apreciada em definitivo no processo de
conhecimento. Recurso desprovido. (STJ – REsp – 325893 – SP – 5ª
T. – Rel. Min. Felix Fischer – DJU 03.09.2001 – p. 00254)

AGRAVO – A inexigibilidade o título pode ser argüida em exceção de


pré-executividade, independentemente da oposição de embargos do
devedor. A súmula 233 desta Corte enuncia: O contrato de abertura
de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-corrente,
não é título executivo. Requisito do prequestionamento cumprido.
Honorários: fixação por apreciação eqüitativa art. 20, § 4º, do CPC.
Agravo improvido. (STJ – AGA 292036 – SP – 4ª T. – Rel. Min.
Barros Monteiro – DJU 04.06.2001 – p. 00160)
PROCESSO CIVIL – EMBARGOS DO DEVEDOR – PENHORA – Os
embargos do devedor pressupõem penhora regular, que só se
dispensa em sede de exceção de pré-executividade, limitada à
questões relativas aos pressupostos processuais e às condições da
ação; nesse rol não se inclui a alegação de que a dívida foi paga.
Recurso especial conhecido e provido. (STJ – REsp 146923 – SP –
3ª T. – Rel. Min. Ari Pargendler – DJU 18.06.2001 – p. 00146)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – SUSPENSÃO DO PROCESSO – CABIMENTO
– CPC, ART. 791 – I – A regra do art. 791 da lei adjetiva civil
comporta maior largueza na sua aplicação, admitindo-se, também, a
suspensão do processo de execução, pedida em exceção de pré-
executividade, quando haja a anterioridade de ação revisional em
que discute o valor do débito cobrado pelo credor hipotecário de
financiamento contratado pelo S.F.H. II. Recurso especial não
conhecido. (STJ – REsp 268532 – RS – 4ª T. – Rel. Min. Aldir
Passarinho Júnior – DJU 11.06.2001 – p. 00230)

RECURSO ESPECIAL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – Rejeição. Inexistência de ofensa ao CPC.
Embargos de declaração. Fundamentação suficiente. I – Não viola
nenhum dispositivo do CPC, decisão que, entendendo inexistentes
vícios que pudessem ser apreciados de ofício, repele a exceção de
pré-executividade e remete a argüição do fato para os embargos à
execução. II – O órgão judicial não está obrigado a tecer
considerações sobre todos os pontos levantados pelas partes. É
suficiente que se manifeste sobre os elementos em que se baseou
para solucionar a lide. III – Recurso especial não conhecido. (STJ –
RESP 280810 – RJ – 3ª T. – Rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro –
DJU 30.04.2001 – p. 00133)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – ARGÜIÇÃO DE NULIDADE –


Exceção de pré-executividade. Título extrajudicial. Contrato de
abertura de crédito em conta-corrente. Promissória vinculada.
Ausência do nome do beneficiário. I – É admissível exceção de pré-
executividade para postular a nulidade da execução,
independentemente dos embargos do devedor. II – O contrato de
abertura de crédito em conta-corrente, ainda que acompanhado de
extratos da conta de movimentação bancária, não constitui título
executivo. III – A iliquidez do título de crédito contamina a nota
promissória que dele se originou. IV – A ausência do nome do
beneficiário importa descaracterização da nota promissória. V –
Recurso especial conhecido e provido, a fim de julgar o autor
carecedor da execução. (STJ – RESP 220631 – MT – 3ª T. – Rel.
Min. Antônio de Pádua Ribeiro – DJU 30.04.2001 – p. 00131)

EXECUÇÃO FISCAL – AGRAVO REGIMENTAL – EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE – INADMISSIBILIDADE – AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO – SÚMULA N° 282/STF – AGRAVO
IMPROVIDO – 1. Ausência de prequestionamento dos dispositivos
apontados no especial como violados. Incidência da Súmula n.
282/STF. 2. Agravo regimental improvido. (STJ – AGA 329814 – SP
– 2ª T. – Relª Minª Eliana Calmon – DJU 23.04.2001 – p. 00157)

PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO DE ANULAÇÃO DE ARREMATAÇÃO


– ART. 486, CPC – PRECEDENTES – CASO CONCRETO –
OCORRÊNCIA DE PRECLUSÃO – MATÉRIA NÃO ARGÜIDA EM
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, EMBARGOS DE DEVEDOR
E EMBARGOS À ARREMATAÇÃO – RECURSO DESACOLHIDO – I
– Tendo a inicial da ação de anulação se limitado a argüir a
inexeqüibilidade dos títulos exeqüendos, a pretensão restou colhida
pela preclusão, uma vez tratar-se de tema que poderia ter sido
apreciado por meio de embargos de devedor, exceção de pré-
executividade ou embargos à arrematação, conforme o caso. I –
Ultimada a penhora, levado o bem à hasta pública e realizada a
arrematação, extraída a carta, a ação prevista no art. 486, CPC não
tem o condão de reavivar a matéria própria do processo executivo e
não argüida a tempo e modo, sob pena de eternizar-se o
procedimento executivo. (STJ – RESP 273248 – MG – 4ª T. – Rel.
Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira – DJU 02.04.2001 – p. 00299)

HONORÁRIOS DE ADVOGADO – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE – VALOR IRRISÓRIO – É desproporcional o
valor de R$ 3.000,00 para honorários de advogado que suscitou com
êxito a exceção de pré-executividade em processo de execução
superior a R$ 2.000.000,00. A só responsabilidade pelo patrocínio de
demanda desse valor e a efetiva atuação em juízo justifica a
elevação da verba para R$ 30.000,00. Recurso conhecido e provido.
(STJ – RESP 280878 – SC – 4ª T. – Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar
– DJU 12.03.2001 – p. 00149)

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – ARBITRAMENTO –


HOMOLOGAÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
REJEIÇÃO – COISA JULGADA – Não colhe a "exceção de pré-
executividade" que renova a discussão sobre matéria já
definitivamente decidida. Recurso especial não conhecido. (STJ –
RESP 167331 – DF – 4ª T. – Rel. Min. Barros Monteiro – DJU
18.12.2000 – p. 00199)

EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL – BENEFICIÁRIO DA


JUSTIÇA GRATUITA VENCIDO NA AÇÃO INVESTIGATÓRIA DE
PATERNIDADE – ARGÜIÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO
EXECUTIVO – ADEQUAÇÃO DA OBJEÇÃO NOS PRÓPRIOS
AUTOS DA EXECUÇÃO, INDEPENDENTEMENTE DO
OFERECIMENTO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR – A
inexigibilidade do título executivo pode ser argüida por simples
petição nos autos da execução (a chamada exceção de pré-
executividade, independentemente de oferecimento dos embargos
do devedor). Precedentes do STJ. Recurso especial conhecido e
provido. (STJ – RESP 187428 – DF – 4ª T. – Rel. Min. Barros
Monteiro – DJU 27.11.2000 – p. 166)
PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – HONORÁRIOS DEVIDOS EM PRINCÍPIO –
CPC, ART. 20 – CASO CONCRETO – EXECUÇÃO NÃO EXTINTA –
RECURSO DESACOLHIDO – I – O sistema processual civil vigente,
em sede de honorários advocatícios, funda-se em critério objetivo,
resultante da sucumbência. II – A doutrina e a jurisprudência desta
Corte vêm se orientando no sentido do cabimento de honorários
advocatícios em execução. III – Na espécie, ao determinar a citação
para contestar, nos moldes do art. 603, CPC, a Juíza de primeiro
grau deu início à forma adequada de liquidação da sentença, tendo
reconhecido o equívoco de haver recebido anteriormente a petição
com os cálculos de liquidação, não se justificando, neste quadro, a
imposição de honorários. (STJ – RESP 253693 – RS – 4ª T. – Rel.
Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira – DJU 04.09.2000 – p. 00164)

EXECUÇÃO – ART. 604 DO CPC – INEXISTÊNCIA DO


PROCEDIMENTO DE HOMOLOGAÇÃO DOS CÁLCULOS –
DESPACHO QUE DETERMINA A CITAÇÃO DO DEVEDOR –
AGRAVO DE INSTRUMENTO – INADMISSIBILIDADE – RECURSO
ESPECIAL NÃO CONHECIDO – I – Na nova sistemática do art. 604
do CPC, deve a execução ser instruída diretamente com a memória
de cálculo feita pelo credor, podendo ser utilizado, quando
necessário, o contador judicial. Apresentados os cálculos, o devedor
será citado, sem passar por qualquer estágio intermediário, pois com
as alterações introduzidas pela Lei nº 8.898/94, deixou de existir a
homologação daqueles por sentença. II – Do despacho que ordena a
citação do devedor cabe exceção de pré-executividade ou embargos
à execução e não agravo de instrumento. III – Recurso especial não
conhecido. (STJ – RESP 172093 – DF – 3ª T. – Rel. Min. Waldemar
Zveiter – DJU 01.08.2000 – p. 00261)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ADMISSIBILIDADE – HIPÓTESES
EXCEPCIONAIS – PRECEDENTES – DOUTRINA – REQUISITOS –
INAPLICABILIDADE AO CASO – AGRAVO DESPROVIDO – I – A
exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
II – Suscitadas questões, no entanto, que dependeriam do exame de
provas, e não dizem respeito a aspectos formais do título executivo,
e nem poderiam ser conhecidas de ofício, não se mostra adequada a
exceção de pré-executividade. (STJ – AGA 197577 –
(199800538275) – GO – 4ª T. – Rel. Min. Sálvio de Figueiredo
Teixeira – DJU 05.06.2000 – p. 00167)

PROCESSUAL CIVIL – TRIBUTÁRIO – AGRAVO REGIMENTAL –


1. Se, ao apreciar Agravo de Instrumento tirado contra decisão que
rejeitou exceção de pré-executividade, o Tribunal a quo entende que
a matéria necessita de maior elucidação, a qual somente através de
autos adequados poderá vir à superfície, torna-se impossível o
conhecimento de recurso especial para rediscutir o mérito de tal
questionamento. 2. Ação declaratória de relação jurídico-tributária
envolvendo determinado período de ocorrência de fato gerador. 3.
Discussão se a decisão nela proferida produz efeitos para fatos
geradores futuros. 4. Agravo de instrumento improvido sob a
alegação de que aspectos fáticos necessitam ser esclarecidos. 5.
Execução fiscal em curso que se pretende extinguir, pela via da
exceção de pré-executividade, para que a decisão da ação
declaratória produza efeitos. 6. Agravo regimental improvido. (STJ –
AGRESP 241483 – (199901127122) – MG – 1ª T. – Rel. Min. José
Delgado – DJU 15.05.2000 – p. 00143)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – A defesa


que nega a executividade do título apresentado pode ser formulada
nos próprios autos do processo da execução e independe do prazo
fixado para os embargos de devedor. Precedentes. Recurso
conhecido em parte e parcialmente provido. (STJ – REsp 220100 –
RJ – 4ª T. – Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar – DJU 25.10.1999 – p.
93)
PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ –
EXECUTIVIDADE – ADMISSIBILIDADE – HIPÓTESES – HIGIDEZ
DO TÍTULO EXECUTIVO – MATÉRIAS APRECIÁVEIS DE OFÍCIO –
VERIFICAÇÃO NO CASO CONCRETO – REEXAME DE PROVAS E
INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL – RECURSO
NÃO CONHECIDO – I – A sistemática processual que rege a
execução por quantia certa exige, via de regra, a segurança do juízo
como pressuposto para o oferecimento de embargos do devedor. II –
A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
III – Se a verificação dos requisitos formais do título executivo
depende da análise de premissas de fato, como o reexame de
provas e a interpretação de cláusulas contratuais, a apreciação do
tema, na instância especial, atrita com a competência
constitucionalmente reservada ao Superior Tribunal Federal
(enunciados nºs 5 e 7 da súmula/STJ). IV – Não se vislumbra a
apontada negativa de prestação jurisdicional, quando o órgão
julgador não deixa de examinar qualquer ponto suscitado pela parte
interessada. V – A configuração do dissídio pretoriano, a ensejar
recurso especial, depende da semelhança entre as situações fáticas
e da demonstração da divergência, na conformidade do art. 541,
parágrafo único, do Código de Processo Civil. (STJ – REsp 180734 –
RN – 4ª T. – Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira – DJU
02.08.1999 – p. 191)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ –


EXECUTIVIDADE – FALTA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE DO TÍTULO – 1. Não ofende a nenhuma regra do
Código de Processo Civil o oferecimento da exceção de pré-
executividade para postular a nulidade da execução (art. 618 do
Código de Processo Civil), independentemente dos embargos de
devedor. 2. Considerando o tribunal de origem que o título não é
líquido, certo e exigível, malgrado ter o exeqüente apresentado os
documentos que considerou aptos, não tem cabimento a invocação
do art. 616 do Código de Processo Civil. 3. Recurso especial não
conhecido. (STJ – REsp 160107 – ES – 3ª T. – Rel. Min. Carlos
Alberto Menezes Direito – DJU 03.05.1999 – p. 145)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – PRESSUPOSTO – INOCORRÊNCIA NA
ESPÉCIE – PRESCRIÇÃO – RECURSO DESACOLHIDO – A
execução de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
(STJ – REsp 157018 – RS – 4ª T. – Rel. p/o Ac. Min. Sálvio de
Figueiredo Teixeira – DJU 12.04.1999 – p. 158)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ –


EXECUTIVIDADE – HONORÁRIOS DEVIDOS – CPC, ART. 20 –
DOUTRINA E PRECEDENTES DO TRIBUNAL – RECURSO
PROVIDO – I – O sistema processual civil vigente, em sede de
honorários advocatícios, funda-se em critério objetivo, resultante da
sucumbência. II – Extinguindo-se a execução por iniciativa dos
devedores, ainda que em decorrência de exceção de pré-
executividade, devida é a verba honorária. (STJ – REsp 195351 –
MS – 4ª T. – Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira – DJU
12.04.1999 – p. 163)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – PENHORA DE BENS –


AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA A DECISÃO QUE A
ORDENOU CONTRA TERCEIRO INDICADO COMO SUCESSOR
TRIBUTÁRIO – A regra, na execução fiscal, é a de que o executado
deverá alegar toda a matéria útil à defesa nos embargos do devedor
(Lei nº 6.830, de 1980, art. 16, § 2º). Excepcionalmente, admite -se a
exceção de pré-executividade, no âmbito da qual, sem o
oferecimento da penhora, o executado pode obter um provimento,
positivo ou negativo, sobre os pressupostos do processo ou sobre as
condições da ação – decisão, então, sujeita a agravo de instrumento.
Hipótese em que o interessado interpôs desde logo o agravo de
instrumento contra o ato que ordenou a penhora. Mal sucedido
nesse recurso, não podia substituí-lo pelo mandado de segurança.
Recurso ordinário improvido. (STJ – RO-MS 9980 – SP – 2ª T. – Rel.
Min. Ari Pargendler – DJ

STJ-125928) RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. REJEIÇÃO. INEXISTÊNCIA DE OFENSA
AO CPC. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. FUNDAMENTAÇÃO
SUFICIENTE.
I - Não viola nenhum dispositivo do CPC, decisão que, entendendo
inexistentes vícios que pudessem ser apreciados de ofício, repele a
exceção de pré-executividade e remete a argüição do fato para os
embargos à execução.
II - O órgão judicial não está obrigado a tecer considerações sobre
todos os pontos levantados pelas partes. É suficiente que se
manifeste sobre os elementos em que se baseou para solucionar a
lide.
III - Recurso especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as
acima indicadas.
Decide a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na c onformidade
dos votos e das notas taquigráficas anexas, por unanimidade, não
conhecer do recurso especial nos termos do voto do Sr. Ministro
Relator.
Participaram do julgamento os Srs. Ministros Ari Pargendler,
Menezes Direito e Nancy Andrighi.
Referências Legislativas:
CPC Art. 737 Inc. I Inc. II
Veja:
STJ - AGA 197577-GO
(Recurso Especial nº 280810/RJ (2000/0100285 -6), 3ª Turma do
STJ, Rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro, j. 03.04.2001, Publ. DJU
30.04.2001 p. 133)

STJ-125707) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. ARGÜIÇÃO DE


NULIDADE. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. TÍTULO
EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA-CORRENTE. PROMISSÓRIA VINCULADA. AUSÊNCIA DO
NOME DO BENEFICIÁRIO.
I - É admissível exceção de pré-executividade para postular a
nulidade da execução, independentemente dos embargos do
devedor.
II - O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, ainda que
acompanhado de extratos da conta de movimentação bancária, não
constitui título executivo.
III - A iliquidez do título de crédito contamina a nota promissória que
dele se originou.
IV - A ausência do nome do beneficiário importa descaracterização
da nota promissória.
V - Recurso especial conhecido e provido, a fim de julgar o autor
carecedor da execução.
Decisão:
Decide a 3ª Turma do Sup erior Tribunal de Justiça, na conformidade
dos votos e das notas taquigráficas anexas, por unanimidade,
conhecer do recurso especial e dar-lhe provimento nos termos do
voto do Sr. Ministro Relator.
Participaram do julgamento os Srs. Ministros Menezes Direito e
Nancy Andrighi. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Ari
Pargendler.
Referências Legislativas:
CPC Art. 618, Art. 585 Inc. I, Art. 586
Veja:
(Argüição de nulidade em exceção de pré-executividade)
STJ - REsp 194070-RS, REsp 160107-ES, REsp 3079-MG
(Contrato de abertura de crédito - Título executivo)
STJ - REsp 209958-SC (REVJUR 265/103), REsp 195215-SC, REsp
158039-MG, REsp 212455-MG, EREsp 197090-RS, AEREsp
197090-RS
(Nota promissória - Ausência do nome do beneficiário)
STJ - REsp 137769-MG, REsp 38471-MG (RSTJ 79/188)
(Recurso Especial nº 220631/MT (1999/0056795 -1), 3ª Turma do
STJ, Rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro, j. 19.03.2001, Publ. DJU
30.04.2001 p. 131, JBCC Vol.: 00190, p. 00449)

STJ-125308) EXECUÇÃO FISCAL - AGRAVO REGIMENTAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - INADMISSIBILIDADE -
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - SÚMULA Nº 282/STF -
AGRAVO IMPROVIDO.
1. Ausência de prequestionamento dos dispositivos apontados no
especial como violados. Incidência da Súmula nº 282/STF.
2. Agravo regimental improvido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos
e das notas taquigráficas a seguir, por maioria, negar provimento ao
agravo regimental. Votaram com a Relatora os Ministros Franciulli
Netto, Castro Filho e Francisco Peçanha Martins. Ausente
justificadamente o Sr. Ministro Paulo Gallotti.
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 329814/SP
(2000/0090366-3), 2ª Turma do STJ, Relª. Min. Eliana Calmon, j.
01.03.2001, Publ. DJU 23.04.2001, p. 157)

STJ-124844) PROCESSUAL CIVIL. LOCAÇÃO EMBARGOS À


EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACÓRDÃO
FUNDADO EM DUPLO FUNDAMENTO. ATAQUE PARCIAL.
SÚMULA 283/STF.
Fundando-se o acórdão em duplo fundamento - descabimento dos
embargos do devedor ante decisões reiteradas sobre o mesmo
assunto e substituição dos embargos do devedor pela exceção de
pré-executividade-, é inadmissível o recurso que ataca apenas um
dos temas, consoante o comando expresso na Súmula 283, do STF.
Recurso Especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 6ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, não conhecer do recurso, nos termos do
voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Fernando Gonçalves,
Hamilton Carvalhido e Fontes de Alencar votaram com o Sr. Ministro
Relator. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro Paulo Gallotti.
(Recurso Especial nº 332779/SP (2001/0094697 -2), 6ª Turma do
STJ, Rel. Min. Vicente Leal, j. 20.11.2001, Publ. DJU 04.02.2002 p.
602)

STJ-124605) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CABIMENTO.


APRESENTAÇÃO DE EMBARGOS DE DEVEDOR AGASALHANDO
IMPUGNAÇÃO SOBRE A NULIDADE DO TÍTULO. PRECEDENTES
DA CORTE.
1. Já decidiu a Corte que a exceção de pré-executividade é cabível
quando as questões suscitadas não dependem de prova. No caso,
os embargos de devedor que foram apresentados já contêm a
impugnação sobre a inépcia da inicial e a impropriedade da via
executiva diante da não existência dos comprovantes de depósito,
construindo mais um obstáculo para o sucesso da exceção.
2. Havendo contraditório na exceção de pré-executividade, não há
razão alguma para afastar o cabimento da verba honorária,
configurada a sucumbência diante do julgamento de improcedência.
3. Recurso Especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, não conhecer do Recurso Especial. Os
Srs. Ministros Nancy Andrighi e Ari Pargendler votaram com o Sr.
Ministro Relator. Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Castro
Filho e Antônio de Pádua Ribeiro.
(Recurso Especial nº 296932/MG (2000/0142738 -5), 3ª Turma do
STJ, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, j. 15.10.2001, Publ.
DJU 04.02.2002 p. 349)

STJ-124526) CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. SEPARAÇÃO


JUDICIAL. PARTILHA NÃO ULTIMADA. CESSAÇÃO DOS EFEITOS
DO CASAMENTO: REGIME UNIVERSAL DE BENS PERSISTÊNCIA
DA PROPRIEDADE SOB AS REGRAS DO CONDOMÍNIO.
COBRANÇA DE DESPESAS CONDOMINIAIS. SOLIDARIEDADE.
LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. NULIDADE RECONHECIDA.
Cessada a comunhão universal pela separação judicial pode o
patrimônio comum subsistir sob a forma de condomínio se não
ultimada a partilha.
Sendo os ex cônjuges casados sob o regime de comunhão universal,
co-proprietários da unidade autônoma ensejadora da ação de
cobrança de despesas condominiais, incumbe-lhes a obrigação pelo
respectivo pagamento, pois, estas nos termos do art. 12 da Lei
4591/64, são de responsabilidade de todos os condôminos.
Há litisconsórcio necessário, pois, a separação judicial, não
acompanhada da respectiva partilha do imóvel, não afasta a
comunhão de direitos e obrigações relativas ao imóvel comum.
Recurso provido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos
e das notas taquigráficas constantes dos autos, por unanimidade,
conhecer do Recurso Especial e dar-lhe provimento. Os Srs.
Ministros Ari Pargendler e Carlos Alberto Menezes Direito votaram
com a Sra. Ministra Relatora. Ausentes, justificadamente, os Srs.
Ministros Castro Filho e Antônio de Pádua Ribeiro.
(Recurso Especial nº 254190/SP (2000/0032537-6), 3ª Turma do
STJ, Relª. Minª. Nancy Andrighi, j. 15.10.2001, Publ. DJU 04.02.2002
p. 347)
STJ-123762) RECURSO ESPECIAL - EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. CABIMENTO.
I - Não ofende dispositivos do CPC a decisão que, acolhendo
exceção de pré-executividade, dá pela falta de liquidez, certeza e
exigibilidade de escritura de confissão de dívida, que não faz mera
referência aos títulos originários, mas os incorpora de tal forma que
passam a integrá-la.
II - Questão que não poderia ser revista a não ser com
desobediência das regras contidas nos enunciados 5 e 7, do STJ.
III - Agravo regimental desprovido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 3ª Turma do Superior Tri bunal de
Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental.
Os Srs. Ministros Ari Pargendler, Carlos Alberto Menezes Direito,
Nancy Andrighi e Castro Filho votaram com o Sr. Ministro Relator.
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 344 328/AL
(2000/0118609-4), 3ª Turma do STJ, Rel. Min. Antônio de Pádua
Ribeiro. j. 02.10.2001, Publ. DJU 22.10.2001, p. 321)

STJ-122548) PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - MATÉRIA


DE DEFESA: PRÉ-EXECUTIVIDADE - PRESCRIÇÃO.
1. Doutrinariamente, entende-se que só por embargos é possível
defender-se o executado, admitindo-se, entretanto, a exceção de
pré-executividade.
2. Consiste a pré-executividade na possibilidade de, sem embargos
ou penhora, argüir-se na execução, por mera petição, as matérias de
ordem pública ou as nulidades absolutas.
3. A tolerância doutrinária, em se tratando de execução fiscal,
esbarra em norma específica que proíbe a pré-executividade (art. 16,
§ 3º, da LEF).
4. A prescrição, por ser direito disponível, não pode ser reconhecida
fora dos embargos.
5. Recurso provido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos
e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, dar provimento
ao recurso. Votaram com a Relatora os Ministros Franciulli Netto,
Laurita Vaz, Paulo Medina e Francisco Peçanha Martins.
Referências Legislativas:
Lei nº 6.830 Art. 16 § 3º
CC Art. 162
Veja:
STJ - RESP 20056-SP (RT 691/207), RESP 178353-RS (RSTJ
118/163), RESP 237560-PB
(Recurso Especial nº 229394/RN (1999/0081393 -6), 2ª Turma do
STJ, Relª. Minª. Eliana Calmon, j. 07.08.2001, Publ. DJU 24.09.2001
p. 264)

STJ-122090) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO. TÍTULO EXECUTIVO. INEXISTÊNCIA.
ART. 585, II, CPC.
I. É possível ao devedor acionado no processo de execução argüir a
nulidade da execução, por meio de exceção de pré-executividade e
não de Embargos, desde que verse sobre matéria que possa ser
conhecida de ofício pelo Juízo.
II. Precedentes da 4ª Turma.
III. O contrato de abertura de crédito em conta corrente, ainda que
acompanhado de extratos de movimentação financeira, não constitui
título hábil à promoção de ação executiva.
IV. Recurso conhecido e provido.
Decisão:
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima
indicadas, decide a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, à
unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento, na forma do
relatório e notas taquigráficas constantes dos autos, que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado. Participaram do
julgamento os Srs. Ministros Barros Monteiro, César Asfor Rocha e
Ruy Rosado de Aguiar. Ausente, ocasionalmente, o Sr. Ministro
Sálvio de Figueiredo Teixeira.
(Recurso Especial nº 224789/RS (1999/0067529 -0), 4ª Turma do
STJ, Rel. Min. Aldir Passarinho Júnior. j. 11.09.2001, Publ. DJU
04.02.2002 p. 370).

STJ-121774) PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE MÚTUO


BANCÁRIO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
TÍTULO HÁBIL. CPC, ART. 585, II.
I. O contrato de mútuo bancário, ainda que os valores sejam
depositados em conta corrente, constitui, em princípio, título hábil a
autorizar a cobrança pela via executiva, não se confundindo com
contrato de abertura de crédito.
II. Recurso conhecido e desprovido.
Decisão:
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima
indicadas, decide a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, à
unanimidade, conhecer do recurso, mas negar-lhe provimento, na
forma do relatório e notas taquigráficas constantes dos autos, que
ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Participaram do
julgamento os Srs. Ministros Sálvio de Figueiredo Teixeira, Barros
Monteiro, César Asfor Rocha e Ruy Rosado de Aguiar.
(Recurso Especial nº 324189/ES (2001/0056605 -0), 4ª Turma do
STJ, Rel. Min. Aldir Passarinho Júnior. j. 04.09.2001, Publ. DJU
04.02.2002 p. 387).

STJ-121381) AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL. ATUAÇÃO DO


RELATOR. LIMITES. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. FUNDAMENTAÇÃO. NECESSIDADE.
ACÓRDÃO. OMISSÃO.
É de se reconhecer ofensa ao art. 535, II do CPC, quando, opostos
os declaratórios, o Tribunal a quo recalcitra em se omitir sobre ponto
a respeito do qual deveria pronunciar-se. Examinando o Julgador de
forma suficiente a irresignação do apelante afasta-se a alegação de
violação à lei federal.
À guisa do devido processo legal, também as decisões
interlocutórias devem ser fundamentadas, embora possam sê-lo de
forma livre.
Decisão ausente de fundamentação não se confunde com
fundamentação deficiente ou concisa. Tendo em vista o escopo do
aproveitamento dos atos processuais que rege o processo civil
moderno, apenas a primeira, porque traduz error in procedendo do
Magistrado, violador de direito cogente de relevância pública,
manifesta-se absolutamente nula.
Não padece de invalidade o ato agravado, o qual, embora sucinto,
assenta-se em entendimento harmônico e suficiente à prestação
jurisdicional invocada, na esteira do requerido pela parte interessada.
Estando amparado pela jurisprudência assente do Tribunal está o
relator autorizado a negar seguimento ao Recurso Especial, pois o
juízo prelibatório que lhe incumbe admite análise meritória, não se
restringindo ao exame dos requisitos extrínsecos e intrínsecos de
sua admissibilidade.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos
e das notas taquigráficas constantes dos autos, por unanimidade,
negar provimento ao Agravo Regimental. Os Srs. Ministros Antônio
de Pádua Ribeiro, Ari Pargendler e Carlos Alberto Menezes Direito
votaram com a Srª Ministra Relatora. Ausente, justificadamente, o Sr.
Ministro Castro Filho.
Referências Legislativas:
CPC Art. 557, Art. 535 Inc. II
Sucessivos:
AGRESP 324103 DF 2001/0055103-8 Decisão: 12/11/2001 DJ Data:
18/02/2002 Pg: 420
Veja:
STJ - AGRESP 223530/PR
(Agravo Regimental no Recurso Especial nº 317012/RJ
(2001/0041413-3), 3ª Turma do STJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, j.
13.08.2001, Publ. DJU 10.09.2001 p. 385)
STJ-121309) PROCESSO CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade sempre é oportuna em relação aos
aspectos formais do título, e, no caso, ordenou-se-lhe o exame com
base na divergência jurisprudencial. Agravo regimental não provido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, negar provimento ao Agravo Regimental.
Os Srs. Ministros Carlos Alberto Menezes Direito, Castro Filho e
Antônio de Pádua Ribeiro votaram com o Sr. Ministro Relator.
Ausente, ocasionalmente, a Srª Ministra Nancy Andrighi.
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 320348/SP
(2000/0070327-3), 3ª Turma do STJ, Rel. Min. Ari Pargendler, j.
07.08.2001, Publ. DJU 10.09.2001 p. 386)

STJ-120783) PROCESSUAL CIVIL. RFFSA SUCESSORA DA


FEPASA. COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO. ART. 535 DO CPC.
VIOLAÇÃO. EMBARGOS DECLARATÓRIOS. OMISSÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA
AD CAUSAM.
I - Não ocorre ofensa ao art. 535 do CPC em face da rejeição dos
embargos declaratórios, se não havia omissão a ser sanada pelo
órgão julgador. Precedentes.
II - Impossibilidade de se examinar a exceção de pré-executividade
oposta pela executada, tendo em vista que aborda matéria estranha
aos limites do art. 618 do CPC, buscando seja reconhecida sua
ilegitimidade passiva ad causam, questão já apreciada em definitivo
no processo de conhecimento.
Recurso desprovido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 5ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça, por unanimidade, conhecer do recurso, mas negar-lhe
provimento. Os Srs. Ministros Gilson Dipp, Jorge Scartezzini, Edson
Vidigal e José Arnaldo da Fonseca votaram com o Sr. Ministro
Relator.
Referências Legislativas:
CPC Art. 618, Art. 267 Inc. I § 3º
Doutrinas:
Obra: Direito Processual Civil Brasileiro, Saraiva, 10ª ed., v. 3º, 1995.
Autor: Vicente Greco Filho.
Obra: Comentários ao Código de Processo Civil, RT, 2000, v. 8, p.
418. Autor: Teori Albino Zavascki.
Veja:
STJ - REsp. 187195/RJ (RSTJ 123/264, JSTJ 6/251), REsp.
180734/RN (REVFOR 351/395), REsp. 13960/SP (RSTJ 40/447),
REsp. 160107/ES, REsp. 167331/DF
(Recurso Especial nº 325893/SP (2001/0070118 -4), 5ª Turma do
STJ, Rel. Min. Felix Fischer, j. 02.08.2001, Publ. DJU 03.09.2001 p.
254)

STJ-118821) AGRAVO.
- A inexigibilidade o título pode ser argüida em exceção de pré-
executividade, independentemente da oposição de embargos do
devedor.
- A Súmula 233 desta Corte enuncia: "O contrato de abertura de
crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-corrente, não é
título executivo."
- Requisito do prequestionamento cumprido.
Honorários: fixação por apreciação eqüitativa (art. 20, § 4º, do CPC).
- Agravo improvido.
Decisão:
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas:
Decide a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade,
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr.
Ministro-Relator, na forma do relatório e notas taquigráficas
precedentes que integram o presente julgado. Votaram com o
Relator os Srs. Ministros Ruy Rosado de Aguiar e Sálvio de
Figueiredo Teixeira.
Referências Legislativas:
Súmula nº 233 do STJ
CPC Art. 20 § 4º
Veja:
(Exceção de Pré-executividade) STJ - REsp. 187428/DF, REsp.
187195/RJ (RSTJ 123/264, JSTJ 6/251), REsp. 124364/PE (LEXSTJ
vol. 00116 Abril/1999/180)
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 292036/SP
(2000/0018544-2), 4ª Turma do STJ, Rel. Min. Barros Monteiro, j.
01.03.2001, Publ. DJU 04.06.2001 p. 160)

STJ-118314) PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR.


PENHORA. OS EMBARGOS DO DEVEDOR PRESSUPÕEM
PENHORA REGULAR, QUE SÓ SE DISPENSA EM SEDE DE
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, LIMITADA À QUESTÕES
RELATIVAS AOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E ÀS
CONDIÇÕES DA AÇÃO; NESSE ROL NÃO SE INCLUI A
ALEGAÇÃO DE QUE A DÍVIDA FOI PAGA.
Recurso especial conhecido e provido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da 3ª Turma do Superior T ribunal de
Justiça, por unanimidade, conhecer do recurso especial e dar-lhe
provimento. Os Srs. Ministros Carlos Alberto Menezes Direito e
Nancy Andrighi votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente,
justificadamente, o Sr. Ministro Antônio de Pádua Ribeiro.
Referências Legislativas:
CPC Art. 737 Inc. I
(Recurso Especial nº 146923/SP (1997/0062231 -2), 3ª Turma do
STJ, Rel. Min. Ari Pargendler, j. 24.05.2001, Publ. DJU 18.06.2001,
p. 146)
STJ-114305) PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO
REGIMENTAL.
1. Se, ao apreciar agravo de instrumento tirado contra decisão que
rejeitou exceção de pré-executividade, o Tribunal a quo entende que
a matéria necessita de maior elucidação, a qual somente através de
autos adequados poderá vir à superfície, torna-se impossível o
conhecimento de recurso especial para rediscutir o mérito de tal
questionamento.
2. Ação declaratória de relação jurídico-tributária envolvendo
determinado período de ocorrência de fato gerador.
3. Discussão se a decisão nela proferida produz efeitos para fatos
geradores futuros.
4. Agravo de instrumento improvido sob a alegação de que aspectos
fáticos necessitam ser esclarecidos.
5. Execução fiscal em curso que se pretende extinguir, pela via da
exceção de pré-executividade, para que a decisão da ação
declaratória produza efeitos.
6. Agravo regimental improvido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Exmos. Srs.
Ministros da Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do
voto do Exmo. Sr. Ministro Relator.
Votaram com o Relator os Exmos. Srs. Ministros Francisco Falcão,
Garcia Vieira, Humberto Gomes de Barros e Milton Luiz Pereira.
(AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL nº 241483/MG,
PRIMEIRA TURMA do STJ, Rel. JOSÉ DELGADO. j. 11.04.2000,
Publ. DJU 15.05.2000 p. 00143)

STJ-111774) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES EXCEPCIONAIS.
PRECEDENTES. DOUTRINA.
REQUISITOS. INAPLICABILIDADE AO CASO. AGRAVO
DESPROVIDO.
I - A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
II - Suscitadas questões, no entanto, que dependeriam do exame de
provas, e não dizem respeito a aspectos formais do título executivo,
e nem poderiam ser conhecidas de ofício, não se mostra adequada a
exceção de pré-executividade.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar
provimento ao agravo regimental. Votaram com o Relator os
Ministros Barros Monteiro, Cesar Asfor Rocha, Ruy Rosado de
Aguiar e Aldir Passarinho Júnior.
(AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO nº
197577/GO, QUARTA TURMA do STJ, Rel. SÁLVIO DE
FIGUEIREDO TEIXEIRA. j. 28.03.2000, Publ. DJU 05.06.2000 p.
00167)
Doutrina:
Obra: CODIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADO, 6ª ED., 1996,
SARAIVA, P. 454. Autor: SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA
Obra: PROCESSO DE EXECUÇÃO E ASSUNTOS AFINS, SOBRE
A OBJEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, SÃO PAULO, REVISTA
DOS TRIBUNAIS, 1998, P. 410. Autor: TERESA ARRUDA ALVIM
WAMBIER E LUIZ RODRIGUES WAMBIER
Obra: MANUAL DO PROCESSO DE EXECUÇÃO, Nº 167. Autor:
ARAKEN DE ASSIS
Obra: A EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, REVISTA DE
PROCESSO, 55/62. Autor: LUIZ EDMUNDO APPEL BOJUNGA

STJ-111447) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS DEVIDOS EM PRINCÍPIO.
CPC, ART. 20. CASO CONCRETO. EXECUÇÃO NÃO EXTINTA.
RECURSO DESACOLHIDO.
I - O sistema processual civil vigente, em sede de honorários
advocatícios, funda-se em critério objetivo, resultante da
sucumbência.
II - A doutrina e a jurisprudência desta Corte vêm se orientando no
sentido do cabimento de honorários advocatícios em execução.
III - Na espécie, ao determinar a citação para contestar, nos moldes
do art. 603, CPC, a Juíza de primeiro grau deu início à forma
adequada de liquidação da sentença, tendo reconhecido o equívoco
de haver recebido anteriormente a petição com os cálculos de
liquidação, não se justificando, neste quadro, a imposição de
honorários.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não
conhecer do recurso. Votaram com o Relator os Ministros Barros
Monteiro, Cesar Asfor Rocha e Aldir Passarinho Júnior. Ausente,
justificadamente, o Ministro Ruy Rosado de Aguiar.
(RECURSO ESPECIAL nº 253693/RS, QUARTA TURMA do STJ,
Rel. SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA. j. 29.06.2000, Publ. DJU
04.09.2000 p. 00164)
Referência Legislativa:
CPC Art. 20, §1º, Art. 603
Doutrina:
Obra: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, RT, 3ª ED., Nº 175 -A, P. 992
Autor: YUSSEF SAID CAHALI

STJ-110325) EXECUÇÃO - ART. 604 DO CPC - INEXISTÊNCIA DO


PROCEDIMENTO DE HOMOLOGAÇÃO DOS CÁLCULOS -
DESPACHO QUE DETERMINA A CITAÇÃO DO DEVEDOR -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - INADMISSIBILIDADE - RECURSO
ESPECIAL NÃO CONHECIDO.
I - Na nova sistemática do art. 604 do CPC, deve a execução ser
instruída diretamente com a memória de cálculo feita pelo credor,
podendo ser utilizado, quando necessário, o contador judicial.
Apresentados os cálculos, o devedor será citado, sem passar por
qualquer estágio intermediário, pois com as alterações introduzidas
pela Lei n.º 8.898/94, deixou de existir a homologação daqueles por
sentença.
II - Do despacho que ordena a citação do devedor cabe exceção de
pré-executividade ou embargos à execução e não agravo de
instrumento.
III - Recurso especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Senhores
Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, não conhecer do recurso especial. Participaram do
julgamento os Srs. Ministros Ari Pargendler, Menezes Direito e
Eduardo Ribeiro.
Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Pádua Ribeiro.
(RECURSO ESPECIAL nº 172093/DF, TERCEIRA TURMA do STJ,
Rel. WALDEMAR ZVEITER DESCABIMENTO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO, DESPACHO, DETERMINAÇÃO, CITAÇÃO,
EXECUTADO, AMBITO, LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA,
CABIMENTO, INTERPOSIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, APRECIAÇÃO, JUIZO, PRIMEIRO GRAU,
NECESSIDADE, OBSERVANCIA, PRINCIPIO, DUPLO GRAU DE
JURISDIÇÃO.. j. 25.05.2000, Publ. DJU 01.08.2000 p. 00261)
Referência Legislativa:
CPC Art. 604, (REDAÇÃO DADA PELA LEI 8898/94)
Doutrina:
Obra: CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL, V. 2, 22ª ED.,
FORENSE, P. 95 Autor: HUMBERTO THEODORO JUNIOR

STJ-109535) EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL. BENEFICIÁRIO


DA JUSTIÇA GRATUITA VENCIDO NA AÇÃO INVESTIGATÓRIA
DE PATERNIDADE. ARGÜIÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO
EXECUTIVO. ADEQUAÇÃO DA OBJEÇÃO NOS PRÓPRIOS
AUTOS DA EXECUÇÃO, INDEPENDENTEMENTE DO
OFERECIMENTO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR.
- A inexigibilidade do título executivo pode ser argüida por simples
petição nos autos da execução (a chamada exceção de pré-
executividade, independentemente de oferecimento dos embargos
do devedor). Precedentes do STJ.
Recurso especial conhecido e provido.
Decisão:
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas: Decide a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça,
por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento, na
forma do relatório e notas taquigráficas precedentes que integram o
presente julgado. Votaram com o Relator os Srs. Ministros Cesar
Asfor Rocha, Ruy Rosado de Aguiar, Aldir Passarinho Júnior e Sálvio
de Figueiredo Teixeira.
(RECURSO ESPECIAL nº 187428/DF, QUARTA TURMA do STJ,
Rel. BARROS MONTEIRO. j. 05.10.2000 Publ. DJU 27.11.2000, p.
166

STJ-108598) HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ARBITRAMENTO.


HOMOLOGAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
REJEIÇÃO. COISA JULGADA.
- Não colhe a exceção de pré-executividade que renova a discussão
sobre matéria já definitivamente decidida.
Recurso especial não conhecido.
Decisão:
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas: Decide a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça,
por unanimidade, não conhecer do recurso, na forma do relatório e
notas taquigráficas precedentes que integram o presente julgado.
Votaram com o Relator os Srs. Ministros Cesar Asfor Rocha, Ruy
Rosado de Aguiar, Aldir Passarinho Júnior e Sálvio de Figueiredo
Teixeira.
(RECURSO ESPECIAL nº 167331/DF, QUARTA TURMA do STJ,
Rel. BARROS MONTEIRO. j. 14.11.2000 Publ. DJU 18.12.2000, p.
199
Referência Legislativa:
CPC Art. 468, Art. 541, Paragrafo Único
RISTJ Art. 255, §1º, §2º

STJ-103192) EXECUÇÃO. Exceção de pré-executividade.


A defesa que nega a executividade do título apresentado pode ser
formulada nos próprios autos do processo da execução e independe
do prazo fixado para os embargos de devedor. Precedentes.
Recurso conhecido em parte e parcialmente provido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
QUARTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade
dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade,
conhecer do recurso e dar-lhe provimento parcial, nos termos do voto
do Sr.
Ministro Relator. Votaram com o Relator os Srs. Ministros ALDIR
PASSARINHO JUNIOR e BARROS MONTEIRO. Ausentes,
ocasionalmente, os Srs. Ministros SÁLVIO DE FIGUEIREDO
TEIXEIRA e CESAR ASFOR ROCHA.
(RECURSO ESPECIAL nº 220100/RJ, QUARTA TURMA do STJ,
Rel. RUY ROSADO DE AGUIAR. j. 02.09.1999, Publ. DJU
25.10.1999 p. 00093)

STJ-100625) Contrato de abertura de crédito. Falta-lhe caráter


executório, segundo a recente orientação da 2ª Seção do STJ. Em
tal aspecto, admite-se possa o devedor argüir a nulidade da
execução, independentemente de estar seguro o juízo, através de
exceção de pré-executividade e não de embargos. Precedentes do
STJ. Recurso especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos
e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não conhecer
do recurso especial. Participaram do julgamento os Srs. Ministros
Eduardo Ribeiro, Waldemar Zveiter, Ari Pargendler e Menezes
Direito.
(RECURSO ESPECIAL nº 194070/RS, TERCEIRA TURMA do STJ,
Rel. NILSON NAVES. j. 07.06.1999, Publ. DJU 20.09.1999 p. 00062)

STJ-096457) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE.
HONORÁRIOS DEVIDOS. CPC, ART. 20. DOUTRINA E
PRECEDENTES DO TRIBUNAL. RECURSO PROVIDO.
I - O sistema processual civil vigente, em sede de honorários
advocatícios, funda-se em critério objetivo, resultante da
sucumbência.
II - Extinguindo-se a execução por iniciativa dos devedores, ainda
que em decorrência de exceção de pré-executividade, devida é a
verba honorária.
Decisão:
Por unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento.
(RECURSO ESPECIAL nº 195351/MS, QUARTA TURMA do STJ,
Rel. SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA. j. 18.02.1999, Publ. DJU
12.04.1999 p. 00163)
Referência Legislativa:
RISTJ Art. 257
CPC Art. 20, §4º
Doutrina:
Obra: HONORARIOS ADVOCATICIOS, RT, 3A. ED., N. 175-A, P.
992 Autor: YUSSEF SAID CAHALI
Obra: EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, SERGIO ANTONIO
FABRIS EDITOR, P. 90 Autor: MARCOS VALLS FEU ROSA

STJ-093407) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA


DE BENS. AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA A DECISÃO
QUE A ORDENOU CONTRA TERCEIRO INDICADO COMO
SUCESSOR TRIBUTÁRIO. A regra, na execução fiscal, é a de que o
executado deverá alegar toda a matéria útil à defesa nos embargos
do devedor (Lei n° 6.830, de 1980, art. 16, § 2º). Excepcionalmente,
admite-se a exceção de pré-executividade, no âmbito da qual, sem o
oferecimento da penhora, o executado pode obter um provimento,
positivo ou negativo, sobre os pressupostos do processo ou sobre as
condições da ação - decisão, então, sujeita a agravo de instrumento.
Hipótese em que o interessado interpôs desde logo o agravo de
instrumento contra o ato que ordenou a penhora. Mal sucedido
nesse recurso, não podia substituí-lo pelo mandado de segurança.
Recurso ordinário improvido.
Decisão:
Por unanimidade, negar provimento ao recurso ordinário.
(RECURSO ORDINARIO EM MANDADO DE SEGURANÇA nº
9980/SP, SEGUNDA TURMA do STJ, Rel. ARI PARGENDLER. j.
23.02.1999, Publ. DJU 05.04.1999 p. 00100)
Referência Legislativa:
Lei nº 6830/80 ***** LEF -80 LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS Art. 16,
§2º
Lei nº 1533/51 ***** LMS -51 LEI DO MANDADO DE SEGURANÇA
Art. 5º, Inc. 2º

STJ-092729) Execução por título extrajudicial. Exceção de pré-


executividade.
Falta de liquidez, certeza e exigibilidade do título.
1. Não ofende a nenhuma regra do Código de Processo Civil o
oferecimento da exceção de pré-executividade para postular a
nulidade da execução (art. 618 do Código de Processo Civil),
independentemente dos embargos de devedor.
2. Considerando o Tribunal de origem que o título não é líquido, certo
e exigível, malgrado ter o exeqüente apresentado os documentos
que considerou aptos, não tem cabimento a invocação do art. 616 do
Código de Processo Civil.
3. Recurso especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Senhores
Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, não conhecer do recurso especial. Participaram do
julgamento os Senhores Ministros Nilson Naves e Eduardo Ribeiro.
Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Waldemar Zveiter.
(RECURSO ESPECIAL nº 160107/ES, TERCEIRA TURMA do STJ,
Rel. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO. j. 16.03.1999, Publ.
DJU 03.05.1999 p. 00145)
Referência Legislativa:
CPC Art. 618, Inc. 1º, Art. 736, Art. 745, Art. 616, Art. 614, Inc. 1º
Doutrina:
Obra: DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO, SARAIVA, 8A
ED., 1994, P. 52 Autor: VICENTE GRECO FILHO

STJ-092380) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES. HIGIDEZ DO TÍTULO
EXECUTIVO. MATÉRIAS APRECIÁVEIS DE OFÍCIO.
VERIFICAÇÃO NO CASO CONCRETO. REEXAME DE PROVAS E
INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL. RECURSO NÃO
CONHECIDO.
I - A sistemática processual que rege a execução por quantia certa
exige, via de regra, a segurança do juízo como pressuposto para o
oferecimento de embargos do devedor.
II - A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
III - Se a verificação dos requisitos formais do título executivo
depende da análise de premissas de fato, como o reexame de
provas e a interpretação de cláusulas contratuais, a apreciação do
tema, na instância especial, atrita com a competência
constitucionalmente reservada ao Superior Tribunal de Justiça
(enunciados nºs 5 e 7 da súmula/STJ).
IV - Não se vislumbra a apontada negativa de prestação jurisdicional,
quando o órgão julgador não deixa de examinar qualquer ponto
suscitado pela parte interessada.
V - A configuração do dissídio pretoriano, a ensejar recurso especial,
depende da semelhança entre as situações fáticas e da
demonstração da divergência, na conformidade do art. 541,
parágrafo único, do Código de Processo Civil.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos
votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não
conhecer do recurso. Votaram com o Relator os Ministros Barros
Monteiro, Cesar Asfor Rocha e Ruy Rosado de Aguiar.
(RECURSO ESPECIAL nº 180734/RN, QUARTA TURMA do STJ,
Rel. SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA. j. 20.04.1999, Publ. DJU
02.08.1999 p. 00191)
Referência Legislativa:
CPC Art. 541, Paragrafo Único
Doutrina:
Obra: PROCESSO DE EXECUÇÃO E ASSUNTOS AFINS, SOBRE
A OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, REVISTA DOS
TRIBUNAIS, SP, 1998, P. 410 Autor: TERESA ARRUDA ALVIM
WAMBIER, LUIZ RODRIGUES WAMBIER
Obra: MANUAL DE PROCESSO DE EXECUÇÃO, Nº 167 Autor:
ARAKEN DE ASSIS
Obra: A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, REVISTA DE
PROCESSO, 55/62 Autor: LUIZ EDMUNDO APPEL BOJUNGA

STJ-090589) Execução. Falta de liquidez. Nulidade (pré-


executividade).
1. Admite-se a exceção, de maneira que é lícito argüir de nula a
execução, por simples petição. A saber, pode a parte alegar a
nulidade, independentemente de embargos, por exemplo,
Admissível, como condição de pré-executividade, o exame da
liquidez, certeza e exigibilidade do Título a viabilizar o processo de
execução (REsp-124.364, DJ de 26.10.98).
2. Mas não afeta a liquidez do título questões atinentes à
capitalização, cumulação de comissão de permanência e correção
monetária, utilização de determinado modelo de correção. Trata-se
de matérias próprias dos arts. 741 e 745 do Cód. de Pr. Civil.
3. Podendo validamente opor-se à execução por meio de embargos,
não é lícito se utilize da exceção.
4. Caso em que na origem se impunha, para melhor discussão da
dívida ou do título, a oposição de embargos, uma vez seguro o juízo
da execução. Inocorrência de afronta ao art. 618, I do Cód. de Pr.
Civil. Dissídio não configurado.
5. Recurso especial não conhecido.
Decisão:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidad e dos votos
e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não conhecer
do recurso especial. Participaram do julgamento os Srs. Ministros
Eduardo Ribeiro, Waldemar Zveiter e Menezes Direito.
(RECURSO ESPECIAL nº 187195/RJ, TERCEIRA TURMA do STJ,
Rel. NILSON NAVES. j. 09.03.1999 DJ DATA:17/05/1999 PG:00202
RSTJ VOL.:00123 PG:00264
Referência Legislativa:
CPC Art. 618, Inc. 1º, Art. 586, Art. 585, Inc. 2º, Art. 741, Art. 745
CC Art. 1.092

PROCESSO CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. Se o


thema decidendum diz respeito à ilegitimidade passiva de um dos
executados, (que se inclui entre as condições da ação), e pode ser
decidido à vista do título, a exceção de pré-executividade deve ser
processada. Recurso especial conhecido e provido. (STJ - REsp
254.315 - 3ª T. - RJ - Rel. Min. Ari Pargendler - DJ 27.05.2002)

PROCESSO CIVIL - AÇÃO DE EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - A escritura pública de confissão de dívida, em
valor certo e líquido, constitui título executivo extrajudicial; se uma
das respectivas cláusulas enseja dúvidas de interpretação a respeito
da ratificação, ou não, de ajustes anteriores, a matéria deve ser
examinada em embargos do devedor, não em exceção de pré-
executividade. Recurso especial conhecido e provido. (STJ - REsp
331431 - AL - 3ª T. - Rel. Min.- Ari Pargendler DJU 11.03.2002)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. FALTA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE DO TÍTULO. 1. Não ofende a nenhuma regra do
Código de Processo Civil o oferecimento da exceção de pré-
executividade para postular a nulidade da execução (art. 618 do
Código de Processo Civil), independentemente dos embargos de
devedor. 2. Considerando o Tribunal de origem que o título não é
líquido, certo e exigível, malgrado ter o exeqüente apresentado os
documentos que considerou aptos, não tem cabimento a invocação
do art. 616 do Código de Processo Civil. 3. Recurso especial não
conhecido. (STJ - REsp 160107-ES - 3ª T. - Rel. Min. Carlos Alberto
Menezes Direito - DJU 03.05.1999)

EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA


GRATUITA VENCIDO NA AÇÃO INVESTIGATÓRIA DE
PATERNIDADE. ARGÜIÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO
EXECUTIVO. ADEQUAÇÃO DA OBJEÇÃO NOS PRÓPRIOS
AUTOS DA EXECUÇÃO, INDEPENDENTEMENTE DO
OFERECIMENTO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR. - A
inexigibilidade do título executivo pode ser argüida por simples
petição nos autos da execução (a chamada exceção de pré-
executividade, independentemente de oferecimento dos embargos
do devedor). Precedentes do STJ. Recurso especial conhecido e
provido. (STJ - REsp 187428 - DF - 4ª T. - Rel. Min. Barros Monteiro
- DJU 27.11.2000)

EXECUÇÃO. FALTA DE LIQUIDEZ. NULIDADE (PRÉ-


EXECUTIVIDADE). 1. Admite-se a exceção, de maneira que é lícito
argüir de nula a execução, por simples petição. A saber, pode a
parte alegar a nulidade, independentemente de embargos, por
exemplo, "Admissível, como condição de pré-executividade, o exame
da liquidez, certeza e exigibilidade do Título a viabilizar o processo
de execução" (REsp-124.364, DJ de 26.10.98). 2. Mas não afeta a
liquidez do título questões atinentes à capitalização, cumulação de
comissão de permanência e correção monetária, utilização de
determinado modelo de correção. Trata-se de matérias próprias dos
arts. 741 e 745 do Cód. de Pr. Civil. 3. Podendo validamente opor-se
à execução por meio de embargos, não é lícito se utilize da exceção.
4. Caso em que na origem se impunha, "para melhor discussão da
dívida ou do título, a oposição de embargos, uma vez seguro o juízo
da execução". Inocorrência de afronta ao art. 618, I do Cód. de Pr.
Civil. Dissídio não configurado. 5. Recurso especial não conhecido.
(STJ - REsp 187195-RJ - 3ª T. - Rel. Min. Nilson Naves - DJU
17.05.1999)

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. A defesa que


nega a executividade do título apresentado pode ser formulada nos
próprios autos do processo da execução e independe do prazo
fixado para os embargos de devedor. Precedentes. Recurso
conhecido em parte e parcialmente provido. (STJ - REsp 220100-RJ
- 4ª T. - Rel. Min. RUY Rosado de Aguiar - DJU 25.10.1999)

PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - HONORÁRIOS DE ADVOGADO, EM
PRINCÍPIO, SÃO DEVIDOS (CPC, ART. 20, § 4º) - DISTINÇÃO
ENTRE EXECUÇÃO EXTINTA E EXECUÇÃO NÃO ENCERRADA -
Em linha de princípio, na exceção de pré-executividade, cabe a
condenação em verba honorária, convindo, porém, fazer a distinção
entre a exceção extintiva ou não da execução. Se importar, por
iniciativa do devedor, em extinção da execução impõe-se a
condenação em verba honorária, eis que caracterizada a
sucumbência. Não extinta a execução, a exceção de pré-
executividade tem caráter de nímio incidente processual,
descabendo impor-se o encargo da verba de patrocínio. Recurso não
conhecido. (STJ - REsp 442156 - SP - 5ª T. - Rel. Min. José Arnaldo
Da Fonseca - DJU 11.11.2002)

EXECUÇÃO FISCAL. PROCESSO CIVIL. PRESCRIÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE ANTES
DOS EMBARGOS DO DEVEDOR E DA PENHORA. LEI 6.830/80
ART. 8º, § 2º. CPC, ARTIGOS 219, §§§ 2º, 3º E 4º, E 620. CTN,
ARTIGO 174 E PARÁGRAFO ÚNICO. 1. Denunciada a ocorrência
da prescrição, verificação independente da produção ou exame
laborioso de provas, não malfere nenhuma regra do Código de
Processo Civil o oferecimento da exceção de "pré-executividade",
independentemente dos embargos de devedor e da penhora para a
prévia garantia do juízo. Condicionar o exame da prescrição à
interposição dos embargos seria gerar desnecessários gravames ao
executado, ferindo o espírito da lei de execução, que orienta no
sentido de serem afastados art. 620, CPC. Provocada, pois, a
prestação jurisdicional quanto à prescrição, pode ser examinada
como objeção à pré-executividade. Demais, seria injúria ao princípio
da instrumentalidade adiar para os embargos a extinção do processo
executivo. 2. A prescrição somente considera-se interrompida
efetivando-se a citação e não por decorrência do despacho
ordenatório da citação. Interpretação das disposições legais
aplicáveis. 3. Precedentes jurisprudenciais. 4. Recurso provido. (STJ
- REsp 179750 - SP - 1ª T. - Rel. Min. Milton Luiz Pereira - DJU
23.09.2002)

PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO (ART. 545, CPC) - EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE - ARGÜIÇÃO DE LEGITIMIDADE - 1. Pontos
controvertidos, com solução amoldada à jurisprudência prevalecente
trava processualmente o conhecimento na via Especial (Súmula
83/STJ). 2. Agravo sem provimento. (STJ - REsp 284187 - SP - 1ª T.
- Rel. Min. Milton Luiz Pereira - DJU 24.06.2002)
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES
EXCEPCIONAIS. PRECEDENTES. DOUTRINA. REQUISITOS.
INAPLICABILIDADE AO CASO. AGRAVO DESPROVIDO. I - A
exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
II - Suscitadas questões, no entanto, que dependeriam do exame de
provas, e não dizem respeito a aspectos formais do título executivo,
e nem poderiam ser conhecidas de ofício, não se mostra adequada a
exceção de pré-executividade. (STJ - AGA 197577 - GO - 4ª T. - Rel.
Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira - DJU 05.06.2000)

PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - MATÉRIA DE DEFESA -


PRÉ-EXECUTIVIDADE - PRESCRIÇÃO - 1. Doutrinariamente,
entende-se que só por embargos é possível defender-se o
executado, admitindo-se, entretanto, a exceção de pré-
executividade. 2. Consiste a pré-executividade na possibilidade de,
sem embargos ou penhora, argüir-se na execução, por mera petição,
as matérias de ordem pública ou as nulidades absolutas. 3. A
tolerância doutrinária, em se tratando de execução fiscal, esbarra em
norma específica que proíbe a pré-executividade (art. 16, § 3º, da
LEF). 4. A prescrição, por ser direito disponível, não pode ser
reconhecida fora dos embargos. 5. Recurso provido. (STJ - REsp
229394 - RN - 2ª T. - Rel. Min. Eliana Calmon - DJU 24.09.2001)

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. (LEI Nº


6.830/80. ART. 16, § 3º). EXCEÇÃO DE PRÉ -EXECUTIVIDADE.
ARGÜIÇÃO DE PRESCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. A exceção
de pré-executividade é servil à suscitação de questões que devam
ser conhecidas de ofício pelo juiz, como as atinentes à liquidez do
título executivo, os pressupostos processuais e as condições da
ação. 2. A prescrição do crédito tributário, como tema de defesa,
deve ser argüida no momento oportuno, consoante determina o art.
16, § 3º, da Lei nº 6.830/80, máxime porque matéria não conhecível
de ofício, mercê de alegável em qualquer tempo, sem preclusão. 3.
Precedentes do STJ. 4. Recurso especial improvido. ( STJ - RESP
464012 / SP - 1ª T. Rel. Min. Luiz Fux - DJ 19/05/2003)
Ver Precedentes REsp 284187 - SP, AGA 197577 - GO, REsp
229394 - RN e REsp 237560 – PB

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. OMISSÃO DO


ACÓRDÃO RECORRIDO. INEXISTÊNCIA. MULTA DO ART. 538,
PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. - Inexistência da alegada omissão,
pois a decisão recorrida apreciou as questões relevantes postas em
julgamento. O simples cunho infringente dos embargos declaratórios
não constitui motivo bastante para justificar a aplicação da multa
prevista no art. 538, parágrafo único, do CPC. Recurso especial
conhecido em parte e provido. (STJ - REsp 333.086 - SP -
(2001/0087627-1) - 4ª T. - Rel. Min. Barros Monteiro - DJU
20.05.2002)

TRIBUTÁRIO - PROCESSUAL CIVIL - EMBARGOS À EXECUÇÃO


FISCAL - INSUFICIÊNCIA DA PENHORA - ADMISSIBILIDADE DOS
EMBARGOS - 1 - A insuficiência de penhora não é causa suficiente
para determinar a extinção dos embargos do devedor. Assim,
cumpre ao magistrado, antes da extinção intimar o devedor a
proceder ao reforço, à luz da sua capacidade econômica e da
garantia pétrea do acesso à justiça. 2 - A possibilidade de
substituição dos bens penhorados ou de reforço da penhora, revelam
excessivo obstar a admissibilidade dos embargos do devedor ante à
insuficiência do valor do bem constrito, máxime porque a
expropriação do mesmo garante parcial pagamento e conspira em
prol da amplitude da defesa. 3 - Revelar-se-á ilógico impedir a
defesa do executado nessas circunstâncias, quando se vem
admitindo a denominada exceção de pré-executividade,
interinamente e sem garantia. 4 - Recurso improvido. (STJ - REsp
396732 - MG - 1ª T. - Rel. Min. Luiz Fux - DJU 14.10.2002)
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO, DE
PLANO DO ÓBICE AO PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO -
Recurso especial improvido. (STJ - REsp 392308 - RS - 2ª T. - Relª
Minª Eliana Calmon - DJU 07.10.2002)

PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - MATÉRIA DE DEFESA:


PRÉ-EXECUTIVIDADE - PRESCRIÇÃO - 1 - Doutrinariamente,
entende-se que só por embargos é possível defender-se o
executado, admitindo-se, entretanto, a exceção de pré-
executividade. 2 - Consiste a pré-executividade na possibilidade de,
sem embargos ou penhora, argüir-se na execução, por mera petição,
as matérias de ordem pública ou as nulidades absolutas. 3 - A
tolerância doutrinária, em se tratando de execução fiscal, esbarra em
norma específica que proíbe a pré-executividade (art. 16, § 3º, da
LEF). 4 - A prescrição, por ser direito disponível, não pode ser
reconhecida fora dos embargos. 5 - Recurso provido. (STJ - REsp
229.394 - RN - 2ª T. - Relª Minª Eliana Calmon - DJU 24.09.2001)

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.


INEXISTÊNCIA DE IRREGULARIDADES NO ACÓRDÃO.
IMPOSSIBILIDADE DE A PARTE, QUE NÃO RECORRE,
APROVEITAR-SE DE RECURSO DA PARTE ADVERSA PARA
ACRESCER FUNDAMENTOS E TESES NÃO DESENVOLVIDAS
NA ÉPOCA OPORTUNA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
EXTEMPORÂNEA. 1. Inocorrência de irregularidades no acórdão
quando a matéria que serviu de base à interposição do recurso foi
devidamente apreciada no aresto atacado, com fundamentos claros
e nítidos, enfrentando as questões suscitadas ao longo da instrução,
tudo em perfeita consonância com os ditames da legislação e
jurisprudência consolidada. 2. As funções dos embargos de
declaração, por sua vez, são, somente, afastar do acórdão qualquer
omissão necessária para a solução da lide, não permitir a
obscuridade por acaso identificada e extinguir qualquer contradição
entre premissa argumentada e conclusão. 3. O pedido de exclusão
do 1% majorado não foi conhecido; como dito no acórdão, 'deixo de
analisar o pedido de fls. 73/81, pois: a) a embargante não apelou e
não pode 'aproveitar' o apelo da Fazenda para, em pedido próprio,
tentar modificar a decisão apelada; b) não se inova a lide na fase
recursal e decisão judicial não pode ser considerada 'fato novo' a
justificar a ampliação da lide, até por analisar acréscimo iniciado em
1989 - cuja inconstitucionalidade podia ter sido alegada pela
embargante no momento próprio; c) o conhecimento da matéria nova
transformaria o Tribunal em instância originária, suprindo um grau de
jurisdição." 4. A "exceção de pré-executividade" há de ser requerida
antes do momento próprio para apresentação da defesa, evitando
um prosseguimento inútil e o constrangimento da penhora em bens
do devedor. Não há que se falar em "exceção de pré-executividade"
após a realização da penhora e após, como in casu, a rejeição dos
embargos opostos pela devedora. 5. Os embargos declaratórios não
se prestam ao reexame da matéria, no intuito de ser revista ou
reconsiderada a decisão proferida. Não preenchimento dos
requisitos necessários e essenciais à sua apreciação. 6. Embargos
rejeitados. (STJ - EDAGA 470702 - (200201130278) - SP - 1ª T. -
Rel. Min. José Delgado - DJU 12.05.2003)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTROVÉRSIA SOBRE A VALIDADE DO
ACEITE CONSTANTE DE DUPLICATAS QUE SERVEM DE TÍTULO
À COBRANÇA. MATÉRIA QUE DEMANDA APRECIAÇÃO EM
SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR. EXCEÇÃO REJEITADA.
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. INCIDÊNCIA. I. Não é a
exceção de pré-executividade a via própria para discutir a higidez de
aceite constante de duplicatas que embasam a cobrança da dívida,
mas, sim, os embargos do devedor, após garantido o juízo. II. Em
face do caráter contencioso da exceção de pré-executividade, e da
aplicação dos princípios da causalidade e da sucumbência, responde
a parte vencida pelo pagamento de verba honorária. III. Recurso
especial não conhecido. (STJ - RESP 407057 - (200200089098) -
MG - 4ª T. - Rel. Min. Aldir Passarinho Junior - DJU 05.05.2003)
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULA 7/STJ. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO.
OBSCURIDADE. CONTRADIÇÃO. INEXISTÊNCIA. I - Os embargos
de declaração constituem recurso de rígidos contornos processuais,
consoante disciplinamento imerso no artigo 535 do Código de
Processo Civil, exigindo-se, para seu acolhimento, que estejam
presentes os pressupostos legais de cabimento. II - Inocorrentes as
hipóteses de omissão, obscuridade ou contradição, não há como
prosperar o inconformismo, cujo real intento é a obtenção de efeitos
infringentes. III - Embargos de declaração rejeitados. (STJ -
EARESP 397478 - (200101873789) - RJ - 1ª T. - Rel. Min. Francisco
Falcão - DJU 28.04.2003)
PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
EXECUÇÕES NÃO INSTAURADAS. INCABIMENTO.
SUCUMBÊNCIA INEXISTENTE. (STJ - AGA 448491 -
(200200508070) - SP - 4ª T. - Rel. Min. Aldir Passarinho Junior -
DJU 14.04.2003)
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE. SÚMULA 233/STJ. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. MATÉRIA PASSÍVEL DE CONHECIMENTO DE
OFÍCIO. AUSÊNCIA DE PRECLUSÃO. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. MULTA. AFASTAMENTO. I - É possível o
oferecimento de exceção de pré-executividade, nos casos em que o
juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a exemplo do que se
verifica a propósito da higidez do título executivo. Esse entendimento
independe da oposição dos embargos do devedor, vez que a
questão não está sujeita à preclusão. II - Não se evidenciando
comportamento justificador da cominação aplicada, é de ser afastada
a imposição da sanção do § único do artigo 538 do estatuto
processual civil. Recurso especial provido. (STJ - RESP 442448 -
(200200710240) - SP - 3ª T. - Rel. Min. Castro Filho - DJU
07.04.2003)
Agravo regimental. Medida cautelar. Execução. Título executivo.
Exceção de pré-executividade e agravo de instrumento. 1.
Apresentada exceção de pré-executividade, em primeiro grau, para
discutir a existência de título executivo, não há conferir efeito
suspensivo a recurso especial interposto contra Acórdão que julga
agravo de instrumento, este tirado contra despacho que manda citar
os executados, almejando discutir, também, a questão da
executividade. Ausência dos requisitos legais. 2. Agravo regimental
desprovido. (STJ - AGRMC 5846 - (200201635170) - MG - 3ª T. -
Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito - DJU 07.04.2003)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE.. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO. TÍTULO EXECUTIVO. INEXISTÊNCIA.
ART. 585, II, CPC. NOTA PROMISSÓRIA. I. É possível ao devedor
acionado no processo de execução argüir a nulidade da execução,
através de exceção de pré-executividade e não de embargos, desde
que verse sobre matéria que possa ser conhecida de ofício pelo
Juízo (4ª Turma, REsp nº 180.734/RN, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo
Teixeira, unânime, DJU de 02.08.99). II. O contrato de abertura de
crédito em conta corrente, ainda que acompanhado de extratos de
movimentação financeira, não constitui título hábil à promoção de
ação executiva. III. A nota promissória vinculada ao contrato de
abertura de crédito não goza de autonomia por restar
descaracterizada, em tal situação, a sua natureza como título
executivo. IV. Precedentes da 2ª Seção. V. Recurso conhecido e
provido. (STJ - RESP 268031 - (200000730807) - SP - 4ª T. - Rel.
Min. Aldir Passarinho Junior - DJU 31.03.2003)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. AÇÃO MONITÓRIA. CONVERSÃO. RECURSO
ESPECIAL. DISSÍDIO INEPTO. PREQUESTIONAMENTO.
AUSÊNCIA. SÚMULAS NS. 282 E 356-STF. I. O prequestionamento
constitui requisito indispensável à abertura da via especial. II.
Dissídio jurisprudencial não comprovado nos termos regimentais. III.
Recurso não conhecido. (STJ - RESP 331864 - (200100845841) -
SP - 4ª T. - Rel. Min. Aldir Passarinho Junior - DJU 24.03.2003)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. CONFISSÃO DE DÍVIDA.


NULIDADE ARGÜIDA EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. TÍTULO MÚLTIPLO. LIQUIDEZ
DO TÍTULO. SÚMULAS NS. 5 E 7 DESTA CORTE. VERBA
HONORÁRIA. OFENSA AO ART. 20, § 4º, CPC. APRECIAÇÃO
EQÜITATIVA. - Em situações excepcionais, como na hipótese, a
nulidade da execução pode ser argüida por simples petição, em sede
de exceção de pré-executividade, conforme pacífico entendimento
desta Corte (REsp 215.127/RS; REsp 124.364/PE; REsp
160.107/ES; REsp 187.195/RJ; REsp 220.100/RJ). - A verificação,
no caso, dos requisitos de liquidez, certeza e exigibilidade do título
embasador da execução passa pelo reexame de matéria fática e de
cláusulas contratuais, incidindo as Súmulas ns. 5 e 7 desta Corte. - A
verba honorária fixada "consoante apreciação eqüitativa do juiz" (art.
20, § 4º/CPC ), por decorrer de ato discricionário do magistrado, deve
traduzir-se num valor que não fira a chamada lógica do razoável,
pois em nome da eqüidade não se pode baratear a sucumbência,
nem elevá-la a patamares pinaculares. - Recurso parcialmente
conhecido e, nessa parte, provido. (STJ - RESP 312520 -
(200100334911) - AL - 4ª T. - Rel. Min. Cesar Asfor Rocha - DJU
24.03.2003)

RESP. LOCAÇÃO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ACORDO JUDICIAL CELEBRADO ENTRE AS
PARTES. DESNECESSIDADE DE PROVA. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO.
PRAZO. RECURSO. INTERRUPÇÃO. INOCORRÊNCIA. I - Inviável
o recurso especial no tópico referente à alegada violação ao art. 344,
II, do CPC, à míngua do necessário prequestionamento (Súm. 282 e
356 do STF), bem como em face da vedação contida na Súmula 7-
STJ. II - O pedido de reconsideração não interrompe o prazo para
interposição de recurso. Precedentes. Recurso não conhecido. (STJ
- RESP 470634 - (200201289868) - SP - 5ª T. - Rel. Min. Felix
Fischer - DJU 17.03.2003)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. NOVAÇÃO. CITAÇÃO DOS


GARANTES ANTERIORES. INTERVENÇÃO. VIAS. UTILIZAÇÃO
DOS EMBARGOS DE TERCEIROS. DESCABIMENTO.
POSSIBILIDADE, NO CASO. CIRCUNSTÂNCIAS DA CAUSA.
INSTRUMENTALIDADE DO PROCESSO. RECURSO PROVIDO.
MAIORIA. I - A parte citada na execução como executada, mesmo
indevidamente, integra a relação processual enquanto não excluída
por decisão judicial. Assim, na defesa de seu direito, não poderá ela
se valer do manejo de embargos de terceiro, por ser essa via
deferida apenas a quem não é parte no processo. II - No caso
concreto, no entanto, em face da instrumentalidade do processo,
admiti-se o manejo dos embargos de terceiro, na medida em que
poderiam os recorrentes, inclusive, oferecer a exceção de pré-
executividade. Se podiam mais, poderiam também utilizar-se, não
obstante, sem rigor técnico, da via dos embargos de terceiros. (STJ
- RESP 98655 - (199600384509) - RS - 4ª T. - Rel. Min. Aldir
Passarinho Junior - DJU 17.03.2003)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA. LEI Nº 5.741, DE


1971. A alegação de nulidade da execução hipotecária pelo
descumprimento do disposto no artigo 2º, inciso IV, da Lei nº 5.741
de 1971 só pode ser examinada em sede de embargos do devedor,
não em exceção de pré-executividade, porque resulta de fato externo
ao título executivo. Agravo regimental não provido. (STJ - AGA
474150 - (200201188863) - DF - 3ª T. - Rel. Min. Ari Pargendler -
DJU 17.03.2003)

RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. LOCAÇÃO.


EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPROCEDÊNCIA. CONDENAÇÃO EM VERBA HONORÁRIA.
DESCABIMENTO. De acordo com recente julgado desta 5ª Turma
(REsp nº 442.156 -SP, rel. Min. JOSÉ ARNALDO, DJ de 11/11/2002),
a condenação ao pagamento de verba honorária somente é cabível
no caso em que a exceção de pré-executividade é julgada
procedente, com a conseqüente extinção da execução. Ao réves,
vencido o excipiente-devedor, prosseguindo a execução (como
ocorreu in casu), incabível é a condenação em verba honorária.
Recurso provido. (STJ - RESP 446062 - (200200859137) - SP - 5ª
T. - Rel. Min. Felix Fischer - DJU 10.03.2003)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. NULIDADE DA CDA. MATÉRIA DE ORDEM
PÚBLICA. PRECLUSÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
APLICAÇÃO DA SÚMULA 211 DO STJ. IMPROVIMENTO. I - A
ausência de prequestionamento da matéria versada no recurso
especial, embora opostos embargos declaratórios, impede a
admissibilidade do agravo de instrumento tendente a viabilizá-lo, a
teor da Súmula 211 do STJ, inobstante tratar-se de questão de
ordem pública, operando-se a sua preclusão. II - Agravo regimental
improvido. (STJ - AGA 453784 - (200200593163) - PB - 1ª T. - Rel.
Min. Francisco Falcão - DJU 10.03.2003)

EXECUÇÃO DE CONTRATO DE LOCAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXCEPCIONALIDADE. INOCORRÊNCIA, NO
CASO. Para ter cabimento essa exceção, há de se demonstrar de
pronto a inviabilidade do processo de execução por ocorrer uma das
hipóteses previstas no art. 618, do CPC. Recurso não conhecido.
(STJ - RESP 450241 - (200200906930) - DF - 5ª T. - Rel. Min. José
Arnaldo Da Fonseca - DJU 24.02.2003)<Rd>Ementa Processual
Civil. Agravo No Agravo De Instrumento. Impugnação à decisão que
inadmite o recurso especial na origem. - O agravo de instrumento
previsto no art. 544 do CPC deve impugnar especificamente os
fundamentos da decisão agravada. Agravo no agravo de instrumento
não provido. (STJ - AGRAGA 467379 - (200201023089) - RJ - 3ª T.
- Rel. Min. Nancy Andrighi - DJU 24.02.2003)
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. INEXISTÊNCIA DE
OMISSÃO NO ACÓRDÃO RECORRIDO. IMPOSSIBILIDADE DE A
PARTE, QUE NÃO RECORRE, APROVEITAR-SE DE RECURSO
DA PARTE ADVERSA PARA ACRESCER FUNDAMENTOS E
TESES NÃO DESENVOLVIDAS NA ÉPOCA OPORTUNA.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE EXTEMPORÂNEA. 1. Agravo
Regimental interposto contra decisão que negou provimento ao
agravo de instrumento da parte agravante, ante a inexistência de
omissão no acórdão recorrido e face à impossibilidade de a parte,
que não recorre, aproveitar-se de recurso da parte adversa para
acrescer fundamentos e teses não desenvolvidas na época
oportuna. 2. Acórdão a quo segundo o qual: a) é devida a inclusão
de multa em débito de empresa concordatária; b) não cabe à parte
que não apelou aproveitar do recurso da parte adversa para acrescer
argumentos e teses que não alegou nos embargos à execução. 3.
Fundamentos, nos quais se suporta a decisão impugnada,
apresentam-se claros e nítidos. Não dão lugar, portanto, a
obscuridades, dúvidas ou contradições. O não acatamento das
argumentações contidas no recurso não implica cerceamento de
defesa, posto que ao julgador cabe apreciar a questão de acordo
com o que ele entender atinente à lide. 4. Não está obrigado o
Magistrado a julgar a questão posta a seu exame de acordo com o
pleiteado pelas partes, mas sim com o seu livre convencimento (art.
131, do CPC), utilizando-se dos fatos, provas, jurisprudência,
aspectos pertinentes ao tema e da legislação que entender aplicável
ao caso concreto. 5. Não obstante a interposição de embargos
declaratórios, não são eles mero expediente para forçar o ingresso
na instância extraordinária, se não houve omissão do acórdão a que
deva ser suprida. Desnecessidade, no bojo da ação julgada, de se
abordar, como suporte da decisão, os dispositivos legais e
constitucionais apontados. Inexiste ofensa ao art. 535, II, do CPC,
quando a matéria enfocada é devidamente abordada no âmbito do
voto do aresto a quo. 6. O pedido de exclusão do 1% majorado não
foi conhecido; como dito no acórdão, 'deixo de analisar o pedido de
fls. 73/81, pois: a) a embargante não apelou e não pode 'aproveitar' o
apelo da Fazenda para, em pedido próprio, tentar modificar a
decisão apelada; b) não se inova a lide na fase recursal e decisão
judicial não pode ser considerada 'fato novo' a justificar a ampliação
da lide, até por analisar acréscimo iniciado em 1989 - cuja
inconstitucionalidade podia ter sido alegada pela embargante no
momento próprio; c) o conhecimento da matéria nova transformaria o
Tribunal em instância originária, suprindo um grau de jurisdição." 7. A
"exceção de pré-executividade" há de ser requerida antes do
momento próprio para apresentação da defesa, evitando um
prosseguimento inútil e o constrangimento da penhora em bens do
devedor. Não há que se falar em "exceção de pré-executividade"
após a realização da penhora e após, como in casu, a rejeição dos
embargos opostos pela devedora. 8. Agravo regimental não provido.
(STJ - AGA 470702 - (200201130278) - SP - 1ª T. - Rel. Min. José
Delgado - DJU 24.02.2003)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. A
jurisprudência desta Corte restringe a exceção de pré-executividade
às matérias de ordem pública e aos casos em que o reconhecimento
da nulidade do título puder ser verificada de plano, sem necessidade
de contraditório e dilação probatória. No caso em espécie, a questão
alusiva à nulidade do título executivo não se revela de fácil
percepção, impondo-se a necessidade de dilação probatória, que só
pode ser exercida em sede de embargos. Ademais, a análise do
recurso especial na forma em que se apresenta, enseja o reexame
do substrato fático contido nos autos, o que é inviável, a teor da
Súmula 7/STJ. Agravo regimental improvido. (STJ - AGA 445092 -
(200200382190) - SP - 1ª T. - Rel. Min. Francisco Falcão - DJU
03.02.2003)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO


ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. I - A
jurisprudência desta Corte restringe a exceção de pré-executividade
às matérias de ordem pública e aos casos em que o reconhecimento
da nulidade do título puder ser verificada de plano, sem necessidade
de contraditório e dilação probatória. II - No caso em espécie, a
questão alusiva à nulidade do título executivo não se revela de fácil
percepção, impondo-se a necessidade de dilação probatória, que só
pode ser exercida em sede de embargos. III - Ademais, a análise do
recurso especial na forma em que se apresenta, enseja o reexame
do substrato fático contido nos autos, o que é inviável, a teor da
Súmula 7/STJ. IV - Agravo regimental improvido. (STJ - AGRESP
397478 - (200101873789) - RJ - 1ª T. - Rel. Min. Francisco Falcão -
DJU 03.02.2003)

EXECUÇÃO - ART. 604 DO CPC - INEXISTÊNCIA DO


PROCEDIMENTO DE HOMOLOGAÇÃO DOS CÁLCULOS -
DESPACHO QUE DETERMINA A CITAÇÃO DO DEVEDOR -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - INADMISSIBILIDADE - RECURSO
ESPECIAL NÃO CONHECIDO - I - Na nova sistemática do art. 604
do CPC, deve a execução ser instruída diretamente com a memória
de cálculo feita pelo credor, podendo ser utilizado, quando
necessário, o contador judicial. Apresentados os cálculos, o devedor
será citado, sem passar por qualquer estágio intermediário, pois com
as alterações introduzidas pela Lei nº 8.898/94, deixou de existir a
homologação daqueles por sentença. II - Do despacho que ordena a
citação do devedor cabe exceção de pré-executividade ou embargos
à execução e não agravo de instrumento. III - Recurso especial não
conhecido. (STJ - REsp 172.093 - 3ª T. - Rel. Min. Waldemar Zveiter
- DJU 01.08.2000)

RECURSO ESPECIAL. EFEITO SUSPENSIVO. MEDIDA


CAUTELAR INOMINADA. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. 1. É admissível a denominada exceção de pré-
executividade. Admite-se também que se dê efeito suspensivo a
recurso especial. Uma e outra são excepcionais, dependendo do
preenchimento de requisitos próprios e fundamentais. 2. O efeito
suspensivo pressupõe a ocorrência dos requisitos da ação cautelar.
Na ausência de um desses requisitos, o pedido não pode ser
acolhido. 3. Liminar indeferida. Extinção do processo, sem
julgamento do mérito. Decisão. Por unanimidade, indeferir a medida
liminar e extinguir o processo. (STJ - MC 1315 - Proc.
1998.00.31769-4 - RJ - TERCEIRA TURMA - Rel. NILSON NAVES -
DJ DATA: 21.09.1998 PÁGINA: 157 RSTJ VOL.:00115 PÁGINA:241)
PROCESSUAL - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ADMISSÃO ANTES DE EFETIVADA A
PENHORA - IMPOSSIBILIDADE. I - O sistema consagrado no Art.
16 da Lei 6.830/80 não admite as denominadas "exceções de pré-
executividade". II - O processo executivo fiscal foi concebido como
instrumento compacto, rápido, seguro e eficaz, para realização da
dívida ativa pública. Admitir que o executado, sem a garantia da
penhora, ataque a certidão que o instrumenta, é tornar insegura a
execução. Por outro lado, criar instrumentos paralelos de defesa é
complicar o procedimento, comprometendo-lhe rapidez. III - Nada
impede que o executado - antes da penhora - advirta o Juiz, para
circunstâncias prejudiciais (pressupostos processuais ou condições
da ação) suscetíveis de conhecimento ex officio. Transformar,
contudo, esta possibilidade em defesa plena, com produção de
provas, seria fazer "tabula rasa" do preceito contido no Art. 16 da
LEF. Seria emitir um convite à chicana, transformando a execução
fiscal em ronceiro procedimento ordinário. Decisão. Por
unanimidade, negar provimento ao recurso. (STJ - RESP 143571 -
Proc. 1997.00.56167-4 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel. HUMBERTO
GOMES DE BARROS - DJ DATA: 01.03.1999 PÁGINA: 227 RDDT
VOL.:00044 PÁGINA:182)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. PRESSUPOSTO. INOCORRÊNCIA NA
ESPÉCIE. PRESCRIÇÃO. RECURSO DESACOLHIDO. - A
execução de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o Juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
Decisão. Por maioria, não conhecer do recurso, vencidos os
Ministros Relator e Cesar Asfor Rocha. (STJ - RESP 157018 - Proc.
1997.00.86256-9 - RS - QUARTA TURMA -Rel. SALVIO DE
FIGUEIREDO TEIXEIRA - DJ DATA: 12.04.1999 PÁGINA: 158)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA DE BENS.


AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA A DECISÃO QUE A
ORDENOU CONTRA TERCEIRO INDICADO COMO SUCESSOR
TRIBUTÁRIO. A regra, na execução fiscal, é a de que o executado
deverá alegar toda a matéria útil à defesa nos embargos do devedor
(Lei n° 6.830, de 1980, art. 16, § 2º). Excepcionalmente, admite-se a
exceção de pré-executividade, no âmbito da qual, sem o
oferecimento da penhora, o executado pode obter um provimento,
positivo ou negativo, sobre os pressupostos do processo ou sobre as
condições da ação - decisão, então, sujeita a agravo de instrumento.
Hipótese em que o interessado interpôs desde logo o agravo de
instrumento contra o ato que ordenou a penhora. Mal sucedido
nesse recurso, não podia substituí-lo pelo mandado de segurança.
Recurso ordinário improvido. Decisão. Por unanimidade, negar
provimento ao recurso ordinário. (STJ - ROMS 9980 - Proc.
1998.00.50955-0 - SP - SEGUNDA TURMA - Rel. ARI
PARGENDLER - DJ DATA: 05.04.1999 PÁGINA: 100 RDDT
VOL.:00045 PÁGINA:171)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS DEVIDOS. CPC, ART. 20.
DOUTRINA E PRECEDENTES DO TRIBUNAL. RECURSO
PROVIDO. I - O sistema processual civil vigente, em sede de
honorários advocatícios, funda-se em critério objetivo, resultante da
sucumbência. II - Extinguindo-se a execução por iniciativa dos
devedores, ainda que em decorrência de exceção de pré-
executividade, devida é a verba honorária. Decisão. Por
unanimidade, conhecer do recurso e dar-lhe provimento. (STJ -
RESP 195351 - Proc. 1998.00.85530-0 - MS - QUARTA TURMA -
Rel. SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA - DJ DATA: 12.04.1999
PÁGINA: 163)

Execução por título extrajudicial. Exceção de pré-executividade.


Falta de liquidez, certeza e exigibilidade do título. 1. Não ofende a
nenhuma regra do Código de Processo Civil o oferecimento da
exceção de pré-executividade para postular a nulidade da execução
(art. 618 do Código de Processo Civil), independentemente dos
embargos de devedor. 2. Considerando o Tribunal de origem que o
título não é líquido, certo e exigível, malgrado ter o exeqüente
apresentado os documentos que considerou aptos, não tem
cabimento a invocação do art. 616 do Código de Processo Civil. 3.
Recurso especial não conhecido. Decisão. Vistos, relatados e
discutidos estes autos, acordam os Senhores Ministros da Terceira
Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e
das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não conhecer do
recurso especial. Participaram do julgamento os Senhores Ministros
Nilson Naves e Eduardo Ribeiro. Ausente, justificadamente, o
Senhor Ministro Waldemar Zveiter. (STJ - RESP 160107 - Proc.
1997.00.92386-0 - ES - TERCEIRA TURMA - Rel. CARLOS
ALBERTO MENEZES DIREITO - DJ DATA: 03.05.1999 PÁGINA:
145)

Execução. Falta de liquidez. Nulidade (pré-executividade). 1. Admite-


se a exceção, de maneira que é lícito argüir de nula a execução, por
simples petição. A saber, pode a parte alegar a nulidade,
independentemente de embargos, por exemplo, "Admissível, como
condição de pré-executividade, o exame da liquidez, certeza e
exigibilidade do Título a viabilizar o processo de execução" (REsp-
124.364, DJ de 26.10.98). 2. Mas não afeta a liquidez do título
questões atinentes à capitalização, cumulação de comissão de
permanência e correção monetária, utilização de determinado
modelo de correção. Trata-se de matérias próprias dos arts. 741 e
745 do Cód. de Pr. Civil. 3. Podendo validamente opor-se à
execução por meio de embargos, não é lícito se utilize da exceção.
4. Caso em que na origem se impunha, "para melhor discussão da
dívida ou do título, a oposição de embargos, uma vez seguro o juízo
da execução". Inocorrência de afronta ao art. 618, I do Cód. de Pr.
Civil. Dissídio não configurado. 5. Recurso especial não conhecido.
Decisão. Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, não conhecer do recurso especial. Participaram do
julgamento os Srs. Ministros Eduardo Ribeiro, Waldemar Zveiter e
Menezes Direito. (STJ - RESP 187195 - Proc. 1998.00.64189-0 - RJ
- TERCEIRA TURMA - Rel. NILSON NAVES - DJ DATA: 17.05.1999
PÁGINA: 202 JSTJ VOL.:00006 PÁGINA:251 RSTJ VOL.:00123
PÁGINA:264)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES. HIGIDEZ DO
TÍTULO EXECUTIVO. MATÉRIAS APRECIÁVEIS DE OFÍCIO.
VERIFICAÇÃO NO CASO CONCRETO. REEXAME DE PROVAS E
INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL. RECURSO NÃO
CONHECIDO. I - A sistemática processual que rege a execução por
quantia certa exige, via de regra, a segurança do juízo como
pressuposto para o oferecimento de embargos do devedor. II - A
exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
III - Se a verificação dos requisitos formais do título executivo
depende da análise de premissas de fato, como o reexame de
provas e a interpretação de cláusulas contratuais, a apreciação do
tema, na instância especial, atrita com a competência
constitucionalmente reservada ao Superior Tribunal de Justiça
(enunciados nºs 5 e 7 da súmula/STJ). IV - Não se vislumbra a
apontada negativa de prestação jurisdicional, quando o órgão
julgador não deixa de examinar qualquer ponto suscitado pela parte
interessada. V - A configuração do dissídio pretoriano, a ensejar
recurso especial, depende da semelhança entre as situações fáticas
e da demonstração da divergência, na conformidade do art. 541,
parágrafo único, do Código de Processo Civil. Decisão. Vistos,
relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Quarta
Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e
das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, não conhecer do
recurso. Votaram com o Relator os Ministros Barros Monteiro, Cesar
Asfor Rocha e Ruy Rosado de Aguiar. (STJ - RESP 180734 - Proc.
1998.00.48957-6 - RN - QUARTA TURMA - Rel. SALVIO DE
FIGUEIREDO TEIXEIRA - DJ DATA: 02.08.1999 PÁGINA: 191
REVFOR VOL.:00351 PÁGINA:395)

Contrato de abertura de crédito. Falta-lhe caráter executório,


segundo a recente orientação da 2ª Seção do STJ. Em tal aspecto,
admite-se possa o devedor "argüir a nulidade da execução,
independentemente de estar seguro o juízo, através de exceção de
pré-executividade e não de embargos". Precedentes do STJ.
Recurso especial não conhecido. Decisão. Vistos, relatados e
discutidos estes autos, acordam os Ministros da 3ª Turma do
Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas
taquigráficas a seguir, por unanimidade, não conhecer do recurso
especial. Participaram do julgamento os Srs. Ministros Eduardo
Ribeiro, Waldemar Zveiter, Ari Pargendler e Menezes Direito. (STJ -
RESP 194070 - Proc. 1998.00.81768-9 - RS - TERCEIRA TURMA -
Rel. NILSON NAVES - DJ DATA: 20.09.1999 PÁGINA: 62)

EXECUÇÃO. Exceção de pré-executividade. A defesa que nega a


executividade do título apresentado pode ser formulada nos próprios
autos do processo da execução e independe do prazo fixado para os
embargos de devedor. Precedentes. Recurso conhecido em parte e
parcialmente provido. Decisão. Vistos, relatados e discutidos estes
autos, acordam os Ministros da QUARTA TURMA do Superior
Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas
taquigráficas a seguir, por unanimidade, conhecer do recurso e dar-
lhe provimento parcial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Votaram com o Relator os Srs. Ministros ALDIR PASSARINHO
JUNIOR e BARROS MONTEIRO. Ausentes, ocasionalmente, os Srs.
Ministros SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA e CESAR ASFOR
ROCHA. (STJ - RESP 220100 - Proc. 1999.00.55450-7 - RJ -
QUARTA TURMA - Rel. RUY ROSADO DE AGUIAR - DJ DATA:
25.10.1999 PÁGINA: 93)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES
EXCEPCIONAIS. PRECEDENTES. DOUTRINA. REQUISITOS.
INAPLICABILIDADE AO CASO. AGRAVO DESPROVIDO. I - A
exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
II - Suscitadas questões, no entanto, que dependeriam do exame de
provas, e não dizem respeito a aspectos formais do título executivo,
e nem poderiam ser conhecidas de ofício, não se mostra adequada a
exceção de pré-executividade. Decisão. Vistos, relatados e
discutidos estes autos, acordam os Ministros da Quarta Turma do
Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas
taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar provimento ao agravo
regimental. Votaram com o Relator os Ministros Barros Monteiro,
Cesar Asfor Rocha, Ruy Rosado de Aguiar e Aldir Passarinho Júnior.
(STJ - AGA 197577 - Proc. 1998.00.53827-5 - GO - QUARTA
TURMA - Rel. SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA - DJ DATA:
05.06.2000 PÁGINA: 167)

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. 1.


Se, ao apreciar agravo de instrumento tirado contra decisão que
rejeitou exceção de pré-executividade, o Tribunal a quo entende que
a matéria necessita de maior elucidação, a qual somente através de
autos adequados poderá vir à superfície, torna-se impossível o
conhecimento de recurso especial para rediscutir o mérito de tal
questionamento. 2. Ação declaratória de relação jurídico-tributária
envolvendo determinado período de ocorrência de fato gerador. 3.
Discussão se a decisão nela proferida produz efeitos para fatos
geradores futuros. 4. Agravo de instrumento improvido sob a
alegação de que aspectos fáticos necessitam ser esclarecidos. 5.
Execução fiscal em curso que se pretende extinguir, pela via da
exceção de pré-executividade, para que a decisão da ação
declaratória produza efeitos. 6. Agravo regimental improvido.
Decisão. Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Exmos. Srs. Ministros da Primeira Turma do Superior Tribunal de
Justiça, na conformidade dos votos e notas taquigráficas a seguir,
por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Exmo. Sr. Ministro Relator. Votaram com o Relator
os Exmos. Srs. Ministros Francisco Falcão, Garcia Vieira, Humberto
Gomes de Barros e Milton Luiz Pereira. (STJ - AGRESP 241483 -
Proc. 1999.01.12712-2 - MG - PRIMEIRA TURMA - Rel. JOSÉ
DELGADO - DJ DATA: 15.05.2000 PÁGINA: 143)

EXECUÇÃO - ART. 604 DO CPC - INEXISTÊNCIA DO


PROCEDIMENTO DE HOMOLOGAÇÃO DOS CÁLCULOS -
DESPACHO QUE DETERMINA A CITAÇÃO DO DEVEDOR -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - INADMISSIBILIDADE - RECURSO
ESPECIAL NÃO CONHECIDO. I - Na nova sistemática do art. 604
do CPC, deve a execução ser instruída diretamente com a memória
de cálculo feita pelo credor, podendo ser utilizado, quando
necessário, o contador judicial. Apresentados os cálculos, o devedor
será citado, sem passar por qualquer estágio intermediário, pois com
as alterações introduzidas pela Lei n.º 8.898/94, deixou de existir a
homologação daqueles por sentença. II - Do despacho que ordena a
citação do devedor cabe exceção de pré-executividade ou embargos
à execução e não agravo de instrumento. III - Recurso especial não
conhecido. Decisão. Vistos, relatados e discutidos estes autos,
acordam os Senhores Ministros da Terceira Turma do Superior
Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas
taquigráficas a seguir, por unanimidade, não conhecer do recurso
especial. Participaram do julgamento os Srs. Ministros Ari
Pargendler, Menezes Direito e Eduardo Ribeiro. Ausente,
justificadamente, o Sr. Ministro Pádua Ribeiro. (STJ - RESP 172093 -
Proc. 1998.00.30059-7 - DF - TERCEIRA TURMA - Rel.
WALDEMAR ZVEITER - DJ DATA: 01.08.2000 PÁGINA: 261 RSTJ
VOL.:00139 PÁGINA:264)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS DEVIDOS EM PRINCÍPIO. CPC,
ART. 20. CASO CONCRETO. EXECUÇÃO NÃO EXTINTA.
RECURSO DESACOLHIDO. I - O sistema processual civil vigente,
em sede de honorários advocatícios, funda-se em critério objetivo,
resultante da sucumbência. II - A doutrina e a jurisprudência desta
Corte vêm se orientando no sentido do cabimento de honorários
advocatícios em execução. III - Na espécie, ao determinar a citação
para contestar, nos moldes do art. 603, CPC, a Juíza de primeiro
grau deu início à forma adequada de liquidação da sentença, tendo
reconhecido o equívoco de haver recebido anteriormente a petição
com os cálculos de liquidação, não se justificando, neste quadro, a
imposição de honorários. Decisão. Vistos, relatados e discutidos
estes autos, acordam os Ministros da Quarta Turma do Superior
Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas
taquigráficas a seguir, por unanimidade, não conhecer do recurso.
Votaram com o Relator os Ministros Barros Monteiro, Cesar Asfor
Rocha e Aldir Passarinho Júnior. Ausente, justificadamente, o
Ministro Ruy Rosado de Aguiar. (STJ - RESP 253693 - Proc.
2000.00.30999-0 - RS - QUARTA TURMA - Rel. SÁLVIO DE
FIGUEIREDO TEIXEIRA - DJ DATA: 04.09.2000 PÁGINA: 164)

EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA


GRATUITA VENCIDO NA AÇÃO INVESTIGATÓRIA DE
PATERNIDADE. ARGÜIÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO
EXECUTIVO. ADEQUAÇÃO DA OBJEÇÃO NOS PRÓPRIOS
AUTOS DA EXECUÇÃO, INDEPENDENTEMENTE DO
OFERECIMENTO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR. - A
inexigibilidade do título executivo pode ser argüida por simples
petição nos autos da execução (a chamada exceção de pré-
executividade, independentemente de oferecimento dos embargos
do devedor). Precedentes do STJ. Recurso especial conhecido e
provido. Erro! Indicador não definido.AcórdãoDecisão. Vistos e
relatados estes autos em que são partes as acima indicadas: Decide
a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade,
conhecer do recurso e dar-lhe provimento, na forma do relatório e
notas taquigráficas precedentes que integram o presente julgado.
Votaram com o Relator os Srs. Ministros Cesar Asfor Rocha, Ruy
Rosado de Aguiar, Aldir Passarinho Júnior e Sálvio de Figueiredo
Teixeira. (STJ - RESP 187428 - Proc. 1998.00.64979-4 - DF -
QUARTA TURMA - Rel. BARROS MONTEIRO - DJ DATA:
27.11.2000 PÁGINA: 166)

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE ANULAÇÃO DE ARREMATAÇÃO.


ART. 486, CPC. PRECEDENTES. CASO CONCRETO.
OCORRÊNCIA DE PRECLUSÃO. MATÉRIA NÃO ARGÜIDA EM
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, EMBARGOS DE DEVEDOR
E EMBARGOS À ARREMATAÇÃO. RECURSO DESACOLHIDO. I -
Tendo a inicial da ação de anulação se limitado a argüir a
inexeqüibilidade dos títulos exeqüendos, a pretensão restou colhida
pela preclusão, uma vez tratar-se de tema que poderia ter sido
apreciado por meio de embargos de devedor, exceção de pré-
executividade ou embargos à arrematação, conforme o caso. II -
Ultimada a penhora, levado o bem à hasta pública e realizada a
arrematação, extraída a carta, a ação prevista no art. 486, CPC não
tem o condão de reavivar a matéria própria do processo executivo e
não argüida a tempo e modo, sob pena de eternizar-se o
procedimento executivo. Erro! Indicador não
definido.AcórdãoDecisão. Vistos, relatados e discutidos estes autos,
acordam os Ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de
Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a
seguir, por unanimidade, não conhecer do recurso. Votaram com o
Relator os Ministros Barros Monteiro, Ruy Rosado de Aguiar e Aldir
Passarinho Júnior. Ausente, ocasionalmente, o Ministro Cesar Asfor
Rocha. (STJ - RESP 273248 - Proc. 2000.00.83611-7 - MG -
QUARTA TURMA - Rel. SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA - DJ
DATA: 02.04.2001 PÁGINA: 299)

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ARBITRAMENTO.


HOMOLOGAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
REJEIÇÃO. COISA JULGADA. - Não colhe a "exceção de pré-
executividade" que renova a discussão sobre matéria já
definitivamente decidida. Recurso especial não conhecido. Decisão.
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima
indicadas: Decide a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça,
por unanimidade, não conhecer do recurso, na forma do relatório e
notas taquigráficas precedentes que integram o presente julgado.
Votaram com o Relator os Srs. Ministros Cesar Asfor Rocha, Ruy
Rosado de Aguiar, Aldir Passarinho Júnior e Sálvio de Figueiredo
Teixeira. (STJ - RESP 167331 - Proc. 1998.00.18262-4 - DF -
QUARTA TURMA - Rel. BARROS MONTEIRO - DJ DATA:
18.12.2000 PÁGINA: 199)

HONORÁRIOS DE ADVOGADO. Execução. Exceção de pré-


executividade. Valor irrisório. É desproporcional o valor de R$
3.000,00 para honorários de advogado que suscitou com êxito a
exceção de pré-executividade em processo de execução superior a
R$ 2.000.000,00. A só responsabilidade pelo patrocínio de demanda
desse valor e a efetiva atuação em juízo justifica a elevação da verba
para R$ 30.000,00. Recurso conhecido e provido. Decisão. Vistos,
relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
QUARTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade
dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade,
conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento, nos termos do voto
do Sr. Ministro Relator. Votaram com o Relator os Srs. Ministros
ALDIR PASSARINHO JUNIOR, SÁLVIO DE FIGUEIREDO
TEIXEIRA, BARROS MONTEIRO e CESAR ASFOR ROCHA. (STJ -
RESP 280878 - Proc. 2000.01.00437-9 - SC - QUARTA TURMA -
Rel. RUY ROSADO DE AGUIAR - DJ DATA: 12.03.2001 PÁGINA:
149)

Processual civil. Execução. Argüição de nulidade. Exceção de pré-


executividade. Título extrajudicial. Contrato de abertura de crédito
em conta-corrente. Promissória vinculada. Ausência do nome do
beneficiário. I - É admissível exceção de pré-executividade para
postular a nulidade da execução, independentemente dos embargos
do devedor. II - O contrato de abertura de crédito em conta-corrente,
ainda que acompanhado de extratos da conta de movimentação
bancária, não constitui título executivo. III - A iliquidez do título de
crédito contamina a nota promissória que dele se originou. IV - A
ausência do nome do beneficiário importa descaracterização da nota
promissória. V - Recurso especial conhecido e provido, a fim de
julgar o autor carecedor da execução. Decisão. Decide a Terceira
Turma do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, na conformidade
dos votos e das notas taquigráficas anexas, por unanimidade,
conhecer do recurso especial e dar-lhe provimento nos termos do
voto do Sr. Ministro Relator. Participaram do julgamento os Srs.
Ministros Menezes Direito e Nancy Andrighi. Ausente,
justificadamente, o Sr. Ministro Ari Pargendler. (STJ - RESP 220631 -
Proc. 1999.00.56795-1 - MT - TERCEIRA TURMA - Rel. ANTÔNIO
DE PÁDUA RIBEIRO - DJ DATA: 30.04.2001 PÁGINA: 131)

EXECUÇÃO FISCAL - AGRAVO REGIMENTAL - EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE - INADMISSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO - SÚMULA N. 282/STF - AGRAVO
IMPROVIDO. 1. Ausência de prequestionamento dos dispositivos
apontados no especial como violados. Incidência da Súmula n.
282/STF. 2. Agravo regimental improvido. Decisão. Vistos, relatados
e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma
do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das
notas taquigráficas a seguir, por maioria, negar provimento ao
agravo regimental. Votaram com a Relatora os Ministros Franciulli
Netto, Castro Filho e Francisco Peçanha Martins. Ausente
justificadamente o Sr. Ministro Paulo Gallotti. (STJ - AGA 329814 -
Proc. 2000.00.90366-3 - SP - SEGUNDA TURMA - Rel. ELIANA
CALMON - DJ DATA: 23.04.2001 PÁGINA: 157)

AGRAVO. - A inexigibilidade o título pode ser argüida em exceção de


pré-executividade, independentemente da oposição de embargos do
devedor. - A súmula 233 desta Corte enuncia: "O contrato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-
corrente, não é título executivo." - Requisito do prequestionamento
cumprido. Honorários: fixação por apreciação eqüitativa (art. 20, § 4º,
do CPC). - Agravo improvido. Decisão. Vistos e relatados estes autos
em que são partes as acima indicadas: Decide a Quarta Turma do
Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro-Relator, na
forma do relatório e notas taquigráficas precedentes que integram o
presente julgado. Votaram com o Relator os Srs. Ministros Ruy
Rosado de Aguiar e Sálvio de Figueiredo Teixeira. (STJ - AGA
292036 - Proc. 2000.00.18544-2 - SP - QUARTA TURMA - Rel.
BARROS MONTEIRO - DJ DATA: 04.06.2001 PÁGINA: 160)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. SUSPENSÃO DO PROCESSO. CABIMENTO.
CPC, ART. 791. I - A regra do art. 791 da lei adjetiva civil comporta
maior largueza na sua aplicação, admitindo-se, também, a
suspensão do processo de execução, pedida em exceção de pré-
executividade, quando haja a anterioridade de ação revisional em
que discute o valor do débito cobrado pelo credor hipotecário de
financiamento contratado pelo S.F.H. II - Recurso especial não
conhecido. Decisão. Vistos e relatados estes autos, em que são
partes as acima indicadas, decide a Quarta Turma do Superior
Tribunal de Justiça, à unanimidade, não conhecer do recurso, na
forma do relatório e notas taquigráficas constantes dos autos, que
ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Participaram do
julgamento os Srs. Ministros Barros Monteiro e Ruy Rosado de
Aguiar. Ausentes, justificadamente, os Srs. Ministros Sálvio de
Figueiredo Teixeira e Cesar Asfor Rocha. (STJ - RESP 268532 -
Proc. 2000.00.74134-5 - RS - QUARTA TURMA - Rel. ALDIR
PASSARINHO JUNIOR - DJ DATA: 11.06.2001 PÁGINA: 230)

Recurso especial. Execução. Exceção de pré-executividade.


Rejeição. Inexistência de ofensa ao CPC. Embargos de declaração.
Fundamentação suficiente. I - Não viola nenhum dispositivo do CPC,
decisão que, entendendo inexistentes vícios que pudessem ser
apreciados de ofício, repele a exceção de pré-executividade e
remete a argüição do fato para os embargos à execução. II - O órgão
judicial não está obrigado a tecer considerações sobre todos os
pontos levantados pelas partes. É suficiente que se manifeste sobre
os elementos em que se baseou para solucionar a lide. III - Recurso
especial não conhecido. Decisão. Vistos, relatados e discutidos estes
autos, em que são partes as acima indicadas. Decide a Terceira
Turma do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, na conformidade
dos votos e das notas taquigráficas anexas, por unanimidade, não
conhecer do recurso especial nos termos do voto do Sr. Ministro
Relator. Participaram do julgamento os Srs. Ministros Ari Pargendler,
Menezes Direito e Nancy Andrighi. (STJ - RESP 280810 - Proc.
2000.01.00285-6 - RJ - TERCEIRA TURMA - Rel. ANTÔNIO DE
PÁDUA RIBEIRO - DJ DATA: 30.04.2001 PÁGINA: 133)

PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. PENHORA. Os


embargos do devedor pressupõem penhora regular, que só se
dispensa em sede de exceção de pré-executividade, limitada à
questões relativas aos pressupostos processuais e às condições da
ação; nesse rol não se inclui a alegação de que a dívida foi paga.
Recurso especial conhecido e provido. Decisão. Vistos, relatados e
discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam
os Ministros da TERCEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justiça,
por unanimidade, conhecer do recurso especial e dar-lhe provimento.
Os Srs. Ministros Carlos Alberto Menezes Direito e Nancy Andrighi
votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr.
Ministro Antônio de Pádua Ribeiro. (STJ - RESP 146923 - Proc.
1997.00.62231-2 - SP - TERCEIRA TURMA - Rel. ARI
PARGENDLER - DJ DATA: 18.06.2001 PÁGINA: 146)

PROCESSUAL CIVIL. RFFSA SUCESSORA DA FEPASA.


COMPLEMENTAÇÃO DE PENSÃO. ART. 535 DO CPC.
VIOLAÇÃO. EMBARGOS DECLARATÓRIOS. OMISSÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA
AD CAUSAM. I - Não ocorre ofensa ao art. 535 do CPC em face da
rejeição dos embargos declaratórios, se não havia omissão a ser
sanada pelo órgão julgador. Precedentes. II - Impossibilidade de se
examinar a exceção de pré-executividade oposta pela executada,
tendo em vista que aborda matéria estranha aos limites do art. 618
do CPC, buscando seja reconhecida sua ilegitimidade passiva ad
causam, questão já apreciada em definitivo no processo de
conhecimento. Recurso desprovido. Decisão. Vistos, relatados e
discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam
os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por
unanimidade, conhecer do recurso, mas negar-lhe provimento. Os
Srs. Ministros Gilson Dipp, Jorge Scartezzini, Edson Vidigal e José
Arnaldo da Fonseca votaram com o Sr. Ministro Relator:. (STJ -
RESP 325893 - Proc. 2001.00.70118-4 - SP - QUINTA TURMA - Rel.
FELIX FISCHER - DJ DATA: 03.09.2001 PÁGINA
TRIBUNAL DE JUSTIÇA & TRIBUNAL DE ALÇADA DE SÃO PAULO

AGRAVO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. Execução


movida após a morte do devedor, quando já encerrado seu
inventário com a partilha de bens - Responsabilidade solidária dos
herdeiros e da viúva-meeira, limitada até o montante do quinhão,
legado ou da meação - Artigos 124, I e 131, II do Código Tributário
Nacional - Prescrição interrompida pelo oferecimento de bem à
penhora pela viúva-meeira. Agravo improvido. (TJSP - AI 101.906-5 -
9ª C.D.Públ - Rel. Des. Sidnei Beneti - J. 19.05.1999)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - CONFISSÃO DE


DÍVIDA - DOCUMENTO PARTICULAR, FIRMADO PELOS
CONTRATANTES E POR DUAS TESTEMUNHAS. Título executivo
extrajudicial, nos termos do art. 585, II, do Código de Processo Civil -
Título líquido, certo e exigível (art. 586, Código de Processo Civil) -
Exceção de pré-executividade, visando a extinção do feito -
Inadmissibilidade - Matérias de defesa, que devem ser objeto de
alegação, de discussão e de apreciação, em sede de embargos do
devedor. Recurso não provido. (TJSP - AI 109.155-4 - 8ª C.D.Priv -
Rel. Des. Brenno Marcondes - J. 01.06.1999)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - EXECUÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DO
TÍTULO. Ausência de nulidade que pudesse ser decretada ex officio,
tratando-se de matéria de defesa argüível em embargos do devedor
- Ilegalidade inexistente no despacho inicial de citação ou ausência
dos requisitos para o aforamento da execução - Exceção rejeitada.
Recurso improvido. (TJSP - AI 102.584-5 - 8ª C.D.Públ - Rel. Des.
José Santana - J. 07.04.1999)
ALIMENTOS - EXECUÇÃO - EMBARGOS DO DEVEDOR -
DESENTRANHAMENTO POR FALTA DE SEGURANÇA DO JUÍZO -
INADMISSIBILIDADE NA HIPÓTESE. Questão de pagamento que
pode resolvida a título de "exceção de pré-executividade" -
Provimento ao recurso. Quando não disponha o embargante de bens
por oferecer a penhora, em execução de alimentos, pode o juízo,
excepcionalmente, conhecer de embargos que aleguem pagamento
da dívida, no todo ou em parte. (TJSP - AI 95.703-4 - 2ª C.D.Priv -
Rel. Des. Cezar Peluso - J. 30.03.1999)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CRITÉRIOS DE


ADMISSIBILIDADE. Não contemplação de circunstâncias, que
devam, ser suscitadas por meio de embargos, ausente evidência da
falta de pressupostos processuais, com vista à execução -
Descabimento, na espécie, quando a execução se instaura,
suficientemente, a partir de simples cálculo aritmético, legitimada
pelos arts. 604 e 652, do Código de Processo Civil, ficando os
demais pontos de agitação, como peculiares ao campo dos
embargos ou, ademais, insuscetíveis de obstar o aparelhamento da
execução. Agravo não provido. (TJSP - AI 116.266-4 - 10ª C.D.Priv -
Rel. Des. Quaglia Barbosa - J. 24.08.1999)

EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


ALEGAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE IMPORTÂNCIA INDEVIDA
INSCRITA NA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA - INADMISSIBILIDADE
- REQUISITOS FORMAIS DO TÍTULO PRESENTES - LIQUIDEZ,
CERTEZA E EXIGIBILIDADE - MATÉRIA A SER DISCUTIDA EM
SEDE DE EMBARGOS À EXECUÇÃO - APLICAÇÃO DO ARTIGO
38, DA LEI Nº 6.830/80 - RECURSO NÃO PROVIDO. A exceção de
pré-executividade tem sido admitida pela doutrina e jurisprudência
quando evidente que o título que embase a execução é nulo ou
inexistente, faltando-lhe os requisitos de liquidez, certeza e
exigibilidade, dispensando nesta hipótese a segurança do juízo e a
apresentação de embargos, podendo a nulidade da execução ser
decretada de ofício. (TJSP - AI 136.491-5 - 8ª C.D.Públ - Rel. Des.
Celso Bonilha - J. 29.09.1999)

EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Providência excepcional reservada para poucos casos - Desde que
presentes os requisitos legais, o caminho a ser trilhado será o dos
embargos, após regular penhora - Exceção bem rejeitada. Agravo
improvido. (TJSP - AI 102.585-5 - 2ª C.D.Públ - Rel. Des. Corrêa
Vianna - J. 06.04.1999)

PARTILHA. Inviabilidade de anular execução de sentença de partilha


elaborada por cônjuge em separação e que acusa um crédito em
favor da mulher, através de exceção de pré-executividade fundada
na existência de título executivo (artigo 684, V do Código de
Processo Civil) - Declaração de vontade regularizada pela sentença
homologatória e que, em princípio, constitui documento
representativo de dívida dotado de plena exeqüibilidade.
Improvimento ao agravo. (TJSP - AI 106.415-4 - 2ª C.D.Priv - Rel.
Des. Ênio Zuliani - J. 06.04.1999)

EXECUÇÃO - Título executivo. Exceção de pré-executividade. CPC,


art. 585, II e VII. Cabe exceção de pré-executividade para alegar a
nulidade da execução por ausência de título executivo. "Boletos" de
operações em Bolsa de Valores, alguns não assinados ou não
autenticados, não são títulos hábeis para ensejar execução. Juntada
posterior de contrato não convalida a execução nula. De qualquer
forma, o contrato regula operações complexas e, sendo a execução
de 1993, nele não consta a obrigação de pagar quantia determinada
ou entregar coisa fungível. Descabimento de execução de contrato
que contém obrigações recíprocas a serem obrigatoriamente
examinadas em processo de conhecimento. Exceção acolhida.
Execução Anulada. Sucumbência fixada. (TARS - AI 195.154.299 -
4ª C - Rel. Juiz Moacir Leopoldo Haeser - J. 14.12.95).
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Inadmissibilidade por versar
matéria de cognição típica dos embargos (arts. 5º, LV, da CF e 741,
II, do CPC). Improvimento. (TJSP – AI 222.808-4/1 – 3ª CDPriv. –
Rel. Des. Ênio Santarelli Zuliani – J. 26.02.2002)JCF.5 JCF.5.LV
JCPC.741 JCPC.741.II

EXECUÇÃO DE HONORÁRIA IMPOSTA COM A RESSALVA DO


ART. 12, DA LEI Nº 1.060/50, E QUE ALCANÇA CRÉDITO DA
DEVEDORA OBTIDO EM AÇÃO JUDICIAL – Legalidade. Se o
vencido perde a miserabilidade, é justo que cumpra com os ônus da
sucumbência. Exceção de pré-executividade deduzida para trancar a
seqüência executória inadmissível. Improvimento. (TJSP – AI
231.124-4/0 – 3ª C.Fér. – Rel. Des. Fed. Ênio Santarelli Zuliani – J.
29.01.2002)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Rejeição.


Agravante que comprovou a aquisição do imóvel em praça,
concretizando a arrematação que altera a responsabilidade tributária,
não se justificando o prosseguimento da execução (art. 130,
parágrafo único, CTN). Agravo provido, para se acolher a exceção
de pré-executividade e extinguir a execução fiscal. (1º TACSP – AI
1.079.915-4 – São Paulo – 3ª C. – Rel. Juiz Carvalho Viana – J.
24.09.2002)JCTN.130 JCTN.130.PUN

RECURSO – Agravo de instrumento. Interposição contra decisão


que revogou despacho que acolheu exceção de pré-executividade e
deu por extinto o processo, por ausência de título executivo.
Descabimento, por se tratar de hipótese atacável por apelação.
Inaplicabilidade, ainda, do princípio da fungibilidade recursal, pois
inexistente dúvida objetiva a respeito do recurso a ser interposto.
Não conhecimento. (1º TACSP – AI 1.095.823-1 – São Paulo – 4ª C.
– Rel. Juiz José Marcos Marrone – J. 07.08.2002)
EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Alegação de
duplicidade de execuções fiscais. Descabimento neste momento.
Hipótese que depende de melhor esclarecimento a ser produzido em
sede própria (embargos à execução). Exceção afastada. Recurso
improvido. (1º TACSP – AI 1.099.054-2 – São Paulo – 5ª C. – Rel.
Juiz Álvaro Torres Júnior – J. 14.08.2002)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE AD CAUSAM – Presunção de
certeza e liquidez da certidão de dívida ativa não afastada por prova
inequívoca. Inocorrência de ausência manifesta das condições da
ação, devendo a matéria ser discutida em sede de embargos.
Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1.075.872-8 – São Paulo – 10ª
C. – Rel. Juiz Frank Hungria – J. 28.05.2002)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Pretensão a


cobrança de IPTU e taxas referentes ao exercício de 1996.
Inadmissibilidade. Certidão de inexistência de débito passada pela
prefeitura ao adquirente do imóvel quando da aquisição. Ausência de
obrigação tributária configurada. Aplicação dos arts. 130 e 208 do
CTN. Exceção acolhida. Execução extinta. Recurso provido para
esse fim. (1º TACSP – AI 1.087.304-6 – Jundiaí – 3ª C. – Rel. Juiz
Itamar Gaino – J. 28.05.2002)JCTN.130 JCTN.208

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Rejeição em


1º grau. Irresignação baseada exclusivamente em matéria de fato.
Inviabilidade. Descaracterização dos reclamos legais que autorizam
a exceção. Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1.057.793-4 –
Itapecerica da Serra – 5ª C. – Rel. Juiz Carlos Luiz Bianco – J.
20.03.2002)

EXECUÇÃO – HONORÁRIOS DE ADVOGADO – DEFESA


ARTICULADA NOS AUTOS DA AÇÃO – QUESTÃO RELACIONADA
COM PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OU CONDIÇÕES DA
AÇÃO – ADMISSIBILIDADE – A exceção de pré-executividade, onde
o excepiente-devedor aponta ilegitimidade passiva em decorrência
da exoneração da fiança locatícia prestada, não configura mero
incidente processual, mas incidente caracteristicamente litigioso,
autorizador da imposição ao vencido dos encargos advocatício da
sucumbência. (2º TACSP – AI 718.321-00/5 – 11ª C. – Rel. Juiz
Clóvis Castelo – DOESP 05.04.2002)

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA – BUSCA E APREENSÃO JULGADA


PROCEDENTE – LIQÜIDAÇÃO DA SENTENÇA TRANSITADA EM
JULGADO – PEDIDO DE NULIDADE DO TÍTULO EXECUTIVO
JUDICIAL, COM EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO FEITO PELO
DEVEDOR ATRAVÉS DE PETIÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE NOS PRÓPRIOS AUTOS – REJEIÇÃO LIMINAR
– ADMISSIBILIDADE – Ação de busca e apreensão julgada
procedente. Liqüidação da sentença transitada em julgado. Pedido
de nulidade do título executivo judicial, com extinção da execução
feito pelo devedor através da exceção de pré-executividade.
Rejeição pelo juiz da causa. Acerto da decisão. (2º TACSP – AI
723.005-00/0 – 9ª C. – Rel. Juiz Claret de Almeida – DOESP
19.04.2002)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ÂMBITO –


DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO – CUMULAÇÃO DE
PEDIDOS – AUSÊNCIA – ALEGAÇÃO DE COBRANÇA INDEVIDA
DE ALUGUÉIS – TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL INEXISTENTE
QUANTO A ESTES – INADMISSIBILIDADE – A exceção (rectius:
objeção) de pré-executividade, medida de criação doutrinária e
respaldo jurisprudencial, tem por escopo levar ao magistrado,
mesmo antes de estar seguro o juízo, o conhecimento de matérias
suscetíveis de apreciação de ofício, objetivando, assim, a extinção
do processo executivo. Se quanto aos aluguéis não havia título
executivo, posto que não fizeram parte da condenação, não poderia
a medida em destaque se restringir a eles, sob pena de sua rejeição.
(2º TACSP – AI 718.374-00/9 – 2ª C. – Rel. Juiz Peçanha de Moraes
– DOESP 19.04.2002)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA


DE DEFESA – DESCABIMENTO – EMBARGOS À EXECUÇÃO –
VIA PROCESSUAL ADEQUADA – Admissível a exceção de pré-
executividade apenas quando disser respeito ao título executório em
sua forma, e não ao seu conteúdo. (2º TACSP – AI 720.011-00/0 –
11ª C. – Rel. Juiz José Malerbi – DOESP 19.04.2002) (Ementas no
mesmo sentido)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA


RECLAMANDO PRODUÇÃO DE PROVAS – DESCABIMENTO –
EMBARGOS DO DEVEDOR – VIA ADEQUADA – A exceção de pré-
executividade somente é viável se o título executivo visivelmente não
apresentar a aparência de liquidez, certeza e exigibilidade. Do
contrário, a descaracterização da executividade do título somente
pode ser baseada em sede de embargos do devedor, garantido o
Juízo, quando estão poderão ser produzidas as provas
eventualmente necessárias para tanto. (2º TACSP – AI 708.425-00/8
– 6ª C. – Rel. Juiz Luiz de Lorenzi – DOESP 19.04.2002)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA


DE DEFESA – DESCABIMENTO – EMBARGOS À EXECUÇÃO –
VIA PROCESSUAL ADEQUADA – Ao devedor não é lícito discutir
em exceção de pré-executividade matérias que somente podem ser
deduzidas em embargos à execução, após seguro o juízo. (2º
TACSP – AI 696.734-00/0 – 5ª C. – Rel. Juiz S. Oscar Feltrin –
DOESP 01.03.2002)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


OBRIGAÇÃO DE FAZER – CUMPRIMENTO DE CONDENAÇÃO
JUDICIAL – MATÉRIA RECLAMANDO PRODUÇÃO DE PROVA –
SUBSTITUIÇÃO POR AGRAVO DE INSTRUMENTO –
DESCABIMENTO – EMBARGOS DO DEVEDOR OU AÇÃO
DECLARATÓRIA – VIA ADEQUADA – Se há necessidade de prova
do cumprimento da sentença sob execução, descabe exceção de
pré-executividade, que tem por objeto o próprio título constituído, em
sua formalidade. Possibilidade de execução de perdas e danos já
pronunciada em acórdão proferido na ação de liquidação por artigos.
Agravo improvido. (2º TACSP – AI 711.110-00/1 – 6ª C. – Rel. Juiz
Lino Machado – DOESP 01.03.2002)

FIANÇA – LOCAÇÃO – ALIENAÇÃO DO IMÓVEL – ALTERAÇÃO


DO CREDOR – IRRELEVÂNCIA – SUBSISTÊNCIA DA GARANTIA
– RECONHECIMENTO – Locação. Venda do imóvel pela locadora.
Execução movida pela adquirente contra os fiadores da primitiva
locatária. Acolhimento da exceção de pré-executividade para
reconhecer a ilegitimidade ativa ad causam da exeqüente. Cessão
dos direitos inerentes ao imóvel pela alienante. Legitimidade da
adquirente em perseguir o recebimento dos frutos. Responsabilidade
dos fiadores perante a nova locadora. Matérias outras que devem
ser enfrentadas nos embargos à execução. Extinção do processo
afastada. (2º TACSP – Ap. c/ Rev. 611.300-00/0 – 8ª C. – Rel. Juiz
Kioitsi Chicuta – DOESP 01.03.2002)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


DEFERIMENTO DE RECOLHIMENTO DO MANDADO DE CITAÇÃO
E PENHORA JÁ CUMPRIDO ATÉ O JULGAMENTO DA EXCEÇÃO
– PRAZO PARA EMBARGOS A PARTIR DO TRÂNSITO EM
JULGADO DA EXCEÇÃO – ADMISSIBILIDADE – Tendo sido
apresentada exceção de pré-executividade e considerando que o
Magistrado de Primeiro Grau determinou a devolução do mandado
de citação e penhora já cumprido ... até o julgamento da exceção...,
no caso concreto o prazo para eventuais embargos somente correrá
a partir do trânsito em julgado da decisão que apreciou a referida
exceção. (2º TACSP – AI 708.476-00/4 – 6ª C. – Rel. Juiz Luiz de
Lorenzi – DOESP 15.03.2002)
EXECUÇÃO – LOCAÇÃO – TÍTULO EXTRAJUDICIAL – FIADOR –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – DESCABIMENTO –
EMBARGOS – VIA PROCESSUAL ADEQUADA – Se o título
executivo apresenta, formalmente, a aparência de liquidez, certeza e
exigibilidade, a sua descaracterização só pode ser buscada através
de embargos de devedor, nunca por meio de exceção de pré-
executividade. (2º TACSP – AI 718.486-00/6 – 2ª C. – Rel. Juiz
Vianna Cotrim – DOESP 15.03.2002)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Alegação de prescrição. Possibilidade, pois estando
bem demonstrados os fatos desencadeadores da prescrição
intercorrente, cabível o reconhecimento na exceção. Circunstância
em que entre as datas de inscrição das dívidas e das determinações
de citação, até a efetiva concretização desta, decorreu prazo
superior há cinco anos, limite fixado pelo caput do art. 174 do Código
Tributário Nacional. Prescrição caracterizada. Agravo provido. (1º
TACSP – AI 1066722-4 – (43016) – São Paulo – 6ª C. – Rel. Juiz
Oscarlino Moeller – J. 12.03.2002)

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA – BUSCA E APREENSÃO – INCIDENTE


DE FALSIDADE – ARGÜIÇÃO ANTES DA EFETIVAÇÃO DA
MEDIDA LIMINAR – INADMISSIBILIDADE – A oportunidade da
formulação da defesa, na ação de busca e apreensão, só se abre a
partir da efetivação da medida liminar. Excepcionalmente, à
semelhança da exceção de pré-executividade no processo de
execução, há de ser admitida a possibilidade de questionamentos
sobre matéria de ordem pública ou, eventualmente, outras de
iniciativa da parte, mas que permitam pronta apuração, não
dependendo de qualquer dilação probatória. A argüição de falsidade,
por não ensejar verificação pronta e indiscutível, mas exigir
aprofundamento probatório, não pode ser inserida nesse âmbito
restrito. (2º TACSP – AI 718.219-00/4 – 7ª C. – Rel. Juiz Antonio
Rigolin – DOESP 08.02.2002)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA


DE DEFESA – DESCABIMENTO – EMBARGOS À EXECUÇÃO –
VIA PROCESSUAL ADEQUADA – A denominada exceção de pré-
executividade é de utilização restrita, não sendo a via adequada para
discussão sobre ilegitimidade de parte não evidente, devendo tal
matéria ser deduzida em sede de embargos do devedor. (2º TACSP
– AI 711.643-00/3 – 10ª C. – Rel. Juiz Gomes Varjão – DOESP
08.02.2002)

RECURSO – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEITADA – VIA
ADEQUADA – A decisão que rejeita exceção de pré-executividade,
cuja natureza jurídica é de simples objeção, não é terminativa,
desafiando destarte recurso de agravo de instrumento e não de
apelação. (2º TACSP – AI 714.502-00/5 – 4ª C. – Rel. Juiz Amaral
Vieira – DOESP 08.02.2002)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Nota promissória.


Devedor principal. Hipótese de protesto facultativo, por inexistir o
direito de regresso. Exceção de pré-executividade rejeitada. Recurso
improvido. (1º TACSP – AI 1060279-4 – (42300) – São Paulo – 8ª C.
– Rel. Juiz Carlos Alberto Lopes – J. 20.02.2002)
EXECUÇÃO FISCAL – Imposto. Predial e territorial urbano.
Municipalidade de Cubatão. Exercício de 1999. Depósito do valor do
tributo na ação declaratória promovida contra a Municipalidade.
Exigibilidade do crédito suspensa, reconhecida, ainda, a falta de
interesse de agir da credora em razão do quantum depositado. Arts.
151, inc. II e 156, inc. VI do Código Tributário Nacional. Exceção de
pré-executividade acolhida. Recurso provido para esse fim. (1º
TACSP – AI 1046763-9 – (42452) – Cubatão – 11ª C. – Rel. Juiz
Urbano Ruiz – J. 07.02.2002)
EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Alegada
prescrição intercorrente. Matéria que reclama melhor exame, sendo
cabível somente nos embargos de devedor, após garantia do juízo.
Rejeição mantida. Agravo de Instrumento improvido. (1º TACSP – AI
1049084-5 – (42617) – Cubatão – 12ª C. – Rel. Juiz Sousa Oliveira –
J. 19.02.2002)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Duplicatas mercantis.


Exceção de pré-executividade, fundada na falta de demonstração de
que os títulos tenham sido enviados para aceite. Rejeição. Decisão
confirmada. Para a cobrança executiva de duplicata mercantil,
bastam o protesto e o comprovante de entrega de mercadorias da
compra e venda mercantil que originou o saque, desde que não
conste do instrumento notícia de recusa motivada do aceite. É
desnecessário que o credor faça a prova da apresentação do título
para aceite. Recurso desprovido. (1º TACSP – AI 1060375-1 –
(42620) – Taquaritinga – 12ª C. – Rel. Juiz Campos Mello – J.
26.02.2002)

ILEGITIMDIADE AD CAUSAM – Execução por título judicial.


Decretação da liquidação extrajudicial do Banco Bamerindus S/A,
vencido na ação de indenização. Sucessão deste pelo Banco HSBC
S/A, que assumiu o negócio bancário daquele. Sub-rogação nos
direitos e obrigações decorrentes daquele negócio. Indiscutibidade.
Integração do pólo passivo da demanda. Necessidade. Legitimidade
reconhecida. Exceção de pré-executividade repelida. Recurso não
provido. (1º TACSP – AI 1061199-5 – (42644) – São Paulo – 10ª C. –
Rel. Juiz Ary Bauer – J. 26.02.2002)

EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Execução de sentença proferida em ação de
indenização. HSBC é sucessor do BAMERINDUS com relação ao
débito objeto da execução. Exceção improcedente. Agravo
improvido. (1º TACSP – AI 1057087-1 – (42649) – Socorro – 11ª C. –
Rel. Juiz Antonio Marson – J. 07.02.2002)

EXECUÇÃO FISCAL – Imposto. Serviços de qualquer natureza.


Exceção de pré-executividade. Admissibilidade. Alegação de não
incidência do imposto que pode ser reconhecida de plano,
dispensando a dilação processual para verificação da nulidade do
lançamento. Decreto-Lei nº 56/87. Recurso improvido. IMPOSTO –
Serviços de qualquer natureza. Lista de serviços que não contempla
como hipótese de incidência atividades de locação de "boxes" em
Centro de Vendas. Prática que não abrange a Administração do
Shopping de Ofertas. Ausência, ademais, de efetiva prestação de
serviços. Recurso oficial improvido. (1º TACSP – AP 0962131-4 –
(42756) – Santos – 2ª C.Fér. – Rel. Juiz Amado de Faria – J.
27.02.2002)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Suspensão do


prazo por 180 dias em razão da inscrição do crédito tributário na
dívida ativa. Cômputo dos prazos anterior e posterior que leva à
consumação da prescrição anteriormente ao início da cobrança
judicial. Execução julgada extinta. Recurso provido para esse fim. (1º
TACSP – AI 1067930-0 – (42800) – São João da Boa Vista – 2ª C. –
Rel. Juiz Morato de Andrade – J. 27.02.2002)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Alegação de


não incidência do trinbuto. Matéria fática controvertida a exigir a
produção de provas em embargos. Inviabilidade da apreciação da
questão em simples exceção. Indeferimento. Recurso imrpovido. (1º
TACSP – AI 1057794-1 – (42828) – Itapecerica da Serra – 2ª C. –
Rel. Juiz Morato de Andrade – J. 20.02.2002)

RECURSO – Julgamento de exceção de pré-executividade.


Interposição de apelação, ao invés de agravo de instrumento.
Seguimento negado. Hipótese de dúvida objetiva, decorrente de
peculiaridades do caso concreto. Juiz que, processando o incidente
em apartado, refere-se depois, ao apreciar embargos de declaração,
a sentença. aplicação da fungibilidade recursal. Decisão reformada.
agravo provido. (TJSP – AI 221.555-4/9 – 2ª CDPriv. – Rel. Des. J.
G. J. Roberto Bedran – J. 20.11.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Medida


inoperante quando é argüido vício no processo de conhecimento.
Não cabe a oferta de execução de pré-executividade para a
desconstituição de sentença proferida no processo de conhecimento
e coberta pela coisa julgada. (TJSP – AI 196.909-4/0 – 6ª CDPriv. –
Rel. Des. Ernani de Paiva – J. 10.05.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Decisão que indeferiu Exceção de


pré-executividade onde se pretendia a anulação de duas execuções.
Inadmissibilidade. Inaplicabilidade da exceção de pré-executividade
quando a única execução válida já está finda. Provimento negado.
(TJSP – AI 196.957-4/8 – 8ª CDPriv. – Rel. Des. Assumpção Neves
– J. 14.05.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Oposição por mulher de co-executado. Inadequação
da via processual eleita. Matéria que não comporta discussão no
âmbito da exceção de pré-executividade, devendo ser deduzida em
embargos de terceiro. Recurso improvido. (1º TACSP – AI 0998203-
8 – (1) – Mogi das Cruzes – 6ª C. – Rel. Juiz Massami Uyeda – J.
04.12.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA


RECLAMANDO PRODUÇÃO DE PROVAS – VIA INADEQUADA –
DISCUSSÃO SOMENTE NOS EMBARGOS DO DEVEDOR –
Primeiramente, compete anotar que do contrato de locação se pode
depreender que os recorrentes o assinaram na qualidade de fiadores
do locatário. Em segundo, certo é que a exceção de pré-
executividade, por albergar apenas questão de direito, não comporta
a abertura de uma fase instrutória. Sucede, que, a alegação dos
fiadores de que houve modificação dos termos do contrato primitivo,
por aditamentos sucessivos, acarreta na necessidade da produção
de prova, principalmente em decorrência dos termos do contrato, no
qual os fiadores comprometeram-se a responder pelos alugueres e
acessórios, atualizados de acordo com a legislação aplicável
(cláusula 17ª), e os alegados aditamentos referem -se, tão somente
aos valores dos locativos. Destarte, como a questão trazida para o
bojo destes autos demanda a abertura de uma fase instrutória,
passível de ser dirimida somente em sede de embargos, incabível a
exceção de pré-executividade. (2º TACSP – AI 703.740-00/3 – 1ª C.
– Rel. Juiz Amorim Cantuária – DOESP 14.12.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Descabimento por não se enquadrar nos casos de
recebimento da exceção, tais como ausência de condições da ação
ou nulidade do título executivo. Hipótese em que se pretende discutir
matéria preclusa. Rejeição mantida. Recurso improvido. (1º TACSP –
AI 1057105-4 – (41528) – Santos – 8ª C. – Rel. Juiz Franklin
Nogueira – J. 05.12.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Alegação de inexigibilidade do título. Cabimento.
Executados que não figuram nos títulos. Impossibilidade do
ajuizamento da execução contra eles. Responsabilidade patrimonial
a ser eventualmente examinada em tempo oportuno e sede própria.
Exceção procedente. Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1054882-4
– (42778) – São Paulo – 1ª C. – Rel. Juiz Silva Russo – J.
10.12.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Hipótese de discussão de matéria típica de embargos.
Inadmissibilidade. Cabimento apenas na ausência de condições da
ação de execução. Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1053846-4 –
(40869) – São João da Boa Vista – 8ª C. – Rel. Juiz Franklin
Nogueira – J. 07.11.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Alegação de nulidade do título, pagamento parcial da
dívida e de novação. Inadmissibilidade. Necessidade de dilação
probatória. Hipótese em que se faz necessária a oposição de
embargos do devedor, após garantido o juízo. Exceção afasada.
Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1034243-1 – (41623) –
Campinas – 11ª C. – Rel. Juiz Everaldo de Melo Colombi – J.
22.11.2001)

LITIGÃNCIA DE MÁ-FÉ – Não caracterização, eis que o expediente


adotado pelo agravante não se enquadra nas hipóteses do artigo 17
do Código de Processo Civil. Agravo improvido. EXECUÇÃO POR
TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-executividade. Contrato
de mútuo. Afastada a pretensão ao acolhimento, por não se
vislumbrar no título exeqüendo vício manifesto, aferível de plano.
Agravo improvido. HONORÁRIOS DE ADVOGADO – Exceção de
pré-executividade. Verba devida pelo vencido, ante o caráter litigioso
do incidente. Agravo improvido. (1º TACSP – AI 1055172-7 – (42312)
– São Paulo – 3ª C. – Rel. Juiz Itamar Gaino – J.
06.11.2001)JCPC.17

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Contrato de promessa de compra e venda mercantil e
outros pactos. Alegação de que o título é ilíquido, pois se trata de
borderô de desconto de duplicatas. Descabimento. Matéria que deve
ser apreciada em eventuais embargos à execução. Utilização deste
procedimento que sequer previsão tem e só pode ser concedido
quando o título padecer de nulidade que possa ser declarada de
ofício. Indeferimento mantido. Recurso improvido. (1º TACSP – AI
1055637-3 – (42455) – São Paulo – 12ª C. – Rel. Juiz Sousa Oliveira
– J. 20.11.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Alegação de


ilegitimidade passiva ad causam. Descabimento. Inexistência da
comprovação da transferência do bem imóvel em tela para outrem.
Matéria, ademais, que diz respeito aos embargos à execução.
Exceção rejeitada. Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1030268-2 –
(42633) – São Paulo – 5ª C. – Rel. Juiz Carlos Luiz Bianco – J.
21.11.2001)

EXECUÇÃO – TÍTULO JUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – PEDIDO DE NULIDADE – ALEGAÇÃO DE
INDUÇÃO A ERRO QUANDO DE ACORDO CELEBRADO COM A
AUTORA PARA REPACTUAÇÃO DA DÍVIDA – DESCABIMENTO –
ANULATÓRIA – VIA PROCESSUAL ADEQUADA – A exceção de
pré-executividade é cabível em hipóteses de ato nulo que deveriam
ser observados pelo próprio magistrado. Todavia, o ato jurídico
viciado pelo erro é anulável (artigo 147, II, Código Civil) e não nulo,
ou seja, depende de demonstração de que a parte realmente foi
induzida a engano, o que deve ser feito em ação anulatória. (2º
TACSP – AI 696.965-00/8 – 7ª C. – Rel. Juiz Miguel Cucinelli –
DOESP 09.11.2001)JCCB.147 JCCB.147.II

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Alegação de cobrança excessiva de comissão de
permanência. Fato que não acarreta nulidade ou iliqüidez do título.
Legitimidade de anotação real de débito no cadastro dos órgãos de
proteção ao crédito. Agravo de instrumento improvido. (1º TACSP –
AI 1035370-7 – (41832) – São Paulo – 12ª C. – Rel. Juiz Matheus
Fontes – J. 30.10.2001)

ILEGITIMIDADE AD CAUSAM – Execução fiscal. IPTU e taxas.


Hipótese em que a agravante é a legítima proprietária do imóvel e,
portanto, a responsável pelo pagamento do tributo, não podendo
transferir ao compromissário comprador do imóvel, sem título
registrado, o ônus desse pagamento junto à credora, a Fazenda
Pública do Município de São Bernardo do Campo. Legitimidade
passiva reconhecida. Exceção de pré-executividade rejeitada.
Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1052722-5 – (42258) – São
Bernardo do Campo – 2ª C. – Rel. Juiz Alberto Tedesco – J.
24.10.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Instrumento particular de confissão de dívidas de
operações de crédito e outras avenças. Forma excepcional de o
devedor opor-se ao processo de execução. Contrato formalmente
em ordem. Questionamento sobre a sua aptidão para instruir a
execução só em embargos. Necessidade de o demonstrativo de o
crédito excutido ser conferido e de exame de documentos alusivos a
pagamentos que a agravante diz terem sido efetuados. Execução
ainda não embargada e ação declaratória concomitantes.
Inviabilidade do exame da conexidade. Só depois de embargada a
execução é que haverá sentença, e elementos que estabeleçam se
uma ação está ligada à outra, a ponto de a decisão de uma influir na
da outra. Processamento da exceção indeferido. Recurso improvido.
(1º TACSP – AI 1053169-2 – (42475) – São Paulo – 5ª C. – Rel. Juiz
Álvaro Torres Júnior – J. 24.10.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – Taxa de licença. Instituição financeira em


regime de liquidação extrajudicial. Fato que não suspende a
tramitação da execução fiscal. Crédito tributário que não está sujeito
a concurso de credores ou habilitação em falência, concordata,
liquidação, inventário ou arrolamento. Exceção de pré-executividade
rejeitada. Agravo improvido EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-
executividade. Temática reservada à matéria suscetível de
conhecimento de ofício ou à nulidade do título que seja evidente e
flagrante. Alegação de questão vinculada à extensão da dívida.
Discussão apropriada aos embargos do devedor, que se apresentam
como a via adequada. Exceção rejeitada. Agravo improvido. (1º
TACSP – AI 1.051.786-5 – Santos – 6ª C. – Rel. Juiz Marciano da
Fonseca – J. 23.10.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – Temática reservada à matéria suscetível de
conhecimento de ofício ou à nulidade do título que seja evidente e
flagrante. Alegação de questão vinculada à própria exigibilidade do
crédito em face dos encargos da dívida. Inadmissibilidade dessa
discussão porque dependente do contraditório e dilação probatória.
Controvérsia reservada aos embargos do devedor, que se
apresentam como a via adequada. Agravo provido. (1º TACSP – AI
1.044.140-8 – 6ª C. – Rel. Juiz Marciano da Fonseca – J.
23.10.2001)

EXECUÇÃO – EMBARGOS À EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – CONSIDERAÇÕES – Como regra, a defesa do
devedor é exercitada mediante embargos, após seguro o juízo,
admitindo-se a oposição da exceção de pré-executividade quando se
trata de nulidade da execução – que pode ser questionada por mera
petição, sem outra formalidade. (2º TACSP – AI 693.387-00/2 – 8ª C.
– Rel. Juiz Milton Gordo – DOESP 28.09.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Execução lastreada em notas promissórias vinculadas
a contratos de mútuo bancário. Circunstância que não retira a
executividade das cártulas. Exceção rejeitada. Recurso improvido.
(1º TACSP – AI 1.039.491-7 – São Paulo – 4ª C. – Rel. Juiz Gomes
Corrêa – J. 12.09.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Pretensão ao reconhecimento de excesso de
execução e nulidade de cláusula contratual. Descabimento, por
tratar-se de questões que demandam exame profundo em processo
cognitivo. Discussão possível apenas em embargos do devedor.
Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1021150-6 – (40808) – Amparo
– 12ª C. – Rel. Juiz Roberto Bedaque – J. 18.09.2001)

MONITÓRIA – Exceção de pré-executividade oferecida contra


execução em título executivo judicial, constituído nos termos do art.
1.102c do CPC. Inadmissibilidade da exceção contra título executivo
convertido por Lei. Agravo não provido. (1º TACSP – AI 1053129-8 –
(41362) – São Paulo – 7ª C. – Rel. Juiz Nelson Ferreira – J.
25.09.2001)JCPC.1102C
PENHORA – Depositário. Encargo recusado pelo devedor.
Admissibilidade. Necessidade, todavia, de remoção do bem
penhorado, a fim de que permaneça sob a custódia do exeqüente,
que assumiu o encargo. Recurso improvido. EXECUÇÃO POR
TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-executividade. Argüição
de carência por falta de título executivo. Descabimento, pois, trata-se
de título subscrito pelo devedor. Matéria, ademais, que exige
dedução mediante embargos. Exceção rejeitada. Recurso improvido.
(1º TACSP – AI 1039129-6 – (41485) – Rio Claro – 7ª C. – Rel. Juiz
Ariovaldo Santini Teodoro – J. 11.09.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Cerceamento de defesa. Inocorrência, eis que a
solução dependia apenas do exame do substrato documental
apresentado pelos próprios excipientes, tornando desnecessária a
réplica. Agravo improvido. EXECUÇÃO POR TÍTULO
EXTRAJUDICIAL – Nota promissória vinculada a Contrato de Capital
de Giro. Afastada a pretensão ao acolhimento da exceção de pré-
executividade, por não se vislumbrar no título exeqüendo vício
manifesto, aferível de plano. Matéria complexa, cuja discussão
haveria de ser travada em sede de embargos. Exame da
jurisprudência. Agravo improvido. (1º TACSP – AI 1038362-7 –
(41502) – São Paulo – 3ª C. – Rel. Juiz Itamar Gaino – J.
25.09.2001)

CITAÇÃO – Nulidade. Exceção de pré-executividade. Via adequada.


Inviabilidade, todavia, na espécie. Matéria controvertida.
Necessidade de instrução. Exceção rejeitada. Recurso não provido.
(1º TACSP – AI 1021983-5 – (41549) – São Paulo – 12ª C. – Rel.
Juiz Roberto Bedaque – J. 25.09.2001)

SUSPENSÃO DO PROCESSO – Execução por título extrajudicial.


Existência de demanda cognitiva em que se pretende a rescisão do
contrato, objeto da execução. Irrelevância. Eficácia inerente aos
embargos do devedor. Exceção de pré-executividade rejeitada.
Recurso não provido. (1º TACSP – AI 1036993-4 – (41554) – Franca
– 12ª C. – Rel. Juiz Roberto Bedaque – J. 25.09.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Hipótese de discussão de nulidade de título. Não
conhecimento e remessa para a sede de embargos a execução.
Inadmissibilidade. Matéria que admite o recurso à exceção de pré-
executividade. Regular processamento da exceção determinada.
Recurso provido para esse fim. (1º TACSP – AI 1039625-3 – (41632)
– São Paulo – 8ª C. – Rel. Juiz Franklin Nogueira – J. 12.09.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Descabimento por não se enquadrar nos casos de
recebimento da exceção, tais como ausência de condições da ação
ou nulidade do título executivo. Hipótese refere-se à matéria típica de
embargos. Exceção rejeitada. Recurso improvido. (1º TACSP – AI
1047564-0 – (41851) – Itapira – 8ª C. – Rel. Juiz Franklin Nogueira –
J. 12.09.2001)

PRAZO – Recurso. Interposição de embargos de declaração que


suspende o prazo. Recurso improvido. EXECUÇÃO POR TÍTULO
EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-executividade. Alegação de
nulidade na decisão em razão da ausência de exame de todas as
questões aventadas. Inadmissibilidade. Ocorrência de análise do
suficiente para a conclusão. Nulidades inexistentes. Recurso
improvido. PERITO – Honorários. Fixação do valor de acordo com a
complexidade do trabalho. Honorários do advogados também
devidos. Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1018825-3 – (41901) –
São José do Rio Preto – 8ª C. – Rel. Juiz Franklin Nogueira – J.
12.09.2001)

SUCUMBÊNCIA – Honorários de advogado. Fixação em decisão que


rejeita exceção de pré-executividade. Admissibilidade. Recurso
provido. (1º TACSP – AI 1026642-9 – (40187) – Piracicaba – 8ª C. –
Rel. Juiz Carlos Alberto Lopes – J. 08.08.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Cobrança de


débitos relativos ao não recolhimento do IPTU e Taxa de Serviços
Urbanos. Valor inscrito na Certidão de Dívida Ativa Municipal.
Execução instruída com título executivo. Nulidade do título não
comprovada. Exceção rejeitada. Agravo improvido. (1º TACSP – AI
1024180-6 – (40281) – Campinas – 11ª C. – Rel. Juiz Antonio
Marson – J. 23.08.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Apresentação após trânsito em julgado de embargos
à execução deduzidos contra execução por título extrajudicial.
Inadmissibilidade. Necessidade de esgotamento de toda a matéria
de defesa nos embargos à execução. Aplicação dos arts. 741 e 745
do CPC, sendo incabível relegação de resto de fundamentação para
fase posterior. Procrastinação indevida da execução demonstrada
porque utilizada fundamentação inadequada, caracterizando
pretensão de dilação com objetivos ilegais. Pena de litigância de má-
fé. Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1021991-7 – (40595) – São
Paulo – 6ª C. – Rel. Juiz Oscarlino Moeller – J.
07.08.2001)JCPC.741 JCPC.745

PETIÇAO INICIAL – Determinação do recolhimento de importâncias


que teriam sido recebidas a maior, uma vez considerada a ineficácia
de Lei Municipal pelo Tribunal de Contas. Caracterização de tal
decisão como título executivo. Art. 71, § 3º, da CF. Execução
formalmente hígida. Exceção de pré-executividade afastada.
Recurso improvido. (1º TACSP – AI 0986664-0 – (40628) – Mirante
Paranapanema – 5ª C. – Rel. Juiz Joaquim Garcia – J.
08.08.2001)JCF.71 JCF.71.3

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Nota promissória


vinculada a contrato de abertura em conta corrente. Perda das
características de autonomia e literalidade. O contrato de abertura de
crédito em conta corrente, cheque especial, é título inábil para o
ajuizamento de processo executório, pois, incerto e ilíquido. Súmula
nº 233, do Superior Tribunal de Justiça. Decretação de carência de
ação, por falta de título. Exceção de pré-executividade procedente.
Recurso provido para esse fim. HONORÁRIOS DE ADVOGADO –
Carência da execução por falta de título. Extinção do processo sem
julgamento do mérito. Aplicação do § 4º do artigo 20 do Código de
Processo Civil. Arbitramento dos honorários determinado. Recurso
provido para esse fim. (1º TACSP – AI 1022138-4 – (40699) – São
Paulo – 6ª C. – Rel. Juiz Jorge Farah – J. 07.08.2001)JCPC.20
JCPC.20.4
PENHORA – Bem de família. Pretensão ao levantamento da
constrição deduzida em "exceção de pré-executividade".
Admissibilidade. Impenhorabilidade pode ser apreciada por simples
petição. Conhecimento determinado. Recurso provido. (1º TACSP –
AI 1034499-3 – (40863) – São Paulo – 8ª C. – Rel. Juiz Rubens Cury
– J. 29.08.2001)
EXECUÇÃO PR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-
executividade. Admissiibldade somente quando a discussão envolver
a legalidade do título exeqüendo, inocorrente na espécie.
Circunstâncas outras que deveriam ser objeto de embargos do
devedor, mormente pela necessidade de dilação probatória.
Condenação dos executados à pena por litigância de má-fé, por frça
do artigo 601 do CPC. Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1026466-
9 – (40889) – Jaboticabal – 6ª C. – Rel. Juiz Jorge Farah – J.
21.08.2001)JCPC.601

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Descabimento por não se enquadrar nos casos de
recebimento da exceção, tais como ausência de condições da ação
ou nulidade do título executivo. Hipótese em que se refere à matéria
típica de embargos, ademais, preclusa. Rejeição mantida. Recurso
improvido. (1º TACSP – AI 1033300-7 – (41442) – Santos – 8ª C. –
Rel. Juiz Franklin Nogueira – J. 08.08.2001)

PENHOR MERCANTIL – Instrumento particular não assinado por


testemunhas. Irrelevância. Título executivo configurado. Código de
Processo Civil, art. 585, inc. III. Exceção de pré-executividade
rejeitada. Agravo improvido. (1º TACSP – AI 1029385-1 – (41598) –
Franca – 12ª C. – Rel. Juiz Matheus Fontes – J.
06.08.2001)JCPC.585 JCPC.585.III

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Alegação pelos recorrentes de não ser o título
executivo líquido, certo e exigível por ter havido novação entre as
partes. Inviabilidade. Hipótese de matéria que deve ser invocada e
ventilada nos embargos do devedor, após seguro o Juízo. Recurso
improvido. (1º TACSP – AI 1031676-8 – (41668) – Campinas – 12ª
C. – Rel. Juiz Beretta da Silveira – J. 06.08.2001)
RECURSO – Agravo de Instrumento. Descumprimento ao art. 526 do
CPC. Irrelevância. Apresentação de resposta pela agravada.
Preliminar de contra-minuta afastada. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – Rejeição liminar. Cédulas de crédito rural
passadas em favor de cooperativa agrícola. Alegação de questões
de ordem pública que podem ser conhecidas a todo tempo e em
qualquer grau de jurisdição. Art. 146, § único e art. 267, § 3º do CPC.
Objeção admitida. Decisão cassada. Agravo de instrumento provido
em parte. (1º TACSP – AI 1024182-0 – (41769) – Adamantina – 12ª
C. – Rel. Juiz Paulo Razuk – J. 14.08.2001)JCPC.526 JCPC.146
JCPC.146.PUN JCPC.267 JCPC.267.3

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Execução lastreada em contrato de mútuo e aditivos
entre empresa de exploração de posto de gasolina e distribuidora de
combustíveis. Hipótese em que a apuração do saldo devedor
depende da verificação do volume de vendas do posto de gasolina
(mutuário) no período, sendo insuficiente para tanto o mero cálculo
aritmético. Cabimento da objeção (exceção), em razão da ausência
de título executivo. Artigos 618 e 586 do CPC. Nulidade da execução
reconhecida. Recurso provido. (1º TACSP – AI 1029340-2 – (41790)
– São Paulo – 4ª C. – Rel. Juiz Gomes Corrêa – J.
22.08.2001)JCPC.618 JCPC.586

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Existência de assinatura no verso do cheque,
assumindo o recorrente a condução de avalista. Ausência da
expressão "por aval", que não o desnatura. Interdição decretada em
data anterior à emissão do cheque, ocasião em que o agravante não
mais detinha capacidade para os atos da vida civil. Nulidade
reconhecida. Ilegitimidade de parte do executado. Exceção de pré-
executividade acolhida. Extinção da execução. Recurso provido para
esse fim. (1º TACSP – AI 1018727-2 – (42244) – São Paulo – 5ª C. –
Rel. Juiz Manoel Mattos – J. 08.08.2001)
EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-
executividade. matéria que contempla impugnação quanto ao cálculo
da dívida. Questão que não comporta discussão através de exceção
de pré-executividade e que deve ser objeto de embargos à
execução. Inexistência de nulidade do título reconhecível de plano e
capaz de ser declarada de ofício. Agravo de instrumento não
provido. (1º TACSP – AI 1.020.309-5 – Ubatuba – 2ª C. – Rel. Juiz
Amado de Faria – J. 15.08.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – Taxa de Licença e Funcionamento e ISS.


Interposição de exceção de pré-executividade, objetivando discutir
irregularidades no lançamento. Inadmissibilidade. Matéria a ser
discutida na via processual adequada. Recurso improvido.
ILEGITIMIDADE AD CAUSAM – Execução fiscal. Ação proposta
contra empresa incorporada. Admissibilidade. Aplicação do disposto
no artigo 132 do Código Tributário Nacional. Preliminar repelida.
Recurso improvido. SUCUMBÊNCIA – Honorários de advogado.
Fixação em decisão que rejeita exceção de pré-executividade.
Admissibilidade. Recurso improvido. CITAÇÃO – Execução fiscal.
Nulidade não alegada por ocasião da interposição da exceção de
pré-executividade. Matéria, todavia, analisada pelo Magistrado.
Inadmissibilidade. Recurso parcialmente provido para cancelar a
decisão recorrida nesta parte. (1º TACSP – AI 1.043.350-0 – São
José dos Campos – 8ª C. – Rel. Juiz Carlos Alberto Lopes – J.
29.08.2001)

ARRENDAMENTO MERCANTIL – LEASING – EXECUÇÃO –


TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL – CONTRATO – LIQUIDEZ
E CERTEZA – CABIMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – DISCUSSÃO SOBRE A EXIGIBILIDADE OU
NÃO DAS VERBAS APONTADAS PELO CREDOR –
DESCABIMENTO – EMBARGOS DO DEVEDOR – VIA ADEQUADA
– Descabida se mostra a argüição de exceção de pré-executividade
fundada na alegada falta de pressuposto de existência e validade do
processo por ausência de certeza e liquidez do título executivo
extrajudicial, considerando que a inicial encontra-se estribada em um
contrato de arrendamento mercantil, documento hábil a amparar a
pretensão jurissatisfativa (Código de Processo Civil, artigo 585,
inciso II), devendo a questão da exigibilidade ou não das verbas
apontadas pelo credor exeqüente ser dirimida em sede de embargos
do devedor. (2º TACSP – AI 677.917-00/4 – 1ª C. – Rel. Juiz Amorim
Cantuária – DOESP 03.08.2001)JCPC.585 JCPC.585.II
EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
REQUISITOS – A exceção de pré-executividade se limita à
discussão dos pressupostos processuais ou condições da ação. (2º
TACSP – AI 676.684-00/2 – 6ª C. – Rel. Juiz Lino Machado –
DOESP 17.08.2001)

EXECUÇÃO – LOCAÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


ILEGITIMIDADE DE PARTE – ACOLHIMENTO – RENOVATÓRIA
PREJUDICADA – RENOVAÇÃO DA FIANÇA – INOCORRÊNCIA –
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA – INADMISSIBILIDADE (CÓDIGO
CIVIL ARTIGO 1483) – EXTINÇÃO DA AÇÃO – Mera promessa de
fiança não vincula o proponente à obrigação projetada em ação
renovatória de locação, julgada extinta, como corolário da parêmia o
acessório segue o principal. (2º TACSP – Ap. c/ Rev. 599.508-00/0 –
2ª C. – Rel. Juiz Peçanha de Moraes – DOESP
17.08.2001)JCCB.1483

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – APELAÇÃO


– PREPARO – DESOBRIGATORIEDADE – Agravo de Instrumento.
Execução. Exceção de pré-executividade. Recurso. Ausência de
preparo. Legislação estadual. Exclusão do pagamento de custas.
Aplicação da Súmula nº 27 do Primeiro Tribunal de Alçada Civil.
Deserção afastada. Agravo provido. (2º TACSP – AI 679.708-00/5 –
12ª C. – Rel. Juiz Campos Petroni – DOESP 31.08.2001)
EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – COBRANÇA
DE ALUGUERES E ENCARGOS A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO
PELO PERÍODO EM QUE AGUARDOU A REGULARIZAÇÃO DE
RELÓGIO MEDIDOR DE LUZ – RESSALVA CONTIDA NO RECIBO
DE ENTREGA DAS CHAVES – IRRELEVÂNCIA – LIQUIDEZ,
CERTEZA E EXIGIBILIDADE – AUSÊNCIA – CABIMENTO – A
exceção de pré-executividade, não normatizada, mas admitida pela
doutrina pátria, diz com a argüição de fatos relevantes para imediata
extinção da execução, tais como ausência de pressupostos para
constituição válida e regular do processo, condições da ação ou vício
intrínseco do título executivo. Verbas indenizatórias não têm sede na
execução, patente a ausência de liquidez e certeza a justificar liminar
trancamento da demanda. (2º TACSP – Ap. c/ Rev. 603.285-00/4 –
4ª C. – Rel. Juiz Francisco Casconi – DOESP 31.08.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – POSSIBILIDADE DE SER


INTERPOSTA COM ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DO TÍTULO QUE
AMPARA O PLEITO EXECUTÓRIO – Inteligência dos arts. 586 e
618, I, ambos do CPC. Nulidade que pode ser argüida nos próprios
autos da execução. Contrato de abertura de crédito rotativo em conta
corrente. Iliquidez configurada. Ausência de força executiva.
Inaplicabilidade da Súmula nº 11 desta Corte, posto superada pela
Súmula nº 233 do STJ. Execução que é declarada nula e extinta,
com base nos arts. 586, 618, I, c/c art. 267, IV, e seu § 3º, todos do
CPC. Recurso provido para esse fim. (1º TACSP – AI 1.033.317-2 –
5ª C. – Rel. Juiz Cunha Garcia – J. 22.08.2001)JCPC.586 JCPC.618
JCPC.618.I JCPC.267 JCPC.267.IV JCPC.267.3

DENUNCIAÇÃO DA LIDE – AÇÃO PRINCIPAL E LIDE


SECUNDÁRIA PROCEDENTES – Possibilidade de o autor da ação
de conhecimento executar a sentença diretamente contra a
seguradora litisdenunciada. Hipótese em que o réu da ação principal
não possui bens penhoráveis. Solução harmônica com o princípio da
economia processual. Reconhecida a legitimidade passiva da
seguradora para a execução. Exceção de pré-executividade
rejeitada. Recurso provido para este fim. (1º TACSP – AI 1.007.954-2
– 11ª C. – Rel. Juiz Melo Colombi – J. 07.06.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


INEXISTÊNCIA NO DIREITO PROCESSUAL –
EXCEPCIONALIDADE ADMISSÍVEL NA NULIDADE ABSOLUTA –
MAU USO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – CARACTERIZAÇÃO – A
exceção de pré-executividade não representa direito de defesa
reconhecido no direito processual, que somente pode ser levantada
em embargos do devedor, garantido o juízo da execução. O mau uso
da exceção, destinada às nulidades absolutas do título, declaráveis
de ofício, caracteriza litigância de má-fé, e este é o caso dos autos,
onde se busca tão somente a protelação da execução, subtraindo do
juízo a garantia que a Lei exige. Decisão mantida. Recurso
improvido, com a aplicação da penalidade, por litigância de má-fé.
(2º TACSP – AI 670.759-00/4 – 2ª C. – Rel. Juiz Felipe Ferreira –
DOESP 22.06.2001)

EMBARGOS DO DEVEDOR – Prazo. Preliminar de


intempestividade. Inadmissibilidade. Embargante que ficou impedida
de retirar os autos em face de abertura de prazo comum, motivo pelo
qual foi devolvido o prazo para embargar. Preliminar afastada.
RECURSO – Agravo retido. Insurgência contra a decisão do Juiz
relator que admitiu o aditamento da petição inicial dos embargos à
execução em execução de ação rescisória. Inadmissibilidade.
Recurso incabível, posto que se trata de decisão interlocutória de
relator que deve ser combatida através de agravo regimental. Agravo
retido não conhecido. Voto vencido. EMBARGOS DO DEVEDOR –
Requisitos. Alegação de nulidade da penhora, porque a gleba
constrita está em nome dos próprios embargados. Inadmissibilidade.
Penhora que incidiu sobre direitos reconhecidos pelo acórdão
proferido na ação rescisória. Matéria que não pode ser discutida em
embargos, tendo em vista os temas discriminados no artigo 741 do
Código de Processo Civil. Preliminar afastada. Recurso improvido.
SENTENÇA – Requisitos. Nulidade da sentença homologatória por
falta de fundamentação e conseqüentemente da própria execução da
ação rescisória. Inadmissibilidade. Sentença que está fundamentada
de modo sucinto, reportando-se ao valor fixado pelo Juiz Presidente,
em decisão bem fundamentada, sendo certo que a liquidação
efetivou-se por arbitramento. Momento inoportuno para se discutir a
nulidade da ação rescisória, considerando que existem recursos
próprios para isso e que não foram aparelhados pela parte
interessada. Discussão que deve limitar-se ao título executivo
judicial, que teve origem no acórdão da ação rescisória. Preliminar
afastada. Recurso improvido. PROVA – Laudo pericial. Inidoneidade
alegada. Inadmissibilidade. Matéria que foi bem debatida na ocasião
oportuna e não foi superveniente à sentença, o que impossibilita sua
apreciação em embargos à execução de ação rescisória. Preliminar
afastada. Recurso improvido. LITISCONSÓRCIO – Embargos à
execução de Ação Rescisória. Alegação de que deveria a Prefeitura
Municipal de Carapicuíba ocupar o pólo passivo da ação rescisória.
Inadmissibilidade. Inexistência de ofensa aos artigos 47 e 741, inciso
I, da Lei de Rito, tendo em vista que ação de reintegração de posse
foi proposta pelos embargados contra a embargante, que se
encontrava na posse e cujo comportamento foi considerado esbulho.
Nulidade inexistente. Preliminar afastada. Recurso improvido.
JUROS COMPENSATÓRIOS – Alegação de que a cobrança é
indevida, considerando que passou a ocupar o imóvel desde 1970,
em razão de ato expropriatório da Prefeitura Municipal de
Carapicuíba e nele construiu várias benfeitorias para viabilizar o
início de suas atividades industriais. Inadmissibilidade. Juros
compensatórios que foram dados por esta Corte quando julgou a
ação rescisória e sua cobrança não se constitui em excesso, tendo
em vista que não foi desconstituído o referido julgamento, que
produz, em conseqüência, os seus devidos efeitos jurídicos.
Embargos à execução improcedentes. Recurso improvido.
EMBARGOS À EXECUÇÃO – Ação rescisória. Direito de retenção
da embargante das benfeitorias por ela construídas no imóvel em
litígio. Excesso de execução, sendo de rigor a compensação dos
pagamentos feitos à Municipalidade a título de impostos, taxas e
demais emolumentos. Inadmissibilidade. Pretensão não garantida
em Lei. Não participação da Prefeitura Municipal de Carapicuíba na
ação rescisória, inexistindo qualquer obrigação a ser por ela
cumprida em face da embargante até o presente momento, não se
podendo admitir a compensação envolvendo os impostos, taxas e
demais emolumentos pagos por esta. Embargos à execução
improcedentes. Recurso improvido. EMBARGOS DO DEVEDOR –
Ação rescisória. Excesso na execução. Inadmissibilidade. Conta que
seguiu o comando emergente do acórdão, tomando como base o
laudo de avaliação que não foi desconstituído no momento oportuno,
ficando evidente que nova perícia é desnecessária. Cálculo que traz
os índices oficiais utilizados para a correção monetária e percentual
aplicado, que já foi objeto de debate pela embargante. Inexistência
de ofensa ao artigo 5º, inciso I, da Constituição Federal, tendo em
vista que as partes receberam o mesmo tratamento do Poder
Judiciário. Pedido voltado ao recebimento do inconformismo como
exceção de pré-executividade prejudicado. Embargos à execução
improcedentes. Recurso improvido. (1º TACSP – EEx 378.964-8/05 –
São Paulo – 2º G.C. – Rel. Juiz Roque Mesquita – J.
12.06.2001)JCPC.741 JCPC.741.I JCPC.47 JCF.5 JCF.5.I

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Embargos julgados


improcedentes por decisão transitada em julgado. Posterior argüição
de inexistência de título executivo através de exceção de pré-
executividade. Inadmissibilidade. Recurso do devedor improvido.
Imposição de pena por litigância de má-fé. (1º TACSP – AI 1019815-
1 – (39509) – Americana – 2ª C. – Rel. Juiz Morato de Andrade – J.
06.06.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade.


Desacolhimento, ante a regular inscrição da dívida, já tendo sido,
ademais, os embargos do devedor rejeitados pelo mérito. Afastada,
ainda, a pretensão ao reconhecimento da ocorrência de prescrição,
decadência, nulidade da citação da co-executada e ilegitimidade
passiva ad causam. Agravo improvido. (1º TACSP – AI 1020392-0 –
(39952) – Campinas – 3ª C. – Rel. Juiz Itamar Gaino – J.
27.06.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Incidente utilizado inadequadamente com o objetivo
de impedir a penhora e suspender o prosseguimento da ação.
Ocorrência de rejeição liminar. Recurso improvido. (1º TACSP – AI
1024018-5 – (40180) – Piracicaba – 8ª C. – Rel. Juiz Carlos Alberto
Lopes – J. 06.06.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Execução por título


extrajudicial. Cédula rural pignoratícia e hipotecária. Alegação de
inexigibilidade do título por força do direito à securitização da dívida
agrária. Matéria que pode ser alegada e decidida em exceção de
pré-executividade. Hipótese em que há divergência quando ao
cálculo do débito para o acordo, bem como alegação de excesso de
execução. Circunstância que reclama dilação probatória.
Necessidade de realização de prova técnica contábil que, no caso,
impede a solução da questão pela via da exceção, impondo ser
decidida em embargos do devedor. Recurso improvido. (1º TACSP –
AI 1010964-3 – (40563) – Catanduva – 4ª C. – Rel. Juiz Oséas Davi
Viana – J. 20.06.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Diferença de remuneração recebida a maior no
exercício de 1996, no Município de Mirante do Paranapanema,
apurada por decisão do E. Tribunal de Contas do Estado. Alegação
de que a execução deveria ter sido incoada nos moldes da Lei nº
6.830/80 e de que o título in casu não é líquido e certo.
Descabimento. Cobrança de natureza não tributária. Dívida que, no
caso, independe de inscrição. Crédito que cabe ser exigido mesmo
pela via da execução comum. Questão, ademais, já apreciada e
decidida nos autos. Decisão do E. Tribunal de Contas do Estado que
constitui título executivo constitucional (CF, arts. 71 e 75). Liquidez e
certeza do título caracterizada. Exceção de pré-executividade
rejeitada. Recurso improvido. (1º TACSP – AI 0988706-1 – (40578) –
Mirante Paranapanema – 4ª C. – Rel. Juiz Oséas Davi Viana – J.
06.06.2001)JCF.71 JCF.75

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária. Alegação de
inexigibilidade do título por força do direito à securitização da dívida
agrária. Matéria que pode ser alegada e decidida em exceção de
pré-executividade. Hipótese, porém, em que há divergência quanto
ao cálculo do débito para o acordo, bem como alegação de excesso
de execução. Circunstâncias que reclamam dilação probatória.
Necessidade de realização de prova técnica contábil que, no caso,
impede a solução da questão pela via da exceção, só cabendo ser
decidida em embargos à execução. Recurso improvido. (1º TACSP –
AI 1006617-0 – (40681) – Catanduva – 4ª C. – Rel. Juiz Oséas Davi
Viana – J. 06.06.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Cheque. Alegação de falta de exigibilidade do título,
por ter sido emitido em garantia de negociação de mercadorias, por
consignação, cuja devolução foi recusada pelo exeqüente.
Descabimento. Hipótese de ordem de pagamento à vista que não se
prende à causa subjacente. Impossibilidade de substituir embargos à
execução pela exceção oferecida. Recurso improvido. (1º TACSP –
AI 1028300-4 – (40906) – São Paulo – 11ª C. – Rel. Juiz Urbano
Ruiz – J. 21.06.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Nulidade da execução decorrente de exceptio non
adimpleti contractus. Matéria que envolve a produção de prova.
Impossibilidade de ser declarada de ofício, sendo o meio adequado
para a discussão dos embargos à execução. Rejeição mantida.
Agravo improvido. CONEXÃO – Reunião de processos. Ação de
execução e ação ordinária de revisão contratual. Diversidade de
objeto e causa de pedir. Identidade necessária. Requisito não
atendido. Tutelas judiciais independentes. Rejeição mantida. Agravo
improvido. (1º TACSP – AI 1018282-8 – (41055) – São Paulo – 11ª
C. – Rel. Juiz Antonio Marson – J. 07.06.2001)
CONTRATO – Prestação de serviços. Fornecimento de materiais.
Pavimentação de via pública por empresa privada, de economia
mista. Serviços contratados, faturados e o devedor aceitou as
duplicatas, protestadas. Títulos que preenchem os requisitos do art.
586 do CPC. Legalidade na prestação de serviços públicos por
empresas privadas. Contribuição de melhoria, sendo alguns, que
apenas pode ser lançada depois de apurada a valorização
provocada pela obra. Valorização a ser na base de cálculo do tributo.
Impossibilidade, agora, depois de concluída a pavimentação, de
apurar o preço do imóvel antes da pavimentação, sem que possa a
proprietário locupletar-se. Pavimentação, aliás, que poderia, pela Lei
nº 6.766/79, ser de responsabilidade e obrigação do loteador, sem
que se possa agora repassar o custo a todos os outros munícipes.
Exceção de pré-executividade afastada. Recurso provido para
determinar o prosseguimento da execução. (1º TACSP – AP
0823284-0 – (42150) – Marília – 11ª C. – Relª Juíza Constança
Gonzaga – J. 21.06.2001)JCPC.586

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Execução por título


extrajudicial. Cambial. Nota promissória. Execução contra avalista de
empresa em regime de concordata. Admissibilidade, diante do não
enquadramento no art. 24, do Decreto-Lei nº 7661/45, para fins de
suspensão da execução, mesmo tendo sido habilitado o crédito na
concordata. Exceção rejeitada. Recurso não provido. (1º TACSP – AI
1011698-8 – (38707) – São Paulo – 1ª C. – Rel. Juiz Edgard Jorge
Lauand – J. 14.05.2001)

RECURSO – Agravo de instrumento. Ausência de peças de juntada


facultativa porém essenciais à compreensão da controvérsia. Ônus
do recorrente em formar adequadamente o instrumento. Recurso
não conhecido nesta parte. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
Discussão sobre a legalidade da origem do débito. Descabimento.
Matéria que desborda de seus limites. Recurso conhecido em parte e
nesta improvido. COISA JULGADA – Limites objetivos. Hipótese, em
que, simples parecer emanado da assessoria jurídica do TCE não
faz coisa julgada. Recurso conhecido em parte e nesta improvido. (1º
TACSP – AI 0986651-3 – (38867) – Mirante Paranapanema – 2ª C. –
Rel. Juiz Amado de Faria – J. 23.05.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Determinação de


adequação ao procedimento especial da ação monitória.
Inviabilidade. Impossibilidade de emenda após citação do devedor,
sem anuência deste. Necessidade de análise da exceção de pré-
executividade oposta. Recurso provido. (1º TACSP – AI 0979785-3 –
(39188) – São Paulo – 8ª C. – Rel. Juiz Antonio Carlos Malheiros – J.
09.05.2001)

RECURSO – Acidente de trânsito. Pretensão ao recebimento do


recurso de apelação interposto da decisão que rejeitou a exceção de
pré-executividade determinando o prosseguimento da execução.
Inadmissibilidade. Hipótese de interposição de agravo de
instrumento por tratar-se de uma decisão interlocutória. Recurso
improvido. (1º TACSP – AI 1013325-8 – (39310) – Serra Negra – 9ª
C. – Rel. Juiz Armindo Freire Mármora – J. 22.05.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Nota promissória acompanhada de outros
documentos. Exceção que inclui correção monetária e custas
indevidamente, acarretando excesso. Descabimento. Matéria que
não diz respeito às condições da ação, pressupostos processuais, ou
nulidade, relativos à execução, ou matéria de mérito que independe
de prova. Descabimento, ainda, em razão da exceção ser
apresentada após interposição de embargos, julgados extintos, ou
seja, em momento inoportuno. Rejeição determinada. Recurso
improvido. (1º TACSP – AI 0989227-9 – (39379) – Santo André – 3ª
C. – Rel. Juiz Luiz Augusto de Salles Vieira – J. 08.05.2001)

EXECUÇÃO POR TITULO EXTRAJUDICIAL – Contrato. Abertura de


crédito em conta corrente. Confissão de dívida somente de
transação extrajudicial, determinante de suspensão de execução.
Forma de pagamento configurada nos termos do artigo 1025 do
Código Civil, efeitos de coisa julgada verificada. Artigo 1030 do CC.
Continuidade da execução, por inadimplemento da transação, que se
opera com base no novo título, não mais se cogitando do contrato
originário de abertura de crédito a que ensejou. Exceção de pré-
executividade rejeitada. Recurso improvido. (1º TACSP – AI
1010756-1 – (39473) – Pereira Barreto – 6ª C. – Rel. Juiz Oscarlino
Moeller – J. 08.05.2001)JCCB.1025 JCCB.1030

COISA JULGADA – Limites objetivos. Execução de contrato de


abertura em conta-corrente. Rejeição de exceção de pré-
executividade com fundamento na Súmula 233 do Superior Tribunal
de Justiça. Ação, todavia, que já havia sido embargada, cujo
julgamento foi de improcedência. Preclusão máxima ou coisa julgada
formal configurada. Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1008572-4 –
(40622) – Araçatuba – 12ª C. – Rel. Juiz Matheus Fontes – J.
15.05.2001)

CITAÇÃO – Pessoa jurídica. Advogado de empresa que recebe a


citação em nome dela. Possibilidade, tendo em vista a recepção do
ato por pessoa conhecedora de todas as suas conseqüências.
Teoria da aparência. Entendimento que consagra prestígio à boa-fé,
segurança e transparência nas relações sociais. Citação válida.
Litigância de má-fé configurada. Penalidade aplicada. Exceção de
pré-executividade rejeitada. Recurso improvido. (1º TACSP – AI
1.011.652-2 – 8ª C. – Rel. Juiz Maurício Ferreira Leite – J.
09.05.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – Prescrição intercorrente. Cobrança de multa


por infração administrativa, que não configura crédito tributário
previsto no art. 174, do Código Tributário Nacional. Prazo
prescricional de vinte (20) anos, de acordo com o art. 177, do Código
Civil. Exceção de pré-executividade improcedente. Recurso
improvido. (1º TACSP – AI 1.007.810-5 – Santo André – 2ª C. – Rel.
Juiz Alberto Tedesco – J. 23.05.2001)JCCB.177

RECURSO – Agravo de instrumento. Acolhimento de exceção de


pré-executividade. Extinção da execução. Cabimento de apelação.
Inexistência de dúvida objetiva. Não aplicação do princípio da
fungibilidade. Erro inescusável. Agravo não conhecido. (1º TACSP –
AI 990.497-8 – Marília – 12ª C. – Rel. Juiz Roberto Bedaque – J.
15.05.2001)

RECURSO – AGRAVO DE INSTRUMENTO – ACOLHIMENTO DA


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXCLUSÃO DO FIADOR
CO-RÉU DA LIDE – DECISÃO QUE COLOCA TERMO AO
PROCESSO – RECURSO CABÍVEL – APELAÇÃO – A decisão que
acolhe exceção de pré-executividade excluindo os fiadores-
executados do polo passivo é terminativa, sujeita, portanto, a recurso
de apelação. (2º TACSP – AI 666.024-00/5 – 3ª C. – Rel. Juiz Ribeiro
Pinto – DOESP 04.05.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


INEXISTÊNCIA NO DIREITO PROCESSUAL –
EXCEPCIONALIDADE ADMISSÍVEL NA NULIDADE ABSOLUTA –
MAU USO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – CARACTERIZAÇÃO – A
exceção de pré-executividade não representa direito de defesa
reconhecido no direito processual, que somente pode ser levantada
em embargos do devedor, garantido o juízo da execução. O mau uso
da exceção, destinada às nulidades absolutas do título, declaráveis
de ofício, caracteriza litigância de má-fé. Decisão mantida. Recurso
improvido, com a aplicação da penalidade, por litigância de má-fé.
(2º TACSP – AI 677.568-00/9 – 2ª C. – Rel. Juiz Felipe Ferreira –
DOESP 18.05.2001)

COISA JULGADA – Limites objetivos. Taxa de licença renovada


anualmente. Ação anulatória julgada procedente em relação ao
lançamento de determinado exercício. Inexistência de coisa julgada
quanto aos lançamentos dos anos subseqüentes. Exceção de pré-
executividade rejeitada. Recurso improvido. (1º TACSP – AI
1004357-1 – (38017) – Santos – 2ª C. – Rel. Juiz Morato de Andrade
– J. 04.04.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade.


Impropriedade. Artigo 16 da Lei nº 6803/80. Procedimento compacto
e célere que não poderia ser alongado através da exceção em
questão. Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1013154-9 – (38548) –
Santos – 11ª C. – Rel. Juiz Urbano Ruiz – J. 19.04.2001)

EXECUÇÃO POR TITULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Nota promissória vinculada a Contrato de crédito
rotativo. Afastada a pretensão ao acolhimento da exceção de pré-
executividade, por não se vislumbrar no título exeqüendo vício
manifesto, aferível de plano. Matéria complexa, cuja discussão
haveria de ter sido travada em sede de embargos. Agravo improvido.
(1º TACSP – AI 1005095-0 – (38594) – Sorocaba – 3ª C. – Rel. Juiz
Itamar Gaino – J. 10.04.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Âmbito. Hipótese em que se discute matéria típica de
embargos. Inadmissibilidade. Cabimento apenas na hipótese de
ausência das condições da ação de execução. Rejeição mantida.
Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1005100-6 – (38602) – São
Joaquim da Barra – 8ª C. – Rel. Juiz Franklin Nogueira – J.
18.04.2001)

EXECUÇÃO POR TITULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Contrato de abertura de crédito. Admissibilidade.
Avença que não possui liquidez, condição básica para o ajuizamento
da execução. Cabível a argüição, através de exceção de pré-
executividade, que objetiva impugnação no juízo de admissibilidade
da ação executiva. Inaplicabilidade da Súmula nº 11 do e. 1º TAC.
Sumula nº 233 do C. STJ. agravo provido. (1º TACSP – AI 0995405-
0 – (38664) – São Paulo – 3ª C. – Rel. Juiz Luiz Augusto de Salles
Vieira – J. 24.04.2001)
EXECUÇÃO FISCAL – Imposto. Predial e territorial urbano.
Ajuizamento contra contribuinte que já não é mais proprietário do
imóvel tributado. Veiculação da alegação por exceção de pré-
executividade. Cabimento. Ausência de impedimento da argüição
para evitar o processamento da execução sem título idôneo.
Limitação da extensão do recurso à questão da viabilidade de
exceção admitindo ou não seu processamento, vedada a supressão
de um grau jurisdicional. Recurso provido. (1º TACSP – AI 0989957-
2 – (38907) – Santo André – 5ª C. – Rel. Juiz Joaquim Garcia – J.
04.04.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Execução amparada em aditivo contratual que prevê
o pagamento de quantia certa em prestações estabelecidas que
poderão eventualmente, ser atacadas pelos embargos próprios
garantido o juízo. Via escolhida que se mostra imprópria. Recurso
improvido. (1º TACSP – AI 1005071-0 – (39115) – São Paulo – 10ª
C. – Rel. Juiz Remolo Palermo – J. 24.04.2001)
EXECUÇÃO POR TITULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-
executividade. Contrato de confissão de divida garantido por notas
promissórias. Solidariedade. Aval. Alegação da executada de
inexistência da obrigação solidária ou cambial decorrente do aval.
Matéria que dispensa a oposição de embargos à execução. Engano
do Juiz ao entender necessária a dilação probatória. Inexistência de
controvérsia quanto as assinaturas constantes do contrato e dos
títulos. Responsabilidade da executada que deveria ser comprovada
mediante exibição do instrumento do mandato que teria sido
outorgado ao marido segundo alegação da credora-exeqüente _
Ônus da prova que lhe incubia (art. 333, I, Código de Processo Civil).
Prova, todavia, inexistente. Inadmissibilidade de se acolher alegação
da teoria da aparência ou da boa-fé. Empresa de porte, do ramo da
construção civil, a quem incumbia exercer com zelo os seus
negócios, tomando as cautelas normais que se exigiria do homem
comum. Nulidade da execução reconhecida. Extinção do processo
decretada. Artigo 618, I, CPC. Recurso provido. (1º TACSP – AI
1004389-3 – (39481) – São Paulo – 4ª C. – Rel. Juiz Paulo Roberto
de Santana – J. 04.04.2001)JCPC.333 JCPC.333.I JCPC.618
JCPC.618.I

EXECUÇÃO HIPOTECARIA – Exceção de pré-executividade. Ação


aparelhada em contrato de venda e compra de bem imóvel,
financiamento com garantia hipotecária e outras avencas. (Lei nº
5741/71, artigo 1º). Instrução da petição inicial com os documentos
indicados neste dispositivo legal. Nulidade da execução não
reconhecida. Suspensão da execução. Impossibilidade. Ajuizamento
de ação de revisão do saldo devedor e de consignação em
pagamento. Irrelevância. Certeza, liquidez e exigibilidade,
inabaladas. Prosseguimento da execução determinada. Artigo 585, §
1º do Código de Processo Civil. Exceção de pré -executividade
rejeitada. Recurso improvido. (1º TACSP – AI 1001860-1 – (39917) –
São Paulo – 10ª C. – Rel. Juiz Ary Bauer – J. 24.04.2001)JCPC.585
JCPC.585.1
HONORÁRIOS DE ADVOGADO – Sucumbência. Execução por título
judicial. Exceção de pré-executividade anteriormente rejeitada
liminarmente. Inocorrência de preclusão que impossibilite o reexame
dos pressupostos processuais e das condições da ação de execução
em fase ulterior. Contrato de honorários celebrado na vigência da Lei
nº 4216/63. Previsão de reversão em favor do advogado, em caso de
vitória na demanda. Admissibilidade, por tratar-se de direito
contratualmente assegurado ao advogado e que lhe possibilita o
exercício da execução em nome próprio. Carência afastada.
Legitimidade ativa da sociedade de advogados para a execução da
verba que deva reverter aos advogados dela integrantes
reconhecido. Descabimento, ademais, da exigência do recolhimento
da taxa judiciária na instauração da execução por título judicial.
Recurso provido. (1º TACSP – AP 0889574-1 – (40541) – São Paulo
– 7ª C. – Rel. Juiz Ariovaldo Santini Teodoro – J. 10.04.2001)

MONITÓRIA – Mandado monitório convertido em executivo.


Argüição de exceção de pré-executividade. Descabimento. Matéria
alegada na exceção que demanda dilação probatória própria de
embargos monitórios de primeira fase. Inaplicabilidade dos institutos
da objeção e exceção de pré-executividade ao caso concreto. Via
processual Inadequada. Recurso improvido. (1º TACSP – AI
1.004.384-8 – Mogi das Cruzes – 4ª C. – Rel. Juiz Gomes Corrêa –
J. 04.04.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Inadmissibilidade na hipótese, eis que o objeto da
exceção é restrito, relacionado à ausência de liquidez, de certeza e
de exigibilidade do título, aferível de plano. Exame da jurisprudência.
Recurso improvido. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – Caracterização.
Utilização de expedientes a evidenciar o intuito de protelar o
cumprimento de obrigação reconhecidamente válida. Inteligência do
artigo 17, incisos IV e V, do Código de Processo Civil. Imposição de
multa, nos termos do artigo 18 do mesmo Código. Recurso improvido
com essa observação. (1º TACSP – AI 1.005.913-3 – São Paulo – 3ª
C. – Rel. Juiz Itamar Gaino – J. 10.04.2001)JCPC.17 JCPC.17.IV
JCPC.17.V

RECURSO – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO POR


TÍTULO JUDICIAL – AÇÃO DE COBRANÇA – DESPESAS
CONDOMINIAIS – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
REJEIÇÃO LIMINAR – ALEGADA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA
DA JUSTIÇA ESTADUAL – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL –
INVOCADA ILEGITIMIDADE PASSIVA DESTA – VÍCIO, PORÉM,
NA DECISÃO, POR FALTA DE APRECIAÇÃO DE MATÉRIA
SUSCITADA NA EXCEÇÃO – JULGAMENTO CITRA PETITA –
NULIDADE ABSOLUTA A SER CONHECIDA DE OFÍCIO – Podendo
a decisão lato sensu proferida em razão da exceção de pré-
executividade – onde se verifica a entrega de uma prestação
jurisdicional – até, dar cabo da execução, configurando sentença
terminativa, deve ela guardar, em qualquer hipótese, por analogia, o
preceituado no artigo 458, incisos II e III, do diploma processual.
Quer como sentença, seja como decisão interlocutória apenas
solucionadora do incidente, deve conter fundamentação, analisando
as questões de fato e de direito postas, bem como a parte
dispositiva, onde resolvidas essas questões submetidas a
julgamento. A ausência de apreciação de algum dos pedidos nela
insertos caracteriza o julgamento citra petita. (2º TACSP – AI
659.667-00/9 – 1ª C. – Rel. Juiz Vieira de Moraes – DOESP
16.03.2001)JCPC.458 JCPC.458.II JCPC.458.III

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – FIANÇA –


EXONERAÇÃO POR ACORDO ENTRE LOCADOR E LOCATÁRIO
– DESCABIMENTO – EMBARGOS – VIA PROCESSUAL
ADEQUADA – Exceção de pré-executividade pressupõe nulidade
manifesta do título ou evidente ausência de condições da ação de
execução, a que não corresponde a afirmada extinção da fiança em
face de acordos entre inquilino e locador, de que os fiadores não
teriam participado. Aí, há induvidosa matéria de embargos. (2º
TACSP – AI 664.108-00/3 – 4ª C. – Rel. Juiz Celso Pimentel –
DOESP 30.03.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – PROVA –


NECESSIDADE – VIA INADEQUADA – DISCUSSÃO SOMENTE EM
EMBARGOS DO DEVEDOR – Incabível a exceção de pré-
executividade se a questão discutida transcende meros aspectos
formais do título ou a falta de condições da ação executiva,
envolvendo matéria probatória. (2º TACSP – AI 665.587-00/4 – 11ª
C. – Rel. Juiz Clóvis Castelo – DOESP 30.03.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Cheque. Título


formalmente em ordem, não se revestindo de nenhuma nulidade
aparente. Hipótese em que eventual inexigibilidade, incerteza ou
iliquidez do crédito deve ser levantada em sede de embargos do
devedor. Exceção de pré-executividade rejeitada. Recurso
improvido. (1º TACSP – AI 1.003.296-9 – São Paulo – 12ª C. – Rel.
Juiz Artur César Beretta da Silveira – J. 15.03.2001)

PROVA – Incidente de falsidade. Falsidade de assinatura lançada no


título. Tema que deve ser levantado em embargos, depois de
garantida a execução, não por arresto, mas sim por regular penhora.
Via eleita inadequada, bem como o uso da exceção de pré-
executividade por depender de ampla dilação probatória.
Indeferimento do incidente mantido. Recurso improvido. (1º TACSP –
AI 0986655-1 – (37420) – São Paulo – 3ª C. – Rel. Juiz Maia da
Rocha – J. 15.03.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Matéria que deve se referir a nulidade inequívoca,
reconhecível de plano e capaz de ensejar atuação de ofício do
Magistrado. Impossibilidade de se apreciar em sede dessa exceção
questão que demanda produção de prova. Exceção rejeitada. Agravo
de instrumento não provido. (1º TACSP – AI 0994714-0 – (37590) –
São Paulo – 2ª C. – Rel. Juiz Amado de Faria – J. 21.03.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Contrato de abertura de crédito em conta corrente
acompanhada dos extratos. Ausência de liquidez, certeza e
exigibilidade. Súmula 233 do STJ. Carência da ação de execução
decretada. Exceção acolhida. Recurso provido para esse fim. (1º
TACSP – AI 0989946-9 – (37798) – São Paulo – 5ª C. – Rel. Juiz
Carlos Luiz Bianco – J. 21.03.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Instrumento particular de confissão de dívida.
Alegação de inexistência de título executivo. Descabimento (CPC,
art. 585, inc. II). Exigência de utilização da via processual usual, ou
seja, embargos à execução. Exceção rejeitada. Recurso não provido.
(1º TACSP – AI 0989970-5 – (38170) – São Paulo – 10ª C. – Rel.
Juiz Ary Bauer – J. 20.03.2001)JCPC.585 JCPC.585.II

EXECUÇÃO – Exceção de pré-executividade. Contrato de desconto


de títulos de crédito. Em princípio, tal contrato é título líquido, certo e
exigível, pois foi devidamente assinado pelos devedores principais,
pelos avalistas e por duas testemunhas nominadas. Preenchimento
dos requisitos do art. 585, inciso III, do CPC. Cheques constituiram
títulos descontados e as notas promissórias foram emitidas como
garantia do contrato. Exceção de pré-executividade rejeitada.
Recurso não provido. (1º TACSP – AI 0992782-0 – (38172) – São
Paulo – 10ª C. – Rel. Juiz Paulo Hatanaka – J. 20.03.2001)JCPC.585
JCPC.585.III

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Alegação de


nulidade do lançamento. Aplicação de Lei posterior ao fato gerador,
regulamentadora da cobrança do tributo e vigente na data do
lançamento. Possibilidade, em tese. CTN, artigo 144, § 1º.
Pretensão, ademais, à concessão de imunidade tributária.
Inadmissibilidade. Matéria própria de discussão em sede de
embargos, por depender de dilação probatória. Recurso improvido.
(1º TACSP – AI 0975929-9 – (38508) – Campinas – 12ª C. – Rel.
Juiz Matheus Fontes – J. 15.03.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Contrato de


prestação de serviços. Não configuração de título executivo, ainda
que subscrito por duas testemunhas. Ausência de liquidez, ante o
seu caráter sinalagmático. Artigo 586 do CPC. Exceção de pré-
executividade acolhida. Recurso provido para este fim. (1º TACSP –
AI 1004368-4 – (39004) – São Paulo – 11ª C. – Rel. Juiz Everaldo de
Melo Colombi – J. 29.03.2001)JCPC.586

CAMBIAL – Nota promissória. Endosso em branco. Ausência de


conversão para endosso em preto no vencimento. Irrelevância.
Identificação do credor ao ajuizar a execução. Inteligência do artigo
1º da Lei nº 8.021/90. Rejeição de exceção de pré -executividade
mantida. Agravo improvido. (1º TACSP – AI 0984510-9 – (36912) –
São Paulo – 12ª C. – Rel. Juiz Matheus Fontes – J. 06.02.2001)

RECURSO – Apelação. Exceção de pré-executividade. Sentença


que julga improcedente a pretensão, inclusive com determinação
para registro no livro próprio. Se assim agiu o juiz, embora pudesse e
devesse fazê-lo em simples despacho interlocutório, o recurso
adequado é a apelação. Recurso provido para recebê-la. (1º TACSP
– AI 0986688-0 – (37008) – São José do Rio Preto – 11ª C. – Rel.
Juiz Maia da Cunha – J. 08.02.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Contrato de financiamento


imobiliário. Depósito das prestações vencidas e vincendas deferido
anteriormente à execução. Mora não caracterizada. Inviabilidade de
se reconhecer o vencimento antecipado da dívida. Exceção de pré-
executividade acolhida. Extinção da execução. Art. 267, VI, do
Código de Processo Civil. Litigância de má-fé do exeqüente não
verificada. Agravo provido. (1º TACSP – AI 0973154-4 – (37109) –
São José do Rio Preto – 3ª C. – Rel. Juiz Luiz Antonio de Godoy – J.
06.02.2001)JCPC.267 JCPC.267.VI

EMBARGOS DO DEVEDOR – Requisitos. Pretensão ao


oferecimento dos embargos, sem a segurança do juízo por tratar-se
a executada de beneficiária da assistência judiciária.
Inadmissibilidade, sendo que a garantia do juízo é regra de
interposição. Impossibilidade, ademais, da discussão em sede de
exceção de pré-executividade, por tratar a matéria ventilada de
excesso de execução. Recurso improvido. (1º TACSP – AI 0979825-
2 – (37886) – Promissão – 6ª C. – Rel. Juiz Jorge Farah – J.
13.02.2001)

SUCUMBÊNCIA – Execução por título extrajudicial. Exceção de pré-


executividade. Decisão não terminativa. Condenação em honorários
advocatícios incabível. Exigência, tão-somente, de despesas
decorrentes da interposição da exceção, a cargo do vencido.
Recurso provido. (1º TACSP – AI 0979149-7 – (39210) – São Paulo
– 8ª C. – Rel. Juiz Rubens Cury – J. 07.02.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Contrato de abertura de crédito fixo. Título que
aparenta, formalmente, ser líquido, certo e exigível.
Descaracterização que apenas pode ser buscada por meio de
embargos do devedor, não pela denominada exceção de pré-
executividade. Precedente desta Colenda Corte. Inaplicabilidade da
Súmula 233 do C. STJ. Agravo improvido. AGRAVO DE
INSTRUMENTO – Recurso conhecido, apesar da oposição feita pelo
agravado. Decisão recorrida que apenas dirimiu um incidente, não
tendo posto fim ao processo executivo. Cabimento do agravo de
instrumento. Preliminar rejeitada. (1º TACSP – AI 0987809-3 –
(39674) – Americana – 4ª C. – Rel. Juiz José Marcos Marrone – J.
14.02.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – Imposto. Serviços de qualquer natureza.


Exceção de pré-executividade. Litispendência e nulidade da
execução. Desnecessidade de que tais questões sejam ventiladas
por meio de embargos do devedor. Exceção admissível.
Impossibilidade, todavia, de exame de fundo, sob pena de subtrair-
se um grau de jurisdição. Recurso em parte provido. (1º TACSP – AI
0989237-5 – (39916) – Cubatão – 4ª C. – Rel. Juiz Paulo Roberto de
Santana – J. 21.02.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Existência de indícios veementes da adulteração da
data de emissão do cheque. Hipótese em que seria exatamente
injusto submeter o executado ao ato de penhora quando
flagrantemente viciada a atividade executória. Exceção acolhida.
Recurso provido para esse fim. (1º TACSP – AI 975.914-8 – São
José do Rio Preto – 4ª C. – Rel. Juiz Franco de Godoi – J.
07.02.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Contrato de prestação de serviços educacionais.
Hipótese em que a pretensão da agravante refere-se à liquidez,
certeza e exigibilidade do título posto em execução. Admissibilidade
da interposição da exceção a qualquer momento por se tratar de
matéria não sujeita à preclusão. Possibilidade, ademais, da
incidência do disposto no § 3º do art. 267 do Código de Processo
Civil. Recurso provido. (1º TACSP – AI 979.824-5 – Barretos – 4ª C.
– Rel. Juiz Franco de Godoi – J. 14.02.2001)JCPC.267 JCPC.267.3

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Indeferimento


da exceção, mas determinação da suspensão da execução.
Hipótese em que foi suspensa a exigibilidade do crédito tributário,
em razão de depósito do valor do tributo à disposição do juízo, em
medida cautelar preparatória de ação anulatória ajuizadas antes da
execução. Falta exigibilidade ao título executivo, porquanto suspensa
aquela do próprio crédito tributário, por decisão judicial. Nulidade da
execução reconhecida. Recurso provido. (1º TACSP – AI 986.076-0
– Santos – 4ª C. – Rel. Juiz Gomes Corrêa – J. 07.02.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – PROVA –


NECESSIDADE – VIA INADEQUADA – DISCUSSÃO SOMENTE EM
EMBARGOS DO DEVEDOR – Agravo de instrumento. Execução.
Contrato de arrendamento mercantil. Exceção de pré-executividade.
Alegações que dependem de exame probatório. Via processual
inadequada. Negado provimento ao recurso. (2º TACSP – AI
658.685-00/4 – 9ª C. – Rel. Juiz Gil Coelho – DOESP 09.02.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXECUÇÃO POR TÍTULO


JUDICIAL – Excesso de execução. Matéria a ser ventilada em sede
de embargos à execução. Art. 741, V, do CPC. Recurso provido,
para rejeitar a exceção. (1º TACSP – AI 978.561-9 – 8ª C. – Rel. Juiz
Rubens Cury – J. 07.02.2001)JCPC.741 JCPC.741.V

EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL – Exceção de pré-


executividade. Verbas derivadas da sucumbência. Condenação que
ressalva a condição do executado como beneficiário da Justiça
Gratuita. Alteração das condições financeiras. Requisito
indispensável à execução do título judicial. Prova que deve ser feita
pela via adequada. Execução extinta. Recurso de apelação não
provido. (1º TACSP – AP 0952779-1 – (36969) – Piracicaba – 2ª
C.Fér. – Rel. Juiz Amado de Faria – J. 30.01.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE INDEFERIDA – Estando, em tese, formalmente
em ordem o título exeqüendo (nota promissória), não se revestindo
de nenhuma nulidade aparente, eventual inexigibilidade, incerteza ou
iliquidez do crédito deve ser levantada em sede de embargos do
devedor. Recurso improvido. (1º TACS P – AP 0944061-9 – (38239) –
São Paulo – 2ª C.Fér. – Rel. Juiz Ribeiro de Souza – J. 30.01.2001)

EXECUÇÃO – Exceção de pré-executividade. Admissibilidade


circunscrita às questões de ordem pública, como falta de eficácia
executiva do título. Inteligência do artigo 618 do Código de Processo
Civil. Recurso provido para que seja apreciada pelo MM. Juiz. (TJSP
– AI 166.288-4 – 3ª CDPriv. – Rel. Des. Waldemar Nogueira Filho –
J. 05.09.2000)JCPC.618

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL –


Manifestação da executada (exceção de pré-executividade) argüindo
nulidades e inconstitucionalidades com o propósito de invalidar CDA.
Decisão interlocutória que a rejeitou mantida. Correto o
entendimento de que a questão, envolvendo matéria que demanda
investigação probatória, deveria ser tratada em sede de embargos.
Agravo improvido. (TJSP – AI 175.822-5 – 7ª CDPúb. – Rel. Des.
Lourenço Abba Filho – J. 18.09.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Nulidade da certidão de dívida ativa.
certidão de dívida ativa se refere a saldo remanescente de
parcelamento denunciado por interrupção de pagamento, não
havendo que falar-se em nulidade do processo administrativo ante
tal situação. Inexistência de prova das alegações, nem mesmo da
fixação do ICMS exigido em percentual de 18%. Recurso improvido.
(TJSP – AI 165.417-5 – 7ª CDPúb. – Rel. Des. Walter Swensson – J.
14.08.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – INSURGÊNCIA CONTRA A


DECISÃO QUE A REJEITOU – MANUTENÇÃO – A matéria
veiculada na execução de pré-executividade é complexa e
dependente de eventual dilação probatória, somente podendo ser
apreciada em sede de embargos à execução, ficando observada a
possibilidade de sua reiteração na referida via própria. Agravo não
provido, cassado o efeito suspensivo. (TJSP – AI 175.626-5 – 9ª
CDPúb. – Rel. Des. Geraldo Lucena – J. 30.08.2000)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Rejeição


corretamente pronunciada pelo juízo a quo. Executada que busca a
discussão de controvertida tese jurídica, não evidenciando a
existência de vício manifesto relativo a admissibilidade da execução.
Matéria debatida cujo conhecimento depende do contraditório e de
dilação probatória, não podendo, destarte, ser examinada de ofício.
Agravo não provido. (TJSP – AI 173.298-5 – 9ª CDPúb. – Rel. Des.
Paulo Dimas Mascaretti – J. 16.08.2000)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


REJEIÇÃO CORRETAMENTE PRONUNCIADA PELO JUÍZO A
QUO – Executado que busca a discussão de controvertidas teses
jurídicas, não evidenciando a existência de vícios manifestos
relativos a admissibilidade da execução. Matéria debatida cujo
conhecimento depende do contraditório e de dilação probatória, não
podendo, destarte, ser examinada de ofício. Agravo não provido.
(TJSP – AI 163.308-5/4 – 9ª CDP úb. – Rel. Des. Paulo Dimas
Mascaretti – J. 31.05.2000) (Ementas no mesmo sentido)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – PROCEDIMENTO – Conhece-se de


novo agravo de instrumento, se o anterior foi extinto por desistência
da agravante e a decisão proferida à no juízo de retratação resultou
prejudicial à outra parte – Decisão que, ademais, julgou exceção de
pré-executividade, também atacada no novo agravo de instrumento –
Recurso conhecido. (TJSP – AI 117.273-5 – São Paulo – 8ª CDPúb.
– Rel. Des. José Santana – J. 19.04.2000 – v.u.)

AGRAVO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – Essa exceção poderia ser admitida se formulada
antes dos embargos e se representasse questão que o juiz devesse
conhecer de ofício, ou se constituísse vício ou nulidade –
Sabidamente, impera entre nós o princípio da eventualidade,
segundo o qual a defesa deve ser formulada de uma única vez, ou
seja, toda a matéria de defesa deve ser suscitada no momento
oportuno – Artigo 300 do Código de Processo Civil – Recurso não
provido. (TJSP – AI 158.253-5 – Diadema – 2ª CDPúb. – Rel. Des.
Aloísio de Toledo César – J. 11.04.2000 – v.u.)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


INADMISSIBILIDADE – ALEGAÇÃO DE IMPORTÂNCIA INDEVIDA
INSCRITA NA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA – IRRELEVÂNCIA –
MATÉRIA A SER DISCUTIDA EM SEDE DE EMBARGOS À
EXECUÇÃO – APLICAÇÃO DO ARTIGO 38, DA LEI N – 6.830/80 –
Admissão da exceção que fica restrita às hipóteses da inexistência
ou nulidade absoluta do título executivo, comprovadas de plano –
Requisitos formais do título presentes – Liquidez, certeza e
exigibilidade – Recurso não provido. A exceção de pré-executividade
tem sido admitida pela doutrina e jurisprudência quando evidente
que o título que embasa a execução é nulo ou inexistente, faltando-
lhe os requisitos de liquidez, certeza e exigibilidade, dispensando
nesta hipótese a segurança do juízo e a apresentação de embargos,
podendo a nulidade da execução ser decretada de ofício. (TJSP – AI
160.242-5 – Diadema – 8ª CDPúb. – Rel. Des. Celso Bonilha – J.
19.04.2000 – v.u.)

EXECUÇÃO FISCAL – DECADÊNCIA – Tendo a Lei 6.830/80


determinado que as exceções serão alegadas como preliminar nos
embargos, inviável a apreciação de exceção de pré executividade
que necessita do exame de documentos. Recurso não provido.
(TJSP – AI 156.592-5 – 2ª CDPúb. – Rel. Des. Lineu Peinado – J.
11.04.2000)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – Interposição contra despachos, o
primeiro que desconsiderou exceção de pré-executividade, e o
segundo que anulou a penhora e indeferiu pedido da agravante, de
nomeação de bens para tal fim. Questões superadas diante do que
veio a ser decidido em Primeiro Grau e por esta Câmara, no
julgamento de outro agravo de instrumento envolvendo as mesmas
partes. Recurso nesse ponto não conhecido. (TJSP – AI 132.830-4 –
3ª CDPriv. – Rel. Des. Waldemar Nogueira Filho – J. 11.04.2000)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


LIMITES AO CONHECIMENTO – FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO
– SUCESSÃO NA EMPRESA – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – A
assim denominada “exceção de pré-executividade” permite ao
devedor argüir defeitos evidentes do título executivo, que prescindem
de maiores provas ou indagações e podem ser conhecidos de ofício
pelo juízo – Não substitui os embargos nem pode instaurar
verdadeiro incidente “infra autos”, antes de constituída a segurança
do juízo, subvertendo a ordem do processo – O agravo,
deficientemente instruído, não permite aferir a adequação entre
exceção e decisão – Tomada de decisão pelo que contém, nenhum
erro se nota na interpretação dada pelo juízo à lei – Deixa-se de
conhecer da argüição de prescrição, não alegada em primeiro grau,
para evitar a supressão de um grau de jurisdição – Agravo não
provido. (TJSP – AI 156.259-5 – Diadema – 7ª CDPúb. – Rel. Des.
Torres de Carvalho – J. 20.03.2000 – v.u.)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – Não apreciação pelo magistrado por entender
ser matéria de embargos – Inadmissibilidade – Recurso provido.
(TJSP – AI 146.157-4 – São Paulo – 2ª CDPriv. – Rel. Des. Linneu
Carvalho – J. 21.03.2000 – v.u.)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade oposta logo


após a citação do devedor tributário – Inadmissibilidade –
Intempestividade da defesa – Matéria a ser apresentada nos
embargos do devedor – Correta aplicação do artigo 8º da Lei de
Execução Fiscal – Decisão mantida – Recurso não provido. (TJSP –
AI 155.212-5 – São José dos Campos – 4ª CDPúb. – Rel. Des.
Aldemar Silva – J. 16.03.2000 – v.u.)
EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
REJEIÇÃO – Nulidade de título executivo dependente de exame de
provas – Matéria pertinente a embargos – Artigo 16, § 1º, da Lei nº
6.830/80 – Recurso não provido. (TJSP – AI 149.343-5 – Tietê – 7ª
CDPúb. – Rel. Des. Barreto Fonseca – J. 07.02.2000 – v.u.)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


REJEIÇÃO – Violação ao artigo 618, do Código de Processo Civil
não demonstrada – Meio processual adequado somente nas
hipóteses de inexistência de título executivo ou de nulidade formal
desse – Recurso não provido. (TJSP – AI 149.343-5 – Tietê – 7ª
CDPúb. – Rel. Des. Barreto Fonseca – J. 07.02.2000 – v.u.)

EXECUÇÃO FISCAL – ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DA CERTIDÃO


DE DÍVIDA ATIVA ATRAVÉS DA CHAMADA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – Impossibilidade – Exceção somente utilizada
para demonstrar que o título executivo cobrado já foi satisfeito,
hipótese que não é a dos presentes autos – Recurso não provido.
(TJSP – AI 148.847-5 – Diadema – 4ª CDPúb. – Rel. Des. Clímaco
de Godoy – J. 24.02.2000 – v.u.)

AGRAVO – EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade,


destinada a excluir do pólo passivo sócio minoritário –
Inadmissibilidade – Quando se verificam nulidades que o juiz deve
conhecer de ofício e quando estão presentes vícios processuais que
o juiz tem condições de aferir no nascedouro, essa defesa pode e
deve ser admitida, mas não em hipótese, como a presente, em que
se discute controvérsia jurídica que não implica vício ou nulidade –
Recurso não provido. (TJSP – AI 144.613-5 – Matão – 2ª CDPúb. –
Rel. Des. Aloísio de Toledo – J. 08.02.2000 – v.u.)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade –


Admissibilidade apenas em situações excepcionais, quando
evidenciada desde logo a impossibilidade da válida instauração do
processo executivo – Situação inocorrente na espécie – Exceção
rejeitada – Agravo não provido. (TJSP – AI 135.213-5 – Tietê – 3ª
CDPúb. – Rel. Des. José Cardinale – J. 22.02.2000 – v.u.)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade – Afastamento


do pólo passivo dos sócios da devedora original – Recurso interposto
pela Fazenda, sem juntar documento hábeis a comprovar sua tese,
v.g. demonstração da empresa ter cerrado suas portas e da exceção
de pré-executividade e documentos que a acompanharam – Decisão
mantida – Recurso não provido. Se, no recurso, deixou a Fazenda
de juntar fotocópias comprovando sua tese de encerramento das
atividades da devedora original, o caso, é de manutenção da decisão
que, em execução fiscal, afastou os sócios do pólo passivo. (TJSP –
AI 151.405-5 – Junqueirópolis – 1ª CDPúb. – Rel. Des. Luís Ganzerla
– J. 22.02.2000 – v.u.)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE ACOLHIDA EM SEDE DE RETRATAÇÃO –
PERDA DO OBJETO – RECURSO NÃO CONHECIDO – Se a
decisão recorrida foi revisada em sede de retratação, e acolhida a
exceção pré-executividade do título, o agravo perdeu o seu objeto,
não merecendo ser conhecido. (TJSP – AI 133.119-4 – Araras – 9ª
CDPriv – Rel. Des. Ruiter Oliva – 14.12.1999 – v.u.)
EXECUÇÃO – Exceção de pré-executividade. Admissibilidade
circunscrita às questões de ordem pública, como a falta de eficácia
executiva do título. Conhecimento. (TJSP – AI 135.821-4 – São
Paulo – 3ª CDPriv. – Rel. Des. Waldemar Nogueira Filho – J.
30.11.1999 – v.u.)
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA – Obrigação de não fazer. Disciplina
própria no art. 461, §§ 3º, 4º e 5º do Código de Processo Civil.
Imposição de multa coercitiva sem a fixação de prazo razoável para
o cumprimento do preceito. Inadmissibilidade. Multa incidente
somente após o seu decurso. Exceção de pré-executividade acolhida
para julgar extinto o processo de execução, por defeito do título
judicial (artigos 583, 586, 598 e 267, IV do Código de Processo Civil).
Recurso de agravo de instrumento provido. (TJSP – AI 135.821-4 –
São Paulo – 3ª CDPriv. – Rel. Des. Waldemar Nogueira Filho – J.
30.11.1999 – v.u.)JCPC.461.3 JCPC.461.4 JCPC.461.5 JCPC.583
JCPC.586 JCPC.598 JCPC.267.IV

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – Exceção de pré-executividade


acolhida. Verba devida. Fixação nos termos do art. 20, § 4º do
Código de Processo Civil. (TJSP – AI 135.821-4 – São Paulo – 3ª
CDPriv. – Rel. Des. Waldemar Nogueira Filho – J. 30.11.1999 –
v.u.)JCPC.20.4
13040019 – EXECUÇÃO FISCAL – Bloqueio de bens, como medida
cautelar inominada, para ensejar penhora de dinheiro, em contas
correntes bancárias da pretensa devedora. Impossibilidade. Violação
das garantias constitucionais. Descabimento, ainda, em face dos
preceitos regentes (artigos 798 e 799 do Código de Processo Civil).
Faltante, também, o fundado receio de lesão grave de difícil
reparação, em face da oferta de bens imóveis à penhora. Objeção do
executado, ou exceção de pré-executividade, imprópria, no agravo
de instrumento. Recurso provido, em parte. (TJSP – AI 123.661-5 –
Santos – 7ª CDPúb. – Rel. Des. Sérgio Pitombo – J. 08.11.1999 –
m.v.)JCPC.798 JCPC.799

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade ofertada pela


executada. Matéria controvertida e relacionada à quitação integral do
débito. Inadmissibilidade. Cabimento tolerado apenas para
reconhecimento de carência da execução fiscal, diante de prova
considerada incontroversa, sem dilação probatória. Agravo de
Instrumento rejeitado. (TJSP – AI 132.704-5 – São Caetano do Sul –
1ª CDPúb. – Rel. Des. Demóstenes Braga – J. 09.11.1999 – v.u.)

EXECUÇÃO FISCAL – Inclusão do agravante, ex-sócio da empresa


executada, no polo passivo por aplicação da regra contida no artigo
135 do Código Tributário Nacional – Inadmissibilidade, visto que não
integrava o quadro societário no momento dos fatos geradores e
vencimentos das obrigações tributárias – Possível o acolhimento da
exceção de pré-executividade suscitada para o fim de afastar a sua
responsabilidade pelos tributos exeqüendos – Agravo provido. (TJSP
– AI 121.830-5 – Diadema – 9ª CDPúb. – Rel. Des. Paulo Dimas
Mascaretti – J. 03.11.1999 – v.u.)’

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Ausência de apreciação –


Decisão que após constatar que o executado não ofereceu bens à
penhora, limita-se a determinar que a exeqüente indique bens
passíveis de constrição – Necessidade de apreciação do
requerimento, quer para acolhê-lo quer para rejeitá-lo, mas sempre o
fazendo fundamentadamente – Decisão anulada – Recurso provido
para esse fim. (TJSP – AI 126.252-4 – São Paulo – 8ª CDPriv. – Rel.
Des. Cesar Lacerda – J. 08.11.1999 – v.u.)

EXECUÇÃO FISCAL – Manifestação da executada, argüindo


nulidades e antes de regular penhora – Decisão interlocutória que a
considerou como exceção de pré-executividade e a rejeitou –
Correto o entendimento de que a questão deveria ser tratada em
sede de embargos – Agravo da devedora conhecido em parte, e
improvido na parte conhecida, embora reconhecida a sua
legitimidade recursal e o interesse processual. (TJSP – AI 118.375-5
– São Paulo – 7ª CDPúb. – Rel. Des. Lourenço Abbá Filho – J.
18.10.1999 – v.u.)
EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade – Acolhimento
em hipóteses excepcionais em que se evidencia a ausência de
liquidez, certeza e exigibilidade do título – Objeção que, no caso,
apresenta alegações deduzíveis em sede de embargos do devedor –
Rejeição da execução – Decisão mantida – Recurso não provido.
(TJSP – AI 132.691-5 – São Caetano do Sul – 9ª CDPúb – Rel. Des.
De Santi Ribeiro – 27.10.1999 – v.u.)
TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DE ALÇADA DE MINAS GERAIS

Número do processo: 000263275-0/00(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 17/09/2002
Data da publicação: 18/10/2002
Ementa:
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE - Rejeição - Desprovimento
recursal.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000233780-6/01(1)


Relator: ALOYSIO NOGUEIRA
Data do acordão: 05/09/2002
Data da publicação: 11/10/2002
Ementa:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - CONTRADIÇÃO IMPUTADA AO
ACÓRDÃO - INOCORRÊNCIA - REJEIÇÃO.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000280786-5/00(1)


Relator: EDUARDO ANDRADE
Data do acordão: 08/10/2002
Data da publicação: 11/10/2002
Ementa:
DIREITO TRIBUTÁRIO - NÃO PAGAMENTO DE ICMS -
RESPONSABILIDADE PESSOAL DO SÓCIO - CÓDIGO
TRIBUTÁRIO NACIONAL, ARTIGO 135, INCISO III. - O sócio de
sociedade por cotas de responsabilidade limitada tem o dever legal
de recolher tributo devido. O seu não pagamento constitui infração à
lei, sendo possível, recair sobre o sócio a responsabilidade pelos
débitos fiscais da empresa, nos termos do artigo 135, III, do Código
Tributário Nacional.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000279330-5/00(1)


Relator: DORIVAL GUIMARÃES PEREIRA
Data do acordão: 19/08/2002
Data da publicação: 10/10/2002
Ementa:
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - TAXA SELIC - CORREÇÃO DO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO - VIA INADEQUADA. Nos termos do entendimento
jurisprudencial proferido pelo colendo Superior Tribunal de Justiça, é
possível a argüição de Exceção de Pré-EXECUTIVIDADE em
Execução Fiscal, no entanto, a discussão relativa à incidência da
""Taxa SELIC"" para corrigir o crédito tributário não pode ser feita
nesta via, pois não gera a nulidade do título executivo.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000274868-9/00(1)


Relator: DORIVAL GUIMARÃES PEREIRA
Data do acordão: 27/05/2002
Data da publicação: 10/10/2002
Ementa:
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE
INSTRUMENTO - COMUNICAÇÃO, PELO AGRAVANTE, NO
PRAZO DE 03 (TRÊS) DIAS, ACERCA DA INTERPOSIÇÃO DO
RECURSO NA INSTÂNCIA DE ORIGEM - OMISSÃO - AUSÊNCIA
DE COMPROVAÇÃO DO FATO PELO AGRAVADO -
IRREGULARIDADE AFASTADA - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ARGUIÇÃO DE OCORRÊNCIA DE COISA
JULGADA, QUE ESTARIA A DESCONSTITUIR O CRÉDITO
FISCAL EXEQUENDO - ÂMBITO DE INCIDÊNCIA -
POSSIBILIDADE - INTELIGÊNCIA DO ART. 526 E SEU
PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC, COM A REDAÇÃO DADA PELA
LEI 10.352/01 E ART. 16, DA LEI 6.830/80. Em decorrência de nova
disposição processual a respeito, não tendo o Irresignante
comunicado ao juízo de origem a interposição de irresignação
objetivando a reforma de decisão por ele prolatada, tal omissão
poderá acarretar o seu não conhecimento, desde que provado o fato
pelo Agravado e, em tal não ocorrendo, é de se conhecê-lo. Nos
termos de precedentes jurisprudenciais, é possível a argüição de
Exceção de Pré-EXECUTIVIDADE em excussões de natureza fiscal,
visando desconstituir o título que a instrui, máxime quando se alega
a existência de ""res judicata"" ocorrida em Ação Declaratória que o
tornaria inexigível.
Súmula:
REJEITARAM A PRELIMINAR. DERAM PROVIMENTO PARCIAL,
VENCIDO PARCIALMENTE O PRIMEIRO VOGAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000281051-3/00(1)


Relator: WANDER MAROTTA
Data do acordão: 24/06/2002
Data da publicação: 08/10/2002
Ementa:
PROCESSUAL E TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL -
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. Se a execução, suspensa a
requerimento da exeqüente, assim se mantem por mais de cinco
anos, sem qualquer iniciativa no sentido de movimentá-la, é de
reconhecer-se a prescrição intercorrente. A Curadoria Especial a que
se refere o art. 9º, CPC, constitui ""munus"" público, não lhe devendo
ser arbitrada a verba honorária, principalmente quando exercida por
Defensor Público.
Súmula:
EM REEXAME NECESSÁRIO, REFORMARAM PARCIALMENTE A
SENTENÇA.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000287807-2/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 05/09/2002
Data da publicação: 08/10/2002
Ementa:
Tributário e Processo civil. Execução fiscal. Executado. Citação por
edital. Revel. Curador especial. Nomeação. Prescrição intercorrente.
Argüição. Embargos do devedor. Desnecessidade. Honorários
advocatícios. Arbitramento. Valor da causa. Atuação profissional
especializada. Valoração. Em execução fiscal há necessidade de se
nomear curador especial ao executado citado por edital, que
permanece revel, em obséquio do princípio do contraditório com
ampla defesa. Para a argüição da prescrição intercorrente não se faz
necessária a oposição de embargos do devedor, especialmente
quando suscitada pelo curador especial, à falta de penhora de bens
do executado revel. Quando o valor da causa é pequeno, a taxa a
ser aplicada para honorários de sucumbência deve ser inversamente
maior, a fim de não se aviltar o exercício da advocacia e o seu nível
de responsabilidade especializada. Rejeita-se a preliminar e nega-se
provimento à apelação.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000209393-8/00(1)


Relator: HYPARCO IMMESI
Data do acordão: 29/08/2002
Data da publicação: 08/10/2002
Ementa:
PENHORA - EXECUÇÃO LEGAL - NOMEAÇÃO DE BENS MÓVEIS
- EXISTÊNCIA DE VEÍCULOS - INOBSERVÂNCIA DA ORDEM
PREVISTA NO ARTIGO 11 DA LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS -
INVIABILIDADE. É de ser mantida a decisão determinativa de que a
constrição judicial recaia sobre veículo de propriedade do executado,
ao invés dos bens móveis por ele indicados, tido em conta que
aquele (o veículo) encontra-se melhor situado na ordem preferencial
constante do artigo 11 da Lei nº 6.830/80 (LEF).
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO, IMPEDIDO O DES. BADY CURI.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000271085-3/00(1)
Relator: PEDRO HENRIQUES
Data do acordão: 10/06/2002
Data da publicação: 04/10/2002
Ementa:
TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. É incabível ao Executado ingressar com exceção
de pré-EXECUTIVIDADE, aduzindo matéria dependente de dilação
probatória própria, pois, de ser discutida em sede de embargos a
execução, com a segurança do juízo (Art. 16 da Lei nº 6.830/80).
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000273918-3/00(1)


Relator: DORIVAL GUIMARÃES PEREIRA
Data do acordão: 28/06/2002
Data da publicação: 01/10/2002
Ementa:
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL -
ARGÜIÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
POSSIBILIDADE - PRESCRIÇÃO - CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS -
FAZENDA PÚBLICA - CAUSA EXTINTIVA DE DIREITO -
LANÇAMENTO - TERMO ""A QUO"" - INTELIGÊNCIA DOS ARTS.
156, V E 174, AMBOS DO CTN E ART. 2º, § 3º, DA LEI 6.830/80.
Nos termos do entendimento jurisprudencial esposado pelo colendo
Superior Tribunal de Justiça, é possível a argüição de Exceção de
Pré-EXECUTIVIDADE em Execução Fiscal, podendo ser analisada a
questão relativa à prescrição dos créditos tributários pretendidos pela
Fazenda Pública, visto constituir-se em causa extintiva de seu direito.
No caso em tela, deve ser reconhecida a prescrição da Ação para
cobrança do crédito tributário por parte da Fazenda Pública
Municipal, já que a Execução Fiscal foi ajuizada após decorridos
cinco anos e cento e oitenta dias da data do lançamento.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000260341-3/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 27/06/2002
Data da publicação: 01/10/2002
Ementa:
Processo Civil. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Ação
notoriamente infundada e impossibilidade material de defesa. A
exceção de pré-EXECUTIVIDADE é a defesa prévia, originária da
doutrina, em caso de ação notoriamente infundada e em que se
torna impossível a utilização dos embargos do devedor, dada a
desproporção entre o pedido e os dados da realidade. Dá-se
provimento ao agravo.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000259582-5/00(1)


Relator: CARREIRA MACHADO
Data do acordão: 05/09/2002
Data da publicação: 01/10/2002
Ementa:
Em atenção à celeridade e à economia processual, a prescrição
intercorrente pode ser suscitada por simples petição nos autos da
execução, não estando sua argüição limitada aos Embargos.
Súmula:
CONFIRMARAM A SENTENÇA NO REEXAME NECESSÁRIO,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000268097-3/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 29/08/2002
Data da publicação: 01/10/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. DÉBITO DE ICMS. EX-SÓCIO. EXCEÇÃO DE
PRÉ- EXECUTIVIDADE. CONDENAÇÃO. VERBA HONORÁRIA. É
devida a condenação em verba honorária em casos que o executado
peticionar nos próprios autos da execução, denunciando vício formal
do título, vindo o Juiz a extinguir o feito em relação ao mesmo.
Inteligência da 3ª Turma do STJ.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000280805-3/00(1)


Relator: EDUARDO ANDRADE
Data do acordão: 17/09/2002
Data da publicação: 27/09/2002
Ementa:
DIREITO TRIBUTÁRIO - NÃO PAGAMENTO DE ICMS -
RESPONSABILIDADE PESSOAL DO SÓCIO - CÓDIGO
TRIBUTÁRIO NACIONAL, ARTIGO 135, INCISO III. O sócio de
sociedade por cotas de responsabilidade limitada tem o dever legal
de recolher tributo devido. O seu não pagamento constitui infração à
lei, sendo possível, recair sobre o sócio a responsabilidade pelos
débitos fiscais da empresa, nos termos do artigo 135, III, do Código
Tributário Nacional.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000251744-9/00(1)


Relator: DORIVAL GUIMARÃES PEREIRA
Data do acordão: 24/06/2002
Data da publicação: 25/09/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EX-SÓCIO - ILEGITIMIDADE PASSIVA -
COMUNICAÇÃO DA ALTERAÇÃO AO FISCO - AUSÊNCIA -
CUSTAS E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - IRRELEVÂNCIA POR
TER RESTADO VENCIDA A FAZENDA PÚBLICA - CONDENAÇÃO
- INTELIGÊNCIA DO ART. 16, IV, DA LEI 6.763/73 E ART. 20 DO
CPC. Se restou devidamente configurada a ilegitimidade passiva do
ex-sócio, por dívidas contraídas após sua retirada da sociedade,
deve este ser excluído do pólo passivo da Execução Fiscal, sendo
imputada à Fazenda Pública a condenação em custas e honorários
advocatícios, posto que dispõe ela de meios eficazes de controle dos
seus créditos e dos responsáveis pelo seu pagamento, antes do
ajuizamento da Ação Executória, de tal sorte que, mesmo não tendo
ocorrido aquela comunicação, mesmo assim, são devidos os ônus
sucumbenciais.
Súmula:
EM REEXAME NECESSÁRIO, CONFIRMARAM A SENTENÇA,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000226275-6/00(1)


Relator: HYPARCO IMMESI
Data do acordão: 22/08/2002
Data da publicação: 24/09/2002
Ementa:
RECURSO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA - APRESENTAÇÃO DE RECURSO DE
APELAÇÃO - ERRO GROSSEIRO - A decisão que rejeita o incidente
de pré-EXECUTIVIDADE é interlocutória, cabendo contra ela recurso
de agravo e não apelação. A interposição de apelação, ao invés de
agravo, constitui erro grosseiro.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DO RECURSO, VENCIDO O REVISOR.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000284378-7/00(1)


Relator: MARIA ELZA
Data do acordão: 29/08/2002
Data da publicação: 20/09/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE.
QUESTIONAMENTO DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
IMPOSTA PELO PODER PÚBLICO. NECESSIDADE DE
INSTRUÇÃO PROCESSUAL. OBRIGATORIEDADE DA GARANTIA
DO JUÍZO EXECUTÓRIO. INADEQUABILIDADE DA EXCEÇÃO
COMO MEIO PROCESSUAL. A exceção de pré-EXECUTIVIDADE,
como procedimento oposto na ação de execução fiscal, só é possível
quando a execução ajuizada pela Fazenda Pública apresentar vícios
formais ou materiais que possam gerar a nulidade do título executivo
ou mesmo a extinção da execução. Se, porém, os argumentos
apresentados pelo executado questionam a própria responsabilidade
tributária que lhe é imputada pela Fazenda Pública, não pode o
executado, sem prévia garantia do juízo executório, invalidar a ação
de execução utilizando-se dessa exceção.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000285201-0/00(1)


Relator: MARIA ELZA
Data do acordão: 22/08/2002
Data da publicação: 20/09/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
QUESTIONAMENTO DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
IMPOSTA PELO PODER PÚBLICO. NECESSIDADE DE
INSTRUÇÃO PROCESSUAL. OBRIGATORIEDADE DA GARANTIA
DO JUÍZO EXECUTÓRIO. INADEQUABILIDADE DA EXCEÇÃO
COMO MEIO PROCESSUAL. A exceção de pré-EXECUTIVIDADE,
como procedimento oposto na ação de execução fiscal, só é possível
quando a execução ajuizada pela Fazenda Pública apresentar vícios
formais ou materiais que possam gerar a nulidade do título executivo
ou mesmo a extinção da execução. Se, porém, os argumentos
apresentados pelo executado questionam a própria responsabilidade
tributária que lhe é imputada pela Fazenda Pública, não pode o
executado, sem prévia garantia do juízo executório, invalidar a ação
de execução utilizando- se dessa exceção.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000260220-9/00(1)


Relator: ALOYSIO NOGUEIRA
Data do acordão: 29/08/2002
Data da publicação: 20/09/2002
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ILEGITIMIDADE DE PARTE - CABIMENTO -
PROVIMENTO. Versando o incidente sobre matéria relativa à
ilegitimidade de parte em ação de execução fiscal, cabível a exceção
de pré-EXECUTIVIDADE.
Súmula:
DERAM POR PREJUDICADO O RECURSO, POR PERDA DO
OBJETO, NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000243744-0/01(1)


Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 13/08/2002
Data da publicação: 20/09/2002
Ementa:
.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000238365-1/00(1)
Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 03/09/2002
Data da publicação: 20/09/2002
Ementa:
Execução - Agravo - Possibilidade. É definitiva a execução fundada
em título extrajudicial, ainda que haja recurso pendente de
julgamento. Inteligência do art. 585, §1º, CPC, segundo a qual ""a
propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título
executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução. Negado
provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000244357-0/00(1)


Relator: ALOYSIO NOGUEIRA
Data do acordão: 29/08/2002
Data da publicação: 20/09/2002
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ILEGITIMIDADE DE PARTE - CABIMENTO -
PROVIMENTO. Versando o incidente sobre matéria relativa à
ilegitimidade de parte em ação de execução fiscal, cabível a exceção
de pré-EXECUTIVIDADE.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000268813-3/00(1)
Relator: RONEY OLIVEIRA
Data do acordão: 10/06/2002
Data da publicação: 17/09/2002
Ementa:
Execução Fiscal - Réu Revel - Nomeação de Defensor pelo Juiz -
Prescrição - Argüição na Execução. O Juiz poderá nomear curador
especial ao executado que, citado, por edital ou hora certa,
permanecer revel. Essa regra não se aplica, contudo, se a citação foi
por Carta, com AR. A prescrição somente poderá ser alegada em
embargos.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000257058-8/00(1)


Relator: ANTÔNIO CARLOS CRUVINEL
Data do acordão: 10/06/2002
Data da publicação: 17/09/2002
Ementa:
CDA - ARTIGO 202 DO CTN - PREENCHIMENTO - EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE - INADMISSIBILIDADE. ""Não se admite a
exceção de pré-EXECUTIVIDADE quando o título executivo existe,
estando preenchidos os requisitos estabelecidos no artigo 202 do
CTN, para a sua validade"".
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000255834-4/00(1)
Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 20/05/2002
Data da publicação: 13/09/2002
Ementa:
Agravo de Instrumento. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE.
Descabimento. O instituto da exceção de pré-EXECUTIVIDADE
comporta tão somente discussão de matéria de ordem pública ou
questões que independam de demonstração mediante prova.
Quando a complexidade da matéria lançada se sobrepuser aos
estreitos lindes do retro mencionado instituto, sendo necessária
ampla discussão, deverá o executado lançar mão dos embargos do
devedor. Recurso Improvido.
Súmula:
REJEITARAM A PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO,
VENCIDO O 1º VOGAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000271838-5/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 22/08/2002
Data da publicação: 13/09/2002
Ementa:
Execução Fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Argüição de
iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000147656-3/00(1)


Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 27/08/2002
Data da publicação: 13/09/2002
Ementa:
Execução Fiscal. Justiça Gratuita. Honorários advocatícios. Sendo o
processo de execução autônomo em relação ao dos embargos, os
benefícios da justiça gratuita deferidos em um não se estendem,
automaticamente, ao outro. ""In casu"", o executado só pode ser
compelido ao pagamento de honorários advocatícios depois de
proferida a sentença, que julga extinto o processo de execução
fiscal, e não em momento anterior, porque é a decisão referida,
prolatada pelo juiz singular, que delimita a responsabilidade do
vencido quanto à verba em questão. O pagamento da dívida, após
instaurada a ação, revela verdadeiro reconhecimento do pedido por
parte do contribuinte, não havendo sucumbência da Fazenda
Pública. Nega-se provimento ao recurso.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000278001-3/00(1)


Relator: ALOYSIO NOGUEIRA
Data do acordão: 22/08/2002
Data da publicação: 13/09/2002
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - CABIMENTO - CRÉDITO TRIBUTÁRIO
RELATIVO A IPTU - PRESCRIÇÃO - INEXISTÊNCIA -
DESPROVIMENTO. Versando o incidente sobre matéria
exclusivamente de direito, qual seja, prescrição, cabível a exceção
de pré-EXECUTIVIDADE. A ação para cobrança do crédito tributário
prescreve em 5 (cinco anos), contados da data da sua constituição
definitiva, in casu, inscrição de dívida ativa, conforme dispõe o art.
174 do CTN. - Prescrição - inocorrência.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR. NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000290361-5/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 22/08/2002
Data da publicação: 13/09/2002
Ementa:
Execução Fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Argüição de
iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000274118-9/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 22/08/2002
Data da publicação: 10/09/2002
Ementa:
Tributário e Processo civil. Execução fiscal. Arquivamento.
Prescrição intercorrente. Arguição. Embargos do devedor.
Desnecessidade. Transcorridos mais de cinco anos, após o prazo de
suspensão estabelecido no art. 40 da Lei nº 6.830/80, sem qualquer
iniciativa da exeqüente para impulsionar o processo de execução,
considera-se prescrita a dívida fiscal. Confirma-se a sentença no
reexame necessário, prejudicado o recurso voluntário.
Súmula:
CONFIRMARAM A SENTENÇA NO REEXAME NECESSÁRIO,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000280190-0/00(1)


Relator: FRANCISCO LOPES DE ALBUQUERQUE
Data do acordão: 27/08/2002
Data da publicação: 06/09/2002
Ementa:
EXECUÇÃO CONTRA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL, FUNDADA
EM DUPLICATAS DE VENDA MERCANTIL - DOCUMENTOS QUE
NÃO PODEM SER CONSIDERADOS TÍTULOS EXECUTIVOS
EXTRAJUDICIAIS, À FALTA DO ACEITE DO SUPOSTO DEVEDOR
E DA FORMALIDADE DO PROTESTO.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DA REMESSA NECESSÁRIA E DERAM
PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000248894-8/00(1)


Relator: ALOYSIO NOGUEIRA
Data do acordão: 22/08/2002
Data da publicação: 06/09/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO FISCAL -
INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO ENTRE SUJEITOS PASSIVOS DA
EXECUÇÃO E A EMPRESA EXECUTADA - EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO. Inexistindo qualquer relação entre os sujeitos passivos
da execução e a empresa executada, devida é a exclusão de seus
nomes do pólo passivo, visto não se enquadrarem na condição de
devedores do tributo.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000262778-4/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 08/08/2002
Data da publicação: 03/09/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. DÉBITO DE ICMS. EX-SÓCIO. EXCEÇÃO DE
PRÉ- EXECUTIVIDADE. CONDENAÇÃO. VERBA HONORÁRIA. É
devida a condenação em verba honorária em casos que o executado
peticionar nos próprios autos da execução, denunciando vício formal
do título, vindo o Juiz a extinguir o feito em relação ao mesmo.
Inteligência da 3ª Turma do STJ.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000262393-2/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 08/08/2002
Data da publicação: 03/09/2002
Ementa:
Alimentos. Execução. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE.
Cabimento. A exceção de pré- EXECUTIVIDADE é resultado de
construção doutrinária e jurisprudencial, fundada no princípio da
economia processual que impõe sejam evitadas medidas
desnecessárias e prejudiciais à celeridade da prestação jurisdicional.
Em caso de alimentos, há que se privilegiar a garantia do
alimentando, razão pela qual não se admitir a exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, especialmente quando a matéria discutida enseja
dilação probatória e envolve superveniência de situação jurídica ou
fática nova. Nega-se provimento ao recurso.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000276848-9/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 08/08/2002
Data da publicação: 03/09/2002
Ementa:
Tributário e Processo civil. Execução fiscal. Arquivamento.
Prescrição intercorrente. Argüição. Embargos do devedor.
Desnecessidade. Honorários advocatícios. Arbitramento.
Transcorridos mais de cinco anos, após o prazo de suspensão
estabelecido no art. 40 da Lei nº 6.830/80, sem qualquer iniciativa da
exeqüente para impulsionar o processo de execução, considera-se
prescrita a dívida fiscal. O § 4º do art. 20 do Código de Processo
Civil permite ao juiz, nas causas em que vencida a Fazenda Pública,
fixar os honorários advocatícios com base na eqüidade, usando
como parâmetros os dados constantes do § 3º, grau de zelo do
profissional, lugar da prestação de serviço, natureza e importância
da causa e esforço exigido. Confirma-se a sentença no reexame
necessário, prejudicado o recurso voluntário.
Súmula:
CONFIRMARAM A SENTENÇA NO REEXAME NECESSÁRIO,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000262783-4/00(1)


Relator: CARREIRA MACHADO
Data do acordão: 08/08/2002
Data da publicação: 03/09/2002
Ementa:
Não se encontrando o sócio-cotista na condição de sócio-gerente,
quando da dissolução irregular da sociedade, descabe imputar-lhe
responsabilidade pelo pagamento dos tributos devidos pela
sociedade. Nos incidentes e nos recursos, não cabe a condenação
em honorários, que só será pronunciada na sentença que puser
termo ao processo, julgando ou não o mérito.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO PARCIAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000269124-4/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 08/08/2002
Data da publicação: 03/09/2002
Ementa:
Tributário e Processo civil. Execução fiscal. Executado. Citação por
edital. Revel. Curador especial. Nomeação. Prescrição intercorrente.
Argüição. Embargos do devedor. Desnecessidade. Honorários
advocatícios. Arbitramento. Valor da causa. Atuação profissional
especializada. Valoração. Em execução fiscal há necessidade de se
nomear curador especial ao executado citado por edital, que
permanece revel, em obséquio do princípio do contraditório com
ampla defesa. Para a argüição da prescrição intercorrente não se faz
necessária a oposição de embargos do devedor, especialmente
quando suscitada pelo curador especial, à falta de penhora de bens
do executado revel. Transcorridos mais de cinco anos, após o prazo
de suspensão estabelecido no art. 40 da Lei nº 6.830/80, sem
qualquer iniciativa da exeqüente para impulsionar o processo de
execução, considera-se prescrita a dívida fiscal. Quando o valor da
causa é pequeno, a taxa a ser aplicada para honorários de
sucumbência deve ser inversamente maior, a fim de não se aviltar o
exercício da advocacia e o seu nível de responsabilidade
especializada. Rejeita-se a preliminar e confirma-se a sentença no
reexame necessário, prejudicado o recurso voluntário.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E CONFIRMARAM A SENTENÇA NO
REEXAME NECESSÁRIO, PREJUDICADO O RECURSO
VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000239010-2/00(1)


Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 13/08/2002
Data da publicação: 30/08/2002
Ementa:
Execução fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Alegação de
inexigibilidade do título. Pretensão que demanda, no caso dos autos,
instauração dos competentes embargos à execução. Mantém-se
afastada a admissibilidade da exceção de pré-EXECUTIVIDADE,
que se mostra inapropriada para amparar a pretensão da ora
agravante, qual seja, impedir o prosseguimento da execução. Agravo
desprovido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000257212-1/00(1)


Relator: JARBAS LADEIRA
Data do acordão: 20/05/2002
Data da publicação: 23/08/2002
Ementa:
Execução Fiscal. Empresa falida. Competência do juízo afeito aos
feitos da Fazenda Pública. Impossibilidade de atração do processo
pelo juízo universal da falência, ainda que o pleito executório tenha
sido ajuizado após a decretação da quebra. Entendimento dos
artigos 187 do CTN e 29 da Lei de Execuções Fiscais. Recurso a
que se dá provimento.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000240596-7/00(1)


Relator: HYPARCO IMMESI
Data do acordão: 13/06/2002
Data da publicação: 20/08/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - SUA ADMISSÃO POR
CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIA E PRETORIANA - HIPÓTESES DE
SUA ADMISSIBILIDADE. Embora se trate de forma de defesa não
legalmente prevista, a exceção de pré-EXECUTIVIDADE tem sido
admitida pela doutrina e jurisprudência, permitindo ao devedor
invocá-la para alegar a inviabilidade ou nulidade da execução, ao
invés de fazê-lo via embargos. Todavia, a exceção de pré-
EXECUTIVIDADE somente é admitida em hipóteses excepcionais,
ou seja, quando se mostra evidente a ausência de título hábil,
quando ocorrer prescrição, ou, ainda, quando há prova de quitação
do débito.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000246056-6/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 27/06/2002
Data da publicação: 20/08/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO FISCAL -
PENHORA DECLARADA INSUBSISTENTE - BEM ALIENADO A
TERCEIRO DE BOA-FÉ - VIABILIDADE - DECISÃO MANTIDA.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO, VENCIDO O PRIMEIRO VOGAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235212-8/00(1)


Relator: HYPARCO IMMESI
Data do acordão: 27/06/2002
Data da publicação: 20/08/2002
Ementa:
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - AÇÃO EXECUTIVA FISCAL -
DESISTÊNCIA DA EXEQÜENTE - DUPLICIDADE DE EXECUÇÕES
- IMPOSIÇÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL - OPORTUNIDADE E
LEGALIDADE. Se o devedor foi obrigado a contratar advogado para
se opor à execução fiscal, a posterior desistência desta, por haver
duplicidade de execuções, impõe à Fazenda Pública suportar o ônus
das despesas do processo.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000262702-4/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 27/06/2002
Data da publicação: 20/08/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. DÉBITO DE ICMS. EX-SÓCIO. EXCEÇÃO DE
PRÉ- EXECUTIVIDADE. CONDENAÇÃO. VERBA HONORÁRIA. É
devida a condenação em verba honorária em casos que o executado
peticionar nos próprios autos da execução, denunciando vício formal
do título, vindo o Juiz a extinguir o feito em relação ao mesmo.
Inteligência da 3ª Turma do STJ.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000258588-3/00(1)


Relator: FRANCISCO LOPES DE ALBUQUERQUE
Data do acordão: 06/08/2002
Data da publicação: 15/08/2002
Ementa:
AÇÃO DE EXECUÇÃO - TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL -
CERTEZA, LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO . O cabimento da exceção de pré-
EXECUTIVIDADE exige a verificação de um requisito fundamental, a
saber: a existência de execução manifestamente embasada sem
título executivo ou em título sem certeza, liquidez ou exigibilidade.
Ausente esta hipótese em ação de execução embasada em título
executivo judicial, a exceção deve ser rejeitada. Recurso provido e
sentença cassada. V.V. EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - CABIMENTO. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, como forma atípica de impugnação da execução,
movida pelo objetivo de suscitar questão processual de ordem
pública (requisitos, pressupostos e condições da ação executiva),
permite também o exame de matérias pertinentes ao mérito, desde,
é claro, que não haja necessidade de produzir outra prova além
daquela já carreada para os autos do processo executivo.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO, VENCIDO O RELATOR.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000267225-1/00(1)


Relator: ALVIM SOARES
Data do acordão: 20/05/2002
Data da publicação: 13/08/2002
Ementa:
AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL - ILEGITIMIDADE AD CAUSAM -
BENS OFERTADOS À PENHORA - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - SÓCIOS. ""O insurgimento contra a ausência de
condições da ação, denominado pré-EXECUTIVIDADE ou oposição
pré-processual se dá através de argüição de nulidade de execução,
nos próprios autos da execução; registre-se, que o despacho
ordinatório de citação em uma execução pode ser atacado pelo
devedor antes e para evitar a penhora, desde que ausentes
quaisquer requisitos enunciados no artigo 586 do C.P.C.""
Súmula:
NÃO CONHECERAM DO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000260177-1/00(1)


Relator: WANDER MAROTTA
Data do acordão: 20/05/2002
Data da publicação: 13/08/2002
Ementa:
PROCESSUAL E TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL -
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. Se a execução, suspensa a
requerimento da exeqüente, assim se mantem por mais de cinco
anos, sem qualquer iniciativa no sentido de movimentá-la, é de
reconhecer-se a prescrição intercorrente.
Súmula:
EM REEXAME NECESSÁRIO, CONFIRMARAM A SENTENÇA,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000260198-7/00(1)


Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 20/06/2002
Data da publicação: 13/08/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
DECLARAÇÃO DE FRAUDE À EXECUÇÃO E DE LITIGÂNCIA DE
MÁ-FÉ. MULTA. RECURSO. É de ser mantida decisão que, em ação
de execução fiscal, declara fraude à execução praticada pelo
executado, considera-o litigante de má-fé e lhe aplica multa. Decisão
mantida.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000268657-4/00(1)


Relator: WANDER MAROTTA
Data do acordão: 03/06/2002
Data da publicação: 13/08/2002
Ementa:
PROCESSUAL E TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL -
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. Se a execução, suspensa a
requerimento da exeqüente, assim se mantem por mais de cinco
anos, sem qualquer iniciativa no sentido de movimentá-la, é de
reconhecer-se a prescrição intercorrente.
Súmula:
EM REEXAME NECESSÁRIO, REFORMARAM, EM PARTE, A
SENTENÇA.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000277283-8/01(1)


Relator: FERNANDO BRÁULIO
Data do acordão: 13/05/2002
Data da publicação: 09/08/2002
Ementa:
.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000245103-7/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 27/06/2002
Data da publicação: 09/08/2002
Ementa:
ANULATÓRIA - EXECUÇÃO INICIADA - VIA IMPRÓPRIA. A CDA
goza de presunção de certeza e liquidez que pode ser desconstituída
pelo devedor somente através dos embargos, sendo a via eleita
imprópria para tal finalidade - Processo extinto.
Súmula:
ACOLHERAM PRELIMINAR E EXTINGUIRAM O PROCESSO, EM
REEXAME NECESSÁRIO, PREJUDICADO O RECURSO
VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000262699-2/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 13/06/2002
Data da publicação: 06/08/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. DÉBITO DE ICMS. EX-SÓCIO. EXCEÇÃO DE
PRÉ- EXECUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. PROVIMENTO DO
RECURSO. 1. O sistema consagrado no art. 16 da Lei nº 6.830/80
não admite as denominadas ""exceções de pré-EXECUTIVIDADE"".
2. Provimento do recurso.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000249225-4/00(1)


Relator: CARREIRA MACHADO
Data do acordão: 20/06/2002
Data da publicação: 02/08/2002
Ementa:
A exceção de pré-EXECUTIVIDADE em execução fiscal somente
deve ser aceita em se tratando de nulidade manifesta, sem qualquer
complexidade, que não necessita de dilação probatória,
considerando que os embargos à execução são a sede própria para
se deduzir toda a matéria de defesa que possa interessar ao
devedor.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000212927-8/00(1)


Relator: HYPARCO IMMESI
Data do acordão: 13/06/2002
Data da publicação: 01/08/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - SUA ADMISSÃO POR
CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIA E PRETORIANA - HIPÓTESES DE
SUA ADMISSIBILIDADE. Embora se trate de forma de defesa não
legalmente prevista, a exceção de pré-EXECUTIVIDADE tem sido
admitida pela doutrina e jurisprudência, permitindo ao devedor
invocá-la para alegar a inviabilidade ou nulidade da execução, ao
invés de fazê-lo via embargos. Todavia, a exceção de pré-
EXECUTIVIDADE somente é admitida em hipótese excepcionais, ou
seja, quando se mostra evidente a ausência de título hábil, quando
ocorrer prescrição, ou, ainda, quando há prova de quitação do
débito.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000260704-2/00(1)


Relator: NILSON REIS
Data do acordão: 18/06/2002
Data da publicação: 28/06/2002
Ementa:
Agravo. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Ausência de
contraditório. Honorários de advogado. Cabimento. Mesmo não
havendo contraditório na exceção de pré-EXECUTIVIDADE, não há
razão alguma para o descabimento de honorários de advogado.
Agravo improvido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000279937-7/01(1)


Relator: ALOYSIO NOGUEIRA
Data do acordão: 13/06/2002
Data da publicação: 28/06/2002
Ementa:
AGRAVO REGIMENTAL - AUSÊNCIA DE CERTIDÃO DE
INTIMAÇÃO DA DECISÃO RECORRIDA - APLICABILIDADE DO
ART. 525, DO CPC - NEGADO SEGUIMENTO AO AGRAVO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000261726-4/00(1)


Relator: WANDER MAROTTA
Data do acordão: 06/05/2002
Data da publicação: 27/06/2002
Ementa:
PROCESSUAL E TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL -
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. Se a execução, suspensa a
requerimento da exeqüente, assim se mantém por mais de cinco
anos, sem qualquer iniciativa no sentido de movimentá-la, é de
reconhecer-se a prescrição intercorrente.
Súmula:
EM REEXAME NECESSÁRIO, CONFIRMARAM A SENTENÇA,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000262705-7/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 06/06/2002
Data da publicação: 25/06/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. DÉBITO DE ICMS. EX-SÓCIO. EXCEÇÃO DE
PRÉ- EXECUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. PROVIMENTO DO
RECURSO. 1. O sistema consagrado no art. 16 da Lei nº 6.830/80
não admite as denominadas ""exceções de pré-EXECUTIVIDADE"".
2. Provimento do recurso.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000268866-1/00(1)


Relator: CARREIRA MACHADO
Data do acordão: 23/05/2002
Data da publicação: 25/06/2002
Ementa:
Nos incidentes e nos recursos não cabe a condenação em
honorários, que só será pronunciada na sentença que puser termo
ao processo, julgando ou não o mérito.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO, VENCIDO O PRIMEIRO VOGAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000271170-3/01(1)


Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 11/06/2002
Data da publicação: 21/06/2002
Ementa:
EMBARGOS DECLARATÓRIOS - REJEIÇÃO - INOCORRÊNCIA DE
CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO NO ACÓRDÃO. A contradição,
omissão, ou obscuridade é a que recai sobre a exteriorização do
julgado, jamais sobre seu conceito ou conteúdo.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000246883-3/00(1)


Relator: BRANDÃO TEIXEIRA
Data do acordão: 04/06/2002
Data da publicação: 21/06/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. DESISTÊNCIA PELA FAZENDA PÚBLICA.
CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS.
PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS. Se a Fazenda Pública deu
causa à contratação de advogado pelo executado, por ajuizar a
demanda de maneira açodada, deve arcar com o pagamento dos
honorários da parte adversa, independentemente de oposição de
embargos, mesmo porque, conforme parágrafo 4º, do art. 20, do
CPC, são devidos honorários nas execuções, embargadas ou não.
Precedentes do Eg. Superior Tribunal de Justiça. Recurso improvido
(ERESP n. 158884/RS, Corte Especial, julg. 04.10.2001, pub. DJ
30.04.2001, p. 123, e ERESP n. 80257/SP, Primeira Seção, julg.
10.12.1997, pub. DJ 25.02.1998, p.14).
Súmula:
NÃO CONHECERAM DA REMESSA, VENCIDO O REVISOR.
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000268610-3/00(1)


Relator: HUGO BENGTSSON
Data do acordão: 06/06/2002
Data da publicação: 21/06/2002
Ementa:
Execução Fiscal - Exceção de pré-EXECUTIVIDADE - Instrução
probatória - Necessidade - Inadmissibilidade - Decisão que se cassa,
com prosseguimento regular de ajuizada execução.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000271279-2/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 06/06/2002
Data da publicação: 21/06/2002
Ementa:
Execução Fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Sentença.
Nulidade. Inocorrência. Matéria dedutível apenas em embargos,
após garantido o juízo. Apelação provida.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000273382-2/00(1)


Relator: WANDER MAROTTA
Data do acordão: 06/05/2002
Data da publicação: 18/06/2002
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO FISCAL - EXIGIBILIDADE DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO SUSPENSO POR AÇÃO ANULATÓRIA DE
DÉBITO - CABIMENTO. Se a exigibilidade do crédito tributário
encontra-se suspensa por depósito integral feito no curso de ação
anulatória de débito, é viável a oposição da exceção de pré-
EXECUTIVIDADE para obtenção da extinção da execução fiscal
alicerçada nos mesmos Autos de Infração.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000218723-5/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 16/05/2002
Data da publicação: 11/06/2002
Ementa:
Processual Civil. Duplo Grau de Jurisdição Obrigatório. Decisão
Interlocutória. Não conhecimento do recurso. A regra processual
exige que o reexame necessário deve obedecer ao comando
estabelecido no art. 475 do CPC, sendo somente cabível contra
decisão monocrática que põe termo no processo, encerrando a
atividade jurisdicional do órgão judicante perante o qual pendia a
causa. Desse modo, não se conhece da remessa em face de uma
decisão interlocutória proferida por Juiz singular, fazendo-se
necessário o prévio esgotamento de instância, o qual não restou
atendido.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DA REMESSA.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000233780-6/00(1)


Relator: ALOYSIO NOGUEIRA
Data do acordão: 16/05/2002
Data da publicação: 07/06/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. IPTU. É de responsabilidade do proprietário do
imóvel, de acordo com o cadastro imobiliário municipal, o pagamento
dos tributos sobre ele incidentes. É responsabilidade do contribuinte
a inscrição dos imóveis no Cadastro Imobiliário (Lei Municipal nº
1.310/66, art. 12, §1º, V, c/c arts. 159, 168, 216), bem como a
comunicação de qualquer ocorrência verificada em relação ao imóvel
que possa alterar as bases do lançamento dos tributos municipais. À
Fazenda Pública deve-se dar oportunidade de substituir a CDA
extraída com erro. A ausência de garantia do juízo, implica
inadmissibilidade dos embargos do devedor.
Súmula:
EM REEXAME NECESSÁRIO, REFORMARAM A SENTENÇA,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000248207-3/00(1)


Relator: ISALINO LISBÔA
Data do acordão: 23/05/2002
Data da publicação: 07/06/2002
Ementa:
EXECUÇÃO DE PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA. INADIMPLÊNCIA
CONFIGURADA. SENTENÇA CONDENATÓRIA AO PAGAMENTO
DE ALIMENTOS. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NÃO
RECEBIMENTO. ACERTO SOBRE TAL ANTE INIDENTIFICAÇÃO
DE BASE LEGAL AO SEU ABRIGO PRIMEIRO. DECISÃO
CONFIRMADA. RECURSO IMPROVIDO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000253916-1/00(1)


Relator: ISALINO LISBÔA
Data do acordão: 23/05/2002
Data da publicação: 07/06/2002
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EDIFICAÇÃO RECURSAL VISANDO
DESMERECIMENTO DE DESPACHO QUE RECEBEU RECURSO
DE APELAÇÃO. INADMISSIBILIDADE DE PRODUÇÃO
EMPREENDIDA. POR INADMISSÍVEL, AO AGRAVO RESTA A
DETERMINAÇÃO DE SEU ARQUIVAMENTO.
Súmula:
CONCLUIRAM PELA INADMISSIBILIDADE DO RECURSO, NOS
TERMOS DO VOTO DO RELATOR.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000259905-8/00(1)


Relator: FRANCISCO FIGUEIREDO
Data do acordão: 21/05/2002
Data da publicação: 04/06/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - QUESTIONAMENTO SOBRE ÍNDICES DE
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA - DISCUSSÃO QUE SE RESERVA À
VIA DOS EMBARGOS - PROCESSUALIDADE. - Não há como se
discutir a legalidade dos índices de atualização monetária nos
próprios autos de execução fiscal. Simples peticionamento não basta
para infirmar a validade do título executivo, pois, para tanto, a lei
prevê liturgia própria.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000241078-5/00(1)


Relator: JARBAS LADEIRA
Data do acordão: 29/04/2002
Data da publicação: 24/05/2002
Ementa:
Execução fiscal. Débito oriundo de TFLF - Taxa de Fiscalização,
Localização e Funcionamento. Ação anulatória de débito fiscal,
anteriormente ajuizada, em que o mesmo débito fora depositado e
vinha sendo objeto de discussão. Impossibilidade de se executar
débito que ao mesmo tempo tem sua validade discutida
judicialmente em sede processual diversa. Extinção da execução.
Súmula:
EM REEXAME NECESSÁRIO, CONFIRMARAM A SENTENÇA,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000252793-5/00(1)


Relator: ALOYSIO NOGUEIRA
Data do acordão: 02/05/2002
Data da publicação: 24/05/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - MASSA FALIDA -
EXCLUSÃO DE MULTA E JUROS POSTERIORES À DATA DA
QUEBRA - ARTS. 23, III, E 26, DA LEI FALIMENTAR - SÚMULAS
192 E 565 DO STF - DESPROVIMENTO - Após a decretação da
falência, não há falar em exigência de multa fiscal e juros, com fulcro
nos arts. 23, III, e 26, do Dec-lei nº 7.661/45 e súmulas 192 e 565 do
STF.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR. NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000263244-6/00(1)


Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 25/03/2002
Data da publicação: 24/05/2002
Ementa:
Processual. Execução Fiscal. Exceção de pré- EXECUTIVIDADE.
Matéria que prescinde de exame mais detido ou de maiores
indagações. Incidente criado pela jurisprudência, que não substitui
os embargos de devedor. Decisão indeferitória. Agravo.
Desprovimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000242798-7/01(1)


Relator: ISALINO LISBÔA
Data do acordão: 25/04/2002
Data da publicação: 17/05/2002
Ementa:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. MATÉRIA PRESCRICIONAL NÃO
ADENTRADA, PELO ADVENTO DE PREJUDICIAL HAVIDA COM A
INADMISSIBILIDADE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
EM SEARA DE EXECUÇÃO FISCAL. ART. 174 DO CTN.
INCURSÃO MERITÓRIA. ART. 162 DO CÓDIGO CIVIL.
INAPLICABILIDADE. REJEIÇÃO.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000236419-8/01(1)


Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 18/04/2002
Data da publicação: 10/05/2002
Ementa:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - OMISSÃO IMPUTADA AO
ACÓRDÃO - INOCORRÊNCIA - REJEIÇÃO.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000268871-1/00(1)


Relator: HUGO BENGTSSON
Data do acordão: 25/04/2002
Data da publicação: 10/05/2002
Ementa:
Execução fiscal - Exceção de pré-EXECUTIVIDADE -
Impossibilidade - Inteligência do art. 16 da LEF. Não é possível a
interposição de objeção de pré-EXECUTIVIDADE em sede de
execução fiscal, em face do que preceitua o art. 16 da Lei nº.
6.830/80, mormente em se tratando de matéria em que é necessária
dilação probatória. Recurso a que se dá provimento.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000258513-1/00(1)


Relator: LÚCIO URBANO
Data do acordão: 16/04/2002
Data da publicação: 10/05/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. OFERECIMENTO EM
EXECUÇÃO DE ACORDO CELEBRADO EM CAUSA DE DIVÓRCIO
CONSENSUAL. SENTENÇA QUE A DESACOLHE, IMPONDO AO
SUCUMBIDO OS ÔNUS DAS CUSTAS E VERBA HONORÁRIA DE
ADVOGADO. APELO DESPROVIDO. CASO EM QUE A EXCEÇÃO
FEZ AS VEZES DE EMBARGOS, INSTAURANDO O
CONTRADITÓRIO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000238609-2/00(1)


Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 09/04/2002
Data da publicação: 10/05/2002
Ementa:
Agravo de Instrumento. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE.
Descabimento. O instituto da exceção de pré-EXECUTIVIDADE
comporta tão somente discussão de matéria de ordem pública ou
questões que independam de demonstração mediante prova.
Quando a complexidade da matéria lançada se sobrepuser aos
estreitos lindes do retromencionado instituto, sendo necessária
ampla discussão, deverá o executado lançar mão dos embargos do
devedor. Recurso Improvido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000268118-7/00(1)


Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 23/04/2002
Data da publicação: 10/05/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
OPOSTA - IMPOSSIBILIDADE. O sistema consagrado no Art. 16 da
Lei 6.830/80 não admite as denominadas ""exceções de pré-
EXECUTIVIDADE"". O processo executivo fiscal foi concebido como
instrumento compacto, rápido, seguro e eficaz, para realização da
dívida ativa pública. Admitir que o executado, sem a garantia da
penhora, ataque certidão que o instrumenta, é tornar insegura a
execução. Por outro lado, criar instrumentos paralelos de defesa é
complicar o procedimento, comprometendo-lhe rapidez. Nada
impede que o executado - antes da penhora - advirta o Juiz, para
circunstâncias prejudiciais (pressupostos processuais ou condições
da ação) suscetíveis de conhecimento ""ex officio"". Transformar,
contudo, esta possibilidade em defesa plena, com produção de
provas, seria fazer ""tábula rasa"" do preceito contido no Art. 16 da
LEF. Seria emitir um convite à chicana, transformando a execução
fiscal em ronceiro procedimento ordinário.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000271170-3/00(1)
Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 14/05/2002
Data da publicação: 08/05/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
OPOSTA - IMPOSSIBILIDADE. O sistema consagrado no Art. 16 da
Lei 6.830/80 não admite as denominadas ""exceções de pré-
EXECUTIVIDADE"". O processo executivo fiscal foi concebido como
instrumento compacto, rápido, seguro e eficaz, para realização da
dívida ativa pública. Admitir que o executado, sem a garantia da
penhora, ataque certidão que o instrumenta, é tornar insegura a
execução. Por outro lado, criar instrumentos paralelos de defesa é
complicar o procedimento, comprometendo-lhe rapidez. Nada
impede que o executado - antes da penhora - advirta o Juiz, para
circunstâncias prejudiciais (pressupostos processuais ou condições
da ação) suscetíveis de conhecimento ex officio. Transformar,
contudo, esta possibilidade em defesa plena, com produção de
provas, seria fazer ""tabula rasa"" do preceito contido no Art. 16 da
LEF. Seria emitir um convite à chicana, transformando a execução
fiscal em ronceiro procedimento ordinário.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000238638-1/00(1)


Relator: CARREIRA MACHADO
Data do acordão: 11/04/2002
Data da publicação: 07/05/2002
Ementa:
Em sendo a matéria argüida nos embargos à execução de ordem
pública, como a legitimidade de parte, dispensa-se
excepcionalmente a garantia do juízo, haja vista que a mesma
questão poderia ser suscitada como exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, que não exige a segurança da execução. O
embargante é parte ilegítima para figurar no pólo passivo da
execução fiscal se não há prova quanto ao exercício da gerência da
sociedade pelo próprio e também quanto à liquidação irregular da
empresa executada.
Súmula:
CONFIRMARAM A SENTENÇA NO REEXAME NECESSÁRIO,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000243783-8/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 07/03/2002
Data da publicação: 30/04/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO DE
PRESCRIÇÃO E ILEGITIMIDADE PASSIVA - PEDIDO
INDEFERIDO - VIA ADEQUADA DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO -
RECURSO NÃO PROVIDO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000244578-1/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 07/03/2002
Data da publicação: 30/04/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE -
EFEITO - ARGÜIÇÃO INDEFERIDA - SUPENSÃO DA EXECUÇÃO -
REABERTURA DE PRAZO PARA EMBARGOS - SITUAÇÃO
INSUSTENTÁVEL - DECISÃO CASSADA.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000247436-9/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 07/03/2002
Data da publicação: 30/04/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL -
QUESTIONAMENTO DE DÉBITO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - IMPOSSIBILIDADE - AGRAVO DE
INSTRUMENTO - DESPROVIMENTO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000239616-6/00(1)


Relator: ALOYSIO NOGUEIRA
Data do acordão: 04/04/2002
Data da publicação: 26/04/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PRESCRIÇÃO. a argüição de prescrição do título com base no CTN,
art. 174, pode ser resolvida incidentalmente, pela via da excepcional
exceção de pré-EXECUTIVIDADE, nos próprios autos da execução,
não reclamando, necessariamente, a propositura dos embargos à
execução. A prescrição da ação para cobrança do crédito tributário
opera-se em cinco anos, contados da data da sua constituição
definitiva, consoante o art. 174 do CTN, lei complementar que não
pode ser modificada por lei ordinária.
Súmula:
EM REEXAME NECESSÁRIO, CONFIRMARAM A SENTENÇA.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000251609-4/01(1)


Relator: LÚCIO URBANO
Data do acordão: 09/04/2002
Data da publicação: 26/04/2002
Ementa:
.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000262128-2/00(1)


Relator: SÉRGIO LELLIS SANTIAGO
Data do acordão: 18/03/2002
Data da publicação: 26/04/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - Oposição em execução
fiscal - Rejeição - Dedução de matéria que não comporta apreciação
e julgamento imediato, a autorizar a dispensa de defesa regular por
meio dos embargos do devedor, após seguro o juízo pela penhora -
Instrumento opcional, de limites estreitos para provocação do órgão
jurisdicional, argüindo questões apreciáveis como condição da ação
a obstar o conhecimento da matéria de fundo.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000233257-5/00(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 09/04/2002
Data da publicação: 26/04/2002
Ementa:
Processual Civil - Execução Fiscal - Embargos - Matéria de defesa -
Exceção de pré- EXECUTIVIDADE - Inadmissibilidade - Inteligência
do art. 16 da LEF (Lei nº 6.830/80).
Súmula:
REFORMARAM A SENTENÇA, PREJUDICADO O APELO
VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000207572-9/00(1)


Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 02/04/2002
Data da publicação: 26/04/2002
Ementa:
Processual Civil. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Incidente que
se resolve por decisão interlocutória, desafiável por agravo de
instrumento.
Súmula:
NÃO CONHECERAM.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000215776-6/00(1)


Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 12/03/2002
Data da publicação: 19/04/2002
Ementa:
Processual. Execução Fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE.
Matéria que prescinde de exame mais detido ou de maiores
indagações. Incidente criado pela jurisprudência, que não substitui
os embargos de devedor. Decisão indeferiória. Agravo.
Desprovimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000246728-0/00(1)


Relator: SCHALCHER VENTURA
Data do acordão: 21/03/2002
Data da publicação: 19/04/2002
Ementa:
DÍVIDA TRIBUTÁRIA - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO DA EXCEÇÃO - AGRAVO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO, VENCIDO O PRIMEIRO VOGAL.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000251629-2/00(1)
Relator: ISALINO LISBÔA
Data do acordão: 21/03/2002
Data da publicação: 19/04/2002
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE DE
PARTE. CO-EXECUTADO. INIDENTIDADE DO PROCEDIMENTO
COM A NECESSÁRIA GARANTIA DO JUÍZO, PREVISTA NA LEF.
PENHORA INOCORRIDA. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE. NÃO
AVILTAMENTO DAS REGRAS DO CPC, QUANTO À MATÉRIA
ARGÜÍVEL POR SIMPLES PETIÇÃO. PROVIMENTO RECURSAL.
DECISÃO CASSADA.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO, VENCIDO O SEGUNDO VOGAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000238799-1/00(1)


Relator: LUCAS SÁVIO V. GOMES
Data do acordão: 21/03/2002
Data da publicação: 19/04/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - ARGUIÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
RESPOSTA DA EXEQUENTE - INEXISTÊNCIA - CERCEIO DE
DEFESA. Comprovado no processado que o Fisco Municipal não foi
intimado para se pronunciar sobre a arguição de pré-
EXECUTIVIDADE apresentada pelos executados, resulta ferido o
disposto no art. 25 da Lei nº 6.830/80, o que configura o seu
cerceamento de defesa e infirma a eficácia da sentença. Preliminar
acolhida. Sentença cassada, em reexame necessário.
Súmula:
ACOLHERAM PRELIMINAR. CASSARAM A SENTENÇA, VENCIDO
O REVISOR.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000257692-4/00(1)


Relator: FRANCISCO LOPES DE ALBUQUERQUE
Data do acordão: 16/04/2002
Data da publicação: 19/04/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO FISCAL -
DESCABIMENTO. Segundo entendimento que tem prevalecido
nesta Câmara Julgadora, a exceção de pré-EXECUTIVIDADE,
admitida em nosso direito por construção doutrinário- jurisprudencial,
somente se dá em hipóteses excepcionais, quando for evidente a
ausência de título ou houver flagrante causa de nulidade da
execução, ou, ainda, quando manifesta a prescrição do título ou
induvidosa a prova de quitação do crédito exeqüendo; fora desses
casos, impõe-se a oposição de embargos do devedor.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000238293-5/01(1)


Relator: ISALINO LISBÔA
Data do acordão: 14/03/2002
Data da publicação: 12/04/2002
Ementa:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE AFASTADA COMO VIA ADEQUADA AO
AVENTAMENTO DE QUESTÕES, AINDA QUE DE CARÁTER
PREFACIAL, AO ENFRENTAMENTO DE EXECUTIVO FISCAL.
OMISSÕES DE DISPOSITIVOS DA LEI PROCESSUAL COMUM
NÃO CONCEBIDAS. REJEIÇÃO.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000257922-5/00(1)


Relator: BRANDÃO TEIXEIRA
Data do acordão: 12/03/2002
Data da publicação: 12/04/2002
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. NÃO HÁ INCIDÊNCIA DE MULTA
NA COBRANÇA DE CRÉDITO FISCAL CONTRA MASSA, BEM
COMO É INEXIGÍVEL JUROS MORATÓRIOS A PARTIR DA
DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 23,
25 E 27, DA LF E DAS SÚMULAS 565 E 192 DO STF,
RECEPCIONADAS PELA CF/88.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000242957-9/00(1)


Relator: FRANCISCO LOPES DE ALBUQUERQUE
Data do acordão: 09/04/2002
Data da publicação: 12/04/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ISSQN - EXECUÇÃO
FISCAL PROPOSTA NA PENDÊNCIA DE AÇÃO ANULATÓRIA DO
DÉBITO FISCAL EXEQÜENDO - DEPÓSITO JUDICIAL DO DÉBITO
EXEQÜENDO PERANTE O JUÍZO DA AÇÃO ANULATÓRIA -
EXTINÇÃO, E NÃO MERA SUSPENSÃO, DA EXECUÇÃO FISCAL -
INTELIGÊNCIA DO ART. 1151, II, DO CTN. Proposta ação de
execução fiscal na pendência de ação anulatória do crédito fiscal
exeqüendo, tendo-se efetuado depósito judicial no valor do tributo
em discussão na ação anulatória, acolhe-se a exceção argüida para
a extinção da execução fiscal, nos termos do artigo 151, inciso II, do
Código Tributário Nacional.
Súmula:
CONFIRMARAM A SENTENÇA NO REEXAME NECESSÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000234175-8/00(1)


Relator: BRANDÃO TEIXEIRA
Data do acordão: 12/03/2002
Data da publicação: 12/04/2002
Ementa:
TRIBUTÁRIO. TAXA DE FISCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E
FUNCIONAMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
LANÇAMENTO DE OFÍCIO. INSTAURAÇÃO DE PROCESSO
ADMINISTRATIVO CONDICIONADA À PROVOCAÇÃO DO
CONTRIBUINTE. Para cobrança da Taxa de Fiscalização,
Localização e Funcionamento, no Município de Belo Horizonte, não
há necessidade de instauração de processo administrativo para cada
contribuinte. Basta que a municipalidade se valha das informações
constantes da inscrição que o próprio contribuinte faz perante o
cadastro municipal. CONSTITUCIONALIDADE DA COBRANÇA.
BASE DE CÁLCULO PRÓPRIA. A Taxa de fiscalização, localização
e funcionamento é tributo cuja cobrança é constitucional. O fato de
ser utilizada a metragem do imóvel como único e exclusivo critério de
seu cálculo não implica em ofensa ao art. 145, § 2º, da Constituição
da República. Sua base de cálculo não coincide com a do IPTU, que
leva em consideração o valor venal do imóvel.
Súmula:
CASSARAM A SENTENÇA, PREJUDICADO O APELO
VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000234103-0/00(1)


Relator: ALOYSIO NOGUEIRA
Data do acordão: 14/03/2002
Data da publicação: 05/04/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
EXIGIBILIDADE DO DÉBITO SUSPENSA POR SENTENÇA
CONCESSIVA DE SEGURANÇA. Extingue-se a execução intentada
quando já se encontrava suspensa a exigibilidade do débito, por
força de sentença concessiva de segurança, postulada com o fim de
suspender a exigibilidade de crédito tributário.
Súmula:
EM REEXAME NECESSÁRIO, CONFIRMARAM A SENTENÇA,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000255065-5/00(1)


Relator: BADY CURI
Data do acordão: 14/03/2002
Data da publicação: 04/04/2002
Ementa:
Execução Fiscal - Prescrição - Inércia do Fisco não verificada -
Solidariedade passiva entre a pessoa jurídica e seus sócios - A
prescrição indeferida contra um deles se comunica aos demais -
Recurso improvido - Decisão confirmada.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000246363-6/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 14/02/2002
Data da publicação: 26/03/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - INDEFERIMENTO
LIMINAR - AGRAVO NÃO PROVIDO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000257317-8/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 28/02/2002
Data da publicação: 26/03/2002
Ementa:
EXECUÇÃO DE SENTENÇA - QUESTÃO PRIVADA NÃO
INSERIDA NO ÂMBITO DA COMPETÊNCIA RECURSAL DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA - DECLINAÇÃO DE COMPETÊNCIA PARA
O EG. TRIBUNAL DE ALÇADA.
Súmula:
DECLINARAM DA COMPETÊNCIA AO EG. TRIBUNAL DE
ALÇADA.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235527-9/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 14/02/2002
Data da publicação: 22/03/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - PROCESSO APARTADO -
SENTENÇA AGRAVADA - IMPROPRIEDADE - NÃO
CONHECIMENTO DO RECURSO.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000239015-1/00(1)


Relator: ISALINO LISBÔA
Data do acordão: 28/02/2002
Data da publicação: 22/03/2002
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. DEFESA SEM PREVISÃO NA SISTEMÁTICA DA
LEI Nº 6.830/80, SOBRETUDO, EM SE TRATANDO DE MATÉRIA
EXCLUSIVA DE EMBARGOS. REJEIÇÃO. RECURSO IMPROVIDO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235531-1/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 14/02/2002
Data da publicação: 22/03/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - PROCESSO APARTADO -
SENTENÇA AGRAVADA - IMPROPRIEDADE - NÃO
CONHECIMENTO DO RECURSO.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235534-5/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 14/02/2002
Data da publicação: 22/03/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - PROCESSO APARTADO -
SENTENÇA AGRAVADA - IMPROPRIEDADE - NÃO
CONHECIMENTO DO RECURSO.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235535-2/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 14/02/2002
Data da publicação: 22/03/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - PROCESSO APARTADO -
SENTENÇA AGRAVADA - IMPROPRIEDADE - NÃO
CONHECIMENTO DO RECURSO.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000195697-8/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 17/05/2001
Data da publicação: 22/03/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE -
ADMISSIBILIDADE - DEPÓSITO INTEGRAL DO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO, PROCEDIDO EM AÇÃO DECLARATÓRIA COM
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA - SUSPENSÃO DA
EXIGIBILIDADE TRIBUTÁRIA - EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
JULGAMENTO DO MÉRITO - MANUTENÇÃO DA DECISÃO.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DA REMESSA, REJEITARAM PRELIMINAR E
NEGARAM PROVIMENTO A AMBOS OS RECURSOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000261825-4/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 28/02/2002
Data da publicação: 21/03/2002
Ementa:
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Execução fiscal. Citação. Falta.
Comparecimento espontâneo do citando. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE é resultado de construção doutrinária e
jurisprudencial, fundada no princípio da economia processual, que
impõe sejam evitadas medidas desnecessárias e prejudiciais à
celeridade da prestação jurisdicional. Logo, só se há admiti-la
quando provado que a continuidade da execução está fadada ao
insucesso, por faltar-lhe condições mínimas para o seu
prosseguimento. A intervenção espontânea do citando no processo
de execução, para suscitar exceção de pré-EXECUTIVIDADE, supre
a falta de citação. Nega-se provimento ao recurso.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000227060-1/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 07/02/2002
Data da publicação: 21/03/2002
Ementa:
Processual Civil. Execução Fiscal. Penhora não realizada.
Inadmissibilidade dos embargos. Os embargos visam à
desconstituição de um direito certo, lastreado na presunção de
certeza e liquidez das Certidões de Dívida Ativa, sendo inadmissível
seu processamento sem estar devidamente garantida a execução
pela penhora.
Súmula:
EXTINGUIRAM O PROCESSO NO REEXAME NECESSÁRIO,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000236419-8/00(1)
Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 14/02/2002
Data da publicação: 15/03/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE.
TÍTULO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, embora criação da doutrina e da jurisprudência,
não é sucedâneo dos embargos à execução, mormente quando se
discute a compensação de dívida.
Súmula:
EM REEXAME NECESSÁRIO, CASSARAM A SENTENÇA E
JULGARAM EXTINTA A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000234215-2/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 14/02/2002
Data da publicação: 14/03/2002
Ementa:
Execução fiscal. Embargos do devedor. Coobrigado. Legitimidade
passiva. Discussão. Segurança do Juízo. Desnecessidade. As
questões de ordem pública referentes às condições da ação e
pressupostos processuais da execução podem e devem ser
conhecidas de ofício. Ainda que o processo de execução se faça no
interesse do credor, não se pode ignorar o princípio da menor
onerosidade para o devedor. Logo, impor-se ao coobrigado a prévia
garantia do Juízo, para que possa discutir, em embargos do devedor,
apenas sua legitimidade para figurar no polo passivo da execução
fiscal, não é medida razoável, pois a definição de quem deve figurar
como executado não implica, por si, prejuízo à realização do crédito
da exeqüente. Dá-se provimento parcial ao recurso.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO PARCIAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000207706-3/00(1)


Relator: HYPARCO IMMESI
Data do acordão: 14/12/2001
Data da publicação: 14/03/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - SUA ADMISSÃO POR
CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIA E PRETORIANA - HIPÓTESES DE
SUA ADMISSIBILIDADE. Embora se trate de forma de defesa não
legalmente prevista, a exceção de pré-EXECUTIVIDADE tem sido
admitida pela doutrina e jurisprudência, permitindo ao devedor
invocá-la para alegar a inviabilidade ou nulidade da execução, ao
invés de fazê-lo via embargos. Todavia, a exceção de pré-
EXECUTIVIDADE somente é admitida em hipóteses excepcionais,
ou seja, quando se mostra evidente a ausência de título hábil,
quando ocorrer prescrição, ou ainda, quando há prova de quitação
do débito.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000247752-9/00(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 05/02/2002
Data da publicação: 08/03/2002
Ementa:
Execução Fiscal. ICMS. Sócio. Incidente de ""embargos de devedor
em sede de exceção de pré-EXECUTIVIDADE"". Alegação de
ilegitimidade passiva. Indeferimento. Exercício do poder de gerência
contemporâneo ao fato gerador. Agravo. Desprovimento. Apenas por
descaber o incidente para discussão de responsabilidade tributária,
matéria própria de ação de embargos, além do que dirigida a
execução exatamente contra coobrigado.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000256358-3/00(1)


Relator: LÚCIO URBANO
Data do acordão: 19/02/2002
Data da publicação: 08/03/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - Agravo que visa recolher
decisão concessiva em matéria fiscal - Acolhimento.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000250753-1/00(1)


Relator: PÁRIS PEIXOTO PENA
Data do acordão: 05/03/2002
Data da publicação: 08/03/2002
Ementa:
AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA DOS
SÓCIOS GERENTES - ART. 135 DO CTN. A responsabilidade
tributária da sociedade, contribuinte natural do tributo, transfere-se
para seus administradores, diretores ou gerentes, no caso de
resultarem os créditos tributários de atos por eles praticados com
excesso de poder, infração de lei, contrato social ou estatutos,
considerando-se, como tal, o não recolhimento do tributo. Por isso
que têm legitimidade passiva em situações desta ordem. O resto é
matéria de mérito.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000252265-4/00(1)


Relator: JOSÉ DOMINGUES FERREIRA ESTEVES
Data do acordão: 06/02/2002
Data da publicação: 06/03/2002
Ementa:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - RESPONSABILIDADE DO SÓCIO PELAS
OBRIGAÇÕES DA SOCIEDADE COMERCIAL - NÃO EXERCÍCIO
DO CARGO DE SÓCIO-GERENTE, À ÉPOCA DA CONSTITUIÇÃO
DA DÍVIDA - PROVA QUE DEVE SER FEITA PELO EXCIPIENTE,
PELA EXIBIÇÃO DO CONTRATO SOCIAL. A extinção da execução
fiscal, relativamente ao sócio, por via da exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, somente deve ser admitida uma vez comprovado,
inclusive pela exibição do contrato social da sociedade comercial,
que o executado, à época da constituição da dívida, não exercia o
cargo de sócio-gerente, ou se o exercia, não tenha agido com
excesso de poderes ou infração de lei ou do contrato social.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000251722-5/00(1)


Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 26/02/2002
Data da publicação: 05/03/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. SOLIDARIEDADE ENTRE O PROPRIETÁRIO
E O TRANSPORTADOR DE MERCADORIAS
DESACOMPANHADAS DE DOCUMENTAÇÃO FISCAL HÁBIL.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO CONHECIDA. Só é
cabível a exceção de pré-EXECUTIVIDADE para acusar
circunstâncias prejudiciais suscetíveis de conhecimento de ofício,
não como meio de defesa contra circunstâncias previstas em lei,
responsabilizando o excipiente como responsável solidário pela
transgressão fiscal.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235587-3/02(1)


Relator: CAMPOS OLIVEIRA
Data do acordão: 07/02/2002
Data da publicação: 01/03/2002
Ementa:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO.
REJEIÇÃO. Rejeitam-se os embargos de declaração que, embora
opostos com fundamento em omissão, não comprovam a existência
de tal vício.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000239562-2/01(1)


Relator: SCHALCHER VENTURA
Data do acordão: 07/02/2002
Data da publicação: 01/03/2002
Ementa:
.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000236303-4/01(1)


Relator: LÚCIO URBANO
Data do acordão: 19/02/2002
Data da publicação: 01/03/2002
Ementa:
EMBARGOS DECLARATÓRIOS - Pretensão modificativa-
sustentação contrária ao acórdão embargado - Descabimento.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000257239-4/00(1)


Relator: LÚCIO URBANO
Data do acordão: 19/02/2002
Data da publicação: 01/03/2002
Ementa:
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE para afastar multa e juros em
execução fiscal, exigidos contra Massa Falida. Aplicação do art. 23,
parágrafo único, III, da Lei de Falências. Súmula nº 565 do STF.
Possibilidade . Provimento negado.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000251609-4/00(1)


Relator: LÚCIO URBANO
Data do acordão: 19/02/2002
Data da publicação: 01/03/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - execução fiscal -
impossibilidade nos termos do § 3º do art. 16 da LEF - improvimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000259685-6/00(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 19/02/2002
Data da publicação: 22/02/2002
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ADMISSIBILIDADE. A
exceção de pré-EXECUTIVIDADE, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá em hipóteses
excepcionais, como, por exemplo, quando for evidente a ausência de
título ou haja flagrante causa de nulidade do mesmo, ou, ainda,
quando manifesta a sua prescrição ou induvidosa a prova da
quitação do crédito exeqüendo, fora desses casos, impõe-se a
oposição de embargos do devedor.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000239664-6/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 18/12/2001
Data da publicação: 19/02/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EMPRESA PÚBLICA FEDERAL -
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL - DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA DE JUIZ ESTADUAL - NULIDADE - CASSAÇÃO
- REMESSA DOS AUTOS À SEÇÃO JUDICIÁRIA FEDERAL
COMPETENTE - RECURSO PROVIDO.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO E CASSARAM A DECISÃO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000229839-6/00(1)


Relator: BADY CURI
Data do acordão: 20/12/2001
Data da publicação: 19/02/2002
Ementa:
Não cabe mandado de segurança como substitutivo do recurso
próprio, sob pena de subversão das normas recursais da legislação
processual, à exceção das hipóteses em que, contra o ato judicial
atacado, não caiba recurso com efeito suspensivo, ou que seja
evidente a sua abusividade ou teratologia.
Súmula:
DENEGARAM A SEGURANÇA.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000228996-5/00(1)


Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 13/12/2001
Data da publicação: 08/02/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL MUNICIPAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. INDEFERIMENTO. RECURSO. A teor do art. 511
do CPC, a comprovação do preparo do recurso deve ser feita no ato
de sua interposição, sob pena de deserção. Não-conhecimento do
recurso.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000237374-4/00(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 18/12/2001
Data da publicação: 08/02/2002
Ementa:
Execução Fiscal. Incidente de pré-EXECUTIVIDADE. Pretensão de
extinção do processo. Alegação de suspensão da execução com a
liquidação extrajudicial da executada e de nulidade da CDA.
Indeferimento. Agravo. Mantença da decisão. Além de aqui descaber
o incidente para discussão da legalidade da exigência fiscal,
desautorizada a suspensão do processo nestes casos. Precedentes.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000246321-4/00(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 11/12/2001
Data da publicação: 08/02/2002
Ementa:
Competência. Execução fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE.
Acolhimento. Incompetência absoluta da Justiça Estadual. Da Justiça
Federal o processamento e julgamento de causas em que empresa
pública federal seja interessada. Art. 109, inciso I, da Constituição da
República.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO PARCIAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000256634-7/01(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 11/12/2001
Data da publicação: 08/02/2002
Ementa:
.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000256583-6/01(1)


Relator: DORIVAL GUIMARÃES PEREIRA
Data do acordão: 21/12/2001
Data da publicação: 08/02/2002
Ementa:
PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO REGIMENTAL - DESPACHO QUE
NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO POR LHE FALTAR AS
ASSINATURAS DOS PROCURADORES DA AGRAVANTE, TANTO
NA PETIÇÃO, QUANTO NAS RAZÕES - DECISÃO MANTIDA. Não
é de se acolher o Regimental contra despacho que procura sanar
irregularidade consistente em petição e razões recursais
consideradas apócrifas.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000218579-1/01(1)


Relator: FRANCISCO FIGUEIREDO
Data do acordão: 13/11/2001
Data da publicação: 08/02/2002
Ementa:
.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000203388-4/00(1)
Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 30/11/2001
Data da publicação: 05/02/2002
Ementa:
Direito tributário. Embargos à execução fiscal. Inadmissibilidade.
Intempestividade. 1. Alegação de ilegitimidade passiva ""ad
causam"". Impossibilidade de apreciação da alegação, porquanto
trata-se de matéria nova que importa em supressão da instância. 2.
Recurso conhecido e improvido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000218445-5/01(1)


Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 06/12/2001
Data da publicação: 05/02/2002
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. FALTA DE PREPARO. ACÓRDÃO
NÃO CONHECENDO DO AGRAVO. AGRAVO REGIMENTAL.
Incabível agravo regimental contra acórdão que não conhece de
agravo de instrumento, eis que, a teor dos arts. 333, 334 e 337, do
Regimento Interno do Tribunal de Justiça, só admissível agravo de
instrumento contra decisão do Presidente do Tribunal e do Relator.
Não-conhecimento do recurso.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000203391-8/00(1)
Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 30/11/2001
Data da publicação: 05/02/2002
Ementa:
Direito tributário. Embargos à execução fiscal. Inadmissibilidade.
Intempestividade. 1. Alegação de ilegitimidade passiva ""ad
causam"". Impossibilidade de apreciação da alegação, porquanto
trata-se de matéria nova que importa em supressão da instância. 2.
Recurso conhecido e improvido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000244401-6/00(1)


Relator: BADY CURI
Data do acordão: 20/12/2001
Data da publicação: 05/02/2002
Ementa:
Não se admite a exceção de pré-EXECUTIVIDADE como medida
substitutiva dos embargos à execução fiscal, a não ser em casos
excepcionais, o que não se configura na espécie.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000247495-5/00(1)


Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 13/12/2001
Data da publicação: 05/02/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL MUNICIPAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. INDEFERIMENTO. RECURSO. Deve ser
mantida decisão que, em execução fiscal municipal, indefere
exceção de pré-EXECUTIVIDADE, eis que, na execução, a peça de
defesa do executado são os embargos à execução.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000229663-0/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 22/11/2001
Data da publicação: 01/02/2002
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - RESPONSABILIDADE DO SÓCIO -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - NÃO-ACOLHIMENTO -
AGRAVO NÃO PROVIDO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000212935-1/01(1)


Relator: FRANCISCO FIGUEIREDO
Data do acordão: 27/11/2001
Data da publicação: 01/02/2002
Ementa:
.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000218987-6/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 08/11/2001
Data da publicação: 01/02/2002
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - CAUSA DE INTERESSE DO INSS -
COMPETÊNCIA RECURSAL FEDERAL. Segundo as regras do art.
109, §4º, da Constituição da República, nas causas em que o Juiz
estadual atua com excepcional competência federal, o recurso
cabível é para o Tribunal Federal da região.
Súmula:
DECLINARAM DA COMPETÊNCIA AO EG. TRIBUNAL REGIONAL
FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235587-3/01(1)


Relator: CAMPOS OLIVEIRA
Data do acordão: 08/11/2001
Data da publicação: 21/12/2001
Ementa:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - EXISTÊNCIA DE OMISSÃO -
EMBARGOS ACOLHIDOS PARA CONHECER DO AGRAVO DE
INSTRUMENTO, POR SUA TEMPESTIVIDADE. Havendo omissão,
acolhem-se os embargos, para conhecer do agravo de instrumento,
por sua tempestividade. AGRAVO - EXECUÇÃO FISCAL -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - IMPOSSIBILIDADE -
RECURSO DE AGRAVO CONHECIDO - PROVIMENTO NEGADO.
O art. 16 da Lei nº 6.830/80 não admite a exceção de pré-
EXECUTIVIDADE. Conseqüentemente, se a lei de regência inadmite
o incidente, prejudicado fica o exame do mérito do pedido, que está
a exigir amplo debate através dos embargos do devedor. Recurso de
agravo conhecido para negar provimento.
Súmula:
ACOLHERAM OS EMBARGOS, CONHECERAM DO AGRAVO DE
INSTRUMENTO E LHE NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235591-5/00(1)


Relator: CAMPOS OLIVEIRA
Data do acordão: 18/10/2001
Data da publicação: 07/12/2001
Ementa:
PRESCRIÇÃO - EXECUÇÃO FISCAL - RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA - INTERRUPÇÃO - INOCORRÊNCIA - ALEGAÇÃO VIA
EXCEÇÃO. É possível alegar prescrição na exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, sendo desnecessário, para tanto, embargar a
execução. Estende-se a todos os responsáveis pela dívida fiscal a
interrupção operada por um deles, por se tratar de dívida indivisível e
de responsabilidade solidária. Art. 176, § 1º, do Código Civil.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000241724-4/00(1)


Relator: KILDARE CARVALHO
Data do acordão: 22/11/2001
Data da publicação: 07/12/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL -
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA - LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL -
EXTINÇÃO DO PROCESSO POR APLICAÇÃO DA LEI 6.024/74 -
PEDIDO AFASTADO - QUESTIONAMENTO DE DÉBITO -
EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE - IMPOSSIBILIDADE. É
carente de eficácia jurídica a norma do art.18, letra ""a"", da Lei
6.024/74, porque não foi recepcionada pela atual Constituição em
cotejo com a garantia insculpida no art. 5º, inc. XXXV. O fato da
instituição financeira encontrar-se em liqüidação extrajudicial, não
constitui razão ou fundamento jurídico suficiente para impedir que a
parte interessada busque no Judiciário o reconhecimento do direito
de que se julga detentora.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000242798-7/00(1)


Relator: ISALINO LISBÔA
Data do acordão: 22/11/2001
Data da publicação: 07/12/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO DE PRESCRIÇÃO DO
CRÉDITO EXEQÜENDO. INIDENTIDADE DO PROCEDIMENTO
COM A NECESSÁRIA OPOSIÇÃO DE EMBARGOS, APÓS A
GARANTIA DO JUÍZO, PREVISTA NA LEF. PENHORA
INOCORRIDA. IMPROVIMENTO RECURSAL.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000240595-9/00(1)


Relator: KILDARE CARVALHO
Data do acordão: 22/11/2001
Data da publicação: 07/12/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL -
ILEGALIDADE DO LANÇAMENTO - MATÉRIA FÁTICA - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - IMPOSSIBILIDADE - PENHORA - BEM
DE TERCEIRO - RECUSA DO CREDOR - LICITUDE. A questão
referente à existência de vício no lançamento fiscal, não comprovada
de plano, não pode ser argüida, sem segurança do juízo, por meio
de objeção de pré-EXECUTIVIDADE, por ser matéria fática. É lícita a
recusa do credor quanto a penhora de crédito de terceiro, que
entende não ter garantia de seu recebimento, independentemente da
concordância da parte contrária, mormente, se não observada a
formulação imperativa do art. 11 da Lei 6.830/80. Recurso a que se
nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000246125-9/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 22/11/2001
Data da publicação: 06/12/2001
Ementa:
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Execução fiscal. Cabimento. A
exceção de pré-EXECUTIVIDADE é resultado de construção
doutrinária e jurisprudencial, fundada no princípio da economia
processual, que impõe sejam evitadas medidas desnecessárias e
prejudiciais à celeridade da prestação jurisdicional. Logo, só se há
admiti-la quando provado que a continuidade da execução está
fadada ao insucesso, por faltar-lhe condições mínimas para o seu
prosseguimento. Nega-se provimento ao recurso.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000244400-8/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 11/10/2001
Data da publicação: 04/12/2001
Ementa:
Execução Fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Argüição de
exclusão de sócio da empresa contribuinte, que desafia mais ampla
discussão, admissível apenas em embargos. Inviabilidade da via
eleita, que comporta apenas matérias de ordem pública ou as que
independem de demonstração mediante prova. Agravo a que se
nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000238293-5/00(1)


Relator: ISALINO LISBÔA
Data do acordão: 08/11/2001
Data da publicação: 30/11/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE
PRÉ- EXECUTIVIDADE. INIDENTIDADE DO PROCEDIMENTO,
COM A NECESSÁRIA GARANTIA DO JUÍZO, PREVISTA NA LEF.
PENHORA INOCORRIDA. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO
IMPROVIDO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000239562-2/00(1)


Relator: SCHALCHER VENTURA
Data do acordão: 22/11/2001
Data da publicação: 30/11/2001
Ementa:
DÍVIDA TRIBUTÁRIA - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS COBRADOS -
DÍVIDA ILÍQUIDA - REJEIÇÃO DA EXCEÇÃO - AGRAVO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000250610-3/01(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 23/10/2001
Data da publicação: 30/11/2001
Ementa:
.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000238998-9/00(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 23/10/2001
Data da publicação: 30/11/2001
Ementa:
Execução Fiscal. Incidente de pré-EXECUTIVIDADE. Alegação de
nulidade da CDA e da inclusão dos coobrigados antes da citação da
devedora principal. Indeferimento. Agravo. Desprovimento. Além de
aqui descaber o incidente para discussão da legalidade da exigência
e da responsabilidade fiscal, nem haveria a apontada inversão na
citação dos executados.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000234149-3/00(1)


Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 27/11/2001
Data da publicação: 30/11/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE
OPOSTA - IMPOSSIBILIDADE O sistema consagrado no Art. 16 da
Lei 6.830/80 não admite as denominadas exceções de pré-
EXECUTIVIDADE. O processo executivo fiscal foi concebido como
instrumento compacto, rápido, seguro e eficaz, para realização da
dívida ativa pública. Admitir que o executado, sem a garantia da
penhora, ataque certidão que o instrumenta, é tornar insegura a
execução. Por outro lado, criar instrumentos paralelos de defesa é
complicar o procedimento, comprometendo-lhe rapidez. Nada
impede que o executado - antes da penhora - advirta o Juiz, para
circunstâncias prejudiciais (pressupostos processuais ou condições
da ação) suscetíveis de conhecimento ex officio. Transformar,
contudo, esta possibilidade em defesa plena, com produção de
provas, seria fazer ""tabula rasa"" do preceito contido no Art. 16 da
LEF. Seria emitir um convite à chicana, transformando a execução
fiscal em ronceiro procedimento ordinário
Súmula:
CASSARAM A SENTENÇA NO REEXAME NECESSÁRIO,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000218014-9/00(1)


Relator: FRANCISCO FIGUEIREDO
Data do acordão: 23/10/2001
Data da publicação: 30/11/2001
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALCANCE DA MEDIDA -
PROCESSUALIDADE. Não há como ser admitido o manejo da
exceção de pré-EXECUTIVIDADE para infirmar título executivo,
quando inocorrentes os requisitos pertinentes e a questão, por sua
complexidade, escapar do alcance daquela medida processual.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000235502-2/00(1)
Relator: GARCIA LEÃO
Data do acordão: 13/11/2001
Data da publicação: 27/11/2001
Ementa:
RECURSO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - SENTENÇA
INCONGRUENTE - INADMISSIBILIDADE - SENTENÇA NULA. É
nula a sentença que julga improcedente o pedido e em seguida
extingue o processo sem julgamento do mérito.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E CASSARAM A DECISÃO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000249361-7/01(1)


Relator: CAMPOS OLIVEIRA
Data do acordão: 11/10/2001
Data da publicação: 23/11/2001
Ementa:
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO -
RAZÕES RECURSAIS DISSOCIADAS DO DESPACHO
HOSTILIZADO - RECURSO NÃO CONHECIDO. Não se conhece de
agravo regimental cujas razões estão inteiramente dissociadas do
despacho hostilizado.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000246608-4/00(1)


Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 13/11/2001
Data da publicação: 20/11/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE
OPOSTA - IMPOSSIBILIDADE O sistema consagrado no Art. 16 da
Lei 6.830/80 não admite as denominadas ""exceções de pré-
EXECUTIVIDADE. O processo executivo fiscal foi concebido como
instrumento compacto, rápido, seguro e eficaz, para realização da
dívida ativa pública. Admitir que o executado, sem a garantia da
penhora, ataque certidão que o instrumenta, é tornar insegura a
execução. Por outro lado, criar instrumentos paralelos de defesa é
complicar o procedimento, comprometendo-lhe rapidez. Nada
impede que o executado - antes da penhora - advirta o Juiz, para
circunstâncias prejudiciais (pressupostos processuais ou condições
da ação) suscetíveis de conhecimento ex officio. Transformar,
contudo, esta possibilidade em defesa plena, com produção de
provas, seria fazer ""tabula rasa"" do preceito contido no Art. 16 da
LEF. Seria emitir um convite à chicana, transformando a execução
fiscal em ronceiro procedimento ordinário
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000247661-2/00(1)


Relator: LUCAS SÁVIO V. GOMES
Data do acordão: 25/10/2001
Data da publicação: 15/11/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
POSSIBILIDADE - PENHORA - IMÓVEL GRAVADO COM
CLÁUSULA DE IMPENHORABILIDADE E INALIENABILIDADE -
ART. 184 DO CTN - ALCANCE E INCIDÊNCIA. Assente nos
Tribunais pátrios a possibilidade do executado argüir, nos próprios
autos da execução, matéria dizente à falta das condições da ação ou
sobre a existência de nulidades absolutas, em sede do que se
convencionou denominar de exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Os
ditames do art. 184 do CTN são cristalinos em definir que os bens do
contribuinte, gravados com cláusula de impenhorabilidade e
inalienabilidade, respondem pelo débito perante o fisco, pois as
mesmas aludem as relações regidas pelo Direito Privado e não
naquelas havidas no campo tributário. Também tais cláusulas não se
inserem nas hipóteses do art. 649, I, do CPC, por originarem-se de
ato voluntário, não podendo ser consideradas, absolutamente,
impenhoráveis, atributo este que decorre de expressa disposição
legal. Ocorrendo a doação clausulada na vigência do art. 184 do
CTN, a eficácia deste ato está condicionada ao atendimento dos
seus preceitos. Agravo desprovido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000198122-4/00(1)


Relator: HYPARCO IMMESI
Data do acordão: 18/10/2001
Data da publicação: 14/11/2001
Ementa:
MASSA FALIDA - EXECUÇÃO FISCAL - EMBARGOS - FALTA DE
PENHORA NO ROSTO DOS AUTOS DA FALÊNCIA -
INVIABILIDADE DA OPOSIÇÃO DOS EMBARGOS -
CONSEQÜENTE REJEIÇÃO DESTES (OS EMBARGOS). Procede-
se à penhora, quando a execução fiscal é proposta contra a massa
falida, no rosto dos autos do processo falimentar. Só são viáveis os
embargos à execução opostos pela massa se antecedidos de
penhora no rosto dos autos do processo de falência, a fim de que o
juízo fique garantido, o que vale dizer, enquanto não efetuada a
penhora, inadmissível é discutir-se acerca do crédito tributário. Se
opostos, ainda assim, embargos à execução, ficam eles sujeitos à
inexorável rejeição.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000246443-6/00(1)


Relator: LUCAS SÁVIO V. GOMES
Data do acordão: 18/10/2001
Data da publicação: 09/11/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
EXCEPCIONALIDADE - NÃO CARACTERIZAÇÃO. A exceção de
pré-EXECUTIVIDADE, passível de ser arguída nos autos da
execução fiscal, tem caráter excepcional e somente poderá ser
aferida pelo magistrado, caso a alegada ilegitimidade passiva dos
executados seja patente, pois, havendo necessidade de exame mais
aprofundado, a tanto, somente em sede de embargos do devedor tal
poderá ocorrer. Agravo desprovido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000243103-9/00(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 23/10/2001
Data da publicação: 06/11/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. A
exceção de pré-EXECUTIVIDADE, admitida em nosso direito por
construção doutrinária/jurisprudencial, somente se dá em hipóteses
excepcionais, quando evidente a ausência de título ou flagrante
causa de nulidade da execução, ou, ainda, quando manifesta a
prescrição do título ou induvidosa a prova de quitação do crédito
exeqüendo.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235584-0/00(1)


Relator: MURILO PEREIRA
Data do acordão: 02/10/2001
Data da publicação: 31/10/2001
Ementa:
Processual Civil - Tributário - Execução Fiscal movida pela Fazenda
Pública do Estado de Minas Gerais - Exceção de Pré-
EXECUTIVIDADE inacolhida fundamentadamente pelo Juiz de 1º
grau - Recurso impróprio para amparar a pretensão do autor -
Recurso desprovido.
Súmula:
REJEITARAM A PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000245577-2/01(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 25/09/2001
Data da publicação: 31/10/2001
Ementa:
.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO, VENCIDO O SEGUNDO VOGAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000239305-6/00(1)


Relator: SCHALCHER VENTURA
Data do acordão: 11/10/2001
Data da publicação: 31/10/2001
Ementa:
DÍVIDA TRIBUTÁRIA - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - INADMISSIBILIDADE - TAXA DE
FISCALIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO - REQUISITOS - AGRAVO.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR. NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000231971-3/00(1)


Relator: KILDARE CARVALHO
Data do acordão: 11/10/2001
Data da publicação: 31/10/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL
- SOCIEDADE POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA -
SÓCIO COTISTA COM PODER DE ADMINISTRAÇÃO - DIRETOR -
INCLUSÃO. As pessoas referidas no inciso III do art. 135 do Código
Tributário Nacional são sujeitos passivos da obrigação tributária, na
qualidade de responsáveis por substituição, aplicando-se- lhes o art.
568, V, do CPC. A execução fiscal pode incidir contra o devedor ou
contra o responsável tributário, podendo este ser citado,
independentemente da inserção do seu nome na certidão de dívida
ativa, após apurar que a sociedade comercial não possui patrimônio
para responder pelo débito executado. Recurso a que se nega
provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000218363-0/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 18/10/2001
Data da publicação: 31/10/2001
Ementa:
Direito Tributário. Execução fiscal. Certidão de dívida ativa. Exceção
de Pré-EXECUTIVIDADE. Cabimento. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, como construção doutrinário-jurisprudencial que
é, somente pode ser utilizada em casos excepcionais, que não
comportem discussão, sob pena de retirar-se da Fazenda Pública
Estadual o seu direito de ação, visando a obter um crédito apontado
num título que goza de presunção de veracidade, sem máculas.
Recurso conhecido e desprovido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000204833-8/01(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 04/10/2001
Data da publicação: 30/10/2001
Ementa:
Processual civil - Embargos de declaração - Inexistência dos vícios
apontados - Prequestionamento - Embargos rejeitados. Ante a
inexistência de dúvida, obscuridade e omissão, hipóteses previstas
nos incs. I e II do art. 485 do Código de Processo Civil, com o realce
de que os embargos não se prestam para promover a reapreciação
do julgado, impõe-se sua rejeição, avaliando-se, no entanto, os
pontos estigmatizados, a título de prequestionamento.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000233394-6/00(1)


Relator: HUGO BENGTSSON
Data do acordão: 13/09/2001
Data da publicação: 30/10/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. EMBARGOS JÁ REJEITADOS. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INADMISSIBILIDADE. DECISÃO QUE
SE CASSA.
Súmula:
ACOLHERAM PRELIMINAR E CASSARAM A DECISÃO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000236252-3/01(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 02/10/2001
Data da publicação: 26/10/2001
Ementa:
Embargos Declaratórios - Decisão que nega seguimento a agravo de
instrumento - Conhecimento dos embargos como Agravo Regimental
- Inteligência do art. 557, § 1º, do CPC - Desprovimento.
Súmula:
CONHECERAM DO AGRAVO E NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000224174-3/00(1)


Relator: FRANCISCO FIGUEIREDO
Data do acordão: 11/09/2001
Data da publicação: 26/10/2001
Ementa:
JULGADO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - CITAÇÃO PARA
RESTABELECIMENTO DE PROVENTOS - NECESSIDADE DA
DEVIDA APURAÇÃO DOS RESPECTIVOS CRÉDITOS - LITURGIA
PROCESSUAL ADEQUADA. Ainda que reconhecido pelo Supremo
Tribunal Federal o direito dos autores, com a imposição de
cumprimento da obrigação de fazer, no caso, o restabelecimento de
pensão que menciona, tal medida somente seria viável com a devida
e imprescindível apuração dos respectivos créditos, assim como a
comprovação de que cada beneficiário estaria atendendo aos
requisitos inerentes e determinados no sobredito julgamento.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO, VENCIDO O SEGUNDO VOGAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000200540-3/00(1)


Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 18/09/2001
Data da publicação: 26/10/2001
Ementa:
Execução Fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. A defesa do
executado se faz através de Embargos. A denominada ""exceção de
pré-EXECUTIVIDADE"" só é admissível quando constituir pedido
para que se reconheça a ausência de pressuposto de
admissibilidade da Execução que possa ser declarada de ofício pelo
Juiz. V.V. Execução Fiscal. Massa Falida. Multa Fiscal moratória e
juros de mora incidentes após a quebra. Interposição de exceção de
pré-EXECUTIVIDADE. Possibilidade. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE pode ser manejada pelo executado, objetivando
impugnar a ação executiva, se valendo para tanto de outro meio, que
não os embargos. Escorreita a decisão que, à inteligência da Súmula
565 do STF, excluiu do débito fiscal a multa moratória, bem como o
juros incidentes após a quebra, a teor do estabelecido no art. 26 da
Lei de Falências. Recurso Improvido.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO, VENCIDO O RELATOR.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000212935-1/00(1)


Relator: FRANCISCO FIGUEIREDO
Data do acordão: 11/09/2001
Data da publicação: 26/10/2001
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALCANCE DA MEDIDA -
PROCESSUALIDADE. Não há como ser admitido o manejo da
exceção de pré-EXECUTIVIDADE para infirmar título executivo,
quando incorrentes os requisitos inerentes e a questão, por sua
complexidade, escapar do alcance daquela medida processual.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000206598-5/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 27/09/2001
Data da publicação: 25/10/2001
Ementa:
Direito Tributário. Execução fiscal. Certidão de dívida ativa. Exceção
de Pré-EXECUTIVIDADE. Cabimento. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, como construção doutrinário-jurisprudencial que
é, somente pode ser utilizada em casos excepcionais, que não
comportem discussão, sob pena de retirar-se da Fazenda Pública
Estadual o seu direito de ação, visando a obter um crédito apontado
num título que goza de presunção de veracidade, sem máculas.
Recurso conhecido e desprovido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000232862-3/01(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 27/09/2001
Data da publicação: 25/10/2001
Ementa:
.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000225039-7/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 27/09/2001
Data da publicação: 23/10/2001
Ementa:
Direito Tributário. Execução fiscal. Certidão de dívida ativa. Exceção
de Pré-EXECUTIVIDADE. Cabimento. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, como construção doutrinário-jurisprudencial que
é, somente pode ser utilizada em casos excepcionais, que não
comportem discussão, sob pena de retirar-se da Fazenda Pública
Estadual o seu direito de ação, visando a obter um crédito apontado
num título que goza de presunção de veracidade, sem máculas.
Recurso conhecido e desprovido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000239463-3/01(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 09/10/2001
Data da publicação: 19/10/2001
Ementa:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - OMISSÃO E CONTRADIÇÃO -
INEXISTÊNCIA. Inexistindo a omissão e a contradição alegadas,
rejeitam-se os embargos de declaração.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000246155-6/00(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 09/10/2001
Data da publicação: 19/10/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - SÓCIO-DIRETOR - LEGITIMIDADE
PASSIVA. Os sócios-diretores respondem solidariamente com a
empresa pelas omissões de que forem responsáveis, tal como pelos
créditos correspondentes às obrigações tributárias resultantes de
atos praticados com infração de lei.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000238185-3/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 27/09/2001
Data da publicação: 18/10/2001
Ementa:
Execução Fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Artigo 151 do
Código Tributário Nacional. Hipóteses. Ausência. Via adequada.
Embargos. Os casos de suspensão do crédito tributário estão
contemplados pelo artigo 151 do Código Tributário Nacional e, entre
eles, não se encontra o da decisão de Tribunal Superior em questão
semelhante. Já o artigo 40 da Lei n.º 6.830/80 contém as hipóteses
de suspensão da execução fiscal. Assim, não havendo impedimento
para que se discuta, novamente, os aspectos que envolvem a
exigência do tributo nas operações realizadas, tal discussão deve,
em princípio, dar-se em sede de embargos do devedor, à medida
que a exceção de pré-EXECUTIVIDADE não comporta debate sobre
o mérito da cobrança. Nega-se provimento ao recurso.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235148-4/00(1)


Relator: KILDARE CARVALHO
Data do acordão: 20/09/2001
Data da publicação: 12/10/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - SOCIEDADE
POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA - SÓCIO
COTISTA - DIRIGENTE - AUSÊNCIA DE EXCESSO DE PODERES
OU INFRAÇÃO DA LEI - ALEGAÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - IMPOSSIBILIDADE - A questão referente à
impossibilidade da cobrança de crédito tributário do sócio, que não
tenha praticado excesso de poderes ou infração à lei, é matéria
fática que não comporta exame em exceção de pré-
EXECUTIVIDADE. É possível, em princípio, a penhora de bens do
patrimônio pessoal dos administradores de sociedade por cota de
responsabilidade limitada A sua defesa, neste caso, há de produzir-
se via de embargos. Recurso que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000233386-2/01(1)


Relator: LUCAS SÁVIO V. GOMES
Data do acordão: 20/09/2001
Data da publicação: 12/10/2001
Ementa:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - OMISSÃO - CONTRADIÇÃO -
NÃO CARACTERIZAÇÃO - INCONFORMISMO DA PARTE - VIA
RECURSAL IMPRÓPRIA - Emergindo dos termos da decisão
recorrida a não ocorrência de qualquer das hipóteses ensejadoras da
interposição de embargos de declaração, deve o mesmo ser
rejeitado.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000226529-6/00(1)


Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 02/10/2001
Data da publicação: 12/10/2001
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E
INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - EXTINÇÃO DO FEITO. Não se
revestindo o título de liquidez, certeza e exigibilidade, condições
basilares exigidas no processo de execução, constitui-se em
nulidade, como vício fundamental, podendo a parte arguí-la
independentemente de embargos do devedor, assim como pode e
cumpre ao juiz declarar, de ofício, a inexistência desses
pressupostos formais contemplados na lei processual civil.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E CONFIRMARAM A SENTENÇA NO
REEXAME NECESSÁRIO, PREJUDICADOS OS RECURSOS
VOLUNTÁRIOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000190536-3/00(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 11/09/2001
Data da publicação: 11/10/2001
Ementa:
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE - Rejeição - Desprovimento
recursal.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000228917-1/00(1)


Relator: FRANCISCO FIGUEIREDO
Data do acordão: 11/09/2001
Data da publicação: 11/10/2001
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALCANCE DA MEDIDA -
PROCESSUALIDADE. Não há como ser admitido o manejo da
exceção de pré-EXECUTIVIDADE para infirmar título executivo,
quando incorrentes os requisitos inerentes e a questão, por sua
complexidade, escapar do alcance daquela medida processual.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235654-1/00(1)


Relator: LÚCIO URBANO
Data do acordão: 11/09/2001
Data da publicação: 11/10/2001
Ementa:
Tributário - Exceção de pre-EXECUTIVIDADE - impossibilidade - A
alegação fundada em imprestabilidade do título executivo (CDA)
abre espaço para a exceção de pre-EXECUTIVIDADE, desde que
independa de produção de prova.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235587-3/00(1)


Relator: CAMPOS OLIVEIRA
Data do acordão: 08/11/2001
Data da publicação: 05/10/2001
Ementa:
AGRAVO - FALTA DE PRESSUPOSTO PROCESSUAL - RECURSO
NÃO CONHECIDO. Antes de apreciar o mérito do pedido, cabe ao
Judiciário verificar os requisitos de admissibilidade do recurso, ou
seja, pressupostos processuais e condições da ação. Inexistindo
qualquer deles, não se conhece do recurso.
Súmula:
CONHECERAM DO RECURSO E NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000240747-6/00(1)


Relator: MURILO PEREIRA
Data do acordão: 11/09/2001
Data da publicação: 05/10/2001
Ementa:
Execução fiscal. Honorários sucumbência fixados em quantia
singela. Ainda que a verba honorária tenha sido arbitrada segundo o
previsto no § 4º do artigo 20 do CPC, deverá ser majorada quando
se revelar extremamente irrisória. Agravo parcialmente provido para
reformar parcialmente a r. decisão no que se refere ao arbitramento
dos honorários advocatícios, que ora são fixados em R$1.000,00
(Hum mil reais).
Súmula:
DERAM PROVIMENTO PARCIAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000232482-0/00(1)


Relator: MURILO PEREIRA
Data do acordão: 28/08/2001
Data da publicação: 05/10/2001
Ementa:
Processual Civil - Tributário - Execução Fiscal - Agravo de
Instrumento com pedido de efeito suspensivo contra decisão
proferida em autos da Ação de Execução Fiscal, que rejeitou a
exceção de pré-EXECUTIVIDADE - Matéria a ser dirimida na
instância de origem para não suprimir o primeiro grau de jurisdição -
Ausência dos requisitos ensejadores da concessão da liminar -
Liminar indeferida - Recurso desprovido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000232854-0/00(1)


Relator: KILDARE CARVALHO
Data do acordão: 20/09/2001
Data da publicação: 05/10/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - PEDIDO DE
EXTINÇÃO - VALOR INEXPRESSIVO - ALEGAÇÃO - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - IMPOSSIBILIDADE - Correta a decisão
que indefere exceção de pré-EXECUTIVIDADE, se a questão
suscitada pelo executado, de valor inexpressivo da execução, não se
enquadra em nenhuma das hipóteses que admite a oposição do
devedor sem a segurança do juízo. Recurso a que se nega
provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000218579-1/00(1)


Relator: FRANCISCO FIGUEIREDO
Data do acordão: 04/09/2001
Data da publicação: 05/10/2001
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALCANCE DA MEDIDA -
PROCESSUALIDADE. Não há como ser admitido o manejo da
exceção de pré-EXECUTIVIDADE para infirmar título executivo,
quando incorrentes os requisitos inerentes e a questão, por sua
complexidade, escapar do alcance daquela medida processual.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000192007-3/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 06/09/2001
Data da publicação: 02/10/2001
Ementa:
Direito tributário. Embargos à execução fiscal. Responsabilidade
pessoal do sócio-quotista pelas obrigações tributárias.
Inadmissibilidade. Ilegitimidade passiva ""ad causam"". ""A prática de
atos contrários a lei ou com excesso de mandato só induz a
responsabilidade de quem tenha administrado a sociedade por
quotas de responsabilidade limitada, isto é, seus sócios-gerentes;
essa solidariedade não se expande aos meros quotistas, sem
poderes de gestão."" (REsp 40.435-SP).
Súmula:
CONFIRMARAM A SENTENÇA NO REEXAME NECESSÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000237832-1/00(1)


Relator: MURILO PEREIRA
Data do acordão: 28/08/2001
Data da publicação: 28/09/2001
Ementa:
Processual Civil - Tributário - Ação de Execução Fiscal movida pela
Fazenda Pública do Município de Belo Horizonte - Argüída a
Exceção de Pré- EXECUTIVIDADE por falta de interesse de agir e
de título executivo hábil para promover a execução fiscal -
Instrumento jurídico impróprio ao caso - Inadmissibilidade da
exceção - Recurso desprovido.
Súmula:
REJEITARAM A PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000216828-4/01(1)
Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 30/08/2001
Data da publicação: 25/09/2001
Ementa:
Embargos de declaração. Contradição. Proposições do acórdão.
Ausência. A contradição que autoriza os embargos de declaração
deve se verificar entre as proposições do acórdão. Logo, não se diz
contraditória, para os fins da declaração prevista no art. 535 do
Código de Processo Civil, a decisão que, eventualmente, mostre-se
conflitante com a interpretação de dispositivo constitucional realizada
ao critério da parte interessada ou com decisão diversa, proferida por
outra Câmara do Tribunal. Rejeitam-se os embargos de declaração.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000220850-2/00(1)


Relator: ISALINO LISBÔA
Data do acordão: 30/08/2001
Data da publicação: 21/09/2001
Ementa:
EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. INDISPONIBILIDADE DE VALOR,
APURÁVEL EM CONTA BANCÁRIA, ATÉ O MONTANTE DO
DÉBITO ALIMENTAR. POSSIBILIDADE. DÉBITO EXISTENTE E
NÃO NEGADO. RECURSO IMPROVIDO. SUSPENSIVIDADE
DESESTRUTURADA.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000239463-3/00(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 11/09/2001
Data da publicação: 21/09/2001
Ementa:
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA - CONCESSÃO - REQUISITOS. A parte
fará jus ao benefício da assistência judiciária mediante simples
afirmação de que não possui condições para arcar com as despesas
do processo, sem prejuízo do seu próprio sustento ou de sua família.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000241892-9/00(1)


Relator: PÁRIS PEIXOTO PENA
Data do acordão: 11/09/2001
Data da publicação: 21/09/2001
Ementa:
AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ART. 267, § 3º, DO CPC. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE será admitida nas hipóteses em que for facultado
ao juiz pronunciar-se de ofício, nas matérias dispostas no §3º, art.
267 do CPC, na ocorrência de prescrição ou nos casos de vício
formal do título executivo, causador de sua imprestabilidade.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO PARCIAL.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000204833-8/00(1)
Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 30/08/2001
Data da publicação: 19/09/2001
Ementa:
Direito Tributário. Declaratória. Depósito Judicial. Execução fiscal.
Certidão de dívida ativa. Exceção de Pré-EXECUTIVIDADE.
Cabimento. A exceção de pré-EXECUTIVIDADE, como construção
doutrinário-jurisprudencial que é, somente pode ser utilizada em
casos excepcionais, que não comporte discussão, sob pena de
retirar-se da Fazenda Pública Estadual o seu direito de ação,
visando a obter um crédito apontado num título que goza de
presunção de veracidade, sem máculas. A Ação Declaratória, com o
simples depósito judicial, não tem o condão de tirar a certeza e
liquidez das Certidões de Dívida Ativa. Recurso conhecido e
desprovido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000225041-3/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 30/08/2001
Data da publicação: 19/09/2001
Ementa:
Direito Tributário. Execução fiscal. Certidão de dívida ativa. Exceção
de Pré-EXECUTIVIDADE. Cabimento. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, como construção doutrinário-jurisprudencial que
é, somente pode ser utilizada em casos excepcionais, que não
comporte discussão, sob pena de retirar-se da Fazenda Pública
Estadual o seu direito de ação, visando a obter um crédito apontado
num título que goza de presunção de veracidade, sem máculas.
Recurso conhecido e desprovido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000218862-1/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 30/08/2001
Data da publicação: 19/09/2001
Ementa:
Direito Tributário. Execução fiscal. Certidão de dívida ativa. Exceção
de Pré-EXECUTIVIDADE. Cabimento. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, como construção doutrinário-jurisprudencial que
é, somente poderá ser utilizada em casos excepcionais, que não
comporte discussão, sob pena de retirar-se da Fazenda Pública
Municipal o seu direito de ação, visando a obter um crédito apontado
num título que goza de presunção de veracidade, sem máculas.
Recurso conhecido e desprovido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000217812-7/00(1)


Relator: ALOYSIO NOGUEIRA
Data do acordão: 30/08/2001
Data da publicação: 14/09/2001
Ementa:
PROCESSO - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AUSÊNCIA DE
CÓPIA DA PROCURAÇÃO DOS ADVOGADOS - PREJUÍZO NÃO
DEMONSTRADO - CONHECIMENTO - EXECUÇÃO FISCAL -
EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE - HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS - VENCIDA A FAZENDA PÚBLICA - CABIMENTO -
ALTERAÇÃO DE SÓCIOS - COMUNICAÇÃO - DESNECESSIDADE
- A ausência de prejuízo implica o conhecimento do agravo de
instrumento formado sem cópia da procuração outorgada aos
procuradores das partes. São devidos honorários advocatícios à
parte excluída da lide por meio de exceção de pré-
EXECUTIVIDADE. É de responsabilidade da exeqüente verificar a
composição societária da empresa executada antes da propositura
da ação.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR. NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000226530-4/00(1)


Relator: FRANCISCO FIGUEIREDO
Data do acordão: 26/06/2001
Data da publicação: 14/09/2001
Ementa:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALCANCE DA MEDIDA -
PROCESSUALIDADE. Não há como ser admitido o manejo da
exceção de pré-EXECUTIVIDADE para infirmar título executivo,
quando incorrentes os requisitos inerentes e a questão, por sua
complexidade, escapar do alcance daquela medida processual.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000239122-5/00(1)
Relator: SCHALCHER VENTURA
Data do acordão: 23/08/2001
Data da publicação: 14/09/2001
Ementa:
Execução Fiscal - Dívida Tributária - Encerramento das atividades
empresariais sem quitação dos débitos fiscais - Integração dos
sócios no polo passivo da execução - Exceção de pré-
EXECUTIVIDADE indeferida - Agravo - Descabimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000203554-1/00(1)


Relator: GARCIA LEÃO
Data do acordão: 28/08/2001
Data da publicação: 14/09/2001
Ementa:
AGRAVO DE INTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE
PRÉ- EXECUTIVIDADE - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA -
ART. 135 DO CTN - MANDATÁRIO - PROVA - NECESSIDADE DE
DILAÇÃO PROBATÓRIA - MATÉRIA PRÓPRIA DE EMBARGOS À
EXECUÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. A responsabilidade tributária
deve ser discutida em embargos à execução, ante a possibilidade de
dilação probatória.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000206489-7/00(1)
Relator: GARCIA LEÃO
Data do acordão: 28/08/2001
Data da publicação: 14/09/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - CRÉDITO
PRIVILEGIADO - EXECUÇÃO DIRETA - LEGISLAÇÃO DE
REGÊNCIA - RECURSO PROVIDO. Com efeito, processando-se a
execução fiscal em autos apartados, não há como prevalecer a
decisão recorrida, que sujeitou a execução do crédito tributário aos
preceitos do processo falimentar, ignorando, assim, o devido
processo legal estabelecido para a espécie.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000236780-3/00(1)


Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 28/08/2001
Data da publicação: 07/09/2001
Ementa:
BEM DE FAMÍLIA - Dispõe o inciso XXVI, do artigo 5º, da CF/88,
que: ""A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento
de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei
sobre os meios de financiar seu desenvolvimento"".
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO AO
RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000211634-1/00(1)
Relator: BADY CURI
Data do acordão: 16/08/2001
Data da publicação: 05/09/2001
Ementa:
Não se admite a exceção de pré-EXECUTIVIDADE como medida
substitutiva dos embargos à execução fiscal, a não ser em casos
excepcionais, o que não se configura na espécie.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000216677-5/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 16/08/2001
Data da publicação: 05/09/2001
Ementa:
Execução Fiscal. Suspensão do Processo - artigo 40 da Lei n.º
6.830/80. Requisitos. Possibilidade. Deve-se reconhecer o direito ao
agravante de ver cassada a decisão que determinou a suspensão da
execução fiscal, em face da inexistência dos pressupostos
concessivos para a sua suspensão por parte do Juiz. Dá-se
provimento ao recurso.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000213283-5/00(1)


Relator: LÚCIO URBANO
Data do acordão: 14/08/2001
Data da publicação: 31/08/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Objeção de pré-EXECUTIVIDADE - A defesa
do executado se faz através de embargos, cuja admissibilidade
depende de penhora. Portanto, a iminência da constrição não
autoriza o uso da exceção de pré-EXECUTIVIDADE, só manejável
em face de nulidade indisfarçável do título ou da própria execução.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000224050-5/00(1)


Relator: LÚCIO URBANO
Data do acordão: 14/08/2001
Data da publicação: 31/08/2001
Ementa:
Honorários de advogado - Decisão incidental - Descabimento. Dada
a natureza incidental da decisão que acolhe a exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, descabe verba honorária, porque inexiste
condenação.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000233386-2/00(1)


Relator: LUCAS SÁVIO V. GOMES
Data do acordão: 16/08/2001
Data da publicação: 31/08/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
EXCEPCIONALIDADE - NÃO CARACTERIZAÇÃO - A exceção de
pré-EXECUTIVIDADE, passível de ser arguída nos autos da
execução fiscal, tem caráter excepcional e somente poderá ser
aferida pelo magistrado, caso a alegada nulidade da CDA seja
patente, pois, havendo necessidade de exame mais aprofundado, a
tanto, somente em sede de embargos do devedor tal poderá ocorrer.
Agravo desprovido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000215097-7/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 09/08/2001
Data da publicação: 30/08/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO
QUE, ACOLHENDO EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
DECLAROU NULA A ARREMATAÇÃO DE BEM PENHORADO DO
DEVEDOR, POR IRREGULARIDADE NA CITAÇÃO.
DESPROVIMENTO DO RECURSO. 1. Se, perfeitamente ciente do
endereço do executado, deixou a exeqüente de fornecê-lo à justiça,
correta é a decisão que reconhece a nulidade de citação, realizada
pela via editalícia, bem como todos os atos posteriores a esta. 2.
Desprovimento do recurso interposto.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000221016-9/00(1)


Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 21/06/2001
Data da publicação: 28/08/2001
Ementa:
.
Súmula:
DECLINARAM DA COMPETÊNCIA AO COLENDO TRIBUNAL
REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235526-1/00(1)


Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 14/08/2001
Data da publicação: 25/08/2001
Ementa:
1. PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXCEPCIONALIDADE - CABIMENTO 2.
TRIBUTÁRIO - RESPONSABILIDADE DO SÓCIO. 1. Não é toda
matéria de defesa que pode ser alegada pela via de exceção de pre-
EXECUTIVIDADE, mas somente aquela que ataca diretamente o
próprio título, por não apresentar os requisitos mínimos previstos na
lei, ou quando se invoca matérias de ordem pública (condições da
ação, pressupostos processuais, pagamento etc.) 2.O sócio-
responsável pela administração e gerência de sociedade limitada,
por substituição, é objetivamente responsável pela dívida fiscal,
contemporânea ao seu gerenciamento ou administração,
constituindo violação à lei o não recolhimento de dívida fiscal
regularmente constituída e inscrita. Não exclui a sua
responsabilidade o fato do seu nome não constar na Certidão de
Dívida Ativa. 2. Multiplicidade de precedentes jurisprudenciais.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E DERAM PROVIMENTO PARCIAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000220503-7/00(1)


Relator: GARCIA LEÃO
Data do acordão: 07/08/2001
Data da publicação: 18/08/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ADMISSIBILIDADE - PENHORA - NOMEAÇÃO -
INEFICAZ - INDICAÇÃO DE BENS NÃO PERTENCENTES AO
EXECUTADO - INADMISSIBILIDADE. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE pode ser argüida em qualquer fase da execução,
independentemente inclusive de oposição de embargos, porque a
exceção de pré-EXECUTIVIDADE diz respeito a vício formal do título
exeqüendo. Incumbe ao devedor indicar bens à penhora
obedecendo à gradação legal.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E DERAM PROVIMENTO PARCIAL
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000206239-6/01(1)


Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 07/06/2001
Data da publicação: 17/08/2001
Ementa:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - OMISSÃO - ACOLHIMENTO
PARA DECLARAR O ACÓRDÃO.
Súmula:
ACOLHERAM OS EMBARGOS E DECLARARAM O ACÓRDÃO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000224802-9/01(1)


Relator: MURILO PEREIRA
Data do acordão: 19/06/2001
Data da publicação: 17/08/2001
Ementa:
Execucção fiscal - Sem estar o juízo seguro pela penhora, inviabiliza-
se a alegação de exceçào de pré-EXECUTIVIDADE - Embargos de
declaração rejeitados, porque não-configuradas omissões e
contradições, além de não se prestarem os embargos para rediscutir
a lide.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000221809-7/00(1)


Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 07/06/2001
Data da publicação: 17/08/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL MUNICIPAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. INDEFERIMENTO. É de ser mantida decisão
que, em execução fiscal, indefere exceção de pré-EXECUTIVIDADE,
com base em inconstitucionalidade de IPTU progressivo e CDA
ilíquida e incerta, quando, na verdade, tal exceção só é possível em
casos excepcionalíssimos. Decisão mantida.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000230640-5/00(1)


Relator: HUGO BENGTSSON
Data do acordão: 21/06/2001
Data da publicação: 14/08/2001
Ementa:
Execução fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Impossibilidade.
Matéria afeta a embargos do devedor. Inteligência do art. 16 da LEF.
Recurso a que se nega provimento.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000235532-9/01(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 19/06/2001
Data da publicação: 10/08/2001
Ementa:
.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000227218-5/00(1)
Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 24/05/2001
Data da publicação: 07/08/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Exceção de pré- EXECUTIVIDADE. Argüição
de iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000213794-1/00(1)


Relator: FRANCISCO LOPES DE ALBUQUERQUE
Data do acordão: 25/06/2001
Data da publicação: 03/08/2001
Ementa:
. V.V. PETIÇÃO INICIAL - INÉPCIA - PEDIDOS SUJEITOS A
PROCEDIMENTOS DIVERSOS - IMPOSSIBILIDADE DE
CUMULAÇÃO. Não se pode cumular pedido de execução de título
judicial com pedido de indenização, que reclama processo de
conhecimento.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO, VENCIDO O RELATOR.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000218864-7/00(1)


Relator: KILDARE CARVALHO
Data do acordão: 21/06/2001
Data da publicação: 03/08/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL -
QUESTIONAMENTO DÉBITO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - IMPOSSIBILIDADE - A questão referente à
progressividade do IPTU não pode ser argüida, sem a segurança do
juízo, por meio de objeção de pré-EXECUTIVIDADE, por se tratar de
mérito dos embargos de devedor. Recurso a que se nega
provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000216828-4/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 21/06/2001
Data da publicação: 02/08/2001
Ementa:
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Execução fiscal. Cabimento.
Massa falida. Crédito tributário. Multa de revalidação. Juros de mora.
Exclusão. A exceção de pré-EXECUTIVIDADE é resultado de
construção doutrinária e jurisprudencial, fundada no princípio da
economia processual, que impõe sejam evitadas medidas
desnecessárias e prejudiciais à celeridade da prestação jurisdicional.
Os arts. 23, III, e 26 do Decreto-Lei nº 7.661/45 foram recepcionados
pela Constituição da República. Referidos dispositivos legais não
podem ser interpretados como indevida concessão de benefício
fiscal, por parte da União, quando se tratar de crédito tributário dos
Estados Membros, pois o texto da Lei de Falências não afastou a
cobrança, em si, do tributo, mas, sim, considerando a situação
peculiar da massa falida, dispôs sobre a exclusão da multa e dos
juros, uma vez que é da competência da União legislar sobre direito
comercial. Em habilitação de crédito tributário no processo
falimentar, ou em execução fiscal ajuizada contra a falida, não se
incluem a multa fiscal e os juros de mora, por expressa disposição
legal. Nega-se provimento ao recurso.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000208244-4/00(1)


Relator: KILDARE CARVALHO
Data do acordão: 07/06/2001
Data da publicação: 22/06/2001
Ementa:
TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL - SOCIEDADE POR COTAS
DE RESPONSABILIDADE LIMITADA - SÓCIO COTISTA SEM
PODERES DE GESTÃO - EXCLUSÃO - PRÉ- EXECUTIVIDADE -
EXCESSO DE PODERES OU INFRAÇÃO À LEI OU AO
CONTRATO - PROVA - AUSÊNCIA - HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS - A questão referente à ilegitimidade passiva,
comprovada de plano, por prova documental, pode ser argüída
independentemente da segurança do juízo, por se tratar de defesa
argüível por meio de objeção de pré-EXECUTIVIDADE. Na execução
fiscal ajuizada contra sociedade por cotas de responsabilidade
limitada, somente os sócios que detêm poderes de administração
respondem pelos débitos fiscais da empresa, posto que a prática de
atos contrários à lei ou com excesso de poderes apenas induz a
responsabilidade dos sócios com poderes de gestão. São devidos
honorários advocatícios de sucumbência no caso de extinção do
processo em sede de exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Sentença
mantida em reexame necessário, prejudicado o recurso voluntário.
Súmula:
EM REEXAME NECESSÁRIO, CONFIRMARAM A SENTENÇA,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000215351-8/00(1)


Relator: GARCIA LEÃO
Data do acordão: 05/06/2001
Data da publicação: 14/06/2001
Ementa:
Agravo de Instrumento - Execução - Exceção de Pré-
EXECUTIVIDADE - Vício formal do título - Inexistência - Recurso
improvido. A exceção de pré-EXECUTIVIDADE pode ser argüida em
qualquer fase da execução, desde que diz respeito a vício formal do
título exeqüendo.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000222120-8/00(1)


Relator: GARCIA LEÃO
Data do acordão: 05/06/2001
Data da publicação: 14/06/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA -
PRAZO DE 10 DIAS - INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 522 DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - RECURSO NÃO CONHECIDO.
Não se conhece do recurso interposto fora do prazo legal.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DO RECURSO, VENCIDO O 2º VOGAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000208559-5/00(1)


Relator: KILDARE CARVALHO
Data do acordão: 24/05/2001
Data da publicação: 14/06/2001
Ementa:
TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL - SOCIEDADE POR COTAS
DE RESPONSABILIDADE LIMITIDA - SÓCIO- GERENTE -
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA - Na execução fiscal ajuizada
contra sociedade por cotas de responsabilidade limitada, os sócios
que detêm poderes de administração respondem pelos débitos
fiscais da empresa, posto que o sócio-gerente tem a obrigação de
recolher os impostos devidos pela empresa, sob pena de responder
pessoalmente pelo débito fiscal. Recurso a que nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO, VENCIDO O VOGAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000213364-3/00(1)


Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 24/05/2001
Data da publicação: 07/06/2001
Ementa:
Agravo de Instrumento interposto em face de decisão que, em
execução fiscal, acolheu, em parte, a exceção de pré-
EXECUTIVIDADE para excluir do débito executado a multa fiscal,
incidindo os juros somente até a data da decretação da quebra. 1.
Recorrível é a decisão proferida pelo MM. Juiz, que acolheu em parte
a exceção de pré-EXECUTIVIDADE, devidamente publicada, posto
que esta é que, em tese, traria gravame à parte, sendo intempestivo
o recurso interposto contra o despacho que determina à exeqüente a
juntada de planilha de débito, adequando-se esta àquela
anteriormente publicada. 2. Não conhecimento do recurso.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000203357-9/00(1)


Relator: GARCIA LEÃO
Data do acordão: 15/05/2001
Data da publicação: 25/05/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - MASSA FALIDA - MULTA FISCAL E JUROS
DE MORA INCIDENTES APÓS A QUEBRA - PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ADMISSIBILIDADE - DECISÃO MANTIDA. A
pré-EXECUTIVIDADE pode ser interposta pelo devedor, destinando-
se a impugnar o processo de execução, se valendo para tanto de
outro meio que não os embargos. Correta a decisão que excluiu do
débito a multa fiscal moratória, em obediência à Súmula 565 do STF,
bem como os juros, cumprindo, desta forma, o disposto no artigo 26
da Lei de Falência, quando dispõe que contra a massa falida não
correm juros.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000213845-1/00(1)
Relator: PÁRIS PEIXOTO PENA
Data do acordão: 15/05/2001
Data da publicação: 25/05/2001
Ementa:
CRÉDITO FISCAL - JUROS E MULTA - MASSA FALIDA. Os art.
150, § 6º, e 151, inciso III da Constituição Federal não excluem a
eficácia do art. 23 do Decreto-Lei nº 7.661/45, inciso III, e art. 26.
Embora, em face da redação do § 6º do art. 150 e inciso III do art.
151, tenha-se a impressão de que não tenham sido recebidos pela
Constituição Federal de 1.988, na verdade tal não ocorre, por não se
confundir penalidade com tributo.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000224802-9/00(1)


Relator: MURILO PEREIRA
Data do acordão: 08/05/2001
Data da publicação: 25/05/2001
Ementa:
Processual Civil - Tributário - Ação de Execução Fiscal movida pela
Fazenda Pública do Município de Belo Horizonte - Argüida a
Exceção de Pré-EXECUTIVIDADE por falta de condições da ação e
de pressupostos do pedido - Instrumento jurídico impróprio ao caso -
Inadmissibilidade da exceção - Recurso Improvido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000195045-0/00(1)
Relator: CÉLIO CÉSAR PADUANI
Data do acordão: 03/05/2001
Data da publicação: 24/05/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. FALÊNCIA DECRETADA NO CURSO DESTA.
MASSA FALIDA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
EXCLUSÃO DE MULTA FISCAL. INEXIGIBILIDADE. 1. Possuindo a
multa fiscal natureza punitiva sancionatória, deve esta ser decotada
do crédito executado, a teor do que dispõe o art. 23 do Dec.-Lei nº
7661/45, art. 23, parágrafo único, inciso III, e Súmula 565 do STF. 2.
Desprovimento do recurso.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000216654-4/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 10/05/2001
Data da publicação: 24/05/2001
Ementa:
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Execução fiscal. Cabimento. A
exceção de pré-EXECUTIVIDADE é resultado de construção
doutrinária e jurisprudencial, fundada no princípio da economia
processual, que impõe sejam evitadas medidas desnecessárias e
prejudiciais à celeridade da prestação jurisdicional. Logo, só se há
admiti-la quando provado que a continuidade da execução está
fadada ao insucesso, por faltar-lhe condições mínimas para o seu
prosseguimento. Nega-se provimento ao recurso.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000206108-3/01(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 19/04/2001
Data da publicação: 22/05/2001
Ementa:
Embargos declaratórios. Contradição e Omissão. Alegações
infundadas. A contradição que autoriza os embargos declaratórios é
aquela que se apura entre os fundamentos da manifestação
jurisdicional que, analisados conjuntamente, não se ajustam, porque
excludentes. Se o embargante não indica onde estaria a divergência
dentro do próprio acórdão e deixa de apontar quais os aspectos não
abordados pelo julgado, de forma a configurar a omissão, sua
pretensão deve ser repudiada. Rejeitam-se os embargos
declaratórios.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000211781-0/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 26/04/2001
Data da publicação: 22/05/2001
Ementa:
Processo civil. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Indeferimento.
Crédito tributário. Exigibilidade. Suspensão. Liminar cassada.
Cassada, pelo Tribunal, a liminar que, em ação cautelar
anteriormente ajuizada pela recorrente, suspendeu a exigibilidade do
crédito tributário objeto de execução fiscal, resta prejudicada a
exceção de pré-EXECUTIVIDADE fundamentada naquele fato e
prevalece a decisão agravada que a indeferiu. Nega-se provimento
ao recurso.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000222196-8/00(1)


Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 08/05/2001
Data da publicação: 18/05/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
MANDADO DE SEGURANÇA ACOLHIDO POR SENTENÇA
SUJEITA A RECURSO - SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO. Cabe tão-
só a suspensão da execução fiscal de exação da Taxa anual de
Fiscalização, Localização e Funcionamento, se foi deferido mandado
de segurança por sentença ainda sujeita ao reexame necessário em
grau de recurso.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000150813-4/00(1)


Relator: ISALINO LISBÔA
Data do acordão: 05/04/2001
Data da publicação: 11/05/2001
Ementa:
A matéria relativa a pagamento, em face de sua relevância, se inclui
dentre aquelas que podem ser discutidas por meio do incidente de
pré-EXECUTIVIDADE. Depósitos efetuados aos credores, pela
agravada, de acordo com as decisões irrecorridas no Juízo
Falimentar. Alegação, pela agravante, de não recebimento integral
do seu crédito sem, contudo, especificar qual o montante faltante.
Depósito considerado integral. Excesso de execução caracterizada.
Sentença confirmada. V.V. Agravo de instrumento. Execução fiscal.
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Reconhecimento de excesso na
execucão. Pagamento do débito, excluída a honorária. Depósito de
dívida tributária realizado pela massa, em antecedente feito
falimentar. Inidentidade do procedimento com a necessária garantia
do juízo, prevista na LEF. Penhora inocorrida. Provimento recursal.
Decisão cassada.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO, VENCIDO O RELATOR.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000193031-2/01(1)


Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 24/04/2001
Data da publicação: 11/05/2001
Ementa:
.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000208374-9/00(1)


Relator: CARREIRA MACHADO
Data do acordão: 05/04/2001
Data da publicação: 08/05/2001
Ementa:
O sistema consagrado no art. 16 da Lei nº 6.830/80 não admite as
denominadas exceções de pré-EXECUTIVIDADE'.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000206239-6/00(1)


Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 05/04/2001
Data da publicação: 04/05/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
EXPEDIENTE PROCESSUAL QUE NÃO SUBSTITUI OS
EMBARGOS À EXECUÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO
IMPROVIDO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000219719-2/00(1)


Relator: PÁRIS PEIXOTO PENA
Data do acordão: 24/04/2001
Data da publicação: 04/05/2001
Ementa:
AÇÃO DE EXECUÇÃO - ART. 3º E ART. 20 DO CPC. Para que haja
a fixação dos honorários deve-se identificar a parte vitoriosa e aquela
que sucumbiu no processo. Em seguida, faz-se necessário aguardar
seu o êxito natural.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO PARCIAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000208335-0/00(1)


Relator: KILDARE CARVALHO
Data do acordão: 29/03/2001
Data da publicação: 27/04/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - DIREITO TRIBUTÁRIO -
EXECUÇÃO FISCAL - EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
JULGAMENTO DO MÉRITO - PRELIMINAR AFASTADA -
SUCESSÃO DE EMPRESAS - RECONHECIMENTO -
COMPROVAÇÃO - Presentes os pressupostos de constituição e de
desenvolvimento válido e regular do processo e adequado o tipo de
procedimento escolhido pela parte, não há falar em extinção do
processo sem julgamento do mérito. Comprovado nos autos que
uma empresa transferiu para outra do mesmo grupo familiar todo o
capital social, continuando a explorar o negócio no mesmo endereço,
ainda que com outra razão social, deve ser admitida a sucessão
empresarial e a transferência da responsabilidade tributária.
Afastadas as preliminares, nega-se provimento ao recurso.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINARES. NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000214071-3/00(1)


Relator: KILDARE CARVALHO
Data do acordão: 05/04/2001
Data da publicação: 27/04/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL -
QUESTIONAMENTO DÉBITO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - IMPOSSIBILIDADE - A questão referente à
progressividade do IPTU não pode ser argüida, sem a segurança do
juízo, por meio de objeção de pré-EXECUTIVIDADE, por se tratar de
mérito dos embargos de devedor. Recurso a que se nega
provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000226352-3/00(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 17/04/2001
Data da publicação: 27/04/2001
Ementa:
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ADMISSIBILIDADE. A exceção de pré-EXECUTIVIDADE, admitida
em nosso direito por construção doutrinário-jurisprudencial, somente
se dá em hipóteses excepcionais, como, por exemplo, quando for
evidente a ausência de título ou haja flagrante causa de nulidade do
mesmo, ou, ainda, quando manifesta a sua prescrição ou induvidosa
a prova da quitação do crédito exeqüendo; fora desses casos,
impõe-se a oposição de embargos do devedor.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO AO
RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000218292-1/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 22/03/2001
Data da publicação: 20/04/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO CONTRA ATO QUE,
EM EMBARGOS DECLARATÓRIOS, FIXOU HONORÁRIOS NA
DECISÃO QUE EXCLUI DA EXECUÇÃO O RECORRIDO -
SUCUMBÊNCIA - RECURSO IMPROVIDO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000221807-1/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 22/03/2001
Data da publicação: 20/04/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Argüição
de iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000221806-3/00(1)
Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 22/03/2001
Data da publicação: 20/04/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Argüição
de iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000221816-2/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 22/03/2001
Data da publicação: 20/04/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Argüição
de iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000221815-4/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 22/03/2001
Data da publicação: 20/04/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Argüição
de iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000221814-7/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 22/03/2001
Data da publicação: 20/04/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Argüição
de iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000221812-1/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 22/03/2001
Data da publicação: 20/04/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Argüição
de iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000221810-5/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 22/03/2001
Data da publicação: 20/04/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Argüição
de iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000221801-4/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 22/03/2001
Data da publicação: 20/04/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Argüição
de iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000221805-5/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 22/03/2001
Data da publicação: 20/04/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Argüição
de iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000209724-4/01(1)


Relator: BADY CURI
Data do acordão: 15/03/2001
Data da publicação: 19/04/2001
Ementa:
.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000213145-6/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 22/03/2001
Data da publicação: 19/04/2001
Ementa:
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Execução fiscal. Cabimento. A
exceção de pré-EXECUTIVIDADE é resultado de construção
doutrinária e jurisprudencial, fundada no princípio da economia
processual, que impõe sejam evitadas medidas desnecessárias e
prejudiciais à celeridade da prestação jurisdicional. Logo, só se há
admiti-la quando provado que a continuidade da execução está
fadada ao insucesso, por faltar-lhe condições mínimas para o seu
prosseguimento. Nega-se provimento ao recurso.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000198765-0/00(1)


Relator: CARREIRA MACHADO
Data do acordão: 08/03/2001
Data da publicação: 10/04/2001
Ementa:
O sistema consagrado no art. 16 da Lei nº 6.830/80 não admite as
denominadas 'exceções de pré-EXECUTIVIDADE'.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000203571-5/01(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 08/03/2001
Data da publicação: 10/04/2001
Ementa:
Embargos declaratórios. Utilização prevista no art. 535 do Código de
Processo Civil. Impossibilidade de emprego, ausente a omissão,
obscuridade ou contradição. Os embargos declaratórios destinam-se
a sanar omissões, obscuridades ou contradições que possam estar
presentes nas decisões jurisdicionais. Trata-se de limites rígidos, que
não podem ser alargados para que a parte, utilizando a vestimenta
do referido recurso, formule pedidos que deveriam ter sido
apresentados, caso fosse de seu interesse, no momento oportuno.
Rejeitam- se os embargos declaratórios.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000179478-3/02(1)


Relator: JOSÉ ANTONINO BAÍA BORGES
Data do acordão: 29/03/2001
Data da publicação: 06/04/2001
Ementa:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - ADITAMENTO - POSSIBILIDADE
- OMISSÃO - INEXISTÊNCIA - DESACOLHIMENTO - É possível
aditamento aos embargos de declaração, desde que feito antes do
julgamento. Os embargos de declaração não se prestam ao reexame
da causa. Se não há qualquer omissão no acórdão, os embargos de
declaração devem ser desacolhidos.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000221851-9/01(1)


Relator: HUGO BENGTSSON
Data do acordão: 15/03/2001
Data da publicação: 06/04/2001
Ementa:
Agravo de Instrumento - Instrução deficiente - Autos fora de Cartório
- Irrelevância - Indeferimento - Agravo regimental a que se nega
provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000221808-9/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 15/03/2001
Data da publicação: 06/04/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Argüição
de iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000219707-7/00(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 27/03/2001
Data da publicação: 06/04/2001
Ementa:
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ACOLHIMENTO PARCIAL - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA -
SUCUMBÊNCIA - INEXISTÊNCIA. A decisão que acolhe
parcialmente a exceção de pré-EXECUTIVIDADE argüida nos
próprios autos da execução, caracteriza-se como interlocutória, eis
que não extingue a mesma, não havendo, portanto, razão para se
falar em sucumbência e, conseqüentemente, em condenação ao
pagamento de honorários advocatícios, uma vez que esta decorre
exclusivamente da derrota experimentada por uma das partes, ao
final da demanda.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO AO
RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000209680-8/00(1)


Relator: LÚCIO URBANO
Data do acordão: 13/03/2001
Data da publicação: 06/04/2001
Ementa:
OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. Execução Fiscal- A
procedibilidade da exceção ventilável pela via da chamada objeção
de pré-EXECUTIVIDADE não se cinge à hipótese de ser indiscutível
a questão nela armada. Todavia, mesmo na sua feição extravagante,
a medida não dispensa indicativos ou razoáveis indícios do vício
alegado como causa de anular a execução.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000206758-5/00(1)


Relator: LUCAS SÁVIO V. GOMES
Data do acordão: 22/03/2001
Data da publicação: 30/03/2001
Ementa:
EMBARGOS DE TERCEIRO - EXECUÇÃO FISCAL - ARRESTO
INEFICAZ - TURBAÇÃO CARACTERIZADA - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - CONDIÇÕES DA AÇÃO - PRINCÍPIO DA
SUCUMBÊNCIA - Recebidos os embargos, como de terceiros,
inócua se revela a alegada ineficácia dos arrestos, porquanto a sua
existência caracteriza iniludível turbação à posse dos recorridos, a
teor do art. 1.046, caput, do CPC. Viável é o acolhimento de exceção
de pré- EXECUTIVIDADE, ainda que de ofício, quando se tratar de
condições da ação, pelo que dispõe o art. 267, § 3º, do CPC. O
princípio da sucumbência albergado no art. 20 do CPC é objetivo e
prescinde de se perquirir da culpa das partes pelo desate da
demanda, sendo que tal princípio é regra geral em nosso
ordenamento jurídico, aplicando-se a todos os processos onde se
instaurou lide e houve parte vencida. Sentença confirmada em sede
de reexame necessário. Recurso voluntário prejudicado.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR. EM REEXAME NECESSÁRIO,
CONFIRMARAM A SENTENÇA, PREJUDICADO O RECURSO
VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000206108-3/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 01/03/2001
Data da publicação: 27/03/2001
Ementa:
Tributário e Processual Civil. Embargos. Ausência de garantia do
juízo. Inadmissibilidade. Os embargos, ainda que se limitem a
questionar a ilegitimidade do executado, devem ser rejeitados,
ausente a garantia do juízo. Nega-se provimento ao recurso.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000217147-8/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 01/03/2001
Data da publicação: 27/03/2001
Ementa:
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Execução fiscal. Cabimento. A
exceção de pré-EXECUTIVIDADE é resultado de construção
doutrinária e jurisprudencial, fundada no princípio da economia
processual, que impõe sejam evitadas medidas desnecessárias e
prejudiciais à celeridade da prestação jurisdicional. Logo, só se há
admiti-la quando provado que a continuidade da execução está
fadada ao insucesso, por faltar-lhe condições mínimas para o seu
prosseguimento. Nega-se provimento ao recurso.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000198354-3/00(1)


Relator: JOSÉ ANTONINO BAÍA BORGES
Data do acordão: 15/03/2001
Data da publicação: 23/03/2001
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXCEÇÃO
- NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA - INDEFERIMENTO -
Não pode ser deferido, em sede de exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, o pedido de declaração de nulidade da execução,
se esta não estiver comprovada de plano.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000193031-2/00(1)


Relator: PÁRIS PEIXOTO PENA
Data do acordão: 13/03/2001
Data da publicação: 23/03/2001
Ementa:
O art. 23 do Dec.-Lei nº 7.661 não foi recepcionado pela CF/88, em
face do que nesta se contém (art. 150, § 6º e 151, III), sendo pois,
hoje, regular a cobrança da multa fiscal, nos processos de falência,
se devida.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO,
VENCIDO O RELATOR.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000213292-6/00(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 06/03/2001
Data da publicação: 16/03/2001
Ementa:
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ADMISSIBILIDADE. A exceção de pré-EXECUTIVIDADE, admitida
em nosso direito por construção doutrinário-jurisprudencial, somente
se dá em hipóteses excepcionais, como, por exemplo, quando for
evidente a ausência de título ou haja flagrante causa de nulidade do
mesmo, ou, ainda, quando manifesta a sua prescrição ou induvidosa
a prova da quitação do crédito exeqüendo, fora desses casos,
impõe-se a oposição de embargos do devedor.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000190520-7/00(1)


Relator: ALUÍZIO QUINTÃO
Data do acordão: 08/02/2001
Data da publicação: 09/03/2001
Ementa:
EMBARGOS - FALTA DE PENHORA. Sem estar completa e
formalizada a garantia do juízo pela penhora, impõe-se a extinção do
processo de embargos.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000192548-6/00(1)


Relator: ALOYSIO NOGUEIRA
Data do acordão: 15/02/2001
Data da publicação: 09/03/2001
Ementa:
CRÉDITO TRIBUTÁRIO - FALÊNCIA - MULTA -
INAPLICABILIDADE - JUROS - INCIDÊNCIA ATÉ A DATA DA
QUEBRA. Na falência, a multa não se inclui nos créditos fiscais e os
juros, somente até a data da quebra.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000214069-7/00(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 20/02/2001
Data da publicação: 03/03/2001
Ementa:
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ADMISSIBILIDADE. A exceção de pré-EXECUTIVIDADE, admitida
em nosso direito por construção doutrinário-jurisprudencial, somente
se dá em hipóteses excepcionais, como, por exemplo, quando for
evidente a ausência de título ou haja flagrante causa de nulidade do
mesmo, ou, ainda, quando manifesta a sua prescrição ou induvidosa
a prova da quitação do crédito exeqüendo, fora desses casos,
impõe-se a oposição de embargos do devedor.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000200161-8/00(1)


Relator: LÚCIO URBANO
Data do acordão: 05/12/2000
Data da publicação: 23/02/2001
Ementa:
SÓCIO. Responsabilidade fiscal - A só condição de sócio não induz
por si só, responsabilidade solidária por má gestão dos negócios
sociais. Assim, o sócio que adentra ao quadro social como herdeiro
de quotas, sem interferir nos negócios sociais, não pode estar
legalmente no polo passivo da execução contra a sociedade.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO, VENCIDO O PRIMEIRO VOGAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000202915-5/00(1)


Relator: JOSÉ ANTONINO BAÍA BORGES
Data do acordão: 15/02/2001
Data da publicação: 23/02/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - PRÉ EXECUTIVIDADE - DESNECESSIDADE
DE DILAÇÃO PROBATÓRIA - CABIMENTO. Pode ser deferido, em
sede de exceção de pré- EXECUTIVIDADE, o pedido de declaração
de nulidade da execução fiscal ajuizada, se esta estiver comprovada
de plano.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000206722-1/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 21/12/2000
Data da publicação: 22/02/2001
Ementa:
Processo Civil. Falta de comprovação de que os documentos anexos
ao recurso relacionam-se à demanda em exame. Questionamento
que deve ser fundado. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Ausência
de previsão legal. Cautela. Conseqüências do seu acolhimento.
Inexistência de demonstração cabal das alegações. A mera alegação
de que não há prova de que a decisão e a certidão juntadas aos
autos referem-se ao processo em exame não é suficiente para que
se possa negar seguimento ao recurso, cumprindo à interessada na
inadmissão do recurso provar o argumento. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, especialmente por não ter previsão legal, só há
de ser utilizada em situações excepcionais, nas quais, de antemão,
pode-se reconhecer o insucesso a que o prosseguimento da
execução estaria fadado. Se o magistrado não se convence das
alegações trazidas pela parte interessada em obstar o
prosseguimento da execução, inacolhe-se o pedido. Rejeita-se a
preliminar e nega-se provimento ao recurso.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000174665-0/00(1)


Relator: HYPARCO IMMESI
Data do acordão: 14/12/2000
Data da publicação: 20/02/2001
Ementa:
EXECUÇÃO - TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA - SUA
VALIDADE E EFICÁCIA COMO TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL - INEXISTÊNCIA DE VETO AO ART. 113 DO CDC
- CONSEQÜENTE VIGÊNCIA PLENA DO §6º DO ART. 5º
INTRODUZIDO NA LEI nº 7.347/85 PELO ART. 113/CDC - O
compromisso (termo) de ajuste de conduta a que se refere o §6º ,
acrescentado ao art. 5º da Lei nº 7347/85 pelo art. 113 do Código de
Defesa do Consumidor, está em vigência plena, pois o mencionado
dispositivo legal (art. 113/CDC) não foi alvo de veto presidencial, à
época, tendo sido apenas propalada a intenção de fazê-lo. Via de
consequência, o termo de ajuste de conduta é válido e eficaz, à
conta de título executivo extrajudicial, em face ao que cassa-se a
sentença que tiver decretada a extinção do processo para que o
efeito tenha prosseguimento.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO E CASSARAM A SENTENÇA.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000199293-2/00(1)


Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 01/02/2001
Data da publicação: 20/02/2001
Ementa:
EXECUÇÃO JUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE.
TÍTULO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, embora de criação doutrinário-jurisprudencial,
não é sucedânea dos embargos à execução, mormente quando se
discute a liquidez, certeza e exigibilidade do título exeqüendo.
Sentença mantida.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000203358-7/01(1)


Relator: JOSÉ BRANDÃO DE RESENDE
Data do acordão: 08/02/2001
Data da publicação: 16/02/2001
Ementa:
.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000203524-4/00(1)


Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 01/02/2001
Data da publicação: 16/02/2001
Ementa:
EXECUÇÃO JUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
EMBARGOS À EXECUÇÃO. GARANTIA DO JUÍZO. É de ser
indeferida a exceção de pré-EXECUTIVIDADE, em execução fiscal,
com alegação de decadência e prescrição, quando a via própria são
os embargos à execução, comprovada a garantia do juízo com a
penhora. Decisão mantida.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000195284-5/00(1)
Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 07/12/2000
Data da publicação: 15/02/2001
Ementa:
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Possibilidade. Oposição de
embargos. Flagrante ilegitimidade da executada. Reconhecimento
pela Fazenda Pública. Ônus da sucumbência. Ainda que a
ilegitimidade passiva da executada seja evidente, de forma a lastrear
uma possível exceção de pré-EXECUTIVIDADE, a escolha pela
oposição de embargos à execução não retira da Fazenda Pública a
responsabilidade pelo pagamento dos ônus da sucumbência, diante
da homologação de pedido de desistência pela mesma formulado.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000195458-5/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 07/12/2000
Data da publicação: 15/02/2001
Ementa:
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Cabimento. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE é resultado de construção doutrinária e
jurisprudencial, fundada no princípio da economia processual que
impõe sejam evitadas medidas desnecessárias e prejudiciais à
celeridade da prestação jurisdicional. Logo, só se há admiti-la
quando provado que a continuidade da execução está fadada ao
insucesso, por faltar-lhe condições mínimas para seu
prosseguimento.
Súmula:
REFORMARAM A SENTENÇA PARCIALMENTE NO REEXAME
NECESSÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000200666-6/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 30/11/2000
Data da publicação: 08/02/2001
Ementa:
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Cabimento. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE é resultado de construção doutrinária e
jurisprudencial, fundada no princípio da economia processual que
impõe sejam evitadas medidas desnecessárias e prejudiciais à
celeridade da prestação jurisdicional. Logo, só se há admiti-la
quando provado que a continuidade da execução está fadada ao
insucesso, por faltar-lhe condições mínimas para o seu
prosseguimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000203571-5/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 30/11/2000
Data da publicação: 08/02/2001
Ementa:
Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Cabimento. A exceção de pré-
EXECUTIVIDADE é resultado de construção doutrinária e
jurisprudencial, fundada no princípio da economia processual que
impõe sejam evitadas medidas desnecessárias e prejudiciais à
celeridade da prestação jurisdicional. Logo, só se há admiti-la
quando provado que a continuidade da execução está fadada ao
insucesso, por faltar-lhe condições mínimas para seu
prosseguimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000207105-8/00(1)


Relator: CAMPOS OLIVEIRA
Data do acordão: 07/12/2000
Data da publicação: 06/02/2001
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE.
MATÉRIA DISCUTIDA TÍPICA DE EMBARGOS.
IMPRESTABILIDADE DA VIA UTILIZADA. PROVIMENTO NEGADO.
Nega-se provimento a agravo que visa acolhimento da exceção de
pré-EXECUTIVIDADE, que não comporta matéria típica de
embargos, mas apenas as de ordem pública ou outra que independa
de prova.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000210414-9/00(1)


Relator: MURILO PEREIRA
Data do acordão: 12/12/2000
Data da publicação: 02/02/2001
Ementa:
Execução Fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE indeferida.
Alegação de nulidade, por faltar liquidez, certeza e exigibilidade na
CDA, que consubstancia cobrança de IPTU progressivo, instituído
pela Lei Municipal 5641/89, declarada inconstitucional pelo STF .
Não se trata de progressividade fiscal na espécie. Progressividade
aqui caracterizada como extra-fiscal, admitida porque garante o
cumprimento da função social da propriedade. A CR/88 contempla a
possibilidade de IPTU progressivo que diz respeito ao adequado
aproveitamento do solo, a fim de assegurar a função social da
propriedade. Recurso improvido.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000209677-4/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 30/11/2000
Data da publicação: 29/12/2000
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Exceção de pré- EXECUTIVIDADE. Argüição
de iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000198099-4/00(1)
Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 05/12/2000
Data da publicação: 08/12/2000
Ementa:
TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. É inviável, no processo de cobrança da dívida
ativa, a exceção de pre-EXECUTIVIDADE (Lei nº 6.830/80, art. 16, §
2º).
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000173794-9/00(1)


Relator: JOSÉ ANTONINO BAÍA BORGES
Data do acordão: 23/11/2000
Data da publicação: 07/12/2000
Ementa:
TRIBUTÁRIO - COMPENSAÇÃO DE CRÉDITO - NECESSIDADE
DE LEI QUE A AUTORIZE - DAÇÃO EM PAGAMENTO - TÍTULOS
DA DÍVIDA PÚBLICA - Em virtude da natureza ""ex lege"" da
obrigação tributária, a sentença judicial não é o meio hábil para se
autorizar a compensação, pois necessária uma autorização
legislativa e um ato administrativo que reconheça e determine a
dívida a ser compensada em casos específicos - A Fazenda Pública
não está obrigada a aceitar títulos da dívida pública em dação em
pagamento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000200541-1/00(1)
Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 21/11/2000
Data da publicação: 01/12/2000
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. A
exceção de pré-EXECUTIVIDADE, admitida em nosso direito por
construção doutrinária/jurisprudencial, somente se dá em hipóteses
excepcionais, quando evidente a ausência de título ou flagrante
causa de nulidade da execução, ou, ainda, quando manifesta a
prescrição do título ou induvidosa a prova de quitação do crédito
exeqüendo.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000191567-7/00(1)


Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 07/11/2000
Data da publicação: 18/11/2000
Ementa:
TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. É inviável, no processo de cobrança da dívida
ativa, a exceção de pre-EXECUTIVIDADE.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000183604-8/00(1)
Relator: CARREIRA MACHADO
Data do acordão: 19/10/2000
Data da publicação: 17/11/2000
Ementa:
Em homenagem ao princípio da instrumentalidade das formas, tendo
em conta que o processo de execução se faz no interesse do credor
mas sem perder de vista o princípio da menor onerosidade para o
devedor, sem que se afete, em princípio, direito de terceiro, a
irregularidade da penhora deve ser suprida para possibilitar ao
credor o aperfeiçoamento do ato complexo, atendendo, portanto, ao
princípio da efetiva prestação jurisdicional.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO PARCIAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000182542-1/00(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 26/09/2000
Data da publicação: 27/10/2000
Ementa:
Execução Fiscal - Defesa do executado - Meio judicial próprio -
Embargos à Execução.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000203358-7/00(1)


Relator: JOSÉ BRANDÃO DE RESENDE
Data do acordão: 10/10/2000
Data da publicação: 20/10/2000
Ementa:
.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000153299-3/00(1)


Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 12/09/2000
Data da publicação: 11/10/2000
Ementa:
Execução Fiscal. Embargos. Sentença que os inadmite por
intempestividade. Recurso de Apelação. Recebimento.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000162206-7/00(1)


Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 29/08/2000
Data da publicação: 11/10/2000
Ementa:
Fazenda Pública. Execução provisória. Possibilidade. Nenhum óbice
legal existe à execução provisória contra o ente estatal, desde que
não importe em ato constritivo de bens públicos.
Súmula:
REJEITARAM A PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000186328-1/00(1)


Relator: ORLANDO CARVALHO
Data do acordão: 26/09/2000
Data da publicação: 06/10/2000
Ementa:
PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
EXECUÇÃO DE SENTENÇA. DIREITO AUTÔNOMO DO
ADVOGADO. ART. 23 DA LEI Nº 8.906/94. ORIENTAÇÃO DA
SEGUNDA SEÇÃO. DOUTRINA. RECURSO DESPROVIDO. Na
linha dos precedentes das Turmas que compõem a Segunda Seção
do STJ, e da boa doutrina, embora tenha o advogado, no sistema
vigente (Lei nº 8.906/94, art. 23), direito autônomo de executar a
verba honorária, não fica excluída a possibilidade da parte
vencedora promover, em seu nome, notadamente sob o patrocínio
do mesmo advogado, a execução desses honorários.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000194617-7/00(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 03/10/2000
Data da publicação: 06/10/2000
Ementa:
CRÉDITO TRIBUTÁRIO - CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO -
POSSIBILIDADE - CTN - PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO -
NULIDADE - CERCEAMENTO DE DEFESA - NULIDADE DA CDA.
Se ocorrem as hipóteses do art. 164 do CTN, havendo a
consignação em pagamento, extingue-se o crédito tributário, a teor
do art. 156, VIII, do mesmo Diploma Legal. Se fica configurada a
nulidade do procedimento administrativo, por cerceamento de
defesa, a CDA resultante também é nula.
Súmula:
CONFIRMARAM A SENTENÇA NO REEXAME NECESSÁRIO,
PREJUDICADO O RECURSO VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000189689-3/00(1)


Relator: LUCAS SÁVIO V. GOMES
Data do acordão: 21/09/2000
Data da publicação: 29/09/2000
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
POSSIBILIDADE - MULTA - MASSA FALIDA - DECOTE -
INADMISSIBILIDADE - A matéria atinente à viabilidade da existência
do débito executado, em face do ordenamento jurídico, é condição
da eficácia executiva do título e que poderá ser apreciada nos
próprios autos da execução fiscal, independente da apresentação
dos embargos. Em executivo fiscal proposto contra massa falida não
incidem as disposições contidas no Decreto-Lei 7.661/45, pelo que
tal cobrança não é sujeita à vedação prescrita no artigo 23, inciso II,
do citado Decreto-Lei. Agravo provido.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000180821-1/00(1)


Relator: LÚCIO URBANO
Data do acordão: 29/08/2000
Data da publicação: 22/09/2000
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. Reconhecimento da inexigibilidade do crédito
fiscal. Ônus de sucumbência - Se o Fisco, depois da citação e da
resposta do executado, admite, de algum modo, a inviabilidade da
execução, impõe-se-lhe os encargos da sucumbência.
Súmula:
CONFIRMARAM A SENTENÇA, PREJUDICADO O APELO
VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000182717-9/00(1)


Relator: LÚCIO URBANO
Data do acordão: 08/08/2000
Data da publicação: 01/09/2000
Ementa:
Execução - Objeção de pré-EXECUTIVIDADE. Responsabilidade do
mandatário de cooperativa pelos encargos tributários da entidade - O
membro do Conselho de Administração da Cooperativa, chamado na
execução como co- obrigado, deve demandar a sua não-
responsabilidade em sede de embargos à execução, e não através
da arguição de pré-executivade, cujos contornos se restringem às
previsões da tríplice combinação dos arts. 167, § 3º, 586 e 618, I, do
CPC.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000153611-9/01(1)
Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 20/06/2000
Data da publicação: 04/08/2000
Ementa:
Embargos de Declaração. Acórdão. Omissão apontada. Inexistência.
Rejeição. Rejeitam-se os embargos declaratórios quando inexistiu,
no acórdão, a omissão apontada pelo embargante.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000182577-7/00(1)


Relator: JOSÉ BRANDÃO DE RESENDE
Data do acordão: 27/06/2000
Data da publicação: 04/08/2000
Ementa:
.
Súmula:
NÃO CONHECERAM DO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000189669-5/01(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 27/06/2000
Data da publicação: 04/08/2000
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. A Fazenda poderá exigir que os sócios
coobrigados cumpram a obrigação tributária, não se lhes aplicando
os mesmos direitos da massa, previstos na lei falimentar, quanto à
não incidência, no crédito tributário, das parcelas referentes à multa
de revalidação e aos juros.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000189710-7/01(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 27/06/2000
Data da publicação: 04/08/2000
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. A Fazenda poderá exigir que os sócios
coobrigados cumpram a obrigação tributária, não se lhes aplicando
os mesmos direitos da massa, previstos na lei falimentar, quanto à
não incidência, no crédito tributário, das parcelas referentes à multa
de revalidação e aos juros.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000189675-2/01(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 27/06/2000
Data da publicação: 04/08/2000
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. A Fazenda poderá exigir que os sócios
coobrigados cumpram a obrigação tributária, não se lhes aplicando
os mesmos direitos da massa, previstos na lei falimentar, quanto à
não incidência, no crédito tributário, das parcelas referentes à multa
de revalidação e aos juros.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000185401-7/00(1)


Relator: JOSÉ FRANCISCO BUENO
Data do acordão: 29/06/2000
Data da publicação: 04/08/2000
Ementa:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - PRÉ-
EXECUTIVIDADE - NULIDADE - DEFEITO DE CITAÇÃO - TEORIA
DA APARÊNCIA. Válida é a citação efetivada na pessoa que
apresenta-se como procurador do executado, pois lícito não é exigir-
se do Oficial de Justiça que requeira do cidadão prova quanto à
capacidade para receber citação. Inadmissível a exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, porquanto já em fase de expropriação do bem do
devedor.
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000181237-9/00(1)


Relator: HUGO BENGTSSON
Data do acordão: 29/06/2000
Data da publicação: 04/08/2000
Ementa:
EXECUÇÃO PROVISÓRIA - FAZENDA PÚBLICA -
POSSIBILIDADE. É POSSÍVEL A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA
DECISÃO JUDICIAL PROFERIDA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA,
NOS TERMOS DO ART. 588 DO CPC, INEXISTINDO QUALQUER
OFENSA AO ART. 730 DO CPC, ASSIM COMO AO ART. 100 DA
CF.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000167456-3/00(1)


Relator: JOSÉ BRANDÃO DE RESENDE
Data do acordão: 27/06/2000
Data da publicação: 04/08/2000
Ementa:
ANULAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO - INDENIZAÇÃO -
ALEGADO PEDIDO DE DEMISSÃO SOB COAÇÃO NÃO
PROVADO - ACERTO DE CONTAS MEDIANTE ACORDO
ASSISTIDO PELO SINDICATO DA CATEGORIA - PROVA NOS
AUTOS - DANOS MORAIS - DESCABIMENTO - RECURSO
DESPROVIDO, MANTIDA A SENTENÇA DE 1º GRAU. Provado nos
autos que o pedido de demissão foi feito pelo próprio autor e que o
pagamento da verba devida se fez mediante assistência do
sindicato, incabível a sua reintegração ao serviço público ou mesmo
indenização por danos morais.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000159051-2/01(1)


Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 04/05/2000
Data da publicação: 19/05/2000
Ementa:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - CONTRADIÇÃO E OMISSÃO
INEXISTENTES - REJEIÇÃO.
Súmula:
REJEITARAM OS EMBARGOS.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000165406-0/00(1)


Relator: JOSÉ ANTONINO BAÍA BORGES
Data do acordão: 27/04/2000
Data da publicação: 12/05/2000
Ementa:
EXECUÇÃO - MINISTÉRIO PÚBLICO - LEGITIMIDADE - PARECER
PRÉVIO DO TRIBUNAL DE CONTAS - TÍTULO EXECUTIVO -
INEXISTÊNCIA - O Ministério Público tem legitimidade para o
ajuizamento de ação de execução para o ressarcimento de danos ao
erário. - O parecer prévio do Tribunal de Contas não é título
executivo.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000165433-4/00(1)


Relator: ISALINO LISBÔA
Data do acordão: 06/04/2000
Data da publicação: 12/05/2000
Ementa:
MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE PARA A PROPOSITURA
DE AÇÃO DE EXECUÇÃO COM BASE EM TÍTULO EXECUTIVO
EXPEDIDO PELO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS
GERAIS. ART. 25, VIII, DA LEI Nº 8.625/93. ART. 23, III, DA LEI
COMPLEMENTAR Nº 33/94. TÍTULO EXECUTIVO COM PREVISÃO
NO ART. 71, § 3º DA CF, NO ART. 76, § 3º, DA CE, E AINDA, NO
ART. 75, DA LEI COMPLEMENTAR Nº 33/94. AGRAVO DE
INSTRUMENTO IMPROVIDO.
Súmula:
DERAM PROVIMENTO, VENCIDO O RELATOR.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000153611-9/00(1)


Relator: PINHEIRO LAGO
Data do acordão: 04/04/2000
Data da publicação: 05/05/2000
Ementa:
Execução Fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Indeferimento.
Indefere-se exceção de pré-EXECUTIVIDADE que se alicerça em
matérias típicas de discussão em embargos do devedor.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000164126-5/00(1)


Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 13/04/2000
Data da publicação: 03/05/2000
Ementa:
Alimentos. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Cabimento. A
exceção de pré-EXECUTIVIDADE é resultado de construção
doutrinária e jurisprudencial, fundada no princípio da economia
processual que impõe sejam evitadas medidas desnecessárias e
prejudiciais à celeridade da prestação jurisdicional. Em matéria de
alimentos, em princípio, há que se privilegiar a garantia dos
alimentandos, razão pela qual não se há admitir a exceção de pré-
EXECUTIVIDADE, salvo em situações excepcionais.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000179974-1/00(1)


Relator: ANTÔNIO HÉLIO SILVA
Data do acordão: 18/04/2000
Data da publicação: 28/04/2000
Ementa:
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ADMISSIBILIDADE. A exceção de pré-EXECUTIVIDADE, admitida
em nosso direito por construção doutrinário - jurisprudencial,
somente se dá em hipóteses excepcionais como, por exemplo,
quando for evidente a ausência de título ou haja flagrante causa de
nulidade da execução, ou, ainda, quando manifesta a prescrição do
título ou induvidosa a prova da quitação do crédito exeqüendo, fora
desses casos, impõe-se a oposição de embargos do devedor.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000168119-6/00(1)
Relator: JOSÉ BRANDÃO DE RESENDE
Data do acordão: 28/03/2000
Data da publicação: 14/04/2000
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EMBARGOS DE DEVEDOR - DÉBITO
INEXISTENTE - EXTINÇÃO DO PROCESSO REQUERIDA PELA
FAZENDA PÚBLICA APÓS A PENHORA - EMBARGOS
PROCEDENTES
Súmula:
REJEITARAM PRELIMINAR E CONFIRMARAM A SENTENÇA NO
REEXAME NECESSÁRIO, PREJUDICADO O RECURSO
VOLUNTÁRIO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000159051-2/00(1)


Relator: CLÁUDIO COSTA
Data do acordão: 17/02/2000
Data da publicação: 03/03/2000
Ementa:
Execução fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. Exceção
enfrentando o próprio mérito não pode ser medida substitutiva dos
embargos. Em execução fiscal, não se pode admitir a exceção de
pré-EXECUTIVIDADE, como medida substitutiva dos embargos à
execução, a não ser em casos excepcionais, que não se configuram
no presente caso. Nulidade de todo o processo.
Súmula:
ANULARAM O PROCESSO DE OFÍCIO.
Acórdão: Inteiro Teor
Número do processo: 000169014-8/00(1)
Relator: ALMEIDA MELO
Data do acordão: 03/02/2000
Data da publicação: 29/02/2000
Ementa:
Processo civil. Execução fiscal. Exceção de pré-EXECUTIVIDADE. É
inadmissível, em execução fiscal, a apreciação de exceção de pré-
EXECUTIVIDADE apresentada pelo executado, visando ao debate
de matérias estranhas aos pressupostos processuais e condições da
ação, como o cerceamento de defesa no procedimento
administrativo de constituição do crédito tributário e a existência de
novação.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000159892-9/00(1)


Relator: CARREIRA MACHADO
Data do acordão: 16/12/1999
Data da publicação: 02/02/2000
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
CABIMENTO - DEPÓSITO - SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO. A exceção de pré-EXECUTIVIDADE tem
cabimento bastante restrito, podendo ser manejada quando se está
tratando da ausência de pressupostos formais à constituição válida
ou prosseguimento regular do processo, sem que se demande,
obviamente, qualquer acertamento acerca do ""direito
controvertido"". O depósito somente suspende a exigibilidade do
crédito tributário se for integral e em dinheiro.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO, VENCIDO O PRIMEIRO VOGAL.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000153295-1/00(1)


Relator: ABREU LEITE
Data do acordão: 09/11/1999
Data da publicação: 26/11/1999
Ementa:
Execução Fiscal - Defesa do devedor.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000154951-8/00(1)


Relator: FERNANDES FILHO
Data do acordão: 26/10/1999
Data da publicação: 19/11/1999
Ementa:
EXECUÇÃO FISCAL. OFERECIMENTO, NO CURSO DESTA, DE
""EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE"" PARA EXCLUSÃO DE
COOBRIGADO DA LIDE. ACOLHIMENTO. AGRAVO PARA
CONDENAÇÃO DA EXEQÜENTE EM HONORÁRIOS.
DESPROVIMENTO. Descabida é a condenação da parte nos ônus
sucumbenciais, não tendo sido procedida a exclusão do coobrigado
por ação própria, adequada à discussão da matéria, mas através de
mero pedido, incidental no processo executivo.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000135877-9/00(1)


Relator: GARCIA LEÃO
Data do acordão: 08/06/1999
Data da publicação: 12/06/1999
Ementa:
EXECUTIVO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
IMPOSSIBILIDADE POR AUSÊNCIA DE NULIDADE A SER
DECLARADA DE OFÍCIO - MATÉRIA DE DEFESA TÍPICA DE SER
ARGÜIDA EM EMBARGOS DO DEVEDOR - AGRAVO IMPROVIDO.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO.
Acórdão: Inteiro Teor

Número do processo: 000149867-4/01(1)


Relator: RUBENS XAVIER FERREIRA
Data do acordão: 25/05/1999
Data da publicação: 09/06/1999
Ementa:
Agravo Regimental - Manutenção do despacho agravado - Negado
seguimento.
Súmula:
NEGARAM PROVIMENTO, À UNANIMIDADE.
Acórdão: Inteiro Teor

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0294304-0 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Divinópolis
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Lauro Bracarense
Data Julg.: 11/11/1999
Dados Publ.: DJMG de 06.05.2000

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AÇÃO DE EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
MOVIDA VISANDO A EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
OCORRÊNCIA DE PENHORA E NECESSIDADE DE
INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS DO DEVEDOR - REJEIÇÃO -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECURSO NÃO PROVIDO.
- A nota promissória, mesmo ligada a contrato firmado entre aqueles
que nela se vinculam, não perde as características da literalidade, da
autonomia e da abstração, imanentes aos títulos cambiários.
- Embora admissível, entre os figurantes da cártula, a discussão
sobre a causa debendi, só mediante prova completa e inequívoca a
respeito de sua inexistência, cuidar-se-á de reconhecer a sua
inexigibilidade.
- É inábil, para dissolver discussões profundas sobre vinculações de
nota promissória com contrato de promessa de compra e venda, o
incidente de pré-executividade.
Decisão: Negar provimento

Assuntos: EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL, PROMESSA


DE COMPRA E VENDA, CONTRATO, NOTA PROMISSÓRIA,
CAUSA DEBENDI

Indexação: Ação de execução - Título cambiário - Exceção de pré-


executividade - Inexistência de "causa debendi" - Comprovação -
Inexigibilidade Observações: TARS AI 196003966, j. 05/03/96 -
TARS AI 195081708, J. 22/08/95

Referências Legislativas: CPC - Código de Processo Civil art. 304 do


CPC - art. 582 do CPC - art. 306 do CPC;

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0314022-1 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Curvelo
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Quintino do Prado
Data Julg.: 14/09/2000
Dados Publ.: MG 15/02/2001

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AÇÃO MONITÓRIA - CITAÇÃO - AUSÊNCIA DE EMBARGOS -
FORMAÇÃO RECULAR DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL -
INCIDENTE DE OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
INVIABILIDADE.
Mostra-se inviável a instauração de um incidente de objeção de pré-
executividade quanto a título executivo judicial formado por
ajuizamento de ação monitória, não resistida, pois, nenhuma dúvida
quanto a ele, que é bom e operoso, tanto mais quanto a citação
inicial haja sido pessoal, com assinatura do citado, impermitida a
discussão sobre o débito, por inoportuna e serôdia, justificada a
decisão de rejeição liminar do pedido, com a extinção do processo
sem apreciação meritória. Nega-se provimento à apelação do autor
do incidente que quer o seguimento.
Decisão: NEGAR PROVIMENTO
Assuntos: AÇÃO MONITÓRIA, TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL,
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Indexação: FORMAÇÃO REGULAR DO TÍTULO - CITAÇÃO -


AUSÊNCIA DE EMBARGOS

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0333545-1 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: São Sebastião do Paraíso
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Edgard Penna Amorim
Data Julg.: 08/05/2001
Dados Publ.: não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - APRECIAÇÃO
INDEPENDENTE DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO - CONTRATO
EXPRESSANDO OBRIGAÇÃO EM MOEDA ESTRANGEIRA -
EXIGÊNCIA DO PAGAMENTO EM MOEDA NACIONAL - NÃO
CARACTERIZADA ILIQÜIDEZ, INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE
DO TÍTULO.
- Cabível em tese a exceção de pré-executividade para discussão de
nulidade do título, independentemente de estar seguro o juízo, sem
prejuízo do exame de seus fundamentos nos embargos à execução.
- Eficaz o título executivo extrajudicial, se exigido o pagamento em
moeda nacional, malgrado esteja expressa no documento a
vinculação a moeda estrangeira.
- Preliminar rejeitada e recurso não provido.
Assuntos: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, EMBARGOS DO
DEVEDOR, CONTRATO, TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL,
PAGAMENTO

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0329759-6 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Juiz de Fora/Siscon
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Nilson Reis
Data Julg.: 07/06/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO. CONTRATO
DE CRÉDITO ROTATIVO ACOMPANHADO DE
DEMONSTRATIVOS. TÍTULO ILÍQUIDO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE.
É de se acolher a exceção de pré-executividade, quando a ação de
execução basear-se em contrato de abertura de crédito que, mesmo
acompanhado dos demonstrativos de débito e crédito, não é título
executivo extrajudicial.
Agravo parcialmente provido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0334571-5 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Frutal
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juiz Alvimar de Ávila
Data Julg.: 16/05/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - DISCUSSÃO DE MATÉRIAS DE ORDEM
PÚBLICA - INSTITUTO UTILIZADO PARA DISCUTIR
LANÇAMENTOS INDEVIDOS EM CONTA-CORRENTE - MEIO
PROCESSUAL INADEQUADO.
O instituto da exceção de pré-executividade permite ao devedor
executado, independentemente de prévia segurança do juízo
(penhora ou do depósito), a obtenção da extinção do processo
executivo, mediante discussão de matérias de ordem pública, em
que o juiz conhecerá, de ofício, a qualquer tempo, nos termos do
artigo 267, incisos, IV, V, VI, e § 3.º, do Código de Processo Civil.
Verifica-se inaceitável a substituição dos embargos do devedor não
aviados no momento oportuno, pelo instituto da exceção de pré-
executividade, por estarem preclusas as matérias, além do que,
estas não constam entre aquelas que podem ser conhecidas ex
officio pelo juiz.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0334001-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Batista Franco
Data Julg.: 08/05/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime
EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO OUTORGADA
AOS PROCURADORES DO AGRAVADO - AUSÊNCIA DA
CERTIDÃO DA RESPECTIVA INTIMAÇÃO - INTELIGÊNCIA DO
ARTIGO 525, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - RECURSO
NÃO CONHECIDO.
1 - À inteligência do artigo 525, do Código de Processo Civil, a
petição de agravo de instrumento será instruída, obrigatoriamente,
com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva
intimação e das procurações outorgadas aos advogados do
agravante e do agravado.
2 - É dever do agravante trazer ao instrumento todos os elementos
que permitam à turma julgadora o perfeito conhecimento da questão
discutida, a fim de possibilitar a correta decisão.
3 - Caso haja deficiência na instrução, que não permita exame
acurado das razões do recurso, não se conhece do agravo.
4 - Recurso não conhecido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0333544-4 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juíza Jurema Brasil Marins
Data Julg.: 25/04/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - INCIDENTE PROCESSUAL -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - NULIDADE DA AÇÃO DE
COBRANÇA FORÇADA - INOCORRÊNCIA.
A exceção de pré-executividade, admitida, excepcionalmente, em
nosso direito por construção jurisprudencial, somente poderá ser
utilizada, nos casos em que o juízo pode de plano conhecer da
matéria, e, inexistindo comprovante quanto à ocorrência de iliquidez
e inexigibilidade do título excutido, não há que se falar em nulidade
da execução.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0327686-0 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Ubá
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juiz Jarbas Ladeira
Data Julg.: 14/03/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO QUE JULGOU
IMPROCEDENTE A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
MANEJADA PELAS AGRAVANTES. CABIMENTO DO AGRAVO,
POR TER SIDO A EXCEÇÃO APRESENTADA NOS AUTOS DE
EXECUÇÃO.
Alegação de falta dos pressupostos necessários à caracterização do
contrato de abertura de crédito fixo em questão como título executivo
extrajudicial. Improcedência. O contrato de abertura de crédito fixo
assemelha-se ao mútuo de quantia fixa e determinada e, preenchido
corretamente, com testemunhas, tem força de título executivo.
Sentença mantida.
Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0324473-1 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Gouvêa Rios
Data Julg.: 06/03/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Por maioria

EMENTA
V. V. EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - INOCORRÊNCIA DE NULIDADE DOS TÍTULOS
- QUESTIONAMENTO DE CLÁUSULA CONTRATUAL - VIA
PROPÍCIA - EMBARGOS - INACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO -
DECISÃO MANTIDA - A exceção de pré-executividade é de se ver
limitada a questões formais de preenchimento de pressupostos
processuais, sob pena de se violentar o sistema processual em vigor,
pelo qual a defesa do executado se dá via embargos à execução.
Cláusulas contratuais consideradas potestativas, por exemplo, não
podem ser analisadas na estreita via da exceção.
v. v. EMENTA: SÚMULA 233 DO STJ Tratando-se de abertura de
crédito rotativo ou de "giro" em conta corrente, com lançamento de
encargos diários sobre o saldo devedor, mediante operações de
crédito e débito na respectiva conta, aplica-se a Súmula 233 do STJ,
não se configurando o título como executivo, devendo ser anulada a
execução, nos termos do art. 618, I, do CPC, o que pode ser feito em
exceção de pré-executividade, por tratar-se de matéria que pode ser
argüida até de ofício.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais


Acórdão : 0328315-0 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000
Proc. Princ.: 99.075855-9
Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Edilson Fernandes
Data Julg.: 21/02/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO -EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - DISCUSSÃO DE MATÉRIAS DE ORDEM
PÚBLICA.
A denominada "exceção ou objeção de pré-executividade" permite
ao executado obter a extinção da execução, através da discussão de
matérias de ordem pública, tais como a ausência das condições da
ação e dos pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e
regular do processo executivo, questões estas que não estão
adstritas aos embargos do devedor e podem ser analisadas nos
autos da própria execução, independentemente de prévia segurança
do juízo, não devendo o incidente ser acolhido quando não se
vislumbrar a existência de interesse público ou de questões que o
juiz deva apreciar de ofício.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0308253-9 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Proc. Princ.: 99.004443-9
Comarca: São Lourenço
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Batista Franco
Data Julg.: 28/11/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO- EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM -
SUCESSÃO DE EMPRESAS - INCORPORAÇÃO - REJEIÇÃO DA
EXCEÇÃO - CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE CUSTAS -
CABIMENTO - CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - NÃO CABIMENTO - RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO.
1 - A exceção de pré-executividade tem lugar sempre que não se
configurarem as condições da ação executiva, matérias que podem
ser conhecidas pelo juiz até mesmo de ofício, e, assim sendo,
cabível é quando verificada ilegitimidade da parte. Entretanto,
havendo sucessão de empresas, mais especificadamente,
incorporação, inadmissível a alegação de ilegitimidade passiva da
empresa incorporadora para suportar uma execução. Isto porque,
com a incorporação, conseqüentemente, há a transferência de ativos
e passivos, e, com isso, além de adquirir os direitos, a empresa
incorporadora passa a assumir todas as obrigações da incorporada.
2 - À inteligência do artigo 20, § 1º, do CPC, o Juiz, ao decidir
qualquer incidente ou recurso, condenará nas despesas o vencido.
3 - Tratando-se a exceção de pré-executividade de mero incidente
processual, que não põe termo a lide, não cabe a condenação em
honorários advocatícios decorrentes da sucumbência.
4 - Recurso parcialmente provido.
Decisão: DAR PARCIAL PROVIMENTO AO AGRAVO

Assuntos: EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL,


ESTABELECIMENTO BANCÁRIO, SUCESSÃO, INCORPORAÇÃO,
LEGITIMIDADE PASSIVA, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
CUSTAS, HONORÁRIOS DE ADVOGADO

Indexação: SUCESSÃO DE EMPRESAS - INCIDENTE


PROCESSUAL - SUCUMBÊNCIA - NÃO CABIMENTO Observações:
Conclusão n. 24 do VI ENTA

Referências Legislativas: CC - Código Civil CPC - Código de


Processo Civil art. 18 do CC; art. 20, § 1º, do CPC; art. 4º da Lei
6024/74; art. 227 da Lei 6404/76; art. 6º da Lei 9447/97

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0320173-0 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Perdizes
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Nilson Reis
Data Julg.: 07/11/2000
Dados Publ.: MG 19/05/2001

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA

EMENTA
Agravo de instrumento. Ação de execução. Exceção de pré-
executividade.
Para prosperar, a exceção de pré-executividade exige que o
excipiente demonstre, de plano, a existência de nulidade a impedir a
execução, sem que tal demonstração dependa de dilação probatória.
Agravo improvido.
Decisão: NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO
Assuntos: EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL, CÉDULA
DE CRÉDITO RURAL, NULIDADE, PROVA, EMBARGOS DO
DEVEDOR, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Indexação: ESTABELECIMENTO BANCÁRIO - VÍCIO


PROCESSUAL - COMPROVAÇÃO - NECESSIDADE

Doutrinas Associadas: Autor: Humberto Theodoro Júnior Obra: Curso


de Direito Processual Civil, Forense, 2000, vol. 2, p. 134 Autor:
Araken de Assis Obra: Manual do Processo de Execução, Revista
dos Tribunais, 1993, p. 425/426.
Autor: Araken de Assis Obra: Palestra: Exceção de Pré-
executividade (Proferida no Congresso de Direito Bancário, no
TAMG, em 27/10/2000.)

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0318920-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Juiz de Fora/Siscon
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juíza Maria Elza
Data Julg.: 25/10/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - CITAÇÃO PELO CORREIO -
PESSOA JURÍDICA - INOBSERVÂNCIA DA FORMA LEGAL -
CARTA REGISTRADA RECEBIDA POR PESSOA SEM PODERES
DE REPRESENTAÇÃO - NULIDADE DE CITAÇÃO -
POSSIBILIDADE DE DEDUÇÃO EM QUALQUER FASE DO
PROCESSO - RECONHECIMENTO EM SEDE DE EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE A citação constitui ato formal e fundamental
para a regular formação da relação processual, onde eventual
inobservância acarreta sua inexistência.
A citação de pessoa jurídica deverá ser efetivada na pessoa com
poderes de representação legal, verificando-se inválida aquela feita a
funcionário que não os possui.
A nulidade da citação para a fase de conhecimento poderá ser
deduzida em qualquer fase, inclusive em sede de exceção de pré-
executividade.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0297140-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Espera Feliz
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Edilson Fernandes
Data Julg.: 22/12/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - DISCUSSÃO DE MATÉRIAS DE ORDEM
PÚBLICA - UTILIZAÇÃO DO INCIDENTE PARA SUBSTITUIR
EMBARGOS DO DEVEDOR E DISCUTIR A ORIGEM DA DÍVIDA -
IMPOSSIBILIDADE.
A denominada "exceção ou objeção de pré-executividade" permite
ao executado obter a extinção da execução, através da discussão de
matérias de ordem pública, tais como a ausência das condições da
ação e dos pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e
regular do processo executivo, questões estas que não estão
adstritas aos embargos do devedor e podem ser analisadas nos
autos da própria execução, independentemente de prévia segurança
do juízo.
Tal incidente não pode ser utilizado para substituir os embargos à
execução não aviados a tempo e modo, porque apenas estes
constituem o meio adequado para o devedor pretender a
desconstituição do título executivo, com discussão acerca da origem
da dívida e ampla dilação probatória.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0296108-6 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Manuel Saramago
Data Julg.: 14/12/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
Processual Civil. Exceção. Pré-executividade. Matéria.
A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
As matérias típicas de defesa, que não deduzíveis de plano,
porquanto demandam a produção de provas e a apuração de fatos
relevantes para o processo, devem ser aduzidas em sede de
embargos à execução e não estão compreendidas no objeto da
referida exceção.
Recurso improvido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais


Acórdão : 0291930-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999
Proc. Princ.: 98.00011201
Comarca: Patrocínio
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Caetano Levi Lopes
Data Julg.: 30/11/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA

EMENTA
Agravo de instrumento. Incidente processual. Objeção de pré-
executividade. Admissibilidade excepcional. Recurso não provido.
1. A objeção de pré-executividade somente é admitida nos casos em
que, por ferir o interesse público, o juiz deve apreciar de ofício.
2. A discussão acerca da eventual prática de usura, além de desafiar
provas, não se insere no rol das matérias que atingem o interesse
público.
3. Agravo de instrumento conhecido e não provido.
Decisão: NEGAR PROVIMENTO

Indexação: EXCEÇÃO

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0289889-5 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Manuel Saramago
Data Julg.: 19/10/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
Agravo de Instrumento. Processual Civil. Exceção de pré-
executividade. Rejeição.
Mantém-se a decisão que rejeita a exceção de pré-executividade
oposta contra nota promissória, quando o devedor suscitar que o
título de crédito foi preenchido de maneira abusiva, matéria típica de
ser deduzida nos embargos do devedor, após seguro o juízo pela
penhora.
Recurso improvido
Decisão: NEGAR PROVIMENTO

Assuntos: AGRAVO DE INSTRUMENTO, TÍTULO EXECUTIVO


EXTRAJUDICIAL, NOTA PROMISSÓRIA, EMBARGOS DO
DEVEDOR

Indexação: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


PREENCHIMENTO ABUSIVO - TÍTULO CAMBIAL - MATÉRIA DE
ENCARGOS DO DEVEDOR - SEGURA A EXECUÇÃO - RECURSO
REJEITADO

Referências Legislativas: CPC - Código de Processo Civil art. 745, V


do CPC

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0259797-3 Apelação (Cv) Ano: 1999


Comarca: Varginha
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Nilson Reis
Data Julg.: 06/10/1999
Dados Publ.: NAO PUBLICADO
Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - PENHORA - RENDA - EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE - APRESENTADA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, NAO FICA O EXECUTADO OBRIGADO A
OFERECER BEM A PENHORA, ANTES DA APRECIACAO DO SEU
PEDIDO.
- A PENHORA DA RENDA DEVE SER ANALISADA COM CAUTELA
PARA EVITAR MAIORES DANOS AO EXECUTADO, CASO EM
QUE O OFERECIMENTO ESPONTANEO DE IMOVEL DEVE SER
ACATADO.

Assuntos: PENHORA, EXECUÇÃO, AGRAVO DE INSTRUMENTO

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0309071-1 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Manuel Saramago
Data Julg.: 22/08/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
Processual Civil. Exceção. Pré-executividade. Matéria.
A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
As matérias referentes ao valor da dívida e aos encargos contratuais,
típicas de defesa, que não são deduzíveis de plano, porquanto
demandam a produção de provas e a apuração de fatos relevantes
para o processo, devem ser aduzidas em sede de embargos à
execução e não estão compreendidas no objeto da referida exceção.
Recurso improvido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0309075-9 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Manuel Saramago
Data Julg.: 08/08/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
Processual Civil. Exceção. Pré-executividade. Matéria.
- A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz, de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
- As matérias referentes ao valor da dívida e aos encargos
contratuais, típicas de defesa, que não são dedutíveis de plano,
porquanto demandam a produção de provas e a apuração de fatos
relevantes para o processo, devem ser aduzidas em sede de
embargos à execução e não estão compreendidas no objeto da
referida exceção.
- Recurso improvido.
Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0309073-5 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Manuel Saramago
Data Julg.: 08/08/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
Processual Civil. Exceção. Pré-executividade. Matéria.
A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
As matérias referentes ao valor da dívida e aos encargos contratuais,
típicas de defesa, que não são deduzíveis de plano, porquanto
demandam a produção de provas e a apuração de fatos relevantes
para o processo, devem ser aduzidas em sede de embargos à
execução e não estão compreendidas no objeto da referida exceção.
Recurso improvido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0309507-6 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juíza Maria Elza
Data Julg.: 28/06/2000
Dados Publ.: Não publicado
Ramo de Dir.: Cível
Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - PRELIMINAR - CÓPIAS -
AUSÊNCIA DE AUTENTICAÇÃO - MERA IRREGULARIDADE -
DECISÃO DE PENHORA - INTERLOCUTÓRIA - GRAVAME -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXAME - OMISSÃO DO
JUÍZO A falta de autenticação das peças que obrigatoriamente
compõem o agravo de instrumento não tem o condão de resultar na
sua inadmissibilidade, tratando-se de mera irregularidade formal,
fazendo-se relevante quando a parte impugnar o conteúdo do
documento juntado aos autos.
O pronunciamento judicial que, não pondo fim ao processo, tem
conteúdo decisório e provoca gravame à parte é impugnável por
meio de agravo de instrumento.
A exceção de pré-executividade tem lugar quando não se configuram
as condições da ação executiva. Em face de omissão do magistrado
a quo em examinar o cabimento da exceção de pré-executividade
oposta, não pode o tribunal ad quem realizar juízo de cognição da
matéria sob pena de supressão do grau de jurisdição.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0295849-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Nepomuceno Silva
Data Julg.: 20/06/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime
EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO -
ACOLHIMENTO MANTIDO.
"Contrato-Mútuo-Execução: Possível que terceiro assuma,
contratualmente, a posição de devedor solidário. Necessário,
entretanto, que isto se explicite. Não se justifica a execução, fundada
em contrato, em que se menciona avalista sem, entretanto,
consignar a natureza da obrigação que assumiria, inexistência, por
outro lado, de título avalizado" (STJ, 3ª T., REsp 4504-MG, relator o
Min. Eduardo Ribeiro, j. em 16.10.90, DJU de 19.11.90, pg. 13.260).

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0304176-1 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Gouvêa Rios
Data Julg.: 16/05/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - INOCORRÊNCIA DE NULIDADE DOS TÍTULOS
- QUESTIONAMENTO DE CLÁUSULA CONTRATUAL - VIA
PROPÍCIA - EMBARGOS - INACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO -
DECISÃO MANTIDA - A exceção de pré-executividade é de se ver,
limitada a questões formais de preenchimento de pressupostos
processuais, sob pena de se violentar o sistema processual em vigor,
pelo qual a defesa do executado se dá via de embargos à execução.
Cláusulas contratuais, consideradas potestativas, por exemplo, não
podem ser analisadas na estreita via da exceção.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0300035-9 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Itabira
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juíza Jurema Brasil Marins
Data Julg.: 03/05/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - INCIDENTE
PROCESSUAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - INSS -
AUTARQUIA FEDERAL - COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DA
JUSTIÇA FEDERAL - COMARCA EM QUE INEXISTE VARA DO
JUÍZO FEDERAL - JUSTIÇA ESTADUAL COMPETENTE PARA
DIRIMIR O FEITO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA - RECURSO -
COMPETÊNCIA DO TRF.
Deflui do artigo 109, I e § 3º e 4º c/c art. 108, II da Carta Magna a
competência do TRF para julgar agravo de instrumento interposto
contra o INSS, uma vez que, embora seja a Justiça Estadual
competente para dirimir o feito em primeira instância, já que inexiste
Vara do Juízo Federal na Comarca em que foram ajuizados a
execução fiscal e o incidente processual, sendo o agravado
autarquia federal, a competência do Juiz local, em primeiro grau, não
exclui a competência do Tribunal Federal de Recursos em sede de
recurso, tendo em vista a incidência obrigatória do foro privilegiado
prescrito no texto da Constituição.
Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0298881-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Proc. Princ.: 98.002738-0
Comarca: Uberaba/Siscon
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Batista Franco
Data Julg.: 18/04/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA
DE PAGAMENTO C/C COBRANÇA DE ALUGUÉIS E ACESSÓRIOS
DE LOCAÇÃO EM FASE DE EXECUÇÃO DE SENTENÇA -
EXCEÇÃO PRÉ-EXECUTIVIDADE - IMÓVEL RESIDENCIAL - BEM
DE FAMÍLIA - PENHORABILIDADE - FIANÇA.
1 - O bem de família oferecido em decorrência de fiança não se
encontra protegido pela Lei nº 8.009/90, conforme disposto em seu
art. 3º, inciso VII, acrescido pelo art. 82, da Lei nº 8.245/91.
2 - Recurso provido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0299149-9 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Proc. Princ.: 98.004613-3
Comarca: Uberaba/Siscon
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juíza Jurema Brasil Marins
Data Julg.: 16/02/2000
Dados Publ.: Não publicado
Ramo de Dir.: Cível
Decisão: Unânime

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE EXTINTA - DECISÃO TERMINATIVA - RECURSO
ADEQUADO - APELAÇÃO - ERRO GROSSEIRO - FUNGIBILIDADE
RECURSAL - IMPOSSIBILIDADE.
A característica da decisão interlocutória é a resolução de questão
incidente, no curso da causa, sem pôr fim ao processo, tendo a parte
que se considera prejudicada, à sua disposição, o agravo (art. 522),
já que contra sentença definitiva cabe apelação (art. 513), sendo,
assim, certo que a decisão monocrática que decidiu sobre extinção
da fiança e anulou a penhora efetivada em cobrança forçada,
encerrando o processo, é passível de apelo e não de agravo de
instrumento.
Inadmissível se torna o processamento do recurso de agravo com
base na teoria da fungibilidade, se grosseiro foi o erro da recorrente
em buscar a reforma de decisão manifestamente terminativa por
meio daquela via.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0295156-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Proc. Princ.: 98.011835-1
Comarca: Uberlândia/Siscon
Órgão Julg.: Sexta Câmara Cível
Relator: Juiz Dárcio Lopardi Mendes
Data Julg.: 03/02/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime
EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - TRIPLICATAS.
Revestindo-se os títulos de regularidade formal, apto está para
embasar a ação de execução.
A exceção de pré-executividade é um meio de defesa que só pode
ser admitida quando sua matéria for de ordem pública, sobre a qual
o Juiz tem o dever de examinar de ofício.
Recurso a que se nega provimento.
Decisão: NEGAR PROVIMENTO

Assuntos: EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL,


DUPLICATA, PROTESTO DE TÍTULOS

Indexação: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - REQUISITOS -


PROCESSUAL CIVIL - LIQÜIDEZ E CERTEZA - NULIDADE -
EMBARGOS DO DEVEDOR - MATÉRIA DE DIREITO - PROTESTO
DE TÍTULOS - FALTA DE ACEITE - EXAME EX OFFICIO
Observações: 1º TACivSP - AI 0682159-2 - Rel. Juiz Kioitsi Chicuta;
RSJT 85/256

Referências Legislativas: CPC - Código de Processo Civil art. 586 do


CPC; art. 7º, 8º, 13, §1º e 15 da Lei 5474/68

Doutrinas Associadas: Autor: Sérgio Shimura Obra: Título Executivo,


p. 72 Autor: Humberto Theodoro Júnior Obra: Processo de
Execução, LEUD, 1975, p. 102

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0296524-0 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Manuel Saramago
Data Julg.: 16/05/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
Processual Civil. Exceção. Pré-executividade. Matéria.
- A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
- As matérias referentes ao valor da dívida e aos encargos
contratuais, típicas de defesa, que não são deduzíveis de plano,
porquanto demandam a produção de provas e a apuração de fatos
relevantes para o processo, devendo ser aduzidas em sede de
embargos à execução não estando, pois, compreendidas no objeto
da referida exceção.
- Recurso improvido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0296525-7 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Manuel Saramago
Data Julg.: 16/05/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
Processual Civil. Exceção. Pré-executividade. Matéria.
- A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
- As matérias referentes ao valor da dívida e aos encargos
contratuais, típicas de defesa, que não são deduzíveis de plano,
porquanto demandam a produção de provas e a apuração de fatos
relevantes para o processo, devendo ser aduzidas em sede de
embargos à execução não estando, pois, compreendidas no objeto
da referida exceção.
- Recurso improvido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0297368-6 Apelação (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Poços de Caldas
Órgão Julg.: Quinta Câmara Cível
Relator: Juiz Armando Freire
Data Julg.: 02/03/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime
Decisão: ANULAR A EXECUÇÃO E EXTINGUIR O PROCESSO.

Indexação: EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE - INEXISTÊNCIA


DE TÍTULO EXECUTIVO - NULIDADE DA EXECUÇÃO - EXTINÇÃO
DO PROCESSO

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0319117-5 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Batista Franco
Data Julg.: 24/10/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE EXECUÇÃO - ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA - DECLARAÇÃO DE MISERABILIDADE -
ADMISSIBILIDADE - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
PROCESSO EXTINTO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO -
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 267, INCISOS IV, V, VI E § 3º, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - CONDENAÇÃO EM
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS - POSSIBILIDADE.
1. É entendimento doutrinário e jurisprudencial que, para a
concessão da justiça gratuita, basta a declaração da pessoa de que
não possui recursos capazes de propiciarem o acesso à justiça com
o recolhimento das verbas públicas e dos ônus do processo,
independentemente da apresentação de outras provas.
2. A Lei n.º 1.060, em seu art. 4º, § 1º, estabelece a presunção iuris
tantum em torno da declaração feita pela parte, pelo que vale e
produz efeitos até prova em contrário.
3. Mesmo em sede de exceção de pré-executividade, devida é a
verba honorária, a qual deve ser fixada nos termos do § 4º do artigo
20 do Código de Processo Civil, sopesadas as alíneas do parágrafo
anterior.
4. Preliminar rejeitada e recurso provido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0334170-8 Apelação (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Vazante
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Antônio Carlos Cruvinel
Data Julg.: 24/05/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
ARRESTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXAME NÃO
OBRIGATÓRIO - CONCESSÃO DA MEDIDA - EXISTÊNCIA DE
DÍVIDA - AUSÊNCIA DE PROVAS DE QUE O EXECUTADO
POSSUI BENS PARA GARANTIR O SEU PAGAMENTO.
Trata-se de processo principal a Execução ajuizada após a
concessão da medida cautelar de arresto, cujo objetivo é apreender
bens do devedor para assegurar ao credor a cobrança do seu
crédito.
A exceção de pré-executividade é, na realidade, uma criação
pretoriana que constitui um meio de defesa do devedor, visando a
que não se dê prosseguimento à execução, em razão de inexistência
ou flagrante nulidade do título ou ilegitimidade do exeqüente.
Portanto, não há necessidade de que seja examinada em primeiro
lugar a exceção, para decidir sobre o arresto. A medida cautelar,
dada a sua característica de provisoriedade, perde a sua eficácia
caso o autor não obtenha êxito no processo principal.
O pedido de arresto foi formulado com base na insolvência dos
apelantes, diante da ausência de bens para garantir o pagamento da
dívida. Deveriam eles, portanto, comprovar que possuíam patrimônio
suficiente para suportar a obrigação. Não o fizeram. Portanto, deve
prevalecer a sentença que julgou procedente o pedido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0321280-4 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Alvim Soares
Data Julg.: 10/10/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Por maioria
Decisão: NEGAR PROVIMENTO, VENCIDO O JUIZ RELATOR

Assuntos: CONTRATO, EXECUÇÃO, NOTA PROMISSÓRIA,


TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE

Indexação: SUSTENTAÇÃO - VINCULAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0294517-7 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juíza Vanessa Verdolim Andrade
Data Julg.: 21/12/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA

EMENTA
Exceção - Pré-executividade - Execução - Pressuposto - Matéria
argüível de ofício.
A exceção de pré-executividade só é admissível quando versar
sobre matéria que deva ser conhecida pelo juiz ex officio.
É cabível a exceção de pré-executividade se a parte desobedece ao
comando da sentença que determinou que seja feita a liqüidação por
arbitramento, procedendo à execução mediante mero demonstrativo
com o cálculo unilateral extrajudicial, se o mesmo é aceito pelo juiz
do feito, que determina de plano a efetivação da citação e penhora,
deixando de observar o devido processo legal.
Decisão: DAR PROVIMENTO

Assuntos: REPARAÇÃO DO DANO, ACIDENTE DO TRABALHO,


DANO MORAL, EXECUÇÃO, LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA,
ARBITRAMENTO, DEMONSTRATIVO DO DÉBITO, PRINCÍPIO DO
DEVIDO PROCESSO LEGAL

Indexação: AGRAVO DE INSTRUMENTO

Referências Legislativas: CPC - Código de Processo Civil Arts. 526,


585 e 603, parágrafo único, do CPC; arts. 606, I, 607 e 611, do CPC.

Doutrinas Associadas: Autor: Pontes de Miranda Obra: Comentários


ao Código de Processo Civil, 1ª ed., Forense, 1976, t. IX, p. 219/220
Autor: Humberto Theodoro Júnior Obra: Processo de Execução, p.
157.
Autor: Vicente Greco Filho Obra: Trancamento de Ação Civil, O
Estado de São Paulo, ed. 30/01/88, p. 31.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0336368-6 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Proc. Princ.: 99.015656-8
Comarca: Ituiutaba
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juíza Jurema Brasil Marins
Data Julg.: 13/06/2001
Dados Publ.: Não publicado
Ramo de Dir.: Cível
Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - POSSIBILIDADE DE A
FORMALIZAR ATRAVÉS DE SIMPLES PETIÇÃO NOS AUTOS DA
AÇÃO DE COBRANÇA FORÇADA.
A exceção de pré-executividade, admitida, excepcionalmente, no
direito nacional, por construção pretoriana, aperfeiçoa-se, mediante
simples petição nos próprios autos da demanda executiva, sem ser
necessário proceder preparo ou dar valor à causa.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0334021-0 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Fernando Bráulio
Data Julg.: 07/06/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CAMBIAL - TÍTULO TIDO
COMO FIRMADO PELO AVALISTA NA QUALIDADE DE
MANDATÁRIO DA EMPRESA EMITENTE - AUSÊNCIA DE
PODERES ESPECIAIS EM INSTRUMENTO DE PROCURAÇÃO -
ALEGAÇÃO NÃO PROVADA - INDEFERIMENTO - LITIGÂNCIA DE
MÁ-FÉ - AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO.
A alegação não suficientemente provada feita do agravante, na
qualidade de executado, de que o aval de cambial por ele prestado
não pode subsistir por tê-lo feito na qualidade de mandatário da
empresa emitente do título, não pode constituir objeto de exceção de
pré-executividade, figura não contemplada pelo Código de Processo
Civil e só admitida por construção jurisprudencial, em situações
excepcionalíssimas, como na hipótese de nulidade absoluta do título
executivo, comprovada desde logo, só podendo ser admitida, através
dos embargos de devedor, depois de seguro o juízo pela penhora,
pelo que se impõe a confirmação da decisão pela qual ela foi
indeferida.
A inoportuna e descabida exceção de pré-executividade intentada
pelo agravante, em vez da oposição de embargos de devedor após
seguro o juízo pela penhora, por seu indisfarçável vezo
procrastinatório, uma vez comprovada sua condição de avalista dos
títulos objeto da execução, enseja a sua condenação à multa de 20%
sobre o valor da causa, por litigância de má-fé, nos termos do art. 17
e seus incisos do CPC, por ser manifestamente infundado o
incidente por ele provocado.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0337350-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juíza Vanessa Verdolim Andrade
Data Julg.: 29/05/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - MATÉRIA ARGÜÍVEL -
POSSIBILIDADE JURÍDICA - LIMITES - EXCLUSÃO DE MATÉRIAS
QUE DEPENDEM DE PROVA OU DE MANIFESTAÇÃO DA PARTE.
A objeção ou exceção de pré-executividade leva apenas ao Juiz a
notícia da existência de uma nulidade existente no título executivo,
provoca-o a se manifestar em caso que deveria agir até de ofício,
como no reconhecimento de nulidade manifesta ou no caso de
ausência de pressupostos formais à constituição válida ou
prosseguimento regular do processo. Nela não se permite a dedução
de defesa que depende de manifestação da parte nem daquelas que
necessitam de produção de provas, como no caso de alegação de
fraude na constituição do título.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0337017-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Sexta Câmara Cível
Relator: Juiz Valdez Leite Machado
Data Julg.: 24/05/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - MATÉRIA CONTROVERSA
- IMPOSSIBILIDADE.
- Sendo controversa a questão alegada, não pode ela ser veiculada
através de mera exceção, demandando para sua análise o
ajuizamento da ação de embargos do devedor, após devidamente
seguro o Juízo.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0335032-7 Apelação (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Wander Marotta
Data Julg.: 16/05/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - OPOSIÇÃO ANTERIOR À
PENHORA - ADMISSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE EXIGIBILIDADE,
LIQUIDEZ E CERTEZA DO TÍTULO.
O executado, ao ser citado, pode requerer, na via da exceção de
pré-executividade, o exame judicial acerca dos pressupostos da
execução, visando a extinção da demanda. A provocação de matéria
passível de conhecimento de ofício pelo juiz independe de penhora e
do oferecimento de embargos.
A conexão ou a continência somente ocorrem quando as ações em
trâmite ainda não foram julgadas. Proferida a sentença em uma
delas, não há mais razão para a reunião de processos. Se ocorre e a
parte deixa transcorrer "in albis" o prazo para recorrer da decisão
que a determinou, não mais poderá fazê-lo face à preclusão.
Estabelece a lei processual civil, como condições da ação, a
legitimidade de parte, o interesse e a possibilidade jurídica do
pedido, prevalecendo tais condições também para a execução, em
que essa aferição é facilitada, já que somente é admissível quando o
credor possua título executivo líquido, certo e exigível. Anulado um
dos títulos que suportam a execução é ela própria nula pela ausência
dos pressupostos necessários ao seu manejo.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0324923-6 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Batista Franco
Data Julg.: 19/12/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - LITISPENDÊNCIA -
OCORRÊNCIA - PROCESSO EXECUTIVO EXTINTO.
1 - Verificada a ocorrência da litispendência, ou seja, a repetição de
ação que já estava em curso, que também tem como objeto a
cobrança de valores devidos em decorrência de contrato de locação
firmado entre as partes, deve o juiz acolher a exceção de pré-
executividade e proferir um julgamento de extinção do processo
executivo, sem julgamento de mérito.
2 - Recurso provido para decretar a extinção da ação de execução,
sem julgamento de mérito.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0324275-5 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Bocaiúva
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juíza Vanessa Verdolim Andrade
Data Julg.: 19/12/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - MATÉRIA QUE NÃO PODE
SER CONHECIDA DE OFÍCIO PELO JUIZ - DESCABIMENTO.
Não se permite a objeção de pré-executividade em matéria que não
possa ser analisada de ofício pelo Juiz e que, pela natureza ou
circunstâncias, exija maior contexto probatório, só possível em via
cognitiva de embargos.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0318876-5 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Proc. Princ.: 99.017344-8
Comarca: Uberaba/Siscon
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juiz Jarbas Ladeira
Data Julg.: 13/12/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE NULIDADE
DO TÍTULO POR JÁ TER OCORRIDO PAGAMENTO.
NECESSIDADE DE INSTRUÇÃO PROBATÓRIA PARA
COMPROVAÇÃO. REJEIÇÃO DA EXCEÇÃO IMPERATIVA.
Interposta a exceção de pré-executividade sob alegação de nulidade
do título por já ter o mesmo sido pago, sem comprovação, impõe-se
a rejeição da exceção, sendo necessária a dilação probatória em
sede de embargos do devedor.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0320334-3 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Uberlândia/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Nepomuceno Silva
Data Julg.: 21/11/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - DECISÃO - RECURSO
CABÍVEL - ANOMALIA PROCEDIMENTAL - NULIDADE DA
EXECUÇÃO - NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA -
CARÊNCIA DE AÇÃO 1. As matérias consideradas de ordem
pública, cognoscíveis de ofício pelo juiz, podem ser argüidas nos
próprios autos da execução, através de simples petição, em palco de
exceção (ou objeção) de pré-executividade, sendo que a decisão
que julga tal incidente desafia o recurso de agravo de instrumento.
Entretanto, a questão sob comento eiva-se de certa atecnia, pois a
petição foi formalizada, recebida, processada e julgada como ação
autônoma, recebendo numeração em autos próprios, tanto que o
Julgador monocrático a extinguiu por sentença. Por isso, com fulcro
na adstrição a principiologia processual (instrumentalidade das
formas e economia processual) impõe-se o conhecimento da
apelação, dada a peculiaridade do feito.
2. Não basta ao acolhimento da exceção de pré-executividade a
alegação de nulidade da execução, exigindo-se que essa nódoa seja
visível, manifesta, notória e absoluta.
Decisão: REJEITAR A PRELIMINAR E NEGAR PROVIMENTO,
ALTERANDO DISPOSITIVO DA SENTENÇA

Assuntos: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, SENTENÇA,


PETIÇÃO INICIAL, EXTINÇÃO DO PROCESSO, APELAÇÃO
CÍVEL, EXECUÇÃO, NULIDADE, PROVA, CARÊNCIA DA AÇÃO
Indexação: CONHECIMENTO DO PERCURSO Observações: TARS
- AGI 196265532 - 9ª Câm. Civ. j. 13/05/97; TARS, AGI 197087786 -
2ª Câm. Civ. j. 26/06/97

Referências Legislativas: CPC - Código de Processo Civil art. 20, §


4º, e 267, I e VI, do CPC

Doutrinas Associadas: Autor: Nelson Nery Júnior e Rosa maria A.


Nery Obra: Código de Processo Civil Comentado, 4ª ed., RT, 1999,
p. 783 Autor: Marcus Vinicius Rios Gonçalves Obra: Processo de
Execução Cautelar, Saraiva, 2ª ed., 1999, p. 65-66 Autor: Paulo
Henrique dos Santos Lucon Obra: O Controle dos Atos Executivos e
Efetividade da Execução, RJ, nov./98, v. 253, p. 5

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0318174-6 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Uberlândia/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Gouvêa Rios
Data Julg.: 24/10/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO DE UM
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE - INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO -
NULIDADE - EXTINÇÃO DECRETADA - SÚMULA 233, DO STJ -
DECISÃO MANTIDA - Com a edição da súmula 233, do STJ, resta
inequívoca a impossibilidade de se aforar ação de execução, quando
se pretende, como título executivo, um contrato bancário de abertura
de crédito.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0313770-8 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Ouro Preto/Siscon
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Antônio Carlos Cruvinel
Data Julg.: 24/08/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE - FALTA DE CITAÇÃO DO EXCEPTO -
INOCORRÊNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA.
Ocorrendo a prescrição intercorrente alegada em exceção de pré-
executividade, desnecessária é a citação do excepto, uma vez que a
ação de execução não pode prosperar, em razão de lhe faltar
requisito essencial que é o título executivo.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0294121-1 Apelação (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Juiz de Fora/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juíza Vanessa Verdolim Andrade
Data Julg.: 23/11/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA

EMENTA
Exceção de pré-executividade - Provimento parcial - Decote de
parcelas - Prosseguimento da execução - Recurso cabível - Agravo
de Instrumento.
A decisão que resolve a exceção de pré-executividade somente se
submeterá ao recurso de apelação se julgar extinta a execução. Nos
demais casos, seja julgando procedente ou não a exceção, mas
determinando o prosseguimento do feito, impondo-lhe apenas um
decote, a decisão se submete ao recurso de agravo de instrumento.
Constitui erro grosseiro a interposição de apelação contra decisão
que determina o decote de parcelas da execução, que, portanto,
prossegue, o que impede a aplicação do princípio da fungibilidade,
que também não se aplica se proposto o recurso após o prazo
estabelecido para o recurso de apelação.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0281859-5 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Duarte de Paula
Data Julg.: 29/09/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E
INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA ÀOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o Direito invocado do
caráter a ensejar a medida liminar, deve ser objeto de embargos do
devedor a serem interpostos pelo executado.
Decisão: REJEITAR A PRELIMINAR LEVANTADA EM
CONTRAMINUTA E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.

Referências Legislativas: CPC - Código de Processo Civil arts. 6º,


582, 586, 618, 652, 736, 737, 739, II e 741

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0281860-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Duarte de Paula
Data Julg.: 18/08/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E
INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA ÀOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o Direito invocado do
caráter a ensejar a medida liminar, deve ser objeto de embargos do
devedor a serem interpostos pelo executado.
Decisão: REJEITAR PRELIMINAR E NEGAR PROVIMENTO

Assuntos: EXECUÇÃO, TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL,


POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO, CONDIÇÃO DA AÇÃO,
EMBARGOS DO DEVEDOR

Indexação: EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE - REQUISITOS -


CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA E HIPOTECÁRIA - LIQUIDEZ E
EXIBILIDADE - PROVA - MATÉRIA DE MÉRITO - ILEGITIMIDADE
PASSIVA

Referências Legislativas: CPC - Código de Processo Civil arts. 526,


582, 586 e 618, I, do CPC; arts. 652, 736, 737, 739, II, e 741 do
CPC; Lei 9139/95

Tribunal de Alçada de Minas Gerais


Acórdão : 0281858-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999
Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Duarte de Paula
Data Julg.: 18/08/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E
INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA ÀOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o Direito invocado do
caráter a ensejar a medida liminar, deve ser objeto de embargos do
devedor a serem interpostos pelo executado.

Assuntos: EXECUÇÃO, POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO,


LEGITIMATIO AD CAUSAM, CONDIÇÃO DA AÇÃO, CÉDULA DE
CRÉDITO RURAL

Indexação: Pre-executividade - Exceção - Título executivo


Referências Legislativas: CPC - Código de Processo Civil CPC, arts.:
6º; 526; 582; 586; 618, I; 652; 736; 737; 739, II; 741; Lei 9139/95;
Resolução 2581/98

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0281861-5 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Duarte de Paula
Data Julg.: 18/08/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E
INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA ÀOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o Direito invocado do
caráter a ensejar a medida liminar, deve ser objeto de embargos do
devedor a serem interpostos pelo executado.
Decisão: REJEITAR PRELIMINAR E NEGAR PROVIMENTO

Referências Legislativas: CPC - Código de Processo Civil arts. 582,


586, 618, 652, 736, 737, 739, II e 741 do CPC

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0281857-1 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Duarte de Paula
Data Julg.: 11/08/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E
INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA ÀOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o Direito invocado do
caráter à ensejar a medida liminar, deve ser objeto de embargos do
devedor a serem interpostos pelo executado.
Decisão: NEGAR PROVIMENTO

Assuntos: EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL, PENHORA,


CÉDULA DE CRÉDITO RURAL, EMBARGOS DO DEVEDOR

Indexação: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - NULIDADE -


ILIQUIDEZ - INEXIGIBILIDADE - INDEFERIMENTO DO PEDIDO

Referências Legislativas: CPC - Código de Processo Civil arts. 6º,


526, 582, 618, 652, 736, 737, 739, II e 741, Lei 9139/95 e Resolução
2581/98 do Banco Central

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0307471-3 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Proc. Princ.: 00.00008112
Comarca: Poços de Caldas
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Duarte de Paula
Data Julg.: 02/08/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ACORDO HOMOLOGADO -
TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL - ILIQUIDEZ E INCERTEZA -
QUESTÃO AFETA ÀOS EMBARGOS DO DEVEDOR - NULIDADE
DE CITAÇÃO - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE NULIDADE DO
TÍTULO.
Admite-se a nulidade da execução, com fonte em vícios do título ou
da relação processual executiva, mas, como exceção de pré-
executividade, não podendo deturpar a acepção teleológica do
processo, onde milita em favor do credor e portador do título a
presunção da liquidez, certeza e exigibilidade do título executivo
judicial.
O fato de não ter sido consignado no mandado de citação o prazo de
defesa do executado de 10 dias, não distorce a forma procedimental,
uma vez que na execução de quantia certa, o devedor é citado para
pagar ou garantir a execução, devendo, concretizada a penhora, ser
então intimado para oferecimento dos embargos do devedor, quando
deve-lhe ser garantido o prazo de defesa, em face da garantia do
devido processo legal e da estrita observância do princípio do
contraditório.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0304655-7 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000 Proc. Princ.:


99.00022106
Comarca: Teófilo Otoni
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juíza Jurema Brasil Marins
Data Julg.: 12/04/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - RECURSO CABÍVEL -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - PREPARO - DESERÇÃO.
Em se tratando de "decisum" que julga "exceção de pré-
executividade", que não põe fim ao processo executivo, mas
somente aprecia mera questão incidental que se processa e decide
em separado, tem-se o perfeito enquadramento ao conceito de
decisão interlocutória previsto no artigo 162, § 2º, do Código de
Processo Civil, o que exige a aplicação da regra do artigo 522 do
mesmo diploma, segundo a qual o recurso cabível é o de agravo de
instrumento.
Em se considerando que os embargos do devedor representam ação
incidental autônoma ao processo executivo e a "exceptio" de pré-
executividade consubstancia um simples incidente da cobrança
forçada, sendo manifesta a independência entre ambos, conclui-se a
necessidade de se interpor recursos diversos, comprovando-se o
preparo em cada um deles, sob pena de se julgar deserto um dos
inconformismos, se a parte interessada limitou-se a efetuar o
depósito das custas recursais em um dos autos, apresentando
simples cópia do recibo bancário nos que se encontraram em
apenso.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0302888-8 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Monte Carmelo
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Antônio Carlos Cruvinel
Data Julg.: 06/04/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - SENTENÇA QUE SE
AFASTA DOS LIMITES DA DEMANDA - NULIDADE -
DECLARAÇÃO DE OFÍCIO.
Declara-se de ofício, a nulidade da sentença que se afasta da
demanda, decidindo-a a partir de argumentos não declinados no
processo.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0294916-0 Apelação (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Muriaé
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Antônio Carlos Cruvinel
Data Julg.: 03/02/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CABIMENTO -
CONFISSÃO DE DÍVIDA FIRMADA POR PESSOA ESTRANHA À
SOCIEDADE - MANDATO CONFERIDO EM AFRONTA AO
ESTATUTO SOCIAL - INVALIDADE.
A exceção de pré-executividade tem lugar sempre que não se
configurarem as condições da ação executiva, seja por
impossibilidade jurídica do pedido, em razão de título, flagrantemente
nulo ou inexistente, ou por ilegitimidade do exeqüente, por ser outro
o titular do crédito.
Não se reconhece nenhum valor à confissão de dívida firmada por
pessoa estranha à sociedade, mediante mandato outorgado em
afronta ao Estatuto Social, que proíbe a delegação de poderes, por
parte dos seus sócios.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0333985-5 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juiz Alvimar de Ávila
Data Julg.: 13/06/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXCEÇÃO OU OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO
- CONTRATO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA -
EFICÁCIA EXECUTIVA - PRESENÇA DOS REQUISITOS DA
LIQÜIDEZ, EXIGIBILIDADE E CERTEZA - INSTRUMENTO DE
CONFISSÃO DE DÍVIDA ASSINADO PELO DEVEDOR E POR
DUAS TESTEMUNHAS - ART. 585 INC. II CPC.
O contrato de confissão de dívida assinado pelo devedor e por duas
testemunhas e que portanto, preenche os requisitos do art. 585
inciso II do CPC, possui eficácia de título executivo extrajudicial,
cabendo ao devedor defender-se através da via dos embargos.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0338595-1 Apelação (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Uberlândia/Siscon
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juíza Maria Elza
Data Julg.: 20/06/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO
NOS PRÓPRIOS AUTOS DA EXECUÇÃO. CABIMENTO.
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. NÃO
CARACTERIZAÇÃO COMO TÍTULO EXECUTIVO. SÚMULA 233
DO STJ. NOTA PROMISSÓRIA A ELE VINCULADA. AUTONOMIA
INEXISTENTE. PROCESSO DE EXECUÇÃO EXTINTO.
HONORÁRIOS DE ADVOGADO. CABIMENTO NO JULGAMENTO
DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Perfeitamente possível a argüição da exceção de pré-executividade
nos próprios autos da execução.
O contrato de abertura de crédito não constitui título executivo
consoante Súmula 233 do Superior Tribunal de Justiça. A nota
promissória vinculada a contrato de abertura de crédito em conta
corrente carece de autonomia, não sendo hábil a ensejar a ação de
execução.
São devidos honorários de advogado no julgamento da exceção de
pré-executividade.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0336859-2 Apelação (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Paraopeba
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Alvim Soares
Data Julg.: 15/05/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - PRAZO DE EMBARGOS HÁ MUITOS ANOS
VENCIDO; EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - "Não se admite
exceção de pré-executividade, passados muitos anos do vencimento
do prazo de embargos, quando já reconhecida a existência da dívida
através de acordo celebrado; demais, além de não se cuidar de
contrato de abertura de crédito em conta corrente, a Súmula 233 do
STJ, foi editada doze anos depois de ajuizada a execução e
portanto, flagrante a impossibilidade de sua retroação para atingir o
ato jurídico perfeito e acabado".

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0333165-3 Apelação (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Esmeraldas
Órgão Julg.: Sexta Câmara Cível
Relator: Juiz Dárcio Lopardi Mendes
Data Julg.: 10/05/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - FALTA DE
PRONUNCIAMENTO DO CREDOR - EXTINÇÃO DO PROCESSO -
IMPOSSIBILIDADE.
- Descabe extinção de execução por falta de pronunciamento do
credor sobre exceção de pré-executividade, visto que tal omissão
não acarreta a paralisação do processo, mas o seu regular
prosseguimento.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0333707-1 Apelação (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juíza Maria Elza
Data Julg.: 09/05/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA - CABIMENTO - FIXAÇÃO -
PRINCÍPIO DA IGUALDADE.
Oferecida exceção de pré-executividade, e acolhida pelo juízo,
culminando no reconhecimento da nulidade da execução, tem o
advogado da parte vencedora direito aos honorários de
sucumbência, uma vez que atuou no feito e envidou esforços na
defesa de interesses de seu constituinte, ainda que não tenham sido
fixados na decisão que extinguiu o processo, por se tratar de
comando imperativo do artigo 20, do Código de Processo Civil.
Uma vez fixados os honorários em favor do procurador do
exeqüente, no caso de pronto pagamento do débito, o advogado da
parte contrária tem direito à fixação do mesmo valor, sob pena de
afronta ao princípio da igualdade (art. 125 do CPC, como corolário
do art. 50, caput, da Constituição da República).

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0333764-6 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Pouso Alegre/Siscon
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Wander Marotta
Data Julg.: 18/04/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime
EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
REQUISITOS.
Se o título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência
de liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca de encargos
e/ou acessórios incidentes sobre o crédito é matéria a ser apreciada
em sede de embargos do devedor, visto serem aferíveis apenas sob
contraditório e na dependência de prova.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0330503-1 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Poços de Caldas
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Wander Marotta
Data Julg.: 21/03/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO
DE FALSIDADE DA ASSINATURA DO EMITENTE DE NOTA
PROMISSÓRIA - MATÉRIA DEPENDENTE DE PROVA E
AFERÍVEL SOB CONTRADITÓRIO - INVIABILIDADE DA
OPOSIÇÃO DE DEFESA SEM GARANTIA.
A jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade mesmo se o Juízo ainda não estiver seguro, mas
limitada ao debate de questões sujeitas ao conhecimento ex officio
do magistrado, não podendo ser utilizada como instrumento de
oposição do devedor sem a garantia da penhora, que a lei exige sob
condição de imprescindibilidade.
Se o título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência
de liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da falsidade
da assinatura do emitente de nota promissória é matéria a ser
apreciada em sede de embargos do devedor, visto ser aferível
apenas sob contraditório e na dependência de prova.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0319172-6 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Uberaba/Siscon
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Nilson Reis
Data Julg.: 20/03/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA

EMENTA
Execução. Exceção de pré-executividade. Sentença.
Fundamentação.
- É nula a sentença que, em exceção de pré-executividade, não
analisa os fundamentos trazidos pelas partes.
- Preliminar instalada de ofício acolhida.
- Nulidade da sentença decretada ex officio.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0323128-7 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Wander Marotta
Data Julg.: 14/02/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO
DE INEXISTÊNCIA DO DÉBITO - MATÉRIA DEPENDENTE DE
PROVA E AFERÍVEL SOB AMPLO CONTRADITÓRIO -
INVIABILIDADE DA OPOSIÇÃO DE DEFESA SEM GARANTIA.
A exceção de pré-executividade só tem lugar quando estão ausentes
as condições da ação de execução, como no caso de nulidade
formal do título ou de sua própria inexistência.
A análise acerca do tempo de ocupação de loja em Shopping Center,
gerando redução do crédito, a argüição de má-fé do exeqüente, ou a
de excesso da execução, por exemplo, não podem ser veiculadas
nessa via, reservada ao conhecimento de questões de ordem pública
ou as que o Juiz, de ofício, poderia suscitar.
Se o título em execução apresenta-se formalmente com aparência
de liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação
e da existência do crédito, em si mesmo, é matéria a ser apreciada
em sede de embargos do devedor, visto ser aferível apenas sob
contraditório e na dependência de prova.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0321335-4 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Campo Belo
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Fernando Bráulio
Data Julg.: 07/12/2000
Dados Publ.: Não publicado
Ramo de Dir.: Cível
Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE FUNDADA EM
ALEGAÇÃO DE CARÊNCIA DA AÇÃO - INADMISSIBILIDADE -
DEFESA ACOLHIDA EM PRIMEIRA INSTÂNCIA - APELAÇÃO
PROVIDA.
Impõe-se a cassação da sentença pela qual foi acolhida a exceção
de pré-executividade fundada na alegação de carência da ação
decorrente do pagamento da dívida não suficientemente
comprovado, uma vez que tal exceção é incabível em matéria dessa
natureza.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0321558-7 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Pará de Minas
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Fernando Bráulio
Data Julg.: 07/12/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE FUNDADA NA
INVOCAÇÃO DE PRESCRIÇÃO INOCORRENTE - AJUIZAMENTO
DO PEDIDO DO CREDOR ANTES DE PRESCRITO O TÍTULO
EXECUTIVO - RETARDAMENTO DA CITAÇÃO POR CULPA
EXCLUSIVA DO DEVEDOR - DEFESA ACOLHIDA EM PRIMEIRA
INSTÂNCIA - APELAÇÃO PROVIDA.
Impõe-se a cassação da sentença pela qual foi acolhida a exceção
de pré-executividade fundada na invocação de prescrição, se a
execução fundada em título executivo extrajudicial foi proposta antes
de consumado o lapso prescricional e se o retardamento da citação
se deu por culpa exclusiva do executado, por deixar de comunicar ao
exeqüente o seu novo endereço e por ocultar-se deliberadamente
com a finalidade de frustrá-la, a ponto de motivar a sua citação com
hora certa, mormente considerando-se que tal exceção não
comporta defesa dessa natureza.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0320169-6 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Perdizes
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Wander Marotta
Data Julg.: 08/11/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO
DE INEXISTÊNCIA DO DÉBITO - MATÉRIA DEPENDENTE DE
PROVA E AFERÍVEL SOB AMPLO CONTRADITÓRIO -
INVIABILIDADE DA OPOSIÇÃO DE DEFESA SEM GARANTIA.
A jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade, mas limitada ao debate de questões sujeitas ao
conhecimento ex officio do magistrado, não podendo ser utilizada
como instrumento de oposição do devedor sem a garantia da
penhora, que a lei exige sob condição de imprescindibilidade.
Se o título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência
de liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação,
da existência ou do excesso do crédito, em si mesmo, é matéria a
ser apreciada na via dos embargos.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0310488-3 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Proc. Princ.: 99.007052-2
Comarca: Passos
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juiz Jarbas Ladeira
Data Julg.: 11/10/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Alegação de nulidade da execução e falta de força executiva do
título. Admissibilidade da exceção. A exceção de pré-executividade
pode ser argüida em defesa nos autos da execução, quando versar
questão de ordem processual passível de conhecimento ex officio
pelo magistrado, como a higidez do título executivo.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0288741-6 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Teófilo Otoni
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Nepomuceno Silva
Data Julg.: 23/11/1999
Dados Publ.: Não publicado
Ramo de Dir.: Cível
Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ELEIÇÃO DE
MATÉRIA PRÓPRIA DOS EMBARGOS - INVIABILIDADE.
1. A exceção de pré-executividade, como o próprio nome encerra,
não pode elastecer a ponto de, verdadeiramente, substituir a via de
embargos do devedor, genérica para a defesa de quem deve, nos
termos dos arts. 739/741-II, do CPC.
2. Em conseqüência, correta é a decisão monocrática que, em sede
de recurso, o recebe só no efeito devolutivo, na aplicação do art.
520-V, do CPC.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0286603-3 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Uberlândia/Siscon
Órgão Julg.: Quinta Câmara Cível
Relator: Juiz Eduardo Andrade
Data Julg.: 14/10/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - AUS~ENCIA
DE LIQUIDEZ - POSSIBILIDADE - Revelando-se incontroversa a
existência de execução manifestamente embasada em título sem
certeza, liquidez e exigibilidade, impõe-se a extinção de execução.
Na hipótese sub judice, não constaram do instrumento particular de
confisão e composição de dívidas os critérios certos e precisos para
apuração dos valores de sacas de café, o que retirou a liquidez do
débito cobrado em sede de execução, que, por essa razão, deve ser
extinta.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0279395-5 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: São Sebastião do Paraíso
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Duarte de Paula
Data Julg.: 23/06/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EMBARGOS POR ILEGITIMIDADE DAS PARTES -
NULIDADE DOS TÍTULOS EXECUTIVOS - OBJETO DE EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - DISPENSABILIDADE DA
FORMALIZAÇÃO DA PENHORA PARA SUA APRESENTAÇÃO.
Admite-se a oposição dos embargos, mesmo antes de estar seguro o
juízo da execução pela penhora, se vazados em exceção de pré-
executividade do título executivo, evitando-se o constrangimento da
penhora, visto poder implicar no reconhecimento judicial da sua
inexistência e de sua nulidade formal, como da impossibilidade
jurídica do pedido e até mesmo por invocada ilegitimidade de parte,
posto constituir condições da ação, matérias que podem ser
conhecidas até mesmo de ofício.
Decisão: Rejeitar de ofício a nulidade do título executivo e a alegada
ilegitimidade das partes, julgando prejudicado o recurso

Assuntos: EMBARGOS DO DEVEDOR, PENHORA, LEGITIMATIO


AD CAUSAM, TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, NULIDADE,
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO
Indexação: Embargos a execução - Segurança do juízo -
Desnecessidade - Exceção de pré-executividade - Título nulo - Parte
ilegítima - Conhecimento de ofício - Possibilidade

Referências Legislativas: CPC - Código de Processo Civil art. 582 do


CPC; arts. 618, 739, II e 741, do CPC

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0309853-3 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Carangola
Órgão Julg.: Quinta Câmara Cível
Relator: Juiz Armando Freire
Data Julg.: 17/08/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Por maioria
Decisão: NEGAR PROVIMENTO, VENCIDO O SEGUNDO VOGAL.

Assuntos: EXECUÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Indexação: ENTREGA DE COISA CERTA - SACAS DE CAFÉ - NÃO


OCORRÊNCIA

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0308819-7 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Lajinha
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Fernando Bráulio
Data Julg.: 28/06/2000
Dados Publ.: Não publicado
Ramo de Dir.: Cível
Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA -
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À SUA
VALIDADE COMO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL -
QUESTÃO ATINENTE À EXIGIBILIDADE DO TÍTULO - MATÉRIA
SÓ SUSCETÍVEL DE SER ARGÜIDA NOS EMBARGOS DE
DEVEDOR - INTELIGÊNCIA DO ART. 741 DO CPC - EXCEÇÃO DE
PRE-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA ANTES DA PENHORA, EM
PRIMEIRA INSTÂNCIA - APELAÇÃO PROVIDA.
Fundando-se a execução em cédula rural pignoratícia que preencha
os requisitos necessários à sua validade como título executivo
extrajudicial, a questão atinente à sua exigibilidade só é suscetível
de ser argüida através dos embargos de devedor, depois de seguro
o juízo pela penhora, não sendo acolhível a exceção de pre-
executividade, só admissível na hipótese de inexistência ou de
nulidade absoluta do título. Impõe-se, portanto, a cassação da
sentença pela qual tal exceção veio a ser acolhida a destempo, em
primeira instância.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0304501-4 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Uberaba/Siscon
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Delmival Almeida Campos
Data Julg.: 23/05/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime
EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
INOCORRÊNCIA DE NULIDADE ABSOLUTA OU DEFEITOS
IRREVERSÍVEIS - DESCABIMENTO.
A exceção de pré-executividade é cabível em casos de nulidade
absoluta e defeitos irreversíveis que possam prejudicar a execução.
Agravo improvido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0301030-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Canápolis
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Fernando Bráulio
Data Julg.: 27/04/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
QUESTIONAMENTO DA LIQUIDEZ E DA CERTEZA DO TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - QUESTÃO RELATIVA AO
ALONGAMENTO E À SECURITIZAÇÃO DA DÍVIDA - MATÉRIA A
SER ARGÜIDA E APRECIADA ATRAVÉS DOS EMBARGOS DE
DEVEDOR A SEREM OPOSTOS DEPOIS DE SEGURO O JUÍZO
PELA PENHORA - INDEFERIMENTO DO PEDIDO EM PRIMEIRA
INSTÂNCIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO.
Por ser de mérito a questão relativa à falta de liquidez e de certeza
do título executivo extrajudicial por inexatidão da memória atualizada
do débito, decorrente da inclusão de juros e de outros acessórios
pactuados em desacordo com o Dec. 22.626/33 e o art. 192, § 3º, da
Constituição Federal, com infringência do art. 52 da Lei 8078/90, e
ainda a argüição de falta de acolhimento do pedido de alongamento
e de securitização da dívida, autorizados pela Lei nº 9138/95, ela só
poderá ser apreciada através dos embargos de devedor, a serem
opostos pelo executado depois de seguro o juízo pela penhora,
impondo-se, por isso, a confirmação da decisão de primeira instância
pela qual veio a ser desacolhida a exceção de pré-executividade,
objetivando a decretação da nulidade da execução.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0307320-1 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Wander Marotta
Data Julg.: 26/04/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO
DE INEXISTÊNCIA DO DÉBITO - MATÉRIA DEPENDENTE DE
PROVA E AFERÍVEL SOB CONTRADITÓRIO - INVIABILIDADE DA
OPOSIÇÃO DE DEFESA SEM GARANTIA - IMPOSIÇÃO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ
DESCARACTERIZADA.
A jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade, mas limitada ao debate de questões sujeitas ao
conhecimento ex officio do magistrado, não podendo ser utilizada
como instrumento de oposição do devedor sem a garantia da
penhora, que a lei exige sob condição de imprescindibilidade.
Se o título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência
de liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação
e da existência do crédito, em si mesmo, é matéria a ser apreciada
em sede de embargos do devedor, visto ser aferível apenas sob
contraditório e na dependência de prova.
Não estando demonstrado que a parte serviu-se do processo para a
prática de ato simulado, fica descaracterizada a litigância de má-fé.
Arbitrados com moderação, são devidos honorários advocatícos no
incidente de exceção de pré-executividade, que visa desconstituir a
execução.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0304646-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Uberaba/Siscon
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Kildare Carvalho
Data Julg.: 12/04/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - OBJETO -
MATÉRIA RESTRITA AOS PRESSUPOSTOS DA RELAÇÃO
PROCESSUAL EXECUTIVA - ALEGAÇÃO DE MATÉRIA DIVERSA -
IMPOSSIBILIDADE - HIPÓTESES APTAS A ENSEJAR A
NULIDADE DA EXECUÇÃO, MORMENTE A FALTA DE
EXIGIBILIDADE DOS TÍTULOS - AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO
- GARANTIA DO JUÍZO - NECESSIDADE - EMBARGOS À
EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade somente se justifica em hipóteses
onde se patenteia a ausência dos pressupostos da relação
processual executiva, exemplificativamente, a inexistência de título
executivo, ilegitimidade do exeqüente ou do executado, hipóteses
onde sequer se justificaria a realização da penhora, que pressupõe a
executoriedade do título e a legitimidade dos litigantes.
O acolhimento da exceção de pré-executividade só se justifica
quando, de plano, restarem demonstradas situações aptas a ensejar
a nulidade da execução.
A desconstituição de título executivo formalmente perfeito, por desvio
de finalidade, deve ser feita em sede de embargos do devedor, cuja
apresentação acha-se condicionada à prévia segurança do juízo,
pela penhora.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0300831-1 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Silas Vieira
Data Julg.: 04/04/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO - SÚMULA 233 DO STJ.
- A nulidade da execução, por falta de título executivo, pode ser
alegada a qualquer tempo, independente de estar seguro o juízo, já
que se trata de questão de ordem pública, e, como tal, suscetível de
ser conhecida a qualquer tempo, inclusive, de ofício.
- Ex vi da Súmula 233 do STJ, o contrato de abertura de crédito,
ainda que acompanhado do extrato de conta corrente, não é título
executivo, porquanto, nele, o correntista não reconhece dever
quantia determinada ao banco, havendo tão-somente a previsão de
limite de crédito que poderá, eventualmente, ser utilizado.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0297282-1 Apelação (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Gouvêa Rios
Data Julg.: 14/03/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ELEIÇÃO DE
FORO - COMPETÊNCIA RELATIVA - DECLINAÇÃO - APELAÇÃO -
RECURSO IMPRÓPRIO - PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE
RECURSAL INAPLICÁVEL.
É o agravo de instrumento o recurso cabível das decisões
declinatórias de competência. Admite-se, em tese, a fungibilidade, se
ausente erro grosseiro e atendidos os requisitos do agravo, entre os
quais o prazo para interposição, que não foi observado, já que o
recurso foi protocolizado no prazo da apelação.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0297859-2 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Duarte de Paula
Data Julg.: 23/02/2000
Dados Publ.: Não publicado
Ramo de Dir.: Cível
Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
INEXISTÊNCIA DE CONEXÃO E PREVENÇÃO COM OUTRAS
AÇÕES PENDENTES - INDEFERIMENTO DO PEDIDO.
A reunião de processos para julgamento em sentença única se dará
quando, nas diversas ações, houver questão comum a decidir, e não
apenas fato comum não litigioso.
A conexão é um vínculo, um nexo, um elo entre duas ou mais ações,
de tal maneira relacionadas entre si, que faz com que sejam
conhecidas e decididas por um mesmo juiz, se há risco de decisões
conflitantes.
Se não comprovada a identidade dos contratos e dos débitos
pleiteados, base das ações de despejo e execução aviadas, não há
razão da reunião dos feitos para decisão simultânea.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0299134-8 Apelação (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Juiz de Fora/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Moreira Diniz
Data Julg.: 22/02/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
CONTRADITÓRIO - CERCEAMENTO DE DEFESA - NULIDADE.
- Através da exceção de pré-executividade, instaura-se, no processo
de execução, por mais absurdo que possa parecer, antes da
realização da constrição judicial, e, por óbvio, antes dos embargos à
execução, o contraditório, sendo nula a sentença proferida
anteriormente à concessão, ao exeqüente, de oportunidade para se
manifestar sobre a aludida exceção, sob pena de se configurar
manifesto cerceamento de defesa.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0299134-8 Apelação (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Juiz de Fora/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Moreira Diniz
Data Julg.: 22/02/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
CONTRADITÓRIO - CERCEAMENTO DE DEFESA - NULIDADE.
- Através da exceção de pré-executividade, instaura-se, no processo
de execução, por mais absurdo que possa parecer, antes da
realização da constrição judicial, e, por óbvio, antes dos embargos à
execução, o contraditório, sendo nula a sentença proferida
anteriormente à concessão, ao exeqüente, de oportunidade para se
manifestar sobre a aludida exceção, sob pena de se configurar
manifesto cerceamento de defesa.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0296848-5 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Duarte de Paula
Data Julg.: 09/02/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO - REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES A RECEITA
FEDERAL - DEVER DE EFICIÊNCIA DA PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL - POSSIBILIDADE - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO -
QUESTÃO AFETA AOS EMBARGOS DO DEVEDOR -
INDEFERIMENTO DO PEDIDO.
Admite-se a intromissão do Poder Judiciário na esfera privada do
indivíduo, determinando seja oficiado à Receita Federal no sentido
de se obter informações acerca da existência de bens do executado,
para garantir a execução, no resguardo do interesse do Estado de
cumprir com o dever de uma exata e eficiente prestação jurisdicional.
Afigura-se possível a oposição de exceção de pré-executividade do
título executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto
poder implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de
sua nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e
até mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da incerteza, iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - sentença judicial - através da
exceção de pré-executividade, com suporte em matéria de mérito,
por não se revestir o Direito invocado do caráter a ensejar a medida
liminar, deve ser objeto de embargos do devedor a serem interpostos
pelo executado.
Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0292887-6 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Caratinga
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Lauro Bracarense
Data Julg.: 25/11/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO DE SENTENÇA - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ACOLHIDA, PARA O FITO DE SUSPENDER A
EXECUÇÃO - MATÉRIAS JÁ ALCANÇADAS PELA COISA
JULGADA - AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECURSO PROVIDO.
Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e
indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou
extraordinário (CPC, art. 467).
Existindo coisa julgada, o juiz não pode conhecer e examinar a
questão, nem que seja para decidi-la no mesmo sentido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0322581-0 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Juiz de Fora/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Silas Vieira
Data Julg.: 28/11/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - QUESTÕES DE ALTA INDAGAÇÃO -
NECESSIDADE DE ALEGAÇÃO VIA EMBARGOS - Não se pode
admitir que, sob o rótulo de "exceção de pré-executividade", o
devedor traga à tona matérias que, por sua própria natureza, devem
ser alegadas por meio de embargos, já que aquele procedimento,
por fugir à regra geral, deve ficar restrito aos casos em que se
vislumbra, de antemão, a plena nulidade da execução.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0293946-4 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Três Corações
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Wander Marotta
Data Julg.: 04/11/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - QUESTÕES SUSCITADAS EM ANTERIORES
EMBARGOS À EXECUÇÃO JÁ JULGADOS - TRANSAÇÃO -
PRECLUSÃO DAS ALEGAÇÕES REINAUGURADAS.
A jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade para discussão de questões sujeitas ao conhecimento
"ex officio" do magistrado, mas o sistema do CPC não admite a
exceção de pós-executividade - como aqui se pretende - já que
todas as matérias de defesa devem ser, como foram, alegadas em
embargos, após cuja oportunidade sua re-inauguração fica preclusa,
sob pena de eternizar-se o processo e a realização do direito do
credor.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0293552-2 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Carmo do Cajuru
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Quintino do Prado
Data Julg.: 21/12/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO FORÇADA - TÍTULOS QUE A EMBASAM: CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO E UMA NOTA PROMISSÓRIA -
INCIDENTE DE FALTA DE EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO
SINGULAR CONFIRMADA - AGRAVO IMPROVIDO.
Havendo o embasamento na execução forçada em contrato de
abertura de crédito e, ainda, em uma nota promissória a ele
vinculada, preenchida regularmente, há presunção de liquidez e
certeza, principalmente do 2º título, injustificando-se o deferimento
de anulação da execução por incidente de pré-executividade, dado a
que este só procede quando ausentes as condições da ação ou
similares, dirigindo-se a título nulo ou inexistente, certo que, nos
demais casos a desconstituição só surgirá após uma cognição
completa, com prova robusta que elida essa presunção. Por ilações
do devedor, em incidente, não! Agravo de devedor a que se nega
provimento.
Decisão: NEGAR PROVIMENTO
Indexação: EXCEÇÃO

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0320172-3 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Iturama
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Silas Vieira
Data Julg.: 17/10/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO FUNDADA EM CÉDULA DE CRÉDITO COMERCIAL -
OPOSIÇÃO E REJEIÇÃO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR -
TRÂNSITO EM JULGADO - AVIAMENTO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - QUESTÕES JÁ DECIDIDAS - ABUSO DO
DIREITO DE DEFESA - EXPEDIENTE PROTELATÓRIO -
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - Se o devedor já exercitou a sua defesa
através de embargos, cuja sentença de improcedência transitou
livremente em julgado, não lhe é lícito aviar exceção de pré-
executividade buscando, com reiteração de argumentos, ver
declarada a nulidade do título, procedimento que, além de
protelatório, demonstra abuso do direito de defesa e, como tal,
sujeito às penalidades por litigância de má-fé.
- Somente deve ser acolhida a exceção de pré-executividade quando
o vício do título executivo for palpável, o que não ocorre quando a
mesma vem fundamentada em questões de alta indagação e típicas
de alegação em sede de embargos.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais


Acórdão : 0317622-3 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000
Proc. Princ.: 98.001562-8
Comarca: Alfenas
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Silas Vieira
Data Julg.: 17/10/2000

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO FUNDADA EM CÉDULA RURAL HIPOTECÁRIA -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - QUESTÕES DE ALTA
INDAGAÇÃO - NECESSIDADE DE ALEGAÇÃO VIA EMBARGOS -
DECISÃO QUE A REJEITA - NATUREZA INTERLOCUTÓRIA.
- A exceção de pré-executividade é o meio processual pelo qual o
devedor, sem a necessidade de oferecimento de embargos, suscita
a inexistência ou nulidade do título executivo, e a decisão que a
rejeita tem cunho interlocutório, visto não pôr fim ao processo,
descabendo, portanto, a condenação em custas e honorários
advocatícios.
- Somente deve ser acolhida a exceção de pré-executividade quando
o vício do título executivo for palpável, o que não ocorre quando a
mesma vem fundamentada em questões de alta indagação, para
cuja elucidação faz-se necessária a dilação probatória.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0332319-7 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Quinta Câmara Cível
Relator: Juiz Armando Freire
Data Julg.: 19/04/2001
Dados Publ.: Não publicado
Ramo de Dir.: Cível
Decisão: Unânime
Decisão: DAR PARCIAL PROVIMENTO

Assuntos: EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL, EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0323139-0 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Montes Claros/Siscon
Órgão Julg.: Quinta Câmara Cível
Relator: Juiz Ernane Fidelis
Data Julg.: 16/11/2000

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL - ESCRITURA
PÚBLICA - CONFISSÃO DE DÍVIDA - NEGÓCIO JURÍDICO -
EMBARGOS DO DEVEDOR - DEMONSTRATIVO DO DÉBITO -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - NÃ0-CABIMENTO -
Fundando-se a execução em escritura pública válida, contendo
confissão de dívida com a especificação da quantia certa, da forma
de pagamento e da incidência de acessórios, os vícios e defeitos
inerentes ao negócio jurídico somente podem ser questionados pela
via incidental dos embargos, sendo inviável, em tal hipótese, a
oposição de pré-executividade, cabível quando se objetiva a
declaração de inexistênica dos pressupostos processuais da ação
executiva.
- Não há falar em defeito de executividade da cártula em razão da
ausência ou da incorreção do demonstrativo do débito, uma vez que
tais deficiências podem ser corrigidas com o ajustamento da dívida
ou com a desconsideração dos acessórios, sendo viável, portanto, a
instauração do processo executivo nessas circunstâncias.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0316969-7 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Juiz de Fora/Siscon
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juiz Paulo Cézar Dias
Data Julg.: 27/09/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA - AÇÃO DE EXECUÇÃO -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA - EXTINÇÃO DO
PROCESSO DE EXECUÇÃO.
Em se tratando de sentença extintiva do processo de execução em
decorrência do acolhimento da exceção de pré-executividade oposta
pelos executados, os honorários de sucumbência devem ser fixados,
em valor certo e de conformidade com o § 4º, do art. 20, do CPC,
consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as normas das
letras "a" a "c", do § 3º, devendo o juiz agir com arbítrio, seja para
evitar aviltamento, seja para adotar mais moderação.
Recurso conhecido e provido para fixar os honorários de
sucumbência no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0303542-1 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Teófilo Otoni
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juiz Nepomuceno Silva
Data Julg.: 04/04/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
INCIDENTE PROCESSUAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
- DELIMITAÇÃO - SUCUMBÊNCIA 1 - Não pode o julgador, ao
apreciar o incidente intitulado exceção de pré-executividade,
condenar o executado (excipiente) ao pagamento do quantum objeto
da execução, vez que discutida, tão-somente, matéria adstrita ao
aspecto formal (pressuposto) do título que a embasa, in casu,
suposta desvalia do demonstrativo do débito.
2 - Descabe, em sede incidental, a condenação ao pagamento da
verba honorária, conquanto o vencido deva arcar com as despesas
processuais dele decorrentes (VI ENTA, concl. n. 24, aprovada à
unanimidade).

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0338804-5 Apelação (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Uberaba/Siscon
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Wander Marotta
Data Julg.: 06/06/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
LOCAÇÃO - FIANÇA - INDETERMINAÇÃO DO CONTRATO -
PERMANÊNCIA DA GARANTIA.
Estando expressa inequivocamente no contrato de locação a
renúncia do fiador à possibilidade de exonerar-se da obrigação
fidejussória quando da indeterminação do contrato, a discussão
acerca da permanência dessa garantia só se pode fazer em
embargos à execução, não na via angustiada da exceção de pré-
executividade.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0322377-6 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Pouso Alegre/Siscon
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juíza Vanessa Verdolim Andrade
Data Julg.: 05/12/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA

EMENTA
Objeção de pré-executividade - Abertura de crédito - Prestações
fixas - Cláusula que prevê o lançamento do valor em conta corrente -
Extrato que comprove o lançamento não juntado - Falta de certeza,
liquidez e exeqüibilidade - Objeção procedente.
Tratando-se o contrato exeqüendo de abertura de crédito com
possibilidade de uso eventual e com o lançamento do valor em
conta, mesmo que para pagamento em parcelas fixas, deve o
exeqüente comprovar a data em que se fez tal lançamento mediante
juntada de extrato, ou mediante recibo do devedor, sem o qual não
estará comprovada a liquidez e muito menos a certeza e a
exigibilidade da dívida, que não se presumem.
Decisão: DAR PROVIMENTO

Assuntos: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0301176-9 Apelação (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Serro
Órgão Julg.: Primeira Câmara Cível
Relator: Juíza Vanessa Verdolim Andrade
Data Julg.: 28/03/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA

EMENTA
Pré-executividade - Contrato de abertura de crédito em conta
corrente - Inexistência de título executivo - Matéria que permite a
exceção nos autos da execução - Súmula 233.
A existência de título executivo é pressuposto da ação de execução,
tratando-se de matéria que pode ser reconhecida até de ofício pelo
Juiz, o que possibilita a argüição em objeção de pré-executividade
nos próprios autos da execução, independentemente de oposição de
embargos de devedor e de estar seguro o juízo.
"O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de
extrato de conta corrente, não é título executivo" (Súmula n. 233 do
STJ).
Decisão: REJEITAR A PRELIMINAR E NEGAR PROVIMENTO
Assuntos: CONTRATO, ABERTURA DE CRÉDITO, CONTA
CORRENTE, EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL,
NULIDADE

Indexação: MATÉRIA SUMULADA

Referências Legislativas: CPC - Código de Processo Civil art. 618 do


CPC

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0311460-9 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Machado
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Fernando Bráulio
Data Julg.: 17/08/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE -
INOCORRÊNCIA - PRESCRIÇÃO - DESACOLHIMENTO EM
PRIMEIRA INSTÂNCIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO
IMPROVIDO.
A exceção de pré-executividade, admitida excepcionalmente em
nosso direito por construção jurisprudencial, somente se dá, em
princípio, nos casos em que o juízo pode, de ofício, conhecer da
matéria a exemplo do que se verifica quanto à nulidade absoluta do
título executivo.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais


Acórdão : 0334483-0 Apelação (Cv) Cível Ano: 2001
Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Sétima Câmara Cível
Relator: Juiz Antônio Carlos Cruvinel
Data Julg.: 03/05/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
PROCESSO DE EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ACOLHIDA - SUCUMBÊNCIA DA EXEQÜENTE -
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DEVIDOS.
Tendo sido acolhida a "Exceção de Pré-Executividade" oposta pela
apelante no próprio processo de execução, a exeqüente/apelada
resultou vencida, devendo o teor do contido no art. 20 do CPC impor-
lhe a condenação ao pagamento da verba honorária advocatícia em
razão de sua sucumbência. PROVIMENTO DO RECURSO QUE SE
IMPÕE.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0338616-5 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2001


Comarca: Formiga/Siscon
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juiz Alvimar de Ávila
Data Julg.: 20/06/2001
Dados Publ.: NÃO PUBLICADO

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO - NECESSIDADE DE INSTRUÇÃO
PROBATÓRIA - INEXISTÊNCIA DE SUSPENSÃO DO PROCESSO
EXECUTIVO - AUSÊNCIA DE DISPOSITIVO LEGAL EXPRESSO.
Consistirá a exceção de pré-executividade em modalidade
excepcional de oposição do executado. Com efeito, em princípio,
limita-se a controverter os pressupostos do processo e da pretensão
a executar, abrangendo ainda seu campo de incidência, em certos
casos, na alegação incidental de exceção extintiva do crédito - v. g.
prescrição e pagamento mediante prova pré-constituída. No entanto,
deve-se sempre manter como característica essencial do referido
instituto o caráter restrito da produção de prova, revelando-se, pois,
típica técnica de cognição sumária, restando contudo, o acesso aos
embargos à execução como a via principal e genérica de defesa do
executado no processo de execução, com a amplitude que lhe foi
conferida em lei, fazendo-se, assim, indispensável quando a questão
demandar a produção de provas ou atingir diretamente o interesse
público.
Não se admite dilação probatória na exceção, razão pela qual a
prova é documental e pré-constituída. Havendo necessidade de
dilação probatória (prova testemunhal, pericial etc.), o devedor não
poderá opor a exceção, pois o caso é de oposição de embargos do
devedor.
Oposta a objeção ou exceção de executividade não se suspende a
execução nem o prazo para oferecimento de embargos do devedor.
Isso porque não há dispositivo legal expresso autorizando a
suspensão da execução. Essa só ocorre se recebidos para
discussão os embargos do devedor.

Assuntos: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, SUSPENSÃO DO


PROCESSO, PROVA, DOCUMENTO

Tribunal de Alçada de Minas Gerais


Acórdão : 0326369-0 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000
Comarca: Cambuquira
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juiz Ferreira Esteves
Data Julg.: 18/04/2001
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE PROVA INEQUÍVOCA E IMEDIATA -
IMPROCEDÊNCIA.
Para que seja procedente a exceção de pré-executividade é
imprescindível que a prova da alegação seja inequívoca e imediata,
de forma a não demandar qualquer complemento que exija a dilação
probatória, incabível no procedimento executivo.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0320845-1 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Juiz de Fora/Siscon
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Manuel Saramago
Data Julg.: 05/12/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
Processual Civil. Exceção. Pré-executividade. Matéria.
- A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
- As matérias referentes ao valor da dívida e aos encargos
contratuais, típicas de defesa, necessariamente devem ser aduzidas
em sede de embargos à execução e não estão compreendidas no
objeto da referida exceção, porquanto demandam a produção de
provas e a apuração de fatos relevantes para o processo.
- Recurso improvido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0323421-3 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Uberlândia/Siscon
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juiz Paulo Cézar Dias
Data Julg.: 29/11/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
RECURSO CABÍVEL CONTRA A DECISÃO QUE A DESACOLHE.
Em se tratando de incidente processual, a decisão que desacolhe a
argüição de exceção de pré-executividade desafia o agravo de
instrumento. Apenas será cabível a interposição do recurso de
apelação se o incidente for acolhido para decretar a extinção do
processo de execução, pois aí o ato decisório tem natureza de
sentença.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais


Acórdão : 0315035-2 Apelação (Cv) Cível Ano: 2000
Comarca: Uberaba/Siscon
Órgão Julg.: Terceira Câmara Cível
Relator: Juiz Duarte de Paula
Data Julg.: 14/11/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
SEGURANÇA DO JUÍZO - NÃO APRESENTAÇÃO DE EMBARGOS
DO DEVEDOR - IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO -
EXTINÇÃO DO INCIDENTE SEM JULGAMENTO DE MÉRITO.
É de se extinguir sem julgamento de mérito a exceção de pré-
executividade apresentada pelo executado, depois de seguro o juízo
pela realização da penhora e, principalmente, de ultrapassado o
prazo de apresentação de embargos à execução, tendo em vista que
tal incidente pré-processual não serve de sucedâneo aos embargos
à execução, no sentido de dilatar "sine die" o decênio assinado pelo
art. 738 do CPC, se justificado para afastar o constrangimento da
penhora, na falta de suporte para se instalar o processo de
execução.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0310657-8 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 2000


Comarca: Sacramento
Órgão Julg.: Segunda Câmara Cível
Relator: Juiz Manuel Saramago
Data Julg.: 03/10/2000
Dados Publ.: Não publicado
Ramo de Dir.: Cível
Decisão: Unânime

EMENTA
Processual Civil. Exceção. Pré-executividade. Matéria.
A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
As matérias referentes ao valor da dívida e aos encargos contratuais,
típicas de defesa, necessariamente devem ser aduzidas em sede de
embargos à execução e não estão compreendidas no objeto da
referida exceção, porquanto demandam a produção de provas e a
apuração de fatos relevantes para o processo.
Recurso improvido.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0285103-4 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juiz Ferreira Esteves
Data Julg.: 24/11/1999
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE - PROCEDÊNCIA - EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO.
De se ter como procedente a exceção de pré-executividade que visa
o reconhecimento da inadmissibilidade da execução alicerçada em
contrato de abertura de crédito em conta corrente.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0299861-0 Agravo de Instrumento (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Belo Horizonte/Siscon
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juiz Alvimar de Ávila
Data Julg.: 29/03/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
NOTA PROMISSÓRIA - PLURALIDADE DE TOMADORES -
POSSIBILIDADE.
No instituto cambial da nota promissória assim como no da letra de
câmbio haverá a possibilidade de serem emitidas em favor de mais
de uma pessoa, verificando-se, assim, a pluralidade de tomadores
prevista no art. 39, §1º do Dec. n. 2.044. Nesse caso de pluralidade,
qualquer um dos tomadores que estiver de posse do título de crédito
é considerado, para os efeitos cambiais, o credor único da
obrigação.
Recurso a que se nega provimento.

Tribunal de Alçada de Minas Gerais

Acórdão : 0293686-3 Apelação (Cv) Cível Ano: 1999


Comarca: Uberaba/Siscon
Órgão Julg.: Quarta Câmara Cível
Relator: Juiz Ferreira Esteves
Data Julg.: 01/03/2000
Dados Publ.: Não publicado

Ramo de Dir.: Cível


Decisão: Unânime

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
TÍTULO EXEQÜENDO CONSTITUÍDO DE UM CONTRATO
BANCÁRIO DE FINANCIAMENTO, PARA PAGAMENTO EM
PRESTAÇÕES, TAMBÉM ASSINADO POR DUAS TESTEMUNHAS
- TÍTULO EXECUTIVO HÁBIL, QUE NÃO SE CONFUNDE COM O
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE - PROVIMENTO DO RECURSO.
Ao contrário do que ocorre com o contrato de abertura de crédito em
conta corrente, o contrato bancário de financiamento para
pagamento em prestações, devidamente assinado por duas
testemunhas, reveste-se dos requisitos de título executivo.

EXCEÇÃO OU OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO


- CONTRATO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA -
EFICÁCIA EXECUTIVA - PRESENÇA DOS REQUISITOS DA
LIQÜIDEZ, EXIGIBILIDADE E CERTEZA - INSTRUMENTO DE
CONFISSÃO DE DÍVIDA ASSINADO PELO DEVEDOR E POR
DUAS TESTEMUNHAS - ART. 585 INC. II CPC.
O contrato de confissão de dívida assinado pelo devedor e por duas
testemunhas e que portanto, preenche os requisitos do art. 585
inciso II do CPC, possui eficácia de título executivo extrajudicial,
cabendo ao devedor defender-se através da via dos embargos.
(Agravo de Instrumento Cível nº 0333985-5/2001, 4ª Câmara Cível
do TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Alvimar de Ávila. j. 13.06.2001,
unânime).
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - MATÉRIA CONTROVERSA
- IMPOSSIBILIDADE.
Sendo controversa a questão alegada, não pode ela ser veiculada
através de mera exceção, demandando para sua análise o
ajuizamento da ação de embargos do devedor, após devidamente
seguro o juízo.
(Agravo de Instrumento Cível nº 0337017-8/2001, 6ª Câmara Cível
do TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Valdez Leite Machado. j.
24.05.2001, unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - INCIDENTE PROCESSUAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - NULIDADE DA AÇÃO DE
COBRANÇA FORÇADA - INOCORRÊNCIA.
A exceção de pré-executividade, admitida, excepcionalmente, em
nosso direito por construção jurisprudencial, somente poderá ser
utilizada, nos casos em que o juízo pode de plano conhecer da
matéria, e, inexistindo comprovante quanto à ocorrência de iliquidez
e inexigibilidade do título excutido, não há que se falar em nulidade
da execução.
(Agravo de Instrumento Cível nº 0333544-4/2001, 3ª Câmara Cível
do TAMG, Belo Horizonte, Relª. Juíza Jurema Brasil Marins. j.
25.04.2001, unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - DISCUSSÃO DE MATÉRIAS DE ORDEM
PÚBLICA - INSTITUTO UTILIZADO PARA DISCUTIR
LANÇAMENTOS INDEVIDOS EM CONTA-CORRENTE - MEIO
PROCESSUAL INADEQUADO.
O instituto da exceção de pré-executividade permite ao devedor
executado, independentemente de prévia segurança do juízo
(penhora ou do depósito), a obtenção da extinção do processo
executivo, mediante discussão de matérias de ordem pública, em
que o Juiz conhecerá, de ofício, a qualquer tempo, nos termos do
artigo 267, incisos, IV, V, VI, e § 3º, do Código de Processo Civil.
Verifica-se inaceitável a substituição dos embargos do devedor não
aviados no momento oportuno, pelo instituto da exceção de pré-
executividade, por estarem preclusas as matérias, além do que,
estas não constam entre aquelas que podem ser conhecidas ex
officio pelo Juiz.
(Agravo de Instrumento Cível nº 0334571-5/2001, 4ª Câmara Cível
do TAMG, Frutal, Rel. Juiz Alvimar de Ávila. j. 16.05.2001, unânime).

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO


DE EXISTÊNCIA DE AÇÃO ANULATÓRIA ONDE SE DISCUTE A
VALIDADE DO NEGÓCIO SUBJACENTE AO TÍTULO - MATÉRIA
DEPENDENTE DE PROVA E AFERÍVEL SOB AMPLO
CONTRADITÓRIO - INVIABILIDADE DA OPOSIÇÃO DE DEFESA
SEM GARANTIA.
A jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade, mas limitada ao debate de questões sujeitas ao
conhecimento "ex officio" do Magistrado, não podendo ser utilizada
como instrumento de oposição do devedor sem a garantia da
penhora, que a lei exige sob condição de imprescindibilidade.
Se o título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência
de liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação,
da existência ou do excesso do crédito, em si mesmo, é matéria a
ser apreciada na via dos embargos.
(Apelação Cível nº 0336995-3/2001, Proc. Princ.: 20.000051-8, 3ª
Câmara Cível do TAMG, Cambuquira, Rel. Juiz Wander Marotta. j.
06.06.2001, unânime).

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO


DE EXISTÊNCIA DE AÇÃO ANULATÓRIA ONDE SE DISCUTE A
VALIDADE DO NEGÓCIO SUBJACENTE AO TÍTULO - MATÉRIA
DEPENDENTE DE PROVA E AFERÍVEL SOB AMPLO
CONTRADITÓRIO - INVIABILIDADE DA OPOSIÇÃO DE DEFESA
SEM GARANTIA.
A jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade, mas limitada ao debate de questões sujeitas ao
conhecimento "ex officio" do Magistrado, não podendo ser utilizada
como instrumento de oposição do devedor sem a garantia da
penhora, que a lei exige sob condição de imprescindibilidade.
Se o título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência
de liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação,
da existência ou do excesso do crédito, em si mesmo, é matéria a
ser apreciada na via dos embargos.
(Apelação Cível nº 0336995-3/2001, Proc. Princ.: 20.000051-8, 3ª
Câmara Cível do TAMG, Cambuquira, Rel. Juiz Wander Marotta. j.
06.06.2001, unânime).

EXECUÇÃO - PRAZO DE EMBARGOS HÁ MUITOS ANOS


VENCIDO; EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
"Não se admite exceção de pré-executividade, passados muitos
anos do vencimento do prazo de embargos, quando já reconhecida a
existência da dívida através de acordo celebrado; demais, além de
não se cuidar de contrato de abertura de crédito em conta corrente, a
Súmula 233 do STJ, foi editada doze anos depois de ajuizada a
execução e portanto, flagrante a impossibilidade de sua retroação
para atingir o ato jurídico perfeito e acabado".
(Apelação Cível nº 0336859-2/2001, 1ª Câmara Cível do TAMG,
Paraopeba, Rel. Juiz Alvim Soares. j. 15.05.2001, unânime).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - POSSIBILIDADE DE A


FORMALIZAR ATRAVÉS DE SIMPLES PETIÇÃO NOS AUTOS DA
AÇÃO DE COBRANÇA FORÇADA.
A exceção de pré-executividade, admitida, excepcionalmente, no
direito nacional, por construção pretoriana, aperfeiçoa-se, mediante
simples petição nos próprios autos da demanda executiva, sem ser
necessário proceder preparo ou dar valor à causa.
(Agravo de Instrumento Cível nº 0336368-6/2001, Proc. Princ.:
99.015656-8, 3ª Câmara Cível do TAMG, Ituiutaba, Relª. Juíza
Jurema Brasil Marins. j. 13.06.2001, unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - INCIDENTE


PROCESSUAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - INSS -
AUTARQUIA FEDERAL - COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DA
JUSTIÇA FEDERAL - COMARCA EM QUE INEXISTE VARA DO
JUÍZO FEDERAL - JUSTIÇA ESTADUAL COMPETENTE PARA
DIRIMIR O FEITO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA - RECURSO -
COMPETÊNCIA DO TRF.
Deflui do artigo 109, I e § 3º e 4º c/c art. 108, II da Carta Magna a
competência do TRF para julgar agravo de instrumento interposto
contra o INSS, uma vez que, embora seja a Justiça Estadual
competente para dirimir o feito em primeira instância, já que inexiste
Vara do Juízo Federal na Comarca em que foram ajuizados a
execução fiscal e o incidente processual, sendo o agravado
autarquia federal, a competência do Juiz local, em primeiro grau, não
exclui a competência do Tribunal Federal de Recursos em sede de
recurso, tendo em vista a incidência obrigatória do foro privilegiado
prescrito no texto da Constituição.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0300035-9, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Itabira, Relª. Juíza Jurema Brasil Marins. j. 03.05.2000,
unânime).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CABIMENTO -


CONFISSÃO DE DÍVIDA FIRMADA POR PESSOA ESTRANHA À
SOCIEDADE - MANDATO CONFERIDO EM AFRONTA AO
ESTATUTO SOCIAL - INVALIDADE.
A exceção de pré-executividade tem lugar sempre que não se
configurarem as condições da ação executiva, seja por
impossibilidade jurídica do pedido, em razão de título, flagrantemente
nulo ou inexistente, ou por ilegitimidade do exeqüente, por ser outro
o titular do crédito.
Não se reconhece nenhum valor à confissão de dívida firmada por
pessoa estranha à sociedade, mediante mandato outorgado em
afronta ao Estatuto Social, que proíbe a delegação de poderes, por
parte dos seus sócios.
(Apelação (Cv) Cível nº 0294916-0, 7ª Câmara Cível do TAMG,
Muriaé, Rel. Juiz Antônio Carlos Cruvinel. j. 03.02.2000, unânime).

EXECUÇÃO: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


INEXISTÊNCIA DE CONEXÃO E PREVENÇÃO COM OUTRAS
AÇÕES PENDENTES - INDEFERIMENTO DO PEDIDO.
A reunião de processos para julgamento em sentença única se dará
quando, nas diversas ações, houver questão comum a decidir, e não
apenas fato comum não litigioso.
A conexão é um vínculo, um nexo, um elo entre duas ou mais ações,
de tal maneira relacionadas entre si, que faz com que sejam
conhecidas e decididas por um mesmo juiz, se há risco de decisões
conflitantes.
Se não comprovada a identidade dos contratos e dos débitos
pleiteados, base das ações de despejo e execução aviadas, não há
razão da reunião dos feitos para decisão simultânea.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0297859-2, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 23.02.2000,
unânime).

INCIDENTE PROCESSUAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


- DELIMITAÇÃO - SUCUMBÊNCIA.
1. Não pode o julgador, ao apreciar o incidente intitulado exceção de
pré-executividade, condenar o executado (excipiente) ao pagamento
do quantum objeto da execução, vez que discutida, tão-somente,
matéria adstrita ao aspecto formal (pressuposto) do título que a
embasa, in casu, suposta desvalia do demonstrativo do débito.
2. Descabe, em sede incidental, a condenação ao pagamento da
verba honorária, conquanto o vencido deva arcar com as despesas
processuais dele decorrentes (VI ENTA, Concl. nº 24, aprovada à
unanimidade).
(Apelação (Cv) Cível nº 0303542-1, 1ª Câmara Cível do TAMG,
Teófilo Otoni, Rel. Juiz Nepomuceno Silva. j. 04.04.2000, unânime).

PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


TÍTULO EXEQÜENDO CONSTITUÍDO DE UM CONTRATO
BANCÁRIO DE FINANCIAMENTO, PARA PAGAMENTO EM
PRESTAÇÕES, TAMBÉM ASSINADO POR DUAS TESTEMUNHAS
- TÍTULO EXECUTIVO HÁBIL, QUE NÃO SE CONFUNDE COM O
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE - PROVIMENTO DO RECURSO.
Ao contrário do que ocorre com o contrato de abertura de crédito em
conta corrente, o contrato bancário de financiamento para
pagamento em prestações, devidamente assinado por duas
testemunhas, reveste-se dos requisitos de título executivo.
(Apelação (Cv) Cível nº 0293686-3, 4ª Câmara Cível do TAMG,
Uberaba, Rel. Juiz Ferreira Esteves. j. 01.03.2000, unânime).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - RECURSO CABÍVEL -


AGRAVO DE INSTRUMENTO - PREPARO - DESERÇÃO.
Em se tratando de "decisum" que julga "exceção de pré-
executividade", que não põe fim ao processo executivo, mas
somente aprecia mera questão incidental que se processa e decide
em separado, tem-se o perfeito enquadramento ao conceito de
decisão interlocutória previsto no artigo 162, § 2º, do Código de
Processo Civil, o que exige a aplicação da regra do artigo 522 do
mesmo diploma, segundo a qual o recurso cabível é o de Agravo de
Instrumento.
Em se considerando que os Embargos do Devedor representam
ação incidental autônoma ao processo executivo e a "exceptio" de
pré-executividade consubstancia um simples incidente da cobrança
forçada, sendo manifesta a independência entre ambos, conclui-se a
necessidade de se interpor recursos diversos, comprovando-se o
preparo em cada um deles, sob pena de se julgar deserto um dos
inconformismos, se a parte interessada limitou-se a efetuar o
depósito das custas recursais em um dos autos, apresentando
simples cópia do recibo bancário nos que se encontraram em
apenso.
(Apelação (Cv) Cível nº 0304655-7, Proc. Princ.: 99.00022106, 3ª
Câmara Cível do TAMG, Teófilo Otoni, Relª. Juíza Jurema Brasil
Marins. j. 12.04.2000, unânime).

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - OBJETO -


MATÉRIA RESTRITA AOS PRESSUPOSTOS DA RELAÇÃO
PROCESSUAL EXECUTIVA - ALEGAÇÃO DE MATÉRIA DIVERSA -
IMPOSSIBILIDADE - HIPÓTESES APTAS A ENSEJAR A
NULIDADE DA EXECUÇÃO, MORMENTE A FALTA DE
EXIGIBILIDADE DOS TÍTULOS - AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO
- GARANTIA DO JUÍZO - NECESSIDADE - EMBARGOS À
EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade somente se justifica em hipóteses
onde se patenteia a ausência dos pressupostos da relação
processual executiva, exemplificativamente, a inexistência de título
executivo, ilegitimidade do exeqüente ou do executado, hipóteses
onde sequer se justificaria a realização da penhora, que pressupõe a
executoriedade do título e a legitimidade dos litigantes.
O acolhimento da exceção de pré-executividade só se justifica
quando, de plano, restarem demonstradas situações aptas a ensejar
a nulidade da execução.
A desconstituição de título executivo formalmente perfeito, por desvio
de finalidade, deve ser feita em sede de Embargos do Devedor, cuja
apresentação acha-se condicionada à prévia segurança do juízo,
pela penhora.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0304646-8, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Uberaba, Rel. Juiz Kildare Carvalho. j. 12.04.2000, unânime).
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ELEIÇÃO DE
FORO - COMPETÊNCIA RELATIVA - DECLINAÇÃO - APELAÇÃO -
RECURSO IMPRÓPRIO - PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE
RECURSAL INAPLICÁVEL.
É o Agravo de Instrumento o recurso cabível das decisões
declinatórias de competência. Admite-se, em tese, a fungibilidade, se
ausente erro grosseiro e atendidos os requisitos do agravo, entre os
quais o prazo para interposição, que não foi observado, já que o
recurso foi protocolizado no prazo da apelação.
(Apelação (Cv) Cível nº 0297282-1, 1ª Câmara Cível do TAMG, Belo
Horizonte, Rel. Juiz Gouvêa Rios. j. 14.03.2000, unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - PRELIMINAR - CÓPIAS -


AUSÊNCIA DE AUTENTICAÇÃO - MERA IRREGULARIDADE -
DECISÃO DE PENHORA - INTERLOCUTÓRIA - GRAVAME -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXAME - OMISSÃO DO
JUÍZO.
A falta de autenticação das peças que obrigatoriamente compõem o
Agravo de Instrumento não tem o condão de resultar na sua
inadmissibilidade, tratando-se de mera irregularidade formal,
fazendo-se relevante quando a parte impugnar o conteúdo do
documento juntado aos autos. O pronunciamento judicial que, não
pondo fim ao processo, tem conteúdo decisório e provoca gravame à
parte é impugnável por meio de Agravo de Instrumento.
A exceção de pré-executividade tem lugar quando não se configuram
as condições da ação executiva. Em face de omissão do Magistrado
a quo em examinar o cabimento da exceção de pré-executividade
oposta, não pode o Tribunal ad quem realizar juízo de cognição da
matéria sob pena de supressão do grau de jurisdição.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0309507-6, 4ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Relª. Juíza Maria Elza. j. 28.06.2000,
unânime).
PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
NOTA PROMISSÓRIA - PLURALIDADE DE TOMADORES -
POSSIBILIDADE.
No instituto cambial da nota promissória assim como no da letra de
câmbio haverá a possibilidade de serem emitidas em favor de mais
de uma pessoa, verificando-se, assim, a pluralidade de tomadores
prevista no art. 39, § 1º do Dec. nº 2.044. Nesse caso de pluralidade,
qualquer um dos tomadores que estiver de posse do título de crédito
é considerado, para os efeitos cambiais, o credor único da
obrigação.
Recurso a que se nega provimento.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0299861-0, 4ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Alvimar de Ávila. j. 29.03.2000,
unânime).

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO


DE INEXISTÊNCIA DO DÉBITO - MATÉRIA DEPENDENTE DE
PROVA E AFERÍVEL SOB CONTRADITÓRIO - INVIABILIDADE DA
OPOSIÇÃO DE DEFESA SEM GARANTIA - IMPOSIÇÃO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ
DESCARACTERIZADA.
A jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade, mas limitada ao debate de questões sujeitas ao
conhecimento ex officio do Magistrado, não podendo ser utilizada
como instrumento de oposição do devedor sem a garantia da
penhora, que a lei exige sob condição de imprescindibilidade.
Se o título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência
de liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação
e da existência do crédito, em si mesmo, é matéria a ser apreciada
em sede de embargos do devedor, visto ser aferível apenas sob
contraditório e na dependência de prova.
Não estando demonstrado que a parte serviu-se do processo para a
prática de ato simulado, fica descaracterizada a litigância de má-fé.
Arbitrados com moderação, são devidos honorários advocatícios no
incidente de exceção de pré-executividade, que visa desconstituir a
execução.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0307320-1, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Wander Marotta. j. 26.04.2000,
unânime).

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO. PRÉ-EXECUTIVIDADE.


MATÉRIA.
A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz de Ofício, como a
nulidade do título exeqüendo. As matérias referentes ao valor da
dívida e aos encargos contratuais, típicas de defesa, que não são
deduzíveis de plano, porquanto demandam a produção de provas e
a apuração de fatos relevantes para o processo, devem ser aduzidas
em sede de Embargos à Execução e não estão compreendidas no
objeto da referida exceção. Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0309071-1, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 22.08.2000,
unânime).

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO. PRÉ-EXECUTIVIDADE.


MATÉRIA.
A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo. As matérias referentes ao valor da
dívida e aos encargos contratuais, típicas de defesa, que não são
deduzíveis de plano, porquanto demandam a produção de provas e
a apuração de fatos relevantes para o processo, devem ser aduzidas
em sede de Embargos à Execução e não estão compreendidas no
objeto da referida exceção. Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0309073-5, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 08.08.2000,
unânime).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - SENTENÇA QUE SE


AFASTA DOS LIMITES DA DEMANDA - NULIDADE -
DECLARAÇÃO DE OFÍCIO.
Declara-se de ofício, a nulidade da sentença que se afasta da
demanda, decidindo-a a partir de argumentos não declinados no
processo.
(Apelação (Cv) Cível nº 0302888-8, 7ª Câmara Cível do TAMG,
Monte Carmelo, Rel. Juiz Antônio Carlos Cruvinel. j. 06.04.2000,
unânime).

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO - SÚMULA 233 DO STJ.
A nulidade da execução, por falta de título executivo, pode ser
alegada a qualquer tempo, independente de estar seguro o Juízo, já
que se trata de questão de ordem pública, e, como tal, suscetível de
ser conhecida a qualquer tempo, inclusive, de ofício.
Ex vi da Súmula 233 do STJ, o contrato de abertura de crédito, ainda
que acompanhado do extrato de conta-corrente, não é título
executivo, porquanto, nele, o correntista não reconhece dever
quantia determinada ao banco, havendo tão-somente a previsão de
limite de crédito que poderá, eventualmente, ser utilizado.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0300831-1, 1ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Silas Vieira. j. 04.04.2000,
unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE EXTINTA - DECISÃO TERMINATIVA - RECURSO
ADEQUADO - APELAÇÃO - ERRO GROSSEIRO - FUNGIBILIDADE
RECURSAL - IMPOSSIBILIDADE.
A característica da decisão interlocutória é a resolução de questão
incidente, no curso da causa, sem pôr fim ao processo, tendo a parte
que se considera prejudicada, à sua disposição, o agravo (art. 522),
já que contra sentença definitiva cabe apelação (art. 513), sendo,
assim, certo que a decisão monocrática que decidiu sobre extinção
da fiança e anulou a penhora efetivada em cobrança forçada,
encerrando o processo, é passível de apelo e não de Agravo de
Instrumento.
Inadmissível se torna o processamento do recurso de agravo com
base na teoria da fungibilidade, se grosseiro foi o erro da recorrente
em buscar a reforma de decisão manifestamente terminativa por
meio daquela via.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0299149-9, Proc. Princ.:
98.004613-3, 3ª Câmara Cível do TAMG, Uberaba, Relª. Juíza
Jurema Brasil Marins. j. 16.02.2000, unânime).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ACORDO HOMOLOGADO -


TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL - ILIQUIDEZ E INCERTEZA -
QUESTÃO AFETA AOS EMBARGOS DO DEVEDOR - NULIDADE
DE CITAÇÃO - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE NULIDADE DO
TÍTULO.
Admite-se a nulidade da execução, com fonte em vícios do título ou
da relação processual executiva, mas, como exceção de pré-
executividade, não podendo deturpar a acepção teleológica do
processo, onde milita em favor do credor e portador do título a
presunção da liquidez, certeza e exigibilidade do título executivo
judicial.
O fato de não ter sido consignado no mandado de citação o prazo de
defesa do executado de 1O dias, não distorce a forma
procedimental, uma vez que na execução de quantia certa, o
devedor é citado para pagar ou garantir a execução, devendo,
concretizada a penhora, ser então intimado para oferecimento dos
embargos do devedor, quando deve-lhe ser garantido o prazo de
defesa, em face da garantia do devido processo legal e da estrita
observância do princípio do contraditório .
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0307471-3, Proc. Princ.
00.00008112, 3ª Câmara Cível do TAMG, Poços de Caldas, Rel. Juiz
Duarte de Paula. j. 02.08.2000, unânime).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ACORDO HOMOLOGADO -


TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL - ILIQUIDEZ E INCERTEZA -
QUESTÃO AFETA AOS EMBARGOS DO DEVEDOR - NULIDADE
DE CITAÇÃO - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE NULIDADE DO
TÍTULO.
Admite-se a nulidade da execução, com fonte em vícios do título ou
da relação processual executiva, mas, como exceção de pré-
executividade, não podendo deturpar a acepção teleológica do
processo, onde milita em favor do credor e portador do título a
presunção da liquidez, certeza e exigibilidade do título executivo
judicial.
O fato de não ter sido consignado no mandado de citação o prazo de
defesa do executado de 1O dias, não distorce a forma
procedimental, uma vez que na execução de quantia certa, o
devedor é citado para pagar ou garantir a execução, devendo,
concretizada a penhora, ser então intimado para oferecimento dos
embargos do devedor, quando deve-lhe ser garantido o prazo de
defesa, em face da garantia do devido processo legal e da estrita
observância do princípio do contraditório .
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0307471-3, Proc. Princ.
00.00008112, 3ª Câmara Cível do TAMG, Poços de Caldas, Rel. Juiz
Duarte de Paula. j. 02.08.2000, unânime).

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


QUESTIONAMENTO DA LIQUIDEZ E DA CERTEZA DO TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - QUESTÃO RELATIVA AO
ALONGAMENTO E À SECURITIZAÇÃO DA DÍVIDA - MATÉRIA A
SER ARGÜIDA E APRECIADA ATRAVÉS DOS EMBARGOS DE
DEVEDOR A SEREM OPOSTOS DEPOIS DE SEGURO O JUÍZO
PELA PENHORA - INDEFERIMENTO DO PEDIDO EM PRIMEIRA
INSTÂNCIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO.
Por ser de mérito a questão relativa à falta de liquidez e de certeza
do título executivo extrajudicial por inexatidão da memória atualizada
do débito, decorrente da inclusão de juros e de outros acessórios
pactuados em desacordo com o Dec. 22.626/33 e o art. 192, § 3º, da
Constituição Federal, com infringência do art. 52 da Lei 8078/90, e
ainda a argüição de falta de acolhimento do pedido de alongamento
e de securitização da dívida, autorizados pela Lei nº 9138/95, ela só
poderá ser apreciada através dos embargos de devedor, a serem
opostos pelo executado depois de seguro o juízo pela penhora,
impondo-se, por isso, a confirmação da decisão de primeira instância
pela qual veio a ser desacolhida a exceção de pré-executividade,
objetivando a decretação da nulidade da execução.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0301030-8, 7ª Câmara Cível do
TAMG, Canápolis, Rel. Juiz Fernando Bráulio. j. 27.04.2000,
unânime).

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


CONTRADITÓRIO - CERCEAMENTO DE DEFESA - NULIDADE.
Através da exceção de pré-executividade, instaura-se, no processo
de execução, por mais absurdo que possa parecer, antes da
realização da constrição judicial, e, por óbvio, antes dos embargos à
execução, o contraditório, sendo nula a sentença proferida
anteriormente à concessão, ao exeqüente, de oportunidade para se
manifestar sobre a aludida exceção, sob pena de se configurar
manifesto cerceamento de defesa.
(Apelação (Cv) Cível nº 0299134-8, 1ª Câmara Cível do TAMG, Juiz
de Fora, Rel. Juiz Moreira Diniz. j. 22.02.2000, unânime).

PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO


EM CONTA CORRENTE - INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO
- MATÉRIA QUE PERMITE A EXCEÇÃO NOS AUTOS DA
EXECUÇÃO - SÚMULA 233.
A existência de título executivo é pressuposto da ação de execução,
tratando-se de matéria que pode ser reconhecida até de ofício pelo
Juiz, o que possibilita a argüição em objeção de pré-executividade
nos próprios autos da execução, independentemente de oposição de
embargos de devedor e de estar seguro o juízo. "O contrato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato de conta
corrente, não é título executivo" (Súmula n. 233 do STJ).
(Apelação (Cv) Cível nº 0301176-9, 1ª Câmara Cível do TAMG,
Serro, Relª. Juíza Vanessa Verdolim Andrade. j. 28.03.2000,
unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA


DE PAGAMENTO C/C COBRANÇA DE ALUGUÉIS E ACESSÓRIOS
DE LOCAÇÃO EM FASE DE EXECUÇÃO DE SENTENÇA -
EXCEÇÃO PRÉ-EXECUTIVIDADE - IMÓVEL RESIDENCIAL - BEM
DE FAMÍLIA - PENHORABILIDADE - FIANÇA.
1 - O bem de família oferecido em decorrência de fiança não se
encontra protegido pela Lei nº 8.009/90, conforme disposto em seu
art. 3º, inciso VII, acrescido pelo art. 82, da Lei nº 8.245/91.
2 - Recurso provido.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0298881-8, Proc. Princ.
98.002738-0, 2ª Câmara Cível do TAMG, Uberaba, Rel. Juiz Batista
Franco. j. 18.04.2000, unânime).

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


INOCORRÊNCIA DE NULIDADE ABSOLUTA OU DEFEITOS
IRREVERSÍVEIS - DESCABIMENTO.
A exceção de pré-executividade é cabível em casos de nulidade
absoluta e defeitos irreversíveis que possam prejudicar a execução.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0304501-4, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Uberaba, Rel. Juiz Delmival Almeida Campos. j. 23.05.2000,
unânime).

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO. PRÉ-EXECUTIVIDADE.


MATÉRIA.
A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
As matérias referentes ao valor da dívida e aos encargos contratuais,
típicas de defesa, que não são deduzíveis de plano, porquanto
demandam a produção de provas e a apuração de fatos relevantes
para o processo, devendo ser aduzidas em sede de embargos à
execução não estando, pois, compreendidas no objeto da referida
exceção.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 0296524-0/1999, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 16.05.2000,
unânime).

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO. PRÉ-EXECUTIVIDADE.


MATÉRIA.
- A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
- As matérias referentes ao valor da dívida e aos encargos
contratuais, típicas de defesa, que não são deduzíveis de plano,
porquanto demandam a produção de provas e a apuração de fatos
relevantes para o processo, devendo ser aduzidas em sede de
embargos à execução não estando, pois, compreendidas no objeto
da referida exceção.
- Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 0296525-7/1999, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 16.05.2000,
unânime).

EXECUÇÃO - REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES A RECEITA


FEDERAL - DEVER DE EFICIÊNCIA DA PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL - POSSIBILIDADE - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO -
QUESTÃO AFETA AOS EMBARGOS DO DEVEDOR -
INDEFERIMENTO DO PEDIDO.
Admite-se a intromissão do Poder Judiciário na esfera privada do
indivíduo, determinando seja oficiado à Receita Federal no sentido
de se obter informações acerca da existência de bens do executado,
para garantir a execução, no resguardo do interesse do estado de
cumprir com o dever de uma exata e eficiente prestação jurisdicional.
Afigura-se possível a oposição de exceção de pré-executividade do
título executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto
poder implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de
sua nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e
até mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo juiz até
mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da incerteza, iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - sentença judicial - através da
exceção de pré-executividade, com suporte em matéria de mérito,
por não se revestir o direito invocado do caráter a ensejar a medida
liminar, deve ser objeto de embargos do devedor a serem interpostos
pelo executado.
(Agravo de Instrumento nº 0296848-5/1999, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 09.02.2000,
unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - TRIPLICATAS.
Revestindo-se os títulos de regularidade formal, apto está para
embasar a ação de execução.
A exceção de pré-executividade é um meio de defesa que só pode
ser admitida quando sua matéria for de ordem pública, sobre a qual
o juiz tem o dever de examinar de ofício.
Recurso a que se nega provimento.
Decisão:
Negar provimento.
Observações:
1º TACivSP - AI 0682159-2 - Rel. Juiz Kioitsi Chicuta; RSJT 85/256
Referências Legislativas:
CPC - Código de Processo Civil art. 586; Art. 7º, 8º, 13, § 1º e 15 da
Lei 5474/68
Doutrinas Associadas:
Autor: Sérgio Shimura. Obra: Título Executivo, p. 72
Autor: Humberto Theodoro Júnior. Obra: Processo de Execução,
LEUD, 1975, p. 102
(Agravo de Instrumento nº 0295156-8/1999, Proc. Principal
98.011835-1, 6ª Câmara Cível do TAMG, Uberlândia, Rel. Juiz
Dárcio Lopardi Mendes. j. 03.02.2000, unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - INOCORRÊNCIA DE NULIDADE DOS TÍTULOS
- QUESTIONAMENTO DE CLÁUSULA CONTRATUAL - VIA
PROPÍCIA - EMBARGOS - INACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO -
DECISÃO MANTIDA.
- A exceção de pré-executividade é de se ver, limitada a questões
formais de preenchimento de pressupostos processuais, sob pena
de se violentar o sistema processual em vigor, pelo qual a defesa do
executado se dá via de embargos à execução. Cláusulas contratuais,
consideradas potestativas, por exemplo, não podem ser analisadas
na estreita via da exceção.
(Agravo de Instrumento nº 0304176-1/2000, 1ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Gouvêa Rios. j. 16.05.2000,
unânime).

HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA - AÇÃO DE EXECUÇÃO -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA - EXTINÇÃO DO
PROCESSO DE EXECUÇÃO.
Em se tratando de sentença extintiva do processo de execução em
decorrência do acolhimento da exceção de pré-executividade oposta
pelos executados, os honorários de sucumbência devem ser fixados,
em valor certo e de conformidade com o § 4º, do art. 20, do CPC,
consoante apreciação eqüitativa do Juiz, atendidas as normas das
letras "a" a "c", do § 3º, devendo o Juiz agir com arbítrio, seja para
evitar aviltamento, seja para adotar mais moderação.
Recurso conhecido e provido para fixar os honorários de
sucumbência no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
(Apelação Cível nº 0316969-7/2000, 4ª Câmara Cível do TAMG, Juiz
de Fora, Rel. Juiz Paulo Cézar Dias. j. 27.09.2000, unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. DESNECESSIDADE DE EMBARGOS. DÍVIDA
SOLIDÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DE PAGAMENTO DE COTA
PARTE POR UM DOS DEVEDORES SOLIDÁRIOS.
IMPRESTABILIDADE DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
PARA TAL CASO.
- Repele-se a pretensão de pré-executividade, se o fundamento de
pedir dessa consiste em obviar a execução por meio de alegação de
pagamento parcial de dívida solidária.
(Agravo de Instrumento nº 0273450-7/1998, 6ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Belizário de Lacerda. j. 03.08.2000,
unânime).

EXECUÇÃO - CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA -


PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À SUA
VALIDADE COMO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL -
QUESTÃO ATINENTE À EXIGIBILIDADE DO TÍTULO - MATÉRIA
SÓ SUSCETÍVEL DE SER ARGÜIDA NOS EMBARGOS DE
DEVEDOR - INTELIGÊNCIA DO ART. 741 DO CPC - EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA ANTES DA PENHORA, EM 1ª
INSTÂNCIA - APELAÇÃO PROVIDA.
Fundando-se a execução em cédula rural pignoratícia que preencha
os requisitos necessários à sua validade como título executivo
extrajudicial, a questão atinente à sua exigibilidade só é suscetível
de ser argüida através dos embargos de devedor, depois de seguro
o Juízo pela penhora, não sendo acolhível a exceção de pré-
executividade, só admissível na hipótese de inexistência ou de
nulidade absoluta do título. Impõe-se, portanto, a cassação da
sentença pela qual tal exceção veio a ser acolhida a destempo, em
1ª instância.
(Apelação Cível nº 0308819-7/2000, 7ª Câmara Cível do TAMG,
Lajinha, Rel. Juiz Fernando Bráulio. j. 28.06.2000, unânime).

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO. PRÉ-EXECUTIVIDADE.


MATÉRIA.
- A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz, de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
- As matérias referentes ao valor da dívida e aos encargos
contratuais, típicas de defesa, que não são dedutíveis de plano,
porquanto demandam a produção de provas e a apuração de fatos
relevantes para o processo, devem ser aduzidas em sede de
embargos à execução e não estão compreendidas no objeto da
referida exceção.
- Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 0309075-9/2000, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 08.08.2000,
unânime).
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE - FALTA DE CITAÇÃO DO EXCEPTO -
INOCORRÊNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA.
Ocorrendo a prescrição intercorrente alegada em exceção de pré-
executividade, desnecessária é a citação do excepto, uma vez que a
ação de execução não pode prosperar, em razão de lhe faltar
requisito essencial que é o título executivo.
(Apelação Cível nº 0313770-8/2000, 7ª Câmara Cível do TAMG,
Ouro Preto, Rel. Juiz Antônio Carlos Cruvinel. j. 24.08.2000,
unânime).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO DE UM


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE - INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO -
NULIDADE - EXTINÇÃO DECRETADA - SÚMULA 233, DO STJ -
DECISÃO MANTIDA.
Com a edição da Súmula 233, do STJ, resta inequívoca a
impossibilidade de se aforar ação de execução, quando se pretende,
como título executivo, um contrato bancário de abertura de crédito.
(Apelação Cível nº 0318174-6/2000, 1ª Câmara Cível do TAMG,
Uberlândia, Rel. Juiz Gouvêa Rios. j. 24.10.2000, unânime).

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - QUESTÕES DE ALTA INDAGAÇÃO -
NECESSIDADE DE ALEGAÇÃO VIA EMBARGOS.
Não se pode admitir que, sob o rótulo de "exceção de pré-
executividade", o devedor traga à tona matérias que, por sua própria
natureza, devem ser alegadas por meio de embargos, já que aquele
procedimento, por fugir à regra geral, deve ficar restrito aos casos
em que se vislumbra, de antemão, a plena nulidade da execução.
(Agravo de Instrumento nº 0322581-0/2000, 1ª Câmara Cível do
TAMG, Juiz de Fora, Rel. Juiz Silas Vieira. j. 28.11.2000, unânime).
PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE -
INOCORRÊNCIA - PRESCRIÇÃO - DESACOLHIMENTO EM
PRIMEIRA INSTÂNCIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO
IMPROVIDO.
A exceção de pré-executividade, admitida excepcionalmente em
nosso direito por construção jurisprudencial, somente se dá, em
princípio, nos casos em que o juízo pode, de ofício, conhecer da
matéria a exemplo do que se verifica quanto à nulidade absoluta do
título executivo.
(Agravo de Instrumento nº 0311460-9/2000, 7ª Câmara Cível do
TAMG, Machado, Rel. Juiz Fernando Bráulio. j. 17.08.2000,
unânime).

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE EXECUÇÃO - ASSISTÊNCIA


JUDICIÁRIA - DECLARAÇÃO DE MISERABILIDADE -
ADMISSIBILIDADE - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
PROCESSO EXTINTO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO -
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 267, INCISOS IV, V, VI E § 3º, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - CONDENAÇÃO EM
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS - POSSIBILIDADE.
1. É entendimento doutrinário e jurisprudencial que, para a
concessão da justiça gratuita, basta a declaração da pessoa de que
não possui recursos capazes de propiciarem o acesso à justiça com
o recolhimento das verbas públicas e dos ônus do processo,
independentemente da apresentação de outras provas.
2. A Lei nº 1.060, em seu art. 4º, § 1º, estabelece a presunção iuris
tantum em torno da declaração feita pela parte, pelo que vale e
produz efeitos até prova em contrário.
3. Mesmo em sede de exceção de pré-executividade, devida é a
verba honorária, a qual deve ser fixada nos termos do § 4º do artigo
20 do Código de Processo Civil, sopesadas as alíneas do parágrafo
anterior.
4. Preliminar rejeitada e recurso provido.
(Apelação Cível nº 0319117-5/2000, 2ª Câmara Cível do TAMG, Belo
Horizonte, Rel. Juiz Batista Franco. j. 24.10.2000, unânime).

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO


DE INEXISTÊNCIA DO DÉBITO - MATÉRIA DEPENDENTE DE
PROVA E AFERÍVEL SOB AMPLO CONTRADITÓRIO -
INVIABILIDADE DA OPOSIÇÃO DE DEFESA SEM GARANTIA.
A jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade, mas limitada ao debate de questões sujeitas ao
conhecimento ex officio do Magistrado, não podendo ser utilizada
como instrumento de oposição do devedor sem a garantia da
penhora, que a lei exige sob condição de imprescindibilidade.
Se o título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência
de liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação,
da existência ou do excesso do crédito, em si mesmo, é matéria a
ser apreciada na via dos embargos.
(Agravo de Instrumento nº 0320169-6/2000, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Perdizes, Rel. Juiz Wander Marotta. j. 08.11.2000, unânime).

EXECUÇÃO - "EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EMBARGOS


- NECESSIDADE.
Não se vê, na prática, outro instrumento processual para se discutir a
executividade de um título que não seja a ação própria, os Embargos
à Execução, sob pena de, caso contrário, não ser atendido o
princípio do contraditório.
(Agravo de Instrumento nº 0321778-9/2000 Proc. Principal
93.093461-7, 6ª Câmara Cível do TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz
Maciel Pereira. j. 23.11.2000, unânime).

EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Alegação de nulidade da execução e falta de força executiva do
título. Admissibilidade da exceção. A exceção de pré-executividade
pode ser argüida em defesa nos autos da execução, quando versar
questão de ordem processual passível de conhecimento ex officio
pelo Magistrado, como a higidez do título executivo.
(Agravo de Instrumento nº 0310488-3/2000 Proc. Principal
99.007052-2, 4ª Câmara Cível do TAMG, Passos, Rel. Juiz Jarbas
Ladeira. j. 11.10.2000, unânime).

PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


RECURSO CABÍVEL CONTRA A DECISÃO QUE A DESACOLHE.
Em se tratando de incidente processual, a decisão que desacolhe a
argüição de exceção de pré-executividade desafia o Agravo de
Instrumento. Apenas será cabível a interposição do recurso de
apelação se o incidente for acolhido para decretar a extinção do
processo de execução, pois aí o ato decisório tem natureza de
sentença.
(Apelação Cível nº 0323421-3/2000, 4ª Câmara Cível do TAMG,
Uberlândia, Rel. Juiz Paulo Cézar Dias. j. 29.11.2000, unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - CITAÇÃO PELO CORREIO -


PESSOA JURÍDICA - INOBSERVÂNCIA DA FORMA LEGAL -
CARTA REGISTRADA RECEBIDA POR PESSOA SEM PODERES
DE REPRESENTAÇÃO - NULIDADE DE CITAÇÃO -
POSSIBILIDADE DE DEDUÇÃO EM QUALQUER FASE DO
PROCESSO - RECONHECIMENTO EM SEDE DE EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A citação constitui ato formal e fundamental para a regular formação
da relação processual, onde eventual inobservância acarreta sua
inexistência.
A citação de pessoa jurídica deverá ser efetivada na pessoa com
poderes de representação legal, verificando-se inválida aquela feita a
funcionário que não os possui.
A nulidade da citação para a fase de conhecimento poderá ser
deduzida em qualquer fase, inclusive em sede de exceção de pré-
executividade.
(Agravo de Instrumento nº 0318920-8/2000, 4ª Câmara Cível do
TAMG, Juiz de Fora, Relª. Juíza Maria Elza. j. 25.10.2000, unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - CITAÇÃO PELO CORREIO -


PESSOA JURÍDICA - INOBSERVÂNCIA DA FORMA LEGAL -
CARTA REGISTRADA RECEBIDA POR PESSOA SEM PODERES
DE REPRESENTAÇÃO - NULIDADE DE CITAÇÃO -
POSSIBILIDADE DE DEDUÇÃO EM QUALQUER FASE DO
PROCESSO - RECONHECIMENTO EM SEDE DE EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A citação constitui ato formal e fundamental para a regular formação
da relação processual, onde eventual inobservância acarreta sua
inexistência.
A citação de pessoa jurídica deverá ser efetivada na pessoa com
poderes de representação legal, verificando-se inválida aquela feita a
funcionário que não os possui.
A nulidade da citação para a fase de conhecimento poderá ser
deduzida em qualquer fase, inclusive em sede de exceção de pré-
executividade.
(Agravo de Instrumento nº 0318920-8/2000, 4ª Câmara Cível do
TAMG, Juiz de Fora, Relª. Juíza Maria Elza. j. 25.10.2000, unânime).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ACOLHIMENTO -


EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO - FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS -
LEGALIDADE - OBSERVÂNCIA DO § 4º, DO ART. 20, CPC -
VALOR IRRISÓRIO - MAJORAÇÃO NECESSÁRIA.
- Na ação de execução, embargada ou não, a decisão que fixa os
honorários deve atender aos critérios de eqüidade recomendados no
§ 4º, do art. 20, do CPC, podendo ser alterada no curso do
procedimento, se assim recomendarem as circunstâncias.
(Apelação Cível nº 0313921-5/2000, 1ª Câmara Cível do TAMG, Belo
Horizonte, Rel. Juiz Gouvêa Rios. j. 17.10.2000, unânime).
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM -
SUCESSÃO DE EMPRESAS - INCORPORAÇÃO - REJEIÇÃO DA
EXCEÇÃO - CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE CUSTAS -
CABIMENTO - CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - NÃO CABIMENTO - RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO.
1 - A exceção de pré-executividade tem lugar sempre que não se
configurarem as condições da ação executiva, matérias que podem
ser conhecidas pelo Juiz até mesmo de ofício, e, assim sendo,
cabível é quando verificada ilegitimidade da parte. Entretanto,
havendo sucessão de empresas, mais especificadamente,
incorporação, inadmissível a alegação de ilegitimidade passiva da
empresa incorporadora para suportar uma execução. Isto porque,
com a incorporação, conseqüentemente, há a transferência de ativos
e passivos, e, com isso, além de adquirir os direitos, a empresa
incorporadora passa a assumir todas as obrigações da incorporada.
2 - À inteligência do artigo 20, § 1º, do CPC, o Juiz, ao decidir
qualquer incidente ou recurso, condenará nas despesas o vencido.
3 - Tratando-se a exceção de pré-executividade de mero incidente
processual, que não põe termo a lide, não cabe a condenação em
honorários advocatícios decorrentes da sucumbência.
4 - Recurso parcialmente provido.
Decisão:
Dar parcial provimento ao agravo.
(Agravo de Instrumento Cível nº 0308253-9/2000, Proc. Princ.:
99.004443-9, 2ª Câmara Cível do TAMG, São Lourenço, Rel. Juiz
Batista Franco. j. 28.11.2000, unânime).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - DECISÃO - RECURSO


CABÍVEL - ANOMALIA PROCEDIMENTAL - NULIDADE DA
EXECUÇÃO - NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA -
CARÊNCIA DE AÇÃO
1. As matérias consideradas de ordem pública, cognoscíveis de
ofício pelo Juiz, podem ser argüidas nos próprios autos da execução,
através de simples petição, em palco de exceção (ou objeção) de
pré-executividade, sendo que a decisão que julga tal incidente
desafia o Recurso de Agravo de Instrumento. Entretanto, a questão
sob comento eiva-se de certa atecnia, pois a petição foi formalizada,
recebida, processada e julgada como ação autônoma, recebendo
numeração em autos próprios, tanto que o Julgador monocrático a
extinguiu por sentença. Por isso, com fulcro na adstrição a
principiologia processual (instrumentalidade das formas e economia
processual) impõe-se o conhecimento da Apelação, dada a
peculiaridade do feito.
2. Não basta ao acolhimento da exceção de pré-executividade a
alegação de nulidade da execução, exigindo-se que essa nódoa seja
visível, manifesta, notória e absoluta.
Decisão:
Rejeitar a preliminar e negar provimento, alterando dispositivo da
sentença.
(Apelação Cível nº 0320334-3/2000, 1ª Câmara Cível do TAMG,
Uberlândia, Rel. Juiz Nepomuceno Silva. j. 21.11.2000, unânime).

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO. PRÉ-EXECUTIVIDADE.


MATÉRIA.
A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo. As matérias típicas de defesa, que não
deduzíveis de plano, porquanto demandam a produção de provas e
a apuração de fatos relevantes para o processo, devem ser aduzidas
em sede de embargos à execução e não estão compreendidas no
objeto da referida exceção. Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento (CV) Cível nº 0296108-6, 2ª Câmara Cível
do TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 14.12.1999,
unânime).
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ELEIÇÃO DE
MATÉRIA PRÓPRIA DOS EMBARGOS - INVIABILIDADE.
1. A exceção de pré-executividade, como o próprio nome encerra,
não pode elastecer a ponto de, verdadeiramente, substituir a via de
embargos do devedor, genérica para a defesa de quem deve, nos
termos dos arts. 739/741-II, do CPC.
2. Em conseqüência, correta é a decisão monocrática que, em sede
de recurso, o recebe só no efeito devolutivo, na aplicação do art.
520, V, do CPC.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0288741-6, 1ª Câmara Cível do
TAMG, Teófilo Otoni, Rel. Juiz Nepomuceno Silva. j. 23.11.1999,
unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. REJEIÇÃO.
Mantém-se a decisão que rejeita a exceção de pré-executividade
oposta contra nota promissória, quando o devedor suscitar que o
título de crédito foi preenchido de maneira abusiva, matéria típica de
ser deduzida nos Embargos do Devedor, após seguro o Juízo pela
penhora.
Recurso improvido.
Decisão:
Negar provimento.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0289889-5, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 19.10.1999,
unânime).

EXECUÇÃO - EMBARGOS POR ILEGITIMIDADE DAS PARTES -


NULIDADE DOS TÍTULOS EXECUTIVOS - OBJETO DE EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - DISPENSABILIDADE DA
FORMALIZAÇÃO DA PENHORA PARA SUA APRESENTAÇÃO.
Admite-se a oposição dos Embargos, mesmo antes de estar seguro
o Juízo da execução pela penhora, se vazados em exceção de pré-
executividade do título executivo, evitando-se o constrangimento da
penhora, visto poder implicar no reconhecimento judicial da sua
inexistência e de sua nulidade formal, como da impossibilidade
Jurídica do pedido e até mesmo por invocada ilegitimidade de parte,
posto constituir condições da ação, matérias que podem ser
conhecidas até mesmo de ofício.
Decisão:
Rejeitar de ofício a nulidade do título executivo e a alegada
ilegitimidade das partes, julgando prejudicado o recurso.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0279395-5, 3ª Câmara Cível do
TAMG, São Sebastião do Paraíso, Rel. Juiz Duarte de Paula. j.
23.06.1999, unânime).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E


INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA AOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade Jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o Direito invocado do
caráter a ensejar a medida liminar, deve ser objeto de Embargos do
Devedor a serem interpostos pelo executado.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0281858-8, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 18.08.1999,
unânime).
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E
INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA AOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade Jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o Direito invocado do
caráter à ensejar a medida liminar, deve ser objeto de Embargos do
Devedor a serem interpostos pelo executado.
Decisão:
Negar provimento.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0281857-1, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 11.08.1999,
unânime).

EXECUÇÃO DE SENTENÇA - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE ACOLHIDA, PARA O FITO DE SUSPENDER A
EXECUÇÃO - MATÉRIAS JÁ ALCANÇADAS PELA COISA
JULGADA - AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECURSO PROVIDO.
Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e
indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou
extraordinário (CPC, art. 467).
Existindo coisa julgada, o juiz não pode conhecer e examinar a
questão, nem que seja para decidi-la no mesmo sentido.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0292887-6, 7ª Câmara Cível do
TAMG, Caratinga, Rel. Juiz Lauro Bracarense. j. 25.11.1999,
unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - PENHORA - RENDA - EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Apresentada exceção de pré-executividade, não fica o executado
obrigado a oferecer bem a penhora, antes da apreciação do seu
pedido.
A penhora da renda deve ser analisada com cautela para evitar
maiores danos ao executado, caso em que o oferecimento
espontâneo de imóvel deve ser acatado.
(Apelação (Cv) nº 0259797-3, 2ª Câmara Cível do TAMG, Varginha,
Rel. Juiz Nilson Reis. j. 06.10.1999, unânime).

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - QUESTÕES SUSCITADAS EM ANTERIORES
EMBARGOS À EXECUÇÃO JÁ JULGADOS - TRANSAÇÃO -
PRECLUSÃO DAS ALEGAÇÕES REINAUGURADAS.
A jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade para discussão de questões sujeitas ao conhecimento
"ex officio" do Magistrado, mas o sistema do CPC não admite a
exceção de pós-executividade - como aqui se pretende - já que
todas as matérias de defesa devem ser, como foram, alegadas em
embargos, após cuja oportunidade sua reinauguração fica preclusa,
sob pena de eternizar-se o processo e a realização do direito do
credor.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0293946-4, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Três Corações, Rel. Juiz Wander Marotta. j. 04.11.1999,
unânime).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E


INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA AOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o direito invocado do
caráter a ensejar a medida liminar, deve ser objeto de Embargos do
Devedor a serem interpostos pelo executado.
Decisão:
Rejeitar preliminar e negar provimento.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0281860-8, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 18.08.1999,
unânime).

EXCEÇÃO - PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO -


PRESSUPOSTO - MATÉRIA ARGÜÍVEL DE OFÍCIO.
A exceção de pré-executividade só é admissível quando versar
sobre matéria que deva ser conhecida pelo Juiz ex officio. É cabível
a exceção de pré-executividade se a parte desobedece ao comando
da sentença que determinou que seja feita a liqüidação por
arbitramento, procedendo à execução mediante mero demonstrativo
com o cálculo unilateral extrajudicial, se o mesmo é aceito pelo Juiz
do feito, que determina de plano a efetivação da citação e penhora,
deixando de observar o devido processo legal.
Decisão:
Dar provimento.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0294517-7, 1ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Relª. Juíza Vanessa Verdolim Andrade. j.
21.12.1999, unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - DISCUSSÃO DE MATÉRIAS DE ORDEM
PÚBLICA - UTILIZAÇÃO DO INCIDENTE PARA SUBSTITUIR
EMBARGOS DO DEVEDOR E DISCUTIR A ORIGEM DA DÍVIDA -
IMPOSSIBILIDADE.
A denominada "exceção ou objeção de pré-executividade" permite
ao executado obter a extinção da execução, através da discussão de
matérias de ordem pública, tais como a ausência das condições da
ação e dos pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e
regular do processo executivo, questões estas que não estão
adstritas aos embargos do devedor e podem ser analisadas nos
autos da própria execução, independentemente de prévia segurança
do Juízo.
Tal incidente não pode ser utilizado para substituir os Embargos à
Execução não aviados a tempo e modo, porque apenas estes
constituem o meio adequado para o devedor pretender a
desconstituição do título executivo, com discussão acerca da origem
da dívida e ampla dilação probatória.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0297140-8, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Espera Feliz, Rel. Juiz Edilson Fernandes. j. 22.12.1999,
unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - DISCUSSÃO DE MATÉRIAS DE ORDEM
PÚBLICA - UTILIZAÇÃO DO INCIDENTE PARA SUBSTITUIR
EMBARGOS DO DEVEDOR E DISCUTIR A ORIGEM DA DÍVIDA -
IMPOSSIBILIDADE.
A denominada "exceção ou objeção de pré-executividade" permite
ao executado obter a extinção da execução, através da discussão de
matérias de ordem pública, tais como a ausência das condições da
ação e dos pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e
regular do processo executivo, questões estas que não estão
adstritas aos embargos do devedor e podem ser analisadas nos
autos da própria execução, independentemente de prévia segurança
do Juízo.
Tal incidente não pode ser utilizado para substituir os Embargos à
Execução não aviados a tempo e modo, porque apenas estes
constituem o meio adequado para o devedor pretender a
desconstituição do título executivo, com discussão acerca da origem
da dívida e ampla dilação probatória.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0297140-8, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Espera Feliz, Rel. Juiz Edilson Fernandes. j. 22.12.1999,
unânime).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E


INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA AOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o direito invocado do
caráter a ensejar a medida liminar, deve ser objeto de embargos do
devedor a serem interpostos pelo executado.
Decisão:
Rejeitar a preliminar levantada em contraminuta e negar provimento
ao recurso.
Referências Legislativas:
CPC - Código de Processo Civil arts. 6º, 582, 586, 618, 652, 736,
737, 739, II e 741
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0281859-5, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 29.09.1999,
unânime).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E


INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA AOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o Direito invocado do
caráter a ensejar a medida liminar, deve ser objeto de embargos do
devedor a serem interpostos pelo executado.
Decisão:
Rejeitar preliminar e negar provimento.
Referências Legislativas:
CPC - Código de Processo Civil arts. 582, 586, 618, 652, 736, 737,
739, II e 741
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0281861-5, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 18.08.1999,
unânime).
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - PROVIMENTO PARCIAL -
DECOTE DE PARCELAS - PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO -
RECURSO CABÍVEL - AGRAVO DE INSTRUMENTO.
A decisão que resolve a exceção de pré-executividade somente se
submeterá ao recurso de apelação se julgar extinta a execução. Nos
demais casos, seja julgando procedente ou não a exceção, mas
determinando o prosseguimento do feito, impondo-lhe apenas um
decote, a decisão se submete ao recurso de agravo de instrumento.
Constitui erro grosseiro a interposição de apelação contra decisão
que determina o decote de parcelas da execução, que, portanto,
prossegue, o que impede a aplicação do princípio da fungibilidade,
que também não se aplica se proposto o recurso após o prazo
estabelecido para o recurso de apelação.
(Apelação Cível nº 0294121-1/1999, 1ª Câmara Cível do TAMG, Juiz
de Fora, Relª. Juíza Vanessa Verdolim Andrade. j. 23.11.1999,
unânime).

TAMG-015957)
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE - PROCEDÊNCIA - EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO.
De se ter como procedente a exceção de pré-executividade que visa
o reconhecimento da inadmissibilidade da execução alicerçada em
contrato de abertura de crédito em conta corrente.
(Agravo de Instrumento nº 0285103-4/1999, 4ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Ferreira Esteves. j. 24.11.1999,
unânime).

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - AUSÊNCIA


DE LIQUIDEZ - POSSIBILIDADE.
- Revelando-se incontroversa a existência de execução
manifestamente embasada em título sem certeza, liquidez e
exigibilidade, impõe-se a extinção de execução. Na hipótese sub
judice, não constaram do instrumento particular de confissão e
composição de dívidas os critérios certos e precisos para apuração
dos valores de sacas de café, o que retirou a liquidez do débito
cobrado em sede de execução, que, por essa razão, deve ser
extinta.
(Agravo de Instrumento nº 0286603-3/1999, 5ª Câmara Cível do
TAMG, Uberlândia, Rel. Juiz Eduardo Andrade. j. 14.10.1999,
unânime).

AÇÃO DE EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


MOVIDA VISANDO A EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
OCORRÊNCIA DE PENHORA E NECESSIDADE DE
INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS DO DEVEDOR - REJEIÇÃO -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECURSO NÃO PROVIDO.
A nota promissória, mesmo ligada a contrato firmado entre aqueles
que nela se vinculam, não perde as características da literalidade, da
autonomia e da abstração, imanentes aos títulos cambiários.
Embora admissível, entre os figurantes da cártula, a discussão sobre
a causa debendi, só mediante prova completa e inequívoca a
respeito de sua inexistência, cuidar-se-á de reconhecer a sua
inexigibilidade.
É inábil, para dissolver discussões profundas sobre vinculações de
nota promissória com contrato de promessa de compra e venda, o
incidente de pré-executividade.
Decisão:
Negar provimento.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0294304-0, 7ª Câmara Cível do
TAMG, Divinópolis, Rel. Juiz Lauro Bracarense. j. 11.11.1999, Publ.
DJMG de 06.05.2000, unânime).

AÇÃO DE EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


MOVIDA VISANDO A EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM
OCORRÊNCIA DE PENHORA E NECESSIDADE DE
INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS DO DEVEDOR - REJEIÇÃO -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECURSO NÃO PROVIDO.
A nota promissória, mesmo ligada a contrato firmado entre aqueles
que nela se vinculam, não perde as características da literalidade, da
autonomia e da abstração, imanentes aos títulos cambiários.
Embora admissível, entre os figurantes da cártula, a discussão sobre
a causa debendi, só mediante prova completa e inequívoca a
respeito de sua inexistência, cuidar-se-á de reconhecer a sua
inexigibilidade.
É inábil, para dissolver discussões profundas sobre vinculações de
nota promissória com contrato de promessa de compra e venda, o
incidente de pré-executividade.
Decisão:
Negar provimento.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0294304-0, 7ª Câmara Cível do
TAMG, Divinópolis, Rel. Juiz Lauro Bracarense. j. 11.11.1999, Publ.
DJMG de 06.05.2000, unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - PRÉ-


EXECUTIVIDADE - NULIDADE - DEFEITO DE CITAÇÃO - TEORIA
DA APARÊNCIA.
Válida é a citação efetivada na pessoa que apresenta-se como
procurador do executado, pois lícito não é exigir-se do Oficial de
Justiça que requeira do cidadão prova quanto à capacidade para
receber citação. Inadmissível a exceção de pré-executividade,
porquanto já em fase de expropriação do bem do devedor.
(Agravo nº 000.185.401-7/00, 5ª Câmara Cível do TJMG,
Governador Valadares, Rel. Des. José Francisco Bueno. j.
29.06.2000).
Decisão:
Vistos etc., acorda, em Turma a Quinta Câmara Cível do Tribunal de
Justiça do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatório de
fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas
taquigráficas, à unanimidade de votos, em rejeitar preliminar e negar
provimento.

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


ADMISSIBILIDADE.
A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá em hipóteses
excepcionais como, por exemplo, quando for evidente a ausência de
título ou haja flagrante causa de nulidade da execução, ou, ainda,
quando manifesta a prescrição do título ou induvidosa a prova da
quitação do crédito exeqüendo, fora desses casos, impõe-se a
oposição de Embargos do Devedor.
(Agravo de Instrumento nº 000.179.974-1/00, 1ª Câmara Cível do
TJMG, Belo Horizonte, Rel. Des. Antônio Hélio Silva. j. 18.04.2000).
Decisão:
Vistos etc., acorda, em Turma a Primeira Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatório
de fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas
taquigráficas, à unanimidade de votos, em negar provimento ao
recurso.

EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


EXCEPCIONALIDADE - NÃO-CARACTERIZAÇÃO.
A exceção de pré- executividade, passível de ser argüida nos autos
da execução fiscal, tem caráter excepcional e somente poderá ser
aferida pelo Magistrado, caso a alegada nulidade da citação e da
CDA sejam patentes, pois, havendo necessidade de exame mais
aprofundado, a tanto, somente em sede de embargos do devedor tal
poderá ocorrer.
Agravo desprovido.
(Agravo nº 000.172.842-7/00, 3ª Câmara Cível do TJMG, Contagem,
Rel. Des. Lucas Sávio Gomes. j. 27.04.2000).
Decisão:
Vistos etc., acorda, em Turma a Terceira Câmara Cível do Tribunal
de Justiça do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatório
de fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas
taquigráficas, à unanimidade de votos, em negar provimento.

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
É inadmissível, em execução fiscal, a apreciação de exceção de pré-
executividade apresentada pelo executado, visando ao debate de
matérias estranhas aos pressupostos processuais e condições da
ação, como o cerceamento de defesa no procedimento
administrativo de constituição do crédito tributário e a existência de
novação.
(Agravo nº 000.169.014-8/00, 4ª Câmara Cível do TJMG, Juiz de
Fora, Rel. Des. Almeida Melo. j. 03.02.2000).
Decisão:
Vistos etc., acorda, em Turma a Quarta Câmara Cível do Tribunal de
Justiça do Estado de Minas Gerais, incorporando neste o relatório de
fls., na conformidade da ata dos julgamentos e das notas
taquigráficas, à unanimidade de votos, em negar provimento.

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA


DEPENDENTE DE PROVA E AFERÍVEL SOB AMPLO
CONTRADITÓRIO – INVIABILIDADE DA OPOSIÇÃO DE DEFESA
SEM GARANTIA – A jurisprudência vem admitindo a chamada
exceção de pré-executividade, mas limitada ao debate de questões
sujeitas ao conhecimento ex officio do magistrado, não podendo ser
utilizada como instrumento de oposição do devedor sem a garantia
da penhora, que a lei exige sob condição de imprescindibilidade. Se
o título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência de
liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação, da
existência ou do excesso do crédito, em si mesmo, é matéria a ser
apreciada na via dos embargos. (TAMG – AI 0355673-4 – Timóteo –
3ª C.Cív. – Rel. Juiz Wander Marotta – J. 12.12.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXEÇUÇÃO – CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO – DESCARACTERIZAÇÃO COMO
TÍTULO EXECUTIVO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
INTELIGÊNCIA DO ART. 585, II DO CPC – ENTENDIMENTO
CONSOLIDADO PELO STJ – EXTINÇÃO – HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS – A exceção de pré-executividade pode ser argüida
em defesa nos autos da execução, quando versar sobre questão de
ordem processual passível de conhecimento ex offício pelo
magistrado, como a higidez do título executivo. Contrato de abertura
de crédito, ainda que acompanhado dos respectivos extratos de
movimentação da conta, não é título executivo extrajudicial, sendo
inviável sua execução. Impossibilidade de o título completar-se com
extratos unilaterais, pois não é dado às instituições de crédito criar
seus próprios títulos, prerrogativa da Fazenda Pública. (TAMG – AI
0349255-9 – Uberlândia – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Alvimar de Ávila – J.
14.11.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CONTRATO DE CRÉDITO


ROTATIVO – CHEQUE EMPRESA – TÍTULO DE CRÉDITO
EXTRAJUDICIAL – ART. 585, II, CPC – RECURSO PROVIDO – O
contrato de crédito rotativo - cheque empresa - é título de crédito
extrajudicial líquido, certo e exigível, na forma do art. 585, II, CPC,
visto que os encargos ajustados podem ser discutidos por meio dos
embargos à execução, com ampla possibilidade de apuração do
acerto ou não dos lançamentos apresentados em planilha, já que
vinculados aos financiamentos concedidos aos compradores dos
produtos da empresa contratada. (TAMG – AP 0346317-2 – Uberaba
– 7ª C.Cív. – Rel. Juiz Geraldo Augusto – J. 22.11.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO –


INSTRUMENTO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA COM GARANTIA DE
NOTAS PROMISSÓRIAS – ILIQUIDEZ E INCERTEZA – QUESTÃO
AFETA ÀOS EMBARGOS DO DEVEDOR – Admite-se a declaração
de nulidade da execução, com fonte em vícios do título ou pela falta
de condições e de pressupostos da ação para ensejar a válida
formação da relação processual executiva, sem estar seguro o juízo
pela penhora, provocada através da exceção de pré-executividade,
mas não se pode deturpar a acepção teleológica do processo onde
milita em favor do credor e portador do título executivo a presunção
da liquidez, certeza e exigibilidade, com questões que não sendo de
ordem pública, estão afetas ao âmbito dos embargos do devedor. A
conexão de ações permite modificar a competência relativa do juízo
por prevenção, e deve ser apreciada pelo juiz singular onde foi
argüida, sem o que ocorrerá supressão de instância. (TAMG – AI
0350289-2 – Belo Horizonte – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Duarte de Paula –
J. 07.11.2001)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


RECURSO CABÍVEL CONTRA A DECISÃO QUE A DESACOLHE –
INSCRIÇÃO ÓRGÃOS RESTRIÇÃO CRÉDITO – QUESTÃO SUB
JUDICE – Em se tratando de incidente processual, a decisão que
desacolhe a argüição de exceção de pré-executividade desafia o
agravo de instrumento. Apenas será cabível a interposição do
recurso de apelação se o incidente for acolhido para decretar a
extinção do processo de execução, pois aí o ato decisório tem
natureza de sentença. Se a questão está sub judice é indevida a
inscrição da parte devedora em instituição de restrição de crédito.
(TAMG – AI 0346312-7 – Uberaba – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Paulo
Cézar Dias – J. 21.11.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA CONHECÍVEL


DE OFÍCIO – PROVA PRODUZIDA DE PLANO – Dois dos principais
requisitos do cabimento da exceção de pré-executividade são a
possibilidade de que a matéria seja conhecida de ofício e que a
prova seja pré-constituída. Alegando-se a prática de agiotagem, e
não se provando a alegação de plano, descabe a exceção, devendo
a matéria ser deduzida nos embargos à execução. (TAMG – AI
0353308-4 – Juiz de Fora – 5ª C.Cív. – Rel. Juiz Mariné da Cunha –
J. 14.11.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE (PRÉ – EXECUTIVIDADE –


CONTRATO DE HONORÁRIOS DE ADVOGADO – TESTEMUNHAS
INSTRUMENTÁRIAS – INEXIGIBILIDADE – TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL – LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE –
AUSÊNCIA – DESCARACTERIZAÇÃO – O contrato de honorários
advocatícios constitui título executivo judicial, por força do art. 24 da
Lei nº 8.906/94 c/c o art. 585, inc. VII, do CPC, não sendo obrigatória
a assinatura de testemunhas instrumentárias. Contrato de honorários
de advogado vinculado a mandato que não é outorgado pelo cliente
e a efetivo processo judicial que não chega a ser iniciado não
evidencia os requisitos de liquidez, certeza e exigibilidade,
essenciais ao título executivo extrajudicial. A exceção de (pré-)
executividade mostra-se adequada a denunciar a descaracterização
desse título e a provocar a decretação da nulidade da execução (art.
618, inc. I, do CPC). Apelação não provida. (TAMG – AP 0340903-4
– Itaúna – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Edgard Penna Amorim – J.
06.11.2001)

EXECUÇÃO DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM


CONTA CORRENTE – INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ACOLHIMENTO –
EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO – A
iliquidez de título executivo é vício fundamental que acarreta a sua
nulidade e, conseqüentemente de toda a execução, que pode e deve
ser declarada a qualquer tempo, independentemente de forma
processual específica, posto que se trata de indeclinável questão de
ordem pública. A nota promissória vinculada a débito oriundo de
contrato de abertura de crédito padece do mesmo vício de iliquidez,
tornando nula a execução, que também nela se fundamenta. (TAMG
– AP 0348810-6 – Belo Horizonte – 5ª C.Cív. – Rel. Juiz Mariné da
Cunha – J. 14.11.2001)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA ALBERGADA –
Sob pena de se tumultuar o procedimento da execução, não pode
ser admitida a exceção de pré-executividade, quando a mesma
veicula matéria que, para solução, demanda mergulho em instrução
probatória. (TAMG – AI 0353304-6 – Rio Pomba – 6ª C.Cív. – Rel.
Juiz Valdez Leite Machado – J. 08.11.2001)

EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL – FALTA DE INSCRIÇÃO


SUPLEMENTAR DO ADVOGADO – CAPACIDADE
POSTULATÓRIA – NÃO-INTERFERÊNCIA – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – CABIMENTO – SENTENÇA PENAL – TÍTULO
EXECUTIVO ILÍQUIDO – LIQUIDAÇÃO PRÉVIA – NECESSIDADE –
NULIDADE DA EXECUÇÃO – A obrigação de o advogado fazer
inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais, em cujos territórios
passe a exercer habitualmente a profissão, é de natureza
administrativa e não inibe sua capacidade postulatória, já que o
Código de Processo Civil não estabelece tal limitação à validade dos
instrumentos de mandato judiciais. É cabível atacar a execução
mesmo antes da penhora e dos embargos respectivos quando se
patenteia desde logo a inviabilidade da relação processual executiva,
como na ausência de título líquido. Nesse caso se admite a exceção
de pré-executividade. Ainda quando aponte os valores cuja
apropriação indébita levou à condenação do réu, a sentença penal
não é condenatória em relação à obrigação deste de indenizar a
vítima, impondo-se a liquidação prévia desse título judicial, sob pena
de nulidade da execução. Preliminares rejeitadas e apelação não
provida. (TAMG – AP 0339184-2 – Belo Horizonte – 2ª C.Cív. – Rel.
Juiz Edgard Penna Amorim – J. 09.10.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO


DE INEXISTÊNCIA DO DÉBITO – MATÉRIA DEPENDENTE DE
PROVA E AFERÍVEL SOB CONTRADITÓRIO – INVIABILIDADE DA
OPOSIÇÃO DE DEFESA SEM GARANTIA – IMPOSIÇÃO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
DESCARACTERIZADA – A jurisprudência vem admitindo a chamada
exceção de pré-executividade, mas limitada ao debate de questões
sujeitas ao conhecimento ex officio do magistrado. Se o título em
execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência de liquidez,
certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação e da
existência do crédito, em si mesmo, é matéria a ser apreciada em
sede de embargos do devedor, visto ser aferível apenas sob
contraditório e na dependência de prova. Não estando demonstrado
que a parte serviu-se do processo para a prática de ato simulado,
fica descaracterizada a litigância de má-fé. (TAMG – AI 0351223-8 –
Belo Horizonte – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Wander Marotta – J.
24.10.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA DE EMPRÉSTIMOS –
AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ – PROCESSO EXTINTO – "Execução -
Exceção de pré- Executividade - Contrato de abertura de crédito.
Admite- Se a argüição de exceção de pré- Executividade, quando
evidenciada a não concorrência de um dos pressupostos
processuais. O contrato de abertura de crédito, mesmo
acompanhado dos extratos de sua utilização, por ausência de
liquidez, não é título apto a ensejar ação executiva. Recurso
desprovido". (TJRS, AC 598153807 - RS, 15ª Câmara Cível, relator
des. Ricardo raupp ruschel, j. 18.11.1998). (TAMG – AI 0348388-9 –
Uberlândia – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Nepomuceno Silva – J.
09.10.2001)

OBJEÇÃO OU EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – NOTA


PROMISSÓRIA VINCULADA A CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO – INEXISTÊNCIA DE AUTONOMIA DO TÍTULO DE
CRÉDITO – AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO ESSENCIAL DE
EXEQÜIBILIDADE – LIQUIDEZ – EXTINÇÃO DO PROCESSO DE
EXECUÇÃO – OBSERVÂNCIA DOS ENUNCIADOS DAS SÚMULAS
Nº 233 E Nº 258 DO STJ – CUSTAS PROCESSUAIS E
HONORÁRIOS DE ADVOGADO – CABIMENTO – Admissível a
argüição da exceção de pré-executividade nos próprios autos da
execução quando a matéria discutida relaciona-se à nulidade
absoluta, devendo o juiz apreciá-la, até mesmo de ofício, a qualquer
tempo, nos termos do artigo 267, § 3º do Código de Processo Civil.
Na esteira do entendimento consolidado na súmula nº 233 do
colendo Superior Tribunal de Justiça, in verbis: o contrato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta
corrente, não é título executivo", reiterada jurisprudência pátria, o
qual acompanho o entendimento, também motivou aludida Corte de
Justiça aprovar recente enunciado representado pela Súmula nº 258
rezando que: "a nota promissória vinculada a contrato de abertura de
crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a
originou". Nesse diapasão, a nota promissória e o aval nela prestado
são apenas garantia do cumprimento do contrato que a vincula,
razão pela qual, em casos semelhantes, a nota promissória, por si
só, não se trata de título executivo extrajudicial, eis que perderá sua
natureza de título de crédito para se tornar apenas garantia
contratual. Com efeito, aludido título vinculado ao contrato não
gozará de autonomia tendo em vista a própria ilíquidez do
instrumento que o originou ensejando, pois, a inobservância de
requisito previsto no artigo 586 do CPC, o que acarreta a nulidade do
processo, nos termos do artigo 618, inciso I, do mesmo Diploma
Legal. Para ter direito aos honorários advocatícios resultantes da
sucumbência, não é necessário que a defesa oposta pelo devedor
em execução contra si proposta, seja necessariamente articulada por
via de embargos. São eles também devidos quando em
determinadas situações, como aquelas em que se discutem
questões atinentes à admissibilidade do processo de execução e que
se relacionam com os pressupostos processuais e as condições da
ação, essa mesma defesa prévia é feita via de exceção de pré-
executividade nos próprios autos da ação executiva. (TAMG – AP
0345228-6 – Uberlândia – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Alvimar de Ávila – J.
24.10.2001)

PROCESSUAL CIVIL – INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – REJEIÇÃO – NECESSIDADE DE INSTRUÇÃO
PROBATÓRIA – Consistirá a exceção de pré-executividade em
modalidade excepcional de oposição do executado. Com efeito, em
princípio, limita-se a controverter os pressupostos do processo e da
pretensão a executar, abrangendo ainda seu campo de incidência,
em certos casos, na alegação incidental de exceção extintiva do
crédito. V.G. prescrição e pagamento mediante prova pré-
constituída. No entanto, deve-se sempre manter como característica
essencial do referido instituto o caráter restrito da produção de prova,
revelando-se, pois, típica técnica de cognição sumária, restando
contudo, o acesso aos embargos à execução como a via principal e
genérica de defesa do executado no processo de execução, com a
amplitude que lhe foi conferida em Lei, fazendo-se assim,
indispensável quando a questão demandar a produção de provas ou
atingir diretamente o interesse público. Não se admite dilação
probatória na exceção, razão pela qual a prova é documental e pré-
constituída. Havendo necessidade de dilação probatória (prova
testemunhal, pericial etc.), o devedor não poderá opor a exceção,
pois o caso é de oposição de embargos do devedor. Como é meio
de defesa não regulado expressamente pelo CPC, a exceção de
executividade deve ser processada nos autos principais, não
devendo ser atuada em separado. Em homenagem ao contraditório,
recebida a exceção o juiz deverá dar oportunidade para que o
credor-excepto se manifeste sobre o incidente, fixando prazo
razoável para tanto. Depois de passado o prazo para manifestação
do credor, o juiz decide a exceção. O ato do juiz que resolve a
exceção é recorrível: a) se rejeitá-la é decisão interlocutória,
impugnável por recurso de agravo (CPC 162 § 2º, e 522); b) se
acolhê-la e extinguir a execução é sentença, impugnável por
apelação (CPC 162 § 1º, 795 e 513); c) se acolhê-la mas não
extinguir a execução é decisão interlocutória, impugnável pelo
recurso de agravo (CPC 162 § 2º, e 522). (TAMG – AC 0336217-4 –
(42341) – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Alvimar de Ávila – DJMG 26.10.2001)

AGRAVO – EXECUÇÃO – CONTRATO DE LOCAÇÃO – TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – COMPETÊNCIA – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – Tratando-se de execução do contrato de
locação, título executivo extrajudicial, nos termos do art. 585, IV, do
CPC, inexiste prevenção de competência do juízo onde tramita a
ação de despejo, na qual não houve cumulação com cobrança de
aluguéis e encargos locatícios, e de que os fiadores não fizeram
parte. Não cabe ao executado ingressar com exceção de pré-
executividade que deve ser analisada nos embargos, por se tratar de
título extrajudicial referente à locação, que goza de presunção legal
de certeza e liquidez. (TAMG – AI . 0343033-9 – Belo Horizonte – 4ª
C.Cív. – Rel. Juiz Jarbas Ladeira – J. 05.09.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


PRESCRIÇÃO DO TÍTULO EXEQÜENDO – VERBAS DE
SUCUMBÊNCIA – Toda a matéria que o juiz pode conhecer de
ofício, o executado também pode alegar, a qualquer tempo, por meio
de exceção de pré-executividade. Descarregam-se custas e
honorários advocatícios no exeqüente que teve contra ele admitida a
exceção de pré-executividade. "O cheque deve ser apresentado para
pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30 (trinta) dias,
quando emitido no lugar onde houver de ser pago: e de 60
(sessenta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no
exterior" (art. 33, da Lei nº 7.357/85). O art. 59, da Lei nº 7.357/85
estabelece que "prescreve em 6 (seis) meses, contados da
expiração do prazo de apresentação" a ação de execução do cheque
que o art. 47, incisos I e II, da Lei do Cheque, assegura ao portador,
respectivamente: contra o emitente e seu avalista (inciso I); e contra
os endossantes e seus avalistas (inciso II). (TAMG – AP . 0341080-0
– Belo Horizonte – 6ª C.Cív. – Relª Juíza Beatriz Pinheiro Caires – J.
13.09.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Matéria que, para sua


demonstração, dispensa dilação probatória. Rasura em cédula de
produto rural. Aposição de assinatura do emitente ao lado de
correção grosseira logo abaixo de assinaturas no título.
Impossibilidade de vinculação obrigacional dos outros signatários do
título. (TAMG – AI 0343358-1 – Três Pontas – 5ª C.Cív. – Rel. Juiz
Brandão Teixeira – J. 05.09.2001)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – CONTRADIÇÃO,


OBSCURIDADE OU OMISSÃO – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE – HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA –
CABIMENTO – FIXAÇÃO – PRINCÍPIO DA IGUALDADE – Os
embargos de declaração têm por objetivo afastar obscuridade, suprir
omissão ou eliminar contradição existente no julgado (art. 535, do
Código de Processo Civil). Oferecida exceção de pré-executividade,
e acolhida pelo juízo, culminando no reconhecimento da nulidade da
execução, tem o advogado da parte vencedora direito aos honorários
de sucumbência, uma vez que atuou no feito e envidou esforços na
defesa de interesses de seu constituinte, por se tratar de comando
imperativo do artigo 20, do Código de Processo Civil. Uma vez
fixados os honorários em favor do procurador do exeqüente, o
advogado da parte contrária tem direito à fixação do mesmo valor,
sob pena de afronta ao princípio da igualdade (art. 125 do CPC,
como corolário do art. 5º, caput, da Constituição da República).
(TAMG – EDcl 0334099-8/01 – Uberaba – 4ª C.Cív. – Relª Juíza
Maria Elza – J. 26.09.2001)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO – PRÉ-EXECUTIVIDADE –


CONTRATO – Contrato de empréstimo pessoal com taxa variável
que prevê pagamento em prestações de valor certo, apurável o saldo
devedor mediante simples cálculos, não contém matéria que suporte
a denominada exceção de pré-executividade. Agravo não provido.
(TAMG – AI 0347686-6 – Ipatinga – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Manuel
Saramago – J. 25.09.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – CONTRATO DE EMPRÉSTIMO DE CAPITAL
DE GIRO – NOTA PROMISSÓRIA – ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE
LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE, EM OFENSA AO ART. 586 DO CPC –
Não comprovação de vícios que maculem de nulidade o contrato e a
cambial - Matéria a ser analisada em sede de embargos - Art. 741,
do CPC. A exceção de pré- Executividade é via hábil para antes de
efetivar- Se a penhora, o executado atacar o título, desde que a
matéria alegada seja de conhecimento de ofício, ou que se aponte
vício capaz de nulificar o título, cujo reconhecimento independa de
dilação probatória. (TAMG – HC 0346967-2 – Corinto – 1ª C.Crim. –
Rel. Juiz Rosauro Júnior – J. 22.08.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – INTIMAÇÃO DO


PROTESTO ENTREGUE A TERCEIRO – INVALIDADE – CHEQUES
EM GARANTIA – CONFISSÃO NÃO CONFIGURADA –
DUPLICATAS SEM ACEITE – RECEBIMENTO DA MERCADORIA –
AUSÊNCIA DE COMPROVANTE – FALTA DE LIQUIDEZ E
CERTEZA DOS TÍTULOS – A intimação para o protesto há de ser
feita pessoalmente ao devedor, por qualquer meio, "desde que o
recebimento fique assegurado e comprovado através de protocolo,
aviso de recepção (AR) ou documento equivalente" (art. 14, § 1º, Lei
nº 9.492/97), sendo inválida quando remetida a endereço de terceiro,
sem se demonstrar o efetivo recebimento pelo destinatário. A
emissão de cheques em garantia de pagamento da mercadoria não
configura confissão do recebimento desta, sobretudo se o fato é
expressamente negado e não há outros indícios para confirmá-lo. O
simples protesto de duplicatas sem aceite, desacompanhado do
comprovante de recebimento das mercadorias é insuficiente para
conferir a liquidez, a certeza e a exigibilidade essenciais ao título
executivo extrajudicial. Apelação não provida. (TAMG – AP 0336244-
1 – Caratinga – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Edgard Penna Amorim – J.
14.08.2001)

EXECUÇÃO – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – IMPOSSIBILIDADE –
TÍTULO APTO À EXECUÇÃO – É incabível ao executado ingressar
com exceção de pré-executividade, aduzindo matéria dependente de
dilação probatória, própria de discussão em sede de embargos à
execução. Constitui título executivo extrajudicial o contrato de
abertura de crédito em conta corrente, acompanhado dos
respectivos extratos e demonstrando a evolução do débito. (TAMG –
AP 0338402-1 – Uberlândia – 6ª C.Cív. – Rel. Juiz Maciel Pereira –
J. 16.08.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO DE FALTA DE


CITAÇÃO PARA A EXECUÇÃO – INTIMAÇÃO DA PENHORA
EFETIVADA – EMBARGOS NÃO PROPOSTOS – PRECLUSÃO – A
exceção de pré-executividade não se presta a substituir os embargos
de devedor não propostos após ter sido o executado devidamente
intimado da penhora e para propor embargos, quando então poderia
ter argüido a falta de citação para a execução. (TAMG – AI 0342609-
9 – Belo Horizonte – 1ª C.Cív. – Relª Juíza Vanessa Verdolim
Andrade – J. 28.08.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA CONTROVERSA


– IMPOSSIBILIDADE – Sendo controversa a questão alegada, não
pode ela ser veiculada através de mera exceção, demandando para
sua análise o ajuizamento da ação de embargos do devedor, após
devidamente seguro o Juízo pela penhora. (TAMG – AI 0344730-7 –
(42165) – 6ª C.Cív. – Rel. Juiz Valdez Leite Machado – J.
30.08.2001)
EXECUÇÃO – DESISTÊNCIA – CUSTAS – PAGAMENTO PELO
EXEQÜENTE – Com o ajuizamento da execução e tendo o
executado apresentado a exceção de pré-executividade, discutindo a
respeito da suposta nulidade do título que embasou a execução, com
a desistência da execução por parte do exeqüente, não restam
dúvidas que o mesmo assume o pagamento das custas da
execução, bem como os honorários advocatícios dos patronos do
executado. Recurso parcialmente provido. (TAMG – AC 0341433-1 –
(42736) – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Edivaldo George – J. 21.08.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CAMBIAL – TÍTULO TIDO


COMO FIRMADO PELO AVALISTA NA QUALIDADE DE
MANDATÁRIO DA EMPRESA EMITENTE – AUSÊNCIA DE
PODERES ESPECIAIS EM INSTRUMENTO DE PROCURAÇÃO –
ALEGAÇÃO NÃO PROVADA – INDEFERIMENTO – LITIGÂNCIA DE
MÁ-FÉ – AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO – A alegação
não suficientemente provada feita do agravante, na qualidade de
executado, de que o aval de cambial por ele prestado não pode
subsistir por tê-lo feito na qualidade de mandatário da empresa
emitente do título, não pode constituir objeto de exceção de pré-
executividade, figura não contemplada pelo Código de Processo Civil
e só admitida por construção jurisprudencial, em situações
excepcionalíssimas, como na hipótese de nulidade absoluta do título
executivo, comprovada desde logo, só podendo ser admitida, através
dos embargos de devedor, depois de seguro o juízo pela penhora,
pelo que se impõe a confirmação da decisão pela qual ela foi
indeferida. A inoportuna e descabida exceção de pré-executividade
intentada pelo agravante, em vez da oposição de embargos de
devedor após seguro o juízo pela penhora, por seu indisfarçável
vezo procrastinatório, uma vez comprovada sua condição de avalista
dos títulos objeto da execução, enseja a sua condenação à multa de
20% sobre o valor da causa, por litigância de má-fé, nos termos do
art. 17 e seus incisos do CPC, por ser manifestamente infundado o
incidente por ele provocado. (TAMG – AI 0334021-0 – 7ª C.Cív. –
Rel. Juiz Fernando Bráulio – J. 07.06.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE EXECUÇÃO –


CONTRATO DE CRÉDITO ROTATIVO ACOMPANHADO DE
DEMONSTRATIVOS – TÍTULO ILÍQUIDO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – POSSIBILIDADE – É de se acolher a exceção
de pré-executividade, quando a ação de execução basear-se em
contrato de abertura de crédito que, mesmo acompanhado dos
demonstrativos de débito e crédito, não é título executivo
extrajudicial. Agravo parcialmente provido. (TAMG – AI 0329759-6 –
7ª C.Cív. – Rel. Juiz Nilson Reis – J. 07.06.2001)

EXCEÇÃO OU OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXECUÇÃO


– CONTRATO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA –
EFICÁCIA EXECUTIVA – PRESENÇA DOS REQUISITOS DA
LIQÜIDEZ, EXIGIBILIDADE E CERTEZA – INSTRUMENTO DE
CONFISSÃO DE DÍVIDA ASSINADO PELO DEVEDOR E POR
DUAS TESTEMUNHAS – ART. 585 INC. II CPC – O contrato de
confissão de dívida assinado pelo devedor e por duas testemunhas e
que portanto, preenche os requisitos do art. 585 inciso II do CPC,
possui eficácia de título executivo extrajudicial, cabendo ao devedor
defender-se através da via dos embargos. (TAMG – AI 0333985-5 –
4ª C.Cív. – Rel. Juiz Alvimar de Ávila – J. 13.06.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXECUÇÃO POR TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO –
CHEQUE ESPECIAL – SÚMULA 233 DO STJ – Ex vi da Súmula 233
do STJ, o contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado
do extrato de conta corrente, não é título executivo, porquanto nele
não há o reconhecimento do correntista de dever quantia
determinada ao banco, havendo tão-somente a previsão de limite de
crédito que poderá, eventualmente, ser utilizado, sendo que o extrato
não constitui documento assinado pelo devedor, como previsto no
artigo 585 do CPC. (TAMG – AP . 0337037-0 – Belo Horizonte – 1ª
C.Cív. – Rel. Juiz Silas Vieira – J. 12.06.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – CERTIDÃO DE INTIMAÇÃO DO


DESPACHO RECORRIDO – DOCUMENTO ESSENCIAL A SE
AFERIR A TEMPESTIVIDADE DO RECURSO – INCIDENTE
PROCESSUAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
NULIDADE DA AÇÃO DE COBRANÇA FORÇADA –
INOCORRÊNCIA – A certidão de intimação constitui documento
obrigatório a instruir a petição de agravo de instrumento, em virtude
de representar o meio eficaz a se aferir a tempestividade, ou não, do
pedido recursal, sendo que se existe outra possibilidade de se
verificar que o inconformismo do agravante foi protocolizado dentro
do decêndio legal, deve o recurso ser conhecido em respeito ao
princípio da instrumentalidade da forma. A exceção de pré-
executividade, admitida, excepcionalmente, no direito por construção
jurisprudencial, somente poderá ser utilizada nos casos em que o
juízo pode, de plano, conhecer da matéria, e, inexistindo certeza
quanto à ocorrência de iliquidez e inexigibilidade do título excutido,
não há que se falar em nulidade da execução. (TAMG – AI .
0337732-0 – Ouro Preto – 3ª C.Cív. – Relª Juíza Jurema Brasil
Marins – J. 27.06.2001)

PROCESSUAL CIVIL – DECISÃO INTERLOCUTÓRIA –


FUNDAMENTAÇÃO – AUSÊNCIA – NULIDADE – Em obediência ao
princípio do devido processo legal, são nulas as decisões proferidas
sem o mínimo de fundamentação, impossibilitando à parte conhecer
os motivos que levaram o julgador a repelir sua pretensão (art. 93,
inc. IX, da Constituição Brasileira).Nestes termos, oferecida exceção
de pré executividade, tem direito o devedor de ver apreciado seu
pedido, inexistindo no sistema processual pátrio a rejeição dos
argumentos de forma tácita. (TAMG – AI . 0330178-8 – Juiz de Fora
– 4ª C.Cív. – Relª Juíza Maria Elza – J. 27.06.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – INDICAÇÃO DAS RAZÕES DO
PEDIDO DE REFORMA DA DECISÃO RECORRIDA – EXECUÇÃO
– EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ADMISSIBILIDADE
PARA DISCUTIR MATÉRIA QUE O JUÍZO DEVE CONHECER DE
OFÍCIO – EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE BEM INFUNGÍVEL –
ADMISSIBILIDADE – EXEQÜIBILIDADE DOS CONTRATOS
BILATERAIS – RESSARCIMENTO DE PERDAS E DANOS E
PAGAMENTO DE MULTA – IMPOSSIBILIDADE DE POSTULAÇÃO
NA PRÓPRIA DEMANDA EXECUTIVA – As razões do pedido de
reforma da decisão agravada podem se limitar à divergência de
interpretação, sendo desnecessário oferecer argumentos inovadores.
A prestabilidade do título para embasar execução para entrega de
coisa certa e o controle da petição inicial são matérias apreciáveis de
ofício pelo órgão jurisdicional, sendo passíveis de discussão pela via
da exceção de pré-executividade, sendo desnecessário o
ajuizamento de embargos do executado. É admissível a execução
para a entrega de bem infungível, no caso, um imóvel. O
ressarcimento de perdas e danos pode ocorrer na própria demanda
executiva para entrega de coisa certa, desde que concernente à
coisa objeto da entrega e presente disposição expressa no título
executivo, que torne líquido o quantum do ressarcimento. Se não há
tal disposição expressa, deve ser ajuizada demanda própria para
obter o ressarcimento. (TAMG – AI . 0325528-5 – Belo Horizonte – 4ª
C.Cív. – Relª Juíza Maria Elza – J. 20.06.2001)

PROCESSO CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


EXECUÇÃO – TÍTULO – CONTRATO DE RENEGOCIAÇÃO DE
OPERAÇÕES DE CRÉDITO – EFICÁCIA – A exceção de pré-
executividade, assimilada pela doutrina e jurisprudência, somente
deve ser admitida quando versar sobre matéria que possa vir a ser
conhecida de ofício pelo Juiz como a nulidade do título exeqüendo.
O contrato de renegociação de operações de crédito, formalmente
perfeito, enseja a execução por título extrajudicial, mormente quando
o executado reconhece a sua certeza, exigibilidade e liquidez. –
Recurso não provido. (TAMG – AI . 0333284-3 – Juiz de Fora – 2ª
C.Cív. – Rel. Juiz Manuel Saramago – J. 19.06.2001)

EXECUÇÃO – TÍTULO EXECUTIVO – CONTRATO DE


EMPRÉSTIMO E NOTA PROMISSÓRIA – REQUISITOS –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – QUANTIA CERTA –
VENCIMENTO DETERMINADO – EXIGIBILIDADE – ABERTURA
DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE – Regularidade de
propositura de execução (TAMG – EI 0327060-6/01 – Belo Horizonte
– 5ª C.Cív. – Rel. Juiz Brandão Teixeira – J. 21.06.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – INCIDENTE PROCESSUAL –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – APÓLICE DE SEGURO –
INOCORRÊNCIA DE CERTEZA E LIQUIDEZ – NULIDADE DA
AÇÃO DE COBRANÇA FORÇADA – O artigo 585, VII, do Código de
Processo Civil estabelece que "todos os demais títulos, a que, por
disposição expressa, a lei atribuir força executiva", constituem título
extrajudicial hábil a instruir o processo de execução, preconizando o
artigo 586 do mesmo diploma que "a execução para cobrança de
crédito fundar-se-á sempre em título líquido, certo e exigível".A
exceção de pré-executividade, admitida, excepcionalmente, no
direito nacional, por construção pretoriana, somente poderá ser
utilizada nos casos em que o juízo pode, de plano, conhecer da
matéria, e, existindo demonstração quanto à ocorrência de incerteza
e iliquidez do título excutido, impõe-se o decreto de nulidade da ação
de cobrança forçada por ausência de documento válido a sustentar a
demanda executiva. (TAMG – AI . 0335817-0 – Uberlândia – 3ª
C.Cív. – Relª Juíza Jurema Brasil Marins – J. 16.05.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA ARGÜÍVEL –


POSSIBILIDADE JURÍDICA – LIMITES – EXCLUSÃO DE
MATÉRIAS QUE DEPENDEM DE PROVA OU DE MANIFESTAÇÃO
DA PARTE – A objeção ou exceção de pré-executividade leva
apenas ao Juiz a notícia da existência de uma nulidade existente no
título executivo, provoca-o a se manifestar em caso que deveria agir
até de ofício, como no reconhecimento de nulidade manifesta ou no
caso de ausência de pressupostos formais à constituição válida ou
prosseguimento regular do processo. Nela não se permite a dedução
de defesa que depende de manifestação da parte nem daquelas que
necessitam de produção de provas, como no caso de alegação de
fraude na constituição do título. (TAMG – AI 0337350-8 – 1ª C.Cív. –
Relª Juíza Vanessa Verdolim Andrade – J. 29.05.2001)

ARRESTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXAME NÃO


OBRIGATÓRIO – CONCESSÃO DA MEDIDA – EXISTÊNCIA DE
DÍVIDA – AUSÊNCIA DE PROVAS DE QUE O EXECUTADO
POSSUI BENS PARA GARANTIR O SEU PAGAMENTO – Trata-se
de processo principal a Execução ajuizada após a concessão da
medida cautelar de arresto, cujo objetivo é apreender bens do
devedor para assegurar ao credor a cobrança do seu crédito. A
exceção de pré-executividade é, na realidade, uma criação
pretoriana que constitui um meio de defesa do devedor, visando a
que não se dê prosseguimento à execução, em razão de inexistência
ou flagrante nulidade do título ou ilegitimidade do exeqüente.
Portanto, não há necessidade de que seja examinada em primeiro
lugar a exceção, para decidir sobre o arresto. A medida cautelar,
dada a sua característica de provisoriedade, perde a sua eficácia
caso o autor não obtenha êxito no processo principal. O pedido de
arresto foi formulado com base na insolvência dos apelantes, diante
da ausência de bens para garantir o pagamento da dívida. Deveriam
eles, portanto, comprovar que possuíam patrimônio suficiente para
suportar a obrigação. Não o fizeram. Portanto, deve prevalecer a
sentença que julgou procedente o pedido. (TAMG – AC 0334170-8 –
7ª C.Cív. – Rel. Juiz Antônio Carlos Cruvinel – J. 24.05.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


REQUISITOS – Se o título em execução apresenta-se, formalmente,
sob a aparência de liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão
acerca de encargos e/ou acessórios incidentes sobre o crédito é
matéria a ser apreciada em sede de embargos do devedor, visto
serem aferíveis apenas sob contraditório e na dependência de prova.
(TAMG – AI 0333764-6 – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Wander Marotta – J.
18.04.2001)

ACOLHIMENTO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


EXTINÇÃO DO FEITO EXECUTIVO – DECISÃO TERMINATIVA –
INCIDÊNCIA DE CUSTAS E VERBA HONORÁRIA – Se a decisão
que acolheu a exceção de pré-executivade pôs fim ao processo de
execução instaurado, impõe-se reconhecer o seu caráter terminativo,
o que faz surgir a necessidade de se fixar a sucumbência, inclusive
com condenação do vencido no pagamento da verba honorária.
(TAMG – EDcl . 0308969-2/02 – Itabira – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Silas
Vieira – J. 13.03.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO


DE AGIOTAGEM – MATÉRIA INERENTE AOS EMBARGOS –
NECESSIDADE DE GARANTIA DO JUÍZO – QUESTÃO DE ORDEM
PÚBLICA INEXISTENTE – DECISÃO MANTIDA – É defeso ao
Julgador proferir decisão, em sede de exceção de pré-executividade,
que aprecie matérias alheias à higidez do título executivo ou que não
seja de ordem pública. Recurso não provido. (TAMG – AI . 0323787-
6 – Contagem – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Manuel Saramago – J.
20.03.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – DEFEITO FORMAL DO


TÍTULO – POSSIBILIDADE – 1 – Embora não haja previsão legal
explícita, admite-se a argüição, através de exceção de pré-
executividade, relativa à falta de algum pressuposto de validade do
título exeqüendo, cuja matéria é passível de conhecimento, até
mesmo de ofício, pelo juiz da causa, sem a necessidade de se
submeter o patrimônio do suposto devedor à penhora. 2 – Recurso
provido para cassar a sentença de primeiro grau. (TAMG – AP .
0325562-7 – Uberlândia – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Batista Franco – J.
06.02.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – DISCUSSÃO DE MATÉRIAS DE ORDEM
PÚBLICA – A denominada exceção ou objeção de pré-executividade
permite ao executado obter a extinção da execução, através da
discussão de matérias de ordem pública, tais como a ausência das
condições da ação e dos pressupostos de constituição e
desenvolvimento válido e regular do processo executivo, questões
estas que não estão adstritas aos embargos do devedor e podem ser
analisadas nos autos da própria execução, independentemente de
prévia segurança do juízo, não devendo o incidente ser acolhido
quando não se vislumbrar a existência de interesse público ou de
questões que o juiz deva apreciar de ofício. (TAMG – AI 0328315-0 –
3ª C.Cív. – Rel. Juiz Edilson Fernandes – J. 21.02.2001)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – QUESTÕES DE ALTA INDAGAÇÃO –
NECESSIDADE DE ALEGAÇÃO VIA EMBARGOS – Não se pode
admitir que, sob o rótulo de "exceção de pré-executividade", o
devedor traga à tona matérias que, por sua própria natureza, devem
ser alegadas por meio de embargos, já que aquele procedimento,
por fugir à regra geral, deve ficar restrito aos casos em que se
vislumbra, de antemão, a plena nulidade da execução. (TAMG – Al
0322581-0 – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Silas Vieira – J. 28.11.2000)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO


DE INEXISTÊNCIA DO DÉBITO – MATÉRIA DEPENDENTE DE
PROVA E AFERÍVEL SOB AMPLO CONTRADITÓRIO –
INVIABILIDADE DA OPOSIÇÃO DE DEFESA SEM GARANTIA – A
jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade, mas limitada ao debate de questões sujeitas ao
conhecimento ex officio do magistrado, não podendo ser utilizada
como instrumento de oposição do devedor sem a garantia da
penhora, que a lei exige sob condição de imprescindibilidade. Se o
título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência de
liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação, da
existência ou do excesso do crédito, em si mesmo, é matéria a ser
apreciada na via dos embargos. (TAMG – Al 0320169-6 – 3ª C.Cív. –
Rel. Juiz Wander Marotta – J. 08.11.2000)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


RECURSO CABÍVEL CONTRA A DECISÃO QUE A DESACOLHE –
Em se tratando de incidente processual, a decisão que desacolhe a
argüição de exceção de pré-executividade desafia o agravo de
instrumento. Apenas será cabível a interposição do recurso de
apelação se o incidente for acolhido para decretar a extinção do
processo de execução, pois aí o ato decisório tem natureza de
sentença. (TAMG – AC 0323421-3 – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Paulo
Cézar Dias – J. 29.11.2000)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – OBJETO –


MATÉRIA RESTRITA AOS PRESSUPOSTOS DA RELAÇÃO
PROCESSUAL EXECUTIVA – ILEGITIMIDADE PASSIVA AD
CAUSAM – DEMONSTRAÇÃO DE PLANO – INOCORRÊNCIA –
NECESSIDADE DE PROVA – REJEIÇÃO – GARANTIA DO JUÍZO –
NECESSIDADE – EMBARGOS À EXECUÇÃO – Não se tem por não
fundamentada decisão interlocutória que permite concluir, pelos
termos em que foi posta, estar baseada nas alegações feitas pela
parte requerente da providência deferida. A exceção de pré-
executividade somente se justifica em hipóteses onde se patenteia a
ausência dos pressupostos da relação processual executiva,
exemplificativamente, a inexistência de título executivo, ilegitimidade
do exeqüente ou do executado, hipóteses onde sequer se justificaria
a realização da penhora, que pressupõe a executoriedade do título e
a legitimidade dos litigantes. O acolhimento da exceção de pré-
executividade só se justifica quando, de plano, restarem
demonstradas situações aptas a ensejar a nulidade da execução. A
desconstituição de título executivo formalmente perfeito, com base
em argumentação que necessite de produção de prova pericial, deve
ser feita em sede de embargos do devedor, cuja apresentação acha-
se condicionada à prévia segurança do juízo, pela penhora. (TAMG –
AI . 0319601-2 – Belo Horizonte – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Kildare
Carvalho – J. 04.10.2000)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


INCABIMENTO – Inacolhe-se a objeção de pré-executividade
quando haja necessidade de provas fáticas e, ainda ocorrido a
circulação do título. (TAMG – AI . 0320320-9 – Belo Horizonte – 7ª
C.Cív. – Rel. Juiz Quintino do Prado – J. 19.10.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – HIPÓTESE DE


ADMISSIBILIDADE NÃO CONFIGURADA – INDEFERIMENTO DA
PETIÇÃO INICIAL – ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – DEFERIMENTO
MEDIANTE DECLARAÇÃO DE POBREZA DO REQUERENTE –
IMPUGNAÇÃO EM AUTOS APARTADOS – A exceção de pré-
executividade, admitida pela doutrina e jurisprudência, só se justifica
nas hipóteses de ausência de condições de ação, a exemplo da
impossibilidade jurídica do pedido caracterizada por título,
flagrantemente, nulo ou inexistente e quando evidente a ilegitimidade
do exeqüente. Outras questões devem ser discutidas através de
Embargos do Devedor. O deferimento do pedido de assistência
judiciária só depende da declaração, do requerente, do seu estado
de pobreza. A impugnação deve ser feita em autos apartados,
conforme artigo 4º, § 2º, da Lei nº 1.060/50, produzindo a parte
contrária a devida prova. (TAMG – AP . 0317317-7 – Uberlândia – 7ª
C.Cív. – Rel. Juiz Antônio Carlos Cruvinel – J. 19.10.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXECUÇÃO DE UM


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE – INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO –
NULIDADE – EXTINÇÃO DECRETADA – SÚMULA 233, DO STJ –
DECISÃO MANTIDA – Com a edição da súmula 233, do STJ, resta
inequívoca a impossibilidade de se aforar ação de execução, quando
se pretende, como título executivo, um contrato bancário de abertura
de crédito. (TAMG – AC 0318174-6 – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Gouvêa
Rios – J. 24.10.2000)

APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE EXECUÇÃO – ASSISTÊNCIA


JUDICIÁRIA – DECLARAÇÃO DE MISERABILIDADE –
ADMISSIBILIDADE – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
PROCESSO EXTINTO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO –
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 267, INCISOS IV, V, VI E § 3º, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – CONDENAÇÃO EM
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS – POSSIBILIDADE – 1. É
entendimento doutrinário e jurisprudencial que, para a concessão da
justiça gratuita, basta a declaração da pessoa de que não possui
recursos capazes de propiciarem o acesso à justiça com o
recolhimento das verbas públicas e dos ônus do processo,
independentemente da apresentação de outras provas. 2. A Lei nº
1.060, em seu art. 4º, § 1º, estabelece a presunção iuris tantum em
torno da declaração feita pela parte, pelo que vale e produz efeitos
até prova em contrário. 3. Mesmo em sede de exceção de pré-
executividade, devida é a verba honorária, a qual deve ser fixada nos
termos do § 4º do artigo 20 do Código de Processo Civil, sopesadas
as alíneas do parágrafo anterior. 4. Preliminar rejeitada e recurso
provido. (TAMG – AC 0319117-5 – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Batista
Franco – J. 24.10.2000)

EXECUÇÃO – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO DE
NULIDADE DA EXECUÇÃO E FALTA DE FORÇA EXECUTIVA DO
TÍTULO – ADMISSIBILIDADE DA EXCEÇÃO – A exceção de pré-
executividade pode ser argüida em defesa nos autos da execução,
quando versar questão de ordem processual passível de
conhecimento ex officio pelo magistrado, como a higidez do título
executivo. (TAMG – Al 0310488-3 – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Jarbas
Ladeira – J. 11.10.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – CITAÇÃO PELO CORREIO –


PESSOA JURÍDICA – INOBSERVÂNCIA DA FORMA LEGAL –
CARTA REGISTRADA RECEBIDA POR PESSOA SEM PODERES
DE REPRESENTAÇÃO – NULIDADE DE CITAÇÃO –
POSSIBILIDADE DE DEDUÇÃO EM QUALQUER FASE DO
PROCESSO – RECONHECIMENTO EM SEDE DE EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE – A citação constitui ato formal e
fundamental para a regular formação da relação processual, onde
eventual inobservância acarreta sua inexistência. A citação de
pessoa jurídica deverá ser efetivada na pessoa com poderes de
representação legal, verificando-se inválida aquela feita a funcionário
que não os possui. A nulidade da citação para a fase de
conhecimento poderá ser deduzida em qualquer fase, inclusive em
sede de exceção de pré-executividade. (TAMG – Al 0318920-8 – 4ª
C.Cív. – Relª Juíza Maria Elza – J. 25.10.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ACOLHIMENTO –


EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO – FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS –
LEGALIDADE – OBSERVÂNCIA DO § 4º, DO ART. 20, CPC –
VALOR IRRISÓRIO – MAJORAÇÃO NECESSÁRIA – Na ação de
execução, embargada ou não, a decisão que fixa os honorários deve
atender aos critérios de eqüidade recomendados no § 4º, do art. 20,
do CPC, podendo ser alterada no curso do procedimento, se assim
recomendarem as circunstâncias. (TAMG – AC 0313921-5 – 1ª
C.Cív. – Rel. Juiz Gouvêa Rios – J. 17.10.2000)

HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA – AÇÃO DE EXECUÇÃO –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA – EXTINÇÃO DO
PROCESSO DE EXECUÇÃO – Em se tratando de sentença extintiva
do processo de execução em decorrência do acolhimento da
exceção de pré-executividade oposta pelos executados, os
honorários de sucumbência devem ser fixados, em valor certo e de
conformidade com o § 4º, do art. 20, do CPC, consoante apreciação
eqüitativa do juiz, atendidas as normas das letras "a" a "c", do § 3º,
devendo o juiz agir com arbítrio, seja para evitar aviltamento, seja
para adotar mais moderação. Recurso conhecido e provido para fixar
os honorários de sucumbência no valor de R$ 10.000,00 (dez mil
reais). (TAMG – AC 0316969-7 – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Paulo Cézar
Dias – J. 27.09.2000)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO – PRÉ-EXECUTIVIDADE –


MATÉRIA – A exceção de pré-executividade, assimilada pela
doutrina e jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar
sobre matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz de ofício,
como a nulidade do título exeqüendo. As matérias referentes ao
valor da dívida e aos encargos contratuais, típicas de defesa, que
não são deduzíveis de plano, porquanto demandam a produção de
provas e a apuração de fatos relevantes para o processo, devem ser
aduzidas em sede de embargos à execução e não estão
compreendidas no objeto da referida exceção. Recurso improvido.
(TAMG – Al 0309071-1 – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Manuel Saramago – J.
22.08.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – PRESCRIÇÃO


INTERCORRENTE – FALTA DE CITAÇÃO DO EXCEPTO –
INOCORRÊNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA – Ocorrendo a
prescrição intercorrente alegada em exceção de pré-executividade,
desnecessária é a citação do excepto, uma vez que a ação de
execução não pode prosperar, em razão de lhe faltar requisito
essencial que é o título executivo. (TAMG – AC 0313770-8 – 7ª
C.Cív. – Rel. Juiz Antônio Carlos Cruvinel – J. 24.08.2000)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE –
INOCORRÊNCIA – PRESCRIÇÃO – DESACOLHIMENTO EM
PRIMEIRA INSTÂNCIA – AGRAVO DE INSTRUMENTO
IMPROVIDO – A exceção de pré-executividade, admitida
excepcionalmente em nosso direito por construção jurisprudencial,
somente se dá, em princípio, nos casos em que o juízo pode, de
ofício, conhecer da matéria a exemplo do que se verifica quanto à
nulidade absoluta do título executivo. (TAMG – Al 0311460-9 – 7ª
C.Cív. – Rel. Juiz Fernando Bráulio – J. 17.08.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ACORDO HOMOLOGADO


– TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL – ILIQUIDEZ E INCERTEZA –
QUESTÃO AFETA AOS EMBARGOS DO DEVEDOR – NULIDADE
DE CITAÇÃO – INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE NULIDADE DO
TÍTULO – Admite-se a nulidade da execução, com fonte em vícios do
título ou da relação processual executiva, mas, como exceção de
pré-executividade, não podendo deturpar a acepção teleológica do
processo, onde milita em favor do credor e portador do título a
presunção da liquidez, certeza e exigibilidade do título executivo
judicial. O fato de não ter sido consignado no mandado de citação o
prazo de defesa do executado de 10 dias, não distorce a forma
procedimental, uma vez que na execução de quantia certa, o
devedor é citado para pagar ou garantir a execução, devendo,
concretizada a penhora, ser então intimado para oferecimento dos
embargos do devedor, quando deve-lhe ser garantido o prazo de
defesa, em face da garantia do devido processo legal e da estrita
observância do princípio do contraditório. (TAMG – AI 0307471-3 –
(30749) – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Duarte de Paula – J. 02.08.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – PRELIMINAR – CÓPIAS –


AUSÊNCIA DE AUTENTICAÇÃO – MERA IRREGULARIDADE –
DECISÃO DE PENHORA – INTERLOCUTÓRIA – GRAVAME –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXAME – OMISSÃO DO
JUÍZO – A falta de autenticação das peças que obrigatoriamente
compõem o agravo de instrumento não tem o condão de resultar na
sua inadmissibilidade, tratando-se de mera irregularidade formal,
fazendo-se relevante quando a parte impugnar o conteúdo do
documento juntado aos autos. O pronunciamento judicial que, não
pondo fim ao processo, tem conteúdo decisório e provoca gravame à
parte é impugnável por meio de agravo de instrumento. A exceção
de pré-executividade tem lugar quando não se configuram as
condições da ação executiva. Em face de omissão do magistrado a
quo em examinar o cabimento da exceção de pré-executividade
oposta, não pode o tribunal ad quem realizar juízo de cognição da
matéria sob pena de supressão do grau de jurisdição. (TAMG – Al
0309507-6 – (29185) – 4ª C.Cív. – Relª. Juíza Maria Elza – J.
28.06.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – INOCORRÊNCIA DE NULIDADE DOS
TÍTULOS – QUESTIONAMENTO DE CLÁUSULA CONTRATUAL –
VIA PROPÍCIA – EMBARGOS – INACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO –
DECISÃO MANTIDA – A exceção de pré-executividade é de se ver,
limitada a questões formais de preenchimento de pressupostos
processuais, sob pena de se violentar o sistema processual em vigor,
pelo qual a defesa do executado se dá via de embargos à execução.
Cláusulas contratuais, consideradas potestativas, por exemplo, não
podem ser analisadas na estreita via da exceção. (TAMG – Al
0304176-1 – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Gouvêa Rios – J. 16.05.2000)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


INOCORRÊNCIA DE NULIDADE ABSOLUTA OU DEFEITOS
IRREVERSÍVEIS – DESCABIMENTO – A exceção de pré-
executividade é cabível em casos de nulidade absoluta e defeitos
irreversíveis que possam prejudicar a execução. Agravo improvido.
(TAMG – AI 0304501-4 – (31568) – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Delmival
Almeida Campos – J. 23.05.2000)
PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO – PRé-EXECUTIVIDADE –
MATÉRIA – A exceção de pré-executividade, assimilada pela
doutrina e jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar
sobre matéria que possa vir a ser conhecida pelo juiz de ofício, como
a nulidade do título exeqüendo. – As matérias referentes ao valor da
dívida e aos encargos contratuais, típicas de defesa, que não são
deduzíveis de plano, porquanto demandam a produção de provas e
a apuração de fatos relevantes para o processo, devendo ser
aduzidas em sede de embargos à execução não estando, pois,
compreendidas no objeto da referida exceção. – Recurso improvido.
(TAMG – AI 0296524-0 – (32079) – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Manuel
Saramago – J. 16.05.2000)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – OBJETO –


MATÉRIA RESTRITA AOS PRESSUPOSTOS DA RELAÇÃO
PROCESSUAL EXECUTIVA – ALEGAÇÃO DE MATÉRIA DIVERSA
– IMPOSSIBILIDADE – HIPÓTESES APTAS A ENSEJAR A
NULIDADE DA EXECUÇÃO, MORMENTE A FALTA DE
EXIGIBILIDADE DOS TÍTULOS – AUSÊNCIA DE
DEMONSTRAÇÃO – GARANTIA DO JUÍZO – NECESSIDADE –
EMBARGOS À EXECUÇÃO – A exceção de pré-executividade
somente se justifica em hipóteses onde se patenteia a ausência dos
pressupostos da relação processual executiva, exemplificativamente,
a inexistência de título executivo, ilegitimidade do exeqüente ou do
executado, hipóteses onde sequer se justificaria a realização da
penhora, que pressupõe a executoriedade do título e a legitimidade
dos litigantes. O acolhimento da exceção de pré-executividade só se
justifica quando, de plano, restarem demonstradas situações aptas a
ensejar a nulidade da execução. A desconstituição de título
executivo formalmente perfeito, por desvio de finalidade, deve ser
feita em sede de embargos do devedor, cuja apresentação acha-se
condicionada à prévia segurança do juízo, pela penhora. (TAMG – Al
0304646-8 – (29045) – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Kildare Carvalho – J.
12.04.2000)
EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO
DE INEXISTÊNCIA DO DÉBITO – MATÉRIA DEPENDENTE DE
PROVA E AFERÍVEL SOB CONTRADITÓRIO – INVIABILIDADE DA
OPOSIÇÃO DE DEFESA SEM GARANTIA – IMPOSIÇÃO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ
DESCARACTERIZADA – A jurisprudência vem admitindo a chamada
exceção de pré-executividade, mas limitada ao debate de questões
sujeitas ao conhecimento ex officio do magistrado, não podendo ser
utilizada como instrumento de oposição do devedor sem a garantia
da penhora, que a lei exige sob condição de imprescindibilidade. Se
o título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência de
liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação e
da existência do crédito, em si mesmo, é matéria a ser apreciada em
sede de embargos do devedor, visto ser aferível apenas sob
contraditório e na dependência de prova. Não estando demonstrado
que a parte serviu-se do processo para a prática de ato simulado,
fica descaracterizada a litigância de má-fé. Arbitrados com
moderação, são devidos honorários advocatícios no incidente de
exceção de pré-executividade, que visa desconstituir a execução.
(TAMG – Al 0307320-1 – (29789) – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Wander
Marotta – J. 26.04.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – SENTENÇA QUE SE


AFASTA DOS LIMITES DA DEMANDA – NULIDADE –
DECLARAÇÃO DE OFÍCIO – Declara-se de ofício, a nulidade da
sentença que se afasta da demanda, decidindo-a a partir de
argumentos não declinados no processo. (TAMG – Ap 0302888-8 –
(29881) – 7ª C.Cív. – Rel. Juiz Antônio Carlos Cruvinel – J.
06.04.2000)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO – SÚMULA 233 DO STJ – A nulidade
da execução, por falta de título executivo, pode ser alegada a
qualquer tempo, independente de estar seguro o juízo, já que se
trata de questão de ordem pública, e, como tal, suscetível de ser
conhecida a qualquer tempo, inclusive, de ofício. – Ex vi da Súmula
233 do STJ, o contrato de abertura de crédito, ainda que
acompanhado do extrato de conta corrente, não é título executivo,
porquanto, nele, o correntista não reconhece dever quantia
determinada ao banco, havendo tão-somente a previsão de limite de
crédito que poderá, eventualmente, ser utilizado. (TAMG – Al
0300831-1 – (30067) – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Silas Vieira – J.
04.04.2000)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


QUESTIONAMENTO DA LIQUIDEZ E DA CERTEZA DO TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL – QUESTÃO RELATIVA AO
ALONGAMENTO E À SECURITIZAÇÃO DA DÍVIDA – MATÉRIA A
SER ARGÜIDA E APRECIADA ATRAVÉS DOS EMBARGOS DE
DEVEDOR A SEREM OPOSTOS DEPOIS DE SEGURO O JUÍZO
PELA PENHORA – INDEFERIMENTO DO PEDIDO EM PRIMEIRA
INSTÂNCIA – AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO – Por ser
de mérito a questão relativa à falta de liquidez e de certeza do título
executivo extrajudicial por inexatidão da memória atualizada do
débito, decorrente da inclusão de juros e de outros acessórios
pactuados em desacordo com o Dec. 22.626/33 e o art. 192, § 3º, da
Constituição Federal, com infringência do art. 52 da Lei 8078/90, e
ainda a argüição de falta de acolhimento do pedido de alongamento
e de securitização da dívida, autorizados pela Lei nº 9138/95, ela só
poderá ser apreciada através dos embargos de devedor, a serem
opostos pelo executado depois de seguro o juízo pela penhora,
impondo-se, por isso, a confirmação da decisão de primeira instância
pela qual veio a ser desacolhida a exceção de pré-executividade,
objetivando a decretação da nulidade da execução. (TAMG – AI
0301030-8 – (31123) – 7ª C.Cív. – Rel. Juiz Fernando Bráulio – J.
27.04.2000)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA
DE PAGAMENTO C/C COBRANÇA DE ALUGUÉIS E ACESSÓRIOS
DE LOCAÇÃO EM FASE DE EXECUÇÃO DE SENTENÇA –
EXCEÇÃO PRÉ-EXECUTIVIDADE – IMÓVEL RESIDENCIAL – BEM
DE FAMÍLIA – PENHORABILIDADE – FIANÇA – 1 – O bem de
família oferecido em decorrência de fiança não se encontra protegido
pela Lei nº 8.009/90, conforme disposto em seu art. 3º, inciso VII,
acrescido pelo art. 82, da Lei nº 8.245/91. 2 – Recurso provido.
(TAMG – AI 0298881-8 – (31372) – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Batista
Franco – J. 18.04.2000)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


NOTA PROMISSÓRIA – PLURALIDADE DE TOMADORES –
POSSIBILIDADE – No instituto cambial da nota promissória assim
como no da letra de câmbio haverá a possibilidade de serem
emitidas em favor de mais de uma pessoa, verificando-se, assim, a
pluralidade de tomadores prevista no art. 39, §1º do Dec. n. 2.044.
Nesse caso de pluralidade, qualquer um dos tomadores que estiver
de posse do título de crédito é considerado, para os efeitos cambiais,
o credor único da obrigação. Recurso a que se nega provimento.
(TAMG – Al 0299861-0 – (29588) – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Alvimar de
Ávila – J. 29.03.2000)

PRé-EXECUTIVIDADE – CONTRATO DE ABERTURA DE


CRÉDITO EM CONTA CORRENTE – INEXISTÊNCIA DE TÍTULO
EXECUTIVO – MATÉRIA QUE PERMITE A EXCEÇÃO NOS AUTOS
DA EXECUÇÃO – SÚMULA 233 – A existência de título executivo é
pressuposto da ação de execução, tratando-se de matéria que pode
ser reconhecida até de ofício pelo Juiz, o que possibilita a argüição
em objeção de pré-executividade nos próprios autos da execução,
independentemente de oposição de embargos de devedor e de estar
seguro o juízo. "O contrato de abertura de crédito, ainda que
acompanhado de extrato de conta corrente, não é título executivo"
(Súmula n. 233 do STJ). (TAMG – Ap 0301176-9 – (31128) – 1ª
C.Cív. – Relª. Juíza Vanessa Verdolim Andrade – J. 28.03.2000)

EXECUÇÃO – REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES A RECEITA


FEDERAL – DEVER DE EFICIÊNCIA DA PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL – POSSIBILIDADE – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – ILIQUIDEZ E INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO –
QUESTÃO AFETA AOS EMBARGOS DO DEVEDOR –
INDEFERIMENTO DO PEDIDO – Admite-se a intromissão do Poder
Judiciário na esfera privada do indivíduo, determinando seja oficiado
à Receita Federal no sentido de se obter informações acerca da
existência de bens do executado, para garantir a execução, no
resguardo do interesse do Estado de cumprir com o dever de uma
exata e eficiente prestação jurisdicional. Afigura-se possível a
oposição de exceção de pré-executividade do título executivo,
evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder implicar no
reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua nulidade formal,
como da impossibilidade jurídica do pedido e até mesmo por
invocada ilegitimidade de parte, posto constituir condições da ação,
matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da incerteza, iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito – sentença judicial – através da
exceção de pré-executividade, com suporte em matéria de mérito,
por não se revestir o Direito invocado do caráter a ensejar a medida
liminar, deve ser objeto de embargos do devedor a serem interpostos
pelo executado. (TAMG – Al 0296848-5 – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz
Duarte de Paula – J. 09.02.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – TRIPLICATAS – REVESTINDO-SE OS
TÍTULOS DE REGULARIDADE FORMAL, APTO ESTÁ PARA
EMBASAR A AÇÃO DE EXECUÇÃO – A exceção de pré-
executividade é um meio de defesa que só pode ser admitida
quando sua matéria for de ordem pública, sobre a qual o Juiz tem o
dever de examinar de ofício. Recurso a que se nega provimento.
(TAMG – Al 0295156-8 – 6ª C.Cív. – Rel. Juiz Dárcio Lopardi
Mendes – J. 03.02.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE EXTINTA – DECISÃO TERMINATIVA –
RECURSO ADEQUADO – APELAÇÃO – ERRO GROSSEIRO –
FUNGIBILIDADE RECURSAL – IMPOSSIBILIDADE – A
característica da decisão interlocutória é a resolução de questão
incidente, no curso da causa, sem pôr fim ao processo, tendo a parte
que se considera prejudicada, à sua disposição, o agravo (art. 522),
já que contra sentença definitiva cabe apelação (art. 513), sendo,
assim, certo que a decisão monocrática que decidiu sobre extinção
da fiança e anulou a penhora efetivada em cobrança forçada,
encerrando o processo, é passível de apelo e não de agravo de
instrumento. Inadmissível se torna o processamento do recurso de
agravo com base na teoria da fungibilidade, se grosseiro foi o erro da
recorrente em buscar a reforma de decisão manifestamente
terminativa por meio daquela via. (TAMG – Al 0299149-9 – (30313) –
Proc. Princ. : 98.004613-3 3ª C.Cív. – Relª. Juíza Jurema Brasil
Marins – J. 16.02.2000)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


CONTRADITÓRIO – CERCEAMENTO DE DEFESA – NULIDADE –
Através da exceção de pré-executividade, instaura-se, no processo
de execução, por mais absurdo que possa parecer, antes da
realização da constrição judicial, e, por óbvio, antes dos embargos à
execução, o contraditório, sendo nula a sentença proferida
anteriormente à concessão, ao exeqüente, de oportunidade para se
manifestar sobre a aludida exceção, sob pena de se configurar
manifesto cerceamento de defesa. (TAMG – Ap 0299134-8 – (31126)
– 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Moreira Diniz – J. 22.02.2000)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – INCIDENTE
PROCESSUAL – EXCEÇÃO DE PRÉ – EXECUTIVIDADE – INSS –
AUTARQUIA FEDERAL – COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DA
JUSTIÇA FEDERAL – COMARCA EM QUE INEXISTE VARA DO
JUÍZO FEDERAL – JUSTIÇA ESTADUAL COMPETENTE PARA
DIRIMIR O FEITO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA – RECURSO –
COMPETÊNCIA DO TRF – Deflui do artigo 109, I e § 3º e 4º c/c art.
108, II da Carta Magna a competência do TRF para julgar agravo de
instrumento interposto contra o INSS, uma vez que, embora seja a
Justiça Estadual competente para dirimir o feito em primeira
instância, já que inexiste Vara do Juízo Federal na Comarca em que
foram ajuizados a execução fiscal e o incidente processual, sendo o
agravado autarquia federal, a competência do Juiz local, em primeiro
grau, não exclui a competência do Tribunal Federal de Recursos em
sede de recurso, tendo em vista a incidência obrigatória do foro
privilegiado prescrito no texto da Constituição. (TAMG – AI 0300035-
9 – 3ª C.Cív. – Relª Juíza Jurema Brasil Marins – J. 03.05.2000)

INCIDENTE PROCESSUAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – DELIMITAÇÃO – SUCUMBÊNCIA1 – Não pode
o julgador, ao apreciar o incidente intitulado exceção de pré-
executividade, condenar o executado (excipiente) ao pagamento do
quantum objeto da execução, vez que discutida, tão-somente,
matéria adstrita ao aspecto formal (pressuposto) do título que a
embasa, in casu, suposta desvalia do demonstrativo do débito. 2 –
Descabe, em sede incidental, a condenação ao pagamento da verba
honorária, conquanto o vencido deva arcar com as despesas
processuais dele decorrentes (VI ENTA, concl. n. 24, aprovada à
unanimidade). (TAMG – AC 0303542-1 – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz
Nepomuceno Silva – J. 04.04.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – RECURSO CABÍVEL –


AGRAVO DE INSTRUMENTO – PREPARO – DESERÇÃO – Em se
tratando de decisum que julga "exceção de pré-executividade", que
não põe fim ao processo executivo, mas somente aprecia mera
questão incidental que se processa e decide em separado, tem-se o
perfeito enquadramento ao conceito de decisão interlocutória
previsto no artigo 162, § 2º, do Código de Processo Civil, o que exige
a aplicação da regra do artigo 522 do mesmo diploma, segundo a
qual o recurso cabível é o de agravo de instrumento. Em se
considerando que os embargos do devedor representam ação
incidental autônoma ao processo executivo e a "exceptio" de pré-
executividade consubstancia um simples incidente da cobrança
forçada, sendo manifesta a independência entre ambos, conclui-se a
necessidade de se interpor recursos diversos, comprovando-se o
preparo em cada um deles, sob pena de se julgar deserto um dos
inconformismos, se a parte interessada limitou-se a efetuar o
depósito das custas recursais em um dos autos, apresentando
simples cópia do recibo bancário nos que se encontraram em
apenso. (TAMG – AC 0304655-7 – 3ª C.Cív. – Relª Juíza Jurema
Brasil Marins – J. 12.04.2000)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


TÍTULO EXEQÜENDO CONSTITUÍDO DE UM CONTRATO
BANCÁRIO DE FINANCIAMENTO, PARA PAGAMENTO EM
PRESTAÇÕES, TAMBÉM ASSINADO POR DUAS TESTEMUNHAS
– TÍTULO EXECUTIVO HÁBIL, QUE NÃO SE CONFUNDE COM O
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE – PROVIMENTO DO RECURSO – Ao contrário do que
ocorre com o contrato de abertura de crédito em conta corrente, o
contrato bancário de financiamento para pagamento em prestações,
devidamente assinado por duas testemunhas, reveste-se dos
requisitos de título executivo. (TAMG – AC 0293686-3 – 4ª C.Cív. –
Rel. Juiz Ferreira Esteves – J. 01.03.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO –


CONFISSÃO DE DÍVIDA FIRMADA POR PESSOA ESTRANHA À
SOCIEDADE – MANDATO CONFERIDO EM AFRONTA AO
ESTATUTO SOCIAL – INVALIDADE – A exceção de pré-
executividade tem lugar sempre que não se configurarem as
condições da ação executiva, seja por impossibilidade jurídica do
pedido, em razão de título, flagrantemente nulo ou inexistente, ou por
ilegitimidade do exeqüente, por ser outro o titular do crédito. Não se
reconhece nenhum valor à confissão de dívida firmada por pessoa
estranha à sociedade, mediante mandato outorgado em afronta ao
Estatuto Social, que proíbe a delegação de poderes, por parte dos
seus sócios. (TAMG – AC 0294916-0 – 7ª C.Cív. – Rel. Juiz Antônio
Carlos Cruvinel – J. 03.02.2000)

EXECUÇÃO: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


INEXISTÊNCIA DE CONEXÃO E PREVENÇÃO COM OUTRAS
AÇÕES PENDENTES – INDEFERIMENTO DO PEDIDO – A reunião
de processos para julgamento em sentença única se dará quando,
nas diversas ações, houver questão comum a decidir, e não apenas
fato comum não litigioso. A conexão é um vínculo, um nexo, um elo
entre duas ou mais ações, de tal maneira relacionadas entre si, que
faz com que sejam conhecidas e decididas por um mesmo juiz, se há
risco de decisões conflitantes. Se não comprovada a identidade dos
contratos e dos débitos pleiteados, base das ações de despejo e
execução aviadas, não há razão da reunião dos feitos para decisão
simultânea. (TAMG – AI 0297859-2 – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Duarte de
Paula – J. 23.02.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – OFERECIMENTO EM


EXECUÇÃO DE ACORDO CELEBRADO EM CAUSA DE DIVÓRCIO
CONSENSUAL – Sentença que a desacolhe, impondo ao sucumbido
os ônus das custas e verba honorária de advogado. Apelo
desprovido. Caso em que a exceção fez as vezes de embargos,
instaurando o contraditório. (TJMG – AC 258.513-1/00 – 2ª C.Cív. –
Rel. p/o Ac. Des. Lúcio Urbano – DJMG 10.05.2002)
EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ – EXECUTIVIDADE
OPOSTA – IMPOSSIBILIDADE – O sistema consagrado no art. 16
da Lei nº 6.830/80 não admite as denominadas exceções de pré-
executividade. O processo executivo fiscal foi concebido como
instrumento compacto, rápido, seguro e eficaz, para realização da
dívida ativa pública. Admitir que o executado, sem a garantia da
penhora, ataque certidão que o instrumenta, é tornar insegura a
execução. Por outro lado, criar instrumentos paralelos de defesa é
complicar o procedimento, comprometendo-lhe rapidez. Nada
impede que o executado. Antes da penhora advirta o juiz, para
circunstâncias prejudiciais (pressupostos processuais ou condições
da ação) suscetíveis de conhecimento ex officio. Transformar,
contudo, esta possibilidade em defesa plena, com produção de
provas, seria fazer tabula rasa do preceito contido no art. 16 da LEF.
Seria emitir um convite à chicana, transformando a execução fiscal
em ronceiro procedimento ordinário (TJMG – AC 000.234.149-3/00 –
1ª C.Cív. – Rel. Des. Orlando Carvalho – J. 27.11.2001)

RECURSO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – SENTENÇA


INCONGRUENTE – INADMISSIBILIDADE – SENTENÇA NULA – É
nula a sentença que julga improcedente o pedido e em seguida
extingue o processo sem julgamento do mérito. (TJMG – AI
000.235.502-2/00 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Garcia Leão – J.
13.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ – EXECUTIVIDADE – Inidentidade do procedimento, com a
necessária garantia do juízo, prevista na LEF. Penhora inocorrida.
Impossibilidade. Recurso improvido. (TJMG – AG 000.238.293-5/00
– 3ª C.Cív. – Rel. Des. Isalino Lisbôa – J. 08.11.2001)

DÍVIDA TRIBUTÁRIA – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ


– EXECUTIVIDADE – Prescrição de exercícios cobrados dívida
ilíquida. Rejeição da exceção. Agravo. (TJMG – AG 000.239.562-
2/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des. Schalcher Ventura – J. 22.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL


ILEGALIDADE DO LANÇAMENTO – MATÉRIA FÁTICA –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – IMPOSSIBILIDADE –
PENHORA – BEM DE TERCEIRO – RECUSA DO CREDOR –
LICITUDE – A questão referente à existência de vício no lançamento
fiscal, não comprovada de plano, não pode ser argüida, sem
segurança do juízo, por meio de objeção de pré-executividade, por
ser matéria fática. É lícita a recusa do credor quanto a penhora de
crédito de terceiro, que entende não ter garantia de seu recebimento,
independentemente da concordância da parte contrária, mormente,
se não observada a formulação imperativa do art. 11 da Lei nº
6.830/80. Recurso a que se nega provimento. (TJMG – AG
000.240.595-9/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des. Kildare Carvalho – J.
22.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL INSTITUIÇÃO


FINANCEIRA – LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL – EXTINÇÃO DO
PROCESSO POR APLICAÇÃO DA LEI Nº 6.024/74 – PEDIDO
AFASTADO QUESTIONAMENTO DE DÉBITO – EXCEÇÃO DE PRÉ
– EXECUTIVIDADE IMPOSSIBILIDADE – É carente de eficácia
jurídica a norma do art. 18, letra a, da Lei nº 6.024/74, porque não foi
recepcionada pela atual Constituição em cotejo com a garantia
insculpida no art. 5º, inc. XXXV. O fato da instituição financeira
encontrar-se em liqüidação extrajudicial, não constitui razão ou
fundamento jurídico suficiente para impedir que a parte interessada
busque no judiciário o reconhecimento do direito de que se julga
detentora. (TJMG – AG 000.241.724-4/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des.
Kildare Carvalho – J. 22.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Argüição de prescrição do crédito
exeqüendo. Inidentidade do procedimento com a necessária
oposição de embargos, após a garantia do juízo, prevista na LEF.
Penhora inocorrida. Improvimento recursal. (TJMG – AG
000.242.798-7/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des. Isalino Lisbôa – J.
22.11.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXECUÇÃO FISCAL –


CABIMENTO – A exceção de pré-executividade é resultado de
construção doutrinária e jurisprudencial, fundada no princípio da
economia processual, que impõe sejam evitadas medidas
desnecessárias e prejudiciais à celeridade da prestação jurisdicional.
Logo, só se há admiti-la quando provado que a continuidade da
execução está fadada ao insucesso, por faltar-lhe condições
mínimas para o seu prosseguimento. Nega-se provimento ao
recurso. (TJMG – AG 000.246.125-9/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des.
Almeida Melo – J. 22.11.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ALCANCE DA MEDIDA


PROCESSUALIDADE – Não há como ser admitido o manejo da
exceção de pré. Executividade para infirmar título executivo, quando
inocorrentes os requisitos pertinentes e a questão, por sua
complexidade, escapar do alcance daquela medida processual.
(TJMG – AG 000.218.014-9/00 – 2ª C.Cív. – Rel. Des. Francisco
Figueiredo – J. 23.10.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ILIQUIDEZ E


INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO – EXTINÇÃO DO FEITO – Não se
revestindo o título de liquidez, certeza e exigibilidade, condições
basilares exigidas no processo de execução, constitui-se em
nulidade, como vício fundamental, podendo a parte arguí-la
independentemente de embargos do devedor, assim como pode e
cumpre ao juiz declarar, de ofício, a inexistência desses
pressupostos formais contemplados na Lei Processual Civil. (TJMG –
AC 000.226.529-6/00 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Orlando Carvalho – J.
02.10.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – PEDIDO DE


EXTINÇÃO – VALOR INEXPRESSIVO – ALEGAÇÃO – EXCEÇÃO
DE PRÉ EXECUTIVIDADE – IMPOSSIBILIDADE – Correta a
decisão que indefere exceção de pré-executividade, se a questão
suscitada pelo executado, de valor inexpressivo da execução, não se
enquadra em nenhuma das hipóteses que admite a oposição do
devedor sem a segurança do juízo. Recurso a que se nega
provimento. (TJMG – AG 000.232.854-0/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des.
Kildare Carvalho – J. 20.10.2001)

PRESCRIÇÃO – EXECUÇÃO FISCAL – RESPONSABILIDADE


SOLIDÁRIA – INTERRUPÇÃO – INOCORRÊNCIA – ALEGAÇÃO
VIA EXCEÇÃO – É possível alegar prescrição na exceção de pré-
executividade, sendo desnecessário, para tanto, embargar a
execução. Estende-se a todos os responsáveis pela dívida fiscal a
interrupção operada por um deles, por se tratar de dívida indivisível e
de responsabilidade solidária. Art. 176, § 1º, do Código Civil. (TJMG
– AG 000.235.591-5/00 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Campos Oliveira – J.
18.10.2001)

DÍVIDA TRIBUTÁRIA – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ


– EXECUTIVIDADE – INADMISSIBILIDADE – TAXA DE
FISCALIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO – REQUISITOS – Agravo. (TJMG
– AG 000.239.305-6/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des. Schalcher Ventura –
J. 11.10.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – A


exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinária/jurisprudencial, somente se dá em hipóteses
excepcionais, quando evidente a ausência de título ou flagrante
causa de nulidade da execução, ou, ainda, quando manifesta a
prescrição do título ou induvidosa a prova de quitação do crédito
exeqüendo. (TJMG – AI 000.243.103-9/00 – 1ª C.Cív. – Rel. Des.
Antônio Hélio Silva – J. 23.10.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


Argüição de exclusão de sócio da empresa contribuinte, que desafia
mais ampla discussão, admissível apenas em embargos.
Inviabilidade da via eleita, que comporta apenas matérias de ordem
pública ou as que independem de demonstração mediante prova.
Agravo a que se nega provimento. (TJMG – AG 000.244.400-8/00 –
5ª C.Cív. – Rel. Des. José Francisco Bueno – J. 11.10.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


EXCEPCIONALIDADE – NÃO CARACTERIZAÇÃO – A exceção de
pré executividade, passível de ser arguída nos autos da execução
fiscal, tem caráter excepcional e somente poderá ser aferida pelo
magistrado, caso a alegada ilegitimidade passiva dos executados
seja patente, pois, havendo necessidade de exame mais
aprofundado, a tanto, somente em sede de embargos do devedor tal
poderá ocorrer. Agravo desprovido. (TJMG – AG 000.246.443-6/00 –
3ª C.Cív. – Rel. Des. Lucas Sávio V. Gomes – J. 18.10.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


POSSIBILIDADE – PENHORA – IMÓVEL GRAVADO COM
CLÁUSULA DE IMPENHORABILIDADE E INALIENABILIDADE –
ART. 184 DO CTN ALCANCE E INCIDÊNCIA – Assente nos
tribunais pátrios a possibilidade do executado argüir, nos próprios
autos da execução, matéria dizente à falta das condições da ação ou
sobre a existência de nulidades absolutas, em sede do que se
convencionou denominar de exceção de pré-executividade. Os
ditames do art. 184 do CTN são cristalinos em definir que os bens do
contribuinte, gravados com cláusula de impenhorabilidade e
inalienabilidade, respondem pelo débito perante o fisco, pois as
mesmas aludem as relações regidas pelo direito privado e não
naquelas havidas no campo tributário. Também tais cláusulas não se
inserem nas hipóteses do art. 649, I, do CPC, por originarem-se de
ato voluntário, não podendo ser consideradas, absolutamente,
impenhoráveis, atributo este que decorre de expressa disposição
legal. Ocorrendo a doação clausulada na vigência do art. 184 do
CTN, a eficácia deste ato está condicionada ao atendimento dos
seus preceitos. Agravo desprovido. (TJMG – AG 000.247.661-2/00 –
3ª C.Cív. – Rel. Des. Lucas Sávio V. Gomes – J. 25.10.2001)

DIREITO TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – CERTIDÃO DE


DÍVIDA ATIVA – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
CABIMENTO – A exceção de pré-executividade, como construção
doutrinário-jurisprudencial que é, somente pode ser utilizada em
casos excepcionais, que não comportem discussão, sob pena de
retirar-se da Fazenda Pública estadual o seu direito de ação, visando
a obter um crédito apontado num título que goza de presunção de
veracidade, sem máculas. Recurso conhecido e desprovido. (TJMG
– AG 000.225.039-7/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Célio César Paduani
– J. 27.09.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EMBARGOS JÁ REJEITADOS – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – INADMISSIBILIDADE – Decisão que
se cassa. (TJMG – AG 000.233.394-6/00 – 5ª C.Cív. – Rel. Des.
Hugo Bengtsson – J. 13.09.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL –


SOCIEDADE POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA –
SÓCIO COTISTA DIRIGENTE – AUSÊNCIA DE EXCESSO DE
PODERES OU INFRAÇÃO DA LEI – ALEGAÇÃO – EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE IMPOSSIBILIDADE – A questão referente à
impossibilidade da cobrança de crédito tributário do sócio, que não
tenha praticado excesso de poderes ou infração à Lei, é matéria
fática que não comporta exame em exceção de pré-executividade. É
possível, em princípio, a penhora de bens do patrimônio pessoal dos
administradores de sociedade por cota de responsabilidade limitada
a sua defesa, neste caso, há de produzir-se via de embargos.
Recurso que se nega provimento. (TJMG – AG 000.235.148-4/00 –
3ª C.Cív. – Rel. Des. Kildare Carvalho – J. 20.09.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


Artigo 151 do Código Tributário Nacional. Hipóteses. Ausência. Via
adequada. Embargos. Os casos de suspensão do crédito tributário
estão contemplados pelo artigo 151 do Código Tributário Nacional e,
entre eles, não se encontra o da decisão de tribunal superior em
questão semelhante. Já o artigo 40 da Lei nº 6.830/80 contém as
hipóteses de suspensão da execução fiscal. Assim, não havendo
impedimento para que se discuta, novamente, os aspectos que
envolvem a exigência do tributo nas operações realizadas, tal
discussão deve, em princípio, dar-se em sede de embargos do
devedor, à medida que a exceção de pré. Executividade não
comporta debate sobre o mérito da cobrança. Nega-se provimento
ao recurso. (TJMG – AG 000.238.185-3/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des.
Almeida Melo – J. 27.09.2001)

AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ART. 267, § 3º, DO CPC – A exceção de pré-
executividade será admitida nas hipóteses em que for facultado ao
juiz pronunciar-se de ofício, nas matérias dispostas no §3º, art. 267
do CPC, na ocorrência de prescrição ou nos casos de vício formal do
título executivo, causador de sua imprestabilidade. (TJMG – AI
000.241.892-9/00 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Páris Peixoto Pena – J.
11.09.2001)

AGRAVO DE INTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ – EXECUTIVIDADE – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
– ART. 135 DO CTN – MANDATÁRIO – PROVA – NECESSIDADE
DE DILAÇÃO PROBATÓRIA – MATÉRIA PRÓPRIA DE
EMBARGOS À EXECUÇÃO RECURSO IMPROVIDO – A
responsabilidade tributária deve ser discutida em embargos à
execução, ante a possibilidade de dilação probatória. (TJMG – AI
000.203.554-1/00 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Garcia Leão – J.
28.08.2001)

DIREITO TRIBUTÁRIO – DECLARATÓRIA – DEPÓSITO JUDICIAL


– EXECUÇÃO FISCAL – CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO – A exceção
de pré-executividade, como construção doutrinário-jurisprudencial
que é, somente pode ser utilizada em casos excepcionais, que não
comporte discussão, sob pena de retirar-se da Fazenda Pública
estadual o seu direito de ação, visando a obter um crédito apontado
num título que goza de presunção de veracidade, sem máculas. A
ação declaratória, com o simples depósito judicial, não tem o condão
de tirar a certeza e liquidez das certidões de dívida ativa. Recurso
conhecido e desprovido. (TJMG – AG 000.204.833-8/00 – 4ª C.Cív. –
Rel. Des. Célio César Paduani – J. 30.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO


QUE, ACOLHENDO EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
DECLAROU NULA A ARREMATAÇÃO DE BEM PENHORADO DO
DEVEDOR, POR IRREGULARIDADE NA CITAÇÃO –
DESPROVIMENTO DO RECURSO – 1. Se, perfeitamente ciente do
endereço do executado, deixou a exeqüente de fornecê-lo à justiça,
correta é a decisão que reconhece a nulidade de citação, realizada
pela via editalícia, bem como todos os atos posteriores a esta. 2.
Desprovimento do recurso interposto. (TJMG – AG 000.215.097-7/00
– 4ª C.Cív. – Rel. Des. Célio César Paduani – J. 09.08.2001)

PROCESSO – AGRAVO DE INSTRUMENTO – AUSÊNCIA DE


CÓPIA DA PROCURAÇÃO DOS ADVOGADOS – PREJUÍZO NÃO
DEMONSTRADO CONHECIMENTO – EXECUÇÃO FISCAL –
EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE – HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS – VENCIDA A FAZENDA PÚBLICA – CABIMENTO
– ALTERAÇÃO DE SÓCIOS – COMUNICAÇÃO
DESNECESSIDADE – A ausência de prejuízo implica o
conhecimento do agravo de instrumento formado sem cópia da
procuração outorgada aos procuradores das partes. São devidos
honorários advocatícios à parte excluída da lide por meio de exceção
de pré. Executividade. É de responsabilidade da exeqüente verificar
a composição societária da empresa executada antes da propositura
da ação. (TJMG – AG 000.217.812-7/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des.
Aloysio Nogueira – J. 30.08.2001)

DIREITO TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – CERTIDÃO DE


DÍVIDA ATIVA – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
CABIMENTO – A exceção de pré-executividade, como construção
doutrinário-jurisprudencial que é, somente poderá ser utilizada em
casos excepcionais, que não comporte discussão, sob pena de
retirar-se da Fazenda Pública municipal o seu direito de ação,
visando a obter um crédito apontado num título que goza de
presunção de veracidade, sem máculas. Recurso conhecido e
desprovido. (TJMG – AG 000.218.862-1/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des.
Célio César Paduani – J. 30.08.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


EXCEPCIONALIDADE – NÃO CARACTERIZAÇÃO – A exceção de
pré executividade, passível de ser arguída nos autos da execução
fiscal, tem caráter excepcional e somente poderá ser aferida pelo
magistrado, caso a alegada nulidade da CDA seja patente, pois,
havendo necessidade de exame mais aprofundado, a tanto, somente
em sede de embargos do devedor tal poderá ocorrer. Agravo
desprovido. (TJMG – AG 000.233.386-2/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des.
Lucas Sávio V. Gomes – J. 16.08.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – DÍVIDA TRIBUTÁRIA – Encerramento das


atividades empresariais sem quitação dos débitos fiscais integração
dos sócios no polo passivo da execução exceção de pré.
Executividade indeferida. Agravo descabimento. (TJMG – AG
000.239.122-5/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des. Schalcher Ventura – J.
23.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ


EXECUTIVIDADE – ADMISSIBILIDADE – PENHORA – NOMEAÇÃO
INEFICAZ – INDICAÇÃO DE BENS NÃO PERTENCENTES AO
EXECUTADO INADMISSIBILIDADE – A exceção de pré-
executividade pode ser argüida em qualquer fase da execução,
independentemente inclusive de oposição de embargos, porque a
exceção de pré-executividade diz respeito a vício formal do título
exeqüendo. Incumbe ao devedor indicar bens à penhora
obedecendo à gradação legal. (TJMG – AI 000.220.503-7/00 – 1ª
C.Cív. – Rel. Des. Garcia Leão – J. 07.08.2001)

TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – SOCIEDADE POR COTAS


DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – SÓCIO COTISTA SEM
PODERES DE GESTÃO – EXCLUSÃO – PRÉ – EXECUTIVIDADE –
EXCESSO DE PODERES OU INFRAÇÃO À LEI OU AO
CONTRATO – PROVA – AUSÊNCIA HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS – A questão referente à ilegitimidade passiva,
comprovada de plano, por prova documental, pode ser argüída
independentemente da segurança do juízo, por se tratar de defesa
argüível por meio de objeção de pré. Executividade. Na execução
fiscal ajuizada contra sociedade por cotas de responsabilidade
limitada, somente os sócios que detêm poderes de administração
respondem pelos débitos fiscais da empresa, posto que a prática de
atos contrários à Lei ou com excesso de poderes apenas induz a
responsabilidade dos sócios com poderes de gestão. São devidos
honorários advocatícios de sucumbência no caso de extinção do
processo em sede de exceção de pré-executividade. Sentença
mantida em reexame necessário, prejudicado o recurso voluntário.
(TJMG – AC 000.208.244-4/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des. Kildare
Carvalho – J. 07.06.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – VÍCIO FORMAL DO TÍTULO – INEXISTÊNCIA
RECURSO IMPROVIDO – A exceção de pré-executividade pode ser
argüida em qualquer fase da execução, desde que diz respeito a
vício formal do título exeqüendo. (TJMG – AI 000.215.351-8/00 – 1ª
C.Cív. – Rel. Des. Garcia Leão – J. 05.06.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXECUÇÃO FISCAL –


CABIMENTO – MASSA FALIDA – CRÉDITO TRIBUTÁRIO – MULTA
DE REVALIDAÇÃO – JUROS DE MORA – EXCLUSÃO – A exceção
de pré-executividade é resultado de construção doutrinária e
jurisprudencial, fundada no princípio da economia processual, que
impõe sejam evitadas medidas desnecessárias e prejudiciais à
celeridade da prestação jurisdicional. Os arts. 23, III, e 26 do
Decreto-Lei nº 7.661/45 foram recepcionados pela Constituição da
República. Referidos dispositivos legais não podem ser interpretados
como indevida concessão de benefício fiscal, por parte da união,
quando se tratar de crédito tributário dos estados membros, pois o
texto da Lei de Falências não afastou a cobrança, em si, do tributo,
mas, sim, considerando a situação peculiar da massa falida, dispôs
sobre a exclusão da multa e dos juros, uma vez que é da
competência da união legislar sobre direito comercial. Em habilitação
de crédito tributário no processo falimentar, ou em execução fiscal
ajuizada contra a falida, não se incluem a multa fiscal e os juros de
mora, por expressa disposição legal. Nega-se provimento ao recurso.
(TJMG – AG 000.216.828-4/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Almeida Melo
– J. 21.06.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL


QUESTIONAMENTO DÉBITO – EXCEÇÃO DE PRÉ –
EXECUTIVIDADE IMPOSSIBILIDADE – A questão referente à
progressividade do IPTU não pode ser argüida, sem a segurança do
juízo, por meio de objeção de pré. Executividade, por se tratar de
mérito dos embargos de devedor. Recurso a que se nega
provimento. (TJMG – AG 000.218.864-7/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des.
Kildare Carvalho – J. 21.06.2001)

EXECUÇÃO FISCAL MUNICIPAL – EXCEÇÃO DE PRÉ


EXECUTIVIDADE – INDEFERIMENTO – É de ser mantida decisão
que, em execução fiscal, indefere exceção de pré-executividade,
com base em inconstitucionalidade de IPTU progressivo e CDA
ilíquida e incerta, quando, na verdade, tal exceção só é possível em
casos excepcionalíssimos. Decisão mantida. (TJMG – AG
000.221.809-7/00 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Cláudio Costa – J.
07.06.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


IMPOSSIBILIDADE – Matéria afeta a embargos do devedor.
Inteligência do art. 16 da LEF. Recurso a que se nega provimento.
(TJMG – AG 000.230.640-5/00 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Hugo
Bengtsson – J. 21.06.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – FALÊNCIA DECRETADA NO CURSO


DESTA – MASSA FALIDA – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
– EXCLUSÃO DE MULTA FISCAL – INEXIGIBILIDADE – 1.
Possuindo a multa fiscal natureza punitiva sancionatória, deve esta
ser decotada do crédito executado, a teor do que dispõe o art. 23 do
Decreto-Lei nº 7661/45, art. 23, parágrafo único, inciso III, e Súmula
565 do STF. 2. Desprovimento do recurso. (TJMG – AG
000.195.045-0/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Célio César Paduani – J.
03.05.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO EM FACE DE


DECISÃO QUE, EM EXECUÇÃO FISCAL, ACOLHEU, EM PARTE,
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE PARA EXCLUIR DO
DÉBITO EXECUTADO A MULTA FISCAL, INCIDINDO OS JUROS
SOMENTE ATÉ A DATA DA DECRETAÇÃO DA QUEBRA – 1.
Recorrível é a decisão proferida pelo MM. Juiz, que acolheu em parte
a exceção de pré-executividade, devidamente publicada, posto que
esta é que, em tese, traria gravame à parte, sendo intempestivo o
recurso interposto contra o despacho que determina à exeqüente a
juntada de planilha de débito, adequando-se esta àquela
anteriormente publicada. 2. Não conhecimento do recurso. (TJMG –
AG 000.213.364-3/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Célio César Paduani –
J. 24.05.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


MANDADO DE SEGURANÇA ACOLHIDO POR SENTENÇA
SUJEITA A RECURSO SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO – Cabe tão-
só a suspensão da execução fiscal de exação da taxa anual de
fiscalização, localização e funcionamento, se foi deferido mandado
de segurança por sentença ainda sujeita ao reexame necessário em
grau de recurso. (TJMG – AI 000.222.196-8/00 – 1ª C.Cív. – Rel.
Des. Orlando Carvalho – J. 08.05.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré. Executividade. Argüição de


iliquidez de CDA, que desafia mais ampla discussão, admissível
apenas em embargos. Inviabilidade da via eleita, que comporta
apenas matérias de ordem pública ou as que independem de
demonstração mediante prova. Agravo a que se nega provimento.
(TJMG – AG 000.227.218-5/00 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. José
Francisco Bueno – J. 24.05.2001)

A MATÉRIA RELATIVA A PAGAMENTO, EM FACE DE SUA


RELEVÂNCIA, SE INCLUI DENTRE AQUELAS QUE PODEM SER
DISCUTIDAS POR MEIO DO INCIDENTE DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – Depósitos efetuados aos credores, pela
agravada, de acordo com as decisões irrecorridas no juízo
falimentar. Alegação, pela agravante, de não recebimento integral do
seu crédito sem, contudo, especificar qual o montante faltante.
Depósito considerado integral. Excesso de execução caracterizada.
Sentença confirmada. Agravo de instrumento. Execução fiscal.
Exceção de pré-executividade. Reconhecimento de excesso na
execucão. Pagamento do débito, excluída a honorária. Depósito de
dívida tributária realizado pela massa, em antecedente feito
falimentar. Inidentidade do procedimento com a necessária garantia
do juízo, prevista na LEF. Penhora inocorrida. Provimento recursal.
Decisão cassada. (TJMG – AG 000.150.813-4/00 – 3ª C.Cív. – Rel.
p/o Ac. Des. Aloysio Nogueira – J. 05.04.2001)

PROCESSO CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


INDEFERIMENTO – CRÉDITO TRIBUTÁRIO – EXIGIBILIDADE –
SUSPENSÃO – LIMINAR CASSADA – Cassada, pelo tribunal, a
liminar que, em ação cautelar anteriormente ajuizada pela
recorrente, suspendeu a exigibilidade do crédito tributário objeto de
execução fiscal, resta prejudicada a exceção de pré-executividade
fundamentada naquele fato e prevalece a decisão agravada que a
indeferiu. Nega-se provimento ao recurso. (TJMG – AG 000.211.781-
0/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Almeida Melo – J. 26.04.2001)

EMBARGOS DE TERCEIRO – EXECUÇÃO FISCAL – ARRESTO


INEFICAZ – TURBAÇÃO CARACTERIZADA – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – CONDIÇÕES DA AÇÃO – PRINCÍPIO DA
SUCUMBÊNCIA – Recebidos os embargos, como de terceiros,
inócua se revela a alegada ineficácia dos arrestos, porquanto a sua
existência caracteriza iniludível turbação à posse dos recorridos, a
teor do art. 1.046, caput, do CPC. Viável é o acolhimento de exceção
de pré-executividade, ainda que de ofício, quando se tratar de
condições da ação, pelo que dispõe o art. 267, § 3º, do CPC. O
princípio da sucumbência albergado no art. 20 do CPC é objetivo e
prescinde de se perquirir da culpa das partes pelo desate da
demanda, sendo que tal princípio é regra geral em nosso
ordenamento jurídico, aplicando-se a todos os processos onde se
instaurou lide e houve parte vencida. Sentença confirmada em sede
de reexame necessário. Recurso voluntário prejudicado. (TJMG – AC
000.206.758-5/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des. Lucas Sávio V. Gomes – J.
22.03.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


ACOLHIMENTO PARCIAL – DECISÃO INTERLOCUTÓRIA –
SUCUMBÊNCIA – INEXISTÊNCIA – A decisão que acolhe
parcialmente a exceção de pré-executividade argüida nos próprios
autos da execução, caracteriza-se como interlocutória, eis que não
extingue a mesma, não havendo, portanto, razão para se falar em
sucumbência e, conseqüentemente, em condenação ao pagamento
de honorários advocatícios, uma vez que esta decorre
exclusivamente da derrota experimentada por uma das partes, ao
final da demanda. (TJMG – AI 000.219.707-7/00 – 1ª C.Cív. – Rel.
Des. Antônio Hélio Silva – J. 27.03.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


ADMISSIBILIDADE – A exceção de pré-executividade, admitida em
nosso direito por construção doutrinário-jurisprudencial, somente se
dá em hipóteses excepcionais, como, por exemplo, quando for
evidente a ausência de título ou haja flagrante causa de nulidade do
mesmo, ou, ainda, quando manifesta a sua prescrição ou induvidosa
a prova da quitação do crédito exeqüendo, fora desses casos,
impõe-se a oposição de embargos do devedor. (TJMG – AI
000.213.292-6/00 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Antônio Hélio Silva – J.
06.03.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – PRÉ-EXECUTIVIDADE –


EXCEÇÃO – NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA –
INDEFERIMENTO – Não pode ser deferido, em sede de exceção de
pré-executividade, o pedido de declaração de nulidade da execução,
se esta não estiver comprovada de plano. (TJMG – AG 000.198.354-
3/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des. José Antonino Baía Borges – J.
15.03.2001)
EXECUÇÃO JUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
TÍTULO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL – A exceção de pré-
executividade, embora de criação doutrinário-jurisprudencial, não é
sucedânea dos embargos à execução, mormente quando se discute
a liquidez, certeza e exigibilidade do título exeqüendo. Sentença
mantida. (TJMG – AG 000.199.293-2/00 – 5ª C.Cív. – Rel. Des.
Cláudio Costa – J. 01.02.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – PRÉ EXECUTIVIDADE –


DESNECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA – CABIMENTO –
Pode ser deferido, em sede de exceção de pré-executividade, o
pedido de declaração de nulidade da execução fiscal ajuizada, se
esta estiver comprovada de plano. (TJMG – AG 000.202.915-5/00 –
3ª C.Cív. – Rel. Des. José Antonino Baía Borges – J. 15.02.2001)

EXECUÇÃO JUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


EMBARGOS À EXECUÇÃO – GARANTIA DO JUÍZO – É de ser
indeferida a exceção de pré-executividade, em execução fiscal, com
alegação de decadência e prescrição, quando a via própria são os
embargos à execução, comprovada a garantia do juízo com a
penhora. Decisão mantida. (TJMG – AG 000.203.524-4/00 – 5ª
C.Cív. – Rel. Des. Cláudio Costa – J. 01.02.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – POSSIBILIDADE –


OPOSIÇÃO DE EMBARGOS – FLAGRANTE ILEGITIMIDADE DA
EXECUTADA – RECONHECIMENTO PELA FAZENDA PÚBLICA –
ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA – Ainda que a ilegitimidade passiva da
executada seja evidente, de forma a lastrear uma possível exceção
de pré-executividade, a escolha pela oposição de embargos à
execução não retira da Fazenda Pública a responsabilidade pelo
pagamento dos ônus da sucumbência, diante da homologação de
pedido de desistência pela mesma formulado. (TJMG – AC
000.195.284-5/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Almeida Melo – J.
07.12.2000)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO – A exceção
de pré-executividade é resultado de construção doutrinária e
jurisprudencial, fundada no princípio da economia processual que
impõe sejam evitadas medidas desnecessárias e prejudiciais à
celeridade da prestação jurisdicional. Logo, só se há admiti-la
quando provado que a continuidade da execução está fadada ao
insucesso, por faltar-lhe condições mínimas para seu
prosseguimento. (TJMG – AC 000.195.458-5/00 – 4ª C.Cív. – Rel.
Des. Almeida Melo – J. 07.12.2000)

PROCESSO CIVIL – FALTA DE COMPROVAÇÃO DE QUE OS


DOCUMENTOS ANEXOS AO RECURSO RELACIONAM-SE À
DEMANDA EM EXAME – QUESTIONAMENTO QUE DEVE SER
FUNDADO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – AUSÊNCIA
DE PREVISÃO LEGAL – CAUTELA – CONSEQÜÊNCIAS DO SEU
ACOLHIMENTO – INEXISTÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO CABAL
DAS ALEGAÇÕES – A mera alegação de que não há prova de que a
decisão e a certidão juntadas aos autos referem-se ao processo em
exame não é suficiente para que se possa negar seguimento ao
recurso, cumprindo à interessada na inadmissão do recurso provar o
argumento. A exceção de pré-executividade, especialmente por não
ter previsão legal, só há de ser utilizada em situações excepcionais,
nas quais, de antemão, pode-se reconhecer o insucesso a que o
prosseguimento da execução estaria fadado. Se o magistrado não se
convence das alegações trazidas pela parte interessada em obstar o
prosseguimento da execução, inacolhe-se o pedido. Rejeita-se a
preliminar e nega-se provimento ao recurso. (TJMG – AG
000.206.722-1/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Almeida Melo – J.
21.12.2000)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ – EXECUTIVIDADE –


MATÉRIA DISCUTIDA TÍPICA DE EMBARGOS –
IMPRESTABILIDADE DA VIA UTILIZADA – PROVIMENTO
NEGADO – Nega-se provimento a agravo que visa acolhimento da
exceção de pré-executividade, que não comporta matéria típica de
embargos, mas apenas as de ordem pública ou outra que independa
de prova. (TJMG – AG 000.207.105-8/00 – 5ª C.Cív. – Rel. Des.
Campos Oliveira – J. 07.12.2000)

TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – É inviável, no processo de cobrança da dívida
ativa, a exceção de pre-executividade. (TJMG – AI 000.191.567-7/00
– 1ª C.Cív. – Rel. Des. Orlando Carvalho – J. 07.11.2000)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


POSSIBILIDADE – MULTA – MASSA FALIDA – DECOTE –
INADMISSIBILIDADE – A matéria atinente à viabilidade da existência
do débito executado, em face do ordenamento jurídico, é condição
da eficácia executiva do título e que poderá ser apreciada nos
próprios autos da execução fiscal, independente da apresentação
dos embargos. Em executivo fiscal proposto contra massa falida não
incidem as disposições contidas no Decreto-Lei 7.661/45, pelo que
tal cobrança não é sujeita à vedação prescrita no artigo 23, inciso II,
do citado Decreto-Lei. Agravo provido. (TJMG – AG 000.189.689-
3/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des. Lucas Sávio V. Gomes – J. 21.09.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – PRÉ-


EXECUTIVIDADE – NULIDADE – DEFEITO DE CITAÇÃO –
TEORIA DA APARÊNCIA – Válida é a citação efetivada na pessoa
que apresenta-se como procurador do executado, pois lícito não é
exigir-se do Oficial de Justiça que requeira do cidadão prova quanto
à capacidade para receber citação. Inadmissível a exceção de pré-
executividade, porquanto já em fase de expropriação do bem do
devedor. (TJMG – AG 000.185.401-7/00 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. José
Francisco Bueno – J. 29.06.2000)
EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
ADMISSIBILIDADE – A exceção de pré-executividade, admitida em
nosso direito por construção doutrinário – Jurisprudencial, somente
se dá em hipóteses excepcionais como, por exemplo, quando for
evidente a ausência de título ou haja flagrante causa de nulidade da
execução, ou, ainda, quando manifesta a prescrição do título ou
induvidosa a prova da quitação do crédito exeqüendo, fora desses
casos, impõe-se a oposição de embargos do devedor. (TJMG – AI
000.179.974-1/00 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Antônio Hélio Silva – J.
18.04.2000)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – É inadmissível, em execução fiscal, a
apreciação de exceção de pré-executividade apresentada pelo
executado, visando ao debate de matérias estranhas aos
pressupostos processuais e condições da ação, como o
cerceamento de defesa no procedimento administrativo de
constituição do crédito tributário e a existência de novação. (TJMG –
AG 000.169.014-8/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Almeida Melo – J.
03.02.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de


pré-executividade - Condenação da Fazenda Pública Estadual em
honorários advocatícios - Incidente processual - Inexistência de
sucumbência a autorizar a condenação - Recurso provido para
decotar da decisão agravada a condenação no pagamento de
honorários de advogado. (TJMG – AG 000.279.894-0/00 – 6ª C.Cív.
– Rel. Des. Sérgio Lellis Santiago – J. 03.02.2003)

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Argüição de


exclusão de sócio da empresa contribuinte, que desafia mais ampla
discussão, admissível apenas em embargos. Inviabilidade da via
eleita, que comporta apenas matérias de ordem pública ou as que
independem de demonstração mediante prova. Agravo provido.
(TJMG – AG 000.311.799-1/00 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. José
Francisco Bueno – J. 19.12.2002) (Ementas no mesmo sentido)

COMPETÊNCIA – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ –


EXECUTIVIDADE – EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E
TELÉGRAFOS – EMPRESA PÚBLICA FEDERAL –
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA JUSTIÇA ESTADUAL – É da
Justiça Federal a competência para processar e julgar as causas em
que as empresas públicas federais, como a EBCT, tiverem interesse,
ex VI do disposto no art. 109, inciso I, da Constituição Federal,
notadamente se verificado não se tratar de nenhuma das hipóteses
excepcionadas pelo referido dispositivo (falência, acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho).
(TJMG – AG 000.239.597-8/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Hyparco
Immesi – J. 05.12.2002)JCF.109 JCF.109.I

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


EXCEPCIONALIDADE – NÃO CARACTERIZAÇÃO – A exceção de
pré- executividade, passível de ser argüida nos autos da execução
fiscal, tem caráter excepcional e somente poderá ser aferida pelo
magistrado, caso a alegada ilegitimidade passiva dos executados
seja patente, pois, havendo necessidade de exame mais
aprofundado, a tanto, somente em sede de embargos do devedor tal
poderá ocorrer. Agravo desprovido. (TJMG – AG 000.308.253-4/00 –
3ª C.Cív. – Rel. Des. Lucas Sávio V. Gomes – J. 12.12.2002)
(Ementas no mesmo sentido)

PROCESSUAL – TRIBUTÁRIO – Exceção de pré-executividade -


Invocação de depósito em ação anulatória do débito fiscal - Pedido
indeferido - Via adequada existente - Prevalência dos embargos à
execução - Recurso não provido. (TJMG – AG 000.273.048-9/00 – 5ª
C.Cív. – Rel. Des. Aluízio Quintão – J. 14.11.2002)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – PRESCRIÇÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO –
POSSIBILIDADE – A prescrição - intercorrente ou não - de crédito
tributário pode ser alegada na via da exceção de pré- executividade
ou por meio de simples petição, sem a necessidade da oposição de
embargos. (TJMG – AG 000.302.618-4/00 – 7ª C.Cív. – Rel. Des.
Wander Marotta – J. 11.11.2002)

PROCESSUAL – TRIBUTÁRIO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO DE PRESCRIÇÃO – PEDIDO
INDEFERIDO – VIA ADEQUADA EXISTENTE – Prevalência dos
embargos à execução. Recurso não provido. (TJMG – AG
000.264.585-1/00 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Aluízio Quintão – J.
07.11.2002)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


CABIMENTO – PRESCRIÇÃO – Embora não seja prevista na
legislação brasileira, a doutrina e a jurisprudência, em casos
excepcionais, como no de prescrição, têm admitido a exceção de
pré-executividade. A ação para a cobrança do crédito tributário
prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição
definitiva (CTN, art. 174). (TJMG – APCV 000.287.570-6/00 – 7ª
C.Cív. – Rel. Des. Edivaldo George dos Santos – J.
14.10.2002)JCTN.174

EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade. Descabida a


inclusão de suposto sócio da empresa devedora, no pólo passivo da
execução, se sua assinatura, no contrato social, se apresenta
grosseiramente falsificada, a evidenciar a inexistência de
responsabilidade pelos débitos da firma. Exceção acolhida, Sentença
mantida. (TJMG – APCV 000.278.729-9/00 – 6ª C.Cív. – Rel. Des.
Jarbas Ladeira – J. 14.10.2002)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO INTERLOCUTÓRIA –
ART. 162, § 2º, DO CPC – Exceção de pré-executividade -
Invalidade do título executivo - Comprovação insuficiente -
Prescrição - Arts. 173 e 174 do CTN -Rejeição de plano -
Manutenção da decisão monocrática. Haverá decisão interlocutória,
desafiando recurso de agravo, sempre que o juiz decidir questão
incidente, apresentada pelos litigantes, no decorrer do trâmite
processual. A exceção de pré-executividade é possível nos casos
em que o processo estiver eivado de nulidade insanável, sendo
inquestionável a ausência dos pressupostos e condições da ação.
Contudo, se a comprovação feita pelo executado for insuficiente, a
questão alegada somente poderá ser discutida em eventuais
embargos de devedor. O reconhecimento da prescrição intercorrente
reclama comprovação da efetiva inércia processual da Fazenda
como credora. (TJMG – AG 000.283.682-3/00 – 6ª C.Cív. – Rel. Des.
Jarbas Ladeira – J. 07.10.2002)JCPC.162 JCPC.162.2 JCTN.173
JCTN.174

"A exceção de pré-executividade tem cabimento restrito, podendo


ser manejada quando se está tratando da ausência de pressupostos
formais à constituição válida ou prosseguimento regular do processo,
sem que se demande, obviamente, qualquer acertamento acerca do
"direito controvertido ". (TJMG – AG 000.286.419-7/00 – 4ª C.Cív. –
Rel. Des. Carreira Machado – J. 10.10.2002)

EXECUÇÃO FISCAL – DEFENSOR PÚBLICO – CURADOR


ESPECIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EMBARGOS
DESNECESSÁRIOS – PARALISAÇÃO SUCESSIVAS –
DESINTERESSE DO CREDOR – PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
CARACTERIZADA – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – PRINCÍPIO
DA SUCUMBÊNCIA – Configurada a hipótese do art. 9º, II, do CPC,
imperiosa é designação de curador especial ao executado, cujo
"munus" poderá recair sobre membro da defensoria pública estadual
sem que se erija nulidade, a tanto. A exceção de pré-executividade,
passível de ser arguída nos autos da execução fiscal, sem que seja
necessária a interposição de embargos, é aquela em que o
magistrado possa analisá-la de plano por patentear-se nos
elementos bojados no feito. Os sucessivos pedidos do fisco à
suspensão da execução configuram o seu desinteresse pela
satisfação do crédito executado, por não resultarem em efetivas
providências à localização da devedora ou de seus bens, assim,
escoando-se o lapso prescricional do título executado no transcorrer
destas paralisações do processo, resulta na perempção do direito da
exeqüente. O princípio da sucumbência albergado no art. 20 do CPC
é objetivo, sendo regra geral que atinge todos os feitos onde se
instaurou a lide e houve parte vencida. Apelação desprovida. (TJMG
– AC 000.286.482-5/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des. Lucas Sávio V.
Gomes – J. 24.10.2002)JCPC.9 JCPC.9.II JCPC.20

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


POSSIBILIDADE – FLAGRANTE ILEGITIMIDADE DA EXECUTADA
– RECONHECIMENTO PELA FAZENDA PÚBLICA – ÔNUS DA
SUCUMBÊNCIA – Acolhe-se a pretensão da executada, quando
evidente a sua ilegitimidade passiva, não retirando da Fazenda
Pública a responsabilidade pelo pagamento dos ônus
sucumbenciais. Em reexame necessário, confirma-se a sentença,
prejudicado o recurso voluntário. (TJMG – AC 000.292.439-7/00 – 4ª
C.Cív. – Rel. Des. Almeida Melo – J. 03.10.2002)

EMBARGOS DO DEVEDOR – FATO NOVO – ART. 462 DO CPC –


APLICAÇÃO – PERDA DO OBJETO – CARACTERIZAÇÃO –
PRINCÍPIO DA SUCUMBÊNCIA – NÃO INCIDÊNCIA – O
surgimento de fato novo no tramitar dos embargos do devedor
determina que as suas consequências jurídicas hão de ser
consideradas no seu deslinde, nos precisos termos do art. 462 do
CPC. Caracterizado que a sentença, acolhendo a exceção de pré-
executividade, alcançou o objeto dos embargos do devedor, resulta
que estes hão de ser rejeitados liminarmente. Configurado o fato da
parte ter sido obrigada a manejar os embargos do devedor, este gera
o afastamento da aplicação do princípio da sucumbência, eximindo-
lhe do pagamento das custas processuais respectivas. Apelação
parcialmente provida. (TJMG – AC 000.293.891-8/00 – 3ª C.Cív. –
Rel. Des. Lucas Sávio V. Gomes – J. 24.10.2002)JCPC.462

TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – JUÍZO NÃO GARANTIDO –


EMBARGOS REJEITADOS – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
– MATÉRIA FISCAL – DESCABIMENTO – RECURSO IMPROVIDO
– A segurança do juízo, através de penhora que garanta a satisfação
do crédito executado, é condição à admissibilidade dos embargos do
devedor. É inadmissível, no processo de cobrança da dívida ativa, a
exceção de pré-executividade, por força do disposto na Lei nº
6.830/80, art. 16, § 2º. (TJMG – AC 000.298.609-9/00 – 5ª C.Cív. –
Relª Desª Maria Elza – J. 31.10.2002)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – SUA ADMISSÃO POR


CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIA E PRETORIANA – HIPÓTESES DE
SUA ADMISSIBILIDADE – Embora se trate de forma de defesa não
legalmente prevista, a exceção de pré-executividade tem sido
admitida pela doutrina e jurisprudência, permitindo ao devedor
invocá-la para alegar a inviabilidade ou nulidade da execução, ao
invés de fazê-lo via embargos. Todavia, a exceção de pré-
executividade somente é admitida em hipóteses excepcionais, ou
seja, quando se mostra evidente a ausência de título hábil, quando
ocorre prescrição, ou ainda, quando há prova de quitação do débito.
(TJMG – AG 000.241.972-9/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Hyparco
Immesi – J. 10.10.2002) (Ementas no mesmo sentido)

A exceção de pré-executividade em execução fiscal, somente deve


ser aceita em se tratando de nulidade manifesta, sem qualquer
complexidade, que não necessita de dilação probatória,
considerando que os embargos à execução são a sede própria para
se deduzir toda a matéria de defesa que possa interessar ao
devedor. (TJMG – AC 000.249.730-3/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des.
Carreira Machado – J. 10.10.2002) (Ementas no mesmo sentido)

DIREITO TRIBUTÁRIO – EMBARGOS À EXECUÇÃO – PRAZO –


ART. 16 DA LEF – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
Promovidos embargos à execução fiscal além do prazo de 30 (trinta)
dias após a intimação da penhora e advertência para oferecimento
de embargos, conforme estabelecido, respectivamente, no art. 16 da
Lei de execução fiscal e 669 do Estatuto Processual civil, iniludível a
sua intempestividade, decorrência de que devem ser os mesmos
rejeitados. A exceção de pré-executividade, como construção
doutrinária-jurisprudencial que é, somente pode ser utilizada em
casos excepcionais, que não comporte discussão, sob pena de
retirar-se da Fazenda Pública estadual o seu direito de ação, visando
obter um crédito apontado num título que goza de presunção de
veracidade, sem máculas. Em reexame necessário, reformar a r.
Sentença, prejudicado o recurso voluntário. (TJMG – AC
000.253.144-0/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Célio César Paduani – J.
19.09.2002)JCPC.669

Exceção de pré-executividade. Rejeição. Desprovimento recursal.


(TJMG – AG 000.263.275-0/00 – 2ª C.Cív. – Rel. Des. Abreu Leite –
J. 17.09.2002)

EXECUÇÃO FISCAL – CITAÇÃO POR EDITAL – EXECUTADO


REVEL – NOMEAÇÃO DE CURADOR ESPECIAL – APLICAÇÃO
DO ARTIGO 9º, INCISO II DO CPC – DEFENSORIA PÚBLICA –
INTERVENÇÃO LEGÍTIMA – PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE –
OCORRÊNCIA – AUSÊNCIA DE CAUSA INTERRUPTIVA –
EXTINÇÃO DO PROCESSO – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS –
CONDENAÇÃO – PREVISÃO LEGAL – Necessária é a nomeação
de curador especial ao executado que, citado por edital, não
comparece a juízo. Cabendo ao devedor falar nos autos da
execução, através da oposição de exceção de pré-executividade, tão
logo tenha ciência do ajuizamento da ação de execução, seria
antijurídico dotar o curador especial, encarregado de promover a
ampla defesa do executado revel, citado por edital, de poderes
menos amplos que o curatelado, condicionando sua intervenção nos
autos à prévia realização da penhora e conseqüente interposição de
embargos. A prescrição intercorrente pode ser argüida, na execução
fiscal, independentemente de embargos do devedor. O despacho
ordenatório da citação não se encontra embuído de força capaz de
interromper a prescrição, já que prevalece o artigo 174, parágrafo
único, I do CTN, que exige a efetiva citação, sobre o artigo 8º da Lei
de execução fiscal, para o qual seria suficiente aquele despacho. O
artigo 40 da Lei nº 6.830/80 nos termos em que foi admitido no
ordenamento jurídico pátrio, sofre os limites impostos pelo artigo 174
do Código Tributário Nacional já que repugna aos princípios
informadores do sistema tributário a prescrição indefinida. Decorridos
mais de cinco anos entre o ajuizamento da execução fiscal e a
citação do executado, ocorre a prescrição intercorrente, nos termos
do artigo 174 do CTN, pela inércia da Fazenda Pública municipal.
Não há como se furtar o vencido, ainda que seja a Fazenda Pública,
ao pagamento de todas as custas e despesas prévias e aos
honorários de advogado, conforme especifica o artigo 20, caput e §
4º, do Código de Processo Civil. (TJMG – AC 000.270.735-4/00 – 4ª
C.Cív. – Relª Desª Jurema Brasil Marins Miranda – J.
19.09.2002)JCPC.9 JCPC.9.II JCPC.20

EXECUÇÃO FISCAL – MULTA E JUROS MORATÓRIOS –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – IMPOSSIBILIDADE –
GARANTIA DO JUÍZO PELA PENHORA – Somente com a garantia
efetiva de penhora é possível a discussão de questão relacionada
com multa e juros inseridos na cobrança executiva, conforme dispõe
o art. 16, da Lei nº 6.830/80, com a garantia do juízo, não sendo
admitida, pois, exceção de pré-executividade. (TJMG – AG
000.274.923-2/00 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Jarbas Ladeira – J.
23.09.2002)
AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL – CITAÇÃO POR EDITAL –
INOCORRÊNCIA – EXECUTADO FALECIDO – INTERVENÇÃO DE
DEFENSOR PÚBLICO – PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE –
OCORRÊNCIA – EXTINÇÃO DO PROCESSO – HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS – CONDENAÇÃO – POSSIBILIDADE – A
legitimidade em se nomear curador especial, em sede de execução
fiscal, não se restringe à hipótese de a pessoa citada por edital não
comparecer a juízo, podendo, também, ocorrer essa medida em
defesa de executado já falecido, mesmo inocorrendo a citação
editalícia, se restou comprovado que a exeqüente, instada a fornecer
o nome do inventariante do espólio, para que se promovesse o novo
ato citatório, deixou de diligenciar nesse sentido, mormente se
denota, concretamente, a ocorrência de prescrição intercorrente, por
não se poder justificar que o credor permaneça inerte,
indefinidamente. O direito de o devedor suscitar oposição de
exceção de pré-executividade, tão logo tenha ciência do ajuizamento
da ação executiva ajuizada contra si, estende-se ao curador
especial, já que se encontra imbuído dos poderes de promover a
ampla defesa do executado. Mostra-se desnecessário o ajuizamento
de embargos pelo devedor para argüir prescrição intercorrente, o
que pode ser levado a efeito nos próprios autos da demanda
executiva, em virtude dessa matéria poder ser decidida de plano pelo
juiz, desde que requerida. O despacho ordenatório da citação não
tem força capaz de interromper a prescrição, já que prevalece o
artigo 174, parágrafo único, I, do CTN, que exige a efetiva citação,
sobre o artigo 8º da Lei de execução fiscal, para o qual seria
suficiente aquele despacho. Decorridos mais de cinco anos entre a
suspensão do feito ou o pedido de arquivamento provisório dos
autos e a manifestação da exeqüente, que nesse interregno não
diligenciou no sentido de promover a citação do inventariante do
espólio do executado ou a penhora de bens, ocorre a prescrição
intercorrente, nos termos do artigo 174 do CTN, pela inércia da
Fazenda Pública municipal. Nãohá como se furtar o vencido, ainda
que seja a Fazenda Pública, ao pagamento de todas as custas e
despesas do processo, bem como dos honorários de advogado,
conforme estabelece o artigo 20, caput e §4º, do código de processo
civil. (TJMG – AC 000.277.956-9/00 – 4ª C.Cív. – Relª Desª Jurema
Brasil Marins Miranda – J. 19.09.2002)JCPC.20 JCPC.20.4

EXECUÇÃO FISCAL – PRÉ-EXECUTIVIDADE – EMBARGOS DE


DEVEDOR – Tratando-se de matéria de alta indagação, que exige a
produção de provas, inadmissível o ajuizamento de exceção de pré-
executividade. É de rigor o oferecimento de embargos, com prévia
segurança do juízo, para a discussão de tais matérias. (TJMG – AG
000.278.358-7/00 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Jarbas Ladeira – J.
23.09.2002)

AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL – CITAÇÃO POR EDITAL –


NOMEAÇÃO DE CURADOR ESPECIAL – APLICAÇÃO DO ARTIGO
9º, INCISO II, DO CPC – DEFENSORIA PÚBLICA – INTERVENÇÃO
LEGÍTIMA – PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE – OCORRÊNCIA –
AUSÊNCIA DE CAUSA INTERRUPTIVA – EXTINÇÃO DO
PROCESSO – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – CONDENAÇÃO –
PREVISÃO LEGAL – É legítima a nomeação de curador especial ao
executado que, citado por edital, não comparece a juízo. Estando o
devedor autorizado a falar nos autos da execução, através da
oposição de exceção de pré-executividade, ilegítimo seria destituir o
curador especial, encarregado de promover a ampla defesa do
executado revel, citado por edital, de poderes inerentes ao
curatelado, condicionando sua intervenção à prévia realização da
penhora e conseqüente ajuizamento de embargos. A prescrição
intercorrente pode ser argüida, na execução fiscal,
independentemente de embargos do devedor. O despacho
ordenatório da citação não tem por si só o condão de interromper a
prescrição, já que prevalece o artigo 174, parágrafo único, I, do CTN,
que exige a efetiva citação, sobre o artigo 8º da Lei de execução
fiscal, para o qual seria suficiente aquele despacho. O artigo 40 da
Lei nº 6.830/80, nos termos em que foi admitido no ordenamento
jurídico pátrio, sofre os limites impostos pelo artigo 174, do Código
Tributário Nacional, já que repugna aos princípios informadores do
sistema tributário a prescrição indefinida. Decorridos mais de cinco
anos entre o ajuizamento da execução fiscal e a citação do
executado ocorre a prescrição intercorrente, nos termos do artigo
174 do CTN, pela inércia da Fazenda Pública municipal. Não há
como se furtar o vencido, ainda que seja a Fazenda Pública, ao
pagamento das despesas do processo, bem como dos honorários de
advogado, conforme determina o artigo 20, caput e § 4º, do código
de processo civil. (TJMG – AC 000.285.168-1/00 – 4ª C.Cív. – Relª
Desª Jurema Brasil Marins Miranda – J. 12.09.2002)JCPC.9
JCPC.9.II JCPC.20 JCPC.20.4

DESISTÊNCIA DA AÇÃO – PEDIDO FORMULADO APÓS A


OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DEVIDOS – Se são devidos
honorários advocatícios pela desistência da ação após a
apresentação dos embargos, como impõe a súmula 153 do STJ, o
mesmo deve ser adotado com relação à exceção de pré-
executividade que a ensejou. (TJMG – AC 000.288.748-7/00 – 7ª
C.Cív. – Rel. Des. Antônio Carlos Cruvinel – J. 16.09.2002)

AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – IMPOSSIBILIDADE – INTELIGÊNCIA DO ART.
16 § 3º DA LEI Nº 6830/80 – MEIO EXCEPCIONAL – "A tolerância
doutrinária, em se tratando de execução fiscal, esbarra em norma
específica que proíbe a pré-executividade (art. 16, § 3º, da LEF).
(TJMG – AG 000.274.893-7/00 – 7ª C.Cív. – Rel. Des. Alvim Soares
– J. 26.08.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – CABIMENTO – CRÉDITO TRIBUTÁRIO
RELATIVO A IPTU – PRESCRIÇÃO – INEXISTÊNCIA –
DESPROVIMENTO – Versando o incidente sobre matéria
exclusivamente de direito, qual seja, prescrição, cabível a exceção
de pré-executividade. A ação para cobrança do crédito tributário
prescreve em 5 (cinco anos), contados da data da sua constituição
definitiva, in casu, inscrição de dívida ativa, conforme dispõe o art.
174 do CTN. Prescrição. Inocorrência. (TJMG – AG 000.278.001-
3/00 – 3ª C.Cív. – Rel. Des. Aloysio Nogueira – J. 22.08.2002)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – TAXA SELIC – CORREÇÃO DO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO – VIA INADEQUADA – Nos termos do entendimento
jurisprudencial proferido pelo colendo Superior Tribunal de Justiça, é
possível a argüição de exceção de pré-executividade em execução
fiscal, no entanto, a discussão relativa à incidência da "taxa selic"
para corrigir o crédito tributário não pode ser feita nesta via, pois não
gera a nulidade do título executivo. (TJMG – AG 000.279.330-5/00 –
6ª C.Cív. – Rel. Des. Dorival Guimarães Pereira – J. 19.08.2002)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


QUESTIONAMENTO DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
IMPOSTA PELO PODER PÚBLICO – NECESSIDADE DE
INSTRUÇÃO PROCESSUAL – OBRIGATORIEDADE DA
GARANTIA DO JUÍZO EXECUTÓRIO – INADEQUABILIDADE DA
EXCEÇÃO COMO MEIO PROCESSUAL – A exceção de pré-
executividade, como procedimento oposto na ação de execução
fiscal, só é possível quando a execução ajuizada pela Fazenda
Pública apresentar vícios formais ou materiais que possam gerar a
nulidade do título executivo ou mesmo a extinção da execução. Se,
porém, os argumentos apresentados pelo executado questionam a
própria responsabilidade tributária que lhe é imputada pela Fazenda
Pública, não pode o executado, sem prévia garantia do juízo
executório, invalidar a ação de execução utilizando-se dessa
exceção. (TJMG – AG 000.284.378-7/00 – 5ª C.Cív. – Relª Desª
Maria Elza – J. 29.08.2002) (Ementas no mesmo sentido)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA DEPENDENTE
DE PROVA E AFERÍVEL SOB CONTRADITÓRIO – INVIABILIDADE
DA OPOSIÇÃO DE DEFESA SEM GARANTIA – A jurisprudência
vem admitindo a chamada exceção de pré-executividade, mas
limitada ao debate de questões sujeitas ao conhecimento ex officio
do magistrado, não podendo ser utilizada como instrumento de
oposição do devedor sem a garantia da penhora, que a Lei exige sob
condição de imprescindibilidade. Se o título em execução apresenta-
se, formalmente, sob a aparência de liquidez, certeza e exigibilidade,
a discussão acerca da formação e da existência do crédito, em si
mesmo, é matéria a ser apreciada em sede de embargos do
devedor, visto ser aferível apenas sob contraditório e na
dependência de prova. (TJMG – AG 000.287.700-9/00 – 7ª C.Cív. –
Rel. Des. Wander Marotta – J. 26.08.2002)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


ALEGAÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO – Pretensão que
demanda, no caso dos autos, instauração dos competentes
embargos à execução. Mantém-se afastada a admissibilidade da
exceção de pré-executividade, que se mostra inapropriada para
amparar a pretensão da ora agravante, qual seja, impedir o
prosseguimento da execução. Agravo desprovido. (TJMG – AG
000.239.010-2/00 – 2ª C.Cív. – Rel. Des. Pinheiro Lago – J.
13.08.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ILEGITIMIDADE DE PARTE – CABIMENTO –
PROVIMENTO – Versando o incidente sobre matéria relativa à
ilegitimidade de parte em ação de execução fiscal, cabível a exceção
de pré-executividade. (TJMG – AG 000.244.357-0/00 – 3ª C.Cív. –
Rel. Des. Aloysio Nogueira – J. 29.08.2002) (Ementas no mesmo
sentido)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXECUÇÃO FISCAL –
INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO ENTRE SUJEITOS PASSIVOS DA
EXECUÇÃO E A EMPRESA EXECUTADA – EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO – Inexistindo qualquer relação entre os sujeitos
passivos da execução e a empresa executada, devida é a exclusão
de seus nomes do pólo passivo, visto não se enquadrarem na
condição de devedores do tributo. (TJMG – AC 000.248.894-8/00 –
3ª C.Cív. – Rel. Des. Aloysio Nogueira – J. 22.08.2002)

ALIMENTOS – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – CABIMENTO – A exceção de pré-executividade
é resultado de construção doutrinária e jurisprudencial, fundada no
princípio da economia processual que impõe sejam evitadas
medidas desnecessárias e prejudiciais à celeridade da prestação
jurisdicional. Em caso de alimentos, há que se privilegiar a garantia
do alimentando, razão pela qual não se admitir a exceção de pré-
executividade, especialmente quando a matéria discutida enseja
dilação probatória e envolve superveniência de situação jurídica ou
fática nova. Nega-se provimento ao recurso. (TJMG – AG
000.262.393-2/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Almeida Melo – J.
08.08.2002)

EXECUÇÃO FISCAL – DÉBITO DE ICMS – EX-SÓCIO –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CONDENAÇÃO – VERBA
HONORÁRIA – É devida a condenação em verba honorária em
casos que o executado peticionar nos próprios autos da execução,
denunciando vício formal do título, vindo o juiz a extinguir o feito em
relação ao mesmo. Inteligência da 3ª turma do STJ. (TJMG – AG
000.262.778-4/00 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Célio César Paduani – J.
08.08.2002)

TAMG-027312) EXCEÇÃO OU OBJEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO - CONTRATO PARTICULAR DE
CONFISSÃO DE DÍVIDA - EFICÁCIA EXECUTIVA - PRESENÇA
DOS REQUISITOS DA LIQÜIDEZ, EXIGIBILIDADE E CERTEZA -
INSTRUMENTO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA ASSINADO PELO
DEVEDOR E POR DUAS TESTEMUNHAS - ART. 585 INC. II CPC.
O contrato de confissão de dívida assinado pelo devedor e por duas
testemunhas e que portanto, preenche os requisitos do art. 585
inciso II do CPC, possui eficácia de título executivo extrajudicial,
cabendo ao devedor defender-se através da via dos embargos.
(Agravo de Instrumento Cível nº 0333985-5/2001, 4ª Câmara Cível
do TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Alvimar de Ávila. j. 13.06.2001,
unânime).

TAMG-027055) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - MATÉRIA


CONTROVERSA - IMPOSSIBILIDADE.
Sendo controversa a questão alegada, não pode ela ser veiculada
através de mera exceção, demandando para sua análise o
ajuizamento da ação de embargos do devedor, após devidamente
seguro o juízo.
(Agravo de Instrumento Cível nº 0337017-8/2001, 6ª Câmara Cível
do TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Valdez Leite Machado. j.
24.05.2001, unânime).

TAMG-026925) AGRAVO DE INSTRUMENTO - INCIDENTE


PROCESSUAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
NULIDADE DA AÇÃO DE COBRANÇA FORÇADA -
INOCORRÊNCIA.
A exceção de pré-executividade, admitida, excepcionalmente, em
nosso direito por construção jurisprudencial, somente poderá ser
utilizada, nos casos em que o juízo pode de plano conhecer da
matéria, e, inexistindo comprovante quanto à ocorrência de iliquidez
e inexigibilidade do título excutido, não há que se falar em nulidade
da execução.
(Agravo de Instrumento Cível nº 0333544-4/2001, 3ª Câmara Cível
do TAMG, Belo Horizonte, Relª. Juíza Jurema Brasil Marins. j.
25.04.2001, unânime).
TAMG-026791) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - DISCUSSÃO DE MATÉRIAS DE ORDEM
PÚBLICA - INSTITUTO UTILIZADO PARA DISCUTIR
LANÇAMENTOS INDEVIDOS EM CONTA-CORRENTE - MEIO
PROCESSUAL INADEQUADO.
O instituto da exceção de pré-executividade permite ao devedor
executado, independentemente de prévia segurança do juízo
(penhora ou do depósito), a obtenção da extinção do processo
executivo, mediante discussão de matérias de ordem pública, em
que o Juiz conhecerá, de ofício, a qualquer tempo, nos termos do
artigo 267, incisos, IV, V, VI, e § 3º, do Código de Processo Civil.
Verifica-se inaceitável a substituição dos embargos do devedor não
aviados no momento oportuno, pelo instituto da exceção de pré-
executividade, por estarem preclusas as matérias, além do que,
estas não constam entre aquelas que podem ser conhecidas ex
officio pelo Juiz.
(Agravo de Instrumento Cível nº 0334571-5/2001, 4ª Câmara Cível
do TAMG, Frutal, Rel. Juiz Alvimar de Ávila. j. 16.05.2001, unânime).

TAMG-026742) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO DE EXISTÊNCIA DE AÇÃO
ANULATÓRIA ONDE SE DISCUTE A VALIDADE DO NEGÓCIO
SUBJACENTE AO TÍTULO - MATÉRIA DEPENDENTE DE PROVA
E AFERÍVEL SOB AMPLO CONTRADITÓRIO - INVIABILIDADE DA
OPOSIÇÃO DE DEFESA SEM GARANTIA.
A jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade, mas limitada ao debate de questões sujeitas ao
conhecimento "ex officio" do Magistrado, não podendo ser utilizada
como instrumento de oposição do devedor sem a garantia da
penhora, que a lei exige sob condição de imprescindibilidade.
Se o título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência
de liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação,
da existência ou do excesso do crédito, em si mesmo, é matéria a
ser apreciada na via dos embargos.
(Apelação Cível nº 0336995-3/2001, Proc. Princ.: 20.000051-8, 3ª
Câmara Cível do TAMG, Cambuquira, Rel. Juiz Wander Marotta. j.
06.06.2001, unânime).

TAMG-026586) EXECUÇÃO - PRAZO DE EMBARGOS HÁ MUITOS


ANOS VENCIDO; EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
"Não se admite exceção de pré-executividade, passados muitos
anos do vencimento do prazo de embargos, quando já reconhecida a
existência da dívida através de acordo celebrado; demais, além de
não se cuidar de contrato de abertura de crédito em conta corrente, a
Súmula 233 do STJ, foi editada doze anos depois de ajuizada a
execução e portanto, flagrante a impossibilidade de sua retroação
para atingir o ato jurídico perfeito e acabado".
(Apelação Cível nº 0336859-2/2001, 1ª Câmara Cível do TAMG,
Paraopeba, Rel. Juiz Alvim Soares. j. 15.05.2001, unânime).

TAMG-026468) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


POSSIBILIDADE DE A FORMALIZAR ATRAVÉS DE SIMPLES
PETIÇÃO NOS AUTOS DA AÇÃO DE COBRANÇA FORÇADA.
A exceção de pré-executividade, admitida, excepcionalmente, no
direito nacional, por construção pretoriana, aperfeiçoa-se, mediante
simples petição nos próprios autos da demanda executiva, sem ser
necessário proceder preparo ou dar valor à causa.
(Agravo de Instrumento Cível nº 0336368-6/2001, Proc. Princ.:
99.015656-8, 3ª Câmara Cível do TAMG, Ituiutaba, Relª. Juíza
Jurema Brasil Marins. j. 13.06.2001, unânime).

TAMG-025950) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO


FISCAL - INCIDENTE PROCESSUAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - INSS - AUTARQUIA FEDERAL -
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DA JUSTIÇA FEDERAL - COMARCA
EM QUE INEXISTE VARA DO JUÍZO FEDERAL - JUSTIÇA
ESTADUAL COMPETENTE PARA DIRIMIR O FEITO EM PRIMEIRA
INSTÂNCIA - RECURSO - COMPETÊNCIA DO TRF.
Deflui do artigo 109, I e § 3º e 4º c/c art. 108, II da Carta Magna a
competência do TRF para julgar agravo de instrumento interposto
contra o INSS, uma vez que, embora seja a Justiça Estadual
competente para dirimir o feito em primeira instância, já que inexiste
Vara do Juízo Federal na Comarca em que foram ajuizados a
execução fiscal e o incidente processual, sendo o agravado
autarquia federal, a competência do Juiz local, em primeiro grau, não
exclui a competência do Tribunal Federal de Recursos em sede de
recurso, tendo em vista a incidência obrigatória do foro privilegiado
prescrito no texto da Constituição.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0300035-9, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Itabira, Relª. Juíza Jurema Brasil Marins. j. 03.05.2000,
unânime).

TAMG-025901) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


CABIMENTO - CONFISSÃO DE DÍVIDA FIRMADA POR PESSOA
ESTRANHA À SOCIEDADE - MANDATO CONFERIDO EM
AFRONTA AO ESTATUTO SOCIAL - INVALIDADE.
A exceção de pré-executividade tem lugar sempre que não se
configurarem as condições da ação executiva, seja por
impossibilidade jurídica do pedido, em razão de título, flagrantemente
nulo ou inexistente, ou por ilegitimidade do exeqüente, por ser outro
o titular do crédito.
Não se reconhece nenhum valor à confissão de dívida firmada por
pessoa estranha à sociedade, mediante mandato outorgado em
afronta ao Estatuto Social, que proíbe a delegação de poderes, por
parte dos seus sócios.
(Apelação (Cv) Cível nº 0294916-0, 7ª Câmara Cível do TAMG,
Muriaé, Rel. Juiz Antônio Carlos Cruvinel. j. 03.02.2000, unânime).
TAMG-025798) EXECUÇÃO: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
- INEXISTÊNCIA DE CONEXÃO E PREVENÇÃO COM OUTRAS
AÇÕES PENDENTES - INDEFERIMENTO DO PEDIDO.
A reunião de processos para julgamento em sentença única se dará
quando, nas diversas ações, houver questão comum a decidir, e não
apenas fato comum não litigioso.
A conexão é um vínculo, um nexo, um elo entre duas ou mais ações,
de tal maneira relacionadas entre si, que faz com que sejam
conhecidas e decididas por um mesmo juiz, se há risco de decisões
conflitantes.
Se não comprovada a identidade dos contratos e dos débitos
pleiteados, base das ações de despejo e execução aviadas, não há
razão da reunião dos feitos para decisão simultânea.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0297859-2, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 23.02.2000,
unânime).

TAMG-025647) INCIDENTE PROCESSUAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - DELIMITAÇÃO - SUCUMBÊNCIA.
1. Não pode o julgador, ao apreciar o incidente intitulado exceção de
pré-executividade, condenar o executado (excipiente) ao pagamento
do quantum objeto da execução, vez que discutida, tão-somente,
matéria adstrita ao aspecto formal (pressuposto) do título que a
embasa, in casu, suposta desvalia do demonstrativo do débito.
2. Descabe, em sede incidental, a condenação ao pagamento da
verba honorária, conquanto o vencido deva arcar com as despesas
processuais dele decorrentes (VI ENTA, Concl. nº 24, aprovada à
unanimidade).
(Apelação (Cv) Cível nº 0303542-1, 1ª Câmara Cível do TAMG,
Teófilo Otoni, Rel. Juiz Nepomuceno Silva. j. 04.04.2000, unânime).

TAMG-025595) PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - TÍTULO EXEQÜENDO CONSTITUÍDO DE UM
CONTRATO BANCÁRIO DE FINANCIAMENTO, PARA
PAGAMENTO EM PRESTAÇÕES, TAMBÉM ASSINADO POR
DUAS TESTEMUNHAS - TÍTULO EXECUTIVO HÁBIL, QUE NÃO
SE CONFUNDE COM O CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
EM CONTA CORRENTE - PROVIMENTO DO RECURSO.
Ao contrário do que ocorre com o contrato de abertura de crédito em
conta corrente, o contrato bancário de financiamento para
pagamento em prestações, devidamente assinado por duas
testemunhas, reveste-se dos requisitos de título executivo.
(Apelação (Cv) Cível nº 0293686-3, 4ª Câmara Cível do TAMG,
Uberaba, Rel. Juiz Ferreira Esteves. j. 01.03.2000, unânime).

TAMG-025476) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - RECURSO


CABÍVEL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - PREPARO -
DESERÇÃO.
Em se tratando de "decisum" que julga "exceção de pré-
executividade", que não põe fim ao processo executivo, mas
somente aprecia mera questão incidental que se processa e decide
em separado, tem-se o perfeito enquadramento ao conceito de
decisão interlocutória previsto no artigo 162, § 2º, do Código de
Processo Civil, o que exige a aplicação da regra do artigo 522 do
mesmo diploma, segundo a qual o recurso cabível é o de Agravo de
Instrumento.
Em se considerando que os Embargos do Devedor representam
ação incidental autônoma ao processo executivo e a "exceptio" de
pré-executividade consubstancia um simples incidente da cobrança
forçada, sendo manifesta a independência entre ambos, conclui-se a
necessidade de se interpor recursos diversos, comprovando-se o
preparo em cada um deles, sob pena de se julgar deserto um dos
inconformismos, se a parte interessada limitou-se a efetuar o
depósito das custas recursais em um dos autos, apresentando
simples cópia do recibo bancário nos que se encontraram em
apenso.
(Apelação (Cv) Cível nº 0304655-7, Proc. Princ.: 99.00022106, 3ª
Câmara Cível do TAMG, Teófilo Otoni, Relª. Juíza Jurema Brasil
Marins. j. 12.04.2000, unânime).

TAMG-025406) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - OBJETO - MATÉRIA RESTRITA AOS
PRESSUPOSTOS DA RELAÇÃO PROCESSUAL EXECUTIVA -
ALEGAÇÃO DE MATÉRIA DIVERSA - IMPOSSIBILIDADE -
HIPÓTESES APTAS A ENSEJAR A NULIDADE DA EXECUÇÃO,
MORMENTE A FALTA DE EXIGIBILIDADE DOS TÍTULOS -
AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO - GARANTIA DO JUÍZO -
NECESSIDADE - EMBARGOS À EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade somente se justifica em hipóteses
onde se patenteia a ausência dos pressupostos da relação
processual executiva, exemplificativamente, a inexistência de título
executivo, ilegitimidade do exeqüente ou do executado, hipóteses
onde sequer se justificaria a realização da penhora, que pressupõe a
executoriedade do título e a legitimidade dos litigantes.
O acolhimento da exceção de pré-executividade só se justifica
quando, de plano, restarem demonstradas situações aptas a ensejar
a nulidade da execução.
A desconstituição de título executivo formalmente perfeito, por desvio
de finalidade, deve ser feita em sede de Embargos do Devedor, cuja
apresentação acha-se condicionada à prévia segurança do juízo,
pela penhora.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0304646-8, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Uberaba, Rel. Juiz Kildare Carvalho. j. 12.04.2000, unânime).

TAMG-025354) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - ELEIÇÃO DE FORO - COMPETÊNCIA
RELATIVA - DECLINAÇÃO - APELAÇÃO - RECURSO IMPRÓPRIO
- PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL INAPLICÁVEL.
É o Agravo de Instrumento o recurso cabível das decisões
declinatórias de competência. Admite-se, em tese, a fungibilidade, se
ausente erro grosseiro e atendidos os requisitos do agravo, entre os
quais o prazo para interposição, que não foi observado, já que o
recurso foi protocolizado no prazo da apelação.
(Apelação (Cv) Cível nº 0297282-1, 1ª Câmara Cível do TAMG, Belo
Horizonte, Rel. Juiz Gouvêa Rios. j. 14.03.2000, unânime).

TAMG-025324) AGRAVO DE INSTRUMENTO - PRELIMINAR -


CÓPIAS - AUSÊNCIA DE AUTENTICAÇÃO - MERA
IRREGULARIDADE - DECISÃO DE PENHORA -
INTERLOCUTÓRIA - GRAVAME - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - EXAME - OMISSÃO DO JUÍZO.
A falta de autenticação das peças que obrigatoriamente compõem o
Agravo de Instrumento não tem o condão de resultar na sua
inadmissibilidade, tratando-se de mera irregularidade formal,
fazendo-se relevante quando a parte impugnar o conteúdo do
documento juntado aos autos. O pronunciamento judicial que, não
pondo fim ao processo, tem conteúdo decisório e provoca gravame à
parte é impugnável por meio de Agravo de Instrumento.
A exceção de pré-executividade tem lugar quando não se configuram
as condições da ação executiva. Em face de omissão do Magistrado
a quo em examinar o cabimento da exceção de pré-executividade
oposta, não pode o Tribunal ad quem realizar juízo de cognição da
matéria sob pena de supressão do grau de jurisdição.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0309507-6, 4ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Relª. Juíza Maria Elza. j. 28.06.2000,
unânime).

TAMG-025180) PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - NOTA PROMISSÓRIA - PLURALIDADE DE
TOMADORES - POSSIBILIDADE.
No instituto cambial da nota promissória assim como no da letra de
câmbio haverá a possibilidade de serem emitidas em favor de mais
de uma pessoa, verificando-se, assim, a pluralidade de tomadores
prevista no art. 39, § 1º do Dec. nº 2.044. Nesse caso de pluralidade,
qualquer um dos tomadores que estiver de posse do título de crédito
é considerado, para os efeitos cambiais, o credor único da
obrigação.
Recurso a que se nega provimento.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0299861-0, 4ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Alvimar de Ávila. j. 29.03.2000,
unânime).

TAMG-025122) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DO DÉBITO -
MATÉRIA DEPENDENTE DE PROVA E AFERÍVEL SOB
CONTRADITÓRIO - INVIABILIDADE DA OPOSIÇÃO DE DEFESA
SEM GARANTIA - IMPOSIÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
- LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ DESCARACTERIZADA.
A jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade, mas limitada ao debate de questões sujeitas ao
conhecimento ex officio do Magistrado, não podendo ser utilizada
como instrumento de oposição do devedor sem a garantia da
penhora, que a lei exige sob condição de imprescindibilidade.
Se o título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência
de liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação
e da existência do crédito, em si mesmo, é matéria a ser apreciada
em sede de embargos do devedor, visto ser aferível apenas sob
contraditório e na dependência de prova.
Não estando demonstrado que a parte serviu-se do processo para a
prática de ato simulado, fica descaracterizada a litigância de má-fé.
Arbitrados com moderação, são devidos honorários advocatícios no
incidente de exceção de pré-executividade, que visa desconstituir a
execução.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0307320-1, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Wander Marotta. j. 26.04.2000,
unânime).
TAMG-025120) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO. PRÉ-
EXECUTIVIDADE. MATÉRIA.
A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz de Ofício, como a
nulidade do título exeqüendo. As matérias referentes ao valor da
dívida e aos encargos contratuais, típicas de defesa, que não são
deduzíveis de plano, porquanto demandam a produção de provas e
a apuração de fatos relevantes para o processo, devem ser aduzidas
em sede de Embargos à Execução e não estão compreendidas no
objeto da referida exceção. Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0309071-1, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 22.08.2000,
unânime).

TAMG-025114) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - INEXISTÊNCIA DE OBRIGAÇÃO -
ACOLHIMENTO MANTIDO.
"Contrato - Mútuo - Execução: Possível que terceiro assuma,
contratualmente, a posição de devedor solidário. Necessário,
entretanto, que isto se explicite. Não se justifica a execução, fundada
em contrato, em que se menciona avalista sem, entretanto,
consignar a natureza da obrigação que assumiria, inexistência, por
outro lado, de título avalizado" (STJ, 3ª T., REsp 4504 - MG, Relator
o Min. Eduardo Ribeiro, j. em 16.10.90, DJU de 19.11.90, p. 13.260).
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0295849-8, 1ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Nepomuceno Silva. j. 20.06.2000,
unânime).

TAMG-025113) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO. PRÉ-


EXECUTIVIDADE. MATÉRIA.
A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo. As matérias referentes ao valor da
dívida e aos encargos contratuais, típicas de defesa, que não são
deduzíveis de plano, porquanto demandam a produção de provas e
a apuração de fatos relevantes para o processo, devem ser aduzidas
em sede de Embargos à Execução e não estão compreendidas no
objeto da referida exceção. Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0309073-5, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 08.08.2000,
unânime).

TAMG-025069) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - SENTENÇA


QUE SE AFASTA DOS LIMITES DA DEMANDA - NULIDADE -
DECLARAÇÃO DE OFÍCIO.
Declara-se de ofício, a nulidade da sentença que se afasta da
demanda, decidindo-a a partir de argumentos não declinados no
processo.
(Apelação (Cv) Cível nº 0302888-8, 7ª Câmara Cível do TAMG,
Monte Carmelo, Rel. Juiz Antônio Carlos Cruvinel. j. 06.04.2000,
unânime).

TAMG-024967) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO -
SÚMULA 233 DO STJ.
A nulidade da execução, por falta de título executivo, pode ser
alegada a qualquer tempo, independente de estar seguro o Juízo, já
que se trata de questão de ordem pública, e, como tal, suscetível de
ser conhecida a qualquer tempo, inclusive, de ofício.
Ex vi da Súmula 233 do STJ, o contrato de abertura de crédito, ainda
que acompanhado do extrato de conta-corrente, não é título
executivo, porquanto, nele, o correntista não reconhece dever
quantia determinada ao banco, havendo tão-somente a previsão de
limite de crédito que poderá, eventualmente, ser utilizado.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0300831-1, 1ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Silas Vieira. j. 04.04.2000,
unânime).

TAMG-024848) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE EXTINTA - DECISÃO TERMINATIVA - RECURSO
ADEQUADO - APELAÇÃO - ERRO GROSSEIRO - FUNGIBILIDADE
RECURSAL - IMPOSSIBILIDADE.
A característica da decisão interlocutória é a resolução de questão
incidente, no curso da causa, sem pôr fim ao processo, tendo a parte
que se considera prejudicada, à sua disposição, o agravo (art. 522),
já que contra sentença definitiva cabe apelação (art. 513), sendo,
assim, certo que a decisão monocrática que decidiu sobre extinção
da fiança e anulou a penhora efetivada em cobrança forçada,
encerrando o processo, é passível de apelo e não de Agravo de
Instrumento.
Inadmissível se torna o processamento do recurso de agravo com
base na teoria da fungibilidade, se grosseiro foi o erro da recorrente
em buscar a reforma de decisão manifestamente terminativa por
meio daquela via.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0299149-9, Proc. Princ.:
98.004613-3, 3ª Câmara Cível do TAMG, Uberaba, Relª. Juíza
Jurema Brasil Marins. j. 16.02.2000, unânime).

TAMG-024706) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ACORDO


HOMOLOGADO - TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL - ILIQUIDEZ E
INCERTEZA - QUESTÃO AFETA AOS EMBARGOS DO DEVEDOR
- NULIDADE DE CITAÇÃO - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a nulidade da execução, com fonte em vícios do título ou
da relação processual executiva, mas, como exceção de pré-
executividade, não podendo deturpar a acepção teleológica do
processo, onde milita em favor do credor e portador do título a
presunção da liquidez, certeza e exigibilidade do título executivo
judicial.
O fato de não ter sido consignado no mandado de citação o prazo de
defesa do executado de 1O dias, não distorce a forma
procedimental, uma vez que na execução de quantia certa, o
devedor é citado para pagar ou garantir a execução, devendo,
concretizada a penhora, ser então intimado para oferecimento dos
embargos do devedor, quando deve-lhe ser garantido o prazo de
defesa, em face da garantia do devido processo legal e da estrita
observância do princípio do contraditório .
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0307471-3, Proc. Princ.
00.00008112, 3ª Câmara Cível do TAMG, Poços de Caldas, Rel. Juiz
Duarte de Paula. j. 02.08.2000, unânime).

TAMG-024598) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - QUESTIONAMENTO DA LIQUIDEZ E DA
CERTEZA DO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - QUESTÃO
RELATIVA AO ALONGAMENTO E À SECURITIZAÇÃO DA DÍVIDA -
MATÉRIA A SER ARGÜIDA E APRECIADA ATRAVÉS DOS
EMBARGOS DE DEVEDOR A SEREM OPOSTOS DEPOIS DE
SEGURO O JUÍZO PELA PENHORA - INDEFERIMENTO DO
PEDIDO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO
IMPROVIDO.
Por ser de mérito a questão relativa à falta de liquidez e de certeza
do título executivo extrajudicial por inexatidão da memória atualizada
do débito, decorrente da inclusão de juros e de outros acessórios
pactuados em desacordo com o Dec. 22.626/33 e o art. 192, § 3º, da
Constituição Federal, com infringência do art. 52 da Lei 8078/90, e
ainda a argüição de falta de acolhimento do pedido de alongamento
e de securitização da dívida, autorizados pela Lei nº 9138/95, ela só
poderá ser apreciada através dos embargos de devedor, a serem
opostos pelo executado depois de seguro o juízo pela penhora,
impondo-se, por isso, a confirmação da decisão de primeira instância
pela qual veio a ser desacolhida a exceção de pré-executividade,
objetivando a decretação da nulidade da execução.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0301030-8, 7ª Câmara Cível do
TAMG, Canápolis, Rel. Juiz Fernando Bráulio. j. 27.04.2000,
unânime).

TAMG-024595) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CONTRADITÓRIO - CERCEAMENTO DE
DEFESA - NULIDADE.
Através da exceção de pré-executividade, instaura-se, no processo
de execução, por mais absurdo que possa parecer, antes da
realização da constrição judicial, e, por óbvio, antes dos embargos à
execução, o contraditório, sendo nula a sentença proferida
anteriormente à concessão, ao exeqüente, de oportunidade para se
manifestar sobre a aludida exceção, sob pena de se configurar
manifesto cerceamento de defesa.
(Apelação (Cv) Cível nº 0299134-8, 1ª Câmara Cível do TAMG, Juiz
de Fora, Rel. Juiz Moreira Diniz. j. 22.02.2000, unânime).

TAMG-024593) PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE -
INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO - MATÉRIA QUE
PERMITE A EXCEÇÃO NOS AUTOS DA EXECUÇÃO - SÚMULA
233.
A existência de título executivo é pressuposto da ação de execução,
tratando-se de matéria que pode ser reconhecida até de ofício pelo
Juiz, o que possibilita a argüição em objeção de pré-executividade
nos próprios autos da execução, independentemente de oposição de
embargos de devedor e de estar seguro o juízo. "O contrato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato de conta
corrente, não é título executivo" (Súmula n. 233 do STJ).
(Apelação (Cv) Cível nº 0301176-9, 1ª Câmara Cível do TAMG,
Serro, Relª. Juíza Vanessa Verdolim Andrade. j. 28.03.2000,
unânime).
TAMG-024487) AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE
DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO C/C COBRANÇA DE
ALUGUÉIS E ACESSÓRIOS DE LOCAÇÃO EM FASE DE
EXECUÇÃO DE SENTENÇA - EXCEÇÃO PRÉ-EXECUTIVIDADE -
IMÓVEL RESIDENCIAL - BEM DE FAMÍLIA - PENHORABILIDADE -
FIANÇA.
1 - O bem de família oferecido em decorrência de fiança não se
encontra protegido pela Lei nº 8.009/90, conforme disposto em seu
art. 3º, inciso VII, acrescido pelo art. 82, da Lei nº 8.245/91.
2 - Recurso provido.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0298881-8, Proc. Princ.
98.002738-0, 2ª Câmara Cível do TAMG, Uberaba, Rel. Juiz Batista
Franco. j. 18.04.2000, unânime).

TAMG-024376) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - INOCORRÊNCIA DE NULIDADE ABSOLUTA
OU DEFEITOS IRREVERSÍVEIS - DESCABIMENTO.
A exceção de pré-executividade é cabível em casos de nulidade
absoluta e defeitos irreversíveis que possam prejudicar a execução.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0304501-4, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Uberaba, Rel. Juiz Delmival Almeida Campos. j. 23.05.2000,
unânime).

TAMG-024082) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO. PRÉ-


EXECUTIVIDADE. MATÉRIA.
A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
As matérias referentes ao valor da dívida e aos encargos contratuais,
típicas de defesa, que não são deduzíveis de plano, porquanto
demandam a produção de provas e a apuração de fatos relevantes
para o processo, devendo ser aduzidas em sede de embargos à
execução não estando, pois, compreendidas no objeto da referida
exceção.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 0296524-0/1999, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 16.05.2000,
unânime).

TAMG-024007) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO. PRÉ-


EXECUTIVIDADE. MATÉRIA.
- A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
- As matérias referentes ao valor da dívida e aos encargos
contratuais, típicas de defesa, que não são deduzíveis de plano,
porquanto demandam a produção de provas e a apuração de fatos
relevantes para o processo, devendo ser aduzidas em sede de
embargos à execução não estando, pois, compreendidas no objeto
da referida exceção.
- Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 0296525-7/1999, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 16.05.2000,
unânime).

TAMG-023935) EXECUÇÃO - REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES A


RECEITA FEDERAL - DEVER DE EFICIÊNCIA DA PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL - POSSIBILIDADE - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ E INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO -
QUESTÃO AFETA AOS EMBARGOS DO DEVEDOR -
INDEFERIMENTO DO PEDIDO.
Admite-se a intromissão do Poder Judiciário na esfera privada do
indivíduo, determinando seja oficiado à Receita Federal no sentido
de se obter informações acerca da existência de bens do executado,
para garantir a execução, no resguardo do interesse do estado de
cumprir com o dever de uma exata e eficiente prestação jurisdicional.
Afigura-se possível a oposição de exceção de pré-executividade do
título executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto
poder implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de
sua nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e
até mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo juiz até
mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da incerteza, iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - sentença judicial - através da
exceção de pré-executividade, com suporte em matéria de mérito,
por não se revestir o direito invocado do caráter a ensejar a medida
liminar, deve ser objeto de embargos do devedor a serem interpostos
pelo executado.
(Agravo de Instrumento nº 0296848-5/1999, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 09.02.2000,
unânime).

TAMG-023933) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - TRIPLICATAS.
Revestindo-se os títulos de regularidade formal, apto está para
embasar a ação de execução.
A exceção de pré-executividade é um meio de defesa que só pode
ser admitida quando sua matéria for de ordem pública, sobre a qual
o juiz tem o dever de examinar de ofício.
Recurso a que se nega provimento.
Decisão:
Negar provimento.
Observações:
1º TACivSP - AI 0682159-2 - Rel. Juiz Kioitsi Chicuta; RSJT 85/256
Referências Legislativas:
CPC - Código de Processo Civil art. 586; Art. 7º, 8º, 13, § 1º e 15 da
Lei 5474/68
Doutrinas Associadas:
Autor: Sérgio Shimura. Obra: Título Executivo, p. 72
Autor: Humberto Theodoro Júnior. Obra: Processo de Execução,
LEUD, 1975, p. 102
(Agravo de Instrumento nº 0295156-8/1999, Proc. Principal
98.011835-1, 6ª Câmara Cível do TAMG, Uberlândia, Rel. Juiz
Dárcio Lopardi Mendes. j. 03.02.2000, unânime).

TAMG-023928) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - INOCORRÊNCIA DE NULIDADE DOS TÍTULOS
- QUESTIONAMENTO DE CLÁUSULA CONTRATUAL - VIA
PROPÍCIA - EMBARGOS - INACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO -
DECISÃO MANTIDA.
- A exceção de pré-executividade é de se ver, limitada a questões
formais de preenchimento de pressupostos processuais, sob pena
de se violentar o sistema processual em vigor, pelo qual a defesa do
executado se dá via de embargos à execução. Cláusulas contratuais,
consideradas potestativas, por exemplo, não podem ser analisadas
na estreita via da exceção.
(Agravo de Instrumento nº 0304176-1/2000, 1ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Gouvêa Rios. j. 16.05.2000,
unânime).

TAMG-022773) HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA - AÇÃO DE


EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA -
EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO.
Em se tratando de sentença extintiva do processo de execução em
decorrência do acolhimento da exceção de pré-executividade oposta
pelos executados, os honorários de sucumbência devem ser fixados,
em valor certo e de conformidade com o § 4º, do art. 20, do CPC,
consoante apreciação eqüitativa do Juiz, atendidas as normas das
letras "a" a "c", do § 3º, devendo o Juiz agir com arbítrio, seja para
evitar aviltamento, seja para adotar mais moderação.
Recurso conhecido e provido para fixar os honorários de
sucumbência no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
(Apelação Cível nº 0316969-7/2000, 4ª Câmara Cível do TAMG, Juiz
de Fora, Rel. Juiz Paulo Cézar Dias. j. 27.09.2000, unânime).

TAMG-022699) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. DESNECESSIDADE DE EMBARGOS. DÍVIDA
SOLIDÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DE PAGAMENTO DE COTA
PARTE POR UM DOS DEVEDORES SOLIDÁRIOS.
IMPRESTABILIDADE DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
PARA TAL CASO.
- Repele-se a pretensão de pré-executividade, se o fundamento de
pedir dessa consiste em obviar a execução por meio de alegação de
pagamento parcial de dívida solidária.
(Agravo de Instrumento nº 0273450-7/1998, 6ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Belizário de Lacerda. j. 03.08.2000,
unânime).

TAMG-022677) EXECUÇÃO - CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA -


PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À SUA
VALIDADE COMO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL -
QUESTÃO ATINENTE À EXIGIBILIDADE DO TÍTULO - MATÉRIA
SÓ SUSCETÍVEL DE SER ARGÜIDA NOS EMBARGOS DE
DEVEDOR - INTELIGÊNCIA DO ART. 741 DO CPC - EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA ANTES DA PENHORA, EM 1ª
INSTÂNCIA - APELAÇÃO PROVIDA.
Fundando-se a execução em cédula rural pignoratícia que preencha
os requisitos necessários à sua validade como título executivo
extrajudicial, a questão atinente à sua exigibilidade só é suscetível
de ser argüida através dos embargos de devedor, depois de seguro
o Juízo pela penhora, não sendo acolhível a exceção de pré-
executividade, só admissível na hipótese de inexistência ou de
nulidade absoluta do título. Impõe-se, portanto, a cassação da
sentença pela qual tal exceção veio a ser acolhida a destempo, em
1ª instância.
(Apelação Cível nº 0308819-7/2000, 7ª Câmara Cível do TAMG,
Lajinha, Rel. Juiz Fernando Bráulio. j. 28.06.2000, unânime).

TAMG-022616) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO. PRÉ-


EXECUTIVIDADE. MATÉRIA.
- A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz, de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo.
- As matérias referentes ao valor da dívida e aos encargos
contratuais, típicas de defesa, que não são dedutíveis de plano,
porquanto demandam a produção de provas e a apuração de fatos
relevantes para o processo, devem ser aduzidas em sede de
embargos à execução e não estão compreendidas no objeto da
referida exceção.
- Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 0309075-9/2000, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 08.08.2000,
unânime).

TAMG-022328) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE - FALTA DE CITAÇÃO DO
EXCEPTO - INOCORRÊNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA.
Ocorrendo a prescrição intercorrente alegada em exceção de pré-
executividade, desnecessária é a citação do excepto, uma vez que a
ação de execução não pode prosperar, em razão de lhe faltar
requisito essencial que é o título executivo.
(Apelação Cível nº 0313770-8/2000, 7ª Câmara Cível do TAMG,
Ouro Preto, Rel. Juiz Antônio Carlos Cruvinel. j. 24.08.2000,
unânime).
TAMG-022293) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
EXECUÇÃO DE UM CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE - INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO -
NULIDADE - EXTINÇÃO DECRETADA - SÚMULA 233, DO STJ -
DECISÃO MANTIDA.
Com a edição da Súmula 233, do STJ, resta inequívoca a
impossibilidade de se aforar ação de execução, quando se pretende,
como título executivo, um contrato bancário de abertura de crédito.
(Apelação Cível nº 0318174-6/2000, 1ª Câmara Cível do TAMG,
Uberlândia, Rel. Juiz Gouvêa Rios. j. 24.10.2000, unânime).

TAMG-022277) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - QUESTÕES DE ALTA
INDAGAÇÃO - NECESSIDADE DE ALEGAÇÃO VIA EMBARGOS.
Não se pode admitir que, sob o rótulo de "exceção de pré-
executividade", o devedor traga à tona matérias que, por sua própria
natureza, devem ser alegadas por meio de embargos, já que aquele
procedimento, por fugir à regra geral, deve ficar restrito aos casos
em que se vislumbra, de antemão, a plena nulidade da execução.
(Agravo de Instrumento nº 0322581-0/2000, 1ª Câmara Cível do
TAMG, Juiz de Fora, Rel. Juiz Silas Vieira. j. 28.11.2000, unânime).

TAMG-022245) PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE - PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE -
INOCORRÊNCIA - PRESCRIÇÃO - DESACOLHIMENTO EM
PRIMEIRA INSTÂNCIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO
IMPROVIDO.
A exceção de pré-executividade, admitida excepcionalmente em
nosso direito por construção jurisprudencial, somente se dá, em
princípio, nos casos em que o juízo pode, de ofício, conhecer da
matéria a exemplo do que se verifica quanto à nulidade absoluta do
título executivo.
(Agravo de Instrumento nº 0311460-9/2000, 7ª Câmara Cível do
TAMG, Machado, Rel. Juiz Fernando Bráulio. j. 17.08.2000,
unânime).

TAMG-022195) APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE EXECUÇÃO -


ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA - DECLARAÇÃO DE MISERABILIDADE
- ADMISSIBILIDADE - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
PROCESSO EXTINTO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO -
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 267, INCISOS IV, V, VI E § 3º, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - CONDENAÇÃO EM
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS - POSSIBILIDADE.
1. É entendimento doutrinário e jurisprudencial que, para a
concessão da justiça gratuita, basta a declaração da pessoa de que
não possui recursos capazes de propiciarem o acesso à justiça com
o recolhimento das verbas públicas e dos ônus do processo,
independentemente da apresentação de outras provas.
2. A Lei nº 1.060, em seu art. 4º, § 1º, estabelece a presunção iuris
tantum em torno da declaração feita pela parte, pelo que vale e
produz efeitos até prova em contrário.
3. Mesmo em sede de exceção de pré-executividade, devida é a
verba honorária, a qual deve ser fixada nos termos do § 4º do artigo
20 do Código de Processo Civil, sopesadas as alíneas do parágrafo
anterior.
4. Preliminar rejeitada e recurso provido.
(Apelação Cível nº 0319117-5/2000, 2ª Câmara Cível do TAMG, Belo
Horizonte, Rel. Juiz Batista Franco. j. 24.10.2000, unânime).

TAMG-021930) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DO DÉBITO -
MATÉRIA DEPENDENTE DE PROVA E AFERÍVEL SOB AMPLO
CONTRADITÓRIO - INVIABILIDADE DA OPOSIÇÃO DE DEFESA
SEM GARANTIA.
A jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade, mas limitada ao debate de questões sujeitas ao
conhecimento ex officio do Magistrado, não podendo ser utilizada
como instrumento de oposição do devedor sem a garantia da
penhora, que a lei exige sob condição de imprescindibilidade.
Se o título em execução apresenta-se, formalmente, sob a aparência
de liquidez, certeza e exigibilidade, a discussão acerca da formação,
da existência ou do excesso do crédito, em si mesmo, é matéria a
ser apreciada na via dos embargos.
(Agravo de Instrumento nº 0320169-6/2000, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Perdizes, Rel. Juiz Wander Marotta. j. 08.11.2000, unânime).

TAMG-021890) EXECUÇÃO - "EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - EMBARGOS - NECESSIDADE.
Não se vê, na prática, outro instrumento processual para se discutir a
executividade de um título que não seja a ação própria, os Embargos
à Execução, sob pena de, caso contrário, não ser atendido o
princípio do contraditório.
(Agravo de Instrumento nº 0321778-9/2000 Proc. Principal
93.093461-7, 6ª Câmara Cível do TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz
Maciel Pereira. j. 23.11.2000, unânime).

TAMG-021846) EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE


CRÉDITO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Alegação de nulidade da execução e falta de força executiva do
título. Admissibilidade da exceção. A exceção de pré-executividade
pode ser argüida em defesa nos autos da execução, quando versar
questão de ordem processual passível de conhecimento ex officio
pelo Magistrado, como a higidez do título executivo.
(Agravo de Instrumento nº 0310488-3/2000 Proc. Principal
99.007052-2, 4ª Câmara Cível do TAMG, Passos, Rel. Juiz Jarbas
Ladeira. j. 11.10.2000, unânime).

TAMG-021585) PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - RECURSO CABÍVEL CONTRA A DECISÃO
QUE A DESACOLHE.
Em se tratando de incidente processual, a decisão que desacolhe a
argüição de exceção de pré-executividade desafia o Agravo de
Instrumento. Apenas será cabível a interposição do recurso de
apelação se o incidente for acolhido para decretar a extinção do
processo de execução, pois aí o ato decisório tem natureza de
sentença.
(Apelação Cível nº 0323421-3/2000, 4ª Câmara Cível do TAMG,
Uberlândia, Rel. Juiz Paulo Cézar Dias. j. 29.11.2000, unânime).

TAMG-021479) AGRAVO DE INSTRUMENTO - CITAÇÃO PELO


CORREIO - PESSOA JURÍDICA - INOBSERVÂNCIA DA FORMA
LEGAL - CARTA REGISTRADA RECEBIDA POR PESSOA SEM
PODERES DE REPRESENTAÇÃO - NULIDADE DE CITAÇÃO -
POSSIBILIDADE DE DEDUÇÃO EM QUALQUER FASE DO
PROCESSO - RECONHECIMENTO EM SEDE DE EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A citação constitui ato formal e fundamental para a regular formação
da relação processual, onde eventual inobservância acarreta sua
inexistência.
A citação de pessoa jurídica deverá ser efetivada na pessoa com
poderes de representação legal, verificando-se inválida aquela feita a
funcionário que não os possui.
A nulidade da citação para a fase de conhecimento poderá ser
deduzida em qualquer fase, inclusive em sede de exceção de pré-
executividade.
(Agravo de Instrumento nº 0318920-8/2000, 4ª Câmara Cível do
TAMG, Juiz de Fora, Relª. Juíza Maria Elza. j. 25.10.2000, unânime).

TAMG-021444) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


ACOLHIMENTO - EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO - FIXAÇÃO DE
HONORÁRIOS - LEGALIDADE - OBSERVÂNCIA DO § 4º, DO ART.
20, CPC - VALOR IRRISÓRIO - MAJORAÇÃO NECESSÁRIA.
- Na ação de execução, embargada ou não, a decisão que fixa os
honorários deve atender aos critérios de eqüidade recomendados no
§ 4º, do art. 20, do CPC, podendo ser alterada no curso do
procedimento, se assim recomendarem as circunstâncias.
(Apelação Cível nº 0313921-5/2000, 1ª Câmara Cível do TAMG, Belo
Horizonte, Rel. Juiz Gouvêa Rios. j. 17.10.2000, unânime).

TAMG-021371) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM -
SUCESSÃO DE EMPRESAS - INCORPORAÇÃO - REJEIÇÃO DA
EXCEÇÃO - CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE CUSTAS -
CABIMENTO - CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - NÃO CABIMENTO - RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO.
1 - A exceção de pré-executividade tem lugar sempre que não se
configurarem as condições da ação executiva, matérias que podem
ser conhecidas pelo Juiz até mesmo de ofício, e, assim sendo,
cabível é quando verificada ilegitimidade da parte. Entretanto,
havendo sucessão de empresas, mais especificadamente,
incorporação, inadmissível a alegação de ilegitimidade passiva da
empresa incorporadora para suportar uma execução. Isto porque,
com a incorporação, conseqüentemente, há a transferência de ativos
e passivos, e, com isso, além de adquirir os direitos, a empresa
incorporadora passa a assumir todas as obrigações da incorporada.
2 - À inteligência do artigo 20, § 1º, do CPC, o Juiz, ao decidir
qualquer incidente ou recurso, condenará nas despesas o vencido.
3 - Tratando-se a exceção de pré-executividade de mero incidente
processual, que não põe termo a lide, não cabe a condenação em
honorários advocatícios decorrentes da sucumbência.
4 - Recurso parcialmente provido.
Decisão:
Dar parcial provimento ao agravo.
(Agravo de Instrumento Cível nº 0308253-9/2000, Proc. Princ.:
99.004443-9, 2ª Câmara Cível do TAMG, São Lourenço, Rel. Juiz
Batista Franco. j. 28.11.2000, unânime).
TAMG-021363) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - DECISÃO -
RECURSO CABÍVEL - ANOMALIA PROCEDIMENTAL - NULIDADE
DA EXECUÇÃO - NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA -
CARÊNCIA DE AÇÃO
1. As matérias consideradas de ordem pública, cognoscíveis de
ofício pelo Juiz, podem ser argüidas nos próprios autos da execução,
através de simples petição, em palco de exceção (ou objeção) de
pré-executividade, sendo que a decisão que julga tal incidente
desafia o Recurso de Agravo de Instrumento. Entretanto, a questão
sob comento eiva-se de certa atecnia, pois a petição foi formalizada,
recebida, processada e julgada como ação autônoma, recebendo
numeração em autos próprios, tanto que o Julgador monocrático a
extinguiu por sentença. Por isso, com fulcro na adstrição a
principiologia processual (instrumentalidade das formas e economia
processual) impõe-se o conhecimento da Apelação, dada a
peculiaridade do feito.
2. Não basta ao acolhimento da exceção de pré-executividade a
alegação de nulidade da execução, exigindo-se que essa nódoa seja
visível, manifesta, notória e absoluta.
Decisão:
Rejeitar a preliminar e negar provimento, alterando dispositivo da
sentença.
(Apelação Cível nº 0320334-3/2000, 1ª Câmara Cível do TAMG,
Uberlândia, Rel. Juiz Nepomuceno Silva. j. 21.11.2000, unânime).

TAMG-020629) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO. PRÉ-


EXECUTIVIDADE. MATÉRIA.
A exceção de pré-executividade, assimilada pela doutrina e
jurisprudência, somente deve ser admitida quando versar sobre
matéria que possa vir a ser conhecida pelo Juiz de ofício, como a
nulidade do título exeqüendo. As matérias típicas de defesa, que não
deduzíveis de plano, porquanto demandam a produção de provas e
a apuração de fatos relevantes para o processo, devem ser aduzidas
em sede de embargos à execução e não estão compreendidas no
objeto da referida exceção. Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento (CV) Cível nº 0296108-6, 2ª Câmara Cível
do TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 14.12.1999,
unânime).

TAMG-020527) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - ELEIÇÃO DE MATÉRIA PRÓPRIA DOS
EMBARGOS - INVIABILIDADE.
1. A exceção de pré-executividade, como o próprio nome encerra,
não pode elastecer a ponto de, verdadeiramente, substituir a via de
embargos do devedor, genérica para a defesa de quem deve, nos
termos dos arts. 739/741-II, do CPC.
2. Em conseqüência, correta é a decisão monocrática que, em sede
de recurso, o recebe só no efeito devolutivo, na aplicação do art.
520, V, do CPC.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0288741-6, 1ª Câmara Cível do
TAMG, Teófilo Otoni, Rel. Juiz Nepomuceno Silva. j. 23.11.1999,
unânime).

TAMG-019349) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL


CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. REJEIÇÃO.
Mantém-se a decisão que rejeita a exceção de pré-executividade
oposta contra nota promissória, quando o devedor suscitar que o
título de crédito foi preenchido de maneira abusiva, matéria típica de
ser deduzida nos Embargos do Devedor, após seguro o Juízo pela
penhora.
Recurso improvido.
Decisão:
Negar provimento.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0289889-5, 2ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Manuel Saramago. j. 19.10.1999,
unânime).
TAMG-019310) EXECUÇÃO - EMBARGOS POR ILEGITIMIDADE
DAS PARTES - NULIDADE DOS TÍTULOS EXECUTIVOS - OBJETO
DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - DISPENSABILIDADE
DA FORMALIZAÇÃO DA PENHORA PARA SUA APRESENTAÇÃO.
Admite-se a oposição dos Embargos, mesmo antes de estar seguro
o Juízo da execução pela penhora, se vazados em exceção de pré-
executividade do título executivo, evitando-se o constrangimento da
penhora, visto poder implicar no reconhecimento judicial da sua
inexistência e de sua nulidade formal, como da impossibilidade
Jurídica do pedido e até mesmo por invocada ilegitimidade de parte,
posto constituir condições da ação, matérias que podem ser
conhecidas até mesmo de ofício.
Decisão:
Rejeitar de ofício a nulidade do título executivo e a alegada
ilegitimidade das partes, julgando prejudicado o recurso.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0279395-5, 3ª Câmara Cível do
TAMG, São Sebastião do Paraíso, Rel. Juiz Duarte de Paula. j.
23.06.1999, unânime).

TAMG-019232) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ


E INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA AOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade Jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o Direito invocado do
caráter a ensejar a medida liminar, deve ser objeto de Embargos do
Devedor a serem interpostos pelo executado.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0281858-8, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 18.08.1999,
unânime).

TAMG-019097) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ


E INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA AOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade Jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o Direito invocado do
caráter à ensejar a medida liminar, deve ser objeto de Embargos do
Devedor a serem interpostos pelo executado.
Decisão:
Negar provimento.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0281857-1, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 11.08.1999,
unânime).

TAMG-018685) EXECUÇÃO DE SENTENÇA - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE ACOLHIDA, PARA O FITO DE SUSPENDER A
EXECUÇÃO - MATÉRIAS JÁ ALCANÇADAS PELA COISA
JULGADA - AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECURSO PROVIDO.
Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e
indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou
extraordinário (CPC, art. 467).
Existindo coisa julgada, o juiz não pode conhecer e examinar a
questão, nem que seja para decidi-la no mesmo sentido.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0292887-6, 7ª Câmara Cível do
TAMG, Caratinga, Rel. Juiz Lauro Bracarense. j. 25.11.1999,
unânime).

TAMG-017797) AGRAVO DE INSTRUMENTO - PENHORA -


RENDA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Apresentada exceção de pré-executividade, não fica o executado
obrigado a oferecer bem a penhora, antes da apreciação do seu
pedido.
A penhora da renda deve ser analisada com cautela para evitar
maiores danos ao executado, caso em que o oferecimento
espontâneo de imóvel deve ser acatado.
(Apelação (Cv) nº 0259797-3, 2ª Câmara Cível do TAMG, Varginha,
Rel. Juiz Nilson Reis. j. 06.10.1999, unânime).

TAMG-016964) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - QUESTÕES SUSCITADAS
EM ANTERIORES EMBARGOS À EXECUÇÃO JÁ JULGADOS -
TRANSAÇÃO - PRECLUSÃO DAS ALEGAÇÕES
REINAUGURADAS.
A jurisprudência vem admitindo a chamada exceção de pré-
executividade para discussão de questões sujeitas ao conhecimento
"ex officio" do Magistrado, mas o sistema do CPC não admite a
exceção de pós-executividade - como aqui se pretende - já que
todas as matérias de defesa devem ser, como foram, alegadas em
embargos, após cuja oportunidade sua reinauguração fica preclusa,
sob pena de eternizar-se o processo e a realização do direito do
credor.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0293946-4, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Três Corações, Rel. Juiz Wander Marotta. j. 04.11.1999,
unânime).

TAMG-016709) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ


E INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA AOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o direito invocado do
caráter a ensejar a medida liminar, deve ser objeto de Embargos do
Devedor a serem interpostos pelo executado.
Decisão:
Rejeitar preliminar e negar provimento.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0281860-8, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 18.08.1999,
unânime).

TAMG-016672) EXCEÇÃO - PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO -


PRESSUPOSTO - MATÉRIA ARGÜÍVEL DE OFÍCIO.
A exceção de pré-executividade só é admissível quando versar
sobre matéria que deva ser conhecida pelo Juiz ex officio. É cabível
a exceção de pré-executividade se a parte desobedece ao comando
da sentença que determinou que seja feita a liqüidação por
arbitramento, procedendo à execução mediante mero demonstrativo
com o cálculo unilateral extrajudicial, se o mesmo é aceito pelo Juiz
do feito, que determina de plano a efetivação da citação e penhora,
deixando de observar o devido processo legal.
Decisão:
Dar provimento.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0294517-7, 1ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Relª. Juíza Vanessa Verdolim Andrade. j.
21.12.1999, unânime).

TAMG-016485) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - DISCUSSÃO DE MATÉRIAS DE ORDEM
PÚBLICA - UTILIZAÇÃO DO INCIDENTE PARA SUBSTITUIR
EMBARGOS DO DEVEDOR E DISCUTIR A ORIGEM DA DÍVIDA -
IMPOSSIBILIDADE.
A denominada "exceção ou objeção de pré-executividade" permite
ao executado obter a extinção da execução, através da discussão de
matérias de ordem pública, tais como a ausência das condições da
ação e dos pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e
regular do processo executivo, questões estas que não estão
adstritas aos embargos do devedor e podem ser analisadas nos
autos da própria execução, independentemente de prévia segurança
do Juízo.
Tal incidente não pode ser utilizado para substituir os Embargos à
Execução não aviados a tempo e modo, porque apenas estes
constituem o meio adequado para o devedor pretender a
desconstituição do título executivo, com discussão acerca da origem
da dívida e ampla dilação probatória.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0297140-8, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Espera Feliz, Rel. Juiz Edilson Fernandes. j. 22.12.1999,
unânime).

TAMG-016467) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ


E INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA AOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o direito invocado do
caráter a ensejar a medida liminar, deve ser objeto de embargos do
devedor a serem interpostos pelo executado.
Decisão:
Rejeitar a preliminar levantada em contraminuta e negar provimento
ao recurso.
Referências Legislativas:
CPC - Código de Processo Civil arts. 6º, 582, 586, 618, 652, 736,
737, 739, II e 741
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0281859-5, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 29.09.1999,
unânime).

TAMG-016458) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ


E INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - QUESTÃO AFETA AOS
EMBARGOS DO DEVEDOR - INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE DO TÍTULO.
Admite-se a oposição de exceção de pré-executividade do título
executivo, evitando-se o constrangimento da penhora, visto poder
implicar no reconhecimento judicial da sua inexistência e de sua
nulidade formal, como da impossibilidade jurídica do pedido e até
mesmo por invocada ilegitimidade de parte, posto constituir
condições da ação, matérias que podem ser conhecidas pelo Juiz
até mesmo de ofício.
No entanto, se o pedido visa a apreciação da iliquidez e da
inexigibilidade do título de crédito - cédula rural pignoratícia e
hipotecária - através da exceção de pré-executividade, com suporte
em matéria de mérito, por não se revestir o Direito invocado do
caráter a ensejar a medida liminar, deve ser objeto de embargos do
devedor a serem interpostos pelo executado.
Decisão:
Rejeitar preliminar e negar provimento.
Referências Legislativas:
CPC - Código de Processo Civil arts. 582, 586, 618, 652, 736, 737,
739, II e 741
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0281861-5, 3ª Câmara Cível do
TAMG, Sacramento, Rel. Juiz Duarte de Paula. j. 18.08.1999,
unânime).

TAMG-016057) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


PROVIMENTO PARCIAL - DECOTE DE PARCELAS -
PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO - RECURSO CABÍVEL -
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
A decisão que resolve a exceção de pré-executividade somente se
submeterá ao recurso de apelação se julgar extinta a execução. Nos
demais casos, seja julgando procedente ou não a exceção, mas
determinando o prosseguimento do feito, impondo-lhe apenas um
decote, a decisão se submete ao recurso de agravo de instrumento.
Constitui erro grosseiro a interposição de apelação contra decisão
que determina o decote de parcelas da execução, que, portanto,
prossegue, o que impede a aplicação do princípio da fungibilidade,
que também não se aplica se proposto o recurso após o prazo
estabelecido para o recurso de apelação.
(Apelação Cível nº 0294121-1/1999, 1ª Câmara Cível do TAMG, Juiz
de Fora, Relª. Juíza Vanessa Verdolim Andrade. j. 23.11.1999,
unânime).
TAMG-015957) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
EM CONTA CORRENTE - PROCEDÊNCIA - EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO.
De se ter como procedente a exceção de pré-executividade que visa
o reconhecimento da inadmissibilidade da execução alicerçada em
contrato de abertura de crédito em conta corrente.
(Agravo de Instrumento nº 0285103-4/1999, 4ª Câmara Cível do
TAMG, Belo Horizonte, Rel. Juiz Ferreira Esteves. j. 24.11.1999,
unânime).

TAMG-015907) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ - POSSIBILIDADE.
- Revelando-se incontroversa a existência de execução
manifestamente embasada em título sem certeza, liquidez e
exigibilidade, impõe-se a extinção de execução. Na hipótese sub
judice, não constaram do instrumento particular de confissão e
composição de dívidas os critérios certos e precisos para apuração
dos valores de sacas de café, o que retirou a liquidez do débito
cobrado em sede de execução, que, por essa razão, deve ser
extinta.
(Agravo de Instrumento nº 0286603-3/1999, 5ª Câmara Cível do
TAMG, Uberlândia, Rel. Juiz Eduardo Andrade. j. 14.10.1999,
unânime).

TAMG-015519) AÇÃO DE EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE MOVIDA VISANDO A EXTINÇÃO DO
PROCESSO SEM OCORRÊNCIA DE PENHORA E NECESSIDADE
DE INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS DO DEVEDOR - REJEIÇÃO -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECURSO NÃO PROVIDO.
A nota promissória, mesmo ligada a contrato firmado entre aqueles
que nela se vinculam, não perde as características da literalidade, da
autonomia e da abstração, imanentes aos títulos cambiários.
Embora admissível, entre os figurantes da cártula, a discussão sobre
a causa debendi, só mediante prova completa e inequívoca a
respeito de sua inexistência, cuidar-se-á de reconhecer a sua
inexigibilidade.
É inábil, para dissolver discussões profundas sobre vinculações de
nota promissória com contrato de promessa de compra e venda, o
incidente de pré-executividade.
Decisão:
Negar provimento.
(Agravo de Instrumento (Cv) Cível nº 0294304-0, 7ª Câmara Cível do
TAMG, Divinópolis, Rel. Juiz Lauro Bracarense. j. 11.11.1999, Publ.
DJMG de 06.05.2000, unânime).
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020047433AGI


DF

ACÓRDÃO: 146400

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 01/10/2001

RELATOR: VERA ANDRIGHI

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 21/11/2001 Pág: 163

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-586

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE É MEDIDA EXCEPCIONAL
QUE VISA EXTINGUIR A EXECUÇÃO QUANDO O TÍTULO QUE A
EMBASA NÃO ESTIVER REVESTIDO DE REQUISITO LEGAL.

DECISÃO: CONHECER E IMPROVER. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EFEITO SUSPENSIVO,


INDEFERIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
EXECUÇÃO JUDICIAL, NOTA PROMISSÓRIA, CONTRATO,
FINANCIAMENTO, EXIBILIDADE, ADEQUAÇÃO, DISCUSSÃO,
EXCESSO DE EXECUÇÃO, EMBARGOS DO DEVEDOR,
CLÁUSULA ABUSIVA, CAPITALIZAÇÃO DE JUROS.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020023030AGI


DF

ACÓRDÃO: 146050

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 03/09/2001

RELATOR: ADELITH DE CARVALHO LOPES

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 21/11/2001 Pág: 145

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - FIANÇA EM CONTRATO DE LOCAÇÃO -
MODIFICAÇÃO DOS ALUGUÉIS EM AÇÃO REVISIONAL - FALTA
DE ANUÊNCIA DO FIADOR - INEFICÁCIA.
1. SE O FIADOR NÃO ANUIU À MODIFICAÇÃO DO VALOR DOS
ALUGUERES EM SEDE REVISIONAL, EM CUJO FEITO NÃO
FIGUROU COMO PARTE, NÃO DEVE INTEGRAR O PÓLO
PASSIVO DA EXECUÇÃO ATINENTE AO DÉBITO LOCATÍCIO,
UMA VEZ QUE O CONTRATO DE FIANÇA NÃO ADMITE
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA (ART. 1.483, CÓDIGO CIVIL).
2. CORRETO, ASSIM, O ACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE INTENTADA PELO FIADOR, CONTRA QUEM
NÃO SE VIABILIZA O PROSSEGUIMENTO DO FEITO
EXECUTIVO.
3. AGRAVO IMPROVIDO. UNÂNIME.
DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.
UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: MANUTENÇÃO, EXTINÇÃO DO PROCESSO,


EXECUÇÃO JUDICIAL, LOCAÇÃO, IMÓVEL, INOCORRÊNCIA,
PARTICIPAÇÃO, FIADOR, ALTERAÇÃO, CONTRATO,
ILEGITIMIDADE PASSIVA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020015173AGI


DF

ACÓRDÃO: 145816

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 10/09/2001

RELATOR: ROMEU GONZAGA NEIVA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 14/11/2001 Pág: 174

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISÃO QUE REJEITA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO PROVISÓRIA
DE SENTENÇA.
01. É PACÍFICA A JURISPRUDÊNCIA NO SENTIDO DE SE
CONSIDERAR LÍCITO A ARGUIÇÃO DE NULIDADE DE TÍTULO
POR SIMPLES PETIÇÃO; CONTUDO, A EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, EM PRINCÍPIO, SOMENTE SE DÁ NOS CASOS
EM QUE, DE OFÍCIO, O JUIZ PODE CONHECER DA MATÉRIA.
(REG. AC. 136.615).
02. NEGOU-SE PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO PROVISÓRIA, TÍTULO
EXECUTIVO JUDICIAL, DILAÇÃO PROBATÓRIA,
IMPROPRIEDADE, VIA JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020024162AGI


DF

ACÓRDÃO: 145952

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 01/10/2001

RELATOR: SÉRGIO BITTENCOURT

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 14/11/2001 Pág: 166

OBSERVAÇÃO: STJ SUM 233, STJ SUM-258

RAMO DO DIREITO: DIREITO COMERCIAL DIREITO


PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
COMERCIAL E PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO - NÃO CONFIGURAÇÃO DE TÍTULO
EXECUTIVO - NOTA PROMISSÓRIA - AUSÊNCIA DE AUTONOMIA
- SÚMULAS 233 E 258 DO STJ.
NÃO CONSTITUI TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL O
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO, AINDA QUE
ACOMPANHADO DE EXTRATOS BANCÁRIOS (SÚMULA 233/STJ).
POR OUTRO LADO, A NOTA PROMISSÓRIA A ELE VINCULADA
NÃO GOZA DE AUTONOMIA, TENDO EM VISTA A ILIQUIDEZ DO
TÍTULO QUE A ORIGINOU (SÚMULA 258/STJ).

DECISÃO: CONHECER E DAR PROVIMENTO AO RECURSO, NOS


TERMOS DO VOTO DO RELATOR. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: ACOLHIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO JUDICIAL, NOTA PROMISSÓRIA,
CONTRATO, ABERTURA DE CRÉDITO, DESCARACTERIZAÇÃO,
TÍTULO EXECUTIVO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020011633AGI


DF

ACÓRDÃO: 145265

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 01/10/2001

RELATOR: HAYDEVALDA SAMPAIO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 31/10/2001 Pág: 66

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONDENAÇÃO IMPOSTA
EM SENTENÇA COM TRÂNSITO EM JULGADO -
IMPOSSIBILIDADE.
1 - FIXADOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM SEDE DE
SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA, COM TRÂNSITO EM JULGADO,
NÃO PODEM SER DESCONSTITUÍDOS ATRAVÉS DE EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, POR NÃO SE TRATAR DO
PROCEDIMENTO ADEQUADO.
2 - A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SÓ DEVE SER
ACOLHIDA NOS CASOS EM QUE O VÍCIO É FLAGRANTE,
RECONHECÍVEL A UM MERO EXAME DO TÍTULO, PODENDO O
JUIZ DELE CONHECER DE OFÍCIO.
3 - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. UNÂNIME.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, AGRAVO DE INSTRUMENTO,


INDEFERIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
HOMOLOGAÇÃO, SENTENÇA, HONORÁRIOS, TRÂNSITO EM
JULGADO, IMPROPRIEDADE, VIA JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020021494AGI


DF

ACÓRDÃO: 143970

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 20/08/2001

RELATOR: VASQUEZ CRUXÊN

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 10/10/2001 Pág: 54

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-526
RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. PODERES EXPRESSOS PARA RECEBER
CITAÇÃO. NULIDADE. É NULA A CITAÇÃO DE PESSOA JURÍDICA
FEITA EM EMPRESA QUE NÃO POSSUI PODERES EXPRESSOS
PARA RECEBÊ-LA.

DECISÃO: CONHECER E PROVER AO RECURSO, TUDO À


UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: PROCEDÊNCIA, NULIDADE, CITAÇÃO, PESSOA


JURÍDICA, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, INEXISTÊNCIA,
PODERES ESPECIAIS, PROCURAÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020021037AGI


DF

ACÓRDÃO: 143052

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 13/08/2001

RELATOR: LECIR MANOEL DA LUZ

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 26/09/2001 Pág: 54

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - PEÇA DE DEFESA - EXECUÇÃO FUNDADA
EM CONTRATO DE LOCAÇÃO DE UNIDADE COMERCIAL -
NULIDADES INSANÁVEIS A FULMINAR A CERTEZA E A
LIQUIDEZ DO TÍTULO - MANIFESTAÇÃO DOS CREDORES PELO
INDEFERIMENTO - ACOLHIMENTO PELO JUIZ A QUO -
PECULIARIDADES DO PROCESSO - AGRAVO IMPROVIDO -
UNÂNIME.
AGE CORRETAMENTE O MAGISTRADO AO INDEFERIR O
PEDIDO FORMULADO PELA EXECUTADA PORQUE NÃO
ACATADAS PELOS CREDORES AS PONDERAÇÕES POR ELA
FORMULADA, PORQUANTO SUA TAREFA CONSISTE-SE
APENAS EM REALIZAR AS ATIVIDADES DECORRENTES DO
CONTEÚDO DO TÍTULO, MEDIANTE PEDIDO DO EXEQÜENTE.
SOMENTE SÃO SUSCETÍVEIS DE APRECIAÇÃO NA EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE AS QUESTÕES QUE SE REVELAM DE
PLANO, UMA VEZ QUE ESTE PROCEDIMENTO NÃO É
SUCEDÂNEO DOS EMBARGOS.

DECISÃO: CONHECER E IMPROVER. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO, CONTRATO, LOCAÇÃO, IMÓVEL
COMERCIAL, DISCUSSÃO, CRÉDITO, CABIMENTO, EMBARGOS.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020049503AGI


DF

ACÓRDÃO: 142591

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 12/02/2001

RELATOR: EDSON ALFREDO SMANIOTTO


PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 19/09/2001 Pág: 37

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-585 INC-2 ART-586

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - DOCUMENTO
PARTICULAR ASSINADO PELO DEVEDOR E POR DUAS
TESTEMUNHAS - TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO.
REJEITA-SE A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SE A
EXECUÇÃO ESTÁ FULCRADA EM TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL - DOCUMENTO PARTICULAR ASSINADO PELO
DEVEDOR E POR DUAS TESTEMUNHAS (CPC, 585 II), EM QUE
SE VERIFICA A PRESENÇA DOS PRESSUPOSTOS
PROCESSUAIS NECESSÁRIOS PARA A AÇÃO EXECUTIVA.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO, À UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO JUDICIAL, VALIDADE, TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, LIQUIDEZ E CERTEZA,
CONTRATO, ARRENDAMENTO MERCANTIL, NECESSIDADE,
LOCALIZAÇÃO, BEM PENHORÁVEL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020060616AGI


DF

ACÓRDÃO: 140889
ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 09/04/2001

RELATOR: GEORGE LOPES LEITE

REVISOR: EDUARDO DE MORAES OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 22/08/2001 Pág: 38

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - COBRANÇA FORÇADA -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATO LOCATÍCIO -
FIANÇA E RESPONSABILIDADE DOS FIADORES - DECISÃO
MANTIDA, MAIORIA - OS FIADORES, EM CONTRATO DE
ALUGUEL, QUANDO EXPRESSAMENTE SE RESPONSABILIZAM
SOLIDARIAMENTE PELA LOCAÇÃO ATÉ A ENTREGA DAS
CHAVES, AO MESMO CONTRATO ESTÃO JUNGIDOS ATÉ O
TÉRMINO FINAL DO ALUGUEL. É DA PRÓPRIA LEI ESPECIAL
QUE, TÉRMINO O TEMPO ESCRITO LOCATÍCIO, A LOCAÇÃO SE
PRORROGA POR PRAZO INDETERMINADO E, UMA VEZ
INEXISTENTE QUALQUER MODIFICATIVO NAS SUAS
CLÁUSULAS ESSENCIAIS, OS FIADORES PERMANECEM
ENLIÇADOS E NÃO ESTARÃO LIVRES PELA SIMPLES
PRORROGAÇÃO CONTRATUAL.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO. POR MAIORIA.

INDEXAÇÃO: MANUTENÇÃO, EXECUÇÃO JUDICIAL, FIADOR,


PRORROGAÇÃO, CONTRATO, LOCAÇÃO, RESPONSABILIDADE,
FIADOR, ENTREGA, IMÓVEL, INQUILINO, PACTA SUNT
SERVANDA.
VOTO VENCIDO: EXCLUSÃO, RESPONSABILIDADE, FIADOR,
INEXISTÊNCIA, ACEITAÇÃO EXPRESSA, PRORROGAÇÃO,
CONTRATO, INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020009640AGI


DF

ACÓRDÃO: 141073

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 07/06/2001

RELATOR: WELLINGTON MEDEIROS

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 15/08/2001 Pág: 54

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO -
PROCESSO DE EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS. MATÉRIA
DE ORDEM PÚBLICA. DESNECESSIDADE DE INSTRUÇÃO
PROBATÓRIA. POSSIBILIDADE DO CONTRADITÓRIO -
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO PARA QUE O JUÍZO A
QUO ENFRENTE O MÉRITO DA OBJEÇÃO.
I - SE A MATÉRIA É DE ORDEM PÚBLICA E DECRETÁVEL DE
OFÍCIO PELO JUIZ, E, COMO TAL, INSUSCETÍVEL DE
PRECLUSÃO, NÃO HÁ SENTIDO PARA QUE NÃO SEJA, DESDE
LOGO, APRECIADA NOS PRÓPRIOS AUTOS DA EXECUÇÃO,
EMBORA SE DEVA TER ESPECIAL CUIDADO PARA QUE O
INSTITUTO DA OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO SEJA
TRANSFORMADO EM APENAS MAIS UM INSTRUMENTO DE
PROCRASTINAÇÃO DO FEITO EXECUTIVO, QUE, HOJE, NA
PRÁTICA, INFELIZMENTE, LONGE ESTÁ DE RESPONDER COM
EFICÁCIA ÀQUILO QUE O SISTEMA PROCESSUAL PARA ELE
DESENHA [CLITO FORNACIARI JÚNIOR].
II - O ÚNICO OBSTÁCULO RELEVANTE, QUANTO AO TEMA DE
OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, É O REFERENTE À MAIOR
OU MENOR DIFICULDADE DE VERIFICAÇÃO DO VÍCIO
APONTADO PELO DEVEDOR. SE O VÍCIO ALEGADO PELA
PARTE DEVEDORA, EMBORA AFETO A PRESSUPOSTO
PROCESSUAL, DEMANDA DEMONSTRAÇÃO ATRAVÉS DE
PROVA MAIS ROBUSTA E ESPECÍFICA, POR ÓBVIO,
ACONSELHÁVEL SERÁ QUE TAL DISCUSSÃO SEJA MELHOR
ACLARADA EM SEDE DE EMBARGOS À EXECUÇÃO, NAS QUAIS
A POSSIBILIDADE DE CONTRADITÓRIO É MAIS VASTA,
HAVENDO NOTÓRIO INTERESSE DO JUÍZO EM PRESERVAR O
AMPLO DIREITO DE DEFESA DOS LITIGANTES. O ITER
PROCEDIMENTAL DO PROCESSO DE EXECUÇÃO SERIA
IMPRÓPRIO E ATÉ MESMO PREJUDICIAL, EM UMA HIPÓTESE
DESSE JAEZ, PARA A SOLUÇÃO DA CONTROVÉRSIA.
III - SE NÃO HOUVE, POR PARTE DO JUÍZO A QUO, A DEVIDA E
EXAUSTIVA APRECIAÇÃO DA MATÉRIA ARGÜIDA PELO
AGRAVANTE, O PROVIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
DEVE SER LIMITADO A AFASTAR A IMPOSSIBILIDADE DE
CABIMENTO DA OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, POIS A
APRECIAÇÃO, POR PARTE DA CORTE REVISORA, DO MÉRITO
DAS QUESTÕES TRAZIDAS PELA PARTE NA EXCEÇÃO
OFERTADA, ANTES DA ANÁLISE DEFINITIVA DOS TEMAS PELO
JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU, IMPORTA INEGÁVEL SUPRESSÃO
DE INSTÂNCIA, COM VIOLAÇÃO AO DUPLO GRAU DE
JURISDIÇÃO, A ENSEJAR A NULIDADE DO JULGADO.
IV - AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO À UNANIMIDADE.
DECISÃO: CONHECER DO RECURSO E A ELE DAR PARCIAL
PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: PROCEDÊNCIA, EFEITO SUSPENSIVO,


INDEFERIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
INOBSERVÂNCIA, PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020011885AGI


DF

ACÓRDÃO: 140699

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 14/05/2001

RELATOR: ROMEU GONZAGA NEIVA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 13/08/2001 Pág: 105

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - VALOR CONSTANTE DE CARTA
PRECATÓRIA - PRETENSÃO DE DECRETAR-SE A NULIDADE DA
EXECUÇÃO.
01. O ERRO DE CÁLCULO, SE COMETIDO PELA PARTE
CREDORA PODERÁ ENSEJAR EMBARGOS DE DEVEDOR, EM
VIRTUDE DO EXCESSO, NÃO ACARRETANDO, PORÉM, A
NULIDADE DO TÍTULO OU DO PROCESSO.
02. EVENTUAL ERRO MATERIAL EXISTENTE NA CARTA
PRECATÓRIA ACARRETA APENAS A CORREÇÃO DO VALOR,
MEDIANTE SIMPLES CÁLCULO DO CONTADOR, SEM PREJUÍZO
DA REGULARIDADE PROCESSUAL.
03. AGRAVO DESPROVIDO. UNÂNIME.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EFEITO SUSPENSIVO,


EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ERRO MATERIAL, CARTA
PRECATÓRIA, CABIMENTO, EMBARGOS DO DEVEDOR.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020004798AGI


DF

ACÓRDÃO: 139959

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 02/04/2001

RELATOR: EDUARDO DE MORAES OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 08/08/2001 Pág: 38

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA - AGI - INDEFERIMENTO PELO JUÍZO
DE PEDIDO DE SUSTAÇÃO DE PRAÇA - FALTA DE EMBARGOS
DO DEVEDOR - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - AGI
IMPROVIDO, UNÂNIME - A FALTA DE EMBARGOS DO DEVEDOR,
NA EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA, NÃO AUTORIZA O EXECUTADO,
AO DEPOIS, IMPEDIR O PRACEAMENTO DO BEM CONSTRITO
ATRAVÉS DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, SEM JUSTO
E FUNDADO MOTIVO SUPERVENIENTE.
DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO. À
UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: IMPOSSIBILIDADE, SUSTAÇÃO, PRAÇA PÚBLICA,


EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA, INOCORRÊNCIA, EMBARGOS DO
DEVEDOR, PRECLUSÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020003955AGI


DF

ACÓRDÃO: 140346

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 09/04/2001

RELATOR: VALTER XAVIER

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 08/08/2001 Pág: 44

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. CARACTERÍSTICAS.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE DISPENSA O
CONTRADITÓRIO, POIS SE LIMITA A APONTAR A PRESENÇA
DE NULIDADE A DESAUTORIZAR O DOCUMENTO COMO
TÍTULO EXECUTIVO E TEM COMO PRESSUPOSTO
INDISPENSÁVEL MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA, CUJO
CONHECIMENTO PODERIA OCORRER, ATÉ MESMO DE OFÍCIO,
PELO MAGISTRADO.
AGRAVO NÃO PROVIDO. UNÂNIME.
DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, ANULAÇÃO, EXECUÇÃO JUDICIAL,
DESCABIMENTO, DILAÇÃO PROBATÓRIA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020012808AGI


DF

ACÓRDÃO: 140078

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 30/04/2001

RELATOR: JAIR SOARES

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 27/06/2001 Pág: 75

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDAE.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE CONFIGURA MEIO
ATÍPICO E EXCEPCIONAL DE DEFESA, SOMENTE SE
ADMITINDO QUANDO O VÍCIO QUE SE ATRIBUI AO TÍTULO, OU
INADIMPLEMENTO, SE APRESENTA SUFICIENTEMENTE HÁBIL
A INVALIDAR A EXECUÇÃO, SEM NECESSIDADE DE EXIGIR-SE
DA PARTE QUE GARANTA O JUÍZO PELA PENHORA. AGRAVO
NÃO PROVIDO.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.


INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, ANULAÇÃO, FIANÇA, CONTRATO, LOCAÇÃO,
NECESSIDADE, AJUIZAMENTO, EMBARGOS À EXECUÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020002497AGI


DF

ACÓRDÃO: 138832

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 02/04/2001

RELATOR: EDUARDO DE MORAES OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 20/06/2001 Pág: 17

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-585 INC-4

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
INDEFERIMENTO PELO JUÍZO - TÍTULO EXECUTIVO
(CONTRATO DE LOCAÇÃO COM APOIO NO INCISO IV, ART. 585,
DO CPC) - RECURSO DESACOLHIDO, UNÂNIME - O TÍTULO
EXECUTIVO COM AMPARO NO ARTIGO 585, DO CPC, GOZA EM
PRINCÍPIO DE PRESUNÇÃO DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE NA VIGENTE SISTEMÁTICA PROCESSUAL. A
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA PELA
CONSTRUÇÃO PRETORIANA SOMENTE TEM ALCANCE NOS
CASOS EM QUE O JUÍZO, DE OFÍCIO, PODE CONHECER DA
MATÉRIA; FORA DAÍ O DEVEDOR TEM DE PERCORRER OS
PERCALÇOS DO PROCEDIMENTO EXECUTIVO PARA
IMPUGNAR OU DESCONSTITUIR O TÍTULO EXEQÜENDO.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO. À


UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, CONTRATO, LOCAÇÃO, DESNECESSIDADE,
ASSINATURA, DUPLICIDADE, TESTEMUNHA, LIQUIDEZ E
CERTEZA, IMPROPRIEDADE, VIA JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020010183AGI


DF

ACÓRDÃO: 139485

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 07/05/2001

RELATOR: WELLINGTON MEDEIROS

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 20/06/2001 Pág: 34

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - PROCESSO DE EXECUÇÃO -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - POSSIBILIDADE DE ANÁLISE - MATÉRIA NÃO
DISCUTIDA EM SEDE DE PRIMEIRO GRAU - IMPOSSIBILIDADE
DE DISCUSSÃO PELO TRIBUNAL - SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA -
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO À UNANIMIDADE.
I - NOS CASOS EM QUE O JUIZ PODE CONHECER DE OFÍCIO
DA MATÉRIA E QUANDO NÃO SE EXIGIR A DILAÇÃO
PROBATÓRIA, AS QUESTÕES ARGÜIDAS MEDIANTE EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE DEVEM SER ENFRENTADAS.
II - NÃO PODE O TRIBUNAL, SOB PENA DE SUPRESSÃO DE UM
GRAU DE JURISDIÇÃO, MANIFESTAR-SE SOBRE MATÉRIA NÃO
APRECIADA PELO JUÍZO DA CAUSA. HIPÓTESE DE ERROR IN
PROCEDENDO, QUE SÓ PERMITE À INSTÂNCIA REVISORA
CASSAR A DECISÃO IMPUGNADA.
III - RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.

DECISÃO: CONHECER DO RECURSO E LHE DAR PARCIAL


PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: ADMISSIBILIDADE, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, ANULAÇÃO, MULTA, TÍTULO EXECUTIVO,
DESNECESSIDADE, EMBARGOS À EXECUÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020015505AGI


DF

ACÓRDÃO: 139086

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 14/05/2001

RELATOR: SÉRGIO BITTENCOURT

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 13/06/2001 Pág: 49

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - "EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE" -
NOTA PROMISSÓRIA - TÍTULO REPRESENTATIVO DE DÍVIDA
LÍQUIDA, CERTA E EXIGÍVEL.
A "EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE", FRUTO DE EVOLUÇÃO
PRETORIANA, NÃO É O PROCEDIMENTO ADEQUADO PARA SE
COMBATER QUALQUER EXECUÇÃO, POIS, DO CONTRÁRIO,
ESTAR-SE-IA EXTIRPANDO, CONTRA A VONTADE DO
LEGISLADOR, PARTE EXPRESSIVA DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL (TÍTULO III DO LIVRO II). ASSIM, SÓ SE PODE ADMITIR A
UTILIZAÇÃO DESSE MEIO EXCEPCIONAL DE DEFESA DO
DEVEDOR, SE PRESENTE, DE FORMA INQUESTIONÁVEL, UMA
DAS HIPÓTESES DO ART. 618 DO REFERIDO CÓDIGO.
CONSTITUI TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL NOTA
PROMISSÓRIA DEVIDAMENTE FORMALIZADA, RESSALVADO
AO DEVEDOR O MANEJO DE EMBARGOS, GARANTIDO O JUÍZO
DA EXECUÇÃO, PARA A DEFESA DE SEUS INTERESSES.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.


UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, NOTA PROMISSÓRIA, DISCUSSÃO,
REQUISITO, TÍTULO EXECUTIVO, IMPROPRIEDADE,
ADEQUAÇÃO, EMBARGOS À EXECUÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020005842AGI


DF

ACÓRDÃO: 139504

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 09/04/2001


RELATOR: VERA ANDRIGHI

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 13/06/2001 Pág: 49

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-586 INC-3

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PRÉ-EXECUTIVIDADE. PROCESSO DE EXECUÇÃO.
A MODIFICAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL DE REAJUSTE,
QUE COMPÕE O TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL VÁLIDO,
NÃO TEM CABIMENTO EM PRÉ-EXECUTIVIDADE.
AGRAVO IMPROVIDO.

DECISÃO: CONHECER E IMPROVER, À UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: INDEFERIMENTO, EXCEÇÃO DE PRE-


EXECUTIVIDADE, NULIDADE, TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL, EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA, IMPROPRIEDADE,
VIA JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020057182AGI


DF

ACÓRDÃO: 138919

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 23/04/2001

RELATOR: SÉRGIO BITTENCOURT


PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 06/06/2001 Pág: 40

OBSERVAÇÃO: TJDF APC 48422/98 STJ 56111/RS

DOUTRINA: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


VOL 6 ARAKEN DE ASSIS

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-585 PAR-1 FED LEI-5741/1971 ART-2 INC-4

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA -
NOTIFICAÇÃO - LEI 5.741/71 - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE -PENDÊNCIA DE AÇÃO CONSIGANTÓRIA -
EXECUÇÃO DO TÍTULO - POSSIBILIDADE.
COMPROVANDO O CREDOR O ENVIO DAS NOTIFICAÇÕES
PREVISTAS NA LEI 5.741/71 PARA O ENDEREÇO DO DEVEDOR,
A ESTE CUMPRE PROVAR QUE ELAS NÃO LHE FORAM
ENTREGUES, UMA VEZ QUE O CONTRÁRIO É QUE SE
PRESUME.
A PENDÊNCIA DE AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO,
ONDE SE DISCUTE O VALOR DAS PRESTAÇÕES, NÃO RETIRA
DO TÍTULO A SUA LIQUIDEZ.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.


UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, NULIDADE, EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA,
COMPROVAÇÃO, ENTREGA, NOTIFICAÇÃO, DOMICÍLIO,
EXECUTADO, CONTINUIDADE, PROCESSO JUDICIAL, LIQUIDEZ,
TÍTULO EXECUTIVO, IRRELEVÂNCIA, PENDÊNCIA, AÇÃO DE
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20010020013148AGI


DF

ACÓRDÃO: 138927

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 14/05/2001

RELATOR: SÉRGIO BITTENCOURT

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 06/06/2001 Pág: 41

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-17 INC-1 e 4

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO - TÍTULO REPRESENTATIVO DE
DÍVIDA LÍQUIDA, CERTA E EXIGÍVEL.
A "EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE", FRUTO DE EVOLUÇÃO
PRETORIANA, NÃO É O PROCEDIMENTO ADEQUADO PARA SE
COMBATER QUALQUER EXECUÇÃO, POIS, DO CONTRÁRIO,
ESTAR-SE-IA EXTIRPANDO, CONTRA A VONTADE DO
LEGISLADOR, PARTE EXPRESSIVA DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL (TÍTULO III DO LIVRO II). ASSIM, SÓ SE PODE ADMITIR A
UTILIZAÇÃO DESSE MEIO EXCEPCIONAL DE DEFESA DO
DEVEDOR, SE PRESENTE, DE FORMA INQUESTIONÁVEL, UMA
DAS HIPÓTESES DO ART. 618 DO REFERIDO CÓDIGO.
CONSTITUI TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL O CONTRATO
DE EMPRÉSTIMO PESSOAL COM TAXA PRÉ-FIXADA
DEVIDAMENTE FORMALIZADO, RESSALVADO AO DEVEDOR O
MANEJO DE EMBARGOS, GARANTIDO O JUÍZO DA EXECUÇÃO,
PARA A DEFESA DE SEUS INTERESSES.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.


UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: MANUTENÇÃO, EXECUÇÃO JUDICIAL,


EMPRÉSTIMO BANCÁRIO, LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ, EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, CARACTERIZAÇÃO, TÍTULO EXECUTIVO,
UTILIZAÇÃO, DIVERSIDADE, JURISPRUDÊNCIA,

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020048223AGI


DF

ACÓRDÃO: 138073

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 19/03/2001

RELATOR: ADELITH DE CARVALHO LOPES

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 30/05/2001 Pág: 29

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-585 INC-2

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO CONTRATO DE
CONFISSÃO DE DÍVIDA - TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - FALTA DE PROVA
INEQUÍVOCA DOS VÍCIOS APONTADOS - DISCUSSÃO ACERCA
DOS VALORES EXECUTADOS - VIA INADEQUADA.
1. O CONTRATO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA, DEVIDAMENTE
ASSINADO POR DUAS TESTEMUNHAS E ACOMPANHADO DOS
DEMONSTRATIVOS DO DÉBITO, CARACTERIZA-SE COMO
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (ART. 585, II, CPC).
2. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SÓ PODE SER
ADMITIDA EM CASOS EXCEPCIONAIS, DIANTE DA PROVA
INEQUÍVOCA DA INVIABILIDADE DO PROSSEGUIMENTO DO
PROCESSO EXECUTIVO POR VÍCIO FORMAL DETECTÁVEL À
ÉPOCA DE SUA PROPOSITURA, NÃO SENDO CABÍVEL QUANDO
TRATAR DE MATÉRIA ATINENTE AOS VALORES EXECUTADOS,
QUE IMPÕE A NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA PARA
A SUA AFERIÇÃO.
3. AGRAVO IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.


UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: REJEIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,


CONFISSÃO DE DÍVIDA, INEXISTÊNCIA, PROVA INEQUÍVOCA,
VÍCIO FORMAL, CONTRATO, NECESSIDADE, DILAÇÃO
PROBATÓRIA, EMBARGOS À EXECUÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020014454AGI


DF

ACÓRDÃO: 137100
ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 04/12/2000

RELATOR: ASDRUBAL NASCIMENTO LIMA

REVISOR: HAYDEVALDA SAMPAIO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 25/04/2001 Pág: 43

OBSERVAÇÃO: TJDF-AGI. 19990020015374,19990020027573.


STJ. RESP-220100/RJ,124364

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-618 ART-526 ART-110 ART-265 INC-4 ART-558 ART-267
PAR-3 ART-585 INC-2 ART-618 INC-1

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE DEVE SER ACATADA
NOS CASOS EM QUE O JUIZ PODE DELA CONHECER DE
OFÍCIO. MOSTRANDO-SE FORMALMENTE PERFEITO O TÍTULO
EXECUTIVO, PREENCHENDO OS REQUISITOS NECESSÁRIOS
PARA A PROPOSITURA DA AÇÃO DE EXECUÇÃO - LIQUIDEZ,
CERTEZA E EXIGIBILIDADE - A MATÉRIA DE DEFESA DEVER
SER APRESENTADA E DECIDIDA EM SEDE DE EMBARGOS À
EXECUÇÃO, MESMO QUE PENDENTE INQUÉRITO OU
PROCESSO CRIMINAL VISANDO APURAR CRIME CONTRA A
ECONOMIA POPULAR.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO, POR MAIORIA,


VENCIDO O RELATOR. REDIGIRÁ O ACÓRDÃO A PRIMEIRA
VOGAL.
INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, IMPROPRIEDADE, NECESSIDADE,
EMBARGOS A EXECUÇÃO, REGULARIDADE, TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
VOTO VENCIDO: CONFIRMAÇÃO, LIMINAR, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, SUSPENSÃO DO PROCESSO, PRAZO, UM
ANO, APURAÇÃO, INQUÉRITO POLICIAL, FRAUDE, COBRANÇA,
CHEQUE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020054614AGI


DF

ACÓRDÃO: 136489

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 12/03/2001

RELATOR: EDSON ALFREDO SMANIOTTO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 18/04/2001 Pág: 27

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATO
DE LOCAÇÃO.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE É O MEIO IDÔNEO PARA
SE RECONHECER A NULIDADE DO PROCEDIMENTO
EXECUTIVO. TRATANDO-SE, TODAVIA, DE CONTRATO DE
LOCAÇÃO NÃO HÁ QUE SE RECONHECER QUALQUER VÍCIO
ATINENTE AO TÍTULO POR NÃO ESTAR ASSINADO POR DUAS
TESTEMUNHAS E AINDA ENCONTRAR-SE NA FORMA DE
FOTOCÓPIA.
DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO, À UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: CONFIRMAÇÃO, REJEIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO JUDICIAL, CONTRATO, LOCAÇÃO,
REGULARIDADE, TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020061215AGI


DF

ACÓRDÃO: 136280

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 19/03/2001

RELATOR: ESTEVAM MAIA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 10/04/2001 Pág: 30

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-618

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO TIRADO
CONTRA DECISÃO INDEFERITÓRIA DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - PRELIMINAR DE NÃO-CONHECIMENTO -
REJEIÇÃO - IMPROVIMENTO.
1. A JURISPRUDÊNCIA ATUAL DA TURMA É NO SENTIDO DE
QUE, ESTANDO AUTENTICADAS AS CÓPIAS DAS PEÇAS
OBRIGATÓRIAS E NECESSÁRIAS À SOLUÇÃO DA
CONTROVÉRSIA, TEM-SE POR REGULAR O RECURSO, NÃO
PROSPERANDO, NO CASO, A PRELIMINAR DE NÃO-
CONHECIMENTO, ANCORADA EM EXEGESE DIVERSA.
2. O ACOLHIMENTO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
SOMENTE É VIÁVEL EM CARÁTER EXCEPCIONAL, NAS
HIPÓTESES EM QUE A EXECUÇÃO SE MOSTRA
MANIFESTAMENTE INADMISSÍVEL.
3. AGRAVO IMPROVIDO.

DECISÃO: CONHECER E IMPROVER À UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: INDEFERIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, LIQUIDEZ, CERTEZA, EXIGIBILIDADE, TÍTULO
EXECUTIVO, ADEQUAÇÃO, EMBARGOS À EXECUÇÃO, DEFESA,
DEVEDOR.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020052313AGI


DF

ACÓRDÃO: 136615

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 05/02/2001

RELATOR: ROMEU GONZAGA NEIVA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 10/04/2001 Pág: 37

DOUTRINA: PROCESSO DE EXECUÇÃO, HUMBERTO


THEODORO JÚNIOR

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-741 ART-745 ART-618 INC-1
RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE EXECUÇÃO - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO DE NULIDADE DE
TÍTULO EXECUTIVO, IMPENHORABILIDADE DO IMÓVEL,
SOBRESTAMENTO DO FEITO ATÉ JULGAMENTO DE OUTRA
AÇÃO.
01. É PACÍFICA A JURISPRUDÊNCIA NO SENTIDO DE SE
CONSIDERAR LÍCITO A ARGUIÇÃO DE NULIDADE DO TÍTULO
POR SIMPLES PETIÇÃO; CONTUDO, A EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, EM PRINCÍPIO, SOMENTE SE DÁ NOS CASOS
EM QUE, DE OFÍCIO, O JUIZ PODE CONHECER DA MATÉRIA.
02. COMPETIA AO RECORRENTE, INCLUSIVE PARA SUA MAIOR
SEGURANÇA EM RAZÃO DA EXCEPCIONALIDADE DA VIA
ESCOLHIDA, TER SE VALIDO DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO,
QUANDO, ENTÃO, PODERIA, DE FORMA AMPLA, DISCUTIR OS
TEMAS COLOCADOS NA ESTREITA VIA DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXCUTIVIDADE.
03. NEGOU-SE PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, NULIDADE, NOTA PROMISSÓRIA,
EXISTÊNCIA, LIQUIDEZ, CERTEZA, EXIGIBILIDADE, TÍTULO
EXECUTIVO, IMPROPRIEDADE, VIA JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020051569AGI


DF

ACÓRDÃO: 136613
ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 19/02/2001

RELATOR: ROMEU GONZAGA NEIVA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 10/04/2001 Pág: 37

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-585 INC-2

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - NULIDADE.
01. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SÓ TEM GUARIDA
QUANDO MANIFESTA A ILEGALIDADE DA COBRANÇA
EXECUTIVA, CONSOANTE INTELIGÊNCIA DO ART. 618 DO CPC.
02. AGRAVO DESPROVIDO. UNÂNIME.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: MANUTENÇÃO, AÇÃO EXECUTIVA, CONTRATO,


ABERTURA DE CRÉDITO, BANCO, DOCUMENTO PARTICULAR,
DÍVIDA, DESCABIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPROPRIEDADE, VIA JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020055708AGI


DF

ACÓRDÃO: 135521
ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 05/03/2001

RELATOR: JERONYMO DE SOUZA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 28/03/2001 Pág: 27

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE. INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
CABIMENTO. AGRAVO PROVIDO. 1. DÁ-SE PROVIMENTO AO
AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO EM SEDE DE AÇÃO
DE EXECUÇÃO, A FIM DE SE ACOLHER A EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE SUSCITADA, TENDO EM VISTA QUE NÃO
CONSTITUI TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL O CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE, MESMO
QUE ACOMPANHADO DO DEMONSTRATIVO DO DÉBITO
RECLAMADO, DIANTE DA AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA
LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE PRÓPRIOS DOS TÍTULOS
EXECUTIVOS, CONFORME PRESCREVE A SÚMULA Nº 233 DO
COL. STJ. 2. VIA DE CONSEQÜÊNCIA, IMPÕE-SE A
DECRETAÇÃO DA NULIDADE DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
EM CURSO, COM FULCRO NO ART. 618 DO CPC. 3. AGRAVO
PROVIDO.

DECISÃO: CONHECER. DAR-SE PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: ANULAÇÃO, EXECUÇÃO JUDICIAL, CONTRATO,


ABERTURA DE CRÉDITO, INEXISTÊNCIA, LIQUIDEZ, CERTEZA,
EXIGIBILIDADE, TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020025195AGI


DF

ACÓRDÃO: 134337

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 14/08/2000

RELATOR: ROMÃO C OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 01/03/2001 Pág: 32

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-267 PAR-3

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - DISCUSSÃO ACERCA DA
LEGITIMIDADE PASSIVA - DESCABIMENTO.
1. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO É A VIA
JURÍDICO-PROCESSUAL APROPRIADA À DISCUSSÃO ACERCA
DA LEGITIMIDADE PASSIVA NO PROCESSO DE EXECUÇÃO,
MATÉRIA QUE DEVE SER OBJETO DE EMBARGOS.
2. AGRAVO IMPROVIDO. MAIORIA.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.


MAIORIA.

INDEXAÇÃO: REJEIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE,


EXECUÇÃO JUDICIAL, ILEGITIMIDADE PASSIVA, SÓCIO,
IMPROPRIEDADE, VIA JUDICIAL.
VOTO VENCIDO: PROCEDÊNCIA, EMBARGOS À EXECUÇÃO,
APRECIAÇÃO, PRELIMINAR, ILEGITIMIDADE PASSIVA,
PREVISÃO LEGAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020027325AGI


DF

ACÓRDÃO: 134338

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 09/10/2000

RELATOR: ADELITH DE CARVALHO LOPES

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 01/03/2001 Pág: 32

OBSERVAÇÃO: TJDFT AGI 2000 00 1177-3

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-267 INC-4 INC-5 INC-6

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - VÍCIOS NA EXECUÇÃO - FALTA DE PROVA
INEQUÍVOCA - DESCABIMENTO.
1. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SÓ PODE SER
ADMITIDA EM CASOS EXCEPCIONAIS, DIANTE DA PROVA
INEQUÍVOCA DA INVIABILIDADE DO PROSSEGUIMENTO DO
PROCESSO EXECUTIVO POR VÍCIO FORMAL DETECTÁVEL À
ÉPOCA DE SUA PROPOSITURA, NÃO SENDO CABÍVEL QUANDO
NECESSÁRIA DILAÇÃO PROBATÓRIA PARA AFERIMENTO DOS
DEFEITOS ALEGADOS.
2. AGRAVO IMPROVIDO. MAIORIA.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.


MAIORIA.

INDEXAÇÃO: INDEFERIMENTO, EXCEÇÃO DE PRE-


EXECUTIVIDADE, INSUFICIÊNCIA, INSTRUÇÃO PROCESSUAL,
EXECUÇÃO JUDICIAL, PENHORA, INADIMPLÊNCIA, TAXA,
CONDOMÍNIO, IMPROPRIEDADE, VIA JUDICIAL.
VOTO VENCIDO: SEGUIMENTO, EXECUÇÃO JUDICIAL,
APRECIAÇÃO, PRELIMINAR, PREVISÃO LEGAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020038196AGI


DF

ACÓRDÃO: 134043

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 16/10/2000

RELATOR: ROMÃO C OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 21/02/2001 Pág: 40

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-267 PAR-3

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - DISCUSSÃO ACERCA DA
LEGITIMIDADE PASSIVA - DESCABIMENTO.
1. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO É A VIA
JURÍDICO-PROCESSUAL APROPRIADA À DISCUSSÃO ACERCA
DA LEGITIMIDADE PASSIVA NO PROCESSO DE EXECUÇÃO,
MATÉRIA QUE DEVE SER OBJETO DE EMBARGOS.
2. AGRAVO IMPROVIDO. MAIORIA.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.


MAIORIA.

INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, APRECIAÇÃO, ILEGITIMIDADE PASSIVA,
EXECUÇÃO.
VOTO VENCIDO: PROCEDÊNCIA, NECESSIDADE, JUIZ,
APRECIAÇÃO, ILEGITIMIDADE PASSIVA, DETERMINAÇÃO, LEI,
CONHECIMENTO, EX OFFICIO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020049236AGI


DF

ACÓRDÃO: 134005

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 04/12/2000

RELATOR: EDUARDO DE MORAES OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 21/02/2001 Pág: 33

OBSERVAÇÃO: TJDF-AGI-19980020013472.
RT-511/221, JTA 57/37, RJTAMG 18/111, RTJESP 85/274.
RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE REJEITADA - AGRAVO DE INSTRUMENTO
TAMBÉM IMPROVIDO, UNÂNIME - CORRETÍSSIMO O "DECISUM"
MONOCRÁTICO QUE REJEITA A EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE QUANDO O TEMA DEBATIDO, NO
RESPECTIVO PROPÓSITO, RECLAMA DILARGAÇÃO
PROBATÓRIA A FIM DE ALCANÇAR, EM SENDO O CASO, O
COMPROMETIMENTO E EXIGIBILIDADE DO TÍTULO
EXEQÜENDO.

DECISÃO: CONHECER E DESPROVER O RECURSO. À


UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: REJEIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,


NULIDADE, TÍTULO EXECUTIVO, EXISTÊNCIA, LIQUIDEZ E
CERTEZA, NECESSIDADE, DILAÇÃO PROBATÓRIA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020035539AGI


DF

ACÓRDÃO: 133392

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 30/10/2000

RELATOR: JOÃO MARIOSA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 14/02/2001 Pág: 19


REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
ART-618 ART-586

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
TÍTULO EXTRAJUDICIAL LÍQUIDO E CERTO: INAPLICABILIDADE.
- A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO É O MEIO
ADEQUADO PARA IMPUGNAR EXCESSO DE JUROS FUNDADO
EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
- HÁ LIQUIDEZ DO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL,
QUANDO FIXADO O SEU VALOR PELO PREÇO MÉDIO DA
ARROBA DE BOI GORDO.
- NÃO PROVIDO. UNÂNIME.

DECISÃO: CONHECER E NÃO PROVER, UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, IMPOSSIBILIDADE, DISCUSSÃO, JUROS,
LIQUIDEZ, TÍTULO EXECUTIVO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020047292AGI


DF

ACÓRDÃO: 133343

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 20/11/2000

RELATOR: HAYDEVALDA SAMPAIO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 07/02/2001 Pág: 40


RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE EXECUÇÃO - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE APENAS É ADMISSÍVEL
NOS CASOS EM QUE COMPETE AO JUIZ DELA CONHECER DE
OFÍCIO. A MATÉRIA DE DEFESA DEVE SER EXAMINADA
ATRAVÉS DE EMBARGOS À EXECUÇÃO.
RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. UNÂNIME.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, DILAÇÃO PROBATÓRIA, NECESSIDADE,
EMBARGOS À EXECUÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020035377AGI


DF

ACÓRDÃO: 133325

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 23/10/2000

RELATOR: SANDRA DE SANTIS

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 07/02/2001 Pág: 24

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-618
RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO DE VÍCIOS INSANÁVEIS -
NECESSIDADE DE COMPLEXAS INVESTIGAÇÕES - SEDE
PRÓPRIA EM EMBARGOS À EXECUÇÃO.
1. MESMO SEM ESTAR SEGURO O JUÍZO, O DEVEDOR PODE
OPOR OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, ALEGANDO
MATÉRIAS QUE O JUIZ DEVERIA CONHECER DE OFÍCIO, COM
O OBJETIVO DE VER EXTINTO O PROCESSO DE EXECUÇÃO. 2.
QUANDO, PORÉM, DEPENDER DE MAIS DETIDO EXAME DE
PROVAS, QUE RECLAMAM CONTRADITÓRIO, SÓ ATRAVÉS DE
EMBARGOS À EXECUÇÃO SERÁ POSSÍVEL A ARGÜIÇÃO DAS
NULIDADES. 3. NEGADO PROVIMENTO. UNÂNIME.

DECISÃO: CONHECER. NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, TÍTULO EXECUTIVO, NECESSIDADE,
APRECIAÇÃO, PROVA DOCUMENTAL, IMPROPRIEDADE, VIA
JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020040033AGI


DF

ACÓRDÃO: 132989

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 30/10/2000

RELATOR: HAYDEVALDA SAMPAIO


PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 13/12/2000 Pág: 31

OBSERVAÇÃO: TJDF-AGI 19990020027573, AGI 19990020015374.

DOUTRINA: ARAKEN DE ASSIS MANUAL DO PROC DE


EXECUÇÃO, P. 500

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - CONTRATO DE
LOCAÇÃO - TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CABIMENTO.
1. ACOLHE-SE A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, CABÍVEL
APENAS NOS CASOS EM QUE O JUIZ PODE CONHECER DE
OFÍCIO DA MATÉRIA E NÃO QUANDO SE EXIGE ANÁLISE
APROFUNDADA DA PROVA.
2. O CONTRATO DE LOCAÇÃO CONSTITUI TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL QUE AUTORIZA A PROPOSITURA DA AÇÃO DE
EXECUÇÃO, DESDE QUE DEVIDAMENTE FIRMADO PELO
LOCATÁRIO E FIADORES, CONTENDO CLÁUSULAS
ESPECIFICANDO A RESPONSABILIDADE DOS MESMOS.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA ANULAÇÃO EXECUÇÃO


JUDICIAL, LIMINAR, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
CONTRATO, LOCAÇÃO, CLÁUSULA, ENCARGO,
RESPONSABILIDADE, LOCATÁRIO; INADMISSIBILIDADE, ATO
DE OFÍCIO, INOCORRÊNCIA, COBRANÇA, PAGAMENTO A
MAIOR.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal


PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020044465AGI
DF

ACÓRDÃO: 132675

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 13/11/2000

RELATOR: JERONYMO DE SOUZA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 06/12/2000 Pág: 17

OBSERVAÇÃO: STJ RESP-8288/SP, 50633/PE, 238558/CE TJDF


AGI-19980020013472

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-618

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.
NOTAS PROMISSÓRIAS. AUSÊNCIA DE AUTONOMIA E
ABSTRAÇÃO. VINCULAÇÃO A PROMESSA DE COMPRA E
VENDA DE IMÓVEL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
CABIMENTO. AGRAVO PROVIDO. 1. DÁ-SE PROVIMENTO AO
AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO EM SEDE DE AÇÃO
DE EXECUÇÃO, A FIM DE SE ACOLHER A EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE SUSCITADA, TENDO EM VISTA QUE AS NOTAS
PROMISSÓRIAS QUE APARELHAM O PROCESSO
EXPROPRIATÓRIO FORAM EMITIDAS EM GARANTIA DO
CUMPRIMENTO DA PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE
IMÓVEL ENTABULADA ENTRE AS PARTES, CUJA AÇÃO DE
RESCISÃO ESTÁ EM TRAMITAÇÃO. 2. NA ESPÉCIE, AUSENTES
A AUTONOMIA E A ABSTRAÇÃO QUE CARACTERIZAM AS
CÁRTULAS, BEM COMO OS REQUISITOS DA LIQUIDEZ,
CERTEZA E EXIGIBILIDADE PRÓPRIOS DOS TÍTULOS
EXECUTIVOS, IMPÕE-SE A DECRETAÇÃO DA NULIDADE DO
PROCESSO DE EXECUÇÃO EM CURSO, COM FULCRO NO ART.
618 DO CPC. 3. AGRAVO PROVIDO.

DECISÃO: CONHECER. DAR-SE PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: PROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, NOTA PROMISSÓRIA, VINCULAÇÃO,
PROMESSA DE COMPRA E VENDA, NULIDADE, PROCESSO DE
EXECUÇÃO, INEXISTÊNCIA, LIQUIDEZ, CERTEZA,
EXIGIBILIDADE, TÍTULO EXECUTIVO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020029390AGI


DF

ACÓRDÃO: 132400

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 09/10/2000

RELATOR: WELLINGTON MEDEIROS

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 06/12/2000 Pág: 16

OBSERVAÇÃO: TJDF AGI-19990020038580, 20000020011773

DOUTRINA: MANUTAL DO PROCESSO DE EXECUÇÃO ARAKEN


DE ASSIS PAG-443

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL


EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. INSTRUÇÃO PROBATÓRIA. CONTRADITÓRIO.
VIA INADEQUADA.
I - A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE É REMÉDIO
TOLERADO PELO PODER JUDICIÁRIO E QUE TEM POR
FINALIDADE A DEDUÇÃO DA QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA, E,
EM CONSEQÜÊNCIA, APRECIÁVEL DE OFÍCIO, QUE IMPLIQUE A
INVIABILIDADE DO PROCESSO EXECUTIVO.
II - SOMENTE É SUSCETÍVEL DE APRECIAÇÃO NA REFERIDA
EXCEÇÃO AS QUESTÕES QUE SE REVELAM DE PLANO, UMA
VEZ QUE ESTE PROCEDIMENTO NÃO É SUCEDÂNEO DOS
EMBARGOS.
III - QUESTÕES QUE DEMANDAM A ABERTURA DO
CONTRADITÓRIO E INSTRUÇÃO PROBATÓRIA DEVEM SER
DISCUTIDAS NA VIA DOS EMBARGOS, COM O JUÍZO
GARANTIDO.
IV - RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: INDEFERIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, LIQUIDEZ, CERTEZA, EXIGIBILIDADE, TÍTULO
EXECUTIVO, NECESSIDADE, DILAÇÃO PROBATÓRIA,
COMPROVAÇÃO, NULIDADE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020014673AGI


DF

ACÓRDÃO: 132143

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 19/06/2000


RELATOR: ROMÃO C OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 06/12/2000 Pág: 11

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - DISCUSSÃO ACERCA DA LEGITIMIDADE
PASSIVA - DESCABIMENTO.
1. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO É A VIA
JURÍDICO-PROCESSUAL ADEQUADA PARA O EXAME DA
EXCLUSÃO DOS FIADORES, GARANTES DO CONTRATO DE
LOCAÇÃO, DO PÓLO PASSIVO DA EXECUÇÃO.
2. AGRAVO IMPROVIDO. MAIORIA.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.


MAIORIA.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXCLUSÃO, FIADOR, DÉBITO, CONTRATO,
LOCAÇÃO, EXTENSÃO, FIANÇA, PRAZO INDETERMINADO,
NECESSIDADE, AJUIZAMENTO, EMBARGOS À EXECUÇÃO.
VOTO VENCIDO; ADMISSIBILIDADE, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, NULIDADE, CLÁUSULA, CONTRATO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020019022AGI


DF

ACÓRDÃO: 132313
ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 06/11/2000

RELATOR: HERMENEGILDO GONÇALVES

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 29/11/2000 Pág: 26

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-604 ART-614 ART-618

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. 1. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE: FALTA DOS REQUISITOS DO ART. 618 DO
CPC. 2. AGRAVO IMPROVIDO.
1. A AGRAVANTE SUSTENTA SER NECESSÁRIA A LIQUIDAÇÃO
POR ARTIGOS. OCORRE QUE O COMANDO DA SENTENÇA
EXEQÜENDA É NO SENTIDO DE QUE A LIQUIDAÇÃO DEVERÁ
SER FEITA POR CÁLCULO. O TÍTULO EXECUTIVO É UMA
SENTENÇA, NÃO HAVENDO NECESSIDADE DE
APRESENTAÇÃO DOS ORIGINAIS DOS RECIBOS JUNTO COM O
DEMONSTRATIVO DO DÉBITO, BASTANDO SUAS CÓPIAS
AUTENTICADAS. A DUPLICIDADE DE CÔMPUTO DE VALORES
RECEBIDOS É MATÉRIA QUE DEVERÁ SER ANALISADA NOS
EMBARGOS À EXECUÇÃO JÁ OPOSTOS. SEM QUALQUER
NULIDADE, NÃO HÁ QUE SE FALAR EM EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
2. RECURSO IMPROVIDO.

DECISÃO: EM CONHECER E DESPROVER. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, LIQUIDAÇÃO POR ARTIGOS, VALIDADE,
CÓPIA, RECIBO, TÍTULO EXECUTIVO, SENTENÇA,
INOCORRÊNCIA, NULIDADE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020035369AGI


DF

ACÓRDÃO: 131537

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 18/09/2000

RELATOR: VERA ANDRIGHI

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 14/11/2000 Pág: 29

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ADMITIDA
POR MEIO DE PETIÇÃO NOS AUTOS, INDEPENDENTE DE
GARANTIA DE JUÍZO COM PENHORA QUANDO O OBJETO É A
FALTA DE TÍTULO EXECUTIVO HABILITADO À EXECUÇÃO
FORÇADA. AGRAVO PROVIDO.

DECISÃO: CONHECER E PROVER. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: CABIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,


CONTRATO, ABERTURA DE CRÉDITO, CHEQUE ESPECIAL,
DESCARACTERIZAÇÃO, TÍTULO EXECUTIVO, INEXISTÊNCIA,
LIQUIDEZ.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal


PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020026183AGI
DF

ACÓRDÃO: 131550

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 21/08/2000

RELATOR: EDUARDO DE MORAES OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 08/11/2000 Pág: 9

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-585 INC 2

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO NOS PRECISOS DO ART. 585, II,
DO CPC - DESSEMELHANÇA COM O CONTRATO ROTATIVO
SOB A RUBRICA DE CHEQUE GARANTIDO - DESPESAS
PROCESSUAIS A CARGO DO EXCIPIENTE MAL SUCEDIDO -
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO, UNÂNIME. A EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, PARA ALCANÇAR SUCESSO,
RECLAMA PROVA INCONTROVERSA CONTRA A CERTEZA,
LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE DO TÍTULO OBJETO DA EXECUÇÃO,
RETIRANDO-LHE, POIS, A FORÇA DE TÍTULO DE CRÉDITO
EXECUTÁVEL. O CONTRATO DE MÚTUO, NA FORMA E
FORMALIZADO SEGUNDO O GOVERNO DO INCISO II, DO
ARTIGO 585, DO CPC, SEM SIMILITUDE COM O CONTRATO DE
CRÉDITO ROTATIVO OU CHEQUE GARANTIDO, TEM VIDA
PRÓPRIA, FORMAL-SUBSTANTIVA, E COMO TAL APTO À
EXECUÇÃO NO CASO DE INADIMPLÊNCIA DO DEVEDOR. A
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, AO DESAMPARO DA LEI,
PERDE ESPAÇO INSTRUMENTAL E NÃO HÁ DE SE VIVENCIAR
EM JUÍZO. CORRETÍSSIMO O ENTENDIMENTO DE QUE A
PARTE DEVE RESPONDER, EM QUALQUER CASO, PELAS
DESPESAS PROCESSUAIS A QUE INJUSTA OU
IMPRUDENTEMENTE DEU CAUSA.

DECISÃO: CONHECER E DESPROVER O RECURSO. À


UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, CONTRATO, MÚTUO, ASSINATURA,
TESTEMUNHA, DEMONSTRATIVO, DÉBITO, LEGALIDADE,
EXECUÇÃO JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020028079AGI


DF

ACÓRDÃO: 131223

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 28/08/2000

RELATOR: CARMELITA BRASIL

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 31/10/2000 Pág: 9

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NOTA PROMISSÓRIA
ASSINADA EM BRANCO. INACOLHIMENTO.
SOMENTE A NULIDADE DA EXECUÇÃO PODE SER DEDUZIDA
NOS PRÓPRIOS AUTOS, INDEPENDENTEMENTE DA OPOSIÇÃO
DE EMBARGOS.
A ALEGAÇÃO DE QUE A NOTA PROMISSÓRIA, TITULO QUE
EMBASA A EXECUÇÃO, FOI ASSINADA EM BRANCO, NÃO TEM
O CONDÃO DE DESNATURÁ-LA COMO TÍTULO HÁBIL A
INSTRUIR AÇÃO EXECUTIVA, CUMPRINDO AO DEVEDOR
FAZER A PROVA DE QUE HOUVE O PREENCHIMENTO
ABUSIVO.
SE EXISTE EXCESSO DE EXECUÇÃO, A QUESTÃO DEVE SER
DIRIMIDA EM SEDE DE EMBARGOS.

DECISÃO: CONHECER E DESPROVER. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, LIQUIDEZ, CERTEZA, EXIGIBILIDADE, NOTA
PROMISSÓRIA, NECESSIDADE, AJUIZAMENTO, EMBARGOS À
EXECUÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020027399AGI


DF

ACÓRDÃO: 131439

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 16/10/2000

RELATOR: LECIR MANOEL DA LUZ

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 31/10/2000 Pág: 25

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL


EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - INSTRUMENTO PARTICULAR DE ADESÃO E
DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA - EXTRATO DE CONTA-CORRENTE
- TÍTULO HÁBIL A EMBASAR A EXECUÇÃO - AGRAVO
IMPROVIDO - LIMINAR REVOGADA - UNÂNIME.
A EXECUÇÃO TEM POR OBJETO CONTRATO DEVIDAMENTE
FORMALIZADO, PELO QUAL O EXECUTADO SE OBRIGOU A
PAGAR O VALOR CORRESPONDENTE AO PREÇO DE UM
VEÍCULO DETERMINADO, EM PARCELAS MENSAIS,
REAJUSTÁVEIS EM FUNÇÃO DA VARIAÇÃO DO RESPECTIVO
PREÇO.
O DEMONSTRATIVO DA CONTA-CORRENTE PRESTA-SE,
APENAS, PARA A FINALIDADE DE AFASTAR EVENTUAIS
DÚVIDAS ACERCA DO EXATO VALOR DO DÉBITO.

DECISÃO: CONHECER E IMPROVER. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO JUDICIAL, TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL, CONTRATO DE ADESÃO, ALIENAÇÃO
FIDUCIÁRIA, EXTRATO BANCÁRIO, CONTA-CORRENTE,
REQUISITO, LIQUIDEZ, CERTEZA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020014787AGI


DF

ACÓRDÃO: 130458

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 25/09/2000

RELATOR: JERONYMO DE SOUZA


PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 18/10/2000 Pág: 21

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FALTA DE LIQUIDEZ E
CERTEZA. PAGAMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA AO INVÉS DE
AUXÍLIO-ACIDENTE. APURAÇÃO DE MONTANTE PAGO A MAIOR
AO SEGURADO. CRÉDITO EM FAVOR DO INSS. EXCEÇÃO
CABÍVEL. AGRAVO IMPROVIDO. 1. MERECE IMPROVIMENTO O
AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO EM FACE DE
DECISÃO QUE, EM SEDE DE EXECUÇÃO DE SENTENÇA,
ACOLHE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, TENDO EM VISTA
A FALTA DE LIQUIDEZ E CERTEZA DO TÍTULO NO QUE SE
REFERE AOS HONORÁRIOS DA SUCUMBÊNCIA, RESTANDO
INEQUÍVOCO NOS AUTOS A EXISTÊNCIA DE CRÉDITO EM
FAVOR DO INSS, ORA AGRAVADO. TAL FATO SE VERIFICA,
UMA VEZ QUE AQUELA AUTARQUIA REALIZOU PAGAMENTO A
MAIOR AO SEGURADO, POIS INICIALMENTE CONCEDEU
AUXÍLIO-DOENÇA, QUE É EQUIVALENTE A 92% DO SALÁRIO-
DE-CONTRIBUIÇÃO, AO INVÉS DO AUXÍLIO-ACIDENTE,
CORRESPONDENTE A 50% DO MESMO SALÁRIO, TENDO ESTA
SITUAÇÃO PERDURADO ATÉ A PROLAÇÃO DA SENTENÇA
SINGULAR, OCASIÃO EM QUE O INSS FOI CONDENADO À
CONCESSÃO DO AUXÍLIO-ACIDENTE, BEM COMO À
CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ, ACASO
COMPROVADA A INVALIDEZ PERMANENTE. 2. AGRAVO
IMPROVIDO.

DECISÃO: CONHECER. NEGAR-SE PROVIMENTO. UNÂNIME.


INDEXAÇÃO: MANUTENÇÃO, ACEITAÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO DE SENTENÇA, HONORÁRIOS,
ADVOGADO, INEXISTÊNCIA, LIQUIDEZ, CERTEZA, TÍTULO
EXECUTIVO, COMPROVAÇÃO, EXISTÊNCIA, CRÉDITO, INSS.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020014973AGI


DF

ACÓRDÃO: 130184

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 21/08/2000

RELATOR: HAYDEVALDA SAMPAIO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 11/10/2000 Pág: 51

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART-5


INC-33 INC-34 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ART-616

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ -
EXECUTIVIDADE.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE DEVE SER ACATADA
NOS CASOS EM QUE O JUIZ PODE DELA CONHECER DE
OFÍCIO. MOSTRANDO-SE FORMALMENTE PERFEITO O TÍTULO
EXECUTIVO, PREENCHENDO OS REQUISITOS NECESSÁRIOS
PARA A PROPOSITURA DA AÇÃO DE EXECUÇÃO - LIQUIDEZ,
CERTEZA E EXIGIBILIDADE - A MATÉRIA DE DEFESA DEVER
SER APRESENTADA E DECIDIDA EM SEDE DE EMBARGOS À
EXECUÇÃO.
DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, CONFISSÃO DE DIVIDA, BANCO, LIQUIDEZ,
CERTEZA, EXIGIBILIDADE, TITULO EXECUTVO, NECESSIDADE,
AJUIZAMENTO, EMBARGOS À EXECUÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020008540AGI


DF

ACÓRDÃO: 129539

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 07/08/2000

RELATOR: LECIR MANOEL DA LUZ

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 27/09/2000 Pág: 24

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ALEGADA NULIDADE DA EXECUÇÃO -
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS - EXCESSO DE
EXECUÇÃO - NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA -
AGRAVO IMPROVIDO - UNÂNIME.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO SE MOSTRA O MEIO
ADEQUADO PARA APRECIAÇÃO DE QUESTÕES REFERENTES
À MATÉRIA DE DEFESA, A QUAL DEVE SER ANALISADA PELA
VIA DOS EMBARGOS, EM FACE DA NECESSIDADE DE DILAÇÃO
PROBATÓRIA.
DECISÃO: CONHECER E IMPROVER. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, DESCABIMENTO, DISCUSSÃO, CLÁUSULA,
CONTRATO, JUROS, INEXISTÊNCIA, NULIDADE, EXECUÇÃO
JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020038580AGI


DF

ACÓRDÃO: 127524

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 27/04/2000

RELATOR: DÁCIO VIEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 02/08/2000 Pág: 38

OBSERVAÇÃO: STJ RESP 296

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - MEIO EXCEPCIONAL DE DEFESA -
IMPOSSIBILIDADE DO CONTRADITÓRIO - ALEGAÇÕES QUE
DEMANDAM DILAÇÃO PROBATÓRIA - DESCABIMENTO -
NECESSIDADE DE MANEJO DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
- A DEFESA EM EXECUÇÃO FAZ-SE, COMO REGRA, POR MEIO
DE EMBARGOS, DEPOIS DE SEGURO O JUÍZO, SOMENTE
PERMITINDO-SE A VIA EXCEPCIONAL DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, NOS PRÓPRIOS AUTOS DA EXECUÇÃO,
PARA DEDUÇÃO DA QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA, A
IMPLICAR NA INVIABILIDADE DO PROCESSO EXECUTIVO,
REVELADA DE PLANO, VEZ QUE ESTE PROCEDIMENTO DE
CARÁTER INCIDENTAL NÃO É SUCEDÂNIO DA VIA REGULAR
DE EMBARGOS DO DEVEDOR.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, APRECIAÇÃO, LIQUIDEZ, CERTEZA,
EXIGIBILIDADE, TÍTULO EXECUTIVO, NECESSIDADE,
AJUIZAMENTO, EMBARGOS DO DEVEDOR.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020015360AGI


DF

ACÓRDÃO: 127138

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 22/05/2000

RELATOR: SÉRGIO BITTENCOURT

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 21/06/2000 Pág: 36

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-618

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
CONTRATOS DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, CONFISSÃO DE
DÍVIDA E FIANÇA - TÍTULOS REPRESENTATIVOS DE DÍVIDA
LÍQUIDA, CERTA E EXIGÍVEL.
A "EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE", FRUTO DE EVOLUÇÃO
PRETORIANA, NÃO É O PROCEDIMENTO ADEQUADO PARA SE
COMBATER QUALQUER EXECUÇÃO, POIS, DO CONTRÁRIO,
ESTAR-SE-IA EXTIRPANDO, CONTRA A VONTADE DO
LEGISLADOR, PARTE EXPRESSIVA DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL (TÍTULO III DO LIVRO II). ASSIM, SÓ SE PODE ADMITIR A
UTILIZAÇÃO DESSE MEIO EXCEPCIONAL DE DEFESA DO
DEVEDOR, SE PRESENTE, DE FORMA INQUESTIONÁVEL, UMA
DAS HIPÓTESES DO ART. 618 DO REFERIDO CÓDIGO.
CONSTITUI TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL TERMO DE
RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDA DEVIDAMENTE FORMALIZADO,
RESSALVADO AO DEVEDOR O MANEJO DE EMBARGOS,
GARANTIDO O JUÍZO DA EXECUÇÃO, PARA A DEFESA DE
SEUS INTERESSES.

DECISÃO: CONHECER E IMPROVER O RECURSO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCESSÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, TÍTULO EXECUTIVO EXTRA-JUDICIAL,
CONTRATO, RENEGOCIAÇÃO, DÍVIDA, ORIGEM, CONTA-
CORRENTE, PREENCHIMENTO, REQUISITO, LIQUIDEZ E
CERTEZA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020045466AGI


DF

ACÓRDÃO: 127246

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 08/05/2000


RELATOR: SANDRA DE SANTIS

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 21/06/2000 Pág: 35

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - FALTA DE ASSINATURA DE TESTEMUNHAS
NO CONTRATO - TERMO ADITIVO - NULIDADE SUPRIDA -
EXIGIBILIDADE DO TÍTULO.
AINDA QUE NÃO SEGURO O JUÍZO, O EXECUTADO PODE
ALEGAR A NULIDADE DA EXECUÇÃO NA HIPÓTESE DE O
TÍTULO NÃO SE REVESTIR DAS CONDIÇÕES DE LIQUIDEZ,
CERTEZA E EXIGIBILIDADE.
ENTRETANTO, DESCABE OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
SE ALGUMA NULIDADE EXISTENTE NO CONTRATO
FORMALIZADO ENTRE AS PARTES, MORMENTE A AUSÊNCIA
DE SUBSCRIÇÃO DE DUAS TESTEMUNHAS, RESTA SANADA
POR TERMO ADITIVO POSTERIOR QUE CUMPRE TAL
FORMALIDADE, RATIFICANDO AS OBRIGAÇÕES JÁ
PACTUADAS.
NENHUM REPARO MERECE A DECISÃO QUE CONCLUI QUE,
NÃO HAVENDO QUALQUER NULIDADE AFERÍVEL PELA
SIMPLES OBSERVÂNCIA DO TÍTULO, SUBSISTE A SUA
EXIGIBILIDADE.

DECISÃO: CONHECER E IMPROVER. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: MANUTENÇÃO, REJEIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, PROCESSO DE EXECUÇÃO, EXIGIBILIDADE,
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, CUMPRIMENTO,
FORMALIDADE, ASSINATURA, TESTEMUNHA, CONTRATO,
TERMO ADITIVO.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020043092AGI


DF

ACÓRDÃO: 127299

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 15/05/2000

RELATOR: WALDIR LEÔNCIO JUNIOR

REVISOR: ROMÃO C OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 21/06/2000 Pág: 25

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO CIVIL ART-1090

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL

EMENTA
CIVIL. FIANÇA. PRAZO CERTO E DETERMINADO. ADENDO AO
CONTRATO DE LOCAÇÃO, SEM A PARTICIPAÇÃO DO FIADOR.
LIMITES DA OBRIGAÇÃO.
O INSTITUTO DA FIANÇA, CONTRATO GRATUITO QUE É, ATRAI
A INCIDÊNCIA DO ARTIGO 1.090 DO CC E, POR ISTO MESMO,
NÃO É POSSÍVEL INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. VENCIDO O
CONTRATO E PRORROGADO NOS MOLDES DE ADITIVO
ASSINADO APENAS PELO LOCADOR E LOCATÁRIO, SEM A
PARTICIPAÇÃO DO ANTIGO FIADOR, FICA ESTE DESOBRIGADO
EM FACE DOS NOVOS ENCARGOS, EMBORA NA PRIMITIVA
AVENÇA HAJA CLÁUSULA DISPONDO QUE SUA
RESPONSABILIDADE PERDURARÁ ENQUANTO SUBSISTIR A
DO LOCATÁRIO, ATÉ FINAL SOLUÇÃO DE TODAS AS
OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS.

DECISÃO: DAR PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO,


POR MAIORIA, VENCIDO O RELATOR.

INDEXAÇÃO: PROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXONERAÇÃO, FIANÇA, PRORROGAÇÃO,
LOCAÇÃO, PRAZO INDETERMINADO, INOCORRÊNCIA,
PARTICIPAÇÃO, FIADOR, ALTERAÇÃO, CONTRATO.
VOTO VENCIDO: IMPROCEDÊNCIA, EXONERAÇÃO,
RESPONSABILIDADE, FIADOR, LIMITE, ANTERIORIDADE,
AJUSTE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020011773AGI


DF

ACÓRDÃO: 126841

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 22/05/2000

RELATOR: ROMÃO C OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 14/06/2000 Pág: 26

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - VIA
INADEQUADA, SE O VÍCIO APONTADO NÃO ERA DETECTÁVEL
NO MOMENTO EM QUE A CITAÇÃO FOI ORDENADA.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE É A VIA ADEQUADA
PARA O JUIZ APRECIAR VÍCIO QUE NÃO DETECTOU NO
MOMENTO EM QUE A CITAÇÃO DO EXECUTADO FOI
ORDENADA, MAS QUE MOSTRAVA-SE VISÍVEL NAQUELE
INSTANTE. SE, AO CONTRÁRIO, NO MOMENTO DA CITAÇÃO
NÃO HAVIA COMO CONTROLAR TAL VÍCIO, EIS QUE ATÉ PARA
ACOLHIMENTO DAS ALEGAÇÕES AVENTADAS NA EXCEÇÃO
FAZIA-SE NECESSÁRIA A COLHEITA DE OUTRAS PROVAS, NÃO
HÁ QUE SE FALAR EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
POSTO QUE A PRETENSÃO DO DEVEDOR HÁ DE SER
APRECIADA SOB O CRIVO DO CONTRADITÓRIO, NAS VIAS
ADEQUADAS PARA TANTO.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO DE


INSTRUMENTO, À UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EFEITO SUSPENSIVO, AGI,


INADMISSIBILIDADE, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
EXECUÇÃO, EXTRAJUDICIAL, CÉDULA DE TÍTULO COMERCIAL,
BANCO, INEXISTÊNCIA, ERRO, DATA, CITAÇÃO, NECESSIDADE,
CONTRADITÓRIO, IMPROPRIEDADE, VIA JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020029193AGI


DF

ACÓRDÃO: 124989

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 13/12/1999

RELATOR: ANA MARIA DUARTE AMARANTE

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 31/05/2000 Pág: 25


RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. SEDE
INADEQUADA. EXCESSO DE EXECUÇÃO. ALEGAÇÕES
GENÉRICAS.
1- A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SOMENTE SE DÁ NOS
CASOS EM QUE O JUIZ PODE CONHECER DA MATÉRIA DE
OFÍCIO, SENDO, PORTANTO, O MEIO INADEQUADO PARA
IMPUGNAÇÃO DO QUANTUM EXEQUENDO.
2- ALEGAÇÕES GENÉRICAS EM RELAÇÃO A SUPOSTO
EXCESSO DE EXECUÇÃO, SEM MAIORES FUNDAMENTOS OU
DEMONSTRAÇÃO ANALÍTICA POR PARTE DO INSURGENTE,
NÃO MERECEM ACOLHIDA.

DECISÃO: CONHECER. NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPOSSIBILIDADE, SUSPENSÃO, PRAÇA,


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, EXCESSO DE EXECUÇÃO,
NECESSIDADE, AJUIZAMENTO, EMBARGOS DE EXECUÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 20000020008582AGI


DF

ACÓRDÃO: 126200

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 04/05/2000

RELATOR: ROMÃO C OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 31/05/2000 Pág: 20


REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
ART-618 INC-1

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ALEGAÇÃO DE NULIDADE DA FIANÇA POR FALTA DE
OUTORGA UXÓRIA. DIVERSAS ASSINATURAS LANÇADAS NO
TÍTULO E DECLARAÇÃO DE QUE O CÔNJUGE ESTAVA DE
ACORDO COM A PRESTAÇÃO DE FIANÇA - EXCEÇÃO
DESACOLHIDA - AGRAVO NÃO PROVIDO.
SE NO MOMENTO EM QUE O JUIZ ORDENOU A CITAÇÃO NÃO
ERA POSSÍVEL DETECTAR QUALQUER VÍCIO FORMAL, MÁXIME
ATINENTE À FALTA DE OUTORGA UXÓRIA PARA O
APERFEIÇOAMENTO DO PACTO ADJECTO DE FIANÇA, POSTO
CONSTAR QUE O CÔNJUGE DO DADOR DE FIANÇA
CONCORDAVA COM AQUELE ATO, APARECENDO NO
PERGAMINHO DIVERSAS ASSINATURAS ILEGÍVEIS, TEM-SE
COMO CORRETA A DECISÃO QUE REJEITOU A EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. HIPÓTESE QUE TAL HÁ DE SER
DESLINDADA SOB O CRIVO DO CONTRADITÓRIO, INCLUSIVE
COM A INAUGURAÇÃO DA FASE PROBATÓRIA.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO DE


INSTRUMENTO, À UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: CONFIRMAÇÃO, NEGAÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EMBARGOS Á EXECUÇÃO,
IRREGULARIDADE, OUTORGA UXÓRIA, FIADOR,
OBSERVÂNCIA, PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020045206AGI


DF

ACÓRDÃO: 125468

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 20/03/2000

RELATOR: HAYDEVALDA SAMPAIO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 17/05/2000 Pág: 38

OBSERVAÇÃO: TJDFT AGI 19990020027573 19990020015374

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL

EMENTA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTORIEDADE.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTORIEDADE SÓ PODE SER
ACATADA NOS CASOS EM O JUIZ PODE DELA CONHECER DE
OFÍCIO.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: REJEIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE,


EXECUÇÃO JUDICIAL, BANCO, NOTA PROMISSÓRIA, ORIGEM,
EMPRÉSTIMO PESSOAL, INEXISTÊNCIA, PROVA PRÉ-
CONSTITUÍDA, REQUISITO, LEI.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal


PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020028067AGI
DF

ACÓRDÃO: 125189

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 21/02/2000

RELATOR: GETÚLIO MORAES OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 03/05/2000 Pág: 29

OBSERVAÇÃO: STJ ERESP 108259/RS

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO.
AUSÊNCIA DE TÍTULO.
ADMITE-SE A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE QUANDO SE
DESTINA APENAS A POSTULAR A INEXISTÊNCIA DE TÍTULO
EXECUTIVO FORMAL.
O CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE NÃO CONSTITUI TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL CONSOANTE A MAIS RECENTE
INTERPRETAÇÃO DO EGRÉGIO STJ, SOBRETUDO QUANDO
DESACOMPANHADO DE EXTRATOS PORMENORIZADOS DOS
LANÇAMENTOS.

DECISÃO: DAR PROVIMENTO NOS TERMOS DO VOTO DO


RELATOR. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, EXECUÇÃO JUDICIAL,


CONTRATO, CONTA-CORRENTE, ABERTURA DE CRÉDITO,
INEXISTÊNCIA, TÍTULO EXECUTIVO.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020031096AGI


DF

ACÓRDÃO: 124102

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 06/12/1999

RELATOR: ROMÃO C OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 05/04/2000 Pág: 16

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS -
INVIABILIDADE. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO PROVIDO.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE MOSTRA-SE
INADEQUADA PARA DISCUSSÃO ATINENTE À EFICÁCIA DE
CLÁUSULA CONTRATUAL, MÁXIME QUANDO SE BUSCA
RESTRINGIR O ALCANCE DO PACTO DE FIANÇA, ONDE
EXPRESSAMENTE CONSTA QUE A GARANTIA PRESTADA
PELOS FIADORES É ILIMITADA E SE ESTENDE ATÉ A EFETIVA
ENTREGA DO IMÓVEL AO LOCADOR.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO DE


INSTRUMENTO, À UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: POSSIBILIDADE, EXTENSÃO, FIANÇA, HIPOTECA,


PRORROGAÇÃO, CONTRATO, LOCAÇÃO, PRAZO
INDETERMINADO, CLÁSULA, CONTRATO ACESSÓRIO.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020035462AGI


DF

ACÓRDÃO: 123328

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 14/02/2000

RELATOR: MARIO MACHADO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 22/03/2000 Pág: 23

OBSERVAÇÃO: MS 7401

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. MATÉRIA PRÓPRIA DE
EMBARGOS À EXECUÇÃO. TÍTULOS APTOS A APARELHAR
EXECUÇÃO.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, COM CAMPO RESTRITO
A FUNDAMENTÁ-LA, NÃO É PRÓPRIA PARA CANALIZAR
DISCUSSÃO PRÓPRIA DE EMBARGOS À EXECUÇÃO, QUE
PRESSUPÕE A GARANTIA PRÉVIA DO JUÍZO. TÍTULOS, NO
CASO, APTOS, EM TESE, A APARELHAR A EXECUÇÃO.
AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: REJEIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,


NECESSIDADE, EMBARGOS À EXECUÇÃO, DISCUSSÃO,
LIQUIDEZ, TÍTULO EXECUTIVO.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020024162AGI


DF

ACÓRDÃO: 119833

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 20/09/1999

RELATOR: SÉRGIO BITTENCOURT

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 24/11/1999 Pág: 30

OBSERVAÇÃO: TJDF AGI 3764/92

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-525, INC-1, INC-2; ART-384, ART-365, INC-3

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - FALTA DE AUTENTICAÇÃO DE
PEÇAS - PROCURAÇÃO DO ADVOGADO - INOBSERVÂNCIA DOS
REQUISITOS LEGAIS - AGRAVO NÃO CONHECIDO - MAIORIA.
A FALTA DE AUTENTICAÇÃO DAS PEÇAS FERE
FRONTALMENTE O DISPOSTO NO ART. 365, III, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL E, CONTRARIO SENSU, O ART. 384 DO
MESMO DIPLOMA LEGAL.
A PROVA DA REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL SOMENTE É
FEITA COM A APRESENTAÇÃO DO DOCUMENTO ORIGINAL OU
AUTENTICADO, COMPROVANDO O MANDATO OUTORGADO.
DECISÃO: NÃO CONHECER, MAIORIA. REDIGIRÁ O ACÓRDÃO O
1º VOGAL.

INDEXAÇÃO: DESCONHECIMENTO, AGRAVO DE


INSTRUMENTO, REJEIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO JUDICIAL, BANCO,
INSUFICIÊNCIA, INSTRUÇÃO PROCESSUAL, INOCORRÊNCIA,
AUTENTICAÇÃO, PROCURAÇÃO. VOTO VENCIDO:
CONHECIMENTO, JUNTADA, AUTOS, PROCURAÇÃO AD
JUDICIA, DESNECESSIDADE, AUTENTICAÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020027573AGI


DF

ACÓRDÃO: 120020

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 14/10/1999

RELATOR: ROMEU GONZAGA NEIVA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 24/11/1999 Pág: 34

OBSERVAÇÃO: STJ RESP 187195/RJ

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-526

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ALEGAÇÃO DE NULIDADE ABSOLUTA - DESNECESSIDADE DE
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO - PRELIMINAR DE
NÃO CONHECIMENTO - DESCUMPRIMENTO DO ART. 526 DO
CPC.
01. SEGUNDO RECENTE POSICIONAMENTO DO E. SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA, A INOBSERVÂNCIA DO PRECEITO
LEGAL INSCULPIDO NO ART. 526 DO CPC, POR SI SÓ, NÃO É
MOTIVO SUFICIENTE PARA NÃO CONHECER DO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
02. CONSIDERA-SE LÍCITO A ARGUIÇÃO DE NULIDADE DO
TÍTULO EXECUTIVO POR SIMPLES PETIÇÃO; CONTUDO, A
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, EM PRINCÍPIO, SOMENTE
SE DÁ NOS CASOS EM QUE, DE OFÍCIO, O JUIZ PODE
CONHECER DA MATÉRIA.
03. TRATANDO-SE DE MATÉRIA COMPLEXA E DE DÍVIDA DE
ELEVADO VALOR, APROPRIADA SE MOSTRA A VIA DOS
EMBARGOS À EXECUÇÃO, PORQUE PERMITEM A AMPLA
ABORDAGEM DOS TEMAS SUSCITADOS.
04. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. UNÂNIME.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, AGRAVO DE INSTRUMENTO,


INDEFERIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
NECESSIDADE, DILAÇÃO PROBATÓRIA, RELEVÂNCIA, VALOR,
DÍVIDA, ADEQUAÇÃO, EMBARGOS À EXECUÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020003856AGI


DF

ACÓRDÃO: 118561
ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 06/09/1999

RELATOR: CAMPOS AMARAL

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 20/10/1999 Pág: 7

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-741 INC-2

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.
CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA E HIPOTECÁRIA. INCABÍVEL
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE APRESENTADA APÓS O
JULGAMENTO DEFINITIVO, COM TRÂNSITO EM JULGADO DOS
EMBARGOS À EXECUÇÃO. PROCESSAMENTO INCORRETO. OS
EMBARGOS DO DEVEDOR DECLARADOS IMPROCEDENTES.
RECONHECIDA A EXECUTIVIDADE DO TÍTULO DE CRÉDITO. O
EVENTUAL EXCESSO DE EXECUÇÃO NÃO RETIRA A LIQUIDEZ
E CERTEZA DO TÍTULO. CONHECIDO O PRINCIPAL, É VIÁVEL A
DECOTAÇÃO DO EXCESSO, PARA O CASO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO DESPROVIDO.

DECISÃO: CONHECER. NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, AGRAVO DE INSTRUMENTO,


EXECUÇÃO JUDICIAL, CÉDULA RURAL HIPOTECÁRIA,
IMPOSSIBILIDADE, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
POSTERIORIDADE, TRÂNSITO EM JULGADO, EMBARGOS À
EXECUÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal


PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19980020009033AGI
DF

ACÓRDÃO: 117440

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 31/05/1999

RELATOR: MARIO-ZAM BELMIRO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 09/09/1999 Pág: 52

OBSERVAÇÃO: TJDF. AGI-6047/96, APC-43601.


RT. 603/141, 2 TAC-SP. AI-438933, AP. C/REV. 384058.

DOUTRINA: CPC-PRIMEIRAS LINHAS DE DIR. PROC. CIVIL, P. 09


MOACYR AMARAL SANTOS CPC-COMENTADO, P. 913 NELSON
NERY JR.

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-525 ART-48 ART-509 ART-20 PAR-4 PAR-3 FED LEI-
8009/1990

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO
INSTRUÍDO COM CÓPIA DA PROCURAÇÃO OUTORGADA POR
UM DOS AGRAVANTES. DEVEDORES SOLIDÁRIOS POR FIANÇA
EM CONTRATO LOCATÍCIO. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO NA AÇÃO
DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO. ILEGITIMIDADE
PASSIVA NA EXECUÇÃO DE SENTENÇA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ACOLHIDA.
1. SENDO OS AGRAVANTES DEVEDORES SOLIDÁRIOS, EM
FACE DO EFEITO EXPANSIVO PREVISTO NO ART. 509,
PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC, PODE SER CONHECIDO DE
AGRAVO QUANDO HÁ LITISCONSÓRCIO PASSIVO ENTRE
DEVEDORES SOLIDÁRIOS, SOB O PATROCÍNIO DO MESMO
ADVOGADO, NÃO OBSTANTE A AUSÊNCIA DE CÓPIA DA
PROCURAÇÃO OUTORGADA POR UM DOS RECORRENTES.
2. EM EXECUÇÃO DE SENTENÇA RESSAI MANIFESTA A
ILEGITIMIDADE DOS FIADORES QUE NÃO INTEGRARAM O
PÓLO PASSIVO DA AÇÃO DE DESPEJO, MOVIDA
CORRETAMENTE APENAS CONTRA A LOCATÁRIA.
3. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE É O INSTRUMENTO
JURÍDICO EFICAZ PARA PLEITEAR O RECONHECIMENTO DA
ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM EM PROCESSO DE
EXECUÇÃO, PORQUANTO TRATA-SE DE MATÉRIA QUE PODE
SER CONHECIDA DE OFÍCIO PELO JUIZ.
4. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO PARA ACOLHER A
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E EXCLUIR DA EXECUÇÃO
OS AGRAVANTES, ESTENDENDO-SE A EXCLUSÃO AO FIADOR
REMANESCENTE, QUE NÃO FIGURA COMO AGRAVANTE.

DECISÃO: CONHECER E PROVER DO AGRAVO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: CONFIRMAÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, ILEGITIMIDADE PASSIVA, FIADOR, LOCAÇÃO;
EXECUÇÃO, SENTENÇA, COBRANÇA, ALUGUEL; EXCLUSÃO,
DEVEDOR SOLIDÁRIO, ALUGUEL; EXCLUSÃO, DEVEDOR
SOLIDÁRIO, INEXISTÊNCIA, PROCURAÇÃO, RECURSO;
EXCLUSIVIDADE, LOCATÁRIO, AÇÃO DE DESPEJO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020015374AGI


DF

ACÓRDÃO: 117443
ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 28/06/1999

RELATOR: SÉRGIO BITTENCOURT

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 09/09/1999 Pág: 53

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-545

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
CONTRATOS DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, CONFISSÃO DE
DÍVIDA E FIANÇA - TÍTULOS REPRESENTATIVOS DE DÍVIDA
LÍQUIDA, CERTA E EXIGÍVEL.
A "EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE", FRUTO DE EVOLUÇÃO
PRETORIANA, NÃO É O PROCEDIMENTO ADEQUADO PARA SE
COMBATER QUALQUER EXECUÇÃO, POIS, DO CONTRÁRIO,
ESTAR-SE-IA EXTIRPANDO, CONTRA A VONTADE DO
LEGISLADOR, PARTE EXPRESSIVA DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL (TÍTULO III DO LIVRO II). ASSIM, SÓ SE PODE ADMITIR A
UTILIZAÇÃO DESSE MEIO EXCEPCIONAL DE DEFESA DO
DEVEDOR, SE PRESENTE, DE FORMA INQUESTIONÁVEL, UMA
DAS HIPÓTESES DO ART. 618 DO REFERIDO CÓDIGO.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: PROCEDÊNCIA, EXECUÇÃO, CONTRATO,


ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, CONFISSÃO DE DÍVIDA, FIANÇA,
EXIGIBILIDADE, TÍTULO LÍQUIDO E CERTO.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19990020004999AGI


DF

ACÓRDÃO: 117374

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 09/08/1999

RELATOR: EDSON ALFREDO SMANIOTTO

REVISOR: ROMÃO C OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 08/09/1999 Pág: 16

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-618 INC-1

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
SENTENÇA PROFERIDA NOS EMBARGOS À EXECUÇÃO. NOVA
TESE - IMPOSSIBILIDADE.
A RELAÇÃO PROCESSUAL CLAMA POR ESTABILIDADE. DAÍ
NÃO SER POSSÍVEL O RETROCESSO PARA ACOLHIMENTO DE
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, COM O FITO DE QUE SEJA
PROCLAMADA A FALTA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE DE TÍTULO QUE, AO TEMPO DA PROPOSITURA
DA AÇÃO, ERA CONSIDERADO BOM PARA APARELHAR A
PRETENSÃO COERCITIVA, MÁXIME TENDO HAVIDO
EMBARGOS A EXECUÇÃO E NADA TENDO SIDO ALEGADO
QUANTO A ESSES ENFOQUES, SOMENTE O FAZENDO EM
FACE DE JULGAMENTOS QUE VIERAM A LUME TRAÇANDO
NOVO PERFIL LIMITADOR DO CONCEITO DE LIQUIDEZ DE
TÍTULO EXECUTIVO. EM HIPÓTESE DESSE JAEZ, TEM-SE
COMO RAZOÁVEL A INTERPRETAÇÃO DADA PELO JUIZ QUE
ORDENOU A CITAÇÃO. E É QUANTO BASTA PARA QUE O
PROCESSO CONTINUE ATÉ O ESTUÁRIO.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO DE


INSTRUMENTO, POR MAIORIA.

INDEXAÇÃO: CONFIRMAÇÃO, SEGUIMENTO, EXECUÇÃO,


CONTRATO, CRÉDITO, CONTA BANCÁRIA, CHEQUE ESPECIAL,
IMPOSSIBILIDADE, ARGUIÇÃO, NULIDADE, TÍTULO EXECUTIVO,
POSTERIORIDADE, TRANSITO EM JULGADO, EMBARGOS A
EXECUÇÃO.
VOTO VENCIDO: PROCEDÊNCIA, EXTINÇAÕ DO PROCESSO
SEM JULGAMENTO DE MÉRITO, EXECUÇÃO,
DESCARACTERIZAÇÃO, TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL,
CONTRATO, CRÉDITO, CHEQUE ESPECIAL, INOCORRÊNCIA,
PRECLUSÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19980020031592AGI


DF

ACÓRDÃO: 114117

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 03/05/1999

RELATOR: NÍVIO GONÇALVES

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 02/06/1999 Pág: 38


OBSERVAÇÃO: CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL
HUMBERTO THEODORO JUNIOR PAG. 147

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE INACOLHIDA. MATÉRIA QUE DEPENDE DE
MAIS DETIDO EXAME DE PROVAS. INVESTIGAÇÕES SÓ
REALIZÁVEIS DENTRO DO AMPLO CONTRADITÓRIO DOS
EMBARGOS À EXECUÇÃO. RECURSO IMPROVIDO. I - AS
ALEGAÇÕES FORMULADAS PELA AGRAVANTE REVOLVEM
MATÉRIA LIGADA À AVENÇA FIRMADA ENTRE PARTES E
FIADORES E IMPRESCINDEM DE UMA ANÁLISE DETIDA
ACERCA DAS CLÁUSULAS DESTA, A FIM DE QUE SE
VERIFIQUE SUA VALIDADE OU NÃO. II - INCABÍVEL, PORTANTO,
TAL APRECIAÇÃO NOS ESTREITOS LIMITES DE UMA EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, COADUNANDO-SE MELHOR NUMA
AÇÃO DE COGNIÇÃO PLENA E IRRESTRITA, NO CASO OS
EMBARGOS À EXECUÇÃO. III - RECURSO IMPROVIDO.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, EXCEÇÃO, PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO JUDICIAL; NECESSIDADE,
EXAME, PROVA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19980020030685AGI


DF

ACÓRDÃO: 113989
ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 12/04/1999

RELATOR: SILVÂNIO BARBOSA DOS SANTOS

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 02/06/1999 Pág: 25

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
SOMENTE TEM CABIMENTO E SUPORTE PARA POSSIBILITAR O
DEVEDOR A DISCUTIR A IRREGULARIDADE FORMAL DE
TÍTULO, FALTA DE CITAÇÃO, INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO
JUÍZO, IMPEDIMENTO DO JUIZ E OUTRAS QUESTÕES DE
ORDEM PÚBLICA, AS QUAIS O MAGISTRADO PODERIA
CONHECER DE OFÍCIO, JAMAIS PARA INVOCAR-SE REVISÃO
DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: DESCABIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO, REVISÃO, CLÁUSULA,
CONTRATO, INOCORRÊNCIA, IRREGULARIDADE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19980020029446AGI


DF

ACÓRDÃO: 112734

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 08/02/1999


RELATOR: NÍVIO GONÇALVES

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 12/05/1999 Pág: 49

OBSERVAÇÃO: STJ RESP 34813/RO, RESP 172653-RS, RESP


1738 05-SC

DOUTRINA: NOVO AGRAVO J. E. CARREIRA ALVIM PAG. 102

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART. 526 FED LEI 8009/1990 ART. 3 INC. 5

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 526 DO CPC.
DESCUMPRIMENTO. IRRELEVÂNCIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE PARA ALEGAÇÃO DE MATÉRIA COMPLEXA.
INADMISSIBILIDADE. PENHORA. BEM DE FAMÍLIA. RESSALVA
CONTIDA NO ART. 3º, V DA LEI Nº 8.009/90. RECURSO
IMPROVIDO. I - NÃO HÁ QUE SE NEGAR SEGUIMENTO A
AGRAVO DE INSTRUMENTO QUANDO INATENDIDO O ART. 526
DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, PORQUE NÃO SÓ NESTA
OPORTUNIDADE É POSSÍVEL PROCEDER-SE AO JUÍZO DE
RETRATAÇÃO, SENDO ESTE ADMITIDO INCLUSIVE NO
MOMENTO DO JULGAMENTO DO RECURSO. NÃO É POSSÍVEL
CRIAR CONSEQÜÊNCIA PUNITIVA EM REGRA JURÍDICA QUE
NÃO A CONTÉM. II - POR TRATAR-SE DE MATÉRIA COMPLEXA,
ONDE SE DISCUTE UM CONTRATO E SUAS CLÁUSULAS, NÃO
SE PODE FALAR NO IMPORTANTE PRINCÍPIO DA PRÉ-
EXECUTIVIDADE, POSSÍVEL DE SER INVOCADO, DE ACORDO
COM A DOUTRINA E A JURISPRUDÊNCIA, ATRAVÉS DE
SIMPLES PETIÇÃO NOS AUTOS. III - "SÃO PENHORÁVEIS, POR
EXPRESSA RESSALVA CONTIDA NO ART. 3º, V DA LEI Nº
8.009/90, OS IMÓVEIS DADOS EM GARANTIA HIPOTECÁRIA DA
DÍVIDA EXEQÜENDA" (RESP Nº 34.813/RO).

DECISÃO: CONHECER. NO MÉRITO, NEGAR PROVIMENTO AO


RECURSO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPOSSIBILIDADE, CANCELAMENTO, EXECUÇÃO,


REQUERIMENTO, ADEQUAÇÃO, EMBARGOS À EXECUÇÃO;
PROCEDÊNCIA, PENHORA, IMÓVEL, BEM DE FAMÍLIA;
EXISTÊNCIA, CLÁUSULA, GARANTIA, HIPOTECA, CONFISSÃO
DE DÍVIDA, DEVEDOR, CERTEZA, LIQUIDEZ, EXIGIBILIDADE,
TÍTULO EXECUTIVO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19980020020398AGI


DF

ACÓRDÃO: 112013

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 16/11/1998

RELATOR: JOSÉ DIVINO DE OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 22/04/1999 Pág: 62

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE
TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
MATÉRIA AINDA NÃO APRECIADA NO JUÍZO MONOCRÁTICO. I -
É INADMISSÍVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO QUANDO A
MATÉRIA OBJETO DA IRRESIGNAÇÃO AINDA NÃO FOI
DECIDIDA NO JUÍZO MONOCRÁTICO, SOB PENA DE SUPRIMIR
UMA INSTÂNCIA. II - RECURSO NÃO CONHECIDO.

DECISÃO: NÃO CONHECER DO RECURSO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: DESCONHECIMENTO, AGRAVO DE


INSTRUMENTO, INEXISTÊNCIA, DECISÃO, MATÉRIA DE FATO,
JUÍZO SINGULAR.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19980020008904AGI


DF

ACÓRDÃO: 108155

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 18/05/1998

RELATOR: ANA MARIA DUARTE AMARANTE

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 07/04/1999 Pág: 21

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. VÍCIOS NA CITAÇÃO
EDITALÍCIA. SUPERAÇÃO. COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO
NO PRAZO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. LIMITES PERMISSÍVEIS. INOBSERVÂNCIA. 1-O
comparecimento espontâneo da parte, em tempo hábil ao manejo
dos Embargos do Devedor, inclusive interpondo a exceção de pré-
executividade, supre o defeito de citação. 2- A exceção de pré-
executividadesomente é cabível, antes e independentemente de
oposição de embargos, quando "ocorre violação de um ou mais
pressupostos processuais na execução", evidenciados de plano, sem
necessidade de dilação pro<!-- -->batória.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: EXECUÇÃO; COMPARECIMENTO EXPONTÂNEO,


EXECUTADO, SUPRESSÃO, IRREGULARIDADE, CITAÇÃO POR
EDITAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19980020008904AGI


DF

ACÓRDÃO: 110709

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 10/08/1998

RELATOR: ANA MARIA DUARTE AMARANTE

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 07/04/1999 Pág: 23

OBSERVAÇÃO: RESP 21586/92-RS RSTJ 43/227

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-214 P-1º ART -598

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
SOMENTE É CABÍVEL, ANTES E INDEPENDENTEMENTE DE
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS, QUANDO "OCORRE VIOLAÇÃO DE
UM OU MAIS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO".
BUSCA-SE A NEGAÇÃO DA EXECUTIVIDADE DO TÍTULO
EMBASADOR DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA, SE A
DEMONSTRAÇÃO DO VÍCIO RESTAR EVIDENTE NOS AUTOS,
INDEPENDENTEMENTE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA, NÃO
COMPORTÁVEL NA EXECUÇÃO.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: REJEIÇÃO, NULIDADE, VALIDADE, CITAÇÃO,


PROCESSO DE EXECUÇÃO, COMPARECIMENTO
ESPONTÂNEO, AGRAVANTE, AUTOS, DEFESA,
REGULARIDADE, REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL;
IMPOSSIBILIDADE, SUBSTITUIÇÃO, EMBARGOS À EXECUÇÃO,
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO 19980020013472AGI


DF

ACÓRDÃO: 110799

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 16/11/1998

RELATOR: NANCY ANDRIGHI

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 03/02/1999 Pág: 44

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. EMBARGOS DO DEVEDOR. TÍTULO
EXECUTIVO JUDICIAL. AUSÊNCIA DE CERTEZA, LIQÜIDEZ E
EXIGIBILIDADE. INSS. CONDENAÇÃO. AUXÍLIO-ACIDENTE.
TERMO A QUO. I - A SENTENÇA QUE CONDENA O INSS AO
PAGAMENTO DE AUXÍLO-ACIDENTE EM VALOR EQUIVALENTE
À 50% DO SALÁRIO BENEFÍCIO, A PARTIR DO MÊS SEGUINTE
AO TÉRMINO DO GOZO DO AUXÍLIO-DOENÇA, NUNCA ANTES
AUFERIDO PELA AUTORA, É TÍTULO JUDICIAL
COMPROMETIDO PELA FALTA DE CERTEZA, LIQÜIDEZ E
EXIGIBILIDADE II - A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SE
JUSTIFICA EM HIPÓTESES EM QUE SE PATENTEIA A AUSÊNCIA
DE CONDIÇÕES DA AÇÃO, ENTRE AS QUAIS, EXSURGE OS
CASOS DE TÍTULO FLAGRANTEMENTE NULO OU INEXISTENTE,
PODENDO SER ANALISADA PELO MAGISTRADO EX OFFICIO
OU MESMO ALEGADA PELA PARTE A QUALQUER TEMPO,
INDEPENDENTEMENTE DE FORMA OU SEGURANÇA DO JUÍZO.
III - NÃO ESTANDO A SENTENÇA REVESTIDA DOS REQUISITOS
QUE QUALIFICAM O TÍTULO EXECUTIVO NULA SE AFIGURA A
EXECUÇÃO IMPONDO-SE, EM CARÁTER EXTRAORDINÁRIO, O
RECONHECIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
AINDA QUE, MANEJADA APÓS O DECURSO DO PRAZO PARA
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DO DEVEDOR. IV - AGRAVO
IMPROVIDO.

DECISÃO: CONHECER O AGRAVO DE INSTRUMENTO,


NEGANDO-LHE PROVIMENTO, POR UNANIMIDADE DE VOTOS,
DE ACORDO COM A ATA DE JULGAMENTO E NOTAS
TAQUIGRÁFICAS.

INDEXAÇÃO: CABIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,


INEXISTÊNCIA, CERTEZA E LIQUIDEZ, TÍTULO EXECUTIVO
JUDICAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal


PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO AGI917097 DF

ACÓRDÃO: 109906

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 10/08/1998

RELATOR: ROMÃO C OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 18/11/1998 Pág: 63

OBSERVAÇÃO: AC UNÂN. DA 1ª CÂMARA DO JBA, DE 27/06/84,


APEL 493/83 RT 598/214

DOUTRINA: DOS ALIMENTOS YUSSEF SAID CAHALI 2ª ED. RT,


PÁG 689/90 COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
CELSO NEVES VOL 3, 6ª ED. F, 4ª ED CPC ANOTADO
ALEXANDRE DE PAULA VOL 3, 6ª ED. ED RT

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART 732 ART-542 PAR 2 ART 587 1ª PARTE ART -588 INC 3 ART-
520 INC 2 ART-733 ART-735 FED LEI-5478/1968 ART-18

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXECUÇÃO PROVISÓRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
LIMITES DO TÍTULO. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE EXECUÇÃO -
TEMA A SER DEBATIDO NOS EMBARGOS À EXECUÇÃO. A
EXECUÇÃO PROVISÓRIA TRAMITA NOS MOLDES DO QUE
CONSTAR DA CARTA DE SENTENÇA, SOFRENDO AS DEVIDAS
ALTERAÇÕES SE FOR ADITADA OU CONVERTIDA EM
EXECUÇÃO DEFINITIVA. SE NA DATA EM QUE FOI MANEJADA A
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO HAVIA NOS AUTOS A
PROVA DA PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO, CORRETA É A
DECISÃO QUE DESACOLHEU TAL INCIDENTE E PROSSEGUIU
CONFORME REZAVA A SENTENÇA. EVENTUAL EXCESSO DE
EXECUÇÃO CONSTITUI TEMA QUE HÁ DE SER POSTO A
JULGAMENTO ATRAVÉS DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO, NÃO
MERECENDO EXAME ATRAVÉS DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.

DECISÃO: CONHECER E DESPROVER O AGRAVO DE


INSTRUMENTO, À UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: IMPOSSIBILIDADE, EXCESSÃO DE PRÉ-


EXECUTORIEDADE, EXECUÇÃO, ALIMENTOS PROVISIONAIS,
LIMITE, CARTA DE SENTENÇA; POSSIBILIDADE, ARGUIÇÃO,
EXCESSO, EMBARGOS À EXECUÇÃO

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO AGI919497 DF

ACÓRDÃO: 107006

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 16/03/1998

RELATOR: VASQUEZ CRUXÊN

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 02/09/1998 Pág: 42

DOUTRINA: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL COMENTADO


SÉRGIO FADEL TOMO 3, P. 29 COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL PONTES DE MIRANDA P. 343 O JUIZ E A
FUNÇÃO JURISDICIONAL MÁRIO GUIMARÃES P. 380

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-20 PAR-3º PAR -4º
RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - PLANO COLLOR - REFORMA
DA DECISÃO DE 1º GRAU PELO STJ - INVERSÃO DO ÔNUS DA
SUCUMBÊNCIA. Tendo o STJ reformado a decisão de 1º grau,
julgando improcedente o pedido inicial e invertendoo ônus da
sucumbência, os honorários devem ser fixados com base no art. 20,
§ 4º, do CPC, eis que insubsistente a condenação inicial. Agravo
provido para fixar a verba honorária em 5% sobre o valor dadoà
causa. Decisão por maioria.

DECISÃO: CONHECER e PROVER o recurso, por maioria de votos.

INDEXAÇÃO: MODIFICAÇÃO, ONUS DA SUCUMBÊNCIA,


INEXISTÊNCIA, CONDENAÇÃO, HONORÁRIOS, ADVOGADO,
VALOR DA CAUSA, CABIMENTO, AGRAVO DE INSTRUMENTO,
INDEFERIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE VOTO
VENCIDO: DESCABIMENTO, AGRAVO DE INSTRUMENTO,
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, OBRIGATORIEDADE,
EMBARGOS DO DEVEDOR.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO AGI914197 DF

ACÓRDÃO: 105141

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 19/02/1998

RELATOR: ANA MARIA DUARTE AMARANTE

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 20/05/1998 Pág: 73


OBSERVAÇÃO: STJ RESP 4.922-MS

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART 618 ART 741 I V

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCESSO. MATÉRIA ALEGÁVEL
EM SEDE DE EMBARGOS. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
NÃO CABIMENTO. Somente as nulidades do processo de execução
demonstráveis de plano, como as que se enquadrem no artigo 618,
do CPC, podem ser argüidas por simples petição, conformando a
chamada "exceção de pré-executividade". Não se prestam ao
deslinde, nessa via, alegações atinentes a pretenso excesso de
execução, impugnáveis na sede própria dos embargos, conforme a
previsão do artigo 741, inciso V, do CPC.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: EXECUÇÃO JUDICIAL, DEFESA, EXECUTADO


OBRIGAÇÃO, AJUIZAMENTO, EMBARGOS, DESCABIMENTO,
AGRAVO, IMPUGNAÇÃO, PEDIDO, AUTOR, EXEQUENTE,
CONFIRMAÇÃO, DECISÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO AGI832497 DF

ACÓRDÃO: 102791

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 27/11/1997


RELATOR: GEORGE LOPES LEITE

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 01/04/1998 Pág: 36

DOUTRINA: COMENTÁRIOS AO CPC E. D. MONIZ DE ARAGÃO


VOL. II, P. 264

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-659 PAR-2 CÓDIGO CIVIL ART-166

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
Execução Fiscal - Prescrição - Possibilidade de argüição como
exceção de pré-executividade. Tratando-se de matéria de ordem
pública, a prescrição pode ser alegada e reconhecido em qualquer
fase do processo de execução, inclusive como exceção de pré-
executividade, independente da segurança do juízo mediante
penhora de bens. Agravo conhecido e provido.

DECISÃO: DAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: INDEPENDÊNCIA, SEGURANÇA DO JUÍZO,


PENHORA, ADMISSIBILIDADE, EXCEÇÃO, ARGUIÇÃO,
PRESCRIÇÃO, EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL,
DECADÊNCIA, TRIBUTO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO AGI824297 DF

ACÓRDÃO: 97703

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 16/06/1997


RELATOR: CARMELITA BRASIL

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 24/09/1997 Pág: 22.268

OBSERVAÇÃO: TJDF. APC No. 19997

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: FED LEI-4215/1963 ART-100

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ARBITRAMENTO JUDICIAL.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO ACOLHIDA. Fixados
através de sentença, já acobertada pelo manto da coisa julgada, os
valores devidos a título de honorários, possui o credor título
executivo, razão pela qual a exceção de pré-executividade não tem
como prevalecer.

DECISÃO: Conhecer o agravo de instrumento, mas improver.


Unânime.

INDEXAÇÃO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, ADVOGADO,


CONTRATO, ARBITRAMENTO JUDICIAL, COISA JULGADA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO AGI766796 DF

ACÓRDÃO: 97335

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 26/05/1997

RELATOR: DÁCIO VIEIRA


PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 03/09/1997 Pág: 20.082

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO -
PRELIMINAR: RECURSO CABÍVEL - QUESTÃO NÃO APRECIADA
PELA INSTÂNCIA REVISORA - MÉRITO: COBRANÇA DE
HONORÁRIOS - EXECUÇÃO - ARGUIÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - EXAME DE ADMISSIBILIDADE PELO JUIZ
MONOCRÁTICO. I - PRELIMINAR - A decisão interlocutória
proferida pelo Juiz singular ainda não objeto de irresignação pela
parte perante a instância revisora pode ser desafiada pela via do
recurso de agravo de instrumento, desde que interposto
regularmente. II - MÉRITO - Promovida a cobrança de honorários
pela via da execução cabível é a apreciação quanto ao aspecto de
admissibilidade do procedimento de exceção de pré-executividade
eis que trazido o tema, oportunamente, a debate pela parte. Hipótese
de cabimento do agravo para dar ensejo a tal proceder.

DECISÃO: CONHECER E PROVER O AGRAVO DE


INSTRUMENTO NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR.
UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: PRELIMINAR, CABIMENTO, AGRAVO DE


INSTRUMENTO, INEXISTÊNCIA, JULGAMENTO, JUÍZO
MONOCRÁTICO, COBRANÇA, HONORÁRIOS, EXECUTIVIDADE,
TÍTULO, APRECIAÇÃO, JUIZ.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO AGI740696 DF


ACÓRDÃO: 97163

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 17/02/1997

RELATOR: ANA MARIA DUARTE AMARANTE

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 27/08/1997 Pág: 19.343

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. ALEGAÇÃO DE EXCESSO.
NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. NÃO CABIMENTO. NECESSIDADE DE MANEJO
DE EMBARGOS DE DEVEDOR. Confirma-se a decisão
interlocutória que, em Processo de Execução, não conhece da
alegação de excesso, que demanda dilação probatória, pois se cuida
de processo que não se preordena ao contraditório. As nulidades
somente podem ser arguídas por simples petição quando exsurgem
evidentes, sem necessidade de produção de prova. A "exceção de
pré-executividade" não se presta a sucedâneo de embargos de
devedor.

DECISÃO: Conhecer, mas improver o agravo de instrumento.

INDEXAÇÃO: DESPROVIMENTO, AGRAVO, IMPROPRIEDADE;


ADEQUAÇÃO, EMBARGOS À EXECUÇÃO, TÍTULO LÍQUIDO E
CERTO, CONTROVERSIA, MATÉRIA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO DE INSTRUMENTO AGI522895 DF

ACÓRDÃO: 79100
ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 14/09/1995

RELATOR: NANCY ANDRIGHI

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 27/09/1995 Pág: 12.913

OBSERVAÇÃO: AGI 2919 SEGUNDA T. CÍVEL, REL. DES.


VASQUEZ CRUXÊN.

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-745 ART-741 ART-390 ART-737

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO DE EXECUÇÃO. INCIDENTE
DE FALSIDADE DOCUMENTAL ARGUIDO ISOLADAMENTE. I - A
defesa no processo de execução é assegurada ao devedor desde
que garantido previamente o juízo. II - A exceção de pré-
executividade configura meio atípico e excepcional de defesa,
somente admitido quando o vício que se atribui ao título, ou ao
inadimplemento, se apresenta hábil a invalidar a execução. III - Por
força do disposto no art. 390 do Código de Processo Civil somente é
arguível o incidente de falsidade no processo de conhecimento. IV -
Imprópria a arguição de falsidade isolada nos autos do processo de
execução, pois a decisão proferida em caso de procedência terá
natureza meramente interlocutória, não ensejando a extinção da
ação, em dissonância aos efeitos que emergiriam da declaração.

DECISÃO: Negar provimento, unânime.


INDEXAÇÃO: EXECUÇÃO, TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL;
NECESSIDAE, INTERPOSIÇÃO, EMBARGOS DO DEVEDOR,
ARGUIÇÃO, INCIDENTE DE FALSIDADE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO REGIMENTAL NO AGI


20010020022280AGI DF

ACÓRDÃO: 143623

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 20/08/2001

RELATOR: SÉRGIO BITTENCOURT

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 03/10/2001 Pág: 90

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - CHEQUE - EXTRAVIO -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - MEIO INADEQUADO.
NÃO HÁ FALAR-SE EM NULIDADE DA EXECUÇÃO LASTREADA
EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (CHEQUE) ANTES DE
DEMONSTRADA A VERACIDADE DO ALEGADO EXTRAVIO EM
PROCESSO DE COGNIÇÃO PLENA, QUER MEDIANTE A
OPOSIÇÃO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, QUER MEDIANTE A
AÇÃO DE QUE TRATA O ART. 907 DO CPC.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.


UNÂNIME.
INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, NULIDADE, EXECUÇÃO
JUDICIAL, CHEQUE, INOCORRÊNCIA, EMBARGOS DO
DEVEDOR, PROVA, EXTRAVIO, TÍTULO EXECUTIVO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO REGIMENTAL NO AGI


20010020023607AGI DF

ACÓRDÃO: 143591

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 03/09/2001

RELATOR: JERONYMO DE SOUZA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 03/10/2001 Pág: 71

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. REJEIÇÃO. É
INCENSURÁVEL A DECISÃO AGRAVADA QUE, ALICERÇADA NA
FUNDAMENTAÇÃO MONOCRÁTICA, INDEFERE O PLEITEADO
EFEITO SUSPENSIVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO
INTERPOSTO COM O ESCOPO DE SER ACOLHIDA A EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OFERTADA. A POSSIBILIDADE DO
EXECUTADO VALER-SE DA DEFESA PRÉVIA À EXPROPRIAÇÃO
EXIGE A DEMONSTRAÇÃO PLENA E INEQUÍVOCA DA
CARÊNCIA DE REQUISITO ESSENCIAL AO DESENVOLVIMENTO
VÁLIDO E REGULAR DA EXECUÇÃO, NÃO SE PRESTANDO AO
DEBATE DE EVENTUAL EXCESSO NA COBRANÇA. AGRAVO
REGIMENTAL IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME.
DECISÃO: CONHECER NEGAR-SE PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EFEITO SUSPENSIVO,


RECURSO JUDICIAL, ACOLHIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO JUDICIAL, IMPROPRIEDADE, VIA
JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO REGIMENTAL NO AGI


20010020015505AGI DF

ACÓRDÃO: 139085

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 14/05/2001

RELATOR: SÉRGIO BITTENCOURT

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 13/06/2001 Pág: 48

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL - DECISÃO QUE NEGA "EFEITO
SUSPENSIVO ATIVO" AO AGRAVO DE INSTRUMENTO -
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO ART. 558 DO CPC.
EMBORA PRESTIGIADA PELA JURISPRUDÊNCIA A TESE DO
CABIMENTO DE EFEITO SUSPENSIVO AO RECURSO
MANEJADO CONTRA DECISÕES DE CUNHO NEGATIVO -
"EFEITO SUSPENSIVO ATIVO" - TAMBÉM NESSA HIPÓTESE HÁ
QUE SER OBSERVADA A DISPOSIÇÃO DO ART. 558 DO CPC,
ONDE SE ACHAM PREVISTOS SEUS DOIS PRESSUPOSTOS:
RELEVÂNCIA DOS ARGUMENTOS DO RECORRENTE E PERIGO
DE DANO IRREPARÁVEL OU DE DIFÍCIL REPARAÇÃO, CASO
MANTIDA A DECISÃO AGRAVADA.
A PENHORA, EM SI MESMA, NÃO CONSTITUI FATO CAPAZ DE
REPRESENTAR PREJUÍZO PATRIMONIAL OU DE QUALQUER
OUTRA NATUREZA. LOGO, NÃO HÁ QUE SE FALAR EM DANO
IRREPARÁVEL OU DE DIFÍCIL REPARAÇÃO EM FACE DA
CONSTRIÇÃO JUDICIAL DE BENS.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.


UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EFEITO SUSPENSIVO,


INDEFERIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
INEXISTÊNCIA, REQUISITO, RELEVÂNCIA, FUNDAMENTAÇÃO,
PERIGO, DANO IRREPARÁVEL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO REGIMENTAL NO AGI


20000020061994AGI DF

ACÓRDÃO: 137376

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 19/03/2001

RELATOR: GEORGE LOPES LEITE

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 09/05/2001 Pág: 11

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO - PROCESSO DE EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE - PRETENSÃO DO MARIDO DE ANULAR
FIANÇA PRESTADA PELA MULHER SEM OUTORGA UXÓRIA -
INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA.- NOS LIMITES ESTREITOS DA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, NÃO SE AFIGURA
POSSÍVEL A PRETENSÃO DE DECLARAR A NULIDADE DA
FIANÇA, SOB ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE OUTORGA UXÓRIA,
QUANDO O INTERESSADO SEQUER COMPÕE A RELAÇÃO
JURÍDICO-PROCESSUAL. O TEMOR DE UMA HIPOTÉTICA
CONSTRIÇÃO DOS BENS DO CASAL NÃO JUSTIFICA O
ACOLHIMENTO PRÉVIO DA PRETENSÃO, QUE DEVERÁ SER
DEDUZIDA QUANDO SE APRESENTAR, CONCRETAMENTE, TAL
SITUAÇÃO, MEDIANTE EMBARGOS À EXECUÇÃO, EMBARGOS
DE TERCEIRO OU MESMO A EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. CORRETA A DECISÃO DO RELATOR QUE
NEGA O PROCESSAMENTO DO AGRAVO DE MANIFESTA
IMPROCEDÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E
DESPROVIDO.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO JUDICIAL, ANULAÇÃO, FIANÇA,
INEXISTÊNCIA, OUTORGA UXÓRIA, IMPROPRIEDADE, VIA
JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO REGIMENTAL NO AGI


20000020049066AGI DF

ACÓRDÃO: 136971

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 05/02/2001


RELATOR: VALTER XAVIER

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 25/04/2001 Pág: 14

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. LIMITES.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE EXIGE A
DEMONSTRAÇÃO PLENA E INEQUÍVOCA DE A EXECUÇÃO
ENCONTRAR-SE CARENTE DE REQUISITO ESSENCIAL AO SEU
DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR, DESSERVINDO PARA
O DEBATE SOBRE EVENTUAL EXCESSO NA COBRANÇA.
AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. UNÂNIME.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, DISCUSSÃO, EXCESSO, COBRANÇA,
INOCORRÊNCIA, PROVA INEQUÍVOCA, NULIDADE, TÍTULO
EXECUTIVO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO REGIMENTAL NO AGI


20000020055919AGI DF

ACÓRDÃO: 135186

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 11/12/2000

RELATOR: ROMÃO C OLIVEIRA


PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 21/03/2001 Pág: 18

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-586 CÓDIGO CIVIL ART-1531 CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR ART-42 PAR-ÚNICO

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERCEPTADO PELO RELATOR A
FUNDAMENTO DE QUE SE TRATA DE RECURSO
MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL.
DECISÃO MANTIDA.
O CONTRATO GOZA DA PRESUNÇÃO, ATÉ PROVA EM
CONTRÁRIO, DE QUE CORRESPONDE À VONTADE DOS
CONTRATANTES. DAÍ SE SEGUE QUE O JUIZ, AO DESPACHAR
A INICIAL, NÃO PODIA PROCLAMAR QUE O CONTRATO
ALBERGA VÍCIO, ANTE O TEOR DE SUAS CLÁUSULAS. O
POSSÍVEL EXCESSO DE EXECUÇÃO E/OU O PAGAMENTO
CORRESPONDENTE À OBRIGAÇÃO HÃO DE SER PROVADOS
PELO EXECUTADO, QUE NÃO PODE ESGUEIRAR-SE DA TRILHA
ESTABELECIDA PELO LEGISLADOR.
AGRAVO REGIMENTAL NÃO-PROVIDO.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO REGIMENTAL NO


AGRAVO DE INSTRUMENTO, À UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, DISCUSSÃO, VALIDADE, CONTRATO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO REGIMENTAL NO AGI


20000020037134AGI DF
ACÓRDÃO: 130821

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 14/09/2000

RELATOR: HAYDEVALDA SAMPAIO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 25/10/2000 Pág: 36

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - EFEITO
SUSPENSIVO - INDEFERIMENTO - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE.
NEGA-SE LIMINAR, PLEITEADA EM SEDE DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO, QUANDO, PARA EXCLUSÃO DO NOME DO
AGRAVANTE DO SERASA, IMPRESCINDÍVEL DILAÇÃO
PROBATÓRIA. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SÓ É
ADMISSÍVEL QUANDO A MATÉRIA PODE SER CONHECIDA DE
OFÍCIO.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: CONFIRMAÇÃO, NEGAÇÃO, EFEITO SUSPENSIVO,


AGRAVO DE INSTRUMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, EXCLUSÃO, NOME, DEVEDOR, SERASA,
ILEGITIMIDADE PASSIVA, NECESSIDADE, CONTRADITÓRIO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO REGIMENTAL NO AGI


20000020008240AGI DF
ACÓRDÃO: 126761

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 20/03/2000

RELATOR: VALTER XAVIER

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 14/06/2000 Pág: 18

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-585 INC-2 ART-614 INC-2

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
LIMITES.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, QUE DISPENSA A
GARANTIA DO JUÍZO E A OFERTA DE EMBARGOS, ALICERÇA-
SE NA DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DE VÍCIO PRESENTE NO
PRÓPRIO TÍTULO, E CAPAZ DE RETIRAR-LHE OS REQUISITOS
DE LIQUIDEZ, CERTEZA OU DE EXIGIBILIDADE. EVENTUAL
ERRO NA PLANILHA DE CÁLCULOS, QUE ACOMPANHA A
INICIAL DO PROCESSO DE EXECUÇÃO, NÃO TORNA ILÍQUIDO
NEM VICIA O TÍTULO.
AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. UNÂNIME.

DECISÃO: CONHECER. IMPROVER. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, INEXISTÊNCIA, VÍCIO FORMAL, TÍTULO
EXECUTIVO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal


PROCESSO: AGRAVO REGIMENTAL NO AGI
19980020028028AGI DF

ACÓRDÃO: 113001

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 16/12/1998

RELATOR: WALDIR LEÔNCIO JUNIOR

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 12/05/1999 Pág: 29

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-527 INC-3 ART-557

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AGRAVO CONTRA DECISÃO DO RELATOR QUE NEGA
SEGUIMENTO A AGRAVO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE
O RECURSO. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE EXECUÇÃO POR
MEIO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
INADMISSIBILIDADE QUANDO O DEVEDOR SEQUER FORNECE
INFORMAÇÕES QUE POSSIBILITEM O COTEJO ENTRE O
VALOR EXIGIDO E O INDICADO COMO DEVIDO. AINDA QUE SE
ADMITA TEORICAMENTE A POSSIBILIDADE DE ACEITAR O
EXCESSO DE EXECUÇÃO COMO MATÉRIA PASSÍVEL DE
RECONHECIMENTO POR MEIO DA EXCEÇÃO DA PRÉ-
EXECUTIVIDADE: PORQUE O EXCESSO IMPLICARIA GRAVAME
MAIOR PARA O DEVEDOR, DECORRENTE DO CRÉDITO
EMERGENTE DO TÍTULO, FALTANDO, PORTANTO, INTERESSE
JURÍDICO QUANTO AO ALEGADO EXCESSO, MERECE
SUBSISTIR DECISÃO DO RELATOR QUE NEGA SEGUIMENTO A
AGRAVO DE INSTRUMENTO QUE BUSCA AFASTAR DESPACHO
JUDICIAL QUE REMETE A DISCUSSÃO DA QUESTÃO POR MEIO
DE EMBARGOS DO DEVEDOR QUANDO A AGRAVANTE NÃO
FORNECE EM SUAS RAZÕES INFORMAÇÕES SUFICIENTES
PARA PERMITIR UM COTEJAMENTO ENTRE O VALOR
COBRADO NA EXECUÇÃO E O EFETIVAMENTE DEVIDO
SEGUNDO OS SEUS CÁLCULOS DO QUAL DECORRESSE
CLARAMENTE O EXCESSO ALEGADO.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: MANUTENÇÃO, REJEIÇÃO, EXCESSO, EXECUÇÃO


JUDICIAL, AUSÊNCIA, COMPROVAÇÃO, COBRANÇA, VALOR,
AUMENTO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO REGIMENTAL NO AGI


19980020008775AGI DF

ACÓRDÃO: 107953

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 10/08/1998

RELATOR: WELLINGTON MEDEIROS

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 16/09/1998 Pág: 95

OBSERVAÇÃO: APC 28442/92 TJDF

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
REFORMA DE DECISÃO MONOCRÁTICA DE RELATOR QUE
INDEFERIU EFEITO SUSPENSIVO AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO MANEJADO CONTRA DECISÃO IN-DEFERITÓRIA
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. I - POR FORÇA DE DISPOSIÇÃO
ESPECÍFICA NOREGIMENTO IN-TERNO DO EGRÉGIO TJDF, É
CABÍVEL A INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO REGIMENTAL CONTRA
DECISÃO DO RELATOR QUE, EM SEDE DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO, DENEGA O EFEITO SUSPENSIVO POSTULADO
CONTRA DECISÃOINTERLOCUTÓRIA QUE INDEFERE PEDIDO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. II - SE A DECISÃO PROFERIDA NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO CAUSA LESÃO GRAVE OU DE
DIFÍCIL REPARAÇÃO, NEM RELEVANTE A FUNDAMENTAÇÃO
DO RECURSO, AUSENTES RESTAM OS REQUISITOS PARA A
CONCESSÃO DO EFEITO VINDICADO, DEVENDO SER MAN-TIDA
A DECISÃO VERGASTADA QUE INDEFERIU O PEDIDO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. III - AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E
DESPROVI<!-- -->DO.

DECISÃO: JULGAR CONHECIDO E IMPROVIDO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: INDEFERIMENTO, PEDIDO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, INEXISTÊNCIA, PERICULUM IN MORA,
IRRELEVÂNCIA, FUNDAMENTAÇÃO, RECURSO,
DESCABIMENTO, CONCESSÃO, EFEITO SUSPENSIVO, AGRAVO
DE INSTRUMENTO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: AGRAVO REGIMENTAL NO AGI AGI769196 DF

ACÓRDÃO: 93494

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 24/02/1997

RELATOR: NANCY ANDRIGHI

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 24/04/1997 Pág: 7.574


OBSERVAÇÃO: STJ - REsp. 3079; RMS 731; REsp. 3264-PR RT
638/115 TJDF - APC 41929/96, 20480/89 (REG. 59350).

DOUTRINA: "CPC E LEGISLAÇÃO PROCESSUAL EM VIGOR"


THEOTÔNIO NEGRÃO P. 518.
"NOVO AGRAVO" J. E. CARREIRA ALVIM P. 122, ED. DEL REY, 2a
ED.
"TEORIA E PRÁTICA DOS TÍTULOS DE CRÉDITO" AMADOR
PAES DE ALMEIDA P. 56, 14a ED. 1995, SARAIVA.

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-557 PAR-ÚNICO ART-736 ART-618 ART-604 ART-801 INC-3
FED LEI-9139/1995 ART-3

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. INDEFERIMENTO LIMINAR DE
PROCESSAMENTO DE AGRAVO NA MODALIDADE DE
INSTRUMENTO. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO INOMINADO.
ARTIGO 557, PARÁGRAFO ÚNICO DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. SOCIEDADE POR
QUOTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA. INVIABILIDADE DE
DECLARAÇÃO DE NULIDADE DO TÍTULO EXECUTIVO SEM
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DO DEVEDOR. VIOLAÇÃO DO
ARTIGO 736 DO CPC. I - É certo que a eficácia incondicionada dos
títulos executivos apresenta desigualdade para as partes na seara
do direito substancial, ante a posição privilegiada do credor, mas a
ratio essendi do instituto da pré-executividade é resguardar o
devedor do manejo da ação de embargos, evitando a constituição de
penhora prévia, mediante argumentos sérios e idôneos. II -
Conquanto deva a nota promissória, para valer como tal, achar-se
revestida de todos os requisitos essenciais, pode ela ser emitida em
"branco", facultado ao portador preenchê-la posteriormente, desde
que antes da propositura da ação de execução. III - As
irregularidades no cumprimento do contrato devem ser discutidas em
sede de embargos à execução, com ampla dilação probatória, e não
pela via de cognição sumária que é a exceção de pré-executividade,
que só se mostra pertinente quando a nulidade do título executivo for
apurável de plano, não encontrando abrigo no texto legal do artigo
618 do Código de Processo Civil o devedor que reconhece a
existência de dívida, sua renegociação e, sem contrapor planilha de
cálculos àquela apresentada pelo credor, ainda pretende discutir a
legalidade de cláusulas contratuais de mútuo bancário.

DECISÃO: NEGANDO-LHE PROVIMENTO, POR UNANIMIDADE


DE VOTOS.

INDEXAÇÃO: EXECUÇÃO; VALIDADE, NOTA PROMISSÓRIA,


EMISSÃO EM BRANCO, AUTONOMIA, TÍTULO DE CRÉDITO;
DISCUSSÃO, NULIDADE, TÍTULO EXECUTIVO,
INADIMPLEMENTO, CONTRATO, CABIMENTO, EMBARGOS DO
DEVEDOR.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 20000110359066APC DF

ACÓRDÃO: 145619

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 15/10/2001

RELATOR: JERONYMO DE SOUZA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 07/11/2001 Pág: 84

OBSERVAÇÃO: TJDF APC 1998 01 1 051812-6


RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. AUSÊNCIA DE
SEGURANÇA DO JUÍZO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. A
ALEGAÇÃO DE QUE O TÍTULO QUE EMBASA A EXECUÇÃO NÃO
CONTÉM OS PRESSUPOSTOS LEGAIS PARA SER ADMITIDO
COMO TAL, A CHAMADA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, É
QUESTÃO QUE PODE SER DECIDIDA NA PRÓPRIA EXECUÇÃO,
INCLUSIVE DE OFÍCIO PELO JUIZ, SEM NECESSIDADE DE
EMBARGOS, PORTANTO, SEM NECESSIDADE DE SEGURANÇA
DO JUÍZO. ASSIM, SE A PARTE DECIDIU ARGUIR A NULIDADE
DO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL EM SEDE DE
EMBARGOS À EXECUÇÃO ESTES DEVEM SER ANALISADOS,
AINDA QUE NÃO ESTEJA SEGURO O JUÍZO POR MEIO DA
PENHORA. APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA.

DECISÃO: CONHECER. DAR-SE PROVIMENTO PARCIAL.


UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: CASSAÇÃO, EXTINÇÃO DO PROCESSO,


EMBARGOS DO DEVEDOR, EXECUÇÃO JUDICIAL, CONTRATO,
ABERTURA DE CRÉDITO, DESNECESSIDADE, GARANTIA DA
EXECUÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19990110397020APC DF

ACÓRDÃO: 144898

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 24/09/2001


RELATOR: MARIO MACHADO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 24/10/2001 Pág: 57

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-690 ART-714

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS À ARREMATAÇÃO. CREDOR
ARREMATANTE QUE, EM SEGUNDA PRAÇA, ARREMATA O BEM
POR VALOR CORRESPONDENTE A 68,68% DO VALOR DA
AVALIAÇÃO, NÃO IMPUGNADA. PREÇO QUE NÃO É VIL.
INCIDÊNCIA DO ART. 690, DO CPC, NÃO DO ART. 714.
LICEIDADE DA ARREMATAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. OPORTUNIDADE. ÂMBITO PRÓPRIO. TEMAS
NELA NÃO COMPORTÁVEIS. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO.
É LÍCITO AO CREDOR PARTICIPAR DA HASTA PÚBLICA COMO
QUALQUER OUTRA PESSOA QUE NÃO ESTEJA ARROLADA
ENTRE AS EXCEÇÕES PREVISTAS NO ART. 690, § 1º, DO CPC,
PODENDO, EM SEGUNDA PRAÇA, ARREMATAR POR VALOR
INFERIOR AO DA AVALIAÇÃO, DESDE QUE ESTE NÃO SE
QUALIFIQUE COMO VIL, SENDO IRRELEVANTE QUE NÃO HAJA
OUTROS LICITANTES. ESSA INTELIGÊNCIA É PRESTIGIADA
PELO § 2º DO ART. 690 DO CPC, CUJA INTERPRETAÇÃO, NO
QUE DIZ COM A EXPRESSÃO "VALOR DOS BENS",
CORRESPONDE AO VALOR DA ARREMATAÇÃO. INCIDÊNCIA
DO ART. 690 DO CPC, NÃO DO 714, PORQUE SE CUIDA DE
ARREMATAÇÃO, NÃO DE ADJUDICAÇÃO.
NÃO IMPUGNADA A AVALIAÇÃO EM TEMPO OPORTUNO, FICA
SEM SUPORTE A IRRESIGNAÇÃO MANIFESTADA APENAS
DEPOIS DA ARREMATAÇÃO, NOS EMBARGOS À ESTA. NÃO SE
PODE CONSIDERAR, NO CASO, VIL A ARREMATAÇÃO POR
LANÇO CORRESPONDENTE A 68,68% DO VALOR DA
AVALIAÇÃO. INCLUSIVE NÃO ACORRERAM OUTROS
INTERESSADOS À PRAÇA. RELEMBRE-SE QUE O CRITÉRIO
ADOTADO PELO REVOGADO DECRETO-LEI 960/38, ART. 37,
PARA CARACTERIZAR PREÇO VIL ERA O DE O PREÇO SER
INFERIOR A 60% DO VALOR DA AVALIAÇÃO.
LICEIDADE DA ARREMATAÇÃO.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, GERADA POR
EVOLUÇÃO PRETORIANA, É PROCEDIMENTO RESTRITO A
TEMAS ESPECÍFICOS, QUE SE CONTENHAM,
CRISTALINAMENTE, NO ART. 618 DO CPC, VALE DIZER,
NULIDADE DA EXECUÇÃO, POR AUSÊNCIA DE TÍTULO
LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL, FALTA DE CITAÇÃO OU
INSTAURAÇÃO ANTES DE VERIFICADA A CONDIÇÃO OU
OCORRIDO O TERMO. SÃO MATÉRIAS QUE O JUIZ PODE E
DEVE CONHECER DE OFÍCIO, INDEPENDENTEMENTE DE
PROVOCAÇÃO DA PARTE. FORA DISSO, SOMENTE CABEM
EMBARGOS DO DEVEDOR, ONDE ESTE, AMPLAMENTE, PODE
ALEGAR TODA MATÉRIA APTA A DESCONSTITUIR O TÍTULO
EXECUTIVO, COM A NECESSÁRIA DILAÇÃO PROBATÓRIA. EM
OUTRAS PALAVRAS: A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
NÃO É SUCEDÂNEO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR.
NORMALMENTE, TEM LUGAR A EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ANTES DA PENHORA, ANTES DO PRAZO
PARA EMBARGOS À EXECUÇÃO, INCLUSIVE PARA ELIMINAR O
GRAVAME DE TER O DEVEDOR DE GARANTIR O JUÍZO
QUANDO NÃO EXISTE TÍTULO EXECUTIVO. DIFÍCIL PENSAR NO
EMPREGO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SE OS
EMBARGOS DO DEVEDOR FORAM JULGADOS
IMPROCEDENTES, COM TRÂNSITO EM JULGADO. É QUE, AÍ, DE
FORMA EXPRESSA OU IMPLÍCITA, RESTA RECONHECIDA A
EXECUTIVIDADE DO TÍTULO DE CRÉDITO, MESMO PORQUE,
NOS EMBARGOS, A SUA INEXIGIBILIDADE CONSTITUI MATÉRIA
DE DISCUSSÃO ABRIGADA NO INCISO II DO ART. 741 DO CPC,
E, SE HAVIA NULIDADE DA EXECUÇÃO, CUMPRIA AO JUIZ
DECLARÁ-LA ATÉ DE OFÍCIO.
ANOMALAMENTE, CONTUDO, COMO EM PRECEDENTE DO STJ
(RESP N. 220.100-RJ), PODE-SE ADMITIR, EM LÍDIMOS CASOS
DE NULIDADE DA EXECUÇÃO, AFERÍVEIS DE OFÍCIO, A
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE MESMO DEPOIS DE
DECORRIDO EM BRANCO O PRAZO PARA EMBARGOS DO
DEVEDOR. É QUE AÍ NÃO HÁ SENTENÇA TRÂNSITA EM
JULGADO A RECONHECER A EFICÁCIA DO TÍTULO EXECUTIVO.
PERMANECE, TODAVIA, SEU CAMPO DELIMITADO: MATÉRIAS
QUE O JUIZ PODE E DEVE CONHECER DE OFÍCIO, A EXEMPLO
DO QUE SE VERIFICA A PROPÓSITO DA HIGIDEZ DO TÍTULO
EXECUTIVO.
EXISTÊNCIA, NO CASO, DE TÍTULO QUE EXPRESSA VALOR
LÍQUIDO, CERTO, EXIGÍVEL. OS ACRÉSCIMOS AO PRINCIPAL
PODERIAM TER SIDO DISCUTIDOS NOS EMBARGOS DO
DEVEDOR, O QUE NÃO RETIRARIA A SUA LIQUIDEZ,
PORQUANTO POSSÍVEL DECOTAR O EVENTUAL EXCESSO DE
EXECUÇÃO. MAS O PRAZO DE EMBARGOS JÁ PASSOU IN
ALBIS HÁ MAIS DE UM ANO E MEIO. OS TEMAS PRÓPRIOS
DELES ESTÃO IRREMEDIAVELMENTE PRECLUSOS. O
PROCESSO MARCHA PARA A FRENTE. NÃO HÁ COMO
RETROCEDER E ACEITAR EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
COM MATÉRIA PRÓPRIA APENAS DE EMBARGOS DO
DEVEDOR. A IMPUGNAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS, A
ALEGAÇÃO DE ILIQUIDEZ E INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO, COM
A INDEFINIÇÃO DOS ENCARGOS FINANCEIROS, JUROS
SUPERIORES AO LIMITE CONSTITUCIONAL E A FALTA DE
INFORMAÇÃO DOS ENCARGOS PRATICADOS SÃO TEMAS
PRÓPRIOS DE EMBARGOS DO DEVEDOR. NÃO CONSTITUEM
MATÉRIA QUE SE POSSA ANCORAR NO ART. 618 DO CPC.
DECORRIDO EM BRANCO O PRAZO DOS EMBARGOS DO
DEVEDOR, TODAS AS MATÉRIAS QUE NELES PODERIAM TER
SIDO ALEGADAS JAZEM SEPULTAS PELO MANTO DA
PRECLUSÃO. NÃO PODEM SER RESSUSCITADAS POR MEIO DA
INADEQUADA VIA DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
APELO PROVIDO PARA, REFORMANDO, NO TODO, A R.
SENTENÇA RECORRIDA, JULGAR IMPROCEDENTES OS
PEDIDOS NOS EMBARGOS À ARREMATAÇÃO E NA EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, CONSIDERANDO VÁLIDA A
ARREMATAÇÃO E DETERMINANDO O PROSSEGUIMENTO DA
EXECUÇÃO NA INTEIREZA DO TÍTULO QUE A INSTRUI.

DECISÃO: CONHECER E DAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: PROCEDÊNCIA, ARREMATAÇÃO, IMÓVEL,


CREDOR, EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA, INOCORRÊNCIA,
ADJUDICAÇÃO, PREVISÃO LEGAL, PRECLUSÃO, APRECIAÇÃO,
PREÇO VIL; IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, APRECIAÇÃO, CLÁUSULA, CONTRATO,
IMPROPRIEDADE, VIA JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 20000150056578APC DF

ACÓRDÃO: 143850

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 10/09/2001

RELATOR: JERONYMO DE SOUZA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 10/10/2001 Pág: 59

OBSERVAÇÃO: STJ ERESP 108.259 STJ SUM-233 TJDF AGI


19998.00.2.001347-2
REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
ART-20 PAR-4

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE EXECUÇÃO. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. NÃO
CONFIGURAÇÃO COMO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
ENTENDIMENTO PREVALECENTE A PARTIR DE PRECEDENTE
DA 2ª SEÇÃO DO STJ. SÚMULA N. 233/STJ. QUESTÃO DE
DIREITO INTERTEMPORAL INEXISTENTE. CABIMENTO DA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONDENAÇÃO EM
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PEDIDO DE MAJORAÇÃO DA
VERBA HONORÁRIA EM SEDE DE RECURSO ADESIVO.
CONFIGURAÇÃO DO INTERESSE RECURSAL. ANÁLISE DOS
REQUISITOS DAS ALÍNEAS DO § 3º DO ART. 20 DO CPC.
RECURSOS PRINCIPAL E ADESIVO IMPROVIDOS. I - A
APLICAÇÃO ÀS EXECUÇÕES PROPOSTAS ANTERIORMENTE
AO ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL ATUALMENTE
PREVALECENTE NO STJ A PARTIR DO ERESP N. 108.259-RS,
REL. P/ ACÓRDÃO MIN. CESAR ASFOR ROCHA, QUE SE
CONSUBSTANCIOU NA SÚMULA N. 233 COLENDA CORTE
SUPERIOR, DE QUE NÃO CONSTITUI O CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL APTO A APARELHAR O
PROCESSO DE EXECUÇÃO, NÃO SE TRATA DE QUESTÃO DE
DIREITO INTERTEMPORAL, QUE PRESSUPÕE SUCESSÃO DE
NORMAS DE DIREITO OBJETIVO, MAS DE MERA QUESTÃO
INTERPRETATIVA DE DISPOSITIVOS PROCESSUAIS
EXISTENTES AO TEMPO DA PROPOSITURA DA AÇÃO. II - A
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, ACATADA PELA
DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA, É MEIO HÁBIL PARA O
RECONHECIMENTO DA NULIDADE DA EXECUÇÃO, QUANDO
LHE FALTAR ALGUMA DAS CONDIÇÕES ESSENCIAIS DE
MANEJO EXIGIDAS EM LEI (ART. 618, INCISO I, C/C ART. 586,
DO CPC), QUE PODERIA TER SIDO RECONHECIDA ATÉ MESMO
INDEPENDENTEMENTE DE MANIFESTAÇÃO DA PARTE
CONTRÁRIA, POR SE TRATAR DE QUESTÃO PASSÍVEL DE
APRECIAÇÃO DE OFÍCIO E EM QUALQUER TEMPO E GRAU DE
JURISDIÇÃO POR PARTE DO MAGISTRADO (ART. 267, § 3º, C/C
ART. 598, TAMBÉM DO CPC). III - EMBORA NÃO HAJA
CONTRADITÓRIO NO PROCESSO DE EXECUÇÃO, UMA VEZ
QUE SE TRATA DE ATUAÇÃO JURISDICIONAL VOLTADA À
PRÁTICA DE ATOS SATISFATIVOS DO DIREITO DO CREDOR,
RECONHECENDO-SE A PROPRIEDADE DO USO DA EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, QUE POR ÓBVIO SE FAZ MEDIANTE
ATUAÇÃO DE PROFISSIONAL REGULARMENTE HABILITADO,
DEVE O EXEQÜENTE, QUEDANDO-SE NO SEU INTENTO
EXECUTIVO, SUPORTAR O PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS
DO REPRESENTANTE DO EXECUTADO. IV - EM SE TRATANDO
DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ADESIVO PRETENDENDO
MAJORAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, O INTERESSE
RECURSAL SE CARACTERIZA POR NÃO TER A PARTE OBTIDO
TUDO AQUILO QUE PODERIA NO PROCESSO, EVIDENCIANDO-
SE, ASSIM, O NECESSÁRIO PRESSUPOSTO DA SUCUMBÊNCIA.
V - EMBORA TENHA ATUADO COM ZELO O CAUSÍDICO E
REALIZADO UM BOM TRABALHO, EXPONDO COM CLAREZA E
PRECISÃO O TRATAMENTO JURISPRUDENCIAL CONSOLIDADO
ACERCA DA MATÉRIA, SE A SUA INTERVENÇÃO NÃO TOMOU
CONTORNOS DE MAIOR COMPLEXIDADE A LHE EXIGIR
DEMASIADO ESFORÇO INTELECTUAL-LABORATIVO, NÃO SE
TORNANDO CRÍVEL QUE TERIA DESPENDIDO TEMPO
DEMASIADO LONGO NA ELABORAÇÃO DA DECISIVA PEÇA,
NEM TENDO A CAUSA LHE DEMANDADO O DESLOCAMENTO
DO SEU DOMICÍLIO PROFISSIONAL, RECOMENDÁVEL A
MANUTENÇÃO DA VERBA PROFISSIONAL ARBITRADA NA
DECISÃO RECORRIDA, A LUZ DO DISPOSTO NOS §§ 3º E 4º DO
ART. 20 DO CPC. VI - RECURSOS PRINCIPAL E ADESIVO
IMPROVIDOS.

DECISÃO: CONHECER. NEGAR-SE PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: EXTINÇÃO DO PROCESSO, EXECUÇÃO JUDICIAL,


CONTRATO, ABERTURA DE CRÉDITO, CONTA-CORRENTE,
INEXISTÊNCIA, TÍTULO EXECUTIVO, NULIDADE; ADEQUAÇÃO,
HONORÁRIOS, TRABALHO, ADVOGADO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19990110306982APC DF

ACÓRDÃO: 143959

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 27/08/2001

RELATOR: VASQUEZ CRUXÊN

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 10/10/2001 Pág: 56

OBSERVAÇÃO: TJDF APC 28442

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-586 ART-618 ART-736 ART-737

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. REQUISITOS. ADMITE-SE A EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE PARA ARGÜIR QUESTÕES QUE DEVA
SER EXAMINADAS DE OFÍCIO PELO JUIZ, COMO A
INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO, ILEGITIMIDADE DO
EXEQÜENTE OU DO EXECUTADO OU OUTRA CIRCUNSTÂNCIA
QUE ENVOLVA AS PRÓPRIAS CONDIÇÕES DA AÇÃO.

DECISÃO: CONHECER E PROVER O RECURSO, TUDO À


UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: CASSAÇÃO, REJEIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, ILEGITIMIDADE PASSIVA, POSSIBILIDADE,
DISCUSSÃO, CONDIÇÃO DA AÇÃO, DESNECESSIDADE,
PENHORA, BENS.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 20000710016662APC DF

ACÓRDÃO: 143485

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 28/06/2001

RELATOR: SÉRGIO BITTENCOURT

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 03/10/2001 Pág: 89

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - CABIMENTO.
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO É APENAS UM
INCIDENTE PROCESSUAL, MAS SIM INSTRUMENTO JURÍDICO
QUE O DEVEDOR TEM PARA SE DEFENDER DE UMA
EXECUÇÃO NULA. SEU ACOLHIMENTO, PORTANTO,
COMPORTA A CONDENAÇÃO DO VENCIDO NO PAGAMENTO
DE VERBA HONORÁRIA.
DECAINDO O DEVEDOR DE PARTE MÍNIMA DO PEDIDO, CABE
AO CREDOR RESPONDER, POR INTEIRO, PELO PAGAMENTO
DAS DESPESAS PROCESSUAIS E HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS (ART. 21 DO CPC).

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO A AMBOS OS RECURSOS.


UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: PROCEDÊNCIA, PAGAMENTO, EXEQUENTE,


HONORÁRIOS, ADVOGADO, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, PARTE VENCIDA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 20000110524546APC DF

ACÓRDÃO: 143185

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 07/05/2001

RELATOR: VALTER XAVIER

REVISOR: JOÃO MARIOSA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 26/09/2001 Pág: 39

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO DE EXECUÇÃO - RENÚNCIA AO
RECURSO: SEM VÍCIO DE CONSENTIMENTO - RETRATAÇÃO:
IMPOSSIBILIDADE - (ART. 1590 - C. C). NÃO-CONHECIMENTO
DO RECURSO.
A RENÚNCIA SÓ PODE SER RECONSIDERADA NO CASO DE
HAVER VÍCIO DE CONSENTIMENTO, POR MOTIVO DE ERRO,
DOLO OU COAÇÃO, NOS MOLDES DA 1ª PARTE, DO ART. 1590,
DO CÓDIGO CIVIL.

DECISÃO: NÃO CONHECER, MAIORIA. REDIGIRÁ O ACÓRDÃO O


REVISOR.

INDEXAÇÃO: DESCONHECIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, RENÚNCIA, IMPOSSIBILIDADE, RETRATAÇÃO,
INEXISTÊNCIA, VÍCIO DE CONSENTIMENTO.
VOTO VENCIDO: CONHECIMENTO, RECURSO JUDICIAL,
INEXISTÊNCIA, AUTORIZAÇÃO, RENÚNCIA, PROCURAÇÃO;
INADMISSIBILIDADE, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
INEXISTÊNCIA, PROVA, VÍCIO FORMAL, ADEQUAÇÃO,
EMBARGOS.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 20010150030639APC DF

ACÓRDÃO: 142819

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 20/08/2001

RELATOR: LÉCIO RESENDE

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 19/09/2001 Pág: 53

OBSERVAÇÃO: STJ SUM-233 RESP 254438 SP 194070 RS TJDFT


APC 19990310089376 AGI 20000020055708
REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
ART-20 PAR-4 ART-214 PAR-1 ART-616

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO. CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL. INEXISTÊNCIA. É ADMITIDA A EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE A QUALQUER TEMPO E
INDEPENDENTEMENTE DA SEGURANÇA DO JUÍZO COM
VISTAS A DECRETAÇÃO DE NULIDADE DE EXECUÇÃO
BASEADA EM CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO, EIS
QUE, AINDA QUE ACOMPANHADO DOS DEMONSTRATIVOS,
ESTE NÃO POSSUI FORÇA EXECUTIVA. A MATÉRIA JÁ SE
ENCONTRA SUMULADA PELO VERBETE N.º 233 DO STJ.

DECISÃO: CONHECER DO RECURSO E DAR-LHE PARCIAL


PROVIMENTO, À UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: PROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, ANULAÇÃO, EXECUÇÃO JUDICIAL,
CONTRATO, ABERTURA DE CRÉDITO, INEXISTÊNCIA,
LIQUIDEZ, CERTEZA, TÍTULO EXECUTIVO; HONORÁRIOS,
EQUIDADE, JUIZ.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 20000150060002APC DF

ACÓRDÃO: 142473

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 07/05/2001


RELATOR: EDSON ALFREDO SMANIOTTO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 12/09/2001 Pág: 13

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. AUTONOMIA.
INOPONIBILIDADE DAS EXCEÇÕES. MÁ-FÉ. EMPRESA DE
FACTORING.
REVESTEM-SE OS TÍTULOS EXECUTIVOS DA AUTONOMIA DAS
RELAÇÕES JURÍDICAS RELACIONADAS A ELE, DE FORMA QUE
O POSSUIDOR DE BOA-FÉ EXERCE UM DIREITO PRÓPRIO QUE
NÃO PODE SER RESTRINGIDO OU DESTRUÍDO EM VIRTUDE
DE RELAÇÕES EXISTENTES ENTRE OS ANTERIORES
POSSUIDORES E O DEVEDOR. TAL PRINCÍPIO ENCONTRA-SE
EXCEPCIONADO SE DEMONSTRADA A MÁ-FÉ DA ADQUIRENTE
NA TRANSMISSÃO DA CÁRTULA.

DECISÃO: DAR PROVIMENTO AO APELO, À UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO JUDICIAL, CHEQUE SEM
FUNDOS, INEXISTÊNCIA, PROVA, MÁ-FÉ, ADQUIRENTE,
TRANSMISSÃO, TÍTULO EXECUTIVO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 20000110826155APC DF

ACÓRDÃO: 141563

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 21/06/2001


RELATOR: JERONYMO DE SOUZA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 29/08/2001 Pág: 61

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
SÓ PODE SER ADMITIDA EM CASOS EXCEPCIONAIS, DIANTE
DA PROVA INEQUÍVOCA DA INVIABILIDADE DO
PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO, POR VÍCIO
DETECTÁVEL À ÉPOCA DE SUA PROPOSITURA, PODENDO SER
OPOSTA A QUALQUER TEMPO, NÃO INTERROMPENDO O
PRAZO PARA OPOSIÇÃO DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO, OS
QUAIS DEVEM SER OPOSTOS, PARA QUE, UMA VEZ NÃO
ACEITA A EXCEÇÃO, NÃO RESTE PRECLUSA A
OPORTUNIDADE DE OPOSIÇÃO DOS EMBARGOS PARA O
EXECUTADO. NO PRESENTE CASO OS EMBARGOS SÃO
MANIFESTAMENTE INTEMPESTIVOS POSTO QUE A JUNTADA
AOS AUTOS DO MANDADO DE INTIMAÇÃO DA PENHORA SE
DEU EM 16-02-00 E OS EMBARGOS À EXECUÇÃO SOMENTE
FORAM OPOSTOS EM 10-11-00.

DECISÃO: CONHECER. NEGAR-SE PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EMBARGOS À EXECUÇÃO,


INTEMPESTIVIDADE, SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA,
APRECIAÇÃO, IRREGULARIDADE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 20000150051669APC DF


ACÓRDÃO: 140851

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 02/04/2001

RELATOR: EDSON ALFREDO SMANIOTTO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 22/08/2001 Pág: 51

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO DEVE SER
ADMITIDA SOMENTE QUANDO GARANTIDO O JUÍZO SOB PENA
DE CONSIDERÁ-LA UM SUCEDÂNEO DOS EMBARGOS À
EXECUÇÃO, SENDO QUE TAIS INSTITUTOS TÊM NATUREZAS
DIVERSAS.

DECISÃO: DAR PARCIAL PROVIMENTO AO APELO, À


UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: EXTINÇÃO DO PROCESSO, NULIDADE,


EXECUÇÃO, CONTRATO, ABERTURA DE CRÉDITO, CONTA-
CORRENTE, CARÊNCIA DA AÇÃO; PROCEDÊNCIA, REDUÇÃO,
HONORÁRIOS, ADVOGADO, EQÜIDADE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 20000110543625APC DF

ACÓRDÃO: 141397

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 04/06/2001


RELATOR: JAIR SOARES

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 22/08/2001 Pág: 50

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE DEFESA DO


CONSUMIDOR ART-52 PAR-1 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
ART-20 PAR-4

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXECUÇÃO. EMBARGOS. NULIDADE DO TÍTULO. QUESTÃO
DECIDIDA EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PRECLUSÃO. COBRANÇA EXCESSIVA.
1 - DECIDIDA EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE A
ALEGADA NULIDADE DO TÍTULO, E NÃO RECEBIDA A
APELAÇÃO INTERPOSTA, TORNOU-SE PRECLUSA A QUESTÃO,
NÃO COMPORTANDO SEU EXAME NOS EMBARGOS À
EXECUÇÃO.
2 - NOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO LEGÍTIMA A INCIDÊNCIA DE
MULTA MORATÓRIA DE 10% (DEZ POR CENTO), EIS QUE AS
LOCAÇÕES SÃO REGIDAS POR LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA, NÃO
SE APLICANDO AS NORMAS DE PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR,
INCLUSIVE A QUE LIMITA A MULTA POR MORA EM 2% (CDC,
ART. 52, § 1º).
3 -- NA EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL, EMBARGADA
OU NÃO, OS HONORÁRIOS SÃO FIXADOS CONSOANTE
APRECIAÇÃO EQÜITATIVA DO JUIZ (CPC, ART. 20, § 4º), NÃO
SE SUJEITANDO AO LIMITE DE 10% A 20%, ESTATUÍDO NO § 3º,
DO ART. 20, DO CÓDIGO, OU PERCENTUAL DE 20%, SOBRE O
VALOR DO DÉBITO, ESTIPULADO NO CONTRATO DE LOCAÇÃO,
VEZ QUE A LIBERDADE DE CONTRATAR, EXPRESSÃO MÁXIMA
DA LIVRE INICIATIVA, NÃO SE CONFUNDE COM OS ABUSOS
DESSE DIREITO NEM IMPEDE A INTERVENÇÃO MODERADA DO
ESTADO NA FIXAÇÃO DE PARÂMETROS DE ORDEM PÚBLICA
QUE AS PARTES NÃO DEVAM ULTRAPASSAR, EM RESPEITO
AOS ANSEIOS DO BEM COMUM.
4 - RECURSOS NÃO PROVIDOS.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: CONFIRMAÇÃO, EXECUÇÃO JUDICIAL, FIADOR,


CONTRATO, LOCAÇÃO, PRECLUSÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE; MANUTENÇÃO, MULTA, HONORÁRIOS.
ADVOGADO, PREVISÃO LEGAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19990110276178APC DF

ACÓRDÃO: 140162

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 14/05/2001

RELATOR: WELLINGTON MEDEIROS

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 10/08/2001 Pág: 52

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-515

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS DE APELAÇÃO
INTERPOSTOS POR AMBAS AS PARTES. NÃO CONHECIMENTO
DO APELO AVIADO PELA EXECUTADA. NÃO OBSERVÂNCIA
DOS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE INSTITUÍDOS EM LEI.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA
RECONHECIDA NO PROCESSO DE EXECUÇÃO.
DESPROVIMENTO DO RECURSO INTERPOSTO PELO
EXEQÜENTE.
I - INTITULADO O RECURSO, PELA PARTE, COMO SENDO DE
"APELAÇÃO", INCLUSIVE COM DECLINAÇÃO EXPRESSA DE
SUA DISCIPLINA LEGAL, NÃO SE PODE, PARA DRIBLAR O
PRESSUPOSTO OBJETIVO DE TEMPESTIVIDADE, RECEBER O
APELO COMO SENDO "ADESIVO". HIPÓTESE EM QUE,
ADEMAIS, A MATÉRIA VEICULADA NO RECURSO NÃO RESTOU
APRECIADA NA ORIGEM, NEM MESMO PARCIALMENTE,
OMITINDO-SE A PARTE EM INTERPOR OS COMPETENTES
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, A ENSEJAR A PRECLUSÃO DO
TEMA, VISTO QUE AO TRIBUNAL NÃO É POSSÍVEL A
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA JULGADORA. INCIDÊNCIA DA
REGRA DO ART. 515 DO CPC, A INVIABILIZAR O
CONHECIMENTO DO RECURSO.
II - TODO LITIGANTE PODE, A QUALQUER TEMPO, ARGÜIR, VIA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, A AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS DA EXECUÇÃO, INDEPENDENTEMENTE DE
SEGURANÇA DO JUÍZO, SENDO PARTE ILEGÍTIMA PARA
FIGURAR NO PÓLO PASSIVO PESSOA QUE NENHUMA
RESPONSABILIDADE TEM PELA DÍVIDA QUE SE ENCONTRA
SENDO JUDICIALMENTE COBRADA.
III - NÃO EVIDENCIADO O DESACERTO DA SENTENÇA QUE DEU
PELA ILEGITIMIDADE DE PARTE PASSIVA DA DEVEDORA, ATÉ
PORQUE NÃO DEMONSTRADO, A CONTENTO, QUE A PESSOA
FÍSICA QUE CELEBROU O CONTRATO DE LOCAÇÃO TINHA
PODERES E AUTORIZAÇÃO PARA ASSIM AGIR EM NOME DA
PESSOA JURÍDICA DEMANDADA, DEVE SER PRESTIGIADA A
SOLUÇÃO DE EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
ADOTADA NA ORIGEM, À LUZ DO DISPOSTO NO ART. 267, VI,
DO CPC.
IV - RECURSO DA EXECUTADA NÃO CONHECIDO. RECURSO
DO EXEQÜENTE CONHECIDO E DESPROVIDO.

DECISÃO: NÃO CONHECER DO RECURSO INTERPOSTO PELA


EXECUTADA. CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO
RECURSO DO EXEQÜENTE. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: EXTINÇÃO DO PROCESSO, EXECUÇÃO JUDICIAL,


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, INEXISTÊNCIA, PROVA,
NEGÓCIO JURÍDICO, ILEGITIMIDADE PASSIVA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19990310089376APC DF

ACÓRDÃO: 139937

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 23/04/2001

RELATOR: VALTER XAVIER

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 08/08/2001 Pág: 36

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. TÍTULO EXECUTIVO. NOTA
PROMISSÓRIA E CONTRATO.
A CAMBIAL VINCULADA A CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO NÃO TRADUZ NEM REPRESENTA QUALQUER
OBRIGAÇÃO ASSUMIDA PELO EMITENTE, PORQUANTO
AUSENTE PROMESSA DE PAGAMENTO. O CONTRATO, NO
CASO, NÃO SE APRESENTA REFORÇADO PELA NOTA
PROMISSÓRIA; ESTA SE FRAGILIZA PELA EXISTÊNCIA
DAQUELE.
AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. UNÂNIME.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: NEGAÇÃO, SEGUIMENTO, EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO, SUSPENSÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, IMPROPRIEDADE, VIA JUDICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 20000150051677APC DF

ACÓRDÃO: 139840

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 07/05/2001

RELATOR: ROMÃO C OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 20/06/2001 Pág: 26

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. TEMA OBJETO DE
SÚMULA EM TRIBUNAL SUPERIOR. VERBA HONORÁRIA -
PARCIMÔNIA.
EM SE TRATANDO DE TEMA JÁ PAVIMENTADO PELA
JURISPRUDÊNCIA, HAVENDO INCLUSIVE VERBETE DE
SÚMULA DE TRIBUNAL SUPERIOR NORTEANDO A ESPÉCIE, A
VERBA HONORÁRIA CORRESPONDENTE À EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE APRESENTADA DEVE SER FIXADA COM
ABSOLUTA PARCIMÔNIA.
APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA.

DECISÃO: DAR PARCIAL PROVIMENTO À APELAÇÃO CÍVEL, À


UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: PROCEDÊNCIA, REDUÇÃO, HONORÁRIOS,


ADVOGADO, EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE,
OBSERVÂNCIA, EQUIDADE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 20000110189214APC DF

ACÓRDÃO: 139209

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 09/04/2001

RELATOR: GEORGE LOPES LEITE

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 13/06/2001 Pág: 45

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
COADJUVANTE DE EMBARGOS DE DEVEDOR - AUSÊNCIA DE
SEGURANÇA DO JUÍZO - APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA
ECONOMIA PROCESSUAL. - "PODE O DEVEDOR SUSCITAR NA
EXECUÇÃO QUESTÕES DE ORDEM PÚBLICA CAPAZES DE
LEVAR À EXTINÇÃO DO PROCESSO, POR DEFEITOS DO
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, AUSÊNCIA DAS
CONDIÇÕES DA AÇÃO OU DOS PRESSUPOSTOS
PROCESSUAIS MEDIANTE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
NO CASO, NÃO SE EVIDENCIAM ESSES PRESSUPOSTOS.
CONTUDO, A ECONOMIA PROCESSUAL RECOMENDA SEJAM
MANTIDOS LATENTES OS EMBARGOS À EXECUÇÃO E A
"EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE" CONDICIONANDO SUA
APRECIAÇÃO À SEGURANÇA DO JUÍZO MEDIANTE PENHORA.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO."

DECISÃO: CONHECER. DAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: CASSAÇÃO, EXTINÇÃO DO PROCESSO, EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, MANUTENÇÃO, PLURALIDADE, ATO
PROCESSUAL, JULGAMENTO, POSTERIORIDADE, DEPÓSITO
JUDICIAL, GARANTIA, JUÍZO, PRINCÍPIO DA ECONOMIA
PROCESSUAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19990110513078APC DF

ACÓRDÃO: 139062

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 07/05/2001

RELATOR: EDSON ALFREDO SMANIOTTO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 13/06/2001 Pág: 34

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
"EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - FIANÇA - PEDIDO DE
EXTINÇÃO - ALEGAÇÃO DE MORATÓRIA OU DE NOVAÇÃO DA
DÍVIDA - CASO DE SIMPLES TOLERÂNCIA NO RECEBIMENTO
PARCIAL DA DÍVIDA QUE MANTÉM A OBRIGAÇÃO DERIVADA
DA FIANÇA.
1 - SE O LOCADOR SE OMITE POR UM PRAZO DE BUSCAR O
RECEBIMENTO DA DÍVIDA OU SE ACEITA ALGUNS
PAGAMENTOS PARCIAIS DA MESMA, NÃO SE PERFAZ A
FIGURA JURÍDICA DA MORATÓRIA, NA EXPRESSÃO DO
ARTIGO 1.503, INCISO I, DO CÓDIGO CIVIL, CAPAZ DE LEVAR À
EXTINÇÃO DA FIANÇA, POIS NÃO AFETOU OS ELEMENTOS
FUNDAMENTAIS DA OBRIGAÇÃO OU DO PACTO CONTRATUAL
QUE SE MANTÉM INDENE ATÉ A ENTREGA EFETIVA DAS
CHAVES.
2 - A HIPÓTESE TAMBÉM NÃO SIGNIFICA NOVAÇÃO, JÁ QUE
AUSENTE O ANIMUS NOVANDI, ENTENDENDO-SE POR TAL A
'EFETIVA INTENÇÃO DAS PARTES EM SUBSTITUIR UMA
OBRIGAÇÃO NOVA À ANTIGA, ISTO É: DE EXTINGUIR O DÉBITO
PREEXISTENTE, MEDIANTE A CRIAÇÃO DE UM DÉBITO NOVO'
(ROBERTO RUGGIEIRO, 'INSTITUIÇÕES DE DIREITO CIVIL', VOL.
III, PÁG. 164, SARAIVA)"

DECISÃO: DAR PROVIMENTO AO APELO, À UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXONERAÇÃO, FIADOR,
DESCARACTERIZAÇÃO, NOVAÇÃO, MORATÓRIA,
INEXISTÊNCIA, INTENÇÃO, SUBSTITUIÇÃO, OBRIGAÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19980110476088APC DF

ACÓRDÃO: 138730

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 23/10/2000

RELATOR: MARIO-ZAM BELMIRO


PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 30/05/2001 Pág: 58

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE EM
PROCESSO DE EXECUÇÃO. AUTORA NÃO EXECUTADA.
INDEFERIMENTO DA INICIAL.
PESSOA QUE NÃO É PARTE NA EXECUÇÃO NÃO TEM
LEGITIMIDADE PARA MANEJAR EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. PROPRIEDADE DO INDEFERIMENTO DA
INICIAL.
RECURSO IMPROVIDO.

DECISÃO: CONHECER. NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO JUDICIAL, LETRA DE CÂMBIO,
ILEGITIMIDADE DE PARTE, EXCEPTO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19990710073686APC DF

ACÓRDÃO: 137327

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 19/02/2001

RELATOR: MARIA BEATRIZ PARRILHA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 02/05/2001 Pág: 37

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: FED LEI-5474/1968 ART-15 INC-2


ART-20 PAR-1 PAR-3 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ART-618
RAMO DO DIREITO: DIREITO COMERCIAL DIREITO CIVIL

EMENTA
DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NÃO ACEITAS -
EXECUÇÃO - REQUISITOS LEGAIS NÃO PREENCHIDOS -
NOTAS FISCAIS SEM ASSINATURA DO SACADO - AUSÊNCIA DE
CONTRATO COMPROBATÓRIO DA OBRIGAÇÃO ENTRE AS
PARTES - FALTA DE FORÇA EXECUTIVA DOS TÍTULOS -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - POSSIBILIDADE -
NULIDADE DA EXECUÇÃO - CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS.
1- TRATANDO-SE DE PROCESSO DE EXECUÇÃO, EMBASADO
EM DUPLICATAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SEM ACEITE,
IMPÕE-SE, ALÉM DO PROTESTO, A PROVA DA RELAÇÃO
OBRIGACIONAL ENTRE AS PARTES E DA EFETIVA PRESTAÇÃO
DOS SERVIÇOS NA FORMA CONVENCIONADA, A FIM DE
PERMITIR SUA COBRANÇA PELA VIA EXECUTIVA. NOTAS
FISCAIS SEM ASSINATURA DO SACADO, OU COM RUBRICAS
QUE NÃO IDENTIFICAM O SUBSCRITOR, NÃO SÃO HÁBEIS AO
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS (ART. 15, II C/C
ARTIGO 20, §§ 1º E 3º, DA LEI N. 5.474/68) PARA QUE TENHAM
AS DUPLICATAS OS REQUISITOS DA CERTEZA, LIQUIDEZ E
EXIGIBILIDADE. 2- A MATÉRIA, POR REFERIR-SE À AUSÊNCIA
DE REQUISITOS DOS TÍTULOS E, EM CONSEQÜÊNCIA, À
NULIDADE DO PROCESSO DE EXECUÇÃO, PODE SER
DEDUZIDA POR MEIO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
INDEPENDENTE DA SEGURANÇA DO JUÍZO. 3- O
ACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
IMPORTA EM EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO, MEDIANTE SENTENÇA
DECLARATÓRIA NEGATIVA, CUJA SUCUMBÊNCIA DO CREDOR
IMPÕE ARCAR COM O PAGAMENTO DAS CUSTAS
PROCESSUAIS E DE VERBA HONORÁRIA. APELAÇÃO DO
CREDOR NÃO PROVIDA. APELAÇÃO DO DEVEDOR PROVIDA
PARA FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. UNÂNIME.

DECISÃO: CONHECER. IMPROVER O RECURSO DA CREDORA


E PROVER O RECURSO DA DEVEDORA. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: CONFIRMAÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXTINÇÃO, EXECUÇÃO JUDICIAL,
DUPLICATA, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, PROTESTO JUDICIAL,
NOTA FISCAL, INEXISTÊNCIA, ACEITE, DESCARACTERIZAÇÃO,
TÍTULO EXECUTIVO; PAGAMENTO, HONORÁRIOS,
EXEQÜENTE, SUCUMBÊNCIA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 20000150026153APC DF

ACÓRDÃO: 135187

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 04/12/2000

RELATOR: ROMÃO C OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 21/03/2001 Pág: 22

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-20

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
AÇÃO DE EXECUÇÃO. ACOLHIMENTO DE INCIDENTE DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. TEMA SUMULADO PELO STJ. NENHUMA
COMPLEXIDADE. VERBA HONORÁRIA FIXADA COM
OBSERVÂNCIA DO ARTIGO 20 E §§ DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL. APELO NÃO-PROVIDO.
EMBORA SE DIGA QUE O OFÍCIO DE SANTO IVO NÃO PODE
SER AMESQUINHADO, TEM-SE COMO ESCORREITA A VERBA
HONORÁRIA FIXADA COM MODERAÇÃO, MAS COM
OBSERVÂNCIA DO ARTIGO 20 E §§ DO CPC, MÁXIME NÃO SE
PERDENDO DE VISTA QUE O TEMA POSTO A JULGAMENTO
ATRAVÉS DE INCIDENTE DE PRÉ-EXECUTIVIDADE JÁ É
OBJETO DE VERBETE DA SÚMULA JURISPRUDENCIAL DO
COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO À APELAÇÃO CÍVEL, À


UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, AUMENTO, HONORÁRIOS,


ADVOGADO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO
JUDICIAL, OBSERVÂNCIA, EQUIDADE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19990110644639APC DF

ACÓRDÃO: 135389

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 14/09/2000

RELATOR: ANA MARIA DUARTE AMARANTE

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 21/03/2001 Pág: 45

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-60 ART-586 ART-692 CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART-5 PAR-
22
RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. SEDE
INADEQUADA. EXCESSO DE EXECUÇÃO. ALEGAÇÕES
GENÉRICAS. PESSOA JURÍDICA. INTERESSE DE TERCEIRO
ESTRANHO À LIDE. ILEGITIMIDADE. PREÇO VIL. NÃO
CARACTERIZAÇÃO. NULIDADE DO TÍTULO. EMBARGOS À
ARREMATAÇÃO. SEDE INADEQUADA.
1- A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SOMENTE É CABÍVEL
NOS CASOS EM QUE O JUIZ PODE CONHECER DA MATÉRIA DE
OFÍCIO, OU SE A DEMONSTRAÇÃO DO VÍCIO INDEPENDER DE
DILAÇÃO PROBATÓRIA. É, PORTANTO, O MEIO INADEQUADO
PARA IMPUGNAÇÃO DO QUANTUM EXEQÜENDO.
2- ALEGAÇÕES GENÉRICAS EM RELAÇÃO A SUPOSTO
EXCESSO DE EXECUÇÃO, SEM MAIORES FUNDAMENTOS OU
DEMONSTRAÇÃO ANALÍTICA POR PARTE DO INSURGENTE,
NÃO MERECEM ACOLHIDA.
3-A PESSOA JURÍDICA NÃO É PARTE LEGÍTIMA, NOS
PRECISOS TERMOS DO ART. 60, DO CPC, PARA DEFENDER
INTERESSE DE SÓCIO SOB A ALEGAÇÃO DE QUE O BEM
IMÓVEL OBJETO DE ARREMATAÇÃO PERTENÇA A ELE,
TERCEIRO ESTRANHO À LIDE, VEZ QUE A PERSONALIDADE DE
UMA SOCIEDADE NÃO SE CONFUNDE COM A DA PESSOA DE
SEUS MEMBROS, A NÃO SER NO CASO DE ABUSO DE DIREITO,
QUANDO INCIDE A DISREGARD DOCTRINE.
3- LEVANDO-SE EM CONSIDERAÇÃO AS DIFICULDADES DE
PRONTA COLOCAÇÃO DO IMÓVEL NO MERCADO, POR PREÇO
À VISTA, MERCÊ DOS ALTOS JUROS PRATICADOS NOS
FINANCIAMENTOS DO SETOR, BEM COMO SEU PORTE, A
ARREMATAÇÃO DO BEM, POR VALOR NÃO SUPERIOR A 65%
DO QUANTUM APONTADO NA AVALIAÇÃO, NÃO HÁ DE SER
CONSIDERADA VIL.
4- OS EMBARGOS À ARREMATAÇÃO NÃO CONSTITUEM A
SEDE ADEQUADA PARA SE INVOCAR A NULIDADE DE TÍTULO
EXECUTIVO, POSTO QUE É MATÉRIA QUE SE APRECIA EM
EMBARGOS DO DEVEDOR. SOMENTE OS VÍCIOS
POSTERIORES À PENHORA ENSEJAM A AÇÃO.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EMBARGOS A ARREMATAÇÃO,


INOCORRÊNCIA, PREÇO VIL, PRAÇA, IMÓVEL, REGULARIDADE,
ARREMATAÇÃO; IMPOSSIBILIDADE, ANULAÇÃO, TÍTULO
EXECUTIVO, IMPROPRIEDADE, VIA JUDICIAL, PRECLUSÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19990310089376APC DF

ACÓRDÃO: 133623

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 04/09/2000

RELATOR: VALTER XAVIER

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 14/02/2001 Pág: 21

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. CERCEAMENTO DE DEFESA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS.
1. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE DISPENSA O
CONTRADITÓRIO, POIS SE LIMITA A APONTAR A PRESENÇA
DE NULIDADE A DESAUTORIZAR O DOCUMENTO COMO
TÍTULO EXECUTIVO E TEM COMO PRESSUPOSTO
INDISPENSÁVEL MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA, CUJO
CONHECIMENTO PODERIA OCORRER, ATÉ MESMO DE OFÍCIO,
PELO MAGISTRADO.
2. O FATO DE SER A PESSOA TITULAR DE CONTA CORRENTE
GARANTIDA NÃO A TORNA, POR SI SÓ, DEVEDORA DE
QUALQUER QUANTIA AO ESTABELECIMENTO BANCÁRIO.
DESSE MODO, IMPERATIVO DEMONSTRAR-SE A EFETIVA
UTILIZAÇÃO DO CRÉDITO, MEDIANTE A APRESENTAÇÃO DE
DOCUMENTOS PRODUZIDOS PELO INDIGITADO
CORRENTISTA.
3. A NOTA PROMISSÓRIA VINCULADA A CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO NÃO TRADUZ NEM REPRESENTA
QUALQUER OBRIGAÇÃO ASSUMIDA PELO EMITENTE,
PORQUANTO AUSENTE PROMESSA DE PAGAMENTO. O
CONTRATO, NO CASO, NÃO SE APRESENTA REFORÇADO
PELA NOTA PROMISSÓRIA; ESTA SE FRAGILIZA PELA
EXISTÊNCIA DAQUELE.
4. ACOLHIDA A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
INDEPENDENTE DE GARANTIA DO JUÍZO OU DE
CONTRADITÓRIO, PERTINENTE A CONDENAÇÃO DO
EXEQÜENTE NOS ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA, A TEOR DO
PREVISTO NO §4º, DO ARTIGO 20, DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL.
APELO DOS EXECUTADOS PROVIDO. RECURSO DO BANCO
NÃO PROVIDO. MAIORIA.

DECISÃO: CONHECER E REJEITAR A PRELIMINAR DE


CERCEAMENTO DE DEFESA, UNÂNIME. IMPROVER O
RECURSO DO BRADESCO, MAIORIA, VENCIDO O VOGAL.
PROVER EM PARTE O RECURSO DA LA DART, MAIORIA.

INDEXAÇÃO: PROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, CONTRATO, ABERTURA DE CRÉDITO,
VINCULAÇÃO, DEMONSTRATIVO, CONTA CORRENTE,
NULIDADE, PROCESSO DE EXECUÇÃO, INEXISTÊNCIA,
LIQUIDEZ, CERTEZA, EXIGIBILIDADE, TÍTULO EXECUTIVO,
EQUIDADE, HONORÁRIOS, EXEQUENTE.
VOTO VENCIDO: REJEIÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, NOTA PROMISSÓRIA, GARANTIA, CONTRATO,
MÚTUO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19990110760540APC DF

ACÓRDÃO: 132574

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 06/11/2000

RELATOR: LÉCIO RESENDE

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 06/12/2000 Pág: 19

OBSERVAÇÃO: TJDFT APC 4826498/DF

DOUTRINA: EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS AO CÓDIGO DE


PROCESSO CIVIL DE 1973 ALFREDO BUZAID

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-20 PAR-4

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ACOLHIMENTO -
EXECUÇÃO - EXTINÇÃO - CABIMENTO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS - SENTENÇA. PUBLICAÇÃO. INOCORRÊNCIA.
REABERTURA DE PRAZO IMPOSSIBILIDADE. O PRAZO PARA
INTERPOSIÇÃO DO RECURSO DE APELAÇÃO É DE QUINZE
DIAS, A PARTIR DA DATA EM QUE O PATRONO DA PARTE
TOMA CONHECIMENTO DA SENTENÇA AO TER VISTA DOS
AUTOS. O ACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXCUTIVIDADE, CONFIRMA O AJUIZAMENTO INDEVIDO DO
PROCESSO EXECUTIVO, VIÁVEL, POIS, O ARBITRAMENTO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, NA MEDIDA EM QUE A PARTE
EXCIPIENTE CONTRATOU PATRONO PARA SE DEFENDER.

DECISÃO: CONHECER E DAR PROVIMENTO À APELAÇÃO,


REJEITAR A PRELIMINAR, À UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: PROCEDÊNCIA, PAGAMENTO, EXEQUENTE,


HONORÁRIOS, ADVOGADO, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, PARTE VENCIDA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19980110566184APC DF

ACÓRDÃO: 131694

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 28/08/2000

RELATOR: SANDRA DE SANTIS

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 14/11/2000 Pág: 34

OBSERVAÇÃO: AGI 5228/1995 REL. DES. NANCY ANDRIGHI AGI


1998.00.2.003068-5 AGI 7406/1996 RESP 180734/RN REL. MIN.
SÁLVIO DE FIGUEIREDO

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL


EMENTA
APELAÇÃO CÍVEL - CAUTELAR INOMINADA INCIDENTAL -
PEDIDO DE SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO - ALEGAÇÃO DE
PRESCRIÇÃO DE CHEQUE E AUSÊNCIA DE ACEITE EM
DUPLICATA. 1. A INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO É MATÉRIA
PRÓPRIA DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, APÓS SEGURO O
JUÍZO COM A PENHORA, OU, EXCEPCIONALMENTE, CASO SE
VERSE SOBRE QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA OU QUE NÃO
DEMANDE DILAÇÃO PROBATÓRIA, EM EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, EVIDENCIANDO, PORTANTO, A
INADEQUAÇÃO DO PROCEDIMENTO ESCOLHIDO. 2. AUSÊNCIA
DO FUMUS BONI IURIS E DO PERICULUM IN MORA. 3. NEGADO
PROVIMENTO. UNÂNIME.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: EXTINÇÃO DO PROCESSO, AÇÃO CAUTELAR,


IMPUGNAÇÃO, EXECUÇÃO JUDICIAL, IMPROPRIEDADE,
NECESSIDADE, EMBARGOS DO DEVEDOR.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL APC5269399 DF

ACÓRDÃO: 131175

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 14/08/2000

RELATOR: ROMÃO C OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 31/10/2000 Pág: 16


OBSERVAÇÃO: TJDF-APC-45457/1997,47789/1998, AGI.
1998002000890-4, APC-51956/1999,

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO CIVIL ART-1531 FED


LEI-8950/1994 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ART-535 ART-538
ART-464 ART-465

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - NULIDADE DO TÍTULO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
- INOCORRÊNCIA.
SE O TÍTULO QUE VEIO INSTRUINDO O EXÓRDIO DA
EXECUÇÃO NÃO PRESERVA LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE, A AÇÃO EXECUTIVA NÃO PODE PROSPERAR.
HAVENDO RELAÇÃO JURÍDICA ENTRE EXEQÜENTE E
EXECUTADO, NÃO SE HÁ DE FALAR EM LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ,
TENDO COMO FUNDAMENTO A ERRONIA QUANTO À VIA
ELEITA.
APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA.

DECISÃO: DAR PARCIAL PROVIMENTO À APELAÇÃO CÍVEL, À


UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: MANUTENÇÃO, EXTINÇÃO DO PROCESSO,


EXECUÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
INEXISTÊNCIA, TITULO LIQUIDO E CERTO, IMPROPRIEDADE,
NULIDADE, CONTRATO; AFASTAMENTO, CONDENAÇÃO,
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ, INOCORRÊNCIA, DOLO, FALSIFICAÇÃO,
ASSINATURA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal


PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19990110586019APC DF

ACÓRDÃO: 130338

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 18/09/2000

RELATOR: JERONYMO DE SOUZA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 11/10/2000 Pág: 39

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. LIQUIDEZ. EXIGIBILIDADE.
DEVE SER CONSIDERADO NULO O PROCESSO DE EXECUÇÃO
EM VIRTUDE DO TÍTULO APRESENTADO, CONTRATO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, NÃO PREENCHER OS
REQUISITOS DE LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE. O CONTRATO
PREVÊ EXPRESSAMENTE EM SUA CLÁUSULA N. 2 O
PAGAMENTO ÀS CONSTITUÍDAS DO PERCENTUAL DE 10% DO
VALOR TOTAL DOS BENS QUE COUBEREM A CONSTITUINTE
AO FINAL DAS AÇÕES. TAMBÉM ESTABELECE EM SUA
CLÁUSULA DE N. 7 QUE, EM CASO DE REVOGAÇÃO DE
MANDATO, REPUTAR-SE-Á VENCIDO O CONTRATO E
OBRIGADA A CONSTITUINTE A PAGAR ÀS ADVOGADAS O
VALOR ESTABELECIDO NA CLÁUSULA N. 2. SOMENTE QUANDO
OS BENS FOREM AVALIADOS, DIVIDIDOS, QUANDO DA
PARTILHA, SE CHEGARÁ AO PERCENTUAL ESTABELECIDO NO
CONTRATO. POR TAIS RAZÕES, O TÍTULO NO ESTADO EM QUE
SE ENCONTRA NÃO SE AFIGURA LÍQUIDO, TAMPOUCO
EXIGÍVEL, PORQUANTO NÃO SE SABE QUANTO RECEBERÁ A
EXECUTADA QUANDO HOUVER A DIVISÃO DOS BENS, POSTO
QUE NÃO DEFINIDO O SEU TITULAR, TAMPOUCO SEUS
VALORES, SOMENTE EXIGÍVEIS QUANDO A CONSTITUÍDA
SOUBER O QUE LHE CABERÁ NA DIVISÃO. SENTENÇA
MANTIDA. APELAÇÃO IMPROVIDA.

DECISÃO: CONHECER. NEGAR-SE PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: CONFIRMAÇÃO, EXTINÇÃO DO PROCESSO,


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO, CONTRATO,
HONORÁRIOS, ADVOGADO, CONDIÇÃO RESOLUTIVA,
PAGAMENTO, TÉRMINO, AÇÃO, INEXISTÊNCIA, EXIGIBILIDADE,
TÍTULO EXECUTIVO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19980110653672APC DF

ACÓRDÃO: 128886

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 12/06/2000

RELATOR: EDUARDO DE MORAES OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 06/09/2000 Pág: 08

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-585

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
CIVIL E PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO DE CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE (CHEQUE
ESPECIAL) - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ
DO TÍTULO - SENTENÇA CONFIRMADA, UNÂNIME. O
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO OU O CHAMADO
CHEQUE ESPECIAL, MESMO ACOMPANHADO DOS EXTRATOS
DE MOVIMENTAÇÃO BANCÁRIA, NÃO TEM A LIQUIDEZ DE
SORTE A INSERI-LO NO ROL DOS TÍTULOS EXECUTIVOS
OBJETO DO ARTIGO 585, DO CPC. PRECEDENTES DO STJ.

DECISÃO: CONHECER E IMPROVER OS RECURSOS. À


UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: CONFIRMAÇÃO, EXTINÇÃO DO PROCESSO,


EXECUÇÃO JUDICIAL, DESCARACTERIZAÇÃO, TÍTULO
EXECUTIVO, CONTRATO, ABERTURA DE CRÉDITO, CONTA-
CORRENTE, INEXISTÊNCIA, LIQUIDEZ.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19990150043305APC DF

ACÓRDÃO: 125337

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 23/03/2000

RELATOR: CAMPOS AMARAL

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 24/05/2000 Pág: 23

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO DE CHEQUE ESPECIAL. 1. PRELIMINAR DE
NULIDADE DA SENTENÇA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
EM SE TRATANDO DE ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DA
EXECUÇÃO, A EXCEÇÃO PODE SER ADMITIDA POR SIMPLES
PETIÇÃO, INDEPENDENTEMENTE DE EMBARGOS. PRELIMINAR
REJEITADA. 2. MÉRITO. O CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO DE CHEQUE ESPECIAL NÃO É TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL, VEZ QUE OS EXTRATOS QUE O
ACOMPANHAM SÃO PRODUZIDOS UNILATERALMENTE, SEM A
INTERVENÇÃO DOS DEVEDORES. JURISPRUDÊNCIA.
APELAÇÃO DESPROVIDA.

DECISÃO: CONHECER. NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: SUCESSIVO AO 123999

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19990110161602APC DF

ACÓRDÃO: 124786

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 27/03/2000

RELATOR: NÍVIO GONÇALVES

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 03/05/2000 Pág: 35

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO FUNDADA EM
TÍTULO EXTRAJUDICIAL. AUSÊNCIA DE EXIGIBILIDADE.
CONDIÇÕES DA AÇÃO.
I - HAVENDO CONDIÇÃO SUSPENSIVA NÃO CUMPRIDA, PERDE
O TÍTULO O REQUISITO DE EXIGIBILIDADE, SEM O QUAL NÃO
ESTÁ HÁBIL A EMBASAR AÇÃO EXECUTIVA.
II - SÃO PRESSUPOSTOS ESPECÍFICOS DO PROCESSO DE
EXECUÇÃO O INADIMPLEMENTO DO DEVEDOR E A
EXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO; NA FALTA DE QUALQUER
DELES, SUJEITA-SE A AÇÃO À EXTINÇÃO POR DEFEITO
FORMAL.
III - NA POSSIBILIDADE DE DEMONSTRAR DE PLANO, SEM
DILAÇÕES PROBATÓRIAS, A INEXISTÊNCIA DE
PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA E VALIDADE DO PROCESSO
DE EXECUÇÃO, NÃO ESTÁ O DEVEDOR OBRIGADO A MANEJAR
O INSTRUMENTO DE EMBARGOS, QUE EXIGE SEGURANÇA DO
JUÍZO, PODENDO, PERFEITAMENTE, OPOR EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE SEM AFETAÇÃO DO SEU PATRIMÔNIO.
IV - A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, POR SE TRATAR DE
INCIDENTE CARACTERISTICAMENTE LITIGIOSO, AUTORIZA A
IMPOSIÇÃO DOS ENCARGOS ADVOCATÍCIOS DA
SUCUMBÊNCIA.
V - RECURSO IMPROVIDO.

DECISÃO: CONHECER. NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: CONFIRMAÇÃO, EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM


JULGAMENTO DO MÉRITO, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL,
INOCORRÊNCIA, CUMPRIMENTO, CONDIÇÃO SUSPENSIVA,
CONTRATO, COMPRA E VENDA, EXIGIBILIDADE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL APC5148199 DF

ACÓRDÃO: 122080

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 04/10/1999

RELATOR: SANDRA DE SANTIS


PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 16/02/2000 Pág: 29

OBSERVAÇÃO: RESP 85869/SC E 82712/SP.

DOUTRINA: COMENTÁRIOS AO CPC, CELSO A. BARBI,


FORENSE, 1º VOLUME, TOMO I.

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: FED-LEI 6830/1980 ART-26

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE- ANTERIOR DEPÓSITO DO DÉBITO COBRADO
- PEDIDO DE DESISTÊNCIA - EXTINÇÃO COM BASE NO ART. 26
DA LEI 6.830 - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
A ISENÇÃO DE ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA CONFERIDA À
FAZENDA PÚBLICA SOMENTE OCORRE EM CASOS DE
CANCELAMENTO ESPONTÂNEO DO DÉBITO, APÓS O
APARELHAMENTO DO PROCESSO. EXTINTA A EXECUÇÃO EM
RAZÃO DE DEFESA PRODUZIDA PELA APELADA, MESMO QUE
EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, SEM A OPOSIÇÃO DE
EMBARGOS, MEDIANTE A COMPROVAÇÃO DO ANTERIOR
DEPÓSITO DO IMPOSTO PRETENDIDO, SÃO DEVIDOS
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS PELA FAZENDA PÚBLICA.

DECISÃO: DAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: PROCEDÊNCIA, CONDENAÇÃO, FAZENDA


PÚBLICA, ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA, EXECUÇÃO FISCAL,
DESISTÊNCIA, EXEQUENTE, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, COMPROVAÇÃO, EXECUTADO, DEPÓSITO,
IMPOSTO, ANTERIORIDADE, PROCESSO JUDICIAL,
CONTRATAÇÃO, ADVOGADO, RÉU.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19980110125932APC DF

ACÓRDÃO: 118908

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 04/10/1999

RELATOR: ROMÃO C OLIVEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 27/10/1999 Pág: 19

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-736 ART-267.

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO ANULATÓRIA DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL JÁ ARROSTADO ATRAVÉS DE EMBARGOS À
EXECUÇÃO - INVIABILIDADE. INICIAL INDEFERIDA - SENTENÇA
CONFIRMADA.
A VEREDA ADEQUADA PARA DESCONSTITUIR TÍTULO
EXECUTIVO QUE APARELHA PROCESSO DE EXECUÇÃO É
AQUELA INDICADA NOS ARTIGOS 736 E SEGUINTES DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. OU, SE FOR O CASO, MANEJAR
A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, PARA QUE O JUIZ
POSSA APRECIAR ALGUMA ANOMALIA EXPURGÁVEL, A
QUALQUER TEMPO, NOS TERMOS DO ART. 267, § 3º, DO
DIPLOMA DE RITOS.
APELAÇÃO NÃO PROVIDA.
DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO À APELAÇÃO CÍVEL, À
UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: CONFIRMAÇÃO, EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM


JULGAMENTO DO MÉRITO, AÇÃO ANULATÓRIA, EXECUÇÃO
JUDICIAL, EXAME, EMBARGOS A EXECUÇÃO, JUIZ;
ADEQUAÇÃO, DESCONSTITUIÇÃO, TITULO, EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL 19980710025143APC DF

ACÓRDÃO: 112606

ORGÃO JULGADOR: 1a Turma Civel DATA: 09/11/1998

RELATOR: WALDIR LEÔNCIO JUNIOR

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 05/05/1999 Pág: 47

DOUTRINA: MANUAL DO PROCESSO DE EXECUÇÃO ARAKEM


DE ASSIS, PAG 428

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-618 ART-513 ART-522

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
RECURSO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. A DECISÃO
QUE REJEITA O INCIDENTE DE PRÉ-EXECUTIVIDADE É
INTERLOCUTÓRIA, DESAFIANDO RECURSO DE AGRAVO E NÃO
APELAÇÃO. A INTERPOSIÇÃO DE APELAÇÃO CONSTITUI ERRO
GROSSEIRO. APELO NÃO CONHECIDO. UNÂNIME.

DECISÃO: NÃO CONHECER. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: DESCONHECIMENTO, APELAÇÃO, REJEIÇÃO,


EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA, IMPROPRIEDADE; CABIMENTO, AGRAVO DE
INSTRUMENTO

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL APC4865598 DF

ACÓRDÃO: 112189

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 16/11/1998

RELATOR: SÉRGIO BITTENCOURT

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 20/04/1999 Pág: 129

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART. 618 ART. 736 CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 5 INC. 54

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. A
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SÓ PODE SER CONHECIDA
SE PRESENTE, DE FORMA INQUESTIONÁVEL, UMA DAS
HIPÓTESES DO ART. 618 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
FORA DISSO, O ÚNICO CAMINHO DE QUE DISPÕE O DEVEDOR
INADIMPLENTE É O DOS EMBARGOS, CONFORME DISPÕE O
ART. 736, SEM QUE DAÍ SE POSSA INFERIR QUALQUER
OFENSA À GARANTIA PREVISTA NO INCISO LIV DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. A POSIÇÃO DE INFERIORIDADE DO
DEVEDOR É PRÓPRIA DO PROCESSO DE EXECUÇÃO;
DECORRE DA PRESUNÇÃO DE VERACIDADE DO TÍTULO
EXIBIDO PELO CREDOR. POR ISSO, A EXIGÊNCIA DE PRÉVIA
GARANTIA DO JUÍZO (PENHORA) NÃO VIOLA O TRATAMENTO
ISONÔMICO QUE SE DEVE DISPENSAR A AMBAS AS PARTES.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AO APELO. À


UNANIMIDADE.

INDEXAÇÃO: IMPROCEDÊNCIA, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, INOCORRÊNCIA, HIPÓTESE, NULIDADE,
EXECUÇÃO; LIQUIDEZ, CERTEZA, EXIGIBILIDADE, TÍTULO
EXECUTIVO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL APC4826498 DF

ACÓRDÃO: 110232

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 15/10/1998

RELATOR: VASQUEZ CRUXÊN

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 25/11/1998 Pág: 47

OBSERVAÇÃO: TJ/RS APC-193209020.


TJ/RS APC-194257515.

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL


EMENTA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PRAZO PARA
APRESENTAÇÃO. CABIMENTO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. VERSANDO A EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE SOBRE A PRÓPRIA NULIDADE DA EXECUÇÃO,
NÃO É DE SE SUPOR QUE ESTEJA ELA ADSTRITA AO PRAZO
PARA OFERECIMENTO DE EMBARGOS, PODENDO SER
ARGÜIDA A QUALQUER TEMPO PELO EXECUTADO E, IPSO
FACTO, NÃO SE SUJEITANDO À PRECLUSÃO. É CABÍVEL A
FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM SENTENÇA
QUE ACOLHE A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
PORQUANTO NÃO SE MOSTRA RAZOÁVEL QUE O
EXECUTADO, PARA FAZER JUS À VERBA HONORÁRIA,
SUBMETA SEUS BENS À CONSTRIÇÃO JUDICIAL, SE COM A
PRÓPRIA EXCEÇÃO JÁ OBTÉM A PRESTAÇÃO JURISDICIONAL
PRÓPRIA DE EMBARGOS À EXECUÇÃO.

DECISÃO: CONHECER E IMPROVER.

INDEXAÇÃO: INEXISTÊNCIA, INTEMPESTIVIDADE; EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE; INDEPENDÊNCIA, PRAZO;
INAPLICABILIDADE, PRECLUSÃO; OBRIGAÇÃO, PAGAMENTO,
HONORÁRIO, PARTE VENCIDA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL APC4780998 DF

ACÓRDÃO: 108125

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 11/05/1998

RELATOR: VERA ANDRIGHI


PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 16/09/1998 Pág: 110

OBSERVAÇÃO: APC 43760/97 TJDF RESP 13680/SP

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO DE CHEQUE ASSINADO
SOMENTE POR UM DOS CORRENTISTAS DE CONTA
CONJUNTA - ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO
CORRENTISTA QUE NÃO EMITIU O CHEQUE - CARÊNCIA DE
AÇÃO ARGÜÍDA EM EXCEÇÃODE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
POSSIBILIDADE.

DECISÃO: REJEITAR PRELIMINAR. UNÂNIME. CONHECER E


DESPROVER RECURSO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: CABIMENTO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,


DISCUSSÃO, ILEGITIMIDADE PASSIVA, EXTINÇÃO DO
PROCESSO, CARÊNCIA DA AÇÃO.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL APC4545797 DF

ACÓRDÃO: 107123

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 03/11/1997

RELATOR: DÁCIO VIEIRA

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 26/08/1998 Pág: 69

OBSERVAÇÃO: APC 30824 TJDF AGI 5014 TJDF RESP 13960


DOUTRINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL VICENTE GRECO
FILHO CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL VOL. 2
HUMBERTO THEODORO JÚNIOR.

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-267 INC-4 PAR-3 ART-586 ART-618 ART-649 ART-628

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - NULIDADE DO TÍTULO. - Não apresentando o
título executivo os seus requisitos essenciais de liquidez,
exigibilidade e certeza, questionadosque foram em razão de ação
cautelar, cabível a argüição de inexecutoriedade através de exceção
de pré-executividade.

DECISÃO: CONHECER E IMPROVER. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, ARGUIÇÃO,


ATO DE OFÍCIO, NULIDADE, EXECUÇÃO, DESNECESSIDADE,
CONTRADITÓRIO, COBRANÇA JUDICIAL, INEXISTÊNCIA,
REQUISITO, TÍTULO LÍQUIDO E CERTO, IRRELEVÂNCIA,
EMBARGOS DO DEVEDOR.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL APC4778998 DF

ACÓRDÃO: 105331

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 20/04/1998


RELATOR: VASQUEZ CRUXÊN

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 03/06/1998 Pág: 63

OBSERVAÇÃO: RT 505/82 TFR AR. 962-RS/87

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-20 PAR-3 PAR-4 ART-485 ART-275

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
: PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO DE EXECUÇÃO. CONTRATO
DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ADVOCACIA. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. TÍTULO EXECUTIVO DESPIDO DOS
REQUISITOS EXIGIDOS NO ART. 485 DO CPC. SENTENÇA QUE
EXTINGUE O PROCESSO ANTES DA PENHORA E ANULA O
CONTRATO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, TAMBÉM SOB
FUNDAMENTO NA AUSÊNCIA DE PERSONALIDADE JURÍDICA
DO CONDOMÍNIO EXEQÜENTE. AVANÇO DA SENTENÇA ALÉM
DOS LIMITES PERMITIDOS NA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
NÃO PODE SER ANULADO EM EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE NO PROCESSO DE EXECUÇÃO EM QUE
SEQUER HOUVE PENHORA E INTIMAÇÃO DESTA, SEM
FORMAÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICO-PROCESSUAL. A
ANULAÇÃO DO CONTRATO DEPENDE DE AÇÃO PRÓPRIA COM
AMPLA DEFESA. SENTENÇA REFORMADA PARCIALMENTE.

DECISÃO: CONHECER. DAR PROVIMENTO PARCIAL AO


RECURSO DO EXEQUENTE. MAIORIA. NEGAR PROVIMENTO À
SEGUNDA APELAÇÃO. UNÂNIME.
INDEXAÇÃO: LEGITIMIDADE, CONHECIMENTO, REPETIÇÃO,
RECURSO, DIVERSIDADE, FUNDAMENTAÇÃO; PROVIMENTO,
PARCIALIDADE, CASSAÇÃO, ANULAÇÃO, CONTRATO,
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, LIMITAÇÃO, MATÉRIA, SENTENÇA,
VALIDADE, TÍTULO; NEGAÇÃO, AUMENTO, HONORÁRIOS.
VOTO VENCIDO: INVALIDADE, CONTRATO, FALTA,
CONSENTIMENTO, CONDÔMINOS, ASSEMBLÉIA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL APC4340396 DF

ACÓRDÃO: 99878

ORGÃO JULGADOR: 2a Turma Civel DATA: 08/08/1997

RELATOR: APARECIDA FERNANDES

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 26/11/1997 Pág: 29.189

OBSERVAÇÃO: RTTJDF ART-62 STJ RTJE 162/100, RESP 2227

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-267 INC-1 ART-295 ART-458 ART-598 ART-614 ART-616

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMENTA
PROCESSUAL CICIL. EXECUÇÃO FUNDADA EM CONTRATO DE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS. PRELIMINARES.
COMPETÊNCIA. NULIDADE DA SENTENÇA. CERCEAMENTO DE
DEFESA. DECISÃO QUE FACULTA EMENDA PARA MUDANÇA
DE RITO. INDEFERIMENTO DA INICIAL. I - Não é competente para
julgar o recurso de apelação o relator do agravo de instrumento se
este já foi decidido e tal decisão transitou em julgado (art. 62 do
Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal). II -
Distintas as hipóteses de falta de fundamentação de sentença e
sentença fundamentada sucintamente. Aquela gera a nulidade do
decisum, esta é perfeitamente válida. III - Inexiste cerceamento de
defesa se o magistrado admite a juntada aos autos de petição da
executada que alega nulidade da execução e litigância de má-fé da
exequente, vez que, como cediço, in casu, tratando-se de exceção
de pré-executividade, desnecessária a segurança do juízo. IV - Não
merece censura a sentença que indefere a inicial se não oferecida a
emenda no prazo fixado pelo juiz. V - Apelação conhecida e
improvida.

DECISÃO: NEGAR PROVIMENTO À APELAÇÃO. DECISÃO


UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: INCOMPETÊNCIA, RELATOR; EXISTÊNCIA,


FUNDAMENTAÇÃO, AFASTAMENTO, NULIDADE, EXTINÇÃO DO
PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO; FALTA, EMENDA À
INICIAL.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL APC2844292 DF

ACÓRDÃO: 62190

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 30/11/1992

RELATOR: NANCY ANDRIGHI

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 24/02/1993 Pág: 5.264


REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
ART-585 INC-4 ART-737 INC-1 FED DEC-857/1969 ART-1

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL LOCAÇÃO OBRIGAÇÕES

EMENTA
EXECUÇÃO. OBRIGAÇÕES DECORRENTES DE PACTO
LOCATÍCIO. EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE. AUSÊNCIA DE
SUBSCRIÇÃO DA AVENÇA POR TESTEMUNHAS.
IRRELEVÂNCIA. FIXAÇÃO DE ALUGUEL E REAJUSTES PELA
TAXA DO DÓLAR TURISMO. NULIDADE. DECRETO-LEI 857/69. I-
A EXCEÇÃO DA PRÉ-EXECUTIVIDADE AUTORIZA O INGRESSO
DO EXECUTADO PARA INDIGITAR MÁCULA INAFASTÁVEL,
INDEPENDENTEMENTE DA APRESENTAÇÃO DOS EMBARGOS
DO DEVEDOR. II- PRESENTE A DECLARAÇÃO DE VONTADE
DAS PARTES E INEXISTINDO ALEGAÇÃO DE FALSIDADE, HÁBIL
É O CONTRATO DE LOCAÇÃO A EMBASAR A EXECUÇÃO, NÃO
OBSTANTE A FALTA DA ASSINATURA DE TESTEMUNHAS.
ADEMAIS, O ART. 585, IV, DO CPC NÃO A EXIGE. III- VULNERA O
ART. PRIMEIRO DO DECRETO - LEI 857/69 A ESTIPULAÇÃO DE
PAGAMENTOS EM DÓLAR. CIRCUNSTÂNCIA QUE ACARRETA A
NULIDADE E ILIQUIDEZ DO TÍTULO EXECUTIVO. IV- APELO
DESPROVIDO.

DECISÃO: CONHECER E IMPROVER O APELO,


UNANIMEMENTE.

INDEXAÇÃO: EXECUÇÃO, ALUGUEL, LOCAÇÃO RESIDENCIAL;


CLÁUSULA, CONTRATO, EXIGÊNCIA, PAGAMENTO, VALOR,
LOCAÇÃO, MOEDA ESTRANGEIRA, DÓLAR, TURISMO,
NULIDADE; OCORRÊNCIA, AUSÊNCIA, LIQUIDEZ, TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, DESEMBARGADOR, VOGAL,
CITAÇÃO, GARANTIA, COBRANÇA, RITO ORDINÁRIO.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL APC2847992 DF

ACÓRDÃO: 61019

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 19/10/1992

RELATOR: NÍVIO GONÇALVES

REVISOR: NANCY ANDRIGHI

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 25/11/1992 Pág: 39.523

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: FED LEI-5478/1968 ART-15


CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ART-737 INC-1

RAMO DO DIREITO: DIREITO PROCESSUAL CIVIL EXECUÇÃO


TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL

EMENTA
EXECUÇÃO. NULIDADE. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
TRIPLICATA APTA A ENSEJAR EXECUÇÃO. I- UTILIZA-SE DA
EXECUÇÃO DA PRÉ-EXECUTIVIDADE, QUANDO, EM FACE DE
SITUAÇÃO CONCRETA, A INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO
LITERAL DA LEI CONDUZEM AO ABSURDO, SEM NECESSIDADE
DA PRÉVIA SEGURANÇA DO JUÍZO PARA PODER EXERCITAR O
DIREITO DE DEFESA. II- TRIPLICATA QUE VEM ACOMPANHADA
DE NOTA FISCAL, PROVA DA ENTREGA E INSTRUMENTO DE
PROTESTO POR FALTA DE PAGAMENTO, ESTANDO APTA A
EMBASAR A EXECUÇÃO, NOS TERMOS DO ART. 15 DA LEI
5474/68. III- APELO PROVIDO.
DECISÃO: CONHECER E DAR PROVIMENTO, EM PARTE, À
APELAÇÃO.

INDEXAÇÃO: PRESENÇA, NULIDADE, PROCESSO, EXECUÇÃO,


DESNECESSIDADE, SEGURANÇA, JUÍZO, EXERCÍCIO, DEFESA.
DEMONSTRAÇÃO, PREENCHIMENTO, REQUISITOS,
TRIPLICATA, ANDAMENTO, EXECUÇÃO, PRESENÇA,
ECONOMIA, PROCESSO. DESCABIMENTO, SUCUMBÊNCIA.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: APELAÇÃO CÍVEL E REMESSA DE OFÍCIO


20000150026753APC DF

ACÓRDÃO: 133232

ORGÃO JULGADOR: 3a Turma Civel DATA: 27/11/2000

RELATOR: WELLINGTON MEDEIROS

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 21/02/2001 Pág: 49

OBSERVAÇÃO: TJDF-AGI-832497, APC-36867/1995.


STJ-RESP-30629-6,4033-0

REFERÊNCIAS LEGISLATIVAS: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL


ART-730 219 PAR-4 ART-475 INC-2 FED LEI-8630/1980 ART-16
ART-174 FED LEI-6830/1980 ART-2 PAR-3 ART-219 PAR-4 PAR-2
CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART-5 INC-35

RAMO DO DIREITO: DIREITO CIVIL DIREITO TRIBUTÁRIO

EMENTA
DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE
EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO: ARGÜIÇÃO MEDIANTE
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE; POSSIBILIDADE.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE EM FACE DA INTERPRETAÇÃO
SISTEMÁTICA DA LEI NO 6.830/80 C/C ARTIGOS 219 DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E 174 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO
NACIONAL.
I - A PRESCRIÇÃO É INSTITUTO DE ORDEM PÚBLICA,
PODENDO SER ARGÜIDA EM QUALQUER FASE DO PROCESSO
DE EXECUÇÃO, INCLUSIVE COMO EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
II - CONSIDERA-SE O TERMO INICIAL PARA A CONTAGEM DO
PRAZO PRESCRICIONAL, DE QUE TRATA O ART. 174 DO
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL, A DATA DA CONSTITUIÇÃO
DEFINITIVA DA DÍVIDA, COM A NOTIFICAÇÃO DO DEVEDOR.
DECORRIDOS MAIS DE CINCO ANOS ENTRE ESTA E A
CITAÇÃO VÁLIDA, QUE DEIXOU DE OCORRER EM TEMPO
HÁBIL, POR NÃO TER SIDO PROMOVIDA PELA EXEQÜENTE, HÁ
DE SER RECONHECIDA A INCIDÊNCIA DA PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE. INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA DA LEI NO
6.830/80 C/C ART. 219 DO CPC E 174 DO CTN.
III - RECURSO VOLUNTÁRIO CONHECIDO E DESPROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA, TAMBÉM, EM FACE DO REEXAME
NECESSÁRIO.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO AOS


RECURSOS VOLUNTÁRIO E OFICIAL. PRELIMINAR REJEITADA.
UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: CONFIRMAÇÃO, EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, EXECUÇÃO FISCAL, PRESCRIÇÃO
QUINQUENAL, FAZENDA PÚBLICA, COBRANÇA, DÍVIDA,
CRÉDITO TRIBUTÁRIO, DISTRITO FEDERAL.
Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGI


20000020014454AGI DF

ACÓRDÃO: 140467

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 04/06/2001

RELATOR: ASDRUBAL NASCIMENTO LIMA

REVISOR: HAYDEVALDA SAMPAIO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 13/08/2001 Pág: 102

EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. NULIDADE, OBSCURIDADE,
CONTRADIÇÃO E OMISSÃO. INOCORRÊNCIA.
O RECONHECIMENTO DA PENDÊNCIA DE INQUÉRITO OU
PROCESSO CRIMINAL VISANDO APURAR CRIME CONTRA A
ECONOMIA POPULAR, NÃO IMPÕE O CONHECIMENTO DE
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, POSTO QUE O TÍTULO
EXECUTIVO MOSTRA-SE FORMALMENTE PERFEITO. PARA
DESLINDE DA QUESTÃO, EXIGE-SE DILAÇÃO PROBATÓRIA,
INADMISSÍVEL NA VIA ELEITA.
AUSENTES OS REQUISITOS DO ARTIGO 535, I E II, DO CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL, REJEITAM-SE OS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: SUCESSIVO AO 140304


Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGI


20010020007462AGI DF

ACÓRDÃO: 138925

ORGÃO JULGADOR: 4a Turma Civel DATA: 07/05/2001

RELATOR: LECIR MANOEL DA LUZ

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 06/06/2001 Pág: 39

EMENTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - CONTRADIÇÕES E OMISSÕES -
PRETENDIDO EFEITO MODIFICATIVO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - RECURSO REJEITADO - UNÂNIME.
DEPREENDE-SE DA LEITURA DO V. ACÓRDÃO EMBARGADO
QUE A MATÉRIA FOI ANALISADA À LUZ DO QUE DISPÕE O
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, CONCLUINDO-SE QUE A
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO SUPORTA, EM SEU
BOJO, AS QUESTÕES QUE PRETENDE A EMBARGANTE SEJAM
ACOLHIDAS.
ADEMAIS, O PRETENDIDO EFEITO MODIFICATIVO NÃO
ENCONTRA AMPARO LEGAL, PORQUANTO NÃO ATENDE A
NENHUM DOS PRESSUPOSTOS DO ARTIGO 535 DO CÓDIGO
DE RITOS.
OS EMBARGOS DECLARATÓRIOS POSSUEM SEUS
REQUISITOS ELENCADOS NO REFERIDO DISPOSITIVO LEGAL,
SENDO CABÍVEIS SEMPRE QUE HOUVER NO JULGADO
OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO.

DECISÃO: CONHECER E REJEITAR OS EMBARGOS, À


UNANIMIDADE.
INDEXAÇÃO: SUCESSIVO AO 138422.

Tribunal de Justiça do Distrito Federal

PROCESSO: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGI


20000020040033AGI DF

ACÓRDÃO: 136891

ORGÃO JULGADOR: 5a Turma Civel DATA: 12/02/2001

RELATOR: HAYDEVALDA SAMPAIO

PUBLICAÇÃO: Diário da Justiça do DF: 25/04/2001 Pág: 43

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - ARTIGO
535, CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - SUPRESSÃO DE UM GRAU
DE JURISDIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE.
NÃO SE ADMITEM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO QUANDO SE
PRETENDE TÃO-SOMENTE O REEXAME DA MATÉRIA, NÃO
INCIDINDO NENHUM DOS INCISOS DO ARTIGO 535 DO CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL.
INCABÍVEL SUPRIMIR UM GRAU DE JURISDIÇÃO PARA DECIDIR
A RESPEITO DE MATÉRIA SUSCITADA INADEQUADAMENTE
POR MEIO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, DEVENDO O
EMBARGANTE SE VALER DA AÇÃO ADEQUADA PARA O SEU
EXAME.
RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.

DECISÃO: CONHECER E NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME.

INDEXAÇÃO: SUCESSIVO AO 136302.


PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ALEGAÇÃO DE NULIDADE DA FIANÇA POR FALTA DE
OUTORGA UXÓRIA. DIVERSAS ASSINATURAS LANÇADAS NO
TÍTULO E DECLARAÇÃO DE QUE O CÔNJUGE ESTAVA DE
ACORDO COM A PRESTAÇÃO DE FIANÇA - EXCEÇÃO
DESACOLHIDA - AGRAVO NÃO PROVIDO.
Se no momento em que o Juiz ordenou a citação não era possível
detectar qualquer vício formal, máxime atinente à falta de outorga
uxória para o aperfeiçoamento do pacto adjecto de fiança, posto
constar que o cônjuge do dador de fiança concordava com aquele
ato, aparecendo no pergaminho diversas assinaturas ilegíveis, tem-
se como correta a decisão que rejeitou a exceção de pré-
executividade. Hipótese que tal há de ser deslindada sob o crivo do
contraditório, inclusive com a inauguração da fase probatória.
Decisão:
Negar provimento ao Agravo de instrumento, à unanimidade.
(Agravo de Instrumento nº 20000020008582/DF (126200), 2ª Turma
Cível do TJDFT, Rel. Des. Romão C. Oliveira. j. 04.05.2000, Publ.
DJU 31.05.2000, p. 20).
Siglas Jurídicas:
Código de Processo Civil Art. 618 Inc. I.

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO DE CHEQUE ESPECIAL.
1. Preliminar de nulidade da sentença. Exceção de pré-
executividade. Em se tratando de argüição de nulidade da execução,
a exceção pode ser admitida por simples petição,
independentemente de embargos. Preliminar rejeitada.
2. Mérito. O contrato de abertura de crédito de cheque especial não
é título executivo extrajudicial, vez que os extratos que o
acompanham são produzidos unilateralmente, sem a intervenção
dos devedores. Jurisprudência.
Apelação desprovida.
Decisão:
Conhecer. Negar provimento. Unânime.
(Apelação Cível nº 19990150043305/DF (125337), 3ª Turma Cível do
TJDFT, Rel. Des. Campos Amaral. j. 23.03.2000, Publ. DJU
24.05.2000, p. 23).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. MATÉRIA PRÓPRIA DE


EMBARGOS À EXECUÇÃO. TÍTULOS APTOS A APARELHAR
EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade, com campo restrito a fundamentá-
la, não é própria para canalizar discussão própria de Embargos à
Execução, que pressupõe a garantia prévia do juízo. Títulos, no
caso, aptos, em tese, a aparelhar a execução.
Agravo a que se nega provimento.
Decisão:
(Agravo de Instrumento nº 19990020035462/DF (123328), 4ª Turma
Cível do TJDFT, Rel. Des. Mário Machado. j. 14.02.2000, Publ. DJU
22.03.2000, p. 23).
Observação:
MS 7401

PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


CONTRATOS DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, CONFISSÃO DE
DÍVIDA E FIANÇA - TÍTULOS REPRESENTATIVOS DE DÍVIDA
LÍQUIDA, CERTA E EXIGÍVEL.
A "exceção de pré-executividade", fruto de evolução pretoriana, não
é o procedimento adequado para se combater qualquer execução,
pois, do contrário, estar-se-ia extirpando, contra a vontade do
legislador, parte expressiva do Código de Processo Civil (Título III do
Livro II). Assim, só se pode admitir a utilização desse meio
excepcional de defesa do devedor, se presente, de forma
inquestionável, uma das hipóteses do art. 618 do referido Código.
Constitui título executivo extrajudicial termo de renegociação de
dívida devidamente formalizado, ressalvado ao devedor o manejo de
embargos, garantido o juízo da execução, para a defesa de seus
interesses.
(Agravo de Instrumento nº 20000020015360/DF (127138), 4ª Turma
Cível do TJDFT, Rel. Des. Sérgio Bittencourt. j. 22.05.2000, Publ.
DJU 21.06.2000, p. 36).
Siglas Jurídicas:
Código de Processo Civil Art. 618.

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - FALTA DE ASSINATURA DE TESTEMUNHAS
NO CONTRATO - TERMO ADITIVO - NULIDADE SUPRIDA -
EXIGIBILIDADE DO TÍTULO.
Ainda que não seguro o juízo, o executado pode alegar a nulidade
da execução na hipótese de o título não se revestir das condições de
liquidez, certeza e exigibilidade.
Entretanto, descabe objeção de pré-executividade, se alguma
nulidade existente no contrato formalizado entre as partes, mormente
a ausência de subscrição de duas testemunhas, resta sanada por
termo aditivo posterior que cumpre tal formalidade, ratificando as
obrigações já pactuadas. Nenhum reparo merece a decisão que
conclui que, não havendo qualquer nulidade aferível pela simples
observância do título, subsiste a sua exigibilidade.
Decisão:
Conhecer e improver. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 19990020045466/DF (127246), 4ª Turma
Cível do TJDFT, Relª. Desª. Sandra de Sa ntis. j. 08.05.2000, Publ.
DJU 21.06.2000, p. 35).

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - VIA


INADEQUADA, SE O VÍCIO APONTADO NÃO ERA DETECTÁVEL
NO MOMENTO EM QUE A CITAÇÃO FOI ORDENADA.
A exceção de pré-executividade é a via adequada para o Juiz
apreciar vício que não detectou no momento em que a citação do
executado foi ordenada, mas que mostrava-se visível naquele
instante.
Se, ao contrário, no momento da citação não havia como controlar
tal vício, eis que até para acolhimento das alegações aventadas na
exceção fazia-se necessária a colheita de outras provas, não há que
se falar em exceção de pré-executividade, posto que a pretensão do
devedor há de ser apreciada sob o crivo do contraditório, nas vias
adequadas para tanto.
Decisão:
Negar provimento ao Agravo de Instrumento, à unanimidade.
(Agravo de Instrumento nº 20000020011773/DF (126841), 2ª Turma
Cível do TJDFT, Rel. Des. Romão C. Oliveira. j. 22.05.2000, Publ.
DJU 14.06.2000, p. 26).

PROCESSO CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


LIMITES.
A exceção de pré-executividade, que dispensa a garantia do juízo e
a oferta de Embargos, alicerça-se na demonstração inequívoca de
vício presente no próprio título, e capaz de retirar-lhe os requisitos de
liquidez, certeza ou de exigibilidade.
Eventual erro na planilha de cálculos, que acompanha a inicial do
processo de execução, não torna ilíquido nem vicia o título.
Agravo Regimental não provido. Unânime.
Decisão:
Conhecer. Improver. Unânime.
(Agravo Regimental no AGI nº 20000020008240/DF (126761), 1ª
Turma Cível do TJDFT, Rel. Des. Valter Xavier. j. 20.03.2000, Publ.
DJU 14.06.2000, p. 18).
Siglas Jurídicas:
Código de Processo Civil Art. 585 Inc. II Art. 614 Inc. II.

PROCESSO CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


LIMITES.
A exceção de pré-executividade, que dispensa a garantia do juízo e
a oferta de Embargos, alicerça-se na demonstração inequívoca de
vício presente no próprio título, e capaz de retirar-lhe os requisitos de
liquidez, certeza ou de exigibilidade.
Eventual erro na planilha de cálculos, que acompanha a inicial do
processo de execução, não torna ilíquido nem vicia o título.
Agravo Regimental não provido. Unânime.
Decisão:
Conhecer. Improver. Unânime.
(Agravo Regimental no AGI nº 20000020008240/DF (126761), 1ª
Turma Cível do TJDFT, Rel. Des. Valter Xavier. j. 20.03.2000, Publ.
DJU 14.06.2000, p. 18).
Siglas Jurídicas:
Código de Processo Civil Art. 585 Inc. II Art. 614 Inc. II.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO FUNDADA EM


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. AUSÊNCIA DE EXIGIBILIDADE.
CONDIÇÕES DA AÇÃO.
I - Havendo condição suspensiva não cumprida, perde o título o
requisito de exigibilidade, sem o qual não está hábil a embasar ação
executiva.
II - São pressupostos específicos do processo de execução o
inadimplemento do devedor e a existência de título executivo; na
falta de qualquer deles, sujeita-se a ação à extinção por defeito
formal.
III - Na possibilidade de demonstrar de plano, sem dilações
probatórias, a inexistência de pressupostos de existência e validade
do processo de execução, não está o devedor obrigado a manejar o
instrumento de embargos, que exige segurança do juízo, podendo,
perfeitamente, opor exceção de pré-executividade sem afetação do
seu patrimônio.
IV - A exceção de pré-executividade, por se tratar de incidente
caracteristicamente litigioso, autoriza a imposição dos encargos
advocatícios da sucumbência.
V - Recurso improvido.
Decisão:
Conhecer. Negar provimento. Unânime.
(Apelação Cível nº 19990110161602/DF (124786), 3ª Turma Cível do
TJDFT, Rel. Des. Nívio Gonçalves. j. 27.03.2000, Publ. DJU
03.05.2000, p. 35).

PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - MEIO EXCEPCIONAL DE DEFESA -
IMPOSSIBILIDADE DO CONTRADITÓRIO - ALEGAÇÕES QUE
DEMANDAM DILAÇÃO PROBATÓRIA - DESCABIMENTO -
NECESSIDADE DE MANEJO DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
A defesa em execução faz-se, como regra, por meio de Embargos,
depois de seguro o Juízo, somente permitindo-se a via excepcional
da exceção de pré-executividade, nos próprios autos da execução,
para dedução da questão de ordem pública, a implicar na
inviabilidade do processo executivo, revelada de plano, vez que este
procedimento de caráter incidental não é sucedâneo da via regular
de Embargos do devedor.
Decisão:
Negar provimento. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 19990020038580/DF (127524), 5ª Turma
Cível do TJDFT, Rel. Des. Dácio Vieira. j. 27.04.2000, Publ. DJU
02.08.2000, p. 38).
Observação:
STJ REsp. 296.

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. SEDE


INADEQUADA. EXCESSO DE EXECUÇÃO. ALEGAÇÕES
GENÉRICAS.
1- A exceção de pré-executividade somente se dá nos casos em que
o juiz pode conhecer da matéria de ofício, sendo, portanto, o meio
inadequado para impugnação do quantum exeqüendo.
2- Alegações genéricas em relação a suposto excesso de execução,
sem maiores fundamentos ou demonstração analítica por parte do
insurgente, não merecem acolhida.
Decisão:
Conhecer. Negar provimento. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 19990020029193/DF (124989), 3ª Turma
Cível do TJDFT, Relª. Desª. Ana Maria Duarte Amarante. j.
13.12.1999, Publ. DJU 31.05.2000, p. 25).

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO ANULATÓRIA DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL JÁ ARROSTADO ATRAVÉS DE EMBARGOS À
EXECUÇÃO - INVIABILIDADE. INICIAL INDEFERIDA - SENTENÇA
CONFIRMADA.
A vereda adequada para desconstituir título executivo que aparelha
processo de execução é aquela indicada nos artigos 736 e seguintes
do Código de Processo Civil. Ou, se for o caso, manejar a exceção
de pré-executividade, para que o Juiz possa apreciar alguma
anomalia expurgável, a qualquer tempo, nos termos do art. 267, § 3º,
do Diploma de Ritos.
Apelação não provida.
Decisão:
Negar provimento à Apelação Cível, à unanimidade.
(Apelação Cível nº 19980110125932/DF (118908), 2ª Turma Cível do
TJDFT, Rel. Des. Romão C. Oliveira. j. 04.10.1999, Publ. DJU
27.10.1999, p. 19).
Siglas Jurídicas:
Código de Processo Civil Art. 736 Art. 267

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ALEGAÇÃO DE NULIDADE ABSOLUTA - DESNECESSIDADE DE
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO - PRELIMINAR DE
NÃO CONHECIMENTO - DESCUMPRIMENTO DO ART. 526 DO
CPC.
01. Segundo recente posicionamento do e. Superior Tribunal de
Justiça, a inobservância do preceito legal insculpido no art. 526 do
CPC, por si só, não é motivo suficiente para não conhecer do Agravo
de Instrumento.
02. Considera-se lícito a argüição de nulidade do título executivo por
simples petição; contudo, a exceção de pré-executividade, em
princípio, somente se dá nos casos em que, de ofício, o Juiz pode
conhecer da matéria.
03. Tratando-se de matéria complexa e de dívida de elevado valor,
apropriada se mostra a via dos embargos à execução, porque
permitem a ampla abordagem dos temas suscitados.
04. Agravo de Instrumento desprovido. Unânime.
Decisão:
Negar provimento. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 19990020027573/DF (120020), 5ª Tu rma
Cível do TJDFT, Rel. Des. Romeu Gonzaga Neiva. j. 14.10.1999,
Publ. DJU 24.11.1999, p. 34).
Observação:
STJ - REsp 187195/RJ
Siglas Jurídicas:
Código de Processo Civil Art. 526

PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE- ANTERIOR DEPÓSITO DO DÉBITO COBRADO
- PEDIDO DE DESISTÊNCIA - EXTINÇÃO COM BASE NO ART. 26
DA LEI 6.830 - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
A isenção de ônus da sucumbência conferida à Fazenda Pública
somente ocorre em casos de cancelamento espontâneo do débito,
após o aparelhamento do processo. Extinta a execução em razão de
defesa produzida pela apelada, mesmo que em exceção de pré-
executividade, sem a oposição de embargos, mediante a
comprovação do anterior depósito do imposto pretendido, são
devidos honorários advocatícios pela Fazenda Pública.
Decisão:
Dar provimento. Unânime.
(Apelação Cível nº 5148199/DF (122080), 5ª Turma Cível do TJDFT,
Relª. Desª. Sandra de Santis. j. 04.10.1999, Publ. DJU 16.02.2000,
p. 29).
Observação:
REsp 85869/SC e 82712/SP.
Doutrina:
Comentários ao CPC, Celso A. Barbi, Forense, 1º volume, Tomo I.
Siglas Jurídicas:
Leg. Fed. Lei 6830/1980 Art. 26

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART. 526 DO CPC.


DESCUMPRIMENTO. IRRELEVÂNCIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE PARA ALEGAÇÃO DE MATÉRIA COMPLEXA.
INADMISSIBILIDADE. PENHORA. BEM DE FAMÍLIA. RESSALVA
CONTIDA NO ART. 3º, V DA LEI Nº 8.009/90. RECURSO
IMPROVIDO.
I. Não há que se negar seguimento a agravo de instrumento quando
inatendido o art. 526 do Código de Processo Civil, porque não só
nesta oportunidade é possível proceder-se ao juízo de retratação,
sendo este admitido inclusive no momento do julgamento do recurso.
Não é possível criar conseqüência punitiva em regra jurídica que não
a contém.
II. Por tratar-se de matéria complexa, onde se discute um contrato e
suas cláusulas, não se pode falar no importante princípio da pré-
executividade, possível de ser invocado, de acordo com a doutrina e
a jurisprudência, através de simples petição nos autos.
III. "São penhoráveis, por expressa ressalva contida no art. 3º, V da
Lei nº 8.009/90, os imóveis dados em garantia hipotecária da dívida
exeqüenda" (REsp nº 34.813/RO).
Decisão:
Conhecer. No mérito, negar provimento ao recurso. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 19980020029446/DF (112734), 3ª Turma
Cível do TJDFT, Rel. Des. Nívio Gonçalves. j. 08.02.1999, Publ. DJU
12.05.1999, p. 49).
Observação:
STJ REsp 34813/RO, REsp 172653-RS, REsp 1738 05-SC
Doutrina:
Novo Agravo. J. E. Carreira Alvim. pág. 1O2
Siglas Jurídicas:
Código de Processo Civil Art. 526
Leg. Fed. Lei 8009/1990 Art. 3º Inc. V

PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


CONTRATOS DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, CONFISSÃO DE
DÍVIDA E FIANÇA - TÍTULOS REPRESENTATIVOS DE DÍVIDA
LÍQUIDA, CERTA E EXIGÍVEL.
A "exceção de pré-executividade", fruto de evolução pretoriana, não
é o procedimento adequado para se combater qualquer execução,
pois, do contrário, estar-se-ia extirpando, contra a vontade do
legislador, parte expressiva do Código de Processo Civil (título III do
livro II). Assim, só se pode admitir a utilização desse meio
excepcional de defesa do devedor, se presente, de forma
inquestionável, uma das hipóteses do art. 618 do referido código.
Decisão:
Negar provimento. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 19990020015374/DF (117443), 4ª Turma
Cível do TJDFT, Rel. Des. Sérgio Bittencourt. j. 28.06.1999, Publ.
DJU 09.09.1999, p. 53).
Siglas Jurídicas:
Código de Processo Civil Art. 545

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO


INSTRUÍDO COM CÓPIA DA PROCURAÇÃO OUTORGADA POR
UM DOS AGRAVANTES. DEVEDORES SOLIDÁRIOS POR FIANÇA
EM CONTRATO LOCATÍCIO. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO NA AÇÃO
DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO. ILEGITIMIDADE
PASSIVA NA EXECUÇÃO DE SENTENÇA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ACOLHIDA.
1. Sendo os agravantes devedores solidários, em face do efeito
expansivo previsto no art. 509, parágrafo único, do CPC, pode ser
conhecido de agravo quando há litisconsórcio passivo entre
devedores solidários, sob o patrocínio do mesmo advogado, não
obstante a ausência de cópia da procuração outorgada por um dos
recorrentes.
2. Em execução de sentença ressai manifesta a ilegitimidade dos
fiadores que não integraram o pólo passivo da ação de despejo,
movida corretamente apenas contra a locatária.
3. A exceção de pré-executividade é o instrumento jurídico eficaz
para pleitear o reconhecimento da ilegitimidade passiva ad causam
em processo de execução, porquanto trata-se de matéria que pode
ser conhecida de ofício pelo Juiz.
4. Agravo de instrumento provido para acolher a exceção de pré-
executividade e excluir da execução os agravantes, estendendo-se a
exclusão ao fiador remanescente, que não figura como agravante.
Decisão:
(Agravo de Instrumento nº 19980020009033/DF (117440), 4ª Turma
Cível do TJDFT, Rel. Des. Mario-Zam Belmiro. j. 31.05.1999, Publ.
DJU 09.09.1999, p. 52).
Observação:
TJDF. AGI 6047/96, AC 43601.
RT. 603/141, 2ª TAC/SP. AI 438933, AC Rev. 384058.
Doutrina:
CPC, Primeiras Linhas de Dir. Proc. Civil, p. 09. Moacyr Amaral
Santos
CPC Comentado, p. 913. Nelson Nery Jr.
Siglas Jurídicas:
Código de Processo Civil Art. 525 Art. 48 Art. 509 Art. 20 § 4º § 3º
Leg. Fed. Lei 8009/1990
PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
SENTENÇA PROFERIDA NOS EMBARGOS À EXECUÇÃO. NOVA
TESE - IMPOSSIBILIDADE.
A relação processual clama por estabilidade. Daí não ser possível o
retrocesso para acolhimento de exceção de pré-executividade, com
o fito de que seja proclamada a falta de liquidez, certeza e
exigibilidade de título que, ao tempo da propositura da ação, era
considerado bom para aparelhar a pretensão coercitiva, máxime
tendo havido embargos a execução e nada tendo sido alegado
quanto a esses enfoques, somente o fazendo em face de
julgamentos que vieram a lume traçando novo perfil limitador do
conceito de liquidez de título executivo. Em hipótese desse jaez,
tem-se como razoável a interpretação dada pelo Juiz que ordenou a
citação. E é quanto basta para que o processo continue até o
estuário.
Decisão:
Negar provimento ao agravo de instrumento, por maioria.
(Agravo de Instrumento nº 19990020004999/DF (117374), 2ª Turma
Cível do TJDFT, Rel. Des. Edson Alfredo Smaniotto, Rel. Des. Desig.
Romão C. Oliveira. j. 09.08.1999, Publ. DJU 08.09.1999, p. 16).
Siglas Jurídicas:
Código de Processo Civil Art. 618 Inc. I

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS -
INVIABILIDADE. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO PROVIDO.
A exceção de pré-executividade mostra-se inadequada para
discussão atinente à eficácia de cláusula contratual, máxime quando
se busca restringir o alcance do pacto de fiança, onde
expressamente consta que a garantia prestada pelos fiadores é
ilimitada e se estende até a efetiva entrega do imóvel ao locador.
Decisão:
Negar provimento ao Agravo de Instrumento, à unanimidade.
(Agravo de Instrumento nº 19990020031096/DF (124102), 2ª Turma
Cível do TJDFT, Rel. Des. Romão C. Oliveira. j. 06.12.1999, Publ.
DJU 05.04.2000, p. 16).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE INACOLHIDA. MATÉRIA QUE DEPENDE DE
MAIS DETIDO EXAME DE PROVAS. INVESTIGAÇÕES SÓ
REALIZÁVEIS DENTRO DO AMPLO CONTRADITÓRIO DOS
EMBARGOS À EXECUÇÃO. RECURSO IMPROVIDO.
I - As alegações formuladas pela agravante revolvem matéria ligada
à avença firmada entre partes e fiadores e imprescindem de uma
análise detida acerca das cláusulas desta, a fim de que se verifique
sua validade ou não.
II - Incabível, portanto, tal apreciação nos estreitos limites de uma
exceção de pré-executividade, coadunando-se melhor numa ação de
cognição plena e irrestrita, no caso os Embargos à Execução.
III - Recurso improvido.
Decisão:
Negar provimento. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 19980020031592/DF (114117), 3ª Turma
Cível do TJDF, Rel. Des. Nívio Gonçalves. j. 03.05.1999, Publ. DJU
02.06.1999, p. 38).
Observação:
Curso de Direito Processual Civil. Humberto Theodoro Júnior, pág.
147

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade somente tem cabimento e suporte
para possibilitar o devedor a discutir a irregularidade formal de título,
falta de citação, incompetência absoluta do juízo, impedimento do
juiz e outras questões de ordem pública, as quais o magistrado
poderia conhecer de ofício, jamais para invocar-se revisão de
cláusulas contratuais.
Decisão:
Conhecer e negar provimento. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 19980020030685/DF (113989), 1ª Turma
Cível do TJDF, Rel. Des. Silvânio Barbosa dos Santos. j. 12.04.1999,
Publ. DJU 02.06.1999, p. 25).

DIREITO PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –


OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXTINÇÃO DO
"PROCESSO" POR AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL –
PROVIMENTO PARCIAL À UNANIMIDADE – I – Seja objeção,
termo mais técnico, seja exceção de pré-executividade, como prefere
chamar parte da doutrina, o certo é que o incidente criado pela
argüição por uma das partes da ausência de condições da ação ou
dos pressupostos processuais da execução não cria relação
processual nova, vale dizer, não instaura outra relação triangular
entre o credor, o devedor e o estado-juiz, a ponto de merecer uma
sentença extintiva extra para o referido procedimento. II – Se as
agravantes, como sustentam, estão indevidamente executadas, com
constrição imprópria de seu patrimônio, quando a pretensa credora
não dispõe de título líquido, certo e exigível, é inconteste que
possuem interesse processual em ver apreciada tão relevante
argüição, aqui entendida tal condição da ação como necessidade de
buscar um provimento jurisdicional útil para a defesa de pretenso
direito violado ou ameaçado. III – "se, por outro lado, a prova pré-
constituída produzida quando da argüição da ausência dos requisitos
da execução não for suficiente para o exame da matéria, ou se o
mesmo (o exame da matéria) depender de outros tipos de prova,
deverá o juiz, ainda que dúvidas restem sobre o preenchimento dos
requisitos da execução, rejeitar a argüição para, nos embargos, após
a devida instrução probatória, decidir a matéria" (marcos valls feu
rosa). IV – Não se pode admitir que órgão julgador deixe de apreciar
a argüição, a pretexto de falta de interesse processual da argüente,
pois tal conduta implica privar a parte executada de seus bens sem a
observância do devido processo legal consagrado na constituição. V
– Agravo de instrumento conhecido e parcialmente provido à
unanimidade. (TJDF – AGI 20010020036315 – DF – 3ª T.Cív. – Rel.
Des. Wellington Medeiros – DJU 08.05.2002 – p. 29)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –


PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE DE PARTE REJEITADA –
EXECUÇÃO FUNDADA EM NOTAS PROMISSÓRIAS
VINCULADAS A CONTRATO DE FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO –
ALEGAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE POSTERIOR ADENDO AO
NEGÓCIO INICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
ALEGAÇÃO DE FALTA DE EXIGIBILIDADE DOS TÍTULOS
ORIGINAIS – NECESSIDADE DE SUBMISSÃO DA QUESTÃO
AVENTADA AO MEIO DE DEFESA DOTADO DE COGNIÇÃO E
ATIVIDADE PROBATÓRIA MAIS ALARGADO – RECURSO
IMPROVIDO – I – A alegação despropositada de falta de pertinência
subjetiva do agravante não tem o menor cabimento, posto que, quem
é parte no processo de execução movido em face de várias pessoas,
não tem vinculada sua legitimidade para recorrer à situação jurídica
dos demais. II – Embora a exceção de pré-executividade, acatada
pela doutrina e jurisprudência, seja meio hábil para o
reconhecimento da nulidade da execução, quando lhe faltar alguma
das condições da ação ou dos pressupostos processuais, a
possibilidade do executado valer-se da defesa prévia à expropriação
exige a demonstração plena e inequívoca da carência de requisito
essencial ao desenvolvimento válido e regular da execução. III –
Nesta esteira, já se decidiu que "verificando-se que os fundamentos
da insurgência da parte envolvem aspectos de relativa
complexidade, a exigir, inclusive, a abertura do amplo contraditório,
revela-se imprópria a via estreita da exceção de pré-executividade,
que, embora admitida no processo de execução, por construção
pretoriana, não tem o condão de substituir a ação de embargos em
casos desse jaez" (agi nº 2001.00.2.005221 -7, Rel. Des. Wellington
medeiros). IV – Destarte, igualmente não cabe discutir, porque
dependente da elucidação do questionamento acerca da
exigibilidade ou não dos títulos que embasam a execução, se houve
desobediência ao princípio da menor onerosidade do devedor, se o
exercício da alegada opção do credor pela execução do enlace
original é válido ou não, ou se os fiadores, que não participaram do
adendo contratual, poderiam legitimamente figurar na execução. V –
Agravo improvido. (TJDF – AGI 20010020075408 – DF – 3ª T.Cív. –
Rel. Des. Jeronymo de Souza – DJU 02.05.2002 – p. 108)

AGRAVO REGIMENTAL – PEDIDO LIMINAR – EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE – Incabível pedido liminar em sede de
exceção de pré-executividade. Agravo improvido. (TJDF – AGI
20020020003496 – DF – 4ª T.Cív. – Relª Desª Vera Andrighi – DJU
15.05.2002 – p. 94)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – As matérias que


dependam de dilação probatória não podem ser analisadas em sede
de exceção de pré-executividade, pois esta se presta para nulidades
declaráveis de ofício, as quais comprometem a existência do título.
(TJDF – AGI 20010020067096 – DF – 2ª T.Cív. – Relª Desª Adelith
de Carvalho Lopes – DJU 22.05.2002 – p. 30)

EXECUÇÃO – CONTRATO DE FINANCIAMENTO PARA


AQUISIÇÃO DE BEM – Natureza rural afastada – Não-incidência da
Lei nº 9138/95 – Título líquido certo e exigível – Exceção de pré-
executividade rejeitada – Agravo de instrumento desprovido. O
contrato de financiamento para aquisição de bem ou serviços ou
créditos não direcionados não tem o condão de especificar o crédito ,
convolando-o em crédito rural. O que determina a natureza do
crédito não é a coisa adquirida, mas o próprio contrato de
financiamento. (TJDF – AGI 20010020061606 – DF – 1ª T.Cív. – Rel.
Des. João Mariosa – DJU 15.05.2002 – p. 75)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – REQUISITOS – A exceção de pré-executividade
se justifica em casos onde se patenteia a falta de condições da ação,
o que não ocorre na hipótese vertente, uma vez que não há provas
contundentes da quitação do débito, possuindo o título todos os
requisitos hábeis a lhe conferir executividade. (TJDF – AGI
20010020063348 – DF – 3ª T.Cív. – Rel. Des. Vasquez Cruxên –
DJU 22.05.2002 – p. 38)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – TERMO DE


RENEGOCIAÇÃO DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO – ASSINATURA
INAUTÊNTICA – FALSIFICAÇÃO – RESPONSABILIDADE – Não
existindo nos autos prova que corrobore a tese do réu de que a
autora já tinha ciência do documento adulterado, não há como
responsabilizá-la pela falsificação pelo simples fato de ter a mesma
relação de parentesco com os outros executados. (TJDF – APC
19990110594127 – DF – 4ª T.Cív. – Rel. Des. Sérgio Bittencourt –
DJU 03.04.2002 – p. 49)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


ALONGAMENTO E SECURITIZAÇÃO DA DÍVIDA – UTILIZAÇÃO
PELO DEVEDOR MAIS DE UMA VEZ – 1 – A exceção de pré-
executividade configura meio atípico e excepcional de defesa,
somente se admitindo quando o vício que se atribui ao título, ou
inadimplemento, se apresenta suficientemente hábil a invalidar a
execução, sem necessidade de exigir-se da parte que garanta o
juízo pela penhora, hipótese que não se verifica no caso. 2 – se os
devedores renegociaram a dívida, utilizando-se do chamado
alongamento e securitização, previstos na Lei nº 9.138/95 e
Resolução nº 2471/98 do Banco Central, não podem usufruir desse
benefício novamente, consoante vedação contida no inciso I, do § 1º,
do art. 1º, da referida Resolução 2471/98. 3 – agravo não provido.
(TJDF – AGI 20010020059947 – DF – 1ª T.Cív. – Rel. Des. Valter
Xavier – DJU 03.04.2002 – p. 18)
EXECUÇÃO DE ALIMENTOS FIXADOS EM AÇÃO DE
INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – EFEITOS DA CONDENAÇÃO A PARTIR DA
CITAÇÃO – AGRAVO DE INSTRUMENTO – NEGATIVA DE
SEGUIMENTO POR MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE –
AGRAVO REGIMENTAL – IMPROCEDÊNCIA – Impõe-se a negativa
de seguimento, por manifestamente improcedente, nos termos em
que prescreve o art. 557, do Código de Processo Civil, a agravo de
instrumento interposto em face de despacho proferido em ação
execução de alimentos que indefere pedido formulado em exceção
de pré-executividade, de decretação de nulidade da execução,
porquanto, de conformidade com reiterada jurisprudência desta
corte, bem como do colendo Superior Tribunal de Justiça,
amplamente pacificada, o termo inicial dos alimentos arbitrados em
ação de investigação de paternidade é a data da citação. Agravo
regimental a que se nega provimento. (TJDF – AGI 20010020061682
– DF – 3ª T.Cív. – Rel. Des. Vasquez Cruxên – DJU 03.04.2002 – p.
30)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EMISSÃO


DE NOTA PROMISSÓRIA VINCULADA A CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO – INEXISTÊNCIA DE TÍTULO
EXECUTIVO – 01. "A nota promissória vinculada a contrato de
abertura de crédito, nos termos do verbete 233 da súmula/STJ, não
goza de autonomia, em face da iliquidez do título que a originou"
(STJ/resp 297.873/CE, 4ª turma, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo
Teixeira, DJU 02.04.2001). 02. Negou-se provimento. Unânime.
(TJDF – APC 20010150006728 – DF – 5ª T.Cív. – Rel. Des. Romeu
Gonzaga Neiva – DJU 30.04.2002 – p. 135)

PROCESSO CIVIL – EMBARGOS À EXECUÇÃO –


INTEMPESTIVIDADE – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
SUSPENSÃO DO FEITO – 1. A oposição de exceção de pré-
executividade não suspende e nem interrompe o prazo para
oposição dos embargos à execução, os quais devem ser opostos no
decêndio legal. 2. Recurso improvido. (TJDF – APC
20010110232823 – DF – 4ª T.Cív. – Relª Desª Vera Andrighi – DJU
30.04.2002 – p. 126)

DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE


INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO EM RELAÇÃO A UM
DOS EXECUTADOS – PRELIMINAR DE INADEQUAÇÃO DA VIA
RECURSAL ELEITA – CONTRATO DE LOCAÇÃO POR PRAZO
DETERMINADO – CLÁUSULAS INCOMPATÍVEIS ENTRE SI –
FIANÇA – INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA – NATUREZA DA
OBRIGAÇÃO – PRORROGAÇÃO DO CONTRATO EX VI LEGIS,
SEM PRÉVIA ANUÊNCIA DO FIADOR – POSSIBILIDADE DE
EXONERAÇÃO DA GARANTIA FIDEJUSSÓRIA – INTELIGÊNCIA
DO ENUNCIADO DA SÚMULA Nº 214 DO COLENDO STJ –
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO – I. A decisão que exclui
apenas um dos litisconsortes (ativo ou passivo) do processo não é
sentença, mas decisão interlocutória, pois o processo continuará
relativamente ao outro litisconsorte, havendo de se rejeitar, nessa
hipótese, preliminar de inadequação da via recursal eleita, já que o
recurso interposto foi o agravo de instrumento. II. Vencido o contrato
e prorrogado por prazo indeterminado, ex vi da Lei do inquilinato,
considera-se desobrigado o fiador, embora contenha dito acordo
cláusula dispondo que a responsabilidade deste perdurará enquanto
subsistir a do locatário, até final solução de todas as obrigações
contratuais. III. A permanência do locatário no imóvel, além do prazo
determinado no contrato locatício, sem prévia e expressa anuência
do fiador, implica modificação de cláusula nuclear do contrato.
Situação que se amolda à orientação preconizada pela Súmula
214/STJ. IV. Não obstante o tratamento severo dado pela Lei aos
fiadores, não se pode deixar de reconhecer ser, no mínimo,
contraditório aquele contrato de locação que, numa de suas
cláusulas, fixa, em prazo certo e determinado, a responsabilidade
decorrente da fiança, e, noutras, estabelece que a obrigação
permanecerá, até a efetiva entrega das chaves, bem assim a
renúncia dos fiadores à exoneração da fiança, na hipótese de
prorrogação contratual. Evidentemente, ou a primeira afasta as
outras, ou estas aquela fulminam, pois não podem subsistir a um só
tempo, no mesmo contrato, ante a sua total incompatibilidade. V. A
natureza jurídica do contrato de fiança que, em última análise, é ato
benéfico, de boa-fé, personalíssimo, impõe a sua interpretação
restritiva. Inteligência da norma inserta no art. 1483 do Código Civil.
VI. O colendo Superior Tribunal de Justiça, corte suprema a ser
considerada no deslinde das demandas envolvendo a fiança,
expressamente se tem manifestado no sentido de que não pode o
fiador responder por obrigações decorrentes de aditamento
contratual com o qual não anuiu, mesmo que o contrato consigne a
sua responsabilidade até a entrega das chaves. (STJ. 5ª turma.
RESP 108661/SP, Rel. Min. José Arnaldo da Fonseca. 18.2.1997,
entre outros) VII. Recurso conhecido e desprovido por maioria.
(TJDF – AGI 20010020058315 – 3ª T.Cív. – Rel. p/o Ac. Des.
Wellington Medeiros – DJU 06.03.2002 – p. 90)

PROCESSO CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO


– EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Nulidade do título
ventilada sob alegação de inexistência da multa contratual cobrada.
Discussão inviável em sede de exceção. Rejeição cabível.
Manutenção da decisão recorrida. Agravo improvido. Não merece
guarida o agravo de instrumento interposto em sede de ação de
execução, eis que cabível a rejeição da exceção de pré-
executividade, como decidido pela MM. Juíza singular, porquanto
não se verificam em epígrafe nenhuma das hipóteses de caráter
excepcionais que autorizam o seu acolhimento. É que, na espécie, a
argumentação da agravante diz respeito à multa de 20% cobrada, a
qual sustenta não constar do ajuste como alegado pelo exeqüente.
Ora, tal colocação conduz, em princípio, ao excesso da execução e
não à nulidade do título como pretendido. Inexistindo prova
inequívoca da inviabilidade do prosseguimento do processo de
execução, afasta-se o acolhimento da exceção suscitada. (TJDF –
AGI 20010020023607 – 3ª T.Cív. – Rel. Des. Jeronymo de Souza –
DJU 13.03.2002 – p. 43)

DIREITO PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO DE EXECUÇÃO –


CRÉDITO ORIUNDO DE CONTRATO DE LEASING – AGRAVO DE
INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO QUE REJEITA EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE – NECESSIDADE DE ABERTURA DO
AMPLO CONTRADITÓRIO – DESPROVIMENTO DO RECURSO – I.
Se a matéria é de ordem pública e decretável de ofício pelo juiz, e,
como tal, insuscetível de preclusão, não há sentido para que não
seja, desde logo, apreciada nos próprios autos da execução, embora
se deva ter especial cuidado para que o instituto da objeção de pré-
executividade não seja transformado em apenas mais um
instrumento de procrastinação do feito executivo, que, hoje, na
prática, infelizmente, longe está de responder com eficácia àquilo
que o sistema processual para ele desenha [CF. Clito fornaciari
Júnior]. II. Verificando-se que os fundamentos da insurgência da
parte envolvem aspectos de relativa complexidade, a exigir,
inclusive, a abertura do amplo contraditório, revela-se imprópria a via
estreita da exceção de pré-executividade, que, embora admitida no
processo de execução, por construção pretoriana, não tem o condão
de substituir a ação de embargos em casos desse jaez, não obstante
alegue a parte vício afeto a pressuposto processual. Precedentes
deste egrégio TJDF. III. Recurso conhecido e desprovido. (TJDF –
AGI 20010020046787 – 3ª T.Cív. – Rel. Des. Wellington Medeiros –
DJU 13.03.2002 – p. 43)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –


PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO REJEITADA –
EXECUÇÃO FUNDADA EM CONTRATO DE LOCAÇÃO –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO EM CASOS
DE NULIDADE – AFASTAMENTO DAS ALEGAÇÕES DE
ILIQUIDEZ E INCERTEZA DA DÍVIDA COBRADA COM BASE NO
TÍTULO – RECURSO IMPROVIDO – I. Não se vinculando o juízo de
admissibilidade recursal à jurisprudência dominante de tribunal, mas
ao preenchimento dos requisitos intrínsecos e extrínsecos, presentes
na espécie, revela-se absolutamente infundado o pedido de não
conhecimento do agravo. Preliminar rejeitada. II. Embora a exceção
de pré-executividade, acatada pela doutrina e jurisprudência, seja
meio hábil para o reconhecimento da nulidade da execução, quando
lhe faltar alguma das condições essenciais de manejo impostas em
Lei, como a liquidez, a certeza e exigibilidade (art. 618, inciso I, c/c
art. 586, do CPC), a possibilidade do executado valer-se da defesa
prévia à expropriação exige a demonstração plena e inequívoca da
carência de requisito essencial ao desenvolvimento válido e regular
da execução. III. Nesta esteira, constituindo o contrato de locação
título executivo extrajudicial, servindo para a cobrança dos aluguéis
bem como dos encargos nele previstos (art. 585, inciso IV, do CPC,
c/c art. 23, inciso I, da Lei n. 8.245/91), não há como se acolher a
alegação de iliquidez e incerteza da dívida cobrada com base no
referido título, uma vez que não maculam sua liquidez o modelo de
correção monetária do valor mínimo do aluguel contratado, ainda
que haja certa complexidade nas suas estipulações, nem afasta a
certeza da dívida a cobrança de encargos e despesas incidentes
sobre a loja comercial objeto de locação, consoante previsão
contratual e assembléia do condomínio. IV. Destarte, não se
revelando de plano os vícios alegados, eventual desacerto na
cobrança não enseja a negativa da via executiva por deficiência do
título, mas excesso de execução, a ser questionado na via própria
dos embargos. V. Agravo de instrumento conhecido, mas improvido.
(TJDF – AGI 20010020060634 – 3ª T.Cív. – Rel. Des. Jeronymo de
Souza – DJU 13.03.2002 – p. 44)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – PROCEDER
INSTRUMENTAL – HIPÓTESES E CABIMENTO – RECURSO
IMPROVIDO, UNÂNIME – A exceção de pré-executividade, fruto da
construção pretoriana, tem espaço, somente, na hipótese do art.
618, do Código de Processo Civil, ou quando faltante, no
procedimento, os pressupostos processuais e as condições da ação.
Fora desses casos, o executado terá de se submeter aos rigores do
proceder instrumental. (TJDF – AGI 20010020049016 – 1ª T.Cív. –
Rel. Des. Eduardo de Moraes Oliveira – DJU 13.03.2002 – p. 19)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – MEIO EXCEPCIONAL DE DEFESA –
INOCORRÊNCIA – DILAÇÃO PROBATÓRIA – IMPOSSIBILIDADE –
EXISTÊNCIA DE REMÉDIO JURÍDICO ESPECÍFICO – RECURSO
IMPROVIDO – A defesa no processo de execução faz-se, de
ordinário, por meio de embargos, depois de seguro o juízo,
permitindo-se, contudo, a via excepcional da exceção de pré-
executividade, que se dá nos próprios autos, para dedução apenas
de questões de ordem pública reveladas de plano, podendo o juiz,
de ofício, conhecer da matéria e dispor sobre a inviabilidade do
processo, uma vez que este procedimento tem caráter incidental e
não é sucedânio da via regular de embargos do devedor. (TJDF –
AGI 20010020005753 – 5ª T.Cív. – Rel. Des. Dácio Vieira – DJU
20.03.2002 – p. 90)

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – NULIDADE DA FIANÇA – ACOLHIMENTO – 01.
A fiança está estritamente vinculada à pessoa do afiançado e não é
possível, a teor do disposto no art. 1.483 do Código Civil, a sua
interpretação extensiva. 02. Apelação desprovida. Unânime. (TJDF –
APC 20000710098089 – 5ª T.Cív. – Rel. Des. Romeu Gonzaga
Neiva – DJU 20.03.2002 – p. 96)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – INDEFERIMENTO LIMINAR – DECISÃO
MANTIDA – RECURSO IMPROVIDO – UNÂNIME – A exceção de
pré-executividade é remédio tolerado pelo poder judiciário e tem, por
finalidade, a dedução da questão de ordem pública, e, em
conseqüência, apreciável de ofício, que implique a inviabilidade do
processo executivo. Deste modo, deveria o agravante comprovar,
nesta sede recursal, de forma inequívoca, o pagamento da dívida
exeqüenda, a fim de ver reformada a decisão agravada. (TJDF – AGI
20010020068407 – 4ª T.Cív. – Rel. Des. Lecir Manoel da Luz – DJU
20.03.2002 – p. 78)

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO DE EXECUÇÃO MOVIDA


CONTRA OS FIADORES DO CONTRATO LOCATÍCIO – EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ACOLHIMENTO – ALEGADO
CERCEAMENTO DE DEFESA – REJEIÇÃO – MÉRITO –
PRORROGAÇÃO DO CONTRATO – AUSÊNCIA DE ANUÊNCIA DO
FIADOR – SENTENÇA MANTIDA – APELO IMPROVIDO –
MAIORIA – A exceção de pré-executividade se presta a alegar
matérias que o juiz deveria conhecer de ofício, como a inexistência
do título executivo, ilegitimidade das partes ou outra circunstância
que envolva as próprias condições da ação. A extinção do feito em
relação a dois dos fiadores não caracteriza o alegado cerceamento
de defesa, eis que a regularidade processual é matéria de ordem
pública, devendo ser apreciada ex officio pelo juiz. O fiador não é
obrigado a permanecer como garante do contrato de locação
indefinidamente e contra sua vontade. (TJDF – APC
20000110380719 – 4ª T.Cív. – Rel. p/o Ac. Des. Lecir Manoel da Luz
– DJU 20.03.2002 – p. 79)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO DE


PAGAMENTO E/OU FALSIDADE DO TÍTULO – TEMAS
IMPERTINENTES NA VIA ELEITA – INDEFERIMENTO TARDIO,
APÓS A OITIVA DO EXEQÜENTE, QUE JUNTOU DOCUMENTOS
– AGRAVO DE INSTRUMENTO INVOCANDO OFENSA AO
ARTIGO 398 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – RECURSO
NÃO-PROVIDO – A exceção de pré-executividade serve para
demonstrar as nulidades que o juiz havia de enxergar através de
exame prefacial do título, antes de ordenar a citação. Daí, bem se vê
que, se o indigitado vício, para ser detectado, está a depender de
prova a ser colhida, inclusive prova pericial, a via eleita. Exceção de
pré-executividade. Mostra-se inidônea. Conseqüentemente, ainda
que o juiz somente tenha indeferido tal pedido após ouvir o
exeqüente, que carreou, indevidamente, documentos para os autos,
mesmo assim, não tem aplicação o artigo 398 do CPC, pois o
processo de execução não comporta elastério probatório. Agravo de
instrumento não-provido. Negar provimento ao agravo de
instrumento, à unanimidade. (TJDF – AGI 20010020050155 – 2ª
T.Cív. – Rel. Des. Romão C. Oliveira – DJU 20.02.2002 – p. 76)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – NULIDADE – PROVA


INEQUÍVOCA – A exceção de pré-executividade, por construção
doutrinária e jurisprudencial, visa anular o processo de execução em
casos em que há prova inequívoca do vício que contamina o feito,
não sendo cabível quando necessária dilação probatória para a
comprovação do defeito suscitado. Negar provimento ao agravo, à
unanimidade. (TJDF – AGI 20010020015457 – 2ª T.Cí v. – Rel. Des.
Edson Alfredo Smaniotto – DJU 20.02.2002 – p. 75)

DIREITO PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO DE EXECUÇÃO –


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL – IMPOSSIBILIDADE – EXTINÇÃO – EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ACOLHIMENTO – NULIDADE DA
EXECUÇÃO – CONDENAÇÃO DO CREDOR EM HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS – RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO À
UNANIMIDADE – I – Tem orientado o Superior Tribunal de Justiça
no sentido de que o contrato de abertura de crédito, fixo ou rotativo,
ainda que acompanhado dos extratos bancários, não constitui título
executivo extrajudicial apto a ensejar ação de execução, em face da
incerteza e iliquidez da dívida cobrada, sem a necessária
individualização em extrato confiável, já que é sempre produzido de
forma unilateral. II – A nota promissória vinculada ao contrato de
abertura de crédito não goza de autonomia, em face da própria
iliqüidez do título que a originou. III – O acolhimento da exceção de
pré-executividade importa extinção da execução, mediante sentença
declaratória negativa, em que a sucumbência do credor impõe a ele
arcar com o pagamento dos honorários advocatícios, conforme o art.
20, § 4º, do CPC. IV – Recurso conhecido e desprovido à
unanimidade. Conhecer do recurso e a ele negar provimento.
Unânime. (TJDF – APC 19980110703284 – 3ª T.Cív. – Rel. Des.
Wellington Medeiros – DJU 20.02.2002 – p. 86)

DIREITO PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO DE EXECUÇÃO –


CRÉDITO ORIUNDO DE FIANÇA PRESTADA EM CONTRATO DE
LOCAÇÃO – AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO
QUE REJEITA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E
CONSIDERA APTO O TÍTULO EXEQÜENDO – NECESSIDADE DE
DILAÇÃO PROBATÓRIA – DESPROVIMENTO DO RECURSO À
UNANIMIDADE – I – Se a matéria é de ordem pública e decretável
de ofício pelo juiz, e, como tal, insuscetível de preclusão, não há
sentido para que não seja, desde logo, apreciada nos próprios autos
da execução, embora se deva ter especial cuidado para que o
instituto da objeção de pré-executividade não seja transformado em
apenas mais um instrumento de procrastinação do feito executivo,
que, hoje, na prática, infelizmente, longe está de responder com
eficácia àquilo que o sistema processual para ele desenha. II –
Verificando-se que os fundamentos da insurgência da parte
envolvem aspectos de relativa complexidade, a exigir, inclusive, a
abertura do amplo contraditório, revela-se imprópria a via estreita da
exceção de pré-executividade, que, embora admitida no processo de
execução, por construção pretoriana, não tem o condão de substituir
a ação de embargos em casos desse jaez, não obstante alegue a
parte vício afeto a pressuposto processual. Precedentes deste
egrégio TJDF. III – Recurso conhecido e desprovido à unanimidade.
Conhecer do recurso e a ele negar provimento. Unânime. (TJDF –
AGI 20010020052217 – 3ª T.Cív. – Rel. Des. Wellington Medeiros –
DJU 14.02.2002 – p. 170)

PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS À EXECUÇÃO – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – I – A exceção de pré-executividade só
pode ser admitida em casos excepcionais, diante da prova
inequívoca da inviabilidade do prosseguimento do processo de
execução, por vício detectável à época de sua propositura. II – A
exceção de pré-executividade visa a desconstituição do título
executivo, só sendo cabível quando este possui flagrante nulidade,
comprovável de pronto, sem necessidade de dilação probatória,
demonstrando a plena e inequívoca carência de requisito essencial
ao desenvolvimento válido e regular da execução, não sendo hábil
ao debate de eventual excesso na cobrança. No presente caso, as
alegadas nulidades não foram comprovadas, de modo a não poder
prosperar a pretensão de ver anulado o título executivo pela via de
exceção de pré-executividade. Agravo de instrumento improvido.
Conhecer. Negar-se provimento. Unânime. (TJDF – AGI
20010020052722 – 3ª T.Cív. – Rel. Des. Jeronymo de Souza – DJU
20.02.2002 – p. 84)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


POSSIBILIDADE – AGRAVO PROVIDO – 1. A exceção de pré-
executividade teve por fundamento a ilegitimidade passiva dos
executados/agravantes, a falta de exequibilidade dos títulos, além do
excesso à execução. O juiz monocrático rejeitou de plano a exceção,
sob a alegação de que a matéria teria extrapolado os lindes da
exceção, sendo vedado em cognição sumária a discussão do pacto
sem garantir o juízo. 2. A questão da ilegitimidade para figurar no
pólo passivo da execução por si só caracteriza objeto da exceção de
pré-executividade. 3. A exceção pode ser discutidade na própria
execução, inclusive de ofício pelo juiz, sem necessidade de
embargos ou de segurança de juízo. 4. Agravo provido para
determinar a volta à vara de origem, a fim de que o juiz decida a
exceção. Dar provimento, nos termos do voto do primeiro vogal.
Unânime. (TJDF – AGI 20010020021943 – 1ª T.Cív. – Rel. Des.
João Mariosa – DJU 25.02.2002 – p. 44)
TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DE ALÇADA DO ESTADO DO PARANÁ

Tribunal de Justiça do Paraná

ACÓRDÃO: 17127

DESCRIÇÃO: AGRAVO DE INSTRUMENTO


RELATOR: DES. RUY FERNANDO DE OLIVEIRA
COMARCA: PARANAVAI - VARA INF JUV FAM E ANEXOS
ORGÃO JULGADOR: TERCEIRA CAMARA CIVEL

PUBLICAÇÃO: 15/05/2000

EMENTA
DECISAO: ACORDAM OS DESEMBARGADORES INTEGRANTES
DA TERCEIRA CAMARA CIVEL DO TRIBUNAL DE JUSTICA DO
PARANA, POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM NAO CONHECER
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO, COMO ACIMA DEFINIDO.
EMENTA: EXECUCAO - TITULO JUDICIAL - ACORDO
HOMOLOGADO EM VARA DE FAMILIA - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - DECISAO QUE DETERMINA A EFETIVACAO
DA PENHORA - AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA ESTA -
ALEGADAS FALTA DE FUNDAMENTACAO, AUSENCIA DE
TITULO EXECUTIVO, PRESCRICAO E INCOMPETENCIA DO
JUIZO - MATERIA DEPENDENTE DE APRECIACAO NA MESMA
VIA OU NA DOS EMBARGOS DO DEVEDOR - POSSIBILIDADE DE
SUPRESSAO DE UM GRAU DE JURISDICAO - AUSENCIA DE
CARATER LESIVO DA DECISAO -RECURSO NAO CONHECIDO.
DECISÃO: NAO ESPECIFICADO

Tribunal de Justiça do Paraná


ACÓRDÃO: 17782

DESCRIÇÃO: AGRAVO DE INSTRUMENTO


RELATOR: DES. PACHECO ROCHA
COMARCA: REALEZA - VARA UNICA
ORGÃO JULGADOR: PRIMEIRA CAMARA CIVEL

PUBLICAÇÃO: 08/05/2000

EMENTA
DECISAO: ACORDAM OS DESEMBARGADORES INTEGRANTES
DA PRIMEIRA CAMARA CIVEL DO TRIBUNAL DE JUSTICA DO
ESTADO DO PARANA, POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM
NEGAR PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
EMENTA: EXECUCAO FISCAL - CITACAO E PENHORA DE BENS
DE SOCIO. O SIMPLES FATO DE SER OPOSTA UMA EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE NAO TEM O CONDAO DE, " IPSO
FACTO", SUSPENDER OS ATOS EXECUTIVOS, VISTO QUE, NAO
SE CONCRETIZANDO MANIFESTO EQUIVOCO DO JUIZO EM
ORDENAR A REALIZACAO DE TAIS ATOS, O TEMA DEVERA SER
TRATADO NA SUA SEDE APROPRIADA, OS EMBARGOS DO
DEVEDOR.
DECISÃO: NAO ESPECIFICADO

Tribunal de Justiça do Paraná

ACÓRDÃO: 17921

DESCRIÇÃO: AGRAVO DE INSTRUMENTO


RELATOR: DES. SIDNEY MORA
COMARCA: LONDRINA - 2ª VARA CIVEL
ORGÃO JULGADOR: SEGUNDA CAMARA CIVEL

PUBLICAÇÃO: 28/08/2000

EMENTA
DECISAO: ACORDAM, OS EXCELENTISSIMOS SENHORES
DESEMBARGADORES INTEGRANTES DA SEGUNDA CAMARA
CIVEL DO EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DO
PARANA, POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM DAR
PROVIMENTO.
EMENTA: EXECUCAO DE TITULO JUDICIAL. HONORARIOS
ADVOCATICIOS SUCUMBENCIAIS ARBITRADOS ANTES DO
ADVENTO DA LEI Nº 8.906/94.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE OPOSTA SOB O PRINCIPAL
ARGUMENTO DE QUE O VALOR PLEITEADO NA EXECUCAO
ERA INDEVIDO, PORQUANTO JA FORA PAGO MEDIANTE
COMPENSACAO. INCIDENTE REJEITADO AO FUNDAMENTO DE
QUE A MENCIONADA COMPENSACAO SE DEU EM PESSOA
DIVERSA DO REAL CREDOR (QUE NO ENTENDER DO ILUSTRE
MAGISTRADO E O ADVOGADO), E AINDA PORQUE, NELE SE
DISCUTE MATERIA PROPRIA DE EMBARGOS, QUAL SEJA, O
CABIMENTO OU NAO DE JUROS MORATORIOS E SEU
PERCENTUAL, A QUAL NAO PODE SER APRECIADA EM SEDE
DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. AGRAVO.
COMPENSACAO DOS CREDITOS. OCORRENCIA. JUROS
MORATORIOS INDEVIDOS NA ESPECIE, POR FORCA,
INCLUSIVE, DE DECISAO TRANSITADA EM JULGADO.
ACOLHIMENTO DA EXCECAO. DESPACHO REFORMADO.
AGRAVO PROVIDO.
EXECUCAO EXTINTA. APLICACAO, POR ANALOGIA, DA
SOLUCAO DADA EM RECURSOS INTERPOSTOS CONTRA
SENTENCAS PROFERIDAS EM AUTOS DE FALENCIA E DE
EXCECOES (ART. 304 DO CPC), OU SEJA, EM CASOS QUE TAIS,
PODERA O COLEGIADO DAR PROVIMENTO AO AGRAVO, COM
MODIFICACAO DA DECISAO MONOCRATICA.
DECISÃO: NAO ESPECIFICADO

Tribunal de Justiça do Paraná

ACÓRDÃO: 4237

DESCRIÇÃO: AGRAVO DE INSTRUMENTO


RELATOR: DES. FLEURY FERNANDES
COMARCA: CURITIBA - 15ª VARA CIVEL
ORGÃO JULGADOR: QUINTA CAMARA CIVEL

PUBLICAÇÃO: 22/11/1999

EMENTA
DECISAO: DECIDE O TRIBUNAL DE JUSTICA DO PARANA, POR
SUA 5ª CAMARA CIVEL, A UNANIMIDADE DE VOTOS, DAR
PROVIMENTO AO AGRAVO. EMENTA: EXECUCAO. EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE. OFERECIMENTO DOIS MESES
DEPOIS DA CITACAO. MERO QUESTIONAMENTO DE
CALCULOS.
IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO.
DECISÃO: NAO ESPECIFICADO

Tribunal de Justiça do Paraná

ACÓRDÃO: 4687

DESCRIÇÃO: AGRAVO DE INSTRUMENTO


RELATOR: DES. ANTONIO LOPES DE NORONHA
COMARCA: FOZ DO IGUACU - 1ª VARA CIVEL
ORGÃO JULGADOR: SEXTA CAMARA CIVEL

PUBLICAÇÃO: 03/04/2000

EMENTA
DECISAO: ACORDAM OS DESEMBARGADORES INTEGRANTES
DA SEXTA CAMARA CIVEL DO TRIBUNAL DE JUSTICA DO
ESTADO DO PARANA, POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM
NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO. EMENTA: AGRAVO DE
INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - FATO
GERADOR DA OBRIGACAO TRIBUTARIA ANTERIOR AO
ARQUIVAMENTO, NA JUNTA COMERCIAL DO PARANA, DO ATO
DE RETIRADA DO AGRAVANTE DA EMPRESA COMERCIAL -
RESPONSABILIDADE TRIBUTARIA DO SOCIO DA EMPRESA,
ORA AGRAVANTE, COMO CO-RESPONSAVEL TRIBUTARIO NA
QUALIDADE DE SUJEITO PASSIVO SOLIDARIO - EXEGESE DO
ARTIGO 124, I, DO CODIGO TRIBUTARIO NACIONAL - RECURSO
DESPROVIDO - DECISAO UNANIME. - A EXISTENCIA DO FATO
GERADOR DA OBRIGACAO TRIBUTARIA, ANTERIOR AO
ARQUIVAMENTO DA ALTERACAO CONTRATUAL NA JUNTA
COMERCIAL DO PARANA, PELA QUAL O ORA AGRAVANTE
DEIXOU A SOCIEDADE, ENSEJA A SUA VALIDADE PERANTE
TERCEIROS.
DECISÃO: NAO ESPECIFICADO

Tribunal de Justiça do Paraná

ACÓRDÃO: 4777

DESCRIÇÃO: AGRAVO DE INSTRUMENTO


RELATOR: JUIZ LAURO LAERTES DE OLIVEIRA
COMARCA: CURITIBA - 11ª VARA CIVEL
ORGÃO JULGADOR: QUINTA CAMARA CIVEL
PUBLICAÇÃO: 27/03/2000

EMENTA
DECISAO: ACORDAM OS JULGADORES INTEGRANTES DA 5ª
CAMARA CIVEL DO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DO
PARANA, POR UNANIMIDADE DE VOTOS, EM DAR
PROVIMENTO AO RECURSO NOS TERMOS SUPRA. EMENTA:
ARBITRAMENTO DE HONORARIOS - INVENTARIO - NOS
PROPRIOS AUTOS - INADMISSIBLIDADE - EXIGE-SE MEDIDA
PREPARATORIA OU PROCESSO DE CONHECIMENTO -
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - NULIDADE
CONFIGURADA - AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECURSO
PROVIDO. NA FALTA DE CONTRATO ESCRITO ESTIPULANDO
OS HONORARIOS ADVOCATICIOS INCUMBE AO PATRONO
PLEITEAR O ARBITRAMENTO JUDICIAL EM MEDIDA
PREPARATORIA AUTONOMA OU PROCESSO DE
CONHECIMENTO. INADMISSIVEL O ARBITRAMENTO NOS
PROPRIOS AUTOS DE INVENTARIO, O QUE VIOLA OS
PRINCIPIOS DO CONTRADITORIO E DO DEVIDO PROCESSO
LEGAL.
DECISÃO: NAO ESPECIFICADO

Tribunal de Justiça do Paraná

ACÓRDÃO: 5133

DESCRIÇÃO: AGRAVO DE INSTRUMENTO


RELATOR: INDEFINIDO
COMARCA: CURITIBA - 7ª VARA CIVEL
ORGÃO JULGADOR: SEXTA CAMARA CIVEL

PUBLICAÇÃO: 07/08/2000
EMENTA
DECISAO: ACORDAM OS INTEGRANTES DA SEXTA CAMARA
CIVEL DO TRIBUNAL DE JUSTICA DO PARANA, POR
UNANIMIDADE DE VOTOS, EM NEGAR PROVIMENTO AO
AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSTO POR HUMBERTO
SANTOS CAMPOS.
EMENTA: EXECUCAO DE TITULO JUDICIAL - ALEGACAO DE
NULIDADE DA SENTENCA, " VIA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE", POR TER ARBITRADO A VERBA HONORARIA
"... AO ARREPIO DO ART 20, § 3º, DO CPC" - REJEICAO DA "
EXCECAO", PELO JUIZO A QUO, EM RAZAO DA SUA LIMITADA
ABRANGENCIA E POR SER VIA INADEQUADA PARA
DESCONTITUIR SENTENCA TRANSITADA EM JULGADO -
AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO.
DECISÃO: NAO ESPECIFICADO

Tribunal de Justiça do Paraná

ACÓRDÃO: 17417

DESCRIÇÃO: APELACAO CIVEL


RELATOR: DES. NERIO SPESSATO FERREIRA
COMARCA: JACAREZINHO - VARA CIVEL
ORGÃO JULGADOR: TERCEIRA CAMARA CIVEL

PUBLICAÇÃO: 07/08/2000

EMENTA
DECISAO: ACORDAM OS DESEMBARGADORES INTEGRANTES
DA TERCEIRA CAMARA CIVEL DO TRIBUNAL DE JUSTICA DO
ESTADO DO PARANA, A UNANIMIDADE DE VOTOS, EM
AFASTAR A PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE E, NO MERITO,
NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO DE APELACAO. EMENTA:
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ARGUICAO DA NULIDADE
DO TITULO RECONHECIDA NOS PROPRIOS AUTOS DE
EXECUCAO FISCAL - TITULO QUE NAO SE REVESTE DE SUAS
CONDICOES BASILARES DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE (CPC, ART. 618, INCISO I) - A INEXISTENICA
DESSES PRESSUPOSTOS FORMAIS CONTEMPLADOS NA LEI
PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUI NULIDADE, COMO VICIO
FUNDAMENTAL, AO PROCESSO DE EXECUCAO -
ACOLHIMENTO DO PEDIDO DE EXCECAO - APELACAO
IMPROVIDA.
DECISÃO: NAO ESPECIFICADO

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - CONTRADIÇÃO - INEXISTÊNCIA


- EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS PROMOVIDA PELA PARTE -
SENTENÇA QUE, JULGANDO EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE DETERMINOU A COMPENSAÇÃO COM OS
HONORÁRIOS DA AÇÃO PRINCIPAL - APELAÇÃO NÃO
CONHECIDA POR FALTA DE LEGITIMIDADE E INTERESSE -
EMBARGOS DO ASSISTENTE PORQUE TERIA HAVIDO
RECONHECIMENTO DE FALTA DE CONDIÇÃO PARA A AÇÃO -
INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE INTERESSE APENAS PARA
OPOR-SE A COMPENSAÇÃO.
Rejeição dos embargos.
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da 4ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos,
em rejeitar os presentes Embargos de Declaração.
(Embargos de Declaração Cível nº 0105701403, Acórdão 20408, 4ª
Câmara Cível do TJPR, Curitiba, Rel. Des. Sydney Zappa. j.
08.05.2002)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - CONTRADIÇÃO - INEXISTÊNCIA


- EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS PROMOVIDA PELA PARTE -
SENTENÇA QUE, JULGANDO EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE DETERMINOU A COMPENSAÇÃO COM OS
HONORÁRIOS DA AÇÃO PRINCIPAL - APELAÇÃO NÃO
CONHECIDA POR FALTA DE LEGITIMIDADE E INTERESSE -
EMBARGOS DO ASSISTENTE PORQUE TERIA HAVIDO
RECONHECIMENTO DE FALTA DE CONDIÇÃO PARA A AÇÃO -
INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE INTERESSE APENAS PARA
OPOR-SE A COMPENSAÇÃO.
Rejeição dos embargos.
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da 4ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos,
em rejeitar os presentes Embargos de Declaração.
(Embargos de Declaração Cível nº 0105701403, Acórdão 20408, 4ª
Câmara Cível do TJPR, Curitiba, Rel. Des. Sydney Zappa. j.
08.05.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO ORDINÁRIA - EXECUÇÃO


DE SENTENÇA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ACOLHIMENTO - RECURSO CABÍVEL - APELAÇÃO - AGRAVO
PROVIDO.
Da decisão que acolhe a exceção de pré-executividade apresentada
pelo devedor, enseja a interposição de Apelação, porque se trata de
sentença terminativa que põe termo ao processo.
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da 2ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos,
em dar provimento ao Recurso de Agravo de Instrumento.
(Agravo de Instrumento nº 0120068000, Acórdão 2086, 2ª Câmara
Cível do TJPR, São José dos Pinhais, Rel. Des. Milani de Moura. j.
24.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA - ICMS - AUTO-
LANÇAMENTO - PRESUNÇÃO DE LIQUIDEZ E CERTEZA -
MATÉRIA A SER DISCUTIDA EM SEDE DE EMBARGOS -
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - DESPROVIMENTO.
Gozando da presunção de liquidez e certeza, a Certidão de Dívida
Ativa, não pode sua validade ser discutida em sede de exceção de
pré-executividade, por ser ali sumária a cognição.
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da 1ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos,
em negar provimento ao recurso.
(Agravo de Instrumento nº 0118520400, Acórdão 21433, 1ª Câmara
Cível do TJPR, Paranavaí, Rel. Des. J. Vidal Coelho. j. 09.04.2002)

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. 1 -


INEXISTE ÓBICE PARA QUE NAS EXECUÇÕES FISCAIS A
CITAÇÃO DO DEVEDOR SEJA FEITA VIA POSTAL. ADEMAIS, A
CITAÇÃO NO CASO FOI EFETUADO POR MANDADO.
PORTANTO, INOCORREU QUALQUER IRREGULARIDADE. 2 -
IMPENDIA AO AGRAVANTE TER ACOSTADO AOS AUTOS A
CÓPIA DO MANDADO DE CITAÇÃO, VISTO QUE NO DESPACHO
IMPUGNADO HOUVE MENÇÃO QUE O AGRAVANTE FOI CITADO
PESSOALMENTE. REFERIDO DOCUMENTO, EMBORA NÃO
FOSSE OBRIGATÓRIO, ERA NECESSÁRIO PARA O CORRETO
EQUACIONAMENTO DA LIDE. 3 - NO QUE TANGE AO CARÁTER
CONFISCATÓRIO DA MULTA COBRADA NO EXECUTIVO FISCAL,
REFERIDA MATÉRIA REFOGE AO ÂMBITO RESTRITO DA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, DEVENDO SER
ANALISADA E SUSCITADA EM EMBARGOS DO DEVEDOR.
NESTE SENTIDO: "AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO Nº 53827 -5/98, GOIÁS - REL. MIN. SÁLVIO DE
FIGUEIREDO TEIXEIRA: PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE.
HIPÓTESES EXCEPCIONAIS. PRECEDENTES. DOUTRINA.
REQUISITOS. INAPLICABILIDADE AO CASO. AGRAVO
DESPROVIDO.
1. A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário - jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos que o juiz, de ofício, pode conhecer da matéria, a exemplo
do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
2. Suscitadas questões, no entanto que dependeriam do exame de
provas, e não dizem respeito a aspectos formais do título executivo,
e nem poderiam ser conhecidas de ofício não se mostra adequada a
exceção de pré-executividade. Recurso desprovido.
Decisão:
Acordam os Desembargadores da 4ª Câmara Cível do Tribunal de
Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao recurso.
(Agravo de Instrumento nº 0115725700, Acórdão 20146, 4ª Câmara
Cível do TJPR, Imbituva, Rel. Des. Eugenio Achille Grandinetti. j.
20.03.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE ACOLHIDA - ILEGITIMIDADE DE PARTE -
CONDIÇÃO DA AÇÃO - POSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO
DE OFÍCIO PELO JUIZ DA CAUSA - DISTRATO SOCIAL
ANTERIOR AO FATO GERADOR DO TRIBUTO - MERO SÓCIO-
COTISTA SEM PODERES DE GESTÃO - AUSÊNCIA DE
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA - DESPROVIMENTO DO
RECURSO.
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da Terceira Câmara Cível
do Tribunal de Justiça do Paraná, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo de instrumento, nos termos acima
definidos.
(Agravo de Instrumento nº 0115830300, Acórdão 21239, 3ª Câmara
Cível do TJPR, Cascavel, Rel. Des. Ruy Fernando de Oliveira. j.
12.03.2002)
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ILEGITIMIDADE PASSIVA HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da 1ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos,
em dar provimento parcial ao recurso.
(Agravo de Instrumento nº 0110300000, Acórdão 20976, 1ª Câmara
Cível do TJPR, Umuarama, Rel. Des. Antônio Prado Filho. j.
04.12.2001)

PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - AÇÕES CONEXAS DE
CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO E DE NULIDADE DE
CLÁUSULAS CONTRATUAIS - COMPETÊNCIA RECURSAL DO
TRIBUNAL DE ALÇADA - NÃO CONHECIMENTO DO AGRAVO.
1. A teor do art. 103, Inc. III, alínea "g", da Constituição Estadual,
compete ao Tribunal de Alçada conhecer, em grau de recurso, das
ações de execução de título extrajudicial e das ações que lhe forem
conexas.
2. Neste caso, cuida-se de recurso de Agravo de Instrumento tirado
da decisão que, em ação de execução de título extrajudicial
(hipotecária), rejeitou liminarmente exceção de pré-executividade.
3. Tratando-se de regra de competência absoluta, é irrelevante que
esta Câmara já tenha conhecido anteriormente de outros agravos de
instrumento, originários das ações conexas de consignação em
pagamento e de nulidade de cláusulas do contrato, haja vista que a
prevenção em 2º Grau de jurisdição só se estabelece entre os
órgãos fracionários do Tribunal, mas não tem o condão de firmar
competência contrariando regra estabelecida constitucionalmente.
Decisão:
Acordam os integrantes da 6ª Câmara Cível do Tribuna l de Justiça
do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em não conhecer
do recurso, de acordo com o voto do Relator.
(Agravo de Instrumento nº 0112912800, Acórdão 7992, 6ª Câmara
Cível do TJPR, Curitiba, Rel. Des. Domingos Ramina. j. 31.10.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ORDINÁRIA DE


REPARAÇÃO DE DANOS. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
REJEITADA NA INSTÂNCIA "A QUO". POSSIBILIDADE. NULIDADE
DO "DECISUM" SOBRE MÚLTIPLOS FUNDAMENTOS. REJEIÇÃO.
Decisão mantida. Recurso não provido.
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da 4ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos,
em negar provimento ao recurso.
(Agravo de Instrumento nº 0108796500, Acórdão 19387, 4ª Câmara
Cível do TJPR, Curitiba, Rel. Des. Wanderlei Resende. j. 10.10.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CITAÇÃO - NULIDADE - ART. 225, VI DO CPC -
SUPRIMENTO - EMBARGOS À EXECUÇÃO INTERPOSTOS -
COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO AOS AUTOS DA
AGRAVANTE - AUSÊNCIA DE PREJUÍZO ÀS PARTES - AGRAVO
DE INSTRUMENTO IMPROVIDO.
1. A ausência ou defeito formal da citação, não induz a nulidade,
desde que não haja prejuízo às partes.
2. O comparecimento espontâneo aos autos da agravante, supre
qualquer defeito ou ausência da citação.
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da 4ª Câmara Cível do
egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade
de votos, em negar provimento ao Agravo.
(Agravo de Instrumento nº 0096670300, Acórdão 19376, 4ª Câmara
Cível do TJPR, Curitiba, Rel. Des. Octavio Valeixo. j. 03.10.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL
- TERMO DE ACORDO FIRMADO EM AÇÃO ORDINÁRIA E
RESPECTIVOS TERMOS ADITIVOS - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - LEGITIMIDADE DO GARANTE HIPOTECÁRIO -
ILIQUIDEZ DO TÍTULO QUE CARECE DE EFETIVO
DEMONSTRATIVO - DESACOLHIMENTO - DECISÃO ACERTADA -
RECURSO IMPROVIDO.
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da 3ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, à unanimidade de votos,
em negar provimento ao recurso de Agravo de Instrumento.
(Agravo de Instrumento nº 0093510000, Acórdão 20259, 3ª Câmara
Cível do TJPR, Curitiba, Rel. Des. Nerio Spessato Ferreira. j.
21.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO


DE PRÉ- EXECUTIVIDADE - OPOSIÇÃO POR SÓCIO QUOTISTA
SEM PODERES DE GERÊNCIA, OBJETIVANDO LIBERAÇÃO DE
VALORES PECUNIÁRIOS QUE FORAM ARRESTADOS E
PENHORADOS - INDEFERIMENTO PELO JUÍZO MONOCRÁTICO
- POSSIBILIDADE - DECISÃO REFORMADA, COM INVERSÃO DA
SUCUMBÊNCIA - RECURSO PROVIDO.
Decisão:
Acordaram os Desembargadores integrantes da Terceira Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, a unanimidade de
votos, em dar provimento integral ao recurso de Agravo de
Instrumento.
(Agravo de Instrumento nº 0106429100, Acórdão 20040, 3ª Câmara
Cível do TJPR, Francisco Beltrão, Rel. Des. Nerio Spessato Ferreira.
j. 12.06.2001)

EXECUÇÃO. TÍTULO JUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. COBRANÇA DE HONORÁRIOS, POR
ADVOGADO, FIXADOS EM DECISÃO JUDICIAL. ARGÜIÇÃO DE
ESTAR O PROCESSO SUSPENSO. JULGAMENTO OCORRIDO
FORA DO PERÍODO DE SUSPENSÃO. TÍTULO FORMALMENTE
PERFEITO. OBJEÇÃO AFASTADA. RECURSO DESPROVIDO.
"Demonstrado, quantum satis, que a decisão judicial que veio a
condenar a parte sucumbente em honorários advocatício, foi
prolatada após o pedido de suspensão do recurso, deferido pelo
Relator por prazo determinado, há de se afastar eventual vício na
formação do título executivo".
Decisão:
Acordaram os Desembargadores integrantes da Primeira Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade
de votos, em negar provimento ao Agravo de Instrumento.
(Agravo de Instrumento nº 0105525400, Acórdão 19795, 1ª Câmara
Cível do TJPR, Londrina, Rel. Des. Airvaldo Stela Alves. j.
08.05.2001)

EXECUÇÃO. TÍTULO JUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. COBRANÇA DE HONORÁRIOS, POR
ADVOGADO, FIXADOS EM DECISÃO JUDICIAL. ARGÜIÇÃO DE
ESTAR O PROCESSO SUSPENSO. JULGAMENTO OCORRIDO
FORA DO PERÍODO DE SUSPENSÃO. TÍTULO FORMALMENTE
PERFEITO. OBJEÇÃO AFASTADA. RECURSO DESPROVIDO.
"Demonstrado, quantum satis, que a decisão judicial que veio a
condenar a parte sucumbente em honorários advocatício, foi
prolatada após o pedido de suspensão do recurso, deferido pelo
Relator por prazo determinado, há de se afastar eventual vício na
formação do título executivo".
Decisão:
Acordaram os Desembargadores integrantes da Primeira Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade
de votos, em negar provimento ao Agravo de Instrumento.
(Agravo de Instrumento nº 0105525400, Acórdão 19795, 1ª Câmara
Cível do TJPR, Londrina, Rel. Des. Airvaldo Stela Alves. j.
08.05.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALEGADA NULIDADE DA EXECUÇÃO
POR FALTA DE NOTIFICAÇÃO DO LANÇAMENTO -
DESNECESSIDADE DE TAL PROVIDÊNCIA - TRIBUTO
DECORRENTE DE AUTO-LANÇAMENTO - DECISÃO CORRETA -
RECURSO IMPROVIDO.
Decisão:
Acordaram os Desembargadores integrantes da Terceira Câmara
Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, a unanimidade de
votos, em negar provimento ao recurso de Agravo de Instrumento.
(Agravo de Instrumento nº 0101358700, Acórdão 19557, 3ª Câmara
Cível do TJPR, Maringá, Rel. Des. Nerio Spessato Ferreira. j.
24.04.2001)

EXECUÇÃO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - PEDIDO


FORMULADO POR ADVOGADO SUBSTABELECIDO - CARTA DE
SENTENÇA - AUSÊNCIA DO SUBSTABELECIMENTO - CPC, ART.
590, INC. II - JUNTADA POSTERIOR - NULIDADE -
INOCORRÊNCIA - ILEGITIMIDADE ATIVA DO EXEQÜENTE,
PORQUE O ADVOGADO SUBSTABELECENTE NÃO TINHA
PODERES PARA ESSE ATO - DESNECESSIDADE
SUBSTABELECIMENTO SEM RESERVA DE PODERES -
LEGITIMIDADE PARA A EXECUÇÃO DOS HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS - LEI Nº 8.906/94, ART. 26 - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE INDEFERIDA AGRAVO DE INSTRUMENTO
IMPROVIDO.
1) Discorrendo sobre os requisitos da carta de sentença, A. M. L.
preleciona que "a falta de qualquer das peças não e motivo da
declaração de nulidade, por não ser cominada em lei (artigos 243 e
244)" "(Comentários ao CPC", vol. VI, Tomo II, Forense, 1ª Ed., P.
458). Daí resulta que a ausência de alguma peça pode ser suprida,
não ensejando a nulidade, de pronto, da execução.
2) O advogado substabelecido, sem reserva de poderes, é parte
legítima para cobrar a verba honorária decorrente da condenação,
consoante se deduz, a contrato sensu, do contido no art. 26 da Lei nº
8.906/94) Estatuto do Advogado. O substabelecimento, ademais,
não exige poderes especiais, a teor do art. 38 do CPC.
Decisão:
Acordam os integrantes da Sexta Câmara Cível do Tribunal de
Justiça do Paraná, por unanimidade de votos, em negar provimento
ao agravo.
(Agravo de Instrumento nº 00984 17400, Acórdão 6783, 6ª Câmara
Cível do TJPR, Curitiba, Rel. Des. Leonardo Lustosa. j. 02.05.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO FISCAL -


MATÉRIAS ATINENTES A EMBARGOS A EXECUÇÃO - CARÁTER
EXCEPCIONAL DA EXCEÇÃO - CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA
GOZA DE PRESUNÇÃO DE CERTEZA E LIQUIDEZ - ART. 3º DA
LEI Nº 6.830/80 - AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECURSO
IMPROVIDO.
Decisão:
Acordam os julgadores integrantes da Quarta Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos,
negar provimento ao recurso.
(Agravo de Instrumento nº 0104950300, Acórdão 18719, 4ª Câmara
Cível do TJPR, Maringá, Rel. Des. Lauro Laertes de Oliveira. j.
02.05.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INDEFERIMENTO PELO
JUIZ "A QUO". DECISÃO CORRETA, EM FACE DA CONSTATADA
EXEQÜIBILIDADE DO TÍTULO. EXCESSO DE EXECUÇÃO. TEMA
QUE DEVE SER DEBATIDO EM SEDE DE EMBARGOS,
RECURSO IMPROVIDO.
Decisão:
Acordam os integrantes da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça
do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, negar provimento
ao Recurso.
(Agravo de Instrumento nº 0098356600, Acórdão 18444, 4ª Câmara
Cível do TJPR, Maringá, Rel. Des. Dilmar Kessler. j. 14.03.2001)

AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGATIVA DE


SEGUIMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE, RESTRITIVAMENTE,
EM HIPÓTESES DE NULIDADE MANIFESTA. MEIO INADEQUADO
PARA OPOR-SE A EVENTUAL ILIQUIDEZ DO DÉBITO.
EMBARGOS. OPOSIÇÃO. CABIMENTO. PREVISÃO LEGAL.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO, UNÂNIME.
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da 6ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos,
em conhecer do Recurso, negando-lhe provimento nos termos do
voto do Relator.
(Agravo (art. 557, par. único - Lei 9139/95) nº 0102184101, Acórdão
6437, 6ª Câmara Cível do TJPR, Curitiba, Rel. Des. Cordeiro Cleve.
j. 21.02.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - AUSÊNCIA DE EFICIENTE
DEMONSTRATIVO DA ALEGADA ILIQUIDEZ DO TÍTULO
EXECUTIVO - QUESTÃO DE ALTA INDAGAÇÃO A SER DIRIMIDA
EM SEDE DE EMBARGOS - DECISÃO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da 3ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, à unanimidade de votos,
em negar provimento ao Agravo de Instrumento.
(Agravo de Instrumento nº 0098199100, Acórdão 19221, 3ª Câmara
Cível do TJPR, Curitiba, Rel. Des. Nerio Spessato Ferreira. j.
13.02.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - AUSÊNCIA DE EFICIENTE
DEMONSTRATIVO DA ALEGADA ILIQUIDEZ DO TÍTULO
EXECUTIVO - QUESTÃO DE ALTA INDAGAÇÃO A SER DIRIMIDA
EM SEDE DE EMBARGOS - DECISÃO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da 3ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, à unanimidade de votos,
em negar provimento ao Agravo de Instrumento.
(Agravo de Instrumento nº 0097455000, Acórdão 19159, 3ª Câmara
Cível do TJPR, São José dos Pinhais, Rel. Des. Nerio Spessato
Ferreira. j. 13.02.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - ARGÜIÇÃO DE TEMAS SOMENTE
EXAMINÁVEIS EM SEDE DE EMBARGOS - PRECEDENTES
JURISPRUDENCIAIS - RECURSO IMPROVIDO.
Na estreita via da exceção de pré-executividade somente poderão
ser discutidas matérias de ordem pública que possam ser
reconhecidas ex officio pelo Juiz da causa.
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da 5ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, à unanimidade de votos,
em negar provimento ao Recurso.
(Agravo de Instrumento nº 0100612200, Acórdão 6675, 5ª Câmara
Cível do TJPR, Toledo, Rel. Des. Bonejos Demchuk. j. 06.03.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - NÃO CABIMENTO.
A exceção de pré-executividade somente é cabível quando ausentes
condições da ação ou pressupostos processuais. Não se tratando de
matéria que possa o Juiz conhecer de ofício a execução fiscal só
pode ser rebatida em sede de Embargos à execução.
Decisão:
Acordam, os Desembargadores integrantes da 6ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Paraná, por unanimidade de votos, em negar
provimento ao Recurso.
(Agravo de Instrumento nº 0098294100, Acórdão 6241, 6ª Câmara
Cível do TJPR, São José dos Pinhais, Rel. Des. Ramos Braga. j.
21.02.2001)

APELAÇÃO - EMBARGOS A EXECUÇÃO FISCAL -


INTEMPESTIVIDADE - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
EMPRESA SOB O REGIME FALIMENTAR - EXCESSO DE
EXECUÇÃO - MULTA FISCAL - ISENÇÃO - ART. 23, § ÚNICO,
INCISO III DO DL 7.661/45 - SÚMULA 565/STF - JUROS
MORATÓRIOS - NÃO INCIDÊNCIA APÓS A DECRETAÇÃO DA
QUEBRA - SALVO SE O ATIVO DA MASSA COMPORTAR -
RECURSO ADESIVO - AUSÊNCIA DE PREPARO - NÃO
CONHECIMENTO - SENTENÇA MANTIDA EM GRAU DE
REEXAME NECESSÁRIO CONHECIDO DE OFÍCIO - APELO
DESPROVIDO.
"Não obstante o reconhecimento da intempestividade da ação
incidente, deve ser apreciado e julgado o seu mérito, devido a
relevância da matéria."
Decisão:
Acordam os Desembargadores integrantes da 3ª Câmara Cível do
Tribunal de Justiça, por unanimidade de votos em conhecer de ofício
o reexame necessário, para confirmar a decisão singular, negando-
se provimento ao apelo e não conhecer do recurso adesivo.
(Apelação Cível nº 0100736700, Acórdão 21069, 3ª Câmara Cível do
TJPR, Maringá, Relª. Desª. Regina Afonso Portes. j. 18.12.2001)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ARGÜIÇÃO DA NULIDADE
DO TÍTULO RECONHECIDA NOS PRÓPRIOS AUTOS DE
EXECUÇÃO FISCAL - TÍTULO QUE NÃO SE REVESTE DE SUAS
CONDIÇÕES BASILARES DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE (CPC, ART. 618, INCISO I).
A inexistência desses pressupostos formais contemplados na lei
processual civil, constitui nulidade, como vício fundamental, ao
processo de execução - acolhimento do pedido de exceção -
apelação improvida.
Decisão: acordam os Desembargadores integrantes da Terceira
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, a
unanimidade de votos, em afastar a preliminar de ilegitimidade e, no
mérito, negar provimento ao recurso de apelação.
(Apelação Cível nº 80404200, Ac (17417), 3ª Câmara Cível do TJPR,
Jacarezinho - Vara Cível, Rel. Des. Nerio Spessato Ferreira. j.
14.06.2000).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO INOMINADO. ART. 557, "CAPUT", DO CPC. DECISAO


QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO. JURISPRUDENCIA DOMINANTE NO TRIBUNAL
DE ALCADA.
RECURSO DESPROVIDO.
NOS TERMOS DO ART. 557, "CAPUT", DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL, DEVE SER MANTIDA, EM SEDE DE AGRAVO
INOMINADO, A DECISAO QUE NEGOU SEGUIMENTO A
RECURSO DE AGRAVO, UMA VEZ QUE A TESE DEFENDIDA
ESTA EM CONFRONTO COM A JURISPRUDENCIA DOMINANTE
DESTE TRIBUNAL.
CORRETA A DECISAO QUE NAO ACOLHEU A OBJECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, TENDO-SE EM VISTA OS CRITERIOS
EXIGIDOS PARA A ACEITACAO DA EXCECAO: "VE-SE,
PORTANTO, QUE O PRIMEIRO CRITERIO A AUTORIZAR QUE A
MATERIA SEJA DEDUZIDA POR MEIO DE EXCECAO OU
OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E O DE QUE SE TRATE DE
MATERIA LIGADA A ADMISSIBILIDADE DA EXECUCAO, E SEJA,
PORTANTO, CONHECIVEL DE OFICIO E A QUALQUER TEMPO.
O SEGUNDO DOS CRITERIOS E O RELATIVO A
PERCEPTIBILIDADE DO VICIO APONTADO. A NECESSIDADE DE
UMA INSTRUCAO TRABALHOSA E DEMORADA, COMO REGRA,
INVIABILIZA A DISCUSSAO DO DEFEITO APONTADO NO BOJO
DO PROCESSO DE EXECUCAO, SOB PENA DE QUE ESSE SE
DESNATURE.
NA VERDADE, AMBOS OS CRITERIOS DEVEM ESTAR
PRESENTES, PARA QUE SE POSSA ADMITIR A
APRESENTACAO DE EXCECAO OU OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE" (PROCESSO DE EXECUCAO E ASSUNTOS
AFINS, SOBREA OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, SAO
PAULO: REVISTA DOS TRIBUNAIS, 1998, P. 410) (AGRAVO -
184868401 - TOLEDO - JUIZ MANASSES DE ALBUQUERQUE -
OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 05/11/01 - Ac.: 12773 - Public.:
23/11/01).

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AGRAVO INOMINADO - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONFISSAO DE DIVIDA - TITULO QUE
ATENDE AOS REQUISITOS DO ARTIGO 585, II, CPC - EXCESSO
DE EXECUCAO NAO DESVIRTUA A LIQUIDEZ E FORCA
EXECUTIVA - ALEGACAO DE FALTA DE INTERPOSICAO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR POR CARENCIA DE CONDICOES
FINANCEIRAS - RECURSO DE MANIFESTA IMPROCEDENCIA -
IMPOSICAO DE MULTA.
AGRAVO INOMINADO DESPROVIDO.
(AGRAVO - 181799201 - CURITIBA - HAMILTON MUSSI CORREA -
TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 18/09/01 - Ac.: 14666 - Public.:
05/10/01).
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AGRAVO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ARGUICAO DE


ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DE UM DOS
EXECUTADOS E DE NULIDADE DOS TITULOS POR AFRONTA
AO DISPOSTO NO ART. 13, 4, DA LEI DE DUPLICATAS - PROVA
DOCUMENTAL QUE EVIDENCIA ESTAR A EXECUCAO
EMBASADA EM CONTRATO DE FIANCA FIRMADO PELOS
AGRAVANTES - DOCUMENTO NAO APRESENTADO PARA
COMPOR O INSTRUMENTO - MATERIA SUJEITA A DILACAO
PROBATORIA, VIA EMBARGOS - NATUREZA EXCEPCIONAL DA
EXECUCAO OPOSTA. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO - 163740101 - CURITIBA - JUIZA DULCE MARIA
CECCONI - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 27/11/00 - Ac.: 11351 -
Public.: 08/12/00).

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AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDEFERIMENTO


LIMINAR.
SENTENCA DOS EMBARGOS A EXECUCAO JA REVISTA EM 2
GRAU.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE INACOLHIDA. MATERIA
ABRANGIDA PELA COISA JULGADA. DECISAO MANTIDA.
RECURSO IMPROVIDO.
IMPUGNADA A EXECUCAO VIA EMBARGOS E RECONHECIDA A
EXIGIBILIDADE DO TITULO, RESTA CONFIGURADA A
PRECLUSAO E INADMISSIVEL A OPOSICAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO - 163101401 - CURITIBA - JUIZ MIGUEL PESSOA -
SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 23/10/00 - Ac.: 11705 - Public.:
24/11/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDEFERIMENTO


LIMINAR.
SENTENCA DOS EMBARGOS A EXECUCAO JA REVISTA EM 2
GRAU.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE INACOLHIDA. MATERIA
ABRANGIDA PELA COISA JULGADA. DECISAO MANTIDA.
RECURSO IMPROVIDO.
IMPUGNADA A EXECUCAO VIA EMBARGOS E RECONHECIDA A
EXIGIBILIDADE DO TITULO, RESTA CONFIGURADA A
PRECLUSAO E INADMISSIVEL A OPOSICAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO - 163101401 - CURITIBA - JUIZ MIGUEL PESSOA -
SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 23/10/00 - Ac.: 11705 - Public.:
24/11/00).

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AGRAVO INOMINADO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. EXECUCAO EM FASE DE
ARREMATACAO.
PRECLUSAO. MATERIA A SER DEDUZIDA EM EMBARGOS.
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO DE DIVIDA. VICIO
INEXISTENTE. APLICACAO ANALOGICA DA SUMULA 233 STJ.
IRRELEVANCIA.
RECURSO IMPROVIDO.
1- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO.
2- A IMPUGNACAO AOS ENCARGOS ACRESCIDOS AO DEBITO
DEVE SER TRAVADA EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO.
HA DE SER RECONHECIDA A PRECLUSAO DO DIREITO DA
PARTE QUE PRETENDE ARGUIR A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, EM FASE DE ARREMATACAO.
3- O INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO DE DIVIDA
NAO SE EQUIPARA AO CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
EM CONTA CORRENTE, PARA FINS DE APLICAR POR
ANALOGIA, A SUMULA 233 DO STJ.
(AGRAVO - 158241001 - CURITIBA - JUIZ MIGUEL PESSOA -
SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 28/08/00 - Ac.: 11387 - Public.:
15/09/00).

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AGRAVO INOMINADO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. EXECUCAO EM FASE DE
ARREMATACAO.
PRECLUSAO. MATERIA A SER DEDUZIDA EM EMBARGOS.
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO DE DIVIDA. VICIO
INEXISTENTE. APLICACAO ANALOGICA DA SUMULA 233 STJ.
IRRELEVANCIA.
RECURSO IMPROVIDO.
1- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO.
2- A IMPUGNACAO AOS ENCARGOS ACRESCIDOS AO DEBITO
DEVE SER TRAVADA EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO.
HA DE SER RECONHECIDA A PRECLUSAO DO DIREITO DA
PARTE QUE PRETENDE ARGUIR A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, EM FASE DE ARREMATACAO.
3- O INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO DE DIVIDA
NAO SE EQUIPARA AO CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
EM CONTA CORRENTE, PARA FINS DE APLICAR POR
ANALOGIA, A SUMULA 233 DO STJ.
(AGRAVO - 158241001 - CURITIBA - JUIZ MIGUEL PESSOA -
SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 28/08/00 - Ac.: 11387 - Public.:
15/09/00).

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AGRAVO - EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO


DE EMPRESTIMO EM CONTA CORRENTE E CREDITO DIRETO
AO CONSUMIDOR - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
RECONHECIDA EM DECISAO SINGULAR - PROVIMENTO DO
APELO POR DECISAO DO JUIZ RELATOR - AFASTADO O
ENQUADRAMENTO COMO CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO - INAPLICABILIDADE DA SUMULA N 233 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTICA - RECURSO REJEITADO.
A SUMULA N 233 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA: "O
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO, AINDA QUE
ACOMPANHADO DE EXTRATO DE CONTA-CORRENTE, NAO E
TITULO EXECUTIVO", NAO TEM CARATER ABSOLUTO,
INCIDINDO SOMENTE NOS CASOS CLASSICOS DESSES
CONTRATOS.
(AGRAVO - 147401901 - LONDRINA - ROBSON MARQUES CURY -
QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 07/06/00 - Ac.: 10853 - Public.:
04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO - EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO


DE EMPRESTIMO EM CONTA CORRENTE E CREDITO DIRETO
AO CONSUMIDOR - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
RECONHECIDA EM DECISAO SINGULAR - PROVIMENTO DO
APELO POR DECISAO DO JUIZ RELATOR - AFASTADO O
ENQUADRAMENTO COMO CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO - INAPLICABILIDADE DA SUMULA N 233 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTICA - RECURSO REJEITADO.
A SUMULA N 233 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA: "O
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO, AINDA QUE
ACOMPANHADO DE EXTRATO DE CONTA-CORRENTE, NAO E
TITULO EXECUTIVO", NAO TEM CARATER ABSOLUTO,
INCIDINDO SOMENTE NOS CASOS CLASSICOS DESSES
CONTRATOS.
(AGRAVO - 147401901 - LONDRINA - ROBSON MARQUES CURY -
QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 07/06/00 - Ac.: 10853 - Public.:
04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO - EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO


DE EMPRESTIMO EM CONTA CORRENTE E CREDITO DIRETO
AO CONSUMIDOR - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
RECONHECIDA EM DECISAO SINGULAR - PROVIMENTO DO
APELO POR DECISAO DO JUIZ RELATOR - AFASTADO O
ENQUADRAMENTO COMO CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO - INAPLICABILIDADE DA SUMULA N 233 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTICA - RECURSO REJEITADO.
A SUMULA N 233 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA: "O
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO, AINDA QUE
ACOMPANHADO DE EXTRATO DE CONTA-CORRENTE, NAO E
TITULO EXECUTIVO", NAO TEM CARATER ABSOLUTO,
INCIDINDO SOMENTE NOS CASOS CLASSICOS DESSES
CONTRATOS.
(AGRAVO - 147401901 - LONDRINA - ROBSON MARQUES CURY -
QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 07/06/00 - Ac.: 10853 - Public.:
04/08/00).

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EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ALEGACAO


DE INEXISTENCIA DE TITULO - DESPACHO QUE APENAS
REABRE PRAZO PARA MANIFESTACAO DOS ATOS ATE ENTAO
PRATICADOS AUSENCIA DE LESIVIDADE - ART. 616 DO CPC
POSSIBILIDADE DE SUPRIMENTO DA FALTA - AGRAVO A QUE
SE NEGA SEGUIMENTO POR MANIFESTAMENTE
INADMISSIVEL.
(AGRAVO - 137555901 - CURITIBA - JUIZ CONV. ANTONIO
RENATO STRAPASSON - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
22/06/99 - Ac.: 11180 - Public.: 06/08/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE ESCRITURA PUBLICA - TITULO EXECUTIVO
HABIL A RESPALDAR O PROCESSO EXPROPRIATORIO -
OBRIGACAO ALTERNATIVA NOTIFICACAO EXTRAJUDICIAL DO
DEVEDOR - CONCENTRACAO INADIM-PLEMENTO DA
OBRIGACAO DE ENTREGA DE COISA CERTA - OPCAO PELO
PROCEDIMENTO DISPOSTO NO ART. 646 E SEGUINTES DO
CPC - POSSIBILIDADE - AUSENCIA DE PREJUIZO AO DEVEDOR
- EXPRESSA PREVISAO CONTRA-TUAL - PRETENSAO
MERAMENTE PROTELATO-RIA - MANUTENCAO DA DECISAO
HOSTILIZADA - RECURSO NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173172600 - CORNELIO
PROCOPIO - RONALD JUAREZ MORO - QUINTA CAMARA CIVEL
- Julg: 31/10/01 - Ac.: 12724 - Public.: 23/11/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - CERTIDAO DE INTIMACAO


ATRAVES DO DIARIO DA JUSTICA - SUFICIENTE PARA
AFERICAO DA TEMPESTIVIDADE RECURSAL -
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO INCISO I, DO ART. 525,
DO CPC - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE INTERPOSTA EM
EXECUTIVO FISCAL CERTIDAO DE DIVIDA ATIVA
FORMALMENTE EM ORDEM - MATERIA ALEGADA QUE E
PROPRIA DE EMBARGOS A EXECUCAO - CONEXAO DA
EXECUCAO FISCAL COM ACAO DECLARATORIA DE NULIDADE
NAO ACOLHIDA, FACE A NAO INTERPOSICAO DE EMBARGOS
DECISAO INTERLOCUTORIA SUFICIENTEMENTE
FUNDAMENTADA NULIDADE INOCORRENTE - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
CONSTANDO DOS AUTOS DO AGRAVO CERTIDAO
INFORMANDO QUE DO PRONUNCIAMENTO JUDICIAL AS
PARTES FORAM INTIMADAS ATRAVES DO DIARIO DA JUSTICA
DE 18 DE MAIO DE 2001, NAO E NECESSARIA A JUNTADA DE
OUTRA CERTIDAO PARA ATESTAR ESTE MESMO FATO,
ESTANDO CUMPRIDO O REQUISITO PREVISTO NO INCISO I, DO
ART. 525, DO CPC.
AS MATERIAS ARGUIVEIS POR MEIO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE DEVEM SER DAQUELAS QUE O JUIZ POSSA
CONHECER DE OFICIO, MESMO PORQUE E ESSE O FATO
PELO QUAL FICA DISPENSADA A SEGURANCA DO JUIZO. SAO
AS CHAMADAS MATERIAS DE ORDEM PUBLICA.
A HIPOTESE DESTE RECURSO NAO ESTA ADEQUADA A
INVOCACAO DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, VEZ QUE
A IMPUGNACAO NAO SE FUNDA NOS PRESSUPOSTOS DE
VALIDADE DO PROCESSO, ESTANDO PRESENTES OS
REQUISITOS DE CAPACIDADE E INTERESSE PROCESSUAIS E
A POSSIBILIDADE JURIDICA DO PEDIDO.
A CONEXAO CONSTITUI CAUSA DE MODIFICACAO DE
COMPETENCIA, DEVENDO SER ALEGADA EM CONTESTACAO,
CONFORME ARTIGO 301, VII, DO CPC, E EM SE TRATANDO DE
EXECUCAO FISCAL, FUNDADA EM TITULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL (CERTIDAO DE DIVIDA ATIVA REGULARMENTE
INSCRITA), HAVERA DE SER QUESTIONADA POR MEIO DE
EMBARGOS, NOS EXATOS TERMOS DO ARTIGO 16, DA LEI N
6.830/80.
INADEQUADO, PORTANTO, PRETENDER SEU
RECONHECIMENTO EM SEDE DE EXCECAO PELO SIMPLES
FATO DE HAVER IDENTIDADE DE PARTES, QUANDO A CAUSA
DE PEDIR E O PEDIDO MOSTRAM-SE DIVERSOS EM FACE DA
AUTONOMIA E LITERALIDADE DO TITULO EXECUTIVO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 175244500 - CURITIBA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 29/10/01 - Ac.:
12617 - Public.: 23/11/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
IMPROCEDENCIA. ATO RECORRIDO QUE NAO RECEBE, POR
DESCABIDO, RECURSO DE APELACAO. DUVIDA AVENTADA
PELO RECORRENTE SE O RECURSO SERIA APELACAO OU
AGRAVO DE INSTRUMENTO TRANSFERINDO AO JUIZ DA
CAUSA APLICACAO DO PRINCIPIO DA FUNGIBILIDADE.
DECISAO MANTIDA. NOS TERMOS DO ARTIGO 524, CPC O
RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO SERA DIRIGIDO
DIRETAMENTE AO TRIBUNAL COMPETENTE.
AUSENCIA DE PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE. RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 183966100 - LONDRINA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 31/10/01 -
Ac.: 12738 - Public.: 23/11/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. MATERIA
QUE DEPENDE DE MAIOR DILACAO PROBATORIA.
DESCABIMENTO.
REDUCAO DA PENHORA. IMPOSSIBILIDADE. EMISSAO DE
CARTA PRECATORIA PARA AVALIACAO DO BEM PENHORADO
E DEMAIS ATOS.
RECURSO DESPROVIDO.
NAO VIOLA NENHUM DISPOSITIVO DO CPC, DECISAO QUE,
ENTENDENDO INEXISTENTES VICIOS QUE PUDESSEM SER
APRECIADOS DE OFICIO, REPELE A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE E REMETE A ARGUICAO DO FATO PARA OS
EMBARGOS A EXECUCAO.
VE-SE, PORTANTO, QUE O PRIMEIRO CRITERIO A AUTORIZAR
QUE A MATERIA SEJA DEDUZIDA POR MEIO DE EXCECAO OU
OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E O DE QUE SE TRATE DE
MATERIA LIGADA A ADMISSIBILIDADE DA EXECUCAO, E SEJA,
PORTANTO, CONHECIVEL DE OFICIO E A QUALQUER TEMPO.
O SEGUNDO DOS CRITERIOS E O RELATIVO A
PERCEPTIBILIDADE DO VICIO APONTADO. A NECESSIDADE DE
UMA INSTRUCAO TRABALHOSA E DEMORADA, COMO REGRA,
INVIABILIZA A DISCUSSAO DO DEFEITO APONTADO NO BOJO
DO PROCESSO DE EXECUCAO, SOB PENA DE QUE ESSE SE
DESNATURE.
NA VERDADE, AMBOS OS CRITERIOS DEVEM ESTAR
PRESENTES, PARA QUE SE POSSA ADMITIR A
APRESENTACAO DE EXCECAO OU OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
NAO E POSSIVEL REALIZAR A AVALIACAO DO BEM POR CARTA
PRECATORIA, UMA VEZ QUE NAO SE TRATA DE BEM DE
OUTRA COMARCA, MAS SIM DE BEM PENHORADO NA
COMARCA DA EXECUCAO E TRANSFERIDO A OUTRA
COMARCA POR RESPONSABILIDADE DO AGRAVANTE, QUE
ASSUMIU O ENCARGO DE FIEL DEPOSITARIO.
INVIAVEL A REDUCAO DA PENHORA, POIS O IMOVEL
PENHORADO GARANTE DIVERSAS EXECUCOES, PELO QUE
SERIA INSUFICIENTE PARA SATISFAZER O DEBITO DE TODAS
AS ACOES.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 183772900 - CAMPO MOURAO -
JUIZ MANASSES DE ALBUQUERQUE - OITAVA CAMARA CIVEL -
Julg: 29/10/01 - Ac.: 12771 - Public.: 23/11/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE


LOCACAO.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. PRELIMINAR DE
ILEGITIMIDADE PASSIVA DA FIADORA. INACOLHIMENTO.
CARTA DE FIANCA. CLAUSULA COMPREENDENDO O PERIODO
DETERMINADO NO CONTRATO E INDETERMINADO.
RESPONSABILIDADE DO FIADOR PELO PERIODO EM
COBRANCA. FIADOR QUE NAO SE EXONERA DA GARANTIA A
TEOR DO ART. 1.500 DO CCIV.
INADMISSIBILIDADE. "A OBRIGACAO DECORRENTE DE FIANCA
LOCATICIA DEVE SE RESTRINGIR AO PRAZO ORIGINALMENTE
CONTRATADO, DESCABENDO SE EXIGIR DO GARANTIDOR O
ADIMPLEMENTO DE DEBITOS QUE PERTINEM AO PERIODO DE
PRORROGACAO DA LOCACAO, A QUAL NAO ANUIU,
CONSOANTE A REGRA DO ARTIGO 1.483, DO ESTATUTO
CIVIL." A IMPOSSIBILIDADE DE CONFERIR A INTERPRETACAO
EXTENSIVA A FIANCA LOCATIVA, CONSOANTE PACIFICO
ENTENDIMENTO DESTA EG. CORTE, TORNA, HA HIPOTESE,
IRRELEVANTE, PARA EFEITO DE SE AFERIR O LAPSO
TEMPORAL DA OBRIGACAO AFIANCADA, CLAUSULA
CONTRATUAL QUE PREVEJA OBRIGACAO DO FIADOR ATE A
ENTREGA DAS CHAVES." RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 183893300 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 07/11/01 - Ac.:
12781 - Public.: 23/11/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - NOTAS
PROMISSORIAS EXCECAO PRE-EXECUTIVIDADE - NULIDADE
DAS CARTULAS VICIO DE CONSENTIMENTO - COACAO -
AUSENTE PROVA CABAL INDEFERIMENTO CONFIRMADO -
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 181370700 - JACAREZINHO -
ROBSON MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
29/10/01 - Ac.: 12750 - Public.: 23/11/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS A EXECUCAO - HONORARIOS SUCUMBENCIAIS


FIXACAO COM BASE NO VALOR DA ACAO - INTERPRETACAO
LITERAL CORRETA - ATRIBUIDO O VALOR DA EXORDIAL DA
EXECUCAO PRIMITIVA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ACOLHIDA - DECISAO CONFIRMADA - AGRAVO DE
INSTRUMENTO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 182550900 - CURITIBA - ROBSON
MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 29/10/01 - Ac.:
12754 - Public.: 23/11/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - EXECUCAO


EMBARGADA - DECISUM JA TRANSITO EM JULGADO
PRACEAMENTO DESIGNADO - INADMISSIBILIDADE - AGRAVO
DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
INADMITE-SE A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DA
EXECUCAO QUE TENHA JA SIDO EMBARGADA, COM DECISAO
JA TRANSITA EM JULGADO, ARREGIMENTADA ANOS DEPOIS,
ONDE, AINDA QUE IMPLICITAMENTE AS CONDICOES DA ACAO
HAJAM SIDO EXAMINADAS.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 182104700 - FRANCISCO
BELTRAO - ANTONIO MARTELOZZO - SETIMA CAMARA CIVEL -
Julg: 12/11/01 - Ac.: 13200 - Public.: 23/11/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO FISCAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.


CABIMENTO. IMPOSSIBILIDADE. MATERIAS QUE DEVERIAM
SER ARGUIDAS EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO.
CONEXAO. ACAO ANULATORIA EM TRAMITE PERANTE OUTRA
VARA DA FAZENDA PUBLICA. INEXISTENCIA.
NA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, OS TEMAS DEBATIDOS
DEVEM SER AQUELES DE CONHECIMENTO OFICIOSO DO
MAGISTRADO, OU SEJA, DE ORDEM PUBLICA. OS DEMAIS
DEVEM SER OBJETO DE EMBARGOS A EXECUCAO.
NAO HA CONEXAO DE ACOES, QUANDO O CAUSA DE PEDIR E
O OBJETO SE MOSTRAM DIVERSOS, EMBORA HAJA
IDENTIDADE DE PARTES.
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 175877400 - CURITIBA - JUIZ
CONV. JUCIMAR NOVOCHADLO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL -
Julg: 23/10/01 - Ac.: 14667 - Public.: 09/11/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
INADMITIDA NO JUIZO DA CAUSA. PRETENSAO VISANDO
DECLARAR NULAS AS DUPLICATAS POR TEREM SIDO
EMITIADAS SEM CAUSA.
IMPROPRIEDADE DA INCIDENTAL. NELA A PROVA E PRE-
CONSTITUIDA. INAPLICABILIDADE NA ESPECIE. DECISAO
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 183174300 - CURITIBA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 24/10/01 -
Ac.: 12695 - Public.: 09/11/01).

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PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - LIMITACAO AS QUESTOES EFETIVAMENTE
DECIDIDAS - IMPOSSIBILIDADE DE AVANCAR O TRIBUNAL NO
EXAME DAS MATERIAS NAO ENFRENTADAS - EMBARGOS DE
DECLARACAO NAO AJUIZADOS - RECURSO DESPROVIDO.
O TRIBUNAL ESTA ADSTRITO AO CONHECIMENTO DAS
MATERIAS EFETIVAMENTE DECIDIDAS, SENDO-LHE VEDADO
AVANCAR NO EXAME DE QUESTOES QUE NAO FORAM
OBJETO DO PRONUNCIAMENTO JUDICIAL, SOB PENA DE
SUPRESSAO DE UM GRAU DE JURISDICAO.
SILENCIANDO O JUIZ ACERCA DE RELEVANTES QUESTOES
SUSCITADAS, E DE RIGOR O MANEJO DE EMBARGOS DE
DECLARACAO, A TEOR DO INCISO II DO ARTIGO 535 DO
CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 178228300 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 22/10/01 - Ac.:
12513 - Public.: 09/11/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. INSTRUMENTO PARTICULAR DE
CONFISSAO DE DIVIDA. DECISAO RECORRIDA QUE
IMPROCEDEU INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. DIVIDA CONFESSADA QUE TEM POR ORIGEM
CHEQUE ESPECIAL.
CLAUSULA EXPRESSA INADMITINDO NOVACAO DE DIVIDA.
ILIQUIDEZ DO TITULO. AUSENCIA DE DEMONSTRATIVO DA
EVOLUCAO DO DEBITO DESDE SEU NASCEDOURO.
DESCONSTITUICAO. VIABILIDADE NA VIA ELEITA. CARENCIA
DA ACAO. RECONHECIMENTO. RECURSO PROVIDO PARA
EXTINGUIR A ACAO, SEM JULGAMENTO DO MERITO, COM
CONDENACAO DO AUTOR EM CUSTAS E HONORARIOS
ADVOCATICIOS.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 182011700 - LONDRINA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/10/01 -
Ac.: 12665 - Public.: 26/10/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. INDEFERIMENTO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. DECISAO MANTIDA. TEMAS COMO NOVACAO,
QUITACAO DA DIVIDA E NULIDADE DO PROCESSO QUE
DEPENDEM DE COMPROVACAO NAO SAO PERTINENTES A
INCIDENTAL PROPOSTA PELO EXECUTADO. RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 181476400 - MARINGA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 10/10/01 -
Ac.: 12663 - Public.: 26/10/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXCECAO A PRE-


EXECUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE DE EXECUCAO POR DESCUMPRIMENTO
DOS ARTIGOS 588 E 590, DO CPC. - INOCORRENCIA. -
EXECUCAO PROVISORIA RECONHECIDA PELO PROPRIO
JUIZO.
REGULARIDADE PROCEDIMENTAL OBSERVADA. - RECURSO
ESPECIAL NAO ADMITIDO E AGRAVO DE INSTRUMENTO
CONTRA TAL DECISAO DESPROVIDO PELO EGREGIO STJ. -
EXECUCAO CABIVEL. - DECISAO MANTIDA. - RECURSO
DESPROVIDO.
I. NO CASO DOS AUTOS, A ALEGADA INOCORRENCIA DO
TRANSITO EM JULGADO DA SENTENCA MONOCRATICA A
ENSEJAR A IMPOSSIBILIDADE DE EXECUCAO PROVISORIA,
NAO PODE PROSPERAR. TEM-SE QUE SEQUER O RECURSO
ESPECIAL FOI RECEBIDO, E AINDA QUE O FOSSE NAO CONTA
ELE COM EFEITO SUSPENSIVO, SENDO ASSIM,
PERFEITAMENTE CABIVEL A EXECUCAO PROVISORIA.
II. NAO HOUVE DESCUMPRIMENTO DOS ARTIGOS 588 E 590,
DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL. O PROPRIO JUIZO ADMITE A
PROVISORIEDADE DA EXECUCAO, RESGUARDANDO,
INCLUSIVE, OS DIREITOS DO DEVEDOR TAL QUAL
DETERMINADO NOS DISPOSITIVOS LEGAIS INVOCADOS.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 174857800 - UMUARAMA - JUIZ
LIDIO J. R. DE MACEDO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
09/10/01 - Ac.: 14820 - Public.: 26/10/01).

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EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE


ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE -
DESCARACTERIZACAO DO MESMO COMO TITULO EXECUTIVO
- FALTA DO PRESSUPOSTO SUBSTANCIAL DE LIQUIDEZ -
EXECUCAO EXTINTA - AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
NAO SE CARACTERIZA O CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA CORRENTE COMO TITULO EXECUTIVO,
PELA FALTA DO REQUISITO DA LIQUIDEZ, VISTO QUE OS
EXTRATOS QUE DEMONSTRAM A EVOLUCAO DO DEBITO SAO
ELABORADOS UNILATERALMENTE PELA INSTITUICAO
FINANCEIRA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 181984100 - CURITIBA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 03/10/01 - Ac.: 14710 - Public.: 19/10/01).

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AGRAVO INSTRUMENTAL. EXECUCAO SUPORTADA EM


CONFISSAO DE DIVIDA POR FINANCIAMENTO. EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, POR AVALISTA, ARGUINDO EXTINTIVA
IMPOSSIBILIDADE JURIDICA POR FALTA DE TITULO HABIL
COMPROMETIDO POR OPERACAO ANTERIOR CUJO TITULO
CUMPRIA APRESENTAR OU EX OFICIO DILIGENCIAR O JUIZO
APRESENTACAO, EXTRAINDO CERCEIO AMPLITUDE NAO
COMPREENDIDA A EXCEPCIONALIDADE CONCEITUAL DA
EXCECAO. INDEFERIMENTO PORTANTO CORRETO,
DESPROVIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 171576600 - GUARAPUAVA - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 29/08/01 - Ac.:
12629 - Public.: 19/10/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE.
ARGUICAO DE PRESCRICAO DO TITULO EXEQUENDO. PROVA
DOCUMENTAL APRESENTADA COM A INICIAL QUE AFASTA A
POSSIBILIDADE DE PRESCRICAO. DISCUSSAO DA MATERIA
POR MEIO DE EMBARGOS E NAO PELA VIA RESTRITA DO
INCIDENTE OPOSTO. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 181710100 - SANTO ANTONIO DA
PLATINA - JUIZA DULCE MARIA CECCONI - OITAVA CAMARA
CIVEL - Julg: 08/10/01 - Ac.: 12664 - Public.: 19/10/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE EMPRESTIMO AO
CONSUMIDOR PARA LIQUIDACAO DE DIVIDAS DE CARTOES DE
CREDITO - TITULO QUE ATENDE AOS REQUISITOS DO ARTIGO
585, II, CPC - EXCESSO DE EXECUCAO NAO DESVIRTUA A
LIQUIDEZ E FORCA EXECUTIVA - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 177501300 - CORNELIO
PROCOPIO - HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 25/09/01 - Ac.: 14723 - Public.: 11/10/01).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE, SOMENTE EM CASO
EXCEPCIONAL.
CRIACAO PRETORIANA, A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
E MEDIDA QUE SE ADMITE SOMENTE EM CARATER
EXCEPCIONAL QUANDO FLAGRANTE A AUSENCIA DOS
REQUISITOS DO ART. 586 DO CPC, UMA VEZ QUE, NAO SENDO
A NULIDADE MANIFESTA, O DEVEDOR DEVE ATACAR O TITULO
PELA VIA PROPRIA DOS EMBARGOS.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 177258700 - CURITIBA - JUIZ RUY
CUNHA SOBRINHO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/10/01 -
Ac.: 14679 - Public.: 11/10/01).

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AGRAVO INSTRUMENTAL. INTERLOCUTORIO REJEITANDO


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E INDEFERINDO
EXCLUSAO NOMINAL DOS DEVEDORES DOS ORGAOS
PROTETIVOS DE CREDITO ('SPC' E 'SERASA'), COMETENDO-
LHES VERBA HONORARIA ATUALIZADA SOBRE VALOR
DEBITUAL. ALMEJO NULITARIO A EXECUCAO AO SUSTENTO
DE SIMULACAO DE PARTE DO AGRAVADO, REALMENTE
ESSENCIALIZANDO PRODUCAO PROBATORIA EXCECAO
CORRETAMENTE RECUSADA, POSTO NAO CONFIGURADA
TIPICIDADE DOUTRINARIA AO MANEJO. CONTUDO A
QUESTOES DE ORDEM PUBLICA ENVOLVENDO,
PRESSUPOSTOS SOBRE O TITULO E CONDICOES DA ACAO,
DETECTAVEIS DE PLANO. INDEFERIMENTO A EXCLUSAO
NOMINAL PORTANTO MANTIDO, MORMENTE ADMITIDA A
INADIMPLENCIA SEM NOTICIA AEMBARGOS SOBRE
EXECUCAO VERBA HONORARIA ENTRETANTO INDEVIDA, POR
INCIDENTE PROCESSUAL (CONCL. 24, VI, ENTA; ART. 20,
PARAGS; 1 E 4 REDACAO DA LEI 8952/94) PRECEDENTES
JURISPRUDENCIAIS. PROVIMENTO, UNICAMENTE A EXCLUSAO
DOS ARBITRADOS.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173007400 - UMUARAMA - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 19/09/01 - Ac.:
12549 - Public.: 05/10/01).

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RELATOR DESIGNADO: JUIZ EUGENIO ACHILLE GRANDINETTI


EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. TITULO ILIQUIDO. INCOCORRENCIA.
O CONTRATO DE CONFISSAO DE DIVIDA E TITULO LIQUIDO,
CERTO E EXIGIVEL. (ART. 585, II DO CP).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 174100400 - CURITIBA - JUIZ
CONV. EUGENIO ACHILLE GRANDINETTI - TERCEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 11/09/01 - Ac.: 14667 - Public.: 05/10/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE REJEICAO IMPLICITA DECISAO CARENTE DE
FUNDAMENTACAO - NULIDADE DECRETADA DE OFICIO.
- NULA E A DECISAO QUE, AO DEFERIR PARECER EXARADO
PELO REPRESENTANTE DO MINISTERIO PUBLICO DE NAO
EXTINCAO DA EXECUCAO, REJEITA IMPLICITAMENTE E SEM A
NECESSARIA FUNDAMENTACAO, EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, SEM ESTAR DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA,
VIOLANDO ASSIM, O DISPOSTO NO ART. 93, IX DA
CONSTITUICAO FEDERAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 175189900 - CURITIBA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 25/09/01 - Ac.:
14510 - Public.: 05/10/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE NULIDADE DA EXECUCAO - TITULO ILIQUIDO -
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 151215200 - PARANAVAI - JUIZ
CONV. GLADEMIR VIDAL ANTUNES PANIZZI - SEXTA CAMARA
CIVEL - Julg: 17/09/01 - Ac.: 12276 - Public.: 05/10/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. ATO RECORRIDO QUE REJEITA INCIDENTE
DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E DEFERE PENHORA
SOBRE PERCENTUAL DE RENDA BRUTA DE SERVENTIA.
CARTORIO DE REGISTRO DE IMOVEIS. SIMULACAO DO
TITULO.
IMPOSSIBILIDADE DE AFERICAO. INTERRUPCAO DA
EXECUCAO.
INOCORRENCIA. A INCIDENTAL MANEJADA NAO E CAUSA
INTERRUPTIVA DA DEMANDA. CREDOR. DIREITO DE NOMEAR
BENS. RENDA DE SERVENTIA. RECEITA PUBLICA.
IMPENHORABILIDADE. PRINCIPIO DA MENOR ONEROSIDADE.
PLAUSIBILIDADE ANTE O FATO DO DEVEDOR TER INDICADO
BEM IMOVEL PARA GARANTIR O JUIZO. CERCEAMENTO DE
DEFESA.
INEXISTENCIA. LITIGANCIA DE MA-FE. AUSENCIA DE
PRESSUPOSTOS. RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 181260600 - FOZ DO IGUACU -
JUIZ EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
19/09/01 - Ac.: 12547 - Public.: 05/10/01).

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EXECUCAO - CONTRATO - INSTRUMENTO DE CONFISSAO DE


DIVIDA - RENEGOCIACAO - TITULO EXECUTIVO - CPC, ART.
585, II.
I - O CONTRATO DE CONFISSAO DE DIVIDA E TITULO
EXECUTIVO. O QUE SE DA E QUE NAO ESTA ELE A SALVO DE
O DEVEDOR, JUSTIFICADAMENTE, VER ESMIUCADOS TODOS
OS ASPECTOS PERTINENTES A FORMACAO DO VALOR QUE
ELE ESTAMPA, INCLUSIVE NO QUE CONCERNE AOS
CONTRATOS ANTERIORES, QUE LHE DERAM ORIGEM.
EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - CONTRATO
DE CONFISSAO DE DIVIDA - ABORDAGEM, NA EXCECAO, DE
MATERIA TIPICA DE EMBARGOS DO DEVEDOR, A EXIGIR
AMPLA ATIVIDADE COGNITIVA - INVIABILIDADE.
II - A EXCECAO DE EXECUTIVIDADE E OBJECAO QUE SO SE
TORNA VIAVEL EM CASOS EXCEPCIONAIS, QUANDO DESDE
LOGO, OBJETIVAMENTE, CONTROVERTEREM-SE
PRESSUPOSTOS DO PROCESSO DE EXECUCAO E DA
PRETENSAO A EXECUTAR, SOBRE QUE ATE MESMO DE
OFICIO AO ORGAO JURISDICIONAL TOQUE O DEVER-PODER
DE CONHECER.
III - AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. UNANIME.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153483800 - CURITIBA - JUIZ
CONV. RABELLO FILHO - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 10/09/01
- Ac.: 12874 - Public.: 28/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE


CAMBIO DE COMPRA EXPORTACAO - GARANTIDO POR NOTA
PROMISSORIA EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE -
DECLARADA NULIDADE DO CONTRATO - ALCANCADA A
GARANTIA SUBSIDIARIA - CARTULA NAO GOZA DE AUTONOMIA
- AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
DECIDIU O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA NO RESP.
195.215-SC, RELATADO PELO MIN. BARROS MONTEIRO: "A
NOTA PROMISSORIA VINCULADA AO CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO NAO GOZA DE AUTONOMIA, EM FACE
DA PROPRIA ILIQUIDEZ DO TITULO QUE A ORIGINOU".
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 180268800 - TOLEDO - ROBSON
MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 10/09/01 - Ac.:
12539 - Public.: 28/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO FISCAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


ALEGACAO DE NULIDADES ABSOLUTAS, ILEGALIDADE DA
EXECUCAO, VALORES ABUSIVOS EXIGIDOS - NECESSIDADE
DE DILACAO PROBATORIA - EXCECAO DESACOLHIDA EM
PRIMEIRA INSTANCIA - DECISAO CORRETA, MANTIDA.
MATERIA PENDENTE DE DILACAO PROBATORIA NAO E
PASSIVEL DE ALEGACAO VIA A OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
SEGUNDO PRELECIONA SERGIO SHIMURA, NA OBRA "TITULO
EXECUTIVO", "OS TEMAS QUE ESTIVEREM PROVADOS DE
FORMA LIMPIDA, IRRETORQUIVEL, CONSTATAVEL PRIMA
FACIE, SENDO DE TODO PRESCINDIVEL QUALQUER
INCIDENTE PROBATORIO (PROVA PERICIAL, TESTEMUNHAL,
DEPOIMENTO PESSOAL ETC.), AI ENTAO SE MOSTRA FERTIL O
TERRENO PARA O OFERECIMENTO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE" (SARAIVA, 1997, P.
78).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 175977900 - CURITIBA - ANTONIO
MARTELOZZO - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 10/09/01 - Ac.:
12877 - Public.: 28/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. ACAO ORDINARIA DE


RESCISAO DE CONTRATO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
CONSTRUCAO DOUTRINARIA, ALBERGADA PELA
JURISPRUDENCIA DOS TRIBUNAIS PATRIOS -
ADMISSIBILIDADE. EXIGE-SE QUESTAO DE NULIDADE DA
CARTULA OBJETO DO PROCESSO EXECUTORIO, O QUE
IMPORIA, ENTAO, A IMEDIATA DECRETACAO, E POR
CONSEGUINTE, A EXTINCAO DA EXECUCAO, SEM
JULGAMENTO DO MERITO. CONEXAO. MUITO EMBORA HAJA
OU NAO IDENTIDADE ENTRE AS PARTES NO PROCESSO,
SOMENTE CONFIGURA-SE CONEXAO ENTRE DUAS OU MAIS
ACOES QUANDO EXISTIR PEDIDO COMUM DE CAUSAS,
ADEMAIS A QUESTAO REFERE-SE A CONDUTA
PROCEDIMENTAL DO JUIZ, DA REUNIAO OU NAO DAS
DEMANDAS, E NAO DE COMPETENCIA. NAO DEMONSTRADA.
EXECUCAO, ANTE A AUSENCIA DE EMBARGOS, INEXISTENCIA
DE JULGAMENTO DO MERITO. INOCORRE A POSSIBILIDADE
DE DECISOES CONFLITANTES. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 181968700 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 19/09/01 - Ac.:
12520 - Public.: 28/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - NOTA PROMISSORIA


ARGUICAO DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - VICIO DO
TITULO EXEQUENDO - COACAO - MACULA O PROPRIO
CONSENTIMENTO - BOLETIM DE OCORRENCIA - NULIDADE DA
EXECUCAO - REJEICAO - DECISAO MONOCRATICA
INCENSURAVEL - EMBORA POSSA SER EXAMINADA SOB A
EGIDE DO INSTITUTO DA PRE-EXECUTIVIDADE, CONTUDO,
EXIGE PROVA PRE CONSTITUIDA, POSTO QUE, TRATANDO-SE
DE FASE DE COGNICAO SUMARIA, CIRCUNSTANCIA QUE DEVE
SER PROVADA DE PLANO, CASO CONTRARIO, PASSIVEL DE
DISCUSSAO EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO, VIA
ADEQUADA A PRODUCAO AMPLA DE PROVAS. RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 181374500 - JACAREZINHO - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 19/09/01 -
Ac.: 12525 - Public.: 28/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE


ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE -
EMPRESTIMO LIBERADO DE UMA SO VEZ - EXCECAO DE PRE
EXECUTIVIDADE REJEITADA NAO ENQUADRAMENTO DA
SUMULA N 233 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA -
RESCISAO CONFIRMADA - AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 176656900 - CASCAVEL -
ROBSON MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
10/09/01 - Ac.: 12535 - Public.: 28/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO FISCAL. IPTU. NULIDADE DAS CERTIDOES DE


DIVIDA ATIVA. INOCORRENCIA. FALHA DECORRENTE DE
INERCIA DO PROPRIO EXECUTADO. POSSIBILIDADE DE
EMENDA. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
IMPROCEDENCIA. RECURSO NAO PROVIDO.
1. O ERRO NO LANCAMENTO DO DEBITO TRIBUTARIO
OCORREU DEVIDO A NEGLIGENCIA DO PROPRIO EXECUTADO
QUE, EM PROCEDENDO A DOACAO DO IMOVEL A SEU FILHO,
DEIXOU DE COMUNICAR O FISCO MUNICIPAL DA ALTERACAO
NA TITULARIDADE DO IMOVEL.
2. ADMITE-SE A EMENDA OU SUBSTITUICAO DA CERTIDAO DE
DIVIDA ATIVA ATE A DECISAO DE PRIMEIRA INSTANCIA,
ASSEGURADA AO DEVEDOR A DEVOLUCAO DO PRAZO PARA
EMBARGOS, SOBRETUDO PELAS PECULIARIDADES DO CASO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172886100 - LONDRINA - JUIZ
CONV. NOEVAL DE QUADROS - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
03/09/01 - Ac.: 12913 - Public.: 28/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. OPOSICAO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE NOS PROPRIOS AUTOS DA ACAO, COM
PEDIDO DE SUSPENSAO DO SEU ANDAMENTO.
INDEFERIMENTO DA SUSPENSAO, COM DETERMINACAO PARA
QUE O CREDOR SE MANIFESTE SOBRE O INCIDENTE. AGRAVO
OBJETIVANDO O PRONUNCIAMENTO DO TRIBUNAL SOBRE A
SUSPENSAO DA EXECUCAO E TAMBEM SOBRE AS MATERIAS
DEDUZIDAS NO INCIDENTE. INADMISSIBILIDADE.
NECESSIDADE DE PREVIA MANIFESTACAO DO JUIZO
SINGULAR, SOB PENA DE SUPRESSAO DE UMA DAS
INSTANCIAS.
RECONHECIMENTO, CONTUDO, DA NECESSIDADE DE SER
SUSPENSO O CURSO DA EXECUCAO, A VISTA DA RELEVANCIA
DAS QUESTOES SUSCITADAS. RECURSO PARCIALMENTE
CONHECIDO, SENDO NESSA PARTE PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 175945700 - CURITIBA - JUIZA
DULCE MARIA CECCONI - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
10/09/01 - Ac.: 12481 - Public.: 21/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. ALEGACAO DE AUSENCIA DE NOTIFICACAO
PREVIA DO DEVEDOR, A DATA DO VENCIMENTO DE CADA UMA
DAS PARCELAS QUE INTEGRAM O TITULO EXECUTIVO.
OBRIGACAO INOCORRENTE. DEMAIS ARGUICOES QUE NAO
SE MOSTRAM IDONEAS, DESDE LOGO, A SEREM ESGRIMIDAS
ATRAVES DE TAL INCIDENTE, EXIGINDO-SE, PARA O SEU
CONHECIMENTO E DECISAO, A PREVIA SEGURANCA DO
JUIZO. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 174982600 - BELA VISTA DO
PARAISO - JUIZA DULCE MARIA CECCONI - OITAVA CAMARA
CIVEL - Julg: 10/09/01 - Ac.: 12482 - Public.: 21/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE MATERIA ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO
EXECUTIVA QUESTAO DE ORDEM PUBLICA - EXAME,
INDEPENDENTEMENTE DE EMBARGOS - ARTIGO 267, 3 DO
CPC.
1. DO EXAME DO DISPOSTO NOS ARTIGOS 583, 614 E 618 DO
DIPLOMA PROCESSUAL CIVIL, DEPREENDE-SE QUE O FEITO
EXECUTIVO DEVE ESTAR INSTRUIDO COM TITULO REVESTIDO
DE LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE, SOB PENA DE
NULIDADE. E MAIS: REFERIDA NULIDADE, ESTANDO
EXPRESSAMENTE COMINADA, E MATERIA DE ORDEM PUBLICA
A SER APRECIADA EX OFFICIO.
2. A EXIGENCIA DO OFERECIMENTO DOS EMBARGOS A
EXECUCAO PARA QUE SEJA APRECIADA A EXECUTIVIDADE
DO TITULO NAO TEM RAZAO DE SER, POIS AS QUESTOES EM
TELA - REFERENTES AS CONDICOES DA ACAO - DEVERAO
SER APRECIADAS PELO JUIZ A QUALQUER TEMPO E GRAU DE
JURISDICAO, CONFORME ARTIGO 267, 3, DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 176157100 - PONTA GROSSA -
ROSANA FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 05/09/01 -
Ac.: 14542 - Public.: 21/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS A EXECUCAO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL.
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE.
SUMULA 233 DO STJ. APLICACAO. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. PROCEDENCIA. EXTINCAO DO PROCESSO
SEM JULGAMENTO DO MERITO, (CPC, ART. 267, IV). CUSTAS E
HONORARIOS ADVOCATICIOS PELO EXEQUENTE. PEDIDO DE
CONVERSAO POR PARTE DO EXEQUENTE DA EXECUCAO EM
MONITORIA. PRINCIPIO DA INSTRUMENTABILIDADE.
CONVERSAO.
INADMISSIBILIDADE. IMUTABILIDADE DA ACAO. ESTABILIDADE
DA RELACAO JURIDICA PROCESSUAL. NECESSARIA
RESPEITABILIDADE. EXEGESE DOS ARTS. 264 E 294 DO CPC.
RECURSO QUE MERECE SER PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 174221800 - MARINGA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 05/09/01 - Ac.:
12470 - Public.: 21/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS DECLARATORIOS -


OMISSAO, CONTRADICAO E OBSCURIDADE - INOCORRENCIA
MATERIAS DEBATIDAS E FUNDAMENTADAS NA DECISAO
GUERREADA - PRETENSAO DE REDISCUSSAO DO JULGADO -
IMPOSSIBILIDADE - EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE -
AUSENCIA DE NULIDADE DA EXECUCAO - CALCULO CORRETO
- IMPROPRIEDADE DA OPOSICAO.
AGRAVO DESPROVIDO.
1."O JULGADOR, A LUZ DA ESTRUTURA JURIDICA DO SISTEMA
PROCESSUAL, NAO ESTA OBRIGADO A EXAMINAR E
RESPONDER TODAS AS ALEGACOES DAS PARTES, QUANDO
JA TENHA ENCONTRADO MOTIVO SUFICIENTE PAR FUNDAR A
DECISAO, NEM SE OBRIGA A ATER-SE AOS FUNDAMENTOS
INDICADOS POR ELAS E TAMPOUCO A RESPONDER UM A UM
OS SEUS ARGUMENTOS".
2. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SOMENTE E DE SER
ACOLHIDA SE VERIFICADO DESDE LOGO NULIDADE QUE
DEVERA SER DECLARADA ATE MESMO DE OFICIO,
PORQUANTO NAO SE JUSTIFICARIA SUBMETER O
EXECUTADO A MAIORES ONUS QUANDO LOGO DE INICIO
FOSSE VISTO QUE A EXECUCAO NAO TERIA COMO
PROSPERAR, ANTE A EXISTENCIA DE IRREGULARIDADE
INSANAVEL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 164919000 - LONDRINA - JUIZ
MARCUS VINICIUS DE LACERDA COSTA - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 11/09/01 - Ac.: 14409 - Public.: 21/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE SOBRESTAMENTO DA EXECUCAO -
IMPOSSIBILIDADE - SENTENCA - LIQUIDEZ.
1. TENDO A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE POR OBJETO A
ANALISE DOS PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E
VALIDADE DO PROCESSO DA EXECUCAO, COM SEU
CONHECIMENTO SENDO POSSIVEL A QUALQUER MOMENTO
OU FASE DO PROCESSO, SEM QUE POSSA SER ALCADO PELA
PRECLUSAO, UMA VEZ LEVANTADA NAO TEM O PODER DE
SOBRESTAR A EXECUCAO, INCLUSIVE PARA DILATAR O
PRAZO PARA O DEVEDOR NOMEAR BENS EM GARANTIA.
2. BASTA PARA CONFERIR A LIQUIDEZ DO TITULO A SIMPLES
INDICACAO DOS ELEMENTOS NECESSARIOS PARA APURAR
MEDIANTE OPERACOES ARITMETICAS, COMPLEXAS OU NAO,
O MONTANTE EXEQUIVEL INDICADO NA SENTENCA COM BASE
NO CONTRATO OBJETO DO LITIGIO, SEM NECESSIDADE DA
PRODUCAO DE OUTRAS PROVAS. O EXCESSO DE COBRANCA
NAO DESVIRTUA OU PREJUDICA A LIQUIDEZ DO TITULO,
DEVENDO SER DISCUTIDO E ABATIDO DO MONTANTE
EXEQUENDO EM SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR, ONDE
SERA POSSIVEL A PRODUCAO DE PERICIA CONTABIL COM A
QUAL O DEVEDOR PODERA SE CONTRAPOR AOS CALCULOS
DE LIQUIDACAO FEITOS PELO CREDOR.
AGRAVO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 175295200 - PIRAI DO SUL -
HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
11/09/01 - Ac.: 14637 - Public.: 21/09/01).
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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO


PARTICULAR DE COMPRA E VENDA, MUTUO COM
OBRIGACOES, HIPOTECA DE PRIMEIRO GRAU E OUTRAS
AVENCAS E O INSTRUMENTO DE CONFISSAO DE DIVIDA -
PEDIDO DE SUSPENSAO DA EXECUCAO PARA PAGAMENTO
DAS PRESTACOES VENCIDAS - HOMOLOGACAO -
DESCUMPRIMENTO DO AVENCADO PROSSEGUIMENTO DA
EXECUCAO - DIA E HORA PARA HASTA PUBLICA DO IMOVEL
OBJETO DO CONTRATO PRINCIPAL - PEDIDO DAS PARTES DE
SUSPENSAO PELO PRAZO DE TRINTA DIAS, E CONSEQUENTE
CANCELAMENTO DA PRACA DO IMOVEL PENHORADO, ANTE A
POSSIBILIDADE DE TRANSACAO - ARGUICAO DE EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, ESTRIBA EM CONTRATO DE
CONSTRUCAO POR EMPREITADA E RECIBOS DE PAGAMENTO
DE VALORES AO ADVOGADO DO EXEQUENTE - DECISAO
MONOCRATICA, EMBORA CONCISA, SUFICIENTEMENTE
FUNDAMENTADA - CAIXA ECONOMICA FEDERAL, TAMBEM
TITULAR DO CONTRATO EM EXECUCAO INCOMPETENCIA DA
JUSTICA COMUM - INDEMONSTRADO RELACAO PROCESSUAL
DIVERSA DO FEITO EM MESA - ADEMAIS, QUESTOES QUE
REFOGEM AO INSTITUTO DA PRE-EXECUTIVIDADE (FASE DE
COGNICAO SUMARIA, CIRCUNSTANCIA QUE DEVE SER
PROVADA DE PLANO) PASSIVEL DE DISCUSSAO EM SEDE DE
EMBARGOS A EXECUCAO OU ATE EM EMBARGOS A
ARREMATACAO NULIDADE DO TITULO EXTRAJUDICIAL EM
EXECUCAO, DE MOLDE A ENSEJAR A SUA IMEDIATA
DECRETACAO DA DEMANDA INCOMPROVADA -
INCENSURAVEL A DECISAO MONOCRATICA.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 176774200 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 05/09/01 - Ac.:
12473 - Public.: 21/09/01).
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AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO ESPECIAL


HIPOTECARIA. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE REJEITADA.
EXISTENCIA EM JUIZO DIVERSO DE ACAO REVISIONAL DO
MESMO CONTRATO ONDE O MUTUARIO/EXECUTADO
DEPOSITA JUDICIALMENTE PAGAMENTO DAS PARCELAS.
ALEGADA INEXISTENCIA DA MORA. QUESTAO IMPROPRIA A
LASTREAR A EXCECAO. DIVIDA. DISCUSSAO.
IMPOSSIBILIDADE DE RESULTAR NA EXTINCAO DA
EXECUCAO. MATERIA PERTINENTE NOS EMBARGOS DO
DEVEDOR. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 174473200 - CURITIBA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 05/09/01 -
Ac.: 12480 - Public.: 21/09/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, REJEICAO. PRETENSAO ASSENTADA NA
ILIQUIDEZ DO TITULO POR SE TRATAR DE CHEQUE ESPECIAL
(SUMULA 233, STJ). ALUSAO EQUIVOCADA. TRATA-SE DE
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE PARCELADO. MUTUO. TITULO LIQUIDO, CERTO E
EXIGIVEL.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172534200 - CASTRO - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 29/08/01 -
Ac.: 12472 - Public.: 21/09/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE INTERPOSTA EM EXECUTIVO FISCAL -
CERTIDAO DE DIVIDA ATIVA FORMALMENTE EM ORDEM -
CONEXAO DA EXECUCAO FISCAL COM ACAO DECLARATORIA
DE NULIDADE NAO ACOLHIDA, EM FACE DA NAO
INTERPOSICAO DE EMBARGOS - ACOES QUE TRAMITAM PELA
JUSTICA ESTADUAL, ATRAVES DAS VARAS ESPECIALIDADAS
DA FAZENDA PUBLICA - PRESCRICAO DA ACAO
DECLARATORIA, MATERIA DE DEFESA DO AGRAVADO, QUE
NAO PODE SER OBJETO DA PRESENTE - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
AS MATERIAS ARGUIVEIS POR MEIO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE DEVEM SER DAQUELAS QUE O JUIZ POSSA
CONHECER DE OFICIO, MESMO PORQUE E ESSE O FATO
PELO QUAL FICA DISPENSADA A SEGURANCA DO JUIZO. SAO
AS CHAMADAS MATERIAS DE ORDEM PUBLICA.
A HIPOTESE DESTE RECURSO NAO SE ADEQUA A INVOCACAO
DA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, VEZ QUE A
IMPUGNACAO NAO SE FUNDA NOS PRESSUPOSTOS DE
VALIDADE DO PROCESSO, UMA VEZ QUE ESTAO PRESENTES
OS REQUISITOS DE CAPACIDADE E INTERESSES
PROCESSUAIS E A POSSIBILIDADE JURIDICA DO PEDIDO.
A CONEXAO CONSTITUI CAUSA DE MODIFICACAO DE
COMPETENCIA, DEVENDO SER ALEGADA EM CONTESTACAO,
CONFORME ARTIGO 301, VII, DO CPC, E EM SE TRATANDO DE
EXECUCAO FISCAL, FUNDADA EM TITULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL (CERTIDAO DE DIVIDA ATIVA REGULARMENTE
INSCRITA), HAVERA DE SER QUESTIONADA POR MEIO DOS
EMBARGOS, NOS EXATOS TERMOS DO ARTIGO 16 DA LEI N
6.830/80.
E INADEQUADO, PORTANTO, PRETENDER O SEU
RECONHECIMENTO NO PROCESSO DE EXECUCAO PELO
SIMPLES FATO DE HAVER IDENTIDADE DE PARTES, QUANDO A
CAUSA DE PEDIR E O PEDIDO MOSTRAM-SE DIVERSOS EM
FACE DA AUTONOMIA E LITERALIDADE DO TITULO
EXECUTIVO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173931500 - CURITIBA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 20/08/01 - Ac.:
12232 - Public.: 21/09/01).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. ESCRITURA PUBLICA


DE CONFISSAO E ASSUNCAO DE DIVIDAS COM GARANTIA
HIPOTECARIA. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. "ACAO
COMO DIREITO POTESTATIVO". "CONTRADITORIO NA
EXECUCAO".
"PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DA RELACAO EXECUTIVA".
"NULLA EXECUTIO SINE TITULO". QUESTOES POSTERGADAS
PARA APRECIACAO EM SEDE DE EMBARGOS, ADEQUADA
PARA DISCUSSAO, VEZ QUE, AQUELAS EXIGEM AMPLO
CONTRADITORIO. DECISAO DE PRIMEIRO GRAU
INCENSURAVEL, QUE MERECE SER MANTIDA. RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173309300 - UNIAO DA VITORIA -
JUIZ TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
29/08/01 - Ac.: 12424 - Public.: 14/09/01).

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EXECUCAO DE TITULO JUDICIAL - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - INDEFERIMENTO - "BIS IN IDEM" - NAO
CARACTERIZACAO - INICIAL - INEPCIA - INOCORRENCIA
AGRAVO DESPROVIDO.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO E ADMITIDA
QUANDO O TITULO EXEQUENDO NAO SE REVESTE, DE
IMEDIATO, DE LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE.
2. AS MATERIAS LEVANTADAS A FIM DE FUNDAMENTAR O
INCIDENTE DA PRE-EXECUTIVIDADE NAO PREENCHEM OS
SEUS REQUISITOS, DEVENDO SER DISCUTIDAS EM SEDE DE
EMBARGOS A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 161695300 - SAO JOSE DOS
PINHAIS - FERNANDO WOLFF BODZIAK - QUARTA CAMARA
CIVEL - Julg: 15/08/01 - Ac.: 14427 - Public.: 06/09/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE.
REJEICAO. QUESTOES QUE NAO CONSTITUEM MATERIA DE
ORDEM PUBLICA. EMBARGOS A EXECUCAO JULGADOS
IMPROCEDENTES.
NOVO EXAME DESCABIMENTO. AGRAVO DESPROVIDO.
"NAO SENDO A ARGUMENTACAO EM QUE SE FUNDA A
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE MATERIA DE ORDEM
PUBLICA, E JA TENDO SIDO JULGADO OS EMBARGOS A
EXECUCAO ONDE O EXCESSO DA EXECUCAO FOI DISCUTIDO,
IMPOSSIVEL A REDISCUSSAO DA MESMA MATERIA, POR
INCIDENCIA DA NORMA DO ARTIGO 473, DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL." (AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173849200 -
FRANCISCO BELTRAO - MARIA JOSE TEIXEIRA - SEXTA
CAMARA CIVEL - Julg: 20/08/01 - Ac.: 12146 - Public.: 06/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL FUNDADA EM CONFISSAO DE DIVIDA -
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ NAO
CARACTERIZADA EVENTUAL EXCESSO SEM EXPRESSAO
PARA NULIFICAR O TITULO - RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.
"A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO." (STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 156871000 - CURITIBA - JUIZ
CLAYTON CAMARGO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 22/08/01 -
Ac.: 14467 - Public.: 06/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE CEDULA DE CREDITO INDUSTRIAL - TITULO
LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL - INEXISTENCIA DE
CONTRAPRESTACAO DEMONSTRATIVO DO DEBITO.
1. A CEDULA DE CREDITO INDUSTRIAL, INSTITUIDA PELO DL
413 DE 9/1/69, E DEFINIDA COMO PROMESSA DE PAGAMENTO
EM DINHEIRO (ART. 9), CONSTITUINDO-SE EM TITULO LIQUIDO,
CERTO E EXIGIVEL PELA SOMA DELA CONSTANTE OU DO
ENDOSSO E DEMAIS ENCARGOS PREVISTOS PARA
SEGURANCA, REGULARIDADE E REALIZACAO DO DIREITO
CREDITORIO (ART. 10), NENHUMA CONTRAPRESTACAO
SENDO IMPOSTA AO CREDOR COMO CONDICAO PARA QUE O
CREDITO QUE ELA REPRESENTA SE TORNE LIQUIDO E
CERTO.
2. O DOCUMENTO APRESENTADO PELO CREDOR COM A
PETICAO INICIAL, ATENDE A NORMA IMPOSITIVA DO ARTIGO
614, II, DO CPC, AO EXIGIR DEMONSTRATIVO DO DEBITO
ATUALIZADO COM TODAS AS SUAS PARCELAS INDICADAS, AI
COMPREENDIDO O PRINCIPAL, JUROS, MULTA E CORRECAO
MONETARIA.
AGRAVO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 175540200 - CURITIBA -
HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
21/08/01 - Ac.: 14586 - Public.: 06/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISAO QUE AFASTA


APRECIACAO DA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
INSTRUMENTO DE CONFISSAO DE DIVIDA ORIUNDO DE
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE. CHEQUE ESPECIAL. NOVACAO.
LIQUIDEZ DO TITULO. QUESTOES PERTINENTES A EXCECAO
MERECEDORAS DE FUNDAMENTADA APRECIACAO DE
MERITO.
RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172861400 - LONDRINA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 15/08/01 -
Ac.: 12388 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

1. AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE FIANCA - DECISAO QUE
ENTENDEU PRECLUSA A ARGUICAO - IMPOSSIBILIDADE.
TENDO A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE POR OBJETO A
ANALISE DOS PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E
VALIDADE DO PROCESSO DA EXECUCAO, SEU
CONHECIMENTO E POSSIVEL A QUALQUER MOMENTO OU
FASE DO PROCESSO, SEM QUE POSSA SER ALCANCADO
PELA PRECLUSAO.
2. FIANCA - INTERPRETACAO RESTRITIVA - LOCACAO
PRORROGACAO DO CONTRATO SEM ANUENCIA DO FIADOR
AUSENCIA DE RESPONBSABILIDADE DESTE. O INSTITUTO DA
FIANCA NAO COMPORTA INTERPRETACAO EXTENSIVA EM
RAZAO DO ARTIGO 1.483 DO CODIGO CIVIL, INEXISTINDO
RESPONSABILIDADE DO FIADOR POR DEBITO ORIUNDO DE
CONTRATO DE LOCACAO PRORROGADO SEM SUA ANUENCIA.
AGRAVO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 174945300 - CURITIBA -
HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
14/08/01 - Ac.: 14479 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - NOTA PROMISSORIA SEM ASSINATURA DOS


EXECUTADOS - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
REJEITADO NULIDADE CARACTERIZADA - FALTA DE
REQUISITO ESSENCIAL RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 146155800 - JACAREZINHO - JUIZ
CONV. GLADEMIR VIDAL ANTUNES PANIZZI - SEXTA CAMARA
CIVEL - Julg: 20/08/01 - Ac.: 12082 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXECUCAO HIPOTECARIA.


EXCECAO A PRE-EXECUTIVIDADE. - LIMITACOES AO
PROCEDIMENTO. - CONEXAO DA ACAO EXECUTIVA COM A
ACAO ORDINARIA E EXTINCAO DA EXECUCAO. -
IMPOSSIBILIDADE.
SUSPENSAO DA EXECUCAO. - POSSIBILIDADE ANTE O
AJUIZAMENTO DE ACAO REVISIONAL. - QUESTAO
PREJUDICIAL DE REGULARIDADE CONTRATUAL. - DECISAO
MONOCRATICA REFORMADA EM PARTE PARA DETERMINAR A
SUSPENSAO DA EXECUCAO. - (MAIORIA). - RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO.
I. ESTE INCIDENTE TEM POR OBJETIVO, EFETIVAMENTE,
POSSIBILITAR AO DEVEDOR A ARGUICAO DA FALTA DE
CONDICAO PARA A ACAO DE EXECUCAO. NAO CONTENDO O
TITULO EXECUTIVO EFICACIA EXECUTIVA, ESTA NAO PODERIA
PROSPERAR, CONTUDO, ESTA MATERIA DEVE SER ARGUIDA
INCIDENTALMENTE, DEVE ESTAR DEVIDAMENTE
CARACTERIZADA A CARENCIA DE ACAO, E NO CASO DOS
AUTOS, TENDO SIDO INTERPOSTA ACAO REVISIONAL, ESTA
PODERA INCUMBIR-SE DE APRECIAR A REGULARIDADE
CONTRATUAL. ESTE PROCEDIMENTO TEM A POSSIBILIDADE
DE ESGOTAR OS PONTOS NECESSARIOS PARA QUE SEJA
DEMONSTRADA A LIQUIDEZ, CERTEZA OU EXIGIBILIDADE, OU
NAO, DO QUE SE PRETENDE COBRAR, MAS FRISE-SE, ESTA
CONTROVERSIA NAO PODE SER APRECIADA EM SEDE DE
EXCECAO, DADO A SUA LIMITACAO DE PROCEDIMENTO.
II. ASSIM, SOMENTE SE O TITULO NAO CONTIVER EFICACIA
EXECUTIVA, O MAGISTRADO DEVERA DESDE LOGO INDEFERI-
LO, PRONUNCIANDO-SE SOBRE A CARENCIA DE ACAO, POSTO
QUE, A PROPRIA LIMITACAO DO INCIDENTE A SER
REFORMADO EM SEDE DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, NAO
PERMITE A UTILIZACAO DESTE REMEDIO INCIDENTAL PARA
TENTAR INVOCAR A CARENCIA DE ACAO POR FALTA DE
LIQUIDEZ DO TITULO, QUANDO PRESENTES OS REQUISITOS
ESSENCIAIS PARA A SUA VALIDADE.
III. O CUIDADO A SER TOMADO NESTAS CONDICOES EXIGE
QUE A PARTE COMPROVE A CARENCIA DE ACAO NAO PELOS
PONTOS A SEREM ARGUIDOS EM EMBARGOS, MAS AQUELES
EM QUE POR NAO INTERPOSICAO CABE A EXTINCAO DA
EXECUCAO, ATE MESMO DE OFICIO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167732500 - CURITIBA - JUIZ
LIDIO J. R. DE MACEDO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
21/08/01 - Ac.: 14517 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXECUCAO HIPOTECARIA.


EXCECAO A PRE-EXECUTIVIDADE. - LIMITACOES AO
PROCEDIMENTO. - CONEXAO DA ACAO EXECUTIVA COM A
ACAO ORDINARIA E EXTINCAO DA EXECUCAO. -
IMPOSSIBILIDADE.
SUSPENSAO DA EXECUCAO. - POSSIBILIDADE ANTE O
AJUIZAMENTO DE ACAO REVISIONAL. - QUESTAO
PREJUDICIAL DE REGULARIDADE CONTRATUAL. - DECISAO
MONOCRATICA REFORMADA EM PARTE PARA DETERMINAR A
SUSPENSAO DA EXECUCAO. - (MAIORIA). - RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO.
I. ESTE INCIDENTE TEM POR OBJETIVO, EFETIVAMENTE,
POSSIBILITAR AO DEVEDOR A ARGUICAO DA FALTA DE
CONDICAO PARA A ACAO DE EXECUCAO. NAO CONTENDO O
TITULO EXECUTIVO EFICACIA EXECUTIVA, ESTA NAO PODERIA
PROSPERAR, CONTUDO, ESTA MATERIA DEVE SER ARGUIDA
INCIDENTALMENTE, DEVE ESTAR DEVIDAMENTE
CARACTERIZADA A CARENCIA DE ACAO, E NO CASO DOS
AUTOS, TENDO SIDO INTERPOSTA ACAO REVISIONAL, ESTA
PODERA INCUMBIR-SE DE APRECIAR A REGULARIDADE
CONTRATUAL. ESTE PROCEDIMENTO TEM A POSSIBILIDADE
DE ESGOTAR OS PONTOS NECESSARIOS PARA QUE SEJA
DEMONSTRADA A LIQUIDEZ, CERTEZA OU EXIGIBILIDADE, OU
NAO, DO QUE SE PRETENDE COBRAR, MAS FRISE-SE, ESTA
CONTROVERSIA NAO PODE SER APRECIADA EM SEDE DE
EXCECAO, DADO A SUA LIMITACAO DE PROCEDIMENTO.
II. ASSIM, SOMENTE SE O TITULO NAO CONTIVER EFICACIA
EXECUTIVA, O MAGISTRADO DEVERA DESDE LOGO INDEFERI-
LO, PRONUNCIANDO-SE SOBRE A CARENCIA DE ACAO, POSTO
QUE, A PROPRIA LIMITACAO DO INCIDENTE A SER
REFORMADO EM SEDE DE AGRAVO DE INSTRUMENTO, NAO
PERMITE A UTILIZACAO DESTE REMEDIO INCIDENTAL PARA
TENTAR INVOCAR A CARENCIA DE ACAO POR FALTA DE
LIQUIDEZ DO TITULO, QUANDO PRESENTES OS REQUISITOS
ESSENCIAIS PARA A SUA VALIDADE.
III. O CUIDADO A SER TOMADO NESTAS CONDICOES EXIGE
QUE A PARTE COMPROVE A CARENCIA DE ACAO NAO PELOS
PONTOS A SEREM ARGUIDOS EM EMBARGOS, MAS AQUELES
EM QUE POR NAO INTERPOSICAO CABE A EXTINCAO DA
EXECUCAO, ATE MESMO DE OFICIO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167732500 - CURITIBA - JUIZ
LIDIO J. R. DE MACEDO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
21/08/01 - Ac.: 14517 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - NOTA PROMISSORIA SEM ASSINATURA DOS


EXECUTADOS - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
REJEITADO NULIDADE CARACTERIZADA - FALTA DE
REQUISITO ESSENCIAL RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 146155800 - JACAREZINHO - JUIZ
CONV. GLADEMIR VIDAL ANTUNES PANIZZI - SEXTA CAMARA
CIVEL - Julg: 20/08/01 - Ac.: 12082 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

1. AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE FIANCA - DECISAO QUE
ENTENDEU PRECLUSA A ARGUICAO - IMPOSSIBILIDADE.
TENDO A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE POR OBJETO A
ANALISE DOS PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E
VALIDADE DO PROCESSO DA EXECUCAO, SEU
CONHECIMENTO E POSSIVEL A QUALQUER MOMENTO OU
FASE DO PROCESSO, SEM QUE POSSA SER ALCANCADO
PELA PRECLUSAO.
2. FIANCA - INTERPRETACAO RESTRITIVA - LOCACAO
PRORROGACAO DO CONTRATO SEM ANUENCIA DO FIADOR
AUSENCIA DE RESPONBSABILIDADE DESTE. O INSTITUTO DA
FIANCA NAO COMPORTA INTERPRETACAO EXTENSIVA EM
RAZAO DO ARTIGO 1.483 DO CODIGO CIVIL, INEXISTINDO
RESPONSABILIDADE DO FIADOR POR DEBITO ORIUNDO DE
CONTRATO DE LOCACAO PRORROGADO SEM SUA ANUENCIA.
AGRAVO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 174945300 - CURITIBA -
HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
14/08/01 - Ac.: 14479 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE E INCIDENTE DE FALSIDADE. DOCUMENTO.
PREENCHIMENTO INDEVIDO DE DOCUMENTO PREVIAMENTE
ASSINADO. HIPOTESE DE FALSIDADE IDEOLOGICA, NAO
MATERIAL. ARTIGO 394 DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
RECURSO DESPROVIDO.
O ARGUMENTO DE TER SIDO ASSINADA EM BRANCO A NOTA
PROMISSORIA, TAL FATO NAO TEM O CONDAO DE INVALIDA-
LA, POIS, NESTES CASOS, ENTENDE-SE QUE O EMITENTE
DELEGOU PODERES PARA QUE O CREDOR PROCEDESSE O
SEU PREENCHIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173392800 - FOZ DO IGUACU -
JUIZ MANASSES DE ALBUQUERQUE - OITAVA CAMARA CIVEL -
Julg: 20/08/01 - Ac.: 12384 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE


LOCACAO.
ALUGUERES ATRASADOS. FIADORES. LOCACAO ESTENDIDA
ATE A ENTREGA DAS CHAVES. INEXISTENCIA DA CITACAO.
INOCORRENCIA. COMPARECIMENTO ESPONTANEA DOS
EXECUTADOS NO FEITO. SUPRIMENTO, "EX VI" DO 1, DO ART.
214, DO CPC. ILEGITIMIDADE PASSIVA. AUSENCIA DE
LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE DO TITULO. QUESTAO
QUE DEVE SER ABORDADA EM SEDE DE EMBARGOS A
EXECUCAO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
CONSTRUCAO DOUTRINARIA, ALBERGADA PELA
JURISPRUDENCIA DOS TRIBUNAIS PATRIOS ADMISSIBILIDADE
- EXIGE-SE QUESTAO DE NULIDADE DA CARTULA OBJETO DO
PROCESSO EXECUTORIO, O QUE IMPORIA A IMEDIATA
DECRETACAO, E POR CONSEGUINTE, A EXTINCAO DA
EXECUCAO, SEM JULGAMENTO DO MERITO - RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173063200 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 15/08/01 - Ac.:
12357 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. NOTA PROMISSORIA E AVAL.
INEXISTENTES. EXECUCAO. NULIDADE. LEVANTAMENTO DA
PENHORA. EXTINCAO DO FEITO. MEIO INADEQUADO.
AUSENCIA DE LEGITIMIDADE. DEFESA DE DIREITO ALHEIO.
INADMISSIBILIDADE. REJEICAO. CONDENACAO EM
HONORARIOS DE ADVOGADO. INCABIVEL. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 176031200 - UMUARAMA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 22/08/01 -
Ac.: 12390 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE CREDITO HIPOTECARIO. CONTRATO POR


INSTRUMENTO PARTICULAR DE COMPRA E VENDA COM SUB-
ROGACAO DE DIVIDA HIPOTECARIA CUMULADO DE
ADITAMENTO E RE-RATIFICACAO DE OUTRO CONTRATO.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. LITISPENDENCIA. ACAO
DE CONSIGNACAO EM PAGAMENTO TRAMITANDO NA JUSTICA
FEDERAL.
AUSENCIA DE COMPROVACAO NO JUIZO SINGULAR.
DOCUMENTO INCLUSO NESTE CADERNO RECURSAL,
NOTICIANDO O AFORAMENTO E TRAMITACAO DE ACAO
CONSIGNATORIA NA 2 VARA FEDERAL DE UMUARAMA/PR,
PELO ORA AGRAVANTE FACE O AQUI AGRAVADO, NAO
INTEGRANDO A LIDE A CAIXA ECONOMICA FEDERAL,
GESTORA DO FCVS, E AINDA, NEM SE SABENDO SE O
ASSUNTO DISCUTIDO ENGLOBA FCVS - FUNDO DE
COMPENSACAO DE VARIACOES SALARIAIS. MATERIA NAO
ENFRENTADA EM PRIMEIRO GRAU. NAO CONHECIMENTO, SOB
PENA DO COMETIMENTO DE SUPRESSAO DE INSTANCIA.
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO. INDEMONSTRADA.
EMBASAMENTO, LEI 4.380/64, ART. 1 . RECURSO CONHECIDO
EM PARTE E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 175951500 - PALOTINA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 22/08/01 -
Ac.: 12391 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. INSTRUMENTO


PARTICULAR DE CONFISSAO DE DIVIDA E PROMESSA DE
PAGAMENTO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CARENCIA
DE ACAO. ILEGITIMIDADE ATIVA "AD CAUSAM".
INDEMONSTRADA.
CESSAO DE CREDITO. CONFIGURADA. TITULO NULO PARA
EXECUCAO. AUSENCIA DE ASSINATURA DE DUAS
TESTEMUNHA (CPC, ART. 585, II). ILIQUIDEZ DO TITULO. JUROS
EXTORSIVOS E ILEGAIS. QUESTOES POSTERGADAS PARA
APRECIACAO EM SEDE DE EMBARGOS, ADEQUADA PARA
DISCUSSAO, VEZ QUE, AQUELAS EXIGEM AMPLO
CONTRADITORIO. A ANALISE DE TAIS QUESTOES NESTA
INSTANCIA, VIOLA O DUPLO GRAU DE JURISDICAO. COM
RELACAO AO PEDIDO DE SUSPENSAO DA EXECUCAO PARA
OPORTUNIZAR A ACAO DE FALENCIA E DOS DEFEITOS NA
REPRESENTACAO DOS RECORRENTES, DE IGUAL, TRATAM
DE MATERIAS NAO EXAMINADAS MINUDENTEMENTE PELO
JUIZO SINGULAR. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 175911100 - PARANAVAI - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 22/08/01 -
Ac.: 12392 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISAO QUE AFASTA


APRECIACAO DA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
INSTRUMENTO DE CONFISSAO DE DIVIDA ORIUNDO DE
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE. CHEQUE ESPECIAL. NOVACAO.
LIQUIDEZ DO TITULO. QUESTOES PERTINENTES A EXCECAO
MERECEDORAS DE FUNDAMENTADA APRECIACAO DE
MERITO.
RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172861400 - LONDRINA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 15/08/01 -
Ac.: 12388 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. INSTRUMENTO


PARTICULAR DE CONFISSAO DE DIVIDA E PROMESSA DE
PAGAMENTO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CARENCIA
DE ACAO. ILEGITIMIDADE ATIVA "AD CAUSAM".
INDEMONSTRADA.
CESSAO DE CREDITO. CONFIGURADA. TITULO NULO PARA
EXECUCAO. AUSENCIA DE ASSINATURA DE DUAS
TESTEMUNHA (CPC, ART. 585, II). ILIQUIDEZ DO TITULO. JUROS
EXTORSIVOS E ILEGAIS. QUESTOES POSTERGADAS PARA
APRECIACAO EM SEDE DE EMBARGOS, ADEQUADA PARA
DISCUSSAO, VEZ QUE, AQUELAS EXIGEM AMPLO
CONTRADITORIO. A ANALISE DE TAIS QUESTOES NESTA
INSTANCIA, VIOLA O DUPLO GRAU DE JURISDICAO. COM
RELACAO AO PEDIDO DE SUSPENSAO DA EXECUCAO PARA
OPORTUNIZAR A ACAO DE FALENCIA E DOS DEFEITOS NA
REPRESENTACAO DOS RECORRENTES, DE IGUAL, TRATAM
DE MATERIAS NAO EXAMINADAS MINUDENTEMENTE PELO
JUIZO SINGULAR. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 175911100 - PARANAVAI - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 22/08/01 -
Ac.: 12392 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE CREDITO HIPOTECARIO. CONTRATO POR


INSTRUMENTO PARTICULAR DE COMPRA E VENDA COM SUB-
ROGACAO DE DIVIDA HIPOTECARIA CUMULADO DE
ADITAMENTO E RE-RATIFICACAO DE OUTRO CONTRATO.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. LITISPENDENCIA. ACAO
DE CONSIGNACAO EM PAGAMENTO TRAMITANDO NA JUSTICA
FEDERAL.
AUSENCIA DE COMPROVACAO NO JUIZO SINGULAR.
DOCUMENTO INCLUSO NESTE CADERNO RECURSAL,
NOTICIANDO O AFORAMENTO E TRAMITACAO DE ACAO
CONSIGNATORIA NA 2 VARA FEDERAL DE UMUARAMA/PR,
PELO ORA AGRAVANTE FACE O AQUI AGRAVADO, NAO
INTEGRANDO A LIDE A CAIXA ECONOMICA FEDERAL,
GESTORA DO FCVS, E AINDA, NEM SE SABENDO SE O
ASSUNTO DISCUTIDO ENGLOBA FCVS - FUNDO DE
COMPENSACAO DE VARIACOES SALARIAIS. MATERIA NAO
ENFRENTADA EM PRIMEIRO GRAU. NAO CONHECIMENTO, SOB
PENA DO COMETIMENTO DE SUPRESSAO DE INSTANCIA.
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO. INDEMONSTRADA.
EMBASAMENTO, LEI 4.380/64, ART. 1 . RECURSO CONHECIDO
EM PARTE E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 175951500 - PALOTINA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 22/08/01 -
Ac.: 12391 - Public.: 31/08/01).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. NOTA PROMISSORIA E AVAL.
INEXISTENTES. EXECUCAO. NULIDADE. LEVANTAMENTO DA
PENHORA. EXTINCAO DO FEITO. MEIO INADEQUADO.
AUSENCIA DE LEGITIMIDADE. DEFESA DE DIREITO ALHEIO.
INADMISSIBILIDADE. REJEICAO. CONDENACAO EM
HONORARIOS DE ADVOGADO. INCABIVEL. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 176031200 - UMUARAMA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 22/08/01 -
Ac.: 12390 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE


LOCACAO.
ALUGUERES ATRASADOS. FIADORES. LOCACAO ESTENDIDA
ATE A ENTREGA DAS CHAVES. INEXISTENCIA DA CITACAO.
INOCORRENCIA. COMPARECIMENTO ESPONTANEA DOS
EXECUTADOS NO FEITO. SUPRIMENTO, "EX VI" DO 1, DO ART.
214, DO CPC. ILEGITIMIDADE PASSIVA. AUSENCIA DE
LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE DO TITULO. QUESTAO
QUE DEVE SER ABORDADA EM SEDE DE EMBARGOS A
EXECUCAO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
CONSTRUCAO DOUTRINARIA, ALBERGADA PELA
JURISPRUDENCIA DOS TRIBUNAIS PATRIOS ADMISSIBILIDADE
- EXIGE-SE QUESTAO DE NULIDADE DA CARTULA OBJETO DO
PROCESSO EXECUTORIO, O QUE IMPORIA A IMEDIATA
DECRETACAO, E POR CONSEGUINTE, A EXTINCAO DA
EXECUCAO, SEM JULGAMENTO DO MERITO - RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173063200 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 15/08/01 - Ac.:
12357 - Public.: 31/08/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE E INCIDENTE DE FALSIDADE. DOCUMENTO.
PREENCHIMENTO INDEVIDO DE DOCUMENTO PREVIAMENTE
ASSINADO. HIPOTESE DE FALSIDADE IDEOLOGICA, NAO
MATERIAL. ARTIGO 394 DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
RECURSO DESPROVIDO.
O ARGUMENTO DE TER SIDO ASSINADA EM BRANCO A NOTA
PROMISSORIA, TAL FATO NAO TEM O CONDAO DE INVALIDA-
LA, POIS, NESTES CASOS, ENTENDE-SE QUE O EMITENTE
DELEGOU PODERES PARA QUE O CREDOR PROCEDESSE O
SEU PREENCHIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173392800 - FOZ DO IGUACU -
JUIZ MANASSES DE ALBUQUERQUE - OITAVA CAMARA CIVEL -
Julg: 20/08/01 - Ac.: 12384 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO
PARTICULAR DE CONFISSAO E COMPOSICAO DE DIVIDA
REPELIDA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ
AFASTADA - DISCUSSAO SOBRE PAGAMENTO E EXCESSO DE
ENCARGOS - SEDE IMPROPRIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173608100 - CURITIBA - ROBSON
MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 25/06/01 - Ac.:
12287 - Public.: 24/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - EMBARGOS


NAO OPOSTOS A EXECUCAO - ACAO EM TRAMITE REVISIONAL
DE CONTRATO - EXCECAO INDEFERIDA - APLICACAO DO
DISPOSTO NO 1 DO ART. 585 DO CPC.
NA DICCAO DO ART. 585, 1, DO CPC, "A PROPOSITURA DE
QUALQUER ACAO RELATIVA AO DEBITO CONSTANTE DO
TITULO EXECUTIVO NAO INIBE O CREDOR DE PROMOVER-LHE
A EXECUCAO".
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 174592200 - CURITIBA - ANTONIO
MARTELOZZO - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 06/08/01 - Ac.:
12659 - Public.: 24/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - DUPLICATA -


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - AUSENCIA DO ORIGINAL
DO TITULO QUE NAO APRESENTA PREJUIZO PROCESSUAL, JA
QUE O ORIGINAL DA CARTULA ESTA EM ACAO CAUTELAR DE
SUSTACAO DE PROTESTO ENVOLVENDO AS MESMAS PARTES
- EXISTENCIA DE ACAO ANULATORIA QUE NAO ACARRETA A
SUSPENSAO DA EXECUCAO - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173948000 - CURITIBA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 08/08/01 - Ac.: 14351 - Public.: 24/08/01).

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PROCESSUAL CIVIL. EXECUCAO PARA ENTREGA DE COISA


INCERTA. CONTRATO DE COMPRA E VENDA. CEDULA DE
PRODUTO RURAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
NULIDADE DA EXECUCAO. INOCORRENCIA. INSTRUCAO
PROBATORIA.
INVIABILIDADE. EMBARGOS A EXECUCAO.
RECURSO DESPROVIDO.
1. OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE REFERE-SE
EXCLUSIVAMENTE AS CONDICOES DA ACAO E AOS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, OS QUAIS SAO E DEVEM SER
ANALISADOS DE OFICIO PELO JUIZ, POSSIBILITANDO A
DOUTRINA E A JURISPRUDENCIA DOMINANTE O SEU MANEJO
EM CASOS TAIS, INDEPENDENTE DE EMBARGOS, DESDE QUE
NAO SE FACA NECESSARIO DILACAO PROBATORIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167844000 - FAXINAL - JUIZ
CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 08/08/01 - Ac.: 14359 - Public.: 24/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CEDULA RURAL
PIGNORATICIA E HIPOTECARIA. RECOOP - PROGRAMA DE
REVITALIZACAO DE COOPERATIVAS DE PRODUCAO
AGROPECUARIA. ENQUADRAMENTO.
INSTRUCAO PROBATORIA. INVIABILIDADE NA VIA INCIDENTAL.
CONSTRICAO JUDICIAL CONCRETIZADA. EMBARGOS A
EXECUCAO AJUIZADOS.
RECURSO DESPROVIDO.
1. OBICE AO EXERCICIO DA JURISDICAO IN EXECUTIVIS.
JUIZO DE ADMISSIBILIDADE. A INEPCIA DA INICIAL EXECUTIVA
OU A PRESENCA DE QUALQUER OBICE AO REGULAR
EXERCICIO DA JURISDICAO IN EXECUTIVIS CONSTITUEM
MATERIA A SER APRECIADA PELO JUIZ DA EXECUCAO, DE
OFICIO OU MEDIANTE SIMPLES OBJECAO DO EXECUTADO, A
QUALQUER MOMENTO E EM QUALQUER FASE DO
PROCEDIMENTO. DA CIRCUNSTANCIA DE SER A EXECUCAO
COORDENADA A UM RESULTADO PRATICO E NAO A UM
JULGAMENTO, NAO SE DEVE INFERIR QUE O JUIZ NAO
PROFIRA, NO PROCESSO EXECUTIVO, VERDADEIROS
JULGAMENTOS, NECESSARIOS ESCOIMA-LO DE
IRREGULARIDADES FORMAIS E A EVITAR EXECUCOES NAO
DESEJADAS PELA ORDEM PUBLICA. A RECUSA A JULGAR
QUESTOES DESSA ORDEM NO PROCESSO EXECUTIVO
CONSTITUIRIA NEGATIVA DO POSTULADO DA PLENA
APLICACAO DA GARANTIA CONSTITUCIONAL DO
CONTRADITORIO A ESSE PROCESSO. E PRECISO DEBELAR O
MITO DOS EMBARGOS, QUE LEVA OS JUIZES A UMA ATITUDE
DE ESPERA, POSTERGANDO O CONHECIMENTO DE
QUESTOES QUE PODERIAM E DEVERIAM TER SIDO
LEVANTADAS E CONHECIDAS LIMINARMENTE, OU TALVEZ
CONDICIONANDO O SEU CONHECIMENTO A OPOSICAO
DESTES. DOS FUNDAMENTOS DOS EMBARGOS, MUITO
POUCOS SAO OS QUE O JUIZ NAO PODE CONHECER DE
OFICIO, NA PROPRIA EXECUCAO.
2. OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE REFERE-SE
EXCLUSIVAMENTE AS CONDICOES DA ACAO E AOS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, OS QUAIS SAO E DEVEM SER
ANALISADOS DE OFICIO PELO JUIZ, POSSIBILITANDO A
DOUTRINA E A JURISPRUDENCIA DOMINANTE O SEU MANEJO
EM CASOS TAIS, INDEPENDENTE DE EMBARGOS, DESDE QUE
NAO SE FACA NECESSARIO DILACAO PROBATORIA.
3. EMBARGOS - SEGURANCA DO JUIZO EXECUTIVO. PODENDO
VALIDAMENTE OPOR-SE A EXECUCAO POR MEIO DE
EMBARGOS, NAO E LICITO SE UTILIZE DA EXCECAO. CASO EM
QUE NA ORIGEM SE IMPUNHA, PARA MELHOR DISCUSSAO DA
DIVIDA OU DO TITULO, A OPOSICAO DE EMBARGOS, UMA VEZ
SEGURO O JUIZO DA EXECUCAO. INOCORRENCIA DE
AFRONTA AO ART. 618, I DO COD. DE PR. CIVIL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173489600 - GOIOERE - JUIZ
CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 08/08/01 - Ac.: 14316 - Public.: 24/08/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
CONTRATO DE MUTUO PARA REPASSE DE EMPRESTIMO
EXTERNO -ILIQUIDEZ DO TITULO - DISCUSSAO -
INADMISSIBILIDADE MATERIAS A SEREM SUSCITADAS PELA
VIA DOS EMBARGOS A EXECUCAO.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173782200 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 08/08/01 - Ac.: 14336 -
Public.: 24/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO


PARTICULAR DE CONFISSAO E COMPOSICAO DE DIVIDA
REPELIDA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ
AFASTADA - DISCUSSAO SOBRE PAGAMENTO E EXCESSO DE
ENCARGOS - SEDE IMPROPRIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173608100 - CURITIBA - ROBSON
MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 25/06/01 - Ac.:
12287 - Public.: 24/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - DUPLICATA -


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - AUSENCIA DO ORIGINAL
DO TITULO QUE NAO APRESENTA PREJUIZO PROCESSUAL, JA
QUE O ORIGINAL DA CARTULA ESTA EM ACAO CAUTELAR DE
SUSTACAO DE PROTESTO ENVOLVENDO AS MESMAS PARTES
- EXISTENCIA DE ACAO ANULATORIA QUE NAO ACARRETA A
SUSPENSAO DA EXECUCAO - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173948000 - CURITIBA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 08/08/01 - Ac.: 14351 - Public.: 24/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CEDULA RURAL
PIGNORATICIA E HIPOTECARIA. RECOOP - PROGRAMA DE
REVITALIZACAO DE COOPERATIVAS DE PRODUCAO
AGROPECUARIA. ENQUADRAMENTO.
INSTRUCAO PROBATORIA. INVIABILIDADE NA VIA INCIDENTAL.
CONSTRICAO JUDICIAL CONCRETIZADA. EMBARGOS A
EXECUCAO AJUIZADOS.
RECURSO DESPROVIDO.
1. OBICE AO EXERCICIO DA JURISDICAO IN EXECUTIVIS.
JUIZO DE ADMISSIBILIDADE. A INEPCIA DA INICIAL EXECUTIVA
OU A PRESENCA DE QUALQUER OBICE AO REGULAR
EXERCICIO DA JURISDICAO IN EXECUTIVIS CONSTITUEM
MATERIA A SER APRECIADA PELO JUIZ DA EXECUCAO, DE
OFICIO OU MEDIANTE SIMPLES OBJECAO DO EXECUTADO, A
QUALQUER MOMENTO E EM QUALQUER FASE DO
PROCEDIMENTO. DA CIRCUNSTANCIA DE SER A EXECUCAO
COORDENADA A UM RESULTADO PRATICO E NAO A UM
JULGAMENTO, NAO SE DEVE INFERIR QUE O JUIZ NAO
PROFIRA, NO PROCESSO EXECUTIVO, VERDADEIROS
JULGAMENTOS, NECESSARIOS ESCOIMA-LO DE
IRREGULARIDADES FORMAIS E A EVITAR EXECUCOES NAO
DESEJADAS PELA ORDEM PUBLICA. A RECUSA A JULGAR
QUESTOES DESSA ORDEM NO PROCESSO EXECUTIVO
CONSTITUIRIA NEGATIVA DO POSTULADO DA PLENA
APLICACAO DA GARANTIA CONSTITUCIONAL DO
CONTRADITORIO A ESSE PROCESSO. E PRECISO DEBELAR O
MITO DOS EMBARGOS, QUE LEVA OS JUIZES A UMA ATITUDE
DE ESPERA, POSTERGANDO O CONHECIMENTO DE
QUESTOES QUE PODERIAM E DEVERIAM TER SIDO
LEVANTADAS E CONHECIDAS LIMINARMENTE, OU TALVEZ
CONDICIONANDO O SEU CONHECIMENTO A OPOSICAO
DESTES. DOS FUNDAMENTOS DOS EMBARGOS, MUITO
POUCOS SAO OS QUE O JUIZ NAO PODE CONHECER DE
OFICIO, NA PROPRIA EXECUCAO.
2. OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE REFERE-SE
EXCLUSIVAMENTE AS CONDICOES DA ACAO E AOS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, OS QUAIS SAO E DEVEM SER
ANALISADOS DE OFICIO PELO JUIZ, POSSIBILITANDO A
DOUTRINA E A JURISPRUDENCIA DOMINANTE O SEU MANEJO
EM CASOS TAIS, INDEPENDENTE DE EMBARGOS, DESDE QUE
NAO SE FACA NECESSARIO DILACAO PROBATORIA.
3. EMBARGOS - SEGURANCA DO JUIZO EXECUTIVO. PODENDO
VALIDAMENTE OPOR-SE A EXECUCAO POR MEIO DE
EMBARGOS, NAO E LICITO SE UTILIZE DA EXCECAO. CASO EM
QUE NA ORIGEM SE IMPUNHA, PARA MELHOR DISCUSSAO DA
DIVIDA OU DO TITULO, A OPOSICAO DE EMBARGOS, UMA VEZ
SEGURO O JUIZO DA EXECUCAO. INOCORRENCIA DE
AFRONTA AO ART. 618, I DO COD. DE PR. CIVIL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173489600 - GOIOERE - JUIZ
CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 08/08/01 - Ac.: 14316 - Public.: 24/08/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
CONTRATO DE MUTUO PARA REPASSE DE EMPRESTIMO
EXTERNO -ILIQUIDEZ DO TITULO - DISCUSSAO -
INADMISSIBILIDADE MATERIAS A SEREM SUSCITADAS PELA
VIA DOS EMBARGOS A EXECUCAO.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173782200 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 08/08/01 - Ac.: 14336 -
Public.: 24/08/01).

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EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - EMBARGOS


NAO OPOSTOS A EXECUCAO - ACAO EM TRAMITE REVISIONAL
DE CONTRATO - EXCECAO INDEFERIDA - APLICACAO DO
DISPOSTO NO 1 DO ART. 585 DO CPC.
NA DICCAO DO ART. 585, 1, DO CPC, "A PROPOSITURA DE
QUALQUER ACAO RELATIVA AO DEBITO CONSTANTE DO
TITULO EXECUTIVO NAO INIBE O CREDOR DE PROMOVER-LHE
A EXECUCAO".
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 174592200 - CURITIBA - ANTONIO
MARTELOZZO - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 06/08/01 - Ac.:
12659 - Public.: 24/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. EXECUCAO PARA ENTREGA DE COISA


INCERTA. CONTRATO DE COMPRA E VENDA. CEDULA DE
PRODUTO RURAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
NULIDADE DA EXECUCAO. INOCORRENCIA. INSTRUCAO
PROBATORIA.
INVIABILIDADE. EMBARGOS A EXECUCAO.
RECURSO DESPROVIDO.
1. OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE REFERE-SE
EXCLUSIVAMENTE AS CONDICOES DA ACAO E AOS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, OS QUAIS SAO E DEVEM SER
ANALISADOS DE OFICIO PELO JUIZ, POSSIBILITANDO A
DOUTRINA E A JURISPRUDENCIA DOMINANTE O SEU MANEJO
EM CASOS TAIS, INDEPENDENTE DE EMBARGOS, DESDE QUE
NAO SE FACA NECESSARIO DILACAO PROBATORIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167844000 - FAXINAL - JUIZ
CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 08/08/01 - Ac.: 14359 - Public.: 24/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO


PARTICULAR DE OUTORGA DE OPCAO PARA AQUISICAO DE
UNIDADE HABITACIONAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
INEXIGIBILIDADE DO TITULO - ALEGADO CUMPRIMENTO DA
OBRIGACAO - AUSENTE PROVA CABAL - REJEICAO
CONFIRMADA AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
ESTA COLENDA OITAVA CAMARA CIVEL ASSENTOU NO
ACORDAO N 11198 RELATADO POR ESTE JUIZ: "A EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE, CRIACAO DOUTRINARIA, ADMITIDA
PELA JURISPRUDENCIA, CONSTITUI INCIDENTE DEFENSIVO
NA EXECUCAO, LIMITADA SUA ABRANGENCIA A MATERIA
SUSCETIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO OU A NULIDADE
DO TITULO, DEPENDENDO O SEU ACOLHIMENTO DE PROVA
CABAL DO FATO ALEGADO".
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169573400 - LONDRINA -
ROBSON MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
06/08/01 - Ac.: 12267 - Public.: 17/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ACAO DE EXECUCAO


IMPROCEDENCIA DA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ALIENACAO JUDICIAL DO BEM - PEDIDO DE AFASTAMENTO DA
RESPONSABILIDADE CAMBIARIA - ALEGACAO DE QUE O
TITULO PERDEU A LIQUIDEZ - NEGADO PROVIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172456300 - PALOTINA -
ANTENOR DEMETERCO JUNIOR - TERCEIRA CAMARA CIVEL -
Julg: 07/08/01 - Ac.: 14400 - Public.: 17/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO


PARTICULAR DE OUTORGA DE OPCAO PARA AQUISICAO DE
UNIDADE HABITACIONAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
INEXIGIBILIDADE DO TITULO - ALEGADO CUMPRIMENTO DA
OBRIGACAO - AUSENTE PROVA CABAL - REJEICAO
CONFIRMADA AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
ESTA COLENDA OITAVA CAMARA CIVEL ASSENTOU NO
ACORDAO N 11198 RELATADO POR ESTE JUIZ: "A EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE, CRIACAO DOUTRINARIA, ADMITIDA
PELA JURISPRUDENCIA, CONSTITUI INCIDENTE DEFENSIVO
NA EXECUCAO, LIMITADA SUA ABRANGENCIA A MATERIA
SUSCETIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO OU A NULIDADE
DO TITULO, DEPENDENDO O SEU ACOLHIMENTO DE PROVA
CABAL DO FATO ALEGADO".
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169573400 - LONDRINA -
ROBSON MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
06/08/01 - Ac.: 12267 - Public.: 17/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ACAO DE EXECUCAO


IMPROCEDENCIA DA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ALIENACAO JUDICIAL DO BEM - PEDIDO DE AFASTAMENTO DA
RESPONSABILIDADE CAMBIARIA - ALEGACAO DE QUE O
TITULO PERDEU A LIQUIDEZ - NEGADO PROVIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172456300 - PALOTINA -
ANTENOR DEMETERCO JUNIOR - TERCEIRA CAMARA CIVEL -
Julg: 07/08/01 - Ac.: 14400 - Public.: 17/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIA, ALBERGADA
PELA JURISPRUDENCIA DOS TRIBUNAIS PATRIOS
ADMISSIBILIDADE - EXIGE-SE QUESTAO DE NULIDADE DA
CARTULA OBJETO DO PROCESSO EXECUTORIO, O QUE
IMPORIA A IMEDIATA DECRETACAO, E POR CONSEGUINTE, A
EXTINCAO DA EXECUCAO, SEM JULGAMENTO DO MERITO -
CONTRATO DE CONFISSAO, COMPOSICAO DE DIVIDA, FORMA
DE PAGAMENTO E OUTRAS AVENCAS - NOTA PROMISSORIA
VINCULADA - CLAUSULA EXPRESSA DE NAO NOVAR -
CONTRATO ORIGINARIO EMPRESTIMO EM CONTA CORRENTE
- PAGAMENTO DO PRINCIPAL PARCELAS - ADITIVO -
ALTERACAO DA FORMA DE PAGAMENTO DO PRINCIPAL DE
PARCELADO PARA ROTATIVO - MUTUANTE PESSOA JURIDICA
- CONTRATO DE CHEQUE ESPECIAL - NAO DEMONSTRADO -
SUMULA 233 DO STJ - INAPLICABILIDADE RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 171849400 - LONDRINA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 27/06/01 -
Ac.: 12290 - Public.: 10/08/01).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CEDULA RURAL


PIGNORATICIA E HIPOTECARIA - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - SUSPENSAO DO PAGAMENTO DAS
PARCELAS VENCIDAS E VINCENDAS DETERMINADA PELO
CONSELHO MONETARIO NACIONAL - RESOLUCAO BACEN
2681/99 ENQUADRAMENTO NO BENEFICIO DO PROGRAMA
REVITALIZACAO DE COOPERATIVAS DE PRODUCAO
AGROPECUARIA - RECOOP INDEMONSTRADO - QUESTAO QUE
REFOGE AO INSTITUTO DA PRE-EXECUTIVIDADE (FASE DE
COGNICAO SUMARIA, CIRCUNSTANCIA QUE DEVE SER
PROVADA DE PLANO) PASSIVEL DE DISCUSSAO EM SEDE DE
EMBARGOS A EXECUCAO, NULIDADE DO TITULO
EXTRAJUDICIAL EM EXECUCAO, DE MOLDE A ENSEJAR A SUA
IMEDIATA DECRETACAO DA DEMANDA INCOMPROVADA -
INCENSURAVEL A DECISAO MONOCRATICA.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173483400 - GOIOERE - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 27/06/01 - Ac.:
12291 - Public.: 10/08/01).
Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CEDULA RURAL


PIGNORATICIA E HIPOTECARIA - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - SUSPENSAO DO PAGAMENTO DAS
PARCELAS VENCIDAS E VINCENDAS DETERMINADA PELO
CONSELHO MONETARIO NACIONAL - RESOLUCAO BACEN
2681/99 ENQUADRAMENTO NO BENEFICIO DO PROGRAMA
REVITALIZACAO DE COOPERATIVAS DE PRODUCAO
AGROPECUARIA - RECOOP INDEMONSTRADO - QUESTAO QUE
REFOGE AO INSTITUTO DA PRE-EXECUTIVIDADE (FASE DE
COGNICAO SUMARIA, CIRCUNSTANCIA QUE DEVE SER
PROVADA DE PLANO) PASSIVEL DE DISCUSSAO EM SEDE DE
EMBARGOS A EXECUCAO, NULIDADE DO TITULO
EXTRAJUDICIAL EM EXECUCAO, DE MOLDE A ENSEJAR A SUA
IMEDIATA DECRETACAO DA DEMANDA INCOMPROVADA -
INCENSURAVEL A DECISAO MONOCRATICA.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173483400 - GOIOERE - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 27/06/01 - Ac.:
12291 - Public.: 10/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIA, ALBERGADA
PELA JURISPRUDENCIA DOS TRIBUNAIS PATRIOS
ADMISSIBILIDADE - EXIGE-SE QUESTAO DE NULIDADE DA
CARTULA OBJETO DO PROCESSO EXECUTORIO, O QUE
IMPORIA A IMEDIATA DECRETACAO, E POR CONSEGUINTE, A
EXTINCAO DA EXECUCAO, SEM JULGAMENTO DO MERITO -
CONTRATO DE CONFISSAO, COMPOSICAO DE DIVIDA, FORMA
DE PAGAMENTO E OUTRAS AVENCAS - NOTA PROMISSORIA
VINCULADA - CLAUSULA EXPRESSA DE NAO NOVAR -
CONTRATO ORIGINARIO EMPRESTIMO EM CONTA CORRENTE
- PAGAMENTO DO PRINCIPAL PARCELAS - ADITIVO -
ALTERACAO DA FORMA DE PAGAMENTO DO PRINCIPAL DE
PARCELADO PARA ROTATIVO - MUTUANTE PESSOA JURIDICA
- CONTRATO DE CHEQUE ESPECIAL - NAO DEMONSTRADO -
SUMULA 233 DO STJ - INAPLICABILIDADE RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 171849400 - LONDRINA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 27/06/01 -
Ac.: 12290 - Public.: 10/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - REJEICAO.
CONTRATO DE MUTUO ACOMPANHADO DO DEMONSTRATIVO
DE DEBITO, E NAO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE - LIQUIDEZ DO TITULO - DECISAO CORRETA -
RECURSO DESPROVIDO.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO (AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 159334400 - LONDRINA - FERNANDO WOLFF
BODZIAK - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 23/05/01 - Ac.: 14092 -
Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE OPOSTA
APOS A ADJUDICACAO DO BEM PENHORADO - DECISAO
MONOCRATICA QUE NAO CONHECE DOS TERMOS DO
PETITORIO, SOB O FUNDAMENTO DE SE AFIGURAR FINDO O
PROCESSO EXPROPRIATORIO, ADUZINDO A INVIABILIDADE DE
SE REINSTALAR EVENTUAL CONTROVERSIA NOS MOLDES
PRETENDIDOS PELO EXECUTADO - INOCORRENCIA -
IMPRESCINDIBILIDADE DA CONCRETA APRECIACAO DAS
ALEGACOES DEDUZIDAS PELO DEVEDOR, POSTO QUE
CONCERNENTES A MATERIAS DE ORDEM PUBLICA -
COGNOSCIBILIDADE A QUALQUER TEMPO E GRAU DE
JURISDICAO - INTELIGENCIA DO ART. 267, 3 , CPC DECISAO
REFORMADA - AGRAVO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 171683600 - CURITIBA - RONALD
JUAREZ MORO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 06/06/01 - Ac.:
12209 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO INSTRUMENTAL. INTERLOCUTORIO DESACOLHENDO


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. EXECUCAO AMPARADA
EM TITULO EXTRAJUDICIAL DE MUTUO PARA CAPITAL DE
GIRO E CESSAO DE DIREITOS CREDITORIOS VINCULADA A
NOTA PROMISSORIA. SUSCITACOES DE INCOMPROVADA
LIBERACAO AO RECURSO FINANCEIRO,
DESCARACTERIZANDO LIQUIDEZ E AO TITULO COMO
EXECUTIVO, APLICACAO AS NORMAS DE ORDEM PUBLICA DO
CDC, TAXA DE JUROS REMUNERATORIOS E CAPITALIZACAO.
LEVANTAMENTO A PENHORA QUANTO A PORCAO IDEAL DA
CONJUGE SOBRE O IMOVEL - QUESTOES DE ORDEM
PROBANDA, ALHEIAS AOS ASPECTOS OBJETIVOS DO
CREDITO, CONDICOES DA ACAO EXECUTIVA E SEUS
PRESSUPOSTOS DE CONSTITUICAO E DESENVOLVIMENTO
REVELADOS DE PLANO PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS -
EXCERTOS DOUTRINARIOS RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167922900 - CURITIBA - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 13/06/01 - Ac.:
12224 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO INSTRUMENTAL. INTERLOCUTORIO INDEFERINDO
OBJECAO DE PRE - EXECUTIVIDADE EM FISCAL EXECUCAO.
QUESTOES FATICAS REPORTADAS A EXTINCAO/SUSPENSAO
DESTE DEPENDENTES DE PROVA, ALHEIAS AO AMBITO
ESPECIFICO DA EXCECAO, MESMO CABIVEL FOSSE NO
REGIME ESPECIAL E COMPACTO DA LEI N 6.830/80, ARTS. 16 E
SEGUINTES.
EXCERTOS JURISPRUDENCIAIS. DESPROVIMENTO, NESTA
RAZAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167463500 - LONDRINA - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 06/06/01 - Ac.:
12217 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO


PARTICULAR DE CONFISSAO E COMPOSICAO DE DIVIDAS
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE REPELIDA - AUSENTE
PROVA CABAL DA FALTA DOS REQUISITOS DA FORCA
EXECUTIVA - ACAO REVISIONAL EM CURSO -
IMPOSSIBILIDADE DA SUSPENSAO DA EXECUCAO -
INCOMPATIBILIDADE DOS RITOS - AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO.
A RESPEITO, E DA JURISPRUDENCIA DESTA CORTE, 6
CAMARA CIVEL, ACORDAO N 10233, JUIZA ANNY MARY KUSS:
"E ADMISSIVEL A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE EM
QUALQUER MOMENTO DO PROCESSO DE EXECUCAO, MESMO
QUE TENHA SIDO INFRUTIFERA A OPOSICAO DE EMBARGOS
DO DEVEDOR. ALEM DAS MATERIAS ATINENTES A NULIDADE
DA RELACAO PROCESSUAL TRAVADA ENTRE AS PARTES NA
EXECUCAO, IGUALMENTE SAO CONHECIVEIS DE OFICIO AS
QUESTOES PERTINENTES AOS REQUISITOS DO TITULO
EXECUTIVO: A LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE. TODAVIA,
SE FAZ NECESSARIA A RESSALVA DE QUE A INEXIGIBILIDADE
DO TITULO, QUANDO DEPENDE DE DILACAO PROBATORIA,
NAO PODE SER CONHECIDA EX OFFICIO, PORTANTO DEVERA
SER OBJETO DE ANALISE NOS EMBARGOS, ONDE HA
INSTALACAO DO PROCESSO DE CONHECIMENTO, SEDE
ADEQUADA A DISCUSSAO DAS MATERIAS DO ART. 741, DO
CPC, DENTRE AS QUAIS DESTACAMOS A INEXIGIBILIDADE DO
TITULO (INCISO II)".
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172558200 - JANDAIA DO SUL -
ROBSON MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
28/05/01 - Ac.: 12145 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. MATERIA
QUE DEPENDE DE MAIOR DILACAO PROBATORIA.
DESCABIMENTO.
RECURSO DESPROVIDO.
"NAO VIOLA NENHUM DISPOSITIVO DO CPC, DECISAO QUE,
ENTENDENDO INEXISTENTES VICIOS QUE PUDESSEM SER
APRECIADOS DE OFICIO, REPELE A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE E REMETE A ARGUICAO DO FATO PARA OS
EMBARGOS A EXECUCAO." "VE-SE, PORTANTO, QUE O
PRIMEIRO CRITERIO A AUTORIZAR QUE A MATERIA SEJA
DEDUZIDA POR MEIO DE EXCECAO OU OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE E O DE QUE SE TRATE DE MATERIA LIGADA A
ADMISSIBILIDADE DA EXECUCAO, E SEJA, PORTANTO,
CONHECIVEL DE OFICIO E A QUALQUER TEMPO.
O SEGUNDO DOS CRITERIOS E O RELATIVO A
PERCEPTIBILIDADE DO VICIO APONTADO. A NECESSIDADE DE
UMA INSTRUCAO TRABALHOSA E DEMORADA, COMO REGRA,
INVIABILIZA A DISCUSSAO DO DEFEITO APONTADO NO BOJO
DO PROCESSO DE EXECUCAO, SOB PENA DE QUE ESSE SE
DESNATURE.
NA VERDADE, AMBOS OS CRITERIOS DEVEM ESTAR
PRESENTES, PARA QUE SE POSSA ADMITIR A
APRESENTACAO DE EXCECAO OU OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE." (AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172566400 -
PONTA GROSSA - JUIZ MANASSES DE ALBUQUERQUE -
OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 04/06/01 - Ac.: 12162 - Public.:
03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE


ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - AUSENCIA
DE EXECUTIVIDADE MATERIA A SER APRECIADA A QUALQUER
TEMPO - NULIDADE DOS ACORDOS ORIGINADOS NAQUELE
TITULO.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO (AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 155102600 - IMBITUVA - FERNANDO WOLFF
BODZIAK - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 27/06/01 - Ac.: 14219 -
Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ESCRITURA PUBLICA DE


CONFISSAO DE DIVIDA - LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE
(ART. 585, II DO CPC) - TITULO HABIL A APARELHAR
EXECUCAO A DESPEITO DA DIVIDA ORIGINARIA SER
CONSTITUIDA DE CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - POSSIBILIDADE, NAO OBSTANTE, DO
DEVEDOR, QUERENDO, DISCUTIR CRITERIOS MANEJADOS NA
FORMACAO DO VALOR EXECUTADO, ASSIM COMO DETALHES
DE SUA FORMA PRIMITIVA.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172267600 - IPORA - JUIZ IVAN
BORTOLETO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 12/06/01 - Ac.:
14358 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE DECISAO QUE ENTENDEU PRECLUSA A
ARGUICAO IMPOSSIBILIDADE. TENDO A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE POR OBJETO A ANALISE DOS
PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E VALIDADE DO
PROCESSO DA EXECUCAO, SEU CONHECIMENTO E POSSIVEL
A QUALQUER MOMENTO OU FASE DO PROCESSO, SEM QUE
POSSA SER ALCANCADO PELA PRECLUSAO.
AGRAVO PROVIDO EM PARTE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173393500 - CASTRO -
HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
12/06/01 - Ac.: 14367 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - INCIDENTE REJEITADO


INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO DE DIVIDA -
TITULO HABIL A APARELHAR EXECUCAO A DESPEITO DA
DIVIDA ORIGINARIA - VERBA HONORARIA MAJORADA DEVIDO
A RESISTENCIA INJUSTIFICADA A EXECUCAO -
IMPOSSIBILIDADE.
AGRAVO PROVIDO EM PARTE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169070800 - FRANCISCO
BELTRAO - HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 22/05/01 - Ac.: 14312 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - REJEICAO.
CONTRATO DE MUTUO ACOMPANHADO DO DEMONSTRATIVO
DE DEBITO, E NAO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE - LIQUIDEZ DO TITULO - DECISAO CORRETA -
RECURSO DESPROVIDO.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO (AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 159334400 - LONDRINA - FERNANDO WOLFF
BODZIAK - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 23/05/01 - Ac.: 14092 -
Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
PENDENCIA DE CONDICAO A CARGO DO CREDOR -
CIRCUNSTANCIA QUE NAO SE DEPREENDE DO EXAME DO
TITULO EXEQUENDO MATERIA A SER SUSCITADA PELA VIA
DOS EMBARGOS A EXECUCAO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 174375100 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 13/06/01 - Ac.: 14218 -
Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. MATERIA
QUE DEPENDE DE MAIOR DILACAO PROBATORIA.
DESCABIMENTO.
RECURSO DESPROVIDO.
"NAO VIOLA NENHUM DISPOSITIVO DO CPC, DECISAO QUE,
ENTENDENDO INEXISTENTES VICIOS QUE PUDESSEM SER
APRECIADOS DE OFICIO, REPELE A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE E REMETE A ARGUICAO DO FATO PARA OS
EMBARGOS A EXECUCAO." "VE-SE, PORTANTO, QUE O
PRIMEIRO CRITERIO A AUTORIZAR QUE A MATERIA SEJA
DEDUZIDA POR MEIO DE EXCECAO OU OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE E O DE QUE SE TRATE DE MATERIA LIGADA A
ADMISSIBILIDADE DA EXECUCAO, E SEJA, PORTANTO,
CONHECIVEL DE OFICIO E A QUALQUER TEMPO.
O SEGUNDO DOS CRITERIOS E O RELATIVO A
PERCEPTIBILIDADE DO VICIO APONTADO. A NECESSIDADE DE
UMA INSTRUCAO TRABALHOSA E DEMORADA, COMO REGRA,
INVIABILIZA A DISCUSSAO DO DEFEITO APONTADO NO BOJO
DO PROCESSO DE EXECUCAO, SOB PENA DE QUE ESSE SE
DESNATURE.
NA VERDADE, AMBOS OS CRITERIOS DEVEM ESTAR
PRESENTES, PARA QUE SE POSSA ADMITIR A
APRESENTACAO DE EXCECAO OU OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE." (AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172566400 -
PONTA GROSSA - JUIZ MANASSES DE ALBUQUERQUE -
OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 04/06/01 - Ac.: 12162 - Public.:
03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO INSTRUMENTAL. INTERLOCUTORIO DESACOLHENDO


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. EXECUCAO AMPARADA
EM TITULO EXTRAJUDICIAL DE MUTUO PARA CAPITAL DE
GIRO E CESSAO DE DIREITOS CREDITORIOS VINCULADA A
NOTA PROMISSORIA. SUSCITACOES DE INCOMPROVADA
LIBERACAO AO RECURSO FINANCEIRO,
DESCARACTERIZANDO LIQUIDEZ E AO TITULO COMO
EXECUTIVO, APLICACAO AS NORMAS DE ORDEM PUBLICA DO
CDC, TAXA DE JUROS REMUNERATORIOS E CAPITALIZACAO.
LEVANTAMENTO A PENHORA QUANTO A PORCAO IDEAL DA
CONJUGE SOBRE O IMOVEL - QUESTOES DE ORDEM
PROBANDA, ALHEIAS AOS ASPECTOS OBJETIVOS DO
CREDITO, CONDICOES DA ACAO EXECUTIVA E SEUS
PRESSUPOSTOS DE CONSTITUICAO E DESENVOLVIMENTO
REVELADOS DE PLANO PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS -
EXCERTOS DOUTRINARIOS RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167922900 - CURITIBA - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 13/06/01 - Ac.:
12224 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE DECISAO QUE ENTENDEU PRECLUSA A
ARGUICAO IMPOSSIBILIDADE. TENDO A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE POR OBJETO A ANALISE DOS
PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E VALIDADE DO
PROCESSO DA EXECUCAO, SEU CONHECIMENTO E POSSIVEL
A QUALQUER MOMENTO OU FASE DO PROCESSO, SEM QUE
POSSA SER ALCANCADO PELA PRECLUSAO.
AGRAVO PROVIDO EM PARTE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 173393500 - CASTRO -
HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
12/06/01 - Ac.: 14367 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO INSTRUMENTAL. INTERLOCUTORIO INDEFERINDO


OBJECAO DE PRE - EXECUTIVIDADE EM FISCAL EXECUCAO.
QUESTOES FATICAS REPORTADAS A EXTINCAO/SUSPENSAO
DESTE DEPENDENTES DE PROVA, ALHEIAS AO AMBITO
ESPECIFICO DA EXCECAO, MESMO CABIVEL FOSSE NO
REGIME ESPECIAL E COMPACTO DA LEI N 6.830/80, ARTS. 16 E
SEGUINTES.
EXCERTOS JURISPRUDENCIAIS. DESPROVIMENTO, NESTA
RAZAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167463500 - LONDRINA - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 06/06/01 - Ac.:
12217 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
PENDENCIA DE CONDICAO A CARGO DO CREDOR -
CIRCUNSTANCIA QUE NAO SE DEPREENDE DO EXAME DO
TITULO EXEQUENDO MATERIA A SER SUSCITADA PELA VIA
DOS EMBARGOS A EXECUCAO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 174375100 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 13/06/01 - Ac.: 14218 -
Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ESCRITURA PUBLICA DE


CONFISSAO DE DIVIDA - LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE
(ART. 585, II DO CPC) - TITULO HABIL A APARELHAR
EXECUCAO A DESPEITO DA DIVIDA ORIGINARIA SER
CONSTITUIDA DE CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - POSSIBILIDADE, NAO OBSTANTE, DO
DEVEDOR, QUERENDO, DISCUTIR CRITERIOS MANEJADOS NA
FORMACAO DO VALOR EXECUTADO, ASSIM COMO DETALHES
DE SUA FORMA PRIMITIVA.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172267600 - IPORA - JUIZ IVAN
BORTOLETO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 12/06/01 - Ac.:
14358 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - INCIDENTE REJEITADO


INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO DE DIVIDA -
TITULO HABIL A APARELHAR EXECUCAO A DESPEITO DA
DIVIDA ORIGINARIA - VERBA HONORARIA MAJORADA DEVIDO
A RESISTENCIA INJUSTIFICADA A EXECUCAO -
IMPOSSIBILIDADE.
AGRAVO PROVIDO EM PARTE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169070800 - FRANCISCO
BELTRAO - HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 22/05/01 - Ac.: 14312 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO


PARTICULAR DE CONFISSAO E COMPOSICAO DE DIVIDAS
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE REPELIDA - AUSENTE
PROVA CABAL DA FALTA DOS REQUISITOS DA FORCA
EXECUTIVA - ACAO REVISIONAL EM CURSO -
IMPOSSIBILIDADE DA SUSPENSAO DA EXECUCAO -
INCOMPATIBILIDADE DOS RITOS - AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO.
A RESPEITO, E DA JURISPRUDENCIA DESTA CORTE, 6
CAMARA CIVEL, ACORDAO N 10233, JUIZA ANNY MARY KUSS:
"E ADMISSIVEL A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE EM
QUALQUER MOMENTO DO PROCESSO DE EXECUCAO, MESMO
QUE TENHA SIDO INFRUTIFERA A OPOSICAO DE EMBARGOS
DO DEVEDOR. ALEM DAS MATERIAS ATINENTES A NULIDADE
DA RELACAO PROCESSUAL TRAVADA ENTRE AS PARTES NA
EXECUCAO, IGUALMENTE SAO CONHECIVEIS DE OFICIO AS
QUESTOES PERTINENTES AOS REQUISITOS DO TITULO
EXECUTIVO: A LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE. TODAVIA,
SE FAZ NECESSARIA A RESSALVA DE QUE A INEXIGIBILIDADE
DO TITULO, QUANDO DEPENDE DE DILACAO PROBATORIA,
NAO PODE SER CONHECIDA EX OFFICIO, PORTANTO DEVERA
SER OBJETO DE ANALISE NOS EMBARGOS, ONDE HA
INSTALACAO DO PROCESSO DE CONHECIMENTO, SEDE
ADEQUADA A DISCUSSAO DAS MATERIAS DO ART. 741, DO
CPC, DENTRE AS QUAIS DESTACAMOS A INEXIGIBILIDADE DO
TITULO (INCISO II)".
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172558200 - JANDAIA DO SUL -
ROBSON MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
28/05/01 - Ac.: 12145 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE OPOSTA
APOS A ADJUDICACAO DO BEM PENHORADO - DECISAO
MONOCRATICA QUE NAO CONHECE DOS TERMOS DO
PETITORIO, SOB O FUNDAMENTO DE SE AFIGURAR FINDO O
PROCESSO EXPROPRIATORIO, ADUZINDO A INVIABILIDADE DE
SE REINSTALAR EVENTUAL CONTROVERSIA NOS MOLDES
PRETENDIDOS PELO EXECUTADO - INOCORRENCIA -
IMPRESCINDIBILIDADE DA CONCRETA APRECIACAO DAS
ALEGACOES DEDUZIDAS PELO DEVEDOR, POSTO QUE
CONCERNENTES A MATERIAS DE ORDEM PUBLICA -
COGNOSCIBILIDADE A QUALQUER TEMPO E GRAU DE
JURISDICAO - INTELIGENCIA DO ART. 267, 3 , CPC DECISAO
REFORMADA - AGRAVO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 171683600 - CURITIBA - RONALD
JUAREZ MORO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 06/06/01 - Ac.:
12209 - Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE


ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - AUSENCIA
DE EXECUTIVIDADE MATERIA A SER APRECIADA A QUALQUER
TEMPO - NULIDADE DOS ACORDOS ORIGINADOS NAQUELE
TITULO.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO (AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 155102600 - IMBITUVA - FERNANDO WOLFF
BODZIAK - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 27/06/01 - Ac.: 14219 -
Public.: 03/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
FIXO. TITULO EXECUTIVO. ANALISE DE QUESTAO NAO
ACOBERTADA PELA COISA JULGADA. POSSIBILIDADE.
LITIGANCIA DE MA-FE. INOCORRENCIA. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO.
1. "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO FIXO NADA MAIS
E DO QUE O MUTUO DE QUANTIA CERTA E LIQUIDA; TEM,
POIS, FORCA DE TITULO EXECUTIVO. RECURSO ESPECIAL
NAO CONHECIDO" (RESP 247902/SC - STJ).
2. LITIGANCIA DE MA-FE QUE SE AFASTA, DIANTE DA
EQUIVOCADA INFORMACAO DA ESCRIVANIA DE QUE NAO
FORA OPOSTO RECURSO A DECISAO PROFERIDA EM
EMBARGOS A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159669200 - LONDRINA - JUIZ
CONV. NOEVAL DE QUADROS - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
21/05/01 - Ac.: 12433 - Public.: 08/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE NOTA PROMISSORIA - ARGUICAO DE
AGIOTAGEM - MATERIA ESTRANHA AO AMBITO DO INCIDENTE.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E ADMISSIVEL DESDE
QUE FUNDADA NA FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A
CONSTITUICAO E VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO,
QUANDO A MATERIA E PASSIVEL DE CONHECIMENTO DE
OFICIO PELO JUIZ E NAO DEPENDA DE CONTRADITORIO
COMO A DISCUSSAO SOBRE DESNATURAMENTO DA NOTA
PROMISSORIA EM VIRTUDE DA ACUSACAO DE SER FRUTO DE
AGIOTAGEM.
AGRAVO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169828400 - ENGENHEIRO
BELTRAO - HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 22/05/01 - Ac.: 14288 - Public.: 08/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
FIXO. TITULO EXECUTIVO. ANALISE DE QUESTAO NAO
ACOBERTADA PELA COISA JULGADA. POSSIBILIDADE.
LITIGANCIA DE MA-FE. INOCORRENCIA. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO.
1. "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO FIXO NADA MAIS
E DO QUE O MUTUO DE QUANTIA CERTA E LIQUIDA; TEM,
POIS, FORCA DE TITULO EXECUTIVO. RECURSO ESPECIAL
NAO CONHECIDO" (RESP 247902/SC - STJ).
2. LITIGANCIA DE MA-FE QUE SE AFASTA, DIANTE DA
EQUIVOCADA INFORMACAO DA ESCRIVANIA DE QUE NAO
FORA OPOSTO RECURSO A DECISAO PROFERIDA EM
EMBARGOS A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159669200 - LONDRINA - JUIZ
CONV. NOEVAL DE QUADROS - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
21/05/01 - Ac.: 12433 - Public.: 08/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE NOTA PROMISSORIA - ARGUICAO DE
AGIOTAGEM - MATERIA ESTRANHA AO AMBITO DO INCIDENTE.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E ADMISSIVEL DESDE
QUE FUNDADA NA FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A
CONSTITUICAO E VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO,
QUANDO A MATERIA E PASSIVEL DE CONHECIMENTO DE
OFICIO PELO JUIZ E NAO DEPENDA DE CONTRADITORIO
COMO A DISCUSSAO SOBRE DESNATURAMENTO DA NOTA
PROMISSORIA EM VIRTUDE DA ACUSACAO DE SER FRUTO DE
AGIOTAGEM.
AGRAVO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169828400 - ENGENHEIRO
BELTRAO - HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 22/05/01 - Ac.: 14288 - Public.: 08/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE


CONFISSAO DE DIVIDA. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
IMPUGNACAO DO CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA-CORRENTE QUE TERIA ORIGINADO O CONTRATO DE
CONFISSAO DE DIVIDA.
PRETENSAO DE EXAME REPELIDA SOB A CIRCUNSTANCIA DA
NECESSIDADE DE PROVA PRE-CONSTITUIDA.
COMO NAO CONSTA DO CONTRATO DE CONFISSAO DE
DIVIDA, A SUA ORIGEM, AS QUESTOES ARGUIDAS NA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVERAO SER
ANALISADAS EM EMBARGOS A EXECUCAO.
"PROCESSO CIVIL. EXECUCAO. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPOTESES
EXCEPCIONAIS. PRECEDENTE DOUTRINA. REQUISITOS.
INAPLICABILIDADE AO CASO. AGRAVO DESPROVIDO.
I-A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO PODE CONHECER A
MATERIA A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO.
II-SUSCITADAS QUESTOES, NO ENTANTO, QUE DEPENDERIAM
DO EXAME DE PROVAS, E NAO DIZEM RESPEITO A ASPECTOS
FORMAIS DO TITULO EXECUTIVO, E NEM PODERIAM SER
CONHECIDAS DE OFICIO, NAO SE MOSTRA ADEQUADA A
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
III-AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO N
53.257-8-GOIAS-AC. 195577- 4 T-REL. MIN. SALVIO DE
FIGUEIREDO TEIXEIRA." (AGRAVO DE INSTRUMENTO -
171580000 - GUARAPUAVA - JUIZ CONV. EUGENIO ACHILLE
GRANDINETTI - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 29/05/01 - Ac.:
14309 - Public.: 08/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE
CONFISSAO DE DIVIDA. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
IMPUGNACAO DO CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA-CORRENTE QUE TERIA ORIGINADO O CONTRATO DE
CONFISSAO DE DIVIDA.
PRETENSAO DE EXAME REPELIDA SOB A CIRCUNSTANCIA DA
NECESSIDADE DE PROVA PRE-CONSTITUIDA.
COMO NAO CONSTA DO CONTRATO DE CONFISSAO DE
DIVIDA, A SUA ORIGEM, AS QUESTOES ARGUIDAS NA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVERAO SER
ANALISADAS EM EMBARGOS A EXECUCAO.
"PROCESSO CIVIL. EXECUCAO. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPOTESES
EXCEPCIONAIS. PRECEDENTE DOUTRINA. REQUISITOS.
INAPLICABILIDADE AO CASO. AGRAVO DESPROVIDO.
I-A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO PODE CONHECER A
MATERIA A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO.
II-SUSCITADAS QUESTOES, NO ENTANTO, QUE DEPENDERIAM
DO EXAME DE PROVAS, E NAO DIZEM RESPEITO A ASPECTOS
FORMAIS DO TITULO EXECUTIVO, E NEM PODERIAM SER
CONHECIDAS DE OFICIO, NAO SE MOSTRA ADEQUADA A
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
III-AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO N
53.257-8-GOIAS-AC. 195577- 4 T-REL. MIN. SALVIO DE
FIGUEIREDO TEIXEIRA." (AGRAVO DE INSTRUMENTO -
171580000 - GUARAPUAVA - JUIZ CONV. EUGENIO ACHILLE
GRANDINETTI - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 29/05/01 - Ac.:
14309 - Public.: 08/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO POR TITULO
EXTRAJUDICIAL - EMBARGOS DO DEVEDOR - IMPROCEDENCIA
NO 1 GRAU - APELACAO PROVIDA PARCIALMENTE - OPOSICAO
PELOS DEVEDORES DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REQUERIMENTO DE EXTINCAO DA EXECUCAO SOB O
ARGUMENTO DE NULIDADE DO TITULO, EIS QUE A CONFISSAO
E COMPOSICAO DE DIVIDA E ORIGINARIA DE CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - REJEICAO
NO JUIZO MONOCRATICO AO SUPORTE DA OPERACAO DA
COISA JULGADA MATERIAL - AGRAVO DE INSTRUMENTO -
LEGITIMIDADE DO INTERLOCUTORIO HONORARIOS
ADVOCATICIOS FIXADOS EM 25% SOBRE O VALOR DO DEBITO
ATUALIZADO - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO, NO
PARTICULAR ASPECTO DE FIXAR OS HONORARIOS
ADVOCATICIOS EM R$ 5.000,00 (CINCO MIL REAIS), DE
ACORDO COM O ARTIGO 20, 4 DO CODIGO DE PROCESSO
CIVIL.
SE A QUESTAO JA ESTA ALBERGADA SOB O MANTO DA COISA
JULGADA MATERIAL, IMPOSSIVEL QUALQUER MODIFICACAO
COM RESPEITO AQUILO QUE FICOU DEFINITIVAMENTE
DECIDIDO NO JULGAMENTO DA LIDE, O QUE, EM TESE,
SOMENTE SERIA PERMITIDO EM SEDE DE ACAO RESCISORIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 170478100 - MARINGA - JUIZ
RONALD SCHULMAN - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 22/05/01
- Ac.: 14032 - Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - MUTUO - CONTRATO DE


ABERTURA DE CREDITO - CONFIGURACAO COMO TITULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, EXPRESSANDO LIQUIDEZ,
CERTEZA E EXIGIBILIDADE, FIRMADO PELAS PARTES
CONTRATANTES E DUAS TESTEMUNHAS (ART. 585, I DO CPC) -
QUANTIA DEPOSITADA EM CONTA DO CORRENTISTA DE UMA
SO VEZ, DIFERENTEMENTE DO CREDITO ROTATIVO ONDE E
ESTABELECIDO DETERMINADO VALOR QUE FICA A
DISPOSICAO DE SAQUE DE FORMA PARCIAL OU TOTAL.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 170480100 - LONDRINA - JUIZ
IVAN BORTOLETO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 15/05/01 -
Ac.: 14273 - Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO EXTRAJUDICIAL


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - HIPOTESES
EXCEPCIONAIS DE NULIDADE MANIFESTA - ALEGACAO DE
INEPCIA DA EXORDIAL, FACE A VIOLACAO DO DISPOSTO NO
ART. 614, II, DO CPC - AUSENCIA DE DEMONSTRATIVO
DISCRIMINADO INOCORRENCIA - EXPOSICAO DE TODOS
ENCARGOS UTILIZADOS PARA O COMPUTO DO DEBITO
ATUALIZADO, AFERIVEL MEDIANTE SIMPLES OPERACOES
ARITMETICAS - AUSENCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA -
ARGUICAO DE EXCESSO DE PENHORA - IMPOSSIBILIDADE EM
SEDE DO PRESENTE INSTRUMENTO PROCESSUAL, RESTRITO
AS MATERIAS DE ORDEM PUBLICA DECISAO MANTIDA -
RECURSO NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172086100 - CURITIBA - RONALD
JUAREZ MORO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 23/05/01 - Ac.:
12112 - Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ENCARGOS CONTRATUAIS - DISCUSSAO - INADMISSIBILIDADE
- MATERIAS A SEREM SUSCITADAS PELA VIA DOS EMBARGOS
A EXECUCAO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172199300 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 16/05/01 - Ac.: 14103 -
Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO. ACORDO NOS AUTOS


MEDIANTE INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO DE
DIVIDA E FORMA DO SEU PAGAMENTO. HOMOLOGACAO PELO
JUIZ. TITULO JUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
INDEFERIMENTO.
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE RENEGOCIADO PELAS PARTES. EXECUCAO
APARELHADA. RECURSO DESPROVIDO.
CONQUANTO SEJA POSSIVEL AO DEVEDOR PROMOVER A
DISCUSSAO DOS VALORES QUE COMPOEM O CONTRATO DE
CONFISSAO OU TERMO DE ACORDO ONDE CONFESSA SER
DEVEDOR DE QUANTIA CERTA, AINDA QUE ORIGINARIA DE
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE, E ESTE HIGIDO, EM SI, VISTO NAO PADECER DA
MESMA NULIDADE DO CONTRATO ANTERIOR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172000100 - MARINGA - JUIZA
DULCE MARIA CECCONI - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
21/05/01 - Ac.: 12060 - Public.: 01/06/01).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. INTERLOCUTORIO QUE INDEFERE INCIDENTE
DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. AVALISTA. NAO E
DEFESO AO AVALISTA PRETENDER QUESTIONAR ACERCA DA
CAUSA DA DIVIDA. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 170079800 - RIBEIRAO CLARO -
JUIZ EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
16/05/01 - Ac.: 12088 - Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - NOTA
PROMISSORIA VINCULADA A CONTRATO DE MUTUO - TITULO
HABIL A ENSEJAR O PEDIDO EXECUTORIO - DECISAO
MANTIDA RECURSO DESPROVIDO.
NOTA PROMISSORIA VINCULADA A CONTRATO DE MUTUO E
TITULO HABIL A ENSEJAR PEDIDO EXECUTIVO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163014600 - CASTRO - JUIZ
MARCUS VINICIUS DE LACERDA COSTA - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 15/05/01 - Ac.: 14010 - Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - TEMAS QUE


EXIGEM A PRESTACAO JURISDICIONAL DESDE LOGO
(CONDICOES DA ACAO E PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE
ORDEM PUBLICA) ACOLHIMENTO DO RECURSO PARA QUE O
ILUSTRE JUIZO APRECIE, DESDE LOGO, OS TEMAS
PERTINENTES EM FACE DO INCIDENTE AFORADO.
RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160323800 - LONDRINA - JUIZ
IVAN BORTOLETO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 08/05/01 -
Ac.: 14275 - Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO. ACORDO NOS AUTOS


MEDIANTE INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO DE
DIVIDA E FORMA DO SEU PAGAMENTO. HOMOLOGACAO PELO
JUIZ. TITULO JUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
INDEFERIMENTO.
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE RENEGOCIADO PELAS PARTES. EXECUCAO
APARELHADA. RECURSO DESPROVIDO.
CONQUANTO SEJA POSSIVEL AO DEVEDOR PROMOVER A
DISCUSSAO DOS VALORES QUE COMPOEM O CONTRATO DE
CONFISSAO OU TERMO DE ACORDO ONDE CONFESSA SER
DEVEDOR DE QUANTIA CERTA, AINDA QUE ORIGINARIA DE
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE, E ESTE HIGIDO, EM SI, VISTO NAO PADECER DA
MESMA NULIDADE DO CONTRATO ANTERIOR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172000100 - MARINGA - JUIZA
DULCE MARIA CECCONI - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
21/05/01 - Ac.: 12060 - Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. INTERLOCUTORIO QUE INDEFERE INCIDENTE
DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. AVALISTA. NAO E
DEFESO AO AVALISTA PRETENDER QUESTIONAR ACERCA DA
CAUSA DA DIVIDA. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 170079800 - RIBEIRAO CLARO -
JUIZ EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
16/05/01 - Ac.: 12088 - Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - NOTA
PROMISSORIA VINCULADA A CONTRATO DE MUTUO - TITULO
HABIL A ENSEJAR O PEDIDO EXECUTORIO - DECISAO
MANTIDA RECURSO DESPROVIDO.
NOTA PROMISSORIA VINCULADA A CONTRATO DE MUTUO E
TITULO HABIL A ENSEJAR PEDIDO EXECUTIVO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163014600 - CASTRO - JUIZ
MARCUS VINICIUS DE LACERDA COSTA - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 15/05/01 - Ac.: 14010 - Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ENCARGOS CONTRATUAIS - DISCUSSAO - INADMISSIBILIDADE
- MATERIAS A SEREM SUSCITADAS PELA VIA DOS EMBARGOS
A EXECUCAO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172199300 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 16/05/01 - Ac.: 14103 -
Public.: 01/06/01).
Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - MUTUO - CONTRATO DE


ABERTURA DE CREDITO - CONFIGURACAO COMO TITULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, EXPRESSANDO LIQUIDEZ,
CERTEZA E EXIGIBILIDADE, FIRMADO PELAS PARTES
CONTRATANTES E DUAS TESTEMUNHAS (ART. 585, I DO CPC) -
QUANTIA DEPOSITADA EM CONTA DO CORRENTISTA DE UMA
SO VEZ, DIFERENTEMENTE DO CREDITO ROTATIVO ONDE E
ESTABELECIDO DETERMINADO VALOR QUE FICA A
DISPOSICAO DE SAQUE DE FORMA PARCIAL OU TOTAL.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 170480100 - LONDRINA - JUIZ
IVAN BORTOLETO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 15/05/01 -
Ac.: 14273 - Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - TEMAS QUE


EXIGEM A PRESTACAO JURISDICIONAL DESDE LOGO
(CONDICOES DA ACAO E PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE
ORDEM PUBLICA) ACOLHIMENTO DO RECURSO PARA QUE O
ILUSTRE JUIZO APRECIE, DESDE LOGO, OS TEMAS
PERTINENTES EM FACE DO INCIDENTE AFORADO.
RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160323800 - LONDRINA - JUIZ
IVAN BORTOLETO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 08/05/01 -
Ac.: 14275 - Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO POR TITULO


EXTRAJUDICIAL - EMBARGOS DO DEVEDOR - IMPROCEDENCIA
NO 1 GRAU - APELACAO PROVIDA PARCIALMENTE - OPOSICAO
PELOS DEVEDORES DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REQUERIMENTO DE EXTINCAO DA EXECUCAO SOB O
ARGUMENTO DE NULIDADE DO TITULO, EIS QUE A CONFISSAO
E COMPOSICAO DE DIVIDA E ORIGINARIA DE CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - REJEICAO
NO JUIZO MONOCRATICO AO SUPORTE DA OPERACAO DA
COISA JULGADA MATERIAL - AGRAVO DE INSTRUMENTO -
LEGITIMIDADE DO INTERLOCUTORIO HONORARIOS
ADVOCATICIOS FIXADOS EM 25% SOBRE O VALOR DO DEBITO
ATUALIZADO - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO, NO
PARTICULAR ASPECTO DE FIXAR OS HONORARIOS
ADVOCATICIOS EM R$ 5.000,00 (CINCO MIL REAIS), DE
ACORDO COM O ARTIGO 20, 4 DO CODIGO DE PROCESSO
CIVIL.
SE A QUESTAO JA ESTA ALBERGADA SOB O MANTO DA COISA
JULGADA MATERIAL, IMPOSSIVEL QUALQUER MODIFICACAO
COM RESPEITO AQUILO QUE FICOU DEFINITIVAMENTE
DECIDIDO NO JULGAMENTO DA LIDE, O QUE, EM TESE,
SOMENTE SERIA PERMITIDO EM SEDE DE ACAO RESCISORIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 170478100 - MARINGA - JUIZ
RONALD SCHULMAN - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 22/05/01
- Ac.: 14032 - Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO EXTRAJUDICIAL


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - HIPOTESES
EXCEPCIONAIS DE NULIDADE MANIFESTA - ALEGACAO DE
INEPCIA DA EXORDIAL, FACE A VIOLACAO DO DISPOSTO NO
ART. 614, II, DO CPC - AUSENCIA DE DEMONSTRATIVO
DISCRIMINADO INOCORRENCIA - EXPOSICAO DE TODOS
ENCARGOS UTILIZADOS PARA O COMPUTO DO DEBITO
ATUALIZADO, AFERIVEL MEDIANTE SIMPLES OPERACOES
ARITMETICAS - AUSENCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA -
ARGUICAO DE EXCESSO DE PENHORA - IMPOSSIBILIDADE EM
SEDE DO PRESENTE INSTRUMENTO PROCESSUAL, RESTRITO
AS MATERIAS DE ORDEM PUBLICA DECISAO MANTIDA -
RECURSO NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 172086100 - CURITIBA - RONALD
JUAREZ MORO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 23/05/01 - Ac.:
12112 - Public.: 01/06/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

FIANCA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - DILACAO DO


PRAZO PARA PAGAMENTO DA OBRIGACAO FORA DAS
REGRAS PREVISTAS NO CONTRATO DE FIANCA - MORATORIA
CONFIGURADA - CIRCUNSTANCIA COM A QUAL NAO ANUIU O
GARANTE DESONERACAO DO FIADOR EM FACE DA
AUTONOMIA DA OBRIGACAO DO FIADOR - INTELIGENCIA DOS
ARTIGOS 907, 1.483 E 1.503 DO CODIGO CIVIL.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 162812800 - SARANDI - JUIZ IVAN
BORTOLETO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 08/05/01 - Ac.:
14226 - Public.: 25/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIA, ALBERGADA
PELA JURISPRUDENCIA DOS TRIBUNAIS PATRIOS
ADMISSIBILIDADE - EXIGE-SE QUESTAO DE NULIDADE DA
CARTULA OBJETO DO PROCESSO EXECUTORIO, O QUE
IMPORIA, ENTAO, A IMEDIATA DECRETACAO, E POR
CONSEGUINTE, A EXTINCAO DA EXECUCAO, SEM
JULGAMENTO DO MERITO PENHORA - IMOVEL BEM DE
FAMILIA - EXCLUSAO - CONTRATO EM EXECUCAO - FIANCA -
AUSENCIA DE OUTORGA UXORIA BONIFICACAO - ESTIMULO A
PONTUALIDADE - FORMA VELADA DE APLICACAO DE MULTA
MORATORIA - CUMULACAO COM OUTRA MULTA - MATERIA DE
ORDEM PUBLICA, CONHECIMENTO DE OFICIO - INADMISSIVEL
- DIREITO PATRIMONIAL DISPONIVEL - MATERIA
CONTRADITORIA NA JURISPRUDENCIA - QUESTOES QUE
REFOGEM AO INSTITUTO DA PRE-EXECUTIVIDADE, PASSIVEIS
DE DISCUSSAO EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO
NULIDADE DO TITULO EXTRAJUDICIAL EM EXECUCAO, DE
MOLDE A ENSEJAR A SUA IMEDIATA DECRETACAO DA
DEMANDA INEXISTENCIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO -
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 171267200 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 09/05/01 - Ac.:
12046 - Public.: 25/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE FINANCIAMENTO PARA
COBERTURA DE SALDO DEVEDOR EM CONTA-CORRENTE -
LIQUIDEZ NAO AFASTADA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
- NAO CABIMENTO - MATERIA A SER DISCUTIDA NA SEARA
DOS EMBARGOS DO DEVEDOR.
1. CONSTANDO DO CONTRATO DE FINANCIAMENTO O VALOR
MUTUADO, EM QUANTIA CERTA, A SER PAGA EM UMA UNICA
PARCELA, NAO INCIDE, IN CASU, O ENTENDIMENTO DA
SUMULA 233 DA CORTE SUPERIOR.
2. O FATO DO CONTRATO DE FINANCIAMENTO TER SIDO
FIRMADO PARA COBRIR SALDO NEGATIVO EM CONTA
CORRENTE PERMITE AO DEVEDOR, EM SEDE DE EMBARGOS,
A DISCUSSAO DA ORIGEM DA DIVIDA, INCLUSIVE NO TOCANTE
AOS CONTRATOS ANTERIORES, MAS NAO TEM O CONDAO DE
RETIRAR A EXECUTIVIDADE DO TITULO EXTRAJUDICIAL.
3. NAO HA COMO ACOLHER A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE NA QUAL E SUSCITADA MATERIA PROPRIA DA
SEARA DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, MAXIME QUANDO O
TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL TRADUZ APARENCIA DE
LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE E QUANDO O EXAME
DAS QUESTOES AVENTADAS DEPENDE DE DILACAO
PROBATORIA.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 171675400 - PARANAVAI -
ROSANA FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 09/05/01 -
Ac.: 14065 - Public.: 25/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

FIANCA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - DILACAO DO


PRAZO PARA PAGAMENTO DA OBRIGACAO FORA DAS
REGRAS PREVISTAS NO CONTRATO DE FIANCA - MORATORIA
CONFIGURADA - CIRCUNSTANCIA COM A QUAL NAO ANUIU O
GARANTE DESONERACAO DO FIADOR EM FACE DA
AUTONOMIA DA OBRIGACAO DO FIADOR - INTELIGENCIA DOS
ARTIGOS 907, 1.483 E 1.503 DO CODIGO CIVIL.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 162812800 - SARANDI - JUIZ IVAN
BORTOLETO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 08/05/01 - Ac.:
14226 - Public.: 25/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE FINANCIAMENTO PARA
COBERTURA DE SALDO DEVEDOR EM CONTA-CORRENTE -
LIQUIDEZ NAO AFASTADA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
- NAO CABIMENTO - MATERIA A SER DISCUTIDA NA SEARA
DOS EMBARGOS DO DEVEDOR.
1. CONSTANDO DO CONTRATO DE FINANCIAMENTO O VALOR
MUTUADO, EM QUANTIA CERTA, A SER PAGA EM UMA UNICA
PARCELA, NAO INCIDE, IN CASU, O ENTENDIMENTO DA
SUMULA 233 DA CORTE SUPERIOR.
2. O FATO DO CONTRATO DE FINANCIAMENTO TER SIDO
FIRMADO PARA COBRIR SALDO NEGATIVO EM CONTA
CORRENTE PERMITE AO DEVEDOR, EM SEDE DE EMBARGOS,
A DISCUSSAO DA ORIGEM DA DIVIDA, INCLUSIVE NO TOCANTE
AOS CONTRATOS ANTERIORES, MAS NAO TEM O CONDAO DE
RETIRAR A EXECUTIVIDADE DO TITULO EXTRAJUDICIAL.
3. NAO HA COMO ACOLHER A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE NA QUAL E SUSCITADA MATERIA PROPRIA DA
SEARA DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, MAXIME QUANDO O
TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL TRADUZ APARENCIA DE
LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE E QUANDO O EXAME
DAS QUESTOES AVENTADAS DEPENDE DE DILACAO
PROBATORIA.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 171675400 - PARANAVAI -
ROSANA FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 09/05/01 -
Ac.: 14065 - Public.: 25/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIA, ALBERGADA
PELA JURISPRUDENCIA DOS TRIBUNAIS PATRIOS
ADMISSIBILIDADE - EXIGE-SE QUESTAO DE NULIDADE DA
CARTULA OBJETO DO PROCESSO EXECUTORIO, O QUE
IMPORIA, ENTAO, A IMEDIATA DECRETACAO, E POR
CONSEGUINTE, A EXTINCAO DA EXECUCAO, SEM
JULGAMENTO DO MERITO PENHORA - IMOVEL BEM DE
FAMILIA - EXCLUSAO - CONTRATO EM EXECUCAO - FIANCA -
AUSENCIA DE OUTORGA UXORIA BONIFICACAO - ESTIMULO A
PONTUALIDADE - FORMA VELADA DE APLICACAO DE MULTA
MORATORIA - CUMULACAO COM OUTRA MULTA - MATERIA DE
ORDEM PUBLICA, CONHECIMENTO DE OFICIO - INADMISSIVEL
- DIREITO PATRIMONIAL DISPONIVEL - MATERIA
CONTRADITORIA NA JURISPRUDENCIA - QUESTOES QUE
REFOGEM AO INSTITUTO DA PRE-EXECUTIVIDADE, PASSIVEIS
DE DISCUSSAO EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO
NULIDADE DO TITULO EXTRAJUDICIAL EM EXECUCAO, DE
MOLDE A ENSEJAR A SUA IMEDIATA DECRETACAO DA
DEMANDA INEXISTENCIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO -
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 171267200 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 09/05/01 - Ac.:
12046 - Public.: 25/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO


HIPOTECARIA.
ATO AGRAVADO CONSISTENTE NO INDEFERIMENTO DE
PEDIDO DE INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
PRETENSAO CALCADA COM INTENCAO DE ALCANCAR A
NULIDADE DAS CITACOES DOS DEVEDORES. MANEJO
IMPROPRIO. DITO INCIDENTE SERVE PARA OBSTAR
PRETENSAO EXECUTIVA OU ATO DO PROCESSO DE
EXECUCAO. PROPOSITO DIVERSO. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169149800 - LONDRINA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 25/04/01 -
Ac.: 11973 - Public.: 11/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - RECURSO


ANTERIOR NO QUAL, CUMULATIVAMENTE COM MATERIA
DIVERSA (NULIDADE), QUESTIONA-SE O TEMA - SUSPENSAO
PELO JUIZ ENQUANTO PENDENTE O JULGAMENTO NA
SEGUNDA INSTANCIA INADMISSIBILIDADE - INOCORRENCIA DE
QUALQUER DAS HIPOTESES QUE A JUSTIFICAM (CPC, ART.
791) - RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 168970900 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 23/04/01 - Ac.:
11583 - Public.: 11/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ALEGACOES


QUE DEPENDEM DE PRODUCAO PROBATORIA -
INADMISSIBILIDADE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
NECESSIDADE DE OPOSICAO DE EMBARGOS DO DEVEDOR -
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 170643800 - CURITIBA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 25/04/01 - Ac.: 14021 - Public.: 11/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO


HIPOTECARIA.
ATO AGRAVADO CONSISTENTE NO INDEFERIMENTO DE
PEDIDO DE INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
PRETENSAO CALCADA COM INTENCAO DE ALCANCAR A
NULIDADE DAS CITACOES DOS DEVEDORES. MANEJO
IMPROPRIO. DITO INCIDENTE SERVE PARA OBSTAR
PRETENSAO EXECUTIVA OU ATO DO PROCESSO DE
EXECUCAO. PROPOSITO DIVERSO. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169149800 - LONDRINA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 25/04/01 -
Ac.: 11973 - Public.: 11/05/01).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. ATO RECORRIDO INDEFERITORIO DO
PLEITO. CONSTITUINDO O TITULO EM CONTRATO DE
ABERTURA DE CONTA CORRENTE (CHEQUE ESPECIAL), FACE
O QUE DISPOE A SUMULA 233, STJ O INCIDENTE BEM SE
PRESTA PARA APRECIAR SOBRE A ILIQUIDEZ DO TITULO.
RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 170640700 - ARAPONGAS - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 25/04/01 -
Ac.: 11975 - Public.: 11/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ENCARGOS CONTRATUAIS - DISCUSSAO - INADMISSIBILIDADE
- MATERIAS A SEREM SUSCITADAS PELA VIA DOS EMBARGOS
A EXECUCAO.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165336500 - GUARAPUAVA -
ROSANA FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 18/04/01 -
Ac.: 13998 - Public.: 11/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - RECURSO
ANTERIOR NO QUAL, CUMULATIVAMENTE COM MATERIA
DIVERSA (NULIDADE), QUESTIONA-SE O TEMA - SUSPENSAO
PELO JUIZ ENQUANTO PENDENTE O JULGAMENTO NA
SEGUNDA INSTANCIA INADMISSIBILIDADE - INOCORRENCIA DE
QUALQUER DAS HIPOTESES QUE A JUSTIFICAM (CPC, ART.
791) - RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 168970900 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 23/04/01 - Ac.:
11583 - Public.: 11/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ENCARGOS CONTRATUAIS - DISCUSSAO - INADMISSIBILIDADE
- MATERIAS A SEREM SUSCITADAS PELA VIA DOS EMBARGOS
A EXECUCAO.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165336500 - GUARAPUAVA -
ROSANA FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 18/04/01 -
Ac.: 13998 - Public.: 11/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. ATO RECORRIDO INDEFERITORIO DO
PLEITO. CONSTITUINDO O TITULO EM CONTRATO DE
ABERTURA DE CONTA CORRENTE (CHEQUE ESPECIAL), FACE
O QUE DISPOE A SUMULA 233, STJ O INCIDENTE BEM SE
PRESTA PARA APRECIAR SOBRE A ILIQUIDEZ DO TITULO.
RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 170640700 - ARAPONGAS - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 25/04/01 -
Ac.: 11975 - Public.: 11/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ALEGACOES


QUE DEPENDEM DE PRODUCAO PROBATORIA -
INADMISSIBILIDADE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
NECESSIDADE DE OPOSICAO DE EMBARGOS DO DEVEDOR -
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 170643800 - CURITIBA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 25/04/01 - Ac.: 14021 - Public.: 11/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - NOTA DE CREDITO COMERCIAL


OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - REJEICAO - AGRAVO
DESPROVIDO.
SENDO VALIDO O CONTRATO EM MOEDA ESTRANGEIRA COM
O PAGAMENTO PELA CONVERSAO NA MOEDA NACIONAL,
CORRETA A REJEICAO DA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
FUNDADA NA NULIDADE DO PACTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169524100 - GUARAPUAVA - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 24/04/01 -
Ac.: 14179 - Public.: 04/05/01).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - NOTA DE CREDITO COMERCIAL


OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - REJEICAO - AGRAVO
DESPROVIDO.
SENDO VALIDO O CONTRATO EM MOEDA ESTRANGEIRA COM
O PAGAMENTO PELA CONVERSAO NA MOEDA NACIONAL,
CORRETA A REJEICAO DA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
FUNDADA NA NULIDADE DO PACTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169524100 - GUARAPUAVA - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 24/04/01 -
Ac.: 14179 - Public.: 04/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO ESPECIAL HIPOTECARIA - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE AFORADA PELO EXECUTADO - ACAO DE
CONHECIMENTO E CAUTELAR EM TRAMITE PERANTE JUIZO
DIVERSO - CONEXAO - AUSENCIA - NAO OPOSICAO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR, ATE A PRESENTE FASE -
ALEGACAO DO AGRAVADO DE CARENCIA DE INTERESSE DE
AGIR, POSTO QUE A REMESSA DOS AUTOS NAO IMPLICARIA
EM PREJUIZO AO AGRAVANTE, REMETENDO-SE A
POSSIBILIDADE DE SE ATRIBUIR A ACAO ORDINARIA O
TRATAMENTO DISPENSADO AOS EMBARGOS A EXECUCAO,
QUANDO JA SEGURO O JUIZO COM A PENHORA DOS BENS DO
DEVEDOR - INOCORRENCIA - PRETENSAO DO AGRAVANTE DE
EXTINCAO DO PROCESSO EXPROPRIATORIO COM O
ACOLHIMENTO DA MEDIDA PROCESSUAL ADOTADA - JUIZO
ORIGINARIO COMPETENTE PARA A APRECIACAO DA EXCECAO
ENTAO OPOSTA, NAO HAVENDO QUE SE FALAR EM
PREVENCAO DECISAO REFORMADA - AGRAVO PROVIDO.
"A CONEXAO COM A ACAO DE CONHECIMENTO (ANULATORIA)
SOMENTE SE DA QUANDO O DEVEDOR OFERECE EMBARGOS
A EXECUCAO, QUE TAMBEM TEM A NATUREZA DE PROCESSO
DE CONHECIMENTO, DAI SUA INVIABILIDADE EM CASOS NOS
QUAIS NAO FORAM OPOSTOS EMBARGOS. (STJ - 1 TURMA,
AGA 216176/SP, REL. MIN. JOSE DELGADO, J. 15.06.99, DJ
02.08.99, P. 00169)" (AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167892600 -
CURITIBA - RONALD JUAREZ MORO - QUINTA CAMARA CIVEL -
Julg: 11/04/01 - Ac.: 11964 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE.
CONTRATO DE LOCACAO. FIANCA. REAJUSTE. NECESSIDADE
DO SEU EXAME. AGRAVO PROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CONTEM MATERIA QUE
PODE SER DECIDIDA DE OFICIO, CARECENDO ASSIM, DE
MELHOR ANALISE, ANTES DE SE ALEGAR NECESSIDADE DE
MAIORES QUESTIONAMENTOS, ATENDENDO-SE A SUA
FINALIDADE PRIMORDIAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152389100 - CURITIBA - JUIZ
CARVILIO DA SILVEIRA FILHO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg:
16/04/01 - Ac.: 11527 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO ESPECIAL HIPOTECARIA - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE AFORADA PELO EXECUTADO - ACAO DE
CONHECIMENTO E CAUTELAR EM TRAMITE PERANTE JUIZO
DIVERSO - CONEXAO - AUSENCIA - NAO OPOSICAO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR, ATE A PRESENTE FASE -
ALEGACAO DO AGRAVADO DE CARENCIA DE INTERESSE DE
AGIR, POSTO QUE A REMESSA DOS AUTOS NAO IMPLICARIA
EM PREJUIZO AO AGRAVANTE, REMETENDO-SE A
POSSIBILIDADE DE SE ATRIBUIR A ACAO ORDINARIA O
TRATAMENTO DISPENSADO AOS EMBARGOS A EXECUCAO,
QUANDO JA SEGURO O JUIZO COM A PENHORA DOS BENS DO
DEVEDOR - INOCORRENCIA - PRETENSAO DO AGRAVANTE DE
EXTINCAO DO PROCESSO EXPROPRIATORIO COM O
ACOLHIMENTO DA MEDIDA PROCESSUAL ADOTADA - JUIZO
ORIGINARIO COMPETENTE PARA A APRECIACAO DA EXCECAO
ENTAO OPOSTA, NAO HAVENDO QUE SE FALAR EM
PREVENCAO DECISAO REFORMADA - AGRAVO PROVIDO.
"A CONEXAO COM A ACAO DE CONHECIMENTO (ANULATORIA)
SOMENTE SE DA QUANDO O DEVEDOR OFERECE EMBARGOS
A EXECUCAO, QUE TAMBEM TEM A NATUREZA DE PROCESSO
DE CONHECIMENTO, DAI SUA INVIABILIDADE EM CASOS NOS
QUAIS NAO FORAM OPOSTOS EMBARGOS. (STJ - 1 TURMA,
AGA 216176/SP, REL. MIN. JOSE DELGADO, J. 15.06.99, DJ
02.08.99, P. 00169)" (AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167892600 -
CURITIBA - RONALD JUAREZ MORO - QUINTA CAMARA CIVEL -
Julg: 11/04/01 - Ac.: 11964 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - IRREGULARIDADE NA


REPRESENTACAO - NULIDADE RELATIVA - POSSIBILIDADE DE
SANAR O DEFEITO - DECISAO ACERTADA - RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 162770500 - PARANAVAI - JUIZ
MARCUS VINICIUS DE LACERDA COSTA - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 10/04/01 - Ac.: 13873 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO FIXO. A
CIRCUNSTANCIA DO CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
FIXO POSSUIR ORIGEM EM CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA CORRENTE NAO O TORNA NULO OU
ANULAVEL, VISTO QUE O MESMO FOI ASSINADO PELOS
DEVEDORES E POR DUAS TESTEMUNHAS.
DESTA FORMA, O MESMO E LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL.
"EXECUCAO. TITULO EXECUTIVO. TERMO DE RENEGOCIACAO
DA DIVIDA.
O TERMO DE RENEGOCIACAO DE DIVIDA CONSTITUIDA EM
RAZAO DE CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO NAO ESTA
IMUNE AO EXAME DOS CRITERIOS ADOTADOS PARA A
FORMACAO AO DEBITO NELE EXPRESSO, MAS TEM AS
CARACTERISTICAS DE TITULO EXECUTIVO, ENSEJANDO
PROCESSO DE EXECUCAO, CABENDO AO DEVEDOR
DEFENDER-SE ATRAVES DE EMBARGOS.
RECURSO CONHECIDO EM PARTE. RESP N 216042- REL. MIN.
RUY ROSADO DE AGUIAR." RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169552500 - CURITIBA - JUIZ
CONV. EUGENIO ACHILLE GRANDINETTI - SEGUNDA CAMARA
CIVEL - Julg: 11/04/01 - Ac.: 13977 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE MUTUO - CONTRATO CONSIGO MESMO -
AUSENCIA DE TITULO AGRAVO PROVIDO.
O "CONTRATO CONSIGO MESMO" PELO QUAL A MESMA
PESSOA COMPARECE NA DUPLICE QUALIDADE DE MUTUANTE
E DE REPRESENTANTE LEGAL DO MUTUARIO NAO
CONFIGURA TITULO HABIL A AMPARAR EXECUCAO POR SER
INVALIDO EM FACE DO MANIFESTO CONFLITO DE
INTERESSES, POIS A PESSOA JURIDICA ESTA SUJEITA A
AFETACAO DA VONTADE E AO ARBITRIO DE SEU PROPRIO
REPRESENTANTE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169382300 - CURITIBA - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/01 -
Ac.: 14161 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - IRREGULARIDADE NA


REPRESENTACAO - NULIDADE RELATIVA - POSSIBILIDADE DE
SANAR O DEFEITO - DECISAO ACERTADA - RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 162770500 - PARANAVAI - JUIZ
MARCUS VINICIUS DE LACERDA COSTA - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 10/04/01 - Ac.: 13873 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO FIXO. A
CIRCUNSTANCIA DO CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
FIXO POSSUIR ORIGEM EM CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA CORRENTE NAO O TORNA NULO OU
ANULAVEL, VISTO QUE O MESMO FOI ASSINADO PELOS
DEVEDORES E POR DUAS TESTEMUNHAS.
DESTA FORMA, O MESMO E LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL.
"EXECUCAO. TITULO EXECUTIVO. TERMO DE RENEGOCIACAO
DA DIVIDA.
O TERMO DE RENEGOCIACAO DE DIVIDA CONSTITUIDA EM
RAZAO DE CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO NAO ESTA
IMUNE AO EXAME DOS CRITERIOS ADOTADOS PARA A
FORMACAO AO DEBITO NELE EXPRESSO, MAS TEM AS
CARACTERISTICAS DE TITULO EXECUTIVO, ENSEJANDO
PROCESSO DE EXECUCAO, CABENDO AO DEVEDOR
DEFENDER-SE ATRAVES DE EMBARGOS.
RECURSO CONHECIDO EM PARTE. RESP N 216042- REL. MIN.
RUY ROSADO DE AGUIAR." RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169552500 - CURITIBA - JUIZ
CONV. EUGENIO ACHILLE GRANDINETTI - SEGUNDA CAMARA
CIVEL - Julg: 11/04/01 - Ac.: 13977 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
CONTRATOS DE HONORARIOS - TITULO - APARENCIA DE
LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE - SEARA DE EMBARGOS
DO DEVEDOR - IMPROCEDENCIA.
CONFIGURA HIPOTESE DE IMPROCEDENCIA DA EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE MANEJAR EM TAL AMBITO MATERIA
PROPRIA DA SEARA DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, MAXIME
QUANTO O TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL,
CONSISTENTE EM CONTRATOS DE HONORARIOS
ADVOCATICIOS, CUJA VALIDADE COMO ATO JURIDICO NAO
RESTOU QUESTIONADA, TRADUZ APARENCIA DE LIQUIDEZ,
CERTEZA E EXIGIBILIDADE, CARACTERES QUE PODERAO SER
IMPUGNADOS NAQUELE FORO PROPRIO.
AGRAVO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163035500 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 21/03/01 - Ac.: 13985 -
Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
CONTRATOS DE HONORARIOS - TITULO - APARENCIA DE
LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE - SEARA DE EMBARGOS
DO DEVEDOR - IMPROCEDENCIA.
CONFIGURA HIPOTESE DE IMPROCEDENCIA DA EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE MANEJAR EM TAL AMBITO MATERIA
PROPRIA DA SEARA DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, MAXIME
QUANTO O TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL,
CONSISTENTE EM CONTRATOS DE HONORARIOS
ADVOCATICIOS, CUJA VALIDADE COMO ATO JURIDICO NAO
RESTOU QUESTIONADA, TRADUZ APARENCIA DE LIQUIDEZ,
CERTEZA E EXIGIBILIDADE, CARACTERES QUE PODERAO SER
IMPUGNADOS NAQUELE FORO PROPRIO.
AGRAVO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163035500 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 21/03/01 - Ac.: 13985 -
Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - IRREGULARIDADE NA


REPRESENTACAO - NULIDADE RELATIVA - POSSIBILIDADE DE
SANAR O DEFEITO - DECISAO ACERTADA - RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 162770500 - PARANAVAI - JUIZ
MARCUS VINICIUS DE LACERDA COSTA - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 10/04/01 - Ac.: 13873 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE.
CONTRATO DE LOCACAO. FIANCA. REAJUSTE. NECESSIDADE
DO SEU EXAME. AGRAVO PROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CONTEM MATERIA QUE
PODE SER DECIDIDA DE OFICIO, CARECENDO ASSIM, DE
MELHOR ANALISE, ANTES DE SE ALEGAR NECESSIDADE DE
MAIORES QUESTIONAMENTOS, ATENDENDO-SE A SUA
FINALIDADE PRIMORDIAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152389100 - CURITIBA - JUIZ
CARVILIO DA SILVEIRA FILHO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg:
16/04/01 - Ac.: 11527 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE.
CONTRATO DE LOCACAO. FIANCA. REAJUSTE. NECESSIDADE
DO SEU EXAME. AGRAVO PROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CONTEM MATERIA QUE
PODE SER DECIDIDA DE OFICIO, CARECENDO ASSIM, DE
MELHOR ANALISE, ANTES DE SE ALEGAR NECESSIDADE DE
MAIORES QUESTIONAMENTOS, ATENDENDO-SE A SUA
FINALIDADE PRIMORDIAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152389100 - CURITIBA - JUIZ
CARVILIO DA SILVEIRA FILHO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg:
16/04/01 - Ac.: 11527 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE MUTUO - CONTRATO CONSIGO MESMO -
AUSENCIA DE TITULO AGRAVO PROVIDO.
O "CONTRATO CONSIGO MESMO" PELO QUAL A MESMA
PESSOA COMPARECE NA DUPLICE QUALIDADE DE MUTUANTE
E DE REPRESENTANTE LEGAL DO MUTUARIO NAO
CONFIGURA TITULO HABIL A AMPARAR EXECUCAO POR SER
INVALIDO EM FACE DO MANIFESTO CONFLITO DE
INTERESSES, POIS A PESSOA JURIDICA ESTA SUJEITA A
AFETACAO DA VONTADE E AO ARBITRIO DE SEU PROPRIO
REPRESENTANTE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169382300 - CURITIBA - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/01 -
Ac.: 14161 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO FIXO. A
CIRCUNSTANCIA DO CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
FIXO POSSUIR ORIGEM EM CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA CORRENTE NAO O TORNA NULO OU
ANULAVEL, VISTO QUE O MESMO FOI ASSINADO PELOS
DEVEDORES E POR DUAS TESTEMUNHAS.
DESTA FORMA, O MESMO E LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL.
"EXECUCAO. TITULO EXECUTIVO. TERMO DE RENEGOCIACAO
DA DIVIDA.
O TERMO DE RENEGOCIACAO DE DIVIDA CONSTITUIDA EM
RAZAO DE CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO NAO ESTA
IMUNE AO EXAME DOS CRITERIOS ADOTADOS PARA A
FORMACAO AO DEBITO NELE EXPRESSO, MAS TEM AS
CARACTERISTICAS DE TITULO EXECUTIVO, ENSEJANDO
PROCESSO DE EXECUCAO, CABENDO AO DEVEDOR
DEFENDER-SE ATRAVES DE EMBARGOS.
RECURSO CONHECIDO EM PARTE. RESP N 216042- REL. MIN.
RUY ROSADO DE AGUIAR." RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169552500 - CURITIBA - JUIZ
CONV. EUGENIO ACHILLE GRANDINETTI - SEGUNDA CAMARA
CIVEL - Julg: 11/04/01 - Ac.: 13977 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
CONTRATOS DE HONORARIOS - TITULO - APARENCIA DE
LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE - SEARA DE EMBARGOS
DO DEVEDOR - IMPROCEDENCIA.
CONFIGURA HIPOTESE DE IMPROCEDENCIA DA EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE MANEJAR EM TAL AMBITO MATERIA
PROPRIA DA SEARA DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, MAXIME
QUANTO O TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL,
CONSISTENTE EM CONTRATOS DE HONORARIOS
ADVOCATICIOS, CUJA VALIDADE COMO ATO JURIDICO NAO
RESTOU QUESTIONADA, TRADUZ APARENCIA DE LIQUIDEZ,
CERTEZA E EXIGIBILIDADE, CARACTERES QUE PODERAO SER
IMPUGNADOS NAQUELE FORO PROPRIO.
AGRAVO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163035500 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 21/03/01 - Ac.: 13985 -
Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO ESPECIAL HIPOTECARIA - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE AFORADA PELO EXECUTADO - ACAO DE
CONHECIMENTO E CAUTELAR EM TRAMITE PERANTE JUIZO
DIVERSO - CONEXAO - AUSENCIA - NAO OPOSICAO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR, ATE A PRESENTE FASE -
ALEGACAO DO AGRAVADO DE CARENCIA DE INTERESSE DE
AGIR, POSTO QUE A REMESSA DOS AUTOS NAO IMPLICARIA
EM PREJUIZO AO AGRAVANTE, REMETENDO-SE A
POSSIBILIDADE DE SE ATRIBUIR A ACAO ORDINARIA O
TRATAMENTO DISPENSADO AOS EMBARGOS A EXECUCAO,
QUANDO JA SEGURO O JUIZO COM A PENHORA DOS BENS DO
DEVEDOR - INOCORRENCIA - PRETENSAO DO AGRAVANTE DE
EXTINCAO DO PROCESSO EXPROPRIATORIO COM O
ACOLHIMENTO DA MEDIDA PROCESSUAL ADOTADA - JUIZO
ORIGINARIO COMPETENTE PARA A APRECIACAO DA EXCECAO
ENTAO OPOSTA, NAO HAVENDO QUE SE FALAR EM
PREVENCAO DECISAO REFORMADA - AGRAVO PROVIDO.
"A CONEXAO COM A ACAO DE CONHECIMENTO (ANULATORIA)
SOMENTE SE DA QUANDO O DEVEDOR OFERECE EMBARGOS
A EXECUCAO, QUE TAMBEM TEM A NATUREZA DE PROCESSO
DE CONHECIMENTO, DAI SUA INVIABILIDADE EM CASOS NOS
QUAIS NAO FORAM OPOSTOS EMBARGOS. (STJ - 1 TURMA,
AGA 216176/SP, REL. MIN. JOSE DELGADO, J. 15.06.99, DJ
02.08.99, P. 00169)" (AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167892600 -
CURITIBA - RONALD JUAREZ MORO - QUINTA CAMARA CIVEL -
Julg: 11/04/01 - Ac.: 11964 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE.
CONTRATO DE LOCACAO. FIANCA. REAJUSTE. NECESSIDADE
DO SEU EXAME. AGRAVO PROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CONTEM MATERIA QUE
PODE SER DECIDIDA DE OFICIO, CARECENDO ASSIM, DE
MELHOR ANALISE, ANTES DE SE ALEGAR NECESSIDADE DE
MAIORES QUESTIONAMENTOS, ATENDENDO-SE A SUA
FINALIDADE PRIMORDIAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152389100 - CURITIBA - JUIZ
CARVILIO DA SILVEIRA FILHO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg:
16/04/01 - Ac.: 11527 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE MUTUO - CONTRATO CONSIGO MESMO -
AUSENCIA DE TITULO AGRAVO PROVIDO.
O "CONTRATO CONSIGO MESMO" PELO QUAL A MESMA
PESSOA COMPARECE NA DUPLICE QUALIDADE DE MUTUANTE
E DE REPRESENTANTE LEGAL DO MUTUARIO NAO
CONFIGURA TITULO HABIL A AMPARAR EXECUCAO POR SER
INVALIDO EM FACE DO MANIFESTO CONFLITO DE
INTERESSES, POIS A PESSOA JURIDICA ESTA SUJEITA A
AFETACAO DA VONTADE E AO ARBITRIO DE SEU PROPRIO
REPRESENTANTE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169382300 - CURITIBA - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/01 -
Ac.: 14161 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO POR


QUANTIA CERTA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE-
DILACAO PROBATORIA - INADMISSIBILIDADE - CONEXAO
PROCESSO EXECUTIVO - INADMISSIBILIDADE - HIPOTESE DE
SUSPENSAO DA EXECUCAO.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SE CIRCUNSCREVE
AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM PUBLICA E QUE DIGAM
RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO PROCESSO E AS
CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS PRESCINDEM DE DILACAO
PROBATORIA E PODEM SER CONHECIDOS EX OFFICIO.
2. A INSTALACAO DO PROCESSO EXECUTIVO SE SATISFAZ
COM A EXISTENCIA DE TITULO CERTO E EXIGIVEL, SENDO
QUE A PENHORA E OS ATOS SUBSEQUENTES FICAM
CONDICIONADOS A PREVIA APURACAO QUANTUM DEBEATUR,
NA HIPOTESE DE DEMANDAS CONEXAS.
3. NAO HA CONEXAO ENTRE ACAO REVISIONAL E EXECUCAO,
AO ENTENDIMENTO REITERADO DESSA CORTE, POREM,
ENQUANTO NAO HOUVER DECISAO TRANSITADA EM JULGADO
QUANTO AO CRITERIO DE REAJUSTAMENTO DAS
PRESTACOES QUE SE ESTA A DISCUTIR, A EXECUCAO NAO
PODERA PROSSEGUIR.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO, SUSPENDENDO DE
OFICIO A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 162363000 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 28/03/01 - Ac.: 13877 -
Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO,
NAO SE PRESTANDO PARA APONTAR POSSIVEL EXCESSO DE
EXECUCAO OU UTILIZACAO DE INDEXADOR MONETARIO
IMPRESTAVEL PARA ATUALIZACAO MONETARIA DO DEBITO,
OU MESMO OUTRAS QUESTOES QUE DEVEM SER ICADAS EM
SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166873700 - CURITIBA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 27/03/01 - Ac.:
13822 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE ADMISSIBILIDADE. A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE E ADMISSIVEL DESDE QUE FUNDADA NA
FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E
VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO, QUANDO A MATERIA
E PASSIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO PELO JUIZ E NAO
DEPENDA DE CONTRADITORIO.
AGRAVO PREJUDICADO EM PARTE E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167006000 - PARANAGUA -
HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
27/03/01 - Ac.: 14141 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - NOTA PROMISSORIA


CONTRATO DE PRESTACAO DE SERVICOS EDUCACIONAIS
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE REPELIDA - ARGUIDA
INTEMPESTIVIDADE RECURSAL NA RESPOSTA - CIENCIA
INEQUIVOCA OPERADA - RECURSO MANIFESTAMENTE
INADMISSIVEL - NEGADO SEGUIMENTO AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
"RETIRADOS OS AUTOS DO CARTORIO PELO ADVOGADO
ANTES DA PUBLICACAO DA SENTENCA, CONSIDERA-SE
EFETIVADA A INTIMACAO DESTA NA DATA EM QUE FOI
CONCEDIDA A RESPECTIVA CARGA AO PATRONO DO
APELANTE, TORNANDO-SE IRRELEVANTE A DATA DE
PUBLICACAO NA IMPRENSA.
PRECEDENTES." (STJ, RESP 146.197-SP, 3 T., MIN. CARLOS
ALBERTO MENEZES DIREITO).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 168014600 - LONDRINA -
ROBSON MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
26/03/01 - Ac.: 11803 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
QUESTOES RELATIVAS AO MERITO DA CAUSA.
IMPOSSIBILIDADE DE APRECIACAO EM SEDE DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
RECURSO DESPROVIDO.
"NAO E POSSIVEL APRECIAR, NA VIA ESTREITA DO AGRAVO
DE INSTRUMENTO, QUESTAO JURIDICA DE AMPLA
INDAGACAO, REFERENTE AO MERITO DA CAUSA, QUE
DEVERA SER EXAMINADA NA ACAO PRINCIPAL." (AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 168182900 - CURITIBA - JUIZ MANASSES DE
ALBUQUERQUE - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 02/04/01 - Ac.:
11818 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL.
INDEFERIMENTO. EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL,
OBJETO DE DISCUSSAO JUDICIAL EM ACAO ORDINARIA
REVISIONAL, COM CONCESSAO DE TUTELA ANTECIPADA -
DEPOSITO DE VALORES QUE ENTENDEM OS EXECUTADOS
DEVIDOS; TITULO EXTRAJUDICIAL CARECE DOS
PRESSUPOSTOS DE VALIDADE E EXIGIBILIDADE, ANTE A
AUSENCIA DE MORA; EXTINCAO DA EXECUCAO, SEM
JULGAMENTO DO MERITO, OU SUSPENSAO ANTE EXISTENCIA
DE CONEXAO; DISCUSSAO - VALORES COBRADOS PELO
BANCO, FACE A APLICACAO DO PLANO DE EQUIVALENCIA
SALARIAL; DESEQUILIBRIO ENTRE O VALOR DAS
PRESTACOES E A RENDA FAMILIAR. QUESTOES QUE
REFOGEM AO INSTITUTO DA PRE-EXECUTIVIDADE, PASSIVEIS
DE DISCUSSAO EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO.
DECISAO MONOCRATICA INCENSURAVEL NULIDADE DO
TITULO EXTRAJUDICIAL EM EXECUCAO, INEXISTENTE DE
MOLDE A ENSEJAR A SUA IMEDIATA DECRETACAO DA
DEMANDA, E CONSEQUENTE ACOLHIMENTO DA EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169442400 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 04/04/01 - Ac.:
11904 - Public.: 20/04/01).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. ATO AGRAVADO FULCRADO NA REJEICAO DE
INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO
DE ABERTURA DE CREDITO FIXO. RECURSO ADMTIDO
APENAS NO EFEITO DEVOLUTIVO. RETRATACAO DO JUIZ DA
CAUSA PARA MUDAR A DECISAO RECORRIDA E EXTINGUIR A
EXECUCAO.
AGRAVO PREJUDICADO EM VIRTUDE DA NOVA DECISAO.
RECURSO NAO CONHECIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169067100 - UNIAO DA VITORIA -
JUIZ EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
28/03/01 - Ac.: 11871 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO,
NAO SE PRESTANDO PARA APONTAR POSSIVEL EXCESSO DE
EXECUCAO OU UTILIZACAO DE INDEXADOR MONETARIO
IMPRESTAVEL PARA ATUALIZACAO MONETARIA DO DEBITO,
OU MESMO OUTRAS QUESTOES QUE DEVEM SER ICADAS EM
SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166873700 - CURITIBA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 27/03/01 - Ac.:
13822 - Public.: 20/04/01).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE ADMISSIBILIDADE. A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE E ADMISSIVEL DESDE QUE FUNDADA NA
FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E
VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO, QUANDO A MATERIA
E PASSIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO PELO JUIZ E NAO
DEPENDA DE CONTRADITORIO.
AGRAVO PREJUDICADO EM PARTE E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167006000 - PARANAGUA -
HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
27/03/01 - Ac.: 14141 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO POR


QUANTIA CERTA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE-
DILACAO PROBATORIA - INADMISSIBILIDADE - CONEXAO
PROCESSO EXECUTIVO - INADMISSIBILIDADE - HIPOTESE DE
SUSPENSAO DA EXECUCAO.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SE CIRCUNSCREVE
AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM PUBLICA E QUE DIGAM
RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO PROCESSO E AS
CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS PRESCINDEM DE DILACAO
PROBATORIA E PODEM SER CONHECIDOS EX OFFICIO.
2. A INSTALACAO DO PROCESSO EXECUTIVO SE SATISFAZ
COM A EXISTENCIA DE TITULO CERTO E EXIGIVEL, SENDO
QUE A PENHORA E OS ATOS SUBSEQUENTES FICAM
CONDICIONADOS A PREVIA APURACAO QUANTUM DEBEATUR,
NA HIPOTESE DE DEMANDAS CONEXAS.
3. NAO HA CONEXAO ENTRE ACAO REVISIONAL E EXECUCAO,
AO ENTENDIMENTO REITERADO DESSA CORTE, POREM,
ENQUANTO NAO HOUVER DECISAO TRANSITADA EM JULGADO
QUANTO AO CRITERIO DE REAJUSTAMENTO DAS
PRESTACOES QUE SE ESTA A DISCUTIR, A EXECUCAO NAO
PODERA PROSSEGUIR.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO, SUSPENDENDO DE
OFICIO A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 162363000 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 28/03/01 - Ac.: 13877 -
Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. ATO AGRAVADO FULCRADO NA REJEICAO DE
INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO
DE ABERTURA DE CREDITO FIXO. RECURSO ADMTIDO
APENAS NO EFEITO DEVOLUTIVO. RETRATACAO DO JUIZ DA
CAUSA PARA MUDAR A DECISAO RECORRIDA E EXTINGUIR A
EXECUCAO.
AGRAVO PREJUDICADO EM VIRTUDE DA NOVA DECISAO.
RECURSO NAO CONHECIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169067100 - UNIAO DA VITORIA -
JUIZ EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
28/03/01 - Ac.: 11871 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - NOTA PROMISSORIA


CONTRATO DE PRESTACAO DE SERVICOS EDUCACIONAIS
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE REPELIDA - ARGUIDA
INTEMPESTIVIDADE RECURSAL NA RESPOSTA - CIENCIA
INEQUIVOCA OPERADA - RECURSO MANIFESTAMENTE
INADMISSIVEL - NEGADO SEGUIMENTO AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
"RETIRADOS OS AUTOS DO CARTORIO PELO ADVOGADO
ANTES DA PUBLICACAO DA SENTENCA, CONSIDERA-SE
EFETIVADA A INTIMACAO DESTA NA DATA EM QUE FOI
CONCEDIDA A RESPECTIVA CARGA AO PATRONO DO
APELANTE, TORNANDO-SE IRRELEVANTE A DATA DE
PUBLICACAO NA IMPRENSA.
PRECEDENTES." (STJ, RESP 146.197-SP, 3 T., MIN. CARLOS
ALBERTO MENEZES DIREITO).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 168014600 - LONDRINA -
ROBSON MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
26/03/01 - Ac.: 11803 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL.
INDEFERIMENTO. EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL,
OBJETO DE DISCUSSAO JUDICIAL EM ACAO ORDINARIA
REVISIONAL, COM CONCESSAO DE TUTELA ANTECIPADA -
DEPOSITO DE VALORES QUE ENTENDEM OS EXECUTADOS
DEVIDOS; TITULO EXTRAJUDICIAL CARECE DOS
PRESSUPOSTOS DE VALIDADE E EXIGIBILIDADE, ANTE A
AUSENCIA DE MORA; EXTINCAO DA EXECUCAO, SEM
JULGAMENTO DO MERITO, OU SUSPENSAO ANTE EXISTENCIA
DE CONEXAO; DISCUSSAO - VALORES COBRADOS PELO
BANCO, FACE A APLICACAO DO PLANO DE EQUIVALENCIA
SALARIAL; DESEQUILIBRIO ENTRE O VALOR DAS
PRESTACOES E A RENDA FAMILIAR. QUESTOES QUE
REFOGEM AO INSTITUTO DA PRE-EXECUTIVIDADE, PASSIVEIS
DE DISCUSSAO EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO.
DECISAO MONOCRATICA INCENSURAVEL NULIDADE DO
TITULO EXTRAJUDICIAL EM EXECUCAO, INEXISTENTE DE
MOLDE A ENSEJAR A SUA IMEDIATA DECRETACAO DA
DEMANDA, E CONSEQUENTE ACOLHIMENTO DA EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169442400 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 04/04/01 - Ac.:
11904 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
QUESTOES RELATIVAS AO MERITO DA CAUSA.
IMPOSSIBILIDADE DE APRECIACAO EM SEDE DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
RECURSO DESPROVIDO.
"NAO E POSSIVEL APRECIAR, NA VIA ESTREITA DO AGRAVO
DE INSTRUMENTO, QUESTAO JURIDICA DE AMPLA
INDAGACAO, REFERENTE AO MERITO DA CAUSA, QUE
DEVERA SER EXAMINADA NA ACAO PRINCIPAL." (AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 168182900 - CURITIBA - JUIZ MANASSES DE
ALBUQUERQUE - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 02/04/01 - Ac.:
11818 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. ATO AGRAVADO FULCRADO NA REJEICAO DE
INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO
DE ABERTURA DE CREDITO FIXO. RECURSO ADMTIDO
APENAS NO EFEITO DEVOLUTIVO. RETRATACAO DO JUIZ DA
CAUSA PARA MUDAR A DECISAO RECORRIDA E EXTINGUIR A
EXECUCAO.
AGRAVO PREJUDICADO EM VIRTUDE DA NOVA DECISAO.
RECURSO NAO CONHECIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169067100 - UNIAO DA VITORIA -
JUIZ EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
28/03/01 - Ac.: 11871 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO POR


QUANTIA CERTA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE-
DILACAO PROBATORIA - INADMISSIBILIDADE - CONEXAO
PROCESSO EXECUTIVO - INADMISSIBILIDADE - HIPOTESE DE
SUSPENSAO DA EXECUCAO.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SE CIRCUNSCREVE
AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM PUBLICA E QUE DIGAM
RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO PROCESSO E AS
CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS PRESCINDEM DE DILACAO
PROBATORIA E PODEM SER CONHECIDOS EX OFFICIO.
2. A INSTALACAO DO PROCESSO EXECUTIVO SE SATISFAZ
COM A EXISTENCIA DE TITULO CERTO E EXIGIVEL, SENDO
QUE A PENHORA E OS ATOS SUBSEQUENTES FICAM
CONDICIONADOS A PREVIA APURACAO QUANTUM DEBEATUR,
NA HIPOTESE DE DEMANDAS CONEXAS.
3. NAO HA CONEXAO ENTRE ACAO REVISIONAL E EXECUCAO,
AO ENTENDIMENTO REITERADO DESSA CORTE, POREM,
ENQUANTO NAO HOUVER DECISAO TRANSITADA EM JULGADO
QUANTO AO CRITERIO DE REAJUSTAMENTO DAS
PRESTACOES QUE SE ESTA A DISCUTIR, A EXECUCAO NAO
PODERA PROSSEGUIR.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO, SUSPENDENDO DE
OFICIO A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 162363000 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 28/03/01 - Ac.: 13877 -
Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
QUESTOES RELATIVAS AO MERITO DA CAUSA.
IMPOSSIBILIDADE DE APRECIACAO EM SEDE DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
RECURSO DESPROVIDO.
"NAO E POSSIVEL APRECIAR, NA VIA ESTREITA DO AGRAVO
DE INSTRUMENTO, QUESTAO JURIDICA DE AMPLA
INDAGACAO, REFERENTE AO MERITO DA CAUSA, QUE
DEVERA SER EXAMINADA NA ACAO PRINCIPAL." (AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 168182900 - CURITIBA - JUIZ MANASSES DE
ALBUQUERQUE - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 02/04/01 - Ac.:
11818 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE ADMISSIBILIDADE. A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE E ADMISSIVEL DESDE QUE FUNDADA NA
FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E
VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO, QUANDO A MATERIA
E PASSIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO PELO JUIZ E NAO
DEPENDA DE CONTRADITORIO.
AGRAVO PREJUDICADO EM PARTE E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167006000 - PARANAGUA -
HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
27/03/01 - Ac.: 14141 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL.
INDEFERIMENTO. EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL,
OBJETO DE DISCUSSAO JUDICIAL EM ACAO ORDINARIA
REVISIONAL, COM CONCESSAO DE TUTELA ANTECIPADA -
DEPOSITO DE VALORES QUE ENTENDEM OS EXECUTADOS
DEVIDOS; TITULO EXTRAJUDICIAL CARECE DOS
PRESSUPOSTOS DE VALIDADE E EXIGIBILIDADE, ANTE A
AUSENCIA DE MORA; EXTINCAO DA EXECUCAO, SEM
JULGAMENTO DO MERITO, OU SUSPENSAO ANTE EXISTENCIA
DE CONEXAO; DISCUSSAO - VALORES COBRADOS PELO
BANCO, FACE A APLICACAO DO PLANO DE EQUIVALENCIA
SALARIAL; DESEQUILIBRIO ENTRE O VALOR DAS
PRESTACOES E A RENDA FAMILIAR. QUESTOES QUE
REFOGEM AO INSTITUTO DA PRE-EXECUTIVIDADE, PASSIVEIS
DE DISCUSSAO EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO.
DECISAO MONOCRATICA INCENSURAVEL NULIDADE DO
TITULO EXTRAJUDICIAL EM EXECUCAO, INEXISTENTE DE
MOLDE A ENSEJAR A SUA IMEDIATA DECRETACAO DA
DEMANDA, E CONSEQUENTE ACOLHIMENTO DA EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169442400 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 04/04/01 - Ac.:
11904 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO,
NAO SE PRESTANDO PARA APONTAR POSSIVEL EXCESSO DE
EXECUCAO OU UTILIZACAO DE INDEXADOR MONETARIO
IMPRESTAVEL PARA ATUALIZACAO MONETARIA DO DEBITO,
OU MESMO OUTRAS QUESTOES QUE DEVEM SER ICADAS EM
SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166873700 - CURITIBA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 27/03/01 - Ac.:
13822 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - NOTA PROMISSORIA


CONTRATO DE PRESTACAO DE SERVICOS EDUCACIONAIS
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE REPELIDA - ARGUIDA
INTEMPESTIVIDADE RECURSAL NA RESPOSTA - CIENCIA
INEQUIVOCA OPERADA - RECURSO MANIFESTAMENTE
INADMISSIVEL - NEGADO SEGUIMENTO AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
"RETIRADOS OS AUTOS DO CARTORIO PELO ADVOGADO
ANTES DA PUBLICACAO DA SENTENCA, CONSIDERA-SE
EFETIVADA A INTIMACAO DESTA NA DATA EM QUE FOI
CONCEDIDA A RESPECTIVA CARGA AO PATRONO DO
APELANTE, TORNANDO-SE IRRELEVANTE A DATA DE
PUBLICACAO NA IMPRENSA.
PRECEDENTES." (STJ, RESP 146.197-SP, 3 T., MIN. CARLOS
ALBERTO MENEZES DIREITO).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 168014600 - LONDRINA -
ROBSON MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
26/03/01 - Ac.: 11803 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL
ADMISSIBILIDADE - PRELIMINARES - NULIDADE DO PROCESSO
DE EXECUCAO DE INICIO: AUSENCIA DE CITACAO REGULAR
DO EXECUTADO; INTIMACAO DO EXECUTADO DOS DEMAIS
ATOS PROCESSUAIS COM NOME INCORRETO; NULIDADE DA
PENHORA. NO MERITO: FALTA DE ARGUMENTACAO DA
SENTENCA; ERRO SUBSTANCIAL NO TERMO DE TRANSACAO
E CONFISSAO DE DIVIDA, OBJETO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE;
EXISTENCIA DE DOLO. QUESTOES QUE REFOGEM AO
INSTITUTO DA PRE-EXECUTIVIDADE, PASSIVEIS DE
DISCUSSAO EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO. DECISAO
MONOCRATICA INCENSURAVEL NULIDADE DO TITULO
EXTRAJUDICIAL EM EXECUCAO.
INEXISTENCIA DE MOLDE A ENSEJAR A SUA IMEDIATA
DECRETACAO DA DEMANDA. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169022200 - MARINGA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 21/03/01 - Ac.:
11826 - Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO HIPOTECARIA -


CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - INCIDENCIA. DECISAO
JUDICIAL AUTORIZANDO O DEPOSITO DAS PRESTACOES DO
FINANCIAMENTO - NAO CONFIGURACAO DO INADIMPLEMENTO
DOS AGRAVANTES CARENCIA DA ACAO EXECUTIVA NAO
CARACTERIZADA.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SE CIRCUNSCREVE
AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM PUBLICA E QUE DIGAM
RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO PROCESSO E AS
CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS PRESCINDEM DE DILACAO
PROBATORIA E PODEM SER CONHECIDOS EX OFFICIO.
2. A INSTALACAO DO PROCESSO EXECUTIVO SE SATISFAZ
COM A EXISTENCIA DE TITULO CERTO E EXIGIVEL, SENDO
QUE A PENHORA E OS ATOS SUBSEQUENTES FICAM
CONDICIONADOS A PREVIA APURACAO QUANTUM DEBEATUR.
3. INEXORAVEL E A SUJEICAO DO CONTRATO EM EXAME AO
CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, DADA A SUA
NATUREZA DE MUTUO, PELO QUE HA QUE SE OBSERVAR, NO
EXAME DO DESDOBRAMENTO DA RELACAO CONTRATUAL, AS
SEQUELAS DECORRENTES DESSA CONFIGURACAO JURIDICA.
4. ANTE A PENDENCIA DE ACAO REVISIONAL ATRAVES DA
QUAL ESTAO SENDO DISCUTIDAS AS CLAUSULAS DO
CONTRATO, E NOTADAMENTE DIANTE DOS DEPOSITOS DAS
PRESTACOES EM JUIZO, NAO HA QUE SE FALAR EM PLENA
CONFIGURACAO DA MORA OU EM INADIMPLEMENTO DOS
AGRAVANTES.
5. A PRESENTE EXECUCAO, PORTANTO, NAO PODE
PROSSEGUIR, DEVENDO SER SUSPENSA, ATE QUE SEJA
APURADO O QUANTUM DEBEATUR, QUE RESULTARA DA
DECISAO DA ACAO REVISIONAL, POIS AUSENTE UM
REQUISITO BASICO PARA TANTO PREVISTO NO ARTIGO 580
DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO, SUSPENDENDO DE
OFICIO A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169483500 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 21/03/01 - Ac.: 13859 -
Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - CEDULA RURAL HIPOTECARIA
DEVIDAMENTE INSTRUIDA COM CALCULO DISCRIMINADO E
ATUALIZADO DO DEBITO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REJEITADA ILIQUIDEZ, INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE DO
TITULO - NAO CARACTERIZADAS - FINANCIAMENTO NAO
PARCELADO - CREDITO COLOCADO A DISPOSICAO DO
FINANCIADO DE UMA SO VEZ PARA PAGAMENTO, TAMBEM EM
UMA UNICA PARCELA - APRESENTACAO DA CONTA
VINCULADA A OPERACAO FINANCEIRA EFETIVADA ENTRE AS
PARTES - DESNECESSIDADE - PROVA PRESCINDIVEL
INTELIGENCIA DO ARTIGO 4 DO DECRETO-LEI N 167/67
DECISAO OBJURAGADA MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.
- TRATANDO-SE DE EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL
LASTREADA EM CEDULA RURAL HIPOTECARIA, A
APRESENTACAO DA CONTA VINCULADA A OPERACAO
FINANCEIRA EFETIVADA ENTRE AS PARTES SOMENTE SE FAZ
NECESSARIA, QUANDO O VALOR CORRESPONDENTE AO
FINANCIAMENTO FOR REPASSADO AO FINANCIADO DE
FORMA PARCELADA, O QUE INOCORRE NO CASO EM TELA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 158371300 - GUARAPUAVA - JUIZ
CLAYTON CAMARGO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 28/03/01 -
Ac.: 13741 - Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - REJEICAO - QUESTOES JA DECIDIDAS NOVO
EXAME DESCABIDO - PRECLUSAO - AGRAVO DESPROVIDO.
DESCABIDA A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE PARA
REDISCUTIR QUESTOES JA JULGADAS NOS EMBARGOS A
EXECUCAO, INCIDINDO, NO CASO, A REGRA DO ARTIGO 473,
DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169064000 - FRANCISCO
BELTRAO - JUIZ ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL
- Julg: 20/03/01 - Ac.: 14124 - Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO. OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSENCIA
DE TITULO EXECUTIVO. LEGITIMIDADE DO AVALISTA. NOTA
PROMISSORIA QUE IGUALMENTE NAO DETEM LIQUIDEZ .
HONORARIOS. AGRAVO PROVIDO.
1. POR CONSTRUCAO DOUTRINARIA-JURISPRUDENCIAL,
NOSSO DIREITO TEM ADMITIDO A OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, NOS CASOS EM QUE O JUIZO POSSA
CONHECER DE OFICIO A MATERIA, A EXEMPLO DA HIGIDEZ
DO TITULO EXECUTIVO.
2. O AVALISTA PODE ARGUIR A OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE PORQUE NAO SE CONTROVERTE SOBRE
EXCECAO PESSOAL DO AVALIZADO MAS SOBRE VICIO DE
FORMA DA EXECUCAO.
3. A NOTA PROMISSORIA, EMITIDA EM GARANTIA DO
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO, NAO GOZA DE
AUTONOMIA PORQUE LHE FALTA, IGUALMENTE, LIQUIDEZ E
CERTEZA.
4. SAO DEVIDOS HONORARIOS NO INCIDENTE DE OBJECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165703600 - CURITIBA - JUIZ
CONV. NOEVAL DE QUADROS - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
19/03/01 - Ac.: 12112 - Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - REJEICAO - QUESTOES JA DECIDIDAS NOVO
EXAME DESCABIDO - PRECLUSAO - AGRAVO DESPROVIDO.
DESCABIDA A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE PARA
REDISCUTIR QUESTOES JA JULGADAS NOS EMBARGOS A
EXECUCAO, INCIDINDO, NO CASO, A REGRA DO ARTIGO 473,
DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169064000 - FRANCISCO
BELTRAO - JUIZ ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL
- Julg: 20/03/01 - Ac.: 14124 - Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO HIPOTECARIA -
CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - INCIDENCIA. DECISAO
JUDICIAL AUTORIZANDO O DEPOSITO DAS PRESTACOES DO
FINANCIAMENTO - NAO CONFIGURACAO DO INADIMPLEMENTO
DOS AGRAVANTES CARENCIA DA ACAO EXECUTIVA NAO
CARACTERIZADA.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SE CIRCUNSCREVE
AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM PUBLICA E QUE DIGAM
RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO PROCESSO E AS
CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS PRESCINDEM DE DILACAO
PROBATORIA E PODEM SER CONHECIDOS EX OFFICIO.
2. A INSTALACAO DO PROCESSO EXECUTIVO SE SATISFAZ
COM A EXISTENCIA DE TITULO CERTO E EXIGIVEL, SENDO
QUE A PENHORA E OS ATOS SUBSEQUENTES FICAM
CONDICIONADOS A PREVIA APURACAO QUANTUM DEBEATUR.
3. INEXORAVEL E A SUJEICAO DO CONTRATO EM EXAME AO
CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, DADA A SUA
NATUREZA DE MUTUO, PELO QUE HA QUE SE OBSERVAR, NO
EXAME DO DESDOBRAMENTO DA RELACAO CONTRATUAL, AS
SEQUELAS DECORRENTES DESSA CONFIGURACAO JURIDICA.
4. ANTE A PENDENCIA DE ACAO REVISIONAL ATRAVES DA
QUAL ESTAO SENDO DISCUTIDAS AS CLAUSULAS DO
CONTRATO, E NOTADAMENTE DIANTE DOS DEPOSITOS DAS
PRESTACOES EM JUIZO, NAO HA QUE SE FALAR EM PLENA
CONFIGURACAO DA MORA OU EM INADIMPLEMENTO DOS
AGRAVANTES.
5. A PRESENTE EXECUCAO, PORTANTO, NAO PODE
PROSSEGUIR, DEVENDO SER SUSPENSA, ATE QUE SEJA
APURADO O QUANTUM DEBEATUR, QUE RESULTARA DA
DECISAO DA ACAO REVISIONAL, POIS AUSENTE UM
REQUISITO BASICO PARA TANTO PREVISTO NO ARTIGO 580
DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO, SUSPENDENDO DE
OFICIO A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169483500 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 21/03/01 - Ac.: 13859 -
Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL
ADMISSIBILIDADE - PRELIMINARES - NULIDADE DO PROCESSO
DE EXECUCAO DE INICIO: AUSENCIA DE CITACAO REGULAR
DO EXECUTADO; INTIMACAO DO EXECUTADO DOS DEMAIS
ATOS PROCESSUAIS COM NOME INCORRETO; NULIDADE DA
PENHORA. NO MERITO: FALTA DE ARGUMENTACAO DA
SENTENCA; ERRO SUBSTANCIAL NO TERMO DE TRANSACAO
E CONFISSAO DE DIVIDA, OBJETO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE;
EXISTENCIA DE DOLO. QUESTOES QUE REFOGEM AO
INSTITUTO DA PRE-EXECUTIVIDADE, PASSIVEIS DE
DISCUSSAO EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO. DECISAO
MONOCRATICA INCENSURAVEL NULIDADE DO TITULO
EXTRAJUDICIAL EM EXECUCAO.
INEXISTENCIA DE MOLDE A ENSEJAR A SUA IMEDIATA
DECRETACAO DA DEMANDA. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169022200 - MARINGA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 21/03/01 - Ac.:
11826 - Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO. OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSENCIA
DE TITULO EXECUTIVO. LEGITIMIDADE DO AVALISTA. NOTA
PROMISSORIA QUE IGUALMENTE NAO DETEM LIQUIDEZ .
HONORARIOS. AGRAVO PROVIDO.
1. POR CONSTRUCAO DOUTRINARIA-JURISPRUDENCIAL,
NOSSO DIREITO TEM ADMITIDO A OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, NOS CASOS EM QUE O JUIZO POSSA
CONHECER DE OFICIO A MATERIA, A EXEMPLO DA HIGIDEZ
DO TITULO EXECUTIVO.
2. O AVALISTA PODE ARGUIR A OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE PORQUE NAO SE CONTROVERTE SOBRE
EXCECAO PESSOAL DO AVALIZADO MAS SOBRE VICIO DE
FORMA DA EXECUCAO.
3. A NOTA PROMISSORIA, EMITIDA EM GARANTIA DO
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO, NAO GOZA DE
AUTONOMIA PORQUE LHE FALTA, IGUALMENTE, LIQUIDEZ E
CERTEZA.
4. SAO DEVIDOS HONORARIOS NO INCIDENTE DE OBJECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165703600 - CURITIBA - JUIZ
CONV. NOEVAL DE QUADROS - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
19/03/01 - Ac.: 12112 - Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO HIPOTECARIA -


CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - INCIDENCIA. DECISAO
JUDICIAL AUTORIZANDO O DEPOSITO DAS PRESTACOES DO
FINANCIAMENTO - NAO CONFIGURACAO DO INADIMPLEMENTO
DOS AGRAVANTES CARENCIA DA ACAO EXECUTIVA NAO
CARACTERIZADA.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SE CIRCUNSCREVE
AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM PUBLICA E QUE DIGAM
RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO PROCESSO E AS
CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS PRESCINDEM DE DILACAO
PROBATORIA E PODEM SER CONHECIDOS EX OFFICIO.
2. A INSTALACAO DO PROCESSO EXECUTIVO SE SATISFAZ
COM A EXISTENCIA DE TITULO CERTO E EXIGIVEL, SENDO
QUE A PENHORA E OS ATOS SUBSEQUENTES FICAM
CONDICIONADOS A PREVIA APURACAO QUANTUM DEBEATUR.
3. INEXORAVEL E A SUJEICAO DO CONTRATO EM EXAME AO
CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, DADA A SUA
NATUREZA DE MUTUO, PELO QUE HA QUE SE OBSERVAR, NO
EXAME DO DESDOBRAMENTO DA RELACAO CONTRATUAL, AS
SEQUELAS DECORRENTES DESSA CONFIGURACAO JURIDICA.
4. ANTE A PENDENCIA DE ACAO REVISIONAL ATRAVES DA
QUAL ESTAO SENDO DISCUTIDAS AS CLAUSULAS DO
CONTRATO, E NOTADAMENTE DIANTE DOS DEPOSITOS DAS
PRESTACOES EM JUIZO, NAO HA QUE SE FALAR EM PLENA
CONFIGURACAO DA MORA OU EM INADIMPLEMENTO DOS
AGRAVANTES.
5. A PRESENTE EXECUCAO, PORTANTO, NAO PODE
PROSSEGUIR, DEVENDO SER SUSPENSA, ATE QUE SEJA
APURADO O QUANTUM DEBEATUR, QUE RESULTARA DA
DECISAO DA ACAO REVISIONAL, POIS AUSENTE UM
REQUISITO BASICO PARA TANTO PREVISTO NO ARTIGO 580
DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO, SUSPENDENDO DE
OFICIO A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169483500 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 21/03/01 - Ac.: 13859 -
Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO. OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSENCIA
DE TITULO EXECUTIVO. LEGITIMIDADE DO AVALISTA. NOTA
PROMISSORIA QUE IGUALMENTE NAO DETEM LIQUIDEZ .
HONORARIOS. AGRAVO PROVIDO.
1. POR CONSTRUCAO DOUTRINARIA-JURISPRUDENCIAL,
NOSSO DIREITO TEM ADMITIDO A OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, NOS CASOS EM QUE O JUIZO POSSA
CONHECER DE OFICIO A MATERIA, A EXEMPLO DA HIGIDEZ
DO TITULO EXECUTIVO.
2. O AVALISTA PODE ARGUIR A OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE PORQUE NAO SE CONTROVERTE SOBRE
EXCECAO PESSOAL DO AVALIZADO MAS SOBRE VICIO DE
FORMA DA EXECUCAO.
3. A NOTA PROMISSORIA, EMITIDA EM GARANTIA DO
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO, NAO GOZA DE
AUTONOMIA PORQUE LHE FALTA, IGUALMENTE, LIQUIDEZ E
CERTEZA.
4. SAO DEVIDOS HONORARIOS NO INCIDENTE DE OBJECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165703600 - CURITIBA - JUIZ
CONV. NOEVAL DE QUADROS - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
19/03/01 - Ac.: 12112 - Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - REJEICAO - QUESTOES JA DECIDIDAS NOVO
EXAME DESCABIDO - PRECLUSAO - AGRAVO DESPROVIDO.
DESCABIDA A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE PARA
REDISCUTIR QUESTOES JA JULGADAS NOS EMBARGOS A
EXECUCAO, INCIDINDO, NO CASO, A REGRA DO ARTIGO 473,
DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169064000 - FRANCISCO
BELTRAO - JUIZ ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL
- Julg: 20/03/01 - Ac.: 14124 - Public.: 06/04/01).
Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL
ADMISSIBILIDADE - PRELIMINARES - NULIDADE DO PROCESSO
DE EXECUCAO DE INICIO: AUSENCIA DE CITACAO REGULAR
DO EXECUTADO; INTIMACAO DO EXECUTADO DOS DEMAIS
ATOS PROCESSUAIS COM NOME INCORRETO; NULIDADE DA
PENHORA. NO MERITO: FALTA DE ARGUMENTACAO DA
SENTENCA; ERRO SUBSTANCIAL NO TERMO DE TRANSACAO
E CONFISSAO DE DIVIDA, OBJETO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE;
EXISTENCIA DE DOLO. QUESTOES QUE REFOGEM AO
INSTITUTO DA PRE-EXECUTIVIDADE, PASSIVEIS DE
DISCUSSAO EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO. DECISAO
MONOCRATICA INCENSURAVEL NULIDADE DO TITULO
EXTRAJUDICIAL EM EXECUCAO.
INEXISTENCIA DE MOLDE A ENSEJAR A SUA IMEDIATA
DECRETACAO DA DEMANDA. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 169022200 - MARINGA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 21/03/01 - Ac.:
11826 - Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - CEDULA RURAL HIPOTECARIA
DEVIDAMENTE INSTRUIDA COM CALCULO DISCRIMINADO E
ATUALIZADO DO DEBITO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REJEITADA ILIQUIDEZ, INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE DO
TITULO - NAO CARACTERIZADAS - FINANCIAMENTO NAO
PARCELADO - CREDITO COLOCADO A DISPOSICAO DO
FINANCIADO DE UMA SO VEZ PARA PAGAMENTO, TAMBEM EM
UMA UNICA PARCELA - APRESENTACAO DA CONTA
VINCULADA A OPERACAO FINANCEIRA EFETIVADA ENTRE AS
PARTES - DESNECESSIDADE - PROVA PRESCINDIVEL
INTELIGENCIA DO ARTIGO 4 DO DECRETO-LEI N 167/67
DECISAO OBJURAGADA MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.
- TRATANDO-SE DE EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL
LASTREADA EM CEDULA RURAL HIPOTECARIA, A
APRESENTACAO DA CONTA VINCULADA A OPERACAO
FINANCEIRA EFETIVADA ENTRE AS PARTES SOMENTE SE FAZ
NECESSARIA, QUANDO O VALOR CORRESPONDENTE AO
FINANCIAMENTO FOR REPASSADO AO FINANCIADO DE
FORMA PARCELADA, O QUE INOCORRE NO CASO EM TELA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 158371300 - GUARAPUAVA - JUIZ
CLAYTON CAMARGO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 28/03/01 -
Ac.: 13741 - Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - CEDULA RURAL HIPOTECARIA
DEVIDAMENTE INSTRUIDA COM CALCULO DISCRIMINADO E
ATUALIZADO DO DEBITO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REJEITADA ILIQUIDEZ, INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE DO
TITULO - NAO CARACTERIZADAS - FINANCIAMENTO NAO
PARCELADO - CREDITO COLOCADO A DISPOSICAO DO
FINANCIADO DE UMA SO VEZ PARA PAGAMENTO, TAMBEM EM
UMA UNICA PARCELA - APRESENTACAO DA CONTA
VINCULADA A OPERACAO FINANCEIRA EFETIVADA ENTRE AS
PARTES - DESNECESSIDADE - PROVA PRESCINDIVEL
INTELIGENCIA DO ARTIGO 4 DO DECRETO-LEI N 167/67
DECISAO OBJURAGADA MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.
- TRATANDO-SE DE EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL
LASTREADA EM CEDULA RURAL HIPOTECARIA, A
APRESENTACAO DA CONTA VINCULADA A OPERACAO
FINANCEIRA EFETIVADA ENTRE AS PARTES SOMENTE SE FAZ
NECESSARIA, QUANDO O VALOR CORRESPONDENTE AO
FINANCIAMENTO FOR REPASSADO AO FINANCIADO DE
FORMA PARCELADA, O QUE INOCORRE NO CASO EM TELA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 158371300 - GUARAPUAVA - JUIZ
CLAYTON CAMARGO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 28/03/01 -
Ac.: 13741 - Public.: 06/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUCAO.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CREDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSENCIA DE LIQUIDEZ.
CARENCIA DE ACAO. MATERIA DE ORDEM PUBLICA A SER
ARGUIDA DE OFICIO. ARTIGO 267, 3, CODIGO DE PROCESSO
CIVIL. EXTINCAO DA ACAO. INTEMPESTIVIDADE
DESCARACTERIZADA. RECURSO PROVIDO.
1. COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL" (DJU
DE 08/02/2000, PAG. 265).
2. "'NAS INSTANCIAS ORDINARIAS NAO HA PRECLUSAO PARA
O ORGAO JULGADOR, EM MATERIA DE CONDICOES DA ACAO,
ENQUANTO NAO PROFERIDA POR ELE A DECISAO DE MERITO,
PODENDO ATE MESMO APRECIA-LA SEM PROVOCACAO (CPC
ARTS.
267, 3, 301 4 E 463)' (RSTJ 81/308)." APUD THEOTONIO NEGRAO
"CODIGO DE PROCESSO CIVIL", 31 ED., 2000, SARAIVA, ART.
267, NOTA 55.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167596900 - CURITIBA - JUIZ
EDUARDO FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 12/03/01
- Ac.: 11727 - Public.: 30/03/01).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUCAO.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CREDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSENCIA DE LIQUIDEZ.
CARENCIA DE ACAO. MATERIA DE ORDEM PUBLICA A SER
ARGUIDA DE OFICIO. ARTIGO 267, 3, CODIGO DE PROCESSO
CIVIL. EXTINCAO DA ACAO. INTEMPESTIVIDADE
DESCARACTERIZADA. RECURSO PROVIDO.
1. COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL" (DJU
DE 08/02/2000, PAG. 265).
2. "'NAS INSTANCIAS ORDINARIAS NAO HA PRECLUSAO PARA
O ORGAO JULGADOR, EM MATERIA DE CONDICOES DA ACAO,
ENQUANTO NAO PROFERIDA POR ELE A DECISAO DE MERITO,
PODENDO ATE MESMO APRECIA-LA SEM PROVOCACAO (CPC
ARTS.
267, 3, 301 4 E 463)' (RSTJ 81/308)." APUD THEOTONIO NEGRAO
"CODIGO DE PROCESSO CIVIL", 31 ED., 2000, SARAIVA, ART.
267, NOTA 55.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167595200 - CURITIBA - JUIZ
EDUARDO FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 12/03/01
- Ac.: 11731 - Public.: 30/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL
ADMISSIBILIDADE - AUSENCIA DE DEMONSTRATIVO DE
DEBITO, COM INOBSERVANCIA DO ART. 614 DO CPC -
IRREGULARIDADE PROCESSUAL - LAPSO PROCESSUAL DE
QUASE SEIS MESES ENTRE O VENCIMENTO DO CHEQUE E O
AJUIZAMENTO DA DEMANDA FALTA DE ATUALIZACAO DO
DEBITO - QUESTOES QUE REFOGEM AO INSTITUTO DA PRE-
EXECUTIVIDADE - MERA IRREGULARIDADE DA PETICAO
INICIAL DE EXECUCAO, PODENDO SER SUPRIDA PELO
CREDOR, SOB PENA DE INDEFERIMENTO - EXEGESE DO ART.
616 DO CPC - DIREITO DO EXEQUENTE E NAO FACULDADE DO
JUIZ EM OPORTUNIZAR A CORRECAO - ENQUANTO NAO
OPOSTOS EMBARGOS A EXECUCAO, E POSSIVEL CORRECAO
A INICIAL - DECISAO MONOCRATICA INCENSURAVEL -
NULIDADE DA EXECUCAO. INEXISTENTE, DE MOLDE A
ENSEJAR A SUA IMEDIATA DECRETACAO. RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167223100 - LONDRINA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/03/01 -
Ac.: 11775 - Public.: 30/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL
ADMISSIBILIDADE - AUSENCIA DE DEMONSTRATIVO DE
DEBITO, COM INOBSERVANCIA DO ART. 614 DO CPC -
IRREGULARIDADE PROCESSUAL - LAPSO PROCESSUAL DE
QUASE SEIS MESES ENTRE O VENCIMENTO DO CHEQUE E O
AJUIZAMENTO DA DEMANDA FALTA DE ATUALIZACAO DO
DEBITO - QUESTOES QUE REFOGEM AO INSTITUTO DA PRE-
EXECUTIVIDADE - MERA IRREGULARIDADE DA PETICAO
INICIAL DE EXECUCAO, PODENDO SER SUPRIDA PELO
CREDOR, SOB PENA DE INDEFERIMENTO - EXEGESE DO ART.
616 DO CPC - DIREITO DO EXEQUENTE E NAO FACULDADE DO
JUIZ EM OPORTUNIZAR A CORRECAO - ENQUANTO NAO
OPOSTOS EMBARGOS A EXECUCAO, E POSSIVEL CORRECAO
A INICIAL - DECISAO MONOCRATICA INCENSURAVEL -
NULIDADE DA EXECUCAO. INEXISTENTE, DE MOLDE A
ENSEJAR A SUA IMEDIATA DECRETACAO. RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167223100 - LONDRINA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/03/01 -
Ac.: 11775 - Public.: 30/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO


EXTRAJUDICIAL.
DECISAO RECORRIDA QUE INDEFERE INCIDENTE DE
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. ESCRITURA PUBLICA DE
COMPRA E VENDA COM PACTO ADJETO DE HIPOTECA E
OUTRAS AVENCAS.
ILIQUIDEZ E INEXIGIBILIDADE. NAO CONSTATACAO. TITULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL ELENCADO NO INC. III, DO ART.
585, CPC. LITIGANCIA DE MA-FE. INOCORRENCIA ANTE
INTERPRETACAO INADEQUADA. INSTRUMENTO RECURSAL
HABIL E SUFICIENTE PARA A APRECIACAO E JULGAMENTO.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167782500 - CURITIBA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/03/01 -
Ac.: 11803 - Public.: 30/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO


EXTRAJUDICIAL.
DECISAO RECORRIDA QUE INDEFERE INCIDENTE DE
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. ESCRITURA PUBLICA DE
COMPRA E VENDA COM PACTO ADJETO DE HIPOTECA E
OUTRAS AVENCAS.
ILIQUIDEZ E INEXIGIBILIDADE. NAO CONSTATACAO. TITULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL ELENCADO NO INC. III, DO ART.
585, CPC. LITIGANCIA DE MA-FE. INOCORRENCIA ANTE
INTERPRETACAO INADEQUADA. INSTRUMENTO RECURSAL
HABIL E SUFICIENTE PARA A APRECIACAO E JULGAMENTO.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167782500 - CURITIBA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/03/01 -
Ac.: 11803 - Public.: 30/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUCAO.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CREDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSENCIA DE LIQUIDEZ.
CARENCIA DE ACAO. MATERIA DE ORDEM PUBLICA A SER
ARGUIDA DE OFICIO. ARTIGO 267, 3, CODIGO DE PROCESSO
CIVIL. EXTINCAO DA ACAO. INTEMPESTIVIDADE
DESCARACTERIZADA. RECURSO PROVIDO.
1. COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL" (DJU
DE 08/02/2000, PAG. 265).
2. "'NAS INSTANCIAS ORDINARIAS NAO HA PRECLUSAO PARA
O ORGAO JULGADOR, EM MATERIA DE CONDICOES DA ACAO,
ENQUANTO NAO PROFERIDA POR ELE A DECISAO DE MERITO,
PODENDO ATE MESMO APRECIA-LA SEM PROVOCACAO (CPC
ARTS.
267, 3, 301 4 E 463)' (RSTJ 81/308)." APUD THEOTONIO NEGRAO
"CODIGO DE PROCESSO CIVIL", 31 ED., 2000, SARAIVA, ART.
267, NOTA 55.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167595200 - CURITIBA - JUIZ
EDUARDO FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 12/03/01
- Ac.: 11731 - Public.: 30/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUCAO.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CREDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSENCIA DE LIQUIDEZ.
CARENCIA DE ACAO. MATERIA DE ORDEM PUBLICA A SER
ARGUIDA DE OFICIO. ARTIGO 267, 3, CODIGO DE PROCESSO
CIVIL. EXTINCAO DA ACAO. INTEMPESTIVIDADE
DESCARACTERIZADA. RECURSO PROVIDO.
1. COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL" (DJU
DE 08/02/2000, PAG. 265).
2. "'NAS INSTANCIAS ORDINARIAS NAO HA PRECLUSAO PARA
O ORGAO JULGADOR, EM MATERIA DE CONDICOES DA ACAO,
ENQUANTO NAO PROFERIDA POR ELE A DECISAO DE MERITO,
PODENDO ATE MESMO APRECIA-LA SEM PROVOCACAO (CPC
ARTS.
267, 3, 301 4 E 463)' (RSTJ 81/308)." APUD THEOTONIO NEGRAO
"CODIGO DE PROCESSO CIVIL", 31 ED., 2000, SARAIVA, ART.
267, NOTA 55.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167596900 - CURITIBA - JUIZ
EDUARDO FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 12/03/01
- Ac.: 11727 - Public.: 30/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL
ADMISSIBILIDADE - AUSENCIA DE DEMONSTRATIVO DE
DEBITO, COM INOBSERVANCIA DO ART. 614 DO CPC -
IRREGULARIDADE PROCESSUAL - LAPSO PROCESSUAL DE
QUASE SEIS MESES ENTRE O VENCIMENTO DO CHEQUE E O
AJUIZAMENTO DA DEMANDA FALTA DE ATUALIZACAO DO
DEBITO - QUESTOES QUE REFOGEM AO INSTITUTO DA PRE-
EXECUTIVIDADE - MERA IRREGULARIDADE DA PETICAO
INICIAL DE EXECUCAO, PODENDO SER SUPRIDA PELO
CREDOR, SOB PENA DE INDEFERIMENTO - EXEGESE DO ART.
616 DO CPC - DIREITO DO EXEQUENTE E NAO FACULDADE DO
JUIZ EM OPORTUNIZAR A CORRECAO - ENQUANTO NAO
OPOSTOS EMBARGOS A EXECUCAO, E POSSIVEL CORRECAO
A INICIAL - DECISAO MONOCRATICA INCENSURAVEL -
NULIDADE DA EXECUCAO. INEXISTENTE, DE MOLDE A
ENSEJAR A SUA IMEDIATA DECRETACAO. RECURSO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167223100 - LONDRINA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/03/01 -
Ac.: 11775 - Public.: 30/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUCAO.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CREDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSENCIA DE LIQUIDEZ.
CARENCIA DE ACAO. MATERIA DE ORDEM PUBLICA A SER
ARGUIDA DE OFICIO. ARTIGO 267, 3, CODIGO DE PROCESSO
CIVIL. EXTINCAO DA ACAO. INTEMPESTIVIDADE
DESCARACTERIZADA. RECURSO PROVIDO.
1. COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL" (DJU
DE 08/02/2000, PAG. 265).
2. "'NAS INSTANCIAS ORDINARIAS NAO HA PRECLUSAO PARA
O ORGAO JULGADOR, EM MATERIA DE CONDICOES DA ACAO,
ENQUANTO NAO PROFERIDA POR ELE A DECISAO DE MERITO,
PODENDO ATE MESMO APRECIA-LA SEM PROVOCACAO (CPC
ARTS.
267, 3, 301 4 E 463)' (RSTJ 81/308)." APUD THEOTONIO NEGRAO
"CODIGO DE PROCESSO CIVIL", 31 ED., 2000, SARAIVA, ART.
267, NOTA 55.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167595200 - CURITIBA - JUIZ
EDUARDO FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 12/03/01
- Ac.: 11731 - Public.: 30/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO


EXTRAJUDICIAL.
DECISAO RECORRIDA QUE INDEFERE INCIDENTE DE
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. ESCRITURA PUBLICA DE
COMPRA E VENDA COM PACTO ADJETO DE HIPOTECA E
OUTRAS AVENCAS.
ILIQUIDEZ E INEXIGIBILIDADE. NAO CONSTATACAO. TITULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL ELENCADO NO INC. III, DO ART.
585, CPC. LITIGANCIA DE MA-FE. INOCORRENCIA ANTE
INTERPRETACAO INADEQUADA. INSTRUMENTO RECURSAL
HABIL E SUFICIENTE PARA A APRECIACAO E JULGAMENTO.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167782500 - CURITIBA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/03/01 -
Ac.: 11803 - Public.: 30/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUCAO.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CREDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSENCIA DE LIQUIDEZ.
CARENCIA DE ACAO. MATERIA DE ORDEM PUBLICA A SER
ARGUIDA DE OFICIO. ARTIGO 267, 3, CODIGO DE PROCESSO
CIVIL. EXTINCAO DA ACAO. INTEMPESTIVIDADE
DESCARACTERIZADA. RECURSO PROVIDO.
1. COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL" (DJU
DE 08/02/2000, PAG. 265).
2. "'NAS INSTANCIAS ORDINARIAS NAO HA PRECLUSAO PARA
O ORGAO JULGADOR, EM MATERIA DE CONDICOES DA ACAO,
ENQUANTO NAO PROFERIDA POR ELE A DECISAO DE MERITO,
PODENDO ATE MESMO APRECIA-LA SEM PROVOCACAO (CPC
ARTS.
267, 3, 301 4 E 463)' (RSTJ 81/308)." APUD THEOTONIO NEGRAO
"CODIGO DE PROCESSO CIVIL", 31 ED., 2000, SARAIVA, ART.
267, NOTA 55.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167596900 - CURITIBA - JUIZ
EDUARDO FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 12/03/01
- Ac.: 11727 - Public.: 30/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - TEMPESTIVIDADE EVIDENCIADA-


EXCECAO DE PRE - EXECUTIVIDADE. EXECUCAO FUNDADA
EM CONTRATO DE LOCACAO NOS QUAIS OS AGRAVANTES
FIGURARAM COMO FIADORES E DEVEDORES SOLIDARIOS
INTERESSE DE AGIR, LEGITIMIDADE PASSIVA CONFIGURADA
TITULO FORMAL LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL - DUPLICIDADE
DE EXECUCOES PELO MESMO CREDITO INOCORRENTE.
PREVENCAO QUE ESTA SENDO OBJETO DE EXCECAO DE
INCOMPETENCIA MATERIAS DE MERITO ALEGADAS QUE
DEVEM SER OBJETO DE EMBARGOS DO DEVEDOR, MOTIVO
PORQUE NAO FORAM ANALISADAS NO DESPACHO ATACADO,
ESTANDO CORRETO TAL POSICIONAMENTO. QUEBRA DO
SIGILO FISCAL E BANCARIO NAO CONFIGURADO. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
NAO SE EVIDENCIA A DUPLICIDADE DE EXECUCOES PARA O
RECEBIMENTO DO MESMO CREDITO, POIS QUE DIVERSOS OS
PEDIDOS NELAS FORMULADOS, CAINDO POR TERRA OS
ARGUMENTOS QUE O EXEQUENTE ESTEJA PRETENDENDO
RECEBER DUAS VEZES O MESMO VALOR, QUE HAJA
COBRANCA DUPLICE.
TENDO FIRMADO O CONTRATO NA CONDICAO DE FIADORES,
NA QUALIDADE DE PRINCIPAIS PAGADORES E DEVEDORES
SOLIDARIOS, RENUNCIANDO EXPRESSAMENTE O BENEFICIO
DE ORDEM, FACULTADO AO CREDOR EXECUTAR NAO SO O
LOCATARIO, MAS AMBOS OU QUALQUER DOS DEVEDORES,
NAO SE EVIDENCIANDO A ALEGADA FALTA DE INTERESSE DE
AGIR.
A ALEGADA ILEGITIMIDADE PASSIVA TAMBEM NAO
PROSPERA, EM FACE DAS MAJORACOES NAS CLAUSULAS
CONTRATUAIS DE PRESTACAO DE ALUGUEIS, ALTERANDO O
VALOR ORIGINARIO PARA O QUAL, NOS LIMITES TEMPORAIS
DO CONTRATO ORIGINAL, O FIADOR ERA DEVEDOR
SOLIDARIO, VISTO QUE PARA TAL IMPUGNACAO O REMEDIO
CABIVEL SAO OS EMBARGOS A EXECUCAO.
O ART. 198 DO CTN VEDA, UNICAMENTE, A DIVULGACAO, PELA
FAZENDA PUBLICA OU POR SEUS FUNCIONARIOS, "SOBRE A
SITUACAO ECONOMICA OU FINANCEIRA DOS SUJEITOS
PASSIVOS OU DE TERCEIROS E SOBRE A NATUREZA E O
ESTADO DOS NEGOCIOS OU ATIVIDADES". NAO IMPEDE
VENHA O PODER JUDICIARIO SOLICITAR PROVA QUE SEJA DO
SEU INTERESSE PARA O DESLINDE DE QUESTOES
SUSCITADAS PELAS PARTES (ARTS. 130 E 399, I DO CPC), O
QUE DIFERE DA HIPOTESE DO REFERIDO DISPOSITIVO, QUE
ESTA A AMPARAR O SIGILO FISCAL, VEDANDO A DIVULGACAO
FUNDADA NO INTERESSE ESTRITAMENTE PARTICULAR.
CONFIGURA LEGITIMA A REQUISICAO JUDICIAL PARA
OBTENCAO DE INFORMACOES SOBRE A EXISTENCIA DE
CONTAS BANCARIAS EM NOME DOS EXECUTADOS, EIS QUE
ESSA CONSTITUI-SE A UNICA FORMA DO AGRAVADO
PROPICIAR O PROSSEGUIMENTO DA EXECUCAO, SENDO QUE
NO CASO, TAIS INFORMACOES SE MOSTRAM NECESSARIAS
PARA O DESLINDE DA ALEGADA FRAUDE COM RELACAO AO
BEM ARRESTADO, QUE SE ALEGOU FOI TRANSMITIDO A
TERCEIRO, PODENDO O JUIZ REQUISITA-LAS ATE MESMO DE
OFICIO, PORQUE AUTORIZADO PELA LEI PROCESSUAL E POR
SER ELE O DESTINATARIO DA PROVA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166386900 - CURITIBA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 05/03/01 - Ac.:
11330 - Public.: 23/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE MUTUO BANCARIO - TITULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL AGRAVO DESPROVIDO.
O CONTRATO DE MUTUO BANCARIO COM VALOR CERTO E
DETERMINADO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167514700 - CURITIBA - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 06/03/01 -
Ac.: 14066 - Public.: 23/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO - TEMPESTIVIDADE EVIDENCIADA-
EXCECAO DE PRE - EXECUTIVIDADE. EXECUCAO FUNDADA
EM CONTRATO DE LOCACAO NOS QUAIS OS AGRAVANTES
FIGURARAM COMO FIADORES E DEVEDORES SOLIDARIOS
INTERESSE DE AGIR, LEGITIMIDADE PASSIVA CONFIGURADA
TITULO FORMAL LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL - DUPLICIDADE
DE EXECUCOES PELO MESMO CREDITO INOCORRENTE.
PREVENCAO QUE ESTA SENDO OBJETO DE EXCECAO DE
INCOMPETENCIA MATERIAS DE MERITO ALEGADAS QUE
DEVEM SER OBJETO DE EMBARGOS DO DEVEDOR, MOTIVO
PORQUE NAO FORAM ANALISADAS NO DESPACHO ATACADO,
ESTANDO CORRETO TAL POSICIONAMENTO. QUEBRA DO
SIGILO FISCAL E BANCARIO NAO CONFIGURADO. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
NAO SE EVIDENCIA A DUPLICIDADE DE EXECUCOES PARA O
RECEBIMENTO DO MESMO CREDITO, POIS QUE DIVERSOS OS
PEDIDOS NELAS FORMULADOS, CAINDO POR TERRA OS
ARGUMENTOS QUE O EXEQUENTE ESTEJA PRETENDENDO
RECEBER DUAS VEZES O MESMO VALOR, QUE HAJA
COBRANCA DUPLICE.
TENDO FIRMADO O CONTRATO NA CONDICAO DE FIADORES,
NA QUALIDADE DE PRINCIPAIS PAGADORES E DEVEDORES
SOLIDARIOS, RENUNCIANDO EXPRESSAMENTE O BENEFICIO
DE ORDEM, FACULTADO AO CREDOR EXECUTAR NAO SO O
LOCATARIO, MAS AMBOS OU QUALQUER DOS DEVEDORES,
NAO SE EVIDENCIANDO A ALEGADA FALTA DE INTERESSE DE
AGIR.
A ALEGADA ILEGITIMIDADE PASSIVA TAMBEM NAO
PROSPERA, EM FACE DAS MAJORACOES NAS CLAUSULAS
CONTRATUAIS DE PRESTACAO DE ALUGUEIS, ALTERANDO O
VALOR ORIGINARIO PARA O QUAL, NOS LIMITES TEMPORAIS
DO CONTRATO ORIGINAL, O FIADOR ERA DEVEDOR
SOLIDARIO, VISTO QUE PARA TAL IMPUGNACAO O REMEDIO
CABIVEL SAO OS EMBARGOS A EXECUCAO.
O ART. 198 DO CTN VEDA, UNICAMENTE, A DIVULGACAO, PELA
FAZENDA PUBLICA OU POR SEUS FUNCIONARIOS, "SOBRE A
SITUACAO ECONOMICA OU FINANCEIRA DOS SUJEITOS
PASSIVOS OU DE TERCEIROS E SOBRE A NATUREZA E O
ESTADO DOS NEGOCIOS OU ATIVIDADES". NAO IMPEDE
VENHA O PODER JUDICIARIO SOLICITAR PROVA QUE SEJA DO
SEU INTERESSE PARA O DESLINDE DE QUESTOES
SUSCITADAS PELAS PARTES (ARTS. 130 E 399, I DO CPC), O
QUE DIFERE DA HIPOTESE DO REFERIDO DISPOSITIVO, QUE
ESTA A AMPARAR O SIGILO FISCAL, VEDANDO A DIVULGACAO
FUNDADA NO INTERESSE ESTRITAMENTE PARTICULAR.
CONFIGURA LEGITIMA A REQUISICAO JUDICIAL PARA
OBTENCAO DE INFORMACOES SOBRE A EXISTENCIA DE
CONTAS BANCARIAS EM NOME DOS EXECUTADOS, EIS QUE
ESSA CONSTITUI-SE A UNICA FORMA DO AGRAVADO
PROPICIAR O PROSSEGUIMENTO DA EXECUCAO, SENDO QUE
NO CASO, TAIS INFORMACOES SE MOSTRAM NECESSARIAS
PARA O DESLINDE DA ALEGADA FRAUDE COM RELACAO AO
BEM ARRESTADO, QUE SE ALEGOU FOI TRANSMITIDO A
TERCEIRO, PODENDO O JUIZ REQUISITA-LAS ATE MESMO DE
OFICIO, PORQUE AUTORIZADO PELA LEI PROCESSUAL E POR
SER ELE O DESTINATARIO DA PROVA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166386900 - CURITIBA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 05/03/01 - Ac.:
11330 - Public.: 23/03/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE MUTUO BANCARIO - TITULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL AGRAVO DESPROVIDO.
O CONTRATO DE MUTUO BANCARIO COM VALOR CERTO E
DETERMINADO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167514700 - CURITIBA - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 06/03/01 -
Ac.: 14066 - Public.: 23/03/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE MUTUO BANCARIO - TITULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL AGRAVO DESPROVIDO.
O CONTRATO DE MUTUO BANCARIO COM VALOR CERTO E
DETERMINADO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 167514700 - CURITIBA - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 06/03/01 -
Ac.: 14066 - Public.: 23/03/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - TEMPESTIVIDADE EVIDENCIADA-


EXCECAO DE PRE - EXECUTIVIDADE. EXECUCAO FUNDADA
EM CONTRATO DE LOCACAO NOS QUAIS OS AGRAVANTES
FIGURARAM COMO FIADORES E DEVEDORES SOLIDARIOS
INTERESSE DE AGIR, LEGITIMIDADE PASSIVA CONFIGURADA
TITULO FORMAL LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL - DUPLICIDADE
DE EXECUCOES PELO MESMO CREDITO INOCORRENTE.
PREVENCAO QUE ESTA SENDO OBJETO DE EXCECAO DE
INCOMPETENCIA MATERIAS DE MERITO ALEGADAS QUE
DEVEM SER OBJETO DE EMBARGOS DO DEVEDOR, MOTIVO
PORQUE NAO FORAM ANALISADAS NO DESPACHO ATACADO,
ESTANDO CORRETO TAL POSICIONAMENTO. QUEBRA DO
SIGILO FISCAL E BANCARIO NAO CONFIGURADO. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
NAO SE EVIDENCIA A DUPLICIDADE DE EXECUCOES PARA O
RECEBIMENTO DO MESMO CREDITO, POIS QUE DIVERSOS OS
PEDIDOS NELAS FORMULADOS, CAINDO POR TERRA OS
ARGUMENTOS QUE O EXEQUENTE ESTEJA PRETENDENDO
RECEBER DUAS VEZES O MESMO VALOR, QUE HAJA
COBRANCA DUPLICE.
TENDO FIRMADO O CONTRATO NA CONDICAO DE FIADORES,
NA QUALIDADE DE PRINCIPAIS PAGADORES E DEVEDORES
SOLIDARIOS, RENUNCIANDO EXPRESSAMENTE O BENEFICIO
DE ORDEM, FACULTADO AO CREDOR EXECUTAR NAO SO O
LOCATARIO, MAS AMBOS OU QUALQUER DOS DEVEDORES,
NAO SE EVIDENCIANDO A ALEGADA FALTA DE INTERESSE DE
AGIR.
A ALEGADA ILEGITIMIDADE PASSIVA TAMBEM NAO
PROSPERA, EM FACE DAS MAJORACOES NAS CLAUSULAS
CONTRATUAIS DE PRESTACAO DE ALUGUEIS, ALTERANDO O
VALOR ORIGINARIO PARA O QUAL, NOS LIMITES TEMPORAIS
DO CONTRATO ORIGINAL, O FIADOR ERA DEVEDOR
SOLIDARIO, VISTO QUE PARA TAL IMPUGNACAO O REMEDIO
CABIVEL SAO OS EMBARGOS A EXECUCAO.
O ART. 198 DO CTN VEDA, UNICAMENTE, A DIVULGACAO, PELA
FAZENDA PUBLICA OU POR SEUS FUNCIONARIOS, "SOBRE A
SITUACAO ECONOMICA OU FINANCEIRA DOS SUJEITOS
PASSIVOS OU DE TERCEIROS E SOBRE A NATUREZA E O
ESTADO DOS NEGOCIOS OU ATIVIDADES". NAO IMPEDE
VENHA O PODER JUDICIARIO SOLICITAR PROVA QUE SEJA DO
SEU INTERESSE PARA O DESLINDE DE QUESTOES
SUSCITADAS PELAS PARTES (ARTS. 130 E 399, I DO CPC), O
QUE DIFERE DA HIPOTESE DO REFERIDO DISPOSITIVO, QUE
ESTA A AMPARAR O SIGILO FISCAL, VEDANDO A DIVULGACAO
FUNDADA NO INTERESSE ESTRITAMENTE PARTICULAR.
CONFIGURA LEGITIMA A REQUISICAO JUDICIAL PARA
OBTENCAO DE INFORMACOES SOBRE A EXISTENCIA DE
CONTAS BANCARIAS EM NOME DOS EXECUTADOS, EIS QUE
ESSA CONSTITUI-SE A UNICA FORMA DO AGRAVADO
PROPICIAR O PROSSEGUIMENTO DA EXECUCAO, SENDO QUE
NO CASO, TAIS INFORMACOES SE MOSTRAM NECESSARIAS
PARA O DESLINDE DA ALEGADA FRAUDE COM RELACAO AO
BEM ARRESTADO, QUE SE ALEGOU FOI TRANSMITIDO A
TERCEIRO, PODENDO O JUIZ REQUISITA-LAS ATE MESMO DE
OFICIO, PORQUE AUTORIZADO PELA LEI PROCESSUAL E POR
SER ELE O DESTINATARIO DA PROVA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166386900 - CURITIBA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 05/03/01 - Ac.:
11330 - Public.: 23/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSENCIA.


NOVACAO. COMPOSICAO REALIZADA ENTRE AS PARTES.
OPOSICAO. EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE COM PEDIDO
DE SUSPENSAO DO LEILAO AGENDADO. NEGATIVA PELO
MAGISTRADO.
DECISAO CORRETA. LEILAO JA REALIZADO. AGRAVO
PREJUDICADO.
"NAO HA QUE SE FALAR EM NOVACAO SE NA COMPOSICAO
REALIZADA ENTRE AS PARTES EM ACAO DE EXECUCAO DE
TITULO EXTRAJUDICIAL SE FEZ CONSIGNAR
EXPRESSAMENTE A AUSENCIA DO INTUITO DE NOVACAO".
"A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO DEVE SER
RECONHECIDA QUANDO EVIDENTE A NULIDADE DO
PROCESSO E ATINGIR ELA NAO APENAS O INTERESSE DA
PARTE, MAS TAMBEM O INTERESSE PUBLICO E A ORDEM
JURIDICA." "JA TENDO OCORRIDO O LEILAO DO BEM FICA
PREJUDICADO O RECURSO QUE VISAVA SUA SUSPENSAO."
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166302300 - LONDRINA - MARIA
JOSE TEIXEIRA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 05/03/01 - Ac.:
11280 - Public.: 16/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSENCIA.
NOVACAO. COMPOSICAO REALIZADA ENTRE AS PARTES.
OPOSICAO. EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE COM PEDIDO
DE SUSPENSAO DO LEILAO AGENDADO. NEGATIVA PELO
MAGISTRADO.
DECISAO CORRETA. LEILAO JA REALIZADO. AGRAVO
PREJUDICADO.
"NAO HA QUE SE FALAR EM NOVACAO SE NA COMPOSICAO
REALIZADA ENTRE AS PARTES EM ACAO DE EXECUCAO DE
TITULO EXTRAJUDICIAL SE FEZ CONSIGNAR
EXPRESSAMENTE A AUSENCIA DO INTUITO DE NOVACAO".
"A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO DEVE SER
RECONHECIDA QUANDO EVIDENTE A NULIDADE DO
PROCESSO E ATINGIR ELA NAO APENAS O INTERESSE DA
PARTE, MAS TAMBEM O INTERESSE PUBLICO E A ORDEM
JURIDICA." "JA TENDO OCORRIDO O LEILAO DO BEM FICA
PREJUDICADO O RECURSO QUE VISAVA SUA SUSPENSAO."
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166302300 - LONDRINA - MARIA
JOSE TEIXEIRA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 05/03/01 - Ac.:
11280 - Public.: 16/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - COMPUTO DO PRAZO APOS


DECISAO DE EMBARGOS DE DECLARACAO - CABIMENTO
DESTES DE DECISAO INTERLOCUTORIA - POSSIBILIDADE -
TEMPESTIVIDADE RECONHECIDA - DESCUMPRIMENTO DO
DISPOSTO NO ART. 526 DO CPC - INEXISTENCIA DE SANCAO -
RECURSO CONHECIDO.
I - TANTO O ATO JUDICIAL APELAVEL COMO O AGRAVAVEL
COMPORTAM EMBARGOS DE DECLARACAO.
OS EMBARGOS SAO CABIVEIS DE QUALQUER DECISAO
JUDICIAL.
II - NENHUMA CONSEQUENCIA ACARRETA A OMISSAO DA
PROVIDENCIA DA QUAL TRATA O ART. 526 DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL.
A FINALIDADE DA NORMA E PROPICIAR POSSA O DR. JUIZ DO
FEITO RETRATAR-SE.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL (ENTREGA DE COISA INCERTA) - CEDULA DE
PRODUTO RURAL - ARGUICAO EM SEDE DE EXECUCAO - JUIZ
SINGULAR ADENTRANDO EM MATERIA DE MERITO AO
APRECIAR O INCIDENTE, INVIABILIZANDO A OPOSICAO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR - PROVA DOCUMENTAL - PRINCIPIO
DA INSTRUMENTALIDADE - FAVORECIDOS QUE NAO
FIRMARAM QUALQUER CONTRATO DE COMPRA E VENDA -
TITULO DESCONSTITUIDO - VIA ELEITA ADEQUADA -
EXECUCAO NULA CARENCIA DE A ACAO MOVIDA - EXCECAO
ACOLHIDA.
I - A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ARGUIDA NOS AUTOS
DE EXECUCAO, PODE SER ACOLHIDA ONDE TENHA O JUIZO
SINGULAR, AO APRECIAR O INCIDENTE, ADENTRADO NO
EXAME DO MERITO, INVIABILIZANDO, COM A DECISAO
PROFERIDA, A OPOSICAO DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
II - A CEDULA DE PRODUTO RURAL PRESSUPOE COMO
NEGOCIO SUBJACENTE A VENDA E COMPRA DE PRODUTOS
RURAIS, PARA ENTREGA FUTURA, ENTRE O PRODUTOR
RURAL OU COOPERATIVA E O COMPRADOR.
TRATA-SE DE CAMBIAL PELA QUAL O EMINENTE VENDE A SUA
PRODUCAO AGROPECUARIA ANTECIPADAMENTE, "RECEBE O
VALOR DA VENDA NO ATO DA FORMALIZACAO DO NEGOCIO E
SE COMPROMETE A ENTREGAR O PRODUTO VENDIDO EM
LOCAL E DATA ESTIPULADOS NO TITULO" (TRECHO DO
PARECER DO SENADO FEDERAL FAVORAVEL A APRECIACAO
DO PROJETO DE LEI INSTITUINDO A CPR).
III - DESTITUIDO O TITULO DE FORCA EXECUTIVA, NULA E A
EXECUCAO A TEOR DO ART. 618, I, DO CPC, IMPONDO-SE A
DECRETACAO DA EXTINCAO DO PROCESSO.
HONORARIOS ADVOCATICIOS - INCIDENTE PONDO FIM AO
PROCESSO - CONDENACAO QUE INDEPENDE DE PEDIDO
EXPRESSO - CABIMENTO.
EMBORA, VIA DE REGRA, ENTENDA-SE NAO CABER A
CONDENACAO NOS INCIDENTES E NOS RECURSOS, NO CASO
EM COMENTO SE POE FIM AO PROCESSO DE EXECUCAO,
DONDE FAZER JUS A VERBA HONORARIA OS PATRONOS DOS
RECORRENTES.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163264600 - ARAPONGAS -
ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
20/02/01 - Ac.: 13643 - Public.: 16/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163109000 - CAPANEMA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 06/02/01 - Ac.:
13649 - Public.: 16/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163109000 - CAPANEMA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 06/02/01 - Ac.:
13649 - Public.: 16/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - COMPUTO DO PRAZO APOS


DECISAO DE EMBARGOS DE DECLARACAO - CABIMENTO
DESTES DE DECISAO INTERLOCUTORIA - POSSIBILIDADE -
TEMPESTIVIDADE RECONHECIDA - DESCUMPRIMENTO DO
DISPOSTO NO ART. 526 DO CPC - INEXISTENCIA DE SANCAO -
RECURSO CONHECIDO.
I - TANTO O ATO JUDICIAL APELAVEL COMO O AGRAVAVEL
COMPORTAM EMBARGOS DE DECLARACAO.
OS EMBARGOS SAO CABIVEIS DE QUALQUER DECISAO
JUDICIAL.
II - NENHUMA CONSEQUENCIA ACARRETA A OMISSAO DA
PROVIDENCIA DA QUAL TRATA O ART. 526 DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL.
A FINALIDADE DA NORMA E PROPICIAR POSSA O DR. JUIZ DO
FEITO RETRATAR-SE.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL (ENTREGA DE COISA INCERTA) - CEDULA DE
PRODUTO RURAL - ARGUICAO EM SEDE DE EXECUCAO - JUIZ
SINGULAR ADENTRANDO EM MATERIA DE MERITO AO
APRECIAR O INCIDENTE, INVIABILIZANDO A OPOSICAO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR - PROVA DOCUMENTAL - PRINCIPIO
DA INSTRUMENTALIDADE - FAVORECIDOS QUE NAO
FIRMARAM QUALQUER CONTRATO DE COMPRA E VENDA -
TITULO DESCONSTITUIDO - VIA ELEITA ADEQUADA -
EXECUCAO NULA CARENCIA DE A ACAO MOVIDA - EXCECAO
ACOLHIDA.
I - A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ARGUIDA NOS AUTOS
DE EXECUCAO, PODE SER ACOLHIDA ONDE TENHA O JUIZO
SINGULAR, AO APRECIAR O INCIDENTE, ADENTRADO NO
EXAME DO MERITO, INVIABILIZANDO, COM A DECISAO
PROFERIDA, A OPOSICAO DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
II - A CEDULA DE PRODUTO RURAL PRESSUPOE COMO
NEGOCIO SUBJACENTE A VENDA E COMPRA DE PRODUTOS
RURAIS, PARA ENTREGA FUTURA, ENTRE O PRODUTOR
RURAL OU COOPERATIVA E O COMPRADOR.
TRATA-SE DE CAMBIAL PELA QUAL O EMINENTE VENDE A SUA
PRODUCAO AGROPECUARIA ANTECIPADAMENTE, "RECEBE O
VALOR DA VENDA NO ATO DA FORMALIZACAO DO NEGOCIO E
SE COMPROMETE A ENTREGAR O PRODUTO VENDIDO EM
LOCAL E DATA ESTIPULADOS NO TITULO" (TRECHO DO
PARECER DO SENADO FEDERAL FAVORAVEL A APRECIACAO
DO PROJETO DE LEI INSTITUINDO A CPR).
III - DESTITUIDO O TITULO DE FORCA EXECUTIVA, NULA E A
EXECUCAO A TEOR DO ART. 618, I, DO CPC, IMPONDO-SE A
DECRETACAO DA EXTINCAO DO PROCESSO.
HONORARIOS ADVOCATICIOS - INCIDENTE PONDO FIM AO
PROCESSO - CONDENACAO QUE INDEPENDE DE PEDIDO
EXPRESSO - CABIMENTO.
EMBORA, VIA DE REGRA, ENTENDA-SE NAO CABER A
CONDENACAO NOS INCIDENTES E NOS RECURSOS, NO CASO
EM COMENTO SE POE FIM AO PROCESSO DE EXECUCAO,
DONDE FAZER JUS A VERBA HONORARIA OS PATRONOS DOS
RECORRENTES.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163264600 - ARAPONGAS -
ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
20/02/01 - Ac.: 13643 - Public.: 16/03/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSENCIA.
NOVACAO. COMPOSICAO REALIZADA ENTRE AS PARTES.
OPOSICAO. EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE COM PEDIDO
DE SUSPENSAO DO LEILAO AGENDADO. NEGATIVA PELO
MAGISTRADO.
DECISAO CORRETA. LEILAO JA REALIZADO. AGRAVO
PREJUDICADO.
"NAO HA QUE SE FALAR EM NOVACAO SE NA COMPOSICAO
REALIZADA ENTRE AS PARTES EM ACAO DE EXECUCAO DE
TITULO EXTRAJUDICIAL SE FEZ CONSIGNAR
EXPRESSAMENTE A AUSENCIA DO INTUITO DE NOVACAO".
"A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO DEVE SER
RECONHECIDA QUANDO EVIDENTE A NULIDADE DO
PROCESSO E ATINGIR ELA NAO APENAS O INTERESSE DA
PARTE, MAS TAMBEM O INTERESSE PUBLICO E A ORDEM
JURIDICA." "JA TENDO OCORRIDO O LEILAO DO BEM FICA
PREJUDICADO O RECURSO QUE VISAVA SUA SUSPENSAO."
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166302300 - LONDRINA - MARIA
JOSE TEIXEIRA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 05/03/01 - Ac.:
11280 - Public.: 16/03/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - COMPUTO DO PRAZO APOS


DECISAO DE EMBARGOS DE DECLARACAO - CABIMENTO
DESTES DE DECISAO INTERLOCUTORIA - POSSIBILIDADE -
TEMPESTIVIDADE RECONHECIDA - DESCUMPRIMENTO DO
DISPOSTO NO ART. 526 DO CPC - INEXISTENCIA DE SANCAO -
RECURSO CONHECIDO.
I - TANTO O ATO JUDICIAL APELAVEL COMO O AGRAVAVEL
COMPORTAM EMBARGOS DE DECLARACAO.
OS EMBARGOS SAO CABIVEIS DE QUALQUER DECISAO
JUDICIAL.
II - NENHUMA CONSEQUENCIA ACARRETA A OMISSAO DA
PROVIDENCIA DA QUAL TRATA O ART. 526 DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL.
A FINALIDADE DA NORMA E PROPICIAR POSSA O DR. JUIZ DO
FEITO RETRATAR-SE.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL (ENTREGA DE COISA INCERTA) - CEDULA DE
PRODUTO RURAL - ARGUICAO EM SEDE DE EXECUCAO - JUIZ
SINGULAR ADENTRANDO EM MATERIA DE MERITO AO
APRECIAR O INCIDENTE, INVIABILIZANDO A OPOSICAO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR - PROVA DOCUMENTAL - PRINCIPIO
DA INSTRUMENTALIDADE - FAVORECIDOS QUE NAO
FIRMARAM QUALQUER CONTRATO DE COMPRA E VENDA -
TITULO DESCONSTITUIDO - VIA ELEITA ADEQUADA -
EXECUCAO NULA CARENCIA DE A ACAO MOVIDA - EXCECAO
ACOLHIDA.
I - A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ARGUIDA NOS AUTOS
DE EXECUCAO, PODE SER ACOLHIDA ONDE TENHA O JUIZO
SINGULAR, AO APRECIAR O INCIDENTE, ADENTRADO NO
EXAME DO MERITO, INVIABILIZANDO, COM A DECISAO
PROFERIDA, A OPOSICAO DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
II - A CEDULA DE PRODUTO RURAL PRESSUPOE COMO
NEGOCIO SUBJACENTE A VENDA E COMPRA DE PRODUTOS
RURAIS, PARA ENTREGA FUTURA, ENTRE O PRODUTOR
RURAL OU COOPERATIVA E O COMPRADOR.
TRATA-SE DE CAMBIAL PELA QUAL O EMINENTE VENDE A SUA
PRODUCAO AGROPECUARIA ANTECIPADAMENTE, "RECEBE O
VALOR DA VENDA NO ATO DA FORMALIZACAO DO NEGOCIO E
SE COMPROMETE A ENTREGAR O PRODUTO VENDIDO EM
LOCAL E DATA ESTIPULADOS NO TITULO" (TRECHO DO
PARECER DO SENADO FEDERAL FAVORAVEL A APRECIACAO
DO PROJETO DE LEI INSTITUINDO A CPR).
III - DESTITUIDO O TITULO DE FORCA EXECUTIVA, NULA E A
EXECUCAO A TEOR DO ART. 618, I, DO CPC, IMPONDO-SE A
DECRETACAO DA EXTINCAO DO PROCESSO.
HONORARIOS ADVOCATICIOS - INCIDENTE PONDO FIM AO
PROCESSO - CONDENACAO QUE INDEPENDE DE PEDIDO
EXPRESSO - CABIMENTO.
EMBORA, VIA DE REGRA, ENTENDA-SE NAO CABER A
CONDENACAO NOS INCIDENTES E NOS RECURSOS, NO CASO
EM COMENTO SE POE FIM AO PROCESSO DE EXECUCAO,
DONDE FAZER JUS A VERBA HONORARIA OS PATRONOS DOS
RECORRENTES.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163264600 - ARAPONGAS -
ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
20/02/01 - Ac.: 13643 - Public.: 16/03/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163109000 - CAPANEMA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 06/02/01 - Ac.:
13649 - Public.: 16/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. EXECUCAO EMBARGADA E COM


TRANSITO EM JULGADO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ARGUIDA PELO CREDOR. CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA CORRENTE. IMPOSSIBILIDADE DE
ACOLHIMENTO.
"DESMERECE REPARO A DECISAO QUE DEIXA DE CONHECER
DA MATERIA RELATIVA A PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E
CONDICOES DA ACAO EXECUTIVA, PORQUE JA ACOBERTADA
PELO INSTITUTO DA COISA JULGADA DECORRENTE DE
DEFINITIVO JULGAMENTO DOS EMBARGOS A EXECUCAO" (AI
50566-8, 3 CAMARA CIVEL, TAPR, RELATOR ENTAO JUIZ
PACHECO ROCHA).
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166199600 - CASTRO - JUIZ RUY
CUNHA SOBRINHO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 21/02/01 -
Ac.: 13609 - Public.: 09/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

LOCACAO. FIANCA. PESSOA JURIDICA. RESPONSABILIDADE


DO FIADOR. DESONERACAO. OCORRENCIA. EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE.
1. EM SENDO A FIANCA UM BENEFICO E DE FAVOR COM
CARATER INTUITU PERSONAE, QUANDO E PRESTADA EM
PROL DE UMA PESSOA JURIDICA, O FIADOR PODE
DESONERAR-SE, UMA VEZ OCORRIDA A SUBSTITUICAO DO
SEU QUADRO SOCIETARIO.
2. E PERFEITAMENTE POSSIVEL A UTILIZACAO DA OBJECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE, PORQUE A DISCUSSAO GIRA EM
TORNO DA INEXISTENCIA DE TITULO EXIGIVEL CONTRA OS
FIADORES.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165896600 - CURITIBA - JUIZ
CONV. JUCIMAR NOVOCHADLO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg:
12/02/01 - Ac.: 11226 - Public.: 09/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


PROCESSUAL CIVIL. EXECUCAO EMBARGADA E COM
TRANSITO EM JULGADO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ARGUIDA PELO CREDOR. CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA CORRENTE. IMPOSSIBILIDADE DE
ACOLHIMENTO.
"DESMERECE REPARO A DECISAO QUE DEIXA DE CONHECER
DA MATERIA RELATIVA A PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E
CONDICOES DA ACAO EXECUTIVA, PORQUE JA ACOBERTADA
PELO INSTITUTO DA COISA JULGADA DECORRENTE DE
DEFINITIVO JULGAMENTO DOS EMBARGOS A EXECUCAO" (AI
50566-8, 3 CAMARA CIVEL, TAPR, RELATOR ENTAO JUIZ
PACHECO ROCHA).
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166199600 - CASTRO - JUIZ RUY
CUNHA SOBRINHO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 21/02/01 -
Ac.: 13609 - Public.: 09/03/01).

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LOCACAO. FIANCA. PESSOA JURIDICA. RESPONSABILIDADE


DO FIADOR. DESONERACAO. OCORRENCIA. EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE.
1. EM SENDO A FIANCA UM BENEFICO E DE FAVOR COM
CARATER INTUITU PERSONAE, QUANDO E PRESTADA EM
PROL DE UMA PESSOA JURIDICA, O FIADOR PODE
DESONERAR-SE, UMA VEZ OCORRIDA A SUBSTITUICAO DO
SEU QUADRO SOCIETARIO.
2. E PERFEITAMENTE POSSIVEL A UTILIZACAO DA OBJECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE, PORQUE A DISCUSSAO GIRA EM
TORNO DA INEXISTENCIA DE TITULO EXIGIVEL CONTRA OS
FIADORES.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165896600 - CURITIBA - JUIZ
CONV. JUCIMAR NOVOCHADLO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg:
12/02/01 - Ac.: 11226 - Public.: 09/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. EXECUCAO EMBARGADA E COM


TRANSITO EM JULGADO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ARGUIDA PELO CREDOR. CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA CORRENTE. IMPOSSIBILIDADE DE
ACOLHIMENTO.
"DESMERECE REPARO A DECISAO QUE DEIXA DE CONHECER
DA MATERIA RELATIVA A PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E
CONDICOES DA ACAO EXECUTIVA, PORQUE JA ACOBERTADA
PELO INSTITUTO DA COISA JULGADA DECORRENTE DE
DEFINITIVO JULGAMENTO DOS EMBARGOS A EXECUCAO" (AI
50566-8, 3 CAMARA CIVEL, TAPR, RELATOR ENTAO JUIZ
PACHECO ROCHA).
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166199600 - CASTRO - JUIZ RUY
CUNHA SOBRINHO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 21/02/01 -
Ac.: 13609 - Public.: 09/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

LOCACAO. FIANCA. PESSOA JURIDICA. RESPONSABILIDADE


DO FIADOR. DESONERACAO. OCORRENCIA. EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE.
1. EM SENDO A FIANCA UM BENEFICO E DE FAVOR COM
CARATER INTUITU PERSONAE, QUANDO E PRESTADA EM
PROL DE UMA PESSOA JURIDICA, O FIADOR PODE
DESONERAR-SE, UMA VEZ OCORRIDA A SUBSTITUICAO DO
SEU QUADRO SOCIETARIO.
2. E PERFEITAMENTE POSSIVEL A UTILIZACAO DA OBJECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE, PORQUE A DISCUSSAO GIRA EM
TORNO DA INEXISTENCIA DE TITULO EXIGIVEL CONTRA OS
FIADORES.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165896600 - CURITIBA - JUIZ
CONV. JUCIMAR NOVOCHADLO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg:
12/02/01 - Ac.: 11226 - Public.: 09/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUCAO.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CREDITO EM CONTA-CORRENTE. ESCRITURA PUBLICA DE
CONFISSAO, ASSUNCAO E COMPOSICAO DE DIVIDA. NOTA
PROMISSORIA EM GARANTIA. A RENEGOCIACAO E A NOTA
PROMISSORIA SEGUEM A SORTE DA DIVIDA ORIGINARIA.
AUSENCIA DE LIQUIDEZ. CARENCIA DE ACAO. RECURSO
PROVIDO.
1. COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL" (DJU
DE 08/02/2000, PAG. 265).
2. A ESCRITURA PUBLICA DE CONFISSAO, ASSUNCAO E
COMPOSICAO DE DIVIDA, NAO SE CONSTITUI COMO
DOCUMENTO HABIL A APARELHAR A PRESENTE EXECUCAO,
VEZ QUE POSSUI ORIGEM EM CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA-CORRENTE, ESTE, DESTITUIDO DO
CARATER DE TITULO EXECUTIVO.
3. NA ESPECIE, NAO HA COMO RECONHECER A AUTONOMIA
DA NOTA PROMISSORIA DADA EM GARANTIA A TITULO
DESPROVIDO DE LIQUIDEZ.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165251700 - CURITIBA - JUIZ
EDUARDO FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 12/02/01
- Ac.: 11537 - Public.: 02/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DAS VERBAS


SUCUMBENCIAIS - INDEFERIMENTO EXORDIAL - ACATAMENTO
DA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE AVENTADA -
INTERPOSICAO DE RECURSO IMPROPRIO - INEXISTENCIA DE
CARACTERIZACAO DE ERRO GROSSEIRO - APLICACAO DO
PRINCIPIO DA FUNGIBILIDADE PARA COGNICAO MATERIAL DO
RECURSO INTERPOSTO - FORMACAO DE TITULO JUDICIAL
IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHIMENTO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - REABERTURA DO PROCESSO EXECUTIVO
AGRAVO PROVIDO.
"A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, QUANDO INTERPOSTA,
PRETENDE A NULIFICACAO DA EXECUCAO QUANDO O TITULO
APRESENTADO E IMPRESTAVEL A EXIGENCIA CREDITICIA DE
PER SI, EM SUAS CARACTERISTICAS FORMAIS E MATERIAIS.
TAL INCIDENTE PROCESSUAL SE ADSTEM, EM ESPECIFICO, A
RECHASSAR TITULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS E NAO
JUDICIAIS, COMO NO CASO EM TELA, VISTO QUE EM SI JA
CONTEM OS REQUISITOS DA LIQUIDEZ, EXIGIBILIDADE E
CERTEZA EM DECORRENCIA DA APLICABILIDADE DA LEI AO
CASO CONCRETO".
AGRAVO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 123590900 - PONTA GROSSA -
JUIZ RAFAEL AUGUSTO CASSETARI - OITAVA CAMARA CIVEL -
Julg: 12/02/01 - Ac.: 11559 - Public.: 02/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUCAO.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CREDITO EM CONTA-CORRENTE. ESCRITURA PUBLICA DE
CONFISSAO, ASSUNCAO E COMPOSICAO DE DIVIDA. NOTA
PROMISSORIA EM GARANTIA. A RENEGOCIACAO E A NOTA
PROMISSORIA SEGUEM A SORTE DA DIVIDA ORIGINARIA.
AUSENCIA DE LIQUIDEZ. CARENCIA DE ACAO. RECURSO
PROVIDO.
1. COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL" (DJU
DE 08/02/2000, PAG. 265).
2. A ESCRITURA PUBLICA DE CONFISSAO, ASSUNCAO E
COMPOSICAO DE DIVIDA, NAO SE CONSTITUI COMO
DOCUMENTO HABIL A APARELHAR A PRESENTE EXECUCAO,
VEZ QUE POSSUI ORIGEM EM CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA-CORRENTE, ESTE, DESTITUIDO DO
CARATER DE TITULO EXECUTIVO.
3. NA ESPECIE, NAO HA COMO RECONHECER A AUTONOMIA
DA NOTA PROMISSORIA DADA EM GARANTIA A TITULO
DESPROVIDO DE LIQUIDEZ.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165251700 - CURITIBA - JUIZ
EDUARDO FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 12/02/01
- Ac.: 11537 - Public.: 02/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUCAO.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CREDITO EM CONTA-CORRENTE. ESCRITURA PUBLICA DE
CONFISSAO, ASSUNCAO E COMPOSICAO DE DIVIDA. NOTA
PROMISSORIA EM GARANTIA. A RENEGOCIACAO E A NOTA
PROMISSORIA SEGUEM A SORTE DA DIVIDA ORIGINARIA.
AUSENCIA DE LIQUIDEZ. CARENCIA DE ACAO. RECURSO
PROVIDO.
1. COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL" (DJU
DE 08/02/2000, PAG. 265).
2. A ESCRITURA PUBLICA DE CONFISSAO, ASSUNCAO E
COMPOSICAO DE DIVIDA, NAO SE CONSTITUI COMO
DOCUMENTO HABIL A APARELHAR A PRESENTE EXECUCAO,
VEZ QUE POSSUI ORIGEM EM CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA-CORRENTE, ESTE, DESTITUIDO DO
CARATER DE TITULO EXECUTIVO.
3. NA ESPECIE, NAO HA COMO RECONHECER A AUTONOMIA
DA NOTA PROMISSORIA DADA EM GARANTIA A TITULO
DESPROVIDO DE LIQUIDEZ.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165251700 - CURITIBA - JUIZ
EDUARDO FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 12/02/01
- Ac.: 11537 - Public.: 02/03/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DAS VERBAS


SUCUMBENCIAIS - INDEFERIMENTO EXORDIAL - ACATAMENTO
DA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE AVENTADA -
INTERPOSICAO DE RECURSO IMPROPRIO - INEXISTENCIA DE
CARACTERIZACAO DE ERRO GROSSEIRO - APLICACAO DO
PRINCIPIO DA FUNGIBILIDADE PARA COGNICAO MATERIAL DO
RECURSO INTERPOSTO - FORMACAO DE TITULO JUDICIAL
IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHIMENTO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - REABERTURA DO PROCESSO EXECUTIVO
AGRAVO PROVIDO.
"A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, QUANDO INTERPOSTA,
PRETENDE A NULIFICACAO DA EXECUCAO QUANDO O TITULO
APRESENTADO E IMPRESTAVEL A EXIGENCIA CREDITICIA DE
PER SI, EM SUAS CARACTERISTICAS FORMAIS E MATERIAIS.
TAL INCIDENTE PROCESSUAL SE ADSTEM, EM ESPECIFICO, A
RECHASSAR TITULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS E NAO
JUDICIAIS, COMO NO CASO EM TELA, VISTO QUE EM SI JA
CONTEM OS REQUISITOS DA LIQUIDEZ, EXIGIBILIDADE E
CERTEZA EM DECORRENCIA DA APLICABILIDADE DA LEI AO
CASO CONCRETO".
AGRAVO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 123590900 - PONTA GROSSA -
JUIZ RAFAEL AUGUSTO CASSETARI - OITAVA CAMARA CIVEL -
Julg: 12/02/01 - Ac.: 11559 - Public.: 02/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DAS VERBAS


SUCUMBENCIAIS - INDEFERIMENTO EXORDIAL - ACATAMENTO
DA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE AVENTADA -
INTERPOSICAO DE RECURSO IMPROPRIO - INEXISTENCIA DE
CARACTERIZACAO DE ERRO GROSSEIRO - APLICACAO DO
PRINCIPIO DA FUNGIBILIDADE PARA COGNICAO MATERIAL DO
RECURSO INTERPOSTO - FORMACAO DE TITULO JUDICIAL
IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHIMENTO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - REABERTURA DO PROCESSO EXECUTIVO
AGRAVO PROVIDO.
"A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, QUANDO INTERPOSTA,
PRETENDE A NULIFICACAO DA EXECUCAO QUANDO O TITULO
APRESENTADO E IMPRESTAVEL A EXIGENCIA CREDITICIA DE
PER SI, EM SUAS CARACTERISTICAS FORMAIS E MATERIAIS.
TAL INCIDENTE PROCESSUAL SE ADSTEM, EM ESPECIFICO, A
RECHASSAR TITULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS E NAO
JUDICIAIS, COMO NO CASO EM TELA, VISTO QUE EM SI JA
CONTEM OS REQUISITOS DA LIQUIDEZ, EXIGIBILIDADE E
CERTEZA EM DECORRENCIA DA APLICABILIDADE DA LEI AO
CASO CONCRETO".
AGRAVO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 123590900 - PONTA GROSSA -
JUIZ RAFAEL AUGUSTO CASSETARI - OITAVA CAMARA CIVEL -
Julg: 12/02/01 - Ac.: 11559 - Public.: 02/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO
DE DIVIDA - CREDITO RURAL - INCIDENCIA DA LEI 9138/95 -
MATERIA ESTRANHA AO AMBITO DO INCIDENTE. A EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE E ADMISSIVEL DESDE QUE FUNDADA
NA FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E
VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO, QUANDO A MATERIA
E PASSIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO PELO JUIZ E NAO
DEPENDA DE CONTRADITORIO COMO A DISCUSSAO SOBRE
SE CONSTITUI DIREITO OU FACULDADE O ALONGAMENTO DA
DIVIDA RURAL PREVISTO NA LEI 9138/95 OU A COMPROVACAO
DOS REQUISITOS QUE A NORMA IMPOE PARA QUE O
DEVEDOR NELA SE ENQUADRE.
AGRAVO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 161782100 - CAMBARA -
HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
13/02/01 - Ac.: 13981 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO HIPOTECARIA.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. ALEGACAO DE
LITISPENDENCIA DA ACAO DE REVISAO DE CLAUSULAS
CONTRATUAIS E CONSIGNACAO EM PAGAMENTO COM A
EXECUCAO. INADMISSIBILIDADE. EMBARGOS NAO
INTERPOSTOS. GARANTIDO O JUIZO. SUSPENSAO DA
EXECUCAO.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1- OS DEPOSITOS EM JUIZO DAS PRESTACOES NAO INIBEM O
CREDOR DE AJUIZAR A EXECUCAO (ART. 585, 1, CPC);
2- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONSIDERACOES DA ACAO;
3- NAO HA LITISPENDENCIA ENTRE A EXECUCAO E ACAO
ORDINARIA DE REVISAO DO CONTRATO E CONSIGNACAO EM
PAGAMENTO.
4- EM TRAMITE ACAO REVISIONAL DO TITULO, OBJETO DA
EXECUCAO, CUJO AJUIZAMENTO FOI POSTERIOR, DESDE QUE
GARANTIDO O JUIZO, SUSPENDE-SE ESTA ATE JULGAMENTO
DAQUELA, QUE HAVERA DE SER CONSIDERADA COMO
EMBARGOS.
(PRECEDENTES DO STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165404800 - CURITIBA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 12/02/01 - Ac.:
11945 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO PARA ENTREGA DE


COISA INCERTA. CEDULA DE PRODUTO RURAL. EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE. ALEGACAO DE PAGAMENTO PARCIAL.
RECIBOS. NAO DEMONSTRACAO, DE PLANO, DA QUITACAO.
NECESSIDADE DE AMPLA DILACAO PROBATORIA.
INEXISTENCIA DE NULIDADE MANIFESTA. MATERIA PROPRIA
DE EMBARGOS DO DEVEDOR. REJEICAO. DECISAO
CONFIRMADA.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CONSISTE EM UM
MEIO DE DEFESA QUE PODE SER UTILIZADO PELO DEVEDOR
COM O OBJETIVO DE AFASTAR A EXECUTIVIDADE DE UM
TITULO EXECUTIVO, INDEPENDENTE DA OPOSICAO DE
EMBARGOS A EXECUCAO, ADMISSIVEL PARA ARGUIR
MATERIAS DE ORDEM PUBLICA, DE CONHECIMENTO
OFICIOSO, E DESDE QUE CONFIGURADA ALGUMA CAUSA DE
NULIDADE FLAGRANTE, EM FACE DA AUSENCIA DE
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OU DE CONDICOES DA ACAO
EXECUTIVA, EVITANDO COM ISSO A CONSTRICAO DE BENS
FORMADORES DO PATRIMONIO DO EXECUTADO.
2. "O PAGAMENTO PARCIAL NAO VULNERA A LIQUIDEZ DA
DIVIDA; ANTES, RATIFICA-A. O TITULO REMANESCE APTO A
EMBASAR A EXECUCAO. TENDO O DEVEDOR FEITO O
PAGAMENTO INCOMPLETO, DE QUE RESULTA APENAS
QUITACAO PARCIAL, A EXTINCAO DA EXECUCAO NAO SE
CARACTERIZA. EXIGE-SE, POREM, QUE DA INICIAL CONSTE O
PAGAMENTO PARCIAL RECEBIDO.
SE A ALEGACAO DE PAGAMENTO, TODAVIA, DEPENDER DE
PROVA MAIS COMPLEXA, COMO A PERICIAL OU MESMO A
TESTEMUNHAL, O CAMINHO E O DOS EMBARGOS, COM
ILIMITADA POSSIBILIDADE DE INSTRUCAO." RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154101500 - FRANCISCO
BELTRAO - FERNANDO WOLFF BODZIAK - QUARTA CAMARA
CIVEL - Julg: 14/02/01 - Ac.: 13575 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
EXCESSO DE EXECUCAO. DISCUSSAO DE CLAUSULAS
CONTRATUAIS.
IMPOSSIBILIDADE. INEXISTENCIA DE NULIDADE MANIFESTA.
MATERIA PROPRIA DE EMBARGOS DO DEVEDOR. REJEICAO.
DECISAO CONFIRMADA.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CONSISTE EM UM
MEIO DE DEFESA QUE PODE SER UTILIZADO PELO DEVEDOR
COM O OBJETIVO DE AFASTAR A EXECUTIVIDADE DE UM
TITULO EXECUTIVO, INDEPENDENTE DA OPOSICAO DE
EMBARGOS A EXECUCAO, ADMISSIVEL PARA ARGUIR
MATERIAS DE ORDEM PUBLICA, DE CONHECIMENTO
OFICIOSO, E DESDE QUE CONFIGURADA ALGUMA CAUSA DE
NULIDADE FLAGRANTE, EM FACE DA AUSENCIA DE
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OU DE CONDICOES DA ACAO
EXECUTIVA, EVITANDO COM ISSO A CONSTRICAO DE BENS
FORMADORES DO PATRIMONIO DO EXECUTADO.
2. E SE PRESTA " APENAS PARA OBSTAR O
PROSSEGUIMENTO DE EXECUCAO FLAGRANTEMENTE NULA
EM VIRTUDE DA NULIDADE OU INEXISTENCIA DO TITULO
EXECUTIVO. NAO E O QUE ACONTECE NO CASO, EM QUE O
TITULO EXISTE, MAS O DEVEDOR INSURGE-SE CONTRA AS
CLAUSULAS QUE FIXARAM OS CRITERIOS DE ATUALIZACAO. A
REVISAO DAS CLAUSULAS DEPENDE, PORTANTO, DE PREVIA
MANIFESTACAO JUDICIAL E DEVE SER REALIZADA EM ACAO
PROPRIA." RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 156872700 - CURITIBA -
FERNANDO WOLFF BODZIAK - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg:
14/02/01 - Ac.: 13586 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO HIPOTECARIA.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. ALEGACAO DE
LITISPENDENCIA DA ACAO DE REVISAO DE CLAUSULAS
CONTRATUAIS E CONSIGNACAO EM PAGAMENTO COM A
EXECUCAO. INADMISSIBILIDADE. EMBARGOS NAO
INTERPOSTOS. GARANTIDO O JUIZO. SUSPENSAO DA
EXECUCAO.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1- OS DEPOSITOS EM JUIZO DAS PRESTACOES NAO INIBEM O
CREDOR DE AJUIZAR A EXECUCAO (ART. 585, 1, CPC);
2- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONSIDERACOES DA ACAO;
3- NAO HA LITISPENDENCIA ENTRE A EXECUCAO E ACAO
ORDINARIA DE REVISAO DO CONTRATO E CONSIGNACAO EM
PAGAMENTO.
4- EM TRAMITE ACAO REVISIONAL DO TITULO, OBJETO DA
EXECUCAO, CUJO AJUIZAMENTO FOI POSTERIOR, DESDE QUE
GARANTIDO O JUIZO, SUSPENDE-SE ESTA ATE JULGAMENTO
DAQUELA, QUE HAVERA DE SER CONSIDERADA COMO
EMBARGOS.
(PRECEDENTES DO STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165404800 - CURITIBA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 12/02/01 - Ac.:
11945 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO
DE DIVIDA - CREDITO RURAL - INCIDENCIA DA LEI 9138/95 -
MATERIA ESTRANHA AO AMBITO DO INCIDENTE. A EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE E ADMISSIVEL DESDE QUE FUNDADA
NA FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E
VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO, QUANDO A MATERIA
E PASSIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO PELO JUIZ E NAO
DEPENDA DE CONTRADITORIO COMO A DISCUSSAO SOBRE
SE CONSTITUI DIREITO OU FACULDADE O ALONGAMENTO DA
DIVIDA RURAL PREVISTO NA LEI 9138/95 OU A COMPROVACAO
DOS REQUISITOS QUE A NORMA IMPOE PARA QUE O
DEVEDOR NELA SE ENQUADRE.
AGRAVO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 161782100 - CAMBARA -
HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
13/02/01 - Ac.: 13981 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
EXCESSO DE EXECUCAO. DISCUSSAO DE CLAUSULAS
CONTRATUAIS.
IMPOSSIBILIDADE. INEXISTENCIA DE NULIDADE MANIFESTA.
MATERIA PROPRIA DE EMBARGOS DO DEVEDOR. REJEICAO.
DECISAO CONFIRMADA.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CONSISTE EM UM
MEIO DE DEFESA QUE PODE SER UTILIZADO PELO DEVEDOR
COM O OBJETIVO DE AFASTAR A EXECUTIVIDADE DE UM
TITULO EXECUTIVO, INDEPENDENTE DA OPOSICAO DE
EMBARGOS A EXECUCAO, ADMISSIVEL PARA ARGUIR
MATERIAS DE ORDEM PUBLICA, DE CONHECIMENTO
OFICIOSO, E DESDE QUE CONFIGURADA ALGUMA CAUSA DE
NULIDADE FLAGRANTE, EM FACE DA AUSENCIA DE
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OU DE CONDICOES DA ACAO
EXECUTIVA, EVITANDO COM ISSO A CONSTRICAO DE BENS
FORMADORES DO PATRIMONIO DO EXECUTADO.
2. E SE PRESTA " APENAS PARA OBSTAR O
PROSSEGUIMENTO DE EXECUCAO FLAGRANTEMENTE NULA
EM VIRTUDE DA NULIDADE OU INEXISTENCIA DO TITULO
EXECUTIVO. NAO E O QUE ACONTECE NO CASO, EM QUE O
TITULO EXISTE, MAS O DEVEDOR INSURGE-SE CONTRA AS
CLAUSULAS QUE FIXARAM OS CRITERIOS DE ATUALIZACAO. A
REVISAO DAS CLAUSULAS DEPENDE, PORTANTO, DE PREVIA
MANIFESTACAO JUDICIAL E DEVE SER REALIZADA EM ACAO
PROPRIA." RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 156872700 - CURITIBA -
FERNANDO WOLFF BODZIAK - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg:
14/02/01 - Ac.: 13586 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO PARA ENTREGA DE


COISA INCERTA. CEDULA DE PRODUTO RURAL. EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE. ALEGACAO DE PAGAMENTO PARCIAL.
RECIBOS. NAO DEMONSTRACAO, DE PLANO, DA QUITACAO.
NECESSIDADE DE AMPLA DILACAO PROBATORIA.
INEXISTENCIA DE NULIDADE MANIFESTA. MATERIA PROPRIA
DE EMBARGOS DO DEVEDOR. REJEICAO. DECISAO
CONFIRMADA.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CONSISTE EM UM
MEIO DE DEFESA QUE PODE SER UTILIZADO PELO DEVEDOR
COM O OBJETIVO DE AFASTAR A EXECUTIVIDADE DE UM
TITULO EXECUTIVO, INDEPENDENTE DA OPOSICAO DE
EMBARGOS A EXECUCAO, ADMISSIVEL PARA ARGUIR
MATERIAS DE ORDEM PUBLICA, DE CONHECIMENTO
OFICIOSO, E DESDE QUE CONFIGURADA ALGUMA CAUSA DE
NULIDADE FLAGRANTE, EM FACE DA AUSENCIA DE
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OU DE CONDICOES DA ACAO
EXECUTIVA, EVITANDO COM ISSO A CONSTRICAO DE BENS
FORMADORES DO PATRIMONIO DO EXECUTADO.
2. "O PAGAMENTO PARCIAL NAO VULNERA A LIQUIDEZ DA
DIVIDA; ANTES, RATIFICA-A. O TITULO REMANESCE APTO A
EMBASAR A EXECUCAO. TENDO O DEVEDOR FEITO O
PAGAMENTO INCOMPLETO, DE QUE RESULTA APENAS
QUITACAO PARCIAL, A EXTINCAO DA EXECUCAO NAO SE
CARACTERIZA. EXIGE-SE, POREM, QUE DA INICIAL CONSTE O
PAGAMENTO PARCIAL RECEBIDO.
SE A ALEGACAO DE PAGAMENTO, TODAVIA, DEPENDER DE
PROVA MAIS COMPLEXA, COMO A PERICIAL OU MESMO A
TESTEMUNHAL, O CAMINHO E O DOS EMBARGOS, COM
ILIMITADA POSSIBILIDADE DE INSTRUCAO." RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154101500 - FRANCISCO
BELTRAO - FERNANDO WOLFF BODZIAK - QUARTA CAMARA
CIVEL - Julg: 14/02/01 - Ac.: 13575 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO
DE DIVIDA - CREDITO RURAL - INCIDENCIA DA LEI 9138/95 -
MATERIA ESTRANHA AO AMBITO DO INCIDENTE. A EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE E ADMISSIVEL DESDE QUE FUNDADA
NA FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E
VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO, QUANDO A MATERIA
E PASSIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO PELO JUIZ E NAO
DEPENDA DE CONTRADITORIO COMO A DISCUSSAO SOBRE
SE CONSTITUI DIREITO OU FACULDADE O ALONGAMENTO DA
DIVIDA RURAL PREVISTO NA LEI 9138/95 OU A COMPROVACAO
DOS REQUISITOS QUE A NORMA IMPOE PARA QUE O
DEVEDOR NELA SE ENQUADRE.
AGRAVO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 161782100 - CAMBARA -
HAMILTON MUSSI CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
13/02/01 - Ac.: 13981 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO HIPOTECARIA.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. ALEGACAO DE
LITISPENDENCIA DA ACAO DE REVISAO DE CLAUSULAS
CONTRATUAIS E CONSIGNACAO EM PAGAMENTO COM A
EXECUCAO. INADMISSIBILIDADE. EMBARGOS NAO
INTERPOSTOS. GARANTIDO O JUIZO. SUSPENSAO DA
EXECUCAO.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1- OS DEPOSITOS EM JUIZO DAS PRESTACOES NAO INIBEM O
CREDOR DE AJUIZAR A EXECUCAO (ART. 585, 1, CPC);
2- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONSIDERACOES DA ACAO;
3- NAO HA LITISPENDENCIA ENTRE A EXECUCAO E ACAO
ORDINARIA DE REVISAO DO CONTRATO E CONSIGNACAO EM
PAGAMENTO.
4- EM TRAMITE ACAO REVISIONAL DO TITULO, OBJETO DA
EXECUCAO, CUJO AJUIZAMENTO FOI POSTERIOR, DESDE QUE
GARANTIDO O JUIZO, SUSPENDE-SE ESTA ATE JULGAMENTO
DAQUELA, QUE HAVERA DE SER CONSIDERADA COMO
EMBARGOS.
(PRECEDENTES DO STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165404800 - CURITIBA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 12/02/01 - Ac.:
11945 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO PARA ENTREGA DE


COISA INCERTA. CEDULA DE PRODUTO RURAL. EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE. ALEGACAO DE PAGAMENTO PARCIAL.
RECIBOS. NAO DEMONSTRACAO, DE PLANO, DA QUITACAO.
NECESSIDADE DE AMPLA DILACAO PROBATORIA.
INEXISTENCIA DE NULIDADE MANIFESTA. MATERIA PROPRIA
DE EMBARGOS DO DEVEDOR. REJEICAO. DECISAO
CONFIRMADA.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CONSISTE EM UM
MEIO DE DEFESA QUE PODE SER UTILIZADO PELO DEVEDOR
COM O OBJETIVO DE AFASTAR A EXECUTIVIDADE DE UM
TITULO EXECUTIVO, INDEPENDENTE DA OPOSICAO DE
EMBARGOS A EXECUCAO, ADMISSIVEL PARA ARGUIR
MATERIAS DE ORDEM PUBLICA, DE CONHECIMENTO
OFICIOSO, E DESDE QUE CONFIGURADA ALGUMA CAUSA DE
NULIDADE FLAGRANTE, EM FACE DA AUSENCIA DE
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OU DE CONDICOES DA ACAO
EXECUTIVA, EVITANDO COM ISSO A CONSTRICAO DE BENS
FORMADORES DO PATRIMONIO DO EXECUTADO.
2. "O PAGAMENTO PARCIAL NAO VULNERA A LIQUIDEZ DA
DIVIDA; ANTES, RATIFICA-A. O TITULO REMANESCE APTO A
EMBASAR A EXECUCAO. TENDO O DEVEDOR FEITO O
PAGAMENTO INCOMPLETO, DE QUE RESULTA APENAS
QUITACAO PARCIAL, A EXTINCAO DA EXECUCAO NAO SE
CARACTERIZA. EXIGE-SE, POREM, QUE DA INICIAL CONSTE O
PAGAMENTO PARCIAL RECEBIDO.
SE A ALEGACAO DE PAGAMENTO, TODAVIA, DEPENDER DE
PROVA MAIS COMPLEXA, COMO A PERICIAL OU MESMO A
TESTEMUNHAL, O CAMINHO E O DOS EMBARGOS, COM
ILIMITADA POSSIBILIDADE DE INSTRUCAO." RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154101500 - FRANCISCO
BELTRAO - FERNANDO WOLFF BODZIAK - QUARTA CAMARA
CIVEL - Julg: 14/02/01 - Ac.: 13575 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
EXCESSO DE EXECUCAO. DISCUSSAO DE CLAUSULAS
CONTRATUAIS.
IMPOSSIBILIDADE. INEXISTENCIA DE NULIDADE MANIFESTA.
MATERIA PROPRIA DE EMBARGOS DO DEVEDOR. REJEICAO.
DECISAO CONFIRMADA.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CONSISTE EM UM
MEIO DE DEFESA QUE PODE SER UTILIZADO PELO DEVEDOR
COM O OBJETIVO DE AFASTAR A EXECUTIVIDADE DE UM
TITULO EXECUTIVO, INDEPENDENTE DA OPOSICAO DE
EMBARGOS A EXECUCAO, ADMISSIVEL PARA ARGUIR
MATERIAS DE ORDEM PUBLICA, DE CONHECIMENTO
OFICIOSO, E DESDE QUE CONFIGURADA ALGUMA CAUSA DE
NULIDADE FLAGRANTE, EM FACE DA AUSENCIA DE
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OU DE CONDICOES DA ACAO
EXECUTIVA, EVITANDO COM ISSO A CONSTRICAO DE BENS
FORMADORES DO PATRIMONIO DO EXECUTADO.
2. E SE PRESTA " APENAS PARA OBSTAR O
PROSSEGUIMENTO DE EXECUCAO FLAGRANTEMENTE NULA
EM VIRTUDE DA NULIDADE OU INEXISTENCIA DO TITULO
EXECUTIVO. NAO E O QUE ACONTECE NO CASO, EM QUE O
TITULO EXISTE, MAS O DEVEDOR INSURGE-SE CONTRA AS
CLAUSULAS QUE FIXARAM OS CRITERIOS DE ATUALIZACAO. A
REVISAO DAS CLAUSULAS DEPENDE, PORTANTO, DE PREVIA
MANIFESTACAO JUDICIAL E DEVE SER REALIZADA EM ACAO
PROPRIA." RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 156872700 - CURITIBA -
FERNANDO WOLFF BODZIAK - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg:
14/02/01 - Ac.: 13586 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO PARA ENTREGA DE


COISA INCERTA. CEDULA DE PRODUTO RURAL. EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE. ALEGACAO DE PAGAMENTO PARCIAL.
RECIBOS. NAO DEMONSTRACAO, DE PLANO, DA QUITACAO.
NECESSIDADE DE AMPLA DILACAO PROBATORIA.
INEXISTENCIA DE NULIDADE MANIFESTA. MATERIA PROPRIA
DE EMBARGOS DO DEVEDOR. REJEICAO. DECISAO
CONFIRMADA.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CONSISTE EM UM
MEIO DE DEFESA QUE PODE SER UTILIZADO PELO DEVEDOR
COM O OBJETIVO DE AFASTAR A EXECUTIVIDADE DE UM
TITULO EXECUTIVO, INDEPENDENTE DA OPOSICAO DE
EMBARGOS A EXECUCAO, ADMISSIVEL PARA ARGUIR
MATERIAS DE ORDEM PUBLICA, DE CONHECIMENTO
OFICIOSO, E DESDE QUE CONFIGURADA ALGUMA CAUSA DE
NULIDADE FLAGRANTE, EM FACE DA AUSENCIA DE
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OU DE CONDICOES DA ACAO
EXECUTIVA, EVITANDO COM ISSO A CONSTRICAO DE BENS
FORMADORES DO PATRIMONIO DO EXECUTADO.
2. "O PAGAMENTO PARCIAL NAO VULNERA A LIQUIDEZ DA
DIVIDA; ANTES, RATIFICA-A. O TITULO REMANESCE APTO A
EMBASAR A EXECUCAO. TENDO O DEVEDOR FEITO O
PAGAMENTO INCOMPLETO, DE QUE RESULTA APENAS
QUITACAO PARCIAL, A EXTINCAO DA EXECUCAO NAO SE
CARACTERIZA. EXIGE-SE, POREM, QUE DA INICIAL CONSTE O
PAGAMENTO PARCIAL RECEBIDO.
SE A ALEGACAO DE PAGAMENTO, TODAVIA, DEPENDER DE
PROVA MAIS COMPLEXA, COMO A PERICIAL OU MESMO A
TESTEMUNHAL, O CAMINHO E O DOS EMBARGOS, COM
ILIMITADA POSSIBILIDADE DE INSTRUCAO." RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154101500 - FRANCISCO
BELTRAO - FERNANDO WOLFF BODZIAK - QUARTA CAMARA
CIVEL - Julg: 14/02/01 - Ac.: 13575 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
EXCESSO DE EXECUCAO. DISCUSSAO DE CLAUSULAS
CONTRATUAIS.
IMPOSSIBILIDADE. INEXISTENCIA DE NULIDADE MANIFESTA.
MATERIA PROPRIA DE EMBARGOS DO DEVEDOR. REJEICAO.
DECISAO CONFIRMADA.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CONSISTE EM UM
MEIO DE DEFESA QUE PODE SER UTILIZADO PELO DEVEDOR
COM O OBJETIVO DE AFASTAR A EXECUTIVIDADE DE UM
TITULO EXECUTIVO, INDEPENDENTE DA OPOSICAO DE
EMBARGOS A EXECUCAO, ADMISSIVEL PARA ARGUIR
MATERIAS DE ORDEM PUBLICA, DE CONHECIMENTO
OFICIOSO, E DESDE QUE CONFIGURADA ALGUMA CAUSA DE
NULIDADE FLAGRANTE, EM FACE DA AUSENCIA DE
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OU DE CONDICOES DA ACAO
EXECUTIVA, EVITANDO COM ISSO A CONSTRICAO DE BENS
FORMADORES DO PATRIMONIO DO EXECUTADO.
2. E SE PRESTA " APENAS PARA OBSTAR O
PROSSEGUIMENTO DE EXECUCAO FLAGRANTEMENTE NULA
EM VIRTUDE DA NULIDADE OU INEXISTENCIA DO TITULO
EXECUTIVO. NAO E O QUE ACONTECE NO CASO, EM QUE O
TITULO EXISTE, MAS O DEVEDOR INSURGE-SE CONTRA AS
CLAUSULAS QUE FIXARAM OS CRITERIOS DE ATUALIZACAO. A
REVISAO DAS CLAUSULAS DEPENDE, PORTANTO, DE PREVIA
MANIFESTACAO JUDICIAL E DEVE SER REALIZADA EM ACAO
PROPRIA." RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 156872700 - CURITIBA -
FERNANDO WOLFF BODZIAK - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg:
14/02/01 - Ac.: 13586 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO HIPOTECARIA.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. ALEGACAO DE
LITISPENDENCIA DA ACAO DE REVISAO DE CLAUSULAS
CONTRATUAIS E CONSIGNACAO EM PAGAMENTO COM A
EXECUCAO. INADMISSIBILIDADE. EMBARGOS NAO
INTERPOSTOS. GARANTIDO O JUIZO. SUSPENSAO DA
EXECUCAO.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1- OS DEPOSITOS EM JUIZO DAS PRESTACOES NAO INIBEM O
CREDOR DE AJUIZAR A EXECUCAO (ART. 585, 1, CPC);
2- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONSIDERACOES DA ACAO;
3- NAO HA LITISPENDENCIA ENTRE A EXECUCAO E ACAO
ORDINARIA DE REVISAO DO CONTRATO E CONSIGNACAO EM
PAGAMENTO.
4- EM TRAMITE ACAO REVISIONAL DO TITULO, OBJETO DA
EXECUCAO, CUJO AJUIZAMENTO FOI POSTERIOR, DESDE QUE
GARANTIDO O JUIZO, SUSPENDE-SE ESTA ATE JULGAMENTO
DAQUELA, QUE HAVERA DE SER CONSIDERADA COMO
EMBARGOS.
(PRECEDENTES DO STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165404800 - CURITIBA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 12/02/01 - Ac.:
11945 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO JUDICIAL - SENTENCA - ACAO DE


INDENIZACAO POR ACIDENTE DE TRANSITO - EXECUTADOS
REU/SEGURADO/DENUNCIANTE E SEGURADORA/DENUNCIADA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ILEGITIMIDADE PASSIVA
DA SEGURADORA - IMPROCEDENTE - DEVEDORA -
SOLIDARIAMENTE PASSIVA - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166794100 - UNIAO DA VITORIA -
JUIZ TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
07/02/01 - Ac.: 11612 - Public.: 16/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


EXECUCAO DE TITULO JUDICIAL - SENTENCA - ACAO DE
INDENIZACAO POR ACIDENTE DE TRANSITO - EXECUTADOS
REU/SEGURADO/DENUNCIANTE E SEGURADORA/DENUNCIADA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ILEGITIMIDADE PASSIVA
DA SEGURADORA - IMPROCEDENTE - DEVEDORA -
SOLIDARIAMENTE PASSIVA - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166794100 - UNIAO DA VITORIA -
JUIZ TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
07/02/01 - Ac.: 11612 - Public.: 16/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. NOTA PROMISSORIA. AUSENCIA DE
AUTENTICACAO DOS DOCUMENTOS PELA PROPRIA
SERVENTIA.
IRRELEVANCIA. DISCUSSAO SOBRE A ORIGEM DA DIVIDA.
MATERIA DEDUZIDA EM OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE. RECURSO DESPROVIDO.
1. A AUTENTICACAO PELA PROPRIA ESCRIVANIA DAS PECAS
REPROGRAFICAS QUE INSTRUEM O AGRAVO E EXCECAO,
PORQUE A REGRA E QUE "COMPETE AO NOTARIO... A
AUTENTICACAO DE DOCUMENTOS E COPIAS DE
DOCUMENTOS PARTICULARES, CERTIDOES OU TRASLADOS
DE INSTRUMENTOS DO FORO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL,
EXTRAIDOS PELO SISTEMA REPROGRAFICO, DESDE QUE
APRESENTADOS OS ORIGINAIS" (CN 11.5.1).
2."A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO"(STJ-RESP N 180734-RN).
3. A QUESTAO RELATIVA A ORIGEM DA NOTA PROMISSORIA
NAO PODE SER DISCUTIDA EM OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154552200 - GUARAPUAVA - JUIZ
CONV. NOEVAL DE QUADROS - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
11/12/00 - Ac.: 11925 - Public.: 16/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO JUDICIAL - SENTENCA - ACAO DE


INDENIZACAO POR ACIDENTE DE TRANSITO - EXECUTADOS
REU/SEGURADO/DENUNCIANTE E SEGURADORA/DENUNCIADA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ILEGITIMIDADE PASSIVA
DA SEGURADORA - IMPROCEDENTE - DEVEDORA -
SOLIDARIAMENTE PASSIVA - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 166794100 - UNIAO DA VITORIA -
JUIZ TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
07/02/01 - Ac.: 11612 - Public.: 16/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE INDEFERIMENTO DA SUSPENSAO DA
EXECUCAO, POR AUSENCIA DO "FUMUS BONI IURIS" -
DECISAO QUE NAO MERECE REFORMA AGRAVO
DESPROVIDO.
EM QUE PESE A EXECUCAO TER SIDO SUSPENSA
POSTERIORMENTE A INTERPOSICAO DO AGRAVO, COM BASE
NO QUE ESTATUI O ARTIGO 265, II, DO CPC, O PRESENTE
RECURSO, NO MERITO, NAO ESTA A MERECER PROVIMENTO,
DEVENDO SER MANTIDA A DECISAO GUERREADA, PORQUE
INEXISTE, COMO BEM DECIDIU O JUIZO "A QUO", O "FUMUS
BONI IURIS", REQUISITO NECESSARIO PARA A CONCESSAO
DAS MEDIDAS LIMINARES.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 164736100 - IPORA - RONALD
JUAREZ MORO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 27/12/00 - Ac.:
11590 - Public.: 09/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. EMBARGOS A EXECUCAO.


SUBSTITUICAO PROCESSUAL. IMPOSSIBILIDADE.
OFERECIMENTO APOS A PENHORA. NAO CABIMENTO.
NOTIFICACAO EXTRAJUDICIAL. CONSTITUICAO EM MORA.
REGULARIDADE.
DEMONSTRATIVO DO DEBITO. PRESENTE.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE NAO PODE SER
ACEITA QUANDO OPOSTA EM SUBSTITUICAO AOS EMBARGOS
A EXECUCAO, POIS OFENDE AS REGRAS PROCESSUAIS
VIGENTES.
2. APOS A REALIZACAO DA PENHORA, E ADMISSIVEL A
OPOSICAO DA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, QUANDO
EVIDENTE A AUSENCIA DE TITULO OU HAJA FLAGRANTE
CAUSA DE NULIDADE DE EXECUCAO, OU, AINDA, QUANDO
MANIFESTA A PRESCRICAO DO TITULO OU INDUVIDOSA A
PROVA DO PAGAMENTO.
3. NAO HA NULIDADE DA EXECUCAO, PORQUE APARELHADA
COM AS NOTIFICACOES DOS DEVEDORES, PARA
CONSTITUICAO EM MORA, NOS TERMOS DA LEI 5741/71.
4. ENCONTRANDO-SE DEMONSTRATIVO DETALHADO DE
EVOLUCAO DO DEBITO, NAO HA QUE SE FALAR EM ILIQUIDEZ
DO TITULO EXEQUENDO.
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165407900 - LONDRINA - JUIZ
CONV. JUCIMAR NOVOCHADLO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg:
18/12/00 - Ac.: 11140 - Public.: 09/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


EXECUCAO HIPOTECARIA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
NULIDADE CONTRATUAL DISCUTIVEL - ACAO DECLARATORIA
EM CURSO - CONEXAO E COMPETENCIA - POSTERGADA
APRECIACAO MATERIA CONTROVERSA - DECISAO MANTIDA -
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
EM ARTIGO NA ADCOAS N 8, AGO/99, P. 254, O JUIZ DE
DIREITO ROGERIO DE OLIVEIRA SOUZA, CONCLUI: "SE A
NULIDADE NAO E AFERIVEL PRIMA OCCULI, PRESUME-SE SUA
INOCORRENCIA ATE PROVA EM CONTRARIO, MORMENTE
QUANDO O CREDOR ENCONTRA-SE AMPARADO POR TITULO
EXECUTIVO (JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL)".
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163977800 - CURITIBA - ROBSON
MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 04/12/00 - Ac.:
11431 - Public.: 02/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. OBJETO RESTRITO.


MATERIA QUE NAO PRECLUI E QUE PODE SER CONHECIDA DE
OFICIO.
DIVIDA DE JOGO DE BINGO. EXCESSO DE COBRANCA. TEMAS
QUE EXTRAPOLAM OS LIMITES DA OBJECAO. DECISAO,
TODAVIA, QUE SOBRE ELES SE MANIFESTOU E QUE DEVE
SER CONSIDERADA EM HOMENAGEM AO PRINCIPIO DO
APROVEITAMENTO DOS ATOS JUDICIAIS. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
1. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SOMENTE DEVE
VERSAR SOBRE MATERIA DE ORDEM PUBLICA, RELATIVA A
HIGIDEZ DO TITULO. TODA E QUALQUER QUESTAO LIGADA A
DIVIDA DEVE SER ALEGADA EM EMBARGOS.
2. A DIVIDA PROVENIENTE DE JOGO DE BINGO E DEVIDA,
POSTO QUE ORIUNDA DE ATIVIDADE LICITA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 164902500 - CURITIBA - JUIZ
CONV. WILDE PUGLIESE - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg:
06/12/00 - Ac.: 13487 - Public.: 02/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. ALEGACAO DE INEXISTENCIA DE TITULO
EXECUTIVO. ILEGITIMIDADE DE PARTE. IMPOSSIBILIDADE
JURIDICA DO PEDIDO. NECESSIDADE DE EXAME MAIS
APROFUNDADO POR DILACAO PROBATORIA. NAO CABIMENTO
DA EXCECAO. LITIGANCIA DE MA-FE. NAO CARACTERIZACAO.
AUSENCIA DE DEMONSTRACAO DE CULPA OU DOLO
PROCESSUAL. MANUTENCAO DA DECISAO HOSTILIZADA.
1. FUNDADA A EXECUCAO EM NOTA PROMISSORIA E TERMO
DE CONFISSAO DE DIVIDA, SOB A ARGUICAO DO AGRAVANTE
DE INEXISTENCIA DE TITULO EXECUTIVO, ILEGITIMIDADE DE
PARTE E IMPOSSIBILIDADE JURIDICA DO PEDIDO, EM FACE DE
CONFECCAO DOLOSA E FRAUDULENTA DOS TITULOS
EXECUTIVOS PELO AGRAVADO, ESTAS QUESTOES DEVEM
SER DIRIMIDAS EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO QUE
TEM NATUREZA COGNITIVA E ADMITEM AMPLA DILACAO
PROBATORIA, E NAO PELA VIA DE COGNICAO SUMARIA
PORQUANTO A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, SO SE
MOSTRA PERTINENTE QUANDO A NULIDADE DO TITULO
EXECUTIVO FOR MATERIA SUSCETIVEL DE CONHECIMENTO
DE PLANO, NAO DEPENDENTE DE AMPLA INVESTIGACAO
PROBATORIA.
2. NAO SE ENQUADRANDO A CONDUTA DA PARTE EM
NENHUMA DAS HIPOTESES DO ART. 17 DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL, CUJO ROL E TAXATIVO, E INEXISTINDO
DEMONSTRACAO DE CULPA OU DOLO PROCESSUAL, COM
VISTAS A CAUSAR PREJUIZOS A PARTE CONTRARIA, NAO HA
COMO SER APLICADA A PENALIDADE POR LITIGANCIA DE MA-
FE, QUE NAO SE PRESUME, DEVENDO SER DEVIDAMENTE
COMPROVADA.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 149789600 - CURITIBA -
FERNANDO WOLFF BODZIAK - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg:
20/12/00 - Ac.: 13527 - Public.: 02/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO POR


QUANTIA CERTA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
INADMISSIBILIDADE - MATERIAS A SEREM SUSCITADAS PELA
VIA DOS EMBARGOS A EXECUCAO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159219200 - LONDRINA -
ROSANA FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 20/12/00 -
Ac.: 13578 - Public.: 02/02/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
INSUBSISTENCIA E INADEQUACAO - MATERIAS PROPRIAS DO
PROCEDIMENTO DE EMBARGOS A EXECUCAO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, PELA SUA NATUREZA
EXCEPCIONAL, DEVE FICAR CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS
QUESTOES DE ORDEM PUBLICA QUE NAO DEPENDAM DE
DILACAO PROBATORIA E QUE POSSAM SER CONHECIDAS EX
OFFICIO, POIS NAO SE PRESTA A SUBSTITUIR O
PROCEDIMENTO DOS EMBARGOS A EXECUCAO, ATRAVES
DOS QUAIS E PERMITIDA A PARTE EXECUTADA A PRODUCAO
DE TODAS AS PROVAS TENDENTES A OBSTACULIZAR O
PROCESSAMENTO DO FEITO EXECUTIVO.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 165810600 - PARANAVAI -
ROSANA FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 14/12/00 -
Ac.: 13549 - Public.: 02/02/01).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - LEGITIMIDADE


PASSIVA DA SEGURADORA - EVENTUAL EXCESSO DE
EXECUCAO QUE NAO CONDUZ A ILIQUIDEZ DO TITULO -
POSSIBILIDADE DE ADEQUACAO DA EXECUCAO MEDIANTE
SIMPLES CALCULO DO CONTADOR - MATERIA QUE DEVE SER
DEDUZIDA EM EMBARGOS DE DEVEDOR, E NAO EM EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 164559400 - UNIAO DA VITORIA -
JUIZ FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA
CIVEL - Julg: 20/12/00 - Ac.: 13595 - Public.: 02/02/01).

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CIVIL E PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARATER
EXCEPCIONAL - FIANCA DE DIVIDA FUTURA POSSIBILIDADE -
CODIGO CIVIL, ARTIGO 1.485 - CONFISSAO DE DIVIDA - TITULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - CODIGO DE PROCESSO CIVIL,
ARTIGO 585, INCISO II - GARANTIA SUBSISTENTE - RECURSO
DESPROVIDO.
E POSSIVEL GARANTIR ATRAVES DE FIANCA DIVIDA FUTURA,
HIPOTESE EM QUE AO FIADOR ASSEGURA-SE O DIREITO DE
NAO SER DEMANDADO SENAO DEPOIS QUE SE FIZER CERTA
E LIQUIDA A OBRIGACAO DO DEVEDOR PRINCIPAL (CC, ART.
1.485).
A FIANCA PODE SER PRESTADA PARA GARANTIA DO
CUMPRIMENTO DE OBRIGACAO FUTURA OU CONDICIONAL. A
RESPONSABILIDADE DO FIADOR, NESSE CASO, FIRMA-SE
PARA EVENTUALIDADE DE QUE A OBRIGACAO VENHA A SER
EFICAZ (ORLANDO GOMES).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 164696200 - CAMPO MOURAO -
JUIZ MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 11/12/00 -
Ac.: 11106 - Public.: 02/02/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - PENHORA
EM PARTE DA RENDA BRUTA DA EMPRESA DEVEDORA -
POSSIBILIDADE SOMENTE EM CASOS EXCEPCIONAIS -
RECURSO PROVIDO, EM PARTE.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO.
A PENHORA SOBRE FATURAMENTO DIARIO DA EMPRESA
DEVEDORA SOMENTE E POSSIBILITADA EM CASOS
EXCEPCIONAIS, QUANDO DEMONSTRADA A INEXISTENCIA DE
OUTROS BENS PASSIVEIS DE CONSTRICAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 164774100 - LONDRINA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 12/12/00 - Ac.:
13529 - Public.: 02/02/01).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE JULGADA
IMPROCEDENTE PELO JUIZO MONOCRATICO, POR NAO TER
SIDO INTERPOSTA NO PRAZO DE 24 HORAS APOS A CITACAO -
AGRAVO REQUERENDO A TEMPESTIVIDADE DO RECURSO
POR SE TRATAR DE MATERIA DE ORDEM PUBLICA E A
DECLARACAO DE QUE O CONTRATO DE CONTA CORRENTE
NAO E TITULO EXECUTIVO RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154341900 - IMBITUVA - JUIZ
MARCUS VINICIUS DE LACERDA COSTA - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 31/10/00 - Ac.: 13442 - Public.: 08/12/00).

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EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - TEMAS


ABORDADOS APROPRIADOS AO DESLINDE EM SEDE DE
EMBARGOS, CARECENDO DE DILACAO PROBATORIA -
NECESSIDADE DE INVESTIGACAO ACERCA DO ORIGEM DO
TITULO - AUSENCIA DE NULIDADE DETECTAVEL DESDE LOGO
DE MOLDE A ENSEJAR O MANEJO DA EXCECAO -
REGULARIDADE DO DESPACHO DETERMINANDO A PESQUISA
SOBRE BENS PENHORAVEIS JUNTO AS REPARTICOES
PUBLICAS, UMA VEZ NAO ENCONTRADOS BENS
PENHORAVEIS.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157763700 - GUARAPUAVA - JUIZ
IVAN BORTOLETO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 21/11/00 -
Ac.: 13849 - Public.: 08/12/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO. REJEITADA A
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. CEDULA DE CREDITO
COMERCIAL. TITULO EXECUTIVO. DECISAO MANTIDA.
RECURSO IMPROVIDO.
1- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO.
2- INADMISSIVEL PRETENDER-SE EXTINGUIR A EXECUCAO
QUE TEM POR TITULO, CEDULA DE CREDITO COMERCIAL, SOB
ARGUMENTO DE QUE ESTARIA VICIADO EM SUA FORMACAO,
EIS QUE A MATERIA DEPENDE DE DILACAO PROBATORIA,
SOMENTE VIAVEL NA INCIDENTAL DE EMBARGOS, E NAO DE
OFICIO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163253300 - CASTRO - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 27/11/00 - Ac.:
11781 - Public.: 08/12/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO - TITULO EXECUTIVO


EXTRAJUDICIAL - ACAO DECLARATORIA - SUSPENSAO DA
EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
INDEFERIMENTO CORRETO - AGRAVO DESPROVIDO.
EVENTUAL SUSPENSAO DA EXECUCAO EM RAZAO DE
ANTERIOR AJUIZAMENTO DE ACAO DECLARATORIA E
QUESTAO A SER DIRIMIDA DEPOIS DE SEGURO O JUIZO E
NAO POR MEIO DA CHAMADA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, MEDIDA EXCEPCIONAL DESTINADA A
DIRIMIR APENAS MATERIA SUSCETIVEL DE CONHECIMENTO
DE OFICIO OU A NULIDADE EVIDENTE E FLAGRANTE DO
TITULO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 163968900 - CURITIBA - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 21/11/00 -
Ac.: 13839 - Public.: 08/12/00).
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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - CEDULA RURAL HIPOTECARIA -EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE - FALTA DE LIQUIDEZ DO TITULO DIANTE
DA NAO APRESENTACAO DA CONTA VINCULADA - PROVA
DESNECESSARIA - ARTIGO 4 , DO DECRETO-LEI 167/67
ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL.
A CONTA VINCULADA, SOMENTE E REQUISITO ESSENCIAL NA
PROPOSITURA DE EXECUCAO, QUANDO O VALOR
REPASSADO AO FINANCIADO FOR PARCELADO, DO QUE NAO
CUIDA O PRESENTE CASO.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154228100 - GUARAPUAVA - JUIZ
MORAES LEITE - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 22/11/00 - Ac.:
13478 - Public.: 08/12/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160866800 - LONDRINA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 31/10/00 - Ac.:
13383 - Public.: 01/12/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


APELACAO CIVEL - DECISAO EM EXCECAO DE "PRE-
EXECUTIVIDADE" AJUIZADA APOS DESISTENCIA DE
EMBARGOS A EXECUCAO - ALEGACAO DE INEXIGIBILIDADE,
ILIQUIDEZ E INCERTEZA DO TITULO - CONTRATO DE LOCACAO
AUSENCIA DE JUNTADA DO MESMO - IMPOSSIBILIDADE DE
APRECIACAO DO RECURSO - INSTRUCAO DEFICIENTE -
AGRAVO NAO CONHECIDO.
E ONUS DO AGRAVANTE A FORMACAO DO INSTRUMENTO,
COM AS PECAS ESSENCIAIS, ALEM DAS OBRIGATORIAS, PARA
POSSIBILITAR A COMPREENSAO DA CONTROVERSIA E
CONHECIMENTO DA LIDE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 161347200 - CURITIBA - JUIZ
PRESTES MATTAR - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 13/11/00 -
Ac.: 11756 - Public.: 01/12/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO POR QUANTIA


CERTA TERMO DE COMPROMISSO FIRMADO PELO
EXEQUENTE, EXECUTADO E DUAS TESTEMUNHAS -
DESCUMPRIMENTO - TITULO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL -
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE JULGADA IMPROCEDENTE
- DECISAO CORRETA - RECURSO IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SOMENTE E DE SER
ACOLHIDA SE, SE VERIFICAR DESDE LOGO NULIDADE QUE
DEVERA SER DECLARADA ATE MESMO DE OFICIO,
PORQUANTO NAO SE JUSTIFICARIA SUBMETER O
EXECUTADO A MAIORES ONUS QUANDO LOGO DE INICIO
FOSSE VISTO QUE A EXECUCAO NAO TERIA COMO
PROSPERAR, ANTE A EXISTENCIA DE IRREGULARIDADE
INSANAVEL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160900500 - - JUIZ MARIO RAU -
PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 14/11/00 - Ac.: 13384 - Public.:
01/12/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL - DECISAO EM EXCECAO DE "PRE-


EXECUTIVIDADE" AJUIZADA APOS DESISTENCIA DE
EMBARGOS A EXECUCAO - ALEGACAO DE INEXIGIBILIDADE,
ILIQUIDEZ E INCERTEZA DO TITULO - CONTRATO DE LOCACAO
AUSENCIA DE JUNTADA DO MESMO - IMPOSSIBILIDADE DE
APRECIACAO DO RECURSO - INSTRUCAO DEFICIENTE -
AGRAVO NAO CONHECIDO.
E ONUS DO AGRAVANTE A FORMACAO DO INSTRUMENTO,
COM AS PECAS ESSENCIAIS, ALEM DAS OBRIGATORIAS, PARA
POSSIBILITAR A COMPREENSAO DA CONTROVERSIA E
CONHECIMENTO DA LIDE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 161347200 - CURITIBA - JUIZ
PRESTES MATTAR - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 13/11/00 -
Ac.: 11756 - Public.: 01/12/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160866800 - LONDRINA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 31/10/00 - Ac.:
13383 - Public.: 01/12/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO POR QUANTIA
CERTA TERMO DE COMPROMISSO FIRMADO PELO
EXEQUENTE, EXECUTADO E DUAS TESTEMUNHAS -
DESCUMPRIMENTO - TITULO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL -
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE JULGADA IMPROCEDENTE
- DECISAO CORRETA - RECURSO IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SOMENTE E DE SER
ACOLHIDA SE, SE VERIFICAR DESDE LOGO NULIDADE QUE
DEVERA SER DECLARADA ATE MESMO DE OFICIO,
PORQUANTO NAO SE JUSTIFICARIA SUBMETER O
EXECUTADO A MAIORES ONUS QUANDO LOGO DE INICIO
FOSSE VISTO QUE A EXECUCAO NAO TERIA COMO
PROSPERAR, ANTE A EXISTENCIA DE IRREGULARIDADE
INSANAVEL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160900500 - - JUIZ MARIO RAU -
PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 14/11/00 - Ac.: 13384 - Public.:
01/12/00).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - FIADOR - EXCECAO


DE PRE-EXECUTIVIDADE - NAO CONHECIMENTO - MATERIA DE
EMBARGOS - VIABILIDADE DO CONHECIMENTO - AUSENCIA
DOS REQUISITOS DA EXECUCAO - AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROVIDO.
SEGUNDO CONSTRUCAO DOUTRINARIA E JURISPRUDENCIAL,
POSSIVEL O MANEJO POR PARTE DOS EXECUTADOS DA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, A QUAL DEVERA SER
APRECIADA PELO DOUTO JUIZO, NAO PODENDO POSTERGAR
A APRECIACAO DA QUESTAO PARA OS EMBARGOS.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 137402300 - CURITIBA - JUIZ
CONV. MARQUES CURY - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
01/11/00 - Ac.: 11406 - Public.: 24/11/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - FIADOR - EXCECAO


DE PRE-EXECUTIVIDADE - NAO CONHECIMENTO - MATERIA DE
EMBARGOS - VIABILIDADE DO CONHECIMENTO - AUSENCIA
DOS REQUISITOS DA EXECUCAO - AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROVIDO.
SEGUNDO CONSTRUCAO DOUTRINARIA E JURISPRUDENCIAL,
POSSIVEL O MANEJO POR PARTE DOS EXECUTADOS DA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, A QUAL DEVERA SER
APRECIADA PELO DOUTO JUIZO, NAO PODENDO POSTERGAR
A APRECIACAO DA QUESTAO PARA OS EMBARGOS.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 137402300 - CURITIBA - JUIZ
CONV. MARQUES CURY - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
01/11/00 - Ac.: 11406 - Public.: 24/11/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - INTERPOSTO PEDIDO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTI-VIDADE COM PEDIDO DE ANTECIPACAO DE TUTELA -
OBJECAO DE PRE-EXECUTIV-IDADE ACOLHIDA
PARCIALMENTE PELO JUIZO MONOCRATICO - ARGUICAO DE
CERTEZA, LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE DOS TITULOS
EXEQUENDOS E DE VALIDADE DA CITACAO - RECURSO
IMPROPRIO - AGRAVO NAO CONHECIDO.
"O ACOLHIMENTO DO PEDIDO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, AINDA QUE PARCIAL, POE TERMO TAMBEM
PARCIAL AO PROCESSO DE EXECUCAO, FAZENDO,
DESTARTE, COISA JULGADA FORMAL E, ASSIM, O RECURSO
PROPRIO PARA CONTESTAR O "DECISUM" E O DE APELACAO"
(IN "EXECUCAO CIVIL" - CANDIDO RANGEL DINAMARCO, 3
EDICAO MALHEIROS, 1993, P. 447/448).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160701200 - LARANJEIRAS DO
SUL - JUIZ EDUARDO FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL -
Julg: 23/10/00 - Ac.: 11193 - Public.: 17/11/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO QUE SE


CARACTERIZA COMO SENDO DE MUTUO, E NAO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - LIQUIDEZ DO
TITULO EM QUE SE FUNDA A EXECUCAO - EXCESSO DE
EXECUCAO QUE NAO CONDUZ A ILIQUIDEZ DO TITULO -
POSSIBILIDADE DE ADEQUACAO DA EXECUCAO MEDIANTE
SIMPLES CALCULO DO CONTADOR - MATERIAS QUE DEVEM
SER DEDUZIDAS EM EMBARGOS DE DEVEDOR, E NAO EM
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 162002200 - LONDRINA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 01/11/00 - Ac.: 13365 - Public.: 17/11/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO QUE SE


CARACTERIZA COMO SENDO DE MUTUO, E NAO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - LIQUIDEZ DO
TITULO EM QUE SE FUNDA A EXECUCAO - EXCESSO DE
EXECUCAO QUE NAO CONDUZ A ILIQUIDEZ DO TITULO -
POSSIBILIDADE DE ADEQUACAO DA EXECUCAO MEDIANTE
SIMPLES CALCULO DO CONTADOR - MATERIAS QUE DEVEM
SER DEDUZIDAS EM EMBARGOS DE DEVEDOR, E NAO EM
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 162002200 - LONDRINA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 01/11/00 - Ac.: 13365 - Public.: 17/11/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - INTERPOSTO PEDIDO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE COM PEDIDO DE ANTECIPACAO DE TUTELA -
OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA PARCIAL-
MENTE PELO JUIZO MONOCRATICO - ARGUICAO DE ILIQUIDEZ,
INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE DOS TITULOS EXE-QUENDOS
PLEITO DE REFORMA DA DECISAO PARA QUE SEJA EXTINTO O
PROCESSO EXECUTIVO - INSUBSISTENCIA DAS RAZOES
RECURSAIS - REFORMA DO "DECISUM" POR MOTIVOS
DIVERSOS DOS EXPENDIDOS NO RECURSO - AGRAVO
PROVIDO "EX OFFICIO" - RECURSO PREJUDICADO.
A DUPLICATA SEM ACEITE CARACTERIZA TITULO LIQUIDO,
CERTO E EXIGIVEL SE, CUMULATIVAMENTE, HOUVER
PROTESTO DE DOCUMENTO HABIL QUE COMPROVE A
ENTREGA E O RESPECTIVO RECEBIMENTO DA MERCADORIA.
DESDE QUE A CITACAO EFETIVOU-SE EM PESSOA QUE
APRESENTOU-SE AO MEIRINHO COMO REPRESENTANTE
LEGAL DA EMPRESA, VALIDA E A CITACAO.
O NAO ACOLHIMENTO PARCIAL DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, CONFIGURA DECISAO INTERLOCUTORIA
COM CARATER DECISORIO - E, PARA HOSTILIZA-LA,
APROPRIADO O E O AGRAVO DE INSTRUMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 158515500 - LARANJEIRAS DO
SUL - JUIZ EDUARDO FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL -
Julg: 23/10/00 - Ac.: 11181 - Public.: 17/11/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - INTERPOSTO PEDIDO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTI-VIDADE COM PEDIDO DE ANTECIPACAO DE TUTELA -
OBJECAO DE PRE-EXECUTIV-IDADE ACOLHIDA
PARCIALMENTE PELO JUIZO MONOCRATICO - ARGUICAO DE
CERTEZA, LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE DOS TITULOS
EXEQUENDOS E DE VALIDADE DA CITACAO - RECURSO
IMPROPRIO - AGRAVO NAO CONHECIDO.
"O ACOLHIMENTO DO PEDIDO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, AINDA QUE PARCIAL, POE TERMO TAMBEM
PARCIAL AO PROCESSO DE EXECUCAO, FAZENDO,
DESTARTE, COISA JULGADA FORMAL E, ASSIM, O RECURSO
PROPRIO PARA CONTESTAR O "DECISUM" E O DE APELACAO"
(IN "EXECUCAO CIVIL" - CANDIDO RANGEL DINAMARCO, 3
EDICAO MALHEIROS, 1993, P. 447/448).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160701200 - LARANJEIRAS DO
SUL - JUIZ EDUARDO FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL -
Julg: 23/10/00 - Ac.: 11193 - Public.: 17/11/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE EM ACAO DE INDENIZACAO -
DESCONSIDERACAO DA PESSOA JURIDICA - ALTERACAO DE
CLAUSULA CONTRATUAL EXCLUINDO UM DOS SOCIOS APOS
O JULGAMENTO DA INDENIZACAO INDICIOS DE FRAUDE -
POSSIBILIDADE DA SOCIA QUE ALIENOU AS COTAS SOCIAIS
PERMANECER NO POLO PASSIVO - DECISAO REFORMADA -
RECURSO PROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, CRIACAO DOUTRINARIA,
ADMITIDA PELA JURISPRUDENCIA, CONSTITUI INCIDENTE
DEFENSIVO NA EXECUCAO, LIMITADA SUA ABRANGENCIA A
MATERIA SUSCETIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO OU A
NULIDADE DO TITULO, DEPENDENDO O SEU ACOLHIMENTO
DE PROVA CABAL DO FATO ALEGADO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159142600 - CURITIBA - ROBSON
MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 23/10/00 - Ac.:
11198 - Public.: 17/11/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
ARGUICAO A QUALQUER TEMPO. POSSIBILIDADE. QUESTAO
DE ORDEM PUBLICA, NAO SUJEITA A PRECLUSAO. PENHORA.
NULIDADE.
BENS PENHORADOS, OBJETO DE HIPOTECA EM
DECORRENCIA DE CEDULA DE CREDITO RURAL. VIOLACAO
AO ARTIGO 69 DO DECRETO-LEI 167, DE 14 DE FEVEREIRO DE
1967. PROVA EXCLUSIVAMENTE DOCUMENTAL.
DESNECESSIDADE DE DILACAO PROBATORIA. CABIMENTO DA
EXCECAO.
1. SE HOUVESSE NECESSIDADE DE AMPLA DILACAO
PROBATORIA, SOBRETUDO A PRODUCAO DE PROVA
TESTEMUNHAL OU A REALIZACAO DE PROVA PERICIAL, SO
ATRAVES DOS EMBARGOS A EXECUCAO SERIA POSSIVEL AO
DEVEDOR DEDUZIR SUA DEFESA.
2. TODAVIA, PRETENDENDO O EXECUTADO COMPROVAR A
NULIDADE DA PENHORA MEDIANTE PROVA EXCLUSIVAMENTE
DOCUMENTAL, PRE-CONSTITUIDA, E TRATANDO-SE DE
MATERIA DE ORDEM PUBLICA, NADA IMPEDE QUE O FACA
NOS PROPRIOS AUTOS DE EXECUCAO, ATRAVES DE SIMPLES
PETICAO.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 158736400 - GUARAPUAVA -
FERNANDO WOLFF BODZIAK - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg:
08/11/00 - Ac.: 13388 - Public.: 17/11/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE EM ACAO DE INDENIZACAO -
DESCONSIDERACAO DA PESSOA JURIDICA - ALTERACAO DE
CLAUSULA CONTRATUAL EXCLUINDO UM DOS SOCIOS APOS
O JULGAMENTO DA INDENIZACAO INDICIOS DE FRAUDE -
POSSIBILIDADE DA SOCIA QUE ALIENOU AS COTAS SOCIAIS
PERMANECER NO POLO PASSIVO - DECISAO REFORMADA -
RECURSO PROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, CRIACAO DOUTRINARIA,
ADMITIDA PELA JURISPRUDENCIA, CONSTITUI INCIDENTE
DEFENSIVO NA EXECUCAO, LIMITADA SUA ABRANGENCIA A
MATERIA SUSCETIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO OU A
NULIDADE DO TITULO, DEPENDENDO O SEU ACOLHIMENTO
DE PROVA CABAL DO FATO ALEGADO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159142600 - CURITIBA - ROBSON
MARQUES CURY - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 23/10/00 - Ac.:
11198 - Public.: 17/11/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
ARGUICAO A QUALQUER TEMPO. POSSIBILIDADE. QUESTAO
DE ORDEM PUBLICA, NAO SUJEITA A PRECLUSAO. PENHORA.
NULIDADE.
BENS PENHORADOS, OBJETO DE HIPOTECA EM
DECORRENCIA DE CEDULA DE CREDITO RURAL. VIOLACAO
AO ARTIGO 69 DO DECRETO-LEI 167, DE 14 DE FEVEREIRO DE
1967. PROVA EXCLUSIVAMENTE DOCUMENTAL.
DESNECESSIDADE DE DILACAO PROBATORIA. CABIMENTO DA
EXCECAO.
1. SE HOUVESSE NECESSIDADE DE AMPLA DILACAO
PROBATORIA, SOBRETUDO A PRODUCAO DE PROVA
TESTEMUNHAL OU A REALIZACAO DE PROVA PERICIAL, SO
ATRAVES DOS EMBARGOS A EXECUCAO SERIA POSSIVEL AO
DEVEDOR DEDUZIR SUA DEFESA.
2. TODAVIA, PRETENDENDO O EXECUTADO COMPROVAR A
NULIDADE DA PENHORA MEDIANTE PROVA EXCLUSIVAMENTE
DOCUMENTAL, PRE-CONSTITUIDA, E TRATANDO-SE DE
MATERIA DE ORDEM PUBLICA, NADA IMPEDE QUE O FACA
NOS PROPRIOS AUTOS DE EXECUCAO, ATRAVES DE SIMPLES
PETICAO.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 158736400 - GUARAPUAVA -
FERNANDO WOLFF BODZIAK - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg:
08/11/00 - Ac.: 13388 - Public.: 17/11/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - INTERPOSTO PEDIDO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE COM PEDIDO DE ANTECIPACAO DE TUTELA -
OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA PARCIAL-
MENTE PELO JUIZO MONOCRATICO - ARGUICAO DE ILIQUIDEZ,
INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE DOS TITULOS EXE-QUENDOS
PLEITO DE REFORMA DA DECISAO PARA QUE SEJA EXTINTO O
PROCESSO EXECUTIVO - INSUBSISTENCIA DAS RAZOES
RECURSAIS - REFORMA DO "DECISUM" POR MOTIVOS
DIVERSOS DOS EXPENDIDOS NO RECURSO - AGRAVO
PROVIDO "EX OFFICIO" - RECURSO PREJUDICADO.
A DUPLICATA SEM ACEITE CARACTERIZA TITULO LIQUIDO,
CERTO E EXIGIVEL SE, CUMULATIVAMENTE, HOUVER
PROTESTO DE DOCUMENTO HABIL QUE COMPROVE A
ENTREGA E O RESPECTIVO RECEBIMENTO DA MERCADORIA.
DESDE QUE A CITACAO EFETIVOU-SE EM PESSOA QUE
APRESENTOU-SE AO MEIRINHO COMO REPRESENTANTE
LEGAL DA EMPRESA, VALIDA E A CITACAO.
O NAO ACOLHIMENTO PARCIAL DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, CONFIGURA DECISAO INTERLOCUTORIA
COM CARATER DECISORIO - E, PARA HOSTILIZA-LA,
APROPRIADO O E O AGRAVO DE INSTRUMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 158515500 - LARANJEIRAS DO
SUL - JUIZ EDUARDO FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL -
Julg: 23/10/00 - Ac.: 11181 - Public.: 17/11/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE . CONTRATO BANCARIO.
DESCONTO DE TITULO DE CREDITO. NOTA PROMISSORIA.
NULIDADE MANIFESTA. INOCORRENCIA. INSTRUCAO
PROBATORIA.
INVIABILIDADE. EMBARGOS A EXECUCAO. SENTENCA DE
EXTINCAO. TRANSITO EM JULGADO.
RECURSO DESPROVIDO.
1. OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE REFERE-SE
EXCLUSIVAMENTE AS CONDICOES DA ACAO E AOS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, OS QUAIS SAO E DEVEM SER
ANALISADOS DE OFICIO PELO JUIZ, POSSIBILITANDO A
DOUTRINA E A JURISPRUDENCIA DOMINANTE O SEU MANEJO
EM CASOS TAIS, INDEPENDENTE DE EMBARGOS, DESDE QUE
NAO SE FACA NECESSARIO DILACAO PROBATORIA.
2. A INEPCIA DA INICIAL EXECUTIVA OU A PRESENCA DE
QUALQUER OBICE AO REGULAR EXERCICIO DA JURISDICAO
IN EXECUTIVIS CONSTITUEM MATERIA A SER APRECIADA
PELO JUIZ DA EXECUCAO, DE OFICIO OU MEDIANTE SIMPLES
OBJECAO DO EXECUTADO, A QUALQUER MOMENTO E EM
QUALQUER FASE DO PROCEDIMENTO. DA CIRCUNSTANCIA DE
SER A EXECUCAO COORDENADA A UM RESULTADO PRATICO
E NAO A UM JULGAMENTO, NAO SE DEVE INFERIR QUE O JUIZ
NAO PROFIRA, NO PROCESSO EXECUTIVO, VERDADEIROS
JULGAMENTOS, NECESSARIOS ESCOIMA-LO DE
IRREGULARIDADES FORMAIS E A EVITAR EXECUCOES NAO
DESEJADAS PELA ORDEM PUBLICA. A RECUSA A JULGAR
QUESTOES DESSA ORDEM NO PROCESSO EXECUTIVO
CONSTITUIRIA NEGATIVA DO POSTULADO DA PLENA
APLICACAO DA GARANTIA CONSTITUCIONAL DO
CONTRADITORIO A ESSE PROCESSO. E PRECISO DEBELAR O
MITO DOS EMBARGOS, QUE LEVA OS JUIZES A UMA ATITUDE
DE ESPERA, POSTERGANDO O CONHECIMENTO DE
QUESTOES QUE PODERIAM E DEVERIAM TER SIDO
LEVANTADAS E CONHECIDAS LIMINARMENTE, OU TALVEZ
CONDICIONANDO O SEU CONHECIMENTO A OPOSICAO
DESTES. DOS FUNDAMENTOS DOS EMBARGOS, MUITO
POUCOS SAO OS QUE O JUIZ NAO PODE CONHECER DE
OFICIO, NA PROPRIA EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 162365400 - PATO BRANCO -
JUIZ CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA
CIVEL - Julg: 25/10/00 - Ac.: 13327 - Public.: 10/11/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO


DE TITULO JUDICIAL. FIANCA. AUSENCIA DE OUTORGA
UXORIA.
NULIDADE ABSOLUTA. LEGITIMIDADE DA CONJUGE VAROA.
EXCECAO (OBJECAO) DE PRE-EXECUTIVIDADE.
RECURSO PROVIDO.
1. A FIANCA PRESTADA PELO MARIDO SEM O
CONSENTIMENTO DA MULHER E NULA E NAO SIMPLESMENTE
ANULAVEL, VISTO INFRINGIR PRECEITO DE NATUREZA
COGENTE, DEIXANDO DE PRODUZIR QUALQUER EFEITO
MESMO EM RELACAO A MEACAO DO CONJUGE-FIADOR.
2. A NULIDADE DA FIANCA POR FALTA DE OUTORGA UXORIA
NAO PODE SER LEVANTADA PELO PROPRIO FIADOR, NA
MEDIDA EM QUE E SUA OBRIGACAO PROVIDENCIAR A
ASSINATURA DA ESPOSA OU, CASO ESTA NAO CONCORDE,
DEVE ELE SE ABSTER DE PRESTAR FIANCA, TENDO
LEGITIMIDADE A MULHER PARA PROPOR EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159504600 - CURITIBA - JUIZ
CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 25/10/00 - Ac.: 13326 - Public.: 10/11/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO


DE TITULO JUDICIAL. FIANCA. AUSENCIA DE OUTORGA
UXORIA.
NULIDADE ABSOLUTA. LEGITIMIDADE DA CONJUGE VAROA.
EXCECAO (OBJECAO) DE PRE-EXECUTIVIDADE.
RECURSO PROVIDO.
1. A FIANCA PRESTADA PELO MARIDO SEM O
CONSENTIMENTO DA MULHER E NULA E NAO SIMPLESMENTE
ANULAVEL, VISTO INFRINGIR PRECEITO DE NATUREZA
COGENTE, DEIXANDO DE PRODUZIR QUALQUER EFEITO
MESMO EM RELACAO A MEACAO DO CONJUGE-FIADOR.
2. A NULIDADE DA FIANCA POR FALTA DE OUTORGA UXORIA
NAO PODE SER LEVANTADA PELO PROPRIO FIADOR, NA
MEDIDA EM QUE E SUA OBRIGACAO PROVIDENCIAR A
ASSINATURA DA ESPOSA OU, CASO ESTA NAO CONCORDE,
DEVE ELE SE ABSTER DE PRESTAR FIANCA, TENDO
LEGITIMIDADE A MULHER PARA PROPOR EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159504600 - CURITIBA - JUIZ
CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 25/10/00 - Ac.: 13326 - Public.: 10/11/00).

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PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO
DE TITULO JUDICIAL. FIANCA. AUSENCIA DE OUTORGA
UXORIA.
NULIDADE ABSOLUTA. LEGITIMIDADE DA CONJUGE VAROA.
EXCECAO (OBJECAO) DE PRE-EXECUTIVIDADE.
RECURSO PROVIDO.
1. A FIANCA PRESTADA PELO MARIDO SEM O
CONSENTIMENTO DA MULHER E NULA E NAO SIMPLESMENTE
ANULAVEL, VISTO INFRINGIR PRECEITO DE NATUREZA
COGENTE, DEIXANDO DE PRODUZIR QUALQUER EFEITO
MESMO EM RELACAO A MEACAO DO CONJUGE-FIADOR.
2. A NULIDADE DA FIANCA POR FALTA DE OUTORGA UXORIA
NAO PODE SER LEVANTADA PELO PROPRIO FIADOR, NA
MEDIDA EM QUE E SUA OBRIGACAO PROVIDENCIAR A
ASSINATURA DA ESPOSA OU, CASO ESTA NAO CONCORDE,
DEVE ELE SE ABSTER DE PRESTAR FIANCA, TENDO
LEGITIMIDADE A MULHER PARA PROPOR EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159504600 - CURITIBA - JUIZ
CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 25/10/00 - Ac.: 13326 - Public.: 10/11/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE . CONTRATO BANCARIO.
DESCONTO DE TITULO DE CREDITO. NOTA PROMISSORIA.
NULIDADE MANIFESTA. INOCORRENCIA. INSTRUCAO
PROBATORIA.
INVIABILIDADE. EMBARGOS A EXECUCAO. SENTENCA DE
EXTINCAO. TRANSITO EM JULGADO.
RECURSO DESPROVIDO.
1. OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE REFERE-SE
EXCLUSIVAMENTE AS CONDICOES DA ACAO E AOS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, OS QUAIS SAO E DEVEM SER
ANALISADOS DE OFICIO PELO JUIZ, POSSIBILITANDO A
DOUTRINA E A JURISPRUDENCIA DOMINANTE O SEU MANEJO
EM CASOS TAIS, INDEPENDENTE DE EMBARGOS, DESDE QUE
NAO SE FACA NECESSARIO DILACAO PROBATORIA.
2. A INEPCIA DA INICIAL EXECUTIVA OU A PRESENCA DE
QUALQUER OBICE AO REGULAR EXERCICIO DA JURISDICAO
IN EXECUTIVIS CONSTITUEM MATERIA A SER APRECIADA
PELO JUIZ DA EXECUCAO, DE OFICIO OU MEDIANTE SIMPLES
OBJECAO DO EXECUTADO, A QUALQUER MOMENTO E EM
QUALQUER FASE DO PROCEDIMENTO. DA CIRCUNSTANCIA DE
SER A EXECUCAO COORDENADA A UM RESULTADO PRATICO
E NAO A UM JULGAMENTO, NAO SE DEVE INFERIR QUE O JUIZ
NAO PROFIRA, NO PROCESSO EXECUTIVO, VERDADEIROS
JULGAMENTOS, NECESSARIOS ESCOIMA-LO DE
IRREGULARIDADES FORMAIS E A EVITAR EXECUCOES NAO
DESEJADAS PELA ORDEM PUBLICA. A RECUSA A JULGAR
QUESTOES DESSA ORDEM NO PROCESSO EXECUTIVO
CONSTITUIRIA NEGATIVA DO POSTULADO DA PLENA
APLICACAO DA GARANTIA CONSTITUCIONAL DO
CONTRADITORIO A ESSE PROCESSO. E PRECISO DEBELAR O
MITO DOS EMBARGOS, QUE LEVA OS JUIZES A UMA ATITUDE
DE ESPERA, POSTERGANDO O CONHECIMENTO DE
QUESTOES QUE PODERIAM E DEVERIAM TER SIDO
LEVANTADAS E CONHECIDAS LIMINARMENTE, OU TALVEZ
CONDICIONANDO O SEU CONHECIMENTO A OPOSICAO
DESTES. DOS FUNDAMENTOS DOS EMBARGOS, MUITO
POUCOS SAO OS QUE O JUIZ NAO PODE CONHECER DE
OFICIO, NA PROPRIA EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 162365400 - PATO BRANCO -
JUIZ CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA
CIVEL - Julg: 25/10/00 - Ac.: 13327 - Public.: 10/11/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE
INACOLHIDA.
ALEGACAO DE ILIQUIDEZ E INEXIGIBILIDADE DO TITULO.
APRECIACAO APOS INSTRUCAO PROBATORIA. DISCUSSAO EM
SEDE DE EMBARGOS. DECISAO MANTIDA.
RECURSO IMPROVIDO.
1- O ACOLHIMENTO SUMARIO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE SOMENTE E POSSIVEL QUANDO EM
QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO TITULO,
ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO;
2- PRESCINDINDO DE COMPROVACAO AS ALEGACOES DE
ILIQUIDEZ E INEXIGIBILIDADE DO TITULO EM EXECUCAO, HA
QUE SER LEVADA A DISCUSSAO AOS EMBARGOS, ONDE E
POSSIVEL O CONTRADITORIO E A DILACAO PROBATORIA
PARA A FORMACAO DO CONVENCIMENTO DO JUIZ.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 161230200 - CURITIBA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 09/10/00 - Ac.:
11603 - Public.: 27/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE
INACOLHIDA.
ALEGACAO DE ILIQUIDEZ E INEXIGIBILIDADE DO TITULO.
APRECIACAO APOS INSTRUCAO PROBATORIA. DISCUSSAO EM
SEDE DE EMBARGOS. DECISAO MANTIDA.
RECURSO IMPROVIDO.
1- O ACOLHIMENTO SUMARIO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE SOMENTE E POSSIVEL QUANDO EM
QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO TITULO,
ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO;
2- PRESCINDINDO DE COMPROVACAO AS ALEGACOES DE
ILIQUIDEZ E INEXIGIBILIDADE DO TITULO EM EXECUCAO, HA
QUE SER LEVADA A DISCUSSAO AOS EMBARGOS, ONDE E
POSSIVEL O CONTRADITORIO E A DILACAO PROBATORIA
PARA A FORMACAO DO CONVENCIMENTO DO JUIZ.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 161230200 - CURITIBA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 09/10/00 - Ac.:
11603 - Public.: 27/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. EMBARGOS A EXECUCAO.


INFORMACAO DE INTERPOSICAO DAS DUAS ACOES.
DISCUSSAO DA MESMA MATERIA.
SE O DOUTOR JUIZ SINGULAR INFORMOU QUE A PARTE
INTERESSADA INGRESSOU COM AS DUAS ACOES (EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE E EMBARGOS A EXECUCAO), NAS
QUAIS SE DISCUTE MATERIA IDENTICA, TEM-SE QUE O
RECURSO FICOU PREJUDICADO.
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157320200 - CASTRO - JUIZ
CONV. JUCIMAR NOVOCHADLO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg:
25/09/00 - Ac.: 10683 - Public.: 20/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE. CREDITO ROTATIVO COM
MOVIMENTACAO DO DEBITO EM CONTA CORRENTE, COM
JUROS VARIAVEIS MENSALMENTE E O VENCIMENTO
AUTOMATICAMENTE PRORROGAVEL.
NAO CONFIGURADO. CONTRATO DE MUTUO. IMPORTANCIA
CREDITADA NA CONTA DE UMA SO VEZ. JUROS E
VENCIMENTO PRE-FIXADOS. CARACTERIZADO. DESTINACAO
DADA A QUANTIA RECEBIDA A TITULO DE EMPRESTIMO
PELOS DEVEDORES, E DE SOMENOS IMPORTANCIA.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159368000 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 27/09/00 - Ac.:
11263 - Public.: 20/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE. CREDITO ROTATIVO COM
MOVIMENTACAO DO DEBITO EM CONTA CORRENTE, COM
JUROS VARIAVEIS MENSALMENTE E O VENCIMENTO
AUTOMATICAMENTE PRORROGAVEL.
NAO CONFIGURADO. CONTRATO DE MUTUO. IMPORTANCIA
CREDITADA NA CONTA DE UMA SO VEZ. JUROS E
VENCIMENTO PRE-FIXADOS. CARACTERIZADO. DESTINACAO
DADA A QUANTIA RECEBIDA A TITULO DE EMPRESTIMO
PELOS DEVEDORES, E DE SOMENOS IMPORTANCIA.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159368000 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 27/09/00 - Ac.:
11263 - Public.: 20/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. EMBARGOS A EXECUCAO.


INFORMACAO DE INTERPOSICAO DAS DUAS ACOES.
DISCUSSAO DA MESMA MATERIA.
SE O DOUTOR JUIZ SINGULAR INFORMOU QUE A PARTE
INTERESSADA INGRESSOU COM AS DUAS ACOES (EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE E EMBARGOS A EXECUCAO), NAS
QUAIS SE DISCUTE MATERIA IDENTICA, TEM-SE QUE O
RECURSO FICOU PREJUDICADO.
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157320200 - CASTRO - JUIZ
CONV. JUCIMAR NOVOCHADLO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg:
25/09/00 - Ac.: 10683 - Public.: 20/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. NAO OPOSICAO DE


EMBARGOS. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. ALEGADO
EXCESSO DE EXE-CUCAO. MATERIA QUE NAO PODE SER
APRE-CIADA NO INCIDENTE ELEITO.
1. A OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, CRIACAO DA
DOUTRINA, TEM POR FINALIDADE EXCLUSIVA ALERTAR O JUIZ
CONDUTOR DO FEITO DA INADMISSIBILIDADE DO PROCESSO
EXECUTIVO POR AUSENCIA DE CONDICOES DA ACAO OU DE
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, MATE-RIAS QUE SAO DE
CONHECIMENTO OFICIOSO.
2. O ALEGADO EXCESSO DE EXECUCAO NAO PODE SER
LEVANTADO EM TAL INCIDENTE, PORQUANTO NAO TEM O
CONDAO DE EXTINGUIR A COBRANCA FORCADA, DEVENDO O
PROCESSO PROSSEGUIR PELO VALOR EFETIVAMENTE
DEVIDO.
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160748500 - APUCARANA - JUIZ
CRISTO PEREIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 27/09/00 -
Ac.: 13183 - Public.: 06/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
CONTRATO DE EMPRESTIMO EM CONTA CORRENTE. VICIO
INEXISTENTE.
MATERIA A SER DEDUZIDA EM EMBARGOS. PRE-EXISTENCIA
DE ACAO REVISIONAL. IRRELEVANTE.
RECURSO NAO PROVIDO.
1- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO;
2- TRATANDO-SE DE CONTRATO ASSINADO PELO DEVEDOR E
POR DUAS TESTEMUNHAS NOS TERMOS DO ARTIGO 585, II DO
CODIGO DE PROCESSO CIVIL, E TITULO EXECUTIVO.
3- INCONTROVERSA A EXISTENCIA DO CONTRATO DE
EMPRESTIMO, A IMPUGNACAO AOS ENCARGOS ACRESCIDOS
AO MONTANTE DA DIVIDA, EMBORA POSTULADA VIA
ORDINARIA, NAO DISPENSA O DEVEDOR DE FAZE-LA EM SEDE
DE EMBARGOS A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157640900 - CASCAVEL - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 25/09/00 - Ac.:
11487 - Public.: 06/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL LASTREADA EM INSTRUMENTO PARTICULAR
DE CONFISSAO, COMPOSICAO DE DIVIDA, DERIVADA DE
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE (SUPER CHEQUE) - ILIQUIDEZ, INCERTEZA E
INEXIGIBILIDADE DO TITULO ARGUIDAS ATRAVES DE
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE POSSIBILIDADE - VIA
ADEQUADA - DESNECESSIDADE DE OPOSICAO DE EMBARGOS
DO DEVEDOR - CARENCIA DE ACAO (ARTIGO 618, INCISO I DO
CPC) - MATERIA DE ORDEM PUBLICA QUE PODE E DEVE SER
RECONHECIDA ATE MESMO DE OFICIO PELO JULGADOR
MONOCRATICO, SENDO DESNECESSARIA A OPOSICAO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR - DECISAO CASSADA PARA QUE
OUTRA SEJA PROFERIDA, A FIM QUE SEJAM APRECIADOS OS
FATOS ALEGADOS PELOS EXECUTADOS - RECURSO PROVIDO
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152691600 - FRANCISCO
BELTRAO - JUIZ CLAYTON CAMARGO - QUARTA CAMARA
CIVEL - Julg: 27/09/00 - Ac.: 13205 - Public.: 06/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARATER
EXCEPCIONAL - DUPLICATAS SEM ACEITE E NAO
PROTESTADAS - FIANCA DE OBRIGACAO FUTURA -
DUPLICATAS QUE NAO DAO EXECUCAO - GARANTIA SEM VIDA
PROPRIA IMPOSSIBILIDADE DO PROSSEGUIMENTO DA
EXECUCAO CONTRA OS FIADORES - POSICAO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL E DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA -
RECURSO PROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE RESULTA DE
CONSTRUCAO DOUTRINARIO-JURISPRUDENCIAL E E
ADMISSIVEL EM CARATER EXCEPCIONAL, V. G., QUANDO A
EXECUCAO NAO ESTA APARELHADA COM TITULO QUE A
LEGITIME.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO (STJ).
TRATANDO-SE DE FIANCA DE OBRIGACAO FUTURA,
SUBSUME-SE A SORTE DESTA: SE O TITULO GARANTIDO
(DUPLICATA) NAO DA EXECUCAO CONTRA O DEVEDOR
PRINCIPAL, POR NAO SE AJUSTAR A HIPOTESE
CONTEMPLADA PELO INCISO II DO ARTIGO 15 DA LEI N.
5.474/68, TAMPOUCO O CREDOR A TERA CONTRA O GARANTE,
PORQUE A FIANCA, SENDO ESPECIE DO GENERO CAUCAO,
NAO TEM VIDA PROPRIA. NESSE CASO, A DECISAO
PROCLAMANDO A INEXISTENCIA DE TITULO EXEQUIVEL
CONTRA O DEVEDOR PRINCIPAL ALCANCA OS FIADORES,
MESMO SE PROFERIDA EM SEDE DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
COMO JA ASSENTADO PELA CORTE, A "CARTA DE FIANCA,
POR SI, NAO CONSTITUI TITULO EXECUTIVO. INDISPENSAVEL
QUE A OBRIGACAO PRINCIPAL ESTEJA CONSUBSTANCIADA
EM TITULO COM AQUELA QUALIDADE" (STJ).
DUPLICATAS. TITULOS NAO ACEITOS, NEM PROTESTADOS
TORNAM IMPOSSIVEL O PROCESSO DE EXECUCAO CONTRA O
PROPRIO SACADO, POIS NAO REPRESENTAM DIVIDA LIQUIDA
E CERTA. EM CONSEQUENCIA, NAO E ADEQUADA A VIA
EXECUTIVA PARA A SUA COBRANCA DO FIADOR (STF).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159215400 - LONDRINA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 25/09/00 - Ac.:
10667 - Public.: 06/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. NAO OPOSICAO DE


EMBARGOS. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. ALEGADO
EXCESSO DE EXE-CUCAO. MATERIA QUE NAO PODE SER
APRE-CIADA NO INCIDENTE ELEITO.
1. A OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, CRIACAO DA
DOUTRINA, TEM POR FINALIDADE EXCLUSIVA ALERTAR O JUIZ
CONDUTOR DO FEITO DA INADMISSIBILIDADE DO PROCESSO
EXECUTIVO POR AUSENCIA DE CONDICOES DA ACAO OU DE
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, MATE-RIAS QUE SAO DE
CONHECIMENTO OFICIOSO.
2. O ALEGADO EXCESSO DE EXECUCAO NAO PODE SER
LEVANTADO EM TAL INCIDENTE, PORQUANTO NAO TEM O
CONDAO DE EXTINGUIR A COBRANCA FORCADA, DEVENDO O
PROCESSO PROSSEGUIR PELO VALOR EFETIVAMENTE
DEVIDO.
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160748500 - APUCARANA - JUIZ
CRISTO PEREIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 27/09/00 -
Ac.: 13183 - Public.: 06/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO,
NAO SE PRESTANDO PARA APONTAR POSSIVEL EXCESSO DE
EXECUCAO OU UTILIZACAO DE INDEXADOR MONETARIO
IMPRESTAVEL PARA ATUALIZACAO MONETARIA DO DEBITO,
OU MESMO OUTRAS QUESTOES QUE DEVEM SER ICADAS EM
SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160031500 - NOVA FATIMA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 19/09/00 - Ac.:
13154 - Public.: 06/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL LASTREADA EM INSTRUMENTO PARTICULAR
DE CONFISSAO, COMPOSICAO DE DIVIDA, DERIVADA DE
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE (SUPER CHEQUE) - ILIQUIDEZ, INCERTEZA E
INEXIGIBILIDADE DO TITULO ARGUIDAS ATRAVES DE
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE POSSIBILIDADE - VIA
ADEQUADA - DESNECESSIDADE DE OPOSICAO DE EMBARGOS
DO DEVEDOR - CARENCIA DE ACAO (ARTIGO 618, INCISO I DO
CPC) - MATERIA DE ORDEM PUBLICA QUE PODE E DEVE SER
RECONHECIDA ATE MESMO DE OFICIO PELO JULGADOR
MONOCRATICO, SENDO DESNECESSARIA A OPOSICAO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR - DECISAO CASSADA PARA QUE
OUTRA SEJA PROFERIDA, A FIM QUE SEJAM APRECIADOS OS
FATOS ALEGADOS PELOS EXECUTADOS - RECURSO PROVIDO
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152691600 - FRANCISCO
BELTRAO - JUIZ CLAYTON CAMARGO - QUARTA CAMARA
CIVEL - Julg: 27/09/00 - Ac.: 13205 - Public.: 06/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
CONTRATO DE EMPRESTIMO EM CONTA CORRENTE. VICIO
INEXISTENTE.
MATERIA A SER DEDUZIDA EM EMBARGOS. PRE-EXISTENCIA
DE ACAO REVISIONAL. IRRELEVANTE.
RECURSO NAO PROVIDO.
1- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO;
2- TRATANDO-SE DE CONTRATO ASSINADO PELO DEVEDOR E
POR DUAS TESTEMUNHAS NOS TERMOS DO ARTIGO 585, II DO
CODIGO DE PROCESSO CIVIL, E TITULO EXECUTIVO.
3- INCONTROVERSA A EXISTENCIA DO CONTRATO DE
EMPRESTIMO, A IMPUGNACAO AOS ENCARGOS ACRESCIDOS
AO MONTANTE DA DIVIDA, EMBORA POSTULADA VIA
ORDINARIA, NAO DISPENSA O DEVEDOR DE FAZE-LA EM SEDE
DE EMBARGOS A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157640900 - CASCAVEL - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 25/09/00 - Ac.:
11487 - Public.: 06/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO,
NAO SE PRESTANDO PARA APONTAR POSSIVEL EXCESSO DE
EXECUCAO OU UTILIZACAO DE INDEXADOR MONETARIO
IMPRESTAVEL PARA ATUALIZACAO MONETARIA DO DEBITO,
OU MESMO OUTRAS QUESTOES QUE DEVEM SER ICADAS EM
SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160031500 - NOVA FATIMA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 19/09/00 - Ac.:
13154 - Public.: 06/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARATER
EXCEPCIONAL - DUPLICATAS SEM ACEITE E NAO
PROTESTADAS - FIANCA DE OBRIGACAO FUTURA -
DUPLICATAS QUE NAO DAO EXECUCAO - GARANTIA SEM VIDA
PROPRIA IMPOSSIBILIDADE DO PROSSEGUIMENTO DA
EXECUCAO CONTRA OS FIADORES - POSICAO DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL E DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA -
RECURSO PROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE RESULTA DE
CONSTRUCAO DOUTRINARIO-JURISPRUDENCIAL E E
ADMISSIVEL EM CARATER EXCEPCIONAL, V. G., QUANDO A
EXECUCAO NAO ESTA APARELHADA COM TITULO QUE A
LEGITIME.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO (STJ).
TRATANDO-SE DE FIANCA DE OBRIGACAO FUTURA,
SUBSUME-SE A SORTE DESTA: SE O TITULO GARANTIDO
(DUPLICATA) NAO DA EXECUCAO CONTRA O DEVEDOR
PRINCIPAL, POR NAO SE AJUSTAR A HIPOTESE
CONTEMPLADA PELO INCISO II DO ARTIGO 15 DA LEI N.
5.474/68, TAMPOUCO O CREDOR A TERA CONTRA O GARANTE,
PORQUE A FIANCA, SENDO ESPECIE DO GENERO CAUCAO,
NAO TEM VIDA PROPRIA. NESSE CASO, A DECISAO
PROCLAMANDO A INEXISTENCIA DE TITULO EXEQUIVEL
CONTRA O DEVEDOR PRINCIPAL ALCANCA OS FIADORES,
MESMO SE PROFERIDA EM SEDE DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
COMO JA ASSENTADO PELA CORTE, A "CARTA DE FIANCA,
POR SI, NAO CONSTITUI TITULO EXECUTIVO. INDISPENSAVEL
QUE A OBRIGACAO PRINCIPAL ESTEJA CONSUBSTANCIADA
EM TITULO COM AQUELA QUALIDADE" (STJ).
DUPLICATAS. TITULOS NAO ACEITOS, NEM PROTESTADOS
TORNAM IMPOSSIVEL O PROCESSO DE EXECUCAO CONTRA O
PROPRIO SACADO, POIS NAO REPRESENTAM DIVIDA LIQUIDA
E CERTA. EM CONSEQUENCIA, NAO E ADEQUADA A VIA
EXECUTIVA PARA A SUA COBRANCA DO FIADOR (STF).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159215400 - LONDRINA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 25/09/00 - Ac.:
10667 - Public.: 06/10/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARATER
EXCEPCIONAL - DUPLICATAS NAO ACEITAS E NAO
PROTESTADAS - INEXISTENCIA DE TITULO EXECUTIVO
EXTINCAO DO PROCESSO QUANTO AO SACADO -
POSSIBILIDADE RECURSO CABIVEL -DESPROVIMENTO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE RESULTA DE
CONSTRUCAO DOUTRINARIO-JURISPRUDENCIAL E E
ADMISSIVEL EM CARATER EXCEPCIONAL, V. G., QUANDO A
EXECUCAO NAO ESTA APARELHADA COM TITULO QUE A
LEGITIME; NAO SE AJUSTANDO A HIPOTESE CONTEMPLADA
PELO INCISO II DO ARTIGO 15 DA LEI N. 5.474/68, MERECE
GUARIDA A ARGUICAO.
EM SE TRATANDO DE DUPLICATA OU TRIPLICATA NAO
ACEITA, A LEI EXIGE, PARA QUE A MESMA TENHA FORCA
EXECUTIVA, QUE HAJA SIDO PROTESTADA, ESTEJA
ACOMPANHADA DE DOCUMENTO HABIL COMPROBATORIO DA
ENTREGA E RECEBIMENTO DA MERCADORIA, E QUE O
SACADO NAO TENHA, COMPROVADAMENTE, RECUSADO O
ACEITE, NO PRAZO, NAS CONDICOES E PELOS MOTIVOS QUE
A LEI PERMITE SER FEITA TAL RECUSA (FRAN MARTINS).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159040700 - LONDRINA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 11/09/00 - Ac.:
10624 - Public.: 29/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE ATIVA "AD CAUSAM".
NULIDADE. INOCORRENCIA. RECURSO DESPROVIDO.
"NAO DEVE SER DECLARADA NULIDADE QUANDO A PARTE A
QUEM POSSA FAVORECER PARA ELA CONTRIBUIU, E SE
ABSTEVE DE QUALQUER IMPUGNACAO, NO CURSO DA
DEMANDA, RELATIVAMENTE AO DEVIDO PROCESSO LEGAL."
RECURSO QUE NAO MERECE PROVIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 156903700 - LONDRINA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 13/09/00 -
Ac.: 11218 - Public.: 29/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARATER
EXCEPCIONAL - DUPLICATAS NAO ACEITAS E NAO
PROTESTADAS - INEXISTENCIA DE TITULO EXECUTIVO
EXTINCAO DO PROCESSO QUANTO AO SACADO -
POSSIBILIDADE RECURSO CABIVEL -DESPROVIMENTO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE RESULTA DE
CONSTRUCAO DOUTRINARIO-JURISPRUDENCIAL E E
ADMISSIVEL EM CARATER EXCEPCIONAL, V. G., QUANDO A
EXECUCAO NAO ESTA APARELHADA COM TITULO QUE A
LEGITIME; NAO SE AJUSTANDO A HIPOTESE CONTEMPLADA
PELO INCISO II DO ARTIGO 15 DA LEI N. 5.474/68, MERECE
GUARIDA A ARGUICAO.
EM SE TRATANDO DE DUPLICATA OU TRIPLICATA NAO
ACEITA, A LEI EXIGE, PARA QUE A MESMA TENHA FORCA
EXECUTIVA, QUE HAJA SIDO PROTESTADA, ESTEJA
ACOMPANHADA DE DOCUMENTO HABIL COMPROBATORIO DA
ENTREGA E RECEBIMENTO DA MERCADORIA, E QUE O
SACADO NAO TENHA, COMPROVADAMENTE, RECUSADO O
ACEITE, NO PRAZO, NAS CONDICOES E PELOS MOTIVOS QUE
A LEI PERMITE SER FEITA TAL RECUSA (FRAN MARTINS).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159040700 - LONDRINA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 11/09/00 - Ac.:
10624 - Public.: 29/09/00).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE ATIVA "AD CAUSAM".
NULIDADE. INOCORRENCIA. RECURSO DESPROVIDO.
"NAO DEVE SER DECLARADA NULIDADE QUANDO A PARTE A
QUEM POSSA FAVORECER PARA ELA CONTRIBUIU, E SE
ABSTEVE DE QUALQUER IMPUGNACAO, NO CURSO DA
DEMANDA, RELATIVAMENTE AO DEVIDO PROCESSO LEGAL."
RECURSO QUE NAO MERECE PROVIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 156903700 - LONDRINA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 13/09/00 -
Ac.: 11218 - Public.: 29/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ALEGACAO DE NULIDADE


DOS ATOS PROCESSUAIS PRATICADOS POR ADVOGADO, QUE
TEVE SUA INSCRICAO NA OAB CANCELADA - REJEICAO -
APROVEITAMENTO DOS ATOS PROCESSUAIS E ECONOMIA
PROCESSUAL - AUSENCIA DE PREJUIZO - RECURSO
DESPROVIDO.
"CONQUANTO A LEI ESPECIAL ROTULE COMO NULOS OS
ATOS PRATICADOS NO PROCESSO POR ADVOGADOS
IMPEDIDOS DE ADVOGAR, A EXEGESE DESSA NORMA DEVE
SER FEITA NO CONTEXTO DO SISTEMA DAS NULIDADES
DISCIPLINADAS PELO CODIGO DE PROCESSO CIVIL, QUE SE
ORIENTA NO SENTIDO DE APROVEITAR AO MAXIMO OS ATOS
PROCESSUAIS, EXIGINDO A COMPROVACAO DO PREJUIZO
PROCESSUAL PARA A NULIDADE DO ATO. (RESP. N 93.566-DF)
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159330600 - PARANAVAI - JUIZ
DOMINGOS RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 05/09/00
- Ac.: 13558 - Public.: 22/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO


DE TITULO EXTRAJUDICIAL. MUTUO BANCARIO E NOTA
PROMISSORIA VINCULADA. AVAL. RESPONSABILIDADE
SOLIDARIA. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. AUSENCIA DE
PODERES DO MANDATARIO DOS AVALISTAS. VIA INCIDENTAL
INADEQUADA.
RECURSO DESPROVIDO 1. OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REFERE-SE EXCLUSIVAMENTE AS CONDICOES DA ACAO E
AOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, OS QUAIS SAO E DEVEM
SER ANALISADOS DE OFICIO PELO JUIZ, POSSIBILITANDO A
DOUTRINA E A JURISPRUDENCIA DOMINANTE O SEU MANEJO
EM CASOS TAIS, INDEPENDENTE DE EMBARGOS, DESDE QUE
NAO SE FACA NECESSARIO DILACAO PROBATORIA.
2. A INEPCIA DA INICIAL EXECUTIVA OU A PRESENCA DE
QUALQUER OBICE AO REGULAR EXERCICIO DA JURISDICAO
IN EXECUTIVIS CONSTITUEM MATERIA A SER APRECIADA
PELO JUIZ DA EXECUCAO, DE OFICIO OU MEDIANTE SIMPLES
OBJECAO DO EXECUTADO, A QUALQUER MOMENTO E EM
QUALQUER FASE DO PROCEDIMENTO. DA CIRCUNSTANCIA DE
SER A EXECUCAO COORDENADA A UM RESULTADO PRATICO
E NAO A UM JULGAMENTO, NAO SE DEVE INFERIR QUE O JUIZ
NAO PROFIRA, NO PROCESSO EXECUTIVO, VERDADEIROS
JULGAMENTOS, NECESSARIOS ESCOIMA-LO DE
IRREGULARIDADES FORMAIS E A EVITAR EXECUCOES NAO
DESEJADAS PELA ORDEM PUBLICA. A RECUSA A JULGAR
QUESTOES DESSA ORDEM NO PROCESSO EXECUTIVO
CONSTITUIRIA NEGATIVA DO POSTULADO DA PLENA
APLICACAO DA GARANTIA CONSTITUCIONAL DO
CONTRADITORIO A ESSE PROCESSO. E PRECISO DEBELAR O
MITO DOS EMBARGOS, QUE LEVA OS JUIZES A UMA ATITUDE
DE ESPERA, POSTERGANDO O CONHECIMENTO DE
QUESTOES QUE PODERIAM E DEVERIAM TER SIDO
LEVANTADAS E CONHECIDAS LIMINARMENTE, OU TALVEZ
CONDICIONANDO O SEU CONHECIMENTO A OPOSICAO
DESTES. DOS FUNDAMENTOS DOS EMBARGOS, MUITO
POUCOS SAO OS QUE O JUIZ NAO PODE CONHECER DE
OFICIO, NA PROPRIA EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 151126000 - GOIOERE - JUIZ
CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - QUARTA CAMARA CIVEL -
Julg: 06/09/00 - Ac.: 13114 - Public.: 22/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO


DE TITULO EXTRAJUDICIAL. MUTUO BANCARIO E NOTA
PROMISSORIA VINCULADA. AVAL. RESPONSABILIDADE
SOLIDARIA. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. AUSENCIA DE
PODERES DO MANDATARIO DOS AVALISTAS. VIA INCIDENTAL
INADEQUADA.
RECURSO DESPROVIDO 1. OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REFERE-SE EXCLUSIVAMENTE AS CONDICOES DA ACAO E
AOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, OS QUAIS SAO E DEVEM
SER ANALISADOS DE OFICIO PELO JUIZ, POSSIBILITANDO A
DOUTRINA E A JURISPRUDENCIA DOMINANTE O SEU MANEJO
EM CASOS TAIS, INDEPENDENTE DE EMBARGOS, DESDE QUE
NAO SE FACA NECESSARIO DILACAO PROBATORIA.
2. A INEPCIA DA INICIAL EXECUTIVA OU A PRESENCA DE
QUALQUER OBICE AO REGULAR EXERCICIO DA JURISDICAO
IN EXECUTIVIS CONSTITUEM MATERIA A SER APRECIADA
PELO JUIZ DA EXECUCAO, DE OFICIO OU MEDIANTE SIMPLES
OBJECAO DO EXECUTADO, A QUALQUER MOMENTO E EM
QUALQUER FASE DO PROCEDIMENTO. DA CIRCUNSTANCIA DE
SER A EXECUCAO COORDENADA A UM RESULTADO PRATICO
E NAO A UM JULGAMENTO, NAO SE DEVE INFERIR QUE O JUIZ
NAO PROFIRA, NO PROCESSO EXECUTIVO, VERDADEIROS
JULGAMENTOS, NECESSARIOS ESCOIMA-LO DE
IRREGULARIDADES FORMAIS E A EVITAR EXECUCOES NAO
DESEJADAS PELA ORDEM PUBLICA. A RECUSA A JULGAR
QUESTOES DESSA ORDEM NO PROCESSO EXECUTIVO
CONSTITUIRIA NEGATIVA DO POSTULADO DA PLENA
APLICACAO DA GARANTIA CONSTITUCIONAL DO
CONTRADITORIO A ESSE PROCESSO. E PRECISO DEBELAR O
MITO DOS EMBARGOS, QUE LEVA OS JUIZES A UMA ATITUDE
DE ESPERA, POSTERGANDO O CONHECIMENTO DE
QUESTOES QUE PODERIAM E DEVERIAM TER SIDO
LEVANTADAS E CONHECIDAS LIMINARMENTE, OU TALVEZ
CONDICIONANDO O SEU CONHECIMENTO A OPOSICAO
DESTES. DOS FUNDAMENTOS DOS EMBARGOS, MUITO
POUCOS SAO OS QUE O JUIZ NAO PODE CONHECER DE
OFICIO, NA PROPRIA EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 151126000 - GOIOERE - JUIZ
CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - QUARTA CAMARA CIVEL -
Julg: 06/09/00 - Ac.: 13114 - Public.: 22/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ALEGACAO DE NULIDADE


DOS ATOS PROCESSUAIS PRATICADOS POR ADVOGADO, QUE
TEVE SUA INSCRICAO NA OAB CANCELADA - REJEICAO -
APROVEITAMENTO DOS ATOS PROCESSUAIS E ECONOMIA
PROCESSUAL - AUSENCIA DE PREJUIZO - RECURSO
DESPROVIDO.
"CONQUANTO A LEI ESPECIAL ROTULE COMO NULOS OS
ATOS PRATICADOS NO PROCESSO POR ADVOGADOS
IMPEDIDOS DE ADVOGAR, A EXEGESE DESSA NORMA DEVE
SER FEITA NO CONTEXTO DO SISTEMA DAS NULIDADES
DISCIPLINADAS PELO CODIGO DE PROCESSO CIVIL, QUE SE
ORIENTA NO SENTIDO DE APROVEITAR AO MAXIMO OS ATOS
PROCESSUAIS, EXIGINDO A COMPROVACAO DO PREJUIZO
PROCESSUAL PARA A NULIDADE DO ATO. (RESP. N 93.566-DF)
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 159330600 - PARANAVAI - JUIZ
DOMINGOS RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 05/09/00
- Ac.: 13558 - Public.: 22/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - LOCACAO - FIANCA


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO
DOUTRINARIO-JURISPRUDENCIAL - LIMITACOES - ALEGACOES
DE ILIQUIDEZ, EXCESSO DE EXECUCAO, INADEQUACAO DA TR
COMO INDEXADOR E AUSENCIA DE NOTIFICACAO DO FIADOR
ILIQUIDEZ INOCORRENTE - EVENTUAL EXCESSO SEM
EXPRESSAO PARA NULIFICAR O TITULO, E COMO TAL
DEPENDENTE DE QUESTIONAMENTO EM SEDE DE EMBARGOS
- INADMISSIBILIDADE - RECURSO PROVIDO.
A CHAMADA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E DEFESA
RESULTANTE DE CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL, RESTRITA
AS HIPOTESES DE NULIDADE MANIFESTA, EM QUE SE
JUSTIFICA OBVIAR-SE A DEFESA INDEPENDENTEMENTE DA
OPOSICAO DE EMBARGOS, QUE PRESSUPOEM PREVIA
SEGURANCA DO JUIZO ATRAVES DE PENHORA APARELHADA.
SINGELAS ALEGACOES DE EXCESSO DE EXECUCAO,
INADEQUACAO DO DEMONSTRATIVO (ART. 614, II, CPC) E DO
INDEXADOR ADOTADO NAO TEM EXPRESSAO PARA DAR
ENSEJO AO SOCORRO A REFERIDA EXCECAO, SOB PENA DE
SE TRANSMUDAR A ACAO INCIDENTAL DISCIPLINADA PELO
ARTIGO 736 DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL EM INUSITADA
(E INEXISTENTE) CONTESTACAO, AO ARREPIO DA REGRA
INSCRITA NO ARTIGO 736 DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO (STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157451200 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 28/08/00 - Ac.:
10493 - Public.: 15/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISAO QUE ACOLHE


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - PROVIMENTO
JURISDICIONAL QUE POE FIM AO PROCESSO - FUNDAMENTO
NO ART. 267, DO CPC - ATO QUE NAO PODE SER
CONSIDERADO COMO DECISAO INTERLOCUTORIA - E
SENTENCA NOS TERMOS DO ART. 165, 1 , DO CPC -
REQUISITO DA ADEQUACAO RECURSAL NAO ATENDIDO -
INAPLICABILIDADE DO PRINCIPIO DA FUNGIBILIDADE DOS
RECURSOS - AGRAVO NAO CONHECIDO.
AO ACOLHER AS ALEGACOES DEDUZIDAS EM EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, DECLARANDO O EXEQUENTE
CARECEDOR DA ACAO PELA AUSENCIA DE TITULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL O MM. JUIZ PROFERIU UMA
SENTENCA, NOS TERMOS DO ART. 165, 1, DO CPC, CONTRA A
QUAL E CABIVEL APELACAO (ART. 513, DO CPC). IMPOSSIVEL,
POIS, A ADMISSAO DO PRESENTE AGRAVO DE INSTRUMENTO
DIANTE DA INADEQUACAO DO RECURSO MANEJADO PELO
SUCUMBENTE, NAO ESTANDO CONFIGURADA HIPOTESE DE
EXCEPCIONALIDADE CAPAZ DE IMPOR A APLICACAO DO
PRINCIPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157349700 - IMBITUVA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 21/08/00 - Ac.:
10501 - Public.: 15/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - JULGAMENTO DE


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ALEGACAO NAO
COMPROVADA DE CERCEAMENTO DE DEFESA - AUTOS QUE
SE ENCONTRAVAM A DISPOSICAO DO AGRAVANTE NO
PRIMEIRO DIA DE FLUENCIA DO PRAZO RECURSAL -
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 155088100 - FOZ DO IGUACU -
JUIZ FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA
CIVEL - Julg: 30/08/00 - Ac.: 13071 - Public.: 15/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISAO QUE ACOLHE


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - PROVIMENTO
JURISDICIONAL QUE POE FIM AO PROCESSO - FUNDAMENTO
NO ART. 267, DO CPC - ATO QUE NAO PODE SER
CONSIDERADO COMO DECISAO INTERLOCUTORIA - E
SENTENCA NOS TERMOS DO ART. 165, 1 , DO CPC -
REQUISITO DA ADEQUACAO RECURSAL NAO ATENDIDO -
INAPLICABILIDADE DO PRINCIPIO DA FUNGIBILIDADE DOS
RECURSOS - AGRAVO NAO CONHECIDO.
AO ACOLHER AS ALEGACOES DEDUZIDAS EM EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, DECLARANDO O EXEQUENTE
CARECEDOR DA ACAO PELA AUSENCIA DE TITULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL O MM. JUIZ PROFERIU UMA
SENTENCA, NOS TERMOS DO ART. 165, 1, DO CPC, CONTRA A
QUAL E CABIVEL APELACAO (ART. 513, DO CPC). IMPOSSIVEL,
POIS, A ADMISSAO DO PRESENTE AGRAVO DE INSTRUMENTO
DIANTE DA INADEQUACAO DO RECURSO MANEJADO PELO
SUCUMBENTE, NAO ESTANDO CONFIGURADA HIPOTESE DE
EXCEPCIONALIDADE CAPAZ DE IMPOR A APLICACAO DO
PRINCIPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157349700 - IMBITUVA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 21/08/00 - Ac.:
10501 - Public.: 15/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - LOCACAO - FIANCA


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO
DOUTRINARIO-JURISPRUDENCIAL - LIMITACOES - ALEGACOES
DE ILIQUIDEZ, EXCESSO DE EXECUCAO, INADEQUACAO DA TR
COMO INDEXADOR E AUSENCIA DE NOTIFICACAO DO FIADOR
ILIQUIDEZ INOCORRENTE - EVENTUAL EXCESSO SEM
EXPRESSAO PARA NULIFICAR O TITULO, E COMO TAL
DEPENDENTE DE QUESTIONAMENTO EM SEDE DE EMBARGOS
- INADMISSIBILIDADE - RECURSO PROVIDO.
A CHAMADA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E DEFESA
RESULTANTE DE CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL, RESTRITA
AS HIPOTESES DE NULIDADE MANIFESTA, EM QUE SE
JUSTIFICA OBVIAR-SE A DEFESA INDEPENDENTEMENTE DA
OPOSICAO DE EMBARGOS, QUE PRESSUPOEM PREVIA
SEGURANCA DO JUIZO ATRAVES DE PENHORA APARELHADA.
SINGELAS ALEGACOES DE EXCESSO DE EXECUCAO,
INADEQUACAO DO DEMONSTRATIVO (ART. 614, II, CPC) E DO
INDEXADOR ADOTADO NAO TEM EXPRESSAO PARA DAR
ENSEJO AO SOCORRO A REFERIDA EXCECAO, SOB PENA DE
SE TRANSMUDAR A ACAO INCIDENTAL DISCIPLINADA PELO
ARTIGO 736 DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL EM INUSITADA
(E INEXISTENTE) CONTESTACAO, AO ARREPIO DA REGRA
INSCRITA NO ARTIGO 736 DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO (STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157451200 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 28/08/00 - Ac.:
10493 - Public.: 15/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - JULGAMENTO DE


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ALEGACAO NAO
COMPROVADA DE CERCEAMENTO DE DEFESA - AUTOS QUE
SE ENCONTRAVAM A DISPOSICAO DO AGRAVANTE NO
PRIMEIRO DIA DE FLUENCIA DO PRAZO RECURSAL -
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 155088100 - FOZ DO IGUACU -
JUIZ FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA
CIVEL - Julg: 30/08/00 - Ac.: 13071 - Public.: 15/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO INSTRUMENTAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


INDEFERIDA "A QUO", ANTE PRETENSA DISCUSSAO POR
AGRAVANTES DA ORIGEM DA NOTA PROMISSORIA E REVISAO
DE CLAUSULAS CONTRATUAIS E ENCARGOS COBRADOS.
AUTONOMIA, LITERALIDADE E EFICACIA DO TITULO, SOMENTE
DESCONSTITUIDA ATRAVES PROVA ROBUSTA, CABAL E
CONVINCENTE NAO DESENVOLVIDA, SUBSISTINDO A
PRESUNCAO LEGAL DA LEGITIMIDADE DO TITULO CAMBIARIO.
NOTAS DOUTRINARIAS, PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154551500 - GUARAPUAVA - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 16/08/00 - Ac.:
11090 - Public.: 01/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - TITULO EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO


PARTICULAR DE CONFISSAO E COMPOSICAO DE DIVIDA
ADITIVO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - NULIDADE
ALEGADA - INOCORRENCIA - ALEGACAO DE CLAUSULAS QUE
CONDUZEM AO EXCESSO DE EXECUCAO - MATERIA QUE
DESBORDA DO INCIDENTE LEVANTADO - INCIDENTE NAO
ACATADO DECISAO MANTIDA.
PRESENTES NOS TITULOS QUE EMBASARAM A EXECUCAO OS
REQUISITOS DA LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE, OS
QUAIS SE APRESENTAM FORMALIZADOS DEVIDAMENTE,
VALIDA E A EXECUCAO, NAO NULA, CONFORME ALEGADO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152519900 - CASTRO - JUIZ
CONV. ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL -
Julg: 16/05/00 - Ac.: 12950 - Public.: 01/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO INSTRUMENTAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


INDEFERIDA "A QUO", ANTE PRETENSA DISCUSSAO POR
AGRAVANTES DA ORIGEM DA NOTA PROMISSORIA E REVISAO
DE CLAUSULAS CONTRATUAIS E ENCARGOS COBRADOS.
AUTONOMIA, LITERALIDADE E EFICACIA DO TITULO, SOMENTE
DESCONSTITUIDA ATRAVES PROVA ROBUSTA, CABAL E
CONVINCENTE NAO DESENVOLVIDA, SUBSISTINDO A
PRESUNCAO LEGAL DA LEGITIMIDADE DO TITULO CAMBIARIO.
NOTAS DOUTRINARIAS, PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS.
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154551500 - GUARAPUAVA - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 16/08/00 - Ac.:
11090 - Public.: 01/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - TITULO EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO


PARTICULAR DE CONFISSAO E COMPOSICAO DE DIVIDA
ADITIVO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - NULIDADE
ALEGADA - INOCORRENCIA - ALEGACAO DE CLAUSULAS QUE
CONDUZEM AO EXCESSO DE EXECUCAO - MATERIA QUE
DESBORDA DO INCIDENTE LEVANTADO - INCIDENTE NAO
ACATADO DECISAO MANTIDA.
PRESENTES NOS TITULOS QUE EMBASARAM A EXECUCAO OS
REQUISITOS DA LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE, OS
QUAIS SE APRESENTAM FORMALIZADOS DEVIDAMENTE,
VALIDA E A EXECUCAO, NAO NULA, CONFORME ALEGADO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152519900 - CASTRO - JUIZ
CONV. ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL -
Julg: 16/05/00 - Ac.: 12950 - Public.: 01/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE


ABERTURA DE CREDITO - NAO CONFIGURACAO COMO
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - LIQUIDEZ
DECORRENTE DA PREVIA PACTUACAO DE PRESTACOES COM
VALORES DETERMINADOS EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AFASTADA - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153960000 - ASSAI - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 16/08/00 - Ac.: 12959 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL - EMBARGOS DO DEVEDOR - OBJECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE - NAO CONHECIMENTO PELO JUIZO POR
CONSIDERA-LA INADMISIVEL NO PROCEDIMENTO DOS
EMBARGOS RECURSO PROVIDO, EM PARTE.
E VERDADE QUE A DENOMINADA OBJECAO OU EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE TEM SIDO ADMITIDA, COMO INCIDENTE,
NOS PROPRIOS AUTOS DA EXECUCAO E ANTES MESMO DE
ESTAR SEGURO O JUIZO PELA PENHORA, DESDE QUE SEJA
ARGUIDA NULIDADE MANIFESTA, AUSENCIA DE CONDICOES
PARA A ACAO OU DE PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS.
ENTRETANTO, POR SE TRATAR DE MATERIA DE ORDEM
PUBLICA E CONHECIVEL ATE MESMO DE OFICIO EM
QUALQUER GRAU DE JURISDICAO, NADA OBSTA A QUE
IGUALMENTE SEJA APRECIADA COMO INCIDENTE NOS
EMBARGOS DO DEVEDOR.
ADEMAIS, COMO FOI REVELADO NOS AUTOS, ESSE
INCIDENTE IGUALMENTE FORA APRESENTADO NOS AUTOS
DA EXECUCAO, MAS TAMBEM NAO APRECIADO DEVIDO ELA
ENCONTRAR-SE SUSPENSA PELO RECEBIMENTO DOS
EMBARGOS.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153740800 - IBAITI - JUIZ
DOMINGOS RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 08/08/00
- Ac.: 13395 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ALEGACOES


DE QUE DEPENDEM DE PRODUCAO PROBATORIA -
INADMISSIBILIDADE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
NECESSIDADE DE OPOSICAO DE EMBARGOS DO DEVEDOR -
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157676900 - CURITIBA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 16/08/00 - Ac.: 12955 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. CONFISSAO E RENEGOCIACAO DE DIVIDA.
IMPUGNACAO AOS ENCARGOS CONTRATUAIS. VICIO
INEXISTENTE. MATERIA A SER DEDUZIDA EM EMBARGOS.
RECURSO PROVIDO.
1- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO;
2- TRATANDO-SE DE CONTRATO ASSINADO PELO DEVEDOR E
POR DUAS TESTEMUNHAS NOS TERMOS DO ARTIGO 585, II DO
CODIGO DE PROCESSO CIVIL, E TITULO EXECUTIVO.
3- A AVALIACAO ACERCA DA LEGALIDADE DA COBRANCA DO
DEBITO, DEVE SER LEVANTADA EM FASE DE EMBARGOS,
APOS SEGURO O JUIZO, POSTO CONDICAO DE
ADMISSIBILIDADE DA ACAO INCIDENTAL.
4- A REJEICAO DA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, MESMO
ARGUIDA NO PRAZO DE EMBARGOS, E NO LUGAR DESTES,
LEVA A PRECLUSAO DO DIREITO A SUA INTERPOSICAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152368200 - CURITIBA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 07/08/00 - Ac.:
11173 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE


ABERTURA DE CREDITO - NAO CONFIGURACAO COMO
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - LIQUIDEZ
DECORRENTE DA PREVIA PACTUACAO DE PRESTACOES COM
VALORES DETERMINADOS EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AFASTADA - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153960000 - ASSAI - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 16/08/00 - Ac.: 12959 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - CEDULA DE PRODUTO RURAL


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - REJEICAO - AGRAVO
DESPROVIDO.
INSTITUIDA PELA LEI N 8.929/94, A CEDULA DE PRODUTO
RURAL E TITULO EXTRAJUDICIAL APTO A EMBASAR A ACAO
EXECUTIVA, SENDO IRRELEVANTE A DENOMINACAO DE
EXECUCAO DE COISA CERTA OU INCERTA DADA PELO
EXEQUENTE, MESMO PORQUE O ARTIGO 621, DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL, E APLICAVEL AS DUAS ESPECIES DE
EXECUCAO PARA A ENTREGA DE COISA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 156963300 - JACAREZINHO - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 08/08/00 -
Ac.: 13365 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ALEGACOES


DE QUE DEPENDEM DE PRODUCAO PROBATORIA -
INADMISSIBILIDADE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
NECESSIDADE DE OPOSICAO DE EMBARGOS DO DEVEDOR -
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157676900 - CURITIBA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 16/08/00 - Ac.: 12955 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - MATERIA ATINGIDA PELA COISA JULGADA -
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 156327700 - LONDRINA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 09/08/00 - Ac.: 12966 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


PROCESSAMENTO NOS AUTOS DE EXECUCAO -
ACOLHIMENTO EXTINCAO DO PROCESSO (ART. 267, VI, CPC) -
RECURSO APELACAO - ARTIGOS 162, 10. E 20., 513 E 522,
CODIGO DE PROCESSO CIVIL - INTELIGENCIA - INTERPOSICAO
DE AGRAVO - INADEQUACAO - NAO CONHECIMENTO.
SENTENCA E O ATO PELO QUAL O JUIZ, COM OU SEM
JULGAMENTO DO MERITO (ARTS. 267/269, CPC), POE TERMO
AO PROCESSO.
A DECISAO QUE, ACOLHENDO EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, DECLARA EXTINTA A EXECUCAO, E
SENTENCA, E COMO TAL DESAFIA APELACAO, EX VI DOS
ARTIGOS 162, 10. E 513 DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
CARACTERIZADA A HIPOTESE DE ERRO GROSSEIRO, NAO HA
LUGAR PARA A OBSERVANCIA DO PRINCIPIO DA
FUNGIBILIDADE RECURSAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157348000 - IMBITUVA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/08/00 - Ac.:
10386 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. CONFISSAO E RENEGOCIACAO DE DIVIDA.
IMPUGNACAO AOS ENCARGOS CONTRATUAIS. VICIO
INEXISTENTE. MATERIA A SER DEDUZIDA EM EMBARGOS.
RECURSO PROVIDO.
1- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO;
2- TRATANDO-SE DE CONTRATO ASSINADO PELO DEVEDOR E
POR DUAS TESTEMUNHAS NOS TERMOS DO ARTIGO 585, II DO
CODIGO DE PROCESSO CIVIL, E TITULO EXECUTIVO.
3- A AVALIACAO ACERCA DA LEGALIDADE DA COBRANCA DO
DEBITO, DEVE SER LEVANTADA EM FASE DE EMBARGOS,
APOS SEGURO O JUIZO, POSTO CONDICAO DE
ADMISSIBILIDADE DA ACAO INCIDENTAL.
4- A REJEICAO DA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, MESMO
ARGUIDA NO PRAZO DE EMBARGOS, E NO LUGAR DESTES,
LEVA A PRECLUSAO DO DIREITO A SUA INTERPOSICAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152368200 - CURITIBA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 07/08/00 - Ac.:
11173 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO,
COMPOSICAO DE DIVIDA, FORMA DE PAGAMENTO E OUTRAS
AVENCAS - ALEGACAO DE QUE NAO E TITULO EXECUTIVO
INSUBSISTENCIA - TITULO FORMALMENTE EM ORDEM - PRAZO
DOS EMBARGOS QUE AINDA NAO TRANSCORREU - DEMAIS
QUESTOES QUE NAO SE RESOLVEM POR ESTA VIA
DESPROVIMENTO DO AGRAVO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154598800 - LONDRINA - JUIZ
CONV. ANTONIO RENATO STRAPASSON - OITAVA CAMARA
CIVEL - Julg: 07/08/00 - Ac.: 10718 - Public.: 25/08/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - CEDULA DE PRODUTO RURAL


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - REJEICAO - AGRAVO
DESPROVIDO.
INSTITUIDA PELA LEI N 8.929/94, A CEDULA DE PRODUTO
RURAL E TITULO EXTRAJUDICIAL APTO A EMBASAR A ACAO
EXECUTIVA, SENDO IRRELEVANTE A DENOMINACAO DE
EXECUCAO DE COISA CERTA OU INCERTA DADA PELO
EXEQUENTE, MESMO PORQUE O ARTIGO 621, DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL, E APLICAVEL AS DUAS ESPECIES DE
EXECUCAO PARA A ENTREGA DE COISA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 156963300 - JACAREZINHO - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 08/08/00 -
Ac.: 13365 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - MATERIA ATINGIDA PELA COISA JULGADA -
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 156327700 - LONDRINA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 09/08/00 - Ac.: 12966 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO,
COMPOSICAO DE DIVIDA, FORMA DE PAGAMENTO E OUTRAS
AVENCAS - ALEGACAO DE QUE NAO E TITULO EXECUTIVO
INSUBSISTENCIA - TITULO FORMALMENTE EM ORDEM - PRAZO
DOS EMBARGOS QUE AINDA NAO TRANSCORREU - DEMAIS
QUESTOES QUE NAO SE RESOLVEM POR ESTA VIA
DESPROVIMENTO DO AGRAVO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154598800 - LONDRINA - JUIZ
CONV. ANTONIO RENATO STRAPASSON - OITAVA CAMARA
CIVEL - Julg: 07/08/00 - Ac.: 10718 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


PROCESSAMENTO NOS AUTOS DE EXECUCAO -
ACOLHIMENTO EXTINCAO DO PROCESSO (ART. 267, VI, CPC) -
RECURSO APELACAO - ARTIGOS 162, 10. E 20., 513 E 522,
CODIGO DE PROCESSO CIVIL - INTELIGENCIA - INTERPOSICAO
DE AGRAVO - INADEQUACAO - NAO CONHECIMENTO.
SENTENCA E O ATO PELO QUAL O JUIZ, COM OU SEM
JULGAMENTO DO MERITO (ARTS. 267/269, CPC), POE TERMO
AO PROCESSO.
A DECISAO QUE, ACOLHENDO EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, DECLARA EXTINTA A EXECUCAO, E
SENTENCA, E COMO TAL DESAFIA APELACAO, EX VI DOS
ARTIGOS 162, 10. E 513 DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
CARACTERIZADA A HIPOTESE DE ERRO GROSSEIRO, NAO HA
LUGAR PARA A OBSERVANCIA DO PRINCIPIO DA
FUNGIBILIDADE RECURSAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157348000 - IMBITUVA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/08/00 - Ac.:
10386 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EMBARGOS DO DEVEDOR - OBJECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE - NAO CONHECIMENTO PELO JUIZO POR
CONSIDERA-LA INADMISIVEL NO PROCEDIMENTO DOS
EMBARGOS RECURSO PROVIDO, EM PARTE.
E VERDADE QUE A DENOMINADA OBJECAO OU EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE TEM SIDO ADMITIDA, COMO INCIDENTE,
NOS PROPRIOS AUTOS DA EXECUCAO E ANTES MESMO DE
ESTAR SEGURO O JUIZO PELA PENHORA, DESDE QUE SEJA
ARGUIDA NULIDADE MANIFESTA, AUSENCIA DE CONDICOES
PARA A ACAO OU DE PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS.
ENTRETANTO, POR SE TRATAR DE MATERIA DE ORDEM
PUBLICA E CONHECIVEL ATE MESMO DE OFICIO EM
QUALQUER GRAU DE JURISDICAO, NADA OBSTA A QUE
IGUALMENTE SEJA APRECIADA COMO INCIDENTE NOS
EMBARGOS DO DEVEDOR.
ADEMAIS, COMO FOI REVELADO NOS AUTOS, ESSE
INCIDENTE IGUALMENTE FORA APRESENTADO NOS AUTOS
DA EXECUCAO, MAS TAMBEM NAO APRECIADO DEVIDO ELA
ENCONTRAR-SE SUSPENSA PELO RECEBIMENTO DOS
EMBARGOS.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153740800 - IBAITI - JUIZ
DOMINGOS RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 08/08/00
- Ac.: 13395 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - CONFISSAO DE DIVIDA - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - INDEFERIMENTO - AGRAVO DESPROVIDO.
PELA DENOMINADA OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO E
ADMISSIVEL SUSCITAR NOS PROPRIOS AUTOS DA EXECUCAO
MATERIA RELATIVA A FALTA DE CONDICOES DA ACAO OU DE
PRESSUPOSTOS PARA CONSTITUICAO VALIDA E REGULAR DO
PROCESSO, EVIDENCIADAS DE PLANO E QUE PODEM SER
CONHECIVEIS DE OFICIO PELO JUIZ.
NO CASO, POREM, A EXECUCAO LASTREIA-SE EM
INSTRUMENTO DE CONFISSAO DE DIVIDA, FIRMADO PELAS
PARTES E POR DUAS TESTEMUNHAS, CONFIGURANDO
TITULO EXECUTIVO NA FORMA PREVISTA NO ARTIGO 585, II,
DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL, ASSIM COMO EM NOTA
PROMISSORIA EMITIDA EM GARANTIA.
EMBORA ADMITA-SE A INVESTIGACAO DA ORIGEM DA DIVIDA,
PORQUE SE TRATA DE LITIGIO ENVOLVENDO AS PARTES
ORIGINARIAS DA RELACAO NEGOCIAL, ESSA DISCUSSAO
SOMENTE SERA VIAVEL NOS EMBARGOS DO DEVEDOR,
OBSERVADO O DEVIDO PROCESSO LEGAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157346600 - LONDRINA - JUIZ
DOMINGOS RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 08/08/00
- Ac.: 13329 - Public.: 18/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - CONFISSAO DE DIVIDA - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - INDEFERIMENTO - AGRAVO DESPROVIDO.
PELA DENOMINADA OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO E
ADMISSIVEL SUSCITAR NOS PROPRIOS AUTOS DA EXECUCAO
MATERIA RELATIVA A FALTA DE CONDICOES DA ACAO OU DE
PRESSUPOSTOS PARA CONSTITUICAO VALIDA E REGULAR DO
PROCESSO, EVIDENCIADAS DE PLANO E QUE PODEM SER
CONHECIVEIS DE OFICIO PELO JUIZ.
NO CASO, POREM, A EXECUCAO LASTREIA-SE EM
INSTRUMENTO DE CONFISSAO DE DIVIDA, FIRMADO PELAS
PARTES E POR DUAS TESTEMUNHAS, CONFIGURANDO
TITULO EXECUTIVO NA FORMA PREVISTA NO ARTIGO 585, II,
DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL, ASSIM COMO EM NOTA
PROMISSORIA EMITIDA EM GARANTIA.
EMBORA ADMITA-SE A INVESTIGACAO DA ORIGEM DA DIVIDA,
PORQUE SE TRATA DE LITIGIO ENVOLVENDO AS PARTES
ORIGINARIAS DA RELACAO NEGOCIAL, ESSA DISCUSSAO
SOMENTE SERA VIAVEL NOS EMBARGOS DO DEVEDOR,
OBSERVADO O DEVIDO PROCESSO LEGAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157346600 - LONDRINA - JUIZ
DOMINGOS RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 08/08/00
- Ac.: 13329 - Public.: 18/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE.
CONVERSAO EM ACAO MONITORIA. INADMISSIBILIDADE.
PRINCIPIO DA IMUTABILIDADE DA ACAO E ESTABILIDADE DA
RELACAO JURIDICA PROCESSUAL.
RECURSO PROVIDO.
A CONVERSAO DA PRETENSAO EXECUTIVA POR MONITORIA E
INADEQUADA, E, POIS, INADMISSIVEL, POR APLICACAO DOS
PRINCIPIOS DA IMUTABILIDADE DA ACAO E DA ESTABILIDADE
DA RELACAO JURIDICA PROCESSUAL, CONSOANTE A NORMA
DOS ARTIGOS 264 E 294, AMBOS DO CODIGO DE PROCESSO
CIVIL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153417400 - UMUARAMA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 07/08/00 - Ac.:
11152 - Public.: 18/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE.
CONVERSAO EM ACAO MONITORIA. INADMISSIBILIDADE.
PRINCIPIO DA IMUTABILIDADE DA ACAO E ESTABILIDADE DA
RELACAO JURIDICA PROCESSUAL.
RECURSO PROVIDO.
A CONVERSAO DA PRETENSAO EXECUTIVA POR MONITORIA E
INADEQUADA, E, POIS, INADMISSIVEL, POR APLICACAO DOS
PRINCIPIOS DA IMUTABILIDADE DA ACAO E DA ESTABILIDADE
DA RELACAO JURIDICA PROCESSUAL, CONSOANTE A NORMA
DOS ARTIGOS 264 E 294, AMBOS DO CODIGO DE PROCESSO
CIVIL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153417400 - UMUARAMA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 07/08/00 - Ac.:
11152 - Public.: 18/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARATER
EXCEPCIONAL - DUPLICATAS SEM ACEITE E NAO
PROTESTADAS - QUESTIONAMENTO QUANTO A EXISTENCIA
DE TITULO EXECUTIVO - POSSIBILIDADE - PRECEDENTES DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA - RECURSO DESPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE RESULTA DE
CONSTRUCAO DOUTRINARIO-JURISPRUDENCIAL E E
ADMISSIVEL EM CARATER EXCEPCIONAL, V. G., QUANDO A
EXECUCAO NAO ESTA APARELHADA COM TITULO QUE A
LEGITIME; QUESTIONANDO-SE A EXISTENCIA DELE, POR NAO
SE AJUSTAR A HIPOTESE CONTEMPLADA PELO INCISO II DO
ARTIGO 15 DA LEI N.
5.474/68, NAO SE DEVE COARCTAR, APRIORISTICAMENTE, O
CONHECIMENTO DA EXCECAO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO (STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157371900 - LONDRINA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 07/08/00 - Ac.:
10357 - Public.: 18/08/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE.
CONVERSAO EM ACAO MONITORIA. INADMISSIBILIDADE.
PRINCIPIO DA IMUTABILIDADE DA ACAO E ESTABILIDADE DA
RELACAO JURIDICA PROCESSUAL.
RECURSO PROVIDO.
A CONVERSAO DA PRETENSAO EXECUTIVA POR MONITORIA E
INADEQUADA, E, POIS, INADMISSIVEL, POR APLICACAO DOS
PRINCIPIOS DA IMUTABILIDADE DA ACAO E DA ESTABILIDADE
DA RELACAO JURIDICA PROCESSUAL, CONSOANTE A NORMA
DOS ARTIGOS 264 E 294, AMBOS DO CODIGO DE PROCESSO
CIVIL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153417400 - UMUARAMA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 07/08/00 - Ac.:
11152 - Public.: 18/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARATER
EXCEPCIONAL - DUPLICATAS SEM ACEITE E NAO
PROTESTADAS - QUESTIONAMENTO QUANTO A EXISTENCIA
DE TITULO EXECUTIVO - POSSIBILIDADE - PRECEDENTES DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA - RECURSO DESPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE RESULTA DE
CONSTRUCAO DOUTRINARIO-JURISPRUDENCIAL E E
ADMISSIVEL EM CARATER EXCEPCIONAL, V. G., QUANDO A
EXECUCAO NAO ESTA APARELHADA COM TITULO QUE A
LEGITIME; QUESTIONANDO-SE A EXISTENCIA DELE, POR NAO
SE AJUSTAR A HIPOTESE CONTEMPLADA PELO INCISO II DO
ARTIGO 15 DA LEI N.
5.474/68, NAO SE DEVE COARCTAR, APRIORISTICAMENTE, O
CONHECIMENTO DA EXCECAO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO (STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157371900 - LONDRINA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 07/08/00 - Ac.:
10357 - Public.: 18/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARATER
EXCEPCIONAL - DUPLICATAS SEM ACEITE E NAO
PROTESTADAS - QUESTIONAMENTO QUANTO A EXISTENCIA
DE TITULO EXECUTIVO - POSSIBILIDADE - PRECEDENTES DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA - RECURSO DESPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE RESULTA DE
CONSTRUCAO DOUTRINARIO-JURISPRUDENCIAL E E
ADMISSIVEL EM CARATER EXCEPCIONAL, V. G., QUANDO A
EXECUCAO NAO ESTA APARELHADA COM TITULO QUE A
LEGITIME; QUESTIONANDO-SE A EXISTENCIA DELE, POR NAO
SE AJUSTAR A HIPOTESE CONTEMPLADA PELO INCISO II DO
ARTIGO 15 DA LEI N.
5.474/68, NAO SE DEVE COARCTAR, APRIORISTICAMENTE, O
CONHECIMENTO DA EXCECAO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO (STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157371900 - LONDRINA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 07/08/00 - Ac.:
10357 - Public.: 18/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - CONFISSAO DE DIVIDA - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - INDEFERIMENTO - AGRAVO DESPROVIDO.
PELA DENOMINADA OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO E
ADMISSIVEL SUSCITAR NOS PROPRIOS AUTOS DA EXECUCAO
MATERIA RELATIVA A FALTA DE CONDICOES DA ACAO OU DE
PRESSUPOSTOS PARA CONSTITUICAO VALIDA E REGULAR DO
PROCESSO, EVIDENCIADAS DE PLANO E QUE PODEM SER
CONHECIVEIS DE OFICIO PELO JUIZ.
NO CASO, POREM, A EXECUCAO LASTREIA-SE EM
INSTRUMENTO DE CONFISSAO DE DIVIDA, FIRMADO PELAS
PARTES E POR DUAS TESTEMUNHAS, CONFIGURANDO
TITULO EXECUTIVO NA FORMA PREVISTA NO ARTIGO 585, II,
DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL, ASSIM COMO EM NOTA
PROMISSORIA EMITIDA EM GARANTIA.
EMBORA ADMITA-SE A INVESTIGACAO DA ORIGEM DA DIVIDA,
PORQUE SE TRATA DE LITIGIO ENVOLVENDO AS PARTES
ORIGINARIAS DA RELACAO NEGOCIAL, ESSA DISCUSSAO
SOMENTE SERA VIAVEL NOS EMBARGOS DO DEVEDOR,
OBSERVADO O DEVIDO PROCESSO LEGAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 157346600 - LONDRINA - JUIZ
DOMINGOS RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 08/08/00
- Ac.: 13329 - Public.: 18/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO - OCORRENCIA - CONTRATO
DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE -
DEDUCAO DE DEFESA QUE NAO CARACTERIZA LITIGANCIA DE
MA-FE OU ATO ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA -
MULTA IMPOSTA AFASTADA - RECURSO PROVIDO.
1. 1. A AUSENCIA DE LIQUIDEZ DESNATURA O CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE COMO TITULO
EXECUTIVO, RETIRANDO-LHE O CARATER DE
EXECUTORIEDADE, ATE PORQUE TODA A EVOLUCAO DO
DEBITO SE DA UNILATERALMENTE.
2. AUSENTE O TITULO EXECUTIVO, FALTA AO PROCESSO DE
EXECUCAO PRESSUPOSTO DE DESENVOLVIMENTO VALIDO,
IMPLICANDO EM CARENCIA DE ACAO, A QUAL PODE SER
INVOCADA E RECONHECIDA EM SEDE DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
3. RECONHECIDA A MATERIA POSTA EM EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, RESTA DESCARACTERIZADO PROCEDER
ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA OU LITIGANCIA DE
MA-FE, AFASTANDO-SE A MULTA IMPOSTA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154571700 - CURITIBA -
AUGUSTO LOPES CORTES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
26/06/00 - Ac.: 10670 - Public.: 11/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONTRATOS DE ADESAO, CLAUSULAS
POTESTATIVAS E JUROS ABUSIVOS - REJEICAO LIMINAR
CONTRATOS DE ABERTURA DE CREDITO EM VALORES
CERTOS, ORIUNDOS DE RENEGOCIACAO - QUESTIONAMENTO
RELACIONADO AS DIVIDAS EXTINTAS PELO FENOMENO DA
NOVACAO DISCUSSAO INADMISSIVEL NO AMBITO DA
EXCECAO AJUIZADA NAO CORRESPONDENCIA COM A
MATERIA OBJETO DA SUMULA 233, STJ - RECURSO
DESPROVIDO.
A CHAMADA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E DEFESA
RESULTANTE DE CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL, RESTRITA
AS HIPOTESES DE NULIDADE MANIFESTA, EM QUE SE
JUSTIFICA OBVIAR-SE A DEFESA INDEPENDENTEMENTE DA
OPOSICAO DE EMBARGOS, QUE PRESSUPOEM PREVIA
SEGURANCA DO JUIZO ATRAVES DE PENHORA APARELHADA.
A DISCUSSAO ACERCA DE CONTRATOS EXTINTOS PELA
NOVACAO, RECLAMANDO APROFUNDADA INVESTIGACAO E
DILACAO PROBATORIA, NAO SE CONTEM NO AMBITO DA
REFERIDA EXCECAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 147240600 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 26/06/00 - Ac.:
10340 - Public.: 11/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO - OCORRENCIA - CONTRATO
DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE -
DEDUCAO DE DEFESA QUE NAO CARACTERIZA LITIGANCIA DE
MA-FE OU ATO ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA -
MULTA IMPOSTA AFASTADA - RECURSO PROVIDO.
1. 1. A AUSENCIA DE LIQUIDEZ DESNATURA O CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE COMO TITULO
EXECUTIVO, RETIRANDO-LHE O CARATER DE
EXECUTORIEDADE, ATE PORQUE TODA A EVOLUCAO DO
DEBITO SE DA UNILATERALMENTE.
2. AUSENTE O TITULO EXECUTIVO, FALTA AO PROCESSO DE
EXECUCAO PRESSUPOSTO DE DESENVOLVIMENTO VALIDO,
IMPLICANDO EM CARENCIA DE ACAO, A QUAL PODE SER
INVOCADA E RECONHECIDA EM SEDE DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
3. RECONHECIDA A MATERIA POSTA EM EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, RESTA DESCARACTERIZADO PROCEDER
ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA OU LITIGANCIA DE
MA-FE, AFASTANDO-SE A MULTA IMPOSTA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154571700 - CURITIBA -
AUGUSTO LOPES CORTES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
26/06/00 - Ac.: 10670 - Public.: 11/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO - OCORRENCIA - CONTRATO
DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE -
DEDUCAO DE DEFESA QUE NAO CARACTERIZA LITIGANCIA DE
MA-FE OU ATO ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA -
MULTA IMPOSTA AFASTADA - RECURSO PROVIDO.
1. 1. A AUSENCIA DE LIQUIDEZ DESNATURA O CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE COMO TITULO
EXECUTIVO, RETIRANDO-LHE O CARATER DE
EXECUTORIEDADE, ATE PORQUE TODA A EVOLUCAO DO
DEBITO SE DA UNILATERALMENTE.
2. AUSENTE O TITULO EXECUTIVO, FALTA AO PROCESSO DE
EXECUCAO PRESSUPOSTO DE DESENVOLVIMENTO VALIDO,
IMPLICANDO EM CARENCIA DE ACAO, A QUAL PODE SER
INVOCADA E RECONHECIDA EM SEDE DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
3. RECONHECIDA A MATERIA POSTA EM EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, RESTA DESCARACTERIZADO PROCEDER
ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA OU LITIGANCIA DE
MA-FE, AFASTANDO-SE A MULTA IMPOSTA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154571700 - CURITIBA -
AUGUSTO LOPES CORTES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
26/06/00 - Ac.: 10670 - Public.: 11/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONTRATOS DE ADESAO, CLAUSULAS
POTESTATIVAS E JUROS ABUSIVOS - REJEICAO LIMINAR
CONTRATOS DE ABERTURA DE CREDITO EM VALORES
CERTOS, ORIUNDOS DE RENEGOCIACAO - QUESTIONAMENTO
RELACIONADO AS DIVIDAS EXTINTAS PELO FENOMENO DA
NOVACAO DISCUSSAO INADMISSIVEL NO AMBITO DA
EXCECAO AJUIZADA NAO CORRESPONDENCIA COM A
MATERIA OBJETO DA SUMULA 233, STJ - RECURSO
DESPROVIDO.
A CHAMADA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E DEFESA
RESULTANTE DE CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL, RESTRITA
AS HIPOTESES DE NULIDADE MANIFESTA, EM QUE SE
JUSTIFICA OBVIAR-SE A DEFESA INDEPENDENTEMENTE DA
OPOSICAO DE EMBARGOS, QUE PRESSUPOEM PREVIA
SEGURANCA DO JUIZO ATRAVES DE PENHORA APARELHADA.
A DISCUSSAO ACERCA DE CONTRATOS EXTINTOS PELA
NOVACAO, RECLAMANDO APROFUNDADA INVESTIGACAO E
DILACAO PROBATORIA, NAO SE CONTEM NO AMBITO DA
REFERIDA EXCECAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 147240600 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 26/06/00 - Ac.:
10340 - Public.: 11/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONTRATOS DE ADESAO, CLAUSULAS
POTESTATIVAS E JUROS ABUSIVOS - REJEICAO LIMINAR
CONTRATOS DE ABERTURA DE CREDITO EM VALORES
CERTOS, ORIUNDOS DE RENEGOCIACAO - QUESTIONAMENTO
RELACIONADO AS DIVIDAS EXTINTAS PELO FENOMENO DA
NOVACAO DISCUSSAO INADMISSIVEL NO AMBITO DA
EXCECAO AJUIZADA NAO CORRESPONDENCIA COM A
MATERIA OBJETO DA SUMULA 233, STJ - RECURSO
DESPROVIDO.
A CHAMADA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E DEFESA
RESULTANTE DE CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL, RESTRITA
AS HIPOTESES DE NULIDADE MANIFESTA, EM QUE SE
JUSTIFICA OBVIAR-SE A DEFESA INDEPENDENTEMENTE DA
OPOSICAO DE EMBARGOS, QUE PRESSUPOEM PREVIA
SEGURANCA DO JUIZO ATRAVES DE PENHORA APARELHADA.
A DISCUSSAO ACERCA DE CONTRATOS EXTINTOS PELA
NOVACAO, RECLAMANDO APROFUNDADA INVESTIGACAO E
DILACAO PROBATORIA, NAO SE CONTEM NO AMBITO DA
REFERIDA EXCECAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 147240600 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 26/06/00 - Ac.:
10340 - Public.: 11/08/00).

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AGRAVO INSTRUMENTAL SOBRE INDEFERIMENTO PARA


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. FUNDADA EM INEFICACIA
EXECUTIVA DO TITULO (ART. 618, I, CPC). MANIFESTACAO
CONHECIDA EM TEMPO. QUESTAO SUPORTE CONTUDO
VENCIDA PELA CONFIGURACAO EXECUTIVA AO
SENTENCIAMENTO PARA EMBARGOS EXCECAO DIRIGIDA
ADEMAIS A DIVERSO TITULO. CONFORMACAO DE COISA
JULGADA REAPRECIACAO, COM INOVADOS PARAMETROS
VEDADA (ARTS. 467, 468, 471, 472 1 PARTE E 473, CPC).
RECURSO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153664300 - APUCARANA - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 07/06/00 - Ac.:
10883 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO. RECURSO PROVIDO.
COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (DJU N
27-E, DE 08/02/2000 PAG. 265).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 155775900 - CURITIBA - JUIZ
EDUARDO FAGUNDES - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 26/06/00
- Ac.: 11063 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CEDULA RURAL


PIGNORATICIA E HIPOTECARIA. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. INICIAL INCOMPLETA, DESACOMPANHADA
DE PARTE DA PLANILHA. CORRECAO. COMPLEMENTACAO DE
CONTA GRAFICA ANTES DOS EMBARGOS. ADMISSIBILIDADE.
PRECLUSAO. INOCORRENCIA. RECURSO NAO MERECE SER
PROVIDO.
1. E DEVER DO JUIZ E DIREITO DO EXEQUENTE, ASSINAR
PRAZO PARA CORRECAO DA PETICAO INICIAL EXECUTORIA
INCOMPLETA. EXEGESE DO ART. 616 DO CPC.
2. A JURISPRUDENCIA TEM ADMITIDO, ANTECEDENDO OS
EMBARGOS A EXECUCAO, A POSSIBILIDADE DE CORRECAO
DA PETICAO INICIAL.
3. A PRECLUSAO PRESSUPONDO A PERDA DE DETERMINADA
FACULDADE PROCESSUAL CIVIL OU NAO SEU EXERCICIO NA
ORDEM LEGAL, INOCORRE QUANDO A PARTE PROCEDE
OPORTUNA COMPLEMENTACAO PRETENDIDA.
4. RECURSO QUE NAO MERECE PROVIMENTO (AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 154236300 - GUARAPUAVA - JUIZ TUFI MARON
FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/06/00 - Ac.: 10884 -
Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. DECISAO AGRAVADA.


INTIMACAO NAO VALIDA DO EXECUTADO. AUSENCIA DO NOME
DO PROCURADOR. REPUBLICACAO. DEFERIDA. IMPOSICAO
DE CONHECIMENTO DA DECISAO HOSTILIZADA POR PARTE
DO EXECUTADO. INEXIGIVEL. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
CHEQUE. CITACAO. DEMORA. CULPA DO CREDOR
DEMONSTRADA.
PRESCRICAO. CONFIGURADA. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.
1. INOCORRENDO INTIMACAO VALIDA DO EXECUTADO DA
DECISAO INTERLOCUTORIA HOSTILIZADA FACE A AUSENCIA
DO NOME DE SEU PROCURADOR, REPUBLICADA, NAO IMPOE
O REGULAR CONHECIMENTO DA DECISAO RECORRIDA POR
PARTE DO EXECUTADO QUANDO DA FORMULACAO DO
PEDIDO DE REPUBLICACAO, COM ISSO SUPRINDO A FALHA,
DE MOLDE A ENSEJAR A INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO.
2. DEMONSTRADO CABALMENTE QUE A DEMORA PARA
EFETIVAR-SE A CITACAO DO EXECUTADO, DEVEU-SE AO
EXEQUENTE, E NAO AO MECANISMO DA JUSTICA, RESULTA
CONFIGURADA A PRESCRICAO DO CHEQUE, ANTE A SUA NAO
INTERRUPCAO. INTELIGENCIA DOS ARTS. 617 E 219 E DO CPC.
3. RECURSO QUE MERECE SER CONHECIDO EM PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153449600 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 07/06/00 - Ac.:
10855 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO POR TITULO


EXTRAJUDICIAL - NOTAS PROMISSORIAS VINCULADAS A
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA OBJETO DE ANTERIOR
ACAO REVISIONAL AINDA NAO DECIDIDA - OPOSICAO PELO
DEVEDOR DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ALEGACOES DE ILIQUIDEZ, INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE
DAS CARTULAS COM A CONSEQUENTE NULIDADE DA
EXECUCAO E IMPOSSIBILIDADE DE SEGURANCA DO JUIZO
DIANTE DA AUSENCIA DE BENS PENHORAVEIS PORQUE
INSUSCETIVEL DE CONSTRICAO O IMOVEL OBJETO DA
AVENCA PELA SUA NATUREZA DE BEM DE FAMILIA (LEI N.
8.009/90 - REJEICAO NO JUIZO MONOCRATICO FUNDADA NA
PERFEICAO FORMAL DOS TITULOS CUJA DESCONSTITUICAO
DESAFIA A OPOSICAO DE EMBARGOS DO DEVEDOR -
LEGITIMIDADE DO DECISUM MONOCRATICO INTELIGENCIA DO
ART. 585, PARAGRAFO PRIMEIRO, DO CODIGO DE PROCESSO
CIVIL - PRECEDENTES DOUTRINARIOS E PRETORIANOS -
INAPLICABILIDADE A ESPECIE DA LEI N.
8/009/90 - AGRAVO DESPROVIDO.
SE O TITULO EXECUTIVO APRESENTA, FORMALMENTE, A
APARENCIA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE, A SUA
DESCARACTERIZACAO SO PODERA SER BUSCADA ATRAVES
DE EMBARGOS DO DEVEDOR, NUNCA POR SIMPLES PETICAO
NOS AUTOS. SO E POSSIVEL DESCONSTITUIR-SE TITULO
EXECUTIVO MEDIANTE A APRESENTACAO DE EMBARGOS A
EXECUCAO.
A IMPENHORABILIDADE DECORRENTE DA LEI N. 8.009/90 NAO
SE APLICA AO IMOVEL QUE E OBJETO DO FINANCIAMENTO
DESTINADO A SUA AQUISICAO.
DESPROVIMENTO DO RECURSO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154421200 - CURITIBA - JUIZ
RONALD SCHULMAN - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 06/06/00
- Ac.: 12706 - Public.: 04/08/00).

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO POR TITULO


EXTRAJUDICIAL - NOTAS PROMISSORIAS VINCULADAS A
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA OBJETO DE ANTERIOR
ACAO REVISIONAL AINDA NAO DECIDIDA - OPOSICAO PELO
DEVEDOR DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ALEGACOES DE ILIQUIDEZ, INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE
DAS CARTULAS COM A CONSEQUENTE NULIDADE DA
EXECUCAO E IMPOSSIBILIDADE DE SEGURANCA DO JUIZO
DIANTE DA AUSENCIA DE BENS PENHORAVEIS PORQUE
INSUSCETIVEL DE CONSTRICAO O IMOVEL OBJETO DA
AVENCA PELA SUA NATUREZA DE BEM DE FAMILIA (LEI N.
8.009/90 - REJEICAO NO JUIZO MONOCRATICO FUNDADA NA
PERFEICAO FORMAL DOS TITULOS CUJA DESCONSTITUICAO
DESAFIA A OPOSICAO DE EMBARGOS DO DEVEDOR -
LEGITIMIDADE DO DECISUM MONOCRATICO INTELIGENCIA DO
ART. 585, PARAGRAFO PRIMEIRO, DO CODIGO DE PROCESSO
CIVIL - PRECEDENTES DOUTRINARIOS E PRETORIANOS -
INAPLICABILIDADE A ESPECIE DA LEI N.
8/009/90 - AGRAVO DESPROVIDO.
SE O TITULO EXECUTIVO APRESENTA, FORMALMENTE, A
APARENCIA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE, A SUA
DESCARACTERIZACAO SO PODERA SER BUSCADA ATRAVES
DE EMBARGOS DO DEVEDOR, NUNCA POR SIMPLES PETICAO
NOS AUTOS. SO E POSSIVEL DESCONSTITUIR-SE TITULO
EXECUTIVO MEDIANTE A APRESENTACAO DE EMBARGOS A
EXECUCAO.
A IMPENHORABILIDADE DECORRENTE DA LEI N. 8.009/90 NAO
SE APLICA AO IMOVEL QUE E OBJETO DO FINANCIAMENTO
DESTINADO A SUA AQUISICAO.
DESPROVIMENTO DO RECURSO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154421200 - CURITIBA - JUIZ
RONALD SCHULMAN - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 06/06/00
- Ac.: 12706 - Public.: 04/08/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - PROCESSUAL CIVIL - CONEXAO


DE ACOES QUE NAO PODE SER DECIDIDA - AUSENCIA DAS
PECAS INICIAIS DE AMBAS AS ACOES CUJO COTEJO E
INDISPENSAVEL PARA SE VERIFICAR A IDENTIDADE DE CAUSA
PETENDI EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - OPOSICAO NOS
AUTOS DE EMBARGOS DO DEVEDOR - IMPOSSIBILIDADE -
INSTRUMENTO PROCESSUAL ADMITIDO COM O FITO DE
EVITAR A CONSTRICAO DE BENS DO EXECUTADO QUANDO
AUSENTE QUALQUER DAS CONDICOES DA ACAO EXECUTORIA
- MATERIA QUE NAO FOI RETIRADA DO ROL ARGUIVEL NOS
EMBARGOS - OPORTUNIDADE EM QUE NAO HA QUE SE FALAR
EM CONDENACAO EM HONORARIOS ADVOCATICIOS - AGRAVO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
O FUNDAMENTO PARA A ADMISSAO DA EXCECAO OU
OBJECAO DE EXECUTIVIDADE E O FATO DE QUE A EXIGENCIA
DA PENHORA OU O DEPOSITO SOMENTE PODE SE DAR
QUANDO O TITULO FOR HIGIDO A INSTRUIR A EXECUCAO,
EVITANDO-SE A ARBITRARIEDADE DE PENHORAR BENS DE
QUEM NAO ESTAVA EXPOSTO A ACAO EXECUTIVA. POREM, A
ADMISSAO DA EXCECAO NAO IMPLICOU EM RETIRAR
VIABILIDADE DE LEVANTAR A MATERIA RELATIVA A AUSENCIA
DE QUALQUER DAS CONDICOES DA ACAO EXECUTIVA DA
PECA INICIAL DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, ONDE ELA PODE
E DEVE SER ARGUIDA SE A PARTE OPTOU POR ESTA FORMA
DE DEFESA, COMO NO CASO EM EXAME, SENDO
INADMISSIVEL QUE NO CURSO DOS EMBARGOS VENHA A
PARTE DE FORMA TUMULTUARIA OPOR EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153734000 - IBAITI - JUIZ ANNY
MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 05/06/00 - Ac.: 10223
- Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - PROCESSUAL CIVIL - CONEXAO


DE ACOES QUE NAO PODE SER DECIDIDA - AUSENCIA DAS
PECAS INICIAIS DE AMBAS AS ACOES CUJO COTEJO E
INDISPENSAVEL PARA SE VERIFICAR A IDENTIDADE DE CAUSA
PETENDI EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - OPOSICAO NOS
AUTOS DE EMBARGOS DO DEVEDOR - IMPOSSIBILIDADE -
INSTRUMENTO PROCESSUAL ADMITIDO COM O FITO DE
EVITAR A CONSTRICAO DE BENS DO EXECUTADO QUANDO
AUSENTE QUALQUER DAS CONDICOES DA ACAO EXECUTORIA
- MATERIA QUE NAO FOI RETIRADA DO ROL ARGUIVEL NOS
EMBARGOS - OPORTUNIDADE EM QUE NAO HA QUE SE FALAR
EM CONDENACAO EM HONORARIOS ADVOCATICIOS - AGRAVO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
O FUNDAMENTO PARA A ADMISSAO DA EXCECAO OU
OBJECAO DE EXECUTIVIDADE E O FATO DE QUE A EXIGENCIA
DA PENHORA OU O DEPOSITO SOMENTE PODE SE DAR
QUANDO O TITULO FOR HIGIDO A INSTRUIR A EXECUCAO,
EVITANDO-SE A ARBITRARIEDADE DE PENHORAR BENS DE
QUEM NAO ESTAVA EXPOSTO A ACAO EXECUTIVA. POREM, A
ADMISSAO DA EXCECAO NAO IMPLICOU EM RETIRAR
VIABILIDADE DE LEVANTAR A MATERIA RELATIVA A AUSENCIA
DE QUALQUER DAS CONDICOES DA ACAO EXECUTIVA DA
PECA INICIAL DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, ONDE ELA PODE
E DEVE SER ARGUIDA SE A PARTE OPTOU POR ESTA FORMA
DE DEFESA, COMO NO CASO EM EXAME, SENDO
INADMISSIVEL QUE NO CURSO DOS EMBARGOS VENHA A
PARTE DE FORMA TUMULTUARIA OPOR EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153734000 - IBAITI - JUIZ ANNY
MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 05/06/00 - Ac.: 10223
- Public.: 04/08/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - TEMPESTIVIDADE AFERIDA


ATRAVES DO CARIMBO DA POSTAGEM DA PETICAO -
INTELIGENCIA DO 2 , DO ART. 525, DO CPC - ACAO DE
EXECUCAO POR TITULO EXTRA-JUDICIAL - COMPETENCIA DA
JUSTICA ESTADUAL INIMPORTANCIA DE ESTAR O EXEQUENTE
EM PROCESSO DE INTERVENCAO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE INADMISSIBILIDADE - NAO DEMONSTRADO
VICIO QUE MACULE O PROCESSO EXECUTIVO - TITULO NAO
DESCONSTITUIDO COMO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL -
IMPOSSIBILIDADE DE DISCUSSAO DE MATERIAS QUE
DEMANDEM DILACAO PROBATORIA PEDIDO DE REDUCAO DO
VALOR EXECUTADO DEVE SER DEDUZIDO EM SEDE DE
EMBARGOS DO DEVEDOR - AFASTADO O BENEFICIO DE
ORDEM - GARANTIDOR QUE FIGURA COMO AVALISTA E NAO
FIADOR DO CONTRATO - DEVEDOR SOLIDARIO - AGRAVO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
E ADMISSIVEL A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE EM
QUALQUER MOMENTO DO PROCESSO DA EXECUCAO, MESMO
QUE TENHA SIDO INFRUTIFERA A OPOSICAO DE EMBARGOS
DO DEVEDOR. ALEM DAS MATERIAS ATINENTES A NULIDADE
DA RELACAO PROCESSUAL TRAVADA ENTRE AS PARTES NA
EXECUCAO, IGUALMENTE SAO CONHECIVEIS DE OFICIO AS
QUESTOES PERTINENTES AOS REQUISITOS DO TITULO
EXECUTIVO: A LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE. TODAVIA,
SE FAZ NECESSARIA A RESSALVA DE QUE A INEXIGIBILIDADE
DO TITULO, QUANDO DEPENDE DE DILACAO PROBATORIA,
NAO PODE SER CONHECIDA EX OFFICIO, PORTANTO DEVERA
SER OBJETO DE ANALISE NOS EMBARGOS, ONDE HA
INSTALACAO DO PROCESSO DE CONHECIMENTO, SEDE
ADEQUADA A DISCUSSAO DAS MATERIAS DO ART. 741, DO
CPC, DENTRE AS QUAIS DESTACAMOS A INEXIGIBILIDADE DO
TITULO (INCISO II).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150744400 - FRANCISCO
BELTRAO - JUIZ ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL -
Julg: 12/06/00 - Ac.: 10233 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - TEMPESTIVIDADE AFERIDA


ATRAVES DO CARIMBO DA POSTAGEM DA PETICAO -
INTELIGENCIA DO 2 , DO ART. 525, DO CPC - ACAO DE
EXECUCAO POR TITULO EXTRA-JUDICIAL - COMPETENCIA DA
JUSTICA ESTADUAL INIMPORTANCIA DE ESTAR O EXEQUENTE
EM PROCESSO DE INTERVENCAO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE INADMISSIBILIDADE - NAO DEMONSTRADO
VICIO QUE MACULE O PROCESSO EXECUTIVO - TITULO NAO
DESCONSTITUIDO COMO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL -
IMPOSSIBILIDADE DE DISCUSSAO DE MATERIAS QUE
DEMANDEM DILACAO PROBATORIA PEDIDO DE REDUCAO DO
VALOR EXECUTADO DEVE SER DEDUZIDO EM SEDE DE
EMBARGOS DO DEVEDOR - AFASTADO O BENEFICIO DE
ORDEM - GARANTIDOR QUE FIGURA COMO AVALISTA E NAO
FIADOR DO CONTRATO - DEVEDOR SOLIDARIO - AGRAVO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
E ADMISSIVEL A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE EM
QUALQUER MOMENTO DO PROCESSO DA EXECUCAO, MESMO
QUE TENHA SIDO INFRUTIFERA A OPOSICAO DE EMBARGOS
DO DEVEDOR. ALEM DAS MATERIAS ATINENTES A NULIDADE
DA RELACAO PROCESSUAL TRAVADA ENTRE AS PARTES NA
EXECUCAO, IGUALMENTE SAO CONHECIVEIS DE OFICIO AS
QUESTOES PERTINENTES AOS REQUISITOS DO TITULO
EXECUTIVO: A LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE. TODAVIA,
SE FAZ NECESSARIA A RESSALVA DE QUE A INEXIGIBILIDADE
DO TITULO, QUANDO DEPENDE DE DILACAO PROBATORIA,
NAO PODE SER CONHECIDA EX OFFICIO, PORTANTO DEVERA
SER OBJETO DE ANALISE NOS EMBARGOS, ONDE HA
INSTALACAO DO PROCESSO DE CONHECIMENTO, SEDE
ADEQUADA A DISCUSSAO DAS MATERIAS DO ART. 741, DO
CPC, DENTRE AS QUAIS DESTACAMOS A INEXIGIBILIDADE DO
TITULO (INCISO II).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150744400 - FRANCISCO
BELTRAO - JUIZ ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL -
Julg: 12/06/00 - Ac.: 10233 - Public.: 04/08/00).

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EMENTA: EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO


DE PRE-EXECUTIVIDADE - ANALISE INDEPENDENTE DA
PROPOSITURA DE EMBARGOS - POSSIBILIDADE -
ORIENTACAO JURISPRUDENCIAL CONCESSIVA - DESPACHO
REFORMADO AGRAVO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150049400 - CURITIBA - JUIZ
CONV. PAULO HABITH - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 19/06/00 -
Ac.: 10296 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA: EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO


DE PRE-EXECUTIVIDADE - ANALISE INDEPENDENTE DA
PROPOSITURA DE EMBARGOS - POSSIBILIDADE -
ORIENTACAO JURISPRUDENCIAL CONCESSIVA - DESPACHO
REFORMADO AGRAVO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150049400 - CURITIBA - JUIZ
CONV. PAULO HABITH - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 19/06/00 -
Ac.: 10296 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - PROCESSUAL CIVIL - CONEXAO


DE ACOES QUE NAO PODE SER DECIDIDA - AUSENCIA DAS
PECAS INICIAIS DE AMBAS AS ACOES CUJO COTEJO E
INDISPENSAVEL PARA SE VERIFICAR A IDENTIDADE DE CAUSA
PETENDI EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - OPOSICAO NOS
AUTOS DE EMBARGOS DO DEVEDOR - IMPOSSIBILIDADE -
INSTRUMENTO PROCESSUAL ADMITIDO COM O FITO DE
EVITAR A CONSTRICAO DE BENS DO EXECUTADO QUANDO
AUSENTE QUALQUER DAS CONDICOES DA ACAO EXECUTORIA
- MATERIA QUE NAO FOI RETIRADA DO ROL ARGUIVEL NOS
EMBARGOS - OPORTUNIDADE EM QUE NAO HA QUE SE FALAR
EM CONDENACAO EM HONORARIOS ADVOCATICIOS - AGRAVO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
O FUNDAMENTO PARA A ADMISSAO DA EXCECAO OU
OBJECAO DE EXECUTIVIDADE E O FATO DE QUE A EXIGENCIA
DA PENHORA OU O DEPOSITO SOMENTE PODE SE DAR
QUANDO O TITULO FOR HIGIDO A INSTRUIR A EXECUCAO,
EVITANDO-SE A ARBITRARIEDADE DE PENHORAR BENS DE
QUEM NAO ESTAVA EXPOSTO A ACAO EXECUTIVA. POREM, A
ADMISSAO DA EXCECAO NAO IMPLICOU EM RETIRAR
VIABILIDADE DE LEVANTAR A MATERIA RELATIVA A AUSENCIA
DE QUALQUER DAS CONDICOES DA ACAO EXECUTIVA DA
PECA INICIAL DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, ONDE ELA PODE
E DEVE SER ARGUIDA SE A PARTE OPTOU POR ESTA FORMA
DE DEFESA, COMO NO CASO EM EXAME, SENDO
INADMISSIVEL QUE NO CURSO DOS EMBARGOS VENHA A
PARTE DE FORMA TUMULTUARIA OPOR EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153735700 - IBAITI - JUIZ ANNY
MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 19/06/00 - Ac.: 10305
- Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - PROCESSUAL CIVIL - CONEXAO


DE ACOES QUE NAO PODE SER DECIDIDA - AUSENCIA DAS
PECAS INICIAIS DE AMBAS AS ACOES CUJO COTEJO E
INDISPENSAVEL PARA SE VERIFICAR A IDENTIDADE DE CAUSA
PETENDI EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - OPOSICAO NOS
AUTOS DE EMBARGOS DO DEVEDOR - IMPOSSIBILIDADE -
INSTRUMENTO PROCESSUAL ADMITIDO COM O FITO DE
EVITAR A CONSTRICAO DE BENS DO EXECUTADO QUANDO
AUSENTE QUALQUER DAS CONDICOES DA ACAO EXECUTORIA
- MATERIA QUE NAO FOI RETIRADA DO ROL ARGUIVEL NOS
EMBARGOS - OPORTUNIDADE EM QUE NAO HA QUE SE FALAR
EM CONDENACAO EM HONORARIOS ADVOCATICIOS - AGRAVO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
O FUNDAMENTO PARA A ADMISSAO DA EXCECAO OU
OBJECAO DE EXECUTIVIDADE E O FATO DE QUE A EXIGENCIA
DA PENHORA OU O DEPOSITO SOMENTE PODE SE DAR
QUANDO O TITULO FOR HIGIDO A INSTRUIR A EXECUCAO,
EVITANDO-SE A ARBITRARIEDADE DE PENHORAR BENS DE
QUEM NAO ESTAVA EXPOSTO A ACAO EXECUTIVA. POREM, A
ADMISSAO DA EXCECAO NAO IMPLICOU EM RETIRAR
VIABILIDADE DE LEVANTAR A MATERIA RELATIVA A AUSENCIA
DE QUALQUER DAS CONDICOES DA ACAO EXECUTIVA DA
PECA INICIAL DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, ONDE ELA PODE
E DEVE SER ARGUIDA SE A PARTE OPTOU POR ESTA FORMA
DE DEFESA, COMO NO CASO EM EXAME, SENDO
INADMISSIVEL QUE NO CURSO DOS EMBARGOS VENHA A
PARTE DE FORMA TUMULTUARIA OPOR EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153735700 - IBAITI - JUIZ ANNY
MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 19/06/00 - Ac.: 10305
- Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - PROCESSUAL CIVIL - CONEXAO


DE ACOES QUE NAO PODE SER DECIDIDA - AUSENCIA DAS
PECAS INICIAIS DE AMBAS AS ACOES CUJO COTEJO E
INDISPENSAVEL PARA SE VERIFICAR A IDENTIDADE DE CAUSA
PETENDI EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - OPOSICAO NOS
AUTOS DE EMBARGOS DO DEVEDOR - IMPOSSIBILIDADE -
INSTRUMENTO PROCESSUAL ADMITIDO COM O FITO DE
EVITAR A CONSTRICAO DE BENS DO EXECUTADO QUANDO
AUSENTE QUALQUER DAS CONDICOES DA ACAO EXECUTORIA
- MATERIA QUE NAO FOI RETIRADA DO ROL ARGUIVEL NOS
EMBARGOS - OPORTUNIDADE EM QUE NAO HA QUE SE FALAR
EM CONDENACAO EM HONORARIOS ADVOCATICIOS - AGRAVO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
O FUNDAMENTO PARA A ADMISSAO DA EXCECAO OU
OBJECAO DE EXECUTIVIDADE E O FATO DE QUE A EXIGENCIA
DA PENHORA OU O DEPOSITO SOMENTE PODE SE DAR
QUANDO O TITULO FOR HIGIDO A INSTRUIR A EXECUCAO,
EVITANDO-SE A ARBITRARIEDADE DE PENHORAR BENS DE
QUEM NAO ESTAVA EXPOSTO A ACAO EXECUTIVA. POREM, A
ADMISSAO DA EXCECAO NAO IMPLICOU EM RETIRAR
VIABILIDADE DE LEVANTAR A MATERIA RELATIVA A AUSENCIA
DE QUALQUER DAS CONDICOES DA ACAO EXECUTIVA DA
PECA INICIAL DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, ONDE ELA PODE
E DEVE SER ARGUIDA SE A PARTE OPTOU POR ESTA FORMA
DE DEFESA, COMO NO CASO EM EXAME, SENDO
INADMISSIVEL QUE NO CURSO DOS EMBARGOS VENHA A
PARTE DE FORMA TUMULTUARIA OPOR EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153734000 - IBAITI - JUIZ ANNY
MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 05/06/00 - Ac.: 10223
- Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ALEGACAO DE IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMILIA -
POSSIBILIDADE - MATERIA DE ORDEM PUBLICA -
CONHECIMENTO ATE MESMO DE OFICIO E EM QUALQUER
MOMENTO PROCESSUAL - CONSTATACAO DA PRESENCA DOS
REQUISITOS ELENCADOS NA LEI 8.009/90 IMOVEL
PENHORADO DESTINADO A RESIDENCIA DO DEVEDOR E SUA
FAMILIA - DECLARACAO DE NULIDADE DA PENHORA.
RECURSO PROVIDO.
1. SENDO A IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMILIA
MATERIA DE ORDEM PUBLICA, PODE SER CONHECIDA ATE
MESMO DE OFICIO E EM QUALQUER MOMENTO PROCESSUAL.
2. SE O DEVEDOR TRAZ ELEMENTOS CONVINCENTES DE QUE
O IMOVEL PENHORADO E UTILIZADO COMO RESIDENCIA DE
SUA FAMILIA, CABE AO CREDOR FAZER PROVA EM SENTIDO
CONTRARIO.
3. RESTANDO PLENAMENTE COMPROVADOS OS REQUISITOS
LEGAIS E NAO CONFIGURADAS AS HIPOTESES ELENCADAS
NO ART. 30 DA LEI 8.009/90, A IMPENHORABILIDADE DO BEM
DE FAMILIA DEVE SER RECONHECIDA, DECLARANDO-SE A
NULIDADE DA PENHORA ANTERIORMENTE REALIZADA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152531500 - CURITIBA - JUIZ
WALDEMIR LUIZ DA ROCHA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
05/06/00 - Ac.: 11049 - Public.: 04/08/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
OPERACOES BANCARIAS - DISTINCAO ENTRE CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE COM
CONTRATO DE EMPRESTIMO - RECURSO IMPROVIDO.
1. REVESTINDO-SE O TITULO DE LIQUIDEZ CERTEZA E
EXIGIBILIDADE, CONDICOES BASILARES EXIGIDAS PARA
DEFLAGRACAO DE EXECUCAO, NAO E LICITO ARGUIR O
INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE,
MORMENTE, NO CASO, ONDE NAO SE TRATA DE CONTRATO
DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE E, SIM DE
EMPRESTIMO.
2. A LIQUIDEZ DO TITULO NAO FICA PREJUDICADA, PELA
ALEGACAO DE COBRANCA EXCESSIVA DE ENCARGOS
CONTRATUAIS.
3. A DENOMINADA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DO
TITULO, CONSISTE NA FACULDADE ATRIBUIDA AO
EXECUTADO, DE SUBMETER AO CONHECIMENTO DO JUIZ DA
EXECUCAO, INDEPENDENTEMENTE DE PENHORA OU DE
EMBARGOS, DETERMINADAS MATERIAS, LIMITADAS SUA
ABRANGENCIA TEMATICA, QUE DIGAM RESPEITO A
QUESTOES SUSCETIVEIS DE CONHECIMENTOS DE OFICIO, OU
A NULIDADE DO TITULO, QUE SEJA EVIDENTE E FLAGRANTE,
ISTO E, CUJO RECONHECIMENTO INDEPENDA DE
CONTRADITORIO OU DILACAO PROBATORIA.
4. A NULIDADE DA EXECUCAO PODE SER ALEGADA A TODO
TEMPO, DESDE QUE AUSENTES OS REQUISITOS DO ART. 586,
DO C. P. C., INDEPENDENTEMENTE DE SEGURANCA DO JUIZO
E DE CONSEQUENCIA, DE EMBARGOS A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153691000 - CURITIBA - JUIZ
LAURO AUGUSTO FABRICIO DE MELO - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 20/06/00 - Ac.: 12786 - Public.: 04/08/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO. RECURSO PROVIDO.
COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (DJU N
27-E, DE 08/02/2000 PAG. 265).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 155775900 - CURITIBA - JUIZ
EDUARDO FAGUNDES - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 26/06/00
- Ac.: 11063 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO. RECURSO PROVIDO.
COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (DJU N
27-E, DE 08/02/2000 PAG. 265).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 155775900 - CURITIBA - JUIZ
EDUARDO FAGUNDES - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 26/06/00
- Ac.: 11063 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
OPERACOES BANCARIAS - DISTINCAO ENTRE CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE COM
CONTRATO DE EMPRESTIMO - RECURSO IMPROVIDO.
1. REVESTINDO-SE O TITULO DE LIQUIDEZ CERTEZA E
EXIGIBILIDADE, CONDICOES BASILARES EXIGIDAS PARA
DEFLAGRACAO DE EXECUCAO, NAO E LICITO ARGUIR O
INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE,
MORMENTE, NO CASO, ONDE NAO SE TRATA DE CONTRATO
DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE E, SIM DE
EMPRESTIMO.
2. A LIQUIDEZ DO TITULO NAO FICA PREJUDICADA, PELA
ALEGACAO DE COBRANCA EXCESSIVA DE ENCARGOS
CONTRATUAIS.
3. A DENOMINADA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DO
TITULO, CONSISTE NA FACULDADE ATRIBUIDA AO
EXECUTADO, DE SUBMETER AO CONHECIMENTO DO JUIZ DA
EXECUCAO, INDEPENDENTEMENTE DE PENHORA OU DE
EMBARGOS, DETERMINADAS MATERIAS, LIMITADAS SUA
ABRANGENCIA TEMATICA, QUE DIGAM RESPEITO A
QUESTOES SUSCETIVEIS DE CONHECIMENTOS DE OFICIO, OU
A NULIDADE DO TITULO, QUE SEJA EVIDENTE E FLAGRANTE,
ISTO E, CUJO RECONHECIMENTO INDEPENDA DE
CONTRADITORIO OU DILACAO PROBATORIA.
4. A NULIDADE DA EXECUCAO PODE SER ALEGADA A TODO
TEMPO, DESDE QUE AUSENTES OS REQUISITOS DO ART. 586,
DO C. P. C., INDEPENDENTEMENTE DE SEGURANCA DO JUIZO
E DE CONSEQUENCIA, DE EMBARGOS A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153691000 - CURITIBA - JUIZ
LAURO AUGUSTO FABRICIO DE MELO - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 20/06/00 - Ac.: 12786 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO POR TITULO
EXTRAJUDICIAL - NOTAS PROMISSORIAS VINCULADAS A
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA OBJETO DE ANTERIOR
ACAO REVISIONAL AINDA NAO DECIDIDA - OPOSICAO PELO
DEVEDOR DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ALEGACOES DE ILIQUIDEZ, INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE
DAS CARTULAS COM A CONSEQUENTE NULIDADE DA
EXECUCAO E IMPOSSIBILIDADE DE SEGURANCA DO JUIZO
DIANTE DA AUSENCIA DE BENS PENHORAVEIS PORQUE
INSUSCETIVEL DE CONSTRICAO O IMOVEL OBJETO DA
AVENCA PELA SUA NATUREZA DE BEM DE FAMILIA (LEI N.
8.009/90 - REJEICAO NO JUIZO MONOCRATICO FUNDADA NA
PERFEICAO FORMAL DOS TITULOS CUJA DESCONSTITUICAO
DESAFIA A OPOSICAO DE EMBARGOS DO DEVEDOR -
LEGITIMIDADE DO DECISUM MONOCRATICO INTELIGENCIA DO
ART. 585, PARAGRAFO PRIMEIRO, DO CODIGO DE PROCESSO
CIVIL - PRECEDENTES DOUTRINARIOS E PRETORIANOS -
INAPLICABILIDADE A ESPECIE DA LEI N.
8/009/90 - AGRAVO DESPROVIDO.
SE O TITULO EXECUTIVO APRESENTA, FORMALMENTE, A
APARENCIA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE, A SUA
DESCARACTERIZACAO SO PODERA SER BUSCADA ATRAVES
DE EMBARGOS DO DEVEDOR, NUNCA POR SIMPLES PETICAO
NOS AUTOS. SO E POSSIVEL DESCONSTITUIR-SE TITULO
EXECUTIVO MEDIANTE A APRESENTACAO DE EMBARGOS A
EXECUCAO.
A IMPENHORABILIDADE DECORRENTE DA LEI N. 8.009/90 NAO
SE APLICA AO IMOVEL QUE E OBJETO DO FINANCIAMENTO
DESTINADO A SUA AQUISICAO.
DESPROVIMENTO DO RECURSO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154421200 - CURITIBA - JUIZ
RONALD SCHULMAN - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 06/06/00
- Ac.: 12706 - Public.: 04/08/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - LIQUIDEZ,


CERTEZA E EXIGIBILIDADE DO DEBITO JA RECONHECIDA POR
SENTENCA NOS EMBARGOS DO DEVEDOR - COISA JULGADA
IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMILIA - BENS
OFERECIDOS PELO PROPRIO DEVEDOR - PRECUSAO LOGICA -
DIPLOMA LEGAL QUE NAO SE APLICA AS PESSOAS JURIDICAS
- RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154920000 - ASSIS
CHATEAUBRIAND - JUIZ MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 20/06/00 - Ac.: 12833 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
OPERACOES BANCARIAS - DISTINCAO ENTRE CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE COM
CONTRATO DE EMPRESTIMO - RECURSO IMPROVIDO.
1. REVESTINDO-SE O TITULO DE LIQUIDEZ CERTEZA E
EXIGIBILIDADE, CONDICOES BASILARES EXIGIDAS PARA
DEFLAGRACAO DE EXECUCAO, NAO E LICITO ARGUIR O
INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE,
MORMENTE, NO CASO, ONDE NAO SE TRATA DE CONTRATO
DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE E, SIM DE
EMPRESTIMO.
2. A LIQUIDEZ DO TITULO NAO FICA PREJUDICADA, PELA
ALEGACAO DE COBRANCA EXCESSIVA DE ENCARGOS
CONTRATUAIS.
3. A DENOMINADA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DO
TITULO, CONSISTE NA FACULDADE ATRIBUIDA AO
EXECUTADO, DE SUBMETER AO CONHECIMENTO DO JUIZ DA
EXECUCAO, INDEPENDENTEMENTE DE PENHORA OU DE
EMBARGOS, DETERMINADAS MATERIAS, LIMITADAS SUA
ABRANGENCIA TEMATICA, QUE DIGAM RESPEITO A
QUESTOES SUSCETIVEIS DE CONHECIMENTOS DE OFICIO, OU
A NULIDADE DO TITULO, QUE SEJA EVIDENTE E FLAGRANTE,
ISTO E, CUJO RECONHECIMENTO INDEPENDA DE
CONTRADITORIO OU DILACAO PROBATORIA.
4. A NULIDADE DA EXECUCAO PODE SER ALEGADA A TODO
TEMPO, DESDE QUE AUSENTES OS REQUISITOS DO ART. 586,
DO C. P. C., INDEPENDENTEMENTE DE SEGURANCA DO JUIZO
E DE CONSEQUENCIA, DE EMBARGOS A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153691000 - CURITIBA - JUIZ
LAURO AUGUSTO FABRICIO DE MELO - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 20/06/00 - Ac.: 12786 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - PROCESSUAL CIVIL - CONEXAO


DE ACOES QUE NAO PODE SER DECIDIDA - AUSENCIA DAS
PECAS INICIAIS DE AMBAS AS ACOES CUJO COTEJO E
INDISPENSAVEL PARA SE VERIFICAR A IDENTIDADE DE CAUSA
PETENDI EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - OPOSICAO NOS
AUTOS DE EMBARGOS DO DEVEDOR - IMPOSSIBILIDADE -
INSTRUMENTO PROCESSUAL ADMITIDO COM O FITO DE
EVITAR A CONSTRICAO DE BENS DO EXECUTADO QUANDO
AUSENTE QUALQUER DAS CONDICOES DA ACAO EXECUTORIA
- MATERIA QUE NAO FOI RETIRADA DO ROL ARGUIVEL NOS
EMBARGOS - OPORTUNIDADE EM QUE NAO HA QUE SE FALAR
EM CONDENACAO EM HONORARIOS ADVOCATICIOS - AGRAVO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
O FUNDAMENTO PARA A ADMISSAO DA EXCECAO OU
OBJECAO DE EXECUTIVIDADE E O FATO DE QUE A EXIGENCIA
DA PENHORA OU O DEPOSITO SOMENTE PODE SE DAR
QUANDO O TITULO FOR HIGIDO A INSTRUIR A EXECUCAO,
EVITANDO-SE A ARBITRARIEDADE DE PENHORAR BENS DE
QUEM NAO ESTAVA EXPOSTO A ACAO EXECUTIVA. POREM, A
ADMISSAO DA EXCECAO NAO IMPLICOU EM RETIRAR
VIABILIDADE DE LEVANTAR A MATERIA RELATIVA A AUSENCIA
DE QUALQUER DAS CONDICOES DA ACAO EXECUTIVA DA
PECA INICIAL DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, ONDE ELA PODE
E DEVE SER ARGUIDA SE A PARTE OPTOU POR ESTA FORMA
DE DEFESA, COMO NO CASO EM EXAME, SENDO
INADMISSIVEL QUE NO CURSO DOS EMBARGOS VENHA A
PARTE DE FORMA TUMULTUARIA OPOR EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153735700 - IBAITI - JUIZ ANNY
MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 19/06/00 - Ac.: 10305
- Public.: 04/08/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - TEMPESTIVIDADE AFERIDA


ATRAVES DO CARIMBO DA POSTAGEM DA PETICAO -
INTELIGENCIA DO 2 , DO ART. 525, DO CPC - ACAO DE
EXECUCAO POR TITULO EXTRA-JUDICIAL - COMPETENCIA DA
JUSTICA ESTADUAL INIMPORTANCIA DE ESTAR O EXEQUENTE
EM PROCESSO DE INTERVENCAO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE INADMISSIBILIDADE - NAO DEMONSTRADO
VICIO QUE MACULE O PROCESSO EXECUTIVO - TITULO NAO
DESCONSTITUIDO COMO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL -
IMPOSSIBILIDADE DE DISCUSSAO DE MATERIAS QUE
DEMANDEM DILACAO PROBATORIA PEDIDO DE REDUCAO DO
VALOR EXECUTADO DEVE SER DEDUZIDO EM SEDE DE
EMBARGOS DO DEVEDOR - AFASTADO O BENEFICIO DE
ORDEM - GARANTIDOR QUE FIGURA COMO AVALISTA E NAO
FIADOR DO CONTRATO - DEVEDOR SOLIDARIO - AGRAVO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
E ADMISSIVEL A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE EM
QUALQUER MOMENTO DO PROCESSO DA EXECUCAO, MESMO
QUE TENHA SIDO INFRUTIFERA A OPOSICAO DE EMBARGOS
DO DEVEDOR. ALEM DAS MATERIAS ATINENTES A NULIDADE
DA RELACAO PROCESSUAL TRAVADA ENTRE AS PARTES NA
EXECUCAO, IGUALMENTE SAO CONHECIVEIS DE OFICIO AS
QUESTOES PERTINENTES AOS REQUISITOS DO TITULO
EXECUTIVO: A LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE. TODAVIA,
SE FAZ NECESSARIA A RESSALVA DE QUE A INEXIGIBILIDADE
DO TITULO, QUANDO DEPENDE DE DILACAO PROBATORIA,
NAO PODE SER CONHECIDA EX OFFICIO, PORTANTO DEVERA
SER OBJETO DE ANALISE NOS EMBARGOS, ONDE HA
INSTALACAO DO PROCESSO DE CONHECIMENTO, SEDE
ADEQUADA A DISCUSSAO DAS MATERIAS DO ART. 741, DO
CPC, DENTRE AS QUAIS DESTACAMOS A INEXIGIBILIDADE DO
TITULO (INCISO II).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150744400 - FRANCISCO
BELTRAO - JUIZ ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL -
Julg: 12/06/00 - Ac.: 10233 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - JUROS
E CORRECAO MONETARIA - DISCUSSAO - INADMISSIBILIDADE
MATERIAS A SEREM SUSCITADAS PELA VIA DOS EMBARGOS A
EXECUCAO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154593300 - CASCAVEL -
ROSANA FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 28/06/00 -
Ac.: 12896 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS A EXECUCAO -


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - INSUBSISTENCIA E
INADEQUACAO AGRAVANTES QUE NAO SE DESINCUMBIRAM
DO ONUS PROBATORIO.
ANTE A AUSENCIA DE ELEMENTOS SUFICIENTES PARA O
EXAME DAS QUESTOES SUSCITADAS PELOS AGRAVANTES,
RESTA PREJUDICADA A ANALISE DAS NULIDADES POR ELES
INDICADAS.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, PELA SUA NATUREZA
EXCEPCIONAL, DEVE FICAR CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS
QUESTOES DE ORDEM PUBLICA QUE NAO DEPENDAM DE
DILACAO PROBATORIA E QUE POSSAM SER CONHECIDAS EX
OFFICIO, POIS NAO SE PRESTA A SUBSTITUIR O
PROCEDIMENTO DOS EMBARGOS A EXECUCAO, ATRAVES
DOS QUAIS E PERMITIDA A PARTE EXECUTADA A PRODUCAO
DE TODAS AS PROVAS TENDENTES A OBSTACULIZAR O
PROCESSAMENTO DO FEITO EXECUTIVO.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153660500 - IBAITI - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 28/06/00 - Ac.: 12892 -
Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
VALORES DECORRENTES DE CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA CORRENTE - CARENCIA DA ACAO
EXECUTIVA POR AUSENCIA DE LIQUIDEZ DO TITULO.
1. A AVALIACAO DOS PRESSUPOSTOS DOS TITULOS QUE
ENSEJAM O PROCESSO EXECUTIVO DIZ RESPEITO AS
CONDICOES DA ACAO, PELO QUE PODE SER EXAMINADA EM
SEDE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
2. O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE CARECE DE LIQUIDEZ, POIS, AINDA QUE
ACOMPANHADO DOS EXTRATOS E DO DEMONSTRATIVO DO
DEBITO - APRESENTADOS UNILATERALMENTE PELO CREDOR,
- NAO CONSUBSTANCIA OBRIGACAO DE PAGAR QUANTIA
CERTA E DETERMINADA.
AGRAVO CONHECIDO E PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152012500 - PARAISO DO NORTE
- ROSANA FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 28/06/00 -
Ac.: 12898 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA: EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO


DE PRE-EXECUTIVIDADE - ANALISE INDEPENDENTE DA
PROPOSITURA DE EMBARGOS - POSSIBILIDADE -
ORIENTACAO JURISPRUDENCIAL CONCESSIVA - DESPACHO
REFORMADO AGRAVO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150049400 - CURITIBA - JUIZ
CONV. PAULO HABITH - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 19/06/00 -
Ac.: 10296 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - LIQUIDEZ,


CERTEZA E EXIGIBILIDADE DO DEBITO JA RECONHECIDA POR
SENTENCA NOS EMBARGOS DO DEVEDOR - COISA JULGADA
IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMILIA - BENS
OFERECIDOS PELO PROPRIO DEVEDOR - PRECUSAO LOGICA -
DIPLOMA LEGAL QUE NAO SE APLICA AS PESSOAS JURIDICAS
- RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154920000 - ASSIS
CHATEAUBRIAND - JUIZ MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 20/06/00 - Ac.: 12833 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - LIQUIDEZ,


CERTEZA E EXIGIBILIDADE DO DEBITO JA RECONHECIDA POR
SENTENCA NOS EMBARGOS DO DEVEDOR - COISA JULGADA
IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMILIA - BENS
OFERECIDOS PELO PROPRIO DEVEDOR - PRECUSAO LOGICA -
DIPLOMA LEGAL QUE NAO SE APLICA AS PESSOAS JURIDICAS
- RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154920000 - ASSIS
CHATEAUBRIAND - JUIZ MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 20/06/00 - Ac.: 12833 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. DECISAO AGRAVADA.


INTIMACAO NAO VALIDA DO EXECUTADO. AUSENCIA DO NOME
DO PROCURADOR. REPUBLICACAO. DEFERIDA. IMPOSICAO
DE CONHECIMENTO DA DECISAO HOSTILIZADA POR PARTE
DO EXECUTADO. INEXIGIVEL. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
CHEQUE. CITACAO. DEMORA. CULPA DO CREDOR
DEMONSTRADA.
PRESCRICAO. CONFIGURADA. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.
1. INOCORRENDO INTIMACAO VALIDA DO EXECUTADO DA
DECISAO INTERLOCUTORIA HOSTILIZADA FACE A AUSENCIA
DO NOME DE SEU PROCURADOR, REPUBLICADA, NAO IMPOE
O REGULAR CONHECIMENTO DA DECISAO RECORRIDA POR
PARTE DO EXECUTADO QUANDO DA FORMULACAO DO
PEDIDO DE REPUBLICACAO, COM ISSO SUPRINDO A FALHA,
DE MOLDE A ENSEJAR A INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO.
2. DEMONSTRADO CABALMENTE QUE A DEMORA PARA
EFETIVAR-SE A CITACAO DO EXECUTADO, DEVEU-SE AO
EXEQUENTE, E NAO AO MECANISMO DA JUSTICA, RESULTA
CONFIGURADA A PRESCRICAO DO CHEQUE, ANTE A SUA NAO
INTERRUPCAO. INTELIGENCIA DOS ARTS. 617 E 219 E DO CPC.
3. RECURSO QUE MERECE SER CONHECIDO EM PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153449600 - CURITIBA - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 07/06/00 - Ac.:
10855 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO INSTRUMENTAL SOBRE INDEFERIMENTO PARA


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. FUNDADA EM INEFICACIA
EXECUTIVA DO TITULO (ART. 618, I, CPC). MANIFESTACAO
CONHECIDA EM TEMPO. QUESTAO SUPORTE CONTUDO
VENCIDA PELA CONFIGURACAO EXECUTIVA AO
SENTENCIAMENTO PARA EMBARGOS EXCECAO DIRIGIDA
ADEMAIS A DIVERSO TITULO. CONFORMACAO DE COISA
JULGADA REAPRECIACAO, COM INOVADOS PARAMETROS
VEDADA (ARTS. 467, 468, 471, 472 1 PARTE E 473, CPC).
RECURSO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153664300 - APUCARANA - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 07/06/00 - Ac.:
10883 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO INSTRUMENTAL SOBRE INDEFERIMENTO PARA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. FUNDADA EM INEFICACIA
EXECUTIVA DO TITULO (ART. 618, I, CPC). MANIFESTACAO
CONHECIDA EM TEMPO. QUESTAO SUPORTE CONTUDO
VENCIDA PELA CONFIGURACAO EXECUTIVA AO
SENTENCIAMENTO PARA EMBARGOS EXCECAO DIRIGIDA
ADEMAIS A DIVERSO TITULO. CONFORMACAO DE COISA
JULGADA REAPRECIACAO, COM INOVADOS PARAMETROS
VEDADA (ARTS. 467, 468, 471, 472 1 PARTE E 473, CPC).
RECURSO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153664300 - APUCARANA - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 07/06/00 - Ac.:
10883 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CEDULA RURAL


PIGNORATICIA E HIPOTECARIA. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. INICIAL INCOMPLETA, DESACOMPANHADA
DE PARTE DA PLANILHA. CORRECAO. COMPLEMENTACAO DE
CONTA GRAFICA ANTES DOS EMBARGOS. ADMISSIBILIDADE.
PRECLUSAO. INOCORRENCIA. RECURSO NAO MERECE SER
PROVIDO.
1. E DEVER DO JUIZ E DIREITO DO EXEQUENTE, ASSINAR
PRAZO PARA CORRECAO DA PETICAO INICIAL EXECUTORIA
INCOMPLETA. EXEGESE DO ART. 616 DO CPC.
2. A JURISPRUDENCIA TEM ADMITIDO, ANTECEDENDO OS
EMBARGOS A EXECUCAO, A POSSIBILIDADE DE CORRECAO
DA PETICAO INICIAL.
3. A PRECLUSAO PRESSUPONDO A PERDA DE DETERMINADA
FACULDADE PROCESSUAL CIVIL OU NAO SEU EXERCICIO NA
ORDEM LEGAL, INOCORRE QUANDO A PARTE PROCEDE
OPORTUNA COMPLEMENTACAO PRETENDIDA.
4. RECURSO QUE NAO MERECE PROVIMENTO (AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 154236300 - GUARAPUAVA - JUIZ TUFI MARON
FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/06/00 - Ac.: 10884 -
Public.: 04/08/00).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CEDULA RURAL


PIGNORATICIA E HIPOTECARIA. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. INICIAL INCOMPLETA, DESACOMPANHADA
DE PARTE DA PLANILHA. CORRECAO. COMPLEMENTACAO DE
CONTA GRAFICA ANTES DOS EMBARGOS. ADMISSIBILIDADE.
PRECLUSAO. INOCORRENCIA. RECURSO NAO MERECE SER
PROVIDO.
1. E DEVER DO JUIZ E DIREITO DO EXEQUENTE, ASSINAR
PRAZO PARA CORRECAO DA PETICAO INICIAL EXECUTORIA
INCOMPLETA. EXEGESE DO ART. 616 DO CPC.
2. A JURISPRUDENCIA TEM ADMITIDO, ANTECEDENDO OS
EMBARGOS A EXECUCAO, A POSSIBILIDADE DE CORRECAO
DA PETICAO INICIAL.
3. A PRECLUSAO PRESSUPONDO A PERDA DE DETERMINADA
FACULDADE PROCESSUAL CIVIL OU NAO SEU EXERCICIO NA
ORDEM LEGAL, INOCORRE QUANDO A PARTE PROCEDE
OPORTUNA COMPLEMENTACAO PRETENDIDA.
4. RECURSO QUE NAO MERECE PROVIMENTO (AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 154236300 - GUARAPUAVA - JUIZ TUFI MARON
FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/06/00 - Ac.: 10884 -
Public.: 04/08/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS A EXECUCAO -


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - INSUBSISTENCIA E
INADEQUACAO AGRAVANTES QUE NAO SE DESINCUMBIRAM
DO ONUS PROBATORIO.
ANTE A AUSENCIA DE ELEMENTOS SUFICIENTES PARA O
EXAME DAS QUESTOES SUSCITADAS PELOS AGRAVANTES,
RESTA PREJUDICADA A ANALISE DAS NULIDADES POR ELES
INDICADAS.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, PELA SUA NATUREZA
EXCEPCIONAL, DEVE FICAR CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS
QUESTOES DE ORDEM PUBLICA QUE NAO DEPENDAM DE
DILACAO PROBATORIA E QUE POSSAM SER CONHECIDAS EX
OFFICIO, POIS NAO SE PRESTA A SUBSTITUIR O
PROCEDIMENTO DOS EMBARGOS A EXECUCAO, ATRAVES
DOS QUAIS E PERMITIDA A PARTE EXECUTADA A PRODUCAO
DE TODAS AS PROVAS TENDENTES A OBSTACULIZAR O
PROCESSAMENTO DO FEITO EXECUTIVO.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153660500 - IBAITI - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 28/06/00 - Ac.: 12892 -
Public.: 04/08/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS A EXECUCAO -


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - INSUBSISTENCIA E
INADEQUACAO AGRAVANTES QUE NAO SE DESINCUMBIRAM
DO ONUS PROBATORIO.
ANTE A AUSENCIA DE ELEMENTOS SUFICIENTES PARA O
EXAME DAS QUESTOES SUSCITADAS PELOS AGRAVANTES,
RESTA PREJUDICADA A ANALISE DAS NULIDADES POR ELES
INDICADAS.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, PELA SUA NATUREZA
EXCEPCIONAL, DEVE FICAR CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS
QUESTOES DE ORDEM PUBLICA QUE NAO DEPENDAM DE
DILACAO PROBATORIA E QUE POSSAM SER CONHECIDAS EX
OFFICIO, POIS NAO SE PRESTA A SUBSTITUIR O
PROCEDIMENTO DOS EMBARGOS A EXECUCAO, ATRAVES
DOS QUAIS E PERMITIDA A PARTE EXECUTADA A PRODUCAO
DE TODAS AS PROVAS TENDENTES A OBSTACULIZAR O
PROCESSAMENTO DO FEITO EXECUTIVO.
RECURSO CONHECIDO E NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153660500 - IBAITI - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 28/06/00 - Ac.: 12892 -
Public.: 04/08/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - JUROS
E CORRECAO MONETARIA - DISCUSSAO - INADMISSIBILIDADE
MATERIAS A SEREM SUSCITADAS PELA VIA DOS EMBARGOS A
EXECUCAO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154593300 - CASCAVEL -
ROSANA FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 28/06/00 -
Ac.: 12896 - Public.: 04/08/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - JUROS
E CORRECAO MONETARIA - DISCUSSAO - INADMISSIBILIDADE
MATERIAS A SEREM SUSCITADAS PELA VIA DOS EMBARGOS A
EXECUCAO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154593300 - CASCAVEL -
ROSANA FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 28/06/00 -
Ac.: 12896 - Public.: 04/08/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
VALORES DECORRENTES DE CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA CORRENTE - CARENCIA DA ACAO
EXECUTIVA POR AUSENCIA DE LIQUIDEZ DO TITULO.
1. A AVALIACAO DOS PRESSUPOSTOS DOS TITULOS QUE
ENSEJAM O PROCESSO EXECUTIVO DIZ RESPEITO AS
CONDICOES DA ACAO, PELO QUE PODE SER EXAMINADA EM
SEDE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
2. O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE CARECE DE LIQUIDEZ, POIS, AINDA QUE
ACOMPANHADO DOS EXTRATOS E DO DEMONSTRATIVO DO
DEBITO - APRESENTADOS UNILATERALMENTE PELO CREDOR,
- NAO CONSUBSTANCIA OBRIGACAO DE PAGAR QUANTIA
CERTA E DETERMINADA.
AGRAVO CONHECIDO E PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152012500 - PARAISO DO NORTE
- ROSANA FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 28/06/00 -
Ac.: 12898 - Public.: 04/08/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
VALORES DECORRENTES DE CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA CORRENTE - CARENCIA DA ACAO
EXECUTIVA POR AUSENCIA DE LIQUIDEZ DO TITULO.
1. A AVALIACAO DOS PRESSUPOSTOS DOS TITULOS QUE
ENSEJAM O PROCESSO EXECUTIVO DIZ RESPEITO AS
CONDICOES DA ACAO, PELO QUE PODE SER EXAMINADA EM
SEDE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
2. O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE CARECE DE LIQUIDEZ, POIS, AINDA QUE
ACOMPANHADO DOS EXTRATOS E DO DEMONSTRATIVO DO
DEBITO - APRESENTADOS UNILATERALMENTE PELO CREDOR,
- NAO CONSUBSTANCIA OBRIGACAO DE PAGAR QUANTIA
CERTA E DETERMINADA.
AGRAVO CONHECIDO E PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152012500 - PARAISO DO NORTE
- ROSANA FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 28/06/00 -
Ac.: 12898 - Public.: 04/08/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ALEGACAO DE IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMILIA -
POSSIBILIDADE - MATERIA DE ORDEM PUBLICA -
CONHECIMENTO ATE MESMO DE OFICIO E EM QUALQUER
MOMENTO PROCESSUAL - CONSTATACAO DA PRESENCA DOS
REQUISITOS ELENCADOS NA LEI 8.009/90 IMOVEL
PENHORADO DESTINADO A RESIDENCIA DO DEVEDOR E SUA
FAMILIA - DECLARACAO DE NULIDADE DA PENHORA.
RECURSO PROVIDO.
1. SENDO A IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMILIA
MATERIA DE ORDEM PUBLICA, PODE SER CONHECIDA ATE
MESMO DE OFICIO E EM QUALQUER MOMENTO PROCESSUAL.
2. SE O DEVEDOR TRAZ ELEMENTOS CONVINCENTES DE QUE
O IMOVEL PENHORADO E UTILIZADO COMO RESIDENCIA DE
SUA FAMILIA, CABE AO CREDOR FAZER PROVA EM SENTIDO
CONTRARIO.
3. RESTANDO PLENAMENTE COMPROVADOS OS REQUISITOS
LEGAIS E NAO CONFIGURADAS AS HIPOTESES ELENCADAS
NO ART. 30 DA LEI 8.009/90, A IMPENHORABILIDADE DO BEM
DE FAMILIA DEVE SER RECONHECIDA, DECLARANDO-SE A
NULIDADE DA PENHORA ANTERIORMENTE REALIZADA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152531500 - CURITIBA - JUIZ
WALDEMIR LUIZ DA ROCHA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
05/06/00 - Ac.: 11049 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ALEGACAO DE IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMILIA -
POSSIBILIDADE - MATERIA DE ORDEM PUBLICA -
CONHECIMENTO ATE MESMO DE OFICIO E EM QUALQUER
MOMENTO PROCESSUAL - CONSTATACAO DA PRESENCA DOS
REQUISITOS ELENCADOS NA LEI 8.009/90 IMOVEL
PENHORADO DESTINADO A RESIDENCIA DO DEVEDOR E SUA
FAMILIA - DECLARACAO DE NULIDADE DA PENHORA.
RECURSO PROVIDO.
1. SENDO A IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMILIA
MATERIA DE ORDEM PUBLICA, PODE SER CONHECIDA ATE
MESMO DE OFICIO E EM QUALQUER MOMENTO PROCESSUAL.
2. SE O DEVEDOR TRAZ ELEMENTOS CONVINCENTES DE QUE
O IMOVEL PENHORADO E UTILIZADO COMO RESIDENCIA DE
SUA FAMILIA, CABE AO CREDOR FAZER PROVA EM SENTIDO
CONTRARIO.
3. RESTANDO PLENAMENTE COMPROVADOS OS REQUISITOS
LEGAIS E NAO CONFIGURADAS AS HIPOTESES ELENCADAS
NO ART. 30 DA LEI 8.009/90, A IMPENHORABILIDADE DO BEM
DE FAMILIA DEVE SER RECONHECIDA, DECLARANDO-SE A
NULIDADE DA PENHORA ANTERIORMENTE REALIZADA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152531500 - CURITIBA - JUIZ
WALDEMIR LUIZ DA ROCHA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
05/06/00 - Ac.: 11049 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO - QUESTAO RELATIVA AS
CONDICOES DA ACAO - POSSIBILIDADE - RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153517900 - CURITIBA - JUIZ
CONV. GLADEMIR VIDAL ANTUNES PANIZZI - SEXTA CAMARA
CIVEL - Julg: 29/05/00 - Ac.: 10122 - Public.: 09/06/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE


ABERTURA DE CREDITO - NAO CONFIGURACAO COMO
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - LIQUIDEZ
DECORRENTE DA PREVIA PACTUACAO DE PRESTACOES COM
VALORES DETERMINADOS EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AFASTADA - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154510400 - CURITIBA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 31/05/00 - Ac.: 12726 - Public.: 09/06/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS A EXECUCAO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


C/C ARGUICAO DE FALSIDADE. SUSPENSAO DA EXECUCAO E
DOS EMBARGOS. REJEICAO. APELACAO. INTERPOSICAO. NAO
RECEBIMENTO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPROVIDO.
EMBARGOS A EXECUCAO. PROSSEGUIMENTO. INTIMACAO DO
EMBARGADO PARA IMPUGNACAO. FALTA DE INTIMACAO DA
EMBARGANTE.
CERCEAMENTO DE DEFESA. NAO CARACTERIZADA.
PRINCIPIOS DO CONTRADITORIO E AMPLAS DEFESA. NAO
OFENDIDO. PREJUIZO A PARTE. NAO CONFIGURADO.
AUSENCIA DE LESIVIDADE.
OCORRIDA. RECURSO NAO CONHECIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152147300 - IVAIPORA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 31/05/00 -
Ac.: 10806 - Public.: 09/06/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS A EXECUCAO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


C/C ARGUICAO DE FALSIDADE. SUSPENSAO DA EXECUCAO E
DOS EMBARGOS. REJEICAO. APELACAO. INTERPOSICAO. NAO
RECEBIMENTO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPROVIDO.
EMBARGOS A EXECUCAO. PROSSEGUIMENTO. INTIMACAO DO
EMBARGADO PARA IMPUGNACAO. FALTA DE INTIMACAO DA
EMBARGANTE.
CERCEAMENTO DE DEFESA. NAO CARACTERIZADA.
PRINCIPIOS DO CONTRADITORIO E AMPLAS DEFESA. NAO
OFENDIDO. PREJUIZO A PARTE. NAO CONFIGURADO.
AUSENCIA DE LESIVIDADE.
OCORRIDA. RECURSO NAO CONHECIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152147300 - IVAIPORA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 31/05/00 -
Ac.: 10806 - Public.: 09/06/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS A EXECUCAO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


C/C ARGUICAO DE FALSIDADE. SUSPENSAO DA EXECUCAO E
DOS EMBARGOS. REJEICAO. APELACAO. INTERPOSICAO. NAO
RECEBIMENTO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPROVIDO.
EMBARGOS A EXECUCAO. PROSSEGUIMENTO. INTIMACAO DO
EMBARGADO PARA IMPUGNACAO. FALTA DE INTIMACAO DA
EMBARGANTE.
CERCEAMENTO DE DEFESA. NAO CARACTERIZADA.
PRINCIPIOS DO CONTRADITORIO E AMPLAS DEFESA. NAO
OFENDIDO. PREJUIZO A PARTE. NAO CONFIGURADO.
AUSENCIA DE LESIVIDADE.
OCORRIDA. RECURSO NAO CONHECIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152147300 - IVAIPORA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 31/05/00 -
Ac.: 10806 - Public.: 09/06/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO - QUESTAO RELATIVA AS
CONDICOES DA ACAO - POSSIBILIDADE - RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153517900 - CURITIBA - JUIZ
CONV. GLADEMIR VIDAL ANTUNES PANIZZI - SEXTA CAMARA
CIVEL - Julg: 29/05/00 - Ac.: 10122 - Public.: 09/06/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO - NAO CONFIGURACAO COMO
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - LIQUIDEZ
DECORRENTE DA PREVIA PACTUACAO DE PRESTACOES COM
VALORES DETERMINADOS EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AFASTADA - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154510400 - CURITIBA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 31/05/00 - Ac.: 12726 - Public.: 09/06/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO - QUESTAO RELATIVA AS
CONDICOES DA ACAO - POSSIBILIDADE - RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153517900 - CURITIBA - JUIZ
CONV. GLADEMIR VIDAL ANTUNES PANIZZI - SEXTA CAMARA
CIVEL - Julg: 29/05/00 - Ac.: 10122 - Public.: 09/06/00).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. PEDIDO DE DESISTENCIA DA EXECUCAO
COM RELACAO A EXECUTADA/CONCORDATARIA,
PROSSEGUINDO O FEITO CONTRA OS DEMAIS CO-
EXECUTADOS. HOMOLOGACAO.
POSSIBILIDADE. HONORARIOS ADVOCATICIOS.
CONTRATACAO.
ARGUICAO DA EXCECAO. DEVIDOS. PERMANENCIA DA
EXECUTADA/CONCORDATARIA NO FEITO. IMPOSSIBILIDADE.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154055800 - LONDRINA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 24/05/00 -
Ac.: 10780 - Public.: 02/06/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. PEDIDO DE DESISTENCIA DA EXECUCAO
COM RELACAO A EXECUTADA/CONCORDATARIA,
PROSSEGUINDO O FEITO CONTRA OS DEMAIS CO-
EXECUTADOS. HOMOLOGACAO.
POSSIBILIDADE. HONORARIOS ADVOCATICIOS.
CONTRATACAO.
ARGUICAO DA EXCECAO. DEVIDOS. PERMANENCIA DA
EXECUTADA/CONCORDATARIA NO FEITO. IMPOSSIBILIDADE.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154055800 - LONDRINA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 24/05/00 -
Ac.: 10780 - Public.: 02/06/00).

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EXECUCAO HIPOTECARIA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


F. C. V. S - NECESSIDADE DE INTERVENCAO DA CAIXA
ECONOMICA FEDERAL - COMPETENCIA DA JUSTICA FEDERAL
- DECISAO MANTIDA - AGRAVO DESPROVIDO.
ANTE A PREVISAO CONTRATUAL DE QUE O EVENTUAL SALDO
DEVEDOR, AO TERMINO DO PRAZO FIXADO, SERA DE
RESPONSABILIDADE DO FUNDO DE COMPENSACAO DAS
VARIACOES SALARIAIS - FCVS - ESTA PATENTEADO O
INTERESSE DA CAIXA ECONOMICA FEDERAL NA CAUSA, NA
QUALIDADE DE GESTORA DESSE FUNDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153419800 - UMUARAMA - JUIZ
DOMINGOS RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 23/05/00
- Ac.: 13109 - Public.: 02/06/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO HIPOTECARIA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


F. C. V. S - NECESSIDADE DE INTERVENCAO DA CAIXA
ECONOMICA FEDERAL - COMPETENCIA DA JUSTICA FEDERAL
- DECISAO MANTIDA - AGRAVO DESPROVIDO.
ANTE A PREVISAO CONTRATUAL DE QUE O EVENTUAL SALDO
DEVEDOR, AO TERMINO DO PRAZO FIXADO, SERA DE
RESPONSABILIDADE DO FUNDO DE COMPENSACAO DAS
VARIACOES SALARIAIS - FCVS - ESTA PATENTEADO O
INTERESSE DA CAIXA ECONOMICA FEDERAL NA CAUSA, NA
QUALIDADE DE GESTORA DESSE FUNDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153419800 - UMUARAMA - JUIZ
DOMINGOS RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 23/05/00
- Ac.: 13109 - Public.: 02/06/00).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. PEDIDO DE DESISTENCIA DA EXECUCAO
COM RELACAO A EXECUTADA/CONCORDATARIA,
PROSSEGUINDO O FEITO CONTRA OS DEMAIS CO-
EXECUTADOS. HOMOLOGACAO.
POSSIBILIDADE. HONORARIOS ADVOCATICIOS.
CONTRATACAO.
ARGUICAO DA EXCECAO. DEVIDOS. PERMANENCIA DA
EXECUTADA/CONCORDATARIA NO FEITO. IMPOSSIBILIDADE.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 154055800 - LONDRINA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 24/05/00 -
Ac.: 10780 - Public.: 02/06/00).

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EXECUCAO HIPOTECARIA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


F. C. V. S - NECESSIDADE DE INTERVENCAO DA CAIXA
ECONOMICA FEDERAL - COMPETENCIA DA JUSTICA FEDERAL
- DECISAO MANTIDA - AGRAVO DESPROVIDO.
ANTE A PREVISAO CONTRATUAL DE QUE O EVENTUAL SALDO
DEVEDOR, AO TERMINO DO PRAZO FIXADO, SERA DE
RESPONSABILIDADE DO FUNDO DE COMPENSACAO DAS
VARIACOES SALARIAIS - FCVS - ESTA PATENTEADO O
INTERESSE DA CAIXA ECONOMICA FEDERAL NA CAUSA, NA
QUALIDADE DE GESTORA DESSE FUNDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153419800 - UMUARAMA - JUIZ
DOMINGOS RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 23/05/00
- Ac.: 13109 - Public.: 02/06/00).

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LIQUIDACAO DE SENTENCA - ACAO DE DESPEJO CUMULADA


COM COBRANCA DE ALUGUERES E ENCARGOS DA LOCACAO -
SENTENCA TRANSITA EM JULGADO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE NULIDADE DA EXECUCAO TRIBUTADA A
EXIGENCIA DO PREMIO PONTUALIDADE E MULTA
CONTRATUAL - COISA JULGADA PRETENSAO INDEFERIDA -
DECISAO MANTIDA.
A SENTENCA TRANSITADA EM JULGADO POSSUI EFICACIA
QUE A TORNA IMUTAVEL E INDISCUTIVEL, NAO MAIS A
SUJEITANDO A RECURSO.
DE CONFORMIDADE COM O DISPOSTO NO ART. 468 DO CPC,
"A SENTENCA, QUE JULGAR TOTAL OU PARCIALMENTE A LIDE,
TEM FORCA NOS LIMITES DA LIDE E DAS QUESTOES
DECIDIDAS".
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153826300 - CURITIBA - JUIZ
CONV. ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL -
Julg: 09/05/00 - Ac.: 12552 - Public.: 26/05/00).

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LIQUIDACAO DE SENTENCA - ACAO DE DESPEJO CUMULADA


COM COBRANCA DE ALUGUERES E ENCARGOS DA LOCACAO -
SENTENCA TRANSITA EM JULGADO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE NULIDADE DA EXECUCAO TRIBUTADA A
EXIGENCIA DO PREMIO PONTUALIDADE E MULTA
CONTRATUAL - COISA JULGADA PRETENSAO INDEFERIDA -
DECISAO MANTIDA.
A SENTENCA TRANSITADA EM JULGADO POSSUI EFICACIA
QUE A TORNA IMUTAVEL E INDISCUTIVEL, NAO MAIS A
SUJEITANDO A RECURSO.
DE CONFORMIDADE COM O DISPOSTO NO ART. 468 DO CPC,
"A SENTENCA, QUE JULGAR TOTAL OU PARCIALMENTE A LIDE,
TEM FORCA NOS LIMITES DA LIDE E DAS QUESTOES
DECIDIDAS".
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153826300 - CURITIBA - JUIZ
CONV. ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL -
Julg: 09/05/00 - Ac.: 12552 - Public.: 26/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

LIQUIDACAO DE SENTENCA - ACAO DE DESPEJO CUMULADA


COM COBRANCA DE ALUGUERES E ENCARGOS DA LOCACAO -
SENTENCA TRANSITA EM JULGADO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE NULIDADE DA EXECUCAO TRIBUTADA A
EXIGENCIA DO PREMIO PONTUALIDADE E MULTA
CONTRATUAL - COISA JULGADA PRETENSAO INDEFERIDA -
DECISAO MANTIDA.
A SENTENCA TRANSITADA EM JULGADO POSSUI EFICACIA
QUE A TORNA IMUTAVEL E INDISCUTIVEL, NAO MAIS A
SUJEITANDO A RECURSO.
DE CONFORMIDADE COM O DISPOSTO NO ART. 468 DO CPC,
"A SENTENCA, QUE JULGAR TOTAL OU PARCIALMENTE A LIDE,
TEM FORCA NOS LIMITES DA LIDE E DAS QUESTOES
DECIDIDAS".
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153826300 - CURITIBA - JUIZ
CONV. ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL -
Julg: 09/05/00 - Ac.: 12552 - Public.: 26/05/00).

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EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - TITULOS FORMALMENTE


PERFEITOS - DESCABIMENTO DA EXCECAO - DEMAIS
MATERIAS QUE SOMENTE PODEM SER DISCUTIDAS EM
EMBARGOS DO DEVEDOR - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153456100 - LONDRINA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 09/05/00 - Ac.:
12549 - Public.: 26/05/00).

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EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - TITULOS FORMALMENTE


PERFEITOS - DESCABIMENTO DA EXCECAO - DEMAIS
MATERIAS QUE SOMENTE PODEM SER DISCUTIDAS EM
EMBARGOS DO DEVEDOR - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153456100 - LONDRINA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 09/05/00 - Ac.:
12549 - Public.: 26/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - TITULOS FORMALMENTE
PERFEITOS - DESCABIMENTO DA EXCECAO - DEMAIS
MATERIAS QUE SOMENTE PODEM SER DISCUTIDAS EM
EMBARGOS DO DEVEDOR - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153456100 - LONDRINA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 09/05/00 - Ac.:
12549 - Public.: 26/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - TITULOS FORMALMENTE


PERFEITOS - DESCABIMENTO DA EXCECAO - DEMAIS
MATERIAS QUE SOMENTE PODEM SER DISCUTIDAS EM
EMBARGOS DO DEVEDOR - RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153456100 - LONDRINA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 09/05/00 - Ac.:
12549 - Public.: 26/05/00).

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LIQUIDACAO DE SENTENCA - ACAO DE DESPEJO CUMULADA


COM COBRANCA DE ALUGUERES E ENCARGOS DA LOCACAO -
SENTENCA TRANSITA EM JULGADO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE NULIDADE DA EXECUCAO TRIBUTADA A
EXIGENCIA DO PREMIO PONTUALIDADE E MULTA
CONTRATUAL - COISA JULGADA PRETENSAO INDEFERIDA -
DECISAO MANTIDA.
A SENTENCA TRANSITADA EM JULGADO POSSUI EFICACIA
QUE A TORNA IMUTAVEL E INDISCUTIVEL, NAO MAIS A
SUJEITANDO A RECURSO.
DE CONFORMIDADE COM O DISPOSTO NO ART. 468 DO CPC,
"A SENTENCA, QUE JULGAR TOTAL OU PARCIALMENTE A LIDE,
TEM FORCA NOS LIMITES DA LIDE E DAS QUESTOES
DECIDIDAS".
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153826300 - CURITIBA - JUIZ
CONV. ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL -
Julg: 09/05/00 - Ac.: 12552 - Public.: 26/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO INSTRUMENTAL INDEFERIMENTO "A QUO" PARA


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E A REAVALIZACAO DO
IMOVEL RURAL CONSCRITO - EXECUCAO SUPORTADA EM,
CEDULA RURAL HIPOTECARIA; TITULO HABIL (ARTS. 10, DL.
167/67, 585, VII CPC) DISPENSANDO AVENTADAS
SUBSCRICOES TESTEMUNHAIS. NOVACAO OBJETIVA,
CONFORME ART. 999, I CCB NAO CARACTERIZADA PELA
SIMPLES ANUNCIADA COMPOSICAO A DESCUMPRIDO PRAZO
A SOLUCAO DEBITUAL ENSEJO. PORTANTO A SEGUIMENTO
EXECUTIVO POR MESMO TITULO, INCLUSIVE POR EXPRESSA
ABDICACAO AO "ANIMUS NOVANDI". AFASTO, NESTA RAZAO
AOS QUESTIONAMENTOS ASSIM EVOCAMOS PARA EXTINCAO
EXECUTIVA. AVALIACAO JUDICIAL PRIMEIRA NAO IMPUGNADA
A ESTIMACAO PROPRIA (ART. 586 CPC) DESMERECENDO
POSTERIORMENTE A FRUSTRADO PRACEAMENTO,
IRRESIGNACAO ADOTADA EM ESTIMATIVA DE CORRETOR
IMOBILIARIO SEM DEMONSTRACAO AOS REQUISITOS DO ART.
683 CPC DESPROVIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150251400 - CHOPINZINHO - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/05/00 - Ac.:
10695 - Public.: 19/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO INSTRUMENTAL INDEFERIMENTO "A QUO" PARA


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E A REAVALIZACAO DO
IMOVEL RURAL CONSCRITO - EXECUCAO SUPORTADA EM,
CEDULA RURAL HIPOTECARIA; TITULO HABIL (ARTS. 10, DL.
167/67, 585, VII CPC) DISPENSANDO AVENTADAS
SUBSCRICOES TESTEMUNHAIS. NOVACAO OBJETIVA,
CONFORME ART. 999, I CCB NAO CARACTERIZADA PELA
SIMPLES ANUNCIADA COMPOSICAO A DESCUMPRIDO PRAZO
A SOLUCAO DEBITUAL ENSEJO. PORTANTO A SEGUIMENTO
EXECUTIVO POR MESMO TITULO, INCLUSIVE POR EXPRESSA
ABDICACAO AO "ANIMUS NOVANDI". AFASTO, NESTA RAZAO
AOS QUESTIONAMENTOS ASSIM EVOCAMOS PARA EXTINCAO
EXECUTIVA. AVALIACAO JUDICIAL PRIMEIRA NAO IMPUGNADA
A ESTIMACAO PROPRIA (ART. 586 CPC) DESMERECENDO
POSTERIORMENTE A FRUSTRADO PRACEAMENTO,
IRRESIGNACAO ADOTADA EM ESTIMATIVA DE CORRETOR
IMOBILIARIO SEM DEMONSTRACAO AOS REQUISITOS DO ART.
683 CPC DESPROVIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150251400 - CHOPINZINHO - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/05/00 - Ac.:
10695 - Public.: 19/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO INSTRUMENTAL INDEFERIMENTO "A QUO" PARA


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E A REAVALIZACAO DO
IMOVEL RURAL CONSCRITO - EXECUCAO SUPORTADA EM,
CEDULA RURAL HIPOTECARIA; TITULO HABIL (ARTS. 10, DL.
167/67, 585, VII CPC) DISPENSANDO AVENTADAS
SUBSCRICOES TESTEMUNHAIS. NOVACAO OBJETIVA,
CONFORME ART. 999, I CCB NAO CARACTERIZADA PELA
SIMPLES ANUNCIADA COMPOSICAO A DESCUMPRIDO PRAZO
A SOLUCAO DEBITUAL ENSEJO. PORTANTO A SEGUIMENTO
EXECUTIVO POR MESMO TITULO, INCLUSIVE POR EXPRESSA
ABDICACAO AO "ANIMUS NOVANDI". AFASTO, NESTA RAZAO
AOS QUESTIONAMENTOS ASSIM EVOCAMOS PARA EXTINCAO
EXECUTIVA. AVALIACAO JUDICIAL PRIMEIRA NAO IMPUGNADA
A ESTIMACAO PROPRIA (ART. 586 CPC) DESMERECENDO
POSTERIORMENTE A FRUSTRADO PRACEAMENTO,
IRRESIGNACAO ADOTADA EM ESTIMATIVA DE CORRETOR
IMOBILIARIO SEM DEMONSTRACAO AOS REQUISITOS DO ART.
683 CPC DESPROVIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150251400 - CHOPINZINHO - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/05/00 - Ac.:
10695 - Public.: 19/05/00).

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CONEXAO - EXECUCAO HIPOTECARIA E ACAO ORDINARIA


VISANDO O RECALCULO DO DEBITO - MESMO CONTRATO -
LIAME REUNIAO DOS PROCESSOS - CONVENIENCIA.
SE O CONTRATO, PARA AMBOS OS FEITOS, E O MESMO, E
UMA VEZ QUE NAO SE DESCARTA A POSSIBILIDADE DE
DECISOES CONFLITANTES, SEJA NA ACAO ORDINARIA, EM
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, OU MESMO EM
EVENTUAIS EMBARGOS DO DEVEDOR, CONVENIENTE SE
MOSTRA A REUNIAO DOS PROCESSOS, QUE TRAMITARAO
PERANTE O JUIZO PREVENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153473200 - CURITIBA - JUIZ
CONV. ANTONIO RENATO STRAPASSON - OITAVA CAMARA
CIVEL - Julg: 08/05/00 - Ac.: 10403 - Public.: 19/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

CONEXAO - EXECUCAO HIPOTECARIA E ACAO ORDINARIA


VISANDO O RECALCULO DO DEBITO - MESMO CONTRATO -
LIAME REUNIAO DOS PROCESSOS - CONVENIENCIA.
SE O CONTRATO, PARA AMBOS OS FEITOS, E O MESMO, E
UMA VEZ QUE NAO SE DESCARTA A POSSIBILIDADE DE
DECISOES CONFLITANTES, SEJA NA ACAO ORDINARIA, EM
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, OU MESMO EM
EVENTUAIS EMBARGOS DO DEVEDOR, CONVENIENTE SE
MOSTRA A REUNIAO DOS PROCESSOS, QUE TRAMITARAO
PERANTE O JUIZO PREVENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153473200 - CURITIBA - JUIZ
CONV. ANTONIO RENATO STRAPASSON - OITAVA CAMARA
CIVEL - Julg: 08/05/00 - Ac.: 10403 - Public.: 19/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

CONEXAO - EXECUCAO HIPOTECARIA E ACAO ORDINARIA


VISANDO O RECALCULO DO DEBITO - MESMO CONTRATO -
LIAME REUNIAO DOS PROCESSOS - CONVENIENCIA.
SE O CONTRATO, PARA AMBOS OS FEITOS, E O MESMO, E
UMA VEZ QUE NAO SE DESCARTA A POSSIBILIDADE DE
DECISOES CONFLITANTES, SEJA NA ACAO ORDINARIA, EM
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, OU MESMO EM
EVENTUAIS EMBARGOS DO DEVEDOR, CONVENIENTE SE
MOSTRA A REUNIAO DOS PROCESSOS, QUE TRAMITARAO
PERANTE O JUIZO PREVENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153473200 - CURITIBA - JUIZ
CONV. ANTONIO RENATO STRAPASSON - OITAVA CAMARA
CIVEL - Julg: 08/05/00 - Ac.: 10403 - Public.: 19/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. INCIDENTE DE PRE-


EXECUTIVIDADE. REDUCAO DO MONTANTE EXEQUENDO.
INADMISSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO.
SOMENTE E DE SER ADMITIDA A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE QUANDO O TITULO EXEQUENDO, NAO SE
REVESTE, DE PRONTO, DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152626900 - PARANAVAI - JUIZ
COSTA BARROS - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/05/00 - Ac.:
12687 - Public.: 19/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. INCIDENTE DE PRE-


EXECUTIVIDADE. REDUCAO DO MONTANTE EXEQUENDO.
INADMISSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO.
SOMENTE E DE SER ADMITIDA A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE QUANDO O TITULO EXEQUENDO, NAO SE
REVESTE, DE PRONTO, DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152626900 - PARANAVAI - JUIZ
COSTA BARROS - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/05/00 - Ac.:
12687 - Public.: 19/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. INCIDENTE DE PRE-


EXECUTIVIDADE. REDUCAO DO MONTANTE EXEQUENDO.
INADMISSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO.
SOMENTE E DE SER ADMITIDA A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE QUANDO O TITULO EXEQUENDO, NAO SE
REVESTE, DE PRONTO, DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152626900 - PARANAVAI - JUIZ
COSTA BARROS - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/05/00 - Ac.:
12687 - Public.: 19/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. INCIDENTE DE PRE-


EXECUTIVIDADE. REDUCAO DO MONTANTE EXEQUENDO.
INADMISSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO.
SOMENTE E DE SER ADMITIDA A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE QUANDO O TITULO EXEQUENDO, NAO SE
REVESTE, DE PRONTO, DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152626900 - PARANAVAI - JUIZ
COSTA BARROS - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/05/00 - Ac.:
12687 - Public.: 19/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO INSTRUMENTAL INDEFERIMENTO "A QUO" PARA


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E A REAVALIZACAO DO
IMOVEL RURAL CONSCRITO - EXECUCAO SUPORTADA EM,
CEDULA RURAL HIPOTECARIA; TITULO HABIL (ARTS. 10, DL.
167/67, 585, VII CPC) DISPENSANDO AVENTADAS
SUBSCRICOES TESTEMUNHAIS. NOVACAO OBJETIVA,
CONFORME ART. 999, I CCB NAO CARACTERIZADA PELA
SIMPLES ANUNCIADA COMPOSICAO A DESCUMPRIDO PRAZO
A SOLUCAO DEBITUAL ENSEJO. PORTANTO A SEGUIMENTO
EXECUTIVO POR MESMO TITULO, INCLUSIVE POR EXPRESSA
ABDICACAO AO "ANIMUS NOVANDI". AFASTO, NESTA RAZAO
AOS QUESTIONAMENTOS ASSIM EVOCAMOS PARA EXTINCAO
EXECUTIVA. AVALIACAO JUDICIAL PRIMEIRA NAO IMPUGNADA
A ESTIMACAO PROPRIA (ART. 586 CPC) DESMERECENDO
POSTERIORMENTE A FRUSTRADO PRACEAMENTO,
IRRESIGNACAO ADOTADA EM ESTIMATIVA DE CORRETOR
IMOBILIARIO SEM DEMONSTRACAO AOS REQUISITOS DO ART.
683 CPC DESPROVIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150251400 - CHOPINZINHO - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/05/00 - Ac.:
10695 - Public.: 19/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


CONEXAO - EXECUCAO HIPOTECARIA E ACAO ORDINARIA
VISANDO O RECALCULO DO DEBITO - MESMO CONTRATO -
LIAME REUNIAO DOS PROCESSOS - CONVENIENCIA.
SE O CONTRATO, PARA AMBOS OS FEITOS, E O MESMO, E
UMA VEZ QUE NAO SE DESCARTA A POSSIBILIDADE DE
DECISOES CONFLITANTES, SEJA NA ACAO ORDINARIA, EM
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, OU MESMO EM
EVENTUAIS EMBARGOS DO DEVEDOR, CONVENIENTE SE
MOSTRA A REUNIAO DOS PROCESSOS, QUE TRAMITARAO
PERANTE O JUIZO PREVENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 153473200 - CURITIBA - JUIZ
CONV. ANTONIO RENATO STRAPASSON - OITAVA CAMARA
CIVEL - Julg: 08/05/00 - Ac.: 10403 - Public.: 19/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. DECISAO QUE INDEFERIU EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE DO TITULO DADO COMO CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE (CHEQUE
ESPECIAL). OPERACAO DE MUTUO. LITIGANCIA DE MA-FE
ARGUIDA NA CONTRAMINUTA PELO AGRAVADO.
DESCARACTERIZACAO. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152013200 - PARAISO DO NORTE
- JUIZ EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
26/04/00 - Ac.: 10678 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ACOLHIMENTO DE EXCECAO DE


PRE-EXECUTIVIDADE OPOSTA - EXECUCAO DE ESCRITURA
PUBLICA DE CONFISSAO DE DIVIDA E NOTA PROMISSORIA
VERIFICACAO DA EXISTENCIA DOS REQUISITOS LEGAIS
TORNANDO-OS TITULOS LIQUIDOS, CERTOS E EXIGIVEIS -
NAO CONFIGURACAO DE QUALQUER NULIDADE NO
PROCESSO DE EXECUCAO.
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
EM SE TRATANDO DE EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL
LASTREADA EM ESCRITURA PUBLICA DE CONFISSAO DE
DIVIDA E NOTA PROMISSORIA, MESMO QUE SE EVIDENCIASSE
QUALQUER IRREGULARIDADE NA ESCRITURA PUBLICA, O
PROCESSO EXECUTIVO SERIA PLENAMENTE VALIDO ANTE A
PERFEICAO FORMAL DA NOTA PROMISSORIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 147526100 - GUARATUBA - JUIZ
WALDEMIR LUIZ DA ROCHA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
24/04/00 - Ac.: 10718 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ACOLHIMENTO DE EXCECAO DE


PRE-EXECUTIVIDADE OPOSTA - EXECUCAO DE ESCRITURA
PUBLICA DE CONFISSAO DE DIVIDA E NOTA PROMISSORIA
VERIFICACAO DA EXISTENCIA DOS REQUISITOS LEGAIS
TORNANDO-OS TITULOS LIQUIDOS, CERTOS E EXIGIVEIS -
NAO CONFIGURACAO DE QUALQUER NULIDADE NO
PROCESSO DE EXECUCAO.
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
EM SE TRATANDO DE EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL
LASTREADA EM ESCRITURA PUBLICA DE CONFISSAO DE
DIVIDA E NOTA PROMISSORIA, MESMO QUE SE EVIDENCIASSE
QUALQUER IRREGULARIDADE NA ESCRITURA PUBLICA, O
PROCESSO EXECUTIVO SERIA PLENAMENTE VALIDO ANTE A
PERFEICAO FORMAL DA NOTA PROMISSORIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 147526100 - GUARATUBA - JUIZ
WALDEMIR LUIZ DA ROCHA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
24/04/00 - Ac.: 10718 - Public.: 12/05/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ACOLHIMENTO DE EXCECAO DE


PRE-EXECUTIVIDADE OPOSTA - EXECUCAO DE ESCRITURA
PUBLICA DE CONFISSAO DE DIVIDA E NOTA PROMISSORIA
VERIFICACAO DA EXISTENCIA DOS REQUISITOS LEGAIS
TORNANDO-OS TITULOS LIQUIDOS, CERTOS E EXIGIVEIS -
NAO CONFIGURACAO DE QUALQUER NULIDADE NO
PROCESSO DE EXECUCAO.
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
EM SE TRATANDO DE EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL
LASTREADA EM ESCRITURA PUBLICA DE CONFISSAO DE
DIVIDA E NOTA PROMISSORIA, MESMO QUE SE EVIDENCIASSE
QUALQUER IRREGULARIDADE NA ESCRITURA PUBLICA, O
PROCESSO EXECUTIVO SERIA PLENAMENTE VALIDO ANTE A
PERFEICAO FORMAL DA NOTA PROMISSORIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 147526100 - GUARATUBA - JUIZ
WALDEMIR LUIZ DA ROCHA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
24/04/00 - Ac.: 10718 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CREDITO


IMOBILIARIO.
FINANCIAMENTO VINCULADO AO SISTEMA FINANCEIRO DE
HABITACAO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE LEVANTADA
PELO DEVEDOR. DESACOLHIDA PELO MAGISTRADO A QUO,
AO PRESSUPOSTO QUE O QUESTIONAMENTO CABERIA EM
EMBARGOS.
CASO TIPICO POREM, A ENSEJAR O IMEDIATO
ENCERRAMENTO DA EXECUCAO, PORQUE AUSENTE O TITULO
COM A LIQUIDEZ E CERTEZA EXIGIDAS. ART. 618, I, DO CPC.
DISPUTA EM ACAO DE CONHECIMENTO PERANTE A JUSTICA
FEDERAL, ONDE O MUTUARIO OBTEVE DEFINITIVO GANHO DE
CAUSA PARA REAJUSTAMENTO DAS PRESTACOES.
LIQUIDACAO APENAS INICIADA, SEM QUE SE TENHA AINDA O
QUADRO ACERTADO DOS VALORES DEVIDOS EM
COMPARACAO COM O QUE FORA DEPOSITADO EM MEDIDA
CAUTELAR. LIQUIDEZ QUE FICOU ASSIM CONDICIONADA AO
ENCERRAMENTO DO DITO PROCESSO.
PRECIPITACAO DO BANCO EM LEVANTAR OS DEPOSITOS E
DESENCADEAR A EXECUCAO PERANTE A JUSTICA ESTADUAL,
OCULTANDO DE MODO TEMERARIO TUDO QUANTO PASSOU
NA FEDERAL. LITIGANCIA DE MA-FE. IMPOSICAO DA
PENALIDADE DE OFICIO.
RECURSO PROVIDO, DECLARANDO-SE EXTINTA A EXECUCAO.
CONDENACAO DO EXEQUENTE NAS CUSTAS E VERBA
HONORARIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150840100 - CURITIBA - JUIZ
SERGIO ARENHART - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/00 -
Ac.: 10360 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CREDITO


IMOBILIARIO.
FINANCIAMENTO VINCULADO AO SISTEMA FINANCEIRO DE
HABITACAO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE LEVANTADA
PELO DEVEDOR. DESACOLHIDA PELO MAGISTRADO A QUO,
AO PRESSUPOSTO QUE O QUESTIONAMENTO CABERIA EM
EMBARGOS.
CASO TIPICO POREM, A ENSEJAR O IMEDIATO
ENCERRAMENTO DA EXECUCAO, PORQUE AUSENTE O TITULO
COM A LIQUIDEZ E CERTEZA EXIGIDAS. ART. 618, I, DO CPC.
DISPUTA EM ACAO DE CONHECIMENTO PERANTE A JUSTICA
FEDERAL, ONDE O MUTUARIO OBTEVE DEFINITIVO GANHO DE
CAUSA PARA REAJUSTAMENTO DAS PRESTACOES.
LIQUIDACAO APENAS INICIADA, SEM QUE SE TENHA AINDA O
QUADRO ACERTADO DOS VALORES DEVIDOS EM
COMPARACAO COM O QUE FORA DEPOSITADO EM MEDIDA
CAUTELAR. LIQUIDEZ QUE FICOU ASSIM CONDICIONADA AO
ENCERRAMENTO DO DITO PROCESSO.
PRECIPITACAO DO BANCO EM LEVANTAR OS DEPOSITOS E
DESENCADEAR A EXECUCAO PERANTE A JUSTICA ESTADUAL,
OCULTANDO DE MODO TEMERARIO TUDO QUANTO PASSOU
NA FEDERAL. LITIGANCIA DE MA-FE. IMPOSICAO DA
PENALIDADE DE OFICIO.
RECURSO PROVIDO, DECLARANDO-SE EXTINTA A EXECUCAO.
CONDENACAO DO EXEQUENTE NAS CUSTAS E VERBA
HONORARIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150840100 - CURITIBA - JUIZ
SERGIO ARENHART - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/00 -
Ac.: 10360 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CREDITO


IMOBILIARIO.
FINANCIAMENTO VINCULADO AO SISTEMA FINANCEIRO DE
HABITACAO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE LEVANTADA
PELO DEVEDOR. DESACOLHIDA PELO MAGISTRADO A QUO,
AO PRESSUPOSTO QUE O QUESTIONAMENTO CABERIA EM
EMBARGOS.
CASO TIPICO POREM, A ENSEJAR O IMEDIATO
ENCERRAMENTO DA EXECUCAO, PORQUE AUSENTE O TITULO
COM A LIQUIDEZ E CERTEZA EXIGIDAS. ART. 618, I, DO CPC.
DISPUTA EM ACAO DE CONHECIMENTO PERANTE A JUSTICA
FEDERAL, ONDE O MUTUARIO OBTEVE DEFINITIVO GANHO DE
CAUSA PARA REAJUSTAMENTO DAS PRESTACOES.
LIQUIDACAO APENAS INICIADA, SEM QUE SE TENHA AINDA O
QUADRO ACERTADO DOS VALORES DEVIDOS EM
COMPARACAO COM O QUE FORA DEPOSITADO EM MEDIDA
CAUTELAR. LIQUIDEZ QUE FICOU ASSIM CONDICIONADA AO
ENCERRAMENTO DO DITO PROCESSO.
PRECIPITACAO DO BANCO EM LEVANTAR OS DEPOSITOS E
DESENCADEAR A EXECUCAO PERANTE A JUSTICA ESTADUAL,
OCULTANDO DE MODO TEMERARIO TUDO QUANTO PASSOU
NA FEDERAL. LITIGANCIA DE MA-FE. IMPOSICAO DA
PENALIDADE DE OFICIO.
RECURSO PROVIDO, DECLARANDO-SE EXTINTA A EXECUCAO.
CONDENACAO DO EXEQUENTE NAS CUSTAS E VERBA
HONORARIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150840100 - CURITIBA - JUIZ
SERGIO ARENHART - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/00 -
Ac.: 10360 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CREDITO


IMOBILIARIO.
FINANCIAMENTO VINCULADO AO SISTEMA FINANCEIRO DE
HABITACAO. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE LEVANTADA
PELO DEVEDOR. DESACOLHIDA PELO MAGISTRADO A QUO,
AO PRESSUPOSTO QUE O QUESTIONAMENTO CABERIA EM
EMBARGOS.
CASO TIPICO POREM, A ENSEJAR O IMEDIATO
ENCERRAMENTO DA EXECUCAO, PORQUE AUSENTE O TITULO
COM A LIQUIDEZ E CERTEZA EXIGIDAS. ART. 618, I, DO CPC.
DISPUTA EM ACAO DE CONHECIMENTO PERANTE A JUSTICA
FEDERAL, ONDE O MUTUARIO OBTEVE DEFINITIVO GANHO DE
CAUSA PARA REAJUSTAMENTO DAS PRESTACOES.
LIQUIDACAO APENAS INICIADA, SEM QUE SE TENHA AINDA O
QUADRO ACERTADO DOS VALORES DEVIDOS EM
COMPARACAO COM O QUE FORA DEPOSITADO EM MEDIDA
CAUTELAR. LIQUIDEZ QUE FICOU ASSIM CONDICIONADA AO
ENCERRAMENTO DO DITO PROCESSO.
PRECIPITACAO DO BANCO EM LEVANTAR OS DEPOSITOS E
DESENCADEAR A EXECUCAO PERANTE A JUSTICA ESTADUAL,
OCULTANDO DE MODO TEMERARIO TUDO QUANTO PASSOU
NA FEDERAL. LITIGANCIA DE MA-FE. IMPOSICAO DA
PENALIDADE DE OFICIO.
RECURSO PROVIDO, DECLARANDO-SE EXTINTA A EXECUCAO.
CONDENACAO DO EXEQUENTE NAS CUSTAS E VERBA
HONORARIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150840100 - CURITIBA - JUIZ
SERGIO ARENHART - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/00 -
Ac.: 10360 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE EXECUCAO FUNDADA EM CONTRATOS DE
ABERTURA DE CREDITO ROTATIVO - CDC (AUTOMATICO),
ACOMPANHADOS DE EXTRATOS DE MOVIMENTACAO
FINANCEIRA - DESACOLHIMENTO EM 1 INSTANCIA - AGRAVO
DE INSTRUMENTO PROVIDO PARA ACOLHER-SE A EXCECAO.
NAO SENDO CONSIDERADO TITULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
ROTATIVO EM CONTA CORRENTE, POR AUSENCIA DE
LIQUIDEZ E CERTEZA DO QUANTUM QUE ESTA SENDO
EXIGIDO, NULA E A EXECUCAO QUE COM BASE NELE TEM
SIDO EMBASADA. DESTARTE, E DE SE ACOLHER A EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE ARGUIDA, EXTINGUINDO-SE A
EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152620700 - CURITIBA - JUIZ
CONV. ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL -
Julg: 04/04/00 - Ac.: 12487 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO - INOCORRENCIA -
CONTRATO DE EMPRESTIMO - DEDUCAO DE DEFESA CONTRA
FATO INCONTROVERSO - LITIGANCIA DE MA-FE - ATO
ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA (ART. 600, II E ART.
601, CPC) RECURSO IMPROVIDO.
1. CONTRATO DE EMPRESTIMO QUE COMO TAL SE
CARACTERIZA PELAS CONDICOES E GARANTIAS, E TITULO
HABIL A EMBASAR ACAO DE EXECUCAO, NAO SE
CONFUNDINDO COM CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
EM CONTA CORRENTE, AUTORIZANDO PRONTA REJEICAO DE
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
2. O EXERCICIO REGULAR DE UM DIREITO NAO PODE SE
JUSTIFICAR PELA DEDUCAO DE DEFESA CONTRA FATO
INCONTROVERSO, O QUE CONSISTE EM OPOSICAO
MALICIOSA A EXECUCAO, CARACTERIZANDO A LITIGANCIA DE
MA-FE E ATO ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA,
AUTORIZANDO A IMPOSICAO DE MULTA CONSOANTE DISPOE
O ART. 601 DO CPC.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152448500 - CURITIBA -
AUGUSTO LOPES CORTES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
24/04/00 - Ac.: 10357 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO - INOCORRENCIA -
CONTRATO DE EMPRESTIMO - DEDUCAO DE DEFESA CONTRA
FATO INCONTROVERSO - LITIGANCIA DE MA-FE - ATO
ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA (ART. 600, II E ART.
601, CPC) RECURSO IMPROVIDO.
1. CONTRATO DE EMPRESTIMO QUE COMO TAL SE
CARACTERIZA PELAS CONDICOES E GARANTIAS, E TITULO
HABIL A EMBASAR ACAO DE EXECUCAO, NAO SE
CONFUNDINDO COM CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
EM CONTA CORRENTE, AUTORIZANDO PRONTA REJEICAO DE
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
2. O EXERCICIO REGULAR DE UM DIREITO NAO PODE SE
JUSTIFICAR PELA DEDUCAO DE DEFESA CONTRA FATO
INCONTROVERSO, O QUE CONSISTE EM OPOSICAO
MALICIOSA A EXECUCAO, CARACTERIZANDO A LITIGANCIA DE
MA-FE E ATO ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA,
AUTORIZANDO A IMPOSICAO DE MULTA CONSOANTE DISPOE
O ART. 601 DO CPC.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152448500 - CURITIBA -
AUGUSTO LOPES CORTES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
24/04/00 - Ac.: 10357 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO - INOCORRENCIA -
CONTRATO DE EMPRESTIMO - DEDUCAO DE DEFESA CONTRA
FATO INCONTROVERSO - LITIGANCIA DE MA-FE - ATO
ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA (ART. 600, II E ART.
601, CPC) RECURSO IMPROVIDO.
1. CONTRATO DE EMPRESTIMO QUE COMO TAL SE
CARACTERIZA PELAS CONDICOES E GARANTIAS, E TITULO
HABIL A EMBASAR ACAO DE EXECUCAO, NAO SE
CONFUNDINDO COM CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
EM CONTA CORRENTE, AUTORIZANDO PRONTA REJEICAO DE
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
2. O EXERCICIO REGULAR DE UM DIREITO NAO PODE SE
JUSTIFICAR PELA DEDUCAO DE DEFESA CONTRA FATO
INCONTROVERSO, O QUE CONSISTE EM OPOSICAO
MALICIOSA A EXECUCAO, CARACTERIZANDO A LITIGANCIA DE
MA-FE E ATO ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA,
AUTORIZANDO A IMPOSICAO DE MULTA CONSOANTE DISPOE
O ART. 601 DO CPC.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152448500 - CURITIBA -
AUGUSTO LOPES CORTES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
24/04/00 - Ac.: 10357 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ACOLHIMENTO DE EXCECAO DE


PRE-EXECUTIVIDADE OPOSTA - EXECUCAO DE ESCRITURA
PUBLICA DE CONFISSAO DE DIVIDA E NOTA PROMISSORIA
VERIFICACAO DA EXISTENCIA DOS REQUISITOS LEGAIS
TORNANDO-OS TITULOS LIQUIDOS, CERTOS E EXIGIVEIS -
NAO CONFIGURACAO DE QUALQUER NULIDADE NO
PROCESSO DE EXECUCAO.
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
EM SE TRATANDO DE EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL
LASTREADA EM ESCRITURA PUBLICA DE CONFISSAO DE
DIVIDA E NOTA PROMISSORIA, MESMO QUE SE EVIDENCIASSE
QUALQUER IRREGULARIDADE NA ESCRITURA PUBLICA, O
PROCESSO EXECUTIVO SERIA PLENAMENTE VALIDO ANTE A
PERFEICAO FORMAL DA NOTA PROMISSORIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 147526100 - GUARATUBA - JUIZ
WALDEMIR LUIZ DA ROCHA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
24/04/00 - Ac.: 10718 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
MATERIAS A SEREM ALEGADAS EM EMBARGOS - LITIGANCIA
DE MA-FE NAO CARACTERIZADA -PROVIMENTO PARCIAL AO
RECURSO A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE
ADMITE QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL
DO TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 145586900 - MARINGA - JUIZ
MARCUS VINICIUS DE LACERDA COSTA - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 25/04/00 - Ac.: 12489 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. DECISAO QUE INDEFERIU EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE DO TITULO DADO COMO CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE (CHEQUE
ESPECIAL). OPERACAO DE MUTUO. LITIGANCIA DE MA-FE
ARGUIDA NA CONTRAMINUTA PELO AGRAVADO.
DESCARACTERIZACAO. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152013200 - PARAISO DO NORTE
- JUIZ EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
26/04/00 - Ac.: 10678 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - INSURGENCIA CONTRA DECISAO
INTERLOCUTORIA QUE EM MESMO ADMITINDO A EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, E A PROVA PERICIAL, NAO SUSPENDEU
O PROCESSO - RECURSO DESPROVIDO.
- NEGA-SE PROVIMENTO A RECURSO INTERPOSO CONTRA
DECISAO INTERLOCUTORIA QUE ADMITIU A EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE E A PRODUCAO DE PROVA PERICIAL,
MAS, INDEFERIU O PLEITO DE SUSPENSAO DO PROCESSO,
EIS QUE, O VICIO ALEGADO DEPENDE DE PROVA E NAO PODE
SER, DE PLANO, RECONHECIDO PELO JUIZ SINGULAR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 145088800 - CURITIBA - JUIZ
CLAYTON CAMARGO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/05/00 -
Ac.: 12649 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO - INOCORRENCIA -
CONTRATO DE EMPRESTIMO - DEDUCAO DE DEFESA CONTRA
FATO INCONTROVERSO - LITIGANCIA DE MA-FE - ATO
ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA (ART. 600, II E ART.
601, CPC) RECURSO IMPROVIDO.
1. CONTRATO DE EMPRESTIMO QUE COMO TAL SE
CARACTERIZA PELAS CONDICOES E GARANTIAS, E TITULO
HABIL A EMBASAR ACAO DE EXECUCAO, NAO SE
CONFUNDINDO COM CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
EM CONTA CORRENTE, AUTORIZANDO PRONTA REJEICAO DE
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
2. O EXERCICIO REGULAR DE UM DIREITO NAO PODE SE
JUSTIFICAR PELA DEDUCAO DE DEFESA CONTRA FATO
INCONTROVERSO, O QUE CONSISTE EM OPOSICAO
MALICIOSA A EXECUCAO, CARACTERIZANDO A LITIGANCIA DE
MA-FE E ATO ATENTATORIO A DIGNIDADE DA JUSTICA,
AUTORIZANDO A IMPOSICAO DE MULTA CONSOANTE DISPOE
O ART. 601 DO CPC.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152448500 - CURITIBA -
AUGUSTO LOPES CORTES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
24/04/00 - Ac.: 10357 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - INSURGENCIA CONTRA DECISAO
INTERLOCUTORIA QUE EM MESMO ADMITINDO A EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, E A PROVA PERICIAL, NAO SUSPENDEU
O PROCESSO - RECURSO DESPROVIDO.
- NEGA-SE PROVIMENTO A RECURSO INTERPOSO CONTRA
DECISAO INTERLOCUTORIA QUE ADMITIU A EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE E A PRODUCAO DE PROVA PERICIAL,
MAS, INDEFERIU O PLEITO DE SUSPENSAO DO PROCESSO,
EIS QUE, O VICIO ALEGADO DEPENDE DE PROVA E NAO PODE
SER, DE PLANO, RECONHECIDO PELO JUIZ SINGULAR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 145088800 - CURITIBA - JUIZ
CLAYTON CAMARGO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/05/00 -
Ac.: 12649 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - INSURGENCIA CONTRA DECISAO
INTERLOCUTORIA QUE EM MESMO ADMITINDO A EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, E A PROVA PERICIAL, NAO SUSPENDEU
O PROCESSO - RECURSO DESPROVIDO.
- NEGA-SE PROVIMENTO A RECURSO INTERPOSO CONTRA
DECISAO INTERLOCUTORIA QUE ADMITIU A EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE E A PRODUCAO DE PROVA PERICIAL,
MAS, INDEFERIU O PLEITO DE SUSPENSAO DO PROCESSO,
EIS QUE, O VICIO ALEGADO DEPENDE DE PROVA E NAO PODE
SER, DE PLANO, RECONHECIDO PELO JUIZ SINGULAR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 145088800 - CURITIBA - JUIZ
CLAYTON CAMARGO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/05/00 -
Ac.: 12649 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - INSURGENCIA CONTRA DECISAO
INTERLOCUTORIA QUE EM MESMO ADMITINDO A EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, E A PROVA PERICIAL, NAO SUSPENDEU
O PROCESSO - RECURSO DESPROVIDO.
- NEGA-SE PROVIMENTO A RECURSO INTERPOSO CONTRA
DECISAO INTERLOCUTORIA QUE ADMITIU A EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE E A PRODUCAO DE PROVA PERICIAL,
MAS, INDEFERIU O PLEITO DE SUSPENSAO DO PROCESSO,
EIS QUE, O VICIO ALEGADO DEPENDE DE PROVA E NAO PODE
SER, DE PLANO, RECONHECIDO PELO JUIZ SINGULAR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 145088800 - CURITIBA - JUIZ
CLAYTON CAMARGO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/05/00 -
Ac.: 12649 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE EXECUCAO FUNDADA EM CONTRATOS DE
ABERTURA DE CREDITO ROTATIVO - CDC (AUTOMATICO),
ACOMPANHADOS DE EXTRATOS DE MOVIMENTACAO
FINANCEIRA - DESACOLHIMENTO EM 1 INSTANCIA - AGRAVO
DE INSTRUMENTO PROVIDO PARA ACOLHER-SE A EXCECAO.
NAO SENDO CONSIDERADO TITULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
ROTATIVO EM CONTA CORRENTE, POR AUSENCIA DE
LIQUIDEZ E CERTEZA DO QUANTUM QUE ESTA SENDO
EXIGIDO, NULA E A EXECUCAO QUE COM BASE NELE TEM
SIDO EMBASADA. DESTARTE, E DE SE ACOLHER A EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE ARGUIDA, EXTINGUINDO-SE A
EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152620700 - CURITIBA - JUIZ
CONV. ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL -
Julg: 04/04/00 - Ac.: 12487 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE EXECUCAO FUNDADA EM CONTRATOS DE
ABERTURA DE CREDITO ROTATIVO - CDC (AUTOMATICO),
ACOMPANHADOS DE EXTRATOS DE MOVIMENTACAO
FINANCEIRA - DESACOLHIMENTO EM 1 INSTANCIA - AGRAVO
DE INSTRUMENTO PROVIDO PARA ACOLHER-SE A EXCECAO.
NAO SENDO CONSIDERADO TITULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
ROTATIVO EM CONTA CORRENTE, POR AUSENCIA DE
LIQUIDEZ E CERTEZA DO QUANTUM QUE ESTA SENDO
EXIGIDO, NULA E A EXECUCAO QUE COM BASE NELE TEM
SIDO EMBASADA. DESTARTE, E DE SE ACOLHER A EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE ARGUIDA, EXTINGUINDO-SE A
EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152620700 - CURITIBA - JUIZ
CONV. ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL -
Julg: 04/04/00 - Ac.: 12487 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE EXECUCAO FUNDADA EM CONTRATOS DE
ABERTURA DE CREDITO ROTATIVO - CDC (AUTOMATICO),
ACOMPANHADOS DE EXTRATOS DE MOVIMENTACAO
FINANCEIRA - DESACOLHIMENTO EM 1 INSTANCIA - AGRAVO
DE INSTRUMENTO PROVIDO PARA ACOLHER-SE A EXCECAO.
NAO SENDO CONSIDERADO TITULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
ROTATIVO EM CONTA CORRENTE, POR AUSENCIA DE
LIQUIDEZ E CERTEZA DO QUANTUM QUE ESTA SENDO
EXIGIDO, NULA E A EXECUCAO QUE COM BASE NELE TEM
SIDO EMBASADA. DESTARTE, E DE SE ACOLHER A EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE ARGUIDA, EXTINGUINDO-SE A
EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152620700 - CURITIBA - JUIZ
CONV. ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL -
Julg: 04/04/00 - Ac.: 12487 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
MATERIAS A SEREM ALEGADAS EM EMBARGOS - LITIGANCIA
DE MA-FE NAO CARACTERIZADA -PROVIMENTO PARCIAL AO
RECURSO A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE
ADMITE QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL
DO TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 145586900 - MARINGA - JUIZ
MARCUS VINICIUS DE LACERDA COSTA - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 25/04/00 - Ac.: 12489 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
MATERIAS A SEREM ALEGADAS EM EMBARGOS - LITIGANCIA
DE MA-FE NAO CARACTERIZADA -PROVIMENTO PARCIAL AO
RECURSO A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE
ADMITE QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL
DO TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 145586900 - MARINGA - JUIZ
MARCUS VINICIUS DE LACERDA COSTA - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 25/04/00 - Ac.: 12489 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
MATERIAS A SEREM ALEGADAS EM EMBARGOS - LITIGANCIA
DE MA-FE NAO CARACTERIZADA -PROVIMENTO PARCIAL AO
RECURSO A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE
ADMITE QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL
DO TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 145586900 - MARINGA - JUIZ
MARCUS VINICIUS DE LACERDA COSTA - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 25/04/00 - Ac.: 12489 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. DECISAO QUE INDEFERIU EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE DO TITULO DADO COMO CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE (CHEQUE
ESPECIAL). OPERACAO DE MUTUO. LITIGANCIA DE MA-FE
ARGUIDA NA CONTRAMINUTA PELO AGRAVADO.
DESCARACTERIZACAO. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152013200 - PARAISO DO NORTE
- JUIZ EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
26/04/00 - Ac.: 10678 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. DECISAO QUE INDEFERIU EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE DO TITULO DADO COMO CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE (CHEQUE
ESPECIAL). OPERACAO DE MUTUO. LITIGANCIA DE MA-FE
ARGUIDA NA CONTRAMINUTA PELO AGRAVADO.
DESCARACTERIZACAO. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152013200 - PARAISO DO NORTE
- JUIZ EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
26/04/00 - Ac.: 10678 - Public.: 12/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARATER
EXCEPCIONAL - REVISAO DE DEBITOS EXTINTOS PELO
FENOMENO DA NOVACAO - IMPOSSIBILIDADE - PRECEDENTES
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA - INEXISTENCIA DE BENS
PASSIVEIS DE GARANTIR O JUIZO, INVIABILIZANDO OS
EMBARGOS (CPC, ART. 737, I) - DISCUSSAO POSSIVEL EM
ACAO DE PROCEDIMENTO COMUM ORDINARIO - VIA
ADEQUADA RECURSO DESPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE RESULTA DE
CONSTRUCAO DOUTRINARIO-JURISPRUDENCIAL E SO SE
ADMITE EM CARATER EXCEPCIONAL, V. G., QUANDO A
EXECUCAO NAO ESTA APARELHADA COM TITULO QUE A
LEGITIME; A DISCUSSAO ACERCA DELE E CARACTERISTICAS
QUE LHE SAO INERENTES, A RECLAMAR INCLUSIVE DILACAO
PROBATORIA, SOMENTE SE VIABILIZA ATRAVES DA ACAO
INCIDENTAL DE EMBARGOS, MEIO QUE O LEGISLADOR
ELEGEU COMO HABIL PARA O DEVEDOR OPOR-SE A
EXECUCAO QUE LHE FOR ENDERECADA.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO (STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152630300 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 24/04/00 - Ac.:
9950 - Public.: 05/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARATER
EXCEPCIONAL - REVISAO DE DEBITOS EXTINTOS PELO
FENOMENO DA NOVACAO - IMPOSSIBILIDADE - PRECEDENTES
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA - INEXISTENCIA DE BENS
PASSIVEIS DE GARANTIR O JUIZO, INVIABILIZANDO OS
EMBARGOS (CPC, ART. 737, I) - DISCUSSAO POSSIVEL EM
ACAO DE PROCEDIMENTO COMUM ORDINARIO - VIA
ADEQUADA RECURSO DESPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE RESULTA DE
CONSTRUCAO DOUTRINARIO-JURISPRUDENCIAL E SO SE
ADMITE EM CARATER EXCEPCIONAL, V. G., QUANDO A
EXECUCAO NAO ESTA APARELHADA COM TITULO QUE A
LEGITIME; A DISCUSSAO ACERCA DELE E CARACTERISTICAS
QUE LHE SAO INERENTES, A RECLAMAR INCLUSIVE DILACAO
PROBATORIA, SOMENTE SE VIABILIZA ATRAVES DA ACAO
INCIDENTAL DE EMBARGOS, MEIO QUE O LEGISLADOR
ELEGEU COMO HABIL PARA O DEVEDOR OPOR-SE A
EXECUCAO QUE LHE FOR ENDERECADA.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO (STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152630300 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 24/04/00 - Ac.:
9950 - Public.: 05/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARATER
EXCEPCIONAL - REVISAO DE DEBITOS EXTINTOS PELO
FENOMENO DA NOVACAO - IMPOSSIBILIDADE - PRECEDENTES
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA - INEXISTENCIA DE BENS
PASSIVEIS DE GARANTIR O JUIZO, INVIABILIZANDO OS
EMBARGOS (CPC, ART. 737, I) - DISCUSSAO POSSIVEL EM
ACAO DE PROCEDIMENTO COMUM ORDINARIO - VIA
ADEQUADA RECURSO DESPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE RESULTA DE
CONSTRUCAO DOUTRINARIO-JURISPRUDENCIAL E SO SE
ADMITE EM CARATER EXCEPCIONAL, V. G., QUANDO A
EXECUCAO NAO ESTA APARELHADA COM TITULO QUE A
LEGITIME; A DISCUSSAO ACERCA DELE E CARACTERISTICAS
QUE LHE SAO INERENTES, A RECLAMAR INCLUSIVE DILACAO
PROBATORIA, SOMENTE SE VIABILIZA ATRAVES DA ACAO
INCIDENTAL DE EMBARGOS, MEIO QUE O LEGISLADOR
ELEGEU COMO HABIL PARA O DEVEDOR OPOR-SE A
EXECUCAO QUE LHE FOR ENDERECADA.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO (STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152630300 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 24/04/00 - Ac.:
9950 - Public.: 05/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARATER
EXCEPCIONAL - REVISAO DE DEBITOS EXTINTOS PELO
FENOMENO DA NOVACAO - IMPOSSIBILIDADE - PRECEDENTES
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA - INEXISTENCIA DE BENS
PASSIVEIS DE GARANTIR O JUIZO, INVIABILIZANDO OS
EMBARGOS (CPC, ART. 737, I) - DISCUSSAO POSSIVEL EM
ACAO DE PROCEDIMENTO COMUM ORDINARIO - VIA
ADEQUADA RECURSO DESPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE RESULTA DE
CONSTRUCAO DOUTRINARIO-JURISPRUDENCIAL E SO SE
ADMITE EM CARATER EXCEPCIONAL, V. G., QUANDO A
EXECUCAO NAO ESTA APARELHADA COM TITULO QUE A
LEGITIME; A DISCUSSAO ACERCA DELE E CARACTERISTICAS
QUE LHE SAO INERENTES, A RECLAMAR INCLUSIVE DILACAO
PROBATORIA, SOMENTE SE VIABILIZA ATRAVES DA ACAO
INCIDENTAL DE EMBARGOS, MEIO QUE O LEGISLADOR
ELEGEU COMO HABIL PARA O DEVEDOR OPOR-SE A
EXECUCAO QUE LHE FOR ENDERECADA.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO (STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152630300 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 24/04/00 - Ac.:
9950 - Public.: 05/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - RENUNCIA - AUSENCIA DE


COMPROVACAO DO RECEBIMENTO DE NOTIFICACAO -
RECURSO EXISTENTE. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
INADMISSIBILIDADE - MATERIA A SER SUSCITADA PELA VIA
DOS EMBARGOS A EXECUCAO.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
1. SAO VALIDOS OS ATOS PRATICADOS PELO ADVOGADO
ENQUANTO INEXISTIR PROVA DO RECEBIMENTO DA
NOTIFICACAO PREVISTA NO ARTIGO 45 DO CPC.
2. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 149996100 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 12/04/00 - Ac.: 12575 -
Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - INSTRUCAO DEFICIENTE -


AUSENCIA DE PECA ESSENCIAL - FALTA DA PETICAO INICIAL
DA EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - ALEGADA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - NAO CONHECIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150661000 - MANDAGUARI - JUIZ
CONV. MARQUES CURY - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
05/04/00 - Ac.: 10538 - Public.: 28/04/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO- DESPACHO QUE DETERMINOU A


SUSPENSAO DA EXECUCAO EM FACE DA PROCEDENCIA
PARCIAL DA ACAO QUE DECLAROU A NULIDADE DE CLAUSULA
CONTRATUAL EM CONTRATO DE FINANCIAMENTO PARA A
CASA PROPRIA SUSPENSAO AUTORIZADA PELO ART. 265 IV,
"A" E 791, II DO CPC- IMPOSSIBILIDADE DE ANALISAR A
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE ENQUANTO SUSPENSO O
PROCESSO NULIDADE DA EXECUCAO E LITIGANCIA DE MA-FE
QUE NAO FORAM OBJETO DO DESPACHO AGRAVADO-
IMPOSSIBILIDADE DE SEU RECONHECIMENTO - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
O AJUIZAMENTO DE ACOES BUSCANDO INVALIDAR
CLAUSULAS DE CONTRATOS COM EFICACIA DE TITULO
EXECUTIVO NAO IMPEDE QUE A RESPECTIVA ACAO SEJA
PROPOSTA E TENHA SEU CURSO NORMAL. ENTRETANTO,
SOBREVINDO A SENTENCA QUE DECLAROU A NULIDADE DA
CLAUSULA CONTRATUAL QUE PREVE A ATUALIZACAO
MONETARIA DO CAPITAL MUTUADO, OU SEJA, DAS
PRESTACOES E DO SALDO DEVEDOR PELA TR,
DETERMINANDO EM SUBSTITUICAO O EMPREGO DO INPC,
COM A CONSEQUENTE READEQUACAO DA DIVIDA E DAS
PRESTACOES, TAL DESAUTORIZA O AGENTE FINANCEIRO A
PROSSEGUIR DA EXECUCAO.
PELA PROIBICAO DA PRATICA DE QUALQUER ATO DESDE O
MOMENTO EM QUE OCORRE O FATO MOTIVADOR DA
SUSPENSAO, POR NAO SE MOSTRAR O ATO SE PRETENDEU
FOSSE REALIZADO COMO URGENTE, NAO PODIA O MM. JUIZ
"A QUO" APRECIAR O PEDIDO DOS AGRAVANTES QUANTO A
DECLARACAO DE NULIDADE DA EXECUCAO QUE,
RECONHECIDA, LEVARIA A EXTINCAO DE TAL PROCESSO,
QUANTO ESTE SE ENCONTRAVA SUSPENSO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150769100 - LONDRINA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/00 - Ac.:
9919 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO- DESPACHO QUE DETERMINOU A


SUSPENSAO DA EXECUCAO EM FACE DA PROCEDENCIA
PARCIAL DA ACAO QUE DECLAROU A NULIDADE DE CLAUSULA
CONTRATUAL EM CONTRATO DE FINANCIAMENTO PARA A
CASA PROPRIA SUSPENSAO AUTORIZADA PELO ART. 265 IV,
"A" E 791, II DO CPC- IMPOSSIBILIDADE DE ANALISAR A
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE ENQUANTO SUSPENSO O
PROCESSO NULIDADE DA EXECUCAO E LITIGANCIA DE MA-FE
QUE NAO FORAM OBJETO DO DESPACHO AGRAVADO-
IMPOSSIBILIDADE DE SEU RECONHECIMENTO - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
O AJUIZAMENTO DE ACOES BUSCANDO INVALIDAR
CLAUSULAS DE CONTRATOS COM EFICACIA DE TITULO
EXECUTIVO NAO IMPEDE QUE A RESPECTIVA ACAO SEJA
PROPOSTA E TENHA SEU CURSO NORMAL. ENTRETANTO,
SOBREVINDO A SENTENCA QUE DECLAROU A NULIDADE DA
CLAUSULA CONTRATUAL QUE PREVE A ATUALIZACAO
MONETARIA DO CAPITAL MUTUADO, OU SEJA, DAS
PRESTACOES E DO SALDO DEVEDOR PELA TR,
DETERMINANDO EM SUBSTITUICAO O EMPREGO DO INPC,
COM A CONSEQUENTE READEQUACAO DA DIVIDA E DAS
PRESTACOES, TAL DESAUTORIZA O AGENTE FINANCEIRO A
PROSSEGUIR DA EXECUCAO.
PELA PROIBICAO DA PRATICA DE QUALQUER ATO DESDE O
MOMENTO EM QUE OCORRE O FATO MOTIVADOR DA
SUSPENSAO, POR NAO SE MOSTRAR O ATO SE PRETENDEU
FOSSE REALIZADO COMO URGENTE, NAO PODIA O MM. JUIZ
"A QUO" APRECIAR O PEDIDO DOS AGRAVANTES QUANTO A
DECLARACAO DE NULIDADE DA EXECUCAO QUE,
RECONHECIDA, LEVARIA A EXTINCAO DE TAL PROCESSO,
QUANTO ESTE SE ENCONTRAVA SUSPENSO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150769100 - LONDRINA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/00 - Ac.:
9919 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO- DESPACHO QUE DETERMINOU A


SUSPENSAO DA EXECUCAO EM FACE DA PROCEDENCIA
PARCIAL DA ACAO QUE DECLAROU A NULIDADE DE CLAUSULA
CONTRATUAL EM CONTRATO DE FINANCIAMENTO PARA A
CASA PROPRIA SUSPENSAO AUTORIZADA PELO ART. 265 IV,
"A" E 791, II DO CPC- IMPOSSIBILIDADE DE ANALISAR A
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE ENQUANTO SUSPENSO O
PROCESSO NULIDADE DA EXECUCAO E LITIGANCIA DE MA-FE
QUE NAO FORAM OBJETO DO DESPACHO AGRAVADO-
IMPOSSIBILIDADE DE SEU RECONHECIMENTO - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
O AJUIZAMENTO DE ACOES BUSCANDO INVALIDAR
CLAUSULAS DE CONTRATOS COM EFICACIA DE TITULO
EXECUTIVO NAO IMPEDE QUE A RESPECTIVA ACAO SEJA
PROPOSTA E TENHA SEU CURSO NORMAL. ENTRETANTO,
SOBREVINDO A SENTENCA QUE DECLAROU A NULIDADE DA
CLAUSULA CONTRATUAL QUE PREVE A ATUALIZACAO
MONETARIA DO CAPITAL MUTUADO, OU SEJA, DAS
PRESTACOES E DO SALDO DEVEDOR PELA TR,
DETERMINANDO EM SUBSTITUICAO O EMPREGO DO INPC,
COM A CONSEQUENTE READEQUACAO DA DIVIDA E DAS
PRESTACOES, TAL DESAUTORIZA O AGENTE FINANCEIRO A
PROSSEGUIR DA EXECUCAO.
PELA PROIBICAO DA PRATICA DE QUALQUER ATO DESDE O
MOMENTO EM QUE OCORRE O FATO MOTIVADOR DA
SUSPENSAO, POR NAO SE MOSTRAR O ATO SE PRETENDEU
FOSSE REALIZADO COMO URGENTE, NAO PODIA O MM. JUIZ
"A QUO" APRECIAR O PEDIDO DOS AGRAVANTES QUANTO A
DECLARACAO DE NULIDADE DA EXECUCAO QUE,
RECONHECIDA, LEVARIA A EXTINCAO DE TAL PROCESSO,
QUANTO ESTE SE ENCONTRAVA SUSPENSO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150769100 - LONDRINA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/00 - Ac.:
9919 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE INADMISSIBILIDADE, POR TRATAR-SE DE
EXECUCAO A QUAL JA OPOS O AGRAVANTE SUA DEFESA,
POR MEIO DE EMBARGOS, QUE FORAM JULGADOS
PARCIALMENTE PROCEDENTES, SEGUINDO-SE A SENTENCA
UMA COMPOSICAO ENTRE AS PARTES SOBRE A FORMA DE
PAGAMENTO DO DEBITO - IMPOSSIBILIDADE DO JUDICIARIO
MANIFESTAR-SE SOBRE MATERIA JA DECIDIDA - COISA
JULGADA - RECURSO NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152016300 - PARAISO DO NORTE
- JUIZA DULCE MARIA CECCONI - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
03/04/00 - Ac.: 10307 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE INADMISSIBILIDADE, POR TRATAR-SE DE
EXECUCAO A QUAL JA OPOS O AGRAVANTE SUA DEFESA,
POR MEIO DE EMBARGOS, QUE FORAM JULGADOS
PARCIALMENTE PROCEDENTES, SEGUINDO-SE A SENTENCA
UMA COMPOSICAO ENTRE AS PARTES SOBRE A FORMA DE
PAGAMENTO DO DEBITO - IMPOSSIBILIDADE DO JUDICIARIO
MANIFESTAR-SE SOBRE MATERIA JA DECIDIDA - COISA
JULGADA - RECURSO NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152016300 - PARAISO DO NORTE
- JUIZA DULCE MARIA CECCONI - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
03/04/00 - Ac.: 10307 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE INADMISSIBILIDADE, POR TRATAR-SE DE
EXECUCAO A QUAL JA OPOS O AGRAVANTE SUA DEFESA,
POR MEIO DE EMBARGOS, QUE FORAM JULGADOS
PARCIALMENTE PROCEDENTES, SEGUINDO-SE A SENTENCA
UMA COMPOSICAO ENTRE AS PARTES SOBRE A FORMA DE
PAGAMENTO DO DEBITO - IMPOSSIBILIDADE DO JUDICIARIO
MANIFESTAR-SE SOBRE MATERIA JA DECIDIDA - COISA
JULGADA - RECURSO NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152016300 - PARAISO DO NORTE
- JUIZA DULCE MARIA CECCONI - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
03/04/00 - Ac.: 10307 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO- DESPACHO QUE DETERMINOU A


SUSPENSAO DA EXECUCAO EM FACE DA PROCEDENCIA
PARCIAL DA ACAO QUE DECLAROU A NULIDADE DE CLAUSULA
CONTRATUAL EM CONTRATO DE FINANCIAMENTO PARA A
CASA PROPRIA SUSPENSAO AUTORIZADA PELO ART. 265 IV,
"A" E 791, II DO CPC- IMPOSSIBILIDADE DE ANALISAR A
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE ENQUANTO SUSPENSO O
PROCESSO NULIDADE DA EXECUCAO E LITIGANCIA DE MA-FE
QUE NAO FORAM OBJETO DO DESPACHO AGRAVADO-
IMPOSSIBILIDADE DE SEU RECONHECIMENTO - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
O AJUIZAMENTO DE ACOES BUSCANDO INVALIDAR
CLAUSULAS DE CONTRATOS COM EFICACIA DE TITULO
EXECUTIVO NAO IMPEDE QUE A RESPECTIVA ACAO SEJA
PROPOSTA E TENHA SEU CURSO NORMAL. ENTRETANTO,
SOBREVINDO A SENTENCA QUE DECLAROU A NULIDADE DA
CLAUSULA CONTRATUAL QUE PREVE A ATUALIZACAO
MONETARIA DO CAPITAL MUTUADO, OU SEJA, DAS
PRESTACOES E DO SALDO DEVEDOR PELA TR,
DETERMINANDO EM SUBSTITUICAO O EMPREGO DO INPC,
COM A CONSEQUENTE READEQUACAO DA DIVIDA E DAS
PRESTACOES, TAL DESAUTORIZA O AGENTE FINANCEIRO A
PROSSEGUIR DA EXECUCAO.
PELA PROIBICAO DA PRATICA DE QUALQUER ATO DESDE O
MOMENTO EM QUE OCORRE O FATO MOTIVADOR DA
SUSPENSAO, POR NAO SE MOSTRAR O ATO SE PRETENDEU
FOSSE REALIZADO COMO URGENTE, NAO PODIA O MM. JUIZ
"A QUO" APRECIAR O PEDIDO DOS AGRAVANTES QUANTO A
DECLARACAO DE NULIDADE DA EXECUCAO QUE,
RECONHECIDA, LEVARIA A EXTINCAO DE TAL PROCESSO,
QUANTO ESTE SE ENCONTRAVA SUSPENSO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150769100 - LONDRINA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/00 - Ac.:
9919 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EMBARGOS DO


DEVEDOR REJEITADOS POR INTEMPESTIVIDADE - POSTERIOR
OFERECIMENTO DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SOB O
FUNDAMENTO DE QUE NAO PODE SER EXECUTADO
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO E PELA AUSENCIA DE
DEMONSTRATIVO DE ATUALIZACAO DO DEBITO - PEDIDO
INDEFERIDO PORQUE O CONTRATO EXEQUENDO E UM
TERMO DE CONFISSAO DE DIVIDA E O DEBITO ATUALIZADO
ESTAVA REPRESENTADO POR EXTRATO BANCARIO EMITIDO
PELO CREDOR - DECISAO MANTIDA - AGRAVO IMPROVIDO.
I. QUANDO OS EMBARGOS DO DEVEDOR SAO REJEITADOS
COM BASE NO ART. 267 DO CPC, AINDA ASSIM, CASO O
DEVEDOR ALEGUE ALGUMA QUESTAO QUE DEVA SER
CONHECIDA DE OFICIO PELO MAGISTRADO - COMO A
INEXEQUIBILIDADE DO TITULO PODERA SE UTILIZAR DA
CHAMADA EXCECAO OU OBJECAO DE "PRE-EXECUTIVIDADE".
II. O TITULO EXECUTADO E UM CONTRATO PARTICULAR DE
CONFISSAO DE DIVIDA - E NAO UM CONTRATO DE ABERTURA
DE CREDITO - SENDO TITULO EXECUTIVO EM CONFORMIDADE
COM O PRECEITUADO NO ART. 585, INCISO II DO CPC.
III. A JUNTADA DO DEMONSTRATIVO ATUALIZADO DO DEBITO (
ART. 614, INCISO II DO CPC) TEM A FINALIDADE DE PROPICIAR
AO DEVEDOR CONHECIMENTO DOS VALORES EXECUTADOS,
A FIM DE IMPUGNA-LOS ATRAVES DE EMBARGOS DEVEDOR.
QUANDO O EXECUTADO TEM CONHECIMENTO DOS VALORES
EXECUTADOS, TANTO QUE OS IMPUGNOU ESPECIFICAMENTE
POR OCASIAO DO OFERECIMENTO DE EMBARGOS DO
DEVEDOR, NAO PODE SER DEFERIDO O SEU PEDIDO PARA
SER JULGADA EXTINTA A EXECUCAO, ATRAVES DE EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE, SOB O ARGUMENTO DE QUE O
CREDOR SOMENTE JUNTOU EXTRATO BANCARIO
ATUALIZADO DO DEBITO. OS VALORES IMPUGNADOS
DEVERIAM SER DISCUTIDOS ATRAVES DE EMBARGOS DO
DEVEDOR E NAO ATRAVES DA REFERIDA EXCECAO.
IV. AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 133211600 - CASCAVEL - SIGURD
ROBERTO BENGTSSON - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
09/06/99 - Ac.: 10559 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE INADMISSIBILIDADE, POR TRATAR-SE DE
EXECUCAO A QUAL JA OPOS O AGRAVANTE SUA DEFESA,
POR MEIO DE EMBARGOS, QUE FORAM JULGADOS
PARCIALMENTE PROCEDENTES, SEGUINDO-SE A SENTENCA
UMA COMPOSICAO ENTRE AS PARTES SOBRE A FORMA DE
PAGAMENTO DO DEBITO - IMPOSSIBILIDADE DO JUDICIARIO
MANIFESTAR-SE SOBRE MATERIA JA DECIDIDA - COISA
JULGADA - RECURSO NAO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 152016300 - PARAISO DO NORTE
- JUIZA DULCE MARIA CECCONI - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
03/04/00 - Ac.: 10307 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - INSTRUCAO DEFICIENTE -


AUSENCIA DE PECA ESSENCIAL - FALTA DA PETICAO INICIAL
DA EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - ALEGADA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - NAO CONHECIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150661000 - MANDAGUARI - JUIZ
CONV. MARQUES CURY - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
05/04/00 - Ac.: 10538 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - INSTRUCAO DEFICIENTE -


AUSENCIA DE PECA ESSENCIAL - FALTA DA PETICAO INICIAL
DA EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - ALEGADA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - NAO CONHECIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150661000 - MANDAGUARI - JUIZ
CONV. MARQUES CURY - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
05/04/00 - Ac.: 10538 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO - INSTRUCAO DEFICIENTE -
AUSENCIA DE PECA ESSENCIAL - FALTA DA PETICAO INICIAL
DA EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - ALEGADA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - NAO CONHECIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150661000 - MANDAGUARI - JUIZ
CONV. MARQUES CURY - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
05/04/00 - Ac.: 10538 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - INTEMPESTIVIDADE -


INOCORRENCIA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
NULIDADE DA EXECUCAO IMPOSSIBILIDADE - CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - MUTUO
BANCARIO -SUMULA 233/STJ INAPLICABILIDADE.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. SE A MATERIA ARGUIDA EM SEDE DE EMBARGOS NAO FOI
APRECIADA POR ESTA CORTE, ANTE O NAO CONHECIMENTO
DO RECURSO POR QUALQUER MOTIVO, OU SE NAO HOUVE A
INTERPOSICAO DE EMBARGOS, A MATERIA ARGUIDA EM
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE NAO ESTA PRECLUSA,
SENDO POSSIVEL O CONHECIMENTO E APRECIACAO DO
RECURSO.
2. UMA VEZ QUE O CONTRATO EM ESPECIE TRATA DE MERO
MUTUO BANCARIO, NAO SE CARACTERIZANDO COMO
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE, NA MODALIDADE ROTATIVA (CHEQUE ESPECIAL),
NAO E POSSIVEL A APLICACAO DA SUMULA 233 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTICA, PUBLICADA NO DJU DE 08/02/2000.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 140820600 - PARANACITY - JUIZ
WALDEMIR LUIZ DA ROCHA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
27/03/00 - Ac.: 10591 - Public.: 28/04/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - CONTRATO


DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE -
INEXIGIBILIDADE - CARENCIA DE ACAO DECRETADA DE
OFICIO.
O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO NAO E TITULO
EXECUTIVO, AINDA QUE ACOMPANHADO DE
DEMONSTRATIVOS, ANTE A IMPOSSIBILIDADE DE SUA
COMPLEMENTACAO ATRAVES DE EXTRATOS EMITIDOS
UNILATERALMENTE PELA INSTITUICAO FINANCEIRA QUE NAO
POSSUI PRERROGATIVA DE CRIAR SEUS PROPRIOS TITULOS.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 147672800 - SANTA HELENA -
JUIZ MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 28/03/00 -
Ac.: 12379 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - CONTRATO


DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE -
INEXIGIBILIDADE - CARENCIA DE ACAO DECRETADA DE
OFICIO.
O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO NAO E TITULO
EXECUTIVO, AINDA QUE ACOMPANHADO DE
DEMONSTRATIVOS, ANTE A IMPOSSIBILIDADE DE SUA
COMPLEMENTACAO ATRAVES DE EXTRATOS EMITIDOS
UNILATERALMENTE PELA INSTITUICAO FINANCEIRA QUE NAO
POSSUI PRERROGATIVA DE CRIAR SEUS PROPRIOS TITULOS.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 147672800 - SANTA HELENA -
JUIZ MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 28/03/00 -
Ac.: 12379 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - CONTRATO
DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE -
INEXIGIBILIDADE - CARENCIA DE ACAO DECRETADA DE
OFICIO.
O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO NAO E TITULO
EXECUTIVO, AINDA QUE ACOMPANHADO DE
DEMONSTRATIVOS, ANTE A IMPOSSIBILIDADE DE SUA
COMPLEMENTACAO ATRAVES DE EXTRATOS EMITIDOS
UNILATERALMENTE PELA INSTITUICAO FINANCEIRA QUE NAO
POSSUI PRERROGATIVA DE CRIAR SEUS PROPRIOS TITULOS.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 147672800 - SANTA HELENA -
JUIZ MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 28/03/00 -
Ac.: 12379 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - CONTRATO


DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE -
INEXIGIBILIDADE - CARENCIA DE ACAO DECRETADA DE
OFICIO.
O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO NAO E TITULO
EXECUTIVO, AINDA QUE ACOMPANHADO DE
DEMONSTRATIVOS, ANTE A IMPOSSIBILIDADE DE SUA
COMPLEMENTACAO ATRAVES DE EXTRATOS EMITIDOS
UNILATERALMENTE PELA INSTITUICAO FINANCEIRA QUE NAO
POSSUI PRERROGATIVA DE CRIAR SEUS PROPRIOS TITULOS.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 147672800 - SANTA HELENA -
JUIZ MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 28/03/00 -
Ac.: 12379 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - INTEMPESTIVIDADE -


INOCORRENCIA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
NULIDADE DA EXECUCAO IMPOSSIBILIDADE - CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - MUTUO
BANCARIO -SUMULA 233/STJ INAPLICABILIDADE.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. SE A MATERIA ARGUIDA EM SEDE DE EMBARGOS NAO FOI
APRECIADA POR ESTA CORTE, ANTE O NAO CONHECIMENTO
DO RECURSO POR QUALQUER MOTIVO, OU SE NAO HOUVE A
INTERPOSICAO DE EMBARGOS, A MATERIA ARGUIDA EM
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE NAO ESTA PRECLUSA,
SENDO POSSIVEL O CONHECIMENTO E APRECIACAO DO
RECURSO.
2. UMA VEZ QUE O CONTRATO EM ESPECIE TRATA DE MERO
MUTUO BANCARIO, NAO SE CARACTERIZANDO COMO
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE, NA MODALIDADE ROTATIVA (CHEQUE ESPECIAL),
NAO E POSSIVEL A APLICACAO DA SUMULA 233 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTICA, PUBLICADA NO DJU DE 08/02/2000.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 140820600 - PARANACITY - JUIZ
WALDEMIR LUIZ DA ROCHA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
27/03/00 - Ac.: 10591 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - INTEMPESTIVIDADE -


INOCORRENCIA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
NULIDADE DA EXECUCAO IMPOSSIBILIDADE - CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - MUTUO
BANCARIO -SUMULA 233/STJ INAPLICABILIDADE.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. SE A MATERIA ARGUIDA EM SEDE DE EMBARGOS NAO FOI
APRECIADA POR ESTA CORTE, ANTE O NAO CONHECIMENTO
DO RECURSO POR QUALQUER MOTIVO, OU SE NAO HOUVE A
INTERPOSICAO DE EMBARGOS, A MATERIA ARGUIDA EM
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE NAO ESTA PRECLUSA,
SENDO POSSIVEL O CONHECIMENTO E APRECIACAO DO
RECURSO.
2. UMA VEZ QUE O CONTRATO EM ESPECIE TRATA DE MERO
MUTUO BANCARIO, NAO SE CARACTERIZANDO COMO
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE, NA MODALIDADE ROTATIVA (CHEQUE ESPECIAL),
NAO E POSSIVEL A APLICACAO DA SUMULA 233 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTICA, PUBLICADA NO DJU DE 08/02/2000.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 140820600 - PARANACITY - JUIZ
WALDEMIR LUIZ DA ROCHA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
27/03/00 - Ac.: 10591 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - INTEMPESTIVIDADE -


INOCORRENCIA - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
NULIDADE DA EXECUCAO IMPOSSIBILIDADE - CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - MUTUO
BANCARIO -SUMULA 233/STJ INAPLICABILIDADE.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. SE A MATERIA ARGUIDA EM SEDE DE EMBARGOS NAO FOI
APRECIADA POR ESTA CORTE, ANTE O NAO CONHECIMENTO
DO RECURSO POR QUALQUER MOTIVO, OU SE NAO HOUVE A
INTERPOSICAO DE EMBARGOS, A MATERIA ARGUIDA EM
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE NAO ESTA PRECLUSA,
SENDO POSSIVEL O CONHECIMENTO E APRECIACAO DO
RECURSO.
2. UMA VEZ QUE O CONTRATO EM ESPECIE TRATA DE MERO
MUTUO BANCARIO, NAO SE CARACTERIZANDO COMO
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE, NA MODALIDADE ROTATIVA (CHEQUE ESPECIAL),
NAO E POSSIVEL A APLICACAO DA SUMULA 233 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTICA, PUBLICADA NO DJU DE 08/02/2000.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 140820600 - PARANACITY - JUIZ
WALDEMIR LUIZ DA ROCHA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
27/03/00 - Ac.: 10591 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - RENUNCIA - AUSENCIA DE


COMPROVACAO DO RECEBIMENTO DE NOTIFICACAO -
RECURSO EXISTENTE. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
INADMISSIBILIDADE - MATERIA A SER SUSCITADA PELA VIA
DOS EMBARGOS A EXECUCAO.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
1. SAO VALIDOS OS ATOS PRATICADOS PELO ADVOGADO
ENQUANTO INEXISTIR PROVA DO RECEBIMENTO DA
NOTIFICACAO PREVISTA NO ARTIGO 45 DO CPC.
2. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 149996100 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 12/04/00 - Ac.: 12575 -
Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - RENUNCIA - AUSENCIA DE


COMPROVACAO DO RECEBIMENTO DE NOTIFICACAO -
RECURSO EXISTENTE. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
INADMISSIBILIDADE - MATERIA A SER SUSCITADA PELA VIA
DOS EMBARGOS A EXECUCAO.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
1. SAO VALIDOS OS ATOS PRATICADOS PELO ADVOGADO
ENQUANTO INEXISTIR PROVA DO RECEBIMENTO DA
NOTIFICACAO PREVISTA NO ARTIGO 45 DO CPC.
2. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 149996100 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 12/04/00 - Ac.: 12575 -
Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - RENUNCIA - AUSENCIA DE


COMPROVACAO DO RECEBIMENTO DE NOTIFICACAO -
RECURSO EXISTENTE. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
INADMISSIBILIDADE - MATERIA A SER SUSCITADA PELA VIA
DOS EMBARGOS A EXECUCAO.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
1. SAO VALIDOS OS ATOS PRATICADOS PELO ADVOGADO
ENQUANTO INEXISTIR PROVA DO RECEBIMENTO DA
NOTIFICACAO PREVISTA NO ARTIGO 45 DO CPC.
2. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DEVE FICAR
CIRCUNSCRITA AO EXAME DAS QUESTOES DE ORDEM
PUBLICA E QUE DIGAM RESPEITO AOS PRESSUPOSTOS DO
PROCESSO E AS CONDICOES DA ACAO, OS QUAIS
PRESCINDEM DE DILACAO PROBATORIA E PODEM SER
CONHECIDOS EX OFFICIO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 149996100 - CURITIBA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 12/04/00 - Ac.: 12575 -
Public.: 28/04/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISAO EM EXCECAO DE "PRE-


EXECUTIVIDADE" - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO
OCORRENCIA - SUMULA 233 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA - NOTA PROMISSORIA VINCULADA AQUELE
CONTRATO AUTONOMIA INEXISTENTE - CARENCIA DE ACAO -
APLICACAO DO ARTIGO 267, IV DO CPC - DESPACHO
REFORMADO PROCEDIMENTO EXECUTORIO ANULADO -
RECURSO PROVIDO.
I - O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA UNIFORMIZOU
ENTENDIMENTO NO SENTIDO DE QUE O CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE, AINDA QUE
ACOMPANHADO DE EXTRATO BANCARIO, NAO E TITULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, ATRAVES DA SUMULA 233.
II - A NOTA PROMISSORIA VINCULADA AO CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO NAO GOZA DE AUTONOMIA, TENDO
EM VISTA A PROPRIA ILIQUIDEZ DO TITULO QUE A ORIGINOU.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150411000 - CIDADE GAUCHA -
JUIZ PRESTES MATTAR - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
20/03/00 - Ac.: 10476 - Public.: 07/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISAO EM EXCECAO DE "PRE-


EXECUTIVIDADE" - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO
OCORRENCIA - SUMULA 233 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA - NOTA PROMISSORIA VINCULADA AQUELE
CONTRATO AUTONOMIA INEXISTENTE - CARENCIA DE ACAO -
APLICACAO DO ARTIGO 267, IV DO CPC - DESPACHO
REFORMADO PROCEDIMENTO EXECUTORIO ANULADO -
RECURSO PROVIDO.
I - O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA UNIFORMIZOU
ENTENDIMENTO NO SENTIDO DE QUE O CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE, AINDA QUE
ACOMPANHADO DE EXTRATO BANCARIO, NAO E TITULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, ATRAVES DA SUMULA 233.
II - A NOTA PROMISSORIA VINCULADA AO CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO NAO GOZA DE AUTONOMIA, TENDO
EM VISTA A PROPRIA ILIQUIDEZ DO TITULO QUE A ORIGINOU.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150411000 - CIDADE GAUCHA -
JUIZ PRESTES MATTAR - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
20/03/00 - Ac.: 10476 - Public.: 07/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISAO EM EXCECAO DE "PRE-


EXECUTIVIDADE" - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO
OCORRENCIA - SUMULA 233 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA - NOTA PROMISSORIA VINCULADA AQUELE
CONTRATO AUTONOMIA INEXISTENTE - CARENCIA DE ACAO -
APLICACAO DO ARTIGO 267, IV DO CPC - DESPACHO
REFORMADO PROCEDIMENTO EXECUTORIO ANULADO -
RECURSO PROVIDO.
I - O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA UNIFORMIZOU
ENTENDIMENTO NO SENTIDO DE QUE O CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE, AINDA QUE
ACOMPANHADO DE EXTRATO BANCARIO, NAO E TITULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, ATRAVES DA SUMULA 233.
II - A NOTA PROMISSORIA VINCULADA AO CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO NAO GOZA DE AUTONOMIA, TENDO
EM VISTA A PROPRIA ILIQUIDEZ DO TITULO QUE A ORIGINOU.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150411000 - CIDADE GAUCHA -
JUIZ PRESTES MATTAR - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
20/03/00 - Ac.: 10476 - Public.: 07/04/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISAO EM EXCECAO DE "PRE-


EXECUTIVIDADE" - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO
OCORRENCIA - SUMULA 233 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA - NOTA PROMISSORIA VINCULADA AQUELE
CONTRATO AUTONOMIA INEXISTENTE - CARENCIA DE ACAO -
APLICACAO DO ARTIGO 267, IV DO CPC - DESPACHO
REFORMADO PROCEDIMENTO EXECUTORIO ANULADO -
RECURSO PROVIDO.
I - O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA UNIFORMIZOU
ENTENDIMENTO NO SENTIDO DE QUE O CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE, AINDA QUE
ACOMPANHADO DE EXTRATO BANCARIO, NAO E TITULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, ATRAVES DA SUMULA 233.
II - A NOTA PROMISSORIA VINCULADA AO CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO NAO GOZA DE AUTONOMIA, TENDO
EM VISTA A PROPRIA ILIQUIDEZ DO TITULO QUE A ORIGINOU.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150411000 - CIDADE GAUCHA -
JUIZ PRESTES MATTAR - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
20/03/00 - Ac.: 10476 - Public.: 07/04/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE PELA
ILIQUIDEZ DOS TITULOS. CONTRATOS DE ABERTURA DE
CREDITO FIXO. VALORES CERTOS. PRAZO DETERMINADO.
INEXISTENCIA DE NULIDADE. OFICIO ENDERECADO AS
ENTIDADES BANCARIAS PARA APURAR SALDOS DOS
EXECUTADOS PARA FINS DE PENHORA.
QUEBRA DO SIGILO BANCARIO. INOCORRENCIA. RECURSO
PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 151001800 - CURITIBA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 15/03/00 -
Ac.: 10478 - Public.: 31/03/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL -
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO, COMPOSICAO
DE DIVIDA, FORMA DE PAGAMENTO E OUTRAS AVENCAS -
TITULO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL, MESMO QUANDO
DERIVADA DE CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - PEDIDO IMPROCEDENTE RECURSO
IMPROVIDO.
O INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO, COMPOSICAO
DE DIVIDA, FORMA DE PAGAMENTO E OUTRAS AVENCAS,
ASSINADO PELO DEVEDOR E SUBSCRITO POR DUAS
TESTEMUNHAS, CONTENDO O VALOR DO DEBITO
CONFESSADO E OS ENCARGOS NELE PACTUADOS, TRADUZ-
SE EM TITULO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL, APATO A
EMBASAR O PROCEDIMENTO EXECUTIVO.
IRRELEVANTE O FATO DE DERIVAR O TITULO DE CONTRATO
DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE, POSTO
TER OCORRIDO NOVACAO DO DEBITO ANTERIOR, FAZENDO
DESAPARECER ESTE PARA SURGIR NOVA DIVIDA ENTRE OS
LITIGANTES.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 140261700 - ANDIRA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 29/02/00 - Ac.:
12226 - Public.: 24/03/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
EMBARGOS NAO EXERCITADOS. QUESTIONAMENTO SOBRE O
OBRIGACAO, SEM QUE O INQUINADO VICIO APARECA LITERAL
E CONCLUSIVO. DEMANDANDO PERQUIRICAO DE FUNDO
SOBRE A FORMACAO DO TITULO. PETICAO AVULSA NOS
AUTOS QUE NAO PODE SERVIR COMO MECANISMO PARA
ETERNIZACAO OU PROCRASTINACAO INDETERMINADA DAS
EXECUCOES.
RECURSO IMPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 144733400 - ASSIS
CHATEAUBRIAND - JUIZ SERGIO ARENHART - OITAVA CAMARA
CIVEL - Julg: 07/02/00 - Ac.: 10191 - Public.: 24/03/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL -
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO, COMPOSICAO
DE DIVIDA, FORMA DE PAGAMENTO E OUTRAS AVENCAS -
TITULO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL, MESMO QUANDO
DERIVADA DE CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - PEDIDO IMPROCEDENTE RECURSO
IMPROVIDO.
O INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO, COMPOSICAO
DE DIVIDA, FORMA DE PAGAMENTO E OUTRAS AVENCAS,
ASSINADO PELO DEVEDOR E SUBSCRITO POR DUAS
TESTEMUNHAS, CONTENDO O VALOR DO DEBITO
CONFESSADO E OS ENCARGOS NELE PACTUADOS, TRADUZ-
SE EM TITULO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL, APATO A
EMBASAR O PROCEDIMENTO EXECUTIVO.
IRRELEVANTE O FATO DE DERIVAR O TITULO DE CONTRATO
DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE, POSTO
TER OCORRIDO NOVACAO DO DEBITO ANTERIOR, FAZENDO
DESAPARECER ESTE PARA SURGIR NOVA DIVIDA ENTRE OS
LITIGANTES.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 140261700 - ANDIRA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 29/02/00 - Ac.:
12226 - Public.: 24/03/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE.
EMBARGOS NAO EXERCITADOS. QUESTIONAMENTO SOBRE O
OBRIGACAO, SEM QUE O INQUINADO VICIO APARECA LITERAL
E CONCLUSIVO. DEMANDANDO PERQUIRICAO DE FUNDO
SOBRE A FORMACAO DO TITULO. PETICAO AVULSA NOS
AUTOS QUE NAO PODE SERVIR COMO MECANISMO PARA
ETERNIZACAO OU PROCRASTINACAO INDETERMINADA DAS
EXECUCOES.
RECURSO IMPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 144733400 - ASSIS
CHATEAUBRIAND - JUIZ SERGIO ARENHART - OITAVA CAMARA
CIVEL - Julg: 07/02/00 - Ac.: 10191 - Public.: 24/03/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - TITULO
HABIL A ENSEJAR O PEDIDO EXECUTORIO - MATERIAS A
SEREM ALEGADAS EM EMBARGOS - LITIGANCIA DE MA-FE
NAO CARACTERIZADA -PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO A
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE QUANDO
EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO TITULO,
ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 145515000 - CURITIBA - JUIZ
MARCUS VINICIUS DE LACERDA COSTA - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 22/02/00 - Ac.: 12194 - Public.: 17/03/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. LEI 9138/95 - MEDIDA


PROVISORIA 1918/99.
1- AUSENCIA DE COMPROVACAO DO REQUISITOS PELOS
DEVEDORES PARA QUE SE ENQUADREM NO LIMITE DO
ALONGAMENTO PREVISTO NO 3 DA MEDIDA PROVISORIA
1918/99.
2- LEI 8009/90. IMPENHORABILIDADE. SE A PARTE CELEBRA
CEDULA RURAL PIGNORATICIA HIPOTECARIA COM O BANCO E
GRAVA O SEU BEM EM HIPOTECA, RENUNCIA A QUALQUER
ARGUICAO DE IMPENHORABILIDADE DO BEM SEGUNDO O.
ART. 3 DA LEI 8009/90.
INEXISTE A PROVA DE QUE SE TRATE DE UNICO IMOVEL DO
CASAL PARA E SEJA UTILIZADO MORADIA PERMANENTE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 150304000 - DOIS VIZINHOS -
JUIZ CONV. EUGENIO ACHILLE GRANDINETTI - TERCEIRA
CAMARA CIVEL - Julg: 29/02/00 - Ac.: 12659 - Public.: 17/03/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - TITULO
HABIL A ENSEJAR O PEDIDO EXECUTORIO - MATERIAS A
SEREM ALEGADAS EM EMBARGOS - LITIGANCIA DE MA-FE
NAO CARACTERIZADA -PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO A
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE QUANDO
EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO TITULO,
ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 145515000 - CURITIBA - JUIZ
MARCUS VINICIUS DE LACERDA COSTA - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 22/02/00 - Ac.: 12194 - Public.: 17/03/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. CEDULA DE CREDITO COMERCIAL. EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE. DECISAO INDEFERITORIA.
PRETENSAO RECURSAL CALCADA EM ARGUMENTOS QUE
NAO DESNATURAM A VALIDADE DO TITULO. ENFOQUES
SOBRE A DISCUSSAO DA DIVIDA. IMPROPRIEDADE NA SEDE
DA EXCECAO. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 149541600 - - JUIZ EDSON VIDAL
PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 09/02/00 - Ac.: 10325 -
Public.: 03/03/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE- NULIDADE DO TITULO


NAO CARACTERIZADA-TITULOS FORMALMENTE PERFEITOS-
IMOVEL RURAL PENHORADO- ADMISSIBILIDADE PORQUE NAO
CONFIGURADOS OS REQUISITOS DO ART. 649, X, DO CPC
MATERIAS DE DEFESA DEVEM SER ARGUIDAS EM EMBARGOS
DO DEVEDOR- RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
A DOUTRINA E JURISPRUDENCIA TEM ENTENDIDO QUE A
FALTA DE SUBSCRICAO DE UMA TESTEMUNHA NO CONTRATO
NAO O DESCARACTERIZA COMO TITULO EXECUTIVO, DESDE
QUE AUTENTICAS AS ASSINATURAS.
POSSIVEL E FUNDAR-SE A EXECUCAO EM MAIS DE UM TITULO
EXTRAJUDICIAL, VINCULADOS AO MESMO NEGOCIO. AINDA
QUE DEFEITO HOUVESSE EM UM DELES, SUBSISTIRIA O
OUTRO, DE MODO QUE IDONEA SE MOSTRA A EXECUCAO,
NAO SE PODENDO ACOLHER COMO VICIOS QUE A TORNAM
NULA, OS ARGUIDOS PELO AGRAVANTE.
A IMPENHORABILIDADE PRECONIZADA PELO ART. 5, XXVI DA
CONSTITUICAO FEDERAL TEM POR PRESSUPOSTO O
DESENVOLVIMENTO DA PEQUENA PROPRIEDADE RURAL, QUE
NAO RESPONDE PELOS DEBITOS CONTRAIDOS EM FUNCAO
DA ATIVIDADE PRODUTIVA, DESDE QUE TRABALHADA PELA
FAMILIA E POR NAO CONFIGURADOS OS REQUISITOS PARA
TANTO, NAO HA COMO SE ACOLHER AS RAZOES DO
AGRAVANTE PARA QUE SEJA A MESMA ADMITIDA.
QUANTO A INEXISTENCIA DE CREDITO, EXCESSO DE
EXECUCAO EM FACE DO AJUSTE DO PRECO DO PRODUTO,
JUROS E ENCARGOS FINANCEIROS ABUSIVOS, SER INDEVIDA
A MULTA PRETENDIDA, NAO PODEM TAIS ALEGACOES SEREM
ACOLHIDAS EM EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, POR
SEREM MATERIAS DE DEFESA QUE DEVEM SER ARGUIDAS EM
SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 134264100 - GUARAPUAVA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/02/00 - Ac.:
9703 - Public.: 03/03/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO - PLURALIDADE DE PENHORAS


ADJUDICACAO - JUIZOS DIVERSOS - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - INDEFERIMENTO CORRETO - RECURSO
DESPROVIDO.
VIGE NO PROCESSO DE EXECUCAO O PRINCIPIO DO "PRIOR
TEMPORE POTIOR JURE", SEGUNDO O QUAL, AQUELE QUE
OBTEM A PENHORA EM PRIMEIRO LUGAR, DESFRUTARA DE
SITUACAO PRIVILEGIADA SE HOUVER CONCURSO DE
CREDORES, FICANDO A ADJUDICACAO DO BEM POR UM
DELES CONDICIONADA AO DEPOSITO INTEGRAL DE SEU
VALOR. POR OUTRO LADO, A CHAMADA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE E MEDIDA EXCEPCIONAL DESTINADA A
DIRIMIR APENAS MATERIA SUSCETIVEL DE CONHECIMENTO
DE OFICIO OU A NULIDADE EVIDENTE E FLAGRANTE DO
TITULO EXECUTIVO SEM QUE PARA ISSO SE IMPONHA O
AJUIZAMENTO DE EMBARGOS DO DEVEDOR, COM A PREVIA
GARANTIA DO JUIZO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 145133800 - WENCESLAU BRAZ -
JUIZ ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
22/02/00 - Ac.: 12619 - Public.: 03/03/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE- NULIDADE DO TITULO


NAO CARACTERIZADA-TITULOS FORMALMENTE PERFEITOS-
IMOVEL RURAL PENHORADO- ADMISSIBILIDADE PORQUE NAO
CONFIGURADOS OS REQUISITOS DO ART. 649, X, DO CPC
MATERIAS DE DEFESA DEVEM SER ARGUIDAS EM EMBARGOS
DO DEVEDOR- RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
A DOUTRINA E JURISPRUDENCIA TEM ENTENDIDO QUE A
FALTA DE SUBSCRICAO DE UMA TESTEMUNHA NO CONTRATO
NAO O DESCARACTERIZA COMO TITULO EXECUTIVO, DESDE
QUE AUTENTICAS AS ASSINATURAS.
POSSIVEL E FUNDAR-SE A EXECUCAO EM MAIS DE UM TITULO
EXTRAJUDICIAL, VINCULADOS AO MESMO NEGOCIO. AINDA
QUE DEFEITO HOUVESSE EM UM DELES, SUBSISTIRIA O
OUTRO, DE MODO QUE IDONEA SE MOSTRA A EXECUCAO,
NAO SE PODENDO ACOLHER COMO VICIOS QUE A TORNAM
NULA, OS ARGUIDOS PELO AGRAVANTE.
A IMPENHORABILIDADE PRECONIZADA PELO ART. 5, XXVI DA
CONSTITUICAO FEDERAL TEM POR PRESSUPOSTO O
DESENVOLVIMENTO DA PEQUENA PROPRIEDADE RURAL, QUE
NAO RESPONDE PELOS DEBITOS CONTRAIDOS EM FUNCAO
DA ATIVIDADE PRODUTIVA, DESDE QUE TRABALHADA PELA
FAMILIA E POR NAO CONFIGURADOS OS REQUISITOS PARA
TANTO, NAO HA COMO SE ACOLHER AS RAZOES DO
AGRAVANTE PARA QUE SEJA A MESMA ADMITIDA.
QUANTO A INEXISTENCIA DE CREDITO, EXCESSO DE
EXECUCAO EM FACE DO AJUSTE DO PRECO DO PRODUTO,
JUROS E ENCARGOS FINANCEIROS ABUSIVOS, SER INDEVIDA
A MULTA PRETENDIDA, NAO PODEM TAIS ALEGACOES SEREM
ACOLHIDAS EM EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, POR
SEREM MATERIAS DE DEFESA QUE DEVEM SER ARGUIDAS EM
SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 134264100 - GUARAPUAVA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/02/00 - Ac.:
9703 - Public.: 03/03/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. CEDULA DE CREDITO COMERCIAL. EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE. DECISAO INDEFERITORIA.
PRETENSAO RECURSAL CALCADA EM ARGUMENTOS QUE
NAO DESNATURAM A VALIDADE DO TITULO. ENFOQUES
SOBRE A DISCUSSAO DA DIVIDA. IMPROPRIEDADE NA SEDE
DA EXCECAO. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 149541600 - - JUIZ EDSON VIDAL
PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 09/02/00 - Ac.: 10325 -
Public.: 03/03/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - PLURALIDADE DE PENHORAS


ADJUDICACAO - JUIZOS DIVERSOS - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - INDEFERIMENTO CORRETO - RECURSO
DESPROVIDO.
VIGE NO PROCESSO DE EXECUCAO O PRINCIPIO DO "PRIOR
TEMPORE POTIOR JURE", SEGUNDO O QUAL, AQUELE QUE
OBTEM A PENHORA EM PRIMEIRO LUGAR, DESFRUTARA DE
SITUACAO PRIVILEGIADA SE HOUVER CONCURSO DE
CREDORES, FICANDO A ADJUDICACAO DO BEM POR UM
DELES CONDICIONADA AO DEPOSITO INTEGRAL DE SEU
VALOR. POR OUTRO LADO, A CHAMADA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE E MEDIDA EXCEPCIONAL DESTINADA A
DIRIMIR APENAS MATERIA SUSCETIVEL DE CONHECIMENTO
DE OFICIO OU A NULIDADE EVIDENTE E FLAGRANTE DO
TITULO EXECUTIVO SEM QUE PARA ISSO SE IMPONHA O
AJUIZAMENTO DE EMBARGOS DO DEVEDOR, COM A PREVIA
GARANTIA DO JUIZO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 145133800 - WENCESLAU BRAZ -
JUIZ ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
22/02/00 - Ac.: 12619 - Public.: 03/03/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE


FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - ALEGACAO DE QUE O TITULO EXEQUENDO
SE TRATA DE CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE, O QUAL NAO PODE SER TOMADO COMO
TITULO EXECUTIVO - ALEGACAO TOTALMENTE DESCONEXA
COM A REALIDADE MATERIAL DOS AUTOS - AFASTAMENTO DA
EXCECAO IMPOSICAO DE MULTA DE LITIGANCIA DE MA-FE -
RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 148907000 - MARINGA - JUIZ
FERNANDO VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 09/02/00 - Ac.: 12163 - Public.: 25/02/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO JUDICIAL.


LAUDO ARBITRAL HOMOLOGADO NO JUIZADO ESPECIAL.
EXCECAO DE PRE - EXECUTIVIDADE, REJEITADA.
RECURSO IMPROVIDO.
1- EXTINTA A EXECUCAO NO JUIZADO ESPECIAL, COM BASE
NO 4 DO ART. 53 DA LEI 9.099/95, E LEGITIMA A INICIATIVA DE
COBRANCA NO JUIZO COMUM.
2- O LAUDO ARBITRAL HOMOLOGADO NO JUIZADO ESPECIAL
E TITULO JUDICIAL QUE ENSEJA EXECUCAO (ART. 584, III,
CPC).
3- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 144731000 - LONDRINA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 07/02/00 - Ac.:
10241 - Public.: 18/02/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO JUDICIAL.


LAUDO ARBITRAL HOMOLOGADO NO JUIZADO ESPECIAL.
EXCECAO DE PRE - EXECUTIVIDADE, REJEITADA.
RECURSO IMPROVIDO.
1- EXTINTA A EXECUCAO NO JUIZADO ESPECIAL, COM BASE
NO 4 DO ART. 53 DA LEI 9.099/95, E LEGITIMA A INICIATIVA DE
COBRANCA NO JUIZO COMUM.
2- O LAUDO ARBITRAL HOMOLOGADO NO JUIZADO ESPECIAL
E TITULO JUDICIAL QUE ENSEJA EXECUCAO (ART. 584, III,
CPC).
3- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 144731000 - LONDRINA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 07/02/00 - Ac.:
10241 - Public.: 18/02/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL - DECISAO EM EXCECAO DE "PRE-


EXECUTIVIDADE" AJUIZADA APOS PRAZO PARA
OFERECIMENTO DE EMBARGOS A EXECUCAO - ALEGACAO DE
INEXIGIBILIDADE, ILIQUIDEZ E INCERTEZA DO TITULO
PRECLUSAO - INOCORRENCIA - MATERIA AINDA NAO
APRECIADA - POSSIBILIDADE - QUESTAO DE ORDEM PUBLICA
- DECISAO CASSADA - PENHORA - INEXISTENCIA DE OBICE,
DESDE QUE CUMPRIDAS AS FORMALIDADES LEGAIS E
PROCESSUAIS RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO (AGRAVO
DE INSTRUMENTO - 140253500 - LONDRINA - JUIZ PRESTES
MATTAR - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 13/12/99 - Ac.: 10126 -
Public.: 11/02/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO- EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE REJEITADA ANTE A AUSENCIA DE NULIDADE
DO TITULO EXECUTIVO- IMPUGNACAO AOS VALORES
COBRADOS QUE DEVEM SER OBJETO DE EMBARGOS -
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
HA POSSIBILIDADE DE ARGUICAO DE NULIDADE DEDUZIDA
NOS PROPRIOS AUTOS, SEM GARANTIA DO JUIZO E SEM
EMBARGOS SOMENTE NAS HIPOTESES EM QUE A NULIDADE
REVELE-SE EVIDENTE, NAO DEPENDENDO DE MAIORES
QUESTIONAMENTOS, DISCUSSOES OU PROVAS. A DEFESA EM
EXECUCAO SE FAZ, COMO REGRA, POR MEIO DE EMBARGOS,
DEPOIS DE SEGURO O JUIZO, SOMENTE SE PERMITINDO A
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, PARA DEDUZIR QUESTAO
DE ORDEM PUBLICA POR EVIDENTE NULIDADE DO PROCESSO
EXECUTIVO REVELADA DE PLANO E INDEPENDENTEMENTE
DE MAIORES QUESTIONAMENTOS.
PARA A EXECUCAO POR CREDITO DECORRENTE DE
ALUGUEIS, SATISFAZ-SE A LEI COM A EXISTENCIA DE
CONTRATO ESCRITO, INDEPENDENDO A COBRANCA POR
ESSA VIA DA LIQUIDEZ E CERTEZA DA DIVIDA. A DISCUSSAO
SOBRE O VALOR EXATO DO DEBITO SO PODE DAR NA DEFESA
DO DEVEDOR, QUE DEVE SER APRESENTADA MEDIANTE
EMBARGOS E DEPOIS DE EFETIVADA A PENHORA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 147282400 - CURITIBA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 06/12/99 - Ac.:
9589 - Public.: 11/02/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CUMULADA COM


ARGUICAO DE FALSIDADE. REJEICAO. REGISTRO E
AUTUACAO EM SEPARADO.
EQUIVOCO. INCIDENTE PROCESSUAL. DECISAO
INTERLOCUTORIA.
RECURSO DE APELACAO. INADEQUACAO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. APROPRIADO. PRINCIPIO DA FUNGIBILIDADE
DOS RECURSOS. INAPLICAVEL. ERRO GROSSEIRO.
CONFIGURADO.
RECURSO DESPROVIDO.
1. O FATO DE REGISTRAR E AUTUAR EM SEPARADO PEDIDO
DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE CUMULADO COM
ARGUICAO DE FALSIDADE, EQUIVOCO QUE EM NADA
MODIFICA A NATUREZA DA DECISAO. TRATA-SE, POIS, DE
DECISAO INTERLOCUTORIA QUE, O JUIZ NO CURSO DO
PROCESSO (EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL) RESOLVE
QUESTAO INCIDENTE.
2. CONTRA DECISAO QUE REJEITA PEDIDO DE EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE CUMULADA COM ARGUICAO DE
FALSIDADE, CABE RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO.
INTERPOR RECURSO DE APELACAO RESULTA ERRO
GROSSEIRO, SENDO INAPLICAVEL O PRINCIPIO DA
FUNGIBILIDADE DOS RECURSOS, DIANTE DO NOVO REGIME
IMPRIMIDO AO RECURSO DE AGRAVO, ESPECIFICAMENTE AO
DE INSTRUMENTO, QUE TEM COMO DESTINATARIO O JUIZO
"AD QUEM", E NAO O JUIZO "A QUO", COMO OCORRE NO
RECURSO DE APELACAO.
3. RECURSO DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 146099500 - IVAIPORA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 29/12/99 -
Ac.: 10218 - Public.: 11/02/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO - TITULO EXECUTIVO


EXTRAJUDICIAL - OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ALEGACAO DE ILEGITIMIDADE DE PARTE - NECESSIDADE DE
PROVA AGRAVO DESPROVIDO - DECISAO POR MAIORIA.
FUNDADA A EXECUCAO EM NOTA PROMISSORIA EMITIDA
PELO EXECUTADO EM FAVOR EXEQUENTE E SENDO
DEPENDENTE DE PROVA A ALEGACAO DE ILEGITIMIDADE DE
PARTE, ESTA QUESTAO E DE SER DIRIMIDA MEDIANTE
EMBARGOS E NAO POR MEIO DA CHAMADA EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, MEDIDA EXCEPCIONAL DESTINADA A
DIRIMIR APENAS MATERIA SUSCETIVEL DE CONHECIMENTO
DE OFICIO OU A NULIDADE EVIDENTE E FLAGRANTE DO
TITULO, OU SEJA, QUE NAO DEPENDA DE DILACAO
PROBATORIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 144430800 - PONTA GROSSA -
JUIZ ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
23/11/99 - Ac.: 12349 - Public.: 04/02/00).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL - DUPLICATA INACEITA E SEM DOCUMENTO
COMPROBATORIO DE ENTREGA E RECEBIMENTO DA
MERCADORIA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - RECURSO
PROVIDO.
1. DUPLICATA DE VENDA MERCANTIL, INACEITA SO TEM
FORCA EXECUTIVA SE REGULARMENTE PROTESTADA E
ACOMPANHADA DO DOCUMENTO HABIL COMPROBATORIO DA
ENTREGA E RECEBIMENTO DA MERCADORIA, NOS TERMOS
DO ART. 15, II, LETRAS, A, B E C, DA LEI 5.474/68).
2. A DENOMINADA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DO
TITULO, CONSISTE NA FACULDADE ATRIBUIDA AO
EXECUTADO, DE SUBMETER AO CONHECIMENTO DO JUIZ DA
EXECUCAO, INDEPENDENTEMENTE DE PENHORA OU DE
EMBARGOS, DETERMINADAS MATERIAS, LIMITADAS SUA
ABRANGENCIA TEMATICA, QUE DIGAM RESPEITO A
QUESTOES SUSCETIVEIS DE CONHECIMENTOS DE OFICIO, OU
A NULIDADE DO TITULO, QUE SEJA EVIDENTE E FLAGRANTE,
ISTO E, CUJO RECONHECIMENTO INDEPENDA DE
CONTRADITORIO OU DILACAO PROBATORIA.
3. A NULIDADE DA EXECUCAO PODE SER ALEGADA A TODO
TEMPO, DESDE QUE AUSENTES OS REQUISITOS DO ART. 5
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 146933200 - CURITIBA - JUIZ
LAURO AUGUSTO FABRICIO DE MELO - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 30/11/99 - Ac.: 11883 - Public.: 04/02/00).

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EXECUCAO HIPOTECARIA - DEFESA - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - ALEGADA NULIDADE DE FALTA DE TITULO
LIQUIDO E CERTO - DEFERIDA SUSPENSAO DA PRACA
PRUDENTE ARBITRIO DO JULGADOR - NEGADO EFEITO ATIVO
DECISAO MANTIDA - AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 148644800 - LONDRINA - JUIZ
CONV. MARQUES CURY - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
15/12/99 - Ac.: 10141 - Public.: 04/02/00).

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ARREMATACAO - DESFAZIMENTO - VICIO DE NULIDADE


ALEGACAO DE FALTA DO TITULO EXECUTIVO - CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO - DEVEDOR QUE NAO OPOE
EMBARGOS MATERIA DEDUZIDA MEDIANTE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE APENAS DEPOIS DE EXPEDIDA A CARTA DE
ADJUDICACAO IMPOSSIBILIDADE - NECESSIDADE DE ACAO
PROPRIA - RECURSO DESPROVIDO.
1. "A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO" (STJ-RESP N 180.734-RN).
2. A NULIDADE DA EXECUCAO PODE SER ALEGADA A TODO
TEMPO, DESDE QUE AUSENTES OS REQUISITOS DO ART. 586
DO CPC.
3. NADA OBSTANTE, A NULIDADE DA ARREMATACAO PODE
SER ADUZIDA "COMO MATERIA DE DEFESA, NOS EMBARGOS
DO DEVEDOR OU NA EXECUCAO OU ATE MESMO NA
ARREMATACAO.
FORA DISSO, TERA O INTERESSADO DE PROPOR ACAO
ANULATORIA PELAS VIAS ORDINARIAS, ISSO PORQUE NAO
HAVENDO SENTENCA NO PROCEDIMENTO DE ARREMATACAO,
O ATO PROCESSUAL EM CAUSA E DAQUELES QUE SE
ANULAM POR ACAO COMUM (ATOS JURIDICOS EM GERAL)",
NOS TERMOS DO ART. 486 (RSTJ 85/207).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 144490400 - ASSIS
CHATEAUBRIAND - JUIZ CONV. NOEVAL DE QUADROS -
SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 22/11/99 - Ac.: 9999 - Public.:
10/12/99).

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EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - NULIDADE DA EXECUCAO


ART. 618, I, DO CPC - ALEGACAO QUE INDEPENDE DA
PROPOSITURA DE EMBARGOS A EXECUCAO - CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - SUPER
CHEQUE AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL -
CARENCIA DA ACAO - RECURSO PROVIDO.
1.- "A ARGUICAO DE NULIDADE DA EXECUCAO COM BASE NO
ART. 618 DO ESTATUTO PROCESSUAL CIVIL, NAO REQUER A
PROPOSITURA DA ACAO DE EMBARGOS A EXECUCAO, SENDO
RESOLVIDA INCIDENTALMENTE." 2.- O CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO NAO E TITULO EXECUTIVO, AINDA
QUE ACOMPANHADO DE EXTRATOS OU DEMONSTRATIVOS.
ORIENTACAO ADOTADA EM CONFORMIDADE COM
PRECEDENTES DO C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 140313600 - CURITIBA - JUIZ
CONV. WILDE PUGLIESE - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg:
10/11/99 - Ac.: 11969 - Public.: 03/12/99).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - ARGUICAO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - AUSENCIA DE TITULO - INEXIGENCIA DE
SEGURANCA DO JUIZO - RECURSO PROVIDO EM PARTE.
1. E ADMISSIVEL EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE POR
SIMPLES PETICAO NO PROCESSO DE EXECUCAO, NA QUAL SE
ALEGUE AUSENCIA DE TITULO, NAO SENDO NESTE CASO
EXIGIVEL A PREVIA SEGURANCA DO JUIZO PARA O SEU
EXAME.
2. NAO TENDO SIDO APRECIADO O MERITO DA EXCECAO
PELO JUIZO DE PRIMEIRA INSTANCIA, RESTA OBSTADO O
EXAME DA MATERIA SOB PENA DE SUPRESSAO DE
INSTANCIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 145553000 - CURITIBA -
AUGUSTO LOPES CORTES - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg:
22/11/99 - Ac.: 9962 - Public.: 03/12/99).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - HONORARIOS ADVOCATICIOS


ENCARGO QUE NAO E DEVIDO EM INCIDENTES PROCESSUAIS
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE PROCESSADA COMO TAL
INTELIGENCIA DO ART. 20, 1, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
RECURSO DESPROVIDO.
- TRATANDO-SE A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DE
MERO INCIDENTE PROCESSUAL, QUE NAO POE TERMO A
LIDE, NAO CABE A CONDENACAO EM HONORARIOS
ADVOCATICIOS DECORRENTES DA SUCUMBENCIA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 146989400 - PITANGA - JUIZA
DULCE MARIA CECCONI - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
22/11/99 - Ac.: 9770 - Public.: 03/12/99).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE.
EMBARGOS NAO EXERCITADOS. QUESTIONAMENTO SOBRE O
OBRIGACAO, SEM QUE O INQUINADO VICIO APARECA LITERAL
E CONCLUSIVO. DEMANDANDO PERQUIRICAO DE FUNDO
SOBRE A FORMACAO DO TITULO. PETICAO AVULSA NOS
AUTOS QUE NAO PODE SERVIR COMO MECANISMO PARA
ETERNIZACAO OU PROCRASTINACAO INDETERMINADA DAS
EXECUCOES.
RECURSO IMPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 144901200 - LONDRINA - JUIZ
SERGIO ARENHART - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 08/11/99 -
Ac.: 9752 - Public.: 26/11/99).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. MATERIA AVENTADA. SENTENCA DE MERITO,
EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUCAO E RECURSO DE
APELACAO. DECISAO TRANSITADA EM JULGADO. AFRONTA A
COISA JULGADA. RECURSO DESPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE ARGUIDA NO CASO DE
NULIDADE NO PROCESSO EXECUTORIO, TRATA-SE DE
MATERIA DE ORDEM PUBLICA, E COMO TAL, CUMPRE AO JUIZ
CONHECER DE OFICIO E A QUALQUER TEMPO E GRAU DE
JURISDICAO, TODAVIA, REQUER, PLAUSIVIDADE NO PLEITO, A
TEOR DO PAR.
3 , DO ART. 267, DO CPC. CONTUDO, EXISTE UMA
CONDICIONANTE, DESDE QUE NAO PROFERIDA SENTENCA DE
MERITO. NO CASO "SUB JUDICE" TENDO SIDO EXARADA A
SENTENCA DE MERITO, EM SEDE DE EMBARGOS DO
DEVEDOR E DE RECURSO DE APELACAO, CUJA DECISAO
TRANSITOU EM JULGADO, RESULTA QUEBRADA A
INDISPONIBILIDADE DA MATERIA.
AFRONTA A COISA JULGADA. RECURSO QUE NAO MERECE
PROVIMENTO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 146168500 - PARANAVAI - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 03/11/99 -
Ac.: 9905 - Public.: 12/11/99).

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EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE. EMBARGOS A EXECUCAO
DE HONORARIOS ADVOCATICIOS. AUSENCIA DE
CONHECIMENTO DA QUESTAO PELO M. M JUIZ SOB O
FUNDAMENTO DE QUE A MATERIA DEVERIA SER OBJETO DE
EMBARGOS A EXECUCAO APOS PREVIA SEGURANCA DO
JUIZO. INVIABILIDADE DECRETADA. CONTUDO, M HA
POSSIBILIDADE DE EXAME DA MATERIA EM RAZAO DA MESMA
REFERIR-SE A CONDICAO DA ACAO A QUAL PODE SER
RECONHECIDA EX OFFICIO A QUALQUER TEMPO E GRAU DE
JURISDICAO INDEPENDENTEMENTE DA ARGUICAO DA PARTE
OU DO OFERECIMENTO DOS EMBARGOS.
CANDIDO RANGEL DINAMARCO, A RESPEITO DA PRE-
EXECUTIVIDADE, NA OBRA "EXECUCAO CIVIL", ED.
MALHEIROS ED., PAG. 448/449 ENSINA QUE: "E PRECISO
DEBELAR O MITO DOS EMBARGOS, QUE LEVA OS JUIZES A
UMA ATITUDE DE ESPERA, POSTERGANDO O CONHECIMENTO
DE QUESTOES QUE PODERIAM E DEVERIAM TER SIDO
LEVANTADAS E CONHECIDAS LIMINARMENTE, OU TALVEZ
CONDICIONANDO O SEU CONHECIMENTO A OPOSICAO
DESTES".
NESTE SENTIDO, TAMBEM A LICAO DE NELSON NERY JUNIOR
E ROSA MARIA ANDRADE NERY, EM SEU "CODIGO DE
PROCESSO CIVIL E LEGISLACAO PROCESSUAL EM VIGOR": "A
NULIDADE DO PROCESSO PODE SER RECONHECIDA EX-
OFFICIO, A QUALQUER TEMPO E GRAU DE JURISDICAO,
INDEPENDENTEMENTE DA ARGUICAO DA PARTE, OU DO
OFERECIMENTO DOS EMBARGOS.
A REGULARIDADE PROCESSUAL, O "DUE PROCESS OF LAW",
E MATERIA DE ORDEM PUBLICA QUE NAO ESCAPA AO CRIVO
DO JUIZ." (PAG. 713, NOTA 1, AO ART. 618, ED. 1994.) AINDA,
SALVIO DE FIGUEREDO TEIXERIA NA OBRA "PRAZO E
NULIDADES EM PROCESSO CIVIL", PAG. 56 "CUIDANDO-SE DE
NULIDADE ABSOLUTA, EM QUE A VIOLACAO DO MODELO
LEGAL ATINGE NAO APENAS AO INTERESSE DA PARTE, MAS
TAMBEM AO INTERESSE PUBLICO E A ORDEM JURIDICA, NAO
DEPENDE ELA DE ARGUICAO DA PARTE, PODENDO E
DEVENDO SER DECLARADA MESMO DE OFICIO PELO JUIZ."
NESSE SENTIDO, A ORIENTACAO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA, NO RECURSO ORDINARIO E MANDADO DE
SEGURANCA N 98/0050955-0, REL. MIN. ARI PARGENDLER:
''EXCEPCIONALMENTE, ADMITE-SE A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, NO AMBITO DA QUAL, SEM O
OFERECIMENTO DA PENHORA, O EXECUTADO PODE OBTER
UM PROVIMENTO, POSITIVO OU NEGATIVO, SOBRE OS
PRESSUPOSTOS DO PROCESSO OU SOBRE AS CONDICOES
DA ACAO." RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 137731900 - CIANORTE - JUIZ
CONV. EUGENIO ACHILLE GRANDINETTI - TERCEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 26/10/99 - Ac.: 12157 - Public.: 12/11/99).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - NAO CONHECIMENTO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - ALEGACAO DE FALTA DE REQUISITOS
LEGAIS E NOTA PROMISSORIA VINCULADA AO TITULO E JA
PRESCRITA - MATERIA AFETA AOS EMBARGOS A EXECUCAO
NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 139044900 - CURITIBA - JUIZ
RAITANI CONDESSA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 25/10/99 -
Ac.: 9347 - Public.: 05/11/99).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUCAO FUNDADA EM


CONTRATO E NOTA PROMISSORIA - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE DISCUSSAO SOBRE CLAUSULAS E
ENCARGOS CONSIDERADOS ABUSIVOS - INADMISSIBILIDADE -
RECURSO PROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E MODALIDADE DE
DEFESA QUE VEM SE ADMITINDO, PARA EXTINGUIR A
EXECUCAO, DESDE QUE FUNDADA EM AUSENCIA DE TITULO
EXECUTIVO OU FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A
CONSTITUICAO E VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO,
MAS NAO SE PRESTA PARA A DISCUSSAO DE CLAUSULAS
ABUSIVAS OU ENCARGOS FINANCEIROS, QUE EXIJAM
DILACAO PROBATORIA, MATERIAS PROPRIAS PARA OS
EMBARGOS DO DEVEDOR, COM OBSERVANCIA DO DEVIDO
PROCESSO LEGAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 144445900 - CASCAVEL - JUIZ
DOMINGOS RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 19/10/99
- Ac.: 12140 - Public.: 29/10/99).

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EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - NULIDADE DA EXECUCAO


ART. 618, I, DO CPC - ALEGACAO QUE INDEPENDE DA
PROPOSITURA DE EMBARGOS A EXECUCAO - CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE - SUPER
CHEQUE AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL -
CARENCIA DA ACAO - RECURSO PROVIDO.
1.- "A ARGUICAO DE NULIDADE DA EXECUCAO COM BASE NO
ART. 618 DO ESTATUTO PROCESSUAL CIVIL, NAO REQUER A
PROPOSITURA DA ACAO DE EMBARGOS A EXECUCAO, SENDO
RESOLVIDA INCIDENTALMENTE." 2.- O CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO NAO E TITULO EXECUTIVO, AINDA
QUE ACOMPANHADO DE EXTRATOS OU DEMONSTRATIVOS.
ORIENTACAO ADOTADA EM CONFORMIDADE COM
PRECEDENTES DO C. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 144517000 - CURITIBA - JUIZ
CONV. WILDE PUGLIESE - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg:
13/10/99 - Ac.: 11722 - Public.: 22/10/99).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE. EXTINCAO DO PROCESSO DE EXECUCAO
POR AUSENCIA DE TITULO EXTRAJUDICIAL. IMPOSSIBILIDADE.
AGRAVO NAO PROVIDO.
1- O ENTENDIMENTO DE QUE O CONTRATO DE CHEQUE
ESPECIAL NAO CONFIGURA TITULO EXECUTIVO, E
CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL. A QUESTAO DEVE SER
SUSCITADA E AVALIADA NO PROCESSO INCIDENTAL DE
EMBARGOS.
2- TRATANDO-SE DE CONTRATO ASSINADO PELO DEVEDOR E
POR DUAS TESTEMUNHAS NOS TERMOS DO ARTIGO 585, II DO
CODIGO DE PROCESSO CIVIL, E TITULO EXECUTIVO.
FORMALMENTE EM ORDEM O TITULO E PRESENTES OS
DEMAIS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, IMPOE A ADMISSAO
DO PROCESSAMENTO DA EXECUCAO.
3- A AVALIACAO DA EXTINCAO DA EXECUCAO, PELO
ENTENDIMENTO DA DESCONSTITUICAO DO CONTRATO COMO
TITULO EXECUTIVO, E INDIVIDUAL E DEVE SER LEVANTADA
EM FASE DE EMBARGOS, APOS SEGURO O JUIZO, POSTO
CONDICAO DE ADMISSIBILIDADE DA ACAO INCIDENTAL.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 139062700 - CASCAVEL - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 04/10/99 - Ac.:
9726 - Public.: 15/10/99).

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AGRAVO, SOB REGULAR INSTRUMENTO, ATRAVES
INTERVENIENTE FIADOR EM CONTRATO DE FINANCIAMENTO
BANCARIO COM GARANTIAS, HIPOTECARIA E FIDEJUSSORIA.
OBJETADO INDEFERIMENTO "A QUO" PARA ATRIBUIDAS
IRREGULARIDADES NO FEITO EXECUTIVO REPORTADOS A
SEU PREJUIZO, NAO CONFIGURADAS. MATERIAS FERIDAS EM
PORCAO DO RECURSO, PROPRIAS A EMBARGOS NAO
EXAMINAVEIS. IRRESIGNACAO RESTANTE TITULANDO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, OPOSITIVA A
PROSSEGUIMENTO EXECUTIVO SOBRE AGRAVANTE, COM
INICIADA PESQUISA A BENS PENHORAVEIS, DESENVOLVENDO
CUMPRIA EXCUTIR (ARTS. 755 E 759, CCB) AO DERRADEIRO
INDICADO AO GRAVAME. FAVELIZACAO DESTE, RETIRANDO
EXPRESSAO ECONOMICA DO OBJETO-SEDE, PERECENDO AO
DIREITO, ARTS. 77,78 E 849, II, 1 PARTE DO C. C. B..
CONFORTO DOUTRINARIO. LEGITIMADA RESPONSABILIDADE
SEQUENCIAL DO FIADOR (ARTS. 568, IV DO C. P. C.; 1481, C. C.
B. E SUMULA 26 DO S. T. J.) PELO SALDO DISPENSA (ARTS.
614, II, DO CPC) A CALCULO JUDICIAL E HOMOLOGACAO.
RENUNCIA INSTRUMENTAL AO DIREITO DE EXCUSSAO, ARTS.
1491 E 1492, I, C. C. B. E ASSIM AO BENEFICIO DE ORDEM (ART.
595, C. P. C.). RECURSO CONHECIDO, E DESPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 135350600 - CURITIBA - JUIZ
ARNO KNOERR - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 29/09/99 - Ac.:
9757 - Public.: 15/10/99).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO- PLEITO DO AGRAVANTE COMO


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SOB O FUNDAMENTO DE
SER A EXECUCAO NULA POR NAO SER O TITULO EXECUTIVO
LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL (ART. 618, I DO CPC)- NAO
APRECIACAO PELO JUIZO DE PRIMEIRO GRAU AO
FUNDAMENTO DA NECESSIDADE DE PRIMEIRO ESTAR
SEGURO O JUIZO ADMISSIBILIDADE DA EXCECAO
INDEPENDENTE DE SEGURO O JUIZO- HIPOTESE QUE DIZ
RESPEITO AS CONDICOES DA ACAO RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.
OCORRENDO VIOLACAO DE QUAISQUER DOS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS, PARA QUE A EXECUCAO
TENHA REGULAR ANDAMENTO (O QUE AQUI PODERA TER
OCORRIDO), PODERA O EXECUTADO VALER-SE DA EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE, MESMO SEM ESTAR SEGURO O
JUIZO, TUDO ISSO PROCURANDO-SE EVITAR VIOLENCIA,
ARBITRARIEDADE, NA PENHORA DE BENS DE QUEM,
EVENTUALMENTE, NAO TINHA CONTRA SI TITULO LIQUIDO,
PASSIVEL DE EXECUCAO, SE A QUESTAO DISSER RESPEITO A
UMA DAS CONDICOES A ACAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 140257300 - CURITIBA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 20/09/99 - Ac.:
9246 - Public.: 08/10/99).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - ACAO DE EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
DECISAO QUE INDEFERE O PEDIDO DE SUSPENSAO DAS
PRACAS DESIGNADAS - AUSENCIA DE FUNDAMENTACAO -
NULIDADE RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 132881400 - CAMBE - JUIZ CONV.
RENATO NAVES BARCELLOS - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg:
31/08/99 - Ac.: 9367 - Public.: 24/09/99).

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EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - EMBARGOS A EXECUCAO


OPOSICAO SIMULTANEA - REPETICAO DA MATERIA - DECISAO
QUE CONSIDERA A VIA EXPECIONAL PREJUDICADA -
CORRECAO RECURSO IMPROVIDO.
AINDA QUE NAO SEGURO O JUIZO, O EXECUTADO PODE
ALEGAR A NULIDADE DA EXECUCAO. SE ASSIM NAO O FIZER,
PODERA FAZE-LO ATRAVES DE EMBARGOS, SENDO
INDEVIDO, TODAVIA, O USO DAS DUAS VIAS.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 139555700 - CURITIBA - JUIZ
CONV. WILDE PUGLIESE - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg:
01/09/99 - Ac.: 11465 - Public.: 17/09/99).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. ALEGACAO DE QUE O TITULO NAO SE
REVESTE DE LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE. AUSENCIA
DE PRONTA COMPROVACAO. INDEFERIMENTO. AGRAVO
IMPROVIDO.
SOMENTE E DE SER ADMITIDA A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE QUANDO O TITULO EXEQUENDO, NAO SE
REVESTE, DE PRONTO, DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 137275600 - CURITIBA - JUIZ
COSTA BARROS - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 18/08/99 - Ac.:
11524 - Public.: 03/09/99).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE QUESTIONAMENTO DO VALOR EXIGIDO -
AUSENCIA DE DEMONSTRACAO DE NULIDADE DA EXECUCAO -
IMPOSSIBILIDADE DE DILACAO PROBATORIA - MATERIA A SER
ARGUIDA EM EMBARGOS - ESCORREITA DECISAO QUE DEIXA
DE ACOLHER O PEDIDO DE EXTINCAO DA EXECUCAO -
AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO.
POR CERTO QUE NAO SE APRESENTA JUSTA A IMPOSICAO DA
CONSTITUICAO DE SEGURANCA DO JUIZO PARA QUE O
EXECUTADO OBSTE O PROCESSAMENTO DE ACAO
EXECUTIVA DESPIDA DE VALIDADE; POREM, O AMBITO DE
ATUACAO NA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE LIMITA-SE A
MATERIAS DE ORDEM PUBLICA, SENDO CABIVEL QUANDO
EXPRESSAMENTE CONFIGURADA UMA CAUSA DE NULIDADE
DA EXECUCAO.
DO RECONHECIMENTO DA EXIGENCIA DE VALORES A MAIOR
NO PROCESSO NAO DECORRE SUA NULIDADE, MAS TAO
SOMENTE A PROCEDENCIA PARCIAL DOS EMBARGOS A
EXECUCAO REDUZINDO-SE O VALOR EXEQUENDO,
PRETENSAO DE REDUCAO CUJA DEDUCAO E INVIAVEL NA
FORMA DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 135359900 - CURITIBA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 21/06/99 - Ac.:
8980 - Public.: 06/08/99).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
INCIDENTAL DEFENSIVA INDEFERIDA. ALEGACAO DE QUE A
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE IMPOE PROCESSA-MENTO
EM APENSO AOS AUTOS DE EXECUCAO, ASSIM COMO A
DECISAO INTERLOCUTORIA FOI IMOTIVADA. INSUBSISTENCIA
ARGUMENTA-TIVA. RECURSO DESPROVIDO.
AINDA QUE ADMITIDA PELA JURISPRUDENCIA, ORIUNDA DE
INTERPRETACAO DOUTRINARIA, A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE INEXIGE SER PROCESSADA EM AUTOS
SEPARADOS.
CONSIDERANDO QUE A R. DECISAO HOSTILIZADA COTEJOU
AS ASSERTIVAS DAS PARTES ENVOLVIDAS NA LIDE,
INCLUSIVE NO QUE CONCERNE AOS ARESTOS TRAZIDOS A
COLACAO, NAO HA COMO ENFERMIZA-LA POR CARENCIA DE
FUNDAMENTACAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 136180800 - CURITIBA - JUIZ
EDUARDO FAGUNDES - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 21/06/99
- Ac.: 9317 - Public.: 06/08/99).

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AGRAVO DE INSTRUMENTO- EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE DESACOLHIDA- DECISAO DE PRIMEIRO GRAU
CORRETA- AUSENCIA DE INTERESSE PROCESSUAL EM
RECORRER NAO CONFIGURADO EXECUCAO LASTREADA EM
INSTRUMENTO DE CONFISSAO DE DIVIDA DEVIDAMENTE
FORMALIZADO. NULIDADE DO TITULO NAO CONFIGURADA-
EXCESSO DE EXECUCAO- MATERIA QUE DEVE SER ARGUIDA
EM EMBARGOS DO DEVEDOR- ACAO DE PRESTACAO DE
CONTAS JULGADA EXTINTA SEM ANALISE DO MERITO
IMPOSSIBILIDADE DE SUSPENSAO DO PROCESSO ATE
JULGAMENTO DEFINITIVO DESTA - LITIGANCIA DE MA FE NAO
CONFIGURADA- RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE SOMENTE E DE SER
ACOLHIDA SE SE VERIFICAR DESDE LOGO NULIDADE QUE
DEVERA SER DECLARADA ATE MESMO DE OFICIO,
PORQUANTO NAO SE JUSTIFICARIA SUBMETER O
EXECUTADO A MAIORES ONUS QUANDO LOGO DE INICIO
FOSSE VISTO QUE A EXECUCAO NAO TERIA COMO
PROSPERAR, ANTE A EXISTENCIA DE IRREGULARIDADE
INSANAVEL.
NAO SE PODE ACOLHER A PRELIMINAR DE AUSENCIA DE
INTERESSE PROCESSUAL DE AGIR, EIS QUE O MM. JUIZ "A
QUO" DECIDIU CONFORME O QUE LHE FOI PROPOSTO NOS
AUTOS, SENDO CERTO O INTERESSE DO AGRAVANTE, QUE
TEVE SEUS PEDIDOS NAO ACOLHIDOS, DE QUE A DECISAO
FOSSE REVISTA EM GRAU DE RECURSO.
NAO HA COMO SE ACOLHER A ALEGADA INEXIGIBILIDADE DA
CITADA CONFISSAO DE DIVIDA, ORIUNDA DE CONTRATO
ANTERIOR, POIS A PRETENDIDA VOLTA AO PASSADO NAO
PODE SER FEITA NA FASE PROCESSUAL EM QUESTAO, UMA
VEZ QUE AO EFETUAR A NOVACAO DE DIVIDAS ANTERIORES,
NOS TERMOS DO ART. 999, INCISO I DO CODIGO CIVIL,
EXTINGUIRAM-SE ESTAS ULTIMAS, SENDO QUE, SE EXISTE
ALGUM FATO QUE POSSA MACULAR A LEGITIMIDADE DO ATO
JURIDICO QUE AS SUCEDEU, TAL SO E POSSIVEL NOS
EMBARGOS, VISTO QUE A DIVIDA CONFESSADA EM
INSTRUMENTO DE CONFISSAO FORMALMENTE PERFEITO,
NADA HAVENDO CAPAZ DE POR EM DUVIDA SEU CONTEUDO,
NAO SE PODE NEGAR VALIDADE DO QUE NELE FOI
PACTUADO, PODENDO SER OBJETO DE EXECUCAO.
NAO SE PODENDO PERMITIR DISCUSSAO, A NAO SER EM
SEDE DE EMBARGOS, A RESPEITO DO DEBITO EM SI, QUANTO
MAIS SEU VALOR, CORRETO FOI O DESPACHO ATACADO
QUANDO DESACOLHEU A EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE
QUANTO AO ALEGADO EXCESSO DE EXECUCAO.
NAO HA DE SE ACOLHER A SUSPENSAO DA EXECUCAO ATE
JULGAMENTO FINAL DA ACAO DE PRESTACAO DE CONTAS,
POIS A SENTENCA EXARADA NAQUELE FEITO ENTENDEU
FALTAR INTERESSE DE AGIR, EXTINGUINDO-O SEM ANALISE
DO MERITO E ASSIM SENDO, O FUNDAMENTO ADUZIDO PARA
SEU DEFERIMENTO DEIXA DE SER INSURGIMENTO CONTRA A
AUSENCIA DE CONDICOES DA ACAO ATRAVES DE ARGUICAO
DE NULIDADE DE EXECUCAO E NOS PROPRIOS AUTOS DESTA.
NAO HA COMO SE ACOLHER A LITIGANCIA DE MA-FE VISTO
QUE ESTA NAO PODE SE CARACTERIZAR APENAS PELA
UTILIZACAO DE RECURSO PREVISTO EM LEI, NAO SE
MOSTRANDO ESTE PROTELATORIO, NAO SE ENCONTRANDO
A MATERIA PRECLUSA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 134680500 - CURITIBA - JUIZ
ANNY MARY KUSS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/06/99 - Ac.:
8925 - Public.: 06/08/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

[AGRAVO DE INSTRUMENTO] - [EXECUCAO FISCAL] - [TITULO


EXECUTIVO] - [LIQUIDEZ] - [CARACTERIZACAO] - [EXECUCAO] -
[EXCESSO] - [MATERIA] - [APRECIACAO] - [IMPOSSIBILIDADE] -
[VIA INADEQUADA] - [CONFIGURACAO] PROCESSUAL CIVIL -
EXECUCAO FISCAL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
REJEICAO LIMINAR - ALEGACOES DE ILIQUIDEZ E EXCESSO
DE EXECUCAO - CERTIDAO DE DIVIDA ATIVA QUE ATENDE AS
EXIGENCIAS DO ARTIGO 20., 50. E 60., DA LEI N. 6.830/80 -
ILIQUIDEZ INOCORRENTE EVENTUAL EXCESSO SEM
EXPRESSAO PARA NULIFICAR O TITULO, E COMO TAL
DEPENDENTE DE QUESTIONAMENTO EM SEDE DE EMBARGOS
- RECURSO DESPROVIDO.
A CHAMADA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E DEFESA
RESULTANTE DE CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL, RESTRITA
AS HIPOTESES DE NULIDADE MANIFESTA, EM QUE SE
JUSTIFICA OBVIAR-SE A DEFESA INDEPENDENTEMENTE DA
OPOSICAO DE EMBARGOS, QUE PRESSUPOEM PREVIA
SEGURANCA DO JUIZO ATRAVES DE PENHORA APARELHADA.
A SINGELA ALEGACAO DE ILIQUIDEZ, RESULTANTE DA
INSERCAO, NA CERTIDAO DE DIVIDA ATIVA, DE PARCELA
RELATIVA A MULTA, DO QUE DECORRERIA EVENTUAL
EXCESSO, NAO DA ENSEJO AO ACOLHIMENTO DA REFERIDA
EXCECAO.
EM NENHUMA DAS HIPOTESES DO ART. 618 DO CPC
ENCONTRA-SE A DE NULIDADE POR EXCESSO DE EXECUCAO,
QUE DEVE SER APURADA EM EMBARGOS, REDUZINDO-SE, SE
FOR O CASO, O CREDITO AO VALOR CORRETO (STJ).
LEGISLACAO: L 6830/80 - ART 2, PAR 5.
L 6830/80 - ART 2, PAR 6.
CPC - ART 618.
DOUTRINA: NEGRAO, THEOTONIO - CPC E LEGISLACAO
PROCESSUAL EM VIGOR, 28 ED.
JURISPRUDENCIA: STJ - RESP 4922-MS, 4 T, REL MIN ATHOS
CARNEIRO, DJU 05/08/91, P 10004.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 130133500 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 12/04/99 - Ac.:
8694 - Public.: 23/04/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO E NOTA
PROMISSORIA EM GARANTIA - DUPLICIDADE DE TITULOS
POSSIBILIDADE - SUMULA N 27, DO S. T. J. - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE SUSCITADA DE OFICIO - EXCESSO DE
EXECUCAO - MATERIA DE MERITO - DISCUSSAO EM SEDE DE
EMBARGOS DO DEVEDOR - DESPACHO REVOGADO.
RECURSO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 130322200 - CURITIBA - JUIZ
IDEVAN LOPES - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 10/03/99 - Ac.:
10833 - Public.: 26/03/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

[AGRAVO DE INSTRUMENTO] - [EXECUCAO] - [TITULO


EXTRAJUDICIAL] - [CONTRATO(S)] - [NOTA PROMISSORIA] -
[JUROS] - [FIXACAO] - [LIMITE LEGAL] - [AUTO-APLICABILIDADE]
- [IMPOSSIBILIDADE] - [EXCESSO DE EXECUCAO] -
[DISCUSSAO] - [INADMISSIBILIDADE] - [EMBARGOS DO
DEVEDOR] - [CABIMENTO] EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL - CONTRATO E NOTA PROMISSORIA EM
GARANTIA - DUPLICIDADE DE TITULOS POSSIBILIDADE -
SUMULA N 27, DO S. T. J. - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
SUSCITADA DE OFICIO - EXCESSO DE EXECUCAO - MATERIA
DE MERITO - DISCUSSAO EM SEDE DE EMBARGOS DO
DEVEDOR - DESPACHO REVOGADO.
RECURSO PROVIDO.
LEGISLACAO: CF/89 - ART 192, PAR 3.
SUMULAS: SUM 27, DO STJ.
JURISPRUDENCIA: RT 720/258.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 130322200 - CURITIBA - JUIZ
IDEVAN LOPES - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 10/03/99 - Ac.:
10833 - Public.: 26/03/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
1) CITACAO NA PESSOA DE EMPREGADO. DESNECESSIDADE
DE SER RECEBIDA POR FUNCIONARIO COM PODERES GERAIS
DE ADMINISTRACAO. VALIDADE DO ATO REAL IZADO NO
LOCAL ONDE A PESSOA JURIDICA POSSUI SUCURSAL E ONDE
FORAM PRA TICADOS OS ATOS. A CITACAO DE PESSOA
JURIDICA PERFAZ OS REQUISITOS LEGAIS SE FEITA EM
AGENCIA OU SUCURSAL MESMO SE RECEBIDA POR SEU EMP
REGADO, PRESCINDINDO QUE ESTE TENHA PODERES DE
GERENCIA OU ADMINISTRAC AO. "SEM EMBARGO DO ACESO
DEBATE NO TEMA, TAL ENTENDIMENTO SE HARMONI ZA COM
OS ESCOPOS DA PROCESSUALISTICA CONTEMPORANEA, EM
SUA BUSCA DE A PRIMORAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA
PRESTACAO JURISDICIONAL" (ACORDAO UN ANIME DO STJ 4
TURMA, RESP 54.757 SP - RELATOR MIN. SALVIO DE FIGUEIRE
DO TEIXEIRA, JULGADO EM 13.5.97). A PESSOA JURIDICA
PODERA SER CITADA NO FORO ONDE POSSUI AGENCIA OU
SUCURSAL, ESPECIALMENTE SE ALI FORAM P RATICADOS OS
ATOS QUE DERAM ORIGEM AO PROCESSO. 2)EXCECAO DE
PRE-EXEC UTIVIDADE DE TITULO. MEDIDA EXCEPCIONAL A
SER PROMOVIDA ANTES DA PENHO RA. A EXCECAO DE
PREEXECUTIVIDADE, DE CRIACAO PRETORIANA, E MEDIDA QU
E SO PODE SER ACEITA EM CARATER EXCEPCIONAL QUANDO
FOR FLAGRANTE A FAL TA DE CONDICOES DE
EXECUTIVIDADE DO TITULO E QUANDO FOR VIAVEL. NAO P
ODE SER APOS A PENHORA, POIS NESSE CASO A DEFESA DO
EXECUTADO DEVE SER FEITA EXCLUSIVAMENTE POR VIA DE
EMBARGOS A EXECUCAO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 126169600 - LONDRINA - JUIZ
CONV. MARCOS DE LUCAS FANCHIN - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 01/12/98 - Ac.: 10470 - Public.: 05/02/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. QUESTO ES SUSCITADAS EM ANTERIORES
EMBARGOS A EXECUCAO JA JULGADOS. PRECLUSAO
RECONHECIDA. DECISAO MANTIDA.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 128000000 - CURITIBA - JUIZ
CONV. KUSTER PUPPI - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg:
09/12/98 - Ac.: 10729 - Public.: 05/02/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE REJEITADA - PRESS UPOSTOS DO TITULO
EXEQUENDO AFERIVEIS DE PLANO - DEMAIS QUESTOES A
SER EM SUSCITADAS, DISCUTIDAS E DECIDIDAS EM SEDE
PROPRIA. RECURSO IMPROVI DO. QUESTOES PERTINENTES
AO MERITO, TAIS COMO INEXIGIBILIDADE DO TIT ULO E
EVENTUAL EXCESSO DE EXECUCAO, DEVEM SER
FORMULADAS EM SEDE PROPR IA, QUAL SEJA, EMBARGOS
DO DEVEDOR.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 126962700 - CURITIBA - JUIZ
CONV. WILDE PUGLIESE - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg:
18/11/98 - Ac.: 10666 - Public.: 11/12/98).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISAO EM EXCECAO DE "PRE-
EXECUTIVIDADE" AJUIZADA APOS REJEICAO LIMINAR DE
EMBARGOS A EXECUCAO - ALEGACAO DE INEXIGIBILIDADE,
ILIQUIDEZ E INCERTEZA DO TITULO E DE
IMPENHORABILIDADE SOB DUPLOS FUNDAMENTOS, BENS
OBJETO DE HIPOTECA E DE FAMILIA, LEI 8.009/90 - RECURSO
NAO CONHECIDO QUANDO AOS PRIMEIROS TEMAS PORQUE
OPERADA PRECLUSAO INCLUSIVE PELA INDOLE DA EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE - CONHECIDO QUANTO AO TEMA DE
SE SUSTENTAR TRATAREM-SE DE BENS DE FAMILIA QUE E LEI
DE ORDEM PUBLICA - MAS IMPROVIDO.

LEGISLACAO: L 8009/90.

DOUTRINA: BOJUNGA, LUIZ EDMUNDO APPEL - A EXCECAO DE


PRE EXECUTIVIDADE, REVISTA DE PROCESSO, P 62.
LACERDO, GALENO - REVISTA AJURIS/RS, VOL 23, P 7.
GRINOVER, ADA PELLEGRINI - NOVAS TENDENCIAS DO
DIREITO PROCESSUAL, ED FORENSE UNIVERSITARIA, SP.

JURISPRUDENCIA: STJ - RESP 32284-RS, 2 T, REL MIN ARI


PARGENDLER. STJ - RESP 23420, REL MIN MILTON LUIZ
PEREIRA. TAPR - 2 CC, AC 8822, REL JUIZ MORAES LEITE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 125226200 - LONDRINA - JUIZ
CUNHA RIBAS - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 27/10/98 - Ac.:
10275 - Public.: 13/11/98).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
EXECUCAO DA OBRIGACAO DE FAZER. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE. MATERIA DE ORDEM
PUBLICA. 1. E POSSIVEL A ARGUICAO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE NO PROCESSO EXECUTORIO, NOS CASOS DE
NULIDADE DA EXECUCAO QUE, POR SE TRATAR DE MATERIA
DE ORDEM PUBLICA CUMPRE AO JUIZ DE OFICIO E A
QUALQUER TEMPO E GRAU DE JURISDICAO RECONHECER,
POREM, A NULIDADE DEVE EMERGIR CRISTALINA NA
EXECUCAO. 2. CONTA-SE O PRAZO DE DEZ DIAS PARA O
OFERECIMENTO DOS EMBARGOS NA EXECUCAO DE
OBRIGACAO DE FAZER OU DE NAO FAZER A PARTIR DA
JUNTADA AOS AUTOS DO MANDADO DE CITACAO.
ENCERRANDO O PRAZO EM DATA QUE O EXPEDIENTE
FORENSE FOI SUSPENSO EM TODAS AS REPARTICOES
JUDICIARIAS DO ESTADO, VIA DECRETO JUDICIARIO,
CONSIDERA-SE PRORROGADO O PRAZO ATE O PRIMEIRO DIA
UTIL, POR IMPOSICAO LEGAL, DEVENDO, POIS, SER
RECEBIDO OS EMBARGOS A EXECUCAO. 3. RECURSO
PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 119531100 - RESERVA - JUIZ
TUFI MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 02/09/98 -
Ac.: 8074 - Public.: 18/09/98).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
EXECUCAO PARA ENTREGA DE COISA INCERTA - "EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE" - INACOLHIMENTO DO PEDIDO DE
NULIDADE ANTE A NECESSIDADE DE DILACAO PROBATORIA
DESPROVIMENTO. IMPOSSIVEL DECRETAR-SE DESDE LOGO A
NULIDADE DA EXECUCAO, POR ALEGADO INADIMPLEMENTO
PELO CREDOR/EXEQUENTE, OU POR AUSENCIA DE
DOCUMENTOS INDISPENSAVEIS A SUA PROPOSITURA,
QUANDO A QUESTAO POSTA (POSSIBILIDADE DE NOVO
CRONOGRAMA DE PAGAMENTO EM VISTA DE EVENTUAL
FRUSTRACAO DE SAFRA) SUGERE DILACAO PROBATORIA,
OPORTUNAMENTE.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 111349100 - MARINGA - JUIZ
CONV. ANTONIO RENATO STRAPASSON - PRIMEIRA CAMARA
CIVEL - Julg: 21/10/97 - Ac.: 8703 - Public.: 07/11/97).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTRATO DE ABERTURA DE
CONTA CORRENTE FORMALIZADO. TITULO FORMA. EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE DE TITULO EXECUTIVO. COGNICAO
SUMARIA. IMPOSSIBILIDADE. DISCUSSAO DA "CAUSA
DEBENDI" EM DE SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
IMPROVIMENTO. O CONTRATO DE ABERTURA DE CONTA
CORRENTE, DEVIDAMENTE FORMALIZADO, CONSTITUI TITULO
EXECUTIVO NA FORMA PREVISTA NO ART. 585, II DO CPC. A
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE DE TITULO, EM QUE SE
BUSCA A DESNATURACAO DE CAMBIAL, SOMENTE PODERA
SER IMPUGNADA EM SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR
MEDIANTE AMPLA PRODUCAO DE PROVAS.

LEGISLACAO: CPC - ART 585, II. SUMULAS: SUM 11, DO 1


TACIVSP.
JURISPRUDENCIA: RT 624/199. RT 570/103. JTA 83/1. STJ - RESP
3264-PR, 3 T, REL MIN NILSON NAVES, DJU 18/02/91, P 1034.
RTJMG 23/190.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 0099559100 - PONTA GROSSA -
JUIZ CONV. CLAYTON REIS - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg:
14/04/97 - Ac.: 5932 - Public.: 09/05/97).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - PEDIDO DO
AGRAVADO DE EXTRACAO DE PECAS - INDEFERIMENTO -
ONUS PROPRIO, COMO O IMPOSTO AO AGRAVANTE -
INTELIGENCIA DOS ARTIGOS 525 E 526, III, AMBOS DO CPC. "O
ONUS RELATIVO A JUNTADA DAS PECAS QUE A LEI
CONSIDERA ESSENCIAIS CABE EXCLUSIVAMENTE AO
AGRAVANTE. ONUS CORRESPONDENTE CABE AO
AGRAVADO." (CPC, ART. 525, C/C O ART. 526, III). SUPOSTOS
AVAIS - ALEGADA ILEGITIMIDADE PASSIVA MATERIA LIGADA
INTIMAMENTE COM O MERITO. OS PONTOS INSINUADOS
PELOS AGRAVANTES, NOS TERMOS EM QUE FORAM POSTOS,
SE ENCONTRAM INTIMAMENTE LIGADOS AO MERITO DA
CAUSA. ACRESCA-SE O FATO DOS AGRAVANTES AJUIZAREM
TAMBEM ACAO ORDINARIA DE NULIDADE DE ATO JURIDICO,
CUMULADA COM DECLARATORIA DE INEXISTENCIA E
INEXIGIBILIDADE DE TITULO DE CREDITO. DIZ A LEI, QUE O
DEVEDOR PODERA OPOR-SE A EXECUCAO ATRAVES DE
EMBARGOS ART. 736 DO CPC -, FACULTANDO-O NA
OPORTUNIDADE ALEGAR, AFORA AS MATERIAS CONSTANTES
DO ARTIGO 741, QUALQUER OUTRA QUE SERIA LICITO EXPOR
COMO DEFESA NO PROCESSO DE CONHECIMENTO. NAO SE
TRATA DE MATERIA ALEGADA EM EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, CAPAZ DE ENSEJAR O SEU RECEBIMENTO
COMO EMBARGOS DO DEVEDOR, SUSPENDENDO-SE A
EXECUCAO PARA SER EXAMINADA, POR ALGUNS ADMITIDO,
COMO POR EXEMPLO NOS CASOS DE PRESCRICAO E DE
ANISTIA. CUIDA-SE, POIS, EM ULTIMA ANALISE, DAS
CONDICOES DA EXECUCAO, QUESTOES QUE SO PODEM SER
FORMULADAS VIA EMBARGOS DO DEVEDOR. DESDE
GARANTIDO O JUIZO, QUANDO ENTAO SERAO APRECIADAS E
DECIDIDAS PELO JULGADOR MONOCRATICO. RETIRADA DE
CARTORIO DOS AUTOS DE EXECUCAO POR MANOBRA DO
EXEQUENTE PARA IMPEDIR OPOSICAO DE EMBARGOS - NAO
COMPROVADA. NENHUMA PROVA FOI ADUZIDA NO SENTIDO
DE COMPROVAR A ALEGATIVA DE QUE O CREDOR-
EXEQUENTE TERIA RETIRADO DE PROPOSITO OS AUTOS DE
EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL, PARA IMPOSSIBILITAR
QUE OS DEVEDORES-EXECUTADOS PUDESSEM OPOREM
EMBARGOS, O QUE, DIGA-SE "EN PASSANT", NAO OS
IMPEDIRIAM DE FAZE-LO, QUEM SABE ATE, DENUNCIANDO O
FATO AO JUIZ, PARA QUE COBRADO O PROCESSO, O PRAZO
LEGAL PARA RESPOSTA LHE FOSSE REABERTO. RECUSA DOS
BENS OFERTADOS A PENHORA - RECURSO E OPORTUNIDADE
PROPRIAS, NAO INTERPOSTO. A INSATISFACAO QUANTO A
QUESTOES LIGADAS A RECUSA DA OFERTA DE BENS A
PENHORA, SAO PASSIVEIS DE RECURSO E OPORTUNIDADES
PROPRIAS. NAO O FAZENDO, TORNOU-SE MATERIA
PRECLUSA. RECURSO DESPROVIDO.

LEGISLACAO: CPC - ART 745. CPC - ART 525. CPC - ART 526, III.
CPC - ART 736. CPC - ART 741. CPC - ART 618, I.

DOUTRINA: WAMBEIR, TERESA ARRUDA ALVIM - O NOVO


REGIME DO AGRAVO. THEODORO JUNIOR, HUMBERTO -
CODIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADO.
JURISPRUDENCIA: 1 TARJ - AP CIV 669-84, 7 CC, REL JUIZ
CARPENA AMORIM. 1 TACVSP - AP CIV 423290, 2 CC, REL JUIZ
SENA REBOUCAS, DJ 27/06/90.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 0088638000 - UMUARAMA - JUIZ
CONV. TUFI MARON FILHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
18/03/97 - Ac.: 8138 - Public.: 11/04/97).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO REGIMENTAL. "EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE".


DECISAO QUE, SIMPLESMENTE, ANULA O PROCESSO COM
BASE EM MATERIA DIVERSA DA ABORDADA. VERBA
HONORARIA INDEVIDA.
DESPROVIMENTO.
NAO TENDO A EXCIPIENTE ABORDADO A MATERIA QUE
SERVIU DE BASE PARA A DECISAO, INCABIVEL A
CONDENACAO DA EXCEPTA NA VERBA HONORARIA, MESMO
PORQUE, NAO SE JULGOU A PROCEDENCIA DO DITO
INCIDENTE.
(AGRAVO REGIMENTAL - 79121105 - CURITIBA - JUIZ COSTA
BARROS - QUARTO GRUPO DE CAMARAS CIVEIS - Julg:
28/11/00 - Ac.: 936 - Public.: 02/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INOMINADO. DECISAO DO


RELATOR.
RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDEFERIMENTO.
RECURSO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. MANUTENCAO
DA DECISAO. FUNDAMENTACAO DO PEDIDO RECURSAL
INSUFICIENTE.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
RECURSO DESPROVIDO (AGRAVO REGIMENTAL - 164554901 -
CURITIBA - JUIZ CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA
CAMARA CIVEL - Julg: 22/11/00 - Ac.: 13435 - Public.: 01/12/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INOMINADO. DECISAO DO


RELATOR.
RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDEFERIMENTO.
RECURSO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. MANUTENCAO
DA DECISAO. FUNDAMENTACAO DO PEDIDO RECURSAL
INSUFICIENTE.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
RECURSO DESPROVIDO (AGRAVO REGIMENTAL - 164554901 -
CURITIBA - JUIZ CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA
CAMARA CIVEL - Julg: 22/11/00 - Ac.: 13435 - Public.: 01/12/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL. - EXCECAO A PRE-EXECUTIVIDADE.


CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE.
FALTA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE DO TITULO.
NAO CONFIGURACAO DO TITULO EXECUTIVO. - EXTINCAO DA
EXECUCAO. - DECISAO ACERTADA. - SENTENCA MANTIDA.
RECURSO DESPROVIDO.
I. O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE, A DESCOBERTO OU COM GARANTIA CAMBIAL,
CUJA RELEVANCIA, SEM EMBARGO DE SEU CARATER
GENERICO, NAO RESPEITA, AO MENOS DIRETAMENTE, AO
CONSUMO, TEM SUA AUTONOMIA ATRIBUIDA PELA
EXECUTIVIDADE DO TITULO, ENSEJANDO DE FORMA
PECULIAR, OBSTACULO AO DEVEDOR NO SENTIDO DE
PROVIDENCIAR SUA DEFESA QUANTO AO VALOR A ELE
ATRIBUIDO.
II. NAS ACOES DO PROCESSO DE CONHECIMENTO, EM
SENTIDO ESTRITO, CARACTERIZAM-SE PELA ADSTRICAO DA
ATIVIDADE JUDICIAL E NAO MAIS AO LIMITE DO PEDIDO DO
CREDOR.
III. NAS ACOES EXECUTIVAS, HAJA VISTA SUA ESTRUTURA E
NATUREZA, NAO SE ACOMODAM AO CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE, PELA
PERSPECTIVA DO DIREITO SUBSTANTIVO POSTO EM CAUSA,
AO ENSEJAR UMA ESPECIE DE ATIVIDADE MUITO DIVERSA,
DO SENTIDO DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITORIO NAO
OFERECIDOS NOS EMBARGOS DECORRENTES DO PROCESSO
DE EXECUCAO.
(APELACAO CIVEL - 180206800 - ASSIS CHATEAUBRIAND - JUIZ
LIDIO J. R. DE MACEDO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
30/10/01 - Ac.: 14928 - Public.: 23/11/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL. - EXECUCAO. - CONTRATO DE ABERTURA


DE CREDITO EM CONTA CORRENTE. - EXCECAO A PRE-
EXECUTIVIDADE. - EXTINCAO DA EXECUCAO. - DECISAO
ACERTADA. - VERBA HONORARIA DEVIDA. - SENTENCA
REFORMADA EM PARTE PARA FIXACAO DA VERBA
HONORARIA.
RECURSO PROVIDO.
I. EM VERDADE, AO SER EXTINTA A EXECUCAO, NAO FOI
FIXADA VERBA HONORARIA, E DIANTE DO COTEJO DAS
DEMAIS ALINEAS DO PARAGRAFO TERCEIRO, DO ARTIGO 20,
DO CPC, QUAIS SEJAM, O GRAU DE ZELO DO PROFISSIONAL E
A NATUREZA E IMPORTANCIA DA CAUSA, O TRABALHO
REALIZADO PELO ADVOGADO E O TEMPO EXIGIDO PARA O
SEU SERVICO, IMPOE-SE A FIXACAO DA VERBA HONORARIA
EM VISTA O ACOLHIMENTO DO PEDIDO.
(APELACAO CIVEL - 178503100 - COLORADO - JUIZ LIDIO J. R.
DE MACEDO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 16/10/01 - Ac.:
14853 - Public.: 09/11/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS DE TERCEIRO - REJEICAO - APELACAO -


ARGUICAO DE NULIDADE DA SENTENCA E DO FEITO POR
AUSENCIA DE CONDICOES ESSENCIAIS, IMPOSSIBILIDADE
JURIDICA DO PEDIDO E CERCEAMENTO DE DEFESA - NO
MERITO, NULIDADE DA FIANCA, CARACTERIZACAO DE BEM DE
FAMILIA E PROTECAO DA MEACAO - CONDICOES DE ACAO
QUE DEVEM SER EXAMINADAS NA VIA ADEQUADA, OU SEJA,
EM EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, EMBARGOS DO
DEVEDOR OU ATE MESMO EM PETICAO NOS AUTOS DE
EXECUCAO, E NAO EM EMBARGOS DE TERCEIRO
DESCARACTERIZACAO DO CERCEAMENTO DE DEFESA, ANTE
A DESISTENCIA TACITA ACERCA DA PRODUCAO DAS PROVAS
INICIALMENTE PLEITEADAS - ATO ESPECIFICO DE GARANTIA
QUE NAO E AMPARADO PELA LEI N 8.009/90, EM FACE DO INC.
VII, DO SEU ART. 3 - FIANCA NAO TIDA COMO NULA EM
VIRTUDE DA MALICIA UTILIZADA PELA FIADORA QUE SE
INTITULOU COMO SENDO "SOLTEIRA" - RECURSO A QUE SE
NEGA PROVIMENTO.
A FIANCA PRESTADA POR CONJUGE QUE OMITE A SUA
CONDICAO DE CASADO, NAO PODE SER TIDA COMO NULA,
POSTO QUE, EM VIRTUDE DA MALICIA DE QUE SE UTILIZARA,
NAO PODE VIR A SER BENEFICIADO PELA SUA PROPRIA
TORPEZA.
(APELACAO CIVEL - 163371600 - CURITIBA - JUIZ CARVILIO DA
SILVEIRA FILHO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 15/10/01 - Ac.:
12502 - Public.: 26/10/01).
Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


HONORARIOS ADVOCATI-CIOS - INCIDENCIA DA LEI 8.906/94,
ARTIGO 22 - DIREITO PERSONALISSIMO - NAO
COMPENSACAO.
1. PERANTE O NOVEL ESTATUTO DA ADVOCACIA, A
PRESTACAO DE SERVICO PROFISSIONAL ASSEGURA A
PERCEPCAO DA VERBA HONORARIA.
2. PORQUANTO OS HONORARIOS CONSISTEM EM DIREITO
AUTONOMO DO ADVOGADO NAO SE COMPENSANDO COM
EVENTUAL DEBITO DO SEU PATROCINADO.
3. "O ESCOPO MAIOR DA LEI E ASSEGURAR AOS ADVOGADOS
A PERCEPCAO DOS HONORARIOS, GARANTIR QUE ESTES AO
ADVOGADO PERTENCEM." RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
(APELACAO CIVEL - 176900200 - PONTA GROSSA - ROSANA
FACHIN - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 19/09/01 - Ac.: 14762 -
Public.: 26/10/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - ACATAMENTO DE


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - EXTINCAO DA EXECUCAO
ONUS SUCUMBENCIAIS QUE DEVEM SER IMPOSTOS AO
EXEQUENTE - CARACTERIZACAO DO MESMO COMO VENCIDO
- ART. 20 DO CPC - RECURSO PROVIDO.
(APELACAO CIVEL - 178187700 - MARINGA - JUIZ FERNANDO
VIDAL DE OLIVEIRA - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 03/10/01 -
Ac.: 14716 - Public.: 19/10/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


APELACAO CIVEL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ALEGACAO DE NULIDADE DA EXECUCAO ANTE A AUSENCIA
DA LIQUIDEZ E CERTEZA DO TITULO - PRETENSAO DE
EXTINCAO DA EXECUCAO - IMPOSSIBILIDADE - CREDOR
APELANTE QUE ALEGA ESTAR PERFEITAMENTE
CARACTERIZADO O TITULO EXECUTIVO CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE COM LIMITE
FIXO QUE NAO SE CONFUNDE COM O ROTATIVO - VALOR
INTEGRAL LIBERADO - PRAZO DETERMINADO - LIQUIDEZ,
CERTEZA E EXIGIBILIDADE CONFIGURADAS - REFORMA DA
DECISAO MONOCRATICA -- APELO PROVIDO.
O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE COM LIMITE FIXO NAO SE CONFUNDE COM O
ROTATIVO, POSTO QUE NO PRIMEIRO O SEU PRODUTO E
LIBERADO DE UMA UNICA VEZ PARA DISPOSICAO EM PRAZO
DETERMINADO E COM VENCIMENTO ESTIPULADO,
AFIGURANDO-SE ENTAO COMO TITULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL, E NO ROTATIVO INEXISTE QUANTIA CERTA A
PAGAR UTILIZANDO O USUARIO DO NUMERARIO
PARCELADAMENTE DE ACORDO COM SUAS NECESSIDADES,
NAO RETRATANDO O TITULO A NECESSARIA LIQUIDEZ E
CERTEZA, NEM PODENDO, ASSIM, SER EXIGIDO NA VIA
EXECUTIVA.
(APELACAO CIVEL - 169583000 - ASSIS CHATEAUBRIAND -
RONALD JUAREZ MORO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
03/10/01 - Ac.: 12599 - Public.: 19/10/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS A EXECUCAO - CONTRATO DE ABERTURA DE


LIMITE CREDITO EM CONTA CORRENTE - AUSENCIA DE
TITULO EXECUTIVO - NULIDADE ABSOLUTA - EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE ADMISSIVEL - ACOLHIMENTO - VERBA
HONORARIA ADEQUADA - APELACAO E RECURSO ADESIVO
DESPROVIDOS.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E ADMITIDA PARA
POSTULAR A NULIDADE DA EXECUCAO,
INDEPENDENTEMENTE DOS EMBARGOS DO DEVEDOR, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO SEM QUE HAJA OFENSA A
QUALQUER REGRA DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
A AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO CONSTITUI NULIDADE
ABSOLUTA PASSIVEL DE SER RECONHECIDA E DECLARADA A
TODO TEMPO E EM QUALQUER GRAU DE JURISDICAO,
INCLUSIVE DE OFICIO, POR SER QUESTAO DE ORDEM
PUBLICA RELATIVA A CONDICAO DA ACAO E PRESSUPOSTO
PROCESSUAL DA EXECUCAO.
REVELA-SE ADEQUADA PARA REMUNERAR O TRABALHO DO
ADVOGADO, A VERBA HONORARIA FIXADA COM BASE NO
ARTIGO 20, PARAGRAFO 4, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL,
RAZAO DO ACOLHIMENTO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(APELACAO CIVEL - 176910800 - PARANAVAI - JUIZ ROGERIO
COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 25/09/01 - Ac.: 14664
- Public.: 05/10/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXTINCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


HONORARIOS DEVIDOS - VALOR ADEQUADO - APELACOES
DESPROVIDAS.
EXTINGUINDO-SE A EXECUCAO POR INICIATIVA DOS
DEVEDORES, AINDA QUE EM DECORRENCIA DE EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, DEVIDA E A VERBA HONORARIA.
EXTINTA A EXECUCAO POR AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO,
E DESNECESSARIO O EXAME DE QUESTOES OUTRAS POSTAS
PELOS EXECUTADOS. ADEMAIS, A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE SE DESTINA A DIRIMIR APENAS MATERIA
SUSCETIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO E NAO PARA
SOLUCIONAR QUESTOES OUTRAS QUE, NAO DIZENDO
RESPEITO A ASPECTOS FORMAIS DO TITULO EXECUTADO,
DEPENDEM DO EXAME PROBATORIO.
REVELA-SE ADEQUADA PARA REMUNERAR O TRABALHO DO
ADVOGADO, A VERBA HONORARIA FIXADA COM BASE NO
ARTIGO 20, PARAGRAFO 4, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL,
RAZAO DO ACOLHIMENTO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(APELACAO CIVEL - 177032300 - PATO BRANCO - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 18/09/01 -
Ac.: 14648 - Public.: 28/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXTINCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


HONORARIOS DEVIDOS - VALOR ADEQUADO - APELACOES
DESPROVIDAS.
EXTINGUINDO-SE A EXECUCAO POR INICIATIVA DOS
DEVEDORES, AINDA QUE EM DECORRENCIA DE EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, DEVIDA E A VERBA HONORARIA.
EXTINTA A EXECUCAO POR AUSENCIA DE TITULO EXECUTIVO,
E DESNECESSARIO O EXAME DE QUESTOES OUTRAS POSTAS
PELOS EXECUTADOS. ADEMAIS, A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE SE DESTINA A DIRIMIR APENAS MATERIA
SUSCETIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO E NAO PARA
SOLUCIONAR QUESTOES OUTRAS QUE, NAO DIZENDO
RESPEITO A ASPECTOS FORMAIS DO TITULO EXECUTADO,
DEPENDEM DO EXAME PROBATORIO.
REVELA-SE ADEQUADA PARA REMUNERAR O TRABALHO DO
ADVOGADO, A VERBA HONORARIA FIXADA COM BASE NO
ARTIGO 20, PARAGRAFO 4, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL,
RAZAO DO ACOLHIMENTO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(APELACAO CIVEL - 178149700 - PATO BRANCO - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 18/09/01 -
Ac.: 14646 - Public.: 28/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.


INSTRUMENTO PARTICULAR DE EMPRESTIMO EM CONTA
CORRENTE.
AUSENCIA DE ASSINATURA DE UMA DAS TESTEMUNHAS NO
CONTRATO. ALEGACAO DE MAL POSICIONAMENTO DAS
ASSINATURAS. INOCORRENCIA. CONTRATO E NOTA
PROMISSORIA SEM PODER EXECUTIVO.
RECURSO DESPROVIDO.
CONTRATO NAO SUBSCRITO POR DUAS TESTEMUNHAS NAO
E TITULO EXECUTIVO.
A NOTA PROMISSORIA EMITIDA EM GARANTIA DA DIVIDA
PRINCIPAL SEGUE A SORTE DA INVALIDACAO DO CONTRATO,
POIS A ELE ESTA VINCULADA.
(APELACAO CIVEL - 176411000 - CURITIBA - JUIZ MANASSES DE
ALBUQUERQUE - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 10/09/01 - Ac.:
12502 - Public.: 21/09/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA


CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO FIXO - TITULO
LIQUIDO CERTO E EXIGIVEL - APELACAO PROVIDA.
O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO FIXO EM CONTA
CORRENTE QUE NAO SE LIMITA A ENSEJAR A UTILIZACAO DE
DETERMINADA IMPORTANCIA, MAS CONSUBSTANCIA
OBRIGACAO DE PAGAR QUANTIA CERTA E DETERMINADA,
CONFIGURA TITULO LIQUIDO CERTO E EXIGIVEL APTO A
EMBASAR EXECUCAO, MORMENTE QUANDO INSTRUIDA COM
CALCULO ONDE SE PODE AFERIR A EVOLUCAO DO DEBITO.
(APELACAO CIVEL - 171358800 - ASSIS CHATEAUBRIAND - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 14/08/01 -
Ac.: 14486 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA


CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO FIXO - TITULO
LIQUIDO CERTO E EXIGIVEL - APELACAO PROVIDA.
O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO FIXO EM CONTA
CORRENTE QUE NAO SE LIMITA A ENSEJAR A UTILIZACAO DE
DETERMINADA IMPORTANCIA, MAS CONSUBSTANCIA
OBRIGACAO DE PAGAR QUANTIA CERTA E DETERMINADA,
CONFIGURA TITULO LIQUIDO CERTO E EXIGIVEL APTO A
EMBASAR EXECUCAO, MORMENTE QUANDO INSTRUIDA COM
CALCULO ONDE SE PODE AFERIR A EVOLUCAO DO DEBITO.
(APELACAO CIVEL - 171358800 - ASSIS CHATEAUBRIAND - JUIZ
ROGERIO COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 14/08/01 -
Ac.: 14486 - Public.: 31/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.


CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO ROTATIVO. SUMULA
233 DO STJ. NAO CONFIGURACAO DE TITULO EXECUTIVO.
NULIDADE DA EXECUCAO.
RECURSO DESPROVIDO.
DE ACORDO COM O ENUNCIADO DA SUMULA 233, "O
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO, AINDA QUE
ACOMPANHADO DE EXTRATO DE CONTA CORRENTE, NAO E
TITULO EXECUTIVO." (APELACAO CIVEL - 174760000 -
CURITIBA - JUIZ MANASSES DE ALBUQUERQUE - OITAVA
CAMARA CIVEL - Julg: 06/08/01 - Ac.: 12283 - Public.: 24/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.


CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO ROTATIVO. SUMULA
233 DO STJ. NAO CONFIGURACAO DE TITULO EXECUTIVO.
NULIDADE DA EXECUCAO.
RECURSO DESPROVIDO.
DE ACORDO COM O ENUNCIADO DA SUMULA 233, "O
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO, AINDA QUE
ACOMPANHADO DE EXTRATO DE CONTA CORRENTE, NAO E
TITULO EXECUTIVO." (APELACAO CIVEL - 174760000 -
CURITIBA - JUIZ MANASSES DE ALBUQUERQUE - OITAVA
CAMARA CIVEL - Julg: 06/08/01 - Ac.: 12283 - Public.: 24/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EMBARGOS


JULGADOS IMPROCEDENTES. OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. MATERIA NAO DECIDIDA NOS EMBARGOS.
POSSIBILIDADE DE EXAME.
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE.
APLICACAO DA SUMULA 233 DO STJ. VERBA HONORARIA
DEVIDA E QUE MERECE MAJORACAO. RECURSO DO CREDOR
NAO PROVIDO.
RECURSO DO DEVEDOR PROVIDO, EM PARTE.
1. "A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO" (STJ-RESP N 180.734-RN).
2. SE NOS EMBARGOS NAO FOI ALEGADA A NULIDADE DA
EXECUCAO, POR FALTA DE TITULO EXECUTIVO, A MATERIA
PODE SER EXAMINADA EM SEDE DE OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, MANEJADA APOS OS EMBARGOS.
APLICACAO DA SUMULA N 233 DO STJ.
3. A VERBA HONORARIA, DEVIDA NA OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, DEVE LEVAR EM CONTA NAO APENAS O
VALOR DO DEBITO MAS TAMBEM AS PECULIARIDADES DO
CASO CONCRETO, NO QUAL JA FORAM JULGADOS
IMPROCEDENTES OS EMBARGOS.
(APELACAO CIVEL - 171013400 - APUCARANA - JUIZ CONV.
NOEVAL DE QUADROS - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 18/06/01
- Ac.: 12586 - Public.: 17/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EMBARGOS


JULGADOS IMPROCEDENTES. OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. MATERIA NAO DECIDIDA NOS EMBARGOS.
POSSIBILIDADE DE EXAME.
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE.
APLICACAO DA SUMULA 233 DO STJ. VERBA HONORARIA
DEVIDA E QUE MERECE MAJORACAO. RECURSO DO CREDOR
NAO PROVIDO.
RECURSO DO DEVEDOR PROVIDO, EM PARTE.
1. "A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO" (STJ-RESP N 180.734-RN).
2. SE NOS EMBARGOS NAO FOI ALEGADA A NULIDADE DA
EXECUCAO, POR FALTA DE TITULO EXECUTIVO, A MATERIA
PODE SER EXAMINADA EM SEDE DE OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, MANEJADA APOS OS EMBARGOS.
APLICACAO DA SUMULA N 233 DO STJ.
3. A VERBA HONORARIA, DEVIDA NA OBJECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, DEVE LEVAR EM CONTA NAO APENAS O
VALOR DO DEBITO MAS TAMBEM AS PECULIARIDADES DO
CASO CONCRETO, NO QUAL JA FORAM JULGADOS
IMPROCEDENTES OS EMBARGOS.
(APELACAO CIVEL - 171013400 - APUCARANA - JUIZ CONV.
NOEVAL DE QUADROS - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 18/06/01
- Ac.: 12586 - Public.: 17/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE LIMITE FIXO. NULIDADE DA EXECUCAO.
INOCORRENCIA. TITULO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL.
RECURSO PROVIDO.
1- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, QUE DISPENSA
SEGURANCA DO JUIZO PELA PENHORA, SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO.
2- LASTREADA A EXECUCAO EM CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA CORRENTE - LIMITE FIXO, COM PRAZO
CERTO E ENCARGOS PRE-FIXADOS, INDICANDO O VALOR
CONTRATADO E OS ACRESCIMOS DOS ENCARGOS
PACTUADOS, ACOMPANHADO DE DEMONSTRATIVO SINGELO
E DE PERFEITA COMPREENSAO, APURAVEL MEDIANTE
SIMPLES CALCULOS ARITMETICOS, RESTA PATENTEADA A
LIQUIDEZ DO TITULO, NAO HAVENDO QUE SE COGITAR DE
NULIDADE DA EXECUCAO.
(APELACAO CIVEL - 163444400 - ASSIS CHATEAUBRIAND - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 14/05/01 - Ac.:
12351 - Public.: 25/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL E RECURSO ADESIVO - SENTENCA


PROFERIDA EM EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE QUE
EXTINGUIU A EXECUCAO POR ENTENDER NAO CONFIGURADO
TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE (SAQUE FACIL
- BRADESCO) - APELO DOS EXECUTADOS PLEITEANDO
UNICAMENTE A CONDENACAO DO BANCO EXEQUENTE AO
PAGAMENTO DOS HONORARIOS ADVOCATICIOS
POSSIBILIDADE - APELO PROVIDO - RECURSO ADESIVO
PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE INEXISTENTE -
AUSENCIA DE SUCUMBENCIA RECIPROCA - RECURSO
ADESIVO NAO CONHECIDO.
1. A EXECUCAO EXTINGUIU-SE POR INICIATIVA DOS
DEVEDORES, COM O DEFERIMENTO DO PEDIDO ELABORADO
EM EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DIANTE DO QUE SE
PERFEZ O REQUISITO OBJETIVO DA SUCUMBENCIA, DEVENDO
HAVER CONDENACAO DA PARTE VENCIDA AO PAGAMENTO
DOS HONORARIOS ADVOCATICIOS DEVIDOS AO PATRONO DA
PARTE VENCEDORA.
2. SOMENTE E ADMISSIVEL O RECURSO ADESIVO QUANDO SE
VERIFICOU, NA SENTENCA, A SUCUMBENCIA RECIPROCA,
INEXISTENTE NA CAUSA EM EXAME (ART. 500, 'CAPUT', DO
CPC). NAO PODE O EXEQUENTE VALER-SE DA APELACAO
INTERPOSTA PELOS DEVEDORES - COM O OBJETIVO UNICO
DE PLEITEAR A CONDENACAO EM HONORARIOS - PARA
RECORRER ADESIVAMENTE, REQUERENDO A REFORMA
COMPLETA DO 'DECISUM', COM PRAZO MAIS DILATADO, POIS
NA CONDICAO DE SUCUMBENTE DEVERIA TER APELADO DA
SENTENCA, NOS QUINZE DIAS SEGUINTES A SUA
PUBLICACAO.
(APELACAO CIVEL - 161245300 - CURITIBA - RONALD JUAREZ
MORO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 09/05/01 - Ac.: 12070 -
Public.: 25/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA


VERBA HONORARIA ADEQUADA - APELACAO DESPROVIDA.
REVELA-SE ADEQUADA PARA REMUNERAR O TRABALHO DO
ADVOGADO, A VERBA HONORARIA FIXADA COM BASE NO
ARTIGO 20, PARAGRAFO 4, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL,
RAZAO DO ACOLHIMENTO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(APELACAO CIVEL - 167537000 - CURITIBA - JUIZ ROGERIO
COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 08/05/01 - Ac.: 14252
- Public.: 25/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE LIMITE FIXO. NULIDADE DA EXECUCAO.
INOCORRENCIA. TITULO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL.
RECURSO PROVIDO.
1- A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, QUE DISPENSA
SEGURANCA DO JUIZO PELA PENHORA, SO SE ADMITE
QUANDO EM QUESTIONAMENTO A VALIDADE FORMAL DO
TITULO, ATINENTE AS CONDICOES DA ACAO.
2- LASTREADA A EXECUCAO EM CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO EM CONTA CORRENTE - LIMITE FIXO, COM PRAZO
CERTO E ENCARGOS PRE-FIXADOS, INDICANDO O VALOR
CONTRATADO E OS ACRESCIMOS DOS ENCARGOS
PACTUADOS, ACOMPANHADO DE DEMONSTRATIVO SINGELO
E DE PERFEITA COMPREENSAO, APURAVEL MEDIANTE
SIMPLES CALCULOS ARITMETICOS, RESTA PATENTEADA A
LIQUIDEZ DO TITULO, NAO HAVENDO QUE SE COGITAR DE
NULIDADE DA EXECUCAO.
(APELACAO CIVEL - 163444400 - ASSIS CHATEAUBRIAND - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 14/05/01 - Ac.:
12351 - Public.: 25/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA


VERBA HONORARIA ADEQUADA - APELACAO DESPROVIDA.
REVELA-SE ADEQUADA PARA REMUNERAR O TRABALHO DO
ADVOGADO, A VERBA HONORARIA FIXADA COM BASE NO
ARTIGO 20, PARAGRAFO 4, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL,
RAZAO DO ACOLHIMENTO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE.
(APELACAO CIVEL - 167537000 - CURITIBA - JUIZ ROGERIO
COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 08/05/01 - Ac.: 14252
- Public.: 25/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL E RECURSO ADESIVO - SENTENCA


PROFERIDA EM EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE QUE
EXTINGUIU A EXECUCAO POR ENTENDER NAO CONFIGURADO
TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE (SAQUE FACIL
- BRADESCO) - APELO DOS EXECUTADOS PLEITEANDO
UNICAMENTE A CONDENACAO DO BANCO EXEQUENTE AO
PAGAMENTO DOS HONORARIOS ADVOCATICIOS
POSSIBILIDADE - APELO PROVIDO - RECURSO ADESIVO
PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE INEXISTENTE -
AUSENCIA DE SUCUMBENCIA RECIPROCA - RECURSO
ADESIVO NAO CONHECIDO.
1. A EXECUCAO EXTINGUIU-SE POR INICIATIVA DOS
DEVEDORES, COM O DEFERIMENTO DO PEDIDO ELABORADO
EM EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DIANTE DO QUE SE
PERFEZ O REQUISITO OBJETIVO DA SUCUMBENCIA, DEVENDO
HAVER CONDENACAO DA PARTE VENCIDA AO PAGAMENTO
DOS HONORARIOS ADVOCATICIOS DEVIDOS AO PATRONO DA
PARTE VENCEDORA.
2. SOMENTE E ADMISSIVEL O RECURSO ADESIVO QUANDO SE
VERIFICOU, NA SENTENCA, A SUCUMBENCIA RECIPROCA,
INEXISTENTE NA CAUSA EM EXAME (ART. 500, 'CAPUT', DO
CPC). NAO PODE O EXEQUENTE VALER-SE DA APELACAO
INTERPOSTA PELOS DEVEDORES - COM O OBJETIVO UNICO
DE PLEITEAR A CONDENACAO EM HONORARIOS - PARA
RECORRER ADESIVAMENTE, REQUERENDO A REFORMA
COMPLETA DO 'DECISUM', COM PRAZO MAIS DILATADO, POIS
NA CONDICAO DE SUCUMBENTE DEVERIA TER APELADO DA
SENTENCA, NOS QUINZE DIAS SEGUINTES A SUA
PUBLICACAO.
(APELACAO CIVEL - 161245300 - CURITIBA - RONALD JUAREZ
MORO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 09/05/01 - Ac.: 12070 -
Public.: 25/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL - EXECUCAO - ACOLHIMENTO DA EXCECAO


DE PRE-EXECUTIVIDADE - DESCARACTERIZACAO DO TITULO
JUDICIAL ANTE A OMISSAO DA IMPORTANCIA DEVIDA A
TITULO DE HONORARIOS ADVOCATICIOS E CUSTAS
PROCESSUAIS INEXISTENCIA DA OPOSICAO DE EMBARGOS
DE DECLARACAO A FIM DE SANAR A OMISSAO -
IMPROVIMENTO DA APELACAO IMPOSSIBILIDADE DE
CONHECIMENTO DA MATERIA VERSADA NO RECURSO
ADESIVO, POSTO NAO TER SIDO DISCUTIDA EM INSTANCIA
INFERIOR - PRINCIPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDICAO -
RECURSO ADESIVO PREJUDICADO.
"A PRESENCA DO CARATER INTRINSECO DE EXECUTIVIDADE
DO TITULO JUDICIAL TAMBEM ENGLOBA AS VERBAS
SUCUMBENCIAIS QUE, AUSENTES, GERAM A SUA ILIQUIDEZ".
(APELACAO CIVEL - 146077900 - GUARAPUAVA - JUIZ RAFAEL
AUGUSTO CASSETARI - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 23/04/01
- Ac.: 11914 - Public.: 04/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL - EXECUCAO - ACOLHIMENTO DA EXCECAO


DE PRE-EXECUTIVIDADE - DESCARACTERIZACAO DO TITULO
JUDICIAL ANTE A OMISSAO DA IMPORTANCIA DEVIDA A
TITULO DE HONORARIOS ADVOCATICIOS E CUSTAS
PROCESSUAIS INEXISTENCIA DA OPOSICAO DE EMBARGOS
DE DECLARACAO A FIM DE SANAR A OMISSAO -
IMPROVIMENTO DA APELACAO IMPOSSIBILIDADE DE
CONHECIMENTO DA MATERIA VERSADA NO RECURSO
ADESIVO, POSTO NAO TER SIDO DISCUTIDA EM INSTANCIA
INFERIOR - PRINCIPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDICAO -
RECURSO ADESIVO PREJUDICADO.
"A PRESENCA DO CARATER INTRINSECO DE EXECUTIVIDADE
DO TITULO JUDICIAL TAMBEM ENGLOBA AS VERBAS
SUCUMBENCIAIS QUE, AUSENTES, GERAM A SUA ILIQUIDEZ".
(APELACAO CIVEL - 146077900 - GUARAPUAVA - JUIZ RAFAEL
AUGUSTO CASSETARI - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 23/04/01
- Ac.: 11914 - Public.: 04/05/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. APELACAO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. CARENCIA DE ACAO EXECUTIVA.
ILEGITIMIDADE ATIVA. MATERIA ARGUIDA NA EXECUCAO.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. AUSENCIA DE PENHORA.
QUESTOES CONTROVERTIDAS. NECESSIDADE DE REGULAR
INSTRUCAO PROBATORIA. PRINCIPIO DO CONTRADITORIO.
EMBARGOS A EXECUCAO. DECISAO ANULADA.
RECURSO DE APELACAO PROVIDO.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. SE A DECISAO
RECORRIDA TEM ORIGEM NA VIA DE INCIDENTE
PROCESSUAL, COGNOMINADO PELA DOUTRINA PATRIA DE
OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, INCONTROVERSO A
VALIDADE DE SUA FORMA QUANDO VISA ESTABELECER A
CONTROVERSIA ACERCA DE PRESSUPOSTO DE
CONSTITUICAO E DA CONDICAO DE ACAO EXECUTIVA,
QUESTOES ESTAS QUE PODEM E DEVEM SER CONHECIDAS
DE OFICIO, EM QUALQUER GRAU DE JURISDICAO.
INSTRUCAO PROBATORIA. NECESSITANDO, CONTUDO, A
QUESTAO CONTROVERTIDA, DE AMPLA INSTRUCAO
PROBATORIA, INAPROPRIADA A VIA INCIDENTAL DE OBJECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE, DEVENDO A DEFESA VALER-SE
REGULARMENTE DA ACAO DE EMBARGOS A EXECUCAO.
(APELACAO CIVEL - 163730500 - CURITIBA - JUIZ CONV.
JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg:
11/04/01 - Ac.: 13974 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. APELACAO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. CARENCIA DE ACAO EXECUTIVA.
ILEGITIMIDADE ATIVA. MATERIA ARGUIDA NA EXECUCAO.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. AUSENCIA DE PENHORA.
QUESTOES CONTROVERTIDAS. NECESSIDADE DE REGULAR
INSTRUCAO PROBATORIA. PRINCIPIO DO CONTRADITORIO.
EMBARGOS A EXECUCAO. DECISAO ANULADA.
RECURSO DE APELACAO PROVIDO.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. SE A DECISAO
RECORRIDA TEM ORIGEM NA VIA DE INCIDENTE
PROCESSUAL, COGNOMINADO PELA DOUTRINA PATRIA DE
OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, INCONTROVERSO A
VALIDADE DE SUA FORMA QUANDO VISA ESTABELECER A
CONTROVERSIA ACERCA DE PRESSUPOSTO DE
CONSTITUICAO E DA CONDICAO DE ACAO EXECUTIVA,
QUESTOES ESTAS QUE PODEM E DEVEM SER CONHECIDAS
DE OFICIO, EM QUALQUER GRAU DE JURISDICAO.
INSTRUCAO PROBATORIA. NECESSITANDO, CONTUDO, A
QUESTAO CONTROVERTIDA, DE AMPLA INSTRUCAO
PROBATORIA, INAPROPRIADA A VIA INCIDENTAL DE OBJECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE, DEVENDO A DEFESA VALER-SE
REGULARMENTE DA ACAO DE EMBARGOS A EXECUCAO.
(APELACAO CIVEL - 163730500 - CURITIBA - JUIZ CONV.
JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg:
11/04/01 - Ac.: 13974 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. APELACAO. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL. CARENCIA DE ACAO EXECUTIVA.
ILEGITIMIDADE ATIVA. MATERIA ARGUIDA NA EXECUCAO.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. AUSENCIA DE PENHORA.
QUESTOES CONTROVERTIDAS. NECESSIDADE DE REGULAR
INSTRUCAO PROBATORIA. PRINCIPIO DO CONTRADITORIO.
EMBARGOS A EXECUCAO. DECISAO ANULADA.
RECURSO DE APELACAO PROVIDO.
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. SE A DECISAO
RECORRIDA TEM ORIGEM NA VIA DE INCIDENTE
PROCESSUAL, COGNOMINADO PELA DOUTRINA PATRIA DE
OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, INCONTROVERSO A
VALIDADE DE SUA FORMA QUANDO VISA ESTABELECER A
CONTROVERSIA ACERCA DE PRESSUPOSTO DE
CONSTITUICAO E DA CONDICAO DE ACAO EXECUTIVA,
QUESTOES ESTAS QUE PODEM E DEVEM SER CONHECIDAS
DE OFICIO, EM QUALQUER GRAU DE JURISDICAO.
INSTRUCAO PROBATORIA. NECESSITANDO, CONTUDO, A
QUESTAO CONTROVERTIDA, DE AMPLA INSTRUCAO
PROBATORIA, INAPROPRIADA A VIA INCIDENTAL DE OBJECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE, DEVENDO A DEFESA VALER-SE
REGULARMENTE DA ACAO DE EMBARGOS A EXECUCAO.
(APELACAO CIVEL - 163730500 - CURITIBA - JUIZ CONV.
JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg:
11/04/01 - Ac.: 13974 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO N 167.006-0, DE PARANAGUA - 1


VARA CIVEL.
AGRAVANTE: ALAIDE FLORENTINO FUSCOLIN.
AGRAVADO: HAMILTON OLIVO BRUNOR RELATOR: JUIZ CONV.
HAMILTON MUSSI CORREA.
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE ADMISSIBILIDADE. A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE E ADMISSIVEL DESDE QUE FUNDADA NA
FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E
VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO, QUANDO A MATERIA
E PASSIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO PELO JUIZ E NAO
DEPENDA DE CONTRADITORIO.
AGRAVO PREJUDICADO EM PARTE E DESPROVIDO.
(APELACAO CIVEL - 163787400 - CURITIBA - HAMILTON MUSSI
CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 27/03/01 - Ac.: 14140
- Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná


AGRAVO DE INSTRUMENTO N 167.006-0, DE PARANAGUA - 1
VARA CIVEL.
AGRAVANTE: ALAIDE FLORENTINO FUSCOLIN.
AGRAVADO: HAMILTON OLIVO BRUNOR RELATOR: JUIZ CONV.
HAMILTON MUSSI CORREA.
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE ADMISSIBILIDADE. A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE E ADMISSIVEL DESDE QUE FUNDADA NA
FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E
VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO, QUANDO A MATERIA
E PASSIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO PELO JUIZ E NAO
DEPENDA DE CONTRADITORIO.
AGRAVO PREJUDICADO EM PARTE E DESPROVIDO.
(APELACAO CIVEL - 163787400 - CURITIBA - HAMILTON MUSSI
CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 27/03/01 - Ac.: 14140
- Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO DE INSTRUMENTO N 167.006-0, DE PARANAGUA - 1


VARA CIVEL.
AGRAVANTE: ALAIDE FLORENTINO FUSCOLIN.
AGRAVADO: HAMILTON OLIVO BRUNOR RELATOR: JUIZ CONV.
HAMILTON MUSSI CORREA.
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE ADMISSIBILIDADE. A EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE E ADMISSIVEL DESDE QUE FUNDADA NA
FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUICAO E
VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO, QUANDO A MATERIA
E PASSIVEL DE CONHECIMENTO DE OFICIO PELO JUIZ E NAO
DEPENDA DE CONTRADITORIO.
AGRAVO PREJUDICADO EM PARTE E DESPROVIDO.
(APELACAO CIVEL - 163787400 - CURITIBA - HAMILTON MUSSI
CORREA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 27/03/01 - Ac.: 14140
- Public.: 20/04/01).

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PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - CODIGO DE PROCESSO


CIVIL, ART. 585, II - ASSINATURAS DE DUAS TESTEMUNHAS
AUSENCIA - TITULO EXECUTIVO - INEXISTENCIA - CPC, ART.
614, I E 618, I - CONDICAO DA ACAO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - ADMISSIBILIDADE - EXTINCAO RECURSO
DESPROVIDO.
O DOCUMENTO PARTICULAR SOMENTE DA EXECUCAO, A
TEOR DO INCISO II DO ARTIGO 585 DO CODIGO DE PROCESSO
CIVIL, QUANDO ASSINADO PELO DEVEDOR E POR DUAS
TESTEMUNHAS.
CONTRATO NAO SUBSCRITO POR DUAS TESTEMUNHAS NAO
E TITULO EXECUTIVO (STJ).
(APELACAO CIVEL - 162548300 - LONDRINA - JUIZ MENDES
SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 12/03/01 - Ac.: 11369 -
Public.: 23/03/01).

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PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - CODIGO DE PROCESSO


CIVIL, ART. 585, II - ASSINATURAS DE DUAS TESTEMUNHAS
AUSENCIA - TITULO EXECUTIVO - INEXISTENCIA - CPC, ART.
614, I E 618, I - CONDICAO DA ACAO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - ADMISSIBILIDADE - EXTINCAO RECURSO
DESPROVIDO.
O DOCUMENTO PARTICULAR SOMENTE DA EXECUCAO, A
TEOR DO INCISO II DO ARTIGO 585 DO CODIGO DE PROCESSO
CIVIL, QUANDO ASSINADO PELO DEVEDOR E POR DUAS
TESTEMUNHAS.
CONTRATO NAO SUBSCRITO POR DUAS TESTEMUNHAS NAO
E TITULO EXECUTIVO (STJ).
(APELACAO CIVEL - 162548300 - LONDRINA - JUIZ MENDES
SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 12/03/01 - Ac.: 11369 -
Public.: 23/03/01).

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PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO - CODIGO DE PROCESSO


CIVIL, ART. 585, II - ASSINATURAS DE DUAS TESTEMUNHAS
AUSENCIA - TITULO EXECUTIVO - INEXISTENCIA - CPC, ART.
614, I E 618, I - CONDICAO DA ACAO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - ADMISSIBILIDADE - EXTINCAO RECURSO
DESPROVIDO.
O DOCUMENTO PARTICULAR SOMENTE DA EXECUCAO, A
TEOR DO INCISO II DO ARTIGO 585 DO CODIGO DE PROCESSO
CIVIL, QUANDO ASSINADO PELO DEVEDOR E POR DUAS
TESTEMUNHAS.
CONTRATO NAO SUBSCRITO POR DUAS TESTEMUNHAS NAO
E TITULO EXECUTIVO (STJ).
(APELACAO CIVEL - 162548300 - LONDRINA - JUIZ MENDES
SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 12/03/01 - Ac.: 11369 -
Public.: 23/03/01).

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APELACAO CIVEL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - SUPER CHEQUE - DEBITO PRODUZIDO
UNILATERALMENTE PELO CREDOR - AUSENCIA DE TITULO
EXECUTIVO LIQUIDO E, ASSIM, DE INTERESSE PROCESSUAL
EXTINCAO DA EXECUCAO - ARTIGO 267, VI, DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL - RECURSO DESPROVIDO.
O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, VEZ
QUE O DEBITO E PRODUZIDO DE FORMA UNILATERAL PELO
CREDOR, SEM A INTERVENCAO DO POSSIVEL DEVEDOR E,
COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NESSE
SENTIDO.
(APELACAO CIVEL - 165911800 - ANDIRA - JUIZ EDUARDO
FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 05/03/01 - Ac.: 11646
- Public.: 16/03/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - SUPER CHEQUE - DEBITO PRODUZIDO
UNILATERALMENTE PELO CREDOR - AUSENCIA DE TITULO
EXECUTIVO LIQUIDO E, ASSIM, DE INTERESSE PROCESSUAL
EXTINCAO DA EXECUCAO - ARTIGO 267, VI, DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL - RECURSO DESPROVIDO.
O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, VEZ
QUE O DEBITO E PRODUZIDO DE FORMA UNILATERAL PELO
CREDOR, SEM A INTERVENCAO DO POSSIVEL DEVEDOR E,
COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NESSE
SENTIDO.
(APELACAO CIVEL - 165911800 - ANDIRA - JUIZ EDUARDO
FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 05/03/01 - Ac.: 11646
- Public.: 16/03/01).

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APELACAO CIVEL - EXECUCAO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE - SUPER CHEQUE - DEBITO PRODUZIDO
UNILATERALMENTE PELO CREDOR - AUSENCIA DE TITULO
EXECUTIVO LIQUIDO E, ASSIM, DE INTERESSE PROCESSUAL
EXTINCAO DA EXECUCAO - ARTIGO 267, VI, DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL - RECURSO DESPROVIDO.
O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, VEZ
QUE O DEBITO E PRODUZIDO DE FORMA UNILATERAL PELO
CREDOR, SEM A INTERVENCAO DO POSSIVEL DEVEDOR E,
COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NESSE
SENTIDO.
(APELACAO CIVEL - 165911800 - ANDIRA - JUIZ EDUARDO
FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 05/03/01 - Ac.: 11646
- Public.: 16/03/01).

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EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - EXCECAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE LOCACAO - TERMO DE
RESCISAO CONTRATUAL VALIDO - INEXISTENCIA DE TITULO
EXECUTIVO - RECURSO DESPROVIDO (APELACAO CIVEL -
149174500 - CURITIBA - JUIZ MARCUS VINICIUS DE LACERDA
COSTA - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 28/11/00 - Ac.: 13577 -
Public.: 02/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL - EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL


CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE CITACAO - AUSENCIA DE PENHORA E EMBARGOS -
PEDIDO DE DESISTENCIA - INTERPOSICAO DE EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE - NAO CONCORDANCIA COM O PEDIDO
PRETENSAO DE RECEBIMENTO DE HONORARIOS
ADVOCATICIOS INCABIMENTO - DESNECESSIDADE DE
ANUENCIA PELO EXECUTADO - DECISAO CORRETA -
RECURSO DESPROVIDO.
NAO TENDO SIDO OPOSTOS EMBARGOS A EXECUCAO,
INDEPENDENTEMENTE DO MOTIVO, DESNECESSARIA A
CONCORDANCIA DA EXECUTADA COM O PEDIDO DE
DESISTENCIA E COMO ESTA SOMENTE MANIFESTOU-SE NOS
AUTOS APOS REFERIDO PEDIDO, IMPROCEDE SUA
PRETENSAO DE CONDENACAO DO EXEQUENTE EM
HONORARIOS ADVOCATICIOS.
(APELACAO CIVEL - 157973300 - PONTA GROSSA - JUIZ
PRESTES MATTAR - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 20/11/00 -
Ac.: 11874 - Public.: 02/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE


ABERTURA DE CREDITO. ALEGACAO DE FALTA DE TITULO
EXECUTIVO.
MATERIA DEDUZIDA EM OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
APOS A EXPEDICAO DE CARTA DE ADJUDICACAO.
IMPOSSIBILIDADE.
NECESSIDADE DE ACAO PROPRIA. RECURSO PROVIDO.
1. "A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADMITIDA EM NOSSO
DIREITO POR CONSTRUCAO DOUTRINARIO-
JURISPRUDENCIAL, SOMENTE SE DA, EM PRINCIPIO, NOS
CASOS EM QUE O JUIZO, DE OFICIO, PODE CONHECER DA
MATERIA, A EXEMPLO DO QUE SE VERIFICA A PROPOSITO DA
HIGIDEZ DO TITULO EXECUTIVO" (STJ-RESP 180734-RN).
2. A NULIDADE DA EXECUCAO PODE SER ALEGADA A
QUALQUER TEMPO, DESDE QUE AUSENTES OS REQUISITOS
DO ART. 586 DO CPC.
3. NADA OBSTANTE, A NULIDADE DA EXECUCAO PODE SER
ADUZIDA "COMO MATERIA DE DEFESA, NOS EMBARGOS DO
DEVEDOR OU NA EXECUCAO OU ATE MESMO NA
ARREMATACAO.
FORA DISSO, TERA O INTERESSADO DE PROPOR ACAO
ANULATORIA PELAS VIAS ORDINARIAS, ISSO PORQUE NAO
HAVENDO SENTENCA NO PROCEDIMENTO DE ARREMATACAO,
O ATO PROCESSUAL EM CAUSA E DAQUELES QUE SE
ANULAM POR ACAO COMUM (ATOS JURIDICOS EM GERAL)"
(RSTJ 85207).
4. SAO DEVIDOS HONORARIOS PELA SUCUMBENCIA EM
OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
(APELACAO CIVEL - 160954300 - LONDRINA - JUIZ CONV.
NOEVAL DE QUADROS - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 11/12/00
- Ac.: 11853 - Public.: 02/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS A EXECUCAO - CAMBIAIS EMITIDAS POR MENOR


INCAPACIDADE RELATIVA - EMANCIPACAO - COACAO
REPETICAO NOS EMBARGOS DE MATERIA JA DECIDIDA NA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - LITIGANCIA DE MA-FE
CARACTERIZADA - APELACAO DESPROVIDA.
A EMANCIPACAO DO MENOR ALGUNS DIAS DEPOIS DE
REALIZADO O NEGOCIO COMPROVA SEU AMADURECIMENTO
E EXPERIENCIA, NAO LHE SENDO POSSIVEL ALEGAR SUA
MENORIDADE PARA ESCAPAR A OBRIGACAO CONTRAIDA.
ADEMAIS, NAO E JURIDICAMENTE ADMISSIVEL QUE ALGUEM
SE PREVALECA DE SUA PROPRIA MALICIA PARA TIRAR
PROVEITO DE SEU PROPRIO ATO PARA CAUSAR DANO AO
OUTRO CONTRATANTE DE BOA-FE.
A COACAO MORAL IRRESISTIVEL EXIGE PROVA INEQUIVOCA A
RESPEITO, POIS NAO PODE SER TIDA COMO EVIDENCIADA
COM BASE EM SIMPLES PRESUNCAO, MORMENTE PARA
ELIDIR A VALIDADE DAS NOTAS PROMISSORIAS EMITIDAS
SEM QUALQUER RASURA OU DEFEITO APARENTE QUE, POR
ISSO, MANTEM INTEGRA A SUA CONDICAO DE TITULOS
LIQUIDOS, CERTOS E EXIGIVEIS.
A REPETICAO NOS EMBARGOS DE MATERIA ALEGADA E
DECIDIDA ATRAVES DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
CONFIGURA LITIGANCIA DE MA-FE A SUJEITAR O
EMBARGANTE AS PENAS PREVISTAS NO ARTIGO 18, DO
CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
(APELACAO CIVEL - 165868200 - APUCARANA - JUIZ ROGERIO
COELHO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 26/12/00 - Ac.: 13904
- Public.: 02/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL. APELACAO E RECURSO ADESIVO.


INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. ACAO DE
EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO BANCARIO
DE MUTUO. LIS LIMITE ITAU PARA SAQUE PJ. NOTA
PROMISSORIA. EMISSAO EM GARANTIA. VINCULACAO.
CARENCIA DE ACAO EXECUTIVA.
RECURSO DE APELACAO DESPROVIDO. RECURSO ADESIVO
NAO CONHECIDO.
1. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. A DECISAO RECORRIDA
TEM ORIGEM NA VIA DE INCIDENTE PROCESSUAL,
COGNOMINADO PELA DOUTRINA PATRIA DE OBJECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, SENDO INCONTROVERSO NO CASO
CONCRETO A VALIDADE DE SUA FORMA, DADO QUE AQUI
VISA ESTABELECER A CONTROVERSIA ACERCA DE
PRESSUPOSTO DE CONSTITUICAO E DA CONDICAO DE ACAO
EXECUTIVA.
2. CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE.
NAO ESTANDO CONSUBSTANCIADA A OBRIGACAO DE PAGAR
VALOR CERTO, CARECE DE LIQUIDEZ E CERTEZA, DADO QUE
PRODUZIDO UNILATERALMENTE, O SALDO REPRESENTATIVO
DA CARTULA, E INACEITAVEL O TITULO COMO SENDO DE
CREDITO EXTRAJUDICIAL A APARELHAR O PROCEDIMENTO
EXECUTORIO.
3. NOTA PROMISSORIA. DA MESMA FORMA QUE O CONTRATO
DE ABERTURA DA CREDITO, AINDA QUE ACOMPANHADO DE
DEMONSTRATIVO DOS LANCAMENTOS, NAO CONSTITUI
TITULO EXECUTIVO, TAMBEM, A NOTA PROMISSORIA EMITIDA
PARA SUA GARANTIA E A ELE VINCULADA, SENDO
DESPROVIDA DE LIQUIDEZ E CERTEZA, NAO O E.
4. CONHECIMENTO DE OFICIO. A LIQUIDEZ E UM DOS
REQUISITOS DO TITULO EXECUTIVO E ESTE INTEGRA O
INTERESSE DE AGIR, E ENVOLVENDO A QUESTAO UMA DAS
CONDICOES DA ACAO O TRIBUNAL PODE CONHECE-LA DE
OFICIO.
5. PRESSUPOSTO DE CONSTITUICAO DO PROCESSO. O
TITULO NAO E CONDICAO DA DEMANDA EXECUTORIA,
TAMPOUCO REPRESENTA FATO CONSTITUTIVO DA ACAO. E
PRESSUPOSTO DE PROCESSO VALIDO, CONSOANTE NOTOU
CARLO FURNO, TANTO QUE A AUSENCIA GERA INVALIDADE
(ART. 618, I). EM DECORRENCIA DISTO, DEVERA O CREDOR
INVOCAR E EXIBIR TITULO EXECUTIVO, OU JA, DOCUMENTO
INCLUIDO NO ROL EXAUSTIVO DOS ARTS. 584 E 585 DO
CODIGO DE PROCESSO CIVIL, SOB PENA DE INEPCIA DA
INICIAL.
(APELACAO CIVEL - 158959700 - LONDRINA - JUIZ CONV.
JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg:
16/11/00 - Ac.: 13407 - Public.: 01/12/00).

Tribunal de Alçada do Paraná


PROCESSUAL CIVIL. APELACAO E RECURSO ADESIVO.
INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. ACAO DE
EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO BANCARIO
DE MUTUO. LIS LIMITE ITAU PARA SAQUE PJ. NOTA
PROMISSORIA. EMISSAO EM GARANTIA. VINCULACAO.
CARENCIA DE ACAO EXECUTIVA.
RECURSO DE APELACAO DESPROVIDO. RECURSO ADESIVO
NAO CONHECIDO.
1. EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. A DECISAO RECORRIDA
TEM ORIGEM NA VIA DE INCIDENTE PROCESSUAL,
COGNOMINADO PELA DOUTRINA PATRIA DE OBJECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, SENDO INCONTROVERSO NO CASO
CONCRETO A VALIDADE DE SUA FORMA, DADO QUE AQUI
VISA ESTABELECER A CONTROVERSIA ACERCA DE
PRESSUPOSTO DE CONSTITUICAO E DA CONDICAO DE ACAO
EXECUTIVA.
2. CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE.
NAO ESTANDO CONSUBSTANCIADA A OBRIGACAO DE PAGAR
VALOR CERTO, CARECE DE LIQUIDEZ E CERTEZA, DADO QUE
PRODUZIDO UNILATERALMENTE, O SALDO REPRESENTATIVO
DA CARTULA, E INACEITAVEL O TITULO COMO SENDO DE
CREDITO EXTRAJUDICIAL A APARELHAR O PROCEDIMENTO
EXECUTORIO.
3. NOTA PROMISSORIA. DA MESMA FORMA QUE O CONTRATO
DE ABERTURA DA CREDITO, AINDA QUE ACOMPANHADO DE
DEMONSTRATIVO DOS LANCAMENTOS, NAO CONSTITUI
TITULO EXECUTIVO, TAMBEM, A NOTA PROMISSORIA EMITIDA
PARA SUA GARANTIA E A ELE VINCULADA, SENDO
DESPROVIDA DE LIQUIDEZ E CERTEZA, NAO O E.
4. CONHECIMENTO DE OFICIO. A LIQUIDEZ E UM DOS
REQUISITOS DO TITULO EXECUTIVO E ESTE INTEGRA O
INTERESSE DE AGIR, E ENVOLVENDO A QUESTAO UMA DAS
CONDICOES DA ACAO O TRIBUNAL PODE CONHECE-LA DE
OFICIO.
5. PRESSUPOSTO DE CONSTITUICAO DO PROCESSO. O
TITULO NAO E CONDICAO DA DEMANDA EXECUTORIA,
TAMPOUCO REPRESENTA FATO CONSTITUTIVO DA ACAO. E
PRESSUPOSTO DE PROCESSO VALIDO, CONSOANTE NOTOU
CARLO FURNO, TANTO QUE A AUSENCIA GERA INVALIDADE
(ART. 618, I). EM DECORRENCIA DISTO, DEVERA O CREDOR
INVOCAR E EXIBIR TITULO EXECUTIVO, OU JA, DOCUMENTO
INCLUIDO NO ROL EXAUSTIVO DOS ARTS. 584 E 585 DO
CODIGO DE PROCESSO CIVIL, SOB PENA DE INEPCIA DA
INICIAL.
(APELACAO CIVEL - 158959700 - LONDRINA - JUIZ CONV.
JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg:
16/11/00 - Ac.: 13407 - Public.: 01/12/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL. EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. AUSENCIA DE TITULO
EXECUTIVO. RECURSO DESPROVIDO.
COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (DJU N
27-E, DE 08/02/2000 PAG. 265).
(APELACAO CIVEL - 156281600 - LONDRINA - JUIZ EDUARDO
FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 28/08/00 - Ac.: 10918
- Public.: 22/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL. EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL.


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. AUSENCIA DE TITULO
EXECUTIVO. RECURSO DESPROVIDO.
COM A EDICAO DA SUMULA 233, DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA, TORNOU-SE PACIFICA A JURISPRUDENCIA NO
SENTIDO DE QUE "O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO,
AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA-
CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (DJU N
27-E, DE 08/02/2000 PAG. 265).
(APELACAO CIVEL - 156281600 - LONDRINA - JUIZ EDUARDO
FAGUNDES - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 28/08/00 - Ac.: 10918
- Public.: 22/09/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - INICIAL INSTRUIDA COM CONTRATO DE


ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE (SUPER
CHEQUE) INEXISTENCIA DE TITULO EXECUTIVO - OBJECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE - SENTENCA DANDO POR EXTINTO O
PROCESSO, SEM APRECIACAO DO MERITO - CARENCIA DE
ACAO SANCAO DO ART. 22 DO CPC APLICADA A DEVEDORA
QUE AGUARDOU A DESIGNACAO DE DATA PARA A
ARREMATACAO PARA ALEGAR A EXCECAO - MALICIA
ANTERIOR DENUNCIADA NOS AUTOS AO OCULTAR BENS
CONSTRITADOS - APELOS DESPROVIDOS.
I - O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE NAO CONSTITUI TITULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL APTO A EMBASAR EXECUCAO, AINDA QUE SE
FACA ACOMPANHAR DOS RESPECTIVOS EXTRATOS.
O CONTRATO, A RIGOR, NAO CONSUBSTANCIA OBRIGACAO
DE PAGAR IMPORTANCIA CERTA E DETERMINADA.
II - O DISPOSTO NO ART. 22 DO CPC APLICA-SE A PARTE QUE
HAJA DADO CAUSA A DILARGAR O PROCEDIMENTO COM A
PRATICA DE ATOS DESNECESSARIOS, PROCURANDO
GANHAR TEMPO COM O NAO TER ANTES ALEGADO O QUE DE
DIREITO, FERINDO O DEVER DE BOA-FE COM O QUAL DEVE
PAUTAR OS PARTICIPES DE UMA RELACAO PROCESSUAL.
PRECISA, AO DEMAIS, FICAR PATENTEADA A MALICIA.
(APELACAO CIVEL - 149720700 - LONDRINA - JUIZ CONV.
ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
15/08/00 - Ac.: 12863 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO - INICIAL INSTRUIDA COM CONTRATO DE


ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE (SUPER
CHEQUE) INEXISTENCIA DE TITULO EXECUTIVO - OBJECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE - SENTENCA DANDO POR EXTINTO O
PROCESSO, SEM APRECIACAO DO MERITO - CARENCIA DE
ACAO SANCAO DO ART. 22 DO CPC APLICADA A DEVEDORA
QUE AGUARDOU A DESIGNACAO DE DATA PARA A
ARREMATACAO PARA ALEGAR A EXCECAO - MALICIA
ANTERIOR DENUNCIADA NOS AUTOS AO OCULTAR BENS
CONSTRITADOS - APELOS DESPROVIDOS.
I - O CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA
CORRENTE NAO CONSTITUI TITULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL APTO A EMBASAR EXECUCAO, AINDA QUE SE
FACA ACOMPANHAR DOS RESPECTIVOS EXTRATOS.
O CONTRATO, A RIGOR, NAO CONSUBSTANCIA OBRIGACAO
DE PAGAR IMPORTANCIA CERTA E DETERMINADA.
II - O DISPOSTO NO ART. 22 DO CPC APLICA-SE A PARTE QUE
HAJA DADO CAUSA A DILARGAR O PROCEDIMENTO COM A
PRATICA DE ATOS DESNECESSARIOS, PROCURANDO
GANHAR TEMPO COM O NAO TER ANTES ALEGADO O QUE DE
DIREITO, FERINDO O DEVER DE BOA-FE COM O QUAL DEVE
PAUTAR OS PARTICIPES DE UMA RELACAO PROCESSUAL.
PRECISA, AO DEMAIS, FICAR PATENTEADA A MALICIA.
(APELACAO CIVEL - 149720700 - LONDRINA - JUIZ CONV.
ANTONIO MARTELOZZO - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
15/08/00 - Ac.: 12863 - Public.: 25/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS A EXECUCAO. CEDULA RURAL PIGNORATICIA.


QUESTOES JA APRECIADAS POR ESTA CORTE EM ANTERIOR
ACAO REVISIONAL. COISA JULGADA. INTELIGENCIA DO
ARTIGO 267, V, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL. ARGUICAO
DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. IMPROCEDENCIA.
TITULO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL. APELO DESPROVIDO.
A COISA JULGADA COMPREENDE A IMUTABILIDADE DE UMA
DECISAO PORQUE DELA NAO CABE QUALQUER RECURSO E
PORQUE A SITUACAO LITIGIOSA DE QUE SE TRATA NAO PODE
SER REAPRECIADA POR QUALQUER OUTRO JUIZO OU
TRIBUNAL.
NAO HA COMO, PRESENTES AS MESMAS PARTES, APRECIAR
EM EMBARGOS A EXECUCAO QUESTOES ANTERIORMENTE
LEVANTADAS E DECIDIDAS EM ACAO REVISIONAL REFERENTE
AO MESMO TITULO.
(APELACAO CIVEL - 151715700 - APUCARANA - JUIZ EDSON
VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/06/00 - Ac.:
10914 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS A EXECUCAO. CEDULA RURAL PIGNORATICIA.


QUESTOES JA APRECIADAS POR ESTA CORTE EM ANTERIOR
ACAO REVISIONAL. COISA JULGADA. INTELIGENCIA DO
ARTIGO 267, V, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL. ARGUICAO
DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. IMPROCEDENCIA.
TITULO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL. APELO DESPROVIDO.
A COISA JULGADA COMPREENDE A IMUTABILIDADE DE UMA
DECISAO PORQUE DELA NAO CABE QUALQUER RECURSO E
PORQUE A SITUACAO LITIGIOSA DE QUE SE TRATA NAO PODE
SER REAPRECIADA POR QUALQUER OUTRO JUIZO OU
TRIBUNAL.
NAO HA COMO, PRESENTES AS MESMAS PARTES, APRECIAR
EM EMBARGOS A EXECUCAO QUESTOES ANTERIORMENTE
LEVANTADAS E DECIDIDAS EM ACAO REVISIONAL REFERENTE
AO MESMO TITULO.
(APELACAO CIVEL - 151715700 - APUCARANA - JUIZ EDSON
VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/06/00 - Ac.:
10914 - Public.: 04/08/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS A EXECUCAO. CEDULA RURAL PIGNORATICIA.


QUESTOES JA APRECIADAS POR ESTA CORTE EM ANTERIOR
ACAO REVISIONAL. COISA JULGADA. INTELIGENCIA DO
ARTIGO 267, V, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL. ARGUICAO
DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. IMPROCEDENCIA.
TITULO LIQUIDO, CERTO E EXIGIVEL. APELO DESPROVIDO.
A COISA JULGADA COMPREENDE A IMUTABILIDADE DE UMA
DECISAO PORQUE DELA NAO CABE QUALQUER RECURSO E
PORQUE A SITUACAO LITIGIOSA DE QUE SE TRATA NAO PODE
SER REAPRECIADA POR QUALQUER OUTRO JUIZO OU
TRIBUNAL.
NAO HA COMO, PRESENTES AS MESMAS PARTES, APRECIAR
EM EMBARGOS A EXECUCAO QUESTOES ANTERIORMENTE
LEVANTADAS E DECIDIDAS EM ACAO REVISIONAL REFERENTE
AO MESMO TITULO.
(APELACAO CIVEL - 151715700 - APUCARANA - JUIZ EDSON
VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 14/06/00 - Ac.:
10914 - Public.: 04/08/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS A EXECUCAO - ALEGACAO DE ILIQUIDEZ DO


TITULO EXECUTIVO - SE A EXECUCAO DO TITULO JUDICIAL
DEPENDE DA PROVA DE FATO NOVO (DEFINIDO TAMBEM
COMO AQUELE QUE APESAR DE NAO SUPERVENIENTE A
SENTENCA, NAO FOI OBJETO DE PROVA DURANTE O
PROCESSO DE CONHECIMENTO) E INDISPENSAVEL O
RECURSO AO PROCESSO DE LIQUIDACAO PARA QUE SEJA
RESPEITADO O PRINCIPIO DO CONTRADITORIO.
OUTROSSIM, NAO HA QUE SE FALAR EM PRECLUSAO DA
MATERIA EM RAZAO DE DECISAO ANTERIOR EM EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, VISTO QUE COMO PRESSUPOSTO
PROCESSUAL QUE E, A LEI PROCESSUAL AFASTA
EXPRESSAMENTE O INSTITUTO DA PRECLUSAO SOBRE
DECISOES JUDICIAIS A RESPEITO DO MENCIONADO TEMA
(ART. 267, 3 DO CPC).
(APELACAO CIVEL - 148685900 - CURITIBA - JUIZ CARVILIO DA
SILVEIRA FILHO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/00 - Ac.:
9960 - Public.: 05/05/00).

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EMBARGOS A EXECUCAO - ALEGACAO DE ILIQUIDEZ DO


TITULO EXECUTIVO - SE A EXECUCAO DO TITULO JUDICIAL
DEPENDE DA PROVA DE FATO NOVO (DEFINIDO TAMBEM
COMO AQUELE QUE APESAR DE NAO SUPERVENIENTE A
SENTENCA, NAO FOI OBJETO DE PROVA DURANTE O
PROCESSO DE CONHECIMENTO) E INDISPENSAVEL O
RECURSO AO PROCESSO DE LIQUIDACAO PARA QUE SEJA
RESPEITADO O PRINCIPIO DO CONTRADITORIO.
OUTROSSIM, NAO HA QUE SE FALAR EM PRECLUSAO DA
MATERIA EM RAZAO DE DECISAO ANTERIOR EM EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, VISTO QUE COMO PRESSUPOSTO
PROCESSUAL QUE E, A LEI PROCESSUAL AFASTA
EXPRESSAMENTE O INSTITUTO DA PRECLUSAO SOBRE
DECISOES JUDICIAIS A RESPEITO DO MENCIONADO TEMA
(ART. 267, 3 DO CPC).
(APELACAO CIVEL - 148685900 - CURITIBA - JUIZ CARVILIO DA
SILVEIRA FILHO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/00 - Ac.:
9960 - Public.: 05/05/00).

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EMBARGOS A EXECUCAO - ALEGACAO DE ILIQUIDEZ DO


TITULO EXECUTIVO - SE A EXECUCAO DO TITULO JUDICIAL
DEPENDE DA PROVA DE FATO NOVO (DEFINIDO TAMBEM
COMO AQUELE QUE APESAR DE NAO SUPERVENIENTE A
SENTENCA, NAO FOI OBJETO DE PROVA DURANTE O
PROCESSO DE CONHECIMENTO) E INDISPENSAVEL O
RECURSO AO PROCESSO DE LIQUIDACAO PARA QUE SEJA
RESPEITADO O PRINCIPIO DO CONTRADITORIO.
OUTROSSIM, NAO HA QUE SE FALAR EM PRECLUSAO DA
MATERIA EM RAZAO DE DECISAO ANTERIOR EM EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, VISTO QUE COMO PRESSUPOSTO
PROCESSUAL QUE E, A LEI PROCESSUAL AFASTA
EXPRESSAMENTE O INSTITUTO DA PRECLUSAO SOBRE
DECISOES JUDICIAIS A RESPEITO DO MENCIONADO TEMA
(ART. 267, 3 DO CPC).
(APELACAO CIVEL - 148685900 - CURITIBA - JUIZ CARVILIO DA
SILVEIRA FILHO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/00 - Ac.:
9960 - Public.: 05/05/00).

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EMBARGOS A EXECUCAO - ALEGACAO DE ILIQUIDEZ DO


TITULO EXECUTIVO - SE A EXECUCAO DO TITULO JUDICIAL
DEPENDE DA PROVA DE FATO NOVO (DEFINIDO TAMBEM
COMO AQUELE QUE APESAR DE NAO SUPERVENIENTE A
SENTENCA, NAO FOI OBJETO DE PROVA DURANTE O
PROCESSO DE CONHECIMENTO) E INDISPENSAVEL O
RECURSO AO PROCESSO DE LIQUIDACAO PARA QUE SEJA
RESPEITADO O PRINCIPIO DO CONTRADITORIO.
OUTROSSIM, NAO HA QUE SE FALAR EM PRECLUSAO DA
MATERIA EM RAZAO DE DECISAO ANTERIOR EM EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, VISTO QUE COMO PRESSUPOSTO
PROCESSUAL QUE E, A LEI PROCESSUAL AFASTA
EXPRESSAMENTE O INSTITUTO DA PRECLUSAO SOBRE
DECISOES JUDICIAIS A RESPEITO DO MENCIONADO TEMA
(ART. 267, 3 DO CPC).
(APELACAO CIVEL - 148685900 - CURITIBA - JUIZ CARVILIO DA
SILVEIRA FILHO - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 10/04/00 - Ac.:
9960 - Public.: 05/05/00).

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EXECUCAO FUNDADA EM CONFISSAO DE DIVIDA -


INSTRUMENTO PARTICULAR ASSINADO PELAS PARTES E POR
DUAS TESTEMUNHAS - OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ALEGACAO DE QUE AS TESTEMUNHAS NAO SUBSCREVERAM
A OUTRA VIA DO INSTRUMENTO - IRRELEVANCIA -
ACOLHIMENTO DO PEDIDO PELO JUIZ APELACAO PROVIDA.
A EXCECAO OU OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E
MODALIDADE DE DEFESA QUE VEM SE ADMITINDO, SEM
GARANTIA DO JUIZO, DESDE QUE FUNDADA EM AUSENCIA DE
TITULO EXECUTIVO OU FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A
CONSTITUICAO E VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO,
MATERIAS CONHECIVEIS ATE DE OFICIO.
NO CASO ORA EXAMINADO, POREM, A EXECUCAO ESTA
LASTREADA EM INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO
DE DIVIDA, ASSINADO POR DUAS TESTEMUNHAS, O QUE
CONFIGURA TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL A TEOR DO
ART. 585, II, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL, SENDO
IRRELEVANTE QUE UMA DAS VIAS QUE ESTA NA POSSE DO
DEVEDOR NAO ESTEJA IGUALMENTE SUBSCRITA POR ESSAS
TESTEMUNHAS.
(APELACAO CIVEL - 145925600 - CURITIBA - JUIZ DOMINGOS
RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 11/04/00 - Ac.: 12870
- Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO FUNDADA EM CONFISSAO DE DIVIDA -


INSTRUMENTO PARTICULAR ASSINADO PELAS PARTES E POR
DUAS TESTEMUNHAS - OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ALEGACAO DE QUE AS TESTEMUNHAS NAO SUBSCREVERAM
A OUTRA VIA DO INSTRUMENTO - IRRELEVANCIA -
ACOLHIMENTO DO PEDIDO PELO JUIZ APELACAO PROVIDA.
A EXCECAO OU OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E
MODALIDADE DE DEFESA QUE VEM SE ADMITINDO, SEM
GARANTIA DO JUIZO, DESDE QUE FUNDADA EM AUSENCIA DE
TITULO EXECUTIVO OU FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A
CONSTITUICAO E VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO,
MATERIAS CONHECIVEIS ATE DE OFICIO.
NO CASO ORA EXAMINADO, POREM, A EXECUCAO ESTA
LASTREADA EM INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO
DE DIVIDA, ASSINADO POR DUAS TESTEMUNHAS, O QUE
CONFIGURA TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL A TEOR DO
ART. 585, II, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL, SENDO
IRRELEVANTE QUE UMA DAS VIAS QUE ESTA NA POSSE DO
DEVEDOR NAO ESTEJA IGUALMENTE SUBSCRITA POR ESSAS
TESTEMUNHAS.
(APELACAO CIVEL - 145925600 - CURITIBA - JUIZ DOMINGOS
RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 11/04/00 - Ac.: 12870
- Public.: 28/04/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO FUNDADA EM CONFISSAO DE DIVIDA -


INSTRUMENTO PARTICULAR ASSINADO PELAS PARTES E POR
DUAS TESTEMUNHAS - OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ALEGACAO DE QUE AS TESTEMUNHAS NAO SUBSCREVERAM
A OUTRA VIA DO INSTRUMENTO - IRRELEVANCIA -
ACOLHIMENTO DO PEDIDO PELO JUIZ APELACAO PROVIDA.
A EXCECAO OU OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E
MODALIDADE DE DEFESA QUE VEM SE ADMITINDO, SEM
GARANTIA DO JUIZO, DESDE QUE FUNDADA EM AUSENCIA DE
TITULO EXECUTIVO OU FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A
CONSTITUICAO E VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO,
MATERIAS CONHECIVEIS ATE DE OFICIO.
NO CASO ORA EXAMINADO, POREM, A EXECUCAO ESTA
LASTREADA EM INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO
DE DIVIDA, ASSINADO POR DUAS TESTEMUNHAS, O QUE
CONFIGURA TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL A TEOR DO
ART. 585, II, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL, SENDO
IRRELEVANTE QUE UMA DAS VIAS QUE ESTA NA POSSE DO
DEVEDOR NAO ESTEJA IGUALMENTE SUBSCRITA POR ESSAS
TESTEMUNHAS.
(APELACAO CIVEL - 145925600 - CURITIBA - JUIZ DOMINGOS
RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 11/04/00 - Ac.: 12870
- Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO RETIDO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


PRETENSAO DE APRESENTACAO DE NOVA PLANILHA DE
CALCULO FALTA DE MENCAO A DADOS E FATOS OBJETIVOS,
CAPAZES DE QUESTIONAR O TITULO OU A CONTA GRAFICA -
INSUBSISTENCIA DO INCIDENTE.
EMBARGOS DO DEVEDOR - EXCESSO DE EXECUCAO -
COMISSAO DE PERMANENCIA CUMULADA COM CORRECAO
MONETARIA IMPOSSIBILIDADE - COMISSAO, AINDA, QUE FOI
ESTABELECIDA A TAXA DE MERCADO, A CRITERIO DO
CREDOR - CLAUSULA POTESTATIVA - ARTIGOS 115 E 145, V,
DO CODIGO CIVIL SUBSTITUICAO PELO "INPC" -
SUCUMBENCIA RECIPROCA REDISTRIBUICAO, COM
COMPENSACAO.
RECURSOS CONHECIDOS, NEGANDO-SE PROVIMENTO AO
AGRAVO RETIDO E PROVENDO-SE PARCIALMENTE A
APELACAO.
(APELACAO CIVEL - 122869500 - PONTA GROSSA - JUIZ
MORAES LEITE - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 01/03/00 - Ac.:
12460 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

AGRAVO RETIDO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


PRETENSAO DE APRESENTACAO DE NOVA PLANILHA DE
CALCULO FALTA DE MENCAO A DADOS E FATOS OBJETIVOS,
CAPAZES DE QUESTIONAR O TITULO OU A CONTA GRAFICA -
INSUBSISTENCIA DO INCIDENTE.
EMBARGOS DO DEVEDOR - EXCESSO DE EXECUCAO -
COMISSAO DE PERMANENCIA CUMULADA COM CORRECAO
MONETARIA IMPOSSIBILIDADE - COMISSAO, AINDA, QUE FOI
ESTABELECIDA A TAXA DE MERCADO, A CRITERIO DO
CREDOR - CLAUSULA POTESTATIVA - ARTIGOS 115 E 145, V,
DO CODIGO CIVIL SUBSTITUICAO PELO "INPC" -
SUCUMBENCIA RECIPROCA REDISTRIBUICAO, COM
COMPENSACAO.
RECURSOS CONHECIDOS, NEGANDO-SE PROVIMENTO AO
AGRAVO RETIDO E PROVENDO-SE PARCIALMENTE A
APELACAO.
(APELACAO CIVEL - 122869500 - PONTA GROSSA - JUIZ
MORAES LEITE - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 01/03/00 - Ac.:
12460 - Public.: 28/04/00).

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AGRAVO RETIDO - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


PRETENSAO DE APRESENTACAO DE NOVA PLANILHA DE
CALCULO FALTA DE MENCAO A DADOS E FATOS OBJETIVOS,
CAPAZES DE QUESTIONAR O TITULO OU A CONTA GRAFICA -
INSUBSISTENCIA DO INCIDENTE.
EMBARGOS DO DEVEDOR - EXCESSO DE EXECUCAO -
COMISSAO DE PERMANENCIA CUMULADA COM CORRECAO
MONETARIA IMPOSSIBILIDADE - COMISSAO, AINDA, QUE FOI
ESTABELECIDA A TAXA DE MERCADO, A CRITERIO DO
CREDOR - CLAUSULA POTESTATIVA - ARTIGOS 115 E 145, V,
DO CODIGO CIVIL SUBSTITUICAO PELO "INPC" -
SUCUMBENCIA RECIPROCA REDISTRIBUICAO, COM
COMPENSACAO.
RECURSOS CONHECIDOS, NEGANDO-SE PROVIMENTO AO
AGRAVO RETIDO E PROVENDO-SE PARCIALMENTE A
APELACAO.
(APELACAO CIVEL - 122869500 - PONTA GROSSA - JUIZ
MORAES LEITE - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 01/03/00 - Ac.:
12460 - Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO FUNDADA EM CONFISSAO DE DIVIDA -


INSTRUMENTO PARTICULAR ASSINADO PELAS PARTES E POR
DUAS TESTEMUNHAS - OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
ALEGACAO DE QUE AS TESTEMUNHAS NAO SUBSCREVERAM
A OUTRA VIA DO INSTRUMENTO - IRRELEVANCIA -
ACOLHIMENTO DO PEDIDO PELO JUIZ APELACAO PROVIDA.
A EXCECAO OU OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E
MODALIDADE DE DEFESA QUE VEM SE ADMITINDO, SEM
GARANTIA DO JUIZO, DESDE QUE FUNDADA EM AUSENCIA DE
TITULO EXECUTIVO OU FALTA DE PRESSUPOSTOS PARA A
CONSTITUICAO E VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUCAO,
MATERIAS CONHECIVEIS ATE DE OFICIO.
NO CASO ORA EXAMINADO, POREM, A EXECUCAO ESTA
LASTREADA EM INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO
DE DIVIDA, ASSINADO POR DUAS TESTEMUNHAS, O QUE
CONFIGURA TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL A TEOR DO
ART. 585, II, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL, SENDO
IRRELEVANTE QUE UMA DAS VIAS QUE ESTA NA POSSE DO
DEVEDOR NAO ESTEJA IGUALMENTE SUBSCRITA POR ESSAS
TESTEMUNHAS.
(APELACAO CIVEL - 145925600 - CURITIBA - JUIZ DOMINGOS
RAMINA - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 11/04/00 - Ac.: 12870
- Public.: 28/04/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

HONORARIOS ADVOCATICIOS. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL EXTINTA. FIXACAO. PRINCIPIO DA ISONOMIA.
ACOLHIDA A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE MANEJADA
PELO DEVEDOR EM EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL,
AGE COM ISONOMIA O JUIZ QUE FIXA OS HONORARIOS EM
FAVOR DO PATRONO DO EXECUTADO NO MESMO
PERCENTUAL QUE HAVIA FIXADO, PROVISORIAMENTE, EM
FAVOR DO EXEQUENTE POR OCASIAO DO DESPACHO NA
PETICAO INICIAL, NAO SENDO ESTA QUANTIA
DESARRAZOADA OU ABSURDA, NA ESPECIE.
RECURSO DESPROVIDO.
(APELACAO CIVEL - 151440500 - CURITIBA - JUIZ RUY CUNHA
SOBRINHO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 22/03/00 - Ac.:
12506 - Public.: 31/03/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

HONORARIOS ADVOCATICIOS. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL EXTINTA. FIXACAO. PRINCIPIO DA ISONOMIA.
ACOLHIDA A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE MANEJADA
PELO DEVEDOR EM EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL,
AGE COM ISONOMIA O JUIZ QUE FIXA OS HONORARIOS EM
FAVOR DO PATRONO DO EXECUTADO NO MESMO
PERCENTUAL QUE HAVIA FIXADO, PROVISORIAMENTE, EM
FAVOR DO EXEQUENTE POR OCASIAO DO DESPACHO NA
PETICAO INICIAL, NAO SENDO ESTA QUANTIA
DESARRAZOADA OU ABSURDA, NA ESPECIE.
RECURSO DESPROVIDO.
(APELACAO CIVEL - 151440500 - CURITIBA - JUIZ RUY CUNHA
SOBRINHO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 22/03/00 - Ac.:
12506 - Public.: 31/03/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

HONORARIOS ADVOCATICIOS. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL EXTINTA. FIXACAO. PRINCIPIO DA ISONOMIA.
ACOLHIDA A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE MANEJADA
PELO DEVEDOR EM EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL,
AGE COM ISONOMIA O JUIZ QUE FIXA OS HONORARIOS EM
FAVOR DO PATRONO DO EXECUTADO NO MESMO
PERCENTUAL QUE HAVIA FIXADO, PROVISORIAMENTE, EM
FAVOR DO EXEQUENTE POR OCASIAO DO DESPACHO NA
PETICAO INICIAL, NAO SENDO ESTA QUANTIA
DESARRAZOADA OU ABSURDA, NA ESPECIE.
RECURSO DESPROVIDO.
(APELACAO CIVEL - 151440500 - CURITIBA - JUIZ RUY CUNHA
SOBRINHO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 22/03/00 - Ac.:
12506 - Public.: 31/03/00).
Tribunal de Alçada do Paraná

HONORARIOS ADVOCATICIOS. EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL EXTINTA. FIXACAO. PRINCIPIO DA ISONOMIA.
ACOLHIDA A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE MANEJADA
PELO DEVEDOR EM EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL,
AGE COM ISONOMIA O JUIZ QUE FIXA OS HONORARIOS EM
FAVOR DO PATRONO DO EXECUTADO NO MESMO
PERCENTUAL QUE HAVIA FIXADO, PROVISORIAMENTE, EM
FAVOR DO EXEQUENTE POR OCASIAO DO DESPACHO NA
PETICAO INICIAL, NAO SENDO ESTA QUANTIA
DESARRAZOADA OU ABSURDA, NA ESPECIE.
RECURSO DESPROVIDO.
(APELACAO CIVEL - 151440500 - CURITIBA - JUIZ RUY CUNHA
SOBRINHO - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 22/03/00 - Ac.:
12506 - Public.: 31/03/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - DUPLICATA SEM


ACEITE - CONTRATO - PRESTACAO DE SERVICOS
EDUCACIONAIS DESISTENCIA DO CURSO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE NULIDADE RECONHECIDA - DISCREPANCIA
ENTRE O VALOR DA CARTULA E DO CONTRATO - LIQUIDEZ
DESNATURADA - APELACAO DESPROVIDA.
(APELACAO CIVEL - 138205800 - LONDRINA - JUIZ CONV.
MARQUES CURY - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 01/12/99 - Ac.:
10058 - Public.: 10/12/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO


PARTICULAR DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA -
EXCECAO PRE-EXECUTIVIDADE - AUSENTE ASSINATURAS
TESTEMUNHAS TITULO EXECUTIVO DESFIGURADO -
EXTINCAO DO PROCESSO ACERTADA - DESNECESSARIA A
INTERPOSICAO DE EMBARGOS HONORARIOS ADVOCATICIOS -
ADEQUACAO - APELACAO PARCIALMENTE PROVIDA.
(APELACAO CIVEL - 142204000 - LONDRINA - JUIZ CONV.
MARQUES CURY - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 01/12/99 - Ac.:
10064 - Public.: 10/12/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL. - MEDIDA CAUTELAR. - OBJECAO A PRE-


EXECUTIVIDADE. - PROCEDENCIA. - EXECUCAO.
LITIGANCIA DE MA-FE. - CONDENACAO JUSTA. - ARTIGO 1.531,
DO CODIGO CIVIL. - IMPOSSIBILIDADE DE CUMULACAO.
- HONORARIOS DEVIDOS, CONDENACAO COM BASE NO
VALOR EXECUTADO, R$2.022.913.167,01 (DOIS BILHOES, VINTE
E DOIS MILHOES, NOVECENTOS E TREZE MIL, CENTO E
SESSENTA E SETE REAIS E UM CENTAVO). - CALCULO
APRESENTADO PELO CONTADOR, QUE RESULTOU NA
ACEITACAO PELO DR. JUIZ A QUO. - VALOR BASE PARA
CONDENACAO DA INDENIZACAO, CORRETAMENTE FIXADO. -
MULTA TAMBEM DEVIDA. - ARTIGO 18, 2, DO CODIGO DE
PROCESSO CIVIL, DE ACORDO COM A REDACAO DADA PELA
LEI N 9.668/98. - RECURSO QUE ALEGA NULIDADE DO
JULGADO. - INOCORRENCIA. - INOCORRENCIA DE EXAGERO
NAS SANCOES IMPOSTAS AO SUCUMBENTE. - OBJECAO A
PRE-EXECUTIVIDADE. - REGULARIDADE NA INTERPOSICAO DO
INCIDENTE, FACE O PROCEDIMENTO ADOTADO. - CONDUTA
DO APELANTE QUE PROPICIOU A INTERPOSICAO DO
INCIDENTE.
CONCORDANCIA COM O CALCULO ABUSIVO APRESENTADO.
SOLICITACAO PARA PROSSEGUIMENTO DO FEITO, MESMO
DIANTE DO VALOR EXCESSIVO. - IMPOSSIBILIDADE DE
DISCUSSAO DE MATERIA AFETA AO PROCESSO DE
CONHECIMENTO, QUE ENCONTRAVA-SE EM FASE DE
LIQUIDACAO. - MEDIDA CAUTELAR CONFIRMADA. - VALOR
BLOQUEADO EM SEDE DE LIMINAR, SUFICIENTE PARA
GARANTIA DA CONDENACAO. - RECURSO DA C. R. ALMEIDA
S/A. ENGENHARIA E CONSTRUCOES E OUTROS
PARCIALMENTE PROVIDO, PARA CONDENAR TAMBEM O
APELADO JORGE EVENCIO DE CARVALHO AO PAGAMENTO DA
MULTA DE 1% SOBRE O VALOR DA CAUSA, O QUAL RESTOU
FIXADO NA IMPUGNACAO OFERECIDA POR JORGE EVENCIO
DE CARVALHO, CONFORME NOVA REDACAO DO ARTIGO 18,
DO CPC, ASSIM COMO AO PAGAMENTO DE HONORARIOS
ADVOCATICIOS FIXADO EM 1% (HUM POR CENTO) SOBRE O
VALOR EXECUTADO REFERENCIAL, DE R$2.022.913.167,01
(DOIS BILHOES, VINTE E DOIS MILHOES, NOVECENTOS E
TREZE MIL, CENTO E SESSENTA E SETE REAIS E UM
CENTAVO) - VENCIDO O RELATOR NO PONTO REFERENTE A
VERBA HONORARIA. - RECURSO INTERPOSTO POR JORGE
EVENCIO DE CARVALHO. - IMPROVIDO.
I. COSTUMA-SE, AINDA, DENOMINAR DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE, A POSSIBILIDADE DE O DEVEDOR ALEGAR
FALTA DESSA CONDICAO PARA A ACAO DE EXECUCAO.
MELHOR SERIA FALAR EM OBJECAO, PORQUE O JUIZ DEVE
CONHECER, DE OFICIO, A MATERIA RELATIVA AS CONDICOES
DA ACAO.
ASSIM, SE O TITULO NAO CONTIVER EFICACIA EXECUTIVA, O
MAGISTRADO DEVERA DESDE LOGO INDEFERIR A PETICAO
INICIAL DA ACAO DE EXECUCAO. ANOTE-SE, POR OPORTUNO,
QUE A PRESCRICAO DA EFICACIA EXECUTIVA DO TITULO
DEVE SER PRONUNCIADA, EX OFFICIO, PELO JUIZ, PORQUE
RESPEITA A PROPRIA CONDICAO DA ACAO DE EXECUCAO E
NAO A PERDA DO DIREITO MATERIAL PATRIMONIAL
REPRESENTADO NO TITULO, O QUE LHE SERIA VEDADO
EXAMINAR, SEM PEDIDO DA PARTE (ART. 219, 5, CPC).
II. O ARTIGO 18, E SEU PARAGRAFO 2 , DO CPC, CONDICIONAM
A SUA EFICACIA, AO PAGAMENTO DA INDENIZACAO PELOS
PREJUIZOS, MULTA, HONORARIOS E DESPESAS EFETUADAS.
NO CASO, A INDENIZACAO, HONORARIOS E DESPESAS
EFETUADAS FORAM CORRETAMENTE FIXADAS, NAO EM
VALOR IRRISORIO E CONTRARIO A LEI, MAS SIM, NA
PROPORCAO DETERMINADA PELO REFERIDO ARTIGO, QUE
NAO DEVE SER SUPERIOR A 20% (VINTE POR CENTO).
PORTANTO, ARBITRADA A INDENIZACAO NA RAZAO DE 10%
(DEZ POR CENTO), NAO HOUVE QUALQUER ILEGALIDADE OU
MESMO ADOCAO ALHEIA A LEI.
III. EMBORA A INDENIZACAO E DESPESAS QUE EFETUARAM
RESTASSEM DEFERIDAS, A OUTRA CONDENACAO, QUAL
SEJA, A MULTA, NAO O FOI. DESSA FORMA, DEVE SER
REFORMADA A SENTENCA MONOCRATICA, PARA
DETERMINAR O PAGAMENTO DA MULTA DE 1% (HUM POR
CENTO) SOBRE O VALOR DA CAUSA ARBITRADO NOS AUTOS
DE IMPUGNACAO AO VALOR DA CAUSA N 134.742-0/02,
CONFORME ARTIGO 18, DO CPC, REDACAO LHE DADA PELA
LEI N 9.668/98.
IV. O ARTIGO 1.531, DO CODIGO CIVIL, COMO JA DECIDIDO
ANTERIORMENTE POR ESTE TRIBUNAL, SOMENTE TEM LUGAR
A ALUDIDA PENA QUANDO A COBRANCA TENHA SIDO
COMPROVADAMENTE PRATICADA POR MA-FE E PARA TAL
IMPOSICAO E NECESSARIO O PROCEDIMENTO PROPRIO NAO
EM SEDE DE OBJECAO A PRE-EXECUTIVIDADE E MUITO
EMBORA TENHA SIDO APRESENTADO CALCULO DIVERGENTE,
DEVE SER OPORTUNIZADO AO APELADO, A GARANTIA
CONSTITUCIONAL DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITORIO,
ANTES DE VER RECONHECIDA A PRETENSAO DO APELANTE.
V. A ALEGACAO DE QUE O VALOR DOS HONORARIOS ERAM
"FORMIDAVELMENTE ABSURDOS", TENDO EM VISTA O
ALTISSIMO VALOR DA EXECUCAO, TENHO QUE TAMBEM
ASSISTE RAZAO AOS APELANTES. EMBORA A SENTENCA
MONOCRATICA NAO DECIDIU ULTRA OU EXTRA-PETITA, E OS
VALORES INDENIZATORIOS SEGUIREM AS CONDICOES
IMPOSTAS NOS AUTOS, AO ACOLHER-SE A OBJECAO A PRE-
EXECUTIVIDADE, REFORCOU-SE O ENTENDIMENTO QUE
EFETIVAMENTE RESTOU INTENTADA EXECUCAO, TENDO
INCLUSIVE O PROPRIO APELANTE JORGE EVENCIO DE
CARVALHO, EM SUAS VARIAS PETICOES, AO QUALIFICAR OS
AUTOS, SEMPRE MENCIONOU TRATAR-SE DE "AUTOS DE
EXECUCAO DE HONORARIOS ADVOCATICIOS", CITANDO
INCLUSIVE TEXTO ONDE AFIRMA QUE NAO SE PODE DAR
INTERPRETACAO DOS FATOS COM MEIAS PALAVRAS: "TUDO
QUE PODE SER DITO, PODE SER DITO CLARAMENTE, O QUE
NAO PODE SER DITO CLARAMENTE, NAO PODE SER DITO DE
FORMA ALGUMA" (WITTGENSTEIN).
VI. A DECISAO MONOCRATICA FOI ACERTADA, PARA O FIM DE
SANAR QUALQUER IRREGULARIDADE PROCESSUAL,
ADEQUANDO A REALIDADE DOS FATOS AS CONDICOES DA
ACAO, AO MESMO TEMPO EM QUE IMPOE SANCAO AQUELE
QUE INDEPENDENTE DA INTENCAO, TENHA PRATICADO ATO
ALHEIO A REALIDADE FATICA DO PROCEDIMENTO ADOTADO.
PORTANTO, A SENTENCA MONOCRATICA NAO FOI CONTRARIA
AO DIREITO OU AO PROCEDIMENTO, OS ACORDOS
PERPETRADOS ENTRE O BEMGE E APELADO, OU AOS
HONORARIOS A QUE FAZ JUS OS APELANTES , FORAM DE
FORMA CLARA E CONCISA DETALHADOS, ASSIM COMO NO
INCIDENTE RESTOU DECIDIDO DE FORMA PECULIAR AS
CONDICOES IMPOSTAS A LIDE.
VII. A LITIGANCIA DE MA-FE ARBITRADA, TEM FUNDAMENTO.
TEVE O APELANTE OPORTUNIDADE PARA QUE A ACAO
TIVESSE OUTRO DESLINDE, MAS POR NAO SE UTILIZAR DA
LISURA NECESSARIA AO PROCEDIMENTO, DEIXANDO
TRANSCORRER O CALCULO ELABORADO NA RAZAO DE
R$2.022.913.167,01 (DOIS BILHOES, VINTE E DOIS MILHOES,
NOVECENTOS E TREZE MIL, CENTO E SESSENTA E SETE
REAIS E UM CENTAVO).
VIII. NO QUE SE REFERE A EXTINCAO DO FEITO, ALEGANDO
PARA TANTO, QUE ESTE NAO PODE OCORRER EM RELACAO
AO BEMGE, CUMPRE SALIENTAR QUE EXISTE PROCEDIMENTO
PROPRIO PARA DEFESA DAQUELE QUE SE SENTIR LESADO E
A LIDE CINGE-SE A CONTROVERSIA DE VALORES,
INSTAURADA NO INCIDENTE PROVOCADO PELA C. R. ALMEIDA
S/A. ENGENHARIA E CONSTRUCOES E OUTROS, ONDE NAO
RESTOU AFASTADO QUALQUER DIREITO DE TERCEIROS.
(APELACAO CIVEL - 139523500 - CURITIBA - JUIZ LIDIO J. R. DE
MACEDO - TERCEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 09/11/99 - Ac.:
12266 - Public.: 03/12/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXECUCAO DE TITULO EXTRAJUDICIAL. TAXAS


CONDOMINIAIS.
ARTIGO 585, IV, DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
APLICABILIDADE. COMPROVACAO DO CREDITO POR
CONTRATO ESCRITO. AUSENCIA. CARENCIA DE ACAO.
CONFIGURACAO, DEVIDO A FALTA DE UMA DE SUAS
CONDICOES ESPECIFICAS.
EXTINCAO DO PROCESSO. CABIMENTO. CONDENACAO DO
VENCIDO AOS ONUS SUCUMBENCIAIS. NECESSIDADE, ANTE
INTERVENCAO NA CAUSA PELO PROFISSIONAL, COM A
OPORTUNIDADE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
SENTENCA CONFIRMADA. APELO DESPROVIDO.
O PROCEDIMENTO ADEQUADO PARA O CONDOMINIO
RECLAMAR DO CONDOMINO O PAGAMENTO DAS COTAS
ATRASADAS E O SUMARIO, CONSOANTE O PREVISTO PELO
ARTIGO 275, II, "B", DO CODIGO DE PROCESSO CIVIL.
(APELACAO CIVEL - 141120500 - LONDRINA - JUIZ SERGIO
ARENHART - OITAVA CAMARA CIVEL - Julg: 25/10/99 - Ac.: 9704 -
Public.: 19/11/99).

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EXECUCAO - COBRANCA DE PREMIO DE SEGURO - ART. 27 DO


DEC. LEI 73/66 - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ALEGACAO DE INEXISTENCIA DE TITULO - DOCUMENTOS
JUNTADOS COM A EXORDIAL, CONTUDO, QUE AUTORIZAM O
PROSSEGUIMENTO DA EXECUCAO - ARGUICAO DE QUE OS
PAPEIS QUE FORAM SUBSCRITOS PELO EXECUTADO
REFEREM-SE A OUTRO SEGURO - CONTRATO, POREM, ESSE
OUTRO, CUJOS DADOS NAO FORAM IDENTIFICADOS, NEM FOI
JUNTADO AOS AUTOS ANULACAO DA SENTENCA.
(APELACAO CIVEL - 141665900 - IBAITI - JUIZ CONV. ANTONIO
RENATO STRAPASSON - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg:
19/10/99 - Ac.: 11664 - Public.: 12/11/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. NOMEACAO DE BEM A


PENHORA. RECEBIMENTO EQUIVOCADO COMO EMBARGOS.
NULIDADE DO PROCESSO. APELACAO PROVIDA E RECURSO
ADESIVO NAO CONHECIDO, PORQUE DESERTO.
NAO TENDO HAVIDO EMBARGOS DECLARA-SE A NULIDADE DO
PROCESSO, DEVENDO A PETICAO DE FLS. 2 A 5 E
DOCUMENTOS QUE A INSTRUIRAM SEREM ENCARTADOS AO
PROCESSO DE EXECUCAO, COM POSTERIOR APRECIACAO
PELO M. M. JUIZ "A QUO" DAS QUESTOES ALI AVENTADAS.
NAO SE CONHECE DE RECURSO ADESIVO NAO PREPARADO,
HAJA VISTA QUE A ELE DEVEM SER APLICADAS AS MESMAS
REGRAS DO RECURSO INDEPENDENTE.
(APELACAO CIVEL - 137154200 - SAO JOSE DOS PINHAIS - JUIZ
COSTA BARROS - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 06/10/99 - Ac.:
11859 - Public.: 22/10/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

APELACAO CIVEL - DECISAO EM EXCECAO DE "PRE-


EXECUTIVIDADE" AJUIZADA APOS REJEICAO LIMINAR DE
EMBARGOS A EXECUCAO EM SEDE RECURSAL - ALEGACAO
DE INEXIGIBILIDADE, ILIQUIDEZ E INCERTEZA DO TITULO
PRECLUSAO - INOCORRENCIA - MATERIA NAO APRECIADA EM
2 GRAU DE JURISDICAO - CARTA DE FIANCA - NOTA
PROMISSORIA - TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL LIQUIDO,
CERTO E EXIGIVEL - DECISAO EQUIVOCADA - RECURSO
PROVIDO (APELACAO CIVEL - 135451800 - LONDRINA - JUIZ
PRESTES MATTAR - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 13/09/99 -
Ac.: 9694 - Public.: 08/10/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
EMBARGOS A EXECUCAO - CHEQUE PRE-DATADO -
JULGAMENTO ANTECIPADO - PROVAS DESNECESSARIAS -
CERCEAMENTO DE DEFESA AFASTADO - EXECUTIVIDADE -
AVALISTA - EXCECAO PESSOAL - PREJUIZO NAO
DEMONSTRADO - APELACAO DESPROVIDA.

LEGISLACAO: L 7357/85 - ART 30. L 9311/96 - ART 17, I. CPC -


ART 740, PAR UN. L 7357/85 - ART 25.

DOUTRINA: ULHOA COELHO, FABIO - MANUAL DE DIREITO


COMERCIAL, 6 ED, ED SARAIVA.
JURISPRUDENCIA: REVISTA DA ASSOCIACAO DOS
MEGISTRADOS DO PARANA 26/252. TAPR - AP CIV 3373/89, REL
JUIZ PACHECO ROCHA. TAPR - 7 CC, AC 6302, REL JUIZ
PRESTES MATTAR. TAPR - 8 CC, AC 4423, REL JUIZ MULANI DE
MOURA. TAPR - 6 CC, AC 3723, REL JUIZ RUY FERNANDO DE
OLIVEIRA. RT 551/221. RT 580/253. RT 663/113. RT 665/100. TJDF
- AP CIV 36544/95, 5 T, AC 88484, REL JUIZ ADELITH DE
CARVALHO LOPES, DJU 02/10/96, P 17421.
(APELACAO CIVEL - 118646300 - LONDRINA - JUIZ CONV.
MARQUES CURY - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 21/10/98 - Ac.:
8342 - Public.: 06/11/98).

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EMBARGOS DE DECLARACAO. AGRAVO DE INSTRUMENTO


QUE PROVEU RECURSO PARA AFASTAR ATO INDEFERITORIO
DE INCIDENTE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
OMISSAO.
INOCORRENCIA. PRETENSAO DO EMBARGANTE
OBJETIVANDO QUE SE DECLARE ALEM DO QUE FOI DECIDIDO.
RECURSO REJEITADO.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 170640701 - ARAPONGAS -
JUIZ EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg:
30/05/01 - Ac.: 12204 - Public.: 03/08/01).

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EMBARGOS DE DECLARACAO. AGRAVO DE INSTRUMENTO


INTERPOSTO CONTRA INTERLOCUTORIO QUE INDEFERIU
INCIDENTE DE PRE-EXECUTIVIDADE. ACORDAO QUE MANTEM
HIGIDA A DECISAO RECORRIDA. APONTADAS OBSCURIDADE,
CONTRADICAO E OMISSAO DO JULGADO. INCORRENCIAS.
ESCRITURA PUBLICA DE COMPRA E VENDA COM PACTO
ADJETO E HIPOTECA E OUTRAS AVENCAS. TITULO LIQUIDO,
CERTO E EXIGIVEL. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE NAO
SE PRESTA PARA EXPURGAR EXCESSOS DE EXECUCAO.
TITULO EMBORA LASTREADO EM ANTERIOR CONTRATO DE
CONSORCIO, NAO IMPOE QUE O JULGADO FACA
REFERENCIAS AGUDAS A RESPEITO DESTE.
RECURSO REJEITADO.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 167782501 - CURITIBA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 18/04/01 -
Ac.: 11939 - Public.: 27/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS DE DECLARACAO. AGRAVO DE INSTRUMENTO


INTERPOSTO CONTRA INTERLOCUTORIO QUE INDEFERIU
INCIDENTE DE PRE-EXECUTIVIDADE. ACORDAO QUE MANTEM
HIGIDA A DECISAO RECORRIDA. APONTADAS OBSCURIDADE,
CONTRADICAO E OMISSAO DO JULGADO. INCORRENCIAS.
ESCRITURA PUBLICA DE COMPRA E VENDA COM PACTO
ADJETO E HIPOTECA E OUTRAS AVENCAS. TITULO LIQUIDO,
CERTO E EXIGIVEL. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE NAO
SE PRESTA PARA EXPURGAR EXCESSOS DE EXECUCAO.
TITULO EMBORA LASTREADO EM ANTERIOR CONTRATO DE
CONSORCIO, NAO IMPOE QUE O JULGADO FACA
REFERENCIAS AGUDAS A RESPEITO DESTE.
RECURSO REJEITADO.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 167782501 - CURITIBA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 18/04/01 -
Ac.: 11939 - Public.: 27/04/01).

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EMBARGOS DE DECLARACAO. AGRAVO DE INSTRUMENTO


INTERPOSTO CONTRA INTERLOCUTORIO QUE INDEFERIU
INCIDENTE DE PRE-EXECUTIVIDADE. ACORDAO QUE MANTEM
HIGIDA A DECISAO RECORRIDA. APONTADAS OBSCURIDADE,
CONTRADICAO E OMISSAO DO JULGADO. INCORRENCIAS.
ESCRITURA PUBLICA DE COMPRA E VENDA COM PACTO
ADJETO E HIPOTECA E OUTRAS AVENCAS. TITULO LIQUIDO,
CERTO E EXIGIVEL. A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE NAO
SE PRESTA PARA EXPURGAR EXCESSOS DE EXECUCAO.
TITULO EMBORA LASTREADO EM ANTERIOR CONTRATO DE
CONSORCIO, NAO IMPOE QUE O JULGADO FACA
REFERENCIAS AGUDAS A RESPEITO DESTE.
RECURSO REJEITADO.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 167782501 - CURITIBA - JUIZ
EDSON VIDAL PINTO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 18/04/01 -
Ac.: 11939 - Public.: 27/04/01).

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EMBARGOS DE DECLARACAO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


ALEGACAO DE QUE OS AGRAVADOS NAO FAZEM PARTE DA
ACAO REVISIONAL E CONSIGNATORIA. DEFEITO DE
REPRESENTACAO. SEM APRECIACAO NO JUIZO SINGULAR.
JULGAMENTO RESTRITO A REJEICAO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. COMPROVACAO DOS DEPOSITOS. OMISSAO
DO ACORDAO NAO ACATADA.
EMBARGOS REJEITADOS.
INADMISSIVEL OBTER-SE EM GRAU DE RECURSO, O
PROVIMENTO EM DEFINITIVO DE QUESTAO AINDA NAO
ANALISADA PELO JUIZ, CONDUTOR DO PROCESSO PRINCIPAL.
O DEFEITO DE REPRESENTACAO DEVE SER ANALISADO PELO
JUIZ DA CAUSA.
A EXISTENCIA DE DEPOSITOS NA ACAO DE CONSIGNACAO EM
PAGAMENTO POR PARTE DOS EMBARGADOS, EXECUTADOS
PELA EMBARGANTE, LEVA A SUSPENSAO DA EXECUCAO, SOB
PENA DA OCORRENCIA DE GRAVES PREJUIZOS.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 165404801 - CURITIBA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 19/03/01 - Ac.:
12123 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS DE DECLARACAO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


ALEGACAO DE QUE OS AGRAVADOS NAO FAZEM PARTE DA
ACAO REVISIONAL E CONSIGNATORIA. DEFEITO DE
REPRESENTACAO. SEM APRECIACAO NO JUIZO SINGULAR.
JULGAMENTO RESTRITO A REJEICAO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. COMPROVACAO DOS DEPOSITOS. OMISSAO
DO ACORDAO NAO ACATADA.
EMBARGOS REJEITADOS.
INADMISSIVEL OBTER-SE EM GRAU DE RECURSO, O
PROVIMENTO EM DEFINITIVO DE QUESTAO AINDA NAO
ANALISADA PELO JUIZ, CONDUTOR DO PROCESSO PRINCIPAL.
O DEFEITO DE REPRESENTACAO DEVE SER ANALISADO PELO
JUIZ DA CAUSA.
A EXISTENCIA DE DEPOSITOS NA ACAO DE CONSIGNACAO EM
PAGAMENTO POR PARTE DOS EMBARGADOS, EXECUTADOS
PELA EMBARGANTE, LEVA A SUSPENSAO DA EXECUCAO, SOB
PENA DA OCORRENCIA DE GRAVES PREJUIZOS.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 165404801 - CURITIBA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 19/03/01 - Ac.:
12123 - Public.: 20/04/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS DE DECLARACAO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


ALEGACAO DE QUE OS AGRAVADOS NAO FAZEM PARTE DA
ACAO REVISIONAL E CONSIGNATORIA. DEFEITO DE
REPRESENTACAO. SEM APRECIACAO NO JUIZO SINGULAR.
JULGAMENTO RESTRITO A REJEICAO DA EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. COMPROVACAO DOS DEPOSITOS. OMISSAO
DO ACORDAO NAO ACATADA.
EMBARGOS REJEITADOS.
INADMISSIVEL OBTER-SE EM GRAU DE RECURSO, O
PROVIMENTO EM DEFINITIVO DE QUESTAO AINDA NAO
ANALISADA PELO JUIZ, CONDUTOR DO PROCESSO PRINCIPAL.
O DEFEITO DE REPRESENTACAO DEVE SER ANALISADO PELO
JUIZ DA CAUSA.
A EXISTENCIA DE DEPOSITOS NA ACAO DE CONSIGNACAO EM
PAGAMENTO POR PARTE DOS EMBARGADOS, EXECUTADOS
PELA EMBARGANTE, LEVA A SUSPENSAO DA EXECUCAO, SOB
PENA DA OCORRENCIA DE GRAVES PREJUIZOS.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 165404801 - CURITIBA - JUIZ
MIGUEL PESSOA - SETIMA CAMARA CIVEL - Julg: 19/03/01 - Ac.:
12123 - Public.: 20/04/01).

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EMBARGOS DE DECLARACAO. DECISAO COLEGIADA.


RECURSO DE APELACAO. ALEGACAO DE CONTRADICAO NA
FUNDAMENTACAO DO ACORDAO. EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE- EXECUTIVIDADE.
INCIDENTE PROCESSUAL. EFEITO INFRINGENTE.
CONTRADICAO. INOCORRENCIA. IMPOSSIBILIDADE DE
RENOVAR DISCUSSAO ACERCA DE MATERIA ATINGIDA PELA
DECISAO COLEGIADA.
RECURSO REJEITADO.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 158959701 - LONDRINA - JUIZ
CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 07/02/01 - Ac.: 13631 - Public.: 23/02/01).

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EMBARGOS DE DECLARACAO. DECISAO COLEGIADA.
RECURSO DE APELACAO. ALEGACAO DE CONTRADICAO NA
FUNDAMENTACAO DO ACORDAO. EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE- EXECUTIVIDADE.
INCIDENTE PROCESSUAL. EFEITO INFRINGENTE.
CONTRADICAO. INOCORRENCIA. IMPOSSIBILIDADE DE
RENOVAR DISCUSSAO ACERCA DE MATERIA ATINGIDA PELA
DECISAO COLEGIADA.
RECURSO REJEITADO.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 158959701 - LONDRINA - JUIZ
CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 07/02/01 - Ac.: 13631 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS DE DECLARACAO. DECISAO COLEGIADA.


RECURSO DE APELACAO. ALEGACAO DE CONTRADICAO NA
FUNDAMENTACAO DO ACORDAO. EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE- EXECUTIVIDADE.
INCIDENTE PROCESSUAL. EFEITO INFRINGENTE.
CONTRADICAO. INOCORRENCIA. IMPOSSIBILIDADE DE
RENOVAR DISCUSSAO ACERCA DE MATERIA ATINGIDA PELA
DECISAO COLEGIADA.
RECURSO REJEITADO.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 158959701 - LONDRINA - JUIZ
CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 07/02/01 - Ac.: 13631 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS DE DECLARACAO. DECISAO COLEGIADA.


RECURSO DE APELACAO. ALEGACAO DE CONTRADICAO NA
FUNDAMENTACAO DO ACORDAO. EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE- EXECUTIVIDADE.
INCIDENTE PROCESSUAL. EFEITO INFRINGENTE.
CONTRADICAO. INOCORRENCIA. IMPOSSIBILIDADE DE
RENOVAR DISCUSSAO ACERCA DE MATERIA ATINGIDA PELA
DECISAO COLEGIADA.
RECURSO REJEITADO.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 158959701 - LONDRINA - JUIZ
CONV. JURANDYR SOUZA JUNIOR - SEGUNDA CAMARA CIVEL -
Julg: 07/02/01 - Ac.: 13631 - Public.: 23/02/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


ACOLHIMENTO - EXECUCAO EXTINTA - CUSTAS E
HONORARIOS ADVOCATICIOS DEVIDOS - OMISSAO -
EMBARGOS DE DECLARACAO PROVIDOS PARA SUPRIR O
DEFEITO.
ACOLHIDA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E EXTINTO O
PROCESSO, COM OU SEM JULGAMENTO DO MERITO,
RESPONDE O VENCIDO, EM ATENCAO AOS PRINCIPIOS DA
SUCUMBENCIA E DA CAUSALIDADE, PELO PAGAMENTO DAS
CUSTAS E HONORARIOS ADVOCATICIOS.
O JUIZ IMPORA AO VENCIDO A CONDENACAO EM
HONORARIOS NA SENTENCA QUE POE TERMO AO
PROCESSO, JULGANDO OU NAO O MERITO. RECURSO
EXTRAORDINARIO CONHECIDO E PROVIDO (STF).
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 159215401 - LONDRINA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 23/10/00 - Ac.:
10823 - Public.: 10/11/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

PROCESSUAL CIVIL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE


ACOLHIMENTO - EXECUCAO EXTINTA - CUSTAS E
HONORARIOS ADVOCATICIOS DEVIDOS - OMISSAO -
EMBARGOS DE DECLARACAO PROVIDOS PARA SUPRIR O
DEFEITO.
ACOLHIDA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE E EXTINTO O
PROCESSO, COM OU SEM JULGAMENTO DO MERITO,
RESPONDE O VENCIDO, EM ATENCAO AOS PRINCIPIOS DA
SUCUMBENCIA E DA CAUSALIDADE, PELO PAGAMENTO DAS
CUSTAS E HONORARIOS ADVOCATICIOS.
O JUIZ IMPORA AO VENCIDO A CONDENACAO EM
HONORARIOS NA SENTENCA QUE POE TERMO AO
PROCESSO, JULGANDO OU NAO O MERITO. RECURSO
EXTRAORDINARIO CONHECIDO E PROVIDO (STF).
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 159215401 - LONDRINA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 23/10/00 - Ac.:
10823 - Public.: 10/11/00).

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EMBARGOS DE DECLARACAO - EXECUCAO - NOTAS


PROMISSORIAS E INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO
E COMPOSICAO DE DIVIDA, ORIUNDOS DE OPERACOES DE
HOT MONEY, TREVO CHEQUE E IOC - INVESTIGACAO
ATRAVES DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
INADMISSIBILIDADE - ALEGACAO DE OMISSAO - ANALISE DOS
TITULOS ORIGINARIOS INVIABILIDADE ATRAVES DA VIA ELEITA
- SUSTENTACAO DESPIDA DE JURIDICIDADE - DEFEITO
INOCORRENTE REJEICAO.
PROCLAMANDO O TRIBUNAL QUE A CHAMADA EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE NAO SE PRESTA PARA VIABILIZAR
DISCUSSAO ACERCA DE TITULOS EXTINTOS PELO FENOMENO
DA NOVACAO, NAO PODE ELE - SOB PENA DE INCIDIR EM
INSUPERAVEL PARADOXO -, PASSAR A ANALISE DE TAIS
DOCUMENTOS.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 152630301 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 29/05/00 - Ac.:
10121 - Public.: 09/06/00).

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EMBARGOS DE DECLARACAO - EXECUCAO - NOTAS


PROMISSORIAS E INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO
E COMPOSICAO DE DIVIDA, ORIUNDOS DE OPERACOES DE
HOT MONEY, TREVO CHEQUE E IOC - INVESTIGACAO
ATRAVES DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
INADMISSIBILIDADE - ALEGACAO DE OMISSAO - ANALISE DOS
TITULOS ORIGINARIOS INVIABILIDADE ATRAVES DA VIA ELEITA
- SUSTENTACAO DESPIDA DE JURIDICIDADE - DEFEITO
INOCORRENTE REJEICAO.
PROCLAMANDO O TRIBUNAL QUE A CHAMADA EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE NAO SE PRESTA PARA VIABILIZAR
DISCUSSAO ACERCA DE TITULOS EXTINTOS PELO FENOMENO
DA NOVACAO, NAO PODE ELE - SOB PENA DE INCIDIR EM
INSUPERAVEL PARADOXO -, PASSAR A ANALISE DE TAIS
DOCUMENTOS.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 152630301 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 29/05/00 - Ac.:
10121 - Public.: 09/06/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS DE DECLARACAO - EXECUCAO - NOTAS


PROMISSORIAS E INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSAO
E COMPOSICAO DE DIVIDA, ORIUNDOS DE OPERACOES DE
HOT MONEY, TREVO CHEQUE E IOC - INVESTIGACAO
ATRAVES DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
INADMISSIBILIDADE - ALEGACAO DE OMISSAO - ANALISE DOS
TITULOS ORIGINARIOS INVIABILIDADE ATRAVES DA VIA ELEITA
- SUSTENTACAO DESPIDA DE JURIDICIDADE - DEFEITO
INOCORRENTE REJEICAO.
PROCLAMANDO O TRIBUNAL QUE A CHAMADA EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE NAO SE PRESTA PARA VIABILIZAR
DISCUSSAO ACERCA DE TITULOS EXTINTOS PELO FENOMENO
DA NOVACAO, NAO PODE ELE - SOB PENA DE INCIDIR EM
INSUPERAVEL PARADOXO -, PASSAR A ANALISE DE TAIS
DOCUMENTOS.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 152630301 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 29/05/00 - Ac.:
10121 - Public.: 09/06/00).

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EMBARGOS DE DECLARACAO - EFEITOS MODIFICATIVOS DE


JULGADO ANTERIOR - POSSIBILIDADE EXCEPCIONAL.
"A JURISPRUDENCIA, EM ATUACAO CONSTRUTIVA, ADMITE
EFEITOS MODIFICATIVOS AOS EMBARGOS DESDE QUE A
TANTO INSTADA POR UMA DECORRENCIA LOGICA DE A
DECISAO EMBARGADA TER SIDO TOMADA EM PREMISSAS
FATICAS EQUIVOCADAS, COMO TAMBEM QUANDO DA
OMISSAO DETECTADA E SUPRIDA OU DA CORRECAO DE
CONTRADICAO, IMPOR-SE CONCLUSAO LOGICA CONTRARIA A
QUE CHEGOU O DECISORIO EMBARGADO" (STJ-RESP. 56.336-
4-RJ).
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO,
NAO SE PRESTANDO PARA APONTAR POSSIVEL EXCESSO DE
EXECUCAO.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 138885601 - CURITIBA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 21/03/00 - Ac.:
12622 - Public.: 02/06/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS DE DECLARACAO - EFEITOS MODIFICATIVOS DE


JULGADO ANTERIOR - POSSIBILIDADE EXCEPCIONAL.
"A JURISPRUDENCIA, EM ATUACAO CONSTRUTIVA, ADMITE
EFEITOS MODIFICATIVOS AOS EMBARGOS DESDE QUE A
TANTO INSTADA POR UMA DECORRENCIA LOGICA DE A
DECISAO EMBARGADA TER SIDO TOMADA EM PREMISSAS
FATICAS EQUIVOCADAS, COMO TAMBEM QUANDO DA
OMISSAO DETECTADA E SUPRIDA OU DA CORRECAO DE
CONTRADICAO, IMPOR-SE CONCLUSAO LOGICA CONTRARIA A
QUE CHEGOU O DECISORIO EMBARGADO" (STJ-RESP. 56.336-
4-RJ).
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO,
NAO SE PRESTANDO PARA APONTAR POSSIVEL EXCESSO DE
EXECUCAO.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 138885601 - CURITIBA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 21/03/00 - Ac.:
12622 - Public.: 02/06/00).

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EMBARGOS DE DECLARACAO - EFEITOS MODIFICATIVOS DE


JULGADO ANTERIOR - POSSIBILIDADE EXCEPCIONAL.
"A JURISPRUDENCIA, EM ATUACAO CONSTRUTIVA, ADMITE
EFEITOS MODIFICATIVOS AOS EMBARGOS DESDE QUE A
TANTO INSTADA POR UMA DECORRENCIA LOGICA DE A
DECISAO EMBARGADA TER SIDO TOMADA EM PREMISSAS
FATICAS EQUIVOCADAS, COMO TAMBEM QUANDO DA
OMISSAO DETECTADA E SUPRIDA OU DA CORRECAO DE
CONTRADICAO, IMPOR-SE CONCLUSAO LOGICA CONTRARIA A
QUE CHEGOU O DECISORIO EMBARGADO" (STJ-RESP. 56.336-
4-RJ).
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISAO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, DE CRIACAO
PRETORIANA, E MEDIDA QUE SO PODE SER ACEITA EM
CARATER EXCEPCIONAL QUANDO FOR FLAGRANTE A
AUSENCIA DE CONDICOES DE EXECUTIVIDADE DO TITULO,
NAO SE PRESTANDO PARA APONTAR POSSIVEL EXCESSO DE
EXECUCAO.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 138885601 - CURITIBA - JUIZ
MARIO RAU - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 21/03/00 - Ac.:
12622 - Public.: 02/06/00).

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EMBARGOS DE DECLARACAO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO FIXO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE NAO CONHECIDA -
DECISAO ATACADA POR AGRAVO DE INSTRUMENTO -
ALEGADA OMISSAO DO JULGADO, COM RESPEITO AO PEDIDO
DE DECLARACAO DE PRESCRICAO DA NOTA PROMISSORIA -
OBSCURIDADE QUANTO A INCIDENCIA DA LEI N 8.078/90 -
INCORRENCIA - EMBARGOS REJEITADOS.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 139044901 - CURITIBA - JUIZ
CONV. GLADEMIR VIDAL ANTUNES PANIZZI - SEXTA CAMARA
CIVEL - Julg: 15/05/00 - Ac.: 10056 - Public.: 26/05/00).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS DE DECLARACAO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO FIXO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE NAO CONHECIDA -
DECISAO ATACADA POR AGRAVO DE INSTRUMENTO -
ALEGADA OMISSAO DO JULGADO, COM RESPEITO AO PEDIDO
DE DECLARACAO DE PRESCRICAO DA NOTA PROMISSORIA -
OBSCURIDADE QUANTO A INCIDENCIA DA LEI N 8.078/90 -
INCORRENCIA - EMBARGOS REJEITADOS.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 139044901 - CURITIBA - JUIZ
CONV. GLADEMIR VIDAL ANTUNES PANIZZI - SEXTA CAMARA
CIVEL - Julg: 15/05/00 - Ac.: 10056 - Public.: 26/05/00).

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EMBARGOS DE DECLARACAO - EXECUCAO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO FIXO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE NAO CONHECIDA -
DECISAO ATACADA POR AGRAVO DE INSTRUMENTO -
ALEGADA OMISSAO DO JULGADO, COM RESPEITO AO PEDIDO
DE DECLARACAO DE PRESCRICAO DA NOTA PROMISSORIA -
OBSCURIDADE QUANTO A INCIDENCIA DA LEI N 8.078/90 -
INCORRENCIA - EMBARGOS REJEITADOS.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 139044901 - CURITIBA - JUIZ
CONV. GLADEMIR VIDAL ANTUNES PANIZZI - SEXTA CAMARA
CIVEL - Julg: 15/05/00 - Ac.: 10056 - Public.: 26/05/00).

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EMBARGOS DE DECLARACAO - EXECUCAO DE TITULO
EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO FIXO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE NAO CONHECIDA -
DECISAO ATACADA POR AGRAVO DE INSTRUMENTO -
ALEGADA OMISSAO DO JULGADO, COM RESPEITO AO PEDIDO
DE DECLARACAO DE PRESCRICAO DA NOTA PROMISSORIA -
OBSCURIDADE QUANTO A INCIDENCIA DA LEI N 8.078/90 -
INCORRENCIA - EMBARGOS REJEITADOS.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 139044901 - CURITIBA - JUIZ
CONV. GLADEMIR VIDAL ANTUNES PANIZZI - SEXTA CAMARA
CIVEL - Julg: 15/05/00 - Ac.: 10056 - Public.: 26/05/00).

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EMBARGOS DE DECLARACAO - OMISSAO - OCORRENCIA


COMPLEMENTACAO - OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
VERBAS DE SUCUMBENCIA - ACOLHIMENTO.
E DE SEREM ACOLHIDOS OS EMBARGOS DECLARATORIOS
PARA COMPLEMENTACAO DO JULGADO, QUANDO
OCORRENTE OMISSAO.
MESMO EM SEDE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE,
DEVIDA E A VERBA HONORARIA E QUE DEVE SER FIXADA NOS
TERMOS DO PARAGRAFO 4 DO ARTIGO 20 DO CPC,
SOPESADAS AS ALINEAS DO PARAGRAFO ANTERIOR.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 147243701 - CURITIBA - JUIZ
COSTA BARROS - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 15/03/00 - Ac.:
12488 - Public.: 31/03/00).

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EMBARGOS DE DECLARACAO - OMISSAO - OCORRENCIA


COMPLEMENTACAO - OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
VERBAS DE SUCUMBENCIA - ACOLHIMENTO.
E DE SEREM ACOLHIDOS OS EMBARGOS DECLARATORIOS
PARA COMPLEMENTACAO DO JULGADO, QUANDO
OCORRENTE OMISSAO.
MESMO EM SEDE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE,
DEVIDA E A VERBA HONORARIA E QUE DEVE SER FIXADA NOS
TERMOS DO PARAGRAFO 4 DO ARTIGO 20 DO CPC,
SOPESADAS AS ALINEAS DO PARAGRAFO ANTERIOR.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 147243701 - CURITIBA - JUIZ
COSTA BARROS - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 15/03/00 - Ac.:
12488 - Public.: 31/03/00).

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EMBARGOS DE DECLARACAO - OMISSAO - OCORRENCIA


COMPLEMENTACAO - OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
VERBAS DE SUCUMBENCIA - ACOLHIMENTO.
E DE SEREM ACOLHIDOS OS EMBARGOS DECLARATORIOS
PARA COMPLEMENTACAO DO JULGADO, QUANDO
OCORRENTE OMISSAO.
MESMO EM SEDE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE,
DEVIDA E A VERBA HONORARIA E QUE DEVE SER FIXADA NOS
TERMOS DO PARAGRAFO 4 DO ARTIGO 20 DO CPC,
SOPESADAS AS ALINEAS DO PARAGRAFO ANTERIOR.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 147243701 - CURITIBA - JUIZ
COSTA BARROS - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 15/03/00 - Ac.:
12488 - Public.: 31/03/00).

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EMBARGOS DE DECLARACAO - OMISSAO - OCORRENCIA


COMPLEMENTACAO - OBJECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE -
VERBAS DE SUCUMBENCIA - ACOLHIMENTO.
E DE SEREM ACOLHIDOS OS EMBARGOS DECLARATORIOS
PARA COMPLEMENTACAO DO JULGADO, QUANDO
OCORRENTE OMISSAO.
MESMO EM SEDE DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE,
DEVIDA E A VERBA HONORARIA E QUE DEVE SER FIXADA NOS
TERMOS DO PARAGRAFO 4 DO ARTIGO 20 DO CPC,
SOPESADAS AS ALINEAS DO PARAGRAFO ANTERIOR.
(EMBARGOS DE DECLARACAO - 147243701 - CURITIBA - JUIZ
COSTA BARROS - QUARTA CAMARA CIVEL - Julg: 15/03/00 - Ac.:
12488 - Public.: 31/03/00).

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EMBARGOS INFRINGENTES - AGRAVO DE INSTRUMENTO


CABIMENTO - SITUACAO EM QUE A DECISAO TEM CARATER
DE SENTENCA - ACOLHIMENTO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - APLICACAO DA SUMULA 233 DO STJ -
EXTINCAO DA EXECUCAO - MATERIA DE ORDEM PUBLICA -
POSSIBILIDADE DE APRECIACAO A QUALQUER TEMPO -
IRRELEVANCIA DA DATA DE AJUIZAMENTO DA EXECUCAO -
IMPOSSIBILIDADE DE CRIACAO DE CRITERIO SUBJETIVO PARA
ADOCAO DA SUMULA - DECISAO MAJORITARIA CORRETA -
RECURSO DESPROVIDO.
1. TENDO A DECISAO, EXARADA EM SEDE DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO, CARATER DE SENTENCA, VEZ QUE ACOLHEU
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE ARGUIDA, EXTINGUINDO
A EXECUCAO, CABIVEIS OS EMBARGOS INFRINGENTES, EM
FACE DE DECISAO NAO UNANIME.
2. IMPOSSIVEL A CRIACAO DE CRITERIO SUBJETIVO PARA
APLICACAO DA SUMULA 233 DO STJ, TENDO EM VISTA QUE,
INDEPENDENTEMENTE DA DATA DE AJUIZAMENTO DA MESMA,
COMO SE TRATA DE MATERIA DE ORDEM PUBLICA, ESTA
PODE SER APRECIADA A QUALQUER TEMPO.
(EMBARGOS INFRINGENTES (GR) - 154341901 - IMBITUVA - JUIZ
PRESTES MATTAR - QUARTO GRUPO DE CAMARAS CIVEIS -
Julg: 26/06/01 - Ac.: 987 - Public.: 24/08/01).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMBARGOS INFRINGENTES - AGRAVO DE INSTRUMENTO


CABIMENTO - SITUACAO EM QUE A DECISAO TEM CARATER
DE SENTENCA - ACOLHIMENTO DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - APLICACAO DA SUMULA 233 DO STJ -
EXTINCAO DA EXECUCAO - MATERIA DE ORDEM PUBLICA -
POSSIBILIDADE DE APRECIACAO A QUALQUER TEMPO -
IRRELEVANCIA DA DATA DE AJUIZAMENTO DA EXECUCAO -
IMPOSSIBILIDADE DE CRIACAO DE CRITERIO SUBJETIVO PARA
ADOCAO DA SUMULA - DECISAO MAJORITARIA CORRETA -
RECURSO DESPROVIDO.
1. TENDO A DECISAO, EXARADA EM SEDE DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO, CARATER DE SENTENCA, VEZ QUE ACOLHEU
A EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE ARGUIDA, EXTINGUINDO
A EXECUCAO, CABIVEIS OS EMBARGOS INFRINGENTES, EM
FACE DE DECISAO NAO UNANIME.
2. IMPOSSIVEL A CRIACAO DE CRITERIO SUBJETIVO PARA
APLICACAO DA SUMULA 233 DO STJ, TENDO EM VISTA QUE,
INDEPENDENTEMENTE DA DATA DE AJUIZAMENTO DA MESMA,
COMO SE TRATA DE MATERIA DE ORDEM PUBLICA, ESTA
PODE SER APRECIADA A QUALQUER TEMPO.
(EMBARGOS INFRINGENTES (GR) - 154341901 - IMBITUVA - JUIZ
PRESTES MATTAR - QUARTO GRUPO DE CAMARAS CIVEIS -
Julg: 26/06/01 - Ac.: 987 - Public.: 24/08/01).

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EMENTA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - DECISAO QUE
RECONHECE CONEXAO ENTRE UMA EXECUCAO E UMA
MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO, PREPARATORIA DE OUTRA
EXECUCAO IMPOSSIBILIDADE, DADO QUE NAO HA, EM SEDE
DE PROCESSO DE EXECUCAO, SENTENCA DE MERITO, NAO
HAVENDO, ASSIM, POSSIBILIDADE DE INCOERENCIA DE
JULGADOS - OCORRENCIA, ADEMAIS, DE ALEGACAO DE
FRAUDE CONTRA CREDORES, QUE DEVE SER OBJETO DE
ACAO PROPRIA - AGRAVO PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 0109815900 - CURITIBA - JUIZ
MORAES LEITE - SEGUNDA CAMARA CIVEL - Julg: 17/12/97 - Ac.:
9425 - Public.: 06/02/98).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
EXECUCAO - EMBARGOS - EXTINCAO EM FACE DE SUA
INTEMPESTIVIDADE - RECURSO EM ANDAMENTO -
CONCOMITANTE INTERPOSICAO DE "EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE" ANULACAO, DE OFICIO, DA SENTENCA
PROFERIDA NOS EMBARGOS, ONDE SERA DECIDIDA A
MATERIA REPETIDA NO INCIDENTE DA EXECUCAO -
PREJUDICIALIDADE QUE SE DECLARA.

JURISPRUDENCIA: TAPR - AP CIV 114560-2, 1 CC.


(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 113439800 - MARECHAL
CANDIDO RONDON - JUIZ CONV. ANTONIO RENATO
STRAPASSON - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 17/03/98 - Ac.:
9243 - Public.: 03/04/98).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
EXECUCAO - EMBARGOS - EXTINCAO EM FACE DE SUA
INTEMPESTIVIDADE - RECURSO EM ANDAMENTO -
CONCOMITANTE INTERPOSICAO DE "EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE" ANULACAO, DE OFICIO, DA SENTENCA
PROFERIDA NOS EMBARGOS, ONDE SERA DECIDIDA A
MATERIA REPETIDA NO INCIDENTE DA EXECUCAO -
PREJUDICIALIDADE QUE SE DECLARA.

JURISPRUDENCIA: TAPR - AP CIV 114560-2, 1 CC.


(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 113439800 - MARECHAL
CANDIDO RONDON - JUIZ CONV. ANTONIO RENATO
STRAPASSON - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 17/03/98 - Ac.:
9243 - Public.: 03/04/98).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
EXECUCAO - EMBARGOS - EXTINCAO EM FACE DE SUA
INTEMPESTIVIDADE - RECURSO EM ANDAMENTO -
CONCOMITANTE INTERPOSICAO DE "EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE" ANULACAO, DE OFICIO, DA SENTENCA
PROFERIDA NOS EMBARGOS, ONDE SERA DECIDIDA A
MATERIA REPETIDA NO INCIDENTE DA EXECUCAO -
PREJUDICIALIDADE QUE SE DECLARA.

JURISPRUDENCIA: TAPR - AP CIV 114560-2, 1 CC.


(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 113439800 - MARECHAL
CANDIDO RONDON - JUIZ CONV. ANTONIO RENATO
STRAPASSON - PRIMEIRA CAMARA CIVEL - Julg: 17/03/98 - Ac.:
9243 - Public.: 03/04/98).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
EXECUCAO FISCAL. NULIDADE. PRE-EXECUTIVIDADE.
POSSIBILIDADE. SUSPENSAO DO PROCESSO EXECUTIVO.
INADMISSIBILIDADE. CERTIDAO DE DIVIDA ATIVA. NULIDADE.
QUESTAO NAO EXAMINADA EM PRIMEIRO GRAU. SUPRESSAO.
NAO CONHECIMENTO. RECURSO CONHECIDO PARCIALMENTE
E PROVIDO. 1. OFERTADA PELO EXECUTADO EXCECAO DE
PRE-EXECUTIVIDADE, REPORTANDO-SE A NULIDADE DO
PROCESSO EXECUTIVO, POR TRATAR-SE DE MATERIA DE
ORDEM PUBLICA, CUMPRE AO JUIZ DE OFICIO, A QUALQUER
TEMPO E GRAU DE JURISDICAO CONHECER. 2. A QUESTAO DE
MERITO QUANTO A NULIDADE DA CERTIDAO DE DIVIDA ATIVA,
NAO COMPORTA SER APRECIADA E JULGADA PELO
TRIBUNAL, EMBORA SUSCITADA, POREM NAO DISCUTIDA NO
PROCESSO EM JUIZO DE PRIMEIRA INSTANCIA, CASO
CONTRARIO, SE ESTARA SUPRIMINDO UM GRAU DE
JURISDICAO. MENOS POSSIVEL, E PLEITEAR-SE A
SUSPENSAO DA EXECUCAO, CUJO PROCEDIMENTO SE
ARGUIU EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. 3. RECURSO
CONHECIDO EM PARTE E PROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 125230600 - ASSAI - JUIZ TUFI
MARON FILHO - QUINTA CAMARA CIVEL - Julg: 28/10/98 - Ac.:
8363 - Public.: 13/11/98).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXECUCAO FISCAL - EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE - REJEICAO LIMINAR - ALEGACOES DE
ILIQUIDEZ E EXCESSO DE EXECUCAO - CERTIDAO DE DIVIDA
ATIVA QUE ATENDE AS EXIGENCIAS DO ARTIGO 20., 50. E 60.,
DA LEI N. 6.830/80 - ILIQUIDEZ INOCORRENTE EVENTUAL
EXCESSO SEM EXPRESSAO PARA NULIFICAR O TITULO, E
COMO TAL DEPENDENTE DE QUESTIONAMENTO EM SEDE DE
EMBARGOS - RECURSO DESPROVIDO. A CHAMADA EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE E DEFESA RESULTANTE DE
CONSTRUCAO JURISPRUDENCIAL, RESTRITA AS HIPOTESES
DE NULIDADE MANIFESTA, EM QUE SE JUSTIFICA OBVIAR-SE A
DEFESA INDEPENDENTEMENTE DA OPOSICAO DE
EMBARGOS, QUE PRESSUPOEM PREVIA SEGURANCA DO
JUIZO ATRAVES DE PENHORA APARELHADA. A SINGELA
ALEGACAO DE ILIQUIDEZ, RESULTANTE DA INSERCAO, NA
CERTIDAO DE DIVIDA ATIVA, DE PARCELA RELATIVA A MULTA,
DO QUE DECORRERIA EVENTUAL EXCESSO, NAO DA ENSEJO
AO ACOLHIMENTO DA REFERIDA EXCECAO. EM NENHUMA
DAS HIPOTESES DO ART. 618 DO CPC ENCONTRA-SE A DE
NULIDADE POR EXCESSO DE EXECUCAO, QUE DEVE SER
APURADA EM EMBARGOS, REDUZINDO-SE, SE FOR O CASO, O
CREDITO AO VALOR CORRETO (STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 130133500 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 12/04/99 - Ac.:
8694 - Public.: 23/04/99).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - CITACAO POR CARTA - PESSOA
JURIDICA - ENTREGA NO ENDERECO DE SUA SEDE -
RECEPCAO DO AVISO POR QUEM NAO DETEM PODERES DE
GERENCIA NEM DE ADMINISTRACAO - INOBSERVANCIA DE
FORMALIDADE ESSENCIAL - ATO DE CHAMAMENTO, DE CUJA
REALIZACAO DEPENDE A VALIDADE E EFICACIA DO
PROCESSO - ARTIGOS 214, 215, 223, UNICO, 2 PARTE E 247 DO
CODIGO DE PROCESSO CIVIL - INTELIGENCIA - DOUTRINA -
CONTROVERSIA JURISPRUDENCIAL - PRECEDENTES DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA - ALEGACAO ATRAVES DE
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - ADMISSIBILIDADE -
NULIDADE PROCLAMADA - RECURSO PROVIDO. DA
INOBSERVANCIA DA FORMA PRESCRITA EM LEI RESULTA A
NULIDADE DO ATO. AS CITACOES E INTIMACOES DEVEM SER
FEITAS DE ACORDO COM AS PRESCRICOES LEGAIS, DO
CONTRARIO ESSAS SERIAM INUTEIS. SE A LEI QUISESSE
DEIXAR O PROCEDIMENTO DA CITACAO OU DA INTIMACAO AO
CRITERIO DE ALGUEM, OU O DIRIA EXPRESSAMENTE OU, NAO
ESTABELECERIA NORMAS PARA LHES DISCIPLINAR O MODUS
FACIENDI. AO CONTRARIO DISSO, ELA ESTATUI NOS ARTIGOS
215 A 233 E 235 A 242, COM LUXO DE PORMENORES, AS
REGRAS QUE DEVEM SER OBSERVADAS NA REALIZACAO
DAQUELES ATOS. COERENTEMENTE, CONSIDERA NULOS OS
QUE SAO FEITOS SEM OBSERVANCIA DE TAIS PRECEITOS
(HELIO TORNAGUI). A CITACAO E ATO DE SUMA RELEVANCIA
PARA A VALIDADE E EFICACIA DO PROCESSO;
ENTRONCA COM O PRINCIPIO CONSTITUCIONAL DO
CONTRADITORIO E DA AMPLA DEFESA, NAO SENDO DADO AO
JUIZ TOMAR LIBERDADES NA INTERPRETACAO DAS NORMAS
QUE A DISCIPLINAM, INCOMPATIVEIS COM A DIGNIDADE QUE
DEU O LEGISLADOR CONSTITUINTE AQUELE PRINCIPIO,
ERIGINDO-O A CONDICAO DE DIREITO E GARANTIA
FUNDAMENTAL (ART. 5, LV, CF). A CITACAO REALIZADA EM
PESSOA SEM PODERES DE REPRESENTACAO DA PESSOA
JURIDICA RE E INVALIDA, NOS TERMOS DO ART. 215, CODIGO
DE PROCESSO CIVIL, AGREDINDO O CONTRADITORIO E O
DEVIDO PROCESSO LEGAL, UMA VEZ QUE EFETUADA AO
ARREPIO DO SISTEMA LEGAL (STJ).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 125307200 - CURITIBA - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 26/10/98 - Ac.:
8193 - Public.: 13/11/98).

Tribunal de Alçada do Paraná

EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REGISTRO, AUTUACAO E PROCESSAMENTO EM AUTOS
PROPRIOS, APENSOS AOS DE EXECUCAO - LITISPENDENCIA
RECONHECIDA EXTINCAO DO PROCESSO (ART. 267, V, CPC) -
APELACAO CABIMENTO - AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROVIDO. A LITISPENDENCIA PRESSUPOE DUPLICIDADE DE
DEMANDAS, JA QUE SE VERIFICA QUANDO SE REPRODUZ
ACAO ANTERIORMENTE AJUIZADA (ART. 301, 1, CPC);
RECONHECIDA A OCORRENCIA DO FENOMENO COM A
EXTINCAO DO PROCEDIMENTO NOMINADO COMO EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE, OBJETO DE REGISTRO E AUTUACAO
PROPRIOS (ART. 267, V, CPC), O PRONUNCIAMENTO JUDICIAL
QUE ASSIM CONCLUI E SENTENCA E DESAFIA APELACAO
(ARTS. 162, 2 E 415, CPC). SENTENCA E O ATO PELO QUAL O
JUIZ, COM OU SEM JULGAMENTO DO MERITO (ARTS. 267/269,
CPC), POE TERMO AO PROCESSO. VERIFICADA A
OCORRENCIA DA LITISPENDENCIA, OU SEJA, A REPETICAO DE
ACAO QUE JA ESTAVA EM CURSO, O JUIZ PROFERE UM
JULGAMENTO DE EXTINCAO DO PROCESSO.. A AFIRMACAO
DE OCORRER LITISPENDENCIA ENCERRA EM DEFINITIVO O
NOVO PROCESSO, CUJA EXTINCAO E PARA TODO O SEMPRE
(MONIZ DE ARAGAO).

LEGISLACAO: CPC - ART 267, V. CPC - ART 301, PAR 1. CPC -


ART 162, PAR 2. CPC - ART 415. CPC - ART 513. CPC - ART 269.

DOUTRINA: ARAGAO, MONIZ DE - COMENTARIOS AO CPC, ED


FORENSE, VOL II, P 428-429. PAULA, ALEXANDRE DE - CPC
ANOTADO, ED RT, VOL II, P 19. NERY JUNIOR, NELSON - CPC
COMENTADO, ED RT, 2 ED, ART 267, NOTA I.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 120666600 - JACAREZINHO - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 17/08/98 - Ac.:
7729 - Public.: 28/08/98).

Tribunal de Alçada do Paraná


EMENTA
PROCESSUAL CIVIL - EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REGISTRO, AUTUACAO E PROCESSAMENTO EM AUTOS
PROPRIOS, APENSOS AOS DE EXECUCAO - LITISPENDENCIA
RECONHECIDA EXTINCAO DO PROCESSO (ART. 267, V, CPC) -
APELACAO CABIMENTO - AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROVIDO. A LITISPENDENCIA PRESSUPOE DUPLICIDADE DE
DEMANDAS, JA QUE SE VERIFICA QUANDO SE REPRODUZ
ACAO ANTERIORMENTE AJUIZADA (ART. 301, 1, CPC);
RECONHECIDA A OCORRENCIA DO FENOMENO COM A
EXTINCAO DO PROCEDIMENTO NOMINADO COMO EXCECAO
DE PRE-EXECUTIVIDADE, OBJETO DE REGISTRO E AUTUACAO
PROPRIOS (ART. 267, V, CPC), O PRONUNCIAMENTO JUDICIAL
QUE ASSIM CONCLUI E SENTENCA E DESAFIA APELACAO
(ARTS. 162, 2 E 415, CPC). SENTENCA E O ATO PELO QUAL O
JUIZ, COM OU SEM JULGAMENTO DO MERITO (ARTS. 267/269,
CPC), POE TERMO AO PROCESSO. VERIFICADA A
OCORRENCIA DA LITISPENDENCIA, OU SEJA, A REPETICAO DE
ACAO QUE JA ESTAVA EM CURSO, O JUIZ PROFERE UM
JULGAMENTO DE EXTINCAO DO PROCESSO.. A AFIRMACAO
DE OCORRER LITISPENDENCIA ENCERRA EM DEFINITIVO O
NOVO PROCESSO, CUJA EXTINCAO E PARA TODO O SEMPRE
(MONIZ DE ARAGAO).
(AGRAVO DE INSTRUMENTO - 120666600 - JACAREZINHO - JUIZ
MENDES SILVA - SEXTA CAMARA CIVEL - Julg: 17/08/98 - Ac.:
7729 - Public.: 28/08/98).

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AÇÃO DE EXECUÇÃO


HIPOTECÁRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. AGRAVO
DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO PARA O FIM DE,
EXCEPCIONALMENTE, SUSPENDER A EXECUÇÃO. EXISTÊNCIA
DE PREJUDICIAL EXTERNA TRANSITADO EM JULGADO.
ACÓRDÃO. OMISSÃO. FINS DE PREQUESTIONAMENTO.
AUSÊNCIA DE REFERÊNCIA EXPRESSA DE DISPOSITIVO
VIOLADO. INOCORRÊNCIA. ABORDE SUFICIENTEMENTE
EXPLICITADO. RECURSO REJEITADO.
Por unanimidade de votos, rejeitaram os Embargos.
(Embargos de Declaração nº 0188925 -0/01, Ac. 13461, 5ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 22.05.2002,
DJ 07.06.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. 1. INEXISTÊNCIA DE CERTIDÃO


DE INTIMAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. IRRELEVÂNCIA.
TEMPESTIVIDADE VERIFICADA POR MEIO DE OUTRAS
EVIDÊNCIAS. 2. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OPOSTA
CONTRA SENTENÇA QUE JULGOU EXTINTO EMBARGOS DE
TERCEIRO POR FALTA DE PREPARO DE CUSTAS À MÍNGUA DE
INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE. INDEFERIMENTO.
Em sede de exceção de pré-executividade não é cabível discussão
sobre matéria própria de Apelação que deixou de ser interposta no
prazo legal. Preclusão. Decisão mantida. Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185211 -9, Ac. 13651, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Campo Largo, Relª. Juíza Maria Aparecida Blanco de
Lima. j. 27.05.2002, DJ 07.06.2002)

AGRAVO INOMINADO. INTERPOSIÇÃO CONTRA DECISÃO QUE


NEGA SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. MATÉRIA FÁTICA. NECESSIDADE DE
DILAÇÃO PROBATÓRIA. IMPROPRIEDADE DO INCIDENTE.
INDEFERIMENTO CONFIRMADO. RECURSO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo nº 0195628 -7/01, Ac. 13624, 8ª Câmara Cível do TAPR,
Curitiba, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi. j. 20.05.2002, DJ
07.06.2002)
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - NÃO CABIMENTO - RECURSO
IMPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0195574 -4, Ac. 15365, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Paulo Roberto Hapner. j. 04.06.2002, DJ
14.06.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ARGÜIÇÃO DE EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE - QUESTÕES JÁ ALEGADAS E DECIDIDAS
EM EMBARGOS À EXECUÇÃO - INCIDÊNCIA DOS EFEITOS DA
COISA JULGADA - IMPOSSIBILIDADE DE NOVA DISCUSSÃO -
RECURSO DESPROVIDO.
"É de ser acolhida a preliminar, argüida na resposta apresentada
pelo agravado e confirmada pelo douto parecer ministerial,
apontando a coisa julgada, "ex vi" do disposto no artigo 467 do
CPC."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0183159 -6, Ac. 12926, 8ª Câmar a Cível
do TAPR, Cornélio Procópio, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j.
26.11.2001, DJ 07.12.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
MEDIDA CAUTELAR E AÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO
CUMULADA COM PERDAS E DANOS. CONEXÃO.
IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO ANTE A AUSÊNCIA
DE OPOSIÇÃO DE EMBARGOS. RECURSO DESPROVIDO.
Vê-se, portanto, que o primeiro critério a autorizar que a matéria seja
deduzida por meio de exceção ou objeção de pré-executividade é o
de que se trate de matéria ligada à admissibilidade da execução, e
seja, portanto, conhecível de ofício e a qualquer tempo.
O segundo dos critérios é o relativo à perceptibilidade do vício
apontado. A necessidade de uma instrução trabalhosa é demorada,
como regra, inviabiliza a discussão do defeito apontado no bojo do
processo de execução, sob pena de que esse se desnature. Na
verdade, ambos os critérios devem estar presentes, para que se
possa admitir a apresentação de exceção ou objeção de pré-
executividade.
Para que se verifique eventual conexidade entre o processo de
execução e Medida Cautelar e Ação Ordinária movida pelos
devedores, faz-se obrigatório o oferecimento dos Embargos do
Devedor, não sendo possível reconhecer a ocorrência do fenômeno
da conexão em sede de exceção de pré-executividade.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0184768 -9, Ac. 12934, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
26.11.2001, DJ 07.12.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA -


CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - INCIDÊNCIA -
DECISÃO JUDICIAL AUTORIZANDO O DEPÓSITO DAS
PRESTAÇÕES DO FINANCIAMENTO - NÃO CONFIGURAÇÃO DO
INADIMPLEMENTO DA EXECUTADA - PROSSEGUIMENTO DA
EXECUÇÃO INADMISSÍVEL - MATÉRIAS QUE NÃO PODEM SER
DECIDIDAS EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
1. A exceção de pré-executividade se circunscreve ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e as condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos Ex Officio.
2. A instalação do processo executivo se satisfaz com a existência
de título certo e exigível, sendo que a penhora e os atos
subsequentes ficam condicionados a prévia apuração do quantum
debeatur.
3. Inexorável é a sujeição do contrato em exame ao Código de
Defesa do consumidor, dada a sua natureza de mutuo, pelo que há
que se observar, no exame do desdobramento da relação contratual,
as seqüelas decorrentes dessa configuração jurídica.
4. Ante a pendência de Ação Revisional através da qual estão sendo
discutidas as cláusulas do contrato, e notadamente diante dos
depósitos das prestações em Juízo, não há que se falar em plena
configuração da mora ou em inadimplemento da executada.
5. A presente execução, portanto, não pode prosseguir, devendo ser
suspensa, até que seja apurado o quantum debeatur, que resultara
da decisão da Ação Revisional, pois ausente um requisito básico
para tanto previsto no artigo 580 do Código de Processo Civil.
Recurso conhecido e não provido, suspendendo de ofício a
execução.
(Agravo de Instrumento nº 0169603 -7, Ac. 15027, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 05.12.2001, DJ
01.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - PENHORA DE


QUOTAS SOCIAIS - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO
JULGADA - APRECIAÇÃO PELO TRIBUNAL - IMPOSSIBILIDADE -
DETERMINAÇÃO PARA QUE A QUESTÃO SEJA SOLUCIONADA.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 0181598 -5, Ac. 15076, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Rogério Coelho. j. 04.12.2001, DJ
01.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE -
Alegação de carência de exigibilidade do titulo exequendo, diante da
quitação pelos devedores da correspondente divida, invocando-se o
principio da exceptio non adimpleti contractus.
Necessidade de dilação probatória. Afirmação de abusividade das
clausulas contratuais. Impropriedade do remédio processual
manejado pela parte recorrente, imprescindibilidade de ação de
conhecimento. Inexistência de manifesta nulidade do titulo ou do
feito expropriatório. Decisão mantida. Recurso não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0175317 -3, Ac. 12914, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Ronald Juares Moro. j. 05.12.2001, DJ
01.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TITULO


EXTRAJUDICIAL.
Ato recorrido que, de oficio, atendeu pleito de antecipação de tutela,
embutida em incidental de exceção de pré-executividade (objeto de
Agravo de Instrumento diverso), suspendendo os efeitos do protesto
em atenção a idoneidade do executado. Impropriedade. Tutela
cabível somente nas ações de conhecimento. Recurso provido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185140 -5, Ac. 12891, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 05.12.2001, DJ
01.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DESPEJO COBRANÇA


DE ALUGUERES. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. ACOLHIDA
EXCEÇÃO DE PRÉ - EXECUTIVIDADE ARGÜIDA PELOS
FIADORES. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO. INOCORRÊNCIA. CITAÇÃO
VALIDA. REVELIA CONFIRMADA NA SENTENÇA. COISA
JULGADA. DECISÃO REFORMADA. RECURSO PROVIDO.
Acolher-se a exceção de pré-executividade deduzida pelos fiadores
com o fim de extinguir a execução contra estes movida, após o
transito em julgado da sentença que os condenou ao pagamento dos
alugueres atrasados, seria reformar decisão que já fez coisa julgada,
em afronta ao artigo 474, do Código de Processo Civil.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0184230 -0, Ac. 13322, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Miguel Pessoa. j. 03.12.2001, DJ
01.02.2002)

EXECUÇÃO DE TITULO JUDICIAL - SUCUMBÊNCIA - EMBARGOS


A EXECUÇÃO JULGADOS IMPROCEDENTES - EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO - HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS - RECLAMADOS PELA PARTE - POSSIBILIDADE
- FACULDADE DA COBRANÇA PELO ADVOGADO -
DEMONSTRATIVO DO DEBITO - SUFICIÊNCIA - AGRAVO DE
INSTRUMENTO DESPROVIDO.
"Decidiu o STJ, 4ª Turma, REsp. Nº 163.893 - RS, Min. Ruy Rosado.
'Os honorários do advogado, embora pertençam ao advogado e
constituam direito autônomo para a sua execução, podem ser
incluídos na execução promovida pela parte que venceu a ação de
indenização, especialmente quando profissional da ação de
conhecimento e o mesmo que patrocina a execução."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0184045 -1, Ac. 12985, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 10.12.2001,
DJ 01.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DO TITULO, POR
INCOMPLETO, NOS PRÓPRIOS AUTOS DA AÇÃO -
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DIVIDA
ORIGINADO DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO EM CONTA
CORRENTE - TITULO APTO, EM PRINCIPIO, A EXECUÇÃO -
POSSIBILIDADE DE SEREM DISCUTIDAS AS AVENCAS QUE LHE
DERAM ORIGEM - DILAÇÃO A SER PROCESSADA POR MEIO DE
EMBARGOS - NULIDADE NÃO RECONHECIDA DE PLANO -
RECURSO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185707 -0, Ac. 12970, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Corbélia, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi. j. 10.12.2001,
DJ 01.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL


- NOMEAÇÃO DE BENS A PENHORA E OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE POR UM DOS DEVEDORES -
AUSÊNCIA DE APRECIAÇÃO PELO JULGADOR SINGULAR -
INVIABILIDADE - IMPOSSIBILIDADE DA CONTINUIDADE DA
EXECUÇÃO, COM DEVOLUÇÃO DO DIREITO DE NOMEAÇÃO AO
CREDOR.
Decisão cassada. Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 0184516 -5, Ac. 14845, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mário Rau. j. 04.12.2001, DJ
01.02.2002).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO DE


CONFISSÃO DE DÍVIDA ORIGINÁRIA DE CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - TÍTULO
EXECUTIVO NOS TERMOS DO ART. 585, II, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL - LIMITE CONSTITUCIONAL DE JUROS -
NORMA NÃO AUTO-APLICÁVEL - TR - SUBSTITUIÇÃO PELO
INPC - MULTA CONTRATUAL - REDUÇÃO PARA 2% SOBRE O
DÉBITO, EM FACE DO DISPOSTO NO ART. 52, 1º DO CÓDIGO
DE DEFESA DO CONSUMIDOR - AGRAVO PARCIALMENTE
PROVIDO.
1. O instrumento de confissão de dívida configura título executivo
extrajudicial, nos termos do art. 585, II, do Código de Processo Civil,
independentemente da dívida confessada ter origem em contrato de
abertura de crédito rotativo.
2. Como as instituições financeiras não estão sujeitas ao limite das
taxas de juros estabelecidas pelo Decreto nº 22.929/33, consoante
Enunciado da Súmula 596 do STF, e o disposto no artigo 192, 3º, da
Constituição Federal, não é auto aplicável, dependendo ainda de
regulamentação legislativa, prevalecem os juros pactuados pelas
partes.
3. A utilização da Taxa Referencial (TR) como fator de atualização
das dívidas acarreta um ônus maior aos mutuários, pois é taxa
remuneratória do capital, contrariando a sua finalidade precípua que
é a da simples recomposição do poder aquisitivo da moeda, devendo
ser substituída pelo INPC, que melhor reflete a desvalorização da
moeda.
4. Como os contratos bancários em geral estão submetidos ao
Código de Defesa do Consumidor, é ilegal a multa moratória de 10%
sobre o valor da dívida, ficando reduzida para 2%.
(Agravo de Instrumento nº 0186110 -1, Ac. 15245, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Santo Antônio da Platina, Rel. Juiz Domingos Ramina. j.
06.02.2002, DJ 22.02.2002).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE FINANCIAMENTO EM CONTA-
CORRENTE E DE CRÉDITO DIREITO AO CONSUMIDOR -
LIQUIDEZ NÃO AFASTADA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
- NÃO CABIMENTO - MATÉRIA A SER DISCUTIDA NA SEARA
DOS EMBARGOS DO DEVEDOR.
1. Constando do contrato de financiamento o valor mutuado, em
quantia certa, a ser paga em uma única parcela, não incide, in casu,
o entendimento da Súmula 233 da Corte Superior.
2. O contrato de financiamento com valor fixo, formalmente hígido,
permite ao devedor, em sede de embargos, a discussão da origem
da dívida, mas não tem o condão de retirar a executividade do título
extrajudicial.
3. Não há como acolher a exceção de pré-executividade na qual é
suscitada matéria própria da Seara dos embargos do devedor,
máxime quando o título executivo extrajudicial traduz aparência de
liquidez, certeza e exigibilidade e quando o exame das questões
aventadas depende de dilação probatória. Recurso conhecido e não
provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0186220 -2, Ac. 15164, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Cianorte, Relª. Juíza Ros ana Fachin. j. 06.02.2002, DJ
01.03.2002).
AGRAVO INOMINADO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO A AGRAVO
DE INSTRUMENTO PORQUE MANIFESTAMENTE
IMPROCEDENTE A PRETENSÃO DEDUZIDA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. VIA INADEQUADA PARA PROPICIAR A
DISCUSSÃO DO DEMONSTRATIVO DE DÉBITO APRESENTADO
PELO CREDOR. PRECEDENTES DO STJ. RECURSO
IMPROVIDO.
1. A exceção dilatória não se presta para propiciar a discussão de
matérias oponíveis em sede de embargos a execução, via própria
para a produção de todas as provas tendentes a obstaculizar o
processamento do feito executivo.
2. Referido incidente processual constitui hipótese de acolhimento
excepcional, quando manifesta a nulidade do título executivo, não
podendo ser utilizado para subverter o andamento do processo,
transformando-se em elemento de postergação do pagamento, em
expressa violação ao que determina a legislação pátria.
(Agravo nº 0187071 -3/01, Ac. 15259, 3ª Câmara Cível do TAPR,
Ponta Grossa, Rel. Juiz Luiz Zarpelon. j. 19.02.2002, DJ
01.03.2002).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - DECISÃO QUE INDEFERIU EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - PEDIDO DE NULIDADE DOS ATOS
ANTERIORMENTE PRATICADOS PELO CREDOR POR FALTA DE
REPRESENTAÇÃO - JUNTADA POSTERIOR DE PROCURAÇÃO
QUE SANOU O VÍCIO - EXTINÇÃO DO FEITO POR ABANDONO
DA AÇÃO - NÃO OCORRÊNCIA - ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DA
PENHORA - BEM DE FAMÍLIA - NÃO CONFIGURAÇÃO - FRAUDE
A EXECUÇÃO - OCORRÊNCIA - RECURSO DESPROVIDO.
"Não comprovando residir no bem imóvel tido como impenhorável,
requisito indispensável para obtenção do benefício legal pleiteado
(art. 10, da Lei 8.009/90), revela-se válida e eficaz a constrição
judicial levada a efeito sobre o mesmo". (TAPR)
"Tendo este alienado o único bem capaz de garantir a dívida, quando
já havia sido ajuizada a execução e não indicando outros bens
passíveis de alienação, resta caracterizada a fraude a execução".
(TAPR)
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172602 -5, Ac. 13076, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Ponta Grossa, Rel. Juiz Conv. Glademir Vidal Antunes
Panizzi. j. 18.02.2002, DJ 01.03.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - EXCESSO DE EXECUÇÃO E
IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA - EXECUÇÃO DE
TÍTULO JUDICIAL - AÇÃO DE COBRANÇA DE TAXAS
CONDOMINIAIS - ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE EXECUÇÃO QUE
NÃO NULIFICA O TÍTULO - POSSIBILIDADE DE PENHORA DO
BEM DE FAMÍLIA NO CASO, EM FACE DO DISPOSTO NO
ARTIGO 3º, IV, DA LEI Nº 8.009/90 - RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO.
A sentença transitada em julgado obriga, tem força cogente, força de
lei, conforme disposto no artigo 468 do CPC, e de seus efeitos não
pode uma das partes livrar-se por ato unilateral. Quanto ao excesso
de execução, tal matéria não pode ser objeto de exceção de pré-
executividade.
De acordo com a atual sistemática executória, a parte incumbe juntar
a memória de cálculo a respeito dos valores ditos líquidos e certos. A
parte adversa pode apresentar sua memória alternativa, e desde que
se instale a controvérsia, não havendo necessidade de produção de
prova, remanesce ao Juiz a faculdade de valer-se de seus auxiliares,
entre eles o Contador Judicial para a formação plausível do
convencimento, não procedendo a exceção oposta para, por tal
motivo, declarar-se nula a execução.
É passível de penhora o imóvel residencial da família, quando a
execução se referir a contribuições condominiais sobre ele incidentes
(RSTJ 107/309).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185450 -6, Ac. 12978, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j. 18.02.2002, DJ
08.03.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXCLUSÃO DE AVALISTA QUE NÃO
PARTICIPOU DA NOVAÇÃO. DECISÃO CORRETA. RECURSO
DESPROVIDO.
Se o avalista não participou da novação, que pode ser conceituada
como a constituição de uma obrigação nova, em substituição de
outra que fixa extinta, correta foi a sua exclusão da execução
forçada. ("in" Caio Mário. Instituições de Direito Civil, vol. II/192).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 01862 51-7, Ac. 13109, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Engenheiro Beltrão, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j.
18.02.2002, DJ 08.03.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. OBJEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA.
QUESTIONAMENTO DA VALIDADE E EFICÁCIA DE CONTRATO
DE FIANÇA, CONCEDIDA EM LOCAÇÃO. CIRCUNSTÂNCIAS
FÁTICAS A EXIGIR DILAÇÃO PROBATÓRIA, OBSTANDO
CONHECIMENTO DE PLANO. DECISÃO CORRETA. AGRAVO
DESPROVIDO.
Admite-se exceção de pré-executividade quando verse sobre
ausência de condições de ação e pressupostos processuais,
nulidades absolutas e matérias de ordem pública conhecíveis de
ofício, que sejam passíveis de serem conhecidas de plano, ou seja,
cujas circunstâncias fáticas não exijam dilação probatória
(Precedente).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0186507 -4, Ac. 13145, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Augusto Lopes Cortes. j. 25.02.2002, DJ
08.03.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL FUNDADA EM CONFISSÃO DE DÍVIDA -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ NÃO
CARACTERIZADA - EVENTUAL EXCESSO SEM EXPRESSÃO
PARA NULIFICAR O TÍTULO - RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título
executivo." (STJ).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0187644 -6, Ac. 13162, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 25.02.2002, DJ
08.03.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. - INSTRUMENTO PARTICULAR DE
RENEGOCIAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO. - ALEGAÇÃO
DE ILIQUIDEZ DEVIDO A VÍCIOS DOS CONTRATOS
RENEGOCIADOS. - MATÉRIA ESTRANHA AO ÂMBITO DO
INCIDENTE. - RECURSO DESPROVIDO.
A exceção de pré-executividade é admissível desde que fundado na
falta de pressupostos para a constituição e validade do processo de
execução, quando a matéria é passível de conhecimento de ofício
pelo juiz e não depende de contraditório. A discussão sobre excesso
de execução ou ilegalidade de encargos cobrados nos contratos
originários que foram renegociados, constitui matéria estranha ao
âmbito do incidente.
Agravo desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185391 -2, Ac. 15184, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Campo Mourão, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 18.12.2001,
DJ 08.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. - INSTRUMENTO PARTICULAR DE
RENEGOCIAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO. - ALEGAÇÃO
DE ILIQUIDEZ DEVIDO A VÍCIOS DOS CONTRATOS
RENEGOCIADOS. - MATÉRIA ESTRANHA AO ÂMBITO DO
INCIDENTE. - RECURSO DESPROVIDO.
A exceção de pré-executividade é admissível desde que fundado na
falta de pressupostos para a constituição e validade do processo de
execução, quando a matéria é passível de conhecimento de ofício
pelo juiz e não depende de contraditório. A discussão sobre excesso
de execução ou ilegalidade de encargos cobrados nos contratos
originários que foram renegociados, constitui matéria estranha ao
âmbito do incidente.
Agravo desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185391 -2, Ac. 15184, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Campo Mourão, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 18.12.2001,
DJ 08.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO E LOCAÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIA -
JURISPRUDENCIAL - LIMITAÇÕES - ALEGAÇÕES DE ILIQUIDEZ,
VERBAS INDEVIDAS, APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR - MATÉRIA DEPENDENTE DE QUESTIONAMENTO
EM SEDE DE EMBARGOS - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ -
INOCORRÊNCIA - EXCLUSÃO - RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO.
1. A chamada exceção de pré-executividade é defesa resultante de
construção jurisprudencial, restrita as hipóteses de nulidade
manifesta, em que se justifica abreviar-se a defesa
independentemente da oposição de embargos.
2. "A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo"
(STJ).
Por unanimidade de votos, deram provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 0185692 -4, Ac. 13531, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Prestes Mattar. j. 25.02.2002, DJ
15.03.2002)

EXECUÇÃO - TÍTULO JUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - FIADOR QUE APENAS FOI
NOTIFICADO NA AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE
PAGAMENTO CUMULADA COM COBRANÇA - AÇÃO
PROCEDENTE CONTRA OS LOCATÁRIOS - DECISÃO DE 2ª
INSTÂNCIA DANDO PELA ILEGITIMIDADE DE PARTE DO FIADOR
SOMENTE NOTIFICADO, NA EXECUÇÃO - COISA JULGADA -
OCORRÊNCIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
É o fiador, que apenas foi notificado na ação de despejo por falta de
pagamento cumulado com cobrança, parte ilegítima passiva na
execução de título judicial. Assim, é de ser acolhida exceção de pré-
executividade que haja invocado essa circunstância.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0187567 -4, Ac. 13538, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Antônio Martelozzo. j. 25.02.2002, DJ
15.03.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - PRETENSÃO DE SUSPENSÃO DO FEITO
EXECUTIVO - JULGAMENTO DA EXCEÇÃO COM A EXTINÇÃO
DA EXECUÇÃO.
- Recurso prejudicado.
(Agravo de Instrumento nº 0183760 -9, Ac. 15344, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 06.03.2002, DJ
22.03.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - TÍTULO
HÁBIL - PRESSUPOSTO.
1. A configuração induvidosa do título hábil é pressuposto inafastável
da execução, sendo que não preenche tal requisito o contrato sobre
o qual pesa fundado questionamento quanto a sua própria natureza,
pelo que se impõe acolher a objeção e extinguir a execução.
2. A denominação da avenca por meio da qual um contrato se
apresenta deve ceder passo a operação econômica que
efetivamente estabelece o vínculo entre as partes, não sendo título
hábil para a execução aquele que na essência pode contradizer a
aparência. Recurso conhecido e provido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0189262 -2, Ac. 15346, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 06.03.2002, DJ
22.03.2002)

1. AGRAVO DE INSTRUMENTO - DESCUMPRIMENTO DO


ARTIGO 526 DO C.P.C. - IRREGULARIDADE QUE NÃO
COMPROMETE O CONHECIMENTO DO RECURSO - A OMISSÃO
DO AGRAVANTE EM ATENDER AO DISPOSTO NO ARTIGO 526
DO C.P.C. CONSTITUI IRREGULARIDADE QUE NÃO PREJUDICA
O CONHECIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO EM
VIRTUDE DA LEI NÃO ESTABELECER ESTA CONDIÇÃO E POR
NÃO REDUNDAR EM PREJUÍZO A PARTE CONTRÁRIA.
2. Exceção de pré-executividade - incidente proposto como a
finalidade de afastar a TR como indexador do título - impossibilidade.
A exceção de pré-executividade tem por objeto a análise dos
pressupostos para a Constituição e validade do processo da
execução, e muito embora seu conhecimento seja possível a
qualquer momento ou fase do processo, não pode ser oposta com a
finalidade de afastar a cláusula que prevê a TR como indexador, pois
a validade ou não deste dispositivo não afeta a liquidez, certeza ou
exigibilidade do título executado.
(Agravo de Instrumento nº 0175754 -6, Ac. 15337, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Bandeirantes, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 12.03.2002, DJ
22.03.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE EXECUÇÃO.


COBRANÇA DE ALUGUÉIS E ENCARGOS CONDOMINIAIS
DEVIDOS POR FORÇA DE FIANÇA PRESTADA. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE FUNDADA NA ILIQUIDEZ DO TÍTULO
EXEQÜENDO PELA EXISTÊNCIA DE AÇÃO DE DESPEJO
AJUIZADA ANTERIORMENTE. PEDIDO DE EXTINÇÃO DO
PROCESSO EXECUTIVO E/OU REUNIÃO DE PROCESSOS.
INADMISSIBILIDADE.
A exceção dilatória constitui hipótese de acolhimento excepcional,
quando manifesta a nulidade do título executivo, vedada a argüição
de matérias estranhas ao seu âmbito e finalidade.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 0185455 -1, Ac. 15346, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Luiz Zarpelon. j. 26.02.2002, DJ
22.03.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXCEÇÃO A PRÉ-


EXECUTIVIDADE. - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE. - FALTA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE DO TÍTULO. - NÃO CONFIGURAÇÃO DO TÍTULO
EXECUTIVO. - EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. - MATÉRIA QUE DEVE
SER DECLARADA DE OFÍCIO. - DECISÃO MONOCRÁTICA
REFORMADA. - RECURSO PROVIDO PARA DECLARAR A
EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO.
I. O contrato de abertura de crédito em conta corrente, a descoberto
ou com garantia cambial, cuja relevância, sem embargo de seu
caráter genérico, não respeita, ao menos diretamente, ao consumo,
tem sua autonomia atribuída pela executividade do título, ensejando
de forma peculiar, obstáculo ao devedor no sentido de providenciar
sua defesa quanto ao valor a ele atribuído.
II. Nas ações do processo de conhecimento, em sentido estrito,
caracterizam-se pela adstrição da atividade judicial e não mais ao
limite do pedido do credor.
III. Contudo, nas ações executivas, haja vista sua estrutura e
natureza, não se acomodam ao contrato de abertura de crédito em
conta corrente, pela perspectiva do direito substantivo posto em
causa, ao ensejar uma espécie de atividade muito diversa, do
sentido da ampla defesa e do contraditório não oferecidos nos
embargos decorrentes do processo de execução.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0187054 -2, Ac. 15357, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Tibagi, Rel. Juiz Lidio J. R. de Macedo. j. 05.03.2002, DJ
22.03.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE NÃO CONHECIDA PELO JUÍZO A QUO.
PRETENSÃO RECURSAL NO SENTIDO DE QUE SEJA EXTINTA A
EXECUÇÃO RECONHECENDO A ILIQUIDEZ DO TÍTULO E
APLICAÇÃO DA SÚMULA 233 DO STJ. PRETENSÃO RECURSAL
QUE NÃO PODE SER ALBERGADA SOB PENA DE SUPRESSÃO
DE INSTÂNCIA.
Agravo não conhecido.
Por unanimidade de votos, não conheceram.
(Agravo de Instrumento nº 0188098 -8, Ac. 13236, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Augusto Lopes Cortes. j. 11.03.2002,
DJ 22.03.2002)
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO. RESCISÃO DE
CONTRATO. CONEXÃO. IMPOSSIBILIDADE DE
RECONHECIMENTO ANTE A AUSÊNCIA DE EMBARGOS.
OMISSÃO INEXISTENTE. EFEITOS INFRINGENTES. EMBARGOS
REJEITADOS.
Os embargos de declaração não merecem ser acolhidos em razão
da inexistência de omissão ou contradição, uma vez que não deixou
o v. Acórdão de apreciar a fundamentação essencial do julgamento
da causa, como também não se presta para fins de pré-questionar
matérias, inexistindo violação ao art. 535, I e II, do Código de
Processo Civil.
Por unanimidade de votos, rejeitaram os embargos.
(Embargos de Declaração nº 0184768 -9/01, Ac. 13232, 8ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
04.03.2002, DJ 22.03.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. - EXCEÇÃO A PRÉ-
EXECUTIVIDADE. - LIMITAÇÕES AO PROCEDIMENTO. -
INCIDENTE QUE DEVE OBSERVAR A REGULARIDADE
PROCEDIMENTAL IMPOSTA NA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA. -
RECURSO DESPROVIDO.
I. Este incidente tem por objetivo, efetivamente, possibilitar ao
devedor a argüição da falta de condição para a ação de execução.
Não contendo o título executivo eficácia executiva, esta não poderia
prosperar, contudo, esta matéria deve ser argüida incidentalmente,
desde que esteja devidamente caracterizada a carência de ação.
Este procedimento tem a possibilidade de esgotar os pontos
necessários para que seja demonstrada a liquidez, certeza ou
exigibilidade, ou não, do que se pretende cobrar, mas frise-se, esta
controvérsia não pode ser apreciada em sede de exceção, dado a
sua limitação de procedimento.
II. Assim, somente se o título não contiver eficácia executiva, o
magistrado deverá desde logo indeferi-lo, pronunciando-se sobre a
carência de ação, posto que, a própria limitação do incidente a ser
reformado em sede de agravo de instrumento, não permite a
utilização deste remédio incidental para tentar invocar a carência de
ação por falta de liquidez do título, quando presentes os requisitos
essenciais para a sua validade.
III. O cuidado a ser tomado nestas condições exige que a parte
comprove a carência de ação não pelos pontos a serem argüidos em
embargos, mas aqueles em que por não interposição cabe a
extinção da execução, até mesmo de ofício.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0187256 -6, Ac. 15385, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Lidio J. R. de Macedo. j. 19.03.2002, DJ
05.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL


- EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - VÍCIO NA FORMAÇÃO
DO TÍTULO - MATÉRIA QUE EXIGE MAIOR DILAÇÃO
PROBATÓRIA - DECISÃO MANTIDA.
- Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0183773 -6, Ac. 13116, 6ª Câmara Cível
do TAPR, São Miguel do Iguaçu, Rel. Juiz Conv. Glademir Vidal
Antunes Panizzi. j. 18.03.2002, DJ 05.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE INACOLHIDA. ALEGADA ILIQUIDEZ DO
TÍTULO. APRECIAÇÃO APÓS DILAÇÃO PROBATÓRIA.
CONEXÃO. INEXISTÊNCIA. POSSIBILIDADE EM HAVENDO
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS. DESPACHO CORRETO. AGRAVO
DESPROVIDO.
A exceção de pré-executividade só pode ser acolhida quando diga
respeito a validade formal do título e independa de comprovação.
Não há conexão entre execução e ação ordinária,
independentemente da oposição de embargos.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0186134 -1, Ac. 13125, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Maria José Teixeira. j. 04.03.2002, DJ
05.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE INACOLHIDA. ALEGADA ILIQUIDEZ DO
TÍTULO. APRECIAÇÃO APÓS DILAÇÃO PROBATÓRIA.
CONEXÃO. INEXISTÊNCIA. POSSIBILIDADE EM HAVENDO
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS. DESPACHO CORRETO. AGRAVO
DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade só pode ser acolhida quando diga
respeito a validade formal do título e independa de comprovação".
"Não há conexão entre execução e ação ordinária,
independentemente da oposição de embargos."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0186166 -3, Ac. 13132, 6ª Câmar a Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Maria José Teixeira. j. 04.03.2002, DJ
05.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXCESSO DE EXECUÇÃO.
RECONHECIMENTO PELO JUÍZO MONOCRÁTICO. MATÉRIA
QUE NÃO É APRECIADA NO REFERIDO INCIDENTE
PROCESSUAL. RECURSO PROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
não tendo força para excluir parte do valor cobrado, o que só pode
ser admitido através de Embargos".
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0182906 -1, Ac. 13322, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
25.03.2002, DJ 12.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO DE TODAS MATÉRIAS DE
DEFESA. DESCONSTITUIÇÃO DO TÍTULO E EXCESSO DE
EXECUÇÃO. INDEFERIMENTO. DECISÃO CORRETA. MATÉRIA
QUE NÃO É APRECIADA NO REFERIDO INCIDENTE
PROCESSUAL. RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
não servindo para transmudar o processo executório em processo de
conhecimento, próprio para defesa de todas as matérias, inclusive
relativa a nulidade da execução ou excesso de execução, o que só
pode ser admitido através de Embargos".
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0183349 -0, Ac. 13335, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Porecatu, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
25.03.2002, DJ 12.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. DESCONSTITUIÇÃO DO TÍTULO. EXCESSO
DE EXECUÇÃO. INDEFERIMENTO. MATÉRIA QUE NÃO É
APRECIADA NO REFERIDO INCIDENTE PROCESSUAL.
RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
não servindo para transmudar o processo executório em processo de
conhecimento, próprio para defesa de todas as matérias, inclusive o
excesso de execução, o que só pode ser admitido através de
Embargos".
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0183986 -3, Ac. 13339, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
01.04.2002, DJ 12.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE LOCAÇÃO. FIANÇA.
RESPONSABILIDADE. CLÁUSULA. ENTREGA DA CHAVES.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE . IMPOSSIBILIDADE.
RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de nulidade processuais, não
podendo ante sua via estreita discutir o mérito."
Por maioria de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0184537 -4, Ac. 13360, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
25.03.2002, DJ 12.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONFISSÃO DE DÍVIDA.


AUSÊNCIA. REQUISITOS ENSEJADORES DE TÍTULO
EXECUTIVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE. TÍTULO HÁBIL. MATÉRIA QUE NÃO É
APRECIÁVEL NO REFERIDO INCIDENTE PROCESSUAL.
RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
defesas outras só pode ser admitido através de Embargos".
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185051 -3, Ac. 13326, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
25.03.2002, DJ 12.04.2002)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONFISSÃO DE DÍVIDA.
AUSÊNCIA. REQUISITOS ENSEJADORES DE TÍTULO
EXECUTIVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE. TÍTULO HÁBIL. MATÉRIA QUE NÃO É
APRECIÁVEL NO REFERIDO INCIDENTE PROCESSUAL.
RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
defesas outras só pode ser admitido através de Embargos".
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185489 -7, Ac. 13323, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
25.03.2002, DJ 12.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONFISSÃO DE DÍVIDA.


AUSÊNCIA. REQUISITOS ENSEJADORES DE TÍTULO
EXECUTIVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE. TÍTULO HÁBIL. MATÉRIA QUE NÃO É
APRECIÁVEL NO REFERIDO INCIDENTE PROCESSUAL.
RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
defesas outras só pode ser admitido através de Embargos".
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185592 -9, Ac. 13334, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
25.03.2002, DJ 12.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - CONFISSÃO DE DÍVIDA - DÍVIDA ORIGINÁRIA
EM CONTRATO DE ABERTURA EM CONTA CORRENTE -
NOVAÇÃO - QUESTÃO NÃO DIRIMIDA ATRAVÉS DA SIMPLES
ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA NOS AUTOS -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - MATÉRIA A SER
CONHECIDA E DECIDIDA ATRAVÉS DE EMBARGOS DO
DEVEDOR - ENTENDIMENTOS JURISPRUDENCIAIS - DECISÃO
CORRETA.
Recurso conhecido e desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0189337 -4, Ac. 15606, 2ª Câmara Cível
do TAPR, São José dos Pinhais, Rel. Juiz Moraes Leite. j.
10.04.2002, DJ 26.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CARTA PRECATÓRIA. SUMÁRIO.


EXECUÇÃO DE SENTENÇA. SUSPENSÃO DA ORDEM PELO
JUÍZO DEPRECADO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
INADMISSIBILIDADE. INOCORRÊNCIA DAS HIPÓTESES DO ART.
209, CPC. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DEPRECANTE (ARTS. 658 E
747, CPC). RECURSO IMPROVIDO.
1. O art. 209, do Código de Processo Civil enumera hipóteses
taxativas para a recusa pelo juízo deprecado ao cumprimento de
Carta Precatória: quando não estiver revestida dos requisitos legais,
carecer de competência ou dúvida acerca de sua autenticidade.
2. O artigo 658 CC o artigo 747, ambos do Código de Processo Civil
estabelecem a competência funcional do juízo deprecado somente
para os atos de instrução da execução, ou seja, a penhora, avaliação
e alienação de bens e respectivos incidentes.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0192638 -1, Ac. 13880, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Miguel Pessoa. j. 15.04.2002, DJ
26.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONFISSÃO DE DÍVIDA.


AUSÊNCIA DE REQUISITOS ENSEJADORES DE TÍTULO
EXECUTIVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE. TÍTULO HÁBIL. MATÉRIA QUE NÃO É
APRECIÁVEL NO REFERIDO INCIDENTE PROCESSUAL.
RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
defesas outras só pode ser admitido através de embargos."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0187169 -8, Ac. 13484, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
15.04.2002, DJ 26.04.2002)

AGRAVO INSTRUMENTAL. INTERLOCUTÓRIO DESACOLHENDO


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, OPOSTA SOBRE CHEQUE
REPORTANDO-O IMPRESSO DE JUROS USURÁRIOS (ARTS.
1062/1063 CCB, 4º, 3º A LEI Nº 1.521/51), INVESTINDO AO ART.
586, CPC AVENTO NULITÁRIO DESTA (ART. 618, I, CPC).
QUESTÃO PORÉM ALHEIA AO RESTRITO CAMPO DA
INTENTADA. EXCERTOS DOUTRINÁRIOS NESTA CONTENÇÃO -
TÍTULO INCONTROVERSAMENTE EMITIDO POR AGRAVANTE,
LITERALMENTE PERFEITO. DESESTIMA 'A QUO' CONFORTADA.
Desprovimento, na porção conhecida.
(Agravo de Instrumento nº 0188536 -3, Ac. 13392, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Rel. Juiz Arno Knoerr. j. 03.05.2002, DJ
17.05.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - CHEQUE - PRESCRIÇÃO - MATÉRIA QUE NÃO
É PASSÍVEL DE SER CONHECIDA DE OFÍCIO - ARGÜIÇÃO EM
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - INADMISSIBILIDADE -
PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA -
NULIDADE DA DECISÃO QUE CONHECEU DA EXCEÇÃO
PROCLAMADA EX OFFICIO - RECURSO PREJUDICADO.
Para opor-se a execução o legislador colocou a disposição do
devedor a ação incidental de embargos (CPC, livro II, título III); a
exceção de pré-executividade resulta de construção doutrinário-
jurisprudencial admissível apenas em situações excepcionais, como
sói ser a ausência de condições da ação, passível de ser conhecida
de ofício, o que não ocorre com a prescrição de direitos patrimoniais,
que reclama oportuna provocação em tempo e forma hábeis.
Processo civil. Execução. Exceção de pré-executividade.
Pressuposto. Inocorrência na espécie. Prescrição. Recurso
desacolhido.
A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo
(STJ).
(Agravo de Instrumento nº 0139643 -2, Ac. 15606, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 08.05.2002, DJ
24.05.2002)

RECURSO - AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - PRÉ-


EXECUTIVIDADE ADMITIDA - DESPACHO QUE NÃO RECEBEU O
RECURSO DE APELAÇÃO POR ALEGADA IMPROPRIEDADE DO
MESMO - RECURSO CABÍVEL E O DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO NÃO APELAÇÃO - DESPACHO QUE E
CONFIRMADO.
Admitida a exceção de pré-executividade apresentada em processo
de execução provisória, sem extinguir a execução, prosseguindo-se
em relação aos demais valores. Decisão que tem natureza
interlocutória, impugnável por agravo de instrumento e não por
apelação. Correto o despacho que indefere o prosseguimento da
apelação interposta. Artigo 162, § 2º, do Código de Processo Civil.
Recurso de agravo não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0188963 -0, Ac. 15631, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Sérgio Rodrigues. j. 08.05.2002, DJ
24.05.2002)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PAGAMENTO DO DÉBITO. MATÉRIA A SER DISCUTIDA EM
EMBARGOS DO DEVEDOR. INTELIGÊNCIA DOS ART. 618, DO
CPC. TUTELA ANTECIPADA. EXCLUSÃO DO NOME DO
DEVEDOR DE CADASTROS RESTRITIVOS. INEXISTÊNCIA DE
DISCUSSÃO SOBRE A DÍVIDA. INDEFERIMENTO. RECURSO
IMPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0193016 -9, Curitiba, Ac. 13592, 8ª
Câmara Cível do TAPR, Relª. Juíza Maria Aparecida Blanco de Lima.
j. 06.05.2002, DJ 24.05.2002)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS


A EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. DECISÃO QUE DETERMINA A JUNTADA DE
DOCUMENTOS. DESPACHO SEM CUNHO DECISÓRIO. DECISÃO
MERAMENTE ORDINATÓRIA. INADMISSIBILIDADE DO
RECURSO. RECURSO DESPROVIDO.
1. É meramente ordinatório o despacho do juiz que apenas
impulsiona o andamento do processo, não destramando nenhuma
questão incidente.
2. Se a decisão agravada não traz em si nenhum conteúdo decisório,
tratando-se de despacho meramente ordinatório, nessa condição,
não comporta qualquer recurso, já que não produziu qualquer
gravame a parte a justificar sua interposição.
Por maioria de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185087 -3, Ac. 15824, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Conv. Jurandyr Souza Júnior. j.
08.05.2002, DJ 07.06.2002)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS


A EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. DECISÃO QUE DETERMINA A JUNTADA DE
DOCUMENTOS. DESPACHO SEM CUNHO DECISÓRIO. DECISÃO
MERAMENTE ORDINATÓRIA. INADMISSIBILIDADE DO
RECURSO. RECURSO DESPROVIDO.
1. É meramente ordinatório o despacho do juiz que apenas
impulsiona o andamento do processo, não destramando nenhuma
questão incidente.
2. Se a decisão agravada não traz em si nenhum conteúdo decisório,
tratando-se de despacho meramente ordinatório, nessa condição,
não comporta qualquer recurso, já que não produziu qualquer
gravame a parte a justificar sua interposição.
Por maioria de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185087 -3, Ac. 15824, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Conv. Jurandyr Souza Júnior. j.
08.05.2002, DJ 07.06.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO - INEXISTÊNCIA DE TÍTULO
EXECUTIVO - INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 233 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA - CARÊNCIA DE AÇÃO EXECUTIVA.
1. O regime jurídico aplicável ao contrato não é definido pela
atribuição nominativa dada pelas partes e sim pelo conteúdo efetivo
das regras pactuadas, razão pela qual a denominação atribuída ao
contrato não afasta a sua verdadeira natureza.
2. A cédula de crédito bancário mediante a qual é aberto um crédito
rotativo em conta corrente em favor do eminente não configura título
executivo, pois não consubstancia obrigação de pagar quantia certa
e determinada, a luz da Súmula 233 do Superior Tribunal de Justiça.
Recurso conhecido e provido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0192658 -3, Ac. 15853, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 15.05.2002, DJ
07.06.2002)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INCIDENTE PROCESSUAL.
JULGAMENTO. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO ADEQUADO. 2. INSTRUMENTO
PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA - TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL. 3. ENCARGOS ILEGAIS. DISCUSSÃO. AÇÃO
DECLARATÓRIA. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO POR
PREJUDICIALIDADE. NECESSIDADE DE EMBARGOS. MEDIDA
PROTELATÓRIA. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. PUNIÇÃO ADEQUADA.
1. Sendo a exceção de pré-executividade um incidente processual
(passível de exame nos próprios autos), sua rejeição ocorre por
decisão interlocutória, recorrível por agravo.
2. O instrumento particular de confissão de dívida configura título
executivo (art. 585, II, CPC), e o fato de ter origem em contrato de
abertura de crédito em conta corrente não afasta esta qualidade.
3. A discussão sobre encargos ilegais ou sobre eventual
prejudicialidade por conta de ação declaratória, só tem vez em sede
de embargos, sendo afastada a pretensão protelatória argüida em
exceção de pré-executividade, com pena pela litigância de má-fé.
Recurso não provido.
(Agravo de Instrumento nº 0187198 -9, Ac. 15645. 3ª Câmara Cível
do TAPR, Catanduvas, Rel. Juiz Pericles Bellusci de Batista Pereira.
j. 21.05.2002, DJ 07.06.2002)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DECISÃO COLEGIADA.


RECURSO DE APELAÇÃO. ALEGAÇÃO DE CONTRADIÇÃO NA
FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO. EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
INCIDENTE PROCESSUAL. EFEITO INFRINGENTE.
CONTRADIÇÃO. INOCORRÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE
RENOVAR DISCUSSÃO ACERCA DE MATÉRIA ATINGIDA PELA
DECISÃO COLEGIADA.
Recurso rejeitado.
Por unanimidade de votos, rejeitaram os embargos.
(Embargos de Declaração nº 0158959 -7/01, Ac. 13631, 2ª Câmara
Cível do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Conv. Jurandyr Souza Júnior. j.
07.02.2001, DJ 23.02.2001)

APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO - ACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - DESCARACTERIZAÇÃO DO TÍTULO
JUDICIAL ANTE A OMISSÃO DA IMPORTÂNCIA DEVIDA A
TÍTULO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E CUSTAS
PROCESSUAIS - INEXISTÊNCIA DA OPOSIÇÃO DE EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO A FIM DE SANAR A OMISSÃO -
IMPROVIMENTO DA APELAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE DE
CONHECIMENTO DA MATÉRIA VERSADA NO RECURSO
ADESIVO, POSTO NÃO TER SIDO DISCUTIDA EM INSTÂNCIA
INFERIOR - PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO -
RECURSO ADESIVO PREJUDICADO.
"A presença do caráter intrínseco de executividade do título judicial
também engloba as verbas sucumbenciais que, ausentes, geram a
sua iliquidez".
(Apelação Cível nº 0146077 -9, Ac. 11914, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Guarapuava, Rel. Juiz Rafael Augusto Cassetari. j.
23.04.2001, DJ 04.05.2001)

PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - LIMITAÇÃO AS QUESTÕES EFETIVAMENTE
DECIDIDAS - IMPOSSIBILIDADE DE AVANÇAR O TRIBUNAL NO
EXAME DAS MATÉRIAS NÃO ENFRENTADAS - EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NÃO AJUIZADOS - RECURSO DESPROVIDO.
O Tribunal está adstrito ao conhecimento das matérias efetivamente
decididas, sendo-lhe vedado avançar no exame de questões que
não foram objeto do pronunciamento judicial, sob pena de supressão
de um grau de jurisdição.
Silenciando o Juiz acerca de relevantes questões suscitadas, é de
rigor o manejo de Embargos de Declaração, a teor do inciso II do
artigo 535 do Código de Processo Civil.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0178228 -3, Ac. 12513, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 22.10.2001, DJ
09.11.2001)

PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - LIMITAÇÃO AS QUESTÕES EFETIVAMENTE
DECIDIDAS - IMPOSSIBILIDADE DE AVANÇAR O TRIBUNAL NO
EXAME DAS MATÉRIAS NÃO ENFRENTADAS - EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NÃO AJUIZADOS - RECURSO DESPROVIDO.
O Tribunal está adstrito ao conhecimento das matérias efetivamente
decididas, sendo-lhe vedado avançar no exame de questões que
não foram objeto do pronunciamento judicial, sob pena de supressão
de um grau de jurisdição.
Silenciando o Juiz acerca de relevantes questões suscitadas, é de
rigor o manejo de Embargos de Declaração, a teor do inciso II do
artigo 535 do Código de Processo Civil.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0178228 -3, Ac. 12513, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 22.10.2001, DJ
09.11.2001)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO EMBARGADA E COM


TRÂNSITO EM JULGADO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
ARGÜIDA PELO CREDOR. CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. IMPOSSIBILIDADE DE
ACOLHIMENTO.
"Desmerece reparo a decisão que deixa de conhecer da matéria
relativa a pressupostos processuais e condições da ação executiva,
porque já acobertada pelo instituto da coisa julgada decorrente de
definitivo julgamento dos embargos à execução" (AI 50566-8, 3
Câmara Cível, TAPR, Relator então Juiz Pacheco Rocha).
Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento 0166199-6, Ac. 13609, 4ª Câmara Cível do
TAPR, Castro, Rel. Juiz Ruy Cunha Sobrinho. j. 21.02.2001, DJ
09.03.2001)

APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE - SUPER CHEQUE - DÉBITO PRODUZIDO
UNILATERALMENTE PELO CREDOR - AUSÊNCIA DE TÍTULO
EXECUTIVO LÍQUIDO E, ASSIM, DE INTERESSE PROCESSUAL -
EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO - ARTIGO 267, VI, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL - RECURSO DESPROVIDO.
O contrato de abertura de crédito em conta corrente não é título
executivo extrajudicial, vez que o débito é produzido de forma
unilateral pelo credor, sem a intervenção do possível devedor e, com
a edição da Súmula 233, do Superior Tribunal de Justiça, tornou-se
pacifica a jurisprudência nesse sentido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0165911 -8, Ac. 11646, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Andira, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 05.03.2001, DJ
16.03.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 167.006 -0, DE PARANAGUÁ - 1ª


VARA CÍVEL. AGRAVANTE: A. F. F. AGRAVADO: H. O. B.
RELATOR: JUIZ CONV. HAMILTON MUSSI CORRÊA. AGRAVO DE
INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ADMISSIBILIDADE.
A exceção de pré-executividade é admissível desde que fundada na
falta de pressupostos para a constituição e validade do processo de
execução, quando a matéria é passível de conhecimento de ofício
pelo Juiz e não dependa de contraditório.
Agravo prejudicado em parte e desprovido.
(Apelação Cível nº 0163787 -4, Ac. 14140, 3ª Câm ara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 27.03.2001, DJ
20.04.01)
APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO - SENTENÇA
PROFERIDA EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE QUE
EXTINGUIU A EXECUÇÃO POR ENTENDER NÃO CONFIGURADO
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE (SAQUE FÁCIL
- BRADESCO) - APELO DOS EXECUTADOS PLEITEANDO
UNICAMENTE A CONDENAÇÃO DO BANCO EXEQÜENTE AO
PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS -
POSSIBILIDADE - APELO PROVIDO - RECURSO ADESIVO -
PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE INEXISTENTE -
AUSÊNCIA DE SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA - RECURSO
ADESIVO NÃO CONHECIDO.
1. A execução extinguiu-se por iniciativa dos devedores, com o
deferimento do pedido elaborado em exceção de pré-executividade,
diante do que se perfez o requisito objetivo da sucumbência,
devendo haver condenação da parte vencida ao pagamento dos
honorários advocatícios devidos ao patrono da parte vencedora.
2. Somente é admissível o Recurso Adesivo quando se verificou, na
sentença, a sucumbência recíproca, inexistente na causa em exame
(art. 500, 'caput', do CPC). Não pode o exeqüente valer-se da
apelação interposta pelos devedores - com o objetivo único de
pleitear a condenação em honorários - para recorrer adesivamente,
requerendo a reforma completa do 'decisum', com prazo mais
dilatado, pois na condição de sucumbente deveria ter apelado da
sentença, nos quinze dias seguintes a sua publicação.
(Apelação Cível nº 0161245 -3, Ac. 12070, 5ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Ronald Juarez Moro. j. 09.05.2001, DJ
25.05.2001)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO


PARTICULAR DE OUTORGA DE OPÇÃO PARA AQUISIÇÃO DE
UNIDADE HABITACIONAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
- INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - ALEGADO CUMPRIMENTO DA
OBRIGAÇÃO - AUSENTE PROVA CABAL - REJEIÇÃO
CONFIRMADA - AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
ESTA COLENDA 8ª CÂMARA CÍVEL ASSENTOU NO ACÓRDÃO
Nº 11198 RELATADO POR ESTE JUIZ:
"A exceção de pré-executividade, criação doutrinária, admitida pela
jurisprudência, constitui incidente defensivo na execução, limitada
sua abrangência a matéria suscetível de conhecimento de ofício ou a
nulidade do título, dependendo o seu acolhimento de prova cabal do
fato alegado".
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0169573 -4, Ac. 12267, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 06.08.2001,
DJ 17.08.2001)

APELAÇÃO CÍVEL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO. SÚMULA
233 DO STJ. NÃO CONFIGURAÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO.
NULIDADE DA EXECUÇÃO. RECURSO DESPROVIDO.
De acordo com o Enunciado da Súmula 233, "o contrato de abertura
de crédito, ainda que acompanhado de extrato de conta corrente,
não é título executivo."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0174760 -0, Ac. 12283, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j. 06.08.2001,
DJ 24.08.2001)

APELAÇÃO CÍVEL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


INSTRUMENTO PARTICULAR DE EMPRÉSTIMO EM CONTA
CORRENTE. AUSÊNCIA DE ASSINATURA DE UMA DAS
TESTEMUNHAS NO CONTRATO. ALEGAÇÃO DE MAL
POSICIONAMENTO DAS ASSINATURAS. INOCORRÊNCIA.
CONTRATO E NOTA PROMISSÓRIA SEM PODER EXECUTIVO.
RECURSO DESPROVIDO.
Contrato não subscrito por duas testemunhas não é título executivo.
A nota promissória emitida em garantia da dívida principal segue a
sorte da invalidação do contrato, pois a ele está vinculada.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0176411 -0, Ac. 12502, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j. 10.09.2001,
DJ 21.09.2001)

APELAÇÃO CÍVEL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - INCIDÊNCIA DA LEI 8.906/94,
ART. 22 - DIREITO PERSONALÍSSIMO - NÃO COMPENSAÇÃO.
1. Perante o novel Estatuto da Advocacia, a prestação de serviço
profissional assegura a percepção da verba honorária.
2. Porquanto os honorários consistem em direito autônomo do
advogado não se compensando com eventual débito do seu
patrocinado.
3. "O escopo maior da lei é assegurar aos advogados a percepção
dos honorários, garantir que estes ao advogado pertencem."
Recurso conhecido e provido.
Por maioria de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0176900 -2, Ac. 14762, 2ª Câmara Cível do
TAPR, Ponta Grossa, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 19.09.2001, DJ
26.10.2001).

APELAÇÃO CÍVEL. - EXECUÇÃO. - CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. - EXCEÇÃO A PRÉ-
EXECUTIVIDADE. - EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. - DECISÃO
ACERTADA. - VERBA HONORÁRIA DEVIDA. - SENTENÇA
REFORMADA EM PARTE PARA FIXAÇÃO DA VERBA
HONORÁRIA. - RECURSO PROVIDO.
I. Em verdade, ao ser extinta a execução, não foi fixada verba
honorária, e diante do cotejo das demais alíneas do § 3º, do art. 20,
do CPC, quais sejam, o grau de zelo do profissional e a natureza e
importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo
exigido para o seu serviço, impõe-se a fixação da verba honorária
em vista o acolhimento do pedido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Apelação Cível nº 0178503 -1, Ac. 14853, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Colorado, Rel. Juiz Lídio J. R. de Macedo. j. 16.10.2001, DJ
09.11.2001)

APELAÇÃO CÍVEL. - EXCEÇÃO À PRÉ-EXECUTIVIDADE. -


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE. - FALTA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE
DO TÍTULO. - NÃO CONFIGURAÇÃO DO TÍTULO EXECUTIVO. -
EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. - DECISÃO ACERTADA. - SENTENÇA
MANTIDA. - RECURSO DESPROVIDO.
I. O contrato de abertura de crédito em conta corrente, a descoberto
ou com garantia cambial, cuja relevância, sem embargo de seu
caráter genérico, não respeita, ao menos diretamente, ao consumo,
tem sua autonomia atribuída pela executividade do título, ensejando
de forma peculiar, obstáculo ao devedor no sentido de providenciar
sua defesa quanto ao valor a ele atribuído.
II. Nas ações do processo de conhecimento, em sentido estrito,
caracterizam-se pela adstrição da atividade judicial e não mais ao
limite do pedido do credor.
III. Nas ações executivas, haja vista sua estrutura e natureza, não se
acomodam ao contrato de abertura de crédito em conta corrente,
pela perspectiva do direito substantivo posto em causa, ao ensejar
uma espécie de atividade muito diversa, do sentido da ampla defesa
e do contraditório não oferecidos nos embargos decorrentes do
processo de execução.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 01 80206-8, Ac. 14928, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Assis Chateaubriand, Rel. Juiz Lídio J. R. de Macedo. j.
30.10.2001, DJ 23.11.2001)
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - DUPLICATA
ENDOSSADA - COMPRA DE ATIVOS - FACTORING - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - FOTOCÓPIA DO TÍTULO - NULIDADE
- EXTINÇÃO DO PROCESSO CONFIRMADA - APELAÇÃO
DESPROVIDA. "EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -
DUPLICATA - FOTOCÓPIA - INADMISSIBILIDADE - RECURSO
PROVIDO.
Cuidando-se de execução de título extrajudicial, aparelhada em
duplicata, a apresentação do original é de rigor, evitando-se, desta
forma, a sua circulação." (Apelação Cível nº 89.547 -8 - Sexta
Câmara Cível - Ac. nº 4890 - Rel. Juiz Wilde Pugliese).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0173821 -4, Ac. 12870, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Londrina, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 12.11.2001, DJ
30.11.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. DUPLICATA NÃO ACEITA E NÃO
PROTESTADA. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS FORMAIS DOS
TÍTULOS. NULIDADE DA EXECUÇÃO EM RAZÃO DA CARÊNCIA
DA AÇÃO. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. DECISÃO CORRETA.
DESNECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DE CONEXÃO
DIANTE DA EXTINÇÃO E PORQUE SÓ SE TRATA DE
EXECUÇÃO.
1 - Constitui título líquido, certo e exigível para instruir execução,
duplicata sem aceite quando cumulativamente houver protesto e
documento hábil comprobatório da entrega e recebimento de
mercadorias. A ausência de pressupostos necessários ao
processamento da execução conduz a extinção da lide sem a análise
do mérito.
2 - O aceite dos títulos deve ser inequívoco e inconcusso, não
podendo haver presunção quanto ao mesmo. Se o título não se
encontra aceito, não adquiriu o caráter da literalidade e abstração
próprio das cambiais.
3 - As duplicatas foram sustadas em medida cautelar de sustação de
protesto que tramita pela Terceira Vara Cível de Curitiba.
4 - Diante da extinção do feito e da ausência dos requisitos formais
necessários previstos em lei, resta prejudicado o pedido de conexão
entre a presente execução e as ações que tramitam em outro Juízo,
ademais, trata-se apenas de execução e não haverá a possibilidade
de haver decisões conflitantes. Recurso desprovido.
5 - Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0181083 -9, Ac. 15013, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Eugênio Achille Grandinetti. j.
20.11.2001, DJ 07.12.2001)

APELAÇÃO CÍVEL - EXCEÇÃO A PRÉ-EXECUTIVIDADE -


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE - FALTA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE
DO TÍTULO - NÃO CONFIGURAÇÃO DO TÍTULO EXECUTIVO -
EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO - DECISÃO ACERTADA - VERBA
HONORÁRIA COERENTEMENTE FIXADA - SENTENÇA MANTIDA
- RECURSO DESPROVIDO.
I. O contrato de abertura de crédito em conta corrente, a descoberto
ou com garantia cambial, cuja relevância sem embargo de seu
caráter genérico, não respeita, ao menos diretamente, ao consumo,
tem sua autonomia atribuída pela executividade do título, ensejando
de forma peculiar, obstáculo ao devedor no sentido de providenciar
sua defesa quanto ao valor a ele atribuído.
II. As ações do processo de conhecimento, em sentido estrito,
caracterizam-se pela adstrição da atividade judicial e não mais ao
limite do pedido do credor.
(Apelação Cível nº 0180457 -5, Ac. 15064, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Nova Fátima, Rel. Juiz Lidio J. R. de Macedo. j. 11.12.2001,
DJ 01.02.02)

APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - NULIDADE DA
EXECUÇÃO, EIS QUE INEXISTENTE TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL - NOTA PROMISSÓRIA EM QUE SE
CONSIGNOU VALOR EXPRESSO EM MERCADORIAS (SACAS DE
SOJA) E NÃO DINHEIRO, O QUE SERIA IMPRESCINDÍVEL -
INTELIGÊNCIA DA ALÍNEA "B", DO ART. 75 DA LEI UNIFORME -
APELO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0174136 -4, Ac. 12944, 5ª Câmara Cível do
TAPR, Santa Helena, Rel. Juiz Ronald Juarez Moro. j. 05.12.2001,
DJ 01.02.2002)

AGRAVO INOMINADO. ART. 557, "CAPUT", DO CPC. DECISÃO


QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO. JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE NO TRIBUNAL
DE ALÇADA. RECURSO DESPROVIDO.
Nos termos do art. 557, "caput", do Código de Processo Civil, deve
ser mantida, em sede de agravo inominado, a decisão que negou
seguimento a recurso de agravo, uma vez que a tese defendida está
em confronto com a jurisprudência dominante deste Tribunal. "A
exceção de pré-executividade argüida no caso de nulidade no
processo executório, trata-se de matéria de ordem pública, e como
tal, cumpre ao juiz conhecer de ofício a qualquer tempo e grau de
jurisdição, todavia, requer, plausividade no pleito, a teor do § 3º, do
art. 267, do CPC. Contudo, existe uma condicionante, desde que não
proferida sentença de mérito, no caso "sub judice" tendo sido
exarada a sentença de mérito, em sede de embargos do devedor e
de recurso de apelação, cuja decisão transitou em julgado, resulta
quebrada a indisponibilidade da matéria. Afronta a coisa julgada.
Recurso que não merece provimento." (TAPR, 5ª Câm. Cível, Ac.
9905, Rel. Juiz Tufi Maron Filho. DJ: 12.11.99).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo nº 01863 23-8/01, Ac. 12984, 8ª Câmara Cível do TAPR,
Francisco Beltrão, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
10.12.2001, DJ 01.02.2002).
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - RECONHECIDA IMPENHORABILIDADE -
IMÓVEL - OBJETO DE HIPOTECA - CÉDULA DE CRÉDITO RURAL
- DECISÃO MANTIDA - AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO. ESTA CORTE DECIDIU ACERCA DO TEMA, PELA
SEXTA CÂMARA CÍVEL, ATRAVÉS DO ACÓRDÃO Nº 10669,
RELATADO PELO JUIZ MENDES SILVA. EXECUÇÃO - BEM DADO
EM GARANTIA DE CÉDULA DE CRÉDITO RURAL -
IMPENHORABILIDADE POR DÍVIDAS DIVERSAS - DECRETO-LEI
167/67, ARTIGO 69 - INTELIGÊNCIA - JURISPRUDÊNCIA -
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA - AGRAVO DESPROVIDO.
O artigo 69 do Decreto-Lei 167/67 é taxativo no sentido de que não
são penhoráveis os bens já onerados com penhor ou hipoteca
constituídos por cédula rural (STF).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento 0182195-8, Ac. 13050, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Campo Mourão, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j.
10.12.2001, DJ 01.03.2002).

APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA PARA
EXTINGUIR O PROCESSO EM RELAÇÃO AOS FIADORES,
EXCLUINDO-OS DA LIDE. PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO
EM RELAÇÃO AO DEVEDOR PRINCIPAL. RECURSO CABÍVEL DE
AGRAVO DE INSTRUMENTO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
FIXADOS CORRETAMENTE. RECURSO DE APELAÇÃO 1
DESPROVIDO E RECURSO DE APELAÇÃO 2 NÃO CONHECIDO.
"Mas somente é apelável o ato judicial que extingue todo o processo
(e não parte dele), sem ou com julgamento de mérito; se o processo
continua, esse ato judicial comporta agravo. Exemplos: ... - A que
exclui o co-réu (RSTJ 30/529, MAIORIA, 64/181, 107/313, STJ - 4ª
Turma, REsp 119.300/TO, Rel. Min. Ruy Rosado, j. 5.8.97, deram
provimento, v.u., DJU 22.9.97, p. 46.482; RT 505/170, 606/130,
720/119, RJTJESP 60/145, MAIORIA, 100/323, 104/388, 111/219,
127/222.)" (Negrão, Theotônio, Código de Processo Civil e
Legislação Processual em Vigor, 30ª ed., São Paulo, Ed. Saraiva,
1999, p. 317-318).
(Apelação Cível nº 0183075 -5, Ac. 13134, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Sarandi, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j. 25.02.2002,
DJ 08.03.2002).

APELAÇÃO CÍVEL. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA QUE REQUEREU


A CONVERSÃO DA EXECUÇÃO EM AÇÃO MONITÓRIA APÓS
CITAÇÃO DOS DEVEDORES. IMPOSSIBILIDADE. INTERPOSIÇÃO
POSTERIOR, PELOS EXECUTADOS, DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. DECISÃO QUE ACOLHEU A EXCEÇÃO,
EXTINGUINDO A EXECUÇÃO SEM MANIFESTAÇÃO DA PARTE
ADVERSA. OFENSA AO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
INEXISTENTE. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. FIXAÇÃO DE
HONORÁRIOS NA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ADMISSIBILIDADE. PRECEDENTES DO STJ. RECURSO
DESPROVIDO.
No que tange ao pedido de conversão da execução para ação
monitória, tenho que, embora ele não tenha sido analisado pelo juízo
a quo, a decisão que acolheu de pronto a exceção de pré-
executividade por ausência de título executivo encontra-se correta,
haja vista a impossibilidade da conversão. E isto porque a conversão
da execução em monitória, além de referir-se a procedimentos
incompatíveis entre si, somente pode ocorrer antes de realizada a
citação, o que não foi observado pelo exeqüente. Em se tratando de
exceção de pré-executividade, se esta for rejeitada, não há
condenação em honorários advocatícios, uma vez que a execução já
contem a verba honorária. Porém, caso acolhida a defesa por meio
da exceção como é o caso em tela, a extinção da execução enseja a
condenação do exeqüente ao pagamento dos honorários.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0183626 -2, Ac. 13231, 8ª Câm ara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j. 04.03.2002,
DJ 15.03.2002)

APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


SENTENÇA QUE DECRETOU A NULIDADE DA EXECUÇÃO -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE COM LIMITE
FIXO - AUSÊNCIA DO DEMONSTRATIVO DO DÉBITO -
REQUISITO OBRIGATÓRIO CONFORME LEI Nº 8.953/94 -
RECURSO DESPROVIDO.
Constando do contrato de abertura de crédito, não rotativo, em conta
corrente, o valor mutuado, em quantia certa, a ser paga em uma
única parcela, não incide, in casu, o entendimento da Súmula 233 da
Corte Superior. No entanto, a liquidez do crédito executado resta
afastada ante a ausência de demonstrativo do débito hábil a indicar a
evolução da dívida, o que impede ao devedor o exercício do
contraditório e da ampla defesa. Há que se reconhecer, pois, a
carência da ação executiva (...)" (Acórdão nº 12.263 - 2ª Câmara
Cível - Relatora Juíza Rosana Fachin - DJ 27.10.00).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0185066 -4, Ac. 13195, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Assis Chateaubriand, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j.
04.03.2002, DJ 15.03.2002)

APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


CONTRATO DE LOCAÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
- ILEGITIMIDADE PASSIVA "AD CAUSAM" - RECONHECIMENTO -
FIANÇA - RESTRIÇÃO AO PERÍODO ORIGINARIAMENTE
CONTRATADO - CONTINUIDADE DA LOCAÇÃO SEM ANUÊNCIA
DOS FIADORES - EXTINÇÃO DA GARANTIA - SÚMULA 214 DO
STJ - 'O FIADOR NA LOCAÇÃO NÃO RESPONDE POR
OBRIGAÇÕES RESULTANTES DE ADITAMENTO AO QUAL NÃO
ANUIU' - ENTENDIMENTOS JURISPRUDENCIAIS. RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0186080 -8, Ac. 15409, 2ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Moraes Leite. j. 13.03.2002, DJ 05.04.2002)

APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS A EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO. EXCEÇÃO JULGADA
EXTINTA. SENTENÇA COM TRÂNSITO EM JULGADO. EFEITO
QUE ATINGE OS EMBARGOS A EXECUÇÃO. APELAÇÕES
PREJUDICADAS. RECURSOS NÃO CONHECIDOS.
"Os embargos a execução tem origem na execução e a ela se
subordinam, extinta esta, ficam aqueles prejudicados."
(Apelação Cível nº 0162342 -1, Ac. 13145, 6ª Câmara Cível do
TAPR, Santa Helena, Relª. Juíza Maria José Teixeira. j. 04.03.2002,
DJ 05.04.2002)

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
ACOLHIDA - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE EXTINGUIU O
PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - ARGÜIÇÃO DE
IMPROPRIEDADE DA EXCEÇÃO E PLEITO DE REFORMA DO
"DECISUM" - INSUBSISTÊNCIA JURÍDICO-ARGUMENTATIVA -
RECURSO DESPROVIDO.
"A nulidade do título em que se embasa a execução pode ser
argüida por simples petição, uma vez que suscetível de exame "ex
officio" pelo juiz" (REsp nº 3.264, Rel. Min. Eduardo Ribeiro, RT
671/187).
"Embargos do devedor. Duplicata sem aceite. Falta de protesto.
Ineficácia do título executivo extrajudicial - carência de ação. Por
força do artigo 15, inciso II, letra "a" da Lei nº 5.474, de 18.07.68,
exige-se o protesto da duplicata sem aceite, para que tenha eficácia
de título executivo extrajudicial. O não atendimento a essa exigência
retira do título os requisitos da liquidez, certeza e exigibilidade que
autorizam a execução, conforme artigo 586 do Código de Processo
Civil" (Ap. Cível nº 4866, Rel. Juiz Ra fael Augusto Cassetari, in DJ-
PR de 14.06.96).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0183468 -0, Ac. 13264, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 11.03.2002, DJ
05.04.2002)

APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA -
EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO - PLEITO DE
REJEIÇÃO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E/OU
CONVERSÃO DA EXECUÇÃO PARA AÇÃO MONITÓRIA -
INCONSISTÊNCIA JURÍDICO-ARGUMENTATIVA - (APTE 1) -
PEDIDO DE ALTERAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA (APTE 2) -
IMPOSSIBILIDADE - RECURSOS DESPROVIDOS.
O contrato de abertura de crédito em conta corrente não é título
executivo extrajudicial, vez que o débito é produzido de forma
unilateral pelo credor, sem a intervenção do possível devedor. A
defesa que nega a executividade do título apresentado pode ser
formulada nos próprios autos do processo da execução e
independente do prazo fixado para os embargos do devedor. Inexiste
motivo para alteração da verba honorária se esta foi fixada com
eqüitatividade, nos moldes do art. 20, 4º, do CPC.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0183885 -1, Ac. 13263, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Paranavaí, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 11.03.2002, DJ
05.04.2002)

APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


CONTRATO DE LOCAÇÃO E FIANÇA NA FORMA ESCRITA -
FALECIMENTO DO AFIANÇADO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ACOLHIDA - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE
JULGOU EXTINTO O PROCESSO EXECUTIVO COM O
LEVANTAMENTO DAS PENHORAS EFETIVADAS - ARGÜIÇÃO DE
INADMISSIBILIDADE DA MATÉRIA SER OBJETO DA INCIDENTAL
DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E PLEITO DE REFORMA
DO "DECISUM" COM PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO -
IMPOSSIBILIDADE - SENTENÇA ESCORREITA - RECURSO
DESPROVIDO.
A defesa que nega a executividade do título apresentado pode ser
formulada nos próprios autos de execução, podendo ser conhecida
de ofício pelo juízo. Desde que a fiança foi declarada extinta a partir
da data do óbito do afiançado, por sentença transitada em julgado,
fazendo coisa julgada material, vedada resta a discussão, em
processo executivo, da matéria objeto do decisório em apreço.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0183888 -2, Ac. 13303, 8ª Câma ra Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 18.03.2002, DJ
05.04.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CÂMARA
ESPECIALIZADA. PREVENÇÃO. NÃO CONHECIMENTO COM
REMESSA DOS AUTOS A 3ª CÂMAR A CÍVEL DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE ALÇADA.
"O órgão que conhece da causa ou de algum de seus incidentes
estará prevento para todos os recursos e incidentes posteriores".
(Agravo de Instrumento nº 0189275 -9, Ac. 13336, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
01.04.2002, DJ 12.04.2002)

APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CHEQUE PRESCRITO -
RECONHECIMENTO - EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO -
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - MAJORAÇÃO - VALOR FIXADO
COM BASE NO VALOR DADO A CAUSA - APLICAÇÃO DO
DISPOSTO NO § 3º DO ART. 20 DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL - IMPOSSIBILIDADE - HONORÁRIOS FIXADOS COM BASE
NO DISPOSTO NO § 4º DO REFERIDO ARTIGO -
ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO.
Por unanimidade de votos, deram provimento parcial.
(Apelação Cível nº 0189513 -4, Ac. 15533, 2ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Moraes Leite. j. 03.04.2002, DJ 19.04.2002)

APELAÇÃO CÍVEL. DECISÃO QUE ACOLHEU A EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE, CONDENANDO OS EXEQÜENTES AS
VERBAS SUCUMBENCIAIS. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS NO
INCIDENTE DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES DO STJ. REDUÇÃO DA CONDENAÇÃO NEGADA.
RECURSO DESPROVIDO.
Em se tratando de exceção de pré-executividade, se esta for
rejeitada, não há condenação em honorários advocatícios, uma vez
que a execução já contém a verba honorária. Porém, caso acolhida a
defesa por meio da exceção, como e o caso em tela, a extinção da
execução enseja a condenação do exequente ao pagamento dos
honorários. Não merece redução a condenação fixada na r.
sentença, principalmente em razão do alto valor executado, além do
trabalho realizado pelo advogado e o grau de zelo do profissional
com a causa. Além do mais, a execução está em tramite desde
1999, sob os cuidados do advogado, porquanto deve ser
remunerado de forma condigna.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0191864 -7, Ac. 13451, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j. 08.04.2002,
DJ 26.04.2002)

APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.


OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. SÚMULA Nº 233 DO STJ.
EXCEÇÃO RECEPCIONADA PARA RECONHECER A NULIDADE
DA EXECUÇÃO, ADMITINDO, ENTRETANTO, A SUA
CONVERSÃO AO PROCEDIMENTO DA AÇÃO MONITORIA.
MODIFICAÇÃO DE PEDIDO. IMPOSSIBILIDADE. ESTABILIZAÇÃO
DO PROCESSO EM FACE DA INTERVENÇÃO DA PARTE
CONTRÁRIA. EXEGESE DO ART. 264 DO CPC. CONDENAÇÃO
NOS ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA E EM HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. RECURSO PROVIDO.
1. A norma do art. 264 do CPC busca a estabilização do processo, a
qual ocorre por etapas e não mediante um único ato. Daí porque,
diferentemente do procedimento ordinário ou sumário, a
estabilização do processo executório se perfaz após a citação com a
penhora e a intimação para oposição de embargos.
2. Não obstante, a interposição de objeção a executividade, meio
excepcional de defesa, provoca a estabilização do processo,
obstando a modificação do pedido e conversão de rito processual,
ensejando o seu acatamento a imposição nos ônus de sucumbência,
devendo o exequente arcar com as custas processuais e honorários
advocatícios.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0181221 -9, Ac. 13364, 5ª Câmara Cível do
TAPR, Maringá, Rel. Juiz Augusto Lopes Cortes. j. 24.04.2002, DJ
10.05.2002)

APELAÇÃO CÍVEL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE - CONFISSÃO DE DÍVIDA - NOVAÇÃO -
SUBSTITUIÇÃO DE UMA OBRIGAÇÃO POR OUTRA -
IMPOSSIBILIDADE DE DISCUSSÃO DE QUESTÕES SOBRE O
DÉBITO ANTERIOR - TÍTULO EXECUTIVO CARACTERIZADO --
RECURSO PROVIDO.
"O contrato de confissão de dívida constitui-se em título hábil a
aparelhar a execução, apesar da dívida originária ser constituída em
contrato de abertura de crédito em conta corrente. Com o advento da
assinatura do contrato de renegociação da dívida, o contrato
anteriormente celebrado, ou seja, o contrato de abertura de crédito
em conta corrente, desaparece, para dar origem a nova dívida em
face a novação do débito o novo instrumento de confissão de dívida
constitui-se em título hábil para instruir a execução, pois presentes
os requisitos do art. 585, II do CPC."
Por maioria de votos, deram provimento.
(Apelação Cível nº 0179819 -8, Ac. 13561, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Londrina, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j. 29.04.2002,
DJ 10.05.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO
DE DÍVIDA - CRÉDITO RURAL - INCIDÊNCIA DA LEI Nº 9138/95 -
MATÉRIA ESTRANHA AO ÂMBITO DO INCIDENTE.
A exceção de pré-executividade é admissível desde que fundada na
falta de pressupostos para a constituição e validade do processo de
execução, quando a matéria é passível de conhecimento de ofício
pelo juiz e não dependa de contraditório como a discussão sobre se
constitui direito ou faculdade o alongamento da dívida rural previsto
na Lei nº 9138/95 ou a comprovação dos requisitos que a norma
impõe para que o devedor nela se enquadre. Agravo desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0161782 -1, Ac. 13981, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Cambará, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 13.02.2001, DJ
23.02.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE


COISA INCERTA. CÉDULA DE PRODUTO RURAL. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO PARCIAL.
RECIBOS. NÃO DEMONSTRAÇÃO, DE PLANO, DA QUITAÇÃO.
NECESSIDADE DE AMPLA DILAÇÃO PROBATÓRIA.
INEXISTÊNCIA DE NULIDADE MANIFESTA. MATÉRIA PRÓPRIA
DE EMBARGOS DO DEVEDOR. REJEIÇÃO. DECISÃO
CONFIRMADA.
1. A exceção de pré-executividade consiste em um meio de defesa
que pode ser utilizado pelo devedor com o objetivo de afastar a
executividade de um título executivo, independente da oposição de
embargos a execução, admissível para argüir matérias de ordem
pública, de conhecimento oficioso, e desde que configurada alguma
causa de nulidade flagrante, em face da ausência de pressupostos
processuais ou de condições da ação executiva, evitando com isso a
constrição de bens formadores do patrimônio do executado.
2. "O pagamento parcial não vulnera a liquidez da divida; antes,
ratifica-a. O título remanesce apto a embasar a execução. Tendo o
devedor feito o pagamento incompleto, de que resulta apenas
quitação parcial, a extinção da execução não se caracteriza. Exige-
se, porém, que da inicial conste o pagamento parcial recebido. Se a
alegação de pagamento, todavia, depender de prova mais complexa,
como a pericial ou mesmo a testemunhal, o caminho e o dos
embargos, com ilimitada possibilidade de instrução". Recurso
conhecido e desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0154101 -5, Ac. 13575, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Franciso Beltrão, Rel. Juiz Fernando Wolff Bodziak. j.
14.02.2001, DJ 23.02.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
EXCESSO DE EXECUÇÃO. DISCUSSÃO DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE
NULIDADE MANIFESTA. MATÉRIA PRÓPRIA DE EMBARGOS DO
DEVEDOR. REJEIÇÃO. DECISÃO CONFIRMADA.
1. A exceção de pré-executividade consiste em um meio de defesa
que pode ser utilizado pelo devedor com o objetivo de afastar a
executividade de um título executivo, independente da oposição de
embargos a execução, admissível para argüir matérias de ordem
pública, de conhecimento oficioso, e desde que configurada alguma
causa de nulidade flagrante, em face da ausência de pressupostos
processuais ou de condições da ação executiva, evitando com isso a
constrição de bens formadores do patrimônio do executado.
2. E se presta "apenas para obstar o prosseguimento de execução
flagrantemente nula em virtude da nulidade ou inexistência do título
executivo. Não é o que acontece no caso, em que o título existe,
mas o devedor insurge-se contra as cláusulas que fixaram os
critérios de atualização. A revisão das cláusulas depende, portanto,
de prévia manifestação judicial e deve ser realizada em ação
própria". Recurso conhecido e desprovido.
Por maioria de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0156872 -7, Ac. 13586, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Fernando Wolff Bodziak. j. 14.02.2001,
DJ 23.02.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE
LITISPENDÊNCIA DA AÇÃO DE REVISÃO DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS E CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO COM A
EXECUÇÃO. INADMISSIBILIDADE. EMBARGOS NÃO
INTERPOSTOS. GARANTIDO O JUÍZO. SUSPENSÃO DA
EXECUÇÃO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1 - Os depósitos em juízo das prestações não inibem o credor de
ajuizar a execução (art. 585, § 1º, CPC).
2 - A exceção de pré-executividade só se admite quando em
questionamento a validade formal do título, atinente as
considerações da ação.
3 - Não há litispendência entre a execução e ação ordinária de
revisão do contrato e consignação em pagamento.
4 - Em tramite ação revisional do título, objeto da execução, cujo
ajuizamento foi posterior, desde que garantido o juízo, suspende-se
esta até julgamento daquela, que haverá de ser considerada como
embargos. (Precedentes do STJ).
Por unanimidade de votos, deram provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 0165404 -8, Ac. 11945, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Miguel Pessoa. j. 12.02.2001, DJ
23.02.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DAS VERBAS


SUCUMBENCIAIS - INDEFERIMENTO EXORDIAL - ACATAMENTO
DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE AVENTADA -
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO IMPRÓPRIO - INEXISTÊNCIA DE
CARACTERIZAÇÃO DE ERRO GROSSEIRO - APLICAÇÃO DO
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE PARA COGNIÇÃO MATERIAL DO
RECURSO INTERPOSTO - FORMAÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL -
IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - REABERTURA DO PROCESSO EXECUTIVO -
AGRAVO PROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, quando interposta, pretende a
nulificação da execução quando o título apresentado é imprestável a
exigência creditícia de per si, em suas características formais e
materiais. Tal incidente processual se adstém, em específico, a
rechaçar títulos executivos extrajudiciais e não judiciais, como no
caso em tela, visto que em si já contém os requisitos da liquidez,
exigibilidade e certeza em decorrência da aplicabilidade da lei ao
caso concreto". Agravo provido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0123590 -9, Ac. 11559, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Ponta Grossa, Rel. Juiz Rafael Augusto Cassetari. j.
12.02.2001, DJ 02.03.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. ESCRITURA PÚBLICA DE
CONFISSÃO, ASSUNÇÃO E COMPOSIÇÃO DE DIVIDA. NOTA
PROMISSÓRIA EM GARANTIA. A RENEGOCIAÇÃO E A NOTA
PROMISSÓRIA SEGUEM A SORTE DA DÍVIDA ORIGINÁRIA.
AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ. CARÊNCIA DE AÇÃO. RECURSO
PROVIDO.
1. Com a edição da Súmula 233, do Superior Tribunal de Justiça,
tornou-se pacífica a jurisprudência no sentido de que "o contrato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-
corrente, não é título executivo extrajudicial" (DJU de 08.02.2000, p.
265).
2. A escritura pública de confissão, assunção e composição de
dívida, não se constitui como documento hábil a aparelhar a
presente execução, vez que possui origem em contrato de abertura
de crédito em conta-corrente, este, destituído do caráter de título
executivo.
3. Na espécie, não há como reconhecer a autonomia da nota
promissória dada em garantia a título desprovido de liquidez.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0165251 -7, Ac. 11537, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 12.02.2001, DJ
02.03.2001)

LOCAÇÃO. FIANÇA. PESSOA JURÍDICA. RESPONSABILIDADE


DO FIADOR. DESONERAÇÃO. OCORRÊNCIA. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE.
1. Em sendo a fiança um benéfico e de favor com caráter intuitu
personae, quando é prestada em prol de uma pessoa jurídica, o
fiador pode desonerar-se, uma vez ocorrida a substituição do seu
quadro societário.
2. É perfeitamente possível a utilização da objeção de pré-
executividade, porque a discussão gira em torno da inexistência de
título exigível contra os fiadores. Agravo de instrumento provido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0165896 -6, Ac. 11226, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Jucimar Novochadlo. j.
12.02.2001, DJ 09.03.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISÃO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A exceção de pré-executividade, de criação pretoriana, é medida que
só pode ser aceita em caráter excepcional quando for flagrante a
ausência de condições de executividade do título.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0163109 -0, Ac. 13649, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Capanema, Rel. Juiz Mário Rau. j. 06.02.2001, DJ
16.03.2001).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - CÔMPUTO DO PRAZO APÓS


DECISÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - CABIMENTO
DESTES DE DECISÃO INTERLOCUTÓRIA - POSSIBILIDADE -
TEMPESTIVIDADE RECONHECIDA - DESCUMPRIMENTO DO
DISPOSTO NO ART. 526 DO CPC - INEXISTÊNCIA DE SANÇÃO -
RECURSO CONHECIDO.
I - Tanto o ato judicial apelável como o agravável comportam
Embargos de Declaração. Os Embargos são cabíveis de qualquer
decisão judicial.
II - Nenhuma conseqüência acarreta a omissão da providência da
qual trata o art. 526 do Código de Processo Civil. A finalidade da
norma é propiciar possa o Dr. Juiz do feito retratar-se.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL (ENTREGA DE COISA INCERTA) - CÉDULA DE
PRODUTO RURAL - ARGÜIÇÃO EM SEDE DE EXECUÇÃO - JUIZ
SINGULAR ADENTRANDO EM MATÉRIA DE MÉRITO AO
APRECIAR O INCIDENTE, INVIABILIZANDO A OPOSIÇÃO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR - PROVA DOCUMENTAL - PRINCÍPIO
DA INSTRUMENTALIDADE - FAVORECIDOS QUE NÃO
FIRMARAM QUALQUER CONTRATO DE COMPRA E VENDA -
TÍTULO DESCONSTITUÍDO - VIA ELEITA ADEQUADA -
EXECUÇÃO NULA - CARÊNCIA DE AÇÃO MOVIDA - EXCEÇÃO
ACOLHIDA.
I - A exceção de pré-executividade, argüida nos autos de execução,
pode ser acolhida onde tenha o Juízo singular, ao apreciar o
incidente, adentrado no exame do mérito, inviabilizando, com a
decisão proferida, a oposição de Embargos do Devedor.
II - A cédula de produto rural pressupõe como negócio subjacente a
venda e compra de produtos rurais, para entrega futura, entre o
produtor rural ou cooperativa e o comprador. Trata-se de cambial
pela qual o eminente vende a sua produção agropecuária
antecipadamente, "recebe o valor da venda no ato da formalização
do negócio e se compromete a entregar o produto vendido em local
e data estipulados no título" (trecho do parecer do Senado Federal
favorável à apreciação do projeto de lei instituindo a CPR).
III - Destituído o título de força executiva, nula é a execução a teor do
art. 618, I, do CPC, impondo-se a decretação da extinção do
processo.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - INCIDENTE PONDO FIM AO
PROCESSO - CONDENAÇÃO QUE INDEPENDE DE PEDIDO
EXPRESSO - CABIMENTO.
Embora, via de regra, entenda-se não caber a condenação nos
incidentes e nos recursos, no caso em comento se põe fim ao
processo de execução, donde fazer jus à verba honorária os
patronos dos recorrentes.
(Agravo de Instrumento nº 0163264 -6, Ac. 13643, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Arapongas, Rel. Juiz Antônio Martelozzo. j. 20.02.2001, DJ
16.03.2001).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA.


NOVAÇÃO. COMPOSIÇÃO REALIZADA ENTRE AS PARTES.
OPOSIÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE COM PEDIDO
DE SUSPENSÃO DO LEILÃO AGENDADO. NEGATIVA PELO
MAGISTRADO. DECISÃO CORRETA. LEILÃO JÁ REALIZADO.
AGRAVO PREJUDICADO.
"Não há que se falar em novação se na composição realizada entre
as partes em ação de execução de título extrajudicial se fez
consignar expressamente a ausência do intuito de novação".
"A exceção de pré-executividade só deve ser reconhecida quando
evidente a nulidade do processo e atingir ela não apenas o interesse
da parte, mas também o interesse público e a ordem jurídica."
"Já tendo ocorrido o leilão do bem, fica prejudicado o recurso que
visava sua suspensão."
(Agravo de Instrumento nº 0166302 -3, Ac. 11280, 6ª C âmara Cível
do TAPR, Londrina, Relª. Juíza Maria José Teixeira. j. 05.03.2001,
DJ 16.03.2001).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - MÚTUO BANCÁRIO - TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL - AGRAVO DESPROVIDO.
O contrato de mútuo bancário com valor certo e determinado é título
executivo extrajudicial.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0167514 -7, Ac. 14066, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Rogério Coelho. j. 06.03.2001, DJ
23.03.2001).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - TEMPESTIVIDADE EVIDENCIADA -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO FUNDADA EM
CONTRATO DE LOCAÇÃO NOS QUAIS OS AGRAVANTES
FIGURARAM COMO FIADORES E DEVEDORES SOLIDÁRIOS -
INTERESSE DE AGIR, LEGITIMIDADE PASSIVA CONFIGURADA -
TÍTULO FORMAL LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL - DUPLICIDADE
DE EXECUÇÕES PELO MESMO CRÉDITO INOCORRENTE.
PREVENÇÃO QUE ESTÁ SENDO OBJETO DE EXCEÇÃO DE
INCOMPETÊNCIA - MATÉRIAS DE MÉRITO ALEGADAS QUE
DEVEM SER OBJETO DE EMBARGOS DO DEVEDOR, MOTIVO
PORQUE NÃO FORAM ANALISADAS NO DESPACHO ATACADO,
ESTANDO CORRETO TAL POSICIONAMENTO. QUEBRA DO
SIGILO FISCAL E BANCÁRIO NÃO CONFIGURADO. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
Não se evidencia a duplicidade de execuções para o recebimento do
mesmo crédito, pois que diversos os pedidos nelas formulados,
caindo por terra os argumentos que o exeqüente esteja pretendendo
receber duas vezes o mesmo valor, que haja cobrança dúplice.
Tendo firmado o contrato na condição de fiadores, na qualidade de
principais pagadores e devedores solidários, renunciando
expressamente o benefício de ordem, facultado ao credor executar
não só o locatário, mas ambos ou qualquer dos devedores, não se
evidenciando a alegada falta de interesse de agir.
A alegada ilegitimidade passiva também não prospera, em face das
majorações nas cláusulas contratuais de prestação de aluguéis,
alterando o valor originário para o qual, nos limites temporais do
contrato original, o fiador era devedor solidário, visto que para tal
impugnação o remédio cabível são os embargos à execução.
O art. 198 do CTN veda, unicamente, a divulgação, pela Fazenda
Pública ou por seus funcionários, "sobre a situação econômica ou
financeira dos sujeitos passivos ou de terceiros e sobre a natureza e
o estado dos negócios ou atividades". Não impede venha o poder
judiciário solicitar prova que seja do seu interesse para o deslinde de
questões suscitadas pelas partes (arts. 130 e 399, I do CPC), o que
difere da hipótese do referido dispositivo, que está a amparar o sigilo
fiscal, vedando a divulgação fundada no interesse estritamente
particular. Configura legítima a requisição judicial para obtenção de
informações sobre a existência de contas bancárias em nome dos
executados, eis que essa constitui-se a única forma do agravado
propiciar o prosseguimento da execução, sendo que no caso, tais
informações se mostram necessárias para o deslinde da alegada
fraude com relação ao bem arrestado, que se alegou foi transmitido
a terceiro, podendo o juiz requisitá-las até mesmo de ofício, porque
autorizado pela lei processual e por ser ele o destinatário da prova.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0166386 -9, Ac. 11330, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel.ª Juíza Anny Mary Kuss. j. 05.03.2001, DJ
23.03.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO


EXTRAJUDICIAL. DECISÃO RECORRIDA QUE INDEFERE
INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA COM PACTO
ADJETO DE HIPOTECA E OUTRAS AVENCAS. ILIQUIDEZ E
INEXIGIBILIDADE. NÃO CONSTATAÇÃO. TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL ELENCADO NO INC. III, DO ART. 585, CPC.
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. INOCORRÊNCIA ANTE INTERPRETAÇÃO
INADEQUADA. INSTRUMENTO RECURSAL HÁBIL E SUFICIENTE
PARA A APRECIAÇÃO E JULGAMENTO.
Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0167782 -5, Ac. 11803, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 14.03.2001, DJ
30.03.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ.
CARÊNCIA DE AÇÃO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA A SER
ARGÜIDA DE OFÍCIO. ARTIGO 267, 3º, CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL. EXTINÇÃO DA AÇÃO. INTEMPESTIVIDADE
DESCARACTERIZADA. RECURSO PROVIDO.
1. Com a edição da súmula 233, do Superior Tribunal de Justiça,
tornou-se pacífica a jurisprudência no sentido de que "o contrato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-
corrente, não é título executivo extrajudicial" (DJU de 08/02/2000,
pag. 265).
2. "'Nas instâncias ordinárias não há preclusão para o órgão julgador,
em matéria de condições da ação, enquanto não proferida por ele a
decisão de mérito, podendo até mesmo apreciá-la sem provocação
(CPC arts. 267, 3º, 301 4º e 463)' (RSTJ 81/308)." Apud Theotonio
Negrão "Código de Processo Civil", 31ª ed., 2000, Saraiva, art. 267,
nota 55.
(Agravo de Instrumento nº 0167595 -2, Ac. 11731, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 12.03.2001, DJ
30.03.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ.
CARÊNCIA DE AÇÃO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA A SER
ARGÜIDA DE OFÍCIO. ARTIGO 267, 3º, CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL. EXTINÇÃO DA AÇÃO. INTEMPESTIVIDADE
DESCARACTERIZADA. RECURSO PROVIDO.
1. Com a edição da súmula 233, do Superior Tribunal de Justiça,
tornou-se pacífica a jurisprudência no sentido de que "o contrato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-
corrente, não é título executivo extrajudicial" (DJU de 08/02/2000,
pag. 265).
2. "'Nas instâncias ordinárias não há preclusão para o órgão julgador,
em matéria de condições da ação, enquanto não proferida por ele a
decisão de mérito, podendo até mesmo apreciá-la sem provocação
(CPC arts. 267, 3º, 301 4º e 463)' (RSTJ 81/308)." Apud Theotonio
Negrão "Código de Processo Civil", 31ª ed., 2000, Saraiva, art. 267,
nota 55.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0167596 -9, Ac. 11727, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 12.03.2001, DJ
30.03.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA -


CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - INCIDÊNCIA -
DECISÃO JUDICIAL AUTORIZANDO O DEPÓSITO DAS
PRESTAÇÕES DO FINANCIAMENTO - NÃO CONFIGURAÇÃO DO
INADIMPLEMENTO DOS AGRAVANTES - CARÊNCIA DA AÇÃO
EXECUTIVA NÃO CARACTERIZADA.
1. A exceção de pré-executividade se circunscreve ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e às condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos ex officio.
2. A instalação do processo executivo se satisfaz com a existência
de título certo e exigível, sendo que a penhora e os atos
subsequentes ficam condicionados à prévia apuração quantum
debeatur.
3. Inexorável é a sujeição do contrato em exame ao Código de
Defesa do Consumidor, dada a sua natureza de mútuo, pelo que há
que se observar, no exame do desdobramento da relação contratual,
as seqüelas decorrentes dessa configuração jurídica.
4. Ante a pendência de ação revisional através da qual estão sendo
discutidas as cláusulas do contrato, e notadamente diante dos
depósitos das prestações em Juízo, não há que se falar em plena
configuração da mora ou em inadimplemento dos agravantes.
5. A presente execução, portanto, não pode prosseguir, devendo ser
suspensa, até que seja apurado o quantum debeatur, que resultará
da decisão da ação revisional, pois ausente um requisito básico para
tanto previsto no artigo 580 do Código de Processo Civil.
Recurso conhecido e não provido, suspendendo de ofício a
execução.
(Agravo de Instrumento nº 0169483 -5, Ac. 13859, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 21.03.2001, DJ
06.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO - QUESTÕES JÁ DECIDIDAS -
NOVO EXAME DESCABIDO - PRECLUSÃO - AGRAVO
DESPROVIDO.
Descabida a exceção de pré-executividade para rediscutir questões
já julgadas nos Embargos à Execução, incidindo, no caso, a regra do
artigo 473, do Código de Processo Civil.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0169064 -0, Ac. 14124, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Francisco Beltrão, Rel. Juiz Rogério Coelho. j. 20.03.2001,
DJ 06.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - CÉDULA RURAL HIPOTECÁRIA
DEVIDAMENTE INSTRUÍDA COM CÁLCULO DISCRIMINADO E
ATUALIZADO DO DÉBITO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
REJEITADA - ILIQUIDEZ, INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE DO
TÍTULO - NÃO CARACTERIZADAS - FINANCIAMENTO NÃO
PARCELADO - CRÉDITO COLOCADO À DISPOSIÇÃO DO
FINANCIADO DE UMA SÓ VEZ PARA PAGAMENTO, TAMBÉM EM
UMA ÚNICA PARCELA - APRESENTAÇÃO DA CONTA
VINCULADA À OPERAÇÃO FINANCEIRA EFETIVADA ENTRE AS
PARTES - DESNECESSIDADE - PROVA PRESCINDÍVEL -
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 4º DO DECRETO -LEI Nº 167/67 -
DECISÃO OBJURAGADA MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.
Tratando-se de execução de título extrajudicial lastreada em cédula
rural hipotecária, a apresentação da conta vinculada à operação
financeira efetivada entre as partes somente se faz necessária,
quando o valor correspondente ao financiamento for repassado ao
financiado de forma parcelada, o que inocorre no caso em tela.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0158371 -3, Ac. 13741, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Guarapuava, Rel. Juiz Clayton Camargo. j. 28.03.2001, DJ
06.04.2001)

EXECUÇÃO. OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSÊNCIA
DE TÍTULO EXECUTIVO. LEGITIMIDADE DO AVALISTA. NOTA
PROMISSÓRIA QUE IGUALMENTE NÃO DETÉM LIQUIDEZ.
HONORÁRIOS. AGRAVO PROVIDO.
1. Por construção doutrinária-jurisprudencial, nosso Direito tem
admitido a objeção de pré-executividade, nos casos em que o Juízo
possa conhecer de ofício a matéria, a exemplo da higidez do título
executivo.
2. O Avalista pode argüir a objeção de pré-executividade porque não
se controverte sobre exceção pessoal do avalizado mas sobre vício
de forma da execução.
3. A nota promissória, emitida em garantia do contrato de abertura
de crédito, não goza de autonomia porque lhe falta, igualmente,
liquidez e certeza.
4. São devidos honorários no incidente de objeção de pré-
executividade.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0165703 -6, Ac. 12112, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Noeval de Quadros. j. 19.03.2001,
DJ 06.04.2001)

EXECUÇÃO. OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSÊNCIA
DE TÍTULO EXECUTIVO. LEGITIMIDADE DO AVALISTA. NOTA
PROMISSÓRIA QUE IGUALMENTE NÃO DETÉM LIQUIDEZ.
HONORÁRIOS. AGRAVO PROVIDO.
1. Por construção doutrinária-jurisprudencial, nosso Direito tem
admitido a objeção de pré-executividade, nos casos em que o Juízo
possa conhecer de ofício a matéria, a exemplo da higidez do título
executivo.
2. O Avalista pode argüir a objeção de pré-executividade porque não
se controverte sobre exceção pessoal do avalizado mas sobre vício
de forma da execução.
3. A nota promissória, emitida em garantia do contrato de abertura
de crédito, não goza de autonomia porque lhe falta, igualmente,
liquidez e certeza.
4. São devidos honorários no incidente de objeção de pré-
executividade.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0165703 -6, Ac. 12112, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Noeval de Quadros. j. 19.03.2001,
DJ 06.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISÃO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A exceção de pré-executividade, de criação pretoriana, é medida que
só pode ser aceita em caráter excepcional quando for flagrante a
ausência de condições de executividade do título, não se prestando
para apontar possível excesso de execução ou utilização de
indexador monetário imprestável para atualização monetária do
débito, ou mesmo outras questões que devem ser içadas em sede
de Embargos do Devedor.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0166873 -7, Ac. 13822, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mário Rau. j. 27.03.2001, DJ
20.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO POR


QUANTIA CERTA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
DILAÇÃO PROBATÓRIA - INADMISSIBILIDADE - CONEXÃO -
PROCESSO EXECUTIVO - INADMISSIBILIDADE - HIPÓTESE DE
SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO.
1. A exceção de pré-executividade se circunscreve ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e às condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos Ex Officio.
2. A instalação do processo executivo se satisfaz com a existência
de título certo e exigível, sendo que a penhora e os atos
subsequentes ficam condicionados à prévia apuração quantum
debeatur, na hipótese de demandas conexas.
3. Não há conexão entre ação revisional e execução, ao
entendimento reiterado dessa Corte, porém, enquanto não houver
decisão transitada em julgado quanto ao critério de reajustamento
das prestações que se está a discutir, a execução não poderá
prosseguir. Recurso conhecido e não provido, suspendendo de ofício
a execução.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 01 62363-0, Ac. 13877, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 28.03.2001, DJ
20.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - ADMISSIBILIDADE.
A exceção de pré-executividade é admissível desde que fundada na
falta de pressupostos para a constituição e validade do processo de
execução, quando a matéria é passível de conhecimento de ofício
pelo Juiz e não dependa de contraditório.
Agravo prejudicado em parte e desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 0167006 -0, Ac. 14141, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Paranaguá, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 27.03.2001, DJ
20.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. ATO AGRAVADO FULCRADO NA REJEIÇÃO DE
INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO FIXO. RECURSO ADMITIDO
APENAS NO EFEITO DEVOLUTIVO. RETRATAÇÃO DO JUIZ DA
CAUSA PARA MUDAR A DECISÃO RECORRIDA E EXTINGUIR A
EXECUÇÃO. AGRAVO PREJUDICADO EM VIRTUDE DA NOVA
DECISÃO.
Recurso não conhecido.
Por unanimidade de votos, não conheceram.
(Agravo de Instrumento nº 0169067 -1, Ac. 11871, 5ª Câmara Cível
do TAPR, União da Vitória, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j.
28.03.2001, DJ 20.04.2001)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - NOTA PROMISSÓRIA -


CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EDUCACIONAIS -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REPELIDA - ARGÜIDA
INTEMPESTIVIDADE RECURSAL NA RESPOSTA - CIÊNCIA
INEQUÍVOCA OPERADA - RECURSO MANIFESTAMENTE
INADMISSÍVEL - NEGADO SEGUIMENTO AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
"Retirados os autos do cartório pelo Advogado antes da publicação
da sentença, considera-se efetivada a intimação desta na data em
que foi concedida a respectiva carga ao patrono do apelante,
tornando-se irrelevante a data de publicação na imprensa.
Precedentes." (STJ, REsp 146.197/SP, 3ª T., Min. Carlos Alberto
Menezes Direito).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0168014 -6, Ac. 11803, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 26.03.2001,
DJ 20.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
QUESTÕES RELATIVAS AO MÉRITO DA CAUSA.
IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO EM SEDE DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO DESPROVIDO.
"Não é possível apreciar, na via estreita do Agravo de Instrumento,
questão jurídica de ampla indagação, referente ao mérito da causa,
que deverá ser examinada na ação principal."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0168182 -9, Ac. 11818, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
02.04.2001, DJ 20.04.2001)
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
ALEGAÇÃO DE QUE OS AGRAVADOS NÃO FAZEM PARTE DA
AÇÃO REVISIONAL E CONSIGNATÓRIA. DEFEITO DE
REPRESENTAÇÃO. SEM APRECIAÇÃO NO JUÍZO SINGULAR.
JULGAMENTO RESTRITO A REJEIÇÃO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. COMPROVAÇÃO DOS DEPÓSITOS. OMISSÃO
DO ACÓRDÃO NÃO ACATADA. EMBARGOS REJEITADOS.
Inadmissível obter-se em grau de recurso, o provimento em definitivo
de questão ainda não analisada pelo Juiz, condutor do processo
principal. O defeito de representação deve ser analisado pelo Juiz da
causa. A existência de depósitos na ação de consignação em
pagamento por parte dos embargados, executados pela embargante,
leva a suspensão da execução, sob pena da ocorrência de graves
prejuízos.
Por unanimidade de votos, rejeitaram os embargos.
(Embargos de Declaração 0165404-8/01, Ac. 12123, 7ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Miguel Pessoa. j. 19.03.2001, DJ
20.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
CONTRATOS DE HONORÁRIOS - TÍTULO - APARÊNCIA DE
LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE - SEARA DE EMBARGOS
DO DEVEDOR - IMPROCEDÊNCIA.
Configura hipótese de improcedência da exceção de pré-
executividade manejar em tal âmbito matéria própria da seara dos
Embargos do Devedor, máxime quanto o título executivo
extrajudicial, consistente em contratos de honorários advocatícios,
cuja validade como ato jurídico não restou questionada, traduz
aparência de liquidez, certeza e exigibilidade, caracteres que
poderão ser impugnados naquele foro próprio. Agravo conhecido e
não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento 0163035-5, Ac. 13985, 2ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Relª Juíza Rosana Fachin. j. 21.03.2001, DJ
27.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - MÚTUO - CONTRATO CONSIGO MESMO -
AUSÊNCIA DE TÍTULO - AGRAVO PROVIDO.
O "contrato consigo mesmo" pelo qual a mesma pessoa comparece
na dúplice qualidade de mutuante e de representante legal do
mutuário não configura título hábil a amparar execução por ser
inválido em face do manifesto conflito de interesses, pois a pessoa
jurídica esta sujeita a afetação da vontade e ao arbítrio de seu
próprio representante.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento 0169382-3, Ac. 14161, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Rogério Coelho. j. 10.04.2001, DJ
27.04.2001)

EXECUÇÃO ESPECIAL HIPOTECÁRIA - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE AFORADA PELO EXECUTADO - AÇÃO DE
CONHECIMENTO E CAUTELAR EM TRAMITE PERANTE JUÍZO
DIVERSO - CONEXÃO - AUSÊNCIA - NÃO OPOSIÇÃO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR, ATÉ A PRESENTE FASE -
ALEGAÇÃO DO AGRAVADO DE CARÊNCIA DE INTERESSE DE
AGIR, POSTO QUE A REMESSA DOS AUTOS NÃO IMPLICARIA
EM PREJUÍZO AO AGRAVANTE, REMETENDO-SE A
POSSIBILIDADE DE SE ATRIBUIR A AÇÃO ORDINÁRIA O
TRATAMENTO DISPENSADO AOS EMBARGOS A EXECUÇÃO,
QUANDO JÁ SEGURO O JUÍZO COM A PENHORA DOS BENS DO
DEVEDOR - INOCORRÊNCIA - PRETENSÃO DO AGRAVANTE DE
EXTINÇÃO DO PROCESSO EXPROPRIATÓRIO COM O
ACOLHIMENTO DA MEDIDA PROCESSUAL ADOTADA - JUÍZO
ORIGINÁRIO COMPETENTE PARA A APRECIAÇÃO DA EXCEÇÃO
ENTÃO OPOSTA, NÃO HAVENDO QUE SE FALAR EM
PREVENÇÃO - DECISÃO REFORMADA - AGRAVO PROVIDO.
"A conexão com a ação de conhecimento (anulatória) somente se dá
quando o devedor oferece Embargos à Execução, que também tem
a natureza de processo de conhecimento, daí sua inviabilidade em
casos nos quais não foram opostos embargos. (STJ - 1ª Turma, AGA
216176/SP, Rel. Min. José Delgado, J. 15.06.99, DJ 02.08.99, p.
00169)"
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento 0167892-6, Ac. 11964, 5ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Ronald Juarez Moro. j. 11.04.2001, DJ
27.04.2001)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO


INTERPOSTO CONTRA INTERLOCUTÓRIO QUE INDEFERIU
INCIDENTE DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACÓRDÃO QUE MANTÉM
HÍGIDA A DECISÃO RECORRIDA. APONTADAS OBSCURIDADE,
CONTRADIÇÃO E OMISSÃO DO JULGADO. INCORRÊNCIAS.
ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA COM PACTO
ADJETO E HIPOTECA E OUTRAS AVENCAS. TÍTULO LÍQUIDO,
CERTO E EXIGÍVEL.
A exceção de pré-executividade não se presta para expurgar
excessos de execução. Título embora lastreado em anterior contrato
de consórcio, não impõe que o julgado faca referências agudas a
respeito deste. Recurso rejeitado.
Por unanimidade de votos, rejeitaram os embargos.
(Embargos de Declaração 0167782-5/01, Ac. 11939, 5ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 18.04.2001,
DJ 27.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE LOCAÇÃO. FIANÇA.
REAJUSTE. NECESSIDADE DO SEU EXAME. AGRAVO PROVIDO.
A exceção de pré-executividade contém matéria que pode ser
decidida de ofício, carecendo assim, de melhor análise, antes de se
alegar necessidade de maiores questionamentos, atendendo-se a
sua finalidade primordial.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento 0152389-1, Ac. 11527, 6ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Carvilio da Silveira Filho. j. 16.04.2001, DJ
27.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - NOTA DE CRÉDITO COMERCIAL -


OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO - AGRAVO
DESPROVIDO.
Sendo válido o contrato em moeda estrangeira com o pagamento
pela conversão na moeda nacional, correta a rejeição da exceção de
pré-executividade fundada na nulidade do pacto.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento 0169524-1, Ac. 14179, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Guarapuava, Rel. Juiz Rogério Coelho. j. 24.04.2001, DJ
04.05.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ENCARGOS CONTRATUAIS - DISCUSSÃO - INADMISSIBILIDADE
- MATÉRIAS A SEREM SUSCITADAS PELA VIA DOS EMBARGOS
À EXECUÇÃO.
1. A exceção de pré-executividade deve ficar circunscrita ao exame
das questões de ordem pública e que digam respeito aos
pressupostos do processo e às condições da ação, os quais
prescindem de dilação probatória e podem ser conhecidos Ex Officio.
Recurso conhecido e não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0165336 -5, Ac. 13998, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Guarapuava, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 18.04.2001, DJ
11.05.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO
HIPOTECÁRIA. ATO AGRAVADO CONSISTENTE NO
INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. PRETENSÃO CALCADA COM INTENÇÃO
DE ALCANÇAR A NULIDADE DAS CITAÇÕES DOS DEVEDORES.
MANEJO IMPRÓPRIO. DITO INCIDENTE SERVE PARA OBSTAR
PRETENSÃO EXECUTIVA OU ATO DO PROCESSO DE
EXECUÇÃO. PROPÓSITO DIVERSO. RECURSO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0169149 -8, Ac. 11973, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 25.04.2001, DJ
11.05.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. ATO RECORRIDO INDEFERITÓRIO DO
PLEITO. CONSTITUINDO O TÍTULO EM CONTRATO DE
ABERTURA DE CONTA CORRENTE (CHEQUE ESPECIAL), FACE
O QUE DISPÕE A SÚMULA 233, STJ O INCIDENTE BEM SE
PRESTA PARA APRECIAR SOBRE A ILIQUIDEZ DO TÍTULO.
RECURSO PROVIDO.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0170640 -7, Ac. 11975, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Arapongas, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 25.04.2001, DJ
11.05.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE FINANCIAMENTO PARA
COBERTURA DE SALDO DEVEDOR EM CONTA-CORRENTE -
LIQUIDEZ NÃO AFASTADA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
- NÃO CABIMENTO - MATÉRIA A SER DISCUTIDA NA SEARA
DOS EMBARGOS DO DEVEDOR.
1. Constando do contrato de financiamento o valor mutuado, em
quantia certa, a ser paga em uma única parcela, não incide, in casu,
o entendimento da Súmula 233 da Corte Superior.
2. O fato do contrato de financiamento ter sido firmado para cobrir
saldo negativo em conta corrente permite ao devedor, em sede de
embargos, a discussão da origem da dívida, inclusive no tocante aos
contratos anteriores, mas não tem o condão de retirar a
executividade do título extrajudicial.
3. Não há como acolher a exceção de pré-executividade na qual é
suscitada matéria própria da seara dos embargos do devedor,
máxime quando o título executivo extrajudicial traduz aparência de
liquidez, certeza e exigibilidade e quando o exame das questões
aventadas depende de dilação probatória. Recurso conhecido e não
provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0171675 -4, Ac. 14065, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Paranavai, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 09.05.2001, DJ
25.05.2001).

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIA, ALBERGADA
PELA JURISPRUDÊNCIA DOS TRIBUNAIS PÁTRIOS -
ADMISSIBILIDADE - EXIGE-SE QUESTÃO DE NULIDADE DA
CÁRTULA OBJETO DO PROCESSO EXECUTÓRIO, O QUE
IMPORIA, ENTÃO, A IMEDIATA DECRETAÇÃO, E POR
CONSEGUINTE, A EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO, SEM
JULGAMENTO DO MÉRITO - PENHORA - IMÓVEL BEM DE
FAMÍLIA - EXCLUSÃO - CONTRATO EM EXECUÇÃO - FIANÇA -
AUSÊNCIA DE OUTORGA UXÓRIA - BONIFICAÇÃO - ESTÍMULO
A PONTUALIDADE - FORMA VELADA DE APLICAÇÃO DE MULTA
MORATÓRIA - CUMULAÇÃO COM OUTRA MULTA - MATÉRIA DE
ORDEM PÚBLICA, CONHECIMENTO DE OFICIO - INADMISSÍVEL
- DIREITO PATRIMONIAL DISPONÍVEL - MATÉRIA
CONTRADITÓRIA NA JURISPRUDÊNCIA - QUESTÕES QUE
REFOGEM AO INSTITUTO DA PRÉ-EXECUTIVIDADE, PASSÍVEIS
DE DISCUSSÃO EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUÇÃO -
NULIDADE DO TÍTULO EXTRAJUDICIAL EM EXECUÇÃO, DE
MOLDE A ENSEJAR A SUA IMEDIATA DECRETAÇÃO DA
DEMANDA - INEXISTÊNCIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO -
RECURSO DESPROVIDO.
(Agravo de Instrumento nº 0171267 -2, Ac. 12046, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Tufi Maron Filho. j. 09.05.2001, DJ
25.05.2001).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - NOTA
PROMISSÓRIA VINCULADA A CONTRATO DE MÚTUO - TÍTULO
HÁBIL A ENSEJAR O PEDIDO EXECUTÓRIO - DECISÃO
MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.
Nota promissória vinculada a contrato de mútuo é título hábil a
ensejar pedido executivo.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0163014 -6, Ac. 14010, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Castro, Rel. Juiz Marcus Vinicius de Lacerda Costa. j.
15.05.2001, DJ 01.06.2001).

DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO POR TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EMBARGOS DO DEVEDOR - IMPROCEDÊNCIA
NO 1º GRAU - APELAÇÃO PROVIDA PARCIALMENTE -
OPOSIÇÃO PELOS DEVEDORES DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - REQUERIMENTO DE EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO SOB O ARGUMENTO DE NULIDADE DO TÍTULO, EIS
QUE A CONFISSÃO E COMPOSIÇÃO DE DÍVIDA É ORIGINÁRIA
DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE - REJEIÇÃO NO JUÍZO MONOCRÁTICO AO
SUPORTE DA OPERAÇÃO DA COISA JULGADA MATERIAL -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - LEGITIMIDADE DO
INTERLOCUTÓRIO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS
EM 25% SOBRE O VALOR DO DÉBITO ATUALIZADO - RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO, NO PARTICULAR ASPECTO DE
FIXAR OS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM R$ 5.000,00
(CINCO MIL REAIS), DE ACORDO COM O ARTIGO 20, § 4º DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
Se a questão já está albergada sob o manto da coisa julgada
material, impossível qualquer modificação com respeito aquilo que
ficou definitivamente decidido no julgamento da lide, o que, em tese,
somente seria permitido em sede de ação rescisória.
Por unanimidade de votos, deram provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 0170478 -1, Ac. 14032, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Rel. Juiz Ronald Schulman. j. 22.05.2001, DJ
01.06.2001).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ENCARGOS CONTRATUAIS - DISCUSSÃO - INADMISSIBILIDADE
- MATÉRIAS A SEREM SUSCITADAS PELA VIA DOS EMBARGOS
A EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade deve ficar circunscrita ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e as condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos ex officio. Recurso conhecido e
não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172 199-3, Ac. 14103, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 16.05.2001, DJ
01.06.2001).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. INTERLOCUTÓRIO QUE INDEFERE INCIDENTE
DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. AVALISTA.
Não é defeso ao avalista pretender questionar acerca da causa da
dívida. Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0170079 -8, Ac. 12088, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Ribeirao Claro, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 16.05.2001,
DJ 01.06.2001).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - HIPÓTESES
EXCEPCIONAIS DE NULIDADE MANIFESTA - ALEGAÇÃO DE
INÉPCIA DA EXORDIAL, FACE A VIOLAÇÃO DO DISPOSTO NO
ART. 614, II, DO CPC - AUSÊNCIA DE DEMONSTRATIVO
DISCRIMINADO - INOCORRÊNCIA - EXPOSIÇÃO DE TODOS
ENCARGOS UTILIZADOS PARA O CÔMPUTO DO DÉBITO
ATUALIZADO, AFERÍVEL MEDIANTE SIMPLES OPERAÇÕES
ARITMÉTICAS - AUSÊNCIA DE CERCEAMENTO DE DEFESA -
ARGÜIÇÃO DE EXCESSO DE PENHORA - IMPOSSIBILIDADE EM
SEDE DO PRESENTE INSTRUMENTO PROCESSUAL, RESTRITO
AS MATÉRIAS DE ORDEM PÚBLICA - DECISÃO MANTIDA -
RECURSO NÃO PROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172086 -1, Ac. 12112, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Ronald Juarez Moro. j. 23.05.2001, DJ
01.06.2001).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. ACORDO NOS AUTOS


MEDIANTE INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE
DÍVIDA E FORMA DO SEU PAGAMENTO. HOMOLOGAÇÃO PELO
JUIZ. TÍTULO JUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
INDEFERIMENTO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE RENEGOCIADO PELAS PARTES.
EXECUÇÃO APARELHADA. RECURSO DESPROVIDO.
Conquanto seja possível ao devedor promover a discussão dos
valores que compõem o contrato de confissão ou termo de acordo
onde confessa ser devedor de quantia certa, ainda que originária de
contrato de abertura de crédito em conta corrente, e este hígido, em
si, visto não padecer da mesma nulidade do contrato anterior.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172000 -1, Ac. 12060, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi. j. 21.05.2001,
DJ 01.06.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - NOTA PROMISSÓRIA - ARGÜIÇÃO DE
AGIOTAGEM - MATÉRIA ESTRANHA AO ÂMBITO DO INCIDENTE.
A exceção de pré-executividade é admissível desde que fundada na
falta de pressupostos para a constituição e validade do processo de
execução, quando a matéria é passível de conhecimento de ofício
pelo juiz e não dependa de contraditório como a discussão sobre
desnaturamento da nota promissória em virtude da acusação de ser
fruto de agiotagem. Agravo desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0169828 -4, Ac. 14288, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Engenheiro Beltrão, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j.
22.05.2001, DJ 08.06.2001)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE


CONFISSÃO DE DÍVIDA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPUGNAÇÃO DO CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA-CORRENTE QUE TERIA ORIGINADO O CONTRATO DE
CONFISSÃO DE DÍVIDA. PRETENSÃO DE EXAME REPELIDA
SOB A CIRCUNSTÂNCIA DA NECESSIDADE DE PROVA PRÉ-
CONSTITUÍDA. COMO NÃO CONSTA DO CONTRATO DE
CONFISSÃO DE DÍVIDA, A SUA ORIGEM, AS QUESTÕES
ARGÜIDAS NA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE DEVERÃO
SER ANALISADAS EM EMBARGOS A EXECUÇÃO. "PROCESSO
CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES EXCEPCIONAIS. PRECEDENTE
DOUTRINA. REQUISITOS. INAPLICABILIDADE AO CASO.
AGRAVO DESPROVIDO.
I - A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio
nos casos em que o juízo, de ofício pode conhecer a matéria a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
II - Suscitadas questões, no entanto, que dependeriam do exame de
provas, e não dizem respeito a aspectos formais do título executivo,
e nem poderiam ser conhecidas de ofício, não se mostra adequada a
exceção de pré-executividade.
III - Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 53.257 -8/Goiás
- Ac. 195577 - 4ª T. Rel. Min. Salvio de Figueiredo Teixeira."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0171580 -0, Ac. 14309, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Guarapuava, Rel. Juiz Conv. Eugênio Achille Grandinetti. j.
29.05.2001, DJ 08.06.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
PENDÊNCIA DE CONDIÇÃO A CARGO DO CREDOR -
CIRCUNSTÂNCIA QUE NÃO SE DEPREENDE DO EXAME DO
TÍTULO EXEQÜENDO - MATÉRIA A SER SUSCITADA PELA VIA
DOS EMBARGOS A EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade deve ficar circunscrita ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e as condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos ex officio. Recurso conhecido e
não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0174375 -1, Ac. 14218, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 13.06.2001, DJ
03.08.2001)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - INCIDENTE REJEITADO -
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA -
TÍTULO HÁBIL A APARELHAR EXECUÇÃO A DESPEITO DA
DÍVIDA ORIGINÁRIA - VERBA HONORÁRIA MAJORADA DEVIDO
A RESISTÊNCIA INJUSTIFICADA A EXECUÇÃO -
IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO EM PARTE.
Por maioria de votos, deram provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 0169070 -8, Ac. 14312, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Francisco Beltrão, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 22.05.2001,
DJ 03.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - DECISÃO QUE ENTENDEU PRECLUSA A
ARGÜIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE.
Tendo a exceção de pré-executividade por objeto a análise dos
pressupostos para a constituição e validade do processo da
execução, seu conhecimento é possível a qualquer momento ou fase
do processo, sem que possa ser alcançado pela preclusão. Agravo
provido em parte.
Por unanimidade de votos, deram provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 0173393 -5, Ac. 14367, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Castro, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 12.06.2001, DJ
03.08.2001)

AGRAVO INSTRUMENTAL. INTERLOCUTÓRIO INDEFERINDO


OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE EM FISCAL EXECUÇÃO.
QUESTÕES FÁTICAS REPORTADAS A EXTINÇÃO/SUSPENSÃO
DESTE DEPENDENTES DE PROVA, ALHEIAS AO ÂMBITO
ESPECÍFICO DA EXCEÇÃO, MESMO CABÍVEL FOSSE NO
REGIME ESPECIAL E COMPACTO DA LEI Nº 6.830/80, ARTS. 16
E SEGUINTES. EXCERTOS JURISPRUDENCIAIS.
DESPROVIMENTO, NESTA RAZÃO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0167463 -5, Ac. 12217, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Arno Knoerr. j. 06.06.2001, DJ
03.08.2001)

AGRAVO INSTRUMENTAL. INTERLOCUTÓRIO DESACOLHENDO


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO AMPARADA
EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL DE MÚTUO PARA CAPITAL DE
GIRO E CESSÃO DE DIREITOS CREDITÓRIOS VINCULADA A
NOTA PROMISSÓRIA.
Suscitações de incomprovada liberação ao recurso financeiro,
descaracterizando liquidez e ao título como executivo, aplicação as
normas de ordem pública do CDC, taxa de juros remuneratórios e
capitalização. Levantamento a penhora quanto a porção ideal da
cônjuge sobre o imóvel - questões de ordem probanda, alheias aos
aspectos objetivos do crédito, condições da ação executiva e seus
pressupostos de constituição e desenvolvimento revelados de plano
- precedentes jurisprudenciais - excertos doutrinários - recurso
desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0167922 -9, Ac. 12224, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Arno Knoerr. j. 13.06.2001, DJ
03.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OPOSTA
APÓS A ADJUDICAÇÃO DO BEM PENHORADO - DECISÃO
MONOCRÁTICA QUE NÃO CONHECE DOS TERMOS DO
PETITÓRIO, SOB O FUNDAMENTO DE SE AFIGURAR FINDO O
PROCESSO EXPROPRIATÓRIO, ADUZINDO A INVIABILIDADE DE
SE REINSTALAR EVENTUAL CONTROVÉRSIA NOS MOLDES
PRETENDIDOS PELO EXECUTADO - INOCORRÊNCIA -
IMPRESCINDIBILIDADE DA CONCRETA APRECIAÇÃO DAS
ALEGAÇÕES DEDUZIDAS PELO DEVEDOR, POSTO QUE
CONCERNENTES A MATÉRIAS DE ORDEM PÚBLICA -
COGNOSCIBILIDADE A QUALQUER TEMPO E GRAU DE
JURISDIÇÃO - INTELIGÊNCIA DO ART. 267, 3º, CPC - DECISÃO
REFORMADA - AGRAVO PROVIDO.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0171683 -6, Ac. 12209, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Ronald Juarez Moro. j. 06.06.2001, DJ
03.08.2001)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO


QUE PROVEU RECURSO PARA AFASTAR ATO INDEFERITÓRIO
DE INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
OMISSÃO. INOCORRÊNCIA. PRETENSÃO DO EMBARGANTE
OBJETIVANDO QUE SE DECLARE ALÉM DO QUE FOI DECIDIDO.
RECURSO REJEITADO.
Por unanimidade de votos, rejeitaram os embargos.
(Embargos de Declaração nº 0170640 -7/01, Ac. 12204, 5ª Câmara
Cível do TAPR, Arapongas, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j.
30.05.2001, DJ 03.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. MATÉRIA
QUE DEPENDE DE MAIOR DILAÇÃO PROBATÓRIA.
DESCABIMENTO. RECURSO DESPROVIDO.
"Não viola nenhum dispositivo do CPC, decisão que, entendendo
inexistentes vícios que pudessem ser apreciados de oficio, repele a
exceção de pré-executividade e remete a argüição do fato para os
embargos a execução." "Vê-se, portanto, que o primeiro critério a
autorizar que a matéria seja deduzida por meio de exceção ou
objeção de pré-executividade é o de que se trate de matéria ligada a
admissibilidade da execução, e seja, portanto, conhecível de ofício e
a qualquer tempo. O segundo dos critérios é o relativo a
perceptibilidade do vício apontado. A necessidade de uma instrução
trabalhosa é demorada, como regra, inviabiliza a discussão do
defeito apontado no bojo do processo de execução, sob pena de que
esse se desnature. Na verdade, ambos os critérios devem estar
presentes, para que se possa admitir a apresentação de exceção ou
objeção de pré-executividade."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172566 -4, Ac. 12162, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Ponta Grossa, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
04.06.2001, DJ 03.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE EXECUÇÃO -


IMPROCEDÊNCIA DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ALIENAÇÃO JUDICIAL DO BEM - PEDIDO DE AFASTAMENTO DA
RESPONSABILIDADE CAMBIÁRIA - ALEGAÇÃO DE QUE O
TÍTULO PERDEU A LIQUIDEZ - NEGADO PROVIMENTO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172456 -3, Ac. 14400, 3ª Câmara Cív el
do TAPR, Palotina, Rel. Juiz De Vicente. j. 07.08.2001, DJ
17.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
CONTRATO DE MÚTUO PARA REPASSE DE EMPRÉSTIMO
EXTERNO - ILIQUIDEZ DO TÍTULO - DISCUSSÃO -
INADMISSIBILIDADE - MATÉRIAS A SEREM SUSCITADAS PELA
VIA DOS EMBARGOS A EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade deve ficar circunscrita ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e as condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos ex officio. Recurso conhecido e
não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0173782 -2, Ac. 14336, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin . j. 08.08.2001, DJ
24.08.2001)
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO
PARTICULAR DE CONFISSÃO E COMPOSIÇÃO DE DÍVIDA -
REPELIDA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ
AFASTADA - DISCUSSÃO SOBRE PAGAMENTO E EXCESSO DE
ENCARGOS - SEDE IMPRÓPRIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO.
(Agravo de Instrumento nº 0173608 -1, Ac. 12287, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 25.06.2001, DJ
24.08.2001)
Por unanimidade de votos, negaram provimento.

EMBARGOS INFRINGENTES - AGRAVO DE INSTRUMENTO -


CABIMENTO - SITUAÇÃO EM QUE A DECISÃO TEM CARÁTER
DE SENTENÇA - ACOLHIMENTO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - APLICAÇÃO DA SÚMULA 233 DO STJ -
EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO - MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA -
POSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO A QUALQUER TEMPO -
IRRELEVÂNCIA DA DATA DE AJUIZAMENTO DA EXECUÇÃO -
IMPOSSIBILIDADE DE CRIAÇÃO DE CRITÉRIO SUBJETIVO PARA
ADOÇÃO DA SÚMULA - DECISÃO MAJORITÁRIA CORRETA -
RECURSO DESPROVIDO.
1. Tendo a decisão, exarada em sede de agravo de instrumento,
caráter de sentença, vez que acolheu a exceção de pré-
executividade argüida, extinguindo a execução, cabíveis os
embargos infringentes, em face de decisão não unanime.
2. Impossível a criação de critério subjetivo para aplicação da
Súmula 233 do STJ, tendo em vista que, independentemente da data
de ajuizamento da mesma, como se trata de matéria de ordem
pública, esta pode ser apreciada a qualquer tempo.
(Embargos Infringentes (GR) nº 0154341 -9/01, Ac. 987, 4º Grupo de
Câmaras Cíveis do TAPR, Imbituva, Rel. Juiz Prestes Mattar. j.
26.06.2001, DJ 24.08.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA. -
EXCEÇÃO À PRÉ-EXECUTIVIDADE. - LIMITAÇÕES AO
PROCEDIMENTO. - CONEXÃO DA AÇÃO EXECUTIVA COM A
AÇÃO ORDINÁRIA E EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. -
IMPOSSIBILIDADE. - SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO. -
POSSIBILIDADE ANTE O AJUIZAMENTO DE AÇÃO REVISIONAL.
- QUESTÃO PREJUDICIAL DE REGULARIDADE CONTRATUAL. -
DECISÃO MONOCRÁTICA REFORMADA EM PARTE PARA
DETERMINAR A SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO. - (MAIORIA). -
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
I. Este incidente tem por objetivo, efetivamente, possibilitar ao
devedor a argüição da falta de condição para a ação de execução.
Não contendo o título executivo eficácia executiva, esta não poderia
prosperar, contudo, esta matéria deve ser argüida incidentalmente,
deve estar devidamente caracterizada a carência de ação, e no caso
dos autos, tendo sido interposta ação revisional, esta poderá
incumbir-se de apreciar a regularidade contratual. Este procedimento
tem a possibilidade de esgotar os pontos necessários para que seja
demonstrada a liquidez, certeza ou exigibilidade, ou não, do que se
pretende cobrar, mas frise-se, esta controvérsia não pode ser
apreciada em sede de exceção, dado a sua limitação de
procedimento.
II. Assim, somente se o título não contiver eficácia executiva, o
Magistrado deverá desde logo indeferi-lo, pronunciando-se sobre a
carência de ação, posto que, a própria limitação do incidente a ser
reformado em sede de Agravo de Instrumento, não permite a
utilização deste remédio incidental para tentar invocar a carência de
ação por falta de liquidez do título, quando presentes os requisitos
essenciais para a sua validade.
III. O cuidado a ser tomado nestas condições exige que a parte
comprove a carência de ação não pelos pontos a serem argüidos em
embargos, mas aqueles em que por não interposição cabe a
extinção da execução, até mesmo de ofício.
IV. Por unanimidade de votos, deram provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 0167732 -5, Ac. 14517, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Lídio J. R. de Macedo. j. 21.08.2001,
Publ. DJ 31.08.2001)

1. AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE FIANÇA - DECISÃO QUE
ENTENDEU PRECLUSA A ARGÜIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE.
TENDO A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE POR OBJETO A
ANÁLISE DOS PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUIÇÃO E
VALIDADE DO PROCESSO DA EXECUÇÃO, SEU
CONHECIMENTO É POSSÍVEL A QUALQUER MOMENTO OU
FASE DO PROCESSO, SEM QUE POSSA SER ALCANÇADO
PELA PRECLUSÃO.
2. FIANÇA - INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA - LOCAÇÃO -
PRORROGAÇÃO DO CONTRATO SEM ANUÊNCIA DO FIADOR -
AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DESTE. O instituto da fiança
não comporta interpretação extensiva em razão do artigo 1.483 do
Código Civil, inexistindo responsabilidade do fiador por débito
oriundo de contrato de locação prorrogado sem sua anuência.
Agravo provido.
3. Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0174945 -3, Ac. 14479, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 14.08.2001, Publ. DJ
31.08.2001)

1. AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE FIANÇA - DECISÃO QUE
ENTENDEU PRECLUSA A ARGÜIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE.
TENDO A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE POR OBJETO A
ANÁLISE DOS PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUIÇÃO E
VALIDADE DO PROCESSO DA EXECUÇÃO, SEU
CONHECIMENTO É POSSÍVEL A QUALQUER MOMENTO OU
FASE DO PROCESSO, SEM QUE POSSA SER ALCANÇADO
PELA PRECLUSÃO.
2. FIANÇA - INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA - LOCAÇÃO -
PRORROGAÇÃO DO CONTRATO SEM ANUÊNCIA DO FIADOR -
AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DESTE. O instituto da fiança
não comporta interpretação extensiva em razão do artigo 1.483 do
Código Civil, inexistindo responsabilidade do fiador por débito
oriundo de contrato de locação prorrogado sem sua anuência.
Agravo provido.
3. Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0174945-3, Ac. 14479, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 14.08.2001, Publ. DJ
31.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO QUE AFASTA


APRECIAÇÃO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
INSTRUMENTO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA ORIUNDO DE
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE. CHEQUE ESPECIAL. NOVAÇÃO. LIQUIDEZ DO
TÍTULO. QUESTÕES PERTINENTES A EXCEÇÃO
MERECEDORAS DE FUNDAMENTADA APRECIAÇÃO DE
MÉRITO. RECURSO PROVIDO.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172861 -4, Ac. 12388, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 15.08.2001, Publ.
DJ 31.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE E INCIDENTE DE FALSIDADE. DOCUMENTO.
PREENCHIMENTO INDEVIDO DE DOCUMENTO PREVIAMENTE
ASSINADO. HIPÓTESE DE FALSIDADE IDEOLÓGICA, NÃO
MATERIAL. ARTIGO 394 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
RECURSO DESPROVIDO.
O argumento de ter sido assinada em branco a nota promissória, tal
fato não tem o condão de invalidá-la, pois, nestes casos, entende-se
que o emitente delegou poderes para que o credor procedesse o seu
preenchimento.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0173392 -8, Ac. 12384, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Foz do Iguaçu, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
20.08.2001, Publ. DJ 31.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CÉDULA DE CRÉDITO INDUSTRIAL - TÍTULO
LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL - INEXISTÊNCIA DE
CONTRAPRESTAÇÃO - DEMONSTRATIVO DO DÉBITO.
1. A cédula de crédito industrial, instituída pelo DL 413 de 9/1/69, é
definida como promessa de pagamento em dinheiro (art. 9º),
constituindo-se em título líquido, certo e exigível pela soma dela
constante ou do endosso e demais encargos previstos para
segurança, regularidade e realização do direito creditório (art. 10),
nenhuma contraprestação sendo imposta ao credor como condição
para que o crédito que ela representa se torne líquido e certo.
2. O documento apresentado pelo credor com a petição inicial,
atende a norma impositiva do artigo 614, II, do CPC, ao exigir
demonstrativo do débito atualizado com todas as suas parcelas
indicadas, aí compreendido o principal, juros, multa e correção
monetária. Agravo desprovido.
3. Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0175540 -2, Ac. 14586, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 21.08.2001, Publ. DJ
06.09.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL FUNDADA EM CONFISSÃO DE DÍVIDA -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ NÃO
CARACTERIZADA - EVENTUAL EXCESSO SEM EXPRESSÃO
PARA NULIFICAR O TÍTULO - RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o Juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título
executivo." (STJ).
(Agravo de Instrumento nº 0156871 -0, Ac. 14467, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Clayton Camargo. j. 22.08.2001, Publ.
DJ 06.09.2001)

EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - INDEFERIMENTO - "BIS IN IDEM" - NÃO
CARACTERIZAÇÃO - INICIAL - INÉPCIA - INOCORRÊNCIA -
AGRAVO DESPROVIDO.
1. A exceção de pré-executividade só é admitida quando o título
exeqüendo não se reveste, de imediato, de liquidez, certeza e
exigibilidade.
2. As matérias levantadas a fim de fundamentar o incidente da pré-
executividade não preenchem os seus requisitos, devendo ser
discutidas em sede de Embargos à Execução.
3. Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0161695 -3, Ac. 14427, 4ª Câmara Cível
do TAPR, São José dos Pinhais, Rel. Juiz Fernando Wolff Bodziak. j.
15.08.2001, Publ. DJ 06.09.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. REJEIÇÃO. QUESTÕES QUE NÃO
CONSTITUEM MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. EMBARGOS À
EXECUÇÃO JULGADOS IMPROCEDENTES. NOVO EXAME
DESCABIMENTO. AGRAVO DESPROVIDO.
"Não sendo a argumentação em que se funda a exceção de pré-
executividade matéria de ordem pública, e já tendo sido julgado os
Embargos à Execução onde o excesso da execução foi discutido,
impossível a rediscussão da mesma matéria, por incidência da
Norma do artigo 473, do Código de Processo Civil."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0173849 -2, Ac. 12146, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Francisco Beltrão, Relª. Juíza Maria José Teixeira. j.
20.08.2001, Publ. DJ 06.09.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS DECLARATÓRIOS --


OMISSÃO, CONTRADIÇÃO E OBSCURIDADE - INOCORRÊNCIA -
MATÉRIAS DEBATIDAS E FUNDAMENTADAS NA DECISÃO
GUERREADA - PRETENSÃO DE REDISCUSSÃO DO JULGADO -
IMPOSSIBILIDADE - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
AUSÊNCIA DE NULIDADE DA EXECUÇÃO - CÁLCULO CORRETO
- IMPROPRIEDADE DA OPOSIÇÃO. AGRAVO DESPROVIDO.
1. "O julgador, à luz da estrutura jurídica do sistema processual, não
está obrigado a examinar e responder todas as alegações das
partes, quando já tenha encontrado motivo suficiente par fundar a
decisão, nem se obriga a ater-se aos fundamentos indicados por
elas e tampouco a responder um a um os seus argumentos".
2. A exceção de pré-executividade somente é de ser acolhida se
verificado desde logo nulidade que deverá ser declarada até mesmo
de ofício, porquanto não se justificaria submeter o executado a
maiores ônus quando logo de início fosse visto que a execução não
teria como prosperar, ante a existência de irregularidade insanável.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0164919 -0, Ac. 14409, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Marcus Vinícius de Lacerda Costa. j.
11.09.2001, Publ. DJ 21.09.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - MATÉRIA ATINENTE ÀS CONDIÇÕES DA
AÇÃO EXECUTIVA - QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA - EXAME,
INDEPENDENTEMENTE DE EMBARGOS - ARTIGO 267, § 3º DO
CPC.
1. Do exame do disposto nos artigos 583, 614 e 618 do diploma
processual civil, depreende-se que o feito executivo deve estar
instruído com título revestido de liquidez, certeza e exigibilidade, sob
pena de nulidade. E mais: referida nulidade, estando expressamente
cominada, é matéria de ordem pública a ser apreciada ex officio.
2. A exigência do oferecimento dos Embargos à Execução para que
seja apreciada a executividade do título não tem razão de ser, pois
as questões em tela - referentes às condições da ação - deverão ser
apreciadas pelo Juiz a qualquer tempo e grau de jurisdição,
conforme artigo 267, § 3º, do Código de Processo Civil.
Recurso conhecido e provido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0176157 -1, Ac. 14542, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Ponta Grossa, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 05.09.2001,
Publ. DJ 21.09.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - SOBRESTAMENTO DA EXECUÇÃO -
IMPOSSIBILIDADE - SENTENÇA - LIQUIDEZ.
1. Tendo a exceção de pré-executividade por objeto a análise dos
pressupostos para a Constituição e validade do processo da
execução, com seu conhecimento sendo possível a qualquer
momento ou fase do processo, sem que possa ser alçado pela
preclusão, uma vez levantada não tem o poder de sobrestar a
execução, inclusive para dilatar o prazo para o devedor nomear bens
em garantia.
2. Basta para conferir a liquidez do título a simples indicação dos
elementos necessários para apurar mediante operações aritméticas,
complexas ou não, o montante exeqüível indicado na sentença com
base no contrato objeto do litígio, sem necessidade da produção de
outras provas. O excesso de cobrança não desvirtua ou prejudica a
liquidez do título, devendo ser discutido e abatido do montante
exeqüendo em sede de embargos do devedor, onde será possível a
produção de perícia contábil com a qual o devedor poderá se
contrapor aos cálculos de liquidação feitos pelo credor.
Agravo desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 01 75295-2, Ac. 14637, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Pirai do Sul, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 11.09.2001, Publ.
DJ 21.09.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, REJEIÇÃO. PRETENSÃO ASSENTADA NA
ILIQUIDEZ DO TÍTULO POR SE TRATAR DE CHEQUE ESPECIAL
(SÚMULA 233, STJ). ALUSÃO EQUIVOCADA. TRATA-SE DE
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE PARCELADO. MÚTUO. TÍTULO LIQUIDO, CERTO E
EXIGÍVEL. RECURSO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172534 -2, Ac. 12472, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Castro, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 29.08.2001, Publ. DJ
21.09.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO ESPECIAL


HIPOTECÁRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEITADA.
EXISTÊNCIA EM JUÍZO DIVERSO DE AÇÃO REVISIONAL DO
MESMO CONTRATO ONDE O MUTUÁRIO/EXECUTADO
DEPOSITA JUDICIALMENTE PAGAMENTO DAS PARCELAS.
ALEGADA INEXISTÊNCIA DA MORA. QUESTÃO IMPRÓPRIA A
LASTREAR A EXCEÇÃO. DÍVIDA. DISCUSSÃO.
IMPOSSIBILIDADE DE RESULTAR NA EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO. MATÉRIA PERTINENTE NOS EMBARGOS DO
DEVEDOR. RECURSO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0174473 -2, Ac. 12480, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 05.09.2001, Publ.
DJ 21.09.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE INTERPOSTA EM EXECUTIVO FISCAL -
CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA FORMALMENTE EM ORDEM -
CONEXÃO DA EXECUÇÃO FISCAL COM AÇÃO DECLARATÓRIA
DE NULIDADE NÃO ACOLHIDA, EM FACE DA NÃO
INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS - AÇÕES QUE TRAMITAM PELA
JUSTIÇA ESTADUAL, ATRAVÉS DAS VARAS ESPECIALIDADES
DA FAZENDA PÚBLICA - PRESCRIÇÃO DA AÇÃO
DECLARATÓRIA, MATÉRIA DE DEFESA DO AGRAVADO, QUE
NÃO PODE SER OBJETO DA PRESENTE - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
As matérias argüiveis por meio da exceção de pré-executividade
devem ser daquelas que o Juiz possa conhecer de ofício, mesmo
porque é esse o fato pelo qual fica dispensada a segurança do Juízo.
São as chamadas matérias de ordem pública. A hipótese deste
recurso não se adequa a invocação da exceção de pré-
executividade, vez que a impugnação não se funda nos
pressupostos de validade do processo, uma vez que estão presentes
os requisitos de capacidade e interesses processuais e a
possibilidade jurídica do pedido. A conexão constitui causa de
modificação de competência, devendo ser alegada em contestação,
conforme art. 301, VII, do CPC, e em se tratando de execução fiscal,
fundada em título executivo extrajudicial (Certidão de Dívida Ativa
regularmente inscrita), haverá de ser questionada por meio dos
embargos, nos exatos termos do art. 16 da Lei nº 6.830/80. É
inadequado, portanto, pretender o seu reconhecimento no processo
de execução pelo simples fato de haver identidade de partes,
quando a causa de pedir e o pedido mostram-se diversos em face da
autonomia e literalidade do título executivo.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0173931 -5, Ac. 12232, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Anny Mary Kuss. j. 20.08.2001, DJ
21.09.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO
PRÉVIA DO DEVEDOR, A DATA DO VENCIMENTO DE CADA UMA
DAS PARCELAS QUE INTEGRAM O TÍTULO EXECUTIVO.
OBRIGAÇÃO INOCORRENTE. DEMAIS ARGÜIÇÕES QUE NÃO
SE MOSTRAM IDÔNEAS, DESDE LOGO, A SEREM ESGRIMIDAS
ATRAVÉS DE TAL INCIDENTE, EXIGINDO-SE, PARA O SEU
CONHECIMENTO E DECISÃO, A PRÉVIA SEGURANÇA DO
JUÍZO. RECURSO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0174982 -6, Ac. 12482, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Bela Vista do Paraíso, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi. j.
10.09.2001, DJ 21.09.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE NOS PRÓPRIOS AUTOS DA AÇÃO, COM
PEDIDO DE SUSPENSÃO DO SEU ANDAMENTO.
INDEFERIMENTO DA SUSPENSÃO, COM DETERMINAÇÃO PARA
QUE O CREDOR SE MANIFESTE SOBRE O INCIDENTE. AGRAVO
OBJETIVANDO O PRONUNCIAMENTO DO TRIBUNAL SOBRE A
SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO E TAMBÉM SOBRE AS MATÉRIAS
DEDUZIDAS NO INCIDENTE. INADMISSIBILIDADE.
NECESSIDADE DE PRÉVIA MANIFESTAÇÃO DO JUÍZO
SINGULAR, SOB PENA DE SUPRESSÃO DE UMA DAS
INSTÂNCIAS.
Reconhecimento, contudo, da necessidade de ser suspenso o curso
da execução, a vista da relevância das questões suscitadas.
Recurso parcialmente conhecido, sendo nessa parte provido.
(Agravo de Instrumento nº 0175945 -7, Ac. 12481, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi. j. 10.09.2001,
DJ 21.09.2001)
EXECUÇÃO - CONTRATO - INSTRUMENTO DE CONFISSÃO DE
DÍVIDA - RENEGOCIAÇÃO - TÍTULO EXECUTIVO - CPC, ART.
585, II.
I - O contrato de confissão de dívida e título executivo. O que se dá é
que não está ele a salvo de o devedor, justificadamente, ver
esmiuçados todos os aspectos pertinentes a formação do valor que
ele estampa, inclusive no que concerne aos contratos anteriores, que
lhe deram origem. Execução - Exceção de pré-executividade -
Contrato de confissão de dívida - Abordagem, na exceção, de
matéria típica de Embargos do Devedor, a exigir ampla atividade
cognitiva - Inviabilidade.
II - A exceção de executividade é objeção que só se torna viável em
casos excepcionais, quando desde logo, objetivamente,
controverterem-se pressupostos do processo de execução e da
pretensão a executar, sobre que até mesmo de ofício ao órgão
jurisdicional toque o dever-poder de conhecer.
III - Agravo de Instrumento desprovido. Unânime.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0153483 -8, Ac. 12874, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Rabello Filho. j. 10.09.2001, DJ
28.09.2001)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE -
EMPRÉSTIMO LIBERADO DE UMA SÓ VEZ - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE REJEITADA - NÃO ENQUADRAMENTO DA
SÚMULA N 233 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA -
RESCISÃO CONFIRMADA - AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0176656 -9, Ac. 12535, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Cascavel, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 10.09.2001,
DJ 28.09.2001)
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE
CÂMBIO DE COMPRA EXPORTAÇÃO - GARANTIDO POR NOTA
PROMISSÓRIA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
DECLARADA NULIDADE DO CONTRATO - ALCANÇADA A
GARANTIA SUBSIDIÁRIA - CÁRTULA NÃO GOZA DE AUTONOMIA
- AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
Decidiu o Superior Tribunal de Justiça no REsp. 195.215/SC,
relatado pelo Min. Barros Monteiro: "A nota promissória vinculada ao
contrato de abertura de crédito não goza de autonomia, em face da
própria iliquidez do título que a originou".
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0180268 -8, Ac. 12539, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Toledo, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 10.09.2001, DJ
28.09.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO IMPLÍCITA - DECISÃO CARENTE
DE FUNDAMENTAÇÃO - NULIDADE DECRETADA DE OFÍCIO.
Nula é a decisão que, ao deferir parecer exarado pelo representante
do Ministério Público de não extinção da execução, rejeita
implicitamente e sem a necessária fundamentação, exceção de pré-
executividade, sem estar devidamente fundamentada, violando
assim, o disposto no art. 93, IX da Constituição Federal.
(Agravo de Instrumento nº 0175189 -9, Ac. 14510, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mário Rau. j. 25.09.2001, DJ
05.10.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISÃO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A exceção de pré-executividade, de criação pretoriana, e medida que
só pode ser aceita em caráter excepcional quando for flagrante a
ausência de condições de executividade do título.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0178825 -2, Ac. 14511, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Rel. Juiz Mário Rau. j. 25.09.2001, DJ
05.10.2001)

AGRAVO INOMINADO - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CONFISSÃO DE DÍVIDA - TÍTULO QUE
ATENDE AOS REQUISITOS DO ART. 585, II, CPC - EXCESSO DE
EXECUÇÃO NÃO DESVIRTUA A LIQUIDEZ E FORÇA EXECUTIVA
- ALEGAÇÃO DE FALTA DE INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS DO
DEVEDOR POR CARÊNCIA DE CONDIÇÕES FINANCEIRAS -
RECURSO DE MANIFESTA IMPROCEDÊNCIA - IMPOSIÇÃO DE
MULTA.
Agravo inominado desprovido.
(Agravo 0181799-2/01, Ac. 14666, 3ª Câmara Cível do TAPR,
Curitiba, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 18.09.2001, DJ 05.10.2001)

AGRAVO INSTRUMENTAL. EXECUÇÃO SUPORTADA EM


CONFISSÃO DE DÍVIDA POR FINANCIAMENTO. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, POR AVALISTA, ARGÜINDO EXTINTIVA
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA POR FALTA DE TÍTULO HÁBIL
COMPROMETIDO POR OPERAÇÃO ANTERIOR CUJO TÍTULO
CUMPRIA APRESENTAR OU EX-OFFICIO DILIGENCIAR O JUÍZO
APRESENTAÇÃO, EXTRAINDO CERCEIO AMPLITUDE NÃO
COMPREENDIDA A EXCEPCIONALIDADE CONCEITUAL DA
EXCEÇÃO. INDEFERIMENTO PORTANTO CORRETO,
DESPROVIMENTO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0171576 -6, Ac. 12629, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Guarapuava, Rel. Juiz Arno Knoerr. j. 29.08.2001, Publ. DJ
19.10.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO DE PRESCRIÇÃO DO TÍTULO
EXEQÜENDO. PROVA DOCUMENTAL APRESENTADA COM A
INICIAL QUE AFASTA A POSSIBILIDADE DE PRESCRIÇÃO.
DISCUSSÃO DA MATÉRIA POR MEIO DE EMBARGOS E NÃO
PELA VIA RESTRITA DO INCIDENTE OPOSTO. RECURSO
DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0181710 -1, Ac. 12664, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Santo Antônio da Platina, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi.
j. 08.10.2001, Publ. DJ 19.10.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXCEÇÃO A PRÉ-


EXECUTIVIDADE. - IMPOSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO POR
DESCUMPRIMENTO DOS ARTIGOS 588 E 590, DO CPC. -
INOCORRÊNCIA. - EXECUÇÃO PROVISÓRIA RECONHECIDA
PELO PRÓPRIO JUÍZO. - REGULARIDADE PROCEDIMENTAL
OBSERVADA. - RECURSO ESPECIAL NÃO ADMITIDO E AGRAVO
DE INSTRUMENTO CONTRA TAL DECISÃO DESPROVIDO PELO
EGRÉGIO STJ. - EXECUÇÃO CABÍVEL. - DECISÃO MANTIDA. -
RECURSO DESPROVIDO.
I. No caso dos autos, a alegada inocorrência do trânsito em julgado
da sentença monocrática a ensejar a impossibilidade de execução
provisória, não pode prosperar. Tem-se que sequer o recurso
especial foi recebido, e ainda que o fosse não conta ele com efeito
suspensivo, sendo assim, perfeitamente cabível a execução
provisória.
II. Não houve descumprimento dos artigos 588 e 590, do Código de
Processo Civil. O próprio Juízo admite a provisoriedade da
execução, resguardando, inclusive, os direitos do devedor tal qual
determinado nos dispositivos legais invocados.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0174857 -8, Ac. 14820, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Umuarama, Rel. Juiz Lídio J. R. de Macedo. j. 09.10.2001,
Publ. DJ 26.10.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL. INDEFERIMENTO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. DECISÃO MANTIDA.
Temas como novação, quitação da dívida e nulidade do processo
que dependem de comprovação não são pertinentes a incidental
proposta pelo executado. Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0181476 -4, Ac. 12663, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 10.10.2001, Publ.
DJ 26.10.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. INSTRUMENTO PARTICULAR DE
CONFISSÃO DE DÍVIDA. DECISÃO RECORRIDA QUE
IMPROCEDEU INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. DÍVIDA CONFESSADA QUE TEM POR ORIGEM
CHEQUE ESPECIAL. CLÁUSULA EXPRESSA INADMITINDO
NOVAÇÃO DE DÍVIDA. ILIQUIDEZ DO TÍTULO. AUSÊNCIA DE
DEMONSTRATIVO DA EVOLUÇÃO DO DÉBITO DESDE SEU
NASCEDOURO. DESCONSTITUIÇÃO. VIABILIDADE NA VIA
ELEITA. CARÊNCIA DA AÇÃO. RECONHECIMENTO.
Recurso provido para extinguir a ação, sem julgamento do mérito,
com condenação do autor em custas e honorários advocatícios.
(Agravo de Instrumento nº 0182011 -7, Ac. 12665, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 03.10.2001, Publ.
DJ 26.10.2001)

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CABIMENTO. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIAS QUE DEVERIAM
SER ARGÜIDAS EM SEDE DE EMBARGOS A EXECUÇÃO.
CONEXÃO. AÇÃO ANULATÓRIA EM TRAMITE PERANTE OUTRA
VARA DA FAZENDA PÚBLICA. INEXISTÊNCIA. NA EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, OS TEMAS DEBATIDOS DEVEM SER
AQUELES DE CONHECIMENTO OFICIOSO DO MAGISTRADO,
OU SEJA, DE ORDEM PÚBLICA. OS DEMAIS DEVEM SER
OBJETO DE EMBARGOS A EXECUÇÃO.
Não há conexão de ações, quando o causa de pedir e o objeto se
mostram diversos, embora haja identidade de partes. Agravo de
Instrumento desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0175877 -4, Ac. 14667, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Jucimar Novochadlo. j.
23.10.2001, Publ. DJ 09.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPROCEDÊNCIA. ATO RECORRIDO QUE NÃO RECEBE, POR
DESCABIDO, RECURSO DE APELAÇÃO.
Dúvida aventada pelo recorrente se o recurso seria apelação ou
agravo de instrumento transferindo ao Juiz da causa aplicação do
princípio da fungibilidade. Decisão mantida. Nos termos do artigo
524, CPC o recurso de agravo de instrumento será dirigido
diretamente ao Tribunal competente. Ausência de pressuposto de
admissibilidade. Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0183966 -1, Ac. 12738, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 31.10.2001, DJ
23.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - CERTIDÃO DE INTIMAÇÃO


ATRAVÉS DO DIÁRIO DA JUSTIÇA - SUFICIENTE PARA
AFERIÇÃO DA TEMPESTIVIDADE RECURSAL -
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO INCISO I, DO ART. 525,
DO CPC - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE INTERPOSTA EM
EXECUTIVO FISCAL - CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA
FORMALMENTE EM ORDEM - MATÉRIA ALEGADA QUE É
PRÓPRIA DE EMBARGOS A EXECUÇÃO - CONEXÃO DA
EXECUÇÃO FISCAL COM AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE
NÃO ACOLHIDA, FACE A NÃO INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS -
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA SUFICIENTEMENTE
FUNDAMENTADA - NULIDADE INOCORRENTE - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
Constando dos autos do agravo certidão informando que do
pronunciamento judicial as partes foram intimadas através do Diário
da Justiça de 18 de maio de 2001, não é necessária a juntada de
outra certidão para atestar este mesmo fato, estando cumprido o
requisito previsto no inciso I, do art. 525, do CPC. As matérias
argüíveis por meio da exceção de pré-executividade devem ser
daquelas que o Juiz possa conhecer de ofício, mesmo porque é esse
o fato pelo qual fica dispensada a segurança do juízo. São as
chamadas matérias de ordem pública. A hipótese deste recurso não
esta adequada a invocação de exceção de pré-executividade, vez
que a impugnação não se funda nos pressupostos de validade do
processo, estando presentes os requisitos de capacidade e interesse
processuais e a possibilidade jurídica do pedido. A conexão constitui
causa de modificação de competência, devendo ser alegada em
contestação, conforme artigo 301, VII, do CPC, e em se tratando de
execução fiscal, fundada em título executivo extrajudicial (certidão de
dívida ativa regularmente inscrita), haverá de ser questionada por
meio de embargos, nos exatos termos do artigo 16, da Lei nº
6.830/80. Inadequado, portanto, pretender seu reconhecimento em
sede de exceção pelo simples fato de haver identidade de partes,
quando a causa de pedir e o pedido mostram-se diversos em face da
autonomia e literalidade do título executivo.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0175244 -5, Ac. 12617, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j. 29.10.2001, DJ
23.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - CERTIDÃO DE INTIMAÇÃO


ATRAVÉS DO DIÁRIO DA JUSTIÇA - SUFICIENTE PARA
AFERIÇÃO DA TEMPESTIVIDADE RECURSAL -
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO INCISO I, DO ART. 525,
DO CPC - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE INTERPOSTA EM
EXECUTIVO FISCAL - CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA
FORMALMENTE EM ORDEM - MATÉRIA ALEGADA QUE É
PRÓPRIA DE EMBARGOS A EXECUÇÃO - CONEXÃO DA
EXECUÇÃO FISCAL COM AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE
NÃO ACOLHIDA, FACE A NÃO INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS -
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA SUFICIENTEMENTE
FUNDAMENTADA - NULIDADE INOCORRENTE - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
Constando dos autos do agravo certidão informando que do
pronunciamento judicial as partes foram intimadas através do Diário
da Justiça de 18 de maio de 2001, não é necessária a juntada de
outra certidão para atestar este mesmo fato, estando cumprido o
requisito previsto no inciso I, do art. 525, do CPC. As matérias
argüíveis por meio da exceção de pré-executividade devem ser
daquelas que o Juiz possa conhecer de ofício, mesmo porque é esse
o fato pelo qual fica dispensada a segurança do juízo. São as
chamadas matérias de ordem pública. A hipótese deste recurso não
esta adequada a invocação de exceção de pré-executividade, vez
que a impugnação não se funda nos pressupostos de validade do
processo, estando presentes os requisitos de capacidade e interesse
processuais e a possibilidade jurídica do pedido. A conexão constitui
causa de modificação de competência, devendo ser alegada em
contestação, conforme artigo 301, VII, do CPC, e em se tratando de
execução fiscal, fundada em título executivo extrajudicial (certidão de
dívida ativa regularmente inscrita), haverá de ser questionada por
meio de embargos, nos exatos termos do artigo 16, da Lei nº
6.830/80. Inadequado, portanto, pretender seu reconhecimento em
sede de exceção pelo simples fato de haver identidade de partes,
quando a causa de pedir e o pedido mostram-se diversos em face da
autonomia e literalidade do título executivo.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0175244 -5, Ac. 12617, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j. 29.10.2001, DJ
23.11.2001)

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO


EMBARGADA - DECISUM JÁ TRANSITO EM JULGADO -
PRACEAMENTO DESIGNADO - INADMISSIBILIDADE - AGRAVO
DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
Inadmite-se a exceção de pré-executividade da execução que tenha
já sido embargada, com decisão já transita em julgado,
arregimentada anos depois, onde, ainda que implicitamente as
condições da ação hajam sido examinadas.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0182104 -7, Ac. 13200, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Francisco Beltrão, Rel. Juiz Antonio Martelozzo. j.
12.11.2001, DJ 23.11.2001)

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO


EMBARGADA - DECISUM JÁ TRANSITO EM JULGADO -
PRACEAMENTO DESIGNADO - INADMISSIBILIDADE - AGRAVO
DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
Inadmite-se a exceção de pré-executividade da execução que tenha
já sido embargada, com decisão já transita em julgado,
arregimentada anos depois, onde, ainda que implicitamente as
condições da ação hajam sido examinadas.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0182104 -7, Ac. 13200, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Francisco Beltrão, Rel. Juiz Antonio Martelozzo. j.
12.11.2001, DJ 23.11.2001)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - NOTAS


PROMISSÓRIAS - EXCEÇÃO PRÉ-EXECUTIVIDADE - NULIDADE
DAS CÁRTULAS - VÍCIO DE CONSENTIMENTO - COAÇÃO -
AUSENTE PROVA CABAL - INDEFERIMENTO CONFIRMADO -
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0181370 -7, Ac. 12750, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Jacarezinho, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j.
29.10.2001, DJ 23.11.2001)

EMBARGOS A EXECUÇÃO - HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS -


FIXAÇÃO COM BASE NO VALOR DA AÇÃO - INTERPRETAÇÃO
LITERAL CORRETA - ATRIBUÍDO O VALOR DA EXORDIAL DA
EXECUÇÃO PRIMITIVA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
ACOLHIDA - DECISÃO CONFIRMADA - AGRAVO DE
INSTRUMENTO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0182550 -9, Ac. 12754, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 29.10.2001, DJ
23.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. MATÉRIA
QUE DEPENDE DE MAIOR DILAÇÃO PROBATÓRIA.
DESCABIMENTO. REDUÇÃO DA PENHORA. IMPOSSIBILIDADE.
EMISSÃO DE CARTA PRECATÓRIA PARA AVALIAÇÃO DO BEM
PENHORADO E DEMAIS ATOS. RECURSO DESPROVIDO.
Não viola nenhum dispositivo do CPC, decisão que, entendendo
inexistentes vícios que pudessem ser apreciados de ofício, repele a
exceção de pré-executividade e remete a argüição do fato para os
embargos a execução. Vê-se, portanto, que o primeiro critério a
autorizar que a matéria seja deduzida por meio de exceção ou
objeção de pré-executividade é o de que se trate de matéria ligada a
admissibilidade da execução, e seja, portanto, conhecível de ofício e
a qualquer tempo. O segundo dos critérios é o relativo a
perceptibilidade do vício apontado. A necessidade de uma instrução
trabalhosa e demorada, como regra, inviabiliza a discussão do
defeito apontado no bojo do processo de execução, sob pena de que
esse se desnature. Na verdade, ambos os critérios devem estar
presentes, para que se possa admitir a apresentação de exceção ou
objeção de pré-executividade. Não é possível realizar a avaliação do
bem por carta precatória, uma vez que não se trata de bem de outra
comarca, mas sim de bem penhorado na comarca da execução e
transferido a outra comarca por responsabilidade do agravante, que
assumiu o encargo de fiel depositário. Inviável a redução da
penhora, pois o imóvel penhorado garante diversas execuções, pelo
que seria insuficiente para satisfazer o débito de todas as ações.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0183772 -9, Ac. 12771, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Campo Mourão, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
29.10.2001, DJ 23.11.2001)

AGRAVO INOMINADO. ART. 557, "CAPUT", DO CPC. DECISÃO


QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO. JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE NO TRIBUNAL
DE ALÇADA. RECURSO DESPROVIDO.
Nos termos do art. 557, "caput" , do Código de Processo Civil, deve
ser mantida, em sede de agravo inominado, a decisão que negou
seguimento a recurso de agravo, uma vez que a tese defendida está
em confronto com a jurisprudência dominante deste Tribunal. Correta
a decisão que não acolheu a objeção de pré-executividade, tendo-se
em vista os critérios exigidos para a aceitação da exceção: "vê-se,
portanto, que o primeiro critério a autorizar que a matéria seja
deduzida por meio de exceção ou objeção de pré-executividade é o
de que se trate de matéria ligada a admissibilidade da execução, e
seja, portanto, conhecível de ofício e a qualquer tempo. O segundo
dos critérios é o relativo a perceptibilidade do vício apontado. A
necessidade de uma instrução trabalhosa e demorada, como regra,
inviabiliza a discussão do defeito apontado no bojo do processo de
execução, sob pena de que esse se desnature. Na verdade, ambos
os critérios devem estar presentes, para que se possa admitir a
apresentação de exceção ou objeção de pré-executividade"
(Processo de execução e assuntos afins, sobre a objeção de pré-
executividade, São Paulo: Revista dos Tribunais, 1998, p. 410)
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo 0184868-4/01, Ac. 12773, 8ª Câmara Cível do TAPR,
Toledo, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j. 05.11.2001, DJ
23.11.2001)

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL EXTINTA. FIXAÇÃO. PRINCÍPIO DA ISONOMIA.
Acolhida a exceção de pré-executividade manejada pelo devedor em
execução de título extrajudicial, age com isonomia o Juiz que fixa os
honorários em favor do patrono do executado no mesmo percentual
que havia fixado, provisoriamente, em favor do exeqüente por
ocasião do despacho na petição inicial, não sendo esta quantia
desarrazoada ou absurda, na espécie.
Recurso desprovido.
(Apelação Cível nº 151440500, Ac.: 12506, 4ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Ruy Cunha Sobrinho. j. 22.03.2000, Publ.
31.03.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE PELA
ILIQUIDEZ DOS TÍTULOS. CONTRATOS DE ABERTURA DE
CRÉDITO FIXO. VALORES CERTOS. PRAZO DETERMINADO.
INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. OFÍCIO ENDEREÇADO AS
ENTIDADES BANCÁRIAS PARA APURAR SALDOS DOS
EXECUTADOS PARA FINS DE PENHORA.
Quebra do sigilo bancário. Inocorrência. Recurso parcialmente
conhecido e desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 151001800, Ac.: 10478, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 15.03.2000, Publ.
31.03.2000).
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. OCORRÊNCIA
COMPLEMENTAÇÃO. OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
VERBAS DE SUCUMBÊNCIA. ACOLHIMENTO.
É de serem acolhidos os Embargos Declaratórios para
complementação do julgado, quando ocorrente omissão. Mesmo em
sede de exceção de pré-executividade, devida é a verba honorária e
que deve ser fixada nos termos do § 4º do artigo 20 do CPC,
sopesadas as alíneas do parágrafo anterior.
(Embargos de Declaração nº 147243701, Ac.: 12488, 4ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Costa Barros. j. 15.03.2000, Publ.
31.03.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - RENÚNCIA - AUSÊNCIA DE


COMPROVAÇÃO DO RECEBIMENTO DE NOTIFICAÇÃO -
RECURSO EXISTENTE. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
INADMISSIBILIDADE - MATÉRIA A SER SUSCITADA PELA VIA
DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.
1. São válidos os atos praticados pelo advogado enquanto inexistir
prova do recebimento da notificação prevista no artigo 45 do CPC.
2. A exceção de pré-executividade deve ficar circunscrita ao exame
das questões de ordem pública e que digam respeito aos
pressupostos do processo e as condições da ação, os quais
prescindem de dilação probatória e podem ser conhecidos ex officio.
(Agravo de Instrumento nº 149996100, AC: 12575, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 12.04.2000, Publ.
28.04.2000).

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE -
INEXIGIBILIDADE - CARÊNCIA DE AÇÃO DECRETADA DE
OFÍCIO.
O contrato de abertura de crédito não é título executivo, ainda que
acompanhado de demonstrativos, ante a impossibilidade de sua
complementação através de extratos emitidos unilateralmente pela
instituição financeira que não possui prerrogativa de criar seus
próprios títulos.
(Agravo de Instrumento nº 147672800, AC: 12379, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Santa Helena, Rel. Juiz Mário Rau. j. 28.03.2000, Publ.
28.04.2000).

EXECUÇÃO FUNDADA EM CONFISSÃO DE DÍVIDA -


INSTRUMENTO PARTICULAR ASSINADO PELAS PARTES E POR
DUAS TESTEMUNHAS - OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ALEGAÇÃO DE QUE AS TESTEMUNHAS NÃO SUBSCREVERAM
A OUTRA VIA DO INSTRUMENTO - IRRELEVÂNCIA -
ACOLHIMENTO DO PEDIDO PELO JUIZ - APELAÇÃO PROVIDA.
A exceção ou objeção de pré-executividade é modalidade de defesa
que vem se admitindo, sem garantia do juízo, desde que fundada em
ausência de título executivo ou falta de pressupostos para a
constituição e validade do processo de execução, matérias
conhecíveis até de ofício.
No caso ora examinado, porém, a execução está lastreada em
instrumento particular de confissão de dívida, assinado por duas
testemunhas, o que configura título executivo extrajudicial a teor do
art. 585, II, do Código de Processo Civil, sendo irrelevante que uma
das vias que está na posse do devedor não esteja igualmente
subscrita por essas testemunhas.
(Apelação Cível nº 145925600, AC: 12870, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Domingos Ramina. j. 11.04.2000, Publ.
28.04.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - INTEMPESTIVIDADE -


INOCORRÊNCIA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
NULIDADE DA EXECUÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - MÚTUO
BANCÁRIO - SÚMULA 233/STJ - INAPLICABILIDADE. AGRAVO DE
INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Se a matéria argüida em sede de embargos não foi apreciada por
esta Corte, ante o não conhecimento do recurso por qualquer motivo,
ou se não houve a interposição de embargos, a matéria argüida em
exceção de pré-executividade não está preclusa, sendo possível o
conhecimento e apreciação do recurso.
2. Uma vez que o contrato em espécie trata de mero mútuo bancário,
não se caracterizando como contrato de abertura de crédito em
conta corrente, na modalidade rotativa (cheque especial), não é
possível a aplicação da Súmula 233 do Superior Tribunal de Justiça,
publicada no DJU de 08/02/2000.
(Agravo de Instrumento nº 140820600, Ac.: 10591, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Paranacity, Rel. Juiz Waldemir Luiz da Rocha. j.
27.03.2000, Publ. 28.04.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Inadmissibilidade, por tratar-se de execução a qual já opôs o
agravante sua defesa, por meio de embargos, que foram julgados
parcialmente procedentes, seguindo-se a sentença uma composição
entre as partes sobre a forma de pagamento do débito.
Impossibilidade do Judiciário manifestar-se sobre matéria já decidida.
Coisa julgada. Recurso não provido.
(Agravo de Instrumento nº 152016300, Ac.: 10307, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Paraíso do Norte, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi. j.
03.04.2000, Publ. 28.04.2000).

AGRAVO RETIDO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


PRETENSÃO DE APRESENTAÇÃO DE NOVA PLANILHA DE
CÁLCULO - FALTA DE MENÇÃO A DADOS E FATOS OBJETIVOS,
CAPAZES DE QUESTIONAR O TÍTULO OU A CONTA GRÁFICA -
INSUBSISTÊNCIA DO INCIDENTE - EMBARGOS DO DEVEDOR -
EXCESSO DE EXECUÇÃO - COMISSÃO DE PERMANÊNCIA
CUMULADA COM CORREÇÃO MONETÁRIA - IMPOSSIBILIDADE.
Comissão, ainda, que foi estabelecida à taxa de mercado, a critério
do credor. Cláusula potestativa - artigos 115 e 145, V, do Código
Civil. Substituição pelo ""INPC"". Sucumbência recíproca.
Redistribuição, com compensação.
Recursos conhecidos, negando-se provimento ao agravo retido e
provendo-se parcialmente a apelação.
(Apelação Cível nº 122869500, Ac.: 12460, 2ª Câmara Cível do
TAPR, Ponta Grossa, Rel. Juiz Moraes Leite. j. 01.03."2000, Publ.
28.04.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESPACHO QUE DETERMINOU A


SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO EM FACE DA PROCEDÊNCIA
PARCIAL DA AÇÃO QUE DECLAROU A NULIDADE DE CLÁUSULA
CONTRATUAL EM CONTRATO DE FINANCIAMENTO PARA A
CASA PRÓPRIA SUSPENSÃO AUTORIZADA PELO ART. 265 IV,
""A"" E 791, II DO CPC. IMPOSSIBILIDADE DE ANALISAR A
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ENQUANTO SUSPENSO O
PROCESSO NULIDADE DA EXECUÇÃO E LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
QUE NÃO FORAM OBJETO DO DESPACHO AGRAVADO.
IMPOSSIBILIDADE DE SEU RECONHECIMENTO. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
O ajuizamento de ações buscando invalidar cláusulas de contratos
com eficácia de título executivo não impede que a respectiva ação
seja proposta e tenha seu curso normal. Entretanto, sobrevindo a
sentença que declarou a nulidade da cláusula contratual que prevê a
atualização monetária do capital mutuado, ou seja, das prestações e
do saldo devedor pela TR, determinando em substituição o emprego
do INPC, com a conseqüente readequação da dívida e das
prestações, tal desautoriza o agente financeiro a prosseguir da
execução.
Pela proibição da prática de qualquer ato desde o momento em que
ocorre o fato motivador da suspensão, por não se mostrar o ato se
pretendeu fosse realizado como urgente, não podia o MM. Juiz ""a
quo"" apreciar o pedido dos agravantes quanto a declaração de
nulidade da execução que, reconhecida, levaria a extinção de tal
processo, quanto este se encontrava suspenso.
(Agravo de Instrumento nº 150769100, Ac.: 9919, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j. 10.04."2000,
Publ. 28.04.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - INSTRUÇÃO DEFICIENTE -


AUSÊNCIA DE PEÇA ESSENCIAL - FALTA DA PETIÇÃO INICIAL
DA EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - ALEGADA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não conhecimento.
(Agravo de Instrumento nº 15 0661000, Ac.: 10538, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Mandaguari, Rel. Juiz Conv. Marques Cury. j. 05.04.2000,
Publ. 28.04.2000).

LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA - AÇÃO DE DESPEJO CUMULADA


COM COBRANÇA DE ALUGUERES E ENCARGOS DA LOCAÇÃO -
SENTENÇA TRANSITA EM JULGADO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE NULIDADE DA EXECUÇÃO TRIBUTADA A
EXIGÊNCIA DO PRÊMIO PONTUALIDADE E MULTA
CONTRATUAL - COISA JULGADA PRETENSÃO INDEFERIDA -
DECISÃO MANTIDA.
A sentença transitada em julgado possui eficácia que a torna
imutável e indiscutível, não mais a sujeitando a recurso. De
conformidade com o disposto no art. 468 do CPC, ""a sentença, que
julgar total ou parcialmente a lide, tem força nos limites da lide e das
questões decididas"".
(Agravo de Instrumento nº 153826300, Ac.: 12552, 1ª Câmara Cí vel
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Antônio Martelozzo. j.
09.05."2000, Publ. 26.05.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - TÍTULOS FORMALMENTE


PERFEITOS - DESCABIMENTO DA EXCEÇÃO - DEMAIS
MATÉRIAS QUE SOMENTE PODEM SER DISCUTIDAS EM
EMBARGOS DO DEVEDOR.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 153456100, AC: 12549, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Mário Rau. j. 09.05.2000, Publ.
26.05.2000).

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO FIXO
- EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO CONHECIDA -
DECISÃO ATACADA POR AGRAVO DE INSTRUMENTO.
Alegada omissão do julgado, com respeito ao pedido de declaração
de prescrição da nota promissória. Obscuridade quanto a incidência
da Lei nº 8.078/90. Inocorrência. Embargos rejeitados.
(Embargos de Declaração nº 139044901, Ac.: 10056, 6ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Glademir Vidal Antunes
Panizzi. j. 15.05.2000, Publ. 26.05.2000).

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE


FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO DE QUE O TÍTULO EXEQÜENDO
SE TRATA DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE, O QUAL NÃO PODE SER TOMADO COMO
TÍTULO EXECUTIVO - ALEGAÇÃO TOTALMENTE DESCONEXA
COM A REALIDADE MATERIAL DOS AUTOS - AFASTAMENTO DA
EXCEÇÃO - IMPOSIÇÃO DE MULTA DE LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 148907000, AC: 12163, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Rel. Juiz Fernando Vidal de Oliveira. j.
09.02.2000, Publ. 25.02.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO, COMPOSIÇÃO
DE DÍVIDA, FORMA DE PAGAMENTO E OUTRAS AVENÇAS -
TÍTULO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL, MESMO QUANDO
DERIVADA DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE - PEDIDO IMPROCEDENTE - RECURSO
IMPROVIDO.
O instrumento particular de confissão, composição de dívida, forma
de pagamento e outras avenças, assinado pelo devedor e subscrito
por duas testemunhas, contendo o valor do débito confessado e os
encargos nele pactuados, traduz-se em título líquido, certo e exigível,
apto a embasar o procedimento executivo.
Irrelevante o fato de derivado título de contrato de abertura de crédito
em conta corrente, posto ter ocorrido novação do débito anterior,
fazendo desaparecer este para surgir nova dívida entre os litigantes.
(Agravo de Instrumento nº 140261700, AC: 12226, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Andira, Rel. Juiz Mário Rau. j. 29.02.2000, Publ.
24.03.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EMBARGOS NÃO EXERCITADOS.
QUESTIONAMENTO SOBRE O OBRIGAÇÃO, SEM QUE O
INQUINADO VÍCIO APAREÇA LITERAL E CONCLUSIVO.
DEMANDANDO PERQUIRIÇÃO DE FUNDO SOBRE A FORMAÇÃO
DO TÍTULO. PETIÇÃO AVULSA NOS AUTOS QUE NÃO PODE
SERVIR COMO MECANISMO PARA ETERNIZAÇÃO OU
PROCRASTINAÇÃO INDETERMINADA DAS EXECUÇÕES.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 144733400, AC: 10191, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Assis Chateaubriand, Rel. Juiz Sérgio Arenhart. j.
07.02.2000, Publ. 24.03.2000).

AGRAVO INSTRUMENTAL INDEFERIMENTO ""A QUO"" PARA


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E A REAVALIZAÇÃO DO
IMÓVEL RURAL CONSCRITO. EXECUÇÃO SUPORTADA EM,
CÉDULA RURAL HIPOTECÁRIA; TÍTULO HÁBIL (ARTS. 10, DL.
167/67, 585, VII CPC) DISPENSANDO AVENTADAS
SUBSCRIÇÕES TESTEMUNHAIS.
Novação objetiva, conforme art. 999, I CCB não caracterizada pela
simples anunciada composição a descumprido prazo a solução
debitual ensejo. Portanto a seguimento executivo por mesmo título,
inclusive por expressa abdicação ao ""animus novandi"". Afasto,
nesta razão aos questionamentos assim evocamos para extinção
executiva. Avaliação judicial primeira não impugnada a estimação
própria (art. 586 CPC) desmerecendo posteriormente a frustrado
praceamento, irresignação adotada em estimativa de corretor
imobiliário sem demonstração aos requisitos do art. 683 CPC.
Desprovimento.
(Agravo de Instrumento nº 150251400, Ac.: 10695, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Chopinzinho, Rel. Juiz Arno Knoerr. j. 03.05."2000, Publ.
19.05.2000).

AGRAVO INSTRUMENTAL INDEFERIMENTO ""A QUO"" PARA


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E A REAVALIZAÇÃO DO
IMÓVEL RURAL CONSCRITO. EXECUÇÃO SUPORTADA EM,
CÉDULA RURAL HIPOTECÁRIA; TÍTULO HÁBIL (ARTS. 10, DL.
167/67, 585, VII CPC) DISPENSANDO AVENTADAS
SUBSCRIÇÕES TESTEMUNHAIS.
Novação objetiva, conforme art. 999, I CCB não caracterizada pela
simples anunciada composição a descumprido prazo a solução
debitual ensejo. Portanto a seguimento executivo por mesmo título,
inclusive por expressa abdicação ao ""animus novandi"". Afasto,
nesta razão aos questionamentos assim evocamos para extinção
executiva. Avaliação judicial primeira não impugnada a estimação
própria (art. 586 CPC) desmerecendo posteriormente a frustrado
praceamento, irresignação adotada em estimativa de corretor
imobiliário sem demonstração aos requisitos do art. 683 CPC.
Desprovimento.
(Agravo de Instrumento nº 150251400, Ac.: 10695, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Chopinzinho, Rel. Juiz Arno Knoerr. j. 03.05."2000, Publ.
19.05.2000).

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. INCIDENTE DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. REDUÇÃO DO MONTANTE EXEQÜENDO.
INADMISSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO.
Somente é de ser admitida a exceção de pré-executividade quando o
título exeqüendo, não se reveste, de pronto, de liquidez, certeza e
exigibilidade.
(Agravo de Instrumento nº 152626900, Ac.: 12687, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Paranavaí, Rel. Juiz Costa Barros. j. 03.05.2000, Publ.
19.05.2000).

CONEXÃO - EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA E AÇÃO ORDINÁRIA


VISANDO O RECÁLCULO DO DÉBITO - MESMO CONTRATO -
LIAME REUNIÃO DOS PROCESSOS - CONVENIÊNCIA.
Se o contrato, para ambos os feitos, é o mesmo, e uma vez que não
se descarta a possibilidade de decisões conflitantes, seja na ação
ordinária, em exceção de pré-executividade, ou mesmo em eventuais
Embargos do Devedor, conveniente se mostra a reunião dos
processos, que tramitarão perante o Juízo prevento.
(Agravo de Instrumento nº 153473200, Ac.: 10403, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Antônio Renato Strapasson. j.
08.05.2000, Publ. 19.05.2000).

EXECUÇÃO - CONFISSÃO DE DÍVIDA - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - INDEFERIMENTO - AGRAVO DESPROVIDO.
Pela denominada objeção de pré-executividade só é admissível
suscitar nos próprios autos da execução matéria relativa à falta de
condições da ação ou de pressupostos para constituição válida e
regular do processo, evidenciadas de plano e que podem ser
conhecíveis de ofício pelo Juiz.
No caso, porém, a execução lastreia-se em instrumento de confissão
de dívida, firmado pelas partes e por duas testemunhas,
configurando título executivo na forma prevista no artigo 585, II, do
Código de Processo Civil, assim como em nota promissória emitida
em garantia.
Embora admita-se a investigação da origem da dívida, porque se
trata de litígio envolvendo as partes originárias da relação negocial,
essa discussão somente será viável nos embargos do devedor,
observado o devido processo legal.
(Agravo de Instrumento nº 157346600, AC: 13329, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Domingos Ramina. j. 08.08.2000, Publ.
18.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONVERSÃO EM AÇÃO MONITÓRIA.
INADMISSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA IMUTABILIDADE DA AÇÃO E
ESTABILIDADE DA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL.
RECURSO PROVIDO.
A conversão da pretensão executiva por monitória é inadequada, e,
pois, inadmissível, por aplicação dos princípios da imutabilidade da
ação e da estabilidade da relação jurídica processual, consoante a
norma dos artigos 264 e 294, ambos do Código de Processo Civil.
(Agravo de Instrumento nº 153417400, Ac.: 11152, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Umuarama, Rel. Juiz Miguel Pessoa. j. 07.08.2000, Publ.
18.08.2000).

PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIO
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARÁTER
EXCEPCIONAL - DUPLICATAS SEM ACEITE E NÃO
PROTESTADAS - QUESTIONAMENTO QUANTO À EXISTÊNCIA
DE TÍTULO EXECUTIVO - POSSIBILIDADE - PRECEDENTES DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - RECURSO DESPROVIDO.
A exceção de pré-executividade resulta de construção doutrinário
jurisprudencial e é admissível em caráter excepcional, v.g., quando a
execução não está aparelhada com título que a legitime;
questionando-se a existência dele, por não se ajustar a hipótese
contemplada pelo inciso II do artigo 15 da Lei nº 5.474/68, não se
deve coarctar, aprioristicamente, o conhecimento da exceção. A
exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo
(STJ).
(Agravo de Instrumento nº 157371900, AC: 10357, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 07.08."2000, Publ.
18.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL.


LAUDO ARBITRAL HOMOLOGADO NO JUIZADO ESPECIAL.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, REJEITADA. RECURSO
IMPROVIDO.
1- Extinta a execução no Juizado Especial, com base no 4º do art. 53
da Lei 9.099/95, é legítima a iniciativa de cobrança no juízo comum.
2- O laudo arbitral homologado no Juizado Especial é título judicial
que enseja execução (art. 584, III, CPC).
3- A exceção de pré-executividade só se admite quando em
questionamento a validade formal do título, atinente às condições da
ação.
(Agravo de Instrumento nº 144731000, Ac.: 10241, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Miguel Pessoa. j. 07.02.2000, Publ.
18.02.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - TÍTULO
HÁBIL A ENSEJAR O PEDIDO EXECUTÓRIO - MATÉRIAS A
SEREM ALEGADAS EM EMBARGOS - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
NÃO CARACTERIZADA - PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO.
A exceção de pré-executividade só se admite quando em
questionamento a validade formal do título, atinente as condições da
ação.
(Agravo de Instrumento nº 145515000, AC: 12194, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Marcus Vinícius de Lacerda Costa. j.
22.02.2000, Publ. 17.03.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. LEI 9.138/95 - MEDIDA


PROVISÓRIA 1.918/99.
1 - Ausência de comprovação do requisitos pelos devedores para
que se enquadrem no limite do alongamento previsto no § 3º da
Medida Provisória 1.918/99.
2- Lei 8.009/90. Impenhorabilidade. Se a parte celebra cédula rural
pignoratícia hipotecária com o banco e grava o seu bem em
hipoteca, renuncia a qualquer argüição de impenhorabilidade do bem
segundo o art. 3º da Lei 8.009/90. Inexiste a prova de que se trate de
único imóvel do casal para que seja utilizado moradia permanente.
(Agravo de Instrumento nº 150304000, Ac.: 12659, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Dois Vizinhos, Rel. Juiz Conv. Eugênio Achille Grandinetti.
j. 29.02.2000, Publ. 17.03.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
MATÉRIAS A SEREM ALEGADAS EM EMBARGOS - LITIGÂNCIA
DE MÁ-FÉ NÃO CARACTERIZADA.
Provimento parcial ao recurso a exceção de pré-executividade só se
admite quando em questionamento a validade formal do título,
atinente as condições da ação.
(Agravo de Instrumento nº 145586900, AC: 12489, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Rel. Juiz Marcus Vinícius de Lacerda Costa. j.
25.04.2000, Publ. 12.05.2000).
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO - INOCORRÊNCIA -
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO - DEDUÇÃO DE DEFESA CONTRA
FATO INCONTROVERSO - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - ATO
ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA (ART. 600, II E ART.
601, CPC) RECURSO IMPROVIDO.
1. Contrato de empréstimo que como tal se caracteriza pelas
condições e garantias, é título hábil a embasar ação de execução,
não se confundindo com contrato de abertura de crédito em conta
corrente, autorizando pronta rejeição de exceção de pré-
executividade.
2. O exercício regular de um direito não pode se justificar pela
dedução de defesa contra fato incontroverso, o que consiste em
oposição maliciosa à execução, caracterizando a litigância de má-fé
e ato atentatório à dignidade da Justiça, autorizando a imposição de
multa consoante dispõe o art. 601 do CPC.
(Agravo de Instrumento nº 152448500, Ac.: 10357, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Des. Augusto Lopes Cortes. j. 24.04.2000,
Publ. 12.05.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO - INOCORRÊNCIA -
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO - DEDUÇÃO DE DEFESA CONTRA
FATO INCONTROVERSO - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - ATO
ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA (ART. 600, II E ART.
601, CPC) RECURSO IMPROVIDO.
1. Contrato de empréstimo que como tal se caracteriza pelas
condições e garantias, é título hábil a embasar ação de execução,
não se confundindo com contrato de abertura de crédito em conta
corrente, autorizando pronta rejeição de exceção de pré-
executividade.
2. O exercício regular de um direito não pode se justificar pela
dedução de defesa contra fato incontroverso, o que consiste em
oposição maliciosa à execução, caracterizando a litigância de má-fé
e ato atentatório à dignidade da Justiça, autorizando a imposição de
multa consoante dispõe o art. 601 do CPC.
(Agravo de Instrumento nº 152448500, Ac.: 10357, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Des. Augusto Lopes Cortes. j. 24.04.2000,
Publ. 12.05.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE EXECUÇÃO FUNDADA EM CONTRATOS DE
ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO - CDC (AUTOMÁTICO),
ACOMPANHADOS DE EXTRATOS DE MOVIMENTAÇÃO
FINANCEIRA - DESACOLHIMENTO EM 1ª INSTÂNCIA - AGRAVO
DE INSTRUMENTO PROVIDO PARA ACOLHER-SE A EXCEÇÃO.
Não sendo considerado título executivo extrajudicial o contrato de
abertura de crédito rotativo em conta corrente, por ausência de
liquidez e certeza do quantum que está sendo exigido, nula é a
execução que com base nele tem sido embasada. Destarte, é de se
acolher a exceção de pré-executividade argüida, extinguindo-se a
execução.
(Agravo de Instrumento nº 152620700, Ac.: 12487, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Antônio Martelozzo. j. 04.04.2000,
Publ. 12.05.2000).

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CRÉDITO


IMOBILIÁRIO. FINANCIAMENTO VINCULADO AO SISTEMA
FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE LEVANTADA PELO DEVEDOR. DESACOLHIDA
PELO MAGISTRADO A QUO, AO PRESSUPOSTO QUE O
QUESTIONAMENTO CABERIA EM EMBARGOS.
Caso típico porém, a ensejar o imediato encerramento da execução,
porque ausente o título com a liquidez e certeza exigidas. Art. 618, I,
do CPC. Disputa em ação de conhecimento perante a Justiça
Federal, onde o mutuário obteve definitivo ganho de causa para
reajustamento das prestações. Liquidação apenas iniciada, sem que
se tenha ainda o quadro acertado dos valores devidos em
comparação com o que fora depositado em medida cautelar.
Liquidez que ficou assim condicionada ao encerramento do dito
processo.
Precipitação do banco em levantar os depósitos e desencadear a
execução perante a Justiça Estadual, ocultando de modo temerário
tudo quanto passou na federal. Litigância de má-fé. Imposição da
penalidade de ofício.
Recurso provido, declarando-se extinta a execução. Condenação do
exeqüente nas custas e verba honorária.
(Agravo de Instrumento nº 150840100, AC: 10360, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Sérgio Arenhart. j. 10.04.2000, Publ.
12.05.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ACOLHIMENTO DE EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE OPOSTA - EXECUÇÃO DE ESCRITURA
PÚBLICA DE CONFISSÃO DE DÍVIDA E NOTA PROMISSÓRIA -
VERIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS
TORNANDO-OS TÍTULOS LÍQUIDOS, CERTOS E EXIGÍVEIS -
NÃO CONFIGURAÇÃO DE QUALQUER NULIDADE NO
PROCESSO DE EXECUÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO.
Em se tratando de execução de título extrajudicial lastreada em
escritura pública de confissão de dívida e nota promissória, mesmo
que se evidenciasse qualquer irregularidade na escritura pública, o
processo executivo seria plenamente válido ante a perfeição formal
da nota promissória.
(Agravo de Instrumento nº 147526100, Ac.: 10718, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Guaratuba, Rel. Juiz Waldemir Luiz da Rocha. j.
24.04.2000, Publ. 12.05.2000).
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL - INSURGÊNCIA CONTRA DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA QUE EM MESMO ADMITINDO A EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, E A PROVA PERICIAL, NÃO SUSPENDEU
O PROCESSO - RECURSO DESPROVIDO.
- Nega-se provimento a recurso interposto contra decisão
interlocutória que admitiu a exceção de pré-executividade e a
produção de prova pericial, mas, indeferiu o pleito de suspensão do
processo, eis que, o vício alegado depende de prova e não pode ser,
de plano, reconhecido pelo Juiz singular.
(Agravo de Instrumento nº 145088800, Ac.: 12649, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Clayton Camargo. j. 03.05.2000, Publ.
12.05.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. DECISÃO QUE INDEFERIU EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE DO TÍTULO DADO COMO CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE (CHEQUE
ESPECIAL). OPERAÇÃO DE MÚTUO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
ARGÜIDA NA CONTRAMINUTA PELO AGRAVADO.
Descaracterização. Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 152013200, Ac.: 10678, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Paraíso do Norte, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j.
26.04.2000, Publ. 12.05.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO - OCORRÊNCIA - CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE -
DEDUÇÃO DE DEFESA QUE NÃO CARACTERIZA LITIGÂNCIA DE
MÁ-FÉ OU ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA -
MULTA IMPOSTA AFASTADA - RECURSO PROVIDO.
1. A ausência de liquidez desnatura o contrato de abertura de crédito
em conta corrente como título executivo, retirando-lhe o caráter de
executoriedade, até porque toda a evolução do débito se dá
unilateralmente.
2. Ausente o título executivo, falta ao processo de execução
pressuposto de desenvolvimento válido, implicando em carência de
ação, a qual pode ser invocada e reconhecida em sede de exceção
de pré-executividade.
3. Reconhecida a matéria posta em exceção de pré-executividade,
resta descaracterizado proceder atentatório a dignidade da justiça ou
litigância de má-fé, afastando-se a multa imposta.
(Agravo de Instrumento nº 154571700, Ac.: 10670, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Des. Augusto Lopes Cortes. j. 26.06.2000,
Publ. 11.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO - OCORRÊNCIA - CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE -
DEDUÇÃO DE DEFESA QUE NÃO CARACTERIZA LITIGÂNCIA DE
MÁ-FÉ OU ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA -
MULTA IMPOSTA AFASTADA - RECURSO PROVIDO.
1. A ausência de liquidez desnatura o contrato de abertura de crédito
em conta corrente como título executivo, retirando-lhe o caráter de
executoriedade, até porque toda a evolução do débito se dá
unilateralmente.
2. Ausente o título executivo, falta ao processo de execução
pressuposto de desenvolvimento válido, implicando em carência de
ação, a qual pode ser invocada e reconhecida em sede de exceção
de pré-executividade.
3. Reconhecida a matéria posta em exceção de pré-executividade,
resta descaracterizado proceder atentatório a dignidade da justiça ou
litigância de má-fé, afastando-se a multa imposta.
(Agravo de Instrumento nº 154571700, Ac.: 10670, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Des. Augusto Lopes Cortes. j. 26.06.2000,
Publ. 11.08.2000).
PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - CONTRATOS DE ADESÃO, CLÁUSULAS
POTESTATIVAS E JUROS ABUSIVOS - REJEIÇÃO LIMINAR -
CONTRATOS DE ABERTURA DE CRÉDITO EM VALORES
CERTOS, ORIUNDOS DE RENEGOCIAÇÃO - QUESTIONAMENTO
RELACIONADO ÀS DÍVIDAS EXTINTAS PELO FENÔMENO DA
NOVAÇÃO DISCUSSÃO INADMISSÍVEL NO ÂMBITO DA
EXCEÇÃO AJUIZADA NÃO CORRESPONDÊNCIA COM A
MATÉRIA OBJETO DA SÚMULA 233, STJ - RECURSO
DESPROVIDO.
A chamada exceção de pré-executividade é defesa resultante de
construção jurisprudencial, restrita às hipóteses de nulidade
manifesta, em que se justifica obviar-se a defesa independentemente
da oposição de embargos, que pressupõem prévia segurança do
juízo através de penhora aparelhada. A discussão acerca de
contratos extintos pela novação, reclamando aprofundada
investigação e dilação probatória, não se contém no âmbito da
referida exceção.
(Agravo de Instrumento nº 147240600, AC: 10340, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 26.06.2000, Publ.
11.08.2000).

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO - NÃO CONFIGURAÇÃO COMO
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - LIQUIDEZ
DECORRENTE DA PRÉVIA PACTUAÇÃO DE PRESTAÇÕES COM
VALORES DETERMINADOS - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 154510400, AC: 12726, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Fernando Vidal de Oliveira. j.
31.05.2000, Publ. 09.06.2000).
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - EXECUÇÃO - NOTA
PROMISSÓRIA É INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO
E COMPOSIÇÃO DE DÍVIDA, ORIUNDO DE OPERAÇÕES DE HOT
MONEY, TREVO CHEQUE E IOC - INVESTIGAÇÃO ATRAVÉS DE
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - INADMISSIBILIDADE -
ALEGAÇÃO DE OMISSÃO - ANÁLISE DOS TÍTULOS
ORIGINÁRIOS - INVIABILIDADE ATRAVÉS DA VIA ELEITA -
SUSTENTAÇÃO DESPIDA DE JURIDICIDADE - DEFEITO
INOCORRENTE - REJEIÇÃO.
Proclamando o Tribunal que a chamada exceção de pré-
executividade não se presta para viabilizar discussão acerca de
títulos extintos pelo fenômeno da novação, não pode ele - sob pena
de incidir em insuperável paradoxo -, passar a análise de tais
documentos.
(Embargos de Declaração nº 152630301, AC: 10121, 6ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 29.05.2000, Publ.
09.06.2000).

EMBARGOS A EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


C/C ARGÜIÇÃO DE FALSIDADE. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO E
DOS EMBARGOS. REJEIÇÃO. APELAÇÃO. INTERPOSIÇÃO. NÃO
RECEBIMENTO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPROVIDO.
EMBARGOS A EXECUÇÃO. PROSSEGUIMENTO. INTIMAÇÃO DO
EMBARGADO PARA IMPUGNAÇÃO. FALTA DE INTIMAÇÃO DA
EMBARGANTE.
Cerceamento de defesa. Não caracterizada. Princípios do
contraditório e amplas defesa. Não ofendido. Prejuízo a parte. Não
configurado. Ausência de lesividade. Ocorrida.
Recurso não conhecido.
(Agravo de Instrumento nº 152147300, Ac.: 10806, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Ivaipora, Rel. Juiz Tufi Maron Filho. j. 31.05.2000, Publ.
09.06.2000).
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO.
Questão relativa as condições da ação. Possibilidade. Recurso
provido.
(Agravo de Instrumento nº 153517900, Ac.: 10122, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Glademir Vidal Antunes Panizzi. j.
29.05.2000, Publ. 09.06.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISÃO EM EXCEÇÃO DE


""PRÉ-EXECUTIVIDADE"" - CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - AUSÊNCIA DE TÍTULO
EXECUTIVO OCORRÊNCIA - SÚMULA 233 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA - NOTA PROMISSÓRIA VINCULADA
ÀQUELE CONTRATO - AUTONOMIA INEXISTENTE - CARÊNCIA
DE AÇÃO - APLICAÇÃO DO ARTIGO 267, IV DO CPC -
DESPACHO REFORMADO PROCEDIMENTO EXECUTÓRIO
ANULADO - RECURSO PROVIDO.
I - O Superior Tribunal de Justiça uniformizou entendimento no
sentido de que o contrato de abertura de crédito em conta corrente,
ainda que acompanhado de extrato bancário, não é título executivo
extrajudicial, através da Súmula 233.
II - A nota promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito
não goza de autonomia, tendo em vista a própria iliquidez do título
que a originou.
(Agravo de Instrumento nº 150411000, AC: 10476, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Cidade Gaúcha, Rel. Juiz Prestes Mattar. j. 20.03."2000,
Publ. 07.04.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISÃO EM EXCEÇÃO DE


""PRÉ-EXECUTIVIDADE"" - CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - AUSÊNCIA DE TÍTULO
EXECUTIVO OCORRÊNCIA - SÚMULA 233 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA - NOTA PROMISSÓRIA VINCULADA
ÀQUELE CONTRATO - AUTONOMIA INEXISTENTE - CARÊNCIA
DE AÇÃO - APLICAÇÃO DO ARTIGO 267, IV DO CPC -
DESPACHO REFORMADO PROCEDIMENTO EXECUTÓRIO
ANULADO - RECURSO PROVIDO.
I - O Superior Tribunal de Justiça uniformizou entendimento no
sentido de que o contrato de abertura de crédito em conta corrente,
ainda que acompanhado de extrato bancário, não é título executivo
extrajudicial, através da Súmula 233.
II - A nota promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito
não goza de autonomia, tendo em vista a própria iliquidez do título
que a originou.
(Agravo de Instrumento nº 150411000, AC: 10476, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Cidade Gaúcha, Rel. Juiz Prestes Mattar. j. 20.03."2000,
Publ. 07.04.2000).

PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIO
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARÁTER
EXCEPCIONAL - REVISÃO DE DÉBITOS EXTINTOS PELO
FENÔMENO DA NOVAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - PRECEDENTES
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - INEXISTÊNCIA DE BENS
PASSÍVEIS DE GARANTIR O JUÍZO, INVIABILIZANDO OS
EMBARGOS (CPC, ART. 737, I) - DISCUSSÃO POSSÍVEL EM
AÇÃO DE PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO - VIA
ADEQUADA - RECURSO DESPROVIDO.
A exceção de pré-executividade resulta de construção doutrinário
jurisprudencial e só se admite em caráter excepcional, v.g., quando a
execução não está aparelhada com título que a legitime; a discussão
acerca dele e características que lhe são inerentes, a reclamar
inclusive dilação probatória, somente se viabiliza através da ação
incidental de embargos, meio que o legislador elegeu como hábil
para o devedor opor-se a execução que lhe for endereçada. A
exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo
(STJ).
(Agravo de Instrumento nº 152630300, AC: 9950, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 24.04."2000, Publ.
05.05.2000).

EMBARGOS À EXECUÇÃO - ALEGAÇÃO DE ILIQUIDEZ DO


TÍTULO EXECUTIVO - SE A EXECUÇÃO DO TÍTULO JUDICIAL
DEPENDE DA PROVA DE FATO NOVO (DEFINIDO TAMBÉM
COMO AQUELE QUE APESAR DE NÃO SUPERVENIENTE A
SENTENÇA, NÃO FOI OBJETO DE PROVA DURANTE O
PROCESSO DE CONHECIMENTO).
É indispensável o recurso ao processo de liquidação para que seja
respeitado o princípio do contraditório.
Outrossim, não há que se falar em preclusão da matéria em razão de
decisão anterior em exceção de pré-executividade, visto que como
pressuposto processual que é, a lei processual afasta
expressamente o instituto da preclusão sobre decisões judiciais a
respeito do mencionado tema (art. 267, § 3º do CPC).
(Apelação Cível nº 148685900, AC: 9960, 6ª Câmara Cível do TAPR,
Curitiba, Rel. Juiz Carvilio da Silveira Filho. j. 10.04.2000, Publ.
05.05.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
VALORES DECORRENTES DE CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - CARÊNCIA DA AÇÃO
EXECUTIVA POR AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ DO TÍTULO.
1. A avaliação dos pressupostos dos títulos que ensejam o processo
executivo diz respeito as condições da ação, pelo que pode ser
examinada em sede de exceção de pré-executividade.
2. O contrato de abertura de crédito em conta corrente carece de
liquidez, pois, ainda que acompanhado dos extratos e do
demonstrativo do débito - apresentados unilateralmente pelo credor,
não consubstancia obrigação de pagar quantia certa e determinada.
Agravo conhecido e provido.
(Agravo de Instrumento nº 152012500, AC: 12898, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Paraíso do Norte, Relª. Juíza Rosana Fachin. j.
28.06.2000, Publ. 04.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS À EXECUÇÃO -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - INSUBSISTÊNCIA E
INADEQUAÇÃO AGRAVANTES QUE NÃO SE DESINCUMBIRAM
DO ÔNUS PROBATÓRIO.
Ante a ausência de elementos suficientes para o exame das
questões suscitadas pelos agravantes, resta prejudicada a análise
das nulidades por eles indicadas.
A exceção de pré-executividade, pela sua natureza excepcional,
deve ficar circunscrita ao exame das questões de ordem pública que
não dependam de dilação probatória e que possam ser conhecidas
ex officio, pois não se presta a substituir o procedimento dos
embargos à execução, através dos quais e permitida a parte
executada a produção de todas as provas tendentes a obstaculizar o
processamento do feito executivo.
Recurso conhecido e não provido.
(Agravo de Instrumento nº 153660500, AC: 12892, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Ibaiti, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 28.06.2000, Publ.
04.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - JUROS
E CORREÇÃO MONETÁRIA - DISCUSSÃO - INADMISSIBILIDADE
MATÉRIAS A SEREM SUSCITADAS PELA VIA DOS EMBARGOS À
EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade deve ficar circunscrita ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e as condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos ex officio.
Recurso conhecido e provido.
(Agravo de Instrumento nº 154593300, AC: 12896, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Cascavel, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 28.06.2000, Publ.
04.08.2000).

AGRAVO - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO


DE EMPRÉSTIMO EM CONTA CORRENTE E CRÉDITO DIRETO
AO CONSUMIDOR - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
RECONHECIDA EM DECISÃO SINGULAR - PROVIMENTO DO
APELO POR DECISÃO DO JUIZ RELATOR - AFASTADO O
ENQUADRAMENTO COMO CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO - INAPLICABILIDADE DA SÚMULA Nº 233 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - RECURSO REJEITADO.
A Súmula nº 233 do Superior Tribunal de Justiça: ""O contrato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato de conta-
corrente, não é título executivo"", não tem caráter absoluto, incidindo
somente nos casos clássicos desses contratos.
(Agravo nº 147401901, AC: 10853, 5ª Câmara Cível do TAPR,
Londrina, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 07.06."2000, Publ.
04.08.2000).

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - ANÁLISE INDEPENDENTE DA PROPOSITURA
DE EMBARGOS - POSSIBILIDADE - ORIENTAÇÃO
JURISPRUDENCIAL CONCESSIVA - DESPACHO REFORMADO.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 150049400, Ac.: 10296, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Paulo Habith. j. 19.06.2000, Publ.
04.08.2000).
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - LIQUIDEZ,
CERTEZA E EXIGIBILIDADE DO DÉBITO JÁ RECONHECIDA POR
SENTENÇA NOS EMBARGOS DO DEVEDOR - COISA JULGADA -
IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA - BENS
OFERECIDOS PELO PRÓPRIO DEVEDOR - PRECLUSÃO LÓGICA
- DIPLOMA LEGAL QUE NÃO SE APLICA ÀS PESSOAS
JURÍDICAS.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 154920000, AC: 12833, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Assis Chateaubriand, Rel. Juiz Mário Rau. j. 20.06.2000,
Publ. 04.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ALEGAÇÃO DE IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA -
POSSIBILIDADE - MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA -
CONHECIMENTO ATÉ MESMO DE OFÍCIO E EM QUALQUER
MOMENTO PROCESSUAL - CONSTATAÇÃO DA PRESENÇA DOS
REQUISITOS ELENCADOS NA LEI 8.009/90 - IMÓVEL
PENHORADO DESTINADO À RESIDÊNCIA DO DEVEDOR E SUA
FAMÍLIA - DECLARAÇÃO DE NULIDADE DA PENHORA.
RECURSO PROVIDO.
1. Sendo a impenhorabilidade do bem de família matéria de ordem
pública, pode ser conhecida até mesmo de ofício e em qualquer
momento processual.
2. Se o devedor traz elementos convincentes de que o imóvel
penhorado é utilizado como residência de sua família, cabe ao
credor fazer prova em sentido contrário.
3. Restando plenamente comprovados os requisitos legais e não
configuradas as hipóteses elencadas no art. 3º da Lei 8.009/90, a
impenhorabilidade do bem de família deve ser reconhecida,
declarando-se a nulidade da penhora anteriormente realizada.
(Agravo de Instrumento nº 152531500, Ac.: 11049, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Waldemir Luiz da Rocha. j. 05.06.2000,
Publ. 04.08.2000).

DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO POR TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - NOTAS PROMISSÓRIAS VINCULADAS A
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA OBJETO DE ANTERIOR
AÇÃO REVISIONAL AINDA NÃO DECIDIDA - OPOSIÇÃO PELO
DEVEDOR DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ALEGAÇÕES DE ILIQUIDEZ, INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE
DAS CÁRTULAS COM A CONSEQÜENTE NULIDADE DA
EXECUÇÃO E IMPOSSIBILIDADE DE SEGURANÇA DO JUÍZO
DIANTE DA AUSÊNCIA DE BENS PENHORÁVEIS PORQUE
INSUSCETÍVEL DE CONSTRIÇÃO O IMÓVEL OBJETO DA
AVENÇA PELA SUA NATUREZA DE BEM DE FAMÍLIA (LEI Nº
8.009/90) - REJEIÇÃO NO JUÍZO MONOCRÁTICO FUNDADA NA
PERFEIÇÃO FORMAL DOS TÍTULOS CUJA DESCONSTITUIÇÃO
DESAFIA A OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DO DEVEDOR -
LEGITIMIDADE DO DECISUM MONOCRÁTICO INTELIGÊNCIA DO
ART. 585, PARÁGRAFO 1º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL -
PRECEDENTES DOUTRINÁRIOS E PRETORIANOS -
INAPLICABILIDADE À ESPÉCIE DA LEI Nº 8.009/90 - AGRAVO
DESPROVIDO.
Se o título executivo apresenta, formalmente, a aparência de
liquidez, certeza e exigibilidade, a sua descaracterização só poderá
ser buscada através de embargos do devedor, nunca por simples
petição nos autos. Só é possível desconstituir-se título executivo
mediante a apresentação de embargos à execução. A
impenhorabilidade decorrente da Lei nº 8.009/90 não se aplica ao
imóvel que é objeto do financiamento destinado a sua aquisição.
Desprovimento do recurso.
(Agravo de Instrumento nº 154421200, AC: 12706, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Ronald Schulman. j. 06.06.2000, Publ.
04.08.2000).
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
OPERAÇÕES BANCÁRIAS - DISTINÇÃO ENTRE CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE COM
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO - RECURSO IMPROVIDO.
1. Revestindo-se o título de liquidez certeza e exigibilidade,
condições basilares exigidas para deflagração de execução, não é
lícito argüir o incidente de exceção de pré-executividade, mormente,
no caso, onde não se trata de contrato de abertura de crédito em
conta corrente e, sim de empréstimo.
2. A liquidez do título não fica prejudicada, pela alegação de
cobrança excessiva de encargos contratuais.
3. A denominada exceção de pré-executividade do título, consiste na
faculdade atribuída ao executado, de submeter ao conhecimento do
Juiz da execução, independentemente de penhora ou de embargos,
determinadas matérias, limitadas sua abrangência temática, que
digam respeito a questões suscetíveis de conhecimentos de ofício,
ou a nulidade do título, que seja evidente e flagrante, isto é, cujo
reconhecimento independa de contraditório ou dilação probatória.
4. A nulidade da execução pode ser alegada a todo tempo, desde
que ausentes os requisitos do art. 586, do CPC, independentemente
de segurança do juízo e de conseqüência, de embargos à execução.
(Agravo de Instrumento nº 153691000, AC: 12786, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Lauro Augusto Fabrício de Melo. j.
20.06.2000, Publ. 04.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CONEXÃO


DE AÇÕES QUE NÃO PODE SER DECIDIDA. AUSÊNCIA DAS
PEÇAS INICIAIS DE AMBAS AS AÇÕES CUJO COTEJO É
INDISPENSÁVEL PARA SE VERIFICAR A IDENTIDADE DE CAUSA
PETENDI EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. OPOSIÇÃO NOS
AUTOS DE EMBARGOS DO DEVEDOR. IMPOSSIBILIDADE.
INSTRUMENTO PROCESSUAL ADMITIDO COM O FITO DE
EVITAR A CONSTRIÇÃO DE BENS DO EXECUTADO QUANDO
AUSENTE QUALQUER DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO
EXECUTÓRIA. MATÉRIA QUE NÃO FOI RETIRADA DO ROL
ARGÜÍVEL NOS EMBARGOS. OPORTUNIDADE EM QUE NÃO HÁ
QUE SE FALAR EM CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO.
O fundamento para a admissão da exceção ou objeção de
executividade e o fato de que a exigência da penhora ou o depósito
somente pode se dar quando o título for hígido a instruir a execução,
evitando-se a arbitrariedade de penhorar bens de quem não estava
exposto a ação executiva. Porém, a admissão da exceção não
implicou em retirar viabilidade de levantar a matéria relativa a
ausência de qualquer das condições da ação executiva da peça
inicial dos embargos do devedor, onde ela pode e deve ser argüida
se a parte optou por esta forma de defesa, como no caso em exame,
sendo inadmissível que no curso dos embargos venha a parte de
forma tumultuaria opor exceção de pré-executividade.
(Agravo de Instrumento nº 153735700, Ac.: 10305, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Ibaiti, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j. 19.06.2000, Publ.
04.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TEMPESTIVIDADE AFERIDA


ATRAVÉS DO CARIMBO DA POSTAGEM DA PETIÇÃO.
INTELIGÊNCIA DO § 2º, DO ART. 525, DO CPC. AÇÃO DE
EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. COMPETÊNCIA DA
JUSTIÇA ESTADUAL INIMPORTÂNCIA DE ESTAR O EXEQÜENTE
EM PROCESSO DE INTERVENÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE INADMISSIBILIDADE. NÃO DEMONSTRADO
VÍCIO QUE MACULE O PROCESSO EXECUTIVO. TÍTULO NÃO
DESCONSTITUÍDO COMO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL.
IMPOSSIBILIDADE DE DISCUSSÃO DE MATÉRIAS QUE
DEMANDEM DILAÇÃO PROBATÓRIA PEDIDO DE REDUÇÃO DO
VALOR EXECUTADO DEVE SER DEDUZIDO EM SEDE DE
EMBARGOS DO DEVEDOR. AFASTADO O BENEFÍCIO DE
ORDEM. GARANTIDOR QUE FIGURA COMO AVALISTA E NÃO
FIADOR DO CONTRATO. DEVEDOR SOLIDÁRIO. AGRAVO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
É admissível a exceção de pré-executividade em qualquer momento
do processo da execução, mesmo que tenha sido infrutífera a
oposição de embargos do devedor. Além das matérias atinentes a
nulidade da relação processual travada entre as partes na execução,
igualmente são conhecíveis de ofício as questões pertinentes aos
requisitos do título executivo: a liquidez, certeza e exigibilidade.
Todavia, se faz necessária a ressalva de que a inexigibilidade do
título, quando depende de dilação probatória, não pode ser
conhecida ex officio, portanto deverá ser objeto de análise nos
embargos, onde há instalação do processo de conhecimento, sede
adequada a discussão das matérias do art. 741, do CPC, dentre as
quais destacamos a inexigibilidade do título(inciso II).
(Agravo de Instrumento nº 150744400, Ac.: 10233, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Francisco Beltrão, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j.
12.06.2000, Publ. 04.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CONEXÃO


DE AÇÕES QUE NÃO PODE SER DECIDIDA. AUSÊNCIA DAS
PEÇAS INICIAIS DE AMBAS AS AÇÕES CUJO COTEJO E
INDISPENSÁVEL PARA SE VERIFICAR A IDENTIDADE DE CAUSA
PETENDI EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. OPOSIÇÃO NOS
AUTOS DE EMBARGOS DO DEVEDOR. IMPOSSIBILIDADE.
INSTRUMENTO PROCESSUAL ADMITIDO COM O FITO DE
EVITAR A CONSTRIÇÃO DE BENS DO EXECUTADO QUANDO
AUSENTE QUALQUER DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO
EXECUTÓRIA. MATÉRIA QUE NÃO FOI RETIRADA DO ROL
ARGÜÍVEL NOS EMBARGOS. OPORTUNIDADE EM QUE NÃO HÁ
QUE SE FALAR EM CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO.
O fundamento para a admissão da exceção ou objeção de
executividade e o fato de que a exigência da penhora ou o depósito
somente pode se dar quando o título for hígido a instruir a execução,
evitando-se a arbitrariedade de penhorar bens de quem não estava
exposto a ação executiva. Porém, a admissão da exceção não
implicou em retirar viabilidade de levantar a matéria relativa a
ausência de qualquer das condições da ação executiva da peça
inicial dos embargos do devedor, onde ela pode e deve ser argüida
se a parte optou por esta forma de defesa, como no caso em exame,
sendo inadmissível que no curso dos embargos venha a parte de
forma tumultuaria opor exceção de pré-executividade.
(Agravo de Instrumento nº 153734000, Ac.: 10223, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Ibaiti, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j. 05.06.2000, Publ.
04.08.2000).

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CÉDULA RURAL


PIGNORATÍCIA E HIPOTECÁRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE INICIAL INCOMPLETA, DESACOMPANHADA DE
PARTE DA PLANILHA. CORREÇÃO. COMPLEMENTAÇÃO DE
CONTA GRÁFICA ANTES DOS EMBARGOS. ADMISSIBILIDADE.
PRECLUSÃO. INOCORRÊNCIA. RECURSO NÃO MERECE SER
PROVIDO.
1. É dever do juiz e direito do exeqüente, assinar prazo para
correção da petição inicial executória incompleta. Exegese do art.
616 do CPC.
2. A jurisprudência tem admitido, antecedendo os embargos a
execução, a possibilidade de correção da petição inicial.
3. A preclusão pressupondo a perda de determinada faculdade
processual civil ou não seu exercício na ordem legal, inocorre
quando a parte procede oportuna complementação pretendida.
4. Recurso que não merece provimento
(Agravo de Instrumento nº 154236300, Ac.: 10884, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Guarapuava, Rel. Juiz Tufi Maron Filho. j. 14.06.2000,
Publ. 04.08.2000).
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. DECISÃO AGRAVADA.
INTIMAÇÃO NÃO VÁLIDA DO EXECUTADO. AUSÊNCIA DO NOME
DO PROCURADOR. REPUBLICAÇÃO. DEFERIDA. IMPOSIÇÃO
DE CONHECIMENTO DA DECISÃO HOSTILIZADA POR PARTE
DO EXECUTADO. INEXIGÍVEL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. CHEQUE. CITAÇÃO. DEMORA. CULPA DO
CREDOR DEMONSTRADA. PRESCRIÇÃO. CONFIGURADA.
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
1. Inocorrendo intimação válida do executado da decisão
interlocutória hostilizada face a ausência do nome de seu
procurador, republicada, não impõe o regular conhecimento da
decisão recorrida por parte do executado quando da formulação do
pedido de republicação, com isso suprindo a falha, de molde a
ensejar a intempestividade do recurso.
2. Demonstrado cabalmente que a demora para efetivar-se a citação
do executado, deveu-se ao exeqüente, e não ao mecanismo da
Justiça, resulta configurada a prescrição do cheque, ante a sua não
interrupção. Inteligência dos arts. 617 e 219 e do CPC.
3. Recurso que merece ser conhecido em provido.
(Agravo de Instrumento nº 153449600, Ac.: 10855, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Tufi Maron Filho. j. 07.06.2000, Publ.
04.08.2000).

AGRAVO INSTRUMENTAL SOBRE INDEFERIMENTO PARA


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. FUNDADA EM INEFICÁCIA
EXECUTIVA DO TÍTULO(ART. 618, I, CPC). MANIFESTAÇÃO
CONHECIDA EM TEMPO.
Questão suporte contudo vencida pela configuração executiva ao
sentenciamento para embargos exceção dirigida ademais a diverso
título. Conformação de coisa julgada reapreciação, com inovados
parâmetros vedada (arts. 467, 468, 471, 472 1ª parte e 473, CPC).
Recurso conhecido, mas desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 15366 4300, Ac.: 10883, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Apucarana, Rel. Juiz Arno Knoerr. j. 07.06.2000, Publ.
04.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO. RECURSO PROVIDO.
Com a edição da Súmula 233, do Superior Tribunal de Justiça,
tornou-se pacífica a jurisprudência no sentido de que ""o contrato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-
corrente, não é título executivo extrajudicial (DJU nº 27/E, de
08/02/2000 pág. 265).
(Agravo de Instrumento nº 155775900, Ac.: 11063, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 26.06."2000, Publ.
04.08.2000).

EMBARGOS A EXECUÇÃO. CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA.


QUESTÕES JÁ APRECIADAS POR ESTA CORTE EM ANTERIOR
AÇÃO REVISIONAL. COISA JULGADA. INTELIGÊNCIA DO
ARTIGO 267, V, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ARGÜIÇÃO
DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. IMPROCEDÊNCIA.
TÍTULO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL. APELO DESPROVIDO.
A coisa julgada compreende a imutabilidade de uma decisão porque
dela não cabe qualquer recurso e porque a situação litigiosa de que
se trata não pode ser reapreciada por qualquer outro juízo ou
Tribunal.
Não há como, presentes as mesmas partes, apreciar em embargos a
execução questões anteriormente levantadas e decididas em ação
revisional referente ao mesmo título.
(Apelação Cível nº 151715700, Ac.: 10914, 5ª Câmara Cível do
TAPR, Apucarana, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 14.06.2000, Publ.
04.08.2000).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PLURALIDADE DE PENHORAS
ADJUDICAÇÃO. JUÍZOS DIVERSOS. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. INDEFERIMENTO CORRETO. RECURSO
DESPROVIDO.
Vige no processo de execução o princípio do ""prior tempore potior
jure"", segundo o qual, aquele que obtém a penhora em primeiro
lugar, desfrutará de situação privilegiada se houver concurso de
credores, ficando a adjudicação do bem por um deles condicionada
ao depósito integral de seu valor. Por outro lado, a chamada exceção
de pré-executividade é medida excepcional destinada a dirimir
apenas matéria suscetível de conhecimento de ofício ou a nulidade
evidente e flagrante do título executivo sem que para isso se
imponha o ajuizamento de embargos do devedor, com a previa
garantia do juízo.
(Agravo de Instrumento nº 145133800, Ac.: 12619, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Wenceslau Braz, Rel. Juiz Rogério Coelho. j. 22.02."2000,
Publ. 03.03.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NULIDADE DO TÍTULO


NÃO CARACTERIZADA. TÍTULOS FORMALMENTE PERFEITOS.
IMÓVEL RURAL PENHORADO. ADMISSIBILIDADE PORQUE NÃO
CONFIGURADOS OS REQUISITOS DO ART. 649, X, DO CPC
MATÉRIAS DE DEFESA DEVEM SER ARGÜIDAS EM EMBARGOS
DO DEVEDOR. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
A doutrina e jurisprudência tem entendido que a falta de subscrição
de uma testemunha no contrato não o descaracteriza como título
executivo, desde que autênticas as assinaturas.
Possível é fundar-se a execução em mais de um título extrajudicial,
vinculados ao mesmo negócio. Ainda que defeito houvesse em um
deles, subsistiria o outro, de modo que idônea se mostra a execução,
não se podendo acolher como vícios que a tornam nula, os argüidos
pelo agravante.
A impenhorabilidade preconizada pelo art. 5º, XXVI da Constituição
Federal tem por pressuposto o desenvolvimento da pequena
propriedade rural, que não responde pelos débitos contraídos em
função da atividade produtiva, desde que trabalhada pela família e
por não configurados os requisitos para tanto, não há como se
acolher as razões do agravante para que seja a mesma admitida.
Quanto a inexistência de crédito, excesso de execução em face do
ajuste do preço do produto, juros e encargos financeiros abusivos,
ser indevida a multa pretendida, não podem tais alegações serem
acolhidas em exceção de pré-executividade, por serem matérias de
defesa que devem ser argüidas em sede de embargos do devedor.
(Agravo de Instrumento nº 134264100, Ac.: 9703, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Guarapuava, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j. 14.02.2000,
Publ. 03.03.2000).

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - EFEITOS MODIFICATIVOS DE


JULGADO ANTERIOR - POSSIBILIDADE EXCEPCIONAL.
""A jurisprudência, em atuação construtiva, admite efeitos
modificativos aos embargos desde que a tanto instada por uma
decorrência lógica de a decisão embargada ter sido tomada em
premissas fáticas equivocadas, como também quando da omissão
detectada é suprida ou da correção de contradição, impor-se
conclusão lógica contrária a que chegou o decisório embargado""
(STJ -REsp. 56.336-4/RJ).
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISÃO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A exceção de pré-executividade, de criação pretoriana, é medida que
só pode ser aceita em caráter excepcional quando for flagrante a
ausência de condições de executividade do título, não se prestando
para apontar possível excesso de execução.
(Embargos de Declaração nº 138885601, AC: 1 2622, 1ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mário Rau. j. 21.03."2000, Publ.
02.06.2000).
EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
- FCVS - NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DA CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL
- DECISÃO MANTIDA - AGRAVO DESPROVIDO.
Ante a previsão contratual de que o eventual saldo devedor, ao
término do prazo fixado, será de responsabilidade do Fundo de
Compensação das Variações Salariais - FCVS - está patenteado o
interesse da Caixa Econômica Federal na causa, na qualidade de
gestora desse fundo.
(Agravo de Instrumento nº 153419800, AC: 13109, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Umuarama, Rel. Juiz Domingos Ramina. j. 23.05.2000,
Publ. 02.06.2000).

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO
COM RELAÇÃO A EXECUTADA/CONCORDATÁRIA,
PROSSEGUINDO O FEITO CONTRA OS DEMAIS CO-
EXECUTADOS. HOMOLOGAÇÃO. POSSIBILIDADE.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CONTRATAÇÃO. ARGÜIÇÃO DA
EXCEÇÃO. DEVIDOS. PERMANÊNCIA DA
EXECUTADA/CONCORDATÁRIA NO FEITO. IMPOSSIBILIDADE.
Recurso parcialmente provido.
(Agravo de Instrumento nº 154055800, Ac.: 10780, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Tufi Maron Filho. j. 24.05.2000, Publ.
02.06.2000).

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO E NOTA


PROMISSÓRIA EM GARANTIA - DUPLICIDADE DE TÍTULOS
POSSIBILIDADE - SÚMULA Nº 27, DO STJ - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE SUSCITADA DE OFÍCIO - EXCESSO DE
EXECUÇÃO - MATÉRIA DE MÉRITO - DISCUSSÃO EM SEDE DE
EMBARGOS DO DEVEDOR - DESPACHO REVOGADO.
Recurso provido.
(Agravo de Instrumento nº 130322200, Ac.: 10833, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Idevan Lopes. j. 10.03.1999, Publ.
26.03.1999).

PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO LIMINAR - ALEGAÇÕES DE
ILIQUIDEZ E EXCESSO DE EXECUÇÃO - CERTIDÃO DE DÍVIDA
ATIVA QUE ATENDE AS EXIGÊNCIAS DO ARTIGO 2º, 5º E 6º, DA
LEI Nº 6.830/80 - ILIQUIDEZ INOCORRENTE EVENTUAL
EXCESSO SEM EXPRESSÃO PARA NULIFICAR O TÍTULO, E
COMO TAL DEPENDENTE DE QUESTIONAMENTO EM SEDE DE
EMBARGOS - RECURSO DESPROVIDO.
A chamada exceção de pré-executividade é defesa resultante de
construção jurisprudencial, restrita as hipóteses de nulidade
manifesta, em que se justifica obviar-se a defesa independentemente
da oposição de embargos, que pressupõem prévia segurança do
juízo através de penhora aparelhada. A singela alegação de
iliquidez, resultante da inserção, na certidão de dívida ativa, de
parcela relativa a multa, do que decorreria eventual excesso, não dá
ensejo ao acolhimento da referida exceção.
Em nenhuma das hipóteses do art. 618 do CPC encontra-se a de
nulidade por excesso de execução, que deve ser apurada em
embargos, reduzindo-se, se for o caso, o crédito ao valor correto
(STJ).
(Agravo de Instrumento nº 130133500, 6ª Câmara Cível do TAPR,
Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 12.04.1999, Publ. 23.04.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA –


CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – INCIDÊNCIA –
DECISÃO JUDICIAL AUTORIZANDO O DEPÓSITO DAS
PRESTAÇÕES DO FINANCIAMENTO – NÃO CONFIGURAÇÃO DO
INADIMPLEMENTO DA EXECUTADA – PROSSEGUIMENTO DA
EXECUÇÃO INADMISSÍVEL – MATÉRIAS QUE NÃO PODEM SER
DECIDIDAS EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – 1. A
exceção de pré-executividade se circunscreve ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e às condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos ex officio. 2. A instalação do
processo executivo se satisfaz com a existência de título certo e
exigível, sendo que a penhora e os atos subseqüentes ficam
condicionados à prévia apuração do quantum debeatur. 3. Inexorável
é a sujeição do contrato em exame ao Código de Defesa do
Consumidor, dada a sua natureza de mútuo, pelo que há que se
observar, no exame do desdobramento da relação contratual, as
seqüelas decorrentes dessa configuração jurídica. 4. Ante a
pendência de ação revisional através da qual estão sendo discutidas
as cláusulas do contrato, e notadamente diante dos depósitos das
prestações em Juízo, não há que se falar em plena configuração da
mora ou em inadimplemento da Executada. 5. A presente execução,
portanto, não pode prosseguir, devendo ser sus-pensa, até que seja
apurado o quantum debeatur, que resultará da decisão da ação
revisional, pois ausente um requisito básico para tanto previsto no
artigo 580 do Código de Processo Civil. Recurso conhecido e não
provido, suspendendo de ofício a execução. (TAPR – AG 0169603-7
– (15027) – Curitiba – 2ª C.Cív. – Relª Juíza Rosana Fachin – DJPR
01.02.2002)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CÉDULA RURAL
PIGNORATÍCIA E HIPOTECÁRIA – RECOOP – PROGRAMA DE
REVITALIZAÇÃO DE COOPERATIVAS DE PRODUÇÃO
AGROPECUÁRIA – ENQUADRAMENTO – INSTRUÇÃO
PROBATÓRIA – INVIABILIDADE NA VIA INCIDENTAL –
CONSTRIÇÃO JUDICIAL CONCRETIZADA – EMBARGOS À
EXECUÇÃO AJUIZADOS – RECURSO DESPROVIDO – 1. Óbice ao
exercício da jurisdição in executivis. Juízo de admissibilidade. A
inépcia da inicial executiva ou a presença de qualquer óbice ao
regular exercício da jurisdição in executivis constituem matéria a ser
apreciada pelo Juiz da execução, de ofício ou mediante simples
objeção do executado, a qualquer momento e em qualquer fase do
procedimento. Da circunstância de ser a execução coordenada a um
resultado prático e não a um julgamento, não se deve inferir que o
Juiz não profira, no processo executivo, verdadeiros julgamentos,
necessários escoimá-lo de irregularidades formais e a evitar
execuções não desejadas pela ordem pública. A recusa a julgar
questões dessa ordem no processo executivo constituiria negativa
do postulado da plena aplicação da garantia constitucional do
contraditório a esse processo. É preciso debelar o mito dos
embargos, que leva os Juízes a uma atitude de espera, postergando
o conhecimento de questões que poderiam e deveriam ter sido
levantadas e conhecidas liminarmente, ou talvez condicionando o
seu conhecimento à oposição destes. Dos fundamentos dos
embargos, muito poucos são os que o Juiz não pode conhecer de
ofício, na própria execução. 2. Objeção de pré-executividade refere-
se exclusivamente às condições da ação e aos pressupostos
processuais, os quais são e devem ser analisados de ofício pelo juiz,
possibilitando a doutrina e a jurisprudência dominante o seu manejo
em casos tais, independente de embargos, desde que não se faça
necessário dilação probatória. 3. Embargos. segurança do juízo
executivo. Podendo validamente opor-se à execução por meio de
embargos, não é lícito se utilize da exceção. Caso em que na origem
se impunha, para melhor discussão da dívida ou do título, a oposição
de embargos, uma vez seguro o juízo da execução. Inocorrência de
afronta ao art. 618, I do Cód. de Pr. Civil. (TAPR – AI 0173489-6 –
(14316) – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Jurandyr Souza Junior – DJPR
24.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA –


CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – INCIDÊNCIA –
DECISÃO JUDICIAL AUTORIZANDO O DEPÓSITO DAS
PRESTAÇÕES DO FINANCIAMENTO – NÃO CONFIGURAÇÃO DO
INADIMPLEMENTO DOS AGRAVANTES – CARÊNCIA DA AÇÃO
EXECUTIVA NÃO CARACTERIZADA – 1. A exceção de pré-
executividade se circunscreve ao exame das questões de ordem
pública e que digam respeito aos pressupostos do processo e às
condições da ação, os quais prescindem de dilação probatória e
podem ser conhecidos ex officio. 2. A instalação do processo
executivo se satisfaz com a existência de título certo e exigível,
sendo que a penhora e os atos subseqüentes ficam condicionados à
prévia apuração quantum debeatur. 3. Inexorável é a sujeição do
contrato em exame ao Código de Defesa do Consumidor, dada a sua
natureza de mútuo, pelo que há que se observar, no exame do
desdobramento da relação contratual, as seqüelas decorrentes
dessa configuração jurídica. 4. Ante a pendência de ação revisional
através da qual estão sendo discutidas as cláusulas do contrato, e
notadamente diante dos depósitos das prestações em Juízo, não há
que se falar em plena configuração da mora ou em inadimplemento
dos Agravantes. 5. A presente execução, portanto, não pode
prosseguir, devendo ser suspensa, até que seja apurado o quantum
debeatur, que resultará da decisão da ação revisional, pois ausente
um requisito básico para tanto previsto no artigo 580 do Código de
Processo Civil. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO,
SUSPENDENDO DE OFÍCIO A EXECUÇÃO. (TAPR – AI 0169483-5
– (13859) – 2ª C.Cív. – Relª Juíza Rosana Fachin – DJPR
06.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DAS VERBAS


SUCUMBENCIAIS – INDEFERIMENTO EXORDIAL –
ACATAMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
AVENTADA – INTERPOSIÇÃO DE RECURSO IMPRÓPRIO –
INEXISTÊNCIA DE CARACTERIZAÇÃO DE ERRO GROSSEIRO –
APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE PARA
COGNIÇÃO MATERIAL DO RECURSO INTERPOSTO –
FORMAÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL – IMPOSSIBILIDADE DE
ACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
REABERTURA DO PROCESSO EXECUTIVO – AGRAVO
PROVIDO – "A exceção de pré-executividade, quando interposta,
pretende a nulificação da execução quando o título apresentado é
imprestável à exigência creditícia de per si, em suas características
formais e materiais. Tal incidente processual se adstém, em
específico, a rechassar títulos executivos extrajudiciais e não
judiciais, como no caso em tela, visto que em si já contém os
requisitos da liquidez, exigibilidade e certeza em decorrência da
aplicabilidade da lei ao caso concreto". Agravo Provido. (TAPR – AI
0123590-9 – 8ª C.Cív. – Rel. Juiz Rafael Augusto Cassetari – DJPR
02.03.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – CÔMPUTO DO PRAZO APÓS


DECISÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – CABIMENTO
DESTES DE DECISÃO INTERLOCUTÓRIA – POSSIBILIDADE –
TEMPESTIVIDADE RECONHECIDA – DESCUMPRIMENTO DO
DISPOSTO NO ART. 526 DO CPC – INEXISTÊNCIA DE SANÇÃO –
RECURSO CONHECIDO – I. Tanto o ato judicial apelável como o
agravável comportam embargos de declaração. Os embargos são
cabíveis de qualquer decisão judicial. II. Nenhuma conseqüência
acarreta a omissão da providência da qual trata o art. 526 do Código
de Processo Civil. A finalidade da norma é propiciar possa o Dr. Juiz
do feito retratar-se. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL (ENTREGA DE COISA
INCERTA) – CÉDULA DE PRODUTO RURAL – ARGÜIÇÃO EM
SEDE DE EXECUÇÃO – JUIZ SINGULAR ADENTRANDO EM
MATÉRIA DE MÉRITO AO APRECIAR O INCIDENTE,
INVIABILIZANDO A OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DO DEVEDOR –
PROVA DOCUMENTAL – PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE –
FAVORECIDOS QUE NÃO FIRMARAM QUALQUER CONTRATO
DE COMPRA E VENDA – TÍTULO DESCONSTITUÍDO – VIA
ELEITA ADEQUADA – EXECUÇÃO NULA – CARÊNCIA DE A
AÇÃO MOVIDA – EXCEÇÃO ACOLHIDA – I. A exceção de pré-
executividade, argüida nos autos de execução, pode ser acolhida
onde tenha o Juízo singular, ao apreciar o incidente, adentrado no
exame do mérito, inviabilizando, com a decisão proferida, a oposição
de embargos do devedor. II. A Cédula de Produto Rural pressupõe
como negócio subjacente a venda e compra de produtos rurais, para
entrega futura, entre o produtor rural ou cooperativa e o comprador.
Trata-se de cambial pela qual o eminente vende a sua produção
agropecuária antecipadamente, "recebe o valor da venda no ato da
formalização do negócio e se compromete a entregar o produto
vendido em local e data estipulados no título" (trecho do parecer do
Senado Federal favorável à apreciação do Projeto de Lei instituindo
a CPR). III. Destituído o título de força executiva, nula é a execução
a teor do art. 618, I, do CPC, impondo-se a decretação da extinção
do processo. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – INCIDENTE
PONDO FIM AO PROCESSO – CONDENAÇÃO QUE INDEPENDE
DE PEDIDO EXPRESSO – CABIMENTO – Embora, via de regra,
entenda-se não caber a condenação nos incidentes e nos recursos,
no caso em comento se põe fim ao processo de execução, donde
fazer jus à verba honorária os patronos dos recorrentes. (TAPR – AI
0163264-6 – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Antonio Martelozzo – DJPR
16.03.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
EXCESSO DE EXECUÇÃO – DISCUSSÃO DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS – IMPOSSIBILIDADE – INEXISTÊNCIA DE
NULIDADE MANIFESTA – MATÉRIA PRÓPRIA DE EMBARGOS
DO DEVEDOR – REJEIÇÃO – DECISÃO CONFIRMADA – 1. A
exceção de pré-executividade consiste em um meio de defesa que
pode ser utilizado pelo devedor com o objetivo de afastar a
executividade de um título executivo, independente da oposição de
embargos à execução, admissível para argüir matérias de ordem
pública, de conhecimento oficioso, e desde que configurada alguma
causa de nulidade flagrante, em face da ausência de pressupostos
processuais ou de condições da ação executiva, evitando com isso a
constrição de bens formadores do patrimônio do executado. 2. E se
presta " apenas para obstar o prosseguimento de execução
flagrantemente nula em virtude da nulidade ou inexistência do título
executivo. Não é o que acontece no caso, em que o título existe,
mas o devedor insurge-se contra as cláusulas que fixaram os
critérios de atualização. A revisão das cláusulas depende, portanto,
de prévia manifestação judicial e deve ser realizada em ação
própria." RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TAPR – AI
0156872-7 – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Fernando Wolff Bodziak – DJPR
23.02.2001)

PROCESSUAL CIVIL – APELAÇÃO E RECURSO ADESIVO –


INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – AÇÃO DE
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – CONTRATO
BANCÁRIO DE MÚTUO – LIS LIMITE ITAÚ PARA SAQUE PJ –
NOTA PROMISSÓRIA – EMISSÃO EM GARANTIA – VINCULAÇÃO
– CARÊNCIA DE AÇÃO EXECUTIVA – Recurso de apelação
desprovido. Recurso adesivo não conhecido. 1. Exceção de pré-
executividade. A decisão recorrida tem origem na via de incidente
processual, cognominado pela doutrina pátria de objeção de pré-
executividade, sendo incontroverso no caso concreto a validade de
sua forma, dado que aqui visa estabelecer a controvérsia acerca de
pressuposto de constituição e da condição de ação executiva. 2.
Contrato de abertura de crédito em conta corrente. Não estando
consubstanciada a obrigação de pagar valor certo, carece de liquidez
e certeza, dado que produzido unilateralmente, o saldo
representativo da cártula, é inaceitável o título como sendo de crédito
extrajudicial à aparelhar o procedimento executório. 3. Nota
promissória. Da mesma forma que o contrato de abertura da crédito,
ainda que acompanhado de demonstrativo dos lançamentos, não
constitui título executivo, também, a nota promissória emitida para
sua garantia e a ele vinculada, sendo desprovida de liquidez e
certeza, não o é. 4. Conhecimento de ofício. A liquidez é um dos
requisitos do título executivo e este integra o interesse de agir, e
envolvendo a questão uma das condições da ação o Tribunal pode
conhecê-la de ofício. 5. Pressuposto de constituição do processo. O
título não é condição da demanda executória, tampouco representa
fato constitutivo da ação. É pressuposto de processo válido,
consoante notou Carlo Furno, tanto que a ausência gera invalidade
(art. 618, I) Em decorrência disto, deverá o credor invocar e exibir
título executivo, ou já, documento incluído no rol exaustivo dos arts.
584 e 585 do Código de Processo Civil, sob pena de inépcia da
inicial. (TAPR – AC 0158959-7 – (13407) – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz
Jurandyr Souza Junior – DJPR 01.12.2000)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –


EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL – FIANÇA – AUSÊNCIA DE
OUTORGA UXÓRIA – NULIDADE ABSOLUTA – LEGITIMIDADE DA
CÔNJUGE VAROA – EXCEÇÃO (OBJEÇÃO) DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – RECURSO PROVIDO – 1. A fiança prestada
pelo marido sem o consentimento da mulher é nula e não
simplesmente anulável, visto infringir preceito de natureza cogente,
deixando de produzir qualquer efeito mesmo em relação à meação
do cônjuge-fiador. 2. A nulidade da fiança por falta de outorga uxória
não pode ser levantada pelo próprio fiador, na medida em que é sua
obrigação providenciar a assinatura da esposa ou, caso esta não
concorde, deve ele se abster de prestar fiança, tendo legitimidade a
mulher para propor exceção de pré-executividade. (TAPR – AI
0159504-6 – (13326) – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Jurandyr Souza Junior –
DJPR 10.11.2000)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE .CONTRATO BANCÁRIO –
DESCONTO DE TÍTULO DE CRÉDITO – NOTA PROMISSÓRIA –
NULIDADE MANIFESTA – INOCORRÊNCIA – INSTRUÇÃO
PROBATÓRIA – INVIABILIDADE – EMBARGOS À EXECUÇÃO –
SENTENÇA DE EXTINÇÃO – TRÂNSITO EM JULGADO – Recurso
desprovido. 1. Objeção de pré-executividade refere-se
exclusivamente às condições da ação e aos pressupostos
processuais, os quais são e devem ser analisados de ofício pelo juiz,
possibilitando a doutrina e a jurisprudência dominante o seu manejo
em casos tais, independente de embargos, desde que não se faça
necessário dilação probatória. 2. A inépcia da inicial executiva ou a
presença de qualquer óbice ao regular exercício da jurisdição in
executivis constituem matéria a ser apreciada pelo Juiz da execução,
de ofício ou mediante simples objeção do executado, a qualquer
momento e em qualquer fase do procedimento. Da circunstância de
ser a execução coordenada a um resultado prático e não a um
julgamento, não se deve inferir que o Juiz não profira, no processo
executivo, verdadeiros julgamentos, necessários escoimá-lo de
irregularidades formais e a evitar execuções não desejadas pela
ordem pública. A recusa a julgar questões dessa ordem no processo
executivo constituiria negativa do postulado da plena aplicação da
garantia constitucional do contraditório a esse processo. É preciso
debelar o mito dos embargos, que leva os Juízes a uma atitude de
espera, postergando o conhecimento de questões que poderiam e
deveriam ter sido levantadas e conhecidas liminarmente, ou talvez
condicionando o seu conhecimento à oposição destes. Dos
fundamentos dos embargos, muito poucos são os que o Juiz não
pode conhecer de ofício, na própria execução. (TAPR – AI 0162365-
4 – (13327) – 2ª C .Cív. – Rel. Juiz Jurandyr Souza Junior – DJPR
10.11.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
ARGÜIÇÃO A QUALQUER TEMPO – POSSIBILIDADE – QUESTÃO
DE ORDEM PÚBLICA, NÃO SUJEITA A PRECLUSÃO – PENHORA
– NULIDADE – BENS PENHORADOS, OBJETO DE HIPOTECA EM
DECORRÊNCIA DE CÉDULA DE CRÉDITO RURAL – VIOLAÇÃO
AO ARTIGO 69 DO DECRETO-LEI 167, DE 14 DE FEVEREIRO DE
1967 – PROVA EXCLUSIVAMENTE DOCUMENTAL –
DESNECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA – CABIMENTO
DA EXCEÇÃO – 1. Se houvesse necessidade de ampla dilação
probatória, sobretudo a produção de prova testemunhal ou a
realização de prova pericial, só através dos embargos à execução
seria possível ao devedor deduzir sua defesa. 2. Todavia,
pretendendo o executado comprovar a nulidade da penhora
mediante prova exclusivamente documental, pré-constituída, e
tratando-se de matéria de ordem pública, nada impede que o faça
nos próprios autos de execução, através de simples petição.
Recurso conhecido e provido. (TAPR – AI 0158736-4 – (13388) – 4ª
C.Cív. – Rel. Juiz Fernando Wolff Bodziak – DJPR 17.11.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – CONVERSÃO EM AÇÃO MONITÓRIA –
INADMISSIBILIDADE – PRINCÍPIO DA IMUTABILIDADE DA AÇÃO
E ESTABILIDADE DA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL –
RECURSO PROVIDO – A conversão da pretensão executiva por
monitória é inadequada, é, pois, inadmissível, por aplicação dos
princípios da imutabilidade da ação e da estabilidade da relação
jurídica processual, consoante a norma dos artigos 264 e 294,
ambos do Código de Processo Civil. (TAPR – AI 0153417-4 –
(11152) – 7ª C.Cív. – Rel. Juiz Miguel Pessoa – DJPR 18.08.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – PROCESSUAL CIVIL – CONEXÃO


DE AÇÕES QUE NÃO PODE SER DECIDIDA – AUSÊNCIA DAS
PEÇAS INICIAIS DE AMBAS AS AÇÕES CUJO COTEJO É
INDISPENSÁVEL PARA SE VERIFICAR A IDENTIDADE DE CAUSA
PETENDI – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – OPOSIÇÃO
NOS AUTOS DE EMBARGOS DO DEVEDOR – IMPOSSIBILIDADE
– INSTRUMENTO PROCESSUAL ADMITIDO COM O FITO DE
EVITAR A CONSTRIÇÃO DE BENS DO EXECUTADO QUANDO
AUSENTE QUALQUER DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO EXECUTÓRIA
– MATÉRIA QUE NÃO FOI RETIRADA DO ROL ARGÜÍVEL NOS
EMBARGOS – OPORTUNIDADE EM QUE NÃO HÁ QUE SE FALAR
EM CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS –
AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO – O fundamento para a
admissão da exceção ou objeção de executividade é o fato de que a
exigência da penhora ou o depósito somente pode se dar quando o
título for hígido à instruir a execução, evitando-se a arbitrariedade de
penhorar bens de quem não estava exposto à ação executiva.
Porém, a admissão da exceção não implicou em retirar viabilidade de
levantar a matéria relativa a ausência de qualquer das condições da
ação executiva da peça inicial dos embargos do devedor, onde ela
pode e deve ser argüida se a parte optou por esta forma de defesa,
como no caso em exame, sendo inadmissível que no curso dos
embargos venha a parte de forma tumultuária opor exceção de pré-
executividade. (TAPR – AI 153734-0 – (10223) – 6ª C.Cív. – Relª
Juíza Anny Mary Kuss – J. 05.06.2000)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – CRÉDITO


IMOBILIÁRIO – FINANCIAMENTO VINCULADO AO SISTEMA
FINANCEIRO DE HABITAÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE LEVANTADA PELO DEVEDOR – Desacolhida
pelo magistrado a quo, ao pressuposto que o questionamento
caberia em embargos. Caso típico porém, a ensejar o imediato
encerramento da execução, porque ausente o título com a liquidez e
certeza exigidas. Art. 618, i, do cpc. Disputa em ação de
conhecimento perante a Justiça Federal, onde o mutuário obteve
definitivo ganho de causa para reajustamento das prestações.
Liquidação apenas iniciada, sem que se tenha ainda o quadro
acertado dos valores devidos em comparação com o que fora
depositado em medida cautelar. Liquidez que ficou assim
condicionada ao encerramento do dito processo. Precipitação do
banco em levantar os depósitos e desencadear a execução perante
a justiça estadual, ocultando de modo temerário tudo quanto passou
na federal. Litigância de má-fé. Imposição da penalidade de ofício.
Recurso provido, declarando-se extinta a execução. Condenação do
exeqüente nas custas e verba honorária. (TAPR – AI 150840-1 –
(10360) – 8ª C.Cív. – Rel. Juiz Sérgio Arenhart – DJPR 12.05.2000)
EXECUÇÃO – CONFISSÃO DE DÍVIDA – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – INDEFERIMENTO – Agravo desprovido. Pela
denominada objeção de pré-executividade só é admissível suscitar
nos próprios autos da execução matéria relativa a falta de condições
da ação ou de pressupostos para Constituição válida e regular do
processo, evidenciadas de plano e que podem ser conhecíveis de
ofício pelo juiz. No caso, porém, a execução lastreia-se em
instrumento de confissão de dívida, firmado pelas partes e por duas
testemunhas, configurando título executivo na forma prevista no
artigo 585, II, do Código de Processo Civil, assim como em nota
promissória emitida em garantia. Embora admita-se a investigação
da origem da dívida, porque se trata de litígio envolvendo as partes
originárias da relação negocial, essa discussão somente será viável
nos embargos do devedor, observado o devido processo legal.
(TAPR – AI 157346600 – (13329) – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Domingos
Ramina – DJPR 18.08.2000)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – LIQUIDEZ,


CERTEZA E EXIGIBILIDADE DO DÉBITO JÁ RECONHECIDA POR
SENTENÇA NOS EMBARGOS DO DEVEDOR – COISA JULGADA
IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA – BENS
OFERECIDOS PELO PRÓPRIO DEVEDOR – PRECLUSÃO
LÓGICA – DIPLOMA LEGAL QUE NÃO SE APLICA AS PESSOAS
JURÍDICAS – Recurso desprovido. (TAPR – AI – 154920000 –
(12833) – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Mário Rau – DJPR 04.08.2000)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ANÁLISE INDEPENDENTE DA PROPOSITURA
DE EMBARGOS – POSSIBILIDADE – ORIENTAÇÃO
JURISPRUDENCIAL CONCESSIVA – Despacho reformado agravo
provido. (TAPR – AI – 150049400 – (10296) – 6ª C. Cív. – Rel. Juiz
Conv. Paulo Habith – DJPR 04.08.2000)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
ALEGAÇÃO DE IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA –
POSSIBILIDADE – MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA –
CONHECIMENTO ATÉ MESMO DE OFÍCIO E EM QUALQUER
MOMENTO PROCESSUAL – CONSTATAÇÃO DA PRESENÇA
DOS REQUISITOS ELENCADOS NA LEI 8.009/90 – IMÓVEL
PENHORADO DESTINADO A RESIDÊNCIA DO DEVEDOR E SUA
FAMÍLIA – DECLARAÇÃO DE NULIDADE DA PENHORA – Recurso
provido. 1. Sendo a impenhorabilidade do bem de família matéria de
ordem pública, pode ser conhecida até mesmo de ofício e em
qualquer momento processual. 2. Se o devedor traz elementos
convincentes de que o imóvel penhorado é utilizado como residência
de sua família, cabe ao credor fazer prova em sentido contrário. 3.
Restando plenamente comprovados os requisitos legais e não
configuradas as hipóteses elencadas no art. 3º da Lei 8.009/90, a
impenhorabilidade do bem de família deve ser reconhecida,
declarando-se a nulidade da penhora anteriormente realizada.
(TAPR – AI – 152531500 – (11049) – 7ª C.Cív. – Rel. Juiz Waldemir
Luiz da Rocha – DJPR 04.08.2000)

DIREITO PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO POR TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – NOTAS PROMISSÓRIAS VINCULADAS A
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA OBJETO DE ANTERIOR
AÇÃO REVISIONAL AINDA NÃO DECIDIDA – Oposição pelo
devedor de exceção de pré-executividade – Alegações de iliquidez,
incerteza e inexigibilidade das cártulas com a consequente nulidade
da execução e impossibilidade de segurança do juízo diante da
ausência de bens penhoráveis porque insuscetível de constrição o
imóvel objeto da avença pela sua natureza de bem de família (Lei nº
8.009/90 – Rejeição no juízo monocrático fundada na perfeição
formal dos títulos cuja desconstituição desafia a oposição de
embargos do devedor – Legitimidade do decisum monocrático –
Inteligência do art. 585, parágrafo primeiro, do Código de Processo
Civil – Precedentes doutrinários e pretorianos – Inaplicabilidade à
espécie da Lei nº 8.009/90 – Agravo desprovido. Se o título executivo
apresenta, formalmente, a aparência de liquidez, certeza e
exigibilidade, a sua descaracterização só poderá ser buscada
através de embargos do devedor, nunca por simples petição nos
autos. Só é possível desconstituir-se título executivo mediante a
apresentação de embargos à execução. A impenhorabilidade
decorrente da Lei nº 8.009/90 não se aplica ao imóvel que é objeto
do financiamento destinado à sua aquisição. Desprovimento do
recurso. (TAPR – AI 154421-2 – (12706) – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz
Ronald Schulman – J. 06.06.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
OPERAÇÕES BANCÁRIAS – DISTINÇÃO ENTRE CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE COM
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO – RECURSO IMPROVIDO – 1.
Revestindo-se o título de liquidez certeza e exigibilidade, condições
basilares exigidas para deflagração de execução, não é lícito argüir o
incidente de exceção de pré-executividade, mormente, no caso,
onde não se trata de contrato de abertura de crédito em conta
corrente e, sim de empréstimo. 2. A liquidez do título não fica
prejudicada, pela alegação de cobrança excessiva de encargos
contratuais. 3. A denominada exceção de pré-executividade do título,
consiste na faculdade atribuída ao executado, de submeter ao
conhecimento do juiz da execução, independentemente de penhora
ou de embargos, determinadas matérias, limitadas sua abrangência
temática, que digam respeito a questões suscetíveis de
conhecimentos de ofício, ou a nulidade do título, que seja evidente e
flagrante, isto é, cujo reconhecimento independa de contraditório ou
dilação probatória. 4. A nulidade da execução pode ser alegada a
todo tempo, desde que ausentes os requisitos do art. 586, do C.P.C.,
independentemente de segurança do juízo e de conseqüência, de
embargos à execução. (TAPR – AI 153691-0 – (12786) – 1ª C.Cív. –
Rel. Juiz Lauro Augusto Fabrício de Melo – J. 20.06.2000)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EXECUÇÃO – NOTAS


PROMISSÓRIAS E INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO
E COMPOSIÇÃO DE DÍVIDA, ORIUNDOS DE OPERAÇÕES DE
HOT MONEY, TREVO CHEQUE E IOC – INVESTIGAÇÃO
ATRAVÉS DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
INADMISSIBILIDADE – Alegação de omissão – Análise dos títulos
originários – Inviabilidade através da via eleita – Sustentação
despida de juridicidade – Defeito inocorrente rejeição. Proclamando
o tribunal que a chamada exceção de pré-executividade não se
presta para viabilizar discussão acerca de títulos extintos pelo
fenômeno da novação, não pode ele – sob pena de incidir em
insuperável paradoxo -, passar à análise de tais documentos. (TAPR
– EDcl 152630301 – (10121) – Curitiba – 6ª C.Cív. – Rel. Juiz
Mendes Silva – DJPR 09.06.2000)

EMBARGOS À EXECUÇÃO – Exceção de pré-executividade C/C


argüição de falsidade. Suspensão da execução e dos embargos.
Rejeição. Apelação. Interposição. Não recebimento. Agravo de
instrumento improvido. Embargos à execução. Prosseguimento.
Intimação do embargado para impugnação. Falta de intimação da
embargante. Cerceamento de defesa não caracterizada. Princípios
do contraditório e amplas defesa. Não ofendido. Prejuízo à parte não
configurado. Ausência de lesividade ocorrida. Recurso não
conhecido. (TAPR – AI 152147300 – (10806) – Ivaiporã – 5ª C.Cív. –
Rel. Juiz Tufi Maron Filho – DJPR 09.06.2000)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – PEDIDO DE DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO
COM RELAÇÃO À EXECUTADA/CONCORDATÁRIA,
PROSSEGUINDO O FEITO CONTRA OS DEMAIS CO-
EXECUTADOS – Homologação. Possibilidade. Honorários
advocatícios. Contratação. Argüição da exceção. Devidos.
Permanência da executada/concordatária no feito. Impossibilidade.
Recurso parcialmente provido. (TAPR – AI 154055800 – (10780) –
Londrina – 5ª C.Cív. – Rel. Juiz Tufi Maron Filho – DJPR 02.06.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE – Exceção de pré-executividade – Ausência de
título executivo – Questão relativa às condições da ação –
Possibilidade – Recurso provido. (TAPR – AI 153517900 – (10122) –
Curitiba – 6ª C.C ív. – Rel. Juiz Conv. Glademir Vidal Antunes Panizzi
– DJPR 09.06.2000)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EFEITOS MODIFICATIVOS DE


JULGADO ANTERIOR – Possibilidade excepcional. "A
jurisprudência, em atuação construtiva, admite efeitos modificativos
aos embargos desde que a tanto instada por uma decorrência lógica
de a decisão embargada ter sido tomada em premissas fáticas
equivocadas, como também quando da omissão detectada e suprida
ou da correção de contradição, impor-se conclusão lógica contrária a
que chegou o decisório embargado" (STJ-REsp. 56.336-4-RJ).
Agravo de instrumento – Exceção de pré-executividade rejeitada –
Decisão correta – Recurso improvido. A exceção de pré-
executividade, de criação pretoriana, é medida que só pode ser
aceita em caráter excepcional quando for flagrante a ausência de
condições de executividade do título, não se prestando para apontar
possível excesso de execução. (TAPR – EDcl 138885601 – (12622)
– Curitiba – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Mário Rau – DJPR 02.06.2000)

EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – F.C.V.S – NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO
DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
FEDERAL – DECISÃO MANTIDA – AGRAVO DESPROVIDO – Ante
a previsão contratual de que o eventual saldo devedor, ao termino do
prazo fixado, será de responsabilidade do Fundo de Compensação
das Variações Salariais – FCVS – está patenteado o interesse da
Caixa Econômica Federal na causa, na qualidade de gestora desse
fundo. (TAPR – AI 153419800 – (13109) – Umuarama – 3ª C.Cív. –
Rel. Juiz Domingos Ramina – DJPR 02.06.2000)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO – Não configuração como abertura de
crédito em conta corrente – Liquidez decorrente da prévia pactuação
de prestações com valores determinados – Exceção de pré-
executividade afastada – Recurso desprovido. (TAPR – AI
154510400 – (12726) – Curitiba – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Fernando
Vidal de Oliveira – DJPR 09.06.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – ACOLHIMENTO DE EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE OPOSTA – EXECUÇÃO DE ESCRITURA
PÚBLICA DE CONFISSÃO DE DÍVIDA E NOTA PROMISSÓRIA –
VERIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS
TORNANDO-OS TÍTULOS LÍQUIDOS, CERTOS E EXIGÍVEIS –
NÃO CONFIGURAÇÃO DE QUALQUER NULIDADE NO
PROCESSO DE EXECUÇÃO – Agravo de instrumento desprovido.
Em se tratando de execução de título extrajudicial lastreada em
escritura pública de confissão de dívida e nota promissória, mesmo
que se evidenciasse qualquer irregularidade na escritura pública, o
processo executivo seria plenamente válido ante a perfeição formal
da nota promissória. (TAPR – AI 147526100 – (10718) –
GUARATUBA – 7ª C.Cív. – Rel. Juiz Waldemir Luiz da Rocha –
DJPR 12.05.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – INSURGÊNCIA CONTRA DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA QUE EM MESMO ADMITINDO A EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, E A PROVA PERICIAL, NÃO SUSPENDEU
O PROCESSO – Recurso desprovido. Nega-se provimento a recurso
interposo contra decisão interlocutória que admitiu a exceção de pré-
executividade e a produção de prova pericial, mas, indeferiu o pleito
de suspensão do processo, eis que, o vício alegado depende de
prova e não pode ser, de plano, reconhecido pelo juiz singular.
(TAPR – AI 145088800 – (12649) – Curitiba – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz
Clayton Camargo – DJPR 12.05.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – DECISÃO QUE INDEFERIU EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE DO TÍTULO DADO COMO CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE (CHEQUE
ESPECIAL) – Operação de mútuo. Litigância de má-fé argüida na
contraminuta pelo agravado. Descaracterização. Recurso
desprovido. (TAPR – AI 152013200 – (10678) – Paraíso do Norte –
5ª C.Cív. – Rel. Juiz Edson Vidal Pinto – DJPR 12.05.2000)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – INCIDENTE DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – REDUÇÃO DO MONTANTE EXEQÜENDO –
Inadmissibilidade. Agravo provido. Somente é de ser admitida a
exceção de pré-executividade quando o título exeqüendo, não se
reveste, de pronto, de liquidez, certeza e exigibilidade. (TAPR – AI
152626900 – (12687) – Paranavaí – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Costa
Barros – DJPR 19.05.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
MATÉRIAS A SEREM ALEGADAS EM EMBARGOS – LITIGÂNCIA
DE MÁ-FÉ NÃO CARACTERIZADA – Provimento parcial ao recurso.
A exceção de pré-executividade só se admite quando em
questionamento a validade formal do título, atinente às condições da
ação. (TAPR – AI 145586900 – (12489) – Maringá – 1ª C.Cív. – Rel.
Juiz Marcus Vinícius de Lacerda Costa – DJPR 12.05.2000)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO – INOCORRÊNCIA –
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO – DEDUÇÃO DE DEFESA CONTRA
FATO INCONTROVERSO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – ATO
ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA (ART. 600, II E ART.
601, CPC) – RECURSO IMPROVIDO – 1. Contrato de empréstimo
que como tal se caracteriza pelas condições e garantias, é título
hábil a embasar ação de execução, não se confundindo com
contrato de abertura de crédito em conta corrente, autorizando
pronta rejeição de exceção de pré-executividade. 2. O exercício
regular de um direito não pode se justificar pela dedução de defesa
contra fato incontroverso, o que consiste em oposição maliciosa à
execução, caracterizando a litigância de má-fé e ato atentatório à
dignidade da justiça, autorizando a imposição de multa consoante
dispõe o art. 601 do CPC. (TAPR – AI 152448500 – (10357) –
Curitiba – 8ª C.Cív. – Rel. Juiz Augusto Lopes Cortês – DJPR
12.05.2000)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIO-
JURISPRUDENCIAL – ADMISSIBILIDADE EM CARÁTER
EXCEPCIONAL – REVISÃO DE DÉBITOS EXTINTOS PELO
FENÔMENO DA NOVAÇÃO – IMPOSSIBILIDADE –
PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA –
INEXISTÊNCIA DE BENS PASSÍVEIS DE GARANTIR O JUÍZO,
INVIABILIZANDO OS EMBARGOS (CPC, ART. 737, I) – Discussão
possível em ação de procedimento comum ordinário – Via adequada
– Recurso desprovido. A exceção de pré-executividade resulta de
construção doutrinário-jurisprudencial e só se admite em caráter
excepcional, v.g., quando a execução não está aparelhada com título
que a legitime; a discussão acerca dele e características que lhe são
inerentes, a reclamar inclusive dilação probatória, somente se
viabiliza através da ação incidental de embargos, meio que o
legislador elegeu como hábil para o devedor opor-se à execução que
lhe for endereçada. A exceção de pré-executividade, admitida em
nosso direito por construção doutrinário-jurisprudencial, somente se
dá, em princípio, nos casos em que o juízo, de officio, pode conhecer
da matéria, a exemplo do que se verifica a propósito da higidez do
título executivo (STJ). (TAPR – AI 152630300 – (9950) – Curitiba –
6ª C.Cív. – Rel. Juiz Mendes Silva – DJPR 05.05.2000)

EMBARGOS À EXECUÇÃO – ALEGAÇÃO DE ILIQUIDEZ DO


TÍTULO EXECUTIVO – SE A EXECUÇÃO DO TÍTULO JUDICIAL
DEPENDE DA PROVA DE FATO NOVO (DEFINIDO TAMBÉM
COMO AQUELE QUE APESAR DE NÃO SUPERVENIENTE À
SENTENÇA, NÃO FOI OBJETO DE PROVA DURANTE O
PROCESSO DE CONHECIMENTO) É INDISPENSÁVEL O
RECURSO AO PROCESSO DE LIQUIDAÇÃO PARA QUE SEJA
RESPEITADO O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO – Outrossim,
não há que se falar em preclusão da matéria em razão de decisão
anterior em exceção de pré-executividade, visto que como
pressuposto processual que e, a lei processual afasta
expressamente o instituto da preclusão sobre decisões judiciais a
respeito do mencionado tema (art. 267, 3 do CPC). (TAPR – AC
148685900 – (9960) – Curitiba – 6ª C.Cív. – Rel. Juiz Carvílio da
Silveira Filho – DJPR 05.05.2000)

AGRAVO INSTRUMENTAL INDEFERIMENTO A QUO PARA


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E A REAVALIZAÇÃO DO
IMÓVEL RURAL CONSCRITO – EXECUÇÃO SUPORTADA EM,
CÉDULA RURAL HIPOTECÁRIA; TÍTULO HÁBIL (ARTS. 10, DL.
167/67, 585, VII CPC) DISPENSANDO AVENTADAS
SUBSCRIÇÕES TESTEMUNHAIS – Novação objetiva, conforme art.
999, I CCB não caracterizada pela simples anunciada composição a
descumprido prazo a solução debitual ensejo. Portanto a seguimento
executivo por mesmo título, inclusive por expressa abdicação ao
"animus novandi". Afasto, nesta razão aos questionamentos assim
evocamos para extinção executiva. Avaliação judicial primeira não
impugnada a estimação própria (art. 586 CPC) desmerecendo
posteriormente a frustrado praçeamento, irresignação adotada em
estimativa de corretor imobiliário sem demonstração aos requisitos
do art. 683 CPC. Desprovimento. (TAPR – AI 150251400 – (10695) –
Chopinzinho – 5ª C.Cív. – Rel. Juiz Arno Knoerr – DJPR 19.05.2000)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
FIXO EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO CONHECIDA –
DECISÃO ATACADA POR AGRAVO DE INSTRUMENTO – Alegada
omissão do julgado, com respeito ao pedido de declaração de
prescrição da nota promissória – obscuridade quanto à incidência da
Lei nº 8.078/90 – Inocorrência – Embargos rejeitados. (TAPR – EDcl
139044901 – (10056) – Curitiba – 6ª C.Cív. – Rel. Juiz Conv.
Glademir Vidal Antunes Panizzi – DJPR 26.05.2000)

CONEXÃO – EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA E AÇÃO ORDINÁRIA


VISANDO O RECÁLCULO DO DÉBITO – MESMO CONTRATO –
LIAME REUNIÃO DOS PROCESSOS – CONVENIÊNCIA – Se o
contrato, para ambos os feitos, e o mesmo, e uma vez que não se
descarta a possibilidade de decisões conflitantes, seja na ação
ordinária, em exceção de pré-executividade, ou mesmo em eventuais
embargos do devedor, conveniente se mostra a reunião dos
processos, que tramitarão perante o juízo prevento. (TAPR – AI
153473200 – (10403) – Curitiba – 8ª C.Cív. – Rel. Juiz Conv. Antônio
Renato Strapasson – DJPR 19.05.2000)

LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – AÇÃO DE DESPEJO CUMULADA


COM COBRANÇA DE ALUGUERES E ENCARGOS DA LOCAÇÃO
– SENTENÇA TRANSITA EM JULGADO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – NULIDADE DA EXECUÇÃO TRIBUTADA À
EXIGÊNCIA DO PRÊMIO – PONTUALIDADE E MULTA
CONTRATUAL – COISA JULGADA – PRETENSÃO INDEFERIDA –
DECISÃO MANTIDA – A sentença transitada em julgado possui
eficácia que a torna imutável e indiscutível, não mais a sujeitando a
recurso. De conformidade com o disposto no art. 468 do CPC, "a
sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força nos
limites da lide e das questões decididas". (TAPR – AI 153826300 –
(12552) – Curitiba – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Conv. Antônio Martelozzo –
DJPR 26.05.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – EXECUÇÃO FUNDADA EM CONTRATOS DE
ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO – CDC (AUTOMÁTICO),
ACOMPANHADOS DE EXTRATOS DE MOVIMENTAÇÃO
FINANCEIRA – Desacolhimento em 1 instância – Agravo de
instrumento provido para acolher-se a exceção. Não sendo
considerado título executivo extrajudicial o contrato de abertura de
crédito rotativo em conta corrente, por ausência de liquidez e certeza
do quantum que está sendo exigido, nula é a execução que com
base nele tem sido embasada. Destarte, é de se acolher a exceção
de pré-executividade argüida, extinguindo-se a execução. (TAPR –
AI 152620700 – (12487) – Curitiba – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Conv.
Antônio Martelozzo – DJPR 12.05.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – TÍTULOS FORMALMENTE


PERFEITOS – Descabimento da exceção – Demais matérias que
somente podem ser discutidas em embargos do devedor – Recurso
desprovido. (TAPR – AI 153456100 – (12549) – Londrina – 1ª C.Cív.
– Rel. Juiz Mário Rau – DJPR 26.05.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – INTEMPESTIVIDADE –


INOCORRÊNCIA – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
NULIDADE DA EXECUÇÃO IMPOSSIBILIDADE – CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE – MÚTUO
BANCÁRIO – SÚMULA 233/STJ INAPLICABILIDADE – AGRAVO
DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO – 1. Se a matéria
argüida em sede de embargos não foi apreciada por esta Corte, ante
o não conhecimento do recurso por qualquer motivo, ou se não
houve a interposição de embargos, a matéria argüida em exceção de
pré-executividade não está preclusa, sendo possível o conhecimento
e apreciação do recurso. 2. Uma vez que o contrato em espécie trata
de mero mútuo bancário, não se caracterizando como contrato de
abertura de crédito em conta corrente, na modalidade rotativa
(Cheque Especial), não é possível a aplicação da Súmula nº 233 do
Superior Tribunal de Justiça, publicada no DJU de 08/02/2000.
(TAPR – AI 140820600 – (10591) – Paranácity – 7ª C.Cív. – Rel. Juiz
Waldemir Luiz da Rocha – DJPR 28.04.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ –


EXECUTIVIDADE – INADMISSIBILIDADE, POR TRATAR-SE DE
EXECUÇÃO A QUAL JÁ OPÔS O AGRAVANTE SUA DEFESA,
POR MEIO DE EMBARGOS, QUE FORAM JULGADOS
PARCIALMENTE PROCEDENTES, SEGUINDO-SE A SENTENÇA
UMA COMPOSIÇÃO ENTRE AS PARTES SOBRE A FORMA DE
PAGAMENTO DO DÉBITO – Impossibilidade do judiciário
manifestar-se sobre matéria já decidida – Coisa julgada – Recurso
não provido. (TAPR – AI 152016300 – (10307) – Paraíso do Norte –
8ª C.Cív. – Relª Juíza Dulce Maria Cecconi – DJPR 28.04.2000)

AGRAVO RETIDO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


PRETENSÃO DE APRESENTAÇÃO DE NOVA PLANILHA DE
CÁLCULO FALTA DE MENÇÃO A DADOS E FATOS OBJETIVOS,
CAPAZES DE QUESTIONAR O TÍTULO OU A CONTA GRÁFICA –
Insubsistência do incidente. Embargos do devedor – Excesso de
execução – Comissão de permanência cumulada com correção
monetária impossibilidade – Comissão, ainda, que foi estabelecida a
taxa de mercado, a critério do credor – Cláusula potestativa – artigos
115 e 145, V, do Código Civil substituição pelo “INPC” –
Sucumbência recíproca redistribuição, com compensação. Recursos
conhecidos, negando-se provimento ao agravo retido e provendo-se
parcialmente a apelação. (TAPR – AC 122869500 – (12460) – Ponta
Grossa – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Moraes Leite – DJPR 28.04.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECISÃO EM EXCEÇÃO DE "PRÉ-


EXECUTIVIDADE" – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE – AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO
OCORRÊNCIA – SÚMULA 233 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA – NOTA PROMISSÓRIA VINCULADA AQUELE
CONTRATO AUTONOMIA INEXISTENTE – CARÊNCIA DE AÇÃO –
APLICAÇÃO DO ARTIGO 267, IV DO CPC – DESPACHO
REFORMADO PROCEDIMENTO EXECUTÓRIO ANULADO –
RECURSO PROVIDO – I – O Superior Tribunal de Justiça
uniformizou entendimento no sentido de que o contrato de abertura
de crédito em conta corrente, ainda que acompanhado de extrato
bancário, não é título executivo extrajudicial, através da Súmula nº
233. II – A nota promissória vinculada ao contrato de abertura de
crédito não goza de autonomia, tendo em vista a própria iliqüidez do
título que a originou. (TAPR – AI 150411000 – (10476) – Cidade
Gaúcha – 7ª C.Cív. – Rel. Juiz Prestes Mattar – DJPR 07.04.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – RENÚNCIA – AUSÊNCIA DE


COMPROVAÇÃO DO RECEBIMENTO DE NOTIFICAÇÃO –
RECURSO EXISTENTE – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
INADMISSIBILIDADE – MATÉRIA A SER SUSCITADA PELA VIA
DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO – RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO – 1. São válidos os atos praticados pelo advogado
enquanto inexistir prova do recebimento da notificação prevista no
artigo 45 do CPC. 2. A exceção de pré-executividade deve ficar
circunscrita ao exame das questões de ordem pública e que digam
respeito aos pressupostos do processo e às condições da ação, os
quais prescindem de dilação probatória e podem ser conhecidos ex
officio. (TAPR – AI 149996100 – (12575) – Curitiba – 2ª C.Cív. – Relª
Juíza Rosana Fachin – DJPR 28.04.2000)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – DESPACHO QUE DETERMINOU A
SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO EM FACE DA PROCEDÊNCIA
PARCIAL DA AÇÃO QUE DECLAROU A NULIDADE DE CLÁUSULA
CONTRATUAL EM CONTRATO DE FINANCIAMENTO PARA A
CASA PRÓPRIA –SUSPENSÃO AUTORIZADA PELO ART. 265 IV,
"A" E 791, II DO CPC – IMPOSSIBILIDADE DE ANALISAR A
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ENQUANTO SUSPENSO O
PROCESSO – NULIDADE DA EXECUÇÃO E LITIGÂNCIA DE MÁ-
FÉ QUE NÃO FORAM OBJETO DO DESPACHO AGRAVADO –
IMPOSSIBILIDADE DE SEU RECONHECIMENTO – RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO – O ajuizamento de ações buscando
invalidar cláusulas de contratos com eficácia de título executivo não
impede que a respectiva ação seja proposta e tenha seu curso
normal. Entretanto, sobrevindo a sentença que declarou a nulidade
da cláusula contratual que prevê a atualização monetária do capital
mutuado, ou seja, das prestações e do saldo devedor pela TR,
determinando em substituição o emprego do INPC, com a
conseqüente readequação da dívida e das prestações, tal
desautoriza o agente financeiro a prosseguir da execução. Pela
proibição da prática de qualquer ato desde o momento em que
ocorre o fato motivador da suspensão, por não se mostrar o ato se
pretendeu fosse realizado como urgente, não podia o mm. Juiz a quo
apreciar o pedido dos agravantes quanto à declaração de nulidade
da execução que, reconhecida, levaria à extinção de tal processo,
quando este se encontrava suspenso. (TAPR – AI 150769100 –
(9919) – Londrina – 6ª C.Cív. – Rel. Juiz Anny Mary Kuss – DJPR
28.04.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – INSTRUÇÃO DEFICIENTE –


AUSÊNCIA DE PEÇA ESSÊNCIAL – FALTA DA PETIÇÃO INICIAL
DA EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Alegada exceção
de pré-executividade – Não conhecimento. (TAPR – AI 150661000 –
(10538) – Mandaguari – 5ª C.Cív. – Rel. Juiz Conv. Marques Cury –
DJPR 28.04.2000)
EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE –
INEXIGIBILIDADE – Carência de ação decretada de ofício. O
contrato de abertura de crédito não é título executivo, ainda que
acompanhado de demonstrativos, ante a impossibilidade de sua
complementação através de extratos emitidos unilateralmente pela
instituição financeira que não possui prerrogativa de criar seus
próprios títulos. (TAPR – AI 147672800 – (12379) – Santa Helena –
1ª C.Cív. – Rel. Juiz Mário Rau – DJPR 28.04.2000)

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL EXTINTA – FIXAÇÃO – Principio da isonomia.
Acolhida a exceção de pré-executividade manejada pelo devedor em
execução de título extrajudicial, age com isonomia o juiz que fixa os
honorários em favor do patrono do executado no mesmo percentual
que havia fixado, provisoriamente, em favor do exeqüente por
ocasião do despacho na petição inicial, não sendo esta quantia
desarrazoada ou absurda, na espécie. Recurso desprovido. (TAPR –
AC 151440500 – (12506) – Curitiba – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Ruy
Cunha Sobrinho – DJPR 31.03.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE PELA
ILIQUIDEZ DOS TÍTULOS – CONTRATOS DE ABERTURA DE
CRÉDITO FIXO – VALORES CERTOS – PRAZO DETERMINADO –
Inexistência de nulidade. Ofício endereçado às entidades bancárias
para apurar saldos dos executados para fins de penhora. Quebra do
sigilo bancário. Inocorrência. Recurso parcialmente conhecido e
desprovido. (TAPR – AI 151001800 – (10478) – Curitiba – 5ª C.Cív. –
Rel. Juiz Edson Vidal Pinto – DJPR 31.03.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – CÉDULA DE CRÉDITO COMERCIAL – Exceção
de pré-executividade. Decisão indeferitória. Pretensão recursal
calcada em argumentos que não desnaturam a validade do título.
Enfoques sobre a discussão da dívida. Impropriedade na sede da
exceção. Recurso desprovido. (TAPR – AI 149541600 – (10325) – 5ª
C.Cív. – Rel. Juiz Edson Vidal Pinto – DJPR 03.03.2000)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OMISSÃO – OCORRÊNCIA –


COMPLEMENTAÇÃO – OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
VERBAS DE SUCUMBÊNCIA – ACOLHIMENTO – É DE SEREM
ACOLHIDOS OS EMBARGOS DECLARATÓRIOS PARA
COMPLEMENTAÇÃO DO JULGADO, QUANDO OCORRENTE
OMISSÃO – Mesmo em sede de exceção de pré-executividade,
devida é a verba honorária e que deve ser fixada nos termos do
parágrafo 4º do artigo 20 do CPC, sopesadas as alíneas do
parágrafo anterior. (TAPR – EDcl 147243701 – (12488) – Curitiba –
4ª C.Cív. – Rel. Juiz Costa Barros – DJPR 31.03.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – TÍTULO
HÁBIL A ENSEJAR O PEDIDO EXECUTÓRIO – MATÉRIAS A
SEREM ALEGADAS EM EMBARGOS – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
NÃO CARACTERIZADA – Provimento parcial ao recurso. A exceção
de pré-executividade só se admite quando em questionamento a
validade formal do título, atinente às condições da ação. (TAPR – AI
145515000 – (12194) – Curitiba – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Marcus
Vinícius de Lacerda Costa – DJPR 17.03.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – PLURALIDADE DE PENHORAS –


ADJUDICAÇÃO – JUÍZOS DIVERSOS – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – INDEFERIMENTO CORRETO – RECURSO
DESPROVIDO – Vige no processo de execução o princípio do prior
tempore potior jure, segundo o qual, aquele que obtém a penhora em
primeiro lugar, desfrutará de situação privilegiada se houver
concurso de credores, ficando a adjudicação do bem por um deles
condicionada ao depósito integral de seu valor. Por outro lado, a
chamada exceção de pré-executividade é medida excepcional
destinada a dirimir apenas matéria suscetível de conhecimento de
officio ou a nulidade evidente e flagrante do título executivo sem que
para isso se imponha o ajuizamento de embargos do devedor, com a
prévia garantia do juízo. (TAPR – AI 145133800 – (12619) –
WENCESLAU BRAZ – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Rogério Coelho – DJPR
03.03.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – NULIDADE DO TÍTULO


NÃO CARACTERIZADA – TÍTULOS FORMALMENTE PERFEITOS
– IMÓVEL RURAL PENHORADO – ADMISSIBILIDADE PORQUE
NÃO CONFIGURADOS OS REQUISITOS DO ART. 649, X, DO CPC
– MATÉRIAS DE DEFESA DEVEM SER ARGÜIDAS EM
EMBARGOS DO DEVEDOR – RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO – A doutrina e jurisprudência tem entendido que a falta
de subscrição de uma testemunha no contrato não o descaracteriza
como título executivo, desde que autênticas as assinaturas. Possível
é fundar-se a execução em mais de um título extrajudicial, vinculados
ao mesmo negócio. Ainda que defeito houvesse em um deles,
subsistiria o outro, de modo que idônea se mostra a execução, não
se podendo acolher como vícios que a tornam nula, os argüidos pelo
agravante. A impenhorabilidade preconizada pelo art. 5, XXVI da
Constituição Federal tem por pressuposto o desenvolvimento da
pequena propriedade rural, que não responde pelos débitos
contraÍdos em função da atividade produtiva, desde que trabalhada
pela família e por não configurados os requisitos para tanto, não há
como se acolher as razões do agravante para que seja a mesma
admitida. Quanto à inexistência de crédito, excesso de execução em
face do ajuste do preço do produto, juros e encargos financeiros
abusivos, ser indevida a multa pretendida, não podem tais alegações
serem acolhidas em exceção de pré-executividade, por serem
matérias de defesa que devem ser argüidas em sede de embargos
do devedor. (TAPR – AI 134264100 – (9703) – Guarapuava – 6ª
C.Cív. – Rel. Juiz Anny Mary Kuss – DJPR 03.03.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL –
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO, COMPOSIÇÃO
DE DÍVIDA, FORMA DE PAGAMENTO E OUTRAS AVENÇAS –
Título líquido, certo e exigível, mesmo quando derivada de contrato
de abertura de crédito em conta corrente – Pedido improcedente –
Recurso improvido. O instrumento particular de confissão,
composição de dívida, forma de pagamento e outras avenças,
assinado pelo devedor e subscrito por duas testemunhas, contendo
o valor do débito confessado e os encargos nele pactuados, traduz-
se em título líquido, certo e exigível, apto a embasar o procedimento
executivo. Irrelevante o fato de derivar o título de contrato de
abertura de crédito em conta corrente, posto ter ocorrido novação do
débito anterior, fazendo desaparecer este para surgir nova dívida
entre os litigantes. (TAPR – AI 140261700 – (12226) – Andira – 1ª
C.Cív. – Rel. Juiz Mário Rau – DJPR 24.03.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – EMBARGOS NÃO EXERCITADOS –
QUESTIONAMENTO SOBRE O OBRIGAÇÃO, SEM QUE O
INQUINADO VÍCIO APAREÇA LITERAL E CONCLUSIVO –
DEMANDANDO PERQUIRIÇÃO DE FUNDO SOBRE A FORMAÇÃO
DO TÍTULO – Petição avulsa nos autos que não pode servir como
mecanismo para eternização ou procrastinação indeterminada das
execuções. Recurso improvido. (TAPR – AI 144733400 – (10191) –
Assis Chateaubriand – 8ª C.Cív. – Rel. Juiz Sérgio Arenhart – DJPR
24.03.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL


– LAUDO ARBITRAL HOMOLOGADO NO JUIZADO ESPECIAL –
EXCEÇÃO DE PRÉ–EXECUTIVIDADE, REJEITADA – RECURSO
IMPROVIDO – 1 – Extinta a execução no juizado especial, com base
no 4 do art. 53 da Lei nº 9.099/95, é legitima a iniciativa de cobrança
no juízo comum. 2 – O laudo arbitral homologado no juizado especial
é título judicial que enseja execução (art. 584, III, CPC). 3 – A
exceção de pré-executividade só se admite quando em
questionamento a validade formal do título, atinente as condições da
ação. (TAPR – AI 144731000 – (10241) – Londrina – 7ª C.Cív. – Rel.
Juiz Miguel Pessoa – DJPR 18.02.2000)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – CONTRATO DE


FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO DE QUE O TÍTULO EXEQÜENDO
SE TRATA DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE, O QUAL NÃO PODE SER TOMADO COMO
TÍTULO EXECUTIVO – ALEGAÇÃO TOTALMENTE DESCONEXA
COM A REALIDADE MATERIAL DOS AUTOS – Afastamento da
exceção – Imposição de multa de litigância de má-fé – Recurso
desprovido. (TAPR – AI 148907000 – (12163) – Maringá – 2ª C.Cív.
– Rel. Juiz Fernando Vidal de Oliveira – DJPR 25.02.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ – EXECUTIVIDADE – NULIDADE DA


EXECUÇÃO ART. 618, I, DO CPC – ALEGAÇÃO QUE INDEPENDE
DA PROPOSITURA DE EMBARGOS À EXECUÇÃO – CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE – SUPER
CHEQUE AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL –
CARÊNCIA DA AÇÃO – RECURSO PROVIDO. 1. – "A argüição de
nulidade da execução com base no art. 618 do estatuto processual
civil, não requer a propositura da ação de embargos à execução,
sendo resolvida incidentalmente." 2. O contrato de abertura de
crédito não é título executivo, ainda que acompanhado de extratos
ou demonstrativos. Orientação adotada em conformidade com
precedentes do c. Superior tribunal de justiça. (TAPR – AI
140313600 – (1196) – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Conv. Wilde Pugliese –
DJPR 03.12.1999)
APELAÇÃO CÍVEL – MEDIDA CAUTELAR – OBJEÇÃO A PRÉ-
EXECUTIVIDADE – PROCEDÊNCIA – EXECUÇÃO – LITIGÂNCIA
DE MÁ-FÉ – CONDENAÇÃO JUSTA – ARTIGO 1.531, DO CÓDIGO
CIVIL – IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO – HONORÁRIOS
DEVIDOS, CONDENAÇÃO COM BASE NO VALOR EXECUTADO,
R$2.022.913.167,01 (DOIS BILHÕES, VINTE E DOIS MILHÕES,
NOVECENTOS E TREZE MIL, CENTO E SESSENTA E SETE
REAIS E UM CENTAVO) – CÁLCULO APRESENTADO PELO
CONTADOR, QUE RESULTOU NA ACEITAÇÃO PELO DR – JUIZ
"A QUO" – VALOR BASE PARA CONDENAÇÃO DA
INDENIZAÇÃO, CORRETAMENTE FIXADO – MULTA TAMBÉM
DEVIDA – ARTIGO 18, 2 , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, DE
ACORDO COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI N 9.668/98 –
RECURSO QUE ALEGA NULIDADE DO JULGADO –
INOCORRÊNCIA – INOCORRÊNCIA DE EXAGERO NAS
SANÇÕES IMPOSTAS AO SUCUMBENTE – OBJEÇÃO A PRÉ-
EXECUTIVIDADE – REGULARIDADE NA INTERPOSIÇÃO DO
INCIDENTE, FACE O PROCEDIMENTO ADOTADO – CONDUTA
DO APELANTE QUE PROPICIOU A INTERPOSIÇÃO DO
INCIDENTE – CONCORDÂNCIA COM O CÁLCULO ABUSIVO
APRESENTADO – SOLICITAÇÃO PARA PROSSEGUIMENTO DO
FEITO, MESMO DIANTE DO VALOR EXCESSIVO –
IMPOSSIBILIDADE DE DISCUSSÃO DE MATÉRIA AFETA AO
PROCESSO DE CONHECIMENTO, QUE ENCONTRAVA-SE EM
FASE DE LIQUIDAÇÃO – MEDIDA CAUTELAR CONFIRMADA –
VALOR BLOQUEADO EM SEDE DE LIMINAR, SUFICIENTE PARA
GARANTIA DA CONDENAÇÃO – RECURSO DA C.R – ALMEIDA
S/A – ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES E OUTROS
PARCIALMENTE PROVIDO, PARA CONDENAR TAMBÉM O
APELADO JORGE EVENCIO DE CARVALHO AO PAGAMENTO DA
MULTA DE 1% SOBRE O VALOR DA CAUSA, O QUAL RESTOU
FIXADO NA IMPUGNAÇÃO OFERECIDA POR JORGE EVENCIO
DE CARVALHO, CONFORME NOVA REDAÇÃO DO ARTIGO 18,
DO CPC, ASSIM COMO AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS FIXADO EM 1% (HUM POR CENTO) SOBRE O
VALOR EXECUTADO REFERENCIAL, DE R$2.022.913.167,01
(DOIS BILHÕES, VINTE E DOIS MILHÕES, NOVECENTOS E
TREZE MIL, CENTO E SESSENTA E SETE REAIS E UM
CENTAVO) – VENCIDO O RELATOR NO PONTO REFERENTE A
VERBA HONORÁRIA – RECURSO INTERPOSTO POR JORGE
EVENCIO DE CARVALHO – IMPROVIDO – I. Costuma-se, ainda,
denominar de exceção de pré-executividade, a possibilidade de o
devedor alegar falta dessa condição para a ação de execução.
Melhor seria falar em objeção, porque o juiz deve conhecer, de
oficio, a matéria relativa as condições da ação. Assim, se o título não
contiver eficácia executiva, o magistrado devera desde logo indeferir
a petição inicial da ação de execução. Anote-se, por oportuno, que a
prescrição da eficácia executiva do título deve ser pronunciada, "ex
officio", pelo juiz, porque respeita a própria condição da ação de
execução e não a perda do direito material patrimonial representado
no título, o que lhe seria vedado examinar, sem pedido da parte (art.
219, 5 , CPC). II. O artigo 18, e seu parágrafo 2 , do CPC,
condicionam a sua eficácia, ao pagamento da indenização pelos
prejuízos, multa, honorários e despesas efetuadas. No caso, a
indenização, honorários e despesas efetuadas foram corretamente
fixadas, não em valor irrisório e contrário a lei, mas sim, na
proporção determinada pelo referido artigo, que não deve ser
superior a 20% (vinte por cento). Portanto, arbitrada a indenização
na razão de 10% (dez por cento), não houve qualquer ilegalidade ou
mesmo adoção alheia a lei. III. Embora a indenização e despesas
que efetuaram restassem deferidas, a outra condenação, qual seja, a
multa, não o foi. Dessa forma, deve ser reformada a sentença
monocrática, para determinar o pagamento da multa de 1%( hum por
cento) sobre o valor da causa arbitrado nos autos de impugnação ao
valor da causa n 134.742-0/02, conforme artigo 18, do CPC, redação
lhe dada pela lei n 9.668/98. IV. O artigo 1.531, do Código Civil,
como já decidido anteriormente por este Tribunal, somente tem lugar
a aludida pena quando a cobrança tenha sido comprovadamente
praticada por má-fé e para tal imposição e necessário o
procedimento próprio não em sede de objeção a pré-executividade e
muito embora tenha sido apresentado cálculo divergente, deve ser
oportunidade ao apelado, a garantia constitucional da ampla defesa
e do contraditório, antes de ver reconhecida a pretensão do
apelante. V. A alegação de que o valor dos honorários eram
"formidavelmente absurdos", tendo em vista o Altíssimo valor da
execução, tenho que também assiste razão aos apelantes . Embora
a sentença monocrática não decidiu "ultra" ou "extra-petita", e os
valores indenizatórios seguirem as condições impostas nos autos, ao
acolher-se a objeção a pré-executividade, reforçou-se o
entendimento que efetivamente restou intentada execução, tendo
inclusive o próprio apelante Jorge Evencio de Carvalho, em suas
varias petições, ao qualificar os autos, sempre mencionou tratar-se
de "autos de execução de honorários advocatícios", citando inclusive
texto onde afirma que não se pode dar interpretação dos fatos com
meias palavras: "tudo que pode ser dito, pode ser dito claramente, o
que não pode ser dito claramente, não pode ser dito de forma
alguma" (wittgenstein). Vl. A decisão monocrática foi acertada, para
o fim de sanar qualquer irregularidade processual, adequando a
realidade dos fatos as condições da ação, ao mesmo tempo em que
impõe sanção aquele que independente da intenção, tenha praticado
ato alheio a realidade fática do procedimento adotado. Portanto, a
sentença monocrática não foi contraria ao direito ou ao
procedimento, os acordos perpetrados entre o BEMGE e apelado ,
ou aos honorários a que faz "jus" os apelantes, foram de forma clara
e concisa detalhados, assim como no incidente restou decidido de
forma peculiar as condições impostas a lide. VII. A litigância de má-fé
arbitrada, tem fundamento. Teve o apelante oportunidade para que a
ação tivesse outro deslinde, mas por não se utilizar da lisura
necessária ao procedimento, deixando transcorrer o cálculo
elaborado na razão de r$2.022.913.167,01 (dois bilhões, vinte e dois
milhões, novecentos e treze mil, cento e sessenta e sete reais e um
centavo). VIII. No que se refere a extinção do feito, alegando para
tanto, que este não pode ocorrer em relação ao BEMGE, cumpre
salientar que existe procedimento próprio para defesa daquele que
se sentir lesado e a lide cinge-se a controvérsia de valores,
instaurada no incidente provocado pela c.r. Almeida s/a. Engenharia
e construções e outros, onde não restou afastado qualquer direito de
terceiros. (TAPR – AC 139523500 – (12266) – Curitiba – 3ª C.Cív. –
Rel. Juiz Lidio J. R. de Macedo – DJPR 03.12.1999)

ARREMATAÇÃO – DESFAZIMENTO – VÍCIO DE NULIDADE


ALEGAÇÃO DE FALTA DO TÍTULO EXECUTIVO – CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO – DEVEDOR QUE NÃO OPÕE
EMBARGOS MATÉRIA DEDUZIDA MEDIANTE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE APENAS DEPOIS DE EXPEDIDA A CARTA DE
ADJUDICAÇÃO IMPOSSIBILIDADE – NECESSIDADE DE AÇÃO
PRÓPRIA – RECURSO DESPROVIDO. 1. "A exceção de Pré-
executividade, admitida em nosso direito por construção doutrinário –
Jurisprudencial, somente se dá, em princípio, nos casos em que o
juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a exemplo do que se
verifica a propósito da higidez do título executivo" (STJ – Resp n
180.734 – Rn). 2. A nulidade da execução pode ser alegada a todo
tempo, desde que ausentes os requisitos do art. 586 do CPC. 3.
Nada obstante, a nulidade da arrematação pode ser aduzida "como
matéria de defesa, nos embargos do devedor ou na execução ou ate
mesmo na arrematação. Fora disso, terá o interessado de propor
ação anulatória pelas vias ordinárias, isso porque não havendo
sentença no procedimento de arrematação, o ato processual em
causa e daqueles que se anulam por ação comum (atos jurídicos em
geral)", nos termos do art. 486 (RSTJ 85/207). (TAPR – AI
144490400 – (9999) – 7ª C.Cív. – Rel. Juiz Conv. Noeval de Quadros
– DJPR 10.12.1999)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS


ENCARGO QUE NÃO E DEVIDO EM INCIDENTES PROCESSUAIS
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE PROCESSADA COMO TAL
INTELIGÊNCIA DO ART. 20, § 1º, DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL – RECURSO DESPROVIDO – Tratando-se a exceção de pré-
executividade de mero incidente processual, que não põe termo à
lide, não cabe a condenação em honorários advocatícios
decorrentes da sucumbência. (TAPR – AI 146989400 – (9770) –
Pitanga – 8ª C.Cív. – Relª Juíza Dulce Maria Cecconi – DJPR
03.12.1999)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – DUPLICATA SEM


ACEITE – CONTRATO – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
EDUCACIONAIS – DESISTÊNCIA DO CURSO – Exceção de pré-
executividade nulidade reconhecida. Discrepância entre o valor da
cártula e do contrato. Liquidez desnaturada. Apelação desprovida.
(TAPR – AC 138.205.800 – (10.058) – 5ª C.Cív. – Rel. Juiz Conv.
Marques Cury – DJPR 10.12.1999)

EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE – EMBARGOS À


EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Ausência de
conhecimento da questão pelo m.m juiz sob o fundamento de que a
matéria deveria ser objeto de embargos à execução após prévia
segurança do juízo. Inviabilidade decretada. Contudo, há
possibilidade de exame da matéria em razão da mesma referir-se a
condição da ação a qual pode ser reconhecida ex officio a qualquer
tempo e grau de jurisdição independentemente da argüição da parte
ou do oferecimento dos embargos. Candido rangel dinamarco, a
respeito da pré – executividade, na obra "execução civil", ed.
Malheiros ed., Pág. 448/449 ensina que : "é preciso debelar o mito
dos embargos, que leva os juízes a uma atitude de espera,
postergando o conhecimento de questões que poderiam e deveriam
ter sido levantadas e conhecidas liminarmente, ou talvez
condicionando o seu conhecimento a oposição destes". Neste
sentido, também a lição de Nelson Nery Júnior e Rosa Maria
Andrade Nery, em seu "Código de Processo Civil e legislação
processual em vigor": "a nulidade do processo pode ser reconhecida
ex – officio, a qualquer tempo e grau de jurisdição,
independentemente da argüição da parte, ou do oferecimento dos
embargos. A regularidade processual, o "due process of law", e
matéria de ordem pública que não escapa ao crivo do juiz." (pág.
713, nota 1, ao art. 618, ed. 1994.) Ainda, Sálvio de Figueiredo
Teixeira na obra "prazo e nulidades em processo civil", pág. 56
"cuidando-se de nulidade absoluta, em que a violação do modelo
legal atinge não apenas ao interesse da parte, mas também ao
interesse público e a ordem jurídica, não depende ela de argüição da
parte, podendo e devendo ser declarada mesmo de ofício pelo juiz."
Nesse sentido, a orientação do Superior Tribunal de Justiça, no
recurso ordinário e mandado de segurança n 98/0050955 – 0, Rel.
Min. Ari Pargendler: ''excepcionalmente, admite-se a exceção de pré
– executividade, no âmbito da qual, sem o oferecimento da penhora,
o executado pode obter um provimento, positivo ou negativo, sobre
os pressupostos do processo ou sobre as condições da ação."
Recurso provido. (TAPR – AI 137731900 – (1215) – 3ª C.Cív. – Rel.
Juiz Conv. Eugênio Achille Grandinetti – DJPR 12.11.1999)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – MATÉRIA AVENTADA – SENTENÇA DE
MÉRITO, EM SEDE DE EMBARGOS À EXECUÇÃO E RECURSO
DE APELAÇÃO – DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO – Afronta
a coisa julgada. Recurso desprovido. A exceção de pré-
executividade argüida no caso de nulidade no processo executório,
trata-se de matéria de ordem pública, e como tal, cumpre ao juiz
conhecer de ofício e a qualquer tempo e grau de jurisdição, todavia,
requer, plausividade no pleito, a teor do par. 3 , do art. 267, do CPC.
Contudo, existe uma condicionante, desde que não proferida
sentença de mérito. No caso sub judice tendo sido exarada a
sentença de mérito, em sede de embargos do devedor e de recurso
de apelação, cuja decisão transitou em julgado, resulta quebrada a
indisponibilidade da matéria. Afronta a coisa julgada. Recurso que
não merece provimento. (TAPR – AI 146168500 – (9905) –
Paranavai – 5ª C.Cív. – Rel. Juiz Tufi Maron Filho – DJPR
12.11.1999)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – TAXAS


CONDOMINIAIS – Artigo 585, IV, do Código de Processo Civil.
Aplicabilidade. Comprovação do crédito por contrato escrito.
Ausência. Carência de ação. Configuração, devido a falta de uma de
suas condições específicas. Extinção do processo. Cabimento.
Condenação do vencido aos ônus sucumbenciais. Necessidade,
ante intervenção na causa pelo profissional, com a oportunidade de
exceção de pré-executividade. Sentença confirmada. Apelo
desprovido. O procedimento adequado para o condomínio reclamar
do condômino o pagamento das cotas atrasadas e o sumário,
consoante o previsto pelo artigo 275, II, "b", do Código de Processo
Civil. (TAPR – AC 141120500 – (9704) – Londrina – 8ª C.Cív. – Rel.
Juiz Sergio Arenhart – DJPR 19.11.1999)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – NÃO CONHECIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – Alegação de falta de requisitos legais e nota
promissória vinculada ao título e já prescrita. Matéria afeta aos
embargos da execução. Negado provimento ao recurso. (TAPR – AI
139044900 – (9347) – Curitiba – 6ª C.Cív. – Rel. Juiz Raitani
Condessa – DJPR 05.11.1999)

EXECUÇÃO – COBRANÇA DE PRÊMIO DE SEGURO – ART. 27


DO DECRETO-LEI Nº 73/66 – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ALEGAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE TÍTULO –
DOCUMENTOS JUNTADOS COM A EXORDIAL, CONTUDO, QUE
AUTORIZAM O PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO – Argüição de
que os papéis que foram subscritos pelo executado referem-se a
outro seguro. Contrato, porém, esse outro, cujos dados não foram
identificados, nem foi juntado aos autos anulação da sentença.
(TAPR – AC 141.665.900 – (11.664) – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Conv.
Antônio Renato Strapasson – DJPR 12.11.1999)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – NOMEAÇÃO DE BEM A


PENHORA – RECEBIMENTO EQUIVOCADO COMO EMBARGOS –
NULIDADE DO PROCESSO – APELAÇÃO PROVIDA E RECURSO
ADESIVO NÃO CONHECIDO, PORQUE DESERTO – Não tendo
havido embargos declara-se a nulidade do processo, devendo a
petição de fls .2 a 5 e documentos que a instruíram serem
encartados ao processo de execução, com posterior apreciação pelo
m.m. Juiz a quo das questões ali aventadas. Não se conhece de
recurso adesivo não preparado, haja vista que a ele devem ser
aplicadas as mesmas regras do recurso independente. (TAPR – AC
137154200 – (11859) – São José Dos Pinhais – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz
Costa Barros – DJPR 22.10.1999)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE – EXTINÇÃO DO PROCESSO DE
EXECUÇÃO POR AUSÊNCIA DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL –
IMPOSSIBILIDADE – AGRAVO NÃO PROVIDO – 1- O entendimento
de que o contrato de cheque especial não configura título executivo,
e construção jurisprudencial. A questão deve ser suscitada e
avaliada no processo incidental de embargos. 2- Tratando-se de
contrato assinado pelo devedor e por duas testemunhas nos termos
do artigo 585, II do Código de Processo Civil, é título executivo.
Formalmente em ordem o título e presentes os demais pressupostos
processuais, impõe a admissão do processamento da execução. 3-
A avaliação da extinção da execução, pelo entendimento da
desconstituição do contrato como título executivo, e individual e deve
ser levantada em fase de embargos, após seguro o juízo, posto
condição de admissibilidade da ação incidental. (TAPR – AI
139062700 – (9726) – Cascavel – 7ª C.Cív – Rel. Juiz Miguel Pessoa
– DJPR 15.10.1999)
AGRAVO DE INSTRUMENTO- PLEITO DO AGRAVANTE COMO
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SOB O FUNDAMENTO DE
SER A EXECUÇÃO NULA POR NÃO SER O TÍTULO EXECUTIVO
LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL ( ART. 618, I DO CPC)- NÃO
APRECIAÇÃO PELO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU AO
FUNDAMENTO DA NECESSIDADE DE PRIMEIRO ESTAR
SEGURO O JUÍZO ADMISSIBILIDADE DA EXCEÇÃO
INDEPENDENTE DE SEGURO O JUÍZO- HIPÓTESE QUE DIZ
RESPEITO ÀS CONDIÇÕES DA AÇÃO RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO – Ocorrendo violação de quaisquer dos pressupostos
processuais, para que a execução tenha regular andamento ( o que
aqui poderá ter ocorrido), poderá o executado valer-se da exceção
de pré-executividade, mesmo sem estar seguro o juízo, tudo isso
procurando-se evitar violência, arbitrariedade, na penhora de bens
de quem, eventualmente, não tinha contra si título líquido, passível
de execução, se a questão disser respeito a uma das condições a
ação. (TAPR – AI 140257300 – (9246) – Curitiba – 6ª C.Cív. – Rel.
Juiz Anny Mary Kuss – DJPR 08.10.1999)

APELAÇÃO CÍVEL – DECISÃO EM EXCEÇÃO DE "PRÉ-


EXECUTIVIDADE" AJUIZADA APÓS REJEIÇÃO LIMINAR DE
EMBARGOS A EXECUÇÃO EM SEDE RECURSAL – Alegação de
inexigibilidade, iliquidez e incerteza do título preclusão – inocorrência
– matéria não apreciada em 2 grau de jurisdição – carta de fiança –
nota promissória – título executivo extrajudicial líquido, certo e
exigível – decisão equivocada – recurso provido (TAPR – AC
135451800 – (9694) – Londrina – 7ª C.Cív – Rel. Juiz Prestes Mattar
– DJPR 08.10.1999)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FUNDADA EM


CONTRATO E NOTA PROMISSÓRIA – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – DISCUSSÃO SOBRE CLÁUSULAS E
ENCARGOS CONSIDERADOS ABUSIVOS – INADMISSIBILIDADE
– RECURSO PROVIDO – A exceção de pré-executividade e
modalidade de defesa que vem se admitindo, para extinguir a
execução, desde que fundada em ausência de título executivo ou
falta de pressupostos para a constituição e validade do processo de
execução, mas não se presta para a discussão de cláusulas
abusivas ou encargos financeiros, que exijam dilação probatória,
matérias próprias para os embargos do devedor, com observância do
devido processo legal. (TAPR – AI 144445900 – (12140) – 3ª C.Cív.
– Rel. Juiz Domingos Ramina – DJPR 29.10.1999)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO DE QUE O TÍTULO NÃO SE
REVESTE DE LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE –
AUSÊNCIA DE PRONTA COMPROVAÇÃO – Indeferimento. Agravo
improvido. Somente é de ser admitida a exceção de pré-
executividade quando o título exeqüendo, não se reveste, de pronto,
de liquidez, certeza e exigibilidade. (TAPR – AI 137275600 – (11524)
– Curitiba – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Costa Barros – DJPR 03.09.1999)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
DECISÃO QUE INDEFERE O PEDIDO DE SUSPENSÃO DAS
PRAÇAS DESIGNADAS – AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO –
NULIDADE – Recurso provido. (TAPR – AI 132881400 – (9367) – 8ª
C.Cív. – Rel. Juiz Conv. Renato Naves Barcellos – DJPR
24.09.1999)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EMBARGOS À


EXECUÇÃO OPOSIÇÃO SIMULTÂNEA – REPETIÇÃO DA
MATÉRIA – DECISÃO QUE CONSIDERA A VIA EXCEPCIONAL
PREJUDICADA – CORREÇÃO – RECURSO IMPROVIDO – Ainda
que não seguro o juízo, o executado pode alegar a nulidade da
execução. Se assim não o fizer, poderá fazê-lo através de embargos,
sendo indevido, todavia, o uso das duas vias. (TAPR – AI
139.555.700 – (11.465) – 2ª C.Cív. – Rel. Juiz Conv. Wilde Pugliese
– DJPR 17.09.1999)

AGRAVO DE INSTRUMENTO- EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE DESACOLHIDA- DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU
CORRETA- AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL EM
RECORRER NÃO CONFIGURADO EXECUÇÃO LASTREADA EM
INSTRUMENTO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA DEVIDAMENTE
FORMALIZADO – Nulidade do título não configurada- excesso de
execução- matéria que deve ser argüida em embargos do devedor-
ação de prestação de contas julgada extinta sem análise do mérito
impossibilidade de suspensão do processo até julgamento definitivo
desta – litigância de má-fé não configurada- recurso conhecido e
improvido. A exceção de pré-executividade somente e de ser
acolhida se se verificar desde logo nulidade que deverá ser
declarada até mesmo de ofício, porquanto não se justificaria
submeter o executado a maiores ônus quando logo de início fosse
visto que a execução não teria como prosperar, ante a existência de
irregularidade insanável. Não se pode acolher a preliminar de
ausência de interesse processual de agir, eis que o mm. Juiz a quo
decidiu conforme o que lhe foi proposto nos autos, sendo certo o
interesse do agravante, que teve seus pedidos não acolhidos, de que
a decisão fosse revista em grau de recurso. Não há como se acolher
a alegada inexigibilidade da citada confissão de dívida, oriunda de
contrato anterior, pois a pretendida volta ao passado não pode ser
feita na fase processual em questão, uma vez que ao efetuar a
novação de dividas anteriores, nos termos do art. 999, inciso I do
Código Civil, extinguiram-se estas últimas, sendo que, se existe
algum fato que possa macular a legitimidade do ato jurídico que as
sucedeu, tal só e possível nos embargos, visto que a dívida
confessada em instrumento de confissão formalmente perfeito, nada
havendo capaz de por em dúvida seu conteúdo, não se pode negar
validade do que nele foi pactuado, podendo ser objeto de execução.
Não se podendo permitir discussão, a não ser em sede de
embargos, a respeito do débito em si, quanto mais seu valor, correto
foi o despacho atacado quando desacolheu a exceção de pré-
executividade quanto ao alegado excesso de execução. Não há de
se acolher a suspensão da execução até julgamento final da ação de
prestação de contas, pois a sentença exarada naquele feito
entendeu faltar interesse de agir, extinguindo-o sem análise do
mérito e assim sendo, o fundamento aduzido para seu deferimento
deixa de ser insurgimento contra a ausência de condições da ação
através de argüição de nulidade de execução e nos próprios autos
desta. Não há como se acolher a litigância de má-fé visto que esta
não pode se caracterizar apenas pela utilização de recurso previsto
em lei, não se mostrando este protelatório, não se encontrando a
matéria preclusa. (TAPR – AI 134680500 – (8925) – Curitiba – 6ª
C.Cív. – Rel. Juiz Anny Mary Kuss – DJPR 06.08.1999)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE QUESTIONAMENTO DO VALOR EXIGIDO –
AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE NULIDADE DA EXECUÇÃO
– IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA – MATÉRIA A
SER ARGÜIDA EM EMBARGOS – ESCORREITA DECISÃO QUE
DEIXA DE ACOLHER O PEDIDO DE EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO –
AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO – Por certo que não se
apresenta justa a imposição da constituição de segurança do juízo
para que o executado obste o processamento de ação executiva
despida de validade; porém, o âmbito de atuação na exceção de pré-
executividade limita-se a matérias de Ordem Pública, sendo cabível
quando expressamente configurada uma causa de nulidade da
execução. Do reconhecimento da exigência de valores a maior no
processo não decorre sua nulidade, mas tão somente a procedência
parcial dos embargos à execução reduzindo-se o valor exequendo,
pretensão de redução cuja dedução e inviável na forma de exceção
de pré-executividade. (TAPR – AI 135359900 – (8980) – Curitiba – 6ª
C.Cív. – Rel. Juiz Anny Mary Kuss – DJPR 06.08.1999)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
INCIDENTAL DEFENSIVA INDEFERIDA – ALEGAÇÃO DE QUE A
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE IMPÕE PROCESSAMENTO
EM APENSO AOS AUTOS DE EXECUÇÃO, ASSIM COMO A
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA FOI IMOTIVADA. INSUBSISTÊNCIA
ARGUMENTATIVA. RECURSO DESPROVIDO – Ainda que admitida
pela jurisprudência, oriunda de interpretação doutrinária, a exceção
de pré-executividade inexige ser processada em autos separados.
Considerando que a R. Decisão hostilizada cotejou as assertivas das
partes envolvidas na lide, inclusive no que concerne aos arrestos
trazidos à colação, não há como enfermizá-la por carência de
fundamentação. (TAPR – AI 136180800 – (9317) – Curitiba – 7ª
C.Cív – Rel. Juiz Eduardo Fagundes – DJPR 06.08.1999)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO


DE INEXISTÊNCIA DE TÍTULO – Despacho que apenas reabre
prazo para manifestação dos atos até então praticados. Ausência de
lesividade. Art. 616 do CPC. Possibilidade de suprimento da falta.
Agravo a que se nega seguimento por manifestamente inadmissível.
(TAPR – AG 137.555.901 – (11.180) – 1ª C.Cív. – Rel. Juiz Conv.
Antônio Renato Strapasson – DJPR 06.08.1999)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – OPOSIÇÃO POR SÓCIO COTISTA
SEM PODERES DE GERÊNCIA, OBJETIVANDO LIBERAÇÃO DE
VALORES PECUNIÁRIOS QUE FORAM ARRESTADOS E
PENHORADOS – Indeferimento pelo juízo monocrático.
Possibilidade. Decisão reformada, com inversão da sucumbência.
Recurso provido. (TJPR – AI 0106429-1 – (20040) – 3ª C.Cív – Rel.
Des. Nerio Spessato Ferreira – DJPR 06.08.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – INADMISSIBILIDADE NA ESPÉCIE –
APLICAÇÃO DO ARTIGO 16 DA LEI Nº 6.830/80 – MEDIDA
ADEQUADA – RECURSO NÃO PROVIDO – DECISÃO UNÂNIME –
O sistema consagrado na Lei 6.830/80, artigo 16, não admite as
denominadas exceções de pré-executividade, sendo adequado para
impugnar as ações de execução fiscal os embargos à execução.
(TJPR – AI 0096061-4 – (7232) – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Antônio
Lopes de Noronha – DJPR 06.08.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXECUÇÃO FISCAL –


MATÉRIAS ATINENTES A EMBARGOS À EXECUÇÃO – Caráter
excepcional da exceção. Certidão de dívida ativa goza de presunção
de certeza e liquidez. Art. 3º da Lei nº 6.830/80. Agravo de
instrumento. Recurso improvido. (TJPR – AI 0104950-3 – (18719) –
4ª C.Cív – Rel. Des. Conv. Lauro Laertes de Oliveira – DJPR
14.05.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ALEGADA NULIDADE DA EXECUÇÃO
POR FALTA DE NOTIFICAÇÃO DO LANÇAMENTO –
DESNECESSIDADE DE TAL PROVIDÊNCIA – TRIBUTO
DECORRENTE DE AUTOLANÇAMENTO – Decisão correta.
Recurso improvido. (TJPR – AI 0101358-7 – (19557) – 3ª C.Cív. –
Rel. Des. Nerio Spessato Ferreira – DJPR 28.05.2001)

EXECUÇÃO – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – PEDIDO


FORMULADO POR ADVOGADO SUBSTABELECIDO – CARTA DE
SENTENÇA – AUSÊNCIA DO SUBSTABELECIMENTO – CPC,
ART. 590, INC. II – JUNTADA POSTERIOR – NULIDADE –
INOCORRÊNCIA – ILEGITIMIDADE ATIVA DO EXEQÜENTE,
PORQUE O ADVOGADO SUBSTABELECENTE NÃO TINHA
PODERES PARA ESSE ATO – DESNECESSIDADE
SUBSTABELECIMENTO SEM RESERVA DE PODERES –
LEGITIMIDADE PARA A EXECUÇÀO DOS HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS – LEI Nº 8.906/94, 26º EXCEÇÃO DE PRÉ -
EXECUTIVIDADE INDEFERIDA – AGRAVO DE INSTRUMENTO
IMPROVIDO – 1) Discorrendo sobre os requisitos da carta de
sentença, alcides de mendonça Lima preleciona que a falta de
qualquer das peças não é motivo da declaração de nulidade, por não
ser cominada em Lei (artigos 243 e 244) (comentários ao CPC, VI
vol., Tomo II, Forense, 1ª ED., p. 458). Daí resulta que a ausência de
alguma peça pode ser suprida, não ensejando a nulidade, de pronto,
da execução. 2) O advogado substabelecido, sem reserva de
poderes, é parte legítima para cobrar a verba honorária decorrente
da condenação, consoante se deduz, a contrato sensu, do contido
no art. 26 da Lei nº 8.906/94) Estatuto do Advogado). O
substabelecimento, ademais, não exige poderes especiais, a teor do
art. 38 do CPC. (TJPR – AI 0098417-4 – (6783) – 6ª C.Cív. – Rel.
Des. Leonardo Lustosa – DJPR 21.05.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL


– EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – INDEFERIMENTO PELO
JUIZ A QUO – DECISÃO CORRETA, EM FACE DA CONSTATADA
EXEQÜIBILIDADE DO TÍTULO – Excesso de execução. Tema que
deve ser debatido em sede de embargos, recurso improvido. (TJPR
– AI 0098356-6 – (18444) – 4ª C.Cív – Rel. Des. Dilmar Kessler –
DJPR 09.04.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA


RESTRITA – SUCESSÃO PROCESSUAL – ALEGAÇÃO DE
INEXISTÊNCIA DE BENS – PRESENTES REQUISITOS DA
EXECUTIVA – RECURSO DESPROVIDO – A exceção de pré-
executividade deve ficar restrita aos requisitos da execução, e desde
que a questão possa ser apreciada de pronto, independentemente
de produção de provas ou de aspectos fáticos, como in casu, onde a
existência de bens para fins do artigo 1.796, do Código Civil, não
resulta eficazmente esclarecida. (TJPR – AI 0101351-8 – (19105) –
2ª C.Cív. – Rel. Des. Conv. Luiz Lopes – DJPR 16.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – AUSÊNCIA DE EFICIENTE
DEMONSTRATIVO DA ALEGADA ILIQUIDEZ DO TÍTULO
EXECUTIVO – QUESTÃO DE ALTA INDAGAÇÃO A SER DIRIMIDA
EM SEDE DE EMBARGOS – Decisão correta. Recurso improvido.
(TJPR – AI 0097455-0 – (19159) – 3ª C.Cív. – Rel. Des. Nerio
Spessato Ferreira – DJPR 02.04.2001)

AGRAVO – AGRAVO DE INSTRUMENTO – NAGATIVA DE


SEGUIMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL – EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Admissibilidade, restritivamente, em
hipóteses de nulidade manifesta. Meio inadequado para opor-se à
eventual iliquidez do débito. Embargos. Oposição. Cabimento.
Previsão legal. Recurso conhecido e improvido, unânime. (TJPR –
AG 0102184-1/01 – (6437) – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Cordeiro Cleve –
DJPR 02.04.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


ADMISSIBILIDADE APENAS EM CASOS EXCEPCIONAIS –
INDEFERIMENTO MANTIDO – AGRAVO IMPROVIDO – Segundo
entendimento iterativo do colendo Superior Tribunal de Justiça, a
exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário/jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo
[4ª turma, Rel. Min. Ruy Rosado de aguiar, DJU 12.04.1999, p. 158],
não se prestando para examinar matérias amplas e variadas, só
suscetíveis de análise através da regular oposição de embargos,
depois de seguro o juízo. (TJPR – AI 0097457-4 – (6463) – 6ª C.Cív.
– Rel. Des. Leonardo Lustosa – DJPR 09.04.2001)
PROCESSO CIVIL – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS –
EXECUÇÃO FISCAL – Executada excluída da relação processual, a
pedido, após o oferecimento de exceção de pré-executividade.
Condenação da exeqüente na verba honorária equivalente a 10% do
valor exeqüendo. Aplicação do disposto no § 4º do artigo 20 do
código de processo civil. Pretensão à redução da condenação
afastada. (TJPR – AI 0099275-0 – (19473) – 1ª C.Cív. – Rel. Des.
Ulysses Lopes – DJPR. 02.04.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ


EXECUTIVIDADE – ARGÜIÇÃO DE TEMAS SOMENTE
EXAMINÁVEIS EM SEDE DE EMBARGOS – PRECEDENTES
JURISPRUDENCIAIS – RECURSO IMPROVIDO – Na estreita via da
exceção de pré-executividade somente poderão ser discutidas
matérias de ordem pública que possam ser reconhecidas ex officio
pelo juiz da causa. (TJPR – AI 0100612-2 – (6675) – 5ª C.Cív. – Rel.
Des. Bonejos Demchuk – DJPR 26.03.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – NÃO CABIMENTO – A exceção de pré-
executividade somente é cabível quando ausentes condições da
ação ou pressupostos processuais. Não se tratando de matéria que
possa o juiz conhecer de ofício a execução fiscal só pode ser
rebatida em sede de embargos à execução. (TJPR – AI 0098294-1 –
(6241) – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Jair Ramos Braga – DJPR 19.03.2001)

TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ACOLHIMENTO EM HIPÓTESES
EXCEPCIONAIS EM QUE A NULIDADE DO PROCESSO
EXECUTIVO É MANIFESTA E INCONTROVERSA – Exceção que,
no caso, suscita matéria deduzível em sede de embargos do
devedor, cujo prazo expirou. Rejeição. Desprovimento do recurso.
Referência legislativa: Lei nº 6.830/80, artigo 16, § 2º. (TJPR – AI
0097454-3 – (19108) – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Ulysses Lopes – DJPR
12.02.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – INADMISSIBILIDADE NA ESPÉCIE –
Medida de criação pretoriana, que, por limitar-se aos aspectos
formais dos pressupostos processuais, só excepcionalmente pode
ser aceita. Inconformismo da devedora que, ademais, abarcam
questões de mérito, reclamando equacionamento em campo
apropriado dos embargos à execução. Agravo improvido. (TJPR – AI
0097461-8 – (18818) – 2ª C.Cív. – Rel. Des. Darcy Nasser de Melo –
DJPR 19.02.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


ADMISSÃO ANTES DE EFETUADA A PENHORA – Impossibilidade,
salvo para argüição respeitante a pressupostos processuais ou
condições da ação. Agravo desprovido. (TJPR – AI 0096056-3 –
(6269) – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Fleury Fernandes – DJPR 05.02.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – CORRETA


A DECISÃO QUE NÃO ACOLHE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – MATÉRIA DE DEFESA QUE DEVE SER
ARGÜIDA NOS EMBARGOS – AGRAVO IMPROVIDO – A exceção
de pré-executividade somente deve ser acolhida se se verificar que
deve ser declarada até mesmo ex oficio, porém, não é o caso
quando a matéria de defesa é típica de ser argüida em sede de
embargos do devedor, meio processual que está à disposição
daquele que não se conforma com a execução sofrida e somente
após seguro o juízo pela penhora é que a matéria poderá ser
colocada em discussão pela ação desconstitutiva própria. (RT
735/300) (TJPR – AI 0096057-0 – (18045) – 4ª C.Cív. – Rel. Des.
Dilmar Kessler – DJPR 05.02.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, REJEITADA NA INSTÂNCIA A QUO –
VIABILIDADE – DECISÃO MANTIDA – RECURSO NÃO PROVIDO –
A decisão recorrida que não conheceu a matéria argüida pelo autor a
título de exceção de pré-executividade, entendendo-a matéria a ser
tratada em sede de embargos à execução e, portanto, impossível de
ser conhecida de ofício pelo juízo singular, é de ser mantida por seus
próprios fundamentos. (TJPR – AI 0097458-1 – (18048) – 4ª C.Cív. –
Rel. Des. Wanderlei Resende – DJPR 05.02.2001)

EXECUÇÃO – TÍTULO JUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – COBRANÇA DE HONORÁRIOS, POR
ADVOGADO, FIXADOS EM DECISÃO JUDICIAL – ARGÜIÇÃO DE
ESTAR O PROCESSO SUSPENSO – JULGAMENTO OCORRIDO
FORA DO PERÍODO DE SUSPENSÃO – TÍTULO FORMALMENTE
PERFEITO – OBJEÇÃO AFASTADA – RECURSO DESPROVIDO –
Demonstrado, quantum satis, que a decisão judicial que veio a
condenar a parte sucumbente em honorários advocatícios, foi
prolatada após o pedido de suspensão do recurso, deferido pelo
relator por prazo determinado, há de se afastar eventual vício na
formação do título executivo. (TJPR – AI 0105525-4 – (19795) – 1ª
C.Cív. – Rel. Des. Conv. Airvaldo Stela Alves – DJPR. 04.06.2001)

TAPR-081176) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO PARA O
FIM DE, EXCEPCIONALMENTE, SUSPENDER A EXECUÇÃO.
EXISTÊNCIA DE PREJUDICIAL EXTERNA TRANSITADO EM
JULGADO. ACÓRDÃO. OMISSÃO. FINS DE
PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA DE REFERÊNCIA
EXPRESSA DE DISPOSITIVO VIOLADO. INOCORRÊNCIA.
ABORDE SUFICIENTEMENTE EXPLICITADO. RECURSO
REJEITADO.
Por unanimidade de votos, rejeitaram os Embargos.
(Embargos de Declaração nº 0188925 -0/01, Ac. 13461, 5ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 22.05.2002,
DJ 07.06.2002)

TAPR-081161) AGRAVO DE INSTRUMENTO. 1. INEXISTÊNCIA DE


CERTIDÃO DE INTIMAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA.
IRRELEVÂNCIA. TEMPESTIVIDADE VERIFICADA POR MEIO DE
OUTRAS EVIDÊNCIAS. 2. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
OPOSTA CONTRA SENTENÇA QUE JULGOU EXTINTO
EMBARGOS DE TERCEIRO POR FALTA DE PREPARO DE
CUSTAS À MÍNGUA DE INTIMAÇÃO PESSOAL DA PARTE.
INDEFERIMENTO.
Em sede de exceção de pré-executividade não é cabível discussão
sobre matéria própria de Apelação que deixou de ser interposta no
prazo legal. Preclusão. Decisão mantida. Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185211 -9, Ac. 13651, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Campo Largo, Relª. Juíza Maria Aparecida Blanco de
Lima. j. 27.05.2002, DJ 07.06.2002)

TAPR-081147) AGRAVO INOMINADO. INTERPOSIÇÃO CONTRA


DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO A AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. MATÉRIA
FÁTICA. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA.
IMPROPRIEDADE DO INCIDENTE. INDEFERIMENTO
CONFIRMADO. RECURSO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo nº 0195628 -7/01, Ac. 13624, 8ª Câmara Cível do TAPR,
Curitiba, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi. j. 20.05.2002, D J
07.06.2002)

TAPR-081127) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO FISCAL


- EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - NÃO CABIMENTO -
RECURSO IMPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0195574 -4, Ac. 15365, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Paulo Roberto Hapner. j. 04.06.2002, DJ
14.06.2002)

TAPR-080923) AGRAVO DE INSTRUMENTO - ARGÜIÇÃO DE


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - QUESTÕES JÁ ALEGADAS
E DECIDIDAS EM EMBARGOS À EXECUÇÃO - INCIDÊNCIA DOS
EFEITOS DA COISA JULGADA - IMPOSSIBILIDADE DE NOVA
DISCUSSÃO - RECURSO DESPROVIDO.
"É de ser acolhida a preliminar, argüida na resposta apresentada
pelo agravado e confirmada pelo douto parecer ministerial,
apontando a coisa julgada, "ex vi" do disposto no artigo 467 do
CPC."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0183159 -6, Ac. 12926, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Cornélio Procópio, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j.
26.11.2001, DJ 07.12.2001)

TAPR-080920) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
MEDIDA CAUTELAR E AÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO
CUMULADA COM PERDAS E DANOS. CONEXÃO.
IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO ANTE A AUSÊNCIA
DE OPOSIÇÃO DE EMBARGOS. RECURSO DESPROVIDO.
Vê-se, portanto, que o primeiro critério a autorizar que a matéria seja
deduzida por meio de exceção ou objeção de pré-executividade é o
de que se trate de matéria ligada à admissibilidade da execução, e
seja, portanto, conhecível de ofício e a qualquer tempo.
O segundo dos critérios é o relativo à perceptibilidade do vício
apontado. A necessidade de uma instrução trabalhosa é demorada,
como regra, inviabiliza a discussão do defeito apontado no bojo do
processo de execução, sob pena de que esse se desnature. Na
verdade, ambos os critérios devem estar presentes, para que se
possa admitir a apresentação de exceção ou objeção de pré-
executividade.
Para que se verifique eventual conexidade entre o processo de
execução e Medida Cautelar e Ação Ordinária movida pelos
devedores, faz-se obrigatório o oferecimento dos Embargos do
Devedor, não sendo possível reconhecer a ocorrência do fenômeno
da conexão em sede de exceção de pré-executividade.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0184768 -9, Ac. 12934, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
26.11.2001, DJ 07.12.2001)

TAPR-080884) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO


HIPOTECÁRIA - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR -
INCIDÊNCIA - DECISÃO JUDICIAL AUTORIZANDO O DEPÓSITO
DAS PRESTAÇÕES DO FINANCIAMENTO - NÃO
CONFIGURAÇÃO DO INADIMPLEMENTO DA EXECUTADA -
PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO INADMISSÍVEL - MATÉRIAS
QUE NÃO PODEM SER DECIDIDAS EM EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
1. A exceção de pré-executividade se circunscreve ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e as condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos Ex Officio.
2. A instalação do processo executivo se satisfaz com a existência
de título certo e exigível, sendo que a penhora e os atos
subsequentes ficam condicionados a prévia apuração do quantum
debeatur.
3. Inexorável é a sujeição do contrato em exame ao Código de
Defesa do consumidor, dada a sua natureza de mutuo, pelo que há
que se observar, no exame do desdobramento da relação contratual,
as seqüelas decorrentes dessa configuração jurídica.
4. Ante a pendência de Ação Revisional através da qual estão sendo
discutidas as cláusulas do contrato, e notadamente diante dos
depósitos das prestações em Juízo, não há que se falar em plena
configuração da mora ou em inadimplemento da executada.
5. A presente execução, portanto, não pode prosseguir, devendo ser
suspensa, até que seja apurado o quantum debeatur, que resultara
da decisão da Ação Revisional, pois ausente um requisito básico
para tanto previsto no artigo 580 do Código de Processo Civil.
Recurso conhecido e não provido, suspendendo de ofício a
execução.
(Agravo de Instrumento nº 0169603 -7, Ac. 15027, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 05. 12.2001, DJ
01.02.2002)

TAPR-080835) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO -


PENHORA DE QUOTAS SOCIAIS - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE NÃO JULGADA - APRECIAÇÃO PELO
TRIBUNAL - IMPOSSIBILIDADE - DETERMINAÇÃO PARA QUE A
QUESTÃO SEJA SOLUCIONADA.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 0181598 -5, Ac. 15076, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Rogério Coelho. j. 04.12.2001, DJ
01.02.2002)

TAPR-080782) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE -
Alegação de carência de exigibilidade do titulo exequendo, diante da
quitação pelos devedores da correspondente divida, invocando-se o
principio da exceptio non adimpleti contractus.
Necessidade de dilação probatória. Afirmação de abusividade das
clausulas contratuais. Impropriedade do remédio processual
manejado pela parte recorrente, imprescindibilidade de ação de
conhecimento. Inexistência de manifesta nulidade do titulo ou do
feito expropriatório. Decisão mantida. Recurso não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0175317 -3, Ac. 12914, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Ronald Juares Moro. j. 05.12.2001, DJ
01.02.2002)

TAPR-080771) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO DE TITULO EXTRAJUDICIAL.
Ato recorrido que, de oficio, atendeu pleito de antecipação de tutela,
embutida em incidental de exceção de pré-executividade (objeto de
Agravo de Instrumento diverso), suspendendo os efeitos do protesto
em atenção a idoneidade do executado. Impropriedade. Tutela
cabível somente nas ações de conhecimento. Recurso provido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185140 -5, Ac. 12891, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 05.12.2001, DJ
01.02.2002)

TAPR-080682) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DESPEJO


COBRANÇA DE ALUGUERES. EXECUÇÃO DE SENTENÇA.
ACOLHIDA EXCEÇÃO DE PRÉ - EXECUTIVIDADE ARGÜIDA
PELOS FIADORES. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO. INOCORRÊNCIA.
CITAÇÃO VALIDA. REVELIA CONFIRMADA NA SENTENÇA.
COISA JULGADA. DECISÃO REFORMADA. RECURSO PROVIDO.
Acolher-se a exceção de pré-executividade deduzida pelos fiadores
com o fim de extinguir a execução contra estes movida, após o
transito em julgado da sentença que os condenou ao pagamento dos
alugueres atrasados, seria reformar decisão que já fez coisa julgada,
em afronta ao artigo 474, do Código de Processo Civil.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0184230 -0, Ac. 13322, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Miguel Pessoa. j. 03.12.2001, DJ
01.02.2002)

TAPR-080665) EXECUÇÃO DE TITULO JUDICIAL -


SUCUMBÊNCIA - EMBARGOS A EXECUÇÃO JULGADOS
IMPROCEDENTES - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
REJEIÇÃO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - RECLAMADOS
PELA PARTE - POSSIBILIDADE - FACULDADE DA COBRANÇA
PELO ADVOGADO - DEMONSTRATIVO DO DEBITO -
SUFICIÊNCIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
"Decidiu o STJ, 4ª Turma, REsp. Nº 163.893 - RS, Min. Ruy Rosado.
'Os honorários do advogado, embora pertençam ao advogado e
constituam direito autônomo para a sua execução, podem ser
incluídos na execução promovida pela parte que venceu a ação de
indenização, especialmente quando profissional da ação de
conhecimento e o mesmo que patrocina a execução."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0184045 -1, Ac. 12985, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 10.12.2001,
DJ 01.02.2002)

TAPR-080657) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ARGÜIÇÃO DE NULIDADE
DO TITULO, POR INCOMPLETO, NOS PRÓPRIOS AUTOS DA
AÇÃO - INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DIVIDA
ORIGINADO DE CONTRATO DE EMPRÉSTIMO EM CONTA
CORRENTE - TITULO APTO, EM PRINCIPIO, A EXECUÇÃO -
POSSIBILIDADE DE SEREM DISCUTIDAS AS AVENCAS QUE LHE
DERAM ORIGEM - DILAÇÃO A SER PROCESSADA POR MEIO DE
EMBARGOS - NULIDADE NÃO RECONHECIDA DE PLANO -
RECURSO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185707 -0, Ac. 12970, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Corbélia, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi. j. 10.12.2001,
DJ 01.02.2002)

TAPR-080639) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO JUDICIAL - NOMEAÇÃO DE BENS A PENHORA E
OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE POR UM
DOS DEVEDORES - AUSÊNCIA DE APRECIAÇÃO PELO
JULGADOR SINGULAR - INVIABILIDADE - IMPOSSIBILIDADE DA
CONTINUIDADE DA EXECUÇÃO, COM DEVOLUÇÃO DO DIREITO
DE NOMEAÇÃO AO CREDOR.
Decisão cassada. Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 0184516 -5, Ac. 14845, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mário Rau. j. 04.12.2001, DJ
01.02.2002).

TAPR-080587) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO


DE CONFISSÃO DE DÍVIDA ORIGINÁRIA DE CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - TÍTULO
EXECUTIVO NOS TERMOS DO ART. 585, II, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL - LIMITE CONSTITUCIONAL DE JUROS -
NORMA NÃO AUTO-APLICÁVEL - TR - SUBSTITUIÇÃO PELO
INPC - MULTA CONTRATUAL - REDUÇÃO PARA 2% SOBRE O
DÉBITO, EM FACE DO DISPOSTO NO ART. 52, 1º DO CÓDIGO
DE DEFESA DO CONSUMIDOR - AGRAVO PARCIALMENTE
PROVIDO.
1. O instrumento de confissão de dívida configura título executivo
extrajudicial, nos termos do art. 585, II, do Código de Processo Civil,
independentemente da dívida confessada ter origem em contrato de
abertura de crédito rotativo.
2. Como as instituições financeiras não estão sujeitas ao limite das
taxas de juros estabelecidas pelo Decreto nº 22.929/33, consoa nte
Enunciado da Súmula 596 do STF, e o disposto no artigo 192, 3º, da
Constituição Federal, não é auto aplicável, dependendo ainda de
regulamentação legislativa, prevalecem os juros pactuados pelas
partes.
3. A utilização da Taxa Referencial (TR) como fator de atualização
das dívidas acarreta um ônus maior aos mutuários, pois é taxa
remuneratória do capital, contrariando a sua finalidade precípua que
é a da simples recomposição do poder aquisitivo da moeda, devendo
ser substituída pelo INPC, que melhor reflete a desvalorização da
moeda.
4. Como os contratos bancários em geral estão submetidos ao
Código de Defesa do Consumidor, é ilegal a multa moratória de 10%
sobre o valor da dívida, ficando reduzida para 2%.
(Agravo de Instrumento nº 0186110 -1, Ac. 15245, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Santo Antônio da Platina, Rel. Juiz Domingos Ramina. j.
06.02.2002, DJ 22.02.2002).

TAPR-080513) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE FINANCIAMENTO EM
CONTA-CORRENTE E DE CRÉDITO DIREITO AO CONSUMIDOR -
LIQUIDEZ NÃO AFASTADA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
- NÃO CABIMENTO - MATÉRIA A SER DISCUTIDA NA SEARA
DOS EMBARGOS DO DEVEDOR.
1. Constando do contrato de financiamento o valor mutuado, em
quantia certa, a ser paga em uma única parcela, não incide, in casu,
o entendimento da Súmula 233 da Corte Superior.
2. O contrato de financiamento com valor fixo, formalmente hígido,
permite ao devedor, em sede de embargos, a discussão da origem
da dívida, mas não tem o condão de retirar a executividade do título
extrajudicial.
3. Não há como acolher a exceção de pré-executividade na qual é
suscitada matéria própria da Seara dos embargos do devedor,
máxime quando o título executivo extrajudicial traduz aparência de
liquidez, certeza e exigibilidade e quando o exame das questões
aventadas depende de dilação probatória. Recurso conhecido e não
provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0186220 -2, Ac. 15164, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Cianorte, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 06.02. 2002, DJ
01.03.2002).
TAPR-080501) AGRAVO INOMINADO. NEGATIVA DE
SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO PORQUE
MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE A PRETENSÃO DEDUZIDA.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. VIA INADEQUADA PARA
PROPICIAR A DISCUSSÃO DO DEMONSTRATIVO DE DÉBITO
APRESENTADO PELO CREDOR. PRECEDENTES DO STJ.
RECURSO IMPROVIDO.
1. A exceção dilatória não se presta para propiciar a discussão de
matérias oponíveis em sede de embargos a execução, via própria
para a produção de todas as provas tendentes a obstaculizar o
processamento do feito executivo.
2. Referido incidente processual constitui hipótese de acolhimento
excepcional, quando manifesta a nulidade do título executivo, não
podendo ser utilizado para subverter o andamento do processo,
transformando-se em elemento de postergação do pagamento, em
expressa violação ao que determina a legislação pátria.
(Agravo nº 0187071 -3/01, Ac. 15259, 3ª Câmara Cível do TAPR,
Ponta Grossa, Rel. Juiz Luiz Zarpelon. j. 19.02.2002, DJ
01.03.2002).

TAPR-080456) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - DECISÃO QUE INDEFERIU EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - PEDIDO DE NULIDADE DOS ATOS
ANTERIORMENTE PRATICADOS PELO CREDOR POR FALTA DE
REPRESENTAÇÃO - JUNTADA POSTERIOR DE PROCURAÇÃO
QUE SANOU O VÍCIO - EXTINÇÃO DO FEITO POR ABANDONO
DA AÇÃO - NÃO OCORRÊNCIA - ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DA
PENHORA - BEM DE FAMÍLIA - NÃO CONFIGURAÇÃO - FRAUDE
A EXECUÇÃO - OCORRÊNCIA - RECURSO DESPROVIDO.
"Não comprovando residir no bem imóvel tido como impenhorável,
requisito indispensável para obtenção do benefício legal pleiteado
(art. 10, da Lei 8.009/90), revela-se válida e eficaz a constrição
judicial levada a efeito sobre o mesmo". (TAPR)
"Tendo este alienado o único bem capaz de garantir a dívida, quando
já havia sido ajuizada a execução e não indicando outros bens
passíveis de alienação, resta caracterizada a fraude a execução".
(TAPR)
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172602 -5, Ac. 13076, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Ponta Grossa, Rel. Juiz Conv. Glademir Vidal Antunes
Panizzi. j. 18.02.2002, DJ 01.03.2002)

TAPR-080362) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - EXCESSO DE EXECUÇÃO E
IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA - EXECUÇÃO DE
TÍTULO JUDICIAL - AÇÃO DE COBRANÇA DE TAXAS
CONDOMINIAIS - ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE EXECUÇÃO QUE
NÃO NULIFICA O TÍTULO - POSSIBILIDADE DE PENHORA DO
BEM DE FAMÍLIA NO CASO, EM FACE DO DISPOSTO NO
ARTIGO 3º, IV, DA LEI Nº 8.009/90 - RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO.
A sentença transitada em julgado obriga, tem força cogente, força de
lei, conforme disposto no artigo 468 do CPC, e de seus efeitos não
pode uma das partes livrar-se por ato unilateral. Quanto ao excesso
de execução, tal matéria não pode ser objeto de exceção de pré-
executividade.
De acordo com a atual sistemática executória, a parte incumbe juntar
a memória de cálculo a respeito dos valores ditos líquidos e certos. A
parte adversa pode apresentar sua memória alternativa, e desde que
se instale a controvérsia, não havendo necessidade de produção de
prova, remanesce ao Juiz a faculdade de valer-se de seus auxiliares,
entre eles o Contador Judicial para a formação plausível do
convencimento, não procedendo a exceção oposta para, por tal
motivo, declarar-se nula a execução.
É passível de penhora o imóvel residencial da família, quando a
execução se referir a contribuições condominiais sobre ele incidentes
(RSTJ 107/309).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185450 -6, Ac. 12978, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j. 18.02.2002, DJ
08.03.2002)

TAPR-080338) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXCLUSÃO DE AVALISTA
QUE NÃO PARTICIPOU DA NOVAÇÃO. DECISÃO CORRETA.
RECURSO DESPROVIDO.
Se o avalista não participou da novação, que pode ser conceituada
como a constituição de uma obrigação nova, em substituição de
outra que fixa extinta, correta foi a sua exclusão da execução
forçada. ("in" Caio Mário. Instituições de Direito Civil, vol. II/192).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0186251 -7, Ac. 13109, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Engenheiro Beltrão, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j.
18.02.2002, DJ 08.03.2002)

TAPR-080336) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.


OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE
ILEGITIMIDADE PASSIVA. QUESTIONAMENTO DA VALIDADE E
EFICÁCIA DE CONTRATO DE FIANÇA, CONCEDIDA EM
LOCAÇÃO. CIRCUNSTÂNCIAS FÁTICAS A EXIGIR DILAÇÃO
PROBATÓRIA, OBSTANDO CONHECIMENTO DE PLANO.
DECISÃO CORRETA. AGRAVO DESPROVIDO.
Admite-se exceção de pré-executividade quando verse sobre
ausência de condições de ação e pressupostos processuais,
nulidades absolutas e matérias de ordem pública conhecíveis de
ofício, que sejam passíveis de serem conhecidas de plano, ou seja,
cujas circunstâncias fáticas não exijam dilação probatória
(Precedente).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0186507 -4, Ac. 13145, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Augusto Lopes Cortes. j. 25.02.2002, DJ
08.03.2002)

TAPR-080325) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL FUNDADA EM CONFISSÃO DE DÍVIDA -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ NÃO
CARACTERIZADA - EVENTUAL EXCESSO SEM EXPRESSÃO
PARA NULIFICAR O TÍTULO - RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título
executivo." (STJ).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0187644 -6, Ac. 13162, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 25.02.2002, DJ
08.03.2002)

TAPR-080192) AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. - INSTRUMENTO PARTICULAR DE
RENEGOCIAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO. - ALEGAÇÃO
DE ILIQUIDEZ DEVIDO A VÍCIOS DOS CONTRATOS
RENEGOCIADOS. - MATÉRIA ESTRANHA AO ÂMBITO DO
INCIDENTE. - RECURSO DESPROVIDO.
A exceção de pré-executividade é admissível desde que fundado na
falta de pressupostos para a constituição e validade do processo de
execução, quando a matéria é passível de conhecimento de ofício
pelo juiz e não depende de contraditório. A discussão sobre excesso
de execução ou ilegalidade de encargos cobrados nos contratos
originários que foram renegociados, constitui matéria estranha ao
âmbito do incidente.
Agravo desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185391 -2, Ac. 15184, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Campo Mourão, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 18.12.2001,
DJ 08.02.2002)

TAPR-080158) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO E LOCAÇÃO - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIA -
JURISPRUDENCIAL - LIMITAÇÕES - ALEGAÇÕES DE ILIQUIDEZ,
VERBAS INDEVIDAS, APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR - MATÉRIA DEPENDENTE DE QUESTIONAMENTO
EM SEDE DE EMBARGOS - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ -
INOCORRÊNCIA - EXCLUSÃO - RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO.
1. A chamada exceção de pré-executividade é defesa resultante de
construção jurisprudencial, restrita as hipóteses de nulidade
manifesta, em que se justifica abreviar-se a defesa
independentemente da oposição de embargos.
2. "A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo"
(STJ).
Por unanimidade de votos, deram provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 0185692 -4, Ac. 13531, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Prestes Mattar. j. 25.02.2002, DJ
15.03.2002)

TAPR-080148) EXECUÇÃO - TÍTULO JUDICIAL - EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEITADA - FIADOR QUE APENAS FOI
NOTIFICADO NA AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE
PAGAMENTO CUMULADA COM COBRANÇA - AÇÃO
PROCEDENTE CONTRA OS LOCATÁRIOS - DECISÃO DE 2ª
INSTÂNCIA DANDO PELA ILEGITIMIDADE DE PARTE DO FIADOR
SOMENTE NOTIFICADO, NA EXECUÇÃO - COISA JULGADA -
OCORRÊNCIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
É o fiador, que apenas foi notificado na ação de despejo por falta de
pagamento cumulado com cobrança, parte ilegítima passiva na
execução de título judicial. Assim, é de ser acolhida exceção de pré-
executividade que haja invocado essa circunstância.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0187567 -4, Ac. 13538, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Antônio Martelozzo. j. 25.02.2002, DJ
15.03.2002)

TAPR-080121) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - PRETENSÃO DE
SUSPENSÃO DO FEITO EXECUTIVO - JULGAMENTO DA
EXCEÇÃO COM A EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO.
- Recurso prejudicado.
(Agravo de Instrumento nº 0183760 -9, Ac. 15344, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 06.03.2002, DJ
22.03.2002)

TAPR-080115) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
TÍTULO HÁBIL - PRESSUPOSTO.
1. A configuração induvidosa do título hábil é pressuposto inafastável
da execução, sendo que não preenche tal requisito o contrato sobre
o qual pesa fundado questionamento quanto a sua própria natureza,
pelo que se impõe acolher a objeção e extinguir a execução.
2. A denominação da avenca por meio da qual um contrato se
apresenta deve ceder passo a operação econômica que
efetivamente estabelece o vínculo entre as partes, não sendo título
hábil para a execução aquele que na essência pode contradizer a
aparência. Recurso conhecido e provido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0189262 -2, Ac. 15346, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 06.03.2002, DJ
22.03.2002)

TAPR-080111) 1. AGRAVO DE INSTRUMENTO -


DESCUMPRIMENTO DO ARTIGO 526 DO C.P.C. -
IRREGULARIDADE QUE NÃO COMPROMETE O
CONHECIMENTO DO RECURSO - A OMISSÃO DO AGRAVANTE
EM ATENDER AO DISPOSTO NO ARTIGO 526 DO C.P.C.
CONSTITUI IRREGULARIDADE QUE NÃO PREJUDICA O
CONHECIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO EM VIRTUDE
DA LEI NÃO ESTABELECER ESTA CONDIÇÃO E POR NÃO
REDUNDAR EM PREJUÍZO A PARTE CONTRÁRIA.
2. Exceção de pré-executividade - incidente proposto como a
finalidade de afastar a TR como indexador do título - impossibilidade.
A exceção de pré-executividade tem por objeto a análise dos
pressupostos para a Constituição e validade do processo da
execução, e muito embora seu conhecimento seja possível a
qualquer momento ou fase do processo, não pode ser oposta com a
finalidade de afastar a cláusula que prevê a TR como indexador, pois
a validade ou não deste dispositivo não afeta a liquidez, certeza ou
exigibilidade do título executado.
(Agravo de Instrumento nº 0175754 -6, Ac. 15337, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Bandeirantes, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 12.03.2002, DJ
22.03.2002)

TAPR-080110) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE


EXECUÇÃO. COBRANÇA DE ALUGUÉIS E ENCARGOS
CONDOMINIAIS DEVIDOS POR FORÇA DE FIANÇA PRESTADA.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE FUNDADA NA ILIQUIDEZ
DO TÍTULO EXEQÜENDO PELA EXISTÊNCIA DE AÇÃO DE
DESPEJO AJUIZADA ANTERIORMENTE. PEDIDO DE EXTINÇÃO
DO PROCESSO EXECUTIVO E/OU REUNIÃO DE PROCESSOS.
INADMISSIBILIDADE.
A exceção dilatória constitui hipótese de acolhimento excepcional,
quando manifesta a nulidade do título executivo, vedada a argüição
de matérias estranhas ao seu âmbito e finalidade.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 0185455 -1, Ac. 15346, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Luiz Zarpelon. j. 26.02.2002, DJ
22.03.2002)

TAPR-080107) AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXCEÇÃO A PRÉ-


EXECUTIVIDADE. - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE. - FALTA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE DO TÍTULO. - NÃO CONFIGURAÇÃO DO TÍTULO
EXECUTIVO. - EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. - MATÉRIA QUE DEVE
SER DECLARADA DE OFÍCIO. - DECISÃO MONOCRÁTICA
REFORMADA. - RECURSO PROVIDO PARA DECLARAR A
EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO.
I. O contrato de abertura de crédito em conta corrente, a descoberto
ou com garantia cambial, cuja relevância, sem embargo de seu
caráter genérico, não respeita, ao menos diretamente, ao consumo,
tem sua autonomia atribuída pela executividade do título, ensejando
de forma peculiar, obstáculo ao devedor no sentido de providenciar
sua defesa quanto ao valor a ele atribuído.
II. Nas ações do processo de conhecimento, em sentido estrito,
caracterizam-se pela adstrição da atividade judicial e não mais ao
limite do pedido do credor.
III. Contudo, nas ações executivas, haja vista sua estrutura e
natureza, não se acomodam ao contrato de abertura de crédito em
conta corrente, pela perspectiva do direito substantivo posto em
causa, ao ensejar uma espécie de atividade muito diversa, do
sentido da ampla defesa e do contraditório não oferecidos nos
embargos decorrentes do processo de execução.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0187054 -2, Ac. 15357, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Tibagi, Rel. Juiz Lidio J. R. de Macedo. j. 05.03.2002, DJ
22.03.2002)

TAPR-080064) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO CONHECIDA PELO
JUÍZO A QUO. PRETENSÃO RECURSAL NO SENTIDO DE QUE
SEJA EXTINTA A EXECUÇÃO RECONHECENDO A ILIQUIDEZ DO
TÍTULO E APLICAÇÃO DA SÚMULA 233 DO STJ. PRETENSÃO
RECURSAL QUE NÃO PODE SER ALBERGADA SOB PENA DE
SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.
Agravo não conhecido.
Por unanimidade de votos, não conheceram.
(Agravo de Instrumento nº 0188098 -8, Ac. 13236, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Augusto Lopes Cortes. j. 11.03.2002,
DJ 22.03.2002)

TAPR-080063) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
EXECUÇÃO. RESCISÃO DE CONTRATO. CONEXÃO.
IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO ANTE A AUSÊNCIA
DE EMBARGOS. OMISSÃO INEXISTENTE. EFEITOS
INFRINGENTES. EMBARGOS REJEITADOS.
Os embargos de declaração não merecem ser acolhidos em razão
da inexistência de omissão ou contradição, uma vez que não deixou
o v. Acórdão de apreciar a fundamentação essencial do julgamento
da causa, como também não se presta para fins de pré-questionar
matérias, inexistindo violação ao art. 535, I e II, do Código de
Processo Civil.
Por unanimidade de votos, rejeitaram os embargos.
(Embargos de Declaração nº 0184768 -9/01, Ac. 13232, 8ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
04.03.2002, DJ 22.03.2002)
TAPR-080020) AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXECUÇÃO DE
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. - EXCEÇÃO A PRÉ-
EXECUTIVIDADE. - LIMITAÇÕES AO PROCEDIMENTO. -
INCIDENTE QUE DEVE OBSERVAR A REGULARIDADE
PROCEDIMENTAL IMPOSTA NA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA. -
RECURSO DESPROVIDO.
I. Este incidente tem por objetivo, efetivamente, possibilitar ao
devedor a argüição da falta de condição para a ação de execução.
Não contendo o título executivo eficácia executiva, esta não poderia
prosperar, contudo, esta matéria deve ser argüida incidentalmente,
desde que esteja devidamente caracterizada a carência de ação.
Este procedimento tem a possibilidade de esgotar os pontos
necessários para que seja demonstrada a liquidez, certeza ou
exigibilidade, ou não, do que se pretende cobrar, mas frise-se, esta
controvérsia não pode ser apreciada em sede de exceção, dado a
sua limitação de procedimento.
II. Assim, somente se o título não contiver eficácia executiva, o
magistrado deverá desde logo indeferi-lo, pronunciando-se sobre a
carência de ação, posto que, a própria limitação do incidente a ser
reformado em sede de agravo de instrumento, não permite a
utilização deste remédio incidental para tentar invocar a carência de
ação por falta de liquidez do título, quando presentes os requisitos
essenciais para a sua validade.
III. O cuidado a ser tomado nestas condições exige que a parte
comprove a carência de ação não pelos pontos a serem argüidos em
embargos, mas aqueles em que por não interposição cabe a
extinção da execução, até mesmo de ofício.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0187256 -6, Ac. 15385, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Lidio J. R. de Macedo. j. 19.03.2002, DJ
05.04.2002)

TAPR-079982) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO JUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - VÍCIO
NA FORMAÇÃO DO TÍTULO - MATÉRIA QUE EXIGE MAIOR
DILAÇÃO PROBATÓRIA - DECISÃO MANTIDA.
- Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0183773 -6, Ac. 13116, 6ª Câmara Cível
do TAPR, São Miguel do Iguaçu, Rel. Juiz Conv. Glademir Vidal
Antunes Panizzi. j. 18.03.2002, DJ 05.04.2002)

TAPR-079972) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE INACOLHIDA. ALEGADA
ILIQUIDEZ DO TÍTULO. APRECIAÇÃO APÓS DILAÇÃO
PROBATÓRIA. CONEXÃO. INEXISTÊNCIA. POSSIBILIDADE EM
HAVENDO OPOSIÇÃO DE EMBARGOS. DESPACHO CORRETO.
AGRAVO DESPROVIDO.
A exceção de pré-executividade só pode ser acolhida quando diga
respeito a validade formal do título e independa de comprovação.
Não há conexão entre execução e ação ordinária,
independentemente da oposição de embargos.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0186134 -1, Ac. 13125, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Mari a José Teixeira. j. 04.03.2002, DJ
05.04.2002)

TAPR-079971) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE INACOLHIDA. ALEGADA
ILIQUIDEZ DO TÍTULO. APRECIAÇÃO APÓS DILAÇÃO
PROBATÓRIA. CONEXÃO. INEXISTÊNCIA. POSSIBILIDADE EM
HAVENDO OPOSIÇÃO DE EMBARGOS. DESPACHO CORRETO.
AGRAVO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade só pode ser acolhida quando diga
respeito a validade formal do título e independa de comprovação".
"Não há conexão entre execução e ação ordinária,
independentemente da oposição de embargos."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0186166 -3, Ac. 13132, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Maria José Teixeira. j. 04.03.2002, DJ
05.04.2002)

TAPR-079814) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXCESSO DE EXECUÇÃO.
RECONHECIMENTO PELO JUÍZO MONOCRÁTICO. MATÉRIA
QUE NÃO É APRECIADA NO REFERIDO INCIDENTE
PROCESSUAL. RECURSO PROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
não tendo força para excluir parte do valor cobrado, o que só pode
ser admitido através de Embargos".
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0182906 -1, Ac. 13322, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
25.03.2002, DJ 12.04.2002)

TAPR-079813) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO DE TODAS MATÉRIAS DE
DEFESA. DESCONSTITUIÇÃO DO TÍTULO E EXCESSO DE
EXECUÇÃO. INDEFERIMENTO. DECISÃO CORRETA. MATÉRIA
QUE NÃO É APRECIADA NO REFERIDO INCIDENTE
PROCESSUAL. RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
não servindo para transmudar o processo executório em processo de
conhecimento, próprio para defesa de todas as matérias, inclusive
relativa a nulidade da execução ou excesso de execução, o que só
pode ser admitido através de Embargos".
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0183349 -0, Ac. 13335, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Porecatu, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
25.03.2002, DJ 12.04.2002)

TAPR-079811) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. DESCONSTITUIÇÃO DO TÍTULO. EXCESSO
DE EXECUÇÃO. INDEFERIMENTO. MATÉRIA QUE NÃO É
APRECIADA NO REFERIDO INCIDENTE PROCESSUAL.
RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
não servindo para transmudar o processo executório em processo de
conhecimento, próprio para defesa de todas as matérias, inclusive o
excesso de execução, o que só pode ser admitido através de
Embargos".
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0183986 -3, Ac. 13339, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
01.04.2002, DJ 12.04.2002)

TAPR-079809) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE LOCAÇÃO. FIANÇA.
RESPONSABILIDADE. CLÁUSULA. ENTREGA DA CHAVES.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE . IMPOSSIBILIDADE.
RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de nulidade processuais, não
podendo ante sua via estreita discutir o mérito."
Por maioria de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0184537 -4, Ac. 13360, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
25.03.2002, DJ 12.04.2002)
TAPR-079807) AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONFISSÃO DE
DÍVIDA. AUSÊNCIA. REQUISITOS ENSEJADORES DE TÍTULO
EXECUTIVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE. TÍTULO HÁBIL. MATÉRIA QUE NÃO É
APRECIÁVEL NO REFERIDO INCIDENTE PROCESSUAL.
RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
defesas outras só pode ser admitido através de Embargos".
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185 051-3, Ac. 13326, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
25.03.2002, DJ 12.04.2002)

TAPR-079805) AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONFISSÃO DE


DÍVIDA. AUSÊNCIA. REQUISITOS ENSEJADORES DE TÍTULO
EXECUTIVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE. TÍTULO HÁBIL. MATÉRIA QUE NÃO É
APRECIÁVEL NO REFERIDO INCIDENTE PROCESSUAL.
RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
defesas outras só pode ser admitido através de Embargos".
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185489 -7, Ac. 13323, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
25.03.2002, DJ 12.04.2002)

TAPR-079804) AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONFISSÃO DE


DÍVIDA. AUSÊNCIA. REQUISITOS ENSEJADORES DE TÍTULO
EXECUTIVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE. TÍTULO HÁBIL. MATÉRIA QUE NÃO É
APRECIÁVEL NO REFERIDO INCIDENTE PROCESSUAL.
RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
defesas outras só pode ser admitido através de Embargos".
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185592 -9, Ac. 13334, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
25.03.2002, DJ 12.04.2002)

TAPR-079678) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CONFISSÃO DE DÍVIDA - DÍVIDA
ORIGINÁRIA EM CONTRATO DE ABERTURA EM CONTA
CORRENTE - NOVAÇÃO - QUESTÃO NÃO DIRIMIDA ATRAVÉS
DA SIMPLES ANÁLISE DA DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA
NOS AUTOS - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - MATÉRIA A
SER CONHECIDA E DECIDIDA ATRAVÉS DE EMBARGOS DO
DEVEDOR - ENTENDIMENTOS JURISPRUDENCIAIS - DECISÃO
CORRETA.
Recurso conhecido e desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0189337 -4, Ac. 15606, 2ª Câmara Cível
do TAPR, São José dos Pinhais, Rel. Juiz Moraes Leite. j.
10.04.2002, DJ 26.04.2002)

TAPR-079619) AGRAVO DE INSTRUMENTO. CARTA


PRECATÓRIA. SUMÁRIO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA.
SUSPENSÃO DA ORDEM PELO JUÍZO DEPRECADO. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INADMISSIBILIDADE. INOCORRÊNCIA
DAS HIPÓTESES DO ART. 209, CPC. COMPETÊNCIA DO JUÍZO
DEPRECANTE (ARTS. 658 E 747, CPC). RECURSO IMPROVIDO.
1. O art. 209, do Código de Processo Civil enumera hipóteses
taxativas para a recusa pelo juízo deprecado ao cumprimento de
Carta Precatória: quando não estiver revestida dos requisitos legais,
carecer de competência ou dúvida acerca de sua autenticidade.

2. O artigo 658 CC o artigo 747, ambos do Código de Processo Civil


estabelecem a competência funcional do juízo deprecado somente
para os atos de instrução da execução, ou seja, a penhora, avaliação
e alienação de bens e respectivos incidentes.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0192638 -1, Ac. 13880, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Miguel Pessoa. j. 15.04.2002, DJ
26.04.2002)

TAPR-079611) AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONFISSÃO DE


DÍVIDA. AUSÊNCIA DE REQUISITOS ENSEJADORES DE TÍTULO
EXECUTIVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE. TÍTULO HÁBIL. MATÉRIA QUE NÃO É
APRECIÁVEL NO REFERIDO INCIDENTE PROCESSUAL.
RECURSO DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, possibilita ao Juiz reconhecer
somente de imediato a inadmissibilidade do processo executivo por
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais,
defesas outras só pode ser admitido através de embargos."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0187169 -8, Ac. 13484, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
15.04.2002, DJ 26.04.2002)

TAPR-079415) AGRAVO INSTRUMENTAL. INTERLOCUTÓRIO


DESACOLHENDO EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, OPOSTA
SOBRE CHEQUE REPORTANDO-O IMPRESSO DE JUROS
USURÁRIOS (ARTS. 1062/1063 CCB, 4º, 3º A LEI Nº 1.521/51),
INVESTINDO AO ART. 586, CPC AVENTO NULITÁRIO DESTA
(ART. 618, I, CPC). QUESTÃO PORÉM ALHEIA AO RESTRITO
CAMPO DA INTENTADA. EXCERTOS DOUTRINÁRIOS NESTA
CONTENÇÃO - TÍTULO INCONTROVERSAMENTE EMITIDO POR
AGRAVANTE, LITERALMENTE PERFEITO. DESESTIMA 'A QUO'
CONFORTADA.
Desprovimento, na porção conhecida.
(Agravo de Instrumento nº 0188536 -3, Ac. 13392, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Rel. Juiz Arno Knoerr. j. 03.05.2002, DJ
17.05.2002)

TAPR-079364) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CHEQUE - PRESCRIÇÃO - MATÉRIA
QUE NÃO É PASSÍVEL DE SER CONHECIDA DE OFÍCIO -
ARGÜIÇÃO EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
INADMISSIBILIDADE - PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA - NULIDADE DA DECISÃO QUE CONHECEU DA
EXCEÇÃO PROCLAMADA EX OFFICIO - RECURSO
PREJUDICADO.
Para opor-se a execução o legislador colocou a disposição do
devedor a ação incidental de embargos (CPC, livro II, título III); a
exceção de pré-executividade resulta de construção doutrinário-
jurisprudencial admissível apenas em situações excepcionais, como
sói ser a ausência de condições da ação, passível de ser conhecida
de ofício, o que não ocorre com a prescrição de direitos patrimoniais,
que reclama oportuna provocação em tempo e forma hábeis.
Processo civil. Execução. Exceção de pré-executividade.
Pressuposto. Inocorrência na espécie. Prescrição. Recurso
desacolhido.
A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo
(STJ).
(Agravo de Instrumento nº 0139643 -2, Ac. 15606, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 08.05.2002, DJ
24.05.2002)

TAPR-079361) RECURSO - AGRAVO DE INSTRUMENTO -


EXECUÇÃO - PRÉ-EXECUTIVIDADE ADMITIDA - DESPACHO
QUE NÃO RECEBEU O RECURSO DE APELAÇÃO POR ALEGADA
IMPROPRIEDADE DO MESMO - RECURSO CABÍVEL E O DE
AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO APELAÇÃO - DESPACHO QUE
E CONFIRMADO.
Admitida a exceção de pré-executividade apresentada em processo
de execução provisória, sem extinguir a execução, prosseguindo-se
em relação aos demais valores. Decisão que tem natureza
interlocutória, impugnável por agravo de instrumento e não por
apelação. Correto o despacho que indefere o prosseguimento da
apelação interposta. Artigo 162, § 2º, do Código de Processo Civil.
Recurso de agravo não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0188963 -0, Ac. 15631, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Sérgio Rodrigues. j. 08.05.2002, DJ
24.05.2002)

TAPR-079304) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PAGAMENTO DO DÉBITO. MATÉRIA A SER DISCUTIDA EM
EMBARGOS DO DEVEDOR. INTELIGÊNCIA DOS ART. 618, DO
CPC. TUTELA ANTECIPADA. EXCLUSÃO DO NOME DO
DEVEDOR DE CADASTROS RESTRITIVOS. INEXISTÊNCIA DE
DISCUSSÃO SOBRE A DÍVIDA. INDEFERIMENTO. RECURSO
IMPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0193016 -9, Curitiba, Ac. 13592, 8ª
Câmara Cível do TAPR, Relª. Ju íza Maria Aparecida Blanco de Lima.
j. 06.05.2002, DJ 24.05.2002)
TAPR-079279) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EMBARGOS A EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DECISÃO
QUE DETERMINA A JUNTADA DE DOCUMENTOS. DESPACHO
SEM CUNHO DECISÓRIO. DECISÃO MERAMENTE
ORDINATÓRIA. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO. RECURSO
DESPROVIDO.
1. É meramente ordinatório o despacho do juiz que apenas
impulsiona o andamento do processo, não destramando nenhuma
questão incidente.
2. Se a decisão agravada não traz em si nenhum conteúdo decisório,
tratando-se de despacho meramente ordinatório, nessa condição,
não comporta qualquer recurso, já que não produziu qualquer
gravame a parte a justificar sua interposição.
Por maioria de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0185087 -3, Ac. 15824, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Conv. Jurandyr Souza Júnior. j.
08.05.2002, DJ 07.06.2002)

TAPR-079272) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO - INEXISTÊNCIA DE TÍTULO
EXECUTIVO - INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 233 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA - CARÊNCIA DE AÇÃO EXECUTIVA.

1. O regime jurídico aplicável ao contrato não é definido pela


atribuição nominativa dada pelas partes e sim pelo conteúdo efetivo
das regras pactuadas, razão pela qual a denominação atribuída ao
contrato não afasta a sua verdadeira natureza.
2. A cédula de crédito bancário mediante a qual é aberto um crédito
rotativo em conta corrente em favor do eminente não configura título
executivo, pois não consubstancia obrigação de pagar quantia certa
e determinada, a luz da Súmula 233 do Superior Tribunal de Justiça.
Recurso conhecido e provido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0192658-3, Ac. 15853, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 15.05.2002, DJ
07.06.2002)

TAPR-079264) 1. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


INCIDENTE PROCESSUAL. JULGAMENTO. DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO
ADEQUADO. 2. INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE
DÍVIDA - TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. 3. ENCARGOS
ILEGAIS. DISCUSSÃO. AÇÃO DECLARATÓRIA. SUSPENSÃO DA
EXECUÇÃO POR PREJUDICIALIDADE. NECESSIDADE DE
EMBARGOS. MEDIDA PROTELATÓRIA. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
PUNIÇÃO ADEQUADA.
1. Sendo a exceção de pré-executividade um incidente processual
(passível de exame nos próprios autos), sua rejeição ocorre por
decisão interlocutória, recorrível por agravo.
2. O instrumento particular de confissão de dívida configura título
executivo (art. 585, II, CPC), e o fato de ter origem em contrato de
abertura de crédito em conta corrente não afasta esta qualidade.
3. A discussão sobre encargos ilegais ou sobre eventual
prejudicialidade por conta de ação declaratória, só tem vez em sede
de embargos, sendo afastada a pretensão protelatória argüida em
exceção de pré-executividade, com pena pela litigância de má-fé.
Recurso não provido.
(Agravo de Instrumento nº 0187198 -9, Ac. 15645. 3ª Câmara Cível
do TAPR, Catanduvas, Rel. Juiz Pericles Bellusci de Batista Pereira.
j. 21.05.2002, DJ 07.06.2002)

TAPR-079229) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DECISÃO


COLEGIADA. RECURSO DE APELAÇÃO. ALEGAÇÃO DE
CONTRADIÇÃO NA FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO.
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. INCIDENTE PROCESSUAL. EFEITO
INFRINGENTE. CONTRADIÇÃO. INOCORRÊNCIA.
IMPOSSIBILIDADE DE RENOVAR DISCUSSÃO ACERCA DE
MATÉRIA ATINGIDA PELA DECISÃO COLEGIADA.
Recurso rejeitado.
Por unanimidade de votos, rejeitaram os embargos.
(Embargos de Declaração nº 015895 9-7/01, Ac. 13631, 2ª Câmara
Cível do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Conv. Jurandyr Souza Júnior. j.
07.02.2001, DJ 23.02.2001)

TAPR-078979) APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO - ACOLHIMENTO


DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
DESCARACTERIZAÇÃO DO TÍTULO JUDICIAL ANTE A OMISSÃO
DA IMPORTÂNCIA DEVIDA A TÍTULO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS E CUSTAS PROCESSUAIS - INEXISTÊNCIA DA
OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO A FIM DE SANAR
A OMISSÃO - IMPROVIMENTO DA APELAÇÃO -
IMPOSSIBILIDADE DE CONHECIMENTO DA MATÉRIA VERSADA
NO RECURSO ADESIVO, POSTO NÃO TER SIDO DISCUTIDA EM
INSTÂNCIA INFERIOR - PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE
JURISDIÇÃO - RECURSO ADESIVO PREJUDICADO.
"A presença do caráter intrínseco de executividade do título judicial
também engloba as verbas sucumbenciais que, ausentes, geram a
sua iliquidez".
(Apelação Cível nº 0146077 -9, Ac. 11914, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Guarapuava, Rel. Juiz Rafael Augusto Cassetari. j.
23.04.2001, DJ 04.05.2001)

TAPR-078322) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE - LIMITAÇÃO AS QUESTÕES
EFETIVAMENTE DECIDIDAS - IMPOSSIBILIDADE DE AVANÇAR O
TRIBUNAL NO EXAME DAS MATÉRIAS NÃO ENFRENTADAS -
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO AJUIZADOS - RECURSO
DESPROVIDO.
O Tribunal está adstrito ao conhecimento das matérias efetivamente
decididas, sendo-lhe vedado avançar no exame de questões que
não foram objeto do pronunciamento judicial, sob pena de supressão
de um grau de jurisdição.
Silenciando o Juiz acerca de relevantes questões suscitadas, é de
rigor o manejo de Embargos de Declaração, a teor do inciso II do
artigo 535 do Código de Processo Civil.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0178228 -3, Ac. 12513, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 22.10.2001, DJ
09.11.2001)

TAPR-076836) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO EMBARGADA E


COM TRÂNSITO EM JULGADO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ARGÜIDA PELO CREDOR. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE.
IMPOSSIBILIDADE DE ACOLHIMENTO.
"Desmerece reparo a decisão que deixa de conhecer da matéria
relativa a pressupostos processuais e condições da ação executiva,
porque já acobertada pelo instituto da coisa julgada decorrente de
definitivo julgamento dos embargos à execução" (AI 50566-8, 3
Câmara Cível, TAPR, Relator então Juiz Pacheco Rocha).
Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento 0166199-6, Ac. 13609, 4ª Câmara Cível do
TAPR, Castro, Rel. Juiz Ruy Cunha Sobrinho. j. 21.02.2001, DJ
09.03.2001)

TAPR-076728) APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
EM CONTA CORRENTE - SUPER CHEQUE - DÉBITO
PRODUZIDO UNILATERALMENTE PELO CREDOR - AUSÊNCIA
DE TÍTULO EXECUTIVO LÍQUIDO E, ASSIM, DE INTERESSE
PROCESSUAL - EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO - ARTIGO 267, VI, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - RECURSO DESPROVIDO.
O contrato de abertura de crédito em conta corrente não é título
executivo extrajudicial, vez que o débito é produzido de forma
unilateral pelo credor, sem a intervenção do possível devedor e, com
a edição da Súmula 233, do Superior Tribunal de Justiça, tornou-se
pacifica a jurisprudência nesse sentido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0165911 -8, Ac. 11646, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Andira, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 05.03.2001, DJ
16.03.2001)

TAPR-076532) AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 167.006 -0, DE


PARANAGUÁ - 1ª VARA CÍVEL. AGRAVANTE: A. F. F.
AGRAVADO: H. O. B. RELATOR: JUIZ CONV. HAMILTON MUSSI
CORRÊA. AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ADMISSIBILIDADE.
A exceção de pré-executividade é admissível desde que fundada na
falta de pressupostos para a constituição e validade do processo de
execução, quando a matéria é passível de conhecimento de ofício
pelo Juiz e não dependa de contraditório.
Agravo prejudicado em parte e desprovido.
(Apelação Cível nº 0163787 -4, Ac. 14140, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 27.03.2001, DJ
20.04.01)

TAPR-076259) APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO -


SENTENÇA PROFERIDA EM EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE QUE EXTINGUIU A EXECUÇÃO POR
ENTENDER NÃO CONFIGURADO TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE (SAQUE FÁCIL - BRADESCO) - APELO DOS
EXECUTADOS PLEITEANDO UNICAMENTE A CONDENAÇÃO DO
BANCO EXEQÜENTE AO PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS - POSSIBILIDADE - APELO PROVIDO -
RECURSO ADESIVO - PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE
INEXISTENTE - AUSÊNCIA DE SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA -
RECURSO ADESIVO NÃO CONHECIDO.
1. A execução extinguiu-se por iniciativa dos devedores, com o
deferimento do pedido elaborado em exceção de pré-executividade,
diante do que se perfez o requisito objetivo da sucumbência,
devendo haver condenação da parte vencida ao pagamento dos
honorários advocatícios devidos ao patrono da parte vencedora.
2. Somente é admissível o Recurso Adesivo quando se verificou, na
sentença, a sucumbência recíproca, inexistente na causa em exame
(art. 500, 'caput', do CPC). Não pode o exeqüente valer-se da
apelação interposta pelos devedores - com o objetivo único de
pleitear a condenação em honorários - para recorrer adesivamente,
requerendo a reforma completa do 'decisum', com prazo mais
dilatado, pois na condição de sucumbente deveria ter apelado da
sentença, nos quinze dias seguintes a sua publicação.
(Apelação Cível nº 0161245 -3, Ac. 12070, 5ª Câmar a Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Ronald Juarez Moro. j. 09.05.2001, DJ
25.05.2001)

TAPR-075887) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


INSTRUMENTO PARTICULAR DE OUTORGA DE OPÇÃO PARA
AQUISIÇÃO DE UNIDADE HABITACIONAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO - ALEGADO
CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO - AUSENTE PROVA CABAL -
REJEIÇÃO CONFIRMADA - AGRAVO DE INSTRUMENTO
DESPROVIDO. ESTA COLENDA 8ª CÂMARA CÍVEL ASSENTOU
NO ACÓRDÃO Nº 11198 RELATADO POR ESTE JUIZ:
"A exceção de pré-executividade, criação doutrinária, admitida pela
jurisprudência, constitui incidente defensivo na execução, limitada
sua abrangência a matéria suscetível de conhecimento de ofício ou a
nulidade do título, dependendo o seu acolhimento de prova cabal do
fato alegado".
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0169573 -4, Ac. 12267, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 06.08.2001,
DJ 17.08.2001)

TAPR-075805) APELAÇÃO CÍVEL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
ROTATIVO. SÚMULA 233 DO STJ. NÃO CONFIGURAÇÃO DE
TÍTULO EXECUTIVO. NULIDADE DA EXECUÇÃO. RECURSO
DESPROVIDO.
De acordo com o Enunciado da Súmula 233, "o contrato de abertura
de crédito, ainda que acompanhado de extrato de conta corrente,
não é título executivo."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0174760 -0, Ac. 12283, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j. 06.08.2001,
DJ 24.08.2001)

TAPR-075485) APELAÇÃO CÍVEL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. INSTRUMENTO PARTICULAR DE
EMPRÉSTIMO EM CONTA CORRENTE. AUSÊNCIA DE
ASSINATURA DE UMA DAS TESTEMUNHAS NO CONTRATO.
ALEGAÇÃO DE MAL POSICIONAMENTO DAS ASSINATURAS.
INOCORRÊNCIA. CONTRATO E NOTA PROMISSÓRIA SEM
PODER EXECUTIVO. RECURSO DESPROVIDO.
Contrato não subscrito por duas testemunhas não é título executivo.
A nota promissória emitida em garantia da dívida principal segue a
sorte da invalidação do contrato, pois a ele está vinculada.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0176411 -0, Ac. 12502, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j. 10.09.2001,
DJ 21.09.2001)
TAPR-075157) APELAÇÃO CÍVEL - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - INCIDÊNCIA
DA LEI 8.906/94, ART. 22 - DIREITO PERSONALÍSSIMO - NÃO
COMPENSAÇÃO.
1. Perante o novel Estatuto da Advocacia, a prestação de serviço
profissional assegura a percepção da verba honorária.
2. Porquanto os honorários consistem em direito autônomo do
advogado não se compensando com eventual débito do seu
patrocinado.
3. "O escopo maior da lei é assegurar aos advogados a percepção
dos honorários, garantir que estes ao advogado pertencem."
Recurso conhecido e provido.
Por maioria de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0176900 -2, Ac. 14762, 2ª Câmara Cível do
TAPR, Ponta Grossa, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 19.09.2001, DJ
26.10.2001).

TAPR-075054) APELAÇÃO CÍVEL. - EXECUÇÃO. - CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. - EXCEÇÃO A
PRÉ-EXECUTIVIDADE. - EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. - DECISÃO
ACERTADA. - VERBA HONORÁRIA DEVIDA. - SENTENÇA
REFORMADA EM PARTE PARA FIXAÇÃO DA VERBA
HONORÁRIA. - RECURSO PROVIDO.
I. Em verdade, ao ser extinta a execução, não foi fixada verba
honorária, e diante do cotejo das demais alíneas do § 3º, d o art. 20,
do CPC, quais sejam, o grau de zelo do profissional e a natureza e
importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo
exigido para o seu serviço, impõe-se a fixação da verba honorária
em vista o acolhimento do pedido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Apelação Cível nº 0178503 -1, Ac. 14853, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Colorado, Rel. Juiz Lídio J. R. de Macedo. j. 16.10.2001, DJ
09.11.2001)
TAPR-074979) APELAÇÃO CÍVEL. - EXCEÇÃO À PRÉ-
EXECUTIVIDADE. - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE. - FALTA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE DO TÍTULO. - NÃO CONFIGURAÇÃO DO TÍTULO
EXECUTIVO. - EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. - DECISÃO
ACERTADA. - SENTENÇA MANTIDA. - RECURSO DESPROVIDO.
I. O contrato de abertura de crédito em conta corrente, a descoberto
ou com garantia cambial, cuja relevância, sem embargo de seu
caráter genérico, não respeita, ao menos diretamente, ao consumo,
tem sua autonomia atribuída pela executividade do título, ensejando
de forma peculiar, obstáculo ao devedor no sentido de providenciar
sua defesa quanto ao valor a ele atribuído.
II. Nas ações do processo de conhecimento, em sentido estrito,
caracterizam-se pela adstrição da atividade judicial e não mais ao
limite do pedido do credor.
III. Nas ações executivas, haja vista sua estrutura e natureza, não se
acomodam ao contrato de abertura de crédito em conta corrente,
pela perspectiva do direito substantivo posto em causa, ao ensejar
uma espécie de atividade muito diversa, do sentido da ampla defesa
e do contraditório não oferecidos nos embargos decorrentes do
processo de execução.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0180206 -8, Ac. 14928, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Assis Chateaubriand, Rel. Juiz Lídio J. R. de Macedo. j.
30.10.2001, DJ 23.11.2001)

TAPR-074843) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


DUPLICATA ENDOSSADA - COMPRA DE ATIVOS - FACTORING -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - FOTOCÓPIA DO TÍTULO -
NULIDADE - EXTINÇÃO DO PROCESSO CONFIRMADA -
APELAÇÃO DESPROVIDA. "EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL - DUPLICATA - FOTOCÓPIA -
INADMISSIBILIDADE - RECURSO PROVIDO.
Cuidando-se de execução de título extrajudicial, aparelhada em
duplicata, a apresentação do original é de rigor, evitando-se, desta
forma, a sua circulação." (Apelação Cível nº 89.547-8 - Sexta
Câmara Cível - Ac. nº 4890 - Rel. Juiz Wilde Pugliese).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0173821 -4, Ac. 12870, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Londrina, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 12.11.2001, DJ
30.11.2001)

TAPR-074779) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO


DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. DUPLICATA NÃO ACEITA E NÃO
PROTESTADA. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS FORMAIS DOS
TÍTULOS. NULIDADE DA EXECUÇÃO EM RAZÃO DA CARÊNCIA
DA AÇÃO. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. DECISÃO CORRETA.
DESNECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DE CONEXÃO
DIANTE DA EXTINÇÃO E PORQUE SÓ SE TRATA DE
EXECUÇÃO.
1 - Constitui título líquido, certo e exigível para instruir execução,
duplicata sem aceite quando cumulativamente houver protesto e
documento hábil comprobatório da entrega e recebimento de
mercadorias. A ausência de pressupostos necessários ao
processamento da execução conduz a extinção da lide sem a análise
do mérito.
2 - O aceite dos títulos deve ser inequívoco e inconcusso, não
podendo haver presunção quanto ao mesmo. Se o título não se
encontra aceito, não adquiriu o caráter da literalidade e abstração
próprio das cambiais.
3 - As duplicatas foram sustadas em medida cautelar de sustação de
protesto que tramita pela Terceira Vara Cível de Curitiba.
4 - Diante da extinção do feito e da ausência dos requisitos formais
necessários previstos em lei, resta prejudicado o pedido de conexão
entre a presente execução e as ações que tramitam em outro Juízo,
ademais, trata-se apenas de execução e não haverá a possibilidade
de haver decisões conflitantes. Recurso desprovido.
5 - Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0181083 -9, Ac. 15013, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Eugênio Achille Grandinetti. j.
20.11.2001, DJ 07.12.2001)

TAPR-074678) APELAÇÃO CÍVEL - EXCEÇÃO A PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE - FALTA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE DO TÍTULO - NÃO CONFIGURAÇÃO DO TÍTULO
EXECUTIVO - EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO - DECISÃO ACERTADA
- VERBA HONORÁRIA COERENTEMENTE FIXADA - SENTENÇA
MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.
I. O contrato de abertura de crédito em conta corrente, a descoberto
ou com garantia cambial, cuja relevância sem embargo de seu
caráter genérico, não respeita, ao menos diretamente, ao consumo,
tem sua autonomia atribuída pela executividade do título, ensejando
de forma peculiar, obstáculo ao devedor no sentido de providenciar
sua defesa quanto ao valor a ele atribuído.
II. As ações do processo de conhecimento, em sentido estrito,
caracterizam-se pela adstrição da atividade judicial e não mais ao
limite do pedido do credor.
(Apelação Cível nº 0180457 -5, Ac. 15064, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Nova Fátima, Rel. Juiz Lidio J. R. de Macedo. j. 11.12.2001,
DJ 01.02.02)

TAPR-074642) APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
NULIDADE DA EXECUÇÃO, EIS QUE INEXISTENTE TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - NOTA PROMISSÓRIA EM QUE SE
CONSIGNOU VALOR EXPRESSO EM MERCADORIAS (SACAS DE
SOJA) E NÃO DINHEIRO, O QUE SERIA IMPRESCINDÍVEL -
INTELIGÊNCIA DA ALÍNEA "B", DO ART. 75 DA LEI UNIFORME -
APELO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0174136 -4, Ac. 12944, 5ª Câmara Cível do
TAPR, Santa Helena, Rel. Juiz Ronald Juarez Moro. j. 05.12.2001,
DJ 01.02.2002)

TAPR-074561) AGRAVO INOMINADO. ART. 557, "CAPUT", DO


CPC. DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO DE
AGRAVO DE INSTRUMENTO. JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE
NO TRIBUNAL DE ALÇADA. RECURSO DESPROVIDO.
Nos termos do art. 557, "caput", do Código de Processo Civil, deve
ser mantida, em sede de agravo inominado, a decisão que negou
seguimento a recurso de agravo, uma vez que a tese defendida está
em confronto com a jurisprudência dominante deste Tribunal. "A
exceção de pré-executividade argüida no caso de nulidade no
processo executório, trata-se de matéria de ordem pública, e como
tal, cumpre ao juiz conhecer de ofício a qualquer tempo e grau de
jurisdição, todavia, requer, plausividade no pleito, a teor do § 3º, do
art. 267, do CPC. Contudo, existe uma condicionante, desde que não
proferida sentença de mérito, no caso "sub judice" tendo sido
exarada a sentença de mérito, em sede de embargos do devedor e
de recurso de apelação, cuja decisão transitou em julgado, resulta
quebrada a indisponibilidade da matéria. Afronta a coisa julgada.
Recurso que não merece provimento." (TAPR, 5ª Câm. Cível, Ac.
9905, Rel. Juiz Tufi Maron Filho. DJ: 12.11.99).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo nº 0186323 -8/01, Ac. 12984, 8ª Câmara Cível do TAPR,
Francisco Beltrão, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
10.12.2001, DJ 01.02.2002).

TAPR-074466) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - RECONHECIDA
IMPENHORABILIDADE - IMÓVEL - OBJETO DE HIPOTECA -
CÉDULA DE CRÉDITO RURAL - DECISÃO MANTIDA - AGRAVO
DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. ESTA CORTE DECIDIU
ACERCA DO TEMA, PELA SEXTA CÂMARA CÍVEL, ATRAVÉS DO
ACÓRDÃO Nº 10669, RELATADO PELO JUIZ MENDES SILVA.
EXECUÇÃO - BEM DADO EM GARANTIA DE CÉDULA DE
CRÉDITO RURAL - IMPENHORABILIDADE POR DÍVIDAS
DIVERSAS - DECRETO-LEI 167/67, ARTIGO 69 - INTELIGÊNCIA -
JURISPRUDÊNCIA - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - AGRAVO DESPROVIDO.
O artigo 69 do Decreto-Lei 167/67 é taxativo no sentido de que não
são penhoráveis os bens já onerados com penhor ou hipoteca
constituídos por cédula rural (STF).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento 0182195-8, Ac. 13050, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Campo Mourão, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j.
10.12.2001, DJ 01.03.2002).

TAPR-074398) APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
ACOLHIDA PARA EXTINGUIR O PROCESSO EM RELAÇÃO AOS
FIADORES, EXCLUINDO-OS DA LIDE. PROSSEGUIMENTO DA
EXECUÇÃO EM RELAÇÃO AO DEVEDOR PRINCIPAL. RECURSO
CABÍVEL DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS FIXADOS CORRETAMENTE. RECURSO DE
APELAÇÃO 1 DESPROVIDO E RECURSO DE APELAÇÃO 2 NÃO
CONHECIDO.
"Mas somente é apelável o ato judicial que extingue todo o processo
(e não parte dele), sem ou com julgamento de mérito; se o processo
continua, esse ato judicial comporta agravo. Exemplos: ... - A que
exclui o co-réu (RSTJ 30/529, MAIORIA, 64/181, 107/313, STJ - 4ª
Turma, REsp 119.300/TO, Rel. Min. Ruy Rosado, j. 5.8.97, deram
provimento, v.u., DJU 22.9.97, p. 46.482; RT 505/170, 606/130,
720/119, RJTJESP 60/145, MAIORIA, 100/323, 104/388, 111/219,
127/222.)" (Negrão, Theotônio, Código de Processo Civil e
Legislação Processual em Vigor, 30ª ed., São Paulo, Ed. Saraiva,
1999, p. 317-318).
(Apelação Cível nº 0183075 -5, Ac. 13134, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Sarandi, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j. 25.02.2002,
DJ 08.03.2002).

TAPR-074300) APELAÇÃO CÍVEL. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA


QUE REQUEREU A CONVERSÃO DA EXECUÇÃO EM AÇÃO
MONITÓRIA APÓS CITAÇÃO DOS DEVEDORES.
IMPOSSIBILIDADE. INTERPOSIÇÃO POSTERIOR, PELOS
EXECUTADOS, DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
DECISÃO QUE ACOLHEU A EXCEÇÃO, EXTINGUINDO A
EXECUÇÃO SEM MANIFESTAÇÃO DA PARTE ADVERSA.
OFENSA AO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO INEXISTENTE.
MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS NA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE.
PRECEDENTES DO STJ. RECURSO DESPROVIDO.
No que tange ao pedido de conversão da execução para ação
monitória, tenho que, embora ele não tenha sido analisado pelo juízo
a quo, a decisão que acolheu de pronto a exceção de pré-
executividade por ausência de título executivo encontra-se correta,
haja vista a impossibilidade da conversão. E isto porque a conversão
da execução em monitória, além de referir-se a procedimentos
incompatíveis entre si, somente pode ocorrer antes de realizada a
citação, o que não foi observado pelo exeqüente. Em se tratando de
exceção de pré-executividade, se esta for rejeitada, não há
condenação em honorários advocatícios, uma vez que a execução já
contem a verba honorária. Porém, caso acolhida a defesa por meio
da exceção como é o caso em tela, a extinção da execução enseja a
condenação do exeqüente ao pagamento dos honorários.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0183626 -2, Ac. 13231, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j. 04.03.2002,
DJ 15.03.2002)
TAPR-074291) APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL - SENTENÇA QUE DECRETOU A NULIDADE DA
EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE COM
LIMITE FIXO - AUSÊNCIA DO DEMONSTRATIVO DO DÉBITO -
REQUISITO OBRIGATÓRIO CONFORME LEI Nº 8.953/94 -
RECURSO DESPROVIDO.
Constando do contrato de abertura de crédito, não rotativo, em conta
corrente, o valor mutuado, em quantia certa, a ser paga em uma
única parcela, não incide, in casu, o entendimento da Súmula 233 da
Corte Superior. No entanto, a liquidez do crédito executado resta
afastada ante a ausência de demonstrativo do débito hábil a indicar a
evolução da dívida, o que impede ao devedor o exercício do
contraditório e da ampla defesa. Há que se reconhecer, pois, a
carência da ação executiva (...)" (Acórdão nº 12.263 - 2ª Câmara
Cível - Relatora Juíza Rosana Fachin - DJ 27.10.00).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0185066 -4, Ac. 13195, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Assis Chateaubriand, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j.
04.03.2002, DJ 15.03.2002)

TAPR-074217) APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE LOCAÇÃO - EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILEGITIMIDADE PASSIVA "AD CAUSAM" -
RECONHECIMENTO - FIANÇA - RESTRIÇÃO AO PERÍODO
ORIGINARIAMENTE CONTRATADO - CONTINUIDADE DA
LOCAÇÃO SEM ANUÊNCIA DOS FIADORES - EXTINÇÃO DA
GARANTIA - SÚMULA 214 DO STJ - 'O FIADOR NA LOCAÇÃO
NÃO RESPONDE POR OBRIGAÇÕES RESULTANTES DE
ADITAMENTO AO QUAL NÃO ANUIU' - ENTENDIMENTOS
JURISPRUDENCIAIS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0186080 -8, Ac. 15409, 2ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Moraes Leite. j. 13.03.2002, DJ 05.04.2002)
TAPR-074196) APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS A EXECUÇÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO. EXCEÇÃO
JULGADA EXTINTA. SENTENÇA COM TRÂNSITO EM JULGADO.
EFEITO QUE ATINGE OS EMBARGOS A EXECUÇÃO.
APELAÇÕES PREJUDICADAS. RECURSOS NÃO CONHECIDOS.
"Os embargos a execução tem origem na execução e a ela se
subordinam, extinta esta, ficam aqueles prejudicados."
(Apelação Cível nº 0162342 -1, Ac. 13145, 6ª Câmara Cível do
TAPR, Santa Helena, Relª. Juíza Maria José Teixeira. j . 04.03.2002,
DJ 05.04.2002)

TAPR-074161) APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
ACOLHIDA - DECISÃO MONOCRÁTICA QUE EXTINGUIU O
PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - ARGÜIÇÃO DE
IMPROPRIEDADE DA EXCEÇÃO E PLEITO DE REFORMA DO
"DECISUM" - INSUBSISTÊNCIA JURÍDICO-ARGUMENTATIVA -
RECURSO DESPROVIDO.
"A nulidade do título em que se embasa a execução pode ser
argüida por simples petição, uma vez que suscetível de exame "ex
officio" pelo juiz" (REsp nº 3.264, Rel. Min. Eduardo Ribeiro, RT
671/187).
"Embargos do devedor. Duplicata sem aceite. Falta de protesto.
Ineficácia do título executivo extrajudicial - carência de ação. Por
força do artigo 15, inciso II, letra "a" da Lei nº 5.474, de 18.07.68,
exige-se o protesto da duplicata sem aceite, para que tenha eficácia
de título executivo extrajudicial. O não atendimento a essa exigência
retira do título os requisitos da liquidez, certeza e exigibilidade que
autorizam a execução, conforme artigo 586 do Código de Processo
Civil" (Ap. Cível nº 4866, Rel. Juiz Rafael Augusto Cassetari, in DJ -
PR de 14.06.96).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0183468 -0, Ac. 13264, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 11.03.2002, DJ
05.04.2002)

TAPR-074159) APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
ACOLHIDA - EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO - PLEITO
DE REJEIÇÃO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E/OU
CONVERSÃO DA EXECUÇÃO PARA AÇÃO MONITÓRIA -
INCONSISTÊNCIA JURÍDICO-ARGUMENTATIVA - (APTE 1) -
PEDIDO DE ALTERAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA (APTE 2) -
IMPOSSIBILIDADE - RECURSOS DESPROVIDOS.
O contrato de abertura de crédito em conta corrente não é título
executivo extrajudicial, vez que o débito é produzido de forma
unilateral pelo credor, sem a intervenção do possível devedor. A
defesa que nega a executividade do título apresentado pode ser
formulada nos próprios autos do processo da execução e
independente do prazo fixado para os embargos do devedor. Inexiste
motivo para alteração da verba honorária se esta foi fixada com
eqüitatividade, nos moldes do art. 20, 4º, do CPC.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0183885 -1, Ac. 13263, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Paranavaí, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 11.03.2002, DJ
05.04.2002)

TAPR-074158) APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE LOCAÇÃO E FIANÇA NA
FORMA ESCRITA - FALECIMENTO DO AFIANÇADO - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA - DECISÃO MONOCRÁTICA
QUE JULGOU EXTINTO O PROCESSO EXECUTIVO COM O
LEVANTAMENTO DAS PENHORAS EFETIVADAS - ARGÜIÇÃO DE
INADMISSIBILIDADE DA MATÉRIA SER OBJETO DA INCIDENTAL
DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E PLEITO DE REFORMA
DO "DECISUM" COM PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO -
IMPOSSIBILIDADE - SENTENÇA ESCORREITA - RECURSO
DESPROVIDO.
A defesa que nega a executividade do título apresentado pode ser
formulada nos próprios autos de execução, podendo ser conhecida
de ofício pelo juízo. Desde que a fiança foi declarada extinta a partir
da data do óbito do afiançado, por sentença transitada em julgado,
fazendo coisa julgada material, vedada resta a discussão, em
processo executivo, da matéria objeto do decisório em apreço.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0183888 -2, Ac. 13303, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 18.03.2002, DJ
05.04.2002)

TAPR-074075) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
CÂMARA ESPECIALIZADA. PREVENÇÃO. NÃO CONHECIMENTO
COM REMESSA DOS AUTOS A 3ª CÂMARA CÍVEL DO EGRÉGIO
TRIBUNAL DE ALÇADA.
"O órgão que conhece da causa ou de algum de seus incidentes
estará prevento para todos os recursos e incidentes posteriores".
(Agravo de Instrumento nº 0189275 -9, Ac. 13336, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j.
01.04.2002, DJ 12.04.2002)

TAPR-074060) APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
CHEQUE PRESCRITO - RECONHECIMENTO - EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - MAJORAÇÃO -
VALOR FIXADO COM BASE NO VALOR DADO A CAUSA -
APLICAÇÃO DO DISPOSTO NO § 3º DO ART. 20 DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL - IMPOSSIBILIDADE - HONORÁRIOS FIXADOS
COM BASE NO DISPOSTO NO § 4º DO REFERIDO ARTIGO -
ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL. RECURSO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO.
Por unanimidade de votos, deram provimento parcial.
(Apelação Cível nº 0189513 -4, Ac. 15533, 2ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Moraes Leite. j. 03.04.2002, DJ 19.04.2002)

TAPR-073918) APELAÇÃO CÍVEL. DECISÃO QUE ACOLHEU A


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, CONDENANDO OS
EXEQÜENTES AS VERBAS SUCUMBENCIAIS. FIXAÇÃO DE
HONORÁRIOS NO INCIDENTE DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
POSSIBILIDADE. PRECEDENTES DO STJ. REDUÇÃO DA
CONDENAÇÃO NEGADA. RECURSO DESPROVIDO.
Em se tratando de exceção de pré-executividade, se esta for
rejeitada, não há condenação em honorários advocatícios, uma vez
que a execução já contém a verba honorária. Porém, caso acolhida a
defesa por meio da exceção, como e o caso em tela, a extinção da
execução enseja a condenação do exequente ao pagamento dos
honorários. Não merece redução a condenação fixada na r.
sentença, principalmente em razão do alto valor executado, além do
trabalho realizado pelo advogado e o grau de zelo do profissional
com a causa. Além do mais, a execução está em tramite desde
1999, sob os cuidados do advogado, porquanto deve ser
remunerado de forma condigna.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0191864 -7, Ac. 13451, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j. 08.04.2002,
DJ 26.04.2002)

TAPR-073838) APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE. SÚMULA Nº 233 DO STJ. EXCEÇÃO
RECEPCIONADA PARA RECONHECER A NULIDADE DA
EXECUÇÃO, ADMITINDO, ENTRETANTO, A SUA CONVERSÃO
AO PROCEDIMENTO DA AÇÃO MONITORIA. MODIFICAÇÃO DE
PEDIDO. IMPOSSIBILIDADE. ESTABILIZAÇÃO DO PROCESSO
EM FACE DA INTERVENÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA. EXEGESE
DO ART. 264 DO CPC. CONDENAÇÃO NOS ÔNUS DE
SUCUMBÊNCIA E EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. RECURSO
PROVIDO.
1. A norma do art. 264 do CPC busca a estabilização do processo, a
qual ocorre por etapas e não mediante um único ato. Daí porque,
diferentemente do procedimento ordinário ou sumário, a
estabilização do processo executório se perfaz após a citação com a
penhora e a intimação para oposição de embargos.
2. Não obstante, a interposição de objeção a executividade, meio
excepcional de defesa, provoca a estabilização do processo,
obstando a modificação do pedido e conversão de rito processual,
ensejando o seu acatamento a imposição nos ônus de sucumbência,
devendo o exequente arcar com as custas processuais e honorários
advocatícios.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Apelação Cível nº 0181221 -9, Ac. 13364, 5ª Câmara Cível do
TAPR, Maringá, Rel. Juiz Augusto Lopes Cortes. j. 24.04.2002, DJ
10.05.2002)

TAPR-073815) APELAÇÃO CÍVEL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE - CONFISSÃO DE DÍVIDA - NOVAÇÃO -
SUBSTITUIÇÃO DE UMA OBRIGAÇÃO POR OUTRA -
IMPOSSIBILIDADE DE DISCUSSÃO DE QUESTÕES SOBRE O
DÉBITO ANTERIOR - TÍTULO EXECUTIVO CARACTERIZADO --
RECURSO PROVIDO.
"O contrato de confissão de dívida constitui-se em título hábil a
aparelhar a execução, apesar da dívida originária ser constituída em
contrato de abertura de crédito em conta corrente. Com o advento da
assinatura do contrato de renegociação da dívida, o contrato
anteriormente celebrado, ou seja, o contrato de abertura de crédito
em conta corrente, desaparece, para dar origem a nova dívida em
face a novação do débito o novo instrumento de confissão de dívida
constitui-se em título hábil para instruir a execução, pois presentes
os requisitos do art. 585, II do CPC."
Por maioria de votos, deram provimento.
(Apelação Cível nº 0179819 -8, Ac. 13561, 8ª Câmara Cível do
TAPR, Londrina, Rel. Juiz Paulo Roberto Vasconcelos. j. 29.04.2002,
DJ 10.05.2002)

TAPR-073500) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO
DE DÍVIDA - CRÉDITO RURAL - INCIDÊNCIA DA LEI Nº 9138/95 -
MATÉRIA ESTRANHA AO ÂMBITO DO INCIDENTE.
A exceção de pré-executividade é admissível desde que fundada na
falta de pressupostos para a constituição e validade do processo de
execução, quando a matéria é passível de conhecimento de ofício
pelo juiz e não dependa de contraditório como a discussão sobre se
constitui direito ou faculdade o alongamento da dívida rural previsto
na Lei nº 9138/95 ou a comprovação dos requisitos que a norma
impõe para que o devedor nela se enquadre. Agravo desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0161782 -1, Ac. 13981, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Cambará, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 13.02.2001, DJ
23.02.2001)

TAPR-073494) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO PARA


ENTREGA DE COISA INCERTA. CÉDULA DE PRODUTO RURAL.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE
PAGAMENTO PARCIAL. RECIBOS. NÃO DEMONSTRAÇÃO, DE
PLANO, DA QUITAÇÃO. NECESSIDADE DE AMPLA DILAÇÃO
PROBATÓRIA. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE MANIFESTA.
MATÉRIA PRÓPRIA DE EMBARGOS DO DEVEDOR. REJEIÇÃO.
DECISÃO CONFIRMADA.
1. A exceção de pré-executividade consiste em um meio de defesa
que pode ser utilizado pelo devedor com o objetivo de afastar a
executividade de um título executivo, independente da oposição de
embargos a execução, admissível para argüir matérias de ordem
pública, de conhecimento oficioso, e desde que configurada alguma
causa de nulidade flagrante, em face da ausência de pressupostos
processuais ou de condições da ação executiva, evitando com isso a
constrição de bens formadores do patrimônio do executado.

2. "O pagamento parcial não vulnera a liquidez da divida; antes,


ratifica-a. O título remanesce apto a embasar a execução. Tendo o
devedor feito o pagamento incompleto, de que resulta apenas
quitação parcial, a extinção da execução não se caracteriza. Exige-
se, porém, que da inicial conste o pagamento parcial recebido. Se a
alegação de pagamento, todavia, depender de prova mais complexa,
como a pericial ou mesmo a testemunhal, o caminho e o dos
embargos, com ilimitada possibilidade de instrução". Recurso
conhecido e desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0154101 -5, Ac. 13575, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Franciso Beltrão, Rel. Juiz Fernando Wolff Bodziak. j.
14.02.2001, DJ 23.02.2001)

TAPR-073493) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
EXCESSO DE EXECUÇÃO. DISCUSSÃO DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE
NULIDADE MANIFESTA. MATÉRIA PRÓPRIA DE EMBARGOS DO
DEVEDOR. REJEIÇÃO. DECISÃO CONFIRMADA.
1. A exceção de pré-executividade consiste em um meio de defesa
que pode ser utilizado pelo devedor com o objetivo de afastar a
executividade de um título executivo, independente da oposição de
embargos a execução, admissível para argüir matérias de ordem
pública, de conhecimento oficioso, e desde que configurada alguma
causa de nulidade flagrante, em face da ausência de pressupostos
processuais ou de condições da ação executiva, evitando com isso a
constrição de bens formadores do patrimônio do executado.

2. E se presta "apenas para obstar o prosseguimento de execução


flagrantemente nula em virtude da nulidade ou inexistência do título
executivo. Não é o que acontece no caso, em que o título existe,
mas o devedor insurge-se contra as cláusulas que fixaram os
critérios de atualização. A revisão das cláusulas depende, portanto,
de prévia manifestação judicial e deve ser realizada em ação
própria". Recurso conhecido e desprovido.
Por maioria de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0156872 -7, Ac. 13586, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Fernando Wolff Bodziak. j. 14.02.2001,
DJ 23.02.2001)

TAPR-073466) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO


HIPOTECÁRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO
DE LITISPENDÊNCIA DA AÇÃO DE REVISÃO DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS E CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO COM A
EXECUÇÃO. INADMISSIBILIDADE. EMBARGOS NÃO
INTERPOSTOS. GARANTIDO O JUÍZO. SUSPENSÃO DA
EXECUÇÃO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1 - Os depósitos em juízo das prestações não inibem o credor de
ajuizar a execução (art. 585, § 1º, CPC).
2 - A exceção de pré-executividade só se admite quando em
questionamento a validade formal do título, atinente as
considerações da ação.
3 - Não há litispendência entre a execução e ação ordinária de
revisão do contrato e consignação em pagamento.
4 - Em tramite ação revisional do título, objeto da execução, cujo
ajuizamento foi posterior, desde que garantido o juízo, suspende-se
esta até julgamento daquela, que haverá de ser considerada como
embargos. (Precedentes do STJ).
Por unanimidade de votos, deram provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 0165404 -8, Ac. 11945, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Miguel Pessoa. j. 12.02.2001, DJ
23.02.2001)

TAPR-073453) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DAS


VERBAS SUCUMBENCIAIS - INDEFERIMENTO EXORDIAL -
ACATAMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
AVENTADA - INTERPOSIÇÃO DE RECURSO IMPRÓPRIO -
INEXISTÊNCIA DE CARACTERIZAÇÃO DE ERRO GROSSEIRO -
APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE PARA
COGNIÇÃO MATERIAL DO RECURSO INTERPOSTO -
FORMAÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL - IMPOSSIBILIDADE DE
ACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
REABERTURA DO PROCESSO EXECUTIVO - AGRAVO
PROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, quando interposta, pretende a
nulificação da execução quando o título apresentado é imprestável a
exigência creditícia de per si, em suas características formais e
materiais. Tal incidente processual se adstém, em específico, a
rechaçar títulos executivos extrajudiciais e não judiciais, como no
caso em tela, visto que em si já contém os requisitos da liquidez,
exigibilidade e certeza em decorrência da aplicabilidade da lei ao
caso concreto". Agravo provido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0123590 -9, Ac. 11559, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Ponta Grossa, Rel. Juiz Rafael Augusto Cassetari. j.
12.02.2001, DJ 02.03.2001)

TAPR-073436) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL.


EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE.
ESCRITURA PÚBLICA DE CONFISSÃO, ASSUNÇÃO E
COMPOSIÇÃO DE DIVIDA. NOTA PROMISSÓRIA EM GARANTIA.
A RENEGOCIAÇÃO E A NOTA PROMISSÓRIA SEGUEM A SORTE
DA DÍVIDA ORIGINÁRIA. AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ. CARÊNCIA DE
AÇÃO. RECURSO PROVIDO.
1. Com a edição da Súmula 233, do Superior Tribunal de Justiça,
tornou-se pacífica a jurisprudência no sentido de que "o contrato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-
corrente, não é título executivo extrajudicial" (DJU de 08.02.2000, p.
265).
2. A escritura pública de confissão, assunção e composição de
dívida, não se constitui como documento hábil a aparelhar a
presente execução, vez que possui origem em contrato de abertura
de crédito em conta-corrente, este, destituído do caráter de título
executivo.
3. Na espécie, não há como reconhecer a autonomia da nota
promissória dada em garantia a título desprovido de liquidez.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0165251 -7, Ac. 11537, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 12.02.2001, DJ
02.03.2001)

TAPR-073382) LOCAÇÃO. FIANÇA. PESSOA JURÍDICA.


RESPONSABILIDADE DO FIADOR. DESONERAÇÃO.
OCORRÊNCIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
POSSIBILIDADE.
1. Em sendo a fiança um benéfico e de favor com caráter intuitu
personae, quando é prestada em prol de uma pessoa jurídica, o
fiador pode desonerar-se, uma vez ocorrida a substituição do seu
quadro societário.
2. É perfeitamente possível a utilização da objeção de pré-
executividade, porque a discussão gira em torno da inexistência de
título exigível contra os fiadores. Agravo de instrumento provido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0165896 -6, Ac. 11226, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Jucimar Novochadlo. j.
12.02.2001, DJ 09.03.2001)

TAPR-073345) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISÃO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A exceção de pré-executividade, de criação pretoriana, é medida que
só pode ser aceita em caráter excepcional quando for flagrante a
ausência de condições de executividade do título.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0163109 -0, Ac. 13649, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Capanema, Rel. Juiz Mário Rau. j. 06.02.2001, DJ
16.03.2001).

TAPR-073344) AGRAVO DE INSTRUMENTO - CÔMPUTO DO


PRAZO APÓS DECISÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO -
CABIMENTO DESTES DE DECISÃO INTERLOCUTÓRIA -
POSSIBILIDADE - TEMPESTIVIDADE RECONHECIDA -
DESCUMPRIMENTO DO DISPOSTO NO ART. 526 DO CPC -
INEXISTÊNCIA DE SANÇÃO - RECURSO CONHECIDO.
I - Tanto o ato judicial apelável como o agravável comportam
Embargos de Declaração. Os Embargos são cabíveis de qualquer
decisão judicial.
II - Nenhuma conseqüência acarreta a omissão da providência da
qual trata o art. 526 do Código de Processo Civil. A finalidade da
norma é propiciar possa o Dr. Juiz do feito retratar-se.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL (ENTREGA DE COISA INCERTA) - CÉDULA DE
PRODUTO RURAL - ARGÜIÇÃO EM SEDE DE EXECUÇÃO - JUIZ
SINGULAR ADENTRANDO EM MATÉRIA DE MÉRITO AO
APRECIAR O INCIDENTE, INVIABILIZANDO A OPOSIÇÃO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR - PROVA DOCUMENTAL - PRINCÍPIO
DA INSTRUMENTALIDADE - FAVORECIDOS QUE NÃO
FIRMARAM QUALQUER CONTRATO DE COMPRA E VENDA -
TÍTULO DESCONSTITUÍDO - VIA ELEITA ADEQUADA -
EXECUÇÃO NULA - CARÊNCIA DE AÇÃO MOVIDA - EXCEÇÃO
ACOLHIDA.
I - A exceção de pré-executividade, argüida nos autos de execução,
pode ser acolhida onde tenha o Juízo singular, ao apreciar o
incidente, adentrado no exame do mérito, inviabilizando, com a
decisão proferida, a oposição de Embargos do Devedor.
II - A cédula de produto rural pressupõe como negócio subjacente a
venda e compra de produtos rurais, para entrega futura, entre o
produtor rural ou cooperativa e o comprador. Trata-se de cambial
pela qual o eminente vende a sua produção agropecuária
antecipadamente, "recebe o valor da venda no ato da formalização
do negócio e se compromete a entregar o produto vendido em local
e data estipulados no título" (trecho do parecer do Senado Federal
favorável à apreciação do projeto de lei instituindo a CPR).
III - Destituído o título de força executiva, nula é a execução a teor do
art. 618, I, do CPC, impondo-se a decretação da extinção do
processo.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - INCIDENTE PONDO FIM AO
PROCESSO - CONDENAÇÃO QUE INDEPENDE DE PEDIDO
EXPRESSO - CABIMENTO.
Embora, via de regra, entenda-se não caber a condenação nos
incidentes e nos recursos, no caso em comento se põe fim ao
processo de execução, donde fazer jus à verba honorária os
patronos dos recorrentes.
(Agravo de Instrumento nº 0163264 -6, Ac. 13643, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Arapongas, Rel. Juiz Antônio Martelozzo. j. 20.02.2001, DJ
16.03.2001).

TAPR-073278) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL


CIVIL. AUSÊNCIA. NOVAÇÃO. COMPOSIÇÃO REALIZADA ENTRE
AS PARTES. OPOSIÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
COM PEDIDO DE SUSPENSÃO DO LEILÃO AGENDADO.
NEGATIVA PELO MAGISTRADO. DECISÃO CORRETA. LEILÃO JÁ
REALIZADO. AGRAVO PREJUDICADO.
"Não há que se falar em novação se na composição realizada entre
as partes em ação de execução de título extrajudicial se fez
consignar expressamente a ausência do intuito de novação".
"A exceção de pré-executividade só deve ser reconhecida quando
evidente a nulidade do processo e atingir ela não apenas o interesse
da parte, mas também o interesse público e a ordem jurídica."
"Já tendo ocorrido o leilão do bem, fica prejudicado o recurso que
visava sua suspensão."
(Agravo de Instrumento nº 0166302 -3, Ac. 11280, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Relª. Juíza Maria José Teixeira. j. 05.03.2001,
DJ 16.03.2001).

TAPR-073224) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - MÚTUO BANCÁRIO - TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL - AGRAVO DESPROVIDO.
O contrato de mútuo bancário com valor certo e determinado é título
executivo extrajudicial.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0167514 -7, Ac. 14066, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Rogério Coelho. j. 06.03.2001, DJ
23.03.2001).

TAPR-073198) AGRAVO DE INSTRUMENTO - TEMPESTIVIDADE


EVIDENCIADA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
EXECUÇÃO FUNDADA EM CONTRATO DE LOCAÇÃO NOS
QUAIS OS AGRAVANTES FIGURARAM COMO FIADORES E
DEVEDORES SOLIDÁRIOS - INTERESSE DE AGIR,
LEGITIMIDADE PASSIVA CONFIGURADA - TÍTULO FORMAL
LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL - DUPLICIDADE DE EXECUÇÕES
PELO MESMO CRÉDITO INOCORRENTE. PREVENÇÃO QUE
ESTÁ SENDO OBJETO DE EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA -
MATÉRIAS DE MÉRITO ALEGADAS QUE DEVEM SER OBJETO
DE EMBARGOS DO DEVEDOR, MOTIVO PORQUE NÃO FORAM
ANALISADAS NO DESPACHO ATACADO, ESTANDO CORRETO
TAL POSICIONAMENTO. QUEBRA DO SIGILO FISCAL E
BANCÁRIO NÃO CONFIGURADO. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO.
Não se evidencia a duplicidade de execuções para o recebimento do
mesmo crédito, pois que diversos os pedidos nelas formulados,
caindo por terra os argumentos que o exeqüente esteja pretendendo
receber duas vezes o mesmo valor, que haja cobrança dúplice.
Tendo firmado o contrato na condição de fiadores, na qualidade de
principais pagadores e devedores solidários, renunciando
expressamente o benefício de ordem, facultado ao credor executar
não só o locatário, mas ambos ou qualquer dos devedores, não se
evidenciando a alegada falta de interesse de agir.
A alegada ilegitimidade passiva também não prospera, em face das
majorações nas cláusulas contratuais de prestação de aluguéis,
alterando o valor originário para o qual, nos limites temporais do
contrato original, o fiador era devedor solidário, visto que para tal
impugnação o remédio cabível são os embargos à execução.
O art. 198 do CTN veda, unicamente, a divulgação, pela Fazenda
Pública ou por seus funcionários, "sobre a situação econômica ou
financeira dos sujeitos passivos ou de terceiros e sobre a natureza e
o estado dos negócios ou atividades". Não impede venha o poder
judiciário solicitar prova que seja do seu interesse para o deslinde de
questões suscitadas pelas partes (arts. 130 e 399, I do CPC), o que
difere da hipótese do referido dispositivo, que está a amparar o sigilo
fiscal, vedando a divulgação fundada no interesse estritamente
particular. Configura legítima a requisição judicial para obtenção de
informações sobre a existência de contas bancárias em nome dos
executados, eis que essa constitui-se a única forma do agravado
propiciar o prosseguimento da execução, sendo que no caso, tais
informações se mostram necessárias para o deslinde da alegada
fraude com relação ao bem arrestado, que se alegou foi transmitido
a terceiro, podendo o juiz requisitá-las até mesmo de ofício, porque
autorizado pela lei processual e por ser ele o destinatário da prova.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0166386 -9, Ac. 11330, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel.ª Juíza Anny Mary Kuss. j. 05.03.2001, DJ
23.03.2001)

TAPR-073113) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL. DECISÃO RECORRIDA QUE
INDEFERE INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA COM PACTO
ADJETO DE HIPOTECA E OUTRAS AVENCAS. ILIQUIDEZ E
INEXIGIBILIDADE. NÃO CONSTATAÇÃO. TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL ELENCADO NO INC. III, DO ART. 585, CPC.
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. INOCORRÊNCIA ANTE INTERPRETAÇÃO
INADEQUADA. INSTRUMENTO RECURSAL HÁBIL E SUFICIENTE
PARA A APRECIAÇÃO E JULGAMENTO.
Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0167782 -5, Ac. 11803, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 14.03.2001, DJ
30.03.2001)

TAPR-073076) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL.


EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSÊNCIA
DE LIQUIDEZ. CARÊNCIA DE AÇÃO. MATÉRIA DE ORDEM
PÚBLICA A SER ARGÜIDA DE OFÍCIO. ARTIGO 267, 3º, CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL. EXTINÇÃO DA AÇÃO. INTEMPESTIVIDADE
DESCARACTERIZADA. RECURSO PROVIDO.
1. Com a edição da súmula 233, do Superior Tribunal de Justiça,
tornou-se pacífica a jurisprudência no sentido de que "o contrato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-
corrente, não é título executivo extrajudicial" (DJU de 08/02/2000,
pag. 265).
2. "'Nas instâncias ordinárias não há preclusão para o órgão julgador,
em matéria de condições da ação, enquanto não proferida por ele a
decisão de mérito, podendo até mesmo apreciá-la sem provocação
(CPC arts. 267, 3º, 301 4º e 46 3)' (RSTJ 81/308)." Apud Theotonio
Negrão "Código de Processo Civil", 31ª ed., 2000, Saraiva, art. 267,
nota 55.
(Agravo de Instrumento nº 0167595 -2, Ac. 11731, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 12.03.2001, DJ
30.03.2001)

TAPR-073075) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL.


EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSÊNCIA
DE LIQUIDEZ. CARÊNCIA DE AÇÃO. MATÉRIA DE ORDEM
PÚBLICA A SER ARGÜIDA DE OFÍCIO. ARTIGO 267, 3º, CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL. EXTINÇÃO DA AÇÃO. INTEMPESTIVIDADE
DESCARACTERIZADA. RECURSO PROVIDO.
1. Com a edição da súmula 233, do Superior Tribunal de Justiça,
tornou-se pacífica a jurisprudência no sentido de que "o contrato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-
corrente, não é título executivo extrajudicial" (DJU de 08/02/2000,
pag. 265).
2. "'Nas instâncias ordinárias não há preclusão para o órgão julgador,
em matéria de condições da ação, enquanto não proferida por ele a
decisão de mérito, podendo até mesmo apreciá-la sem provocação
(CPC arts. 267, 3º, 301 4º e 463)' (RSTJ 81/308)." Apud Theotonio
Negrão "Código de Processo Civil", 31ª ed., 2000, Saraiva, art. 267,
nota 55.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0167596 -9, Ac. 11727, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 12.03.2001, DJ
30.03.2001)
TAPR-073048) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO
HIPOTECÁRIA - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR -
INCIDÊNCIA - DECISÃO JUDICIAL AUTORIZANDO O DEPÓSITO
DAS PRESTAÇÕES DO FINANCIAMENTO - NÃO
CONFIGURAÇÃO DO INADIMPLEMENTO DOS AGRAVANTES -
CARÊNCIA DA AÇÃO EXECUTIVA NÃO CARACTERIZADA.
1. A exceção de pré-executividade se circunscreve ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e às condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos ex officio.
2. A instalação do processo executivo se satisfaz com a existência
de título certo e exigível, sendo que a penhora e os atos
subsequentes ficam condicionados à prévia apuração quantum
debeatur.
3. Inexorável é a sujeição do contrato em exame ao Código de
Defesa do Consumidor, dada a sua natureza de mútuo, pelo que há
que se observar, no exame do desdobramento da relação contratual,
as seqüelas decorrentes dessa configuração jurídica.
4. Ante a pendência de ação revisional através da qual estão sendo
discutidas as cláusulas do contrato, e notadamente diante dos
depósitos das prestações em Juízo, não há que se falar em plena
configuração da mora ou em inadimplemento dos agravantes.
5. A presente execução, portanto, não pode prosseguir, devendo ser
suspensa, até que seja apurado o quantum debeatur, que resultará
da decisão da ação revisional, pois ausente um requisito básico para
tanto previsto no artigo 580 do Código de Processo Civil.
Recurso conhecido e não provido, suspendendo de ofício a
execução.
(Agravo de Instrumento nº 0169483 -5, Ac. 13859, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 21.03.2001, DJ
06.04.2001)
TAPR-073041) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO - QUESTÕES
JÁ DECIDIDAS - NOVO EXAME DESCABIDO - PRECLUSÃO -
AGRAVO DESPROVIDO.
Descabida a exceção de pré-executividade para rediscutir questões
já julgadas nos Embargos à Execução, incidindo, no caso, a regra do
artigo 473, do Código de Processo Civil.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0169064 -0, Ac. 14124, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Francisco Beltrão, Rel. Juiz Rogério Coelho. j. 20.03.2001,
DJ 06.04.2001)

TAPR-073036) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CÉDULA RURAL HIPOTECÁRIA
DEVIDAMENTE INSTRUÍDA COM CÁLCULO DISCRIMINADO E
ATUALIZADO DO DÉBITO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
REJEITADA - ILIQUIDEZ, INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE DO
TÍTULO - NÃO CARACTERIZADAS - FINANCIAMENTO NÃO
PARCELADO - CRÉDITO COLOCADO À DISPOSIÇÃO DO
FINANCIADO DE UMA SÓ VEZ PARA PAGAMENTO, TAMBÉM EM
UMA ÚNICA PARCELA - APRESENTAÇÃO DA CONTA
VINCULADA À OPERAÇÃO FINANCEIRA EFETIVADA ENTRE AS
PARTES - DESNECESSIDADE - PROVA PRESCINDÍVEL -
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 4º DO DECRETO -LEI Nº 167/67 -
DECISÃO OBJURAGADA MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.
Tratando-se de execução de título extrajudicial lastreada em cédula
rural hipotecária, a apresentação da conta vinculada à operação
financeira efetivada entre as partes somente se faz necessária,
quando o valor correspondente ao financiamento for repassado ao
financiado de forma parcelada, o que inocorre no caso em tela.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0158371 -3, Ac. 13741, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Guarapuava, Rel. Juiz Clayton Camargo. j. 28.03.2001, DJ
06.04.2001)
TAPR-073010) EXECUÇÃO. OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-
CORRENTE. AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO. LEGITIMIDADE
DO AVALISTA. NOTA PROMISSÓRIA QUE IGUALMENTE NÃO
DETÉM LIQUIDEZ. HONORÁRIOS. AGRAVO PROVIDO.
1. Por construção doutrinária-jurisprudencial, nosso Direito tem
admitido a objeção de pré-executividade, nos casos em que o Juízo
possa conhecer de ofício a matéria, a exemplo da higidez do título
executivo.
2. O Avalista pode argüir a objeção de pré-executividade porque não
se controverte sobre exceção pessoal do avalizado mas sobre vício
de forma da execução.
3. A nota promissória, emitida em garantia do contrato de abertura
de crédito, não goza de autonomia porque lhe falta, igualmente,
liquidez e certeza.
4. São devidos honorários no incidente de objeção de pré-
executividade.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0165703 -6, Ac. 12112, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Noeval de Quadros. j. 19.03.2001,
DJ 06.04.2001)

TAPR-072994) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISÃO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A exceção de pré-executividade, de criação pretoriana, é medida que
só pode ser aceita em caráter excepcional quando for flagrante a
ausência de condições de executividade do título, não se prestando
para apontar possível excesso de execução ou utilização de
indexador monetário imprestável para atualização monetária do
débito, ou mesmo outras questões que devem ser içadas em sede
de Embargos do Devedor.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0166873 -7, Ac. 13822, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mário Rau. j. 27.03.2001, DJ
20.04.2001)

TAPR-072984) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO POR QUANTIA CERTA - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - DILAÇÃO PROBATÓRIA - INADMISSIBILIDADE
- CONEXÃO - PROCESSO EXECUTIVO - INADMISSIBILIDADE -
HIPÓTESE DE SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO.
1. A exceção de pré-executividade se circunscreve ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e às condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos Ex Officio.
2. A instalação do processo executivo se satisfaz com a existência
de título certo e exigível, sendo que a penhora e os atos
subsequentes ficam condicionados à prévia apuração quantum
debeatur, na hipótese de demandas conexas.
3. Não há conexão entre ação revisional e execução, ao
entendimento reiterado dessa Corte, porém, enquanto não houver
decisão transitada em julgado quanto ao critério de reajustamento
das prestações que se está a discutir, a execução não poderá
prosseguir. Recurso conhecido e não provido, suspendendo de ofício
a execução.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0162363 -0, Ac. 13877, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 28.03 .2001, DJ
20.04.2001)

TAPR-072969) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - ADMISSIBILIDADE.
A exceção de pré-executividade é admissível desde que fundada na
falta de pressupostos para a constituição e validade do processo de
execução, quando a matéria é passível de conhecimento de ofício
pelo Juiz e não dependa de contraditório.
Agravo prejudicado em parte e desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 0167006 -0, Ac. 14141, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Paranaguá, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 27.03.2001, DJ
20.04.2001)

TAPR-072948) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. ATO AGRAVADO
FULCRADO NA REJEIÇÃO DE INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
FIXO. RECURSO ADMITIDO APENAS NO EFEITO DEVOLUTIVO.
RETRATAÇÃO DO JUIZ DA CAUSA PARA MUDAR A DECISÃO
RECORRIDA E EXTINGUIR A EXECUÇÃO. AGRAVO
PREJUDICADO EM VIRTUDE DA NOVA DECISÃO.
Recurso não conhecido.
Por unanimidade de votos, não conheceram.
(Agravo de Instrumento nº 0169067 -1, Ac. 11871, 5ª Câma ra Cível
do TAPR, União da Vitória, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j.
28.03.2001, DJ 20.04.2001)

TAPR-072910) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - NOTA


PROMISSÓRIA - CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
EDUCACIONAIS - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
REPELIDA - ARGÜIDA INTEMPESTIVIDADE RECURSAL NA
RESPOSTA - CIÊNCIA INEQUÍVOCA OPERADA - RECURSO
MANIFESTAMENTE INADMISSÍVEL - NEGADO SEGUIMENTO AO
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
"Retirados os autos do cartório pelo Advogado antes da publicação
da sentença, considera-se efetivada a intimação desta na data em
que foi concedida a respectiva carga ao patrono do apelante,
tornando-se irrelevante a data de publicação na imprensa.
Precedentes." (STJ, REsp 146.197/SP, 3ª T., Min. Carlos Alberto
Menezes Direito).
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0168014 -6, Ac. 11803, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 26.03.2001,
DJ 20.04.2001)

TAPR-072909) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
QUESTÕES RELATIVAS AO MÉRITO DA CAUSA.
IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO EM SEDE DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO DESPROVIDO.
"Não é possível apreciar, na via estreita do Agravo de Instrumento,
questão jurídica de ampla indagação, referente ao mérito da causa,
que deverá ser examinada na ação principal."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0168182 -9, Ac. 11818, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
02.04.2001, DJ 20.04.2001)

TAPR-072888) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. ALEGAÇÃO DE QUE OS AGRAVADOS NÃO
FAZEM PARTE DA AÇÃO REVISIONAL E CONSIGNATÓRIA.
DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO. SEM APRECIAÇÃO NO JUÍZO
SINGULAR. JULGAMENTO RESTRITO A REJEIÇÃO DA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. COMPROVAÇÃO DOS
DEPÓSITOS. OMISSÃO DO ACÓRDÃO NÃO ACATADA.
EMBARGOS REJEITADOS.
Inadmissível obter-se em grau de recurso, o provimento em definitivo
de questão ainda não analisada pelo Juiz, condutor do processo
principal. O defeito de representação deve ser analisado pelo Juiz da
causa. A existência de depósitos na ação de consignação em
pagamento por parte dos embargados, executados pela embargante,
leva a suspensão da execução, sob pena da ocorrência de graves
prejuízos.
Por unanimidade de votos, rejeitaram os embargos.
(Embargos de Declaração 0165404-8/01, Ac. 12123, 7ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Miguel Pessoa. j. 19.03.2001, DJ
20.04.2001)

TAPR-072858) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
CONTRATOS DE HONORÁRIOS - TÍTULO - APARÊNCIA DE
LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE - SEARA DE EMBARGOS
DO DEVEDOR - IMPROCEDÊNCIA.
Configura hipótese de improcedência da exceção de pré-
executividade manejar em tal âmbito matéria própria da seara dos
Embargos do Devedor, máxime quanto o título executivo
extrajudicial, consistente em contratos de honorários advocatícios,
cuja validade como ato jurídico não restou questionada, traduz
aparência de liquidez, certeza e exigibilidade, caracteres que
poderão ser impugnados naquele foro próprio. Agravo conhecido e
não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento 0163035-5, Ac. 13985, 2ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Relª Juíza Rosana Fachin. j. 21.03.2001, DJ
27.04.2001)

TAPR-072841) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - MÚTUO - CONTRATO CONSIGO MESMO -
AUSÊNCIA DE TÍTULO - AGRAVO PROVIDO.
O "contrato consigo mesmo" pelo qual a mesma pessoa comparece
na dúplice qualidade de mutuante e de representante legal do
mutuário não configura título hábil a amparar execução por ser
inválido em face do manifesto conflito de interesses, pois a pessoa
jurídica esta sujeita a afetação da vontade e ao arbítrio de seu
próprio representante.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento 0169382-3, Ac. 14161, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Rogério Coelho. j. 10.04.2001, DJ
27.04.2001)

TAPR-072816) EXECUÇÃO ESPECIAL HIPOTECÁRIA - EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE AFORADA PELO EXECUTADO - AÇÃO
DE CONHECIMENTO E CAUTELAR EM TRAMITE PERANTE
JUÍZO DIVERSO - CONEXÃO - AUSÊNCIA - NÃO OPOSIÇÃO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR, ATÉ A PRESENTE FASE -
ALEGAÇÃO DO AGRAVADO DE CARÊNCIA DE INTERESSE DE
AGIR, POSTO QUE A REMESSA DOS AUTOS NÃO IMPLICARIA
EM PREJUÍZO AO AGRAVANTE, REMETENDO-SE A
POSSIBILIDADE DE SE ATRIBUIR A AÇÃO ORDINÁRIA O
TRATAMENTO DISPENSADO AOS EMBARGOS A EXECUÇÃO,
QUANDO JÁ SEGURO O JUÍZO COM A PENHORA DOS BENS DO
DEVEDOR - INOCORRÊNCIA - PRETENSÃO DO AGRAVANTE DE
EXTINÇÃO DO PROCESSO EXPROPRIATÓRIO COM O
ACOLHIMENTO DA MEDIDA PROCESSUAL ADOTADA - JUÍZO
ORIGINÁRIO COMPETENTE PARA A APRECIAÇÃO DA EXCEÇÃO
ENTÃO OPOSTA, NÃO HAVENDO QUE SE FALAR EM
PREVENÇÃO - DECISÃO REFORMADA - AGRAVO PROVIDO.
"A conexão com a ação de conhecimento (anulatória) somente se dá
quando o devedor oferece Embargos à Execução, que também tem
a natureza de processo de conhecimento, daí sua inviabilidade em
casos nos quais não foram opostos embargos. (STJ - 1ª Turma, AGA
216176/SP, Rel. Min. José Delgado, J. 15.06.99, DJ 02.08.99, p.
00169)"
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento 0167892-6, Ac. 11964, 5ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Ronald Juarez Moro. j. 11.04.2001, DJ
27.04.2001)

TAPR-072805) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE


INSTRUMENTO INTERPOSTO CONTRA INTERLOCUTÓRIO QUE
INDEFERIU INCIDENTE DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACÓRDÃO
QUE MANTÉM HÍGIDA A DECISÃO RECORRIDA. APONTADAS
OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO E OMISSÃO DO JULGADO.
INCORRÊNCIAS. ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA
COM PACTO ADJETO E HIPOTECA E OUTRAS AVENCAS.
TÍTULO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL.
A exceção de pré-executividade não se presta para expurgar
excessos de execução. Título embora lastreado em anterior contrato
de consórcio, não impõe que o julgado faca referências agudas a
respeito deste. Recurso rejeitado.
Por unanimidade de votos, rejeitaram os embargos.
(Embargos de Declaração 0167782-5/01, Ac. 11939, 5ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 18.04.2001,
DJ 27.04.2001)

TAPR-072794) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE LOCAÇÃO. FIANÇA.
REAJUSTE. NECESSIDADE DO SEU EXAME. AGRAVO PROVIDO.
A exceção de pré-executividade contém matéria que pode ser
decidida de ofício, carecendo assim, de melhor análise, antes de se
alegar necessidade de maiores questionamentos, atendendo-se a
sua finalidade primordial.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento 0152389-1, Ac. 11527, 6ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Carvilio da Silveira Filho. j. 16.04.2001, DJ
27.04.2001)

TAPR-072736) AGRAVO DE INSTRUMENTO - NOTA DE CRÉDITO


COMERCIAL - OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO -
AGRAVO DESPROVIDO.
Sendo válido o contrato em moeda estrangeira com o pagamento
pela conversão na moeda nacional, correta a rejeição da exceção de
pré-executividade fundada na nulidade do pacto.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento 0169524-1, Ac. 14179, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Guarapuava, Rel. Juiz Rogério Coelho. j. 24.04.2001, DJ
04.05.2001)

TAPR-072699) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ENCARGOS CONTRATUAIS - DISCUSSÃO - INADMISSIBILIDADE
- MATÉRIAS A SEREM SUSCITADAS PELA VIA DOS EMBARGOS
À EXECUÇÃO.
1. A exceção de pré-executividade deve ficar circunscrita ao exame
das questões de ordem pública e que digam respeito aos
pressupostos do processo e às condições da ação, os quais
prescindem de dilação probatória e podem ser conhecidos Ex Officio.
Recurso conhecido e não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0165336 -5, Ac. 13998, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Guarapuava, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 18.04.2001, DJ
11.05.2001)

TAPR-072660) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA. ATO AGRAVADO CONSISTENTE NO
INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. PRETENSÃO CALCADA COM INTENÇÃO
DE ALCANÇAR A NULIDADE DAS CITAÇÕES DOS DEVEDORES.
MANEJO IMPRÓPRIO. DITO INCIDENTE SERVE PARA OBSTAR
PRETENSÃO EXECUTIVA OU ATO DO PROCESSO DE
EXECUÇÃO. PROPÓSITO DIVERSO. RECURSO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0169149 -8, Ac. 11973, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 25.04.2001, DJ
11.05.2001)

TAPR-072656) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. INCIDENTE DE
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ATO RECORRIDO
INDEFERITÓRIO DO PLEITO. CONSTITUINDO O TÍTULO EM
CONTRATO DE ABERTURA DE CONTA CORRENTE (CHEQUE
ESPECIAL), FACE O QUE DISPÕE A SÚMULA 233, STJ O
INCIDENTE BEM SE PRESTA PARA APRECIAR SOBRE A
ILIQUIDEZ DO TÍTULO. RECURSO PROVIDO.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0170640 -7, Ac. 11975, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Arapongas, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 25.04.2001, DJ
11.05.2001)

TAPR-072527) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE FINANCIAMENTO
PARA COBERTURA DE SALDO DEVEDOR EM CONTA-
CORRENTE - LIQUIDEZ NÃO AFASTADA - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - NÃO CABIMENTO - MATÉRIA A SER
DISCUTIDA NA SEARA DOS EMBARGOS DO DEVEDOR.
1. Constando do contrato de financiamento o valor mutuado, em
quantia certa, a ser paga em uma única parcela, não incide, in casu,
o entendimento da Súmula 233 da Corte Superior.
2. O fato do contrato de financiamento ter sido firmado para cobrir
saldo negativo em conta corrente permite ao devedor, em sede de
embargos, a discussão da origem da dívida, inclusive no tocante aos
contratos anteriores, mas não tem o condão de retirar a
executividade do título extrajudicial.
3. Não há como acolher a exceção de pré-executividade na qual é
suscitada matéria própria da seara dos embargos do devedor,
máxime quando o título executivo extrajudicial traduz aparência de
liquidez, certeza e exigibilidade e quando o exame das questões
aventadas depende de dilação probatória. Recurso conhecido e não
provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0171675 -4, Ac. 14065, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Paranavai, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 09.05.2001, DJ
25.05.2001).

TAPR-072497) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONSTRUÇÃO
DOUTRINÁRIA, ALBERGADA PELA JURISPRUDÊNCIA DOS
TRIBUNAIS PÁTRIOS - ADMISSIBILIDADE - EXIGE-SE QUESTÃO
DE NULIDADE DA CÁRTULA OBJETO DO PROCESSO
EXECUTÓRIO, O QUE IMPORIA, ENTÃO, A IMEDIATA
DECRETAÇÃO, E POR CONSEGUINTE, A EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO, SEM JULGAMENTO DO MÉRITO - PENHORA -
IMÓVEL BEM DE FAMÍLIA - EXCLUSÃO - CONTRATO EM
EXECUÇÃO - FIANÇA - AUSÊNCIA DE OUTORGA UXÓRIA -
BONIFICAÇÃO - ESTÍMULO A PONTUALIDADE - FORMA VELADA
DE APLICAÇÃO DE MULTA MORATÓRIA - CUMULAÇÃO COM
OUTRA MULTA - MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA,
CONHECIMENTO DE OFICIO - INADMISSÍVEL - DIREITO
PATRIMONIAL DISPONÍVEL - MATÉRIA CONTRADITÓRIA NA
JURISPRUDÊNCIA - QUESTÕES QUE REFOGEM AO INSTITUTO
DA PRÉ-EXECUTIVIDADE, PASSÍVEIS DE DISCUSSÃO EM SEDE
DE EMBARGOS A EXECUÇÃO - NULIDADE DO TÍTULO
EXTRAJUDICIAL EM EXECUÇÃO, DE MOLDE A ENSEJAR A SUA
IMEDIATA DECRETAÇÃO DA DEMANDA - INEXISTÊNCIA -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - RECURSO DESPROVIDO.
(Agravo de Instrumento nº 0171267-2, Ac. 12046, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Tufi Maron Filho. j. 09.05.2001, DJ
25.05.2001).

TAPR-072435) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
NOTA PROMISSÓRIA VINCULADA A CONTRATO DE MÚTUO -
TÍTULO HÁBIL A ENSEJAR O PEDIDO EXECUTÓRIO - DECISÃO
MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO.
Nota promissória vinculada a contrato de mútuo é título hábil a
ensejar pedido executivo.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0163014 -6, Ac. 14010, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Castro, Rel. Juiz Marcus Vinicius de Lacerda Costa. j.
15.05.2001, DJ 01.06.2001).

TAPR-072421) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO POR


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EMBARGOS DO DEVEDOR -
IMPROCEDÊNCIA NO 1º GRAU - APELAÇÃO PROVIDA
PARCIALMENTE - OPOSIÇÃO PELOS DEVEDORES DE
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - REQUERIMENTO DE
EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO SOB O ARGUMENTO DE NULIDADE
DO TÍTULO, EIS QUE A CONFISSÃO E COMPOSIÇÃO DE DÍVIDA
É ORIGINÁRIA DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE - REJEIÇÃO NO JUÍZO MONOCRÁTICO AO
SUPORTE DA OPERAÇÃO DA COISA JULGADA MATERIAL -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - LEGITIMIDADE DO
INTERLOCUTÓRIO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS
EM 25% SOBRE O VALOR DO DÉBITO ATUALIZADO - RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO, NO PARTICULAR ASPECTO DE
FIXAR OS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM R$ 5.000,00
(CINCO MIL REAIS), DE ACORDO COM O ARTIGO 20, § 4º DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
Se a questão já está albergada sob o manto da coisa julgada
material, impossível qualquer modificação com respeito aquilo que
ficou definitivamente decidido no julgamento da lide, o que, em tese,
somente seria permitido em sede de ação rescisória.
Por unanimidade de votos, deram provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 0170478 -1, Ac. 14032, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Rel. Juiz Ronald Schulman. j. 22.05.2001, DJ
01.06.2001).
TAPR-072399) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE
TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ENCARGOS CONTRATUAIS - DISCUSSÃO - INADMISSIBILIDADE
- MATÉRIAS A SEREM SUSCITADAS PELA VIA DOS EMBARGOS
A EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade deve ficar circunscrita ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e as condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos ex officio. Recurso conhecido e
não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172199 -3, Ac. 14103, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 16.05.2001, DJ
01.06.2001).

TAPR-072386) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. INTERLOCUTÓRIO
QUE INDEFERE INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. AVALISTA.
Não é defeso ao avalista pretender questionar acerca da causa da
dívida. Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0170079 -8, Ac. 12088, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Ribeirao Claro, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 16.05.2001,
DJ 01.06.2001).

TAPR-072381) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO


EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
HIPÓTESES EXCEPCIONAIS DE NULIDADE MANIFESTA -
ALEGAÇÃO DE INÉPCIA DA EXORDIAL, FACE A VIOLAÇÃO DO
DISPOSTO NO ART. 614, II, DO CPC - AUSÊNCIA DE
DEMONSTRATIVO DISCRIMINADO - INOCORRÊNCIA -
EXPOSIÇÃO DE TODOS ENCARGOS UTILIZADOS PARA O
CÔMPUTO DO DÉBITO ATUALIZADO, AFERÍVEL MEDIANTE
SIMPLES OPERAÇÕES ARITMÉTICAS - AUSÊNCIA DE
CERCEAMENTO DE DEFESA - ARGÜIÇÃO DE EXCESSO DE
PENHORA - IMPOSSIBILIDADE EM SEDE DO PRESENTE
INSTRUMENTO PROCESSUAL, RESTRITO AS MATÉRIAS DE
ORDEM PÚBLICA - DECISÃO MANTIDA - RECURSO NÃO
PROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172086 -1, Ac. 12112, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Ronald Juarez Moro. j. 23.05.2001, DJ
01.06.2001).

TAPR-072341) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.


ACORDO NOS AUTOS MEDIANTE INSTRUMENTO PARTICULAR
DE CONFISSÃO DE DÍVIDA E FORMA DO SEU PAGAMENTO.
HOMOLOGAÇÃO PELO JUIZ. TÍTULO JUDICIAL. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. INDEFERIMENTO. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE
RENEGOCIADO PELAS PARTES. EXECUÇÃO APARELHADA.
RECURSO DESPROVIDO.
Conquanto seja possível ao devedor promover a discussão dos
valores que compõem o contrato de confissão ou termo de acordo
onde confessa ser devedor de quantia certa, ainda que originária de
contrato de abertura de crédito em conta corrente, e este hígido, em
si, visto não padecer da mesma nulidade do contrato anterior.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172000 -1, Ac. 12060, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi. j. 21.05.2001,
DJ 01.06.2001)

TAPR-072294) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - NOTA PROMISSÓRIA - ARGÜIÇÃO DE
AGIOTAGEM - MATÉRIA ESTRANHA AO ÂMBITO DO INCIDENTE.
A exceção de pré-executividade é admissível desde que fundada na
falta de pressupostos para a constituição e validade do processo de
execução, quando a matéria é passível de conhecimento de ofício
pelo juiz e não dependa de contraditório como a discussão sobre
desnaturamento da nota promissória em virtude da acusação de ser
fruto de agiotagem. Agravo desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0169828 -4, Ac. 14288, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Engenheiro Beltrão, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j.
22.05.2001, DJ 08.06.2001)

TAPR-072289) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.


CONTRATO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. IMPUGNAÇÃO DO CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE QUE TERIA ORIGINADO O
CONTRATO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA. PRETENSÃO DE
EXAME REPELIDA SOB A CIRCUNSTÂNCIA DA NECESSIDADE
DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA. COMO NÃO CONSTA DO
CONTRATO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA, A SUA ORIGEM, AS
QUESTÕES ARGÜIDAS NA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
DEVERÃO SER ANALISADAS EM EMBARGOS A EXECUÇÃO.
"PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES
EXCEPCIONAIS. PRECEDENTE DOUTRINA. REQUISITOS.
INAPLICABILIDADE AO CASO. AGRAVO DESPROVIDO.
I - A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio
nos casos em que o juízo, de ofício pode conhecer a matéria a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo.
II - Suscitadas questões, no entanto, que dependeriam do exame de
provas, e não dizem respeito a aspectos formais do título executivo,
e nem poderiam ser conhecidas de ofício, não se mostra adequada a
exceção de pré-executividade.
III - Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 53.257 -8/Goiás
- Ac. 195577 - 4ª T. Rel. M in. Salvio de Figueiredo Teixeira."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0171580 -0, Ac. 14309, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Guarapuava, Rel. Juiz Conv. Eugênio Achille Grandinetti. j.
29.05.2001, DJ 08.06.2001)

TAPR-072171) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
PENDÊNCIA DE CONDIÇÃO A CARGO DO CREDOR -
CIRCUNSTÂNCIA QUE NÃO SE DEPREENDE DO EXAME DO
TÍTULO EXEQÜENDO - MATÉRIA A SER SUSCITADA PELA VIA
DOS EMBARGOS A EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade deve ficar circunscrita ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e as condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos ex officio. Recurso conhecido e
não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0174375 -1, Ac. 14218, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 13.06.2001, DJ
03.08.2001)

TAPR-072162) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - INCIDENTE


REJEITADO - INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE
DÍVIDA - TÍTULO HÁBIL A APARELHAR EXECUÇÃO A DESPEITO
DA DÍVIDA ORIGINÁRIA - VERBA HONORÁRIA MAJORADA
DEVIDO A RESISTÊNCIA INJUSTIFICADA A EXECUÇÃO -
IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO EM PARTE.
Por maioria de votos, deram provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 0169070 -8, Ac. 14312, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Francisco Beltrão, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 22.05.2001,
DJ 03.08.2001)

TAPR-072150) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - DECISÃO QUE ENTENDEU PRECLUSA A
ARGÜIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE.
Tendo a exceção de pré-executividade por objeto a análise dos
pressupostos para a constituição e validade do processo da
execução, seu conhecimento é possível a qualquer momento ou fase
do processo, sem que possa ser alcançado pela preclusão. Agravo
provido em parte.
Por unanimidade de votos, deram provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 0173393 -5, Ac. 14367, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Castro, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 12.06.2001, DJ
03.08.2001)

TAPR-072082) AGRAVO INSTRUMENTAL. INTERLOCUTÓRIO


INDEFERINDO OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE EM FISCAL
EXECUÇÃO. QUESTÕES FÁTICAS REPORTADAS A
EXTINÇÃO/SUSPENSÃO DESTE DEPENDENTES DE PROVA,
ALHEIAS AO ÂMBITO ESPECÍFICO DA EXCEÇÃO, MESMO
CABÍVEL FOSSE NO REGIME ESPECIAL E COMPACTO DA LEI
Nº 6.830/80, ARTS. 16 E SEGUINTES. EXCERTOS
JURISPRUDENCIAIS. DESPROVIMENTO, NESTA RAZÃO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0167463 -5, Ac. 12217, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Arno Knoerr. j. 06.06.2001, DJ
03.08.2001)

TAPR-072080) AGRAVO INSTRUMENTAL. INTERLOCUTÓRIO


DESACOLHENDO EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
EXECUÇÃO AMPARADA EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL DE MÚTUO
PARA CAPITAL DE GIRO E CESSÃO DE DIREITOS
CREDITÓRIOS VINCULADA A NOTA PROMISSÓRIA.
Suscitações de incomprovada liberação ao recurso financeiro,
descaracterizando liquidez e ao título como executivo, aplicação as
normas de ordem pública do CDC, taxa de juros remuneratórios e
capitalização. Levantamento a penhora quanto a porção ideal da
cônjuge sobre o imóvel - questões de ordem probanda, alheias aos
aspectos objetivos do crédito, condições da ação executiva e seus
pressupostos de constituição e desenvolvimento revelados de plano
- precedentes jurisprudenciais - excertos doutrinários - recurso
desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0167922 -9, Ac. 12224, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Arno Knoerr. j. 13.06.2001, DJ
03.08.2001)

TAPR-072075) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
OPOSTA APÓS A ADJUDICAÇÃO DO BEM PENHORADO -
DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NÃO CONHECE DOS TERMOS
DO PETITÓRIO, SOB O FUNDAMENTO DE SE AFIGURAR FINDO
O PROCESSO EXPROPRIATÓRIO, ADUZINDO A INVIABILIDADE
DE SE REINSTALAR EVENTUAL CONTROVÉRSIA NOS MOLDES
PRETENDIDOS PELO EXECUTADO - INOCORRÊNCIA -
IMPRESCINDIBILIDADE DA CONCRETA APRECIAÇÃO DAS
ALEGAÇÕES DEDUZIDAS PELO DEVEDOR, POSTO QUE
CONCERNENTES A MATÉRIAS DE ORDEM PÚBLICA -
COGNOSCIBILIDADE A QUALQUER TEMPO E GRAU DE
JURISDIÇÃO - INTELIGÊNCIA DO ART. 267, 3º, CPC - DECISÃO
REFORMADA - AGRAVO PROVIDO.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0171683 -6, Ac. 12209, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Ronald Juarez Moro. j. 06.06.2001, DJ
03.08.2001)

TAPR-072062) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE


INSTRUMENTO QUE PROVEU RECURSO PARA AFASTAR ATO
INDEFERITÓRIO DE INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. OMISSÃO. INOCORRÊNCIA. PRETENSÃO DO
EMBARGANTE OBJETIVANDO QUE SE DECLARE ALÉM DO QUE
FOI DECIDIDO. RECURSO REJEITADO.
Por unanimidade de votos, rejeitaram os embargos.
(Embargos de Declaração nº 0170640 -7/01, Ac. 12204, 5ª Câmara
Cível do TAPR, Arapongas, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j.
30.05.2001, DJ 03.08.2001)

TAPR-071959) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
MATÉRIA QUE DEPENDE DE MAIOR DILAÇÃO PROBATÓRIA.
DESCABIMENTO. RECURSO DESPROVIDO.
"Não viola nenhum dispositivo do CPC, decisão que, entendendo
inexistentes vícios que pudessem ser apreciados de oficio, repele a
exceção de pré-executividade e remete a argüição do fato para os
embargos a execução." "Vê-se, portanto, que o primeiro critério a
autorizar que a matéria seja deduzida por meio de exceção ou
objeção de pré-executividade é o de que se trate de matéria ligada a
admissibilidade da execução, e seja, portanto, conhecível de ofício e
a qualquer tempo. O segundo dos critérios é o relativo a
perceptibilidade do vício apontado. A necessidade de uma instrução
trabalhosa é demorada, como regra, inviabiliza a discussão do
defeito apontado no bojo do processo de execução, sob pena de que
esse se desnature. Na verdade, ambos os critérios devem estar
presentes, para que se possa admitir a apresentação de exceção ou
objeção de pré-executividade."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172566 -4, Ac. 12162, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Ponta Grossa, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
04.06.2001, DJ 03.08.2001)

TAPR-071890) AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE


EXECUÇÃO - IMPROCEDÊNCIA DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ALIENAÇÃO JUDICIAL DO BEM - PEDIDO DE
AFASTAMENTO DA RESPONSABILIDADE CAMBIÁRIA -
ALEGAÇÃO DE QUE O TÍTULO PERDEU A LIQUIDEZ - NEGADO
PROVIMENTO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172456 -3, Ac. 14400, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Palotina, Rel. Juiz De Vicente. j. 07.08.2001, DJ
17.08.2001)

TAPR-071799) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
CONTRATO DE MÚTUO PARA REPASSE DE EMPRÉSTIMO
EXTERNO - ILIQUIDEZ DO TÍTULO - DISCUSSÃO -
INADMISSIBILIDADE - MATÉRIAS A SEREM SUSCITADAS PELA
VIA DOS EMBARGOS A EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade deve ficar circunscrita ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e as condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos ex officio. Recurso conhecido e
não provido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0173782 -2, Ac. 14336, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 08.08.2001, DJ
24.08.2001)

TAPR-071693) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO E COMPOSIÇÃO
DE DÍVIDA - REPELIDA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ILIQUIDEZ AFASTADA - DISCUSSÃO SOBRE PAGAMENTO E
EXCESSO DE ENCARGOS - SEDE IMPRÓPRIA - AGRAVO DE
INSTRUMENTO DESPROVIDO.
(Agravo de Instrumento nº 0173608 -1, Ac. 12287, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 25.06.2001, DJ
24.08.2001)
Por unanimidade de votos, negaram provimento.

TAPR-071687) EMBARGOS INFRINGENTES - AGRAVO DE


INSTRUMENTO - CABIMENTO - SITUAÇÃO EM QUE A DECISÃO
TEM CARÁTER DE SENTENÇA - ACOLHIMENTO DE EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - APLICAÇÃO DA SÚMULA 233 DO STJ
- EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO - MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA -
POSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO A QUALQUER TEMPO -
IRRELEVÂNCIA DA DATA DE AJUIZAMENTO DA EXECUÇÃO -
IMPOSSIBILIDADE DE CRIAÇÃO DE CRITÉRIO SUBJETIVO PARA
ADOÇÃO DA SÚMULA - DECISÃO MAJORITÁRIA CORRETA -
RECURSO DESPROVIDO.
1. Tendo a decisão, exarada em sede de agravo de instrumento,
caráter de sentença, vez que acolheu a exceção de pré-
executividade argüida, extinguindo a execução, cabíveis os
embargos infringentes, em face de decisão não unanime.
2. Impossível a criação de critério subjetivo para aplicação da
Súmula 233 do STJ, tendo em vista que, independentemente da data
de ajuizamento da mesma, como se trata de matéria de ordem
pública, esta pode ser apreciada a qualquer tempo.
(Embargos Infringentes (GR) nº 0154341 -9/01, Ac. 987, 4º Grupo de
Câmaras Cíveis do TAPR, Imbituva, Rel. Juiz Prestes Mattar. j.
26.06.2001, DJ 24.08.2001)

TAPR-071644) AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXECUÇÃO


HIPOTECÁRIA. - EXCEÇÃO À PRÉ-EXECUTIVIDADE. -
LIMITAÇÕES AO PROCEDIMENTO. - CONEXÃO DA AÇÃO
EXECUTIVA COM A AÇÃO ORDINÁRIA E EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO. - IMPOSSIBILIDADE. - SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO.
- POSSIBILIDADE ANTE O AJUIZAMENTO DE AÇÃO
REVISIONAL. - QUESTÃO PREJUDICIAL DE REGULARIDADE
CONTRATUAL. - DECISÃO MONOCRÁTICA REFORMADA EM
PARTE PARA DETERMINAR A SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO. -
(MAIORIA). - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
I. Este incidente tem por objetivo, efetivamente, possibilitar ao
devedor a argüição da falta de condição para a ação de execução.
Não contendo o título executivo eficácia executiva, esta não poderia
prosperar, contudo, esta matéria deve ser argüida incidentalmente,
deve estar devidamente caracterizada a carência de ação, e no caso
dos autos, tendo sido interposta ação revisional, esta poderá
incumbir-se de apreciar a regularidade contratual. Este procedimento
tem a possibilidade de esgotar os pontos necessários para que seja
demonstrada a liquidez, certeza ou exigibilidade, ou não, do que se
pretende cobrar, mas frise-se, esta controvérsia não pode ser
apreciada em sede de exceção, dado a sua limitação de
procedimento.
II. Assim, somente se o título não contiver eficácia executiva, o
Magistrado deverá desde logo indeferi-lo, pronunciando-se sobre a
carência de ação, posto que, a própria limitação do incidente a ser
reformado em sede de Agravo de Instrumento, não permite a
utilização deste remédio incidental para tentar invocar a carência de
ação por falta de liquidez do título, quando presentes os requisitos
essenciais para a sua validade.
III. O cuidado a ser tomado nestas condições exige que a parte
comprove a carência de ação não pelos pontos a serem argüidos em
embargos, mas aqueles em que por não interposição cabe a
extinção da execução, até mesmo de ofício.
IV. Por unanimidade de votos, deram provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 0167732 -5, Ac. 14517, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Lídio J. R. de Macedo. j. 21.08.2001,
Publ. DJ 31.08.2001)

TAPR-071628) 1. AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATO DE FIANÇA - DECISÃO QUE
ENTENDEU PRECLUSA A ARGÜIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE.
TENDO A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE POR OBJETO A
ANÁLISE DOS PRESSUPOSTOS PARA A CONSTITUIÇÃO E
VALIDADE DO PROCESSO DA EXECUÇÃO, SEU
CONHECIMENTO É POSSÍVEL A QUALQUER MOMENTO OU
FASE DO PROCESSO, SEM QUE POSSA SER ALCANÇADO
PELA PRECLUSÃO.
2. FIANÇA - INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA - LOCAÇÃO -
PRORROGAÇÃO DO CONTRATO SEM ANUÊNCIA DO FIADOR -
AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DESTE. O instituto da fiança
não comporta interpretação extensiva em razão do artigo 1.483 do
Código Civil, inexistindo responsabilidade do fiador por débito
oriundo de contrato de locação prorrogado sem sua anuência.
Agravo provido.
3. Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0174945 -3, Ac. 14479, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 14.08.2001, Publ. DJ
31.08.2001)

TAPR-071616) AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO QUE


AFASTA APRECIAÇÃO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
INSTRUMENTO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA ORIUNDO DE
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE. CHEQUE ESPECIAL. NOVAÇÃO. LIQUIDEZ DO
TÍTULO. QUESTÕES PERTINENTES A EXCEÇÃO
MERECEDORAS DE FUNDAMENTADA APRECIAÇÃO DE
MÉRITO. RECURSO PROVIDO.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 01 72861-4, Ac. 12388, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 15.08.2001, Publ.
DJ 31.08.2001)

TAPR-071559) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE E INCIDENTE DE FALSIDADE. DOCUMENTO.
PREENCHIMENTO INDEVIDO DE DOCUMENTO PREVIAMENTE
ASSINADO. HIPÓTESE DE FALSIDADE IDEOLÓGICA, NÃO
MATERIAL. ARTIGO 394 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
RECURSO DESPROVIDO.
O argumento de ter sido assinada em branco a nota promissória, tal
fato não tem o condão de invalidá-la, pois, nestes casos, entende-se
que o emitente delegou poderes para que o credor procedesse o seu
preenchimento.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0173392 -8, Ac. 12384, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Foz do Iguaçu, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
20.08.2001, Publ. DJ 31.08.2001)

TAPR-071532) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - CÉDULA DE CRÉDITO INDUSTRIAL - TÍTULO
LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL - INEXISTÊNCIA DE
CONTRAPRESTAÇÃO - DEMONSTRATIVO DO DÉBITO.
1. A cédula de crédito industrial, instituída pelo DL 413 de 9/1/69, é
definida como promessa de pagamento em dinheiro (art. 9º),
constituindo-se em título líquido, certo e exigível pela soma dela
constante ou do endosso e demais encargos previstos para
segurança, regularidade e realização do direito creditório (art. 10),
nenhuma contraprestação sendo imposta ao credor como condição
para que o crédito que ela representa se torne líquido e certo.
2. O documento apresentado pelo credor com a petição inicial,
atende a norma impositiva do artigo 614, II, do CPC, ao exigir
demonstrativo do débito atualizado com todas as suas parcelas
indicadas, aí compreendido o principal, juros, multa e correção
monetária. Agravo desprovido.
3. Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0175540 -2, Ac. 14586, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 21.08.2001, Publ. DJ
06.09.2001)

TAPR-071526) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL FUNDADA EM CONFISSÃO DE DÍVIDA -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILIQUIDEZ NÃO
CARACTERIZADA - EVENTUAL EXCESSO SEM EXPRESSÃO
PARA NULIFICAR O TÍTULO - RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.
"A exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o Juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título
executivo." (STJ).
(Agravo de Instrumento nº 0156871 -0, Ac. 14467, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Clayton Camargo. j. 22.08.2001, Publ.
DJ 06.09.2001)

TAPR-071523) EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL - EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE - INDEFERIMENTO - "BIS IN IDEM" - NÃO
CARACTERIZAÇÃO - INICIAL - INÉPCIA - INOCORRÊNCIA -
AGRAVO DESPROVIDO.
1. A exceção de pré-executividade só é admitida quando o título
exeqüendo não se reveste, de imediato, de liquidez, certeza e
exigibilidade.
2. As matérias levantadas a fim de fundamentar o incidente da pré-
executividade não preenchem os seus requisitos, devendo ser
discutidas em sede de Embargos à Execução.
3. Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0161695 -3, Ac. 14427, 4ª Câmara Cível
do TAPR, São José dos Pinhais, Rel. Juiz Fernando Wolff Bodziak. j.
15.08.2001, Publ. DJ 06.09.2001)

TAPR-071491) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. REJEIÇÃO. QUESTÕES QUE NÃO
CONSTITUEM MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. EMBARGOS À
EXECUÇÃO JULGADOS IMPROCEDENTES. NOVO EXAME
DESCABIMENTO. AGRAVO DESPROVIDO.
"Não sendo a argumentação em que se funda a exceção de pré-
executividade matéria de ordem pública, e já tendo sido julgado os
Embargos à Execução onde o excesso da execução foi discutido,
impossível a rediscussão da mesma matéria, por incidência da
Norma do artigo 473, do Código de Processo Civil."
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0173849 -2, Ac. 12146, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Francisco Beltrão, Relª. Juíza Maria José Teixeira. j.
20.08.2001, Publ. DJ 06.09.2001)

TAPR-071408) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS


DECLARATÓRIOS -- OMISSÃO, CONTRADIÇÃO E
OBSCURIDADE - INOCORRÊNCIA - MATÉRIAS DEBATIDAS E
FUNDAMENTADAS NA DECISÃO GUERREADA - PRETENSÃO DE
REDISCUSSÃO DO JULGADO - IMPOSSIBILIDADE - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - AUSÊNCIA DE NULIDADE DA
EXECUÇÃO - CÁLCULO CORRETO - IMPROPRIEDADE DA
OPOSIÇÃO. AGRAVO DESPROVIDO.
1. "O julgador, à luz da estrutura jurídica do sistema processual, não
está obrigado a examinar e responder todas as alegações das
partes, quando já tenha encontrado motivo suficiente par fundar a
decisão, nem se obriga a ater-se aos fundamentos indicados por
elas e tampouco a responder um a um os seus argumentos".
2. A exceção de pré-executividade somente é de ser acolhida se
verificado desde logo nulidade que deverá ser declarada até mesmo
de ofício, porquanto não se justificaria submeter o executado a
maiores ônus quando logo de início fosse visto que a execução não
teria como prosperar, ante a existência de irregularidade insanável.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 016 4919-0, Ac. 14409, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Marcus Vinícius de Lacerda Costa. j.
11.09.2001, Publ. DJ 21.09.2001)

TAPR-071383) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - MATÉRIA ATINENTE ÀS CONDIÇÕES DA
AÇÃO EXECUTIVA - QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA - EXAME,
INDEPENDENTEMENTE DE EMBARGOS - ARTIGO 267, § 3º DO
CPC.
1. Do exame do disposto nos artigos 583, 614 e 618 do diploma
processual civil, depreende-se que o feito executivo deve estar
instruído com título revestido de liquidez, certeza e exigibilidade, sob
pena de nulidade. E mais: referida nulidade, estando expressamente
cominada, é matéria de ordem pública a ser apreciada ex officio.
2. A exigência do oferecimento dos Embargos à Execução para que
seja apreciada a executividade do título não tem razão de ser, pois
as questões em tela - referentes às condições da ação - deverão ser
apreciadas pelo Juiz a qualquer tempo e grau de jurisdição,
conforme artigo 267, § 3º, do Código de Processo Civil.
Recurso conhecido e provido.
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0176157 -1, Ac. 14542, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Ponta Grossa, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 05.09.2001,
Publ. DJ 21.09.2001)

TAPR-071380) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - SOBRESTAMENTO DA EXECUÇÃO -
IMPOSSIBILIDADE - SENTENÇA - LIQUIDEZ.
1. Tendo a exceção de pré-executividade por objeto a análise dos
pressupostos para a Constituição e validade do processo da
execução, com seu conhecimento sendo possível a qualquer
momento ou fase do processo, sem que possa ser alçado pela
preclusão, uma vez levantada não tem o poder de sobrestar a
execução, inclusive para dilatar o prazo para o devedor nomear bens
em garantia.
2. Basta para conferir a liquidez do título a simples indicação dos
elementos necessários para apurar mediante operações aritméticas,
complexas ou não, o montante exeqüível indicado na sentença com
base no contrato objeto do litígio, sem necessidade da produção de
outras provas. O excesso de cobrança não desvirtua ou prejudica a
liquidez do título, devendo ser discutido e abatido do montante
exeqüendo em sede de embargos do devedor, onde será possível a
produção de perícia contábil com a qual o devedor poderá se
contrapor aos cálculos de liquidação feitos pelo credor.
Agravo desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0175295 -2, Ac. 14637, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Pirai do Sul, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 11.09.2001, Publ.
DJ 21.09.2001)

TAPR-071349) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. INCIDENTE DE
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, REJEIÇÃO. PRETENSÃO
ASSENTADA NA ILIQUIDEZ DO TÍTULO POR SE TRATAR DE
CHEQUE ESPECIAL (SÚMULA 233, STJ). ALUSÃO EQUIVOCADA.
TRATA-SE DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE PARCELADO. MÚTUO. TÍTULO LIQUIDO,
CERTO E EXIGÍVEL. RECURSO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0172534 -2, Ac. 12472, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Castro, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 29.08.2001, Publ. DJ
21.09.2001)

TAPR-071347) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO ESPECIAL HIPOTECÁRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE REJEITADA. EXISTÊNCIA EM JUÍZO DIVERSO
DE AÇÃO REVISIONAL DO MESMO CONTRATO ONDE O
MUTUÁRIO/EXECUTADO DEPOSITA JUDICIALMENTE
PAGAMENTO DAS PARCELAS. ALEGADA INEXISTÊNCIA DA
MORA. QUESTÃO IMPRÓPRIA A LASTREAR A EXCEÇÃO.
DÍVIDA. DISCUSSÃO. IMPOSSIBILIDADE DE RESULTAR NA
EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. MATÉRIA PERTINENTE NOS
EMBARGOS DO DEVEDOR. RECURSO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0174473 -2, Ac. 12480, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 05.09.2001, Publ.
DJ 21.09.2001)
TAPR-071329) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE INTERPOSTA EM EXECUTIVO FISCAL -
CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA FORMALMENTE EM ORDEM -
CONEXÃO DA EXECUÇÃO FISCAL COM AÇÃO DECLARATÓRIA
DE NULIDADE NÃO ACOLHIDA, EM FACE DA NÃO
INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS - AÇÕES QUE TRAMITAM PELA
JUSTIÇA ESTADUAL, ATRAVÉS DAS VARAS ESPECIALIDADES
DA FAZENDA PÚBLICA - PRESCRIÇÃO DA AÇÃO
DECLARATÓRIA, MATÉRIA DE DEFESA DO AGRAVADO, QUE
NÃO PODE SER OBJETO DA PRESENTE - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
As matérias argüiveis por meio da exceção de pré-executividade
devem ser daquelas que o Juiz possa conhecer de ofício, mesmo
porque é esse o fato pelo qual fica dispensada a segurança do Juízo.
São as chamadas matérias de ordem pública. A hipótese deste
recurso não se adequa a invocação da exceção de pré-
executividade, vez que a impugnação não se funda nos
pressupostos de validade do processo, uma vez que estão presentes
os requisitos de capacidade e interesses processuais e a
possibilidade jurídica do pedido. A conexão constitui causa de
modificação de competência, devendo ser alegada em contestação,
conforme art. 301, VII, do CPC, e em se tratando de execução fiscal,
fundada em título executivo extrajudicial (Certidão de Dívida Ativa
regularmente inscrita), haverá de ser questionada por meio dos
embargos, nos exatos termos do art. 16 da Lei nº 6.830/80. É
inadequado, portanto, pretender o seu reconhecimento no processo
de execução pelo simples fato de haver identidade de partes,
quando a causa de pedir e o pedido mostram-se diversos em face da
autonomia e literalidade do título executivo.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0173931 -5, Ac. 12232, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Anny Mary Kuss. j. 20.08.2001, DJ
21.09.2001)
TAPR-071302) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA
DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA DO DEVEDOR, A DATA DO
VENCIMENTO DE CADA UMA DAS PARCELAS QUE INTEGRAM
O TÍTULO EXECUTIVO. OBRIGAÇÃO INOCORRENTE. DEMAIS
ARGÜIÇÕES QUE NÃO SE MOSTRAM IDÔNEAS, DESDE LOGO,
A SEREM ESGRIMIDAS ATRAVÉS DE TAL INCIDENTE,
EXIGINDO-SE, PARA O SEU CONHECIMENTO E DECISÃO, A
PRÉVIA SEGURANÇA DO JUÍZO. RECURSO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0174982 -6, Ac. 12482, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Bela Vista do Paraíso, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi. j .
10.09.2001, DJ 21.09.2001)

TAPR-071299) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE NOS PRÓPRIOS AUTOS DA AÇÃO, COM
PEDIDO DE SUSPENSÃO DO SEU ANDAMENTO.
INDEFERIMENTO DA SUSPENSÃO, COM DETERMINAÇÃO PARA
QUE O CREDOR SE MANIFESTE SOBRE O INCIDENTE. AGRAVO
OBJETIVANDO O PRONUNCIAMENTO DO TRIBUNAL SOBRE A
SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO E TAMBÉM SOBRE AS MATÉRIAS
DEDUZIDAS NO INCIDENTE. INADMISSIBILIDADE.
NECESSIDADE DE PRÉVIA MANIFESTAÇÃO DO JUÍZO
SINGULAR, SOB PENA DE SUPRESSÃO DE UMA DAS
INSTÂNCIAS.
Reconhecimento, contudo, da necessidade de ser suspenso o curso
da execução, a vista da relevância das questões suscitadas.
Recurso parcialmente conhecido, sendo nessa parte provido.
(Agravo de Instrumento nº 017594 5-7, Ac. 12481, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi. j. 10.09.2001,
DJ 21.09.2001)
TAPR-071232) EXECUÇÃO - CONTRATO - INSTRUMENTO DE
CONFISSÃO DE DÍVIDA - RENEGOCIAÇÃO - TÍTULO EXECUTIVO
- CPC, ART. 585, II.
I - O contrato de confissão de dívida e título executivo. O que se dá é
que não está ele a salvo de o devedor, justificadamente, ver
esmiuçados todos os aspectos pertinentes a formação do valor que
ele estampa, inclusive no que concerne aos contratos anteriores, que
lhe deram origem. Execução - Exceção de pré-executividade -
Contrato de confissão de dívida - Abordagem, na exceção, de
matéria típica de Embargos do Devedor, a exigir ampla atividade
cognitiva - Inviabilidade.
II - A exceção de executividade é objeção que só se torna viável em
casos excepcionais, quando desde logo, objetivamente,
controverterem-se pressupostos do processo de execução e da
pretensão a executar, sobre que até mesmo de ofício ao órgão
jurisdicional toque o dever-poder de conhecer.
III - Agravo de Instrumento desprovido. Unânime.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0153483 -8, Ac. 12874, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Rabello Filho. j. 10.09.2001, DJ
28.09.2001)

TAPR-071216) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE - EMPRÉSTIMO LIBERADO DE UMA SÓ VEZ -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEITADA - NÃO
ENQUADRAMENTO DA SÚMULA N 233 DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA - RESCISÃO CONFIRMADA - AGRAVO DE
INSTRUMENTO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0176656 -9, Ac. 12535, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Cascavel, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 10.09.2001,
DJ 28.09.2001)
TAPR-071213) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -
CONTRATO DE CÂMBIO DE COMPRA EXPORTAÇÃO -
GARANTIDO POR NOTA PROMISSÓRIA - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - DECLARADA NULIDADE DO CONTRATO -
ALCANÇADA A GARANTIA SUBSIDIÁRIA - CÁRTULA NÃO GOZA
DE AUTONOMIA - AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
Decidiu o Superior Tribunal de Justiça no REsp. 195.215/SC,
relatado pelo Min. Barros Monteiro: "A nota promissória vinculada ao
contrato de abertura de crédito não goza de autonomia, em face da
própria iliquidez do título que a originou".
Por unanimidade de votos, deram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0180268 -8, Ac. 12539, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Toledo, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 10.09.2001, DJ
28.09.2001)

TAPR-071198) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO IMPLÍCITA - DECISÃO CARENTE
DE FUNDAMENTAÇÃO - NULIDADE DECRETADA DE OFÍCIO.
Nula é a decisão que, ao deferir parecer exarado pelo representante
do Ministério Público de não extinção da execução, rejeita
implicitamente e sem a necessária fundamentação, exceção de pré-
executividade, sem estar devidamente fundamentada, violando
assim, o disposto no art. 93, IX da Constituição Federal.
(Agravo de Instrumento nº 0175189 -9, Ac. 14510, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mário Rau. j. 25.09.2001, DJ
05.10.2001)

TAPR-071195) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISÃO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A exceção de pré-executividade, de criação pretoriana, e medida que
só pode ser aceita em caráter excepcional quando for flagrante a
ausência de condições de executividade do título.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0178825 -2, Ac. 14511, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Rel. Juiz Mário Rau. j. 25.09.2001, DJ
05.10.2001)

TAPR-071169) AGRAVO INOMINADO - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONFISSÃO DE DÍVIDA - TÍTULO
QUE ATENDE AOS REQUISITOS DO ART. 585, II, CPC -
EXCESSO DE EXECUÇÃO NÃO DESVIRTUA A LIQUIDEZ E
FORÇA EXECUTIVA - ALEGAÇÃO DE FALTA DE INTERPOSIÇÃO
DE EMBARGOS DO DEVEDOR POR CARÊNCIA DE CONDIÇÕES
FINANCEIRAS - RECURSO DE MANIFESTA IMPROCEDÊNCIA -
IMPOSIÇÃO DE MULTA.
Agravo inominado desprovido.
(Agravo 0181799-2/01, Ac. 14666, 3ª Câmara Cível do TAPR,
Curitiba, Rel. Juiz Salvatore Astuti. j. 18.09.2001, DJ 05.10.2001)

TAPR-071003) AGRAVO INSTRUMENTAL. EXECUÇÃO


SUPORTADA EM CONFISSÃO DE DÍVIDA POR FINANCIAMENTO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, POR AVALISTA,
ARGÜINDO EXTINTIVA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA POR FALTA
DE TÍTULO HÁBIL COMPROMETIDO POR OPERAÇÃO
ANTERIOR CUJO TÍTULO CUMPRIA APRESENTAR OU EX-
OFFICIO DILIGENCIAR O JUÍZO APRESENTAÇÃO, EXTRAINDO
CERCEIO AMPLITUDE NÃO COMPREENDIDA A
EXCEPCIONALIDADE CONCEITUAL DA EXCEÇÃO.
INDEFERIMENTO PORTANTO CORRETO, DESPROVIMENTO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0171576 -6, Ac. 12629, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Guarapuava, Rel. Juiz Arno Knoerr. j. 29.08.2001, Publ. DJ
19.10.2001)

TAPR-070956) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO DE PRESCRIÇÃO DO TÍTULO
EXEQÜENDO. PROVA DOCUMENTAL APRESENTADA COM A
INICIAL QUE AFASTA A POSSIBILIDADE DE PRESCRIÇÃO.
DISCUSSÃO DA MATÉRIA POR MEIO DE EMBARGOS E NÃO
PELA VIA RESTRITA DO INCIDENTE OPOSTO. RECURSO
DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0181710 -1, Ac. 12664, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Santo Antônio da Platina, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi.
j. 08.10.2001, Publ. DJ 19.10.2001)

TAPR-070925) AGRAVO DE INSTRUMENTO. - EXCEÇÃO A PRÉ-


EXECUTIVIDADE. - IMPOSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO POR
DESCUMPRIMENTO DOS ARTIGOS 588 E 590, DO CPC. -
INOCORRÊNCIA. - EXECUÇÃO PROVISÓRIA RECONHECIDA
PELO PRÓPRIO JUÍZO. - REGULARIDADE PROCEDIMENTAL
OBSERVADA. - RECURSO ESPECIAL NÃO ADMITIDO E AGRAVO
DE INSTRUMENTO CONTRA TAL DECISÃO DESPROVIDO PELO
EGRÉGIO STJ. - EXECUÇÃO CABÍVEL. - DECISÃO MANTIDA. -
RECURSO DESPROVIDO.
I. No caso dos autos, a alegada inocorrência do trânsito em julgado
da sentença monocrática a ensejar a impossibilidade de execução
provisória, não pode prosperar. Tem-se que sequer o recurso
especial foi recebido, e ainda que o fosse não conta ele com efeito
suspensivo, sendo assim, perfeitamente cabível a execução
provisória.
II. Não houve descumprimento dos artigos 588 e 590, do Código de
Processo Civil. O próprio Juízo admite a provisoriedade da
execução, resguardando, inclusive, os direitos do devedor tal qual
determinado nos dispositivos legais invocados.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0174857 -8, Ac. 14820, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Umuarama, Rel. Juiz Lídio J. R. de Macedo. j. 09.10.2001,
Publ. DJ 26.10.2001)
TAPR-070898) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. INDEFERIMENTO DE
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DECISÃO MANTIDA.
Temas como novação, quitação da dívida e nulidade do processo
que dependem de comprovação não são pertinentes a incidental
proposta pelo executado. Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0181476 -4, Ac. 12663, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 10.10.2001, Publ.
DJ 26.10.2001)

TAPR-070897) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA.
DECISÃO RECORRIDA QUE IMPROCEDEU INCIDENTE DE
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DÍVIDA CONFESSADA QUE
TEM POR ORIGEM CHEQUE ESPECIAL. CLÁUSULA EXPRESSA
INADMITINDO NOVAÇÃO DE DÍVIDA. ILIQUIDEZ DO TÍTULO.
AUSÊNCIA DE DEMONSTRATIVO DA EVOLUÇÃO DO DÉBITO
DESDE SEU NASCEDOURO. DESCONSTITUIÇÃO. VIABILIDADE
NA VIA ELEITA. CARÊNCIA DA AÇÃO. RECONHECIMENTO.
Recurso provido para extinguir a ação, sem julgamento do mérito,
com condenação do autor em custas e honorários advocatícios.
(Agravo de Instrumento nº 0182011 -7, Ac. 12665, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 03.10.2001, Publ.
DJ 26.10.2001)

TAPR-070855) EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CABIMENTO. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIAS
QUE DEVERIAM SER ARGÜIDAS EM SEDE DE EMBARGOS A
EXECUÇÃO. CONEXÃO. AÇÃO ANULATÓRIA EM TRAMITE
PERANTE OUTRA VARA DA FAZENDA PÚBLICA. INEXISTÊNCIA.
NA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, OS TEMAS DEBATIDOS
DEVEM SER AQUELES DE CONHECIMENTO OFICIOSO DO
MAGISTRADO, OU SEJA, DE ORDEM PÚBLICA. OS DEMAIS
DEVEM SER OBJETO DE EMBARGOS A EXECUÇÃO.
Não há conexão de ações, quando o causa de pedir e o objeto se
mostram diversos, embora haja identidade de partes. Agravo de
Instrumento desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0175877 -4, Ac. 14667, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Jucimar Novochadlo. j.
23.10.2001, Publ. DJ 09.11.2001)

TAPR-070646) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. IMPROCEDÊNCIA. ATO RECORRIDO QUE
NÃO RECEBE, POR DESCABIDO, RECURSO DE APELAÇÃO.
Dúvida aventada pelo recorrente se o recurso seria apelação ou
agravo de instrumento transferindo ao Juiz da causa aplicação do
princípio da fungibilidade. Decisão mantida. Nos termos do artigo
524, CPC o recurso de agravo de instrumento será dirigido
diretamente ao Tribunal competente. Ausência de pressuposto de
admissibilidade. Recurso desprovido.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0183966 -1, Ac. 12738, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 31.10.2001, DJ
23.11.2001)

TAPR-070640) AGRAVO DE INSTRUMENTO - CERTIDÃO DE


INTIMAÇÃO ATRAVÉS DO DIÁRIO DA JUSTIÇA - SUFICIENTE
PARA AFERIÇÃO DA TEMPESTIVIDADE RECURSAL -
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO INCISO I, DO ART. 525,
DO CPC - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE INTERPOSTA EM
EXECUTIVO FISCAL - CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA
FORMALMENTE EM ORDEM - MATÉRIA ALEGADA QUE É
PRÓPRIA DE EMBARGOS A EXECUÇÃO - CONEXÃO DA
EXECUÇÃO FISCAL COM AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE
NÃO ACOLHIDA, FACE A NÃO INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS -
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA SUFICIENTEMENTE
FUNDAMENTADA - NULIDADE INOCORRENTE - RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
Constando dos autos do agravo certidão informando que do
pronunciamento judicial as partes foram intimadas através do Diário
da Justiça de 18 de maio de 2001, não é necessária a juntada de
outra certidão para atestar este mesmo fato, estando cumprido o
requisito previsto no inciso I, do art. 525, do CPC. As matérias
argüíveis por meio da exceção de pré-executividade devem ser
daquelas que o Juiz possa conhecer de ofício, mesmo porque é esse
o fato pelo qual fica dispensada a segurança do juízo. São as
chamadas matérias de ordem pública. A hipótese deste recurso não
esta adequada a invocação de exceção de pré-executividade, vez
que a impugnação não se funda nos pressupostos de validade do
processo, estando presentes os requisitos de capacidade e interesse
processuais e a possibilidade jurídica do pedido. A conexão constitui
causa de modificação de competência, devendo ser alegada em
contestação, conforme artigo 301, VII, do CPC, e em se tratando de
execução fiscal, fundada em título executivo extrajudicial (certidão de
dívida ativa regularmente inscrita), haverá de ser questionada por
meio de embargos, nos exatos termos do artigo 16, da Lei nº
6.830/80. Inadequado, portanto, pretender seu reconhecimento em
sede de exceção pelo simples fato de haver identidade de partes,
quando a causa de pedir e o pedido mostram-se diversos em face da
autonomia e literalidade do título executivo.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0175244 -5, Ac. 12617, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j. 29.10.2001, DJ
23.11.2001)

TAPR-070623) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


- EXECUÇÃO EMBARGADA - DECISUM JÁ TRANSITO EM
JULGADO - PRACEAMENTO DESIGNADO - INADMISSIBILIDADE -
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
Inadmite-se a exceção de pré-executividade da execução que tenha
já sido embargada, com decisão já transita em julgado,
arregimentada anos depois, onde, ainda que implicitamente as
condições da ação hajam sido examinadas.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0182104 -7, Ac. 13200, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Francisco Beltrão, Rel. Juiz Antonio Martelozzo. j.
12.11.2001, DJ 23.11.2001)

TAPR-070613) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - NOTAS


PROMISSÓRIAS - EXCEÇÃO PRÉ-EXECUTIVIDADE - NULIDADE
DAS CÁRTULAS - VÍCIO DE CONSENTIMENTO - COAÇÃO -
AUSENTE PROVA CABAL - INDEFERIMENTO CONFIRMADO -
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 01 81370-7, Ac. 12750, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Jacarezinho, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j.
29.10.2001, DJ 23.11.2001)

TAPR-070602) EMBARGOS A EXECUÇÃO - HONORÁRIOS


SUCUMBENCIAIS - FIXAÇÃO COM BASE NO VALOR DA AÇÃO -
INTERPRETAÇÃO LITERAL CORRETA - ATRIBUÍDO O VALOR DA
EXORDIAL DA EXECUÇÃO PRIMITIVA - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ACOLHIDA - DECISÃO CONFIRMADA -
AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0182550 -9, Ac. 12754, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 29.10.2001, DJ
23.11.2001)

TAPR-070591) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
MATÉRIA QUE DEPENDE DE MAIOR DILAÇÃO PROBATÓRIA.
DESCABIMENTO. REDUÇÃO DA PENHORA. IMPOSSIBILIDADE.
EMISSÃO DE CARTA PRECATÓRIA PARA AVALIAÇÃO DO BEM
PENHORADO E DEMAIS ATOS. RECURSO DESPROVIDO.
Não viola nenhum dispositivo do CPC, decisão que, entendendo
inexistentes vícios que pudessem ser apreciados de ofício, repele a
exceção de pré-executividade e remete a argüição do fato para os
embargos a execução. Vê-se, portanto, que o primeiro critério a
autorizar que a matéria seja deduzida por meio de exceção ou
objeção de pré-executividade é o de que se trate de matéria ligada a
admissibilidade da execução, e seja, portanto, conhecível de ofício e
a qualquer tempo. O segundo dos critérios é o relativo a
perceptibilidade do vício apontado. A necessidade de uma instrução
trabalhosa e demorada, como regra, inviabiliza a discussão do
defeito apontado no bojo do processo de execução, sob pena de que
esse se desnature. Na verdade, ambos os critérios devem estar
presentes, para que se possa admitir a apresentação de exceção ou
objeção de pré-executividade. Não é possível realizar a avaliação do
bem por carta precatória, uma vez que não se trata de bem de outra
comarca, mas sim de bem penhorado na comarca da execução e
transferido a outra comarca por responsabilidade do agravante, que
assumiu o encargo de fiel depositário. Inviável a redução da
penhora, pois o imóvel penhorado garante diversas execuções, pelo
que seria insuficiente para satisfazer o débito de todas as ações.
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 0183772 -9, Ac. 12771, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Campo Mourão, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j.
29.10.2001, DJ 23.11.2001)

TAPR-070584) AGRAVO INOMINADO. ART. 557, "CAPUT", DO


CPC. DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO DE
AGRAVO DE INSTRUMENTO. JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE
NO TRIBUNAL DE ALÇADA. RECURSO DESPROVIDO.
Nos termos do art. 557, "caput" , do Código de Processo Civil, deve
ser mantida, em sede de agravo inominado, a decisão que negou
seguimento a recurso de agravo, uma vez que a tese defendida está
em confronto com a jurisprudência dominante deste Tribunal. Correta
a decisão que não acolheu a objeção de pré-executividade, tendo-se
em vista os critérios exigidos para a aceitação da exceção: "vê-se,
portanto, que o primeiro critério a autorizar que a matéria seja
deduzida por meio de exceção ou objeção de pré-executividade é o
de que se trate de matéria ligada a admissibilidade da execução, e
seja, portanto, conhecível de ofício e a qualquer tempo. O segundo
dos critérios é o relativo a perceptibilidade do vício apontado. A
necessidade de uma instrução trabalhosa e demorada, como regra,
inviabiliza a discussão do defeito apontado no bojo do processo de
execução, sob pena de que esse se desnature. Na verdade, ambos
os critérios devem estar presentes, para que se possa admitir a
apresentação de exceção ou objeção de pré-executividade"
(Processo de execução e assuntos afins, sobre a objeção de pré-
executividade, São Paulo: Revista dos Tribunais, 1998, p. 410)
Por unanimidade de votos, negaram provimento.
(Agravo 0184868-4/01, Ac. 12773, 8ª Câmara Cível do T APR,
Toledo, Rel. Juiz Manasses de Albuquerque. j. 05.11.2001, DJ
23.11.2001)

TAPR-070306) HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL EXTINTA. FIXAÇÃO. PRINCÍPIO DA
ISONOMIA.
Acolhida a exceção de pré-executividade manejada pelo devedor em
execução de título extrajudicial, age com isonomia o Juiz que fixa os
honorários em favor do patrono do executado no mesmo percentual
que havia fixado, provisoriamente, em favor do exeqüente por
ocasião do despacho na petição inicial, não sendo esta quantia
desarrazoada ou absurda, na espécie.
Recurso desprovido.
(Apelação Cível nº 151440500, Ac.: 12506, 4ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Ruy Cunha Sobrinho. j. 22.03.2000, Publ.
31.03.2000).

TAPR-070188) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE PELA ILIQUIDEZ DOS TÍTULOS. CONTRATOS
DE ABERTURA DE CRÉDITO FIXO. VALORES CERTOS. PRAZO
DETERMINADO. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. OFÍCIO
ENDEREÇADO AS ENTIDADES BANCÁRIAS PARA APURAR
SALDOS DOS EXECUTADOS PARA FINS DE PENHORA.
Quebra do sigilo bancário. Inocorrência. Recurso parcialmente
conhecido e desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 151001800, Ac.: 10478, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 15.03.2000, Publ.
31.03.2000).

TAPR-070176) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO.


OCORRÊNCIA COMPLEMENTAÇÃO. OBJEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. VERBAS DE SUCUMBÊNCIA. ACOLHIMENTO.
É de serem acolhidos os Embargos Declaratórios para
complementação do julgado, quando ocorrente omissão. Mesmo em
sede de exceção de pré-executividade, devida é a verba honorária e
que deve ser fixada nos termos do § 4º do artigo 20 do CPC,
sopesadas as alíneas do parágrafo anterior.
(Embargos de Declaração nº 147243701, Ac.: 12488, 4ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Costa Barros. j. 15.03.2000, Publ.
31.03.2000).

TAPR-070133) AGRAVO DE INSTRUMENTO - RENÚNCIA -


AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO RECEBIMENTO DE
NOTIFICAÇÃO - RECURSO EXISTENTE. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE INADMISSIBILIDADE - MATÉRIA A SER
SUSCITADA PELA VIA DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
1. São válidos os atos praticados pelo advogado enquanto inexistir
prova do recebimento da notificação prevista no artigo 45 do CPC.
2. A exceção de pré-executividade deve ficar circunscrita ao exame
das questões de ordem pública e que digam respeito aos
pressupostos do processo e as condições da ação, os quais
prescindem de dilação probatória e podem ser conhecidos ex officio.
(Agravo de Instrumento nº 149996100, AC: 12575, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 12.04.2000, Publ.
28.04.2000).

TAPR-069963) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


- CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE - INEXIGIBILIDADE - CARÊNCIA DE AÇÃO
DECRETADA DE OFÍCIO.
O contrato de abertura de crédito não é título executivo, ainda que
acompanhado de demonstrativos, ante a impossibilidade de sua
complementação através de extratos emitidos unilateralmente pela
instituição financeira que não possui prerrogativa de criar seus
próprios títulos.
(Agravo de Instrumento nº 147672800, AC: 12379, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Santa Helena, Rel. Juiz Mário Rau. j. 28.03.2000, Publ.
28.04.2000).

TAPR-069949) EXECUÇÃO FUNDADA EM CONFISSÃO DE


DÍVIDA - INSTRUMENTO PARTICULAR ASSINADO PELAS
PARTES E POR DUAS TESTEMUNHAS - OBJEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO DE QUE AS TESTEMUNHAS NÃO
SUBSCREVERAM A OUTRA VIA DO INSTRUMENTO -
IRRELEVÂNCIA - ACOLHIMENTO DO PEDIDO PELO JUIZ -
APELAÇÃO PROVIDA.
A exceção ou objeção de pré-executividade é modalidade de defesa
que vem se admitindo, sem garantia do juízo, desde que fundada em
ausência de título executivo ou falta de pressupostos para a
constituição e validade do processo de execução, matérias
conhecíveis até de ofício.
No caso ora examinado, porém, a execução está lastreada em
instrumento particular de confissão de dívida, assinado por duas
testemunhas, o que configura título executivo extrajudicial a teor do
art. 585, II, do Código de Processo Civil, sendo irrelevante que uma
das vias que está na posse do devedor não esteja igualmente
subscrita por essas testemunhas.
(Apelação Cível nº 145925600, AC: 12870, 3ª Câmara Cível do
TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Domingos Ramina. j. 11.04.2000, Publ.
28.04.2000).

TAPR-069859) AGRAVO DE INSTRUMENTO -


INTEMPESTIVIDADE - INOCORRÊNCIA - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - NULIDADE DA EXECUÇÃO -
IMPOSSIBILIDADE - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE - MÚTUO BANCÁRIO - SÚMULA 233/STJ -
INAPLICABILIDADE. AGRAVO DE INSTRUMENTO
PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Se a matéria argüida em sede de embargos não foi apreciada por
esta Corte, ante o não conhecimento do recurso por qualquer motivo,
ou se não houve a interposição de embargos, a matéria argüida em
exceção de pré-executividade não está preclusa, sendo possível o
conhecimento e apreciação do recurso.
2. Uma vez que o contrato em espécie trata de mero mútuo bancário,
não se caracterizando como contrato de abertura de crédito em
conta corrente, na modalidade rotativa (cheque especial), não é
possível a aplicação da Súmula 233 do Superior Tribunal de Justiça,
publicada no DJU de 08/02/2000.
(Agravo de Instrumento nº 140820600, Ac.: 10591, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Paranacity, Rel. Juiz Waldemir Luiz da Rocha. j.
27.03.2000, Publ. 28.04.2000).
TAPR-069791) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
Inadmissibilidade, por tratar-se de execução a qual já opôs o
agravante sua defesa, por meio de embargos, que foram julgados
parcialmente procedentes, seguindo-se a sentença uma composição
entre as partes sobre a forma de pagamento do débito.
Impossibilidade do Judiciário manifestar-se sobre matéria já decidida.
Coisa julgada. Recurso não provido.
(Agravo de Instrumento nº 152016300, Ac.: 10307, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Paraíso do Norte, Relª. Juíza Dulce Maria Cecconi. j.
03.04.2000, Publ. 28.04.2000).

TAPR-069737) AGRAVO RETIDO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - PRETENSÃO DE APRESENTAÇÃO DE NOVA
PLANILHA DE CÁLCULO - FALTA DE MENÇÃO A DADOS E
FATOS OBJETIVOS, CAPAZES DE QUESTIONAR O TÍTULO OU A
CONTA GRÁFICA - INSUBSISTÊNCIA DO INCIDENTE -
EMBARGOS DO DEVEDOR - EXCESSO DE EXECUÇÃO -
COMISSÃO DE PERMANÊNCIA CUMULADA COM CORREÇÃO
MONETÁRIA - IMPOSSIBILIDADE.
Comissão, ainda, que foi estabelecida à taxa de mercado, a critério
do credor. Cláusula potestativa - artigos 115 e 145, V, do Código
Civil. Substituição pelo ""INPC"". Sucumbência recíproca.
Redistribuição, com compensação.
Recursos conhecidos, negando-se provimento ao agravo retido e
provendo-se parcialmente a apelação.
(Apelação Cível nº 122869500, Ac.: 12460, 2ª Câmara Cível do
TAPR, Ponta Grossa, Rel. Juiz Moraes Leite. j. 01.03."2000, Publ.
28.04.2000).

TAPR-069596) AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESPACHO QUE


DETERMINOU A SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO EM FACE DA
PROCEDÊNCIA PARCIAL DA AÇÃO QUE DECLAROU A
NULIDADE DE CLÁUSULA CONTRATUAL EM CONTRATO DE
FINANCIAMENTO PARA A CASA PRÓPRIA SUSPENSÃO
AUTORIZADA PELO ART. 265 IV, ""A"" E 791, II DO CPC.
IMPOSSIBILIDADE DE ANALISAR A EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ENQUANTO SUSPENSO O PROCESSO
NULIDADE DA EXECUÇÃO E LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ QUE NÃO
FORAM OBJETO DO DESPACHO AGRAVADO. IMPOSSIBILIDADE
DE SEU RECONHECIMENTO. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO.
O ajuizamento de ações buscando invalidar cláusulas de contratos
com eficácia de título executivo não impede que a respectiva ação
seja proposta e tenha seu curso normal. Entretanto, sobrevindo a
sentença que declarou a nulidade da cláusula contratual que prevê a
atualização monetária do capital mutuado, ou seja, das prestações e
do saldo devedor pela TR, determinando em substituição o emprego
do INPC, com a conseqüente readequação da dívida e das
prestações, tal desautoriza o agente financeiro a prosseguir da
execução.
Pela proibição da prática de qualquer ato desde o momento em que
ocorre o fato motivador da suspensão, por não se mostrar o ato se
pretendeu fosse realizado como urgente, não podia o MM. Juiz ""a
quo"" apreciar o pedido dos agravantes quanto a declaração de
nulidade da execução que, reconhecida, levaria a extinção de tal
processo, quanto este se encontrava suspenso.
(Agravo de Instrumento nº 150769100, Ac .: 9919, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j. 10.04."2000,
Publ. 28.04.2000).

TAPR-069454) AGRAVO DE INSTRUMENTO - INSTRUÇÃO


DEFICIENTE - AUSÊNCIA DE PEÇA ESSENCIAL - FALTA DA
PETIÇÃO INICIAL DA EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -
ALEGADA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não conhecimento.
(Agravo de Instrumento nº 150661000, Ac.: 10538, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Mandaguari, Rel. Juiz Conv. Marques Cury. j. 05.04.2000,
Publ. 28.04.2000).

TAPR-069364) LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA - AÇÃO DE DESPEJO


CUMULADA COM COBRANÇA DE ALUGUERES E ENCARGOS
DA LOCAÇÃO - SENTENÇA TRANSITA EM JULGADO - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NULIDADE DA EXECUÇÃO
TRIBUTADA A EXIGÊNCIA DO PRÊMIO PONTUALIDADE E
MULTA CONTRATUAL - COISA JULGADA PRETENSÃO
INDEFERIDA - DECISÃO MANTIDA.
A sentença transitada em julgado possui eficácia que a torna
imutável e indiscutível, não mais a sujeitando a recurso. De
conformidade com o disposto no art. 468 do CPC, ""a sentença, que
julgar total ou parcialmente a lide, tem força nos limites da lide e das
questões decididas"".
(Agravo de Instrumento nº 153826300, Ac.: 12552, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Antônio Martelozzo. j.
09.05."2000, Publ. 26.05.2000).

TAPR-069333) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - TÍTULOS


FORMALMENTE PERFEITOS - DESCABIMENTO DA EXCEÇÃO -
DEMAIS MATÉRIAS QUE SOMENTE PODEM SER DISCUTIDAS
EM EMBARGOS DO DEVEDOR.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 153456100, AC: 12549, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Mário Rau. j. 09.05.2000, Publ.
26.05.2000).

TAPR-069066) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO FIXO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO
CONHECIDA - DECISÃO ATACADA POR AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
Alegada omissão do julgado, com respeito ao pedido de declaração
de prescrição da nota promissória. Obscuridade quanto a incidência
da Lei nº 8.078/90. Inocorrência. Embargos rejeitados.
(Embargos de Declaração nº 139044901, Ac.: 10056, 6ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Glademir Vidal Antunes
Panizzi. j. 15.05.2000, Publ. 26.05.2000).

TAPR-068927) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


CONTRATO DE FINANCIAMENTO DE CAPITAL DE GIRO -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO DE QUE O
TÍTULO EXEQÜENDO SE TRATA DE CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE, O QUAL NÃO PODE SER
TOMADO COMO TÍTULO EXECUTIVO - ALEGAÇÃO
TOTALMENTE DESCONEXA COM A REALIDADE MATERIAL DOS
AUTOS - AFASTAMENTO DA EXCEÇÃO - IMPOSIÇÃO DE MULTA
DE LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 148907000, AC: 12163, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Rel. Juiz Fernando Vidal de Oliveira. j.
09.02.2000, Publ. 25.02.2000).

TAPR-068744) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO, COMPOSIÇÃO
DE DÍVIDA, FORMA DE PAGAMENTO E OUTRAS AVENÇAS -
TÍTULO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL, MESMO QUANDO
DERIVADA DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE - PEDIDO IMPROCEDENTE - RECURSO
IMPROVIDO.
O instrumento particular de confissão, composição de dívida, forma
de pagamento e outras avenças, assinado pelo devedor e subscrito
por duas testemunhas, contendo o valor do débito confessado e os
encargos nele pactuados, traduz-se em título líquido, certo e exigível,
apto a embasar o procedimento executivo.
Irrelevante o fato de derivado título de contrato de abertura de crédito
em conta corrente, posto ter ocorrido novação do débito anterior,
fazendo desaparecer este para surgir nova dívida entre os litigantes.
(Agravo de Instrumento nº 140261700, AC: 12226, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Andira, Rel. Juiz Mário Rau. j. 29.02.2000, Publ.
24.03.2000).

TAPR-068729) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EMBARGOS NÃO EXERCITADOS.
QUESTIONAMENTO SOBRE O OBRIGAÇÃO, SEM QUE O
INQUINADO VÍCIO APAREÇA LITERAL E CONCLUSIVO.
DEMANDANDO PERQUIRIÇÃO DE FUNDO SOBRE A FORMAÇÃO
DO TÍTULO. PETIÇÃO AVULSA NOS AUTOS QUE NÃO PODE
SERVIR COMO MECANISMO PARA ETERNIZAÇÃO OU
PROCRASTINAÇÃO INDETERMINADA DAS EXECUÇÕES.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 144733400, AC: 10191, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Assis Chateaubriand, Rel. Juiz Sérgio Arenhart. j.
07.02.2000, Publ. 24.03.2000).

TAPR-068426) AGRAVO INSTRUMENTAL INDEFERIMENTO ""A


QUO"" PARA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E A
REAVALIZAÇÃO DO IMÓVEL RURAL CONSCRITO. EXECUÇÃO
SUPORTADA EM, CÉDULA RURAL HIPOTECÁRIA; TÍTULO HÁBIL
(ARTS. 10, DL. 167/67, 585, VII CPC) DISPENSANDO AVENTADAS
SUBSCRIÇÕES TESTEMUNHAIS.
Novação objetiva, conforme art. 999, I CCB não caracterizada pela
simples anunciada composição a descumprido prazo a solução
debitual ensejo. Portanto a seguimento executivo por mesmo título,
inclusive por expressa abdicação ao ""animus novandi"". Afasto,
nesta razão aos questionamentos assim evocamos para extinção
executiva. Avaliação judicial primeira não impugnada a estimação
própria (art. 586 CPC) desmerecendo posteriormente a frustrado
praceamento, irresignação adotada em estimativa de corretor
imobiliário sem demonstração aos requisitos do art. 683 CPC.
Desprovimento.
(Agravo de Instrumento nº 150251400, Ac.: 10695, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Chopinzinho, Rel. Juiz Arno Knoerr. j. 03.05."2000, Publ.
19.05.2000).

TAPR-068408) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.


INCIDENTE DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. REDUÇÃO DO
MONTANTE EXEQÜENDO. INADMISSIBILIDADE. AGRAVO
PROVIDO.
Somente é de ser admitida a exceção de pré-executividade quando o
título exeqüendo, não se reveste, de pronto, de liquidez, certeza e
exigibilidade.
(Agravo de Instrumento nº 152626900, Ac.: 12687, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Paranavaí, Rel. Juiz Costa Barros. j. 03.05.2000, Publ.
19.05.2000).

TAPR-068395) CONEXÃO - EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA E AÇÃO


ORDINÁRIA VISANDO O RECÁLCULO DO DÉBITO - MESMO
CONTRATO - LIAME REUNIÃO DOS PROCESSOS -
CONVENIÊNCIA.
Se o contrato, para ambos os feitos, é o mesmo, e uma vez que não
se descarta a possibilidade de decisões conflitantes, seja na ação
ordinária, em exceção de pré-executividade, ou mesmo em eventuais
Embargos do Devedor, conveniente se mostra a reunião dos
processos, que tramitarão perante o Juízo prevento.
(Agravo de Instrumento nº 153473200, Ac.: 10403, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Antônio Renato Strapasson. j.
08.05.2000, Publ. 19.05.2000).

TAPR-068330) EXECUÇÃO - CONFISSÃO DE DÍVIDA - EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - INDEFERIMENTO - AGRAVO
DESPROVIDO.
Pela denominada objeção de pré-executividade só é admissível
suscitar nos próprios autos da execução matéria relativa à falta de
condições da ação ou de pressupostos para constituição válida e
regular do processo, evidenciadas de plano e que podem ser
conhecíveis de ofício pelo Juiz.
No caso, porém, a execução lastreia-se em instrumento de confissão
de dívida, firmado pelas partes e por duas testemunhas,
configurando título executivo na forma prevista no artigo 585, II, do
Código de Processo Civil, assim como em nota promissória emitida
em garantia.
Embora admita-se a investigação da origem da dívida, porque se
trata de litígio envolvendo as partes originárias da relação negocial,
essa discussão somente será viável nos embargos do devedor,
observado o devido processo legal.
(Agravo de Instrumento nº 157346600, AC: 13329, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Domingos Ramina. j. 08.08.2000, Publ.
18.08.2000).

TAPR-068305) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONVERSÃO EM AÇÃO MONITÓRIA.
INADMISSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA IMUTABILIDADE DA AÇÃO E
ESTABILIDADE DA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL.
RECURSO PROVIDO.
A conversão da pretensão executiva por monitória é inadequada, e,
pois, inadmissível, por aplicação dos princípios da imutabilidade da
ação e da estabilidade da relação jurídica processual, consoante a
norma dos artigos 264 e 294, ambos do Código de Processo Civil.
(Agravo de Instrumento nº 153417400, Ac.: 11152, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Umuarama, Rel. Juiz Miguel Pessoa. j. 07.08.2000, Publ.
18.08.2000).

TAPR-068267) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIO
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARÁTER
EXCEPCIONAL - DUPLICATAS SEM ACEITE E NÃO
PROTESTADAS - QUESTIONAMENTO QUANTO À EXISTÊNCIA
DE TÍTULO EXECUTIVO - POSSIBILIDADE - PRECEDENTES DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - RECURSO DESPROVIDO.
A exceção de pré-executividade resulta de construção doutrinário
jurisprudencial e é admissível em caráter excepcional, v.g., quando a
execução não está aparelhada com título que a legitime;
questionando-se a existência dele, por não se ajustar a hipótese
contemplada pelo inciso II do artigo 15 da Lei nº 5.474/68, não se
deve coarctar, aprioristicamente, o conhecimento da exceção. A
exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo
(STJ).
(Agravo de Instrumento nº 157371900, AC: 10357, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 07.08."2000, Publ.
18.08.2000).

TAPR-068127) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO JUDICIAL. LAUDO ARBITRAL HOMOLOGADO NO
JUIZADO ESPECIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
REJEITADA. RECURSO IMPROVIDO.
1- Extinta a execução no Juizado Especial, com base no 4º do art. 53
da Lei 9.099/95, é legítima a iniciativa de cobrança no juízo comum.
2- O laudo arbitral homologado no Juizado Especial é título judicial
que enseja execução (art. 584, III, CPC).
3- A exceção de pré-executividade só se admite quando em
questionamento a validade formal do título, atinente às condições da
ação.
(Agravo de Instrumento nº 144731000, Ac.: 10241, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Miguel Pessoa. j. 07.02.2000, Publ.
18.02.2000).
TAPR-068051) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE
TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
TÍTULO HÁBIL A ENSEJAR O PEDIDO EXECUTÓRIO - MATÉRIAS
A SEREM ALEGADAS EM EMBARGOS - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
NÃO CARACTERIZADA - PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO.
A exceção de pré-executividade só se admite quando em
questionamento a validade formal do título, atinente as condições da
ação.
(Agravo de Instrumento nº 145515000, AC : 12194, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Marcus Vinícius de Lacerda Costa. j.
22.02.2000, Publ. 17.03.2000).

TAPR-067996) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. LEI 9.138/95


- MEDIDA PROVISÓRIA 1.918/99.
1 - Ausência de comprovação do requisitos pelos devedores para
que se enquadrem no limite do alongamento previsto no § 3º da
Medida Provisória 1.918/99.
2- Lei 8.009/90. Impenhorabilidade. Se a parte celebra cédula rural
pignoratícia hipotecária com o banco e grava o seu bem em
hipoteca, renuncia a qualquer argüição de impenhorabilidade do bem
segundo o art. 3º da Lei 8.009/90. Inexiste a prova de que se trate de
único imóvel do casal para que seja utilizado moradia permanente.
(Agravo de Instrumento nº 150304000, Ac.: 12659, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Dois Vizinhos, Rel. Juiz Conv. Eugênio Achille Grandinetti.
j. 29.02.2000, Publ. 17.03.2000).

TAPR-067644) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
MATÉRIAS A SEREM ALEGADAS EM EMBARGOS - LITIGÂNCIA
DE MÁ-FÉ NÃO CARACTERIZADA.
Provimento parcial ao recurso a exceção de pré-executividade só se
admite quando em questionamento a validade formal do título,
atinente as condições da ação.
(Agravo de Instrumento nº 145586900, AC: 12489, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Maringá, Rel. Juiz Marcus Vinícius de Lacerda Costa. j.
25.04.2000, Publ. 12.05.2000).

TAPR-067625) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO - INOCORRÊNCIA -
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO - DEDUÇÃO DE DEFESA CONTRA
FATO INCONTROVERSO - LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - ATO
ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA (ART. 600, II E ART.
601, CPC) RECURSO IMPROVIDO.
1. Contrato de empréstimo que como tal se caracteriza pelas
condições e garantias, é título hábil a embasar ação de execução,
não se confundindo com contrato de abertura de crédito em conta
corrente, autorizando pronta rejeição de exceção de pré-
executividade.
2. O exercício regular de um direito não pode se justificar pela
dedução de defesa contra fato incontroverso, o que consiste em
oposição maliciosa à execução, caracterizando a litigância de má-fé
e ato atentatório à dignidade da Justiça, autorizando a imposição de
multa consoante dispõe o art. 601 do CPC.
(Agravo de Instrumento nº 152448500, Ac.: 10 357, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Des. Augusto Lopes Cortes. j. 24.04.2000,
Publ. 12.05.2000).

TAPR-067608) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE EXECUÇÃO FUNDADA EM CONTRATOS DE
ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO - CDC (AUTOMÁTICO),
ACOMPANHADOS DE EXTRATOS DE MOVIMENTAÇÃO
FINANCEIRA - DESACOLHIMENTO EM 1ª INSTÂNCIA - AGRAVO
DE INSTRUMENTO PROVIDO PARA ACOLHER-SE A EXCEÇÃO.
Não sendo considerado título executivo extrajudicial o contrato de
abertura de crédito rotativo em conta corrente, por ausência de
liquidez e certeza do quantum que está sendo exigido, nula é a
execução que com base nele tem sido embasada. Destarte, é de se
acolher a exceção de pré-executividade argüida, extinguindo-se a
execução.
(Agravo de Instrumento nº 152620700, Ac.: 12487, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Antônio Martelozzo. j. 04.04.2000,
Publ. 12.05.2000).

TAPR-067547) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.


CRÉDITO IMOBILIÁRIO. FINANCIAMENTO VINCULADO AO
SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE LEVANTADA PELO DEVEDOR. DESACOLHIDA
PELO MAGISTRADO A QUO, AO PRESSUPOSTO QUE O
QUESTIONAMENTO CABERIA EM EMBARGOS.
Caso típico porém, a ensejar o imediato encerramento da execução,
porque ausente o título com a liquidez e certeza exigidas. Art. 618, I,
do CPC. Disputa em ação de conhecimento perante a Justiça
Federal, onde o mutuário obteve definitivo ganho de causa para
reajustamento das prestações. Liquidação apenas iniciada, sem que
se tenha ainda o quadro acertado dos valores devidos em
comparação com o que fora depositado em medida cautelar.
Liquidez que ficou assim condicionada ao encerramento do dito
processo.
Precipitação do banco em levantar os depósitos e desencadear a
execução perante a Justiça Estadual, ocultando de modo temerário
tudo quanto passou na federal. Litigância de má-fé. Imposição da
penalidade de ofício.
Recurso provido, declarando-se extinta a execução. Condenação do
exeqüente nas custas e verba honorária.
(Agravo de Instrumento nº 150840100, AC: 10360, 8ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Sérgio Arenhart. j. 10.04.2000, Publ.
12.05.2000).

TAPR-067530) AGRAVO DE INSTRUMENTO - ACOLHIMENTO DE


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OPOSTA - EXECUÇÃO DE
ESCRITURA PÚBLICA DE CONFISSÃO DE DÍVIDA E NOTA
PROMISSÓRIA - VERIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DOS
REQUISITOS LEGAIS TORNANDO-OS TÍTULOS LÍQUIDOS,
CERTOS E EXIGÍVEIS - NÃO CONFIGURAÇÃO DE QUALQUER
NULIDADE NO PROCESSO DE EXECUÇÃO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO DESPROVIDO.
Em se tratando de execução de título extrajudicial lastreada em
escritura pública de confissão de dívida e nota promissória, mesmo
que se evidenciasse qualquer irregularidade na escritura pública, o
processo executivo seria plenamente válido ante a perfeição formal
da nota promissória.
(Agravo de Instrumento nº 14752610 0, Ac.: 10718, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Guaratuba, Rel. Juiz Waldemir Luiz da Rocha. j.
24.04.2000, Publ. 12.05.2000).

TAPR-067509) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - INSURGÊNCIA CONTRA DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA QUE EM MESMO ADMITINDO A EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, E A PROVA PERICIAL, NÃO SUSPENDEU
O PROCESSO - RECURSO DESPROVIDO.
- Nega-se provimento a recurso interposto contra decisão
interlocutória que admitiu a exceção de pré-executividade e a
produção de prova pericial, mas, indeferiu o pleito de suspensão do
processo, eis que, o vício alegado depende de prova e não pode ser,
de plano, reconhecido pelo Juiz singular.
(Agravo de Instrumento nº 145088800, Ac.: 12649, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Clayton Camargo. j. 03.05.2000, Publ.
12.05.2000).

TAPR-067403) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. DECISÃO QUE
INDEFERIU EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE DO TÍTULO
DADO COMO CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE (CHEQUE ESPECIAL). OPERAÇÃO DE
MÚTUO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ ARGÜIDA NA CONTRAMINUTA
PELO AGRAVADO.
Descaracterização. Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 152013200, Ac.: 10678, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Paraíso do Norte, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j.
26.04.2000, Publ. 12.05.2000).

TAPR-067382) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO - OCORRÊNCIA - CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE -
DEDUÇÃO DE DEFESA QUE NÃO CARACTERIZA LITIGÂNCIA DE
MÁ-FÉ OU ATO ATENTATÓRIO À DIGNIDADE DA JUSTIÇA -
MULTA IMPOSTA AFASTADA - RECURSO PROVIDO.
1. A ausência de liquidez desnatura o contrato de abertura de crédito
em conta corrente como título executivo, retirando-lhe o caráter de
executoriedade, até porque toda a evolução do débito se dá
unilateralmente.
2. Ausente o título executivo, falta ao processo de execução
pressuposto de desenvolvimento válido, implicando em carência de
ação, a qual pode ser invocada e reconhecida em sede de exceção
de pré-executividade.
3. Reconhecida a matéria posta em exceção de pré-executividade,
resta descaracterizado proceder atentatório a dignidade da justiça ou
litigância de má-fé, afastando-se a multa imposta.
(Agravo de Instrumento nº 154571700, Ac.: 10670, 8ª Câmara Cív el
do TAPR, Curitiba, Rel. Des. Augusto Lopes Cortes. j. 26.06.2000,
Publ. 11.08.2000).

TAPR-067334) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONTRATOS DE ADESÃO, CLÁUSULAS
POTESTATIVAS E JUROS ABUSIVOS - REJEIÇÃO LIMINAR -
CONTRATOS DE ABERTURA DE CRÉDITO EM VALORES
CERTOS, ORIUNDOS DE RENEGOCIAÇÃO - QUESTIONAMENTO
RELACIONADO ÀS DÍVIDAS EXTINTAS PELO FENÔMENO DA
NOVAÇÃO DISCUSSÃO INADMISSÍVEL NO ÂMBITO DA
EXCEÇÃO AJUIZADA NÃO CORRESPONDÊNCIA COM A
MATÉRIA OBJETO DA SÚMULA 233, STJ - RECURSO
DESPROVIDO.
A chamada exceção de pré-executividade é defesa resultante de
construção jurisprudencial, restrita às hipóteses de nulidade
manifesta, em que se justifica obviar-se a defesa independentemente
da oposição de embargos, que pressupõem prévia segurança do
juízo através de penhora aparelhada. A discussão acerca de
contratos extintos pela novação, reclamando aprofundada
investigação e dilação probatória, não se contém no âmbito da
referida exceção.
(Agravo de Instrumento nº 147240600, AC: 10340 , 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 26.06.2000, Publ.
11.08.2000).

TAPR-067163) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO - NÃO
CONFIGURAÇÃO COMO ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE - LIQUIDEZ DECORRENTE DA PRÉVIA PACTUAÇÃO
DE PRESTAÇÕES COM VALORES DETERMINADOS - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 154510400, AC: 12726, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Fernando Vidal de Oliveira. j.
31.05.2000, Publ. 09.06.2000).

TAPR-067014) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - EXECUÇÃO -


NOTA PROMISSÓRIA É INSTRUMENTO PARTICULAR DE
CONFISSÃO E COMPOSIÇÃO DE DÍVIDA, ORIUNDO DE
OPERAÇÕES DE HOT MONEY, TREVO CHEQUE E IOC -
INVESTIGAÇÃO ATRAVÉS DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - INADMISSIBILIDADE - ALEGAÇÃO DE
OMISSÃO - ANÁLISE DOS TÍTULOS ORIGINÁRIOS -
INVIABILIDADE ATRAVÉS DA VIA ELEITA - SUSTENTAÇÃO
DESPIDA DE JURIDICIDADE - DEFEITO INOCORRENTE -
REJEIÇÃO.
Proclamando o Tribunal que a chamada exceção de pré-
executividade não se presta para viabilizar discussão acerca de
títulos extintos pelo fenômeno da novação, não pode ele - sob pena
de incidir em insuperável paradoxo -, passar a análise de tais
documentos.
(Embargos de Declaração nº 152630301, AC: 10121, 6ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 29.05.2000, Publ.
09.06.2000).

TAPR-066950) EMBARGOS A EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE C/C ARGÜIÇÃO DE FALSIDADE. SUSPENSÃO
DA EXECUÇÃO E DOS EMBARGOS. REJEIÇÃO. APELAÇÃO.
INTERPOSIÇÃO. NÃO RECEBIMENTO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. IMPROVIDO. EMBARGOS A EXECUÇÃO.
PROSSEGUIMENTO. INTIMAÇÃO DO EMBARGADO PARA
IMPUGNAÇÃO. FALTA DE INTIMAÇÃO DA EMBARGANTE.
Cerceamento de defesa. Não caracterizada. Princípios do
contraditório e amplas defesa. Não ofendido. Prejuízo a parte. Não
configurado. Ausência de lesividade. Ocorrida.
Recurso não conhecido.
(Agravo de Instrumento nº 152147300, Ac.: 10806, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Ivaipora, Rel. Juiz Tufi Maron Filho. j. 31.05.2000, Publ.
09.06.2000).

TAPR-066880) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO.
Questão relativa as condições da ação. Possibilidade. Recurso
provido.
(Agravo de Instrumento nº 1535179 00, Ac.: 10122, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Glademir Vidal Antunes Panizzi. j.
29.05.2000, Publ. 09.06.2000).

TAPR-066731) AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISÃO EM


EXCEÇÃO DE ""PRÉ-EXECUTIVIDADE"" - CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - AUSÊNCIA
DE TÍTULO EXECUTIVO OCORRÊNCIA - SÚMULA 233 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - NOTA PROMISSÓRIA
VINCULADA ÀQUELE CONTRATO - AUTONOMIA INEXISTENTE -
CARÊNCIA DE AÇÃO - APLICAÇÃO DO ARTIGO 267, IV DO CPC -
DESPACHO REFORMADO PROCEDIMENTO EXECUTÓRIO
ANULADO - RECURSO PROVIDO.
I - O Superior Tribunal de Justiça uniformizou entendimento no
sentido de que o contrato de abertura de crédito em conta corrente,
ainda que acompanhado de extrato bancário, não é título executivo
extrajudicial, através da Súmula 233.
II - A nota promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito
não goza de autonomia, tendo em vista a própria iliquidez do título
que a originou.
(Agravo de Instrumento nº 150411000, AC: 10476, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Cidade Gaúcha, Rel. Juiz Prestes Mattar. j. 20.03."2000,
Publ. 07.04.2000).

TAPR-066416) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE - CONSTRUÇÃO DOUTRINÁRIO
JURISPRUDENCIAL - ADMISSIBILIDADE EM CARÁTER
EXCEPCIONAL - REVISÃO DE DÉBITOS EXTINTOS PELO
FENÔMENO DA NOVAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - PRECEDENTES
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - INEXISTÊNCIA DE BENS
PASSÍVEIS DE GARANTIR O JUÍZO, INVIABILIZANDO OS
EMBARGOS (CPC, ART. 737, I) - DISCUSSÃO POSSÍVEL EM
AÇÃO DE PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO - VIA
ADEQUADA - RECURSO DESPROVIDO.
A exceção de pré-executividade resulta de construção doutrinário
jurisprudencial e só se admite em caráter excepcional, v.g., quando a
execução não está aparelhada com título que a legitime; a discussão
acerca dele e características que lhe são inerentes, a reclamar
inclusive dilação probatória, somente se viabiliza através da ação
incidental de embargos, meio que o legislador elegeu como hábil
para o devedor opor-se a execução que lhe for endereçada. A
exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o juízo, de ofício, pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo
(STJ).
(Agravo de Instrumento nº 152630300, AC: 9950, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 24.04."2000, Publ.
05.05.2000).

TAPR-066406) EMBARGOS À EXECUÇÃO - ALEGAÇÃO DE


ILIQUIDEZ DO TÍTULO EXECUTIVO - SE A EXECUÇÃO DO
TÍTULO JUDICIAL DEPENDE DA PROVA DE FATO NOVO
(DEFINIDO TAMBÉM COMO AQUELE QUE APESAR DE NÃO
SUPERVENIENTE A SENTENÇA, NÃO FOI OBJETO DE PROVA
DURANTE O PROCESSO DE CONHECIMENTO).
É indispensável o recurso ao processo de liquidação para que seja
respeitado o princípio do contraditório.
Outrossim, não há que se falar em preclusão da matéria em razão de
decisão anterior em exceção de pré-executividade, visto que como
pressuposto processual que é, a lei processual afasta
expressamente o instituto da preclusão sobre decisões judiciais a
respeito do mencionado tema (art. 267, § 3º do CPC).
(Apelação Cível nº 148685900, AC: 9960, 6ª Câmara Cível do TAPR,
Curitiba, Rel. Juiz Carvilio da Silveira Filho. j. 10.04.2000, Publ.
05.05.2000).
TAPR-066306) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE
TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
VALORES DECORRENTES DE CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - CARÊNCIA DA AÇÃO
EXECUTIVA POR AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ DO TÍTULO.
1. A avaliação dos pressupostos dos títulos que ensejam o processo
executivo diz respeito as condições da ação, pelo que pode ser
examinada em sede de exceção de pré-executividade.
2. O contrato de abertura de crédito em conta corrente carece de
liquidez, pois, ainda que acompanhado dos extratos e do
demonstrativo do débito - apresentados unilateralmente pelo credor,
não consubstancia obrigação de pagar quantia certa e determinada.
Agravo conhecido e provido.
(Agravo de Instrumento nº 152012500, AC: 12898, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Paraíso do Norte, Relª. Juíza Rosana Fachin. j.
28.06.2000, Publ. 04.08.2000).

TAPR-066303) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS À


EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
INSUBSISTÊNCIA E INADEQUAÇÃO AGRAVANTES QUE NÃO SE
DESINCUMBIRAM DO ÔNUS PROBATÓRIO.
Ante a ausência de elementos suficientes para o exame das
questões suscitadas pelos agravantes, resta prejudicada a análise
das nulidades por eles indicadas.
A exceção de pré-executividade, pela sua natureza excepcional,
deve ficar circunscrita ao exame das questões de ordem pública que
não dependam de dilação probatória e que possam ser conhecidas
ex officio, pois não se presta a substituir o procedimento dos
embargos à execução, através dos quais e permitida a parte
executada a produção de todas as provas tendentes a obstaculizar o
processamento do feito executivo.
Recurso conhecido e não provido.
(Agravo de Instrumento nº 153660500, AC: 12892, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Ibaiti, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 28.06.2000, Publ.
04.08.2000).

TAPR-066302) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA - DISCUSSÃO -
INADMISSIBILIDADE MATÉRIAS A SEREM SUSCITADAS PELA
VIA DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade deve ficar circunscrita ao exame das
questões de ordem pública e que digam respeito aos pressupostos
do processo e as condições da ação, os quais prescindem de dilação
probatória e podem ser conhecidos ex officio.
Recurso conhecido e provido.
(Agravo de Instrumento nº 154593300, AC: 12896, 2ª Câmara Cível
do TAPR, Cascavel, Relª. Juíza Rosana Fachin. j. 28.06.2000, Publ.
04.08.2000).

TAPR-066258) AGRAVO - EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - CONTRATO DE EMPRÉSTIMO EM CONTA
CORRENTE E CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE RECONHECIDA EM DECISÃO
SINGULAR - PROVIMENTO DO APELO POR DECISÃO DO JUIZ
RELATOR - AFASTADO O ENQUADRAMENTO COMO
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO - INAPLICABILIDADE
DA SÚMULA Nº 233 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA -
RECURSO REJEITADO.
A Súmula nº 233 do Superior Tribunal de Justiça: ""O con trato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato de conta-
corrente, não é título executivo"", não tem caráter absoluto, incidindo
somente nos casos clássicos desses contratos.
(Agravo nº 147401901, AC: 10853, 5ª Câmara Cível do TAPR,
Londrina, Rel. Juiz Robson Marques Cury. j. 07.06."2000, Publ.
04.08.2000).
TAPR-066185) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ANÁLISE INDEPENDENTE
DA PROPOSITURA DE EMBARGOS - POSSIBILIDADE -
ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL CONCESSIVA - DESPACHO
REFORMADO.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 150049400, Ac.: 10296, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Conv. Paulo Habith. j. 19.06.2000, Publ.
04.08.2000).

TAPR-066012) EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


- LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE DO DÉBITO JÁ
RECONHECIDA POR SENTENÇA NOS EMBARGOS DO
DEVEDOR - COISA JULGADA - IMPENHORABILIDADE DE BEM
DE FAMÍLIA - BENS OFERECIDOS PELO PRÓPRIO DEVEDOR -
PRECLUSÃO LÓGICA - DIPLOMA LEGAL QUE NÃO SE APLICA
ÀS PESSOAS JURÍDICAS.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 154920000, AC: 12833, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Assis Chateaubriand, Rel. Juiz Mário Rau. j. 20.06.2000,
Publ. 04.08.2000).

TAPR-065830) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
ALEGAÇÃO DE IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA -
POSSIBILIDADE - MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA -
CONHECIMENTO ATÉ MESMO DE OFÍCIO E EM QUALQUER
MOMENTO PROCESSUAL - CONSTATAÇÃO DA PRESENÇA DOS
REQUISITOS ELENCADOS NA LEI 8.009/90 - IMÓVEL
PENHORADO DESTINADO À RESIDÊNCIA DO DEVEDOR E SUA
FAMÍLIA - DECLARAÇÃO DE NULIDADE DA PENHORA.
RECURSO PROVIDO.
1. Sendo a impenhorabilidade do bem de família matéria de ordem
pública, pode ser conhecida até mesmo de ofício e em qualquer
momento processual.
2. Se o devedor traz elementos convincentes de que o imóvel
penhorado é utilizado como residência de sua família, cabe ao
credor fazer prova em sentido contrário.
3. Restando plenamente comprovados os requisitos legais e não
configuradas as hipóteses elencadas no art. 3º da Lei 8.009/90, a
impenhorabilidade do bem de família deve ser reconhecida,
declarando-se a nulidade da penhora anteriormente realizada.
(Agravo de Instrumento nº 152531500, Ac.: 11049, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Waldemir Luiz da Rocha. j. 05.06.2000,
Publ. 04.08.2000).

TAPR-065625) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO POR


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - NOTAS PROMISSÓRIAS VINCULADAS
A COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA OBJETO DE
ANTERIOR AÇÃO REVISIONAL AINDA NÃO DECIDIDA -
OPOSIÇÃO PELO DEVEDOR DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÕES DE ILIQUIDEZ, INCERTEZA E
INEXIGIBILIDADE DAS CÁRTULAS COM A CONSEQÜENTE
NULIDADE DA EXECUÇÃO E IMPOSSIBILIDADE DE SEGURANÇA
DO JUÍZO DIANTE DA AUSÊNCIA DE BENS PENHORÁVEIS
PORQUE INSUSCETÍVEL DE CONSTRIÇÃO O IMÓVEL OBJETO
DA AVENÇA PELA SUA NATUREZA DE BEM DE FAMÍLIA (LEI Nº
8.009/90) - REJEIÇÃO NO JUÍZO MONOCRÁTICO FUNDADA NA
PERFEIÇÃO FORMAL DOS TÍTULOS CUJA DESCONSTITUIÇÃO
DESAFIA A OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DO DEVEDOR -
LEGITIMIDADE DO DECISUM MONOCRÁTICO INTELIGÊNCIA DO
ART. 585, PARÁGRAFO 1º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL -
PRECEDENTES DOUTRINÁRIOS E PRETORIANOS -
INAPLICABILIDADE À ESPÉCIE DA LEI Nº 8.009/90 - AGRAVO
DESPROVIDO.
Se o título executivo apresenta, formalmente, a aparência de
liquidez, certeza e exigibilidade, a sua descaracterização só poderá
ser buscada através de embargos do devedor, nunca por simples
petição nos autos. Só é possível desconstituir-se título executivo
mediante a apresentação de embargos à execução. A
impenhorabilidade decorrente da Lei nº 8.009/90 não se aplica ao
imóvel que é objeto do financiamento destinado a sua aquisição.
Desprovimento do recurso.
(Agravo de Instrumento nº 154421200, AC: 12706, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Ronald Schulman. j. 06.06.2000, Publ.
04.08.2000).

TAPR-065486) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
OPERAÇÕES BANCÁRIAS - DISTINÇÃO ENTRE CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE COM
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO - RECURSO IMPROVIDO.
1. Revestindo-se o título de liquidez certeza e exigibilidade,
condições basilares exigidas para deflagração de execução, não é
lícito argüir o incidente de exceção de pré-executividade, mormente,
no caso, onde não se trata de contrato de abertura de crédito em
conta corrente e, sim de empréstimo.
2. A liquidez do título não fica prejudicada, pela alegação de
cobrança excessiva de encargos contratuais.
3. A denominada exceção de pré-executividade do título, consiste na
faculdade atribuída ao executado, de submeter ao conhecimento do
Juiz da execução, independentemente de penhora ou de embargos,
determinadas matérias, limitadas sua abrangência temática, que
digam respeito a questões suscetíveis de conhecimentos de ofício,
ou a nulidade do título, que seja evidente e flagrante, isto é, cujo
reconhecimento independa de contraditório ou dilação probatória.
4. A nulidade da execução pode ser alegada a todo tempo, desde
que ausentes os requisitos do art. 586, do CPC, independentemente
de segurança do juízo e de conseqüência, de embargos à execução.
(Agravo de Instrumento nº 153691000, AC: 12786, 1ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Lauro Augusto Fabrício de Melo. j.
20.06.2000, Publ. 04.08.2000).

TAPR-065420) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL


CIVIL. CONEXÃO DE AÇÕES QUE NÃO PODE SER DECIDIDA.
AUSÊNCIA DAS PEÇAS INICIAIS DE AMBAS AS AÇÕES CUJO
COTEJO É INDISPENSÁVEL PARA SE VERIFICAR A IDENTIDADE
DE CAUSA PETENDI EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
OPOSIÇÃO NOS AUTOS DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
IMPOSSIBILIDADE. INSTRUMENTO PROCESSUAL ADMITIDO
COM O FITO DE EVITAR A CONSTRIÇÃO DE BENS DO
EXECUTADO QUANDO AUSENTE QUALQUER DAS CONDIÇÕES
DA AÇÃO EXECUTÓRIA. MATÉRIA QUE NÃO FOI RETIRADA DO
ROL ARGÜÍVEL NOS EMBARGOS. OPORTUNIDADE EM QUE
NÃO HÁ QUE SE FALAR EM CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO.
O fundamento para a admissão da exceção ou objeção de
executividade e o fato de que a exigência da penhora ou o depósito
somente pode se dar quando o título for hígido a instruir a execução,
evitando-se a arbitrariedade de penhorar bens de quem não estava
exposto a ação executiva. Porém, a admissão da exceção não
implicou em retirar viabilidade de levantar a matéria relativa a
ausência de qualquer das condições da ação executiva da peça
inicial dos embargos do devedor, onde ela pode e deve ser argüida
se a parte optou por esta forma de defesa, como no caso em exame,
sendo inadmissível que no curso dos embargos venha a parte de
forma tumultuaria opor exceção de pré-executividade.
(Agravo de Instrumento nº 153735700, Ac.: 10305, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Ibaiti, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j. 19.06.2000, Publ.
04.08.2000).

TAPR-065416) AGRAVO DE INSTRUMENTO. TEMPESTIVIDADE


AFERIDA ATRAVÉS DO CARIMBO DA POSTAGEM DA PETIÇÃO.
INTELIGÊNCIA DO § 2º, DO ART. 525, DO CPC. AÇ ÃO DE
EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. COMPETÊNCIA DA
JUSTIÇA ESTADUAL INIMPORTÂNCIA DE ESTAR O EXEQÜENTE
EM PROCESSO DE INTERVENÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE INADMISSIBILIDADE. NÃO DEMONSTRADO
VÍCIO QUE MACULE O PROCESSO EXECUTIVO. TÍTULO NÃO
DESCONSTITUÍDO COMO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL.
IMPOSSIBILIDADE DE DISCUSSÃO DE MATÉRIAS QUE
DEMANDEM DILAÇÃO PROBATÓRIA PEDIDO DE REDUÇÃO DO
VALOR EXECUTADO DEVE SER DEDUZIDO EM SEDE DE
EMBARGOS DO DEVEDOR. AFASTADO O BENEFÍCIO DE
ORDEM. GARANTIDOR QUE FIGURA COMO AVALISTA E NÃO
FIADOR DO CONTRATO. DEVEDOR SOLIDÁRIO. AGRAVO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
É admissível a exceção de pré-executividade em qualquer momento
do processo da execução, mesmo que tenha sido infrutífera a
oposição de embargos do devedor. Além das matérias atinentes a
nulidade da relação processual travada entre as partes na execução,
igualmente são conhecíveis de ofício as questões pertinentes aos
requisitos do título executivo: a liquidez, certeza e exigibilidade.
Todavia, se faz necessária a ressalva de que a inexigibilidade do
título, quando depende de dilação probatória, não pode ser
conhecida ex officio, portanto deverá ser objeto de análise nos
embargos, onde há instalação do processo de conhecimento, sede
adequada a discussão das matérias do art. 741, do CPC, dentre as
quais destacamos a inexigibilidade do título(inciso II).
(Agravo de Instrumento nº 150744400, Ac.: 10233, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Francisco Beltrão, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j.
12.06.2000, Publ. 04.08.2000).

TAPR-065403) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL


CIVIL. CONEXÃO DE AÇÕES QUE NÃO PODE SER DECIDIDA.
AUSÊNCIA DAS PEÇAS INICIAIS DE AMBAS AS AÇÕES CUJO
COTEJO E INDISPENSÁVEL PARA SE VERIFICAR A IDENTIDADE
DE CAUSA PETENDI EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
OPOSIÇÃO NOS AUTOS DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
IMPOSSIBILIDADE. INSTRUMENTO PROCESSUAL ADMITIDO
COM O FITO DE EVITAR A CONSTRIÇÃO DE BENS DO
EXECUTADO QUANDO AUSENTE QUALQUER DAS CONDIÇÕES
DA AÇÃO EXECUTÓRIA. MATÉRIA QUE NÃO FOI RETIRADA DO
ROL ARGÜÍVEL NOS EMBARGOS. OPORTUNIDADE EM QUE
NÃO HÁ QUE SE FALAR EM CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. AGRAVO CONHECIDO E IMPROVIDO.
O fundamento para a admissão da exceção ou objeção de
executividade e o fato de que a exigência da penhora ou o depósito
somente pode se dar quando o título for hígido a instruir a execução,
evitando-se a arbitrariedade de penhorar bens de quem não estava
exposto a ação executiva. Porém, a admissão da exceção não
implicou em retirar viabilidade de levantar a matéria relativa a
ausência de qualquer das condições da ação executiva da peça
inicial dos embargos do devedor, onde ela pode e deve ser argüida
se a parte optou por esta forma de defesa, como no caso em exame,
sendo inadmissível que no curso dos embargos venha a parte de
forma tumultuaria opor exceção de pré-executividade.
(Agravo de Instrumento nº 153734000, Ac.: 10223, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Ibaiti, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j. 05.06.2000, Publ.
04.08.2000).

TAPR-065353) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CÉDULA


RURAL PIGNORATÍCIA E HIPOTECÁRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE INICIAL INCOMPLETA, DESACOMPANHADA DE
PARTE DA PLANILHA. CORREÇÃO. COMPLEMENTAÇÃO DE
CONTA GRÁFICA ANTES DOS EMBARGOS. ADMISSIBILIDADE.
PRECLUSÃO. INOCORRÊNCIA. RECURSO NÃO MERECE SER
PROVIDO.
1. É dever do juiz e direito do exeqüente, assinar prazo para
correção da petição inicial executória incompleta. Exegese do art.
616 do CPC.
2. A jurisprudência tem admitido, antecedendo os embargos a
execução, a possibilidade de correção da petição inicial.
3. A preclusão pressupondo a perda de determinada faculdade
processual civil ou não seu exercício na ordem legal, inocorre
quando a parte procede oportuna complementação pretendida.
4. Recurso que não merece provimento
(Agravo de Instrumento nº 154236300, Ac.: 10884, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Guarapuava, Rel. Juiz Tufi Maron Filho. j. 14.06.2000,
Publ. 04.08.2000).

TAPR-065344) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.


DECISÃO AGRAVADA. INTIMAÇÃO NÃO VÁLIDA DO
EXECUTADO. AUSÊNCIA DO NOME DO PROCURADOR.
REPUBLICAÇÃO. DEFERIDA. IMPOSIÇÃO DE CONHECIMENTO
DA DECISÃO HOSTILIZADA POR PARTE DO EXECUTADO.
INEXIGÍVEL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CHEQUE.
CITAÇÃO. DEMORA. CULPA DO CREDOR DEMONSTRADA.
PRESCRIÇÃO. CONFIGURADA. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO.
1. Inocorrendo intimação válida do executado da decisão
interlocutória hostilizada face a ausência do nome de seu
procurador, republicada, não impõe o regular conhecimento da
decisão recorrida por parte do executado quando da formulação do
pedido de republicação, com isso suprindo a falha, de molde a
ensejar a intempestividade do recurso.
2. Demonstrado cabalmente que a demora para efetivar-se a citação
do executado, deveu-se ao exeqüente, e não ao mecanismo da
Justiça, resulta configurada a prescrição do cheque, ante a sua não
interrupção. Inteligência dos arts. 617 e 219 e do CPC.
3. Recurso que merece ser conhecido em provido.
(Agravo de Instrumento nº 153449600, Ac.: 10855, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Tufi Maron Filho. j. 07.06.2000, Publ.
04.08.2000).
TAPR-065319) AGRAVO INSTRUMENTAL SOBRE
INDEFERIMENTO PARA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
FUNDADA EM INEFICÁCIA EXECUTIVA DO TÍTULO(ART. 618, I,
CPC). MANIFESTAÇÃO CONHECIDA EM TEMPO.
Questão suporte contudo vencida pela configuração executiva ao
sentenciamento para embargos exceção dirigida ademais a diverso
título. Conformação de coisa julgada reapreciação, com inovados
parâmetros vedada (arts. 467, 468, 471, 472 1ª parte e 473, CPC).
Recurso conhecido, mas desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 153664300, Ac.: 10883, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Apucarana, Rel. Juiz Arno Knoerr. j. 07.06.2000, Publ.
04.08.2000).

TAPR-065296) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO. RECURSO PROVIDO.
Com a edição da Súmula 233, do Superior Tribunal de Justiça,
tornou-se pacífica a jurisprudência no sentido de que ""o contrato de
abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-
corrente, não é título executivo extrajudicial (DJU nº 27/E, de
08/02/2000 pág. 265).
(Agravo de Instrumento nº 155775900, Ac.: 11063, 7ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Eduardo Fagundes. j. 26.06."2000, Publ.
04.08.2000).

TAPR-065259) EMBARGOS A EXECUÇÃO. CÉDULA RURAL


PIGNORATÍCIA. QUESTÕES JÁ APRECIADAS POR ESTA CORTE
EM ANTERIOR AÇÃO REVISIONAL. COISA JULGADA.
INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 267, V, DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL. ARGÜIÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPROCEDÊNCIA. TÍTULO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL. APELO
DESPROVIDO.
A coisa julgada compreende a imutabilidade de uma decisão porque
dela não cabe qualquer recurso e porque a situação litigiosa de que
se trata não pode ser reapreciada por qualquer outro juízo ou
Tribunal.
Não há como, presentes as mesmas partes, apreciar em embargos a
execução questões anteriormente levantadas e decididas em ação
revisional referente ao mesmo título.
(Apelação Cível nº 151715700, Ac.: 10914, 5ª Câmara Cível do
TAPR, Apucarana, Rel. Juiz Edson Vidal Pinto. j. 14.06.2000, Publ.
04.08.2000).

TAPR-064928) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PLURALIDADE DE


PENHORAS ADJUDICAÇÃO. JUÍZOS DIVERSOS. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. INDEFERIMENTO CORRETO. RECURSO
DESPROVIDO.
Vige no processo de execução o princípio do ""prior tempore potior
jure"", segundo o qual, aquele que obtém a penhora em primeiro
lugar, desfrutará de situação privilegiada se houver concurso de
credores, ficando a adjudicação do bem por um deles condicionada
ao depósito integral de seu valor. Por outro lado, a chamada exceção
de pré-executividade é medida excepcional destinada a dirimir
apenas matéria suscetível de conhecimento de ofício ou a nulidade
evidente e flagrante do título executivo sem que para isso se
imponha o ajuizamento de embargos do devedor, com a previa
garantia do juízo.
(Agravo de Instrumento nº 145133800, Ac.: 12619, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Wenceslau Braz, Rel. Juiz Rogério Coelho. j. 22.02."2000,
Publ. 03.03.2000).

TAPR-064924) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NULIDADE


DO TÍTULO NÃO CARACTERIZADA. TÍTULOS FORMALMENTE
PERFEITOS. IMÓVEL RURAL PENHORADO. ADMISSIBILIDADE
PORQUE NÃO CONFIGURADOS OS REQUISITOS DO ART. 649,
X, DO CPC MATÉRIAS DE DEFESA DEVEM SER ARGÜIDAS EM
EMBARGOS DO DEVEDOR. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO.
A doutrina e jurisprudência tem entendido que a falta de subscrição
de uma testemunha no contrato não o descaracteriza como título
executivo, desde que autênticas as assinaturas.
Possível é fundar-se a execução em mais de um título extrajudicial,
vinculados ao mesmo negócio. Ainda que defeito houvesse em um
deles, subsistiria o outro, de modo que idônea se mostra a execução,
não se podendo acolher como vícios que a tornam nula, os argüidos
pelo agravante.
A impenhorabilidade preconizada pelo art. 5º, XXVI da Constituição
Federal tem por pressuposto o desenvolvimento da pequena
propriedade rural, que não responde pelos débitos contraídos em
função da atividade produtiva, desde que trabalhada pela família e
por não configurados os requisitos para tanto, não há como se
acolher as razões do agravante para que seja a mesma admitida.
Quanto a inexistência de crédito, excesso de execução em face do
ajuste do preço do produto, juros e encargos financeiros abusivos,
ser indevida a multa pretendida, não podem tais alegações serem
acolhidas em exceção de pré-executividade, por serem matérias de
defesa que devem ser argüidas em sede de embargos do devedor.
(Agravo de Instrumento nº 134264100, Ac.: 9703, 6ª Câmara Cível
do TAPR, Guarapuava, Relª. Juíza Anny Mary Kuss. j. 14.02.2000,
Publ. 03.03.2000).

TAPR-064731) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - EFEITOS


MODIFICATIVOS DE JULGADO ANTERIOR - POSSIBILIDADE
EXCEPCIONAL.
""A jurisprudência, em atuação construtiva, admite efeitos
modificativos aos embargos desde que a tanto instada por uma
decorrência lógica de a decisão embargada ter sido tomada em
premissas fáticas equivocadas, como também quando da omissão
detectada é suprida ou da correção de contradição, impor-se
conclusão lógica contrária a que chegou o decisório embargado""
(STJ -REsp. 56.336-4/RJ).
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE REJEITADA - DECISÃO CORRETA - RECURSO
IMPROVIDO.
A exceção de pré-executividade, de criação pretoriana, é medida que
só pode ser aceita em caráter excepcional quando for flagrante a
ausência de condições de executividade do título, não se prestando
para apontar possível excesso de execução.
(Embargos de Declaração nº 138885601, AC: 12622, 1ª Câmara
Cível do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Mário Rau. j. 21.03."2000, Publ.
02.06.2000).

TAPR-064722) EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - FCVS - NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO DA
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
FEDERAL - DECISÃO MANTIDA - AGRAVO DESPROVIDO.
Ante a previsão contratual de que o eventual saldo devedor, ao
término do prazo fixado, será de responsabilidade do Fundo de
Compensação das Variações Salariais - FCVS - está patenteado o
interesse da Caixa Econômica Federal na causa, na qualidade de
gestora desse fundo.
(Agravo de Instrumento nº 153419800, AC: 13109, 3ª Câmara Cível
do TAPR, Umuarama, Rel. Juiz Domingos Ramina. j. 23.05.2000,
Publ. 02.06.2000).

TAPR-064603) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PEDIDO DE DESISTÊNCIA
DA EXECUÇÃO COM RELAÇÃO A
EXECUTADA/CONCORDATÁRIA, PROSSEGUINDO O FEITO
CONTRA OS DEMAIS CO-EXECUTADOS. HOMOLOGAÇÃO.
POSSIBILIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
CONTRATAÇÃO. ARGÜIÇÃO DA EXCEÇÃO. DEVIDOS.
PERMANÊNCIA DA EXECUTADA/CONCORDATÁRIA NO FEITO.
IMPOSSIBILIDADE.
Recurso parcialmente provido.
(Agravo de Instrumento nº 154055800, Ac.: 10780, 5ª Câmara Cível
do TAPR, Londrina, Rel. Juiz Tufi Maron Filho. j. 24.05.2000, Publ.
02.06.2000).

TAPR-063857) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


CONTRATO E NOTA PROMISSÓRIA EM GARANTIA -
DUPLICIDADE DE TÍTULOS POSSIBILIDADE - SÚMULA Nº 27, DO
STJ - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SUSCITADA DE
OFÍCIO - EXCESSO DE EXECUÇÃO - MATÉRIA DE MÉRITO -
DISCUSSÃO EM SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR -
DESPACHO REVOGADO.
Recurso provido.
(Agravo de Instrumento nº 130322200, Ac.: 10833, 4ª Câmara Cível
do TAPR, Curitiba, Rel. Juiz Idevan Lopes. j. 10.03.1999, Publ.
26.03.1999).

TAPR-063276) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - REJEIÇÃO LIMINAR -
ALEGAÇÕES DE ILIQUIDEZ E EXCESSO DE EXECUÇÃO -
CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA QUE ATENDE AS EXIGÊNCIAS DO
ARTIGO 2º, 5º E 6º, DA LEI Nº 6.830/80 - ILIQUIDEZ
INOCORRENTE EVENTUAL EXCESSO SEM EXPRESSÃO PARA
NULIFICAR O TÍTULO, E COMO TAL DEPENDENTE DE
QUESTIONAMENTO EM SEDE DE EMBARGOS - RECURSO
DESPROVIDO.
A chamada exceção de pré-executividade é defesa resultante de
construção jurisprudencial, restrita as hipóteses de nulidade
manifesta, em que se justifica obviar-se a defesa independentemente
da oposição de embargos, que pressupõem prévia segurança do
juízo através de penhora aparelhada. A singela alegação de
iliquidez, resultante da inserção, na certidão de dívida ativa, de
parcela relativa a multa, do que decorreria eventual excesso, não dá
ensejo ao acolhimento da referida exceção.
Em nenhuma das hipóteses do art. 618 do CPC encontra-se a de
nulidade por excesso de execução, que deve ser apurada em
embargos, reduzindo-se, se for o caso, o crédito ao valor correto
(STJ).
(Agravo de Instrumento nº 130133500, 6ª Câmara Cível do TAPR,
Curitiba, Rel. Juiz Mendes Silva. j. 12.04.1999, Publ. 23.04.1999).
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

EXECUCAO HIPOTECARIA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REJEICAO
ESCRITURA DE CONFISSAO DE DIVIDA
GARANTIA HIPOTECARIA
LIQUIDEZ DA DIVIDA
PROSSEGUIMENTO DA EXECUCAO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
RECURSO DESPROVIDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA


CONFISSÃO DE DÍVIDA COM GARANTIA HIPOTECÁRIA E
OUTRAS AVENÇAS EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Decisão que rejeitou Exceção de Pré-executividade e determinou
o prosseguimento da Execução, ao fundamento de que o título
goza de total liquidez. Alegação de que o valor da Execução não
reflete a realidade do débito, pois a dívida assumida através da
repactuação de suposto saldo devedor se destinava a compor
débito remanescente de diversas operações de crédito
celebradas entre as partes e o exeqüente não mencionou o
pagamento de 19 parcelas. Ainda que não prevista na legislação
processual civil, a exceção de pré- executividade é admitida
tanto pela doutrina como pela jurisprudência, para a argüição,
nos próprios autos da execução e independentemente de estar
seguro o Juízo pela penhora, da nulidade da execução ou da
ausência de liquidez, certeza e exigibilidade do título. Sendo o
título formalmente perfeito é cabível a Execução, devendo
eventual excesso de execução ser arguído por meio de
Embargos de Devedor. Desprovimento do recurso.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2002.002.08001
Data de Registro : 02/09/2002
Órgão Julgador: DECIMA OITAVA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. CASSIA MEDEIROS
Julgado em 31/07/2002

EXECUCAO POR TITULO JUDICIAL


EXCESSO DE EXECUCAO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
VIA JUDICIAL INADEQUADA
AGRAVO DE INSTRUMENTO
RECURSO DESPROVIDO

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL. EXCEÇÃO DE
PRÉEXECUTIVIDADE. LIQUIDAÇÃO DO JULGADO.
DESNECESSIDADE. EXCESSO DE EXECUÇÃO. VIA
ADEQUADA. Execução de título judicial. Se o v. acórdão mandou
a alienante do terreno de incorporação imobiliária frustrada pagar
ao promitente comprador tudo que ele agregou ao terreno e à
construção e deixou assente que essa expressão deve ser
entendida como as parcelas desembolsadas corrigidas e com
juros, tão somente, não há necessidade instauração de processo
de liquidação, situação já esclarecida no julgamento dos
embargos de declaração, irrita, de conseguinte, a repristinação
Exceção
da pretensão. Exceção de pré-executividade. Via inadequada a
combate a alegado excesso de execução. CPC, a 741, V.
Improvimento do recurso. Unânime. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE.
LIQUIDAÇÃO DO JULGADO. DESNECESSIDADE. EXCESSO
DE EXECUÇÃO. Execução de título judicial. Se o v. acórdão que
mandou a alienante do terreno de incorporação imobiliária
frustada pagar ao promitente-comprador tudo que ele agregou ao
terreno e à construção e deixou assente que essa expressão
deve ser entendida como as parcelas desembolsadas corrigidas
e com juros, não há necessidade de liquidação, já esclarecida no
julgado dos embargos de declaração, irrita, de conseguinte, a
repristinação da pretensão. Exceção de pré-executividade. Via
inadequada ao corribate a alegado excesso de execução. CPC,
art. 741, V. Improvimento do recurso. Unânime.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.17559
Data de Registro : 30/08/2002
Órgão Julgador: TERCEIRA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. MURILO ANDRADE DE CARVALHO
Julgado em 25/06/2002

EXECUCAO

Agravo. Execução. Oposição de exceção de pré executividade.


Alegação de prescrição do título extrajudicial - cheque. Despacho
que rejeitou liminarmente a exceção. Citação cujos efeitos
retroagem à data do ajuizamento da ação. Artigo 219, § 1º do
CPC.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.16849
Data de Registro : 30/07/2002
Órgão Julgador: DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. AZEVEDO PINTO
Julgado em 15/05/2002

AGRAVO DE INSTRUMENTO
EXECUCAO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ADMISSIBILIDADE
RECURSO PROVIDO

AGRAVO EXECUÇÃO. ADMISSIBILIDADE DE EXCEÇÃO DE


PRÉ - EXECUTIVIDADE. Sendo matéria de ordem pública, a
exceção de pré-executividade deve ser conhecida e julgada pelo
Juízo monocrático. Recurso conhecido e provido.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2002.002.00473
Data de Registro : 24/06/2002
Órgão Julgador: DECIMA PRIMEIRA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. CLAUDIO DE MELLO TAVARES
Julgado em 08/05/2002

ACAO DE EXECUCAO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
INDEFERIMENTO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
AGRAVO PROVIDO

Agravo de instrumento. Decisão que rejeitou exceção de pré


executividade. Execução instruída com contrato de mútuo
destinado à aquisição de imóvel com reajuste das prestações,
com observância do Plano de Equivalência Salarial. Ação
proposta pela agravante perante a Justiça Federal em que foi
julgado procedente o pedido, ainda não transitada em julgado.
Acolhimento da exceção de pré-executividade face à
incompetência da Justiça Estadual.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.10044
Data de Registro : 09/07/2002
Órgão Julgador: PRIMEIRA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. VALERIA MARON
Julgado em 07/05/2002

LOCACAO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
TITULO EXECUTIVO JUDICIAL
INEXISTENCIA
NULIDADE DA EXECUCAO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROVIMENTO

Agravo de Instrumento. Exc. de Pré Executividade. Locação.


Típico de adesão o contrato entre Partes, estando notificado
previmente o locadar dos defeitos. Título Inexigível. A lei
específica obriga a Agte obter sentença neste sentido, donde
admissível a Exc. de Pré - Executividade, de conformidade com
remonsosâ jurisprudência. Agravo provido.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.12631
Data de Registro : 28/06/2002
Órgão Julgador: NONA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. ELY BARBOSA
Julgado em 30/04/2002

DESPEJO
EXECUCAO DE SENTENCA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
AGRAVO DE INSTRUMENTO
AGRAVO PROVIDO
Agravo de Instrumento. Despejo. Execução de sentença.
Exceção de Pré - Executividade. A d. sentença monocrática,
mantida por ven. acórdão, determina liquidação por artigos, como
previsto no 606 do CPC, norma condicionada ao 608 do cit.
diploma. Procedimento. Há que se observar o procedimento
previsto no 609 do CPC. Agravo provido.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.16412
Data de Registro : 04/07/2002
Órgão Julgador: SEXTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. ELY BARBOSA
Julgado em 30/04/2002

ALIMENTOS
EXECUCAO DE PRESTACAO ALIMENTICIA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
DESCABIMENTO

Agravo de Instrumento - Execução de Prestação Alimentar -


Exceção de Pré Executividade - Tal Exceção só é admissível,
quando versar sobre questões, a respeito das quais pode o Juiz
conhecê-las de oficio, ou que digam respeito às arroladas nos
incs.IV, V e VI do art.267 do CPC e, mais pr ecisamente às
execuções nas elencadas no art.618 do mesmo Código - Não
sendo a matéria ventilada na referida Exceção enquadrável em
qualquer daquela, hipóteses, descabe admiti-Ia. Desprovimento
do recurso

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.14919
Data de Registro : 03/07/2002
Órgão Julgador: OITAVA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. LUIZ ODILON BANDEIRA
Julgado em 25/04/2002

PRESTACAO DE CONTAS
EXECUCAO
HOMOLOGACAO DE CALCULO
REMESSA DOS AUTOS AO CONTADOR
LEGALIDADE DO ATO

EXECUÇÃO - Sentença que, em ação de prestação de contas,


reconheceu crédito em favor do autor, relativo a ações de
companhia aérea - Exceção de pré- executividade - Rejeição
sem apreciação do mérito - Discussão em torno da quantidade
das ações, objeto de grupamento determinado. por assembléia
geral extraordinária -Determinação de remessa dos autos ao
Contador - Agravo de instrumento não conhecido - Cálculo que
levou em consideração o grupamento ocorrido, na proporção de
1/1000 - Homologação Agravo de instrumento afigura-se correta
a determinação judicial, no curso da execução,
independentemente de oposição de embargos, de remessa dos
autos ao contador para cálculo que visa esclarecer ponto sobre o
qual divergem as partes há longo tempo e que diz respeito ao
próprio valor do crédito executado Não constitui modificação da
sentença e, pois, não afronta a coisa julgada, a decisão que nada
mais faz que interpretá-la convenientemente sem alteração do
seu real conteúdo Recurso improvido

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.15986
Data de Registro : 10/04/2002
Órgão Julgador: QUINTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. CARLOS FERRARI
Julgado em 05/03/2002

EXECUCAO
VICIO DE CONSENTIMENTO
TITULO EXECUTIVO
EMISSAO POR COACAO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REJEICAO
VIA PROCESSUAL INADEQUADA
EMBARGOS A EXECUCAO
RECURSO ADEQUADO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
EFEITO SUSPENSIVO
CASSACAO
RECURSO NEGADO

Agravo de Instrumento. ExecuçãoEmbargos Execução de Pré -


Executividade. No Execução, a Agte suscita matéria constante
dos Embargos oferecidos, sendo estes a via apropriada para
conhecer dá matéria. Agravo improvido

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2002.002.00796
Data de Registro : 17/04/2002
Órgão Julgador: DECIMA SEGUNDA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. ELY BARBOSA
Julgado em 05/03/2002

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REJEICAO
VIA PROCESSUAL INADEQUADA
AGRAVO DE INSTRUMENTO
RECURSO NEGADO

PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE


REJEIÇÃO - AGRAVO SUSTENTANDO GARANTIA
CONSTITUCIONAL DO CONTRADITÓRIO. 1. O contraditório no
processo de execução é exercitado pela via dos embargos do
devedor, cabendo a exceção de pré executividade apenas
quando houver nulidade do título executivo. 2. Agravo de
Instrumento a que se nega provimento.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.16651
Data de Registro : 03/04/2002
Órgão Julgador: DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL
Órgão Julgador: DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. MIGUEL ANGELO BARROS
Julgado em 28/02/2002

AGRAVO DE INSTRUMENTO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REJEICAO
EFEITO SUSPENSIVO
PENDENCIA DE RECURSO ESPECIAL
RECURSO DESPROVIDO

Agravo de Instrumento interposto de decisão que rejeitou


exceção de pré- executividade. Efeito suspensivo atribuído ao
recurso devido informação de pendência de recurso especial.
Recurso rejeitado por unanimidade no Superior Tribunal de
Justiça. Nega-se provimento ao recurso.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.11572
Data de Registro : 04/04/2002
Órgão Julgador: SEGUNDA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. MARIA RAIMUNDA T. AZEVEDO
Julgado em 20/02/2002

EXECUCAO FISCAL
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REJEICAO
MULTA
TRIBUTO
NAO CARACTERIZACAO
PRESCRICAO
INADMISSIBILIDADE
AGRAVO DE INSTRUMENTO
RECURSO DESPROVIDO

Agravo de Instrumento contra decisão que rejeitou exceção de


pré executividade. A exceção versa sobre execução fiscal
proveniente de multa de fiscalização da FEEMA. Multa como
penalidade não autônoma considerada tributo, não está não
sujeita as normas de prescrição previstas no Código Tributário
Nacional. Recurso desprovido.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.10243
Data de Registro : 01/04/2002
Órgão Julgador: DECIMA SETIMA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. LUIZ CARLOS GUIMARAES
Julgado em 06/02/2002

EXECUCAO
CEDULA DE CREDITO COMERCIAL
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
NULIDADE DA EXECUCAO
FALTA DE TITULOS HABEIS
FALTA DE TITULOS HABEIS
INDEFERIMENTO
INADMISSIBILIDADE DA VIA ELEITA
RECURSO DESPROVIDO

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE,


ARGUIÇÃO DE NULIDADE DA EXECUÇÃO PORQUE O
TÍTULO SERIA IMPRESTÁVEL. MATÉRIA A SER ARGUÍDA EM
EMBARGOS DO DEVEDOR. Algumas questões independem da
propositura de Embargos para serem suscitadas nos próprios
autos da execução. Entanto, quando a matéria depende de maior
exame , deve-se afastar a discussão do bojo da exceção de pré-
executividade, como in casu. Recurso improvido.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.05477
Data de Registro : 14/03/2002
Órgão Julgador: DECIMA QUARTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. MAURO NOGUEIRA
Julgado em 05/02/2002

AGRAVO DE INSTRUMENTO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REJEICAO
CONFIRMACAO
RECURSO DESPROVIDO
Agravo de Instrumento. Exc. de Pré Executividade rejeitada. A
Promissória está firmada pelo Agte, fato inconteste, presentes,
pois, os requisitos a permitir a Execução, não sendo nulo, pois.
Eventual excesso de execução não pode ser atacado em
exceção de pré executividade. Ausência de peça. Com a vindo
das informações do Em. juízo "a quo", restou preenchida a
ausência do publicação intimando da decisão - objeto. Agravo
improvido.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.15648
Data de Registro : 27/02/2002
Órgão Julgador: SEXTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. ELY BARBOSA
Julgado em 18/12/2001

EXECUCAO FISCAL
REVELIA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ADMISSIBILIDADE

EXECUÇÃO. REVELIA. GARANTIA DO JUÍZO. PRINCÍPIO DO


CONTRADITÓRIO. ADMISISIBILIDADE DE EXCEÇÃO DE PRE
- EXECUTIVIDADE. A instrumentação jurídica da exigência do
contraditório, como garantia constitucional se faz presente no
processo de execução, sem ser limitada à cognição. Sem isso
não seria possível estabelecer o indispensável equilíbrio entre a
exigência de satisfação do credor e a de respeito ao devedor e
seu patrimônio. É verdade que, à medida que se caminha na
direção da absoluta indisponibilidade de direitos no plano jurídico-
material, tanto mais efetivo há de ser o contraditório, não se
tolerando que as omissões da parte possam conduzir o processo
por caminhos que lhe acarretem a perda do direito. Sendo
matéria de ordem pública, a exceção de pré-executividade deve
ser conhecida e julgada pelo Juizo monocrático. Recurso
conhecido e provido.

Tipo da Ação: APELACAO CIVEL


Número do Processo: 2001.001.16643
Data de Registro : 02/04/2002
Órgão Julgador: DECIMA PRIMEIRA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. CLAUDIO DE MELLO TAVARES
Julgado em 14/11/2001

ACAO DE EXECUCAO
ALIMENTOS
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ACOLHIMENTO
ANULACAO DA SENTENCA
RECURSO PROVIDO

APELAÇÃO CÍVEL - ALIMENTOS - Exceção de pré


executividade. Tendo em vista as conseqüências que advêrn
para a Exeqüente, com a extinção do feito executivo, é
necessário que seja intimada para se manifestar quanto à
pretensão do Executado. PROVIMENTO DO RECURSO COM
ACOLHIMENTO DA PRELIMINAR.

Tipo da Ação: APELACAO CIVEL


Número do Processo: 2001.001.19716
Data de Registro : 01/03/2002
Órgão Julgador: QUARTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. SIDNEY HARTUNG
Julgado em 06/11/2001

EXECUCAO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO
CONTA CORRENTE BANCARIA
JURISPRUDENCIA PACIFICADA
SUMULA 233, DO S.T.J.

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE.


ARGÜIÇÃO DA AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ E CERTEZA DOS
CONTRATOS DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-
CORRENTE. MATÉRIA SUMULADA PELO STJ, DIANTE DO
VERBETE 233. SENTENÇA QUE RECONHECE A EXCEÇÃO,
FUNDANDO-SE NA JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE.
FUNDAMENTOS, DA IRRESIGNAÇÃO DO AUTOR DA
EXECUÇÃO INCAPAZES DE MODIFICAR O JULGADO.
DESPROVIMENTO DO RECURSO.

Tipo da Ação: APELACAO CIVEL


Número do Processo: 2001.001.05312
Número do Processo: 2001.001.05312
Data de Registro : 14/11/2001
Órgão Julgador: NONA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. RENATO SIMONI
Julgado em 25/09/2001

AGRAVO DE INSTRUMENTO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
PRESCRICAO DE ACAO DE COBRANCA DE CREDITO
TRIBUTARIO
ART. 174
C.TRIBUTARIO NACIONAL
RECURSO DESPROVIDO

Agravo de Instrumento. Exceção de Pré executividade. CNT -


Art. 174. A ação para a cobrança de crédito tributário prescreve
em 5 anos contados da data de sua constituição definitiva.
Desprovimento do agravo.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.04986
Data de Registro : 02/05/2002
Órgão Julgador: DECIMA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. JOAO N. SPYRIDES
Julgado em 04/09/2001
ACAO MONITORIA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REJEICAO
CONFIRMACAO

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO MONITÓRIA. EXCEÇÃO


DE PRÉ EXECUTIVIDADE. ADMISSIVEL PARA NULIDADE NO
PROCESSO DE EXECUÇÃO, MAS SOMENTE ADMITINDO
PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA,O QUE INOCORREU NA
HIPÓTESE DOS AUTOS, ONDE PELOS DEVEDORES FORAM
ALEGADAS VÁRIAS MATÉRIAS PRÓPRIAS DOS EMBARGOS
INCIDENTAIS DA PRIMEIRA FASE. DEIXARAM, OS
DEVEDORES DE ALEGAR NA OPORTUNIDADE PRÓPRIA,
MANTENDO-SE INERTE, RESTANDO, POIS PRECLUSA A
OPORTUNIDADE PARA FAZÊ-LO. EXECUÇÃO QUE DEVE
PROSSEGUIR FACE À CERTEZA, LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE
DO TÍTULO APRESENTADO QUE NÃO FOI ELIDIDO PELOS
DEVEDORES. RECURSO DESPROVIDO. DECISÃO MANTIDA.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.08046
Data de Registro : 14/11/2001
Órgão Julgador: DECIMA SEGUNDA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. WELLINGTON JONES PAIVA
Julgado em 07/08/2001

EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL


CUMULACAO DE ACOES
CUMULACAO DE ACOES
IMPOSSIBILIDADE
DESMEMBRAMENTO
PROVIMENTO PARCIAL

Execução por título extrajudicial. Impossibilidade de cumularem-


se execuções contra devedores diversos e fundadas em
diferentes títulos. Agravo contra interlocutória que, em exceção
de pré- executividade, determinou o desmembramento em dois
autos, cada qual versando sobre execução de um dos títulos. O
desmembramento, no caso, não afasta a inadmissibilidade da
execução, fazendo-se mister a emenda da petição inicial no
prazo de 10 dias, dentro do qual o exeqüente escolherá um dos
títulos, devendo propor, em relação ao outro, nova ação.
Aplicação do art. 284 do CPC.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.04424
Data de Registro : 28/08/2001
Órgão Julgador: QUINTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. HUMBERTO DE MENDONCA MANES
Julgado em 19/06/2001

EXECUCAO HIPOTECARIA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
TITULO EXECUTIVO
FORCA EXECUTIVA
CARACTERIZACAO
RECURSO DESPROVIDO
RECURSO DESPROVIDO

EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE. MEIO ATÍPICO E


EXCEPCIONAL DE DEFESA, QUE SÓ DEVE SER ADMITIDO
NAS HIPÓTESES DE FLAGRANTE NULIDADE DO TITULO.
NÃO PERDE A EFICÁCIA EXECUTIVA O TÍTULO QUE
DEPENDE DE SIMPLES OPERAÇÕES ARITMÉTICAS, CUJOS
ELEMENTOS SE ENCONTRAM NO CONTRATO OBJETO DA
EXECUÇÃO. AGRAVO IMPROVIDO.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2001.002.01832
Data de Registro : 18/08/2001
Órgão Julgador: SETIMA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. CARLOS C. LAVIGNE DE LEMOS
Julgado em 29/05/2001

EXECUCAO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
CHEQUE
SENTENCA TRANSITADA EM JULGADO
RECURSO DESPROVIDO

COBRANÇA. CHEQUE. SENTENÇA TRANSITADA EM


JULGADO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. Tal circunstância já está ultrapassada. O que
se executa é a sentença e esta é que terá que ser afrontada.
Apelo desprovido.

Tipo da Ação: APELACAO CIVEL


Número do Processo: 2000.001.20290
Data de Registro : 28/05/2001
Órgão Julgador: SEGUNDA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. GUSTAVO KUHL LEITE
Julgado em 17/04/2001

EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ABERTURA DE CREDITO
TITULO EXECUTIVO
RECURSO PROVIDO

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. IMPUGNAÇÃO DE
DECISÃO QUE REJEITOU EXCEÇÃO DE PRÉ
EXECUTIVIDADE APRESENTADA. ALEGAÇÃO DE
INEXISTÊNCIA DOS REQUISITOS DE LIQUIDEZ E CERTEZA
PARA O AJUIZAMENTO DO TÍTULO EXECUTIVO, TENDO O
VALOR SIDO PRODUZIDO UNILATERALMENTE PELO
AGRAVADO, SEM DEMONSTRAÇÃO MINUCIOSA DOS
RESPECTIVOS LANÇAMENTOS. CONTA DE ABERTURA DE
CRÉDITO. O INSTRUMENTO DA OBRIGAÇÃO NÃO SE
ENCONTRA REVESTIDO DA NECESSÁRIA BILATERALIDADE,
NO SENTIDO DE QUE, PELA NATUREZA DO CRÉDITO,
AUSENTE SE FAZ A MANIFESTAÇÃO DE VONTADE DE
AMBAS AS PARTES. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.04622
Data de Registro : 24/04/2001
Órgão Julgador: SEXTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. GILBERTO REGO
Julgado em 13/03/2001

AGRAVO DE INSTRUMENTO
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ADICIONAL POR TEMPO DE SERVICO
RECURSO NAO PROVIDO

EXCEÇÃO DE PRÉ - EXECUTIVIDADE. MATÉRIA ALEGADA


PRÓPRIA PARA EMBARGOS À EXECUÇÃO PARA CUJO
AJUIZAMENTO O AGRAVANTE PERDEU O PRAZO. DECISÃO
MANTIDA.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.14966
Data de Registro : 04/05/2001
Órgão Julgador: DECIMA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. JAYRO S. FERREIRA
Julgado em 06/03/2001
Julgado em 06/03/2001

EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL


PROTESTO
FALTA DE COMUNICACAO
CITACAO POR EDITAL
INADMISSIBILIDADE
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
ACOLHIMENTO
NULIDADE DA EXECUCAO
RECURSO DESPROVIDO

EXECUÇÃO. CITAÇÃO POR EDITAL. ARGÜIÇÃO DE


EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO PARA
DECLARAR NULA A EXECUÇÃO UMA VEZ QUE EM NÃO
SENDO, A EXECUTADA, COMUNICADA DO PROTESTO,
PELO CORREIO OU PELO TABELIONATO, NÃO PODERIA
TER SIDO FEITA, DE PLANO, A CITAÇÃO POR EDITAL. A
CONSEQÜÊNCIA DA IRREGULARIDADE DO PROTESTO,
EFETIVADO DE FORMA PRECIPITADA, EMBASA O
RECONHECIMENTO DE SUA ILEGALIDADE A JUSTIFICAR O
RECONHECIMENTO DE INEXISTÊNCIA DE TÍTULO
EXECUTIVO EXIGÍVEL, A LASTREAR UMA EXECUÇÃO.
MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. CONHECIMENTO E
IMPROVIMENTO DO APELO.

Tipo da Ação: APELACAO CIVEL


Número do Processo: 2000.001.19383
Data de Registro : 28/03/2001
Órgão Julgador: DECIMA SETIMA CAMARA CIVEL
Votação :
Votação :
DES. RAUL CELSO LINS E SILVA
Julgado em 21/02/2001

EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
LICITACAO
PRESTACAO DE SERVICOS
COMPROVACAO
NOTA FISCAL

Apelação. Exceção de Pré - Executividade. Execução.


Licitação. A Exceção parte de premissa falsa, ausência de prévio
procedimento licitatório, quando vasta documentação produzida
depõe no sentido de convite para licitação para cotação de
melhor preço. Comprovação. Serviços prestados resultam
comprovados formalmente conf. vasta documentação acostada,
donde Nota Fiscal expedida, face autorização formal para
fornecimento. Apelo provido.

Tipo da Ação: APELACAO CIVEL


Número do Processo: 2000.001.15290
Data de Registro : 07/03/2001
Órgão Julgador: DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. ELY BARBOSA
Julgado em 06/02/2001
EXECUCAO DE SENTENCA
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
CONDICAO DE ADMISSIBILIDADE
C.P.C.
ART. 618
DECISAO DA CONTROVERSIA
EMBARGOS A EXECUCAO

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE


PRÉ EXECUTIVIDADE REJEITADA - ADMISSÃO ANTE TÍTULO
NULO OU INEXISTENTE, ÍLIQUIDO OU INCERTO, AUSENTE
CITAÇÃO DO DEVEDOR, OU INSTAURADA ANTES DE SE
VERIFICAR A CONDIÇÃO. A Exceção de Pré Executividade é
criação jurisprudencial e é de ser admitida quando as
circunstâncias elencadas no art. 618 do CPC forem evidentes. Se
o magistrado decidiu a Exceção, analisando a prova, o excipiente
somente poderá discutir a matéria pela via dos Embargos.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.11489
Data de Registro : 24/04/2001
Órgão Julgador: DECIMA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. WALTER D AGOSTINO
Julgado em 06/02/2001

EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL


EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
REJEICAO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
AGRAVO DE INSTRUMENTO
AGRAVO PROVIDO

Agravo de Instrumento contra despacho que rejeitou a exceção


de preexecutividade. Matéria que não refoge ao âmbito da
exceção de pre~ executividade. Questões de ordem pública.
Contrato de cheque-especial acompanhado de extratos de
contacorrente e de planilha de cálculos minuciosamente
elaborada, não se prestam a embasar a execução. Inteligência
cia da Súmula 233 do E. STJ. Extinção da execução. Decisão
agravada que se reforma. Recurso que se dá ,provimento.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.10596
Data de Registro : 30/05/2001
Órgão Julgador: DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. ROBERTO CORTES
Julgado em 05/02/2001

LOCACAO
EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
PENHORA
BEM IMOVEL

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PETICAO RECEBIDA EM


PRIMEIRO GRAU COMO EXCECAO DE PRE
EXECUTIVIDADE,
EXECUTIVIDADE, EIS QUE ATACANDO TITULO EXECUTIVO.
AGRAVO CONTRA DECISAO QUE REJEITOU A EXCECAO E
DETERMINOU A PENHORA DE BEM IMOVEL. EXECUCAO DE
TITULO EXTRA JUDICIAL ONDE NAO SE VISLUMBRA
QUALQUER IRREGULARIDADE A LHE RETIRAR A
EXEQUIBILIDADE. INEXISTENCIA DE DANO IRREPARAVEL
PARA OS AGRAVANTES/EXECUTADOS EIS QUE PODERAO
EXERCER SUA DEFESA POR MEIO DE EMBARGOS, JA
GARANTIDO O JUIZO. CORRETA A DECISAO DE PRIMEIRO
GRAU. NAO PROVIMENTO DO RECURSO.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.08959
Data de Registro : 01/02/2001
Órgão Julgador: DECIMA QUINTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. GALDINO SIQUEIRA NETTO
Julgado em 16/11/2000

AGRAVO DE INSTRUMENTO
EXCESSO DE EXECUCAO
EMBARGOS A EXECUCAO
RECURSO NAO PROVIDO

PROCESSO CIVIL - EXCESSO DE EXECUCAO QUE NAO HA


QUE SER CONFUNDIDO COM EXCECAO DE PRE
EXECUTIVIDADE - O PRIMEIRO DEVE SER ATACADA PELA
VIA DOS ENCARGOS, SE PRETENDE COMO NO CASO
ALEGAR O EXCESSO DE EXECUCAO, JA QUE TAL
FENONENO POR SI, NAO SE PRESTA A DESFIGURADA O
TITULO DA CERTEZA E LIQUIDEZ DEVIDAS, DISCUTE-SE
ACRESCIMOS PREVISTOS, EXPRESSAMENTE, NO
CONTRATO DE MUTUO CELEBRADO ENTRE AS PARTES,
ENQUANTO QUE NA PRE-EXECUTIVIDADE SE DISCUTE A
PROPRIA INEFICACIA DO TITULO A APARELHAR A
EXECUCAO, AO QUE SE INDICA NAO E O CASO, ONDE SE
AFIRMA HAVER SIDO FORMALIZADO O CONTRATO, ENTAO
EM TAL CIRCUNSTANCIA NAO DEIXA DE SER LIQUIDA E,
PORTANTO, PASSIVEL DE SER EXECUTADA, SE A
APURACAO DE SEU EXATO MONTANTE,
CONTRATUALMENTE RECONHECIDO, PODE SER FEITO
POR SIMPLES OPERACAO ARITIMETICA, AINDA QUE
RESULTE EM VALOR DIFERENTE AO CONSTANTE DA
INICIAL. IMPROVIMETO DO RECURSO.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.11727
Data de Registro : 03/01/2001
Órgão Julgador: DECIMA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. ANTONIO FELIPE NEVES
Julgado em 14/11/2000

EMBARGOS DE DECLARACAO. SEU ACOLHIMENTO EM


OBEDIENCIA A DECISAO PROFERIDA PELO STJ. AGRAVO
DE INSTRUMENTO INTERPOSTO CONTRA DECISAO QUE
NAO ACOLHEU A ARGUICAO DE NULIDADE DA CITACAO EM
SEDE DE EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE, AO QUAL FOI
NEGADO PROVIMENTO, VINDO A AGRAVANTE A OPOR
EMBARGOS DE DECLARACAO, ESTES REJEITADOS.
INTERPOSICAO DE RECURSO ESPECIAL INADMITIDO PELA
EGREGIA TERCEIRA VICE- PRESIDENCIA DESTE TRIBUNAL,
ACOLHIDOS VIA INTERPOSICAO DE AGRAVO DE
DESPACHO DENEGATORIO DE RECURSO ESPECIAL PELO
STJ. UMA VEZ QUE O COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTICA ENTENDEU QUE A CORTE ESTADUAL, AO
ANALISAR O AGRAVO DE INSTRUMENTO, NAO
MANIFESTOU-SE SOBRE A NULIDADE DE CITACAO
ARGUIDA, RAZAO PELA QUAL ANULOU O ACORDAO
RELATIVO AOS EMBARGOS DECLARATORIOS EM FOCO,
PARA QUE NOVA DECISAO FOSSE PROFERIDA.
ACOLHIMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARACAO PARA
SUPRIR A OMISSAO APONTADA E DECLARAR NAO TER O
ACORDAO EMBARGADO INFRINGIDO O DISPOSTO NOS
ARTIGOS 128 E 512 DO CPC.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 1998.002.01593
Data de Registro : 08/11/2000
Órgão Julgador: TERCEIRA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. GALDINO SIQUEIRA NETTO
Julgado em 26/09/2000

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISAO QUE REJEITA


EXCECAO DE PRE- EXECUTIVIDADE. ALEGACAO DE
RECEBIMENTO DA TOTALIDADE DEVIDA. MATERIA
PROPRIA DE EMBARGOS. CONFIRMACAO. SUSTENTADO-
SE QUE O TITULO SE ACHA QUITADO, TAL MATERIA NAO
EXCECAO
COMPORTA EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, A QUAL
ESTA LIMITADA A INEXISTENCIA OU NULIDADE DELE.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.08093
Data de Registro : 20/10/2000
Órgão Julgador: QUINTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. JOSE AFFONSO RONDEAU
Julgado em 26/09/2000

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO JUDCIAL.


INTERPOSICAO DE EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE
POSTERIORMENTE REJEITADA. AGRAVO CONTRA A
DECISAO DO MAGISTRADO QUE NAO DETERMINOU O
DESENTRANHAMENTO DE PETICOES DE IMPUGNACAO A
ESSA EXCECAO FEITAS PELA PARTE AGRAVADA. TAMBEM
NA PARTE DO DESPACHO QUE CONSIDEROU
DESNECESSARIA A CITACAO DA AGRAVANTE.
MANUTENCAO POIS NA ATUAL FASE, JA TENDO SIDO
REJEITADA A EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE E QUE
ORA SE ENCONTRA SUBMETIDA AO CRIVO DO 2º GRAU
SEM QUALQUER FINALIDADE PRATICA DADA A PRECLUSAO
O DESENTRANHAMENTO DAS REFERIDAS PECAS. QUANTO
AO OUTRO ASPECTO DO AGRAVO, DIANTE DO
COMPARECIMENTO ESPONTANEO DA AGRAVANTE COM
ADVOGADO CONSTITUIDO NOS AUTOS, O MESMO DEVE
SER TIDO COMO CITADO NA FORMA DO § 1º DO ART. 214
DO C.P.C. DESPROVIMENTO DO RECURSO.
Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO
Número do Processo: 2000.002.03250
Data de Registro : 25/09/2000
Órgão Julgador: OITAVA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. OTAVIO RODRIGUES
Julgado em 22/08/2000

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO. TITULO


EXTRAJUDICIAL. EXCECAO DE PRE - EXECUTIVIDADE
REJEITADA. REQUISITOS LEGAIS DE LIQUIDEZ E CERTEZA
DO TITULO. INTELIGENCIA DO ART.585, II, DO CPC.
DECISAO AGRAVADA INCENSURAVEL. AGRAVO
DESPROVIDO.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.05310
Data de Registro : 24/10/2000
Órgão Julgador: DECIMA SEGUNDA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. CELSO GUEDES
Julgado em 08/08/2000

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO FISCAL. EXCECAO


DE PRE- EXECUTIVIDADE REJEITADA.1. RECURSO
PROTOCOLADO NO CORREIO, CUJA ENTRADA SE DEU
APOS 0 DECURSO DO PAZO PREVISTO NO ART. 522 DO
CPC. INTEMPESTIVIDADE. NAO CONHECIMENTO DO
RECURSO.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.03171
Data de Registro : 24/08/2000
Órgão Julgador: DECIMA PRIMEIRA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. RENATO SIMONI
Julgado em 13/07/2000

ACAO ORDINARIA - EXECUCAO DA SENTENCA


CONDENATORIA INTENTADA CONTRA O BANCO BANERJ
S/A EXCECAO DE PRE - EXECUTIVIDADE, COM ALEGACAO
DE ILEGITIMIDADE AD CAUSAM PASSIVA, POIS QUE A ACAO
DE CONHECIMENTO FOI PROPOSTA CONTRA O BANCO DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO S/A, EM LIQUIDACAO EXTRA -
JUDICIAL REJEICAO AGRAVO DE INSTRUMENTO 0
CONTRATO DE QUE RESULTOU A TRANSFERENCIA DE
PARTE DO PATRIMONIO DO ANTIGO BANCO DO ESTADO
DO RIO DE JANEIRO S/A NAO PODE PREJUDICAR
TERCEIRO, DE MODO QUE SE APLICA A HIPOTESE A
REGRA DO ARTIGO 233 DA LEI DA S/A RECURSO
IMPROVIDO

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.02664
Data de Registro : 04/09/2000
Data de Registro : 04/09/2000
Órgão Julgador: QUINTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. CARLOS FERRARI
Julgado em 27/06/2000

AGRAVO DE INSTRUMENTO, EXECUCAO. DEVEDORA


CITADA POR EDITAIS. EXCECAO DE PRE- EXECUTIVIDADE
ARGUIDA PELO CURADOR ESPECIAL NOMEADO EM SEU
FAVOR. VIOLACAO A DIVERSOS DISPOSITIVOS DA LEI E DA
PROPRIA CONSTITUICAO FEDERAL. VICIOS INEXISTENTES.
MELHOR OPORTUNIDADE TERA 0 AGRAVANTE PARA SE
DEFENDER, QUANDO INDICAR BENS A PENHORA PARA
GARANTIA DO JUIZO. DESPACHO CORRETO.
DESPROVIMENTO DO RECURSO. DECISAO UNANIME.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.03518
Data de Registro : 05/10/2000
Órgão Julgador: DECIMA QUINTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. JOSE MOTA FILHO
Julgado em 21/06/2000

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO DE CONTRATO DE


RESERVA DE CREDITO. EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE
REJEITADA. PEDIDO DOS EXEQUENTES FUNDAMENTADO
EM PLANILHA ELABORADA UNILATERALMENTE PARA
ALCANCAR 0 VALOR DA DIVIDA OBJETO DA EXECUCAO. 0
CONTRATO DE RESERVA DE CREDITO, COM AS MESMAS
CARACTERISTICAS DO CONTRATO DE ABERTURA DE
CREDITO, AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATO DA
CONTA CORRENTE, NAO E TITULO EXECUTIVO, NOS
TERMOS DA SUMULA 233, DO S.T.J. EM CONSEQUENCIA,
COMO NAO HA EXECUCAO SEM TITULO, E LEGITIMA A
DEFESA DOS AGRAVANTES, ATRAVES DA EXCECAO DE
PRE EXECUTIVIDADE. PROVIMENTO DO RECURSO.
DECISAO UNANIME. ACORDAO

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.03823
Data de Registro : 17/08/2000
Órgão Julgador: DECIMA QUINTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. JOSE MOTA FILHO
Julgado em 07/06/2000

ACORDAO DIREITO TRIBUTARIO EXECUCAO FISCAL


EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE ALEGANDO
PRESCRICAO QUINQUENAL. REJEICAO. A APONTADA
PRESCRICAO QUINQUENAL NAO OCORREU POIS O IPTU
EM CAUSA E REFERENTE AO EXERCICIO DE 1991 E A
EXECUCAO FISCAL FOI AJUIZADA ANTES DE
ULTRAPASSADOS OS CINCO ANOS PRESCRICIONAIS.
RECURSO IMPROVIDO.
Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO
Número do Processo: 2000.002.01796
Data de Registro : 04/07/2000
Órgão Julgador: DECIMA QUARTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. MAURO NOGUEIRA
Julgado em 30/05/2000

EXECUCAO FISCAL. COBRANCA DE CREDITO TRIBUTARIO


DO ANO DE 1992. DIVIDA INSCRITA EM 1996. PETICAO
INICIAL DA EXECUCAO SEM QUALQUER DESPACHO
JUDICIAL, AUTUADA EM OUTUBRO/99, APOS EXCECAO DE
PRE EXECUTIVIDADE APRESENTADA PELO DEVEDOR. 0
PROCESSAMENTO ELETRONICO DAS EXECUCOES FISCAIS,
PREVISTO EM ATO NORMATIVO DA CORREGEDORIA DA
JUSTICA, NAO TEM EFICACIA PARA ALTERAR A
LEGISLACAO. 0 DESPACHO INICIAL DO JUIZ OU A CITACAO
PESSOAL DO DEVEDOR SAO ATOS INDISPENSAVEIS PARA
INTERROMPER A PRESCRICAO. INTERPRETACAO DOS
ARTS. 8º § 2º DA LEI 6.830/80 E 174 DO CTN. PRESCRICAO
CONSUMADA. POSSIVEL 0 SEU RECONHECIMENTO EM
EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, MEIO EXCEPCIONAL
DE DEFESA. AGRAVO PROVIDO.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 2000.002.01785
Data de Registro : 04/07/2000
Órgão Julgador: DECIMA SEXTA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. CARLOS C. LAVIGNE DE LEMOS
Julgado em 09/05/2000

AGRAVO DE INSTRUMENTO DE DECISAO QUE INDEFERIU


PEDIDO DE EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE.
PRETENSAO DE QUE A COMPETENCIA SEJA DA JUSTICA
FEDERAL PARA PROCESSAR E JULGAR A CAUSA.
CONTRATO ELABORADO SOB EGIDE DO SISTEMA
FINANCEIRO. CONTRATANTE ENTIDADE ESTADUAL.
COMPETENCIA DA JUSTICA ESTADUAL. NEGA-SE
PROVIMENTO AO RECURSO.

Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO


Número do Processo: 1999.002.14321
Data de Registro : 13/09/2000
Órgão Julgador: SEGUNDA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. MARIA RAIMUNDA T. AZEVEDO
Julgado em 18/04/2000

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO FISCAL. EXCECAO


DE PRE EXECUTIVIDADE. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE EM EXECUCAO FISCAL. SEDE IMPROPRIA
PARA TENTAR OBTER COMPENSACAO COM ALEGADOS
CREDITOS ORIUNDOS DE REGIME DE SUBSTITUICAO
TRIBUTARIA. REJEICAO DA EXCECAO. IMPROVIMENTO DO
RECURSO. UNANIME.
Tipo da Ação: AGRAVO DE INSTRUMENTO
Número do Processo: 1999.002.12860
Data de Registro : 12/04/2000
Órgão Julgador: DECIMA SETIMA CAMARA CIVEL
Votação :
DES. MURILO ANDRADE DE CARVALHO
Julgado em 22/03/2000

EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL, PROVENIENTE DE


APURAÇÃO DE CÁLCULOS REALIZADA EM CONFORMIDADE
COM O ART. 604 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
Exceção de pré-executividade, fundada em iliquidez do título, a ser
deduzida em sede de embargos recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.09391, 12ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Gamaliel Q. de Souza. j. 17.10.2000).

EXECUÇÃO. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO PARCIAL. IMPOSSIBILIDADE.
1. Se o credor intenta execução e o devedor, citado, opõe exceção
de pré-executividade, que é acolhida com reconhecimento de
inexistência de título executivo, esse acolhimento tem que implicar
na extinção do processo de execução com exame do mérito, não
sendo possível convolar a execução em monitória porque isso
implica em emendar a inicial e, o Código de Processo Civil proíbe
emenda da inicial após a citação, além do que quem escolhe e elege
a via processual é o credor, e não o Juiz.
2. Agravo de Instrumento a que se dá provimento. (WLS)
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.10662, 16ª Câmara Cível do
TJRJ, Capital, Rel. Des. Miguel Ângelo Barros. j. 10.10.2000,
unânime).
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. LOCAÇÃO.
AÇÃO DE DESPEJO CUMULADA COM COBRANÇA DE
ALUGUERES. DEMANDAS AFORADAS EM FACE TAMBÉM DO
FIADOR. EXECUÇÃO DE SENTENÇA.
Inadmissibilidade de discussão, por via de exceção de pré-
executividade, de nulidade da fiança, eis que o processo executivo
funda-se em título judicial e não em contrato de locação. Recurso
desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.07097, 13ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Nametala Machado Jorge. j. 14.09.2000).

AÇÃO COMINATÓRIA - SENTENÇA IMPONDO A DEMOLIÇÃO DE


OBRA IRREGULAR, NO PRAZO DE 30 DIAS A CONTAR DA DATA
DO TRÂNSITO EM JULGADO, SOB PENA DE PAGAMENTO DE
MULTA DIÁRIA. APELAÇÃO DE QUE NÃO SE CONHECEU, DOIS
ANOS DEPOIS, EXECUÇÃO DA MULTA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE DISCUTINDO O TERMO INICIAL DA MULTA.
ACOLHIMENTO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
O entendimento da decisão recorrida de que a multa incidiria a partir
do término do prazo para execução da obra, como constou do
mandado de citação, afigura correto, até porque, consoante a regra
do parágrafo único do artigo 644 do Código de Processo Civil, o
valor da multa pode ser modificado na execução, a tanto
correspondendo o encurtamento do termo a quo recurso improvido
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.05552, 5ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Carlos Ferrari. j. 12.09.2000).

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


DESPEJO CUMULADA COM COBRANÇA.
Despacho que determinou o cancelamento da distribuição de petição
do espólio agravado como embargos a execução, recebendo-a como
exceção de pré-executividade. Alegação de "que a sentença
condenatória tornou indiscutível o crédito, e, com a autoridade da
coisa julgada, impede qualquer negativa da existência dele". A
motivação apresentada não fere o desiderato da exceção de pré-
executividade, que busca proporcionar ao executado, mesmo as
vésperas da constrição, exercer sua defesa, vedando-se ao mesmo,
em tal sede, alvejar a existência do título, bem como a certeza e a
liquidez da dívida. Recurso conhecido. Provimento negado.
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.12793, 11ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Gilberto Rego. j. 05.09.2000).

RECURSO. AGRAVO DE INSTRUMENTO INTERPOSIÇÃO


CONTRA DECISÃO QUE JULGOU INADMISSÍVEL. RECURSO DE
APELAÇÃO INTERPOSTO CONTRA PRONUNCIAMENTO
JUDICIAL QUE REPELIU EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PEDIDO DE SUSPENSÃO DO CUMPRIMENTO DA DECISÃO, ATÉ
O PRONUNCIAMENTO DEFINITIVO DA CÂMARA. INEXISTÊNCIA
DE RISCO DE LESÃO GRAVE E DE DIFÍCIL REPARAÇÃO.
INDEFERIMENTO DO PEDIDO. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
ARTIGOS 527, II, C/C 558. APLICAÇÃO.
Em sede de Agravo de Instrumento, interposto contra decisão que
julgou inadmissível recurso de apelação interposto contra
pronunciamento judicial que repeliu exceção de pré-executividade
não se suspende o cumprimento da decisão monocrática, até o
pronunciamento definitivo da Câmara, se a lesão temida perecimento
de direito, turbação, esbulho ou lesão de difícil reparação além de
não ter sido satisfatoriamente demonstrada, se existente, nem seria
grave, e muito menos, de difícil reparação, na medida exigida pelo
artigo 558 do Código de Processo Civil, como condição inafastável
para a suspensão provisória do cumprimento da decisão judicial.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.01333, 4ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Wilson Marques. j. 08.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA DECISÃO QUE REJEITOU


A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OFERTADA PELOS
AGRAVANTES NOS AUTOS DE AÇÃO DE EXECUÇÃO.
Correta a decisão de primeiro grau, na medida que se tornou
impossível o protesto do contrato de câmbio, eis que restou a
empresa concordatária, configurada sua mora. Não provimento do
recurso. (JRC)
Obs.: Com Embargos de Declaração providos: Embargos de
Declaração com o objetivo específico de suprir omissão para fins de
prequestionamento. Súmula 98 do STJ. Acolhimento dos embargos
para esclarecer que nem o artigo 75 da Lei 4728/65 nem o artigo
1.485 do Código Civil foram desrespeitados pela decisão colegiada.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.05732, 3ª Câmara Cível do
TJRJ, Três Rios, Rel. Des. Galdino Siqueira Netto. j. 12.12.2000,
unânime).

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. ARGÜIÇÃO


DE PRESCRIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE A ARGÜIÇÃO DE PRESCRIÇÃO DO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO, QUANDO NÃO SE EXIGE DILAÇÃO
PROBATÓRIA PARA A SUA COGNIÇÃO, E VIÁVEL ATRAVÉS DA
DENOMINADA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, ASSIM NÃO
REQUERENDO A PROPOSITURA DA AÇÃO DE EMBARGOS A
EXECUÇÃO. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.
PRESCRIÇÃO. RECONHECIMENTO. PRECEDENTES DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DESTE TRIBUNAL.
Em matéria tributária, a prescrição segue o art. 174 do CTN,
dispositivo em sintonia com o disposto no art. 219 do CPC. O CTN,
Lei nº 5.174, de 25/10/66, e considerado, para todos os efeitos
legais, como sendo lei complementar. A prescrição é interrompida
pela citação e não pelo despacho que a ordena, pois em testilha o
art. 174 do CTN e o art. 8º, § 2º, da LEF, prevalece o primeiro, por
questão da hierarquia das leis. Provimento do agravo de
instrumento, impugnando a decisão que rejeitou a exceção de pré-
executividade, para julgar extinta a execução fiscal.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.09814, 13ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Nagib Slaibi Filho. j. 26.10.2000).
EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. FIADOR DE
CONTRATO DE LOCAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade, uma criação da jurisprudência,
como medida excepcional e mesmo extravagante, só tem cabida em
situações restritas, como a inexistência de título executivo, a
nulidade, a prescrição. Não é, porém, em regra, o meio adequado
para discutir-se a liquidez ou o montante da obrigação. O fiador de
locação que, se haja obrigado como principal pagador ou devedor
solidário (Código Civil, art. 1492, II)
Pode ser parte passiva em execução fundada no contrato locatício
(CPC, art. 585, IV), pois, em tal circunstância, estará ele enquadrado
na condição de devedor, tal como referido no inc. I do art. 568 do
estatuto processual. Decisão correta. Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.14363, 9ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Laerson Mauro. j. 14.03.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Admitida a defesa do executado - independentemente de garantia do
Juízo e oferecimento de Embargos à Execução - está ela adstrita às
questões que possam ser enquadráveis como objeção, material ou
substancial, da pretensão que lhe é contraposta. Assim, a
ilegitimidade ativa "ad causam", mas não a liquidez e certeza do
título executivo extrajudicial, matéria a ser discutida em sede de
Embargos de Devedor. Neste registro, reconhecida a legitimidade
ativa do exeqüente, sem reparos a decisão que deu continuidade ao
processo constritivo. Desprovimento do recurso. (MCT) Vencido o
Des. José Mota Filho, que provia o Agravo.
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.05954, 15ª Câmara Cível do
TJRJ, Campos, Rel. Des. José Pimentel Marques. j. 01.03.2000,
maioria).
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO
POR TÍTULO JUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Sendo nula de pleno direito a sentença exequenda, porque proferida
em processo já extinto com julgamento de mérito, em decorrência de
decisão homologatória de acordo entre as partes, nula, por
conseguinte, e a execução, dada a inexistência de título executivo.
Recurso provido.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.08484, 13ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Nametala Machado Jorge. j. 09.11.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA.


VALOR INDICADO EM MEMÓRIA DE CÁLCULO. ÍNDICE DE QUAL
TABELA DE CORREÇÃO MONETÁRIA DO DÉBITO DEVE SER
UTILIZADO? EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO
DE ERRO, FACILMENTE OBSERVÁVEL, DE TABELA DE
CORREÇÃO, A REPRESENTAR ONEROSIDADE ACENTUADA NO
VALOR DA DÍVIDA RECONHECIDA. OPOSIÇÃO DA MEDIDA SOB
A INVOCAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO
CORRELACIONADO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA POR
REFERIR-SE A UMA DAS CONDIÇÕES DA PRETENSÃO
INTENTADA.
Conveniente processamento da exceção, para o simples exame de
circunstância que poderá evitar eventual injustiça indesejável no que
se exigir a afetação patrimonial do executado em mais de um milhão
de reais do que o necessário. Não ofende a qualquer regra da lei
processual civil o oferecimento e o processamento de requerimento
de pré-executividade visando a declaração de nulidade de parte do
"quantum" da execução (CPC, art. 618), sem prejuízo da
necessidade de propositura da ação de embargos para o debate do
tema sobre excesso de execução.
Provimento parcial do recurso. (FJB)
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.10984, 6ª Câmara Cível do
TJRJ, Capital, Rel. Des. Ronald Valladares. j. 23.05.2000, unânime).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
INACOLHIDA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
DEFICIÊNCIAS INEXISTENTES NA DECISÃO DO DR. JUIZ.
MATÉRIA DEVOLVIDA AO CONHECIMENTO DESTA CÂMARA.
FALTA DE INTERESSE DE AGIR E IMPOSSIBILIDADE DA
EXECUÇÃO. CONTRATO DE LOCAÇÃO. TÍTULO HÁBIL A
AUTORIZAR A EXECUÇÃO. ART. 585, IV, DO CPC. DOCUMENTO
JUNTADO POR CÓPIA, OSTENTANDO O MESMO VALOR
PROBANTE QUE O ORIGINAL, DESDE QUE TAMBÉM
CONFERIDO PELO ESCRIVÃO. ART. 385, DO CPC. MEMÓRIA DE
CÁLCULO DISCRIMINADA E ATUALIZADA JUNTADA AOS
AUTOS.
O seu acerto ou desacerto, com eventuais excessos, deve ser
discutido, a oportunidade própria, através dos embargos do devedor.
Falta de comprovação do pagamento do débito.
QUITAÇÃO. PROVA A SER PRODUZIDA PELO DEVEDOR, COM O
RESPECTIVO RECIBO. ART. 940, DO CÓDIGO CIVIL. Age de má-
fé, quem está procurando demonstrar que a juntada dos recibos pelo
agravado faz prova de satisfação da obrigação. Os requisitos que
autorizam a exceção de pré-executividade não estão demonstrados.
Necessidade de repelir os atos atentatórios a dignidade da justiça.
Condenação em 10% do valor dado a causa, pela litigância de má-
fé. Preliminares sem amparo legal. Desprovimento do recurso.
Decisões unânimes.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.02032, 15ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. José Mota Filho. j. 17.05.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA


CONTRA DEVEDOR SOLVENTE. EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL. DUPLICATA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DO TÍTULO POR
FALTA DE COMPROVAÇÃO DA ENTREGA DAS MERCADORIAS.
FALTA DE TÍTULO EXECUTIVO.
Matéria a ser discutida e resolvida pelo Juiz da exceção de pré-
executividade. Aplicação do art. 618 do Código de Processo Civil.
Provimento do recurso para cassar a decisão agravada e determinar
o processamento e o julgamento da exceção.
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.14325, 12ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Wellington Jones Paiva. j. 09.05.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO EXECUÇÃO POR TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - INSTRUMENTO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA E
RENEGOCIAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE DECISÃO DO JUIZ SINGULAR QUE, EM
EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL, REJEITOU EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OFERECIDA COM FUNDAMENTO EM
INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO, POSTO QUE O
CONTRATO DE RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDA NÃO PREENCHE
OS REQUISITOS DE CERTEZA, LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE QUE
DEVEM ESTAR PRESENTES EM QUALQUER TÍTULO
EXECUTIVO. PETIÇÃO RECURSAL NÃO ASSINADA, MAS
POSTERIORMENTE REGULARIZADA EM CUMPRIMENTO A
DESPACHO DA RELATORA. NOVO ENTENDIMENTO ADOTADO
PELA CÂMARA, NO SENTIDO DO CONHECIMENTO DO AGRAVO
DE INSTRUMENTO, APESAR DO DESCUMPRIMENTO DO
DISPOSTO DO ARTIGO 526 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
Ainda que não prevista na legislação processual civil, a exceção de
preexecutividade e admitida tanto pela doutrina como pela
jurisprudência, para a argüição, nos próprios autos da a execução e
independentemente de estar seguro o Juízo pela penhora, da
nulidade da execução ou da ausência de liquidez, certeza e
exigibilidade do título. De acordo com recente jurisprudência do
egrégio Superior Tribunal de Justiça, o contrato de abertura de
crédito, ainda que subscrito pelo devedor e por duas testemunhas é
instruído com os extratos bancários, não constitui título executivo
extrajudicial.
Recurso conhecido e provido, para acolher a exceção de
preexecutividade e em conseqüência, julgar extinta a execução, por
ausência de título executivo, respondendo o exeqüente, ora
agravado, pelo pagamento das custas e dos honorários advocatícios,
estes arbitrados em 10% sobre o valor da causa.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.02399, 18ª Câmara Cível do
TJRJ, Relª. Desª. Cassia Medeiros. j. 02.05.2000).

"PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - TÍTULO EXTRAJUDICIAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA - EXTINÇÃO DO
PROCESSO COM JULGAMENTO DE MÉRITO - CONDENAÇÃO
HONORÁRIA DO EXEQÜENTE VENCIDO - APLICAÇÃO A
HIPÓTESE DO DISPOSTO NO ARTIGO 20 PARÁGRAFO 3º DO
C.P.C. - APELO PROVIDO - DECISÃO MODIFICADA.
Não há distinção entre pedido e condenação: pedido e a condenação
pedida, condenação e condenação concedida. Critério fixado pelo
legislador que deve ser seguido pelo Juízo. Primeiro o exeqüente
responde o mesmo pela honorária de sucumbência traçada nas
letras "a", "b" e "c" do parágrafo 3º do artigo 20 do C.P.C.
(Apelação Cível nº 2000.001.02073, 9ª Câmara Cível do TJRJ, Rel.
Des. Marcus Tullius Alves. j. 04.04.2000).

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CABIMENTO. EXECUÇÃO
DE TÍTULO JUDICIAL - ASTREINTE FIXADA PARA COMPELIR O
DEVEDOR A EXECUTAR OBRIGAÇÃO DE FAZER.
é cabível a denominada exceção de pré-executividade, com lastro no
inc. I, do art. 618, do Código de Processo Civil, se o devedor
pretende ver reconhecida a nulidade da execução, por faltar, ao título
executivo, liquidez, certeza ou exigibilidade, matérias que devem ser
enfrentadas pelo Juízo. Provimento do recurso para cassar a decisão
que entendeu incabível a exceção, determinando seu
prosseguimento e julgamento.
Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.09961, 17ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Murilo Andrade de Carvalho. j. 29.03.2000).

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E COMERCIAL. EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL. PRESCRIÇÃO.
Não procede a exceção de pré-executividade interposta pelo
devedor, alegando a prescrição da pretensão executiva do credor
quando se refere ao prazo consignado às letras de câmbio e o título
que serve de lastro ao processo constritivo constitui-se de contrato
de câmbio.
Desprovimento do recurso. (MCT)
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.13552, 15ª Câmara Cível do
TJRJ, Três Rios, Rel. Des. José Pimentel Marques. j. 29.03.2000,
unânime).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Correta a decisão que não conheceu da exceção de pré-
executividade posto que ausentes os seus requisitos, sendo, assim,
inaplicável a espécie, principalmente quando o banco agravado
possui instrumento hábil a levar adiante a sua pretensão executória
contra o agravante. Recurso conhecido.
Provimento negado.
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.05533, 18ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Gilberto Rego. j. 14.03.2000).

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO


DE ACORDO FIRMADO E QUE FAZ COISA JULGADA ENTRE AS
PARTES, MERECENDO DISCUSSÃO EM SEDE DE EMBARGOS.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACERTO DA DECISÃO DE
PRIMEIRO GRAU EM REJEITÁ-LA DIANTE DA NECESSIDADE DE
DISCUSSÃO QUE SOMENTE SE PODE REALIZAR EM SEDE DE
EMBARGOS. DESPROVIMENTO DO RECURSO.
I - No entendimento do E. Egrégio Superior Tribunal de Justiça, a
exceção de pré-executividade, admitida em nosso direito por
construção doutrinário-jurisprudencial, somente se dá, em princípio,
nos casos em que o Juízo de ofício pode conhecer da matéria, a
exemplo do que se verifica a propósito da higidez do título executivo;
II - Inadmissível, por conseguinte, naquelas hipóteses em que a
questão se vincula a acordo firmado entre as partes, homologado
judicialmente e cuja apreciação demanda ampla discussão, somente
possível no palco dos embargos à execução;
III - Desprovimento do agravo.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.01039, 11ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Ademir Pimentel. j. 15.06.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO POR TÍTULO


EXTRAJUDICIAL - EXECUÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A jurisprudência admite, "cum grano salis", a alegada exceção de
pré-executividade porquanto toda a matéria de defesa ampla e
incindicionada, tem o seu leito próprio de discussão, nos embargos
de devedor, como se dessume da norma do art. 175 do C. Pr. Civil.
Tal exceção só é admissível, ou de reconhecimento da prescrição.
Desprovimento do recurso.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.00564, 8ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Luiz Odilon Bandeira. j. 08.06.2000).

PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO DECISÃO


PROFERIDA EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
INTENTADA EM FACE AO CÔNJUGE SUPÉRSTITE DO
GARANTIDOR DE RELAÇÃO EX LOCATO - INEXISTÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO EMPRESTADA A DECISÃO GUERREADA
FATO NÃO COMPROVADO DIANTE DA ANÁLISE DAS PEÇAS
OFERTADAS COM O RECURSO.
Exceção de direito deficiente rejeitada com abono na documental
instrutora de execução de crédito decorrente de obrigação locatícia.
Recurso não provido decisão mantida.
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.14141, 9ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Marcus Tullius Alves. j. 06.06.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITOS PROCESSUAL CIVIL E


COMERCIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PACTO
ADJETO DE FIANÇA EM CONTRATO DE CÂMBIO.
ADIANTAMENTO. PROTESTO NECESSÁRIO. CONCORDATA
PREVENTIVA. DÍVIDA FUTURA: CERTEZA E LIQUIDEZ. ARTIGOS
75, DA LEI 4.728/95, E 163, DO DECRETO LEI 7.661/45 E 1485 DO
CÓDIGO CIVIL.
Antes da alteração promovida no art. 585 do Código de Processo
Civil, operada pela Lei nº 8.953/94, era indispensável o protesto do
contrato de câmbio à propositura de ação de execução por título
extrajudicial.
Prevê o art. 163, do Decreto-Lei nº 7.661/45, que o despacho
deferindo a concordata preventiva dispõe sobre o vencimento
antecipado de todos os créditos sujeitos a seus efeitos,
quirografários, no caso. Assim, dispensável a efetivação de protesto
para o manejo de processo de execução em face dos fiadores, do
respectivo contrato. Demais disso, tem-se ainda por líquida e certa a
obrigação do devedor principal, não sendo aplicável à hipótese a
condicionante expressa no art. 1.485, do Código Civil, ao ressalvar
que o fiador não será demandado, em caso de ser garante de dívida
futura, senão após a respectiva liquidação da obrigação. Exceção de
pré-executividade rejeitada.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.05733, 15ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. José Pimentel Marques. j. 06.12.2000).

EXECUÇÃO - CONTRATO DE LOCAÇÃO - FIADORA EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE
PASSIVA - ACOLHIMENTO COM FUNDAMENTO NO ARTIGO 267,
VI, CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL APELAÇÃO.
Não há que falar em ilegitimidade se é atribuída na inicial
responsabilidade de quem a alega pelo pagamento, como fiadora,
dos encargos locatícios, pelo que a questão estava a desafiar
solução de mérito, só admissível em sede de embargos à execução
Contudo, considerando que locador e locatária se compuseram, sem
interveniência da apelada, tendo sido, inclusive, apresentado novo
fiador, não é de ser dispensado tratamento rigoroso à questão
Recurso improvido.
(Apelação Cível nº 2000.001.12373, 5ª Câmara Cível do TJRJ, Rel.
Des. Carlos Ferrari. j. 05.12.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL.


AÇÃO DE EXECUÇÃO FUNDADA EM TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. QUESTÃO PREJUDICIAL.
NULIDADE DA INTIMAÇÃO DA PENHORA.
Efetivada a penhora, o executado deve ser cientificado do prazo
para, assim o desejando, embargar a execução, prazo este que deve
vir expressamente consignado (Art. 669, CPC). Referida imposição
legal não pode ser tida por mero formalismo, uma vez que os
Embargos, embora constituam ação autônoma de cognição, têm
conteúdo de defesa, pelo que incidem as disposições dos artigos
225 e 598, CPC. Dessarte, ausente o prazo para defesa, tal
circunstância inquestionavelmente acarreta maior dificuldade para o
devedor, que, em regra, não está afeto ao trato de questões
processuais, não tendo por obrigação o conhecimento dos prazos
processuais que contra si correm. Por isso mesmo o art. 225, do
Código de Processo Civil, preocupou-se em determinar que do
mandado conste o prazo para defesa. E a menção expressa ao
prazo se justifica, exatamente para que o destinatário fique ciente do
período de que dispõe para tomar as providências respectivas.
Assim, ausente requisito que a lei considera indispensável à
intimação da penhora, deve o prazo para oposição de Embargos ser
devolvido ao devedor. Prejudicial acolhida. Provimento do recurso.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.05007, 15ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. José Pimentel Marques. j. 29.11.2000).

PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO OBJETIVANDO


CASSAÇÃO DE DECISÃO, ADOTADA A REQUERIMENTO DO
EXEQÜENTE, SUSPENSIVA DE EXECUÇÃO FISCAL.
Superveniência de pedido de levantamento da suspensão do
processo e julgamento da exceção de pré-executividade formulada
pelo contribuinte, acarretando cessação do interesse recursal.
Agravo prejudicado.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.03884, 3ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Luiz Fernando de Carvalho. j. 28.11.2000).

COTAS CONDOMINIAIS. COBRANÇA. EXECUÇÃO DE


SENTENÇA. SUSCITADA, PELA AGRAVANTE, EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, COM BASE EM NOVAÇÃO QUE TERIA
SIDO CELEBRADA ENTRE AS PARTES LITIGANTES, MATÉRIA
QUE DEVE SER DISCUTIDA EM SEDE DE EMBARGOS À
EXECUÇÃO, APÓS A GARANTIA DO JUÍZO. REMÉDIO
UNIVERSAL E ÚNICO CONTRA A EXECUÇÃO.
A ação incidental de Embargos, condicionando-a a penhora (artigo
731, inciso I, do Código de Processo Civil) ou ao depósito (artigo
737, inciso II, Lei de Ritos), conferindo-lhe, em contrapartida, o efeito
suspensivo, suspensividade esta que se revela inútil admitindo-se a
denominada exceção de executividade a fim de evitar que sua
dedução possa gerar até mesmo distorções ou riscos de dissipação
ou ocultação de bens, na pendência de exceção condicionada ao
depósito e a penhora. Conhecimento e improvimento do agravo.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.11935, 17ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Raul Celso Lins e Silva. j. 16.11.2000).

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


DECISÃO QUE A ACOLHE E EXTINGUE A EXECUÇÃO.
RECURSO CABÍVEL.
É sentença a decisão que julga extinto o processo de execução (art.
162, I, do CPC). Logo, desafia o recurso de apelação (art. 513 do
CPC). Agravo de Instrumento provido.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.12367, 13ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Nametala Machado Jorge. j. 16.11.2000).

PROCESSO CIVIL - EXCESSO DE EXECUÇÃO QUE NÃO HÁ QUE


SER CONFUNDIDO COM EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE.
O primeiro deve ser atacada pela via dos encargos, se pretende
como no caso alegar o excesso de execução, já que tal fenômeno
por si, não se presta a desfigurada o título da certeza e liquidez
devidas, discute-se acréscimos previstos, expressamente, no
contrato de mútuo celebrado entre as partes, enquanto que na pré-
executividade se discute a própria ineficácia do título a aparelhar a
execução, ao que se indica não é o caso, onde se afirma haver sido
formalizado o contrato, então em tal circunstância não deixa de ser
líquida e, portanto, passível de ser executada, se a apuração de seu
exato montante, contratualmente reconhecido, pode ser feito por
simples operação aritmética, ainda que resulte em valor diferente ao
constante da inicial. Improvimento do recurso.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.11727, 10ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Antônio Felipe Neves. j. 14.11.2000).

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. HIPÓTESE EXCEPCIONAL. AUSÊNCIA
DOS PRESSUPOSTOS DE SEU CABIMENTO. CORRETA
REJEIÇÃO.
Com a exceção de pré-executividade permite-se ao executado
apresentar alegações em defesa, dentro do próprio processo de
execução, e sem a necessidade de opor embargos, restritas às
matérias que podem ser conhecidas de ofício pelo Juízo da
execução, por se referirem à admissibilidade da tutela jurisdicional
executiva. Ocorre que tal meio de defesa é medida de aplicação
restrita, injustificável na espécie, que somente deve ser admitida em
hipóteses excepcionais, em que reste demonstrada, de plano a
nulidade insanável, apurada a um simples estudo, sem maiores
aprofundamentos, nem discussões doutrinarias, sendo matéria de
ordem pública em que o próprio Juízo pode conhecer de ofício, por
dizer respeito às próprias formalidades do título executivo. Na
espécie, ante a ausência dos pressupostos de seu cabimento,
correto o pronunciamento judicial que a rejeitou.
Não provimento do recurso. (ETD)
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.14885, 7ª Câmara Cível do
TJRJ, Relª. Desª. Marly Macedônio França. j. 15.02.2001, un.)

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS DE


DEVEDOR OFERTADOS ANTES DE GARANTIDO O JUÍZO - SUA
REJEIÇÃO NA FORMA DO DISPOSTO NO ARTIGO 737, I, DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - DECISÃO IRRECORRIDA.
Efetivada a constrição judicial, com a penhora de bens, competia ao
executado ofertar embargos, o que não fez, ingressando, após o
decurso do prazo, com exceção de pré-executividade, corretamente
repelida pelo Julgador. Impossibilidade de se recepcionar os
embargos, anteriormente oferecidos e rejeitados liminarmente.
Desprovimento do recurso.
(Agravo de Instrumento nº 2001.002.12038, 18ª Câmara Cível do
TJRJ, Des. Miguel Pacha. j. 16.10.2001)

EMENTA - PROCESSUAL CIVIL EXECUÇÃO FUNDADA EM


TÍTULO CERTO E EXIGÍVEL EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE- IMPOSSIBILIDADE MATÉRIA A SER DEDUZIDA
EM SEDE DE EMBARGOS.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 2001.002.06973, 12ª Câmara Cível d o
TJRJ, Des. Gamaliel Q. de Souza. j. 09.10.2001)
ACÓRDÃO EXECUÇÃO EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
CONTRATO PARTICULAR SEM AS ASSINATURA DAS
TESTEMUNHAS. NULIDADE. ART. 585, II, CPC.
Não é título extrajudicial o contrato particular que não contém as
assinaturas de duas testemunhas. As assinaturas das testemunhas
constituem formalidade essencial, tanto que exigida pela lei
processual (art. 585, II), quanto pela lei civil (art. 135, CC).
Recurso improvido.
(Apelação Cível nº 2000.001.15504, 14ª Câmara Cível do TJRJ, Rel.
Des. Mauro Nogueira. j. 20.02.2001)

CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. SENTENÇA EXTINTIVA


TRANSITADA EM JULGADO. ALTERAÇÃO DA VERBA
SUCUMBENCIAL ATRAVÉS DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO AO QUE
DISPÕE O ARTIGO 463, INCISOS I E II, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. COISA JULGADA. SUPOSTO EXCESSO DE
EXECUÇÃO A SER EXAMINADO EM SEDE DE EMBARGOS.
ARTIGO 741, INCISO V, DO MESMO DIPLOMA.
Provimento do agravo para reformar o decisum e determinar o
prosseguimento da execução.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.14844, 17ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Raul Celso Lins e Silva. j. 08.02.2001)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


Ação de execução fulcrada em título extrajudicial. Decisão que
rejeitou exceção de pré-executividade apresentada nos autos.
Alegação de inexigibilidade do título, por força da existência de ação
ordinária em outro juízo, onde estaria sendo discutida a extinção da
respectiva obrigação, por força de suposta transação entre as partes.
Insubsistência em fundamentar tal conexão em algo que considera
uma estreita relação. O cheque, como título executivo extrajudicial,
tem, em regra, natureza pro solvendo, não implicando novação no
que tange a relação causal, que subsiste junto com a relação
cambiária, gerando, para o credor, um poder processual
independente do mérito da pretensão consubstanciada no título.
Recurso conhecido. Provimento negado.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.02473, 6ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Gilberto Rego. j. 06.02.2001)

PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE E EMBARGOS DO DEVEDOR - JULGAMENTO
EM SENTENÇA ÚNICA - APELAÇÃO - SENTENÇA CASSADA -
RETOMADA DOS EMBARGOS DO DEVEDOR - POSSIBILIDADE.
1. Se a sentença, em peça única, acolhe exceção de pré-
executividade e declara prejudicados Embargos do Executado, e em
2º grau é cassada, com a baixa do processo os Embargos do
Executado podem e devem ser retomados, examinando-se a sua
admissibilidade pela existência ou não de penhora na data em que
eles foram interpostos, isso porque rejeitada a exceção de pré-
executividade, para o prosseguimento da execução é indispensável
o julgamento dos embargos do devedor.
2. Os Embargos do Devedor, evidentemente têm que ser julgados
nos termos em que foram interpostos, sendo inadmissível aditamento
à inicial anos depois da sua interposição e recebimento.
3. Agravo de Instrumento a que se dá provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 2001.002.01016, 16ª Câmara Cível do
TJRJ, Rel. Des. Miguel Angelo Barros. j. 24.04.2001).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE DE


DILAÇÃO PROBATÓRIA.
É nula a execução se o título executivo não for líquido, certo e
exigível. Art. 618, inciso I, do Código de Processo Civil. A
interposição de exceção de pré-executividade, como forma de
defesa no processo de execução, exige a prova concreta da
inexistência ou da nulidade do título. Se o título executivo apresenta,
formalmente, a aparência de liquidez, certeza e exigibilidade, a sua
descaraterização só poderá ser alcançada pela via dos embargos de
devedor, nunca por simples petição nos autos. O processo de
execução, como medida satisfativa, não admite a dilação probatória.
Desprovimento do Agravo de Instrumento.
(Agravo de Instrumento nº 2000.002.03231, 8ª Câmara Cível do
TJRJ, Desª. Leticia Sardas. j. 02.02.2001)

A DENOMINADA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO


INFRINGE O PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
QUANDO RECLAMA DA EXISTÊNCIA DO TÍTULO EXECUTIVO,
DO DESCUMPRIMENTO DA COISA JULGADA, DOS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS OU DAS CONDIÇÕES DA
AÇÃO.
Agravo contra decisão que determinou a liquidação por arbitramento,
em lugar de singelos cálculos aritméticos, assim recebendo os
embargos do devedor como exceção de pré-executividade para
obviar a formação do título executório. Liquidação prevista na coisa
julgada.
Desprovimento do agravo.
(Agravo de Instrumento nº 9996/98, 4ª Câmara Cível do TJRJ, Rel.
Des. João Carlos Pestana de Aguiar Silva. j. 30.03.1999, un.).

APELAÇÃO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


NOTA PROMISSÓRIA. PRESCRIÇÃO. LEI UNIFORME DE
GENEBRA. ART. 70. CITAÇÃO. CPC ART. 219, PARÁGRAFO 1º.
A exceção de pré-executividade, por ser matéria de defesa em sede
de execução, pode ser oposta independentemente de embargos do
devedor executado, ainda mais quando fundada na prescrição
cambial. A Lei Uniforme sobre notas promissórias, por não existir
reserva da Lei Brasileira, aplica-se a todas as hipóteses, de modo
que o prazo prescricional para a propositura da ação é de três anos.
No caso, só os títulos não atingidos pela prescrição, aplica-se o
disposto no par. 1º do art. 219 do CPC, podem ser objeto de
execução extrajudicial.
(Apelação Cível nº 1999.001.13458, 13ª Câmara Cível do TJRJ, Rio
de Janeiro, Rel. Des. Azevedo Pinto. j. 25.11.1999, un.).

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


LIMITE. PRAZOS. FIANÇA. EXECUÇÃO CONTRA FIADOR.
ARRESTO DE BENS DO LOCATÁRIO. ORDEM DE EXECUÇÃO.
1. A exceção de pré-executividade é criação doutrinário-
jurisprudencial na qual não se pode admitir discussões que
extrapolem os limites da inexistência do título e da iliquidez ou
incerteza da dívida.
2. Na exceção de pré-executividade os prazos que correrem durante
o seu processamento não devem ser considerados fatais, porque
esse incidente não tem previsão em lei, podendo por isso ser tratado
de forma menos formal.
3. Se ao executar despejo o juízo arresta bem do inquilino, deve
penhorar tais bens em primeiro lugar na execução movida contra o
fiador, só penhorando bens do executado se a avaliação se revelar
insuficiente.
4. Agravo de instrumento a que se dá provimento parcial.
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.8252, 16ª Câmara Cível do
TJRJ, Rio de Janeiro, Rel. Des. Miguel Ângelo Barros. j. 31.08.1999,
un.).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO NOS


AUTOS DA EXECUÇÃO. EXCESSO DE EXECUÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE.
Não é dado ao Juiz, nos próprios autos da ação de execução por
título extrajudicial, decidir exceção material de excesso de execução
por alegada inclusão no título de índice de correção acima do
permitido pela Constituição Federal. A exceção que se permite
examinar e decidir na própria execução é somente aquela que diga
respeito ao aspecto formal do título e que não é hábil para
desencadear processo executivo. Somente matéria, efetivamente,
relativa a nulidade do título é que, através da chamada exceção de
pré-executividade pode ser examinada (Revista de Direito, vol. 39, p.
219, 11ª Cível do TJRJ, Rel. Des. Nilton Mondego).
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.5654, 10ª Câmara Cível do
TJRJ, Volta Redonda, Rel. Des. Jayro S. Ferreira. j. 18.08.1999, un.).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO QUE, EM AÇÃO DE


EXECUÇÃO, JULGA SANEADO O PROCESSO, ONDE ERA
ARGÜIDO IMPEDIMENTO DO ADVOGADO.
1. A exceção pré-processual, ou de pré-executividade, reconhecida
por doutrina e jurisprudência, é fundada no direito constitucional à
ampla defesa e no direito processual (art. 620, do CPC), pelo qual a
execução deve ser feita do modo menos gravoso possível ao
executado, entre outros princípios.
2. Ante a prova de não estar o advogado proibido de atuar no foro
cível, expedida pela OAB, e de não caber nova avaliação, deve ser
inacolhido o recurso.
Agravo improvido. (DSF) Obs.: No mesmo sentido e do mesmo
Relator a Ap. Cível nº 9844/98 julgada e registrada na mesma data.
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.928, 9ª Câmara Cível do TJRJ,
Teresópolis, Rel. Des. Jorge Magalhães. j. 30.03.1999, un.).

EXECUÇÃO FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.


DÉBITOS DE ALUGUÉIS, IPTU E CONDOMÍNIO. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE FUNDADA EM PAGAMENTO, NO
DECORRER DA EXECUÇÃO, FEITO NOS AUTOS DE OUTRA
AÇÃO ENTRE AS PARTES. SENTENÇA DECLARANDO NULA A
EXECUÇÃO. APELAÇÃO. ANULAÇÃO.
Não pode o juiz, sem apreciar a impugnação à exceção de pré-
executividade, declarar nula a execução, quando, ao contrário do
entendido, dispunha a credora de título executivo extrajudicial, posto
que a sentença ocorrida em outro processo silenciou a respeito do
pedido de cobrança dos aluguéis, inexistindo, pois, sentença
condenatória a respeito.
(Apelação Cível nº 1998.001.14460, 5ª Câmara Cível do TJRJ, Rio
de Janeiro, Rel. Des. Carlos Ferrari. j. 23.03.1999, un.).

AGRAVO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO.
A argüição de não ser o título revestido de liquidez, certeza e
exigibilidade, condições basilares exigidas no processo de execução,
causadoras, portanto, de sua nulidade, como vício fundamental;
pode ser feita independentemente de embargos do devedor, assim
como, pode e cumpre ao juiz declarar, de ofício, a inexistência
desses pressupostos formais contemplados na Lei Processual Civil.
Contrato de abertura de crédito em conta corrente, que contém todos
os elementos (principal e encargos) necessários à apuração do
débito, por meras operações matemáticas e está assinado por duas
testemunhas, é título executivo (art. 585, II, do Código de Processo
Civil). Além disso, a exordial também dá conta da existência de nota
promissória firmada pelo executado, que, por si só, autoriza a
execução.
Agravo improvido. (EGF) Vencido o Des. Binato de Castro.
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.3026, 18ª Câmara Cível do
TJRJ, Rio de Janeiro, Rel. Des. Sérgio Lúcio Cruz. j. 22.06.1999,
maioria).

AGRAVO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO.
A argüição de não ser o título revestido de liquidez, certeza e
exigibilidade, condições basilares exigidas no processo de execução,
causadoras, portanto, de sua nulidade, como vício fundamental;
pode ser feita independentemente de embargos do devedor, assim
como, pode e cumpre ao juiz declarar, de ofício, a inexistência
desses pressupostos formais contemplados na Lei Processual Civil.
Contrato de abertura de crédito em conta corrente, que contém todos
os elementos (principal e encargos) necessários à apuração do
débito, por meras operações matemáticas e está assinado por duas
testemunhas, é título executivo (art. 585, II, do Código de Processo
Civil). Além disso, a exordial também dá conta da existência de nota
promissória firmada pelo executado, que, por si só, autoriza a
execução.
Agravo improvido. (EGF) Vencido o Des. Binato de Castro.
(Agravo de Instrumento nº 1999.002.3026, 18ª Câmara Cível do
TJRJ, Rio de Janeiro, Rel. Des. Sérgio Lúcio Cruz. j. 22.06.1999,
maioria).

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. DESPESAS PERICIAIS. EXECUÇÃO.


GARANTIA CONSTITUCIONAL. JUROS LEGAIS. COISA JULGADA
E VIOLAÇÃO À CF - EMBARGOS À EXECUÇÃO.
Execução judicial fundada em sentença transitada em julgado.
Execução da parcela referente às despesas periciais imputadas à
parte beneficiária da justiça gratuita em sentença trânsita que
extinguiu, sem mérito, a ação acidentária. Afronta à garantia
constitucional da assistência jurídica integral (art. 5º da CF).
Possibilidade de rediscussão da matéria à luz da exegese
sistemática dos dispositivos que regulam a coisa julgada. Despesas
processuais. Parcela implícita dos pedidos, passível, inclusive, de
inclusão na liqüidação de sentença transitada, a semelhança dos
juros legais (Súmulas 254 e 256 do STF). Cabimento, em
conseqüência, da discussão de sua legitimidade após o trânsito em
julgado da decisão objeto de execução. A ratio essendi da coisa
julgada, como instrumento de proteção dos julgados não pode
amparar decisão imutável que afronta texto constitucional. A regra
que veda a rediscussão da lide em liqüidação ou execução não se
dirige às parcelas acessórias, implícitas em todo e qualquer pedido
nem aos equívocos materiais, posto que a isso corresponderia impor
à parte o dever de rescindir o decisório por motivos extrapolantes ao
art. 485 do CPC, fazendo prevalecer decisão sumamente injusta.
Ainda que assim não se interprete sistematicamente as regras de
proteção do julgado, mister considerar, após o advento da
antecipação de tutela que é lícito em embargos a execução de
sentença, observando a verossimilhança da alegação, conferir
providência que evite, desnecessariamente a propositura de uma
ação rescisória do julgado, quando os embargos são suficientes para
demonstrar que a sentença trânsita violou a própria Constituição
Federal, temperando-se os rigores do art. 489 do CPC de que a
rescisória não suspende a execução da sentença. Nova visão do
fenômeno da coisa julgada amparada por arrestos excepcionais.
Provimento do agravo para determinar ao juiz, em obediência ao
duplo grau, que acolha a exceção de pré-executividade, para
considerar como incerta a obrigação constante do título executivo.
(Agravo de Instrumento nº 430/98, 15ª Câmara Cível do TJRJ, Rel.
Des. Luiz Fux. j. 09.06.1999, maioria).

TÍTULO JUDICIAL – Oferecimento de exceção de pré-executividade,


para declaração de nulidade do título. Teratologia jurídica evidente.
Diz-se que a coisa julgada transforma o preto em branco, o quadrado
em redondo. Título judicial não rescindido, através das vias próprias.
Decisão que rejeita a exceção de pré-executividade. Inconformismo
da executada. Não conhecimento do agravo. Inconformismo do
agravante. Oferecimento de recurso previsto no parágrafo 1º, do
artigo 557, do Código de Processo Civil. Improvimento do agravo. A
exceção de pré-executividade, que constitui construção da doutrina e
da jurisprudência, só tem cabimento nos casos excepcionais de
nulidade do título, na forma do artigo 618, do Código de Processo
Civil. Alegar-se a nulidade de título judicial, que não foi rescindido,
através da via processual própria constitui teratologia jurídica, que
não encontra o menor amparo legal. A decisão, que rejeita a
exceção, posto que, nela, foi ventilada matéria relativa a excesso de
execução, que deve ser objeto de embargos do devedor, não
merece qualquer reparo. (IRP) (TJRJ – AI 18065/2001 –
(2001.002.18065) – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Nilton Mondego – J.
06.02.2002)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO JUDICIAL –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Só excepcionalmente se
pode admitir a defesa do executado por meio da exceção de pré-
executividade. Impõe-se, para melhor discussão da dívida ou do
título, a oposição de embargos, uma vez seguro o Juízo da
execução. Ampliação benevolente que não encontra guarida em
nosso sistema jurídico, mormente quando se trata de execução por
título judicial. Decisão confirmada. (TJRJ – AI 7049/1999 –
(1999.002.07049) – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Jair Pontes de Almeida – J.
08.01.2002)

PROCESSUAL – Exceção de pré-executividade sob alegado


excesso de execução de sentença, em monitória. Sua rejeição.
Descabimento, sendo matéria de embargos. Recurso desprovido.
(TJRJ – AI 13621/2001 – (2001.002.13621) – 7ª C.Cív. – Rel. Des.
Luiz Roldão F. Gomes – J. 22.01.2002)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ÂMBITO –


MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA – FIADOR – 1. A doutrina e
jurisprudência aceitam a exceção de pré-executividade, embora sem
a previsão no ordenamento positivo, como incidente capaz de deter
a atividade executiva quando se alega matéria de ordem pública. 2.
Assim, esse incidente excepciona o sistema que disciplina a
execução, os respectivos embargos, e seu âmbito restringe-se à
apreciação daquelas matérias que possam ser conhecidas de ofício
pelo juiz. 3. Considerada essa circunstância, o fiador que não
integrou a ação de despejo cumulada com a cobrança dos aluguéis e
encargos, na qualidade de parte, exclui-se do âmbito dos limites
subjetivos da coisa julgada, e afigura-se parte passiva ilegítima na
execução do respectivo título judicial. 4. Neste aspecto, diante do
seu caráter de ordem pública, essa matéria é apreciável de ofício,
pelo Juízo e enseja o acolhimento do pedido formulado em exceção
de pré-executividade. (TJRJ – AI 15354/2001 – (2001.002.15354) –
5ª C.Cív. – Rel. Des. Milton Fernandes de Souza – J. 15.01.2002)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – Exceção de pré-executividade
oposta em execução por título extrajudicial. Alegação de não terem
os fiadores tomado ciência da ação de despejo nem anuído com a
prorrogação da locação. Se a execução é com base no contrato de
locação, é despicienda de valor a não ciência dos fiadores na ação
de despejo. Sobre a exoneração dos fiadores por não terem anuído
à prorrogação do contrato, disso não fizeram prova os agravantes,
não tendo o recurso sido instruído convenientemente nessa parte, a
prejudicar o exame nesse tópico. Não conheço de parte do recurso,
negando-lhe provimento quanto ao restante. (IRP) (TJRJ – AI
16334/2001 – (2001.002.16334) – 7ª C.Cív. – Relª Desª Célia Meliga
Pessoa – J. 31.01.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – LOCAÇÃO – FIANÇA – ART. 39 – SALVO
DISPOSIÇÃO CONTRATUAL EM CONTRÁRIO, QUALQUER DAS
GARANTIAS DA LOCAÇÃO SE ESTENDE ATÉ A EFETIVA
DEVOLUÇÃO DO IMÓVEL – INTELIGÊNCIA DO DISPOSTO NO
ARTIGO 39, DA LEI Nº 8.245/91 – Responde, assim, o fiador, salvo
expressa disposição em contrário, pelas obrigações do afiançado
locatário, até a efetiva entrega das chaves do imóvel. Decisão
confirmada. (TJRJ – AI 7551/1999 – (1999.002.07551) – 4ª C.Cív. –
Rel. Des. Jair Pontes de Almeida – J. 18.12.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


PRESCRIÇÃO – Na Execução Fiscal a prescrição somente é
interrompida pela efetiva citação do devedor e não pelo despacho
que ordenou a citação, vez que, sendo o Código Tributário Nacional
Lei Complementar, a disposição de seu artigo 174 e parágrafo único
prevalece sobre a do par. 2º do art. 8º da Lei de Execução Fiscal (Lei
nº 6830/80) que é Lei ordinária. Conhecimento e desprovimento da
apelação.(IRP) (TJRJ – AC 22000/2000 – (2000.001.22000) – 16ª
C.Cív. – Rel. Des. Mário Robert Mannheimer – J. 04.12.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO POR TÍTULO
JUDICIAL – Ação de indenização ajuizada pelos agravados em face
do BANCO DO Estado do Rio de Janeiro S.A. julgada procedente,
por decisão transitada em julgado – Rejeição da exceção de pré-
executividade, pelo despacho agravado, sob o fundamento de haver
solidariedade entre o banco agravante e o executado –
Desprovimento do agravo – (TJRJ – AI 15986/2000 –
(2000.002.15986) – 8ª C.Cív. – Relª Desª Helena Bekhor – J.
11.12.2001)

APELAÇÃO – Execução para a cobrança de crédito decorrente de


aluguel comprovado por contrato escrito (CPC, art. 585, IV). Defesa
por meio de exceção de pré-executividade. Sentença acolhedora da
exceção. Inconformação dos exeqüentes. Provados os pressupostos
básicos justificativos da ação proposta, aceitos, inclusive, ab initio,
por despacho positivo lançado após exame da peça vestibular da
ação, de acordo com os arts. 736 e 737, do CPC, a impugnação à
execução há de ser feita por meio de embargos dos devedores,
depois de garantido o juízo por penhora necessária. Para a
execução por crédito decorrente de aluguéis, satisfaz-se a Lei com a
existência de contrato escrito, independendo, a cobrança por essa
via, da liquidez e certeza da dívida. A discussão sobre o valor exato
do débito só se pode dar na defesa do devedor, que deve ser
apresentada mediante embargos e depois de efetivada a penhora,
conforme a lição da jurisprudência, de que se colhe exemplo no
aresto publicado na RT 638/146. Decisão deslocada do
entendimento predominante relativo à matéria, segundo os enfoques
da doutrina e dos julgados dos tribunais. Recurso provido. (JRC)
(TJRJ – AC 11792/2001 – (2001.001.11792) – 16ª C.Cív. – Rel. Des.
Ronald Valladares – J. 18.12.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Se o sinistro ocorreu em
1994, quando foi furtado o veículo segurado, e se o acórdão
determinou que a indenização fosse paga pelo valor médio de
mercado, deverá a perícia informar qual seria este valor em 1994, e
não em 2000, já que os carros se desvalorizam, corrigindo-se
monetariamente o valor encontrado a partir do evento. Provimento
parcial do recurso. (TJRJ – AI 5498/2001 – (2001.002.05498) – 10ª
C.Cív. – Rel. Des. Sylvio Capanema – J. 04.12.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO POR TÍTULO


JUDICIAL – Decisão que determina a penhora sobre a renda.
Invocação de pretensa exceção de pré-executividade para afastar a
penhora deferida, a qual não tem o condão de interromper o prazo
recursal, tendo a decisão atacada simplesmente mantido a decisão
anterior e contra a qual não se insurgira tempestivamente o
executado. Recurso não conhecido, nesse ponto. Alegação de
nulidade da execução desacolhida. Título executivo judicial líquido,
certo e exigível, devendo o alegado excesso de execução ser
examinado pela via dos embargos do devedor. Decisão mantida.
Agravo improvido". (TJRJ – AI 11028/2001 – (2001.002.11028) – 17ª
C.Cív. – Relª Desª Maria Inês Gaspar – J. 12.12.2001)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


DESCABIMENTO – A exceção de pré-executividade só tem
condições de ser acolhida nas hipóteses em que o Juízo, de ofício,
pode indeferir a execução, seja porque resta evidente que o título de
crédito não ostenta os requisitos legais, de certeza, liquidez e
exigibilidade, seja em razão de manifesta ausência de uma condição
acionária ou de um pressuposto de constituição válida do processo.
No caso, os agravantes negam a certeza, liquidez e exigibilidade do
título executório, hipotecário, apenas porque ingressaram com ação
de revisão do contrato, como se uma coisa fosse efeito da outra,
conseqüência evidentemente descabida à luz do direito processual.
Em razão de tal premissa, que os agravantes estabelecem, aventam
a falta de possibilidade jurídica do pedido executório, como se ele
não tivesse suporte legal ou se, na hipótese, a Lei o proibisse. Tais
alegações, como afirma o decisum se colocariam corretamente em
embargos à execução, cuja conseqüência seria fator de conexão e
por força do art. 106 do CPC, para evitar conflito de julgamentos. E
só. Improvimento do agravo. (TJRJ – AI 11381/2001 –
(2001.002.11381) – 8ª C.Cív. – Rel. Des. Paulo Lara – J. 18.12.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – NULIDADE DO TÍTULO –


1. A exceção de pré-executividade: não admite a dilação probatória.
2. Desprovimento do recurso, com a cassação do despacho que
atribuiu efeito suspensivo ao agravo de instrumento." (TJRJ – AI
12401/2001 – (2001.002.12401) – 8ª C.Cív. – Relª Desª Letícia
Sardas – J. 18.12.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


PRESCRIÇÃO – DESPACHO ORDENATÓRIO – CITAÇÃO –
EFEITOS – Arts. 174, parágrafo único, I do CTN e 8. par. 2º da Lei nº
6830/80. O Código Tributário Nacional é Lei Complementar e tem
prevalência sobre a Lei ordinária. A interrupção da prescrição se dá
no momento em que o Juiz ordena a citação. Esta regra deve ser
interpretada em consonância com os arts. 174, parágrafo único, I do
CTN e 219 e pars. do CPC. O prazo prescricional só se interrompe
com a efetiva citação, nos prazos legais. Prescrição não
interrompida. Agravo provido. (ETA) (TJRJ – AI 12405/2001 –
(2001.002.12405) – 7ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos C. Lavigne de
Lemos – J. 11.12.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Exceção de pré-executividade.


Cabimento em casos excepcionais Caso em que se discute matéria
reservada aos embargos de devedor. Não provimento do agravo
(TJRJ – AI 15143/2001 – (2001.002.15143) – 17ª C.Cív. – Rel. Des.
Luiz Carlos Guimarães – J. 05.12.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – Ação de execução de título judicial.
Decisão que rejeitou exceção de pré-executividade. Cientificada na
ação de despejo por falta de pagamento, cumulada com cobrança, a
fiadora responderá, solidariamente, à execução dos honorários da
sucumbência incluídos no título judicial. Enunciado 14, do I Encontro
de Desembargadores do TJRJ. Recurso desprovido. (TJRJ – AI
15286/2001 – (2001.002.15286) – 18ª C.Cív . – Rel. Des. Jessé
Torres – J. 11.12.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXC. DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


REJEITADA – A Promissória está firmada pelo agravante, fato
inconteste, presentes, pois, os requisitos a permitir a Execução, não
sendo nulo, pois. Eventual excesso de execução não pode ser
atacado em exceção de pré-executividade. Ausência de peça. Com a
vindo das informações do Em. juízo a quo, restou preenchida a
ausência do publicação intimando da decisão – objeto. Agravo
improvido. (TJRJ – AI 15648/2001 – (2001.002.15648) – 6ª C.Cív. –
Rel. Des. Ely Barbosa – J. 18.12.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


PRESCRIÇÃO – Na Execução Fiscal a prescrição somente é
interrompida pela efetiva citação do devedor e não pelo despacho
que ordenou a citação, vez que, sendo o Código Tributário Nacional,
Lei Complementar, a disposição de seu artigo 174 e parágrafo único
prevalece sobre a do parágrafo 2º do artigo 8. da Lei de Execução
Fiscal (Lei nº 6830/80) que é Lei ordinária. Conhecimento e
desprovimento da apelação. (TJRJ – AC 22000/2000 – 16ª C.Cív. –
Rel. Des. Mario Robert Mannheimer – J. 04.12.2001)

APELAÇÃO – Execução para a cobrança de crédito decorrente de


aluguel comprovado por contrato escrito (CPC, artigo 585, IV).
Defesa por meio de exceção de pré-executividade. sentença
acolhedora da exceção. Inconformação dos exeqüentes. Provados
os pressupostos básicos justificativos da ação proposta, aceitos,
inclusive, ab initio, por despacho positivo lançado após exame da
peça vestibular da ação, de acordo com os artigos 736 e 737, do
CPC, a impugnação à execução há de ser feita por meio de
embargos dos devedores, depois de garantido o juízo por penhora
necessária. Para a execução por crédito decorrente de aluguéis,
satisfaz-se a Lei com a existência de contrato escrito, independendo,
a cobrança por essa via, da liquidez e certeza da dívida. A discussão
sobre o valor exato do débito só se pode dar na defesa do devedor,
que deve ser apresentada mediante embargos e depois de efetivada
a penhora, conforme a lição da jurisprudência, de que se colhe
exemplo no aresto publicado na RT 638/146. Decisão deslocada do
entendimento predominante relativo à matéria, segundo os enfoques
da doutrina e dos julgados dos tribunais. Recurso provido. (TJRJ –
AC 11792/2001 – 16ª C. Cív. – Rel. Des. Ronald Valladares – J.
18.12.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


PRESCRIÇÃO – DESPACHO ORDENATÓRIO – CITAÇÃO –
EFEITOS – Artigos 174, parágrafo único, I do CTN e 8º, parágrafo 2º
da Lei nº 6.830/80. O Código Tributário Nacional é Lei Complementar
e tem prevalência sobre a Lei ordinária. A interrupção da prescrição
se dá no momento em que o Juiz ordena a citação. Esta regra deve
ser interpretada em consonância com os artigos 174, parágrafo
único, I do CTN e 219 e parágrafos do CPC. O prazo prescricional só
se interrompe com a efetiva citação, nos prazos legais. prescrição
não interrompida. Agravo provido. (TJRJ – AI 12405/2001 – 7ª C.Cív.
– Rel. Des. Carlos C. Lavigne de Lemos – J. 11.12.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXC – DE PRÉ EXECUTIVIDADE


REJEITADA – A Promissória está firmada pelo Agte, fato inconteste,
presentes, pois, os requisitos a permitir a Execução, não sendo nulo,
pois. Eventual excesso de execução não pode ser atacado em
exceção de pré executividade. Ausência de peça. Com a vindo das
informações do Em. juízo a quo, restou preenchida a ausência do
publicação intimando da decisão – objeto. Agravo improvido. (TJRJ –
AI 15648/2001 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Ely Barbosa – J. 18.12.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – QUESTÃO


PROCESSUAL – RECURSO – FALTA DE PEDIDO DE NOVO
JULGAMENTO – NÃO CONHECIMENTO – RECURSO ADESIVO –
PREJUDICADO – Não se conhece de apelação à qual falta o
requisito do pedido de novo julgamento Prejudicado, por isto, fica o
recurso adesivo. Inteligência do disposto nos artigos 514, inciso III, e
500, inciso III, do CPC. (TJRJ – AC 3213/2001 – (2001.001.03213) –
4ª C.Cív. – Rel. Des. Jair Pontes de Almeida – J. 21.11.2001)

APELAÇÃO CÍVEL – ALIMENTOS – Exceção de pré executividade.


Tendo em vista as conseqüências que advêm para a exeqüente,
com a extinção do feito executivo, é necessário que seja intimada
para se manifestar quanto à pretensão do Executado. PROVIMENTO
DO RECURSO COM ACOLHIMENTO DA PRELIMINAR. (TJRJ – AC
19716/2001 – (2001.001.19716) – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Sidney
Hartung – J. 06.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – Alegação de excesso, porquanto os executados
também são credores do exeqüente, o que deve ser provado e
verificado em embargos, porque assim o determina o inciso V do
artigo 741 do CPC. Desprovimento. (TJRJ – AI 8433/2001 –
(2001.002.08433) – 1ª C.Cív. – Relª Desª Valeria Maron – J.
27.11.2001)

ALIMENTOS – EXECUÇÃO – Rejeição da exceção de pré-


executividade e de mobília indicada à penhora, diante da dúvida
relacionada com a respectiva propriedade. Penhora sobre 50% dos
rendimentos em 4 (quatro) empregadores. Constrição que não afeta
a renda mensal do alimentante, porquanto detentor de 50% das
cotas do capital social da nova imagem exames complementares
Ltda. –, Empresa especializada em diagnósticos por tomografia
computadorizada, possuindo matriz e 5 (cinco) filiais cujo
faturamento, além de presumivelmente alto é de difícil apuração em
sede executiva, como bem apontado pelo parquet de 2º grau,
inexiste prova do pagamento do débito em execução, valendo notar
que alguns dos cheques microfilmados e xerocopiados com vistas a
tal prova, repetem-se (fls. 12/13) e não se referem ao período
cobrado. Manutenção do decisum conhecimento e improvimento do
agravo, revogando-se, por conseguinte, o efeito suspensivo. (TJRJ –
AI 8804/2001 – (2001.002.08804) – 17ª C.Cív. – Rel. Des. Raul
Celso Lins e Silva – J. 14.11.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Incabimento e rejeição


corretos, sobretudo em execução hipotecária, onde a higidez do
título reclama amplo contraditório, na via dos Embargos de Devedor.
Agravo improvido. (TJRJ – AI 13622/2001 – 1ª C.Cív. – Rel. Des.
Severiano Ignácio Aragão – J. 07.11.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE PRESCRIÇÃO


INTERROMPIDA COM A CITAÇÃO – A ilegitimidade de parte e a
incompetência relativa não são suscetíveis de apreciação através de
exceção de pré-executividade sob pena de transformá-la em
instrumento do protelação de solução dos conflitos em flagrante
desrespeito ao devido processo legal. Recurso não provido. (TJRJ –
AI 10143/2001 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. José de Samuel Marques – J.
13.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO QUE OBJETIVA MODIFICAR


DECISÃO QUE NÃO ACOLHEU EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE AFIRMANDO SER A MATÉRIA PERTINENTE A
EMBARGOS – Preliminar de nulidade por ausência de fundamento.
Ausência de vício na decisão judicial, posto que os motivos do ato
são claros, embora sucintos. Inadmissibilidade no âmbito da objeção
de pré-executividade em debater possibilidade de atender ordem que
gerou a multa objeto, da execução, pois a questão não cabe no
estreito leito do incidente interposto. Desprovimento do recurso.
(TJRJ – AI 12815/2001 – (2001.002.12815) – 9ª C.Cív. – Rel. Des.
Joaquim Alves de Brito – J. 23.10.2001)

PROCESSUAL CIVIL EXECUÇÃO FUNDADA EM TÍTULO CERTO


E EXIGÍVEL EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
Impossibilidade Matéria a ser deduzida em sede de embargos.
Recurso improvido. (TJRJ – AI 6973/2001 – 1ª C.Cív. – Rel. Des.
Gamaliel Q. de Souza – J. 09.10.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EMBARGOS DE DEVEDOR


OFERTADOS ANTES DE GARANTIDO O JUÍZO – SUA REJEIÇÃO
NA FORMA DO DISPOSTO NO ARTIGO 737, I, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL – Decisão irrecorrida. Efetivada a constrição
judicial, com a penhora de bens, competia ao executado ofertar
Embargos, o que não fez, ingressando, após o decurso do prazo,
com exceção de pré-executividade, corretamente repelida pelo
julgador Impossibilidade de se recepcionar os Embargos,
anteriormente oferecidos e rejeitados liminarmente Desprovimento
do recurso. (TJRJ – AI 12038/2001 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Miguel
Pacha – J. 16.10.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – COBRANÇA DE ICMS – EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE – Matéria deduzida na exceção que depende
de dilação probatória, Descabimento da exceção. Agravo
desprovido. (TJRJ – AI 8859/2001 – 7ª C.Cív. – Rel. Des. Fabrício
Bandeira Filho – J. 24.10.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL, BASEADA EM


INSTRUMENTO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA, QUE É
DOCUMENTO HÁBIL PARA A PROPOSITURA DA EXECUÇÃO
IMPOSSIBILIDADE DE DESCONSTITUIÇÃO DO REFERIDO
INSTRUMENTO EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, POR
OFENSA AO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO – Recurso
improvido. (TJRJ – AI 7743/2001 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Gamaliel Q.
de Souza – J. 16.10.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE (CHEQUE
ESPECIAL) – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA –
APELO INSISTINDO NA CONVERSÃO DA EXECUÇÃO EM AÇÃO
MONITÓRIA – DESPROVIMENTO – Afigura-se correta a extinção da
execução, com acolhimento de exceção de pré-executividade, à falta
de título apto a embasar execução forçada, tal como se dá com o
contrato de abertura de crédito em conta corrente, mesmo
acompanhado de extrato bancário, porquanto a convolação da
execução em ação monitória implica em emenda da inicial, proibida
após a citação. (TJRJ – AC 16405/2001 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. José
Affonso Rondeau – J. 23.10.2001)

EXECUÇÃO – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – TÍTULO


EXECUTIVO – INEXISTÊNCIA – INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 585, II
E 586 DO CPC – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
ADMISSIBILIDADE – A argüição de não ser o título revestido de
liquidez, certeza e exigibilidade, condições basilares exigidas no
processo de execução, causadores, portanto de sua nulidade, pode
ser feita independentemente de embargos do devedor. Recurso
improvido. (TJRJ – AC 12359/2001 – 2ª C.Cív. – Relª Desª Elisabete
Filizzola – J. 30.10.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXCESSO


DE EXECUÇÃO – Matéria que apenas se comporta na via dos
embargos. Título em que se embasa a execução firmado por duas
testemunhas funcionárias do banco exeqüente. Fato que não
descaracteriza o título. Agravo desprovido. (TJRJ – AI 11516/2001 –
1ª C.Cív. – Rel. Des. Fabrício Bandeira Filho – J. 24.10.2001)
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE SENTENÇA
PRODUZIDA EM AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE
PAGAMENTO EM RELAÇÃO AO FIADOR – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – Se o fiador não foi parte nos autos da ação de
despejo por falta de pagamento, não pode ser executado nos
mesmos autos da ação porque fiador do contrato. O simples pedido
contido na inicial do despejo no sentido da notificação do fiador da
qual sequer se tem notícia de que foi feita não é suficiente para ser
alvejado, nos mesmos autos, pela execução por aluguéis. (TJRJ – AI
371/2001 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Walter DAgostino – J. 09.10.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO EXECUÇÃO – Exceção de Pré-


executividade após oferecimento de embargos extemporâneos,
liminarmente rejeitados. Rejeitados os embargos intempestivamente
oferecidos, descabe renovar as mesmas questões em exceção de
pré-executividade. Desprovimento do agravo de instrumento. (TJRJ –
AI 12179/2001 – 4ª C.Cív. – Relª Desª Célia Meliga Pessoa – J.
30.10.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – CONTRATO DE FRANQUIA – Cobrança de
débitos derivados do não pagamento de royalties e taxa de
propaganda, apurados percentualmente sobre o faturamento bruto
da devedora. Título executivo que, não permitindo a apuração do
valor do débito, seja por seu simples exame, seja por mera operação
aritmética, exigindo a análise de outros documentos e elementos,
como o informativo mensal de faturamento de franqueado, não pode
ser tido como líquido. Circunstância, ademais, de não constarem nos
autos sequer os referidos informativos de faturamento que deram
ensejo ao cálculo apresentado pela credora, que só reforça a
apontada iliquidez. Nulidade da execução configurada, ex vi dos
artigos 586 e 618, I do CPC, que autoriza a utilização da exceção de
pré-executividade Hipótese que, diante do artigo 1102, a do CPC,
comportaria utilização pela franqueadora do instituto da ação
monitorial. Recurso provido para extinguir à ação executiva,
condenando-se a exeqüente nas custas e honorários advocatícios.
(TJRJ – AI 9438/2001 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Binato de Castro – J.
30.10.2001)

APELAÇÃO CÍVEL VISANDO À REFORMA DE SENTENÇA QUE,


NOS AUTOS DE EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL
CONSISTENTE EM CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
TRADICIONAL, ACOLHE A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
OPOSTA PELO EXECUTADO – O contrato mencionado,
comumente chamado cheque-especial não constitui título líquido, já
que não há como se aferir o valor devido, uma vez que o cliente não
está obrigado a fazer uso de todo o valor e seu débito oscila
diariamente, ao sabor da movimentação bancária, não tendo como
se precisar de modo peremptório o valor devido, sem prévio
procedimento cognitivo. A jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça vem se posicionando favoravelmente à aplicação de
honorários advocatícios nas execuções que tenham sido extintas,
inclusive, mediante manejo da exceção de pré-executividade
Recurso improvido. (TJRJ – AC 21533/2000 – 1ª C.Cív. – Rel. Des.
Luiz Eduardo Rabello – J. 10.10.2001)

APELAÇÃO – EXECUÇÃO FISCAL – Exceção de pré-executividade


acolhida para o fim de declarar prescrito o crédito tributário
considerado nos autos. Inconformação do Estado. Duplo grau
obrigatório de jurisdição. O STJ, por suas decisões sucessivas,
enfrentando a questão abordada no recurso, já pacificou o
entendimento da matéria. Execução fiscal. Prescrição. Despacho
citatório. Ausência de citação oportuna. Efeitos. Lei nº 6830/80, art.
8, IV. CPC, art. 219, 4. CTN, art. 174, parágrafo único. Interpretação
sistemática. Em sede de execução fiscal, a mera prolação do
despacho que ordena a citação do executado não produz, só por si,
o efeito de interromper a prescrição, impondo-se a interpretação
sistemática do art. 8, par. 2, da Lei nº 6830/80, em combinação com
o art. 19, 4, do CPC e com o art. 174 e seu par. único, do CTN.
Lapso prescricional verificado, no caso. Apelo improvido. Sentença
ratificada. (TJRJ – AC 10895/2000 – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Ronald
Valladares – J. 23.10.2001)

CIVIL E PROCESSO CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


DEDUZIDA POR CASAL DE MUTUÁRIOS DO SFH EM DESFAVOR
DA EMPRESA FINANCEIRA CREDORA E EXEQÜENTE, SOB
ARGUMENTOS DE CESSÃO DO CONTRATO A TERCEIRO E
DESATENDIMENTO A NORMAS LEGAIS QUANTO À
NOTIFICAÇÃO – REJEIÇÃO PELO JUÍZO A QUO – AGRAVO DE
INSTRUMENTO – SUSPENSIVIDADE NEGADA – SUSCITAÇÃO
PELA RECORRIDA DA DEFICIÊNCIA DO INSTRUMENTO –
Deficiência que inocorreu, bastante a leitura das peças por cópia
como bem salientou o MP. Instituto novo criado no Brasil com a
finalidade de impedir o desenvolvimento do proceder constritivo em
se sabendo com nitidez da ineficácia do título em berlinda. Mas que
vem sendo abusado sobremaneira. Proceder notificatório efetuado
pela credora nos encerros da Lei nº 5.741/71. Correspondência
remetida para o endereço do imóvel objeto da aquisição, esta
presumida com fins de moradia própria dos mesmos mutuários.
Obrigação inexistente, por parte do ente financeiro, de aceitar
contrato de gaveta concretizado pelos últimos em outorga a terceiro
por instrumento particular. Normas legais e regulamentares que
assim dispõem. Costume brasileiro já antigo mas que afronta o
Direito Positivo. Remessa dos postulantes da exceção em berlinda
para o campo mais largo dos Embargos no que toca a fatores outros
que queiram assinalar contra o título. Recurso que se conhece mas
não se prove. (MCG) (TJRJ – AI 11237/2001 – 3ª C.Cív. – Rel. Des.
Luiz Felipe Haddad – J. 30.10.2001)

EXECUÇÃO CONTRA FIADORES, BASEADA EM CONTRATO DE


LOCAÇÃO, QUE TERIA SIDO INADIMPLIDO PELO LOCATÁRIO
AFIANÇADO – Ação de despejo por falta de pagamento c/c
cumulada com aluguéis e encargos locatícios, proposta,
anteriormente, pelo exeqüente contra o locatário e julgada
improcedente. Execução por título extrajudicial, cobrando o mesmo
débito, do locatário, contra os fiadores. Embargos de devedor
opostos pelos fiadores executados, recebidos pelo juiz a quo, como
exceção de pré-executividade. Nula e extinta a execução.
Condenação do exeqüente nos ônus da sucumbência e como
litigante de má – fé Desprovimento do recurso. (TJRJ – AC
2957/2001 – 6ª C.Cív. – Relª Desª Marianna Pereira Nunes – J.
25.09.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – LIMITE A


IRREGULARIDADES FORMAIS DO TÍTULO – Não pode
obstaculizar a execução o fato de os fiadores não haverem
participado do termo de rescisão e confissão de dívida. Possibilidade
de discutirem possíveis excessos em grau de embargos de devedor.
Desprovimento do recurso. (TJRJ – AI 9645/2001 – 2ª C.Cív. – Relª
Desª Leila Mariano – J. 11.09.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


ACOLHIMENTO PELO JUIZ – INCONFORMISMO DO EXEQÜENTE
APELAÇÃO REJEITADA – AGRAVO DE INSTRUMENTO
RECURSO ACOLHIDO – DECISÃO MODIFICADA – Tendo o
magistrado acolhido exceção de pré-executividade pondo fim a
execução aparelhada pode e deve o exeqüente procurar desafiar o
decisum por via de apelação. Rejeitada esta pelo Juízo justo, é
conferir provimento ao recurso de agravo manejado pelo credor com
o fim de propiciar o conhecimento e julgamento do recurso pelo
Tribunal. (TJRJ – AI 15959/2000 – 9ª C.Cív. – Rel. Des. Marcus
Tullius Alves – J. 18.09.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE – Argüição da


ausência de liquidez e certeza dos contratos de abertura de crédito
em conta-corrente. Matéria sumulada pelo STJ, diante do verbete
233. Sentença que reconhece a exceção, fundando-se na
jurisprudência dominante. Fundamentos, da irresignação do autor da
execução incapazes de modificar o julgado. Desprovimento do
recurso. (TJRJ – AC 5312/2001 – 9ª C.Cív. – Rel. Des. Renato
Simoni – J. 25.09.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Que objetiva modificar decisão em


exceção de pré-executividade que rejeitou reconhecimento de
ilegitimidade do estipulante em contrato de seguros. Em contrato de
seguros, a entidade estipulante não pode ser parte em execução que
visa indenização segurada, mormente quando é incontroverso nos
autos que houve o repasse do dinheiro dos segurados à seguradora.
Recurso provido. (TJRJ – AI 8353/2001 – 9ª C.Cív. – Rel. Des.
Joaquim Alves de Brito – J. 18.09.2001)

APELAÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


ACOLHIMENTO – Inexistência das condições para o legítimo
exercício do direito de ação de execução, diante da inexistência de
título representativo de dívida certa, líquida e exigível (CPC, arts. 586
e 618, I). Desprovimento do recurso. Manutenção da sentença.
(TJRJ – AC 12192/2001 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Jesse Torres – J.
04.09.2001)

PROCESSUAL – INTERDITO PROIBITÓRIO PROCEDÊNCIA


OBRIGAÇÃO DE FAZER SOB PENA DE MULTA DIÁRIA –
EXECUÇÃO REQUERIDA A PARTIR DA SENTENÇA E ATÉ A
DATA DO CÁLCULO DO CONTADOR VIOLAÇÃO DA CITAÇÃO
JUDICIAL QUE FIXAVA PRAZO DIVERSO PARA CUMPRIMENTO
E AUSÊNCIA DE PROVA DA DATA DE CUMPRIMENTO –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEIÇÃO – AGRAVO DE
INSTRUMENTO – PROVIMENTO EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO – 1.
Na execução de obrigação de fazer oriunda de título judicial não se
pode cobrar a multa diária no valor arbitrado na ocasião da liminar,
mas sim o valor que tiver sido arbitrado na sentença exeqüenda. 2.
Em tal caso a multa diária só é devida a partir da citação do devedor
para cumprir a obrigação determinada pela sentença e não pode
ultrapassar o dia em que a obrigação tiver sido cumprida, razão pela
qual a execução por quantia certa só pode ser admitida depois de
fixada com exatidão a data do cumprimento da obrigação. 3. Iniciada
a execução por quantia certa sem estar fixada a data em que
ocorreu o cumprimento da obrigação, o executado pode requerer o
seu trancamento por via da exceção de pré-executividade. 3. Agravo
de Instrumento a que se dá provimento. (TJRJ – AI 249/2001 – 1ª
C.Cív. – Rel. Des. Miguel Ângelo Barros – J. 21.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO MONITÓRIA – EXCEÇÃO


DE PRÉ EXECUTIVIDADE – Admissível para nulidade no processo
de execução, mas somente admitindo prova pré-constituída, o que
inocorreu na hipótese dos autos, onde pelos devedores foram
alegadas várias matérias próprias dos embargos incidentais da
primeira fase. Deixaram, os devedores de alegar na oportunidade
própria, mantendo-se inerte, restando, pois preclusa a oportunidade
para fazê-lo. Execução que deve prosseguir face à certeza, liquidez
e exigibilidade do título apresentado que não foi elidido pelos
devedores. Recurso desprovido. Decisão mantida. (TJRJ – AI
8046/2000 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Wellington Jones Paiva – J.
07.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO POR TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – Vulto da execução, superior a R$ 3.000.000,00
em junho de 99. Penhora de renda no percentual de 20% sobre o
faturamento do devedor. Renovação de questões preclusas como a
incompetência do Juízo da Comarca de Três Rios, já decidida por
esta Câmara no Agravo de Instrumento nº 9262/1999 e quanto ao
descabimento de exceção de pré-executividade. Não conhecimento
do recurso quanto a este ponto. Alegação de existência de outros
bens que poderiam garantir a execução, sendo a penhora de renda
excesso que compromete a vitalidade da empresa. Não
comprovação pelo agravante quanto a titularidade dos bens imóveis
que teriam sido objeto de dação em pagamento em favor da
agravada, a quem foi transferida a posse direta dos mesmos, em
obediência ao protocolo de intenções firmado pelos interessados.
Insistência do credor quanto a penhora dos mesmos. Possibilidade,
vez que a própria exeqüente aponta o agravante como seu
proprietário, havendo concordância do agravante a respeito.
Conveniência de que se proceda a constrição e seu registro, sem
prejuízo da penhora de renda que se reduz a 5% do faturamento
líquido da executada, mantidas no mais as determinações da
decisão recorrida. (TJRJ – AI 5329/2001 – 2ª C.Cív. – Relª Desª Leila
Mariano – J. 12.06.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – NULIDADE DA CITAÇÃO – DECISÃO DO STJ
– EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – ACÓRDÃO ANULADO –
OMISSÃO DO ACÓRDÃO EMBARGADO – RECURSO PROVIDO –
Embargos de Declaração. Seu acolhimento em obediência à decisão
proferida pelo STJ. Agravo de Instrumento interposto contra decisão
que não acolheu a argüição de nulidade da citação em sede de
exceção de pré-executividade, ao qual foi negado provimento, vindo
a Agravante a opor Embargos de Declaração, estes rejeitados.
Interposição de recurso especial inadmitido pela Egrégia Terceira
Vice-Presidência deste Tribunal, acolhidos via interposição de
agravo de despacho denegatório de recurso especial pelo STJ. Uma
vez que o Colendo Superior Tribunal de Justiça entendeu que a
Corte Estadual, ao analisar o Agravo de Instrumento, não
manifestou-se sobre a nulidade de citação argüida, razão pela qual
anulou o acórdão relativo aos Embargos Declaratórios em foco, para
que nova decisão fosse proferida. Acolhimento dos Embargos de
Declaração para suprir a omissão apontada e declarar não ter o
acórdão embargado infringido o disposto nos artigos 128 e 512 do
CPC. (JRC) (TJRJ – EDcl 1593/1998 – (08112000) – 3ª C.Cív. – Rel.
Des. Galdino Siqueira Netto – J. 26.09.2000)
EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – CITAÇÃO –
INDEFERIMENTO – PRECLUSÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – IMPOSSIBILIDADE DA APRECIAÇÃO –
EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL – DECISÃO QUE REJEITA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, MANTENDO A
AGRAVANTE NO PÓLO PASSIVO – Questão que já fora objeto de
apreciação anterior. Preclusão. O instituto da preclusão, que se
dirige em princípio às partes (artigo 473, do Código de Processo
Civil), pode vincular igualmente o Juiz, exatamente na hipótese em
que, cuidando-se de direito disponível, deixou a parte de recorrer
contra o anterior pronunciamento judicial desfavorável. Na espécie, o
Juiz que indeferiu a citação, em decisão contra a qual a parte não
recorreu, não pode depois, sem fato novo, vir a deferi-la. Preclusão
consumativa que se abateu sobre a questão. Provimento do recurso.
(TJRJ – AI 3616/2000 – (04092000) – 7ª C.Cív. – Relª Desª Celia
Meliga Pessoa – J. 27.06.2000)

TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL – FIXAÇÃO DO VALOR –


CORREÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
DESCABIMENTO – EMBARGOS À EXECUÇÃO DE SENTENÇA –
ADMISSIBILIDADE – AGRAVO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL – AUSÊNCIA
DE PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA – O fato da execução ter se iniciado
com valor equivocado, não impede a sua regularização posterior. Se
os novos cálculos não condizem com o determinado na sentença, tal
excesso, se houver, deverá ser deduzido através de Embargos à
Execução, e não de execução de pré-executividade. Recurso
desprovido. (TJRJ – AI 5948/2000 – (23082000) – 18ª C.Cív. – Rel.
Des. Jorge Luiz Habib – J. 20.06.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO – CORREÇÃO


MONETÁRIA – ERRO DE CÁLCULO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – PROCESSAMENTO – NECESSIDADE –
EXCESSO DE EXECUÇÃO – EMBARGOS DO DEVEDOR –
PROPOSITURA DA AÇÃO – AGRAVO DE INSTRUMENTO –
EXECUÇÃO DE SENTENÇA – VALOR INDICADO EM MEMÓRIA
DE CÁLCULO – ÍNDICE DE QUAL TABELA DE CORREÇÃO
MONETÁRIA DO DÉBITO DEVE SER UTILIZADO? EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE – Alegação de erro, facilmente observável,
de tabela de correção, a representar onerosidade acentuada no valor
da dívida reconhecida. Oposição da medida sob a invocação de
inexistência de título executivo co-relacionado. Matéria de ordem
pública por referir-se a uma das condições da pretensão intentada.
Conveniente processamento da exceção, para o simples exame de
circunstância que poderá evitar eventual injustiça indesejável no se
exigir a afetação patrimonial do executado em mais de um milhão de
reais do que o necessário. Não ofende a qualquer regra da lei
processual civil o oferecimento e o processamento de requerimento
de pré-executividade visando a declaração de nulidade de parte do
quantum da execução (CPC, art. 618), sem prejuízo da necessidade
de propositura da ação de embargos para o debate do tema sobre
excesso de execução. Provimento parcial do recurso. (TJRJ – AI
10984/1999 – (15082000) – 6ª C.Cív. – Rel. Des. Ronald Valladares
– J. 23.05.2000)

LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA –


EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
ILEGITIMIDADE ATIVA – REJEIÇÃO – PROSSEGUIMENTO DA
EXECUÇÃO – PENHORA DE BENS – AGRAVO DE
INSTRUMENTO – RECURSO IMPROVIDO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE E ILEGITIMIDADE ATIVA DO BANCO
EXEQÜENTE – REJEIÇÃO – Prosseguimento da execução,
realizando-se a penhora dos bens que constituem a garantia dos
títulos. Agravo. Executado funda objeção de pré-executividade na
alteração da exigibilidade e liquidez das cédulas rurais em razão da
lei de securitização e na carência acionária do banco exeqüente, em
razão da transferência de seus ativos para o banco BANERJ S/A do
Banco em liquidação extrajudicial para promover a execução,
porquanto credor das cédulas rurais. Consta da assembléia
autorização para as cessões de crédito ao Banco BANERJ S/A que
serão feitas conforme os valores venham a ser recebido pelo Banco
em liquidação. Mesmo que a dívida tivesse sido securitizada, a
liquidez e a certeza não estariam afetadas, pois somente o prazo de
vencimento se modificaria em razão do denominado alongamento da
dívida. Inexistência de provas de que o agravante tenham
preenchidos os requisitos para obtenção da securitização. O
Banco/agravado é o credor das cédulas rurais. Crédito concedido
antes de sua liquidação. Execução ajuizada em fevereiro de 1996
pelo banco do Estado do Rio de Janeiro S/A, posteriormente, em
liquidação extrajudicial. Manutenção da decisão. Conhecimento e
improvimento do agravo. (TJRJ – AI 1245/2000 – (06092000) – 17ª
C.Cív. – Rel. Des. Raul Celso Lins e Silva – J. 17.05.2000)

EXECUÇÃO – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM


CONTA CORRENTE – TÍTULO EXECUTIVO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – Execução. Contrato de abertura de crédito em
conta corrente acompanhado de extratos de movimentação e outros
elementos que detalhem o débito. Inexistência de quantia certa e
determinada. Extratos produzidos unilateralmente, sem a intervenção
do devedor. Inexistência de título executivo extrajudicial. Contrato de
abertura de crédito, mesmo acompanhado de extratos bancários de
movimentação e outros elementos de que detalhem o débito, não é
título executivo extrajudicial, por não traduzir obrigação de pagar
quantia certa e determinada, além de ser produzido unilateralmente,
sem a intervenção do devedor. Recurso não provido. (MAA) (TJRJ –
AC 21206/1999 – (19052000) – 7ª C.Cív. – Rel. Des. Marly
Macedonio Franca – J. 25.04.2000)

CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – TÍTULO EXECUTIVO


– EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – REJEIÇÃO –
EMBARGOS DO DEVEDOR – ADMISSIBILIDADE – Exceção de
pré-executividade. O contrato de abertura de crédito, regularmente
firmado, com a participação de duas testemunhas, é título executivo
extrajudicial, devendo a defesa contra a cobrança decorrente de
alegada inadimplência, processar-se através de embargos.
Desprovimento de AI contra decisão que rejeitou exceção de pré-
executividade. (FJB) (TJRJ – AI 13383/1999 – (02062000) – 5ª
C.Cív. – Rel. Des. Thiago Ribas Filho – J. 25.04.2000)

TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA –


EXECUÇÃO DE CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA – EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE – LEGITIMIDADE ATIVA –
DESPROVIMENTO DO RECURSO – Agravo de Instrumento.
Processual Civil. Exceção de pré-executividade. Admitida a defesa
do executado – independentemente de garantia do Juízo e
oferecimento de Embargos à Execução – está ela adstrita às
questões que possam ser enquadráveis como objeção, material ou
substancial, da pretensão que lhe é contraposta. Assim, a
ilegitimidade ativa ad causam, mas não a liquidez é certeza do título
executivo extrajudicial, matéria a ser discutida em sede de Embargos
de Devedor. Neste registro, reconhecida a legitimidade ativa do
exeqüente, sem reparos à decisão que deu continuidade ao
processo constritivo. Desprovimento do recurso. (MCT) Vencido o
Des. José Mota Filho, que provia o Agravo. (TJRJ – AI 5954/1999 –
(19042000) – 15ª C.Cív. – Rel. Des. José Pimentel Marques – J.
01.03.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – CONTRATO DE CÂMBIO – AÇÃO


DE EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
PRESCRIÇÃO – ART. 177 DO CPC – DESPROVIMENTO DO
RECURSO – Direito Processual Civil e Comercial. Execução.
Exceção de pré-executividade. Título executivo extrajudicial.
Prescrição. Não procede a exceção de pré-executividade interposta
pelo devedor, alegando a prescrição da pretensão executiva do
credor quando se refere ao prazo consignado às letras de câmbio e
o título que serve de lastro ao processo constritivo constitui-se de
contrato de câmbio. Desprovimento do recurso. (MCT) (TJRJ – AI
13552/1999 – (24052000) – 15ª C.Cív. – Rel. Des. José Pimentel
Marques – J. 29.03.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO – EXIBIÇÃO DE EXTRATO DE CONTA –
INOCORRÊNCIA – TÍTULO EXECUTIVO – NÃO-
CARACTERIZAÇÃO – NULIDADE DA EXECUÇÃO – Execução.
Nulidade. Exceção de pré-executividade acolhida. Título executivo.
Contratos de abertura de crédito, sem a correspondente anexação
de extratos pertinentes à evolução da dívida, acompanhados de
demonstrativos de débito, unilateralmente elaborativas,
desconhecendo-se índices e taxas aplicados. Pacificação da
Jurisprudência do E. Superior Tribunal de Justiça em torno da não
existência de título executivo. Súmula nº 233 daquela E. Corte.
Sentença mantida. Desprovimento do recurso. (LCR) (TJRJ – AC
2743/2000 – (27042000) – 17ª C.Cív. – Relª Desª Maria Inês Gaspar
– J. 25.03.2000)

CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA


CORRENTE – EXECUÇÃO DO SALDO DEVEDOR – OPÇÃO PELA
VIA ORDINÁRIA DE COBRANÇA – EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – AGRAVO PROVIDO –
Agravo contra decisão que, acolhendo exceção de pré-executividade
do agravante, contra a execução de saldo em contrato bancário de
abertura de crédito, admitiu a emenda da inicial para se prosseguir
como procedimento ordinário de cobrança, sem determinar a
extinção da execução. Provimento do agravo. (TLS) (TJRJ – AI
545/2000 – (12062000) – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Pestana de Aguiar –
J. 28.03.2000)

EXECUÇÃO FISCAL – DANO AMBIENTAL – MULTA – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXTINÇÃO DO PROCESSO –
ADMISSIBILIDADE – Execução fiscal. Auto de infração lavrado com
base em alegação de degradação ambiental por parte da executada.
Sentença de extinção proferida nos próprios autos do processo de
execução. Possibilidade. Manutenção do julgado, em decorrência da
precedente improcedência da ação civil pública ajuizada pelo
Ministério Público, tendo por objeto a alegada degradação ambiental
cuja prática foi inquinada à executada. (MGS) (TJRJ – AC
20138/1999 – (31032000) – 8ª C.Cív. – Relª Desª Helena Bekhor – J.
08.02.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE – EXIBIÇÃO DE EXTRATO DE CONTA –
TÍTULO EXTRAJUDICIAL – Agravo de Instrumento. Exceção de pré-
executividade. Contrato de abertura de crédito. Jurisprudência do
Colendo Superior Tribunal de Justiça que o inadmite como título
executivo extrajudicial, por completar-se com extratos fornecidos
pelo próprio credor, por serem documentos unilaterais, e outra
corrente que o admite, se e quando acompanhado de extrato que
esclareça suficiente a evolução do débito, constituindo esta última a
corrente majoritária a qual se filia também esta Câmara.
Desprovimento do recurso. Decisão mantida. (DSF) (TJRJ – AI
9.426/1998 – (14032000) – 12ª C.Cív. – Rel. Des. Wellington Jones
Paiva – J. 30.11.1999)

EXECUÇÃO – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM


CONTA CORRENTE – EXIBIÇÃO DE EXTRATO DE CONTA –
TÍTULO EXTRAJUDICIAL – NÃO-CARACTERIZAÇÃO – EXTINÇÃO
DO PROCESSO – Execução. Contrato de abertura de crédito.
Inexistência de título executivo extrajudicial. Extinção do processo. O
contrato de abertura de crédito, mesmo quando acompanhado dos
extratos bancários, não constitui título executivo extrajudicial nos
moldes do art. 585, II, do CPC, podendo tal vício processual
fundamental ser argüido independentemente de embargos formais,
através da chamada exceção de pré-executividade ou objeção pré-
processual, para enfim dar ensejo ao decreto judicial de extinção do
processo de execução. Sentença correta. Apelo improvido. (GAS)
Ementa do voto vencido do Des. Paulo César Salomão: Ação de
execução. Contrato de abertura de crédito. Título líquido e certo.
Contrato de abertura de crédito é título líquido e certo nos termos do
art. 585, II, do CPC, desde que acompanhado de extrato
discriminado, possibilitando a aferição de seu exato valor. Se há
excessos, impõe-se o seu ajuste à força do título. Precedentes do
STJ. Decisão reformada. Recurso provido. (TJRJ – AC 10.228/1999
– (07022000) – 9ª C.Cív. – Rel. Des. Laerson Mauro – J. 05.10.1999)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – PRAZO – FIANÇA –


EXECUÇÃO CONTRA FIADOR – ARRESTO – AGRAVO DE
INSTRUMENTO – PROVIMENTO PARCIAL – Processual Civil.
Exceção de pré-executividade. Limite. Prazos. Fiança. Execução
contra fiador. Arresto de bens do locatário. Ordem de execução. 1. A
exceção de pré-executividade é criação doutrinário-jurisprudencial na
qual não se pode admitir discussões que extrapolem os limites da
inexistência do título e da iliquidez ou incerteza da dívida. 2. Na
exceção de pré-executividade os prazos que correrem durante o seu
processamento não devem ser considerados fatais, porque esse
incidente não tem previsão em lei, podendo por isso ser tratado de
forma menos formal. 3. Se ao executar despejo o juízo arresta bem
do inquilino, deve penhorar tais bens em primeiro lugar na execução
movida contra o fiador, só penhorando bens do executado se a
avaliação se revelar insuficiente. 4. Agravo de Instrumento a que se
dá provimento parcial. (TJRJ – AI 8.252/1999 – (Ac. 05101999) – 16ª
C.Cív. – Rel. Des. Miguel Ângelo Barros – J. 31.08.1999)

EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL – SENTENÇA TRANSITADA


EM JULGADO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – PARTE
BENEFICIÁRIA DA JUSTIÇA GRATUITA – DESPESAS
PROCESSUAIS – PERÍCIA JUDICIAL – ISENÇÃO DO
PAGAMENTO – Execução judicial fundada em sentença transitada
em julgado. Execução da parcela referente às despesas periciais
imputadas à parte beneficiária da justiça gratuita em sentença
transita que extinguiu, sem mérito, a ação acidentária. Afronta à
garantia constitucional da “assistência jurídica integral” (art. 5º da
CF). Possibilidade de rediscussão da matéria à luz da exegese
sistemática dos dispositivos que regulam a coisa julgada. Despesas
processuais. Parcela implícita dos pedidos, passível, inclusive, de
inclusão na liquidação de sentença transitada, à semelhança dos
juros legais (Súmulas nºs 254 e 256 do STF). Cabimento, em
conseqüência, da discussão de sua legitimidade após o trânsito em
julgado da decisão objeto de execução. A ratio essendi da coisa
julgada, como instrumento de proteção dos julgados não pode
amparar decisão imutável que afronta texto constitucional. A regra
que veda a rediscussão da lide em liquidação ou execução não se
dirige às parcelas acessórias, implícitas em todo e qualquer pedido
nem aos equívocos materiais, posto que a isso corresponderia impor
à parte o dever de rescindir o decisório por motivos extrapolantes ao
art. 485 do CPC, fazendo prevalecer decisão sumamente injusta.
Ainda que assim, não se interprete sistematicamente as regras de
proteção do julgado, mister considerar, após o advento da
“antecipação de tutela” que é lícito em embargos à execução de
sentença, observando a verossimilhança da alegação, conferir
providência que evite, desnecessariamente a propositura de uma
ação rescisória do julgado, quando os embargos são suficientes para
demonstrar que a sentença transita violou a própria Constituição
Federal, temperando-se os rigores do art. 489 do CPC de que “a
rescisória não suspende a execução da sentença”. Nova visão do
fenômeno da coisa julgada amparada por arestos excepcionais.
Provimento do agravo para determinar ao Juiz, em obediência ao
duplo grau, que acolha a exceção de pré-executividade, para
considerar como incerta a obrigação constante do título executivo.
Vencido o Des. José Mota Filho. (TJRJ – AI 430/1998 – (Ac.
15091999) – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Luiz Fux – J. 09.06.1999)
EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – JUÍZO COMPETENTE PARA APRECIÁ-LA –
OPORTUNIDADE – JUÍZO DEPRECADO – PENHORA DE RENDAS
– ADMISSIBILIDADE – Execução. Penhora a ser efetivada perante o
Juízo deprecado, ao qual compete resolver os incidentes que a
envolvem. Penhora de renda da empresa ou de depósitos em conta-
corrente. Possibilidade. Exceção de pré-executividade deduzida
perante o Juízo deprecante. Necessidade do Juízo deprecado
aguardar a decisão do Juízo deprecante. Agravo parcialmente
provido. (MGS) (TJRJ – AI 427/99 – (Reg. 220.499) – 17ª C.Cív. –
Rel. Des. Fabrício Bandeira Filho – J. 24.03.1999)

EXECUÇÃO POR TÍTULO JUDICIAL – PENHORA – EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE – CITAÇÃO VÁLIDA – AUSÊNCIA –
EMBARGOS A EXECUÇÃO – DESCABIMENTO – Execução. Pré-
executividade. Ausência de citação. Descabimento. Estando
aparelhada a execução por título judicial, a exceção de pré-
executividade fica restrita às nulidades, aos pressupostos
processuais e às condições de procedibilidade da execução,
reconhecíveis até mesmo de ofício. A alegada ausência de citação
válida no processo de conhecimento, contudo, sobre ser causa
expressa dos Embargos à Execução fundada em sentença (art. 741,
I, do CPC), não é questão para ser dirimida antes da penhora, pois
não invalida o título judicial até que, devidamente provada, seja
declarada judicialmente nos Embargos. (CLG) (TJRJ – AI 272/99 –
(Reg. 300.399) – 16ª C.Cív. – Rel. Des. Paulo Gustavo Horta – J.
23.02.1999)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


OPORTUNIDADE DA ARGÜIÇÃO – REQUISITOS – Execução.
Exceção de pré-executividade. Limites de abrangência. Pode o
devedor, independentemente de embargos e penhora, discutir, em
exceção de pré-executividade, a nulidade do processo de execução
por ausência das condições para o válido exercício do direito de
ação, dos pressupostos processuais ou dos requisitos específicos da
execução, inscritos no artigo 618 do CPC. É-lhe defeso, entretanto,
tentar argüir, sem estar o Juízo seguro pela penhora, o suposto
excesso de execução, matéria somente oponível pela via dos
embargos. Agravo improvido. (MGS) (TJRJ – AI 6.002/98 – Reg.
201198 – Cód. 98.002.06002 – RJ – 5ª C.Cív. – Rel. Desig. Juiz
Carlos Raymundo – J. 20.10.1998)

EXECUÇÃO – QUITAÇÃO DO DÉBITO – FALTA DE PROVA –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – DESCABIMENTO – Agravo
de instrumento. Exceção de pré-executividade. Não se conhece do
pedido de declaração de impedimento do ilustre Juiz da causa, para
julgar o presente agravo, por não haver sido observado o disposto
nos artigos 314 a 316 do CPC. Não tendo sido comprovado, com
clareza, a quitação do débito reclamado na execução, uma vez que o
valor cobrado nesta é diverso dos recibos apresentados pelo
executado, exigindo uma análise mais profunda da questão, inviável
o acolhimento da exceção de pré-executividade. Recurso
desprovido. Decisão confirmada. (MGS) (TJRJ – AI 4.337/98 – Reg.
181198 – Cód. 98.002.04337 – RJ – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Gilberto
Fernandes – J. 15.10.1998)

EMBARGOS À EXECUÇÃO – LITISCONSÓRCIO FACULTATIVO –


FALTA DE CITAÇÃO – INOCORRÊNCIA – CONTESTAÇÃO – ART.
320 – INCISO I – CPC – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
USO INDEVIDO – AGRAVO IMPROVIDO – Processo de execução.
Exceção de pré-executividade. Alegação de falta de citação no
processo de conhecimento. Fiadores demandados sem ação
ordinária juntamente com os locatários para pagamento de despesas
de recuperação do imóvel, bem como aluguéis até este
restabelecimento físico do bem. Embargos à execução. Função
rescindente. Execução de sentença. No processo de execução de
sentença em regra somente se pode alegar fatos supervenientes a
esta em face da eficácia preclusiva do julgado (artigos 474 c/c 741
do CPC). Falta ou nulidade da citação. Defeito insanável se o
processo de conhecimento ocorreu à revelia do réu. Litisconsórcio
facultativo unitário. Defesa no processo de conhecimento levada a
efeito por um dos litisconsortes. Julgamento mediante a análise da
defesa. Inocorrência da hipótese do artigo 741, I, do CPC. A função
rescindente dos embargos previstos no art. 741, I, do CPC
pressupõe que tenha havido falta ou nulidade da citação e que o
processo tenha ocorrido à revelia do réu. Inocorrência da revelia por
força da contestação de um dos litisconsortes. Princípio da
interdependência. Inteligência do artigo 320 inciso I do CPC.
Exceção de pré-executividade. O uso promíscuo da exceção
ordinariza a execução restando-lhe a vantagem da sumariedade da
cognição. Ofende o princípio do devido processo legal postergar-se a
execução em detrimento do credor em favor do qual se promove a
execução. As matérias suscetíveis em exceção de pré-executividade
não são as que compõem as causae petendi dos embargos, para
cuja interposição exige-se a segurança do juízo. Agravo desprovido.
(PCA) (TJRJ – AI 385/98 – Reg. 111198 – Cód. 98.002.00385 – 15ª
C.Cív. – Rel. Des. Luiz Fux – J. 23.09.1998)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – AMPLA DEFESA – FUNDAMENTO LEGAL –
ART. 620 – CPC – ILEGITIMIDADE ATIVA – NOVA AVALIAÇÃO –
REJEIÇÃO DO PEDIDO – Agravo de Instrumento. Decisão que, em
execução por título extra-judicial, rejeita pleitos de ilegitimidade
processual e de nova avaliação, apresentados em exceção pré-
processual. 1. A exceção pré-processual, ou de pré-executividade,
reconhecida por doutrina e jurisprudência, é fundada no direito
constitucional à ampla defesa e no direito processual (art. 620 do
CPC), pelo qual a execução deve ser feita do modo menos gravoso
possível ao executado, entre outros princípios. 2. Ante a prova de
não estar o advogado proibido de atuar no foro cível, expedida pela
OAB, e não caber nova avaliação, deve ser inacolhido o recurso.
Agravo improvido. (CLG) (TJRJ – AI 3.423/98 – Reg. 140998 – Cód.
98.002.03423 – Teresópolis – 9ª C.Cív. – Rel. Des. Jorge Magalhães
– J. 11.08.1998)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – NULIDADE


DA EXECUÇÃO – CASSAÇÃO DA SENTENÇA – Processual civil.
Exceção de pré-executividade. A argüição de nulidade da execução,
através da denominada “exceção de pré-executividade”, não requer
a propositura da ação de embargos à execução, sendo resolvida
incidentalmente. Provimento do recurso. (MCG) (TJRJ – AC 2.596/98
– Reg. 090998 – Cód. 98.001.02596 – RJ – 16ª C.Cív. – Rel. Desig.
Juiz Nagib Slaibi Filho – J. 30.06.1998)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – TELEFONE –


IMPENHORABILIDADE – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
LEI Nº 8.009, DE 1990 – Execução de título extrajudicial. Penhora de
telefone em residência de médico. Impugnação nos próprios autos.
1. É impenhorável o telefone em residência de médico, por se tratar
de móvel que guarnece o lar (Lei nº 8.009/90) e de extrema
necessidade pessoal e social. 2. Pode a impenhorabilidade ser
levantada nos próprios autos, independente de embargos, por se
tratar de exceção pré-processual (Revista ATA 19) ou de pré-
executividade, conforme o famoso Parecer 95 de Pontes de Miranda.
Agravo provido. (DSF) (TJRJ – AI 2.298/98 – Reg. 240898 – Cód.
98.002.02298 – 9ª C.Cív. – Rel. Des. Jorge Magalhães – J.
17.06.1998)

CONTA CORRENTE BANCÁRIA – ABERTURA DE CRÉDITO –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXIBIÇÃO DE EXTRATO
DE CONTA – CASSAÇÃO DA DECISÃO – RECURSO PROVIDO –
Exceção de pré-executividade. Contrato de abertura de crédito em
conta corrente. Precedentes jurisprudências. Contrato de abertura de
crédito em conta corrente. Exigibilidade de demonstrativo minucioso
da evolução do débito. Sentença que indeferiu a inicial cassada.
Recurso provido. (MSL) (TJRJ – AC 2330/98 – Reg. 190698 – Cód.
98.001.02330 – Itaboraí – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Roberto Wider – J.
05.05.1998)

EXECUÇÃO – AÇÃO DECLARATÓRIA INCIDENTAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ADMISSIBILIDADE – CASSAÇÃO DA
DECISÃO – Agravo. Execução. Ação declaratória incidental.
Admissibilidade. Sendo a ação declaratória incidental matéria de
ordem pública, deve ser conhecida, de ofício, pelo Juízo
monocrático. Agravo provido. (MGS) (TJRJ – AI 1.722/98 – Reg.
080798 – Cód. 98.002.01722 – RJ – 11ª C.Cív. – Rel. Des. Cláudio
de Mello Tavares – J. 28.05.1998)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA


CONTROVERTIDA – Agravo de Instrumento. Exceção de pré-
executividade. Matéria controvertida. Alegação do executado que
pretende discutir a execução sem opor embargos do devedor. Ainda
que exista excesso de execução tal fato não acarreta a nulidade do
título judicial. Não-provimento do recurso. (MGS) (TJRJ – AI 761/98 –
Reg. 150698 – Cód. 98.002.00761 – RJ – 3ª C.Cív. – Rel. Des.
Humberto Perri – J. 28.04.1998)

EXECUÇÃO – TÍTULO EXTRAJUDICIAL – CONTRATO DE


LOCAÇÃO – IRRELEVÂNCIA – AUSÊNCIA DE TESTEMUNHAS –
COMPROVAÇÃO – CONTRATO ESCRITO – Agravo. Execução por
título executivo extrajudicial. Contrato de locação não subscrito por
duas testemunhas. Irrelevância. Título executivo extrajudicial
constituído pelo crédito locatício comprovado por contrato escrito.
Inteligência dos incisos II e IV do artigo 585 do Código de Processo
Civil. Rejeição de preliminar de inadmissibilidade do recurso. É
interlocutória a decisão recorrida, ex vi do disposto no § 1º do artigo
162 da Lei de Ritos. Comporta recurso de Agravo. Artigo 520 do
mesmo diploma processual. O pedido formulado pelos agravados de
aplicação por analogia do artigo 515 da lei processual é incabível,
haja vista que a exceção de pré-executividade sequer fora apreciada
pela instância monocrática. Provimento do recurso. (SCK) (TJRJ – AI
269/98 – Reg. 290498 – Cód. 98.002.00269 – RJ – 17ª C.Cív. – Rel.
Des. Raul Celso Lins e Silva – J. 25.03.1998)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – NOTA


PROMISSÓRIA VINCULADA A CONTRATO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – DESCABIMENTO – Execução. Pré-
executividade. Notas promissórias. Título executivo. Exame do
negócio subjacente. Impropriedade da fase. A oposição dos
executados ao requisito das notas promissórias para embasar
execução de títulos executivos extrajudiciais, vinculando-as ao
contrato de cessão de cotas do capital social de sociedade
comercial, quando se alega descumprimento de uma de suas
cláusulas, é matéria que, dependendo de prova no momento próprio,
não pode atingir a natureza da nota promissória como título
executivo, diante da sua natureza autônoma em relação ao negócio
subjacente. Decisão bem fundamentada que afasta a exceção de
executividade. (MGS) (TJRJ – AI 317/98 – Reg. 160498 – Cód.
98.002.00317 – RJ – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Paulo Gustavo Horta – J.
12.03.1998)

EMBARGOS À EXECUÇÃO – PENHORA DE BENS – CITAÇÃO


POR EDITAL – REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES À RECEITA
FEDERAL – Agravo. Execução. Citação pela via editalícia
antecedendo à penhora de bens. Impossibilidade. Informações à
Receita Federal. Aspectos de moralidade a ensejarem as
informações quanto à existência de bens, preservando-se o sigilo
das informações. Provimento parcial do agravo. O entendimento
pessoal do relator, não abraçado pela veneranda maioria, que
estabelecendo a Súmula nº 196 do Egrégio STJ, a possibilidade de
oferecimento de embargos à execução por parte do curador especial
– “ao executado que, citado por edital ou por hora certa, permanecer
revel, será nomeado curador especial, com legitimidade para
apresentação de embargos”, deixa subentendido lhe ser facultado o
oferecimento de exceção de pré-executividade o que, nos termos da
Súmula nº 27 do Tribunal de Alçada do Rio de Janeiro, e
perfeitamente admissível independentemente de penhora,
atendendo-se, sobretudo, ao aspecto teológico da norma legal,
providências essas impossíveis se não houver a citação pela via
editalícia. Por outro lado, a suspensão do processo, conforme
pretendido na decisão agravada, sem a citação, resultaria no
inevitável decurso do prazo prescricional, diante da norma insculpida
no art. 219 do CPC, aplicável ao processo de execução – art. 598 do
CPC, entendimento esse que, todavia, não reproduz o da maioria, ao
qual adere o relator, sobretudo em face de não ser unânime a
jurisprudência, inexistindo qualquer prejuízo ao agravante em razão
da suspensão do processo pela inexistência de bens penhoráveis.
Compete ao Judiciário desempenhar o papel de preservação da
harmonia social e contribuir para a justa composição das lides,
devendo, sobretudo, pugnar e velar pela moralidade em todos os
seus aspectos. A proteção jurisdicional deve ser concedida aqueles
que, no exercício da atividade humana se conduzem pelas sendas
da retidão, o que não se amolda aos que, impontuais, descumprem
as obrigações assumidas, impondo-se colocar à disposição da parte
lesada todos os meios possíveis ao cumprimento da obrigação, sob
pena de se coonestar a imoralidade, contribuindo-se, ainda mais,
para o descrédito das instituições, marcas dolorosas dos tempos
hodiernos. Entendimento contrário, todavia, de eminentes pares,
resultando no provimento parcial do recurso para, realizada a citação
por edital independentemente do arresto de bens, se oficiar a
Receita Federal, a fim de que informe se a agravada possui bens
arrolados em sua declaração de imposto de renda, possibilitando ao
agravante diligenciar no sentido de sua localização. Provimento
parcial do recurso. (JRC) (TJRJ – AI 2.993/97 – Reg. 070498 – Cód.
97.002.02993 – Campos – 18ª C.Cív. – Rel. Desig. Juiz Ademir
Pimentel – J. 18.02.1998)
TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DE ALÇADA DO RIO GRANDE DO SUL

RELATOR: BRENO
RECURSO: REEXAME NUMERO:
PEREIRA DA COSTA
NECESSÁRIO 70003815859
VASCONCELLOS

EMENTA: REEXAME NECESSARIO. ACAO DE COBRANCA


MOVIDA POR MEDICO DEMITIDO DE HOSPITAL MUNICIPAL.
ACORDO JUDICIAL HOMOLOGADO NO CURSO DA LIDE.
EXECUCAO DO ACORDO. EXCECAO DE PRE –
EXECUTIVIDADE. NULIDADE DECORRENTE DA NAO
SUBMISSAO DA AVENCA AO DUPLO GRAU DE JURISDICAO.
SENTENCA MANTIDA EM REEXAME NECESSARIO. (REEXAME
NECESSÁRIO Nº 70003815859, SEGUNDA CÂMARA ESPE CIAL
CÍVEL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: DES. BRENO
PEREIRA DA COSTA VASCONCELLOS, JULGADO EM 24/04/02)

TRIBUNAL: TRIBUNAL DE DATA DE JULGAMENTO:


JUSTIÇA DO RS 24/04/02
ORGAO JULGADOR: SEGUNDA COMARCA DE SECAO:
CÂMARA ESPECIAL CÍVEL ORIGEM: 1.VARA CIVEL

RECURSO: APELAÇÃO NUMERO: RELATOR: FERNANDO


CÍVEL 70002609154 BRAF HENNING JÚNIOR

EMENTA: EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE. EXECUCAO DE


SALDO NEGATIVO EM CONTA CORRENTE. CONTRATO DE
ABERTURA DE CREDITO. CARENCIA. HONORARIOS. I.
CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO CONTEM OBRIGACAO
DO CREDITADOR (INSTITUICAO FINANCEIRA) EM ACOLHER
PAPEIS, INDEPENDENTE DE FUNDOS DO CREDITADO EM
CONTA CORRENTE, ATE CERTO LIMITE E A CONTA DO
ULTIMO. CONTUDO, NELE NAO EXISTE QUALQUER
OBRIGACAO DO CORRENTISTA (CREDITADO) DE PAGAR
QUANTIA DETERMINADA. OS EXTRATOS, A SUA VEZ, SAO
DOCUMENTOS UNILATERAIS DO CREDITADOR E NELES NAO
REPOUSAM OS REQUISITOS PARA EXECUCAO, POIS CRIAR
SEUS PROPRIOS TITULOS EXECUTIVOS E PRERROGATIVA
APENAS DA FAZENDA PUBLICA. INTELIGENCIA DOS ARTS. 585,
II; E 586 DO CPC E SUMULA 233 DO STJ. II. COMO A EXCECAO
E INCIDENTE E PROCESSADA, MODO SUMARIO, NOS
PROPRIOS AUTOS DA EXECUCAO, NAO INCIDEM
HONORARIOS DE ADVOGADO (§§ 1º E 2º DO ART. 20 DO CPC).
III. NEGARAM PROVIMENTO A AMBOS OS RECURSOS.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 7 0002609154, DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA
CÍVEL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: DES.
FERNANDO BRAF HENNING JÚNIOR, JULGADO EM 12/06/01)

TRIBUNAL: TRIBUNAL DE
DATA DE JULGAMENTO: 12/06/01
JUSTIÇA DO RS
ORGAO JULGADOR: COMARCA DE ORIGEM:
SECAO:
DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA 3ª VARA CIVEL DE
CIVEL
CÍVEL PELOTAS

RECURSO: AGRAVO DE NUMERO: RELATOR: TERESINHA


INSTRUMENTO 70001053545 DE OLIVEIRA SILVA

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUCAO FISCAL.


EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE. NULIDADE DA DECISAO
POR FALTA DE FUNDAMENTACAO. EXCLUSAO DE SOCIO
GERENTE. INDICACAO DE BENS A PENHORA. ART-11 DA LEI
6830/80. A DECISAO FUNDAMENTADA DE FORMA SUCINTA
NAO E NULA. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS. A EXCECAO
E PRE-EXECUTIVIDADE, DADO O SEU CARATER
EXCEPCIONAL, ESTA RESERVADA PARA CASOS DE EVIDENTE
NULIDADE DA EXECUCAO E CASOS FLAGRANTEMENTE
TERATOLOGICOS. TODA A MATERIA DE DEFESA DEVERA SER
ARGUIDA EM SEDE DE EMBARGOS. E INCABIVEL INGRESSAR
COM EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE, ADUZINDO MATERIA
DEPENDENTE DE DILACAO PROBATORIA. O ARTIGO 11, DA LEI
6830/80, DISCIPLINA A ORDEM LEGAL A SER OBSERVADA,
PARA A PENHORA OU ARRESTO DE BENS DO DEVEDOR. EM
PRIMEIRO LUGAR VEM O DINHEIRO. O BEM INDICADO PELA
DEVEDORA ESTA ELENCADO EM 7A LUGAR NA ORDEM DE
GRADACAO ESTABELECIDO PELA LEI (BENS MOVEIS OU
SEMOVENTES). ASSIM SENDO, NAO ESTA O ESTADO
OBRIGADO A ACEITAR OS MESMOS COMO GARANTIA DO
DEBITO, ABRINDO-SE PARA O CREDOR A FACULDADE DE
INDICAR BENS A PENHORA. AGRAVO IMPROVIDO. (AGRAVO
DE INSTRUMENTO Nº 70001053545, SEGUNDA CÂMARA CÍVEL,
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: DES. TERESINHA DE
OLIVEIRA SILVA, JULGADO EM 04/10/00)

TRIBUNAL: TRIBUNAL DE
DATA DE JULGAMENTO: 04/10/00
JUSTIÇA DO RS
ORGAO JULGADOR: COMARCA DE ORIGEM: SECAO:
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL PORTO ALEGRE CIVEL
ASSUNTO: EXECUTIVO FISCAL.
REFERENCIAS LEGISLATIVAS: LF-6830 DE 1980 ART-11.

RECURSO: AGRAVO DE NUMERO: RELATOR: CÉZAR


INSTRUMENTO 70000589275 TASSO GOMES

EMENTA: EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE. MATERIA QUE


DIZ RESPEITO SOMENETE AO EXCESSO DE EXECUCAO DEVE
SER TRATADA EM SEDE DE EMBARGOS DO DEVEDOR, E NAO
COMO EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE. (3FLS) (AGRAVO
DE INSTRUMENTO Nº 70000589275, DÉCIMA SEGUNDA
CÂMARA CÍVEL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: DES.
CÉZAR TASSO GOMES, JULGADO EM 04/05/00)

TRIBUNAL: TRIBUNAL DE
DATA DE JULGAMENTO: 04/05/00
JUSTIÇA DO RS
COMARCA DE
ORGAO JULGADOR: DÉCIMA SECAO:
ORIGEM: CAXIAS DO
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL CIVEL
SUL

RELATOR: ELBA
RECURSO: APELAÇÃO NUMERO:
APARECIDA NICOLLI
CÍVEL 599414679
BASTOS

EMENTA: MONITORIA. LITISPENDENCIA. INEXISTENCIA. NAO


INDUZ AOS EFEITOS DA LITISPENDENCIA O INGRESSO DA
MONITORIA QUANDO EXTINTA A EXECUCAO POR
ACOLHIMENTO DE EXCECAO DE PRE EXECUTIVIDADE, SEM O
TRANSITO EM JULGADO DA SENTENCA DA QUAL HOUVE
APELO TAO SO QUANTO AOS HONORARIOS. E ILOGICO A
ATENTA CONTRA A ECONOMIA PROCESSUAL A EXTINCAO DA
MONITORIA PARA AGUARDAR DECISAO QUE NAO MODIFICARA
A EXTINCAO QUE E DEFINITIVA. PROVIDO. (APELAÇÃO CÍVEL
Nº 599414679, DÉCIMA NONA CÂMARA CÍVEL, TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO RS, RELATOR: DES. ELBA APARECIDA NICOLLI
BASTOS, JULGADO EM 25/04/00)

TRIBUNAL: TRIBUNAL DE DATA DE JULGAMENTO:


JUSTIÇA DO RS 25/04/00
ORGAO JULGADOR: DÉCIMA COMARCA DE SECAO:
NONA CÂMARA CÍVEL ORIGEM: EREXIM CIVEL
ASSUNTO: ACAO MONITORIA.

RECURSO: APELAÇÃO NUMERO: RELATOR: PAULO DE


CÍVEL 599428844 TARSO VIEIRA
SANSEVERINO

EMENTA: CAUTELAR INOMINADA. EXECUCAO DE PRE-


EXECUTIVIDADE. AJUIZADA ACAO CAUTELAR INOMINADA COM
O OBJETIVO DE EVITAR A INSCRICAO DO NOME DO AUTOR
NOS CADASTROS DE PROTECAO AO CREDITO, E NECESSARIA
A PROPOSITURA DA ACAO PRINCIPAL COMO ESTATUI O ART-
806 DO CPC, CASO SEJA ELA PREPARATORIA. EM SE
TRATANDO DE CAUTELAR INCIDENTAL, A SUA VIDA DEPENDE
DIRETAMENTE DO SUCESSO DA ACAO PREGRESSAMENTE
PROPOSTA. A ACAO EXECUTIVA NAO TEM A NATUREZA DE
PROCESSO PRINCIPAL DIANTE DA CAUTELAR INCIDENTAL
PROMOVIDA. TENDO A EXCECAO DE PRE.EXECUTIVIDADE
SIDO JULGADA IMPROCEDENTE, FALECE AO AUTOR A
PRETENSAO DE MANUTENCAO DA LIMINAR CONCEDIDA EM
DECORRENCIA DA ACESSORIEDADE E DEPENDENCIA DO
PROCESSO CAUTELAR. APELACAO DESPROVIDA. (APELAÇÃO
CÍVEL Nº 599428844, PRIMEIRA CÂMARA DE FÉRIAS CÍVEL,
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: DES. PAULO DE
TARSO VIEIRA SANSEVERINO, JULGADO EM 27/07/99)

TRIBUNAL: TRIBUNAL DE
DATA DE JULGAMENTO: 27/07/99
JUSTIÇA DO RS
ORGAO JULGADOR: COMARCA DE
SECAO:
PRIMEIRA CÂMARA DE ORIGEM: PORTO
CIVEL
FÉRIAS CÍVEL ALEGRE
ASSUNTO: MEDIDA CAUTELAR INOMINADA. ACAO PRINCIPAL.
INTERPOSICAO. NECESSIDADE. REGISTRO CREDITORIO
NEGATIVO. SUSPENSAO. EXCECAO DE PRE.EXECUTIVIDADE.
IMPROCEDENCIA DA ACAO. EFEITOS.
REFERENCIAS LEGISLATIVAS: CPC-806
RECURSO: APELAÇÃO NUMERO: RELATOR: DEMÉTRIO
CÍVEL 598190635 XAVIER LOPES NETO

EMENTA: EXECUCAO.CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO


ROTATIVO EM CONTA CORRENTE.EXCECAO DE PRE
EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO. APELO DESPROVIDO.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 598190635, DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA
CÍVEL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: DES.
DEMÉTRIO XAVIER LOPES NETO, JULGADO EM 09/03/99)

TRIBUNAL: TRIBUNAL DE DATA DE JULGAMENTO:


JUSTIÇA DO RS 09/03/99
ORGAO JULGADOR: DÉCIMA COMARCA DE SECAO:
SÉTIMA CÂMARA CÍVEL ORIGEM: SAO BORJA CIVEL
ASSUNTO: EXCECAO DE PRE-EXECUTIVIDADE.

RELATOR: HENRIQUE
RECURSO: APELAÇÃO NUMERO:
OSVALDO POETA
CÍVEL 198078370
ROENICK

EMENTA: NEGOCIO JURIDICO BANCARIO. EXCECAO DE PRE


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO.
MESMO ACOMPANHADO DE CREDITO NAO E TITULO
EXECUTIVO. PRECEDENTES DESTA CORTE E DO STJ. NA
ESPECIE, AINDA, OS EXTRATOS NAO SE REFEREM A TODO
PERIODO DA CONTRATUALIDADE. APELO IMPROVIDO.
(APELAÇÃO CÍVEL Nº 198078370, DÉCIMA QUARTA CÂMARA
CÍVEL, TRIBUNAL DE ALÇADA DO RS, RELATOR: DES.
HENRIQUE OSVALDO POETA ROENICK, JULGADO EM 25/06/98)

TRIBUNAL: TRIBUNAL DE DATA DE JULGAMENTO:


ALÇADA DO RS 25/06/98
ORGAO JULGADOR: DÉCIMA COMARCA DE SECAO:
QUARTA CÂMARA CÍVEL ORIGEM: GIRUA CIVEL
ASSUNTO: CONTRATO BANCARIO. EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. EXTRATO. IRRELEVANCIA. TITULO
EXTRAJUDICIAL. INEXISTENCIA.

RELATOR: HENRIQUE
RECURSO: AGRAVO DE NUMERO:
OSVALDO POETA
INSTRUMENTO 197278344
ROENICK

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCECAO DE PRE


EXECUTIVIDADE. NAO ESTANDO, DESDE LOGO, PELOS
DOCUMENTOS TRAZIDOS, DEMONSTRADO QUE O TERMO DE
RENEGOCIACAO TENHA SERVIDO PARA QUITAR CONTRATOS
DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE, NAO HA
COMO ACEITAR-SE A TESE DE EXCECAO DE PRE-
EXECUTIVIDADE. A ILIQUIDEZ DO TITULO PODERA SE
REDISCUTIDA COM MAIS PROFUNDIDADE POR OCASIAO DA
INTERPOSICAO DE EMBARGOS. AGRAVO IMPROVIDO.
(AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 197278344, SEGUNDA CÂMARA
CÍVEL, TRIBUNAL DE ALÇADA DO RS, RELATOR: DES.
HENRIQUE OSVALDO POETA ROENICK, JULGADO EM 23/04/98)

TRIBUNAL: TRIBUNAL DE
DATA DE JULGAMENTO: 23/04/98
ALÇADA DO RS
ORGAO JULGADOR: COMARCA DE ORIGEM: SECAO:
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL PORTO ALEGRE CIVEL

RECURSO: AGRAVO DE NUMERO: RELATOR: MOACIR


INSTRUMENTO 196043012 LEOPOLDO HAESER

EMENTA: EXCECAO DE PRE=EXECUTIVIDADE - AISENCIA DE


TITULO EXECUTIVO. CABE A APRESENTACAO DA EXCECAO
QUANDO ATACADAS AS PROPRIAS CONDICOES DA ACAO OU
A NULIDADE DA EXECUCAO POR AUSENCIA DE TITULO
EXECUTIVO, MATERIA APRECIAVEL DE OFICIO PELO JUIZ.
CONTROVERSIA JURISPRUDENCIAL SOBRE A POSSIBILIDADE
DE EXECUCAO DE CONTRATATOS DE ABERTURA DE CREDITO
EM CONTA CORRENTE. POSICAO ATUAL DA CAMARA NO
SENTIDO DA NEGATIVA. INCONSTITUCIONALMENTE DAS
DISPOSICOES INCLUIDAS EM MEDIDAS PORVISORIAS
EDITADAS SEM OS REQUISITOS CONSTITUCIONAIS DE
RELEVANCIA E URGENCIA. RESPEITO A ORDEM JURIDICA A A
ESTABILIDADE DAS DECISOESJUDICIAIS. IMPOSSIBILIDADE DE
NORMA PROVISORIA DERROGAR LEI COMPLEMENTAR, COMO
E O CODIGO DE DEFESA DO COINSUMIDOR. ACOLHIMENTO DA
EXCECAO PARA QUE SEJA REGULARMENTE INSTRUIDA E
DECIDIDA PELO JUIZ. AGRAVO PROVIDO. (AGRAVO DE
INSTRUMENTO Nº 196043 012, QUARTA CÂMARA CÍVEL,
TRIBUNAL DE ALÇADA DO RS, RELATOR: DES. MOACIR
LEOPOLDO HAESER, JULGADO EM 16/05/96)

TRIBUNAL: TRIBUNAL DE DATA DE JULGAMENTO:


ALÇADA DO RS 16/05/96
ORGAO JULGADOR: QUARTA COMARCA DE SECAO:
CÂMARA CÍVEL ORIGEM: IJUI CIVEL

RECURSO: AGRAVO DE NUMERO: RELATOR: LEONELLO


INSTRUMENTO 195113808 PEDRO PALUDO

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCECAO DE PRE


EXECUTIVIDADE. SOMENTE SITUACOES EM QUE DESDE LOGO
SE VERIFIQUE A IMPOSSIBILIDADE DE PROSSEGUIMENTO DA
EXECUCAO, QUER POR MANIFESTA NULIDADE, PELA
OCORRENCIA DE PRESCRICAO OU OUTRAS SITUACOES
ESPECIALISSIMAS, PODEM DITAR A PRONTA EXTINCAO DA
EXECUCAO. AGRAVO IMPROVIDO. (AGRAVO DE
INSTRUMENTO Nº 195113808, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL,
TRIBUNAL DE ALÇADA DO RS, RELATOR: DES. LEONELLO
PEDRO PALUDO, JULGADO EM 30/08/95)

TRIBUNAL: TRIBUNAL DE
DATA DE JULGAMENTO: 30/08/95
ALÇADA DO RS
ORGAO JULGADOR: COMARCA DE ORIGEM: SECAO:
SÉTIMA CÂMARA CÍVEL PORTO ALEGRE CIVEL

27226571 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – A decisão que julga improcedente o incidente de
exceção de pré-executividade suscitado pelo executado, constitui
decisão interlocutória, nos termos do art. 162 do CPC, na medida em
que não põe fim ao feito executivo, desafiando, portanto, o recurso
de agravo de instrumento. Inaplicabilidade do princípio da
fungibilidade recursal ante a verificação de erro grosseiro na
interposição de recurso de apelação. Decisão monocrática. Agravo
de instrumento improvido de plano. Art. 557, caput, do CPC. (TJRS –
AI 70005695473 – 2ª C.Cív.E sp. – Relª Desª Ana Beatriz Iser – J.
14.01.2003)JCPC.162 JCPC.557
27226585 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE EXECUÇÃO
FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL – Capital
social não integralizado. Sociedade anônima. Falência. Art. 50 do
Decreto-Lei nº 7.661/45 c/c o art. 107, inciso I, da Lei nº 6.404/76.
Exceção de pré-executividade. Pagamento parcial. Excesso na
execução. Matéria a ser deduzida através de embargos de devedor.
Art. 741, inciso V, do CPC. Precedentes jurisprudenciais. Decisão
monocrática. Negado provimento, de plano. (TJRS – AI
70005696562 – 2ª C.Cív.Esp. – Relª Desª Cláudia Maria Hardt – J.
10.01.2003)JLF.50 JLSA.107 JLSA.107.I JCPC.741 JCPC.741.V
27226472 – DIREITO TRIBUTÁRIO E FISCAL – EXECUÇÃO
FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXCLUSÃO DE
SÓCIO-GERENTE – MATÉRIA A SER DEDUZIDA PELA VIA DE
EMBARGOS – Na execução fiscal, toda matéria útil ao devedor
deverá ser deduzida pela via de embargos, descabendo a alegação
de ilegitimidade passiva através da argüição de exceção, tendo em
vista o fato de que se trata de matéria que necessita de dilação
probatória. Decisão monocrática que retrata o posicionamento
uniforme da Câmara quanto à matéria. Prestação jurisdicional
equivalente à que seria dada pelo colegiado. Aplicação do artigo
557, caput, do CPC. Agravo de instrumento. Negado seguimento.
(TJRS – AI 70005679709 – 1ª C.Cív.Esp. – Rel. Des. Túlio de
Oliveira Martins – J. 27.12.2002)JCPC.557
27195387 – APELAÇÃO CÍVEL – Exceção de pré-executividade.
Execução fiscal. Incabível o manejo da exceção de pré-
executividade para invocar a decadência do crédito exigido em
execução fiscal ante a norma expressa do art. 16, § 3º, da Lei
6.830/80. Tratando-se de direito disponível (decadência), não pode
ser reconhecida fora dos embargos. Precedentes do STJ. Além disto,
não ocorreu a decadência alegada porque a extinção do direito da
Fazenda Pública de constituir o crédito, só acontece depois de cinco
anos, a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o
lançamento poderia ter sido efetuado, nos termos do art. 173, I, do
CTN. Apelação provida. (TJRS – AP-RN 70003984101 – 21ª C.Cív. –
Rel. Des. Marco Aurélio Heinz – J. 21.08.2002)
27196943 – EXECUÇÃO DE ACÓRDÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E CUSTAS
PROCESSUAIS – POSSIBILIDADE – CÁLCULOS ELABORADOS
PELA CONTADORIA – Não se pode desconsiderar o cálculo da
memória discriminada da dívida elaborada pela contadoria judicial,
não estando evidenciado prejuízo decorrente do documento.
Excesso de penhora alegado em exceção de pré-executividade.
Questões relativas ao excesso da penhora devem ser discutidas em
recurso próprio, não podendo a exceção de pré-executividade servir
de instrumento para o enfrentamento de tais questões. Agravo
improvido. (TJRS – AI 70004338869 – 18ª C.Cív . – Rel. Des. José
Francisco Pellegrini – J. 15.08.2002)
27197814 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CONTRATO
DE CESSÃO DE DIREITOS DE LOCAÇÃO DE SALÃO COMERCIAL
– SHOPPING CENTER – LEGITIMIDADE DO EXEQÜENTE – UMA
VEZ QUE O CEDENTE FOI O CONDOMÍNIO PRO INDIVISO DOS
PROPRIETÁRIOS DO TERRENO, UMA VEZ CONCLUÍDO O
EMPREENDIMENTO E LEGALIZADA A SITUAÇÃO A
LEGITIMIDADE PASSOU PARA O CONDOMÍNIO SHOPPING DA
SERRA, ORA EXEQÜENTE, CIRCUNSTÂNCIA
SUFICIENTEMENTE DEMONSTRADA NOS AUTOS – TÍTULO
EXECUTIVO – O CONTRATO DE CESSÃO, COM VALORES
EXPRESSOS E ASSINADO PELO CREDOR, DEVEDORES,
FIADORES E DUAS TESTEMUNHAS, SE ENQUADRA NO INCISO
II DO ART. 585 DO CPC – IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO
PEDIDO – Matéria que se confunde com o mérito da causa, devendo
ser discutida nos embargos. Apelação provida. Recurso adesivo
desprovido. (TJRS – AC 70004497962 – 16ª C.Cív. – Rel. Des.
Paulo Augusto Monte Lopes – J. 14.08.2002)JCPC.585 JCPC.585.II
27198482 – AGRAVO – Tendo o executado argüido, em exceção de
pré-executividade a prescrição intercorrente não há óbice ao seu
reconhecimento, vedado ao julgador, apenas, decretá-la de ofício.
Precedentes jurisprudenciais que destoam das razões do recurso.
Prescrição reconhecida. Processo extinto. Agravo improvido. (TJRS
– AI 70004684098 – 5ª C.Cív. – Relª Desª Ana Maria Nedel Scalzilli –
J. 22.08.2002)
27195091 – AGRAVO DE INSTRUMENTO DÉCIMA PRIMEIRA
CÂMARA CÍVEL – TJ PROCESSO DE EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE – NOTA DE CRÉDITO COMERCIAL – A
nota de crédito comercial constitui título executivo extrajudicial, razão
por que inviável o acolhimento de exceção de pré-executividade sob
o fundamento de que ela não possui força executiva. Agravo de
instrumento desprovido. (TJRS – AI 70003910957 – 11ª C.Cív. – Rel.
Des. Voltaire de Lima Moraes – J. 26.06.2002)
27194894 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA DO SÓCIO – A exceção de pré-executividade tem
cabimento, conforme construção pretoriana, para as hipóteses
especialíssimas e restritas de flagrante inexistência ou nulidade do
título executivo ou quando ausentes os pressupostos e/ou condições
da ação, possibilitando, com isso, a defesa da parte interessada sem
que sofra a constrição judicial em seu patrimônio. A questão sobre a
legitimidade do sócio para figurar no pólo passivo da execução, que
demanda maiores investigações, deve ser aduzida em embargos à
execução. Por maioria, agravo desprovido. (TJRS – AI 70003769775
– 21ª C.Cív. – Red. p/o Ac. Des. Marco Aurélio Heinz – J.
15.05.2002)
27195096 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO DE PRESCRIÇÃO DE TÍTULO
QUE NÃO ESTÁ SENDO EXECUTADO – NECESSIDADE DE
DILAÇÃO PROBATÓRIA QUE AFASTA A POSSIBILIDADE DE
PROCEDÊNCIA DA EXCEÇÃO MANEJADA – Negado provimento.
(TJRS – AI 70003913621 – 17ª C.Cív. – Rel. Des. Alexandre Mussoi
Moreira – J. 21.05.2002)
27193725 – AGRAVO DE INSTRUMENTO DÉCIMA PRIMEIRA
CÂMARA CÍVEL – TJ PROCESSO DE EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE – O contrato de abertura de crédito fixo
constitui título executivo extrajudicial (art. 585, II, do CPC), não
podendo ser confundido com o contrato de abertura de crédito em
conta corrente, este sim, sem força executiva. Agravo de instrumento
desprovido. (TJRS – AI 70003230430 – 11ª C.Cív. – Rel. Des.
Voltaire de Lima Moraes – J. 17.04.2002)JCPC.585 JCPC.585.II
27195411 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE
CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA – EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CONSTITUIÇÃO EM MORA – A
constituição em mora determinada pelo DL 745/69 diz respeito à
resolução contratual e não à execução contratual. Negado
provimento. (TJRS – AI 70003988847 – 17ª C.Cív. – Rel. Des.
Alexandre Mussoi Moreira – J. 16.04.2002)
27192316 – AÇÃO DE EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA
CERTA – EXTINÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
ACOLHIMENTO – IRRESIGNAÇÃO – DESACOLHIMENTO –
AGRAVO RETIDO – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS –
Considerando-se que o item atinente aos honorários advocatícios
não chegou a ser apreciado na decisão combatida, é de ser provido
o agravo retido a fim de que se possa examinar dita questão.
Ausência de título executivo. Na espécie, inexistindo sentença
condenatória, através da qual esteja a parte recorrida obrigada a
entregar o veículo, ou na ausência de efetivo título extrajudicial que
consubstancie obrigação nesse sentido, mostra-se inviável a
execução proposta. Agravo retido provido. Apelação improvida.
(TJRS – AC 70000738674 – 13ª C.Cív. – Relª Desª Laís Rogéria
Alves Barbosa – J. 07.03.2002)
27193264 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – RECURSO
CABÍVEL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – NÃO-INCIDÊNCIA DO
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE DOS RECURSOS – EXISTÊNCIA
DE ERRO GROSSEIRO – Não incide, na espécie, o princípio da
fungibilidade, porque a interposição do recurso de apelação contra a
decisão que julgou o incidente processual constitui erro grosseiro, já
que é entendimento pacífico na doutrina e na jurisprudência que da
decisão que julga a exceção de pré-executividade o recurso cabível
é o de agravo de instrumento, por cuidar-se de decisão interlocutória
(art. 162, §2º, combin ado com o art. 522, ambos do CPC). Apelação
não conhecida. (TJRS – AC 70002771988 – 11ª C.Cív. – Rel. Des.
Voltaire de Lima Moraes – J. 27.03.2002) (Ementas no mesmo
sentido)JCPC.522
27219146 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE CUSTAS
PROCESSUAIS – Inviabilidade. Não são devidas custas processuais
em decorrência da interposição e do julgamento de exceção de pré-
executividade. Ocorre que não há previsão expressa no Regimento
de Custas a esse respeito, e, em matéria de custas e emolumentos
não se permite interpretação analógica, paridade ou outro qualquer
fundamento. (CNJ-CGJ, art. 456, § 5º). Impõe-se, assim, o
provimento do agravo. Deram provimento ao recurso. (TJRS – AGI
70005157888 – (549994) – 9ª C.Cív. – Rel. Des. Adão Sérgio do
Nascimento Cassiano – DJRS 11.12.2002)
27220205 – EXECUÇÃO – SUSPENSÃO DO FEITO – EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – AÇÃO REVISIONAL ANTECEDENTE
A EXECUÇÃO – 1 – A exceção de pré-executividade não tem, como
pretende o recorrente, o efeito de suspender a execução. Não há
amparo legal a esta pretensão, nem justificativa plausível. 2. A ação
revisional do contrato intentada por parte da agravante e
antecedentemente a execução distribuída, em que pese não
configurada hipótese de conexão, tipifica-se como prejudicial externa
a autorizar a suspensão do feito executivo, após a formalização da
penhora, funcionando, praticamente, como embargos prévios. E que,
se esta a se discutir, inclusive, o valor efetivamente devido, e a
execução proposta pelo agravado reclama crédito incontroverso,
sendo inafastável o reconhecimento de prejudicialidade. Agravo de
instrumento a que se dá parcial provimento de plano, com espeque
no art. 557, §1º -a, do CPC. (TJRS – AGI 70005656772 – (551061) –
2ª C.Esp.Cív. – Relª Desª Marilene Bonzanini Bernardi – DJRS
20.12.2002)JCPC.557 JCPC.557.1A
27221360 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – PRECATÓRIA DE
CITAÇÃO E ATOS EXECUTÓRIOS – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, PELOS DEVEDORES – VENDA DO IMÓVEL A
TERCEIRO – Não registrado a compra e venda no registro de
imóveis. Matéria a ser deduzida em embargos de terceiro. Decisão
monocrática. Provido o agravo de instrumento, de plano. (TJRS –
AGI 70005648845 – (552242) – 2ª C.Esp.Cív. – Relª Desª Cláudia
Maria Hardt – DJRS 19.12.2002)
27219041 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – DECLARAÇÃO DE
POBREZA – PRESUNÇÃO DE VERACIDADE – PROVA DA
CONDIÇÃO ECONÔMICA SUFICIENTE – Necessidade. Para a
concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, basta a
declaração pessoal de pobreza da parte, para presumir-se
verdadeira a alegação do estado de insuficiência econômica. Tal
posicionamento e norteado pelo princípio de que deve a Lei facilitar o
acesso do povo a justiça. Execução fiscal. Exceção de pré-
executividade. A exceção de pré-executividade e forma excepcional
de oposição do devedor, que se presta apenas a discussão de
matérias que podem ser apreciadas de ofício pelo juiz. Inadmissível,
portanto, para a discussão de inocorrência de fato gerador de tributo,
matéria que deve ser discutida em embargos de devedor, após
efetivada a garantia do juízo. Agravo parcialmente provido. (TJRS –
AGI 70004348520 – (549868) – 2ª C.Cív. – Relª Desª Teresinha de
Oliveira Silva – DJRS 13.11.2002)
27219525 – EXECUÇÃO DE SENTENÇA – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – Coisa julgada não configurada, porquanto
podera o executado, a qualquer tempo, argüir matéria relativa aos
pressupostos processuais e as condições da ação. A necessidade
de liquidação do título executivo não constitui infringência a coisa
julgada, especialmente pela observância da regra do artigo 566,
inciso I, do CPC. Matéria de interesse público e da qual se exige a
efetiva legitimidade para o processo executivo. Ausência de
desrespeito ao princípio do juiz natural. Interpretação do artigo 132
do CPC. Acolhimento da exceção de pré-executividade ante o fato
de que o exeqüente não tem título executivo, pois não beneficiado
pela decisão proferida na primitiva ação expropriatória. Sentença de
procedência do pedido do Estado. Majoração da verba honorária.
Litigância de má-fé recusada. Preliminares rejeitadas. Desprovimento
dos apelos dos vencidos. Parcial provimento do recurso de apelação
do Estado. (TJRS – APC 70004711560 – (550365) – 3ª C.Cív. – Rel.
Des. Augusto Otávio Stern – DJRS 14.11.2002) (Ementas no mesmo
sentido)JCPC.566 JCPC.566.I JCPC.132
27223041 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – Matéria já assentada em anterior aresto. Coisa
julgada. Litigância de má-fé caracterizada. Recurso improvido. (TJRS
– AGI 70004970786 – (553977) – 18ª C.Cív. – Rel. Des. Breno
Pereira da Costa Vasconcellos – DJRS 24.10.2002)
27217969 – AGRAVO INTERNO – Incabível a condenação ao
pagamento de honorários advocatícios em exceção de pré-
executividade acolhida, mas que apenas decidiu questão incidente,
não extinguindo o feito. Agravo interno improvido (TJRS – AGV
70004908075 – (531847) – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Luiz Felipe Silveira
Difini – DJRS 25.09.2002)
27220995 – TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE – Âmbito restrito a questões de ordem
pública e que independem de prova. 1. Não há como se conhecer,
em exceção de pré-executividade, de questões dependentes de
prova. 2. Alegação de ilegitimidade passiva para a execução fundada
na prova de não ser proprietário. Inadmissibilidade. 3. Supostos
vícios na CDA e no procedimento administrativo-tributário e
pretendida prescrição do crédito tributário que reclamam cognição
ampla. 4. Exceção de pré-executividade julgada improcedente na
origem. Decisão mantida. Agravo improvido. (TJRS – AGI
70004574414 – (551863) – 1ª C.Esp.Cív. – Rel. Des. Eduardo Uhlein
– DJRS 25.09.2002)
27222716 – Negócios jurídicos bancários. Processo de execução.
Exceção de pré-executividade. Agravo regimental em agravo de
instrumento. Não cabe agravo regimental para atacar a decisão do
relator, que deixa de agregar efeito suspensivo ao agravo de
instrumento e indefere a concessão de liminar visando sustar o
trâmite da execução, na forma da 6ª Conclusão do CETARGS.
Agravo regimental não-conhecido. (TJRS – AGR 70003135241 –
(553641) – 13ª C.Cív . – Rel. Des. José Antônio Cidade Pitrez –
DJRS 24.09.2002)
27189315 – CONTRATOS BANCÁRIOS – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – A exceção de pré-executividade, como
defesa do executado, só pode ser aceita em casos especialíssimos,
quando evidente a nulidade da execução. Matéria de embargos deve
ser suscitada e decidida em embargos, onde se estabelece o
contraditório e a possibilidade de produção de provas. Recurso
improvido. (TJRS – AGI 70004486890 – (00513866) – 16ª C.Cív. –
Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda – J. 07.08.2002)
127222571 – PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – CONTRATO DE
SEGURO – CONVERSÃO EM AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA
– POSSIBILIDADE NO CASO – O agravado ajuizou ação de
execução em face da seguradora agravante, a luz do art. 585, III, do
CPC, porém, calcada em contrato de seguro residencial. Alertado do
equívoco, em decorrência de exceção de pré-executividade
suscitada pela executada, pleiteou a conversão da execução em
ação ordinária para a cobrança do crédito, o que foi,
adequadamente, deferido em primeiro grau. Inconformidade da
agravante que, no caso, não é de restar acolhida, seja por não lhe
resultar prejuízo, ao contrário do credor, seja pela instrumentalidade
das formas. Agravo desprovido. (TJRS – AGI 70004219176 – 5ª
C.Cív. – Rel. Des. Léo Lima – J. 13.06.2002)

127224003 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – A


denominada exceção de pré-executividade, construção pretoriana e
não prevista expressamente em Lei, tem cabimento nas hipóteses
excepcionalíssimas e restritas de flagrante inexistência ou nulidade
do título executivo, bem assim nas hipóteses referentes a flagrante
falta de pressupostos processuais e/ou condições da ação. Matéria
relativa a prescrição, que independe de dilação probatória, pelos
mesmos princípios pode e deve ser apreciada em sede de exceção
de pré-executividade. Prescrição intercorrente. Somente após
esgotadas todas as possibilidades de cobrança contra a devedora
principal é que pode o Estado voltar-se contra os sócios,
responsáveis subsidiários (art. 135, CTN). Tendo sido decretada a
falência da empresa e sendo tal fato do conhecimento do Estado é
de ser reconhecida a prescrição intercorrente, tendo ele
redirecionado a execução contra os sócios, quando já transcorridos
mais de cinco anos do momento da quebra, com ciência inequívoca
de que a falida não teria como honrar com o pagamento do débito.
Princípio da. Actio nata. A preservar o direito. Verba honorária. A
verba honorária é conseqüência do decaimento, sendo devida
inclusive em sede de exceção de pré-executividade. Apelação não
provida. Sentença confirmada em reexame necessário. (TJRS –
Proc. 70004046553 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta
Roenick – J. 12.06.2002)
127218377 – AGRAVO INTERNO – Decisão que nega seguimento a
agravo de instrumento. Seguimento negado. Ato do relator. Art. 557
do CPC. Recurso. Execução fiscal. Exceção de pré-executividade.
Descabimento. Estando a decisão impugnada no agravo de
instrumento de acordo com a jurisprudência da Câmara e do
Superior Tribunal de Justiça, está o relator autorizado a negar
seguimento ao recurso. Art. 557 do CPC. Hipótese em que a parte
pretendia a sua exclusão do pólo passivo da ação de execução
fiscal. Recurso desprovido. (TJRS – AGV 70004319455 – 2ª C.Cív. –
Relª Desª Maria Isabel de Azevedo Souza – J. 15.05.2002) (Ementas
no mesmo sentido)JCPC.557
127218402 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Exceção de
contrato não cumprido e impugnação ao valor da causa. A exceção
de pré-executividade não é remédio hábil para fulminar a execução,
sob o enfoque da falta de liquidez e certeza do título quando seu
aspecto formal não é atacado, mas apenas alegado o
descumprimento do contrato de prestação de serviços. Este, se
assinado pelo devedor e subscrito por duas testemunhas, é título
executivo extrajudicial nos termos do art. 585, II do CPC. De outro
lado, em sede de exceção de pré-executividade não se permite a
aplicação das regras de impugnação ao valor da causa
expressamente disciplinadas na Lei Adjetiva Civil. Agravo improvido.
(TJRS – AGI 70004025805 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio dos
Santos Caminha – J. 23.05.2002)JCPC.585 JCPC.585.II
127219626 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EMBARGOS DO
DEVEDOR – PENHORA – SEGURANÇA DO JUÍZO –
INEXISTÊNCIA DE BENS PASSÍVEIS DE PENHORA – Princípios
Constitucionais da ampla defesa e do contraditório a serem
exercidos através do devido processo legal (art. 5º, LIV e LV da CF).
Recebimento dos embargos independentemente da penhora.
Possibilidade. Excessividade da multa constante da CDA. Matéria
que é objeto dos embargos e que não pode ser conhecida em sede
deste agravo. A questão referente a alegada excessividade da multa
constante da CDA e a própria matéria de fundo dos embargos do
devedor e, como tal, não pode ser conhecida em sede deste agravo
de instrumento, que foi manejado contra a decisão que condicionou
o recebimento daquela incidental a efetivação de penhora sobre
bens do devedor. A regra legal, cogente, no sentido de que os
embargos do devedor só podem ser admitidos uma vez seguro o
juízo pela penhora (art. 737, I, do CPC e 16, par. 1º, da LEF) deve
ser flexibilizada em situações excepcionais, como, por exemplo,
naquela em que o devedor, comprovadamente, não possua bens
passíveis de penhora. Caso contrário, ter-se-ia evidente e indevida
violação a princípio constitucional. Por isso mesmo de hierarquia
preponderante a Lei ordinária. Que assegura, através do devido
processo legal (art. 5º, LIV, da CF). A defesa no processo de
execução só se dá por intermédio dos embargos, excetuadas
aquelas hipóteses excepcionalíssimas de cabimento da exceção de
pré-executividade, a ampla defesa e o contraditório (art. 5º, LV, da
CF). Viabilidade, em situações que tais, de admissibilidade dos
embargos do devedor sem que o juízo esteja seguro pela penhora,
com o que se preserva íntegro o princípio constitucional inserto no
art. 5º, LIV e LV, da Carta Política. Agravo conhecido em parte e
provido. (TJRS – AGI 70004032694 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Henrique
Osvaldo Poeta Roenick – J. 15.05.2002)JCF.5 JCF.5.LIV JCF.5.LV
JCPC.737 JCPC.737.I
127220499 – EMBARGOS DECLARATÓRIOS – OMISSÃO –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Há omissão na decisão que
julgou procedente o incidente de pré-executividade e deixou de
imputar ônus de sucumbência a parte adversa. Tratando-se de
incidente de pré-executividade em que foi extinta a execução em
relação a excipiente, deve haver a imposição do ônus da
sucumbência a parte adversa. Embargos declaratórios acolhidos
sem efeito infringente. (TJRS – EMD 70004277547 – 16ª C.Cív. –
Relª Desª Ana Beatriz Iser – J. 08.05.2002)
127220824 – PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – ALEGAÇÃO DE LITISPENDÊNCIA E
CONEXÃO – DESACOLHIMENTO – Conquanto possível a exceção
de pré-executividade, como construção doutrinário-jurisprudencial, a
respeito de matéria que o juiz possa conhecer de ofício, no caso, não
é de restar acolhida. Litispendência e conexão entre ação de
cobrança e execução, decorrentes de contrato de seguro, não
caracterizadas. Agravo desprovido. (TJRS – AGI 70004081600 – 5ª
C.Cív. – Rel. Des. Léo Lima – J. 23.05.2002)
127221650 – EXECUÇÃO FISCAL – IPTU – PRESCRIÇÃO –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO – A exceção
de pré-executividade é cabível quando a defesa diz respeito a
questões que impossibilitam a execução, como nos casos em que
inexiste o próprio título, porque não preenchido das características
necessárias a ensejar processo executivo. Não obstante a prescrição
possa conduzir a nulidade do título, havendo necessidade de
produção de provas, somente em embargos pode ser ela discutida.
Sentença modificada em reexame necessário. (TJRS – REN
70003425220 – 2ª C.Cív. – Rel. Des. Arno Werlang – J. 22.05.2002)
127221874 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Ação revisional
anteriormente proposta pelo executado. Efeitos. Art. 585, § 1º, do
CPC. Litispendência e nulidade do título não configuradas. A
pendência de anterior ação revisional proposta pelo executado,
ainda não deslindada, não impede o ajuizamento de execução pelo
credor, lastreada no mesmo título. Agravo improvido. (TJRS – AGI
70004099537 – 17ª C.Cív. – Rel. Des. Eduardo Uhlein – J.
14.05.2002)
127222790 – AGRAVO INTERNO – Hipótese de aplicação de multa
cominatória sem precedente ação cominatória ou processo de
execução por obrigação de fazer ou não fazer. Exceção de pré-
executividade acolhida mediante decisão monocrática lançada em
sede de agravo de instrumento. Recurso improvido. Unânime. (TJRS
– AGV 70004194932 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Otávio Augusto de
Freitas Barcellos – J. 15.05.2002)
127213091 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Cabível, na
exceção, apreciar se há ou não título exeqüendo, mas é
absolutamente inviável descer ao negócio jurídico subjacente,
revisando suas cláusulas procedendo-se à cognição plena. A pré-
executividade vem sendo admitida pela jurisprudência em casos de
singela solução, isto é, quando evidente a total ausência de
procedibilidade da ação de execução. Agravo improvido. (TJRS –
AGI 70003926615 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio dos Santos
Caminha – J. 04.04.2002)
1141631 – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
CONEXÃO – PREVENÇÃO – NOVAÇÃO CONTRADITÓRIO – 'DUE
PROCESS OF LAW' – 1. A exceção de pré-executividade limita-se
as questões formais relativas ao implemento dos pressupostos
processuais. 2. Ainda não ofertados embargos, não há que se
reconhecer conexão entre a demanda executiva e a ação revisional.
3. Novação não respeita a vício relativo aos requisitos de
admissibilidade da execução e que, por isso, não dependem de outra
prova senão a decorrente do próprio contraste do material ofertado
com a execução 4. Para tal tipo de questionamento (novação), e
exigida dilação probatória que. Se admitida. Envolveria manifesta
distorção do 'due process of law'. E. Acaso não admitida. Informaria
"error in procedento", por vulneração do princípio do contraditório. 5.
Descabimento da exceção. 6. Agravo desprovido. (TARS – AI
197092323 – 17ª C.Cív. – Rel. Juiz Demétrio Xavier Lopes Neto – J.
13.10.1998)
1142543 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CONTRATO
BANCÁRIO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE
– AUSÊNCIA DE EXECUTIVIDADE – O contrato de abertura de
crédito em conta corrente, mesmo que acompanhado de extratos,
não se amolda na figura do art. 585, inc-II, do CPC, faltando-lhe
eficácia executiva, porquanto ao poder juridiciário e dado a formação
tão-somente dos títulos executivos judiciais, oriundos de processo de
conhecimento, seja através de ações plenárias, seja através de
ações sumárias. Apelação improvida. (TARS – AC 197252562 – 17ª
C.Cív. – Relª Juíza Elaine Harzheim Macedo – J.
22.09.1998)JCPC.585 JCPC.585.II
1142656 – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – A
exceção de pré-executividade só deve ser admitida em
circunstâncias especialíssimas, em que visível sem necessidade de
coleta de prova vício invencível no título de crédito. Se, por qualquer
modo, discutível a matéria, a discussão terá que se dar no âmbito de
embargos de devedor, garantido o juízo, meio adequado para tanto.
Agravo improvido. (TARS – AI 198089757 – 20ª C.Cív. – Rel. Juiz
Ilton Carlos Dellandrea – J. 08.09.1998)
1143230 – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
HONORÁRIOS – CABE O MANEJO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE NAS CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE AO JUIZ É
POSSÍVEL REJEITAR DE OFÍCIO A EXECUÇÃO E QUE
RESPEITAM A EXEQÜIBILIDADE DO TÍTULO – A cláusula penal de
contrato de prestação de serviços não pode ser isoladamente
considerada título exeqüível só porque o instrumento vem firmado
por duas testemunhas e formalmente obediente ao artigo 585, inciso
II, do código de processo. Sua exigibilidade depende sempre de
prova em processo de conhecimento. A inclusão das execuções
embargadas no par. 4 do artigo 20 do código de processo civil não
afastada a possibilidade de utilização da técnica do par. 3 na fixação
de honorários advocatícios. O que se busca e a fixação eqüitativa e
justa pelo juiz. Apelação improvida. (TARS – AC 197152804 – 20ª
C.Cív. – Rel. Juiz Ilton Carlos Dellandrea – J. 15.09.1998)JCPC.20
JCPC.20.4
1143247 – APELAÇÃO CÍVEL – EXECUÇÃO DE CONTRATO DE
LOCAÇÃO – ACORDO HOMOLOGADO JUDICIALMENTE – COISA
JULGADA – Exceção de pré-executividade acolhida. Sentença
mantida. Apelo improvido. Unânime. (TARS – AC 197161516 – 15ª
C.Cív. – Rel. Juiz Otávio Augusto de Freitas Barcellos – J.
02.09.1998)
1144100 – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
OFERTADA AO DEPOIS DO DECURSO DO PRAZO PARA
EMBARGOS – Afastamento da pretendida nulidade da execução,
por isso preclusa oportunidade para argüição de descumprimento de
condição. (TARS – AI 198069429 – 17ª C.Cív. – Rel. Juiz Demétrio
Xavier Lopes Neto – J. 11.08.1998)
1144315 – EXECUÇÃO – CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO –
A exceção de pré-executividade é admissível contra execução
carente de título executivo, constituindo-se em instrumento próprio
para demonstrar, independentemente de penhora a não
executividade do título. Estando a execução aparelhada em contrato
de abertura de crédito, o qual não constitui título executivo, ainda
que acompanhado dos respectivos extratos, por lhe faltar liquidez,
plausível a existência de vício do título através da referida exceção.
Apelo improvido. (TARS – AC 198092967 – 15ª C.Cív. – Rel. Juiz
Manuel Martinez Lucas – J. 12.08.1998)
1144443 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA – O agravo de
instrumento e o recurso cabível da decisão que aprecia a exceção de
pré-executividade. Dita exceção pode ser proposta com relação ao
título executivo extrajudicial que embasa as execuções fiscais. Cda.
Mesmo gozando elas, por força de lei, da presunção de liquidez e
certeza. E que tal exceção dirige-se ao disposto no artigo 618,
Caput, do código de processo civil, sendo possível o ataque a
exigibilidade do título, especialmente quando alegada a prescrição.
Sentença que deu pela impossibilidade jurídica da exceção. Agravo
provido. (TARS – AI 198008740 – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Augusto
Otávio Stern – J. 20.08.1998)JCPC.618
1144444 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO ANULATÓRIA DE
TÍTULO – EXECUÇÃO – Embargos e exceção de pré-executividade.
Ausência de peças necessárias a correta compreensão da
controvérsia recursal. Não conhecimento. Precedentes. (TARS – AI
198063869 – 17ª C.Cív. – Rel. Juiz Demétrio Xavier Lopes Neto – J.
11.08.1998)
1144577 – NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO – EXECUÇÃO –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Questões que não se
prestam para serem argüidas em exceção de pré-ex. Negaram
provimento. (TARS – AI 198098741 – 14ª C.Cív. – Rel. Juiz Rui
Portanova – J. 27.08.1998)
1144588 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – A exceção de
pré-executividade, como medida excepcional que é, só pode ser
aceita em casos especialíssimos, ou seja, quando evidente a falta de
requisitos do título que se pretende executar (art. 585, do CPC).
Além dessa exigência, fundamental que o incidente tenha sido
ajuizado antes do prazo de embargos, uma vez que a exceção não
pode ser elevada a condição de sucedâneo recursal, particularmente
em favor do devedor que teve insucesso nos embargos ou, ainda,
que perdeu o prazo para embargar, como no caso Sub Judice.
Recurso improvido. (TARS – AI 198097099 – 16ª C.Cív. – Rel. Juiz
Claudir Fidelis Faccenda – J. 12.08.1998)JCPC.585
1144591 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO –
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA – A matéria
argüida implica em exame das condições da ação, sendo nulidade
daquelas que podem e devem ser reconhecidas de ofício. Contrato
de abertura de crédito em conta corrente cheque nobre. Execução.
Contrato de abertura de crédito. Inadmissibilidade. Não se admite a
execução de contrato de abertura de crédito, mesmo que
acompanhado dos extratos de sua utilização, por ausência de
liquidez. Recurso improvido. (AC 197114713). Agravo provido.
(TARS – AI 198098717 – 15ª C.Cív. – Rel. Juiz Vicente Barroco de
Vasconcelos – J. 19.08.1998)
1144618 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Descabida
quando pretende, a esse título, discutir matéria própria dos
embargos. E o que se infere da alegação defensiva de existência de
cláusulas abusivas ou da argüição de continuidade negocial que
estaria encobrindo dívida obtida com base em contratos anteriores,
eivados de cláusulas abusivas. Rejeição da exceção. Agravo
improvido. (TARS – AI 198100703 – 20ª C.Cív. – Rel. Juiz José
Aquino Flores de Camargo – J. 25.08.1998)
1144849 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Admitida em
casos excepcionais antes mesmo da garantia da penhora. O alcança
da discussão, nesse caso, diz com a nulidade do título, não cabendo
quando a argüição refere-se a eventual existência de cláusula
abusiva. Não se pode confundir valor determinável mediante mero
cálculo matemático a partir de dados constantes do contrato com
ausência de liquidez. Agravo improvido. (TARS – AI 198101263 –
20ª C.Cív. – Rel. Juiz José Aquino Flores de Camargo – J.
18.08.1998)
1144945 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO – CHEQUE EXPRESSO – CONTAS
GRÁFICAS – EXECUTIVIDADE: CARÊNCIA – CONDENAÇÃO EM
HONORÁRIOS: CABIMENTO E FIXAÇÃO – I- Contrato de abertura
de crédito contém obrigação do creditador(instituição financeira) em
acolher papéis, independente de fundos do creditado em conta
corrente, até certo limite e a conta do último. Contudo, nele não
existe qualquer obrigação do correntista (creditado) de pagar quantia
determinada. Os extratos, a sua vez, são documentos unilaterais do
creditador e neles não repousam os requisitos para execução, pois
criar seus próprios títulos executivos e prerrogativa apenas da
fazenda pública. Inteligência dos arts. 585, II; e 586 do CPC.
Hipótese em que, sequer, os extratos atingem todo o período da
contratação e partem de saldo negativo não justificado. II-
determinando o incidente a extinção da execução, há vencido e
vencedor. Assim, cabível e a condenação na honorária que, contudo,
deve obedecerão disposto pelo par. 4 e as moduladoras do par. 3 do
art. 20 do CPC. Verba reduzida. III-apelo parcialmente provido.
(TARS – AC 197215056 – 17ª C.Cív. – Rel. Juiz Fernando Braf
Henning Júnior – J. 18.08.1998)JCPC.585 JCPC.585.II JCPC.586
JCPC.20 JCPC.20.4 JCPC.20.3
1145009 – AGRAVO DE INSTRUMENTO A EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, QUE PODE CONSTITUIR-SE DE UMA SIMPLES
PETIÇÃO, SÓ TEM VALOR SE FOR DECLARADA A NULIDADE
DO TÍTULO EXECUTIVO PELO JULGADOR, INDEPENDENTE DE
OITIVA DO CREDOR – E somente através dos embargos, após
seguro o juízo que o devedor pode opor-se a execução (art. 736 e
seguintes do CPC). A exceção de pré-executividade e a revisional
jamais podem suspender a execução, que é suspensa pelos
embargos do devedor. A revisional não substitui os embargos, mas
apenas tem julgamento simultâneo com os mesmos, diante da
conexão (art. 105 do CPC). Recurso provido. (TARS – AI 197290075
– 11ª C.Cív. – Rel. Juiz Homero Canfild Meira – J.
05.08.1998)JCPC.736 JCPC.105
1145319 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
ADMISSIBILIDADE – REQUISITOS – DESATENDIMENTO – A
admissibilidade deste meio excepcional de oposição a execução
forçada pressupõe evidência de falta de qualquer das condições e
pressupostos da ação executiva. Decisão reformada. (TARS – AI
198047425 – 9ª C.Cív. – Relª Juíza Mara Larsen Chechi – J.
30.06.1998)
1145332 – AGRAVO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
Contrato de abertura de crédito em conta corrente. O executado
pode valer-se de exceção de pré-executividade para argüir a falta de
título executivo, pois nesse caso a admissão da execução viola
direito seu certo e líquido, sendo descabida a exigência da penhora e
da oposição de embargos para o exercício dessa defesa. Não se
constitui em título executivo extrajudicial o contrato de abertura de
crédito rotativo em conta corrente, como reiteradamente vem
decidindo o egrégio superior tribunal de justiça. Execução extinta.
Agravo provido. (TARS – AI 198049546 – 13ª C.Cív. – Rel. Juiz
Márcio Borges Fortes – J. 18.06.1998)
1145343 – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO – TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL – E título executivo extrajudicial, de
acordo com o art. 585, II, do CPC, o contrato de abertura de crédito
acompanhado de demonstrativos da evolução do débito desde o
início da avença, com a assinatura de duas testemunhas. Incabível
exceção de pré-executividade. Inexistência de defeito de
representação do agravado. Agravo improvido. Unânime. (TARS – AI
197270697 – 20ª C.Cív. – Rel. Juiz Rubem Duarte – J.
16.06.1998)JCPC.585 JCPC.585.II
1145491 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – Exceção de pré-
executividade fundada na iliquidez da titulação exeqüenda (contrato
de abertura de crédito rotativo em conta-corrente com nota
promissória a ele vinculada "pro solvendo"). Tanto o contrato de
abertura de crédito em conta-corrente quanto a nota promissória a
ele vinculada "pro solvendo" não constituem títulos executivos
extrajudiciais líquidos e exigíveis, nos termos requisitados pelo no
art. 585, inc. II, do CPC, já que não se pode vislumbrar na quantia
cobrada, de pronto, a certeza e a determinação que lhe são
executivamente exigidas, mormente diante de exceção defensiva
que invoca a inclusão de juros e demais encargos ilegais na sua
constituição extrajudicial pelo pretenso credor. A nova redação do
art. 585, inc. II, do CPC, dada pela lei nº 8953/94, continua
pressupondo os requisitos de liquidez, certeza e exigibilidade do
débito registrado no título exeqüendo para conferir-lhe executividade,
consoante preconizado mandatoriamente no art. 585, Caput, do
CPC, cuja inobservância encontra sanção de nulidade processual
executiva no art. 618, inc. I, do mesmo código. Execução extinta em
face de inexecutividade material do débito cobrado e conseqüente
inexecutividade formal da nota promissória exeqüenda, eis que
contrato de abertura de crédito rotativo em conta-corrente não se
constitui em título executivo extrajudicial, consoante iterativa
jurisprudência desta corte e do STJ. Agravo provido. (TARS – AI
198075699 – 14ª C.Cív. – Rel. Juiz Aymoré Roque Pottes de Mello –
J. 25.06.1998)JCPC.585 JCPC.585.II JCPC.618 JCPC.618.I
1145762 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – Não merece acolhida a exceção de pré-
executividade quando há aspectos a demandar a produção de prova
acerca da alegação de inexeqüibilidade do título, inviável em tal
espécie de incidente. Decisão de primeiro grau confirmada. Agravo
improvido. (TARS – AI 198077786 – 20ª C.Cív. – Relª Juíza
Teresinha de Oliveira Silva – J. 24.06.1998) (Ementas no mesmo
sentido)
1146295 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – Há necessidade de estar evidenciada a não-
ocorrência de um dos pressupostos processuais. Agravo desprovido.
(TARS – AI 198009680 – 15ª C.Cív. – Rel. Juiz Vicente Barroco de
Vasconcelos – J. 03.06.1998)
1146396 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Matéria
oferecida por devedor, sem amparo legal, pois é nos embargos que
deve o executado se defender. Agravo improvido. Unânime. (TARS –
AI 198041865 – 11ª C.Cív. – Rel. Juiz Homero Canfild Meira – J.
03.06.1998) (Ementas no mesmo sentido)
1146678 – NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO – AÇÃO REVISIONAL
CONEXA A EXECUÇÃO – PREVENÇÃO – Proposta a ação
revisional e tendo sido despachada em primeiro lugar, prevento esta
o juízo (art. 106 do CPC), devendo a execução posteriormente
aforada, face a conexão, ser a ela reunida no juízo prevento
execução que deve restar suspensa até julgamento final da
demanda revisional, que tem em comum o mesmo título. Exceção de
pré-executividade indeferida. Agravo provido parcialmente. (TARS –
AI 198066516 – 14ª C.Cív. – Rel. Juiz Henrique Osvaldo Poeta
Roenick – J. 18.06.1998)JCPC.106
1146847 – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – RECURSO
CABÍVEL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – Não-incidência do
princípio da fungibilidade dos recursos. Existência de erro grosseiro.
Não incide, na espécie, o princípio da fungibilidade, porque a
interposição do recurso de apelação contra a decisão que julgou o
incidente processual, constitui erro grosseiro, já que é entendimento
pacífico na doutrina e na jurisprudência que da decisão que julga a
exceção de pré-executividade o recurso cabível e o de agravo de
instrumento, por cuidar-se de decisão interlocutória, na forma do par.
2 do art. 162 do CPC. Agravo de instrumento improvido. (TARS – AI
198051146 – 11ª C.Cív. – Rel. Juiz Voltaire de Lima Moraes – J.
03.06.1998)JCPC.162 JCPC.162.2
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS DO DEVEDOR.
PENHORA. SEGURANÇA DO JUÍZO. INEXISTÊNCIA DE BENS
PASSÍVEIS DE PENHORA.
Princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório a serem
exercidos através do devido processo legal (art. 5º, incisos LIV e LV
da CF).
Recebimento dos embargos independentemente da penhora.
Possibilidade. Excessividade da multa constante da CDA. Matéria
que é objeto dos embargos e que não pode ser conhecida em sede
deste agravo.
A questão referente a alegada excessividade da multa constante da
CDA é a própria matéria de fundo dos embargos do devedor e, como
tal, não pode ser conhecida em sede deste Agravo de Instrumento,
que foi manejado contra a decisão que condicionou o recebimento
daquela incidental a efetivação de penhora sobre bens do devedor.
A regra legal, cogente, no sentido de que os embargos do devedor
só podem ser admitidos uma vez seguro o Juízo pela penhora (art.
737, inc. I, do CPC e 16, § 1º, da LEF) deve ser flexibilizada em
situações excepcionais, como, por exemplo, naquela em que o
devedor, comprovadamente, não possua bens passíveis de penhora.
Caso contrário, ter-se-ia evidente e indevida violação a princípio
constitucional por isso mesmo de hierarquia preponderante a lei
ordinária que assegura, através do devido processo legal (art. 5º,
LIV, da CF) a defesa no processo de execução só se da por
intermédio dos embargos, excetuadas aquelas hipóteses
excepcionalíssimas de cabimento da exceção de pré-executividade -,
a ampla defesa e o contraditório (art. 5º, LV, da CF).
Viabilidade, em situações que tais, de admissibilidade dos embargos
do devedor sem que o Juízo esteja seguro pela penhora, com o que
se preserva íntegro o princípio constitucional inserto no art. 5º, LIV e
LV, da Carta Política.
Agravo conhecido em parte e provido.
(Agravo de Instrumento nº 70004032694, 1ª Câmara Cível, TJRS,
Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j. 15.05.2002)

EXECUÇÃO PARA A ENTREGA DE COISA. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. IMPROCEDÊNCIA.
Embora cabível a exceção de pré-executividade, independente de
embargos, deve se ajustar as situações em que o Juiz possa
conhecer, de ofício, da matéria ventilada.
Caso em que o executado pretende a nulidade do título executivo
judicial, uma sentença homologatória de acordo, mas por excesso de
execução, o que gera apenas a redução do crédito exeqüendo.
Matéria tipicamente de embargos.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70003947181, 5ª Câmara Cível do TJRS,
Rio Pardo, Rel. Des. Léo Lima. j. 25.04.2002)

AGRAVO INTERNO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO A AGRAVO DE


INSTRUMENTO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. GRATUIDADE PROCESSUAL.
Agravo interno provido em parte.
(Agravo Regimental nº 70003804309, 1 5ª Câmara Cível do TJRS,
Gravataí, Rel. Des. Vicente Barrôco de Vasconcellos. j. 20.02.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.
INOCORRÊNCIA. MASSA FALIDA. RESPONSABILIZAÇÃO DO
SÓCIO. INTELIGÊNCIA DO ART. 47 DO DECRETO-LEI 7.661/45.
Tendo a execução sido redirecionada aos sócios da empresa
devedora falida, após a prolação de sentença declaratória de
encerramento da falência, que verificou que o ativo não suportaria a
satisfação integral do passivo, e a partir de então que o prazo
prescricional terá fluência.
Agravo improvido, vencido o Des. Roque Joaquim Volkweiss, que
dava provimento. (23 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000330779, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Fabianne Bret on Baisch. j. 07.02.2001).
Referência Legislativa:
DLF-7661 DE 1945 ART. 47.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. SUCUMBÊNCIA.


Acolhida a exceção de pré-executividade, são devidas custas
processuais e honorários advocatícios pelo exeqüente. Valor fixado
de acordo com o art. 20, § 3º, CPC. IGP -M e índice legal para
atualização monetária.
Negaram provimento ao apelo. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70001476498, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Esteio, Rel. Des. Carlos Rafael dos Santos Junior. j. 06.02.2001).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-3.

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


IRRESIGNAÇÃO. JULGAMENTO DE EMBARGOS DE DEVEDOR,
NESSE MEIO TERMO . EXTINÇÃO DA DEMANDA EXECUTIVA.
TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS SOB FOTOCOPIAS. DESAPARECE,
NA ESPÉCIE, A VIABILIDADE A QUE SE EXAMINE O MÉRITO DO
PRESENTE AGRAVO DE INSTRUMENTO, POSTO QUE POR
FORCA DE SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA EM EMBARGOS DE
DEVEDOR, RESTOU EXTINTO O FEITO EXECUTIVO QUANTO
AO QUAL SE DIRIGIA A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E
QUE FOI O NASCEDOURO DA INSURGÊNCIA. AGRAVO DE
INSTRUMENTO PREJUDICADO. (6 FLS.)
(Agravo de Instrumento nº 70000042572, 13ª Câmara Cível do
TJRS, Sarandi, Relª. Desª. Laís Rogéria Alves Barbosa. j.
05.04.2001).
EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NOTAS
PROMISSÓRIAS SOB FOTOCÓPIAS. JULGAMENTO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO SOB
ESSE MESMO ARGUMENTO.
Na espécie, constatando-se que por força de Embargos do Devedor
a execução foi extinta ante as circunstâncias de estar amparada em
notas promissórias sob fotocópias, considera-se prejudicado o
presente agravo de instrumento. Afinal, desaparece a viabilidade de
examinar o mérito do mesmo se a irresignação nele contida dizia
respeito a exceção de pré-executividade, na qual também fora
exposto o argumento quanto a que a demanda executiva não
apresentava os originais das notas promissórias.
Agravo de instrumento prejudicado.
(Agravo de Instrumento nº 70000051250, 13ª Câmara Cível do
TJRS, Sarandi, Relª. Desª. Laís Rogéria Alves Barbosa. j.
05.04.2001).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Incabível, nesta sede, discutir acerca da inviabilidade de
redirecionamento da demanda executiva em relação ao sócio.
Responsabilidade pelo debito tributário deve ser enfrentada em
embargos de devedor.
Agravo não provido. (07 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000363077, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Fabianne Breton Baisch. j. 07.02.2001).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. PAGAMENTO.
Alegação de pagamento só enseja a quitação do débito fiscal, se
comprovada por prova documental.
Agravo não provido. (fls. 9)
(Agravo de Instrumento nº 70000502823, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Fabianne Breton Baisch. j. 07.02.2001).
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. SÚMULA 233, STJ.
JULGAMENTO DE ANTERIOR AÇÃO REVISIONAL.
Coisa julgada que se limitou a composição da dívida, mas não
alcançou a existência de título executivo.
Agravo provido, para decretar-se a extinção da execução.
(Agravo de Instrumento nº 70001381102, 20ª Câmara Cível do
TJRS, Igrejinha, Rel. Des. Arminio José Abreu Lima da Rosa. j.
04.10.2000).
Referência Legislativa:
SÚMULA STJ-233

DUPLICATAS. PRESCRIÇÃO. AÇÃO AJUIZADA NO PRAZO EM


LEI PARA SEU EXERCÍCIO.
Demora na citação que se deu em face dos mecanismos da Justiça,
bem como na ocultação do devedor, esquivando-se este de Oficial
de Justiça. Incidência da regra do art. 219, par. 2º, "in fine" e Súmula
106 do STJ. Exceção de pré-executividade que deve ser repelida.
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 598442838, 20ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j. 29.02.2000).
Referência Legislativa:
SÚMULA STJ-106

NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO DE CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO ROTATIVO. HIPÓTESE DE REDISTRIBUIÇÃO.
Apelação que exige a imersão em matéria estranha à competência
desta Câmara. Executividade de contrato de abertura de crédito
celebrado entre particular e financeira do BB. Incompetência deste
órgão fracionário para o exame do recurso. Aplicação do art. 11, VI a
IX da Resolução 01/98 deste TJRGS.
(Apelação Cível nº 70001573419, 9ª Câmara Cível do TJRS, Três de
Maio, Rel. Des. Paulo de Tarso Vieira Sanseverino. j. 25.10.2000).
Referência Legislativa:
RESOLUÇÃO N. 01 DE 1998 DO TJRGS ART. 11 INC-VI INC-IX.

APELAÇÃO CÍVEL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


INTEMPESTIVIDADE DO APELO. APELAÇÃO. PRAZO EM
DOBRO. AUTARQUIAS.
As autarquias fazem jus ao prazo em dobro, por força do que dispõe
o art. 10 da Lei 9469/97. Contudo, não se conhece de apelo se
interposto transcorrido o prazo fixado naquele dispositivo legal.
Exceção de pré-executividade. Ilegitimidade passiva. Admissível o
manejo de exceção de pré-executividade, tratando-se de questão
relativa às condições da ação. O pagamento de água e esgoto é
responsabilidade do proprietário do imóvel. Aquele que vende o
imóvel não está obrigado a comunicá-la à concessionária. Ônus do
adquirente. Ilegitimidade passiva reconhecida.
Apelo não conhecido.
Sentença mantida em Reexame Necessário.
(Apelação Cível nº 70000871756, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j. 10.05.2000).
Referência Legislativa:
LF-9469 DE 1997

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. AÇÃO MONITÓRIA.


PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE. CONTRATOS PARA DESCONTO DE
TÍTULOS.
1) Possibilidade de revisão de contrato. Princípio da autonomia da
vontade interpretado com os demais princípios que regem os
contratos. Admitida a revisão dos contratos acostados aos autos,
inviável a revisão de contrato "em tese".
2) Mantida a limitação de juros remuneratórios no percentual de 12%
ao ano, utilizando o parâmetro estabelecido pelo ordenamento
jurídico.
3) Capitalização anual, autorizada pela Legislação ao tipo de
contrato firmado.
4) Mantido o IGP-M como fixado na sentença porque não contratada
a taxa referencial.
5) Multa moratória no percentual de 10% sobre o débito, observada a
data de celebração do contrato e a data da alteração introduzida pela
Lei nº 9.298/96.
6) Comissão de permanência afastada porque determinável apenas
futuramente, através de taxas variáveis.
7) Exceção de pré-executivadade. O contrato de abertura de crédito,
ainda que acompanhado de extratos e firmados por testemunhas,
não preenche os requisitos do art. 586 do CPC.
Apelos parcialmente providos, rejeitada a preliminar de nulidade da
sentença suscitada pelo banco. (17 fls.)
(Apelação Cível nº 70000345488, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Esteio, Relª. Desª. Helena Cu nha Vieira. j. 16.08.2000).
Referência Legislativa:
LF-9298 DE 1996. CPC-586.

EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO.
CABIMENTO DA APELAÇÃO.
As disposições do art. 40 E seus parágrafos, da Lei 6830/80, devem
ser interpretadas em harmonia com o art. 174 do CTN, que é Lei
Complementar. O prazo prescricional só começa a contar a partir do
ano em que a execução fiscal estiver suspensa, para o caso de não
ser localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis. De
nenhum modo o marco inicial da prescrição pode ser considerado
antes da execução, porque o despacho ordinatório da citação
interrompe a prescrição, na forma do art. 8, § 2º, da Lei 6830/80.
Apelo provido. Prejudicado o reexame necessário. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70000311506, 21ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Marco Aurélio Heinz. j. 25.10.2000).
Referência Legislativa:
LF-6830 DE 1980 ART. 40; ART. 8 PAR-2. CTN-174.
"

EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO.
CABIMENTO DA APELAÇÃO.
As disposições do art. 40 E seus parágrafos, da Lei 6830/80, devem
ser interpretadas em harmonia com o art. 174 do CTN, que é Lei
Complementar. O prazo prescricional só começa a contar a partir do
ano em que a execução fiscal estiver suspensa, para o caso de não
ser localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis. De
nenhum modo o marco inicial da prescrição pode ser considerado
antes da execução, porque o despacho ordinatório da citação
interrompe a prescrição, na forma do art. 8, § 2º, da Lei 6830/80.
Apelo provido. Prejudicado o reexame necessário. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70000311506, 21ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Marco Aurélio Heinz. j. 25.10.2000).
Referência Legislativa:
LF-6830 DE 1980 ART. 40; ART. 8 PAR-2. CTN-174.
"

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE E PAGAMENTO. PENDÊNCIA DE AÇÃO
DECLARATÓRIA E CONSIGNATÓRIA, CUJA INICIAL FOI
INDEFERIDA POR IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO E
QUE SE ENCONTRAM EM FASE DE APELAÇÃO. INVIABILIDADE
DE SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO. PRINCÍPIO DA
DEFINITIVIDADE.
Improcede a exceção de pré-executividade, quando não
demonstrada "ab initio" a iliquidez do título. A discussão do débito em
ação distinta não retira a liquidez do título, sobretudo quando o
julgamento daquela foi inexitoso. Incabível a desconstituição sumária
do título executivo, que goza de presunção de liquidez e certeza (art.
3º da Lei 6830/80 e 204 CTN). Improcede a exceção de pagamento,
porque não efetuado o depósito integral do débito. A ação de
consignação só tem efeito liberatório se julgada procedente. Inviável
a suspensão de execução fiscal, fundada em Certidão de Dívida
Ativa, que, por disposição legal, é título executivo extrajudicial de
natureza definitiva, pela pendência de ações que discutam o débito.
Inteligência dos arts. 585, § 1º do CPC, 151, II e IV do CTN.
Agravo não provido, por maioria. Voto vencido. (10 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000185546, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. F abianne Breton Baisch. j. 23.08.2000).
Referência Legislativa:
LF-6830 DE 1980 ART. 3. CTN-204. CPC-585 PAR-1. CTN-151 INC-
II INC-IV

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


NOMEAÇÃO DE BENS À PENHORA. APÓLICES DA DÍVIDA
PÚBLICA.
Se, ao tempo em que emitida a apólice da dívida pública, não se
cogitava de atualização monetária, tampouco da distinção entre valor
nominal e real, contempladas no ordenamento legal a partir da
edição da Lei n. 4357/64, que instituiu as obrigações reajustáveis do
Tesouro Nacional - ORTN, tal título, além prescrito, tem valor
desprezível, não atingindo parcela ínfima do débito tributário. E não
se presta para garantir execução, nem para extinguir esta por
quitação da dívida fiscal, mediante compensação.
Agravo Interno improvido.
(Agravo Interno nº 70001374057, 1ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Vacaria, Rel. Des. Honorio Gonçalves da Silva Neto. j.
16.08.2000).
Referência Legislativa:
LF-4357 DE 1964.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DA CDA.
CABIMENTO DE MULTA NA CONCORDATA PREVENTIVA.
INVIABILIDADE DE REABERTURA DE PRAZO PARA NOMEAÇÃO
DE BENS À PENHORA.
1. Dispensa do auto de lançamento quando o ICMS devido é impago
e declarado em GIA. Regra inserta no art. 17, II, da Lei Estadual
6537/73, com a redação que lhe foi dada pela Lei Estadual nº
10768/96, que de forma alguma ofende as disposições contidas no
CTN.
2. A discussão relativa ao cabimento da multa na concordata
preventiva não é pertinente em sede de exceção de pré-
executividade, que, por construção pretoriana, se presta a discutir
matérias restritas à inexistência ou invalidade do título executivo. De
qualquer sorte, o privilégio contido no art. 23, III, da Lei de Falência,
não se estende ao regime da concordata, por ser distinto o seu
caráter, sob pena de indevida e verdadeira anistia.
3. Inviabilidade de reabertura de prazo para nomeação de bens à
penhora, face às disposições expressas da LEF.
Agravo de Instrumento não provido. (6 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001021732, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j.
16.08.2000).
Referência Legislativa:
LE-6537 DE 1973 ART. 17 INC-II. LE-10768 DE 1996.
DLF-7661 DE 1945 ART. 23 INC-III.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. NULIDADE DA CDA. CRÉDITOS NÃO
DEVIDAMENTE CONSTITUÍDOS. MULTA NA CONCORDATA
PREVENTIVA. REABERTURA DE PRAZO PARA OFERECIMENTO
DE GARANTIA.
1. O artigo 17, da Lei Estadual nº 6537 é bastante claro quando
dispensa o auto de lançamento nos casos em que o ICMS é
declarado em guia informativa, com o que reveste-se de legalidade o
procedimento.
2. Com relação a incidência de multa, em se tratando de empresa
sujeita a concordata preventiva, tal questão desborda dos limites
restritos da exceção pré-executividade, sendo análise de mérito
pertencente a eventual oposição de Embargos à Execução.
Improvimento do recurso.
(Agravo de Instrumento nº 70001051069, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Carlos Roberto Lofego Canibal. j.
21.06.2000).
Referência Legislativa:
LE 6537 DE 1973 ART. 17

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. NULIDADE DA CDA. CRÉDITOS NÃO
DEVIDAMENTE CONSTITUÍDOS. MULTA NA CONCORDATA
PREVENTIVA. REABERTURA DE PRAZO PARA OFERECIMENTO
DE GARANTIA.
1. O artigo 17, da Lei Estadual nº 6537 é bastante claro quando
dispensa o auto de lançamento nos casos em que o ICMS é
declarado em guia informativa, com o que reveste-se de legalidade o
procedimento.
2. Com relação a incidência de multa, em se tratando de empresa
sujeita a concordata preventiva, tal questão desborda dos limites
restritos da exceção pré-executividade, sendo análise de mérito
pertencente a eventual oposição de Embargos à Execução.
Improvimento do recurso.
(Agravo de Instrumento nº 70001051069, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Carlos Roberto Lofego Canibal. j.
21.06.2000).
Referência Legislativa:
LE 6537 DE 1973 ART. 17
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE CÉDULA DE
CRÉDITO COMERCIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
REQUISITOS DO TÍTULO.
A circunstância de constar a descrição do imóvel hipotecado em
menção adicional por todos firmada não torna inválido o título. Arts.
12 e 14, V, do DL 413/69.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001092444, 12ª Câmara Cível do
TJRS, Novo Hamburgo, Rel. Des. Orlando Heemann Júnior. j.
24.08.2000).
Referência Legislativa:
DLF-413 DE 1969 ART. 12 ART. 14 INC-V

REEXAME NECESSÁRIO. EXECUTIVO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO.
Se o credor propõe a demanda executiva após o decurso do prazo
previsto no art. 174 do CTN, o seu direito esta prescrito.
Sentença confirmada em reexame necessário.
(Reexame Necessário nº 70000830471, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Faxinal do Soturno, Relª. Desª. Teresinha de Oliveira Silva. j.
17.05.2000).
Referência Legislativa:
CTN-174

EXECUÇÃO FISCAL.
Exceção de pré-executividade: alegação de prescrição do crédito
tributário. Inocorrência face ao reconhecimento do débito. Aplicação
do artigo 174, inciso IV, do CTN.
Agravo desprovido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000798272, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Antônio da Patrulha, Rel. Des. Elvio Schuch Pinto. j.
03.05.2000).
Referência Legislativa:
CTN-174, INC-IV
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.
INSTAURAÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PEDIDO
DE SUSPENSÃO DO FEITO EXECUTIVO ATÉ O JULGAMENTO
DA EXCEÇÃO. INDEFERIMENTO JUDICIAL, COM
DETERMINAÇÃO DE REALIZAÇÃO DE PENHORA.
A instauração de exceção de pré-executividade, tratando-se de
matéria deduzível de ofício, porquanto atinge a validade do título,
embora não se inscreva entre aquelas causas previstas no art. 791
do CPC, que não é exaustivo, enseja a suspensão da execução
dada a natureza e finalidade do incidente.
Agravo provido. (7 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000432492, 1ª C âmara Cível do TJRS,
Cruz Alta, Relª. Desª. Fabianne Breton Baisch. j. 23.08.2000).
Referência Legislativa:
CPC-791.

EXECUÇÃO DE SENTENÇA. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DA CITAÇÃO EM
AÇÃO DE COBRANÇA. DESCABIMENTO. REJEIÇÃO LIMINAR DA
INCIDENTAL CONFIRMADA. AGRAVO IMPROVIDO.
A teor do art. 741, inc. I, do CPC, a nulidade da citação em processo
de conhecimento é matéria de embargos e não de exceção de pré-
executividade.
Agravo improvido. Unânime. (06 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 7000 0321877, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
13.04.2000).
Referência Legislativa:
CPC-741 INC-I.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OU OPOSIÇÃO PRÉ-


PROCESSUAL, REMÉDIOS PROCESSUAIS PARA ATACAR
TÍTULOS FLAGRANTEMENTE NULOS OU INEXISTENTES,
ELIDINDO A EFETIVAÇÃO DA PENHORA.
A executoriedade do título pressupõe a inexistência de vícios pré-
processuais, conforme a melhor doutrina e importante jurisprudência.
Situação jurídica especial em que é possível antecipar-se o
executado às exigências do art. 737 do Código de Processo Civil.
Lição de Pontes de Miranda de que o Juiz tem de examinar a
espécie e o caso, para que não cometa a arbitrariedade de penhorar
bens de quem estava exposto a ação executiva.
Agravo provido a fim de que a exceção seja julgada pelo Magistrado
a quo.
(Agravo de Instrumento nº 70001327295, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Túlio de Oliveira Martins. j.
27.09.2000).
Referência Legislativa:
CPC-737

EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA FUNGÍVEL. CONTRATO


DE COMPRA E VENDA DE SOJA COM PREÇO A FIXAR.
ADMISSIBILIDADE. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
O contrato de compra e venda de coisa fungível (soja) deve ser
admitido como título executivo extrajudicial, ainda que ausente prévio
processo de conhecimento, devendo realizar-se a liquidação de seu
valor, se não tiver sido prefixado, segundo as regras do art. 627 do
CPC. A execução de coisa fungível tanto pode fundar-se em
sentença (art. 621) como em título executivo extrajudicial (art. 585, II,
in fine, do CPC). Precedentes jurisprudenciais.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001058155, 5ª Câmara Cível do TJRS,
São Luiz Gonzaga, Rel. Des. Marco Aurélio dos Santos Caminha. j.
21.06.2000).
Referência Legislativa:
CPC-627, CPC-585.
EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PRESSUPOSTOS E REQUISITOS PARA A EXECUÇÃO.
POSSIBILIDADE DE EXAME. AUSÊNCIA DO TÍTULO NO
RECURSO. ENCARGO DA PARTE.
Na exceção de pré-executividade, é de viável o exame dos
pressupostos processuais e dos requisitos para realizar-se a
execução, dentre estes a presença de título executivo (arts. 583, 586
e 618, I, CPC). A ausência do título, nos autos do recurso,
impossibilita, todavia, seu exame. Precedentes.
Negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 70000425314, 1 9ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Carlos Rafael dos Santos Junior. j.
08.02.2000).
Referência Legislativa:
CPC-618, INC-I.

AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO


MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. PROCESSUAL CIVIL.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUTIVA INSTRUÍDA
COM CÓPIAS DOS TÍTULOS EXECUTIVOS NÃO AUTENTICADAS.
ORIGINAIS APRESENTADOS APÓS DETERMINAÇÃO JUDICIAL.
POSSIBILIDADE. FUNÇÃO INSTRUMENTAL DO PROCESSO.
Entende a majoritária jurisprudência da Corte Especial, órgão aplicar
do direito com competência constitucional para interpretar Lei
Federal, ser possível ao Juiz, nos termos do artigo 616 do CPC,
determinar ao exeqüente que colacione aos autos os títulos
exeqüendos a fim de sanar a irregularidade processual. Precedentes
do STJ.
Agravo interno improvido. (7 fls.)
(Agravo Interno nº 70000794404, 2ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Sarandi, Relª. Desª. Matilde Chabar Maia. j. 30.03.2000).
Referência Legislativa:
CPC-616
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. ILIQUIDEZ DO TÍTULO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS DO ART. 586 DO CPC. INEXISTÊNCIA DE LIQUIDEZ
DO ACÓRDÃO. NECESSIDADE DA PRÉVIA LIQUIDAÇÃO DE
SENTENÇA.
Apelação desprovida. (06 fls.).
(Apelação Cível nº 70000426999, 6ª Câmara Cível do TJRS, Santa
Rosa, Rel. Des. João Pedro Freire. j. 10.05.2000).
Referência Legislativa:
CPC-586.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO DE CÉDULA


DE CRÉDITO COMERCIAL DESVIRTUADA COMO TÍTULO
EXECUTIVO. CARÊNCIA.
Restando plenamente estabelecido que nota de crédito comercial
apenas operou como crédito rotativo, sem ter seu valor jamais
creditado na conta corrente do devedor, mas apenas visando, ou
garantir a conta, ou operar como contrato de abertura de crédito,
falece de executividade, na medida em que o débito se forma a partir
de lançamentos gráficos unilaterais procedidos pelo credor; e criar
seus próprios títulos executivos é prerrogativa apenas da Fazenda
Pública. Incidência dos arts. 586 e 614, I, do CPC e da Súmula 233
do STJ.
Desproveram o recurso. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70000543512, 17ª Câmara Cível do TJRS,
Camaquã, Rel. Des. Fernando Braf Henning Junior. j. 13.06.2000).
Referência Legislativa:
CPC-586. CPC-614 INC-I. SÚMULA STJ-233.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ABERTURA DE CRÉDITO FIXO COM PROVA
DE PARCELAS LIBERADAS. TÍTULO QUE SE CONFORMA AS
EXIGÊNCIAS DO ART. 585, II, DO CPC. EXECUTIVIDADE.
Não se confunde a natureza do contrato de abertura de crédito
rotativo em conta corrente com o de abertura de crédito fixo. No
primeiro, o objetivo é a cobrança de saldo devedor de conta corrente;
no último, a execução de parcelas certas e determinadas
decorrentes de liberações de crédito comprovadas, seja por depósito
na conta corrente do devedor, seja por outro meio qualquer.
Hipótese em que o valor demandado é apenas das parcelas
liberadas, em razão do contrato, em conta corrente do devedor que,
sequer, é administrada pelo credor. Atendidos os requisitos do art.
585, II, do CPC, tal contrato constitui-se em título executivo
extrajudicial.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001185784, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j.
29.08.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585, INC-II.

AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DESPACHO QUE NEGOU


ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO A AGRAVO DE
INSTRUMENTO. NÃO CONHECIMENTO. UNÂNIME. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE CONFISSÃO E
RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS. TÍTULO DE CRÉDITO COM
FORÇA EXECUTIVA DECORRENTE DO ART. 585, INC. VII, DO
CPC.
Agravo improvido. Unânime.
(Agravo Regimental nº 70001144716, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Novo Hamburgo, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
31.08.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-VII.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não dispondo o credor de título executivo (art. 585 II do CPC) é ele
carente de execução, sendo de pouca valia inquinar de intempestiva
a interposição da exceção por parte do devedor, posto que a matéria
que diz com as condições da ação é cognoscível de ofício em
qualquer grau de jurisdição.
(Agravo de Instrumento nº 70000518258, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j. 11.05.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO PESSOAL. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
O contrato de abertura de crédito pessoal, assinado pelo creditado e
por duas testemunhas, que apresenta valor definido do crédito,
número de prestações e datas de seus vencimentos, bem como os
encargos incidentes e que veio acompanhado de demonstrativo da
evolução do débito, constitui título executivo extrajudicial, nos termos
do art. 585, inc-II, do CPC. Sentença desconstituída.
Apelo provido. Unânime. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70001169739, 15ª Câmara Cível do TJRS, Rio
Grande, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j.
28.06.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. TÍTULO EXECUTIVO


EXTRAJUDICIAL.
Se o título executivo que embasa a execução não é contrato de
abertura de crédito em conta corrente, mas se insere na hipótese de
que trata o art. 585, II, do CPC, a exceção de pré-executividade não
pode ser acolhida.
Agravo de instrumento improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000590265, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Canoas, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j. 22.03.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE, INSTRUMENTO
PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA.
Contrato de abertura de crédito em conta-corrente acompanhado de
instrumento particular de confissão é passível de execução, uma vez
que o segundo é título executivo extrajudicial, inteligência do art.
585, II do CPC.
Agravo improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001204767, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Canoas, Rel. Des. Alexandre Mussoi Moreira. j.
31.08.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO FIXO. VALORES CERTOS E PARCELAS LÍQUIDAS.
Tratando-se de contratos de abertura de crédito fixo, em valor
líquido, inclusive para pagamentos em parcelas mensais certas,
assinado pelo devedor e subscrito por duas testemunhas, ainda que
acrescida de encargos apuráveis mediante singelo cálculos
aritméticos, é título extrajudicial apto a amparar execução, na forma
do art. 585, II, do CPC, quando vencido e acompanhado do
demonstrativo a que se refere o art. 614, II, do mesmo diploma legal.
Impossível, assim, acolhimento de pré-executividade, ressalvada
melhor apuração dos fatos na sede própria: os Embargos à
Execução.
Apelação provida. Sentença desconstituída.
(Apelação Cível nº 70001052851, 17ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j. 12.09.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II. CPC-614 INC-II.

CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO EM CONTA


CORRENTE. INVIABILIDADE DA EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ACOLHIDA. HONORÁRIOS- CABIMENTO.
1. Inviabilidade da demanda executiva.
2. Uniformização de jurisprudência.
3. Inteligência dos arts. 585, inc. II, 586 e 618, inc. I, todos do CPC.
4. Extinta a tutela executiva via o acolhimento de exceção de pré-
executividade manejada pelo devedor, são devidos honorários e sua
fixação é de ser feita em atenção aos parâmetros de eqüidade
insculpidos no par. 4° do art. 20 do CPC.
5. Recursos desprovidos. (6 fls.)
(Apelação Cível nº 70000250761, 17ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Demetrio Xavier Lopes Neto. j. 14.03.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II. CPC-586. CPC-618 INC-I. CPC-20 PAR-4°.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGUIMENTO NEGADO.


JULGAMENTO POR ATO DO RELATOR. JURISPRUDÊNCIA
DOMINANTE. ART. 557 DO CPC. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE.
DESPROVIMENTO.
Sendo manifestamente improcedente o Agravo de Instrumento, o
relator está autorizado a negar-lhe seguimento. Hipótese em que a
executada, em ação de execução fiscal, interpôs exceção de pré-
executividade. Inteligência do art. 16 da Lei 6830/80. Jurisprudência
do S.T.J.
Recurso desprovido.
(Agravo Interno nº 70001651173, 2ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Maria Isabel de Azevedo Souza. j. 11.10.2000).
Referência Legislativa:
CPC-557
LF-6830 DE 1980 ART. 16

AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGUIMENTO NEGADO.


JULGAMENTO POR ATO DE RELATOR. JURISPRUDÊNCIA
DOMINANTE. ART. 557 DO CPC. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA.
TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. DESPROVIMENTO.
Sendo manifestamente improcedente o Agravo de Instrumento, o
relator está autorizado a negar-lhe seguimento. Hipótese em que a
parte ofereceu para penhora títulos da dívida pública e, em ação de
execução fiscal, interpôs exceção de pré-executividade. Inteligência
do art. 16 da Lei 6830/80. Jurisprudência do STJ.
Recurso desprovido.
(Agravo Inominado nº 70001742402, 2ª Câmara Cível d o TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Maria Isabel de Azevedo Souza. j.
25.10.2000).
Referência Legislativa:
CPC-557

AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGUIMENTO NEGADO. ATO DO


RELATOR. ART. 557 DO CPC. RECURSO. EXECUÇÃO FISCAL.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DESCABIMENTO.
Estando a decisão impugnada no agravo de instrumento de acordo
com a jurisprudência da Câmara e do Superior Tribunal de Justiça,
está o Relator autorizado a negar seguimento ao recurso. Art. 557 do
CPC. Hipótese em que a parte pretendia a suspensão da ação de
execução fiscal e a devolução do prazo para oferecimento de bens a
penhora.
Recurso desprovido.
(Agravo Interno nº 70001110998, 2ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Maria Isabel de Azevedo Souza. j. 07.06.2000).
Referência Legislativa:
CPC-557.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E OBJETO.
Destina-se a exceção de pré-executividade a atacar ausência de
pressupostos processuais (desde que tal exame possa ser feito sem
necessidade de investigação probatória própria), não se prestando a
discutir o relacionamento de direito material.
AÇÃO REVISIONAL E PROCESSO DE EXECUÇÃO. A ação
revisional, conforme o estágio em que se encontrar o processo de
execução, poderá funcionar como verdadeiros Embargos à
Execução. Mas, isso desde que haja a penhora.
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. A tal corresponde a tentativa de
obstaculizar, de todas as maneiras, o andamento do processo de
execução, interpondo Agravo Inominado manifestamente infundado.
Aplicação da multa do § 2º do art. 557, CPC.
(Agravo Inominado nº 70001226786, 2 0ª Câmara Cível do TJRS,
Novo Hamburgo, Rel. Des. Armínio José Abreu Lima da Rosa. j.
09.08.2000).
Referência Legislativa:
CPC-557 PAR-2.

AGRAVO INTERNO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO


MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO A AGRAVO DE
INSTRUMENTO MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE.
A exceção de pré-executividade tem cabimento quando a matéria
suscitada pode ser conhecida, de ofício, pelo Juiz, ou seja, quando
se refira aos pressupostos processuais ou condições da ação. No
caso concreto, contudo, o recorrente pretende que o Julgador
reconheça "a nulidade da sentença prolatada na ação de
reintegração de posse transitada em julgado", com fundamento na
existência de cláusulas nulas no contrato firmado entre as partes. O
título executivo é a sentença, e ela não apresenta as cláusulas nulas
apontadas na exceção de pré-executividade. Além do mais, "não
afeta a liquidez do título as questões atinentes à capitalização,
cumulação de comissão de permanência e correção monetária,
utilização de determinado modelo de correção" entre outras,
devendo a matéria ser aduzida em Embargos à Execução, conforme
já decidido pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça. "O fato de já
ter-se esgotado o prazo para o oferecimento dos embargos tem
utilidade para afastar as argüições suscitadas pela devedora que não
digam diretamente com os pressupostos do processo de execução,
pois essas deveriam ter sido suscitadas através de embargos...",
conforme salientou o min. Ruy Rosado de Aguiar, no corpo do seu
voto, quando do julgamento do Recurso Especial nº 220100 . O
extinto Tribunal de Alçada do Estado, bem como esta Corte, têm o
entendimento de que não pode ser suscitado, nem mesmo nos
Embargos à Execução, matérias sob o abrigo da coisa julgada
(excetuando-se a falta de citação no processo originário). Já as
outras questões relativas à sentença, somente poderão ser atacadas
mediante a ação rescisória.
MULTA. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. Sendo
manifestamente infundado o Agravo Interno interposto é possível a
aplicação de multa prevista no § 2º do ar t. 557 do CPC. O Egrégio
Superior Tribunal de Justiça já se manifestou, também, que a multa
pode ser cominada no percentual de 1% a 10% (um a dez por
cento).
Desprovimento do agravo previsto no art. 557, § 1º, do CPC. Multa
aplicada. (17 fls.)
(Agravo Interno nº 70001450790, 13ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Marco Aurélio de Oliveira Canosa. j. 05.10.2000).
Referência Legislativa:
CPC-557 PAR-1 PAR-2.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMUNICAÇÃO DA


INTERPOSIÇÃO AO JUÍZO. NECESSIDADE.
A teor do disposto no art. 526 do CPC, deve o agravante comunicar
ao Juízo de 1º grau a interposição do Recurso para propiciar, a uma,
o Juízo de retratação e, a duas, propiciar facilidade ao Agravado no
exercício do direito a ampla defesa. Diligência não atendida no caso.
Agravo conhecido, por maioria, vencido o Relator.
Agravo de Instrumento contra decisão que rejeitou exceção de pré-
executividade. Cabível, na exceção, apreciar se há ou não título
exeqüendo, mas é absolutamente inviável descer ao negócio jurídico
subjacente, revisando suas cláusulas procedendo-se a cognição
plena. A pré-executividade vem sendo admitida pela jurisprudência
em casos de singela solução, isto é, quando evidente a total
ausência de procedibilidade da ação de execução. Tratando-se de
questões complexas, o caminho natural para discutir a matéria, são
os Embargos do Devedor, a serem opostos, obviamente, após
seguro o Juízo.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001191659, 5ª Câmara Cível do TJRS,
Encantado, Rel. Des. Marco Aurélio dos Santos Caminha. j.
31.08.2000).
Referência Legislativa:
CPC-526

AGRAVO INOMINADO.
Decisão que acolhe exceção de pré-executividade, tornando extinta
a execução não pode ser rebatida pela via do agravo de instrumento,
que pressupõe ataque a decisão interlocutória - art. 522 do CPC.
Descabimento de conhecer-se do agravo pelo princípio da
fungibilidade, quando não há dúvida sobre qual o recurso a ser
interposto. E, ademais, a interposição do agravo inibe o completo
conhecimento da causa.
Agravo inominado que se nega provimento.
(Agravo Inominado nº 70001029784, 20ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
07.06.2000).
Referência Legislativa:
CPC-522.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO. ANÁLISE. IMPOSSIBILIDADE.
I- A teor dos parágrafos do artigo 249 do Código de Processo Civil: o
ato não se repetira nem se lhe suprira a falta quando não prejudicar
a parte; quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem
aproveite a declaração de nulidade, o Juiz não a pronunciará nem
mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta.
II- O interesse público não se confunde com o interesse da Fazenda
Pública. Por conseguinte, não configurada nenhuma das hipóteses
de necessidade da intervenção ministerial, porquanto no caso
concreto trata-se de interesse fazendário, não há que se falar na
exigência de intervenção ministerial.
III- Somente as nulidades e os vícios processuais percebidos de
antemão é que tornam absurdo o aforamento da execução e que
podem embasar a exceção de pré-executividade.
IV- Enquanto suspensa a exigibilidade do crédito tributário,
impossibilitado fica o ajuizamento da ação para sua cobrança. Ora,
se não se pode ajuizar a ação, e óbvio que a prescrição não corre,
passando a contar somente após a constituição definitiva do crédito
tributário.
V- Se em um primeiro momento o agravante acenou com o
pagamento do débito e, após, passados aproximadamente três anos,
na proximidade da remessa dos autos ao leiloeiro, formula objeção,
queda claro o propósito de retardar a satisfação do direito creditício
do exeqüente, impondo-se a sanção prevista no artigo 601 do CPC.
VI- Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000554055, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Uruguaiana, Rel. Des. Arno Werlang. j. 19.04.2000).
Referência Legislativa:
CPC-249.

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


ACOLHIMENTO.
O acordo homologado judicialmente não se presta a aparelhar
demanda executiva quando, para sua liquidez, for imprescindível a
demonstração do quantum pago relativo a primeira parcela do
acordo, correspondente ao depósito decorrente de concordata.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. São devidos honorários
advocatícios mesmo quando não tenha ocorrido o aforamento dos
embargos. Majoração da verba honorária - extinto o feito executivo
por acolhimento de exceção de pré-executividade, correto o
arbitramento dos honorários nos termos do art. 20, § 4º do CPC. Tal
critério, no entanto, não exclui, antes recomenda, se considere como
um dos parâmetros o valor da causa.
Improvido o primeiro apelo e acolhido, em parte, o segundo.
(Apelação Cível nº 70000633826, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Sapiranga, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j. 23.06.2000).
Referência Legislativa:
CPC-20, PAR-4

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


ACOLHIDA. AO VENCIDO CABE ARCAR COM OS ÔNUS DA
SUCUMBÊNCIA.
Os honorários devidos pelo Estado, sucumbente a Fazenda Pública,
devem guardar pertinência com o trabalho profissional desenvolvido,
a natureza alimentar da verba honorária e atender aos parâmetros
do artigo 20, §§ 3º e 4º do Código de Processo Civil, pena de
aviltamento do trabalho profissional do advogado.
Apelo improvido. Recurso Adesivo provido em parte e, no mais,
confirmada a Sentença em Reexame Necessário.
(Apelação Cível nº 70000652867, 1ª Câmara Especial Cív el do
TJRS, Passo Fundo, Relª. Desª. Ana Maria Nedel Scalzilli. j.
31.10.2000).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-3 PAR-4

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CABIMENTO.
Em se cuidando de discussão acerca de questões que importam
nulidade da própria execução, admite-se que a mesma seja travada
em sede de exceção de pré-executividade, dispensando-se a
propositura de embargos de devedor.
Aval em contrato. Fiança. Distinção. Anulação. Legitimidade.
Interesse. Se o executado assumiu no contrato a posição de
garantidor solidário do débito, renunciando a qualquer benefício de
ordem, o fato de ser o mesmo qualificado como avalista não nulifica
a garantia por ele prestada, apesar de o aval ser instituto peculiar
aos títulos de crédito. Deve-se atentar para a vontade das partes
(CC, art. 85), devendo ser entendida a garantia prestada como se
fiança fosse. A ausência de outorga uxória na referida fiança não
nulifica a garantia, apenas a torna anulável. A anulabilidade,
entretanto, somente pode ser pleiteada pelo cônjuge que deixou de
prestar a outorga, não tendo legitimidade e interesse para tanto o
próprio fiador.
Direito cambiário. Nota promissória preenchida em produto.
Admissibilidade. É exeqüível a nota promissória rural preenchida em
sacas de soja ao invés de valores em dinheiro, atendidas as
peculiaridades do caso concreto. O valor monetário devido em face
da cártula se obtém por simples cálculo matemático, convertendo-se
em dinheiro o preço do produto cotado em bolsa a época do
pagamento, em analogia com o tratamento dispensado a nota
promissória emitida em moeda estrangeira.
Recurso improvido.
(Apelação Cível nº 70000327411, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Carazinho, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 22.03.2000).
Referência Legislativa:
CC-85

AGRAVO DE INSTRUMENTO. POSSESSÓRIA. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS E
ACESSÕES.
Nas ações possessórias, ausente fase executiva própria, o pleito de
retenção por benfeitorias há de ser esgrimido na fase de
conhecimento. Artigos 516 e 517, CCB. Precedentes do STJ.
Negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 70001028067, 19ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Carlos Rafael dos Santos Junior. j.
01.08.2000).
Referência Legislativa:
CC-516. CC-517.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEÇÃO DE DIREITO PÚBLICO.


EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÕES DE INCOMPETÊNCIA, PRÉ-
EXECUTIVIDADE E PAGAMENTO. REJEIÇÃO. EXCEÇÃO
PROCESSADA E JULGADA NÃO PODE SER ADJETIVADA DE
ILEGAL. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA GARANTIDAS.
CONEXÃO E CONTINÊNCIA NÃO VERIFICADAS.
A exceção de pré-executividade destina-se ao exame de questões
atinentes aos pressupostos processuais, condições da ação e da
pretensão de executar, inclusive prescrição quando observado os
requisitos legais para tanto (art. 166, do Código Civil). Ato processual
que importe alienação de bem penhorado, porém, deve ser evitado
para evitar prejuízo aos interessados, mormente adquirente,
afetando o prestígio do poder judiciário. Suspensão da execução
somente para este fim.
Recurso parcialmente provido, por maioria.
(Agravo de Instrumento nº 70001615327, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Carlos Roberto Lofego Canibal. j.
06.12.2000).
Referência Legislativa:
CC-166.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. RECURSO CABÍVEL


CONTRA A DECISÃO QUE A JULGA.
Tratando-se a exceção de pré-executividade, de incidente
processual, a decisão que a julga desafia recurso de Agravo de
Instrumento, pois decisão interlocutória, ao resolver questão
incidente no curso do processo e sem a ele por termo, (artigo 162, §
2º, c/c artigo 522 do CPC). A jurisprudência tem admitido o princípio
da fungibilidade recursal, desde que inocorra erro grosseiro e o apelo
tenha sido interposto no prazo previsto para o recurso cabível.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001119874, 5ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Marco Aurélio dos Santos Caminha. j.
29.06.2000).
Referência Legislativa:
CC-162, PAR-2, CPC-522

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Acolhida a exceção por um de seus fundamentos, cumpre a parte
excepta arcar com as custas respectivas (art. 20 par do CPC). O
excesso de execução e aplicação do consectário do art. 1531 do
CCB, dependem de prova e dizem com matéria própria dos
embargos a serem deduzidos no momento oportuno. Litigância da
má-fé não reconhecida.
Agravo provido, em parte, unânime. (3 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000476630, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Bagé, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j.
22.03.2000).
Referência Legislativa:
CC-1531. CPC-20 PAR-1.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. RECURSO CABÍVEL.
É o Agravo de Instrumento o recurso cabível contra decisão que
julga o incidente, constituindo erro a afastar o princípio da
fungibilidade recursal, a interposição de apelação. Precedentes
jurisprudenciais.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000685768, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Ícaro Carvalho de Bem Osório. j.
28.11.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE LOCAÇÃO.


EXONERAÇÃO DOS FIADORES. RECIBO DE QUITAÇÃO DA
OBRIGAÇÃO PRINCIPAL COM RESSALVA DOS DIREITOS
CONTRA OS FIADORES.
É de ser recebida a exceção de pré-executividade manejada pelos
fiadores, eis que o impedimento ao direito de sub-rogação legal,
gerado pelo locador, ao fornecer quitação ao locatário, é possível
causa de extinção da obrigação acessória da fiança, o que
desautoriza o prosseguimento da execução.
Agravo de Instrumento provido. (05 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000697441, 2ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j.
19.04.2000).

AÇÃO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO FIXO.
Presentes os requisitos da liquidez, certeza e exigibilidade do título,
eis que ausente vício passível de impugnação por exceção de pré-
executividade, é de rigor o prosseguimento da Execução.
Apelo provido. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70000508473, 19ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Guinther Spode. j. 29.03.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO. CONTRATO


DE ABERTURA DE CONTA-CORRENTE - CHEQUE-OURO.
"EXECUÇÃO. INADMISSIBILIDADE.
Não se admite a execução de contrato de abertura de crédito rotativo
- cheque financiado, mesmo que acompanhado dos extratos de sua
utilização, por ausência de liquidez. Recurso improvido. "(AC
197114713).
Recurso desprovido.
(Apelação Cível nº 70000549063, 15ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Vicente Barroco de Vasconcelos. j. 23.02.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PENHORA.


Não há risco de dano irreparável ao excipiente a efetivação da
penhora, porquanto, uma vez realizada, poderá ser desconstituída a
qualquer tempo, se julgada procedente a exceção.
Agravo provido. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 598364057, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
13.04.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DIRIGIDA CONTRA


QUEM NÃO ERA O DEVEDOR.
Substituição processual determinada sem a anuência do dito
executado que se viu obrigado a contratar advogado para propor
exceção de pré-executividade objetivando se ver excluído da
execução. Verba de sucumbência devida.
Agravo provido, em parte. Unânime. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000368571, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j.
23.02.2000).

EMBARGOS DECLARATÓRIOS. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Ocorrendo o acolhimento da exceção com a extinção da execução,
cabe a condenação do embargante ao pagamento de honorários
advocatícios, que devem guardar correspondência com o valor
econômico da demanda. Inocorrência de contradição, omissão ou
violação do artigo 20, § 4º, do CPC.
Embargos desacolhidos. (02 fls.)
(Embargos Declaratórios nº 70000627224, 1ª Câmara de Férias
Cível do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Paulo de Tarso Vieira
Sanseverino. j. 15.03.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. INADMISSIBILIDADE.
A cognição perfunctória possibilitada pela interposição do incidente
não alcança a matéria aventada pelo recorrente, que deverá ser
discutida em sede de embargos, cuja dilação probatória propiciará a
apreciação judicial. O incidente só pode ser admitido antes de
efetuada a penhora, pois não tem o condão de substituir os
embargos, meio próprio de defesa no processo executório.
Agravo desprovido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599471034, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, São Lourenço do Sul, Rel. Des. Ícaro Carvalho de Bem
Osório. j. 12.04.2000).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EMBARGOS.


AÇÃO DE REVISÃO.
A exceção de pré-executividade só deve ser admitida em
circunstâncias especialíssimas, em que visível sem necessidade de
coleta de prova vício invencível no título de crédito. Se, por qualquer
modo, discutível a matéria, a discussão terá que se dar no âmbito de
embargos de devedor, garantido o juízo, meio adequado para tanto.
Pendente ação revisional sobre título objeto de execução, ajuizada
depois, suspende-se esta, garantido o juízo, até decisão daquela,
que deve ser havida como embargos, e que delimitará a abrangência
da execução quanto aos acessórios discutidos. Precedente do STJ.
Agravo improvido. (7 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000747329, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Santa Cruz do Sul, Rel. Des. Ilton Carlos Dellandrea. j.
06.04.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTORIEDADE.
Somente diante de circunstância excepcional plenamente
demonstrada pode ser reconhecida de plano. A exceção de pré-
executividade, pela excepcionalidade de que se reveste, só pode ser
conhecida quando evidente a circunstância de não estar o excipiente
exposto ao juízo executivo. Precedentes.
Recurso improvido. Unânime. (7 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000587626, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Três de Maio, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j.
26.04.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE FUNDADA EM ALEGAÇÃO


DE INEXEQÜIBILIDADE DO TÍTULO QUE LASTREIA A
EXECUÇÃO.
Descabimento. Agravo de instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000826644, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Bayard Ney de Freitas Barcellos. j.
03.05.2000).

CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA NÃO-TRIBUTÁRIA.


Presunção de certeza e legitimidade do título. Exceção de pré-
executividade rejeitada. Decisão confirmada. (3 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000779140, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Encantado, Rel. Des. Elvio Schuch Pinto. j. 26.04.2000).

PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE. LIQUIDEZ NÃO EXISTENTE PARA
CONFIGURAR TÍTULO EXECUTIVO.
O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de
extratos unilateralmente lançados pelo credor, não constitui título
executivo, visto que não revestido de imprescindível liquidez. Assim,
também, a nota promissória a ele vinculada.
Apelação desprovida. (15 fls.)
(Apelação Cível nº 70000641779, 2ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Rio Grande, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 09.03.2000).

AGRAVOS DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE VERBA


HONORÁRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Inocorre prescrição quando o exeqüente postula em Juízo a
liquidação do valor da causa para a fixação da verba honorária
devida a ser executada, com manifesta intenção de executá-la.
Correta a divisão dos ônus sucumbenciais entre os diversos réus,
mesmo que somente um deles tenha contestado a ação. A
incidência dos juros moratórios ocorre a partir da citação na ação de
execução de sentença. Cabível a estipulação de honorários
sucumbenciais em exceção de pré-executividade, visto que
necessária para a pretensão de extinção da ação executiva. Agravo
nº 599 463 437 improvido e agravo 599 465 044 parcialmente
provido. (9 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599463437, 2ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Campo Bom, Relª. Desª. Matilde Chabar Maia. j. 03.05.2000).

EMBARGOS À EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE


CRÉDITO.
Exeqüibilidade do título já decidida em anterior decisão proferida em
incidência de exceção de pré-executividade.
AMPLITUDE DA REVISÃO. Nos embargos o exame das questões
discutidas restringe-se ao título objeto da execução.
MULTA. O inadimplemento do pagamento torna certa a exigibilidade
da multa.
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. A atuação do embargante ratifica a
litigância de má-fé reconhecido pelo Juízo.
Preliminares rejeitadas e recurso desprovido. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70000110569, 15ª Câmara Cível do TJRS, Três
de Maio, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 19.04.2000).

MONITÓRIA. LITISPENDÊNCIA. INEXISTÊNCIA.


Não induz aos efeitos da litispendência o ingresso da monitória
quando extinta a execução por acolhimento de exceção de pré
executividade, sem o trânsito em julgado da sentença da qual houve
apelo tão-só quanto aos honorários. É ilógico e atenta contra a
economia processual a extinção da monitória para aguardar decisão
que não modificara a extinção que é definitiva.
Provido.
(Apelação Cível nº 599414679, 19ª Câmara Cível do TJRS, Erexim,
Relª. Desª. Elba Aparecida Nicol li Bastos. j. 25.04.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO ROTATIVO - CHEQUE FINANCIADO.
Modalidade pela qual não há um empréstimo de valor fixo, mas
valores colocados a disposição do correntista, que deles poderá
fazer uso ou não. Espécie em tudo semelhante ao conhecido
contrato de abertura de crédito em conta corrente. Inexistência de
liquidez.
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO. Nulidade da execução que
pode ser acolhida pela via da exceção de pré-executividade.
Legitimidade da demanda dirigida contra a principal empresa do
grupo econômico de que faz parte a subsidiaria em decorrência da
transferência da titularidade do negócio.
Agravo provido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000774448, 20ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
21.03.2000).

APELAÇÃO CÍVEL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


O recurso cabível da decisão que julga o incidente de pré-
executividade, decisão interlocutória, é o Agravo de Instrumento.
Não se conhece da apelação por se tratar de erro grosseiro sua
interposição quando o despacho recorrido não extinguiu o processo,
inaplicável o princípio da fingibilidade dos recursos. Precedentes
jurisprudenciais.
Apelo não conhecido.
(Apelação Cível nº 70000397075, 12ª Câmara Cíve l do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Ana Maria Nedel Scalzilli. j. 13.04.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Havendo a parte interposto exceção de pré-executividade, cabe ao
julgador apreciar e decidir o pedido, sendo descabida a mera
suspensão deste, e mesmo da execução em face da qual foi oposta,
mormente quando a parte executada sustenta a incompetência da
Justiça Estadual para processar a execução, noticiando a existência
de ação onde postula a revisão do contrato entabulado com o banco,
a tramitar perante a Justiça Federal.
Agravo provida. (04 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70000804468, 10ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Paulo Antônio Kretzmann. j.
27.04.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. NOTA PROMISSÓRIA FORMALMENTE
PERFEITA A PASSAR PELO CRIVO DE ADMISSIBILIDADE PARA
O PROCESSO.
Alegação de que a relação subjacente a emissão da cártula, em
sendo contrato de abertura de crédito em conta corrente, constitui
um óbice para a liquidez do título. Inexistência de qualquer prova de
relação que tal. Título legítimo a embasar a execução.
Recurso a que se nega provimento.
(Agravo de Instrumento nº 599420841, 2ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. Ícaro Carvalho de Bem Osório. j.
09.03.2000).

LOCAÇÃO. EXECUÇÃO. VALIDADE DA CITAÇÃO. LEGITIMIDADE


PASSIVA DO FIADOR. AVALIAÇÃO DO IMÓVEL PENHORADO.
Restando evidente no feito a legitimidade passiva do fiador e sua
esposa pelos valores contratados, é demonstrada que foi inequívoca
a ciência do executado acerca da existência da demanda executória,
bem como, considerando-se a ausência de elementos concludentes
no processo capaz de afastar a avaliação procedida, correta a
decisão recorrida que indeferiu todos os pedidos formulados na
exceção de pré-executividade e na impugnação ao laudo de
avaliação.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000569228, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Santa Maria, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j.
15.03.2000).

AGRAVO. CONTRATO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE SIMULTÂNEA AOS EMBARGOS DO
DEVEDOR.
Em principio, descabe o incidente, pois a duplicidade de
instrumentos defensivos, com a mesma finalidade, é vedada pela
sistemática processual vigente.
Agravo desprovido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 700005096 79, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Flores da Cunha, Rel. Des. Luciano Ademir José D'avila. j.
22.02.2000).

PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade somente poderá ser suscitada
quando a matéria que ela ataca diga respeito a pressupostos
processuais ou condições da ação.
Agravo de Instrumento improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000514752, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Caxias do Sul, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j.
09.02.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. NULIDADE DE CERTIDÃO DE DÍVIDA
ATIVA.
Face a substituição da primitiva certidão de dívida ativa, com a
devida correção dos equívocos, incabível é o pleito dirigido a
anulação de todo o procedimento executório. Inteligência do art. 2º,
parágrafo 8º, da Lei de Execuções Fiscais.
Recurso improvido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000914937, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Ângelo, Rel. Des. Carlos Roberto Lofego Canibal. j.
10.05.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE CONTA CORRENTE. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. POSIÇÃO DO STJ.
O STJ orientou jurisprudência (ERESP n. 108.259, 2ª Seção, DJ 20 -
09-99) no sentido de não mais admitir o contrato de conta corrente
como título executivo, sequer acompanhado dos extratos bancários.
Exceção de pré-executividade acolhida, ante o provimento do
recurso.
(Agravo de Instrumento nº 70000541821, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Encantado, Rel. Des. Roque Miguel Fank. j. 23.02.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS.
Em sede de incidente processual litigioso são devidos honorários
advocatícios, segundo critério objetivo de sucumbência. Precedentes
do STJ. Letra de câmbio sem aceite. Ausência de obrigação
cambiária. Letra de câmbio que não contenha a assinatura do
sacado não constitui título cambial.
Apelação desprovida. (7 fls.)
(Apelação Cível nº 70000676759, 2ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Taquara, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 09.03.2000).

PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
A denominada exceção de pré-executividade não comporta debate
estranho a questões outras, senão aquelas que realmente estejam
situadas, no rigor técnico-processual, no âmbito das condições da
ação e dos pressupostos processuais.
Agravo de instrumento improvido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000306225, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Venâncio Aires, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j.
16.02.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Excepcionalmente pode-se lançar mão de tal expediente, que
antecede a penhora, desde que não aborde matéria a ser decidida
em sede de conhecimento de embargos do devedor.
Negaram provimento ao recurso.
(Agravo de Instrumento nº 599441334, 1ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Erexim, Rel. Des. Luís Augusto Coelho Braga. j. 28.03.2000).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. FIXAÇÃO DE


HONORÁRIOS.
Verba deve ser condizente ao serviço profissional prestado, levando
em conta o bem da vida perseguido pelas partes, que é diretamente
proporcional a responsabilidade da defesa técnica, bem como o fato
de que, no mais das vezes, é a fonte de renda do advogado.
Apelo parcialmente provido. (3 fls.)
(Apelação Cível nº 70000307132, 5ª Câmara Cível do TJRS, Itaqui,
Rel. Des. Carlos Alberto Bencke. j. 30.03.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. OPOSIÇÃO DE MATÉRIAS


CONCERNENTES AOS EMBARGOS. INADMISSIBILIDADE.
Não podem ser discutidas no âmbito da exceção de pré-
executividade questões de mérito referentes apenas aos Embargos à
Execução.
(Agravo de Instrumento nº 70000445585, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Arroio Grande, Relª. Desª. Maria Isabel Broggini. j. 29.03.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO


PESSOAL. EXECUÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Dependendo os argumentos que refutam o título executivo exame de
mérito, inviável o acolhimento da exceção que, para ser acolhida,
exige flagrante situação de inviabilidade do processo de execução.
Agravo improvido.(3 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70000970210, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 31.0 5.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULOS.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. VIABILIDADE. COISA
JULGADA FORMAL.
A coisa julgada formal operada em embargos do devedor rejeitados
liminarmente não inviabiliza o ajuizamento da exceção de pré-
executividade. Importa, tão-somente, que esta restrinja-se a matéria
que lhe permite, como ilegitimidade passiva.
Agravo provido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000809814, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Viamão, Rel. Des. Roque Miguel Fank. j. 17.05.2000).

APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. INICIAL DO PROCESSO DE EXCEÇÃO
NÃO INSTRUÍDO COM DOCUMENTO COMPROBATÓRIO DO
TRÂNSITO EM JULGADO. MATÉRIA A SER DISCUTIDA EM
EMBARGOS.
O fato de não haver a parte exeqüente instruído a inicial do processo
de execução de sentença com prova de trânsito em julgado não
viabiliza o acolhimento de exceção de pré-executividade, pois não
permite que o julgador afirme, sem a produção de qualquer outra
prova, ser o título inexigível. A matéria deve ser discutida no âmbito
dos embargos de devedor, especialmente porque os devedores
alegam, sem nada provar, existência de recurso pendente.
Recurso provido. (7 fls.)
(Apelação Cível nº 598168011, 8ª Câmara Cível do TJRS,
Uruguaiana, Rel. Des. Alzir Felippe Schmitz. j. 15.06.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE.
I. Se a exceção de pré-executividade não suspendesse a execução,
sendo mantida a necessidade de garantia do juízo, o próprio
incidente perderia o motivo de sua criação, qual seja, permitir a
defesa do executado (em hipóteses nas quais as irregularidades da
execução saltem aos olhos) sem a necessidade de ter seu
patrimônio afetado. Destarte, tenho que a decisão monocrática
desacolheu, ainda que não expressamente, à exceção de pré-
executividade.
II. A denominada exceção de pré-executividade, de criação
doutrinária e jurisprudencial, só é cabível em casos excepcionais,
nos quais se afigura manifesta a nulidade do título executivo.
Preliminar afastada.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000876318, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Arno Werlang. j. 21.06.2000).

PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE. EXTINÇÃO.
Contrato de abertura de crédito em conta-corrente, parecido com
extrato evolutivo ou consolidado em nota promissória, não é título
executivo, atacável pela via da exceção de pré-executividade.
Extinção do processo de execução pela falta das condições da ação.
Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 70000501130, 19ª Câmara C ível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Guinther Spode. j. 14.03.2000).

NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. PROCESSO DE EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Admite-se tal exceção nos casos em que, a primeira vista, se conclui
pela nulidade do título ou do processo de execução, sendo incabível
quando envolver matéria controversa, dependente de dilação
probatória ou relativa à ilegalidade de cláusulas contratuais.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000574012, 13ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Antônio Cidade Pitrez. j.
04.05.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - CABIMENTO -


PRESSUPOSTOS.
- Matérias próprias de Embargos à Execução não serão temas da
exceção, que se destina a atacar pressupostos processuais.
(Agravo de Instrumento nº 700 00582593, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j. 06.04.2000).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE CONFISSÃO DE DÍVIDA. NOTA PROMISSÓRIA ASSINADA EM
BRANCO.
Não obstante a nota promissória tenha sido considerada nula, por ter
sido assinada em branco, a execução também funda-se em contrato
de confissão de dívida, o qual preenche os pressupostos legais de
executividade. Logo, deve ser mantida a decisão que desacolheu a
exceção de pré-executividade, determinando o prosseguimento da
execução.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000584664, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Camaquã, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 29.03.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE.


Matéria que diz respeito somente ao excesso de execução deve ser
tratada em sede de Embargos do devedor, e não como exceção de
pré executividade.
(Agravo de Instrumento nº 70000589275, 12ª Câmara Cível do
TJRS, Caxias do Sul, Rel. Des. Cezar Tasso Gomes. j. 04.05.2000).

AGRAVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ESCRITURA


PÚBLICA DE CONFISSÃO DE DÍVIDA.
Tal medida mostra-se viável somente em casos de absoluta e
invencível nulidade da pretensão executória. Mas não foi o que
ocorreu na espécie, limitando-se o agravante a discutir o negócio
jurídico subjacente, matéria que deve ser questionada em sede de
Embargos.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000595744, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Novo Hamburgo, Rel. Des. Paulo Augusto Monte Lopes. j.
03.05.2000).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO.
CONFISSÃO DE DÍVIDA FIRMADA APENAS POR UMA
TESTEMUNHA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Não se constitui Título Executivo confissão de dívida firmada por
apenas uma testemunha. Os honorários advocatícios devem ser
fixados de acordo com o trabalho desenvolvido nos autos, não
merecendo majoração, quando sequer foi produzida prova oral ou
pericial.
Apelação desprovida.
(Apelação Cível nº 70000706903, 2ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Panambi, Relª. Desª. Lúcia de Castro Bol ler. j. 19.04.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. APRECIAÇÃO.


Alegação de iliquidez de título. Pagamento. Litigância de má-fé.
Agravo parcialmente provido. (6 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000717934, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Santa Cruz do Sul, Rel. Des. Alexandre Mussoi Moreira. j.
27.06.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Ausente uma das condições da ação, qual seja, inexistindo título
extrajudicial a capitanear o processo de execução, é de rigor a sua
extinção.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000718676, 19ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Guinther Spode. j. 21.03.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. INCIDENTAL PROCESSUAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Incabível a condenação em honorários advocatícios em tal exceção,
pois não é processo autônomo, configurando incidente processual.
Agravo improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000719393, 13ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Antônio Cidade Pitrez. j.
04.05.2000).

EXECUÇÃO DE ACORDO JUDICIALMENTE HOMOLOGADO -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A discussão acerca da inexecutibilidade do título não encontra mais
espaço, no momento em que o acordo se constitui em autêntica
novação.
(Agravo de Instrumento nº 70000776583, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Cachoeira do Sul, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j.
11.05.2000).

CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. BANCO 24 HORAS.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO. EXTINÇÃO
DA EXECUÇÃO.
Orientação consolidada no STJ, no sentido da inexecutividade, ainda
que o contrato venha subscrito por duas testemunhas e
acompanhado de demonstrativo completo e discriminado do débito.
Viabilidade do acolhimento da exceção. Extinção da execução.
Apelação desprovida.
(Apelação Cível nº 70000233866, 18ª Câmara Cível do T JRS, Santa
Cruz do Sul, Rel. Des. Wilson Carlos Rodycz. j. 01.06.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Pretensão de condenação do devedor ao pagamento de honorários
advocatícios fundada na rejeição de exceção de pré-executividade
por ele levantada. Improcedência, mesmo porque esta instância
proveu a inconformidade vertida contra a decisão do juízo
monocrático, acolhendo a exceção.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000978486, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Canoas, Rel. Des. Manoel Velocino Pereira Dutra. j.
06.09.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Satisfeito o valor da condenação antes do ingresso da execução,
não cabe a condenação do devedor ao pagamento de honorários
para o acompanhamento do processo expropriatório.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000979492, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Canoas, Rel. Des. Manoel Velocino Pereira Dutra. j.
06.09.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTRATO DE ABERTURA DE


CRÉDITO PREFIXADO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não procede a alegação das agravantes no sentido de que o
contrato de financiamento não tem as características de título
executivo extrajudicial, diverso que do contrato de abertura de
crédito. A discussão de cláusulas não retira do contrato sua
característica de título executivo. Exceção de pré-executividade
corretamente afastada.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000982967, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Novo Hamburgo, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j.
28.06.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCLUSÃO


DE LIDE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. APRECIAÇÃO
EQÜITATIVA DO JUIZ.
1. A desistência de ação de execução diante de pedido formulado
em exceção de pré-executividade enseja a condenação em
honorários advocatícios.
2. Nas execuções, embargadas ou não, os honorários são fixados
segundo apreciação eqüitativa do juiz. Hipótese em que o
arbitramento em 02 URHS afigura-se razoável para a remuneração
do trabalho realizado pelo procurador da parte.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000983247, 2ª Câmara Cív el do TJRS,
Caxias do Sul, Relª. Desª. Maria Isabel de Azevedo Souza. j.
31.05.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS.


A exceção de pré-executividade não se revela um incidente puro,
traduzindo-se em verdadeira oposição formal ao título que capitaneia
a execução, merecendo, assim, a justa remuneração do profissional
do direito.
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 70000987966, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Sarandi, Rel. Des. Guinther Spode. j. 15.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO.
Recurso que pretende a suspensão de execução sob argumento que
não pode ser apreciado em sede de exceção de pré-executividade.
Agravo de Instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001000538, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Manoel Velocino Pereira Dutra. j.
09.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE FUNDADA EM ILEGITIMIDADE AD
CAUSAM.
Matéria a ser discutida na via dos embargos de devedor quando
ausente prova de plano capaz de excluir os sócios-gerentes da
demanda.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001000686, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Elvio Schuch Pinto. j. 23.08.2000).

AGRAVO INTERNO. EXTINÇÃO LIMINAR DO AGRAVO DE


INSTRUMENTO POR MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE.
Pretendendo o agravante, através da denominada exceção de pré-
executividade, apenas oferecer em garantia títulos de dívida pública,
postulando, ainda, a compensação de seus pretensos e alegados
valores com o débito em execução, sem atacar, em momento algum
o título executivo, quer no plano de sua existência, quer no de sua
validade, correta foi a decisão de primeiro grau que rejeitou
liminarmente a referida incidental. Desta forma, o Agravo de
Instrumento, manejado contra aquela decisão, não merecia outra
sorte que não o indeferimento liminar dado pelo relator.
Agravo interno, interposto contra a decisão que, por isso, vai
improvido. Agravo interno não provido.
(Agravo Interno nº 70001009745, 1ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j. 17.05.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS.
Não se tratando de inexistência ou invalidade do título executivo,
descabe a discussão travada pelo devedor em sede de exceção de
pré-executividade. Tratando-se de cobrança executiva baseada em
certidões expedidas pelo tribunal de contas, face a imposição de
multa por irregularidades administrativas praticadas pelo devedor na
qualidade de diretor do IRGA, tem o Estado do Rio Grande do Sul
legitimidade para propor a execução, pois não se trata de ação que
vise ressarcir a referida autarquia estadual. As matérias relacionadas
a correção monetária e aos juros, são típicas de discussão em sede
própria de Embargos do Devedor, pois, ao fim e ao cabo, dizem
respeito a questão relativa ao excesso de execução e não a higidez
do título executivo. Inviabilidade de sua apreciação, assim, por meio
da denominada exceção de pré-executividade.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70001025253, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Vitória do Palmar, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick.
j. 16.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS.
Não se tratando de inexistência ou invalidade do título executivo,
descabe a discussão travada pelo devedor em sede de exceção de
pré-executividade. Tratando-se de cobrança executiva baseada em
certidões expedidas pelo tribunal de contas, face a imposição de
multa por irregularidades administrativas praticadas pelo devedor na
qualidade de diretor do IRGA, tem o Estado do Rio Grande do Sul
legitimidade para propor a execução, pois não se trata de ação que
vise ressarcir a referida autarquia estadual. As matérias relacionadas
a correção monetária e aos juros, são típicas de discussão em sede
própria de Embargos do Devedor, pois, ao fim e ao cabo, dizem
respeito a questão relativa ao excesso de execução e não a higidez
do título executivo. Inviabilidade de sua apreciação, assim, por meio
da denominada exceção de pré-executividade.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70001025253, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Vitória do Palmar, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick.
j. 16.08.2000).

AGRAVO INTERNO. EXECUÇÃO FISCAL. DESPACHO QUE NEGA


EFEITO SUSPENSIVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
LITISPENDÊNCIA.
As questões alegadas pela agravante não estão afetas a
excepcionalidade da exceção de pré-executividade, com o que fica
obstaculizada a concessão de efeito suspensivo ao Agravo de
Instrumento contra decisão que assim entendeu.
Agravo não conhecido.
(Agravo Interno nº 70001031582, 1ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Carlos Roberto Lofego Canibal. j. 07.06.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Dependendo os argumentos que refutam o título executivo de
dilação probatória, inviável a exceção de pré-executividade,
corretamente afastada.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001032457, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Helena Cunha Vie ira. j. 28.06.2000).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. NÃO CABIMENTO. NOMEAÇÃO A
PENHORA DE TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA. INVIABILIDADE.
A denominada exceção de pré-executividade, construção pretoriana
e não prevista expressamente em lei, tem cabimento nas hipóteses
excepcionalíssimas e restritas de flagrante inexistência ou nulidade
do título executivo, exatamente para viabilizar a defesa da parte sem
os ônus da constrição judicial em casos de manifesta carência do
processo de execução. Não se fazendo presentes as hipóteses
referidas, correta a decisão de primeiro grau que, forma liminar,
rejeita a denominada exceção de pré-executividade. Imprestabilidade
dos títulos da dívida pública como bens oferecidos a penhora.
Ausência de cotação em bolsa e valor de mercado. Prescrição dos
títulos, por esgotamento dos prazos fixados para os respectivos
resgates. Precedente jurisprudencial.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70001041714, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Garibaldi, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j. 21.06.2000).

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. BLOQUEIO DE QUANTIA


DEPOSITADA. POSSIBILIDADE.
1 - É possível, na execução de sentença, o bloqueio de quantia
depositada, quando do oferecimento de exceção de pré-
executividade.
2 - Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001062280, 4ª Câmara Cível do TJRS,
Torres, Rel. Des. Araken de Assis. j. 16.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIFICATIVAS PARA CONSTAR


DE VERSO DE CHEQUE FIRMA DO EXCIPIENTE. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE: REJEIÇÃO.
A exceção de pré-executividade, medida de construção pretoriana,
sem previsão legal e contrária ao princípio da autonomia da
execução, só é de ser admitida em hipóteses teratológicas, sob pena
de se tornar sucedâneo da defesa sistêmica a ser deduzida em sede
de embargos do devedor.
Negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 70001062827, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j.
27.06.2000).

AGRAVO INTERNO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO DO AGRAVO


DE INSTRUMENTO MANTIDA.
Despacho que apenas recebe o incidente de exceção de pré-
executividade não tem natureza de decisão interlocutória, não tendo
sido sequer determinada a suspensão do processo de execução.
Agravo interno desprovido.
(Agravo Interno nº 700 01111483, 16ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 28.06.2000).

LOCAÇÃO. EXECUÇÃO. REJEIÇÃO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Atento ao fato da pretensão a cobrança via executiva ser
contemporânea com a vigência da locação, sendo a fiança prestada
a efetiva garantia da locação, o contrato é título de crédito por
expressa disposição legal, não se observando, ainda dupla
pretensão de cobrança, razão por que correta a decisão atacada que
rejeitou a exceção de pré-executividade oposta pelos executados.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001160092, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j.
06.09.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO CONTRA DECISÃO QUE


APRECIA INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Da decisão que aprecia a exceção de pré-executividade cabe o
Agravo de Instrumento e não Apelação, em observância ao CPC.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70001198985, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Canoas, Relª. Desª. Helena Cu nha Vieira. j. 16.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA. MATÉRIA A
SER DISCUTIDA EM EMBARGOS DE DEVEDOR.
A exceção de pré-executividade não pode ser admitida como forma
de Embargos de Devedor, sem que esteja seguro o juízo, sendo
cabível somente quando evidente, a primeira vista, que o título
exeqüendo é nulo ou inexistente, quando cristalina a ilegitimidade
das partes ou de uma delas ou quando incontroverso que não se
encontra presente alguma das condições da ação.
Havendo necessidade de produção de provas ou havendo
controvérsia quanto a tese invocada pela parte excipiente, é
inadmissível a exceção, e, com maior razão, a suspensão do
processo de execução, sem que esteja seguro o juízo.
Recurso provido.
(Agravo de Instrumento nº 70001206390, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Santa Maria, Rel. Des. Alzir Felippe Schmitz. j.
16.08.2000).

AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. LITISPENDÊNCIA.
O fato de a execução, fundada em acordo homologado
judicialmente, não ter sido processado nos autos principais, mas em
apenso, é irrelevante para a solução do feito, não se vislumbrando
prejuízo ao devedores executados.
Agravo desprovido.
(Agravo nº 70001226844, 15ª Câm ara Cível do TJRS, Bagé, Rel.
Des. Vicente Barroco de Vasconcelos. j. 23.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Tendo os dois fundamentos da exceção sido examinados nos
Embargos, em decisão transitada em julgado, o expediente não só
aponta para o improvimento do Recurso como também configura
litigância de má-fé.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001232859, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, São Gabriel, Rel. Des. Adão Sérgio do Nascimento
Cassiano. j. 30.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA. MATÉRIA A
SER DISCUTIDA EM EMBARGOS DE DEVEDOR.
A exceção de pré-executividade não pode ser admitida como forma
de embargos de devedor, sem que esteja seguro o juízo, sendo
cabível somente quando evidente, a primeira vista, que o título
exeqüendo é nulo ou inexistente, quando cristalina a ilegitimidade
das partes ou de uma delas ou quando incontroverso que não se
encontra presente alguma das condições da ação. Havendo
necessidade de produção de provas ou havendo controvérsia quanto
à tese invocada pela parte excipiente, é inadmissível a exceção.
Recurso não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70001259035, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Alzir Felippe Schmitz. j.
16.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. DESCABIMENTO.
A exceção de pré-executividade é medida de construção pretoriana,
sem previsão legal. Alegada ausência de responsabilidade tributária.
Matéria a ser deduzida em embargos do devedor.
Agravo improvido.(6 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001287606, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Ângela Maria Silveira. j.
31.08.2000).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. TEMPESTIVIDADE.
A interposição da exceção de pré-executividade independe da
oposição dos embargos à execução e do prazo estipulado a estes.
Agravo provido em parte.
(Agravo de Instrumento nº 70001288893, 2ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Guarani das Missões, Relª. Desª. M arilene Bonzanini
Bernardi. j. 06.09.2000).

AÇÃO DE ANULAÇÃO DE ARREMATAÇÃO.


Extinção da execução: em tendo sido determinada a extinção de
processo de execução em face do acolhimento de exceção de pré-
executividade, resta prejudicado o exame das questões trazidas a
esta Corte através de ação de anulação de arrematação de bem
alienado nos autos do processo extinto.
Apelação prejudicada.
(Apelação Cível nº 598583466, 2ª Câmara Especial Cível do TJRS,
São Luiz Gonzaga, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 30.11.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Correta a decisão que a repele, na medida em que inexistente
qualquer vício ou nulidade flagrante, a dispensar a instalação do
contraditório. Debate que só pode evoluir em sede de embargos.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000068668, 19ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Mário José Gomes Pereira. j.
14.03.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEITADA. DECISÃO


MANTIDA.
Agravo de Instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000076166, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Manoel Velocino Pereira Dutra. j.
07.06.2000).

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


NOTAS PROMISSÓRIAS VINCULADAS A CONTRATO
RESCINDIDO. NECESSIDADE DE PROVA AMPLA.
É inviável o emprego da exceção de pré-executividade, quando a
alegação que a embasa não dispensa diligências instrutórias para o
seu pleno conhecimento, o que deve ser realizado em embargos do
devedor.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000097006, 6ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. João Pedro Pires Freire. j. 22.03.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE FALSIDADE DE ASSINATURA.
DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO EM PRIMEIRO GRAU.
Tendo o agravado informado em contra-razões que desistiu da
execução em primeiro grau, em relação a qual o agravante pretendia
o reconhecimento da exceção de pré-executividade, o recurso
perdeu o objeto, o que leva a extinção do feito sem exame de mérito.
Processo extinto.
(Agravo de Instrumento nº 70001317007, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Adão Sérgio do Nascimento
Cassiano. j. 27.09.2000).

EXECUÇÃO FISCAL. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA. TRIBUTÁRIO.


FALTA DO NÚMERO DE INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA.
EXTINÇÃO. EMBARGOS DO DEVEDOR OPOSTOS COM O NOME
DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
1. Seguro o juízo, é de ser recebido como embargos do devedor à
excesso de pré-executividade oferecida. Não constando da
intimação da penhora o prazo para embargar, são tempestivos os
embargos.
2. Não comprovada tenha a dívida sido inscrita em dívida ativa, é de
ser extinta a execução.
(Reexame Necessário nº 70001344019, 2ª Câmara Cível do TJRS,
São Marcos, Relª. Desª. Maria Isabel de Azevedo Souza. j.
23.08.2000).

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


PRESCRIÇÃO. POSSIBILIDADE.
Agravo provido. Voto vencido. (5 fls.)
(Agravo Regimental nº 70001520477, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j.
06.09.2000).

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIONAMENTO


FUNDADO EM SUCESSÃO DE EMPRESAS.
Exceção de pré-executividade buscando a renovação do prazo para
oposição de embargos face à intimação em pessoa alegadamente
não sócia da empresa contra qual fora redirecionada a ação.
Inadimissibilidade: aplicação da teoria da aparência. Preliminar de
irregularidade na representação rejeitada. Tendo silenciado a pessoa
intimada sobre a impossibilidade de receber a intimação, por não ser
sócia da empresa, apondo seu ciente mandado respectivo, aliado ao
fato de ser encontrada no mesmo endereço da empresa que,
alegadamente, não foi sucedida pela agravante e pertencendo todas
ao mesmo grupo comercial, não há falar-se em renovação da
intimação para oposição de embargos. Aplicação da teoria da
aparência.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001557693, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Antônio Prado, Rel. Des. Élvio Schuch Pinto. j. 22.11.2000).
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIONAMENTO
FUNDADO EM SUCESSÃO DE EMPRESAS. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE REJEITADA.
Agravo de instrumento buscando a renovação do prazo para
oposição de embargos face à intimação em pessoa alegadamente
não sócia da empresa contra a qual fora redirecionada a ação.
DESACOLHIMENTO. APLICAÇÃO DA TEORIA DA APARÊNCIA.
PRELIMINAR DE IRREGULARIDADE NA REPRESENTAÇÃO
REJEITADA. Tendo silenciado a pessoa intimada sobre a
impossibilidade de receber a intimação por não ser sócia da
empresa, apondo seu ciente no mandado de intimação, aliado ao
fato de ser encontrada no mesmo endereço da empresa devedora,
alegadamente não sucedida pela agravante, e pertencendo todas ao
mesmo grupo comercial, não há falar-se em renovação da intimação
para oposição de embargos. Aplicação da teoria da aparência.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001558527, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Antônio Prado, Rel. Des. Élvio Schuch Pinto. j. 22.11.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO.


AGRAVO INTERNO.
Exceção de pré-executividade não é substitutiva dos embargos do
devedor. Não se presta à exceção de pré-executividade a substituir a
oposição de embargos à execução, sede adequada a discussão de
incidências ilegais.
Agravo desprovido.
(Agravo Interno nº 70001558808, 11ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Roque Miguel Fank. j. 27.09.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Alegação de prescrição do título de crédito desacolhida.
Agravo de Instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001578749, 5ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Sérgio Pilla da Silva. j. 09.11.2000).
AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO
CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
O processo executivo, não se presta ao reconhecimento de um
direito, ou ao desfazimento de direito já reconhecido, mas à atuação
prática do crédito insculpido no título executivo.
Agravo a que se nega provimento.
(Agravo nº 70001600154, 6ª Câmara Cível do TJRS, Porto Alegre,
Rel. Des. Carlos Alberto Álvaro de Oliveira. j. 11.10.2000).

AGRAVO REGIMENTAL RECEBIDO COMO AGRAVO INTERNO.


NEGATIVA DE SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO.
DECISÃO QUE REJEITOU EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade somente é admissível quando se
volta contra a execução carente de título executivo. A eventual
existência de outros pressupostos processuais só podem ser
alegadas em embargos, não se admitindo para tal fim a referida
exceção.
Agravo Interno improvido.
(Agravo Interno nº 70001650175, 15ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Manuel Martinez Lucas. j. 25.10.2000).

AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO A


AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESCABIMENTO.
Decisão que rejeita exceção de pré-executividade. O sistema
consagrado no art. 16 da Lei 6830/80 não admite as denominadas
exceções de pré-executividade. Precedentes do S.T.J.
Recurso desprovido.
(Agravo Inominado nº 70001693969, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Maria Isabel de Azevedo Souza. j.
18.10.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO TRIBUTÁRIO E FISCAL.


Exceção de pré-executividade e embargos do devedor versando
sobre a mesma matéria. Perda do interesse processual. Já tendo
sido julgada a matéria referente a prescrição do título em sede de
embargos, inclusive em favor do agravante, prejudicado resta o
agravo de instrumento interposto da decisão que desacolheu a
exceção da pré-executividade, que invocava idêntica questão.
Agravo prejudicado. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000154310, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Novo Hamburgo, Relª. Desª. Fabianne Breton Baisch. j. 23.10.2000).

FISCAL. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM ARGÜIDA NOS


PRÓPRIOS AUTOS EXECUTÓRIOS, COMO EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. INADMISSIBILIDADE.
1. A chamada exceção de pré-executividade, criação doutrinária e
jurisprudencial, articulada no bojo dos autos do processo executório,
é meio excepcional de defesa, portanto, de admissão restrita. É de
argüição limitada a vícios formais evidentes do título executivo, isto
é, que o descaracterizam como tal, os quais, por isso mesmo, o Juiz
pode-deve examinar de ofício. Por isso, não há necessidade de
contraditório nem de penhora. Na realidade, o executado não faz
defesa, mas apenas alerta a respeito da existência de eiva. Assim a
modalidade não alberga argüições que demandam a formação de
contraditório, como é o caso da ilegitimidade ad causam, máxime
quanto esta, diante das peculiaridades do caso concreto, não se
mostra estreme de dúvida.
2. Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000229559, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Cruz do Sul, Rel. Des. Irineu Mariani. j. 05.04.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. AUSÊNCIA DE


RESPONSABILIDADE PESSOAL DE SÓCIO PARA FIGURAR NO
PÓLO PASSIVO DA EXECUÇÃO FISCAL.
Impossibilidade jurídica da argüição através da exceção oposta.
Extinção de execução.
Agravo prejudicado. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000241067, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Farroupilha, Rel. Des. Pedro Luiz Rodrigues Bossle. j. 02.10.2000).

EXECUÇÃO. CONFISSÃO DE DÍVIDA.


Exceção de pré-executividade fundada no ajuizamento de ação
declaratória de nulidade parcial do título. Rejeição confirmada.
Penhora sobre bens pertencentes a sociedade da qual o executado
detém 97% do capital social. Possibilidade no caso concreto.
Agravo improvido. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 70000300194, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
05.10.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS. LEGITIMIDADE DO ADVOGADO CREDOR.
DEMONSTRATIVO DE DÉBITO OBTIDO MEDIANTE SIMPLES
CÁLCULO ARITMÉTICO, SEM A NECESSIDADE DE REMESSA AO
CONTADOR. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
CORRETAMENTE RECHAÇADA.
Recurso improvido. Unânime. (3 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000459305, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j.
23.02.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO. NOTA


PROMISSÓRIA. SITUAÇÃO NA QUAL DESDE LOGO SE VERIFICA
A IMPOSSIBILIDADE DE PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO
POR MANIFESTA NULIDADE. "EXECUÇÃO. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO. NOTA PROMISSÓRIA CAUCIONADA.
INADMISSIBILIDADE.
Não se admite a execução de contrato de abertura de crédito,
mesmo que acompanhado dos extratos de sua utilização, por
ausência de liquidez. Ilíquido valor decorrente da utilização do
crédito rotativo, ineficaz a nota promissória emitida em garantia do
contrato, porque padecendo da ausência do mesmo requisito.
Recurso desprovido, unânime". (AC N. 599059276). Apelo
desprovido. (6 fls.)
(Apelação Cível nº 70000473686, 15ª Câmara Cível do TJRS,
Caçapava do Sul, Rel. Des. Vicente Barroco de Vasconcelos. j.
14.06.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO: EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE REJEITADA. AGRAVO IMPROVIDO. (4 FLS.)
(Agravo de Instrumento nº 700 00480061, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Manoel Velocino Pereira Dutra. j.
12.04.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. TRIPLICATAS. EXTINÇÃO


DA EXECUÇÃO.
Acolhimento de argüição contra nulidade de triplicatas, por falta de
assinatura do emitente. Os títulos executivos constituem-se em
duplicatas que, retidas pelo sacado, foram regularmente protestadas.
A execução foi instruída com prova de tais circunstâncias, bem como
com as faturas e comprovantes de entrega. Não havia necessidade
de emissão de triplicatas, razão pela qual era descabido argumentar
com a falta daquele formal. Precedente na câmara a respeito. Apelo
provido para desconstituir a decisão guerreada. (7 fls.)
(Apelação Cível nº 70000492546, 10ª Câmara Cível do TJRS, Santo
Antônio da Patrulha, Rel. Des. Luiz Lúcio Merg. j. 24.08.2000).

EMBARGOS À EXECUÇÃO. TÍTULO JUDICIAL. HONORÁRIOS DE


SUCUMBÊNCIA. BASE DE CÁLCULO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO REJEITADA, POIS O TÍTULO
APRESENTA-SE REVESTIDO DE TODAS AS CARACTERÍSTICAS
FORMAIS. PLANILHA DE CÁLCULO. SUA JUNTADA POSTERIOR
SUPRIU A DEFICIÊNCIA. NULIDADE AFASTADA. VALOR DA
EXECUÇÃO.
Uma vez reformulado o cálculo diante da redução dos juros
remuneratórios nos autos que ensejou a condenação da verba
honorária, sobre esse novo deve incidir os honorários.
JUROS DE MORA. Devem incidir a partir da citação. Artigo 219 do
CPC.
COMPENSAÇÃO DE HONORÁRIOS. INVIABILIDADE. Direito
autônomo do advogado. Provida integralmente a apelação dos
embargos e provida em parte a do embargante. (7 fls.)
(Apelação Cível nº 70000541631, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Mostardas, Rel. Des. Paulo Augusto Monte Lopes. j. 06.09.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. SUSPENSÃO DA


EXECUÇÃO.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000752212, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Novo Hamburgo, Rel. Des. Alexandre Mussoi Moreira. j.
27.06.2000).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Incabível suscitar matéria de Embargos do Devedor em exceção de
pré-executividade.
Agravo desacolhido.
(Agravo de Instrumento nº 70000873398, 12ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Cezar Tasso Gomes. j. 30.11.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. DESACOLHIMENTO.
As CDAs que embasam a ação de execução fiscal estão revestidas
de presunção de liquidez, certeza e exigibilidade, as quais somente
serão ilididas mediante prova inequívoca, inexistente no caso
concreto.
Agravo improvido
(Agravo de Instrumento nº 70000963280, 21ª Câmara Cível do
TJRS, Nova Prata, Rel. Des. Francisco José Moesch. j. 29.11.2000).
EXECUÇÃO. CONTA-CORRENTE BANCÁRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Acolhida a exceção de pré-executividade, com extinção do feito
executivo, devem ser fixados honorários advocatícios em favor do
patrono do excipiente, pois proferida sentença.
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 70001028539, 12ª Câmara Cível do TJRS,
Sarandi, Rel. Des. Orlando Heemann Junior. j. 28.09.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CÉDULA DE PRODUTO RURAL ENDOSSADA.
PAGAMENTO EFETUADO AO ENDOSSANTE. CLÁUSULA
PROIBINDO O ENDOSSO SEM O CONSENTIMENTO DOS
DEVEDORES.
O registro do título no Cartório de Registros Públicos da Comarca de
origem, bem como a existência de prova no sentido de que o
agravante possuía conhecimento do endosso, não querendo pagar
ao endossatário, se prestam a corroborar a rejeição à exceção de
pré-executividade.
Agravo de Instrumento desprovido. (9 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001035872, 6ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Bárbara do Sul, Rel. Des. Cacildo de Andrade Xavier. j.
27.12.2000).

AGRAVO. EXECUÇÃO FISCAL. PRÉ-EXECUTIVIDADE.


ILEGITIMIDADE PASSIVA.
A melhor doutrina e a pacífica jurisprudência acolhem a exceção de
pré-executividade quando se mostrar evidente a ausência de uma
das condições da ação, qual a legitimidade passiva "ad causam".
Agravo desprovido. (5 fls.)
(Agravo nº 70001045699, 21ª Câmara Cível do TJRS, Porto Alegre,
Rel. Des. Genaro José Baroni Borges. j. 08.11.2000).
DESAPROPRIAÇÃO - EXECUÇÃO DE SENTENÇA - EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Acolhimento do pedido de antecipação formulado pelo Estado, de
modo a sustar a liberação de pagamento tido por indevido, possível
diante das circunstâncias. Efeitos do título executivo judicial em
relação aos expropriados que não veicularam recurso contra a
sentença que lhes negou indenização discutíveis. Documentos
produzidos que indicam apenas direito à correção monetária, mas
não aos juros compensatórios.
Agravo improvido. (6 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001062413, 3ª Câmara Cível do TJRS,
Torres, Rel. Des. Nelson Antônio Monteiro Pacheco. j. 17.08.2000).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


POSSIBILIDADE, DIZENDO COM VÍCIO A AFASTAR A
EXECUTIVIDADE DAS DUPLICATAS. INVIÁVEL A PRETENSÃO
DE OFERECIMENTO DE EMBARGOS PARA ANÁLISE DA
MATÉRIA. POSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO ATÉ DE
OFÍCIO.
Em se tratando de duplicatas de prestação de serviço sem aceite,
além do protesto, exigível documento hábil, a comprovar a
contratação dos serviços e a efetiva prestação dos serviços. Ausente
a última, a procedência impõe-se.
Negaram provimento.
(Apelação Cível nº 70001107408, 18ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Rosa Terezinha Silva Rodrigues. j. 21.12.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRA CORRENTE. NOVAÇÃO. CONFISSÃO
DE DÍVIDA.
Não há nulidade de título que apresenta regularidade formal, mesmo
que se queira que outros que o teriam composto na novação,
apresentassem incidências sem suporte legal. Caso em que a boa-fé
objetiva deve ser respeitada.
Agravo desprovido. (7 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001126192, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Taquari, Rel. Des. Roque Miguel Fank. j. 09.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRA CORRENTE. NOVAÇÃO. CONFISSÃO
DE DÍVIDA.
Não há nulidade de título que apresenta regularidade formal, mesmo
que se queira que outros que o teriam composto na novação,
apresentassem incidências sem suporte legal. Caso em que a boa-fé
objetiva deve ser respeitada.
Agravo desprovido. (7 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001126192, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Taquari, Rel. Des. Roque Miguel Fank. j. 09.08.2000).

PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. ISSQN.


FACTORING. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OPOSTA SOB
ALEGAÇÃO DE NÃO INCIDÊNCIA DO ISS SOBRE A ATIVIDADE
DE EMPRESA DE FACTORING, NULIDADE DA CDA E
DESCABIMENTO DO REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO
CONTRA SÓCIOS DA EMPRESA EXTINTA. DESACOLHIMENTO.
Toda matéria útil à defesa do devedor, na execução fiscal, deve ser
deduzida pela via dos Embargos. A atividade desempenhada pela
empresa de factoring inclui-se, em princípio, na lista de serviços
tributados pelo ISSQN: item 48. Legitimidade passiva ou não dos
sócios constitui matéria a ser esgrimida depois da constrição, pela
via dos Embargos de Terceiro ou de Devedor.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001186766, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Lajeado, Rel. Des. Elvio Schuch Pinto. j. 20.12.2000).

DIREITO PRIVADO. AÇÃO DE EXECUÇÃO. DESCONSTITUIÇÃO


DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA EMPRESA. NÃO ACOLHIDA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001259787, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Ângela Maria Silveira. j.
16.08.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. LEGITIMIDADE ATIVA.
Somente possui legitimidade ativa a herdeira, para postular seus
direitos, após homologada a partilha, reservado ao espólio os direitos
anteriores.
Agravo parcialmente provido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001328095, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Pelotas, Rel. Des. Alexandre Mussoi Moreira. j.
30.10.2000).

AGRAVO INTERNO. EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INCABIMENTO NO CASO
CONCRETO.
A exceção de pré-executividade, de construção doutrinário-
jurisprudencial, só é admitida nos casos em que se trata de matéria
de ordem pública e nas hipóteses em que a matéria alegada não
dependa de dilação probatória, pois do contrário não haverá mais
presunção nos títulos de crédito e nem haverá mais necessidade de
previsão legal de embargos à execução. Ofensa ao princípio da
ampla defesa não configurada.
Agravo Interno improvido.
(Agravo Interno nº 70001339555, 1ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Adão Sérgio do Nascimento Cassiano.
j. 25.10.2000).

PROCESSUAL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU E


CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ACOLHIDA COM EXTINÇÃO PARCIAL DA
EXECUÇÃO. DESCABIMENTO POR AFRONTA AO ART. 16 E
PARÁGRAFOS DA LEF.
Toda matéria útil à defesa do devedor, especialmente exceções
peremptórias, como a prescrição, devem ser alegadas nos embargos
do devedor, depois de garantido o Juízo da execução. Recurso
provido.
Sentença desconstituída.
(Apelação Cível nº 70001345420, 2ª Câmara Cível do TJRS, Santa
Rosa, Rel. Des. Elvio Schuch Pinto. j. 29.11.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CABIMENTO DA CONDENAÇÃO DA VERBA
HONORÁRIA.
Recurso provido. (05 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70001715663, 19ª Câmara Cível do
TJRS, Santo Ângelo, Rel. Des. Mário José Gomes Pereira. j.
19.12.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. CABIMENTO. ILEGITIMIDADE DE PARTE.
SUCESSÃO. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA.
A denominada exceção de pré-executividade, construção pretoriana
e não prevista expressamente em lei, tem cabimento nas hipóteses
excepcionais e restritas de flagrante inexistência ou nulidade de título
executivo, bem assim nas hipóteses referentes a falta de
pressupostos processuais e/ou condições da ação. Tendo havido
sucessão, com retirada do sócio de forma regular da empresa, com
registro perante a Junta Comercial do Estado, não é ele responsável
tributário, mesmo que o fato gerador tenha ocorrido em época que
ainda integrava a sociedade.
Agravo não provido. (05 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70001832252, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Lajeado, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j. 20.12.2000).
PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. QUESTÕES SUSCITADAS EM UMA ÚNICA
PEÇA QUE ENVOLVE NÃO SOMENTE MATÉRIA DE ORDEM
PÚBLICA MAS TEMÁTICA PRÓPRIA DOS EMBARGOS DE
DEVEDOR.
É de ser mantida a decisão judicial que rejeitou a exceção de pré-
executividade, pois não é dado ao devedor opor-se a execução
mediante defesa dessa natureza, que tem caráter excepcional,
quando em uma única peça suscita temática não somente de ordem
pública, mas própria dos embargos, pois relativamente a própria
dívida executada. Nessa situação, o equacionamento das questões
suscitadas deve ser viabilizado mediante embargos, que têm caráter
mais abrangente. (art. 745 do CPC).
Agravo de Instrumento improvido. (04 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70001834787, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j.
27.12.2000).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Discussão sobre limitação de juros, mesmo que sob o enfoque de
ilicitude do pactuado, não se resolve em sede de exceção de pré-
executividade, pena de arrostar o devido processo legal.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 598513349, 17ª Câmara Cível do TJRS,
Passo Fundo, Relª. Desª. Elaine Harzheim Macedo. j. 09.02.1999).
Referência Legislativa:
SÚMULA STF-596
LF-4595 DE 1964
CF-88 ART. 192 PAR-3

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Constituindo-se em modalidade excepcional do devedor de opor-se a
execução, só é admissível ante a ausência de pressuposto do
processo ou de ausência da pretensão de executar. Nos termos do
art. 16, par. 2º, da Lei 6880/80, no prazo dos Embargos, o executado
deverá alegar toda matéria útil a defesa. Sem o depósito integral da
quantia reclamada, é impossível suspender a exigibilidade do crédito
fiscal, nos termos do art. 151, II, do Código Tributário Nacional. (3
fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000191114, 21ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Marco Aurélio Heinz. j. 17.11.1999).
Referência Legislativa:
LF-6830 DE 1980 ART. 16 PAR-2; CTN-151 INC-II
"

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Constituindo-se em modalidade excepcional do devedor de opor-se a
execução, só é admissível ante a ausência de pressuposto do
processo ou de ausência da pretensão de executar. Nos termos do
art. 16, par. 2º, da Lei 6880/80, no prazo dos Embargos, o executado
deverá alegar toda matéria útil a defesa. Sem o depósito integral da
quantia reclamada, é impossível suspender a exigibilidade do crédito
fiscal, nos termos do art. 151, II, do Código Tributário Nacional. (3
fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000191114, 21ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Marco Aurélio Heinz. j. 17.11.1999).
Referência Legislativa:
LF-6830 DE 1980 ART. 16 PAR-2; CTN-151 INC-II
"

APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO E EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Realizado o distrato social do frigorífico devedor, com a imissão
deliberada da existência de passivo, após o julgamento do recurso
que confirmou a sentença condenatória proferida na ação de
cobrança que fora movida contra a empresa extinta, respondem os
sócios pelas dívidas pendentes, à luz do disposto no art. 16 do
Decreto n. 3708/1919.
Apelo improvido. Unânime.
(Apelação Cível nº 598374767, 15ª Câmara Cível do TJRS, Caxias
do Sul, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j. 01.09.1999).
Referência Legislativa:
DF 3708 DE 1919 ART. 16.

PROCESSUAL CIVIL E FISCAL.


Inviável o acolhimento de exceção de pré-executividade em
execução fiscal sob alegação de ausência de prévia comprovação,
pelo Fisco, dos requisitos do art. 135, III, do CTN, pois tal não
configura ausência de pressuposto de desenvolvimento regular do
feito executivo. Matéria a ser discutida em Embargos à Execução.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 599087335, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Cachoeira do Sul, Relª. Desª. Liselena Sc hifino Robles Ribeiro. j.
05.05.1999).
Referência Legislativa:
CTN-135 INC-III.

PROCESSUAL CIVIL E FISCAL.


Inviável o acolhimento de exceção de pré-executividade em
execução fiscal sob alegação de ausência de prévia comprovação,
pelo Fisco, dos requisitos do art. 135, III, do CTN, pois tal não
configura ausência de pressuposto de desenvolvimento regular do
feito executivo. Matéria a ser discutida em Embargos à Execução.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 599087525, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Cachoeira do Sul, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j.
05.05.1999).
Referência Legislativa:
CTN-135 INC-III.
CAUTELAR INOMINADA. EXECUÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Ajuizada ação cautelar inominada com o objetivo de evitar a
inscrição do nome do autor nos cadastros de proteção ao crédito, é
necessária a propositura da ação principal como estatui o art. 806 do
CPC, caso seja ela preparatória. Em se tratando de cautelar
incidental, a sua vida depende diretamente do sucesso da ação
pregressamente proposta. A ação executiva não tem a natureza de
processo principal diante da cautelar incidental promovida. Tendo a
exceção de pré executividade sido julgada improcedente, falece ao
autor a pretensão de manutenção da liminar concedida em
decorrência da acessoriedade e dependência do processo cautelar.
Apelação desprovida.
(Apelação Cível nº 599428844, 1ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Paulo de Tarso Vieira Sanseverino. j.
27.07.1999).
Referência Legislativa:
CPC-806

LOCAÇÃO. EXECUÇÃO DE ALUGUÉIS. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CABIMENTO. DÉBITO QUITADO. EXTINÇÃO
DA EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade é o instrumento utilizado para
discutir os requisitos da execução, os quais também podem ser
objeto de embargos do devedor. A diferença reside no fato daquela
não depender de segurança do juízo a sua admissibilidade e os
embargos, no entanto, exigirem a constrição judicial sobre o
patrimônio do devedor. Quando demonstrado o pagamento do débito
objeto da ação de execução através de exceção de pré-
executividade, impõe-se a extinção do processo, com fundamento no
inciso I do art. 794 do CPC.
Recurso desprovido.
(Apelação Cível nº 599212768, 15ª Câmara Cível do TJRS, Torres,
Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 01.09.1999).
Referência Legislativa:
CPC-794 INC-I

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E


COMERCIAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
Verificando-se que as duplicatas que embasam a execução, que
tiveram por causa a prestação de serviços, não foram submetidas a
aceite ou a protesto, deve-se reconhecer não ter executividade, a
despeito de haver prova do recebimento dos serviços. Decretada a
nulidade da execução com base no art. 619, I, do CPC.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599133212, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Guaporé, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j.
30.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-619 INC-I.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. MATÉRIAS PERTINENTES À EXCEÇÃO.
Pertinente à exceção são os aspectos referentes ao controle dos
pressupostos processuais, condições da ação de execução e da
pretensão de executar como deflui do art. 618, do Código de
Processo Civil. Matérias que impende ao Juiz conhecer até de ofício,
não mais do que isto. Alegações dependentes de dilação probatória
devem ser adjetivadas de heterotópicas e veiculadas em ação
própria, não obstante também incidental.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000959577, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Carlos Roberto Lofego Canibal. j.
07.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-618.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Tem sido admitida a sua argüição por criação jurisprudencial
autorizando-se, assim, que o devedor, independentemente da
garantia ao juízo, árdua nulidade que diga respeito à condição da
ação. Contrato de abertura de crédito em conta corrente, mesmo
quando acompanhado pelos extratos de evolução do débito, não
constitui título executivo extrajudicial, em face da unilateralidade dos
registros, como reiteradamente tem decidido os Tribunais.
Jurisprudência iterativa nesse sentido. Inexistindo título executivo,
impõe-se a extinção da execução, eis que nulo o processo nos
termos do art. 618, I, do CPC. Em se tratando de decisão extintiva,
decorrente de incidente ajuizado pelo devedor, devida é a verba
honorária em face do princípio da sucumbência.
Agravo provido para tornar extinta a execução.
(Agravo de Instrumento nº 599353620, 20ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
10.08.1999).
Referência Legislativa:
CPC-618 INC-I

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACORDO JUDICIAL.


OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR O IMÓVEL SEM QUAISQUER ÔNUS
E DÍVIDAS. RECONHECIMENTO PARCIAL DO DÉBITO. EXCESSO
DE EXECUÇÃO. MATÉRIA A SER DIRIMIDA EM SEDE DE
EMBARGOS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DEVIDOS. (5 FLS.).
Havendo a entrega do imóvel em face de acordo judicial, com
descumprimento parcial do acordo, existente débito sobre o imóvel,
não há que se falar em nulidade da execução, mas de mero excesso
da execução, mormente pelo reconhecimento parcial do débito pelo
agravante. Inocorrência da hipótese prevista no art. 615, IV, do CPC.
Matéria a ser dirimida em sede de embargos. Honorários
advocatícios corretamente impostos ao excipiente.
Agravo desprovido. (5 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 599453198, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Canoas, Rel. Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro. j.
27.10.1999).
Referência Legislativa:
CPC-615 INC-IV

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CÁLCULO DO


CONTADOR. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PAGAMENTO
EFETUADO ANTES DA CITAÇÃO NA AÇÃO DE EXECUÇÃO.
ACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO. DESCABIMENTO DE IMPOSIÇÃO
DE VERBA HONORÁRIA AO EXCIPIENTE. INVERSÃO DA VERBA.
Instruída a execução com cálculo do contador, cumprido o requisito
do art. 614, II, do CPC. Efetuado o pagamento do débito antes da
citação no Processo Executório, descabida a imposição de verba
honorária ao excipiente. Inversão da verba honorária. Saldo de
custas de incumbência do excipiente.
Agravo de Instrumento parcialmente provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000021782, 1ª Câma ra de Férias Cível
do TJRS, Itaqui, Rel. Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro. j.
29.12.1999).
Referência Legislativa:
CPC-614 INC-II

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PROCESSUAL CIVIL.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE. TÍTULO EXECUTIVO INEXISTENTE.
O contrato de abertura de crédito em conta corrente celebrado entre
o banco credor e o correntista, mesmo que acompanhado de
extratos evolutivos do débito e firmado por duas testemunhas não
reveste o atributo de executibilidade, de vez que carece de liquidez,
requisito indispensável para a configuração do título executivo nos
termos do artigo 585, inc-II, do CPC. Aplicação da inteligência dos
art. 585 inc-II, art. 586 caput e 618 do CPC.
Recurso improvido.
(Apelação Cível nº 599225083, 16ª Câmara Cível do TJRS, Ijuí, Rel.
Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 02.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-595 INC-II; CPC-586; CPC-618; CPC-585 INC-II
"

PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO PROVISÓRIA.
É possível a execução provisória da sentença condenatória cível da
qual pende Agravo de Instrumento de decisão denegatória de
seguimento de recurso especial, com as cautelas do art. 588 do
CPC. Exceção não acolhida.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599170412, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Rejane Maria Dias de Castro Bins. j.
12.05.1999).
Referência Legislativa:
CPC-588.

EMBARGOS DO DEVEDOR. INSTRUMENTO PARTICULAR DE


CONFISSÃO DE DÍVIDA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
REVISÃO DE CONTRATO DE CONTA CORRENTE. NOVACAO DE
DÍVIDA.
I- Não se revisa contrato de conta corrente quitado, notadamente
quando novada a dívida através de instrumento de confissão, com
termos e condições certas e ajustadas de forma livre e consciente
pelas partes, sem qualquer prova escorreita de vícios de
consentimento.
II- O instrumento particular de confissão dívida, firmado pelo
devedor, fiador e duas testemunhas, apresenta-se hígido para a
propositura da execução, nos termos do art. 586 do CPC.
III- Proveram o apelo, desconstituindo a sentença. (6 fls.)
(Apelação Cível nº 599261955, 17ª Câmara Cível do TJRS, Butiá,
Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j. 31.08.1999).
Referência Legislativa:
CPC-586

EMBARGOS À EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE


CRÉDITO. NÃO-EXECUTIVIDADE. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE DE REEXAME DA MATÉRIA
ALI APRECIADA E RESPEITANTE A CARÊNCIA DA AÇÃO.
O contrato de abertura de crédito em conta corrente, ainda que
acompanhado de extratos, carece dos requisitos da liquidez, certeza
e exigibilidade, previstos no caput do art. 586 do CPC. Ausente a
percentagem dos juros e identificação dos encargos cobrados,
prejudicada a compreensão dos lançamentos.
Precedentes do STJ. Apelação desprovida.
(Apelação Cível nº 598456804, 18ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Wilson Carlos Rodycz. j. 29.04.1999).
Referência Legislativa:
CPC-586.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade, como medida excepcional que é, só
pode ser aceita em casos especialíssimos, quando evidente a falta
de requisitos do título que se pretende executar (art. 585, do CPC).
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599145711, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Lagoa Vermelha, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 12.05.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade, como medida excepcional que é, só
pode ser aceita em casos especialíssimos, quando evidente a falta
de requisitos do título que se pretende executar (art. 585, do CPC).
Além dessa exigência, fundamental que o incidente tenha ajuizado
antes do prazo de embargos, uma vez que a exceção não pode
substituir os embargos à execução.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599359726, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Cruz do Sul, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j.
11.08.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585.

PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
A exceção oposta somente pode ser acolhida se o título que instrui a
inicial não está elencado no artigo 585 e incisos do Código de
Processo Civil e na Legislação extravagante, ou se formalmente
eivado de vício que acarrete sua nulidade. Quando a defesa
impugna o título exeqüendo, mas o faz com base em fundamento
legal diverso daquele que instrui a ação executiva, buscando alterar
sua essência, é caso de rejeição da exceção de pré-executividade.
Apelo provido. Sentença desconstituída. (6 fls.)
(Apelação Cível nº 70000241844, 12ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Ana Maria Nedel Scalzilli. j. 25.11.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE EXECUÇÃO E


REVISIONAL DE CONTRATO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
O incidente da exceção de pré-executividade visa reconhecimento
de situação de nulidade do título, que não se configura quando
ajuizada ação revisional. O prévio ajuizamento da ação revisional
não inibe o credor de promover a execução ou implica na nulidade
desta. Art. 585, par-1º, do CPC.
Agravo improvido. (4 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70000140038, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Helena Cunha Vieir a. j. 03.11.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 PAR-1º

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE LOCAÇÃO.


É título executivo extrajudicial o contrato de locação (art. 585, IV, do
CPC), considerando que a ação de despejo por falta de pagamento
promovida anteriormente pelo locador não foi cumulada com a
cobrança de aluguéis.
Agravo improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000362400, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Jaguarão, Rel. Des. Manuel Martinez Lucas. j. 15.12.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-IV.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE SEGURO DE VIDA.
FORMALIZAÇÃO. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
A prova do contrato de seguro, para sua executividade, faz-se pela
emissão da apólice, a priori. Pela regra do art. 585, III, do CPC o
título controvertido desfruta de força realizativa pertinente ao direito
que encerra. Inocorrência de situação que arrede, de plano, por
prova pré-ordenada, o caráter executivo do título que aparelha a
execução.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599474673, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Caxias do Sul, Relª. Desª. Matilde Chabar Maia. j.
22.09.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-III

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO BANCÁRIO DE ABERTURA DE
CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSÊNCIA DE
EXECUTIVIDADE.
O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, mesmo que
acompanhado de extratos, não se amolda na figura do art. 585, inc.
II, do CPC, faltando-lhe a certeza quanto a existência e evolução do
débito, cujo levantamento é unilateral. Só o legislador pode atribuir-
lhe eficácia executiva, porquanto ao Poder Judiciário e dão a
formação tão-somente dos títulos executivos judiciais, oriundos de
processo de conhecimento, seja através de ações sumárias.
Precedente do STJ.
Processo executivo julgado extinto. Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599323631, 17ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Ângelo, Relª. Desª. Elaine Harzheim Macedo. j. 29.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II

EMBARGOS DE DEVEDOR. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE


DEVEDOR E EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INÉPCIA DA
INICIAL NÃO CONFIGURADA.
O fato de o embargante, na inicial dos embargos se reportar, no que
tange a fundamentação do pedido, aos lançados em prévia exceção
de pré-executividade não apreciada nos autos da execução não
importa seja inepta a exordial dos embargos. Aplicação dos
princípios da instrumentalidade e da economia processual.
Processual civil. Contrato de abertura de crédito em conta corrente.
Título executivo inexistente. O contrato de abertura de crédito em
conta corrente celebrado entre o banco credor e o correntista,
mesmo que acompanhado de extratos evolutivos do débito e firmado
por duas testemunhas não reveste o atributo de executibilidade, de
vez que carece de liquidez, requisito indispensável para a
configuração do título executivo nos termos do artigo 585, inciso II,
do Código de Processo Civil. Aplicação e inteligência dos artigos
585, inciso II, 586, caput, e 618 do Código de Processo Civil.
Processual Civil. Honorários. Elevação da verba honorária. Em se
tratando de demanda em que houve julgamento antecipado e
decretação de nulidade da execução, além de somente terem sido
objeto de discussão matérias corriqueiras e já pacificadas na
jurisprudência, não se justifica a elevação da verba honorária
originalmente fixada em 10% sobre o valor da causa. Recurso
principal e adesivo improvidos. (15 fls.)
(Apelação Cível nº 70000178822, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Igrejinha, Rel. Des. Claudir Fidélis Faccenda. j. 17.11.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II; CPC-586; CPC-618

EXECUÇÃO. CONTRATO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.


OBRIGAÇÕES RECÍPROCAS. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
O contrato escrito, duplamente testemunhado e que contém valor
determinado, é título executivo nos moldes do art. 585, II, do CPC. A
reciprocidade de obrigações não afeta a exigibilidade do título se,
aquele que pretender cobrar o seu crédito, provar que cumpriu a sua
parte no contrato, fazendo cessar a bilateralidade do vínculo
contratual (art. 615, IV, do CPC).
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 598285310, 15ª Câmara Cível do TJRS, Canoas,
Rel. Des. Manuel Martinez Lucas. j. 30.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II. CPC-615 INC-IV.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO EM CONTA DE AMORTIZAÇÃO.
Executoriedade, firmado pelo devedor e por duas testemunhas,
contendo obrigação de pagar quantia certa (art. 585, II, do CPC) e
acompanhado de demonstrativo atualizado do valor do débito (art.
614, II, do CPC).
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 599139078, 11ª Câmara Cível do TJRS, Pelotas,
Rel. Des. Bayard Ney de Freitas Barcellos. j. 19.05.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II CPC-614 INC-II

EXECUÇÃO. CONTRATO DE LOCAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. AUTENTICAÇÃO DO CONTRATO.
ASSINATURA DE TESTEMUNHAS. OUTORGA UXÓRIA.
Se não for impugnado o teor do contrato de locação que embasa a
ação de execução, admite-se cópia ainda que não autenticada. A lei
não exige assinatura de testemunhas no contrato de locação para
valer como título executivo extrajudicial (interpretação do art. 585, IV,
CPC). Prescindível a rubrica do fiador em todas as folhas do contrato
se este está devidamente assinado no local indicado. A nulidade da
fiança prestada sem outorga uxória compete a mulher ou seus
herdeiros a legitimidade para a alegação, através de ação
competente.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599070422, 15ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Manoel Martinez Lucas. j. 31.03.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC. IV

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ESCRITURA


PÚBLICA DE CONFISSÃO DE DÍVIDA. TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL.
A escritura pública de confissão de dívida formalmente perfeita se
constitui em título executivo extrajudicial, a teor do art. 585, II, do
CPC. Improcedência da exceção de pré-executividade oposta pelos
devedores.
Apelo provido. Unânime.
(Apelação Cível nº 198058216, 20ª Câmara Cível do TJRS, Butiá,
Rel. Des. Rubem Duarte. j. 27.04.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC. II.

NEGÓCIO JURÍDICO-BANCÁRIO. DIREITO CIVIL.


Contrato de abertura de crédito em conta corrente, mesmo
acompanhado de extratos da movimentação durante o período, não
constitui título executivo extrajudicial, como reiteradamente vem
decidindo o Superior Tribunal de Justiça. Nele, só se consigna a
possibilidade de utilizar determinado crédito, não constituindo
obrigação de pagar quantia determinada e não se moldando ao
disposto no art. 585, inc. II, do CPC. Em exceção de pré-
executividade, por se tratar de incidente processual, e não de
processo autônomo, descabe condenação de honorários
advocatícios.
Sentença de extinção da execução. Apelação do exeqüente
improvida e provida a apelação do executado.
(Apelação Cível nº 598604874, 1ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Luiz Felipe Silveira Difini. j. 24.02.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC. II.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. TRANSAÇÃO POR PARTE NÃO
REPRESENTADA POR ADVOGADO. HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL.
TÍTULO EXECUTIVO. VALIDADE.
A transação realizada por parte, diretamente, não representada por
advogado, não induz de plano, nulidade. Assim, sua homologação
forma título executivo, na forma do art. 584, III, do CPC, que
permanece hígido ao singelo ataque mediante exceção de pré-
executividade.
Agravo desprovido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000168773, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j.
09.11.1999).
Referência Legislativa:
CPC-584 INC-III.

EMBARGOS DECLARATÓRIOS. CONTRADIÇÃO E OMISSÃO


INEXISTENTES. EMBARGOS PROTELATÓRIOS.
Restando claro do aresto os motivos pelos quais foi mantida
condenação em litigância de má fé e rejeição de exceção de pré-
executividade, não estão presentes omissões ou contradições a
justificar o manejo de Embargos Declaratórios, mas, sim, presente
seu caráter protelatório.
Rejeitaram os embargos e aplicaram a multa prevista pelo par. único
do art. 538 do CPC.
(Embargos Declaratórios nº 70000514265, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Bagé, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j. 21.12.1999).
Referência Legislativa:
CPC-538 PAR-ÚNICO.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DECLARATÓRIOS.


PREQUESTIONAMENTO.
Presente pressuposto de desenvolvimento regular do feito executivo,
não cabe o acolhimento de exceção de pré-executividade.
CONTRADIÇÃO INEXISTENTE. Havendo o órgão fracionário dado
aplicação aos dispositivos legais, por óbvio os entende conformes
com a Lei Maior e com o sistema jurídico, não existindo a omissão
apontada. Nos demais, mesmo para os efeitos de
prequestionamento, devem existir os vícios mencionados no art. 535,
I e II, do Código de Processo Civil.
Embargos desacolhidos.
(Embargos Declaratórios nº 599149077, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j.
31.03.1999).
Referência Legislativa:
CPC-535 INC-I INC-II.
ARTIGO 526, CPC. CONSEQÜÊNCIAS AO DESATENDIMENTO
DO ÔNUS PROCESSUAL QUE NELE SE CONSAGRA: PERDA DA
POSSIBILIDADE PROCESSUAL DE OBTER RETRATAÇÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não se destina ela a avançar sobre a própria relação de direito
material, mas apenas a atacar processo de execução carente de
título executivo. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599300480, 20ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Arminio José Abreu Lima da Rosa. j.
26.10.1999).
Referência Legislativa:
CPC-526.

PROVIMENTO JUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. MANUSEIO DA APELAÇÃO. ERRO
GROSSEIRO. RECURSO NÃO CONHECIDO.
O provimento judicial que decide sobre exceção de incompetência
constitui decisão interlocutória (aquela que resolve questão no curso
do processo, sem por fim ao procedimento de Primeiro Grau), contra
a qual cabível é o recurso de Agravo de Instrumento (art. 522, CPC).
O manuseio de recurso de Apelação, neste caso, constitui erro
grosseiro, a inibir a incidência do princípio da fungibilidade recursal.
Agravo de Instrumento desprovido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599468386, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 30.09.1999).
Referência Legislativa:
CPC-522.

REEXAME NECESSÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU.


INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE PROCEDENTE.
Extinção do feito com base no art. 267, VI, do Código de Processo
Civil.
Sentença confirmada em reexame necessário.
(Reexame Necessário nº 598317972, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Capão da Canoa, Rel. Des. Francisco José Moesch. j. 18.08.1999).
Referência Legislativa:
CPC-267, INC. VI.

REEXAME NECESSÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. IPTU.


INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE PROCEDENTE.
Extinção do feito com base no art. 267, VI, do Código de Processo
Civil.
Sentença confirmada em reexame necessário.
(Reexame Necessário nº 598317972, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Capão da Canoa, Rel. Des. Francisco José Moesch. j. 18.08.1999).
Referência Legislativa:
CPC-267, INC. VI.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. AÇÃO REVISIONAL PRECEDENTEMENTE
AFORADA AO PROCESSO DE EXECUÇÃO.
Podendo a decisão da ação revisional influir no valor do crédito
exigido, configura-se causa prejudicial externa que autoriza a
suspensão da execução. Incidência do art. 265, IV, "a", do CPC.
Relevância do resultado útil da sentença.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599213345, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Canoas, Rel. Des. Guinther Spode. j. 08.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-265 INC-IV LET-A

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. AÇÃO REVISIONAL AFORADA. EXISTÊNCIA
DE PROCESSO EXECUTIVO.
Podendo a decisão da cão revisional influir no valor do crédito
exigido, configura-se causa prejudicial externa que autoriza a
suspensão da execução. Incidência do art. 265, IV, "a", do CPC.
Relevância do resultado útil da sentença.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000362459, 19ª Câmara Cível do
TJRS, Sobradinho, Rel. Des. Guinther Spode. j. 21.12.1999).
Referência Legislativa:
CPC-265 INC-IV LET-A

EMBARGOS DO DEVEDOR. AUSÊNCIA DE PREPARO.


QUESTÕES SUSCITADAS COMO EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. SITUAÇÕES QUE NÃO COMPROMETEM A
VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUÇÃO.
Recebida a exceção de pré-executividade como embargos do
devedor e assim autuada e processada, restando preclusa a matéria
pelo não seguimento do agravo de instrumento interposto contra este
recebimento da peça processual da parte, inevitável ostenta-se o
preparo da ação incidental, pena de cancelamento da distribuição e
extinção do feito, nos termos do artigo 257, combinado com o artigo
267, IV, ambos do CPC. Defeitos alegados, outrossim, que não se
revelam capazes de infirmar a validade do processo de execução.
Apelação improvida.
(Apelação Cível nº 598561819, 18ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 25.03.1999).
Referência Legislativa:
CPC-257. CPC-267 INC. IV.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE: REJEIÇÃO. CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS.
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
I. A exceção de pré-executividade, medida de construção pretoriana,
sem previsão legal e contrária ao princípio da autonomia da
execução, só é de ser admitida em hipóteses teratológicas, sob pena
de se tornar sucedâneo da defesa sistêmica a ser deduzida em sede
de embargos do devedor.
II. Se a exceção é rejeitada e mantida hígida a execução, não cabe
condenação na verba honorária, face ao disposto pelo § 1º do art. 20
do CPC.
III. Intentando os excipientes, na mesma data, embargos do devedor
e a pré-executividade autônoma, deduzida, naqueles, preliminares
idênticas as da exceção, caracterizam-se as hipóteses dos incisos
IV, V, VI, do art. 17 do CPC, indo mantida a averbação nas penas da
litigância de má-fé.
IV. Agravo parcialmente provido.
(Agravo de Instrumento nº 599182425, 17ª Câmara Cível do TJRS,
Bagé, Rel. Des. Fernando Braf Henning Junior. j. 26.10.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20, PAR-1, CPC-17.

EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM


CONTA CORRENTE. TÍTULO ILÍQUIDO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ACOLHIDA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
CABIMENTO. MAJORAÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO NÃO É TÍTULO EXECUTIVO.
Quando manifesta a nulidade do título que embasa a execução,
antes da penhora, pode ser argüida exceção de pré-executividade.
Acolhido o incidente e extinta a execução, há vencedor e vencido,
cabendo, pois, a condenação da verba honorária. Embargada ou não
a execução, os honorários advocatícios são fixados de acordo com
os parâmetros do § 4º do art. 20 do CPC. Todavia, devem condizer
com a expressão econômica da causa, não se justifica a fixação da
verba honorária em valor incompatível com o trabalho do advogado,
a ser dignamente remunerado.
Apelação do credor improvida, e a do devedor provida em parte.
(Apelação Cível nº 598199172, 18ª Câmara Cível do TJRS, São
Borja, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j. 24.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-4
CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA E HIPOTECÁRIA. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Correta a decisão que extingue a execução para entrega de coisa
incerta quando no título figura obrigação de pagar quantia certa.
Impossibilidade de conversão dos ritos. Honorários advocatícios.
Não há prosperar pretensão de arbitramento da verba honorária
segundo o valor arbitrado para a causa quando foi fixada nos moldes
do par. 4º do art. 20 do CPC.
Apelação improvida.
(Apelação Cível nº 598233179, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Gaurama, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 25.03.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-4.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO PESSOAL COM GARANTIA DE ALIENAÇÃO
FIDUCIÁRIA E FIANÇA.
Se o contrato de abertura de crédito pessoal é fruto de renegociação
de dívida oriunda de precedente contrato de abertura de crédito em
conta-corrente, falta-lhe liquidez e certeza para embasar execução
forçada. Verba honorária. Arbitrada em consonância com o disposto
no art. 20, par. 4º, do CPC, inexistindo condenação.
Apelos não-providos.
(Apelação Cível nº 598503951, 14ª Câmara Cível do TJRS, Três de
Maio, Rel. Des. Marco Antônio Bandeira Scapini. j. 08.04.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-4.

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO QUE REPETE


MATÉRIA JÁ DECIDIDA.
Não cabe a parte suscitar novamente matéria já decidida, inclusive
em grau de recurso, ainda que o faça em sede de exceção de pré-
executividade, já operada a preclusão. Matéria de fundo, de toda
sorte, com jurisprudência firmada na Câmara, pelo cabimento da
fixação de honorários em execução por título extrajudicial, pelo
menos na letra atual do art. 20, § 4º do CPC.
Agravo não conhecido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000297226, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Rejane Maria Dias de Castro Bins. j.
01.12.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-4.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS.
I - A exceção de pré-executividade, construção pretoriana, só há de
ser admitida naqueles casos em que, a primeira vista, é possível
concluir pela nulidade do título ou do processo de execução.
Dependendo de prova, seu descabimento é palmar.
II - Como a exceção é incidente e processada, modo sumário, nos
próprios autos da execução, não incidem honorários de advogado (§
1º e § 2º do art. 20 do CPC).
III - Agravo provido em parte.
(Agravo de Instrumento nº 599209798, 17ª Câmara Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Fernando Braf Henning Junior. j. 25.05.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-1 PAR-2

CONTRATOS E PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE.
Inexecutividade consolidada no STJ, mesmo que subscrito por duas
testemunhas e acompanhado de demonstrativo completo e
discriminado do débito. Nulidade de pleno direito. Viabilidade e
acolhimento da exceção. Vício que contamina a nota promissória a
ele vinculada. Sucumbência. Condenação do exeqüente. Não
infringência ao par. 1º do art. 20 do CPC.
Agravo de Instrumento provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000040501, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Wilson Carlos Rodycz. j. 14.10.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR. 1

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. AUSÊNCIA DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado dos
extratos, que são documentos unilaterais, não ostenta executividade,
que por se tratar de condições basilares exigidas no processo
executivo (ausência de liquidez), justifica o seu acolhimento pela via
da exceção de pré-executividade.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. IGUALDADE DE TRATAMENTO.
Devendo as partes litigantes receber do juiz tratamento igualitário
(art. 125, I), não se justifica que saindo vencedor o réu seus
honorários sejam fixados em quantum inferior ao que caberia ao
autor, se vencesse.
Apelo do banco não provido e do excipiente provido.
(Apelação Cível nº 598198869, 19ª Câmara Cível do TJRS, Ronda
Alta, Rel. Des. Guinther Spode. j. 16.03.1999).
Referência Legislativa:
CPC-125 INC. I

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONFISSÃO DE DÍVIDA.


EXIGIBILIDADE. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO. DEMANDA
REVISIONAL PENDENTE DE JULGAMENTO. EXTINÇÃO DO
FEITO EXECUTIVO. IMPOSSIBILIDADE.
I. Na forma do par 1º do art. 585 do CPC, o simples fato do
ajuizamento de revisional, não obsta o credor de intentar a execução
ao amparo do título extrajudicial revisando, ainda que haja acórdão,
pendente de recurso especial e extraordinário, dado pela
procedência daquela revisão.
II. Assim, não pode o juízo determinar ao credor que apresente
demonstrativo de débito substitutivo e de acordo com o aresto não
transitado em julgado, vez que aquele junto ao processo
corresponde aos dados do título executivo que permanece hígido.
Menos, extinguir a execução ao amparo do descumprimento da
ordem e a teor do inciso II do art. 614 do CPC.
III. Face as peculiaridades do caso concreto, é de se admitir a
revisional como embargos prévios e, seguro o juízo pela penhora,
suspender-se a execução, forte no inciso I do art. 791 do CPC até o
julgamento definitivo da revisão contratual.
IV. Proveram em parte a apelação e desconstituíram a sentença.
(Apelação Cível nº 598414720, 17ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j. 25.05.1999).
Referência Legislativa:
CPC ART. 585 PAR. 1. CPC-614 NC-II. CPC-791 INC. I

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. REVISIONAL DE EXECUÇÃO.
Nem a ação revisional, nem a exceção de pré-executividade tem o
condão de alterar o curso do feito executivo, privilégio este que é do
incidente dos Embargos, nos termos do CPC, 585, parágrafo
primeiro. Irrazoabilidade de nulificar-se o feito executivo via
provimento dos autos da execução.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599355997, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Cruz do Sul, Rel. Des. Mário José Gomes Pereira. j.
14.09.1999).
Referência Legislativa:
CPC- 585

AGRAVO INOMINADO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO A AGRAVO


DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
TÍTULO EXECUTIVO REVISADO POR FORÇA DE DECISÃO
JUDICIAL. DESCABIMENTO DA EXCEÇÃO OPOSTO.
A exceção de pré-executividade somente é cabível quando houver
nulidade flagrante da execução, pagamento do título ou ausência de
condições da ação, situações inocorrentes no caso. O contrato
executado, até prova em contrário, é título executivo, preenchendo
os requisitos legais. Os encargos incidentes sobre o título
encontram-se acobertados pela coisa julgada.
Agravo de instrumento manifestamente improcedente. Inteligência do
art. 557 do CPC. Agravo inominado desprovido.
(Agravo Inominado nº 70000076398, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro. j.
08.09.1999).
Referência Legislativa:
CPC- 557

EXECUÇÃO. SENTENÇA QUE ACOLHE O PEDIDO DE EXTINÇÃO


DO PROCESSO, FEITO PELO CREDOR, APÓS A
APRESENTAÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE POR
PARTE DO DEVEDOR. SUCUMBÊNCIA.
Responde a parte credora pelos honorários, se a desistência da
execução deu-se após a manifestação do executado nos autos- art.
26, caput, do CPC.
(Apelação Cível nº 598290450, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Tramandaí, Relª. Desª. Maria Isabel Broggini. j. 20.10.1999).
Referência Legislativa:
CPC- 26

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA
DECISÃO HOSTILIZADA. INOCORRÊNCIA.
Não há ofensa ao art. 93, IX da Constituição Federal, quando o
afastamento da pretensão deduzida em juízo, se dá por argumentos
sólidos e juridicamente relevantes, embora de forma sucinta.
Precedentes jurisprudenciais. A exceção de pré-executividade, dado
o seu caráter de excepcionalidade, está reservada para casos de
evidente nulidade e que dizem respeito aos pressupostos da ação.
Toda a matéria de defesa e que depende de dilação probatória,
deverá ser argüida em sede de embargos, após seguro o juízo.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000167072, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Cruz do Sul, Relª. Desª. Teresinha de Oliveira Silva . j.
10.11.1999).
Referência Legislativa:
CF-93, INC-IX DE 1988.

EMBARGOS DO DEVEDOR. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. JUROS. LIMITAÇÃO. CAPITALIZAÇÃO.
A desconsideração da novação, somente se dá diante de prova da
nulidade das cláusulas novadas. Art. 1007, CCB. Ausente prova
sobre o contrato anterior, não se pode reconhecer a nulidade. Os
juros, porém, estão limitados a 12% ao ano. Legislação
infraconstitucional.
Provimento parcial da apelação. Readequação da sucumbência.
(Apelação Cível nº 598541134, 19ª Câ mara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Carlos Rafael dos Santos Junior. j. 04.05.1999).
Referência Legislativa:
CCB-1007.

PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONDIÇÃO DA AÇÃO. ILEGITIMIDADE
PASSIVA.
Restando demonstrada documentalmente a incidência do art. 1503,
inc. I do CC, não há por que exigir-se o ajuizamento de embargos e
a penhora de bens para reconhecer a ilegitimidade passiva dos
agravantes.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599210556, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Bárbara do Sul, Relª. Desª. Rejane Maria Dias de Castro Bins.
j. 26.05.1999).
Referência Legislativa:
CC-1503 INC. I.

TUTELA EXECUTIVA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. AUSÊNCIA DE TÍTULO
EXECUTIVO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA.
O contrato de abertura de crédito em conta corrente, de acordo com
a última interpretação consolidada pela Segunda Seção composta
pelas Terceira e Quarta Turmas do STJ, carece dos pressupostos de
constituição e de desenvolvimento válido do processo, mesmo
quando acompanhado de extratos discriminativos da evolução do
débito e respectivas rubricas. Falta de caracterização do direito
formativo dos títulos executivos extrajudiciais.
Apelação desprovida.
(Apelação Cível nº 598109403, 17ª Câmara Cível do TJRS, São
Borja, Rel. Des. Luciano Ademir José D'avila. j. 02.03.1999).

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade não se presta à discussão de
matérias de fato controversas, cuja comprovação exija maior dilação
probatória, a qual somente é cabível em sede de embargos de
devedor.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598517597, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Lagoa Vermelha, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 10.03.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Revisando posição anterior de executividade do contrato de abertura
de crédito em conta corrente instrumentalizado, acompanhado de
extratos, posiciono-me no sentido de que não é título executivo.
Entendimento majoritário da 2 seção do STJ, em decisão recente.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 598239770, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Rio Grande, Relª. Desª. Elba Aparecida Nicolli Bastos. j. 09.02.1999).

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO DE AGRAVO. AUTENTICAÇÃO


DAS PEÇAS. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PRELIMINAR.
Não é necessário autenticar-se peças que instruem o recurso de
Agravo de Instrumento. Cabe ao agravado demonstrar prejuízo ou
ilegalidade. Exceção de pré-executividade, efeitos. Esse incidente
não suspende o processamento da demanda executiva, senão que
apenas os embargos do devedor. Procedente do Nono Grupo Cível
desta casa. Decisão reformada.
Agravo de instrumento provido, rejeitada a preliminar.
(Agravo de Instrumento nº 598121655, 18ª Câmara Cível do TJRS,
São Borja, Rel. Des. Wilson Carlos Rodycz. j. 25.03.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO.
Exceção de pré-executividade é limitada a análise da existência do
título em que se funda a execução, não se prestando para a
discussão de cláusulas contratuais. A conexão com ação revisional,
analisada em decisão anterior, não pode ser apreciada neste
recurso.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598528750, 11ª Câmara Cível do TJRS,
Gravataí, Rel. Des. Bayard Ney de Freitas Barcellos. j. 10.03.1999).

ALEGAÇÃO DE CUMPRIMENTO DO CONTRATO.


Se a tese é de defesa, a parte deve argüi-la nos Embargos, não
sendo o caso de exceção de pré-executividade.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 598519676, 6ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Decio Antônio Erpen. j. 24.02.1999).
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE DE EXECUÇÃO DE
SENTENÇA, POR REMANESCENTE DÉBITO DECORRENTE DO
CONTRATO PELO VENCEDOR. CONDENADA A AGRAVANTE É
RESPONSÁVEL PELA SUCUMBÊNCIA.
O acórdão admite e indica a compensação por débito do devedor
exeqüente. Não aceita, formalmente, a atualização das prestações
devidas pelo vencedor. Impõe-se o prosseguimento da execução de
sentença, com desacolhimento da exceção de pré-executividade. Se
maior o débito do agravado, arcará com o ônus de ser judicialmente
cobrado.
Negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 598250538, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Elba Aparecida Nicolli Bastos. j.
09.02.1999).

DIREITO TRIBUTÁRIO E FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Cabível a condenação de honorários advocatícios em incidente
processual quando este extingue o processo com ou sem decisão de
mérito.
Apelo improvido e sentença confirmada em reexame necessário.
(Apelação Cível nº 598518223, 21ª Câmara Cível do TJRS, Seberi,
Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j. 03.02.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Somente aquele que é parte legítima passiva na ação executiva tem
legitimidade para opor, incidentalmente, a questão da pré-
executividade do título exeqüendo. Decisão mantida.
Liminar revogada.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598602001, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Santa Cruz do Sul, Relª. Desª. Ana Maria Nedel Scalzilli. j.
09.03.1999).
NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA.
Caso em que mantém a sentença que extinguiu a execução, por
tratar-se de procedimento por quantia certa e não para entrega de
coisa incerta.
(Apelação Cível nº 598233815, 14ª Câmara Cível do TJRS,
Gaurama, Rel. Des. Rui Portanova. j. 25.03.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESERÇÃO DE RECURSO POR


FALTA DE PREPARO. REQUERIMENTO DE ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA.
Se o excipiente, na exceção de pré-executividade, postula o
benefício da gratuidade processual (equivocadamente denominada
de Assistência Judiciária Gratuita), alegando problemas de saúde, e
o juízo não se manifesta acerca do requerido, mas recebe a exceção
e a julga improcedente, a parte não pode ser prejudicada no recurso
de apelação frente à omissão do Juízo. Garantia constitucional ao
recebimento da prestação jurisdicional (devido processo legal).
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 598483352, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Uruguaiana, Rel. Des. Tupinambá Pinto de Azevedo. j. 16.03.1999).

EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO


ROTATIVO EM CONTA CORRENTE. EXCEÇÃO DE PRÉ
EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO.
Apelo desprovido.
(Apelação Cível nº 598190635, 17ª Câmara Cível do TJRS, São
Borja, Rel. Des. Demétrio Xavier Lopes Neto. j. 09.03.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não é a via adequada para extinguir execução, quando esta se
funda em contrato de confissão de dívida, eis que tal contrato se
originou de novação de contratação pretérita entre as partes.
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 598369908, 18ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j. 29.04.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A execução de pré-executividade mostra-se possível nas hipóteses
de manifesta carência de pretensão executória ou ausência de
pressuposto processual essencial à propositura daquela ação,
demonstrado, de plano, por prova documental, a não permitir
controvérsia e produção de prova em contrário, de outra natureza.
No caso, as alegações dos agravantes, conquanto respaldadas em
início de prova documental, por sua própria substância, comportam
contrariedade e eventual produção de prova pericial e testemunhal.
Correta, portanto, a decisão de remeter a análise das questões
(principalmente aquela relativa aos limites da responsabilidade
tributária), certamente controvertidas, aos embargos, possibilitando a
dilação probatória ampla, insuficiente à prova documental
apresentada para um juízo de carência ou extinção por ausência de
pressuposto processual.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598497923, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. João Armando Bezerra Campos. j.
12.05.1999).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. "EXECUÇÃO.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. INADMISSIBILIDADE.
Não se admite a execução de contrato de abertura de crédito,
mesmo que acompanhado dos extratos de sua utilização, por
ausência de liquidez. Recurso utilização, por ausência de liquidez.
Recurso improvido." (AC 197114713). Apelo desprovido.
(Apelação Cível nº 599056561, 15ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Vicente Barroco de Vasconcelos. j. 26.05.1999).
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PRESSUPOSTOS.
EXECUÇÃO DE CONTRATO DE FIANÇA ACOMPANHADO DE
BLOQUETOS DE COBRANÇA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Execução lastreada em contrato de fiança - que estabelece limite de
crédito garantido, inclusive para dívidas futuras - acompanhado de
bloquetos de cobrança bancária e notas fiscais. Fatura sem recibo
de entrega da mercadoria, e título incompleto, destituído de liquidez
e certeza. Em causa de valor elevado, onde a execução restou
extinta em sede de exceção de pré-executividade, a condenação do
sucumbente na verba honorária de 10% do valor da execução não
comporta majoração.
(Apelação Cível nº 598253755, 9ª Câmara Cível do TJRS, Pelotas,
Relª. Desª. Maria Isabel Broggini. j. 28.04.1999).

AÇÃO DE EXECUÇÃO. CONTRATO DE LOCAÇÃO.


INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE E EMBARGOS DO DEVEDOR.
A exceção de pré-executividade, modalidade excepcional de
oposição do executado, é o instrumento utilizado para discutir os
requisitos da execução, os quais devem, naturalmente, ser objeto de
embargos do devedor. Inadmissível a interposição da exceção de
pré-executividade e dos embargos concomitantemente, por
caracterizar duplicidade de instrumentos para o mesmo fim, o que é
contrário à sistemática processual vigente.
Recurso desprovido.
(Apelação Cível nº 598272953, 15ª Câmara Cível do TJRS, Rio
Grande, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 31.03.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Deduzindo-a o devedor cria incidente que deve ser examinado pelo
Juiz. Instrumento de confissão de dívida. Devidamente formalizado, é
título executivo.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599145653, 17ª Câmara Cível do TJRS,
Lagoa Vermelha, Relª. Desª. Genaceia da Silva Alberton. j.
19.05.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. RECURSO CABÍVEL.


Tratando-se a exceção de pré-executividade de incidente
processual, a decisão que a denega é passível de recurso de Agravo
de Instrumento, sendo este o entendimento dominante na doutrina e
na jurisprudência, não podendo ser conhecido o recurso. Interposto
em seu lugar o recurso de apelação, revela-se erro processual
insanável, pois não admite a aplicação do princípio da fungibilidade
recursal, por invencível o afastamento do processamento do recurso
de Agravo de Instrumento, mormente por serem recursos interpostos
em graus diferentes de jurisdição. Daí a impossibilidade de
salvamento do processo, o que leva, conseqüentemente, ao não
conhecimento do recurso interposto.
Apelo não conhecido.
(Apelação Cível nº 598107969, 16ª Câmara Cível do TJRS, P orto
Alegre, Rel. Des. Roberto Expedito da Cunha Madrid. j. 12.05.1999).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


É de ser admitida exceção de pré-executividade, independentemente
de embargos de devedor, para repelir título destituído de força
executiva. Contrato de abertura de crédito em conta corrente.
LIQUIDEZ NÃO EXISTENTE PARA CONFIGURAR TÍTULO
EXECUTIVO. O contrato de abertura de crédito, ainda que
acompanhado de extratos unilateralmente lançados pelo credor, não
constitui título executivo, visto que não revestido de imprescindível
liquidez. Assim também a nota promissória a ele vinculada.
Agravo de instrumento provido.
(Agravo de Instrumento nº 599001021, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, São Luiz Gonzaga, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j.
20.04.1999).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE EXECUÇÃO.
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
Decisão em manifesto confronto com jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça. Exceção de pré-executividade acolhida.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599056124, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Ângelo, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 14.04.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE EXECUÇÃO.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
Decisão em manifesto confronto com jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça. Exceção de pré-executividade acolhida.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599056124, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Ângelo, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 14.04.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO EM CONTA DE AMORTIZAÇÃO, MEDIANTE
PAGAMENTO EM 24 PARCELAS.
Débito perfeitamente caracterizado, a exigir tão-somente o acréscimo
da correção monetária e taxa de juros pactuada. Caracterização da
liquidez e certeza.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598595361, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Orlando Heemann Junior. j. 27.04.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE


CONFISSÃO DE DÍVIDA COM PARCELAMENTO.
Alegação de iliquidez, por tratar-se de renegociação. Ação revisional
noticiada. Exceção desacolhida, porque dependente de produção de
provas.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598599983, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Rio Grande, Rel. Des. Orlando Heemann Junior. j. 27.04.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTINUIDADE DA


EXECUÇÃO.
Para que seja argüida a exceção, há que vir embasada na ausência
de título hábil a aparelhar feito executivo, ou se relacionar com as
condições da ação. Fora destes casos, e sendo o título executável,
somente pela via dos embargos à execução pode a matéria ser
deduzida, única a comportar dilação probatória. Por este raciocínio, a
suspensão da execução até a decisão do incidente não se justifica.
Não se vislumbra prejuízo com a penhora, indispensável para o
conhecimento dos embargos, eis que se procedente a exceção, tudo
voltará ao status quo ante.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598470060, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j. 29.04.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Enquanto forma de reação do executado à execução, a exceção se
faz adequada para apontar ausência de pressupostos processuais
ou condições da ação que afastem a possibilidade de
desenvolvimento do processo de execução, fazendo-se pertinente
antes de efetuada a penhora. Se a matéria pode ser deduzida em
embargos e não enseja a nulidade da execução, não prospera a
impugnação em termos de exceção de pré-executividade sob pena
de descaracterizar o processo de execução, motivo pelo qual deve
ser rejeitada a medida.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599159498, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Genacéia da Silva Alberton. j. 26.05.1999).

PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade constitui-se em forma de defesa
excepcional, devendo ser rejeitada quando as questões suscitadas
são próprias de embargos à execução, onde deveriam ter sido
enfrentadas.
Agravo de Instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599114089, 11ª Câmara Cí vel do TJRS,
Itaqui, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j. 05.05.1999).

APELAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO.


CONTRATO BANCÁRIO. PRESTAÇÕES MENSAIS
CONSECUTIVAS. EXECUTIVIDADE.
Contendo o título exeqüendo todos os elementos para que se possa
apurar, mediante mera operação aritmética, o exato valor do débito,
é ele exeqüível.
Apelo do banco provido e dos executados julgado prejudicado.
(Apelação Cível nº 598321297, 19ª Câmara Cível do TJRS, Antônio
Prado, Rel. Des. Guinther Spode. j. 09.03.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DECISÃO


INTERLOCUTÓRIA. RECURSO CABÍVEL. AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
Apelação não conhecida. Unânime.
(Apelação Cível nº 598454106, 20ª Câmara Cível do TJRS,
Carazinho, Rel. Des. Rubem Duarte. j. 20.04.1999).

EXECUÇÃO BASEADA EM SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA


TRANSITADA EM JULGADO.
Exceção de pré-executividade descabida, visto que demanda
executória baseada em título executivo judicial devidamente
constituído.
Decisão confirmada.
(Agravo de Instrumento nº 599143989, 5ª Câmara Cível do TJRS,
Uruguaiana, Rel. Des. Clarindo Favretto. j. 29.04.1999).
EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Se o título executivo judicial se reveste das características da
certeza, liquidez e exigibilidade, correta a decisão que rejeita a
exceção de pré-executividade argüida pelo executado.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599154572, 15ª Câmara Cível do TJRS,
Giruá, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 12.05.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Sendo razoável a tese sustentada pela devedora, suspende-se o
andamento da execução até o julgamento do incidente.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 598455939, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Tupinambá Pinto de Azevedo. j. 23.03.1999).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. LITIGÂNCIA


DE MÁ-FÉ. AUSÊNCIA DE CONDUTA DOLOSA.
Não demonstrada conduta dolosa por parte do litigante ao renovar
em juízo matéria já transitada em julgado, é de ser afastada a
condenação por litigância de má-fé.
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. A exceção de pré-executividade não se presta a
discussão de matérias de fato controversas, cuja comprovação exija
maior dilação probatória, a qual somente é cabível em sede de
embargos de devedor.
Agravo provido em parte.
(Agravo de Instrumento nº 599210663, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Lajeado, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 02.06.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS.
Correta a fixação de verba honorária em se tratando de incidente de
pré-executividade, onde necessária a contratação de advogado para
defender interesse dos excluídos da lide.
Apelação parcialmente provida e recurso adesivo improvido.
(Apelação Cível nº 599027315, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Encantado, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 25.05.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OPOSTA APÓS O


JULGAMENTO DOS EMBARGOS. CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. AÇÃO REVISIONAL E
EMBARGOS JULGADOS IMPROCEDENTES. PRECLUSÃO.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598604957, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. Orlando Heemann Junior. j. 27.04.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS


BANCÁRIOS.
Contrato de abertura de crédito em conta corrente. Ausência de título
hábil à execução. Exceção de pré-executividade acolhida
corretamente.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598514651, 12ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Antônio Carlos Madalena Carvalho. j.
25.02.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS


BANCÁRIOS. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. LIMITES DA
SUA OPOSIÇÃO.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598519056, 12ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Antônio Carlos Madalena Carvalho. j.
25.02.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
O reconhecimento, em ação revisional, de cobrança de encargos
ilegais, não retira liquidez ao título, cuja apuração do valor correto
dar-se-á por simples cálculo do contador.
Negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 598526762, 12ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Ângelo, Rel. Des. Luiz Felipe Brasil Santos. j. 25.02.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENHORA. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. PRAZO DE EMBARGOS.
Os embargos devem ser interpostos com prazo contado a partir da
juntada do mandado de intimação, e não de intimação de inscrição
imobiliária do imóvel penhorado. Não se presta a exceção de pré-
executividade a substituir a oposição de Embargos à Execução.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599239472, 11ª Câmara Cível do TJRS,
Carazinho, Rel. Des. Roque Miguel Fank. j. 02.06.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO ANTES DE
REALIZADA A PENHORA.
Uma vez admitida a exceção de pré-executividade, o corolário lógico
é a suspensão da execução, antes da penhora, sob pena de perder
o sentido, o manejo de tal remédio processual.
Recurso improvido. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 599082666, 15ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j.
07.04.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Enquanto forma de reação do executado a execução, a exceção se
faz adequada para apontar ausência de pressupostos processuais
ou condições da ação que afastem a possibilidade de
desenvolvimento da processo de execução, fazendo-se pertinente
antes de efetuada a penhora. Se a matéria pode ser deduzida em
embargos e não enseja a nulidade da execução, não prospera a
impugnação em termos de exceção de pré-executividade sob pena
de descaracterizar o processo de execução, motivo pelo qual deve
ser rejeitada a medida.
Agravo improvido.
(Apelação Cível nº 598523785, 16ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Genacéia da Silva Alberton. j. 26.05.1999).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. FIADORES.


AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO.
Os fiadores, que se obrigaram como "principais pagadores", podem
figurar passivamente na execução, mesmo que não notificados do
inadimplemento do locatário.
Apelo provido. Unânime.
(Apelação Cível nº 598584845, 16ª Câmara Cível do TJRS, Canoas,
Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 30.06.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO, DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO DE CHEQUES PRÉ-DATADOS.
O fato de estar pré-datado não lhe retira a executividade. É pagável
no dia da apresentação (art. 32, da Lei 7.357/85). Ultrapassado o
prazo para tal nem por isso perde esse atributo, que permanece
inalterado, durante o lapso prescricional, que é de seis meses (art.
39), salvo em havendo revogação ou contra-ordem (art. 35,
parágrafo único). A apresentação tardia, aliás, só confirma a
pactuação de posterior desconto, consoante anotação feita no verso
dos títulos. Já o exame da causa subjacente requer ajuizamento da
ação incidental de embargos do devedor (art. 736 do CPC).
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599286192, 10ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Cruz do Sul, Rel. Des. Luiz Ary Vessini de Lima. j.
05.08.1999).
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EMBARGOS À EXECUÇÃO
JÁ JULGADOS. PRECLUSÃO DA MATÉRIA. REJEIÇÃO.
Rejeita-se a exceção de pré-executividade intentada após o
julgamento dos Embargos à Execução, sendo irrelevante que a ação
revisional ajuizada pelo executado tenha sido julgada procedente.
Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 598493005, 15ª Câmara Cível do TJRS,
Mostardas, Rel. Des. Manoel Martinez Lucas. j. 30.06.1999).

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE.
Pode o devedor opor-se a execução que lhe é movida mediante
exceção de pré-executividade nos autos da ação de execução,
independente de garantia do Juízo pela penhora ou oposição de
Embargos.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599321742, 5ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Carlos Alberto Bencke. j. 01.07.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSÃO EXCEPCIONAL,


QUANDO DISPENSÁVEL EXAME MAIS ACURADO DAS
QUESTÕES AGITADAS.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599202686, 6ª Câmara Cível do TJRS,
Canoas, Rel. Des. Antônio Janyr Dall'agnol Junior. j. 26.05.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CARÊNCIA DE AÇÃO.


EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO.
Execução embasada em contrato de abertura de crédito não é título
executivo, mesmo juntados extratos. Entendimento adotado pela
Segunda Seção - STJ - Terceira e Quarta Turmas, antes
divergentes.
Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 598169019, 19ª Câmara Cível do TJRS, São
Borja, Relª. Desª. Elba Aparecida Nicolli Bastos. j. 01.06.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A executividade de um termo de renegociação de operações de
crédito, que é título executivo extrajudicial não depende de extrato de
evolução da dívida. De outra parte, não pode esta matéria ser
solvida no bojo desta exceção, sendo necessária a propositura de
embargos.
Sentença desconstituída. Apelação provida.
(Apelação Cível nº 598345221, 11ª Câmara Cível do TJRS, Vacaria,
Rel. Des. Manoel Velocino Pereira Dutra. j. 23.06.1999).

EMBARGOS DO DEVEDOR. EXCESSO DE EXECUÇÃO.


AUSÊNCIA DE PROVA.
Indemonstrado o alegado excesso de execução é de manter-se
sentença de improcedência de embargos do devedor. Exceção de
pré-executividade. A nota promissória vinculada a contrato de mútuo
é título extrajudicial capaz de embasar processo executivo, afastada
a exceção de pré-executividade.
Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 599351483, 5ª Câmara Cível do TJRS, São Borja,
Rel. Des. Sérgio Pilla da Silva. j. 05.08.1999).

PRESCRIÇÃO. MATÉRIA DE DEFESA. EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. EMBARGOS DO DEVEDOR NÃO
INTERPOSTOS. PENHORA PERFECTIBILIZADA.
Havendo a perfectibilização da penhora há mais de 32 dias e, não
tendo o devedor interposto embargos, não é dado ao juiz, em
execução de título extrajudicial, apreciar argüição de prescrição
alegada em simples petição, ainda que em exceção de pré-
executividade.
Agravo conhecido, mas improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599353349, 5ª Câmara Cível do TJRS,
Sananduva, Rel. Des. Marco Aurélio dos Santos Caminha. j.
05.08.1999).

NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE.
Se o decisor de primeiro grau sequer apreciou a exceção de pré-
executividade, não se pronunciando acerca da liquidez do título que
instrui a ação executiva, deverá examinar os pressupostos do
contrato, em sede de embargos. Falta de liquidez. Inexistência de
título executivo. Precedentes do STJ.
Preliminares rejeitadas. Apelação improvida.
(Apelação Cível nº 598604437, 2ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Mostardas, Relª. Desª. Ana Maria Nedel Scalzilli. j. 25.05.1999).

LOCAÇÃO. AÇÃO DE COBRANÇA. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. MORTE DO FIADOR. ILEGITIMIDADE PASSIVA
DO ESPÓLIO.
A responsabilidade que a lei impõe aos herdeiros se limita ao tempo
decorrido até a morte do fiador (art. 1501 do Código Civil).
Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 599055761, 15ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Manuel Martinez Lucas. j. 25.08.1999).

DIREITO TRIBUTÁRIO E FISCAL.


1. Cabimento de Agravo de Instrumento de decisão que julga
incidente de exceção de pré-executividade.
2. Inviável o acolhimento de exceção de pré-executividade, em
execução fiscal, baseada em matéria claramente pertinente a
embargos. Presença dos pressupostos de desenvolvimento regular
do feito executivo.
Rejeitaram a preliminar e deram provimento ao agravo.
(Agravo de Instrumento nº 599096427, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Santana do Livramento, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro.
j. 09.06.1999).

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
Restando perfeitamente definida a improcedência da exceção de
pré-executividade, ante a regularidade do título executivo, nada há
para ser aclarado.
Embargos rejeitados.
(Embargos Declaratórios nº 599376894, 11ª Câmara Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Bayard Ney de Freitas Barcellos. j. 11.08.1999).

DIREITO TRIBUTÁRIO E FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. IPVA.
Não merece acolhida a exceção de pré-executividade quando há
aspectos a demandar a produção de prova acerca da alegação de
inexeqüibilidade do título, inviável em tal espécie de incidente.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599278041, 21ª Câmara Cível do TJRS,
São Leopoldo, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j.
18.08.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS


BANCÁRIOS.
Contrato de abertura de crédito em conta corrente. Ausência de título
hábil à execução. Exceção de pré-executividade acolhida.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 598252757, 12ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Antônio da Patrulha, Rel. Des. Antônio Carlos Madalena
Carvalho. j. 27.05.1999).

EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO


ROTATIVO EM CONTA CORRENTE. TÍTULO ILÍQUIDO. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA.
Contrato de abertura de crédito não é título executivo. Quando
manifesta a nulidade do título que embasa a execução, antes da
penhora, pode ser argüida exceção de pré-executividade. Acolhido o
incidente e extinta a execução, há vencedor e vencido, cabendo,
pois, a condenação da verba honorária.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599052149, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
19.08.1999).

CORRETAGEM. EXECUÇÃO. DIVERSOS DEVEDORES.


EMBARGOS DE DEVEDOR. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A nossa sistemática processual vigente não permite a duplicidade de
instrumentos para uma mesma finalidade, razão por que não é
possível o oferecimento simultâneo de embargos de devedor com
exceção de pré-executividade, ainda que apresentados por
devedores diferentes.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599357092, 15ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 11.08.1999).
TJRS-081719) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE
EXECUÇÃO. CÉDULA DE PRODUTO RURAL. PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
Repelida a exceção, em decisão que foi fundamentada
suficientemente, não trazendo o recurso cópias de documentos que
poderiam permitir interpretar diferentemente, não há o que alterar no
pronunciamento monocrático. O magistrado cumpre e acaba
jurisdicional com a publicação da sentença, não se constituindo em
retratação vedada pela lei a reforma quando ainda não fora entregue
a decisão em cartório. Defeito de representação saneado.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599252095, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Ijuí, Relª. Desª. Rejane Maria Dias de Castro Bins. j. 09.06.1999).
AÇÃO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE DE PARTE. POSSIBILIDADE.
Pode ser oposta exceção de pré-executividade para argüir questões
que devem ser examinadas de ofício pelo juiz, como a ilegitimidade
de parte do executado ou outra circunstância que envolva as
próprias condições da ação.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599223336, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Roberto Expedito da Cunha Madrid. j.
11.08.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS JURÍDICOS


BANCÁRIOS.
Exceção de pré-executividade. Limites da sua oposição.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599064821, 12ª Câmara Cível do TJRS,
São Borja, Rel. Des. Antônio Carlos Madalena Carvalho. j.
29.04.1999).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


PROCEDIMENTO. NATUREZA DA DECISÃO. RECURSO
CABÍVEL. EXECUTIVIDADE DO TÍTULO.
A exceção de executividade não comporta processamento em autos
apartados e a decisão que a rejeita e de natureza interlocutória,
gerando recurso de agravo. Questões de ordem processual
superadas, pelas peculiaridades do processado. Em se tratando,
outrossim, de execução baseada em contratos de câmbio
formalmente perfeitos, cuja impugnação diz respeito a prova da
entrega das importâncias relativas aos adiantamentos ou viciados
pela falsa causa, a exigir dilação probatória, própria dos embargos
de devedor, inviabiliza o acolhimento da exceção de pré-
executividade, eis que não detectada, da mera analise da exordial a
falta de uma das confissões da ação de execução.
Apelação improvida.
(Apelação Cível nº 599368685, 17ª Câ mara Cível do TJRS,
Soledade, Relª. Desª. Elaine Harzheim Macedo. j. 24.08.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INÉPCIA DA INICIAL.


MEMÓRIA DO CÁLCULO.
A incorreção na memória do cálculo, trazido pelo autor, corrigida pelo
contador, não torna inepta a inicial. Sendo o título judicial que
embasa a execução líquido, certo e exigível não há que se falar de
pré-executividade.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599334190, 8ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. José Ataídes Siqueira Trindade. j.
05.08.1999).

PROCESSUAL CIVIL E FISCAL.


Inviável o acolhimento de exceção de pré-executividade em
execução fiscal sob alegação de parcelamento do crédito tributário.
Certidão de dívida ativa, formalmente perfeita, uma vez que não
configura ausência de pressuposto de desenvolvimento regular do
feito executivo. Matéria a ser discutida em Embargos à Execução.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 599143906, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Novo Hamburgo, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j.
26.05.1999).

APELAÇÃO. EMBARGOS À EXECUÇÃO DE CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO. CARÊNCIA DE AÇÃO. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. NULIDADE DE EXECUÇÃO.
Execução de contrato de abertura de crédito e de nota promissória
oriunda deste não configura título executivo, mesmo acompanhado
de extratos bancários. Segunda Seção do STJ pacificou por ora o
entendimento, faltando liquidez nula à execução.
Provida.
(Apelação Cível nº 598345452, 19ª Câmara Cível do TJRS, São
Borja, Relª. Desª. Elba Aparecida Nicolli Bastos. j. 17.08.1999).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NOTA DE


CRÉDITO COMERCIAL. DESVIO DE FINALIDADE.
INOCORRÊNCIA. PROSSEGUIMENTO DO FEITO EXECUTIVO.
A utilização de recursos bancários para quitar débitos anteriores não
desnatura o título de crédito emitido com essa finalidade.
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 599151776, 15ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Manoel Martinez Lucas. j. 06.10.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não se presta ela a substituir os embargos do devedor, nem de
expediente para se fugir a penhora. Rejeição declarada, com acerto.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599320975, 6ª Câmara Cível do TJRS,
Rio Pardo, Rel. Des. Décio Antônio Erpen. j. 01.09.1999).

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO.


Merecem acolhidos quando verificada omissão do aresto no fixar
honorários ao procurador da parte, já que, acolhida a exceção de
pré-executividade, restou extinto o processo de execução.
Embargos de Declaração acolhidos.
(Embargos Declaratórios nº 599324324, 2ª Câmara de Fér ias Cível
do TJRS, São Luiz Gonzaga, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j.
15.06.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. AQUISIÇÃO DE


MOTOCICLETA. MENOR CONTRATANTE ACOMPANHADO DO
PAI, SEU AVALISTA. ANULABILIDADE DO ATO NÃO
CONFIGURADA.
Recurso improvido.
(Apelação Cível nº 599022407, 2ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Santo Ângelo, Rel. Des. Breno Pereira da Costa Vasconcellos. j.
08.06.1999).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE MÚTUO COM VALOR CERTO E CRITÉRIOS DE APURAÇÃO
DE ENCARGOS. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL QUE NÃO
SE CONFUNDE COM CONTRATO DE CRÉDITO ROTATIVO EM
CONTA CORRENTE. AGRAVO IMPROVIDO.
Independendo de qualquer elemento complementar para sua
perfectibilização como título executivo, ao contrário do contrato de
crédito rotativo em conta corrente, o contrato de mútuo, em que
assumida pelo devedor a obrigação de pagar quantia determinada,
não enseja dúvida alguma quanto a sua eficácia executiva,
amoldando-se perfeitamente ao disposto no art. 585, inc. II, do
Código de Processo Civil.
(Agravo de Instrumento nº 598213726, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
26.08.1999).

EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM


CONTA CORRENTE. TÍTULO ILÍQUIDO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE ACOLHIDA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
CABIMENTO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO NÃO É
TÍTULO EXECUTIVO.
Quando manifesta a nulidade do título que embasa a execução,
antes da penhora, pode ser argüida exceção de pré-executividade.
Acolhido o incidente e extinta a execução, há vencedor e vencido,
cabendo, pois, a condenação em verba honorária.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 598526887, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Ângelo, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
19.08.1999).
PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. CONFISSÃO DE DÍVIDA. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO.
Caso em que se julga precedente a exceção de pré-executividade,
pois a execução se funda em confissão de dívida, cuja origem é um
contrato de abertura de crédito.
Deram provimento. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 598505527, 14ª Câmara Cível do TJRS,
Alegrete, Rel. Des. Rui Portanova. j. 12.08.1999).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ALEGADA


NULIDADE DECORRENTE DE ILIQUIDEZ DO TÍTULO.
CONFISSÃO DE DÍVIDA COM VALOR CERTO E CRITÉRIOS DE
APURAÇÃO DE ENCARGOS. AGRAVO IMPROVIDO.
Expressada a liquidez do título pelo valor do principal e encargos em
valor certo, bem como taxa de juros e fator de correção monetária, o
argumento de que o credor está a executar título com valores
alterados, aumentados absurda e unilateralmente não se presta para
fundamentar nulidade, mas sim excesso de execução, matéria que
deve ser alegada em embargos do devedor, tal como referido nos
exatos termos da decisão agravada.
Agravo improvido. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 598308286, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Canoas, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
02.09.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO APÓS JULGAMENTO DE
EMBARGOS. NÃO CABIMENTO.
É incabível a execução de pré-executividade após a oposição de
embargos à execução. Preclusão operada.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000058313, 14ª Câmara Cível do
TJRS, São Luiz Gonzaga, Rel. Des. Marco Antônio Bandeira Scapini.
j. 16.09.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade, como medida excepcional que é, só
pode ser aceita em casos especionalíssimos, quando evidente a
nulidade da execução. Matéria de embargos deve ser suscitada e
decidida em embargos, onde se estabelece o contraditório e a
possibilidade de produção de provas.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599313202, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Bento Gonçalves, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 11.08.1999).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Enquanto forma de reação do executado a execução, a exceção se
faz adequada para apontar ausência de pressupostos processuais
ou condições da ação que afastem a possibilidade de
desenvolvimento do processo de execução, fazendo-se pertinente
antes de efetuada a penhora. Se a matéria pode ser deduzida em
embargos e não enseja a nulidade da execução, não prospera a
impugnação em termos de exceção de pré-executividade sob pena
de descaracterizar o processo de execução, motivo pelo qual deve
ser rejeitada a medida.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599286945, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Cruz do Sul, Relª. Desª. Genacéia da Silva Alberton. j.
11.08.1999).

EXECUÇÃO DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM


CONTA-CORRENTE. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO
ACOLHIDA. DECISÃO REFORMADA. FALTA DE LIQUIDEZ E
CERTEZA AO QUE FOI DEFINIDO COMO TÍTULO EXECUTIVO.
A ação executiva foi motivada com base em contrato de abertura de
crédito em conta corrente, o que, conforme iterativa jurisprudência,
não se erige em título executivo extrajudicial. Cabível, pois, o
acolhimento da exceção de pré-executividade, ainda que aduzida na
mesma outra argumentação, com a extinção da execução proposta
ante a inexistência de título extrajudicial que fundamente.
Agravo de Instrumento provido. Extinção da ação de execução.
(Agravo de Instrumento nº 598241461, 13ª Câmara Cível do TJRS,
Bento Gonçalves, Relª. Desª. Laís Rogeria Alves Barbosa. j.
04.11.1999).

PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONFISSÃO DE DÍVIDA HOMOLOGADA
JUDICIALMENTE. DESCUMPRIMENTO. EXECUÇÃO NOS
PRÓPRIOS AUTOS ONDE OCORREU A HOMOLOGAÇÃO.
IMPENHORABILIDADE DE IMÓVEL RESIDENCIAL. LITIGÂNCIA
DE MÁ-FÉ.
1. Tendo havido confissão de dívida, homologada judicialmente, não
há que se falar em impossibilidade de o contrato de abertura de
crédito em conta-corrente embasar ação executiva, ainda que a
dívida dele tenha se originado, pois a causa de pedir remota é a
existência dessa confissão descumprida e não aquele contrato.
2. Não há nenhum óbice que a execução se dê nos próprios autos
em que ocorreu a confissão de dívida homologada judicialmente, por
um princípio de economia processual e dado o caráter instrumental
do direito processual.
3. É de ser rejeitada a alegação de impenhorabilidade do bem
judicialmente constrito se anteriormente os seus proprietários
concordam com a sua penhora, sendo que em nenhum momento
fizeram prova de que ele se constitui no único bem residencial da
família.

4. O comportamento dos devedores, que extrapola a faixa do


exercício da ampla defesa, tentando inviabilizar o curso normal do
processo executivo, mediante expedientes infundados, caracteriza
ato típico de quem age com má-fé.
Agravo de instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599326725, 11ª Câmara Cível do TJRS,
Vera Cruz, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j. 15.09.1999).

AÇÃO DE EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA EM PRIMEIRO
GRAU.
Esta Câmara, quando do julgamento da Apelação Cível nº
598292209 (j. em 24/09/98), de São Valentim, da relatoria de
eminente desembargador Márcio Borges Fortes, já deixou assentado
que não se pode confundir contrato de abertura de crédito fixo com
contrato de abertura de crédito rotativo em conta corrente.
Primeiro apelo provido. Segundo apelo prejudicado.
(Apelação Cível nº 599397429, 13ª Câmara Cível do TJRS, Rio
Grande, Rel. Des. Marco Aurélio de Oliveira Canosa. j. 16.09.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. NULIDADE DA
EXECUÇÃO POR AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO ARGÜIDA
MEDIANTE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
"A ausência de título executivo extrajudicial, instruindo a ação de
execução, constitui matéria a ser conhecida, de ofício, pelo juiz, ao
proferir o despacho liminar, por se tratar de matéria de ordem
pública. Não cumprindo o juiz a sua obrigação essencial, relativa a
apreciação da falta de título, que pudesse embasar a execução,
nada obsta a que a parte, apontada como devedora, ingresse nos
autos respectivos e denomine a sua intervenção de exceção de pré-
executividade, para argüir, independentemente de oferecimento de
embargos, a nulidade do título. Conquanto a ação de execução seja
processo fechado, em que o devedor é citado para pagar o débito,
no prazo legal, ou nomear bens à penhora, seria injustificável
formalismo impedir que ele, através de simples petição, alerte o juiz
para ausência do título e, como conseqüência para a impossibilidade
de prosseguimento da referida ação."
Agravo provido. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 599470762, 15ª Câmara Cível d o TJRS,
São Lourenço do Sul, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos.
j. 06.10.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE


CONFISSÃO E RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS.
Não demonstração de que a confissão tem origem em conta
corrente. Alegação de excesso de juros e demais encargos.
INOCORRÊNCIA DE NULIDADE DO TÍTULO. DESCABIMENTO DA
EXCEÇÃO. Matéria a ser analisada em sede de embargos e na ação
revisional já ajuizada. Não havendo demonstração de que a
confissão de dívida tem origem em conta corrente, descabe a
exceção de pré-executividade oposta. Excessos decorrentes de juros
e demais encargos não retiram a iliquidez do título. Matéria a ser
alegada em sede de embargos.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599439882, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro. j.
22.09.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não merece reparo a decisão que julga improcedente a exceção de
pré-executividade, vez que a matéria ventilada (discussão acerca da
atualização monetária dos valores) não tem o condão de atacar a
higidez do título.
Agravo de Instrumento desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000004168, 2ª Câmara de Férias Cível
do TJRS, Carazinho, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 27.10.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE EXECUÇÃO


SIMULTÂNEO COM AÇÃO REVISIONAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. SUSPENSÃO DA AÇÃO EXECUTÓRIA. PODER
GERAL DE CAUTELA. POSSIBILIDADE. PRESENTES O "FUMUS
BONI JURIS" E O "PERICULUM IN MORA" NAS ALEGAÇÕES
DEDUZIDAS PELO EXECUTADO-AGRAVADO EM EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, NO QUAL SUSTENTA QUE A EXECUÇÃO
ESTÁ FUNDADA EM CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA
DECORRENTE DE TRANSAÇÕES COM CARGAS DE ILICITUDE E
ABUSIVIDADE EM CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA-CORRENTE QUE ENCONTRA-SE "SUB JUDICE" EM
AÇÃO REVISIONAL INTERPOSTA POR ESTE CONTRA A
EXEQÜENTE-AGRAVANTE, IMPÕE-SE A SUSPENSÃO DA AÇÃO
DE EXECUÇÃO ATÉ O DESLINDE DA AÇÃO DE
CONHECIMENTO, A QUAL PODE SER DETERMINADA COM
SUCEDÂNEO NO PODER GERAL DE CAUTELA DO QUAL O
JULGADOR ESTÁ INVESTIDO. REVISÃO DE CONTRATOS
SUCESSIVOS: RELAÇÃO DE CONTINUIDADE NEGOCIAL.
Havendo plausibilidade na alegação de que, entre o agente
econômico e o hipossuficiente, estabeleceu-se situação de
continuidade nos negócios, caracterizando um relacionamento
jurídico unitário complexo, de vocação permanente e trato sucessivo,
viabiliza-se a sua revisão judicial global.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000057505, 14ª Câmara Cível do
TJRS, Sobradinho, Rel. Des. Aymoré Roque Pottes de Mello. j.
23.09.1999).

CIVIL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
1. O âmbito da exceção da pré-executividade e apenas aqueles fatos
que viciam formalmente o título executivo, o que não é o caso destes
autos.
2. Questões referentes a juros e capitalização teriam de ser
suscitadas em embargos de devedor, mas estes não foram
tempestivamente opostos.
3. Exceção de pré-executividade rejeitada.
Apelação improvida.
(Apelação Cível nº 599036472, 1ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Luiz Felipe Silveira Difini. j. 15.06.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO.
Possibilidade de alegação de nulidade do título executivo através de
exceção de pré-executividade em qualquer momento da execução.
Extinção da execução decretada.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599423126, 1ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Santo Ângelo, Rel. Des. Paulo de Tarso Vieira Sanseverino. j.
13.09.1999).

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Nulidade da execução por falta de notificação dos lançamentos de
que decorreram a constituição do crédito tributário e as certidões de
dívida ativa. Desnecessidade de segurança do juízo ou de
apresentação de embargos. Matéria que pode ser argüida mediante
simples requerimento e conhecidas até de ofício.
Verba honorária elevada.
(Apelação Cível nº 598498400, 1ª Câmara Cível do TJRS, Rio
Grande, Rel. Des. Leo Lima. j. 11.08.1999).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO. TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL. ÔNUS SUCUMBENCIAIS.
Não se constitui em título executivo extrajudicial o contrato de
abertura de crédito, mesmo acompanhado dos respectivos extratos.
Cabível a condenação do exeqüente ao pagamento dos ônus
sucumbenciais, acolhida a exceção de pré-executividade.
Honorários advocatícios fixados sobre o valor em execução.
Primeiro apelo desprovido, provido em parte o segundo. Unânime.
(Apelação Cível nº 598215994, 20ª Câmara Cível do TJRS, Lajeado,
Rel. Des. Rubem Duarte. j. 09.10.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. NOTA DE CRÉDITO COMERCIAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DESCABIMENTO DO
INCIDENTE. TÍTULO COM FORCA EXECUTIVA OPE LEGIS.
Eventuais questões suscitadas para buscar sua descaracterização
só poderão ser debatida através de embargos ao devedor.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000417881, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Sapucaia do Sul, Rel. Des. Luciano Ademir José D'avila. j.
21.12.1999).

PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO DE EXECUÇÃO. INCIDENTE


DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. TERMO DE
RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDA. CONTRATO ASSINADO PELOS
DEVEDORES E SUBSCRITO POR TESTEMUNHAS, NÃO
APRESENTANDO QUALQUER IRREGULARIDADE.
Desta forma, há no título em exame a indispensável liquidez e
certeza do valor devido a título de saldo, uma vez que este surgiu da
diferença das parcelas amortizadas com aquelas impagas.
Agravo desprovido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000315457, 17ª Câmara Cível do
TJRS, São Marcos, Rel. Des. Luciano Ademir José D'Ávila. j.
30.11.1999).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA.


INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA.
Não é nula a execução baseada em instrumento particular de
confissão de dívida, pois este se enquadra nos requisitos exigidos
pelo art. 585, II, do CPC, ao contrário do contrato de abertura de
crédito, ao qual não se atribui força executiva.
Deram provimento, unânime. (3 fls.)
(Apelação Cível nº 70000315804, 15ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j. 15.12.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CRITÉRIOS DE ADMISSIBILIDADE.
DESCABIMENTO.
A exceção de pré-executividade, medida de construção pretoriana,
sem previsão legal é contrária ao princípio da autonomia da
execução, só é de ser admitida em hipóteses teratológicas, sob pena
de se tornar sucedâneo da defesa sistêmica a ser deduzida em sede
de Embargos do devedor. Hipótese em que estes foram opostos e
julgados improcedentes por decisão transita em julgado.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000312017, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Carazinho, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j.
30.11.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
- Não se há falar em exceção de pré-executividade se o contrato
exeqüendo (confissão de dívida) está devidamente assinado pela
devedora e duas testemunhas, a sede de Embargos à Execução
está disponível para que a agravante deduza a controvérsia.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000312520, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j.
25.11.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INEXISTÊNCIA DE


NULIDADE EVIDENTE NA EXECUÇÃO, A DAR AZO À EXCEÇÃO.
ALEGAÇÕES QUE RECLAMAM PRODUÇÃO DE PROVA, EM
SEDE DE EMBARGOS.
Agravo provido para extinguir a exceção, aplicando-se ao agravado
os ônus sucumbenciais respectivos.
(Agravo de Instrumento nº 70000245407, 10ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Luiz Lúcio Merg. j. 09.12.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO NÃO EMBARGADA -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OPOSTA AS VÉSPERAS DA
HASTA PÚBLICA - CRITÉRIOS DE ADMISSIBILIDADE -
DESCABIMENTO.
A exceção de pré-executividade de construção pretoriana, sem
previsão legal é contrária ao princípio da autonomia da execução, só
é de ser admitida em hipóteses teratológicas, sob pena de se tornar
sucedâneo da defesa sistêmica a ser deduzida em sede de
embargos do devedor.
Agravo desprovido. (04 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70000117069, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Arroio Grande, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j.
26.10.1999).

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. INCIDENTE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
DESCABIMENTO.
Inexistência de omissão, obscuridade e dúvida que precise ser
declarada, frente ao descabimento de condenação a honorários em
incidente de exceção de pré-executividade.
Embargos desacolhidos. (04 fls.).
(Embargos Declaratórios nº 70000233239, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Torres, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 27.10.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO DE CÉDULA RURAL E ADITIVO.
Constituindo em tese título líquido, certo e exigível, a matéria
atinente a não-exigibilidade das parcelas vincendas há de ser
examinada em sede de embargos.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599466554, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, São Gabriel, Rel. Des. Orlando Heemann Júnior. j.
17.11.1999).

EMBARGOS DECLARATÓRIOS. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
A argüição de nulidade por ausência de título pode ser conhecida a
qualquer tempo pelo juízo. Inexistência de omissão a ser suprida
pelos embargos declaratórios. Inocorrência de violação ao art. 738
do CPC.
Embargos declaratórios desacolhidos. (fl. 3).
(Embargos Declaratórios nº 70000179333, 20ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
14.09.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. PROCESSUAL CIVIL.
Contrato de abertura de conta corrente não constitui título executivo
extrajudicial. Precedentes do STJ. Matéria argüida em exceção de
pré-executvidade.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599479490, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Matilde Chabar Maia. j. 22.09.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO DE CONTRATO DE MÚTUO
PARCELADO.
Constituindo em tese título ilíquido, certo e exigível, a matéria
atinente a sua exigibilidade há de ser examinada em sede de
embargos.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599480381, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Caxias do Sul, Rel. Des. Orlando Heemann Júnior. j.
17.11.1999).
EMBARGOS À EXECUÇÃO.
Execução fundada em nota promissória. Preliminar de exceção de
pré-executividade acolhida.
Apelação provida.
(Apelação Cível nº 70000043927, 18ª Câmara Cível do TJRS, São
Borja, Rel. Des. Wilson Carlos Rodycz. j. 16.12.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não constando da decisão guerreada o exame da pretensão contida
na exceção, não há de ser conhecido o recurso que pretende o
acolhimento da matéria manifestada na exceção. Da mesma forma
em relação a autuação em separado da exceção, não constando do
agravo a manifestação judicial neste sentido.
Agravo não conhecido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000256461, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Rio Grande, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 29.12.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Nada alegado quanto a nulidade da execução, e sim circunstância
que enseja providência em outro processo, correta a decisão da
Magistrada que rejeitou o incidente.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000135228, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 20.10.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO. CONTRATO


DE ABERTURA DE CONTA-CORRENTE - PESSOA JURÍDICA.
"EXECUÇÃO. INADMISSIBILIDADE.
Não se admite a execução de contrato de abertura de crédito,
mesmo que acompanhado dos extratos de sua utilização, por
ausência de liquidez.
Recurso improvido. "(AC 197114713). Recurso desprovido.
(Apelação Cível nº 599358140, 15ª Câmara Cível do TJRS, Ijuí, Rel.
Des. Vicente Barroco de Vasconcelos. j. 17.11.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - ILEGITIMIDADE PASSIVA.


Cabe a apresentação da exceção quando atacadas as próprias
condições da ação ou a nulidade da execução por ausência de título
executivo, matéria apreciável de ofício pelo juiz. Terceiro que não foi
parte na ação monitória, que deu origem ao título executivo ora
exigido, muito embora tenha sido casada com um dos sócios da
requerida, não fica submetida a "disregard doctrine", uma vez não ter
sido também sócia.
Agravo provido. (6 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000141903, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Rejane Maria Dias de Castro Bins. j.
20.10.1999).

EMBARGOS DE DEVEDOR EM EXECUÇÃO DE LOCATIVOS.


Agravo retido não conhecido, matéria atinente a exceção de pré-
executividade, oposto na ação de execução. Nulidade do processo
por cerceamento de defesa, ante falta de realização de audiência
conciliatória, não configurada. Excesso de execução não
demonstrado. Ônus sucumbenciais adequados.
Apelo improvido. (3 fls.)
(Apelação Cível nº 599 488301, 2ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Breno Pereira da Costa Vasconcellos. j.
27.10.1999).

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


A exceção de pré-executividade é cabível, em tese, independente de
previa garantia do juízo com a penhora. Caso, entretanto, em que a
executada-agravante não apresentou nenhum elemento de
convicção a sustentar a alegação de imprestabilidade da certidão de
dívida inscrita, por decadência, prescrição ou excesso de execução.
Cópias de peças produzidas pelo credor-agravado que reforçam a
solução em desfavor da recorrente.
Agravo desprovido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599162963, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Leo Lima. j. 29.12.1999).

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade é cabível no direito brasileiro,
quando a discussão envolve matéria de legitimidade/ilegitimidade
passiva e os autos contém todos os elementos necessários para o
deslinde da exceção. O mesmo não ocorre quando a alegação de
nulidade da CDA, que exige Embargos de Execução.
Agravo provido em parte.
(Agravo de Instrumento nº 599168192, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Tupinambá Miguel Castro do Nascimento. j.
02.06.1999).

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


ADMISSIBILIDADE.
Pode o executado contrapor-se, através de exceção de pré-
executividade demonstrando a inexistência dos pressupostos legais
de título executivo, quais sejam, liquidez, certeza e exigibilidade.
Agravo desprovido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599386562, 6ª Câmara Cível do TJRS,
Caxias do Sul, Rel. Des. João Pedro Freire. j. 13.10.1999).

AGRAVO INTERNO. CORREÇÃO PARCIAL INDEFERIDA DE


PLANO. EXECUÇÃO EXTINTA POR SENTENÇA EM EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. TRÂNSITO EM JULGADO.
Descabimento da medida. Agravo interno rejeitado. (3 fls.).
(Agravo Interno nº 70000436360, 17ª Câmara Cível do TJRS,
Canoas, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j. 30.11.1999).
CONTRATOS E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não cabe a interposição simultânea de embargo do devedor e da
exceção, em que discutidas as mesmas matérias.
Agravo de instrumento desprovido. (3 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70000437343, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Flores da Cunha, Rel. Des. Wilson Carlos Rodycz. j.
16.12.1999).

PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE EXECUTIVIDADE.


REJEIÇÃO. INEXISTÊNCIA DE ÔNUS SUCUMBENCIAL.
1. A exceção de pré-executividade, ou exceção de executividade,
invento dos modernos processualistas, nada mais é do que uma das
condições da ação transvestida, a suscitar-se no início do curso do
processo de execução.
2. Se a exceção for acolhida, resolve-se por sentença que põe fim ao
processo, quando haverá, necessariamente, pronunciamento, acerca
da condenação em honorários de advogado; se rejeitada, por
simples decisão interlocutória, não haverá pronúncia sobre a
condenação de qualquer ônus, seja em relação as despesas de
processo, seja em relação aos honorários advocatícios.
3. Agravo provido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000280636, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Celeste Vicente Rovani. j. 15.12.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Criação doutrinária e jurisprudencial, que pode ser oposta nos
próprios autos da execução, sendo desnecessária a interposição de
embargos. Cabível nos casos em que se discute a viabilidade do
processo de execução ou a existência do próprio título executivo,
como é o caso dos autos.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000069682, 14ª Câmara Cível do
TJRS, São Lourenço do Sul, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta
Roenick. j. 07.10.1999).

EMBARGOS À EXECUÇÃO. REFINANCIAMENTO DE CRÉDITOS


BANCO EXCEL ECONÔMICO - PREPARO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. INADMISSIBILIDADE.
Apelo não conhecido quanto a um dos embargantes, e quanto aos
demais conhecido, mas desprovido.
(Apelação Cível nº 70000078337, 15ª Câmara Cível do TJRS, Passo
Fundo, Rel. Des. Vicente Barroco de Vasconcelos. j. 29.09.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CHEQUE. PRAZO
PRESCRICIONAL.
Segundo interpretação extraída dos artigos 52 da LUG e 59 da Lei
do Cheque, o termo inicial do prazo de prescrição da ação cambial
será contado do termo final do prazo para a apresentação do
cheque, independente do tempo em que foi apresentado dentro dos
trinta dias. Interpretação contrária e minoritária e colide com o texto
da Lei.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000238253, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Uruguaiana, Rel. Des. Luciano Ademir José D'Avila. j.
16.11.1999).

EXECUÇÃO DE CONTRATO DE LOCAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Enquanto forma de reação do executado a execução, a exceção se
faz adequada para apontar ausência de pressupostos processuais
ou condições da ação que afastem a possibilidade de
desenvolvimento do processo de execução, fazendo-se pertinente
antes de efetuada a penhora. Se a matéria pode ser deduzida em
Embargos e não enseja a nulidade da execução, não prospera a
impugnação em termos de exceção de pré-executividade sob pena
de descaracterizar o processo de execução, motivo pelo qual deve
ser rejeitada a medida.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000071704, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Esteio, Relª. Desª. Genaceia da Silva Alberton. j. 27.10.1999).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXECUÇÃO. CRÉDITO DE


ALUGUEL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A execução de crédito decorrente de aluguel deve estar fulcrada em
contrato escrito, que prescinde da assinatura de duas testemunhas.
Apelação desprovida para desconstituir a sentença. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 599032265, 2ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Canoas, Relª. Desª. Lúcia de Castro Boller. j. 30.09.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. LOCAÇÃO. EXECUÇÃO DE


SENTENÇA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. LOCAÇÃO.
FIADOR. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO NO PROCESSO DE
CONHECIMENTO.
Não tendo o fiador figurado como parte no processo de despejo
cumulada com a cobrança de aluguéis, não pode ser incluído no pólo
passivo do processo de execução com base no título judicial.
Demonstrada a carência da ação do exeqüente em relação ao fiador,
cabível o acolhimento da exceção de pré-executividade. Pedido
cautelar de exclusão do nome do agravante em listas restritivas de
crédito. Recurso neste ponto não conhecido por má formação do
instrumento.
Recurso parcialmente conhecido e provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000158873, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Santa Maria, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 20.10.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Sanada a irregularidade de representação processual da parte,
reputam-se válidos os atos praticados. A exceção de pré-
executividade somente pode ser acolhida, de plano, se o título
exeqüendo apresenta evidente vício de forma.
No caso concreto, pendente julgamento de ação ordinária, na qual
se discute matéria prejudicial à declaração de validade do contrato,
cumpre seja sobrestado o exame do pedido.
Preliminar rejeitada. Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000252148, 12ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Ana Maria Nedel Scalzilli. j.
25.11.1999).

EXECUÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE- DESCABIMENTO.


Quando o contrato posto em execução (termo de renegociação de
dívida) foi firmado para a finalidade de novar débito anterior
pendente entre as partes, não tem lugar a exceção para discutir a
executividade do contrato novado.
Agravo improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000198382, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j.
28.10.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. LOCAÇÃO. EXECUÇÃO


CONTRA OS FIADORES. TÍTULO JUDICIAL.
Se a execução movida contra os fiadores está fundada na sentença
despejatória e no contrato de locação, os fiadores estão legitimados
passivamente para responder o processo de execução, mesmo que
não tenham sido citados na ação de despejo. A evidência, os
fiadores, em não tendo participado do processo de despejo, não
respondem pela sucumbência desse feito.
Recurso improvido. (6 fls)
(Agravo de Instrumento nº 70000299891, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j.
22.12.1999).
AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS
JURÍDICOS BANCÁRIOS.
Mantida a decisão negando provimento ao agravo, uma vez que as
alegações formuladas pelo recorrente não tem o condão de reformar
aquela que negou, de plano, a possibilidade de ser apreciada em
sede de exceção de pré-executividade, a matéria alegada.
Agravo improvido. (2 fls.)
(Agravo nº 599393295, 12ª Câmara Cível do TJRS, São Luiz
Gonzaga, Rel. Des. Antônio Carlos Madalena Carvalho. j.
28.10.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. GARANTIA DO JUÍZO.
Provimento.
(Agravo de Instrumento nº 70000226944, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Torres, Rel. Des. Demétrio Xavier Lopes Neto. j. 23.11.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DESACOLHIMENTO.


MATÉRIA DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
E de ser rejeitada a exceção de pré-executividade quando a matéria
suscitada pelo devedor é abrangente, própria, portanto, de embargos
do devedor, via processual adequada para o seu equacionamento.
Agravo de instrumento conhecido e improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000173468, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j.
27.10.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. NOTA PROMISSÓRIA.
O contrato de abertura de crédito em conta corrente, ainda que
assinado por duas testemunhas e acompanhado de extratos, não é
dotado de executividade, pois o montante do débito é calculado
unilateralmente pelo banco credor, carecendo assim de liquidez e
certeza. Descaracterização do documento como título executivo
extrajudicial. Contaminação também da nota promissória emitida
com base nesse contrato. Jurisprudência atual do Superior Tribunal
de Justiça, inclusive quanto a possibilidade de conhecimento de
ofício da nulidade da execução pelo 2º gra u.
Apelação desprovida. Sentença de extinção do processo de
execução confirmada. (6 fls.)
(Apelação Cível nº 599426335, 1ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
São Borja, Rel. Des. Paulo de Tarso Vieira Sanseverino. j.
29.12.1999).

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


A exceção de pré-executividade é cabível, em tese, independente de
prévia garantia do juízo com a penhora. Caso, entretanto, em que a
executada-agravante não apresentou nenhum elemento de
convicção a sustentar a alegação de imprestabilidade das certidões
de dívida inscrita, por decadência, prescrição ou excesso de
execução. Cópias de peças produzidas pelo credor-agravado que
reforçam a solução em desfavor da recorrente.
Agravo desprovido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599163003, 1ª C âmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Leo Lima. j. 29.12.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. REMÉDIO EXCEPCIONAL.
A exceção de pré-executividade, como remédio excepcional, de
criação jurisprudencial, deve ser admitida com prudência, em
hipóteses de manifesta carência da pretensão executiva ou de
ausência de pressupostos processuais de existência do processo de
execução.
Agravo desprovido. (6 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599456134, 1ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Canoas, Rel. Des. João Armando Bezerra Campos. j.
29.12.1999).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE EXECUÇÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO - CHEQUE ESPECIAL.
Consolidada a jurisprudência no sentido de que o contrato de
abertura de crédito não constitui título executivo, cabe acolher a
exceção de pré-executividade que proclama justamente a carência
do processo de execução.
Agravo de Instrumento provido para acolhimento da exceção e
extinção da execução. Fixação de honorários advocatícios face a
sucumbência do exeqüente. (8 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 598559763, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 24.02.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CÉDULA DE CRÉDITO


COMERCIAL. ALEGAÇÃO DE QUE A CÉDULA TEM ORIGEM EM
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. LIMITES RESTRITOS.
DESCABIMENTO.
A cédula de crédito comercial, até prova em contrário, é título
executivo extrajudicial, preenchendo os requisitos legais. A exceção
de pré-executividade somente é cabível quando houver nulidade
flagrante da execução, pagamento do título ou ausência de
condições da ação, situações inocorrentes no caso. A alegação de
que a cédula comercial tem origem em contrato de abertura de
crédito não pode ser analisada na exceção de pré-executividade,
observados os limites restritos desta. Necessidade de via própria.
Negaram provimento. (4 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 599417151, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro. j.
27.10.1999).

AGRAVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Os embargos são a via adequada para questionar o título em
execução e sua validade. Excepcionalmente, quando evidente a
ausência dos requisitos de liquidez ou certeza, possível, mesmo,
incidentalmente, o acolhimento. Notas promissórias oriundas de
mútuo são títulos executivos, mesmo que o valor do mútuo seja
depositado em conta corrente. Descaracteriza-se a execução se
evidente que o contrato destinou-se a saldo devedor ou para garantir
crédito rotativo. Em princípio, afastada a nulidade pretendida. Outros
argumentos podem ser apreciados em embargos.
Improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599226628, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Elba Aparecida Nicolli Bastos. j.
19.10.1999).

EXECUÇÃO DE SENTENÇA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE REPELIDA, DECISÃO CONDENATÓRIA
TRANSITADA EM JULGADO.
Legitimidade do Ministério Público, em ação por ele proposta, para
promover-lhe a execução. Remessa de peças do processo a órgão
de classe (OAB), em face a conduta profissional de advogado,
providência que se exauriu. Penhora de veículo ofertado pelo próprio
executado. Nomeação de depositário, justificativa decorrente da
natureza do bem penhorado, sujeito a depreciação pelo uso.
Litigância de má-fé afastada.
Recurso conhecido, peças juntadas que o permitem. Desprovimento,
porém, do Agravo de Instrumento. (9 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599373321, 3ª Câmara Cível do TJRS,
Sapucaia do Sul, Rel. Des. Luiz Ari Azambuja Ramos. j. 16.09.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. DESACOLHIMENTO.
Não estando presentes de forma clara e insofismável, como seria
necessário, os requisitos que autorizam ao Juiz o acolhimento da
exceção de pré-executividade, não há como acolhê-la.
Agravo desprovido. Voto vencido.
(Agravo de Instrumento nº 70000375246, 6ª Câmara Cível do TJRS,
Camaquã, Rel. Des. Osvaldo Stefanello. j. 22.12.1999).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


SUCUMBÊNCIA.
A exceção de pré-executividade tem a vantagem de evitar embargos
e maiores delongas processuais, daí a não condenação na
sucumbência.
Agravo provido por maioria. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599046513, 1ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Santana do Livramento, Rel. Des. Luís Augusto Coelho
Braga. j. 11.05.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. LOCAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL. FIADOR.
AUSÊNCIA DE CITAÇÃO NO PROCESSO DE CONHECIMENTO.
Não tendo o fiador figurado como parte na ação de despejo, não
pode ser incluído como parte passiva no processo de execução com
base no título judicial. Carência de ação do exeqüente em relação ao
fiador.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000063297, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Esteio, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 13.10.1999).

1. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-


CORRENTE. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, mesmo que
acompanhado dos extratos de movimentação, não é título executivo
extrajudicial, por lhe faltar os requisitos da liquidez e certeza, não
ensejando execução forçada. Precedentes do STJ.
2. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Se a execução é
extinta após a citação e o oferecimento de exceção de pré-
executividade, são devidos pelo vencido honorários advocatícios,
face ao princípio da sucumbência.
Apelação não-provida e recurso adesivo provido.
(Apelação Cível nº 70000091884, 14ª Câmara Cível do TJRS,
Alegrete, Rel. Des. Marco Antônio Bandeira Scapini. j. 04.11.1999).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. REQUISITOS.
DESATENDIMENTO.
Somente em casos excepcionais, de flagrante desatendimento ou
grave suspeita da inexistência dos pressupostos da ação executiva,
ou, ainda, se inexistirem, comprovadamente, bens penhoráveis,
admite-se exceção de pré-executividade ou de executividade.
Processo extinto de ofício.
(Agravo de Instrumento nº 70000092551, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Mara Larsen Chechi. j. 13.10.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE BASEADA EM SUPOSTA


ILEGITIMIDADE ATIVA PARA EXECUÇÃO. COBRANÇA
LASTREADA EM NOTAS PROMISSÓRIAS VINCULADAS A
RESCISÃO CONTRATUAL DE APÓLICE DE SEGURO.
COMPETÊNCIA DE UMA DAS CÂMARAS INTEGRANTES DO 3
GRUPO CÍVEL.
Competência declinada.
(Agravo de Instrumento nº 70000097006, 20ª Câm ara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
19.10.1999).

NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO. MÚTUO. FALTA
DE EXECUTIVIDADE.
Inexistindo dúvida no sentido de que o contrato de mútuo em
execução, ao fim e ao cabo, consolida dívida proveniente de contrato
de abertura de crédito em conta corrente, partindo de saldo devedor
cuja liquidez não está demonstrada, não é ele apto a aparelhar
processo de execução.
Sentença mantida. Apelação não provida.
(Apelação Cível nº 70000103770, 14ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j. 07.10.1999).

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONFISSÃO DE DÍVIDA.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE.
Não se constitui em título executivo extrajudicial o contrato de
abertura de crédito rotativo em conta corrente, como reiteradamente
vem decidindo o egrégio Superior Tribunal de Justiça. Nem mesmo
obtendo o banco uma confissão de dívida, com o intuito manifesto de
conferir liquidez a um débito que não tem essa qualidade.
Apelação desprovida.
(Apelação Cível nº 70000108555, 13ª Câmara Cível do TJRS, Santa
Rosa, Rel. Des. Márcio Borges Fortes. j. 23.09.1999).

EXECUÇÃO. INCABÍVEL EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


EM EXECUÇÃO QUE SE FUNDA EM TERMO DE
RENEGOCIAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO. TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. ÔNUS SUCUMBENCIAIS.
INVERSÃO.
Constitui-se em título extrajudicial o termo de renegociação de
operações de crédito.
Apelo provido. Unânime. (4 fls.)
(Apelação Cível nº 70000118885, 20ª Câmara Cível do TJRS, Santa
Rosa, Rel. Des. Rubem Duarte. j. 14.12.1999).

APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL. RECONHECIMENTO DO


PAGAMENTO PELO FISCO. EXTINÇÃO DO PROCESSO
EXECUTIVO. VERBA HONORÁRIA DEVIDA.
Tendo havido o cancelamento do auto de lançamento e extinção de
certidão de dívida ativa, antes de sentenciado o feito, mas em razão
da demonstração do pagamento, em exceção de pré-executividade,
com a contratação de advogado para tal desiderato, são devidos
honorários pelo exeqüente.
Precedentes jurisprudenciais. Apelo provido. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70000142323, 2ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Teresinha de Oliveira Silva. j. 03.11.1999).

EXECUÇÃO. ATOS DE ARREMATAÇÃO.


Interposição pelo devedor de exceção de pré-executividade,
porquanto a execução estaria baseada em contrato de abertura de
crédito em conta corrente. A ausência de título que tornaria nula a
execução, podendo ser alegada a qualquer tempo, mesmo que já
escoado o prazo para embargos. Situação que prevalece a própria
alegação de fraude à execução e ausência de interesse do
executado em proteger o bem. Decisão que não declarou a nulidade,
mas apenas referiu a existência de elementos para sustar a
execução com base no poder geral de cautela conferido ao Juiz.
Agravo a que se nega provimento. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000183616, 20ª Câmara Cível do
TJRS, Cruz Alta, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
23.11.1999).

EXECUÇÃO. ATOS DE ARREMATAÇÃO. INTERPOSIÇÃO PELO


DEVEDOR DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
PORQUANTO A EXECUÇÃO ESTARIA BASEADA EM CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE.
A ausência de título que tornaria nula a execução, podendo ser
alegada a qualquer tempo, mesmo que já escoado o prazo para
embargos. Situação que prevalece a própria alegação de fraude à
execução e ausência de interesse do executado em proteger o bem.
Decisão que não declarou a nulidade, mas apenas referiu a
existência de elementos para sustar a execução com base no poder
geral de cautela conferido ao Juiz.
Agravo que se nega provimento. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000188144, 20ª Câmara Cível do
TJRS, Cruz Alta, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
23.11.1999).

ALIMENTOS PROVISIONAIS. EXECUÇÃO. INVESTIGAÇÃO DE


PATERNIDADE. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
CABIMENTO. INCLUSÃO, NO TÍTULO, DE IMPORTÂNCIAS
ORIUNDAS DO EXAME DE DNA E VALORES OBTIDOS COM A
RETROAÇÃO DO DESPACHO À CITAÇÃO.
A defesa pela exceção de pré-executividade, oposta em qualquer
tempo, busca evitar a contrição e proporcionar o exame de questões
que inviabilizem o ato executivo, cabendo manejá-la contra a
execução de alimentos provisionais, derivadas de decisão tomada no
curso da investigatória.
A antecipação provisória, aliada a irrepetibilidade dos alimentos,
garante a eficácia da decisão concessiva, mesmo que não venham
eles a ser acolhidos em sentença ou acordo, ensejando a execução,
pois admitir-se o contrário, seria entusiasmar os maus pagadores a
aguardar o resultado do processo. As despesas de custeio, como as
feitas com a perícia, integram a composição do débito alimentar, o
que se constitui em nota peculiar dos alimentos provisionais. Não
pode o exeqüente, entretanto, ao prever o saldo, retroagir os
alimentos à citação, quando isto não foi objeto da sentença ou do
acordo lavrado.
Apelação provida, em parte.
(Apelação Cível nº 70000194746, 7ª Câmara Cível do TJRS, Canela,
Rel. Des. José Carlos Teixeira Giorgis. j. 17.11.1999).

FISCAL. COMPETÊNCIA DA VARA DAS EXECUÇÕES FISCAIS DE


PORTO ALEGRE. AÇÃO ANULATÓRIA E CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO. PRÉ-EXECUTIVIDADE.
1. Conforme os arts. 1º e 2º da Resolução 49/92, do Conselho da
Magistratura, a Vara das Execuções Fiscais de Porto Alegre tem
competência privativa não só para os processos executórios, mas
também para toda e qualquer ação - desimportando a titulação que
lhe é dada, que atinge no todo ou em parte o crédito fiscal. E a
competência privativa para esta é independente da existência de
execução fiscal, ou seja, não há necessidade de haver execução
fiscal tramitando para que a competência do juízo especializado. De
outra parte, se acoplada a demanda que combate o crédito fiscal
existe ação consignatória, a vis atractiva acontece também sobre
esta.
2. A exceção de pré-executividade só é possível nos casos em que o
juiz pode agir de ofício. Tal não acontece quando a reclamação
envolve cobrança de valores indevidos ou além do devido.
3. Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000335786, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Irineu Mariani. j. 22.12.1999).

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONEXÃO.


PREVENÇÃO. NOVAÇÃO CONTRADITÓRIO. 'DUE PROCESS OF
LAW'. 1. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE LIMITA-SE AS
QUESTÕES FORMAIS RELATIVAS AO IMPLEMENTO DOS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS. 2. AINDA NÃO OFERTADOS
EMBARGOS, NÃO HÁ QUE SE RECONHECER CONEXÃO ENTRE
A DEMANDA EXECUTIVA E A AÇÃO REVISIONAL. 3. NOVAÇÃO
NÃO RESPEITA A VÍCIO RELATIVO AOS REQUISITOS DE
ADMISSIBILIDADE DA EXECUÇÃO E QUE, POR ISSO, NÃO
DEPENDEM DE OUTRA PROVA SENÃO A DECORRENTE DO
PRÓPRIO CONTRASTE DO MATERIAL OFERTADO COM A
EXECUÇÃO 4. PARA TAL TIPO DE QUESTIONAMENTO
(NOVAÇÃO), E EXIGIDA DILAÇÃO PROBATÓRIA QUE – SE
ADMITIDA – ENVOLVERIA MANIFESTA DISTORÇÃO DO 'DUE
PROCESS OF LAW' – E – ACASO NÃO ADMITIDA – INFORMARIA
"ERROR IN PROCEDENTO", POR VULNERAÇÃO DO PRINCÍPIO
DO CONTRADITÓRIO. 5. DESCABIMENTO DA EXCEÇÃO. 6.
AGRAVO DESPROVIDO. (TARS – AI 197092323 – 17ª C.Cív. – Rel.
Juiz Demétrio Xavier Lopes Neto – J. 13.10.1998)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO BANCÁRIO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. AUSÊNCIA DE
EXECUTIVIDADE. O CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
EM CONTA CORRENTE, MESMO QUE ACOMPANHADO DE
EXTRATOS, NÃO SE AMOLDA NA FIGURA DO ART. 585, INC-II,
DO CPC, FALTANDO-LHE EFICÁCIA EXECUTIVA, PORQUANTO
AO PODER JURIDICIÁRIO E DADO A FORMAÇÃO TÃO-
SOMENTE DOS TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS, ORIUNDOS
DE PROCESSO DE CONHECIMENTO, SEJA ATRAVÉS DE
AÇÕES PLENÁRIAS, SEJA ATRAVÉS DE AÇÕES SUMÁRIAS.
APELAÇÃO IMPROVIDA. (TARS – AC 197252562 – 17ª C.Cív. –
Relª Juíza Elaine Harzheim Macedo – J. 22.09.1998)

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. A EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SÓ DEVE SER ADMITIDA EM
CIRCUNSTÂNCIAS ESPECIALÍSSIMAS, EM QUE VISÍVEL SEM
NECESSIDADE DE COLETA DE PROVA VÍCIO INVENCÍVEL NO
TÍTULO DE CRÉDITO. SE, POR QUALQUER MODO, DISCUTÍVEL
A MATÉRIA, A DISCUSSÃO TERÁ QUE SE DAR NO ÂMBITO DE
EMBARGOS DE DEVEDOR, GARANTIDO O JUÍZO, MEIO
ADEQUADO PARA TANTO. AGRAVO IMPROVIDO. (TARS – AI
198089757 – 20ª C.Cív. – Rel. Juiz Ilton Carlos Dellandrea – J.
08.09.1998)

EMBARGOS À EXECUÇÃO. CONTRATO BANCÁRIO DE


ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. AUSÊNCIA DE
EXECUTIVIDADE. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE O
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE, MESMO QUE ACOMPANHADO DE EXTRATOS, NÃO
SE AMOLDA NA FIGURA DO ART. 585, INC-II, DO CPC,
FALTANDO-LHE A CERTEZA QUANTO A EXISTÊNCIA E
EVOLUÇÃO DO DÉBITO, CUJO LEVANTAMENTO E UNILATERAL.
SÓ O LEGISLADOR PODE ATRIBUIR-LHE EFICÁCIA EXECUTIVA,
PORQUANTO AO PODER JUDICIÁRIO E DADO A FORMAÇÃO
TÃO-SOMENTE DOS TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS,
ORIUNDOS DE PROCESSO DE CONHECIMENTO, SEJA
ATRAVÉS DE AÇÕES PLENÁRIAS, SEJA ATRAVÉS DE AÇÕES
SUMÁRIAS. APELO IMPROVIDO. VOTO VENCIDO. (TARS – AC
197243645 – 17ª C.Cív. – Relª Juíza Elaine Harzheim Macedo – J.
22.09.1998)

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


HONORÁRIOS. CABE O MANEJO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE NAS CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE AO JUIZ É
POSSÍVEL REJEITAR DE OFÍCIO A EXECUÇÃO E QUE
RESPEITAM A EXEQÜIBILIDADE DO TÍTULO. A CLÁUSULA
PENAL DE CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NÃO
PODE SER ISOLADAMENTE CONSIDERADA TÍTULO EXEQÜÍVEL
SÓ PORQUE O INSTRUMENTO VEM FIRMADO POR DUAS
TESTEMUNHAS E FORMALMENTE OBEDIENTE AO ARTIGO 585,
INCISO II, DO CÓDIGO DE PROCESSO. SUA EXIGIBILIDADE
DEPENDE SEMPRE DE PROVA EM PROCESSO DE
CONHECIMENTO. A INCLUSÃO DAS EXECUÇÕES
EMBARGADAS NO PAR. 4 DO ARTIGO 20 DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL NÃO AFASTADA A POSSIBILIDADE DE
UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DO PAR. 3 NA FIXAÇÃO DE
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. O QUE SE BUSCA E A FIXAÇÃO
EQÜITATIVA E JUSTA PELO JUIZ. APELAÇÃO IMPROVIDA.
(TARS – AC 197152804 – 20ª C.Cív . – Rel. Juiz Ilton Carlos
Dellandrea – J. 15.09.1998)

APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DE CONTRATO DE LOCAÇÃO.


ACORDO HOMOLOGADO JUDICIALMENTE. COISA JULGADA.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA. SENTENÇA
MANTIDA. APELO IMPROVIDO. UNÂNIME. (TARS – AC
197161516 – 15ª C.Cív. – Rel. Juiz Otávio Augusto de Freitas
Barcellos – J. 02.09.1998)
EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OFERTADA
AO DEPOIS DO DECURSO DO PRAZO PARA EMBARGOS.
AFASTAMENTO DA PRETENDIDA NULIDADE DA EXECUÇÃO,
POR ISSO PRECLUSA OPORTUNIDADE PARA ARGÜIÇÃO DE
DESCUMPRIMENTO DE CONDIÇÃO. (TARS – AI 198069429 – 17ª
C.Cív. – Rel. Juiz Demétrio Xavier Lopes Neto – J. 11.08.1998)

EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CABIMENTO. A EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE É ADMISSÍVEL CONTRA EXECUÇÃO
CARENTE DE TÍTULO EXECUTIVO, CONSTITUINDO-SE EM
INSTRUMENTO PRÓPRIO PARA DEMONSTRAR,
INDEPENDENTEMENTE DE PENHORA A NÃO EXECUTIVIDADE
DO TÍTULO. ESTANDO A EXECUÇÃO APARELHADA EM
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO, O QUAL NÃO
CONSTITUI TÍTULO EXECUTIVO, AINDA QUE ACOMPANHADO
DOS RESPECTIVOS EXTRATOS, POR LHE FALTAR LIQUIDEZ,
PLAUSÍVEL A EXISTÊNCIA DE VÍCIO DO TÍTULO ATRAVÉS DA
REFERIDA EXCEÇÃO. APELO IMPROVIDO. (TARS – AC
198092967 – 15ª C.Cív. – Rel. Juiz Manuel Martinez Lucas – J.
12.08.1998)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA. O AGRAVO DE
INSTRUMENTO E O RECURSO CABÍVEL DA DECISÃO QUE
APRECIA A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DITA
EXCEÇÃO PODE SER PROPOSTA COM RELAÇÃO AO TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL QUE EMBASA AS EXECUÇÕES
FISCAIS – CDA – MESMO GOZANDO ELAS, POR FORÇA DE LEI,
DA PRESUNÇÃO DE LIQUIDEZ E CERTEZA. E QUE TAL
EXCEÇÃO DIRIGE-SE AO DISPOSTO NO ARTIGO 618, CAPUT,
DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, SENDO POSSÍVEL O
ATAQUE A EXIGIBILIDADE DO TÍTULO, ESPECIALMENTE
QUANDO ALEGADA A PRESCRIÇÃO. SENTENÇA QUE DEU
PELA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DA EXCEÇÃO. AGRAVO
PROVIDO. (TARS – AI 198008740 – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Augusto
Otávio Stern – J. 20.08.1998)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA DE TÍTULO.


EXECUÇÃO. EMBARGOS E EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
AUSÊNCIA DE PEÇAS NECESSÁRIAS A CORRETA
COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA RECURSAL. NÃO
CONHECIMENTO. PRECEDENTES. (TARS – AI 198063869 – 17ª
C.Cív. – Rel. Juiz Demétrio Xavier Lopes Neto – J. 11.08.1998)
1032088 – NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. EXECUÇÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. QUESTÕES QUE NÃO SE
PRESTAM PARA SEREM ARGÜIDAS EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EX.
NEGARAM PROVIMENTO. (TARS – AI 198098741 – 14ª C.Cív. –
Rel. Juiz Rui Portanova – J. 27.08.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. A EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, COMO MEDIDA EXCEPCIONAL QUE É, SÓ
PODE SER ACEITA EM CASOS ESPECIALÍSSIMOS, OU SEJA,
QUANDO EVIDENTE A FALTA DE REQUISITOS DO TÍTULO QUE
SE PRETENDE EXECUTAR (ART. 585, DO CPC). ALÉM DESSA
EXIGÊNCIA, FUNDAMENTAL QUE O INCIDENTE TENHA SIDO
AJUIZADO ANTES DO PRAZO DE EMBARGOS, UMA VEZ QUE A
EXCEÇÃO NÃO PODE SER ELEVADA A CONDIÇÃO DE
SUCEDÂNEO RECURSAL, PARTICULARMENTE EM FAVOR DO
DEVEDOR QUE TEVE INSUCESSO NOS EMBARGOS OU, AINDA,
QUE PERDEU O PRAZO PARA EMBARGAR, COMO NO CASO
SUB JUDICE. RECURSO IMPROVIDO. (TARS – AI 198097099 –
16ª C.Cív. – Rel. Juiz Claudir Fidelis Faccenda – J. 12.08.1998)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE ACOLHIDA. A MATÉRIA ARGÜIDA IMPLICA EM
EXAME DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO, SENDO NULIDADE
DAQUELAS QUE PODEM E DEVEM SER RECONHECIDAS DE
OFÍCIO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE CHEQUE NOBRE. EXECUÇÃO. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO. INADMISSIBILIDADE. NÃO SE ADMITE
A EXECUÇÃO DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO,
MESMO QUE ACOMPANHADO DOS EXTRATOS DE SUA
UTILIZAÇÃO, POR AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ. RECURSO
IMPROVIDO. (AC 197114713). AGRAVO PROVIDO. (TARS – AI
198098717 – 15ª C.Cív. – Rel. Juiz Vicente Barroco de Vasconcelos
– J. 19.08.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DESCABIDA QUANDO


PRETENDE, A ESSE TÍTULO, DISCUTIR MATÉRIA PRÓPRIA DOS
EMBARGOS. E O QUE SE INFERE DA ALEGAÇÃO DEFENSIVA
DE EXISTÊNCIA DE CLÁUSULAS ABUSIVAS OU DA ARGÜIÇÃO
DE CONTINUIDADE NEGOCIAL QUE ESTARIA ENCOBRINDO
DÍVIDA OBTIDA COM BASE EM CONTRATOS ANTERIORES,
EIVADOS DE CLÁUSULAS ABUSIVAS. REJEIÇÃO DA EXCEÇÃO.
AGRAVO IMPROVIDO. (TARS – AI 198100703 – 20ª C.Cív. – Rel.
Juiz José Aquino Flores de Camargo – J. 25.08.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMITIDA EM CASOS


EXCEPCIONAIS ANTES MESMO DA GARANTIA DA PENHORA. O
ALCANÇA DA DISCUSSÃO, NESSE CASO, DIZ COM A NULIDADE
DO TÍTULO, NÃO CABENDO QUANDO A ARGÜIÇÃO REFERE-SE
A EVENTUAL EXISTÊNCIA DE CLÁUSULA ABUSIVA. NÃO SE
PODE CONFUNDIR VALOR DETERMINÁVEL MEDIANTE MERO
CÁLCULO MATEMÁTICO A PARTIR DE DADOS CONSTANTES
DO CONTRATO COM AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ. AGRAVO
IMPROVIDO. (TARS – AI 198101263 – 20ª C.Cív. – Rel. Juiz José
Aquino Flores de Camargo – J. 18.08.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO – CHEQUE EXPRESSO. CONTAS GRÁFICAS.
EXECUTIVIDADE: CARÊNCIA. CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS:
CABIMENTO E FIXAÇÃO. I- CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO CONTÉM OBRIGAÇÃO DO CREDITADOR(INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA) EM ACOLHER PAPÉIS, INDEPENDENTE DE
FUNDOS DO CREDITADO EM CONTA CORRENTE, ATÉ CERTO
LIMITE E A CONTA DO ÚLTIMO. CONTUDO, NELE NÃO EXISTE
QUALQUER OBRIGAÇÃO DO CORRENTISTA (CREDITADO) DE
PAGAR QUANTIA DETERMINADA. OS EXTRATOS, A SUA VEZ,
SÃO DOCUMENTOS UNILATERAIS DO CREDITADOR E NELES
NÃO REPOUSAM OS REQUISITOS PARA EXECUÇÃO, POIS
CRIAR SEUS PRÓPRIOS TÍTULOS EXECUTIVOS E
PRERROGATIVA APENAS DA FAZENDA PÚBLICA.
INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 585,II; E 586 DO CPC. HIPÓTESE EM
QUE, SEQUER, OS EXTRATOS ATINGEM TODO O PERÍODO DA
CONTRATAÇÃO E PARTEM DE SALDO NEGATIVO NÃO
JUSTIFICADO. II-DETERMINANDO O INCIDENTE A EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO, HÁ VENCIDO E VENCEDOR. ASSIM, CABÍVEL E A
CONDENAÇÃO NA HONORÁRIA QUE, CONTUDO, DEVE
OBEDECERÃO DISPOSTO PELO PAR. 4 E AS MODULADORAS
DO PAR. 3 DO ART. 20 DO CPC. VERBA REDUZIDA. III-APELO
PARCIALMENTE PROVIDO. (TARS – AC 197215056 – 17ª C.Cív. –
Rel. Juiz Fernando Braf Henning Júnior – J. 18.08.1998)

AGRAVO DE INSTRUMENTO A EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, QUE PODE CONSTITUIR-SE DE UMA SIMPLES
PETIÇÃO, SÓ TEM VALOR SE FOR DECLARADA A NULIDADE
DO TÍTULO EXECUTIVO PELO JULGADOR, INDEPENDENTE DE
OITIVA DO CREDOR. E SOMENTE ATRAVÉS DOS EMBARGOS,
APÓS SEGURO O JUÍZO QUE O DEVEDOR PODE OPOR-SE A
EXECUÇÃO (ART. 736 E SEGUINTES DO CPC). A EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE E A REVISIONAL JAMAIS PODEM
SUSPENDER A EXECUÇÃO, QUE É SUSPENSA PELOS
EMBARGOS DO DEVEDOR. A REVISIONAL NÃO SUBSTITUI OS
EMBARGOS, MAS APENAS TEM JULGAMENTO SIMULTÂNEO
COM OS MESMOS, DIANTE DA CONEXÃO (ART. 105 DO CPC).
RECURSO PROVIDO. (TARS – AI 197290075 – 11ª C.Cív. – Rel.
Juiz Homero Canfild Meira – J. 05.08.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE.


REQUISITOS. DESATENDIMENTO. A ADMISSIBILIDADE DESTE
MEIO EXCEPCIONAL DE OPOSIÇÃO A EXECUÇÃO FORÇADA
PRESSUPÕE EVIDÊNCIA DE FALTA DE QUALQUER DAS
CONDIÇÕES E PRESSUPOSTOS DA AÇÃO EXECUTIVA.
DECISÃO REFORMADA. (TARS – AI 198047425 – 9ª C.Cív. – Relª
Juíza Mara Larsen Chechi – J. 30.06.1998)

AGRAVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. O
EXECUTADO PODE VALER-SE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE PARA ARGÜIR A FALTA DE TÍTULO
EXECUTIVO, POIS NESSE CASO A ADMISSÃO DA EXECUÇÃO
VIOLA DIREITO SEU CERTO E LÍQUIDO, SENDO DESCABIDA A
EXIGÊNCIA DA PENHORA E DA OPOSIÇÃO DE EMBARGOS
PARA O EXERCÍCIO DESSA DEFESA. NÃO SE CONSTITUI EM
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL O CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO EM CONTA CORRENTE,
COMO REITERADAMENTE VEM DECIDINDO O EGRÉGIO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. EXECUÇÃO EXTINTA.
AGRAVO PROVIDO. (TARS – AI 198049546 – 13ª C.Cív. – Rel. Juiz
Márcio Borges Fortes – J. 18.06.1998)

CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. TÍTULO EXECUTIVO


EXTRAJUDICIAL. E TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, DE
ACORDO COM O ART. 585, II, DO CPC, O CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO ACOMPANHADO DE
DEMONSTRATIVOS DA EVOLUÇÃO DO DÉBITO DESDE O INÍCIO
DA AVENÇA, COM A ASSINATURA DE DUAS TESTEMUNHAS.
INCABÍVEL EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INEXISTÊNCIA
DE DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO DO AGRAVADO. AGRAVO
IMPROVIDO. UNÂNIME. (TARS – AI 197270697 – 20ª C.Cív. – Rel.
Juiz Rubem Duarte – J. 16.06.1998)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE FUNDADA NA ILIQUIDEZ DA TITULAÇÃO
EXEQÜENDA (CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
ROTATIVO EM CONTA-CORRENTE COM NOTA PROMISSÓRIA A
ELE VINCULADA "PRO SOLVENDO"). TANTO O CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE QUANTO A
NOTA PROMISSÓRIA A ELE VINCULADA "PRO SOLVENDO" NÃO
CONSTITUEM TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS
LÍQUIDOS E EXIGÍVEIS, NOS TERMOS REQUISITADOS PELO NO
ART. 585, INC. II, DO CPC, JÁ QUE NÃO SE PODE VISLUMBRAR
NA QUANTIA COBRADA, DE PRONTO, A CERTEZA E A
DETERMINAÇÃO QUE LHE SÃO EXECUTIVAMENTE EXIGIDAS,
MORMENTE DIANTE DE EXCEÇÃO DEFENSIVA QUE INVOCA A
INCLUSÃO DE JUROS E DEMAIS ENCARGOS ILEGAIS NA SUA
CONSTITUIÇÃO EXTRAJUDICIAL PELO PRETENSO CREDOR. A
NOVA REDAÇÃO DO ART. 585, INC. II, DO CPC, DADA PELA LEI
Nº8953/94, CONTINUA PRESSU PONDO OS REQUISITOS DE
LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE DO DÉBITO
REGISTRADO NO TÍTULO EXEQÜENDO PARA CONFERIR-LHE
EXECUTIVIDADE, CONSOANTE PRECONIZADO
MANDATORIAMENTE NO ART. 585, CAPUT, DO CPC, CUJA
INOBSERVÂNCIA ENCONTRA SANÇÃO DE NULIDADE
PROCESSUAL EXECUTIVA NO ART. 618, INC. I, DO MESMO
CÓDIGO. EXECUÇÃO EXTINTA EM FACE DE INEXECUTIVIDADE
MATERIAL DO DÉBITO COBRADO E CONSEQÜENTE
INEXECUTIVIDADE FORMAL DA NOTA PROMISSÓRIA
EXEQÜENDA, EIS QUE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
ROTATIVO EM CONTA-CORRENTE NÃO SE CONSTITUI EM
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, CONSOANTE ITERATIVA
JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE E DO STJ. AGRAVO
PROVIDO. (TARS – AI 198075699 – 14ª C.Cív. – Rel. Juiz Aymoré
Roque Pottes de Mello – J. 25.06.1998)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. NÃO MERECE ACOLHIDA A EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE QUANDO HÁ ASPECTOS A DEMANDAR A
PRODUÇÃO DE PROVA ACERCA DA ALEGAÇÃO DE
INEXEQÜIBILIDADE DO TÍTULO, INVIÁVEL EM TAL ESPÉCIE DE
INCIDENTE. DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU CONFIRMADA.
AGRAVO IMPROVIDO. (TARS – AI 198077786 – 20ª C.Cív. – Rel.
Juiz Teresinha de Oliveira Silva – J. 24.06.1998)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. HÁ NECESSIDADE DE ESTAR EVIDENCIADA A
NÃO-OCORRÊNCIA DE UM DOS PRESSUPOSTOS
PROCESSUAIS. AGRAVO DESPROVIDO. (TARS – AI 198009680 –
15ª C.Cív. – Rel. Juiz Vicente Barroco de Vasconcelos – J.
03.06.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. MATÉRIA OFERECIDA POR


DEVEDOR, SEM AMPARO LEGAL, POIS É NOS EMBARGOS QUE
DEVE O EXECUTADO SE DEFENDER. AGRAVO IMPROVIDO.
UNÂNIME. (TARS – AI 198041865 – 11ª C.Cív. – Rel. Juiz Homero
Canfild Meira – J. 03.06.1998)

NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. AÇÃO REVISIONAL CONEXA A


EXECUÇÃO. PREVENÇÃO. PROPOSTA A AÇÃO REVISIONAL E
TENDO SIDO DESPACHADA EM PRIMEIRO LUGAR, PREVENTO
ESTA O JUÍZO (ART. 106 DO CPC), DEVENDO A EXECUÇÃO
POSTERIORMENTE AFORADA, FACE A CONEXÃO, SER A ELA
REUNIDA NO JUÍZO PREVENTO EXECUÇÃO QUE DEVE
RESTAR SUSPENSA ATÉ JULGAMENTO FINAL DA DEMANDA
REVISIONAL, QUE TEM EM COMUM O MESMO TÍTULO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE INDEFERIDA. AGRAVO
PROVIDO PARCIALMENTE. (TARS – AI 198066516 – 14ª C.Cív. –
Rel. Juiz Henrique Osvaldo Poeta Roenick – J. 18.06.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. RECURSO CABÍVEL.


AGRAVO DE INSTRUMENTO. NÃO-INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO
DA FUNGIBILIDADE DOS RECURSOS. EXISTÊNCIA DE ERRO
GROSSEIRO. NÃO INCIDE, NA ESPÉCIE, O PRINCÍPIO DA
FUNGIBILIDADE, PORQUE A INTERPOSIÇÃO DO RECURSO DE
APELAÇÃO CONTRA A DECISÃO QUE JULGOU O INCIDENTE
PROCESSUAL, CONSTITUI ERRO GROSSEIRO, JÁ QUE É
ENTENDIMENTO PACÍFICO NA DOUTRINA E NA
JURISPRUDÊNCIA QUE DA DECISÃO QUE JULGA A EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE O RECURSO CABÍVEL E O DE
AGRAVO DE INSTRUMENTO, POR CUIDAR-SE DE DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA, NA FORMA DO PAR. 2 DO ART. 162 DO CPC.
AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO. (TARS – AI 198051146
– 11ª C .Cív. – Rel. Juiz Voltaire de Lima Moraes – J. 03.06.1998)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO DE CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. TÍTULO EXECUTIVO
INEXISTENTE. NÃO BASTA A INSTAURAÇÃO DA EXECUÇÃO A
EXISTÊNCIA DE UM TÍTULO. É PRECISO E INDISPENSÁVEL
QUE ATENDA ELE AOS PRÉ-REQUISITOS LEGAIS DE CERTEZA,
LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE. A INSTAURAÇÃO DO
PROCEDIMENTO EXECUTIVO SOMENTE PODE SER
AUTORIZADO SE O TÍTULO – JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL –
NÃO OFERECER NENHUMA DÚVIDA PRIMA FACIE QUANTO AO
DIREITO DO CREDOR. O CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO, LIMITANDO-SE A ENSEJAR A UTILIZAÇÃO DE
DETERMINADA QUANTIA, NÃO CONSUBSTANCIA OBRIGAÇÃO
DE PAGAR QUANTIA LÍQUIDA E CERTA, INEXISTINDO
CORRESPONDÊNCIA COM O MODELO PREVISTO NO ART. 585,
II, DO CPC. IMPOSSIBILIDADE DE O TÍTULO COMPLETAR-SE
COM EXTRATOS FORNECIDOS PELO PRÓPRIO CREDOR QUE
SÃO DOCUMENTOS UNILATERAIS. NÃO É DADO AS
INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO CRIAR SEUS PRÓPRIOS TÍTULOS
EXECUTIVOS. PRERROGATIVA DA FAZENDA PÚBLICA.
ALEGAÇÕES CABÍVEIS EM SEDE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, QUE MERECE ACOLHIDA, PARA
DETERMINAR A EXTINÇÃO DA AÇÃO DE EXECUÇÃO. DECISÃO
REFORMADA. AGRAVO PROVIDO. (TARS – AI 198047375 – 21ª
C.Cív. – Rel. Juiz Teresinha de Oliveira Silva – J. 09.06.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NÃO É SEDE PARA A


DISCUSSÃO DE QUESTÕES QUE ENVOLVEM O MÉRITO DA
LIDE, A SER SOLVIDO NO ÂMBITO DE EMBARGOS À
EXECUÇÃO. AGRAVO IMPROVIDO. (TARS – AI 198058976 – 11ª
C.Cív. – Rel. Juiz Manoel Velocino Pereira Dutra – J. 17.06.1998)

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO. ILIQUIDEZ. E ILÍQUIDA
A DÍVIDA REPRESENTADA POR EXTRATO BANCÁRIO EMITIDO
COM BASE EM CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
ROTATIVO, COM LANÇAMENTO UNILATERAIS E SEM PRÉVIO
CONHECIMENTO E ANUÊNCIA DO CORRENTISTA. A FALTA DE
LIQUIDEZ DESCARACTERIZA O DOCUMENTO COMO TÍTULO
EXECUTIVO, NULIFICANDO A EXECUÇÃO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. REDUÇÃO DO PERCENTUAL RESPECTIVO,
DEVIDO AO PATRONO DOS EXCIPIENTES. DESCABIMENTO.
APELO IMPROVIDO. (TARS – AC 198025991 – 12ª C.Cív. – Rel.
Juiz Sérgio Pilla da Silva – J. 04.06.1998)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE INADMITIDA. REJEITA-SE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE QUANDO SE PROPÕE A DISCUTIR, ALÉM DA
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO, O PRÓPRIO "MERITUM
CAUSAE". AGRAVO IMPROVIDO. (TARS – AI 198074031 – 11ª
C.Cív. – Rel. Juiz Manoel Velocino Pereira Dutra – J. 17.06.1998)

NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. EXCEÇÃO DE PRÉ


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO.
MESMO ACOMPANHADO DE CRÉDITO NÃO É TÍTULO
EXECUTIVO. PRECEDENTES DESTA CORTE E DO STJ. NA
ESPÉCIE, AINDA, OS EXTRATOS NÃO SE REFEREM A TODO
PERÍODO DA CONTRATUALIDADE. APELO IMPROVIDO. (TARS –
AC 198078370 – 14ª C.Cív. – Rel. Juiz Henrique Osvaldo Poeta
Roenick – J. 25.06.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INSTRUMENTO


PARTICULAR DE CONFISSÃO, COMPOSIÇÃO DE DÍVIDA,
FORMA DE PAGAMENTO E OUTRAS AVENÇAS. A DISCUSSÃO A
RESPEITO DOS ACRÉSCIMOS CONTRATUAIS INSERIDOS POR
OCASIÃO DA RENEGOCIAÇÃO DA DÍVIDA DEVERÁ SER
DEDUZIDA EM SEDE DE EMBARGOS ONDE PODERÁ A PARTE
QUESTIONAR AS CONDIÇÕES CONTRATUAIS. A EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, PELA EXCEPCIONALIDADE DE QUE SE
REVESTE, MERECE ACOLHIDA SOMENTE NA HIPÓTESE DE
NULIDADE DO TÍTULO, QUE PODE SER DECLARADA DE
OFÍCIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO. (TARS – AI
198035974 – 11ª C.Cív. – Rel. Juiz Voltaire de Lima Moraes – J.
03.06.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EMBORA SEM PREVISÃO


LEGAL, A JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA TEM ADMITIDO
COMO FORMA DE DEFESA DO EXECUTADO ANTES MESMO DA
PENHORA, QUANDO A MATÉRIA VERTIDA DIZ COM OS
PRESSUPOSTOS DO PROCESSO EXECUTIVO. NÃO É O CASO
DA DISCUSSÃO SOBRE ILEGALIDADE DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS, QUE NÃO NULIFICAM O TODO. O
ACERTAMENTO DA DÍVIDA ATRAVÉS DE MERO CÁLCULO
ARITMÉTICO NÃO SIGNIFICA AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ DO
TÍTULO EXECUTIVO. MATÉRIA DE EMBARGOS. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE DESCABIDA. AGRAVO IMPROVIDO.
(TARS – AI 198057754 – 20ª C.Cív. – Rel. Juiz José Aquino Flores
de Camargo – J. 30.06.1998)

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. O CONTRATO


DE LOCAÇÃO E TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. FIANÇA.
SUBSISTE A GARANTIA DOS FIADORES, NOS TERMOS EM QUE
FOI PRESTADA, AINDA QUE SOFRA O CONTRATO LOCATÍCIO
ALTERAÇÃO, ATRAVÉS DA MAJORAÇÃO DO ALUGUEL SEM
SUA INTERVENÇÃO, POIS A HIPÓTESE NÃO CONFIGURA
NOVAÇÃO APELO PROVIDO. (TARS – AC 198029787 – 1ª C.Cív. –
Rel. Juiz Augusto Otávio Stern – J. 05.05.1998)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ILIQUIDEZ EVIDENTE NÃO DEMONSTRADA.
NÃO COMPROVADA A LIQUIDEZ DO TÍTULO EXEQÜENDO QUE
GOZA, IN CASU, DE LIQUIDEZ DETERMINÁVEL POR CÁLCULOS
A SEREM APRESENTADOS PELO PRÓPRIO CREDOR, A PARTIR
DA EVOLUÇÃO DOS EXTRATOS BANCÁRIOS, NÃO É DE
PROSPERAR O PEDIDO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. NESSE SENTIDO, A DISCUSSÃO DE
ENCARGOS INCIDENTES NO TÍTULO, COMO PARECE
PRETENDER O RECORRENTE, SÓ É POSSÍVEL POR MEIO DE
EMBARGOS, APÓS A DEVIDA SEGURANÇA DO JUÍZO. AGRAVO
IMPROVIDO. (TARS – AI 197254865 – 3ª C.Cív. – Relª. Juíza Elaine
Harzheim Macedo – J. 13.05.1998)

REGISTRO DO NOME DO DEVEDOR EM ÓRGÃOS DE


PROTEÇÃO AO CRÉDITO. HAVENDO PENDÊNCIA SOBRE A
DÍVIDA OU MESMO O SEU MONTANTE, IMPÕE-SE A
CONCESSÃO DE LIMINAR PARA SUSTAR EFEITOS DO
CADASTRAMENTO, QUE GERAM PREJUÍZOS IRREPARÁVEIS
PARA O DEVEDOR, FORMA INDEVIDA DE COAÇÃO AO
PAGAMENTO DO DÉBITO. DIREITO DO CREDOR QUE NÃO É
ABSOLUTO, SUJEITANDO-SE A INCONTROVÉRSIA DO DÉBITO.
AGRAVO PROVIDO PARA CONCESSÃO DA LIMINAR DE
PROIBIÇÃO DOS REGISTROS ENQUANTO PENDENTE DE
APRECIAÇÃO A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
SUSCITADA PELO RECORRENTE, QUE, AINDA, ACENA COM O
AJUIZAMENTO DE EMBARGOS. (TARS – AI 198051013 – 2ª C.Cív.
– Rel. Juiz José Aquino Flores de Camargo – J. 07.05.1998)

PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CUMULAÇÃO DE EXECUÇÃO DE SENTENÇA DE DESPEJO
(DENÚNCIA VAZIA), POR ÔNUS SUCUMBENCIAIS, COM
ACORDO NÃO HOMOLOGADO NEM FIRMADO POR DUAS
TESTEMUNHAS, TENDO POR OBJETO ALUGUÉIS ATRASADOS
E MULTA. ACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO QUANTO A MULTA.
ALUGUÉIS EXECUTAM-SE COM BASE EM CONTRATO DE
LOCAÇÃO, TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. SE AUSENTE
ESTE FUNDAMENTO NA INICIAL, QUE NÃO INSTRUIU O
AGRAVO, A CUMULAÇÃO EXIGE ADITAMENTO, COM
RENOVAÇÃO DA CITAÇÃO. AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO.
(TARS – AI 198050874 – 6ª C.Cív. – Rel. Juiz Rejane Maria dias de
Castro Bins – J. 07.05.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INVIABILIDADE APÓS


DECISÃO FINAL DO LITÍGIO. NÃO HÁ PRETENDER
RESSUCITAR, VIA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXCUTIVIDADE,
QUESTÕES QUE DEVERIAM TER SIDO VENTILADAS NOS
EMBARGOS DO DEVEDOR E NÃO O FORAM, ACOBERTADAS
PELA EFICÁCIA PRECLUSIVA PREVISTA NO ART 474 DO CPC.
(TARS – AI 198024192 – 8ª C.Cív. – Rel. Juiz Jorge Luis Dall'agnol –
J. 15.04.1998)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DE SER ADMITIDA,
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, INDEPENDENTE DE
EMBARGOS DE DEVEDOR, PARA REPELIR TÍTULO DESTITUÍDO
DE FORÇA EXECUTIVA. CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO. LIQUIDEZ NÃO EXISTENTE, PARA CONFIGURAR
TÍTULO EXECUTIVO. O CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO, AINDA QUE ACOMPANHADO DE EXTRATOS
UNILATERALMENTE LANÇADOS PELO CREDOR, NÃO
CONSTITUI TÍTULO EXECUTIVO, VISTO QUE NÃO REVESTIDO
DE IMPRESCINDÍVEL LIQUIDEZ. (TARS – AI 197217839 – 8ª
C.Cív. – Rel. Juiz Jorge Luis Dall'agnol – J. 15.04.1998)

PROCESSO DE EXECUÇÃO. NÃO CABE A SUSPENSÃO DA


EXECUÇÃO, REQUERIDA EM EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, FACE A TRAMITAÇÃO DE REVISIONAL DO
CONTRATO EXECUTADO, COM REMESSA DOS AUTOS AO
JUÍZO DESTA, POR INVIÁVEL A CONEXÃO OU CONTINÊNCIA
ENTRE AÇÕES DE EXECUÇÃO E CONHECIMENTO, SALDO
HAVENDO INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS DO DEVEDOR. EM
NÃO HAVENDO, PODE-SE SUSPENDER A EXECUÇÃO, NO
AGUARDO DO DESLINDE DA OUTRA. AGRAVO PROVIDO,
DETERMINANDO-SE A PENHORA DO BEM HIPOTECADO. (TARS
– AI 197251093 – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Luiz Ary Vessini de Lima – J.
22.04.1998)

EXECUÇÃO. OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA FUNGÍVEL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. O DOCUMENTO
PARTICULAR QUE, PREENCHENDO TODOS OS REQUISITOS
LEGAIS, CONTENDO OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA
FUNGÍVEL, E TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, NOS
MOLDES DO ART. 585, II, DO CPC. APELO IMPROVIDO. (TARS –
AC 197260094 – 7ª C.Cív. – Rel. Juiz Manuel Martinez Lucas – J.
08.04.1998)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. SEU MANEJO E LIMITADO
AQUELAS QUESTÕES QUE DISPENSEM O CONTRADITÓRIO,
QUANDO HÁ IRREGULARIDADE VERIFICÁVEL PRIMU ICTU
OCULI. A EXECUÇÃO NÃO É SUBSTITUÍDO DOS EMBARGOS
CABÍVEIS. A NECESSIDADE DE PROCEDER-SE A CÁLCULO
ARITIMÉTICO NÃO RETIRA A LIQUIDEZ OU EXIGIBILIDADE DO
TÍTULO EXECUTIVO. APELO PROVIDO. (TARS – AC 197175326 –
2ª C.Cív. – Rel. Juiz Francisco José Moesch – J. 16.04.1998)

AÇÃO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. AUTORIZA O MANEJO
DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE A EXISTÊNCIA DE
NULIDADE, VÍCIOS PRÉ-PROCESSUAIS E PROCESSUAIS, QUE
TORNAM, MODO FLAGRANTE, INEFICAZ O TÍTULO EXECUTIVO,
O QUE NÃO É O CASO EM ESPÉCIE, HAJA VISTA EXISTIR
FORTE DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL QUANTO A SER, OU
NÃO, O CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE TÍTULO EXECUTIVO. AGRAVO NÃO PROVIDO.
(TARS – AI 198701351 – 7ª C.Cív. – Rel. Juiz Roberto Expedito da
Cunha Madrid – J. 08.04.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. É DE SER ADMITIDA NAS


HIPÓTESES EM QUE ESCANCARADA A NULIDADE DO TÍTULO.
SENDO MATÉRIA SUSCETÍVEL A DEBATE, QUE DIZ COM A
LEGALIDADE DE CLÁUSULAS OU A SUPERVENIÊNCIA DE FATO
EXTINTIVO OU MODIFICATIVO DA OBRIGAÇÃO AJUSTADA NO
CONTRATO, A VIA PRÓPRIA PARA A DISCUSSÃO E A DOS
EMBARGOS DO DEVEDOR COM A PRÉVIA GARANTIA DO
JUÍZO. DOCUMENTO PARTICULAR ASSINADO PELO DEVEDOR
E POR DUAS TESTEMUNHAS, CONTENDO OBRIGAÇÕES
PERIÓDICAS E DETERMINÁVEIS POR SIMPLES CÁLCULO
ARITMÉTICO E, EM TESE, PASSÍVEL DE EXECUÇÃO, NOS
TERMOS DO ART. 585, II, DO CPC. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE REJEITADA DISCUSSÃO REMETIDA PARA OS
EMBARGOS. AGRAVO IMPROVIDO. (TARS – AI 197274665 – 2ª
C.Cív. – Rel. Juiz José Aquino Flores de Camargo – J. 16.04.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO – LIMITES. A


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE TEM CABIMENTO EM
SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS, BEM COMPROVADAS, DE
NULIDADE DO TÍTULO EXECUTIVO, ILEGITIMIDADE DAS
PARTES E ETC. NÃO PODE SER EMPREGADA COMO MEIO
SUBSTITUTIVO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR. AGRAVO
IMPROVIDO. (TARS – AI 197276660 – 6ª C.Cív. – Rel. Juiz Nélson
Antônio Monteiro Pacheco – J. 16.04.1998)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO EM CO (TARS – AC 198045544 – 8ª C.Cív. – Rel. Juiz
José Francisco Pellegrini – J. 22.04.199

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – EXTENSÃO – OMISSÃO – FALTA DE EXAME
DE PRELIMINAR – OMISSÃO OCORRENTE – ARTIGO 535, II,
CPC – Viável o exame, em sede da exceção interna, dos requisitos
do título executivo. Inexigibilidade por falta de implemento do termo
ou condição. Matéria, inclusive, de embargos a execução fundada
em título judicial. Artigo 741, II, CPC. Demais vícios afirmados não
ocorrentes. Eventual erro no exame da prova que não se ajusta aos
embargos de declaração. Acolheram em parte. (TJRS – EMD
70003345154 – 19ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Rafael dos Santos
Júnior – J. 11.12.2001)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – CONTRATO DE


LOCAÇÃO – FIADOR – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
TRANSAÇÃO SEM INTERVENÇÃO DO FIADOR – Ainda que não
tivesse participado da transação, como não representou qualquer
modificação do ajuste original, representando os acréscimos os ônus
da ação de despejo. Custas e honorários de advogado, inclusive
com concessão de prazo, tudo entretanto desatendido, resultando na
retomada do prédio, não resultou concluída a transação,
permanecendo o compromisso assumido e limitado pela pretensão
recursal entre o momento em que os aluguéis deixaram de ser pagos
até o momento da transação, inocorrendo a proclamada ilegitimidade
passiva. Apelo provido. (TJRS – APC 70003298833 – 16ª C.Cív. –
Rel. Des. Paulo Augusto Monte Lopes – J. 19.12.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE EXECUÇÃO DE


SENTENÇA – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
OBRIGAÇÃO DE FAZER – COBRANÇA DE MULTA –
INCABIMENTO – Ausência de citação ou intimação do devedor para
cumprir o julgado, no prazo fixado na sentença. Agravo de
instrumento provido. (TJRS – AGI 70002930097 – 2ª C.Cív.Esp. –
Relª Desª Lúcia de Castro Boller – J. 06.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Ação de execução. Exceção de pré-


executividade. Duplicata. Exigibilidade. Agravo improvido. (TJRS –
AGI 70003633104 – 14ª C.Cív. – Rel. Des. Aymoré Roque Pottes de
Mello – J. 30.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO DE EXECUÇÃO – Não


merece reparo a decisão que recebe a argüição de nulidade da
execução como exceção de pré-executividade. Merece
conhecimento, em sede de exceção de pré-executividade, a
alegação de ausência de título executivo a embasar a ação de
execução. Agravo de instrumento provido, para desconstituir a
decisão agravada. (TJRS – AGI 70002942274 – 2ª C.Cív.Esp. – Relª
Desª Lúcia de Castro Boller – J. 06.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – BEM PARTICULAR DE SÓCIO – Retirada da
sociedade antes da emissão dos cheques executados. Tendo o
agravado se retirado da sociedade três meses antes da emissão dos
cheques executados, correta a decisão que acolheu a exceção de
pré-executividade, para exclui-lo da lide e liberar o automóvel
penhorado. Os bens particulares do sócio não respondem pelas
dívidas da sociedade. Art. 596 do CPC. Agravo de instrumento
desprovido. (TJRS – AGI 70003274438 – 6ª C.Cív. – Rel. Des.
Cacildo de Andrade Xavier – J. 07.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – HIPÓTESES EXCEPCIONAIS – REQUISITOS –
A oposição a execução sem prévia penhora, pela via de exceção de
pré-executividade, só se revela admissível quando ausentes as
condições e pressupostos da ação executória, ou, segundo exegese
mais liberal que alargou o campo de incidência desta forma de
objeção, na hipótese de inexistência de bens penhoráveis. Decisão
mantida. (TJRS – AGI 70003247079 – 9ª C.Cív. – Relª Desª Mara
Larsen Chechi – J. 28.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE SENTENÇA –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – SUBSTITUIÇÃO DO
CREDOR – Cessão de direito celebrada com reserva em favor do
cedente, legitimado portanto para a execução. Inaplicabilidade, in
casu, do § 1º do art. 42, do CPC, visto se tratar de cessão de direito
não litigioso. Agravo improvido. (TJRS – AGI 70003336575 – 17ª
C.Cív. – Relª Desª Elaine Harzheim Macedo – J. 06.11.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – A exceção de pré-executividade e
instituto excepcional, que só se presta e se admite para estancar de
plano toda a execução, por manifesta ausência de pressupostos de
constituição e desenvolvimento válido e regular do processo, ou por
manifesta ausência de uma das condições da ação. Recurso não
provido. (TJRS – AGI 70001411354 – 2ª C.Cív. – Rel. Des. Élvio
Schuch Pinto – J. 14.11.2001)
DIREITO PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Inviável o acolhimento de exceção de
pré-executividade em execução fiscal sob alegação de vícios no
procedimento administrativo, uma vez que não configuram ausência
de pressuposto de desenvolvimento regular do feito executivo.
Matéria a ser discutida em embargos à execução. Nomeação de
títulos da dívida pública. A nomeação a penhora de títulos da dívida
pública com cotação na bolsa é admissível, em tese, unicamente em
havendo cabal comprovação da existência e titularidade do devedor.
Na espécie, inviável a indicação de bens com penhora já ultimada
por tais títulos, tendo em vista a não comprovação dos requisitos
mencionados e as disposições do art. 15, inciso I, da Lei nº 6830/80.
Decisão monocrática. 05fls. (TJRS – AGI 70003552536 – 21ª C.Cív.
– Relª Desª Liselena Schifino Robles Ribeiro – J. 13.11.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CAIXA ECONÔMICA


ESTADUAL – BANRISUL – ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL –
Sendo o Estado do Rio Grande do Sul o sucessor da Caixa
Econômica estadual, o banrisul é parte ilegítima passiva para
responder por execução de verba honorária de sucumbência em
processo em que a Caixa Econômica estadual era parte.
Ilegitimidade passiva do banrisul reconhecida. Recurso provido.
(TJRS – APC 70001155902 – 16ª C.Cív. – Relª Des ª Ana Beatriz Iser
– J. 28.11.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CAUTELAR DE


SUSTAÇÃO DE PROTESTO – A propositura de ação cautelar de
sustação de protesto não inibe o credor de promover a execução, na
forma do art. 585, § 1º, do CPC, causa suficiente para rejeição da
exceção de pré-executividade. Agravo desprovido. (TJRS – AGI
70003363975 – 17ª C.Cív. – Relª Desª Elaine Harzheim Macedo – J.
06.11.2001)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – DESACOLHIMENTO –
MATÉRIA A SER APRECIADA EM EMBARGOS DO DEVEDOR –
Quando a matéria exposta em exceção de pré-executividade
necessita de dilação probatória, o palco adequado e o de embargos
do devedor, cujo âmbito de discussão é mais amplo, aceitando a
produção de provas. Agravo de instrumento improvido. (TJRS – AGI
70001629468 – 13ª C.Cív. – Relª Desª Laís Rogéria Alves Barbosa –
J. 08.11.2001)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


INCABÍVEL – CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA – Presunção legal de
certeza e liquidez. Recurso improvido. (TJRS – AGI 70002383586 –
2ª C.Cív. – Rel. Des. Élvio Schuch Pinto – J. 14.11.2001)

DIREITO PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Inviável o acolhimento de exceção de
pré-executividade em execução fiscal sob alegação de ilegitimidade
ad causam. Matéria a ser discutida em embargos a execução.
Disposições do artigo 16 da Lei nº 6830/80. Agravo improvido.
Decisão monocrática. 04fls. (TJRS – AGI 70003421278 – 21ª C.Cív.
– Relª Desª Liselena Schifino Robles Ribeiro – J. 17.10.2001)

EMBARGOS A EXECUÇÃO – PRAZO DE INTERPOSIÇÃO –


INTEMPESTIVIDADE – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
PENHORA – O prazo para interposição dos embargos de devedor e
de dez dias contados da data da juntada do mandado de penhora
aos autos. Interpostos sem a observância deste prazo acarreta a
intempestividade da incidental. A interposição de exceção de pré-
executividade não interrompe ou suspende o prazo de embargos a
execução. Na penhora, o pedido de desconstituição pelo devedor
não leva a presunção de deferimento do pedido e por isso não
suspende o prazo para os embargos. Improvido. (TJRS – APC
70001039759 – 19ª C.Cív. – Relª Desª Elba Aparecida Nicolli Bastos
– J. 02.10.2001)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – EXECUÇÃO – CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO – EXECUÇÃO –
INADMISSIBILIDADE – Não se admite a execução de contrato de
abertura de crédito rotativo, mesmo que acompanhado dos extratos
de sua utilização, por ausência de liquidez. Incidência da Súmula nº
233 do STJ. Agravo de instrumento provido. (TJRS – AGI
70001465178 – 13ª C.Cív. – Relª Desª Laís Rogéria Alves Barbosa –
J. 25.10.2001)

EXECUÇÃO FUNDADA EM CÉDULA RURAL – TÍTULO


EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL – Decisão interlocutória que rejeitou
exceção de pré-executividade mantida. Negado seguimento a agravo
de instrumento. Agravo interno desprovido. (TJRS – AGV
70003343662 – 20ª C.Cív. – Rel. Des. Rubem Duarte – J.
31.10.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Questões


envolvendo pressupostos processuais e a própria executividade do
título constituem matérias sujeitas a exceção de pré-executividade.
Contrato de abertura de crédito fixo que sucede a contrato de
abertura de crédito em conta-corrente, consolidando abusividades
contratuais não é título de crédito hábil a capitanear execução. Apelo
improvido. (TJRS – APC 70002547800 – 19ª C.Cív. – Rel. Des.
Guinther Spode – J. 30.10.2001)

PROCESSO CIVIL – DECISÃO – ATAQUE SIMULTÂNEO EM


AMBOS OS GRAUS – INTERESSE PROCESSUAL – AUSÊNCIA –
Tendo a parte argüido exceção de pré-executividade, dizendo-se
parte ilegítima, carece de interesse recursal, para insurgir-se quanto
a determinação de sua inclusão no pólo passivo da execução, sob a
alegação de preservar-se da preclusão, pois, com o incidente,
instalou-se a discussão da questão, com possibilidade de posterior
recurso a esta corte. Impossibilidade do ataque simultâneo da
mesma decisão em ambos os graus de jurisdição. Agravo não
conhecido. (TJRS – AGI 70003140589 – 10ª C.Cív. – Rel. Des. Luiz
Ary Vessini de Lima – J. 25.10.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Exceção de pré-executividade


improcedente. Decisão mantida. Agravo improvido. (TJRS – AGI
70002668176 – 11ª C.Cív. – Rel. Des. Manoel Velocino Pereira
Dutra – J. 19.09.2001)

APELAÇÃO CÍVEL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


NULIDADE DA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA – Nula a CDA que
engloba num único valor a cobrança de diferentes exercícios. Artigo
202, CTN. Nulidade decretada de ofício, prejudicados a apelação e o
reexame necessário. (TJRS – APC 70003000007 – 1ª C.Cív. – Rel.
Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick – J. 12.09.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ACORDO JUDICIAL –


TERMO – AUSÊNCIA DE PROVA DE SEU IMPLEMENTO –
INEXIGIBILIDADE – Acordo realizado acordo pelas partes, com
termo para o início do pagamento. Falta de prova de seu
implemento. Inexigibilidade do débito. Impossibilidade de cobrança.
Ausência de título executivo. Art. 572, do CPC. Negaram provimento.
(TJRS – APC 70001965987 – 19ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Rafael
dos Santos Júnior – J. 04.09.2001)

EXECUÇÃO DE SENTENÇA – COBRANÇA E RESCISÃO DE


PROMESSA DE COMPRA E VENDA – OBRIGAÇÕES
RECÍPROCAS – Correta a decisão que acolheu a exceção de pré-
executividade. Havendo obrigações recíprocas a serem extintas via
compensação, devem ser apuradas via liquidação de sentença, em
curso. Não concluída, inviável a execução. Negaram provimento.
(TJRS – APC 70002598654 – 18ª C.Cív. – Relª Desª Rosa Terezinha
Silva Rodrigues – J. 13.09.2001)
EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
Acolhida exceção de pré-executividade, arcará o vencido com o
pagamento de custas e de honorários advocatícios. Apelo provido.
Decisão monocrática. (TJRS – APC 70003115508 – 21ª C.Cív. –
Relª Desª Liselena Schifino Robles Ribeiro – J. 25.09.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Diferença entre contrato de


empréstimo particular com contrato de abertura de crédito em conta-
corrente. Título executivo. É título executivo o contrato de abertura
de crédito em valor fixo a ser pago em parcelas mensais e
consecutivas, visto não se tratar de contrato de abertura de crédito
em conta-corrente. Recurso provido. (TJRS – APC 70001639681 –
16ª C.Cív. – Relª Desª Ana Beatriz Iser – J. 22.08.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO MANIFESTADO CONTRA DECISÃO


QUE NÃO RECEBEU APELAÇÃO CÍVEL – Exceção de pré-
executividade. Decisão que a rejeita e não extingue o processo de
execução. Interlocutória que desafia apenas recurso de agravo.
Tratando-se de incidente processual, a decisão que julga a exceção
de pré-executividade, rejeitando-a, desafia apenas o recurso de
agravo, não o de apelação cível. Embora não cumprido o disposto no
art. 526 do CPC, merece conhecido o recurso, ante precedente
advindo do STJ, que debita ao agravante o prejuízo único de não ver
incidir eventual juízo de retratação. Recurso conhecido mas
desprovido. (TJRS – AGI 70002568517 – 6ª C.Cív. – Rel. Des.
Osvaldo Stefanello – J. 15.08.2001)

AGRAVO INTERNO – Decisão que nega seguimento a agravo de


instrumento. Seguimento negado. Ato do relator. Art. 557 do CPC.
Recurso. Execução fiscal. Exceção de pré-executividade.
Descabimento. Estando a decisão impugnada no agravo de
instrumento de acordo com a jurisprudência da câmara e do Superior
Tribunal de Justiça, está o relator autorizado a negar seguimento ao
recurso. Art. 557 do CPC. Hipótese em que a parte pretendia a sua
exclusão do pólo passivo da ação de execução fiscal. Recurso
desprovido. (TJRS – AGV 70003055472 – 2ª C.Cív. – Relª Desª
Maria Isabel de Azevedo Souza – J. 15.08.2001)

AGRAVO REGIMENTAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


As matérias argüidas pelos agravantes, em sede de exceção de pré-
executividade, devem ser discutidas em sede de embargos a
execução. Agravo improvido. (TJRS – AIT 70002960193 – 1ª
C.Cív.Esp. – Relª Desª Ângela Maria Silveira – J. 30.08.2001)

APELAÇÃO – EMBARGOS DO DEVEDOR – INTEMPESTIVIDADE


– Proposta a ação incidental a destempo, perde o executado a
oportunidade de questionar os termos do negócio subjacente ao
título extrajudicial. Notas promissórias que atendem aos requisitos da
certeza, liquidez e exigibilidade, em consonância com os arts. 586,
caput, e 618, I, do CPC. De outra parte, a argüição de exceção de
pré-executividade é cabível somente nas hipóteses de ausência de
pressuposto processual ou de condição da ação, não se verificando
qualquer dessas situações no caso em tela. Veda-se, ao mesmo
tempo, a sua utilização simultânea com a via dos embargos.
Apelação improcedente. (TJRS – APC 70001958776 – 10ª C.Cív. –
Rel. Des. Luiz Ary Vessini de Lima – J. 30.08.2001)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO


– OMISSÃO – O julgado realmente apresentou omissão,
considerando que não era caso de dispensa do acórdão, nos termos
do art. 201, § 3° do ritj. E que a decisão, além da diligência
determinada (oitiva das partes sobre o cálculo), afastou as
preliminares argüidas e enfrentou parcialmente o mérito. Por
conseguinte, e corrigida a omissão, com efeito modificativo
relativamente a parte que dispensou o acórdão. Em conseqüência,
resta suprida a omissão através dos presentes embargos, conforme
o que restou decidido: Desnecessidade de autenticação das cópias
que formam o traslado. Preliminar rejeitada. A falta de autenticação
das peças não prejudica o conhecimento do recurso quando o
recorrido não se insurge contra o conteúdo das cópias ou quando
não afirma a sua ausência nos autos de origem. Precedentes da
câmara. Tempestividade do recurso constatada a vista dos atos
processuais praticados após a decisão hostilizada. Preliminar
afastada. Exceção de pré-executividade. Honorários e omissão do
acórdão. Deve ser ressaltado, inicialmente, que cumpria ao
agravante, se entendia haver omissão no julgado, ter interposto, na
época oportuna, embargos de declaração. A matéria, contudo,
encontra-se superada, ante entendimento do Superior Tribunal de
Justiça. Com efeito, Theotonio Negrão (Código de Processo Civil e
legislação processual em vigor, 30ª edição), registra em nota de
rodapé: Art. 20: 2 a. : O provimento integral da apelação, afastando-
se, em conseqüência, a pretensão acolhida na sentença, implica na
inversão, `ipso facto, dos ônus da sucumbência, ainda que a respeito
seja omisso o acórdão proferido na instância recursal. Daí a
possibilidade de o vencido ser executado pela verba honorária e
custas (STJ/RT 661/174, maioria). Neste sentido: RTJ 79/636; STJ
1ª turma, RESP 90.395/SP, Rel. Min. Milton Luiz Pereira, j.
20.03.1997, deram provimento, V. U. DJU 28.04.1997, p. 15.813; Rtfr
124/103, jtaergs 84/390. (...) Incorreção do cálculo. Julgamento
convertido em diligência. É pacífica a possibilidade de ser conhecida
a matéria que diz com o erro de cálculo, independentemente da
argüição da parte, por não estarem os mesmos sob o abrigo da
preclusão. Embargos providos, com efeito modificativo. (TJRS –
EMD 70002802197 – 13ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio de
Oliveira Canosa – J. 23.08.2001)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OMISSÕES – NÃO


OCORRÊNCIA – NENHUMA OMISSÃO LOCALIZADA NO
ACÓRDÃO – Tese da nulidade dos avais enfrentada em embargos à
execução. Repulsa de exceção de pré-executividade. O juiz não está
obrigado a repelir, um a um, os argumentos das partes. Embargos
desacolhidos. (TJRS – EMD 70003031499 – 19ª C.Cív. – Rel. Des.
Carlos Rafael dos Santos Júnior – J. 28.08.2001)

EMBARGOS DO DEVEDOR – EXCESSO DE EXECUÇÃO –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE DESACOLHIDA –
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ EXCLUÍDA – Caso em que a embargante
logrou provar o fato constitutivo do seu direito, demonstrando o
pagamento parcial do débito exeqüendo, circunstância que não
descaracteriza os títulos executivos a ponto de torná-los inexigíveis,
devendo prosseguir a ação somente sobre o montante devido. Artigo
1.531 do CCB. Inaplicabilidade. Para a aplicação da sanção prevista
no artigo 1.531 do Código Civil Brasileiro, deve haver prova
satisfatória da ocorrência do dolo. Litigância de má-fé afastada.
Distribuição da sucumbência adequada. Improvido o apelo da
embargante e provido parcialmente o da embargada, para excluir a
pena de litigância de má-fé. (TJRS – APC 70002794196 – 5ª C.Cív.
– Rel. Des. Sérgio Pilla da Silva – J. 16.08.2001)

EMBARGOS DO DEVEDOR – Nulidade do processo de


conhecimento por ausência de citação. Inocorrência. Manifestação
da embargante. Excesso de execução. Solidariedade passiva. Não
há falar-se em nulidade do processo de conhecimento por ausência
de citação se a apelante teve ciência do ajuizamento da execução e
inclusive já havia interposto exceção de pré-executividade sem
sequer alegar tal fato. Não há excesso de execução, pois tratando-se
de obrigação solidária, a dívida pode ser exigida in totum, de todos
ou de apenas um dos herdeiros. Apelo improvido. (TJRS – APC
70001533058 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Marco Aurélio dos Santos
Caminha – J. 30.08.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CONTRATO DE


CONFISSÃO DE DÍVIDAS – ART. 585, II, DO CPC – TÍTULO
EXECUTIVO – Estando a execução aparelhada em contrato de
confissão de dívidas que preenche os requisitos do art. 585, II, do
CPC, mesmo que decorrente de contrato de abertura de crédito
rotativo em conta corrente, deve ser dado prosseguimento a mesma.
Agravo desprovido. (TJRS – AGI 70002713378 – 17ª C.Cív. – Relª
Desª Elaine Harzheim Macedo – J. 07.08.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Execução de honorários de


sucumbência cuja compensação foi determinada por acórdão
transitado em julgado. Impossibilidade. Honorários que são devidos
pela procedência da exceção de pré-executividade, visto extinguir o
feito executivo. Apelação improvida. (TJRS – APC 70002830404 –
17ª C.Cív. – Relª Desª Elaine Harzheim Macedo – J. 21.08.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS – A condenação em honorários advocatícios em
exceção de pré-executividade é admissível quando o incidente
extingue o processo, pondo fim ao litígio, consoante interpretação do
art. 20, e § 1º, do CPC. Não sendo este o caso dos autos,
desacolhendo-se o recurso. Agravo improvido. (TJRS – AGI
70002574929 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Manuel José Martinez Lucas –
J. 22.08.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – PRAZO PARA


EMBARGOS – AUSÊNCIA DE TÍTULO – Em regra a exceção de
pré-executividade não interrompe o prazo de embargos, no entanto,
ausente na execução o título judicial e de reconhecer-se a
impossibilidade ao devedor de usar os embargos. Reaberto o prazo.
Provido. (TJRS – APC 599367216 – 19ª C.Cív. – Relª Desª Elba
Aparecida Nicolli Bastos – J. 20.08.2001)

EXECUÇÃO – CONTRATO BANCÁRIO DE ABERTURA DE


CRÉDITO ROTATIVO EM CONTA CORRENTE – Decisão
interlocutória. Sentença. Art. 267, § 3º, do CPC. Au sência de
executividade. Súmula 233 do STJ. Decisão que rejeita exceção de
pré-executividade tem natureza interlocutória, porquanto não
extinguiu a demanda. Viável se mostra, a teor do art. 267, § 3º, do
CPC, a análise pelo julgador, a qualquer tempo, das condições da
ação. O contrato de abertura de crédito rotativo em conta corrente,
mesmo que acompanhado de demonstrativo de débito e extratos,
não se amolda na figura do art. 585, inc. II, do CPC, faltando-lhe a
certeza quanto a existência e evolução do débito, cujo levantamento
e unilateral. Só o legislador pode atribuir-lhe eficácia executiva,
porquanto ao poder judiciário é dado a formação tão-somente dos
títulos executivos judiciais, oriundos de processo de conhecimento,
seja através de ações plenárias, seja através de ações sumárias.
Aplicação da Súmula 233 do STJ. Apelo desprovido. (TJRS – APC
70002972883 – 17ª C.Cív. – Relª Desª Elaine Harzheim Macedo – J.
21.08.2001)

EXECUÇÃO – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM


CONTA CORRENTE – TÍTULO ILÍQUIDO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – POSSIBILIDADE – Contrato de abertura de
crédito não constitui em título executivo extrajudicial. Quando é
manifesta a nulidade do título que embasa a execução, antes da
penhora, pode ser argüida exceção de pré-executividade. Agravo
retido provido e apelação prejudicada. Unânime. (TJRS – APC
70002325496 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes
Nunes – J. 09.08.2001)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –


DESCUMPRIMENTO DO ART. 526 DO CPC – EFEITOS – Se não
gerou prejuízo a parte recorrida, o descumprimento da formalidade
imposta no art. 526 do CPC não implica óbice ao conhecimento do
agravo. Exceção de pré-executividade. Meio excepcional de
oposição a execução. A exceção de pré-executividade, meio
excepcional de oposição a execução, só é admissível na hipótese de
ausência dos pressupostos e condições de exeqüibilidade. Juntada
de documento por cópia do anverso. Omissão do verso onde
constam assinaturas das testemunhas. Alegação de inexeqüibilidade
do documento particular por falta de assinatura de testemunhas.
Alteração da verdade. Conduta que tipifica, simultaneamente,
litigância temerária e ato atentatório a dignidade da justiça. Aplicação
cumulativa das penas correspondentes. A omissão de cópia de parte
de documento, para sustentar tese de inexeqüibilidade, tipifica
conduta de litigante de má-fé, prevista no art. 17, inc. II do CPC,
atraindo aplicação da pena respectiva, e caracteriza,
simultaneamente, ato atentatório a dignidade da justiça, elencado no
art. 600, II, do CPC, cuja pena incide, sem prejuízo de outras
sanções de natureza processual ou material, como expresso no art.
601, caput, CPC. Decisão mantida. (TJRS – AGI 70002701563 – 9ª
C.Cív. – Relª Desª Mara Larsen Chechi – J. 22.08.2001)

AGRAVO INTERNO – Irrecorrível a decisão que, limitando-se a


receber exceção de pré-executividade, tem natureza preparatória de
decisão ulterior, está sim passível de ser impugnada, não resultando
daquela qualquer lesividade a parte. Agravo improvido. (TJRS – AIT
70002947307 – 1ª C.Cív.Esp. – Rel. Des. Honório Gonçalves da
Silva Neto – J. 26.07.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Questões suscitadas como


exceção de pré-executividade e que não comprometem a validade
do processo de execução. Descabimento. Se os defeitos alegados,
em sede de exceção de pré-executividade, não se revelam capazes
de infirmar a validade do processo de execução, merece repulsa o
incidente. Agravo de instrumento desprovido. (TJRS – AGI
70002926459 – 2ª C.Cív.Esp. – Rel. Des. Jorge Luís Dallagnol – J.
30.07.2001)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


EXCIPIENTE – ILEGITIMIDADE ATIVA – A exceção de pré-
executividade pode ser oposta apenas pelo executado.
Inadmissibilidade quando formulada por terceiro que não é parte no
processo de execução. Precedente jurisprudencial desta corte.
Agravo de instrumento provido. (TJRS – AGI 70002951317 – 2ª
C.Cív.Esp. – Rel. Des. Jorge Luís Dallagnol – J. 31.07.2001)

EXECUÇÃO DE SENTENÇA – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – FIADOR NÃO CITADO NO PROCESSO DE
CONHECIMENTO – ILEGITIMIDADE DE PARTE A AÇÃO DE
EXECUÇÃO – A falta de citação do fiador no processo de
conhecimento implica na sua ilegitimidade de parte para atuar no
pólo passivo da ação de execução de sentença. Impondo-se, assim,
pela ausência de uma das condições da ação: Ilegitimidade de parte,
no que diz com o fiador, a extinção da execução. Recurso
desprovido. (TJRS – APC 70002184836 – 15ª C.Cív. – Rel. Des.
Ricardo Raupp Ruschel – J. 13.06.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA JÁ DISCUTIDA


EM EMBARGOS – COISA JULGADA – PRINCÍPIO DA
EVENTUALIDADE – Validade dos avais já objeto de embargos a
execução, definitivamente julgados. Coisa julgada. Princípio da
eventualidade. Art. 300, CPC. Negaram provimento. (TJRS – AGI
70002527943 – 19ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Rafael dos Santos
Júnior – J. 26.06.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Contrato de confissão de


dívida oriundo de renegociação de saldo devedor da conta corrente.
Título apto a amparar processo de execução. Afastamento da multa
imposta por litigância de má-fé. Agravo parcialmente provido. (TJRS
– AGI 70002311116 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Manuel José Martinez
Lucas – J. 02.05.2001)

EXECUÇÃO – HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA – EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE – LEGITIMIDADE ATIVA DA PARTE – Ainda
que a execução tenha por objeto apenas a verba honorária, a parte
vencedora tem legitimidade ativa para o feito, concorrentemente com
seu procurador, impondo-se dar prosseguimento ao processo.
Jurisprudência dominante do STJ. Inteligência do art. 23 da Lei nº
8.906/945. Apelo provido. (TJRS – APC 70002242212 – 15ª C.Cív. –
Rel. Des. Manuel José Martinez Lucas – J. 02.05.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CONTA JUDICIAL –


IMPUGNAÇÃO DE SALDO DEVEDOR – Independentemente do
nomem iuris dado ao incidente, independe do ajuizamento de
embargos do devedor a impugnação de cálculo judicial para
apuração de saldo devedor, face a depósito inicial efetivado pela
executada. Situação que não se confunde com excesso de
execução, fundamentado em discordância com o demonstrativo da
dívida apresentado pelo exeqüente. Agravo provido. (TJRS – AGI
70002225050 – 10ª C.Cív. – Rel. Des. Luiz Ary Vessini de Lima – J.
03.05.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Execução instruída com cópia de


cédula de crédito comercial. Ausência de impugnação quanto a
perfeição formal das cópias. Nulidade afastada em face da juntada
do título original aos autos. Princípio da instrumentalidade do
processo. Rejeição da exceção de pré-executividade confirmada.
Agravo improvido. Unânime. Embora não impugnada a perfeição
formal das cópias, impõe-se a apresentação dos originais quando se
trate de títulos que possam circular. Entretanto, não se há de
proclamar a nulidade dos atos processuais se, embora não
instruindo a inicial, os títulos terminaram por vir para os autos,
afastando-se aquele risco (STJ, RESP nº 622905/RS). (TJRS – AGI
70001652353 – 18ª C.Cív. – Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes
Nunes – J. 03.05.2001)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


ALONGAMENTO DO DÉBITO – AUSÊNCIA DE REQUISITO
TEMPORAL – IMPROCEDÊNCIA – Se as cédulas rurais
pignoratícias e hipotecárias que embasam a execução não foram
firmadas dentro dos períodos históricos estabelecidos na legislação
reguladora da matéria (Leis ns. 7.843/89 e 9.138/95), não se cogita
da prorrogação dos vencimentos dos débitos e, portanto, improcede
a exceção de pré-executividade. Apelo provido. (TJRS – APC
70001881341 – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Manuel José Martinez Lucas –
J. 23.05.2001)

PROCESSUAL CIVIL – Inclusão do Banco Santander Meridional na


execução contra as chamadas caixinhas. Exceção de pré-
executividade. Condições da execução. Discussão, não obstante, em
embargos, pois é neste foro que se amplia a dialética processual.
Possível ofensa ao art. 600, do CPC, exige maior discussão, o que
não se permite na referida exceção. Agravo improvido. (TJRS – AGI
70002341741 – 5ª C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto Bencke – J.
31.05.2001)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ACOLHIMENTO – EXTINÇÃO DA DEMANDA
EXECUTIVA – IRRESIGNAÇÃO – Acertado o decidir monocrático,
posto que considerou inviável a inicial da demanda executiva que se
referia a títulos extrajudiciais que não foram sequer anexados.
Inexistia, por outro ângulo, viabilidade de aferição dos requisitos do
artigo 586, do CPC, ao teor da argumentação exposta, não sendo
pertinente, no caso em tela, a providência do artigo 616, 2ª parte, do
mesmo Diploma Legal. Apelação improvida. (TJRS – APC
70002249191 – 13ª C.Cív. – Relª Desª Laís Rogéria Alves Barbosa –
J. 24.05.2001)

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E FISCAL – Inviável o acolhimento


de exceção de pré-executividade em execução fiscal sob alegação
de nulidade do procedimento, pela quebra do sigilo bancário, pois tal
não configura ausência de pressuposto de desenvolvimento regular
do feito executivo. Matéria a ser discutida em embargos a execução.
Apelo provido, prejudicado o reexame necessário. Voto vencido.
(TJRS – Proc. 70002512523 – 21ª C.Cív. – Relª Desª Liselena
Schifino Robles Ribeiro – J. 09.05.2001)

RESPONSABILIDADE CIVIL – AÇÃO DE EXECUÇÃO DE


SENTENÇA COM BASE NO ACÓRDÃO CRIMINAL – EXECUÇÃO
EXTINTA SEM JULGAMENTO DE MÉRITO, POR
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA E ILEGITIMIDADE DE PARTE
PASSIVA – 1. Ação de execução de sentença somente com base no
acórdão criminal. Impossibilidade jurídica do pedido. Demais disso, a
ação criminal fora ajuizada contra o diretor da ora ré. Ilegitimidade
passiva. Exceção de pré-executividade. Extinção do feito por não ser
o acórdão criminal título executivo líquido e certo e por ilegitimidade
de parte passiva. 2. Valor dos honorários fixados em sentença
insuficientes em relação ao trabalho despendido. Art. 20, §3º e 4º, do
CPC. 3. Assistência judiciária gratuita indeferida, pois comprovado
que o autor possui condições e patrimônio suficientes para arcar com
as despesas do processo. Improveram o recurso do autor. E deram
parcial provimento ao recurso da ré. (TJRS – APC 70001562099 – 5ª
C.Cív. – Rel. Des. Carlos Alberto Bencke – J. 31.05.2001)

ALIMENTOS – EXECUÇÃO – PENSÃO FIXADA EM


PERCENTAGEM SOBRE OS RENDIMENTOS – DEVEDOR SEM
VÍNCULO LABORAL – EXCEÇÃO DE PRÉ – EXECUTIVIDADE –
DECISÃO QUE ANULA A COBRANÇA – TÍTULO INCERTO E
ILÍQUIDO – DESCABIMENTO – POSSIBILIDADE DE ADEQUAÇÃO
A PATAMAR FIXO – A exceção de pré-executividade e incidente
defensivo que permite alegar matéria a ser conhecida diretamente
pelo Juiz ou que diga com a nulidade do documento, como a
inexistência de título líquido e certo a arrimar a execução. Entretanto,
deve ser apreciada com cautela, notadamente em sede alimentar,
onde valores transcendentes se encontram em liça, não podendo
ceder ao formalismo semântico. O fato do alimentante não possuir
mais vínculo empregatício, por si, não anula nem desconstitui a
execução, cabendo o vasculho dos autos, a cata de elementos
processuais que permitam a equiparação do percentual antes
descontado sobre os rendimentos líquidos a um valor fixo, sem
prejuízo para as necessidades dos beneficiados e as possibilidades
demonstradas do devedor. Apelação provida, para ordenar o
prosseguimento da execução. (TJRS – APC 70002394385 – 7ª
C.Cív. – Rel. Des. José Carlos Teixeira Giorgis – J. 02.05.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO – ILEGITIMIDADE DE
PARTE – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA SUBSIDIÁRIA DO
SÓCIO – NEGATIVA DE SEGUIMENTO LIMINAR AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO, POR MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE –
INTELIGÊNCIA DO QUE DISPÕE O ART. 557, CAPUT, DO CPC –
A denominada exceção de pré-executividade, construção pretoriana
e não prevista expressamente em Lei, tem cabimento nas hipóteses
excepcionalíssimas e restritas de flagrante inexistência ou nulidade
do título executivo, bem assim nas hipóteses referentes à falta de
pressupostos processuais e/ou condições da ação. Não se fazendo
presentes as hipóteses referidas, correta a decisão de primeiro grau
que, forma liminar, rejeita a denominada exceção de pré-
executividade, máxime quando existe prova de dissolução irregular
da sociedade e tendo o fato gerador, ainda, ocorrido em época que
detinha ele poderes de gerência. Daí, evidente sua responsabilidade
para integrar o pólo passivo da execução. Agravo a que se nega
seguimento liminarmente. Decisão monocrática. (TJRS – AGI
70002642791 – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta
Roenick – J. 16.05.2001)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEITADA – Agravo de


instrumento improvido. (TJRS – AGI 70001815463 – 11ª C.Cív. –
Rel. Des. Manoel Velocino Pereira Dutra – J. 02.05.2001)
27166174 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – ADMINISTRATIVO –
PROCESSUAL CIVIL – DESAPROPRIAÇÃO – EXECUÇÃO DE
SENTENÇA – EMBARGOS – CONCORDÂNCIA COM MEMÓRIA
DE CÁLCULO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – PEDIDO
DE SUSPENSÃO DE PAGAMENTO DE PRECATÓRIO –
DEFERIMENTO NA ORIGEM – Efeito suspensivo parcial para
depósito judicial. Ausência de prejuízo para a agravante. Não-
provimento. Agravo de instrumento não provido. (TJRS – AGI
70001797786 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Wellington Pacheco Barros – J.
04.04.2001)

AGRAVO INTERNO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


Alcance da coisa julgada decorrente de apelação em embargos a
execução e que abrangeu o tema da nulidade do título executivo
extrajudicial e resultou inacolhida. Agravo interno desprovido. (TJRS
– AGV 70002371128 – 16ª C.Cív. – Rel. Des. Paulo Augusto Monte
Lopes – J. 04.04.2001)

AGRAVO INTERNO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE EM


EXECUÇÃO – CADASTRAMENTO DOS DEVEDORES – Na medida
em que o principal não resultou controvertido e, tendo em conta a
data do débito, há base para possível cadastramento, sob pena de
eventual abuso, o que deve ser coibido pelo juízo de cautela do Juiz.
Agravo interno desprovido. (TJRS – AGV 70002371243 – 16ª C.Cív.
– Rel. Des. Paulo Augusto Monte Lopes – J. 04.04.2001)

AGRAVO INTERNO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


CONFISSÃO DE DÍVIDA – A jurisprudência dominante na Corte
inadmite revisão dos contratos renegociados em condições mais
favoráveis, onde o alargamento do prazo teve juros moratórios
compatíveis com o mercado, e, ainda que possível eventual
proclamação de abuso, não subtrai os pressupostos de liquidez e
certeza para suspender execução. Agravo interno desprovido. (TJRS
– AGV 70002389278 – 16ª C.Cív. – Rel. Des. Paulo Augusto Monte
Lopes – J. 04.04.2001)
TJRS-161455) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS DO
DEVEDOR. PENHORA. SEGURANÇA DO JUÍZO. INEXISTÊNCIA
DE BENS PASSÍVEIS DE PENHORA.
Princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório a serem
exercidos através do devido processo legal (art. 5º, incisos LIV e LV
da CF).
Recebimento dos embargos independentemente da penhora.
Possibilidade. Excessividade da multa constante da CDA. Matéria
que é objeto dos embargos e que não pode ser conhecida em sede
deste agravo.
A questão referente a alegada excessividade da multa constante da
CDA é a própria matéria de fundo dos embargos do devedor e, como
tal, não pode ser conhecida em sede deste Agravo de Instrumento,
que foi manejado contra a decisão que condicionou o recebimento
daquela incidental a efetivação de penhora sobre bens do devedor.
A regra legal, cogente, no sentido de que os embargos do devedor
só podem ser admitidos uma vez seguro o Juízo pela penhora (art.
737, inc. I, do CPC e 16, § 1º, da LEF) deve ser flexibilizada em
situações excepcionais, como, por exemplo, naquela em que o
devedor, comprovadamente, não possua bens passíveis de penhora.
Caso contrário, ter-se-ia evidente e indevida violação a princípio
constitucional por isso mesmo de hierarquia preponderante a lei
ordinária que assegura, através do devido processo legal (art. 5º,
LIV, da CF) a defesa no processo de execução só se da por
intermédio dos embargos, excetuadas aquelas hipóteses
excepcionalíssimas de cabimento da exceção de pré-executividade -,
a ampla defesa e o contraditório (art. 5º, LV, da CF).
Viabilidade, em situações que tais, de admissibilidade dos embargos
do devedor sem que o Juízo esteja seguro pela penhora, com o que
se preserva íntegro o princípio constitucional inserto no art. 5º, LIV e
LV, da Carta Política.
Agravo conhecido em parte e provido.
(Agravo de Instrumento nº 70004032694, 1ª Câmara Cível, TJRS,
Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j. 15.05.2002)
TJRS-161379) EXECUÇÃO PARA A ENTREGA DE COISA.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. IMPROCEDÊNCIA.
Embora cabível a exceção de pré-executividade, independente de
embargos, deve se ajustar as situações em que o Juiz possa
conhecer, de ofício, da matéria ventilada.
Caso em que o executado pretende a nulidade do título executivo
judicial, uma sentença homologatória de acordo, mas por excesso de
execução, o que gera apenas a redução do crédito exeqüendo.
Matéria tipicamente de embargos.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70003947181, 5ª Câmara Cível do TJRS,
Rio Pardo, Rel. Des. Léo Lima. j. 25.04.2002)

TJRS-161268) AGRAVO INTERNO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO


A AGRAVO DE INSTRUMENTO MANIFESTAMENTE
IMPROCEDENTE. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
GRATUIDADE PROCESSUAL.
Agravo interno provido em parte.
(Agravo Regimental nº 70003804309, 15ª Câmara Cível do TJRS,
Gravataí, Rel. Des. Vicente Barrôco de Vasconcellos. j. 20.02.2002)

TJRS-160459) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE. INOCORRÊNCIA. MASSA FALIDA.
RESPONSABILIZAÇÃO DO SÓCIO. INTELIGÊNCIA DO ART. 47
DO DECRETO-LEI 7.661/45.
Tendo a execução sido redirecionada aos sócios da empresa
devedora falida, após a prolação de sentença declaratória de
encerramento da falência, que verificou que o ativo não suportaria a
satisfação integral do passivo, e a partir de então que o prazo
prescricional terá fluência.
Agravo improvido, vencido o Des. Roque Joaquim Volkweiss, que
dava provimento. (23 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000330 779, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Fabianne Breton Baisch. j. 07.02.2001).
Referência Legislativa:
DLF-7661 DE 1945 ART. 47.

TJRS-160182) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


SUCUMBÊNCIA.
Acolhida a exceção de pré-executividade, são devidas custas
processuais e honorários advocatícios pelo exeqüente. Valor fixado
de acordo com o art. 20, § 3º, CPC. IGP -M e índice legal para
atualização monetária.
Negaram provimento ao apelo. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70001476498, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Esteio, Rel. Des. Carlos Rafael dos Santos Junior. j. 06.02.2001).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-3.

TJRS-159802) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


IRRESIGNAÇÃO. JULGAMENTO DE EMBARGOS DE DEVEDOR,
NESSE MEIO TERMO . EXTINÇÃO DA DEMANDA EXECUTIVA.
TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS SOB FOTOCOPIAS. DESAPARECE,
NA ESPÉCIE, A VIABILIDADE A QUE SE EXAMINE O MÉRITO DO
PRESENTE AGRAVO DE INSTRUMENTO, POSTO QUE POR
FORCA DE SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA EM EMBARGOS DE
DEVEDOR, RESTOU EXTINTO O FEITO EXECUTIVO QUANTO
AO QUAL SE DIRIGIA A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E
QUE FOI O NASCEDOURO DA INSURGÊNCIA. AGRAVO DE
INSTRUMENTO PREJUDICADO. (6 FLS.)
(Agravo de Instrumento nº 70000042572, 13ª Câmara Cível do
TJRS, Sarandi, Relª. Desª. Laís Rogéria Alves Barbosa. j.
05.04.2001).

TJRS-159798) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


NOTAS PROMISSÓRIAS SOB FOTOCÓPIAS. JULGAMENTO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO SOB
ESSE MESMO ARGUMENTO.
Na espécie, constatando-se que por força de Embargos do Devedor
a execução foi extinta ante as circunstâncias de estar amparada em
notas promissórias sob fotocópias, considera-se prejudicado o
presente agravo de instrumento. Afinal, desaparece a viabilidade de
examinar o mérito do mesmo se a irresignação nele contida dizia
respeito a exceção de pré-executividade, na qual também fora
exposto o argumento quanto a que a demanda executiva não
apresentava os originais das notas promissórias.
Agravo de instrumento prejudicado.
(Agravo de Instrumento nº 70000051250, 13ª Câmara Cível do
TJRS, Sarandi, Relª. Desª. Laís Rogéria Alves Barbosa. j.
05.04.2001).

TJRS-159676) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Incabível, nesta sede, discutir acerca da inviabilidade de
redirecionamento da demanda executiva em relação ao sócio.
Responsabilidade pelo debito tributário deve ser enfrentada em
embargos de devedor.
Agravo não provido. (07 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000363077, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Fabianne Breton Baisch. j. 07.02.2001).

TJRS-159618) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PAGAMENTO.
Alegação de pagamento só enseja a quitação do débito fiscal, se
comprovada por prova documental.
Agravo não provido. (fls. 9)
(Agravo de Instrumento nº 70000502823, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Fabianne Breton Baisch. j. 07.02.2001).
TJRS-158405) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. SÚMULA
233, STJ. JULGAMENTO DE ANTERIOR AÇÃO REVISIONAL.
Coisa julgada que se limitou a composição da dívida, mas não
alcançou a existência de título executivo.
Agravo provido, para decretar-se a extinção da execução.
(Agravo de Instrumento nº 70001381102, 20ª Câmara Cível do
TJRS, Igrejinha, Rel. Des. Arminio José Abreu Lima da Rosa. j.
04.10.2000).
Referência Legislativa:
SÚMULA STJ-233

TJRS-158232) DUPLICATAS. PRESCRIÇÃO. AÇÃO AJUIZADA NO


PRAZO EM LEI PARA SEU EXERCÍCIO.
Demora na citação que se deu em face dos mecanismos da Justiça,
bem como na ocultação do devedor, esquivando-se este de Oficial
de Justiça. Incidência da regra do art. 219, par. 2º, "in fine" e Súmula
106 do STJ. Exceção de pré-executividade que deve ser repelida.
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 598442838, 20ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j. 29.02.2000).
Referência Legislativa:
SÚMULA STJ-106

TJRS-157792) NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO DE CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO. HIPÓTESE DE
REDISTRIBUIÇÃO.
Apelação que exige a imersão em matéria estranha à competência
desta Câmara. Executividade de contrato de abertura de crédito
celebrado entre particular e financeira do BB. Incompetência deste
órgão fracionário para o exame do recurso. Aplicação do art. 11, VI a
IX da Resolução 01/98 deste TJRGS.
(Apelação Cível nº 70001573419, 9ª Câmara Cível do TJRS, Três de
Maio, Rel. Des. Paulo de Tarso Vieira Sanseverino. j. 25.10.2000).
Referência Legislativa:
RESOLUÇÃO N. 01 DE 1998 DO TJRGS ART. 11 INC-VI INC-IX.

TJRS-157235) APELAÇÃO CÍVEL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. INTEMPESTIVIDADE DO APELO. APELAÇÃO.
PRAZO EM DOBRO. AUTARQUIAS.
As autarquias fazem jus ao prazo em dobro, por força do que dispõe
o art. 10 da Lei 9469/97. Contudo, não se conhece de apelo se
interposto transcorrido o prazo fixado naquele dispositivo legal.
Exceção de pré-executividade. Ilegitimidade passiva. Admissível o
manejo de exceção de pré-executividade, tratando-se de questão
relativa às condições da ação. O pagamento de água e esgoto é
responsabilidade do proprietário do imóvel. Aquele que vende o
imóvel não está obrigado a comunicá-la à concessionária. Ônus do
adquirente. Ilegitimidade passiva reconhecida.
Apelo não conhecido.
Sentença mantida em Reexame Necessário.
(Apelação Cível nº 70000871756, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j. 10.05.2000).
Referência Legislativa:
LF-9469 DE 1997

TJRS-157084) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. AÇÃO


MONITÓRIA. PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE. CONTRATOS PARA DESCONTO DE
TÍTULOS.
1) Possibilidade de revisão de contrato. Princípio da autonomia da
vontade interpretado com os demais princípios que regem os
contratos. Admitida a revisão dos contratos acostados aos autos,
inviável a revisão de contrato "em tese".
2) Mantida a limitação de juros remuneratórios no percentual de 12%
ao ano, utilizando o parâmetro estabelecido pelo ordenamento
jurídico.
3) Capitalização anual, autorizada pela Legislação ao tipo de
contrato firmado.
4) Mantido o IGP-M como fixado na sentença porque não contratada
a taxa referencial.
5) Multa moratória no percentual de 10% sobre o débito, observada a
data de celebração do contrato e a data da alteração introduzida pela
Lei nº 9.298/96.
6) Comissão de permanência afastada porque determinável apenas
futuramente, através de taxas variáveis.
7) Exceção de pré-executivadade. O contrato de abertura de crédito,
ainda que acompanhado de extratos e firmados por testemunhas,
não preenche os requisitos do art. 586 do CPC.
Apelos parcialmente providos, rejeitada a preliminar de nulidade da
sentença suscitada pelo banco. (17 fls.)
(Apelação Cível nº 70000345488, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Esteio, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 16.08.2000).
Referência Legislativa:
LF-9298 DE 1996. CPC-586.

TJRS-154869) EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO


INTERCORRENTE. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ACOLHIMENTO. CABIMENTO DA APELAÇÃO.
As disposições do art. 40 E seus parágrafos, da Lei 6830/80, devem
ser interpretadas em harmonia com o art. 174 do CTN, que é Lei
Complementar. O prazo prescricional só começa a contar a partir do
ano em que a execução fiscal estiver suspensa, para o caso de não
ser localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis. De
nenhum modo o marco inicial da prescrição pode ser considerado
antes da execução, porque o despacho ordinatório da citação
interrompe a prescrição, na forma do art. 8, § 2º, da Lei 6830/80.
Apelo provido. Prejudicado o reexame necessário. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70000311506, 21ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Marco Aurélio Heinz. j. 25.10.2000).
Referência Legislativa:
LF-6830 DE 1980 ART. 40; ART. 8 PAR-2. CTN-174.
"

TJRS-154856) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E PAGAMENTO.
PENDÊNCIA DE AÇÃO DECLARATÓRIA E CONSIGNATÓRIA,
CUJA INICIAL FOI INDEFERIDA POR IMPOSSIBILIDADE
JURÍDICA DO PEDIDO E QUE SE ENCONTRAM EM FASE DE
APELAÇÃO. INVIABILIDADE DE SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO.
PRINCÍPIO DA DEFINITIVIDADE.
Improcede a exceção de pré-executividade, quando não
demonstrada "ab initio" a iliquidez do título. A discussão do débito em
ação distinta não retira a liquidez do título, sobretudo quando o
julgamento daquela foi inexitoso. Incabível a desconstituição sumária
do título executivo, que goza de presunção de liquidez e certeza (art.
3º da Lei 6830/80 e 204 CTN). Improcede a exceção de pagamento,
porque não efetuado o depósito integral do débito. A ação de
consignação só tem efeito liberatório se julgada procedente. Inviável
a suspensão de execução fiscal, fundada em Certidão de Dívida
Ativa, que, por disposição legal, é título executivo extrajudicial de
natureza definitiva, pela pendência de ações que discutam o débito.
Inteligência dos arts. 585, § 1º do CPC, 151, II e IV do CTN.
Agravo não provido, por maioria. Voto vencido. (10 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000185546, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Fabianne Breton Baisch. j. 23.08.2000).
Referência Legislativa:
LF-6830 DE 1980 ART. 3. CTN-204. CPC-585 PAR-1. CTN-151 INC-
II INC-IV
TJRS-154396) EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. NOMEAÇÃO DE BENS À PENHORA. APÓLICES
DA DÍVIDA PÚBLICA.
Se, ao tempo em que emitida a apólice da dívida pública, não se
cogitava de atualização monetária, tampouco da distinção entre valor
nominal e real, contempladas no ordenamento legal a partir da
edição da Lei n. 4357/64, que instituiu as obrigações reajustáveis do
Tesouro Nacional - ORTN, tal título, além prescrito, tem valor
desprezível, não atingindo parcela ínfima do débito tributário. E não
se presta para garantir execução, nem para extinguir esta por
quitação da dívida fiscal, mediante compensação.
Agravo Interno improvido.
(Agravo Interno nº 70001374057, 1ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Vacaria, Rel. Des. Honorio Gonçalves da Silva Neto. j.
16.08.2000).
Referência Legislativa:
LF-4357 DE 1964.

TJRS-153829) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INEXISTÊNCIA DE
NULIDADE DA CDA. CABIMENTO DE MULTA NA CONCORDATA
PREVENTIVA. INVIABILIDADE DE REABERTURA DE PRAZO
PARA NOMEAÇÃO DE BENS À PENHORA.
1. Dispensa do auto de lançamento quando o ICMS devido é impago
e declarado em GIA. Regra inserta no art. 17, II, da Lei Estadual
6537/73, com a redação que lhe foi dada pela Lei Estadual nº
10768/96, que de forma alguma ofende as disposições contidas no
CTN.
2. A discussão relativa ao cabimento da multa na concordata
preventiva não é pertinente em sede de exceção de pré-
executividade, que, por construção pretoriana, se presta a discutir
matérias restritas à inexistência ou invalidade do título executivo. De
qualquer sorte, o privilégio contido no art. 23, III, da Lei de Falência,
não se estende ao regime da concordata, por ser distinto o seu
caráter, sob pena de indevida e verdadeira anistia.
3. Inviabilidade de reabertura de prazo para nomeação de bens à
penhora, face às disposições expressas da LEF.
Agravo de Instrumento não provido. (6 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001021732, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j.
16.08.2000).
Referência Legislativa:
LE-6537 DE 1973 ART. 17 INC-II. LE-10768 DE 1996.
DLF-7661 DE 1945 ART. 23 INC-III.

TJRS-153669) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NULIDADE DA CDA.
CRÉDITOS NÃO DEVIDAMENTE CONSTITUÍDOS. MULTA NA
CONCORDATA PREVENTIVA. REABERTURA DE PRAZO PARA
OFERECIMENTO DE GARANTIA.
1. O artigo 17, da Lei Estadual nº 6537 é bastante claro quando
dispensa o auto de lançamento nos casos em que o ICMS é
declarado em guia informativa, com o que reveste-se de legalidade o
procedimento.
2. Com relação a incidência de multa, em se tratando de empresa
sujeita a concordata preventiva, tal questão desborda dos limites
restritos da exceção pré-executividade, sendo análise de mérito
pertencente a eventual oposição de Embargos à Execução.
Improvimento do recurso.
(Agravo de Instrumento nº 70001051069, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Carlos Roberto Lofego Canibal. j.
21.06.2000).
Referência Legislativa:
LE 6537 DE 1973 ART. 17
TJRS-153100) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE
CÉDULA DE CRÉDITO COMERCIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. REQUISITOS DO TÍTULO.
A circunstância de constar a descrição do imóvel hipotecado em
menção adicional por todos firmada não torna inválido o título. Arts.
12 e 14, V, do DL 413/69.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001092444, 12ª Câmara Cível do
TJRS, Novo Hamburgo, Rel. Des. Orlando Heemann Júnior. j.
24.08.2000).
Referência Legislativa:
DLF-413 DE 1969 ART. 12 ART. 14 INC-V

TJRS-152422) REEXAME NECESSÁRIO. EXECUTIVO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO.
Se o credor propõe a demanda executiva após o decurso do prazo
previsto no art. 174 do CTN, o seu direito esta prescrito.
Sentença confirmada em reexame necessário.
(Reexame Necessário nº 70000830471, 2ª Câma ra Cível do TJRS,
Faxinal do Soturno, Relª. Desª. Teresinha de Oliveira Silva. j.
17.05.2000).
Referência Legislativa:
CTN-174

TJRS-152420) EXECUÇÃO FISCAL.


Exceção de pré-executividade: alegação de prescrição do crédito
tributário. Inocorrência face ao reconhecimento do débito. Aplicação
do artigo 174, inciso IV, do CTN.
Agravo desprovido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000798272, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Antônio da Patrulha, Rel. Des. Elvio Schuch Pinto. j.
03.05.2000).
Referência Legislativa:
CTN-174, INC-IV
TJRS-152085) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.
INSTAURAÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PEDIDO
DE SUSPENSÃO DO FEITO EXECUTIVO ATÉ O JULGAMENTO
DA EXCEÇÃO. INDEFERIMENTO JUDICIAL, COM
DETERMINAÇÃO DE REALIZAÇÃO DE PENHORA.
A instauração de exceção de pré-executividade, tratando-se de
matéria deduzível de ofício, porquanto atinge a validade do título,
embora não se inscreva entre aquelas causas previstas no art. 791
do CPC, que não é exaustivo, enseja a suspensão da execução
dada a natureza e finalidade do incidente.
Agravo provido. (7 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000432492, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Cruz Alta, Relª. Desª. Fabianne Breton Baisch. j. 23.08.2000).
Referência Legislativa:
CPC-791.

TJRS-152012) EXECUÇÃO DE SENTENÇA. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DA CITAÇÃO EM
AÇÃO DE COBRANÇA. DESCABIMENTO. REJEIÇÃO LIMINAR DA
INCIDENTAL CONFIRMADA. AGRAVO IMPROVIDO.
A teor do art. 741, inc. I, do CPC, a nulidade da citação em processo
de conhecimento é matéria de embargos e não de exceção de pré-
executividade.
Agravo improvido. Unânime. (06 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000321877, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
13.04.2000).
Referência Legislativa:
CPC-741 INC-I.

TJRS-151989) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OU


OPOSIÇÃO PRÉ-PROCESSUAL, REMÉDIOS PROCESSUAIS
PARA ATACAR TÍTULOS FLAGRANTEMENTE NULOS OU
INEXISTENTES, ELIDINDO A EFETIVAÇÃO DA PENHORA.
A executoriedade do título pressupõe a inexistência de vícios pré-
processuais, conforme a melhor doutrina e importante jurisprudência.
Situação jurídica especial em que é possível antecipar-se o
executado às exigências do art. 737 do Código de Processo Civil.
Lição de Pontes de Miranda de que o Juiz tem de examinar a
espécie e o caso, para que não cometa a arbitrariedade de penhorar
bens de quem estava exposto a ação executiva.
Agravo provido a fim de que a exceção seja julgada pelo Magistrado
a quo.
(Agravo de Instrumento nº 70001327295, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Túlio de Oliveira Martins. j.
27.09.2000).
Referência Legislativa:
CPC-737

TJRS-151734) EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA


FUNGÍVEL. CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE SOJA COM
PREÇO A FIXAR. ADMISSIBILIDADE. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
O contrato de compra e venda de coisa fungível (soja) deve ser
admitido como título executivo extrajudicial, ainda que ausente prévio
processo de conhecimento, devendo realizar-se a liquidação de seu
valor, se não tiver sido prefixado, segundo as regras do art. 627 do
CPC. A execução de coisa fungível tanto pode fundar-se em
sentença (art. 621) como em título executivo extrajudicial (art. 585, II,
in fine, do CPC). Precedentes jurisprudenciais.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001058155, 5ª Câmara Cível do TJRS,
São Luiz Gonzaga, Rel. Des. Marco Aurélio dos Santos Caminha. j.
21.06.2000).
Referência Legislativa:
CPC-627, CPC-585.
TJRS-151705) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PRESSUPOSTOS E REQUISITOS PARA A EXECUÇÃO.
POSSIBILIDADE DE EXAME. AUSÊNCIA DO TÍTULO NO
RECURSO. ENCARGO DA PARTE.
Na exceção de pré-executividade, é de viável o exame dos
pressupostos processuais e dos requisitos para realizar-se a
execução, dentre estes a presença de título executivo (arts. 583, 586
e 618, I, CPC). A ausência do título, nos autos do recurso,
impossibilita, todavia, seu exame. Precedentes.
Negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 70000425314, 19ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Carlos Rafael dos Santos Junior. j.
08.02.2000).
Referência Legislativa:
CPC-618, INC-I.

TJRS-151680) AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO


MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. PROCESSUAL CIVIL.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUTIVA INSTRUÍDA
COM CÓPIAS DOS TÍTULOS EXECUTIVOS NÃO AUTENTICADAS.
ORIGINAIS APRESENTADOS APÓS DETERMINAÇÃO JUDICIAL.
POSSIBILIDADE. FUNÇÃO INSTRUMENTAL DO PROCESSO.
Entende a majoritária jurisprudência da Corte Especial, órgão aplicar
do direito com competência constitucional para interpretar Lei
Federal, ser possível ao Juiz, nos termos do artigo 616 do CPC,
determinar ao exeqüente que colacione aos autos os títulos
exeqüendos a fim de sanar a irregularidade processual. Precedentes
do STJ.
Agravo interno improvido. (7 fls.)
(Agravo Interno nº 70000794404, 2ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Sarandi, Relª. Desª. Matilde Chabar Maia. j. 30.03.2000).
Referência Legislativa:
CPC-616
TJRS-151532) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. ILIQUIDEZ DO
TÍTULO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS DO ART. 586 DO CPC. INEXISTÊNCIA DE LIQUIDEZ
DO ACÓRDÃO. NECESSIDADE DA PRÉVIA LIQUIDAÇÃO DE
SENTENÇA.
Apelação desprovida. (06 fls.).
(Apelação Cível nº 70000426999, 6ª Câmara Cível do TJRS, Santa
Rosa, Rel. Des. João Pedro Freire. j. 10.05.2000).
Referência Legislativa:
CPC-586.

TJRS-151517) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO


DE CÉDULA DE CRÉDITO COMERCIAL DESVIRTUADA COMO
TÍTULO EXECUTIVO. CARÊNCIA.
Restando plenamente estabelecido que nota de crédito comercial
apenas operou como crédito rotativo, sem ter seu valor jamais
creditado na conta corrente do devedor, mas apenas visando, ou
garantir a conta, ou operar como contrato de abertura de crédito,
falece de executividade, na medida em que o débito se forma a partir
de lançamentos gráficos unilaterais procedidos pelo credor; e criar
seus próprios títulos executivos é prerrogativa apenas da Fazenda
Pública. Incidência dos arts. 586 e 614, I, do CPC e da Súmula 233
do STJ.
Desproveram o recurso. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70000543512, 17ª Câmara Cível do TJRS,
Camaquã, Rel. Des. Fernando Braf Henning Junior. j. 13.06.2000).
Referência Legislativa:
CPC-586. CPC-614 INC-I. SÚMULA STJ-233.

TJRS-151465) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ABERTURA DE CRÉDITO FIXO COM PROVA
DE PARCELAS LIBERADAS. TÍTULO QUE SE CONFORMA AS
EXIGÊNCIAS DO ART. 585, II, DO CPC. EXECUTIVIDADE.
Não se confunde a natureza do contrato de abertura de crédito
rotativo em conta corrente com o de abertura de crédito fixo. No
primeiro, o objetivo é a cobrança de saldo devedor de conta corrente;
no último, a execução de parcelas certas e determinadas
decorrentes de liberações de crédito comprovadas, seja por depósito
na conta corrente do devedor, seja por outro meio qualquer.
Hipótese em que o valor demandado é apenas das parcelas
liberadas, em razão do contrato, em conta corrente do devedor que,
sequer, é administrada pelo credor. Atendidos os requisitos do art.
585, II, do CPC, tal contrato constitui-se em título executivo
extrajudicial.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001185784, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j.
29.08.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585, INC-II.

TJRS-151434) AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DESPACHO QUE


NEGOU ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO A AGRAVO DE
INSTRUMENTO. NÃO CONHECIMENTO. UNÂNIME. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE CONFISSÃO E
RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS. TÍTULO DE CRÉDITO COM
FORÇA EXECUTIVA DECORRENTE DO ART. 585, INC. VII, DO
CPC.
Agravo improvido. Unânime.
(Agravo Regimental nº 70001144716, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Novo Hamburgo, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
31.08.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-VII.

TJRS-151403) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Não dispondo o credor de título executivo (art. 585 II do CPC) é ele
carente de execução, sendo de pouca valia inquinar de intempestiva
a interposição da exceção por parte do devedor, posto que a matéria
que diz com as condições da ação é cognoscível de ofício em
qualquer grau de jurisdição.
(Agravo de Instrumento nº 700005 18258, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j. 11.05.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II

TJRS-151398) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO


EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
PESSOAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
O contrato de abertura de crédito pessoal, assinado pelo creditado e
por duas testemunhas, que apresenta valor definido do crédito,
número de prestações e datas de seus vencimentos, bem como os
encargos incidentes e que veio acompanhado de demonstrativo da
evolução do débito, constitui título executivo extrajudicial, nos termos
do art. 585, inc-II, do CPC. Sentença desconstituída.
Apelo provido. Unânime. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70001169739, 15ª Câmara Cível do TJRS, Rio
Grande, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j.
28.06.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II

TJRS-151373) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. TÍTULO


EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
Se o título executivo que embasa a execução não é contrato de
abertura de crédito em conta corrente, mas se insere na hipótese de
que trata o art. 585, II, do CPC, a exceção de pré-executividade não
pode ser acolhida.
Agravo de instrumento improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000590265, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Canoas, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j. 22.03.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II.

TJRS-151358) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE,
INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA.
Contrato de abertura de crédito em conta-corrente acompanhado de
instrumento particular de confissão é passível de execução, uma vez
que o segundo é título executivo extrajudicial, inteligência do art.
585, II do CPC.
Agravo improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001204767, 1ª Câmara Espe cial Cível
do TJRS, Canoas, Rel. Des. Alexandre Mussoi Moreira. j.
31.08.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II.

TJRS-151346) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO FIXO. VALORES CERTOS E
PARCELAS LÍQUIDAS.
Tratando-se de contratos de abertura de crédito fixo, em valor
líquido, inclusive para pagamentos em parcelas mensais certas,
assinado pelo devedor e subscrito por duas testemunhas, ainda que
acrescida de encargos apuráveis mediante singelo cálculos
aritméticos, é título extrajudicial apto a amparar execução, na forma
do art. 585, II, do CPC, quando vencido e acompanhado do
demonstrativo a que se refere o art. 614, II, do mesmo diploma legal.
Impossível, assim, acolhimento de pré-executividade, ressalvada
melhor apuração dos fatos na sede própria: os Embargos à
Execução.
Apelação provida. Sentença desconstituída.
(Apelação Cível nº 70001052851, 17ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j. 12.09.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II. CPC-614 INC-II.

TJRS-151336) CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO


ROTATIVO EM CONTA CORRENTE. INVIABILIDADE DA
EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA.
HONORÁRIOS- CABIMENTO.
1. Inviabilidade da demanda executiva.
2. Uniformização de jurisprudência.
3. Inteligência dos arts. 585, inc. II, 586 e 618, inc. I, todos do CPC.
4. Extinta a tutela executiva via o acolhimento de exceção de pré-
executividade manejada pelo devedor, são devidos honorários e sua
fixação é de ser feita em atenção aos parâmetros de eqüidade
insculpidos no par. 4° do art. 20 do CPC.
5. Recursos desprovidos. (6 fls.)
(Apelação Cível nº 70000250761, 17ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Demetrio Xavier Lopes Neto. j. 14.03.2000).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II. CPC-586. CPC-618 INC-I. CPC-20 PAR-4°.

TJRS-151277) AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGUIMENTO


NEGADO. JULGAMENTO POR ATO DO RELATOR.
JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE. ART. 557 DO CPC. EXECUÇÃO
FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE. DESPROVIMENTO.
Sendo manifestamente improcedente o Agravo de Instrumento, o
relator está autorizado a negar-lhe seguimento. Hipótese em que a
executada, em ação de execução fiscal, interpôs exceção de pré-
executividade. Inteligência do art. 16 da Lei 6830/80. Jurisprudência
do S.T.J.
Recurso desprovido.
(Agravo Interno nº 70001651173, 2ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Maria Isabel de Azevedo Souza. j. 11.10.2000).
Referência Legislativa:
CPC-557
LF-6830 DE 1980 ART. 16

TJRS-151236) AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGUIMENTO


NEGADO. JULGAMENTO POR ATO DE RELATOR.
JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE. ART. 557 DO CPC. EXECUÇÃO
FISCAL. PENHORA. TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. DESPROVIMENTO.
Sendo manifestamente improcedente o Agravo de Instrumento, o
relator está autorizado a negar-lhe seguimento. Hipótese em que a
parte ofereceu para penhora títulos da dívida pública e, em ação de
execução fiscal, interpôs exceção de pré-executividade. Inteligência
do art. 16 da Lei 6830/80. Jurisprudência do STJ.
Recurso desprovido.
(Agravo Inominado nº 70001742402, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Maria Isabel de Azevedo Souza. j.
25.10.2000).
Referência Legislativa:
CPC-557

TJRS-151232) AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGUIMENTO


NEGADO. ATO DO RELATOR. ART. 557 DO CPC. RECURSO.
EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
DESCABIMENTO.
Estando a decisão impugnada no agravo de instrumento de acordo
com a jurisprudência da Câmara e do Superior Tribunal de Justiça,
está o Relator autorizado a negar seguimento ao recurso. Art. 557 do
CPC. Hipótese em que a parte pretendia a suspensão da ação de
execução fiscal e a devolução do prazo para oferecimento de bens a
penhora.
Recurso desprovido.
(Agravo Interno nº 70001110998, 2ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Maria Isabel de Azevedo Souza. j. 07.06.2000).
Referência Legislativa:
CPC-557.

TJRS-151147) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E OBJETO.


Destina-se a exceção de pré-executividade a atacar ausência de
pressupostos processuais (desde que tal exame possa ser feito sem
necessidade de investigação probatória própria), não se prestando a
discutir o relacionamento de direito material.
AÇÃO REVISIONAL E PROCESSO DE EXECUÇÃO. A ação
revisional, conforme o estágio em que se encontrar o processo de
execução, poderá funcionar como verdadeiros Embargos à
Execução. Mas, isso desde que haja a penhora.
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. A tal corresponde a tentativa de
obstaculizar, de todas as maneiras, o andamento do processo de
execução, interpondo Agravo Inominado manifestamente infundado.
Aplicação da multa do § 2º do art. 557, CPC.
(Agravo Inominado nº 70001226786, 20ª Câmara Cível do TJRS,
Novo Hamburgo, Rel. Des. Armínio José Abreu Lima da Rosa. j.
09.08.2000).
Referência Legislativa:
CPC-557 PAR-2.

TJRS-151081) AGRAVO INTERNO INTERPOSTO CONTRA


DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO A
AGRAVO DE INSTRUMENTO MANIFESTAMENTE
IMPROCEDENTE.
A exceção de pré-executividade tem cabimento quando a matéria
suscitada pode ser conhecida, de ofício, pelo Juiz, ou seja, quando
se refira aos pressupostos processuais ou condições da ação. No
caso concreto, contudo, o recorrente pretende que o Julgador
reconheça "a nulidade da sentença prolatada na ação de
reintegração de posse transitada em julgado", com fundamento na
existência de cláusulas nulas no contrato firmado entre as partes. O
título executivo é a sentença, e ela não apresenta as cláusulas nulas
apontadas na exceção de pré-executividade. Além do mais, "não
afeta a liquidez do título as questões atinentes à capitalização,
cumulação de comissão de permanência e correção monetária,
utilização de determinado modelo de correção" entre outras,
devendo a matéria ser aduzida em Embargos à Execução, conforme
já decidido pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça. "O fato de já
ter-se esgotado o prazo para o oferecimento dos embargos tem
utilidade para afastar as argüições suscitadas pela devedora que não
digam diretamente com os pressupostos do processo de execução,
pois essas deveriam ter sido suscitadas através de embargos...",
conforme salientou o min. Ruy Rosado de Aguiar, no corpo do seu
voto, quando do julgamento do Recurso Especial nº 220100. O
extinto Tribunal de Alçada do Estado, bem como esta Corte, têm o
entendimento de que não pode ser suscitado, nem mesmo nos
Embargos à Execução, matérias sob o abrigo da coisa julgada
(excetuando-se a falta de citação no processo originário). Já as
outras questões relativas à sentença, somente poderão ser atacadas
mediante a ação rescisória.
MULTA. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. Sendo
manifestamente infundado o Agravo Interno interposto é possível a
aplicação de multa prevista no § 2º do art. 557 do CPC. O Egrégio
Superior Tribunal de Justiça já se manifestou, também, que a multa
pode ser cominada no percentual de 1% a 10% (um a dez por
cento).
Desprovimento do agravo previsto no art. 557, § 1º, do CPC. Multa
aplicada. (17 fls.)
(Agravo Interno nº 70001450790, 13ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Marco Aurélio de Oliveira Canosa. j. 05.10.2000).
Referência Legislativa:
CPC-557 PAR-1 PAR-2.
TJRS-150776) AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMUNICAÇÃO DA
INTERPOSIÇÃO AO JUÍZO. NECESSIDADE.
A teor do disposto no art. 526 do CPC, deve o agravante comunicar
ao Juízo de 1º grau a interposição do Recurso para propiciar, a uma,
o Juízo de retratação e, a duas, propiciar facilidade ao Agravado no
exercício do direito a ampla defesa. Diligência não atendida no caso.
Agravo conhecido, por maioria, vencido o Relator.
Agravo de Instrumento contra decisão que rejeitou exceção de pré-
executividade. Cabível, na exceção, apreciar se há ou não título
exeqüendo, mas é absolutamente inviável descer ao negócio jurídico
subjacente, revisando suas cláusulas procedendo-se a cognição
plena. A pré-executividade vem sendo admitida pela jurisprudência
em casos de singela solução, isto é, quando evidente a total
ausência de procedibilidade da ação de execução. Tratando-se de
questões complexas, o caminho natural para discutir a matéria, são
os Embargos do Devedor, a serem opostos, obviamente, após
seguro o Juízo.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001191659, 5ª Câmara Cível do TJRS,
Encantado, Rel. Des. Marco Aurélio dos Santos Caminha. j.
31.08.2000).
Referência Legislativa:
CPC-526

TJRS-150561) AGRAVO INOMINADO.


Decisão que acolhe exceção de pré-executividade, tornando extinta
a execução não pode ser rebatida pela via do agravo de instrumento,
que pressupõe ataque a decisão interlocutória - art. 522 do CPC.
Descabimento de conhecer-se do agravo pelo princípio da
fungibilidade, quando não há dúvida sobre qual o recurso a ser
interposto. E, ademais, a interposição do agravo inibe o completo
conhecimento da causa.
Agravo inominado que se nega provimento.
(Agravo Inominado nº 70001029784, 20ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
07.06.2000).
Referência Legislativa:
CPC-522.

TJRS-148860) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO. ANÁLISE. IMPOSSIBILIDADE.
I- A teor dos parágrafos do artigo 249 do Código de Processo Civil: o
ato não se repetira nem se lhe suprira a falta quando não prejudicar
a parte; quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem
aproveite a declaração de nulidade, o Juiz não a pronunciará nem
mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta.
II- O interesse público não se confunde com o interesse da Fazenda
Pública. Por conseguinte, não configurada nenhuma das hipóteses
de necessidade da intervenção ministerial, porquanto no caso
concreto trata-se de interesse fazendário, não há que se falar na
exigência de intervenção ministerial.
III- Somente as nulidades e os vícios processuais percebidos de
antemão é que tornam absurdo o aforamento da execução e que
podem embasar a exceção de pré-executividade.
IV- Enquanto suspensa a exigibilidade do crédito tributário,
impossibilitado fica o ajuizamento da ação para sua cobrança. Ora,
se não se pode ajuizar a ação, e óbvio que a prescrição não corre,
passando a contar somente após a constituição definitiva do crédito
tributário.
V- Se em um primeiro momento o agravante acenou com o
pagamento do débito e, após, passados aproximadamente três anos,
na proximidade da remessa dos autos ao leiloeiro, formula objeção,
queda claro o propósito de retardar a satisfação do direito creditício
do exeqüente, impondo-se a sanção prevista no artigo 601 do CPC.
VI- Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000554055, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Uruguaiana, Rel. Des. Arno Werlang. j. 19.04.2000).
Referência Legislativa:
CPC-249.

TJRS-148643) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


ACOLHIMENTO.
O acordo homologado judicialmente não se presta a aparelhar
demanda executiva quando, para sua liquidez, for imprescindível a
demonstração do quantum pago relativo a primeira parcela do
acordo, correspondente ao depósito decorrente de concordata.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. São devidos honorários
advocatícios mesmo quando não tenha ocorrido o aforamento dos
embargos. Majoração da verba honorária - extinto o feito executivo
por acolhimento de exceção de pré-executividade, correto o
arbitramento dos honorários nos termos do art. 20, § 4º do CPC. Tal
critério, no entanto, não exclui, antes recomenda, se considere como
um dos parâmetros o valor da causa.
Improvido o primeiro apelo e acolhido, em parte, o segundo.
(Apelação Cível nº 70000633826, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Sapiranga, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j. 23.06.2000).
Referência Legislativa:
CPC-20, PAR-4

TJRS-148337) EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE ACOLHIDA. AO VENCIDO CABE ARCAR COM
OS ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA.
Os honorários devidos pelo Estado, sucumbente a Fazenda Pública,
devem guardar pertinência com o trabalho profissional desenvolvido,
a natureza alimentar da verba honorária e atender aos parâmetros
do artigo 20, §§ 3º e 4º do Código de Processo Civil, pena de
aviltamento do trabalho profissional do advogado.
Apelo improvido. Recurso Adesivo provido em parte e, no mais,
confirmada a Sentença em Reexame Necessário.
(Apelação Cível nº 70000652867, 1ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Passo Fundo, Relª. Desª. Ana Maria Nedel Scalzilli. j.
31.10.2000).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-3 PAR-4

TJRS-145636) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CABIMENTO.
Em se cuidando de discussão acerca de questões que importam
nulidade da própria execução, admite-se que a mesma seja travada
em sede de exceção de pré-executividade, dispensando-se a
propositura de embargos de devedor.
Aval em contrato. Fiança. Distinção. Anulação. Legitimidade.
Interesse. Se o executado assumiu no contrato a posição de
garantidor solidário do débito, renunciando a qualquer benefício de
ordem, o fato de ser o mesmo qualificado como avalista não nulifica
a garantia por ele prestada, apesar de o aval ser instituto peculiar
aos títulos de crédito. Deve-se atentar para a vontade das partes
(CC, art. 85), devendo ser entendida a garantia prestada como se
fiança fosse. A ausência de outorga uxória na referida fiança não
nulifica a garantia, apenas a torna anulável. A anulabilidade,
entretanto, somente pode ser pleiteada pelo cônjuge que deixou de
prestar a outorga, não tendo legitimidade e interesse para tanto o
próprio fiador.
Direito cambiário. Nota promissória preenchida em produto.
Admissibilidade. É exeqüível a nota promissória rural preenchida em
sacas de soja ao invés de valores em dinheiro, atendidas as
peculiaridades do caso concreto. O valor monetário devido em face
da cártula se obtém por simples cálculo matemático, convertendo-se
em dinheiro o preço do produto cotado em bolsa a época do
pagamento, em analogia com o tratamento dispensado a nota
promissória emitida em moeda estrangeira.
Recurso improvido.
(Apelação Cível nº 70000327411, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Carazinho, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 22.03.2000).
Referência Legislativa:
CC-85

TJRS-145576) AGRAVO DE INSTRUMENTO. POSSESSÓRIA.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INDENIZAÇÃO POR
BENFEITORIAS E ACESSÕES.
Nas ações possessórias, ausente fase executiva própria, o pleito de
retenção por benfeitorias há de ser esgrimido na fase de
conhecimento. Artigos 516 e 517, CCB. Precedentes do STJ.
Negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 70001028067, 19ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Carlos Rafael dos Santos Junior. j.
01.08.2000).
Referência Legislativa:
CC-516. CC-517.

TJRS-145399) AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEÇÃO DE DIREITO


PÚBLICO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÕES DE
INCOMPETÊNCIA, PRÉ-EXECUTIVIDADE E PAGAMENTO.
REJEIÇÃO. EXCEÇÃO PROCESSADA E JULGADA NÃO PODE
SER ADJETIVADA DE ILEGAL. CONTRADITÓRIO E AMPLA
DEFESA GARANTIDAS. CONEXÃO E CONTINÊNCIA NÃO
VERIFICADAS.
A exceção de pré-executividade destina-se ao exame de questões
atinentes aos pressupostos processuais, condições da ação e da
pretensão de executar, inclusive prescrição quando observado os
requisitos legais para tanto (art. 166, do Código Civil). Ato processual
que importe alienação de bem penhorado, porém, deve ser evitado
para evitar prejuízo aos interessados, mormente adquirente,
afetando o prestígio do poder judiciário. Suspensão da execução
somente para este fim.
Recurso parcialmente provido, por maioria.
(Agravo de Instrumento nº 70001 615327, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Carlos Roberto Lofego Canibal. j.
06.12.2000).
Referência Legislativa:
CC-166.

TJRS-145397) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. RECURSO


CABÍVEL CONTRA A DECISÃO QUE A JULGA.
Tratando-se a exceção de pré-executividade, de incidente
processual, a decisão que a julga desafia recurso de Agravo de
Instrumento, pois decisão interlocutória, ao resolver questão
incidente no curso do processo e sem a ele por termo, (artigo 162, §
2º, c/c artigo 522 do CPC). A juris prudência tem admitido o princípio
da fungibilidade recursal, desde que inocorra erro grosseiro e o apelo
tenha sido interposto no prazo previsto para o recurso cabível.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001119874, 5ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Marco Aurélio dos Santos Caminha. j.
29.06.2000).
Referência Legislativa:
CC-162, PAR-2, CPC-522

TJRS-145303) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Acolhida a exceção por um de seus fundamentos, cumpre a parte
excepta arcar com as custas respectivas (art. 20 par do CPC). O
excesso de execução e aplicação do consectário do art. 1531 do
CCB, dependem de prova e dizem com matéria própria dos
embargos a serem deduzidos no momento oportuno. Litigância da
má-fé não reconhecida.
Agravo provido, em parte, unânime. (3 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000476630, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Bagé, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j.
22.03.2000).
Referência Legislativa:
CC-1531. CPC-20 PAR-1.

TJRS-144317) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. RECURSO CABÍVEL.
É o Agravo de Instrumento o recurso cabível contra decisão que
julga o incidente, constituindo erro a afastar o princípio da
fungibilidade recursal, a interposição de apelação. Precedentes
jurisprudenciais.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000685768, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Ícaro Carvalho de Bem Osório. j.
28.11.2000).

TJRS-144265) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE LOCAÇÃO. EXONERAÇÃO DOS FIADORES. RECIBO DE
QUITAÇÃO DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL COM RESSALVA DOS
DIREITOS CONTRA OS FIADORES.
É de ser recebida a exceção de pré-executividade manejada pelos
fiadores, eis que o impedimento ao direito de sub-rogação legal,
gerado pelo locador, ao fornecer quitação ao locatário, é possível
causa de extinção da obrigação acessória da fiança, o que
desautoriza o prosseguimento da execução.
Agravo de Instrumento provido. (05 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000697441, 2ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j.
19.04.2000).

TJRS-143292) AÇÃO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
FIXO.
Presentes os requisitos da liquidez, certeza e exigibilidade do título,
eis que ausente vício passível de impugnação por exceção de pré-
executividade, é de rigor o prosseguimento da Execução.
Apelo provido. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70000508473, 19ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Guinther Spode. j. 29.03.2000).

TJRS-143261) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO.


CONTRATO DE ABERTURA DE CONTA-CORRENTE - CHEQUE-
OURO. "EXECUÇÃO. INADMISSIBILIDADE.
Não se admite a execução de contrato de abertura de crédito rotativo
- cheque financiado, mesmo que acompanhado dos extratos de sua
utilização, por ausência de liquidez. Recurso improvido. "(AC
197114713).
Recurso desprovido.
(Apelação Cível nº 70000549063, 15ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Vicente Barroco de Vasconcelos. j. 23.02.2000).

TJRS-142910) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PENHORA.


Não há risco de dano irreparável ao excipiente a efetivação da
penhora, porquanto, uma vez realizada, poderá ser desconstituída a
qualquer tempo, se julgada procedente a exceção.
Agravo provido. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 598364057, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
13.04.2000).

TJRS-142864) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO


DIRIGIDA CONTRA QUEM NÃO ERA O DEVEDOR.
Substituição processual determinada sem a anuência do dito
executado que se viu obrigado a contratar advogado para propor
exceção de pré-executividade objetivando se ver excluído da
execução. Verba de sucumbência devida.
Agravo provido, em parte. Unânime. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000368571, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j.
23.02.2000).

TJRS-142712) EMBARGOS DECLARATÓRIOS. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Ocorrendo o acolhimento da exceção com a extinção da execução,
cabe a condenação do embargante ao pagamento de honorários
advocatícios, que devem guardar correspondência com o valor
econômico da demanda. Inocorrência de contradição, omissão ou
violação do artigo 20, § 4º, do CPC.
Embargos desacolhidos. (02 fls.)
(Embargos Declaratórios nº 70000627224, 1ª Câmara de Férias
Cível do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Paulo de Tarso Vieira
Sanseverino. j. 15.03.2000).

TJRS-142476) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INADMISSIBILIDADE.
A cognição perfunctória possibilitada pela interposição do incidente
não alcança a matéria aventada pelo recorrente, que deverá ser
discutida em sede de embargos, cuja dilação probatória propiciará a
apreciação judicial. O incidente só pode ser admitido antes de
efetuada a penhora, pois não tem o condão de substituir os
embargos, meio próprio de defesa no processo executório.
Agravo desprovido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599471034, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, São Lourenço do Sul, Rel. Des. Ícaro Carvalho de Bem
Osório. j. 12.04.2000).

TJRS-141787) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


EMBARGOS. AÇÃO DE REVISÃO.
A exceção de pré-executividade só deve ser admitida em
circunstâncias especialíssimas, em que visível sem necessidade de
coleta de prova vício invencível no título de crédito. Se, por qualquer
modo, discutível a matéria, a discussão terá que se dar no âmbito de
embargos de devedor, garantido o juízo, meio adequado para tanto.
Pendente ação revisional sobre título objeto de execução, ajuizada
depois, suspende-se esta, garantido o juízo, até decisão daquela,
que deve ser havida como embargos, e que delimitará a abrangência
da execução quanto aos acessórios discutidos. Precedente do STJ.
Agravo improvido. (7 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000747329, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Santa Cruz do Sul, Rel. Des. Ilton Carlos Dellandrea. j.
06.04.2000).

TJRS-141695) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTORIEDADE.
Somente diante de circunstância excepcional plenamente
demonstrada pode ser reconhecida de plano. A exceção de pré-
executividade, pela excepcionalidade de que se reveste, só pode ser
conhecida quando evidente a circunstância de não estar o excipiente
exposto ao juízo executivo. Precedentes.
Recurso improvido. Unânime. (7 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000587626, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Três de Maio, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j.
26.04.2000).

TJRS-141320) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE FUNDADA


EM ALEGAÇÃO DE INEXEQÜIBILIDADE DO TÍTULO QUE
LASTREIA A EXECUÇÃO.
Descabimento. Agravo de instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000826644, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Bayard Ney de Freitas Barcellos. j.
03.05.2000).

TJRS-141111) CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA NÃO-TRIBUTÁRIA.


Presunção de certeza e legitimidade do título. Exceção de pré-
executividade rejeitada. Decisão confirmada. (3 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000779140, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Encantado, Rel. Des. Elvio Schuch Pinto. j. 26.04.2000).

TJRS-141034) PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE. LIQUIDEZ NÃO EXISTENTE PARA
CONFIGURAR TÍTULO EXECUTIVO.
O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de
extratos unilateralmente lançados pelo credor, não constitui título
executivo, visto que não revestido de imprescindível liquidez. Assim,
também, a nota promissória a ele vinculada.
Apelação desprovida. (15 fls.)
(Apelação Cível nº 70000641779, 2ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Rio Grande, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 09.03.2000).

TJRS-140837) AGRAVOS DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


VERBA HONORÁRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Inocorre prescrição quando o exeqüente postula em Juízo a
liquidação do valor da causa para a fixação da verba honorária
devida a ser executada, com manifesta intenção de executá-la.
Correta a divisão dos ônus sucumbenciais entre os diversos réus,
mesmo que somente um deles tenha contestado a ação. A
incidência dos juros moratórios ocorre a partir da citação na ação de
execução de sentença. Cabível a estipulação de honorários
sucumbenciais em exceção de pré-executividade, visto que
necessária para a pretensão de extinção da ação executiva. Agravo
nº 599 463 437 improvido e agravo 599 465 044 parcialmente
provido. (9 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599463437, 2ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Campo Bom, Relª. Desª. Matilde Chabar Maia. j. 03.05.2000).

TJRS-140791) EMBARGOS À EXECUÇÃO. CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO.
Exeqüibilidade do título já decidida em anterior decisão proferida em
incidência de exceção de pré-executividade.
AMPLITUDE DA REVISÃO. Nos embargos o exame das questões
discutidas restringe-se ao título objeto da execução.
MULTA. O inadimplemento do pagamento torna certa a exigibilidade
da multa.
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. A atuação do embargante ratifica a
litigância de má-fé reconhecido pelo Juízo.
Preliminares rejeitadas e recurso desprovido. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70000110569, 15ª Câmara Cível do TJRS, Três
de Maio, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 19.04.2000).

TJRS-140531) MONITÓRIA. LITISPENDÊNCIA. INEXISTÊNCIA.


Não induz aos efeitos da litispendência o ingresso da monitória
quando extinta a execução por acolhimento de exceção de pré
executividade, sem o trânsito em julgado da sentença da qual houve
apelo tão-só quanto aos honorários. É ilógico e atenta contra a
economia processual a extinção da monitória para aguardar decisão
que não modificara a extinção que é definitiva.
Provido.
(Apelação Cível nº 599414679, 19ª Câmara Cível do TJRS, Erexim,
Relª. Desª. Elba Aparecida Nicolli Bastos. j. 25.04.2000).

TJRS-140019) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO - CHEQUE FINANCIADO.
Modalidade pela qual não há um empréstimo de valor fixo, mas
valores colocados a disposição do correntista, que deles poderá
fazer uso ou não. Espécie em tudo semelhante ao conhecido
contrato de abertura de crédito em conta corrente. Inexistência de
liquidez.
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO. Nulidade da execução que
pode ser acolhida pela via da exceção de pré-executividade.
Legitimidade da demanda dirigida contra a principal empresa do
grupo econômico de que faz parte a subsidiaria em decorrência da
transferência da titularidade do negócio.
Agravo provido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000774448, 20ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
21.03.2000).

TJRS-139650) APELAÇÃO CÍVEL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
O recurso cabível da decisão que julga o incidente de pré-
executividade, decisão interlocutória, é o Agravo de Instrumento.
Não se conhece da apelação por se tratar de erro grosseiro sua
interposição quando o despacho recorrido não extinguiu o processo,
inaplicável o princípio da fingibilidade dos recursos. Precedentes
jurisprudenciais.
Apelo não conhecido.
(Apelação Cível nº 70000397075, 12ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª . Ana Maria Nedel Scalzilli. j. 13.04.2000).

TJRS-139646) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Havendo a parte interposto exceção de pré-executividade, cabe ao
julgador apreciar e decidir o pedido, sendo descabida a mera
suspensão deste, e mesmo da execução em face da qual foi oposta,
mormente quando a parte executada sustenta a incompetência da
Justiça Estadual para processar a execução, noticiando a existência
de ação onde postula a revisão do contrato entabulado com o banco,
a tramitar perante a Justiça Federal.
Agravo provida. (04 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70000804468, 10ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Paulo Antônio Kretzmann. j.
27.04.2000).

TJRS-139644) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NOTA PROMISSÓRIA
FORMALMENTE PERFEITA A PASSAR PELO CRIVO DE
ADMISSIBILIDADE PARA O PROCESSO.
Alegação de que a relação subjacente a emissão da cártula, em
sendo contrato de abertura de crédito em conta corrente, constitui
um óbice para a liquidez do título. Inexistência de qualquer prova de
relação que tal. Título legítimo a embasar a execução.
Recurso a que se nega provimento.
(Agravo de Instrumento nº 599420841, 2ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. Ícaro Carvalho de Bem Osório. j.
09.03.2000).

TJRS-139585) LOCAÇÃO. EXECUÇÃO. VALIDADE DA CITAÇÃO.


LEGITIMIDADE PASSIVA DO FIADOR. AVALIAÇÃO DO IMÓVEL
PENHORADO.
Restando evidente no feito a legitimidade passiva do fiador e sua
esposa pelos valores contratados, é demonstrada que foi inequívoca
a ciência do executado acerca da existência da demanda executória,
bem como, considerando-se a ausência de elementos concludentes
no processo capaz de afastar a avaliação procedida, correta a
decisão recorrida que indeferiu todos os pedidos formulados na
exceção de pré-executividade e na impugnação ao laudo de
avaliação.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000569228, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Santa Maria, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j.
15.03.2000).

TJRS-139506) AGRAVO. CONTRATO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SIMULTÂNEA AOS
EMBARGOS DO DEVEDOR.
Em principio, descabe o incidente, pois a duplicidade de
instrumentos defensivos, com a mesma finalidade, é vedada pela
sistemática processual vigente.
Agravo desprovido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000509679, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Flores da Cunha, Rel. Des. Luciano Ademir José D'avila. j.
22.02.2000).

TJRS-139458) PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade somente poderá ser suscitada
quando a matéria que ela ataca diga respeito a pressupostos
processuais ou condições da ação.
Agravo de Instrumento improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000514752, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Caxias do Sul, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j.
09.02.2000).

TJRS-139251) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NULIDADE DE CERTIDÃO
DE DÍVIDA ATIVA.
Face a substituição da primitiva certidão de dívida ativa, com a
devida correção dos equívocos, incabível é o pleito dirigido a
anulação de todo o procedimento executório. Inteligência do art. 2º,
parágrafo 8º, da Lei de Execuções Fiscais.
Recurso improvido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000914937, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Ângelo, Rel. Des. Carlos Roberto Lofego Canibal. j.
10.05.2000).

TJRS-139086) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE CONTA CORRENTE.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. POSIÇÃO DO STJ.
O STJ orientou jurisprudência (ERESP n. 108.259, 2ª Seção, DJ 20 -
09-99) no sentido de não mais admitir o contrato de conta corrente
como título executivo, sequer acompanhado dos extratos bancários.
Exceção de pré-executividade acolhida, ante o provimento do
recurso.
(Agravo de Instrumento nº 70000541821, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Encantado, Rel. Des. Roque Miguel Fank. j. 23.02.2000).

TJRS-138954) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Em sede de incidente processual litigioso são devidos honorários
advocatícios, segundo critério objetivo de sucumbência. Precedentes
do STJ. Letra de câmbio sem aceite. Ausência de obrigação
cambiária. Letra de câmbio que não contenha a assinatura do
sacado não constitui título cambial.
Apelação desprovida. (7 fls.)
(Apelação Cível nº 70000676759, 2ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Taquara, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 09.03.2000).

TJRS-138880) PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
A denominada exceção de pré-executividade não comporta debate
estranho a questões outras, senão aquelas que realmente estejam
situadas, no rigor técnico-processual, no âmbito das condições da
ação e dos pressupostos processuais.
Agravo de instrumento improvido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000306225, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Venâncio Aires, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j.
16.02.2000).

TJRS-138806) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Excepcionalmente pode-se lançar mão de tal expediente, que
antecede a penhora, desde que não aborde matéria a ser decidida
em sede de conhecimento de embargos do devedor.
Negaram provimento ao recurso.
(Agravo de Instrumento nº 599441334, 1ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Erexim, Rel. Des. Luís Augusto Coelho Braga. j. 28.03.2000).
TJRS-138486) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS.
Verba deve ser condizente ao serviço profissional prestado, levando
em conta o bem da vida perseguido pelas partes, que é diretamente
proporcional a responsabilidade da defesa técnica, bem como o fato
de que, no mais das vezes, é a fonte de renda do advogado.
Apelo parcialmente provido. (3 fls.)
(Apelação Cível nº 7000030 7132, 5ª Câmara Cível do TJRS, Itaqui,
Rel. Des. Carlos Alberto Bencke. j. 30.03.2000).

TJRS-138438) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. OPOSIÇÃO


DE MATÉRIAS CONCERNENTES AOS EMBARGOS.
INADMISSIBILIDADE.
Não podem ser discutidas no âmbito da exceção de pré-
executividade questões de mérito referentes apenas aos Embargos à
Execução.
(Agravo de Instrumento nº 70000445585, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Arroio Grande, Relª. Desª. Maria Isabel Broggini. j. 29.03.2000).

TJRS-137574) AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTRATO DE


EMPRÉSTIMO PESSOAL. EXECUÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Dependendo os argumentos que refutam o título executivo exame de
mérito, inviável o acolhimento da exceção que, para ser acolhida,
exige flagrante situação de inviabilidade do processo de execução.
Agravo improvido.(3 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70000970210, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 31.05.2000).

TJRS-137528) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULOS. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. VIABILIDADE.
COISA JULGADA FORMAL.
A coisa julgada formal operada em embargos do devedor rejeitados
liminarmente não inviabiliza o ajuizamento da exceção de pré-
executividade. Importa, tão-somente, que esta restrinja-se a matéria
que lhe permite, como ilegitimidade passiva.
Agravo provido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000809814, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Viamão, Rel. Des. Roque Miguel Fank. j. 17.05.2000).

TJRS-137315) APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INICIAL DO PROCESSO DE
EXCEÇÃO NÃO INSTRUÍDO COM DOCUMENTO
COMPROBATÓRIO DO TRÂNSITO EM JULGADO. MATÉRIA A
SER DISCUTIDA EM EMBARGOS.
O fato de não haver a parte exeqüente instruído a inicial do processo
de execução de sentença com prova de trânsito em julgado não
viabiliza o acolhimento de exceção de pré-executividade, pois não
permite que o julgador afirme, sem a produção de qualquer outra
prova, ser o título inexigível. A matéria deve ser discutida no âmbito
dos embargos de devedor, especialmente porque os devedores
alegam, sem nada provar, existência de recurso pendente.
Recurso provido. (7 fls.)
(Apelação Cível nº 598168011, 8ª Câmara Cível do TJRS,
Uruguaiana, Rel. Des. Alzir Felippe Schmitz. j. 15.06.2000).

TJRS-137086) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
I. Se a exceção de pré-executividade não suspendesse a execução,
sendo mantida a necessidade de garantia do juízo, o próprio
incidente perderia o motivo de sua criação, qual seja, permitir a
defesa do executado (em hipóteses nas quais as irregularidades da
execução saltem aos olhos) sem a necessidade de ter seu
patrimônio afetado. Destarte, tenho que a decisão monocrática
desacolheu, ainda que não expressamente, à exceção de pré-
executividade.
II. A denominada exceção de pré-executividade, de criação
doutrinária e jurisprudencial, só é cabível em casos excepcionais,
nos quais se afigura manifesta a nulidade do título executivo.
Preliminar afastada.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000876318, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Arno Werlang. j. 21.06.2000).

TJRS-135626) PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE. EXTINÇÃO.
Contrato de abertura de crédito em conta-corrente, parecido com
extrato evolutivo ou consolidado em nota promissória, não é título
executivo, atacável pela via da exceção de pré-executividade.
Extinção do processo de execução pela falta das condições da ação.
Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 70000501130, 19ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Guinther Spode. j. 14.03.2000).

TJRS-135417) NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. PROCESSO DE


EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Admite-se tal exceção nos casos em que, a primeira vista, se conclui
pela nulidade do título ou do processo de execução, sendo incabível
quando envolver matéria controversa, dependente de dilação
probatória ou relativa à ilegalidade de cláusulas contratuais.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000574012, 13ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Antônio Cidade Pitrez. j.
04.05.2000).

TJRS-135390) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


CABIMENTO - PRESSUPOSTOS.
- Matérias próprias de Embargos à Execução não serão temas da
exceção, que se destina a atacar pressupostos processuais.
(Agravo de Instrumento nº 70000582593, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j. 06.04.2000).

TJRS-135380) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CONTRATO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA. NOTA PROMISSÓRIA
ASSINADA EM BRANCO.
Não obstante a nota promissória tenha sido considerada nula, por ter
sido assinada em branco, a execução também funda-se em contrato
de confissão de dívida, o qual preenche os pressupostos legais de
executividade. Logo, deve ser mantida a decisão que desacolheu a
exceção de pré-executividade, determinando o prosseguimento da
execução.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000584664, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Camaquã, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 29.03.2000).

TJRS-135340) EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE.


Matéria que diz respeito somente ao excesso de execução deve ser
tratada em sede de Embargos do devedor, e não como exceção de
pré executividade.
(Agravo de Instrumento nº 70000589275, 12ª Câmara Cível do
TJRS, Caxias do Sul, Rel. Des. Cezar Tasso Gomes. j. 04.05.2000).

TJRS-135283) AGRAVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


ESCRITURA PÚBLICA DE CONFISSÃO DE DÍVIDA.
Tal medida mostra-se viável somente em casos de absoluta e
invencível nulidade da pretensão executória. Mas não foi o que
ocorreu na espécie, limitando-se o agravante a discutir o negócio
jurídico subjacente, matéria que deve ser questionada em sede de
Embargos.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000595744, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Novo Hamburgo, Rel. Des. Paulo Augusto Monte Lopes. j.
03.05.2000).
TJRS-134909) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXECUÇÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. AUSÊNCIA DE TÍTULO
EXECUTIVO. CONFISSÃO DE DÍVIDA FIRMADA APENAS POR
UMA TESTEMUNHA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Não se constitui Título Executivo confissão de dívida firmada por
apenas uma testemunha. Os honorários advocatícios devem ser
fixados de acordo com o trabalho desenvolvido nos autos, não
merecendo majoração, quando sequer foi produzida prova oral ou
pericial.
Apelação desprovida.
(Apelação Cível nº 70000706903, 2ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Panambi, Relª. Desª. Lúcia de Ca stro Boller. j. 19.04.2000).

TJRS-134840) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


APRECIAÇÃO.
Alegação de iliquidez de título. Pagamento. Litigância de má-fé.
Agravo parcialmente provido. (6 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000717934, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Santa Cruz do Sul, Rel. Des. Alexandre Mussoi Moreira. j.
27.06.2000).

TJRS-134834) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Ausente uma das condições da ação, qual seja, inexistindo título
extrajudicial a capitanear o processo de execução, é de rigor a sua
extinção.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000718676, 19ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Guinther Spode. j. 21.03.2000).

TJRS-134828) AGRAVO DE INSTRUMENTO. INCIDENTAL


PROCESSUAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Incabível a condenação em honorários advocatícios em tal exceção,
pois não é processo autônomo, configurando incidente processual.
Agravo improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000719393, 13ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Antônio Cidade Pitrez. j.
04.05.2000).

TJRS-134429) EXECUÇÃO DE ACORDO JUDICIALMENTE


HOMOLOGADO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A discussão acerca da inexecutibilidade do título não encontra mais
espaço, no momento em que o acordo se constitui em autêntica
novação.
(Agravo de Instrumento nº 70000776583, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Cachoeira do Sul, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j.
11.05.2000).

TJRS-133831) CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. BANCO


24 HORAS. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ACOLHIMENTO. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO.
Orientação consolidada no STJ, no sentido da inexecutividade, ainda
que o contrato venha subscrito por duas testemunhas e
acompanhado de demonstrativo completo e discriminado do débito.
Viabilidade do acolhimento da exceção. Extinção da execução.
Apelação desprovida.
(Apelação Cível nº 70000233866, 18ª Câmara Cível do TJRS, Santa
Cruz do Sul, Rel. Des. Wilson Carlos Rodycz. j. 01.06.2000).

TJRS-133425) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Pretensão de condenação do devedor ao pagamento de honorários
advocatícios fundada na rejeição de exceção de pré-executividade
por ele levantada. Improcedência, mesmo porque esta instância
proveu a inconformidade vertida contra a decisão do juízo
monocrático, acolhendo a exceção.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000978486, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Canoas, Rel. Des. Manoel Velocino Pereira Dutra. j.
06.09.2000).

TJRS-133395) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Satisfeito o valor da condenação antes do ingresso da execução,
não cabe a condenação do devedor ao pagamento de honorários
para o acompanhamento do processo expropriatório.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000979492, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Canoas, Rel. Des. Manoel Velocino Pereira Dutra. j.
06.09.2000).

TJRS-133346) AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO PREFIXADO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
Não procede a alegação das agravantes no sentido de que o
contrato de financiamento não tem as características de título
executivo extrajudicial, diverso que do contrato de abertura de
crédito. A discussão de cláusulas não retira do contrato sua
característica de título executivo. Exceção de pré-executividade
corretamente afastada.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000982967, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Novo Hamburgo, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j.
28.06.2000).

TJRS-133342) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCLUSÃO DE LIDE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
APRECIAÇÃO EQÜITATIVA DO JUIZ.
1. A desistência de ação de execução diante de pedido formulado
em exceção de pré-executividade enseja a condenação em
honorários advocatícios.
2. Nas execuções, embargadas ou não, os honorários são fixados
segundo apreciação eqüitativa do juiz. Hipótese em que o
arbitramento em 02 URHS afigura-se razoável para a remuneração
do trabalho realizado pelo procurador da parte.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000983247, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Caxias do Sul, Relª. Desª. Maria Isabel de Azevedo Souza. j.
31.05.2000).

TJRS-133288) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


HONORÁRIOS.
A exceção de pré-executividade não se revela um incidente puro,
traduzindo-se em verdadeira oposição formal ao título que capitaneia
a execução, merecendo, assim, a justa remuneração do profissional
do direito.
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 70000987966, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Sarandi, Rel. Des. Guinther Spode. j. 15.08.2000).

TJRS-133096) AGRAVO DE INSTRUMENTO.


Recurso que pretende a suspensão de execução sob argumento que
não pode ser apreciado em sede de exceção de pré-executividade.
Agravo de Instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001000538, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Manoel Velocino Pereira Dutra. j.
09.08.2000).

TJRS-133088) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE FUNDADA EM
ILEGITIMIDADE AD CAUSAM.
Matéria a ser discutida na via dos embargos de devedor quando
ausente prova de plano capaz de excluir os sócios-gerentes da
demanda.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001000686, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Elvio Schuch Pinto. j. 23.08.2000).

TJRS-132979) AGRAVO INTERNO. EXTINÇÃO LIMINAR DO


AGRAVO DE INSTRUMENTO POR MANIFESTAMENTE
IMPROCEDENTE.
Pretendendo o agravante, através da denominada exceção de pré-
executividade, apenas oferecer em garantia títulos de dívida pública,
postulando, ainda, a compensação de seus pretensos e alegados
valores com o débito em execução, sem atacar, em momento algum
o título executivo, quer no plano de sua existência, quer no de sua
validade, correta foi a decisão de primeiro grau que rejeitou
liminarmente a referida incidental. Desta forma, o Agravo de
Instrumento, manejado contra aquela decisão, não merecia outra
sorte que não o indeferimento liminar dado pelo relator.
Agravo interno, interposto contra a decisão que, por isso, vai
improvido. Agravo interno não provido.
(Agravo Interno nº 70001009745, 1ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j. 17.05.2000).

TJRS-132743) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CORREÇÃO MONETÁRIA E
JUROS.
Não se tratando de inexistência ou invalidade do título executivo,
descabe a discussão travada pelo devedor em sede de exceção de
pré-executividade. Tratando-se de cobrança executiva baseada em
certidões expedidas pelo tribunal de contas, face a imposição de
multa por irregularidades administrativas praticadas pelo devedor na
qualidade de diretor do IRGA, tem o Estado do Rio Grande do Sul
legitimidade para propor a execução, pois não se trata de ação que
vise ressarcir a referida autarquia estadual. As matérias relacionadas
a correção monetária e aos juros, são típicas de discussão em sede
própria de Embargos do Devedor, pois, ao fim e ao cabo, dizem
respeito a questão relativa ao excesso de execução e não a higidez
do título executivo. Inviabilidade de sua apreciação, assim, por meio
da denominada exceção de pré-executividade.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70001025253, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Vitória do Palmar, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick.
j. 16.08.2000).

TJRS-132644) AGRAVO INTERNO. EXECUÇÃO FISCAL.


DESPACHO QUE NEGA EFEITO SUSPENSIVO. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. LITISPENDÊNCIA.
As questões alegadas pela agravante não estão afetas a
excepcionalidade da exceção de pré-executividade, com o que fica
obstaculizada a concessão de efeito suspensivo ao Agravo de
Instrumento contra decisão que assim entendeu.
Agravo não conhecido.
(Agravo Interno nº 70001031582, 1ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Carlos Roberto Lofego Canibal. j. 07.06.2000).

TJRS-132623) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Dependendo os argumentos que refutam o título executivo de
dilação probatória, inviável a exceção de pré-executividade,
corretamente afastada.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001032457, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 28.06.2000).

TJRS-132446) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NÃO CABIMENTO.
NOMEAÇÃO A PENHORA DE TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA.
INVIABILIDADE.
A denominada exceção de pré-executividade, construção pretoriana
e não prevista expressamente em lei, tem cabimento nas hipóteses
excepcionalíssimas e restritas de flagrante inexistência ou nulidade
do título executivo, exatamente para viabilizar a defesa da parte sem
os ônus da constrição judicial em casos de manifesta carência do
processo de execução. Não se fazendo presentes as hipóteses
referidas, correta a decisão de primeiro grau que, forma liminar,
rejeita a denominada exceção de pré-executividade. Imprestabilidade
dos títulos da dívida pública como bens oferecidos a penhora.
Ausência de cotação em bolsa e valor de mercado. Prescrição dos
títulos, por esgotamento dos prazos fixados para os respectivos
resgates. Precedente jurisprudencial.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70001041714, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Garibaldi, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j. 21.06.2000).

TJRS-132119) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. BLOQUEIO DE


QUANTIA DEPOSITADA. POSSIBILIDADE.
1 - É possível, na execução de sentença, o bloqueio de quantia
depositada, quando do oferecimento de exceção de pré-
executividade.
2 - Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001062280, 4ª Câmara Cível do TJRS,
Torres, Rel. Des. Araken de Assis. j. 16.08.2000).

TJRS-132110) AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIFICATIVAS


PARA CONSTAR DE VERSO DE CHEQUE FIRMA DO
EXCIPIENTE. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE: REJEIÇÃO.
A exceção de pré-executividade, medida de construção pretoriana,
sem previsão legal e contrária ao princípio da autonomia da
execução, só é de ser admitida em hipóteses teratológicas, sob pena
de se tornar sucedâneo da defesa sistêmica a ser deduzida em sede
de embargos do devedor.
Negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 70001062827, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j.
27.06.2000).
TJRS-131470) AGRAVO INTERNO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO MANTIDA.
Despacho que apenas recebe o incidente de exceção de pré-
executividade não tem natureza de decisão interlocutória, não tendo
sido sequer determinada a suspensão do processo de execução.
Agravo interno desprovido.
(Agravo Interno nº 70001111483, 16ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Helena C unha Vieira. j. 28.06.2000).

TJRS-130925) LOCAÇÃO. EXECUÇÃO. REJEIÇÃO DA EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Atento ao fato da pretensão a cobrança via executiva ser
contemporânea com a vigência da locação, sendo a fiança prestada
a efetiva garantia da locação, o contrato é título de crédito por
expressa disposição legal, não se observando, ainda dupla
pretensão de cobrança, razão por que correta a decisão atacada que
rejeitou a exceção de pré-executividade oposta pelos executados.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001160092, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j.
06.09.2000).

TJRS-130399) AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO CONTRA


DECISÃO QUE APRECIA INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
Da decisão que aprecia a exceção de pré-executividade cabe o
Agravo de Instrumento e não Apelação, em observância ao CPC.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70001198985, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Canoas, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 16.08.2000).
TJRS-130331) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA.
MATÉRIA A SER DISCUTIDA EM EMBARGOS DE DEVEDOR.
A exceção de pré-executividade não pode ser admitida como forma
de Embargos de Devedor, sem que esteja seguro o juízo, sendo
cabível somente quando evidente, a primeira vista, que o título
exeqüendo é nulo ou inexistente, quando cristalina a ilegitimidade
das partes ou de uma delas ou quando incontroverso que não se
encontra presente alguma das condições da ação.
Havendo necessidade de produção de provas ou havendo
controvérsia quanto a tese invocada pela parte excipiente, é
inadmissível a exceção, e, com maior razão, a suspensão do
processo de execução, sem que esteja seguro o juízo.
Recurso provido.
(Agravo de Instrumento nº 70001206390, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Santa Maria, Rel. Des. Alzir Felippe Schmitz. j.
16.08.2000).

TJRS-130260) AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
LITISPENDÊNCIA.
O fato de a execução, fundada em acordo homologado
judicialmente, não ter sido processado nos autos principais, mas em
apenso, é irrelevante para a solução do feito, não se vislumbrando
prejuízo ao devedores executados.
Agravo desprovido.
(Agravo nº 70001226844, 15ª Câmara Cível do TJRS, Bagé, Rel.
Des. Vicente Barroco de Vasconcelos. j. 23.08.2000).

TJRS-130221) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Tendo os dois fundamentos da exceção sido examinados nos
Embargos, em decisão transitada em julgado, o expediente não só
aponta para o improvimento do Recurso como também configura
litigância de má-fé.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001232859, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, São Gabriel, Rel. Des. Adão Sérgio do Nascimento
Cassiano. j. 30.08.2000).

TJRS-130019) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA.
MATÉRIA A SER DISCUTIDA EM EMBARGOS DE DEVEDOR.
A exceção de pré-executividade não pode ser admitida como forma
de embargos de devedor, sem que esteja seguro o juízo, sendo
cabível somente quando evidente, a primeira vista, que o título
exeqüendo é nulo ou inexistente, quando cristalina a ilegitimidade
das partes ou de uma delas ou quando incontroverso que não se
encontra presente alguma das condições da ação. Havendo
necessidade de produção de provas ou havendo controvérsia quanto
à tese invocada pela parte excipiente, é inadmissível a exceção.
Recurso não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70001259035, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Alzir Felippe Schmitz. j.
16.08.2000).

TJRS-129854) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. DESCABIMENTO.
A exceção de pré-executividade é medida de construção pretoriana,
sem previsão legal. Alegada ausência de responsabilidade tributária.
Matéria a ser deduzida em embargos do devedor.
Agravo improvido.(6 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001287606, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Ângela Maria Silveira. j.
31.08.2000).
TJRS-129847) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. TEMPESTIVIDADE.
A interposição da exceção de pré-executividade independe da
oposição dos embargos à execução e do prazo estipulado a estes.
Agravo provido em parte.
(Agravo de Instrumento nº 70001288893, 2ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Guarani das Missões, Relª. Desª. Marilene Bonzanini
Bernardi. j. 06.09.2000).

TJRS-129295) AÇÃO DE ANULAÇÃO DE ARREMATAÇÃO.


Extinção da execução: em tendo sido determinada a extinção de
processo de execução em face do acolhimento de exceção de pré-
executividade, resta prejudicado o exame das questões trazidas a
esta Corte através de ação de anulação de arrematação de bem
alienado nos autos do processo extinto.
Apelação prejudicada.
(Apelação Cível nº 598583466, 2ª Câmara Especial Cível do TJRS,
São Luiz Gonzaga, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 30.11.2000).

TJRS-128778) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Correta a decisão que a repele, na medida em que inexistente
qualquer vício ou nulidade flagrante, a dispensar a instalação do
contraditório. Debate que só pode evoluir em sede de embargos.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000068668, 19ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Mário José Gomes Pereira. j.
14.03.2000).

TJRS-128721) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEITADA.


DECISÃO MANTIDA.
Agravo de Instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000076166, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Manoel Velocino Pereira Dutra. j.
07.06.2000).
TJRS-128608) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. NOTAS PROMISSÓRIAS VINCULADAS A
CONTRATO RESCINDIDO. NECESSIDADE DE PROVA AMPLA.
É inviável o emprego da exceção de pré-executividade, quando a
alegação que a embasa não dispensa diligências instrutórias para o
seu pleno conhecimento, o que deve ser realizado em embargos do
devedor.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000097006, 6ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. João Pedro Pires Freire. j. 22.03.2000).

TJRS-128500) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE FALSIDADE DE ASSINATURA.
DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO EM PRIMEIRO GRAU.
Tendo o agravado informado em contra-razões que desistiu da
execução em primeiro grau, em relação a qual o agravante pretendia
o reconhecimento da exceção de pré-executividade, o recurso
perdeu o objeto, o que leva a extinção do feito sem exame de mérito.

Processo extinto.
(Agravo de Instrumento nº 70001317007, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Adão Sérgio do Nascimento
Cassiano. j. 27.09.2000).

TJRS-128373) EXECUÇÃO FISCAL. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA.


TRIBUTÁRIO. FALTA DO NÚMERO DE INSCRIÇÃO EM DÍVIDA
ATIVA. EXTINÇÃO. EMBARGOS DO DEVEDOR OPOSTOS COM O
NOME DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
1. Seguro o juízo, é de ser recebido como embargos do devedor à
excesso de pré-executividade oferecida. Não constando da
intimação da penhora o prazo para embargar, são tempestivos os
embargos.
2. Não comprovada tenha a dívida sido inscrita em dívida ativa, é de
ser extinta a execução.
(Reexame Necessário nº 70001344019, 2ª Câmara Cível do TJRS,
São Marcos, Relª. Desª. Maria Isabel de Azevedo Souza. j.
23.08.2000).

TJRS-127802) EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO. POSSIBILIDADE.
Agravo provido. Voto vencido. (5 fls.)
(Agravo Regimental nº 70001520477, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j.
06.09.2000).

TJRS-127654) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.


REDIRECIONAMENTO FUNDADO EM SUCESSÃO DE
EMPRESAS.
Exceção de pré-executividade buscando a renovação do prazo para
oposição de embargos face à n i timação em pessoa alegadamente
não sócia da empresa contra qual fora redirecionada a ação.
Inadimissibilidade: aplicação da teoria da aparência. Preliminar de
irregularidade na representação rejeitada. Tendo silenciado a pessoa
intimada sobre a impossibilidade de receber a intimação, por não ser
sócia da empresa, apondo seu ciente mandado respectivo, aliado ao
fato de ser encontrada no mesmo endereço da empresa que,
alegadamente, não foi sucedida pela agravante e pertencendo todas
ao mesmo grupo comercial, não há falar-se em renovação da
intimação para oposição de embargos. Aplicação da teoria da
aparência.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001557693, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Antônio Prado, Rel. Des. Élvio Schuch Pinto. j. 22.11.2000).
TJRS-127643) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.
REDIRECIONAMENTO FUNDADO EM SUCESSÃO DE
EMPRESAS. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEITADA.
Agravo de instrumento buscando a renovação do prazo para
oposição de embargos face à intimação em pessoa alegadamente
não sócia da empresa contra a qual fora redirecionada a ação.
DESACOLHIMENTO. APLICAÇÃO DA TEORIA DA APARÊNCIA.
PRELIMINAR DE IRREGULARIDADE NA REPRESENTAÇÃO
REJEITADA. Tendo silenciado a pessoa intimada sobre a
impossibilidade de receber a intimação por não ser sócia da
empresa, apondo seu ciente no mandado de intimação, aliado ao
fato de ser encontrada no mesmo endereço da empresa devedora,
alegadamente não sucedida pela agravante, e pertencendo todas ao
mesmo grupo comercial, não há falar-se em renovação da intimação
para oposição de embargos. Aplicação da teoria da aparência.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001558527, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Antônio Prado, Rel. Des. Élvio Schuch Pinto. j. 22.11.2000).

TJRS-127638) AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGATIVA DE


SEGUIMENTO. AGRAVO INTERNO.
Exceção de pré-executividade não é substitutiva dos embargos do
devedor. Não se presta à exceção de pré-executividade a substituir a
oposição de embargos à execução, sede adequada a discussão de
incidências ilegais.
Agravo desprovido.
(Agravo Interno nº 70001558808, 11ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Roque Miguel Fank. j. 27.09.2000).

TJRS-127581) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Alegação de prescrição do título de crédito desacolhida.
Agravo de Instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001578749, 5ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Sérgio Pilla da Silva. j. 09.11.2000).
TJRS-127497) AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXECUÇÃO CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
O processo executivo, não se presta ao reconhecimento de um
direito, ou ao desfazimento de direito já reconhecido, mas à atuação
prática do crédito insculpido no título executivo.
Agravo a que se nega provimento.
(Agravo nº 70001600154, 6ª Câmara Cível do TJRS, Porto Alegre,
Rel. Des. Carlos Alberto Álvaro de Oliveira. j. 11.10.2000).

TJRS-127419) AGRAVO REGIMENTAL RECEBIDO COMO


AGRAVO INTERNO. NEGATIVA DE SEGUIMENTO A AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DECISÃO QUE REJEITOU EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade somente é admissível quando se
volta contra a execução carente de título executivo. A eventual
existência de outros pressupostos processuais só podem ser
alegadas em embargos, não se admitindo para tal fim a referida
exceção.
Agravo Interno improvido.
(Agravo Interno nº 70001650175, 15ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Manuel Martinez Lucas. j. 25.10.2000).

TJRS-127348) AGRAVO INTERNO. DECISÃO QUE NEGA


SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESCABIMENTO.
Decisão que rejeita exceção de pré-executividade. O sistema
consagrado no art. 16 da Lei 6830/80 não admite as denominadas
exceções de pré-executividade. Precedentes do S.T.J.
Recurso desprovido.
(Agravo Inominado nº 70001693969, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Maria Isabel de Azevedo So uza. j.
18.10.2000).
TJRS-126463) AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO
TRIBUTÁRIO E FISCAL.
Exceção de pré-executividade e embargos do devedor versando
sobre a mesma matéria. Perda do interesse processual. Já tendo
sido julgada a matéria referente a prescrição do título em sede de
embargos, inclusive em favor do agravante, prejudicado resta o
agravo de instrumento interposto da decisão que desacolheu a
exceção da pré-executividade, que invocava idêntica questão.
Agravo prejudicado. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000154310, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Novo Hamburgo, Relª. Desª. Fabianne Breton Baisch. j. 23.10.2000).

TJRS-126029) FISCAL. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM


ARGÜIDA NOS PRÓPRIOS AUTOS EXECUTÓRIOS, COMO
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INADMISSIBILIDADE.
1. A chamada exceção de pré-executividade, criação doutrinária e
jurisprudencial, articulada no bojo dos autos do processo executório,
é meio excepcional de defesa, portanto, de admissão restrita. É de
argüição limitada a vícios formais evidentes do título executivo, isto
é, que o descaracterizam como tal, os quais, por isso mesmo, o Juiz
pode-deve examinar de ofício. Por isso, não há necessidade de
contraditório nem de penhora. Na realidade, o executado não faz
defesa, mas apenas alerta a respeito da existência de eiva. Assim a
modalidade não alberga argüições que demandam a formação de
contraditório, como é o caso da ilegitimidade ad causam, máxime
quanto esta, diante das peculiaridades do caso concreto, não se
mostra estreme de dúvida.
2. Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000229559, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Cruz do Sul, Rel. Des. Irineu Mariani. j. 05.04.2000).

TJRS-125977) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. AUSÊNCIA


DE RESPONSABILIDADE PESSOAL DE SÓCIO PARA FIGURAR
NO PÓLO PASSIVO DA EXECUÇÃO FISCAL.
Impossibilidade jurídica da argüição através da exceção oposta.
Extinção de execução.
Agravo prejudicado. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000241067, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Farroupilha, Rel. Des. Pedro Luiz Rodrigues Bossle. j. 02.10.2000).

TJRS-125757) EXECUÇÃO. CONFISSÃO DE DÍVIDA.


Exceção de pré-executividade fundada no ajuizamento de ação
declaratória de nulidade parcial do título. Rejeição confirmada.
Penhora sobre bens pertencentes a sociedade da qual o executado
detém 97% do capital social. Possibilidade no caso concreto.
Agravo improvido. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 70000300194, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
05.10.2000).

TJRS-124416) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. LEGITIMIDADE DO ADVOGADO
CREDOR. DEMONSTRATIVO DE DÉBITO OBTIDO MEDIANTE
SIMPLES CÁLCULO ARITMÉTICO, SEM A NECESSIDADE DE
REMESSA AO CONTADOR. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
CORRETAMENTE RECHAÇADA.
Recurso improvido. Unânime. (3 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000459305, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j.
23.02.2000).

TJRS-124316) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO.


NOTA PROMISSÓRIA. SITUAÇÃO NA QUAL DESDE LOGO SE
VERIFICA A IMPOSSIBILIDADE DE PROSSEGUIMENTO DA
EXECUÇÃO POR MANIFESTA NULIDADE. "EXECUÇÃO.
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. NOTA PROMISSÓRIA
CAUCIONADA. INADMISSIBILIDADE.
Não se admite a execução de contrato de abertura de crédito,
mesmo que acompanhado dos extratos de sua utilização, por
ausência de liquidez. Ilíquido valor decorrente da utilização do
crédito rotativo, ineficaz a nota promissória emitida em garantia do
contrato, porque padecendo da ausência do mesmo requisito.
Recurso desprovido, unânime". (AC N. 599059276). Apelo
desprovido. (6 fls.)
(Apelação Cível nº 70000473686, 15ª Câmara Cível do TJRS,
Caçapava do Sul, Rel. Des. Vicente Barroco de Vasconcelos. j.
14.06.2000).

TJRS-124239) AGRAVO DE INSTRUMENTO: EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE REJEITADA. AGRAVO IMPROVIDO. (4 FLS.)
(Agravo de Instrumento nº 70000480061, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Manoel Velocino Pereira Dutra. j.
12.04.2000).

TJRS-124093) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


TRIPLICATAS. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO.
Acolhimento de argüição contra nulidade de triplicatas, por falta de
assinatura do emitente. Os títulos executivos constituem-se em
duplicatas que, retidas pelo sacado, foram regularmente protestadas.
A execução foi instruída com prova de tais circunstâncias, bem como
com as faturas e comprovantes de entrega. Não havia necessidade
de emissão de triplicatas, razão pela qual era descabido argumentar
com a falta daquele formal. Precedente na câmara a respeito. Apelo
provido para desconstituir a decisão guerreada. (7 fls.)
(Apelação Cível nº 70000492546, 10ª Câmara Cível do TJRS, Santo
Antônio da Patrulha, Rel. Des. Luiz Lúcio Merg. j. 24.08.2000).

TJRS-123479) EMBARGOS À EXECUÇÃO. TÍTULO JUDICIAL.


HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. BASE DE CÁLCULO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO REJEITADA,
POIS O TÍTULO APRESENTA-SE REVESTIDO DE TODAS AS
CARACTERÍSTICAS FORMAIS. PLANILHA DE CÁLCULO. SUA
JUNTADA POSTERIOR SUPRIU A DEFICIÊNCIA. NULIDADE
AFASTADA. VALOR DA EXECUÇÃO.
Uma vez reformulado o cálculo diante da redução dos juros
remuneratórios nos autos que ensejou a condenação da verba
honorária, sobre esse novo deve incidir os honorários.
JUROS DE MORA. Devem incidir a partir da citação. Artigo 219 do
CPC.
COMPENSAÇÃO DE HONORÁRIOS. INVIABILIDADE. Direito
autônomo do advogado. Provida integralmente a apelação dos
embargos e provida em parte a do embargante. (7 fls.)
(Apelação Cível nº 70000541631, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Mostardas, Rel. Des. Paulo Augusto Monte Lopes. j. 06.09.2000).

TJRS-122915) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. SUSPENSÃO


DA EXECUÇÃO.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000752212, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Novo Hamburgo, Rel. Des. Alexandre Mussoi Moreira. j.
27.06.2000).

TJRS-122691) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Incabível suscitar matéria de Embargos do Devedor em exceção de
pré-executividade.
Agravo desacolhido.
(Agravo de Instrumento nº 70000873398, 12ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Cezar Tasso Gomes. j. 30.11.2000).

TJRS-122531) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. DESACOLHIMENTO.
As CDAs que embasam a ação de execução fiscal estão revestidas
de presunção de liquidez, certeza e exigibilidade, as quais somente
serão ilididas mediante prova inequívoca, inexistente no caso
concreto.
Agravo improvido
(Agravo de Instrumento nº 70000 963280, 21ª Câmara Cível do
TJRS, Nova Prata, Rel. Des. Francisco José Moesch. j. 29.11.2000).

TJRS-122348) EXECUÇÃO. CONTA-CORRENTE BANCÁRIA.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS.
Acolhida a exceção de pré-executividade, com extinção do feito
executivo, devem ser fixados honorários advocatícios em favor do
patrono do excipiente, pois proferida sentença.
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 70001028539, 12ª Câmara Cível do TJRS,
Sarandi, Rel. Des. Orlando Heemann Junior. j. 28.09.2000).

TJRS-122338) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CÉDULA DE PRODUTO RURAL ENDOSSADA.
PAGAMENTO EFETUADO AO ENDOSSANTE. CLÁUSULA
PROIBINDO O ENDOSSO SEM O CONSENTIMENTO DOS
DEVEDORES.
O registro do título no Cartório de Registros Públicos da Comarca de
origem, bem como a existência de prova no sentido de que o
agravante possuía conhecimento do endosso, não querendo pagar
ao endossatário, se prestam a corroborar a rejeição à exceção de
pré-executividade.
Agravo de Instrumento desprovido. (9 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001035872, 6ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Bárbara do Sul, Rel. Des. Cacildo de Andrade Xavier. j.
27.12.2000).

TJRS-122307) AGRAVO. EXECUÇÃO FISCAL. PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA.
A melhor doutrina e a pacífica jurisprudência acolhem a exceção de
pré-executividade quando se mostrar evidente a ausência de uma
das condições da ação, qual a legitimidade passiva "ad causam".
Agravo desprovido. (5 fls.)
(Agravo nº 70001045699, 21ª Câmara Cível do TJRS, Porto Alegre,
Rel. Des. Genaro José Baroni Borges. j. 08.11.2000).

TJRS-122276) DESAPROPRIAÇÃO - EXECUÇÃO DE SENTENÇA -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Acolhimento do pedido de antecipação formulado pelo Estado, de
modo a sustar a liberação de pagamento tido por indevido, possível
diante das circunstâncias. Efeitos do título executivo judicial em
relação aos expropriados que não veicularam recurso contra a
sentença que lhes negou indenização discutíveis. Documentos
produzidos que indicam apenas direito à correção monetária, mas
não aos juros compensatórios.
Agravo improvido. (6 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001062413, 3ª Câmara Cível do TJRS,
Torres, Rel. Des. Nelson Antônio Monteiro Pacheco. j. 17.08.2000).

TJRS-122218) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


POSSIBILIDADE, DIZENDO COM VÍCIO A AFASTAR A
EXECUTIVIDADE DAS DUPLICATAS. INVIÁVEL A PRETENSÃO
DE OFERECIMENTO DE EMBARGOS PARA ANÁLISE DA
MATÉRIA. POSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO ATÉ DE
OFÍCIO.
Em se tratando de duplicatas de prestação de serviço sem aceite,
além do protesto, exigível documento hábil, a comprovar a
contratação dos serviços e a efetiva prestação dos serviços. Ausente
a última, a procedência impõe-se.
Negaram provimento.
(Apelação Cível nº 70001107408, 18ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Rosa Terezinha Silva Rodrigues. j. 21.12.2000).

TJRS-122153) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRA CORRENTE. NOVAÇÃO. CONFISSÃO
DE DÍVIDA.
Não há nulidade de título que apresenta regularidade formal, mesmo
que se queira que outros que o teriam composto na novação,
apresentassem incidências sem suporte legal. Caso em que a boa-fé
objetiva deve ser respeitada.
Agravo desprovido. (7 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001126192, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Taquari, Rel. Des. Roque Miguel Fank. j. 09.08.2000).

TJRS-122143) AGRAVO. EXECUÇÃO FISCAL.


A exceção de pré-executividade, construção pretoriana que é, serve
tão só para os casos em que o Juiz, de ofício, pode conhecer da
matéria, quais sejam os pressupostos de constituição e de
desenvolvimento válido e regular do processo, hipótese ausente na
espécie, vez que a execução se funda em título que goza da
presunção de certeza e liquidez (artigo 3º da Lei 6830).
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70001127455, 21ª Câmara Cível do
TJRS, Caxias do Sul, Rel. Des. Genaro José Baroni Borges. j.
23.08.2000).

TJRS-122075) PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO


FISCAL. ISSQN. FACTORING. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE OPOSTA SOB ALEGAÇÃO DE NÃO INCIDÊNCIA
DO ISS SOBRE A ATIVIDADE DE EMPRESA DE FACTORING,
NULIDADE DA CDA E DESCABIMENTO DO
REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO CONTRA SÓCIOS DA
EMPRESA EXTINTA. DESACOLHIMENTO.
Toda matéria útil à defesa do devedor, na execução fiscal, deve ser
deduzida pela via dos Embargos. A atividade desempenhada pela
empresa de factoring inclui-se, em princípio, na lista de serviços
tributados pelo ISSQN: item 48. Legitimidade passiva ou não dos
sócios constitui matéria a ser esgrimida depois da constrição, pela
via dos Embargos de Terceiro ou de Devedor.
Recurso desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70001186766, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Lajeado, Rel. Des. Elvio Schuch Pinto. j. 20.12.2000).

TJRS-121945) DIREITO PRIVADO. AÇÃO DE EXECUÇÃO.


DESCONSTITUIÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA
EMPRESA. NÃO ACOLHIDA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70001259787, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Ângela Maria Silveira. j.
16.08.2000).

TJRS-121720) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. LEGITIMIDADE ATIVA.
Somente possui legitimidade ativa a herdeira, para postular seus
direitos, após homologada a partilha, reservado ao espólio os direitos
anteriores.
Agravo parcialmente provido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70001328095, 1ª Câmara Especial Cível
do TJRS, Pelotas, Rel. Des. Alexandre Mussoi Moreira. j.
30.10.2000).

TJRS-121655) AGRAVO INTERNO. EXECUÇÃO POR TÍTULO


EXTRAJUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
INCABIMENTO NO CASO CONCRETO.
A exceção de pré-executividade, de construção doutrinário-
jurisprudencial, só é admitida nos casos em que se trata de matéria
de ordem pública e nas hipóteses em que a matéria alegada não
dependa de dilação probatória, pois do contrário não haverá mais
presunção nos títulos de crédito e nem haverá mais necessidade de
previsão legal de embargos à execução. Ofensa ao princípio da
ampla defesa não configurada.
Agravo Interno improvido.
(Agravo Interno nº 70001339555, 1ª Câmara Especial Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Adão Sérgio do Nascimento Cassiano.
j. 25.10.2000).

TJRS-121617) PROCESSUAL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO


FISCAL. IPTU E CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA COM EXTINÇÃO PARCIAL DA
EXECUÇÃO. DESCABIMENTO POR AFRONTA AO ART. 16 E
PARÁGRAFOS DA LEF.
Toda matéria útil à defesa do devedor, especialmente exceções
peremptórias, como a prescrição, devem ser alegadas nos embargos
do devedor, depois de garantido o Juízo da execução. Recurso
provido.
Sentença desconstituída.
(Apelação Cível nº 70001345420, 2ª Câmara Cível do TJRS, Santa
Rosa, Rel. Des. Elvio Schuch Pinto. j. 29.11.2000).

TJRS-121250) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CABIMENTO DA
CONDENAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA.
Recurso provido. (05 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70001715663, 19ª Câmara Cível do
TJRS, Santo Ângelo, Rel. Des. Mário José Gomes Pereira. j.
19.12.2000).

TJRS-121193) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CABIMENTO.
ILEGITIMIDADE DE PARTE. SUCESSÃO. RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA.
A denominada exceção de pré-executividade, construção pretoriana
e não prevista expressamente em lei, tem cabimento nas hipóteses
excepcionais e restritas de flagrante inexistência ou nulidade de título
executivo, bem assim nas hipóteses referentes a falta de
pressupostos processuais e/ou condições da ação. Tendo havido
sucessão, com retirada do sócio de forma regular da empresa, com
registro perante a Junta Comercial do Estado, não é ele responsável
tributário, mesmo que o fato gerador tenha ocorrido em época que
ainda integrava a sociedade.
Agravo não provido. (05 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70001832252, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Lajeado, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j. 20.12.2000).

TJRS-121189) PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. QUESTÕES SUSCITADAS EM UMA ÚNICA
PEÇA QUE ENVOLVE NÃO SOMENTE MATÉRIA DE ORDEM
PÚBLICA MAS TEMÁTICA PRÓPRIA DOS EMBARGOS DE
DEVEDOR.
É de ser mantida a decisão judicial que rejeitou a exceção de pré-
executividade, pois não é dado ao devedor opor-se a execução
mediante defesa dessa natureza, que tem caráter excepcional,
quando em uma única peça suscita temática não somente de ordem
pública, mas própria dos embargos, pois relativamente a própria
dívida executada. Nessa situação, o equacionamento das questões
suscitadas deve ser viabilizado mediante embargos, que têm caráter
mais abrangente. (art. 745 do CPC).
Agravo de Instrumento improvido. (04 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70001834787, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j.
27.12.2000).

TJRS-120060) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Discussão sobre limitação de juros, mesmo que sob o enfoque de
ilicitude do pactuado, não se resolve em sede de exceção de pré-
executividade, pena de arrostar o devido processo legal.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 598513349, 17ª Câmara Cível do TJRS,
Passo Fundo, Relª. Desª. Elaine Harzheim Macedo. j. 09.02.1999).
Referência Legislativa:
SÚMULA STF-596
LF-4595 DE 1964
CF-88 ART. 192 PAR-3

TJRS-114638) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Constituindo-se em modalidade excepcional do devedor de opor-se a
execução, só é admissível ante a ausência de pressuposto do
processo ou de ausência da pretensão de executar. Nos termos do
art. 16, par. 2º, da Lei 6880/80, no prazo dos Embargos, o executado
deverá alegar toda matéria útil a defesa. Sem o depósito integral da
quantia reclamada, é impossível suspender a exigibilidade do crédito
fiscal, nos termos do art. 151, II, do Código Tributário Nacional. (3
fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000191 114, 21ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Marco Aurélio Heinz. j. 17.11.1999).
Referência Legislativa:
LF-6830 DE 1980 ART. 16 PAR-2; CTN-151 INC-II
"

TJRS-114369) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EMENDA A


INICIAL. LEI Nº 5741/71. AVISOS.
Tratando-se de execução fundada na Lei nº 5741/71, não há que se
falar em Emenda a inicial se, após período de suspensão do feito,
limita-se o credor a pedir o seu prosseguimento. As cartas
registradas enviadas ao endereço dos devedores reclamando o
pagamento do financiamento imobiliário devem atender as
exigências do art. 2º, IV, da Lei 5741/71 e Súmula 199 do STJ. Mera
menção do suposto aviso de assunto relacionado com o
financiamento, não satisfaz os requisitos legais.
(Agravo de Instrumento nº 598454007, 9ª C âmara Cível do TJRS,
Arroio Grande, Relª. Desª. Maria Isabel Broggini. j. 28.04.1999).
Referência Legislativa:
LF-5741 DE 1971.
TJRS-111630) APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO E
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Realizado o distrato social do frigorífico devedor, com a imissão
deliberada da existência de passivo, após o julgamento do recurso
que confirmou a sentença condenatória proferida na ação de
cobrança que fora movida contra a empresa extinta, respondem os
sócios pelas dívidas pendentes, à luz do disposto no art. 16 do
Decreto n. 3708/1919.
Apelo improvido. Unânime.
(Apelação Cível nº 598374767, 15ª Câmara Cível do TJRS, Caxias
do Sul, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j. 01.09.1999).
Referência Legislativa:
DF 3708 DE 1919 ART. 16.

TJRS-110871) PROCESSUAL CIVIL E FISCAL.


Inviável o acolhimento de exceção de pré-executividade em
execução fiscal sob alegação de ausência de prévia comprovação,
pelo Fisco, dos requisitos do art. 135, III, do CTN, pois tal não
configura ausência de pressuposto de desenvolvimento regular do
feito executivo. Matéria a ser discutida em Embargos à Execução.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 599087335, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Cachoeira do Sul, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j.
05.05.1999).
Referência Legislativa:
CTN-135 INC-III.

TJRS-110870) PROCESSUAL CIVIL E FISCAL.


Inviável o acolhimento de exceção de pré-executividade em
execução fiscal sob alegação de ausência de prévia comprovação,
pelo Fisco, dos requisitos do art. 135, III, do CTN, pois tal não
configura ausência de pressuposto de desenvolvimento regular do
feito executivo. Matéria a ser discutida em Embargos à Execução.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 599087525, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Cachoeira do Sul, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j.
05.05.1999).
Referência Legislativa:
CTN-135 INC-III.

TJRS-110493) CAUTELAR INOMINADA. EXECUÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Ajuizada ação cautelar inominada com o objetivo de evitar a
inscrição do nome do autor nos cadastros de proteção ao crédito, é
necessária a propositura da ação principal como estatui o art. 806 do
CPC, caso seja ela preparatória. Em se tratando de cautelar
incidental, a sua vida depende diretamente do sucesso da ação
pregressamente proposta. A ação executiva não tem a natureza de
processo principal diante da cautelar incidental promovida. Tendo a
exceção de pré executividade sido julgada improcedente, falece ao
autor a pretensão de manutenção da liminar concedida em
decorrência da acessoriedade e dependência do processo cautelar.
Apelação desprovida.
(Apelação Cível nº 599428844, 1ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Paulo de Tarso Vieira Sanseverino. j.
27.07.1999).
Referência Legislativa:
CPC-806

TJRS-110397) LOCAÇÃO. EXECUÇÃO DE ALUGUÉIS. EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CABIMENTO. DÉBITO QUITADO.
EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO.
A exceção de pré-executividade é o instrumento utilizado para
discutir os requisitos da execução, os quais também podem ser
objeto de embargos do devedor. A diferença reside no fato daquela
não depender de segurança do juízo a sua admissibilidade e os
embargos, no entanto, exigirem a constrição judicial sobre o
patrimônio do devedor. Quando demonstrado o pagamento do débito
objeto da ação de execução através de exceção de pré-
executividade, impõe-se a extinção do processo, com fundamento no
inciso I do art. 794 do CPC.
Recurso desprovido.
(Apelação Cível nº 599212768, 15ª Câmara Cível do TJRS, Torres,
Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 01.09.1999).
Referência Legislativa:
CPC-794 INC-I

TJRS-109753) AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO


PROCESSUAL CIVIL E COMERCIAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Verificando-se que as duplicatas que embasam a execução, que
tiveram por causa a prestação de serviços, não foram submetidas a
aceite ou a protesto, deve-se reconhecer não ter executividade, a
despeito de haver prova do recebimento dos serviços. Decretada a
nulidade da execução com base no art. 619, I, do CPC.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599133212, 21ª C âmara Cível do TJRS,
Guaporé, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j.
30.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-619 INC-I.

TJRS-109747) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. MATÉRIAS PERTINENTES À EXCEÇÃO.
Pertinente à exceção são os aspectos referentes ao controle dos
pressupostos processuais, condições da ação de execução e da
pretensão de executar como deflui do art. 618, do Código de
Processo Civil. Matérias que impende ao Juiz conhecer até de ofício,
não mais do que isto. Alegações dependentes de dilação probatória
devem ser adjetivadas de heterotópicas e veiculadas em ação
própria, não obstante também incidental.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000959577, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Carlos Roberto Lofego Canibal. j.
07.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-618.

TJRS-109722) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Tem sido admitida a sua argüição por criação jurisprudencial
autorizando-se, assim, que o devedor, independentemente da
garantia ao juízo, árdua nulidade que diga respeito à condição da
ação. Contrato de abertura de crédito em conta corrente, mesmo
quando acompanhado pelos extratos de evolução do débito, não
constitui título executivo extrajudicial, em face da unilateralidade dos
registros, como reiteradamente tem decidido os Tribunais.
Jurisprudência iterativa nesse sentido. Inexistindo título executivo,
impõe-se a extinção da execução, eis que nulo o processo nos
termos do art. 618, I, do CPC. Em se tratando de decisão extintiva,
decorrente de incidente ajuizado pelo devedor, devida é a verba
honorária em face do princípio da sucumbência.
Agravo provido para tornar extinta a execução.
(Agravo de Instrumento nº 599353620, 20ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
10.08.1999).
Referência Legislativa:
CPC-618 INC-I

TJRS-109664) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACORDO


JUDICIAL. OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR O IMÓVEL SEM
QUAISQUER ÔNUS E DÍVIDAS. RECONHECIMENTO PARCIAL
DO DÉBITO. EXCESSO DE EXECUÇÃO. MATÉRIA A SER
DIRIMIDA EM SEDE DE EMBARGOS. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS DEVIDOS. (5 FLS.).
Havendo a entrega do imóvel em face de acordo judicial, com
descumprimento parcial do acordo, existente débito sobre o imóvel,
não há que se falar em nulidade da execução, mas de mero excesso
da execução, mormente pelo reconhecimento parcial do débito pelo
agravante. Inocorrência da hipótese prevista no art. 615, IV, do CPC.
Matéria a ser dirimida em sede de embargos. Honorários
advocatícios corretamente impostos ao excipiente.
Agravo desprovido. (5 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 599453198, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Canoas, Rel. Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro. j.
27.10.1999).
Referência Legislativa:
CPC-615 INC-IV

TJRS-109645) EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL.


CÁLCULO DO CONTADOR. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PAGAMENTO EFETUADO ANTES DA CITAÇÃO NA AÇÃO DE
EXECUÇÃO. ACOLHIMENTO DA EXCEÇÃO. DESCABIMENTO DE
IMPOSIÇÃO DE VERBA HONORÁRIA AO EXCIPIENTE.
INVERSÃO DA VERBA.
Instruída a execução com cálculo do contador, cumprido o requisito
do art. 614, II, do CPC. Efetuado o pagamento do débito antes da
citação no Processo Executório, descabida a imposição de verba
honorária ao excipiente. Inversão da verba honorária. Saldo de
custas de incumbência do excipiente.
Agravo de Instrumento parcialmente provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000021782, 1ª Câmara de Férias Cível
do TJRS, Itaqui, Rel. Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro. j.
29.12.1999).
Referência Legislativa:
CPC-614 INC-II
TJRS-109552) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
EM CONTA CORRENTE. TÍTULO EXECUTIVO INEXISTENTE.
O contrato de abertura de crédito em conta corrente celebrado entre
o banco credor e o correntista, mesmo que acompanhado de
extratos evolutivos do débito e firmado por duas testemunhas não
reveste o atributo de executibilidade, de vez que carece de liquidez,
requisito indispensável para a configuração do título executivo nos
termos do artigo 585, inc-II, do CPC. Aplicação da inteligência dos
art. 585 inc-II, art. 586 caput e 618 do CPC.
Recurso improvido.
(Apelação Cível nº 599225083, 16ª Câmara Cível do TJRS, Ijuí, Rel.
Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 02.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-595 INC-II; CPC-586; CPC-618; CPC-585 INC-II
"

TJRS-109517) PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO PROVISÓRIA.
É possível a execução provisória da sentença condenatória cível da
qual pende Agravo de Instrumento de decisão denegatória de
seguimento de recurso especial, com as cautelas do art. 588 do
CPC. Exceção não acolhida.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599170412, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Rejane Maria Dias de Castro Bins. j.
12.05.1999).
Referência Legislativa:
CPC-588.

TJRS-109481) EMBARGOS DO DEVEDOR. INSTRUMENTO


PARTICULAR DE CONFISSÃO DE DÍVIDA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. REVISÃO DE CONTRATO DE CONTA
CORRENTE. NOVACAO DE DÍVIDA.
I- Não se revisa contrato de conta corrente quitado, notadamente
quando novada a dívida através de instrumento de confissão, com
termos e condições certas e ajustadas de forma livre e consciente
pelas partes, sem qualquer prova escorreita de vícios de
consentimento.
II- O instrumento particular de confissão dívida, firmado pelo
devedor, fiador e duas testemunhas, apresenta-se hígido para a
propositura da execução, nos termos do art. 586 do CPC.
III- Proveram o apelo, desconstituindo a sentença. (6 fls.)
(Apelação Cível nº 599261955, 17ª Câmara Cível do TJRS, Butiá,
Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j. 31.08.1999).
Referência Legislativa:
CPC-586

TJRS-109456) EMBARGOS À EXECUÇÃO. CONTRATO DE


ABERTURA DE CRÉDITO. NÃO-EXECUTIVIDADE. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE DE REEXAME DA
MATÉRIA ALI APRECIADA E RESPEITANTE A CARÊNCIA DA
AÇÃO.
O contrato de abertura de crédito em conta corrente, ainda que
acompanhado de extratos, carece dos requisitos da liquidez, certeza
e exigibilidade, previstos no caput do art. 586 do CPC. Ausente a
percentagem dos juros e identificação dos encargos cobrados,
prejudicada a compreensão dos lançamentos.
Precedentes do STJ. Apelação desprovida.
(Apelação Cível nº 598456804, 18ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Wilson Carlos Rodycz. j. 29.04.1999).
Referência Legislativa:
CPC-586.

TJRS-109404) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


A exceção de pré-executividade, como medida excepcional que é, só
pode ser aceita em casos especialíssimos, quando evidente a falta
de requisitos do título que se pretende executar (art. 585, do CPC).
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599145711, 16ª Câmara Cível do T JRS,
Lagoa Vermelha, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 12.05.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585

TJRS-109389) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


A exceção de pré-executividade, como medida excepcional que é, só
pode ser aceita em casos especialíssimos, quando evidente a falta
de requisitos do título que se pretende executar (art. 585, do CPC).
Além dessa exigência, fundamental que o incidente tenha ajuizado
antes do prazo de embargos, uma vez que a exceção não pode
substituir os embargos à execução.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599359726, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Cruz do Sul, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j.
11.08.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585.

TJRS-109386) PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
A exceção oposta somente pode ser acolhida se o título que instrui a
inicial não está elencado no artigo 585 e incisos do Código de
Processo Civil e na Legislação extravagante, ou se formalmente
eivado de vício que acarrete sua nulidade. Quando a defesa
impugna o título exeqüendo, mas o faz com base em fundamento
legal diverso daquele que instrui a ação executiva, buscando alterar
sua essência, é caso de rejeição da exceção de pré-executividade.
Apelo provido. Sentença desconstituída. (6 fls.)
(Apelação Cível nº 70000241844, 12ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Ana Maria Nedel Scalzilli. j. 25.11.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585.
TJRS-109330) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE
EXECUÇÃO E REVISIONAL DE CONTRATO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
O incidente da exceção de pré-executividade visa reconhecimento
de situação de nulidade do título, que não se configura quando
ajuizada ação revisional. O prévio ajuizamento da ação revisional
não inibe o credor de promover a execução ou implica na nulidade
desta. Art. 585, par-1º, do CPC.
Agravo improvido. (4 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70000140038, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 03.11.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 PAR-1º

TJRS-109304) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE LOCAÇÃO.
É título executivo extrajudicial o contrato de locação (art. 585, IV, do
CPC), considerando que a ação de despejo por falta de pagamento
promovida anteriormente pelo locador não foi cumulada com a
cobrança de aluguéis.
Agravo improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000362400, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Jaguarão, Rel. Des. Manuel Martinez Lucas. j. 15.12.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-IV.

TJRS-109297) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE SEGURO DE VIDA.
FORMALIZAÇÃO. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
A prova do contrato de seguro, para sua executividade, faz-se pela
emissão da apólice, a priori. Pela regra do art. 585, III, do CPC o
título controvertido desfruta de força realizativa pertinente ao direito
que encerra. Inocorrência de situação que arrede, de plano, por
prova pré-ordenada, o caráter executivo do título que aparelha a
execução.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599474673, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Caxias do Sul, Relª. Desª. Matilde Chabar Maia. j.
22.09.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-III

TJRS-109267) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRATO BANCÁRIO DE ABERTURA DE
CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. AUSÊNCIA DE
EXECUTIVIDADE.
O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, mesmo que
acompanhado de extratos, não se amolda na figura do art. 585, inc.
II, do CPC, faltando-lhe a certeza quanto a existência e evolução do
débito, cujo levantamento é unilateral. Só o legislador pode atribuir-
lhe eficácia executiva, porquanto ao Poder Judiciário e dão a
formação tão-somente dos títulos executivos judiciais, oriundos de
processo de conhecimento, seja através de ações sumárias.
Precedente do STJ.
Processo executivo julgado extinto. Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599323631, 17ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Ângelo, Relª. Desª. Elaine Harzheim Macedo. j. 29.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II

TJRS-109215) EMBARGOS DE DEVEDOR. PROCESSUAL CIVIL.


EMBARGOS DE DEVEDOR E EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. INÉPCIA DA INICIAL NÃO CONFIGURADA.
O fato de o embargante, na inicial dos embargos se reportar, no que
tange a fundamentação do pedido, aos lançados em prévia exceção
de pré-executividade não apreciada nos autos da execução não
importa seja inepta a exordial dos embargos. Aplicação dos
princípios da instrumentalidade e da economia processual.
Processual civil. Contrato de abertura de crédito em conta corrente.
Título executivo inexistente. O contrato de abertura de crédito em
conta corrente celebrado entre o banco credor e o correntista,
mesmo que acompanhado de extratos evolutivos do débito e firmado
por duas testemunhas não reveste o atributo de executibilidade, de
vez que carece de liquidez, requisito indispensável para a
configuração do título executivo nos termos do artigo 585, inciso II,
do Código de Processo Civil. Aplicação e inteligência dos artigos
585, inciso II, 586, caput, e 618 do Código de Processo Civil.
Processual Civil. Honorários. Elevação da verba honorária. Em se
tratando de demanda em que houve julgamento antecipado e
decretação de nulidade da execução, além de somente terem sido
objeto de discussão matérias corriqueiras e já pacificadas na
jurisprudência, não se justifica a elevação da verba honorária
originalmente fixada em 10% sobre o valor da causa. Recurso
principal e adesivo improvidos. (15 fls.)
(Apelação Cível nº 70000178822, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Igrejinha, Rel. Des. Claudir Fidélis Faccenda. j. 17.11.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II; CPC-586; CPC-618
"

TJRS-109146) EXECUÇÃO. CONTRATO DE HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS. OBRIGAÇÕES RECÍPROCAS. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE.
O contrato escrito, duplamente testemunhado e que contém valor
determinado, é título executivo nos moldes do art. 585, II, do CPC. A
reciprocidade de obrigações não afeta a exigibilidade do título se,
aquele que pretender cobrar o seu crédito, provar que cumpriu a sua
parte no contrato, fazendo cessar a bilateralidade do vínculo
contratual (art. 615, IV, do CPC).
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 598285310, 15ª Câmara Cível do TJRS, Canoas,
Rel. Des. Manuel Martinez Lucas. j. 30.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II. CPC-615 INC-IV.

TJRS-109102) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA DE AMORTIZAÇÃO.
Executoriedade, firmado pelo devedor e por duas testemunhas,
contendo obrigação de pagar quantia certa (art. 585, II, do CPC) e
acompanhado de demonstrativo atualizado do valor do débito (art.
614, II, do CPC).
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 599139078, 11ª Câmara Cível do TJRS, Pelotas,
Rel. Des. Bayard Ney de Freitas Barcellos. j. 19.05.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC-II CPC-614 INC-II

TJRS-109085) EXECUÇÃO. CONTRATO DE LOCAÇÃO. EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. AUTENTICAÇÃO DO CONTRATO.
ASSINATURA DE TESTEMUNHAS. OUTORGA UXÓRIA.
Se não for impugnado o teor do contrato de locação que embasa a
ação de execução, admite-se cópia ainda que não autenticada. A lei
não exige assinatura de testemunhas no contrato de locação para
valer como título executivo extrajudicial (interpretação do art. 585, IV,
CPC). Prescindível a rubrica do fiador em todas as folhas do contrato
se este está devidamente assinado no local indicado. A nulidade da
fiança prestada sem outorga uxória compete a mulher ou seus
herdeiros a legitimidade para a alegação, através de ação
competente.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599070422, 15ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Manoel Martinez Lucas. j. 31.03.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC. IV
TJRS-109062) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ESCRITURA PÚBLICA DE CONFISSÃO DE DÍVIDA. TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
A escritura pública de confissão de dívida formalmente perfeita se
constitui em título executivo extrajudicial, a teor do art. 585, II, do
CPC. Improcedência da exceção de pré-executividade oposta pelos
devedores.
Apelo provido. Unânime.
(Apelação Cível nº 198058216, 20ª Câmara Cível do TJRS, Butiá,
Rel. Des. Rubem Duarte. j. 27.04.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC. II.

TJRS-109056) NEGÓCIO JURÍDICO-BANCÁRIO. DIREITO CIVIL.


Contrato de abertura de crédito em conta corrente, mesmo
acompanhado de extratos da movimentação durante o período, não
constitui título executivo extrajudicial, como reiteradamente vem
decidindo o Superior Tribunal de Justiça. Nele, só se consigna a
possibilidade de utilizar determinado crédito, não constituindo
obrigação de pagar quantia determinada e não se moldando ao
disposto no art. 585, inc. II, do CPC. Em exceção de pré-
executividade, por se tratar de incidente processual, e não de
processo autônomo, descabe condenação de honorários
advocatícios.
Sentença de extinção da execução. Apelação do exeqüente
improvida e provida a apelação do executado.
(Apelação Cível nº 598604874, 1ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Luiz Felipe Silveira Difini. j. 24.02.1999).
Referência Legislativa:
CPC-585 INC. II.

TJRS-109027) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. TRANSAÇÃO POR PARTE NÃO
REPRESENTADA POR ADVOGADO. HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL.
TÍTULO EXECUTIVO. VALIDADE.
A transação realizada por parte, diretamente, não representada por
advogado, não induz de plano, nulidade. Assim, sua homologação
forma título executivo, na forma do art. 584, III, do CPC, que
permanece hígido ao singelo ataque mediante exceção de pré-
executividade.
Agravo desprovido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000168773, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j.
09.11.1999).
Referência Legislativa:
CPC-584 INC-III.

TJRS-108665) EMBARGOS DECLARATÓRIOS. CONTRADIÇÃO E


OMISSÃO INEXISTENTES. EMBARGOS PROTELATÓRIOS.
Restando claro do aresto os motivos pelos quais foi mantida
condenação em litigância de má fé e rejeição de exceção de pré-
executividade, não estão presentes omissões ou contradições a
justificar o manejo de Embargos Declaratórios, mas, sim, presente
seu caráter protelatório.
Rejeitaram os embargos e aplicaram a multa prevista pelo par. único
do art. 538 do CPC.
(Embargos Declaratórios nº 70000514265, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Bagé, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j. 21.12.1999).
Referência Legislativa:
CPC-538 PAR-ÚNICO.

TJRS-107835) DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS


DECLARATÓRIOS. PREQUESTIONAMENTO.
Presente pressuposto de desenvolvimento regular do feito executivo,
não cabe o acolhimento de exceção de pré-executividade.
CONTRADIÇÃO INEXISTENTE. Havendo o órgão fracionário dado
aplicação aos dispositivos legais, por óbvio os entende conformes
com a Lei Maior e com o sistema jurídico, não existindo a omissão
apontada. Nos demais, mesmo para os efeitos de
prequestionamento, devem existir os vícios mencionados no art. 535,
I e II, do Código de Processo Civil.
Embargos desacolhidos.
(Embargos Declaratórios nº 599149077, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j.
31.03.1999).
Referência Legislativa:
CPC-535 INC-I INC-II.

TJRS-107531) ARTIGO 526, CPC. CONSEQÜÊNCIAS AO


DESATENDIMENTO DO ÔNUS PROCESSUAL QUE NELE SE
CONSAGRA: PERDA DA POSSIBILIDADE PROCESSUAL DE
OBTER RETRATAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não se destina ela a avançar sobre a própria relação de direito
material, mas apenas a atacar processo de execução carente de
título executivo. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599300480, 20ª Câmara Cíve l do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Arminio José Abreu Lima da Rosa. j.
26.10.1999).
Referência Legislativa:
CPC-526.

TJRS-107294) PROVIMENTO JUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. MANUSEIO DA
APELAÇÃO. ERRO GROSSEIRO. RECURSO NÃO CONHECIDO.
O provimento judicial que decide sobre exceção de incompetência
constitui decisão interlocutória (aquela que resolve questão no curso
do processo, sem por fim ao procedimento de Primeiro Grau), contra
a qual cabível é o recurso de Agravo de Instrumento (art. 522, CPC).
O manuseio de recurso de Apelação, neste caso, constitui erro
grosseiro, a inibir a incidência do princípio da fungibilidade recursal.
Agravo de Instrumento desprovido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599468386, 2ª Câmara de Fér ias Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 30.09.1999).
Referência Legislativa:
CPC-522.

TJRS-105358) REEXAME NECESSÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.


IPTU. INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE PROCEDENTE.
Extinção do feito com base no art. 267, VI, do Código de Processo
Civil.
Sentença confirmada em reexame necessário.
(Reexame Necessário nº 598317972, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Capão da Canoa, Rel. Des. Francisco José Moesch. j. 18.08.1999).
Referência Legislativa:
CPC-267, INC. VI.

TJRS-105325) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE


TÍTULO JUDICIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IRREGULARIDADE DO TÍTULO EXECUTIVO. CABIMENTO DA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE PARA DISCUTIR A
IRREGULARIDADE DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL.
A anterior interposição de embargos do devedor não afasta essa
possibilidade, pois não houve discussão em torno dessa questão
processual, que, sendo de ordem pública, pode ser conhecida em
qualquer momento e grau de jurisdição (art. 267, par. 3º, do CPC). A
sentença prolatada em ação de anulação de nota promissória
extraviada, além de declarar a nulidade da cártula, deve indicar a
forma de constituição de um novo título, especialmente tendo isso
sido expressamente requerido pelo portador desapossado, sob pena
de não contar com efeitos executivos. Inteligência do artigo 36, par.
3º e par. 4º do Decreto nº.2044/1908 combinado com o artigo 911 do
CPC.
Extinção da execução decretada. Agravo provido. (5 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70000017566, 1ª Câmara de Férias Cíve l
do TJRS, Rio Grande, Rel. Des. Paulo de Tarso Vieira Sanseverino.
j. 21.10.1999).
Referência Legislativa:
CPC-267 PAR-3. DF 2044 DE 1908 ART. 36 PAR-3, PAR-4. CPC-
911.

TJRS-105070) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. AÇÃO REVISIONAL PRECEDENTEMENTE
AFORADA AO PROCESSO DE EXECUÇÃO.
Podendo a decisão da ação revisional influir no valor do crédito
exigido, configura-se causa prejudicial externa que autoriza a
suspensão da execução. Incidência do art. 265, IV, "a", do CPC.
Relevância do resultado útil da sentença.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599213345, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Canoas, Rel. Des. Guinther Spode. j. 08.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-265 INC-IV LET-A

TJRS-105066) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. AÇÃO REVISIONAL AFORADA. EXISTÊNCIA
DE PROCESSO EXECUTIVO.
Podendo a decisão da cão revisional influir no valor do crédito
exigido, configura-se causa prejudicial externa que autoriza a
suspensão da execução. Incidência do art. 265, IV, "a", do CPC.
Relevância do resultado útil da sentença.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000362459, 19ª Câmara Cível do
TJRS, Sobradinho, Rel. Des. Guinther Spode. j. 21.12.1999).
Referência Legislativa:
CPC-265 INC-IV LET-A
TJRS-104857) EMBARGOS DO DEVEDOR. AUSÊNCIA DE
PREPARO. QUESTÕES SUSCITADAS COMO EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. SITUAÇÕES QUE NÃO COMPROMETEM A
VALIDADE DO PROCESSO DE EXECUÇÃO.
Recebida a exceção de pré-executividade como embargos do
devedor e assim autuada e processada, restando preclusa a matéria
pelo não seguimento do agravo de instrumento interposto contra este
recebimento da peça processual da parte, inevitável ostenta-se o
preparo da ação incidental, pena de cancelamento da distribuição e
extinção do feito, nos termos do artigo 257, combinado com o artigo
267, IV, ambos do CPC. Defeitos alegados, outrossim, que não se
revelam capazes de infirmar a validade do processo de execução.
Apelação improvida.
(Apelação Cível nº 598561819, 18ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 25.03.1999).
Referência Legislativa:
CPC-257. CPC-267 INC. IV.

TJRS-104543) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE: REJEIÇÃO. CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS.
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
I. A exceção de pré-executividade, medida de construção pretoriana,
sem previsão legal e contrária ao princípio da autonomia da
execução, só é de ser admitida em hipóteses teratológicas, sob pena
de se tornar sucedâneo da defesa sistêmica a ser deduzida em sede
de embargos do devedor.
II. Se a exceção é rejeitada e mantida hígida a execução, não cabe
condenação na verba honorária, face ao disposto pelo § 1º do art. 20
do CPC.
III. Intentando os excipientes, na mesma data, embargos do devedor
e a pré-executividade autônoma, deduzida, naqueles, preliminares
idênticas as da exceção, caracterizam-se as hipóteses dos incisos
IV, V, VI, do art. 17 do CPC, indo mantida a averbação nas penas da
litigância de má-fé.
IV. Agravo parcialmente provido.
(Agravo de Instrumento nº 599182425, 17ª Câmara Cível do TJR S,
Bagé, Rel. Des. Fernando Braf Henning Junior. j. 26.10.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20, PAR-1, CPC-17.

TJRS-104462) EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE


CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. TÍTULO ILÍQUIDO. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO. MAJORAÇÃO. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO NÃO É TÍTULO EXECUTIVO.
Quando manifesta a nulidade do título que embasa a execução,
antes da penhora, pode ser argüida exceção de pré-executividade.
Acolhido o incidente e extinta a execução, há vencedor e vencido,
cabendo, pois, a condenação da verba honorária. Embargada ou não
a execução, os honorários advocatícios são fixados de acordo com
os parâmetros do § 4º do art. 20 do CPC. Todavia, devem condizer
com a expressão econômica da causa, não se justifica a fixação da
verba honorária em valor incompatível com o trabalho do advogado,
a ser dignamente remunerado.
Apelação do credor improvida, e a do devedor provida em parte.
(Apelação Cível nº 598199172, 18ª Câmara Cível do TJRS, São
Borja, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j. 24.06.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-4

TJRS-104399) CÉDULA RURAL PIGNORATÍCIA E HIPOTECÁRIA.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Correta a decisão que extingue a execução para entrega de coisa
incerta quando no título figura obrigação de pagar quantia certa.
Impossibilidade de conversão dos ritos. Honorários advocatícios.
Não há prosperar pretensão de arbitramento da verba honorária
segundo o valor arbitrado para a causa quando foi fixada nos moldes
do par. 4º do art. 20 do CPC.
Apelação improvida.
(Apelação Cível nº 598233179, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Gaurama, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 25.03.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-4.

TJRS-104398) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO PESSOAL COM GARANTIA DE
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA E FIANÇA.
Se o contrato de abertura de crédito pessoal é fruto de renegociação
de dívida oriunda de precedente contrato de abertura de crédito em
conta-corrente, falta-lhe liquidez e certeza para embasar execução
forçada. Verba honorária. Arbitrada em consonância com o disposto
no art. 20, par. 4º, do CPC, inexistindo condenação.
Apelos não-providos.
(Apelação Cível nº 598503951, 14ª Câmara Cível do TJRS, Três de
Maio, Rel. Des. Marco Antônio Bandeira Scapini. j. 08.04.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-4.

TJRS-104362) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO


QUE REPETE MATÉRIA JÁ DECIDIDA.
Não cabe a parte suscitar novamente matéria já decidida, inclusive
em grau de recurso, ainda que o faça em sede de exceção de pré-
executividade, já operada a preclusão. Matéria de fundo, de toda
sorte, com jurisprudência firmada na Câmara, pelo cabimento da
fixação de honorários em execução por título extrajudicial, pelo
menos na letra atual do art. 20, § 4º do CPC.
Agravo não conhecido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000297226, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Rejane Maria Dias de Castro Bins. j.
01.12.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-4.
TJRS-104234) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS.
I - A exceção de pré-executividade, construção pretoriana, só há de
ser admitida naqueles casos em que, a primeira vista, é possível
concluir pela nulidade do título ou do processo de execução.
Dependendo de prova, seu descabimento é palmar.
II - Como a exceção é incidente e processada, modo sumário, nos
próprios autos da execução, não incidem honorários de advogado (§
1º e § 2º do art. 20 do CPC).
III - Agravo provido em parte.
(Agravo de Instrumento nº 599209798 , 17ª Câmara Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Fernando Braf Henning Junior. j. 25.05.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR-1 PAR-2

TJRS-104171) CONTRATOS E PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO EM CONTA CORRENTE.
Inexecutividade consolidada no STJ, mesmo que subscrito por duas
testemunhas e acompanhado de demonstrativo completo e
discriminado do débito. Nulidade de pleno direito. Viabilidade e
acolhimento da exceção. Vício que contamina a nota promissória a
ele vinculada. Sucumbência. Condenação do exeqüente. Não
infringência ao par. 1º do art. 20 do CPC.
Agravo de Instrumento provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000040501, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Wilson Carlos Rodycz. j. 14.10.1999).
Referência Legislativa:
CPC-20 PAR. 1

TJRS-103699) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. AUSÊNCIA
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado dos
extratos, que são documentos unilaterais, não ostenta executividade,
que por se tratar de condições basilares exigidas no processo
executivo (ausência de liquidez), justifica o seu acolhimento pela via
da exceção de pré-executividade.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. IGUALDADE DE TRATAMENTO.
Devendo as partes litigantes receber do juiz tratamento igualitário
(art. 125, I), não se justifica que saindo vencedor o réu seus
honorários sejam fixados em quantum inferior ao que caberia ao
autor, se vencesse.
Apelo do banco não provido e do excipiente provido.
(Apelação Cível nº 598198869, 19ª Câmara Cível do TJRS, Ronda
Alta, Rel. Des. Guinther Spode. j. 16.03.1999).
Referência Legislativa:
CPC-125 INC. I

TJRS-103372) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONFISSÃO


DE DÍVIDA. EXIGIBILIDADE. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO.
DEMANDA REVISIONAL PENDENTE DE JULGAMENTO.
EXTINÇÃO DO FEITO EXECUTIVO. IMPOSSIBILIDADE.
I. Na forma do par 1º do art. 585 do CPC, o simples fato do
ajuizamento de revisional, não obsta o credor de intentar a execução
ao amparo do título extrajudicial revisando, ainda que haja acórdão,
pendente de recurso especial e extraordinário, dado pela
procedência daquela revisão.
II. Assim, não pode o juízo determinar ao credor que apresente
demonstrativo de débito substitutivo e de acordo com o aresto não
transitado em julgado, vez que aquele junto ao processo
corresponde aos dados do título executivo que permanece hígido.
Menos, extinguir a execução ao amparo do descumprimento da
ordem e a teor do inciso II do art. 614 do CPC.
III. Face as peculiaridades do caso concreto, é de se admitir a
revisional como embargos prévios e, seguro o juízo pela penhora,
suspender-se a execução, forte no inciso I do art. 791 do CPC até o
julgamento definitivo da revisão contratual.
IV. Proveram em parte a apelação e desconstituíram a sentença.
(Apelação Cível nº 598414720, 17ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j. 25.05.1999).
Referência Legislativa:
CPC ART. 585 PAR. 1. CPC-614 NC-II. CPC-791 INC. I

TJRS-103206) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. REVISIONAL DE EXECUÇÃO.
Nem a ação revisional, nem a exceção de pré-executividade tem o
condão de alterar o curso do feito executivo, privilégio este que é do
incidente dos Embargos, nos termos do CPC, 585, parágrafo
primeiro. Irrazoabilidade de nulificar-se o feito executivo via
provimento dos autos da execução.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599355997, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Cruz do Sul, Rel. Des. Mário José Gomes Pereira. j.
14.09.1999).
Referência Legislativa:
CPC- 585

TJRS-103188) AGRAVO INOMINADO. NEGATIVA DE


SEGUIMENTO A AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. TÍTULO EXECUTIVO REVISADO POR
FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL. DESCABIMENTO DA EXCEÇÃO
OPOSTO.
A exceção de pré-executividade somente é cabível quando houver
nulidade flagrante da execução, pagamento do título ou ausência de
condições da ação, situações inocorrentes no caso. O contrato
executado, até prova em contrário, é título executivo, preenchendo
os requisitos legais. Os encargos incidentes sobre o título
encontram-se acobertados pela coisa julgada.
Agravo de instrumento manifestamente improcedente. Inteligência do
art. 557 do CPC. Agravo inominado desprovido.
(Agravo Inominado nº 70000076398, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro. j.
08.09.1999).
Referência Legislativa:
CPC- 557

TJRS-103085) EXECUÇÃO. SENTENÇA QUE ACOLHE O PEDIDO


DE EXTINÇÃO DO PROCESSO, FEITO PELO CREDOR, APÓS A
APRESENTAÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE POR
PARTE DO DEVEDOR. SUCUMBÊNCIA.
Responde a parte credora pelos honorários, se a desistência da
execução deu-se após a manifestação do executado nos autos- art.
26, caput, do CPC.
(Apelação Cível nº 598290450, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Tramandaí, Relª. Desª. Maria Isabel Broggini. j. 20.10.1999).
Referência Legislativa:
CPC- 26

TJRS-102803) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. FALTA DE
FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO HOSTILIZADA.
INOCORRÊNCIA.
Não há ofensa ao art. 93, IX da Constituição Federal, quando o
afastamento da pretensão deduzida em juízo, se dá por argumentos
sólidos e juridicamente relevantes, embora de forma sucinta.
Precedentes jurisprudenciais. A exceção de pré-executividade, dado
o seu caráter de excepcionalidade, está reservada para casos de
evidente nulidade e que dizem respeito aos pressupostos da ação.
Toda a matéria de defesa e que depende de dilação probatória,
deverá ser argüida em sede de embargos, após seguro o juízo.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000167072, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Cruz do Sul, Relª. Desª. Teresinha de Oliveira Silva. j.
10.11.1999).
Referência Legislativa:
CF-93, INC-IX DE 1988.

TJRS-098584) EMBARGOS DO DEVEDOR. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. JUROS. LIMITAÇÃO. CAPITALIZAÇÃO.
A desconsideração da novação, somente se dá diante de prova da
nulidade das cláusulas novadas. Art. 1007, CCB. Ausente prova
sobre o contrato anterior, não se pode reconhecer a nulidade. Os
juros, porém, estão limitados a 12% ao ano. Legislação
infraconstitucional.
Provimento parcial da apelação. Readequação da sucumbência.
(Apelação Cível nº 598541134, 19ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Carlos Rafael dos Santos Junior. j. 04.05.1999).
Referência Legislativa:
CCB-1007.

TJRS-097874) PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONDIÇÃO DA AÇÃO. ILEGITIMIDADE
PASSIVA.
Restando demonstrada documentalmente a incidência do art. 1503,
inc. I do CC, não há por que exigir-se o ajuizamento de embargos e
a penhora de bens para reconhecer a ilegitimidade passiva dos
agravantes.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599210556, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Bárbara do Sul, Relª. Desª. Rejane Maria Dias de Castro Bins.
j. 26.05.1999).
Referência Legislativa:
CC-1503 INC. I.
TJRS-095710) TUTELA EXECUTIVA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO.
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO. MATÉRIA DE ORDEM
PÚBLICA.
O contrato de abertura de crédito em conta corrente, de acordo com
a última interpretação consolidada pela Segunda Seção composta
pelas Terceira e Quarta Turmas do STJ, carece dos pressupostos de
constituição e de desenvolvimento válido do processo, mesmo
quando acompanhado de extratos discriminativos da evolução do
débito e respectivas rubricas. Falta de caracterização do direito
formativo dos títulos executivos extrajudiciais.
Apelação desprovida.
(Apelação Cível nº 598109403, 17ª Câmara Cível do TJRS, São
Borja, Rel. Des. Luciano Ademir José D'avila. j. 02.03.1999).

TJRS-095703) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade não se presta à discussão de
matérias de fato controversas, cuja comprovação exija maior dilação
probatória, a qual somente é cabível em sede de embargos de
devedor.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598517597, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Lagoa Vermelha, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 10.03.1999).

TJRS-095282) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Revisando posição anterior de executividade do contrato de abertura
de crédito em conta corrente instrumentalizado, acompanhado de
extratos, posiciono-me no sentido de que não é título executivo.
Entendimento majoritário da 2 seção do STJ, em decisão recente.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 598239770, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Rio Grande, Relª. Desª. Elba Aparecida Nicolli Bastos. j. 09.02.1999).
TJRS-094791) PROCESSUAL CIVIL. RECURSO DE AGRAVO.
AUTENTICAÇÃO DAS PEÇAS. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. PRELIMINAR.
Não é necessário autenticar-se peças que instruem o recurso de
Agravo de Instrumento. Cabe ao agravado demonstrar prejuízo ou
ilegalidade. Exceção de pré-executividade, efeitos. Esse incidente
não suspende o processamento da demanda executiva, senão que
apenas os embargos do devedor. Procedente do Nono Grupo Cível
desta casa. Decisão reformada.
Agravo de instrumento provido, rejeitada a preliminar.
(Agravo de Instrumento nº 598121655, 18ª Câmara Cível do TJRS,
São Borja, Rel. Des. Wilson Carlos Rodycz. j. 25.03.1999).

TJRS-094300) AGRAVO DE INSTRUMENTO.


Exceção de pré-executividade é limitada a análise da existência do
título em que se funda a execução, não se prestando para a
discussão de cláusulas contratuais. A conexão com ação revisional,
analisada em decisão anterior, não pode ser apreciada neste
recurso.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598528750, 11ª Câmara Cível do TJRS,
Gravataí, Rel. Des. Bayard Ney de Freitas Barcellos. j. 10.03.1999).

TJRS-093009) ALEGAÇÃO DE CUMPRIMENTO DO CONTRATO.


Se a tese é de defesa, a parte deve argüi-la nos Embargos, não
sendo o caso de exceção de pré-executividade.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 598519676, 6ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Decio Antônio Erpen. j. 24.02.1999).

TJRS-092975) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE DE


EXECUÇÃO DE SENTENÇA, POR REMANESCENTE DÉBITO
DECORRENTE DO CONTRATO PELO VENCEDOR. CONDENADA
A AGRAVANTE É RESPONSÁVEL PELA SUCUMBÊNCIA.
O acórdão admite e indica a compensação por débito do devedor
exeqüente. Não aceita, formalmente, a atualização das prestações
devidas pelo vencedor. Impõe-se o prosseguimento da execução de
sentença, com desacolhimento da exceção de pré-executividade. Se
maior o débito do agravado, arcará com o ônus de ser judicialmente
cobrado.
Negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 598250538, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Elba Aparecida Nicolli Bastos. j.
09.02.1999).

TJRS-092386) DIREITO TRIBUTÁRIO E FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Cabível a condenação de honorários advocatícios em incidente
processual quando este extingue o processo com ou sem decisão de
mérito.
Apelo improvido e sentença confirmada em reexame necessário.
(Apelação Cível nº 598518223, 21ª Câmara Cível do TJRS, Seberi,
Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j. 03.02.1999).

TJRS-092297) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Somente aquele que é parte legítima passiva na ação executiva tem
legitimidade para opor, incidentalmente, a questão da pré-
executividade do título exeqüendo. Decisão mantida.
Liminar revogada.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598602001, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Santa Cruz do Sul, Relª. Desª. Ana Maria Nedel Scalzilli. j.
09.03.1999).

TJRS-092083) NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA.
Caso em que mantém a sentença que extinguiu a execução, por
tratar-se de procedimento por quantia certa e não para entrega de
coisa incerta.
(Apelação Cível nº 598233815, 14ª Câmara Cível do TJRS,
Gaurama, Rel. Des. Rui Portanova. j. 25.03.1999).

TJRS-091697) AGRAVO DE INSTRUMENTO. DESERÇÃO DE


RECURSO POR FALTA DE PREPARO. REQUERIMENTO DE
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA.
Se o excipiente, na exceção de pré-executividade, postula o
benefício da gratuidade processual (equivocadamente denominada
de Assistência Judiciária Gratuita), alegando problemas de saúde, e
o juízo não se manifesta acerca do requerido, mas recebe a exceção
e a julga improcedente, a parte não pode ser prejudicada no recurso
de apelação frente à omissão do Juízo. Garantia constitucional ao
recebimento da prestação jurisdicional (devido processo legal).
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 598483352, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Uruguaiana, Rel. Des. Tupinambá Pinto de Azevedo. j. 16.03.1999).

TJRS-091696) EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE


CRÉDITO ROTATIVO EM CONTA CORRENTE. EXCEÇÃO DE PRÉ
EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO.
Apelo desprovido.
(Apelação Cível nº 598190635, 17ª Câmara Cível do TJRS, São
Borja, Rel. Des. Demétrio Xavier Lopes Neto. j. 09.03.1999).

TJRS-091071) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Não é a via adequada para extinguir execução, quando esta se
funda em contrato de confissão de dívida, eis que tal contrato se
originou de novação de contratação pretérita entre as partes.
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 598369908, 18ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j. 29.04.1999).
TJRS-090963) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A execução de pré-executividade mostra-se possível nas hipóteses
de manifesta carência de pretensão executória ou ausência de
pressuposto processual essencial à propositura daquela ação,
demonstrado, de plano, por prova documental, a não permitir
controvérsia e produção de prova em contrário, de outra natureza.
No caso, as alegações dos agravantes, conquanto respaldadas em
início de prova documental, por sua própria substância, comportam
contrariedade e eventual produção de prova pericial e testemunhal.
Correta, portanto, a decisão de remeter a análise das questões
(principalmente aquela relativa aos limites da responsabilidade
tributária), certamente controvertidas, aos embargos, possibilitando a
dilação probatória ampla, insuficiente à prova documental
apresentada para um juízo de carência ou extinção por ausência de
pressuposto processual.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598497923, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. João Armando Bezerra Campos. j.
12.05.1999).

TJRS-090533) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


"EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO.
INADMISSIBILIDADE.
Não se admite a execução de contrato de abertura de crédito,
mesmo que acompanhado dos extratos de sua utilização, por
ausência de liquidez. Recurso utilização, por ausência de liquidez.
Recurso improvido." (AC 197114713). Apelo desprovido.
(Apelação Cível nº 599056561, 15ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Vicente Barroco de Vasconcelos. j. 26.05.1999).

TJRS-090501) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


PRESSUPOSTOS. EXECUÇÃO DE CONTRATO DE FIANÇA
ACOMPANHADO DE BLOQUETOS DE COBRANÇA.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Execução lastreada em contrato de fiança - que estabelece limite de
crédito garantido, inclusive para dívidas futuras - acompanhado de
bloquetos de cobrança bancária e notas fiscais. Fatura sem recibo
de entrega da mercadoria, e título incompleto, destituído de liquidez
e certeza. Em causa de valor elevado, onde a execução restou
extinta em sede de exceção de pré-executividade, a condenação do
sucumbente na verba honorária de 10% do valor da execução não
comporta majoração.
(Apelação Cível nº 598253755, 9ª Câmara Cível do TJRS, Pelotas,
Relª. Desª. Mar ia Isabel Broggini. j. 28.04.1999).

TJRS-090458) AÇÃO DE EXECUÇÃO. CONTRATO DE LOCAÇÃO.


INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE E EMBARGOS DO DEVEDOR.
A exceção de pré-executividade, modalidade excepcional de
oposição do executado, é o instrumento utilizado para discutir os
requisitos da execução, os quais devem, naturalmente, ser objeto de
embargos do devedor. Inadmissível a interposição da exceção de
pré-executividade e dos embargos concomitantemente, por
caracterizar duplicidade de instrumentos para o mesmo fim, o que é
contrário à sistemática processual vigente.
Recurso desprovido.
(Apelação Cível nº 598272953, 15ª Câmara Cível do TJRS, Rio
Grande, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 31.03.1999).

TJRS-090194) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Deduzindo-a o devedor cria incidente que deve ser examinado pelo
Juiz. Instrumento de confissão de dívida. Devidamente formalizado, é
título executivo.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599145653, 17ª Câmara Cível do TJRS,
Lagoa Vermelha, Relª . Desª. Genaceia da Silva Alberton. j.
19.05.1999).

TJRS-089871) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. RECURSO


CABÍVEL.
Tratando-se a exceção de pré-executividade de incidente
processual, a decisão que a denega é passível de recurso de Agravo
de Instrumento, sendo este o entendimento dominante na doutrina e
na jurisprudência, não podendo ser conhecido o recurso. Interposto
em seu lugar o recurso de apelação, revela-se erro processual
insanável, pois não admite a aplicação do princípio da fungibilidade
recursal, por invencível o afastamento do processamento do recurso
de Agravo de Instrumento, mormente por serem recursos interpostos
em graus diferentes de jurisdição. Daí a impossibilidade de
salvamento do processo, o que leva, conseqüentemente, ao não
conhecimento do recurso interposto.
Apelo não conhecido.
(Apelação Cível nº 598107969, 16ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Roberto Expedito da Cunha Madrid. j. 12.05.1999).

TJRS-089752) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


É de ser admitida exceção de pré-executividade, independentemente
de embargos de devedor, para repelir título destituído de força
executiva. Contrato de abertura de crédito em conta corrente.
LIQUIDEZ NÃO EXISTENTE PARA CONFIGURAR TÍTULO
EXECUTIVO. O contrato de abertura de crédito, ainda que
acompanhado de extratos unilateralmente lançados pelo credor, não
constitui título executivo, visto que não revestido de imprescindível
liquidez. Assim também a nota promissória a ele vinculada.
Agravo de instrumento provido.
(Agravo de Instrumento nº 599001021, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, São Luiz Gonzaga, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j.
20.04.1999).
TJRS-089605) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE
EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Decisão em manifesto confronto com jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça. Exceção de pré-executividade acolhida.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599056124, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Ângelo, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 14.04.1999).

TJRS-089099) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO. AUSÊNCIA DE EXECUTIVIDADE.
Ainda que acompanhado de extratos e nota promissória, não
preenche os requisitos do art. 586 do CPC. Matéria de ordem pública
que prescinde de oposição através de embargos.
Recurso improvido.
(Apelação Cível nº 598482867, 16ª Câmara Cível do TJRS, Pelotas,
Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 07.04.1999).

TJRS-088862) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA DE AMORTIZAÇÃO,
MEDIANTE PAGAMENTO EM 24 PARCELAS.
Débito perfeitamente caracterizado, a exigir tão-somente o acréscimo
da correção monetária e taxa de juros pactuada. Caracterização da
liquidez e certeza.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598595361, 2ª Câmara Cível do T JRS,
Pelotas, Rel. Des. Orlando Heemann Junior. j. 27.04.1999).

TJRS-088858) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE CONFISSÃO DE DÍVIDA COM PARCELAMENTO.
Alegação de iliquidez, por tratar-se de renegociação. Ação revisional
noticiada. Exceção desacolhida, porque dependente de produção de
provas.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598599983, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Rio Grande, Rel. Des. Orlando Heemann Junior. j. 27.04.1999).

TJRS-088713) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CONTINUIDADE DA EXECUÇÃO.
Para que seja argüida a exceção, há que vir embasada na ausência
de título hábil a aparelhar feito executivo, ou se relacionar com as
condições da ação. Fora destes casos, e sendo o título executável,
somente pela via dos embargos à execução pode a matéria ser
deduzida, única a comportar dilação probatória. Por este raciocínio, a
suspensão da execução até a decisão do incidente não se justifica.
Não se vislumbra prejuízo com a penhora, indispensável para o
conhecimento dos embargos, eis que se procedente a exceção, tudo
voltará ao status quo ante.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598470060, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j. 29.04.1999).

TJRS-088598) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Enquanto forma de reação do executado à execução, a exceção se
faz adequada para apontar ausência de pressupostos processuais
ou condições da ação que afastem a possibilidade de
desenvolvimento do processo de execução, fazendo-se pertinente
antes de efetuada a penhora. Se a matéria pode ser deduzida em
embargos e não enseja a nulidade da execução, não prospera a
impugnação em termos de exceção de pré-executividade sob pena
de descaracterizar o processo de execução, motivo pelo qual deve
ser rejeitada a medida.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599159498, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Genacéia da Silva Alberton. j. 26.05.1999).
TJRS-088539) PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade constitui-se em forma de defesa
excepcional, devendo ser rejeitada quando as questões suscitadas
são próprias de embargos à execução, onde deveriam ter sido
enfrentadas.
Agravo de Instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599114089, 11ª Câmara Cível do TJRS,
Itaqui, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j. 05.05.1999).

TJRS-088483) APELAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


EXECUÇÃO. CONTRATO BANCÁRIO. PRESTAÇÕES MENSAIS
CONSECUTIVAS. EXECUTIVIDADE.
Contendo o título exeqüendo todos os elementos para que se possa
apurar, mediante mera operação aritmética, o exato valor do débito,
é ele exeqüível.
Apelo do banco provido e dos executados julgado prejudicado.
(Apelação Cível nº 598321297, 19ª Câmara Cível do TJRS, Antônio
Prado, Rel. Des. Guinther Spode. j. 09.03.1999).

TJRS-088435) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DECISÃO


INTERLOCUTÓRIA. RECURSO CABÍVEL. AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
Apelação não conhecida. Unânime.
(Apelação Cível nº 598454106, 20ª Câmara Cível do TJRS,
Carazinho, Rel. Des. Rubem Duarte. j. 20.04.1999).

TJRS-088390) EXECUÇÃO BASEADA EM SENTENÇA PENAL


CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO.
Exceção de pré-executividade descabida, visto que demanda
executória baseada em título executivo judicial devidamente
constituído.
Decisão confirmada.
(Agravo de Instrumento nº 599143989, 5ª C âmara Cível do TJRS,
Uruguaiana, Rel. Des. Clarindo Favretto. j. 29.04.1999).

TJRS-088369) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Se o título executivo judicial se reveste das características da
certeza, liquidez e exigibilidade, correta a decisão que rejeita a
exceção de pré-executividade argüida pelo executado.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599154572, 15ª Câmara Cível do TJRS,
Giruá, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 12.05.1999).

TJRS-088270) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Sendo razoável a tese sustentada pela devedora, suspende-se o
andamento da execução até o julgamento do incidente.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 598455939, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Tupinambá Pinto de Azevedo. j. 23.03.1999).

TJRS-088201) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. AUSÊNCIA DE CONDUTA DOLOSA.
Não demonstrada conduta dolosa por parte do litigante ao renovar
em juízo matéria já transitada em julgado, é de ser afastada a
condenação por litigância de má-fé.
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. A exceção de pré-executividade não se presta a
discussão de matérias de fato controversas, cuja comprovação exija
maior dilação probatória, a qual somente é cabível em sede de
embargos de devedor.
Agravo provido em parte.
(Agravo de Instrumento nº 599210663, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Lajeado, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 02.06.1999).
TJRS-087801) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Correta a fixação de verba honorária em se tratando de incidente de
pré-executividade, onde necessária a contratação de advogado para
defender interesse dos excluídos da lide.
Apelação parcialmente provida e recurso adesivo improvido.
(Apelação Cível nº 599027315, 2ª Câmara Cível do TJRS,
Encantado, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 25.05.1999).

TJRS-087431) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OPOSTA


APÓS O JULGAMENTO DOS EMBARGOS. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. AÇÃO
REVISIONAL E EMBARGOS JULGADOS IMPROCEDENTES.
PRECLUSÃO.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598604957, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. Orlando Heemann Junior. j. 27.04.1999).

TJRS-087399) AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS


JURÍDICOS BANCÁRIOS.
Contrato de abertura de crédito em conta corrente. Ausência de título
hábil à execução. Exceção de pré-executividade acolhida
corretamente.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598514651, 12ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Antônio Carlos Madalena Carvalho. j.
25.02.1999).

TJRS-087388) AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS


JURÍDICOS BANCÁRIOS. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
LIMITES DA SUA OPOSIÇÃO.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 598519056, 12ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Antônio Carlos Madalena Carvalho. j.
25.02.1999).

TJRS-087100) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


O reconhecimento, em ação revisional, de cobrança de encargos
ilegais, não retira liquidez ao título, cuja apuração do valor correto
dar-se-á por simples cálculo do contador.
Negaram provimento.
(Agravo de Instrumento nº 598526762, 12ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Ângelo, Rel. Des. Luiz Felipe Brasil Santos. j. 25.02.1999).

TJRS-086628) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENHORA.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PRAZO DE EMBARGOS.
Os embargos devem ser interpostos com prazo contado a partir da
juntada do mandado de intimação, e não de intimação de inscrição
imobiliária do imóvel penhorado. Não se presta a exceção de pré-
executividade a substituir a oposição de Embargos à Execução.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599239472, 11ª Câmara Cível do TJRS,
Carazinho, Rel. Des. Roque Miguel Fank. j. 02.06.1999).

TJRS-086132) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO ANTES DE
REALIZADA A PENHORA.
Uma vez admitida a exceção de pré-executividade, o corolário lógico
é a suspensão da execução, antes da penhora, sob pena de perder
o sentido, o manejo de tal remédio processual.
Recurso improvido. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 599082666, 15ª C âmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j.
07.04.1999).

TJRS-085898) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Enquanto forma de reação do executado a execução, a exceção se
faz adequada para apontar ausência de pressupostos processuais
ou condições da ação que afastem a possibilidade de
desenvolvimento da processo de execução, fazendo-se pertinente
antes de efetuada a penhora. Se a matéria pode ser deduzida em
embargos e não enseja a nulidade da execução, não prospera a
impugnação em termos de exceção de pré-executividade sob pena
de descaracterizar o processo de execução, motivo pelo qual deve
ser rejeitada a medida.
Agravo improvido.
(Apelação Cível nº 598523785, 16ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Genacéia d a Silva Alberton. j. 26.05.1999).

TJRS-085823) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


FIADORES. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO.
Os fiadores, que se obrigaram como "principais pagadores", podem
figurar passivamente na execução, mesmo que não notificados do
inadimplemento do locatário.
Apelo provido. Unânime.
(Apelação Cível nº 598584845, 16ª Câmara Cível do TJRS, Canoas,
Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 30.06.1999).

TJRS-085303) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO, DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO DE CHEQUES PRÉ-DATADOS.
O fato de estar pré-datado não lhe retira a executividade. É pagável
no dia da apresentação (art. 32, da Lei 7.357/85). Ultrapassado o
prazo para tal nem por isso perde esse atributo, que permanece
inalterado, durante o lapso prescricional, que é de seis meses (art.
39), salvo em havendo revogação ou contra-ordem (art. 35,
parágrafo único). A apresentação tardia, aliás, só confirma a
pactuação de posterior desconto, consoante anotação feita no verso
dos títulos. Já o exame da causa subjacente requer ajuizamento da
ação incidental de embargos do devedor (art. 736 do CPC).
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599286192, 10ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Cruz do Sul, Rel. Des. Luiz Ary Vessini de Lima. j.
05.08.1999).

TJRS-084938) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EMBARGOS


À EXECUÇÃO JÁ JULGADOS. PRECLUSÃO DA MATÉRIA.
REJEIÇÃO.
Rejeita-se a exceção de pré-executividade intentada após o
julgamento dos Embargos à Execução, sendo irrelevante que a ação
revisional ajuizada pelo executado tenha sido julgada procedente.
Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 598493005, 15ª Câmara Cível do TJRS,
Mostardas, Rel. Des. Manoel Martinez Lucas. j. 30.06.1999).

TJRS-084871) PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. POSSIBILIDADE.
Pode o devedor opor-se a execução que lhe é movida mediante
exceção de pré-executividade nos autos da ação de execução,
independente de garantia do Juízo pela penhora ou oposição de
Embargos.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599321742, 5ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Carlos Alberto Bencke. j. 01.07.1999).

TJRS-084556) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSÃO


EXCEPCIONAL, QUANDO DISPENSÁVEL EXAME MAIS
ACURADO DAS QUESTÕES AGITADAS.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599202686, 6ª Câmara Cível do TJRS,
Canoas, Rel. Des. Antônio Janyr Dall'agnol Junior. j. 26.05.1999).

TJRS-084217) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CARÊNCIA


DE AÇÃO. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO.
Execução embasada em contrato de abertura de crédito não é título
executivo, mesmo juntados extratos. Entendimento adotado pela
Segunda Seção - STJ - Terceira e Quarta Turmas, antes
divergentes.
Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 598169019, 19ª Câmara Cível do TJRS, São
Borja, Relª. Desª. Elba Aparecida Nicolli Bastos. j. 01.06.1999).

TJRS-084135) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


A executividade de um termo de renegociação de operações de
crédito, que é título executivo extrajudicial não depende de extrato de
evolução da dívida. De outra parte, não pode esta matéria ser
solvida no bojo desta exceção, sendo necessária a propositura de
embargos.
Sentença desconstituída. Apelação provida.
(Apelação Cível nº 598345221, 11ª Câmara Cível do TJRS, Vacaria,
Rel. Des. Manoel Velocino Pereira Dutra. j. 23.06.1999).

TJRS-083879) EMBARGOS DO DEVEDOR. EXCESSO DE


EXECUÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVA.
Indemonstrado o alegado excesso de execução é de manter-se
sentença de improcedência de embargos do devedor. Exceção de
pré-executividade. A nota promissória vinculada a contrato de mútuo
é título extrajudicial capaz de embasar processo executivo, afastada
a exceção de pré-executividade.
Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 599351483, 5ª Câmara Cível do TJRS, São Borja,
Rel. Des. Sérgio Pilla da Silva. j. 05.08.1999).

TJRS-083875) PRESCRIÇÃO. MATÉRIA DE DEFESA. EXECUÇÃO


DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. EMBARGOS DO DEVEDOR NÃO
INTERPOSTOS. PENHORA PERFECTIBILIZADA.
Havendo a perfectibilização da penhora há mais de 32 dias e, não
tendo o devedor interposto embargos, não é dado ao juiz, em
execução de título extrajudicial, apreciar argüição de prescrição
alegada em simples petição, ainda que em exceção de pré-
executividade.
Agravo conhecido, mas improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599353349, 5ª Câmara Cível do TJRS,
Sananduva, Rel. Des. Marco Aurélio dos Santos Caminha. j.
05.08.1999).

TJRS-083358) NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. CONTRATO


DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE.
Se o decisor de primeiro grau sequer apreciou a exceção de pré-
executividade, não se pronunciando acerca da liquidez do título que
instrui a ação executiva, deverá examinar os pressupostos do
contrato, em sede de embargos. Falta de liquidez. Inexistência de
título executivo. Precedentes do STJ.
Preliminares rejeitadas. Apelação improvida.
(Apelação Cível nº 598604437, 2ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Mostardas, Relª. Desª. Ana Maria Nedel Scalzilli. j. 25.05.1999).

TJRS-083177) LOCAÇÃO. AÇÃO DE COBRANÇA. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. MORTE DO FIADOR. ILEGITIMIDADE
PASSIVA DO ESPÓLIO.
A responsabilidade que a lei impõe aos herdeiros se limita ao tempo
decorrido até a morte do fiador (art. 1501 do Código Civil).
Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 599055761, 15ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Manuel Martinez Lucas. j. 25.08.1999).

TJRS-083049) DIREITO TRIBUTÁRIO E FISCAL.


1. Cabimento de Agravo de Instrumento de decisão que julga
incidente de exceção de pré-executividade.
2. Inviável o acolhimento de exceção de pré-executividade, em
execução fiscal, baseada em matéria claramente pertinente a
embargos. Presença dos pressupostos de desenvolvimento regular
do feito executivo.
Rejeitaram a preliminar e deram provimento ao agravo.
(Agravo de Instrumento nº 599096427, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Santana do Livramento, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro.
j. 09.06.1999).

TJRS-083007) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.


Restando perfeitamente definida a improcedência da exceção de
pré-executividade, ante a regularidade do título executivo, nada há
para ser aclarado.
Embargos rejeitados.
(Embargos Declaratórios nº 599376894, 11ª Câmara Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Bayard Ney de Freitas Barcellos. j. 11.08.1999).

TJRS-082552) DIREITO TRIBUTÁRIO E FISCAL. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. IPVA.
Não merece acolhida a exceção de pré-executividade quando há
aspectos a demandar a produção de prova acerca da alegação de
inexeqüibilidade do título, inviável em tal espécie de incidente.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599278041, 21ª Câmara Cível do TJRS,
São Leopoldo, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j.
18.08.1999).

TJRS-082539) AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS


JURÍDICOS BANCÁRIOS.
Contrato de abertura de crédito em conta corrente. Ausência de título
hábil à execução. Exceção de pré-executividade acolhida.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 598252757, 12ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Antônio da Patrulha, Rel. Des. Antônio Carlos Madalena
Carvalho. j. 27.05.1999).
TJRS-082407) EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO ROTATIVO EM CONTA CORRENTE. TÍTULO ILÍQUIDO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA.
Contrato de abertura de crédito não é título executivo. Quando
manifesta a nulidade do título que embasa a execução, antes da
penhora, pode ser argüida exceção de pré-executividade. Acolhido o
incidente e extinta a execução, há vencedor e vencido, cabendo,
pois, a condenação da verba honorária.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599052149, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
19.08.1999).

TJRS-081770) CORRETAGEM. EXECUÇÃO. DIVERSOS


DEVEDORES. EMBARGOS DE DEVEDOR. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
A nossa sistemática processual vigente não permite a duplicidade de
instrumentos para uma mesma finalidade, razão por que não é
possível o oferecimento simultâneo de embargos de devedor com
exceção de pré-executividade, ainda que apresentados por
devedores diferentes.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599357092, 15ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 11.08.1999).

TJRS-081719) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE


EXECUÇÃO. CÉDULA DE PRODUTO RURAL. PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
Repelida a exceção, em decisão que foi fundamentada
suficientemente, não trazendo o recurso cópias de documentos que
poderiam permitir interpretar diferentemente, não há o que alterar no
pronunciamento monocrático. O magistrado cumpre e acaba
jurisdicional com a publicação da sentença, não se constituindo em
retratação vedada pela lei a reforma quando ainda não fora entregue
a decisão em cartório. Defeito de representação saneado.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599252095, 9ª Câmara Cível d o TJRS,
Ijuí, Relª. Desª. Rejane Maria Dias de Castro Bins. j. 09.06.1999).

TJRS-081331) AÇÃO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE DE PARTE.
POSSIBILIDADE.
Pode ser oposta exceção de pré-executividade para argüir questões
que devem ser examinadas de ofício pelo juiz, como a ilegitimidade
de parte do executado ou outra circunstância que envolva as
próprias condições da ação.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599223336, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Roberto Expedito da Cunha Madrid. j.
11.08.1999).

TJRS-081300) AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGÓCIOS


JURÍDICOS BANCÁRIOS.
Exceção de pré-executividade. Limites da sua oposição.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599064821, 12ª Câmara Cível do TJRS,
São Borja, Rel. Des. Antônio Carlos Madalena Carvalho. j.
29.04.1999).

TJRS-081098) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


PROCEDIMENTO. NATUREZA DA DECISÃO. RECURSO
CABÍVEL. EXECUTIVIDADE DO TÍTULO.
A exceção de executividade não comporta processamento em autos
apartados e a decisão que a rejeita e de natureza interlocutória,
gerando recurso de agravo. Questões de ordem processual
superadas, pelas peculiaridades do processado. Em se tratando,
outrossim, de execução baseada em contratos de câmbio
formalmente perfeitos, cuja impugnação diz respeito a prova da
entrega das importâncias relativas aos adiantamentos ou viciados
pela falsa causa, a exigir dilação probatória, própria dos embargos
de devedor, inviabiliza o acolhimento da exceção de pré-
executividade, eis que não detectada, da mera analise da exordial a
falta de uma das confissões da ação de execução.
Apelação improvida.
(Apelação Cível nº 599368685, 17ª Câmara Cível do TJRS,
Soledade, Relª. Desª. Elaine Harzheim Macedo. j. 24.08.1999).

TJRS-080561) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INÉPCIA DA


INICIAL. MEMÓRIA DO CÁLCULO.
A incorreção na memória do cálculo, trazido pelo autor, corrigida pelo
contador, não torna inepta a inicial. Sendo o título judicial que
embasa a execução líquido, certo e exigível não há que se falar de
pré-executividade.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599334190, 8ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. José Ataídes Siqueira Trindade. j.
05.08.1999).

TJRS-080426) PROCESSUAL CIVIL E FISCAL.


Inviável o acolhimento de exceção de pré-executividade em
execução fiscal sob alegação de parcelamento do crédito tributário.
Certidão de dívida ativa, formalmente perfeita, uma vez que não
configura ausência de pressuposto de desenvolvimento regular do
feito executivo. Matéria a ser discutida em Embargos à Execução.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 599143906, 21ª Câmara Cível do TJRS,
Novo Hamburgo, Relª. Desª. Liselena Schifino Robles Ribeiro. j.
26.05.1999).
TJRS-080258) APELAÇÃO. EMBARGOS À EXECUÇÃO DE
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. CARÊNCIA DE AÇÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NULIDADE DE EXECUÇÃO.
Execução de contrato de abertura de crédito e de nota promissória
oriunda deste não configura título executivo, mesmo acompanhado
de extratos bancários. Segunda Seção do STJ pacificou por ora o
entendimento, faltando liquidez nula à execução.
Provida.
(Apelação Cível nº 598345452, 19ª Câmara Cível do TJRS, São
Borja, Relª. Desª. Elba Aparecida Nicolli Bastos. j. 17.08.1999).

TJRS-080214) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


NOTA DE CRÉDITO COMERCIAL. DESVIO DE FINALIDADE.
INOCORRÊNCIA. PROSSEGUIMENTO DO FEITO EXECUTIVO.
A utilização de recursos bancários para quitar débitos anteriores não
desnatura o título de crédito emitido com essa finalidade.
Apelo provido.
(Apelação Cível nº 599151776, 15ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Manoel Martinez Lucas. j. 06.10.1999).

TJRS-079709) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Não se presta ela a substituir os embargos do devedor, nem de
expediente para se fugir a penhora. Rejeição declarada, com acerto.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599320975, 6ª Câmara Cível do TJRS,
Rio Pardo, Rel. Des. Décio Antônio Erpen. j. 01.09.1999).

TJRS-079673) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO.


Merecem acolhidos quando verificada omissão do aresto no fixar
honorários ao procurador da parte, já que, acolhida a exceção de
pré-executividade, restou extinto o processo de execução.
Embargos de Declaração acolhidos.
(Embargos Declaratórios nº 599324324, 2ª Câmara de Férias Cível
do TJRS, São Luiz Gonzaga, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j.
15.06.1999).

TJRS-079176) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. AQUISIÇÃO


DE MOTOCICLETA. MENOR CONTRATANTE ACOMPANHADO
DO PAI, SEU AVALISTA. ANULABILIDADE DO ATO NÃO
CONFIGURADA.
Recurso improvido.
(Apelação Cível nº 599022407, 2ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Santo Ângelo, Rel. Des. Breno Pereira da Costa Vasconcellos. j.
08.06.1999).

TJRS-078168) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CONTRATO DE MÚTUO COM VALOR CERTO E CRITÉRIOS DE
APURAÇÃO DE ENCARGOS. TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL QUE NÃO SE CONFUNDE COM CONTRATO DE
CRÉDITO ROTATIVO EM CONTA CORRENTE. AGRAVO
IMPROVIDO.
Independendo de qualquer elemento complementar para sua
perfectibilização como título executivo, ao contrário do contrato de
crédito rotativo em conta corrente, o contrato de mútuo, em que
assumida pelo devedor a obrigação de pagar quantia determinada,
não enseja dúvida alguma quanto a sua eficácia executiva,
amoldando-se perfeitamente ao disposto no art. 585, inc. II, do
Código de Processo Civil.
(Agravo de Instrumento nº 598213726, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
26.08.1999).

TJRS-076277) EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE


CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. TÍTULO ILÍQUIDO. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO. CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO NÃO É TÍTULO EXECUTIVO.
Quando manifesta a nulidade do título que embasa a execução,
antes da penhora, pode ser argüida exceção de pré-executividade.
Acolhido o incidente e extinta a execução, há vencedor e vencido,
cabendo, pois, a condenação em verba honorária.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 598526887, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Santo Ângelo, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
19.08.1999).

TJRS-075825) PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONFISSÃO DE DÍVIDA. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO.
Caso em que se julga precedente a exceção de pré-executividade,
pois a execução se funda em confissão de dívida, cuja origem é um
contrato de abertura de crédito.
Deram provimento. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 598505527, 14ª Câmara Cível do TJRS,
Alegrete, Rel. Des. Rui Portanova. j. 12.08.1999).

TJRS-075401) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


ALEGADA NULIDADE DECORRENTE DE ILIQUIDEZ DO TÍTULO.
CONFISSÃO DE DÍVIDA COM VALOR CERTO E CRITÉRIOS DE
APURAÇÃO DE ENCARGOS. AGRAVO IMPROVIDO.
Expressada a liquidez do título pelo valor do principal e encargos em
valor certo, bem como taxa de juros e fator de correção monetária, o
argumento de que o credor está a executar título com valores
alterados, aumentados absurda e unilateralmente não se presta para
fundamentar nulidade, mas sim excesso de execução, matéria que
deve ser alegada em embargos do devedor, tal como referido nos
exatos termos da decisão agravada.
Agravo improvido. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 598308286, 18ª Câmara Cível do TJRS,
Canoas, Rel. Des. Cláudio Augusto Rosa Lopes Nunes. j.
02.09.1999).

TJRS-075387) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ARGÜIÇÃO APÓS JULGAMENTO DE
EMBARGOS. NÃO CABIMENTO.
É incabível a execução de pré-executividade após a oposição de
embargos à execução. Preclusão operada.
Agravo não provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000058313, 14ª Câmara Cível do
TJRS, São Luiz Gonzaga, Rel. Des. Marco Antônio Bandeira Scapini.
j. 16.09.1999).

TJRS-075242) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


A exceção de pré-executividade, como medida excepcional que é, só
pode ser aceita em casos especionalíssimos, quando evidente a
nulidade da execução. Matéria de embargos deve ser suscitada e
decidida em embargos, onde se estabelece o contraditório e a
possibilidade de produção de provas.
Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599313202, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Bento Gonçalves, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j. 11.08.1999).

TJRS-074692) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Enquanto forma de reação do executado a execução, a exceção se
faz adequada para apontar ausência de pressupostos processuais
ou condições da ação que afastem a possibilidade de
desenvolvimento do processo de execução, fazendo-se pertinente
antes de efetuada a penhora. Se a matéria pode ser deduzida em
embargos e não enseja a nulidade da execução, não prospera a
impugnação em termos de exceção de pré-executividade sob pena
de descaracterizar o processo de execução, motivo pelo qual deve
ser rejeitada a medida.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599286945, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Santa Cruz do Sul, Relª. Desª. Genacéia da Silva Alberton. j.
11.08.1999).

TJRS-073607) EXECUÇÃO DE CONTRATO DE ABERTURA DE


CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE NÃO ACOLHIDA. DECISÃO REFORMADA.
FALTA DE LIQUIDEZ E CERTEZA AO QUE FOI DEFINIDO COMO
TÍTULO EXECUTIVO.
A ação executiva foi motivada com base em contrato de abertura de
crédito em conta corrente, o que, conforme iterativa jurisprudência,
não se erige em título executivo extrajudicial. Cabível, pois, o
acolhimento da exceção de pré-executividade, ainda que aduzida na
mesma outra argumentação, com a extinção da execução proposta
ante a inexistência de título extrajudicial que fundamente.
Agravo de Instrumento provido. Extinção da ação de execução.
(Agravo de Instrumento nº 598241461, 13ª Câmara Cível do TJRS,
Bento Gonçalves, Relª. Desª. Laís Rogeria Alves Barbosa. j.
04.11.1999).

TJRS-073059) PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONFISSÃO DE DÍVIDA HOMOLOGADA
JUDICIALMENTE. DESCUMPRIMENTO. EXECUÇÃO NOS
PRÓPRIOS AUTOS ONDE OCORREU A HOMOLOGAÇÃO.
IMPENHORABILIDADE DE IMÓVEL RESIDENCIAL. LITIGÂNCIA
DE MÁ-FÉ.
1. Tendo havido confissão de dívida, homologada judicialmente, não
há que se falar em impossibilidade de o contrato de abertura de
crédito em conta-corrente embasar ação executiva, ainda que a
dívida dele tenha se originado, pois a causa de pedir remota é a
existência dessa confissão descumprida e não aquele contrato.
2. Não há nenhum óbice que a execução se dê nos próprios autos
em que ocorreu a confissão de dívida homologada judicialmente, por
um princípio de economia processual e dado o caráter instrumental
do direito processual.
3. É de ser rejeitada a alegação de impenhorabilidade do bem
judicialmente constrito se anteriormente os seus proprietários
concordam com a sua penhora, sendo que em nenhum momento
fizeram prova de que ele se constitui no único bem residencial da
família.

4. O comportamento dos devedores, que extrapola a faixa do


exercício da ampla defesa, tentando inviabilizar o curso normal do
processo executivo, mediante expedientes infundados, caracteriza
ato típico de quem age com má-fé.
Agravo de instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599326725, 11ª Câmara Cível do TJRS,
Vera Cruz, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j. 15.09.1999).

TJRS-072987) AÇÃO DE EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOLHIDA
EM PRIMEIRO GRAU.
Esta Câmara, quando do julgamento da Apelação Cível nº
598292209 (j. em 24/09/98), de São Valentim, da relatoria de
eminente desembargador Márcio Borges Fortes, já deixou assentado
que não se pode confundir contrato de abertura de crédito fixo com
contrato de abertura de crédito rotativo em conta corrente.
Primeiro apelo provido. Segundo apelo prejudicado.
(Apelação Cível nº 599397429, 13ª Câmara Cível do TJRS, Rio
Grande, Rel. Des. Marco Aurélio de Oliveira Canosa. j. 16.09.1999).

TJRS-072788) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE. NULIDADE DA EXECUÇÃO POR AUSÊNCIA DE
TÍTULO EXECUTIVO ARGÜIDA MEDIANTE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
"A ausência de título executivo extrajudicial, instruindo a ação de
execução, constitui matéria a ser conhecida, de ofício, pelo juiz, ao
proferir o despacho liminar, por se tratar de matéria de ordem
pública. Não cumprindo o juiz a sua obrigação essencial, relativa a
apreciação da falta de título, que pudesse embasar a execução,
nada obsta a que a parte, apontada como devedora, ingresse nos
autos respectivos e denomine a sua intervenção de exceção de pré-
executividade, para argüir, independentemente de oferecimento de
embargos, a nulidade do título. Conquanto a ação de execução seja
processo fechado, em que o devedor é citado para pagar o débito,
no prazo legal, ou nomear bens à penhora, seria injustificável
formalismo impedir que ele, através de simples petição, alerte o juiz
para ausência do título e, como conseqüência para a impossibilidade
de prosseguimento da referida ação."
Agravo provido. Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 599470762, 15ª Câmara Cível do TJRS,
São Lourenço do Sul, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos.
j. 06.10.1999).

TJRS-072659) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO


DE CONFISSÃO E RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS.
Não demonstração de que a confissão tem origem em conta
corrente. Alegação de excesso de juros e demais encargos.
INOCORRÊNCIA DE NULIDADE DO TÍTULO. DESCABIMENTO DA
EXCEÇÃO. Matéria a ser analisada em sede de embargos e na ação
revisional já ajuizada. Não havendo demonstração de que a
confissão de dívida tem origem em conta corrente, descabe a
exceção de pré-executividade oposta. Excessos decorrentes de juros
e demais encargos não retiram a iliquidez do título. Matéria a ser
alegada em sede de embargos.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599439882, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro. j.
22.09.1999).
TJRS-072033) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não merece reparo a decisão que julga improcedente a exceção de
pré-executividade, vez que a matéria ventilada (discussão acerca da
atualização monetária dos valores) não tem o condão de atacar a
higidez do título.
Agravo de Instrumento desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000004168, 2ª Câmara de Férias Cível
do TJRS, Carazinho, Rel. Des. Jorge Luís Dall'agnol. j. 27.10.1999).

TJRS-071735) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE


EXECUÇÃO SIMULTÂNEO COM AÇÃO REVISIONAL. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. SUSPENSÃO DA AÇÃO EXECUTÓRIA.
PODER GERAL DE CAUTELA. POSSIBILIDADE. PRESENTES O
"FUMUS BONI JURIS" E O "PERICULUM IN MORA" NAS
ALEGAÇÕES DEDUZIDAS PELO EXECUTADO-AGRAVADO EM
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, NO QUAL SUSTENTA QUE
A EXECUÇÃO ESTÁ FUNDADA EM CÉDULA RURAL
PIGNORATÍCIA DECORRENTE DE TRANSAÇÕES COM CARGAS
DE ILICITUDE E ABUSIVIDADE EM CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE QUE ENCONTRA-SE "SUB
JUDICE" EM AÇÃO REVISIONAL INTERPOSTA POR ESTE
CONTRA A EXEQÜENTE-AGRAVANTE, IMPÕE-SE A
SUSPENSÃO DA AÇÃO DE EXECUÇÃO ATÉ O DESLINDE DA
AÇÃO DE CONHECIMENTO, A QUAL PODE SER DETERMINADA
COM SUCEDÂNEO NO PODER GERAL DE CAUTELA DO QUAL O
JULGADOR ESTÁ INVESTIDO. REVISÃO DE CONTRATOS
SUCESSIVOS: RELAÇÃO DE CONTINUIDADE NEGOCIAL.
Havendo plausibilidade na alegação de que, entre o agente
econômico e o hipossuficiente, estabeleceu-se situação de
continuidade nos negócios, caracterizando um relacionamento
jurídico unitário complexo, de vocação permanente e trato sucessivo,
viabiliza-se a sua revisão judicial global.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000057505, 14ª Câmara Cível do
TJRS, Sobradinho, Rel. Des. Aymoré Roque Pottes de Mello. j.
23.09.1999).

TJRS-071717) CIVIL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
1. O âmbito da exceção da pré-executividade e apenas aqueles fatos
que viciam formalmente o título executivo, o que não é o caso destes
autos.
2. Questões referentes a juros e capitalização teriam de ser
suscitadas em embargos de devedor, mas estes não foram
tempestivamente opostos.
3. Exceção de pré-executividade rejeitada.
Apelação improvida.
(Apelação Cível nº 599036472, 1ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Luiz Felipe Silveira Difini. j. 15.06.1999).

TJRS-071220) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO.
Possibilidade de alegação de nulidade do título executivo através de
exceção de pré-executividade em qualquer momento da execução.
Extinção da execução decretada.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599423126, 1ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Santo Ângelo, Rel. Des. Paulo de Tarso Vieira Sanseverino. j.
13.09.1999).

TJRS-071147) EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Nulidade da execução por falta de notificação dos lançamentos de
que decorreram a constituição do crédito tributário e as certidões de
dívida ativa. Desnecessidade de segurança do juízo ou de
apresentação de embargos. Matéria que pode ser argüida mediante
simples requerimento e conhecidas até de ofício.
Verba honorária elevada.
(Apelação Cível nº 598498400, 1ª Câmara Cível do TJRS, Rio
Grande, Rel. Des. Leo Lima. j. 11.08.1999).

TJRS-071076) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL. ÔNUS SUCUMBENCIAIS.
Não se constitui em título executivo extrajudicial o contrato de
abertura de crédito, mesmo acompanhado dos respectivos extratos.
Cabível a condenação do exeqüente ao pagamento dos ônus
sucumbenciais, acolhida a exceção de pré-executividade.
Honorários advocatícios fixados sobre o valor em execução.
Primeiro apelo desprovido, provido em parte o segundo. Unânime.
(Apelação Cível nº 598215994, 20ª Câmara Cível do TJRS, Lajeado,
Rel. Des. Rubem Duarte. j. 09.10.1999).

TJRS-069837) AGRAVO DE INSTRUMENTO. NOTA DE CRÉDITO


COMERCIAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
DESCABIMENTO DO INCIDENTE. TÍTULO COM FORCA
EXECUTIVA OPE LEGIS.
Eventuais questões suscitadas para buscar sua descaracterização
só poderão ser debatida através de embargos ao devedor.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000417881, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Sapucaia do Sul, Rel. Des. Luciano Ademir José D'avila. j.
21.12.1999).

TJRS-069263) PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO DE EXECUÇÃO.


INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. TERMO DE
RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDA. CONTRATO ASSINADO PELOS
DEVEDORES E SUBSCRITO POR TESTEMUNHAS, NÃO
APRESENTANDO QUALQUER IRREGULARIDADE.
Desta forma, há no título em exame a indispensável liquidez e
certeza do valor devido a título de saldo, uma vez que este surgiu da
diferença das parcelas amortizadas com aquelas impagas.
Agravo desprovido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000315457, 17ª Câmara Cível do
TJRS, São Marcos, Rel. Des. Luciano Ademir José D'Ávila. j.
30.11.1999).

TJRS-069252) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


ACOLHIDA. INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONFISSÃO DE
DÍVIDA.
Não é nula a execução baseada em instrumento particular de
confissão de dívida, pois este se enquadra nos requisitos exigidos
pelo art. 585, II, do CPC, ao contrário do contrato de abertura de
crédito, ao qual não se atribui força executiva.
Deram provimento, unânime. (3 fls.)
(Apelação Cível nº 70000315804, 15ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Otávio Augusto de Freitas Barcellos. j. 15.12.1999).

TJRS-069177) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CRITÉRIOS DE ADMISSIBILIDADE.
DESCABIMENTO.
A exceção de pré-executividade, medida de construção pretoriana,
sem previsão legal é contrária ao princípio da autonomia da
execução, só é de ser admitida em hipóteses teratológicas, sob pena
de se tornar sucedâneo da defesa sistêmica a ser deduzida em sede
de Embargos do devedor. Hipótese em que estes foram opostos e
julgados improcedentes por decisão transita em julgado.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000312017, 17ª Câ mara Cível do
TJRS, Carazinho, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j.
30.11.1999).

TJRS-069175) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


- Não se há falar em exceção de pré-executividade se o contrato
exeqüendo (confissão de dívida) está devidamente assinado pela
devedora e duas testemunhas, a sede de Embargos à Execução
está disponível para que a agravante deduza a controvérsia.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000312520, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j.
25.11.1999).

TJRS-069148) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


INEXISTÊNCIA DE NULIDADE EVIDENTE NA EXECUÇÃO, A DAR
AZO À EXCEÇÃO. ALEGAÇÕES QUE RECLAMAM PRODUÇÃO
DE PROVA, EM SEDE DE EMBARGOS.
Agravo provido para extinguir a exceção, aplicando-se ao agravado
os ônus sucumbenciais respectivos.
(Agravo de Instrumento nº 70000245407, 10ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Luiz Lúcio Merg. j. 09.12.1999).

TJRS-068637) AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXECUÇÃO NÃO


EMBARGADA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE OPOSTA AS
VÉSPERAS DA HASTA PÚBLICA - CRITÉRIOS DE
ADMISSIBILIDADE - DESCABIMENTO.
A exceção de pré-executividade de construção pretoriana, sem
previsão legal é contrária ao princípio da autonomia da execução, só
é de ser admitida em hipóteses teratológicas, sob pena de se tornar
sucedâneo da defesa sistêmica a ser deduzida em sede de
embargos do devedor.
Agravo desprovido. (04 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70000117069, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Arroio Grande, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j.
26.10.1999).

TJRS-068622) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Vindo aos autos manifestação do agravado desistindo da demanda
executiva, de onde se originou a decisão guerreada, no que obteve a
concordância do agravante, resta prejudicado o recurso pela falta de
objeto.
Julgaram prejudicado o agravo. (03 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70000344648, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Cachoeirinha, Relª. Desª. Elaine Harzheim Macedo. j.
07.12.1999).

TJRS-068557) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. INCIDENTE. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. DESCABIMENTO.
Inexistência de omissão, obscuridade e dúvida que precise ser
declarada, frente ao descabimento de condenação a honorários em
incidente de exceção de pré-executividade.
Embargos desacolhidos. (04 fls.).
(Embargos Declaratórios nº 70000233239, 15ª Câmara Cível do
TJRS, Torres, Rel. Des. Ricardo Raupp Ruschel. j. 27.10.1999).

TJRS-068239) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO DE CÉDULA RURAL E ADITIVO.
Constituindo em tese título líquido, certo e exigível, a matéria
atinente a não-exigibilidade das parcelas vincendas há de ser
examinada em sede de embargos.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599466554, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, São Gabriel, Rel. Des. Orlando Heemann Júnior. j.
17.11.1999).

TJRS-068155) EMBARGOS DECLARATÓRIOS. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A argüição de nulidade por ausência de título pode ser conhecida a
qualquer tempo pelo juízo. Inexistência de omissão a ser suprida
pelos embargos declaratórios. Inocorrência de violação ao art. 738
do CPC.
Embargos declaratórios desacolhidos. (fl. 3).
(Embargos Declaratórios nº 70000179333, 20ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
14.09.1999).

TJRS-068088) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. PROCESSUAL CIVIL.
Contrato de abertura de conta corrente não constitui título executivo
extrajudicial. Precedentes do STJ. Matéria argüida em exceção de
pré-executvidade.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 599479490, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Matilde Chabar Maia. j. 22.09.1999).

TJRS-068083) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO DE CONTRATO DE MÚTUO
PARCELADO.
Constituindo em tese título ilíquido, certo e exigível, a matéria
atinente a sua exigibilidade há de ser examinada em sede de
embargos.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 599480381, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Caxias do Sul, Rel. Des. Orlando Heemann Júnior. j.
17.11.1999).

TJRS-068068) EMBARGOS À EXECUÇÃO.


Execução fundada em nota promissória. Preliminar de exceção de
pré-executividade acolhida.
Apelação provida.
(Apelação Cível nº 70000043927, 18ª Câmara Cível do TJRS, São
Borja, Rel. Des. Wilson Carlos Rodycz. j. 16.12.1999).
TJRS-067856) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE
EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não constando da decisão guerreada o exame da pretensão contida
na exceção, não há de ser conhecido o recurso que pretende o
acolhimento da matéria manifestada na exceção. Da mesma forma
em relação a autuação em separado da exceção, não constando do
agravo a manifestação judicial neste sentido.
Agravo não conhecido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000256461, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Rio Grande, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 29.12.1999).

TJRS-067739) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE


EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Nada alegado quanto a nulidade da execução, e sim circunstância
que enseja providência em outro processo, correta a decisão da
Magistrada que rejeitou o incidente.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000135228, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 20.10.1999).

TJRS-067733) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO.


CONTRATO DE ABERTURA DE CONTA-CORRENTE - PESSOA
JURÍDICA. "EXECUÇÃO. INADMISSIBILIDADE.
Não se admite a execução de contrato de abertura de crédito,
mesmo que acompanhado dos extratos de sua utilização, por
ausência de liquidez.
Recurso improvido. "(AC 197114713). Recurso desprovido.
(Apelação Cível nº 599358140, 15ª Câmara Cível do TJRS, Ijuí, Rel.
Des. Vicente Barroco de Vasconcelos. j. 17.11.1999).

TJRS-067677) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


ILEGITIMIDADE PASSIVA.
Cabe a apresentação da exceção quando atacadas as próprias
condições da ação ou a nulidade da execução por ausência de título
executivo, matéria apreciável de ofício pelo juiz. Terceiro que não foi
parte na ação monitória, que deu origem ao título executivo ora
exigido, muito embora tenha sido casada com um dos sócios da
requerida, não fica submetida a "disregard doctrine", uma vez não ter
sido também sócia.
Agravo provido. (6 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000141903, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Rejane Maria Dias de Castro Bins. j.
20.10.1999).

TJRS-067305) EMBARGOS DE DEVEDOR EM EXECUÇÃO DE


LOCATIVOS.
Agravo retido não conhecido, matéria atinente a exceção de pré-
executividade, oposto na ação de execução. Nulidade do processo
por cerceamento de defesa, ante falta de realização de audiência
conciliatória, não configurada. Excesso de execução não
demonstrado. Ônus sucumbenciais adequados.
Apelo improvido. (3 fls.)
(Apelação Cível nº 599488301, 2ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Breno Pereira da Costa Vasconcellos. j.
27.10.1999).

TJRS-067232) EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade é cabível, em tese, independente de
previa garantia do juízo com a penhora. Caso, entretanto, em que a
executada-agravante não apresentou nenhum elemento de
convicção a sustentar a alegação de imprestabilidade da certidão de
dívida inscrita, por decadência, prescrição ou excesso de execução.
Cópias de peças produzidas pelo credor-agravado que reforçam a
solução em desfavor da recorrente.
Agravo desprovido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599162963, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Leo Lima. j. 29.12.1999).
TJRS-067116) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade é cabível no direito brasileiro,
quando a discussão envolve matéria de legitimidade/ilegitimidade
passiva e os autos contém todos os elementos necessários para o
deslinde da exceção. O mesmo não ocorre quando a alegação de
nulidade da CDA, que exige Embargos de Execução.
Agravo provido em parte.
(Agravo de Instrumento nº 599168192, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Tupinambá Miguel Castro do Nascimento. j.
02.06.1999).

TJRS-066945) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE.
Pode o executado contrapor-se, através de exceção de pré-
executividade demonstrando a inexistência dos pressupostos legais
de título executivo, quais sejam, liquidez, certeza e exigibilidade.
Agravo desprovido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599386562, 6ª Câmara Cível do TJRS ,
Caxias do Sul, Rel. Des. João Pedro Freire. j. 13.10.1999).

TJRS-066660) AGRAVO INTERNO. CORREÇÃO PARCIAL


INDEFERIDA DE PLANO. EXECUÇÃO EXTINTA POR SENTENÇA
EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. TRÂNSITO EM
JULGADO.
Descabimento da medida. Agravo interno rejeitado. (3 fls.).
(Agravo Interno nº 70000436360, 17ª Câmara Cível do TJRS,
Canoas, Rel. Des. Fernando Braf Henning Júnior. j. 30.11.1999).

TJRS-066649) CONTRATOS E PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Não cabe a interposição simultânea de embargo do devedor e da
exceção, em que discutidas as mesmas matérias.
Agravo de instrumento desprovido. (3 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 70000437343, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Flores da Cunha, Rel. Des. Wilson Carlos Rodycz. j.
16.12.1999).

TJRS-066504) PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


EXECUTIVIDADE. REJEIÇÃO. INEXISTÊNCIA DE ÔNUS
SUCUMBENCIAL.
1. A exceção de pré-executividade, ou exceção de executividade,
invento dos modernos processualistas, nada mais é do que uma das
condições da ação transvestida, a suscitar-se no início do curso do
processo de execução.
2. Se a exceção for acolhida, resolve-se por sentença que põe fim ao
processo, quando haverá, necessariamente, pronunciamento, acerca
da condenação em honorários de advogado; se rejeitada, por
simples decisão interlocutória, não haverá pronúncia sobre a
condenação de qualquer ônus, seja em relação as despesas de
processo, seja em relação aos honorários advocatícios.
3. Agravo provido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000280636, 1ª Câmara C ível do TJRS,
Pelotas, Rel. Des. Celeste Vicente Rovani. j. 15.12.1999).

TJRS-065774) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Criação doutrinária e jurisprudencial, que pode ser oposta nos
próprios autos da execução, sendo desnecessária a interposição de
embargos. Cabível nos casos em que se discute a viabilidade do
processo de execução ou a existência do próprio título executivo,
como é o caso dos autos.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000069682, 14ª Câmara Cível do
TJRS, São Lourenço do Sul, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta
Roenick. j. 07.10.1999).
TJRS-065737) EMBARGOS À EXECUÇÃO. REFINANCIAMENTO
DE CRÉDITOS BANCO EXCEL ECONÔMICO - PREPARO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INADMISSIBILIDADE.
Apelo não conhecido quanto a um dos embargantes, e quanto aos
demais conhecido, mas desprovido.
(Apelação Cível nº 70000078337, 15ª Câmara Cível do TJRS, Passo
Fundo, Rel. Des. Vicente Barroco de Vasconcelos. j. 29.09.1999).

TJRS-065462) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE


EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CHEQUE.
PRAZO PRESCRICIONAL.
Segundo interpretação extraída dos artigos 52 da LUG e 59 da Lei
do Cheque, o termo inicial do prazo de prescrição da ação cambial
será contado do termo final do prazo para a apresentação do
cheque, independente do tempo em que foi apresentado dentro dos
trinta dias. Interpretação contrária e minoritária e colide com o texto
da Lei.
Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000238253, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Uruguaiana, Rel. Des. Luciano Ademir José D'Avila. j.
16.11.1999).

TJRS-064853) EXECUÇÃO DE CONTRATO DE LOCAÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Enquanto forma de reação do executado a execução, a exceção se
faz adequada para apontar ausência de pressupostos processuais
ou condições da ação que afastem a possibilidade de
desenvolvimento do processo de execução, fazendo-se pertinente
antes de efetuada a penhora. Se a matéria pode ser deduzida em
Embargos e não enseja a nulidade da execução, não prospera a
impugnação em termos de exceção de pré-executividade sob pena
de descaracterizar o processo de execução, motivo pelo qual deve
ser rejeitada a medida.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000071704, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Esteio, Relª. Desª. Genaceia da Silva Alberton. j. 27.10.1999).

TJRS-064833) APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE EXECUÇÃO.


CRÉDITO DE ALUGUEL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A execução de crédito decorrente de aluguel deve estar fulcrada em
contrato escrito, que prescinde da assinatura de duas testemunhas.
Apelação desprovida para desconstituir a sentença. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 599032265, 2ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
Canoas, Relª. Desª. Lúcia de Castro Boller. j. 30.09.1999).

TJRS-064813) AGRAVO DE INSTRUMENTO. LOCAÇÃO.


EXECUÇÃO DE SENTENÇA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. LOCAÇÃO. FIADOR. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO
NO PROCESSO DE CONHECIMENTO.
Não tendo o fiador figurado como parte no processo de despejo
cumulada com a cobrança de aluguéis, não pode ser incluído no pólo
passivo do processo de execução com base no título judicial.
Demonstrada a carência da ação do exeqüente em relação ao fiador,
cabível o acolhimento da exceção de pré-executividade. Pedido
cautelar de exclusão do nome do agravante em listas restritivas de
crédito. Recurso neste ponto não conhecido por má formação do
instrumento.
Recurso parcialmente conhecido e provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000158873, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Santa Maria, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 20.10.1999).

TJRS-064776) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Sanada a irregularidade de representação processual da parte,
reputam-se válidos os atos praticados. A exceção de pré-
executividade somente pode ser acolhida, de plano, se o título
exeqüendo apresenta evidente vício de forma.
No caso concreto, pendente julgamento de ação ordinária, na qual
se discute matéria prejudicial à declaração de validade do contrato,
cumpre seja sobrestado o exame do pedido.
Preliminar rejeitada. Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 70000252148, 12ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Ana Maria Nedel Scalzilli. j.
25.11.1999).

TJRS-064522) EXECUÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE-


DESCABIMENTO.
Quando o contrato posto em execução (termo de renegociação de
dívida) foi firmado para a finalidade de novar débito anterior
pendente entre as partes, não tem lugar a exceção para discutir a
executividade do contrato novado.
Agravo improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000198382, 18ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Francisco Pellegrini. j.
28.10.1999).

TJRS-064269) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. LOCAÇÃO.


EXECUÇÃO CONTRA OS FIADORES. TÍTULO JUDICIAL.
Se a execução movida contra os fiadores está fundada na sentença
despejatória e no contrato de locação, os fiadores estão legitimados
passivamente para responder o processo de execução, mesmo que
não tenham sido citados na ação de despejo. A evidência, os
fiadores, em não tendo participado do processo de despejo, não
respondem pela sucumbência desse feito.
Recurso improvido. (6 fls)
(Agravo de Instrumento nº 70000299891, 16ª C âmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Claudir Fidelis Faccenda. j.
22.12.1999).

TJRS-064107) AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.


NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS.
Mantida a decisão negando provimento ao agravo, uma vez que as
alegações formuladas pelo recorrente não tem o condão de reformar
aquela que negou, de plano, a possibilidade de ser apreciada em
sede de exceção de pré-executividade, a matéria alegada.
Agravo improvido. (2 fls.)
(Agravo nº 599393295, 12ª Câmara Cível do TJRS, São Luiz
Gonzaga, Rel. Des. Antônio Carlos Madalena Carvalho. j.
28.10.1999).

TJRS-063557) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. GARANTIA DO JUÍZO.
Provimento.
(Agravo de Instrumento nº 70000226944, 17ª Câmara Cível do
TJRS, Torres, Rel. Des. Demétrio Xavier Lopes Neto. j. 23.11.1999).

TJRS-062964) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


DESACOLHIMENTO. MATÉRIA DE EMBARGOS DO DEVEDOR.
E de ser rejeitada a exceção de pré-executividade quando a matéria
suscitada pelo devedor é abrangente, própria, portanto, de embargos
do devedor, via processual adequada para o seu equacionamento.
Agravo de instrumento conhecido e improvido. (4 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000173468, 11ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Voltaire de Lima Moraes. j.
27.10.1999).

TJRS-062939) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXTINÇÃO


DA EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. NOTA
PROMISSÓRIA.
O contrato de abertura de crédito em conta corrente, ainda que
assinado por duas testemunhas e acompanhado de extratos, não é
dotado de executividade, pois o montante do débito é calculado
unilateralmente pelo banco credor, carecendo assim de liquidez e
certeza. Descaracterização do documento como título executivo
extrajudicial. Contaminação também da nota promissória emitida
com base nesse contrato. Jurisprudência atual do Superior Tribunal
de Justiça, inclusive quanto a possibilidade de conhecimento de
ofício da nulidade da execução pelo 2º grau.
Apelação desprovida. Sentença de extinção do processo de
execução confirmada. (6 fls.)
(Apelação Cível nº 5994 26335, 1ª Câmara de Férias Cível do TJRS,
São Borja, Rel. Des. Paulo de Tarso Vieira Sanseverino. j.
29.12.1999).

TJRS-062737) EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
A exceção de pré-executividade é cabível, em tese, independente de
prévia garantia do juízo com a penhora. Caso, entretanto, em que a
executada-agravante não apresentou nenhum elemento de
convicção a sustentar a alegação de imprestabilidade das certidões
de dívida inscrita, por decadência, prescrição ou excesso de
execução. Cópias de peças produzidas pelo credor-agravado que
reforçam a solução em desfavor da recorrente.
Agravo desprovido. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599163003, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Leo Lima. j. 29.12.1999).

TJRS-062702) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. REMÉDIO EXCEPCIONAL.
A exceção de pré-executividade, como remédio excepcional, de
criação jurisprudencial, deve ser admitida com prudência, em
hipóteses de manifesta carência da pretensão executiva ou de
ausência de pressupostos processuais de existência do processo de
execução.
Agravo desprovido. (6 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599456134, 1ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Canoas, Rel. Des. João Armando Bezerra Campos. j.
29.12.1999).
TJRS-062333) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO DE
EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO - CHEQUE ESPECIAL.
Consolidada a jurisprudência no sentido de que o contrato de
abertura de crédito não constitui título executivo, cabe acolher a
exceção de pré-executividade que proclama justamente a carência
do processo de execução.
Agravo de Instrumento provido para acolhimento da exceção e
extinção da execução. Fixação de honorários advocatícios face a
sucumbência do exeqüente. (8 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 598559763, 16ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 24.02.1999).

TJRS-062116) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CÉDULA DE


CRÉDITO COMERCIAL. ALEGAÇÃO DE QUE A CÉDULA TEM
ORIGEM EM CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO. LIMITES
RESTRITOS. DESCABIMENTO.
A cédula de crédito comercial, até prova em contrário, é título
executivo extrajudicial, preenchendo os requisitos legais. A exceção
de pré-executividade somente é cabível quando houver nulidade
flagrante da execução, pagamento do título ou ausência de
condições da ação, situações inocorrentes no caso. A alegação de
que a cédula comercial tem origem em contrato de abertura de
crédito não pode ser analisada na exceção de pré-executividade,
observados os limites restritos desta. Necessidade de via própria.
Negaram provimento. (4 fls.).
(Agravo de Instrumento nº 599417151, 2ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Pelotas, Rel. Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro. j.
27.10.1999).

TJRS-061907) AGRAVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Os embargos são a via adequada para questionar o título em
execução e sua validade. Excepcionalmente, quando evidente a
ausência dos requisitos de liquidez ou certeza, possível, mesmo,
incidentalmente, o acolhimento. Notas promissórias oriundas de
mútuo são títulos executivos, mesmo que o valor do mútuo seja
depositado em conta corrente. Descaracteriza-se a execução se
evidente que o contrato destinou-se a saldo devedor ou para garantir
crédito rotativo. Em princípio, afastada a nulidade pretendida. Outros
argumentos podem ser apreciados em embargos.
Improvido.
(Agravo de Instrumento nº 599226628, 19ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Elba Aparecida Nicolli Bastos. j.
19.10.1999).

TJRS-061481) EXECUÇÃO DE SENTENÇA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REPELIDA, DECISÃO
CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO.
Legitimidade do Ministério Público, em ação por ele proposta, para
promover-lhe a execução. Remessa de peças do processo a órgão
de classe (OAB), em face a conduta profissional de advogado,
providência que se exauriu. Penhora de veículo ofertado pelo próprio
executado. Nomeação de depositário, justificativa decorrente da
natureza do bem penhorado, sujeito a depreciação pelo uso.
Litigância de má-fé afastada.
Recurso conhecido, peças juntadas que o permitem. Desprovimento,
porém, do Agravo de Instrumento. (9 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599373321, 3ª Câmara Cível do TJRS,
Sapucaia do Sul, Rel. Des. Luiz Ari Azambuja Ramos. j. 16.09.1999).

TJRS-060781) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. DESACOLHIMENTO.
Não estando presentes de forma clara e insofismável, como seria
necessário, os requisitos que autorizam ao Juiz o acolhimento da
exceção de pré-executividade, não há como acolhê-la.
Agravo desprovido. Voto vencido.
(Agravo de Instrumento nº 70000375246, 6ª Câmara Cível do TJRS,
Camaquã, Rel. Des. Osvaldo Stefanello. j. 22.12.1999).
TJRS-060638) EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
SUCUMBÊNCIA.
A exceção de pré-executividade tem a vantagem de evitar embargos
e maiores delongas processuais, daí a não condenação na
sucumbência.
Agravo provido por maioria. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 599046513, 1ª Câmara de Férias Cível do
TJRS, Santana do Livramento, Rel. Des. Luís Augusto Coelho
Braga. j. 11.05.1999).

TJRS-060281) AGRAVO DE INSTRUMENTO. LOCAÇÃO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. TÍTULO EXECUTIVO
JUDICIAL. FIADOR. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO NO PROCESSO DE
CONHECIMENTO.
Não tendo o fiador figurado como parte na ação de despejo, não
pode ser incluído como parte passiva no processo de execução com
base no título judicial. Carência de ação do exeqüente em relação ao
fiador.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 70000063297, 16ª Câmara Cível do
TJRS, Esteio, Relª. Desª. Helena Cunha Vieira. j. 13.10.1999).

TJRS-060146) 1. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM


CONTA-CORRENTE. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
O contrato de abertura de crédito em conta-corrente, mesmo que
acompanhado dos extratos de movimentação, não é título executivo
extrajudicial, por lhe faltar os requisitos da liquidez e certeza, não
ensejando execução forçada. Precedentes do STJ.
2. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Se a execução é
extinta após a citação e o oferecimento de exceção de pré-
executividade, são devidos pelo vencido honorários advocatícios,
face ao princípio da sucumbência.
Apelação não-provida e recurso adesivo provido.
(Apelação Cível nº 70000091884, 14ª Câmara Cível do TJRS,
Alegrete, Rel. Des. Marco Antônio Bandeira Scapini. j. 04.11.1999).

TJRS-060132) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. REQUISITOS.
DESATENDIMENTO.
Somente em casos excepcionais, de flagrante desatendimento ou
grave suspeita da inexistência dos pressupostos da ação executiva,
ou, ainda, se inexistirem, comprovadamente, bens penhoráveis,
admite-se exceção de pré-executividade ou de executividade.
Processo extinto de ofício.
(Agravo de Instrumento nº 70000092551, 9ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Relª. Desª. Mara Larsen Chechi. j. 13.10.1999).

TJRS-060030) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE BASEADA EM


SUPOSTA ILEGITIMIDADE ATIVA PARA EXECUÇÃO. COBRANÇA
LASTREADA EM NOTAS PROMISSÓRIAS VINCULADAS A
RESCISÃO CONTRATUAL DE APÓLICE DE SEGURO.
COMPETÊNCIA DE UMA DAS CÂMARAS INTEGRANTES DO 3
GRUPO CÍVEL.
Competência declinada.
(Agravo de Instrumento nº 70000097006, 20ª Câmara Cível do
TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
19.10.1999).

TJRS-059861) NEGÓCIO JURÍDICO BANCÁRIO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO. MÚTUO.
FALTA DE EXECUTIVIDADE.
Inexistindo dúvida no sentido de que o contrato de mútuo em
execução, ao fim e ao cabo, consolida dívida proveniente de contrato
de abertura de crédito em conta corrente, partindo de saldo devedor
cuja liquidez não está demonstrada, não é ele apto a aparelhar
processo de execução.
Sentença mantida. Apelação não provida.
(Apelação Cível nº 70000103770, 14ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Rel. Des. Henrique Osvaldo Poeta Roenick. j. 07.10.1999).

TJRS-059804) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CONFISSÃO


DE DÍVIDA. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE.
Não se constitui em título executivo extrajudicial o contrato de
abertura de crédito rotativo em conta corrente, como reiteradamente
vem decidindo o egrégio Superior Tribunal de Justiça. Nem mesmo
obtendo o banco uma confissão de dívida, com o intuito manifesto de
conferir liquidez a um débito que não tem essa qualidade.
Apelação desprovida.
(Apelação Cível nº 70000108555, 13ª Câmara Cível do TJRS, Santa
Rosa, Rel. Des. Márcio Borges Fortes. j. 23.09.1999).

TJRS-059487) EXECUÇÃO. INCABÍVEL EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EM EXECUÇÃO QUE SE FUNDA EM TERMO
DE RENEGOCIAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO. TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. ÔNUS SUCUMBENCIAIS.
INVERSÃO.
Constitui-se em título extrajudicial o termo de renegociação de
operações de crédito.
Apelo provido. Unânime. (4 fls.)
(Apelação Cível nº 70000118885, 20ª Câmara Cível do TJRS, Santa
Rosa, Rel. Des. Rubem Duarte. j. 14.12.1999).

TJRS-059443) APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO FISCAL.


RECONHECIMENTO DO PAGAMENTO PELO FISCO. EXTINÇÃO
DO PROCESSO EXECUTIVO. VERBA HONORÁRIA DEVIDA.
Tendo havido o cancelamento do auto de lançamento e extinção de
certidão de dívida ativa, antes de sentenciado o feito, mas em razão
da demonstração do pagamento, em exceção de pré-executividade,
com a contratação de advogado para tal desiderato, são devidos
honorários pelo exeqüente.
Precedentes jurisprudenciais. Apelo provido. (5 fls.)
(Apelação Cível nº 70000142323, 2ª Câmara Cível do TJRS, Porto
Alegre, Relª. Desª. Teresinha de Olivei ra Silva. j. 03.11.1999).

TJRS-059299) EXECUÇÃO. ATOS DE ARREMATAÇÃO.


Interposição pelo devedor de exceção de pré-executividade,
porquanto a execução estaria baseada em contrato de abertura de
crédito em conta corrente. A ausência de título que tornaria nula a
execução, podendo ser alegada a qualquer tempo, mesmo que já
escoado o prazo para embargos. Situação que prevalece a própria
alegação de fraude à execução e ausência de interesse do
executado em proteger o bem. Decisão que não declarou a nulidade,
mas apenas referiu a existência de elementos para sustar a
execução com base no poder geral de cautela conferido ao Juiz.
Agravo a que se nega provimento. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000183616, 20ª Câmara Cível do
TJRS, Cruz Alta, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
23.11.1999).

TJRS-059291) EXECUÇÃO. ATOS DE ARREMATAÇÃO.


INTERPOSIÇÃO PELO DEVEDOR DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, PORQUANTO A EXECUÇÃO ESTARIA
BASEADA EM CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE.
A ausência de título que tornaria nula a execução, podendo ser
alegada a qualquer tempo, mesmo que já escoado o prazo para
embargos. Situação que prevalece a própria alegação de fraude à
execução e ausência de interesse do executado em proteger o bem.
Decisão que não declarou a nulidade, mas apenas referiu a
existência de elementos para sustar a execução com base no poder
geral de cautela conferido ao Juiz.
Agravo que se nega provimento. (5 fls.)
(Agravo de Instrumento nº 70000188144, 20ª Câmara Cível do
TJRS, Cruz Alta, Rel. Des. José Aquino Flores de Camargo. j.
23.11.1999).

TJRS-059275) ALIMENTOS PROVISIONAIS. EXECUÇÃO.


INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. CABIMENTO. INCLUSÃO, NO TÍTULO, DE
IMPORTÂNCIAS ORIUNDAS DO EXAME DE DNA E VALORES
OBTIDOS COM A RETROAÇÃO DO DESPACHO À CITAÇÃO.
A defesa pela exceção de pré-executividade, oposta em qualquer
tempo, busca evitar a contrição e proporcionar o exame de questões
que inviabilizem o ato executivo, cabendo manejá-la contra a
execução de alimentos provisionais, derivadas de decisão tomada no
curso da investigatória.
A antecipação provisória, aliada a irrepetibilidade dos alimentos,
garante a eficácia da decisão concessiva, mesmo que não venham
eles a ser acolhidos em sentença ou acordo, ensejando a execução,
pois admitir-se o contrário, seria entusiasmar os maus pagadores a
aguardar o resultado do processo. As despesas de custeio, como as
feitas com a perícia, integram a composição do débito alimentar, o
que se constitui em nota peculiar dos alimentos provisionais. Não
pode o exeqüente, entretanto, ao prever o saldo, retroagir os
alimentos à citação, quando isto não foi objeto da sentença ou do
acordo lavrado.
Apelação provida, em parte.
(Apelação Cível nº 70000194746, 7ª Câmara Cível do TJRS, Canela,
Rel. Des. José Carlos Teixeira Giorgis. j. 17.11.1999).

TJRS-058982) FISCAL. COMPETÊNCIA DA VARA DAS


EXECUÇÕES FISCAIS DE PORTO ALEGRE. AÇÃO ANULATÓRIA
E CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. PRÉ-EXECUTIVIDADE.
1. Conforme os arts. 1º e 2º da Resolução 49/92, do Conselho da
Magistratura, a Vara das Execuções Fiscais de Porto Alegre tem
competência privativa não só para os processos executórios, mas
também para toda e qualquer ação - desimportando a titulação que
lhe é dada, que atinge no todo ou em parte o crédito fiscal. E a
competência privativa para esta é independente da existência de
execução fiscal, ou seja, não há necessidade de haver execução
fiscal tramitando para que a competência do juízo especializado. De
outra parte, se acoplada a demanda que combate o crédito fiscal
existe ação consignatória, a vis atractiva acontece também sobre
esta.
2. A exceção de pré-executividade só é possível nos casos em que o
juiz pode agir de ofício. Tal não acontece quando a reclamação
envolve cobrança de valores indevidos ou além do devido.
3. Agravo desprovido.
(Agravo de Instrumento nº 70000335786, 1ª Câmara Cível do TJRS,
Porto Alegre, Rel. Des. Irineu Mariani. j. 22.12.1999).
TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
NECESSIDADE DE ANÁLISE DA DÍVIDA – IMPROCEDÊNCIA –
EMBARGOS À EXECUÇÃO – CABIMENTO – DECISÃO
MONOCRÁTICA DE RELATOR – NEGATIVA DE SEGUIMENTO –
ART. 557, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – POSSIBILIDADE –
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO – 1 - A exceção de pré-
executividade não pode ser generalizadamente admitida como
substitutiva dos embargos à execução. 2 - Demonstrada a completa
falta de perspectiva de êxito do agravo de instrumento, está o
Relator autorizado, por força do disposto no artigo 557, do Código de
Processo Civil, a negar seguimento ". a recurso manifestamente
inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com
Súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do
Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior" (CF. art. cit.). 3 -
Decisão mantida. 4 - Agravo Regimental desprovido. (TRF 1ª R. –
AGA 01000271166 – MG – 3ª T. – Rel. Juiz Conv. Ricardo Machado
Rabelo – DJU 04.04.2003 – p. 52) (Ementas no mesmo
sentido)JCPC.557

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – CITAÇÃO


EDITALÍCIA – LEF, ART. 8º – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
– ADMISSIBILIDADE – PRESCRIÇÃO – CABIMENTO –
DECRETAÇÃO "EX – OFFICIO – IMPOSSIBILIDADE – CTN, ART.
174, PARÁGRAFO ÚNICO – SUPREMACIA EM FACE DO ARTIGO
40 DA LEI Nº 6.830/80 – EXECUTADO – BENS – AUSÊNCIA –
PARALISAÇÃO POR MAIS DE CINCO ANOS – EXTINÇÃO DO
PROCESSO – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – PRINCÍPIO DA
SUCUMBÊNCIA – FIXAÇÃO – CRITÉRIO OBJETIVO – 1.
Entendendo esgotados os meios a disposição do exeqüente para
localizar o executado e certificando o oficial de justiça que este se
encontra em lugar incerto e não sabido, deve o juiz determinar,
exaurindo as modalidades previstas no artigo 8º da Le i nº 6.830, de
1980, que a sua citação seja feita por edital. Inexistência de
nulidade. 2. A Exceção de Pré-executividade, admissível em sede de
execução fiscal, permite ao executado, por simples petição, manejar
sua defesa, independentemente de embargos e de garantia do juízo.
3. Modernamente, é tendência da doutrina e da jurisprudência
admitir o uso de Exceção de Pré-executividade para suscitar, além
das questões inerentes aos pressupostos processuais e às
condições da ação, matéria relativa ao mérito da execução, à
exemplo da prescrição. Precedentes do STJ e do TRF - 1ª Região. 4.
Decorrendo a prescrição de pedido formulado por curador especial, é
descabida a afirmação de que foi decretada ex - officio. 5. Os casos
de interrupção do prazo prescricional estão previstos no artigo 174
do Código Tributário Nacional, que não contempla quaisquer das
hipóteses previstas no artigo 40 da Lei nº 6.830/80. 6. A
interpretação que recusa a suspensão da prescrição por tempo
indefinido é a única que se harmoniza com a norma do artigo 174,
parágrafo único, do Código Tributário Nacional. 7. Decorridos cinco
anos de paralisação do executivo fiscal, e ainda não localizados o
devedor e bens suscetíveis de penhora, deve-se estabilizar o conflito
pela via da prescrição, objetivando assegurar às partes litigantes a
segurança jurídica, geradora da paz social, que é o objetivo do Poder
Judiciário. 8. Os honorários advocatícios decorrem do princípio da
sucumbência e, em se tratando de execução fiscal, serão fixados
objetivamente pelo juiz, consoante apreciação eqüitativa. 9.
Extinguindo-se a execução por iniciativa do curador especial, ainda
que em exceção de pré-executividade, é cabível a verba advocatícia.
(TRF 1ª R. – AC 01000342147 – MG – 4ª T. – Rel. Des. Fed. Mário
César Ribeiro – DJU 06.03.2003 – p. 181)JLEF.8 JCTN.174
JCTN.174.PUN JLEF.40
PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – MATÉRIA DE DEFESA – IMPOSSIBILIDADE –
1. Só é possível argüir, em sede de exceção de pré-executividade,
matérias relativas a vícios formais do título, nulidades absolutas ou
matérias apreciáveis de imediato pelo juiz. 2. A discussão de estar
ou não a recorrida obrigada a manter em seu estabelecimento
técnico farmacêutico inscrito no CRF/MA só poderá ocorrer em sede
de Embargos do Devedor, ocasião em que se viabilizará a instrução
do feito de modo a se apurar se o fato apontado, estranho ao título, o
desconstitui, tornando nula a execução. 3. Apelação provida. (TRF 1ª
R. – AC 01990421378 – MA – 6ª T. – Relª Desª Fed. Maria do Carmo
Cardoso – DJU 10.03.2003 – p. 133)

TRIBUTÁRIO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


DECADÊNCIA – PRESCRIÇÃO – NÃO OCORRÊNCIA – ART.
174/CTN – LEI Nº 6.830/80, § 2º. ART. 219/CPC – 1. A exceção de
pré-executividade tem sido admitida, excepcionalmente, pela
jurisprudência nas hipóteses de vícios formais do título executivo,
prescrição, decadência e pagamento, sem o necessário
oferecimento de embargos. 2. Prescrição não afigurada,
considerando-se que não transcorreu o prazo de cinco anos entre a
constituição definitiva do crédito tributário e a citação válida (art.
174/CTN c/c art. 8º da Lei nº 6.830/80 e art. 219/CPC). 3. Apelação e
remessa providas. (TRF 1ª R. – AC 01000662731 – MT – 4ª T. – Rel.
Des. Fed. Hilton Queiroz – DJU 06.03.2003 – p. 164)JCTN.174
JCPC.219 JCPC.219.2 JLEF.8

TRIBUTÁRIO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


DECADÊNCIA – PRESCRIÇÃO – NÃO OCORRÊNCIA – 1.
Decadência não afigurada na espécie, considerando-se que a ação
executiva foi ajuizada em 04.04.1997 e os fatos geradores ocorreram
no ano de 1992, iniciada sua fluência em 1º de janeiro de 1993,
tendo por termo final 1º de janeiro de 1998. 2. Apelação da
executada improvida. 3. Apelação da União provida. (TRF 1ª R. – AC
01990036670 – MG – 4ª T. – Rel. Des. Fed. Hilton Queiroz – DJU
06.03.2003 – p. 173)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – DESISTÊNCIA –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS – A fixação de honorários em desfavor da
exeqüente é justa, à medida que a executada efetuou gastos,
inclusive na contratação de advogados para se defender, via
exceção de pré-executividade, de um suposto débito fiscal
posteriormente reconhecido como indevido pela exeqüente. Por
outro lado, dado à singeleza da causa e dos trabalhos desenvolvidos
pelo patrono da executada não justifica a fixação dos honorários no
percentual de 20% (vinte por cento) sobre o valor atualizado da
causa. Honorários advocatícios reduzidos para o percentual de 2%
(dois por cento) sobre o valor da causa devidamente corrigido (art.
20, § 4º, do CPC). Apelo da UNIÃ O e remessa oficial, tida por
interposta, parcialmente providos. (TRF 1ª R. – AC 01001187769 –
MG – 4ª T. – Rel. Des. Fed. Hilton Queiroz – DJU 06.03.2003 – p.
160)JCPC.20 JCPC.20.4

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO PARA COBRANÇA DE


DÉBITO ATUARIAL – ALEGAÇÃO DE SUPERAVALIAÇÃO –
PROVA INEQUÍVOCA – INEXISTÊNCIA – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – AJUIZAMENTO – RENOVAÇÃO –
INADMISSIBILIDADE – 1. Inadmissível novo ajuizamento de
exceção de pré-executividade, se a matéria nela agitada foi objeto de
outra, já julgada. 2. Inexistente prova inequívoca do vício que
contamina o título exeqüendo, inadmissível é a utilização da exceção
de pré-executividade para a sua desconstituição. 3. Agravo
desprovido. (TRF 1ª – AG 01000228493 – DF – 6ª T. – Rel. Des.
Fed. Daniel Paes Ribeiro – DJU 24.03.2003 – p. 183)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – "EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE" – ACOLHIMENTO – PROVA INEQUÍVOCA
– SOCIEDADE ANÔNIMA – ACIONISTA – CARÊNCIA DE AÇÃO –
1. A "exceção de pré-executividade" somente tem cabimento
naquelas hipóteses cujos vícios sejam observados de plano. 2. Na
hipótese, o agravante provou, inequivocamente, não ter sido diretor
da empresa executada no período em que apurada a dívida. Na
condição de acionista, não é alcançado pela responsabilidade
tributária disciplinada pelo art. 135 do CTN. 3. Agravo provido. (TRF
1ª – AG 01000387691 – MG – 4ª T. – Rel. Des. Fed. Hilton Queiroz –
DJU 14.03.2003 – p. 74)JCTN.135

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO –
LEI Nº 7.689/88 – COISA JULGADA – CERTIDÃO DE DÍVIDA
ATIVA – NULIDADE. EXTINÇÃO DO PROCESSO –
POSSIBILIDADE – 1. A exceção de pré-executividade tem sido
admitida, excepcionalmente, pela jurisprudência nas hipóteses de
vícios formais do título executivo, prescrição, decadência e
pagamento, sem o necessário oferecimento de embargos. Sua
hipótese de cabimento aplica-se, ainda, àquelas situações em que a
matéria pode ser conhecida de ofício pelo Juiz. 2. Remessa oficial
improvida. (TRF 1ª – REO 35000122550 – GO – 4ª T. – Rel. Des.
Fed. Hilton Queiroz – DJU 21.03.2003 – p. 74)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ADMISSIBILIDADE – HIPÓTESES – MULTA –
INDENIZAÇÃO – LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NÃO-CARACTERIZADA –
ART. 17 DO CPC – I -A exceção de pré-executividade não está
prevista em Lei, mas é admitida em nosso direito em razão de
construção doutrinário-jurisprudencial. É admissível nos casos em
que é possível ao Juiz conhecer, de ofício, a matéria alegada e
quando houver prova documental inequívoca capaz de demonstrar a
nulidade da execução. II - A hipótese dos autos não se enquadra em
exceção de pré-executividade, uma vez que exige análise
aprofundada de provas. III - Não há que se falar em aplicação de
multa e indenização por suposta litigância de má-fé ante a
plausibilidade da tese levantada pela parte, não restando
configuradas quaisquer das hipóteses do art. 17 do CPC. IV - Agravo
parcialmente provido. (TRF 1ª – AG 01000179473 – BA – 3ª T. – Rel.
Des. Fed. Cândido Ribeiro – DJU 21.03.2003 – p. 65)JCPC.17

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ADMISSIBILIDADE – HIPÓTESES – NÃO-
CABIMENTO – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – AUSÊNCIA DE
PREVISÃO LEGAL – I - A exceção de pré-executividade não está
prevista em Lei, mas é admitida em nosso direito em razão de
construção doutrinário-jurisprudencial. É admissível nos casos em
que é possível ao juiz conhecer, de ofício, a matéria alegada e
quando houver prova documental inequívoca capaz de demonstrar a
nulidade da execução. II - A hipótese dos autos não se enquadra em
exceção de pré-executividade, uma vez que exige análise
aprofundada de provas. III - A exceção foi acolhida em relação a dois
exceptos porque a própria exeqüente concordou com as alegações
dos excipientes, não havendo que se falar em honorários
advocatícios na espécie por falta de amparo legal. IV - Agravo de
instrumento provido. (TRF 1ª – AG 01000393211 – MG – 3ª T. – Rel.
Des. Fed. Cândido Ribeiro – DJU 21.03.2003 – p. 56)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


ALEGAÇÃO PENDENTE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA – 1. O § 1º do
art. 293 do RITRF1 não admite agravo regimental da decisão que
confere ou nega efeito suspensivo em agravo de instrumento. 2. A
Exceção de Pré-Executividade, não prevista em Lei, admitida por
construção doutrinário-jurisprudencial como meio excepcional e
atípico que é, argüível por simples petição, sem a segurança do
juízo, tem seu cabimento limitado às estreitas situações apreciáveis
de plano pelo juiz ou de ordem legal exclusivamente de direito (AGA
197577/GO, DJ 05.06.2000, p. 167, STJ, T4; AG nº
1999.01.00.055381-1/DF, TRF1, T3, DJ 25.02.2000, p. 58; AG
1999.01.00.026862-2/BA, TRF1, T3, DJ 05.05.2000, p. 299). 3.
Ilegitimidade passiva, nulidade da CDA e da citação, dependendo,
todavia, de dilação probatória, somente podem ser apreciadas em
embargos, com a segurança do juízo. 4. Agravo Regimental não
conhecido. Agravo de Instrumento não provido. 5. Peças liberadas
pelo Relator em 04.02.2003 para publicação do acórdão. (TRF 1ª R.
– AG 01000251935 – GO – 3ª T. – Rel. Des. Fed. Luciano Tolentino
Amaral – DJU 28.02.2003 – p. 108)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – ARGÜIÇÃO DE VÍCIOS DA


CERTIDÃO DA DÍVIDA ATIVA – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – DESCABIMENTO – 1. São insuscetíveis de
impugnação através da denominada exceção de pré-executividade
irregularidades não evidentes da certidão de dívida ativa, porquanto
tal via somente permite a discussão de matéria que, em princípio, o
julgador pode conhecer ex officio. 2. Agravo desprovido. (TRF 1ª R. –
AG 01001169685 – GO – 3ª T.Supl. – Rel. Juiz Conv. Evandro
Reimão dos Reis – DJU 20.02.2003 – p. 135)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO – DECISÃO QUE DETERMINA A CITAÇÃO DA
EXECUTADA PARA CUMPRIR OBRIGAÇÃO DE FAZER
CONSISTENTE NA RECOMPOSIÇÃO DE CONTAS DO FGTS –
MEIO DE IMPUGNAÇÃO APROPRIADO – EMBARGOS À
EXECUÇÃO – AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO CONHECIDO –
1- O agravo de instrumento não se revela o meio processual
adequado para impugnar decisão que ordena a citação da executada
para cumprir obrigação de fazer, sob pena de pagamento de
astreinte, porquanto subsiste, no ordenamento jurídico, via própria
para que a devedora se oponha à execução do julgado, qual seja, os
embargos à execução, ou, se for o caso, assiste-lhe a faculdade de
opor exceção de pré-executividade. Precedentes deste Tribunal. 2-
Agravo regimental da CEF improvido. (TRF 1ª R. – AGA
01000027102 – BA – 5ª T. – Rel. Des. Fed. Fagundes de Deus –
DJU 03.02.2003 – p. 326)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


PRESCRIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO – NÃO OCORRÊNCIA –
1. Se não implementado o lapso temporal de cinco anos, entre a
data da constituição do crédito tributário e a citação do executado,
não há falar-se na ocorrência da prescrição tributária. 2.
Improvimento do agravo de instrumento. (TRF 1ª R. – AG
01000315290 – MG – 3ª T. – Rel. Des. Fed. Olindo Menezes – DJU
14.02.2003 – p. 15)

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO – DESISTÊNCIA DA AÇÃO –


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA
– HONORÁRIOS FIXADOS DE ACORDO COM ART. 20, §4º, DO
CPC – 1. A desistência da execução fiscal, por força de defesa
apresentada pelo executado, ainda que nos próprios autos, mediante
advogado constituído para este fim, não isenta o exeqüente do
pagamento do ônus de sucumbência. Aplicação do princípio da
causalidade. Incidência da Súmula nº 153 do STJ. 2. Apelação
provida para fixar a verba honorária, na forma do comando do art.
20, § 4º, do CPC. (TRF 3ª – AC 849346 – (1999.61.82.004345-7) –
6ª T. – Rel. Des. Fed. Mairan Maia – DOU 16.05.2003 – p. 282)
(Ementas no mesmo sentido)JCPC.20 JCPC.20.4

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL –


DESISTÊNCIA DA AÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS DE ACORDO COM ART.
20, §4º, DO CPC – 1. A desistência da execução fiscal, por força de
defesa apresentada pelo executado, ainda que nos próprios autos,
mediante advogado constituído para este fim, não isenta o
exeqüente do pagamento do ônus de sucumbência. Aplicação do
princípio da causalidade. Incidência da Súmula nº 153 do STJ. 2.
Apelação parcialmente provida para fixar a verba honorária na forma
do art. 20, § 4º, do CPC. (TRF 3ª – AC 852089 –
(1999.61.82.011634-5) – 6ª T. – Rel. Des. Fed. Mairan Maia – DOU
16.05.2003 – p. 282/283)JCPC.20 JCPC.20.4

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – MATÉRIA DE


DEFESA – ARGUIÇÃO POR MEIO DE EMBARGOS – 1. Não
conhecimento de alegação nova introduzida na fase recursal
(nulidade do título executivo por violação aos princípios
constitucionais). 2. A execução tem caráter satisfativo, não cabendo
no seu bojo a discussão acerca da validade do título executivo. 3. O
executado não se utilizou do meio de defesa adequado, tendo
optado por combater o título executivo por meio de simples petição
acostada na própria execução fiscal, muito após a efetivação da
penhora. 4. Inadequação da via eleita, uma vez que as alegações da
agravante enquadram-se dentre aquelas que devem ser suscitadas
em embargos à execução. (art. 16, § 2º da Lei nº 6.830/80). Não
cabimento de exceção de pré-executividade. 5. Ocorrência de
preclusão temporal, com a não oposição dos embargos no prazo
legal. 6. Não conheço de parte do agravo de instrumento e, na parte
conhecida, nego-lhe provimento. (TRF 3ª – AG 116358 –
(2000.03.00.051015-2) – 6ª T. – Relª Desª Fed. Consuelo Yoshida –
DOU 16.05.2003 – p. 339)JLEF.16 JLEF.16.2

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –


EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
INADMISSIBILIDADE – NECESSIDADE DE DILAÇÃO
PROBATÓRIA – 1. A exceção de pré-executividade é meio de
defesa do devedor, criado pela doutrina e jurisprudência, para casos
em que o direito do executado é aferível de plano,
independentemente de dilação probatória. 2. A apreciação de
matéria referente à nulidade do título executivo, por vício em sua
formação e por excesso de execução, exige manifestação da
exeqüente e dilação probatória, devendo ser argüida em sede de
embargos à execução, sob pena de ofensa aos princípios do
contraditório e da ampla defesa. 3. Agravo improvido. (TRF 3ª – AG
157405 – (2002.03.00.027309-6) – 6ª T. – Relª Desª Fed. Consuelo
Yoshida – DOU 16.05.2003 – p. 352)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –


EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
INADMISSIBILIDADE – NECESSIDADE DE DILAÇÃO
PROBATÓRIA – SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO –
INADMISSIBILIDADE – 1. A exceção de pré-executividade é meio de
defesa do devedor, criado pela doutrina e jurisprudência, para casos
em que o direito do executado é aferível de plano,
independentemente de dilação probatória. 2. A apreciação de
matéria referente à nulidade do título executivo, por excesso de
execução, exige manifestação da exeqüente e dilação probatória,
devendo ser argüida em sede de embargos à execução, sob pena de
ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa. 3. A
exceção de pré-executividade não tem o condão de suspender o
processo de execução fiscal, não impedindo, assim, a realização da
penhora. Precedentes (TRF - 3.ª Região, Sexta Turma, AG nº
2001.03.00.025682-3, Rel. Des. Fed. Mairan Maia, j. 24.10.2001,
V.u., DJU 10.01.2002; Quarta Turma, AG nº 2001.03.00.026211 -2,
Rel. Des. Fed. Therezinha Cazerta, j. 11.09.2002, V.u., DJU
29.11.2002). 4. Agravo improvido. (TRF 3ª – AG 161765 –
(2002.03.00.035778-4) – 6ª T. – Relª Desª Fed. Consuelo Yoshida –
DOU 16.05.2003 – p. 353)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –


EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
INADMISSIBILIDADE – NECESSIDADE DE DILAÇÃO
PROBATÓRIA – 1. A exceção de pré-executividade é meio de
defesa do devedor, criado pela doutrina e jurisprudência, para casos
em que o direito do executado é aferível de plano,
independentemente de dilação probatória. 2. A apreciação de
matéria referente à nulidade do título executivo, por vício em sua
formação em razão da aplicação da taxa SELIC e por excesso de
execução, exige manifestação da exeqüente, devendo ser argüida
em sede de embargos à execução, sob pena de ofensa aos
princípios do contraditório e da ampla defesa. 3. Agravo improvido.
(TRF 3ª – AG 161954 – (2002.03.00.035988-4) – 6ª T. – Relª Desª
Fed. Consuelo Yoshida – DOU 16.05.2003 – p. 353)

TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCLUSÃO DE SÓCIO-


GERENTE DO PÓLO PASSIVO DA DEMANDA – ALEGAÇÃO EM
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – INADMISSIBILIDADE –
MATÉRIA QUE DEPENDE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA –
INEXISTÊNCIA DE BENS PARA PENHORA – INADIMPLEMENTO
DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA – INCLUSÃO DO SÓCIO-GERENTE
NO PÓLO PASSIVO DA EXECUÇÃO FISCAL – ADMISSIBILIDADE
– 1. A matéria em exame não cabe ser analisada em sede de
exceção de pré-executividade porque dependente de dilação
probatória. 2. O não recolhimento dos tributos devidos, conjugado à
impossibilidade de localização de bens pertencentes à empresa, em
princípio, configuram infração à Lei, ensejando a inclusão do sócio-
gerente no pólo passivo da execução fiscal. 3. Precedentes (STJ, 1ª
Turma, RESP 47.718-2-RS, Rel. Min. Milton Luiz Pereira, j,
09.08.1995, negaram provimento, V.u., DJU, 11.09.1995, p. 28.794;
STJ, 1ª Turma, RESP 291617/SP, Rel. Min. Garcia Vieira, V.u., DJ,
11.06.2001). 4. Agravo de instrumento provido. Prejudicado o agravo
regimental. (TRF 3ª – AG 170665 – (2003.03.00.000260-3) – 6ª T. –
Relª Desª Fed. Consuelo Yoshida – DOU 16.05.2003 – p. 358)

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL –


DESISTÊNCIA DA AÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA – HONORÁRIOS FIXADOS DE
ACORDO COM ART. 20, §4º, DO CPC – 1. A desistência da
execução fiscal, por força de defesa apresentada pelo executado,
ainda que nos próprios autos, mediante advogado constituído para
este fim, não isenta o exeqüente do pagamento do ônus de
sucumbência. Aplicação do princípio da causalidade. Incidência da
Súmula nº 153 do STJ. 2. Apelação improvida. (TRF 3ª – AC 853072
– (2001.61.82.016510-9) – 6ª T. – Rel. Des. Fed. Mairan Maia – DOU
16.05.2003 – p. 295)JCPC.20 JCPC.20.4

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO – EMBARGOS À


EXECUÇÃO FISCAL – DESISTÊNCIA DA AÇÃO – EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE – ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA –
HONORÁRIOS FIXADOS DE ACORDO COM ART. 20, §4º, DO
CPC – 1. A desistência da execução fiscal, por força de defesa
apresentada pelo executado, ainda que nos próprios autos, mediante
advogado constituído para este fim, não isenta o exeqüente do
pagamento do ônus de sucumbência. Aplicação do princípio da
causalidade. Incidência da Súmula nº 153 do STJ. 2. Apelação
parcialmente provida para arbitrar a verba honorária nos moldes do
comando contido no art. 20, § 4º, do CPC. (TRF 3ª – AC 801624 –
(2002.03.99.020696-3) – 6ª T. – Rel. Des. Fed. Mairan Maia – DOU
16.05.2003 – p. 296)JCPC.20 JCPC.20.4

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ILEGITIMIDADE DE PARTE – DECADÊNCIA
DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO – TEMAS QUE DEVERÃO SER
ANALISADOS EM SEDE DE EMBARGOS À EXECUÇÃO –
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EFEITO SUSPENSIVO
INDEFERIDO – AGRAVO REGIMENTAL – ACÓRDÃO-
NECESSIDADE – 1. Nesta corte é pacífico o entendimento de que,
em sede de agravo regimental, não deve o órgão colegiado modificar
a decisão do relator, salvo se for manifestamente ilegal ou se dela
puder resultar prejuízos irreparáveis ou de difícil reparação à parte.
2. Em sede de exceção de pré-executividade, não cabe o exame de
matéria de fato, cujo deslinde exige exame de prova. 3. A
ilegitimidade de parte, fundamentada no pagamento da contribuição
diretamente a funcionários do credor tributário, que não a teria
repassado aos cofres da previdência, é tema que não comporta
exame e decisão em sede de exceção de pré-executividade, em face
da necessidade de um exame circunstancial da prova. 4. O curso de
representação criminal onde se apure a responsabilidade criminal de
servidor não exclui a responsabilidade tributária do contribuinte, vez
que a mera expedição de certidão negativa de débito não é forma de
extinção do crédito tributário. 5. A prova dos autos não aponta a
decadência do crédito tributário, mas evidencia uma dívida de
dezembro de 1998, lançada em outubro de 1999. 6. Os julgamentos
do órgão colegiado não prescindem do acórdão que deverá ser
lavrado e publicado. 7. Agravo regimental improvido, com lavratura
do respectivo acórdão. (TRF 3ª R. – AG 153388 –
(2002.03.00.015459-9) – SP – 5ª T. – Relª Desª Fed. Ramza Tartuce
– DJU 25.02.2003 – p. 507)

EXECUÇÃO FISCAL – ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO – OBJEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – NECESSIDADE DE APRECIAÇÃO
APÓS MANIFESTAÇÃO DO FISCO SOBRE QUITAÇÃO DO
MONTANTE COBRADO – I – A objeção de pré-executividade,
defesa oferecida pelo executado nos próprios autos da execução,
sem a prévia garantia do juízo, é cabível somente nas hipóteses em
que se mostre evidente a inviabilidade do processo. II – Razoável a
admissão de objeção de pré-executividade por alegação de
pagamento, matéria que se conhece de ofício, independente da
oposição de embargos. III – Execução fiscal de parcelas do imposto
de renda retido na fonte. Guias DARF evidenciando pagamento de
parte do débito na data de seu vencimento, remanescendo dúvidas
quanto ao restante recolhido após o vencimento, mas antes da
inscrição na dívida ativa. IV – Necessário que a Receita Federal
esclareça se os valores recolhidos se referem ao débito exeqüendo,
ou seja, se houve pagamento integral ou parcial, se houve imputação
ou se não houve adimplemento. V – Se a relação custo/benefício do
processamento das referidas execuções fiscais não traz resultados
positivos, inútil é a movimentação da máquina judiciária, implicando
em perda de tempo para as partes envolvidas na lide e dinheiro para
a coletividade, que paga pelo funcionamento e boa prestação dos
serviços estatais. VI – Redução de processos que trará benefícios
para a coletividade, ao acelerar o julgamento das demais causas, e
para o fisco, ao concentrar as atenções nas lides onde são cobrados
valores de importância significativa para o erário. VII – Prejudicada a
apreciação de pedido relativo à expedição de ofícios aos órgãos de
restrição ao crédito, por ter como antecedente lógico a extinção do
processo de execução. VIII – Agravo de instrumento a que se dá
parcial provimento para suspender a execução até que haja
pronunciamento da fazenda sobre o pagamento, após o que caberá
ao MM. Juiz decidir a exceção de pré-executividade. (TRF 3ª R. –
AG 156372 – (2002.03.00.026144-6) – SP – 4ª T. – Relª Desª Fed.
Therezinha Cazerta – DJU 28.02.2003 – p. 389)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OMISSÃO – HONORÁRIOS –


EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO – ART. 794, I, DO CPC – 1. Cabível a
condenação da exeqüente ao pagamento de honorários advocatícios
à executada, quando esta, tendo sido demandada em juízo por
valores indevidos, viu-se compelida a constituir Procurador nos
autos, apresentando defesa, na forma de exceção de pré-
executividade, a qual foi julgada procedente para o fim de extinguir o
feito com base no art. 794, I, do CPC. 2. Embargos acolhidos
parcialmente para efeito de fixar condenação em honorários de
advogado. (TRF 4ª R. – EDcl-AI 2002.04.01.044338-9 – 1ª T. – Rel.
Des. Fed. Wellington M de Almeida – DOU 14.05.2003 – p.
824)JCPC.794 JCPC.794.I

DIREITO TRIBUTÁRIO – PRESCRIÇÃO – AJUIZAMENTO DE


AÇÃO – PROCESSO CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
– Inocorrente a prescrição reconhecida em primeiro grau, conforme
atestado pelos documentos, já que interrompida por citação válida,
deve prosseguir a execução. (TRF 4ª R. – AI 2002.04.01.050563-2 –
1ª T. – Relª Desª Fed. Maria Lúcia Luz Leiria – DOU 14.05.2003 – p.
828)
EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – O
meio adequado para se insurgir contra as ações de execução fiscal
são os embargos à execução. A exceção de pré-executividade é o
meio apropriado para flagrantes nulidades e quanto a questões de
ordem pública, que podem ser conhecidas de ofício. (TRF 4ª R. – AI
2003.04.01.001560-8 – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Vilson Darós – DOU
14.05.2003 – p. 854) (Ementas no mesmo sentido)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – PESSOA FÍSICA –


IMPENHORABILIDADE DE INSTRUMENTO DE TRABALHO – A
exceção de pré-executividade é o meio apropriado para a defesa
sem embargos quanto a matéria versa sobre flagrantes nulidades e
questões de ordem pública que podem ser conhecidas de ofício Não
é passível de penhora automóvel necessário ou útil ao exercício de
atividades profissionais do agravado, por se constituir em
instrumento de trabalho. (TRF 4ª R. – AI 2003.04.01.004188-7 – 2ª
T. – Rel. Des. Fed. Vilson Darós – DOU 14.05.2003 – p. 855)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – ALEGATIVA DE TÍ – TULO


INVÁLIDO – IMPOSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO DE NOVAS
PROVAS EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – MATÉRIA A
SER DISCUTIDA EM EMBARGOS DE EXECUÇÃO – 1. A
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO É SEDE PARA À
ARGÜIÇÃO DE ILEGALIDADE DA RELAÇÃO JURÍDICA MATERIAL
QUE DEU ORIGEM AO TÍTULO EXECUTIVO, PRINCIPALMENTE
SE TAL AFIRMATIVA DEPENDE DE EXAME DE PROVAS – 2. Ao
exame de matéria de mérito o ordenamento jurídico dispõe do
recurso embargos do devedor. 3. Agravo de instrumento desprovido.
(TRF 4ª R. – AI 2003.04.01.005997-1 – 3ª T. – Relª Desª Fed. Marga
Inge Barth Tessler – DOU 14.05.2003 – p. 922)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE – TÍTULO – REQUISITOS – AUSÊNCIA –
COMPROVAÇÃO DE PLANO – O acolhimento da exceção de pré-
executividade somente se torna possível quando o título em que se
funda a execução carecer de liquidez, exigibilidade ou certeza,
constatáveis de plano. Agravo de instrumento improvido. (TRF 4ª R.
– AI 2002.04.01.055425-4 – 3ª T. – Relª Desª Fed. Maria de Fátima
Freitas Labarrère – DOU 14.05.2003 – p. 953)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – O meio de defesa, por excelência, em face da
execução constitui-se nos embargos, cabendo a chamada exceção
de pré-executividade somente em casos excepcionais. (TRF 4ª R. –
AI 2003.04.01.007628-2 – 4ª T. – Rel. Des. Fed. Valdemar Capeletti
– DOU 14.05.2003 – p. 980)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – DECADÊNCIA – A


exceção de pré-executividade é o meio apropriado para a defesa
sem embargos quanto a matéria versa sobre flagrantes nulidades e
questões de ordem pública que podem ser conhecidas de ofício, tais
como a decadência. O lançamento, atividade administrativa que visa
constituir o crédito tributário, verificando a ocorrência do fato gerador
da obrigação correspondente, determinando a matéria tributável,
calculando o montante do tributo devido, identificando o sujeito
passivo e, se for o caso, propondo a aplicação da penalidade
cabível, nos termos do que prescreve o Código Tributário Nacional
(art. 142), compete privativamente à autoridade administrativa e é
vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.
Contudo, o Decreto-Lei nº 2.124/84, estatuiu expressamente que a
declaração do sujeito passivo, em cumprimento a obrigação
acessória, em que comunica a existência de obrigação tributária,
constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a
exigência do referido crédito, podendo a autoridade fiscal, sem
outras formalidades, inscrever o débito em dívida ativa e exigir o seu
pagamento, inclusive na via judicial. Em caso de tributo declarado e
não pago no prazo, aplicável o prazo decadencial do art. 173, I, do
CTN, ou seja, cinco anos a contar do primeiro dias do exercício
seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. A
dctf foi entregue pelo contribuinte em 31.05.1995 e os fatos
geradores ocorreram em 1994. O fisco lançou expressamente o
débito declarado em 25.03.1998, com o que perfectibilizou-se o
lançamento tributário para todos os efeitos legais, tendo redundado
na CDA emitida em julho de 2000. Inocorreu, assim, qualquer
decadência. (TRF 4ª R. – AI 2002.04.01.051280-6 – SC – 2ª T. –
Rel. Des. Fed. Vilson Darós – DJU 05.03.2003 – p. 108)JCTN.142
JCTN.173 JCTN.173.I

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – MASSA


FALIDA – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO –
EXCLUSÃO DE MULTA E JUROS MORATÓRIOS DA CDA – 1. Os
critérios de fixação de consectários da inadimplência decorrem de
imposição legal, pelo que cabe ao julgador, ajustá-lo até mesmo de
ofício, sendo, pois, cabível a via processual eleita pelo recorrente. 2.
Não se inclui no crédito habilitado em falência a multa fiscal com
efeito de pena administrativa. (súmula 192 do STF). 3. No tocante
aos juros, segundo a regra do art. 26 do Decreto-Lei nº 7.661/45 –
Lei de Falências – Contra a massa falida não correm juros quando o
ativo não bastar para o pagamento do principal, porquanto a simples
situação de empresa falida faz presumir que o ativo é maior que o
ativo. (TRF 4ª R. – AI 2002.04.01.041432-8 – RS – 1ª T. – Rel. Juiz
Fed. Conv. Joel Ilan Paciornik – DJU 26.02.2003 – p. 647)JLF.26

EXECUÇÃO FISCAL – EXTINÇÃO COM RELAÇÃO A UMA DAS


CERTIDÕES DE DÍVIDA ATIVA – CANCELAMENTO DA
INSCRIÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ÔNUS
SUCUMBENCIAIS – ART. 26 DA LEI Nº 6.830/80 – PRINCÍPIO DA
CAUSALIDADE – 1. Extinta a execução fiscal com relação a uma
das certidões de dívida ativa, em face do cancelamento da inscrição,
após a apresentação de embargos, exceção de pré-executividade ou
instrumentalização de forma outra de defesa, deverá a exeqüente
arcar com o pagamento dos ônus sucumbenciais, uma vez que o
executado foi compelido a contratar advogado para representá-lo em
juízo, fazendo jus ao ressarcimento de tais despesas. 2. Os ônus da
sucumbência devem ser suportados por aquele que tenha dado
causa à ação, seja a Fazenda Pública, pelo indevido ajuizamento de
execução para cobrança de dívida inexigível, seja o próprio devedor,
pela omissão de informações que poderiam ter evitado a propositura
da ação. 3. A norma do art. 26 da lei de execuções fiscais não criou
um privilégio especial para a Fazenda Pública, mas ofereceu um
tratamento igualitário às partes, referindo-se indistintamente a elas
como destinatárias da desoneração quanto aos encargos
processuais. (TRF 4ª R. – AI 2002.04.01.016473-7 – RS – 1ª T. –
Rel. Juiz Fed. Conv. Joel Ilan Paciornik – DJU 26.02.2003 – p.
658)JLEF.26

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


SISTEMÁTICA LEGAL – 1. A exceção de pré-executividade, mesmo
tolerada (porque não prevista em Lei) em casos em que o título
exeqüendo apresente-se de logo irreconhecível juridicamente, não é
sucedâneo dos embargos do devedor. 2. Dispondo a parte de
decisão judicial que a exonera do recolhimento de um tributo,
afigura-se cabível, excepcionalmente, o aborto da respectiva
execução pela exceção de pré-executividade. 3. Provimento do
agravo de instrumento. (TRF 1ª R. – AG 01000333237 – MG – 3ª T.
– Rel. Des. Fed. Olindo Menezes – DJU 19.12.2002 – p. 129)

PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO –


AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – ADESÃO
AO REFIS – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – OMISSÃO SANADA – Tendo em
vista que o reconhecimento pela exeqüente de que a exigibilidade do
crédito tributário estaria suspenso pela adesão da executada ao
REFIS em face da oposição da exceção de pré-executividade,
entendo que a embargante faz jus ao recebimento dos honorários de
advogado que foi obrigada a contratar. Embargos de declaração
acolhidos sem alteração do resultado do julgamento. (TRF 1ª R. –
EDAG 01000462915 – MG – 4ª T. – Rel. Des. Fed. Hilton Queiroz –
DJU 17.12.2002 – p. 91)

TRIBUTÁRIO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – DÉBITO


EXECUTADO – PAGAMENTO – O PEDIDO FORMULADO PELA
EMPRESA, NO PROCESSO 91.26400-8/MG, PELO QUAL
OBJETIVAVA A DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO
JURÍDICA-OBRIGACIONAL, NO QUE TANGE AO RECOLHIMENTO
DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL EXIGIDA PELA LEI Nº 7.689/ 88, FOI
JULGADO IMPROCEDENTE, O QUE OBRIGOU A EXCIPIENTE A
EFETUAR O PAGAMENTO DA EXAÇÃO (GUIAS JUNTADAS ÀS
FLS. 14/17) – As guias de depósito são documentos hábeis para
comprovação do pagamento. Intimada a Fazenda Pública para
manifestar-se sobre a suficiência dos recolhimentos, a mesma
permaneceu inerte. O ônus de provar a insuficiência dos valores
recolhidos pela empresa/apelada é da UNIÃO. É legal o
ressarcimento de custas adiantadas, pela parte contrária, quando
vencida a Fazenda Pública (LEF: art. 39, parágrafo único). Verba
honorária reduzida para 5% (cinco por cento) sobre o valor da
execução (art. 20, § 4º, do CPC). Apelo e remessa oficial
parcialmente providos. (TRF 1ª R. – AC 01990205958 – MG – 4ª T. –
Rel. Des. Fed. Hilton Queiroz – DJU 12.11.2002 – p. 93)JCPC.20
JCPC.20.4 JLEF.39 JLEF.39.PUN

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO PROMOVIDA CONTRA


CONSELHO PROFISSIONAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA – ART. 58 DA
LEI Nº 9.649/98 – SUSPENSÃO (ADINMC 1.717-6/DF) – ART. 730
DO CPC – APLICABILIDADE – 1. Os Conselhos de fiscalização
profissional, como entidades autárquicas, devem ser executados nos
termos do art. 730 do CPC, que determina a citação da Fazenda
Pública, aí incluídas as autarquias federais, para opor embargos e
não para pagar, consoante pacífica jurisprudência firmada a respeito,
devendo os pagamentos obedecer à ordem cronológica de
apresentação dos precatórios, consoante o disposto no art. 100 da
CF/88. 2. Tratando-se, portanto, de questão de ordem pública,
resulta pertinente o questionamento do regime jurídico da execução
por meio de exceção de pré-executividade, para obstar, de plano, o
seu processamento divorciado daquele previsto para os entes
públicos. 3. Agravo provido. (TRF 1ª R. – AG 01000283500 – MG –
6ª T. – Rel. Juiz Conv. Jamil Rosa de Jesus – DJU 20.11.2002 – p.
98)JCPC.730 JCF.100
PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXTINÇÃO DA
EXECUÇÃO APÓS A CITAÇÃO DA EXECUTADA – HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS – 1. A extinção da execução fiscal, com a aplicação
do art. 26, da Lei nº 6.830/80, após o executado ter oferecido
exceção de pré-executividade ou embargos à execução, não afasta
a condenação da exeqüente nos honorários advocatícios. Aplicação
da Súmula nº 153, do eg. Superior Tribunal de Justiça. Precedentes
do eg. Superior Tribunal de Justiça e deste Tribunal Regional
Federal. 2. Apelação improvida. (TRF 1ª R. – AC 33000049632 – BA
– 4ª T. – Rel. Des. Fed. I'talo Fioravanti Sabo Mendes – DJU
29.11.2002 – p. 157)JLEF.26

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO EXECUTADO –
ADESÃO AO REFIS – PROCESSAMENTO – 1. Havendo alegação e
demonstração pela executada de que aderiu ao REFIS, presume-se
que todo o seu débito consolidado esteja integrado à moratória, que
suspende a exigibilidade do crédito tributário, matéria esta passível
de ser argüida pela via da exceção da pré-executividade, para
extinção da execução, em face do seu caráter público. 2. Provimento
do agravo de instrumento. (TRF 1ª R. – AG 01000250947 – MG – 3ª
T. – Rel. Des. Fed. Olindo Menezes – DJU 11.10.2002 – p. 66)
PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS À EXECUÇÃO – EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO –
VERBA DE SUCUMBÊNCIA EM DUPLICIDADE –
IMPOSSIBILIDADE – 1. A ação de embargos do devedor tem
natureza jurídica de ação, cuja propositura dá ensejo à formação de
um processo de conhecimento, que não se confunde com o
processo de execução. Se é assim, a conseqüência imediata da
extinção é a condenação em honorários advocatícios. 2. No entanto,
apresentou a embargante duas defesas – exceção de pré-
executividade e embargos do devedor (aparentemente na mesma
época), tendo sido proferidas duas sentenças de extinção: uma da
execução e uma dos embargos; em ambas havendo condenação em
honorários. 3. Inaplicabilidade à espécie da Súmula 153 do STJ, vez
que impossível aplicar-se verba de sucumbência em duplicidade. 4.
Apelação da embargante improvida. 5. Provimento do recurso
adesivo do embargado. (TRF 1ª R. – AC 38000200757 – MG – 4ª T.
– Rel. Des. Fed. Hilton Queiroz – DJU 17.10.2002 – p. 94)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –


AUTENTICAÇÃO DAS CÓPIAS QUE INSTRUEM O AGRAVO DE
INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE EM QUE
SE ALEGA CONEXÃO DE CAUSAS – IMPOSSIBILIDADE – NÃO
OCORRÊNCIA DE SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO – 1. A
jurisprudência majoritária do STJ e deste Tribunal entende ser
desnecessária a autenticação de documentos cujos originais
encontram-se presentes nos autos onde foi proferida a decisão
agravada, porque as peças trasladadas presumem-se verdadeiras,
se não houve impugnação específica da parte contra quanto à
autenticidade. 2. A mera apresentação de exceção de pré-
executividade não acarreta a suspensão da execução, nem a
conexão de causas, o que só ocorre com a apresentação de
embargos à execução. (Precedentes do STJ). 3. Nega-se provimento
ao agravo de instrumento. (TRF 1ª R. – AG 01000186643 – DF – 6ª
T. – Relª Desª Fed. Maria Isabel Gallotti Rodrigues – DJU
23.10.2002 – p. 235)
PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL
– EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ARGUIÇÃO DE
NULIDADE DA EXECUÇÃO – CONTRATO PARTICULAR DE
CONSOLIDAÇÃO, CONFISSÃO E RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDA –
RECONHECIMENTO DA FORÇA EXECUTIVA DO TÍTULO – 1. O
Contrato Particular de Consolidação, Confissão e Renegociação de
Dívida, assinado pelo devedor e duas testemunhas, vinculado à nota
promissória pró solvendo, constitui título executivo extrajudicial,
quando consubstancia obrigação de pagar importância certa e
determinada, não podendo ser confundido com o contrato de
abertura de crédito em conta corrente que lhe deu origem, uma vez
configurada a novação da dívida (CC, art. 360). 2. Agravo de
instrumento improvido. (TRF 1ª R. – AG 01000964657 – MG – 5ª T.
– Rel. Des. Fed. Fagundes de Deus – DJU 25.10.2002 – p.
161)JCCB.360

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – LEGITIMIDADE ATIVA – 1. Havendo previsão
no contrato social para que os atos de gerência possam ser
exercidos pelos sócios em conjunto ou isoladamente, não há que se
falar em defeito de representação da executada, em face de o
instrumento procuratório encontrar-se firmado por apenas um deles.
2. Provimento do agravo de instrumento. (TRF 1ª R. – AG
01000003905 – AM – 3ª T. – Rel. Des. Fed. Olindo Menezes – DJU
04.10.2002 – p. 106)

PROCESSO CIVIL – TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL –


AJUIZAMENTO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
PEDIDO DE GARANTIA DE CERTIDÃO POSITIVA DE DÉBITOS
COM EFEITO DE NEGATIVA – AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL –
1. Apesar da aceitabilidade das exceções de pré-executividade pela
jurisprudência para análise de questões de defesa verificadas de
plano, impossível o acolhimento do pedido de garantia de Certidão
Positiva de Débitos com Efeito de Negativa, nos próprios autos da
execução, por absoluta falta de previsão legal. 2. Agravo improvido.
(TRF 1ª R. – AG 01000179158 – PA – 4ª T. – Rel. Des. Fed. Hilton
Queiroz – DJU 11.10.2002 – p. 115)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – CITAÇÃO VÁLIDA –


PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE – OCORRÊNCIA –
PRELIMINARES DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO E
NULIDADE DE CITAÇÃO – 1. A exceção de pré-executividade tem
sido admitida, excepcionalmente, pela jurisprudência nas hipóteses
de vícios formais do título executivo, prescrição, decadência e
pagamento, sem o necessário oferecimento de embargos. 2. A
citação por edital, segundo o entendimento pacificado em nossos
tributos pátrios, é admitida quando não encontrado o devedor ou
bens sobre os quais possa recair a penhora. 3. Preliminares
rejeitadas. 4. A exeqüente quedou-se inerte, sem nada ter promovido
para o andamento da ação, por mais de cinco anos, apesar de a
tanto intimada. 5. Apelo e remessa, tida por interposta, improvidos.
(TRF 1ª R. – AC 01000265114 – MG – 4ª T. – Rel. Des. Fed. Hilton
Queiroz – DJU 11.10.2002 – p. 117)

EXECUÇÃO FISCAL – EXTINÇÃO REQUERIDA PELA FAZENDA


PÚBLICA À VISTA DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
OPOSTA PELO EXECUTADO – APLICAÇÃO, POR ANALOGIA, DA
SÚMULA 153 DO STJ – 1. No caso, quando o exeqüente requereu a
extinção da execução fiscal nos termos do artigo 26 da Lei 6.830/80,
o fez depois que a executada demonstrou, por meio da denominada
"exceção de pré-executividade", que o STF havia julgado
insubsistente o título executivo da Fazenda Pública. 2. Nesta
hipótese, portanto, aplica-se, por analogia, o disposto na Súmula 153
do STJ ("A desistência da execução fiscal, após o oferecimento dos
embargos, não exime o exeqüente dos encargos da sucumbência"),
e não o previsto no artigo 26 da Lei 6.830/80. 3. Apelação provida.
(TRF 1ª R. – AC 01000471082 – BA – 2ª T.Supl. – Rel. Juiz Conv.
Leão Aparecido Alves – DJU 12.09.2002 – p. 269)JLEF.26

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL


– LETRA DE CÂMBIO – AUSÊNCIA DE REQUISITOS DA CAMBIAL
– EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ACOLHIMENTO –
FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS –
APRECIAÇÃO EQÜITATIVA PELO JUIZ – ART. 20, § 4º, IN FINE,
DO CPC – I. Nula de pleno direito é a letra de câmbio aparelhada em
execução e carente de requisitos específicos e bastantes a conferir
executividade ao referido título, especificamente, (a) de indicação da
data do vencimento da cambial e (b) do aceite do sacado. Ademais,
a jurisprudência do egrégio Superior Tribunal de Justiça firma-se no
sentido de reputar inválida a letra de câmbio emitida pelo credor
(sacador, subscritor ou emitente) com base em cláusula de contrato
de adesão onde se estipule, em seu favor, mandato conferido pelo
devedor (sacado) para tanto. II. A exceção de pré-executividade (ou
oposição pré-processual de execução) constitui instituto jurídico apto
ao questionamento da eficácia executiva de título judicial ou
extrajudicial manejado em juízo, por meio de ataque aos
pressupostos da própria executividade do direito resultante do título.
I. O sistema processual civil vigente, no que tange aos honorários
advocatícios, estabelece critério objetivo para sua fixação, resultante
da sucumbência, o que se verifica no caso concreto à só percepção
de que a pretensão deduzida em exceção de pré-executividade
equipara-se à do embargante, sem depósito, no confronto com o
credor-exeqüente. IV. Em hipótese de exceção de pré-executividade
de título extrajudicial aplicável é, para determinação dos honorários
advocatícios, a norma do art. 20, § 4º, in fine, do CPC, que autoriza a
fixação da verba consoante a apreciação eqüitativa do juiz. V. Dados
(a) o local de prestação dos serviços pelo advogado – O mesmo da
ocorrência prática dos fatos subjacentes à causa -, (b) a natureza
extrajudicial do título questionado, (c) a origem remota do débito –
Proveniente de contrato de abertura de crédito não adimplido -, bem
como (d) a evidente irregularidade do título posto em execução,
reiteradamente reconhecida no âmbito dos tribunais, em especial do
egrégio Superior Tribunal de Justiça, razoável é a fixação da verba
honorária sucumbencial em 5% (cinco por cento) do valor atribuído à
causa, atualizado monetariamente. VI. Apelação cível provida para
reduzir a verba honorária sucumbencial fixada na sentença
terminativa da execução. (TRF 2ª R. – AC 2000.02.01.068866-0 – RJ
– 6ª T. – Rel. Juiz Sergio Schwaitzer – DJU 05.02.2002)JCPC.20
JCPC.20.4

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – TRANSFERÊNCIA INTEGRAL DE QUOTAS DE
SOCIEDADE COMERCIAL – ILEGITIMIDADE PASSIVA AD
CAUSAM DOS EX-SÓCIOS – SUCESSÃO TRIBUTÁRIA – I.
Cedidas e transferidas regular e integralmente as quotas de
sociedade comercial a novos sócios, patente resta a sucessão
tributária, nos termos do art. 133 do CTN, detendo estes
responsabilidade pelos tributos devidos até a data do ato negocial,
sendo, em derivação, os antigos sócios ilegítimos para figurarem no
pólo passivo de ação de execução fiscal, mormente porque
incomprovada a prática por estes de atos com excesso de mandato
ou em infração à Lei, a contrato social ou a estatutos. II. No caso,
não se cuidando de celebração de negócio jurídico entre particulares
para a transmissão específica de responsabilidade tributária,
manifestamente ineficaz contra a Fazenda Pública, não se há falar
na aplicabilidade do art. 123 do CTN. III. Apelação cível improvida e
determinado o retorno dos autos à vara de origem, a fim de que a
ação de execução fiscal tenha regular prosseguimento contra quem
de direito. (TRF 2ª R. – AC 98.02.42374-2 – RJ – 6ª T. – Rel. Juiz
Sergio Schwaitzer – DJU 05.02.2002)

PROCESSO CIVIL – AGRAVO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – I. Com efeito, a alegação de nulidade do título
de execução é matéria que há de ser veiculada nos embargos, vez
que dela decorrerá a procedência ou não da própria execução. II.
Outro aspecto que ressalta diz com a não garantia da execução, vez
que se recusam os agravantes a indicar bens a penhora, optando
pela via do agravo. (TRF 2ª R. – AG 2001.02.01.004586-7 – RJ – 1ª
T. – Relª Juíza Julieta Lidia Lunz – DJU 29.01.2002)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCLUSÃO DE


SÓCIO SEM PODERES DE GERÊNCIA – NECESSIDADE DE
PROVA – 1. A pretensão de afastar o “status” de devedor tributário
envolve mérito cognitivo, sendo matéria estranha à exceção de pré-
executividade. 2. O exercício da ampla defesa e contraditório é
possível em sede de embargos à execução. 3. Agravo improvido.
Decisão mantida. (TRF 2ª R. – AG 98.02.36261-1 – RJ – 3ª T. – Rel.
Juiz Ricardo Perlingeiro – DJU 29.01.2002)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – Na exceção de pré-executividade, o devedor
traz a juízo matérias preliminares que importam em extinção do título
executivo, sem a necessidade de que seus bens sejam objeto de
apreensão judicial, assegurando que a execução se proceda da
forma menos gravosa para este devedor. Agravo regimental da
União Federal julgado prejudicado. Agravo de instrumento a que se
dá provimento. (TRF 2ª R. – AG. 98.02.34140-1 – RJ – 1ª T. – Rel.
Juiz Ricardo Regueira – DJU 08.01.2002)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – CONCEITO – REQUISITOS – GARANTIA DO
JUÍZO – DEVIDO PROCESSO LEGAL – 1. A exceção de pré-
executividade é uma espécie excepcional de defesa específica do
processo de execução, ou seja, independentemente de embargos do
devedor, que é ação de conhecimento incidental à execução, o
executado pode promover a sua defesa pedindo a extinção do
processo, por falta do preenchimento dos requisitos legais. É uma
mitigação ao princípio da concentração da defesa, que rege os
embargos do devedor. 2. Predomina na doutrina o entendimento no
sentido da possibilidade da matéria de ordem pública (objeções
processuais e substanciais), reconhecível, inclusive, de ofício pelo
próprio magistrado, a qualquer tempo e grau de jurisdição, ser objeto
da exceção de pré-executividade (na verdade objeção de pré-
executividade, segundo alguns autores que apontam a
impropriedade do termo), até porque há interesse público de que a
atuação jurisdicional, com o dispêndio de recursos materiais e
humanos que lhe são necessários, não seja exercida por inexistência
da própria ação por ser ilegítima a parte, não haver interesse
processual e possibilidade jurídica do pedido; por inexistentes os
pressupostos processuais de existência e validade da relação
jurídica-processual e, ainda, por se mostrar a autoridade judiciária
absolutamente incompetente. 3. Há possibilidade de serem argüidas
também causas modificativas, extintivas ou impeditivas do direito do
exeqüente (VG pagamento, decadência, prescrição, remissão,
anistia, etc.) desde que desnecessária qualquer dilação probatória,
ou seja, desde que seja de plano, por prova documental inequívoca,
comprovada a inviabilidade da execução. 4. Isso não significa estar
correta a alegação, de certa forma freqüente principalmente em
execuções, de que, com a promulgação da atual Constituição
Federal, a obrigatoriedade da garantia do juízo para oferecimento de
embargos mostrar-se-ia inconstitucional, tendo em vista a
impossibilidade de privação de bens sem o devido processo legal. É
certo que o devido processo legal é a possibilidade efetiva da parte
ter acesso ao poder judiciário, deduzindo pretensão e podendo se
defender com a maior amplitude possível, conforme o processo
descrito na Lei. O que o princípio busca impedir é que de modo
arbitrário, ou seja, sem qualquer respaldo legal, haja o
desapossamento de bens e da liberdade da pessoa. Havendo um
processo descrito na Lei este deverá ser seguido de forma a
resguardar tanto os interesses do autor, como os interesses do réu,
de forma igualitária, sob pena de ferimento de outro princípio
constitucional, qual seja, da isonomia, que também rege a relação
processual. 5. No caso dos autos, a apreciação da nulidade do título,
nesta via excepcional, mostra-se impossível, o que, no entanto,
poderá ser feito por meio da propositura dos embargos à execução.
6. Agravo não provido. (TRF 3ª R . – AG 142422 –
(2001.03.00.033961-3) – 4ª T. – Rel. Juiz Conv. Manoel Álvares –
DJU 04.11.2002 – p. 646) (Ementas no mesmo sentido)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – ACESSÓRIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO – 1.
A exceção de pré-executividade, meio excepcional de impugnação à
execução criado pela doutrina e aceito pela jurisprudência, não é o
instrumento adequado para a discussão acerca da incidência de
multa, juros e correção monetária sobre o crédito tributário. 2. Os
acessórios da dívida, previstos no art. 2º, § 2º, da Lei nº 6.830/80,
são devidos, cumulativamente, em razão de serem institutos de
natureza jurídica diversa, integrando a Dívida Ativa sem prejuízo de
sua liquidez e certeza. 3. Agravo improvido. (TRF 3ª R. – AG 157404
– (2002.03.00.027308-4) – 6ª T. – Rel. Des. Fed. Mairan Maia – DJU
04.11.2002 – p. 714)JLEF.2 JLEF.2.2

AGRAVO DE INSTRUMENTO – ACOMPANHAMENTO


PROCESSUAL – TERMINAIS COMPUTADORIZADOS
DESATUALIZADOS – PRAZO QUE DEVE SER CONTADO A
PARTIR DA PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO OFICIAL – EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE – EMPRESA DE AVIAÇÃO – PENHORA DE
MOTORES DE AVIÃO – I – Publicação da intimação da sentença
ocorrida de forma regular, não se caracterizando a justa causa
prevista no art. 183 e parágrafos do CPC, que autoriza a devolução
do prazo para a prática do ato processual necessário. II –
Responsabilidade do advogado pelo acompanhamento das
intimações no diário oficial, intransferível aos terminais de
acompanhamento processual. Art. 236, § 1º do CPC. III – A exceção
(ou objeção) de pré-executividade, defesa oferecida pelo executado
nos próprios autos da execução, sem a prévia garantia do juízo, é
cabível somente nas hipóteses em que se mostre evidente a
inviabilidade do processo. IV – Matéria agitada que não pode ser
conhecida em exceção, pois diz respeito a questões de fato e de
direito (análise de validade e extensão de Ato Declaratório nº 02/97),
devendo ser conhecida em sede de embargos à execução. V –
Consideração de que os bens são de difícil alienação não
dependente de produção de prova, por se tratar de fato notório (art.
334, I, CPC). VI – Verificando o magistrado que a nomeação
contraria as exigências legais, deve indeferi-la, em homenagem aos
princípios da economia e lealdade processual, bem como da
utilidade e eficiência do processo executório. VII – Inidoneidade da
nomeação, verificando-se possível desrespeito à ordem estabelecida
no art. 11 da LEF, visto recair sobre uma das últimas classes de
gradação, sendo possível a existência de outros bens. VIII – Agravo
de instrumento a que se nega provimento. Prejudicado o agravo
regimental. (TRF 3ª R. – AG 135853 – (2001.03.00.024540–0) – SP
– 4ª T. – Relª Desª Fed. Therezinha Cazerta – DJU 06.09.2002 – p.
868)JCPC.183 JCPC.236 JCPC.236.1 JCPC.334 JCPC.334.I

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


ARGÜIÇÃO DE PAGAMENTO – POSSIBILIDADE – NECESSIDADE
DE PROVA CABAL DE SUA EFETIVAÇÃO – 1. A alegação de
pagamento é passível de análise em exceção de pré-executividade.
Contudo, é necessário que a prova de sua efetivação esteja
cabalmente demonstrada nos autos, o que não ocorreu in casu. 2. A
controvérsia existente quanto à suficiência dos valores convertidos
em renda, nos autos de mandado de segurança em que se discutiu a
constitucionalidade do tributo ora executado, somente poderá vir a
ser dirimida mediante instrução probatória, mormente por meio da
juntada dos autos do processo administrativo em que foi apurado o
crédito tributário remanescente. 3. A matéria levada a exame,
conquanto consista na alegação de pagamento, depende de dilação
probatória, o que somente é possível em sede de embargos à
execução, após garantido o juízo. (TRF 3ª R. – AG 138520 –
(2001.03.00.027990–2) – SP – 6ª T. – Rel. Des. Fed. Mairan Maia –
DJU 16.09.2002 – p. 571)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


CABIMENTO – RECURSO IMPROVIDO – O cabimento da chamada
Exceção de Pré-Executividade está condicionado à existência de
vício no título executivo, reconhecível de ofício, ou que não demande
dilação probatória. Confirmada a participação dos sócios no quadro
societário da empresa, no período em que as contribuições sociais
deixaram de ser recolhidas, sua inclusão no pólo passivo da ação
está em consonância com a legislação vigente. Matéria a ser
discutida em sede de embargos, após devidamente garantido o
juízo. A r. decisão agravada se encontra devidamente
fundamentada, não contendo qualquer eiva de ilegalidade ou abuso
de poder. Agravo de Instrumento improvido. (TRF 3ª R. – AG 140628
– (2001.03.00.031433-1) – SP – 1ª T. – Rel. Des. Fed. Roberto
Haddad – DJU 04.06.2002 – p. 167)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – LEI


Nº 6.830/80, ART. 16, § 3º E ART. 36 – POSSIBILIDADE
EXCEPCIONAL – Hipótese de cabimento de exceção de pré-
executividade em processo de execução fiscal deve ser lastreada de
demonstração de irregularidade tão extraordinária que não seja
superável, em tese, pela presunção de certeza de que goza a CDA,
nem pela possibilidade do fisco de substituir tal certidão a qualquer
tempo. Terá de ser, em tese, o vício, de tamanha evidência e
inarredabilidade, que supere e justifique a não-aplicação do art. 16, §
3º, da Lei nº 6.830/80, reforçado pelo art. 38 da mesma lei. A
exceção à norma pode ser admitida quando se tratar de questões de
ordem pública, nulidades absolutas ou de matérias que independem
de dilação probatória. (TRF 4ª R. – AI 2001.04.01.006035-6 – SC –
1ª T. – Relª Desª Fed. Maria Lúcia Luz Leiria – DJU 13.11.2002 – p.
827)JLEF.16 JLEF.16.3
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA – ART.
135, III, DO CTN – REFIS – 1. A simples juntada do Termo de Opção
do REFIS não é suficiente para comprovar a regularidade da pessoa
jurídica executada com o Fisco a ensejar a suspensão da execução.
2. A legislação comercial afasta a responsabilidade objetiva do sócio
ou administrador, merecendo interpretação sistemática o art. 135, III,
do CTN, que trata da responsabilidade tributária pessoal. Para que a
execução seja redirecionada contra o sócio-gerente ou diretor, com
fulcro no art. 135, III, do CTN, deve o exeqüente comprovar que o
não-recolhimento do tributo resultou da atuação dolosa ou culposa
destas pessoas, que, com o seu procedimento, causaram infração à
lei, ao contrato ou ao estatuto. 3. Agravo de instrumento
parcialmente provido. (TRF 4ª R. – AI 2001.04.01.028668-1 – RS –
1ª T. – Rel. Des. Fed. Wellington M. de Almeida – DJU 06.11.2002 –
p. 533)JCTN.135 JCTN.135.III

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO
CONTRA OS SÓCIOS – NECESSIDADE DE PROVA DE ATUAÇÃO
DOLOSA OU CULPOSA – CTN, ART. 135, III – 1. Para que a
execução seja redirecionada contra o sócio-gerente ou diretor, com
fulcro no art. 135, III, do CTN, deve o exeqüente comprovar que o
não-recolhimento do tributo resultou da atuação dolosa ou culposa
destas pessoas, que, com o seu procedimento, causaram violação à
lei, ao contrato ou ao estatuto. 2. Embora o art. 16, § 3º, da Lei nº
6.830/80 vede expressamente a exceção de pré-executividade, a
jurisprudência do STJ tem possibilitado seu conhecimento,
obedecidos os limites das matérias que podem ser objeto de
argüição, como, no caso em tela, questões relativas às ilegitimidades
passivas. No caso concreto, não houve prova inequívoca de que o
sócio agiu com excesso de poderes ou infração à lei, pelo que não
merece reparo a decisão que o excluiu do pólo passivo da execução.
3. Agravo de instrumento provido. (TRF 4ª R. – AI
2001.04.01.039636–0 – RS – 1ª T. – Rel. Des. Fed. Wellington M. de
Almeida – DJU 04.09.2002 – p. 685)JCTN.135 JCTN.135.III JLEF.16
JLEF.16.3

EXECUÇÃO FISCAL – CITAÇÃO DO EXECUTADO –


COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO – PRESCRIÇÃO –
INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA – PRAZO DE 180 DIAS PARA
AJUIZAMENTO DO EXECUTIVO – CUMULAÇÃO DE TRIBUTOS
DE NATUREZAS DIVERSAS NA MESMA EXECUÇÃO –
POSSIBILIDADE – 1. Aplica-se, à hipótese, o disposto no art. 214, §
1º, do Código de Processo Civil, consignando-se, para tanto, a data
da interposição da exceção de pré-executividade pela executada,
porquanto aí, inequivocamente, certifica-se a ciência daquela acerca
da persecução fiscal contra si instaurada. 2. No que toca à
conferência do prazo prescricional para o manejo da ação de
cobrança do crédito tributário, de se observar os cinco anos previstos
no art. 174, caput do CTN, acrescidos de cento e oitenta dias, dada a
previsão suspensiva inscrita no art. 2º, § 3º, da Lei nº 6.830/80. 3.
Não há falar em impeditivo ao que o agravante chamou de
"cumulação de tributos com naturezas diversas no mesmo feito", vez
que observados todos os requisitos legais à confecção de cada CDA
(art. 2º, § 5º, da LEF), preservando, assim, a possibilidade de plena
defesa técnica do interessado. 4. Agravo regimental improvido. (TRF
4ª R. – AgRg–AI 2002.04.01.019105–4 – PR – 1ª T. – Rel. Des. Fed.
Wellington M. de Almeida – DJU 04.09.2002 – p. 689)JCPC.214
JCPC.214.1 JCTN.174 JLEF.2 JLEF.2.3 JLEF.2.5

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ILEGITIMIDADE DE


PARTES – A exceção de pré-executividade é a oposição do
executado nos próprios autos da execução, independentemente de
oferecimento ou não dos competentes embargos do devedor,
ocorrendo em temas, tais como condição da ação e pressupostos
processuais, os quais o juiz deve examinar de ofício, prescrição,
decadência, nulidades formais da CDA, quitação do débito. A
ilegitimidade de parte para figurar no pólo passivo da execução
(redirecionamento da execução) é questão que pode ser apreciada
na via da exceção de pré-executividade, dispensáveis embargos,
desde que imprescinda de dilação probatória. (TRF 4ª R. – AI
2002.04.01.017014–2 – PR – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Vilson Darós –
DJU 04.09.2002 – p. 730)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – PRESCRIÇÃO – O meio


adequado para se insurgir contra as ações de execução fiscal são os
embargos à execução. A exceção de pré-executividade é o meio
apropriado para flagrantes nulidades e para as questões de ordem
pública que podem ser conhecidas de ofício, como no caso, a
prescrição. Não é possível, contudo, argüir-se a exceção de pré-
executividade sem prova inequívoca do alegado. Não há como
pretender dilação probatória, sob pena de desvirtuar-se a intenção
do legislador. No caso, conforme consta na certidão de dívida ativa,
o período de apuração do irpf ano base/exercício ocorreu em
1992/1993. Desse modo, o período decadencial de cinco anos para
o lançamento do débito teve seu início em 1º de janeiro de 1994 e
encerramento em 31 de dezembro de 1998, e, tendo sido a dívida
inscrita em 13 de outubro de 1997, não há falar, por isso, em
decadência. A partir de 13 de outubro de 1997, teve o fisco o prazo
de cinco anos para ajuizar a respectiva execução fiscal, sob pena de
prescrição, o que, no presente caso, foi efetuado, uma vez que o
ajuizamento do feito ocorreu em 26 de abril de 1999, antes, portanto,
da ocorrência do prazo prescricional. (TRF 4ª R. – AI
2002.04.01.018318–5 – RS – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Vilson Darós –
DJU 04.09.2002 – p. 730)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – O meio adequado para se


insurgir contra as ações de execução fiscal são os embargos à
execução. A exceção de pré-executividade é o meio apropriado para
flagrantes nulidades e para as questões de ordem pública que
podem ser conhecidas de ofício. Não é possível, contudo, argüir-se a
exceção de pré-executividade sem prova inequívoca do alegado.
Não há como pretender dilação probatória, sob pena de desvirtuar-
se a intenção do legislador. (TRF 4ª R. – AI 2002.04.01.019232–0 –
SC – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Vilson Darós – DJU 04.09.2002 – p. 730)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – NÃO-INCIDÊNCIA DE


TRIBUTO – IRREGULARIDADE NO LANÇAMENTO –
PRESCRIÇÃO – O meio adequado para se insurgir contra as ações
de execução fiscal são os embargos à execução. A exceção de pré-
executividade é o meio apropriado para flagrantes nulidades e para
as questões de ordem pública que podem ser conhecidas de ofício.
Não se pode, por esta via, discutir a não-incidência de tributo ou
irregularidade no lançamento. Prescrição é matéria que pode ser
ventilada em exceção de pré-executividade, porém a alegação deve
vir acompanhada de prova inequívoca. A via da exceção não
comporta dilação probatória. (TRF 4ª R. – AI 2002.04.01.019238–1 –
RS – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Vilson Darós – DJU 04.09.2002 – p. 730)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – ILEGITIMIDADE PASSIVA


DO SÓCIO – REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL – A
ilegitimidade de parte para figurar no pólo passivo da execução
(redirecionamento da execução) é questão que pode ser apreciada
na via da exceção de pré-executividade, dispensáveis embargos,
desde que imprescinda de dilação probatória. Não é possível o
redirecionamento do feito ao responsável pela empresa devedora de
tributo, a menos que resulte de atos praticados com excesso de
poderes ou infração à lei, aos estatutos ou ao contrato social,
devidamente comprovados. (TRF 4ª R. – AI 2002.04.01.021866–7 –
RS – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Vilson Darós – DJU 04.09.2002 – p. 765)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO – A exceção


de pré-executividade, segundo a doutrina e a jurisprudência pátrias,
é a oposição do executado nos próprios autos da execução e ocorre
em temas como condição da ação e pressupostos processuais, os
quais o juiz deve examinar de ofício a prescrição, a decadência, as
nulidades formais da CDA e a quitação do débito. Se a questão,
porém, demandar dilação probatória o caminho é o dos embargos à
execução. (TRF 4ª R. – AI 2002.04.01.028706-9 – PR – 2ª T. – Rel.
Des. Fed. Vilson Darós – DJU 25.09.2002 – p. 687)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – HIPÓTESES DE


CABIMENTO – DENÚNCIA ESPONTÂNEA – PRESCRIÇÃO –
TRIBUTOS SUJEITOS À AUTOLANÇAMENTO – ENCARGO DE
20% DO DECRETO-LEI Nº 1.025/69 – 1. A exceção de pré-
executividade, conforme vem entendendo a doutrina e a
jurisprudência pátria, somente pode versar sobre questões
verificáveis ex officiopelo juiz da execução (como é o caso de
ausência de condições da ação ou de pressupostos processuais
para o desenvolvimento regular do processo executivo, bem como
sobre questões relativas a nulidades formais da CDA, prescrição,
decadência e quitação do débito) e que não demandem produção e
análise probatória. 2. Assim, não é passível de conhecimento, por tal
via, a alegação atinente à denúncia espontânea dos débitos. 3.
Cuidando-se de tributo sujeito a lançamento por homologação, em
que o próprio contribuinte apura o valor do débito e o declara ao
Fisco, não se exige a formação de processo administrativo, nem
posterior notificação para a sua consolidação. A constituição
definitiva, neste caso, dá-se pelo autolançamento, sendo o crédito
exigível desde então e sendo este o termo inicial para a contagem do
prazo prescricional. 4. O encargo de 20% instituído pelo Decreto-Lei
nº 1.025/69 é sempre devido nas execuções fiscais da União, nos
termos da Súmula nº 168 do TFR. (TRF 4ª R. – AI
2002.04.01.002695-0 – RS – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Dirceu de
Almeida Soares – DJU 12.06.2002 – p. 282)

EXECUÇÃO FISCAL – MULTA PUNITIVA – DECRETAÇÃO DE


FALÊNCIA POSTERIOR À SENTENÇA NOS EMBARGOS – EXAME
DA SITUAÇÃO JURÍDICA EM RAZÃO DESSE FATO NOVO –
ALEGAÇÃO FEITA POR EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
POSSIBILIDADE – EXCLUSÃO DA MULTA NOS TERMOS DA
SÚMULA 192 DO STF – ENTENDIMENTO DO STF E TFR – 1. A
alteração no estado da pessoa do devedor, isto é, a superveniente
decretação da falência do devedor sujeita o conhecimento da lide
conforme as regras que lhe são aplicáveis em razão deste fato novo.
2. No caso dos autos, não houve conhecimento de ofício da matéria,
já que a massa falida oportunamente alegou esta circunstância nova
nos autos, ainda que por exceção de pré-executividade oposta
depois de proferida sentença nos embargos da devedora originária,
pois a empresa teve sua falência decretada anos depois de proferida
a sentença nos embargos, não estando, portanto, a matéria
albergada pelos efeitos preclusivos daquela sentença, devendo,
como fez o juiz de primeiro grau, dela conhecer. 3. A multa por
infração à legislação específica (Lei Delegada nº 04/62), por se tratar
de penalidade administrativa, é reconhecidamente inexigível da
massa, nos termos da Súmula nº 192 do STF. 4. O Supremo
Tribunal Federal manteve o entendimento sumulado nos Verbetes
nºs 192 e 565 e privilegiou o disposto no art. 23, parágrafo único,
inciso III, do Decreto-Lei nº 7.661, de 21.06.1945, tratando-o como
princípio adotado pela Lei de Falências, qual seja "o de que não se
deve prejudicar a massa, o interesse dos credores", linha
jurisprudencial mais adequada ao fim do concurso universal, que é o
de atender a um número maior de credores naquela parte essencial
dos seus créditos que é o valor do principal. 5. O extinto Tribunal
Federal de Recursos, no julgamento da Argüição de
Inconstitucionalidade na Apelação Cível nº 98.597/SP, declarou a
inconstitucionalidade formal do art. 9º do Decreto-Lei nº 1.893/81.
(TRF 4ª R. – AC 2001.04.01.074455-5 – RS – 3ª T. – Rel. Des. Fed.
Francisco Donizete Gomes – DJU 19.06.2002 – p. 1045)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – LEI


Nº 6.830/80, ART. 16, § 3º E ART. 36 – POSSIBILIDADE – 1. O
sistema previsto na Lei nº 6.830/80 inadmite o ataque da execução
fiscal pela via de exceção de pré-executividade, dada sua concepção
visando a rápida e segura realização da dívida pública. O uso de
instrumentos paralelos de defesa traz o risco de tornar ineficaz o
procedimento, comprometendo-lhe a rapidez. 2. A exceção à norma
pode ser admitida quando se tratar de questões de ordem pública,
nulidades absolutas ou de matérias que independem de dilação
probatória. (TRF 4ª R. – AI 2001.04.01.065532-7 – RS – 1ª T. – Relª
Desª Fed. Maria Lúcia Luz Leiria – DJU 08.05.2002 – p. 806)
(Ementas no mesmo sentido)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


ACOLHIDA – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – PERCENTUAL
DEVIDO – INOCORRÊNCIA DE REMESSA OFICIAL – 1. No que
concerne ao valor a ser fixado a título de honorários advocatícios,
esta Turma firmou entendimento de que prevalecem as normas
atinentes ao arbitramento de honorários contidas no art. 20 e
parágrafos do CPC, devendo os mesmos serem fixados no
percentual de 10% sobre o valor da causa. 2. Não se fazendo
presente, no feito, nenhuma das hipóteses previstas no art. 475 do
CPC, incabível o reexame necessário, uma vez que não houve juízo
de improcedência em relação ao Fisco. (TRF 4ª R. – AC
2002.04.01.007479-7 – RS – 1ª T. – Rel. Des. Fed. Wellington M. de
Almeida – DJU 08.05.2002 – p. 816)JCPC.20 JCPC.475

TRIBUTÁRIO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


CABIMENTO – TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR
HOMOLOGAÇÃO – ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO
DA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO – 1. Cuidando-se de tributo
sujeito a lançamento por homologação, em que o próprio contribuinte
apura o valor do débito e o declara ao Fisco, não se exige a
formação de processo administrativo, nem posterior notificação para
a sua consolidação. A constituição definitiva, neste caso, dá-se pelo
autolançamento. 2. O manejo de exceção de pré-executividade, em
face de seu caráter excepcional, conforme vêm entendendo a
doutrina e a jurisprudência pátria, somente pode versar sobre
questões verificáveis ex officiopelo Juiz da execução, como é o caso
das nulidades formais da CDA, de quitação do débito e de ausência
de condições da ação ou de pressupostos processuais para o
desenvolvimento regular do processo executivo, bem como nos
casos de reconhecimento da prescrição. (TRF 4ª R. – AI
2001.04.01.078110-2 – SC – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Dirceu de
Almeida Soares – DJU 08.05.2002 – p. 877)

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – CABIMENTO – A exceção de pré-executividade,
conforme vem entendendo a doutrina e a jurisprudência pátria,
somente pode versar sobre questões verificáveis ex officiopelo Juiz
da execução, como é o caso de ausência de condições da ação ou
de pressupostos processuais para o desenvolvimento regular do
processo executivo, bem como sobre questões relativas a nulidades
formais da CDA, prescrição, decadência e quitação do débito. No
caso em que a decisão que determinou o redirecionamento da
execução fiscal não busca fundamento em situações fáticas,
limitando-se a acolher o pedido genérico de citação do sócio, a
interposição de exceção de pré-executividade possui, em tese, o
condão de afastar sua responsabilidade, uma vez que, para tanto,
não se requer dilação probatória. É inadmissível o redirecionamento
do feito executivo alheio a quaisquer circunstâncias que indiquem
possível responsabilidade dos sócios, pois se estaria viabilizando
sua responsabilização objetiva. Em assim sendo, estes restariam
submetidos a infundados constrangimentos, como, por exemplo, à
constrição injustificada de seu patrimônio, sua inserção em cadastro
de inadimplentes, etc. (TRF 4ª R. – AI 2001.04.01.041065-3 – PR –
2ª T. – Rel. Des. Fed. Dirceu de Almeida Soares – DJU 23.05.2002 –
p. 443)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – DILAÇÃO PROBATÓRIA –


INADMISSIBILIDADE – 1. Inadmissível exceção de pré-
executividade cujas alegações exijam dilação probatória. 2. A
propositura de qualquer ação relativa ao débito constante no título
executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução (CPC –
585, § 1º). (TRF 4ª R. – AI 2002.04.01.003815-0 – RS – 2ª T. – Rel.
Des. Fed. Dirceu de Almeida Soares – DJU 23.05.2002 – p.
478)JCPC.585 JCPC.585.1

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – INCOMPETÊNCIA DO


JUÍZO – ILEGITIMIDADE DE PARTES – A exceção de pré-
executividade é a oposição do executado nos próprios autos da
execução, independentemente de oferecimento ou não dos
competentes embargos do devedor, ocorrendo em temas, tais como
condição da ação e pressupostos processuais, os quais o juiz deve
examinar de ofício, prescrição, decadência, nulidades formais da
CDA, quitação do débito. A incompetência do juízo e a ilegitimidade
de parte para figurar no pólo passivo da execução (redirecionamento
da execução são questões que podem ser apreciadas na via da
exceção de pré-executividade, dispensável embargos. (TRF 4ª R. –
AI 2002.04.01.005400-2 – PR – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Vilson Darós –
DJU 23.05.2002 – p. 478)

VÁRIOS DEVEDORES – PRAZO PARA EMBARGOS – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO – 1. Sendo vários os
devedores, o prazo para embargar é autônomo, contado a partir da
data de cada uma das intimações de penhora. Precedentes do STJ.
2. A exceção de pré-executividade, conforme vem entendendo a
doutrina e a jurisprudência pátria, somente pode versar sobre
questões verificáveis ex officio pelo juiz da execução, como é o caso
das nulidades formais da CDA, de quitação do débito e de ausência
de condições da ação ou de pressupostos processuais para o
desenvolvimento regular do processo executivo. (TRF 4ª R. – AI
2001.04.01.081000-0 – SC – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Dirceu de
Almeida Soares – DJU 24.04.2002 – p. 1.029)
TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – DEPÓSITO EM AÇÃO
ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL – SUSPENSÃO DA
EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO – EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO –
ÔNUS SUCUMBENCIAIS – PRINCÍPIO DA CAUSALIDADE – 1.
Tendo havido depósito judicial do valor integral do débito em Ação
Anulatória de Débito Fiscal ajuizada anteriormente, suspende-se a
exigibilidade do crédito, devendo ser extinta a execução fiscal. 2. Os
ônus da sucumbência devem ser suportados por aquele que tenha
dado causa à ação, seja a Fazenda Pública, pelo indevido
ajuizamento de execução para cobrança de dívida inexigível, seja o
próprio devedor, pela omissão de informações que poderiam ter
evitado a propositura da ação. 3. Extinta a execução fiscal, em face
da suspensão da exigibilidade do crédito tributário, após a
apresentação de embargos, exceção de pré-executividade ou
instrumentalização de forma outra de defesa, deverá a exeqüente
arcar com o pagamento dos ônus sucumbenciais, uma vez que o
executado foi compelido a contratar advogado para representá-lo em
juízo, fazendo jus ao ressarcimento de tais despesas. 4. Remessa
oficial improvida. (TRF 4ª R. – REO-AC 2001.04.01.085951-6 – RS –
1ª T. – Rel. Des. Fed. Luiz Carlos de Castro Lugon – DJU
06.03.2002 – p. 2204)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


PRESCRIÇÃO – ART. 8º, § 2º, DA LEF – 1. Admite-se exceção de
pré-executividade em execução fiscal nos casos em que a matéria é
passível de reconhecimento de ofício pelo juiz ou quando há
nulidade do título. 2. Configurada a prescrição, pois decorridos mais
de cinco anos entre a constituição do crédito tributário e a citação do
devedor. 3. O art. 8º, § 2º, da LEF deve ser interpretado em
harmonia com os dispositivos do Código Tributário Nacional. (TRF 4ª
R. – AC 2001.04.01.087963-1 – RS – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Dirceu
de Almeida Soares – DJU 06.03.2002 – p. 2243)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – LIQUIDAÇÃO
EXTRAJUDICIAL – SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO – O art. 18 da Lei
nº 6.024, de 1974 prevê a suspensão das ações e execuções
durante a liquidação extrajudicial. Assim, não me parece nem prático
e nem lógico que a ação de execução fiscal tenha normal
desenvolvimento, com a penhora de bens e leilões, após a
decretação da liquidação extrajudicial. É que o liquidante, que
responde civil e criminalmente, tem melhores condições para realizar
o ativo e com perspectiva de apurar valores mais expressivos, já que
pode efetuar a venda por lotes, o que, ao fim e ao cabo, só
beneficiará os credores. De outra banda, inexiste qualquer risco de
prejuízos para a exeqüente, porquanto a venda dos bens é feita pelo
preço mínimo da avaliação e com conhecimento prévio de todos os
credores, os quais poderão, não só impugnar a avaliação, como a
própria alienação. (TRF 4ª R. – AI 2001.04.01.085529-8 – PR – 2ª T.
– Rel. Juiz Marcelo de Nardi – DJU 06.03.2002 – p. 2256)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – LEI


Nº 6.830/80, ART. 16, § 3º E ART. 36 – IMPOSSIBILIDADE DE
ADMISSÃO ANTES DE EFETIVADA A PENHORA – INEXISTÊNCIA
DE CONEXÃO ENTRE PROCESSO DE EXECUÇÃO E PROCESSO
DE CONHECIMENTO – 1. O sistema previsto na lei nº 6.830/80
inadmite o ataque da execução fiscal pela via de exceção de pré-
executividade, dada sua concepção visando a rápida e segura
realização da dívida pública. O uso de instrumentos paralelos de
defesa traz o risco de tornar ineficaz procedimento, comprometendo-
lhe a rapidez. 2. Ação de execução fiscal tem como alicerce o
pagamento forçado de débito, e não sua discussão, não existindo
entre ela e eventual ação de conhecimento, como Ação de
Consignação de Pagamento, elemento de conexão, vez que têm
objetos distintos. 3. A circunstância do devedor ter ajuizado Ação de
Consignação em Pagamento não obsta a que o credor proponha a
decorrente ação de execução. (TRF 4ª R. – AI 2001.04.01.036305-5
– RS – 1ª T. – Relª Desª Fed. Maria Lúcia Luz Leiria – DJU
27.02.2002 – p. 526) (Ementas no mesmo sentido)

TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – OPÇÃO PELO REFIS ANTERIOR AO
AJUIZAMENTO DA AÇÃO – TÍTULO INEXIGÍVEL – NULIDADE DA
EXECUÇÃO – EXTINÇÃO – SUCUMBÊNCIA – PRINCÍPIO DA
CAUSALIDADE – 1. A opção da executada pela adesão ao REFIS,
sendo anterior ao ajuizamento da execução, acarretou a suspensão
da exigibilidade dos débitos (art. 4º, § 4º, inciso II, do Decreto nº
3.431, de 24.04.2000), consoante demonstrado em exceção de pré-
executividade oposta pela executada. 2. Extinta a execução fiscal
após a apresentação de embargos, exceção de pré-executividade ou
instrumentalização de forma outra de defesa, deverá a exeqüente
arcar com o pagamento dos ônus sucumbenciais, uma vez que o
executado foi compelido a contratar advogado para representá-lo em
juízo, fazendo jus ao ressarcimento de tais despesas. 3. O ônus da
sucumbência deve ser suportado por aquele que tenha dado causa à
ação, in casu, a Fazenda Pública, pelo indevido ajuizamento da
execução. 4. Apelação improvida. (TRF 4ª R. – AC
2001.72.05.002369-9 – SC – 1ª T. – Rel. Des. Fed. Luiz Carlos de
Castro Lugon – DJU 06.02.2002 – p. 850)

EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – A discussão da dívida não susta o processo
executório, não pelas disposições contidas no Decreto-Lei nº 70/66 e
na Lei nº 5.741/71, como também no próprio Código de Processo
Civil, em seu art. 585, § 1º. A exceção de pré -executividade somente
comporta admissão em caso de flagrante nulidade da execução, que
obvie a defesa através dos embargos. (TRF 4ª R. – AI
2001.04.01.031618-1 – PR – 4ª T. – Rel. Des. Fed. Valdemar
Capeletti – DJU 16.01.2002 – p. 934)JCPC.585 JCPC.585.1
AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – EXCLUSÃO DA LIDE – SÓCIO-GERENTE –
RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO – DEFICIÊNCIA NA FORMAÇÃO DO
INSTRUMENTO – 1. Em sede de agravo de instrumento, para
excluir-se o sócio-gerente da lide, acolhendo o incidente de exceção
de pré-executividade, faz-se necessário que estejam presentes as
peças e os documentos oriundos da execução fiscal que deram
ensejo ao redirecionamento da execução. 2. Muito embora a Lei
defina quais os documentos obrigatórios à formação do instrumento,
cumpre ao recorrente anexar aos autos todos os outros documentos
que possam influenciar na apreciação da matéria. 3. Havendo
deficiência na instrução, que não permite o exame acurado das
razões de recurso, não pode ser conhecido o agravo. (TRF 4ª R. – AI
2000.04.01.040619-0 – SC – 1ª T. – Relª Desª Fed. Maria Lúcia Luz
Leiria – DJU 16.01.2002 – p. 380)

TRIBUTÁRIO – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO


FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – RETIRADA DO
SÓCIO – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA – 1. Embora sem
previsão legal, a doutrina tem admitido a defesa do executado, sem
oferecimento de penhora, sempre que a matéria argüida diga
respeito a vícios intrínsecos ou extrínsecos do título executivo,
conhecíveis de ofício. 2. No contexto do inciso III do art. 135 do CTN,
exime-se da responsabilidade tributária o sócio ou administrador que
comprova a sua retirada, devidamente registrada na Junta
Comercial, em época anterior à ocorrência do fato gerador do tributo.
(TRF 4ª R. – AI 2001.04.01.000287-3 – RS – 1ª T. – Rel. Des. Fed.
Luiz Carlos de Castro Lugon – DJU 30.01.2002 – p. 274)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – PRAZO – TERMO A QUO –


LITISCONSÓRCIO – PROCURADORES DIVERSOS – PRAZO EM
DOBRO – INAPLICABILIDADE – 1. Hipótese em que, dando-se o
indeferimento de exceção de pré-executividade, as excipientes, co-
responsabilizadas por dívida em execução, compareceram aos
autos, dando recibo da respectiva petição desentranhada. 2. Em tal
situação, o termo a quopara a contagem do prazo para agravo é a
data da ciência inequívoca da decisão, não havendo motivo para
aplicação do art. 241, III, do CPC, que se refere à citação. 3. Não se
aplica a norma do art. 191 do CPC quando a decisão produzir
sucumbência apenas em relação a um dos litisconsortes.
Precedentes do STJ. 4. Agravo improvido. (TRF 5ª R. – AG-TR
41426 – (2002.05.99.000262-6) – PB – 4ª T. – Rel. Des. Fed. Conv.
Edilson Nobre – DJU 03.06.2002 – p. 438)JCPC.241 JCPC.241.III
JCPC.191

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


Instituição financeira sob regime de liquidação extrajudicial. Art. 29
da Lei 6.830/80. Inaplicabilidade da Lei nº 6.024/74, objetivando
obstar propositura de executivo fiscal para cobrança de dívida da
Fazenda Pública. Tratando-se de executivo fiscal somente a Lei nº
6.830/80 é aplicável, com observância do disposto em seu art. 29.
Não há respaldo legal para se afirmar que, tratando-se de liquidação
extrajudicial, não subsistiria tal comando. Precedentes
jurisprudenciais. Agravo improvido. (TRF 2ª R. – AG
2001.02.01.010540-2 – RJ – 4ª T. – Rel. Juiz Rogerio Carvalho –
DJU 06.11.2001)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – AGRAVO


REGIMENTAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – I. Ao largo
dos embargos, só se admite a exceção (ou objeção) de pré-
executividade, que compreende as questões processuais, que
podem ser conhecidas de ofício pelo juiz (condições da ação,
exceções processuais), como, também, algumas exceções
substanciais inequivocamente demonstradas (como, por exemplo, o
pagamento total ou parcial da dívida), o que não é o caso, pois a
compensação depende de homologação pela autoridade fiscal, após
aferição contábil pela Receita Federal, que tem para isso o prazo do
art. 150, § 4º do CTN. II . Agravos improvidos. (TRF 2ª R. – AG.
2000.02.01.065756-0 – RJ – 1ª T. – Rel. Juiz Carreira Alvim – DJU
11.10.2001)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


FUNDADA NA INEFICÁCIA DE TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL – CABIMENTO – NULIDADE DA EXECUÇÃO
(ART. 618 DO CPC) – EXTINÇÃO DO PROCESSO (ART. 267, VI,
DO CPC) – INDENIZAÇÃO INDEVIDA – CONDENAÇÃO EM
VERBA HONORÁRIA – PERCENTUAL – A exceção de pré-
executividade, construção doutrinário-pretoriana, é instrumento
plenamente admissível na sistemática processual pátria e representa
meio autônomo de defesa, à disposição do executado. O seu
oferecimento, para argüir a nulidade da execução, independe da
oposição de embargos do devedor e não constitui ofensa ao CPC. –
Se do confronto entre o título executivo apresentado pelo exeqüente
e o valor pretendido executar não se fizer possível aferir a certeza da
dívida e seu exato montante, inadmissivel será a execução, por sua
manifesta nulidade, consoante a dicção do art. 618, I, do CPC.
Afinal, o processo de execução tem por pressuposto um título
líquido, certo e exigível, sendo imprescindível que os valores
exeqüendos guardem consonância com a dívida(cf. STJ , REsp
109869/MG). – Quanto à pretensão indenizatória fulcrada no art.
1531 do Código Civil e no art. 42 do Código de Defesa do
Consumidor, o próprio acolhimento da exceção de pré-executividade
inviabiliza o seu deferimento, eis que a impossibilidade de se
determinar a liquidez e certeza do título impede se verifique também
a ocorrência de eventual excesso por parte do exeqüente, certo
ainda que o sucesso de tal pretensão dependeria da prova de haver
o credor agido com má fé(Súmula 159 do STF), a exigir exame de
natureza tipicamente cognitiva, inadequado ao procedimento
executivo. – Ausência de oposição de embargos à execução não
serve de fundamento a que se deixe de condenar a exeqüente em
honorários advocatícios(STJ, REsp 158884/RS), eis que
evidentemente sucumbiu em sua pretensão executiva e instaurado
típico incidente litigioso que obrigou a executada a lançar mão de
instrumentos de defesa no processo, necessários à garantia de seus
interesses. – Desproporcional o valor de R$ 500,00 fixado a título de
honorários em prol de advogado que suscitou com êxito exceção de
pré-executividade em processo de execução de mais de R$
25.000.000,00, sendo excessivo, todavia, o pleito de fixação da
verba no percentual de 10% sobre esse montante. Fixação dos
honorários advocatícios em 1,5%(um e meio por cento) do valor
atribuído à causa, nos moldes do art. 20, § 4º, do CPC. –
Improvimento do recurso interposto pela CEF. Provimento parcial da
apelação da COFLUHAB, restrito este à majoração da verba
honorária. (TRF 2ª R. – AC 2000.02.01.039574-6 – RJ – 2ª T. – Rel.
Des. Fed. Sergio Feltrin Correa – DJU 21.08.2001)JCCB.1531
JCPC.618 JCPC.267 JCPC.267.VI JCPC.618.I JCPC.20 JCPC.20.4

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – I. Só se admite a exceção ou objeção
de pré-executividade, que compreende as questões processuais,
que podem ser conhecidas de ofício pelo juiz, como, também,
algumas exceções substanciais inequivocamente demonstradas. II.
Rejeitada a exceção de pré-executividade, visto só ser cabível
mediante prova inequívoca de pretérita demonstração de satisfação,
total ou parcial, da dívida exeqüenda, o que torna a constrição de
bens uma agressão. III. Agravo improvido. (TRF 2ª R. – AG.
2000.02.01.048122-5 – RJ – 1ª T. – Rel. p/ o Ac. Juiz Carreira Alvim
– DJU 23.08.2001)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


DÚVIDAS QUANTO AO DOCUMENTO COMPROBATÓRIO DO
PAGAMENTO – PROSSEGUIMENTO DA EXECUÇÃO – A exceção
de pré-executividade deve levar à extinção apenas em casos nos
quais haja certeza de que a pretensão deduzida esbarra em
obstáculos intransponíveis. Havendo dúvida em relação a
documento apresentado, deve o processo prosseguir para que
contra a formação de um juízo seguro acerca do efetivo pagamento.
Apelação provida. (TRF 2ª R. – AC 2000.02.01.047520-1 – RJ – 2ª
T. – Rel. Juiz Espírito Santo – DJU 10.07.2001)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – CITAÇÃO


NA FORMA DO ART. 652 DO CPC – DETERMINAÇÃO DE
NOMEAR BENS À PENHORA OU PAGAR A DÍVIDA NÃO
CUMPRIDA PELA AGRAVADA – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE REJEITADA – REJEITADO O BEM NELA
OFERTADO Á PENHORA – DEVOLUÇÃO AO CREDOR DO
DIREITO DE PREFERÊNCIA NA INDICAÇÃO DOS BENS A SEREM
PENHORADOS – COM TRÃNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA
DE LIQUIDAÇÃO TRANSMUDA-SE A EXECUÇÃO PROVISÓRIA
EM DEFINITIVA, CONVALIDANDO-SE OS ATOS PROCESSUAIS
JÁ PRATICADOS – I. A determinação para efetuar o pagamento em
24 horas ou oferecer bens à penhora não foi cumprida pela CEF,
citada na forma do art. 652 do CPC, em 28/04/2000. II. Pretendeu a
CEF, em momento extemporâneo, apresentar exceção de pré-
executividade e, no bojo desta, ofereceu, para fins de penhora, o
imóvel onde funciona sua sede. III. Rejeitada a exceção, rejeitada
também foi a indicação do bem. IV. Tendo precluído a decisão de fls.
43, devolveu-se aocredor o direito de indicar bens à penhora. V.
Com o trânsito em julgado da sentença de liquidação proferia na
ação principal, houve a transmudação da execução provisória em
definitiva, devendo os atos já praticados ser convalidados, como, in
casu, a citação efetivada em 28/04/2000, na forma do art. 652 do
CPC. VI. Agravo a que se dá provimento. (TRF 2ª R. – AG .
2000.02.01.056492-1 – RJ – 4ª T. – Rel. Juiz Benedito Goncalves –
DJU 05.06.2001)JCPC.652

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – DEFESA DO


EXECUTADO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
(EXCEPCIONALIDADE) – MATÉRIAS DE COGNIÇÃO DE OFÍCIO
OU QUE DISPENSEM DILAÇÃO PROBATÓRIA PARA
DESCARACTERIZAR O TÍTULO EXECUTIVO – PRECEDENTES – I
– Agravo de instrumento desafiando indeferimento de suspensão de
execução fiscal, suscitada pelas devedoras, alegando exceção de
pré-executividade, por não terem empregos domésticos; ausência de
notificação extrajudicial para pagamento do débito, por já se
encontrar quitada dívida objeto da ação executiva e também por
estar prescrito direito ao débito fiscal referente ao período de janeiro
de 1992 a 1997; II – Em regra, a defesa do executado se faz por
meio dos embargos do devedor, depois de garantido o Juízo da
execução; III – A exceção de pré-executividade é admissível,
excepcionalmente, quando a matéria suscitada puder e dever ser
conhecida de ofício pelo Juiz da causa, não demandem dilação
probatória para elidir a presunção de liquidez e certeza do título
executivo; IV – Precedentes do STJ; V – Na hipótese vertente, as
questões levantadas pelas executadas não dizem respeito às
matérias cognoscíveis de ofício ou que dispensem produção de
provas descaracterizar o título exeqüendo, devendo ser deduzidas
em sede de embargos do devedor; VI – Agravo de instrumento
improvido. (TRF 2ª R. – AC 2000.02.01.039027-0 – RJ – 1ª T. – Rel.
Juiz Ney Fonseca – DJU 21.06.2001)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – Execução nula de pleno direito ante a
existência de vícios no título executivo que a impossibilita nos termos
dos arts. 267, § 3º, 586 e 681, I do CPC. Aferida a iliquidez do título
executivo, de ofício ou a requerimento da parte, merece ser
declarada a carência da ação executiva. Precedentes do STJ.
Agravo de Instrumento provido. Decisão reformada. (TRF 2ª R. – AG
99.02.25590-6 – RJ – 3ª T. – Rel. Juiz Francisco Pizzolante – DJU
17.05.2001)JCPC.267 JCPC.267.3 JCPC.586 JCPC.681 JCPC.681.I

PROCESSUAL CIVIL – EMBRAGOS Á EXECUÇÃO – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – VALIDADE DA VIA ELEITA –
ILEGITIMIDADE PASSIVA DOS EMBARGANTES –
RECONHECIMENTO EM QUALQUER GRAU DE JURISDIÇÃO –
SOCIEDADE POR QUOTAS: NECESSIDADE DE PROVA DA
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS GERENTES – 1. (...) Os
sócios da sociedade de responsabilidade por cotas não respondem
objetivante pela dívida fiscal apurada em período contemporâneo a
sua gestão, pelo simples fato da sociedade não recolher a contendo
o tributo devido, visto que, o não cumprimento da obrigação
principal, sem dolo ou fraude, apenas representa mora da empresa
contribuinte e não infração legal deflagradora da responsabilidade
pessoal e direta do sócio da empresa (...) Não comprovado os
pressupostos para a responsabilidade solidária do sócio da
sociedade de responsabilidade limitada há que se primeiro verificar a
capacidade societária para solver o débito fiscal, para só então,
supletivamente, alcançar seus bens (...)(STJ, 2ª T., REsp nº
121.021/PR, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, DJ de 11.09.2000, pg
235) 2. A regra, na execução fiscal, é a de que o executado deverá
alegar toda a matéria útil à defesa nos embargos do devedor (Lei nº
6.830, de 1980, art. 16, § 2º). Excepcionalmente, admite-se a
exceção de pré-executividade, no âmbito da qual, sem o
oferecimento da penhora, o executado pode obter um provimento,
positivo ou negativo, sobre os pressupostos do processo ou sobre as
condições da ação (...) (STJ, 2ª T., ROMS 9980/SP, Rel. Min. ARI
PARGENDLER, DJ de 05.04.1999, pg. 100) 3. Do despacho que
ordena a citação do devedor cabe exceção de pré-executividade ou
embargos à execução e não agravo de instrumento (...) (STJ, 3ª T.,
REsp. 172093/DF). 4. Apelo parcilmente provido para reconhecer a
validade dos presentes embargos cono veículo da exceção de pré-
executividade que se apresenta cabível para discussão da questão
posta a exame, dispensada a garantia de juízo, determinando-se o
retorno dos autos à vara de origem para regular prosseguimento do
feito. (TRF 2ª R. – AC 2000.02.01.059745-8 – RJ – 4ª T. – Rel. Des.
Fed. Rogerio Carvalho – DJU 12.03.2001)
PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS À EXECUÇÃO:
DESNECESSIDADE DE INTERPOSIÇÃO IN CASU, ASSIM COMO
SE GSATANTIA DO JUÍZO, EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
– POSSIBILIDADE DE MANEJO MEDIANTE SIMPLE PETIÇÃO –
ARGÜIÇÃO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA – Desnecessária a
oposição de embargos à execução e de garantia do juízo para que
fosse argüida pela agravante a sua ilegitimidade para o pólo passivo
da execução fiscal em epígrafe, dado que para tanto poderia
perfeitamente ter-se utilizado, como fez, de execução de pré-
executividade, veiculada por simples petição. Precedentes do STJ.
Agravo de instrumento provido para anular a decisão recorrida. (TRF
2ª R. – AG 2000.02.01.057038-6 – RJ – 4ª T. – Rel. Des. Fed.
Rogerio Carvalho – DJU 22.03.2001)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –


EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
LITISPENDÊNCIA – INEXISTÊNCIA – I – A "Exceção de Pré-
Executividade" consiste numa construção doutrinária através da qual
poderá o executado argüir matéria de ordem pública, ligada à
admissibilidade da execução, e que poderia – em razão dessa sua
natureza – ser conhecida de ofício pelo juízo da execução. II –
Inexiste litispendência quando as Execuções Fiscais se fundam em
títulos executivos extrajudiciais diversos. III – Agravo improvido. (TRF
2ª R. – AI 2000.02.01.022600-6 – RJ – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Sergio
Feltrin Corrêa – DJU 29.03.2001 – p. 233)

PROCESSUAL CIVIL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO HONORÁRIOS APLICABILIDADE – A
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça vem se posicionando
favoravelmente à aplicação de honorários advocatícios nas
execuções que tenham sido extintas, inclusive, mediante manejo da
exceção de pré-executividade (STJ, REsps 253693/RS e
195351/MS). Apelação provida para condenar a apelada ao
pagamento de honorários advocatícios de 10% (dez por cento) do
valor da causa, atualizado, no mais o julgado recorrido. (TRF 2ª R. –
AC 2000.02.01.035219-0 – RJ – 4ª T. – Rel. Des. Fed. Rogerio
Carvalho – DJU 11.01.2001)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ACOMPANHADA DE DOCUMENTO
EMITIDO PELO PRÓPRIO CREDOR QUE REVELA EVENTUAL
EQUÍVOCO NA INSCRIÇÃO DA DÍVIDA – ART. 398 DO CPC –
APLICABILIDADE – I – Tendo em vista os documentos que
acompanharam a petição da agravante, em especial o demonstrativo
de débito emitido pelo agravado três meses antes do ajuizamento da
execução fiscal, caberia a intimação do exeqüente para se
manifestar sobre tais documentos, nos termos do art. 398, do Código
de Processo Civil, além do que jurisprudência tem admitido o
oferecimento de exceção de pré-executividade nos casos de
alegação de nulidade que não demande dilação probatória. 2.
Agravo provido. (TRF 3ª R. – AI 96.03.039611-7 – SP – 2ª T. – Rel.
Conv. Juiz Sérgio Nascimento – DJU 15.06.2001)JCPC.398

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EMBARGOS À EXECUÇÃO


FISCAL – CABIMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
NÃO-OBRIGATORIEDADE – 1. A defesa do devedor é formulada via
embargos, mediante prévia garantia do juízo pela penhora ou
depósito do valor executado. Consistem os embargos do devedor em
ação incidental de conhecimento, por meio da qual o devedor
assume a posição de autor e postula a desconstituição parcial ou
total do título executivo. 2. A doutrina procurando atenuar o rigor da
lei, mormente naqueles casos em que a oposição dos embargos se
mostra despicienda à vista de matéria que pode ser conhecida e
declarada de ofício pelo juiz; criou a figura da “exceção de pré-
executividade” ou “objeção de não-executividade”, a qual veio a ser
aceita pela jurisprudência. Contudo, é defeso ao juiz obrigar a parte
a utilizar-se do meio excepcional em detrimento da fórmula legal.
(TRF 3ª R. – AI 2000.03.00.049063-3 – 6ª T. – Rel. Des. Fed. Mairan
Maia – DJU 02.05.2001 – p. 237)

PROCESSUAL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – NÃO CABIMENTO – I – Agravo regimental
prejudicado ante o julgamento do agravo de instrumento. II – O
executado deve alegar, no prazo dos embargos, toda a matéria útil à
sua defesa. III – A exceção de pré-executividade somente tem sido
aceita pela doutrina e pela jurisprudência quando flagrante a
nulidade do título ou da execução. IV – Agravo regimental
prejudicado e agravo de instrumento improvido. (TRF 3ª R. – AI
2000.03.00.065564-6 – 3ª T. – Relª Desª Fed. Cecília Marcondes –
DJU 02.05.2001 – p. 158)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – HONORÁRIOS


ADVOCATÍCIOS – Mesmo quando a defesa em sede de execução
fiscal dá-se por meio de exceção de pré-executividade, são devidos
honorários advocatícios. O valor da verba honorária de R$ 500,00 é
demasiadamente baixo, para uma execução fiscal de R$ 175,601,08.
Entretanto, não se trata de demanda complexa e que exija dilação
probatória. Em vista disso, tenho como razoável a fixação dos
honorários advocatícios no percentual de 1% (um por cento) do valor
da dívida executada, devidamente corrigida. (TRF 4ª R. – AI
2000.04.01.142693-7 – RS – 2ª T. – Rel. Juiz Vilson Darós – DJU
18.07.2001 – p. 369)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – RESPONSABILIDADE


SOLIDÁRIA E POR SUBSTITUIÇÃO – A exceção de pré-
executividade fulmina no nascedouro a execução. Não é possível
afastar a responsabilidade pessoal subsidiária, do sócio que exerceu
poderes de gerência em período contemporâneo ao da origem do
débito, ou pela via da exceção de pré-executividade. (TRF 4ª R. – AI
2000.04.01.130102-8 – RS – 2ª T. – Rel. Juiz Vilson Darós – DJU
02.05.2001 – p. 339)
EXECUÇÃO FISCAL – AÇÃO ORDINÁRIA E AÇÃO
CONSIGNATÓRIA – CONEXÃO – EXCEÇÕES DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE E DE PAGAMENTO – LIQUIDEZ DO DÉBITO
TRIBUTÁRIO – MATÉRIA DE EMBARGOS À EXECUÇÃO – Não há
conexão entre ações de conhecimento e consignatória e execução
fiscal, na medida que nesta última não há discussão do débito. A
conexão somente poderá ocorrer quanto aos embargos à execução.
A exceção de pré-executividade, segundo a doutrina e a
jurisprudência pátrias, é a oposição do executado nos próprios autos
da execução e ocorre em temas como condição da ação e
pressupostos processuais, os quais o juiz deve examinar de ofício a
prescrição, a decadência, as nulidades formais da CDA e a quitação
do débito. Quanto à liquidez e exigibilidade do crédito, questões
referentes à multa moratória e consectários legais, denúncia
espontânea e ilegalidade da TR e da Taxa SELIC, não podem ser
argüidas por meio de exceção de pré-executividade ou, ainda de
pagamento, porquanto são questões que requerem enfrentamento
via embargos. (TRF 4ª R. – AI 2000.04.01.143496-0 – RS – 2ª T. –
Rel. Juiz Vilson Darós – DJU 02.05.2001 – p. 399)

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – A exceção de pré-executividade somente deve
ser admitida, excepcionalmente, em casos de manifesta nulidade da
cobrança executiva. À vista do disposto nos arts. 739, inc. II e 741,
inc. II, do CPC, a inexigibilidade do título e, especificamente, um dos
fundamentos dos embargos do devedor. (TRF 4ª R. – AI
2000.04.01.135974-2 – PR – 4ª T. – Rel. Juiz Valdemar Capeletti –
DJU 11.04.2001 – p. 276)

EXECUÇÃO FISCAL – EMBARGOS – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO –
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE – NÃO-CONFIGURAÇÃO – 1.
Tratando-se de execução fiscal, o momento oportuno para a defesa
é nos embargos do devedor, admitindo-se, todavia, a argüição fora
destes de matérias passíveis de serem abordadas na chamada
"exceção de pré-executividade". 2. A interrupção da prescrição para
a pessoa jurídica se estende aos demais responsáveis, consoante
inc. III do art. 125 do CTN. 3. Embora o feito tenha ficado paralisado
por mais de cinco anos entre a citação da empresa e o seu
redirecionamento contra os sócios, tal demora não pode ser
imputada à credora, porquanto os autos ficaram aguardando a
liquidação da massa falida. (TRF 4ª R. – AC 2000.04.01.147510-9 –
RS – 2ª T. – Rel. Juiz Élcio Pinheiro de Castro – DJU 25.04.2001 – p.
626)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


RESPONSABILIDADE DE SÓCIO – CTN – ART. 13, DA LEI Nº
8.620/93 – CONSTITUCIONALIDADE – ILEGITIMIDADE PASSIVA –
PROVA – HONORÁRIOS – É inconstitucional o art. 13, da Lei nº
8.620/93, na parte em que estabelece "e os sócios das empresas por
cotas de responsabilidade limitada", por invadir área reservada à Lei
complementar, violando, dessa forma, o art. 146, III, b, da CF.
Portanto, a responsabilidade dos sócios deve ser orientada pelas
disposições do CTN. Cabível a exclusão do sócio do pólo passivo da
ação, mediante Exceção de Pré-executividade, sem a garantia do
juízo, e posterior a interposição de Embargos, pois a ilegitimidade
passiva foi cabalmente comprovada. Embora não tenham sido
opostos Embargos, o INSS deverá arcar com o ônus da
sucumbência. (TRF 4ª R. – AI 2000.04.01.092525-9 – RS – 1ª T. –
Rel. Juiz Amir Sarti – DJU 03.01.2001 – p. 97)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – RESPONSABILIDADE DO SÓCIO-GERENTE –
FATO GERADOR CONTEMPORÂNEO – ARTS. 123 E 135, III, DO
CTN – 1. A via da exceção de pré-executividade é cabível para
argüição de matérias de ordem pública, devidamente instruída com a
prova da alegação. 2. A responsabilidade tributária dos sócios tem
origem no momento da ocorrência do fato gerador, sendo ineficaz
perante a Fazenda Pública qualquer alteração posterior que retire
dos mesmos a obrigação relativa aos tributos, nos termos do art. 123
do CTN. 3. Hipótese em que o nascimento da obrigação ocorreu
quando a antiga sócia-gerente encontrava-se na administração da
empresa. 4. Agravo parcialmente provido. (TRF 5ª R. – AGTR 35632
– (2001.05.00.014257-3) – AL – 4ª T. – Rel. Des. Fed. Luiz Alberto
Gurgel de Faria – DJU 26.10.2001 – p. 1442)
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – AGRAVO DE
INSTRUMENTO – SOCIEDADE LIMITADA – RESPONSABILIDADE
DO SÓCIO PELAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS DA PESSOA
JURÍDICA (ART. 173, III) – I. O Sócio e a pessoa jurídica formada
por ele são pessoas distintas (Código Civil, art. 20). Um não
responde pelas obrigações da outra. II – O CTN, no inciso III do art.
135, impõe responsabilidade, não ao sócio, mas ao gerente, diretor
ou equivalente. Assim, sócio-gerente é responsável, não por ser
sócio, mas por haver exercido a gerência. III – Configurada a
desnecessidade de constar o nome do co-responsável na Certidão
da Dívida Ativa (CDA), uma vez que a execução dirige-se,
primariamente, em face da empresa e não dos co-responsáveis
tributários. IV – Ressalva do entendimento do relator. V – Recurso
improvido. (TRF 2ª R. – AI 1999.02.01.035590-2 – ES – 2ª T. – Rel.
Des. Fed. Sérgio Feltrin Corrêa – DJU 26.10.2000 – p. 136)
(Ementas no mesmo sentido)JCCB.20

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –


PROCESSO DE EXECUÇÃO – VÍCIO FUNDAMENTAL – ARTIGOS
267, § 3º, 586 E 618, I, DO CPC – Processo de execução eivado de
vício fundamental. O título executivo não se reveste de liquidez e
certeza. Nulidade. A parte pode arguir o vício por meio de exceção
de pré-executividade, independentemente de embargos à execução.
O magistrado pode declará-lo de ofício em qualquer tempo e grau de
jurisdição. Incidência dos artigos 267, § 3º, 586 e 618, I, do CPC.
Suspensão da execução diante da possibilidade de resultar lesão
grave e de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação.
Artigos 558, do CPC e 39, § 1º, V, do Regimento Interno do TRF/2ª
Região. Agravo regimental improvido. Decisão confirmada. (TRF 2ª
R. – AGA 99.02.25590-6 – RJ – 3ª T. – Rel. Juiz Francisco
Pizzolante – DJU 16.05.2000 – p. 234/283)JCPC.267 JCPC.267.3
JCPC.586 JCPC.618 JCPC.618.I JCPC.558

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


NÃO-CABIMENTO – I – O executado deve alegar, no prazo dos
embargos, toda a matéria útil à sua defesa. II – A exceção de pré-
executividade somente tem sido aceita pela doutrina e pela
jurisprudência quando flagrante a nulidade do título ou da execução.
III – Agravo de instrumento improvido. (TRF 3ª R. – AI
2000.03.00.049025-6 – 3ª T. – Relª Desª Fed. Cecília Marcondes –
DJU 13.12.2000 – p. 163)

PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – TUTELA ANTECIPADA –
INCOMPATIBILIDADE – O instituto da tutela antecipada, próprio do
processo de conhecimento, não é compatível com a exceção de pré-
executividade, meio excepcional de impugnação à execução criado
pela doutrina e aceito pela jurisprudência. (TRF 3ª R. – AI
2000.03.00.038744-5 – 6ª T. – Rel. Des. Fed. Mairan Maia – DJU
22.11.2000 – p. 335)

AÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


INADMISSIBILIDADE – NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE
PROVAS INVIABILIDADE – I – A exceção de pré-executividade é
admissível incidentalmente no bojo da própria execução, porém, não
substitui nem se identifica com ação anulatória objetivando a
desconstituição do título executivo. II – Conquanto não prevista em
lei, a exceção de pré-executividade tem sido aceita pela doutrina. O
direito que fundamenta a exceção deve ser aferível de plano,
possibilitando ao juízo verificar, liminarmente, a existência de direito
incontroverso do executado ou do vício que inquina de nulidade o
título executivo, e por conseqüência obstar a execução. III – A
matéria dependente de instrução probatória, não pode ser objeto de
exceção de pré-executividade. As alegações do executado não
podem ser conhecidas de plano, sendo necessária a abertura de
prazo para que a exeqüente manifeste-se e para a produção de
provas. IV – Apelação improvida. (TRF 3ª R. – AC
1999.03.99.091595-0 – SP – 6ª T. – Rel. Des. Fed. Mairan Maia – J.
01.03.2000 – v.u.)

EXECUÇÃO FISCAL – EMBARGOS – ITR – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – PRESCRIÇÃO – INOCORRÊNCIA – FAZENDA
PÚBLICA – INÉRCIA DO EXEQÜENTE – DESCABIMENTO –
INTERESSE PÚBLICO – INTIMAÇÃO PESSOAL DO
REPRESENTANTE DA FAZENDA PÚBLICA – 1. Em face do
princípio da indisponibilidade dos direitos da Fazenda Pública, é
indispensável a intimação pessoal do representante da Fazenda
Pública para a prática dos atos processuais, a teor do disposto no
art. 25 da Lei de Execuções Fiscais. 2. Sentença reformada. 3.
Remessa oficial provida. (TRF 3ª R . – REO 441.791 – 4ª T. – Rel.
Juiz Manoel Álvares – DJU 25.02.2000 – p. 1407)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – CABIMENTO – NULIDADE


DO TÍTULO EXECUTIVO – MATÉRIA DE EMBARGOS – A exceção
de pré-executividade, segundo a doutrina e a jurisprudência pátrias,
é a oposição do executado nos próprios autos da execução e ocorre
em temas como condição da ação e pressupostos processuais, os
quais o juiz deve examinar de ofício a prescrição, a decadência, as
nulidades formais da CDA e a quitação do débito. As nulidades
formais evidenciadas pela Agravante não estão presentes nas CDAS
e nos anexos que a acompanham, uma vez que revestidos de todos
os pressupostos legais, que indicam a origem e a natureza da dívida,
o critério da multa aplicada, bem como o modo de atualização da
correção e dos juros. Ainda, na petição inicial, apesar de
padronizada, há o Juízo a quem é dirigida, o pedido, o requerimento
da citação, o nº de certidão de inscrição em dívida ativa e o valor da
execução. Quanto à exigibilidade do crédito e a suspensão do feito
em razão de outra demanda judicial visando à compensação, não
pode ser por meio de exceção de pré-executividade, porquanto são
questões que requerem enfrentamento via embargos. (TRF 4ª R. –
AI 2000.04.01.003387-7 – PR – 2ª T. – Rel. Juiz Vilson Darós – DJU
20.12.2000 – p. 123)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


Exceção rejeitada, porquanto não consumadas a prescrição e a
decadência. Agravo improvido. (TRF 4ª R. – AI 1999.04.01.099729-1
– SC – 2ª T. – Relª Juíza Tania Terezinh a Cardoso Escobar – DJU
07.06.2000)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – HIPÓTESES –


ALEGAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO –
CABIMENTO – 1. O âmbito da exceção de pré-executividade
comporta as situações de notória falta de certeza, liquidez ou
exigibilidade do título, matéria que, nessas circunstâncias, poderia
ter sido apreciada até de ofício. 2. Entre as hipóteses em que se
admite a exceção de pré-executividade está aquela em que se alega
não estar a execução fundada em título executivo, já que o contrato
que a embasa não contém as características próprias do art. 585, II,
do CPC. (TRF 4ª R. – AI 1999.04.01.071875-4 – SC – 3ª T. – Rel.
Juiz Teori Albino Zavascki – DJU 10.05.2000)
PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –
EXECUÇÃO FISCAL – IMPOSTO DE RENDA – URP – EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E
CONDIÇÕES DA AÇÃO DE EXECUÇÃO – AUSÊNCIA NÃO
DEMONSTRADA – A exceção de pré-executividade, nascida da
construção doutrinária e jurisprudencial, tem lugar quando não se
reveste o título executivo dos requisitos da Lei ou quando ausente
um dos pressupostos processuais ou uma das condições da ação de
execução, situação de ordem pública que de ofício pode ser
declarada pelo magistrado, dispensando-se a penhora, necessária
ao oferecimento dos embargos. Razões da parte agravante que não
apontam, no título, vícios que levariam à iliquidez e incerteza, os
quais, para dar suporte à pré-executividade, devem estar visíveis "a
olho nu". Buscou ela discutir a questão de fundo, a legalidade da
cobrança do ir sobre a URP. Ausência do título nos autos a permitir o
seu exame. Improvimento do agravo. (TRF 5ª R. – AG 0527101 –
(9905653198) – CE – 1ª T. – Rel. Juiz Castro Meira – DJU
22.12.2000 – p. 80)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – Exclusão de mero


cotista do pólo passivo da ação. Exceção de pré-executividade.
Ilegitimidade da ora agravada para figurar no pólo passivo do
executivo fiscal proposto pela Autarquia previdenciária. Admissão da
exceção de pré-executividade. A recorrida não detinha, até janeiro
/86, poderes de gestão da empresa executada, mantendo, até então,
condição de quotista minoritária, não sendo responsável pelas
dívidas fiscais de antanho desta sociedade. A legitimidade passiva é
matéria de ordem pública que, em tese, pode ser discutida no
incidente manejado pela recorrida. Agravo improvido. (TRF 5ª R. –
AG 0525688 – (9905540016) – PB – 1ª T. – Rel. Juiz Castro Meira –
DJU 22.12.2000 – p. 78)

PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO DE INSTRUMENTO –


EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E CONDIÇÕES DA AÇÃO DE
EXECUÇÃO – AUSÊNCIA NÃO DEMONSTRADA – A nulidade não
está demonstrada, a fim de que possa ser argüida por meio de
exceção de pré-executividade. O executado alega que se encontra o
título executivo extrajudicial desprovido dos requisitos do art. 586 do
CPC, quais sejam, a liquidez, a certeza e a exigibilidade, sem
contudo apontar elementos concretos que comprovem tal
argumentação. Ausência do título nos autos a permitir o seu exame.
Agravos regimental e de instrumento improvidos. (TRF 5ª R. – AG
0526328 – (9905586598) – PE – 1ª T. – Rel. Juiz Castro Meira –
DJU 22.12.2000 – p. 79)JCPC.586

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA –
Matéria que deve ser examinada em sede de embargos. A via da
exceção de pré-executividade é cabível para argüição de matérias
de ordem pública, devidamente instruída com a prova da alegação.
Hipóteses em que comportem dilação probatória devem ser aduzidas
em sede de embargos à execução. Agravo provido. (TRF 5ª R. – AG
0525574 – (9905532064) – RN – 4ª T. – Rel. Juiz Luiz Alberto Gurgel
de Faria – DJU 29.12.2000 – p. 443)

EXECUÇÃO – AGRAVO DE INSTRUMENTO – CONTRATO DE


CHEQUE ESPECIAL – NULIDADE DA EXECUÇÃO – ILIQUIDEZ,
INEXIGIBILIDADE E INCERTEZA DO TÍTULO EXECUTIVO –
ATRAVESSAMENTO DE PETIÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
DISCUSSÃO AFEITA AOS EMBARGOS À EXECUÇÃO – 1.
Hipótese onde se pleiteia a modificação do despacho agravado que
inacolheu argüição de nulidade de execução através de exceção de
pré-executividade. 2. Observando-se que a discussão em refere-se à
possível iliquidez, incerteza e inexigibilidade do título executivo,
inadmissível que a mesma se dê em sede de exceção de pré-
executividade uma vez que constitui matéria atinente à oposição de
embargos. 3. Agravo improvido. (TRF 5ª R. – AG 0526008 –
(9905565582) – RN – 2ª T. – Rel. Juiz Petrúcio Ferreira – DJU
17.11.2000 – p. 462)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – Necessidade de intimação da parte contrária
para exercer o direito amplo de defesa. Nulidade da sentença.
Prejudicadas as demais razões do recurso. 1. Oposta exceção de
pré-executividade pelo executado, impõe-se seja aberta
oportunidade ao exeqüente para se manifestar, sob pena de se ferir
o princípio do contraditório e da ampla defesa. 2. Apelação e
remessa providas, em parte. Nulidade da sentença. (TRF 5ª R. – AC
05205474 – (200005990000920) – PE – 3ª T. – Rel. Juiz Nereu
Santos – DJU 29.09.2000 – p. 862)

EXECUÇÃO FISCAL – SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO FISCAL –


EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO INTEGRAL E EM DINHEIRO –
SÚMULA Nº 112 DO STJ – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
1. A suspensão da exigibilidade do crédito da Fazenda Pública só é
possível se cumprida a exigência do depósito prévio e integral do
valor da dívida. 2. A denominada “exceção de pré-executividade”
somente admite a defesa do executado sem a garantia do juízo nas
hipóteses excepcionais de pagamento ou ilegitimidade de parte
documentalmente comprovados, cancelamento de débito, anistia,
remissão e outras situações reconhecíveis de plano. 3. Sem que o
agravante tenha efetuado o prévio depósito do valor da dívida, não
há o que se falar em suspensão do andamento da execução. 4.
Agravo a que se nega provimento. (TRF 3ª R. – AI 51.572 – SP – 4ª
T. – Rel. Juiz Erik Gramstrup – DJU 20.04.1999 – p. 421)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – AGRAVO DE


INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
ILEGITIMIDADE DA PARTE – MATÉRIA DE EMBARGOS –
INADMISSIBILIDADE – 1. Cuidando a discussão em torno da
ilegitimidade de parte, prescindindo a mesma de produção de prova
no tocante à responsabilidade do sócio e às atividades por ele
exercidas na empresa, inadmissível que a mesma se dê em sede de
exceção de pré-executividade uma vez que constitui matéria atinente
à oposição de embargos. 2. Agravo improvido. (TRF 5ª R. – AG
0520440 – (9805500411) – PE – 2ª T. – Rel. Juiz Petrúcio Ferreira –
DJU 01.11.1999 – p. 606)
PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – AGRAVO DE
INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – OITIVA
DO EXEQÜENTE – AFASTAMENTO DE ÓBICE À EXCEÇÃO –
DECISÃO MOTIVADA – Conforme entendimento firmado, a
admissão de exceção de pré-executividade está condicionada à
matéria trazida à apreciação do juízo, através de petição
atravessada, onde se deduzam elementos de ordem factual ou
jurídica capazes de elidir a presunção de certeza e liquidez do título
executivo, bem como de invalidar a relação executiva. Na hipótese, o
juiz a quo determinou a oitiva do requerente sobre tal exceção e,
somente após dada a resposta, decidiu por determinar a
continuidade da execução, afastando-a, pois, como óbice à mesma.
Irreparável a decisão monocrática ao constatar que o afastamento de
prejudicial da exceção de pré-executividade decorreu do
atendimento das razões trazidas pelo INSS na resposta àquela
exceção, onde se conclui ter fundamentado tal despacho nas razões
que fundaram a mesma resposta. Agravo improvido. (TRF 5ª R. –
AG 0519101 – (9805324400) – CE – 2ª T. – Rel. Juiz Petrúcio
Ferreira – DJU 01.11.1999 – p. 604)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – AGRAVO DE


INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – A
prescrição da cobrança do crédito tributário, como causa extintiva do
executivo fiscal, pode ser alegada, independentemente da prévia
garantia do juízo, através da exceção de pré-executividade. Agravo
provido. (TRF 5ª R. – AG 0520362 – (9805489167) – PE – 3ª T. –
Rel. Juiz Nereu Santos – DJU 10.09.1999 – p. 803) (Ementas no
mesmo sentido)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – HIPÓTESES DE CABIMENTO – A exceção de
pré-executividade somente encontra espaço nos casos em que a
causa de nulidade argüida é daquelas cuja identificação dispensa
qualquer dilação probatória, sem o que seu acolhimento
representaria usurpação à seara dos embargos. Agravo de
instrumento improvido. (TRF 5ª R. – AG 0520712 – (9805541495) –
AL – 1ª T. – Rel. Juiz Castro Meira – DJU 24.09.1999 – p. 1293)

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – AGRAVO DE


INSTRUMENTO – ARGÜIÇÃO DE ILIQUIDEZ E ILEGITIMIDADE
DO TÍTULO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
IMPOSSIBILIDADE – MATÉRIA DE EMBARGOS À EXECUÇÃO –
AGRAVO REGIMENTAL – MANUTENÇÃO DA DECISÃO
AGRAVADA – 1. A concessão de liminar, tendo por base a presença
do fumus boni juris e do periculum in mora, está adstrita ao juízo
discricionário do juiz, independentemente da decisão de mérito. 2. In
casu, cuidando a discussão em torno da iliquidez, incerteza e
inexigibilidade do título executivo, inclusive no tocante a forma do
cálculo dos juros moratórios, inadmissível que a mesma se de em
sede de exceção de pré-executividade uma vez que constitui matéria
atinente a oposição de embargos. 3. Ausência do fumus boni juris. 4.
Agravo regimental improvido. (TRF 5ª R. – AGA 0518212-8 –
(5171329) – PE – 2ª T. – Rel. Juiz Petrúcio Ferreira – DJU
26.03.1999 – p. 1137) (Ementas no mesmo sentido)

EXECUÇÃO FISCAL – AGRAVO DE INSTRUMENTO – ARGÜIÇÃO


DE VÍCIOS INDEPENDENTE DA INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS
DO DEVEDOR – POSSIBILIDADE – EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE – DESENTRANHAMENTO – INOPORTUNIDADE
– 1 – A ação de execução direito autônomo, baseado no título
executivo nascido do inadimplemento do devedor é submetida aos
pressupostos processuais de existência e validade gerais e comuns
a qualquer processo, além dos pressupostos específicos previstos
nos arts. 580 e 583 do CPC, exigidos sob pena de invalidade da
relação processual, ante a existência de vícios. 2 – Não se revelando
justa a possibilidade do executado argüir a existência de vícios
ocorridos no processo de execução, somente nos embargos do
devedor, admite-se em casos excepcionais a possibilidade de
atravessar petição, onde se deduzam elementos de ordem factual ou
jurídica capaz, de elidir a presunção de certeza e liquidez do título
executivo, bem como invalidar a relação executiva. 3 – Afigurando-se
inoportuno o desentranhamento da petição nominada de exceção de
pré-executividade, sem antes fazer-se um exame rápido sobre o
conteúdo da mesma, de modo a, também com a celeridade que o
processo exige, decidir sobre o pedido ali contido, e conforme tal
decisão, retomar o curso do processo de execução ou levá-lo ao
devido termo. 4 – Agravo provido. (TRF 5ª R. – AI 14.899 – PE – 2ª
T. – Rel. Juiz Petrúcio Ferreira – DJU 19.02.1999) (Ementas no
mesmo sentido)JCPC.580 JCPC.583

PROCESSUAL CIVIL – EXECUÇÃO FISCAL – AGRAVO DE


INSTRUMENTO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –
PROCESSAMENTO JÁ DEFERIDO EM OUTRO AGRAVO –
Conteúdo examinado e indeferido pelo juiz monocrático. Perda de
objeto. 1 – Tendo sido recebida e determinado o processamento de
exceção de pré-executividade, e ainda, examinado o seu conteúdo
pelo o MM. Juiz monocrático, que restou por indeferi-la, decidindo
por dar continuidade ao processo de execução, inegável se
apresenta a perda do objeto do presente agravo. 2 – Agravo não
conhecido. (TRF 5ª R. – AG 0516499-5 – (5029484) – PE – 2ª T. –
Rel. Juiz Petrúcio Ferreira – DJU 15.01.1999 – p. 159) (Ementas no
mesmo sentido)

EXECUÇÃO FISCAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE –


CONCEITO – REQUISITOS – GARANTIA DO JUÍZO – DEVIDO
PROCESSO LEGAL – 1 – A exceção de pré-executividade é uma
espécie excepcional de defesa específica do processo de execução,
ou seja, independentemente de embargos do devedor, que é ação
de conhecimento incidental à execução, o executado pode promover
a sua defesa pedindo a extinção do processo, por falta do
preenchimento dos requisitos legais. É uma mitigação ao princípio da
concentração da defesa, que rege os embargos do devedor. 2 –
Predomina na doutrina o entendimento no sentido da possibilidade
da matéria de ordem pública (objeções processuais e substanciais),
reconhecível, inclusive, de ofício pelo próprio magistrado, a qualquer
tempo e grau de jurisdição, ser objeto da exceção de pré-
executividade (na verdade objeção de pré-executividade, segundo
alguns autores que apontam a impropriedade do termo), até porque
há interesse público de que a atuação jurisdicional, com o dispêndio
de recursos materiais e humanos que lhe são necessários, não seja
exercida por inexistência da própria ação. Por ser ilegítima a parte,
não haver interesse processual e possibilidade jurídica do pedido;
por inexistentes os pressupostos processuais de existência e
validade da relação jurídica-processual e, ainda, por se mostrar a
autoridade judiciária absolutamente incompetente. 3 – Há
possibilidade de serem argüidas também causas modificativas,
extintivas ou impeditivas do direito do exeqüente (V.G. pagamento,
decadência, prescrição, remissão, anistia, etc.) desde que
desnecessária qualquer dilação probatória, ou seja, desde que seja
de plano, por prova documental inequívoca, comprovada a
inviabilidade da execução. 4 – Isso não significa estar correta a
alegação, de certa forma freqüente principalmente em execuções, de
que, com a promulgação da atual Constituição Federal, a
obrigatoriedade da garantia do juízo para oferecimento de embargos
mostrar-se-ia inconstitucional, tendo em vista a impossibilidade de
privação de bens sem o devido processo legal. É certo que o devido
processo legal é a possibilidade efetiva da parte ter acesso ao poder
judiciário, deduzindo pretensão e podendo se defender com a maior
amplitude possível, conforme o processo descrito na lei. O que o
princípio busca impedir é que de modo arbitrário, ou seja, sem
qualquer respaldo legal, haja o desapossamento de bens e da
liberdade da pessoa. Havendo um processo descrito na lei, este
deverá ser seguido de forma a resguardar tanto os interesses do
autor, como os interesses do réu, de forma igualitária, sob pena de
ferimento de outro princípio constitucional, qual seja, da isonomia,
que também rege a relação processual. 5 – Pelo que se depreende
da cópia da certidão da dívida ativa, anexada aos autos, o título
executivo extrajudicial encontra-se formalmente perfeito, gozando de
presunção legal de certeza e liquidez. No que concerne à alegação
de extinção do crédito, pela compensação, também não foi
apresentada qualquer comprovação inequívoca. 6. Agravo a que se
nega provimento. (TRF 3ª R. – AI 51.242 – SP – 3ª T. – Rel. Juiz
Manoel Álvares – DJU 18.11.1998 – p. 502)
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES. I - A exceção
de pré-executividade não está prevista em lei, mas é admitida em
nosso direito em razão de construção doutrinário-jurisprudencial. É
permitida nos casos em que o juízo conhecer, de ofício, a matéria
alegada e quando houver prova documental inequívoca capaz de
demonstrar a nulidade da execução. II - A hipótese dos autos não se
enquadra em exceção de pré-executividade, uma vez que restou
demonstrado que o agravante era sócio da executada quando da
constituição do débito, fato que se revela incompatível com o instituto
utilizado. III - Agravo desprovido. (TRF 1ª R. - AG 01000416840 -
(200201000416840) - PA - 3ª T. - Rel. Des. Fed. Cândido Ribeiro -
DJU 02.05.2003)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. CITAÇÃO POR


EDITAL. ARQUIVAMENTO SEM BAIXA. PRESCRIÇÃO
INTERCORRENTE. SISTEMÁTICA LEGAL E PRETORIANA. 1. "Na
execução fiscal, não sendo encontrado o devedor, nem bens
arrestáveis, é cabível a citação editalícia." (Súmula 210 do extinto
TFR) 2. É cabível o reconhecimento da prescrição intercorrente na
execução fiscal, a pedido, se os autos ficarem arquivados sem baixa
por mais de cinco anos (LEF - art. 40, § 2º), sem que o exeqüente
promova medidas eficazes para a localização do devedor ou e bens
que possam ser penhorados. Se o pedido pode ser feito por simples
petição, nada impede que o seja em exceção de pré-executividade.
3. As previsões dos §§ do art. 40 da Lei nº 6.830, de 22/09/1980 -
arquivamento dos autos da execução sem baixa, após a suspensão
por um ano, e desarquivamento a qualquer tempo -, devem ser
interpretadas em harmonia com o art. 174 do CTN, que tem eficácia
de lei complementar, e que não as contempla como causas de
suspensão da prescrição. Precedentes do STJ. 4. O reconhecimento
da prescrição intercorrente, sobre ter gênese próxima na inércia do
exeqüente em promover os atos tendentes ao andamento do feito,
não deixa de ter causa remota, também, nas dificuldades de
funcionamento da máquina judiciária, pelo que não se aconselha a
condenação do exeqüente em honorários advocatícios 5. Apelação
parcialmente provida. (TRF 1ª R. - AC 01000066522 -
(200201000066522) - MG - 3ª T. - Rel. Des. Fed. Olindo Menezes -
DJU 09.05.2003)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO


FISCAL. ADESÃO AO REFIS ANTES DA EXECUÇÃO FISCAL.
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ACOLHIMENTO. 1.
Impossível a propositura de ação de execução fiscal para cobrança
de dívida suspensa em face de adesão ao REFIS. 2. Agravo
provido. (TFR 1ªR - AI - 2001010046291-5/MG - 4ªT - Rel.Des.Hilton
de Queiroz - DJ 16.08.2002)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEÇAS.


AUTENTICAÇÃO. EXECUÇÃO FISCAL. CONTRIBUIÇÕES PARA O
FGTS. SÓCIO-DIRIGENTE. APRESENTAÇÃO DE EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DO TÍTULO
EXECUTIVO. 1. Agravo. Autenticação. Exigência que, além de não
prevista na legislação processual, não implica o não-conhecimento
do recurso. Ademais, presumem-se verdadeiras as peças se a parte
contrária silencia quanto à autenticidade. 2. Exceção de pré-
executividade. Admissível o seu manejo quando versa matéria de
ordem pública, conhecível de ofício pelo juiz, como a pertinente a
nulidades e condições da ação, que tornam ineficaz o título
executivo. Inadmissível, no entanto, quando a matéria nela discutida
exigir, para o seu deslinde, exame de prova, como na hipótese, em
que se pretende invalidar o título executivo, sob a alegação de que
não agira o devedor, sócio-diretor da empresa devedora, com
excesso de poder ou infração à lei, ao contrato social ou ao estatuto.
3. Agravo desprovido. (TRF 1ª R. - AG 01000453238 -
(200201000453238) - BA - 6ª T. - Rel. Des. Fed. Daniel Paes Ribeiro
- DJU 12.05.2003)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL PARA COBRANÇA DE


CONTRIBUIÇÕES PARA O FGTS. ALEGAÇÕES DE
INEXISTÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO DO LANÇAMENTO DO DÉBITO
E DE PRESCRIÇÃO. 1. Exceção de pré-executividade. Em exceção
de pré-executividade, as matérias argüíveis são as de ordem pública,
conhecíveis de ofício pelo juiz, tais as pertinentes a nulidades e
condições da ação, que tornam ineficaz o título executivo. Assim,
inexistente prova inequívoca do vício que contamina o título
exeqüendo, inadmissível é a utilização da exceção de pré-
executividade para a sua desconstituição. 2. Agravo desprovido.
(TRF 1ª R. - AG 01000404595 - (200201000404595) - GO - 6ª T. -
Rel. Des. Fed. Daniel Paes Ribeiro - DJU 12.05.2003)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
NECESSIDADE DE ANÁLISE DA DÍVIDA. IMPROCEDÊNCIA.
EMBARGOS À EXECUÇÃO. CABIMENTO. DECISÃO
MONOCRÁTICA DE RELATOR. NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
ART. 557, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. POSSIBILIDADE.
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1 - A exceção de pré-
executividade não pode ser generalizadamente admitida como
substitutiva dos embargos à execução. 2 - Demonstrada a completa
falta de perspectiva de êxito do agravo de instrumento, está o
Relator autorizado, por força do disposto no artigo 557, do Código de
Processo Civil, a negar seguimento "... a recurso manifestamente
inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com
súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do
Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior" (cf. art. cit.). 3 -
Decisão mantida. 4 - Agravo Regimental desprovido. (TRF 1ª R. -
AGA 01000271166 - (200201000271166) - MG - 3ª T. - Rel. Des.
Fed. Plauto Ribeiro - DJU 04.04.2003)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES. NÃO-
CABIMENTO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AUSÊNCIA DE
PREVISÃO LEGAL. I - A exceção de pré-executividade não está
prevista em lei, mas é admitida em nosso direito em razão de
construção doutrinário-jurisprudencial. É admissível nos casos em
que é possível ao juiz conhecer, de ofício, a matéria alegada e
quando houver prova documental inequívoca capaz de demonstrar a
nulidade da execução. II - A hipótese dos autos não se enquadra em
exceção de pré-executividade, uma vez que exige análise
aprofundada de provas. III - A exceção foi acolhida em relação a dois
exceptos porque a própria exeqüente concordou com as alegações
dos excipientes, não havendo que se falar em honorários
advocatícios na espécie por falta de amparo legal. IV - Agravo de
instrumento provido. (TRF 1ª R. - AG 01000393211 -
(200101000393211) - MG - 3ª T. - Rel. Des. Fed. Cândido Ribeiro -
DJU 21.03.2003)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES. MULTA.
INDENIZAÇÃO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ NÃO-CARACTERIZADA.
ART. 17 DO CPC. I -A exceção de pré-executividade não está
prevista em lei, mas é admitida em nosso direito em razão de
construção doutrinário-jurisprudencial. É admissível nos casos em
que é possível ao Juiz conhecer, de ofício, a matéria alegada e
quando houver prova documental inequívoca capaz de demonstrar a
nulidade da execução. II - A hipótese dos autos não se enquadra em
exceção de pré-executividade, uma vez que exige análise
aprofundada de provas. III - Não há que se falar em aplicação de
multa e indenização por suposta litigância de má-fé ante a
plausibilidade da tese levantada pela parte, não restando
configuradas quaisquer das hipóteses do art. 17 do CPC. IV - Agravo
parcialmente provido. (TRF 1ª R. - AG 01000179473 -
(200201000179473) - BA - 3ª T. - Rel. Des. Fed. Cândido Ribeiro -
DJU 21.03.2003)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE . CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO.
LEI Nº 7.689/88. COISA JULGADA. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA.
NULIDADE .EXTINÇÃO DO PROCESSO. POSSIBILIDADE. 1. A
exceção de pré-executividade tem sido admitida, excepcionalmente,
pela jurisprudência nas hipóteses de vícios formais do título
executivo, prescrição, decadência e pagamento, sem o necessário
oferecimento de embargos. Sua hipótese de cabimento aplica-se,
ainda, àquelas situações em que a matéria pode ser conhecida de
ofício pelo Juiz. 2. Remessa oficial improvida. (TRF 1ª R. - REO
35000122550 - (199935000122550) - GO - 4ª T. - Rel. Des. Fed.
Hilton Queiroz - DJU 21.03.2003)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. "EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE". ACOLHIMENTO. PROVA INEQUÍVOCA.
SOCIEDADE ANONIMA. ACIONISTA. CARÊNCIA DE AÇÃO. 1. A
"exceção de pré-executividade" somente tem cabimento naquelas
hipóteses cujos vícios sejam observados de plano. 2. Na hipótese, o
agravante provou, inequivocamente, não ter sido diretor da empresa
executada no período em que apurada a dívida. Na condição de
acionista, não é alcançado pela responsabilidade tributária
disciplinada pelo art. 135 do CTN. 3. Agravo provido. (TRF 1ª R. - AG
01000387691 - (200201000387691) - MG - 4ª T. - Rel. Des. Fed.
Hilton Queiroz - DJU 14.03.2003)
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO PARA COBRANÇA DE DÉBITO
ATUARIAL. ALEGAÇÃO DE SUPERAVALIAÇÃO. PROVA
INEQUÍVOCA. INEXISTÊNCIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. AJUIZAMENTO. RENOVAÇÃO.
INADMISSIBILIDADE. 1. Inadmissível novo ajuizamento de exceção
de pré-executividade, se a matéria nela agitada foi objeto de outra, já
julgada. 2. Inexistente prova inequívoca do vício que contamina o
título exeqüendo, inadmissível é a utilização da exceção de pré-
executividade para a sua desconstituição. 3. Agravo desprovido.
(TRF 1ª R. - AG 01000228493 - (200201000228493) - DF - 6ª T. -
Rel. Des. Fed. Daniel Paes Ribeiro - DJU 24.03.2003)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. DESISTÊNCIA.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. A fixação de honorários em desfavor da exeqüente
é justa, à medida que a executada efetuou gastos, inclusive na
contratação de advogados para se defender, via exceção de pré-
executividade, de um suposto débito fiscal posteriormente
reconhecido como indevido pela exeqüente. Por outro lado, dado à
singeleza da causa e dos trabalhos desenvolvidos pelo patrono da
executada não justifica a fixação dos honorários no percentual de
20% (vinte por cento) sobre o valor atualizado da causa. Honorários
advocatícios reduzidos para o percentual de 2% (dois por cento)
sobre o valor da causa devidamente corrigido (art. 20, § 4º, do CPC).
Apelo da UNIÃO e remessa oficial, tida por interposta, parcialmente
providos. (TRF 1ª R. - AC 01001187769 - (199901001187769) - MG -
4ª T. - Rel. Des. Fed. Hilton Queiroz - DJU 06.03.2003)

TRIBUTÁRIO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


DECADÊNCIA. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. 1. Decadência
não afigurada na espécie, considerando-se que a ação executiva foi
ajuizada em 04/04/1997 e os fatos geradores ocorreram no ano de
1992, iniciada sua fluência em 1º de janeiro de 1993, tendo por termo
final 1º de janeiro de 1998. 2. Apelação da executada improvida. 3.
Apelação da União provida. (TRF 1ª R. - AC 01990036670 -
(200101990036670) - MG - 4ª T. - Rel. Des. Fed. Hilton Queiroz -
DJU 06.03.2003)

TRIBUTÁRIO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


DECADÊNCIA. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. ART.
174/CTN. LEI Nº 6.830/80, § 2º. ART. 219/CPC. 1. A exceção de
pré-executividade tem sido admitida, excepcionalmente, pela
jurisprudência nas hipóteses de vícios formais do título executivo,
prescrição, decadência e pagamento, sem o necessário
oferecimento de embargos. 2. Prescrição não afigurada,
considerando-se que não transcorreu o prazo de cinco anos entre a
constituição definitiva do crédito tributário e a citação válida (art.
174/CTN c/c art. 8º da Lei 6.830/80 e art. 219/CPC). 3. Apelação e
remessa providas. (TRF 1ª R. - AC 01000662731 -
(200001000662731) - MT - 4ª T. - Rel. Des. Fed. Hilton Queiroz -
DJU 06.03.2003)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. MATÉRIA DE DEFESA. IMPOSSIBILIDADE. 1.
Só é possível argüir, em sede de exceção de pré-executividade,
matérias relativas a vícios formais do título, nulidades absolutas ou
matérias apreciáveis de imediato pelo juiz. 2. A discussão de estar
ou não a recorrida obrigada a manter em seu estabelecimento
técnico farmacêutico inscrito no CRF/MA só poderá ocorrer em sede
de Embargos do Devedor, ocasião em que se viabilizará a instrução
do feito de modo a se apurar se o fato apontado, estranho ao título, o
desconstitui, tornando nula a execução. 3. Apelação provida. (TRF 1ª
R. - AC 01990421378 - (200101990421378) - MA - 6ª T. - Relª Desª
Fed. Maria Do Carmo Cardoso - DJU 10.03.2003)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. CITAÇÃO EDITALÍCIA.


LEF, ART. 8º. EXCEÇÃO DE PRÉ -EXECUTIVIDADE.
ADMISSIBILIDADE. PRESCRIÇÃO. CABIMENTO. DECRETAÇÃO
"EX-OFFICIO". IMPOSSIBILIDADE. CTN, ART. 174, PARÁGRAFO
ÚNICO. SUPREMACIA EM FACE DO ARTIGO 40 DA LEI Nº
6.830/80. EXECUTADO. BENS. AUSÊNCIA. PARALISAÇÃO POR
MAIS DE CINCO ANOS. EXTINÇÃO DO PROCESSO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PRINCÍPIO DA SUCUMBÊNCIA.
FIXAÇÃO. CRITÉRIO OBJETIVO. 1. Entendendo esgotados os
meios a disposição do exeqüente para localizar o executado e
certificando o oficial de justiça que este se encontra em lugar incerto
e não sabido, deve o juiz determinar, exaurindo as modalidades
previstas no artigo 8º da Lei nº 6.830, de 1980, que a sua citação
seja feita por edital. Inexistência de nulidade. 2. A Exceção de Pré-
executividade, admissível em sede de execução fiscal, permite ao
executado, por simples petição, manejar sua defesa,
independentemente de embargos e de garantia do juízo. 3.
Modernamente, é tendência da doutrina e da jurisprudência admitir o
uso de Exceção de Pré-executividade para suscitar, além das
questões inerentes aos pressupostos processuais e às condições da
ação, matéria relativa ao mérito da execução, à exemplo da
prescrição. Precedentes do STJ e do TRF - 1ª Região. 4. Decorrendo
a prescrição de pedido formulado por curador especial, é descabida
a afirmação de que foi decretada ex-officio. 5. Os casos de
interrupção do prazo prescricional estão previstos no artigo 174 do
Código Tributário Nacional, que não contempla quaisquer das
hipóteses previstas no artigo 40 da Lei nº 6.83 0/80. 6. A
interpretação que recusa a suspensão da prescrição por tempo
indefinido é a única que se harmoniza com a norma do artigo 174,
parágrafo único, do Código Tributário Nacional. 7. Decorridos cinco
anos de paralisação do executivo fiscal, e ainda não localizados o
devedor e bens suscetíveis de penhora, deve-se estabilizar o conflito
pela via da prescrição, objetivando assegurar às partes litigantes a
segurança jurídica, geradora da paz social, que é o objetivo do Poder
Judiciário. 8. Os honorários advocatícios decorrem do princípio da
sucumbência e, em se tratando de execução fiscal, serão fixados
objetivamente pelo juiz, consoante apreciação eqüitativa. 9.
Extinguindo-se a execução por iniciativa do curador especial, ainda
que em exceção de pré-executividade, é cabível a verba advocatícia.
(TRF 1ª R. - AC 01000342147 - (200201000342147) - MG - 4ª T. -
Rel. Des. Fed. Mário César Ribeiro - DJU 06.03.2003)

PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE:


ALEGAÇÃO PENDENTE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. 1. O § 1º do
art. 293 do RITRF1 não admite agravo regimental da decisão que
confere ou nega efeito suspensivo em agravo de instrumento. 2. A
Exceção de Pré-Executividade, não prevista em Lei, admitida por
construção doutrinário-jurisprudencial como meio excepcional e
atípico que é, argüível por simples petição, sem a segurança do
juízo, tem seu cabimento limitado às estreitas situações apreciáveis
de plano pelo juiz ou de ordem legal exclusivamente de direito (AGA
197577/GO, DJ 05/06/2000, p. 167, STJ, T4; AG n.
1999.01.00.055381-1/DF, TRF1, T3, DJ 25/02/2000, p. 58; AG
1999.01.00.026862-2/BA, TRF1, T3, DJ 05/05/2000, p. 299). 3.
Ilegitimidade passiva, nulidade da CDA e da citação, dependendo,
todavia, de dilação probatória, somente podem ser apreciadas em
embargos, com a segurança do juízo. 4. Agravo Regimental não
conhecido. Agravo de Instrumento não provido. 5. Peças liberadas
pelo Relator em 04/02/2003 para publicação do acórdão. (TRF 1ª R.
- AG 01000251935 - (200201000251935) - GO - 3ª T. - Rel. Des.
Fed. Luciano Tolentino Amaral - DJU 28.02.2003)

AGRAVO DE INSTRUMENTO - ARGÜIÇÃO DE VÍCIOS DA


CERTIDÃO DA DÍVIDA ATIVA - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - DESCABIMENTO. 1. São insuscetíveis de
impugnação através da denominada exceção de pré-executividade
irregularidades não evidentes da certidão de dívida ativa, porquanto
tal via somente permite a discussão de matéria que, em princípio, o
julgador pode conhecer ex officio. 2. Agravo desprovido. (TRF 1ª R. -
AG 01001169685 - (199901001169685) - GO - 3ª T. - Rel. p/Ac. Juiz
Evandro Reimão Dos Reis - DJU 20.02.2003)
EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PRESCRIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. NÃO OCORRÊNCIA. 1.
Se não implementado o lapso temporal de cinco anos, entre a data
da constituição do crédito tributário e a citação do executado, não há
falar-se na ocorrência da prescrição tributária. 2. Improvimento do
agravo de instrumento. (TRF 1ª R. - AG 01000315290 -
(200201000315290) - MG - 3ª T. - Rel. Des. Fed. Olindo Menezes -
DJU 14.02.2003)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO. DECISÃO QUE DETERMINA A CITAÇÃO DA
EXECUTADA PARA CUMPRIR OBRIGAÇÃO DE FAZER
CONSISTENTE NA RECOMPOSIÇÃO DE CONTAS DO FGTS.
MEIO DE IMPUGNAÇÃO APROPRIADO: EMBARGOS À
EXECUÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO CONHECIDO. 1-
O agravo de instrumento não se revela o meio processual adequado
para impugnar decisão que ordena a citação da executada para
cumprir obrigação de fazer, sob pena de pagamento de astreinte,
porquanto subsiste, no ordenamento jurídico, via própria para que a
devedora se oponha à execução do julgado, qual seja, os embargos
à execução, ou, se for o caso, assiste-lhe a faculdade de opor
exceção de pré-executividade. Precedentes deste Tribunal. 2-
Agravo regimental da CEF improvido. (TRF 1ª R. - AGA
01000027102 - (200201000027102) - BA - 5ª T. - Rel. Des. Fed.
Fagundes De Deus - DJU 03.02.2003)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FUNDADA EM SENTENÇA NÃO


SUBMETIDA AO REEXAME NECESSÁRIO. MEDIDA PROVISÓRIA
1561, DE 19/12/1996. EMBARGOS À EXECUÇÃO
INTEMPESTIVOS. APELAÇÃO RECEBIDA COMO EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE ANTE A MANIFESTA NULIDADE DO
TÍTULO JUDICIAL. 1. As sentenças proferidas em desfavor de
autarquias e fundações públicas após a edição da Medida Provisória
1561, de 19/12.1996, devem ser submetidas ao duplo grau de
jurisdição. 2. A exceção de pré-executividade é admitida em razão
de construção jurisprudencial para os casos em que é possível ao
juiz conhecer, de ofício, a matéria legal de ordem pública ou
estritamente de direito, envolvendo casos de flagrante nulidade do
título executivo, sem que haja a necessidade de dilação probatória. 3
. A hipótese dos autos se enquadra na exceção de pré-
executividade, ante a manifesta nulidade do título judicial, fundado
em sentença não submetida ao reexame necessário. 4. Apelação a
que se dá provimento para julgar procedente a exceção de pré-
executividade ajuizada como embargos à execução, anulando o
processo de execução e determinando o retorno dos autos a Vara de
origem pra que faça subir os autos à instância superior, em reexame
necessário, com inversão dos ônus da sucumbência. (TRF 1ª R. - AC
01000823384 - (199801000823384) - MG - 1ª T. - Rel. p/Ac. Juiz
Manoel José Ferreira Nunes - DJU 16.01.2003)

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


SISTEMÁTICA LEGAL. 1. A exceção de pré-executividade, mesmo
tolerada (porque não prevista em lei) em casos em que o título
exeqüendo apresente-se de logo irreconhecível juridicamente, não é
sucedâneo dos embargos do devedor. 2. Improvimento do agravo de
instrumento. Decisão. Negar provimento ao agravo, à unanimidade.
(TRF 1ª R. - AG 01000268622 - Proc. 1999.010.00.26862-2 - BA -
TERCEIRA TURMA - Rel. JUIZ OLINDO MENEZES - DJ DATA:
05.05.2000 PAGINA: 299)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. "EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE" OU "OPOSIÇÃO PRÉ-PROCESSUAL".
CABIMENTO. 1. A "exceção de pré-executividade", ou "oposição
pré-processual", tem sido admitida, excepcionalmente, pela doutrina
e jurisprudência, em casos de vícios do título cuja evidência observa-
se de plano, e sem exigir dilação probatória ou maiores reflexões
sobre o questionamento jurídico da matéria. Trata-se de iniciativa
que visa proteger o Executado de situação à qual não se submeteria
se o vício do título não se observasse. 2. A discussão em torno do
tema se é devida ou não a TR/TRD na composição do débito
exigido, importa em análise jurídica aprofundada, implicando na
própria definição do montante devido, a qual, aliás, encontra
expressa previsão como uma das questões a viabilizarem a oposição
de Embargos, consoante previsto no artigo 74, V, c/c o art. 745,
ambos do CPC. 3. Improvimento do Agravo. Decisão confirmada.
Decisão. À unanimidade, negar provimento ao recurso. Votaram com
o Relator (convocado-Resolução 05/98-TRF), os Exmos Srs. Juízes
Eliana Calmon e Hilton Queiroz. (TRF 1ª R. - AG 01004481 - Proc.
1995.01.00448-1 - GO - QUARTA TURMA - Rel. JUIZ ALEXANDRE
VIDIGAL - DJ DATA: 09.04.1999 PAGINA: 365 REPDJ DATA:
30.04.1999 PAGINA: 625)
PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - PRÉ-EXECUTIVIDADE -
LIMITES. 1. Em execução de título extrajudial, só por embargos é
possível produzir defesa. 2. Abre-se exceção para a hipótese de, nos
próprios autos da execução, arguir-se matéria de defesa. É o que se
chama de pré-executividade. 3. A pré-executividade está restrita às
objeções (decadência, pagamento, nulidade etc). 4. Recurso
improvido. Decisão. Negar provimento ao recurso, à unanimidade.
(TRF 1ª R. - AG 01000806521 - Proc. 1998.010.00.80652-1 - DF -
QUARTA TURMA - Rel. JUÍZA ELIANA CALMON - DJ DATA:
13.08.1999 PAGINA: 238)

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.


EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. PRESUNÇÃO LEGAL DE
CERTEZA E LIQUIDEZ. 1. Os embargos de declaração não são via
apropriada para rediscutir a matéria decidida, ao fundamento de
omissão, inexistente, no caso. 2. Embargos de Declaração
rejeitados. Decisão. Por unanimidade, rejeitar os Embargos de
Declaração. (TRF 1ª R. - EDAG 01000806521 - Proc.
1998.010.00.80652-1 - DF - QUARTA TURMA - Rel. JUIZ MÁRIO
CÉSAR RIBEIRO - DJ DATA: 04.06.2001 PAGINA: 214)
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. ROL DO ART. 11 DA
LEI 6.830/80. CARÁTER ABSOLUT0 PARA O EXECUTADO.
CESSÃO DE DIREITOS DE PRECATÓRIOS. LEF, ART. 11, VIII.
FRÁGIL IDENTIFICAÇÃO DA GARANTIA. EMBARGOS DO
DEVEDOR. GARANTIA DO JUÍZO. PRESSUPOSTO DE
CONSTITUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO
PROCESSO. LEF, ART. 16, § 1º. EXCEÇÃO DE PRÉ -
EXECUTIVIDADE: NÃO CABIMENTO NA HIPÓTESE DE VÍCIO
MATERIAL. I. A precedência consubstanciada no rol do art. 11 da
Lei 6.830/80 tem caráter absoluto para o Executado, tornando justa a
recusa de garantia oferecida sem observância da referida seqüência.
II. A cessão de direitos creditícios decorrentes de precatório não se
enquadra no inciso II do art. 11 da LEF, mas no inciso VIII do mesmo
dispositivo legal. III. Hipótese em que sequer a garantia oferecida
está perfeitamente identificada. IV. Não obstante o entendimento
pessoal contrário, no sentido de que a garantia do Juízo é condição
da ação, segue-se a exegese dominante nesta e. Turma, em favor
da concessão de oportunidade ao Embargante para substituir a
garantia, desaprovando a rejeição in limine dos embargos. V. A
exceção de pré-executividade não comporta discussão sobre vício
material da certidão de dívida ativa. VI. Recurso parcialmente
provido, determinando o retorno dos autos à vara de origem.
Decisão. À unanimidade, deu parcial provimento à apelação e
determinou o retorno dos autos à vara de origem. Participaram do
Julgamento os(as) Exmos(as) Sr.(as) Juízes I'TALO MENDES e
CARLOS OLAVO. (TRF 1ª R. - AC 01000818280 - Proc.
1998.010.00.81828-0 - DF - QUARTA TURMA - Rel. JUIZ HILTON
QUEIROZ - DJ DATA: 26.01.2001 PAGINA: 65)

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE


FUNDADA NA INEXIGIBILIDADE OU INEXISTÊNCIA DO TÍTULO
EXECUTIVO EM FACE DE DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES
POR PARTE DO EXEQUENTE. INADMISSIBILIDADE. 1. A exceção
de pré-executividade fundada em inexistência ou inexigibilidade do
título executivo em tais face de descumprimento de obrigações por
parte do exeqüente não deve ser admitida porque tais questões são
de alta indagação e exigem dilação probatória. 2. Recurso improvido.
Decisão. Negar provimento ao agravo, à unanimidade. (TRF 1ª R. -
AG 01451919 - Proc. 1996.01.45191-9 - PA - TERCEIRA TURMA -
Rel. JUIZ ANTONIO EZEQUIEL - DJ DATA: 22.06.2001 PAGINA:
75)

CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO


PREVIDENCIÁRIA. INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA. INEXISTÊNCIA
DE DIREITO ADQUIRIDO EM FACE DO DISPOSTO NA LEI 3.577,
DE 04 DE JULHO DE 1959 E DO DECRETO 83.081, DE 24 DE
JANEIRO DE 1979, ART. 68, CAPUT E INCISOS. ARGÜIÇÃO DE
OFENSA AO PRECEITO ISONÔMICO AFASTADA. IMUNIDADE
PREVISTA NO ART. 196, § 7º. EFICÁCIA LIMITADA. LEI 8.212, DE
24 DE JULHO DE 1991. CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIDADE. I. Não tendo a Embargante preenchido os requisitos
no Decreto 83.081/79, para fins da isenção prevista na Lei 3.577/59,
afasta-se a sua argüição de violação de direito adquirido. II. A
igualdade está na lei a teor do disposto no art. 5º, caput da
Constituição da República. III. O preceito contido no art. 195, § 7º da
Constituição Federal tem eficácia limitada. IV. Considerando os
termos do art. 146, II da Carta Constitucional, o citado preceito ainda
não foi complementado normativamente (entendimento pessoal). V.
Mesmo para os que acolhem a aptidão da Lei 8.212/91 de regrar o
tema, subsiste a sua ineficácia em relação a fatos geradores que se
realizaram antes da sua edição. VI. Hipótese em que as
competências, objeto das execuções, são anteriores à vigência da
Lei 8.212/91, com exceção da competência de julho de 1991, em
relação à qual a Embargante não se desincumbiu do ônus da prova
de atendimento dos requisitos listados no art. 55 da mesma. VII - A
jurisprudência da Turma tem admitido, na hipótese de pagamento da
dívida executada, o cabimento da exceção de pré-executividade. VIII
- Apelo provido. Remessa oficial prejudicada. Decisão. Dar
provimento ao apelo, ficando prejudicada a remessa oficial, à
unanimidade. (TRF 1ª R. - AC 01000281530 - Proc.
1997.010.00.28153-0 - MG - QUARTA TURMA - Rel. JUIZ HILTON
QUEIROZ - DJ DATA: 17.03.2000 PAGINA: 255)

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. APLICAÇÃO


DO ART. 191 DO CPC. CITAÇÃO REGULAR NA EXECUÇÃO. CPC,
ART. 215, § 1º. INTIMAÇÃO NA PESSOA DO REPRESENTANTE
LEGAL DA PESSOA JURÍDICA. CPC, ART. 249, § 1º. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. I- O art. 191 do CPC tem como
destinatários os prazos para citação, recurso e para falar nos autos,
não incluido o prazo para o ajuizamento de embargos do devedor. II-
Refuta-se a alegação de nulidade da citação na ação executiva,
considerando-se que a citação em empregado da empresa,
considerada hábil aos fins do art. 215, § 1º do CPC, de acordo com a
orientação jurisprudencial do c. STJ, produziu validamente seus
efeitos jurídicos, tendo sido realizadas as intimações da penhora e
reforço da penhora na pessoa do representante legal da pessoa
jurídica de direito privado. III- A jurisprudência desta e. Turma tem
abonado o cabimento da exceção de pré-executividade nos casos de
pagamento. IV- Apelo improvido. Decisão. Negar provimento ao
apelo, à unanimidade. (TRF 1ª R. - AC 01337393 - Proc.
1996.01.33739-3 - MG - QUARTA TURMA - Rel. JUIZ HILTON
QUEIROZ - DJ DATA: 17.03.2000 PAGINA: 210)

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. FALTA DE


GARANTIA. NÃO OCORRÊNCIA DE VIOLAÇÃO AOS ART. 125, I,
131, 332 E 420, I, TODOS DO CPC E AO PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS PREVISTOS NO ART. 5º, V E LV. I. Prevalece
na Turma o entendimento de que a garantia é requisito de
constituição e desenvolvimento válido e regular do processo, sendo
cabível a concessão de oportunidade para sua regularização. II.
Resultando em vão as oportunidades para a efetivação da garantia,
não há violação de dispositivos do CPC (arts. 125, I, 131, 332 e 420,
I) e dos princípios consagrados no art. 5º. XXXV e LV da
Constituição Federal na extinção dos embargos sem exame de
mérito. III. A jurisprudência desta c. Turma tem abonado o cabimento
de exceção de pré-executividade nos casos de pagamento. IV. Apelo
improvido. Decisão. Negar provimento ao apelo, à unanimidade.
(TRF 1ª R. - AC 01365150 - Proc. 1996.01.36515-0 - DF - QUARTA
TURMA - Rel. JUIZ HILTON QUEIROZ - DJ DATA: 17.03.2000
PAGINA: 213)

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. FALTA DE


GARANTIA. NÃO OCORRÊNCIA DE VIOLAÇÃO AOS ARTS. 125, I,
131, 332 E 420, I , TODOS DO CPC E AO PRÍNCIPIO
CONSTITUCIONAL NO ART. 5º, V. I. Prevalece na Turma o
entendimento de que a garantia é requisito de constituição e
desenvolvimento válido e regular do processo, sendo cabível a
concessão de oportunidade para sua regularização. II. Resultando
em vão a oportunidade para a efetivação da garantia, não há
violação de dispositvos do CPC (arts. 125, I, 131, 332, e 420, I) e do
princípio consagrado no art. 5º, XXXV da Constituição Federal na
extinção dos Embargos sem exame de mérito. III. A jurisprudência
desta c. Turma tem abonado o cabimento de exceção de pré-
executividade nos casos de vícios extrínsecos do título executivo. IV.
Apelo improvido. Decisão. Negar provimento ao apelo, à
unanimidade. (TRF 1ª R. - AC 01408134 - Proc. 1996.01.40813-4 -
DF - QUARTA TURMA - Rel. JUIZ HILTON QUEIROZ - DJ DATA:
17.03.2000 PAGINA: 216)

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR. ARGÜIÇÃO DE


NULIDADE DA SENTENÇA AFASTADA. ALEGAÇÕES
DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS DA SENTENÇA. ÂMBITO DA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. I- Não merecem ser
conhecidas as alegações dissociadas dos fundamentos da sentença.
II- Não é nula a sentença que contém o registro das principais
ocorrências havidas na tramitação do processo e os fundamentos do
convencimento do julgador. III- Em consonância com a orientação
jurisprudencial desta Turma, os vícios formais do título executivo, a
prescrição e o pagamento podem ser reconhecidos no âmbito da
Exceção de Pré-executividade. IV- Apelo improvido. Decisão. Negar
provimento ao apelo, à unanimidade. (TRF 1ª R. - AC 01294986 -
Proc. 1995.01.29498-6 - MG - QUARTA TURMA - Rel. JUIZ HILTON
QUEIROZ - DJ DATA: 17.03.2000 PAGINA: 169)

PROCESSO CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CABIMENTO. I - A exceção de pré-executividade, como meio
excepcional e atípico que é, não pode ser generalizadamente
admitida como substitutiva aos embargos à execução. Sua hipótese
de cabimento limita-se àquelas situações apreciáveis ex officio pelo
magistrado processante, independentemente de qualquer
consideração ou análise mais aprofundada. II - Agravo de
instrumento improvido. II - Agravo regimental prejudicado. Decisão.
Por unanimidade, negar provimento ao agravo de instrumento e
julgar prejudicado o regimental. (TRF 1ª R. - AG 01000553811 -
Proc. 1999.010.00.55381-1 - DF - TERCEIRA TURMA - Rel. JUIZ
CANDIDO RIBEIRO - DJ DATA: 25.02.2000 PAGINA: 58)

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR.


INTEMPESTIVIDADE. LEF, ART. 16, III. SÚMULA 190 DO EXTINTO
TFR. CPC, ART. 738. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
CONHECIMENTO DE OBJEÇÕES. I- Na execução fiscal, os
embargos devem ser interpostos no prazo de trinta dias, contados da
intimação da penhora. II- A jurisprudência da Turma continua
referendando a aplicação do enunciado da Súmula 190 do extinto
TFR (A intimação pessoal da penhora ao executado torna
dispensável a publicação de que trata o art. 12 da Lei das Execuções
Fiscais). III- Não conhecidos os embargos, fica prejudicado o exame
de argüição de coisa julgada, que, consoante a orientação pretoriana
da Turma, poderia ter sido veiculada em sede de exceção de pré-
executividade. IV- Recurso improvido. Decisão. Negar provimento ao
recurso à unanimidade. (TRF 1ª R. - AC 01322418 - Proc.
1996.01.32241-8 - GO - QUARTA TURMA - Rel. JUIZ HILTON
QUEIROZ - DJ DATA: 17.03.2000 PAGINA: 208)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE SEM A NECESSÁRIA OPOSIÇÃO DE
EMBARGOS. POSSIBILIDADE. 1. A exceção de pré-executividade
tem sido admitida, excepcionalmente, pela jurisprudência nas
hipóteses de vícios formais do título executivo, prescrição,
decadência e pagamento, sem o necessário oferecimento de
embargos. 2. Agravo provido em parte. Decisão. Dar provimento, em
parte, ao agravo de instrumento, à unanimidade. (TRF 1ª R. - AG
01000230760 - Proc. 2000.010.00.23076-0 - MG - QUARTA TURMA
- Rel. JUIZ HILTON QUEIROZ - DJ DATA: 23.03.2001 PAGINA: 134)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. CRÉDITO


TRIBUTÁRIO. COMPENSAÇÃO. SENTENÇA TRANSITADA EM
JULGADO. PAGAMENTO. ALEGAÇÃO NOS PRÓPRIOS AUTOS.
INEXISTÊNCIA DE GARANTIA. POSSIBILIDADE.
SOBRESTAMENTO DA EXECUÇÃO. 1. A exceção de pré-
executividade objetiva a apresentação de defesa nos próprios autos
da execução, sem garantia do juízo, sendo admitida, de modo geral,
quando as questões de ordem pública (condições da ação,
pressupostos processuais, etc) e outras relativas a pressupostos
específicos da execução, puderem ser identificadas de plano. 2. A
alegação do executado de que o crédito tributário é objeto de
compensação, por força de sentença transitada em julgado, conduz
ao sobrestamento da execução, com vistas a oportunizar a
manifestação do exeqüente sobre a alegação de pagamento e
documentos que lhe servem de suporte, independentemente de
garantia do juízo, de modo a evitar eventuais e desnecessários
prejuízos ao devedor. 3. Agravo parcialmente provido. Decisão. Por
unanimidade, dar parcial provimento ao agravo de instrumento. (TRF
1ª R. - AG 01001170004 - Proc. 1999.010.01.17000-4 - DF -
QUARTA TURMA - Rel. JUIZ MÁRIO CÉSAR RIBEIRO - DJ DATA:
09.03.2001 PAGINA: 407)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. "EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE". INCABIMENTO. TUTELA ANTECIPADA.
IMPOSSIBILIDADE. 1. A "exceção de pré-executividade" somente
tem cabimento naquelas hipóteses cujos vícios sejam observados de
plano, sem exigência de dilação probatória. 2. A análise do tema da
aplicabilidade ou não da TR como indexador importa na definição do
quantum devido, viabilizando, por expressa previsão legal, a
oposição de embargos. 3. Não há se falar em tutela antecipada
quando a exceção não possui sentença de mérito. 4. Agravo
improvido. Decisão. À unanimidade, negou provimento ao agravo de
instrumento. Participaram do Julgamento os(as) Exmos(as) Sr.(as)
Juízes I'TALO MENDES e CARLOS OLAVO. (TRF 1ª R. - AG
01001039231 - Proc. 2000.010.01.03923-1 - PA - QUARTA TURMA -
Rel. JUIZ HILTON QUEIROZ - DJ DATA: 04.06.2001 PAGINA: 259)

PROCESSO CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CABIMENTO 1. A exceção de pré-executividade, como meio
excepcional e atípico que é, não pode ser generalizadamente
admitida como substitutiva aos embargos à execução. Sua hipótese
de cabimento limita-se àquelas situações apreciáveis ex officio pelo
magistrado processante, independentemente de qualquer
consideração ou análise mais aprofundada. 2. Agravo de instrumento
improvido. Decisão. À unanimidade, negou provimento ao agravo de
instrumento. Na ausência ocasional e justificada do Sr. Juiz
Fagundes de Deus, votou o Sr. Juiz João Batista Moreira.
Participaram do Julgamento os(as) Exmos(as) Sr.(as) Juízes
ANTONIO EZEQUIEL DA SILVA e JOAO BATISTA GOMES
MOREIRA. (TRF 1ª R. - AG 01000600465 - Proc.
2000.010.00.60046-5 - MT - QUINTA TURMA - Rel. JUÍZA SELENE
MARIA DE ALMEIDA - DJ DATA: 04.06.2001 PAGINA: 284)
PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
HIPÓTESES. I - A exceção de pré-executividade, apesar de admitida
mesmo sem previsão legal, somente pode ser admitida nas
hipóteses em que o magistrado pode, ex officio e de pronto, declarar
a inadmissibilidade do título. II - No mais, tendo em vista a presunção
de liquidez, certeza e exigibilidade dos títulos judiciais e
extrajudiciais, cabíveis os embargos à execução, com a garantia do
juízo. III - Agravo de instrumento desprovido. Decisão. Por
unanimidade, negar provimento ao agravo de instrumento. (TRF 1ª
R. - AG 01001303622 - Proc. 2000.010.01.30362-2 - PA -
TERCEIRA TURMA - Rel. JUIZ CANDIDO RIBEIRO - DJ DATA:
13.08.2001 PAGINA: 1157)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE . LITISPENDÊNCIA. EXTINÇÃO DO PROCESSO.
POSSIBILIDADE. 1. A exceção de pré-executividade tem sido
admitida, excepcionalmente, pela jurisprudência nas hipóteses de
vícios formais do título executivo, prescrição, decadência e
pagamento, sem o necessário oferecimento de embargos. Sua
hipótese de cabimento aplica-se, ainda, àquelas situações em que a
matéria pode ser conhecida de ofício pelo Juiz. 2. Verba honorária
fixada nos termos do art. 20, § 4º c/c § 3º, alíneas a, b e c do CPC. 3.
Apelo da União provido em parte. 4. Remessa oficial tida por
interposta prejudicada. Decisão. Dar provimento, em parte, ao apelo
da União e julgar prejudicada a remessa oficial tida por interposta, à
unanimidade. (TRF 1ª R. - AC 01000212836 - Proc.
1999.010.00.21283-6 - DF - QUARTA TURMA - Rel. JUIZ HILTON
QUEIROZ - DJ DATA: 05.07.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
DECORRENTE DA PRESCRIÇÃO. - Trata-se de agravo de
instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto em face de
decisão que rejeitou a exceção de pré-executividade da agravante,
cujo objetivo era o de impedir a penhora de bens pertencentes à
mesma. - Na exceção de pré-executividade, o devedor traz a juízo
matérias preliminares que importam em extinção do título executivo,
sem a necessidade de que seus bens sejam objeto de apreensão
judicial, assegurando que a execução se proceda da forma menos
gravosa para este devedor. - Tratando-se de dívida lançada em maio
de 1993, e somente notificada ao devedor por meio da citação válida
em setembro de 2001, portanto, mais de 8 (oito) anos após a
constituição do valor a ser cobrado, nos termos da legislação
tributária nacional, evidenciada está a prescrição do direito à ação e,
conseqüentemente, extinto o crédito tributário a ela vinculado. -
Agravo de instrumento provido. (TRF 2ª R. - AG 95395 -
(200202010199188) - RJ - 1ª T. - Relª Desª Fed. Regina Coeli M. C.
Peixoto - DJU 13.01.2003)

EXECUÇÃO - Exceção de pré-executividade. Somente o formalismo


exagerado pode determinar seja procedida a penhora em hipóteses
em que se destina comprovar a inexistência de dívida, seja por
quitação, seja por novação, com assunção da dívida por terceiro. O
Direito deve ser instrumento da Justiça, porque não se pode
conceber a existência de Direito injusto. Agravo a que se dá parcial
provimento para que o Juízo da execução determine à exeqüente a
exibição dos extratos e documentos da operação de mútuo. (TRF 2ª
R - Ag. 98.02.11190-2 - RJ - Rel. p/Ac. Juiz Ricardo Regueira - DJU
09.03.1999).

PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE DO TÍTULO. I - A CHAMADA "EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE DO TÍTULO" CONSISTE NA FACULDADE,
ATRIBUÍDA AO EXECUTADO, DE SUBMETER AO
CONHECIMENTO DO JUIZ DA EXECUÇÃO,
INDEPENDENTEMENTE DE PENHORA OU DE EMBARGOS,
DETERMINADAS MATÉRIAS PRÓPRIAS DA AÇÃO DE
EMBARGOS DO DEVEDOR. ADMITE-SE TAL EXCEÇÃO,
LIMITADA PORÉM SUA ABRANGÊNCIA TEMÁTICA, QUE
SOMENTE PODERÁ DIZER RESPEITO A MATÉRIA SUSCETÍVEL
DE CONHECIMENTO DE OFÍCIO OU A NULIDADE DO TÍTULO,
QUE SEJA EVIDENTE E FLAGRANTE, ISTO É, NULIDADE CUJO
RECONHECIMENTO INDEPENDA DE CONTRADITÓRIO OU
DILAÇÃO PROBATÓRIA." (TRF - 4ª REGIÃO AGA 04479920/RS. 2ª
TURMA. REL. JUIZ TEORI ALBINO ZAVASCKI). Decisão. Por
unanimidade, negou-se provimento ao agravo de instrumento na
forma do voto do Relator. (TRF 2ª R. - AG - Proc. 97.02.36130-3 - RJ
- SEGUNDA TURMA - Rel. JUIZ CASTRO AGUIAR - DJ DATA:
13.10.1998)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. SOMENTE O FORMALISMO EXAGERADO
PODE DETERMINAR SEJA PROCEDIDA A PENHORA EM
HIPÓTESES EM QUE SE DESTINA COMPROVAR A
INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA, SEJA POR NOVAÇÃO, COM
ASSUNÇÃO DA DÍVIDA POR TERCEIRO. O DIREITO DEVE SER
INSTRUMENTO DA JUSTIÇA, PORQUE NÃO SE PODE
CONCEBER A EXISTÊNCIA DE DIREITO INJUSTO. AGRAVO A
QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO PARA QUE O JUÍZO DA
EXECUÇÃO DETERMINE À EXEQÜENTE A EXIBIÇÃO DOS
EXTRATOS E DOCUMENTOS DA OPERAÇÃO DE MÚTUO.
Decisão. A Turma, por maioria, deu parcial provimento ao agravo,
vencido(a) o(a) Relator(a). Lavrara o acordao o(a) Des. Fed.
RICARDO REGUEIRA. (TRF 2ª R. - AG - Proc. 98.02.11190-2 - RJ -
PRIMEIRA TURMA -Rel. JUIZ NEY FONSECA - DJ DATA:
09.03.1999 Relator:ParaJUIZ NEY FONSECA)

PROCESSUAL CIVIL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


PRESCRIÇÃO. I - A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SÓ
DEVE SER UTILIZADA EM RELAÇÃO A MATÉRIAS QUE O JUIZ
POSSA CONHECER DE OFÍCIO. II - AGRAVO IMPROVIDO.
Decisão. Por unanimidade, negou-se provimento ao agravo na forma
do voto do Relator. (TRF 2ª R. - AG - Proc. 96.02.20716-7 - RJ -
SEGUNDA TURMA - Rel. JUIZ CASTRO AGUIAR - DJ DATA:
02.06.1998 PÁGINA: 227)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUEMNTO.


EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS. AUSÊNCIA. - Somente o
formalismo exagerado pode determinar seja procedida a penhora em
hipóteses em que se destina comprovar a inexistência de dívida, seja
por quitação, seja por novação, com assunção da dívida por terceiro.
- O objetivo da exibição da documentação é o de comprovar que a
dívida fora novada e, sendo a exequente uma instituição financeira, é
de se presumir que tenha registrado todos os dados referentes às
operações com seus clientes. - Embargos de declaração improvidos,
por unanimidade. Decisão. A Turma, por unanimidade, negou
provimento aos Embargos de Declaracao, nos termos do voto do(a)
Relator(a). (TRF 2ª R. - AG 27380 - Proc. 98.02.11190-2 - RJ -
PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ RICARDO REGUEIRA - DJU DATA:
04.07.2000)

PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - PROCESSO


DE EXECUÇÃO - VÍCIO FUNDAMENTAL - ARTIGOS 267, § 3º, 586
E 618, I, DO CPC. - Processo de execução eivado de vício
fundamental. O título executivo não se reveste de liquidez e certeza.
Nulidade. - A parte pode arguir o vício por meio de exceção de pré-
executividade, independentemente de embargos à execução. O
magistrado pode declará-lo de ofício em qualquer tempo e grau de
jurisdição. - Incidência dos artigos 267, § 3º, 586 e 618, I, do CPC. -
Suspensão da execução diante da possibilidade de resultar lesão
grave e de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação.
Artigos 558, do CPC e 39, § 1º, V, do Regimento Interno do TRF/2ª
Região. - Agravo regimental improvido. Decisão confirmada.
Decisão. A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. (TRF 2ª R. - AGA 40120 -
Proc. 99.02.25590-6 - RJ - TERCEIRA TURMA - Rel. JUIZ
FRANCISCO PIZZOLANTE - DJU DATA: 16.05.2000 Outras
FontesFLS. 234/283 16.05.2000)

PROCESSUAL CIVIL - TRIBUTÁRIO - EXCEÇÃO DE PRÉ


EXECUTIVIDADE - AGRAVO DE INSTRUMENTO - SOCIEDADE
LIMITADA - RESPONSABILIDADE DO SÓCIO PELAS
OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS DA PESSOA JURÍDICA (ARTIGO
173, III). I - O Sócio e a pessoa jurídica formada por ele são pessoas
distintas (Código Civil, artigo 20). Um não responde pelas obrigações
da outra. II - O CTN, no inciso III do artigo 135, impõe
responsabilidade, não ao sócio, mas ao gerente, diretor ou
equivalente. Assim, sócio-gerente é responsável, não por ser sócio,
mas por haver exercido a gerência. III - Configurada a
desnecessidade de constar o nome de co-responsável na Certidão
da Dívida Ativa (CDA), uma vez que a conexão dirige-se,
primariamente, em face da empresa e não dos co-responsáveis
tributários. IV - Ressalva do entendimento do relator. V - Recurso
improvido. Decisão. Por unanimidade, negou-se provimento ao
agravo de instrumento na forma do voto do Relator. (TRF 2ª R. - AG
43440 - Proc. 1999.02.01.035590-2 - ES - SEGUNDA TURMA - Rel.
JUIZ SERGIO FELTRIN CORREA - DJU DATA: 26.10.2000)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL - DEFESA DO


EXECUTADO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
(EXCEPCIONALIDADE) - MATÉRIAS DE COGNIÇÃO DE OFÍCIO
OU QUE DISPENSEM DILAÇÃO PROBATÓRIA PARA
DESCARACTERIZAR O TÍTULO EXECUTIVO - PRECEDENTES. I -
Agravo de instrumento desafiando indeferimento de suspensão de
execução fiscal, suscitada pelas devedoras, alegando exceção de
pré-executividade, por não terem empregos domésticos; ausência de
notificação extrajudicial para pagamento do débito, por já se
encontrar quitada dívida objeto da ação executiva e também por
estar prescrito direito ao débito fiscal referente ao período de janeiro
de 1992 a 1997; II - Em regra, a defesa do executado se faz por
meio dos embargos do devedor, depois de garantido o Juízo da
execução; III - A exceção de pré-executividade é admissível,
excepcionalmente, quando a matéria suscitada puder e dever ser
conhecida de ofício pelo Juiz da causa, não demandem dilação
probatória para elidir a presunção de liquidez e certeza do título
executivo; IV - Precedentes do STJ; V - Na hipótese vertente, as
questões levantadas pelas executadas não dizem respeito às
matérias cognoscíveis de ofício ou que dispensem produção de
provas descaracterizar o título exeqüendo, devendo ser deduzidas
em sede de embargos do devedor; VI - Agravo de instrumento
improvido. Decisão. A Turma, por unanimidade, negou provimento ao
agravo, nos termos do voto do(a) Relator(a). (TRF 2ª R. - AC 60864 -
Proc. 2000.02.01.039027-0 - RJ - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ
NEY FONSECA - DJU DATA: 21.06.2001)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEI 9.139/95.


EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
INADMISSIBILIDADE. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. Os vícios increpados à legitimidade do título exeqüendo devem
ser comprovados de plano. As demais questões aventadas pela
agravante devem ser analisadas em sede de embargos à execução,
via processual adequada à dilação probatória. Precedentes (STJ:
RESP 143.571, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJ 01.03.99;
e RESP 157.018, Rel. para acórdão, Min. Sávio de Figueiredo
Teixeira, DJ 12.04.99). 2. Agravo a que se nega provimento.(TRF 3ª
R - AI 121338. 6ª T - Rel. Juíza Salette do Nascimento - DJU
24.07.2002)

TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXECUÇÃO FISCAL. RESPONSABILIDADE PESSOAL DO SÓCIO-
GERENTE. - A mera inadimplência não acarreta os efeitos jurídicos
da responsabilidade solidária dos sócios por dívidas tributárias.
Precedentes do E. STJ. - É ilegítima a instituição de
responsabilidade tributária por legislação ordinária. - Cabível a
exceção de pré-executividade quando não preenchidas as condições
da ação como, no presente caso, a legitimidade passiva. - Agravo
desprovido. (TRF 3ª R. - AG 127046 - (200103000069518) - SP - 2ª
T. - Rel. Des. Fed. Peixoto Junior - DJU 02.04.2003)

PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - ART. 526


DO CPC - LEI 10.352/2001 - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE - ACESSÓRIOS DO CRÉDITO
TRIBUTÁRIO. 1. O recurso de agravo foi modificado pela Lei n.º
10.352, de 26 de dezembro de 2001, que acrescentou o parágrafo
único ao art. 526 do Código de Processo Civil. A partir da vigência
desta lei, a inadmissibilidade do recurso fica condicionada à
alegação e comprovação pelo agravado da inobservância da norma
pela parte contrária, não mais se exigindo a demonstração da
providência nos autos do agravo. 2. A exceção de pré-executividade,
meio excepcional de impugnação à execução criado pela doutrina e
aceito pela jurisprudência, não é o instrumento adequado para a
discussão acerca da incidência de multa, juros e correção monetária
sobre o crédito tributário.. 3. Os acessórios da dívida, previstos no
art. 2º, § 2º, da Lei 6.830/80, são devidos, cumulativamente, em
razão de serem institutos de natureza jurídica diversa, integrando a
Dívida Ativa sem prejuízo de sua liquidez e certeza. 4. Agravo
improvido. (TRF 3ª R. - AG 168309 - (200203000501548) - SP - 6ª T.
- Rel. Des. Fed. Mairan Maia - DJU 28.03.2003)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. MULTA


ELEITORAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO FEDERAL. 1. O C. Superior Tribunal
de Justiça firmou entendimento no sentido de reconhecer a
competência da Justiça Eleitoral para processamento das ações
executivas propostas visando à cobrança de multa oriunda de
decisão transitada em julgado, proferida por juízo eleitoral. 2. Tendo
em vista o entendimento consagrado pelo C. Superior Tribunal de
Justiça, faz-se de rigor a remessa dos autos da execução fiscal ao
juízo de direito da zona eleitoral a que pertence o executado, por ser
o órgão competente para processamento do feito. (TRF 3ª R. - AG
139916 - (200103000304660) - SP - 6ª T. - Rel. Des. Fed. Mairan
Maia - DJU 28.03.2003)

PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - ACESSÓRIOS DA DÍVIDA - CUMULAÇÃO -
POSSIBILIDADE - INSTITUTOS DE NATUREZA JURÍDICA
DIVERSA - CDA - PRESUNÇÃO DE LIQUIDEZ E CERTEZA. 1. A
exceção de pré-executividade, meio excepcional de impugnação à
execução criado pela doutrina e aceito pela jurisprudência, não é
sede própria para discutir-se a diferença existente entre o valor
constante na CDA e o efetivamente cobrado na inicial da execução.
2. Os acessórios da dívida, previstos no art. 2º, § 2º, da Lei n.º
6.830/80, são devidos, cumulativamente, em razão de serem
institutos de natureza jurídica diversa. Integram a Dívida Ativa sem
prejuízo de sua liqüidez, pois é perfeitamente determinável o
"quantum debeatur" mediante simples cálculo aritmético. 3. A inicial
da execução fiscal deve estar instruída com a Certidão da Dívida
Ativa, documento suficiente para comprovar o título executivo fiscal.
4. A Certidão da Dívida Ativa, formalmente em ordem, constitui título
executivo extrajudicial revestido de presunção "juris tantum" de
liquidez e certeza. (TRF 3ª R. - REO 827439 - (200203990357709) -
SP - 6ª T. - Rel. Des. Fed. Mairan Maia - DJU 13.01.2003)

EXECUÇÃO FISCAL. EMBARGO. ITR. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. FAZENDA
PÚBLICA. INÉRCIA DO EXEQUENTE. DESCABIMENTO.
INTERESSE PÚBLICO. INTIMAÇÃO PESSOAL DO
REPRESENTANTE DA FAZENDA PÚBLICA. 1- EM FACE DO
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DOS DIREITOS DA FAZENDA
PÚBLICA, É INDISPENSÁVEL A INTIMAÇÃO PESSOAL DO
REPRESENTE DA FAZENDA PÚBLICA PARA A PRÁTICA DOS
ATOS PROCESSUAIS, A TEOR DO DISPOSTO NO ART. 25 DA
LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS. 2- SENTENÇA REFORMADA. 3-
REMESSA OFICIAL PROVIDA. Decisão. A Quarta Turma, por
unanimidade, deu provimento à remessa oficial, nos termos do voto
do(a) Relator(a). (TRF 3ª R. - REO OFICIO - 441791 - Proc.
98.03.087453-5 - SP - QUARTA TURMA - Rel. JUIZ MANOEL
ALVARES - DJ DATA: 25.02.2000 PÁGINA: 1407)
EXECUÇÃO FISCAL. EMBARGOS. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. DECADÊNCIA. DILAÇÃO PROBATÓRIA.
NECESSIDADE. 1 - ENTRE A OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR
E A CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO, COM A NOTIFICAÇÃO DO
LANÇAMENTO, CORRE O PRAZO DECADENCIAL. HAVENDO
RECURSO ADMINISTRATIVO, ENQUANTO O CONTRIBUINTE
NÃO FOR NOTIFICADO DA DECISÃO FINAL DESSE
PROCEDIMENTO, NÃO CORRE QUALQUER PRAZO, DE
DECADÊNCIA OU DE PRESTAÇÃO. 2 - NO CASO VERTENTE,
NÃO SE ENCONTRAM DISPONÍVEIS ELEMENTOS SUFICIENTES
QUE PERMITAM CONCLUIR PELA DECADÊNCIA, SENDO
NECESSÁRIA DILAÇÃO PROBATÓRIA, INCOMPATÍVEL COM A
DEFESA POR VIA DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. 3 - A
LAVRATURA DO AUTO DE INFRAÇÃO AFASTA A HIPÓTESE DE
DECADÊNCIA SUSCITADA. 4 - APELAÇÃO E REMESSA OFICIAL
PROVIDAS. Decisão. A Quarta Turma, por unanimidade, deu
provimento à apelação e à remessa oficial, nos termos do voto do
Juiz Convocado Relator. (TRF 3ª R. - AC 455227 - Proc.
1999.03.99.007562-4 - SP - QUARTA TURMA - Rel. JUIZ MANOEL
ALVARES - DJ DATA: 17.12.1999 PÁGINA: 1387)

PROCESSUAL CIVIL - CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO -


NOTA PROMISSÓRIA - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO - EXECUÇÃO NULA - l - O
contrato de abertura de crédito rotativo tem natureza de título
executivo, suficiente para informar o processo de execução, desde
que acompanhado de extrato de movimentação da conta corrente
que permita aferir a evolução da dívida e a exata correspondência
com o que tenha sido ajustado. Não satisfaz o requisito de liquidez o
contrato de abertura de crédito que se faz acompanhar de extrato
que não esclarece suficientemente a evolução do débito. 2 - A nota
promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito não goza de
autonomia, tendo em vista a própria iliquidez do título que a originou.
Ademais, a apresentação da promissória se deu em 20.04.98,
quando da citação do agravante para os termos da execução,
momento em que já estava prescrita a ação para a sua cobrança.
Portanto, deve ser declarada nula a execução por ausência de título
executivo, conforme art. 618, I, do CPC. 3 - Provido o agravo. (TRF
4ª R. - AI 1998.04.01.060781-2 - RS - 3ª T. - Relª Juíza Marga Inge
Barth Tessler - Unânime - DJU 08.09.1999, p. 1)

EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


INDEFERIMENTO. REQUISITOS AUSENTES. MULTA
DMINISTRATIVA. PRAZO PRESCRICIONAL DE 20 (VINTE) ANOS.
- A exceção de pré-executividade consta de uma argüição de
nulidade, passível de acatamento se verificado algum vício flagrante
no título executivo, de nulidade absoluta referente aos requisitos da
execução. No caso de inexistência de tais requisitos, a incidental não
deve ser acolhida. - A multa administrativa por não se tratar de
crédito de natureza tributária, tem prazo prescricional de 20 (vinte)
anos, a contar da data de sua constituição. (TRF 4ª R. - AG 109688
- (200204010309170) - PR - 4ª T. - Rel. Des. Fed. Edgard A
Lippmann Junior - DJU 02.04.2003)
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. DESCABIMENTO. 1. A exceção de pré-
executividade é reservada a especialíssimas hipóteses,
conformadas, essencialmente, em face de irregularidades flagrantes,
dada a dirimir o conflito a modo sumário, evitando a coerção sobre o
patrimônio do devedor, quando se aponte ser a execução solarmente
indevida. 2. Perfectibilizada a coerção e processados embargos à
execução, em que ao devedor é oportunizada a dedução de toda a
matéria de defesa, neles prolatado juízo de improcedência, a
exceção não encontra razão de ser, desservindo à substituição da
via recursal própria bem como para reabrir ocasião para
questionamento precluso. (TRF 4ª R. - AG 118829 -
(200204010487630) - SC - 4ª T. - Rel. Des. Fed. Amaury Chaves De
Athayde - DJU 26.03.2003)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACOLHIMENTO EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. RECURSO CABÍVEL. - A decisão que,
acolhendo exceção de pré-executividade, exclui o sócio da
execução, é terminativa sem julgamento de mérito, ainda que a
execução siga relativamente à empresa executada. A via recursal
adequada para atacar seu conteúdo é o recurso de apelação. (TRF
4ª R. - AG 79665 - (200104010253754) - PR - 1ª T. - Relª Desª Fed.
Maria Lúcia Luz Leiria - DJU 05.02.2003)

AGRAVO REGIMENTAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Eventual acolhimento da exceção de pré-executividade deve se
basear em dados efetivos que maculem, por inteiro, o título
executivo, o que, na espécie, inocorre. Decisão. UNANIME (TRF 4ª
R. - AGA - Proc. 96.04.38226-8 - SC - SEGUNDA TURMA - Rel.
JUIZ WELLINGTON M DE ALMEIDA - DJ DATA: 11.12.1996
PÁGINA: 96166)

TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. INADMISSÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
INDEFERIMENTO DE EFEITO SUSPENSIVO. AGRAVO
REGIMENTAL. Fundada a exceção na constituição tida como
irregular do crédito tributário, a matéria deve ser discutida na sede
dos embargos, depois de garantido o juízo. Decisão. UNANIME (TRF
4ª R. - AGA - Proc. 96.04.48597-0 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel.
JUIZ GILSON DIPP - DJ DATA: 24.12.1996 PÁGINA: 99383)
PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. REJEIÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
INDEFERIMENTO DE EFEITO SUSPENSIVO. Em matéria de
execução fiscal, a nulidade do título executivo só pode ser alegada
nos embargos, depois de garantido o juízo. Decisão. UNANIME (TRF
4ª R. - AGA - Proc. 96.04.47988-1 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel.
JUIZ GILSON DIPP - DJ DATA: 26.02.1997 PÁGINA: 9863)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE DO TÍTULO. A chamada " exceção de pre-
executividade do título " consiste na faculdade, atribuída ao
executado, de submeter ao conhecimento do juiz da execução,
independentemente de penhora ou de embargos, determinadas
matéria próprias da ação de embargos do devedor. Admite-se tal
exceção, limitada porém sua abrangência temática, que somente
poderá dizer respeito a matéria suscetível de conhecimento de ofício
ou à nulidade do título, que seja evidente e flagrante, isto é, nulidade
cujo reconhecimento independa de contraditório ou dilação
probatória. Decisão. UNÂNIME (TRF 4ª R. - AGA - Proc.
96.04.47992-0 - RS - SEGUNDA TURMA - Rel. JUIZ TEORI ALBINO
ZAVASCKI - DJ DATA: 27.11.1996 PÁGINA: 91446)

PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. EFEITO SUSPENSIVO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. 1. Mantida a decisão que indeferiu o pedido de
efeito suspensivo. 2. A exceção de pré-executividade tem caráter
efetivamente excepcional, não se aplicando ao caso dos autos. 3. O
rito especial estabelecido para a execução fiscal afasta a aplicação
do Estatuto Processual Civil, que é tolerada apenas em casos
excepcionais, sendo as alegações e discussões de matérias úteis à
defesa remetidas aos embargos do devedor. 4. É impertinente a
inserção, incidentalmente ao processo de execução fiscal, de
discussão sobre nulidade de CDA, argüida após a citação. Decisão.
UNANIME (TRF 4ª R. - AGA - Proc. 96.04.47990-3 - RS - SEGUNDA
TURMA - Rel. JUIZ EDGARD A LIPPMANN JUNIOR - DJ DATA:
04.12.1996 PÁGINA: 93942)

AGRAVO REGIMENTAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


NOTIFICAÇÃO DE DECISÃO ADMINISTRATIVA FEITA EM
PESSOA DIVERSA DO REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA.
Não acarreta nulidade da inscrição do crédito tributário em dívida
ativa o fato de ter se realizado a notificação da decisão emitida em
primeiro grau do procedimento tributário administrativo em pessoa
que era funcionária da sociedade, uma vez que o DEC-70235/72,
que rege o processo administrativo fiscal não exige que a intimação
se dê na pessoa do representante legal da empresa. Agravo
regimental provido. Decisão. unânime (TRF 4ª R. - AGA - Proc.
96.04.47965-2 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUÍZA MARIA DE
FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE - DJ DATA: 18.12.1996 PÁGINA:
98363)

NULIDADE DE TÍTULO EXECUTIVO. - CDA. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. A nulidade de título executivo não pode ser
decidida em provimento liminar. Tampouco, cuida-se de matéria a
ser discutida fora dos embargos de execução. Decisão. unânime
(TRF 4ª R. - AGA - Proc. 96.04.47987-3 - RS - SEGUNDA TURMA -
Rel. JUIZ VILSON DARÓS - DJ DATA: 05.02.1997 PÁGINA: 5424)

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. 1.


Embora sem previsão legal, a doutrina tem admitido a defesa do
executado, sem oferecimento de penhora, sempre que a matéria
argüida diga respeito a vícios intrínsecos ou extrínsecos do título
executivo, conhecíveis de ofício. 2. A rejeição do incidente enseja
recurso de agravo. 3. Se a parte pretende a discussão da própria
existência do crédito tributário, deve opor embargos, que não podem
ser admitidos sem a segurança do juízo. Decisão. unânime (TRF 4ª
R. - AC - Proc. 95.00.43885-2 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ
AMAURY CHAVES DE ATHAYDE - DJ DATA: 27.03.1996 PÁGINA:
19265)

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Embora sem previsão legal, a doutrina tem admitido a defesa do
executado, sem oferecimento de penhora, sempre que a matéria
argüida diga respeito a vícios intrínsecos ou extrínsecos do título
executivo, conhecíveis de ofício. CERTEZA E LIQUIDEZ DA
CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA. VALORES EM UFIR. A expressão
dos valoresem UFIR não afeta a liquidez e certeza da CDA, não se
constituindo em requisito, segundo o CTN-66, ser enunciada em
moeda corrente nacional. Decisão. unânime (TRF 4ª R. - AC - Proc.
95.04.47570-1 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ AMAURY
CHAVES DE ATHAYDE - DJ DATA: 10.04.1996 PÁGINA: 23137)

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. CDA.


VALORES EM UFIR. O art-202 do CTN não dispõe que o valor da
dívida deve vir expresso em moeda nacional, por isso, aplicável o
disposto no art-57 da Lei-8383/91, para quantificar em UFIR o valor
da dívida tributária na CDA. Decisão. UNÂNIME. (TRF 4ª R. - AC -
Proc. 95.04.47561-2 - RS - SEGUNDA TURMA - Rel. JUIZ JARDIM
DE CAMARGO - DJ DATA: 02.05.1996 PÁGINA: 28044)

PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. 1. A nominada exceção de pre-
executividade deve ser manejada como defesa de mérito, nos
próprios autos executivos, quando notórias a ausência de
executibilidade ou existência do crédito em cobrança, para obviar os
transtornos e custos de constrição indevida; o meio processual
próprio para atacar o mérito da controvérsia, todavia, é a ação de
resposta. 2. Alegação de ferimento aos princípios constitucionais do
contraditório e devido processo legal afastada, porquanto viável sua
observância na ação de embargos e ante a inexistência de restrição
irreversível ou desapossamento com a efetivação da penhora. 3.
Pelo improvimento do agravo. Decisão. unânime (TRF 4ª R. - AG -
Proc. 94.04.49682-0 - RS - TERCEIRA TURMA - Rel. JUÍZA
VIRGÍNIA SCHEIBE - DJ DATA: 17.07.1996 PÁGINA: 49336)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TEMPESTIVIDADE. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. REEXAME NECESSÁRIO. MULTA
MORATÓRIA. FALÊNCIA. 1. Não se conhece do agravo de
instrumento interposto fora do prazo. 2. A decisão interlocutória que,
acolhendo exceção de pré-executividade, julga improcedente, no
todo ou em parte, a execução de dívida ativa, deve estar sujeita ao
reexame necessário. 3. A multa moratória constitui pena
administrativa, não se incluindo no crédito habilitado em falência
(SUM-565 DO STF). Decisão. UNANIME (TRF 4ª R. - AG - Proc.
96.04.26532-6 - RS - TURMA DE FÉRIAS - Rel. JUÍZA TANIA
TEREZINHA CARDOSO ESCOBAR - DJ DATA: 31.07.1996
PÁGINA: 53136)

PROCESSUAL. RECURSO DE AGRAVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CABIMENTO. EMBARGOS À EXECUÇÃO.
NECESSIDADE DE OPOSIÇÃO. 1. A exceção de pré-executividade
somente é cabível nos casos de flagrante nulidade do título ou da
própria execução, a qual poderia perfeitamente ser declarada pelo
magistrado condutor do feito. 2. Inexiste qualquer nulidade na
execução ajuizada contra a massa falida incluindo parcelas relativas
a multa moratória, não obstante a existência de entendimento
firmado no sentido de seu incabimento, devendo tal ser discutido na
ação de embargos à execução, pena de restar desnaturada a ação
de cunho executivo. 3. Agravo conhecido e improvido. Decisão.
unânime (TRF 4ª R. - AG - Proc. 96.04.01336-0 - RS - SEGUNDA
TURMA - Rel. JUIZ WELLINGTON M DE ALMEIDA - DJ DATA:
16.10.1996 PÁGINA: 78664)

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. Não


há como proceder a desconstituição sumária do título executivo, que
goza de presunção de certeza e liquidez, através de alegações
unilaterais da executada, não aceitas pela exeqüente. Necessária a
apresentação de embargos do devedor para discussão. Decisão
agravada mantida. Decisão. UNÂNIME (TRF 4ª R. - AG - Proc.
97.04.53855-3 - RS - SEGUNDA TURMA - Rel. JUÍZA TANIA
TEREZINHA CARDOSO ESCOBAR - DJ DATA: 17.12.1997
PÁGINA: 110804)

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


COMPENSAÇÃO. INADMISSIBILIDADE. O PAR-3 DO ART-16 DA
LEI-6830/80 não admite a compensação em embargos à execução
fiscal. Com maior razão, não se admite em exceção de pré-
executividade. Decisão. unânime (TRF 4ª R. - AG - Proc.
97.04.43247-0 - RS - SEGUNDA TURMA - Rel. JUÍZA TANIA
TEREZINHA CARDOSO ESCOBAR - DJ DATA: 14.01.1998
PÁGINA: 387)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


REDIRECIONAMENTO CONTRA SÓCIOS ADMINISTRADORES.
ALEGAÇÃO DE PENHORA PRECEDENTE À CITAÇÃO,
INADEQUAÇÃO DO RECURSO UTILIZADO. 1. A matéria veiculada
no presente agravo é passível de discussão em foro de embargos à
execução. 2. A exceção da pré-executividade deve ser admitida em
casos excepcionais, onde esteja claro o pagamento da dívida ou
engano por qualquer motivo no ajuizamento da execução, fato
constatável sem maior indagação. 3. A exclusão da responsabilidade
pessoal subsidiária, entretanto, constitui argumento sujeito à prova.
4. Agravo de instrumento não conhecido. Decisão. UNÂNIME. (TRF
4ª R. - AG - Proc. 97.04.16761-0 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel.
JUIZ FABIO ROSA - DJ DATA: 21.01.1998 PÁGINA: 288)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. 1. A exceção de pré-
executividade é um incidente a ser exercitado pelo devedor dentro
do próprio processo executivo, que vem sendo aos poucos admitida
na doutrina e jurisprudência, quando se mostrar flagrante a ausência
de executividade do título, ou a existência de alguma nulidade. 2.
Pretendendo a agravante questionar o próprio crédito tributário, faz-
se necessário o manejo de embargos do devedor. Decisão.
UNÂNIME (TRF 4ª R. - AG - Proc. 97.04.46840-7 - RS - SEGUNDA
TURMA - Rel. JUÍZA TANIA TEREZINHA CARDOSO ESCOBAR -
DJ DATA: 21.01.1998 PÁGINA: 330)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.


FALTA DE INTIMAÇÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. 1. Em que pese a
possibilidade jurídica da chamada " exceção de pré- executividade ",
bem como a necessidade de regular intimação do contribuinte sobre
a decisão administrativa que dá lugar à inscrição da dívida ativa,
como requisito de validade do título executivo, deixa-se de acolher o
pedido de extinção do processo executivo, formulado na forma de
exceção de pré-executividade, à vista, tão-somente, da cópia da
notificação do lançamento de débito que fica em poder do sujeito
passivo da obrigação tributária. É que, sendo esse documento
exarado pelo próprio Fisco, a sua regularidade não pode ser aferida
apenas com a cópia que fica em poder do contribuinte, na maioria
das vezes assinada apenas pelo Fiscal encarregado da diligência,
fazendo-se necessário, para tanto, a juntada da cópia que
permanece com o ente tributante, que é onde figura a assinatura do
contribuinte. Decisão. unânime. (TRF 4ª R. - AG - Proc. 96.04.47991-
1 - RS - SEGUNDA TURMA - Rel. JUÍZA TANIA TEREZINHA
CARDOSO ESCOBAR - DJ DATA: 21.01.1998 PÁGINA: 331)

TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. Em se tratando de embargos à execução fiscal,
toda matéria útil à defesa deve ser alegada no respectivo prazo. As
exceções, salvo as de suspeição, incompetência e impedimentos,
devem ser argüidas como matéria preliminar. Decisão. unânime
(TRF 4ª R. - AG - Proc. 97.04.54179-1 - RS - PRIMEIRA TURMA -
Rel. JUIZ GILSON DIPP - DJ DATA: 04.03.1998 PÁGINA: 445)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EMBARGOS. A exceção de pré-executividade só
deve ser admitida se a matéria alegada é apreciável de ofício pelo
Juiz e os vícios capazes de elidir a presunção de liquidez e certeza
da CDA forem demonstráveis de pronto, sob pena de fraudar o
processo executório que prevê os embargos como único meio de
defesa do executado. Decisão. UNANIME (TRF 4ª R. - AG - Proc.
96.04.54328-8 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ VLADIMIR
FREITAS - DJ DATA: 19.03.1997 PÁGINA: 16048)

PROCESSO CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


AGRAVO DE INSTRUMENTO. O procedimento peculiar à execução
fiscal, previsto pela LEI-6830/80, repele a admissibilidade da
exceção de pré-executividade. Decisão. UNANIME (TRF 4ª R. - AG -
Proc. 96.04.47689-0 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ GILSON
DIPP - DJ DATA: 16.04.1997 PÁGINA: 24662)

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. Ante o disposto no ART-16,
da LEI-6830/80, o processo da execução fiscal não admite exceção
de pré-executividade. Decisão. UNÂNIME. (TRF 4ª R. - AG - Proc.
96.04.54329-6 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ GILSON DIPP -
DJ DATA: 21.05.1997 PÁGINA: 36014)

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTORIEDADE.


CABIMENTO. É inadequado o ajuizamento de exceção de pré-
executividade se o devedor pretende provar, através de instrução,
irregularidades na inscrição do débito em dívida ativa. Decisão.
UNANIME (TRF 4ª R. - AGA - Proc. 96.04.54327-0 - RS - SEGUNDA
TURMA - Rel. JUIZ JARDIM DE CAMARGO - DJ DATA: 28.05.1997
PÁGINA: 35586)
EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Envolvendo a controvérsia agitada no agravo de instrumento temas
próprios de embargos à execução, não é adequado resolver-se por
exceção de pré-executividade. Recurso improvido. Decisão.
UNÂNIME. (TRF 4ª R. - AG - Proc. 96.04.47986-5 - RS - PRIMEIRA
TURMA - Rel. JUIZ VOLKMER DE CASTILHO - DJ DATA:
11.06.1997 PÁGINA: 42791)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. Incidente de aplicação


restrita a hipóteses específicas e demonstradas, o que não é o caso.
Decisão. UNÂNIME. (TRF 4ª R. - AG - Proc. 96.04.17491-6 - SC -
PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ VOLKMER DE CASTILHO - DJ
DATA: 25.06.1997 PÁGINA: 48413)

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. A


discussão sobre a responsabilidade pessoal do sócio de Limitada a
exigir debate sobre fatos e produção de provas, não pode dispensar
a garantia do Juízo. Recurso improvido. Decisão. UNÂNIME. (TRF 4ª
R. - AG - Proc. 96.04.10200-1 - SC - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ
VOLKMER DE CASTILHO - DJ DATA: 25.06.1997 PÁGINA: 48413)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO


FISCAL. EXTINÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
INEXIGIBILIDADE DO DÉBITO. INOCORRÊNCIA. DEPÓSITO DOS
VALORES EXEQÜENDOS. AÇÃO CAUTELAR. DECISÃO
MANTIDA. AGRAVO IMPROVIDO. 1. O acolhimento da exceção de
pré-executividade somente se dá quando o título em que se funda a
execução carecer de liquidez, exigibilidade ou certeza, o que deve
ser constado primo ictu occuli. Ausente tal comprovação, deve ser a
questão remetida para a via dos embargos à execução. 2. No caso,
não se antevê a ausência de exigibilidade do título capaz de implicar
a extinção, de plano, do feito executivo, porquanto a ação cautelar
em que se pretendia questionar a exigibilidade do débito foi extinta
sem julgamento do mérito. 3. Agravo improvido. Decisão mantida.
Decisão. unânime (TRF 4ª R. - AG - Proc. 97.04.17620-1 - SC -
TURMA DE FÉRIAS - Rel. JUIZ EDGARD A LIPPMANN JUNIOR -
DJ DATA: 17.09.1997 PÁGINA: 75166)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. NULIDADE PROCESSUAL.
PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL. 1. Não é nula a
execução proposta por petição apresentada pelo executado que
tenha por intuito alertar o julgador a quo da falta de quaisquer dos
requisitos que ensejam a execução constantes no ART-586 do CPC-
73. Poder-se-ia lançar mão de embargos à execução, mas, no caso
sub judice, nada impede que se ataque a execução mediante mera
petição. 2. Em ação condenatória julgada improcedente, os
honorários advocatícios devem ser fixados em percentual sobre o
valor atribuído à causa. 3. Agravo improvido, sem prejuízo da
renovação da pretensão executória. Decisão. Vencido o juiz José
Germano da Silva dando provimento ao agravo. (TRF 4ª R. - AG -
Proc. 97.04.21218-6 - PR - QUARTA TURMA - Rel. JUIZ EDGARD A
LIPPMANN JUNIOR - DJ DATA: 04.03.1998 PÁGINA: 533)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. Embora
sem previsão legal, a doutrina tem admitido a defesa do executado,
sem oferecimento de penhora, sempre que a matéria argüida diga
respeito a vícios intrínsecos ou extrínsecos do título executivo,
conhecíveis de ofício. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL.
PERÍODO EXECUTADO. RETIRADA DE SÓCIO. Se a dívida refere-
se a período posterior à retirada do sócio-gerente da empresa, deve
ser excluído da execução. Decisão. unânime (TRF 4ª R. - REO
OFICIO - Proc. 1998.04.01.015133-6 - SC - PRIMEIRA TURMA -
Rel. JUIZ VLADIMIR FREITAS - DJ DATA: 25.11.1998 PÁGINA:
350)
EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Embora sem previsão legal, a doutrina tem admitido a defesa do
executado, sem oferecimento de penhora, sempre que a matéria
argüida diga respeito a vícios intrínsecos ou extrínsecos do título
executivo, declaráveis de ofício. DEPÓSITO DO MONTANTE
INTEGRAL. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO. O
depósito do montante integral do débito suspende a sua
exigibilidade, nos termos do art-151, inc-1, do CTN-66. Decisão.
UNÂNIME. (TRF 4ª R. - AC - Proc. 97.04.48355-4 - PR - PRIMEIRA
TURMA - Rel. JUIZ VLADIMIR FREITAS - DJ DATA: 02.12.1998
PÁGINA: 173)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. Embora
sem previsão legal, a doutrina tem admitido a defesa do executado,
sem oferecimento de penhora, sempre que a matéria argüida diga
respeito a vícios intrínsecos ou extrínsecos do título executivo,
conhecíveis de ofício. DEPÓSITO EM MANDADO DE SEGURANÇA.
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE. O depósito do montante integral
do crédito tributário suspende a sua exigibilidade (ART-151 INC-1 do
CTN-66) . Decisão. unânime (TRF 4ª R. - AG - Proc. 98.04.03327-5 -
PR - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ VLADIMIR FREITAS - DJ DATA:
23.12.1998 PÁGINA: 514)

EXECUÇÃO FISCAL. SUSPENSÃO DO PROCESSO


INDEPENDENTE DE PENHORA OU GARANTIA. POSSIBILIDADE,
NAS HIPÓTESES EM QUE A MATÉRIA SEJA COGNOSCÍVEL
MEDIANTE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. 1. A liminar
constitui meio idôneo para impedir a propositura de execução fiscal
pela Fazenda conforme se deflui da exegese do ART-151 do CTN-
66, sem malferimento ao ART-38 da LEF, que deve ser interpretado
em sintonia com aquele. Mas, uma vez proposta a execução, a sua
suspensão depende de estar seguro o juízo, mediante penhora ou
caução idônea, sob pena de total desvirtuamento dos postulados
básicos que informam o processo de execução. Isso porque as
disposições que regem processo de conhecimento somente se
aplicam ao processo de execução em caráter subsidiário (ART-598
do CPC-73). E em matéria de execução há norma específica
determinando que a sua suspensão se dê mediante a interposição
de embargos de devedor, que por sua vez têm como pressuposto
processual objetivo e extrínseco a penhora de bens. 2. Entretanto, se
a liminar ou antecipação de tutela obtida após o ajuizamento da
execução estive fundada em razões que podem ser conhecidas
mediante exceção de pré-executividade, que vem sendo admitida
pela doutrina e jurisprudência como forma de defesa de mérito a ser
manejada nos próprios autos do processo executivo, independente
de penhora, não há óbice a suspensão da execução até julgamento
da ação conexa. Decisão. unânime (TRF 4ª R. - AG - Proc.
96.04.38417-1 - PR - SEGUNDA TURMA - Rel. JUÍZA TANIA
TEREZINHA CARDOSO ESCOBAR - DJ DATA: 10.03.1999
PÁGINA: 868)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. DECISÃO


QUE NÃO ADMITIU EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ARGUMENTAÇÃO BASEADA EM FATOS. 1. A exceção de pré-
executividade constitui forma excepcional de oposição à pretensão
esboçada em execução fiscal. O normal é a interposição de
embargos à execução. 2. Incabível a exceção, quando se sustenta
não serem os peticionários sujeitos passivos de obrigação tributária
oriunda de empresa de que eram sócios. 3. A defesa, por tal modo,
haverá de ser veiculada através dos embargos à execução. 4.
Agravo de instrumento improvido. Decisão. UNÂNIME (TRF 4ª R. -
AG - Proc. 1998.04.01.030163-2 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel.
JUIZ FABIO ROSA - DJ DATA: 27.01.1999 PÁGINA: 340)

EXECUÇÃO FISCAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.


CABIMENTO. 1. Se a executada comunica o pagamento da dívida
em exceção de pré-executividade, cabíveis honorários advocatícios
a cargo da credora. 2. Remessa oficial improvida. Decisão. unânime
(TRF 4ª R. - REO OFICIO - Proc. 97.04.42510-4 - RS - SEGUNDA
TURMA - Rel. JUIZ PAIM FALCÃO - DJ DATA: 15.04.1998 PÁGINA:
239)

EXECUÇÃO FISCAL. EMBARGOS. DESISTÊNCIA.


SUCUMBÊNCIA. O pedido de desistência da execução fiscal
requerido pelo credor, fundado no estabelecido pelo INC-2 do ART-
17 da MPR-1490/96, oferecido após a citação da devedora, que
opôs exceção de pré-executividade , não exime o exeqüente dos
ônus sucumbenciais (SUM-153 STJ). Decisão. unânime (TRF 4ª R. -
AC - Proc. 98.04.08208-0 - RS - SEGUNDA TURMA - Rel. JUIZ
JARDIM DE CAMARGO - DJ DATA: 17.06.1998 PÁGINA: 411)

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PRESCRIÇÃO. 1. A prescrição do direito de cobrança do crédito
tributário fulmina a pretensão creditícia do ente fiscal (ART-156 do
CTN-66), cabendo a exceção de pré-executividade nesta situação. 2.
Desimporta a circunstância de já haver penhora nos autos e estar
marcado o leilão, visto que, sendo a exceção de pré-executividade
admissível sem garantia, com muito mais razão se a execução
encontra-se segura pela penhora. 3. Sendo tributo declarado em
DCTF, a data de entrega deste documento é o momento em que
começa a fluir o prazo prescricional. Decisão. Vencido o juiz Jardim
de Camargo, entendendo descabida a exceção de pré-executividade
após a penhora. (TRF 4ª R. - AG - Proc. 97.04.59525-5 - RS -
SEGUNDA TURMA - Rel. JUÍZA TANIA TEREZINHA CARDOSO
ESCOBAR - DJ DATA: 08.07.1998 PÁGINA: 208)

TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. EXTINÇÃO. Embora a exceção


de pré-executividade não deva ser aceita, em princípio, no
procedimento da execução fiscal, há peculiaridade, no caso, que a
justifica, dada a absoluta inutilidade do prosseguimento da cobrança.
Decisão. unânime (TRF 4ª R. - AC - Proc. 98.04.06656-4 - RS -
PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ GILSON DIPP - DJ DATA:
29.07.1998 PÁGINA: 390)

EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE -


PRESCRIÇÃO E ILEGITIMIDADE PASSIVA - CABIMENTO, EM
TESE; DESCABIMENTO NA HIPÓTESE CONCRETA. A " exceção
de pré-executividade " tem sido admitida quanto a temas que
possam ser desde logo examinados pelo juiz, como a prescrição e a
ilegitimidade passiva. O FGTS, mesmo na vigência da Constituição
de 1967 e Emenda EMC-1/69, e ainda anteriormente à EMC-8/77,
não se subordinava ao CTN-66, por não ter natureza tributária, não
lhe sendo aplicável a prescrição qüiqüenal (STF, Pleno, TR
629/251). Não estando de plano comprovado que o agravante não
exercia a gerência da pessoa jurídica executada, à época do fato
gerador das contribuições em cobrança, o exame dessa alegação só
poderá ocorrer em embargos à execução. Agravo improvido. Decisão
unânime. Decisão. UNÂNIME (TRF 4ª R. - AG - Proc. 98.04.06727-7
- RS - PRIMEIRA TURMA -Rel. JUIZ A A RAMOS DE OLIVEIRA - DJ
DATA: 16.09.1998 PÁGINA: 311 Relator:ParaJUIZ A A RAMOS DE
OLIVEIRA)

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


ACOLHIMENTO. SUCUMBÊNCIA. ÔNUS DO EXEQÜENTE. A
executada efetuou o depósito do valor devido em ação ordinária e
este depósito foi convertido em renda da União. Inobstante isso, a
Procuradoria da Fazenda inscreveu o débito em dívida ativa e
ajuizou execução fiscal, tentando receber duas vezes o mesmo
crédito, os honorários advocatícios são devidos, porquanto a
executada foi compelida a contratar profissional habilitado para
defendê-la em Juízo contra a exigência indevida. Decisão. UNÂNIME
(TRF 4ª R. - AC - Proc. 1998.04.01.014632-8 - RS - SEGUNDA
TURMA - Rel. JUÍZA TANIA TEREZINHA CARDOSO ESCOBAR -
DJ DATA: 14.10.1998 PÁGINA: 546)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. 1. Alegações que dependem de prova e
referentes a excesso de execução não configuram hipótese de
cabimento da exceção de pré-executividade. 2. Agravo de
instrumento improvido. Decisão. unânime (TRF 4ª R. - AG - Proc.
97.04.54178-3 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ FABIO ROSA -
DJ DATA: 03.02.1999 PÁGINA: 420)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - MATÉRIA DE FATO. A chamada " exceção de
pré-executividade " não comporta a discussão de questões que
dependem de aprofundada investigação sobre matéria de fato, como
é o caso da responsabilidade dos sócios na liquidação das
sociedades de pessoas, ou da responsabilidade dos diretores,
gerentes ou representantes por atos praticados com excesso de
poderes ou infração da lei, do contrato social ou dos estatutos.
Decisão. unânime (TRF 4ª R. - AG - Proc. 1998.04.01.050506-7 - RS
- TURMA DE FÉRIAS - Rel. JUIZ AMIR SARTI - DJ DATA:
24.02.1999 PÁGINA: 281)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. MATÉRIA DE FATO. A chamada " exceção de
pré-executividade " não comporta a discussão de questões que
dependem de aprofundada investigação sobre matéria de fato, como
é o caso da disponibilidade, ou não, pelo sócio cotista, da renda
após apuração do lucro líquido. Decisão. unânime (TRF 4ª R. - AG -
Proc. 1998.04.01.051088-9 - RS - TURMA DE FÉRIAS - Rel. JUIZ
AMIR SARTI - DJ DATA: 10.03.1999 PÁGINA: 797)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ATRIBUIÇÃO DE EFEITO


SUSPENSIVO AO RECURSO. INDEFERIMENTO DA EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE RELATIVA À IMPERFEIÇÃO DE CDA.
INEXISTÊNCIA DE ERRO CRASSO. INDEFERIMENTO. 1. A
exceção de pré-executividade reserva-se às hipóteses de erro crasso
no ajuizamento, que não é o caso desta execução. 2. Eventual
imperfeição da CDA ensejará ao executado a sua discussão pelo
meio processual próprio, que são os embargos à execução . 3.
Agravo de instrumento improvido. Decisão. unânime (TRF 4ª R. - AG
- Proc. 1998.04.01.056774-7 - PR - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ
FABIO ROSA - DJ DATA: 10.03.1999 PÁGINA: 811)

TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. DECADÊNCIA. DECLARAÇÃO


ATRAVÉS DE DCTF. 1. Desnecessária a instauração de
procedimento administrativo, quando se tratar de tributo sujeito a
autolançamento, efetuado através de DCTF - Declaração de
Contribuições e Tributos Federais. Expirado o prazo para
pagamento, do qual já ciente o contribuinte, já se encontra
constituído o crédito tributário; a partir desse momento já não se trata
mais do instituto da decadência, que opera antes da constituição do
crédito. 2. A decadência por se tratar de matéria de ordem pública,
que pode ser conhecida de ofício, é passível de ser argüida por meio
de exceção de pré-executividade. 3. Recurso provido. Decisão. A
TURMA, POR UNANIMIDADE, DEU PROVIMENTO AO RECURSO.
(TRF 4ª R. - AC 314591 - Proc. 1999.04.01.132118-7 - SC -
PRIMEIRA TURMA - Rel. JUÍZA VÂNIA HACK DE ALMEIDA - DJU
DATA: 12.04.2000 PÁGINA: 24)

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. HIPÓTESES. ALEGAÇÃO


DE INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO. CABIMENTO. 1. O
âmbito da exceção de pré-executividade comporta as situações de
notória falta de certeza, liquidez ou exigibilidade do título, matéria
que, nessas circunstâncias, poderia ter sido apreciada até de ofício.
2. Entre as hipóteses em que se admite a exceção de pré-
executividade está aquela em que se alega não estar a execução
fundada em título executivo, já que o contrato que a embasa não
contém as características próprias do art. 585, II, do CPC. Decisão. A
TURMA, POR UNANIMIDADE, DEU PROVIMENTO AO RECURSO.
(TRF 4ª R. - AG 46987 - Proc. 1999.04.01.071875-4 - SC -
TERCEIRA TURMA - Rel. JUIZ TEORI ALBINO ZAVASCKI - DJU
DATA: 10.05.2000 PÁGINA: 116)

EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


CABIMENTO. A exceçãode pré-executividade é compatível com o
processo de execução fiscal. Decisão. A TURMA, POR
UNANIMIDADE, DEU PROVIMENTO AO RECURSO. (TRF 4ª R. -
AG 47480 - Proc. 1999.04.01.073233-7 - SC - TERCEIRA TURMA -
Rel. JUIZ TEORI ALBINO ZAVASCKI - DJU DATA: 10.05.2000
PÁGINA: 116 DJU DATA: 10.05.2000)

AGRAVO DE INSTRUMENT0. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. NÃO RECEBIMENT0. REDUÇÃO DA MULTA.
INEXISTÊNCIA DE PROVA DA ANÁLISE DA MATÉRIA NOS
EMBARGOS À EXECUÇÃO. 1. Impossibilidade de acolhimento do
pedido em função da inexistência de cópia da decisão que apreciou
apelação contra a sentença proferida nos embargos, para que se
possa aferir se a questão já foi examinada ou não. 2. Agravo de
instrumento improvido. Decisão. UNÂNIME. (TRF 4ª R. - AG - Proc.
1998.04.01.080093-4 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ FABIO
ROSA - DJ DATA: 24.03.1999 PÁGINA: 564)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO-FISCAL. DISCUSSÃO SOBRE A
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. QUESTÃO DE MÉRITO. 1.
Não negam os recorrentes que sejam sócios, mas sim que
responsabilidade pelos débitos tributários não têm em decorrência
do art-135 do CTN-66. 2. Inviabilidade de discussão em pré-
executividade. 3. Agravo de instrumento improvido. Decisão.
Unânime. (TRF 4ª R. - AG - Proc. 1998.04.01.076543-0 - PR -
PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ FABIO ROSA - DJ DATA: 24.03.1999
PÁGINA: 590)
PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRE-EXECUTIVIDADE.
EMBARGOS ANTERIORES INTEMPESTIVOS. NÃO
RECEBIMENTO. A exceção de pré-executividade, para ser admitida,
deve ter como fundamento matéria sujeita à iniciativa do Juiz,
suprindo ocasional inércia do devedor, com prova suficiente para
tanto. Embargos à execução intempestivos que não podem ser
recebidos a tal título. Inexiste excepcionalidade a ensejar a
adequação da defesa e desconstituição sumária do título executivo,
segundo precedentes do STJ e desta Corte. Agravo improvido.
Decisão. UNÂNIME. (TRF 4ª R. - AG - Proc. 1998.04.01.075457-2 -
PR - QUARTA TURMA - Rel. JUÍZA SILVIA GORAIEB - DJ DATA:
28.04.1999 PÁGINA: 1132)

PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE


PRE-EXECUTIVIDADE. 1. Caso em que o crédito tributário objeto de
execução fiscal já ajuizada foi suspenso por decisão proferida em
sede de ação declaratória, e a executada, com base nessa decisão,
opôs exceção de pré-executividade para extinção do feito executório.
2. Intangibilidade da decisão que não recebeu a exceção, uma vez
que o crédito executado, à época do ajuizamento da execução fiscal,
era exigível, não havendo razão para extinguir o feito, ao contrário do
sustentado pela agravante: o crédito e a execução ficarão suspensos
até a decisão que confirme ou casse a antecipação deferida. Se com
o julgamento definitivo da ação for reconhecido ser o crédito
indevido, a execução será extinta, assim como a cassação
acarretará o prosseguimento da execução. Decisão. UNÂNIME.
(TRF 4ª R. - AG - Proc. 1998.04.01.070315-1 - RS - SEGUNDA
TURMA - Rel. JUÍZA TANIA TEREZINHA CARDOSO ESCOBAR -
DJ DATA: 05.05.1999 PÁGINA: 300)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO


DE ABERTURA DE CREDITO EM CONTA CORRENTE. CHEQUE
ESPECIAL. ART-585, INC-2, DO CPC-73 EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. INACOLHIMENTO. 1 - O contrato de abertura de
credito em conta corrente, em outros termos, cheque especial, é
hábil como título executivo porquanto enquadra-se na previsão do
ART-585, INC-2, do Cpc-73. 2 - A chamada " exceção de pré-
executividade, consiste na possibilidade de levar-se ao
conhecimento do juiz da execução, independentemente de penhora
ou de embargos, matérias próprias da ação de embargos do
devedor, restringindo-se, porém, a matéria passível de ser conhecida
de oficio ou nulidade evidente do título. 3 - Na espécie, inviável o seu
acolhimento porquanto o título exequendo não padece de nenhum
vício evidente. 4 - Agravo improvido. Decisão. UNÂNIME. (TRF 4ª R.
- AG - Proc. 1998.04.01.064828-0 - PR - TERCEIRA TURMA - Rel.
JUÍZA MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE - DJ DATA:
19.05.1999 PÁGINA: 614)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. Enquadram-se na moldura das exceções de pré-
executividade as alegações de ausência de pressuposto e condição
da ação, comportando o uso da via abreviada de defesa. Decisão.
unânime (TRF 4ª R. - AG - Proc. 97.04.58793-7 - RS - QUINTA
TURMA - Rel. JUÍZA VIRGÍNIA SCHEIBE - DJ DATA: 05.05.1999
PÁGINA: 13)

PROCESSUAL CIVIL EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. 1. Os argumentos trazidos pela parte agravante
em sede de exceção de pré-executividade dizem respeito aos
embargos à execução. 2. Se comprovada a cobrança excessiva de
juros, multas e comissões de permanência, se caracterizará excesso
de execução, portanto, tal matéria não pode ser argüida em sede de
exceção de pré-executividade. 3. Agravo improvido. Decisão.
UNÂNIME. (TRF 4ª R. - AG - Proc. 1998.04.01.065495-4 - RS -
TERCEIRA TURMA - Rel. JUÍZA MARGA INGE BARTH TESSLER -
DJ DATA: 19.05.1999 PÁGINA: 624)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL . ALEGAÇÃO DE
PRESCRIÇÃO. NÃO PRECLUSÃO. 1. Julgados intempestivos os
embargos de devedor, a executada, ora agravante, interpôs recurso
de apelação, o qual foi recebido pela magistrada a quo
exclusivamente no efeito devolutivo. 2. Ainda não tendo sido julgado
o apelo, não se pode dizer que esteja preclusa a matéria pertinente à
prescrição. Além do mais, voltando-se o apelo contra a sentença que
deu pela intempestividade dos embargos, nada obsta que o julgador
de primeiro grau, diante de requerimento da parte interessada,
conheça diretamente do pedido, em face do disposto no artigo 162
do CCB. É matéria que inclusive pode ser conhecida e acolhida em
exceção de pré-executividade, independe da segurança do juízo.
3.No que se refere à tese recursal, há plausibilidade nos
fundamentos alegados, uma vez que, efetivamente, a execução
Fiscal esteve paralisada por mais de 5 anos por inércia da Fazenda
Pública. De outro lado, nada justifica a alienação dos bens
penhorados enquanto pendente de julgamento o recurso de
apelação, pois, de acordo com o artigo 587 do CPC, é provisória a
execução de sentença impugnada mediante recurso recebido só no
efeito devolutivo, como é o caso da sentença que julga embargos de
devedor. 4.Agravo de Instrumento, a que se dá provimento, nos
termos da liminar que sustou os leilões já aprazados. Decisão.
UNÂNIME. (TRF 4ª R. - AG - Proc. 1998.04.01.065124-2 - RS -
TURMA DE FÉRIAS - Rel. JUÍZA TANIA TEREZINHA CARDOSO
ESCOBAR - DJ DATA: 08.09.1999 PÁGINA: 632)

PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO.


NOTA PROMISSÓRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO. EXECUÇÃO NULA. l. O
contrato de abertura de crédito rotativo tem natureza de título
executivo, suficiente para informar o processo de execução, desde
que acompanhado de extrato de movimentação da conta corrente
que permita aferir a evolução da dívida e a exata correspondência
como que tenha sido ajustado. Não satisfaz o requisito de liquidez o
contrato de abertura de crédito que se faz acompanhar de extrato
que não esclarece suficientemente a evolução do débito. 2. A nota
promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito não goza de
autonomia, tendo em vista a própria iliquidez do título que a originou.
Ademais, a apresentação da promissória se deu em 20.04.98,
quando da citação do agravante para os termos da execução,
momento em que já estava prescrita a ação para a sua cobrança.
Portanto, deve ser declarada nula a execução por ausência de título
executivo, conforme art. 618, inciso I, do CPC. 3. Provido o agravo..
Decisão. UNÂNIME (TRF 4ª R. - AG - Proc. 1998.04.01.060781-2 -
RS - TERCEIRA TURMA - Rel. JUÍZA MARGA INGE BARTH
TESSLER - DJ DATA: 08.09.1999 PÁGINA: 1)

PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - MATÉRIA DE FATO. A chamada "exceção de
pré-executividade" não comporta a discussão de questões que
dependem de aprofundada investigação sobre matéria de fato,
irregularidades (formal e material) na constituição do crédito
tributário. Decisão. UNÂNIME (TRF 4ª R. - AG - Proc.
1999.04.01.022165-3 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ AMIR
SARTI - DJ DATA: 15.09.1999 PÁGINA: 634)

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL.


EMBARGOS DO DEVEDOR. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO. 1. O
não oferecimento de embargos do devedor, em princípio, é obstáculo
à reunião do processo de execução ao de ação ordinária que
persegue a nulidade do título exeqüendo. 2. Tratando-se de
execução fiscal não embargada, suspensa, porém, em face da
argüição de exceção de pré-executividade pelo pagamento da
dívida, a competência para o julgamento do mandado de segurança
interposto, objetivando expedição de CND, também será do Juízo
das Execuções Fiscais, no caso o suscitante. Conflito de
competência improcedente. Decisão. POR MAIORIA. VENCIDOS
OS JUÍZES VÂNIA HACK DE ALMEIDA, VILSON DARÓS E ÉLCIO
PINHEIRO DE CASTRO ENTENDENDO QUE AS AÇÕES NÃO
SÃO CONEXAS, SENDO COMPETENTE O JUÍZO SUSCITADO.
(TRF 4ª R. - CC 1359 - Proc. 1999.04.01.084781-5 - PR - PRIMEIRA
SEÇÃO - Rel. JUIZ JOSÉ LUIZ B. GERMANO DA SILVA - DJU
DATA: 24.11.1999 PÁGINA: 21)

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. Tal incidente só é cabível quando desnecessária
qualquer dilação probatória. A exceção de pré-executividade admite,
apenas, prova preconstituída da inadequação do título executivo.
Hipótese em que a Certidão de Dívida Ativa está regular e não foi
ilidida com as alegações formuladas pelo executado. Agravo de
instrumento improvido. Decisão. A TURMA, POR UNANIMIDADE,
NEGOU PROVIMENTO AO RECURSO. (TRF 4ª R. - AG 43073 -
Proc. 1999.04.01.032298-6 - PR - TERCEIRA TURMA - Rel. JUÍZA
MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE - DJU DATA:
08.12.1999 PÁGINA: 498/499)

PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. A chamada exceção de pré-executividade não
comporta discussão aprofundada sobre questões de fato ou mesmo
de direito, como é o caso do afastamento de sócio administrador da
sociedade e o reconhecimento da prescrição intercorrente da ação
executiva. Decisão. A TURMA, POR UNANIMIDADE, NEGOU
PROVIMENTO AO RECURSO. (TRF 4ª R. - AG 48353 - Proc.
1999.04.01.082052-4 - SC - PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ AMIR
SARTI - DJU DATA: 26.01.2000 PÁGINA: 486)

PROCESSUAL. DOCUMENTAÇÃO. CÓPIAS NÃO


AUTENTICADAS. Apresentadas cópias não autenticadas de
documentos em exceção de pré-executividade, cumpre ao juiz
determinar sua autenticação e só rejeitar a pretensão deduzida se
não regularizado o vício no prazo assinado. Agravo provido. Decisão.
A TURMA, POR UNANIMIDADE, DEU PROVIMENTO AO AGRAVO
DE INSTRUMENTO. (TRF 4ª R. - AG 31186 - Proc. 98.04.04606-7 -
RS - SEGUNDA TURMA - Rel. JUÍZA TANIA TEREZINHA
CARDOSO ESCOBAR - DJU DATA: 19.04.2000 PÁGINA: 8)

EXECUÇÃO FISCAL. CARTA PRECATÓRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE APRESENTADA NO JUÍZO DEPRECADO.
RECOLHIMENTO DO MANDADO E RESTITUIÇÃO DA
PRECATÓRIA AO JUÍZO DEPRECANTE. A competência para
decidir sobre o cabimento ou não da exceção de pré-executividade,
a matéria passível de ser versada neste incidente, a necessidade de
segurança do juízo para sua interposição e a representação
processual da excipiente, é do juízo deprecante. Decisão. A TURMA,
POR UNANIMIDADE, NEGOU PROVIMENTO AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO, NOS TERMOS DO VOTO DO(A) JUIZ(A)
RELATOR(A). (TRF 4ª R. - AG 53800 - Proc. 1999.04.01.139211-0 -
SC - SEGUNDA TURMA - Rel. JUÍZA TANIA TEREZINHA
CARDOSO ESCOBAR - DJU DATA: 19.04.2000)

EXECUÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. Não é possível argüir a


exceção de pré-executividade sem prova inequívoca do alegado.
Não há como pretender dilação probatória, sob pena de desvirtuar-
se a intenção do legislador. A via dos embargos tem esse último
propósito. Decisão. A TURMA, POR MAIORIA, VENCIDA A JUÍZA
TANIA ESCOBAR: A INESPERIÊNCIA, ALIADA A NECESSIDADE
DE DEFESA DO EXECUTADO, NÃO DEIXAM CARACTERIZADA A
DOLOSIDADE DO PROCEDIMENTO, DESCARACTERIZANDO A
LITIGÂNCIA DE MA-FÉ, NEGOU PROVIMENTO AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. (TRF 4ª R. - AG 51402 - Proc. 1999.04.01.108485-
2 - RS - SEGUNDA TURMA - Rel. JUIZ VILSON DARÓS - DATA:
16.08.2000 DJU DATA: 16.08.2000)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. QUANTIAS JULGADAS COMO


DEVIDAS PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEITADA. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. Tendo o Tribunal de Contas da União julgado
irregulares contas dos agravantes que geraram o débito das quantias
executadas, é insofismável a respectiva legitimidade passiva para o
processo de execução. Decisão. A TURMA, POR UNANIMIDADE,
NEGOU PROVIMENTO AO RECURSO, NOS TERMOS DO VOTO
DO RELATOR. (TRF 4ª R. - AG 52892 - Proc. 1999.04.01.128599-7 -
RS - QUARTA TURMA - Rel. JUIZ VALDEMAR CAPELETTI - DJU
DATA: 24.05.2000 PÁGINA: 332)

PROCESSUAL CIVIL .EXECUÇÃO FISCAL. EXCEPÇÃO DE "PRÉ-


EXECUTIVIDADE". LEI 6830/80, ARTS. 16, § 3º, E 38. QUITAÇÃO
POR COMPENSAÇÃO. MATÉRIA RESERVADA AOS EMBARGOS
NÃO ALEGÁVEL POR MERA PETIÇÃO NOS AUTOS DA
EXECUÇÃO. Temerário, num sistema processual onde se tem
profundas e generalizadas desconformidades com o excesso de vias
recursais, estabelecer, no processo de execução, uma pré-cognição,
que vem a ser a "exceção de pré-executividade". Porém, situações
extremadas há em que é tão descabida a execução proposta, do
modo como proposta, que impor ao executado o ônus de oferecer
bem à penhora e embargar uma execução seria um excesso, uma
arbitrariedade. Daí, é certo que ao executado é dado peticionar nos
autos da execução para requerer seja apreciado vício na execução
que seja conhecível de imediato. Em execução fiscal, a aceitação da
"exceção de pré-executvidade" é ainda mais restrita e impõe ao
julgador exigir que seja demonstrada irregularidade tão
extraordinária que não seja superável, em tese, pela presunção de
liquidez e certeza do crédito representado pela CDA, nem pela
prerrogativa dada ao Fisco de, a qualquer tempo até a decisão de
primeira instância, substituir a CDA. E terá de ser de tal evidência e
inarredabilidade, em tese, o vício, que justifique a não aplicação do
art. 16, § 3º, da Lei 6.830/80, reforçado pelo art. 38 da mesma Lei.
Em sede de execução fiscal não tem lugar a "exceção de pré-
executividade", com os contornos e abrangência que vêm lhe
atribuindo a doutrina e a alguns precedentes jurisprudenciais, em
matéria de direito privado. Isto, como não poderia ser diferente, sem
óbice a que o executado, por mera petição nos autos da execução,
independente de penhora ou ajuizamento de embargos, provoque a
manifestação do Juízo acerca de eventual vício flagrante do título ou
no processamento da execução. A extinção do crédito tributário pela
compensação não é matéria cuja apreciação seja viável em mera
alegação nos autos da execução, a dispensar oferecimento de
embargos, não prejudicando, de pronto, a liquidez e certeza do
crédito representado na CDA. Decisão. A TURMA, POR
UNANIMIDADE, DEU PROVIMENTO À APELAÇÃO E À REMESSA
OFICIAL. (TRF 4ª R. - AC 278648 - Proc. 1999.04.01.046029-5 - RS
- PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ GUILHERME BELTRAMI - DJU
DATA: 19.07.2000 PÁGINA: 68 DJU DATA: 19.07.2000)

EXECUÇÃO FISCAL. CRÉDITO TRIBUTÁRIO PENDENTE DE


APRECIAÇÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. A inscrição em dívida ativa pressupõe
crédito tributário definitivamente constituído no âmbito administrativo,
vale dizer, crédito exigível. A rigor, o crédito tributário somente passa
a ser exigível após a conclusão das fases oficiosa e contenciosa do
procedimento administrativo de lançamento, quando já não caibam
mais reclamações ou recursos, seja porque transcorreu o prazo
legalmente estipulado para tanto, seja porque tenha sido proferida
decisão e última instância administrativa. Enquanto comportar
alteração na própria esfera administrativa, o lançamento não está
juridicamente concluído e, por conseguinte, não se pode cogitar de
inscrição em dívida ativa. Admite-se a exceção de pré-executividade
do crédito tributário pendente de apreciação do Recurso Voluntário
interposto no procedimento administrativo, uma vez que nesta fase,
ainda não dispõe de liquidez e certeza. Decisão. A TURMA, POR
UNANIMIDADE, NEGOU PROVIMENTO AO APELO, NOS TERMOS
DO VOTO DO(A) JUIZ(A) RELATOR(A). (TRF 4ª R. - AC 332163 -
Proc. 2000.04.01.032231-0 - RS - SEGUNDA TURMA - Rel. JUIZ
VILSON DARÓS - DJU DATA: 16.08.2000 PÁGINA: 175)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÕES DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE, PAGAMENTO E INCOMPETÊNCIA
REJEITADAS DE PLANO. 1. Não se pode suscitar matérias que
demandem dilação probatória em exceção de pré-executividade, que
somente podem ser invocadas em embargos à execução. 2. A
proposição de ação de consignação em pagamento, com depósitos
parciais levados a efeito mensalmente, não impede o credor, munido
de título executivo, de promover a execução. 3. Não há conexão
entre ação de conhecimento e execução fiscal, na medida que nesta
última não há discussão do débito. A conexão somente poderá
ocorrer quanto aos embargos à execução. 4. Precedentes do
Superior Tribunal de Justiça e desta Corte. 5. Agravo de instrumento
improvido. Decisão. A TURMA, POR UNANIMIDADE, NEGOU
PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO. (TRF 4ª R. - AG
62379 - Proc. 2000.04.01.072367-5 - RS - PRIMEIRA TURMA - Rel.
JUÍZA ELLEN GRACIE NORTHFLEET - DJU DATA: 27.09.2000
PÁGINA: 96)

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


EXECUÇÃO. OBRIGAÇÃO DE FAZER. NÃO COMPROVAÇÃO. 1- A
VIA DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE É CABÍVEL PARA
ARGÜIÇÃO DE MATÉRIAS DE ORDEM PÚBLICA, DEVIDAMENTE
INSTRUÍDA COM A PROVA DA ALEGAÇÃO. 2- HIPÓTESE EM
QUE A CEF NÃO COMPROVOU QUE A CONTA DO FGTS DO
AGRAVADO ESTÁ EM ATIVIDADE, DE MODO A JUSTIFICAR A
APLICAÇÃO DO RITO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER AO
EXECUTIVO EM COMENTO. 3- AGRAVO DE INSTRUMENTO
IMPROVIDO E REGIMENTAL PREJUDICADO. (TRF 5ª R. - AG
45022 - (200205000235774) - SE - 4ª T. - Rel. Des. Fed. Luiz Alberto
Gurgel de Faria - DJU 18.02.2003)
PROCESSUAL CIVIL. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA. CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. - DESCABE A ANTECIPAÇÃO DA TUTELA AO
FUNDAMENTO DE QUE O CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO NÃO SERIA DOTADO DE FORÇA EXECUTIVA,
QUANDO HÁ DECISÕES DA CORTE ESPECIAL EM SENTIDO
CONTRÁRIO. ALÉM DISSO, NÃO É POSSÍVEL O DEFERIMENTO
DA MEDIDA QUANDO A PARTE INTERESSADA NÃO
DEMONSTRA A PRESENÇA DOS REQUISITOS LEGAIS
ESPECÍFICOS. - AGRAVO IMPROVIDO. Decisão. UNÂNIME (TRF
5ª R. - AG 9249 - Proc. 96.05.30906-8 - SE - PRIMEIRA TURMA -
Rel. JUIZ CASTRO MEIRA - DJ DATA: 15.08.1997 PÁGINA: 63897)

AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO FISCAL. DECISÃO


MONOCRÁTICA QUE DETERMINOU A REALIZAÇÃO DE HASTA
PÚBLICA. LIMINAR DO RELATOR QUE DETERMINOU A SUA
SUSPENSÃO ATÉ O PRONUNCIAMENTO SOBRE A EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. SUA REVOGAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE
CERCEAMENTO DE DEFESA. AUSÊNCIA DE PAGAMENTO DAS
CUSTAS PROCESSUAIS. AGRAVO IMPROVIDO. Decisão.
UNÂNIME (TRF 5ª R. - AG 10616 - Proc. 97.05.14393-5 - CE -
TERCEIRA TURMA - Rel. JUIZ MANOEL ERHARDT (SUBSTITUTO)
- DJ DATA: 28.11.1997 PÁGINA: 103619)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. ARGUIÇÃO DE ILIQUIDEZ E ILEGITIMIDADE DO
TÍTULO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA DE EMBARGOS À EXECUÇÃO.
AGRAVO REGIMENTAL. MANUTENÇÃO DA DECISÃO
AGRAVADA. 1. A CONCESSÃO DE LIMINAR, TENDO POR BASE
A PRESENÇA DO FUMUS BONI JURIS E DO PERICULUM IN
MORA, ESTÁ ADSTRITA AO JUÍZO DISCRICIONÁRIO DO JUIZ,
INDEPENDENTEMENTE DA DECISÃO DE MÉRITO. 2. IN CASU,
CUIDANDO A DISCUSSÃO EM TORNO DA ILIQUIDEZ,
INCERTEZA E INEXIGIBILIDADE DO TÍTULO EXECUTIVO,
INCLUSIVE NO TOCANTE À FORMA DO CÁLCULO DOS JUROS
MORATÓRIOS, INADMISSÍVEL QUE A MESMA SE DÊ EM SEDE
DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE UMA VEZ QUE
CONSTITUI MATÉRIA ATINENTE À OPOSIÇÃO DE EMBARGOS.
3. AUSÊNCIA DO FUMUS BONI JURIS. 4. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. Decisão. UNÂNIME (TRF 5ª R. - AGA 18212 - Proc.
98.05.17132-9 - PE - SEGUNDA TURMA - Rel. JUIZ PETRUCIO
FERREIRA - DJ DATA: 26.03.1999 PÁGINA: 1137)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. ARGÜIÇÃO DE VÍCIOS INDEPENDENTE DA
INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS DO DEVEDOR. POSSIBILIDADE.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DESENTRANHAM ENTO.
INOPORTUNIDADE. 1- A AÇÃO DE EXECUÇÃO DIREITO
AUTÔNOMO, BASEADO NO TÍTULO EXECUTIVO NASCIDO DO
INADIMPLEMENTO DO DEVEDOR É SUBMETIDA AOS
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE EXISTÊNCIA E VALIDADE
GERAIS E COMUNS A QUALQUER PROCESSO, ALÉM DOS
PRESSUPOSTOS ESPECÍFICOS PREVISTOS NOS ART. 580 E
583 DO CPC, EXIGIDOS SOB PENA DE INVALIDADE DA
RELAÇÃO PROCESSUAL, ANTE A EXISTÊNCIA DE VÍCIO. 2- NÃO
SE REVELANDO JUSTA A POSSIBILIDADE DO EXECUTADO
ARGÜIR A EXISTÊNCIA DE VÍCIOS OCORRIDOS NO PROCESSO
DE EXECUÇÃO, SOMENTE NOS EMBARGOS DO DEVEDOR,
ADMITE-SE EM CASOS EXCEPCIONAIS A POSSIBILIDADE DE
ATRAVESSAR PETIÇÃO, ONDE SE DEDUZAM ELEMENTOS DE
ORDEM FACTUAL OU JURÍDICA CAPAZ, DE ELIDIR A
PRESUNÇÃO DE CERTEZA E LIQUIDEZ DO TÍTULO EXECUTIVO,
BEM COMO INVALIDAR A RELAÇÃO EXECUTIVA. 3-
AFIGURANDO-SE INOPORTUNO O DESENTRANHAMENTO DA
PETIÇÃO NOMINADA DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
SEM ANTES FAZER-SE UM EXAME RÁPIDO SOBRE O
CONTEÚDO DO MESMA, DE MODO A, TAMBÉM COM A
CELERIDADE QUE O PROCESSO EXIGE, DECIDIR SOBRE O
PEDIDO ALI CONTIDO, E CONFORME TAL DECISÃO, RETOMAR
O CURSO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO OU LEVÁ-LO AO
DEVIDO TERMO. 4- AGRAVO PROVIDO. Decisão. UNANIME (TRF
5ª R. - AG 14899 - Proc. 97.05.40169-1 - PE - SEGUNDA TURMA -
Rel. JUIZ PETRUCIO FERREIRA - DJ DATA: 19.02.1999 PÁGINA:
75)
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PROCESSAMENTO JÁ DEFERIDO EM OUTRO AGRAVO.
CONTEÚDO EXAMINADO E INDEFERIDO PELO JUIZ
MONOCRÁTICO. PERDA DE OBJETO. 1 - TENDO SIDO
RECEBIDA E DETERMINADO O PROCESSAMENTO DE
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, E AINDA, EXAMINADO O
SEU CONTEÚDO PELO O MM. JUIZ MONOCRÁTICO, QUE
RESTOU POR INDEFERI-LA , DECIDINDO POR DAR
CONTINUIDADE AO PROCESSO DE EXECUÇÃO, INEGÁVEL SE
APRESENTA A PERDA DO OBJETO DO PRESENTE AGRAVO. 2 -
AGRAVO NÃO CONHECIDO. Decisão. VEJA: AG 14899 - PE (TRF
5 REG) (TRF 5ª R. - AG 16499 - Proc. 98.05.02948-4 - PE -
SEGUNDA TURMA - Rel. JUIZ PETRUCIO FERREIRA - DJ DATA:
15.01.1999 PÁGINA: 159)

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. PRECLUSÃO LÓGICA. INOCORRÊNCIA.
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CLUBE DESPORTIVO
AMADORISTA QUE NÃO AUFERE RENDA COM OS
ESPETÁCULOS. LEI 5939/73, ART. 2º. INAPLICABILIDADE. 1.
NÃO OCORRE A PRECLUSÃO LÓGICA, PREVISTA NO ART. 503
DO CPC, SE O SUCUMBENTE FIRMA CONTRATO DE
CONFISSÃO E PARCELAMENTO DA DÍVIDA IMPUGNADA,
ANTES DE TOMAR CONHECIMENTO DO TEOR DO DECISUM
DESFAVORÁVEL A SUA PRETENSÃO. 2. "A LEI 5939/73,
REGULAMENTADA PELO DECRETO 77.210/76, NÃO É DIPLOMA
ISENCIONAL E, SIM, BENEFÍCIOS AOS DEMAIS CLUBES QUE
REALIZAM COMPETIÇÕES EM PELO MENOS TRÊS
MODALIDADES DE ESPORTE. OS BENEFICIÁRIOS,
DIFERENTEMENTE DOS DEMAIS CONTRIBUINTES, QUANTO À
CONTRIBUIÇÃO PATRONAL, RECOLHERÃO SOBRE A RENDA
AUFERIDA EM COMPETIÇÕES A ALÍQUOTA DE 5%. SE O CLUBE
REALIZA A COMPETIÇÃO MAS NÃO AUFERE RENDA, DEVE
CONTRIBUIR COMO OS DEMAIS EMPREGADORES, SEGUINDO
A REGRA DA CLPS (INTERPRETAÇÃO DO ART. 2º, PARÁGRAFO
ÚNICO, DA LEI 5939/73)" (TRF DA 1ª REGIÃO, AC 7239 -6. RELA.
JUÍZA ELIANA CALMON, IOB 95, 1, VERBETE 8313, PÁG. 32). 3.
PRELIMINAR REJEITADA. APELAÇÃO IMPROVIDA. Decisão.
UNÂNIME (TRF 5ª R. - AC 107611 - Proc. 96.05.29470-2 - CE -
PRIMEIRA TURMA - Rel. JUIZ UBALDO ATAÍDE CAVALCANTE -
DJ DATA: 02.10.1998 PÁGINA: 523)

PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


DEFEITOS DO TÍTULO EXTRA-JUDICIAL QUE PODEM SER
ALEGADOS MEDIANTEEMBARGOS À EXECUÇÃO OU QUANDO
SE RETIRAM A MATÉRIA CONHECÍVEL DEOFÍCIO, POR MEIO
DE SIMPLES REQUERIMENTO. PETIÇÃO QUE
APRESENTAPEDIDO TÍPICO DE EMBARGOS DE DEVEDOR E
NÃO EM VÍCIO ARGÜÍVEL NOCURSO DA EXECUÇÃO. AGRAVO
IMPROVIDO. Decisão. UNÂNIME. (TRF 5ª R. - AG 18011 - Proc.
98.05.15072-0 - PE - SEGUNDA TURMA - Rel. JUIZ LAZARO
GUIMARÃES - DJ DATA: 30.10.1998 PÁGINA: 205)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL INSTRUÍDA COM


CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA E DEMONSTRATIVO DE DÉBITO
QUE DEVE SER IMPUGNADA MEDIANTE EMBARGOS E NÃO
POR EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NEGATIVA DE
SEGUIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO
REGIMENTAL IMPROVIDO. Decisão. UNÂNIME (TRF 5ª R. - AGA
25470 - Proc. 99.05.52517-3 - RN - Segunda Turma - Rel.
Desembargador Federal Lazaro Guimarães - DJ DATA: 13.03.2000
PÁGINA: 593)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. - A
PRESCRIÇÃO DA COBRANÇA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, COMO
CAUSA EXTINTIVA DO EXECUTIVO FISCAL, PODE SER
ALEGADA, INDEPENDENTEMENTE DA PRÉVIA GARANTIA DO
JUÍZO, ATRAVÉS DA EXCEÇÃO DE PRÉ- EXECUTIVIDADE. -
AGRAVO PROVIDO. Decisão. UNANIME (TRF 5ª R. - AG 20362 -
Proc. 98.05.48916-7 - PE - TERCEIRA TURMA - Rel. JUIZ NEREU
SANTOS - DJ DATA: 10.09.1999 PÁGINA: 803)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. HIPÓTESES DE CABIMENTO. A EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE SOMENTE ENCONTRA ESPAÇO NOS
CASOS EM QUE A CAUSA DE NULIDADE ARGÜIDA É
DAQUELAS CUJA IDENTIFICAÇÃO DISPENSA QUALQUER
DILAÇÃO PROBATÓRIA, SEM O QUE SEU ACOLHIMENTO
REPRESENTARIA USURPAÇÃO À SEARA DOS EMBARGOS.
AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO. Decisão. UNANIME
(TRF 5ª R. - AG 20712 - Proc. 98.05.54149-5 - AL - PRIMEIRA
TURMA - Rel. JUIZ CASTRO MEIRA - DJ DATA: 24.09.1999
PÁGINA: 1293)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
ILEGITIMIDADE DA PARTE. MATÉRIA DE EMBARGOS.
INADMISSIBILIDADE. 1. CUIDANDO A DISCUSSÃO EM TORNO
DA ILEGITIMIDADE DE PARTE, PRESCINDINDO A MESMA DE
PRODUÇÃO DE PROVA NO TOCANTE À RESPONSABILIDADE
DO SÓCIO E ÀS ATIVIDADES POR ELE EXERCIDAS NA
EMPRESA, INADMISSÍVEL QUE A MESMA SE DÊ EM SEDE DE
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE UMA VEZ QUE CONSTITUI
MATÉRIA ATINENTE À OPOSIÇÃO DE EMBARGOS. 2. AGRAVO
IMPROVIDO. Decisão. UNANIME (TRF 5ª R. - AG 20440 - Proc.
98.05.50041-1 - PE - SEGUNDA TURMA - Rel. JUIZ PETRUCIO
FERREIRA - DJ DATA: 01.11.1999 PÁGINA: 606)

PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. AGRAVO DE


INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. OITIVA DO
EXEQUENTE. AFASTAMENTO DE ÓBICE À EXCEÇÃO. DECISÃO
MOTIVADA. - CONFORME ENTENDIMENTO FIRMADO, A
ADMISSÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ESTÁ
CONDICIONADA À MATÉRIA TRAZIDA À APRECIAÇÃO DO
JUÍZO, ATRAVÉS DE PETIÇÃO ATRAVESSADA, ONDE SE
DEDUZAM ELEMENTOS DE ORDEM FACTUAL OU JURÍDICA
CAPAZES DE ELIDIR A PRESUNÇÃO DE CERTEZA E LIQUIDEZ
DO TÍTULO EXECUTIVO, BEM COMO DE INVALIDAR A RELAÇÃO
EXECUTIVA. - NA HIPÓTESE, O JUIZ A QUO DETERMINOU A
OITIVA DO REQUERENTE SOBRE TAL EXCEÇÃO E, SOMENTE
APÓS DADA A RESPOSTA, DECIDIU POR DETERMINAR A
CONTINUIDADE DA EXECUÇÃO, AFASTANDO-A, POIS, COMO
ÓBICE À MESMA. - IRREPARÁVEL A DECISÃO MONOCRÁTICA
AO CONSTATAR QUE O AFASTAMENTO DE PREJUDICIAL DA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE DECORREU DO
ATENDIMENTO DAS RAZÕES TRAZIDAS PELO INSS NA
RESPOSTA ÀQUELA EXCEÇÃO, ONDE SE CONCLUI TER
FUNDAMENTADO TAL DESPACHO NAS RAZÕES QUE
FUNDARAM A MESMA RESPOSTA. - AGRAVO IMPROVIDO.
Decisão. UNÂNIME. (TRF 5ª R. - AG 19101 - Proc. 98.05.32440-0 -
CE - SEGUNDA TURMA - Rel. JUIZ PETRUCIO FERREIRA - DJ
DATA: 01.11.1999 PÁGINA: 604)

TRF1-087622) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.


CRÉDITO TRIBUTÁRIO. COMPENSAÇÃO. SENTENÇA
TRANSITADA EM JULGADO. PAGAMENTO. ALEGAÇÃO NOS
PRÓPRIOS AUTOS. INEXISTÊNCIA DE GARANTIA.
POSSIBILIDADE. SOBRESTAMENTO DA EXECUÇÃO.
1. A exceção de pré-executividade objetiva a apresentação de
defesa nos próprios autos da execução, sem garantia do juízo,
sendo admitida, de modo geral, quando as questões de ordem
pública (condições da ação, pressupostos processuais, etc.) e outras
relativas a pressupostos específicos da execução, puderem ser
identificadas de plano.
2. A alegação do executado de que o crédito tributário é objeto de
compensação, por força de sentença transitada em julgado, conduz
ao sobrestamento da execução, com vistas a oportunizar a
manifestação do exeqüente sobre a alegação de pagamento e
documentos que lhe servem de suporte, independentemente de
garantia do juízo, de modo a evitar eventuais e desnecessários
prejuízos ao devedor.
3. Agravo parcialmente provido.
Decisão:
Por unanimidade, dar parcial provimento ao Agravo de Instrumento.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 738, Art. 574
Lei nº 6.830, Art. 16
Veja Também:
AG 1998.01.00.082620-8/DF, TRF 1ª Região, DJ 06.08.1999;
AG 1998.01.00.080652-1/DF, TRF 1ª Região, DJ 13.08.1999;
AC 105.944/MG, STJ;
AG 95.01.21966-6/MG, TRF 1ª Região, DJ 19.10.1995;
(Agravo de Instrumento nº 1999.010.01. 17000-4/DF, 4ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Mário César Ribeiro, j. 06.02.2001, Publ.
DJ 09.03.2001 p. 407)

TRF1-087439) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SEM A NECESSÁRIA OPOSIÇÃO DE
EMBARGOS. POSSIBILIDADE.
1. A exceção de pré-executividade tem sido admitida,
excepcionalmente, pela jurisprudência nas hipóteses de vícios
formais do título executivo, prescrição, decadência e pagamento,
sem o necessário oferecimento de embargos.
2. Agravo provido em parte.
Decisão:
Dar provimento, em parte, ao Agravo de Instrumento, à unanimidade.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 267 Inc. VI § 3º,
Art. 298
Veja Também:
AG 1998.01.00.018760-2/DF, TRF 1ª Região, DJ 22.10.98;
AG 1998.01.00.080652-1/DF, TRF 1ª Região, DJ 13.08.99;
AC 1998.01.00.001348-3/PI, TRF 1ª Região, DJ 06.08.99;
(Agravo de Instrumento nº 2000.010.00.23076 -0/MG, 4ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Hilton Queiroz, j. 13.02.2001, Publ. DJ
23.03.2001 p. 134)

TRF1-086691) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.


"EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE". INCABIMENTO. TUTELA
ANTECIPADA. IMPOSSIBILIDADE.
1. A "exceção de pré-executividade" somente tem cabimento
naquelas hipóteses cujos vícios sejam observados de plano, sem
exigência de dilação probatória.
2. A análise do tema da aplicabilidade ou não da TR como indexador
importa na definição do quantum devido, viabilizando, por expressa
previsão legal, a oposição de embargos.
3. Não há se falar em tutela antecipada quando a exceção não
possui sentença de mérito.
4. Agravo improvido.
Decisão:
À unanimidade, negou provimento ao Agravo de Instrumento.
Participaram do julgamento os(as) Exmos(as) Sr.(as) Juízes Ítalo
Mendes e Carlos Olavo.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 743 Inc. V, Art.
745
Veja Também:
AG 1998.01.00.018760-2/DF, TRF 1ª Região, DJ 22.10.1998;
AG 1999.01.00.055381-1/DF, TRF 1ª Região, DJ 25.02.2000.
(Agravo de Instrumento nº 2000.010.01.03923 -1/PA, 4ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Hil ton Queiroz, j. 27.03.2001, Publ. DJ
04.06.2001, p. 259)

TRF1-085899) PROCESSO CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CABIMENTO.
1. A exceção de pré-executividade, como meio excepcional e atípico
que é, não pode ser generalizadamente admitida como substitutiva
aos embargos à execução. Sua hipótese de cabimento limita-se
àquelas situações apreciáveis ex officio pelo magistrado
processante, independentemente de qualquer consideração ou
análise mais aprofundada.
2. Agravo de Instrumento improvido.
Decisão:
À unanimidade, negou provimento ao Agravo de Instrumento. Na
ausência ocasional e justificada do Sr. Juiz Fagundes de Deus, votou
o Sr. Juiz João Batista Moreira. Participaram do Julgamento os (as)
Exmos. (as) Sr. (as) Juízes Antônio Ezequiel da Silva e João Batista
Gomes Moreira.
Referências Legislativas:
Lei nº 6.830
Veja Também:
AG 1999.01.00.026862-2/BA, TRF 1ª Região;
REsp 143.571, STJ; REsp 180.734, STJ;
(Agravo de Instrumento nº 2000.010.00.60046 -5/MT), 5ª Turma do
TRF da 1ª Região, Relª. Juíza Selene Ma ria de Almeida, j.
30.04.2001, Publ. DJ 04.06.2001 p. 284)
TRF1-085543) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. SISTEMÁTICA LEGAL.
1. A exceção de pré-executividade, mesmo tolerada (porque não
prevista em lei) em casos em que o título exeqüendo apresente-se
de logo irreconhecível juridicamente, não é sucedâneo dos
embargos do devedor.
2. Improvimento do Agravo de Instrumento.
Decisão:
Negar provimento ao agravo, à unanimidade.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869 , Art. 745
(Agravo de Instrumento nº 2000.010.00.97942 -0/PA), 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Olindo Menezes, j. 10.04.2001, Publ. DJ
22.06.2001 p. 169)

TRF1-083877) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. LITISPENDÊNCIA. EXTINÇÃO DO
PROCESSO. POSSIBILIDADE.
1. A exceção de pré-executividade tem sido admitida,
excepcionalmente, pela jurisprudência nas hipóteses de vícios
formais do título executivo, prescrição, decadência e pagamento,
sem o necessário oferecimento de embargos. Sua hipótese de
cabimento aplica-se, ainda, àquelas situações em que a matéria
pode ser conhecida de ofício pelo Juiz.
2. Verba honorária fixada nos termos do art. 20, § 4º c/c § 3º, alíneas
a, b e c do CPC.
3. Apelo da União provido em parte.
4. Remessa Oficial tida por interposta prejudicada.
Decisão:
À unanimidade, deu parcial provimento à apelação da União Federal
e julgou prejudicada a Remessa Oficial tida por interposta.
Participaram do julgamento os(as) Exmos(as) Sr.(as) Juízes Ítalo
Mendes e Carlos Olavo.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 20 § 4º § 3º Let.
"a" Let. "b" Let. "c", Art. 301 Inc. VI § 2º § 3º
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 267 Inc. V Inc.
VI § 3º
Veja Também:
AG 1998.01.00.018760-2/DF, TRF 1ª Região, DJ 22.10.1998
AG 1998.01.00.080652-1/DF, TRF 1ª Região, DJ 13.08.1999
AC 1998.01.00.001348-3/PI, TRF 1ª Região, DJ 06.08.1999
(Apelação Cível nº 1999.010.00.21283 -6/DF, 4ª Turma do TRF da 1ª
Região, Rel. Juiz Hilton Queiroz, j. 12.06.2001, Publ. DJ 05.07.2001,
p. 35)

TRF1-083219) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. HIPÓTESES.
I - A exceção de pré-executividade, apesar de admitida mesmo sem
previsão legal, somente pode ser admitida nas hipóteses em que o
Magistrado pode, ex officio e de pronto, declarar a inadmissibilidade
do título.
II - No mais, tendo em vista a presunção de liquidez, certeza e
exigibilidade dos títulos judiciais e extrajudiciais, cabíveis os
Embargos à Execução, com a garantia do Juízo.
III - Agravo de Instrumento desprovido.
Decisão:
A Turma, à unanimidade, negou provimento ao Agravo de
Instrumento. Participaram do julgamento os Exmos. Srs. Juízes
Olindo Menezes e Luciano Tolentino Amaral. Ausente,
eventualmente, o Exmo. Sr. Juiz Plauto Ribeiro.
Veja Também:
REsp 143.571, STJ, DJ 01.03.99.
REsp 180.734, STJ, DJ 02.08.99.
REsp 194.070, STJ, DJ 05.04.99.
ROMS 9.980, STJ, DJ 05.04.99.
AG 1999.01.00.026862-2/BA, TRF 1ª Região, DJ 05.05.2000.
AG 1999.01.00.055381-1/DF, TRF 1ª Região, DJ 25.02.2000.
(Agravo de Instrumento nº 2000.010.01.30362 -2/PA), 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Cândido Ribeiro, j. 26.06.2001, Publ. DJ
13.08.2001, p. 1157)

TRF1-083001) PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXECUÇÃO FISCAL. AUSÊNCIA DE LITISPENDÊNCIA. TÍTULOS
DA DÍVIDA PÚBLICA. PENHORA. IMPOSSIBILIDADE.
1. Não há litispendência entre a ação declaratória e a ação de
execução fiscal. Correto o não conhecimento da exceção de pré-
executividade.
2. Os títulos da dívida pública, sobre os quais paira divergência
quanto à eficácia, não servem de garantia à execução.
3. Agravo de Instrumento improvido.
Decisão:
A Turma, à unanimidade, negou provimento ao Agravo de
Instrumento. Participaram do julgamento os(as) Exmos(as) Sr.(as)
Juízes Ítalo Mendes e Carlos Olavo.
Veja Também:
AG 1998.01.00.018760-2/DF, TRF 1ª Região, DJ 22/10/1998
AG 1999.01.00.055381-1/DF, TRF 1ª Região, DJ 25/02/2000
AG 1998.01.00.074695-8/GO, TRF 1ª Região, DJ 14/05/1999
AG 1998.01.00.078467-7/MG, TRF 1ª Região, DJ 26/06/2000
(Agravo de Instrumento nº 2000.010.00.36904-1/GO), 4ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Hilton Queiroz, j. 12.06.2001, Publ. DJ
16.08.2001, p. 749)

TRF1-082991) PROCESSUAL CIVIL E EXECUÇÃO FISCAL.


DÉBITO EXTINTO POR CANCELAMENTO. PAGAMENTO
ANTERIOR À INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS.
1. Correta a sentença que, ao extinguir a execução, condenou a
exeqüente ao pagamento de verba honorária, uma vez que a
extinção do débito por cancelamento promovida pela União decorreu
da exceção de pré-executividade apresentada pelo executado
demonstrando que o débito já havia sido pago antes do ajuizamento
da ação.
2. Remessa Oficial improvida.
Decisão:
À unanimidade Negou provimento à Remessa Oficial, participaram
do julgamento os Exmos Srs. Juízes Ítalo Mendes e Carlos Olavo.
Referências Legislativas:
Lei nº 6.830, Art. 26
(Remessa Ex Officio nº 2000.330.00.07869 -5/BA), 4ª Turma do TRF
da 1ª Região, Rel. Juiz Hilton Queiroz, j. 12.06.2001, Publ. DJ
16.08.2001, p. 770)

TRF1-082447) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. RECURSO CABÍVEL CONTRA A DECISÃO DE
REJEIÇÃO.
1. É agravável, e não apelável, a decisão que rejeita exceção de pré-
executividade, pois com ela o Juiz decide questão incidente sem por
fim ao processo (art. 162, § 1º - CPC).
2. Improvimento do Agravo de Instrumento.
Decisão:
A Turma negar provimento ao Agravo de Instrumento, à
unanimidade.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 162 § 1º, Art.
742
Decreto nº 848
Veja Também:
ROMS 1998.00.50955-0/SP, STJ
(Agravo de Instrumento nº 2001.010.00.16974 -6/MG), 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Olindo Menezes, j. 19.06.2001, Publ. DJ
19.10.2001, p. 69)
TRF1-081185) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO DE SENTENÇA
QUE FIXOU HONORÁRIOS EM SALÁRIOS MÍNIMOS - EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE INDEFERIDA - AGRAVO COM
SEGUIMENTO NEGADO - AGRAVO REGIMENTAL NÃO
PROVIDO.
1. Se a decisão atacada pelo recurso está em sintonia com a
jurisprudência dominante do Tribunal, a que cabe conhecer do
agravo de instrumento, e/ou do STJ, cumpre ao Relator negar-lhe
seguimento, assim autorizado pelo art. 557 do CPC, aplicado por
todos os Tribunais do país, inclusive pelo STF.
2. Válido e exigível o título executivo judicial, embora tenha fixado a
verba honorária em salários mínimos todavia, sem qualquer
irresignação da parte no momento próprio, a exceção de pré-
executividade não é sucedâneo de Embargos à Execução.
3. Agravo Regimental não provido.
4. Peças liberadas pelo Relator em 21.08.2001 para publicação do
Acórdão.
Decisão:
Negar provimento ao Agravo Regimental, por unanimidade.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5869, Art. 557
Veja Também:
AGA 197.577/GO, STJ, DJ 05/06/2000;
AG 1999.01.00.055381-1/DF, TRF 1ª Região, DJ 25/ 02/2000;
AG 1999.01.00.026862-2/BA, TRF 1ª Região, DJ 05/05/2000;
AC 1998.01.00.060798-8/DF, TRF 1ª Região, DJ 21/06/2000.
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº
2000.010.00.16480-1/DF), 3ª Turma do TRF da 1ª Região, Rel. Juiz
Luciano Tolentino Amaral, j. 21.08.2001, Publ. DJ 28.09.2001 p. 154)

TRF1-080293) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEITADA. RECURSO CABÍVEL.
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
I - A decisão proferida em execução fiscal rejeitando exceção de pré-
executividade desafia o recurso de Agravo de Instrumento ante sua
natureza jurídica interlocutória. (Art. 522 do CPC.).
II - Agravo desprovido.
Decisão:
Por unanimidade, negar provimento ao agravo.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 522
Veja Também:
AG 295.148, STJ, DJ 09/10/2000;
(Agravo de Instrumento nº 2000.010.00.06614 -1/MG, 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Cândido Ribeiro, j. 04.09.2001, Publ. DJ
28.09.2001 p. 153)

TRF1-080286) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES.
I - A exceção de pré-executividade não está prevista em lei, mas é
admitida em nosso direito em razão de construção doutrinário-
jurisprudencial. É admissível nos casos em que é possível ao Juiz
conhecer, de ofício, a matéria alegada. Na hipótese dos autos, não
lograram os agravantes comprovar que não são coobrigados do
título executivo executado.
II - Agravo desprovido.
Decisão:
Por unanimidade, negar provimento ao agravo.
(Agravo de Instrumento nº 2000.010. 00.82388-9/MG, 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Cândido Ribeiro, j. 04.09.2001, Publ. DJ
28.09.2001 p. 159)

TRF1-080284) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES.
I - A exceção de pré-executividade não está prevista em lei, mas é
admitida em nosso direito em razão de construção doutrinário-
jurisprudencial. É admissível nos casos em que é possível ao Juiz
conhecer, de ofício, a matéria alegada. Na hipótese dos autos, não
logrou o agravante comprovar a prescrição do título.
II - Agravo desprovido.
Decisão:
Por unanimidade, negar provimento ao Agravo de Instrumento.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 618 Inc. I
(Agravo de Instrumento nº 2000.010.00.94155 -7/PA, 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Cândido Ribeiro, j. 04.09.2001, Publ. DJ
28.09.2001 p. 160)

TRF1-080208) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NÃO


CONHECIDA - NULIDADE DA CDA - CABIMENTO DA EXCEÇÃO
APENAS QUANDO A MATÉRIA POSSA SER CONHECIDA DE
OFÍCIO PELO JUIZ EM QUALQUER ÉPOCA (MATÉRIA DE
ORDEM PÚBLICA) - AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. A exceção de pré-executividade, não prevista em lei, admitida por
construção doutrinário-jurisprudencial como meio excepcional e
atípico que é, tem seu cabimento limitado às estreitas situações
apreciáveis "ex officio" pelo Juiz (AGA 197577/GO, DJ 05/06/2000, p.
167, STJ, 4ª T.; AG nº 1999.01.00.055381 -1/DF, TRF 1ª R, T3, DJ
25/02/2000, p. 58; AG 1999.01.00.026862-2/BA, TRF 1ª R, 3ª T., DJ
05/05/2000, p. 299).
2. A nulidade da CDA, alegada pela agravante, não é matéria que o
Juiz conheça de ofício e, ademais, requer dilação probatória para
sua constatação.
3. Agravo de Instrumento não provido.
4. Peças liberadas pelo Relator em 11/09/2001 para publicação do
Acórdão.
Decisão:
Negar provimento ao Agravo de Instrumento, por unanimidade.
Participaram do julgamento os(as) Exmos(as) Sr(as) Juízes Cândido
Ribeiro e Ricardo Machado Rabelo (Conv.).
Referências Legislativas:
CTN-66 Código Tributário Nacional - Lei nº 5.172, Art. 142
Veja Também:
AGA 197.577/GO, STJ, DJ 05/06/2000;
AG 1999.01.00.055381-1/DF, TRF 1ª Região, DJ 25/02/2000;
AG 1999.01.00.026862-2/BA, TRF 1ª Região, DJ 05/05/2000;
(Agravo de Instrumento nº 2001.010.00.12955 -0/MG, 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Luciano Tolentino Amar al, j. 11.09.2001,
Publ. DJ 28.09.2001 p. 169)

TRF1-079811) PRESCRIÇÃO : MATÉRIA PASSÍVEL DE


ARGÜIÇÃO EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - NÃO
OCORRÊNCIA - AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. A exceção de pré-executividade, não prevista em lei, admitida por
construção doutrinário-jurisprudencial como meio excepcional e
atípico que é, tem seu cabimento limitado às estreitas situações
apreciáveis "ex officio" pelo Juiz, dentre as quais se inclui a
prescrição (AGA 197577/GO, DJ 05/06/2000, p. 167, STJ, T4; AG nº
1999.01.00.055381-1/DF, TRF 1ª R, T3, DJ 25/02/2000, p. 58; AG
1999.01.00.026862-2/BA, TRF 1ª R, T3, DJ 05/05/2000, p. 299).
2. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 05
anos, contados da data da sua constituição definitiva (art. 174 do
CTN). Havendo impugnação que projeta a data da constituição
definitiva do crédito e não mediando entre esta e o ajuizamento da
execução fiscal lapso temporal superior a 5 anos, não há que se falar
em prescrição.
3. Agravo de Instrumento não provido.
4. Peças liberadas pelo Relator em 25/09/2001 para publicação do
Acórdão.
Decisão:
A Turma negar provimento ao Agravo de Instrumento, por
unanimidade.
Referências Legislativas:
CTN-66 Código Tributário Nacional - Lei nº 5.172, Art. 174
CC-16 Código Civil - Lei nº 3.071, Art . 162
Veja Também:
AGA 197577/GO, STJ, DJ 05/06/2000;
AG 1999.01.00.055381-1/DF, TRF 1ª Região, DJ 25/02/2000;
AG 1999.01.00.026862-2/BA, TRF 1ª Região, DJ 05/05/2000;
(Agravo de Instrumento nº 1999.010.00.03454 -9/MT, 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Jui z Luciano Tolentino Amaral, j. 25.09.2001,
Publ. DJ 11.10.2001 p. 124)

TRF1-079567) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES.
I - A exceção de pré-executividade não está prevista em lei, mas é
admitida em nosso direito em razão de construção doutrinário-
jurisprudencial. É admissível nos casos em que é possível ao Juiz
conhecer, de ofício, a matéria alegada e quando houver prova
documental inequívoca capaz de demonstrar a nulidade da
execução.
II - A hipótese dos autos não encontra respaldo na jurisprudência
pátria.
III - Agravo desprovido.
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negar provimento ao Agravo de
Instrumento.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 618 Inc. I
(Agravo de Instrumento nº 2000.010.01.20597 -3/AM, 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Cândido Ribeiro, j. 25.09.2001, Publ. DJ
11.10.2001 p. 144)

TRF1-079560) PROCESSO CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO


FISCAL. INTEMPESTIVIDADE. LEI Nº 6.830/80, ART. 16, INCISO
III. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NÃO-CABIMENTO.
I - O termo inicial da fluência do prazo de oferecimento de embargos
na execução fiscal é a intimação da penhora, ex vi do inciso III do
art. 16 da Lei nº 6.830/80.
II - A exceção de pré-executividade não tem previsão em lei. Trata-se
de construção doutrinário-jurisprudencial admissível antes da
interposição de embargos e aplicável em casos excepcionais. A
hipótese dos autos não se enquadra naquelas admissíveis pela
jurisprudência pátria.
III - Apelação desprovida.
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negar provimento à apelação.
Participaram do julgamento os Exmos. Srs. Juizes Ricardo Machado
Rabelo (Conv.) e Luciano Tolentino Amaral. Ausente eventualmente
o Exmo. Sr. Juiz: Olindo Menezes.
Referências Legislativas:
Lei nº 6.830, Art. 16 Inc. III
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 739 Inc. I, Art.
738
Decreto-Lei nº 1.025
Veja Também:
AC 1996.01.23125-0/MG, TRF 1ª Região, DJ 05/11/1999;
AC 1998.01.00.071368-2, TRF 1ª Região, DJ 21/05/1999;
(Apelação Cível nº 2001.019.90.23873 -0/MG, 3ª Turma do TRF da 1ª
Região, Rel. Juiz Cândido Ribeiro, j. 11.09.2001, Publ. DJ
11.10.2001 p. 156)

TRF1-078094) PRESCRIÇÃO : MATÉRIA PASSÍVEL DE


ARGÜIÇÃO EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - NÃO
OCORRÊNCIA - AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. A Exceção de pré-executividade, não prevista em Lei, admitida por
construção doutrinário-jurisprudencial como meio excepcional e
atípico que é, argüível por simples petição, sem a segurança do
juízo, tem seu cabimento limitado às estreitas situações apreciáveis
"ex officio" pelo juiz ou de ordem legal exclusivamente de direito
(AGA 197577/GO, DJ 05/06/2000, p. 167, STJ, T 4; AG nº
1999.01.00.055381-1/DF, TRF 1ª, T 3, DJ 25/02/2000, p. 58; AG
1999.01.00.026862-2/BA, TRF 1ª, T 3, DJ 05/05/2000, p. 299).
2. A ilegitimidade passiva e a nulidade da CDA, dependendo,
todavia, de dilação probatória, somente de se admitir na defesa,
meio de oposição de embargos, com a segurança do juízo.
3. Agravo de Instrumento não provido.
4. Peças liberadas pelo Relator em 09/10/2001 para publicação do
acórdão.
Decisão:
A Turma negar provimento ao Agravo de Instrumento, por
unanimidade.
Referências Legislativas:
Lei nº 6.830, Art. 16 Inc. I
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 618 Inc. I
Veja Também:
AGA 197.577/GO, STJ, DJ 05.06.2000;
AG 1999.01.00.055381-1/DF, TRF/1ª Região, DJ 25.02.2000;
AG 1999.01.00.026862-2/BA, TRF/1ª Região, DJ 05.05.2000;
(Agravo de Instrumento nº 1999.010.00.22830 -3/MG, 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Luciano Tolentino Amaral, j. 09.10.2001,
Publ. DJ 09.11.2001 p. 57)

TRF1-077564) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES.
I - A exceção de pré-executividade não está prevista em lei, mas é
admitida em nosso direito em razão de construção doutrinário-
jurisprudencial. É admissível nos casos em que é possível ao juiz
conhecer, de ofício, a matéria alegada. Na hipótese dos autos, não
logrou a agravante demonstrar que sua alegada ilegitimidade
passiva na execução é manifesta e incontroversa.
II - Agravo desprovido.
Decisão:
Decide a 3ª Turma do TRF/1ª Região, por unanimidade, negar
provimento ao Agravo de Instrumento.
(Agravo de Instrumento nº 2000.010.00.01440 -7/MG, 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Cândido Ribeiro, j. 31.10.2001, Publ. D J
11.01.2002 p. 198)

TRF1-077552) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES.
I - A exceção de pré-executividade não está prevista em lei, mas é
admitida em nosso direito em razão de construção doutrinário-
jurisprudencial. É admissível nos casos em que é possível ao juiz
conhecer, de ofício, a matéria alegada. Na hipótese dos autos, não
trouxe a agravante qualquer prova robusta e cabal capaz de
demonstrar a nulidade do título.
II - Agravo desprovido.
Decisão:
Decide a 3ª Turma do TRF/1ª Região, por unanimidade, negar
provimento ao Agravo de Instrumento.
(Agravo de Instrumento nº 2001.010.00.32123 -9/AM, 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Cândido Ribeiro, j. 30.10.2001, Publ. DJ
11.01.2002 p. 207)

TRF1-077548) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE: NÃO COMPORTA DILAÇÃO
PROBATÓRIA - PRESCRIÇÃO - RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA - AGRAVO PROVIDO EM PARTE.
1. A exceção de pré-executividade é criação jurisprudencial apenas,
destinada a viabilizar, antes da constrição de bens do devedor e dos
seus embargos, apreciação judicial de matéria legal de ordem
pública, respeitante à nulidade flagrante do título ou do processo,
inclusive prescrição, sem dilação probatória.
2. A prescrição pode ser objeto de exame na exceção de pré-
executividade, desde que suficientemente comprovada e sem
dilação probatória.
3. O processo de execução não exige do credor nenhuma outra
prova que não a do título executivo, sendo ônus do devedor
desconstituí-lo com as provas pertinentes em sede de embargos
(processo de conhecimento).
4. Agravo provido em parte.
5. Peças liberadas pelo Relator em 30/10/2001 para publicação do
acórdão.
Decisão:
Decide a 3ª Turma dar provimento em parte ao Agravo de
Instrumento , por unanimidade.
(Agravo de Instrumento nº 1999.010.01.05665 -9/BA, 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Luciano Tolentino Amaral, j. 30.10.2001,
Publ. DJ 11.01.2002 p. 194)

TRF1-077540) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE: NÃO COMPORTA DILAÇÃO
PROBATÓRIA - AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.
1. A exceção de pré-executividade é criação jurisprudencial apenas,
destinada a viabilizar, antes da constrição de bens do devedor e dos
seus embargos, apreciação judicial de matéria legal de ordem
pública, respeitante à nulidade flagrante do título ou do processo,
sem dilação probatória.
2. O processo de execução não exige do credor nenhuma outra
prova que não a do título executivo, sendo ônus do devedor
desconstituí-lo com as provas pertinentes em sede de embargos
(processo de conhecimento).
3. Agravo Regimental não provido.
4. Peças liberadas pelo Relator em 30/10/2001 para publicação do
acórdão.
Decisão:
Decide a 3ª Turma negar provimento ao Agravo Regimental, por
unanimidade.
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº
2001.010.00.29610-1/BA, 3ª Turma do TRF da 1ª Região, Rel. Juiz
Luciano Tolentino Amaral, j. 30.10.2001, Publ. DJ 11.01.2002 p. 207)
TRF1-077437) TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL.
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE
ADMINISTRADORES AUTÔNOMOS E AVULSOS. LEI 7.787/89,
ART. 3º, I E II. LEI 8.212/91, ART. 22, I. SENTENÇA MOTIVADA.
DESNECESSIDADE DO JULGADOR PROVAR SUAS
AFIRMAÇÕES. ÂMBITO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
I. Não é nula sentença que, embora sintética, consubstancia
fundamentação suficiente para a reforma do julgado.
II. O dever de provar as alegações articuladas é das partes e não do
juiz, cabendo a este tão-somente motivar seu convencimento.
III. Está firmado, por manifestação do Excelso Pretório, que a
Contribuição sobre a Folha de Salários não abrange as incidências,
originariamente, previstas no art. 3º, I da Lei 7.787/89 e 22, I da Lei
8.212/91, sobre as remunerações pagas a administradores,
autônomos e avulsos.
IV. Questões de ordem pública, como sói ser a inconstitucionalidade
já declarada, pelo STF, de norma legal, podem ser decididas no
âmbito da exceção de pré-executividade.
V. Apelação e remessa oficial, tida por interposta, improvidas.
Decisão:
Decide a 2ª Turma Suplementar do TRF da 1ª Região, por
unanimidade, negar provimento à apelação e a remessa oficial, tida
por interposta.
(Apelação Cível nº 1996.01.41886 -5/MA, 2ª Turma Suplementar do
TRF da 1ª Região, Relª. Juíza Vera Carla Nelson de Oliveira Cruz
(conv.), j. 02.10.2001, Publ. DJ 14.01.2002 p. 99)

TRF1-076795) PROCESSO CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO -


EXECUÇÃO FISCAL - ENCERRAMENTO IRREGULAR DE
ATIVIDADE - INFRAÇÃO LEGAL - RESPONSABILIDADE EM TESE
DO SÓCIO-GERENTE - ART. 135, III, CTN - EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE - DESCABIMENTO EM SENDO NECESSÁRIA A
PRODUÇÃO DE PROVAS QUE AFASTEM A RESPONSABILIDADE
SOLIDÁRIA DO EXECUTADO - DESPROVIMENTO DO AGRAVO.
I - Este Tribunal têm entendido que o encerramento irregular de
atividade caracteriza infração à lei, autorizando a aplicação do
disposto no art. 135 do CTN, o que faz concluir pela adequação e
regularidade, em tese, do procedimento adotado pela Fazenda
Nacional para a satisfação do crédito.
II - Questão relativa à responsabilidade solidária do agravante
dependente de produção de provas que possam afastar a presunção
de irregularidade do encerramento das atividades da sociedade que
tem créditos fiscais inscritos, pendentes de pagamento.
III - Exceção de pré-executividade que não se demonstra adequada
à solução da questão na espécie, em razão da necessidade de
dilação probatória a ser realizada pelos meios adequados previstos
na legislação.
IV - Pedido de redirecionamento da execução prejudicado.
V - Agravo desprovido.
Decisão:
A Turma, por unanimidade, nega provimento ao agravo.
(Agravo de Instrumento nº 2001.010.00.32 927-8/DF, 5ª Turma do
TRF da 1ª Região, Relª. Juíza Selene Maria de Almeida, j.
05.11.2001, Publ. DJ 16.11.2001 p. 436)

TRF1-076584) EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. ITR.


ALIENAÇÃO DO IMÓVEL. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO ANTIGO
PROPRIETÁRIO. AUSÊNCIA DE GARANTIA DA EXECUÇÃO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NULIDADE DO TÍTULO.
1. Embora não garantida a execução, os Embargos foram recebidos
como exceção de pré-executividade, em face da manifesta nulidade
do título executivo.
2. O débito relativo ao ITR, sendo posterior à alienação do imóvel,
não é da responsabilidade do antigo proprietário, tenha ou não
comunicado a venda ao INCRA.
3. Apelação e Remessa Oficial improvidas.
Decisão:
Decide a Segunda Turma Suplementar, à unanimidade, negar
provimento à apelação e à Remessa Oficial.
(Apelação Cível nº 1996.01.00320 -7/MG, 2ª Turma Suplementar do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Lindoval Marques de Brito (Conv.), j.
06.11.2001, Publ. DJ 14.02.2002 p. 89)

TRF1-075920) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL -


CANCELAMENTO DA CDA ANTERIOR AOS EMBARGOS À
EXECUÇÃO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - APLICABILIDADE
DO ART. 26 DA LEI Nº 6.830/80 - APELAÇÃO NÃO PROVIDA.
1. "Se antes da decisão de primeira Instância, a inscrição de divida
ativa for, a qualquer título, cancelada, a execução fiscal será extinta,
sem qualquer ônus para as partes." (Art. 26 da Lei nº 6.830/80).
2. Se o débito é cancelado anteriormente a qualquer defesa da
executada, que somente nomeou bens à penhora e na sua petição
informou a existência de parcelamento do débito executado, sem
sequer opor exceção de pré-executividade, não são cabíveis
honorários advocatícios, nos exatos termos do art. 26 da Lei nº
6.830/80.
3. Apelação não provida.
4. Peças liberadas pelo Relator em 06.11.2001 para publicação do
Acórdão.
Decisão:
A 3ª Turm a decide negar provimento à apelação, por unanimidade.
(Apelação Cível nº 1997.390.00.08987 -2/PA, 3ª Turma do TRF da 1ª
Região, Rel. Juiz Luciano Tolentino Amaral, j. 06.11.2001, Publ. DJ
25.01.2002 p. 37)

TRF1-075881) PROCESSO CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO


FISCAL. AUSÊNCIA DE SEGURANÇA DO JUÍZO. LEI 6.830/80,
ART. 16, INCISO III. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NÃO-
CABIMENTO.
I - Os Embargos à Execução não podem ser admitidos sem prévia
segurança do Juízo, ex vi do art. 16 da Lei 6.830/80.
II - A exceção de pré-executividade não tem previsão em lei. Trata-se
de construção doutrinário-jurisprudencial admissível antes da
interposição de Embargos e aplicável em casos excepcionais. A
hipótese dos autos não se enquadra naquelas admissíveis pela
jurisprudência pátria.
III - Apelação desprovida.
Decisão:
A 3ª Turma do TRF - 1ª Região, por unanimidade, decide negar
provimento à apelação.
(Apelação Cível nº 2000.010.00.17128 -0/MG, 3ª Turma do TRF da 1ª
Região, Rel. Juiz Cândido Ribeiro, j. 14.11.2001, Publ. DJ
25.01.2002 p. 110)

TRF1-075873) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES.
I - A exceção de pré-executividade não está prevista em lei, mas é
admitida em nosso direito em razão de construção doutrinário-
jurisprudencial. É admissível nos casos em que é possível ao Juiz
conhecer, de ofício, a matéria alegada e quando houver prova
documental inequívoca capaz de demonstrar a nulidade da
execução.
II - A hipótese dos autos não se enquadra em exceção de pré-
executividade, uma vez que houve análise aprofundada de provas.
III - Agravo provido.
Decisão:
A 3ª Turma do TRF - 1ª Região, por unanimidade, decide dar
provimento ao Agravo de Instrumento.
(Agravo de Instrumento nº 2000.010.01.17493 -4/MG, 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Cândido Ribeiro, j. 14.11.2001, Publ. DJ
25.01.2002 p. 140)

TRF1-075866) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. ADMISSIBILIDADE. HIPÓTESES.
I - A exceção de pré-executividade não está prevista em lei, mas é
admitida em nosso direito em razão de construção doutrinário-
jurisprudencial. É admissível nos casos em que é possível ao Juiz
conhecer, de ofício, a matéria alegada. A hipótese dos autos não se
enquadra em exceção de pré-executividade, uma vez que deverá
haver dilação probatória quanto à ilegitimidade passiva alegada.
II - Agravo desprovido.
Decisão:
A 3ª Turma do TRF - 1ª Região, por unanimidade, decide negar
provimento ao agravo.
(Agravo de Instrumento nº 2001.010.00.19655 -1/DF, 3ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Cândido Ribeiro , j. 06.11.2001, Publ. DJ
25.01.2002 p. 168)

TRF1-056745) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.


"EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE" OU "OPOSIÇÃO PRÉ-
PROCESSUAL". CABIMENTO.
1. A "exceção de pré-executividade", ou "oposição pré-processual",
tem sido admitida, excepcionalmente, pela doutrina e jurisprudência,
em casos de vícios do título cuja evidência observa-se de plano, e
sem exigir dilação probatória ou maiores reflexões sobre o
questionamento jurídico da matéria. Trata-se de iniciativa que visa
proteger o Executado de situação à qual não se submeteria se o
vício do título não se observasse.
2. A discussão em torno do tema se é devida ou não a TR/TRD na
composição do débito exigido, importa em análise jurídica
aprofundada, implicando na própria definição do montante devido, a
qual, aliás, encontra expressa previsão como uma das questões a
viabilizarem a oposição de Embargos, consoante previsto no artigo
74, V, c/c o art. 745, ambos do CPC.
3. Improvimento do Agravo. Decisão confirmada.
(Agravo de Instrumento nº 19 95.01.00448-1/GO (00075128), 4ª
Turma do TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Alexandre Vidigal. j.
19.03.1999, Publ. DJ 09.04.1999 p. 365 Rep. DJ Data: 30.04.1999 p.
625).
Decisão:
À unanimidade, negar provimento ao recurso. Votaram com o Relator
(convocado Resolução 05/98-TRF), os Exmos Srs. Juízes Eliana
Calmon e Hilton Queiroz.
Referência Legislativa:
CPC Art. 745; Art. 74 Inc. V

TRF1-056215) PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL - PRÉ-


EXECUTIVIDADE - LIMITES.
1. Em execução de título extrajudicial, só por embargos é possível
produzir defesa.
2. Abre-se exceção para a hipótese de, nos próprios autos da
execução, argüir-se matéria de defesa. É o que se chama de pré-
executividade.
3. A pré-executividade está restrita às objeções (decadência,
pagamento, nulidade etc.).
4. Recurso improvido.
(Agravo de Instrumento nº 1998.010.00.80652 -1/DF (00081892), 4ª
Turma do TRF da 1ª Região, Relª. Juíza Eliana Calmon. j.
06.04.1999, Publ. DJ 13.08.1999, p. 238).
Decisão:
Negar provimento ao recurso, à unanimidade.
Referência Legislativa:
CPC Art. 225 Inc. II Inc. IV
CPC Art. 618 Inc. I; Art. 586; Art. 167 Inc. IV § 3º; Art. 598; Art. 285
CF/88 Art. 5º Inc. XXXV Inc. LIV Inc. LV

TRF1-051934) PROCESSO CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CABIMENTO.
I. A exceção de pré-executividade, como meio excepcional e atípico
que é, não pode ser generalizadamente admitida como substitutiva
aos embargos à execução. Sua hipótese de cabimento limita-se
àquelas situações apreciáveis ex officio pelo Magistrado
processante, independentemente de qualquer consideração ou
análise mais aprofundada.
II. Agravo de Instrumento improvido.
II. Agravo Regimental prejudicado.
(Agravo de Instrumento nº 1999.010.00.55381 -1/DF (00091472), 3ª
Turma do TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Cândido Ribeiro. j.
24.11.1999, Publ. DJ 25.02.2000 p. 58).
Decisão:
Por unanimidade, negar provimento ao Agravo de Instrumento e
julgar prejudicado o regimental.
Referência Legislativa:
CPC art. 618
Lei nº 6.830
Veja Também:
REsp 143.571, STJ, DJ 01/03/99
REsp 180.734, STJ, DJ 02/08/99
REsp 194.070, STJ, DJ 20/09/99
ROMS 9.980, STJ, DJ 05/04/99

TRF1-051291) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. SISTEMÁTICA LEGAL.
1. A exceção de pré-executividade, mesmo tolerada (porque não
prevista em lei) em casos em que o título exeqüendo apresente-se
de logo irreconhecível juridicamente, não é sucedâneo dos
embargos do devedor.
2. Improvimento do Agravo de Instrumento.
(Agravo de Instrumento nº 1999.010.00.26862 -2/BA (00093852), 3ª
Turma do TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Olindo Menezes. j.
16.02.2000, Publ. DJ 05.05.2000, p. 299).
Decisão:
Negar provimento ao agravo, à unanimidade.
Referência Legislativa:
CPC art. 745
TRF1-009986) CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INSTITUIÇÃO
FILANTRÓPICA. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO EM
FACE DO DISPOSTO NA LEI 3.577, DE 04 DE JULHO DE 1959 E
DO DECRETO 83.081, DE 24 DE JANEIRO DE 1979, ART. 68,
CAPUT E INCISOS. ARGÜIÇÃO DE OFENSA AO PRECEITO
ISONÔMICO AFASTADA. IMUNIDADE PREVISTA NO ART. 196, §
7º. EFICÁCIA LIMITADA. LEI 8.212, DE 24 DE JU LHO DE 1991.
CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIDADE.
I - Não tendo a embargante preenchido os requisitos no Decreto
83.081/79, para fins da isenção prevista na Lei nº 3.577/59, afasta-se
a sua argüição de violação de direito adquirido.
II - A igualdade está na lei a teor do disposto no art. 5º, caput da
Constituição da República.
III - O preceito contido no art. 195, § 7º da Constituição Federal tem
eficácia limitada.
IV - Considerando os termos do art. 146, II da Carta Constitucional, o
citado preceito ainda não foi complementado normativamente
(entendimento pessoal).
V - Mesmo para os que acolhem a aptidão da Lei nº 8.212/91 de
regrar o tema, subsiste a sua ineficácia em relação a fatos geradores
que se realizaram antes da sua edição.
VI - Hipótese em que as competências, objeto das execuções, são
anteriores à vigência da Lei nº 8.212/91, com exceção da
competência de julho de 1991, em relação à qual a embargante não
se desincumbiu do ônus da prova de atendimento dos requisitos
listados no art. 55 da mesma.
VII - A jurisprudência da Turma tem admitido, na hipótese de
pagamento da dívida executada, o cabimento da exceção de pré-
executividade.
VIII - Apelo provido. Remessa Oficial prejudicada.
(Apelação Cível nº 1997.010.00.28153 -0/MG (00091839), 4ª Turma
do TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Hilton Queiroz. j. 08.10.1999, Publ.
DJ 17.03.2000 p. 255).
Decisão:
Dar provimento ao Apelo, ficando prejudicada a Remessa Oficial, à
unanimidade.
Referência Legislativa:
Lei nº 3.577
Decreto nº 83.081 art. 68
Lei nº 8.212 art. 55 Inc. I Inc. II Inc. III Inc. IV Inc. V
Decreto-Lei nº 1.572 art. 68 Inc. I Inc. II Inc. III Inc. IV
CF/1988 art. 5º; art. 195 § 7º; art. 146 Inc. II; art. 197 § 7º
Lei nº 6.830 art. 16 § 2º
Veja Também:
AG 1997.01.010405/MG, TRF 1ª Região.

TRF1-009983) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR.


APLICAÇÃO DO ART. 191 DO CPC. CITAÇÃO REGULAR NA
EXECUÇÃO. CPC, ART. 215, § 1º. INTIMAÇÃO NA PESSOA DO
REPRESENTANTE LEGAL DA PESSOA JURÍDICA. CPC, ART.
249, § 1º. EXCEÇÃO DE PRÉ -EXECUTIVIDADE.
I - O art. 191 do CPC tem como destinatários os prazos para citação,
recurso e para falar nos autos, não incluído o prazo para o
ajuizamento de embargos do devedor.
II - Refuta-se a alegação de nulidade da citação na ação executiva,
considerando-se que a citação em empregado da empresa,
considerada hábil aos fins do art. 215, § 1º do CPC, de acordo com a
orientação jurisprudencial do c. STJ, produziu validamente seus
efeitos jurídicos, tendo sido realizadas as intimações da penhora e
reforço da penhora na pessoa do representante legal da pessoa
jurídica de direito privado.
III - A jurisprudência desta e. Turma tem abonado o cabimento da
exceção de pré-executividade nos casos de pagamento.
IV - Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 1996.01.33739 -3/MG (00091852), 4ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Hilton Queiroz. j. 08.10.1999, Publ. DJ
17.03.2000 p. 210).
Decisão:
Negar provimento ao Apelo, à unanimidade.
Referência Legislativa:
CPC art. 215 § 1º; art. 249 § 1º; art. 191; art. 741
Veja Também:
REsp 192972/RS, STJ;
REsp 179752/SP, STJ;
AG 1997.01.010405/MG, TRF 1ª Região.

TRF1-009896) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR.


FALTA DE GARANTIA. NÃO OCORRÊNCIA DE VIOLAÇÃO AOS
ART. 125, I, 131, 332 E 420, I, TODOS DO CPC E AO PRINCÍPIOS
CONSTITUCIONAIS PREVISTOS NO ART. 5º, XXXV E LV.
I - Prevalece na Turma o entendimento de que a garantia é requisito
de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo,
sendo cabível a concessão de oportunidade para sua regularização.
II - Resultando em vão as oportunidades para a efetivação da
garantia, não há violação de dispositivos do CPC (arts. 125, I, 131,
332 e 420, I) e dos princípios consagrados no art. 5º. XXXV e LV da
Constituição Federal na extinção dos embargos sem exame de
mérito.
III - A jurisprudência desta c. Turma tem abonado o cabimento de
exceção de pré-executividade nos casos de pagamento.
IV - Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 1996.01.36515 -0/DF (00092405), 4ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Hilton Queiroz. j. 08.10.1999, Publ. DJ
17.03.2000 p. 213).
Decisão:
Negar provimento ao Apelo, à unanimidade.
Referência Legislativa:
CPC art. 125 Inc. I; art. 131; art. 332 art. 420 Inc. I; art. 737
CF/1988 art. 5º Inc. XXXV Inc. LV
Veja Também:
AG 1997.01.00.10405, TRF 1ª Região, DJ 04.09.97.

TRF1-009893) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR.


FALTA DE GARANTIA. NÃO OCORRÊNCIA DE VIOLAÇÃO AOS
ARTS. 125, I, 131, 332 E 420, I, TODOS DO CPC E AO PRINCÍPIO
CONSTITUCIONAL NO ART. 5º, XXXV.
I - Prevalece na Turma o entendimento de que a garantia é requisito
de constituição e desenvolvimento válido e regular do processo,
sendo cabível a concessão de oportunidade para sua regularização.
II - Resultando em vão a oportunidade para a efetivação da garantia,
não há violação de dispositivos do CPC (arts. 125, I, 131, 332, e 420,
I) e do princípio consagrado no art. 5º, XXXV da Constituição Federal
na extinção dos embargos sem exame de mérito.

III - A jurisprudência desta c. Turma tem abonado o cabimento de


exceção de pré-executividade nos casos de vícios extrínsecos do
título executivo.
IV - Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 1996.01.40813 -4/DF (00092481), 4ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Hilton Queiroz. j. 08.10.1999, Publ. DJ
17.03.2000 p. 216).
Decisão:
Negar provimento ao Apelo, à unanimidade.
Referência Legislativa:
CPC art. 125 Inc. I; art. 131; art. 332 art. 420 Inc. I; art. 737 § 394
CF/1988 art. 5º Inc. XXXV
Veja Também:
AG nº 1997.01.0010405, TRF 1ª Região, DJ 04/09/97.

TRF1-009824) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR.


ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DA SENTENÇA AFASTADA.
ALEGAÇÕES DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS DA
SENTENÇA. ÂMBITO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
I - Não merecem ser conhecidas as alegações dissociadas dos
fundamentos da sentença.
II - Não é nula a sentença que contém o registro das principais
ocorrências havidas na tramitação do processo e os fundamentos do
convencimento do Julgador.
III - Em consonância com a orientação jurisprudencial desta Turma,
os vícios formais do título executivo, a prescrição e o pagamento
podem ser reconhecidos no âmbito da Exceção de Pré-
Executividade.
IV - Apelo improvido.
(Apelação Cível nº 1995.01.29498 -6/MG (00093674), 4ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Hilton Queiroz. j. 08.10.1999, Publ. DJ
17.03.2000 p. 169).
Decisão:
Negar provimento ao Apelo, à unanimidade.
Referência Legislativa:
CPC art. 458; art. 738
CC art. 82; art. 83 art. 84; art. 85 art. 86; art. 87 art. 88; art. 89 art. 90;
art. 91
CC art. 92; art. 93 art. 94; art. 95 art. 96; art. 97 art. 98; art. 99 art.
100; art. 101
CC art. 102; art. 103 art. 104; art. 105 art. 106; art. 107 art. 108; art.
109 art. 110; art. 111
CC art. 112; art. 113 art. 114; art. 115 art. 116; art. 117 art. 118; art.
119 art. 120; art. 121
CC art. 122; art. 123 art. 124; art. 125 art. 126; art. 127 art. 128; art.
129 art. 130
Súmula nº 14 do (STJ)
CC art. 145 Inc. II
Veja Também:
AG 1997.01.010405/MG, TRF 1ª Região.
TRF1-008751) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DO DEVEDOR.
INTEMPESTIVIDADE. LEF, ART. 16, III. SÚMULA 190 DO EXTINTO
TFR. CPC, ART. 738. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
CONHECIMENTO DE OBJEÇÕES.
I - Na execução fiscal, os embargos devem ser interpostos no prazo
de trinta dias, contados da intimação da penhora.
II - A jurisprudência da Turma continua referendando a aplicação do
enunciado da Súmula 190 do extinto TFR (A intimação pessoal da
penhora ao executado torna dispensável a publicação de que trata o
art. 12 da Lei das Execuções Fiscais).
III - Não conhecidos os embargos, fica prejudicado o exame de
argüição de coisa julgada, que, consoante a orientação pretoriana da
Turma, poderia ter sido veiculada em sede de exceção de pré-
executividade.
IV - Recurso improvido.
(Apelação Cível nº 1996.01.32241 -8/GO (00092997), 4ª Turma do
TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Hilton Queiroz. j. 19.11.1999, Publ. DJ
17.03.2000 p. 208).
Decisão:
Negar provimento ao recurso à unanimidade.
Referência Legislativa:
Lei nº 6.830 art. 16 Inc. II Inc. III; art. 12
Súmula nº 190 do (TFR)
CPC art. 738
Súmula nº 240 do (TFR)
Veja Também:
AG 92.01.32282-8/BA, TRF 1ª Região.
AG 1997.01.010405/MG, TRF 1ª Região.

TRF1-001626) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. ROL DO


ART. 11 DA LEI Nº 6.830/80. CARÁTER ABSOLUTO PARA O
EXECUTADO. CESSÃO DE DIREITOS DE PRECATÓRIOS. LEF,
ART. 11, VIII. FRÁGIL IDENTIFICAÇÃO DA GARANTIA.
EMBARGOS DO DEVEDOR. GARANTIA DO JUÍZO.
PRESSUPOSTO DE CONSTITUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO
VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO. LEF, ART. 16, § 1º.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE: NÃO CABIMENTO NA
HIPÓTESE DE VÍCIO MATERIAL.
I - A precedência consubstanciada no rol do art. 11 da Lei nº
6.830/80 tem caráter absoluto para o executado, tornando justa a
recusa de garantia oferecida sem observância da referida seqüência.
II - A cessão de direitos creditícios decorrentes de precatório não se
enquadra no inciso II do art. 11 da LEF, mas no inciso VIII do mesmo
dispositivo legal.
III - Hipótese em que sequer a garantia oferecida está perfeitamente
identificada.
IV - Não obstante o entendimento pessoal contrário, no sentido de
que a garantia do Juízo é condição da ação, segue-se a exegese
dominante nesta e. Turma, em favor da concessão de oportunidade
ao embargante para substituir a garantia, desaprovando a rejeição in
limine dos embargos.
V - A exceção de pré-executividade não comporta discussão sobre
vício material da certidão de dívida ativa.
VI - Recurso parcialmente provido, determinando o retorno dos autos
à Vara de origem.
(Apelação Cível nº 1998.010.00.81828 -0/DF (00106745), 4ª Turma
do TRF da 1ª Região, Rel. Juiz Hilton Queiroz. j. 28.09.2000, Publ.
DJ 26.01.2001, p. 65).
Decisão:
À unanimidade, deu parcial provimento à apelação e determinou o
retorno dos autos à Vara de origem. Participaram do julgamento
os(as) Exmos(as) Sr.(as) Juízes Ítalo Mendes e Carlos Olavo.
Referência Legislativa:
Lei nº 6.830 Art. 11 Inc. II Inc. VIII; Art. 16 § 1º
Decreto nº 578
CF/1988 Art. 93 Inc. IX
CPC Art. 284; Art. 257
Súmula nº 111 do TFR
Veja Também:
AG 0100007337/DF (TRF 1ª Região)
AG 1998.01.00.60229-3/MG (TRF 1ª Região)
AG 1999.01.00.45018-5 (TRF 1ª Região)
AC 96.01.23722-4/MG (TRF 1ª Região)

TRF2-063338) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO.


Desnecessidade de interposição in casu, assim como se garantia do
Juízo, exceção de pré-executividade. Possibilidade de manejo
mediante simples petição. Argüição de ilegitimidade passiva.
Desnecessária a oposição de Embargos à Execução é de garantia
do Juízo para que fosse argüida pela agravante a sua ilegitimidade
para o pólo passivo da execução fiscal em epígrafe, dado que para
tanto poderia perfeitamente ter-se utilizado, como fez, de execução
de pré-executividade, veiculada por simples petição. Precedentes do
STJ. Agravo de Instrumento provido para anular a decisão recorrida.
Decisão:
Acordam os membros da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da
2ª Região, a unanimidade, nos termos do voto do Relator, em dar
provimento ao recurso.
(Agravo de Instrumento nº 2000.02. 01.057038-6/RJ, 4ª Turma do
TRF da 2ª Região, Rel. Juiz Rogério Carvalho, j. 07.02.2001, Publ.
DJU 22.03.2001)

TRF2-063235) PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO


- EXECUÇÃO FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE
LITISPENDÊNCIA - INEXISTÊNCIA.
I - A "Exceção de pré executividade" consiste numa construção
doutrinária através da qual poderá o executado argüir matéria de
ordem pública, ligada à admissibilidade da execução, e que poderia
em razão desta sua natureza - ser conhecida de ofício pelo Juízo da
execução.
II - Inexiste litispendência quando as Execuções Fiscais se fundam
em títulos executivos extrajudiciais diversos.
III - Agravo improvido.
Decisão:
Por unanimidade, negou-se provimento ao agravo na forma do voto
do Relator.
(Agravo de Instrumento nº 2 000.02.01.022600-6/RJ, 2ª Turma do
TRF da 2ª Região, Rel. Juiz Sérgio Feltrin Correa, j. 21.02.2001,
Publ. DJU 29.03.2001)

TRF2-062370) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL -


DEFESA DO EXECUTADO - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
(EXCEPCIONALIDADE) - MATÉRIAS DE COGNIÇÃO DE OFÍCIO
OU QUE DISPENSEM DILAÇÃO PROBATÓRIA PARA
DESCARACTERIZAR O TÍTULO EXECUTIVO - PRECEDENTES.
I - Agravo de instrumento desafiando indeferimento de suspensão de
execução fiscal, suscitada pelas devedoras, alegando exceção de
pré-executividade, por não terem empregos domésticos; ausência de
notificação extrajudicial para pagamento do débito, por já se
encontrar quitada dívida objeto da ação executiva e também por
estar prescrito direito ao débito fiscal referente ao período de janeiro
de 1992 a 1997;
II - Em regra, a defesa do executado se faz por meio dos embargos
do devedor, depois de garantido o Juízo da execução;
III - A exceção de pré-executividade é admissível, excepcionalmente,
quando a matéria suscitada puder e dever ser conhecida de ofício
pelo Juiz da causa, não demandem dilação probatória para elidir a
presunção de liquidez e certeza do título executivo;
IV - Precedentes do STJ;
V - Na hipótese vertente, as questões levantadas pelas executadas
não dizem respeito às matérias cognoscíveis de ofício ou que
dispensem produção de provas descaracterizar o título exeqüendo,
devendo ser deduzidas em sede de embargos do devedor;
VI - Agravo de instrumento improvido.
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, nos termos
do voto do(a) Relator(a).
Referências Legislativas:
LEF-80 Lei de Execução Fiscal
Lei nº 6.830, Art. 16 § 1º
RITRF2-89 Regimento Interno do TRF da 2ª Região
Leg. Fed. RGI/1989, Art. 39 Inc. IX
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 736
(Apelação Cível nº 2000.02.01.039027 -0/RJ, 1ª Turma do TRF da 2ª
Região, Rel. Juiz Ney Fonseca, j. 09.04.2001, Publ. DJU 21.06.2001)

TRF2-062314) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. DÚVIDAS QUANTO AO DOCUMENTO
COMPROBATÓRIO DO PAGAMENTO. PROSSEGUIMENTO DA
EXECUÇÃO.
- A exceção de pré-executividade deve levar à extinção apenas em
casos nos quais haja certeza de que a pretensão deduzida esbarra
em obstáculos intransponíveis.
- Havendo dúvida em relação a documento apresentado, deve o
processo prosseguir para que contra a formação de um juízo seguro
acerca do efetivo pagamento.
- Apelação provida.
Decisão:
Por unanimidade, deu-se provimento à apelação na forma do voto do
Relator.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 326
LAF-69 Lei da Alienação Fiduciária - Decreto-Lei nº 911
(Apelação Cível nº 2000.02.01.047520 -1/RJ, 2ª Turma do TRF da 2ª
Região, Rel. Juiz Espírito Santo, j. 18.04.2001, Publ. DJU
10.07.2001)

TRF2-061723) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE FUNDADA NA INEFICÁCIA DE TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. CABIMENTO. NULIDADE DA
EXECUÇÃO (ART. 618 DO CPC). EXTINÇÃO DO PROCESSO
(ART. 267, VI, DO CPC). INDENIZAÇÃO INDEVIDA.
CONDENAÇÃO EM VERBA HONORÁRIA. PERCENTUAL.
- A exceção de pré-executividade, construção doutrinário-pretoriana,
é instrumento plenamente admissível na sistemática processual
pátria e representa meio autônomo de defesa, à disposição do
executado. O seu oferecimento, para argüir a nulidade da execução,
independe da oposição de embargos do devedor e não constitui
ofensa ao CPC.
- Se do confronto entre o título executivo apresentado pelo
exeqüente e o valor pretendido executar não se fizer possível aferir a
certeza da dívida e seu exato montante, inadmissível será a
execução, por sua manifesta nulidade, consoante a dicção do art.
618, I, do CPC. Afinal, o processo de execução tem por pressuposto
um título líquido, certo e exigível, sendo imprescindível que os
valores exeqüendos guardem consonância com a dívida (cf. STJ,
REsp 109869/MG).
- Quanto à pretensão indenizatória fulcrada no art. 1531 do Código
Civil e no art. 42 do Código de Defesa do Consumidor, o próprio
acolhimento da exceção de pré-executividade inviabiliza o seu
deferimento, eis que a impossibilidade de se determinar a liquidez e
certeza do título impede se verifique também a ocorrência de
eventual excesso por parte do exeqüente, certo ainda que o sucesso
de tal pretensão dependeria da prova de haver o credor agido com
má fé (Súmula 159 do STF), a exigir exame de natureza tipicamente
cognitiva, inadequado ao procedimento executivo.
- Ausência de oposição de Embargos à Execução não serve de
fundamento a que se deixe de condenar a exeqüente em honorários
advocatícios (STJ, REsp 158884/RS), eis que evidentemente
sucumbiu em sua pretensão executiva e instaurado típico incidente
litigioso que obrigou a executada a lançar mão de instrumentos de
defesa no processo, necessários à garantia de seus interesses.
- Desproporcional o valor de R$ 500,00 fixado a título de honorários
em prol de advogado que suscitou com êxito exceção de pré-
executividade em processo de execução de mais de R$
25.000.000,00, sendo excessivo, todavia, o pleito de fixação da
verba no percentual de 10% sobre esse montante. Fixação dos
honorários advocatícios em 1,5% (um e meio por cento) do valor
atribuído à causa, nos moldes do art. 20, § 4º, do CPC.
- Improvimento do recurso interposto pela CEF. Provimento parcial
da Apelação da COFLUHAB, restrito este à majoração da verba
honorária.
Decisão:
Por unanimidade, negou-se provimento à Apelação da CEF e deu-se
parcial provimento ao apelo do autor na forma do voto do Relator. O
Desembargador Federal Paulo Espírito Santo deu-se por suspeito
por motivo de foro íntimo.
Referências Legislativas:
CDC-90 Código de Defesa do Consumidor - Lei nº 8.078, Art. 42
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 20 § 4º, Art. 267
Inc. VI, Art. 618 Inc. I
CC-16 Código Civil - Lei nº 3.071, Art. 1.531
(Apelação Cível nº 2000.02.01.039574 -6/RJ, 2ª Turma do TRF da 2ª
Região, Rel. Juiz Sérgio Feltrin Corrêa, j. 27.06.2001, Publ. DJU
21.08.2001)

TRF2-061279) PROCESSUAL CIVIL - TRIBUTÁRIO - EXCEÇÃO


DE PRÉ EXECUTIVIDADE - AGRAVO DE INSTRUMENTO -
SOCIEDADE LIMITADA - RESPONSABILIDADE DO SÓCIO PELAS
OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS DA PESSOA JURÍDICA (ARTIGO
173, III).
I - O Sócio e a pessoa jurídica formada por ele são pessoas distintas
(Código Civil, artigo 20). Um não responde pelas obrigações da
outra.
II - O CTN, no inciso III do artigo 135, impõe responsabilidade, não
ao sócio, mas ao gerente, diretor ou equivalente. Assim, sócio-
gerente é responsável, não por ser sócio, mas por haver exercido a
gerência.
III - Configurada a desnecessidade de constar o nome de co-
responsável na Certidão da Dívida Ativa (CDA), uma vez que a
conexão dirige-se, primariamente, em face da empresa e não dos co-
responsáveis tributários.
IV - Ressalva do entendimento do Relator.
V - Recurso improvido.
(Agravo nº 1999.02.01.035590 -2/ES, 2ª Turma do TRF da 2ª Região,
Rel. Juiz Sérgio Feltrin Correa. j. 23.08.2000, Publ. DJU
26.10.2000).
Referência Legislativa:
Leg. Fed. Dec. 3.708/19 Art. 10
CC Art. 20
CTN Art. 135 Inc. III, Art. 173 Inc. III.
CPC Art. 544 § 2º Art. 568 Inc. V
Veja Também:
AG 248298/CE DJ. 14/10/1999 RE 99.551-0 DJ. 01/07/1983
Decisão:
Por unanimidade, negou-se provimento ao agravo de instrumento na
forma do voto do Relator.

TRF2-059627) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO HONORÁRIOS
APLICABILIDADE.
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça vem se
posicionando favoravelmente à aplicação de honorários advocatícios
nas execuções que tenham sido extintas, inclusive, mediante manejo
da exceção de pré-executividade (STJ, REsp's 253693/RS e
195351/MS).
Apelação provida para condenar a apelada ao pagamento de
honorários advocatícios de 10% (dez por cento) do valor da causa,
atualizado, no mais o julgado recorrido.
(Apelação Cível nº 2000.02.01.035219 -0/RJ, 4ª Turma do TRF da 2ª
Região, Rel. Juiz Rogério Carvalho. j. 04.10.2000, Publ. DJU
11.01.2001).
Referência Legislativa:
CPC Art. 20 § 3º § 4º
Decisão:
Acordam os membros da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal
da Segunda Região, à unanimidade, nos termos do voto do Relator,
em dar provimento ao recurso.

TRF2-056878) PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO DE


INSTRUMENTO - PROCESSO DE EXECUÇÃO - VÍCIO
FUNDAMENTAL - ARTIGOS 267, § 3º, 586 E 618, I, DO CPC.
Processo de execução eivado de vício fundamental. O título
executivo não se reveste de liquidez e certeza. Nulidade.
A parte pode argüir o vício por meio de exceção de pré-
executividade, independentemente de Embargos à Execução. O
Magistrado pode declará-lo de ofício em qualquer tempo e grau de
jurisdição.
Incidência dos artigos 267, § 3º, 586 e 618, I, do CPC.
Suspensão da execução diante da possibilidade de resultar lesão
grave e de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação.
Artigos 558, do CPC e 39, § 1º, V, do Regimento Interno do TRF/2ª
Região.
Agravo Regimental improvido. Decisão confirmada.
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 99.02.25590 -6/RJ,
3ª Turma do TR F da 2ª Região, Rel. Juiz Francisco Pizzolante. j.
01.12.1999, Publ. DJU 16.05.2000).
Referência Legislativa:
CPC Art. 267 § 3º Art. 586, Art. 618 Inc. I, Art. 558, Art. 39 § 1º Inc. V
Outras Fontes:
Fls. 234/283 16.05.2000
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao Agravo
Regimental, nos termos do voto do Relator.

TRF2-056209) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS.
AUSÊNCIA.
- Somente o formalismo exagerado pode determinar seja procedida a
penhora em hipóteses em que se destina comprovar a inexistência
de dívida, seja por quitação, seja por novação, com assunção da
dívida por terceiro.
- O objetivo da exibição da documentação é o de comprovar que a
dívida fora novada e, sendo a exeqüente uma instituição financeira, é
de se presumir que tenha registrado todos os dados referentes às
operações com seus clientes.
- Embargos de declaração improvidos, por unanimidade.
(Agravo de Instrumento nº 98.02.11190 -2/RJ, 1ª Turma do TRF da 2ª
Região, Rel. Juiz Ricardo Regueira. j. 13.10.1999, Publ. DJU
04.07.2000).
Referência Legislativa:
CPC Art. 652.
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento aos Embargos de
Declaração, nos termos do voto do(a) Relator(a).

TRF3-046044) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - INADEQUAÇÃO -
MATÉRIA QUE EXIGE DILAÇÃO PROBATÓRIA.
- A exceção de pré-executividade, meio excepcional de impugnação
à execução criado pela doutrina e aceito pela jurisprudência, não é o
instrumento adequado para a discussão acerca da nulidade do título
executivo, por suposto lançamento baseado em extratos bancários.
- Matéria que exige dilação probatória, somente discutível em sede
de embargos do devedor.
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, nos termos
do voto do(a) Relator(a).
Veja Também:
REsp 40078/RS, STJ, Rel. Sálvio de Figueiredo, DJ 02.03.98, p. 92
REsp 72837/PE, STJ, Rel. Waldemar Zveiter, DJ 04.11.96, p. 42472
Observações:
Indexação: vide ementa
(Agravo de Instrumento nº 2001.03.00.011044 -0/SP, 6ª Turma do
TRF da 3ª Região, Rel. Juiz Mairan Maia, j. 22.08.2001, Publ. DJU
03.10.2001, p. 545)

TRF3-045574) PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO


FISCAL - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - DESISTÊNCIA
DO EXEQÜENTE - ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA - HONORÁRIOS
FIXADOS DE ACORDO COM ART. 20, § 4º, DO CPC.
1. A desistência da execução fiscal, por força de defesa apresentada
pelo executado, ainda que nos próprios autos, mediante advogado
constituído para este fim, não isenta o exeqüente do pagamento do
ônus de sucumbência, por força do princípio da causalidade.
Incidência da Súmula nº 153 do STJ.
2. Apelação e remessa oficial parcialmente providas para reduzir a
verba honorária, de forma a ajustá-la ao comando do art. 20,§ 4º, do
CPC.
Decisão:
A Turma, por unanimidade, deu provimento parcial à Apelação e à
Remessa Oficial, nos termos do voto do(a) Relator(a).
Referências Legislativas:
LEF-80 Lei de Execução Fiscal - Lei nº 6.830, Art. 26
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 20 § 4º
Doutrinas:
Autor: Humberto Theodoro Junior. Título: Lei de Execução Fiscal, ed.
5ª, 1998, pág.: 121
Veja Também:
AC 92.03.033585, TRF/3, Relª. Lúcia Figueiredo, DOE 29.03.1993
REsp 95.0062438, STJ, Rel. Demócrito Reinaldo, DJ 01.07.1996
REsp 67.145/GO, STJ, Rel. Cláudio Santos, DJ 29.04.1996, p.
13415
Observações:
Súmula 153, STJ: "a desistência da execução fiscal, após o
oferecimento dos embargos, não exime a exeqüente dos encargos
da sucumbência."
(Apelação Cível nº 2001.03.99.019883 -4/SP, 6ª Turma do TRF da 3ª
Região, Rel. Juiz Mairan Maia, j. 10.10.2001, Publ. DJU 07.01.2002
p. 111)

TRF3-045547) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - SUSPENSÃO DO
PROCESSO EXECUTIVO - INADMISSIBILIDADE.
1. A exceção de pré-executividade, meio excepcional de impugnação
à execução criado pela doutrina e aceito pela jurisprudência, não tem
aptidão para suspender o processo executivo e, por conseqüência,
impedir a realização da penhora.
2. A suspensão obrigatória da execução ocorre apenas na hipótese
de oposição de embargos. Inteligência do art. 739, § 1º, do CPC.
3. Agravo improvido.
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, nos termos
do voto do(a) Relator(a).
Referências Legislativas:
LEF-80 Lei de Execução Fiscal - Lei nº 6.830
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 739 § 1º
(Agravo de Instrumento nº 2001.03.00.025682 -3/SP, 6ª Turma do
TRF da 3ª Região, Rel. Juiz Mairan Maia, j. 24.10.2001, Publ. DJU
10.01.2002 p. 460)

TRF3-045123) EXECUÇÃO FISCAL. EXTINÇÃO. CONDENAÇÃO


EM HONORÁRIOS.
I - Remessa oficial tida por interposta em observância ao artigo 475,
II, do Código de Processo Civil.
II - O pedido de desistência da ação ocasionando sua extinção,
proposto antes de decisão terminativa em embargos opostos pelo
contribuinte, bem como exceção de pré-executividade, não exime a
condenação em custas e honorários advocatícios.
III - Honorários fixados modicamente em observância ao que dispõe
o artigo 20, § 4º do Código de Processo Civil.
IV - Remessa oficial e recurso improvidos.
(Apelação Cível nº 1999.03.99.113868 -0/SP (00054511), 2ª Turma
do TRF da 3ª Região, Rel. Juiz Ferreira da Rocha. j. 29.09.2000,
Publ. DJU 28.03.2001, p. 595).
Observação:
A 2ª Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso do INSS
e à remessa oficial, tida por interposta.
Observação:
Súmula nº 153 STJ: "A desistência da execução fiscal, após o
oferecimento dos embargos, não exime o exeqüente dos encargos
da sucumbência".
Referência Legislativa:
CPC art. 475, Inc. II; art. 20, § 4º
Súmula nº 153 do STJ"

TRF3-045122) EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
I - As metades deduzidas pelo apelante são assuntos que devem ser
tratadas por intermédios de embargos do devedor, não se
confundindo com as que podem ser discutidas na denominada
exceção de pré-executividade, tais como pagamento, decadência,
prescrição, remissão, anistia.
II - A utilização da exceção de pré-executividade é excepcional,
sendo regra a utilização dos embargos de devedor, para o que é
imprescindível a garantia do juízo.
III - Recurso improvido.
(Apelação Cível nº 98.03.077539 -1/SP (00054495), 2ª Turma do TRF
da 3ª Região, Rel. Juiz Ferreira da Rocha. j. 15.09.2000, Publ. DJU
28.03.2001, p. 588).
Observação:
A 2ª Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso.
Referência Legislativa:
CPC art. 737
Veja Também:
AG 96.03.079349-3/SP, TRF 3ª Região, Rel. Manoel Álvares, DJU
18.11.98, p. 502
REsp 91.7410/MT, STJ, Rel. Sálvio de Figueiredo, DJU 25.11.91, p.
17.078
AG 94.04.49682, TRF 4ª Região, Relª. Virgínia Amaral Scheibe, DJU
17.07.96, p. 49.336

TRF3-044244) AÇÃO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


INADMISSIBILIDADE. NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE
PROVAS. INVIABILIDADE.
I - A exceção de pré-executividade é admissível incidentalmente no
bojo da própria execução, porém, não substitui nem se identifica com
ação anulatória objetivando a desconstituição do título executivo.
II - Conquanto não prevista em lei, a exceção de pré-executividade
tem sido aceita pela doutrina. O direito que fundamenta a exceção
deve ser aferível de plano, possibilitando ao juízo verificar,
liminarmente a pré-existência de direito incontroverso do executado
ou do vício que inquina de nulidade o título executivo, e por
conseqüência obstar a execução.
III - A matéria dependente de instrução probatória, não pode ser
objeto de exceção de pré-executividade. As alegações do executado
não podem ser conhecidas de plano, sendo necessária a abertura de
prazo para que a exeqüente manifeste-se e para a produção de
provas.
IV - Apelação improvida.
(Apelação Cível nº 1999.03.99.091595 -0/SP (00050589), 6ª Turma
do TRF da 3ª Região, Rel. Juiz Mairan Maia. j. 15.03.2000, Publ.
DJU 12.04.2000, p. 387).
Observação:
A Turma, por unanimidade, negou provimento à Apelação, nos
termos do voto do(a) Relator(a).
Referência Legislativa:
CPC art. 267, Inc. I; art. 295"

TRF3-043073) PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - NÃO CABIMENTO.
I - O executado deve alegar, no prazo dos embargos, toda a matéria
útil à sua defesa.
II - A exceção de pré-executividade somente tem sido aceita pela
doutrina e pela jurisprudência quando flagrante a nulidade do título
ou da execução.
III - Agravo de instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 1999.03.00.009450 -4/SP (00052939), 3ª
Turma do TRF da 3ª Região, Re lª. Juíza Cecília Marcondes. j.
11.10.2000, DJU Data: 08.11.2000, p. 192).
Observação:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, nos termos
do voto do(a) Relator(a).
Referência Legislativa:
LEF/80 Lei de Execução Fiscal Lei nº 6.830 art. 16 § 2º
Veja Também:
Ag. 3064349, TRF3, Rel. Manoel Alvares, DJ 10.02.98, p. 280

TRF3-042519) PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL -


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - PEDIDO DE EXPEDIÇÃO
DE OFÍCIO PARA O CANCELAMENTO DE REGISTRO EM
CADASTRO DE INADIMPLENTES - INDEFERIMENTO - MEDIDA
ESTRANHA AO ÂMBITO DO PROCESSO - AGRAVO IMPROVIDO.
- De ordinário, não é tarefa do poder judiciário determinar, no âmbito
do processo de execução, o cancelamento de registro de débito
junto a cadastro de inadimplentes.
- A intervenção judicial cabe somente na hipótese de o credor resistir
ao cancelamento do registro mesmo depois de reconhecida a
inexistência do débito ou da mora.
(Agravo de Instrumento nº 1999.03.00.051540 -6/SP (00052037), 6ª
Turma do TRF da 3ª Região, Rel. Juiz Nelton Santos . j. 03.05.2000,
DJU 13.09.2000, p. 570)
Observação:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo, nos termos
do voto do(a) Relator(a).

TRF3-041797) EXECUÇÃO FISCAL. EMBARGO. ITR. EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA.
FAZENDA PÚBLICA. INÉRCIA DO EXEQUENTE.
DESCABIMENTO. INTERESSE PÚBLICO. INTIMAÇÃO PESSOAL
DO REPRESENTANTE DA FAZENDA PÚBLICA.
1 - Em face do princípio da indisponibilidade dos direitos da Fazenda
Pública, é indispensável a intimação pessoal do represente da
Fazenda Pública para a prática dos atos processuais, a teor do
disposto no art. 25 da Lei de Execuções Fiscais.
2 - Sentença reformada.
3 - Remessa oficial provida.
(Remessa Ex-Officio nº 98.03.087453 -5/SP (00048933), 4ª Turma do
TRF da 3ª Região, Rel. Juiz Manoel Alvares. j. 20.10.1999, Publ. DJ
25.02.2000 p. 1407).
Observação:
A Quarta Turma, por unanimidade, deu provimento à remessa oficial,
nos termos do voto do(a) Relator(a).
Referência Legislativa:
Lei nº 6.830 Art. 25
Veja Também:
REsp 37896/SP, STJ, Rel. Min. Milton Luiz Pereira DJU 08/05/1995,
p. 12305.
AG 244.592-2, TJSP, 11ª Câm., Rel. Des. Laerte Nordi, j. 1/9/94,
JTJ-LEX 164/212.

TRF3-041310) EXECUÇÃO FISCAL. EMBARGOS. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. DECADÊNCIA. DILAÇÃO PROBATÓRIA.
NECESSIDADE.
1 - Entre a ocorrência do fato gerador e a constituição do crédito,
com a notificação do lançamento, corre o prazo decadencial.
Havendo recurso administrativo, enquanto o contribuinte não for
notificado da decisão final desse procedimento, não corre qualquer
prazo, de decadência ou de prestação.
2 - No caso vertente, não se encontram disponíveis elementos
suficientes que permitam concluir pela decadência, sendo necessária
dilação probatória, incompatível com a defesa por via de exceção de
pré-executividade.
3 - A lavratura do auto de infração afasta a hipótese de decadência
suscitada.
4 - Apelação e remessa oficial providas.
(Apelação Cível nº 1999.03.99.007562 -4/SP (00048213), 4ª Turma
do TRF da 3ª Região, Rel. Juiz Manoel Alvares. j. 29.09.1999, Publ.
DJ 17.12.1999, p. 1387).
Observação:
A Quarta Turma, por unanimidade, deu provimento à apelação e à
remessa oficial, nos termos do voto do Juiz Convocado Relator.
Referência Legislativa:
Decreto-Lei nº 1.608 art. 4º
CTN art. 173
Doutrina:
Autor: Hugo de Brito Machado. Título: Curso de Direito Tributário,
Editora: Malheiros, ed. 11ª, pág.: 456
Veja Também:
Ag 960447992 DJU 27/11/96, p. 91446, Juiz Teori Albino Zavascki
TRF 4ª Reg.

TRF4-069400) EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA TÍTULO DA DÍVIDA


PÚBLICA. ILIQUIDEZ. IMPOSSIBILIDADE. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. COMPETÊNCIA.
1. A inexigibilidade do título da dívida pública nomeado pelo credor
abala a liquidez necessária para garantir a execução.
2. Por aplicação analógica do art. 20 da Lei de Execuções Fiscais, é
o Juízo deprecante competente para a análise da exceção de pré-
executividade proposta pelo executado.
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao Agravo de
Instrumento.
Referências Legislativas:
Decreto nº 7.330
Decreto nº 263
Decreto-Lei nº 396
Lei nº 6.830, Art. 11 Inc. II, Art. 20
Decreto nº 20.910, Art. 1º
Veja Também:
TRF 4ª Região AG nº 2000.04.01.101584 -6-RS, DJ 14.03.01
AG nº 2000.04.01.095409 -0-SC. j. 26.10.00;
AG nº 1998.04.01.075487 -0-RS, DJ 17.03.99;
AG nº 1999.04.01.005399 -9-RS, DJ 04.08.99.
STJ: AGVAG nº 314.708 -SP, DJ 12.02.01.
(Agravo de Instrumento nº 2000.04.01.114931 -0/SC, 1ª Turma do
TRF da 4ª Região, Relª. Juíza Maria Lúcia Luz Leiria. j. 22.11.2001,
Publ. DJU 16.01.2002 p. 498)

TRF4-069387) EXECUÇÃO FISCAL. EXTINÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE. PAGAMENTO DO DÉBITO ANTERIOR AO
AJUIZAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. INAPLICABILIDADE DO ART. 26, LEF. ART. 20, §
3º E 4º, DO CPC.
1. Extinta a execução fiscal após a apresentação de defesa, na
forma de exceção de pré-executividade, na qual foi alegado o prévio
pagamento do débito executado, deverá a exeqüente arcar com o
pagamento dos honorários advocatícios, uma vez que a executada
foi compelida a contratar advogado para representá-la em Juízo e
faz jus ao ressarcimento de tais despesas.
2. Hipótese em que não cabe a aplicação do art. 26 da Lei de
Execuções Fiscais - Lei 6.830/80.
3. Não é ônus do contribuinte informar à exeqüente o prévio
pagamento, já que, pagos os débitos à Fazenda Nacional, os valores
são prontamente creditados à Fazenda, por meio de sistema
eletrônico de dados.
4. A jurisprudência desta Corte tem considerado adequado à espécie
honorários de 10% sobre o valor atualizado da causa.
5. Remessa oficial improvida e apelação da executada provida.
Decisão:
A Turma, por unanimidade, deu provimento ao apelo e negou
provimento à remessa oficial.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil - Lei nº 5.869, Art. 20 § 3º § 4º
Veja Também:
TRF 4ª Região AC nº 1998.04.01.014632 -8-RS, DJ 14.10.98, Pg:
546
AC nº 98.04 .08208-0-RS, DJ 17.06.98, Pg: 411
REO nº 97.04.42510 -4-RS, DJ 15.04.98, Pg: 239
AC nº 1998.04.01.064110 -8, DJ 10.11.99, Pg: 13
(Apelação Cível nº 2000.04.01.095166 -0/RS, 1ª Turma do TRF da 4ª
Região, Rel. Juiz Luiz Carlos de Castro Lugon. j. 08.11.2001, Publ.
DJU 16.01.2002 p. 512)
TRF4-068679) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.
EXCEÇÕES DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, PAGAMENTO E
INCOMPETÊNCIA REJEITADAS DE PLANO.
1. Não se pode suscitar matérias que demandem dilação probatória
em exceção de pré-executividade, que somente podem ser
invocadas em embargos à execução.
2. A proposição de ação de consignação em pagamento, com
depósitos parciais levados a efeito mensalmente, não impede o
credor, munido de título executivo, de promover a execução.
3. Não há conexão entre ação de conhecimento e execução fiscal,
na medida que nesta última não há discussão do débito. A conexão
somente poderá ocorrer quanto aos embargos à execução.
4. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça e desta Corte.
5. Agravo de Instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 2000.04.01.072367 -5/RS (00077569), 1ª
Turma do TRF da 4ª Região, Relª. Juíza Ellen Gracie Northfleet. j.
05.09.2000, Publ. DJU 27.09.2000, p. 96).
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao Agravo de
Instrumento.
Veja Também:
TRF/4ª R: AG 96.04.74992 -0/RS, DJ 27.11.96, p. 91446.
STJ: REsp 2793/MT, DJ 03.12.90, p. 14322, RSTJ 19/394; REsp
146.257/RS, DJ 14.12.98, p. 207, RSTJ 118/212; AGA 216.176/SP,
DJ 02.08.99, p. 169."

TRF4-068203) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. QUANTIAS


JULGADAS COMO DEVIDAS PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA
UNIÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE REJEITADA.
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
Tendo o Tribunal de Contas da União julgado irregulares contas dos
agravantes que geraram o débito das quantias executadas, é
insofismável a respectiva legitimidade passiva para o processo de
execução.
(Agravo de Instrumento nº 1999.04.01.128599 -7/RS (00075584), 4ª
Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Valdemar Capeletti. j.
02.05.2000, Publ. DJU 24.05.2000 p. 332).
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao Recurso, nos
termos do voto do Relator.

TRF4-067522) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEPÇÃO DE "PRÉ-EXECUTIVIDADE". LEI 6830/80, ARTS. 16, §
3º, E 38. QUITAÇÃO POR COMPENSAÇÃO. MATÉRIA
RESERVADA AOS EMBARGOS NÃO ALEGÁVEL POR MERA
PETIÇÃO NOS AUTOS DA EXECUÇÃO.
Temerário, num sistema processual onde se tem profundas e
generalizadas desconformidades com o excesso de vias recursais,
estabelecer, no processo de execução, uma pré-cognição, que vem
a ser a "exceção de pré-executividade". Porém, situações
extremadas há em que é tão descabida a execução proposta, do
modo como proposta, que impor ao executado o ônus de oferecer
bem à penhora e embargar uma execução seria um excesso, uma
arbitrariedade. Daí, é certo que ao executado é dado peticionar nos
autos da execução para requerer seja apreciado vício na execução
que seja conhecível de imediato. Em execução fiscal, a aceitação da
"exceção de pré-executvidade" é ainda mais restrita e impõe ao
Julgador exigir que seja demonstrada irregularidade tão
extraordinária que não seja superável, em tese, pela presunção de
liquidez e certeza do crédito representado pela CDA, nem pela
prerrogativa dada ao FISCO de, a qualquer tempo até a decisão de
primeira instância, substituir a CDA. E terá de ser de tal evidência e
inarredabilidade, em tese, o vício, que justifique a não aplicação do
art. 16, § 3º, da Lei 6.830/80, reforçado pelo art. 38 da mesma Lei.
Em sede de execução fiscal não tem lugar a "exceção de pré-
executividade", com os contornos e abrangência que vêm lhe
atribuindo a doutrina e a alguns precedentes jurisprudenciais, em
matéria de direito privado.
Isto, como não poderia ser diferente, sem óbice a que o executado,
por mera petição nos autos da execução, independente de penhora
ou ajuizamento de embargos, provoque a manifestação do Juízo
acerca de eventual vício flagrante do título ou no processamento da
execução. A extinção do crédito tributário pela compensação não é
matéria cuja apreciação seja viável em mera alegação nos autos da
execução, a dispensar oferecimento de embargos, não prejudicando,
de pronto, a liquidez e certeza do crédito representado na CDA.
(Apelação Cível nº 1999.04.01.046029 -5/RS (00080302), 1ª Turma
do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Guilherme Beltrami. j. 20.0 6.2000,
Publ. DJU 19.07.2000 p. 68).
Decisão:A Turma, por unanimidade, deu provimento à apelação e à
remessa oficial.

TRF4-067410) EXECUÇÃO FISCAL. CARTA PRECATÓRIA.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE APRESENTADA NO JUÍZO
DEPRECADO. RECOLHIMENTO DO MANDADO E RESTITUIÇÃO
DA PRECATÓRIA AO JUÍZO DEPRECANTE.
A competência para decidir sobre o cabimento ou não da exceção de
pré-executividade, a matéria passível de ser versada neste incidente,
a necessidade de segurança do Juízo para sua interposição e a
representação processual da excipiente, é do Juízo deprecante.
(Agravo de Instrumento nº 1999.04.01.139211 -0/SC (00075282), 2ª
Turma do TRF da 4ª Região, Relª. Juíza Tania Terezinha Cardoso
Escobar. j. 16.03.2000, Publ. DJU 19.04.2000).
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao Agravo de
Instrumento, nos termos do voto do(a) Juiz(a) Relator(a).

TRF4-067406) PROCESSUAL. DOCUMENTAÇÃO. CÓPIAS NÃO


AUTENTICADAS.
Apresentadas cópias não autenticadas de documentos em exceção
de pré-executividade, cumpre ao Juiz determinar sua autenticação e
só rejeitar a pretensão deduzida se não regularizado o vício no prazo
assinado. Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 98.04.04606 -7/RS (00075154), 2ª Turma
do TRF da 4ª Região, Relª. Juíza Tania Terezinha Cardoso Escobar.
j. 16.03.2000, Publ. DJU 19.04.2000 p. 8).
Decisão:
A Turma, por unanimidade, deu provimento ao Agravo de
Instrumento.

TRF4-066920) EXECUÇÃO FISCAL. CRÉDITO TRIBUTÁRIO


PENDENTE DE APRECIAÇÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A inscrição em dívida ativa pressupõe crédito tributário
definitivamente constituído no âmbito administrativo, vale dizer,
crédito exigível. A rigor, o crédito tributário somente passa a ser
exigível após a conclusão das fases oficiosa e contenciosa do
procedimento administrativo de lançamento, quando já não caibam
mais reclamações ou recursos, seja porque transcorreu o prazo
legalmente estipulado para tanto, seja porque tenha sido proferida
decisão e última instância administrativa. Enquanto comportar
alteração na própria esfera administrativa, o lançamento não está
juridicamente concluído e, por conseguinte, não se pode cogitar de
inscrição em dívida ativa. Admite-se a exceção de pré-executividade
do crédito tributário pendente de apreciação do Recurso Voluntário
interposto no procedimento administrativo, uma vez que nesta fase,
ainda não dispõe de liquidez e certeza.
(Apelação Cível nº 2000.04.01.032231 -0/RS (00076850), 2ª Turma
do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Vilson Darós. j. 18.05.2000, Publ.
DJU 16.08.2000 p. 175).
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao apelo, nos termos
do voto do (a) Juiz (a) Relator (a).
Referência Legislativa:CTN art. 151 Inc. IV Inc. III
TRF4-066466) TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. DECADÊNCIA.
DECLARAÇÃO ATRAVÉS DE DCTF.
1. Desnecessária a instauração de procedimento administrativo,
quando se tratar de tributo sujeito a autolançamento, efetuado
através de DCTF - Declaração de Contribuições e Tributos Federais.
Expirado o prazo para pagamento, do qual já ciente o contribuinte, já
se encontra constituído o crédito tributário; a partir desse momento já
não se trata mais do instituto da decadência, que opera antes da
constituição do crédito.
2. A decadência por se tratar de matéria de ordem pública, que pode
ser conhecida de ofício, é passível de ser argüida por meio de
exceção de pré-executividade.
3. Recurso provido.
(Apelação Cível nº 1999.04.01.132118 -7/SC (00075071), 1ª Turma
do TRF da 4ª Região, Relª. Juíza Vânia Hack de Almeida. j.
22.02.2000, Publ. DJU 12.04.2000, p. 24).
Decisão:
A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso.
Referência Legislativa:
CTN Art. 149 Inc. V; Art. 173 Inc. I
Veja Também:TRF/4ª R.: AMS 97.04.38015 -1/RS, DJ 21.01.1998, p.
279; AC 97.04.66781-7/SC, DJ 10.06.1998, p. 528."

TRF4-066259) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. HIPÓTESES.


ALEGAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO.
CABIMENTO.
1. O âmbito da exceção de pré-executividade comporta as situações
de notória falta de certeza, liquidez ou exigibilidade do título, matéria
que, nessas circunstâncias, poderia ter sido apreciada até de ofício.
2. Entre as hipóteses em que se admite a exceção de pré-
executividade está aquela em que se alega não estar a execução
fundada em título executivo, já que o contrato que a embasa não
contém as características próprias do art. 585, II, do CPC.
(Agravo de Instrumento nº 1999.04.01.071875 -4/SC (00075420), 3ª
Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Teori Albino Zavascki. j.
17.02.2000, Publ. DJU 10.05.2000 p. 116).
Decisão:
A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso.
Referência Legislativa:
CPC-73 Código de Processo Civil Lei 5869/1973 art. 526 art. 741 art.
585 Inc. II
Veja Também:
TRF/4R.: AGA 96.04.47992-0, DJ 27.11.96, p. 91446
STJ: ROMS 9980/SP, DJ 05.04.99, p. 100

TRF4-066258) EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CABIMENTO.
A exceção de pré-executividade é compatível com o processo de
execução fiscal.
(Agravo de Instrumento nº 1999.04.01.073233 -7/SC (00075421), 3ª
Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Teori Albino Zavascki. j.
03.02.2000, Publ. DJU 10.05.2000 p. 116 DJU Data: 10.05.2000).
Decisão:
A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso.

TRF4-064795) EXECUÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


Não é possível argüir a exceção de pré-executividade sem prova
inequívoca do alegado. Não há como pretender dilação probatória,
sob pena de desvirtuar-se a intenção do legislador. A via dos
embargos tem esse último propósito.
(Agravo de Instrumento nº 1999.04.01.108485 -2/RS (00080265), 2ª
Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Vilson Darós. j. 06.04.2000).
Decisão:
A Turma, por maioria, vencida a Juíza Tania Escobar, negou
provimento ao Agravo de Instrumento.
TRF4-064715) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
A chamada exceção de pré-executividade não comporta discussão
aprofundada sobre questões de fato ou mesmo de direito, como é o
caso do afastamento de sócio administrador da sociedade e o
reconhecimento da prescrição intercorrente da ação executiva.
(Agravo de Instrumento nº 1999.04.01.082052 -4/SC (00074430), 1ª
Turma do TRF da 4ª Região , Rel. Juiz Amir Sarti. j. 14.12.1999, Publ.
DJU 26.01.2000 p. 486).
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso.
Referência Legislativa:
CPC-73 Código de Processo Civil Lei 5869/1973 art. 741

TRF4-064711) EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. CABIMENTO.
A exceção de pré-executividade é compatível com o processo de
execução fiscal.
(Agravo de Instrumento nº 1999.04.01.073232 -5/SC (00079859), 3ª
Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Teori Albino Zavascki. j.
02.12.1999, Publ. DJU 26.01.2000 p. 135).
Decisão:
A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso.
Referência Legislativa:
CPC-73 Código de Processo Civil Lei 5869/1973 art. 741

TRF4-064671) CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA.


EXECUÇÃO FISCAL. EMBARGOS DO DEVEDOR. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITADO.
1. O não oferecimento de Embargos do Devedor, em princípio, é
obstáculo à reunião do processo de execução ao de ação ordinária
que persegue a nulidade do título exeqüendo.
2. Tratando-se de execução fiscal não embargada, suspensa, porém,
em face da argüição de exceção de pré-executividade pelo
pagamento da dívida, a competência para o julgamento do mandado
de segurança interposto, objetivando expedição de CND, também
será do Juízo das Execuções Fiscais, no caso o suscitante. Conflito
de competência improcedente.
(Conflito de Competência nº 1999.04.01.084781 -5/PR (00073991), 1ª
Seção do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz José Luiz B. Germano da
Silva. j. 06.10.1999, Publ. DJU 24.11.1999 p. 21).
Decisão:
Por maioria. vencidos os Juízes Vânia Hack de Almeida, Vilson
Darós e Élcio Pinheiro de Castro entendendo que as ações não são
conexas, sendo competente o Juízo suscitado.
Referência Legislativa:
CPC-73 Código de Processo Civil Lei 5869/1973 art. 105
Veja Também:
STJ: REsp. 11620-0/SP, DJU 17.05.93, p. 92339 RT 677/131
TRF/4R.: CC 1998.04.01.055701-8/RS

TRF4-064166) ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Tal incidente só é cabível quando desnecessária qualquer dilação
probatória. A exceção de pré-executividade admite, apenas, prova
preconstituída da inadequação do título executivo. Hipótese em que
a Certidão de Dívida Ativa está regular e não foi ilidida com as
alegações formuladas pelo executado.
Agravo de instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 1999.04.01.032298 -6/PR (00074080), 3ª
Turma do TRF da 4ª Região, Relª. Juíza Maria de Fátima Freitas
Labarrère. j. 28.10.1999, Publ. DJU 08.12.1999 p. 498/499).
Decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso.

TRF4-063510) PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EMBARGOS ANTERIORES INTEMPESTIVOS.
NÃO RECEBIMENTO.
A exceção de pré-executividade, para ser admitida, deve ter como
fundamento matéria sujeita à iniciativa do Juiz, suprindo ocasional
inércia do devedor, com prova suficiente para tanto. Embargos à
Execução intempestivos que não podem ser recebidos a tal título.
Inexiste excepcionalidade a ensejar a adequação da defesa e
desconstituição sumária do título executivo, segundo precedentes do
STJ e desta Corte.
Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 1998.04.01.075457 -2/PR (00071310), 4ª
Turma do TRF da 4ª Região, Relª. Juíza Silvia Goraieb. j.
16.03.1999, Publ. DJ 28.04.1999, p. 1132).
Decisão:
Unânime.

TRF4-063064) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. EXECUÇÃO-FISCAL. DISCUSSÃO SOBRE A
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. QUESTÃO DE MÉRITO.
1. Não negam os recorrentes que sejam sócios, mas sim que
responsabilidade pelos débitos tributários não têm em decorrência
do art. 135 do CTN-66.
2. Inviabilidade de discussão em pré-executividade.
3. Agravo de Instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 1998.04.01.076543 -0/PR (00069961), 1ª
Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Fábio Rosa. j. 02.03.1999,
Publ. DJ 24.03.1999, p. 590).
Decisão:
Unânime.
Referência Legislativa:
CTN-66 Código Tributário Nacional Leg. Fed. Lei 5172/1966 Art. 135

TRF4-063017) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. NÃO RECEBIMENTO. REDUÇÃO DA MULTA.
INEXISTÊNCIA DE PROVA DA ANÁLISE DA MATÉRIA NOS
EMBARGOS À EXECUÇÃO.
1. Impossibilidade de acolhimento do pedido em função da
inexistência de cópia da decisão que apreciou apelação contra a
sentença proferida nos embargos, para que se possa aferir se a
questão já foi examinada ou não.
2. Agravo de Instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 1998.04.01.080093 -4/RS (00069931), 1ª
Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Fábio Rosa. j. 02.03.1999,
Publ. DJ 24.03.1999, p. 564).
Decisão:
Unânime.

TRF4-062965) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - MATÉRIA DE FATO.
A chamada "exceção de pré-executividade" não comporta a
discussão de questões que dependem de aprofundada investigação
sobre matéria de fato, como é o caso da responsabilidade dos sócios
na liquidação das sociedades de pessoas, ou da responsabilidade
dos diretores, gerentes ou representantes por atos praticados com
excesso de poderes ou infração da lei, do contrato social ou dos
estatutos.
(Agravo de Instrumento nº 1998.04.01.050506 -7/RS (00068594),
Turma de férias do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Amir Sarti. j.
05.01.1999, Publ. DJ 24.02.1999, p. 281).
Decisão:
Unânime.

TRF4-062727) PROCESSUAL CIVIL EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE


PRÉ-EXECUTIVIDADE.
1. Os argumentos trazidos pela parte agravante em sede de exceção
de pré-executividade dizem respeito aos Embargos à Execução.
2. Se comprovada a cobrança excessiva de juros, multas e
comissões de permanência, se caracterizará excesso de execução,
portanto, tal matéria não pode ser argüida em sede de exceção de
pré-executividade.
3. Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 1998.04.01.065495 -4/RS (00072167), 3ª
Turma do TRF da 4ª Região, Relª. Juíza Marga Inge Barth Tessler. j.
22.04.1999, Publ. DJ 19.05.1999, p. 624).
Decisão:
Unânime.

TRF4-062723) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO


EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE ABERTURA DE CREDITO EM
CONTA CORRENTE. CHEQUE ESPECIAL. ART. 585, INC. II, DO
CPC-73 EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. INACOLHIMENTO.
1. O contrato de abertura de crédito em conta corrente, em outros
termos, cheque especial, é hábil como título executivo porquanto
enquadra-se na previsão do art. 585, inc. II, do CPC-73.
2. A chamada "exceção de pré-executividade", consiste na
possibilidade de levar-se ao conhecimento do Juiz da execução,
independentemente de penhora ou de embargos, matérias próprias
da ação de embargos do devedor, restringindo-se, porém, a matéria
passível de ser conhecida de ofício ou nulidade evidente do título.
3. Na espécie, inviável o seu acolhimento porquanto o título
exeqüendo não padece de nenhum vício evidente.
4. Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 1998.04.01.064828 -0/PR (00072165), 3ª
Turma do TRF da 4ª Região, Relª. Juíza Maria de Fátima Freitas
Labarrère. j. 25.03.1999, Publ. DJ 19.05.1999, p. 614).
Decisão:
Unânime.
Observações:
Jurisprudência: TRF/4ª R: AGA 96.04.47995 -4-RS, DJ 11.12.96, p.
46141. STJ: REsp. 22712, DJU 21.09.92, p. 15688
Referência Legislativa:
CPC-73 Código de Processo Civil - Leg. Fed. Lei 5869/73 Art. 585
Inc. II
TRF4-062322) PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO FISCAL -
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - MATÉRIA DE FATO.
A chamada "exceção de pré-executividade" não comporta a
discussão de questões que dependem de aprofundada investigação
sobre matéria de fato, irregularidades (formal e material) na
constituição do crédito tributário.
(Agravo de Instrumento nº 1999.04.01.022165 -3/RS (00073130), 1ª
Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Amir Sarti. j. 17.08.1999, Publ.
DJ 15.09.1999, p. 634).
Decisão:
Unânime.
Referência Legislativa:
CTN-66 Código Tributário Nacional Leg. Fed. Lei 5172/1966 Art. 134
Inc. VII Art. 135 Inc. III
CPC-73 Código de Processo Civil Leg. Fed. Lei 5869/1973 Art. 741

TRF4-062176) AGRAVO REGIMENTAL MEDIDA CAUTELAR


INCIDENTAL. SUSPENSÃO DE EXECUÇÃO FISCAL. CPC-73,
ART. 800, PAR. ÚNICO, E ART. 804.
1. A medida cautelar, nos casos urgentes, e estando a causa no
Tribunal, será requerida ao Relator do recurso, que a concederá
liminarmente ou após a justificação prévia, sem ouvir o réu, quando
verificar que este, sendo citado, poderá torná-la ineficaz (CPC-73,
art. 800, par. único, e Art. 804).
2. Incabível concessão de liminar em Cautelar Incidental
suspendendo o trâmite de Execução Fiscal, uma vez que inexiste
qualquer risco de que a Autarquia Previdenciária, citada, venha a
tornar ineficaz eventual deferimento futuro da cautela requerida.
3. A doutrina e a jurisprudência são firmes em admitir, após proposta
a Execução Fiscal, como meios de suspendê-la, o ajuizamento de
Embargos à Execução, a ação anulatória e a via da exceção de pré-
executividade. Necessário sempre, porém, que haja garantia do
juízo, por penhora ou depósito, sob pena de se burlar a lei.
(Agravo Regimental na Medida Cautelar nº 1998.04.01.075699 -4/PR
(00070489), 2ª Turma do TRF da 4ª Região, Rel. p/ Acórdão Juiz
Vilson Darós, Relª. Juíza Tania Terezinha Cardoso Escobar. j.
04.02.1999, Publ. DJ 14.04.1999, p. 706).
Decisão:
Vencida a Juíza Tânia Escobar entendendo ser possível liminar
suspender o crédito tributário depois de ajuizada execução fiscal,
mesmo sem a penhora de bens tendo em vista que o pedido se
fundamenta em vício de procedimento administrativo-fiscal
conhecido através de exceção de pré-executividade que não requer
garantia do juízo.
Observações:
Jurisprudência: RT 626, P. 36, Nota 8.
Referência Legislativa:
CPC-73 Código de Processo Civil - Leg. Fed. Lei 5869/73 Art. 804

TRF4-062132) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE. RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO. PENHORA
INCIDENTE SOBRE O FATURAMENTO DA DEVEDORA
PRINCIPAL. FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL NA
OPOSIÇÃO DA EXCEÇÃO.
1. Recaindo a penhora sobre o faturamento da devedora principal,
falece interesse processual ao agravante, que apenas consta como
responsável tributário na Certidão de Dívida Ativa, sem que tal
situação imponha qualquer prejuízo.
2. Na execução fiscal contra pessoa jurídica, os sócios
administradores, que são co-responsáveis, poderão sofrer os efeitos
da cobrança se inexistirem bens a penhorar em relação à empresa.
3. Agravo de Instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 1998.04.01.088062 -0/PR (00070799), 1ª
Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Fábio Rosa. j. 16.03.1999,
Publ. DJ 14.04.1999, p. 640).
Decisão:
Unânime.
TRF4-061773) AGRAVO DE INSTRUMENTO. ATRIBUIÇÃO DE
EFEITO SUSPENSIVO AO RECURSO. INDEFERIMENTO DA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE RELATIVA À IMPERFEIÇÃO
DE CDA. INEXISTÊNCIA DE ERRO CRASSO. INDEFERIMENTO.
1. A exceção de pré-executividade reserva-se às hipóteses de erro
crasso no ajuizamento, que não é o caso desta execução.
2. Eventual imperfeição da CDA ensejará ao executado a sua
discussão pelo meio processual próprio, que são os Embargos à
Execução.
3. Agravo de instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 1998.04.01.056774 -7/PR (00069290), 1ª
Turma do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Fábio Rosa. j. 26.01.1999,
Publ. DJ 10.03.1999, p. 811).
Decisão:
Unânime.

TRF4-061762) PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. MATÉRIA DE FATO.
A chamada "exceção de pré-executividade" não comporta a
discussão de questões que dependem de aprofundada investigação
sobre matéria de fato, como é o caso da disponibilidade, ou não,
pelo sócio cotista, da renda após apuração do lucro líquido.
(Agravo de Instrumento nº 1998.04.01.051088 -9/RS (00069161),
Turma de férias do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Amir Sarti. j.
12.01.1999, Publ. DJ 10.03.1999, p. 797).
Decisão:
Unânime.

TRF4-061585) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL.


ALEGAÇÃO DE PRESCRIÇÃO. NÃO PRECLUSÃO.
1. Julgados intempestivos os embargos de devedor, a executada,
ora agravante, interpôs recurso de apelação, o qual foi recebido pela
Magistrada a quo exclusivamente no efeito devolutivo.
2. Ainda não tendo sido julgado o apelo, não se pode dizer que
esteja preclusa a matéria pertinente à prescrição. Além do mais,
voltando-se o apelo contra a sentença que deu pela intempestividade
dos embargos, nada obsta que o Julgador de primeiro grau, diante
de requerimento da parte interessada, conheça diretamente do
pedido, em face do disposto no artigo 162 do CCB. É matéria que
inclusive pode ser conhecida e acolhida em exceção de pré-
executividade, independe da segurança do juízo.
3. No que se refere à tese recursal, há plausibilidade nos
fundamentos alegados, uma vez que, efetivamente, a execução
Fiscal esteve paralisada por mais de 5 anos por inércia da Fazenda
Pública. De outro lado, nada justifica a alienação dos bens
penhorados enquanto pendente de julgamento o recurso de
apelação, pois, de acordo com o artigo 587 do CPC, é provisória a
execução de sentença impugnada mediante recurso recebido só no
efeito devolutivo, como é o caso da sentença que julga embargos de
devedor.
4. Agravo de Instrumento, a que se dá provimento, nos termos da
liminar que sustou os leilões já aprazados.
(Agravo de Instrumento nº 1998.04.01.065124 -2/RS (00073165),
Turma de Férias do TRF da 4ª Região, Relª. Juíza Tania Terezinha
Cardoso Escobar. j. 08.07.1999, Publ. DJ 08.09.1999, p. 632).
Decisão:
Unânime.
Referência Legislativa:
CC-16 Código Civil Leg. Fed. Lei 3071/1916 Art. 162
CPC-73 Código de Processo Civil Leg. Fed. Lei 5869/1973 Art. 587

TRF4-061568) PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE ABERTURA


DE CRÉDITO. NOTA PROMISSÓRIA. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. AUSÊNCIA DE TÍTULO EXECUTIVO.
EXECUÇÃO NULA.
1. O contrato de abertura de crédito rotativo tem natureza de título
executivo, suficiente para informar o processo de execução, desde
que acompanhado de extrato de movimentação da conta corrente
que permita aferir a evolução da dívida e a exata correspondência
como que tenha sido ajustado. Não satisfaz o requisito de liquidez o
contrato de abertura de crédito que se faz acompanhar de extrato
que não esclarece suficientemente a evolução do débito.
2. A nota promissória vinculada ao contrato de abertura de crédito
não goza de autonomia, tendo em vista a própria iliquidez do título
que a originou. Ademais, a apresentação da promissória se deu em
20.04.98, quando da citação do agravante para os termos da
execução, momento em que já estava prescrita a ação para a sua
cobrança. Portanto, deve ser declarada nula a execução por
ausência de título executivo, conforme art. 618, inciso I, do CPC.
3. Provido o agravo.
(Agravo de Instrumento nº 1998.04.01.060781 -2/RS (00073184), 3ª
Turma do TRF da 4ª Região, Relª. Juíza Marga Inge Barth Tessler. j.
19.08.1999, Publ. DJ 08.09.1999, p. 1).
Decisão:
Unânime.
Observações:
Jurisprudência: REsp. 163537/RS, j. 16.04.98.
Referência Legislativa:
CPC-73 Código de Processo Civil Leg. Fed. Lei 5869/1973 Art. 618
Inc. I

TRF4-061256) PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
1. Caso em que o crédito tributário objeto de execução fiscal já
ajuizada foi suspenso por decisão proferida em sede de ação
declaratória, e a executada, com base nessa decisão, opôs exceção
de pré-executividade para extinção do feito executório.
2. Intangibilidade da decisão que não recebeu a exceção, uma vez
que o crédito executado, à época do ajuizamento da execução fiscal,
era exigível, não havendo razão para extinguir o feito, ao contrário do
sustentado pela agravante: o crédito e a execução ficarão suspensos
até a decisão que confirme ou casse a antecipação deferida. Se com
o julgamento definitivo da ação for reconhecido ser o crédito
indevido, a execução será extinta, assim como a cassação
acarretará o prosseguimento da execução.
(Agravo de Instrumento nº 1998.04.01.070315 -1/RS (00071820), 2ª
Turma do TRF da 4ª Região, Relª. Juíza Tania Terezinha Cardoso
Escobar. j. 18.03.1999, Publ. DJ 05.05.1999, p. 300).
Decisão:
Unânime.

TRF4-061189) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Enquadram-se na moldura das exceções de pré-executividade as
alegações de ausência de pressuposto e condição da ação,
comportando o uso da via abreviada de defesa.
(Agravo de Instrumento nº 97.04.58793 -7/RS (00071427), 5ª Turma
do TRF da 4ª Região, Relª. Juíza Virgínia Scheibe. j. 22.04.1999,
Publ. DJ 05.05.1999, p. 13).
Decisão:
Unânime.

TRF4-061024) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
1. Alegações que dependem de prova e referentes a excesso de
execução não configuram hipótese de cabimento da exceção de pré-
executividade.
2. Agravo de instrumento improvido.
(Agravo de Instrumento nº 97.04.54178 -3/RS (00067943), 1ª Turma
do TRF da 4ª Região, Rel. Juiz Fábio Rosa. j. 12.01.1999, Publ. DJ
03.02.1999, p. 420).
Decisão:
Unânime.
Referência Legislativa:
CPC-73 Código de Processo Civil - Leg. Fed. Lei 5869/73 Art. 741
Inc. V

TRF5-039624) EXECUÇÃO FISCAL. NULIDADE. PROCURAÇÃO.


INTIMAÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
- A ausência de procuração nos autos, outorgada pelo INSS, não
prova que o advogado subscritor da inicial não seja procurador
autárquico.
- É, necessário analisar os autos do processo principal para saber se
a parte foi regularmente intimada, o que não é possível em sede de
Agravo de Instrumento.
- A exceção de pré-executividade só deve ser processada em
situações excepcionais, em que questões de ordem pública,
passíveis de análise ex-officio e independentemente de dilação
probatória, impelem a nulidade da execução.
- Agravo de Instrumento improvido.
Decisão:
Unânime.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil
(Agravo de Instrumento nº 99.05.01016 -5/AL, 3ª Turma do TRF da 5ª
Região, Rel. Des. Fed. Francisco Cavalcante, j. 01.02.2001, Publ.
DJU 15.06.2001 p. 1562)

TRF5-039586) AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
Havendo sido proposta execução fiscal, cabe à agravante defender-
se, alegando que o crédito não lhe é exigível, o que pode ser feito
através de exceção de pré-executividade, independentemente de
penhora, tendo em vista que, até o montante indicado, não se lhe
pode executar.
Agravo de Instrumento improvido.
Decisão:
Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 2000.05.00.042979 -1/CE, 2ª Turma do
TRF da 5ª Região, Rel. Des. Fed. Lázaro Guimarães, j. 20.02.2001,
Publ. DJU 22.06.2001 p. 346)

TRF5-039259) PENHORA. SUBSTITUIÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE.
- A substituição do bem penhorado é uma faculdade conferida ao
devedor, que pode ser exercida a qualquer tempo, desde que seja
por depósito em dinheiro ou fiança bancária.
- A exceção de pré-executividade só deve ser processada em
situações excepcionais, em que questões de ordem pública,
passíveis de análise ex-officio, impelem a nulidade da execução.
- Agravo de instrumento não provido.
Decisão:
Unânime.
Referências Legislativas:
Lei nº 6830
(Agravo de Instrumento nº 2000.05.00.005780 -2/RN, 3ª Turma do
TRF da 5ª Região, Rel. Des. Fed. Francisco Cavalcante, j.
01.03.2001, Publ. DJU 04.06.2001 p. 504)

TRF5-038851) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXECUÇÃO FISCAL. ARGÜIÇÃO ACERCA DA ILIQUIDEZ,
INEXIGIBILIDADE E INCERTEZA DO TÍTULO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA DE EMBARGOS
À EXECUÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. MANUTENÇÃO DA
DECISÃO AGRAVADA.
Inexistindo fato novo a autorizar a modificação do posicionamento
ora vergastado, é de manter-se a decisão que indeferiu a concessão
de liminar substitutiva ao constatar que a discussão em apreço, em
sede de exceção de pré-executividade, refere-se à iliquidez,
incerteza e inexigibilidade do título executivo, matéria a ser
apreciada exclusivamente em embargos à execução; Agravo
Regimental improvido.
Decisão:
Unânime.
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº
2000.05.00.046641-6/PE, 2ª Turma do TRF da 5ª Região, Rel. Des.
Fed. Petrucio Ferreira, j. 20.03.2001, Publ. DJU 14.11.2001 p. 1364)

TRF5-038550) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. DECISÃO EXTINTIVA.
PRELIMINAR ACOLHIDA.
1. Decisão em incidente de exceção de pré-executividade que
excluiu do pólo passivo sujeito indevidamente ali relacionado, trata-
se de sentença, a qual deverá ser atacada por meio de apelação,
sendo imprópria a via do Agravo de Instrumento.
2. Preliminar suscitada pelo agravado acolhida. Agravo não
conhecido.
Decisão:
Unânime
Referências Legislativas:
CPC-73 Código de Processo Civil
(Agravo de Instrumento nº 2000.05.00.006984 -1/PE, 4ª Turma do
TRF da 5ª Região, Rel. De s. Fed. Luiz Alberto Gurgel de Faria, j.
17.04.2001, Publ. DJU 10.08.2001 p. 323)

TRF5-037957) EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE INADMITIDA. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
- A defesa através de petição direta no processo de execução, dita
exceção de pré-executividade, pode ser utilizada para argüir matéria
de ordem pública (falta de pressupostos e das condições),
pagamento, prescrição ou qualquer vício do título, demonstrado de
plano.
- Matéria acerca de cálculo de correção monetária. Necessidade de
dilação probatória, própria dos embargos.
- Incabimento da exceção de pré-executividade mantida.
Decisão:
Unânime.
(Agravo de Instrumento nº 2000.05.00.031219 -0/CE, 3ª Turma do
TRF da 5ª Região, Rel. Des. Fed. Ridalvo Costa, j. 21.06.2001, Publ.
DJU 13.07.2001, p. 279)

TRF5-037749) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.


SENTENÇA EM EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E EM
EMBARGOS DO DEVEDOR.
Não encontrados bens da executada e, após suspensão de um ano,
remetidos os autos ao arquivo provisório, se reabre o prazo
prescricional, mantendo-se o efeito previsto no § 2º do art. 8º da Lei
nº 6.830/80. Somente a ocorrência da hipótese do § 3º do art. 40 do
mesmo diploma faria cessar a causa interruptiva. Apelação e
remessa oficial providas.
Decisão:
Unânime.
Referências Legislativas:
Lei nº 6.830
(Apelação Cível nº 2001.05.00.006414 -8/PE, 2ª Turma do TRF da 5ª
Região, Rel. Des. Fed. Lázaro Guimarães, j. 26.06.2001, Publ. DJU
03.09.2001, p. 231)

TRF5-037044) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. RESPONSABILIDADE DO
SÓCIO-GERENTE. FATO GERADOR CONTEMPORÂNEO. ARTS.
123 E 135, III, DO CTN.
1 - A via da exceção de pré-executividade é cabível para argüição de
matérias de ordem pública, devidamente instruída com a prova da
alegação.
2 - A responsabilidade tributária dos sócios tem origem no momento
da ocorrência do fato gerador, sendo ineficaz perante a Fazenda
Pública qualquer alteração posterior que retire dos mesmos a
obrigação relativa aos tributos, nos termos do art. 123 do CTN.

3 - Hipótese em que o nascimento da obrigação ocorreu quando a


antiga sócio-gerente encontrava-se na administração da empresa.
4 - Agravo parcialmente provido.
Decisão:
Unânime
Referências Legislativas:
CTN-66 Código Tributário Nacional - Lei nº 5.172
(Agravo de Instrumento nº 20 01.05.00.014257-3/AL, 4ª Turma do
TRF da 5ª Região, Rel. Des. Fed. Luiz Alberto Gurgel de Faria, j.
25.09.2001)

TRF5-036978) TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
1. Inadequação da via processual eleita pelo agravante para alegar a
inexistência de condições ou pressupostos da execução fiscal.
2. Mister a análise cognitiva mais profunda da alegação da
recorrente de falta de certeza do título executivo, esta cabível
apenas em sede de embargos à execução.
3. Agravo de instrumento improvido.
Decisão:
Unânime
Referências Legislativas:
Lei nº 6.830
(Agravo de Instrumento nº 2000.05.00.018864 -7/PE, 2ª Turma do
TRF da 5ª Região, Rel. Des. Fed. Araken Mariz, j. 10.09.2001)

TRF5-036526) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NECESSIDADE DE
INTIMAÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA PARA EXERCER O DIREITO
AMPLO DE DEFESA. NULIDADE DA SENTENÇA. PREJUDICADAS
AS DEMAIS RAZÕES DO RECURSO.
1. Oposta exceção de pré-executividade pelo executado, impõe-se
seja aberta oportunidade ao exeqüente para se manifestar, sob pena
de se ferir o princípio do contraditório e da ampla defesa.
2. Apelação e remessa providas, em parte. Nulidade da sentença.
(Apelação Cível nº 00.05.99000 -0/PE, 3ª Turma do TRF da 5ª
Região, Rel. Juiz Nereu Santos. j. 25.05.2000, Publ. 29.09.2000, p.
862)
Decisão:
Unânime
Referência Legislativa:
CPC Art. 330 Inc. I
Lei nº 6830.

TRF5-035733) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXECUÇÃO FISCAL. IMPOSTO DE RENDA. URP. EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E
CONDIÇÕES DA AÇÃO DE EXECUÇÃO. AUSÊNCIA NÃO
DEMONSTRADA.
- A exceção de pré-executividade, nascida da construção doutrinária
e jurisprudencial, tem lugar quando não se reveste o título executivo
dos requisitos da lei ou quando ausente um dos pressupostos
processuais ou uma das condições da ação de execução, situação
de ordem pública que de ofício pode ser declarada pelo Magistrado,
dispensando-se a penhora, necessária ao oferecimento dos
embargos.
- Razões da parte agravante que não apontam, no título, vícios que
levariam à iliquidez e incerteza, os quais, para dar suporte à pré-
executividade, devem estar visíveis "a olho nu". Buscou ela discutir a
questão de fundo, a legalidade da cobrança do IR sobre a URP.
- Ausência do título nos autos a permitir o seu exame.
- Improvimento do Agravo.
(Agravo de Instrumento nº 99.05.65319 -8/CE, 1ª Turma do TRF da
5ª Região, Rel. Juiz Castro Meira. j. 14.09.2000, Publ. 22.12.2000, p.
80).
Observações:
Veja: REsp 1570158-RS (STJ)
Decisão:
Unânime
Referência Legislativa:
Leg. Fed. Lei 6830/80 Art. 16 § 1º Art. 3º Art. 3º Art. 2º Art. 6º
CPC-73 Código de Processo Civil Leg. Fed. Lei 5869/73 Art. 267
Par. 12 Art. 585 Art. 618 Inc. I
Leg. Fed. DL 2335/87
CC-16 Código Civil Leg. Fed. Lei 3071/16 Art. 1533
Doutrina:
Obra: CPC Comentado. Autor: Nelson Nery Jr. e Rosa Maria A. Nery
Obra: Processo de Execução. Autor: Humberto Theodoro Jr.

TRF5-035731) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


EXECUÇÃO FISCAL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E CONDIÇÕES DA AÇÃO DE
EXECUÇÃO. AUSÊNCIA NÃO DEMONSTRADA.
- A nulidade não está demonstrada, a fim de que possa ser argüida
por meio de exceção de pré-executividade.
- O executado alega que se encontra o título executivo extrajudicial
desprovido dos requisitos do art. 586 do CPC, quais sejam, a
liquidez, a certeza e a exigibilidade, sem contudo apontar elementos
concretos que comprovem tal argumentação.
- Ausência do título nos autos a permitir o seu exame.
- Agravos Regimental e de Instrumento improvidos.
(Agravo de Instrumento nº 99.05.58659 -8/PE, 1ª Turma do TRF da 5ª
Região, Rel. Juiz Castro Meira. j. 14.09.2000, Publ. 22.12.2000, p.
79).
Observações:
REsp 143571-RS (STJ) REsp 157018-RS (STJ) AG 38850-RS (TRF-
4ª) AG 46840 (TRF -4ª)
Decisão:
Unânime
Referência Legislativa:
Leg. Fed. Lei 6830/80 Art. 16 § 1º
CPC-73 Código de Processo Civil Leg. Fed. Lei 5869/73 Art. 586 Art.
585 § 1º Art. 267 Par. 12 Art. 618 Inc. I
Doutrina:
Obra: Código de Processo Civil Comentado. Autor: Nelson Nery e
Rosa Maria A. Nery
Obra: Processo de Execução. Autor: Humberto Theodoro Jr

TRF5-035168) EXECUÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


CONTRATO DE CHEQUE ESPECIAL. NULIDADE DA EXECUÇÃO.
ILIQUIDEZ, INEXIGIBILIDADE E INCERTEZA DO TÍTULO
EXECUTIVO. ATRAVESSAMENTO DE PETIÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. DISCUSSÃO AFEITA AOS EMBARGOS À
EXECUÇÃO.
1. Hipótese onde se pleiteia a modificação do despacho agravado
que inacolheu argüição de nulidade de execução através de exceção
de pré-executividade.
2. Observando-se que a discussão em refere-se à possível iliquidez,
incerteza e inexigibilidade do título executivo, inadmissível que a
mesma se dê em sede de exceção de pré-executividade uma vez
que constitui matéria atinente à oposição de embargos.
3. Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 99.05.56558 -2/RN, 2ª Turma do TRF da
5ª Região, Rel. Juiz Petrucio Ferreira. j. 01.08.2000, Publ.
17.11.2000, p. 462).
Decisão:
Unânime
Referência Legislativa:
CPC-73 Código de Processo Civil Leg. Fed. Lei 5869/73 Art. 614 Art.
267 Inc. IV Inc. VI Art. 527 Inc. III Art. 585 Inc. II

TRF5-030270) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL


INSTRUÍDA COM CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA E
DEMONSTRATIVO DE DÉBITO QUE DEVE SER IMPUGNADA
MEDIANTE EMBARGOS E NÃO POR EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
Agravo Regimental improvido.
(Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 99.05.52517 -3/RN,
2ª Turma do TRF da 5ª Região, Rel. Juiz Lazaro Guimarães. j.
23.11.1999, Publ. 13.03.2000, p. 593)
Decisão:
Unânime
Referência Legislativa:
CPC-73 Código de Processo Civil Leg. Fed. Lei 5869/1973 Art. 557

TRF5-029830) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.


AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
A prescrição da cobrança do crédito tributário, como causa extintiva
do executivo fiscal, pode ser alegada, independentemente da prévia
garantia do juízo, através da exceção de pré- executividade.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 98.05.48916 -7/PE, 3ª Turma do TRF da 5ª
Região, Rel. Juiz Nereu Santos. j. 29.06.1999, Publ. 10.09.1999 p.
803)
Decisão:
Unânime
Referência Legislativa:
CTN-66 Código Tributário Nacional Leg. Fed. Lei 5172/66 Art. 151
Art. 156 Inc. V
Doutrina:
Obra: Juízo de Admissibilidade na Execução. Autor: Hugo de Brito
Machado

TRF5-028392) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.


AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. ILEGITIMIDADE DA PARTE. MATÉRIA DE
EMBARGOS. INADMISSIBILIDADE.
1. Cuidando a discussão em torno da ilegitimidade de parte,
prescindindo a mesma de produção de prova no tocante à
responsabilidade do sócio e às atividades por ele exercidas na
empresa, inadmissível que a mesma se dê em sede de exceção de
pré-executividade uma vez que constitui matéria atinente à oposição
de embargos.
2. Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 98.05.50041 -1/PE, 2ª Turma do TRF da 5ª
Região, Rel. Juiz Petrucio Ferreira. j. 03.08.1999, Publ. 01.11.1999
p. 606)
Decisão:
Unânime.
Referência Legislativa:
Leg. Fed. Lei 6830/1980 Art. 16 § 2º
CPC-73 Código de Processo Civil Leg. Fed. Lei 5869/1973 Art. 527
Inc. III
Doutrina:
Obra: Curso de Direito Processual Civil. Autor: Humberto Theodoro
Júnior.

TRF5-028383) PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL.


AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. OITIVA DO EXEQUENTE. AFASTAMENTO DE
ÓBICE À EXCEÇÃO. DECISÃO MOTIVADA.
- Conforme entendimento firmado, a admissão de exceção de pré-
executividade está condicionada à matéria trazida à apreciação do
Juízo, através de petição atravessada, onde se deduzam elementos
de ordem factual ou jurídica capazes de elidir a presunção de
certeza e liquidez do título executivo, bem como de invalidar a
relação executiva.
- Na hipótese, o Juiz a quo determinou a oitiva do requerente sobre
tal exceção e, somente após dada a resposta, decidiu por determinar
a continuidade da execução, afastando-a, pois, como óbice à
mesma.
- Irreparável a decisão monocrática ao constatar que o afastamento
de prejudicial da exceção de pré-executividade decorreu do
atendimento das razões trazidas pelo INSS na resposta àquela
exceção, onde se conclui ter fundamentado tal despacho nas razões
que fundaram a mesma resposta.
- Agravo improvido.
(Agravo de Instrumento nº 98.05.32440 -0/CE, 2ª Turma do TRF da
5ª Região, Rel. Juiz Petrucio Ferreira. j. 03.08.1999, Publ.
01.11.1999 p. 604)
Observações:
AG 14899/PE (TRF 5ª Região)
Decisão:
Unânime.
Referência Legislativa:
CF-88 Constituição Federal Art. 93 Inc. IX
CPC-73 Código de Processo Civil Leg. Fed. Lei 5869/1973 Art. 527
Inc. III
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da Comarca de ____________

Processo nº: _________

Exequente: ____________ S/A


Executados: ____________ e outros

____________ LTDA, empresa com sede no Município de


____________ - UF, sito à Rua ____________, nº ___,
____________, inscrita no CGC-MF sob nº ____________;

____________, brasileira, solteira, maior, pequena empresária,


portadora do CIC nº _______ _____, residente e domiciliada na
localidade de ____________, Município de ____________ - UF - e

____________, brasileiro, solteiro, maior, portador do CIC nº


____________, residente e domiciliado na localidade de
____________, Município de ____________ - UF, pelo Procurador
comum, que subscreve, vem, respeitosamente diante de V. Exa.,
propor a presente:
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
contra
____________ S/A, Instituição de crédito com sede na Capital
Federal e agência na Cidade de ____________, o que faz pelas
relevantes razões a seguir aduzidas:.

DOS FATOS

1. Tramita N.R. Juízo, Ação revisional de juros e encargos cumulado


com perdas e danos" (autos nº _______) onde a Primeira Executada
é Demandante naquele feito e o ora Exequente é o Demandado,
sendo que já houve decisão deste R. Juízo, com parcial provimento
do pedido.

2. Faz-se mister relatar, inicialmente, a estrita relação e total


dependência do feito sobredito e a presente execução.
Ocorre Exa., que a primeira Executada, ora Requerente, há muito
tempo vinha operando normalmente com o Banco nas mais diversas
modalidades de crédito, tais como empréstimo para capital de giro,
desconto de títulos e outros, quando, após acumulado considerado
valor devido, fruto de taxas e juros abusivas e escorchantes, foi-lhe
proposto que todos os débitos pendentes fossem juntados em um
contrato único, e parcelados o débito apurado, oportunidade que, o
Banco continuaria financiando capital de giro, para a normal
continuidade das atividades produtivas daquela empresa.

3. Hoje, em atenta análise do instrumento de confissão de dívida


com constituição de garantia real, objeto da execução ora atacada,
acrescido aos fatos ocorridos posteriormente, verifica-se que, o que
suspeitava-se inicialmente, transformou-se na mais absoluta
convicção, que o Banco, usou e usa da mais vergonhosa e manifesta
má-fé. Senão vejamos:
Quando da assinatura da pré-falada confissão de dívida, o gerente
da época e um dos Superintendentes da Regional de
____________, Sr. ____________, propôs a inclusão no referido
contrato, valor a maior do já absurdo saldo devedor apresentado,
para fins de fomentar e viabilizar a compra de matéria prima,
possibilitando a continuidade dos negócios da Executada e por
conseguinte, dar condições para o normal pagamento parcelado do
débito, que repita-se absurdo.
Acontece que após creditar o referido saldo, (fato provado nos autos
da ação revisional) o Banco determinou o bloqueio da conta, que
resultou uma Ação cautelar inominada , que também tramitou Neste
R. Juízo, em apenso aos autos da ação revisonal acima referida.

4. Os valores indevidamente cobrados pelo Banco, estão


demonstrados naquelas ações, que conforme R. Sentença
recentemente prolatada por V. Exa., entre outras coisas decidiu que,
os juros devem ser recalculados pelas taxas constitucionalmente
previstas.

5. De sorte que, se não houver veicularão dos feitos, não haveria


sentido algum a própria R. Sentença prolatada por V. Exa. naquele
feito revisional, e a confissão de dívida "sub judice" que aglutinou
todos os contratos anteriores que devem ser revistos, quando da
liquidação da R. Sentença.

6. Registra-se que, a promessa de refinanciar o capital de giro


proposto pelo Banco, "se assinada fosse a confissão", também,
possibilitou e facilitou o convencimento dos Executados em firmar tal
contrato com garantia real de bens da linha de produção industrial,
exceto das matrizes, pois havia a expectativa de produtividade e o
normal adimplemento do refinanciamento do débito. É mais do que
óbvio Exa., que o próprio Banco verificou a inexistência daquela
quantidade de bens da linha de produção em estoque no momento
da assinatura do instrumento, pois as tratativas foram realizadas nas
dependências da empresa e o montante de mercadorias gravadas
exigiria um monumental espaço físico para depositá-los.
7. Agora, para espancar qualquer dúvida, também, em atenta análise
do instrumento particular de confissão de dívida, constata-se a
cristalina e flagrante nulidade do mesmo, fruto quiçá do atropelo e da
má-fé daquele gerente, que, presume-se, queria simplesmente
justificar-se com superiores, garantindo-se de qualquer forma que os
Executados confessariam um valor indevida, resultando dito atropelo
em ausência da própria assinatura da Executada principal
(empresa), no instrumento referido, gerando clara e evidente
nulidade, que deve ser "data maxima venia" declarada por Este MM.
Juízo.

8. DO DIREITO

Em que pese não haver previsão legal acerca da exceção de pré-


executividade, ora interposta, a doutrina e a jurisprudência tem-na
admitida.

"In casu", uma vez reconhecido a inexequibilidade do título


executivo, pela flagrante ausência dos pressupostos que o constitue,
tal fato ou é reconhecido de ofício pelo MM. Julgador ou excepciona-
se via provocação dos Executados.

O cabimento de tal exceção, no dizer dos tratadistas, é quando


detecta-se que feriu-se disposições de norma cogente de ordem
pública, de erro do Juízo ou erro da parte.

Daí que para discussão do erro provocado, os Executados teriam


que ter seu patrimônio constrito.

Assim, admite-se a exceção, em petição apresentada ao Juízo da


Execução, quanto tem-se atos pré-executivos. Depois da citação e
antes da penhora, porque depois da penhora não há que se falar em
exceção de pré-executividade, mas sim embargos.
Admite ainda a doutrina e a jurisprudência que as matérias objeto de
exceção de pré-executividade são os pressupostos processuais
genéricos elencados nos artigos 267, I, IV e V do CPC, mais as
condições da ação previstos nos artigos 267, inciso VI do CPC, "in
casu", perfeitamente enquadrados nos incisos IV e VI do artigo
citado da lei processual, que diz:

Artigo 267 - Extingue-se o processo, sem julgamento do mérito:


IV- quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e
desenvolvimento válido e regular do processo,
VI- quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a
possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse
processual.

E, para concluir nossa tese, o § 3º do mesmo artigo 267 do CPC, da


as condições do Juiz de conhecer de ofício, bem como da as
condições dos Executados de suscitar o alegado.

9. A jurisprudência por seu turno, tem admitido nossa tese, conforme


se verifica nos acórdãos abaixo:
14.157) EXECUÇÃO. TÍTULO EXECUTIVO. EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE.
Cabe exceção de pré-executividade para alegar a nulidade da
execução por ausência de título executivo. - "Boletos" de operações
em Bolsa de Valores, alguns não assinados ou não autenticados,
não são títulos hábeis para ensejar execução. - Juntada posterior de
contrato não convalida a execução nula.
De qualquer forma o contrato regula operações complexas e, sendo
a execução de 1993, nele não consta a obrigação de pagar quantia
determinada ou entregar coisa fungível. Descabimento de execução
de contrato que contém obrigações recíprocas a serem
obrigatoriamente examinadas em processo de conhecimento.
Exceção acolhida. Execução Anulada. Sucumbência fixada.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 195154299, 4ª Câmara Cível do TARGS,
Porto Alegre, Rel. Moacir Leopoldo Haeser, j. 14.12.95, un.).

18.157) EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - AUSÊNCIA DE


TÍTULO EXECUTIVO.
Cabe a apresentação da exceção quando atacadas as próprias
condições da ação ou a nulidade da execução por ausência de título
executivo, matéria apreciável de ofício pelo Juiz. Controvérsia
jurisprudencial sobre a possibilidade de execução de Contratos de
Abertura de Crédito em Conta Corrente. Posição atual da Câmara no
sentido da negativa. Inconstitucionalidade das disposições incluídas
em Medidas Provisórias editadas sem os requisitos constitucionais
de relevância e urgência. Respeito à ordem jurídica e à estabilidade
das decisões judiciais. Impossibilidade de norma provisória derrogar
Lei Complementar, como é o Código de Defesa do Consumidor.
Acolhimento da exceção para que seja regularmente instruída e
decidida pelo Juiz.
Agravo provido.
(Agravo de Instrumento nº 196043012, 4ª Câmara Cível do TARGS,
Ijuí, Rel. Moacir Leopoldo Haeser. Agravantes: Comércio de
Combustíveis Belinaso Ltda., Zacarias Belinaso e Carmem Maria
Belinaso. Agravado: Banco do Brasil S/A. j. 16.05.96).

10. À vista do exposto, confiantes na sensibilidade de V. Exa.,


respeitosamente requer:

a) - Seja admitida a exceção de pré-executividade, por conseguinte


sujeitando a relação processual às regras comuns do processo de
conhecimento para que, com fundamento nos incisos IV, VI e § 3º do
artigo 267 do CPC, seja declarado extinto o presente feito pela
absoluta falta dos pressupostos processuais e da condição da ação,
condenando o Exequente Banco, no pagamento das custas,
honorários e todos os demais ônus processuais.
b-) Requer, por força da estrita relação e dependência entre os feitos
mencionados no preâmbulo desta, traduzindo-se como imperativo e
imprescindível que os mesmos sejam apensados, tanto revisão
contratual, quanto a ação cautelar inominada a presente execução,
sendo referidos processos como principal prova do alegado.

c-) Pela juntada da presente exceção nos próprios autos da


execução, conforme tem admitido a doutrina e dos instrumentos de
procuração dos Executados.

Protesta "ad cautelam", pela produção de todos o demais meios de


prova em direito facultadas, notadamente pelo depoimento pessoal
do gerente da agência de , do Banco Exequente.

Termos em que,
P. E. Deferimento.

____________, ___ de __________ de 20__.

____________
OAB/
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __
VARA CÍVEL DESTA COMARCA DE GUARAPUAVA – PR.
Autos: 00/1999
EU SOU INOCENTE LTDA., já qualificada nos autos de Execução
de Título Extra Judicial em epígrafe, que lhe move DEVEDORA DO
BRASIL S/A, também já qualificada, por seu advogado, in fine
assinado, vêm perante a elevada presença de Vossa Excelência,
oferecer a presente
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
com escopo nos arts. 267, §3º; 584, inciso III; 586, caput; 618, inciso
I do Código de Processo Civil, e nos argumentos de fato e de direito
que passa a expender:
I – DO CONTRADITÓRIO NO PROCESSO DE EXECUÇÃO.
1. Apesar de alguns poucos entendimentos em contrário, com a
promulgação da atual Constituição Federal, boas referências
doutrinárias e jurisprudenciais têm concluído que a obrigatoriedade
da garantia do juízo para oferecimento de embargos mostra-se
inconstitucional, tendo em vista a impossibilidade de privação de
bens sem o devido processo legal.
2. A Carta Constitucional vigente, em seu art. 5.°, LIV, estatui:
“Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal” . Da inteligência do dispositivo acima transcrito
depreende-se que a execução forçada levada a efeito com exageros
não se coaduna com a nova ordem constitucional. Em nome do
princípio da proporcionalidade o magistrado, em cada caso concreto,
deve sempre averiguar se a execução tem realmente fundamento ou
se irá provocar transtornos desnecessários ao patrimônio do
devedor. Se o processo executivo é manifestamente injusto, seja
porque se funda em título forjado seja por já ter sido quitado o débito
etc., caberá ao magistrado ao exercer o controle de admissibilidade
evitar seu seguimento. Porquanto o direito de propriedade
consagrado no artigo 5.° caput, CF, deve amparar não só o credor,
mas também o devedor.
3. Pode-se aduzir, outrossim, o comando do art. 5.°, incisivo LV da
Constituição Federal que trata do contraditório e da ampla defesa
com os meios e recursos a ela inerentes. Tal princípio é de
inequívoca aplicação no processo executivo, dado o matiz
jurisdicional apresentado por esse procedimento. Em respeito a tal
princípio ao receber a petição inicial executória, antes ou depois do
despacho citatório constatando alguma causa relevante por parte do
devedor para impedir o seu prosseguimento deve, em razão de
economia processual, conceder vista ao exeqüente para se
pronunciar.
4. Há de se acrescentar ainda outro princípio constitucional de não
menos importância que é o acesso de todos à justiça, consagrado no
art. 5.°, inciso XXXV, de Vigente Constituição. O citado dispositivo
constitucional visa amparar tanto o direito de autor, mas ainda as
objeções do réu que se encontre sendo executado injustamente.
5. Cândido Dinamarco expressa-se nos seguintes termos: “Hoje,
pode-se até considerar superada a questão fundamental da
incidência in executivis da garantia do contraditório, mercê dos
termos amplos da disposição contida no inc. LV do art. 5.° da
Constituição Federal de 1988. O processo executivo inclui-se, como
é obvio, na categoria processo judicial que o texto constitucional
enuncia sem qualquer ressalva ou restrição”.
6. É certo que o devido processo legal é a possibilidade efetiva da
parte ter acesso ao poder judiciário, deduzindo pretensão e podendo
se defender com a maior amplitude possível, conforme o processo
descrito na lei. O que o princípio busca impedir é que de modo
arbitrário, ou seja, sem qualquer respaldo legal, haja o
desapossamento de bens e da liberdade da pessoa.
7. A presença do contraditório, como peça imprescindível do due
process of law manifesta-se no processo de conhecimento, como
garantia de análogas possibilidades de alegações e provas, para
todas as partes. Mas não se trata de expediente exclusivo daquele
tipo de atividade processual. Também no processo de execução sua
atuação é marcante e consiste: “em admitir, dentro de términos más
reducidos, los medios de defensa necesarios para evitar la ruinosa
realización de los Derecho Processual Civil”.
8. Aplica-se, então, o princípio do contraditório ao processo de
execução para propiciar aquele que suporta a atividade executiva
meios de se bater contra uma liquidação ruinosa de seus bens.
9. Luiz Edmundo Appel Bojunga assevera, com propriedade, que
existe o contraditório no processo executivo, que se forma com a
propositura dos embargos. In verbis : “A estrutura do processo
executivo brasileiro comporta contraditório nas diversas modalidades
de execução. Assim, nas execuções de obrigações de fazer e de não
fazer o executado dispõe dos embargos no prazo de 10 dias (art.
738, IV, do CPC). Nas obrigações de entrega de coisa certa e incerta
e nas obrigações de dar (expropriação), os embargos estão
condicionados à garantia suficiente do juízo (art. 737 do CPC). Este
condicionamento do art. 737 e, principalmente, a via única dos
embargos como forma de impugnação da relação e da ação
executiva constituem, quando condicionados à segurança do juízo,
anomalias do princípio contraditório e denotam uma criticável
desigualdade das partes frente ao Estado. Bastam singelos
exemplos como se exigir penhora (art. 737, II, do CPC) de quem não
deve e que, para tanto demonstrar, deverá, por absurdo, nomear
bens em garantia que muitas vezes nem os possui em suficiência.
De outra banda, suponha-se um crédito inexistente ou ilíquido, de
valor elevadíssimo (atribuído pelo exeqüente), para ser impugnado,
deveria o indigitado devedor realizar a penhora para demonstrar a
própria inexistência ou iliquidez creditícia”.
10. Atualmente, a doutrina e jurisprudência têm gradativamente e
com maior freqüência afirmado ser possível, pelo executado, a
impugnação à executividade do título apresentado pelo exeqüente
antes mesmo da realização da penhora ou ainda, como é o caso que
se apresenta, depois de decorrido o prazo para interposição de
embargos.
11. Eis transcrição de ementa exarada em Agravo de Instrumento,
que bem ilustra o entendimento antes referido:
“Execução - exceção de pré-executividade argüida após
decurso do prazo dos Embargos – possibilidade.
“A questão da limitação dos juros argüida quer como matéria
constitucional (artigo 192, § 3.°, da Constituição Federal), quer como
matéria da legislação ordinária (Lei da Usura) se constitui em
nulidade absoluta que corresponde a uma condição da ação de
execução, qual seja, a possibilidade jurídica (grifou-se) . E
conseqüência, independe de argüição em embargos à execução.”
(TARS – AGI 195.021.662 – 4ª CCiv. – Rel. Juiz Márcio Oliveira
Puggina – J. 09.03.1995).
12. Do voto do relator, destaca-se:
“Esta Câmara, assim como o colendo 2.° Grupo Civil, de forma
unânime, tem mantido entendimento segundo o qual, em se tratando
de nulidade absoluta, pode ela ser proclamada a qualquer tempo,
grau de jurisdição e, mesmo, de ofício .”(grifou-se)
13. Também favoravelmente à inexistência de preclusão da argüição
de nulidade no processo executivo, manifestou-se o Tribunal de
Justiça do Rio Grande do Sul:
“PROCESSUAL CIVIL – IMPENHORABILIDADE – NULIDADE
ABSOLUTA – ARGÜIÇÃO
“Pode ser argüida em qualquer tempo e por meio de simples petição.
Inocorrência de preclusão. Exegese consolidada no STJ. Pequena
empresa. Impenhorabilidade dos bens úteis e/ou necessários as
suas atividades, quando o sócio atua pessoalmente. Incidência do
inc. VI do art. 646 do CPC. Exegese consolidada no STJ. Agravo de
instrumento desprovido.” (TJRS – AI 70000192609 – (00347955) –
18ª C.Civ. – Rel. Des. Wilson Carlos Rodycz – J. 18.11.1999)
14. Outra não é a situação que se apresenta.

II – DOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DA RELAÇÃO


EXECUTIVA.
15. Como ato de afetação patrimonial que é, a penhora atinge de
forma severa a esfera jurídica do Executado, que está sendo
injustamente demandado. O elenco extensivo de títulos executivos
no ordenamento jurídico brasileiro, não encontrado em nenhum outro
sistema jurídico, tem a grande vantagem de propiciar o
desencadeamento de atos constritivos, graças à eficácia abstrata
que emana do título executivo.
16. No entanto, em certas ocasiões, como atualmente, tais atos não
são verdadeiramente desejados pelo direito. Em contrapartida, o
mesmo ordenamento que oferece a possibilidade de o Exeqüente
valer-se de atos de agressão sobre o patrimônio do executado
permite a utilização por este de amplos meios de defesa.
17. É sabido que o título executivo, tal como definido pelo direito
positivo, é elemento autorizador da penhora para depois, em sede de
embargos do executado, discutir-se qual das partes tem razão. Isso
significa que, não estando ele presente, ou mesmo carecendo de
liquidez, certeza e exigibilidade, tem o juiz o dever de indeferir in
limine a execução.
18. Ora, quando o título não existe ou quando a sua própria
existência é posta em discussão, seria uma ilegalidade exercer
constrição sobre o patrimônio do obrigado, justamente porque para
tanto falta o elemento legitimador possível – ou seja, o título
executivo.
19. Essas razões são fortemente reconfirmadas pelo direito positivo,
a partir de quando o Código de Processo Civil (arts. 584 e 585) e leis
especiais elencam taxativamente os títulos executivos, incluindo-se
sempre sua existência e apresentação no processo executivo entre
os “requisitos necessários para realizar qualquer execução” (CPC,
arts. 580 e seguintes). Todo o sistema é apontado para a exigência
do título executivo e deve o julgador sempre e ab initio verificar a
presença de um título hábil. Sendo que a execução será nula
quando desprovida de título ou quando faltarem os predicados
de certeza, liquidez ou exigibilidade (art. 618, inc. I).
20. Organizadas estas necessárias premissas, passemos agora a
analisar os aspectos específicos do caso que se apresenta, quais
sejam, a falta de liquidez e de exigibilidade do título extrajudicial,
com sua conseqüente nulidade e, via de resultado, sua própria
inexistência, por falta de seus requisitos essenciais.
III – DA NULIDADE DO TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
21. Qualquer dos títulos executivos que se possam imaginar –
judiciais ou extra, de origem na vontade ou no imperium – todos eles
devem referir-se a uma obrigação líquida, como é de expressa e
inafastável disposição legal (CPC, arts. 583 e 586).
22. Consiste esta, como é sabido e ressabido, na capacidade que o
título tem de autorizar por si próprio o conhecimento dos elementos
da obrigação (certeza) e do quantum debeatur (liquidez). Quando for
necessário perquirir fora do título, não se pode falar de
executividade.
23. Na cártula que deu origem a ação em questão, faltam alguns dos
requisitos essenciais às notas promissórias.
24. Segundo a legislação vigente, pelos arts. 75 e 76 da Lei
Uniforme sobre Letras de Câmbio e Notas Promissórias (Anexo II da
Convenção de Genebra, promulgada pelo Decreto n.° 57.663/66), a
nota promissória deve atender aos requisitos nestes artigos
estabelecidos, a saber:
a) a expressão “nota promissória” constante no próprio texto do
título;
b) a promessa de pagamento da quantia determinada;
c) nome do beneficiário da promessa;
d) a data do saque;
e) local do saque;
f) a assinatura do sacador, bem como sua identificação.
25. Analizando-se a nota em questão, vê-se que a mesma não
contém nem a data de sua emissão nem a data de seu vencimento.
Deste modo torna-se impossível a verificação completa de seus
elementos, o que torna a cártula inexigível, acarretando a
impossibilidade de sua execução.
26. Nesta esteira preleciona Rubens Requião: “são requisitos
essenciais, sem o que o título não será cambiário, os seguintes,
exigidos pela Lei Uniforme (art. 75): (...) e) a indicação da data em
que a nota promissória é emitida”.
27. Neste mesmo sentido:
EMBARGOS À EXECUÇÃO – NOTA PROMISSÓRIA – DATA E
LOCAL DE EMISSÃO – NÃO PREENCHIMENTO ATÉ O
MOMENTO DA PROPOSITURA DA AÇÃO – NULIDADE DO
TÍTULO – CARÊNCIA DE AÇÃO – Recurso provido. É indispensável
que a nota promissória, para configurar título executivo, contenha o
local e data de emissão. (TAPR – AC 147492000 – (10762) –
Maringá – 7ª C.Cív. – Rel. Juiz Conv. Noeval de Quadros – DJPR
19.05.2000)

TÍTULO DE CRÉDITO – NOTA PROMISSÓRIA – EMISSÃO EM


BRANCO – NULIDADE DO TÍTULO DE CRÉDITO – ART. 75 –
ART. 76 – LEI UNIFORME – ART. 54 – § 1º – DECRETO Nº 2044,
DE 1908 – Título de crédito. Nota promissória. Ausência da data da
emissão. Nulidade. Não só a Lei Uniforme, em seu art. 75 c/c 76
como a Lei nº 2.044, em seu art. 54, e seu § 1º, admitem ter o
portador mandato para inserir a data e o lugar da emissão da nota
promissória que não contiver estes requisitos. Mas no momento em
que vai apresentar o título para cobrança estes requisitos devem
estar preenchidos sob pena de ser considerada nula a cambial,
posto que tenha o credor ação ordinária para cobrar-lhe o valor.
Apelo improvido. (MCG) (TJRJ – AC 265/99 – (Reg. 190.499) – 2ª
C.Cív. – Rel. Des. Gustavo Kuhl Leite – J. 23.03.1999)
EMBARGOS DO DEVEDOR – EXECUÇÃO POR TÍTULO
EXTRAJUDICIAL – NULIDADE – NOTA PROMISSÓRIA – DATA
DE EMISSÃO – REQUISITO ESSENCIAL – AGRAVO DE
INSTRUMENTO – JUÍZO DE RETRATAÇÃO – INTERESSE DE
RECORRER – AO MAGISTRADO A QUO é FACULTADO
MODIFICAR SUA DECISÃO, APÓS O MANEJO DO AGRAVO DE
INSTRUMENTO, A TEOR DO ARTIGO 523, PARÁGRAFO 2º , DO
CPC – É nula a execução fundada em nota promissória sem data de
emissão, na esteira dos artigos 75 e 76 da Lei Uniforme. É incabível
o recurso aviado pela parte vencedora, pretendendo a modificação
dos fundamentos da sentença, máxime porque, a teor do artigo 469
do CPC, a coisa julgada se restringe à parte dispositiva da decisão.
Ainda que vencedora na demanda, a parte poderá aviar recurso de
apelação buscando a majoração da verba honorária, se não foi esta
arbitrada no máximo legal. (TAMG – Ap 0270323-3 – (30126) – 1ª
C.Cív. – Rel. Juiz Silas Vieira – J. 02.03.1999)

TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL – NOTA PROMISSÓRIA –


DATA DE EMISSÃO EM BRANCO – TÍTULO SEM FORÇA
EXECUTIVA – NULIDADE QUE PODE SER DECLARADA ATÉ
MESMO DE OFÍCIO – A indicação da data de emissão da nota
promissória se constitui em requisito essencial para que a cambial
tenha eficácia como título executivo (arts. 75, inciso 6, e 76, da Lei
Uniforme). E, o mandato presumido do portador da cártula, para nela
inserir ditos requisitos, se ausentes, há de ser exercido até o
ajuizamento da ação de execução, ou, pelo menos, enquanto não
oferecidos os embargos pelo devedor. Entretanto, a nulidade da
execução por falta de título pode e deve ser decretada até mesmo de
ofício, hipótese em que o devedor – embargante perde o direito a
honorários advocatícios (art. 22, do CPC) e ainda deve arcar com o
pagamento das despesas processuais de retardamento do feito (art.
267, § 3º do CPC). (TAMG – Ap 0277451-0 – (30237) – 6ª C.Cív. –
Rel. Juiz Paulo Cézar Dias – J. 22.04.1999)
EMBARGOS DO DEVEDOR – EXECUÇÃO POR TÍTULO
EXTRAJUDICIAL – NULIDADE – NOTA PROMISSÓRIA – DATA
DE EMISSÃO – REQUISITO ESSENCIAL – É nula a execução
fundada em nota promissória sem data de emissão, na esteira dos
artigos 75 e 76 da Lei Uniforme. (TAMG – AC 0272800-3 – 1ª C.Cív.
– Rel. Juiz Silas Vieira – J. 02.03.1999)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – NOTA


PROMISSÓRIA – REQUISITO ESSENCIAL – NULIDADE – A data
de emissão da nota promissória constitui requisito essencial a
validade da cambial, devendo constar expressamente da mesma,
sob pena de perder a natureza de título de crédito e de macular todo
o processo de execução. (TAMG – Ap 0254680-3 – 3ª C.Cív. – Relª
Juíza Jurema Brasil Marins – J. 29.04.1998)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – NOTA


PROMISSÓRIA – DATA – NULIDADE – LEI UNIFORME DE
GENEBRA – DECRETO 2044/08 – A ausência da data de emissão
da nota promissória implica em preterimento de formalidade
absoluta, que redunda no seu não reconhecimento como cambial,
tornando nula a execução que tem tal título como objeto. O Decreto
nº 2044/08 aplica -se apenas naquilo em que não contrariar a Lei
Uniforme de Genebra, ressalvados os casos de reserva legal.
(TAMG – Ap 0238037-2 – 6ª C.Cív. – Rel. Juiz Belizário de Lacerda
– J. 07.08.1997)
28. Ainda que não bastasse a falta deste requisito essencial, outro
motivo para a nulidade se apresenta.
29. A Exeqüente propôs ação de Execução dando como valor de
causa a quantia de R$ 172.275,79 (cento e setenta e dois mil,
duzentos e setenta e cinco reais e setenta e nove centavos), valor
este calculado sobre pretensa cártula no valor de 115.387,52 (cento
e quinze mil, trezentos e oitenta e sete reais e cinqüenta e dois
centavos).
30. Porém, verdade seja dita, a nota promissória controvertida
expressa como numerário devido o valor de cento e quinze reais e
trezentos e oitenta e sete reais e cinqüenta e dois centavos (sic).
31. Ora, segundo ainda entendimento do mestre Rubens Requião, “o
título de crédito é literal porque sua existência se regula pelo teor de
seu conteúdo. O título de crédito se enuncia em um escrito, e
somente o que nele está inserido se leva em consideração; uma
obrigação que dele não conste, embora sendo expressa em
documento separado, nele não se integra” (grifo nosso).
32. Como se nota do exposto, a nota promissória em questão não
contém valor algum expresso em seu texto, já que inexiste a quantia
expressada de cento e quinze reais e trezentos e oitenta e sete reais
e cinqüenta e dois centavos.
33. Como se mensurar o valor a ser pago?
34. Logo, como não se pode conferir à promissória um valor válido,
ela é nula de pleno direito, por lhe faltar mais um de seus requisitos
fundamentais, que é a própria e precisa quantia a ser paga pelo
devedor.
35. Como se vê neste caso, a nota promissória é total e plenamente
ilíquida, sendo absolutamente inadmissível que se realize penhora
de bens da executada por causa de execução de título inexisten
te. 36. Tudo converge para a mais absoluta imperiosidade de
verificar a existência ou inexistência do título executivo, bem como
seus requisitos como a certeza, exigibilidade e liquidez, antes de
mandar penhorar, sob pena de grave violação a todos os dispositivos
referidos logo acima (CPC, arts. 583; 586; 614, inciso I; 616; 618,
inciso I, todos c/c art. 267, § 4º).
37. Como é sabido, a ausência das condições da ação provoca a
extinção do processo (CPC, art. 267). Além disso, por serem de
ordem pública, questões como essa podem e devem ser conhecidas
a qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de
provocação das partes (art. 267, § 3º).
38. Na nota promissória em questão, repete-se, não se apresentam
os requisitos básicos para sua validade, quais sejam, a data de seu
vencimento, a data de sua emissão e o valor a ser pago.
39. Pois bem. É nula a execução, segundo o art. 618 do CPC,
quando:
Art. 618. É nula a execução:
I - se o título executivo não for líquido, certo e exigível (artigo 586);
II - se o devedor não for regularmente citado; III - se instaurada antes
de se verificar a condição ou de ocorrido o termo, nos casos do
artigo 572.
40. Neste sentido a jurisprudência:
EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – NOTA
PROMISSÓRIA – DATA DE VENCIMENTO – NULIDADE –
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE – O julgamento antecipado
da lide, quando a questão proposta e exclusivamente de direito, não
viola o princípio constitucional da ampla defesa e do contraditório.
Enquanto título de crédito, a nota promissória perde o seu valor, se
nela é inserida data de vencimento anterior a de sua própria
emissão. (TAMG – Ap 0254831-0 – 7ª C.Cív. – Rel. Juiz Lauro
Bracarense – J. 30.04.1998)

EXECUÇÃO POR NOTA PROMISSÓRIA – DATA DE EMISSÃO –


REQUISITO ESSENCIAL DO TÍTULO EXECUTIVO – ALEGAÇÃO
SERÔDIA DO EXECUTADO – CONDENAÇÃO EM DESPESAS
PROCESSUAIS E PERDA DO DIREITO DE HAVER HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS DO VENCIDO – A nota promissória tem requisitos
essenciais previstos em lei, não sendo título executivo a cambial que
não os contenha, como a data, que define o lapso temporal entre o
dia da emissão e o do seu vencimento, sendo característica
fundamental da promessa de pagamento. Em sendo a alegação
acerca da nulidade do título exeqüendo pelo executado feita
tardiamente, deve ele arcar com as despesas processuais e ainda
perder o direito de haver honorários advocatícios da parte vencida
por ter ocasionado o retardamento da lide, ainda mais se era
evidente desde o ajuizamento da ação o defeito que impedia o
prosseguimento do feito. (TAMG – AC 0283452-4 – 3ª C.Cív. – Rel.
Juiz Duarte de Paula – J. 01.09.1999)

EMBARGOS DEVEDOR – EXECUÇÃO POR NOTA PROMISSÓRIA


– DATA DE EMISSÃO – REQUISITO ESSENCIAL DO TITULO
EXECUTIVO – A nota promissória tem requisitos essenciais
previstos em lei, não sendo título executivo a cambial que não os
contenha. A data da nota promissória define o lapso temporal entre o
dia da emissão e o do seu vencimento, sendo característica
fundamental da promessa de pagamento. (TAMG – Ap 0294608-3 –
(29057) – Proc. Princ. : 98.00004925 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Duarte de
Paula – J. 23.02.2000)
41. Os Tribunais brasileiros estão integralmente alinhados ao
entendimento de que a defesa do executado não se faz somente
mediante embargos, mas também no próprio processo de execução.
Nesse sentido, são ilustrativos os precedentes que a seguir se exibe:
“EXECUÇÃO – FALTA DE LIQUIDEZ – NULIDADE – PRÉ-
EXECUTIVIDADE – 1. Admite-se a exceção, de maneira que é lícito
argüir de nula a execução, por simples petição. A saber, pode a
parte alegar a nulidade, independentemente de embargos, por
exemplo. “Admissível, como condição de pré-executividade, o exame
da liquidez, certeza e exigibilidade do Título a viabilizar o processo
de execução” (REsp 124.364, DJ de 26.10.1998). 2. Mas não afeta a
liquidez do título questões atinentes à capitalização, cumulação de
comissão de permanência e correção monetária, utilização de
determinado modelo de correção. Trata-se de matérias próprias dos
arts. 741 e 745 do CPC. 3. Podendo validamente opor-se à
execução por meio de embargos, não é lícito se utilize da exceção.
4. Caso em que na origem se impunha, “para melhor discussão da
dívida ou do título, a oposição de embargos, uma vez seguro o juízo
da execução”. Inocorrência de afronta do art. 618, I do CPC. Dissídio
não configurado. 5. Recurso especial não conhecido. (STJ – REsp
187.195 – RJ – 3ª T. – Rel. Min. Nilson Naves – DJU 17.05.1999 – p.
202)

EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE – FALTA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE DO TÍTULO – 1. Não ofende a nenhuma regra do
Código de Processo Civil o oferecimento da exceção de pré-
executividade para postular a nulidade da execução (art. 618 do
Código de Processo Civil), independentemente do embargos de
devedor. 2. Considerando o Tribunal de origem que o título não é
líquido, certo e exigível, malgrado ter o exeqüente apresentado os
documentos que considerou aptos, não tem cabimento a invocação
do art. 616 do Código de Processo Civil. 3. Recurso especial não
conhecido. (STJ – REsp 160.107 – ES – 3ª T. – Rel. Min. Carlos
Alberto Menezes Direito – DJU 03.05.1999 – p. 145)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – A defesa


que nega a executividade do título apresentado pode ser formulada
nos próprios autos do processo da execução e independe do prazo
fixado para os embargos de devedor. Precedentes. Recurso
conhecido em parte e parcialmente provido. (STJ – REsp 220100 –
RJ – 4ª T. – Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar – DJU 25.10.1999 – p.
93)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE ACOLHIDA – A MATÉRIA ARGÜIDA IMPLICA
EM EXAME DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO, SENDO NULIDADE
DAQUELAS QUE PODEM E DEVEM SER RECONHECIDAS DE
OFÍCIO – CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE CHEQUE NOBRE – EXECUÇÃO – CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO – INADMISSIBILIDADE – NÃO SE
ADMITE A EXECUÇÃO DE CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO, MESMO QUE ACOMPANHADO DOS EXTRATOS DE
SUA UTILIZAÇÃO, POR AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ – RECURSO
IMPROVIDO – (AC 197114713) – AGRAVO PROVIDO – (TJRS – AI
198098717 – RS – 15ª C.Cív. – Rel. Des. Vicente Barroco de
Vasconcelos – J. 19.08.1998)

EXECUÇÃO – EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE – NULIDADE


DA EXECUÇÃO – CASSAÇÃO DA SENTENÇA – Processual civil.
Exceção de pré-executividade. A argüição de nulidade da execução,
através da denominada “exceção de pré-executividade”, não requer
a propositura da ação de embargos à execução, sendo resolvida
incidentalmente. Provimento do recurso . (MCG) (TJRJ – AC
2.596/98 – Reg. 090998 – Cód. 98.001.02596 – RJ – 16ª C.Cív. –
Rel. Desig. Juiz Nagib Slaibi Filho – J. 30.06.1998)”
42. O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Resp. n.º
187.195, publicado em 17 de maio de 1999, tendo como relator o
Ministro Carlos Arberto Meneses Direito, esposou o seguinte
entendimento:
“Execução. Falta de liquidez. Nulidade (pré-executividade). 1.
Admite-se a exceção, de maneira que é lícito, por simples petição. A
saber, pode a parte alegar a nulidade, independentemente de
embargos, por exemplo” Admissível, como condição de pré-
executividade, o exame da liquidez, certeza e exibilidade do título a
viabilizar o processo de execução” (Resp – 124.364, DJ de
26/10/98).”
43. Sendo absolutamente inviável a via executiva pretendida, o
processo não escapará de ser liminarmente extinto por decisão
terminativa: a inadequação da tutela jurisdicional pretendida é
tamanha que não comporta qualquer espécie de conversão.
44. Como sustentado, o Exeqüente sem título, ou com título ilíquido,
inexigível ou incerto protagoniza preterição de formalidade essencial,
já que a nota promissória não se apresenta revestida dos seus
requisitos legais. Desta forma, a via jurisdicional utilizada, a via
executiva, é inadequada para os fins pretendidos pela exeqüente,
devendo-se desta forma extinguir-se o processo por ausência de
suas condições de ação.
45. Assim, conforme se demonstrou, diante da forte base
jurisprudencial e doutrinária trazida à colação, inclusive os
posicionamentos dominantes do Superior Tribunal de Justiça, dos
Tribunais de Justiça dos Estados do Rio Grande do Sul, do Rio de
Janeiro e dos Tribunais de Alçada de Minas gerais, Paraná e Rio
Grande do Sul, é de ser a presente exceção de pré-executividade
conhecida para, no mérito, ser provida.
V – REQUERIMENTOS
46. Diante de todo o exposto, respeitosa e recatadamente requer:
a) O recebimento desta simples petição de exceção de pré-
executividade, para os fins requeridos.
b) Seja suspensa a execução, até decisão do incidente ora
suscitado, vez que, por se tratar de matérias de ordem pública,
pressupostos processuais e condições da ação, de modo que o
processo não pode coexistir com a ausência de liquidez e
exigibilidade inerentes ao título, sob pena de nulidade, na forma do
art. 618, I do CPC.
c) Seja declarada nula a nota promissória apresentada pelo
exeqüente, por lhe faltar os requisitos essenciais para sua validade.
d) Seja declarada nula a presente execução, por se basear em título
nulo, por ilíquido e inexigível, (a saber, a falta de data de vencimento
da dívida, falta de data de emissão e falta do valor a ser pago), na
forma do art. 618, I e III e 572 do CPC.
e) Seja condenado o Exeqüente, nas custas e honorários de
sucumbência à base 20% (vinte por cento) sobre o valor atribuído à
causa.

Nestes termos
Pede e espera deferimento.
Guarapuava, 16 de abril de 2001.

Advogado
OAB/PR 00.000
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA
COMARCA DE ...
Proc. n.º ...
P. F. D., por seus procuradores infra assinados, nos autos da
execução supra que lhe move P. C. R. LTDA., vem,
respeitosamente, perante V. Exa., opor a presente EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE, pelos motivos a seguir aduzidos:

I - DOS ANTECEDENTES FÁTICOS

O exeqüente P. C. R. LTDA. intentou ação de indenização


objetivando fosse o executado P. F. D. condenado a ressarcir-lhe os
danos emergentes e os lucros cessantes sofridos em virtude do mau
uso de propriedade.

Após ampla instrução probatória, o douto juízo sentenciante houve


por bem julgar parcialmente procedente o pedido, condenando o
executado ao pagamento de indenização no valor de Cr$ 282.377,29
(duzentos e oitenta e dois mil, trezentos e setenta e sete cruzeiros
reais e vinte e nove centavos) à título de danos emergentes. No que
tange aos lucros cessantes, deixou o MM. Juiz a quo de impor ao
executado qualquer obrigação indenizatória, “tendo em vista que não
existe nos autos prova idônea a respeito do período em que a loja
ficou efetivamente fechada, sem possibilidade de ser alugada a
terceiros” (fls. 121).

Da sentença apelaram ambas as partes: a) o executado P. F. D. para


que fosse reconhecida a improcedência in totum do pedido
reparatório; b) o exeqüente P. R. LTDA., objetivando a inclusão na
condenação dos lucros cessantes.

No julgamento de mérito, a Eg. ... Câmara Cível houve por bem


negar provimento ao recurso de apelação intentado pelo executado
P. F. D. Quanto ao recurso do ora exeqüente, entendeu-se de dar-
lhe acolhida para ordenar-se a inclusão no montante da condenação
dos lucros cessantes, ao fundamento de que haveria prova nos
autos de que o imóvel do autor restou temporariamente inutilizado.
Todavia, como inexistia prova do período de não inutilização do
imóvel, ordenou-se que se apurasse o quantum através de
liquidação de sentença por artigos (fls. 250).

Sob a alegação de existir contradição no v. Acórdão, interpôs o


exeqüente P. R. LTDA. embargos declaratórios. Segundo o
exeqüente, tendo a Colenda Turma Julgadora entendido, à
unanimidade, que “o laudo produzido na ação cautelar ajuizada pelo
ora embargante (P. R. LTDA.) seria induvidosamente válido como
prova dos danos sofridos na res locada” (fls. 253), e nele já se
encontrando “dimensionados os lucros cessantes que a vítima
deixou de ganhar” (fls. 254) não se poderia remeter as partes a uma
liquidação por artigos. Pleiteou-se, assim, que fosse sanada a
contradição para esclarecer que a execução se realizasse na forma
do art. 604 do CPC (simples cálculo) (fls. 255).

Ao apreciar os embargos declaratórios, a Colenda Turma acolheu-os


para determinar que a liquidação se fizesse por simples cálculo, ao
fundamento de que
“O laudo pericial elaborado em sede de medida cautelar de produção
antecipada de provas foi acatado como prova para subsidiar o
convencimento de que, ocorrendo os danos, os lucros cessantes são
devidos, ocorrendo que, no mesmo laudo, tais lucros já se
encontram devidamente mensurados (...)
“Afigura-se, portanto, contraditório, aceitar o laudo na parte que
prova a existência dos danos, e não quanto à delimitação dos
mesmos, já que ambas as constatações partiram do mesmo trabalho
técnico que foi acatado no juízo de apelação” (fls. 260)

Destarte, ao pressuposto de que o laudo pericial havia fixado a


extensão dos danos, determinou-se que, para a execução do débito,
se fizesse a “atualização do valor sugerido no laudo” à título de
lucros cessantes. Cumpre assinalar, todavia, que o laudo de fls. 10-
18 em momento algum fixou o valor devido a título de lucros
cessantes, mas apenas um dos elementos necessários à sua
apuração, qual seja, o valor do aluguel. No que tange ao outro
elemento indispensável à determinação dos lucros cessantes - o
período em que o imóvel não pôde ser utilizado - nenhuma
referência há no trabalho técnico, o que autoriza a conclusão de que,
em verdade, o laudo pericial não aferiu o montante dos lucros
cessantes.

Atendendo ao comando do decisório, o P. R. LTDA. elaborou


planilha de cálculos e intentou a presente execução.

Nada obstante, padece a ação executiva de inarredável vício que lhe


acarreta a nulidade, qual seja, a ausência de liquidez e certeza do
título (art. 618, I, do CPC). Isto porque, consoante se demonstrará
em seguida, não tendo as partes e o juízo a livre disponibilidade do
procedimento de liquidação a ser adotado e sendo necessária a
prova de fato novo (período em que ficou desocupado o imóvel),
impossível era se emprestar liquidez ao título executivo judicial por
outro meio que não fosse a liquidação por artigos.

II - DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Ab initio, cumpre ressaltar o cabimento da presente exceção de pré-


executividade oposta pelo executado P. F. D. para se discutir
ausência de liquidez do título executivo, antes mesmo de seguro o
juízo pela penhora.

É princípio assente, na doutrina e jurisprudência, que “não se pode


iniciar ou prosseguir com uma execução que não preenche todos os
requisitos legais” (MARCOS VALLS FEU ROSA, Exceção de pré-
executividade, Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris Editor, 1996, p.
11).

Sob este aspecto é que a prática de qualquer ato no processo de


execução somente deve ser ordenada quando se certificar o juiz que
estão presentes todos os requisitos para agressão ao patrimônio do
devedor. Assim, caso tenha início uma execução que não preencha
os requisitos legais - p. ex. sem que esteja aparelhada com título
executivo líquido, certo e exigível -, vedado estará ao Estado agredir
o patrimônio do cidadão apontado como devedor, seja através de
penhora, seja através de qualquer outro ato executivo.

O exame dos requisitos da ação executiva é, portanto, matéria que


antecede a discussão acerca da exigência de penhora para que
possa o devedor opor-se à execução, pois, o que se tem em mira é a
possibilidade de se efetivar a própria penhora. Trata-se, então, de
condição de procedibilidade, cuja observância deve ser fiscalizada
de ofício, pelo juiz, na abertura e no curso da execução.

Assim é que, pairando sobre o devedor a ameaça de penhora de


seus bens em execução que não observe o princípio do devido
processo legal (ausência dos requisitos legais), a ele se assegura o
direito de defender-se amplamente em juízo a fim de evitar a prática
de tal ato manifestamente ilegal e inconstitucional.

Por outro lado, como o único meio de defesa previsto no Código de


Processo Civil (os embargos do devedor) tem como pressuposto a
penhora a qual, a toda evidência, não pode ocorrer em execução
que deixa de preencher todos os requisitos legais (isto é,
pressupostos processuais e condições da ação), doutrina e
jurisprudência vêm admitindo que o executado veicule, antes mesmo
de seguro o juízo, matérias anteriores e prejudiciais da própria
penhora. A esse instrumento fundamental para o processo de
execução e sem o qual ter-se-iam execuções tramitando em
desrespeito ao princípio do devido processo legal,
constitucionalmente assegurado, convencionou-se denominar
exceção de pré-executividade, a qual se veicula por meio de simples
petição, sem maiores formalidades.

A exceção de pré-executividade serve, pois, à discussão, a qualquer


tempo e nos próprios autos da execução, das condições da ação
executiva, antes mesmo da segurança do juízo pela penhora.

Nesse sentido é o magistério do insigne PONTES DE MIRANDA que


admite a discussão acerca dos requisitos da execução antes de
seguro o juízo:

“A penhora ou o depósito somente é de exigir-se para oposição de


embargos do executado; não para a oposição das exceções e de
preliminares concernentes à falta de eficácia executiva do título
extrajudicial ou da sentença” (Dez anos de pareceres, v. 4, p. 137).

Também GALENO LACERDA ensina ser possível o exame das


condições da ação executiva, ainda que inexistente a penhora:

“Uma vez que houve alegação que importa em oposição de exceção


pré-processual ou processual, o juiz tem de examinar a espécie e o
caso, para que não cometa a arbitrariedade de penhorar bens de
quem não estava exposto à ação executiva.

“Isto significa que, na defesa do executado, há exceções prévias,


latu sensu, que afastam a legitimidade da própria penhora, já que
esta, como é notório, pressupõe a executoriedade do título. Se o
título não for exeqüível, não tem sentido a penhora, desaparece seu
fundamento lógico e jurídico” (Execução de título extrajudicial e
segurança do juízo, in Revista da Associação dos Juízes do Rio
Grande do Sul - Ajuris, 23/13).
Outro não tem sido o entendimento da jurisprudência:

“O despacho inaugural ordinatório de citação numa execução contra


devedor solvente pode ser atacado pelo devedor antes e para evitar
a penhora, desde que ausentes quaisquer requisitos enunciados no
art. 586 do CPC, que são as condições da execução forçada.
Cabível o insurgimento, denominado pré-executividade ou ‘oposição
pré-processual’, que se dá através de argüição de nulidade de
execução, nos próprios autos da execução” (1º TACivSP, AI
603.862-4, 11ª C., rel. Juiz ARY BAVER, ac. 02.02.95, in RT
717/187).

Destarte é que manifestamente cabível a presente exceção de pré-


executividade, antes mesmo de realizada a penhora, na qual se
veicula requerimento de nulidade da execução por ausência de
liquidez do título executivo judicial (art. 586 c/c art. 618, I, CPC), um
dos requisitos indispensáveis ao manejo de qualquer ação executiva,
na esteira da orientação dos tribunais, inclusive, do Superior Tribunal
de Justiça:

“Não se revestindo o título de liquidez, certeza e exigibilidade,


condições basilares exigidas no processo de execução, constitui-se
em nulidade, como vício fundamental; podendo a parte argüi-la,
independentemente de embargos do devedor, assim como pode e
cumpre ao juiz declarar, de ofício, a inexistência desses
pressupostos formais contemplados na lei processual” (RSTJ
40/447).

III - A INDISPONIBILIDADE DO RITO DA LIQUIDAÇÃO PELAS


PARTES E PELO JUÍZO

A sentença deve ser clara e precisa no acolher ou rejeitar o pedido


do autor, de sorte a determinar com rigor a prestação imposta ao
vencido na condenação. No entanto, é possível que a sentença,
embora certa quanto ao objeto do direito do vencedor, deixe de
quantificá-lo ou individuá-lo por inteiro.

Uma vez que a execução forçada somente pode ter curso apoiada
em título líquido, certo e exigível (CPC, art. 586), deve o credor,
antes de iniciá-la, proceder à liquidação, sempre que a sentença for
genérica, isto é, sempre que a condenação não determinar o valor
da prestação ou não lhe individuar o objeto (CPC, art. 603).

Tal a hipótese freqüente das condenações ao ressarcimento de


perdas e danos, cujo montante raramente se consegue precisar
durante o processo de cognição. A sentença reconhece o prejuízo
suportado pelo autor e o dever de repará-lo por parte do réu. Acerta,
em outras palavras, o an debeatur. Não chega, porém, a quantificá-
lo, de sorte que a condenação é proferida sem precisar o quantum
debeatur.

Nesse último quadro, haverá uma ulterior reabertura do


procedimento cognitivo para definir e declarar o valor da
condenação, antes que se dê início à execução da sentença. “A
liquidação, portanto, é formalidade indispensável para tornar a
sentença exeqüível”, na sistemática do processo de execução
instituída pelo Código de Processo Civil, no tocante às condenações
de objeto impreciso ou genérico (MENDONÇA LIMA, Comentários ao
Código de Processo Civil, 6ª. ed., Rio de janeiro, Forense, 1990, v.
VI, n. 1278, p. 508).

Porém, para que seja suficiente a emprestar liquidez ao título judicial


preciso é que o procedimento escolhido para a liquidação seja o
adequado ao grau de imprecisão da sentença.

E justamente tendo como ponto de partida os graus de imprecisão


do título judicial que três são os meios previstos na legislação
processual para se proceder à liquidação: a) por cálculo; b) por
arbitramento e; c) por artigos.

CÂNDIDO DINAMARCO bem examinou a influência do grau de


imprecisão da sentença sobre o procedimento a ser adotado para
sua liquidação:

“A variedade das espécies de providências destinadas à definição do


quantum debeatur guarda estreita relação de adequação com o grau
de imprecisão da sentença liqüidanda. Onde ela mais se aproximou
da determinação do quantum debeatur, declarando quase todos os
elementos e ficando somente na dependência de cálculos
aritméticos, bastam os cálculos a serem feitos e demonstrados pelo
exeqüente, sem necessidade de qualquer providência judicial
liqüidatória (Lei n.º 8.898, de 29.06.1994). Onde menos se
aproximou e deixou fatos sem esclarecer ou declarar, é preciso
investigar, acrescer ao seu momento declaratório isto que lhe falta,
em confronto com a condenação ordinária (liquidação por artigos)”
(As três figuras da liquidação de sentença, in Estudos de Direito
Processula em Memória de Luiz Machado Guimarães, Forense,
1997, p. 109).

Com efeito, o primeiro dos procedimentos liqüidatórios, qual seja, por


cálculo é cabível onde a sentença mais se aproximou da fixação do
quantum debeatur, determinando seus elementos, pelo que se
completa por simples cálculos aritméticos. Importante ressaltar que
com a reforma operada pela Lei n.º 8.898, de 29.06.1994, não se
eliminou a modalidade de liquidação por cálculo, apenas houve a
sua desjudicialização com a transferência ao exeqüente do que
antes era cometido a um dos órgãos auxiliares da Justiça - o
contador. Eis o ensinamento de VICENTE GRECO FILHO:

“A reforma legislativa operada pela Lei n.º 8.898, de 29.06.1994, não


eliminou uma das modalidades de liquidação de sentença, mas
substituiu a liquidação por cálculo do contador por outro meio, que
denomina liquidação por cálculo do credor.

“A liquidação por cálculo do credor se dá com a tão só apresentação


da memória discriminada do cálculo, nos termos do art. 604, já no
bojo do processo de execução, remetidas para a sede dos embargos
toda e qualquer discussão a respeito do cálculo” (Direito processual
civil brasileiro, 9 ed., p. 45).

Como se vê a liquidação por cálculo do credor é cabível para


definição do quantum debeatur nos casos em que se necessita
apenas de proceder a cálculos aritméticos, visto que todos os
demais dados já se encontram definidos no processo de cognição
(art. 604). O grau de imprecisão da sentença, portanto, é mínimo,
estando relacionado apenas a operações aritméticas para se chegar
o montante do débito.

No extremo oposto, tem-se a liquidação por artigos adequada à


sentença que contém elevado grau de imprecisão, ou seja, aquela
que deixa fatos sem declarar e que precisam ser provados para se
apurar o valor da condenação. A liquidação por artigos, assim, será
sempre adotada quando para se determinar o valor da condenação
exista a necessidade de se alegar e provar fato novo (art. 608). Ou
nas palavras de LUIZ RODRIGUES WAMBIER:

“A liquidação por artigos será necessária, portanto, quando, para se


determinar o valor da condenação, houver necessidade da prova de
fato que tenha ocorrido depois da sentença, e que tenha relação
direta com a determinação da extensão da obrigação nela
constituída, ou de fato que, mesmo não sendo a ela superveniente,
não tenha sido objeto de alegação e/ou prova no bojo do anterior
processo de conhecimento, embora se trate de fato vinculado à
obrigação resultante da sentença” (Liqüidação de sentença, São
Paulo: RT, p. 132-133)
Sob este aspecto é que sempre que determinada situação fática seja
integrante do contexto gerador da obrigação e, por ocasião da
sentença, tenha sido desconsiderado por não ter sido objeto de
prova ou discussão nos autos do processo de cognição,
indispensável, para complementação do decisório, a sua prova em
momento posterior o que só é possível através da liqüidação por
artigos.

Cada uma das espécies de liqüidação, modeladas na lei, tem a


função de acrescer à declaração contida na sentença tudo quanto
lhe faltava. Donde ser indispensável, quando da opção pelo
procedimento, que se observe a sua utilidade diante do grau de
imprecisão da sentença.

Destarte, como adverte CÂNDIDO DINAMARCO, “como sempre


sucede na busca do caminho processual das medidas processuais
adequadas, está-se no campo do legítimo interesse processual.
Interesse resolve-se sempre em utilidade e a utilidade que a
liqüidação se presta a oferecer ao credor é a integração do título
executivo diante de uma sentença incompleta, que não declarou o
quantum debeatur. Dos dois conhecidos indicadores dessa relação
de utilidade - necessidade da tutela jurisdicional e adequação do
meio pretendido - o requisito da adequação é que rege a
determinação da espécie de liquidação cabível em cada caso” (ob.
cit., p. 109)

Nessa ordem de idéias é que adquirem um significado relevante, de


ordem pública, os pressupostos específicos impostos pela lei para a
admissibilidade de cada uma das espécies de liqüidação. Vale dizer:
“As espécies de liqüidação constituem mais do que meros
procedimentos diferenciados entre si, dado que a distinção entre elas
se apóia na necessidade de conhecimento mais ou menos profundo,
mais ou menos extenso dos elementos com base nos quais se fixará
o quantum debeatur” (CÂNDIDO DINAMARCO, ob. cit., p. 110).

Como se afirmou acima, o campo de conhecimento do juiz é bem


mais extenso na liqüidação por artigos do que na liquidação por
cálculo do credor. Daí que sendo necessária a apuração de fatos
novos, não contidos na sentença e indispensáveis à determinação
do quantum, outro não poderá ser o procedimento liquidatório senão
o da liquidação por artigos. Qualquer outro que se empregue será
inadequado a completar a sentença e, portanto, absolutamente inútil
e inócuo a conferir liquidez ao título judicial.

Tão importante é a utilidade e adequação do procedimento


liqüidatório como instrumento hábil a promover a integração do título
executivo diante de uma sentença incompleta, que doutrina e
jurisprudência afirmam inexistir disponibilidade das espécies de
liqüidação, seja para as partes, seja para o próprio juiz. E explica
CÂNDIDO DINAMARCO:

“Trata-se de matéria de ordem pública, uma vez que situada no


campo das condições da ação. O Código de Processo Civil é
expresso, em dispositivo de ordem geral aplicável a todo o sistema
(art. 267, § 3º c/c art. 598), no sentido de que a presença das
condições da ação deve ser fiscalizada inquisitorialmente, de ofício,
a qualquer tempo ou grau de jurisdição” (ob. cit., p. 110).

Diante da indisponibilidade das espécies de liquidação é que, a


exigência das condições necessárias a cada uma fica imune a
qualquer eficácia preclusiva no âmbito do processo pendente,
porque se trata de matéria de ordem pública e o Estado não toleraria
impor ao juiz o julgamento de uma pretensão em situações nas quais
ele próprio entende ser inadmissível julgá-la (IDEM, ibidem).
Por isso é que, em diversas ocasiões, já se decidiu que se a parte
pedir, o adversário não se opuser e o juiz deferir a liquidação por
determinado modo inadequado, nem por isso “se considera regular
ou consumada a espécie de liquidação instaurada” (TJES, Ap.
24.920.127.628-3, 2ª C., rel. Des. Norton de Souza, RT, 718/206-
209).

Ou ainda, se houver prévia determinação de que a liquidação se faça


por determinado modo que se apresenta inadequado, possível que a
realização se dê por outro, como em hipótese idêntica ao dos
presentes autos, em que o Tribunal de Justiça de São Paulo ordenou
a realização da liquidação por artigos, embora a sentença tenha
ordenado a liquidação por cálculo:

“Sentença - Liquidação - Decisão transitada em julgado que


determina se apure em execução por simples cálculo do contador -
Recte. que desatende determinação para apresentar quadros
demonstrativos das diferenças devidas ao autor - Liqüidação por
artigos, determinada - Admissibilidade - Liqüidação por cálculo do
contador que não diz com a essência da lide, não sendo
necessariamente vinculativa para a fase executória do processo -
Art. 610 do CPC, não violado” (RJTJSP 80/255-256).

Observa-se, pois, que havendo qualquer transgressão à regra de


adequação dos meios processuais, inocorre preclusão porque se
trata de matéria de ordem pública, indisponível pelas partes e pelo
juízo. Daí que, “eventuais desvios só se consideram consolidados
em caso de prolação de sentença liqüidatória e ocorrência de coisa
julgada sobre ela” (CÂNDIDO DINAMARCO, ob. cit., p. 111). Em
qualquer outra hipótese e ainda que determinado o procedimento
liquidatório na sentença liqüidanda, sendo ele inadequado, não se
apresenta vinculante para o juízo da execução.
IV - A AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ DO TÍTULO EXECUTIVO
JUDICIAL:
NECESSIDADE DE SE PROCEDER À LIQUIDAÇÃO POR
ARTIGOS

Assentada, pois, a indisponibilidade das espécies de liquidação seja


pelas partes ou pelo juízo e a sua conseqüência imediata de não
acarretar a preclusão da escolha de um rito inadequado, cumpre
examinar a adequação do procedimento adotado pelo exeqüente
como meio de integração da sentença.

O V. Acórdão exeqüendo ordenou que a determinação do valor dos


lucros cessantes se fizesse através de simples liquidação por cálculo
do credor.

A liquidação por cálculo, como já se afirmou, somente se torna


adequada e, portanto, útil quando a sentença contém todos os
elementos necessários à apuração do quantum que só fica a
depender de simples cálculos aritméticos. É, pois, pressuposto da
liquidação por cálculo do credor que todos os elementos já se
encontrem previamente estipulados no decisório. Caso contrário,
fazendo-se necessária a realização de prova pericial ou a apuração
de fato novo, inviável é a via da liquidação por cálculo, uma vez que
ausente as condições de sua admissibilidade.

No caso dos autos, o v. Acórdão ordenou que o valor devido à título


de lucros cessantes fosse aquele apurado no laudo pericial. Ou seja,
partindo do pressuposto de que o valor dos lucros cessantes já havia
sido fixado no laudo técnico elaborado nos autos da ação cautelar
em apenso, considerou adequado o rito da liquidação por cálculo do
credor, porquanto deveria proceder-se à simples “atualização do
valor sugerido no laudo que foi elaborado pelo expert” (fls. 260).
Tivesse o valor da indenização por lucros cessantes sido fixado no
laudo pericial, dúvida não subsistiria quanto à adequada
determinação de que a liquidação se fizesse por simples cálculo
(atualização da quantia apurada no laudo pericial).

Todavia, basta o perfunctório exame do laudo pericial para se


verificar que nenhum valor foi arbitrado como devido à título de
lucros cessantes. O que se vê é que se limitou o expert a dizer que
os lucros cessantes deveriam ser obtidos “multiplicando-se o número
de meses improdutivos pelo valor locativo encontrado no sub-item
4.2 do item IV deste laudo” (fls. 18). Vale dizer dois são os elementos
indispensáveis à determinação dos lucros cessantes: a) o valor do
aluguel e; b) o período de inutilização do imóvel.

O valor do aluguel, com o qual concordou o executado, foi


devidamente fixado no laudo pericial em Cr$ 630.000,00 (seiscentos
e trinta mil cruzeiros) por mês. Quanto ao período em que o
exeqüente teria ficado privado da utilização de seu imóvel, nenhuma
referência há no laudo técnico. Donde se vê que um dos dados
indispensáveis à quantificação dos lucros cessantes não foi objeto
de determinação no laudo pericial.

Sob este aspecto é que, data venia, manifesto foi o equívoco do v.


Acórdão ao sugerir que a liquidação se fizesse por simples
atualização do valor dos lucros cessantes apurado no laudo pericial.
O laudo técnico não apurou o montante da indenização devida, mas
tão somente o valor do aluguel mensal, um dos elementos
componentes dos lucros cessantes. Donde concluir-se que houve
um equívoco material no v. Acórdão ao atribuir ao laudo pericial o
mérito de haver fixado o valor da indenização a título de lucros
cessantes, quando do seu exame ressalta evidente a ausência de
qualquer estipulação concreta nesse sentido.
Sem a determinação do valor da indenização pelo laudo pericial,
jamais poderia a liquidação da sentença, na parte em que condenou
o executado ao pagamento dos lucros cessantes, se fazer por
simples cálculo. Falta-lhe o pressuposto necessário ao tipo de
procedimento, qual seja, que contenha o decisório todos os
elementos para fixação do quantum.

O v. Acórdão, com efeito, não contém um dos dados indispensáveis


à apuração dos lucros cessantes, qual seja, o período de tempo em
que o imóvel não pôde ser utilizado pelo exeqüente em virtude das
obras de reparação. Não contém mesmo porque o laudo pericial,
base de condenação, deixou de apurá-lo. Sem a determinação do
número de meses que o imóvel ficou improdutivo não há como se
estabelecer o valor dos lucros cessantes, na forma que, inclusive,
indicou o laudo pericial. Necessário é, pois, para que se complete o
título judicial a apuração e prova de fato novo: o período de
desocupação do imóvel.

Ora, se para que se aperfeiçoe o decisório é imperiosa a prova de


fato novo somente através da liquidação por artigos (art. 608) poder-
se-ia utilmente integrar o título. Sem a prévia liquidação por artigos,
onde se comprove o período em que o imóvel ficou inutilizado em
virtude das reformas, não há como se completar o título judicial, que
permanece ilíquido.

Assim, a recomendação pelo v. Acórdão de que a liquidação se


fizesse por cálculo, representando, data venia, verdadeira
transgressão à regra da adequação dos meios processuais, não
pode prevalecer. Por outro lado, não havendo, consoante
demonstrou-se no item III, preclusão acerca de sua determinação e
tratando-se de matéria de ordem pública, cabe a V. Exa. ordenar a
adequação da liquidação ao grau de imperfeição da sentença
exeqüenda, o que somente será possível mediante a prova de fato
novo (número de meses em que o imóvel ficou improdutivo em razão
das reformas) para a qual a via adequada é a liquidação por artigos
(art. 608, CPC).

Destarte, somente através da liquidação por artigos estaria o título


completo, pois somente ela seria capaz de conferir-lhe a
indispensável liquidez. Como, no caso dos autos, não promoveu o
exeqüente a liquidação pela via adequada, tem-se que não se
aperfeiçoou o título que permanece despido de liquidez. E, nos
termos do art. 618, I, do CPC, estando a presente execução
aparelhada com título ilíquido, nula será ela.

V - PEDIDO

Diante do exposto, pede e espera, confiante, o executado seja


acolhida a presente exceção de pré-executividade para que se
declare a nulidade da execução por ausência de liquidez do título
executivo judicial (art. 618, I, CPC), liquidez esta que somente estará
presente após a devida liquidação por artigos da sentença.

Requer, ainda, ordene V. Exa. a imediata suspensão dos mandados


de penhora, até que se decida acerca da viabilidade, ou não, da
presente execução, pressuposto da realização de aludido ato.
Somente assim será respeitada a garantia do devido processo legal,
através da qual assegura-se ao devedor o direito de não sofrer
constrição judicial em processo no qual ausente os pressupostos de
admissibilidade da execução.

Por fim, requer seja intimado o exeqüente para que, querendo, se


manifeste acerca da presente exceção de pré-executividade.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Belo Horizonte, 25 de novembro de 1999.


Advogado
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
COMARCA DE MINEIROS-GO
Autos N.º 3.026/97
2º Cível

WILSON JOSÉ PIO, já qualificado nos autos N.º 3.026/97, de


Execução, vem, através de seus advogados, infra-assinados, com
endereço profissional, na Avenida Antônio Carlos Paniago, N.º 75, 1º
andar, Centro, Mineiros-Go., oferecer a presente EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE aos termos da execução retro-mencionada,
desfavoravelmente às pretensões de AGOSTINHO JOSÉ DE
REZENDE, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DOS FATOS
A NEGOCIAÇÃO DO CONTRATO

1. O Executado, em 09 (nove) de julho de 1.996, efetuou a


transferência do contrato em questão ao Exequente, conforme
consta do termo de transferência inscrito em fls. 06v dos autos,
àquela ocasião o mesmo já estava vencido há mais de um ano,
tornando-se assim sua aquisição a assunção de um risco. Quando
da cessão do contrato em questão, convém ressaltar, esta se deu
por quantia ainda inferior ao valor dos bens consignados no contrato.
Já naquela ocasião era sabedor, o Exequente, que estava adquirindo
débito vencido e não pago.

2. Em linguagem popular ocorreu o seguinte: o Sr. Hilário Antônio de


Freitas (brasileiro, casado, contabilista, residente e domiciliado nesta
cidade) tinha um débito para com o Sr. Agostinho José de Rezende.
Esse o Sr. Hilário possuía haveres com o Sr. Wilson José Pio, que
por sua vez era credor da empresa Calcário Jataí. Ao vencer o débito
do Sr. Wilson, para com o Sr. Hilário este justificou que não poderia
liquidá-lo por não ter recebido da empresa Calcário Jataí, assim, da
mesma forma procedeu o Sr. Hilário com o Sr. Agostinho. Era o
efeito cascata. Porém, o Sr. Agostinho, tendo ciência de toda a
situação, afirmou "que preferiria ter como devedora a empresa
Calcário Jataí" ao Sr. Hilário, e que, então, gostaria de ver
substituído o seu título. Assim, deu-se a cessão, recebendo o
Exequente a cessão em questão do contrato com o crédito de 1.500
(mil e quinhentas) sacas de soja em pagamento de débito inferior a
tal montante, dando, assim por liquidado o débito e resolvida toda a
situação, tornando-se o exequente credor unicamente da empresa
Calcário Jataí Ltda. E tanto é assim, que o Exequente sequer cogitou
de acionar o Sr. Hilário, que era a pessoa com quem possuía
originalmente crédito, ou requisitou a prestação de aval daquele
devedor frente ao documento novo que "recebia em pagamento".

3. Como se percebe, ao contrário do que afirma o Exequente, o


Executado não assumiu solidariamente com o devedor a
responsabilidade de solver o débito contratual. Relativamente a este
particular é clara a legislação civil em vigor, tanto que o Código Civil,
em seu artigo 1.074 estabelece que "Salvo estipulação em contrário,
o cedente não responde pela solvência do devedor."

4. Também neste sentido é o entendimento de Maria Helena Diniz,


em sua obra Código Civil Anotado, quando da exegese daquele
dispositivo tece o elucidativo comentário:
"I - Cessão "pro solvendo". O cedente não responderá pela
solvência, salvo estipulação em contrário, pois o cedente,
em regra, apenas assume uma obrigação de garantia de
existência do crédito, nada tendo a ver com as
possibilidades econômicas do devedor. Na cessão pro
solvendo, não se extingue imediatamente o débito, mas
apenas se e na medida em que o crédito cedido for
efetivamente cobrado. Logo, tal cessão se dá tão-somente
para facilitar a realização do crédito por parte do
cessionário, o cedente correrá o risco da insolvência do
devedor cedido, mês existindo crédito que lhe seja
pertencente no momento da cessão. Já na cessão pro
soluto haverá plena quitação do débito do cedente para
com o cessionário, operando-se a transferência do crédito,
que inclui a exoneração do cedente."

E, foi o que ocorreu no caso em tela, tanto que em nenhum momento


o termo de cessão faz menção a que a cessão seria pro solvendo e
não pro soluto como de fato o foi e constitui a regra em negócios
desta natureza. Assim, apenas subsiste responsabilidade do ora
Executado em relação à existência do crédito, jamais quanto ao seu
efetivo adimplemento, como quer o Exequente. Tal entendimento é
também manifestado por Darcy Arruda Miranda, em seu "Anotações
ao Código Civil Brasileiro", e pela unanimidade dos doutrinadores
pátrios.

5. Ao adquirir por cessão o crédito, embora persista para o


cedente/Executado a responsabilidade quanto a sua existência, o
Cessionário/Exequente assumiu o risco da insolvência do devedor,
até porque inexiste disposição diversa no termo de cessão de crédito
e, também, porque de fato foi assim a negociação, ou seja, deu-se
pro soluto.

DA ILEGITIMIDADE DO POLO PASSIVO


6. Devem figurar na relação processual a ser eventualmente
estabelecida no processo executivo, além da angular figura do
Estado Juiz, como em qualquer procedimento de natureza
contenciosa, no mínimo duas partes, sendo uma o polo ativo,
representado pelo Credor/Exequente; e o polo passivo, o qual se vê
configurado pelo Devedor/Executado (ou fiadores, avalistas,
garantidores e outras denominações que lhes são sinônimas). No
entanto, na execução ora promovida, a pessoa que se encontra
colocada equivocadamente no polo passivo não preenche nenhum
dos requisitos, sendo um verdadeiro estranho à relação processual.
A este respeito, transcrevemos feliz comentário contido no Jornal
"Ciência Jurídica, N.º 32/Maio/97, da lavra do advogado baiano
Eugênio Kruschewsky:
"Pertencem à categoria das vítimas de vícios extrínsecos,
os processos instaurados sem uma das condições da ação
(legitimidade ad causam, possibilidade jurídica do pedido e
interesse de agir), ou desassistidos pelos pressuspostos
processuais de existência - jurisdição, demanda na forma
escrita de petição inicial, citação e capacidade postulatória.
Nos primeiros casos, de prolação de sentença em processo
desprovido de uma das condições da ação, a parte teria
exercido, segundo Arruda Alvim, o direito genérico de
petição, constitucionalmente protegido, e não o direito de
ação, enquanto Liebman afirma incorrer atividade
jurisdicional autêntica, mas aparência de jurisdição
("L'azione nella Teoria del Processo Civile, Problemi del
Processo Civile", citação de Tereza Arruda Alvim Pinto, ob.
cit. p. 206).
Extrai-se do texto transcrito, que para os estudiosos do Direito tão
grave é a ausência da totalidade de condições ou de apenas uma
delas necessária para o exercício do Direito de ação, que em
ocorrendo tal hipótese, somente se considera, que o "autor" exerceu
o seu direito constitucional de petição e não o direito de ação, pior
ainda, denominam as ações eivadas de tais vícios extrínsecos, de
"vítimas" destes mesmos vícios, dando a entender claramente que a
mesma estaria fatalmente por eles ferida.

7. Assim sendo, uma vez que estabelece o CPC em seu artigo 3º,
que a legitimidade da parte é pressuposto fundamental para o
prosseguimento do feito, conforme dispõe o artigo 295 do mesmo
diploma, que dá como única solução para tal caso o indeferimento da
inicial, não há como persistir a presente execução, vez que proposta
contra pessoa que não goza de legitimidade para figurar no polo
passivo da mesma. Tal anomalia processual mereceu o comentário
de ARAKEN DE ASSIS, em sua obra "MANUAL DO PROCESSO DE
EXECUÇÃO", 2ª edição, RT, 1.995, págs. 425 e 426, o qual
transcrevemos:
"Embora não haja previsão legal explícita, tolerando o órgão
judiciário, por lapso, a falta de algum pressuposto, é
possível o executado requerer seu exame, quiçá
promovendo a extinção da demanda executória, a partir do
lapso de 24 hs. assinado pelo art. 652. Tal provocação de
matéria passível de conhecimento de ofício pelo juiz
independe de penhora, e, a fortiori, do oferecimento de
embargos (art. 737, I)."

DOS PEDIDOS
Assim, diante do que foi exposto, requer a o indeferimento da inicial,
nos termos do 295, II, do CPC e, consequentemente a extinção do
feito, nos termos do art. 267, I do mesmo código, condenando o
Exequente ao pagamento de custas processuais e honorários
advocatícios na base de 20% sobre o valor atribuído à causa.

NESTES TERMOS,

PEDE DEFERIMENTO.

Mineiros, 31 de julho de 1.997.

ADVOGADO OAB
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA
SEGUNDA VARA DE EXECUÇÃO DIVERSA DE MARINGÁ –
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ:
AUTOS 97.3013681-5 EXECUÇÃO EXTRAJUDICIAL
INGAQUEIJOS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS LTDA, Pessoa Jurídica
de Direito Privado, Inscrita no Cadastro Geral dos Contribuintes do
Ministério da Fazenda 95.367.074/0001-77, com sede em Maringá
sito na Rua Carlos Gomes, 162 Zona 5, neste ato representado por
seu representante legal MARIA DE FÁTIMA ARAUJO TREVISAN,
Brasileira, Casada, Empresária , Portador do CPF 015.1321.699/63
e Residente e Domiciliado em Maringá; e
NORIVAL TREVISAN, Brasileiro, Casado, Empresário, Portador do
CPF 148.322.678-68 e Residente e Domiciliado em Maringá; e
MARIA DE FÁTIMA ARAUJO TREVISAN, Brasileira, Casada,
Empresária , Portador do CPF 015.1321.699/63 e Residente e
Domiciliado em Maringá;
pôr seu advogado e procurador que adiante subscreve, ut-
instrumento de substabelecimento incluso, vêm, com o devido
respeito e acatamento à presença de Vossa Excelência, sob a égide
dos artigos 243 Á 250 , 267 inciso 3 e 303 II, 586, 598, 618 , 652 e
737 do Código de Processo Civil combinado com o Artigo 5 , LV da
Constituição Federal , propor a presente
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
NULIDADE DE EXECUÇÃO PELA FALTA DE LIQUIDEZ, CERTEZA
DO TÍTULO EXECUTIVO (ART. 618,I) E A EXTINÇÃO DO
PROCESSO DE EXECUÇÃO PELA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA(
ART. 267,VI) DO CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
ROTATIVO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL SER
CONSTITUÍDO TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL
Aos Autos 97.301.3681-5 em Execução de Título Extrajudicial -
promovida pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL pêlos motivos de
ordem jurídica que passamos em aduzir:
I N T R O D U Ç Ã O
01. Antecipadamente, Nobre Magistrado Federal, devemos aduzir
que em conformidade com a Execução Extrajudicial, a base jurídica
para o processo de execução é de apenas um Contrato de Abertura
de Crédito Rotativo Cheque Azul da CEF assinado no dia 22/09/1995
onde foi instituído um limite de crédito no valor de R$ 10.000,00 .
02. Entretanto, em função de um saldo devedor gerado por critérios
unilaterais da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL , foi interposto a
presente execução visando a cobrança de um saldo de R$ 6.956,42.
Tal execução é totalmente nula em função de estar desprovida de
um DEMONSTRATIVO FINANCEIRO ATUALIZADO E DE
EXTRATOS BANCÁRIOS PARA QUE PUDESSEM CONSTITUIR A
EXECUÇÃO DE LIQUIDEZ, CERTEZA E DE EXIGIBILIDADE.
DIRETRIZES DE ORDEM JURÍDICA A RESPEITO DA NULIDADE
DA EXECUÇÃO COM LASTRO EM CONTRATO DE ABERTURA
DE CRÉDITO ROTATIVO CEF

03. A presente actio executiva com lastro de contrato de abertura de


crédito rotativo-cheque azul da CEF , é nula de pleno direito, eis que
não fazem presentes no caso em exame, os pressupostos válidos
para a constituição e desenvolvimento do processo executivo.
04. Devemos expor que em se tratando de nulidade de direito, o
MAGISTRADO FEDERAL DE OFÍCIO poderá decretar a extinção do
processo de execução. Entretanto, vamos utilizar o instrumento de
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE para buscarmos uma análise
mais aprofundada do tema e a decretação pôr sentença judicial da
NULIDADE E A EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO.
ASSIM, É NULO O TÍTULO EXECUTIVO, PELOS SEGUINTES
ARGUMENTOS EM QUE VAMOS PRELIMINARMENTE EM
ADUZIR:
PRIMEIRO ARGUMENTO DE ORDEM JURÍDICA
A CEF EXEQUENTE É CARECEDORA DA AÇÃO EM VIRTUDE DO
DOCUMENTO QUE INSTRUI A ACTIO EXECUTIVA NÃO SE
REVESTIR DE UM TÍTULO EXECUTIVO.
NO CASO EM EXAME, O CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO ROTATIVO NÃO TÍTULO HÁBIL – EXECUTIVO PARA
LASTREAR UMA AÇÃO DE EXECUÇÃO, POIS O MESMO NÃO
CONSUBSTANCIA OBRIGAÇÃO DE PAGAR IMPORTÂNCIA
DETERMINADA, CONDIÇÃO ESSA, ESSENCIAL PARA A
CARACTERIZAÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO NA FORMA
PREVISTA NO INCISO II DO ARTIGO 585 DO CPC.
05. A respeito do nosso primeiro argumento de ordem jurídica,
temos a posição uniformizada do nosso SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA:
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇARECURSO ESPECIAL 90114 –
PR PUBL. DJU 26.08.96 P. 29683 RELATOR MINISTRO COSTA
LEITE
“EXECUÇÃO. TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL.
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO NÃO CONSTITUI
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, SEGUNDO O PREVISTO
NO ARTIGO 585, II DO CPC, PÔR NÃO CONSUBSTANCIAR
OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA DETERMINADA.
PRECEDENTES. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO”.
SEGUNDO ARGUMENTO DE ORDEM JURÍDICA
A CEF EXEQUENTE É CARECEDORA DA AÇÃO EM VIRTUDE DO
DOCUMENTO DE CRÉDITO QUE INSTRUI A ACTIO EXECUTIVA
NÃO CONSUBSTANCIA A OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA
DETERMINADA E CERTA, COMO DETERMINA O ARTIGO 646 E
SEGS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, ALÉM DE QUE
FALTAM DOCUMENTOS PARA EVIDENCIAR A LIQUIDEZ E A
CERTEZA DO CRÉDITO.
NO CASO EM EXAME, O CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO NÃO CONSUBSTANCIA UMA OBRIGAÇÃO JURÍDICA
DE PAGAR QUANTIA DETERMINADA, POIS OS CÁLCULOS
LANÇADOS AO ALVEDRIO DA INSTITUIÇÃO BANCÁRIA, SEM
QUALQUER REFERÊNCIA À FORMA DE QUE SE TERIA
UTILIZADO PARA ALCANÇÁ-LO. NÃO HÁ ASSIM, INDICATIVO
ALGUM ACERCA DA ORIGEM OU EVOLUÇÃO DA DÍVIDA ATÉ
ESSE MONTANTE.
07. A respeito do nosso argumento de ordem jurídica, temos a
posição uniformizada do nosso SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA:
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO ESPECIAL 66304 – PR PUBL. DJU 23.09.96 P. 35103
RELATOR MINISTRO EDUARDO RIBEIRO
“CONTRATO ABERTURA DE CRÉDITO . LIMITANDO-SE A
ENSEJAR A UTILIZAÇÃO DE DETERMINADA QUANTIA, NÃO
CONSUBSTANCIA OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA
DETERMINADA, INEXISTINDO CORRESPONDÊNCIA COM O
MODELO PREVISTO NO ARTIGO 585, II DO CPC”.
TERCEIRO ARGUMENTO DE ORDEM JURÍDICA
FINALMENTE, TORNA-SE IMPOSSÍVEL DETERMINAR A
LIQUIDEZ DA DÍVIDA COM LASTRO NO CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO.
AINDA, TORNA-SE IMPOSSÍVEL DETERMINAR A LIQUIDEZ DA
DÍVIDA PELA FALTA DOS EXTRATOS BANCÁRIOS EM UMA
EVOLUÇÃO SUCESSIVA DA DÍVIDA, DE FORMA DISCRIMINADA,
DESDE O PRIMEIRO SAQUE ATÉ O ÚLTIMO , COM EMPREGO
DE RUBRICAS ADEQUADAS E DE MOLDE A ABRANGER TODO
O PERÍODO TRANSCORRIDO ENTRE A DATA DE CELEBRAÇÃO
DO CONTRATO ATÉ O AJUIZAMENTO DA AÇÃO EXECUTÓRIA.
08. A respeito do nosso terceiro argumento de ordem
jurídica temos a posição uniformizada do nosso SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA:
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO ESPECIAL 66304 – PR PUBL. DJU 23.09.96 P. 35103
RELATOR MINISTRO EDUARDO RIBEIRO
“CONTRATO DE CRÉDITO. IMPOSSIBILIDADE DE O TÍTULO
COMPLETAR-SE COM EXTRATOS FORNECIDOS PELO
PRÓPRIO CREDOR QUE SÃO DOCUMENTOS UNILATERAIS.
NÃO É DADO ÀS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO CRIAR SEUS
PRÓPRIOS TÍTULOS EXECUTIVOS, PRERROGATIVA PRÓPRIA
DA FAZENDA PÚBLICA ”.
09. Assim, o processo de execução somente tem pôr
lastro jurídico no Contrato de Confissão e Renegociação de
Operações de Crédito , o que não vem a se constituir de uma forma
substancial para manejar uma execução de título extrajudicial,
principalmente pela ausência de obrigação de pagar quantia
determinada e certa. Para a formalização jurídica de um título
executivo o documento deveria conter uma representação de
obrigação para o ajuizamento do processo, sendo que não basta seu
aspecto formal, devendo ainda, para ter eficácia o seu aspecto
substancial, isto é, o exato valor do débito que permita viabilizar a
execução.
10. Assim, em consonância com a nova sistemática
processual que criou a AÇÃO MONITÓRIA, este deveria ter sido o
procedimento correto e não o de execução, que deve ser declarado
extinto pôr ofício ou pôr sentença do Nobre Magistrado, em
consonância com a jurisprudência do nosso SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA E DE NOSSO TRIBUNAL DE ALÇADA DO PARANÁ
COMO A RECENTE DECISÃO DA OITAVA CÂMARA CÍVEL:
APELAÇÃO CÍVEL 122.828-4
APELANTE: BANCO REAL S. A .
APELADO : CLÁUDIO LUIZ PEREIRA E OUTRO
RELATOR: JUIZ SERGIO ARENHART
EMBARGOS À EXECUÇÃO – CONTRATO DE CRÉDITO– TÍTULO
EXECUTIVO FORMAL MAS NÃO SUBSTANCIAL – AUSÊNCIA DE
OBRIGAÇÃO DE PAGAR IMPORTÂNCIA CERTA E
DETERMINADA – IMPOSSIBILIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO
PELOS EXTRATOS DEMONSTRATIVOS DA EVOLUÇÃO DO
DÉBITO QUANDO, ALÉM DE INCOMPLETOS, COMO NO
PRESENTE CASO, CONFIGURAM DOCUMENTOS EMITIDOS
UNILATERALMENTE PELO CREDOR – NÃO DEFINIÇÃO DO
QUANTUM DEVIDO –
NA TRILHA ATUAL DA JURISPRUDÊNCIA, EM CONSONÂNCIA
COM A NOVA SISTEMÁTICA PROCESSUAL QUE CRIOU A AÇÃO
MONITÓRIA, DEVE A EXECUÇÃO SER EXTINTA –
INAPLICABILIDADE DA MEDIDA PROVISÓRIA 1367 DE 20.3.96 –
RECURSO DO BANCO DESPROVIDO
“NA ESTEIRA DO QUE VEM DECIDINDO O SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA ‘O CONTRATO CRÉDITO NÃO CONSUBSTANCIA
OBRIGAÇÃO DE PAGAR IMPORTÂNCIA CERTA E
DETERMINADA E OS EXTRATOS SÃO PRODUZIDOS
UNILATERALMENTE , SEM A INTERVENÇÃO DO POSSÍVEL
DEVEDOR”.
( RESP N. 101.097-RS DJU 09.12.97)
ACÓRDÃO N. 7759 OITAVA CÂMARA CÍVEL DO TAPR
FALTA DE EFICÁCIA DO TÍTULO EXECUTIVO COM BASE
PROCESSUAL EM CONTRATO DE CRÉDITO-INSTRUMENTO DE
CONFISSÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - PRECEDENTES DO
TAPR – STJ
11. Falta efetivamente a eficácia no procedimento
utilizado pelo Banco para o processamento da EXECUÇÃO
EXTRAJUDICIAL COM LASTRO EM CONTRATO DE CRÉDITO . E
COMO ENSINA ARAKEN DE ASSIS, EM SEU MANUAL DO
PROCESSO DE EXECUÇÃO RT P. 119:
TORNA-SE IMPERIOSO, PORTANTO, DISCERNIR DUAS
DIMENSÕES . NO PLANO MATERIAL, CONFORME MICHELI, SE
SOBRELEVA A DECLARAÇÃO DE CERTEZA (RELATIVA), TANTO
OBTIDA ATRAVÉS DE ÓRGÃO JURISDICIONAL E DE COGNIÇÃO
PRÉVIA... QUANDO ALCANÇADA MEDIANTE O CONSENSO DOS
PARTICULARES.
NA PERPECTIVA PROCESSUAL, PORQUE IMPRESCÍNDÍVEL A
VISTA DA NATUREZA DOS ATOS DO JUIZ NO CURSO DO
PROCESSO E DA POSIÇÃO DE VANTAGEM USUFRUÍDA PELO
CREDOR, INTERESSA O DOCUMENTO, DOTADO DE CERTOS
REQUISITOS FORMAIS, AD HOC. TAL DOCUMENTO, REZA O
ARTIGO 583, BASEIA A EXECUÇÃO. ENTÃO, ADUZ MICHELI,
VALORIZAR O TÍTULO EXCLUSIVAMENTE SOB O ASPECTO DO
ATO OU DA FORMA DOCUMENTAL É EQUIVOCADO,
PORQUANTO EXISTE INCINDÍVEL UNIDADE DESSES
ELEMENTOS”.
12. E como arremata ALCIDES MENDONÇA LIMA, A
RESPEITO DA QUESTÃO DA FALTA DE EFICÁCIA DO TÍTULO
EXECUTIVO:
TODA EXECUÇÃO SE FUNDA EM TÍTULO EXECUTIVO PARA
SER MOVIDA; MAS DESDE QUE O TÍTULO APRESENTE AS
CONDIÇÕES FORMAIS E SUBSTANCIAIS QUE A LEI IMPONHA.
NÃO É PORTANTO, QUALQUER DOCUMENTO, QUER
FORMALMENTE, QUER SUBSTANCIALMENTE, QUE PODE
PROVOCAR A EXECUÇÃO. SERÁ SOMENTE AQUELE QUE
REUNIR AS DUAS CONDIÇÕES.
13. Como ainda elucida o professor HUMBERTO
THEODORO JUNIOR (PROCESSO DE EXECUÇÃO LEUD, PG.
102):
“REPORTANDO AO MAGISTÉRIO DE CALAMANDREI, PODE-SE
AFIRMAR QUE OCORRE A CERTEZA DO CRÉDITO, QUANDO
NÃO HÁ CONTROVÉRSIA SOBRE SUA EXISTÊNCIA; A LIQUIDEZ,
QUANDO É DETERMINADA A IMPORTÂNCIA DA PRESTAÇÃO
(QUANTUM). A LIQUIDEZ CONSISTE NO PLUS QUE SE
ACRESCENTA À CERTEZA DA OBRIGAÇÃO. PÔR ELA
DEMONSTRA-SE QUE NÃO SOMENTE SE SABE QUE SE DEVE,
MAS TAMBÉM QUANTO SE DEVE.”
14. Existindo dúvida quanto a tais características, não
pode o Poder Judiciário chancelar pretensão que não atenda ao rigor
do Artigo 586 do Código de Processo Civil. É de se ter presente,
como norte em toda execução, o que assentou o SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA:
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO ESPECIAL 32875-9 – SP RELATOR MINISTRO
EDUARDO RIBEIRO
“EM PRINCÍPIO, DEVE O PRÓPRIO TÍTULO FORNECER TODOS
OS ELEMENTOS PARA QUE SE POSSA AUFERIR A CERTEZA E
LIQUIDEZ DO DÉBITO”.
15. No caso em exame, inexistem elementos
suficientes para que se possa afirmar que o crédito corresponde,
efetivamente, ao valor reclamado na execução ( quantum debeatur) ,
de sorte que a despeito de certo e exigível, o título não apresenta
liquidez para dar fundamento ao processo de execução.
16. Além de não ter a liquidez e a certeza fundamental
para o processo de execução, não tem a eficácia executiva e
PORTANTO DEVE SER DECRETADO A NULIDADE COMO
ESTABELECE O CAPUT DO ARTIGO 586 COMBINADO COM O
ARTIGO 618 I , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
ARTIGO 586 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
A EXECUÇÃO PARA COBRANÇA DE CRÉDITO, FUNDAR-SE-Á
SEMPRE EM TÍTULO LÍQUIDO, CERTO E EXIGÍVEL.
ARTIGO 618 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
É NULA A EXECUÇÃO:
I – SE O TÍTULO EXECUTIVO NÃO FOR LÍQUIDO, CERTO E
EXIGÍVEL (ART.586);
17. Pôr isso, em caso sub exame, não satisfaz o
nosso sistema o título utilizado pelo Banco, que, ainda com eficácia
formal, não contém em seu contexto também a eficácia substancial,
isto é o QUANTUM DEBEATUR PERFEITAMENTE DETERMINADO
OU DETERMINÁVEL PÔR CÁLCULO ARITMÉTICO. NESTE
MESMO SENTIDO TEMOS A DECISÃO DA JUÍZA DULCE MARIA
CECCONI DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE ALÇADA DO ESTADO DO
PARANÁ:
APELAÇÃO CÍVEL 118.257-6
APELANTE: BANCO DO ESTADO DO PARANÁ S. A .
APELADO : JULIO ANTONIO BENATTI
RELATORA: JUIZA DULCE MARIA CECCONI
REVISOR : JUIZ MANASSÉS DE ALBUQUERQUE
APELAÇÃO CÍVEL - EMBARGOS À EXECUÇÃO – CONTRATO DE
CRÉDITO – TÍTULO EXECUTIVO FORMAL MAS NÃO
SUBSTANCIAL – FALTA DOS EXTRATOS DA CONTA BANCÁRIA
PARA DEMONSTRAR A EVOLUÇÃO DO DÉBITO – NÃO
CONFIGURAÇÃO DO QUANTUM DEBEATUR – A NOVA
SISTEMÁTICA PROCESSUAL, QUE CRIOU A AÇÃO MONITÓRIA
PROPICIA AO CREDOR OUTRO MEIO PROCESSUAL PARA
OBTER O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO – RECURSO
DESPROVIDO.
ACÓRDÃO N. 7924 OITAVA CÂMARA CÍVEL DO TAPR
18. Em seu voto, a eminente Magistrada afirma que “é
bom consignar que a jurisprudência deste Tribunal, na mesma linha
de orientação do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA . Vejamos a
seguinte decisão de nossa Corte Superior de Justiça:
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO ESPECIAL 76.142-0 – SC RELATOR MINISTRO
COSTA LEITE TERCEIRA TURMA
PROCESSUAL – EXECUÇÃO – TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE NÃO CONSTITUI TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL , SEGUNDO O PREVISTO NO ARTIGO 585,II DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, PÔR NÃO CONSUBSTANCIAR
OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA DETERMINADA.
19. Conclusivamente, devemos expor a posição do
nosso Tribunal de Alçada do Estado do Paraná onde CONTRATO
DE CRÉDITO NÃO É TÍTULO EXECUTIVO:
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA PELA SEGUNDA
CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO PARANÁ
ACÓRDÃO 7932
RELATOR: JUIZ ROGÉRIO COELHO
“O CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE DESACOMPANHADO DO RESPECTIVO EXTRATO
DE MOVIMENTAÇÃO DEMONSTRANDO A EFETIVA UTILIZAÇÃO
DO CRÉDITO PÔR PARTE DO CORRENTISTA, NÃO CONSTITUI
TÍTULO EXECUTIVO DOTADO DE CERTEZA E LIQUIDEZ E
EXIGIBILIDADE, GERANDO A CARÊNCIA DA AÇÃO EXECUTIVA”.
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA PELA QUARTA
CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO PARANÁ
APELAÇÃO CÍVEL 121.102-1
APELANTE: TRÊS EIXOS TRANSPORTES LTDA
APELADO : BANCO DO ESTADO DO PARANÁ
RELATOR: JUIZ IDEVAN LOPES
EMBARGOS DO DEVEDOR - EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL – INSTRUMENTO DE CONFISSÃO DE DÍVIDA
DÉBITO DERIVADO DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO
EM CONTA CORRENTE – DÍVIDA QUE NÃO REPRESENTA
LIQUIDEZ E CERTEZA EM RAZÃO DE SUA ORIGEM – CARÊNCIA
DO PROCEDIMENTO EXECUTÓRIO – EXTINÇÃO –
DECLARAÇÃO DE OFÍCIO . É INEXEQUÍVEL O CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE, AINDA QUE
ACOMPANHADO DO RESPECTIVO EXTRATO, PORQUANTO,
SENDO ESTE DE CONFEÇÃO UNILATERAL NÃO FAZ PRODUZIR
LIQUIDEZ E CERTEZA E, SENDO O INSTRUMENTO DE
CONFISSÃO DE DÍVIDA DERIVADO DAQUELE CONTRATO, NÃO
HÁ COMO SE DAR SUPORTE AO DÉBITO.
ACÓRDÃO N. 10101 QUARTA CÂMARA CÍVEL DO TAPR
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA PELA QUARTA
CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO PARANÁ
APELAÇÃO CÍVEL 122.817-1
APELANTE: BANCO DO BRASIL S. A .
APELADO : ILIAN JOSÉ GUIGINSKI DE OLIVEIRA
RELATOR: JUIZ RUY CUNHA SOBRINHO
“EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE. CHEQUE
ESPECIAL. AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ E CERTEZA. A 3 TURMA DO
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA VEM
ENTENDENDO REITERADAMENTE, QUE O CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE ,MESMO QUE
ACOMPANHADO DE EXTRATOS FORNECIDOS
UNILATERALMENTE PELO PRÓPRIO CREDOR, NÃO É TÍTULO
EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL, EIS QUE PRESCINDE DE
LIQUIDEZ E CERTEZA. TAMBÉM PORQUE NÃO É DADO ÀS
INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO CRIAR OS SEUS PRÓPRIOS
TÍTULOS EXECUTIVOS, PRERROGATIVA PRÓPRIA DA FAZENDA
PÚBLICA .ACÓRDÃO N. 9977 QUARTA CÂMARA CÍVEL DO TAPR
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA PELA SEXTA CÂMARA
CÍVEL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO PARANÁ
APELAÇÃO CÍVEL 116.639-0
APELANTE: BANCO DO BRASIL S. A .
APELADO : JOÃO BATISTA COELHO
RELATORA: JUIZA ANNY MARY KUSS SERRANO
“EMBARGOS À EXECUÇÃO. CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO EM CONTA CORRENTE . IMPRESTABILIDADE DE
EXTRATO QUE APRESENTA SALDO DEVEDOR INICIAL –
AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DA LIQUIDEZ E CERTEZA DO
TÍTULO – NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA EVOLUÇÃO
DO DÉBITO- DECISÃO A QUO PROFERIDA DENTRO DOS
LIMITES DO PEDIDO INICIAL – AUSÊNCIA DE JULGADO EXTRA
PETITA – RECURSO IMPROVIDO.
ACÓRDÃO N. 7261 SEXTA CÂMARA CÍVEL DO TAPR
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA PELA SEXTA CÂMARA
CÍVEL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO PARANÁ
APELAÇÃO CÍVEL 105.144-9
APELANTE: ARCANJO COMÉRCIO DE PEÇAS LTDA
APELADO : BANCO ITAÚ S. A .
RELATOR: JUIZ RUY FERNADO DE OLIVEIRA
“EXECUÇÃO E EMBARGOS. CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO EM CONTA CORRENTE E NOTA PROMISSÓRIA
VINCULADA. COBRANÇA BASEADA EM DOIS TÍTULOS
ADMISSÍVEL – REQUISITOS FORMAIS, CONTUDO, AUSENTES –
FALTA DOS RESPECTIVOS EXTRATOS COM OS LANÇAMENTOS
DIÁRIOS – CONTRATO INEXIGÍVEL NA VIA ESCOLHIDA – NOTA
PROMISSÓRIA REPRESENTATIVA DO SALDO DEVEDOR –
PERDA DE SUA AUTONOMIA – CAR6ENCIA DE AÇÃO
EVIDENCIADA – SENTENÇA ACÓRDÃO N. 6227 SEXTA CÂMARA
CÍVEL DO TAPR
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA PELA SEXTA CÂMARA
CÍVEL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO PARANÁ
APELAÇÃO CÍVEL 98.833-8
APELANTE: BANCO DO ESTADO DO PARANÁ S. A .
APELADO : ALUISIO PEREIRA
RELATOR: JUIZ CLAYTON REIS
“APELAÇÃO CÍVEL . EMBARGOS DO DEVEDOR . CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE . EXECUÇÃO.
NECESSIDADE DA JUNTADA DE EXTRATOS DA
MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA. IMPROVIMENTO . O CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE , SOMENTE
SERÁ TÍTULO EXTRAJUDICIAL SE ESTIVER ACOMPANHADO DO
EXTRATO DE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA REALIZADO PELO
CORRENTISTA, CONTENDO O EMPREGO DE RUBRICAS
ESPECÍFICAS DE TODOS OS ENCARGOS COBRADOS”.
ACÓRDÃO N. 6327 SEXTA CÂMARA CÍVEL
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA PELA SETIMA CÂMARA
CÍVEL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO PARANÁ
APELAÇÃO CÍVEL 115.656-7
APELANTE: COMÉRCIO DE CARNES UNIFLOR LTDA
APELADO : BANCO MERIDIONAL DO BRASIL S. A .
RELATOR: JUIZ CONV. LUIZ LOPES
“EMBARGOS DO DEVEDOR . CONTRATO DE CRÉDITO.
EXTRATOS E DEMONSTRATIVO DE DÉBITO QUE NÃO
PERMITEM AFERIR-SE SOB A LIQUIDEZ DA DÍVIDA – ARTIGO
586 , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL- RECONHECIMENTO DE
OFÍCIO DA NULIDADE DA EXECUÇÃO. A EXECUÇÃO TENDO
PÔR SUPORTE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA ESPECIAL EMPRESA, DEVE VIR INSTRÚIDA COM
EXTRATOS E DEMONSTRATIVO, DOS QUAIS POSSA SE AFERIR
DA EVOLUÇÃO DA DÍVIDA, ATRAVÉS DE CÁLCULOS
ARITMÉTICOS, SOB PENA DE NÃO RESULTAR PATENTEADA A
LIQUIDEZ NECESSÁRIA PARA CARACTERIZAR O PACTO, COMO
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL ”. ACÓRDÃO N. 7980
SETIMA CÂMARA
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA PELA OITAVA CÂMARA
CÍVEL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO PARANÁ
APELAÇÃO CÍVEL 85.821-3
APELANTE: MULTIGRÃO PASTORIL LTDA
APELADO : BANCO DO ESTADO DO PARANÁ S. A .
RELATOR: JUIZ RAFAEL AUGUSTO CASSETARI
“EMBARGOS DO DEVEDOR . CONTRATO DE CRÉDITO. TÍTULO
DE CRÉDITO EXTRAJUDICIAL. INEXISTÊNCIA . O DENOMINADO
CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE, AINDA QUE ACOMPANHADO DOS RESPECTIVOS
EXTRATOS , NÃO SE CONSTITUI EN TÍTULO DE CRÉDITO
EXTRAJUDICIAL A APARELHAR O PROCESSO EXECUTIVO.
ACÓRDÃO N. 7458 OITAVA
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA PELA OITAVA CÂMARA
CÍVEL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO PARANÁ
APELAÇÃO CÍVEL 112.940-2
APELANTE: BANCO DO ESTADO DO PARANÁ S A .
APELADO : JOSÉ CARLOS GONÇALVES
RELATOR: JUIZ FRANCISCO PINTO RABELLO FILHO
“EXECUÇÃO . CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM
CONTA CORRENTE – EXTRATO DE MOVIMENTAÇÃO –
REQUISITOS. I – FUNDANDO-SE A EXECUÇÃO EM CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE (A ELE
VINCULADA NOTA PROMISSÓRIA), O EXTRATO DEVE CONTER
DEMONSTRATIVO ANALITACAMENTE DISCRIMINADO,
CONTENDO PORMENORIZADA RUBRICAS ESPECÍFICAS E
INDICAÇÃO E DEMONSTRAÇÃO, UMA A UMA,
EXPLICATIVAMENTE, DE TODAS AS OPERAÇÕES (E
RESULTADOS) EFETUADAS, TAIS COMO BASE DE CÁLCULO,
PERÍODO DE REFERÊNCIA, INDÍCES, DE MODO TAL QUE
PERMITA MEDIANTE SINGELA OPERAÇÃO ARITMÉTICA,
AFERIR-SE SUA EXATA FIDELIDADE AO QUE FOI PACTUADO,
INCLUSIVE PARA QUE POSSA O DEVEDOR, SENDO O CASO,
IMPUGNAR E DEMONSTRAR QUE UM OU MAIS LANÇAMENTOS
CONTÉM ABUSIVIDADE. SEM ISSO, BRILHA A CARÊNCIA DA
AÇÃO EXECUTIVA.
ACÓRDÃO N. 7980 SETIMA CÂMARA CÍVEL DO TAPR
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO BANCO EM CRIAR COM BASE
EM CONTRATO DE CRÉDITO-CONFISSÃO DE OPERAÇÕES DE
CRÉDITO UM TÍTULO EXECUTIVO PRERROGATIVA
EXCLUSIVA DA FAZENDA PÚBLICA - PRECEDENTES
20. Deve-se ainda ponderar que somente é dado em
direito a constituição de um TÍTULO EXECUTIVO PARA A
FAZENDA PÚBLICA. Pois a Instituição Financeira não possui a
prerrogativa de formalizar unilateralmente títulos executivos. NESTE
ASPECTO MISTER A DECISÃO DO TARGS EM ACÓRDÃO
196159834 DE LAVRA DA QUINTA CÂMARA PELO RELATOR
JASSON AYRES TORRES:
"Ademais, os próprios encargos são estabelecidos e lançados de
uma forma a gerar dúvidas e discussões, porque não há um valor
certo a pagar, e sim lançamentos que precisam ser discutidos,
clareados, quanto à sua exigibilidade, e com isto, retirando a certeza
e liquidez, exigidas para um enquadramento no art., 585, inc. II, do
CPC."
21. NOVAMENTE O SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA SE MANIFESTOU SOBRE A CERTEZA E A LIQUIDEZ
DOS CONTRATO E SE POSICIONOU DA SEGUINTE FORMA:
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO ESPECIAL 29597-3 RS RELATOR MINISTRO
EDUARDO RIBEIRO TERCEIRA TURMA
Contrato de crédito. Limitando-se a ensejar a utilização de
determinada quantia não consubstanciada a obrigação de pagar
quantia determinada, inexistindo correspondência com o modelo
previsto no art. 585, II, do CPC. Impossibilidade de o título completar-
se com extratos fornecidos pelo próprio credor que são documentos
unilaterais, Não é dado às Instituições de crédito criar seus próprios
títulos executivos, prerrogativa da Fazenda Pública.
22 E AINDA:
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO ESPECIAL 71.331-SP RELATOR MINISTRO
WALDEMAR ZVEITER
"Título executivo extrajudicial previsto no artigo 585, II, do CPC é o
documento que contem a obrigação incondicionada de pagamento
de garantia determinada (ou entrega de coisa fungível em momento
certo). Os requisitos da certeza, liquidez e exigibilidade devem estar
certos no título. A apuração dos fatos, a atribuição de
responsabilidades, a exegese das cláusulas contratuais tornam
necessário o processo de conhecimento e descaracterizam o
documento como título executivo".
23 . Outrossim, em função do título em discussão não ter a
liquidez e nem a certeza, mister que Vossa Excelência venha em
DECRETAR DA EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO,
COMO ADUZIR O SEGUINTE ENUNCIADO DO TARGS:
"Comprovado o preenchimento abusivo do título, sendo ilíquidos e
incertos os valores lançados em conta corrente e preenchida a nota
pôr saldo incoincidente com sua data de emissão, achados valores
em primeiro grau, sem irresignação do exequente, descaracterizado
está o título executivo, descabendo sua execução – Ausência de
liquidez e certeza do título vencido vinculado à conta corrente.
Lançamento de verbas impugnadas e não justificadas e de juros
inexplicados. Prerrogativa apenas da Fazenda Pública de criar
unilateralmente títulos executivos". (TARS – Ac. 195.151.915 – 4ª C
– Rel. Juiz Moacir Leopoldo Haeser
24. Atentando-se ao caso sub exame, podemos expor
ainda que a apuração do quantum para a execução somente obtido
pôr ato unilateral do Banco. Inocorre a contratação de um valor a ser
pago. O valor executado não foi bilateralmente pactuado, pois,
conforme exposto, depende da simples vontade de um dos
contratantes . E, COMO BEM AFIRMOU O MINISTRO EDUARDO
RIBEIRO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (RESP
122.347/RS , O CONTRATO DE CRÉDITO, LIMITANDO-SE A
ENSEJAR A POSSIBILIDADE DE UTILIZAR-SE O CRÉDITO, NÃO
REFLETE PARA O CORRENTISTA QUALQUER OBRIGAÇÃO
LÍQUIDA, CERTA E EXIGÍVEL (RSTJ 98/263).
25. ASSIM, TORNA-SE IMPOSSÍVEL A PRESENTE
EXECUÇÃO TER A BASE JURÍDICA NO ARTIGO 585, INCISO II
DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, POIS NÃO PODE
CONSIGNAR A OBRIGAÇÃO DE PAGAR UMA QUANTIA CERTA .
26. Tanto o Contrato de Crédito como a Nota
Promissória não podem ensejar um procedimento executório.
ASSIM, A DOUTRINA DO MESTRE CÂNDIDO RANGEL
DINAMARCO CONFIRMA:
A DECLARAÇÃO FEITA E ASSINADA PELO OBRIGADO DEVE
DESDE LOGO EXPLICITAR O VALOR DA OBRIGAÇÃO
ASSUMIDA. EM OUTRAS PALAVRAS, A LIQUIDEZ DEVE ESTAR
PRESENTE QUANDO DA CELEBRAÇÃO DO NEGÓCIO E
CONSTITUIÇÃO DO DOCUMENTO QUE O
INSTRUMENTALIZARÁ.
27. Devemos expor que na operação em tela são
debitados juros, correção monetária e outros encargos financeiros,
além do uso ilegal da TR, não aparecendo suficiente clara a forma
de cálculos, uma vez, que o demonstrativo, desprovido dos extratos
financeiros, não especifica quais foram os índices utilizados.
28. Ademais, nos títulos executivos extrajudiciais em
geral é indispensável que o quantum já venha aceito e declarado em
ação, pois é a vontade do devedor, com a promessa de pagar que
justificam a própria eficácia do título e legitimam a derrogação da
regra “NON ESTA INCHOANDUM AB EXECUTIONE”.
29. Assim, no presente caso, o CONTRATO DE
CRÉDITO-CONFISSÃO DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO só depois
de celebrado e posto em atividade pelas partes é que uma delas ,
UNILATERALMENTE, INFORMA À OUTRA O VALOR DE SEU
DÉBITO FINAL.
ASSIM, NÃO SE APRESENTA COMO TÍTULO DE CRÉDITO
EXTRAJUDICIAL E TORNA-SE IMPOSSÍVEL O
PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO QUE DEVE
SER EXTINTO PÔR ORDEM DE VOSSA EXCELÊNCIA.
DECRETAÇÃO DA EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
PELA FALTA DE LIQUIDEZ E CERTEZA E PELO FATO JURÍDICO
DE QUE O CONTRATO DE CONFISSÃO DE OPERAÇÕES DE
CRÉDITO NÃO TER EFICÁCIA TÍTULO EXECUTIVO
30. Importante se faz ressaltar que a incerteza e a
iliquidez do título caracteriza a falta de interesse de agir e a carência
da ação e PORTANTO A DECRETAÇÃO DA EXTINÇÃO DO FEITO
NA FORMA DO ARTIGO 267, VI DO CPC.
31. Assim é a determinação do SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA ( 4 TURMA RESP 18711-0 SP MINISTRO
BARROS MONTEIRO):
ACERCA DOS PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E DAS
CONDIÇÕES DA AÇÃO, NÃO HÁ PRECLUSÃO PARA O JUIZ, A
QUEM É LICITO, EM QUALQUER TEMPO E GRAU DE
JUSRISDIÇÃO ORDINÁRIA, REEXAMINÁ-LOS, NÃO ESTANDO
EXAURIDO O SEU OFÍCIO NA CAUSA.
32. DIANTE DISTO, REQUEREMOS QUE VOSSA
EXCELÊNCIA VENHA EM APRECIAR A QUESTÃO DA
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DE EXECUÇÃO TENDO PÔR
LASTRO CONTRATO DE COM A DEVIDA EXTINÇÃO DO
PROCESSO EM CONFORMIDADE COM O ARTIGO 267, VI DO
CPC, PELA FALTA DA CERTEZA E DA LIQUIDEZ DO TÍTULO
OBJETO DE EXECUÇÃO, CONFORME OS PRECEDENTES DO
TAPR E DO STJ.
NOVOS PRECEDENTES DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO ESTADO
DO PARANÁ A RESPEITO DA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DE
EXECUÇÃO COM LASTRO EM CONTRATO DE CRÉDITO–BANCO
REAL
33. RECENTEMENTE DECIDIU A SEGUNDA
CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO ESTADO DO
PARANÁ EM APELAÇÃO CIVEL 95.126-6 COM O JUÍZ ROBERTO
COSTA BARROS DA SEGUINTE FORMA:
APELAÇÃO CÍVEL 95.126-6
RELATOR: JUIZ ROBERTO COSTA BARROS
EMBARGOS À EXECUÇÃO – CONTRATO DE CRÉDITO
BANCÁRIO DESACOMPANHADO DE EXTRATO DA CONTA
CORRENTE RESPECTIVA. APELAÇÃO DESPROVIDA.
O CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA
CORRENTE, DESACOMPANHADA DOS EXTRATOS ANALÍTICOS
DA MOVIMENTAÇÃO DA CONTA E DE CONHECIMENTO DO
MUTU’RIO, NÃO CONSTITUI TÍTULO DE DÍVIDA LÍQUIDA, CERTA
E EXIGÍVEL. ACÓRDÃO 7287 DA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
TAPR
34. RECENTEMENTE DECIDIU A QUARTA CÂMARA
CÍVEL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO ESTADO DO PARANÁ EM
APELAÇÃO CIVEL 95.405-2 COM A JUÍZA REGINA AFONSO
PORTES DA SEGUINTE FORMA:
APELAÇÃO CÍVEL 95.405-2
RELATORA: JUIZA REGINA AFONSO PORTES
EMBARGOS DO DEVEDOR . CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO. FEITO INSTRUIDO SEM A APRESENTAÇÃO DE
TODOS OS EXTRATOS BANCÁRIOS. AUSÊNCIA DE DÍVIDA.
ÔNUS DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA E JUNTADA DOS
DEMONSTRATIVOS DE DÉBITO . RECURSO DESPROVIDO.
ACÓRDÃO 7514 DA QUARTA CÂMARA CÍVEL TAPR
35. RECENTEMENTE DECIDIU A OITAVA CÂMARA
CÍVEL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO ESTADO DO PARANÁ EM
APELAÇÃO CIVEL 120.866-6 COM OS JUÍZES SERGIO
ARENHART, AIRVALDO STELA ALVES, MANASSÉS DE
ALBUQUERQUE E ANTONIO MARTELOZZO DA SEGUINTE
FORMA:
APELAÇÃO CÍVEL 120.866-6
APELANTE: BANCO DO BRASIL S A .
APELADO : JOSÉ CAIRES DE SOUZA
RELATOR: JUIZ SERGIO ARENHART
EMBARGOS À EXECUÇÃO – CONTRATO DE CRÉDITO– TÍTULO
EXECUTIVO FORMAL MAS NÃO SUBSTANCIAL – AUSÊNCIA DE
OBRIGAÇÃO DE PAGAR FIRMADA PÔR AMBAS AS PARTES EM
ACORDO- IMPOSSIBILIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO PELOS
EXTRATOS DEMONSTRATIVOS DA EVOLUÇÃO DO DÉBITO
QUANDO, ALÉM DE INCOMPLETOS, COMO NO PRESENTE
CASO, CONFIGURAM DOCUMENTOS EMITIDOS
UNILATERALMENTE PELO CREDOR – NÃO DEFINIÇÃO DO
QUANTUM DEVIDO – SEGUNDO ATUAL TENDÊNCIA DO STJ, EM
CONSONÂNCIA COM A NOVA SISTEMÁTICA PROCESSUAL QUE
CRIOU A AÇÃO MONITÓRIA, DEVE A EXECUÇÃO SER EXTINTA
– INAPLICABILIDADE DA MEDIDA PROVISÓRIA 1367 DE 20.3.96
– LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – CONDENAÇÃO MANTIDA - RECURSO
DO BANCO DESPROVIDO. ACÓRDÃO 7581 DA OITAVA CÂMARA
CÍVEL

36. EM SENTIDO IDÊNTICO DECIDIU A SEXTA


CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE ALÇADA DO ESTADO DO
PARANÁ EM ACÓRDÃO 8433 COM O JUIZ SÍLVIO VERICUNDO :
APELAÇÃO CÍVEL 125.594-5
APELANTE: BANCO DO ESTADO DO PARANÁ S A .
APELADO : CARLOS RENATO DE CARLI
RELATOR: JUIZ SILVIO VERICUNDO
“APELAÇÃO CÍVEL. INSOLVÊNCIA CIVIL . CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE – NÃO
CONFIGURAÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL –
INICIAL INDEFERIDA – INDEFERIMENTO CONFIRMADO –
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO
CONTRATO DE CONTA CORRENTE FIRMADO EM OUTUBRO DE
1994 INSTRUÍDOS COM EXTRATOS A PARTIR DE ABRIL DE 1995
EM DIANTE NÃO PODE SERVIR COMO TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL A AMPARAR PEDIDO DE INSOLVÊNCIA CIVIL
PÔR NÃO SE CONFIGURAR TÍTULO EXECUTIVO LÍQUIDO E
CERTO O QUE É EXIGIDO PELO ARTIGO 754 DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL”.
ACÓRDÃO 8433 SEXTA CÂMARA CÍVEL TAPR
PRECEDENTES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SANTA CATARINA A RESPEITO DA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA
EXECUÇÃO CONTRATO DE CRÉDITO BANCO REAL
37 . VEJAMOS AS PRINCIPAIS DECISÕES DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
SOBRE DA IMPOSSIBILIDADE JURIDICA DE EXECUÇÃO COM
BASE EM CONTRATO DE CRÉDITO :
"EXECUÇÃO - EMBARGOS DO DEVEDOR - CONTRATO DE
CRÉDITO - DOCUMENTO DESTITUÍDO DOS REQUISITOS DE
LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE - NULIDADE DA
EXECUCIONAL DECRETADA - SENTENÇA CONFIRMADA -
APELO DESPROVIDO.
"Os contratos bancários de abertura de crédito em conta corrente,
pôr não espelharem uma obrigação de pagar quantia certa e
determinada, mesmo acompanhados dos demonstrativos de
movimentação das contas, desvestem-se dos pressupostos de
exeqüibilidade, não comportando enquadramento nos ditames do art.
585, II do CPC.
"Respaldando-se a execução em títulos desse jaez, é ela nula, como
inscrito no art. 618, I do cânone processual civil, nulidade essa que,
sendo de ordem pública, pode ser reconhecida pelo magistrado a
qualquer tempo, inclusive de ofício." (Ap. Cív. n° 97.007319-4, de
Maravilha, rel. Des. TRINDADE DOS SANTOS, publ. no DJ/SC de
30.09.97, pág. 07, grifamos).
PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA A
RESPEITO DA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DE EXECUÇÃO COM
BASE JURÍDICA EM CONTRATO DE CRÉDITO DO BANCO REAL
POSICIONAMENTO DOS MINISTROS NILSON NAVES E
MINISTRO EDUARDO RIBEIRO DO STJ
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO ESPECIAL Nº 27.389 -8/RIO DE JANEIRO - REGISTRO
92235522
RELATOR: O EXMO SR. MINISTRO NILSON NAVES
RECORRENTE: BANCO DO BRASIL S/A
RECORRIDO: QUARTO OFÍCIO DE REGISTRO DE PROTESTO
DE TÍTULOS
EMENTA
Contrato de abertura de crédito em conta corrente (cheque ouro).
Não é título executivo extrajudicial, ainda que tal contrato esteja
acompanhado de extratos. Em conseqüência, não se lhe aplica o art.
10 da Lei de Falências, para legitimar o pedido de quebra. Recurso
especial não conhecido.
ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, não conhecer do recurso especial.
Participaram do julgamento os Srs. Ministros Eduardo Ribeiro,
Waldemar Zveiter, Cláudio Santos e Costa Leite.
VOTO O EXMO SR. MINISTRO NILSON NAVES (RELATOR): -
Sucede que, a partir do julgamento do REsp. 29.597 (DJ de 13.9.93),
esta 3ª Turma passou à comp reensão de que não é título executivo
extrajudicial o contrato de abertura de crédito, ainda que o credor
também apresente demonstrativo contábil. Confiram-se estes
precedentes por suas ementas:
- "Contrato de abertura de crédito. Limitando-se a ensejar a utilização
de determinada quantia, não consubstanciada obrigação de pagar
quantia determinada, inexistindo correspondência com o modelo
previsto no art. 585, II, do CPC.
Impossibilidade de o título completar-se com extratos fornecidos pelo
próprio credor que são documentos unilaterais. Não é dado às
instituições de crédito criar seus próprios títulos executivos,
prerrogativa própria, da fazenda pública" (REsp 29.597, Sr. Ministro
Eduardo Ribeiro, DJ de 13.9.93).
- "Execução. Título executivo extrajudicial. Contrato de abertura de
crédito em conta corrente. Contrato de abertura de crédito em conta
corrente não constitui título executivo extrajudicial, segundo o
previsto no art. 585, II, do CPC, por não consubstanciar obrigação de
pagar quantia determinada. Precedentes. Recurso conhecido e
provido" (Resp. 36.391, Sr. Ministro Costa Leite, DJ de 23.5.94).
"Processual civil. Embargos à execução. Título executivo. Título
executivo extrajudicial. Art. 745, do CPC. I - A teor da norma
insculpida no art. 745, da Lei Processual Civil, na execução, sendo o
título originário de contrato de abertura de crédito (cheque especial),
tem o embargante o direito de questionar a origem do valor em
dinheiro nele expresso, sobretudo, quando se vislumbra, de
imediato, a possibilidade de erro, ou até mesmo dolo, na apuração
do montante de crédito. II - Inexistindo certeza quanto ao valor
expresso na cambial, conseqüentemente, não será o título líquido,
nem exigível (art. 586, do CPC). III - Recurso não conhecido." (Resp.
30.445, Sr. Ministro Waldemar Zveiter, DJ de 5.4.93).
O SR. MINISTRO EDUARDO RIBEIRO: - Tal salientou o eminente
Ministro Relator, esta Turma já tem considerado que não constitui
título executivo o contrato de abertura de crédito, ainda quando
acompanhado de extratos fornecidos pelo próprio credor. Ora, no
caso, pretende-se protestar, simplesmente, o contrato de abertura de
crédito, que apenas enseja a utilização de determinada quantia, não
consubstanciando obrigação de pagar. Manifestamente, não é título
executivo.
POSICIONAMENTO DOS MINISTRO CLÁUDIO SANTOS, NILSON
NAVES, EDUARDO RIBEIRO E WALDEMAR ZVEITER DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO ESPECIAL Nº 71.260 – PARANÁ - (95.38206-7)
RELATOR: O EXMO. SR MINISTRO CLÁUDIO SANTOS
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE APARELHADO
COM EXTRATO DE MOVIMENTAÇÃO. EXECUÇÃO COMO
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. ART. 585, II, DO CPC.
IMPOSSIBILIDADE. FALTA DE TÍTULO CONSUBSTANCIADO
OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA.
I. O contrato de crédito em conta-corrente, mesmo que
acompanhado de extratos de movimentação, não constitui título
executivo extrajudicial, nos termos do art. 585, II, do CPC, por não
ser obrigação de pagar quantia determinada. Precedentes.
II. Recurso especial não conhecido.
ACÓRDÃO : Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na
conformidade dos votos e notas taquigráficas a seguir, por
unanimidade, não conhecer do recurso especial. Votaram com o
Relator os Ministros Costa Leite, Nilson Naves, Eduardo Ribeiro e
Waldemar Zveiter.
ARGUMENTOS JURÍDICOS CONTIDO NO R. ACÓRDÃO: O
EXMO. SR. MINISTRO CLÁUDIO SANTOS (RELATOR): - A questão
central deste recurso especial consiste em saber se o contrato
firmado pela recorrente com a recorrida pode ser considerado título
executivo extrajudicial, nos termos do art. 585, II, do Código de
Processo Civil.
Com a devida vênia, não posso concordar com esta interpretação,
quer dizer, que estejamos diante de um contrato de conte corrente.
Ninguém o explicitou melhor do que PONTES DE MIRANDA,
inclusive nos seus aspectos de inexigibilidade e de indisponibilidade.
"Pelo contrato de conta corrente, nenhum dos figurantes se vincula a
prestar dinheiro, ou outro bem. Apenas se promete escriturar os
créditos decorrentes de operações em que os figurantes sejam
titulares. Pelo contrato de conta corrente, não se mutua, nem se abre
crédito.
Alude-se ao que se há de fazer quanto a créditos, passados,
presentes e futuros. Até que se feche a conta não se pode exigir
nem dispor dos créditos e dos débitos. Mediante tal vinculação
contabilística, os créditos e os débitos que se lancem se contrapõem
automaticamente, e o saldo só é exigível quando se dê o
vencimento, pré-estabelecido para a conta corrente. Note-se bem: o
vencimento do dever de lançar e anotar, com eficácia, então, de
computação automática.
Do contrato de conta corrente não se irradiam relações jurídicas
creditícias (que são as relações jurídicas obrigatórias entre os
figurantes), mas apenas o dever de lançar e anotar os créditos de
um e de outro, e, para o outro figurante, o de ater-se a esses
lançamentos e anotações. Em conseqüência da regulamentação
unitária, há a contraposição automática de origem negocial. O
contrato de conta corrente é fruto do direito costumeiro. Não há, no
sistema jurídico brasileiro, regras jurídicas escritas sobre ele"
(TRATADO DE DIREITO PRIVADO, Vo. 42, págs. 119/120).
Cotejando paradigma e paragonado, observo que no paragonado
chegou-se ao consenso da existência de um contrato de promessa
de mútuo e não de conta corrente (rectius: de abertura de crédito);
não foram identificadas as operações específicas dos contratantes
bem como os respectivos valores, podendo qualquer das empresas
signatárias do acordo, em tese, ser responsável pelo débito; o
extrato trazido não serviu para atestar ao respectivo valor qualquer
autenticidade; a apuração do quantum depende muito de
interpretação de cláusulas contratuais.
VOTO O SR. MINISTRO COSTA LEITE: Acompanho o voto do
eminente Relator. Li o bem elaborado memorial que o ilustre
advogado que ocupou a tribuna fez chegar às minhas mãos. Ali se
fez referência à modificação introduzida no inciso II do art. 585 do
CPC, como reforço de argumentação, evidentemente. Data venia, o
que ali se disciplinou não interfere na jurisprudência que se
consolidou nesta Terceira Turma, porquanto cumpre interpretar o
dispositivo conjugadamente com o art. 586, que estabelece os
requisitos do título executivo extrajudicial. O contrato de que se
cuida, por si só, não preenche os requisitos de liquidez e certeza.
Complementá-lo com os extratos significa a constituição de título
executivo extrajudicial unilateralmente, que é prerrogativa própria da
Fazenda Pública.
VOTO : O SR. MINISTRO EDUARDO RIBEIRO:- Presidente, o
emitente advogado do recorrente, com grande zelo e talento,
forcejou por demonstrar que a hipótese se distinguiria daquelas
outras, que têm sido objeto de nossa apreciação, e a cujo respeito já
se firmou a jurisprudência. O fundamental, entretanto, é que ninguém
pode criar títulos executivos a seu favor. E, nesse ponto, as
hipóteses se identificam. Como disse o Ministro Costa Leite, só a
Fazenda Pública tem essa prerrogativa no Direito Brasileiro.
VOTO : O EXMO. SR MINISTRO WALDEMAR ZVEITER:- Turma
evoluiu na sua jurisprudência para compreender que, segundo a
legislação ordinária brasileira, é inconcebível que se crie um título
executivo unilateralmente e, por isso, modificou a sua jurisprudência
assentado este entendimento. Somente a Fazenda Pública, e, assim
mesmo, obediente a determinados preceitos que a lei estabelece.
Servível que fosse este paradigma ofertado, ainda assim estaríamos
presos à nossa jurisprudência.
POSICIONAMENTO DOS MINISTROS COSTA LEITE, NILSON
NAVES, EDUARDO RIBEIRO E CLAUDIO SANTOS DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RECURSO ESPECIAL N.º
36391-8-MINAS GERAIS - RELATOR: EXMO SR. MINISTRO
COSTA LEITE
EMENTA : Execução. Título executivo extrajudicial. Contrato
abertura de crédito em conta corrente. Contrato de abertura de
crédito em conta corrente não constitui título executivo extrajudicial,
segundo o previsto no art. 585, II, do CPC, por não consubstanciar
obrigação pagar quantia determinada. Precedentes. Recurso
conhecido provido.
ARGUMENTOS JURÍDICOS CONTIDO NO R. ACÓRDÃO
O SENHOR MINISTRO COSTA LEITE (RELATOR): - A ementa que
o eminente Ministro Eduardo Ribeiro escreveu para o acórdão no
Resp. n.º 29.597 -3 sintetiza precisamente os fundamentos que
respaldam esse entendimento, nestes termos: "Contrato de abertura
de crédito. Limitando-se a ensejar a utilização de determinada
quantia, não consubstancia obrigação de pagar quantia determinada,
inexistindo correspondência com o modelo previsto no artigo 585, II
do CPC. Impossibilidade de o título completar-se com extratos
fornecidos pelo próprio credor que são documentos unilaterais. Não
é dado às instituições de crédito criar seus próprios títulos
executivos, prerrogativa própria da Fazenda Pública."
POSICIONAMENTO DOS MINISTROS EDUARDO RIBEIRO, DIAS
TRINDADE, WALDEMAR ZVEITER, CLAUDIO SANTOS E
NILSON NAVES DO S T J
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO ESPECIAL Nº 29.597 -3-RS (92.0030011-1)
RELATOR: O SR. MINISTRO EDUARDO RIBEIRO
Contrato de abertura de crédito. Limitando-se a ensejar a utilização
de determinada quantia, não consubstancia obrigação de pagar
quantia determinada, inexistindo correspondência com o modelo
previsto no artigo 585, II do C.P.C.
Impossibilidade de o título completar-se com extratos fornecidos pelo
próprio credor que são documentos unilaterais. Não é dado às
instituições de crédito criar seus próprios títulos executivos,
prerrogativa própria da Fazenda Pública.
ARGUMENTOS JURÍDICOS CONTIDO NO R. ACÓRDÃO
VOTO : O SR. MINISTRO EDUARDO RIBEIRO: - Questiona-se a
propósito de constituir título executivo o contrato de abertura de
crédito, acompanhado de extrato de conta, elaborado pelo credor. O
acórdão recorrido admitiu a execução e, no especial, demonstrou-se
o dissídio, razão por que conheço do recurso.
Das pesquisas que fiz, encontrei dois acórdãos deste Tribunal tendo
como possível a execução, em circunstâncias como a dos autos.
Refiro-me ao REsp 11.037, da Egrégia 4ª Turma, de que foi relator o
Ministro Sálvio de Figueiredo, e ao REsp. 22.712, relator para o
acórdão o Ministro Dias Trindade, vencido o relator. Ministro Nilson
Naves. Desse julgado não participei.
Na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal localizei a decisão
proferida no RE 91.769, RTJ 101/260, placitando o mesmo
entendimento. Outros julgados por mim consultados apresentavam
peculiaridades, não se podendo dizer hajam enfrentado diretamente
a tese.
Com a devida vênia permito-me discordar. Procura-se buscar
respaldo, para a execução, no artigo 585, II do C.P.C, que,
entretanto, não lhe dá amparo. Ali se dispõe que constitui título
executivo o documento, assinado por duas testemunhas, e subscrito
pelo devedor, de que conste obrigação de pagar quantia
determinada. Certamente que a isso não corresponde o contrato de
abertura de crédito. Nesse, apenas se enseja a utilização de uma
certa importância, o que poderá ocorrer ou não O valor não é de logo
creditado, não havendo assunção da "obrigação de pagar quantia
determinada". Quanto a isso não há dúvida.
Afirma-se que a falta tem-se por suprida com a apresentação de
extratos pelo banco que abriu o crédito. Ora, isso se admitindo,
estar-se-á criando outro título executivo, que de nenhum modo se
compreende no citado dispositivo da lei processual. Os extratos são
documentos unilaterais. Deles não consta qualquer declaração do
devedor. Com todo o respeito, parece-me que o entendimento ora
contestado importa aceitar que as instituições de crédito, à
semelhança da Fazenda Pública, possam criar seus próprios títulos
executivos.Conheço do recurso e dou-lhe provimento para
restabelecer sentença de primeiro grau.
VOTO-VISTA : O SR. MINISTRO CLÁUDIO SANTOS:
Sr. Presidente, na verdade, como julgador de Tribunal de Justiça de
Segundo Grau, segui a orientação do Colendo Supremo Tribunal
Federal, à época, com entender que esses títulos, complementados
com os extratos bancários, seriam perfeitos e serviriam para
aparelhar a execução.
Meditando sobre o assunto, entretanto, não encontro elementos para
responder à judiciosa apreciação contida no voto de V. Exa.,
Eminente Ministro-Relator. Realmente, o título não preenche os
requisitos do art. 585, II, do Código de Processo Civil. Falta-lhe o
requisito da quantia determinada, que, a toda evidência, não pode
ser unilateralmente encontrada pelo credor.
VOTO O EXMO SR. MINISTRO NILSON NAVES: - Sr. Presidente, já
sustentei aqui posição análoga à V. Exa mas fiquei vencido naquela
ocasião, tornando-se relator para o acórdão o Sr. Ministro Dias
Trindade. Surgindo agora a oportunidade, retomo aquela minha
posição, para subscrever o voto de V. Exa.
POSICIONAMENTO DO MINISTRO COSTA LEITE STJ
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO ESPECIAL Nº 89682 – RS - 96.0013573-8
RELATOR: EXMO SR. MINISTRO COSTA LEITE
EMENTA Execução. Título executivo extrajudicial. Contrato de
abertura de crédito em conta corrente. Contrato de abertura de
crédito em conta corrente não constitui título executivo extrajudicial,
segundo o previsto no art. 585, II, do CPC, por não consubstanciar
obrigação de pagar quantia determinada. Precedentes. Recurso não
conhecido.
ARGUMENTOS JURÍDICOS CONTIDO NO R. ACÓRDÃO: A
ementa que o eminente Ministro Eduardo Ribeiro escreveu para o
acórdão no REsp nº 29.597 -3 sintetiza precisamente os fundamentos
que respaldam esse entendimento, nestes termos:
"Contrato de abertura de crédito. Limitando-se a ensejar a utilização
de determinada quantia, não consubstancia obrigação de pagar
quantia determinada, inexistindo correspondência com o modelo
previsto no artigo 585, II, do CPC. Impossibilidade de o título
completar-se com extratos fornecidos pelo próprio credor que são
documentos unilaterais. Não é dado às instituições de crédito criar
seus próprios títulos executivos, prerrogativa própria da Fazenda
Pública".
POSICIONAMENTO DO MINISTRO CARLOS ALBERTO
MENEZES DIREITO DO STJ
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO ESPECIAL N.º 114.515 - RIO GRANDE DO SUL -
(96.74610-9) (1.868)
RELATOR: MINISTRO CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO
EMENTA Ação de Execução. Contrato de abertura de crédito
acompanhado de extratos bancários. Inexistência de título executivo.
Precedentes da Corte.
1. Conforme jurisprudência atual da 3ª Turma, o contrato de abertura
de crédito, mesmo que acompanhado de extratos bancários, não é
título executivo, haja vista que o contrato não consubstancia
obrigação de pagar importância certa e determinada e os extratos
são produzidos unilateralmente, sem a intervenção do possível
devedor. 2. Recurso especial conhecido pela divergência
jurisprudencial, mas improvido.
COMENTÁRIOS JURÍDICOS CONTIDO NO R. ACÓRDÃO:
Acórdão proferido pela 2ª Câmara Cível do Tribunal de Alçada do
Estado do Rio Grande do Sul, com a seguinte ementa: "CONTRATO
DE ABERTURA DE CRÉDITO. CHEQUE ESPECIAL. TÍTULO
INÁBIL PARA FINS DE EXECUÇÃO. Estabelecido que a execução
se ressente da presença de título líquido, certo e exigível, o contrato
de abertura de crédito, mesmo acompanhado de demonstrativos
contábeis, não se enquadra no conceito de título executivo, eis que
ausente a liquidez da dívida, demonstrável, como admite mesmo o
credor, através de prova pericial que atenta contra o próprio
propósito da execução.
O REsp n.º 22.712/DF, entretanto, proferido por maioria por esta 3ª
Turma, vencido o Relator, o Ministro Nilson Naves, apesar de admitir
o contrato de abertura de crédito, acompanhado de extratos, como
título executivo, está superado pela jurisprudência mais atual da
Turma, que passou a entender que não há título executivo.
É que o contrato de abertura de crédito não consubstancia uma
obrigação de pagar importância certa e determinada e, por outro
lado, os extratos bancários são produzidos de forma unilateral, sem
a intervenção do possível devedor na confecção dos mesmos. Com
efeito, não está caracterizado o título executivo previsto no art. 585,
inciso II, do Código de Processo Civil, conforme decidido nos
precedentes seguintes:
"Contrato de abertura de crédito. Limitando-se a ensejar a utilização
de determinada quantia, não consubstancia obrigação de pagar
quantia determinada, inexistindo correspondência com o modelo
previsto no artigo 585, II do C.P.C. Impossibilidade de o título
completar-se com extratos fornecidos pelo próprio credor que são
documentos unilaterais. Não é dado às instituições de crédito criar
seus próprios títulos executivos, prerrogativa própria da Fazenda
Pública". (REsp n.º 66.304/PR, 3ª Turma, Relator Ministro Eduardo
Ribeiro, DJ de 23.09.96).
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA-CORRENTE APARELHADO
COM EXTRATO DE MOVIMENTAÇÃO. EXECUÇÃO COMO
TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. ART. 585, II, DO CPC.
IMPOSSIBILIDADE. FALTA DE TÍTULO CONSUBSTANCIANDO
OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA.
I - O contrato de crédito em conta-corrente, mesmo que
acompanhado de extratos de movimentação, não constitui título
executivo extrajudicial, nos termos do art. 585, II, do CPC, por não
ser obrigação de pagar quantia determinada. Precedentes. II -
Recurso especial não conhecido."
(Resp n.º 71.260/PR, 3ª Turma, Relator Ministr o Cláudio Santos, DJ
de 01.04.96).
"Contrato de abertura de crédito em conta corrente (cheque ouro).
Não é título executivo extrajudicial, ainda que tal contrato esteja
acompanhado de extratos. Em conseqüência, não se lhe aplica o art.
10 da Lei de Falências, para legitimar o pedido de quebra. Recurso
especial não conhecido". (REsp n.º 27.389 -8/RJ, 3ª Turma, Relator
Ministro Nilson Naves, DJ de 19.09.94).
"Contrato de abertura de crédito. Limitando-se a ensejar a utilização
de determinada quantia, não consubstancia obrigação de pagar
quantia determinada, inexistindo correspondência com o modelo
previsto no artigo 585, II, do C.P.C.
Impossibilidade de o título completar-se com extratos fornecidos pelo
próprio credor que são documentos unilaterais. Não é dado às
instituições de crédito criar seus próprios títulos executivos,
prerrogativa própria da Fazenda Pública". (Resp n.º 29.597 -3/RS, 3ª
Turma, Relator Ministro Eduardo Ribeiro, DJ de 13.09.93).
PARECER JURÍDICO A RESPEITO DA IMPOSSIBILIDADE
JURÍDICA DA EXECUÇÃO COM LASTRO EM CONTRATO DE
CRÉDITO-EXTINÇÃO
CONTRATO DE CRÉDITO COMO TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA E EXTINÇÃO
GABRIEL ZEFIRO
Tema que tem freqüentado com certa constância a mesa dos Juízes
das Varas Cíveis e de Fazenda Pública é o relativo às execuções por
título extrajudicial aparelhadas pelas instituições bancárias, nas
quais pretendem os exeqüentes a cobrança de débitos relacionados
ao produto por elas veiculado denominado "cheque especial".
Trata-se de um contrato de abertura de crédito adjeto a conta
corrente, no qual a instituição bancária confere um crédito ao
correntista a ser utilizado dentro de um limite preestabelecido. No
mercado bancário temos como exemplos o "cheque verde", do
Banerj, o "cheque cinco estrelas", do Banco Itaú, o "cheque ouro", do
Banco do Brasil e outros.
O contrato em apreço, sempre assinado por duas testemunhas,
costuma ser alçado ao patamar de título executivo pelos bancos, que
ingressam em Juízo com ação executória apontando como base
jurídica do pedido o artigo 585, inciso II, do CPC. Ad verbum;
Art. 585 - São títulos executivos extrajudiciais:
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo
devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas
testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério
Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos
transatores;
A base intelectiva da pretensão executória tem arrimo no simples
fato de ser o contrato assinado por duas testemunhas. Em verdade a
questão não é tão simples assim. Tem sido objeto de assídua
discussão a natureza jurídica do contrato de abertura de crédito em
conta-corrente, chegando alguns a desconsiderá-lo título executivo
simplesmente por não consignar obrigação de pagar quantia certa.
O que não se pode olvidar é que o título executivo embasador de
qualquer procedimento executório tem de estar munido de três
qualidades indispensáveis; liquidez, certeza e exigibilidade.
O contrato em questão, consoante sua clara literalidade, apenas
estabelece um limite de crédito em favor do cliente; nada mais.A
jurisprudência do STJ manifesta-se sobre o tema sem qualquer
vacilação:
432. Processual Civil — Execução — Título executivo extrajudicial —
Contrato de abertura de crédito em conta corrente.
Contrato de abertura de crédito em conta corrente não constitui título
executivo extrajudicial, segundo o previsto no art. 585, II, do CPC,
por não consubstanciar obrigação de pagar quantia determinada.
Precedentes. Recurso conhecido e provido.
(REsp nº 76.142 -0 — SC. Rel. Min. COSTA LEITE. Terceira Turma.
Unânime. DJ 26/02/96).
O que pode conferir certeza e liquidez ao contrato em questão não é
a assinatura de duas testemunhas, mas sim o extrato da conta-
corrente, único documento capaz de demonstrar o inadimplemento
do devedor e o valor da dívida.
Com efeito, se o correntista realiza gastos dentro do limite de crédito
que lhe é concedido através do contrato sem que seja
posteriormente efetuado depósito que "cubra" o valor emprestado, o
extrato da conta-corrente o assinalará, estabelecendo, assim, o valor
devido.
Mais uma vez vale a pena frisar a jurisprudência do STJ sobre o
assunto;
447. Processual Civil — Execução — Contrato de abertura de crédito
em conta corrente — Título executivo extrajudicial.
O contrato de abertura de crédito rotativo, quando acompanhado do
respectivo extrato de movimentação de conta corrente, não constitui
título executivo extrajudicial. Precedentes do STJ.
Recurso especial não conhecido.
(REsp nº 55.354 -7 — RJ. Rel. Min. BARROS MONTEIRO. Quarta
Turma. Unânime. DJ 02/10/95).
452. Processual Civil — Execução — Título executivo — Contrato de
abertura de crédito — Extrato de movimentação de conta corrente
discriminado — CPC, art. 586.
Execução. Contrato de abertura de crédito acompanhado de extrato
de movimentação de conta corrente. Título executivo. Liquidez. Art.
586, CPC. Precedente. Recurso provido.
I — O contrato de abertura de crédito, desde que acompanhado do
correspondente extrato de movimentação de conta corrente e
presente os demais requisitos legais, é de ser havido como título
executivo extrajudicial.
II — Tal extrato, contudo, cumpre seja elaborado de forma
discriminada, com emprego de rubricas adequadas (específicas), e
de molde a abranger todo o período transcorrido entre a data da
celebração do ajuste e a do ajuizamento da execução, possibilitando,
assim, a aferição da sua exata correspondência com o que pactuado
e permitindo a impugnação, em sede de embargos do devedor, dos
lançamentos efetuados de modo abusivo, em descompasso com as
estipulações contratuais.
III — Caso em que, além de não apresentada a evolução inicial do
débito (o valor de partida — primeiro lançamento — consignado no
demonstrativo contábil foi muito superior ao total do crédito
concedido), sequer restou evidenciada a data em que celebrado o
contrato, ausente no respectivo instrumento referência precisa a
respeito. Circunstâncias, que afetando a certeza e a liquidez do
título, inviabilizam a execução.
(REsp nº 66.181 -1 — PR. Rel. Min. SÁLVIO DE FIGUEIRO. Quarta
Turma. Unânime. DJ 14/08/95).
As decisões pretorianas estabelecem claramente que o contrato de
abertura de crédito bancário em conta-corrente não é título
executivo extrajudicial para os efeitos do artigo 585, inciso II, do
CPC.
Ressalte-se ainda que o contrato de abertura de crédito adjeto a
conta corrente sem o respectivo extrato pode ser documento
embasador de uma ação monitória, ex vi do artigo 1.102.a e
seguintes do CPC, mas jamais de uma execução.
DIREITO DE AÇÃO E CONTRADITÓRIO
38. Emérito Magistrado, devemos ressaltar a
importante tese defendida pelo Eminente JUIZ FEDERAL
FRANCISCO WILDO LACERDA DANTAS da 1 Vara Federal da
Seção Judiciária de Alagoas, a respeito da Exceção de Pré-
Executividade, um instituto novo em termos jurídicos e amplamente
aplicável ao caso sub judice. Vejamos o seu posicionamento
doutrinário: “O direito, como ciência cultural, sofre inegável influência
das ondas que, de tempos em tempos, provocam a preocupação da
alma humana e que se repetem em várias levas ou ondas,
influenciando as modificações que se introduzem na ordenamento,
tanto em seu arcabouço legislativo que forma o ordenamento jurídico
quanto no plano doutrinário e hermenêutico, que lhe direciona o
sentido das normas, como sopro atualizador, atento à mensagem do
Evangelho: a letra mata, mas o espírito vivifica. Assim também se
passa com o processo de execução, que experimentou uma
evolução desde o direito romano, em que se buscava a proteção do
executado, embora no início se fizesse a execução contra o corpo do
devedor e o direito intermédio, em que privilegiava a posição do
credor, até atingir-se a uma postura mas eqüânime, por influência do
cristianismo, embora ainda com prevalência do direito do credor.
39. Eis porque, em nosso ordenamento jurídico, se
considera a execução como fase de satisfação do direito já
certificado na sentença ou em título a que a lei atribua essa eficácia,
reconhecendo-se que o juiz exercita uma função jurisatisfativa, mas,
ao mesmo tempo, se assegura que, quando a execução puder se
realizar de várias formas, ela se faça sempre pela forma menos
gravosa ao devedor, como o estabelece expressamente o art. 620 do
CPC, que recepcionou o resultado da evolução que humanizou esse
processo”.
40. Diante disto, devemos ver a defesa como direito
de ação , embora a defesa não constitua um instituto à parte, no
fenômeno do processo, está ínsita a essa atividade. Decorre mesmo
do direito, visto do ângulo do réu, segundo o comprova a visão
acolhida expressamente no art. 30, do novo Código de Processo
Civil francês:
"L´action et le droit, pour l´auter d´une prétention d´etre entendu sur
le fond de celle-ci afin que le juge la dise bine ou mal fondée. Pour
l´adversaire, l´action est le droit de discuter le bien-fondé de cette
preténtion".
41. Tanto o autor quanto o réu têm o direito de
ação, isto é, o direito ou poder de exigir do Estado que lhes aprecie
as alegações. O autor apresentado uma pretensão, para que o
Estado diga se ela é bem ou mal-fundada.
42. O réu, oferecendo a resistência a essa pretensão,
para demonstrar que ela não se fundamenta no direito material.
Graças à influência recíproca que os institutos processuais exercem
entre si - jurisdição, ação (defesa) e processo - se pode entender
melhor porque o processo se apresenta sempre e indissoluvelmente
com uma natureza dialética, como essência do due process of law,
em que se exige a obediência de instrução contraditória, ao direito
de defesa, ao duplo grau de jurisdição e à publicidade do julgamento,
além de outras garantias.
43. Essa natureza dialética, que se caracteriza por
ouvir-se os opostos não resulta, como queria CARNELUTTI, da
existência de uma lide, pois esta noção ainda que importante, é pré-
processual, e se entremostra com toda exuberância nos domínios da
Sociologia, muito mais do que no do direito. Essa dialética,
consistente na obrigatoriedade de se ouvir ambas as partes ou
interessados envolvidos na relação processual, é uma conseqüência
do audiatur et altera pars dos romanos, não se devendo esquecer
que o próprio CARNELUTTI fez a distinção entre parte no sentido
material .
44. O princípio universal de processo contraditório
constitui, sem dúvida, garantia fundamental para a aplicação da
Justiça, devendo merecer a mais viva repulsa qualquer norma legal
que restrinja sua aplicação.
45. O diálogo que deve existir entre as partes e o juiz,
antes que se tome qualquer decisão ou se efetive qualquer tipo de
prejuízo para qualquer das partes é também necessário no processo
executivo. A celeridade deste processo satisfativo não poderá
atropelar aquele mínimo de cautela exigível, ademais por contemplar
a lei um outro processo ( cautelar ---Livro III do CPC ) que apresenta,
dentre outras funções, assegurar também uma relação processual
executiva.
46. Destarte nas palavras do Jurista CÂNDIDO
DINAMARCO a respeito do processo executório onde descreve
que :
“ embora se houvesse identificado o processo, desde a decisiva
contribuição de Oskar von Bülow, em 1868, como uma relação
processual, a partir de meados do século passado se descobriu que
coexistem no processo o procedimento e a relação processual. Mais
recentemente, sobreveio o pensamento de que o processo está
integrado por procedimento e contraditório, chegando a afirmar que
se encontra excluída "... a pertinência da relação processual em seu
conceito". Dessa forma, acentuou que, ao contrário do que se pensa,
existe no bojo mesmo do processo da execução, o contraditório.
47. Não se pode pensar que ele é somente
garantido com o exercício da defesa através da oposição de
embargos - uma ação autônoma, embora conexa com a execução
que visa a desconstituir o título executivo - e que, infelizmente,
muitos teimam em aceitar como a única forma de defesa possível.
48. Portanto, a partir dessas observações, se pode
concluir que é perfeitamente possível e adequado admitir-se o
exercício do direito de defesa na execução, independentemente da
oposição de embargos, sobretudo quando se alega a inexistência
dos pressupostos processuais exigíveis à constituição de toda
relação processual ou das condições da ação também exigidos na
sistemática adotada pelo atual CPC para que exista o próprio direito
de acionar a jurisdição.
49. Importante de faz ressaltar que identificando
essa contraditoriedade na instrução do processo, que não se deve
confundir com a produção de prova, inexistente no procedimento
mesmo da execução, Cândido Dinamarco , acentuou que essa
dialética do processo se caracterizava pelo funcionamento
conjugado de situações jurídico-processuais e fatos processuais,
pois de um fato nasce uma situação jurídica e nasce nova situação
jurídica e assim até o final do procedimento.
50. Para ele , cada ato processual, isto é, cada anel da
cadeia que é o procedimento, realiza-se no exercício de um poder ou
faculdade, ou para desencargo de um ônus, o que significa que é a
relação jurídica que dá razão de ser ao procedimento. Por sua vez,
cada poder, faculdade, ônus, dever, só tem sentido enquanto tende a
favorecer a produção de atos que possibilitarão a consecução do
objetivo final.
51. Nesse sentido, convém mencionar-se a
posição de Tucci e Cruz e Tucci de que é "... impossível um
processo unilateral, agindo somente uma parte, pretendendo obter
vantagem em relação ao adversário, sem que esse seja ouvido, ou,
pelo menos, sem que se lhe dê oportunidade de manifestar-se".
52. Assim sendo, a eficácia condicionada do título
executivo revela uma desigualdade das partes no âmbito do Direito
Material. Vale dizer, a posição privilegiada do credor que possui uma
situação favorável criada antes do processo executivo em nada
interfere nesta nova relação ( processual ) que irá se formar. O
princípio do contraditório na relação executiva deve ser preservado e
ainda, no plano processual, a igualdade das partes rigorosamente
observada.
53. Mister se faz pôr demonstrar que a penhora
prévia na expropriação decorrente de um título extrajudicial constitui
anomalia do contraditório e mesmo a penhora decorrente de título
judicial poderá ser atacada pela exceção de pré-executividade.
ADMISSIBILIDADE JURÍDICA DA
EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE
SOB A ÓTICA DA DOUTRINA
54. Certos sistemas jurídicos, similares ao nosso,
admitiam a chamada "oposição por simples requerimento",
alternativamente ao agravo contra a decisão do juiz deferindo a
execução, em se tratando de quaestio juris ou questão de fato cuja
prova se assentasse em documento. A abolição desta forma de
oposição manteve inalterada, todavia, o fundamento da sua
existência e a sua necessidade.
55. Explica Pontes de Miranda que o provimento
inicial do juiz não confere ao credor pretensão a executar. ela
preexiste ou, caso contrário, "o que é declarável de ofício ou
decretável de ofício é suscitável entre o despacho do juiz e o
cumprimento ao mandado de citação ou de penhora". Impor prévia
penhora a qualquer audiência do executado importa atribuir "aos
juízes o poder incontrolável de executar", (Pontes de Miranda), pois
a penhora já é ato executivo e início da técnica expropriativa.
56. Também GALEANO LACERDA impugna a
exigência de penhora ou de depósito e, consequentemente, a
obrigatoriedade dos embargos como meio único para o devedor
opor-se à execução, no que respeita ao exame e ao controle dos
pressupostos processuais.
57. Destarte também os comentários do Jurista
CALMON DE PASSOS, onde dispõe acerca da exceção pré-
executividade como a forma de identificar a defesa que se exerce,
independentemente da oposição de embargos e, pois, da prévia
segurança de juízo, no corpo mesmo do processo de execução.
58. Onde não podemos de arguir que o próprio
texto constitucional que consagra garantia de que ninguém estará
sujeito a sofrer agressões em seu patrimônio, sem o devido processo
legal (Cf. art. 5º, LIV da CF/88), em todos os processo, mes mo nos
administrativos, o contraditório e ampla defesa (Cf. art. 5º, LV).
59. Nesse sentido, se tem observado que, no
processo de execução, que tem início exatamente com ato de
agressão ao patrimônio do devedor - isto é a penhora - o juiz deve
ter atenção redobrada para desfechá-lo somente quando satisfeitos
todos os requisitos exigidos por lei, incluindo aí, de forma, os
pressupostos processuais e as condições da ação.
60. Em obra recente, Marcos Valls Feu Rosa
ressaltou que o insuperável Pontes de Miranda já havia enfrentado o
problema, quando chamado a oferecer parecer em respeito a uma
questão surgida no processo de falência da Companhia Siderúrgica
Mannesmann. Nesse processo, formularam-se pedidos de
decretação da abertura de falência da empresa e o juiz os havia
indeferido ao fundamento de que se lastreavam em títulos falsos,
sem que houvesse exigido penhora ou depósito. O objeto da
consulta havia sido: pode a empresa, nas vinte e quatro horas que
se seguem à citação para que o devedor pague ou nomeie bens á
penhora e contra a qual se move a ação, alegar a falsidade de título
ou de títulos, independentemente do oferecimento de bens à
penhora? Responderia que sim, por entender que "a inexistência,
invalidade ou da ineficácia da sentença é alegável antes da
expedição do mando da penhora".
61. Na mesma obra, o mesmo Marcos Valls
Feu elencaria a opinião de vários doutrinadores da atualidade,
acompanhando o mesmo entendimento. Para Galeno Lacerda,
reconhece-se ao devedor, na execução, defender-se através de
exceções prévias, lato sensu, que afastam a legitimidade da própria
penhora, tendo em vista que esta pressupõe a executoriedade do
título. Do mesmo modo, muitos outros autores se posicionaram de
modo idêntico. Tentaremos uma síntese desse pensamento, para
tendermos ao propósito deste artigo:

62. Para Humberto Theodoro Júnior, como a


nulidade é vício fundamental que priva o processo de toda e
qualquer eficácia, sua declaração, no curso da execução, não exige
forma ou procedimento especial, podendo o juiz decretá-la de ofício
ou a requerimento do devedor - por simples petição (normalmente se
refere: atravessando petição), sem necessidade da oposição de
embargos.
63. Também para o Doutrinador Luiz
Edmundo Appel Bojunga, em artigo recente na Revista de Processo,
também participa da resenha de opiniões a respeito da possibilidade
do oferecimento dessa defesa no processo de execução. Reconhece
que :
“a alegação de nulidades, vícios pré-processuais e processuais que
tornam ineficaz título executivo, judicial ou extrajudicial, devem ser
suscitados através da exceção de pré-executividade, antes mesmo
ou após a citação do executado", pois para ele "A penhora e o
depósito já são medidas executivas e não podem ser efetivadas
quando não existir ou não for eficaz o título que embasa o processo
executório".
64. Para Nelson Néry Júnior, há de reconhecer-
se ao devedor o direito de apontar irregularidade formal do título que
aparelha a execução, a falta de citação, a incompetência absoluta do
juízo, o impedimento do juiz e outras questões de ordem pública,
sem a necessidade de prévia garantia do juízo e da oposição de
embargos, como manifestação do princípio do contraditório.
65. Derradeiramente, para o ilustre Jurista
Cândido Dinamarco, por sua vez, com a autoridade que lhe é
própria, insiste ser preciso acabar com o mito dos embargos, que
conduz o juiz a uma atitude de espera, "... postergando o
conhecimento de questões que poderiam e deveriam ter sido
levantadas e conhecidas liminarmente, ou talvez condicionando o
seu conhecimento à oposição destes", concluindo, de forma
categórica: "Dos fundamentos dos embargos, muito poucos são os
que o juiz não pode conhecer de-ofício, na própria execução".
66. Ainda temos a posição semelhante do Jurista
Ovídio A. Baptista da Silva assinala que, nas concepções modernas
da ação executiva, vem se confirmado o entendimento - já
anteriormente assinalado nesta exposição - de reconhecer-se
atividade de conhecimento, não apenas com vistas à correção de
eventuais imperfeições da relação processual, mas até mesmo
tendente à total e definitiva eliminação do processo executivo. Desse
modo, nem sempre será necessário a oposição de embargos para
que o devedor impeça o desenvolvimento do processo executivo,
sobretudo quando se alega matéria de ordem pública, que o juiz é
obrigado a conhecer de ofício.
67. Outrora , advertindo que a matéria do art. 618
do CPC está expressamente cominada como nulidade, Vicente
Greco Filho esclarece que o juiz pode conhecê-la de ofício,
independentemente da oposição de embargos. No mesmo sentido,
aliás, se posicionam, dentro da mesma resenha elaborada por
Marcos Feu Rosa, Os seguintes autores: José Alonso Beltrane, José
da silva Pacheco, José Antônio de Castro e Mário Aguiar Moura.

68. A argüição de nulidade da execução, bem


como da ausência de pressupostos essenciais ao título de crédito,
são perfeitamente admitidas, sem a segurança do juízo, conforme se
desprende dos julgados: RJTJSP. 95/281 ; RTFR - 122/133; RSTJ-
31/348-355.
69 . Portanto, diante de tudo o que foi exposto,
com a comprovação da falta dos pressupostos básicos de liquidez,
certeza e exigibilidade do instrumento meramente do contrato de
abertura de conta corrente e os extratos bancários que instruem o
pedido, somente podemos requerer a este importante magistrado,
que seja descaracterizada e execução sem a penhora pela
impossibilidade jurídica do pedido, com a conseqüente extinção do
processo executivo.
70. FINALMENTE, DEVEMOS APRECIAR UMA
RECENTE DECISÃO DO TRIBUNAL DE ALÇADA CÍVEL DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ACERCA DA EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE:
COAD -- ADVi -- Advocacia Informatizada V. 4.0
Acórdão: 075913 - Boletim: 43, Ano: 16 - 1996
PROCESSO CIVIL
EXECUÇÄO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL
Exceçäo de pre-executividade
Contrato de abertura de crédito (TA-RS)
Cabe a apresentação da exceção quando atacadas as próprias
condições da ação ou a nulidade da execução por ausência de título
executivo, matéria apreciável de ofício pelo Juiz. Controvérsia
jurisprudencial sobre a possibilidade de execução de Contratos de
Abertura de Crédito.
Posição atual da Câmara no sentido da negativa.
Inconstitucionalidade das disposições incluídas em Medidas
Provisórias editadas sem os requisitos constitucionais de relevância
e urgência. Respeito à ordem jurídica e à estabilidade das decisões
judiciais. Impossibilidade de norma provisória derrogar Lei
Complementar, como é o Código de Defesa do Consumidor.
Acolhimento da exceção para que seja regularmente instruída e
decidida pelo Juiz
(TA-RS -- unân. da 4.a Câm. Cív., de 16-5-96 -- AI 196043012 -- Juiz
Leopoldo Haeser -- Comércio de Combustíveis Belinaso Ltda. X
Banco do Brasil S.A.)
SUSPENSÃO PROCESSO EXECUTÓRIO
71. Evidentemente, Emérito Julgador pelo
argumentos aduzidos na exordial e principalmente em se tratando
em caso de impossibilidade jurídica e de carência da ação executiva
como pressuposto para a extinção da ação sem o julgamento do
mérito , a presente EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE COMO
UM INCIDENTE PARA A SUSPENSÃO DO PROCESSO DE
EXECUÇÃO.
72. No supra artigo 306 do Código de Processo
Civil temos que :
ARTIGO 306 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL:
Recebida a exceção o processo ficará suspenso até que seja
definitivamente julgada .
73. Com efeito e pôr analogia, requeremos a
aplicação do contido no ARTIGO 791 DO CÓDIGO DE PROCESSO
CIVIL EM SE TRATANDO DE NULIDADE A SUSPENSÃO DA
EXECUÇÃO. Além de :
A ARGUIÇÃO DE NULIDADE FEITA PELO DEVEDOR,
INDEPENDENTE DE FORMA, EM QUALQUER TEMPO OU GRAU
DE JURISDIÇÃO, REFERENTE AOS REQUISITOS DA
EXECUÇÃO, QUE SUSPENDE O CURSO DO PROCESSO ATÉ O
SEU JULGAMENTO, MEDIANTE PROCEDIMENTO VIA EXCEÇÃO
DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E QUE VISA À DESCONTITUIÇÃO DA
RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL EXECUTIVA E
CONSEQÜENTE SUSTAÇÃO DOS ATOS DE CONSTRIÇÃO
MATERIAL.
ARGÜIÇÃO DE NULIDADE DA EXECUÇÃO E DESNECESSIDADE
DA SEGURANÇA DO JUÍZO PELA PENHORA DE
BENS
74. EM SE TRATANDO DE UM PROCESSO
EXECUTIVO ONDE O TÍTULO NÃO DETÉM DE LIQUIDEZ E
CERTEZA E PELA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DE EXECUÇÃO
DO INSTRUMENTO CONTRATUAL QUE ESTÁ DESPROVIDO
DOS EXTRATOS BANCÁRIOS E QUE NECESSITAM DE UMA
MAIOR PRODUÇÃO DE PROVAS, QUE SEJA DEFERIDO O
PROCESSAMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE SEM
O CONDICIONAMENTO DA PENHORA DOS BENS DO ORA
DEVEDOR, POIS:
"NÃO CONSTITUI TÍTULO EXECUTIVO O DOCUMENTO EM QUE
SE CONSIGNA OBRIGAÇÃO, CUJA EXISTÊNCIA ESTÁ
CONDICIONADA A FATOS PENDENTES DE PROVA"
AC. DA 3ª TURMA DO STJ DE 14.12.92, REL. MIN. NILSON
NAVES, DJU 08.03.93, P. 3.115 )
75. A ARGUIÇÃO DE NULIDADE DA EXECUÇÃO,
BEM COMO DA AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS ESSENCIAIS AO
TÍTULO DE CRÉDITO SÃO PERFEITAMENTE ADMITIDAS, SEM A
SEGURANÇA DO JUÍZO, CONFORME SE DESPRENDE DOS
JULGADOS: RJTJSP. 95/281 ; RTFR - 122/133; RSTJ-31/348-355,
CUJA A DECISÃO DA CORTE SUPERIOR DE JUSTIÇA É A
SEGUINTE:
RECURSO ESPECIAL Nº 7.410 - MT
(REGISTRO Nº 91.0000765 -0)
RELATOR: MINISTRO SÁLVIO DE FIGUEIREDO
RECORRENTE: ALAÉRCIO MARTINS
RECORRIDO: SALENCO CONSTRUÇÕES E COM. LTDA.
EMENTA: PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EMBARGOS DO
DEVEDOR. SEGURANÇA DO JUÍZO. PRESSUPOSTO. CPC, ART.
737. RECURSO DESPROVIDO.
I - O SISTEMA PROCESSUAL QUE REGE A EXECUÇÃO POR
QUANTIA CERTA, SALVO AS EXCEÇÕES LEGAIS, EXIGE A
SEGURANÇA DO JUÍZO COMO PRESSUPOSTO PARA O
OFERECIMENTO DOS EMBARGOS DO DEVEDOR.
II - SOMENTE EM CASOS EXCEPCIONAIS, SOBRE OS QUAIS A
DOUTRINA E A JURISPRUDÊNCIA VÊM SE DEBRUÇANDO, SE
ADMITE A DISPENSA DESSE PRESSUPOSTO, PENA DE
SUBVERSÇÃO DO SISTEMA QUE DISCIPLINA OS EMBARGOS
DO DEVEDOR E A PRÓPRIA EXECUÇÃO.
76. Em sentido conclusivo, mister as palavras finais
do Renomado Mestre ARAKEN DE ASSIS sobre a exceção de
executividade:
"EMBORA NÃO HAJA PREVISÃO LEGAL EXPLÍCITA,
TOLERANDO O ÓRGÃO JUDICIÁRIO, POR LAPSO, A FALTA DE
ALGUM PRESSUPOSTO, É POSSÍVEL O EXECUTADO
REQUERER SEU EXAME, QUIÇÁ PROMOVENDO A EXTINÇÃO
DA DEMANDA EXECUTÓRIA, A PARTIR DO LAPSO DE 24 HS.
ASSINADO PELO ARTIGO 652. TAL PROVOCAÇÃO DE MATÉRIA
PASSÍVEL DE CONHECIMENTO DE OFÍCIO PELO JUIZ
INDEPENDENTE DE PENHORA, E, A FORTIORI, DO
OFERECIMENTO DE EMBARGOS (ART. 737, I ).
SUCEDE QUE NEM SEMPRE A INFRAÇÃO A PRESSUPOSTO
PROCESSUAL TRANSPARECE NA PETIÇÃO INICIAL,
ENCONTRANDO-SE, AO INVÉS, INSINUADA E BOSQUEJADA EM
SÍTIO REMOTO DO TÍTULO, PRINCIPALMENTE O
EXTRAJUDICIAL, E NEGADA NO TEXTO DA PEÇA VESTIBULAR.
ALGUMAS VEZES, TAMBÉM O JUIZ CARECE DE DADOS
CONCRETOS PARA AVALIAR A AUSÊNCIA DO REQUISITO EM
RAZÃO DA ESCASSEZ DO CONJUNTO PROBATÓRIO.
EFETIVAMENTE, A JURISPRUDÊNCIA CONHECE CASOS
ESCANDALOSOS, EM QUE SE AFIGURA INJUSTO E ATÉ
ABUSIVO SUBMETER O PATRIMÔNIO DO DEVEDOR
APARENTE, POR TEMPO INDETERMINADO, À PENHORA.
77. CONCLUSIVAMENTE UTILIZAMOS AS
PALAVRAS DO JURISTA PONTES DE MIRANDA, ONDE
AFIRMOU:
"QUANDO SE PEDE AO JUIZ QUE EXECUTE A DÍVIDA
(EXERCÍCIO DE PRETENSÕES PRÉ-PROCESSUAL E
PROCESSUAL À EXECUÇÃO), TEM O JUIZ DE EXAMINAR SE O
TÍTULO É EXECUTIVO, SEJA JUDICIAL, SEJA EXTRAJUDICIAL"
" UMA VEZ QUE HOUVE ALEGAÇÃO QUE IMPORTA EM
OPOSIÇÃO DE EXCEÇÃO PRÉ-PROCESSUAL OU PROCESSUAL,
O JUIZ TEM DE EXAMINAR A ESPÉCIE E O CASO PARA QUE
NÃO COMETA A ARBITRARIEDADE DE PENHORAR BENS DE
QUEM NÃO ESTAVA EXPOSTO À AÇÃO EXECUTIVA"
(Dez Anos de Pareceres, 1975, v. IV/132-3 ).
CONCLUSÃO FINAL

72. TRATA-SE DE UM PROCEDIMENTO DE


EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE COM A ARGÜIÇÃO DE
NULIDADE DA EXECUÇÃO OU DA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA
DE SE EFETIVAR UM PROCEDIMENTO EXECUTÓRIO COM
LASTRO EM CONTRATO DE CRÉDITO , BEM COMO DA
AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS ESSENCIAIS AO TÍTULO DE
CRÉDITO SÃO PERFEITAMENTE ADMITIDAS ( RJTJSP. 95/281 ;
RTFR - 122/133; RSTJ-31/348-355) .
73. DEVEMOS LEMBRAR NAS PALAVRAS DO
JURISTA CELSO AGRÍCOLA BARBI:
"A circunstância de a questão processual ou substancial levada ao
Juiz não estar na lei não o exime do dever de decidi-la"
74. PORTANTO, SEGUNDO DISPÕE O ARTIGO 598
DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ONDE APLICAM-SE
SUBSIDIARIAMENTE A EXECUÇÃO AS DISPOSIÇÕES QUE
REGEM O PROCESSO DE CONHECIMENTO E QUE,
CONSOANTE DISPÕE O ARTIGO 267, NO SEU INCISO VI E NO
SEU PARÁGRAFO 3 DO MESMO DIPLOMA LEGAL ONDE DEVE
SER DECRETADO A EXTINÇÃO DO PROCESSO, SEM
JULGAMENTO DO MÉRITO, QUANDO NÃO CONCORRER
QUALQUER DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO, COMO A
POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO E O INTERESSE
PROCESSUAL, COMO ACONTECE NO CASO SUB EXAME,
DEVENDO PORTANTO, O MM. JUIZ CONHECER DE OFÍCIO TAIS
MATÉRIAS, EM QUALQUER TEMPO E GRAU DE
JURISDIÇÃO.

REQUERIMENTO FINAL
75. DIANTE DE TUDO O QUE FOI EXPOSTO, COM
A COMPROVAÇÃO DA FALTA DOS PRESSUPOSTOS BÁSICOS
DE LIQUIDEZ E DA CERTEZA DO INSTRUMENTO QUE
LASTREOU A EXECUÇÃO, OU SEJA, O CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO E PELA EXISTÊNCIA DE UMA
CONDIÇÃO DE NULIDADE DO PROCESSO DE EXECUÇÃO , EM
CONFORMIDADE AINDA COM A JURISPRUDÊNCIA DO NOSSO
TRIBUNAL DE ALÇADA DO ESTADO DO PARANÁ, TRIBUNAL DE
ALÇADA DO RIO GRANDE DO SUL E O TRIBUNAL DE ALÇADA
CÍVEL DO ESTADO DE SÃO PAULO E DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DE SANTA CATARINA E DO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA REQUEREMOS A VOSSA EXCELÊNCIA :
I – QUE SEJA RECEBIDO O INCIDENTE DE EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE OU DE OPOSIÇÃO PROCESSUAL E QUE O
MESMO SEJA PROCESSADA NA FORMA DO ARTIGO 299 “A
EXCEÇÃO SERÁ PROCESSADA EM APENSO AOS AUTOS
PRINCIPAIS” .
II – QUE SEJA APLICADO PÔR ANALOGIA A REGRA DOS
ARTIGOS 306 ( RECEBIDA A EXCEÇÃO O PROCESSO FICARÁ
SUSPENSO ATÉ QUE SEJA DEFINITIVAMENTE JULGADA) E 791
( SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO) E QUE A EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL SEJA SUSPENSA ATÉ O JULGAMENTO FINAL
DO INCIDENTE PROCESSUAL DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE, BEM COMO QUE SEJA DESCONSTITUÍDO DA
HIPÓTESE DE SE EFETIVAR A PENHORA DE BENS .
III – QUE SEJA DECRETADO EM CONFORMIDADE COM OS
ARTIGOS 586 CAPUT E 618, I DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
EX OFFICIO A NULIDADE DO PROCESSO DE EXECUÇÃO E A
CARÊNCIA DA AÇÃO COMO PRESSUPOSTO DE EXTINÇÃO DO
PROCESSO , EM FUNÇÃO DA FALTA DE LIQUIDEZ E CERTEZA
DO TÍTULO EXECUTIVO SER COM BASE EM CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO .
“NÃO REVESTINDO O TÍTULO DE LIQUIDEZ, CERTEZA E
EXIGIBILIDADE, CONDIÇÕES BASILARES EXIGIDAS NO
PROCESSO DE EXECUÇÃO, CONSTITUI-SE EM NULIDADE,
COMO VÍCIO FUNDAMENTAL; PODENDO A PARTE ARGÜI-LA,
INDEPENDENTEMENTE DE EMBARGOS DO DEVEDOR, ASSIM
COMO PODE E CUMPRE AO JUIZ DECLARAR DE OFÍCIO, A
INEXISTÊNCIA DESSES PRESSUPOSTOS FORMAIS,
CONTEMPLADOS NA LEI PROCESSUAL CIVIL”( RSTJ 40/447 e RJ
205/81)
IV- ENTRETANTO, SE ESTE NÃO FOR O PRONUNCIAMENTO
INICIAL DE VOSSA EXCELÊNCIA E VENHA A EXAMINAR COM
MAIORES DETALHES A QUESTÃO, QUE SEJA PROCEDIDO A
CITAÇÃO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, PARA QUE ESTA
VENHA OFERECER AS SUAS RAZÕES DE DEFESA, SOB A PENA
DE REVELIA E DE ANTECIPAÇÃO DO JULGAMENTO DA
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
V- FINALMENTE, REQUEREMOS QUE SEJA DECRETADO A
EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO PELA
IMPOSSIBILIDADE JURIDICA DE PROCESSAR UMA AÇÃO
EXECUTÓRIA COM LASTRO EM CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÉDITO DESPROVIDO DOS EXTRATOS RUBRICADOS
(PRECEDENTES DOS TRIBUNAIS TAPR-TJSC-TACSP-TARGS E
STJ) E PELA FALTA DO INTERESSE PROCESSUAL OU A
CARÊNCIA DA AÇÃO EXECUTIVA (ARTIGO 267,VI ) , PELA
NULIDADE DE EXECUÇÃO PELA FALTA DE LIQUIDEZ, CERTEZA
PÔR SE FUNDAR EM INSTRUMENTO QUE NÃO É UM TÍTULO
EXECUTIVO (ARTIGO 618, I DO CPC ) .
REQUER-SE A CONDENAÇÃO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA NO
PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E DAS
CUSTAS PROCESSUAIS EM FUNÇÃO DA EXTINÇÃO DO
PROCESSO DE EXECUÇÃO .
ITA SPERATUR JUSTITIA
TERMOS EM QUE PEDE E ESPERA DEFERIMENTO
CURITIBA, 17 DE ABRIL DE 1999
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 6a
VARA DA SECÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO NORTE - NATAL/RN:

PROCESSOS nos 93.1948-1 e 93.1953-7.


Exeqüente: FAZENDA NACIONAL
Executados: SODISMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. e outros
EXECUÇÃO FISCAL
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

27016366 - AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE - PRESSUPOSTOS - SOCIEDADE POR
QUOTAS - RESPONSABILIDADE DO SÓCIO-GERENTE -
INFRAÇÃO A LEI - Não é de todo descabido referir-se a propriedade
da exceção de pré-executividade para discussão da legitimidade
passiva ad causam. Em princípio, a falta de recolhimento do ICMS
informado em GIA não caracteriza infração a lei societária capaz de
imputar a responsabilidade aos sócios e diretores de empresas.
Agravo provido. (TJRS - AI 599087665 - RS - 2ª C.Cív. - Rel. Des.
Arno Werlang - J. 19.05.1999).

CLÁUDIO LUIZ LIMA, brasileiro, casado, comerciante, portador do


CPF no (xxx), residente e domiciliado nesta Capital na Av. (xxx),
vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, através seu
advogado que esta subscreve (instrumento procuratório incluso),
com fulcro nos artigos 586, 587, 599 e 620, todos do Código de
Processo Civil; artigo 135, CTN, bem como no artigo 5o, inciso LIV,
da Constituição Federal, interpor a presente

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

nos termos a seguir expostos:

DOS FATOS

A Exeqüente ingressou em Juízo, com a competente Ação de


Execução Fiscal, visando a percepção de débito inscrito na Dívida
Ativa da União, referente a impostos não declarados pela Devedora
Principal - SODISMA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA., empresa
societária por cotas limitada da qual o Excipiente era sócio cotista
minoritário sem nenhum poder de gerência.

DA AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DO SÓCIO-COTISTA


MINORITÁRIO SOBRE AS DÍVIDAS DA EMPRESA

1. Em lapidar escólio, o causídico Luiz Geraldo Floeter


Guimarães , ao abortar tão relevante tema, assim preleciona:

"Respondem os diretores de S/A (sociedades anônimas) solidária


e subsidiariamente por débitos previdenciários da sociedade?
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), no intuito de
embasar sua tese positiva à indagação acima, alega que tal
responsabilidade solidária decorre da interpretação do artigo 13,
parágrafo único, da Lei nº 8.620, de 05.01.1993, que estabelece, in
verbis:
"Art. 13. O titular da firma individual e os sócios das empresas
por cotas de responsabilidade limitada respondem solidariamente,
com seus bens pessoais, pelos débitos junto à Seguridade Social.
Parágrafo único. Os acionistas controladores, os
administradores, os gerentes e os diretores respondem
solidariamente e subsidiariamente, com seus bens pessoais, quanto
ao inadimplemento das obrigações para com a Seguridade Social,
por dolo ou culpa."
Porém, em nosso modo de ver, totalmente equivocada a
interpretação por parte do Órgão Previdenciário relativamente ao
artigo em tela.
Vejamos os motivos que embasam o nosso posicionamento
negativo quanto à proposição anteriormente formulada:
A interpretação literal, pela simples leitura do caput do artigo 13
da Lei nº 8.620/93 é claríssima e induvidosa no sentido de que
somente o titular de firma individual ou os sócios de empresas por
cotas de responsabilidade limitada, respondem solidariamente, com
seus bens pessoais, por débitos para com a seguridade social.
Logo, é de concluir-se que tal dispositivo legal não se estende,
nem aos sócios, muito menos aos diretores de sociedades
anônimas.
Vale ressaltar, ainda, que o parágrafo único conflita com o
respectivo caput (art. 13 da Lei nº 8.620/93). Ora, se o caput afirma
categoricamente que somente o titular de firma individual e os sócios
de empresas por cotas de responsabilidade limitada respondem
solidariamente com seus bens pelos débitos relativos a previdência
social, o parágrafo único jamais poderia falar em "acionistas
controladores", "administradores", "gerentes" ou "diretores", típicas
"pessoas" relacionadas com sociedades anônimas. Importante
lembrar que nas firmas individuais não existem nenhuma daquelas
"pessoas" (posto que todas estão concentradas na pessoa física do
dono do negócio). E, nas empresas por cotas de responsabilidade
limitada, quando muito, apenas existiriam a figura dos
"administradores" ou dos "gerentes", mas nunca dos "acionistas
controladores" ou dos "diretores".
Por sua vez, estabelece o artigo 1º da Lei nº 6.404/76 (Lei das
Sociedades Anônimas), que: " ...a responsabilidade dos sócios ou
acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas
ou adquiridas" (sic). Ora, sendo a "Lei das Sociedades Anônimas"
uma lei ordinária federal, de mesmo nível hierárquico da Lei nº
8.620/93, esta última não revogou, sequer, aquele dispositivo legal.
Assim, ad argumentandum, mesmo que os diretores fossem
enquadrados como acionistas, não poder-se-ia considerá-los como
solidariamente responsáveis, senão até o limite do valor da
integralização de suas ações.
Ora, assim temos que, se o próprio acionista (dono de parte do
negócio) não responde solidariamente pelas dívidas da sociedade,
com muito menor razão devem responder os diretores por aqueles
débitos de cunho previdenciário.
Outro aspecto relevante a se ressaltar é que o parágrafo único do
artigo 13 da Lei nº 8.620/93 é de interpretação cristalina, no sentido
de que os acionistas controladores, os administradores, os gerentes
e os diretores respondem solidária e subsidiariamente com seus
bens pessoais, quanto ao inadimplemento das obrigações para com
a seguridade social, apenas no caso de ocorrência de dolo ou culpa.
Destarte temos que, para que se configure a responsabilidade
solidária e subsidiária dos acionistas e diretores de uma sociedade
anônima, necessariamente haveriam de ter os mesmos obrado com
dolo ou culpa, seja por ação, seja por omissão, bem como terem
praticado atos contrários à lei ou com excesso de mandato (1) (2).
Finalmente, frise-se que, segundo orientação jurisprudencial
predominante em nossos Tribunais, no caso de sociedades por
cotas de responsabilidade limitada - e com muito mais razão
ainda nas sociedades anônimas - os bens particulares dos
sócios não podem sofrer qualquer constrição em razão de
dívidas contraídas pela sociedade comercial (3). (Destacamos)
Por todo o exposto, temos que os diretores de sociedades
anônimas não respondem, nem solidária, nem subsidiariamente, por
quaisquer débitos previdenciários da sociedade, salvo em
decorrência de dolo ou culpa, ou ainda com excesso de mandato,
bem como com prática de atos contrários à lei.
Este o nosso entendimento sobre o assunto, salvo melhor juízo.
Notas:
(1) "Execução Fiscal - Responsabilidade Tributária - Sócio-
Gerente e Sócio Cotista - Distinção - Efeitos - Tributário - Exclusão
de Responsabilidade Tributária - Mero Quotista, sem Poderes de
Administração - A prática de atos contrários à lei ou com excesso de
mandato só induz a responsabilidade de quem tenha administrado a
sociedade por quotas de responsabilidade limitada, isto é, seus
sócios gerentes; essa solidariedade não se expande aos meros
quotistas, sem poderes de gestão. Recurso especial não conhecido
pela letra a; conhecido, mas improvido pela letra c" (Ac. un. da 2ª T.
do STJ - REsp. 33.526-SP - Rel. Min. Ari Pargendler - j. 23.05.1996 -
DJU-1 de 17.06.1996, pág. 21.472 - ementa oficial - Publicado no
Repertório IOB de Jurisprudência, nº 16/96, 2ª quinzena de agosto
de 1996, pág. 378).
(2) "Execução Fiscal - Responsabilidade Tributária - Sócio-
Gerente - Transferência de Cotas sem Dissolução da Sociedade -
(...) II - A responsabilidade tributária solidária prevista nos artigos 134
e 135, III, alcança o sócio-gerente que liquidou irregularmente a
sociedade limitada. O sócio-gerente responde por ser gerente, não
por ser sócio. Ele responde, não pela circunstância de a sociedade
estar em débito, mas por haver dissolvido irregularmente a pessoa
jurídica" (sic - grifamos) (Ac. un. da 1ª T. do STJ - REsp. 85.115-PR -
Rel. Min. Humberto Gomes de Barros - J. 06.05.1996 - DJU-1 de
10.06.1996, pág. 20.289 - ementa oficial - Publicado no Repertório
IOB de Jurisprudência, nº 16/96, 2ª quinzena de agosto de 1996,
pág. 379).
(3) "Sociedade por Cotas - Penhora de Bens Particulares de
Sócio - Comercial - Sociedade por Quotas de Responsabilidade
Limitada - Penhora de Bens de Sócio - Ilegalidade - Pedido
Indeferido - Decisão Mantida - É escorreita a decisão que indefere a
penhora de bens pertencentes ao sócio de responsabilidade limitada,
uma vez que os seus bens particulares não podem sofrer constrição
em razão de dívidas contraídas pela sociedade comercial constituída
por quotas de responsabilidade limitada, máxime, se o sócio-gerente
sequer foi citado. Agravo de instrumento conhecido, mas desprovido"
(sic - grifamos) (Ac. un. da 5ª T. Cív. do TJDf - Ag. 5.022 - Rel. Des.
Romão C. Oliveira - j. 10.04.1995 - DJU-3 de 03.05.1995, pág. 5.556
- ementa oficial - Publicado no Repertório IOB de Jurisprudência, nº
11/95, 1ª quinzena de junho de 1995, pág. 169).

2. Nesse mesmo diapasão é o ensinamento do advogado


gaúcho, Dr. JOSÉ MORSCHBACHER, Juiz Federal aposentado do
Tribunal Regional Federal da 4a Região , verbis:,

Perdoem-me os ilustres leitores pelo contra-senso do título que


atribuímos ao presente artigo, "Responsabilidade Tributária Objetiva
- Criação Judicial", conquanto consabidamente só a lei pode atribuir
a alguém a condição de sujeito passivo de obrigação tributária, seja
na condição de contribuinte ou de substituto legal tributário, seja na
de responsável por obrigação não adimplida por um ou outro.
Ocorre, todavia, que se tem tornado perturbadora a quantidade
de decisões judiciais de Tribunais acolhendo a responsabilidade
tributária dita objetiva, e diga-se sem meias palavras extralegal,
causando o espanto dos profissionais liberais e o desespero dos
empresários, não poucas vezes ex-empresários, ao verem-se
expropriados, de forma absolutamente imprevisível porque contra
expressa disposição legal, dos únicos bens de raiz garantidores da
mínima segurança econômica familiar.
Não se está, obviamente, a falar sobre a cobrança de créditos
tributários com relação aos quais tenham os sócios-administradores
praticado atos de sonegação fiscal, nem a respeito de tributos retidos
na fonte, por cujo recolhimento existe a sua responsabilização
expressa em leis especiais, matéria não objeto do presente artigo.
Está a se falar, tão-somente, da responsabilização, repita-se judicial,
em razão da mera falta de pagamento, exemplificativamente, do
imposto de renda de pessoa jurídica, da contribuição social sobre o
lucro, da contribuição social do empregador, do ICMS. Isto nas
sociedades limitadas e anônimas, nas quais, segundo a lei, vige a
regra geral da irresponsabilidade dos sócios-administradores pelas
obrigações sociais, inclusive tributárias.
Trata-se, como se vê, de executar judicialmente os sócios-
administradores de sociedades limitadas e anônimas por dívidas
fiscais impagas pela pessoa jurídica ao tempo de sua gestão, sob o
suposto fundamento de que a infração legal falta de pagamento do
tributo se enquadraria na responsabilidade tributária consignada no
artigo 135 do Código Tributário Nacional.
Lamentavelmente é isto o que está ocorrendo, e em não poucas
decisões de Tribunais: está-se impondo a cidadãos a
responsabilidade por dívidas fiscais impagas pelas pessoas jurídicas,
não porque se houvessem eles conduzido dolosamente na gerência
dos muitas vezes apenas malsucedidos negócios, mas
simplesmente, repita-se, porque lhes é imputada a infração legal de
a pessoa jurídica, na sua gestão, haver deixado de recolher
determinado tributo, quando nenhuma das possíveis exegeses do
artigo 135 do Código Tributário Nacional, na melhor das concessões
que se possa fazer à Fazenda Pública, pode levar a semelhante
resultado.
Nem se afirma, aqui, que deixar de recolher tributo no prazo legal
não seja infração à lei, ou ao decreto, que estabelece o prazo para o
recolhimento do tributo. Entretanto, a lei que tipifica a infração legal
motivadora da responsabilidade dos sócios-administradores, o artigo
135 do Código Tributário Nacional, não fala dessa infração
administrativa, de deixar de recolher o tributo no prazo legal. Basta
uma leitura ligeira do dispositivo para se ver que nada,
absolutamente nada disso, se contém na referida norma legal
invocada pelas Fazendas Públicas e pelas referidas decisões
judiciais para justificar semelhante conclusão. É preciso, todavia, que
o intérprete leia o dispositivo, mas o dispositivo por inteiro, para ver
que a infração legal motivadora da responsabilidade tributária aí
consignada é tão-somente aquela que se situa no nascimento da
obrigação tributária cujo crédito esteja sendo objeto de cobrança.
Segundo a dicção da lei complementar que alberga a
responsabilidade tributária em discussão, indispensável à sua
configuração que as obrigações tributárias, cujos créditos estejam
sendo objeto de cobrança, sejam "resultantes de atos praticados
com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou
estatutos".
Em outros termos, a teor da expressa e clara disposição legal,
necessário que as dívidas fiscais da pessoa jurídica abarcadas pela
responsabilidade tributária tenham tido origem em atos contrários à
lei, ao contrato social ou ao estatuto, o que significa atos ilícitos por
eles praticados na gestão dos negócios geradores da obrigação
tributária.
Trata-se da adoção, pela lei complementar tributária, do
denominado princípio legal da responsabilidade subjetiva, porque
baseada em atos dolosos praticados nos negócios geradores da
obrigação tributária, sobre os quais se assenta o tributo cujo
pagamento a Fazenda Pública está a reclamar, princípio legal este
que a mesma Fazenda Pública tem procurado, por todos os meios
ao seu alcance, e diga-se manejados com extrema habilidade e
competência, reduzir a pó. Isto, porém, distorcendo, de forma
escancarada e inaceitável, os termos expressos, literais e claros da
norma legal reguladora da matéria.
Tão alheio é o teor do artigo 135 do CTN à infração administrativa
falta de pagamento do tributo, para os que o houverem lido, que se
pode e se deve afirmar que citadas decisões judiciais não se
constituem sequer numa interpretação razoável do seu texto, mas
em indisfarçável criação judicial, por isso atentatória ao princípio
constitucional da divisão de poderes.
Consabido que a sonegação fiscal se constitui num cancro social,
a merecer combate permanente por parte de toda a sociedade. Mas
invocá-la como argumento para impor a responsabilidade tributária
também àqueles que não a praticam constitui-se num contra-senso
inaceitável, e, ademais, numa injustificável agressão ao princípio da
mínima segurança jurídica, por cuja manutenção é lícito esperar-se o
máximo empenho do Poder Judiciário.
Para a boa interpretação das normas legais pertinentes à
responsabilidade tributária, mormente para afastar de vez a idéia da
pretensa responsabilidade objetiva, é da maior pertinência a
lembrança de fato histórico relacionado com a votação pelo
Congresso Nacional, em 1980, da Lei de Execução Fiscal, a Lei nº
6.830, de 22 de setembro de 1980.
É que no anteprojeto da referida Lei, especificamente através do
§ 2º do artigo 4º, o Poder Executivo pretendia criar a
responsabilidade tributária dita objetiva dos sócios, diretores,
gerentes, administradores e representantes das pessoas jurídicas,
que passariam a responder pelos créditos da Fazenda Pública, na
dicção do referido dispositivo, "independentemente de dolo ou
culpa".
Tal tentativa, felizmente, restou frustrada, tendo sido aprovada a
Emenda nº 14 ao referido dispositivo, do então Senador Tancredo
Neves, determinando que na cobrança da Dívida Ativa da Fazenda
Pública se aplicassem "as normas relativas à responsabilidade
prevista nas legislações tributária, civil e comercial" (veja-se CÉLIO
SILVA COSTA, "Da Irresponsabilidade Tributária do Sócio e do
Administrador da Sociedade Comercial", Liber Juris, RJ, 1984, págs.
108 a 113).
Como se vê, até mesmo o elemento histórico demonstra a
completa incongruência da suposta tese da responsabilidade
tributária objetiva, fundada na mera falta de pagamento do tributo.
Dissente-se, e com argumentação até bem sedimentada, se a
responsabilidade tributária criada pelo artigo 135 do Código
Tributário Nacional é exclusiva, solidária ou subsidiária, matéria que
extravasa o objetivo do presente artigo. Entretanto, com relação à
pretensa responsabilidade objetiva, é de se perguntar àqueles que
pretendem vê-la no artigo 135 do Código Tributário Nacional, qual a
função que restaria ao mencionado dispositivo que a pretendeu
impor para determinadas situações nele referidas, se, de antemão, a
só falta de pagamento do tributo implicasse, sempre, a
responsabilidade.
Lamentavelmente a matéria tem sido vista com extrema
superficialidade, limitando-se os julgadores, não poucas vezes, a
invocar precedentes malfundamentados, senão sedimentados
apenas na leitura parcial do dispositivo, e daí concluindo que deixar
de recolher tributo no prazo legal constitui-se infração legal, e
conseqüentemente estaria configurada a responsabilidade pelo
artigo 135 do Código. Isto passando ao largo da outra parte
inseparável do dispositivo a deixar expresso e claro que a infração
legal aí tratada é tão-somente aquela que dá origem à própria
obrigação tributária, cujo exemplo típico é o ato de sonegação fiscal
praticada mediante a venda de mercadorias a descoberto da
indispensável documentação fiscal.
Sem o mínimo esforço de interpretação, vê-se facilmente do
dispositivo em comento, porém de sua leitura inteira e não apenas
de parte, que ele cria a responsabilidade "pelos créditos
correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos
praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato
social ou estatutos".
Sem o mínimo esforço de interpretação, repita-se, ressalta aos
olhos mediante a singela e rápida leitura do texto da lei
complementar que a infração legal motivadora da responsabilidade
aí criada é exclusivamente aquela infração legal praticada no
nascedouro do tributo cuja responsabilização a Fazenda Pública está
a buscar. O sócio-administrador responde exatamente porque
praticou negócios com excesso de poderes, com infração à lei, ao
contrato ou ao estatuto social, e não pelo fato posterior, de a
empresa haver deixado de recolher o tributo no prazo legal.
Não que não seja infração à lei deixar de recolher o tributo nos
prazos legais. Ocorre, todavia, que a teor de nosso ordenamento
jurídico positivo, por razões políticas devidamente examinadas pelo
legislador, não se pretendeu pôr em risco o patrimônio particular dos
sócios das sociedades limitadas e das anônimas por tal fato.
Se tal opção legislativa está errada, que se proponha a alteração
legislativa. Não é lícito, todavia, aos juízes, em suas sentenças,
assumirem funções legislativas, ao pretexto de estarem atribuindo
determinada exegese ao artigo 135 do Código Tributário Nacional,
exegese essa que, diga-se com a maior franqueza, nada, nada e
nada mesmo tem a ver com o texto escrito da lei, por isso nem se
constituindo numa das possíveis exegeses literais do seu texto.
Por derradeiro, cumpre lembrar que após longa pesquisa feita na
Revista Trimestral de Jurisprudência, não encontramos sequer uma
manifestação da Suprema Corte, mesmo que isolada, no sentido de
vislumbrar qualquer apoio à pretensa responsabilidade tributária
fundada na mera falta de pagamento do tributo. Encontramos, isto
sim, inúmeros julgados exatamente no sentido oposto. Eis alguns,
dos mais explícitos a respeito dessa matéria:
a) No acórdão proferido no RE nº 61.990-SP (RTJ nº 41/566 a
567), versando pretensão de se responsabilizar sócio-administrador
por dívida fiscal da sociedade, o eminente Min. Relator OSWALDO
TRIGUEIRO deixou expresso em seu voto o seguinte:
"Não se aplica à hipótese dos autos a norma contida no art. 10
(do Dec. 3.708, de 1919), em que se prevê a responsabilidade dos
sócios-gerentes pelo excesso de mandato e pelos atos praticados
com violação do contrato social ou da lei. É evidente que a falta de
pagamento de obrigação fiscal não está abrangida nos casos
excetuados."
b) No acórdão proferido no RE nº 78.167-PA (RTJ nº 69/919 a
921), o eminente Min. Relator LUIZ GALLOTTI deixou consignado o
seguinte:
"Verdade é que o art. 16 desta lei (Dec. 3.708, de 1919) dispõe:
`As deliberações dos sócios, quando infringentes do contrato
social ou da lei, dão responsabilidade ilimitada àqueles que
expressamente hajam ajustado tais deliberações contra os preceitos
contratuais ou legais.`
Ora, a decisão recorrida não atribui ao recorrente deliberação
infringente do contrato social ou da lei; alude apenas ao fato de não
haver integralizado a sua quota, o que é diferente."
c) No acórdão proferido no RE nº 96.607-RJ (RTJ nº 103/782 a
784), o eminente Min. Relator SOARES MUNHOZ consignou o
seguinte:
"Não se aplica à sociedade por quotas de responsabilidade
limitada o art. 134 do Código Tributário Nacional; incide sim, sobre
ela, o artigo 135, itens I e III, do mencionado diploma legal, se o
crédito tributário resulta de ato emanado de diretor, gerente ou outro
sócio, praticado com excesso de poder ou infração de lei, do contrato
social ou do estatuto."
d) No acórdão proferido no RE nº 98.996 (RTJ nº 106/828 a 829),
o eminente Min. Relator ALFREDO BUZAID assim manifestou-se:
"Trata-se de matéria várias vezes submetida ao julgamento
desta Colenda Corte, onde o Fisco estadual pretende que a
penhora, para garantir a execução fiscal, recaia sobre bens
particulares de sócio de sociedade por cotas limitadas. Arrima-
se nos artigos 134, III e VII, 135, I e III, do Código Tributário
Nacional, para dizer que quais dos sócios são litisconsortes
passivos solidariamente responsáveis, estando sua pretensão
também apoiada no artigo 202 do mesmo Código.
Ocorre, no entanto, que, em matéria tributária, a
responsabilidade pelo imposto é só daqueles vinculados ao fato
gerador da respectiva obrigação. Nas sociedades por cotas de
responsabilidade limitada, o sócio responde até o limite total do
capital social, não atingindo os seus bens particulares, salvo se
tenha agido com excesso de poderes ou infração da lei, contrato
social ou estatuto.
Mesmo assim, para tanto, a Fazenda deve evidenciar os
requisitos da responsabilidade tributária, sem o que não é
possível fazer a execução recair sobre eles."
Escrever-se mais sobre o que é tão claro em nosso ordenamento
positivo e na jurisprudência uníssona da Suprema Corte significa ser
enfadonho, atributo aliás tão difícil de ser afastado quando se
escreve sobre o óbvio. Por isso, pedimos as devidas escusas aos
distintos leitores, porém convencidos de haver contribuído, de
alguma forma, no sentido da prevalência do bom direito. (Grifos e
destaques acrescidos).

3. Ocorre, douto julgador, que consoante comprovam os


documentos anexos, o Excipiente era mero sócio-cotista da empresa
Devedora, sem exercer na sociedade nenhum poder de mando ou
gerência, sendo detentor de uma mínima parcela das cotas.

4. Como é de sabença geral, somente em casos extremos é


que o sócio-gerente responde solidariamente pelos débitos da
Empresa (art. 135, CTN). Desta forma, não se pode pretender
extender ao simples sócio-cotista a mesma responsabildiade
extrema que recai sobre o sócio-gerente.

5. No caso emergente, repita-se, o Excipiente era pura e


simplesmente sócio-cotista minoritário. Com efeito, dois (02) são os
óbices à pretensão da Excepta. O primeiro encontra-se
consubstanciado no fato de que o simples sócio-cotista minoritário
efetivamente não responde pelos débitos da Empresa. O segundo
encontra-se consubstanciado no fato de que o sócio-cotista somente
responde pelos débitos da Empresa, quando exerce poder de
gerência, observado o limite de suas cotas.

6. Ademais, cumpre ressaltar, por oportuno, que mesmo


persistisse a responsabilidade sobre o pagamento do débito
executado, assistiria razão ao Excipiente reivindicar o denominado
benefício de ordem, previsto na lei substantiva civil (art. 1.491),
embora não trate a espécie de cobrança feita sobre fiador.

7. Na verdade, o parágrafo único do artigo 124, do CTN,


somente afasta a possibilidade de se invocar o benefício de ordem,
nos casos previstos nos incisos I e II, que referem-se às pessoas que
tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal e às pessoas expressamente designadas por lei.

8. Como se depreende facilmente, por nenhuma das duas


situações previstas nos dois (02) incisos do artigo 124 do CTN, o
Excipiente encontra-se açambarcado. É que, como já foi por demais
demonstrado, o Excipiente era apenas e tão-somente sócio-cotista
minoritário, não exercendo na sociedade nenhum poder de mando.
Desta forma, que sejam excutidos, primeiramente, os bens dos
Devedores principais.

9. Tudo isto é dito para demonstrar que a exceção à regra da


via processual ora utlizada - EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE,
revela-se meio idôneo para obstar o prosseguimento da execução
aparelhada pela Autora, até mesmo porque, "data venia", além do
absurdo que a mesma pretende consumar (cobrar débito de quem
não é responsável), este meio fere o princípio norteador de todas as
execuções, inserto no artigo 620, do CPC, verbis:

Art. 620. Quando por vários meios o credor puder promover a


execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso
para o devedor.

10. Com efeito, no que pertine a ausência de responsabilidade


de sócio-cotista por débito da sociedade, outro não tem sido o
entendimento jurisprudencial:

2004040 - APELAÇÃO CÍVEL - EXECUÇÃO FISCAL -


SOCIEDADE POR COTA DE RESPONSABILIDADE LIMITADA -
EMBARGOS DE TERCEIRO - SÓCIO QUE NÃO FOI CITADO EM
NOME PRÓPRIO - LEGITIMIDADE - PENHORA DE BENS DO
SÓCIO - INADMISSIBILIDADE - O tema da responsabilidade do
sócio pelas dívidas da sociedade há de ser suscitado em sede de
embargos de terceiro, mormente quando ele não foi citado em nome
próprio, não integrando, como parte, a relação jurídico-processual
entre a Fazenda Pública e a empresa executada. Nas sociedades
por cotas de responsabilidade limitada, os bens particulares dos
sócios, uma vez integralizado o capital, não respondem por
obrigações de natureza fiscal da sociedade. (TJMS - AC. - Classe B -
XIX - N. 63.586-5 - Naviraí - 3ª T.C. - Rel. Des. Claudionor Miguel
Abss Duarte - J. 24.02.1999).

307133 - JCPC.1046 EMBARGOS DE TERCEIRO - SÓCIO


MINORITÁRIO CUJO NOME NÃO FIGURA NO CONTRATO
SOCIAL COMO GERENTE - PENHORA - I. O Apelado/Embargante
não passa de sócio minoritário, sem qualquer responsabilidade pelos
negócios desastrosos da devedora. Assim, não pode ter seu bem
(automóvel) constrito pela penhora para pagar dívida social. Em
decorrência, o meio processual para defesa da constrição judicial só
pode ser o de "embargos de terceiro" e não "embargos do devedor".
(TRF 1ª R. - AC 89.01.21224-2 - MG - 3ª T. - Rel. desig. Juiz
Adhemar Maciel - DJU 07.05.1990) (RJ 156/109).

16026849 - TRIBUTÁRIO - SOCIEDADE LIMITADA -


RESPONSABILIDADE DO SÓCIO PELAS OBRIGAÇÕES
TRIBUTÁRIAS DA PESSOA JURÍDICA (CTN, ART. 173, III) - I - O
sócio e a pessoa jurídica formada por ele são pessoas distintas
(Código Civil, art. 20). Um não responde pelas obrigações da outra. II
- Em se tratando de sociedade limitada, a responsabilidade do
cotista, por dívidas da pessoa jurídica, restringe-se ao valor do
capital ainda não realizado. (Dec. nº 3.708/1919 - art. 9º). Ela
desaparece, tão logo se integralize o capital. III - O CTN, no inciso III
do art. 135, impõe responsabilidade, não ao sócio, mas ao gerente,
diretor ou equivalente. Assim, sócio-gerente é responsável, não por
ser sócio, mas por haver exercido a gerência. IV - Quando o gerente
abandona a sociedade, sem honrar-lhe o débito fiscal, é
responsável, não pelo simples atraso de pagamento. A ilicitude que o
torna solidário é a dissolução irregular da pessoa jurídica. V - A
circunstância de a sociedade estar em débito com obrigações fiscais
não autoriza o estado a recusar certidão negativa aos sócios da
pessoa jurídica. VI - Na execução fiscal, contra sociedade por cotas
de responsabilidade limitada, incidência de penhora no patrimônio de
sócio-gerente, pressupõe a verificação de que a pessoa jurídica não
dispõe de bens suficientes para garantir a execução. De qualquer
modo, o sócio-gerente deve ser citado em nome próprio e sua
responsabilidade pela dívida da pessoa jurídica há que ser
demonstrada em arrazoado claro, de modo a propiciar ampla defesa.
(STJ - REsp 141516 - SC - 1ª T. - Rel. Min. Humberto Gomes de
Barros - DJU 30.11.1998 - p. 55).

11. A fortiori, cumpre trazer à lume que até mesmo no âmbito


trabalhista, onde existe maior rigor na cobrança do crédito obreiro,
em face ao privilégio que reveste a matéria, os pretórios não deixam
de reconhecer que o sócio-cotista que não exerce gerência, não
pode ter seus bens constritos nem expropriados:

40001522 - SÓCIO - COTISTA - RESPONSABILIDADE -


Tratando-se de execução por quantia certa, contra sociedade por
cotas de responsabilidade limitada insolvente, de acordo com o
disposto no art. 10 da Lei nº 3.708, de 10 de janeiro de 1919, c/c os
arts. 592, inciso II, do Código de Processo Civil, e 4º, inciso V, da Lei
nº 6.830, de 22 de setembro de 1990, somente há responsabilidade
secundária dos sócios-gerentes. Conseqüentemente, arbitrário e
ilegal é o ato judicial que, modificando a situação jurídico-processual
em que se encontrava o impetrante, simples sócio-cotista da
devedora, passa a exigir-lhe quantia superior ao seu capital
integralizado como garantia da execução. (TRT 6ª R. - MS-120/97 -
Rel. Juiz Nelson Soares Júnior - DOEPE 24.01.1998 - Grifamos).

13022872 - EXECUÇÃO FISCAL - PENHORA - Incidência sobre


bens de sócio em decorrência de responsabilidade solidária - Art.
134, VII do Código Tributário Nacional - Inadmissibilidade - Hipótese
de sócio que não intervinha nem participava dos atos da gestão,
porquanto detentor de reduzida parcela das quotas sociais -
Embargos procedentes - Recurso provido. (TJSP - AC 190.868-2 -
São José do Rio Preto - Rel. Des. Laerte Nordi - J. 30.04.1992).

40001594 - SÓCIO MINORITÁRIO - RESPONSABILIDADE - A


responsabilidade do sócio minoritário e simples cotista é subsidiária
e terciária, ou seja, subsiste na situação em que se encontra a
execução, devendo ser afastada se verificada a qualquer tempo, a
existência de bens da pessoa jurídica e/ou dos seus sócios gerentes
suficientes à garantia total do crédito executado. (TRT 6ª R. - AP
1091/97 - 2ª T. - Relª Juíza Daisy Anderson Tenório - DOEPE
21.03.1998).

12. Por outro lado, observando-se os valores consignados nos


títulos inscritos na Dívida Ativa da União Federal, verifica-se excesso
de execução, previsto na lei processual civil, aplicável
subsidiariamente à espécie:

Art. 743 - Há excesso de execução:


I - quando o credor pleiteia quantia superior à do título; (Grifo
nosso).

13. Como se observa nitidamente, de fato a nulidade da


execução - pelo menos no que concerne ao Excipiente -, bem como
seu excesso revelam-se flagrantes.

14. No particular do excesso de execução, importante realçar


que a prescrição intercorrente deve ser aplica ao caso sub examine,
pelo menos no que tange à aplicação dos juros de mora, até mesmo
porque passados quase quinze (15) anos, entre a data da inscrição
do débito na Dívida Ativa da União Federal e a efetivação da
cobrança do débito, tendo sido somente agora citado o Excipiente.

15. A finalidade precípua da presente EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE é justamente instar esse douto Juízo a chamar o
feito à ordem, declarando nulos os atos praticados na presente
execução, para que a execução siga os estreitos caminhos ditados
pela lei, ou seja, recaia somente contra a Empresa devedora e seu
sócio-gerente, excluindo da demanda o Excipiente.

16. No particular do presente remédio jurídico, importante


destacar que tanto no âmbito doutrinário quanto no jurisprudencial,
têm-se como certa e válida a pretensão ora deduzida pelo Executado
- EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. Esta é a opinião da maioria
dos doutrinadores pátrios, dentre os quais podemos destacar
Cândido Rangel Dinamarco, Humberto Theodoro Júnior, Nelson Nery
Núnior, Vicente Grego Filho, Paulo Henrique Lucon e Gelson Amaro
de Souza.

DA PERTINÊNCIA DA PRESENTE EXCEÇÃO


DA DOUTRINA

17. Humberto Theodoro Júnior mostra-se categórico ao afirmar:

"Mostrando-se visivelmente nulo o título executivo ou


manifestamente ilegítima a parte contra quem se intenta a execução
fiscal, ou ainda, estando a relação processual contaminada de
nulidade plena e ostensiva, cabe o expediente que se vem
denominando "exceção de pré-executividade", que nada mais é do
que o simples pedido direto de extinção do processo,
independentemente do uso dos embargos e da segurança do juízo".
18. Não é só. O lente Paulo Henrique dos Santos Lucon
também em estudo percuciente, assim tem externado seu
ensinamento:

"Nesse sentido, cada vez mais os tribunais brasileiros têm


aceito as denominadas objeções de pré-executividade, que
versam sobre matéria de defesa e são cognoscíveis de-ofício
pelo julgador por se referirem a questões de ordem pública,
passíveis de apreciação independentemente de qualquer
iniciativa do demandado (CPC, art. 267, § 3º, e 301, § 4º).
Permite-se com tais objeções o oferecimento de defesas antes
da efetivação da penhora ou do depósito e ao longo de todo o
arco procedimental, pois não estão sujeitas à preclusão; o
demandado pode insurgir-se contra a execução, antes de
seguro o juízo, que autoriza a oposição de embargos por
petição dirigida aos próprios autos do processo executivo".

6. OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E FALTA DE LIQUIDEZ

"O título executivo não constitui prova inequívoca da real existência


do direito afirmado e tão pouco cria direitos. Pelo contrário, o
conteúdo descritivo do título é privado de qualquer significado no
campo do direito substancial.(14) MARTINETTO lembra o
ensinamento prevalente na doutrina italiana, que considera o título
executivo o fato constitutivo da ação executiva, vinculando-o
propositadamente à disciplina das condições da ação. (15)
Na realidade, o título executivo é apenas e tão-somente ato ou fato
jurídico que integra as condições da ação executiva. Por
conseqüência, o título apenas permite o exercício desta. O Estado
condiciona a atividade jurisdicional e seu desenvolvimento à
correlação entre o provimento desejado e a situação desfavorável
lamentada pelo demandante. O título executivo insere-se em tal
contexto pois constitui pressuposto para o desencadeamento dos
atos executivos na medida em que torna adequada a via executiva,
não sendo fonte autônoma do poder de exigir a atuação da vontade
sancionatória através do processo. Sua finalidade é atuar a vontade
da lei por meio da imposição de medidas executivas pelos órgãos
jurisdicionais, destinadas à tutela de certas situações previamente
eleitas pelo legislador. Por esse motivo, interpretar extensivamente o
rol dos títulos executivos é violar frontalmente a esfera de direitos do
executado. Não é a natureza da obrigação que qualifica um título
como executivo ou não, mas sua inclusão no rol estabelecido pelo
legislador em numerus clausus, que não deixa margem a
interpretações ampliativas ou integração por analogia. Os títulos
executivos estão sujeitos à regra da tipicidade, sendo excepcional
executar sem antes conhecer.
No caso de exigências de ordem pública, como aquelas relativas às
condições da ação e aos pressupostos processuais, o interesse é do
próprio Estado em declarar de-ofício que não se dispõe a exercer a
função jurisdicional. As normas que disciplinam esses indeclináveis
pressupostos, por serem cogentes, independem da vontade das
partes em conflito para serem aplicadas. No processo de execução,
como no processo de conhecimento, o juiz deverá conhecê-las a
qualquer tempo e de-ofício, independentemente da oposição de
embargos do executado ou de sua manifestação no processo
executivo.(16) Essas matérias extrapolam o poder dispositivo dos
sujeitos parciais do processo e são aquelas que se sujeitam à
investigação de-ofício pelo Estado, como conseqüência natural de
ser a ação um direito (ou poder) contra ele exercitável que, por isso e
como correspectivo, lhe outorga o poder de examinar,
independentemente da provocação das partes, os pressupostos do
processo e as condições da ação.(17)
É preciso debelar o mito dos embargos, que leva os julgadores a
uma atitude de espera, postergando o conhecimento de questões
que poderiam e deveriam ter sido levantadas e conhecidas
liminarmente, ou talvez condicionando seu conhecimento à oposição
destes. Dos fundamentos dos embargos (CPC, art. 741), muito
poucos são os que o juiz não pode conhecer de-ofício, na própria
execução. Nesse sentido, cada vez mais os tribunais brasileiros têm
aceito as denominadas objeções de pré-executividade, que versam
sobre matéria de defesa e são cognoscíveis de-ofício pelo julgador
por se referirem a questões de ordem pública, passíveis de
apreciação independentemente de qualquer iniciativa do demandado
(CPC, art. 267, § 3º, e 301, § 4º). Permite-se com tais objeções o
oferecimento de defesas antes da efetivação da penhora ou do
depósito e ao longo de todo o arco procedimental, pois não estão
sujeitas à preclusão; o demandado pode insurgir-se contra a
execução, antes de seguro o juízo, que autoriza a oposição de
embargos por petição dirigida aos próprios autos do processo
executivo. Não havendo apreciação pelo julgador, sob o argumento
de que tal matéria só é possível de ser ventilada nos embargos, a
parte pode agravar de instrumento, solicitando ao órgão ad quem
comando destinado a fazer com que o juiz de primeiro grau se
pronuncie de imediato sobre a objeção de pré-executividade. Nesse
tempo, se houver constrição, pode o executado alegá-la novamente
na própria ação incidental de embargos.
Se por expresso mandamento legal o juiz tem o dever de fiscalizar
as condições da ação no processo de conhecimento (art. 267, § 4º),
a fortiori deverá fazê-lo no executivo. Aqui existe - e lá não - um ato
constritivo a evitar e que pode ser, como no caso fatalmente será,
extremamente danoso ao demandado. Não há nada que justifique
penhorar para depois discutir a existência do título: como penhorar
primeiro e deixar para depois a discussão sobre a existência do
próprio título, sem o qual penhora alguma se faz?
Tudo converge, como se vê, para a mais absoluta imperiosidade de
verificar a existência ou inexistência do título executivo antes de
mandar penhorar, sob pena de grave violação a todos os dispositivos
referidos logo acima (CPC, arts. 583, 586, 614, inc. I, 616, 618, inc. I,
todos c/c art. 267, § 4º).
Certeza e liquidez são requisitos de existência do título executivo.
Sem tais atributos, em razão da ausência de título, a tutela executiva
não é adequada para atender a situação jurídico-substancial que se
apresenta. Significa, em síntese, que o demandante, ao ingressar
com ação executiva sem título, é carecedor desta por falta de
interesse processual.
Como é sabido, a ausência das condições da ação provoca a
extinção do processo (CPC, art. 267). Além disso, por serem de
ordem pública, questões como essa podem e devem ser conhecidas
a qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de
provocação das partes (art. 267, § 3º).
No processo de execução, questões de ordem pública, relacionadas
às condições da ação e aos pressupostos de desenvolvimento do
processo, são denominadas pela doutrina de objeções de pré-
executividade ou exceções de pré-executividade".
"Concluindo, jamais se poderá dizer líquida uma obrigação
quando a determinação do seu quantum é confiada à vontade
do credor. Potestatividade e executividade são conceitos que se
repelem" . (Grifos e destaques são nossos).

19. Por fim, no âmbito doutrinário, faz-se alusão ao ensino do


mestre Gelson Amaro de Souza , que assim preleciona:

"É certo e inegável que o processo de execução não é palco próprio


para discussão, senão realização do direito já anteriormente definido.
Entretanto, inúmeros são os casos em que excepcionalmente tem se
permitido abrir discussão dentro dos autos da execução, como se dá
nos casos de "exceção ou objeção de pré-executividade", pedido de
remição (787, CPC), reserva de numerários para pagamento do
credor hipotecário (art. 598, CPC), arrematação sem leilão (art. 700 e
parágrafos, do CPC) etc".

E, conclui magistralmente:

"A Constituição Federal em seu artigo 5, LIV, afirma de forma


peremptória que: " ninguém será privado da liberdade ou de seus
bens sem o devido processo legal". Bem de ver que a Carta Maior,
não abre exceção e nem permite exclusão. Ela diz "ninguém" será
privado de seus bens sem o devido processo legal. Se diz "ninguém"
é porque não permite exceção e todos ficam ao abrigo do devido
processo legal. Assim também deve estar o adquirente da coisa e
cuja aquisição está sendo acoimada de fraudadora da execução".

DA JURISPRUDÊNCIA

20. Não é à toa que nossos pretórios assim têm decidido


reiteradamente:

HIPÓTESES DE CABIMENTO. - EXECUÇÃO - EXCEÇÃO DE


PREEXECUTIVIDADE ARGUIDA APOS DECURSO DO PRAZO
DOS EMBARGOS - POSSIBILIDADE. A questão da limitação dos
juros argüida quer como matéria constitucional (artigo 192, parágrafo
3, da Constituição Federal), quer como matéria da legislação
ordinária (Lei da Usura) se constitui em nulidade absoluta que
corresponde a uma condição da ação de execução, qual seja a
possibilidade jurídica. Em conseqüência, independe de Argüição em
embargos a execução. (TARS - AGI 195.021.662 - 4ª CCiv. - Rel.
Juiz Márcio Oliveira Puggina - J. 09.03.1995).

1008877 - BANCO CENTRAL DO BRASIL - BANCO MERIDIONAL


DO BRASIL 1. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
HIPÓTESES DE CABIMENTO. 2. CESSÃO DE CRÉDITO. CISÃO.
EXECUÇÃO. LEGITIMAÇÃO ATIVA. - Execução: exceção de pré-
executividade acolhida - Cessão de crédito com reserva da
pretensão de direito material e do direito de ação para o cedente:
inviabilidade no direito brasileiro - Ação proposta por quem não e
titular do direito reclamado - Desmembramento do direito subjetivo
que esbarra contra principio de ordem pública, tal o envolvendo
Incompetência absoluta - Agravo provido. A exceção de pré-
executividade se justifica em hipóteses onde se patenteia a ausência
de condições da ação, exemplificativamente a possibilidade jurídica
afastada por título flagrantemente nulo ou inexistente, hipóteses
onde sequer se justificaria a realização da penhora, que pressupõe a
executoriedade do título. Por igual, quando evidenciada a
ilegitimidade do exequente, por ser outro que não o titular do crédito
executado, impõe-se a procedência da exceção de pré-
executividade. No direito patrio ninguém pode pleitear em nome
próprio direito alheio, salvo quando autorizado por Lei (art. 6 do
CPC). Bem, por isso, não confere tal legitimidade, a convenção
particular de cessão de crédito, na qual se reserva ao cedente a
pretensão e o direito de ação sobre o crédito cedido. Apenas o titular
do direito, "in casu" o cessionário, poderá realizar o crédito
transferido, inviável a cisão do direito subjetivo em que um detém o
direito em si e o outro a pretensão - Que ainda integra o mesmo
direito. Na hipótese do cedente ser banco privado e cessionária
autarquia federal - No caso o banco central - Esbarra a pretendida
cessão também com norma inderrogável de competência fixada pela
carta constitucional, porque em tal hipótese ao agir em nome próprio
na cobrança do crédito cedido, o cedente sobre infringir o artigo 6 do
Código de Processo Civil subtrai a causa a justiça competente para
aprecia-la. Agravo provido. (TARS - AGI 188.075.576 - 4ª CCiv. -
Rel. Juiz Jauro Duarte Gehlen - J. 13.10.1988).

1016779 - 1. EXECUÇÃO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.


HIPÓTESES DE CABIMENTO. 2. CORREÇÃO MONETÁRIA.
ANISTIA. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. - Agravo de
instrumento - Exceção de pré-executividade - Inexistência de óbice
autorizador da paralisação da execução - Apenas quando
nitidamente desenhada a impossibilidade jurídica de execução, e
que se autoriza, em tese, a interposição das denominadas "exceções
de pré-executividade". Tal não ocorre, porém, com a interposição
consignatória objetivando o beneficio do art. 47 das disposições
transitórias da CF, mesmo porque não se pode desde logo prever se
será ela será julgada procedente ou não. Em tais hipóteses, tem o
credor com título executivo aparelhado, o direito de ver garantido o
juízo da execução com a penhora, in casu, obstada pelo acolhimento
da execução em epigrafe. Agravo provido. (TARS - AGI 190.047.803
- 4ª CCiv. - Rel. Juiz Jauro Duarte Gehlen - J. 17.05.1990).

21. Inegavelmente, ante as falhas flagrantes e erros cometidos


pela Exeqüente, "data venia", máxime ao que se prende ao flagrante
à flagrante ilegitimidade passiva do Excipiente e ao excesso de
execução, urge seja deferida a medida ora vindicada, determinando
a suspensão da execução, para que seja apurado o valor
efetivamente devido, bem como a respectiva responsabilidade pelo
pagamento.

22. Como se depreende, a decretação do trancamento da


execução, nos termos como foi apresentada, serve até mesmo para
resguardar direito constitucional, consagrado no artigo 5, inciso LIV,
verbis:

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o


devido processo legal; (Grifamos).

DO PEDIDO

EX POSITIS, requer a Vossa Excelência, initio litis, suspensa a


presente execução, para apurar o "quantum debeatur", evitando-se o
excesso, bem como a responsabilidade pelo pagamento do mesmo,
excluindo o Excipiente dessa obrigação, e, por conseqüência, da
presente demanda.
Caso não seja esse o entendimento deste douto Juízo - o que
não é de se esperar -, seja observado o limite das cotas do
Excipiente, compelindo-o a assumir a dívida até o total de sua efetiva
participação na sociedade, observando-se, ainda, o benefício de
ordem pleiteado, escutindo-se primeiramente os bens dos
verdadeiros devedores. Para tanto, indica os seguintes bens,
pertencentes ao sócio-gerente Ricardo Gonçalves Pinheiro:
"Fazenda Acreana II, localizada no Município de Nísia Floresta/RN,
pertencente a SOCIEDADE AGRO-INDUSTRIAL VALE DO PIUM,
inscrita no CGC(MF) sob o no 10.710.374/0001-54, que tem o Sr.
Ricardo Gonçalves Pinheiro como detentor de grande número de
cotas.

Por fim, caso não seja acatada nenhuma das alegações acima e
nenhum dos pedidos feitos anteriormente, apenas por amor ao
debate, "ad cautelam", requer seja devolvido o prazo para que o
Excipiente indique bem à constrição, tendo em vista que a presente
exceção é apresentada dentro do qüinqüídio legal, estabelecido pela
Lei de Execuções Fiscais (Lei no 6.830/80)

Protesta provar o alegado por todos os meios em direito


admitidos, sem exclusão de nenhum, ficando tudo desde já
requerido, inclusive ouvida dos representantes legais da Devedora
principal.

Termos em que

pede deferimento.

Natal/RN, 19 de maio de 2.000.

GUARACY QUEIROZ DE OLIVEIRA


OAB/RN no 299
WALDENIR XAVIER DE OLIVEIRA
OAB/RN no 2.017

Data de Cadastro: 26/07/2000


.
.
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO BANCÁRIA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ____________

Processo nº: ____________

Agravante: ____________ LTDA, ____________ e ____________


Agravado: BANCO ____________ S/A

____________ LTDA, empresa com sede no Município de


_______-____-, sito à Rua ____________, nº ____, ____________,
Inscrita no CGC-MF sob nº ____________;

____________, brasileira, solteira, maior, pequena empresária,


portadora do CIC nº ____________, residente e domiciliada na
localidade de ____________, Município de ____________ -UF e

____________, brasileiro, solteiro, maior, portador do CIC nº


____________, residente e domiciliado na ____________, Município
de ____________, pelo Procurador comum, que subscreve,
____________, advogado inscrito na OAB-UF nº _______, com
escritório profissional na Travessa ____________, nº ____, Cidade
de _________-UF, telefone/fax nº ____________, "onde recebe
intimações", vem, à honrosa presença de Vossas Excelências, para
propor o presente:

AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE LIMINAR


nos termos do artigo 522 e seguintes do CPC e nova redação
face a Lei 9.139 de 30.11.95, e demais procedimentos, vez que não
conformado, "data vênia" com a R Decisão prolatada pelo MM. Juiz
da Comarca de ____________, nos autos da Ação Executiva , que
lhe move BANCO ____________ S/A, autos nº _______, sendo seus
Procuradores os Ilustres Drs. ____________ e ____________,
inscritos na OAB-UF respectivamente sob nºs. ______ e ______,
com escritório profissional na Rua ____________, nº _____, ___º
andar, Cidade de ____________, pelas razões fáticas e jurídicas que
passa expor:

1. Síntese dos fatos

1.1 Tramita na Comarca de ________, Ação Executiva , ajuizada em


___ de _______ de _____, no valor de R$ ______ (_________
reais), atualizados até a data do ajuizamento, de um contrato
particular de confissão de dívida com garantia real e fidejussória,
sendo o ora Agravado Exequente e os ora Agravantes Executados.
Dito título de crédito é fruto de novações de créditos anteriores, tais
como, reembolsos de títulos descontados e impagos, cédulas de
crédito industrial e comercial etc.

1.2 Referidos créditos, são objeto de outra demanda judicial, "Ação


revisional de juros e encargos, cumulado com perdas e danos", em
trâmite na Comarca de ____________, autuada sob nº ______, com
Decisão de Primeiro Grau que julgou procedente a demanda, onde o
MM. Juiz "a quo", determinou que os juros devem ser recalculados
pelas taxas constitucionalmente previstas, estando, hoje, referido
processo aguardando V. Acórdão junto ao Egrégio Tribunal de
Justiça, haja visto recurso interposto pelo ora Agravado, conforme se
vê na certidão anexa.

1.3 Citados, os Executados argüiram 'EXCEÇÃO DE PRÉ-


EXECUTIVIDADE", nos próprios autos executivos, posto que não
houve constrição de bens para garantia do juízo, descabendo,
portanto, interposição dos Embargos à Execução.

1.4 Ponderou-se na supracitada exceção, os fatos que antecederam


a confissão de dívida, objeto da ação executiva, inclusive, com
verdadeira coação e falsas promessas de aporte de novo capital de
giro, de parte do gerente da agência e Superintendente Regional do
Banco.

1.5 Na realidade, houve atropelos, tanto que não havia necessidade


de firmar nova confissão de dívida, posto que havia outra anterior.
Mas, como diz o ditado popular, "o diabo faz a panela e se esquece
da tampa", eis que, dita confissão de dívida de valores absurdos e
indevidos, não foi firmada pela principal devedora, pessoa jurídica,
daí que nula de pleno direito.
Em síntese, pretendia-se a declaração de parte do MM. Juiz "a quo"
da nulidade argüida em exceção de pré-executivdade.

1.6 Não foi este, infelizmente o entendimento do MM. Juiz de


Primeiro Grau, conforme respeitável decisão abaixo transcrita, que,
"datíssima vênia ", ousamos em discordar, daí o presente agravo:
"Não acolho a exceção de pré-executividade, apesar dos bem
colocados argumentos expendidos pelo Procurador da executada. O
argumento contido na manifestação do Procurador da Instituição
Financeira é suficiente para a rejeição: em caso de acolhimento de
embargos, nulificando eventuais cláusulas referentes a juros, multa e
outros encargos, retiraria a executoriedade do título. E, isto não
ocorre. Portanto, não há como acolher-se tal exceção, pelo
ajuizamento de revisional mesmo que já julgada em primeira
instância.
Já estando julgada a ação revisional, indefiro o pedido de
apensamento.
Desnecessária a aplicação do disposto no artigo 601 do CPC, pois
não realizadas todas as medidas para configuração de tal estado. Da
mesma forma, até este momento não há como ser reconhecida a
litigância de má-fé. Há simples pedidos, com fundamento jurídico.
Acolho, por fim, o pedido de fls 42, letra "d". Expeça-se mandado.
Intimem-se.
Em ___ de _______ de _____.
____________
Juiz de Direito.

1.7 De referir, inicialmente, que o fundamento da exceção não foi a


existência da outra demanda " ação revisional", fez-se referência à
título de informação, o principal fundamento da exceção foi e é a
ausência da outorga da pessoa jurídica na confissão de dívida,
objeto da execução, que gera, "SALVO MELHOR JUÍZO" nulidade
de pleno direito.

ISTO POSTO, requerem seja a decisão atacada modificada, para:

a) em primeiro lugar e em qualquer hipótese, seja reformada a


mesma decisão para declarar nula a execução por falta de título
líquido, certo e exigível, nos termos do art. 618 do CPC;

b) entretanto, se entenderem V. Exas. não ser possível, desde logo,


o reconhecimento da nulidade da execução, sem que o juiz de
primeiro grau tenha se pronunciado acerca da matéria, pede-se, pelo
princípio da eventualidade, seja cassada a v. decisão e retornados
os autos à comarca de origem para que o Juiz a quo conheça e
aprecie o pedido de ausência de título líquido, certo e exigível
formulado pelos recorrentes;

Nestes termos,
Pedem deferimento.

____________, ___ de __________ de 20__.

Pp. ____________
OAB/
AGRAVO CONTRA O INDEFERIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE

EXMO. SR. PRESIDENTE DO EG. TRIBUNAL ...


J.T.G. e sua mulher V.L.S.T.G., ..... (qualificação), por seus
procuradores infra assinados, em face da decisão proferida pelo MM.
Juiz de Direito da ... Vara Cível de ..., que julgou juridicamente
impossível o pedido de nulidade da execução feita em petição
denominada de exceção de pré-executividade, na ação executiva n.
...., movida por B.F.S/A .... (qualificação) vêm, respeitosamente,
perante este Egrégio Tribunal, interpor o cabível e tempestivo
AGRAVO DE INSTRUMENTO, nos termos do arrazoado anexo.

Em anexo, apresentam o comprovante de preparo do recurso (artigo


525, § 1º do Código de Processo Civil) e a cópia integral do processo
e incidente, além de certidão negativa de intimação da decisão
agravada.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, 03 de maio de 1998.

Advogado

RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Egrégia Câmara,

I - O CASO DOS AUTOS

Em petição denominada exceção de pré-executividade juntada aos


autos da ação de execução movida por B.F.S/A em desfavor de S. L.
e outros, os coobrigados J.T.G. e sua mulher alegaram a nulidade da
execução por falta de título líquido, certo e exigível, nos termos do
art. 618 do CPC.

Argumentaram os agravantes que não obstante ter o credor


lastreado sua pretensão em uma nota promissória, documento em
tese com poder executivo, esta, in casu, não apresentava os
requisitos necessários de um título executivo, quais sejam, liquidez,
certeza e exigibilidade.

A nulidade da cambial ressalta a um simples exame dos documentos


juntados pelo próprio exeqüente. Consta expressamente na nota
promissória sub examine emitida em 01.08.84 sua vinculação ao
contrato nº ..., todavia a cláusula contratual ... que dava suporte a
sua existência jurídica foi revogada pelas partes, no aditivo de re-
ratificação firmado em 09.06.89, e novo título de crédito fora emitido
em substituição ao ora exeqüendo, deixando o primitivo de ter
existência jurídica.

Ademais, o valor constante na cambial executada não é aquele a


que os avalistas se obrigaram, mas sim o valor do crédito concedido
pela financeira à concessionária, a partir de abril de 1995, consoante
se depreende do demonstrativo de débito de fls. .... Dívida esta
assumida no último aditivo contratual, datado de 26.07.94 (fls. ...),
alteração da qual os recorrentes sequer participaram, pois há muitos
anos deixaram de ser sócios da empresa e desde então não lhe
deram aval algum.

Levantadas estas preliminares que demonstram a inexistência de


título executivo, já que a nota promissória de que se valeu o credor
para o manejo da ação já não tem validade jurídica, muito menos
nexo jurídico com o contrato que instrui a inicial, ao Magistrado de
primeiro grau competia extinguir a ação por falta de título executivo,
pressuposto indeclinável do manejo executivo.
No entanto, entendeu o MM. Juiz a quo que o meio processual
utilizado pelos agravantes, petição de exceção de pré-executividade,
inexiste juridicamente, não tendo o pedido, portanto, nenhum
embasamento legal. Por tais fundamentos, indeferiu o pedido
formulado e condenou, ainda, os agravantes por litigância de má fé a
“indenizar a parte contrária na importância correspondente a 15%
(quinze por cento) sobre o valor atribuído ao processo principal, bem
como responder pelas custas processuais desta infundada exceção
de “pré-executividade” (fls.).

A POSSIBILIDADE JURÍDICA DO MANEJO DA EXCEÇÃO


DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

A despeito de PONTES DE MIRANDA ter denominado de exceção a


arguição de falta de requisitos da execução, esta medida processual
em nada se confunde com aquela prevista no art. 304, do Código de
Processo Civil. A palavra exceção foi utilizada no sentido amplo de
defesa, e não no sentido restrito dado pela lei adjetiva, como se
demonstra a seguir.

A exceção de pré-executividade nada mais é do que uma das


denominações dadas à argüição da nulidade absoluta da ação
executiva, por falta de condições específicas da execução, matéria
que pode ser conhecida e examinada a qualquer tempo pelo Juiz,
nos termos do art. 267, § 3º, do Estatuto Processual,
independentemente de estar ou não o juízo seguro pela penhora, ou
de que haja a oposição de embargos do devedor.

A possibilidade de o devedor, em simples petição nos autos da


execução, alegar a nulidade do título que embasa a execução não é
admitida apenas por uma corrente isolada da doutrina, mas sim pela
unanimidade, recebendo inclusive a adesão do Superior Tribunal de
Justiça.
O manejo da ação executiva, assim como do processo de
conhecimento, sofre subordinação aos pressupostos processuais e
às condições da ação. Destarte, para viabilizar a execução forçada,
além dos requisitos gerais estabelecidos pelo art. 267, VI, do Código
de Processo Civil, é necessário, especificamente, que o devedor
possua título executivo e a obrigação nele documentada seja
exigível (arts. 583 e 586 do mesmo diploma legal) (condições da
ação executiva).

Desta forma, nenhuma execução forçada é cabível sem o título


executivo que lhe sirva de base. Observa Liebman que “a ação
executiva não só nasce com o título, mas tem unicamente nele o
seu fundamento jurídico” (apud HUMBERTO THEODORO JÚNIOR,
Curso de Direito Processual Civil, Rio, Forense, 1996, p. 32).

Adverte MARCOS VALLS FEU ROSA que “para dar início à


execução o juiz deve verificar, antes de mais nada, se há título
executivo judicial ou extrajudicial”. Acrescenta ainda que “se há
nulidade, vício pré-processual ou processual que torna ineficaz o
título apresentado pelo autor, não há, via de conseqüência, título
exeqüível e, nestas condições, deve a inicial ser indeferida.”
(Exceção de pré-executividade matéria de ordem pública no
processo de execução, Sérgio Antônio Fabris Editor, Porto Alegre,
1996, p. 53).

Conclui o ilustre doutrinador que “o exame da inicial, como é por


todos sabido, é ato que compete ao juiz, de ofício. Sendo assim, a
nulidade, o vício pré-processual ou processual que torna ineficaz o
título apresentado pelo autor são matérias conhecíveis de ofício pelo
juiz, por razões axiomáticas.” (ob. cit., loc. cit.). Daí a
desnecessidade de utilizar os embargos de devedor para a
respectiva argüição, podendo fazê-lo “em simples petição nos
próprios autos da execução” (ob. cit., nºs 1.5 e 3.1.4., p. 22 -28 e 54)
GALENO DE LACERDA ensina que a liquidez, certeza e
exigibilidade do título são elementos que devem ser apreciados pelo
juiz antes de dar prosseguimento ao feito executivo. Sendo assim,
esclarece o processualista, “quando o executado impugnar esses
pressupostos e condições, como argumentos fundados e idôneos,
deverá o juiz admitir-lhe a defesa, porque logicamente anterior à
penhora, sem a segurança desta” (Execução de Título Extrajudicial
e Segurança do Juízo, in Revista da Associação dos Juízes do Rio
Grande do Sul - Ajuris, 23/13).

Com efeito, a melhor doutrina preleciona que os requisitos contidos


no art. 618 do CPC são conhecíveis de ofício. E “a todo momento o
juiz poderá declarar a nulidade do feito executivo, seja ex officio ou a
requerimento da parte. Não é preciso, portanto, que o devedor utilize
dos embargos à execução. Poderá argüir a nulidade em simples
petição, nos próprios autos da execução” (HUMBERTO THEODORO
JÚNIOR, Curso de Direito Processual Civil, vol. II, p. 864).

A este alerta que a parte faz ao juiz da ausência de título líquido,


exigível e certo, em petição avulsa, é que se denomina “exceção de
pré-executividade”, preferindo alguns autores intitulá-la de “oposição
pré-processual” ou “objeção de pré-executividade” justamente para
evitar qualquer confusão com o procedimento da exceção prevista
no artigo 305 do Código de Processo Civil (Cf. CÂNDIDO RANGEL
DINAMARCO, Execução Civil, São Paulo, Ed. RT, p. 447-448; e
Nelson Nery Júnior, Código de Processo Civil Comentado e leg.
proc. extravagante em vigor, 3a. ed., São Paulo, Ed. RT, p. 847).

A exceção de pré-executividade tem como objeto matéria de ordem


pública decretável ex officio pelo juiz. E a possibilidade de ser
alegada dita nulidade pelo devedor em simples petição é
reconhecida não só pelo ordenamento jurídico, em um exame
sistemático aos artigos 586, 618, 652, 736 e 737, do Código de
Processo Civil, como pela doutrina e jurisprudência.

Em outras palavras, o rigor formal que leva à conclusão de que toda


matéria alegável pelo devedor no processo de execução deve sê-lo
por meio dos embargos não encontra mais aceitação nos arestos
dos Tribunais Pátrios, nem nas lições da doutrina. O devedor pode e
deve alertar o juiz da inexistência de requisitos necessários a
admissibilidade da execução, antes mesmo e independentemente do
oferecimento dos embargos do devedor.

A lição de GALENO LACERDA (“Execução de Titulo Extrajudicial e


Segurança do Juízo”, in Estudos de Direito Processual em
Homenagem a Frederico Marques, São Paulo, Saraiva, 1982, p. 171-
172), depois de invocar o magistério de PONTES DE MIRANDA (Dez
Anos de Pareceres, Rio de Janeiro, Ed. Francisco Alves, 1975, v. IV,
p. 132 e 138), conclui:

“A penhora ou o depósito somente é de exigir-se para a oposição de


embargos do executado; não para a oposição das exceções e de
preliminares concernentes à falta de eficácia executiva de título
extrajudicial ou da sentença” (...) “Uma vez que houve alegação que
importa em oposição de exceção pré-processual ou processual, o
juiz tem de examinar a espécie e o caso, para que não cometa a
arbitrariedade de penhorar bens de quem não estava exposto à ação
executiva”.

TERESA ARRUDA ALVIM WAMBIER e LUIZ RODRIGUES


WAMBIER, em recente trabalho doutrinário que espelha a posição
dominante nos tribunais e na lição dos doutos, enfatizam a
importância de se alegar, nos próprios autos do processo executivo,
a inexistência ou a falsidade de um título extrajudicial, pois “negar
ao executado a possibilidade de alertar o juiz quanto à
admissibilidade da execução seria o mesmo que impor ao
executado ônus não jurídico ou impossibilitá-lo de defender-se, caso
ele não tivesse bens para garantir o juízo” ( “Sobre a objeção de pré-
executividade”, in Processo de Execução e Assuntos Afins, diversos
autores, coordenação de Teresa Arruda Alvim Wambier, São Paulo,
Ed. Revista dos Tribunais, 1998, p. 405).

O certo é que “vem-se entendendo, todavia, e esse entendimento


vem cada vez mais sendo assimilado pela jurisprudência, que o
devedor pode alegar no bojo da própria execução,
independentemente de embargos à execução, e, portanto, de
garantia do juízo, que o que foi apresentado e qualificado como título
executivo, na verdade, não é título executivo, por qualquer razão.
Assim, e por isso, deve o juiz decidir antes de tudo este incidente, e,
se for o caso, extinguir a execução, não determinando a penhora
sobre bens de que não estava sujeito a processo executivo”
(TERESA ARRUDA ALVIM WAMBIER e LUIZ RODRIGUES
WAMBIER, ob. cit., p. 406).

Nesse mesmo diapasão é a lição de NELSON NERY JUNIOR e


ROSA MARIA ANDRADE NERY, para quem “mesmo sem estar
seguro o juízo pode o devedor opor objeção de pré-executividade,
isto é, alegar matérias que o juiz deveria conhecer de ofício,
objetivando a extinção do processo de execução” (Código de
Processo Civil Comentado e legislação processual civil extravagante
em vigor, 3a. ed., São Paulo, Ed. Revista dos Tribunais, 1997, nota
ao art. 618, p. 842).

Acerca do tema, escreve, também, VICENTE GRECO FILHO


afirmando que “como os defeitos do art. 618 estão expressamente
cominados como nulidades, o juiz pode reconhecê-los de ofício,
independentemente de embargos do devedor. A matéria é de ordem
pública, podendo ser argüida a qualquer tempo e por qualquer meio.
(...) A possibilidade de serem alegadas as matérias do art. 618
independentemente de embargos tem sido denominada “exceção de
pré-executividade” (Direito Processual Civil Brasileiro, 11a. ed., São
Paulo, Saraiva, vol. III, p. 52). No mesmo sentido: ARAKEN DE
ASSIS (Manual do Processo de Execução, vol. I, p. 344); LUIZ
EDUARDO APPEL BOJUNGA (A Execução de Pré-executividade,
artigo publicado na Revista de Processo, vol. 55, p. 69-70); CARLOS
RENATO DE AZEVEDO FERREIRA (Exceção de Pré-Executividade,
artigo publicado na Revista dos Tribunais, vol. 657, p. 245);
CÂNDIDO RANGEL DINAMARCO (Execução Civil, p. 447-448);
OVÍDIO BAPTISTA (Curso de Processo Civil, vol. II, p. 23); JOSÉ
ALONSO BELTRAME (Dos Embargos do Devedor, p. 145-146);
JOSÉ DA SILVA PACHECO (Tratado das Execuções, vol. III, p. 224-
226); JOSÉ ANTÔNIO DE CASTRO (Execução no Código de
Processo Civil, p. 201); MÁRIO AGUIAR MOURA (Embargos do
Devedor, p. 68-71).

A possibilidade de se desmascarar um título que não não se reveste


das propriedades de um título executivo no bojo da ação de
execução, tem amparo no ordenamento jurídico pátrio, pois “o
raciocínio que se faz é decorrente do próprio sistema processual
brasileiro, em que, como regra generalíssima, toda matéria que deve
ser conhecida pelo juiz, de ofício, pode e deve ser alegada a
qualquer tempo pelas partes. Trata-se de um enunciado elaborado
em função do processo de conhecimento, mas perfeitamente
compatível e harmônico com o sistema do processo de execução de
regime jurídico muito aproximado àqueles das matérias do art. 301
do CPC.” Aliás esta lição doutrinária encontra ressonância na
disposição textual do art. 598, do CPC, que manda aplicar
subsidiariamente à execução as disposições que regem o processo
de conhecimento (TERESA ARRUDA ALVIM WAMBIER e LUIZ
RODRIGUES WAMBIER, ob. cit., p. 406).

Nessa ordem de idéias, é o entendimento do Colendo Superior


Tribunal de Justiça. In verbis:
“Não se revestindo o título de liquidez, certeza e exigibilidade,
condições basilares exigidas no processo de execução, constitui-se
em nulidade, como vício fundamental; podendo a parte argüi-la,
independentemente de embargos do devedor, assim como, pode e
cumpre ao Juiz declarar, de ofício, a inexistência desses
pressupostos formais contemplados na lei processual civil.” (STJ,
REsp. 13.960-SP, Rel. Min. WALDEMAR ZVEITER, ac. 26.11.91, in
RSTJ, 40/447).

“A segurança do juízo não pode ser imposta naqueles casos em que


o título em execução não se reveste das características de título
executivo, porque, destarte, a própria execução estaria sendo
ajuizada com abuso de direito por parte do credor, utilizando uma via
processual que a lei, em tese, lhe não concede” (STJ, REsp. 7.410-
MT, Rel. Min. ATHOS GUSMÃO CARNEIRO, RSTJ 31/354).

“A nulidade da execução pode ser alegada a todo tempo, desde que


ausentes os requisitos do art. 586. Sua argüição não requer
segurança do juízo, nem exige a apresentação de embargos à
execução (STJ, REsp. 39.268-3-SP, Rel. Min. BARROS
MONTEIRO, ac. 13.11.95, in RSTJ 85/262).

“A argüição de nulidade da execução, com base no art. 618 do


estatuto processual civil, não requer a propositura da ação de
embargos à execução, sendo resolvida incidentalmente” (STJ, REsp.
3.079-SP, Rel. Min. CLÁUDIO SANTOS, ac. 14.08.90, in DJU
10.09.90, P. 9.126).

Assim, se estão ausentes os requisitos para o início da execução,


essa não pode prosseguir e deve de plano ser indeferida. E a
exigência de que se garanta primeiro o juízo para só então a
devedora alertar o juiz da inexistência de título líquido, certo e
exigível é formalidade que não pressupõe a existência da execução
válida. Se falta condição da ação, a execução não é válida e portanto
a argüição da nulidade processual não depende de qualquer
exigência formal já que deve mesmo ser declarada de ofício pela
autoridade judiciária.

Em outros termos: “... na defesa do executado há exceções prévias,


lato sensu, que afastam a legitimidade da própria penhora, já que
esta, como é notório, pressupõe a executividade do título. Se o título
não for exequível não tem sentido a penhora, desaparece seu
fundamento lógico e jurídico. O mesmo há de dizer-se, com mais
razão, se o título for falso. Será iniquidade absurda, que o direito e o
bom senso não poderá acolher, se, em tal hipótese, se impusesse à
defesa o grave ônus da penhora” (GALENO LACERDA, ob. cit., p.
171).

Em suma: o que a doutrina exige para utilização da exceção de pré


executividade é : a) “que se trate de matéria ligada à admissibilidade
da execução, e seja, portanto, conhecível de ofício e a qualquer
tempo”; e b) que ocorra “perceptibilidade prima facie, ou seja, “toda
vez que for possível ao juiz detectar a existência de vício que
inviabilize a execução a partir do próprio material constante do
processo, com o qual o credor, aliás, instrui a execução” (TERESA
ARRUDA ALVIM WAMBIER e LUIZ RODRIGUES WAMBIER, ob.
cit., p. 411).

Com fulcro na orientação doutrinária e pretoriana, os agravantes, em


simples petição nos autos da execução contra eles ajuizada,
argüiram a sua nulidade por falta de título executivo, nos termos dos
artigos 586 e 618 ambos do Estatuto Processual. Não se pretendeu
instaurar um procedimento de exceção em sentido técnico
processual, nos termos do artigo 305 do Código de Processo Civil.
Apenas um incidente interno nos próprios autos do processo em
curso, para argüir nulidade (art. 618 do CPC).
Sendo a argüição dos agravantes de nulidade por falta de título
executivo, e tendo os mesmos provado a inexistência jurídica do
título com o simples cotejo entre os documentos juntados pelo credor
e a narrativa dos fatos na inicial de execução, nenhum óbice legal
há ao meio processual escolhido pelos recorrentes, pois trata-se de
ausência de um dos requisitos ou condições da ação de execução,
reconhecível inclusive ex officio (CPC, art. 267, § 3º).

Destarte, a alegação de violação ao artigo 618, em petição que


deveria ter sido juntada aos autos de execução e não em autos
apartados, de maneira alguma constitui litigância de má-fé. O uso
regular de um meio processual, ainda que entenda o julgador não ter
o peticionário direito à pretensão invocada, não configura jamais
abuso ou litigância de má-fé, mas simples e regular exercício da
ampla defesa constitucionalmente assegurada. O incidente
instaurado pelos agravante é amparado não só em lições
doutrinárias, mas também em orientações pretorianas das mais altas
Cortes do País.

A propósito, o Superior Tribunal de Justiça já consignou que “não


caracteriza má-fé a litigância só porque a parte emprestou a
determinado dispositivo de lei ou a certo julgado uma interpretação
diversa da que neles efetivamente contida ou desafeiçoada ao
entendimento que lhe dá o juízo” (STJ, 1a. T., REsp. 21.185-6-SP,
Rel. Min. CESAR ROCHA, ac. 27.10.93, DJU 22.11.93, p. 24.898).

O credor, sim, foi que ao promover a execução sem título executivo,


indubitavelmente, agiu de forma maldosa e temerária, causando
dano aos agravantes, pois sabidamente utilizou-se de cambial sem
validade jurídica e envolveu, em um processo executivo, pessoas
que nenhuma vínculo têm com a dívida exeqüenda.

DA INEXISTÊNCIA JURÍDICA DA CAMBIAL EXCUTIDA


No caso vertente, o exeqüente aforou a presente ação executiva
tendo como base uma nota promissória emitida em 01.08.84
vinculada ao contrato de abertura de crédito nº ... celebrado naquela
mesma data, o qual sofreu posteriormente diversos aditamentos,
tudo conforme consta, de maneira expressa, da própria petição
inicial.

Não obstante ter o credor lastreado sua pretensão em uma nota


promissória, documento em tese com poder executivo, esta, in casu,
não apresenta os requisitos necessários de um título executivo,
quais sejam liquidez, certeza e exigibilidade.

Observa HUMBERTO THEODORO JÚNIOR que “para que o título


tenha essa força executiva não basta sua denominação legal. É
indispensável que, por seu conteúdo, se revele um título certo,
líquido e exigível, como dispõe textualmente o art. 586 do nosso
Código de Processo Civil. Só assim terá o órgão judicial elementos
prévios que lhe assegurem a abertura da atividade executiva, em
situação de completa definição da existência e dos limites objetivos e
subjetivos do direito a realizar” (ob. cit., p. 33).

A nota promissória apresentada pelo credor há muito perdeu sua


existência jurídica. Como o próprio exeqüente afirmou, o título de
crédito ajuizado foi emitido como garantia de adimplemento do
contrato de abertura de crédito celebrado em 01.08.84 (fls. 04 da
inicial). Naquela ocasião, o peticionário varão era cotista da empresa
emitente da cártula, motivo pelo qual prestou-lhe a garantia de aval.

Através de dito instrumento contratual, o credor concedeu à S. L. um


crédito em conta corrente até o limite de CR$ 259.000.000,00
(duzentos e cinqüenta e nove milhões de cruzeiros), equivalente,
naquela data, a 17.716 ORTN (cláusula ... - fls. ...).
Tal crédito rotativo destinava-se a aquisição de veículos fabricados
pela F. A. S.A. e revendidos pela mutuária (cláusula ...). Ajustou-se
ainda que devido ao caráter rotativo do crédito aberto, obrigava-se a
“concessionária a restituir à financeira, no ato da revenda ao
consumidor final, ou na utilização para uso próprio, dos veículos
FIAT adquiridos com os recursos mutuados - a importâncias dos
mesmos.” (cláusula ...- fls. ...).

Na cláusula ... intitulada “das garantias”, os contratantes


estabeleceram que para garantia do crédito concedido e de todas as
responsabilidades principais e/ou acessórias assumidas pela
Concessionária naquele contrato, esta entregava a Financeira um
nota promissória emitida pela devedora a favor da credora
correspondente a 21.259 ORTN e avalizadas pelos sr. G. L. M., N.
R., A. M. , M. S., T. G., S. N., M. S. P. R., R. C., E. G. S. e L. S. T.
(Cláusula ... - fls. ...).

O título de crédito foi emitido com o montante da importância devida


em branco, porém, constou no verso deste que a nota promissória
estava vinculada ao contrato de Abertura de Crédito nº ..., estando
seu valor previsto na Cláusula ... (fls. ...). Assim, os avalistas
assumiram a responsabilidade de garantirem o pagamento de
21.259 ORTN, conforme expressamente avençado.

No entanto, em 09.06.89, a concessionária e a financeira firmaram


um aditamento ao contrato de abertura de crédito em conta corrente
nº ..., o qual alterou as cláusulas ... e itens ..., justamente porque já
não eram os mesmos os sócios da empresa revendedora.

Dentre as cláusulas revogadas, encontrava-se a ... que regulava as


garantias da operação e dava existência jurídica ao título de crédito
ora executado. Dita cláusula, contudo, passou a vigorar com nova
redação, prevendo, inclusive, como garantia do crédito cedido outra
nota promissória, agora, com valor diverso do inicialmente ajustado e
tendo como avalistas não mais aqueles estabelecidos na cláusula
modificada. (fls. ...). O peticionário varão e sua mulher não figuraram
nem no aditivo nem no novo título cambial, justamente porque já não
era mais sócio da empresa.

Posteriormente, esta mesma cláusula sofreu outras alterações, em


02.10.92, 16.08.93, 20.04.93 e 26.07.94, uma vez que tratando-se
de crédito rotativo, o valor deste modificava-se, exigindo assim a
emissão de novos títulos de crédito e cancelamento dos anteriores,
como se deu com a nota promissória ora executada. E em nenhum
dos aditivos firmados posteriormente, o agravantes participaram seja
como avalistas ou como devedores principais, pela mesma razão já
apontada (isto é, não integravam mais a sociedade).

Os aditamentos firmados pelos contratantes, por isso mesmo, não


deixam margem a dúvida de que a intenção negocial era a de
cancelar e substituir a cambial que originariamente garantia a
operação, emitindo uma nova cártula com valor e signatários
diferentes. Tanto isto é verdade que consta nestes instrumentos,
disposição expressa das partes em ratificar apenas as cláusulas que
não tinham sido alteradas por aquele termo adicional (fls. ...).

O propósito das partes, portanto, foi claro, posto que ao mesmo


tempo que introduziram elementos novos no ajuste primitivo,
confirmaram também sua existência e validade, em tudo aquilo que
não sofreu alteração.

A exeqüente, agora, ao tentar cobrar uma dívida atual com base em


título já revogado e substituído, está desprezando o acordo de
vontades celebrado entre os contratantes. Como se sabe, aditivo
contratual tem a natureza de completar ou modificar disposições do
contrato.
Ensina ORLANDO GOMES que os aditivos contratuais uma vez
formalizados, passam a integrar a convenção, adquirindo a mesma
força do contrato complementado. (Ob. cit., n. 9, p. 21)

Se se trata de aditivo elaborado como de re-ratificação, tem


logicamente uma missão modificativa do relacionamento das partes,
e desde que tenham anuído todos os interessados com a nova
declaração de vontade, a anterior perdeu o seu valor jurídico, deixou,
portanto, de ter força obrigatória e vinculante, em tudo o que nela
interferiu o aditamento.

In casu, os aditivos tiveram o explicito objetivo de modificar o


documento primitivo e, com isto desobrigar os avalistas da nota
promissória inicial, posto que desligados da empresa emitente, e
criar uma nova cambial com outros co-obrigados.

A execução, destarte, é nula, vez que o documento no qual se


baseou o exeqüente para buscar seu crédito não é mais título
líquido, certo e exigível. Consta expressamente na nota promissória
sub examine sua vinculação ao contrato nº ..., todavia a cláusula
contratual que dava suporte a sua existência jurídica foi revogada
pelas partes, no aditivo de re-ratificação já aludido, passando a
vigorar com nova redação e estipulando inclusive a emissão de outra
cambial, de valor e coobrigados diversos daqueles que figuravam no
título anterior.

DO PREENCHIMENTO ABUSIVO

Sem muito esforço, verifica-se que, para a presente execução, o


Banco credor faz uso abusivo de documento velho de seu arquivo,
sem atualidade e sem nexo jurídico com o contrato que instruí a
inicial, em sua força contemporânea.
A má-fé do exeqüente é ainda mais gritante, quando se observa que
o valor constante na cambial excutida não é aquele que os avalistas
se obrigaram, mas sim o valor do crédito concedido pela financeira à
concessionária, a partir de abril de 1995, consoante se depreende do
demonstrativo de débito de fls. ....

Pretende a financeira, em flagrante desrespeito ao ordenamento


jurídico, receber dos avalistas signatários desta petição débitos
assumidos pela avalizada no ano de 1995, quando estes não mais
garantiam suas operações de crédito rotativo a qualquer título.

Não bastasse a exeqüente utilizar-se de nota promissória que já


perdeu sua força jurídica, uma vez que a relação jurídica que a
sustentava não existe mais, esta, sem esconder sua intenção ilícita,
preencheu maliciosamente a cambial com a importância de seu
crédito atual.

Em outras palavras, não nega a financeira que a cambial foi emitida


em 01.08.84, com vencimento à vista. No entanto, completou o
campo destinado à importância do título constando o valor de
seiscentos setenta mil, cento e sessenta um reais e cinqüenta e seis
centavos.

Acontece que, no ano de 1984, a moeda nacional era o cruzeiro e


não o real. Como, então, explicar a exeqüente que o crédito previsto
na cambial excutida esteja em real? Ademais, a importância pela a
qual os avalistas se obrigaram era de 21.259 ORTN, que atualizada
corresponde à R$ 126.282 aproximadamente e nunca ao valor,
abusivamente preenchido pela credora, de R$ 670.161,56.

O montante cobrado, não há dúvida, corresponde à dívida atual da


concessionária, assumida no último aditivo contratual, datado de
26.07.94 (fls. ...), alteração de que os peticionários sequer
participaram, pois há muitos anos deixaram de ser sócios da
empresa e desde então não lhe deram aval algum.

É inquestionável que a financeira busca o adimplemento da


obrigação assumida em 1994 e não aquela prevista no contrato
primitivo. O presente feito tem como parte passiva além dos avalista
constantes na cambial os Srs. C. N., C P N. P., L A S A, E N A e F N
A. Estas pessoas inicialmente não eram responsáveis cabiários
pelos créditos utilizados pela concessionárias e sequer assinaram a
nota promissória executada, somente, com a exclusão daqueles
avalistas constantes no título de fls. ..., ou seja, a partir da
celebração do primeiro termo aditivo foi que estes assumiram a
posição de avalistas e devedores solidários.

Assim, resta caraterizada a conduta processual temerária não dos


agravantes, mas sim da financeira. Isto porque, usa de uma nota
promissória extinta para tentar receber crédito cedido a
concessionária a partir de 1994. E não hesita em chamar à lide não
só aqueles que não mais respondem pelas dívidas da devedora,
como os que realmente são seus avalistas e devedores solidários,
de acordo com o contrato atualmente em vigor, ajustado entre as
partes.

A possibilidade da credora de ver adimplida a obrigação assumida


pela concessionária e seus reais avalistas, mesmo através da
execução forçada, é ínfima, já que a devedora encontra-se em
situação falimentar. Face à insolvência patrimonial daqueles que
atualmente garantem as operações realizadas pela devedora, a
financeira procurou outros meios de receber, a qualquer custo, seu
crédito. É evidente que a mutuária tendo em seu poder uma cambial
revogada e assinada parcialmente em branco, lançou mão desta
para tentar, de maneira espúria, a satisfação que lhe era devida.
Ampliou, com isso, ilicitamente não só o leque passivo da ação
executiva, mas também o patrimônio a executar.
É de notar, por último, que a cambial abusivamente utilizada pelo
credor, nestes autos, além de não mais estar vinculada ao contrato
de crédito rotativo, está irremediavelmente prescrita, pois foi emitida
em 1984, com vencimento à vista (Lei Uniforme, art. 70).

DO PEDIDO

À vista de tudo quanto se exp ôs, pedem os agravantes que seja


provido o presente recurso para que:

a) em primeiro lugar e em qualquer hipótese, seja cassada a r.


decisão no tocante a condenação dos agravantes, por litigância de
má fé, por ser absolutamente insustentável a imputação de ofensa a
arts. 17 e 18 do CPC;

b) em segundo lugar, seja reformada a mesma decisão para declarar


nula a execução por falta de título líquido, certo e exigível, nos
termos do art. 618 do CPC, no que diz respeito aos coobrigados
J.T.G. e V.L.S.T.G.;

c) entretanto, se entenderem V. Exas. não ser possível, desde logo,


o reconhecimento da nulidade da execução, sem que o juiz de
primeiro grau tenha se pronunciado acerca da matéria, pede-se, pelo
princípio da eventualidade, seja cassada a v. decisão e retornados
os autos à comarca de origem para que o Juiz a quo conheça e
aprecie o pedido de ausência de título líquido, certo e exigível
formulado pelos recorrentes;

d) por fim, sendo gritante o abuso de direito, no uso temerário de


documento indevido, falseando a força e alcance de seu atual
contrato, deve ao Banco credor ser imposta a pena de litigância de
má fé, sem prejuízo de sua condenação às verbas da sucumbência
(custas e honorários dos signatários) (CPC, arts. 17, 18 e 574).
São os seguintes os advogados das partes:

Agravantes: Nome e Endereço

Agravado: Nome e Endereço

Nestes termos, j.a.,


Pedem deferimento.

Belo Horizonte, 28 de julho de 1998.

Advogado
Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro
DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 04 DE SETEMBRO DE 1942

Com as alterações introduzidas pela Lei nº 3.238, de 1º de agosto de 1957

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da


Constituição, decreta:
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
§ 1º. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.
§ 2º. A vigência das leis, que os Governos Estaduais elaborem por autorização
do Governo Federal, depende da aprovação deste e começará no prazo que a
legislação estadual fixar.
§ 3º. Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto,
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a
correr da nova publicação.
§ 4º. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Art. 2º. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a
modifique ou revogue.
§ 1º. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando
seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava
a lei anterior.
§ 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3º. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei
revogadora perdido a vigência.
Art. 3º. Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Art. 4º. Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia,
os costumes e os princípios gerais de direito.
Art. 5º. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e
às exigências do bem comum.
Art. 6º. A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
§ 1º. Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao
tempo em que se efetuou.
§ 2º. Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por
ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo prefixo,
ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
§ 3º. Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não

LAWBOOK EDITORA
caiba recurso. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 3.238, de 01.08.1957)
Art. 7º. A lei do país em que for domiciliada a pessoa determina as regras sobre
o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 1º. Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto
aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
§ 2º. O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. (Redação dada ao
parágrafo pela Lei nº 3.238, de 01.08.1957)
§ 3º. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do
matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.
§ 4º. O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que
tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, à do primeiro domicílio
conjugal.
§ 5º. O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante
expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto
de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial
de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente
registro. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
§ 6º. O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem
brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de três anos da data da
sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo,
caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições
estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no País. O Supremo
Tribunal Federal, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a
requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação
de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a
produzir todos os efeitos legais. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 6.515, de
26.12.1977)
§ 7º. Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe de família estende-se ao
outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos
incapazes sob sua guarda.
§ 8º. Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar
de sua residência ou naquele em que se encontre.
Art. 8º. Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes,
aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
§ 1º. Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos
bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
§ 2º. O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse
se encontre a coisa apenhada
Art. 9º. Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se
constituírem.
§ 1º. Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de
forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei
estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
§ 2º. A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que

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residir o proponente.
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que era
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a
situação dos bens.
§ 1º. A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela
lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os
represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
(Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 9.047, de 18.05.1995)
§ 2º. A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para
suceder.
Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as
sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem.
§ 1º. Não poderão, entretanto, ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos
antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando
sujeitas à lei brasileira.
§ 2º. Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer
natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de funções
públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou suscetíveis de
desapropriação.
§ 3º. Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios
necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.
Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu
domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 1º. Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a
imóveis situados no Brasil.
§ 2º. A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e
segundo a forma estabelecida pela lei brasileira, as diligências deprecadas por
autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das
diligências.
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele
vigorar quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais
brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca
prova do texto e da vigência.
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna
os seguintes requisitos:
a) haver sido proferida por juiz competente;
b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado a revelia;
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a
execução no lugar em que foi proferida;
d) estar traduzida por intérprete autorizado;
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. Não dependem de homologação as sentenças meramente

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declaratórias do estado das pessoas.
Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar a lei
estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer
remissão por ela feita a outra lei.
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer
declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a
soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares
brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de
tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiros
ou brasileiras nascidos no país da sede do consulado. (Redação dada ao artigo
pela a Lei nº 3.238, de 01.08.1957)
Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e
celebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de
setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais.
Parágrafo único. No caso em que a celebração desses atos tiver sido recusada
pelas autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mesmo Decreto-
lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro de 90 (noventa) dias
contados da data da publicação desta lei. (Artigo acrescentado pela Lei nº 3.238,
de 01.08.1957)
Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1942; 121º da Independência e 54º da
República.
GETÚLIO VARGAS.
Alexandre Marcondes Filho.
A. de Souza Costa.
Eurico Gaspar Dutra.
Henrique A. Guilhem.
João de M. Lima.
Oswaldo Aranha.
Apolônio Salles.
Gustavo Capanema.
J. P. Salgado Filho.

Código Civil Brasileiro


LEI Nº 3.071, DE 1º DE JANEIRO DE 1916

Corrigida pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15 de janeiro de 1919

PARTE GERAL
Disposição Preliminar

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Art. 1º. Este Código regula os direitos e obrigações de ordem privada
concernente às pessoas, aos bens e às suas relações.

LIVRO I
DAS PESSOAS

TÍTULO I
DIVISÃO DAS PESSOAS

CAPÍTULO I
DAS PESSOAS NATURAIS

Art. 2º. Todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil.


Art. 3º. A lei não distingue entre nacionais e estrangeiros quanto à aquisição e ao
gozo dos direitos civis.
Art. 4º. A personalidade civil do homem começa do nascimento com vida; mas a
lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro.
Art. 5º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida
civil:
I - Os menores de 16 anos.
II - Os loucos de todo o gênero.
III - Os surdos-mudos, que não puderem exprimir a sua vontade.
IV - Os ausentes, declarados tais por ato do juiz.
Art. 6º. São incapazes, relativamente a certos atos (artigo 147, nº I), ou à
maneira de os exercer:
I - Os maiores de 16 e menores de 21 anos (artigos 154 a 156).
II - Os pródigos.
III - Os silvícolas.
Parágrafo único. Os silvícolas ficarão sujeitos ao regime tutelar, estabelecido em
leis e regulamentos especiais, o qual cessará à medida que se forem adaptando à
civilização do país. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
Art. 7º. Supre-se a incapacidade, absoluta ou relativa, pelo modo instituído neste
Código, Parte Especial.
Art. 8º. Na proteção que o Código Civil confere aos incapazes não se
compreende o benefício de restituição.
Art. 9º. Aos vinte e um anos completos acaba a menoridade, ficando habilitado o
indivíduo para todos os atos da vida civil.
§ 1º. Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - Por concessão do pai, ou, se for morto, da mãe, e por sentença do juiz, ouvido

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o tutor, se o menor tiver dezoito anos cumpridos.
II - Pelo casamento.
III - Pelo exercício de emprego público efetivo.
IV - Pela colação de grau científico em curso de ensino superior.
V - Pelo estabelecimento civil ou comercial, com economia própria. (Antigo
parágrafo único renumerado pelo Decreto nº 20.330, de 27.08.1931)
§ 2º. Para efeito do alistamento e do sorteio militar cessará a incapacidade do
menor que houver completado 18 anos de idade. (Parágrafo acrescentado pelo
Decreto nº 20.330, de 27.08.1931) (Atualmente 17 anos, conforme a Lei nº 4.375,
de 17.08.1964)
Art. 10. A existência de pessoa natural termina com a morte. Presume-se esta,
quanto aos ausentes, nos casos dos artigos 481 e 482.
Art. 11. Se dois ou mais indivíduos faleceram na mesma ocasião, não se
podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-
ão simultaneamente mortos.
Art. 12. Serão inscritos em registro público:
I - Os nascimentos, casamentos, separações judiciais, divórcios e óbitos.
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
II - A emancipação por outorga do pai ou mãe, ou por sentença do juiz (artigo 9º,
parágrafo único, nº I).
III - A interdição dos loucos, dos surdos-mudos e dos pródigos.
IV - A sentença declaratória da ausência.
CAPÍTULO II
DAS PESSOAS JURÍDICAS

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 13. As pessoas jurídicas são de direito público interno, ou externo, e de
direito privado.
Art. 14. São pessoas jurídicas de direito público interno:
I - A União.
II - Cada um dos seus Estados e o Distrito Federal.
III - Cada um dos Municípios legalmente constituídos.
Art. 15. As pessoas jurídicas de direito público são civilmente responsáveis por
atos dos seus representantes que nessa qualidade causem danos a terceiros,
procedendo de modo contrário ao direito ou faltando a dever prescrito por lei,
salvo o direito regressivo contra os causadores do dano.
Art. 16. São pessoas jurídicas de direito privado:

I - As sociedades civis, religiosas, pias, morais, científicas ou literárias, as


associações de utilidade pública e as fundações.
II - As sociedades mercantis.

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III - Os partidos políticos. (Inciso acrescentado pela Lei nº 9.096, 19.09.1995)
§ 1º. As sociedades mencionadas no nº I só se poderão constituir por escrito,
lançado no registro geral (artigo 20, § 2º), e reger-se-ão pelo disposto a seu
respeito neste Código, Parte Especial.
§ 2º. As sociedades mercantis continuarão a reger-se pelo estatuído nas leis
comerciais.
§ 3º. Os partidos políticos reger-se-ão pelo disposto, no que lhes for aplicável,
nos artigos 17 a 22 deste Código e em lei específica. (Parágrafo acrescentado
pela Lei nº 9.096, de 19.09.1995)
Art. 17. As pessoas jurídicas serão representadas ativa e passivamente, nos
atos judiciais e extrajudiciais, por quem os respectivos estatutos designarem, ou
não o designando, pelos seus diretores.
SEÇÃO II
DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS
Art. 18. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a
inscrição dos seus contratos, atos constitutivos, estatutos ou compromissos no
seu registro peculiar, regulado por lei especial, ou com a autorização ou
aprovação do Governo, quando precisa.
Parágrafo único. Serão averbadas no registro as alterações que esses atos
sofrerem.
Art. 19. O registro declarará:
I - A denominação, os fins e a sede da associação ou fundação.
II - O modo por que se administra e representa ativa e passiva, judicial e
extrajudicialmente.
III - Se os estatutos, o contrato ou o compromisso são reformáveis no tocante à
administração, e de que modo.
IV - Se os membros respondem, ou não, subsidiariamente pelas obrigações
sociais.
V - As condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio
nesse caso.
SEÇÃO III
DAS SOCIEDADES OU ASSOCIAÇÕES CIVIS
Art. 20. As pessoas jurídicas têm existência distinta da dos seus membros.
§ 1º. Não se poderão constituir, sem prévia autorização, as sociedades, as
agências ou os estabelecimentos de seguros, montepio e caixas econômicas,
salvo as cooperativas e os sindicatos profissionais e agrícolas, legalmente
organizados.
Se tiverem de funcionar no Distrito Federal, ou em mais de um Estado, ou em
territórios não constituídos em Estados, a autorização será do Governo Federal;
se em um só Estado, do Governo deste.
§ 2º. As sociedades enumeradas no artigo 16, que, por falta de autorização ou de
registro, se não reputarem pessoas jurídicas, não poderão acionar a seus
membros, nem a terceiros; mas estes poderão responsabilizá-las por todos os

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seus atos.
Art. 21. Termina a existência da pessoa jurídica:

I - Pela sua dissolução, deliberada entre os seus membros, salvo o direito da


minoria e de terceiros.
II - Pela sua dissolução, quando a lei determine.
III - Pela sua dissolução em virtude de ato do Governo, que lhe casse a
autorização para funcionar, quando a pessoa jurídica incorra em atos opostos aos
seus fins ou nocivos ao bem público. (Redação dada ao inciso pelo Dec. Leg. nº
3.725, de 15.01.1919)
Art. 22. Extinguindo-se uma associação de intuitos não econômicos, cujos
estatutos não disponham quanto ao destino ulterior dos seus bens, e não tendo os
sócios adotado a tal respeito deliberação eficaz, devolver-se-á o patrimônio social
a um estabelecimento municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou
semelhantes.
Parágrafo único. Não havendo no Município ou no Estado, no Distrito Federal ou
no território ainda não constituído em Estado, em que a associação teve a sua
sede, estabelecimento nas condições indicadas, o patrimônio se devolverá à
Fazenda do Estado, à do Distrito Federal, ou à da União. (Redação dada ao
parágrafo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 23. Extinguindo-se uma sociedade de fins econômicos, o remanescente do
patrimônio social compartir-se-á entre sócios ou seus herdeiros.
SEÇÃO IV
DAS FUNDAÇÕES
Art. 24. Para criar uma fundação, far-lhe-á o seu instituidor, por escritura pública
ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que a
destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Art. 25. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens doados serão
convertidos em títulos da dívida pública, se outra coisa não dispuser o instituidor,
até que, aumentados com os rendimentos ou novas dotações, perfaçam capital
bastante.
Art. 26. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado, onde situadas.
§ 1º. Se estenderem a atividade a mais de um Estado, caberá em cada um deles
ao Ministério Público esse encargo.
§ 2º. Aplica-se ao Distrito Federal e aos territórios não constituídos em Estados o
aqui disposto quanto a estes.
Art. 27. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em
tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (artigo
24), os estatutos da fundação projetada, submetendo-os, em seguida, à
aprovação da autoridade competente.
Parágrafo único. Se esta lha denegar, supri-la-á o juiz competente no Estado, no
Distrito Federal ou nos territórios, com os recursos da lei.

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Art. 28. Para se poderem alterar os estatutos da fundação é mister:
I - Que a reforma seja deliberada pela maioria absoluta dos competentes para
gerir e representar a fundação.
II - Que não contrarie o fim desta.
III - Que seja aprovada pela autoridade competente.
Art. 29. A minoria vencida na modificação dos estatutos poderá, dentro em um
ano, promover-lhe a nulidade, recorrendo ao juiz competente, salvo o direito de
terceiros.
Art. 30. Verificado ser nociva, ou impossível, a mantença de uma fundação, ou
vencido o prazo de sua existência, o patrimônio, salvo disposição em contrário no
ato constitutivo, ou nos estatutos, será incorporado em outras fundações, que se
proponham a fins iguais ou semelhantes.
Parágrafo único. Esta verificação poderá ser promovida judicialmente pela
minoria de que trata o artigo 29, ou pelo Ministério Público.
TÍTULO II
DO DOMICÍLIO CIVIL

Art. 31. O domicílio civil da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo.
Art. 32. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências onde
alternadamente viva, ou vários centros de ocupações habituais, considerar-se-á
domicílio seu qualquer destes ou daquelas.
Art. 33. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência
habitual (artigo 32), ou empregue a vida em viagens, sem ponto central de
negócios, o lugar onde for encontrada.
Art. 34. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com intenção manifesta
de o mudar.
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa mudada
às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais
declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a
acompanharem.
Art. 35. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - Da União, o Distrito Federal.
II - Dos Estados, as respectivas capitais.
III - Do Município, o lugar onde funcione a administração municipal.
IV - Das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas
diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial nos seus
estatutos ou atos constitutivos.
§ 1º. Quando o direito pleiteado se originar de um fato ocorrido, ou de um ato
praticado, ou que deva produzir os seus efeitos, fora do Distrito Federal, a União

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será demandada na seção judicial em que o fato ocorreu, ou onde tiver sua sede a
autoridade de que o ato emanou, ou este tenha de ser executado.
§ 2º. Nos Estados, observar-se-á, quanto às causas de natureza local, oriundas
de fatos ocorridos, ou atos praticados por suas autoridades, ou dados à execução,
fora das capitais, o que dispuser a respectiva legislação.
§ 3º. Tendo a pessoa jurídica de direito privado diversos estabelecimentos em
lugares diferentes, cada um será considerado domicílio para os atos nele
praticados.
§ 4º. Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por
domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma
das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela
corresponder.
Art. 36. Os incapazes têm por domicílio o dos seus representantes.
Parágrafo único. A mulher casada tem por domicílio o do marido, salvo se estiver
desquitada (artigo 315), ou lhe competir a administração do casal (artigo 251).
Art. 37. Os funcionários públicos reputam-se domiciliados onde exercem as suas
funções, não sendo temporárias, periódicas ou de simples comissão, porque,
nestes casos, elas não operam mudança no domicílio anterior.
Art. 38. O domicílio do militar em serviço ativo é o lugar onde servir.
Parágrafo único. As pessoas com praça na armada têm o seu domicílio na
respectiva estação naval, ou na sede do emprego que estiver exercendo, em terra.
Art. 39. O domicílio dos oficiais e tripulantes da marinha mercante é o lugar onde
estiver matriculado o navio.
Art. 40. O preso, ou o desterrado, tem o domicílio no lugar onde cumpre a
sentença ou o desterro (artigo 80, § 2º, II, da Constituição Federal).
Art. 41. O ministro ou agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro,
alegar exterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá
ser demandado do Distrito Federal ou no último ponto do território brasileiro onde
o teve.
Art. 42. Nos contratos escritos poderão os contraentes especificar domicílio onde
se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes.

LIVRO II
DOS BENS

TÍTULO ÚNICO
DAS DIFERENTES CLASSES DE BENS

CAPÍTULO I
DOS BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS

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SEÇÃO I
DOS BENS IMÓVEIS
Art. 43. São bens imóveis:
I - O solo com a sua superfície, os seus acessórios e adjacências naturais,
compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo.
II - Tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, como a semente
lançada à terra, os edifícios e construções, de modo que se não possa retirar sem
destruição, modificação, fratura ou dano.
III - Tudo quanto no imóvel o proprietário mantiver intencionalmente empregado
em sua exploração industrial, aformoseamento ou comodidade.
Art. 44. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
I - Os direitos reais sobre imóveis, inclusive o penhor agrícola, e as ações que os
asseguram.
II - As apólices da dívida pública oneradas com a cláusula de inalienabilidade.
III - O direito à sucessão aberta.
Art. 45. Os bens de que trata o artigo 43, nº III, podem ser, em qualquer tempo,
mobilizados.
Art. 46. Não perdem o caráter de imóveis os materiais provisoriamente
separados de um prédio, para nele mesmo se reempregarem.
SEÇÃO II
DOS BENS MÓVEIS
Art. 47. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção
por força alheia.
Art. 48. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes.
II - Os direitos de obrigação e as ações respectivas.
III - Os direitos de autor.
Art. 49. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem
empregados, conservam a sua qualidade de móveis. Readquirem essa qualidade
os provenientes da demolição de algum prédio.
SEÇÃO III
DAS COISAS FUNGÍVEIS E CONSUMÍVEIS
Art. 50. São fungíveis os móveis que podem, e não fungíveis os que não podem
substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Art. 51. São consumíveis os bens móveis, cujo uso importa destruição imediata
da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à
alienação.
SEÇÃO IV
DAS COISAS DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS

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Art. 52. Coisas divisíveis são as que se podem partir em porções reais e
distintas, formando cada qual um todo perfeito.
Art. 53. São indivisíveis:
I - Os bens que se não podem partir sem alteração na sua substância.
II - Os que, embora naturalmente divisíveis, se consideram indivisíveis por lei, ou
vontade das partes.
SEÇÃO V
DAS COISAS SINGULARES E COLETIVAS
Art. 54. As coisas simples ou compostas, materiais ou imateriais, são singulares
ou coletivas:
I - Singulares, quando, embora reunidas, se consideram de per si,
independentemente das demais.
II - Coletivas, ou universais, quando se encaram agregadas em todo.
Art. 55. Nas coisas coletivas, em desaparecendo todos os indivíduos, menos um,
se tem por extinta a coletividade.
Art. 56. Na coletividade, fica sub-rogado ao indivíduo o respectivo valor, e vice-
versa.
Art. 57. O patrimônio e a herança constituem coisas universais, ou
universalidades, e como tais subsistem, embora não constem de objetos
materiais.
CAPÍTULO II
DOS BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS

Art. 58. Principal é a coisa que existe sobre si, abstrata ou concretamente.
Acessória, aquela cuja existência supõe a da principal.
Art. 59. Salvo disposição especial em contrário, a coisa acessória segue a
principal.
Art. 60. Entram na classe das coisas acessórias os frutos, produtos e
rendimentos.
Art. 61. São acessórios do solo:
I - Os produtos orgânicos da superfície.
II - Os minerais contidos no subsolo. (O inciso IX do artigo 20 da CF, altera
implicitamente a redação deste inciso)
III - As obras de aderência permanente, feitas acima ou abaixo da superfície.
Art. 62. Também se consideram acessórias da coisa todas as benfeitorias,
qualquer que seja o seu valor, exceto:
I - A pintura em relação à tela.
II - A escultura em relação à matéria-prima.

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III - A escritura e outro qualquer trabalho gráfico, em relação à matéria-prima que
os recebe (artigo 614).
Art. 63. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1º. São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso
habitual da coisa, ainda que a tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2º. São úteis as que aumentam ou facilitam o uso da coisa.
§ 3º. São necessárias as que têm por fim conservar a coisa ou evitar que se
deteriore.
Art. 64. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos sobrevindos à coisa
sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.
CAPÍTULO III
DOS BENS PÚBLICOS E PARTICULARES

Art. 65. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes à União, aos
Estados ou aos Municípios. Todos os outros são particulares, seja qual for a
pessoa a que pertencerem.
Art. 66. Os bens públicos são:
I - Os de uso comum do povo, tais como os mares, rios, estradas, ruas e praças.
II - Os de uso especial, tais como os edifícios ou terrenos aplicados a serviço ou
estabelecimento federal, estadual ou municipal.
III - Os dominicais, isto é, os que constituem o patrimônio da União, dos Estados,
ou dos Municípios, como objeto de direito pessoal ou real de cada uma dessas
entidades.
Art. 67. Os bens de que trata o artigo antecedente só perderão a
inalienabilidade, que lhes é peculiar, nos casos e forma que a lei prescrever.
Art. 68. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído,
conforme as leis da União, dos Estados ou dos Municípios, a cuja administração
pertencerem.
CAPÍTULO IV
DAS COISAS QUE ESTÃO FORA DO COMÉRCIO

Art. 69. São coisas fora do comércio as insuscetíveis de apropriação e as


legalmente inalienáveis.
CAPÍTULO V
DO BEM DA FAMÍLIA

Art. 70. É permitido aos chefes de família destinar um prédio para domicílio
desta, com a cláusula de ficar isento de execução por dívidas, salvo as que
provierem de impostos relativos ao mesmo prédio.
Parágrafo único. Essa isenção durará enquanto viverem os cônjuges e até que

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os filhos completem sua maioridade.
Art. 71. Para o exercício desse direito é necessário que os instituidores no ato da
instituição não tenham dívidas, cujo pagamento possa por ele ser prejudicado.
Parágrafo único. A isenção se refere a dívidas posteriores ao ato, e não às
anteriores, se se verificar que a solução destas se tornou inexeqüível em virtude
do ato da instituição.
Art. 72. O prédio, nas condições acima ditas, não poderá ter outro destino, ou
ser alienado, sem o consentimento dos interessados e dos seus representantes
legais.
Art. 73. A instituição deverá constar de escritura pública transcrita no registro de
imóveis e publicada na imprensa local e, na falta desta, na da Capital do Estado.

LIVRO III
DOS FATOS JURÍDICOS

Disposições Preliminares
Art. 74. Na aquisição dos direitos se observarão estas regras:
I - Adquirem-se os direitos mediante ato do adquirente ou por intermédio de
outrem.
II - Pode uma pessoa adquiri-los para si, ou para terceiros.
III - Dizem-se atuais os direitos completamente adquiridos, e futuros os cuja
aquisição não se acabou de operar.
Parágrafo único. Chama-se deferido o direito futuro, quando sua aquisição pende
somente do arbítrio do sujeito; não deferido, quando se subordina a fatos ou
condições falíveis.
Art. 75. A todo o direito corresponde uma ação, que o assegura.
Art. 76. Para propor, ou contestar uma ação, é necessário ter legítimo interesse
econômico, ou moral.
Parágrafo único. O interesse moral só autoriza a ação quando toque diretamente
ao autor, ou à sua família.
Art. 77. Perece o direito, perecendo o seu objeto.
Art. 78. Entende-se que pereceu o objeto do direito:
I - quando perde as qualidades essenciais, ou o valor econômico.
II - quando se confunde com outro, de modo que se não possa distinguir.
III - quando fica em lugar de onde não pode ser retirado.
Art. 79. Se a coisa perecer por fato alheio à vontade do dono, terá este ação,
pelos prejuízos, contra o culpado.
Art. 80. A mesma ação de perdas e danos terá o dono contra aquele que,
incumbido de conservar a coisa, por negligência a deixe perecer; cabendo a este,
por sua vez, direito regressivo contra o terceiro culpado.

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TÍTULO I
DOS ATOS JURÍDICOS

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 81. Todo o ato lícito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar,
transferir, modificar ou extinguir direitos, se denomina ato jurídico.
Art. 82. A validade do ato jurídico requer agente capaz (artigo 145, nº I), objeto
lícito e forma prescrita ou não defesa em lei (artigos 129, 130 e 145).
Art. 83. A incapacidade de uma das partes não pode ser invocada pela outra em
proveito próprio, salvo se for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.
Art. 84. As pessoas absolutamente incapazes serão representadas pelos pais,
tutores, ou curadores em todos os atos jurídicos; as relativamente incapazes pelas
pessoas e nos atos que este Código determina.
Art. 85. Nas declarações de vontade se atenderá mais à sua intenção que ao
sentido literal da linguagem.
CAPÍTULO II
DOS DEFEITOS DOS ATOS JURÍDICOS

SEÇÃO I
DO ERRO OU IGNORÂNCIA
Art. 86. São anuláveis os atos jurídicos, quando as declarações de vontade
emanarem de erro substancial.
Art. 87. Considera-se erro substancial o que interessa à natureza do ato, o
objeto principal da declaração, ou alguma das qualidades a ele essenciais.
Art. 88. Tem-se igualmente por erro substancial o que disser respeito a
qualidades essenciais da pessoa, a quem se refira a declaração de vontade.
Art. 89. A transmissão errônea da vontade por instrumento, ou por interposta
pessoa, pode argüir-se de nulidade nos mesmos casos em que a declaração
direta.
Art. 90. Só vicia o ato a falsa causa, quando expressa como razão determinante
ou sob forma de condição.
Art. 91. O erro na indicação da pessoa, ou coisa, a que se referir a declaração
de vontade, não viciará o ato, quando por seu contexto e pelas circunstâncias, se
puder identificar a coisa ou pessoa cogitada.
SEÇÃO II

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DO DOLO
Art. 92. Os atos jurídicos são anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
Art. 93. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos. É acidental
o dolo, quando a seu despeito o ato se teria praticado, embora por outro modo.
Art. 94. Nos atos bilaterais o silêncio intencional de uma das partes a respeito de
fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa,
provando-se que sem ela se não teria celebrado o contrato.
Art. 95. Pode também ser anulado o ato por dolo de terceiro, se uma das partes
o soube.
Art. 96. O dolo do representante de uma das partes só obriga o representado a
responder civilmente até à importância do proveito que teve.
Art. 97. Se ambas as partes procederam com dolo, nenhuma pode alegá-lo, para
anular o ato, ou reclamar indenização.
SEÇÃO III
DA COAÇÃO
Art. 98. A coação, para viciar a manifestação da vontade, há de ser tal, que
incuta ao paciente fundado temor de dano à sua pessoa, à sua família, ou a seus
bens, iminente e igual, pelo menos, ao receável do ato extorquido.
Art. 99. No apreciar a coação, se terá em conta o sexo, a idade, a condição, a
saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias, que lhe
possam influir na gravidade.
Art. 100. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito,
nem o simples temor reverencial.
Art. 101. A coação vicia o ato, ainda quando exercida por terceiro.
§ 1º. Se a coação exercida por terceiro for previamente conhecida à parte, a
quem aproveite, responderá esta solidariamente com aquele por todas as perdas
e danos.
§ 2º. Se a parte prejudicada com a anulação do ato não soube da coação
exercida por terceiro, só este responderá pelas perdas e danos.
SEÇÃO IV
DA SIMULAÇÃO
Art. 102. Haverá simulação nos atos jurídicos em geral:

I - quando aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas das a


quem realmente se conferem, ou transmitem.
II - quando contiverem declaração, confissão, condição, ou cláusula não
verdadeira.
III - quando os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.

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Art. 103. A simulação não se considerará defeito em qualquer dos casos do
artigo antecedente, quando não houver intenção de prejudicar a terceiros, ou de
violar disposição de lei.
Art. 104. Tendo havido intuito de prejudicar a terceiros, ou infringir preceito de
lei, nada poderão alegar, ou requerer os contraentes em juízo quanto à simulação
do ato, em litígio de um contra o outro, ou contra terceiros.
Art. 105. Poderão demandar a nulidade dos atos simulados os terceiros lesados
pela simulação, ou os representantes do poder público, a bem da lei, ou da
fazenda.
SEÇÃO V
DA FRAUDE CONTRA CREDORES
Art. 106. Os atos de transmissão gratuita de bens, ou remissão de dívida,
quando os pratique o devedor já insolvente, ou por eles reduzidos à insolvência,
poderão ser anulados pelos credores quirografários como lesivos dos seus direitos
(artigo 109). (Redação dada ao caput pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Parágrafo único. Só os credores que já o eram ao tempo desses atos, podem
pleitear-lhes a anulação.
Art. 107. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor
insolvente, quando a insolvência for notória ou houver motivo para ser conhecida
do outro contraente.
Art. 108. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o
preço e este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em
juízo, com citação edital de todos os interessados.
Art. 109. A ação, nos casos dos artigos 106 e 107, poderá ser intentada contra o
devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada
fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé. (Redação
dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 110. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento
da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre
que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.
Art. 111. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as
garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor.
Art. 112. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem, os negócios ordinários
indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, agrícola, ou industrial
do devedor.
Art. 113. Anulados os atos fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em
proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores.
(Redação dada ao caput pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Parágrafo único. Se os atos revogados tinham por único objeto atribuir direitos

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preferenciais, mediante hipoteca, anticrese, ou penhor, sua nulidade importará
somente na anulação da preferência ajustada.
CAPÍTULO III
DAS MODALIDADES DOS ATOS JURÍDICOS

Art. 114. Considera-se condição a cláusula que subordina o efeito do ato jurídico
a evento futuro e incerto.
Art. 115. São lícitas, em geral, todas as condições, que a lei não vedar
expressamente. Entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo
efeito o ato, ou o sujeitarem ao arbítrio de uma das partes.
Art. 116. As condições fisicamente impossíveis, bem como as de não fazer coisa
impossível, têm-se por inexistentes. As juridicamente impossíveis invalidam os
atos a elas subordinados.
Art. 117. Não se considera condição a cláusula que não derive exclusivamente
da vontade das partes, mas decorra necessariamente da natureza do direito, a
que acede.
Art. 118. Subordinando-se a eficácia do ato à condição suspensiva, enquanto
esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.
Art. 119. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o
ato jurídico, podendo exercer-se desde o momento deste o direito por ele
estabelecido; mas, verificada a condição, para todos os efeitos, se extingue o
direito a que ela se opõe.
Parágrafo único. A condição resolutiva da obrigação pode ser expressa, ou
tácita; operando, no primeiro caso, de pleno direito, e por interpelação judicial, no
segundo.
Art. 120. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição, cujo
implemento for maliciosamente obstado pela parte, a quem desfavorecer.
Considera-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a
efeito por aquele, a quem aproveita o seu implemento.
Art. 121. Ao titular do direito eventual, no caso de condição suspensiva, é
permitido exercer os atos destinados a conservá-lo.
Art. 122. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e,
pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor,
realizada a condição, se com ela forem incompatíveis.
Art. 123. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.
Art. 124. Ao termo inicial se aplica o disposto, quanto à condição suspensiva,
nos artigos 121 e 122, e ao termo final, o disposto acerca da condição resolutiva
no artigo 119.
Art. 125. Salvo disposição em contrário, computam-se os prazos, excluindo o dia

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do começo, e incluindo o do vencimento.
§ 1º. Se este cair em dia feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o
seguinte dia útil.
§ 2º. Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia.
§ 3º. Considera-se mês o período sucessivo de trinta dias completos.
(Atualmente considera-se mês o período de tempo contado do dia do início ao dia
correspondente do mês seguinte, conforme a Lei nº 810, de 06.09.1949)
§ 4º. Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto.
Art. 126. Nos testamentos, o prazo se presume em favor do herdeiro, e, nos
contratos, em proveito do devedor, salvo quanto a esses, se do teor do
instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do
credor, ou de ambos os contraentes.
Art. 127. Os atos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a
execução tiver de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.
Art. 128. O encargo não suspende a aquisição, nem o exercício do direito, salvo
quando expressamente imposto no ato, pelo disponente, como condição
suspensiva.
CAPÍTULO IV
DA FORMA DOS ATOS JURÍDICOS E DA SUA PROVA

Art. 129. A validade das declarações de vontade não dependerá de forma


especial, senão quando a lei expressamente a exigir (artigo 82).
Art. 130. Não vale o ato que deixar de revestir a forma especial, determinada em
lei (artigo 82), salvo quando esta comine sanção diferente contra a preterição da
forma exigida.
Art. 131. As declarações constantes de documentos assinados presumem-se
verdadeiras em relação aos signatários.
Parágrafo único. Não tendo relação direta, porém, com as disposições principais,
ou com a legitimidade das partes, as declarações enunciativas não eximem os
interessados em sua veracidade do ônus de prová-las. (Redação dada ao
parágrafo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 132. A anuência, ou a autorização de outrem, necessária à validade de um
ato, provar-se-á do mesmo modo que este, e constará, sempre que ser possa, do
próprio instrumento.
Art. 133. No contrato celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento
público, este é da substância do ato.
Art. 134. É, outrossim, da substância do ato a escritura pública:
I - nos pactos antenupciais e nas adoções. (Redação dada ao inciso pelo
Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
II - nos contratos constitutivos ou translativos de direitos reais sobre imóveis de

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valor superior a Cr$ 50.000 (cinqüenta mil cruzeiros), excetuado o penhor agrícola.
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 7.104, de 20.06.1983)
§ 1º. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé
pública, fazendo prova plena, e, além de outros requisitos previstos em lei
especial, deve conter:
a) data e lugar de sua realização;
b) reconhecimento da identidade e capacidade das partes e de quantos hajam
comparecido ao ato;
c) nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio e residência das partes
e demais comparecentes, com a indicação, quando necessário, do regime de bens
do casamento, nome do cônjuge e filiação;
d) manifestação da vontade das partes e dos intervenientes;
e) declaração de ter sido lida às partes e demais comparecentes, ou de que
todos a leram;
f) assinatura das partes e dos demais comparecentes, bem como a do tabelião,
encerrando o ato. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 6.952, de 06.11.1981)
§ 2º. Se algum comparecente não puder ou não souber assinar, outra pessoa
capaz assinará por ele, a seu rogo. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 6.952, de
06.11.1981)
§ 3º. A escritura será redigida em língua nacional. (Parágrafo acrescentado pela
Lei nº 6.952, de 06.11.1981)
§ 4º. Se qualquer dos comparecentes não souber a língua nacional e o tabelião
não entender o idioma em que se expressa, deverá comparecer tradutor público
para servir de intérprete ou, não o havendo na localidade, outra pessoa capaz,
que, a juízo do tabelião, tenha idoneidade e conhecimentos bastantes. (Parágrafo
acrescentado pela Lei nº 6.952, de 06.11.1981)
§ 5º. Se algum dos comparecentes não for conhecido do tabelião, nem puder
identificar-se por documento, deverão participar do ato pelo menos 2 (duas)
testemunhas que o conheçam e atestem sua identidade. (Parágrafo acrescentado
pela Lei nº 6.952, de 06.11.1981)
§ 6º. O valor previsto no inciso II deste artigo será reajustado em janeiro de cada
ano, em função da variação nominal das Obrigações Reajustáveis do Tesouro
Nacional - ORTN. (Lei nº 6.423, de 17 de junho de 1977). (Parágrafo acrescentado
pela Lei nº 7.104, de 20.06.1983)
Art. 135. O instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado por
quem esteja na disposição e administração livre de seus bens, sendo subscrito por
duas testemunhas, prova as obrigações convencionais de qualquer valor. Mas os
seus efeitos, bem como os da cessão, não se operam, a respeito de terceiros
(artigo 1.067), antes de transcrito no registro público.
Parágrafo único. A prova do instrumento particular pode suprir-se pelas outras de
caráter legal.
Art. 136. Os atos jurídicos, a que se não impõe forma especial, poderão provar-
se mediante:
I - Confissão.
II - Atos processados em juízo.

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III - Documentos públicos ou particulares.
IV - Testemunhas.
V - Presunção.
VI - Exames e vistorias.
VII - Arbitramento.
Art. 137. Farão a mesma prova que os originais as certidões textuais de
qualquer peça judicial, do protocolo das audiências, ou de outro qualquer livro a
cargo do escrivão, sendo extraídas por ele, ou sob a sua vigilância, e por ele
subscritas, assim como os traslados de autos, quando por outro escrivão
concertados. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 138. Terão também a mesma força probante os traslados e as certidões
extraídas por oficial público, de instrumentos ou documentos lançados em suas
notas.
Art. 139. Os traslados, ainda que não concertados, e as certidões considerar-se-
ão instrumentos públicos, se os originais se houverem produzido em juízo como
prova de algum ato. (Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 140. Os escritos de obrigação redigidos em língua estrangeira serão, para
ter efeitos legais no país, vertidos em português.
Art. 141. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se
admite nos contratos cujo valor não passe de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros).
(Redação dada ao caput pela Lei nº 1.768, de 18.12.1952) (Revogado
implicitamente pelo artigo 401 do CPC)
Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do contrato, a prova testemunhal é
admissível como subsidiária ou complementar da prova por escrito.
Art. 142. Não podem ser admitidos como testemunhas:

I - Os loucos de todo o gênero.


II - Os cegos e surdos, quando a ciência do fato, que se quer provar, dependa
dos sentidos, que lhes faltam.
III - Os menores de dezesseis anos.
IV - O interessado no objeto do litígio, bem como o ascendente e o descendente,
ou o colateral, até o terceiro grau de alguma das partes, por consangüinidade, ou
afinidade.
V - Os cônjuges.
Art. 143. Os ascendentes por consangüinidade, ou afinidade, podem ser
admitidos como testemunhas em questões em que se trate de verificar o
nascimento, ou o óbito dos filhos.
Art. 144. Ninguém pode ser obrigado a depor de fatos, a cujo respeito, por
estado ou profissão, deva guardar segredo.
CAPÍTULO V

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DAS NULIDADES

Art. 145. É nulo o ato jurídico:


I - quando praticado por pessoa absolutamente incapaz (artigo 5º).
II - quando for ilícito, ou impossível, o seu objeto.
III - quando não revestir a forma prescrita em lei (artigo 82 e 130).
IV - quando for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a
sua validade.
V - quando a lei taxativamente o declarar nulo ou lhe negar efeito.
Art. 146. As nulidades do artigo antecedente podem ser alegadas por qualquer
interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.
Parágrafo único. Devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do ato ou
dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda
a requerimento das partes.
Art. 147. É anulável o ato jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente (artigo 6º).
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, simulação, ou fraude (artigos 86 a
113).
Art. 148. O ato anulável pode ser ratificado pelas partes, salvo direito de terceiro.

A ratificação retroage à data do ato.


Art. 149. O ato de ratificação deve conter a substância da obrigação ratificada e
a vontade expressa de ratificá-la.
Art. 150. É escusada a ratificação expressa, quando a obrigação já foi cumprida
em parte pelo devedor, ciente do vício que a inquinava.
Art. 151. A ratificação expressa, ou a execução voluntária da obrigação anulável,
nos termos dos artigos 148 a 150, importa renúncia a todas as ações, ou
exceções, de que dispusesse contra o ato o devedor.
Art. 152. As nulidades do artigo 147 não têm efeito antes de julgadas por
sentença, nem se pronunciam de ofício.
Só os interessados as podem alegar, e aproveitam exclusivamente aos que as
alegarem, salvo o caso de solidariedade, ou indivisibilidade.
Parágrafo único. A nulidade do instrumento não induz a do ato, sempre que este
puder provar-se por outro meio.
Art. 153. A nulidade parcial de um ato não o prejudicará na parte válida, se esta
for separável. A nulidade da obrigação principal implica a das obrigações
acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal.
Art. 154. As obrigações contraídas por menores entre 16 e 21 anos, são
anuláveis (artigos 6º e 84), quando resultem de atos por eles praticados:
I - Sem autorização de seus legítimos representantes (artigo 84).
II - Sem assistência do curador, que neles houvesse de intervir.

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Art. 155. O menor, entre 16 e 21 anos, não pode, para se eximir de uma
obrigação, invocar a sua idade, se dolosamente a ocultou, inquirido pela outra
parte, ou se, no ato de se obrigar, espontaneamente se declarou maior. (Redação
dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 156. O menor, entre 16 e 21 anos, equipara-se ao maior quanto às
obrigações resultantes de atos ilícitos, em que for culpado.
Art. 157. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a
um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele a importância paga.
Art. 158. Anulado o ato, restituir-se-ão as partes ao estado, em que antes dele
se achavam, e não sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o
equivalente.

TÍTULO II
DOS ATOS ILÍCITOS

Art. 159. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou


imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o
dano.
A verificação da culpa e a avaliação da responsabilidade regulam-se pelo disposto
neste Código, artigos 1.518 a 1.532 e 1.537 a 1.553. (Redação do disposto nesta
parte dada pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 160. Não constituem atos ilícitos:
I - Os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito
reconhecido.
II - A deterioração ou destruição da coisa alheia, a fim de remover perigo
iminente (artigos 1.519 a 1.520).
Parágrafo único. Neste último caso, o ato será legítimo, somente quando as
circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do
indispensável para a remoção do perigo.
TÍTULO III
DA PRESCRIÇÃO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 161. A renúncia da prescrição pode ser expressa, ou tácita, e só valerá,


sendo feita sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar.
Tácita é a renúncia, quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis
com a prescrição.
Art. 162. A prescrição pode ser alegada, em qualquer instância, pela parte a

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quem aproveita.
Art. 163. As pessoas jurídicas estão sujeitas aos efeitos da prescrição e podem
invocá-los sempre que lhes aproveitar.
Art. 164. As pessoas que a lei priva de administrar os próprios bens têm ação
regressiva contra os seus representantes legais, quando estes, por dolo, ou
negligência, derem causa à prescrição.
Art. 165. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu
herdeiro.
Art. 166. O juiz não pode conhecer da prescrição de direitos patrimoniais, se não
foi invocada pelas partes.
Art. 167. Com o principal prescrevem os direitos acessórios.
CAPÍTULO II
DAS CAUSAS QUE IMPEDEM OU SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO

Art. 168. Não corre a prescrição:

I - Entre cônjuges, na constância do matrimônio.


II - Entre ascendentes e descendentes, durante o pátrio poder.
III - Entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela
ou curatela.
IV - Em favor do credor pignoratício, do mandatário, e, em geral, das pessoas
que lhes são equiparadas, contra o depositante, o devedor, o mandante e as
pessoas representadas, os seus herdeiros, quanto ao direito e obrigações
relativas aos bens confiados à sua guarda.
Art. 169. Também não corre a prescrição:
I - Contra os incapazes de que trata o artigo 5º.
II - Contra os ausentes do Brasil em serviço público da União, dos Estados, ou
dos Municípios.
III - Contra os que se acharem servindo na armada e no exército nacionais, em
tempo de guerra.
Art. 170. Não corre igualmente:
I - Pendendo condição suspensiva.
II - Não estando vencido o prazo.
III - Pendendo ação de evicção.
Art. 171. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só
aproveitam os outros, se o objeto da obrigação for indivisível.
CAPÍTULO III
DAS CAUSAS QUE INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO

Art. 172. A prescrição interrompe-se:

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I - Pela citação pessoal feita ao devedor, ainda que ordenada por juiz
incompetente.
II - Pelo protesto, nas condições do número anterior.
III - Pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário, ou em
concurso de credores.
IV - Por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor.
V - Por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe
reconhecimento do direito pelo devedor.
Art. 173. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a
interrompeu, ou do último do processo para a interromper.
Art. 174. Em cada um dos casos do artigo 172, a interrupção pode ser
promovida:
I - Pelo próprio titular do direito em via de prescrição.
II - Por quem legalmente o represente.
III - Por terceiro que tenha legítimo interesse.
Art. 175. A prescrição não se interrompe com a citação nula por vício de forma,
por circunducta, ou por se achar perempta a instância, ou a ação.
Art. 176. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros.
Semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro,
não prejudica aos demais co-obrigados.
§ 1º. A interrupção, porém, aberta por um dos credores solidários aproveita aos
outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os
demais e seus herdeiros.
§ 2º. A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não
prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações
e direitos indivisíveis.
§ 3º. A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.
CAPÍTULO IV
DOS PRAZOS DA PRESCRIÇÃO

Art. 177. As ações pessoais prescrevem, ordinariamente, em vinte anos, as reais


em dez, entre presentes e, entre ausentes em quinze, contados da data em que
poderiam ter sido propostas. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 2.437, de
07.03.1955)
Art. 178. Prescreve:
§ 1º. Em dez dias, contados do casamento, a ação do marido para anular o
matrimônio contraído com a mulher já deflorada (artigos 218, 219, nº IV e 220).
§ 2º. Em quinze dias, contados da tradição da coisa, a ação para haver
abatimento do preço da coisa móvel, recebida com vício redibitório, ou para
rescindir o contrato e reaver o preço pago, mais perdas e danos. (Redação dada
pelo Dec. Leg. 3.725, de 15.01.1919)
§ 3º. Em dois meses, contados do nascimento, se era presente o marido, a ação

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para este contestar a legitimidade do filho de sua mulher (artigos 338 e 344).
§ 4º. Em três meses:
I - A mesma ação do parágrafo anterior, se o marido se achava ausente, ou lhe
ocultaram o nascimento, contado o prazo do dia de sua volta a casa conjugal, no
primeiro caso, e da data do conhecimento do fato, no segundo.
II - A ação do pai, tutor, ou curador para anular o casamento do filho, pupilo, ou
curatelado, contraído sem o consentimento daqueles, nem o seu suprimento pelo
juiz; contado o prazo do dia em que tiverem ciência do casamento (artigos 180, nº
III, 183, nº XI, 209 e 213).
§ 5º. Em seis meses:
I - A ação do cônjuge coato para anular o casamento; contado o prazo do dia em
que cessou a coação (artigos 183, nº IX e 209). (Revogado implicitamente pelo
Decreto nº 4.529, de 30.06.1942)
II - A ação para anular o casamento do incapaz de consentir, promovida por este,
quando se torne capaz, por seus representantes legais, ou pelos herdeiros;
contados o prazo do dia em que cessou a incapacidade, no primeiro caso, do
casamento, no segundo, e, no terceiro, da morte do incapaz, quando esta ocorra
durante a incapacidade (artigo 212).
III - A ação para anular o casamento da menor de 16 e do menor de 18 anos;
contado o prazo do dia em que o menor perfez essa idade, se a ação for por ele
movida, e da data do matrimônio, quando o for por seus representantes legais
(artigo 213 a 216) ou pelos parentes designados no artigo 190. (Redação dada ao
inciso pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
IV - A ação para haver o abatimento do preço da coisa imóvel, recebida com
vício redibitório, ou para rescindir o contrato comutativo, e haver o preço pago,
mais perdas e danos, contado o prazo da tradição da coisa. (Redação dada ao
inciso pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
V - A ação dos hospedeiros, estalajadeiros ou fornecedores de víveres
destinados ao consumo no próprio estabelecimento, pelo preço da hospedagem
ou dos alimentos fornecidos; contado o prazo do último pagamento.
§ 6º. Em um ano:
I - A ação do doador para revogar a doação; contado o prazo do dia em que
souber do fato, que o autoriza a revogá-la (artigo 1.181 a 1.187).
II - A ação do segurado contra o segurador e vice-versa, se o fato que o autoriza
se verificar no país; contado o prazo do dia em que o interessado tiver
conhecimento do mesmo fato (artigo 178, § 7º, nº V).
III - A ação do filho, para desobrigar e reivindicar os imóveis de sua propriedade,
alienados ou gravados pelo pai fora dos casos expressamente legais; contado o
prazo do dia em que chegar à maioridade (artigos 386 e 388, nº I).
IV - A ação dos herdeiros do filho, no caso do número anterior, contando-se o
prazo do dia do falecimento, se o filho morreu menor, e bem assim a de seu
representante legal, se o pai decaiu do pátrio poder, correndo o prazo da data em
que houver decaído (artigo 386 e 388, nºs. II e III).
V - A ação de nulidade da partilha; contado o prazo da data em que a sentença
da partilha passou em julgado (artigo 1.805). (Redação dada ao inciso pelo artigo
1.029 do CPC)
VI - A ação dos professores, mestres ou repetidores de ciência, literatura, ou

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arte, pelas lições que derem, pagáveis por períodos não excedentes a um mês;
contados o prazo do termo de cada período vencido.
VII - A ação dos donos de casa de pensão, educação, ou ensino, pelas
prestações dos seus pensionistas, alunos ou aprendizes; contado o prazo do
vencimento de cada uma.
VIII - A ação dos tabeliães e outros oficiais do juízo, porteiros do auditório e
escrivães, pelas custas dos atos que praticarem; contado o prazo da data
daqueles por que elas se deverem.
IX - A ação dos médicos, cirurgiões ou farmacêuticos, por suas visitas,
operações ou medicamentos; contado o prazo da data do último serviço prestado.
X - A ação dos advogados, solicitadores, curadores, peritos e procuradores
judiciais, para o pagamento de seus honorários; contado o prazo do vencimento
do contrato, da decisão final do processo, ou da revogação do mandato.
(Revogado pela nº Lei 8.906/94, Estatuto da Advocacia, artigo 25, que dá prazo de
5 anos para a prescrição)
XI - A ação do proprietário do prédio desfalcado contra o do prédio aumentado
pela avulsão, nos termos do artigo 541; contado do dia, em que ela ocorreu, o
prazo prescribente.
XII - A ação dos herdeiros do filho para prova da legitimidade da filiação; contado
o prazo da data do seu falecimento se houver morrido ainda menor ou incapaz.
(Revogado pela nº Lei 8.906/94, Estatuto da Advocacia, artigo 25, que dá prazo de
5 anos para a prescrição)
XIII - A ação do adotado para se desligar da adoção, realizada quando ele era
menor ou se achava interdito; contado o prazo do dia em que cessar a
menoridade ou a interdição.
§ 7º. Em dois anos:
I - A ação do cônjuge para anular o casamento nos casos do artigo 219, nºs I, II e
III; contado o prazo da data da celebração do casamento; e da data da execução
deste Código para os casamentos anteriormente celebrados.
II - A ação dos credores por dívida inferior a cem mil réis, salvo as contempladas
nos nºs. VI a VIII do parágrafo anterior; contado o prazo do vencimento respectivo,
se estiver prefixado, e, no caso contrário, do dia em que foi contraída.
III - A ação dos professores, mestres e repetidores de ciência, literatura ou arte,
cujos honorários sejam estipulados em prestações correspondentes a períodos
maiores de um mês; contado o prazo do vencimento da última prestação.
IV - A ação dos engenheiros, arquitetos, agrimensores e estereômetras, por seus
honorários; contado o prazo do termo dos seus trabalhos.
V - A ação do segurado contra o segurador e, vice-versa, se o fato que a autoriza
se verificar fora do Brasil; contado o prazo do dia em que desse fato soube o
interessado (artigo 178, § 6º, nº II).
VI - A ação do cônjuge ou seus herdeiros necessários para anular a doação feita
pelo cônjuge adúltero ao seu cúmplice; contado o prazo da dissolução da
sociedade conjugal (artigo 1.177). (Redação dada ao inciso pelo Decreto
Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
VII - A ação do marido ou dos seus herdeiros, para anular atos da mulher,
praticados sem o seu consentimento, ou sem o suprimento do juiz; contado o
prazo do dia em que se dissolver a sociedade conjugal (artigos 252 e 315).

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(Redação dada ao inciso pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
§ 8º. Em três anos:
A ação do vendedor para resgatar o imóvel vendido; contado o prazo da data da
escritura, quando se não fixou no contrato menor (artigo 1.141).
§ 9º. Em quatro anos:
I - Contados da dissolução da sociedade conjugal, a ação da mulher para:
a) desobrigar ou reivindicar os imóveis do casal, quando o marido os gravou, ou
alienou sem outorga uxória, ou suprimento dela pelo juiz (artigo 235 e 237);
b) anular as fianças prestadas e as doações feitas pelo marido fora dos casos
legais (artigos 235, nºs. III e IV, e 236); (Redação dada à alínea pelo Decreto
Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
c) reaver do marido o dote (artigo 300), ou os outros bens seus, confiados à
administração marital (artigos 233, nº II, 263, nºs. VIII e IX, 269, 289, nº I, 300 e
311, nº III).
II - A ação dos herdeiros da mulher, nos casos das letras a, b e c do número
anterior, quando ela faleceu, sem propor a que ali se lhe assegura; contando o
prazo da data do falecimento (artigos 239, 295, nº II, 300 e 311, nº III).
III - A ação da mulher ou seus herdeiros para desobrigar ou reivindicar os bens
dotais alienados ou gravados pelo marido; contado o prazo da dissolução da
sociedade conjugal (artigo 293 a 296).
IV - A ação do interessado em pleitear a exclusão do herdeiro (artigos 1.595 e
1.596), ou provar a causa da sua deserdação (artigos 1.714 a 1.745), e bem assim
a ação do deserdado para a impugnar; contado o prazo da abertura da sucessão.
V - A ação de anular ou rescindir os contratos, para a qual não se tenha
estabelecido menor prazo; contado este:
a) no caso de coação, do dia em que ela cessar;
b) no de erro, dolo, simulação ou fraude, no dia em que se realizar o ato ou o
contrato;
c) quanto aos atos dos incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
VI - A ação do filho natural para impugnar o reconhecimento; contado o prazo do
dia em que atingir a maioridade ou se emancipar. (Inciso acrescentado pelo
Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
§ 10. Em cinco anos:
I - As prestações de pensões alimentícias.
II - As prestações de rendas temporárias ou vitalícias.
III - Os juros, ou quaisquer outras prestações acessórias pagáveis anualmente,
ou em períodos mais curtos.
IV - Os alugueres de prédio rústico ou urbano.
V - A ação dos serviçais, operários e jornaleiros, pelo pagamento dos seus
salários. (Inciso alterado implicitamente pelo inciso XXIX do artigo 7º da CF/88)
VI - As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, e bem assim
toda e qualquer ação contra a Fazenda Federal, Estadual ou Municipal; devendo o
prazo da prescrição correr da data do ato ou fato do qual se originar a mesma
ação. (Revogado implicitamente pelo Decreto-Lei nº 4.597, de 19.08.1942)
VII - A ação civil por ofensa a direitos de autor; contado o prazo da data da
contrafação. (Revogado implicitamente pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998)
VIII - O direito de propor a ação rescisória. (Revogado implicitamente pelo artigo

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495 do CPC)
IX - A ação por ofensa ou dano causados ao direito de propriedade; contado o
prazo da data em que se deu a mesma ofensa ou dano.
Art. 179. Os casos de prescrição não previstos neste Código serão regulados,
quanto ao prazo, pelo artigo 177.

PARTE ESPECIAL

LIVRO I
DO DIREITO DE FAMÍLIA

TÍTULO I
DO CASAMENTO

CAPÍTULO I
DAS FORMALIDADES PRELIMINARES

Art. 180. A habilitação para casamento faz-se perante o oficial do Registro Civil,
apresentando-se os seguintes documentos:
I - Certidão de idade ou prova equivalente.
II - Declaração do estado, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de
seus pais, se forem conhecidos.
III - Autorização das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato
judicial que a supra (artigo 183, nº XI, 188 e 196).
IV - Declaração de duas testemunhas maiores, parentes, ou estranhos, que
atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento, que os iniba de casar.
V - Certidão de óbito do cônjuge falecido, da anulação do casamento anterior ou
do registro da sentença de divórcio. (Redação dada ao inciso pela Lei nº 6.515, de
26.12.1977)
Parágrafo único. Se algum dos contraentes houver residido a maior parte do
último ano em outro Estado, apresentará prova de que o deixou sem impedimento
para casar, ou de que cessou o existente.
Art. 181. À vista desses documentos apresentados pelos pretendentes, ou seus
procuradores, o oficial do registro lavrará os proclamas de casamento, mediante
edital, que se afixará durante quinze dias, em lugar ostensivo do edifício, onde se
celebrarem os casamentos, e se publicará pela imprensa, onde a houver (artigo
182, parágrafo único).
§ 1º. Se, decorrido esse prazo, não aparecer quem oponha impedimento, nem
lhe constar algum dos que de ofício lhe cumpre declarar, o oficial do registro
certificará aos pretendentes que estão habilitados para casar dentro dos três
meses imediatos (artigo 192).
§ 2º. Se os nubentes residirem em diversas circunscrições do Registro Civil, em

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uma e em outra se publicarão os editais.
Art. 182. O registro dos editais far-se-á no cartório do oficial, que os houver
publicado, dando-se deles certidão a quem pedir.
Parágrafo único. A autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar-
lhes a publicação desde que se lhe apresentem os documentos exigidos no artigo
180.
CAPÍTULO II
DOS IMPEDIMENTOS

Art. 183. Não podem casar (artigos 207 e 209):

I - Os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco legítimo ou


ilegítimo, natural ou civil.
II - Os afins em linha reta, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo.
III - O adotante com o cônjuge do adotado e o adotado com o cônjuge do
adotante (artigo 376).
IV - Os irmãos, legítimos ou ilegítimos, germanos ou não e os colaterais,
legítimos ou ilegítimos, até o terceiro grau inclusive.
V - O adotado com o filho superveniente ao pai ou à mãe adotiva (artigo 376).
VI - As pessoas casadas (artigo 203).
VII - O cônjuge adúltero com o seu co-réu, por tal condenado.
VIII - O cônjuge sobrevivente com o condenado como delinqüente no homicídio,
ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.
IX - As pessoas por qualquer motivo coactas e as incapazes de consentir, ou
manifestar, de modo inequívoco, o consentimento. (Redação dada ao inciso pelo
Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
X - O raptor com a raptada, enquanto esta não se ache fora de seu poder e em
lugar seguro.
XI - Os sujeitos ao pátrio poder, tutela, ou curatela, enquanto não obtiverem, ou
lhes não for suprido o consentimento do pai, tutor, ou curador (artigo 212).
(Redação dada ao inciso pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
XII - As mulheres menores de 16 anos e os homens menores de 18.
XIII - O viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer
inventário dos bens do casal (artigo 225) e der partilha aos herdeiros. (Redação
dada ao inciso pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
XIV - A viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido
anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da
sociedade conjugal, salvo se antes de findo esse prazo der à luz algum filho.
(Redação dada ao inciso pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
XV - O tutor ou curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos,
cunhados, ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não
cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas, salvo
permissão paterna ou materna manifestada em escrito autêntico ou em
testamento.
XVI - O juiz, ou escrivão e seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados
ou sobrinhos, com órfão ou viúva, da circunscrição territorial onde um ou outro

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tiver exercício, salvo licença especial da autoridade judiciária superior.
Art. 184. A afinidade resultante de filiação espúria poderá provar-se por
confissão espontânea dos ascendentes da pessoa impedida, os quais, se o
quiserem, terão o direito de fazê-la em segredo de justiça.
Parágrafo único. A resultante da filiação natural poderá ser também provada por
confissão espontânea dos ascendentes, se da filiação não existir a prova prescrita
no artigo 357.
Art. 185. Para o casamento dos menores de 21 anos, sendo filhos legítimos, é
mister o consentimento de ambos os pais.
Art. 186. Discordando eles entre si, prevalecerá a vontade paterna, ou, sendo o
casal separado, divorciado ou tiver sido o seu casamento anulado, a vontade do
cônjuge, com quem estiverem os filhos. (Redação dada ao caput pela Lei nº
6.515, de 26.12.1977)
Parágrafo único. Sendo, porém, ilegítimos os pais, bastará o consentimento do
que houver reconhecido o menor, ou se este não for reconhecido, o
consentimento materno.
Art. 187. Até a celebração do matrimônio podem os pais, tutores e curadores
retratar o seu consentimento. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº
3.725, de 15.01.1919)
Art. 188. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo
juiz, com recurso para a instância superior.
CAPÍTULO III
DA OPOSIÇÃO DOS IMPEDIMENTOS

Art. 189. Os impedimentos do artigo 183, nºs I a XII, podem ser opostos:
I - Pelo oficial do Registro Civil (artigo 227, nº III).
II - Por quem presidir à celebração do casamento.
III - Por qualquer pessoa maior, que, sob sua assinatura, apresente declaração
escrita, instruída com as provas do fato que alegar.
Parágrafo único. Se não puder instruir a oposição com as provas, precisará o
oponente o lugar, onde existam, ou nomeará, pelo menos, duas testemunhas,
residentes no Município, que atestem o impedimento.
Art. 190. Os outros impedimentos só poderão ser opostos:

I - Pelos parentes, em linha reta, de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou


afins.
II - Pelos colaterais, em segundo grau, sejam consangüíneos ou afins.
Art. 191. O oficial do Registro Civil dará aos nubentes, ou seus representantes,
nota do impedimento oposto, indicando os fundamentos, as provas, e, se o
impedimento não se opôs ex officio, o nome do oponente.
Parágrafo único. Fica salvo aos nubentes fazer a prova contrária ao impedimento
e promover as ações civis e criminais contra o oponente de má-fé.

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CAPÍTULO IV
DA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO

Art. 192. Celebrar-se-á o casamento no dia, hora e lugar previamente


designados pela autoridade que houver de presidir ao ato, mediante petição dos
contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do artigo 181, § 1º.
Art. 193. A solenidade celebrar-se-á na casa das audiências, com toda a
publicidade, a portas abertas, presentes, pelo menos, duas testemunhas, parentes
ou não dos contraentes, ou, em caso de força maior, querendo as partes, e
consentindo o juiz, noutro edifício, público ou particular.
Parágrafo único. Quando o casamento for em casa particular, ficará esta de
portas abertas durante o ato, e, se algum dos contraentes não souber escrever,
serão quatro as testemunhas.
Art. 194. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial,
juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida
aos nubentes a afirmação de que persistem no propósito de casar por livre e
espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos:
"De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos
receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados."
Art. 195. Do matrimônio, logo depois de celebrado, se lavrará o assento no livro
de registro (artigo 202).
No assento, assinado pelo presidente do ato, os cônjuges, as testemunhas e o
oficial do registro, serão exarados:
I - Os nomes, prenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e residência
atual dos cônjuges. (Redação dada ao inciso pela Lei nº 6.015, de 31.12.1973)
II - Os nomes, prenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e
residência atual dos pais. (Redação dada ao inciso pela Lei nº 6.015, de
31.12.1973)
III - Os nomes e prenomes do cônjuge precedente e a data da dissolução do
casamento anterior. (Redação dada ao inciso pela Lei nº 6.015, de 31.12.1973)
IV - A data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento.
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 6.015, de 31.12.1973)
V - A relação dos documentos apresentados ao oficial do registro (artigo 180).
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 6.015, de 31.12.1973)
VI - Os nomes, prenomes, profissão, domicílio e residência atual das
testemunhas. (Redação dada ao inciso pela Lei nº 6.015, de 31.12.1973)
VII - O regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas
notas foi passada a escritura antenupcial, quando o regime não for o de comunhão
parcial, ou o legal estabelecido ao Título III deste Livro, para outros casamentos.
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 196. O instrumento da autorização para casar transcrever-se-á
integralmente na escritura antenupcial.
Art. 197. A celebração do casamento será imediatamente suspensa, se algum

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dos contraentes:
I - Recusar a solene afirmação da sua vontade.
II - Declarar que esta não é livre e espontânea.
III - Manifestar-se arrependido.
Parágrafo único. O nubente que, por algum destes fatos, der causa à suspensão
do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia.
Art. 198. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá
celebrá-lo na casa do impedido, e, sendo urgente, ainda à noite, perante quatro
testemunhas, que saibam ler e escrever.
§ 1º. A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir ao
casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do
Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato.
§ 2º. O termo avulso, que o oficial ad hoc lavrar, será levado ao registro no mais
breve prazo possível.
Art. 199. O oficial do registro, mediante despacho da autoridade competente, à
vista dos documentos exigidos no artigo 180 e independentemente do edital de
proclamas (artigo 181), dará a certidão ordenada no artigo 181, § 1º.
I - Quando ocorrer motivo urgente que justifique a imediata celebração do
casamento.
II - Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida.
Parágrafo único. Neste caso, não obtendo os contraentes a presença da
autoridade, a quem incumba presidir ao ato, nem a de seu substituto, poderão
celebrá-lo em presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham
parentesco em linha reta, ou, na colateral, em segundo grau.
Art. 200. Essas testemunhas comparecerão dentro em cinco dias ante a
autoridade judicial mais próxima, pedindo que se lhes tomem por termo as
seguintes declarações:
I - Que foram convocadas por parte do enfermo.
II - Que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo.
III - Que em sua presença declararam os contraentes livre e espontaneamente
receber-se por marido e mulher.
§ 1º. Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz procederá às diligências
necessárias para verificar se os contraentes podiam ter-se habilitado para o
casamento, na forma ordinária, ouvidos os interessados, que o requererem, dentro
em quinze dias.
§ 2º. Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento, assim o decidirá a
autoridade competente, com recurso voluntário às partes.
§ 3º. Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar
dos rercursos interpostos, o juiz mandará transcrevê-la no livro do registro dos
casamentos.
§ 4º. O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao
estado dos cônjuges, à data da celebração e, quanto aos filhos comuns, à data do
nascimento.
§ 5º. Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo anterior, se o enfermo

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convalescer e puder ratificar o casamento em presença da autoridade competente
e do oficial do registro.
Art. 201. O casamento pode celebrar-se mediante procuração que outorgue
poderes especiais ao mandatário para receber, em nome do outorgante, o outro
contraente.
Parágrafo único. Pode casar por procuração o preso, ou o condenado, quando
lhe não permita comparecer em pessoa a autoridade, sob cuja guarda estiver.
CAPÍTULO V
DAS PROVAS DO CASAMENTO

Art. 202. O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certidão do registro,


feito ao tempo de sua celebração (artigo 195.).
Parágrafo único. Justificada a falta ou perda do registro civil, é admissível
qualquer outra espécie de prova.
Art. 203. O casamento de pessoas que faleceram na posse do estado de
casadas não se pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante
certidão do registro civil, que prove que já era casada alguma delas, quando
contraiu o matrimônio impugnado (artigo 183, nº VI).
Art. 204. O casamento celebrado fora do Brasil prova-se de acordo com a lei do
país onde se celebrou.
Parágrafo único. Se, porém, se contraiu perante agente consular, provar-se-á por
certidão do assento no registro do consulado.
Art. 205. Quando a prova da celebração legal do casamento resultar de
processo judicial, a inscrição da sentença no livro de registro civil produzirá, assim
no que toca aos cônjuges, como no que respeita aos filhos, todos os efeitos civis
desde a data do casamento. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº
3.725, de 15.01.1919)
Art. 206. Na dúvida entre as provas pró e contra, julgar-se-á pelo casamento, se
os cônjuges, cujo matrimônio se impugna, viverem ou tiverem vivido na posse do
estado de casados.
CAPÍTULO VI
DO CASAMENTO NULO E ANULÁVEL

Art. 207. É nulo e de nenhum efeito, quanto aos contraentes e aos filhos, o
casamento contraído com infração de qualquer dos nºs I a VIII do artigo 183.
Art. 208. É também nulo o casamento contraído perante autoridade
incompetente (artigos 192, 194, 195 e 198). Mas esta nulidade se considerará
sanada, se não se alegar dentro em dois anos da celebração.
Parágrafo único. Antes de vencido esse prazo, a declaração da nulidade poderá
ser requerida:

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I - Por qualquer interessado.
II - Pelo Ministério Público, salvo se já houver falecido algum dos cônjuges.
Art. 209. É anulável o casamento contraído com infração de qualquer dos nºs IX
a XII do artigo 183.
Art. 210. A anulação do casamento contraído pelo coacto ou pelo incapaz de
consentir, só pode ser promovida:
I - Pelo próprio coacto.
II - Pelo incapaz.
III - Por seus representantes legais.
Art. 211. O que contraiu casamento, enquanto incapaz, pode ratificá-lo, quando
adquirir a necessária capacidade, e esta ratificação retrotrairá os seus efeitos à
data da celebração.
Art. 212. A anulação do casamento contraído com infração do nº XI do artigo 183
só pode ser requerida pelas pessoas que tinham o direito de consentir e não
assistiram ao ato.
Art. 213. A anulação do casamento da menor de dezesseis anos ou do menor de
dezoito anos será requerida:
I - Pelo próprio cônjuge menor.
II - Pelos seus representantes legais.
III - Pelas pessoas designadas no artigo 190, naquela mesma ordem.
Art. 214. Podem, entretanto, casar-se os referidos menores para evitar a
imposição ou o cumprimento da pena criminal.
Parágrafo único. Em tal caso o juiz poderá ordenar a separação de corpos, até
que os cônjuges alcancem a idade legal.
Art. 215. Por defeito de idade não se anulará o casamento, de que resultou
gravidez.
Art. 216. Quando requerida por terceiros a anulação do casamento (artigo 213,
nºs II e III), poderão os cônjuges ratificá-lo, em perfazendo a idade fixada no artigo
183, nº XII, ante o juiz e o oficial do Registro Civil. A ratificação terá efeito
retroativo, subsistindo, entretanto, o regime da separação de bens.
Art. 217. A anulação do casamento não obsta à legitimidade do filho concebido
ou havido antes ou na constância dele.
Art. 218. É também anulável o casamento, se houve por parte de um dos
nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.
Art. 219. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:

I - O que diz respeito à identidade do outro cônjuge, sua honra e boa fama,
sendo esse erro tal, que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em
comum ao cônjuge enganado.
II - A ignorância de crime inafiançável, anterior ao casamento e definitivamente

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julgado por sentença condenatória.
III - A ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável ou de
moléstia grave e transmissível, por contágio ou herança, capaz de pôr em risco a
saúde do outro cônjuge ou de sua descendência.
IV - O defloramento da mulher, ignorado pelo marido.
Art. 220. A anulação do casamento, nos casos do artigo antecedente, só a
poderá demandar o cônjuge enganado. (Redação dada ao artigo pelo Decreto
Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 221. Embora anulável, ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os
cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os
efeitos civis até o dia da sentença anulatória. (Redação dada ao caput pelo
Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Parágrafo único. Se um só dos cônjuges estava de boa-fé, ao celebrar o
casamento, os seus efeitos civis só a esse e aos filhos aproveitarão.
Art. 222. A nulidade do casamento processar-se-á por ação ordinária, na qual
será nomeado curador que o defenda.
Art. 223. Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de anulação, ou a
de desquite, requererá o autor, com documentos que a autorizem, a separação de
corpos, que será concedida pelo juiz com a possível brevidade.
Art. 224. Concedida a separação, a mulher poderá pedir os alimentos
provisionais, que lhe serão arbitrados, na forma do artigo 400.
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES PENAIS

Art. 225. O viúvo, ou a viúva, com filhos do cônjuge falecido, que se casar antes
de fazer inventário do casal e dar partilha aos herdeiros, perderá o direito ao
usufruto dos bens dos mesmos filhos.
Art. 226. No casamento, com infração do artigo 183, nºs XI a XVI, é obrigatório o
regime da separação de bens, não podendo o cônjuge infrator fazer doações ao
outro.
Parágrafo único. Considera-se culpado o tutor que não puder apresentar em seu
favor a escusa da cláusula final do artigo 183, nº XV.
Art. 227. Incorre na multa de cem a quinhentos mil réis, além da
responsabilidade penal aplicável ao caso, o oficial do Registro:
I - Que publicar o edital do artigo 181, não sendo solicitado por ambos os
contraentes.
II - Que der a certidão do artigo 181, § 1º, antes de apresentados os documentos
do artigo 180, ou pendente a oposição de algum impedimento.
III - Que não declarar os impedimentos, cuja oposição se lhe fizer, ou cuja
existência, sendo aplicável de ofício, lhe constar com certeza (artigo 189, nº I).
Art. 228. Nas mesmas penas incorrerá o juiz:

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I - Que celebrar o casamento antes de levantados os impedimentos opostos
contra algum dos contraentes.
II - Que deixar de recebê-los, quando oportunamente opostos, nos termos dos
artigos 189 a 191.
III - Que se abstiver de opô-los, quando lhe constarem, e forem dos que se
opõem ex officio (artigo 189, nº II).
IV - Que se recusar a presidir ao casamento, sem justa causa.
Parágrafo único. Cabe aos interessados promover a aplicação das penas
cominadas nos artigos 225 e 226. A das deste e do artigo 227 será promovida
pelo Ministério Público, e poderá sê-lo pelos interessados. (Redação dada ao
parágrafo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
TÍTULO II
DOS EFEITOS JURÍDICOS DO CASAMENTO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 229. Criando a família legítima, o casamento legitima os filhos comuns,


antes dele nascidos ou concebidos (artigos 352 a 354).
Art. 230. O regime dos bens entre cônjuges começa a vigorar desde a data do
casamento, e é irrevogável.
Art. 231. São deveres de ambos os cônjuges:
I - Fidelidade recíproca.
II - Vida em comum, no domicílio conjugal (artigos 233, VI e 234).
III - Mútua assistência.
IV - Sustento, guarda e educação dos filhos.
Art. 232. Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cônjuges, este
incorrerá:
I - Na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente.
II - Na obrigação de cumprir as promessas, que lhe fez, no contrato antenupcial
(artigos 256 e 312).
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS E DEVERES DO MARIDO

Art. 233. O marido é o chefe da sociedade conjugal, função que exerce com a
colaboração da mulher, no interesse comum do casal e dos filhos (artigos 240,
247 e 251).Compete-lhe:
I - A representação legal da família.
II - A administração dos bens comuns e dos particulares da mulher que ao
marido incumbir administrar, em virtude do regime matrimonial adotado ou de
pacto antenupcial (artigos 178, § 9º, nº I, c, 274, 289, nº I e 311).

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III - O direito de fixar o domicílio da família, ressalvada a possibilidade de recorrer
a mulher ao juiz, no caso de deliberação que a prejudique.
IV - Prover a manutenção da família, guardadas as disposições dos artigos 275 e
277. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
Art. 234. A obrigação de sustentar a mulher cessa, para o marido, quando ela
abandona sem justo motivo a habitação conjugal, e a esta recusa voltar. Neste
caso, o juiz pode, segundo as circunstâncias, ordenar, em proveito do marido e
dos filhos, o seqüestro temporário de parte dos rendimentos particulares da
mulher.
Art. 235. O marido não pode, sem consentimento da mulher, qualquer que seja o
regime de bens:
I - Alienar, hipotecar ou gravar de ônus real os bens imóveis, ou direitos reais
sobre imóveis alheios (artigos 178, § 9º, nº I, a, 237 , 276 e 293). (Redação dada
ao inciso pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
II - Pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens e direitos.
III - Prestar fiança (artigos 178, § 9º, nº I, b e 263, nº X).
IV - Fazer doação, não sendo remuneratória ou de pequeno valor, com os bens
ou rendimentos comuns (artigo 178, § 9º, I, b).
Art. 236. Valerão, porém, os dotes ou doações nupciais feitas às filhas e as
doações feitas aos filhos por ocasião de se casarem, ou estabelecerem economia
separada (artigo 313).
Art. 237. Cabe ao juiz suprir a outorga da mulher, quando esta a denegue sem
motivo justo, ou lhe seja impossível dá-la (artigos 235, 238 e 239).
Art. 238. O suprimento judicial da outorga autoriza o ato do marido, mas não
obriga os bens próprios da mulher (artigos 255, 269, 274 e 275).
Art. 239. A anulação dos atos do marido praticados sem outorga da mulher, ou
sem suprimento do juiz, só poderá ser demandada por ela, ou seus herdeiros
(artigos 178, § 9º, nº I, a e nº II).
CAPÍTULO III
DOS DIREITOS E DEVERES DA MULHER

Art. 240. A mulher, com o casamento, assume a condição de companheira,


consorte e colaboradora do marido nos encargos da família, cumprindo-lhe velar
pela direção material e moral desta.
Parágrafo único. A mulher poderá acrescer aos seus os apelidos do marido.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 241. Se o regime de bens não for o de comunhão universal, o marido
recobrará da mulher as despesas, que com a defesa dos bens e direitos
particulares desta houver feito.
Art. 242. A mulher não pode, sem autorização do marido (artigo 251):

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I - Praticar atos que este não poderia sem consentimento da mulher (artigo 235).
II - Alienar ou gravar de ônus real, os imóveis de seu domínio particular, qualquer
que seja o regime dos bens (artigos 263, nºs II, III e VIII, 269, 275 e 310).
III - Alienar os seus direitos reais sobre imóveis de outrem.
IV - Contrair obrigações que possam importar em alheação de bens do casal.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
Art. 243. A autorização do marido pode ser geral ou especial, mas deve constar
de instrumento público ou particular previamente autenticado.
Art. 244. Esta autorização é revogável a todo o tempo, respeitados os direitos de
terceiros e os efeitos necessários dos atos iniciados.
Art. 245. A autorização marital pode suprir-se judicialmente:
I - Nos casos do artigo 242, nºs I a V.
II - Nos casos do artigo 242, nºs VII e VIII, se o marido não ministrar os meios de
subsistência à mulher e aos filhos.
Parágrafo único. O suprimento judicial da autorização valida os atos da mulher,
mas não obriga os bens próprios do marido. (Parágrafo transposto do artigo 247
pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 246. A mulher que exercer profissão lucrativa, distinta da do marido, terá
direito de praticar todos os atos inerentes ao seu exercício e à sua defesa. O
produto do seu trabalho assim auferido, e os bens com ele adquiridos, constituem,
salvo estipulação diversa em pacto antenupcial, bens reservados, dos quais
poderá dispor livremente com observância, porém, do preceituado na parte final
do artigo 240 e nos nºs II e III, do artigo 242. (Redação dada ao caput pela Lei nº
4.121, de 27.08.1962)
Parágrafo único. Não responde, o produto do trabalho da mulher, nem os bens a
que se refere este artigo, pelas dívidas do marido, exceto as contraídas em
benefício da família. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
Art. 247. Presume-se a mulher autorizada pelo marido:
I - Para a compra, ainda que a crédito, das coisas necessárias à economia
doméstica.
II - Para obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa
exigir.
III - Para contrair as obrigações concernentes à indústria, ou profissão que
exercer com autorização do marido, ou suprimento do juiz.
Parágrafo único. Considerar-se-á sempre autorizada pelo marido a mulher, que
ocupar cargo público, ou, por mais de seis meses, se entregar à profissão
exercida fora do lar conjugal. (Parágrafo transposto do artigo 243 pelo Dec. Leg.
nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 248. A mulher casada pode livremente:
I - Exercer o direito de lhe competir sobre as pessoas e os bens dos filhos do
leito anterior (artigo 393).
II - Desobrigar ou reivindicar os imóveis do casal que o marido tenha gravado ou
alienado sem sua outorga ou suprimento do juiz (artigo 235, nº 1).

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III - Anular as fianças ou doações feitas pelo marido com infração do disposto
nos nºs III e IV do artigo 235.
IV - Reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo
marido à concubina (artigo 1.177).
Parágrafo único. Este direito prevalece, esteja ou não a mulher em companhia do
marido, e ainda que a doação se dissimule em venda ou outro contrato. (Redação
dada ao artigo pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
V - Dispor dos bens adquiridos na conformidade do número anterior e de
quaisquer outros que possua, livres da administração do marido, não sendo
imóveis. (Redação dada ao inciso pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
VI - Promover os meios assecuratórios e as ações que, em razão do dote ou de
outros bens seus, sujeitos à administração do marido, contra este lhe competirem.
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
VII - Praticar quaisquer outros atos não vedados por lei. (Redação dada ao inciso
pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
VIII - Propor a separação judicial e o divórcio. (Inciso acrescentado pela Lei nº
6.515, de 26.12.1977)
Art. 249. As ações fundadas nos nºs II, III, IV e VI do artigo antecedente
competem à mulher e aos seus herdeiros.
Art. 250. Salvo o caso do no IV do artigo 248, fica ao terceiro, prejudicado com a
sentença favorável à mulher, o direito regressivo contra o marido ou seus
herdeiros.
Art. 251. À mulher compete a direção e administração do casal, quando o
marido:
I - Estiver em lugar remoto, ou não sabido.
II - Estiver em cárcere por mais de dois anos.
III - For judicialmente declarado interdito.
Parágrafo único. Nestes casos, cabe à mulher:
I - Administrar os bens comuns.
II - Dispor dos particulares e alienar os móveis comuns e os do marido.
III - Administrar os do marido.
IV - Alienar os imóveis comuns e os do marido mediante autorização especial do
juiz.
Art. 252. A falta, não suprida pelo juiz, de autorização do marido, quando
necessária (artigo 242), invalidará o ato da mulher, podendo esta nulidade ser
alegada pelo outro cônjuge, até dois anos depois de terminada a sociedade
conjugal.
Parágrafo único. A ratificação do marido, provada por instrumento público ou
particular autenticado, revalida o ato.
Art. 253. Os atos da mulher autorizados pelo marido obrigam todos os bens do
casal, se o regime matrimonial for o da comunhão, e somente os particulares dela,
se outro for o regime e o marido não assumir conjuntamente a responsabilidade
do ato.

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Art. 254. Qualquer que seja o regime do casamento, os bens de ambos os
cônjuges ficam obrigados igualmente pelos atos que a mulher praticar na
conformidade do artigo 247.
Art. 255. A anulação dos atos de um cônjuge por falta da outorga indispensável
do outro, importa ficar o primeiro obrigado pela importância da vantagem, que do
ato anulado lhe haja advindo, a ele, ao consorte ou ao casal. (Redação dada ao
caput pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Parágrafo único. Quando o cônjuge responsável pelo ato anulado não tiver bens
particulares, que bastem, o dano aos terceiros de boa-fé se comporá pelos bens
comuns, na razão do proveito que lucrar o casal.
TÍTULO III
DO REGIME DOS BENS ENTRE OS CÔNJUGES

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 256. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular


quanto aos seus bens, o que lhes aprouver (artigos 261, 273, 283, 287 e 312).
Parágrafo único. Serão nulas tais convenções:
I - Não se fazendo por escritura pública.
II - Não se lhes seguindo o casamento.
Art. 257. Ter-se-á por não escrita a convenção, ou a cláusula:
I - Que prejudique os direitos conjugais, ou os paternos.
II - Que contravenha disposição absoluta da lei.
Art. 258. Não havendo convenção, ou sendo nula, vigorará, quanto aos bens,
entre os cônjuges, o regime de comunhão parcial. (Redação dada ao caput pela
Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Parágrafo único. É, porém, obrigatório o da separação de bens no casamento.
I - das pessoas que o celebrarem com infração do estatuído no artigo 183, nºs XI
a XVI (artigo 216).
II - Do maior de sessenta e da maior de cinqüenta anos.
III - Do órfão de pai e mãe, ou do menor, nos termos dos artigos 394 e 395,
embora case, nos termos do artigo 183, nº XI, com o consentimento do tutor.
(Redação dada ao inciso pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
IV - De todos os que dependerem, para casar, de autorização judicial (artigos
183, nº XI, 384, nº III, 426, nº I, e 453). (Redação dada ao inciso pelo Decreto
Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 259. Embora o regime não seja o da comunhão de bens, prevalecerão, no
silêncio do contrato, os princípios dela, quanto à comunicação dos adquiridos na
constância do casamento.
Art. 260. O marido, que estiver na posse de bens particulares da mulher, será

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para com ela e seus herdeiros responsável:
I - Como usufrutuário, se o rendimento for comum (artigos 262, 265, 271, nº V, e
289, nº II).
II - Como procurador, se tiver mandato, expresso ou tácito, para os administrar
(artigo 311).
III - Como depositário, se não for usufrutuário, nem administrador (artigos 269, nº
II, 276 e 310).
Art. 261. As convenções antenupciais não terão efeito para com terceiros senão
depois de transcritas, em livro especial, pelo oficial do registro de imóveis do
domicílio dos cônjuges (artigo 256). (Redação dada ao artigo pelo Decreto
Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
CAPÍTULO II
DO REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL

Art. 262. O regime da comunhão universal importa a comunicação de todos os


bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções
dos artigos seguintes.
Art. 263. São excluídos da comunhão:

I - As pensões, meios soldos, montepios, tenças, e outras rendas semelhantes.


II - Os bens doados ou legados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-
rogados em seu lugar.
III - Os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário,
antes de realizar a condição suspensiva.
IV - O dote prometido ou constituído a filhos de outro leito.
V - O dote prometido ou constituído expressamente por um só dos cônjuges a
filho comum.
VI - As obrigações provenientes de atos ilícitos (artigos 1.518 a 1.532).
VII - As dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com
seus aprestos, ou reverterem em proveito comum.
VIII - As doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a
cláusula de incomunicabilidade (artigo 312).
IX - As roupas de uso pessoal, as jóias esponsalícias dadas antes do casamento
pelo esposo, os livros e instrumentos de profissão e os retratos da família.
X - A fiança prestada pelo marido sem outorga da mulher (artigos 178, § 9º, nº I,
b, e 235, nº III).
XI - Os bens de herança necessária a que se impuser a cláusula de
incomunicabilidade (artigo 1.723).
XII - Os bens reservados (artigo 246, parágrafo único).
XIII - Os frutos civis do trabalho ou indústria de cada cônjuge ou de ambos.
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
Art. 264. As dívidas não compreendidas nas duas exceções do nº VII, do artigo
antecedente, só se poderão pagar durante o casamento, pelos bens que o
cônjuge devedor trouxer para o casal.

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Art. 265. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo 263 não se lhes
estende aos frutos, quando se percebam ou vençam durante o casamento.
Art. 266. Na constância da sociedade conjugal, a propriedade e posse dos bens
é comum.
Parágrafo único. A mulher, porém, só os administrará por autorização do marido,
ou nos casos do artigo 248, nº V, e artigo 251.
Art. 267. Dissolve-se a comunhão:

I - Pela morte de um dos cônjuges (artigo 315, nº I).


II - Pela sentença que anula o casamento (artigo 222).
III - Pela separação judicial. (Redação dada ao inciso pela Lei nº 6.515, de
26.12.1977)
IV - Pelo divórcio. (Inciso acrescentado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 268. Extinta a comunhão, e efetuada a divisão do ativo e passivo, cessará a
responsabilidade de cada um dos cônjuges para com os credores do outro por
dívida que este houver contraído.
CAPÍTULO III
DO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL

Art. 269. No regime de comunhão limitada ou parcial, excluem-se da comunhão:


I - Os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na
constância do matrimônio por doação ou por sucessão.
II - Os adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges,
em sub-rogação dos bens particulares.
III - Os rendimentos de bens de filhos anteriores ao matrimônio, a que tenha
direito qualquer dos cônjuges em conseqüência do pátrio poder.
IV - Os demais bens que se consideram também excluídos da comunhão
universal. (Redação dada ao inciso pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
Art. 270. Igualmente não se comunicam:

I - As obrigações anteriores ao casamento.


II - As provenientes de atos ilícitos.
Art. 271. Entram na comunhão:

I - Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que


só em nome de um dos cônjuges.
II - Os adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou
despesa anterior.
III - Os adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os
cônjuges (artigo 269, nº I).
IV - As benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge.
V - Os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos
na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão dos
adquiridos.
VI - Os frutos civis do trabalho, ou indústria de cada cônjuge, ou de ambos.

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Art. 272. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa
anterior ao casamento.
Art. 273. No regime da comunhão parcial presume-se adquiridos na constância
do casamento os móveis quando não se provar com documento autêntico, que o
foram em data anterior. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
Art. 274. A administração dos bens do casal compete ao marido, e as dívidas por
este contraídas obrigam, não só os bens comuns, senão ainda, em falta destes, os
particulares de um e outro cônjuge, na razão do proveito que cada qual houver
lucrado.
Art. 275. É aplicável a disposição do artigo antecedente às dívidas contraídas
pela mulher, nos casos em que os seus atos são autorizados pelo marido, se
presumem sê-los, ou escusam autorização (artigos 242 a 244, 247, 248 e 233, nº
V).
CAPÍTULO IV
DO REGIME DA SEPARAÇÃO

Art. 276. Quando os contraentes casarem, estipulando separação de bens,


permanecerão os de cada cônjuge sob a administração exclusiva dele, que os
poderá livremente alienar, se forem móveis (artigos 235, nº I, 242, nº II e 310).
Art. 277. A mulher é obrigada a contribuir para as despesas do casal com os
rendimentos de seus bens, na proporção de seu valor, relativamente ao dos do
marido, salvo estipulação em contrário no contrato antenupcial (artigos 256 e 312).
CAPÍTULO V
DO REGIME DOTAL

SEÇÃO I
DA CONSTITUIÇÃO DO DOTE
Art. 278. É da essência do regime dotal descreverem-se e estimarem-se cada
um de per si, na escritura antenupcial (artigo 256), os bens que constituem o dote,
com expressa declaração de que a este regime ficam sujeitos.
Art. 279. O dote pode ser constituído pela própria nubente, por qualquer dos
seus ascendentes, ou por outrem.
Parágrafo único. Na celebração do contrato intervirão sempre, em pessoa, ou por
procurador, todos os interessados.
Art. 280. O dote pode compreender, no todo, ou em parte, os bens presentes e
futuros da mulher.
Parágrafo único. Os bens futuros, porém, só se consideram compreendidos no
dote, quando, adquiridos por título gratuito, assim for declarado em cláusula
expressa do pacto antenupcial.

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Art. 281. Não é lícito aos casados aumentar o dote.
Art. 282. O dote constituído por estranhos durante o matrimônio não altera,
quanto aos outros bens, o regime preestabelecido.
Art. 283. É lícito estipular na escritura antenupcial a reversão do dote ao dotador,
dissolvida a sociedade conjugal.
Art. 284. Se o dote for prometido pelos pais conjuntamente, sem declaração da
parte com que um e outro contribuem, entende-se que cada um se obrigou por
metade.
Art. 285. Quando o dote for constituído por qualquer outra pessoa, esta só
responderá pela evicção se houver procedido de má-fé, ou se a responsabilidade
tiver sido estipulada.
Art. 286. Os frutos do dote são devidos desde a celebração do casamento, se
não se estipulou prazo. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº
3.725, de 15.01.1919)
Art. 287. É permitido estipular no contrato dotal:

I - Que a mulher receba, diretamente, para suas despesas particulares, uma


determinada parte dos rendimentos dos bens dotais.
II - Que, a par dos bens dotais, haja outros, submetidos a regimes diversos.
Art. 288. Aplica-se, no regime dotal, aos adquiridos o disposto neste título,
Capítulo III (artigos 269 a 275).
SEÇÃO II
DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DO MARIDO EM RELAÇÃO AOS BENS
DOTAIS
Art. 289. Na vigência da sociedade conjugal é direito do marido:
I - Adminstrar os bens dotais.
II - Perceber seus frutos.
III - Usar das ações judiciais a que derem lugar.
Art. 290. Salvo cláusula expressa em contrário, presumir-se-á transferido ao
marido o domínio dos bens, sobre que recair o dote, se forem móveis, e não
transferidos, se forem imóveis.
Art. 291. O imóvel adquirido com a importância do dote, quando este consistir
em dinheiro, será considerado dotal.
Art. 292. Quando o dote importar alheação, o marido considerar-se-á
proprietário, e poderá dispor dos bens dotais, correndo por conta sua os riscos e
vantagens que lhes sobrevierem.
Art. 293. Os imóveis dotais não podem, sob pena de nulidade, ser onerados,
nem alienados, salvo em hasta pública, e por autorização do juiz competente, nos
casos seguintes:

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I - Se de acordo o marido e a mulher quiserem dotar suas filhas comuns.
II - Em caso de extrema necessidade, por faltarem outros recursos para
subsistência da família.
III - No caso da primeira parte do § 2º do artigo 299.
IV - Para reparos indispensáveis à conservação de outro imóvel ou imóveis
dotais.
V - Quando se acharem indivisos com terceiros, e a divisão for impossível, ou
prejudicial.
VI - No caso de desapropriação por utilidade pública.
VII - Quando estiverem situados em lugar distante do domicílio conjugal, e por
isso for manifesta a conveniência de vendê-los.
Parágrafo único. Nos três últimos casos, o preço será aplicado em outros bens,
nos quais ficará sub-rogado.
Art. 294. Ficará subsidiariamente responsável o juiz que conceder a alienação
fora dos casos e sem as formalidades do artigo antecedente, ou não providenciar
na sub-rogação do preço em conformidade com o parágrafo único do mesmo
artigo.
Art. 295. A nulidade da alienação pode ser promovida:
I - Pela mulher.
II - Pelos seus herdeiros.
Parágrafo único. A reivindicação dos móveis, porém, só será permitida, se o
marido não tiver bens com que responda pelo seu valor, ou se a alienação pelo
marido e as subseqüentes entre terceiros tiverem sido feitas por título gratuito ou
de má-fé.
Art. 296. O marido fica obrigado por perdas e danos aos terceiros prejudicados
com a nulidade, se no contrato de alienação (artigos 293 e 294) não se declarar a
natureza dotal dos imóveis.
Art. 297. Se o marido não tiver imóveis, que se possam hipotecar em garantia do
dote, poder-se-á no contrato antenupcial estipular fiança, ou outra caução.
Art. 298. O direito aos imóveis dotais não prescreve durante o matrimônio. Mas
prescreve, sob a responsabilidade do marido, o direito aos móveis dotais.
Art. 299. Quanto às dívidas passivas, observar-se-á o seguinte:

§ 1º. As do marido, contraídas antes ou depois do casamento, não serão pagas


senão por seus bens particulares.
§ 2º. As da mulher, anteriores ao casamento, serão pagas pelos seus bens
extradotais, ou, em falta destes, pelos frutos dos bens dotais, pelos móveis dotais,
e, em último caso, pelos imóveis dotais. As contraídas depois do casamento só
poderão ser pagas pelos bens extradotais.
§ 3º. As contraídas pelo marido e pela mulher conjuntamente poderão ser pagas,
ou pelos bens comuns, ou pelos particulares do marido, ou pelos extradotais.
SEÇÃO III
DA RESTITUIÇÃO DO DOTE

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Art. 300. O dote deve ser restituído pelo marido à mulher ou aos seus herdeiros,
dentro do mês que se seguir à dissolução da sociedade conjugal, se não o puder
imediatamente (artigo 178, § 9º, nº I, c, e nº II).
Art. 301. O preço dos bens fungíveis, ou não fungíveis, quando legalmente
alienados, só pode ser pedido seis meses depois da dissolução da sociedade
conjugal.
Art. 302. Se os móveis dotais se tiverem consumido por uso ordinário, o marido
será obrigado a restituir somente os que restarem, e no estado em que se
acharem ao tempo da dissolução sociedade conjugal.
Art. 303. A mulher pode, em todo o caso, reter os objetos de seu uso, em
conformidade com a disposição do artigo 263, nº IX, deduzindo-se o seu valor do
que o marido houver de restituir.
Art. 304. Se o dote compreender capitais ou rendas, que tenham sofrido
diminuição ou depreciação eventual, sem culpa do marido, este desonerar-se-á da
obrigação de restituí-los, entregando os respectivos títulos.
Parágrafo único. Quando, porém, constituído em usufruto, o marido ou seus
herdeiros serão obrigados somente a restituir o título respectivo e os frutos
percebidos após a dissolução da sociedade conjugal.
Art. 305. Presume-se recebido o dote:
I - Se o casamento se tiver prolongado por cinco anos depois do prazo
estabelecido para sua entrega.
II - Se o devedor for a mulher.
Parágrafo único. Fica, porém, salvo ao marido o direito de provar que o não
recebeu, apesar de o ter exigido.
Art. 306. Dada a dissolução da sociedade conjugal, os frutos dotais, que
correspondam ao ano corrente, serão divididos entre os dois cônjuges, ou entre
um e os herdeiros do outro, proporcionalmente à duração do casamento, no
decurso do mesmo ano.
Os anos do casamento contam-se da data de sua celebração.
Parágrafo único. Tratando-se de colheitas obtidas em períodos superiores, ou
inferiores a um ano, a divisão se efetuará proporcionalmente ao tempo de duração
da sociedade conjugal, dentro no período da colheita.
Art. 307. O marido tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis,
segundo o seu valor ao tempo da restituição, e responde pelos danos de que tiver
culpa.
Parágrafo único. Este direito e esta obrigação transmitem-se aos seus herdeiros.
SEÇÃO IV
DA SEPARAÇÃO DO DOTE E SUA ADMINISTRAÇÃO PELA MULHER
Art. 308. A mulher pode requerer judicialmente a separação do dote, quando a
desordem nos negócios do marido leve a recear que os bens deste não bastem a
assegurar os dela; salvo o direito, que aos credores assiste, de se oporem à

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separação, quando fraudulenta.
Art. 309. Separado o dote, terá por administradora a mulher, mas continuará
inalienável, provendo o juiz, quando conceder a separação, a que sejam
convertidos em imóveis os valores entregues pelo marido em reposição dos bens
dotais.
Parágrafo único. A sentença da separação será averbada no registro de que
trata o artigo 261, para produzir efeitos em relação a terceiros.
SEÇÃO V
DOS BENS PARAFERNAIS
Art. 310. A mulher conserva a propriedade, a administração, o gozo e a livre
disposição dos bens parafernais; não podendo, porém, alienar os imóveis (artigo
276).
Art. 311. Se o marido, como procurador constituído para administrar os bens
parafernais ou particulares da mulher, for dispensado, por cláusula expressa, de
prestar-lhe contas, será somente obrigado a restituir os frutos existentes:
I - Quando ela lhe pedir contas.
II - Quando ela lhe revogar o mandato.
III - Quando dissolvida a sociedade conjugal.
CAPÍTULO VI
DAS DOAÇÕES ANTENUPCIAIS

Art. 312. Salvo o caso de separação obrigatória de bens (artigo 258, parágrafo
único) é livre aos contraentes estipular, na escritura antenupcial, doações
recíprocas, ou de um ao outro, contanto que não excedam à metade dos bens do
doador (artigos 263, nº VIII, e 232, nº II).
Art. 313. As doações para casamento podem também ser feitas por terceiros, no
contrato antenupcial, ou em escritura pública anterior ao casamento.
Art. 314. As doações estipuladas nos contratos antenupciais, para depois da
morte do doador, aproveitarão aos filhos do donatário, ainda que este faleça antes
daquele.
Parágrafo único. No caso, porém, de sobreviver o doador a todos os filhos do
donatário, caducará a doação.
TÍTULO IV
DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL E DA
PROTEÇÃO DA PESSOA DOS FILHOS

CAPÍTULO I
DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL

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Art. 315. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 316. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 317. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 318. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 319. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 320. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 321. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 322. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 323. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 324. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
CAPÍTULO II
DA PROTEÇÃO DA PESSOA DOS FILHOS

Art. 325. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)


Art. 326. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 327. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 328. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 329. A mãe, que contrai novas núpcias, não perde o direito a ter consigo os
filhos, que só lhe poderão ser retirados, mandando o juiz, provado que ela, ou o
padrasto, não os tratam convenientemente (artigos 248, nº I, e 393). (Redação
dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)

TÍTULO V
DAS RELAÇÕES DE PARENTESCO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 330. São parentes, em linha reta, as pessoas que estão umas para com as
outras na relação de ascendentes e descendentes.
Art. 331. São parentes, em linha colateral, ou transversal, até o sexto grau, as
pessoas que provêm de um só tronco, sem descenderem umas das outras.
Art. 332. (Revogado pela Lei nº 8.560, de 29.12.1992)
Art. 333. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de

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gerações, e na colateral, também pelo número delas, subindo, porém, de um dos
parentes até ao ascendente comum, e descendo, depois, até encontrar o outro
parente.
Art. 334. Cada cônjuge é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.
Art. 335. A afinidade, na linha reta, não se extingue com a dissolução do
casamento, que a originou.
Art. 336. A adoção estabelece parentesco meramente civil entre o adotante e o
adotado (artigo 376).
CAPÍTULO II
DA FILIAÇÃO LEGÍTIMA

Art. 337. (Revogado pela Lei nº 8.560, de 29.12.1992)


Art. 338. Presumem-se concebidos na constância do casamento:

I - Os filhos nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a


convivência conjugal (artigo 339).
II - Os nascidos dentro nos trezentos dias subseqüentes à dissolução da
sociedade conjugal por morte, desquite, ou anulação.
Art. 339. A legitimidade do filho nascido antes de decorridos os cento e oitenta
dias de que trata o nº I do artigo antecedente, não pode, entretanto, ser
contestada:
I - Se o marido, antes de casar, tinha ciência da gravidez da mulher.
II - Se assistiu, pessoalmente, ou por procurador, a lavrar-se o termo de
nascimento do filho, sem contestar a paternidade.
Art. 340. A legitimidade do filho concebido na constância do casamento, ou
presumido tal (artigos 337 e 338), só pode contestar provando-se:
I - Que o marido se achava fisicamente impossibilitado de coabitar com a mulher
nos primeiros cento e vinte e um dias, ou mais, dos trezentos que houverem
precedido ao nascimento do filho.
II - Que a esse tempo estavam os cônjuges legalmente separados.
Art. 341. Não valerá o motivo do artigo antecedente, nº II, se os cônjuges
houverem convivido algum dia sob o teto conjugal.
Art. 342. Só em sendo absoluta a impotência, vale a sua alegação contra a
legitimidade do filho.
Art. 343. Não basta o adultério da mulher, com quem o marido vivia sob o
mesmo teto, para ilidir a presunção legal de legitimidade da prole.
Art. 344. Cabe privativamente ao marido o direito de contestar a legitimidade dos
filhos nascidos de sua mulher (artigo 178, § 3º).
Art. 345. A ação de que trata o artigo antecedente, uma vez iniciada, passa aos

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herdeiros do marido.
Art. 346. Não basta a confissão materna para excluir a paternidade. (Redação
dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 347. (Revogado pela Lei nº 8.560, de 29.12.1992)
Art. 348. Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de
nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade de registro. (Redação dada ao
artigo pelo Decreto-Lei nº 5.860, de 30.09.1943)
Art. 349. Na falta, ou defeito do termo de nascimento poderá provar-se a filiação
legítima, por qualquer modo admissível em direito:
I - Quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta
ou separadamente.
II - Quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos.
Art. 350. A ação de prova da filiação legítima compete ao filho, enquanto viver,
passando aos herdeiros, se ele morrer menor, ou incapaz.
Art. 351. Se a ação tiver sido iniciada pelo filho, poderão continuá-la os
herdeiros, salvo se o autor desistiu, ou a instância foi perempta.
CAPÍTULO III
DA LEGITIMAÇÃO

Art. 352. Os filhos legitimados são, em tudo, equiparados aos legítimos.


Art. 353. A legitimação resulta do casamento dos pais, estando concebido, ou
depois de havido o filho (artigo 229).
Art. 354. A legitimação dos filhos falecidos aproveita aos seus descendentes.
CAPÍTULO IV
DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS ILEGÍTIMOS

Art. 355. O filho ilegítimo pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou
separadamente. (Alterado implicitamente pela Lei nº 8.069, de 13.07.1990)
Art. 356. Quando a maternidade constar do termo de nascimento do filho a mãe
só poderá contestar, provando a falsidade do termo, ou das declarações nele
contidas.
Art. 357. O reconhecimento voluntário do filho ilegítimo pode fazer-se ou no
próprio termo de nascimento, ou mediante escritura pública, ou por testamento
(artigo 184, parágrafo único).
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho, ou
suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes. (Revogado implicitamente
pela Lei nº 8.069, de 13.07.1990)

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Art. 358. (Revogado pela Lei nº 7.841, de 17.10.1989)
Art. 359. O filho ilegítimo, reconhecido por um dos cônjuges, não poderá residir
no lar conjugal sem o consentimento do outro.
Art. 360. O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sob o poder do progenitor,
que o reconheceu, e, se ambos o reconheceram, sob o do pai.
Art. 361. Não se pode subordinar a condição, ou a termo, o reconhecimento do
filho.
Art. 362. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o
menor pode impugnar o reconhecimento, dentro dos quatro anos que se seguirem
à maioridade, ou emancipação.
Art. 363. Os filhos ilegítimos de pessoas que não caibam no artigo 183, nºs I e
VI, têm ação contra os pais, ou seus herdeiros, para demandar o reconhecimento
da filiação.
I - Se ao tempo da concepção a mãe estava concubinada com o pretendido pai.
II - Se a concepção do filho reclamante coincidiu com o rapto da mãe pelo
suposto pai, ou suas relações sexuais com ela.
III - Se existir escrito daquele a quem se atribui a paternidade, reconhecendo-a
expressamente.
Art. 364. A investigação da maternidade só se não permite quando tenha por fim
atribuir prole ilegítima à mulher casada ou incestuosa à solteira (artigo 358).
(Alterado implicitamente pelo § 6º do artigo 227 da CF/88)
Art. 365. Qualquer pessoa, que justo interesse tenha, pode contestar a ação de
investigação da paternidade, ou maternidade.
Art. 366. A sentença, que julgar procedente a ação de investigação, produzirá os
mesmos efeitos do reconhecimento; podendo, porém, ordenar que o filho se crie e
eduque fora da companhia daquele dos pais, que negou esta qualidade.
Art. 367. A filiação paterna e a materna podem resultar de casamento declarado
nulo, ainda mesmo sem as condições do putativo.
CAPÍTULO V
DA ADOÇÃO

Art. 368. Só os maiores de 30 (trinta) anos podem adotar.


Parágrafo único. Ninguém pode adotar, sendo casado, senão decorridos 5
(cinco) anos após o casamento. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 3.133, de
08.05.1957)
Art. 369. O adotante há de ser, pelo menos, 16 (dezesseis) anos mais velho que
o adotado. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 3.133, de 08.05.1957)
Art. 370. Ninguém pode ser adotado por duas pessoas, salvo se forem marido e

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mulher.
Art. 371. Enquanto não der contas de sua administração, e saldar o seu alcance,
não pode o tutor, ou curador, adotar o pupilo, ou o curatelado.
Art. 372. Não se pode adotar sem o consentimento do adotado ou de seu
representante legal se for incapaz ou nascituro. (Redação dada ao artigo pela Lei
nº 3.133, de 08.05.1957)
Art. 373. O adotado, quando menor, ou interdito, poderá desligar-se da adoção
no ano imediato ao em que cessar a interdição, ou a menoridade.
Art. 374. Também se dissolve o vínculo da adoção:
I - Quando as duas partes convierem.
II - Nos casos em que é admitida a deserdação. (Redação dada ao inciso pela
Lei nº 3.133, de 08.05.1957)
Art. 375. A adoção far-se-á por escritura pública em que se não admite condição,
nem termo.
Art. 376. O parentesco resultante da adoção (artigo 336) limita-se ao adotante e
ao adotado, salvo quanto aos impedimentos matrimoniais, a cujo respeito se
observará o disposto no artigo 183, nºs III e V.
Art. 377. Quando o adotante tiver filhos legítimos, legitimados ou reconhecidos, a
relação de adoção não envolve a de sucessão hereditária. (Redação dada ao
artigo pela Lei nº 3.133, de 08.05.1957)
Art. 378. Os direitos e deveres que resultam do parentesco natural não se
extinguem pela adoção, exceto o pátrio poder, que será transferido do pai natural
para o adotivo.
CAPÍTULO VI
DO PÁTRIO PODER

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 379. Os filhos legítimos, os legitimados, os legalmente reconhecidos e os
adotivos estão sujeitos ao pátrio poder, enquanto menores.
Art. 380. Durante o casamento compete o pátrio poder aos pais, exercendo-o o
marido com a colaboração da mulher. Na falta ou impedimento de um dos
progenitores passará o outro a exercê-lo com exclusividade.
Parágrafo único. Divergindo os progenitores quanto ao exercício do pátrio poder,
prevalecerá a decisão do pai, ressalvado à mãe o direito de recorrer ao juiz para
solução da divergência. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 4.121, de
27.08.1962)
Art. 381. O desquite não altera as relações entre pais e filhos senão quanto ao

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direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos (artigos
326 e 327).
Art. 382. Dissolvido o casamento pela morte de um dos cônjuges, o pátrio poder
compete ao cônjuge sobrevivente.
Art. 383. O filho ilegítimo não reconhecido pelo pai fica sob o poder materno. Se,
porém, a mãe não for conhecida, ou capaz de exercer o pátrio poder, dar-se-á
tutor ao menor.
SEÇÃO II
DO PÁTRIO PODER QUANTO À PESSOA DOS FILHOS
Art. 384. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:

I - Dirigir-lhes a criação e educação.


II - Tê-los em sua companhia e guarda.
III - Conceder-lhes, ou negar-lhes consentimento para casarem.
IV - Nomear-lhes tutor, por testamento ou documento autêntico, se o outro dos
pais lhe não sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercitar o pátrio poder.
V - Representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los,
após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento.
VI - Reclamá-los de quem ilegalmente os detenha.
VII - Exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua
idade e condição.
SEÇÃO III
DO PÁTRIO PODER QUANTO AOS BENS DOS FILHOS
Art. 385. O pai e, na sua falta, a mãe são os administradores legais dos bens
dos filhos que se achem sob o seu poder, salvo o disposto no artigo 225.
Art. 386. Não podem, porém, alienar, hipotecar, ou gravar de ônus reais, os
imóveis dos filhos, nem contrair, em nome deles, obrigações que ultrapassem os
limites da simples administração, exceto por necessidade, ou evidente utilidade da
prole, mediante prévia autorização do juiz (artigo 178, § 6º, nº III).
Art. 387. Sempre que no exercício do pátrio poder colidirem os interesses dos
pais com os do filho, a requerimento deste ou do Ministério Público, o juiz lhe dará
curador especial.
Art. 388. Só têm o direito de opor a nulidade aos atos praticados com infração
dos artigos antecedentes:
I - O filho (artigo 178, § 6º, nº III).
II - Os herdeiros (artigo 178, § 6º, nº IV).
III - O representante legal do filho, se durante a menoridade cessar o pátrio poder
(artigos 178, § 6º, nº IV, e 392).
Art. 389. O usufruto dos bens dos filhos é inerente ao exercício do pátrio poder,
salvo a disposição do artigo 225.

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Art. 390. Excetuam-se:
I - Os bens deixados ou doados ao filho com a exclusão do usufruto paterno.
II - Os bens deixados ao filho, para fim certo e determinado.
Art. 391. Excluem-se assim do usufruto como da administração dos pais:
I - Os bens adquiridos pelo filho ilegítimo, antes do reconhecimento.
II - Os adquiridos pelo filho em serviço militar, de magistério, ou em qualquer
outra função pública.
III - Os deixados ou doados ao filho, sob a condição de não serem administrados
pelos pais.
IV - Os bens que ao filho couberem na herança (artigo 1.599), quando os pais
forem excluídos da sucessão (artigo 1.602). (Acrescido pelo Dec. Leg. 3.725, de
15.01.1919)
SEÇÃO IV
DA SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PÁTRIO PODER
Art. 392. Extingue-se o pátrio poder:

I - Pela morte dos pais ou do filho.


II - Pela emancipação, nos termos do parágrafo único do artigo 9º, Parte Geral.
III - Pela maioridade.
IV - Pela adoção.
Art. 393. A mãe que contrai novas núpcias não perde, quanto aos filhos de leito
anterior, os direitos ao pátrio poder, exercendo-os sem qualquer interferência do
marido. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
Art. 394. Se o pai, ou mãe, abusar do seu poder, faltando aos deveres paternos,
ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o
Ministério Público, adotar a medida, que lhe pareça reclamada pela segurança do
menor e seus haveres, suspendendo até, quando convenha, o pátrio poder.
Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do pátrio poder, ao pai ou
mãe condenados por sentença irrecorrível, em crime cuja pena exceda de dois
anos de prisão.
Art. 395. Perderá por ato judicial o pátrio poder o pai, ou mãe:

I - Que castigar imoderadamente o filho.


II - Que o deixar em abandono.
III - Que praticar atos contrários à moral e aos bons costumes.
CAPÍTULO VII
DOS ALIMENTOS

Art. 396. De acordo com o prescrito neste capítulo podem os parentes exigir uns
dos outros os alimentos, de que necessitem para subsistir.
Art. 397. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e
extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em
grau, uns em falta de outros.

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Art. 398. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes,
guardada a ordem da sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos,
como unilaterais.
Art. 399. São devidos os alimentos quando o parente, que os pretende, não tem
bens, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e o de quem se
reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Parágrafo único. No caso de pais que, na velhice, carência ou enfermidade,
ficaram sem condições de prover o próprio sustento, principalmente quando se
despojaram de bens em favor da prole, cabe, sem perda de tempo e até em
caráter provisional, aos filhos maiores e capazes, o dever de ajudá-los e ampará-
los, com a obrigação irrenunciável de assisti-los e alimentá-los até o final de suas
vidas. (Parágrafo acrescentado pela Lei 8.648, de 20.04.1993)
Art. 400. Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do
reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
Art. 401. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na fortuna de quem os
supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar do juiz, conforme
as circunstâncias, exoneração, redução, ou agravação do encargo.
Art. 402. A obrigação de prestar alimentos não se transmite aos herdeiros do
devedor. (Revogado implicitamente pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Art. 403. A pessoa obrigada a suprir alimentos poderá pensionar o alimentando,
ou dar-lhe em casa, hospedagem e sustento.
Parágrafo único. Compete, porém, ao juiz, se as circunstâncias exigirem, fixar a
maneira da prestação devida.
Art. 404. Pode-se deixar de exercer, mas não se pode renunciar o direito a
alimentos.
Art. 405. O casamento, embora nulo, e a filiação espúria, provada quer por
sentença irrecorrível, não provocada pelo filho, quer por confissão, ou declaração
escrita do pai, fazem certa a paternidade, somente para o efeito da prestação de
alimentos.

TÍTULO VI
DA TUTELA, DA CURATELA E DA AUSÊNCIA

CAPÍTULO I
DA TUTELA

SEÇÃO I
DOS TUTORES
Art. 406. Os filhos menores são postos em tutela:

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I - Falecendo os pais, ou sendo julgados ausentes.
II - Decaindo os pais do pátrio poder.
Art. 407. O direito de nomear tutor compete ao pai, à mãe, ao avô paterno e ao
materno. Cada uma destas pessoas o exercerá no caso de falta ou incapacidade
das que lhes antecederem na ordem aqui estabelecida.
Parágrafo único. A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro
documento autêntico.
Art. 408. Nula é a nomeação de tutor pelo pai, ou pela mãe, que, ao tempo de
sua morte, não tenha o pátrio poder.
Art. 409. Em falta de tutor nomeado pelos pais, incumbe a tutela aos parentes
consangüíneos do menor, por esta ordem:
I - Ao avô paterno, depois ao materno, e, na falta deste, à avó paterna, ou
materna.
II - Aos irmãos, preferindo os bilaterais aos unilaterais, o do sexo masculino ao
do feminino, o mais velho ao mais moço.
III - Aos tios, sendo preferido o do sexo masculino ao do feminino, o mais velho
ao mais moço.
Art. 410. O juiz nomeará tutor idôneo e residente no domicílio do menor:
I - Na falta de tutor testamentário, ou legítimo.
II - Quando estes forem excluídos ou escusados da tutela.
III - Quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e o testamentário.
Art. 411. Aos irmãos órfãos se dará um só tutor. No caso, porém, de ser
nomeado mais de um, por disposição testamentária, entende-se que a tutela foi
cometida ao primeiro, e que os outros lhe hão de suceder pela ordem da
nomeação, dado o caso de morte, incapacidade, escusa ou qualquer outro
impedimento legal.
Parágrafo único. Quem instituiu um menor herdeiro, ou legatário seu, poderá
nomear-lhe curador especial para os bens deixados, ainda que o menor se ache
sob o pátrio poder, ou sob tutela.
Art. 412. Os menores abandonados terão tutores nomeados pelo juiz, ou serão
recolhidos a estabelecimentos públicos para este fim destinados.
Na falta desses estabelecimentos, ficam sob a tutela das pessoas que, voluntária
e gratuitamente, se encarregarem da sua criação.
SEÇÃO II
DOS INCAPAZES DE EXERCER A TUTELA
Art. 413. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam:
I - Os que não tiverem a livre administração de seus bens.
II - Os que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constituídos
em obrigação para com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra este; e
aqueles cujos pais, filhos, ou cônjuges tiverem demanda com o menor.
III - Os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes

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expressamente excluídos da tutela.
IV - Os condenados por crime de furto, roubo, estelionato ou falsidade, tenham
ou não cumprido a pena.
V - As pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas de
abuso em tutorias anteriores.
VI - Os que exercerem função pública incompatível com a boa administração da
tutela.
SEÇÃO III
DA ESCUSA DOS TUTORES
Art. 414. Podem escusar-se da tutela:

I - As mulheres.
II - Os maiores de sessenta anos.
III - Os que tiverem em seu poder mais de cinco filhos.
IV - Os impossibilitados por enfermidade. (Redação do Dec. Leg. 3.725, de
15.01.1919)
V - Os que habitarem longe do lugar, onde se haja de exercer a tutela.
VI - Os que já exercerem tutela, ou curatela.
VII - Os militares, em serviço.
Art. 415. Quem não for parente do menor não poderá ser obrigado a aceitar a
tutela, se houver no lugar parente idôneo, consangüíneo ou afim, em condições de
exercê-la.
Art. 416. A escusa apresentar-se-á nos dez dias subseqüentes à intimação do
nomeado, sob pena de entender-se renunciado o direito de alegá-la.
Se o motivo escusatório ocorrer depois de aceita a tutela, os dez dias contar-se-ão
do em que ele sobrevier.
Art. 417. Se o juiz não admitir a escusa, exercerá o nomeado a tutela, enquanto
o recurso interposto não tiver provimento, e responderá desde logo pelas perdas e
danos, que o menor venha a sofrer.
SEÇÃO IV
DA GARANTIA DA TUTELA
Art. 418. O tutor, antes de assumir a tutela, é obrigado a especializar, em
hipoteca legal, que será inscrita, os imóveis necessários, para acautelar, sob a sua
administração, os bens do menor.
Art. 419. Se todos os imóveis de sua propriedade não valerem o patrimônio do
menor, reforçará o tutor a hipoteca mediante caução real ou fidejussória; salvo se
para tal não tiver meios, ou for de reconhecida idoneidade.
Art. 420. O juiz responde subsidiariamente pelos prejuízos, que sofra o menor
em razão da insolvência do tutor, de lhe não ter exigido a garantia legal, ou de o
não haver removido, tanto que se tornou suspeito.
Art. 421. A responsabilidade será pessoal e direta, quando o juiz não tiver
nomeado tutor, ou quando a nomeação não houver sido oportuna.

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SEÇÃO V
DO EXERCÍCIO DA TUTELA
Art. 422. Incumbe ao tutor, sob a inspeção do juiz, reger a pessoa do menor,
velar por ele e administrar-lhe os bens.
Art. 423. Os bens do menor serão entregues ao tutor mediante termo
especificado dos bens e seus valores, ainda que os pais o tenham dispensado.
Art. 424. Cabe ao tutor, quanto à pessoa do menor:

I - Dirigir-lhe a educação, defendê-lo e prestar-lhe alimentos, conforme os seus


haveres e condição.
II - Reclamar do juiz que providencie, como houver por bem, quando o menor
haja mister correção.
Art. 425. Se o menor possuir bens, será sustentado e educado a expensas suas,
arbitrando o juiz, para tal fim, as quantias, que lhe pareçam necessárias, atento o
rendimento da fortuna do pupilo, quando o pai, ou a mãe, não as houver taxado.
Art. 426. Compete mais ao tutor:

I - Representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-
lo, após essa idade, nos atos em que for parte, suprindo-lhe o consentimento.
II - Receber as rendas e pensões do menor.
III - Fazer-lhe as despesas de subsistência e educação bem como as da
administração de seus bens (artigo 433, nº I).
IV - Alienar os bens do menor destinados à venda.
Art. 427. Compete-lhe também, com a autorização do juiz:

I - Fazer as despesas necessárias com a conservação e o melhoramento dos


bens.
II - Receber as quantias devidas ao órfão, e pagar-lhe as dívidas.
III - Aceitar por ele heranças, legados, ou doações, com ou sem encargos.
IV - Transigir.
V - Promover-lhe, mediante praça pública, o arrendamento dos bens de raiz.
VI - Vender-lhe em praça os móveis, cuja conservação não convier, e os imóveis,
nos casos em que for permitido (artigo 429).
VII - Propor em juízo as ações e promover todas as diligências a bem do menor,
assim como defendê-lo nos pleitos contra ele movidos, segundo o disposto no
artigo 84.
Art. 428. Ainda com autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de nulidade:
I - Adquirir por si, ou por interposta pessoa, por contrato particular, ou em hasta
pública, bens móveis, ou de raiz, pertencentes ao menor.
II - Dispor dos bens do menor a título gratuito.
III - Constituir-se cessionário de crédito, ou direito, contra o menor.
Art. 429. Os imóveis pertencentes aos menores só podem ser vendidos, quando
houver manifesta vantagem, e sempre em hasta pública.
Art. 430. Antes de assumir a tutela, o tutor declarará tudo o que lhe deva o

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menor, sob pena de lho não poder cobrar, enquanto exerça a tutoria, salvo
provando que não conhecia o débito, quando a assumiu.
Art. 431. O tutor responde pelos prejuízos, que, por negligência, culpa, ou dolo,
causar ao pupilo; mas tem direito a ser pago do que legalmente despender no
exercício da tutela, e, salvo no caso do artigo 412, a perceber uma gratificação por
seu trabalho.
Parágrafo único. Não tendo os pais do menor fixado essa gratificação, arbitra-la-
á o juiz, até dez por cento, no máximo, da renda líquida anual dos bens
administrados pelo tutor.
SEÇÃO VI
DOS BENS DE ÓRFÃOS
Art. 432. Os tutores não podem conservar em seu poder dinheiros de seus
tutelados, além do necessário, para as despesas ordinárias com o seu sustento, a
sua educação e a administração de seus bens.
§ 1º. Os objetos de ouro, prata, pedras preciosas e móveis desnecessários serão
vendidos em hasta pública, e seu produto convertido em títulos de
responsabilidade da União, ou dos Estados, rescolhidos às Caixas Econômicas
Federais ou aplicado na aquisição de imóveis, conforme for determinado pelo juiz.
O mesmo destino terá o dinheiro proveniente de qualquer outra procedência.
§ 2º. Os tutores respondem pela demora na aplicação dos valores acima ditos,
pagando os juros legais desde o dia em que lhes deveriam dar esse destino, o que
não os exime da obrigação, que o juiz fará efetiva, da referida aplicação.
Art. 433. Os valores que existirem nas Caixas Econômicas Federais, na forma
do artigo anterior, não se poderão retirar, senão mediante ordem do juiz, e
somente:
I - Para as despesas com o sustento e educação do pupilo ou a administração de
seus bens (artigo 427, nº I).
II - Para se comprarem bens de raiz e títulos da dívida pública da União, ou dos
Estados.
III - Para se empregarem em conformidade com o disposto por quem os houver
doado, ou deixado.
IV - Para se entregarem aos órfãos, quando emancipados, ou maiores, ou,
mortos eles, aos seus herdeiros.
SEÇÃO VII
DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE TUTELA
Art. 434. Os tutores, embora o contrário dispusessem os pais dos tutelados, são
obrigados a prestar contas da sua administração.
Art. 435. No fim de cada ano de administração, os tutores submeterão ao juiz o
balanço respectivo, que, depois de aprovado, se anexará aos autos do inventário.
(Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 436. Os tutores prestarão contas de dois em dois anos, e bem assim

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quando, por qualquer motivo, deixarem o exercício de tutela ou toda a vez que o
juiz o houver por conveniente.
Parágrafo único. As contas serão prestadas em juízo, e julgadas depois de
audiência dos interessados; recolhendo o tutor imediatamente em caixas
econômicas os saldos, ou adquirindo bens imóveis, ou títulos da dívida pública.
Art. 437. Finda a tutela pela emancipação, ou maioridade, a quitação do menor
não produzirá efeito antes de aprovadas as contas pelo juiz, subsistindo inteira,
até então, a responsabilidade do tutor.
Art. 438. Nos casos de morte, ausência, ou interdição do tutor, as contas serão
prestadas por seus herdeiros, ou representantes.
Art. 439. Serão levadas a crédito do tutor todas as despesas justificadas e
reconhecidamente proveitosas ao menor.
Art. 440. As despesas com a prestação das contas serão pagas pelo tutelado.
Art. 441. O alcance do tutor, bem como o saldo contra o tutelado, vencerão juros
desde o julgamento definitivo das contas.
SEÇÃO VIII
DA CESSAÇÃO DA TUTELA
Art. 442. Cessa a condição de pupilo:
I - Com a maioridade, ou a emancipação do menor.
II - Caindo o menor sob o pátrio poder, no caso de legitimação, reconhecimento,
ou adoção.
Art. 443. Cessam as funções do tutor:

I - Expirando o termo, em que era obrigado a servir (artigo 444).


II - Sobrevindo escusa legítima (artigos 414 a 416).
III - Sendo removido (artigos 413 e 445).
Art. 444. Os tutores são obrigados a servir por espaço de dois anos.
Parágrafo único. Podem, porém, continuar além desse prazo, no exercício da
tutela, se o quiserem, e o juiz tiver por conveniente ao menor. (Alterado
implicitamente pelo artigo 1.198 do CPC)
Art. 445. Serão destituído o tutor, quando negligente, prevaricador ou incurso em
incapacidade.
CAPÍTULO II
DA CURATELA

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 446. Estão sujeitos à curatela:
I - Os loucos de todo o gênero (artigos 448, nº I, 450 e 457).

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II - Os surdos-mudos, sem educação que os habilite a enunciar precisamente a
sua vontade (artigos 451 e 456).
III - Os pródigos (artigos 459 e 461).
Art. 447. A interdição deve ser promovida:
I - Pelo pai, mãe, ou tutor.
II - Pelo cônjuge ou algum parente próximo.
III - Pelo Ministério Público.
Art. 448. O Ministério Público só promoverá a interdição:
I - No caso de loucura furiosa.
II - Se não existir, ou não promover a interdição alguma das pessoas designadas
no artigo antecedente, nºs I e II.
III - Se, existindo, forem menores, ou incapazes.
Art. 449. Nos casos em que a interdição for promovida pelo Ministério Público, o
juiz nomeará defensor ao suposto incapaz. Nos demais casos o Ministério Público
será o defensor.
Art. 450. Antes de se pronunciar acerca da interdição, examinará pessoalmente
o juiz o argüido de incapacidade, ouvindo profissionais.
Art. 451. Pronunciada a interdição do surdo-mudo, o juiz assinará, segundo o
desenvolvimento mental do interdito, os limites da curatela.
Art. 452. A sentença que declara a interdição produz efeito desde logo, embora
sujeita a recurso.
Art. 453. Decretada a interdição, fica o interdito sujeito à curatela, à qual se
aplica o disposto no capítulo antecedente, com a restrição do artigo 451 e as
modificações dos artigos seguintes.
Art. 454. O cônjuge, não separado judicialmente, é, de direito, curador do outro,
quando interdito (artigo 455).
§ 1º. Na falta do cônjuge, é curador legítimo o pai; na falta deste, a mãe; e, na
desta, o descendente maior.
§ 2º. Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos, e
dentre os do mesmo grau, os varões às mulheres.
§ 3º. Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.
Art. 455. Quando o curador for o cônjuge, não será obrigado a apresentar os
balanços anuais, nem a fazer inventário, se o regime do casamento for o da
comunhão, ou se os bens do incapaz se acharem descritos em instrumento
público, qualquer que seja o regime do casamento.
§ 1º. Se o curador for o marido, observar-se-á o disposto nos artigos 233 a 239.
§ 2º. Se for a mulher a curadora, observar-se-á o disposto no artigo 251,
parágrafo único.
§ 3º. Se for o pai, ou mãe, não terá aplicação o disposto no artigo 435.
Art. 456. Havendo meio de educar o surdo-mudo, o curador promover-lhe-á o
ingresso em estabelecimento apropriado.

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Art. 457. Os loucos, sempre que parecer inconveniente conservá-los em casa,
ou o exigir o seu tratamento, serão também recolhidos em estabelecimento
adequado.
Art. 458. A autoridade do curador estende-se à pessoa e bens dos filhos do
curatelado, nascidos ou nascituros (artigo 462, parágrafo único). (Redação dada
ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
SEÇÃO II
DOS PRÓDIGOS
Art. 459. A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar,
transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado e praticar,
em geral, atos que não sejam de mera administração.
Art. 460. O pródigo só incorrerá em interdição, havendo cônjuge, ou tendo
ascendentes ou descentes legítimos, que a promovam.
Art. 461. Levantar-se-á interdição, cessando a incapacidade, que a determinou,
ou não existindo mais os parentes designados no artigo anterior.
Parágrafo único. Só o mesmo pródigo e as pessoas designadas no artigo 460
poderão argüir a nulidade dos atos do interdito durante a interdição.
SEÇÃO III
DA CURATELA DO NASCITURO
Art. 462. Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer, estando a mulher
grávida, e não tendo o pátrio poder.
Parágrafo único. Se a mulher estiver interdita, seu curador será do nascituro
(artigo 458).
CAPÍTULO III
DA AUSÊNCIA

SEÇÃO I
DA CURADORIA DE AUSENTES
Art. 463. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio, sem que dela haja
notícia, se não houver deixado representante, ou procurador, a quem toque
administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, ou do
Ministério Público, nomear-lhe-á curador.
Art. 464. Também se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário,
que não queira, ou não possa exercer ou continuar o mandato.
Art. 465. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações
conforme as circunstâncias, observando, no que foi aplicável, o disposto a respeito
dos tutores e curadores.
Art. 466. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente,

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será o seu legítimo curador.
Art. 467. Em falta de cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe ao pai,
à mãe, aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba
de exercer o cargo.
Parágrafo único. Entre os descendentes, os mais vizinhos precedem aos mais
remotos, e, entre os do mesmo grau, os varões precedem às mulheres.
Art. 468. Nos casos de arrecadação de herança ou quinhão de herdeiros
ausentes, observar-se-á, quanto à nomeação do curador, o disposto neste Código,
artigos 1.591 a 1.594.
SEÇÃO II
DA SUCESSÃO PROVISÓRIA
Art. 469. Passando-se dois anos, sem que se saiba do ausente, se não deixou
representante, nem procurador, ou, se os deixou, em passando quatro anos,
poderão os interessados requerer que se lhes abra provisoriamente a sucessão.
(Revogado implicitamente pelo artigo 1.163 do CPC)
Art. 470. Consideram-se, para estes efeitos, interessados:
I - O cônjuge não separado judicialmente.
II - Os herdeiros presumidos legítimos ou os testamentários.
III - Os que tiverem sobre os bens do ausente direito subordinado à condição de
morte.
IV - Os credores de obrigações vencidas e não pagas.
Art. 471. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só
produzirá efeito seis meses depois de publicado pela imprensa; mas, logo que
passe em julgado, se procederá à abertura do testamento, se existir, e ao
inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.
§ 1º. Findo o prazo do artigo 469, e não havendo absolutamente interessados na
sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente.
§ 2º. Não comparecendo herdeiro, ou interessado, tanto que passe em julgado a
sentença, que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á judicialmente à
arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos artigos 1.591 a
1.594. (Revogado implicitamente pelo artigo 1.163 do CPC)
Art. 472. Antes da partilha o juiz ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos
à deterioração ou a extravio, em imóveis, ou em títulos da dívida pública da União
ou dos Estados (artigo 477).
Art. 473. Os herdeiros imitidos na posse dos bens do ausente darão garantias da
restituição deles, mediante penhores, ou hipotecas, equivalentes aos quinhões
respectivos.
Parágrafo único. O que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a
garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam
caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e
que preste a dita garantia (artigo 478).

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Art. 474. Na partilha, os imóveis serão confiados em sua integridade aos
sucessores provisórios mais idôneos.
Art. 475. Não sendo por desapropriação, os imóveis do ausente só se poderão
alienar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína, ou quando convenha
convertê-los em títulos da dívida pública.
Art. 476. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão
representando, ativa e passivamente, o ausente, de modo que contra eles
correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele se moverem.
Art. 477. O descendente, ascendente, ou cônjuge, que for sucessor provisório do
ausente fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem.
Os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e
rendimentos, segundo o disposto no artigo 472, de acordo com o representante do
Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente.
Art. 478. O excluído, segundo o artigo 473, parágrafo único, da posse provisória,
poderá, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos
rendimentos do quinhão, que lhe tocaria.
Art. 479. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento
do ausente, considerar-se-á nessa data, aberta a sucessão em favor dos
herdeiros, que o eram àquele tempo.
Art. 480. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de
estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores
nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias
precisas, até à entrega dos bens a seu dono.
SEÇÃO III
DA SUCESSÃO DEFINITIVA
Art. 481. Vinte anos depois de passada em julgado a sentença que concede a
abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a definitiva e o
levantamento das cauções prestadas. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 2.437,
de 07.03.1955) (Revogado implicitamente pelo inciso II do artigo 1.167 do CPC)
Art. 482. Também se pode requerer a sucessão definitiva, provando-se que o
ausente conta oitenta anos de nascido, e que de cinco datam as últimas notícias
suas.
Art. 483. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da
sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes, ou ascendentes, aquele ou
estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharam, os sub-
rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados
houverem recebido pelos alienados depois daquele tempo.
Parágrafo único. Se, nos dez anos deste artigo, o ausente não regressar, e
nenhum interessado promover a sucessão definitiva, a plena propriedade dos

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bens arrecadados passará ao Estado, ou ao Distrito Federal, se o ausente era
domiciliado nas respectivas circunscrições, ou à União, se o era em território ainda
não constituído em Estado.
SEÇÃO IV
DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA QUANTO AOS DIREITOS DE FAMÍLIA
Art. 484. Se o ausente deixar filhos menores, e o outro cônjuge houver falecido,
ou não tiver direito ao exercício do pátrio poder, proceder-se-á com esses filhos,
como se fossem órfãos de pai e mãe.

LIVRO II
DO DIREITO DAS COISAS

TÍTULO I
DA POSSE

CAPÍTULO I
DA POSSE E SUA CLASSIFICAÇÃO

Art. 485. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno
ou não, de algum dos poderes inerentes ao domínio, ou propriedade.
Art. 486. Quando, por força de obrigação, ou direito, em casos como o do
usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, se exerce temporariamente a
posse direta, não anula esta às pessoas, de quem eles a houveram, a posse
indireta.
Art. 487. Não é possuidor aquele que, achando-se em relação de dependência
para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens
ou instruções suas.
Art. 488. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, ou estiverem em
gozo do mesmo direito, poderá cada uma exercer sobre o objeto comum atos
possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.
(Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 489. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
Art. 490. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que
lhe impede a aquisição da coisa, ou do direito possuído.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé,
salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta
presunção.
Art. 491. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento
em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui
indevidamente.

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Art. 492. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter,
com que foi adquirida.
CAPÍTULO II
DA AQUISIÇÃO DA POSSE

Art. 493. Adquire-se a posse:


I - Pela apreensão da coisa, ou pelo exercício do direito.
II - Pelo fato de se dispor da coisa, ou do direito.
III - Por qualquer dos modos de aquisição em geral.
Parágrafo único. É aplicável à aquisição da posse o disposto neste Código,
artigos 81 a 85.
Art. 494. A posse pode ser adquirida:
I - Pela própria pessoa que a pretende.
II - Por seu representante, ou procurador.
III - Por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.
IV - Pelo constituto possessório.
Art. 495. A posse transmite-se com os mesmos caracteres aos herdeiros e
legatários do possuidor.
Art. 496. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e
ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos
legais.
Art. 497. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância, assim
como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão
depois de cessar a violência, ou a clandestinidade.
Art. 498. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a dos móveis e
objetos que nele estiverem.
CAPÍTULO III
DOS EFEITOS DA POSSE

Art. 499. O possuidor tem direito a ser mantido na posse, em caso de turbação,
e restituído, no de esbulho.
Art. 500. Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-se-á
provisoriamente a que detiver a coisa, não sendo manifesto que a obteve de
alguma das outras por modo vicioso.
Art. 501. O possuidor, que tenha justo receio de ser molestado na posse, poderá
impetrar ao juiz que o segure da violência iminente, cominando pena a quem lhe
transgredir o preceito.
Art. 502. O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se, ou restituir-se
por sua própria força, contanto que o faça logo.

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Parágrafo único. Os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do
indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
Art. 503. O possuidor manutenido, ou reintegrado, na posse, tem direito à
indenização dos prejuízos sofridos, operando-se a reintegração à custa do
esbulhador, no mesmo lugar do esbulho.
Art. 504. O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de indenização,
contra o terceiro, que recebeu a coisa esbulhada, sabendo que o era.
Art. 505. Não obsta à manutenção, ou reintegração na posse, a alegação de
domínio, ou de outro direito sobre a coisa. Não se deve, entretanto, julgar a posse
em favor daquele a quem evidentemente não pertencer o domínio.
Art. 506. Quando o possuidor tiver sido esbulhado, será reintegrado na posse,
desde que o requeira, sem ser ouvido o autor do esbulho antes da reintegração.
Art. 507. Na posse de menos de ano e dia, nenhum possuidor será manutenido,
ou reintegrado judicialmente, senão contra os que não tiverem melhor posse.
Parágrafo único. Entende-se melhor a posse que se fundar em justo título; na
falta de título, ou sendo os títulos iguais, a mais antiga; se da mesma data, a
posse atual. Mas, se todas forem duvidosas, será seqüestrada a coisa, enquanto
se não apurar a quem toque.
Art. 508. Se a posse for de mais de ano e dia, o possuidor será mantido
sumariamente, até ser convencido pelos meios ordinários.
Art. 509. O disposto nos artigos antecedentes não se aplica às servidões
contínuas não aparentes, nem às descontínuas, salvo quando os respectivos
títulos provierem do possuidor do prédio serviente, ou daqueles de quem este o
houve.
Art. 510. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos
percebidos.
Art. 511. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser
restituídos, depois de deduzidas as despesas da produção e custeio. Devem ser
também restituídos os frutos colhidos com antecipação.
Art. 512. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo
que são separados. Os civis reputam-se percebidos dia por dia.
Art. 513. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e
percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o
momento em que se constituiu de má-fé; tem direito, porém, às despesas da
produção e custeio.
Art. 514. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da
coisa, a que não der causa.
Art. 515. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa,
ainda que acidentais, salvo se provar que do mesmo modo se teriam dado,

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estando ela na posse do reivindicante.
Art. 516. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias
necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se lhe não forem pagas,
ao de levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa. Pelo valor das
benfeitorias necessárias e úteis, poderá exercer o direito de retenção.
Art. 517. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias
necessárias; mas não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas,
nem o de levantar as voluptuárias.
Art. 518. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao
ressarcimento, se ao tempo da evicção ainda existirem.
Art. 519. O reivindicante obrigado a indenizar as benfeitorias tem direito de optar
entre o seu valor atual e o seu custo.
CAPÍTULO IV
DA PERDA DA POSSE

Art. 520. Perde-se a posse das coisas:


I - Pelo abandono.
II - Pela tradição.
III - Pela perda, ou destruição delas, ou por serem postas fora do comércio.
(Redação dada ao inciso Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
IV - Pela posse de outrem, ainda contra a vontade do possuidor, se este não foi
manutenido, ou reintegrado em tempo competente.
V - Pelo constituto possessório.
Parágrafo único. Perde-se a posse dos direitos, em se tornando impossível
exercê-los, ou não se exercendo por tempo que baste para prescreverem.
Art. 521. Aquele que tiver perdido, ou a quem houverem sido furtados, coisa
móvel ou título ao portador, pode reavê-los da pessoa que o detiver, salvo a esta o
direito regressivo contra quem lhos transferiu.
Parágrafo único. Sendo o objeto comprado em leilão público, feira ou mercado, o
dono, que pretender a restituição, é obrigado a pagar ao possuidor o preço por
que o comprou.
Art. 522. Só se considera perdida a posse para o ausente, quando, tendo notícia
da ocupação, se abstém de retomar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é
violentamente repelido.
CAPÍTULO V
DA PROTEÇÃO POSSESSÓRIA

Art. 523. As ações de manutenção e as de esbulho serão sumárias, quando


intentadas dentro em um ano e dia da turbação ou esbulho; e passado esse prazo,
ordinárias, não perdendo, contudo, o caráter possessório.

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Parágrafo único. O prazo de ano e dia não corre enquanto o possuidor defende a
posse, restabelecendo a situação de fato anterior à turbação, ou ao esbulho.
TÍTULO II
DA PROPRIEDADE

CAPÍTULO I
DA PROPRIEDADE EM GERAL

Art. 524. A lei assegura ao proprietário o direito de usar, gozar e dispor de seus
bens, e de reavê-los do poder de quem quer que injustamente os possua.
Parágrafo único. A propriedade literária, científica e artística será regulada
conforme as disposições do Capítulo VI deste Título.
Art. 525. É plena a propriedade, quando todos os seus direitos elementares se
acham reunidos no do proprietário; limitada, quando têm ônus real, ou é resolúvel.
Art. 526. A propriedade do solo abrange a do que lhe está superior e inferior em
toda a altura e em toda a profundidade, úteis ao seu exercício, não podendo,
todavia, o proprietário opor-se a trabalhos que sejam empreendidos a uma altura
ou profundidade tais, que não tenha ele interesse algum em impedi-los.
Art. 527. O domínio presume-se exclusivo e ilimitado, até prova ao contrário.
Art. 528. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando
separados, ao seu proprietário, salvo se, por motivo jurídico, especial, houverem
de caber a outrem.
Art. 529. O proprietário, ou o inquilino de um prédio, em que alguém tem direito
de fazer obras, pode, no caso de dano iminente, exigir do autor delas as precisas
seguranças contra o prejuízo eventual.
CAPÍTULO II
DA PROPRIEDADE IMÓVEL

SEÇÃO I
DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE IMÓVEL
Art. 530. Adquire-se a propriedade imóvel:
I - Pela transcrição do título de transferência no registro do imóvel.
II - Pela acessão.
III - Pelo usucapião.
IV - Pelo direito hereditário.
SEÇÃO II
DA AQUISIÇÃO PELA TRANSCRIÇÃO DO TÍTULO
Art. 531. Estão sujeitos à transcrição, no respectivo registro, os títulos
translativos da propriedade imóvel, por ato entre vivos.

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Art. 532. Serão também transcritos:
I - Os julgados, pelos quais, nas ações divisórias, se puser termo à indivisão.
II - As sentenças, que, nos inventários e partilhas, ajudicarem bens de raiz em
pagamento das dívidas da herança.
III - A arrematação e as adjudicações em hasta pública.
Art. 533. Os atos sujeitos à transcrição (artigos 531 e 532, nºs. II e III) não
transferem o domínio, senão da data em que lhe transcreverem (artigos 856 e
860, parágrafo único). (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725,
de 15.01.1919)
Art. 534. A transcrição datar-se-á do dia em que se apresentar o título ao oficial
do registro, e este o prenotar no protocolo.
Art. 535. Sobrevindo falência ou insolvência do alienante entre a prenotação do
título e a sua transcrição por atraso do oficial, ou dúvida julgada improcedente, far-
se-á, não obstante, a transcrição exigida, que retroage, nesse caso, à data da
prenotação.
Parágrafo único. Se, porém, ao tempo da transcrição ainda não estiver pago o
imóvel, o adquirente, logo que for notificado da falência, ou tenha conhecimento
da insolvência do alienante, depositará em juízo o preço. (Redação dada ao
parágrafo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
SEÇÃO III
DA AQUISIÇÃO POR ACESSÃO
Art. 536. A acessão pode dar-se:

I - Pela formação de ilhas.


II - Por aluvião.
III - Por avulsão.
IV - Por abandono de álveo.
V - Pela construção de obras ou plantações.

DAS ILHAS
Art. 537. As ilhas situadas nos rios não-navegáveis pertencem aos proprietários
ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes:
I - As que se formarem no meio do rio, consideram-se acréscimos sobrevindos
aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas
testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais.
II - As que se formarem entre essa linha e um das margens consideram-se
acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado.
III - As que formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a
pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram.

DA ALUVIÃO
Art. 538. Os acréscimos formados por depósitos e aterros naturais, ou pelo

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desvio das águas dos rios, ainda que estes sejam navegáveis, pertencem aos
donos dos terrenos marginais.
Art. 539. Os donos de terrenos que confinem com águas dormentes, como as de
lagos e tanques, não adquirem o solo descoberto pela retração delas, nem
perdem o que elas invadirem.
Art. 540. Quando o terreno aluvial se formar em frente a prédios de proprietários
diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a
antiga margem; respeitadas as disposições concernentes à navegação.

DA AVULSÃO
Art. 541. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de
um prédio e se juntar a outro, poderá o dono do primeiro reclamá-lo do segundo;
cabendo a este a opção entre aquiescer a que se remova a parte acrescida, ou
indenizar ao reclamante (artigo 178, § 6º, nº XI).
Art. 542. Se ninguém reclamar dentro em um ano, considerar-se-á
definitivamente incorporada essa porção de terra ao prédio, onde se acha,
perdendo o antigo dono o direito a reinvidicá-la, ou ser indenizado (artigo 178, §
6º, nº XI).
Art. 543. Quando a avulsão for de coisa não suscetível de aderência natural,
aplicar-se-á o disposto quanto às coisas perdidas.

DO ÁLVEO ABANDONADO
Art. 544. O álveo abandonado do rio público, ou particular, pertence aos
proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham direito a indenização
alguma os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso. Entende-se
que os prédios marginais se estendem até ao meio do álveo.

DAS CONSTRUÇÕES E PLANTAÇÕES


Art. 545. Toda construção ou plantação, existente em um terreno, se presume
feita pelo proprietário e à sua custa, até que o contrário se prove.
Art. 546. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio, com
sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica
obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se obrou de
má-fé.
Art. 547. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em
proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções, mas tem direito à
indenização. Não o terá, porém, se procedeu de má-fé, caso em que poderá ser
constrangido a repor as coisas no estado anterior e a pagar os prejuízos.
Art. 548. Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o proprietário as

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sementes, plantas e construções, com encargo, porém de ressarcir o valor das
benfeitorias.
Parágrafo único. Presume-se má-fé proprietário, quando o trabalho de
construção, ou lavoura se fez em sua presença e sem impugnação sua.
Art. 549. O disposto no artigo antencedente aplica-se também ao caso de não
pertencerem as sementes, plantas, ou materiais a quem de boa-fé os empregou
em solo alheio.
Parágrafo único. O proprietário das sementes, plantas ou materiais poderá
cobrar do proprietário do solo a indenização devida, quando não puder havê-la do
plantador, ou construtor.
SEÇÃO IV
DO USUCAPIÃO
Art. 550. Aquele que, por vinte anos, sem interrupção, nem oposição, possuir
como seu um imóvel, adquirir-lhe-á o domínio, independentemente de título e boa-
fé que, em tal caso, se presume, podendo requerer ao juiz que assim o declare
por sentença, a qual lhe servirá de título para a transcrição no registro de imóveis.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 2.437, de 07.03.1955)
Art. 551. Adquire também o domínio do imóvel aquele que, por dez anos entre
presentes, ou quinze entre ausentes, o possuir como seu, contínua e
incontestadamente, com justo título e boa-fé.
Parágrafo único. Reputam-se presentes os moradores do mesmo município e
ausentes os que habitam município diverso. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
2.437, de 07.03.1955)
Art. 552. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos
antecedentes, acrescentar à sua posse e a do seu antecessor (artigo 496),
contanto que ambas sejam contínuas e pacíficas.
Art. 553. As causas que obstam, suspendem, ou interrompem a prescrição,
também se aplicam ao usucapião (artigo 619, parágrafo único), assim como ao
possuidor se estende o disposto ao devedor.
SEÇÃO V
DOS DIREITOS DE VIZINHANÇA

DO USO NOCIVO DA PROPRIEDADE


Art. 554. O proprietário, ou inquilino de um prédio tem o direito de impedir que o
mau uso da propriedade vizinha possa prejudicar a segurança, o sossego e a
saúde dos que o habitam.
Art. 555. O proprietário tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a
demolição, ou reparação necessária, quando este ameace ruína, bem como que
preste caução pelo dano iminente.

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DAS ÁRVORES LIMÍTROFES
Art. 556. A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória presume-se pertencer em
comum aos donos dos prédios confinantes.
Art. 557. Os frutos caídos de árvores do terreno vizinho pertencem ao dono do
solo onde caíram, se este for de propriedade particular.
Art. 558. As raízes e ramos de árvores que ultrapassarem a extrema do prédio,
poderão ser cortados, até ao plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno
invadido.

DA PASSAGEM FORÇADA
Art. 559. O dono do prédio rústico, ou urbano, que se achar encravado em outro,
sem saída pela via pública, fonte ou porto, tem direito a reclamar do vizinho que
lhe deixe passagem, fixando-se a esta judicialmente o rumo, quando necessário.
(Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 560. Os donos dos prédios por onde se estabelece a passagem para o
prédio encravado, têm o direito a indenização cabal.
Art. 561. O proprietário que, por culpa sua, perder o direito de trânsito pelos
prédios contíguos, poderá exigir nova comunicação com a via pública, pagando o
dobro do valor da primeira indenização.
Art. 562. Não constituem servidão as passagens e atravessadouros particulares,
por propriedades também particulares, que não se dirigem a fontes, pontes, ou
lugares públicos, privados de outra serventia.

DAS ÁGUAS
Art. 563. O dono do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm
naturalmente do superior. Se o dono deste fizer obras de arte, para facilitar o
escoamento, procederá de modo que não piore a condição natural e anterior do
outro. (O Decreto nº 24.643/34, Código de Águas, dispõe sobre a matéria)
Art. 564. Quando as águas, artificialmente levadas ao prédio superior, correrem
dele para o inferior, poderá o dono deste reclamar que se desviem, ou se lhe
indenize o prejuízo, que sofrer. (O Decreto nº 24.643/34, Código de Águas, dispõe
sobre a matéria)
Art. 565. O proprietário de fonte não captada, satisfeitas as necessidades de seu
consumo, não pode impedir o curso natural das águas pelos prédios inferiores. (O
Decreto nº 24.643/34, Código de Águas, dispõe sobre a matéria)
Art. 566. As águas pluviais que correm por lugares públicos, assim como as dos
rios públicos, podem ser utilizadas, por qualquer proprietário dos terrenos por
onde passem, observados os regulamentos administrativos. (O Decreto nº
24.643/34, Código de Águas, dispõe sobre a matéria)

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Art. 567. É permitido a quem quer que seja, mediante prévia indenização aos
proprietários prejudicados, canalizar, em proveito agrícola ou industrial as águas a
que tenha direito, através de prédios rústicos alheios, não sendo chácaras ou
sítios murados, quintais, pátios, hortas, ou jardins.
Parágrafo único. Ao proprietário prejudicado, em tal caso, também assiste o
direito de indenização pelos danos, que de futuro lhe advenham com a infiltração
ou a irrupção das águas, bem como a deterioração das obras destinadas a
canalizá-las. (O Decreto nº 24.643/34, Código de Águas, dispõe sobre a matéria)
Art. 568. Serão pleiteadas em ação sumária as questões relativas à servidão de
águas e às indenizações correspondentes. (O Decreto nº 24.643/34, Código de
Águas, dispõe sobre a matéria)

DOS LIMITES ENTRE PRÉDIOS


Art. 569. Todo proprietário pode obrigar o seu confinante a proceder com ele à
demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar
marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os
interessados as respectivas despesas.
Art. 570. No caso de confusão, os limites, em falta de outro meio, se
determinarão de conformidade com a posse; e, não se achando ela provada, o
terreno contestado se repartirá proporcionalmente entre os prédios, ou não sendo
possível a divisão cômoda, se adjudicará a um deles, mediante indenização ao
proprietário prejudicado. (O Decreto nº 24.643/34, Código de Águas, dispõe sobre
a matéria)
Art. 571. Do intervalo, muro, vala, cerca ou qualquer outra obra divisória entre
dois prédios, têm direito a usar em comum os proprietários confinantes,
presumindo-se, até prova em contrário, pertencer a ambos.

DO DIREITO DE CONSTRUIR
Art. 572. O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe
aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos.
Art. 573. O proprietário pode embargar a construção do prédio que invada a área
do seu, ou sobre este deite goteiras, bem como a daquele, em que, a menos de
metro e meio do seu, se abra janela, ou se faça eirado, terraço ou varanda.
§ 1º. A disposição deste artigo não abrange as frestas, seteiras, ou óculos para
luz, não maiores de dez centímetros de largura sobre vinte de comprimento.
§ 2º. Os vãos, ou aberturas para luz não prescrevem contra o vizinho, que, a
todo tempo, levantará, querendo, a sua casa, ou contramuro, ainda que lhes vede
a claridade.
Art. 574. As disposições do artigo precedente não são aplicáveis a prédios
separados por estradas, caminho, rua, ou qualquer outra passagem pública.
Art. 575. O proprietário edificará de maneira que o beiral do seu telhado não

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despeje sobre o prédio vizinho, deixando, entre este e o beiral, quando por outro
modo o não possa evitar, um intervalo de dez centímetros, pelo menos. (Redação
dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 576. O proprietário, que anuir em janela, sacada, terraço, ou goteira sobre o
seu prédio, só até o lapso de ano e dia após a conclusão da obra poderá exigir
que se desfaça.
Art. 577. Em prédio rústico, não se poderão, sem licença do vizinho, fazer novas
construções, ou acréscimos às existentes, a menos de metro e meio de limite
comum.
Art. 578. As estrebarias, currais, pocilgas, estrumeiras, e, em geral, as
construções que incomodam ou prejudicam a vizinhanca, guardarão a distância
fixada nas posturas municipais e regulamentos de higiene.
Art. 579. Nas cidades, vilas e povoados, cuja edificação estiver adstrita a
alinhamento, o dono de um terreno vago pode edificá-lo, madeirando na parede
divisória do prédio contíguo, se ela agüentar a nova construção; mas terá de
embolsar ao vizinho meio valor da parede e do chão correspondente.
Art. 580. O confinante, que primeiro construir, pode assentar a parede divisória
até meia espessura no terreno contíguo, sem perder por isso o direito a haver
meio valor dela, se o vizinho a travejar (artigo 579). Neste caso, o primeiro fixará a
largura do alicerce, assim como a profundidade, se o terreno não for de rocha.
Parágrafo único. Se a parede divisória pertencer a um dos vizinhos, e não tiver
capacidade para ser travejada pelo outro, não poderá este fazer-lhe alicerce ao
pé, sem prestar caução àquele, pelo risco a que a insuficiência da nova obra
exponha a construção anterior.
Art. 581. O condômino da parede-meia pode utilizá-la até ao meio da espessura,
não pondo em risco a segurança ou a separação dos dois prédios, e avisando
previamente o outro consorte das obras, que ali tencione fazer. Não pode, porém,
sem consentimento do outro, fazer, na parede-meia, armários, ou obras
semelhantes, correspondendo a outras, da mesma natureza já feitas do lado
oposto.
Art. 582. O dono de um prédio ameaçado pela construção de chaminés, fogões
ou fornos, não-contíguo, ainda que a parede seja comum, pode embargar a obra e
exigir caução contra os prejuízos possíveis.
Art. 583. Não é lícito encostar à parede-meia, ou à parede do vizinho, sem
permissão sua, fornalhas, fornos de forja ou de fundição, aparelhos higiênicos,
fossos, cano de esgoto, depósito de sal, ou de quaisquer substâncias corrosivas,
ou suscetíveis de produzir infiltrações daninhas.
Parágrafo único. Não se incluem na proibição deste e do artigo antecedente as
chaminés ordinárias, nem os fornos de cozinha.
Art. 584. São proibidas construções capazes de poluir, ou inutilizar para o uso
ordinário a água do poço ou fonte alheia, a elas preexistente.

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Art. 585. Não é permitido fazer escavações que tirem ao poço ou à fonte de
outrem a água necessária. É, porém, permitido fazê-las, se apenas diminuírem o
suprimento do poço ou da fonte do vizinho, e não forem mais profundas que as
deste, em relação ao nível do lençol d'água.
Art. 586. Todo aquele que violar as disposições dos artigos 580 e seguintes é
obrigado a demolir as construções feitas, respondendo por perdas e danos.
Art. 587. Todo o proprietário é obrigado a consentir que entre no seu prédio, e
dele temporariamente use, mediante prévio aviso, o vizinho, quando seja
indispensável à reparação ou limpeza, construção e reconstrução de sua casa.
Mas, se daí lhe provier dano, terá direito a ser indenizado.
Parágrafo único. As mesmas disposições aplicam-se aos casos de limpeza ou
reparação dos esgotos, goteiras e aparelhos higiênicos, assim como dos poços e
fontes já existentes.

DO DIREITO DE TAPAGEM
Art. 588. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar, ou tapar de qualquer
modo o seu prédio, urbano ou rural, conformando-se com estas disposições:
§ 1º. Os tapumes divisórios entre propriedades presumem-se comuns, sendo
obrigados a concorrer, em partes iguais, para as despesas de sua construção e
conservação, os proprietários dos imóveis confinantes.
§ 2º. Por "tapumes" entendem-se as sebes vivas, as cercas de arames ou de
madeira, as valas ou banquetas, ou quaisquer outros meios de separação dos
terrenos, observadas as dimensões estabelecidas em posturas municipais, de
acordo com os costumes de cada localidade, contanto que impeçam a passagem
de animais de grande porte, como sejam gado vacum, cavalar e muar.
§ 3º. A obrigação de cercar as propriedades para deter nos seus limites aves
domésticas e animais, tais como cabritos, porcos e carneiros, que exigem
tapumes especiais, cabe exclusivamente aos proprietários e detentores.
§ 4º. Quando for preciso decotar a cerca viva ou reparar o muro divisório, o
proprietário terá o direito de entrar no terreno do vizinho, depois de o prevenir.
Este direito, porém, não exclui a obrigação de indenizar ao vizinho todo o dano
que a obra lhe ocasione.
§ 5º. Serão feitas e conservadas as cercas marginais das vias públicas pela
administração, a quem estas incumbirem, ou pelas pessoas ou empresas, que as
explorarem.
SEÇÃO VI
DA PERDA DA PROPRIEDADE IMÓVEL
Art. 589. Além das causas de extinção consideradas neste Código, também se
perde a propriedade imóvel:
I - Pela alienação;
II - Pela renúncia;
III - Pelo abandono;

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IV - Pelo perecimento do imóvel.
§ 1º. Nos dois primeiros casos deste artigo, os efeitos da perda do domínio serão
subordinados à transcrição do título transmissivo, ou do ato renunciativo, no
registro do lugar do imóvel.
§ 2º. O imóvel abandonado arrecadar-se-á como bem vago e passará ao domínio
do Estado, do Território, ou do Distrito Federal, se se achar nas respectivas
circunscrições:
a) 10 (dez) anos depois, quando se tratar de imóvel localizado em zona urbana;
b) 3 (três) anos depois, quando se tratar de imóvel localizado em zona rural.
(Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 6.969, de 10.12.1981)
Art. 590. Também se perde a propriedade imóvel mediante desapropriação por
necessidade ou utilidade pública.
§ 1º. Consideram-se casos de necessidade pública:
I - A defesa do território nacional.
II - A segurança pública.
III - Os socorros públicos, nos casos de calamidade.
IV - A salubridade pública.
§ 2º. Consideram-se casos de utilidade pública:
I - A fundação de povoação e de estabelecimentos de assistência, educação ou
instrução pública.
II - A abertura, alargamento ou prolongamento de ruas, praças, canais, estradas
de ferro e, em geral, de quaisquer vias públicas.
III - A construção de obras, ou estabelecimentos destinados ao bem geral de
uma localidade, sua decoração e higiene.
IV - A exploração de minas.
Art. 591. Em caso de perigo iminente, como guerra ou comoção intestina (Const.
Fed., artigo 80), poderão as autoridades competentes usar da propriedade
particular até onde o bem público exija, garantindo ao proprietário o direito à
indenização posterior.
Parágrafo único. Nos demais casos o proprietário será previamente indenizado,
e, se recusar a indenização, consignar-se-lhe-á judicialmente o valor.
CAPÍTULO III
DA AQUISIÇÃO E PERDA DA PROPRIEDADE MÓVEL

SEÇÃO I
DA OCUPAÇÃO
Art. 592. Quem se assenhorear de coisa abandonada, ou ainda não apropriada,
para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei.
Parágrafo único. Volvem a não ter dono as coisas móveis, quando o seu as
abandona, com intenção de renunciá-las.
Art. 593. São coisas sem dono e sujeitas à apropriação:

I - Os animais bravios, enquanto entregues à sua natural liberdade.


II - Os mansos e domesticados que não forem assinalados, se tiverem perdido o

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hábito de voltar ao lugar onde costumam recolher-se, salvo a hipótese do artigo
596.
III - Os enxames de abelhas, anteriormente apropriados, se o dono da colméia, a
que pertenciam, os não reclamar imediatamente.
IV - As pedras, conchas e outras substâncias minerais, vegetais ou animais
arrojadas às praias pelo mar, se não apresentarem sinal de domínio anterior.

DA CAÇA
Art. 594. Observados os regulamentos administrativos da caça, poderá ela
exercer-se nas terras públicas, ou nas particulares, com licença de seu dono.
Art. 595. Pertence ao caçador o animal por ele apreendido. Se o caçador for no
encalço do animal e o tiver ferido, este lhe pertencerá, embora outrem o tenha
apreendido.
Art. 596. Não se reputam animais de caça os domesticados que fugirem a seus
donos, enquanto estes lhes andarem à procura.
Art. 597. Se a caça ferida se acolher a terreno cercado, murado, valado, ou
cultivado, o dono deste, não querendo permitir a entrada do caçador, terá que a
entregar, ou expelir.
Art. 598. Aquele que penetrar em terreno alheio, sem licença do dono, para
caçar, perderá para este a caça, que apanhe, e responder-lhe-á pelo dano, que
lhe cause.

DA PESCA
Art. 599. Observados os regulamentos administrativos, lícito é pescar em águas
públicas, ou nas particulares, com o consentimento de seu dono.
Art. 600. Pertence ao pescador o peixe, que pescar, e o que arpoado, ou
farpado, perseguir, embora outrem o colha.
Art. 601. Aquele que, sem permissão do proprietário, pescar, em águas alheias,
perderá para ele o peixe que apanhe, e responder-lhe-á pelo dano, que lhe faça.
Art. 602. Nas águas particulares, que atravessem terrenos de muitos donos,
cada um dos ribeirinhos tem direito a pescar de seu lado, até ao meio delas.

DA INVENÇÃO
Art. 603. Quem quer que ache coisa alheia perdida, há de restituí-la ao dono ou
legítimo possuidor.
Parágrafo único. Não o conhecendo, o inventor fará por descobri-lo, e, quando se
lhe não depare, entregará o objeto achado à autoridade competente no lugar.
Art. 604. O que restituir a coisa achada, nos termos do artigo precedente, terá
direito a uma recompensa e à indenização pelas despesas que houver feito com a

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conservação e transporte da coisa, se o dono não preferir abandoná-la.
Art. 605. O inventor responde pelos prejuízos causados ao proprietário ou
possuidor legítimo, quando tiver procedido com dolo.
Art. 606. Decorridos seis meses do aviso à autoridade, não se apresentando
ninguém que mostre domínio sobre a coisa, será esta vendida em hasta pública,
e, deduzidas do preço as despesas, mais a recompensa do inventor (artigo 604),
pertencerá o remanescente ao Estado, ou ao Distrito Federal, se nas respectivas
circunscrições se deparou o objeto perdido, ou à União, se foi achado em território
ainda não constituído em Estado. (Redação dada ao artigo pelo Decreto
Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)

DO TESOIRO
Art. 607. O depósito antigo de moeda ou coisas preciosas, enterrado, ou oculto,
de cujo dono não haja memória, se alguém casualmente o achar em prédio alheio,
dividir-se-á por igual entre o proprietário deste e o inventor.
Art. 608. Se o que achar for o senhor do prédio, algum operário seu, mandado
em pesquisa, ou terceiro não autorizado pelo dono do prédio, a esse pertencerá
por inteiro o tesoiro.
Art. 609. Deparando-se em terreno aforado, partir-se-á igualmente entre o
inventor e o enfiteuta, ou será deste por inteiro, quando ele mesmo seja o inventor.
Art. 610. Deixa de considerar-se tesoiro o depósito achado, se alguém mostrar
que lhe pertence.
SEÇÃO II
DA ESPECIFICAÇÃO
Art. 611. Aquele que, trabalhando em matéria-prima, obtiver espécie nova, desta
será proprietário se a matéria era sua, ainda que só em parte, e não se puder
restituir à forma anterior.
Art. 612. Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir à forma
precedente, será do especificador de boa-fé a espécie nova.
§ 1º. Mas, sendo praticável a redução, ou, quando impraticável, se a espécie
nova se obteve de má-fé, pertencerá ao dono da matéria-prima.
§ 2º. Em qualquer caso, porém, se o preço da mão-de-obra exceder
consideravelmente o valor da matéria-prima, a espécie nova será do
especificador.
Art. 613. Aos prejudicados nas hipóteses dos dois artigos precedentes, menos a
última do artigo 612, § 1º, concernente à especificação irredutível obtida em má-fé,
se ressarcirá o dano, que sofrerem.
Art. 614. A especificação obtida por alguma das maneiras do artigo 62 atribui a
propriedade ao especificador, mas não o exime à indenização.

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SEÇÃO III
DA CONFUSÃO, COMISTÃO E ADJUNÇÃO
Art. 615. As coisas pertencentes a diversos donos, confundidas, misturadas, ou
ajuntadas, sem o consentimento deles continuam a pertencer-lhes, sendo possível
separá-las sem deterioração.
§ 1º. Não o sendo, ou exigindo a separação dispêndio excessivo, subsiste
indiviso o todo, cabendo a cada um dos donos quinhão proporcional ao valor da
coisa, com que entrou para a mistura ou agregado.
§ 2º. Se, porém, uma das coisas puder considerar-se principal, o dono sê-lo-á do
todo, indenizando os outros.
Art. 616. Se a confusão, adjunção, ou mistura se operou de má-fé, à outra parte
caberá escolher entre guardar o todo, pagando a porção, que não for sua, ou
renunciar as que lhe pertencerem, mediante indenização completa.
Art. 617. Se da mistura de matérias de natureza diversa se formar nova espécie,
a confusão terá a natureza de especificação para o efeito de atribuir o domínio ao
respectivo autor.
SEÇÃO IV
DO USUCAPIÃO
Art. 618. Adquirirá o domínio da coisa móvel o que a possuir como sua, sem
interrupção, nem oposição, durante três anos.
Parágrafo único. Não gera usucapião a posse, que se não firme em justo título,
bem como a inquinada, original ou supervenientemente de má-fé.
Art. 619. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá
usucapião independentemente de título de boa-fé.
Parágrafo único. As disposições dos artigos 522 e 553 são aplicáveis ao
usucapião das coisas móveis. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 2.437, de
07.03.1955)
SEÇÃO V
DA TRADIÇÃO
Art. 620. O domínio das coisas não se transfere pelos contratos antes da
tradição. Mas esta se subentende, quando o transmitente continua a possuir pelo
constituto possessório (artigo 675).
Art. 621. Se a coisa alienada estiver na posse de terceiro, obterá o adquirente a
posse indireta pela cessão que lhe fizer o alienante de seu direito à restituição da
coisa.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo e do antecedente, parte final, a
aquisição da posse indireta equivale à tradição.
Art. 622. Feita por quem não seja proprietário, a tradição não alheia a
propriedade. Mas, se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir depois o
domínio, considera-se revalidada a transferência e operado o efeito da tradição,

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desde o momento do seu ato.
Parágrafo único. Também não transfere o domínio a tradição, quando tiver por
título um ato nulo.
CAPÍTULO IV
DO CONDOMÍNIO

SEÇÃO I
DOS DIREITOS E DEVERES DOS CONDÔMINOS
Art. 623. Na propriedade em comum, compropriedade, ou condomínio, cada
condômino ou consorte pode:
I - Usar livremente da coisa conforme seu destino, e sobre ela exercer todos os
direitos compatíveis com a indivisão.
II - Reivindicá-la de terceiro.
III - Alhear a respectiva parte indivisa, ou gravá-la (artigo 1.139).
Art. 624. O condômino é obrigado a concorrer, na proporção de sua parte, para
as despesas de conservação ou divisão da coisa e suportar na mesma razão os
ônus, a que estiver sujeita.
Parágrafo único. Se com isso não se conformar algum dos condôminos, será
dividida a coisa, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas
da divisão.
Art. 625. As dívidas contraídas por um dos condôminos em proveito da
comunhão, e durante ela, obrigam o contraente; mas asseguram-lhe ação
regressiva contra os demais.
Parágrafo único. Se algum deles não anuir, proceder-se-á conforme o parágrafo
único do artigo anterior.
Art. 626. Quando a dívida houver sido contraída por todos os condôminos, sem
se discriminar a parte de cada um na obrigação coletiva, nem se estipular
solidariedade, entende-se que cada qual se obrigou proporcionalmente ao seu
quinhão, ou sorte, na coisa comum.
Art. 627. Cada consorte responde aos outros pelos frutos que percebeu da coisa
comum, e pelo dano que lhe causou.
Art. 628. Nenhum dos comproprietários pode alterar a coisa comum, sem o
consenso dos outros.
Art. 629. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum.
Parágrafo único. Podem, porém, os consortes acordar que fique indivisa por
termo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
Art. 630. Se a indivisão for condição estabelecida pelo doador, ou testador,
entende-se que o foi somente por cinco anos.
Art. 631. A divisão entre condôminos é simplesmente declaratória e não
atributiva da propriedade. Esta poderá, entretanto, ser julgada preliminarmente no

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mesmo processo. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 632. Quando a coisa for indivisível, ou se tornar, pela divisão, imprópria ao
seu destino, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os
outros, será vendida e repartido o preço, preferindo-se, na venda, em condições
iguais de oferta, o condômino ao estranho, entre os condôminos o que tiver na
coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior.
Art. 633. Nenhum condômino pode, sem prévio consenso dos outros, dar posse,
uso, ou gozo da propriedade a estranhos.
Art. 634. O condômino, como qualquer outro possuidor, poderá defender a sua
posse contra outrem.
SEÇÃO II
DA ADMINISTRAÇÃO DO CONDOMÍNIO
Art. 635. Quando, por circunstância de fato ou por desacordo, não for possível o
uso e gozo em comum, resolverão os condôminos se a coisa deve ser
administrada, vendida ou alugada.
§ 1º. Se todos concordam que se não venda, à maioria (artigo 637) competirá
deliberar sobre a administração ou locação da coisa comum.
§ 2º. Pronunciando-se a maioria pela administração, escolherá também o
administrador.
Art. 636. Resolvendo-se alugar a coisa comum (artigo 637), preferir-se-á, em
condições iguais, o condômino ao estranho.
Art. 637. A maioria será calculada não pelo número, senão pelo valor dos
quinhões.
§ 1º. As deliberações não obrigarão, não sendo tomadas por maioria absoluta,
isto é, por votos que representem mais de meio do valor total.
§ 2º. Havendo empate, decidirá o juiz, a requerimento de qualquer condômino,
ouvidos os outros.
Art. 638. Os frutos da coisa comum, não havendo em contrário estipulação de
última vontade, serão partilhados na proporção dos quinhões.
Art. 639. Nos casos de dúvida, presumem-se iguais os quinhões.
Art. 640. O condômino, que administrar sem oposição dos outros, presume-se
mandatário comum.
Art. 641. Aplicam-se, nos casos omissos, à divisão do condomínio as regras de
partilha da herança (artigos 1.772 e seguintes).
SEÇÃO III
DO CONDOMÍNIO EM PAREDES, CERCAS, MUROS E VALAS
Art. 642. O condomínio por meação de paredes, cercas, muros e valas regula-se

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pelo disposto neste Código, artigos 569 a 589 e 623 a 634. (Redação dada ao
artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 643. O proprietário que tiver direito a estremar um imóvel com paredes,
cercas, muros, valas ou valados, tê-lo-á igualmente a adquirir meação na parede,
muro, vala, valado, ou cerca do vizinho, embolsando-lhe metade do que
atualmente valer a obra e o terreno por ela ocupado (artigo 727).
Art. 644. Não convindo os dois no preço da obra, será este arbitrado por peritos,
a expensas de ambos os confinantes. (Redação dada ao artigo pelo Decreto
Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 645. Qualquer que seja o preço da meação, enquanto o que pretender a
divisão não o pagar ou depositar, nenhum uso poderá fazer da parede, muro, vala,
cerca, ou qualquer outra obra divisória.
SEÇÃO IV
DO COMPÁSCUO
Art. 646. Se o compáscuo em prédios particulares for estabelecido por servidão,
reger-se-á pelas normas desta. Se não, observar-se-á, no que lhe for aplicável, o
disposto neste capítulo, caso outra coisa não estipule o título de onde resulte a
comunhão de pastos.
Parágrafo único. O compáscuo em terrenos baldios e públicos regular-se-á pelo
disposto na legislação municipal. (Redação dada ao artigo pelo Decreto
Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
CAPÍTULO V
DA PROPRIEDADE RESOLÚVEL

Art. 647. Resolvido o domínio pelo implemento da condição ou pelo advento do


termo, entendem-se também resolvidos os direitos reais concedidos na sua
pendência, e o proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a
coisa do poder de quem a detenha.
Art. 648. Se, porém, o domínio se resolver por outra causa superveniente, o
possuidor, que o tiver adquirido por título anterior à resolução, será considerado
proprietário perfeito, restando à pessoa em cujo benefício houve a resolução, a
ação contra aquele cujo domínio se resolveu haver para a própria coisa, ou seu
valor.
CAPÍTULO VI
DA PROPRIEDADE LITERÁRIA, CIENTÍFICA E ARTÍSTICA

Art. 649. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 650. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)

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Art. 651. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 652. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 653. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 654. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 655. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 656. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 657. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 658. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 659. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 660. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 661. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 662. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 663. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 664. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 665. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 666. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 667. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 668. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)

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Art. 669. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 670. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 671. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 672. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 673. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)

TÍTULO III
DOS DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 674. São direitos reais, além da propriedade:


I - A enfiteuse.
II - As servidões.
III - O usufruto.
IV - O uso.
V - A habitação.
VI - As rendas expressamente constituídas sobre imóveis.
VII - O penhor.
VIII - A anticrese.
IX - A hipoteca.
Art. 675. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou
transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem como a tradição (artigo 620).
Art. 676. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos
entre vivos, só se adquirem depois da transcrição, ou da inscrição, no registro de
imóveis, dos referidos títulos (artigos 530, nº I, e 856), salvo os casos expressos
neste Código.
Art. 677. Os direitos reais passam com o imóvel para o domínio do adquirente.
Parágrafo único. O ônus dos impostos sobre prédios transmite-se aos
adquirentes, salvo constando da escritura as certidões do recebimento, pelo fisco,
dos impostos devidos, e, em caso de venda em praça, até o equivalente do preço
da arrematação. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
CAPÍTULO II

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DA ENFITEUSE

Art. 678. Dá-se a enfiteuse, aforamento ou emprazamento, quando por ato entre
vivos, ou de última vontade, o proprietário atribui a outrem o domínio útil do
imóvel, pagando a pessoa, que o adquire, e assim se constitui enfiteuta, ao
senhorio direto uma pensão, ou foro, anual, certo e invariável.
Art. 679. O contrato de enfiteuse é perpétuo. A enfiteuse por tempo limitado
considera-se arrendamento, e como tal se rege.
Art. 680. Só podem ser objeto de enfiteuse terras não cultivadas ou terrenos que
se destinem a edificação.
Art. 681. Os bens enfitêuticos transmitem-se por herança na mesma ordem
estabelecida a respeito dos alodiais neste Código, artigos 1.603 a 1.619; mas, não
podem ser divididos em glebas sem consentimento do senhorio.
Art. 682. É obrigado o enfiteuta a satisfazer os impostos e os ônus reais que
gravarem o imóvel.
Art. 683. O enfiteuta, ou foreiro, não pode vender nem dar em pagamento o
domínio útil, sem prévio aviso ao senhorio direto, para que este exerça o direito de
opção; e o senhorio direto tem trinta dias para declarar, por escrito, datado e
assinado, que quer a preferência na alienação, pelo mesmo preço e nas mesmas
condições.
Se dentro no prazo indicado, não responder ou não oferecer o preço da alienação,
poderá o foreiro efetuá-la com quem entender.
Art. 684. Compete igualmente ao foreiro o direito de preferência, no caso de
querer o senhorio vender o domínio direto ou dá-lo em pagamento. Para este
efeito, ficará o dito senhorio sujeito à mesma obrigação imposta, em semelhantes
circunstâncias, ao foreiro.
Art. 685. Se o enfiteuta não cumprir o disposto no artigo 683, poderá o senhorio
direto usar, não obstante, de seu direito de preferência, havendo do adquirente o
prédio pelo preço da aquisição.
Art. 686. Sempre que se realizar a transferência do domínio útil, por venda ou
dação em pagamento, o senhorio direto, que não usar da opção, terá direito de
receber do alienante o laudêmio, que será de dois e meio por cento sobre o preço
da alienação, se outro não se tiver fixado no título de aforamento.
Art. 687. O foreiro não tem direito à remissão do foro, por esterilidade ou
destruição parcial do prédio enfitêutico, nem pela perda total de seus frutos; pode,
em tais casos, porém, abandoná-lo ao senhorio direto, e, independentemente do
seu consenso, fazer inscrever o ato da renúncia (artigo 691).
Art. 688. É lícito ao enfiteuta doar, dar em dote, ou trocar por coisa não fungível
o prédio aforado, avisando o senhorio direto, dentro em sessenta dias, contados
do ato da transmissão, sob pena de continuar responsável pelo pagamento do

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foro.
Art. 689. Fazendo-se penhora, por dívidas do enfiteuta, sobre o prédio
emprazado, será citado o senhorio direto, para assistir à praça, e terá preferência,
quer, no caso de arrematação, sobre os demais lançadores em condições iguais,
quer, em falta deles, no caso de adjudicação.
Art. 690. Quando o prédio emprazado vier a pertencer a várias pessoas, estas,
dentro em seis meses, elegerão um cabecel, sob pena de se devolver ao senhorio
o direito de escolha.
§ 1º. Feita a escolha, todas as ações do senhorio contra os foreiros serão
propostas contra o cabecel, salvo a este o direito regressivo contra os outros pelas
respectivas quotas.
§ 2º. Se, porém, o senhorio direto convier na divisão do prazo, cada uma das
glebas em que for dividido constituirá prazo distinto.
Art. 691. Se o enfiteuta pretender abandonar gratuitamente ao senhorio o prédio
aforado, poderão opor-se os credores prejudicados com o abandono, prestando
caução pelas pensões futuras, até que sejam pagos de suas dívidas.
Art. 692. A enfiteuse extingue-se:

I - Pela natural deterioração do prédio aforado, quando chegue a não valer o


capital correspondente ao foro e mais um quinto deste.
II - Pelo comisso, deixando o foreiro de pagar as pensões devidas, por três anos
consecutivos, caso em que o senhorio o indenizará das benfeitorias necessárias.
III - Falecendo o enfiteuta, sem herdeiros, salvo o direito dos credores.
Art. 693. Todos os aforamentos, inclusive os constituídos anteriormente a este
Código, salvo acordo entre as partes, são resgatáveis dez anos depois de
constituídos, mediante pagamento de um laudêmio, que será de dois e meio por
cento sobre o valor atual da propriedade plena, e de dez pensões anuais pelo
foreiro, que não poderá no seu contrato renunciar ao direito de resgate, nem
contrariar as disposições imperativas deste capítulo. (Redação dada ao artigo pela
Lei nº 5.827, de 23.11.1972)
Art. 694. A subenfiteuse está sujeita às mesmas disposições que a enfiteuse. A
dos terrenos de marinha e acrescidos será regulada em lei especial.
CAPÍTULO III
DAS SERVIDÕES PREDIAIS

SEÇÃO I
DA CONSTITUIÇÃO DAS SERVIDÕES
Art. 695. Impõe-se a servidão predial a um prédio em favor de outro, pertencente
a diverso dono. Por ela perde o proprietário do prédio serviente o exercício de
alguns de seus direitos dominicais, ou fica obrigado a tolerar que dele se utilize,
para certo fim, o dono do prédio dominante.

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Art. 696. A servidão não se presume. (Redação dada ao artigo pelo Decreto
Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 697. As servidões não aparentes só podem ser estabelecidas por meio de
transcrição no registro de imóveis.
Art. 698. A posse incontestada e contínua de uma servidão por dez ou quinze
anos, nos termos do artigo 551, autoriza o possuidor a transcrevê-la em seu nome
no registro de imóveis, servindo-lhe de título a sentença que julgar consumado o
usucapião.
Parágrafo único. Se o possuidor não tiver título, o prazo do usucapião será de
vinte anos. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 2.437, de 07.03.1955)
Art. 699. O dono de uma servidão tem direito a fazer todas as obras necessárias
à sua conservação e uso. Se a servidão pertencer a mais de um prédio serão as
despesas rateadas entre os respectivos donos.
Art. 700. As obras a que se refere o artigo antecedente devem ser feitas pelo
dono do prédio dominante, se o contrário não dispuser o título expressamente.
Art. 701. Quando a obrigação incumbir ao dono do prédio serviente, este poderá
exonerar-se abandonando a propriedade ao dono do dominante.
Art. 702. O dono do prédio serviente não poderá embaraçar de modo algum o
uso legítimo da servidão.
Art. 703. Pode o dono do prédio serviente remover de um local para outro a
servidão, contanto que o faça à sua custa, e não diminua em nada as vantagens
do prédio dominante.
Art. 704. Restringir-se-á o uso da servidão às necessidades do prédio
dominante, evitando, quanto possível, agravar o encargo ao prédio serviente.
Parágrafo único. Constituída para certo fim, a servidão não se pode ampliar a
outro, salvo o disposto no artigo seguinte.
Art. 705. Nas servidões de trânsito, a de maior inclui a de menor ônus, e a menor
exclui a mais onerosa.
Art. 706. Se as necessidades da cultura do prédio dominante impuserem à
servidão maior largueza, o dono do prédio serviente é obrigado a sofrê-la; mas
tem direito a ser indenizado pelo excesso.
Parágrafo único. Se, porém, esse acréscimo de encargo for devido a mudança
na maneira de exercer a servidão, como no caso de se pretender edificar em
terreno até então destinado a cultura, poderá impedi-lo o dono do prédio serviente.
(Redação dada ao parágrafo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 707. As servidões prediais são indivisíveis. Subsistem, no caso de partilha,
em benefício de cada um dos quinhões do prédio dominante, e continuam a gravar
cada um dos do prédio serviente, salvo se, por natureza ou destino, só se
aplicarem a certa parte de um ou de outro.

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SEÇÃO II
DA EXTINÇÃO DAS SERVIDÕES
Art. 708. Salvo nas desapropriações, a servidão, uma vez transcrita, só se
extingue, com respeito a terceiros, quando cancelada.
Art. 709. O dono do prédio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao
cancelamento da transcrição, embora o dono do prédio dominante lho impugne:
I - Quando o titular houver renunciado a sua servidão.
II - Quando a servidão for de passagem, que tenha cessado pela abertura de
estrada pública, acessível ao prédio dominante.
III - Quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão.
Art. 710. As servidões prediais extinguem-se:
I - Pela reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa.
II - Pela supressão das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro título
expresso.
III - Pelo não uso, durante dez anos contínuos.
Art. 711. Extinta, por alguma das causas do artigo anterior, a servidão predial
transcrita, fica ao dono do prédio serviente o direito a fazê-la cancelar, mediante a
prova da extinção.
Art. 712. Se o prédio dominante estiver hipotecado, e a servidão se mencionar
no título hipotecário, será também preciso, para a cancelar, o consentimento do
credor.
CAPÍTULO IV
DO USUFRUTO

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 713. Constitui usufruto o direito real de fruir as utilidades e frutos de uma
coisa, enquanto temporariamente destacado da propriedade.
Art. 714. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um
patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos
e utilidades.
Art. 715. O usufruto de imóveis, quando não resulte do direito de família,
dependerá de transcrição no respectivo registro.
Art. 716. Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos acessórios da
coisa e seus acrescidos.
Art. 717. O usufruto só se pode transferir, por alienação, ao proprietário da coisa;
mas o seu exercício pode ceder-se por título gratuito ou oneroso.
SEÇÃO II

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DOS DIREITOS DO USUFRUTUÁRIO
Art. 718. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos
frutos.
Art. 719. Quando o usufruto recai em títulos de crédito, o usufrutuário tem direito,
não só a cobrar as respectivas dívidas, mas ainda a empregar-lhes a importância
recebida. Essa aplicação, porém, corre por sua conta e risco; e, cessando o
usufruto, o proprietário pode recusar os novos títulos, exigindo em espécie o
dinheiro.
Art. 720. Quando o usufruto recai sobre apólices da dívida pública ou títulos
semelhantes, de cotação variável, a alienação deles só se efetuará mediante
prévio acordo entre o usufrutuário e o dono.
Art. 721. Salvo direito adquirido por outrem, o usufrutuário faz seus os frutos
naturais, pendentes ao começar o usufruto, sem encargo de pagar as despesas
de produção.
Parágrafo único. Os frutos naturais, porém, pendentes ao tempo em que cessa o
usufruto, pertencem ao dono, também sem compensação das despesas.
Art. 722. As crias dos animais pertencem ao usufrutuário, deduzidas quantas
bastem, para inteirar as cabeças de gado existentes ao começar o usufruto.
Art. 723. Os frutos civis, vencidos na data inicial do usufruto, pertencem ao
proprietário, e ao usufrutuário os vencidos na data em que cessa o usufruto.
Art. 724. O usufrutuário pode usufruir em pessoa, ou mediante arrendamento, o
prédio, mas não mudar-lhe o gênero de cultura, sem licença do proprietário ou
autorização expressa no título; salvo se, por algum outro, como os de pai, ou
marido, lhe couber tal direito.
Art. 725. Se o usufruto recai em florestas, ou minas, podem o dono e o
usufrutuário prefixar-lhe a extensão do gozo e a maneira da exploração.
Art. 726. As coisas que se consomem pelo uso, caem para logo no domínio do
usufrutuário, ficando, porém, este obrigado a restituir, findo o usufruto, o
equivalente em gênero, qualidade e quantidade, ou, não sendo possível, o seu
valor, pelo preço corrente ao tempo da restituição.
Parágrafo único. Se, porém, as referidas coisas foram avaliadas no título
constitutivo do usufruto, salvo cláusula expressa em contrário, o usufrutuário é
obrigado a pagá-las pelo preço da avaliação.
Art. 727. O usufrutuário não tem direito à parte do tesouro achado por outrem,
nem ao preço pago pelo vizinho do prédio usufruído, para obter meação em
paredes, cerca, muro, vala ou valado (artigo 643).
Art. 728. Não procede o disposto na segunda parte do artigo anterior, quando o
usufruto recair sobre universalidade ou quota-parte de bens.
SEÇÃO III

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DAS OBRIGAÇÕES DO USUFRUTUÁRIO
Art. 729. O usufrutuário, antes de assumir o usufruto, inventariará, à sua custa,
os bens que receber, determinando o estado em que se acham e dará caução,
fidejussória ou real, se lha exigir o dono, de velar-lhes pela conservação, e
entregá-los findo o usufruto.
Art. 730. O usufrutuário, que não quiser ou não puder dar caução suficiente,
perderá o direito de administrar o usufruto; e, neste caso, os bens serão
administrados pelo proprietário, que ficará obrigado, mediante caução, a entregar
ao usufrutuário o rendimento deles, deduzidas as despesas da administração,
entre as quais se incluirá a quantia taxada pelo juiz em remuneração do
administrador.
Art. 731. Não são obrigados à caução:

I - O doador, que se reservar o usufruto da coisa doada.


II - Os pais, usufrutuários dos bens dos filhos menores.
Art. 732. O usufrutuário não é obrigado a pagar as deteriorações resultantes do
exercício regular do usufruto.
Art. 733. Incumbem ao usufrutuário:

I - As despesas ordinárias de conservação dos bens no estado em que os


recebeu.
II - Os foros, as pensões e os impostos reais devidos pela posse, ou rendimento
da coisa usufruída.
Art. 734. Incumbem ao dono as reparações extraordinárias e as que não forem
de custo módico; mas o usufrutuário lhe pagará os juros do capital despendido
com as que forem necessárias à conservação, ou aumentarem o rendimento da
coisa usufruída.
Parágrafo único. Não se consideram módicas as despesas superiores a dois
terços do líquido rendimento em um ano.
Art. 735. Se a coisa estiver segura, incumbe ao usufrutuário pagar, durante o
usufruto, as contribuições do seguro.
§ 1º. Se o usufrutuário fizer o seguro, ao proprietário caberá o direito dele
resultante contra o segurador.
§ 2º. Em qualquer hipótese, o direito do usufrutuário fica sub-rogado no valor da
indenização do seguro.
Art. 736. Se o usufruto recair em coisa singular, ou parte dela, só responderá o
usufrutuário pelo juro da dívida, que ela garantir, quando esse ônus for expresso
no título respectivo.
Se recair num patrimônio, ou parte deste, será o usufrutuário obrigado aos juros
da dívida que onerar o patrimônio ou a parte dele, sobre que recaia o usufruto.
Art. 737. Se um edifício sujeito a usufruto for destruído sem culpa do proprietário,
não será este obrigado a reconstruí-lo, nem o usufruto se restabelecerá, se o
proprietário reconstruir à sua custa o prédio; mas, se ele estava seguro, a

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indenização paga fica sujeita ao ônus do usufruto.
Se a indenização do seguro for aplicada à reconstrução do prédio, restabelecer-
se-á o usufruto.
Art. 738. Também fica sub-rogada no ônus do usufruto, em lugar do prédio, a
indenização paga, se ele for desapropriado, ou a importância do dano, ressarcido
pelo terceiro responsável, no caso de danificação, ou perda.
SEÇÃO IV
DA EXTINÇÃO DO USUFRUTO
Art. 739. O usufruto extingue-se:
I - Pela morte do usufrutuário.
II - Pelo termo de sua duração.
III - Pela cessação da causa de que se origina.
IV - Pela destruição da coisa, não sendo fungível, guardadas as disposições dos
artigos 735, 737, 2ª parte, e 738.
V - Pela consolidação.
VI - Pela prescrição.
VII - Por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os
bens, não lhes acudindo com os reparos de conservação.
Art. 740. Constituído o usufruto em favor de dois ou mais indivíduos, extinguir-
se-á parte a parte em relação a cada um dos que falecerem, salvo se, por
estipulação expressa, o quinhão desses couber aos sobreviventes.
Art. 741. O usufruto constituído em favor de pessoa jurídica, extingue-se com
esta, ou, se ela perdurar, aos cem anos da data em que se começou a exercer.
CAPÍTULO V
DO USO

Art. 742. O usuário fruirá a utilidade da coisa dada em uso, quanto o exigirem as
necessidades pessoais suas e de sua família.
Art. 743. Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário, conforme a sua
condição social e o lugar onde viver.
Art. 744. As necessidades da família do usuário compreendem:

I - As de seu cônjuge.
II - As dos filhos solteiros, ainda que ilegítimos.
III - As das pessoas de seu serviço doméstico.
Art. 745. São aplicáveis ao uso, no que não for contrário à sua natureza, as
disposições relativas ao usufruto.
CAPÍTULO VI
DA HABITAÇÃO

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Art. 746. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia,
o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente
ocupá-la com sua família.
Art. 747. Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma pessoa,
qualquer delas, que habite, sozinha, a casa, não terá de pagar aluguel à outra, ou
às outras, mas não a pode inibir de exercerem, querendo, o direito, que também
lhes compete, de habitá-la.
Art. 748. São aplicáveis à habitação, no em que lhe não contrariarem a natureza,
as disposições concernentes ao usufruto.
CAPÍTULO VII
DAS RENDAS CONSTITUÍDAS SOBRE IMÓVEIS

Art. 749. No caso de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública, de


prédio sujeito à constituição de renda (artigos 1.424 a 1.431), aplicar-se-á em
constituir outra o preço do imóvel obrigado. O mesmo destino terá, em caso
análogo, a indenização do seguro.
Art. 750. O pagamento da renda constituída sobre um imóvel incumbe, de pleno
direito, ao adquirente do prédio gravado. Esta obrigação estende-se às rendas
vencidas antes da alienação, salvo o direito regressivo do adquirente contra o
alienante.
Art. 751. O imóvel sujeito a prestações de renda pode ser resgatado, pagando o
devedor um capital em espécie, cujo rendimento, calculado pela taxa legal dos
juros, assegure ao credor renda equivalente.
Art. 752. No caso de falência, insolvência ou execução do prédio gravado, o
credor da renda tem preferência aos outros credores para haver o capital indicado
no artigo antecedente.
Art. 753. A renda constituída por disposição de última vontade começa a ter
efeito desde a morte do constituinte, mas não valerá contra terceiros adquirentes,
enquanto não transcrita no competente registro.
Art. 754. No caso de transmissão do prédio gravado a muitos sucessores, o
ônus real da renda continua a gravá-lo em todas as suas partes.
CAPÍTULO VIII
DOS DIREITOS REAIS DE GARANTIA

Art. 755. Nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, a coisa dada
em garantia fica sujeita por vínculo real, ao cumprimento da obrigação.
Art. 756. Só aquele que pode alienar, poderá hipotecar, dar em anticrese, ou
empenhar. Só as coisas que se podem alienar poderão ser dadas em penhor,
anticrese, ou hipoteca.

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Parágrafo único. O domínio superveniente revalida, desde a inscrição, as
garantias reais estabelecidas por quem possuía a coisa a título de proprietário.
Art. 757. A coisa comum a dois ou mais proprietários não pode ser dada em
garantia real, na sua totalidade, sem o consentimento de todos; mas cada um
pode individualmente dar em garantia real a parte que tiver, se for divisível a coisa,
e só a respeito dessa parte vigorará a indivisibilidade da garantia. (Redação dada
ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 758. O pagamento de uma ou mais prestações da dívida não importa
exoneração correspondente da garantia, ainda que esta compreenda vários bens,
salvo disposição expressa no título, ou na quitação.
Art. 759. O credor hipotecário e o pignoratício têm o direito de excutir a coisa
hipotecada, ou empenhada, e preferir, no pagamento, a outros credores,
observada, quanto à hipoteca, a prioridade na inscrição.
Parágrafo único. Excetua-se desta regra a dívida proveniente de salários do
trabalhador agrícola, que será paga, precipuamente a quaisquer outros créditos,
pelo produto da colheita para a qual houver concorrido com o seu trabalho.
(Redação dada pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 760. O credor anticrético tem direito a reter em seu poder a coisa, enquanto
a dívida não for paga. Extingue-se, porém, esse direito decorridos quinze anos do
dia da transcrição. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 2.437, de 07.03.1955)
Art. 761. Os contratos de penhor, anticrese e hipoteca declararão, sob pena de
não valerem contra terceiros:
I - O total da dívida, ou sua estimação.
II - O prazo fixado para pagamento.
III - A taxa de juros, se houver.
IV - A coisa dada em garantia, com as suas especificações.
Art. 762. A dívida considera-se vencida:

I - Se, deteriorando-se, ou depreciando-se a coisa dada em segurança, desfalcar


a garantia, e o devedor, intimado, a não reforçar. (Redação dada ao inciso pelo
Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
II - Se o devedor cair em insolvência, ou falir.
III - Se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo
se achar estipulado o pagamento.
Neste caso, o recebimento posterior da prestação atrasada importa renúncia do
credor ao seu direito de execução imediata.
IV - Se perecer o objeto dado em garantia.
V - Se se desapropriar a coisa dada em garantia, depositando-se a parte do
preço, que for necessária para o pagamento integral do credor.
§ 1º. Nos casos de perecimento ou deterioração do objeto dado em garantia, a
indenização, estando ele seguro ou havendo alguém responsável pelo dano, se
sub-rogará na coisa destruída ou deteriorada, em benefício do credor, a quem
assistirá sobre ela preferência até ao seu completo reembolso. (Parágrafo
acrescentado pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)

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§ 2º. Nos casos dos nºs IV e V, só se vencerá a hipoteca antes do prazo
estipulado, se o sinistro, ou a desapropriação recair sobre o objeto dado em
garantia, e esta não abranger outros, subsistindo, no caso contrário, a dívida
reduzida, com a respectiva garantia sobre os demais bens, não desapropriados,
danificados, ou destruídos. (Antigo parágrafo único renumerado pelo Dec. Leg. nº
3.725, de 15.01.1919)
Art. 763. O antecipado vencimento da dívida nas hipóteses do artigo anterior,
não importa o dos juros correspondentes ao prazo convencional por decorrer.
(Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 764. Salvo cláusula expressa, o terceiro que presta garantia real por dívida
alheia, não fica obrigado a substituí-la, ou reforçá-la, quando, sem culpa sua, se
perca, deteriore, ou desvalie. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº
3.725, de 15.01.1919)
Art. 765. É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou
hipotecário, a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no
vencimento.
Art. 766. Os sucessores do devedor não podem remir parcialmente o penhor ou
a hipoteca na proporção dos seus quinhões; qualquer deles, porém, pode fazê-lo
no todo.
Parágrafo único. O herdeiro ou sucessor que fizer a remissão fica sub-rogado
nos direitos do credor pelas quotas que houver satisfeito.
Art. 767. Quando, excutido o penhor, ou executada a hipoteca, o produto não
bastar para pagamento da dívida e despesas judiciais, continuará o devedor
obrigado pessoalmente pelo restante.
CAPÍTULO IX
DO PENHOR

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 768. Consitui-se o penhor pela tradição efetiva, que, em garantia do débito,
ao credor, ou a quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de um
objeto móvel, suscetível de alienação.
Art. 769. Só se pode constituir o penhor com a posse da coisa móvel pelo
credor, salvo no caso de penhor agrícola ou pecuário, em que os objetos
continuam em poder do devedor, por efeito da cláusula constituti.
Art. 770. O instrumento do penhor convencional determinará precisamente o
valor do débito e o objeto empenhado, em termos que o discriminem dos seus
congêneres.
Quando o objeto do penhor foi coisa fungível, bastará declarar-lhe a qualidade e
quantidade.

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Art. 771. Se o contrato se fizer mediante instrumento particular, será firmado
pelas partes, e lavrado em duplicata, ficando um exemplar com cada um dos
contraentes, qualquer dos quais pode levá-lo à transcrição.
Art. 772. O credor pignoratício não pode, paga a dívida, recusar a entrega da
coisa a quem a empenhou.
Pode retê-la, porém, até que o indenizem das despesas, devidamente justificadas,
que tiver feito, não sendo ocasionadas por culpa sua.
Art. 773. Pode igualmente o credor exigir do devedor a satisfação do prejuízo
que houver sofrido por vício da coisa empenhada.
Art. 774. O credor pignoratício é obrigado, como depositário:

I - A empregar na guarda do penhor a diligência exigida pela natureza da coisa.


II - A entregá-lo com os respectivos frutos e acessões, uma vez paga a dívida,
observadas as disposições dos artigos antecedentes.
III - A entregar o que sobeje do preço, quando a dívida for paga, seja por
excussão judicial, ou por venda amigável, se lha permitir expressamente o
contrato, ou lha autorizar o devedor mediante procuração especial.
IV - A ressarcir ao dono a perda ou deterioração, de que for culpado.
Art. 775. No caso do artigo antecedente, nº IV, pode compensar-se na dívida, até
à concorrente quantia, a importância da responsabilidade do credor.
SEÇÃO II
DO PENHOR LEGAL
Art. 776. São credores pignoratícios, independentemente de convenção:

I - os hospedeiros, estalajadeiros ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre


as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro, que os seus consumidores ou fregueses
tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou
consumo que aí tiverem feito.
II - O dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis que o rendeiro ou
inquilino tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos alugueres ou rendas.
Art. 777. A conta das dívidas enumeradas no artigo antecedente, nº I, será
extraída conforme a tabela impressa, prévia e ostensivamente exposta na casa,
dos preços da hospedagem, da pensão ou dos gêneros fornecidos, sob pena de
nulidade do penhor.
Art. 778. Em cada um dos casos do artigo 776, o credor poderá tomar em
garantia um ou mais objetos até o valor da dívida.
Art. 779. Os credores compreendidos no referido artigo podem fazer efetivo o
penhor, antes de recorrerem à autoridade judiciária, sempre que haja perigo na
demora.
Art. 780. Tomado o penhor, requererá o credor, ato contínuo, a homologação,
apresentando, com a conta por menor das despesas do devedor, a tabela dos
preços, junta à relação dos objetos retidos, e pedindo a citação dele para, em vinte

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e quatro horas, pagar, ou alegar defesa.
SEÇÃO III
DO PENHOR AGRÍCOLA
Art. 781. Podem ser objeto de penhor agrícola:
I - Máquinas e instrumentos aratórios, ou de locomoção;
II - Colheitas pendentes, ou em via de formação no ano do contrato, quer
resultem de prévia cultura, quer de produção espontânea do solo;
III - Frutos armazenados, em ser, ou beneficiados e acondicionados para a
venda;
IV - Lenha cortada ou madeira das matas preparadas para o corte;
V - Animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola.
Art. 782. O penhor agrícola só se pode convencionar pelo prazo de um ano,
ulteriormente prorrogável por seis meses.
Art. 783. Se o prédio estiver hipotecado, não se poderá, pena de nulidade, sobre
ele constituir penhor agrícola, sem anuência do credor hipotecário, por este dada
no próprio instrumento de constituição do penhor.
Art. 784. No penhor de animais, sob pena de nulidade, o instrumento designá-
los-á com a maior precisão particularizando o lugar onde se achem, e o destino
que tiverem.
Art. 785. O devedor não poderá vender o gado empenhado, sem prévio
consentimento escrito do credor.
Art. 786. Quando o devedor pretenda vender o gado empenhado, ou, por
negligente, ameace prejudicar o credor, poderá este requerer se depositem os
animais sob a guarda de terceiros, ou exigir que se lhe pague a dívida incontinenti.
Art. 787. Os animais da mesma espécie, comprados para substituir os mortos,
ficam sub-rogados no penhor.
Parágrafo único. Esta substituição presume-se, mas não valerá contra terceiros,
se não constar de menção adicional ao respectivo contrato.
Art. 788. O penhor de animais não admite prazo maior de dois anos, mas pode
ser prorrogado por igual período, averbando-se a prorrogação no título respectivo.
Parágrafo único. Vencida a prorrogação, o penhor será excutido, quando não
seja reconstituído.
SEÇÃO IV
DA CAUÇÃO DE TÍTULOS DE CRÉDITO
Art. 789. A caução de títulos nominativos de dívida da União, dos Estados ou
dos Municípios equipara-se ao penhor e vale contra terceiros, desde que for
transcrita, ainda que esses títulos não hajam sido entregues ao credor. (Redação
dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 790. Também se equipara ao penhor, mas com as modificações dos artigos

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seguintes, a caução de títulos de crédito pessoal. (Redação dada ao artigo pelo
Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 791. Esta caução principia a ter efeito com a tradição do título ao credor, e
provar-se-á por escrito, nos termos dos artigos 770 e 771.
Art. 792. Ao credor por esta caução compete o direito de:

I - Conservar e recuperar a posse dos títulos caucionados, por todos os meios


civis ou criminais, contra qualquer detentor, inclusive o próprio dono.
II - Fazer intimar ao devedor dos títulos caucionados, que não pague ao seu
credor, enquanto durar a caução (artigo 794).
III - Usar das ações, recursos e exceções convenientes, para assegurar os seus
direitos, bem como os do credor cancionante, como se deste fora procurador
especial.
IV - Receber a importância dos títulos caucionados, e restituí-los ao devedor,
quando este solver a obrigação por eles garantida.
Art. 793. No caso do artigo antecedente, nº IV, o credor caucionado ficará, como
depositário, responsável ao credor caucionário, pelo que receber além do que este
lhe devia.
Art. 794. O devedor do título caucionado, tanto que receba a intimação do artigo
792, nº II, ou se dê por ciente da caução, não poderá receber quitação do seu
credor.
Art. 795. Aquele que, sendo credor num título de crédito, depois de o ter
caucionado, quitar o devedor, ficará, por esse fato, obrigado a saldar
imediatamente a dívida, em cuja garantia prestou a caução; e o devedor que,
ciente de estar caucionado o seu título de débito, aceitar quitação do credor
caucionante, responderá solidariamente, com este, por perdas e danos ao
caucionado.
SEÇÃO V
DA TRANSCRIÇÃO DO PENHOR
Art. 796. O penhor agrícola será transcrito no Registro de Imóveis.
Parágrafo único. Enquanto não cancelada, continua a transcrição a valer contra
terceiros.
Art. 797. O penhor de títulos de bolsa averbar-se-á nas repartições competentes,
ou na sede da associação emissora.
Art. 798. O credor, que aceitar em caução títulos ainda não integrados, poderá,
sobrevindo qualquer das chamadas ulteriores, executar logo o devedor, que não
realize a entrada, ou efetuá-la sob protesto.
Art. 799. Se, nos termos do artigo antecedente, se efetuar, sob protesto, entrada,
ao débito se adicionará o valor desta, ressalÇado ao credor o seu direito de
executar incontinenti o devedor.

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Art. 800. O credor, ou o devedor, um na ausência do outro contraente, pode
fazer transcrever o penhor, apresentando o respectivo instrumento na forma do
artigo 135, se for particular.
Art. 801. Poderá o devedor fazer cancelar a transcrição do instrumento
pignoratício, apresentando, com a firma reconhecida, se o documento for
particular, a quitação do credor (artigo 1.093). (Redação dada ao caput pelo
Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Parágrafo único. O mesmo direito compete ao adquirente do penhor por
adjudicação, compra, sucessão ou remissão, exibindo seu título.
SEÇÃO VI
DA EXTINÇÃO DO PENHOR
Art. 802. Resolve-se o penhor:

I - Extinguindo-se a obrigação.
II - Perecendo a coisa.
III - Renunciando o credor.
IV - Resolvendo-se a propriedade da pessoa, que o constituiu.
V - Confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa.
VI - Dando-se a adjudicação judicial, a remissão, ou a venda amigável do
penhor, se a permitir expressamente o contrato, ou for autorizada pelo devedor
(artigo 774, nº III), ou pelo credor (artigo 785).
Art. 803. Presume-se a renúncia do credor, quando consentir na venda particular
do penhor sem reserva de preço, quando restituir a sua posse ao devedor, ou
quando anuir à sua substituição por outra garantia.
Art. 804. Operando-se a confusão tão-somente quanto à parte da dívida
pignoratícia, subsistirá inteiro o penhor quanto ao resto.
CAPÍTULO X
DA ANTICRESE

Art. 805. Pode o devedor, ou outrem por ele, entregando ao credor um imóvel,
ceder-lhe o direito de perceber, em compensação da dívida, os frutos e
rendimentos.
§ 1º. É permitido estipular que os frutos e rendimentos do imóvel, na sua
totalidade, sejam percebidos pelo credor, somente à conta de juros.
§ 2º. O imóvel hipotecado pode ser dado em anticrese pelo devedor ao credor
hipotecário, assim como o imóvel sujeito à anticrese pode ser hipotecado pelo
devedor ao credor anticrético.
Art. 806. O credor anticrético pode fruir diretamente o imóvel ou arrendá-lo a
terceiro, salvo pacto em contrário, mantendo, no último caso, até ser pago, o
direito de retenção do imóvel.
Art. 807. O credor anticrético responde pelas deteriorações, que, por culpa sua,
o imóvel sofrer, e pelos frutos que, por sua negligência, deixar de perceber.

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Art. 808. O credor anticrético pode vindicar os seus direitos contra o adquirente
do imóvel, os credores quirografários e os hipotecários posteriores à transcrição
da anticrese.
§ 1º. Se, porém, executar o imóvel por não-pagamento da dívida, ou permitir que
outro credor o execute, sem opor o seu direito de retenção ao exeqüente, não terá
preferência sobre o preço.
§ 2º. Também não a terá sobre a indenização do seguro, quando o prédio seja
destruído, nem, se for desapropriado, sobre a da desapropriação.
CAPÍTULO XI
DA HIPOTECA

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 809. A lei da hipoteca é a civil, e civil a sua jurisdição, ainda que a dívida
seja comercial, e comerciantes as partes.
Art. 810. Podem ser objeto de hipoteca:
I - Os imóveis.
II - Os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles.
III - O domínio direto.
IV - O domínio útil.
V - As estradas de ferro.
VI - As minas e pedreiras, independentemente do solo onde se acham.
VII - Os navios (artigo 825). (Inciso acrescentado pelo Dec. Leg. nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 811. A hipoteca abrange todas as acessões, melhoramentos ou construções
do imóvel.
Subsistem os ônus reais constituídos e transcritos, anteriormente à hipoteca,
sobre o mesmo imóvel.
Art. 812. O dono do imóvel hipotecado pode constituir sobre ele, mediante novo
título, outra hipoteca, em favor do mesmo, ou de outro credor.
Art. 813. Salvo o caso de insolvência do devedor, o credor da segunda hipoteca,
embora vencida, não poderá executar o imóvel antes de vencida a primeira.
Parágrafo único. Não se considera insolvente o devedor, por faltar ao pagamento
das obrigações garantidas por hipotecas posteriores à primeira. (Redação dada ao
parágrafo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 814. A hipoteca anterior pode ser remida, em se vencendo, pelo credor da
segunda, se o devedor não se oferecer a remi-la.
§ 1º. Para a remissão, neste caso, consignará o segundo credor a importância do
débito e das despesas judiciais, caso se esteja promovendo a execução,
intimando o credor anterior para levantá-la e o devedor para remi-la, se quiser.
§ 2º. O segundo credor, que remir a hipoteca anterior, ficará ipso facto sub-

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rogado nos direitos desta, sem prejuízo dos que lhe competirem contra o devedor
comum.
Art. 815. Ao adquirente do imóvel hipotecado cabe igualmente o direito de remi-
lo.
§ 1º. Se o adquirente quiser forrar-se aos efeitos da execução da hipoteca,
notificará judicialmente, dentro em trinta dias, o seu contrato, aos credores
hipotecários, propondo, para a remissão, no mínimo, o preço por que adquiriu o
imóvel.
A notificação executar-se-á no domicílio inscrito (artigo 846, parágrafo único), ou
por editais, se ali não estiver o credor.
§ 2º. O credor notificado pode, no prazo assinado para a oposição, requerer que
o imóvel seja licitado.
Art. 816. São admitidos a licitar:
I - Os credores hipotecários.
II - Os fiadores.
III - O mesmo adquirente.
§ 1º. Não sendo requerida a licitação, o preço da aquisição, ou aquele que o
adquirente propuser, haver-se-á por definitivamente fixado para a remissão do
imóvel, que, pago ou depositado o dito preço, ficará livre de hipotecas.
§ 2º. Não notificando o adquirente, nos trinta dias do artigo 815, § 1º, aos
credores hipotecários, fica obrigado:
I - Às perdas e danos para com os credores hipotecários.
II - Às custas e despesas judiciais.
III - À diferença entre a avaliação e a adjudicação, caso esta se efetue. (Redação
dada pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
§ 3º. O imóvel será penhorado e vendido por conta do adquirente, ainda que ele
queira pagar, ou depositar o preço da venda, ou da avaliação, exceto se o credor
consentir, se o preço da venda ou da avaliação bastar para solução da hipoteca,
ou se o adquirente a resgatar.
A avaliação não será nunca em preço inferior ao da venda.
§ 4º. Disporá de ação regressiva contra o vendedor o adquirente, que sofrer
expropriação do imóvel mediante licitação, ou penhora, o que pagar a hipoteca, o
que por causa da adjudicação, ou licitação, desembolsar com o pagamento da
hipoteca importância excedente à da compra e o que suportar custas e despesas
judiciais.
§ 5º. A hipoteca legal é remível na forma por que o são as hipotecas especiais,
figurando pelas pessoas, a que pertencer, as competentes segundo a legislação
em vigor.
Art. 817. Mediante simples averbação requerida por ambas as partes, poderá
prorrogar-se a hipoteca, até perfazer trinta anos, da data do contrato. Desde que
perfaça trinta anos, só poderá subsistir o contrato de hipoteca, reconstituindo-se
por nova inscrição; e, neste caso, lhe será mantida a precedência, que então lhe
competir. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.652, de 11.12.1970)
Art. 818. É lícito aos interessados fazer constar das escrituras o valor entre si
ajustado dos imóveis hipotecados, o qual será a base para as arrematações,

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adjudicações e remissões, dispensada a avaliação.
As remissões não serão permitidas antes de realizada a primeira praça nem
depois da assinatura do ato de arrematação.
Art. 819. O credor da hipoteca legal, ou quem o represente, poderá, mostrando a
insuficiência dos imóveis especializados, exigir que seja reforçada com outros,
posteriormente adquiridos pelo responsável.
Art. 820. A hipoteca legal pode ser substituída por caução de títulos da dívida
pública federal ou estadual, recebidos pelo valor de sua cotação mínima no ano
corrente.
Art. 821. No caso de falência do devedor hipotecário, o direito de remissão
devolve-se à massa, em prejuízo da qual não poderá o credor impedir o
pagamento do preço por que foi avaliado o imóvel. O restante da dívida
hipotecária entrará em concurso com as quirografárias.
No caso de insolvência, cabe aquele direito aos credores em concurso. (Redação
dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 822. Pode o credor hipotecário, no caso de insolvência ou falência do
devedor, para pagamento de sua dívida, requerer a adjudicação do imóvel
avaliado em quantia inferior a esta, desde que dê quitação pela sua totalidade.
(Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 823. São nulas, em benefício da massa, as hipotecas celebradas, em
garantia de débitos anteriores, nos 40 dias precedentes à declaração da quebra
ou à instauração do concurso de preferência. (Redação dada ao artigo pelo
Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 824. Compete ao exeqüente o direito de prosseguir na execução da
sentença contra os adquirentes dos bens do condenado; mas para ser oposto a
terceiros, conforme valer, e sem impor preferência, depende de inscrição e
especialização.
Art. 825. São suscetíveis do contrato de hipoteca os navios, posto que ainda em
construção.
As hipotecas de navios regere-se-ão pelo disposto neste Código e nos
regulamentos especiais, que sobre o assunto se expedirem.
Art. 826. A execução do imóvel hipotecado far-se-á por ação executiva. Não será
válida a venda judicial de imóveis gravados por hipotecas, devidamente inscritas,
sem que tenham sido notificados judicialmente os respectivos credores
hipotecários que não forem de qualquer modo partes na execução.
SEÇÃO II
DA HIPOTECA LEGAL
Art. 827. A lei confere hipoteca:
I - À mulher casada, sobre os imóveis do marido para garantia do dote e dos

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outros bens particulares dela, sujeitos à administração marital.
II - Aos descendentes, sobre os imóveis do ascendente, que lhes administra os
bens.
III - Aos filhos, sobre os imóveis do pai, ou da mãe, que passar a outras núpcias,
antes de fazer o inventário do casal anterior (artigo 183, nº XIII).
IV - Às pessoas que não tenham a administração de seus bens, sobre os imóveis
de seus tutores ou curadores. (Redação dada ao inciso pelo Decreto Legislativo nº
3.725, de 15.01.1919)
V - À Fazenda Pública Federal, Estadual ou Municipal, sobre os imóveis dos
tesoureiros, coletores, administradores, exatores, prepostos, rendeiros e
contratadores de rendas e fiadores.
VI - Ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os imóveis do delinqüente, para
satisfação do dano causado pelo delito e pagamento das custas (artigo 842, nº I).
VII - À Fazenda Pública Federal, Estadual ou Municipal, sobre os imóveis do
delinqüente, para o cumprimento das penas pecuniárias e o pagamento das
custas (artigo 842, nº II).
VIII - Ao co-herdeiro para garantia do seu quinhão ou torna da partilha, sobre o
imóvel adjudicado ao herdeiro reponente.
Art. 828. As hipotecas legais, de qualquer natureza, não valerão em caso algum
contra terceiros, não estando inscritas e especializadas.
Art. 829. Quando os bens do criminoso não bastarem para a solução integral das
obrigações enumeradas no artigo 827, nºs. VI e VII, a satisfação do ofendido e
seus herdeiros preferirá às penas pecuniárias e custas judiciais.
Art. 830. Vale a inscrição da hipoteca, enquanto a obrigação perdurar; mas a
especialização, em completando trinta anos, deve ser renovada. (Redação dada
ao artigo pela Lei nº 5.652, de 11.12.1970)
SEÇÃO III
DA INSCRIÇÃO DA HIPOTECA
Art. 831. Todas as hipotecas serão inscritas no registro do lugar do imóvel, ou no
de cada um deles, se o título se referir a mais de um. (Redação dada ao artigo
pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 832. Para a inscrição das hipotecas haverá em cada cartório do registro de
imóveis os livros necessários.
Art. 833. As inscrições e averbações, nos livros de hipotecas, seguirão a ordem,
em que forem requeridas, verificando-se ela pela da sua numeração sucessiva no
protocolo.
Parágrafo único. O número de ordem determina a prioridade, e esta a
preferência entre as hipotecas.
Art. 834. Quando o oficial tiver dúvidas sobre a legalidade da inscrição requerida,
declará-la-á por escrito ao requerente, depois de mencionar, em forma de
prenotação, o pedido no respectivo livro.

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Art. 835. Se a dúvida, dentro em trinta dias, for julgada improcedente, a inscrição
far-se-á com o mesmo número que teria na data da prenotação. No caso contrário,
desprezada esta, receberá a inscrição o número correspondente à data, em que
se tornar a requerer.
Art. 836. Não se inscreverão no mesmo dia duas hipotecas, ou uma hipoteca e
outro direito real, sobre o mesmo imóvel, em favor de pessoas diversas, salvo
determinando-se precisamente a hora, em que se lavrou cada uma das escrituras.
Art. 837. Quando, antes de inscrita a primeira, se apresentar ao oficial do
registro, para inscrever, segunda hipoteca, sobrestará ele na inscrição desta,
depois de prenotar, até trinta dias, aguardando que o interessado inscreva
primeiro a precedente.
Art. 838. Compete aos interessados, exibindo o traslado da escritura, requerer a
inscrição da hipoteca; incumbindo especialmente promover a da legal às pessoas
determinadas nos artigos seguintes.
Art. 839. Incumbe ao marido, ou ao pai, requerer a inscrição e especialização da
hipoteca legal da mulher casada.
§ 1º. O oficial público que lavrar a escritura de dote, ou lançar em nota a relação
dos bens particulares da mulher, comunica-lo-á ex officio ao oficial do registro de
imóveis.
§ 2º. Consideram-se interessados em requerer a inscrição desta hipoteca, no
caso de não fazer o marido ou o pai, o dotador, a própria mulher e qualquer dos
seus parentes sucessíveis.
Art. 840. Incumbe requerer a inscrição e especialização da hipoteca legal dos
incapazes:
I - Ao pai, mãe, tutor, ou curador, antes de assumir a administração dos
respectivos bens, e, em falta daqueles, ao Ministério Público.
II - Ao inventariante, ou ao testamenteiro, antes de entregar o legado, ou a
herança.
Art. 841. O escrivão, em se assinando termo de tutela ou de curatela, remeterá,
de ofício, e com a possível brevidade, uma cópia dele ao oficial do registro de
imóveis. (Redação dada ao caput pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
Parágrafo único. Na inscrição desta hipoteca se considerará interessado
qualquer parente sucessível do incapaz.
Art. 842. A inscrição da hipoteca legal do ofendido compete, além deste:

I - Se ele for incapaz, ao seu representante legal, para satisfação do estatuído no


artigo 827, nº VI. (Redação dada ao inciso pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
II - Ao Ministério Público, para o disposto no artigo 827, nº VII.
Art. 843. Os interessados na inscrição das referidas hipotecas podem
pessoalmente promovê-la, ou solicitar a sua promoção oficial ao Ministério

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Público.
Art. 844. A inscrição da hipoteca dos bens dos responsáveis para com a
Fazenda Pública será requerida por eles mesmos, e, em sua falta, pelos
procuradores e representantes fiscais.
Art. 845. As pessoas a quem incumbir a inscrição e a especialização das
hipotecas legais ficarão sujeitas a perdas e danos pela omissão.
Art. 846. A inscrição da hipoteca, legal, ou convencional, declarará:

I - O nome, o domicílio e a profissão do credor e do devedor.


II - A data, a natureza do título, o valor do crédito e o da coisa ou sua estimação,
fixada por acordo entre as partes, o prazo e os juros estipulados.
III - A situação, a denominação e os característicos da coisa hipotecada. (Caput
revogado implicitamente pela Lei nº 6.015, de 31.12.1973)
Parágrafo único. O credor, além do seu domicílio real, poderá designar outro,
onde possa também ser citado.
Art. 847. Os credores quirografários e os por hipoteca não inscrita em primeiro
lugar e sem concorrência, só por via de ação ordinária de nulidade ou rescisão,
poderão invalidar os efeitos da primeira hipoteca, a que compete a prioridade pelo
respectivo registro.
Art. 848. As hipotecas somente valem contra terceiros desde a data da inscrição.
Enquanto não inscritas, as hipotecas só subsistem entre os contraentes.
SEÇÃO IV
DA EXTINÇÃO DA HIPOTECA
Art. 849. A hipoteca extingue-se:
I - Pelo desaparecimento da obrigação principal.
II - Pela destruição da coisa ou resolução do domínio.
III - Pela renúncia do credor.
IV - Pela remissão.
V - Pela sentença passada em julgado.
VI - Pela prescrição.
VII - Pela arrematação ou adjudicação.
Art. 850. A extinção da hipoteca só começa a ter efeito contra terceiros depois
de averbada no respectivo registro.
Art. 851. A inscrição cancelar-se-á, em cada um dos casos de extinção da
hipoteca, à vista da respectiva prova ou, independente desta, a requerimento de
ambas as partes, se forem capazes, e conhecidas do oficial do registro.
SEÇÃO V
DA HIPOTECA DE VIAS FÉRREAS
Art. 852. As hipotecas sobre as estradas de ferro serão inscritas no município da
estação inicial da respectiva linha.

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Art. 853. Os credores hipotecários não podem embaraçar a exploração da linha,
nem contrariar as modificações, que a administração deliberar, no leito da estrada,
em suas dependências, ou no seu material.
Art. 854. A hipoteca será circunscrita à linha ou linhas especificadas na escritura
e ao respectivo material de exploração, no estado em que ao tempo da execução
estiverem. Não obstante, os credores hipotecários poderão opor-se à venda da
estrada, à de suas linhas, de seus ramais, ou de parte considerável do material de
exploração, bem como à fusão com outra empresa, sempre que a garantia do
débito lhes parecer com isso enfraquecida.
Art. 855. Nas execuções dessas hipotecas não se passará carta ao maior
licitante, nem ao credor adjudicatário, antes de se intimar o representante da
Fazenda Nacional, ou do Estado, a que tocar a preferência, para, dentro em
quinze dias, utilizá-la, se quiser, pagando o preço da arrematação, ou da
adjudicação fixada.
SEÇÃO VI
DO REGISTRO DE IMÓVEIS
Art. 856. O registro de imóveis compreende:

I - A transcrição dos títulos de transmissão da propriedade.


II - A transcrição dos títulos enumerados no artigo 532.
III - A transcrição dos títulos constitutivos de ônus reais sobre coisas alheias.
IV - A inscrição das hipotecas.
Art. 857. Se o título de transmissão for gratuito, poderá ser promovida a
transcrição:
I - Pelo próprio adquirente.
II - Por quem de direito o represente.
III - Pelo próprio transferente, com prova da aceitação do beneficiado.
Art. 858. A transcrição do título de transmissão do domínio direto aproveita ao
titular do domínio útil, e vice-versa.
Art. 859. Presume-se pertencer o direito real à pessoa, em cujo nome se
inscreveu, ou transcreveu.
Art. 860. Se o teor do registro de imóveis não exprimir a verdade, poderá o
prejudicado reclamar que se retifique.
Parágrafo único. Enquanto se não transcrever o título de transmissão, o
alienante continua a ser havido como dono do imóvel, e responde pelos seus
encargos.
Art. 861. Serão feitas as inscrições, ou transcrições no registro correspondente
ao lugar, onde estiver o imóvel.
Art. 862. Salvo convenção em contrário, incumbem ao adquirente as despesas
da transcrição dos títulos de transmissão da propriedade e ao devedor as da
inscrição, dos ônus reais.

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LIVRO III
DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

TÍTULO I
DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES

CAPÍTULO I
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR

SEÇÃO I
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA
Art. 863. O credor de coisa certa não pode ser obrigado a receber outra, ainda
que mais valiosa.
Art. 864. A obrigação de dar coisa certa abrange-lhe os acessórios, posto não
mencionados, salvo se o contrário resultar do título, ou das circunstâncias do
caso.
Art. 865. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do
devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a
obrigação para ambas as partes.
Se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais
as perdas e danos.
Art. 866. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor
resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido ao seu preço o valor, que perdeu.
Art. 867. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou
aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em
outro caso, indenização das perdas e danos.
Art. 868. Até à tradição, pertence ao devedor a coisa, com os seus
melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço. Se o
credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
Parágrafo único. Também os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao
credor os pendentes.
Art. 869. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do
devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se
resolverá, salvos, porém, a ele os seus direitos até o dia da perda.
Art. 870. Se a coisa se perder por culpa do devedor, vigorará o disposto no
artigo 865, 2ª parte.
Art. 871. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á,
tal qual se ache, o credor, sem direito a indenização; se por culpa do devedor,

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observar-se-á o disposto no artigo 867.
Art. 872. Se, no caso do artigo 869, a coisa tiver melhoramento ou aumento, sem
despesa, ou trabalho do devedor, lucrará o credor o melhoramento, ou o aumento,
sem pagar indenização.
Art. 873. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho,
ou dispêndio, vigorará o estatuído nos artigos 516 a 519.
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á o disposto nos
artigos 510 a 513.
SEÇÃO II
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA
Art. 874. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e quantidade.
Art. 875. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade a escolha
pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação. Mas não
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Art. 876. Feita a escolha, vigorará o disposto na seção anterior.
Art. 877. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração
da coisa, ainda que por força maior, ou caso fortuito.
CAPÍTULO II
DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER

Art. 878. Na obrigação de fazer, o credor não é obrigado a aceitar de terceiro a


prestação, quando for convencionado que o devedor a faça pessoalmente.
Art. 879. Se a prestação do fato se impossibilitar sem culpa do devedor,
resolver-se-á a obrigação; se por culpa do devedor, responderá este pelas perdas
e danos.
Art. 880. Incorre também na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor
que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.
Art. 881. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-
lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, ou pedir
indenização por perdas e danos.
CAPÍTULO III
DAS OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER

Art. 882. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do
devedor, se lhe torne impossível abster-se do fato, que se obrigou a não praticar.
Art. 883. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor
pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo

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o culpado perdas e danos. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº
3.725, de 15.01.1919)
CAPÍTULO IV
DAS OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS

Art. 884. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa
não se estipulou.
§ 1º. Não pode, porém, o devedor obrigar o credor a receber parte em uma
prestação e parte em outra.
§ 2º. Quando a obrigação for de prestações anuais, subentender-se-á, para o
devedor, o direito de exercer cada ano a opção.
Art. 885. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação, ou se
tornar inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra.
Art. 886. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das
prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o
valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso
determinar. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 887. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações se tornar
impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir ou a prestação
subsistente ou o valor de outra, com perdas e danos.
Se, por culpa do devedor, ambas se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor
reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização pelas perdas e
danos.
Art. 888. Se todas as prestações se tornarem impossíveis, sem culpa do
devedor, extinguir-se-á a obrigação.
CAPÍTULO V
DAS OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS

Art. 889. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o
credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por parte, se assim não se
ajustou. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 890. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação
divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas,
quantos os credores, ou devedores. (Redação dada ao artigo pelo Decreto
Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 891. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível,
cada um será obrigado pela dívida toda. (Redação dada ao caput pelo Decreto
Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)

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Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor
em relação aos outros co-obrigados.
Art. 892. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a
dívida inteira. Mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
I - A todos conjuntamente.
II - A um, dando este caução de ratificação dos outros credores.
Art. 893. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos
outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total.
(Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 894. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para
com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor
remitente.
Parágrafo único. O mesmo se observará no caso de transação, novação,
compensação ou confusão.
Art. 895. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas
e danos.
§ 1º. Se, para esse efeito, houver culpa de todos os devedores, responderão
todos por partes iguais.
§ 2º. Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só
esse pelas perdas e danos.
CAPÍTULO VI
DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 896. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das
partes.
Parágrafo único. Há solidariedade quando na mesma obrigação concorre mais
de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado à dívida
toda.
Art. 897. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores
ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, para o outro.
SEÇÃO II
DA SOLIDARIEDADE ATIVA
Art. 898. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro.
Art. 899. Enquanto algum dos credores solidários não demandar o devedor
comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.
Art. 900. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue inteiramente a
dívida.

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Parágrafo único. O mesmo efeito resulta da novação, da compensação e da
remissão.
Art. 901. Se falecer um dos credores solidários, deixando herdeiros, cada um
destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao
seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
Art. 902. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste a
solidariedade, e em proveito de todos os credores correm os juros de mora.
Art. 903. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento,
responderá aos outros pela parte que lhes caiba.
SEÇÃO III
DA SOLIDARIEDADE PASSIVA
Art. 904. O credor tem direito a exigir e receber de um ou alguns dos devedores,
parcial, ou totalmente, a dívida comum.
No primeiro caso, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente
pelo resto.
Art. 905. Se morrer um dos devedores solidários, deixando herdeiros, cada um
destes não será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão
hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão
considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
Art. 906. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele
obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia
paga, ou relevada.
Art. 907. Qualquer cláusula, condição, ou obrigação adicional, estipulada entre
um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros,
sem consentimento destes.
Art. 908. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores
solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas
perdas e danos só responde o culpado.
Art. 909. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação
tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela
obrigação acrescida.
Art. 910. O credor, propondo ação contra um dos devedores solidários, não fica
inibido de acionar os outros. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº
3.725, de 15.01.1919)
Art. 911. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem
pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando, porém, as pessoais a outro
co-devedor.
Art. 912. O credor pode renunciar a solidariedade em favor de um, alguns, ou
todos os devedores.

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Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores,
aos outros só lhe ficará o direito de acionar, abatendo no débito a parte
correspondente aos devedores, cuja obrigação remitiu (artigo 914.).
Art. 913. O devedor que satisfez a dívida por inteiro, tem direito a exigir de cada
um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do
insolvente, se o houver. Presumem-se iguais, no débito, as partes de todos os co-
devedores.
Art. 914. No caso de rateio, entre os co-devedores, pela parte que na obrigação
incumbia ao insolvente (artigo 913.), contribuirão também os exonerados da
solidariedade pelo credor (artigo 912).
Art. 915. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores,
responderá este por toda ela para com aquele que pagar.
CAPÍTULO VII
DA CLÁUSULA PENAL

Art. 916. A cláusula penal pode ser estipulada conjuntamente com a obrigação
ou em ato posterior.
Art. 917. A cláusula penal pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à
de alguma cláusula especial ou simplesmente à mora.
Art. 918. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total
inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do
credor.
Art. 919. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em
segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de
exigir a satisfação da pena cominada juntamente com o desempenho da
obrigação principal.
Art. 920. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o
da obrigação principal.
Art. 921. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que se
vença o prazo da obrigação, ou, se o não há, desde que se constitua em mora.
Art. 922. A nulidade da obrigação importa a da cláusula penal.
Art. 923. Resolvida a obrigação, não tendo culpa o devedor, resolve-se a
cláusula penal.
Art. 924. Quando se cumprir em parte a obrigação, poderá o juiz reduzir
proporcionalmente a pena estipulada para o caso de mora, ou de inadimplemento.
Art. 925. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores e seus herdeiros,
caindo em falta um deles, incorrerão na pena; mas esta só se poderá demandar
integralmente do culpado. Cada um dos outros só responde pela sua quota.

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Parágrafo único. Aos não culpados fica reservada a ação regressiva contra o que
deu causa à aplicação da pena.
Art. 926. Quando a obrigação for divisível, só incorre na pena o devedor, ou o
herdeiro do devedor que a infringir, e proporcionalmente à sua parte na obrigação.
Art. 927. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue
prejuízo.
O devedor não pode eximir-se de cumprí-la, a pretexto de ser excessiva.
TÍTULO II
DOS EFEITOS DAS OBRIGAÇÕES

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 928. A obrigação, não sendo personalíssima, opera assim entre as partes,
como entre os seus herdeiros.
Art. 929. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e
danos, quando este o não executar.
CAPÍTULO II
DO PAGAMENTO

SEÇÃO I
DE QUEM DEVE PAGAR
Art. 930. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o
credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor.
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em
nome e por conta do devedor.
Art. 931. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome,
tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do
credor.
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao
reembolso no vencimento.
Art. 932. Opondo-se o devedor, com justo motivo, ao pagamento de sua dívida
por outrem, se ele, não obstante, se efetuar, não será o devedor obrigado a
reembolsá-lo, senão até a importância em que lhe aproveite.
Art. 933. Só valerá o pagamento, que importar em transmissão da propriedade;
quando feito por quem possa alienar o objeto, em que ele consistiu.
Parágrafo único. Se, porém, se der em pagamento coisa fungível, não se poderá
mais reclamar do credor, que, de boa-fé, a recebeu, e consumiu, ainda que o
solvente não tivesse o direito de alheá-la.

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SEÇÃO II
DAQUELES A QUEM SE DEVE PAGAR
Art. 934. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o
represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto
reverter em seu proveito.
Art. 935. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda
provando-se depois que não era credor.
Art. 936. Não vale, porém, o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de
quitar, se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente reverteu.
Art. 937. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da
quitação, exceto se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante.
Art. 938. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita
sobre o crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não
valerá contra estes, que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-
lhe, entretanto, salvo o regresso contra o credor.
SEÇÃO III
DO OBJETO DO PAGAMENTO E SUA PROVA
Art. 939. O devedor, que paga, tem direito a quitação regular (artigo 940), e pode
reter o pagamento, enquanto lhe não for dada.
Art. 940. A quitação designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do
devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a
assinatura do credor, ou do seu representante.
Art. 941. Recusando o credor a quitação, ou não a dando na devida forma (artigo
940), pode o devedor citá-lo para esse fim, e ficará quitado pela sentença, que
condenar o credor.
Art. 942. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido
este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que
inutilize o título sumido.
Art. 943. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última
estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as
anteriores.
Art. 944. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se
pagos.
Art. 945. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.
§ 1º. Ficará, porém, sem efeito a quitação assim operada se o credor provar,
dentro em sessenta dias, o não-pagamento.
§ 2º. Não se permite esta prova, quando se der a quitação por escritura pública.

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Art. 946. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e
quitação. Se, porém, o credor mudar de domicílio ou morrer, deixando herdeiros
em lugares diferentes, correrá por conta do credor a despesa acrescida.
Art. 947. O pagamento em dinheiro, sem determinação da espécie, far-se-á em
moeda corrente no lugar do cumprimento da obrigação.
§ 1º. (Revogado pela Medida Provisória nº 1.950-66, de 26.07.2000, DOU
27.07.2000)
§ 2º. (Revogado pela Medida Provisória nº 1.950-66, de 26.07.2000, DOU
27.07.2000)
§ 3º. Quando o devedor incorrer em mora e o ágio tiver variado entre a data do
vencimento e a do pagamento, o credor pode optar por um deles, não se havendo
estipulado câmbio fixo.
§ 4º. Se a cotação variou no mesmo dia, tomar-se-á por base a média do
mercado nessa data.
Art. 948. Nas indenizações por fato ilícito prevalecerá o valor mais favorável ao
lesado.
Art. 949. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-
á, no silêncio das partes, que aceitaram os do lugar da execução.
SEÇÃO IV
DO LUGAR DO PAGAMENTO
Art. 950. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes
convencionarem diversamente, ou se o contrário dispuserem as circunstâncias, a
natureza da obrigação ou a lei.
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor entre eles a
escolha. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 951. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações
relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde este se acha.
SEÇÃO V
DO TEMPO DO PAGAMENTO
Art. 952. Salvo disposição especial deste Código, e não tendo sido ajustada
época para o pagamento, o credor pode exigi-lo imediatamente.
Art. 953. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da
condição, incumbida ao credor a prova de que deste houve a ciência o devedor.
Art. 954. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo
estipulado no contrato ou marcado neste Código.
I - Se, executado o devedor, se abrir concurso creditório.
II - Se os bens, hipotecados, empenhados, ou dados em anticrese, forem
penhorados em execução por outro credor.

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III - Se cessarem, ou se tornarem insuficientes as garantias do débito,
fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade
passiva (artigos 904 a 915), não se reputará vencido quanto aos outros devedores
solventes.
SEÇÃO VI
DA MORA
Art. 955. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento, e o
credor que o não quiser receber no tempo, lugar e forma convencionados (artigo
1.058).
Art. 956. Responde o devedor pelos prejuízos a que a sua mora der causa
(artigo 1.058).
Parágrafo único. Se a prestação, por causa da mora, se tornar inútil ao credor,
este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
Art. 957. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação,
embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito, ou força maior, se estes
ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano
sobreviria, ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada (artigo
1.058).
Art. 958. A mora do credor subtrai ao devedor isento de dolo à responsabilidade
pela conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas
em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela sua mais alta estimação, se o seu
valor oscilar entre o tempo do contrato e o do pagamento.
Art. 959. Purga-se a mora:
I - Por parte do devedor, oferecendo este a prestação, mais a importância dos
prejuízos decorrentes até o dia da oferta.
II - Por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-
se aos efeitos da mora até a mesma data.
III - Por parte de ambos, renunciando aquele que se julgar por ela prejudicado os
direitos que da mesma lhe provierem.
Art. 960. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida no seu tempo
constitui de pleno direito em mora o devedor.
Não havendo prazo assinado, começa ela desde a interpelação, notificação, ou
protesto.
Art. 961. Nas obrigações negativas, o devedor fica constituído em mora, desde o
dia em que executar o ato de que se devia abster.
Art. 962. Nas obrigações provenientes de delito, considera-se o devedor em
mora desde que o perpetrou.
Art. 963. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este
em mora.

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SEÇÃO VII
DO PAGAMENTO INDEVIDO
Art. 964. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a
restituir.
A mesma obrigação incumbe ao que recebe dívida condicional antes de cumprida
a condição.
Art. 965. Ao que voluntariamente pagou o indevido incumbe a prova de tê-lo feito
por erro.
Art. 966. Aos frutos, acessões, benfeitorias e deteriorações sobrevindas à coisa
dada em pagamento indevido, aplica-se o disposto nos artigos 510 a 519.
Art. 967. Se, aquele, que indevidamente recebeu um imóvel, o tiver alienado,
deve assistir o proprietário na retificação do registro, nos termos do artigo 860.
Art. 968. Se, aquele, que indevidamente recebeu um imóvel, o tiver alienado em
boa-fé, por título oneroso, responde somente pelo preço recebido; mas, se obrou
de má-fé, além do valor do imóvel, responde por perdas e danos.
Parágrafo único. Se o imóvel se alheou por título gratuito, ou se alheando-se por
título oneroso, obrou de má-fé o terceiro adquirente, cabe ao que pagou por erro o
direito de reivindicação.
Art. 969. Fica isento de restituir pagamento indevido aquele que, recebendo-o
por conta de dívida verdadeira, inutilizou o título, deixou prescrever a ação ou
abriu mão das garantias que asseguravam seu direito, mas o que pagou, dispõe
de ação regressiva contra o verdadeiro devedor e seu fiador.
Art. 970. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou
cumprir obrigação natural.
Art. 971. Não terá direito à repetição aquele que deu alguma coisa para obter fim
ilícito, imoral, ou proibido por lei.
CAPÍTULO III
DO PAGAMENTO POR CONSIGNAÇÃO

Art. 972. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial da


coisa devida, nos casos e formas legais.
Art. 973. A consignação tem lugar:
I - Se o credor, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação
na devida forma.
II - Se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condições
devidas.
III - Se o credor for desconhecido, estiver declarado ausente, ou residir em lugar
incerto, ou de acesso perigoso ou difícil.
IV - Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do

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pagamento.
V - Se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
VI - Se houver concurso de preferência aberto contra o credor, ou se este for
incapaz de receber o pagamento.
Art. 974. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister
concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos
sem os quais não é válido o pagamento.
Art. 975. Nos casos do artigo 973, nºs. I, II e III, citar-se-á o credor, para vir, ou
mandar receber, e no do mesmo artigo nº IV, para provar o seu direito.
Art. 976. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que
se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado
improcedente.
Art. 977. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o
impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas
despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências de direito.
Art. 978. Julgado procedente o depósito, o devedor já não poderá levantá-lo,
embora o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e fiadores.
Art. 979. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito,
aquiescer no levantamento, perderá a preferência e garantia que lhe competiam
com respeito à coisa consignada, ficando para logo desobrigados os co-devedores
e fiadores, que não anuíram.
Art. 980. Se a coisa devida for corpo certo que deva ser entregue no mesmo
lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob
pena de ser depositada.
Art. 981. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele
citado para este fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a
coisa que o devedor escolher. Feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como
no artigo antecedente.
Art. 982. As despesas com o depósito, quando julgado procedente, correrão por
conta do credor, e no caso contrário, por conta do devedor.
Art. 983. O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação,
mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litígio,
assumirá o risco do pagamento.
Art. 984. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se
pretendam mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a consignação.
CAPÍTULO IV
DO PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO

Art. 985. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:

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I - Do credor que paga a dívida do devedor comum ao credor, a quem competia
direito de preferência.
II - Do adquirente do imóvel hipotecado, que paga ao credor hipotecário.
III - Do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser
obrigado, no todo ou em parte.
Art. 986. A sub-rogação é convencional:
I - Quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe
transfere todos os seus direitos.
II - Quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a
dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do
credor satisfeito.
Art. 987. Na hipótese do artigo antecedente, nº I, vigorará o disposto quanto à
cessão de créditos (artigos 1.065 a 1.078).
Art. 988. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações,
privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal
e os fiadores.
Art. 989. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as
ações do credor, senão até à soma, que tiver desembolsado para desobrigar o
devedor.
Art. 990. O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-
rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem,
para saldar inteiramente o que a um e outro dever.
CAPÍTULO V
DA IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO

Art. 991. A pessoa obrigada, por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um
só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem
líquidos e vencidos.
Sem consentimento do credor, não se fará imputação do pagamento na dívida
ilíquida, ou não vencida. (Redação dada pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 992. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas
quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a
reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido
violência, ou dolo.
Art. 993. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros
vencidos, e, depois, no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor
passar a quitação por conta do capital.
Art. 994. Se o devedor não fizer a indicação do artigo 991, e a quitação for
omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em
primeiro lugar.

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Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-
se-á na mais onerosa.
CAPÍTULO VI
DA DAÇÃO EM PAGAMENTO

Art. 995. O credor pode consentir em receber coisa que não seja dinheiro, em
substituição da prestação que lhe era devida.
Art. 996. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre
as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.
Art. 997. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência
importará em cessão.
Art. 998. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-
se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada.
CAPÍTULO VII
DA NOVAÇÃO

Art. 999. Dá-se a novação.


I - Quando o devedor contrai com o credor nova dívida, para extinguir e substituir
a anterior.
II - Quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor.
III - Quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo,
ficando o devedor quite com este.
Art. 1000. Não havendo ânimo de novar, a segunda obrigação confirma
simplesmente a primeira.
Art. 1001. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada
independente de consentimento deste.
Art. 1002. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou,
ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição.
Art. 1003. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que
não houver estipulação em contrário.
Art. 1004. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar a hipoteca, anticrese ou
penhor, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro, que não foi parte
na novação.
Art. 1005. Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários,
somente sobre os bens do que contrair a nova obrigação subsistem as
preferências e garantias do crédito novado.
Parágrafo único. Os outros devedores solidários ficam por esse fato exonerados.
Art. 1006. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com
o devedor principal.

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Art. 1007. Não se podem validar por novação obrigações nulas ou extintas.
Art. 1008. A obrigação simplesmente anulável pode ser confirmada pela
novação.
CAPÍTULO VIII
DA COMPENSAÇÃO

Art. 1009. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da
outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
Art. 1010. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas
fungíveis.
Art. 1011. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas
prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade,
quando especificada no contrato.
Art. 1012. Não são compensáveis as prestações de coisas incertas, quando a
escolha pertence aos dois credores ou a um deles como devedor de uma das
obrigações e credor da outra.
Art. 1013. O devedor só pode compensar com o credor o que este lhe dever;
mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
Art. 1014. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam
a compensação.
Art. 1015. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:
I - Se uma provier de esbulho, furto ou roubo.
II - Se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos.
III - Se uma for de coisa não suscetível de penhora.
Art. 1016. Não pode realizar-se a compensação, havendo renúncia prévia de um
dos devedores.
Art. 1017. As dívidas fiscais da União, dos Estados e dos Municípios também
não podem ser objeto de compensação, exceto nos casos de encontro entre a
administração e o devedor, autorizados nas leis e regulamentos da Fazenda.
Art. 1018. Não haverá compensação, quando o credor e devedor por mútuo
acordo a excluírem.
Art. 1019. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa
dívida com a que o credor dele lhe dever.
Art. 1020. O devedor solidário só pode compensar com o credor o que este deve
ao seu coobrigado, até ao equivalente da parte deste na dívida comum.
Art. 1021. O devedor que, notificado, nada opõe à cessão, que o credor faz a
terceiros, dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que

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antes da cessão teria podido opor ao cedente. Se, porém, a cessão lhe não tiver
sido notificada, poderá opor ao cessionário compensação do crédito que antes
tinha contra o cedente.
Art. 1022. Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se
podem compensar sem dedução das despesas necessárias à operação.
Art. 1023. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis,
serão observadas, no compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação
de pagamento (artigos 991 a 994).
Art. 1024. Não se admite a compensação em prejuízo de direitos de terceiro. O
devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste,
não pode opor ao exeqüente a compensação, de quem contra o próprio credor
disporia.
CAPÍTULO IX
DA TRANSAÇÃO

Art. 1025. É lícito aos interessados prevenirem, ou terminarem o litígio mediante


concessões mútuas.
Art. 1026. Sendo nula qualquer das cláusulas da transação, nula será esta.

Parágrafo único. Quando a transação versar sobre diversos direitos contestados


e não prevalecer em relação a um fica, não obstante, válida relativamente aos
outros.
Art. 1027. A transação interpreta-se restritivamente. Por ela não se transmitem,
apenas se declaram ou reconhecem direitos.
Art. 1028. Se a transação recair sobre direitos contestados em juízo, far-se-á:
I - Por termo nos autos, assinado pelos transigentes e homologado pelo juiz.
II - Por escritura pública, nas obrigações em que a lei o exige, ou particular, nas
em que ela o admite.
Art. 1029. Não havendo ainda litígio, a transação realizar-se-á por aquele dos
modos indicados no artigo antecedente, nº II, que no caso couber.
Art. 1030. A transação produz entre as partes o efeito de coisa julgada, e só se
rescinde por dolo, violência, ou erro essencial quanto à pessoa ou coisa
controversa.
Art. 1031. A transação não aproveita, nem prejudica senão aos que nela
intervieram, ainda que diga respeito a coisa indivisível.
§ 1º. Se for concluída entre o credor e o devedor principal, desobrigará o fiador.
§ 2º. Se entre um dos credores solidários e o devedor, extingue a obrigação
deste para com os outros credores.
§ 3º. Se entre um dos devedores solidários e seu credor, extingue a dívida em
relação aos co-devedores.

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Art. 1032. Dada a evicção da coisa renunciada por um dos transigentes, ou por
ele transferida à outra parte, não revive a obrigação extinta pela transação: mas
ao evicto cabe o direito de reclamar perdas e danos.
Parágrafo único. Se um dos transigentes adquirir, depois da transação, novo
direito sobre a coisa renunciada ou transferida, a transação feita não o inibirá de
exercê-lo.
Art. 1033. A transação concernente a obrigações resultantes de delito não
perime a ação penal da justiça pública.
Art. 1034. É admissível, na transação, a pena convencional.
Art. 1035. Só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a
transação.
Art. 1036. É nula a transação a respeito de litígio decidido por sentença passada
em julgado, se dela não tinha ciência algum dos transatores, ou quando, por título
ulteriomente descoberto, se verificar que nenhum deles tinha direito sobre o objeto
da transação.
CAPÍTULO X
DO COMPROMISSO

Art. 1037. (Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)


Art. 1038. (Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)
Art. 1039. (Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)
Art. 1040. (Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)
Art. 1041. (Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)
Art. 1042. (Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)
Art. 1043. (Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)
Art. 1044. (Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)
Art. 1045. (Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)
Art. 1046. (Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)
Art. 1047. (Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)
Art. 1048. (Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)
CAPÍTULO XI
DA CONFUSÃO

Art. 1049. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam


as qualidades de credor e devedor.

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Art. 1050. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de
parte dela.
Art. 1051. A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só
extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na
dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade.
Art. 1052. Cessando a confusão para logo se restabelece, com todos os seus
acessórios, a obrigação anterior.
CAPÍTULO XII
DA REMISSÃO DAS DÍVIDAS

Art. 1053. A entrega voluntária do título da obrigação, quando por escrito


particular, prova a desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for
capaz de alienar, e o devedor, capaz de adquirir.
Art. 1054. A entrega do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia
real, mas não a extinção da dívida.
Art. 1055. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na
parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor e
solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da
parte remitida.
CAPÍTULO XIII
DAS CONSEQUÊNCIAS DA INEXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

Art. 1056. Não cumprindo a obrigação, ou deixando de cumpri-la pelo modo e no


tempo devidos, responde o devedor por perdas e danos.
Art. 1057. Nos contratos unilaterais, responde por simples culpa o contraente, a
quem o contrato aproveite, e só por dolo, aquele a quem não favoreça.
Nos contratos bilaterais, responde cada uma das partes por culpa.
Art. 1058. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito,
ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado,
exceto nos casos dos artigos 955, 956 e 957.
Parágrafo único. O caso fortuito, ou de força maior, verifica-se no fato
necessário, cujos efeitos não era possível evitar, ou impedir.
CAPÍTULO XIV
DAS PERDAS E DANOS

Art. 1059. Salvo as exceções previstas neste Código, de modo expresso, as


perdas e danos devidos ao credor abrangem, além do que efetivamente perdeu, o
que razoavelmente deixou de lucrar.
Parágrafo único. O devedor, porém, que não pagou no tempo e forma devidos,

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só responde pelos lucros, que foram ou podiam ser previstos na data da
obrigação.
Art. 1060. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e
danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto
e imediato.
Art. 1061. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro,
consistem nos juros da mora e custas, sem prejuízo da pena convencional.
CAPÍTULO XV
DOS JUROS LEGAIS

Art. 1062. A taxa dos juros moratórios, quando não convencionados (artigo
1.262), será de seis por cento ao ano.
Art. 1063. Serão também de seis por cento ao ano os juros devidos por força da
lei, ou quando as partes os convencionarem sem taxa estipulada.
Art. 1064. Ainda que não se alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros de
mora, que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra
natureza, desde que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial,
arbitramento, ou acordo entre as partes.

TÍTULO III
DA CESSÃO DE CRÉDITO

Art. 1065. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza
da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor.
Art. 1066. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito se abrangem
todos os seus acessórios.
Art. 1067. Não vale, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se se
não celebrar mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido das
solenidades do artigo 135 (artigo 1.068). (Redação dada ao caput pelo Decreto
Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Parágrafo único. O cessionário de crédito hipotecário tem, como o sub-rogado, o
direito de fazer inscrever a cessão à margem da inscrição principal.
Art. 1068. A disposição do artigo antecedente, parte primeira, não se aplica à
transferência de créditos, operada por lei ou sentença.
Art. 1069. A cessão de crédito não vale em relação ao devedor, senão quando a
este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou
particular, se declarou ciente da cessão feita.
Art. 1070. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se
completar com a tradição do título do crédito cedido.

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Art. 1071. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da
cessão, paga ao credor primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão
notificada, paga ao cessionário, que lhe apresenta, com o título da cessão, o da
obrigação cedida. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 1072. O devedor pode opor tanto ao cessionário como ao cedente as
exceções que lhe competirem no momento em que tiver conhecimento da cessão;
mas, não pode opor ao cessionário de boa-fé a simulação do cedente.
Art. 1073. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que se não
responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao
tempo em que lho cedeu. A mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por
título gratuito, se tiver procedido de má-fé.
Art. 1074. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela
solvência do devedor.
Art. 1075. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não
responde por mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de
ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o cessionário houver feito com a
cobrança.
Art. 1076. Quando a transferência do crédito se opera por força de lei, o credor
originário não responde pela realidade da dívida, nem pela solvência do devedor.
Art. 1077. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo
credor que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo
notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos
de terceiro.
Art. 1078. As disposições deste título aplicam-se à cessão de outros direitos
para os quais não haja modo especial de transferência.

TÍTULO IV
DOS CONTRATOS

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1079. A manifestação da vontade, nos contratos, pode ser tácita, quando a
lei não exigir que seja expressa.
Art. 1080. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não
resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
(Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1081. Deixa de ser obrigatória a proposta:

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I - Se, feita sem prazo a uma pessoa presente, não foi imediatamente aceita.
Considera-se também presente a pessoa que contrata por meio de telefone.
II - Se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para
chegar a resposta ao conhecimento do proponente.
III - Se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do
prazo dado.
IV - Se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte
a retratação do proponente.
Art. 1082. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao
conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob
pena de responder por perdas e danos.
Art. 1083. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações,
importará nova proposta.
Art. 1084. Se o negócio for daqueles, em que se não costuma a aceitação
expressa, ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato,
não chegando a tempo a recusa.
Art. 1085. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar
ao proponente a retratação do aceitante.
Art. 1086. Os contratos por correspondência epistolar, ou telegráfica, tornam-se
perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - No caso do artigo antecedente.
II - Se o proponente se houver comprometido a esperar resposta.
III - Se ela não chegar no prazo convencionado.
Art. 1087. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.
Art. 1088. Quando o instrumento público for exigido como prova do contrato,
qualquer das partes pode arrepender-se, antes de o assinar, ressarcindo à outra
as perdas e danos resultantes do arrepedimento, sem prejuízo do estatuído nos
artigos 1.095 a 1.097.
Art. 1089. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
Art. 1090. Os contratos benéficos interpretar-se-ão estritamente.
Art. 1091. A impossibilidade da prestação não invalida o contrato, sendo relativa,
ou cessando antes de realizada a condição.
CAPÍTULO II
DOS CONTRATOS BILATERAIS

Art. 1092. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contraentes, antes de cumprida
a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes
diminuição em seu patrimônio, capaz de comprometer ou tornar duvidosa a

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prestação pela qual se obrigou, pode a parte, a quem incumbe fazer prestação em
primeiro lugar, recusar-se a esta, até que a outra satisfaça a que lhe compete ou
dê garantia bastante de satisfazê-la.
Parágrafo único. A parte lesada pelo inadimplemento pode requerer a rescisão
do contrato com perdas e danos.
Art. 1093. O distrato faz-se pela mesma forma que o contrato. Mas a quitação
vale, qualquer que seja a sua forma.
CAPÍTULO III
DAS ARRAS

Art. 1094. O sinal, ou arras, dado por um dos contraentes, firma a presunção de
acordo final, e torna obrigatório o contrato.
Art. 1095. Podem, porém, as partes estipular o direito de se arrepender, não
obstante as arras dadas. Em caso tal, se o arrependido for o que as deu, perdê-
las-á em proveito do outro; se o que as recebeu, restituí-las-á em dobro.
Art. 1096. Salvo estipulação em contrário, as arras em dinheiro consideram-se
princípio de pagamento. Fora esse caso, devem ser restituídas, quando o contrato
for concluído, ou ficar desfeito.
Art. 1097. Se o que deu arras, der causa a se impossibilitar a prestação, ou a se
rescindir o contrato, perdê-las-á em benefício do outro.
CAPÍTULO IV
DAS ESTIPULAÇÕES EM FAVOR DE TERCEIRO

Art. 1098. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da


obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação,
também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do
contrato, se a ele anuir, e o estipulante o não inovar nos termos do artigo 1.100.
Art. 1099. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito
de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor.
Art. 1100. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro
designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro
contraente (artigo 1.098, parágrafo único).
Parágrafo único. Tal substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por
disposição de última vontade.
CAPÍTULO V
DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS

Art. 1101. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada
por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada,

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ou lhe diminuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações gravadas de
encargo.
Art. 1102. Salvo cláusula expressa no contrato, a ignorância de tais vícios pelo
alienante não o exime da responsabilidade (artigo 1.103). (Redação dada ao artigo
pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1103. Se o alienante conhecia o vício, ou o defeito, restituirá o que recebeu
com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido,
mais as despesas do contrato.
Art. 1104. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em
poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.
Art. 1105. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (artigo 1.101), pode o
adquirente reclamar abatimento no preço (artigo 178, § 2º e § 5º, nº IV).
Art. 1106. Se a coisa foi vendida em hasta pública, não cabe a ação redibitória,
nem a de pedir abatimento no preço.
CAPÍTULO VI
DA EVICÇÃO

Art. 1107. Nos contratos onerosos, pelos quais se transfere o domínio, posse ou
uso, será obrigado o alienante a resguardar o adquirente dos riscos da evicção,
toda vez que se não tenha excluído expressamente esta responsabilidade.
Parágrafo único. As partes podem reforçar ou diminuir essa garantia.
Art. 1108. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção (artigo
1.107), se esta se der, tem direito o evicto a recobrar o preço, que pagou pela
coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou dele informado, o não assumiu.
Art. 1109. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da
restituição integral do preço, ou das quantias, que pagou:
I - À indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir.
II - À das despesas dos contratos e dos prejuízos que diretamente resultarem da
evicção.
III - Às custas judiciais.
Art. 1110. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada
esteja deteriorada, exceto dolo do adquirente.
Art. 1111. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não
tiver sido condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da
quantia que lhe houver de dar o alienante.
Art. 1112. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a
evicção, serão pagas pelo alienante.

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Art. 1113. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido
feitas pelo alienante, o valor delas será levado em conta na restituição devida.
Art. 1114. Se a evicção for parcial, mas considerável, poderá o evicto optar entre
a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao
desfalque sofrido.
Art. 1115. A importância do desfalque, na hipótese do artigo antecedente, será
calculada em proporção do valor da coisa ao tempo em que se evenceu.
Art. 1116. Para poder exercitar o direito, que da evicção lhe resulta, o adquirente
notificará do litígio o alienante, quando e como lho determinarem as leis do
processo.
Art. 1117. Não pode o adquirente demandar pela evicção:
I - Se foi privado da coisa, não pelos meios judiciais, mas por caso fortuito, força
maior, roubo, ou furto.
II - Se sabia que a coisa era alheia, ou litigiosa.
CAPÍTULO VII
DOS CONTRATOS ALEATÓRIOS

Art. 1118. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas futuras, cujo
risco de não virem a existir assume o adquirente, terá direito o alienante a todo o
preço, desde que de sua parte não tenha havido culpa, ainda que delas não venha
a existir absolutamente nada.
Art. 1119. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o
adquirente a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também
direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido
culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o
adquirente restituirá o preço recebido.
Art. 1120. Se for aleatório, por se referir a coisas existentes, mas expostas a
risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço,
posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 1121. A alienação aleatória do artigo antecedente poderá ser anulada como
dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contraente não ignorava a
consumação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.

TÍTULO V
DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATO

CAPÍTULO I
DA COMPRA E VENDA

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SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1122. Pelo contrato de compra e venda, um dos contraentes se obriga a
transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
Art. 1123. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os
contraentes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a
incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contraentes
designar outra pessoa. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725,
de 15.01.1919)
Art. 1124. Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa do mercado, ou
da bolsa, em certo e determinado dia e lugar.
Art. 1125. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio
exclusivo de uma das partes a taxação do preço.
Art. 1126. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e
perfeita, desde que as partes acordarem no objetivo e no preço.
Art. 1127. Até ao momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do
vendedor, e os do preço por conta do comprador.
§ 1º. Todavia, os casos fortuitos, ocorrentes no ato de contar, marcar, ou
assinalar coisas, que comumente se recebem, contando, pesando, medindo ou
assinalando, e que já tiverem sido postas à disposição do comprador, correrão por
conta deste.
§ 2º. Correrão também por conta do comprador os riscos das referidas coisas, se
estiver em mora de as receber, quando postas à sua disposição no tempo, lugar e
pelo modo ajustados.
Art. 1128. Se a coisa for expedida para lugar diverso, por ordem do comprador,
por sua conta correrão os riscos, uma vez entregue a quem haja de transportá-las,
salvo se das instruções dele se afastar o vendedor.
Art. 1129. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas da escritura a cargo
do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição.
Art. 1130. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a
coisa, antes de receber o preço.
Art. 1131. Não obstante o prazo ajustado para o pagamento, se antes da
tradição o comprador cair em insolvência, poderá o vendedor sobrestar na entrega
da coisa, até que o comprador lhe dê caução de pagar no tempo ajustado.
Art. 1132. Os ascendentes não podem vender aos descendentes, sem que os
outros descendentes expressamente consintam.
Art. 1133. Não podem ser comprados, ainda em hasta pública:

I - Pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados

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à sua guarda ou administração.
II - Pelos mandatários, os bens, de cuja administração ou alienação estejam
encarregados.
III - Pelos empregados públicos, os bens da União, dos Estados e dos
Municípios, que estiverem sob sua administração, direta, ou indireta. A mesma
disposição aplica-se aos juízes, arbitradores ou peritos que, de qualquer modo,
possam influir no ato ou no preço da venda.
IV - Pelos juízes, empregados de Fazenda, secretários de tribunais, escrivães, e
outros oficiais de Justiça, os bens, ou direitos, sobre que se litigar em tribunal,
juízo, ou conselho, no lugar onde esses funcionários servirem, ou a que se
estender a sua autoridade.
Art. 1134. Esta proibição compreende a venda ou cessão de crédito, exceto se
for ou entre co-herdeiros, ou em pagamento de dívida, ou para garantia de bens já
pertencentes a pessoas designadas no artigo anterior, nº IV.
Art. 1135. Se a venda se realizar à vista de amostras, entender-se-á que o
vendedor assegura ter a coisa vendida as qualidades por elas apresentadas.
Art. 1136. Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de
extensão, ou se determinar a respectiva área, e esta não corresponder, em
qualquer dos casos, às dimensões dadas, o comprador terá o direito de exigir o
complemento da área, e não sendo isso possível, o de reclamar a rescisão do
contrato ou abatimento proporcional do preço. Não lhe cabe, porém, esse direito,
se o imóvel foi vendido como coisa certa e discriminada, tendo sido apenas
enunciativa a referência às suas dimensões.
Parágrafo único. Presume-se que a referência às dimensões foi simplesmente
enunciativa, quando a diferença encontrada não exceder a 1/20 da extensão total
enunciada.
Art. 1137. Em toda escritura de transferência de imóveis, serão transcritas as
certidões de se acharem eles quites com a Fazenda Federal, Estadual e
Municipal, de quaisquer impostos a que possam estar sujeitos (Redação dada ao
caput pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Parágrafo único. A certidão negativa exonera o imóvel e isenta o adquirente de
toda responsabilidade.
Art. 1138. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não
autoriza a rejeição de todas.
Art. 1139. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a
estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino a quem não
se der conhecimento da venda poderá, depositando o preço, haver para si a parte
vendida a estranhos, se o requerer no prazo de seis meses.
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias
de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se os quinhões
forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem,
depositando previamente o preço.
SEÇÃO II

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DAS CLÁUSULAS ESPECIAIS À COMPRA E VENDA

DA RETROVENDA
Art. 1140. O vendedor pode reservar-se o direito de recobrar, em certo prazo, o
imóvel, que vendeu, restituindo o preço, mais as despesas feitas pelo comprador.
Parágrafo único. Além destas, reembolsará também, nesse caso, o vendedor ao
comprador as empregadas em melhoramentos do imóvel, até ao valor por esses
melhoramentos acrescentado à propriedade.
Art. 1141. O prazo para o resgate, ou retrato, não passará de três anos, sob
pena de se reputar não escrito; presumindo-se estipulado o máximo do tempo,
quando as partes o não determinarem.
Parágrafo único. O prazo do retrato, expresso, ou presumido, prevalece ainda
contra o incapaz. Vencido o prazo extingue-se o direito ao retrato, e torna-se
irretratável a venda.
Art. 1142. Na retrovenda, o vendedor conserva a sua ação contra os terceiros
adquirentes da coisa retrovendida, ainda que eles não conhecessem a cláusula de
retrato.
Art. 1143. Se duas ou mais pessoas tiverem direito ao retrato sobre a mesma
coisa, e só uma o exercer, poderá o comprador fazer intimar as outras, para nele
acordarem. (Redação dada ao caput pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
§ 1º. Não havendo acordo entre os interessados, ou não querendo um deles
entrar com a importância integral do retrato, caducará o direito de todos.
§ 2º. Se os diferentes condôminos do prédio alheado o não retrovenderam
conjuntamente e no mesmo ato, poderá cada qual, de per si, exercitar sobre o
respectivo quinhão o seu direito de retrato, sem que o comprador possa
constranger os demais a resgatá-lo por inteiro.

DA VENDA A CONTENTO
Art. 1144. A venda a contento reputar-se-á feita sob condição suspensiva, se no
contrato não se lhe tiver dado expressamente o caráter de condição resolutiva.
Parágrafo único. Nesta espécie de venda, se classifica a dos gêneros, que se
costumam provar, medir, pesar, ou experimentar antes de aceitos.
Art. 1145. As obrigações do comprador, que recebeu, sob condição suspensiva,
a coisa comprada, são as de mero comodatário, enquanto não manifeste aceitá-la.
Art. 1146. Se o comprador não fizer declaração alguma dentro no prazo, reputar-
se-á perfeita a venda, quer seja suspensiva a condição, quer resolutiva; havendo-
se, no primeiro caso, o pagamento do preço como expressão de que aceita a
coisa vendida.
Art. 1147. Não havendo prazo estipulado para a declaração do comprador, o
vendedor terá direito a intimá-lo judicialmente, para que o faça em prazo

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improrrogável, sob pena de considerar-se perfeita a venda.
Art. 1148. O direito resultante da venda a contento é simplesmente pessoal.

DA PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA
Art. 1149. A preempção ou preferência impõe ao comprador a obrigação de
oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para
que este use de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto.
Art. 1150. A União, o Estado, ou o Município, oferecerá ao ex-proprietário o
imóvel desapropriado, pelo preço por que o foi, caso não tenha o destino, para
que se desapropriou.
Art. 1151. O vendedor pode também exercer o seu direito de prelação,
intimando-o ao comprador, quando lhe constar que este vai vender a coisa.
Art. 1152. O direito de preempção não se estende senão às situações indicadas
nos artigos 1.149 e 1.150, nem a outro direito real que não a propriedade.
Art. 1153. O direito de preempção caducará, se a coisa for móvel, não se
exercendo nos três dias, e, se for imóvel, não se exercendo nos trinta
subseqüentes àquele, em que o comprador tiver afrontado o vendedor. (Redação
dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1154. Quando o direito de preempção for estipulado a favor de dois ou mais
indivíduos em comum, só poderá ser exercido em relação à coisa no seu todo. Se
alguma das pessoas, a quem ele toque, perder, ou não exercer o seu direito,
poderão as demais utilizá-lo na forma sobredita.
Art. 1155. Aquele que exerce a preferência está, sob pena de a perder, obrigado
a pagar, em condições iguais, o preço encontrado, ou o ajustado.
Art. 1156. Responderá por perdas e danos o comprador, se ao vendedor não der
ciência do preço e das vantagens que lhe oferecem pela coisa.
Art. 1157. O direito de preferência não se pode ceder nem passa aos herdeiros.

DO PACTO DE MELHOR COMPRADOR


Art. 1158. O contrato de compra e venda pode ser feito com a cláusula de se
desfazer, se, dentro em certo prazo, aparecer quem ofereça maior vantagem.
Parágrafo único. Não excederá de um ano esse prazo, nem essa cláusula
vigorará senão entre os contratantes.
Art. 1159. O pacto de melhor comprador vale por condição resolutiva, salvo
convenção em contrário.
Art. 1160. Esse pacto não pode existir nas vendas de móveis.
Art. 1161. O comprador prefere a quem oferecer iguais vantagens.

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Art. 1162. Se, dentro no prazo fixado, o vendedor não aceitar proposta de maior
vantagem, a venda se reputará definitiva.

DO PACTO COMISSÓRIO
Art. 1163. Ajustado que se desfaça a venda, não se pagando o preço até certo
dia, poderá o vendedor, não pago, desfazer o contrato, ou pedir o preço.
Parágrafo único. Se, em dez dias de vencido o prazo, o vendedor, em tal caso,
não reclamar o preço, ficará de pleno direito desfeita a venda.
CAPÍTULO II
DA TROCA

Art. 1164. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com


as seguintes modificações:
I - Salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade
as despesas com o instrumento da troca.
II - É nula a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem
consentimento expresso dos outros descendentes. (Redação dada pelo Decreto
Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
CAPÍTULO III
DA DOAÇÃO

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1165. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade,
transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outro, que os aceita.
Art. 1166. O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita, ou
não, a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça dentro dele,
a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo.
Art. 1167. A doação feita em contemplação do merecimento do donatário não
perde o caráter de liberalidade, como o não perde a doação remuneratória, ou a
gravada, no excedente ao valor dos serviços remunerados, ou ao encargo
imposto.
Art. 1168. A doação far-se-á por escritura pública, ou instrumento particular
(artigo 134). (Redação dada ao caput pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e
de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição.
Art. 1169. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelos pais.
Art. 1170. Às pessoas que não puderem contratar é facultado, não obstante,
aceitar doações puras.

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Art. 1171. A doação dos pais aos filhos importa adiantamento da legítima.
Art. 1172. A doação em forma de subvenção periódica ao beneficiado extingue-
se, morrendo o doador, salvo se este outra coisa dispuser.
Art. 1173. A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e
determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a
ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser
impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se
realizar.
Art. 1174. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu
patrimônio, se sobreviver ao donatário.
Art. 1175. É nula a doação de todos os bens, sem reserva de parte, ou renda
suficiente para a subsistência do doador.
Art. 1176. Nula é também a doação quanto à parte, que exceder a de que o
doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento.
Art. 1177. A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo
outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de
dissolvida a sociedade conjugal (artigos 178, § 7º, nº VI, e 248, nº IV).
Art. 1178. Salvo declaração em contrário, a doação em comum a mais de uma
pessoa entende-se distribuída entre elas por igual. (Redação dada ao caput pelo
Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Parágrafo único. Se os donatários, em tal caso, forem marido e mulher, subsistirá
na totalidade a doação para o cônjuge sobrevivo.
Art. 1179. O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito à
evicção, exceto no caso do artigo 285.
Art. 1180. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem
a benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral.
Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério Público
poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se este não o tiver feito.
SEÇÃO II
DA REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO
Art. 1181. Além dos casos comuns a todos os contratos, a doação também se
revoga por ingratidão do donatário.
Parágrafo único. A doação onerosa poder-se-á revogar por inexecução do
encargo, desde que o donatário incorrer em mora.
Art. 1182. Não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a
liberalidade por ingratidão do donatário.
Art. 1183. Só se podem revogar por ingratidão as doações:

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I - Se o donatário atentou contra a vida do doador.
II - Se cometeu contra ele ofensa física.
III - Se o injurou gravemente, ou o caluniou.
IV - Se, podendo ministrar-lhos, recusou ao doador os alimentos, de que este
necessitava.
Art. 1184. A revogação por qualquer desses motivos pleitear-se-á dentro em um
ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato, que a
autorizar (artigo 178, § 6º, nº I).
Art. 1185. O direito de que trata o artigo precedente não se transmite aos
herdeiros do doador, nem prejudica os do donatário. Mas aqueles podem
prosseguir na ação iniciada pelo doador, continuando-a contra os herdeiros do
donatário, se este falecer depois de contestada a lide.
Art. 1186. A revogação por ingratidão não prejudica os direitos adquiridos por
terceiros, nem obriga o donatário a restituir os frutos que percebeu antes de
contestada a lide; mas sujeita-o a pagar os posteriores, e, quando não possa
restituir em espécie as coisas doadas, a indenizá-las pelo meio termo do seu
valor.
Art. 1187. Não se revogam por ingratidão:
I - As doações puramente remuneratórias.
II - As oneradas com encargos.
III - As que se fizerem em cumprimento de obrigação natural.
IV - As feitas para determinado casamento.
CAPÍTULO IV
DA LOCAÇÃO

SEÇÃO I
DA LOCAÇÃO DE COISAS

DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1188. Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por
tempo determinado, ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa
retribuição.
Art. 1189. O locador é obrigado:
I - A entregar ao locatário a coisa alugada, com suas pertenças, em estado de
servir ao uso a que se destina, e a mantê-la nesse estado, pelo tempo do contrato,
salvo cláusula expressa em contrato.
II - A garantir-lhe, durante o tempo do contrato, o uso pacífico da coisa.
Art. 1190. Se, durante a locação, se deteriorar a coisa alugada, sem culpa do
locatário, a esta caberá pedir redução proporcional do aluguer, ou rescindir o
contrato, caso já não sirva a coisa para o fim a que se destinava.
Art. 1191. O locador resguardará o locatário dos embaraços e turbações de

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terceiros, que tenham, ou pretendam ter direitos sobre a coisa alugada, e
responderá pelos seus vícios, ou defeitos, anteriores à locação.
Art. 1192. O locatário é obrigado:
I - A servir-se da coisa alugada para os usos convencionados, ou presumidos,
conforme a natureza dela e as circunstâncias, bem como a tratá-la com o mesmo
cuidado como se sua fosse.
II - A pagar pontualmente o aluguer nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste,
segundo o costume do lugar.
III - A levar ao conhecimento do locador as turbações de terceiros, que se
pretendam fundadas em direito (artigo 1.191).
IV - A restituir a coisa, finda a locação, no estado em que a recebeu, salvas as
deteriorações naturais ao uso regular.
Art. 1193. Se o locatário empregar a coisa em uso diverso do ajustado, ou do a
que se destina, ou se ela se danificar por abuso do locatário, poderá o locador,
além de rescindir o contrato, exigir perdas e danos.
Parágrafo único. Havendo prazo estipulado à duração do contrato, antes do
vencimento não poderá o locador reaver a coisa alugada, senão ressarcindo ao
locatário as perdas e danos resultantes, nem o locatário devolvê-la ao locador,
senão pagando o aluguer pelo tempo que faltar.
Art. 1194. A locação por tempo determinado cessa de pleno direito findo o prazo
estipulado, independentemente de notificação, ou aviso.
Art. 1195. Se, findo o prazo, o locatário continuar na posse da coisa alugada,
sem oposição do locador, presumir-se-á prorrogada a locação pelo mesmo
aluguer, mas sem prazo determinado.
Art. 1196. Se, notificado, o locatário não restituir a coisa, pagará, enquanto a
tiver em seu poder, o aluguer que o locador arbitrar e responderá pelo dano, que
ela venha a sofrer, embora proveniente de caso fortuito.
Art. 1197. Se, durante a locação, for alienada a coisa, não ficará o adquirente
obrigado a respeitar o contrato, se nele não for consignada a cláusula da sua
vigência no caso de alienação, e constar de registro público.
Parágrafo único. Nas locações de imóveis, não poderá porém despedir o
locatário, senão observados os prazos do artigo 1.209.
Art. 1198. Morrendo o locador, ou o locatário, transfere-se aos seus herdeiros a
locação por tempo determinado.
Art. 1199. Não é lícito ao locatário reter a coisa alugada, exceto no caso de
benfeitorias necessárias, ou no de benfeitorias úteis, se estas houverem sido
feitas com expresso consentimento do locador.

DA LOCAÇÃO DE PRÉDIOS
Art. 1200. A locação de prédios pode ser estipulada por qualquer prazo.

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Art. 1201. Não havendo estipulação expressa em contrário, o locatário, nas
locações a prazo fixo, poderá sublocar o prédio, no todo, ou em parte, antes ou
depois de havê-lo recebido, e bem assim emprestá-lo, continuando responsável
ao locador pela conservação do imóvel e solução do aluguer.
Parágrafo único. Pode também ceder a locação, consentindo o locador.
Art. 1202. O sublocatário responde, subsidiariamente, ao senhorio pela
importância que dever ao sublocador, quando este for demandado, e ainda pelos
alugueres que se vencerem durante a lide.
§ 1º. Neste caso, notificada a ação, ao sublocatário, se não declarar logo que
adiantou alugueres ao sublocador, presumir-se-ão fraudulentos todos os recibos
de pagamento adiantados, salvo se constarem de escrito com data autenticada e
certa.
§ 2º. Salvo o caso deste artigo, nas disposições anteriores, a sublocação não
estabelece direitos nem obrigações entre o sublocatário e o senhorio.
Art. 1203. Rescindida ou finda a locação, resolvem-se as sublocações, salvo o
direito de indenização que possa competir ao sublocatário contra o sublocador.
Art. 1204. Durante a locação, o senhorio não pode mudar a forma nem o destino
do prédio alugado.
Art. 1205. Se o prédio necessitar de reparações urgentes, o locatário será
obrigado a consenti-las.
§ 1º. Se os reparos durarem mais de quinze dias, poderá pedir abatimento
proporcional no aluguer.
§ 2º. Se durarem mais de um mês, e tolherem o uso regular do prédio, poderá
rescindir o contrato.
Art. 1206. Incumbirão ao locador, salvo cláusula expressa em contrário, todas as
reparações de que o prédio necessitar.
Parágrafo único. O locatário é obrigado a fazer por sua conta no prédio as
pequenas reparações de estragos, que não provenham naturalmente do tempo,
ou do uso.
Art. 1207. O locatário tem direito a exigir do senhorio, quando este lhe entrega o
prédio, relação escrita do seu estado.
Art. 1208. Responderá o locatário pelo incêndio do prédio, se não provar caso
fortuito ou força maior, vício de construção ou propagação de fogo originado em
outro prédio.
Parágrafo único. Se o prédio tiver mais de um inquilino, todos responderão pelo
incêndio, inclusive o locador, se nele habitar, cada um em proporção da parte que
ocupe, exceto provando-se ter começado o incêndio na utilizada por um só
morador, que será então o único responsável.
Art. 1209. O locatário do prédio, notificado para entregá-lo, por não convir ao
locador continuar a locação de tempo indeterminado, tem o prazo de um mês,
para o desocupar, se for urbano, e, se rústico, o de seis meses (artigo 1.197,

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parágrafo único).

DISPOSIÇÃO ESPECIAL AOS PRÉDIOS URBANOS


Art. 1210. Não havendo estipulação em contrário, o tempo da locação de prédio
urbano regular-se-á pelos usos locais.

DISPOSIÇÕES ESPECIAIS AOS PRÉDIOS RÚSTICOS


Art. 1211. O locatário de prédio rústico utilizá-lo-á no mister a que se destina, de
modo que o não danifique, sob pena de rescisão do contrato e satisfação de
perdas e danos.
Art. 1212. A locação de prazo indefinido presume-se contratada pelo tempo
indispensável ao locatário para uma colheita. (Revogado implicitamente pela Lei
nº 4.504, de 30.11.1964)
Art. 1213. Na locação por tempo indeterminado, não querendo o locatário
continuá-la, avisará o senhorio seis meses antes de a deixar.
Art. 1214. Salvo ajuste em contrário, nem a esterilidade, nem o malogro da
colheita por caso fortuito, autorizam o locatário a exigir abate no aluguer.
Art. 1215. O locatário que sai, franqueará ao que entra o uso das acomodações
necessárias a este para começar o trabalho; e, reciprocamente, o locatário que
entra, facilitará ao que sai o uso do que lhe for mister para a colheita, segundo o
costume do lugar.
SEÇÃO II
DA LOCAÇÃO DE SERVIÇOS
Art. 1216. Toda a espécie de serviço ou trabalho lícito, material ou imaterial,
pode ser contratada mediante retribuição.
Art. 1217. No contrato de locação de serviços, quando qualquer das partes não
souber ler, nem escrever, o instrumento poderá ser escrito e assinado a rogo,
subscrevendo-o, neste caso, quatro testemunhas.
Art. 1218. Não se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-se-á
por arbitramento a retribuição, segundo o costume do lugar, o tempo de serviço e
sua qualidade.
Art. 1219. A retribuição pagar-se-á depois de prestado o serviço, se, por
convenção, ou costume, não houver de ser adiantada, ou paga em prestações.
Art. 1220. A locação de serviços não se poderá convencionar por mais de quatro
anos, embora o contrato tenha por causa o pagamento de dívida do locador, ou se
destine à execução de certa e determinada obra. Neste caso, decorridos quatro
anos, dar-se-á por findo o contrato, ainda que não concluída a obra (artigo 1.225).
Art. 1221. Não havendo prazo estipulado, nem se podendo inferir da natureza do

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contrato, ou do costume do lugar, qualquer das partes, a seu arbítrio, mediante
prévio aviso, pode rescindir o contrato.
Parágrafo único. Dar-se-á o aviso:
I - Com antecedência de oito dias, se o salário se houver fixado por tempo de um
mês, ou mais;
II - Com antecipação de quatro dias, se o salário se tiver ajustado por semana,
ou quinzena;
III - De véspera, quando se tenha contratado por menos de sete dias.
Art. 1222. No contrato de locação de serviços agrícolas, não havendo prazo
estipulado, presume-se o de um ano agrário, que termina com a colheita ou safra
da principal cultura pelo locatário explorada.
Art. 1223. Não se conta no prazo do contrato o tempo em que o locador, por
culpa sua, deixou de servir.
Art. 1224. Não sendo o locador contratado para certo e determinado trabalho,
entender-se-á que se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com as suas
forças e condições.
Art. 1225. O locador contratado por tempo certo, ou por obra determinada, não
se pode ausentar, ou despedir, sem justa causa, antes de preenchido o tempo, ou
concluída a obra (artigo 1.220).
Parágrafo único. Se se despedir sem justa causa, terá direito à atribuição
vencida, mas responderá por perdas e danos.
Art. 1226. São justas causas para dar o locador por findo o contrato:

I - Ter de exercer funções públicas, ou desempenhar obrigações legais,


incompatíveis estas ou aquelas com a continuação do serviço;
II - Achar-se inabilitado, por força maior, para cumprir o contrato;
III - Exigir dele o locatário serviços superiores às suas forças, defesos por lei,
contrários aos bons constumes, ou alheios ao contrato;
IV - Tratá-lo o locatário com rigor excessivo, ou não lhe dar a alimentação
conveniente;
V - Correr perigo manifesto de dano ou mal considerável;
VI - Não cumprir o locatário as obrigações do contrato;
VII - Ofendê-lo o locatário ou tentar ofendê-lo na honra de pessoa de sua família;
VIII - Morrer o locatário.
Art. 1227. O locador poderá dar por findo o contrato em qualquer dos casos do
artigo antecedente, embora o contrário tenha convencionado.
§ 1º. Despedindo-se por qualquer dos motivos especificados no artigo
antecedente, nºs I, II, V e VIII, terá direito o locador à remuneração vencida, sem
responsabilidade alguma para com o locatário.
§ 2º. Despedindo-se por algum dos motivos designados nesse artigo, nºs. III, IV,
VI e VII, ou por falta do locatário no caso do nº V, assistir-lhes-á direito à
retribuição vencida e ao mais do artigo subseqüente.
Art. 1228. O locatário que, sem justa causa, despedir o locador, será obrigado a

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pagar-lhe por inteiro a retribuição vencida, e por metade a que lhe tocaria de então
ao termo legal do contrato.
Art. 1229. São justas causas para dar o locatário por findo o contrato:
I - Força maior que o impossibilite de cumprir suas obrigações;
II - Ofendê-lo o locador na honra de pessoa de sua família;
III - Enfermidade ou qualquer outra causa que torne o locador incapaz dos
serviços contratados;
IV - Vícios ou mau procedimento do locador;
V - Falta do locador à observância do contrato;
VI - Imperícia do locador no serviço contratado.
Art. 1230. Na locação agrícola, o locatário é obrigado a dar ao locador atestado
de que o contrato está findo; e, no caso de recusa, o juiz a quem competir, deverá
expedi-lo, multando o recusante em cem a duzentos mil-réis, a favor do locador.
Esta mesma obrigação subsiste, se o locatário, sem justa causa, dispensar os
serviços do locador, ou se este, por motivo justificado, der por findo o contrato.
Todavia, se, em qualquer destas hipóteses, o locador estiver em débito, esta
circunstância constará do atestado, ficando o novo locatário responsável pelo
devido pagamento.
Art. 1231. O locatário poderá despedir o locador por qualquer das causas
especificadas no artigo 1.229, ainda que o contrário tenha convencionado.
§ 1º. Se o locador for despedido por algumas das causas ali particularizadas sob
os nºs. I, III e V, terá direito à retribuição vencida, sem responsabilidade alguma
para com o locatário.
§ 2º. Se for despedido por algum dos fundamentos ali admitidos sob os nºs II, IV
e VI, terá direito à retribuição vencida, respondendo, porém, por perdas e danos.
Art. 1232. Nem o locatário, ainda que outra coisa tenha contratado, poderá
transferir a outrem o direito aos serviços ajustados, nem o locador, sem
aprazimento do locatário, dar substituto, que os preste.
Art. 1233. O contrato de locação dos serviços acaba com a morte do locador.
Art. 1234. Embora outra coisa haja estipulado, não poderá o locatário cobrar ao
locador juros sobre as soldadas, que lhe adiantar, nem, pelo tempo do contrato,
sobre dívida alguma, que o locador esteja pagando com serviços.
Art. 1235. Aquele que aliciar pessoas obrigadas a outrem por locação de
serviços agrícolas, haja ou não instrumento deste contrato, pagará em dobro ao
locatário prejudicado a importância, que ao locador, pelo ajuste desfeito, houvesse
de caber durante quatro anos.
Art. 1236. A alienação do prédio agrícola onde a locação dos serviços se opera,
não importa a rescisão do contrato, salvo ao locador opção entre continuá-lo com
o adquirente da propriedade, ou com o locatário anterior.
SEÇÃO III
DA EMPREITADA

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Art. 1237. O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela ou só com seu
trabalho, ou com ele e os materiais.
Art. 1238. Quando o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os
riscos até o momento da entrega da obra, a contento de quem a encomendou, se
este não estiver em mora de receber. Estando, correrão os riscos por igual contra
as duas partes.
Art. 1239. Se o empreiteiro só forneceu a mão-de-obra, todos os riscos, em que
não tiver culpa, correrão por conta do dono.
Art. 1240. Sendo a empreitada unicamente de lavor (artigo 1.239), se a coisa
perecer antes de entregue, sem mora do dono, nem culpa do empreiteiro, este
perderá também o salário, a não provar que a perda resultou de defeitos dos
materiais, e que em tempo reclamara contra a sua quantidade ou qualidade.
Art. 1241. Se a obra constar de partes distintas, ou for das que se determinam
por medida, o empreiteiro terá direito a que também se verifique por medida, ou
segundo as partes em que se dividir.
Parágrafo único. Tudo o que se pagou, presume-se verificado.
Art. 1242. Concluída a obra de acordo com o ajuste, ou o costume do lugar, o
dono é obrigado a recebê-la. Poderá, porém, enjeitá-la, se o empreiteiro se
afastou das instruções recebidas e dos planos dados, ou das regras técnicas em
trabalho de tal natureza.
Art. 1243. No caso do artigo antecedente, segunda parte, pode o que
encomendou a obra, em vez de enjeitá-la, recebê-la com abatimento no preço.
Art. 1244. O empreiteiro é obrigado a pagar os materiais que recebeu, se por
imperícia os inutilizar.
Art. 1245. Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções
consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante cinco
anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como
do solo, exceto quanto a este, se, não o achando firme, preveniu em tempo o dono
da obra.
Art. 1246. O arquiteto, ou construtor, que, por empreitada, se incumbir de
executar uma obra segundo plano aceito por quem a encomenda, não terá direito
a exigir acréscimo no preço, ainda que o dos salários, ou o do material, encareça,
nem ainda que se altere ou aumente, em relação à planta, a obra ajustada, salvo
se se aumentou, ou alterou, por instruções escritas do outro contratante e exibidas
pelo empreiteiro.
Art. 1247. O dono da obra que, fora dos casos estabelecidos nos ns. III, IV e V
do artigo 1.229, rescindir o contrato, apesar de começada sua execução,
indenizará o empreiteiro das despesas e do trabalho feito, assim como dos lucros
que este poderia ter, se concluísse a obra.

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CAPÍTULO V
DO EMPRÉSTIMO

SEÇÃO I
DO COMODATO
Art. 1248. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-
se com a tradição do objeto.
Art. 1249. Os tutores, curadores, em geral todos os administradores de bens
alheios não poderão dar em comodato, sem autorização especial, os bens
confiados à sua guarda.
Art. 1250. Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o
necessário para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade
imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa
emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso
outorgado.
Art. 1251. O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a
coisa emprestada, não podendo usá-la senão de acordo com o contrato, ou a
natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos.
Art. 1252. O comodatário constituído em mora, além de por ela responder,
pagará o aluguer da coisa durante o tempo de atraso em restituí-la.
Art. 1253. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do
comodatário, antepuser este a salvação dos seus, abandonando o do comodante,
responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou
força maior.
Art. 1254. O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as
despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada.
Art. 1255. Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de
uma coisa, ficarão solidariamente responsáveis para com o comodante.
SEÇÃO II
DO MÚTUO
Art. 1256. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a
restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e
quantidade.
Art. 1257. Este empréstimo transfere o domínio da coisa emprestada ao
mutuário, por cuja conta correm todos os riscos dela desde a tradição.
Art. 1258. No mútuo em moedas de ouro e prata pode convencionar-se que o
pagamento se efetue nas mesmas espécies e quantidades, qualquer que seja
ulteriormente a oscilação dos seus valores.

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Art. 1259. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob
cuja guarda estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores,
ou abonadores (artigo 1.502).
Art. 1260. Cessa a disposição do artigo antecedente:
I - Se a pessoa de cuja autorização necessitava o mutuário, para contrair o
empréstimo, o ratificar posteriormente.
II - Se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu obrigado a contrair o
empréstimo para os seus alimentos habituais.
III - Se o menor tiver bens da classe indicada no artigo 391, nº II. Mas, em tal
caso, a execução do credor não lhes poderá ultrapassar as forças.
Art. 1261. O mutuante pode exigir garantia da restituição, se antes do
vencimento o mutuário sofrer notória mudança na fortuna.
Art. 1262. É permitido, mas só por cláusula expressa, fixar juros ao empréstimo
de dinheiro ou de outras coisas fungíveis.
Esses juros podem fixar-se abaixo ou acima da taxa legal (artigo 1.062), com ou
sem capitalização.
Art. 1263. O mutuário, que pagar juros não estipulados, não os poderá reaver,
nem imputar no capital.
Art. 1264. Não se tendo convencionado expressamente, o prazo do mútuo será:
I - Até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas, assim para o
consumo, como para a semeadura.
II - De trinta dias, pelo menos, até prova em contrário, se for de dinheiro.
III - Do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa
fungível.
CAPÍTULO VI
DO DEPÓSITO

SEÇÃO I
DO DEPÓSITO VOLUNTÁRIO
Art. 1265. Pelo contrato de depósito recebe o depositário um objeto móvel, para
guardar, até que o depositante o reclame.
Parágrafo único. Este contrato é gratuito, mas as partes podem estipular que o
depositário seja gratificado.
Art. 1266. O depositário é obrigado a ter na guarda e conservação da coisa
depositada o cuidado e diligência que costuma com o que lhe pertence, bem como
a restituí-la, com todos os frutos e acrescidos, quando lho exija o depositante.
Art. 1267. Se o depósito se entregou fechado, colado, selado, ou lacrado, nesse
mesmo estado se manterá; e, se for devassado, incorrerá o depositário na
presunção de culpa.
Art. 1268. Ainda que o contrato fixe prazo à restituição, o depositário entregará o

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depósito, logo que se lhe exija, salvo se o objeto foi judicialmente embargado, se
sobre ele pender execução, notificada ao depositário, ou se ele tiver motivo
razoável de suspeitar que a coisa foi furtada ou roubada (artigo 1.273).
Art. 1269. No caso do artigo antecedente, última parte, o depositário, expondo o
fundamento da suspeita, requererá que se recolha o objeto ao depósito público.
Art. 1270. Ao depositário será facultado, outrossim, requerer depósito judicial da
coisa, quando, por motivo plausível, a não possa guardar, e o depositante não lha
queira receber.
Art. 1271. O depositário que por força maior houver perdido a coisa depositada e
recebido outra em seu lugar é obrigado a entregar a segunda ao depositante, e
ceder-lhe as ações que no caso tiver contra o terceiro responsável pela restituição
da primeira.
Art. 1272. O herdeiro do depositário, que de boa fé vendeu a coisa depositada, é
obrigado a assistir o depositante na reivindicação, e a restituir ao comprador o
preço recebido.
Art. 1273. Salvo os casos previstos nos artigos 1.268 e 1.269, não poderá o
depositário furtar-se à restituição do depósito, alegando não pertencer a coisa ao
depositante, ou opondo compensação, exceto se noutro depósito se fundar (artigo
1.287).
Art. 1274. Sendo dois ou mais depositantes, e divisível a coisa, a cada um só
entregará o depositário a respectiva parte, salvo se houver entre eles
solidariedade. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 1275. Sob pena de responder por perdas e danos, não poderá o depositário,
sem licença expressa do depositante, servir-se da coisa depositada.
Art. 1276. Se o depositário se tornar incapaz, a pessoa que lhe assumir a
administração dos bens, diligenciará imediatamente restituir a coisa depositada, e,
não querendo ou não podendo o depositante recebê-la, recolhê-la-á ao depósito
público, ou promoverá a nomeação de outro depositário.
Art. 1277. O depositário não responde pelos casos fortuitos nem de força maior,
mas, para que lhe valha a escusa, terá de prová-los.
Art. 1278. O depositante é obrigado a pagar ao depositário as despesas feitas
com a coisa, e os prejuízos que do depósito provierem.
Art. 1279. O depositário poderá reter o depósito até que se lhe pague o líquido
valor das despesas, ou dos prejuízos, a que se refere o artigo anterior, provando
imediatamente esses prejuízos ou essas despesas.
Parágrafo único. Se essas despesas ou prejuízos não forem provados
suficientemente, ou forem ilíquidos, o depositário poderá exigir caução idônea do
depositante ou, na falta desta, a remoção da coisa para o depósito público, até

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que se liquidem.
Art. 1280. O depósito de coisas fungíveis, em que o depositário se obrigue a
restituir objetos do mesmo gênero, qualidade e quantidade, regular-se-á pelo
disposto acerca do mútuo (artigos 1.256 a 1.264).
Art. 1281. O depósito voluntário provar-se-á por escrito.

SEÇÃO II
DO DEPÓSITO NECESSÁRIO
Art. 1282. É depósito necessário:
I - O que se faz em desempenho de obrigação legal (artigo 1.283).
II - O que se efetua por ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a
inundação, o naufrágio, ou o saque.
Art. 1283. O depósito de que se trata no artigo antecedente, nº I, reger-se-á pela
disposição da respectiva Lei nº, e, no silêncio, ou deficiência dela, pelas
concernentes ao depósito voluntário (artigo 1.265 a 1.281).
Parágrafo único. Essas disposições aplicam-se, outrossim, aos depósitos
previstos no artigo 1.282, nº II, podendo estes certificar-se por qualquer meio de
prova.
Art. 1284. A esses depósitos é equiparado o das bagagens dos viajantes,
hóspedes ou fregueses, nas hospedarias, estalagens ou casas de pensão, onde
eles estiverem.
Parágrafo único. Os hospedeiros ou estalajadeiros por elas responderão como
depositários, bem como pelos furtos e roubos que perpetrarem as pessoas
empregadas ou admitidas nas suas casas.
Art. 1285. Cessa, no caso do artigo antecedente, a responsabilidade dos
hospedeiros ou estalajadeiros
I - Se provarem que os fatos prejudiciais aos hóspedes, viajantes ou fregueses
não podiam ter sido evitados.
II - Se ocorrer força maior, como nas hipóteses de escalada, invasão da casa,
roubo a mão armada, ou violências semelhantes.
Art. 1286. O depósito necessário não se presume gratuito.

Na hipótese do artigo 1.284, a remuneração pelo depósito está incluída no preço


da hospedagem.
Art. 1287. Seja voluntário ou necessário o depósito, o depositário, que o não
restituir, quando exigido, será compelido a fazê-lo mediante prisão não excedente
a um ano, e a ressarcir os prejuízos (artigo 1.273).
CAPÍTULO VII
DO MANDATO

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

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Art. 1288. Opera-se o mandato, quando alguém recebe de outrem poderes,
para, em seu nome, praticar atos, ou administrar interesses.
A procuração é o instrumento do mandato.
Art. 1289. Todas as pessoas maiores ou emancipadas, no gozo dos direitos
civis, são aptas para dar procuração mediante instrumento particular, que valerá
desde que tenha a assinatura do outorgante.
§ 1º. O instrumento particular deve conter designação do Estado, da cidade ou
da circunscrição civil em que for passado, a data, o nome do outorgante, a
individuação de quem seja o outorgado e bem assim o objetivo da outorga, a
natureza, a designação e a extensão dos poderes conferidos.
§ 2º. Para o ato que não exigir instrumento público, o mandato, ainda quando por
instrumento público seja outorgado, pode substabelecer-se mediante instrumento
particular.
§ 3º. O reconhecimento da firma no instrumento particular é condição essencial à
sua validade, em relação a terceiros. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 3.167,
de 03.06.1957)
Art. 1290. O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito.

Parágrafo único. Presume-se gratuito, quando se não estipulou retribuição,


exceto se o objeto do mandato for daqueles que o mandatário trata por ofício ou
profissão lucrativa.
Art. 1291. Para os atos que exigem instrumento público ou particular, não se
admite mandato verbal.
Art. 1292. A aceitação do mandato pode ser tácita, e resulta do começo de
execução.
Art. 1293. O mandato presume-se aceito entre ausentes, quando o negócio para
que foi dado é da profissão do mandatário, diz respeito à sua qualidade oficial, ou
foi oferecido mediante publicidade, e o mandatário não fez constar imediatamente
a sua recusa.
Art. 1294. O mandato pode ser especial a um ou mais negócios
determinadamente, ou geral a todos os do mandante.
Art. 1295. O mandato em termos gerais só confere poderes de administração.
§ 1º. Para alienar, hipotecar, transigir ou praticar outros quaisquer atos, que
exorbitem da administração ordinária, depende a procuração de poderes especiais
e expressos.
§ 2º. O poder de transigir (artigos 1.025 a 1.036) não importa o de firmar
compromisso (artigos 1.037 a 1.048).
Art. 1296. Pode o mandante ratificar ou impugnar os atos praticados em seu
nome sem poderes suficientes.
Parágrafo único. A ratificação há de ser expressa, ou resultar de ato inequívoco,
e retroagirá à data do ato. (Redação dada ao parágrafo pelo Dec. Leg. nº 3.725,
de 15.01.1919)

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Art. 1297. O mandatário, que exceder os poderes do mandato, ou proceder
contra eles, reputar-se-á mero gestor de negócios, enquanto o mandante lhe não
ratificar os atos.
Art. 1298. O maior de dezesseis e menor de vinte e um anos não emancipado
(artigo 9º, nº I), pode ser mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele
senão de conformidade com as regrais gerais, aplicáveis às obrigações contraídas
por menores. (Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1299. A mulher casada não pode aceitar mandato sem autorização do
marido. (Revogado implicitamente pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
SEÇÃO II
DAS OBRIGAÇÕES DO MANDATÁRIO
Art. 1300. O mandatário é obrigado a aplicar toda a sua diligência habitual na
execução do mandato, e a indenizar qualquer prejuízo causado por culpa sua ou
daquele a quem substabelecer, sem autorização, poderes que devia exercer
pessoalmente.
§ 1º. Se, não obstante proibição do mandante, o mandatário se fizer substituir na
execução do mandato, responderá ao seu constituinte pelos prejuízos ocorridos
sob a gerência do substituto, embora provenientes de caso fortuito, salvo
provando que o caso teria sobrevindo, ainda que não tivesse havido
substabelecimento.
§ 2º. Havendo poderes de substabelecer, só serão imputáveis ao mandatário os
danos causados pelo substabelecido, se for notoriamente incapaz, ou insolvente.
Art. 1301. O mandatário é obrigado a dar conta de sua gerência ao mandante,
transferindo-lhe as vantagens provenientes do mandato, por qualquer título que
seja.
Art. 1302. O mandatário não pode compensar os prejuízos a que deu causa com
os proveitos, que por outro lado, tenha granjeado ao seu constituinte.
Art. 1303. Pelas somas que devia entregar ao mandante, ou recebeu para
despesas, mas empregou em proveito seu, pagará o mandatário juros, desde o
momento em que abusou.
Art. 1304. Sendo dois ou mais os mandatários nomeados no mesmo
instrumento, entender-se-á que são sucessivos, se não forem expressamente
declarados conjuntos, ou solidários, nem especificamente designados para atos
diferentes. (Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1305. O mandatário é obrigado a apresentar o instrumento do mandato às
pessoas, com que tratar em nome do mandante, sob pena de responder a elas por
qualquer ato, que lhe exceda os poderes.
Art. 1306. O terceiro que depois de conhecer os poderes do mandatário, fizer
com ele contrato exorbitante do mandato, não tem ação nem contra o mandatário,
salvo se este lhe prometeu ratificação do mandante, ou se responsabilizou

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pessoalmente pelo contrato, nem contra o mandante, senão quando este houver
ratificado o excesso do procurador.
Art. 1307. Se o mandatário obrar em seu próprio nome, não terá o mandante
ação contra os que com ele contrataram, nem estes contra o mandante.
Em tal caso, o mandatário ficará diretamente obrigado, como se seu fora o
negócio, para com a pessoa, com quem contratou.
Art. 1308. Embora ciente da morte, interdição ou mudança de estado do
mandante, deve o mandatário concluir o negócio já começado, se houver perigo
na demora.
SEÇÃO III
DAS OBRIGAÇÕES DO MANDANTE
Art. 1309. O mandante é obrigado a satisfazer todas as obrigações contraídas
pelo mandatário, na conformidade do mandato conferido, e adiantar a importância
das despesas necessárias à execução dele, quando o mandatário lho pedir.
Art. 1310. É obrigado o mandante a pagar ao mandatário a remuneração
ajustada e as despesas de execução do mandato, ainda que o negócio não surta
o esperado efeito, salvo tendo o mandatário culpa.
Art. 1311. As somas adiantadas pelo mandatário, para a execução do mandato,
vencem juros, desde a data do desembolso.
Art. 1312. É igualmente obrigado o mandante a ressarcir ao mandatário as
perdas que sofrer com a execução do mandato, sempre que não resultem de
culpa sua, ou excesso de poderes.
Art. 1313. Ainda que o mandatário contrarie as instruções do mandante, se não
exceder os limites do mandato, ficará o mandante obrigado para com aqueles,
com quem o seu procurador contratou, mas terá contra este ação pelas perdas e
danos resultantes da inobservância das instruções.
Art. 1314. Se o mandato for outorgado por duas ou mais pessoas, e para
negócio comum, cada uma ficará solidariamente responsável ao mandatário por
todos os compromissos e efeitos do mandato, salvo direito regressivo, pelas
quantias que pagar, contra os outros mandantes. (Redação dada ao artigo pelo
Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1315. O mandatário tem sobre o objeto do mandato direito de retenção, até
se reembolsar do que no desempenho do encargo despendeu.
SEÇÃO IV
DA EXTINÇÃO DO MANDATO
Art. 1316. Cessa o mandato
I - Pela revogação, ou pela renúncia.
II - Pela morte, ou interdição de uma das partes.

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III - Pela mudança de estado, que inabilite o mandante para conferir os poderes,
ou o mandatário, para os exercer.
IV - Pela terminação do prazo, ou pela conclusão do negócio.
Art. 1317. É irrevogável o mandato:
I - Quando se tiver convencionado que o mandante não possa revogá-lo, ou for
em causa própria a procuração dada.
II - Nos casos em geral, em que for condição de um contrato bilateral, ou meio de
cumprir uma obrigação contratada, como é, nas letras e ordens, o mandato de
pagá-las.
III - Quando conferir ao sócio, como administrador ou liquidante da sociedade,
por disposição do contrato social, salvo se diversamente se dispuser nos
estatutos, ou em texto especial de lei.
Art. 1318. A revogação do mandato, notificada somente ao mandatário, não se
pode opor aos terceiros, que, ignorando-a, de boa-fé com ele trataram; mas ficam
salvas ao constituinte as ações, que no caso lhe possam caber, contra o
procurador.
Art. 1319. Tanto que for comunicada ao mandatário a nomeação de outro, para o
mesmo negócio, considerar-se-á revogado o mandato anterior.
Art. 1320. A renúncia do mandato será comunicada ao mandante, que, se for
prejudicado pela sua inoportunidade, ou pela falta de tempo, a fim de prover à
substituição do procurador, será indenizado pelo mandatário, salvo se este provar
que não podia continuar no mandato sem prejuízo considerável.
Art. 1321. São válidos, a respeito dos contraentes de boa-fé, os atos com estes
ajustados em nome do mandante pelo mandatário, enquanto este ignorar a morte
daquele, ou a extinção, por qualquer outra causa, do mandato (artigo 1.316).
Art. 1322. Se falecer o mandatário, pendente o negócio a ele cometido, os
herdeiros, tendo ciência do mandato, avisarão o mandante, e providenciarão a
bem dele, como as circunstâncias exigirem.
Art. 1323. Os herdeiros, no caso do artigo antecedente, devem limitar-se às
medidas conservatórias, ou continuar os negócios pendentes, que se não possam
demorar sem perigo, regulando-se os seus serviços, dentro desse limite pelas
mesmas normas, a que os do mandatário estão sujeitos.
SEÇÃO V
DO MANDATO JUDICIAL
Art. 1324. O mandato judicial pode ser conferido por instrumento público ou
particular, devidamente autenticado, a pessoa que possa procurar em juízo.
Art. 1325. Podem ser procuradores em juízo, todos os legalmente habilitados,
que não forem:
I - Menores de vinte e um anos, não emancipados ou não declarados maiores.
II - Juízes em exercício.

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III - Escrivães ou outros funcionários judiciais, correndo o pleito nos juízos onde
servirem, e não procurando eles em causa própria.
IV - Inibidos por sentença de procurar em juízo, ou de exercer ofício público.
V - Ascendentes, descendentes, ou irmãos do juiz da causa.
VI - Ascendentes, ou descendentes da parte adversa, exceto em causa própria.
Art. 1326. A procuração para o foro em geral não confere os poderes para atos,
que os exijam especiais.
Art. 1327. Constituídos, para a mesma causa e pela mesma pessoa, dois ou
mais procuradores, consideram-se nomeados para funcionar na falta um do outro,
e pela ordem da nomeação, se não forem solidários. Mas a nomeação conjunta
pode conter a cláusula de que um nada pratique sem os outros.
Art. 1328. O substabelecimento, sem reserva de poderes, não sendo notificado
ao constituinte, não isenta o procurador de responder pelas obrigações do
mandato.
Art. 1329. Sob pena de responder pelo dano resultante, o advogado, ou
procurador, que aceitar a procuratura, não se poderá escusar sem motivo justo e,
se o tiver, avisará em tempo o constituinte, a fim de que lhe nomeie sucessor.
Art. 1330. As obrigações do advogado e do procurador serão determinadas,
assim pelos termos da procuração, como, e principalmente pelo contrato, escrito,
ou verbal, em que se lhes houverem ajustado os serviços.
CAPÍTULO VIII
DA GESTÃO DE NEGÓCIOS

Art. 1331. Aquele que, sem autorização do interessado, intervém na gestão de


negócio alheio, dirigi-lo-á segundo o interesse e a vontade presumível de seu
dono, ficando responsável a este e às pessoas com quem tratar.
Art. 1332. Se a gestão for iniciada contra a vontade manifesta ou presumível do
interessado, responderá o gestor até pelos casos fortuitos, não provando que
teriam sobrevindo, ainda quando se houvesse abstido.
Art. 1333. No caso do artigo antecedente, se os prejuízos da gestão excederem
o seu proveito, poderá o dono do negócio exigir que o gestor restitua as coisas ao
estado anterior, ou o indenize da diferença. (Redação dada pelo Dec. Leg. nº
3.725, de 15.01.1919)
Art. 1334. Tanto que se possa, comunicará o gestor ao dono do negócio a
gestão, que assumiu, aguardando-lhe a resposta, se da espera não resultar
perigo.
Art. 1335. Enquanto o dono não providenciar, valerá o gestor pelo negócio, até o
levar a cabo, esperando, se aquele falecer, durante a gestão, as instruções dos
herdeiros, sem se descuidar, entretanto, das medidas que o caso reclame.
Art. 1336. O gestor envidará toda a sua diligência habitual na administração do

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negócio, ressarcindo ao dono todo o prejuízo resultante de qualquer culpa na
gestão.
Art. 1337. Se o gestor se fizer substituir por outrem, responderá pelas faltas do
substituto, ainda que seja pessoa idônea, sem prejuízo da ação, que a ele, ou ao
dono do negócio, contra ela possa caber.
Parágrafo único. Havendo mais de um gestor, será solidária a sua
responsabilidade.
Art. 1338. O gestor responde pelo caso fortuito, quando fizer operações
arriscadas, ainda que o dono costumasse fazê-las, ou quando preferir interesses
deste por amor dos seus.
Parágrafo único. Não obstante, querendo o dono aproveitar-se da gestão, será
obrigado a indenizar o gestor das despesas necessárias, que tiver feito, e dos
prejuízos, que, por causa da gestão, houver sofrido. (Redação dada ao parágrafo
pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1339. Se o negócio for utilmente administrado, cumprirá o dono as
obrigações contraídas em seu nome, reembolsando ao gestor as despesas
necessárias ou úteis que houver feito, com os juros legais, desde o desembolso.
§ 1º. A utilidade, ou necessidade, da despesa apreciar-se-á, não pelo resultado
obtido, mas segundo as circunstâncias da ocasião, em que se fizeram.
§ 2º. Vigora o disposto neste artigo, ainda quando o gestor, em erro quanto ao
dono do negócio, der a outra pessoa as contas da gestão.
Art. 1340. Aplica-se, outrossim, a disposição do artigo antecedente, quando a
gestão se proponha acudir a prejuízos iminentes, ou redunde em proveito do dono
do negócio, ou da coisa. Mas nunca a indenização ao gestor excederá em
importância às vantagens obtidas com a gestão.
Art. 1341. Quando alguém, na ausência do indivíduo obrigado a alimentos, por
ele os prestar a quem se devem, poder-lhes-á reaver do devedor a importância,
ainda que este não ratifique o ato.
Art. 1342. As despesas do enterro, proporcionadas aos usos locais e à condição
do falecido, feitas por terceiro, podem ser cobradas da pessoa que teria a
obrigação de alimentar a que veio a falecer, ainda mesmo que esta não tenha
deixado bens.
Parágrafo único. Cessa o disposto neste artigo e no antecedente, em se
provando que o gestor fez essas despesas com o simples intento de bem-fazer.
Art. 1343. A ratificação pura e simples do dono do negócio retroage ao dia do
começo da gestão, e produz todos os efeitos do mandato.
Art. 1344. Se o dono do negócio, ou da coisa, desaprovar a gestão, por contrário
aos seus interesses, vigorará o disposto nos artigos 1.332 e 1.333, salvo o
estatuído no artigo 1.340.
Art. 1345. Se os negócios alheios forem conexos ao do gestor, de tal arte que se
não possam gerir separadamente, haver-se-á o gestor por sócio daquele, cujos

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interesses agenciar de envolta com os seus.
Parágrafo único. Neste caso aquele em cujo benefício interveio o gestor, só é
obrigado na razão das vantagens que lograr.
CAPÍTULO IX
DA EDIÇÃO

Art. 1346. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1347. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1348. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1349. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1350. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1351. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1352. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1353. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1354. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1355. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1356. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1357. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1358. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
CAPÍTULO X
DA REPRESENTAÇÃO DRAMÁTICA

Art. 1359. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)

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Art. 1360. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1361. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
Art. 1362. (Revogado pela Lei nº 9.610, de 19.02.1998, com vigência a partir de
19.06.1998)
CAPÍTULO XI
DA SOCIEDADE

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1363. Celebram contrato de sociedade as pessoas, que mutuamente se
obrigam a combinar seus esforços ou recursos, para lograr fins comuns.
Art. 1364. Quando as sociedades civis revestirem as formas estabelecidas nas
leis comerciais, entre as quais se inclui e das sociedades anônimas, obedecerão
aos respectivos preceitos, no em que não contrariem as deste Código; mas serão
inscritas no Registro Civil, e será civil o seu foro.
Art. 1365. Não revestindo nenhuma das formas do artigo antecedente, a
sociedade reger-se-á pelo que neste capítulo se prescreve.
Art. 1366. Nas questões entre os sócios, a sociedade só se provará por escrito;
mas os estranhos poderão prová-la de qualquer modo.
Art. 1367. As sociedades são universais, ou particulares.
Art. 1368. É universal a sociedade, quer abranjar todos os bens presentes, ou
todos os futuros, quer uns e outros na sua totalidade, quer somente a dos seus
frutos e rendimentos.
Art. 1369. O simples ajuste de sociedade universal, sem outra declaração,
entende-se restrito a tudo que de futuro ganhar cada um dos associados.
Art. 1370. A sociedade particular só compreende os bens ou serviços
especialmente declarados no contrato.
Art. 1371. Também se considera particular a sociedade constituída
especialmente para executar em comum certa empresa, explorar certa indústria,
ou exercer certa profissão.
Art. 1372. É nula a cláusula, que atribua todos os lucros a um dos sócios, ou
subtraia o quinhão social de algum deles à comparticipação nos prejuízos.
Art. 1373. Se a sociedade for de todos os bens, o domínio e a posse deles
tornar-se-ão comuns independentemente de tradição real, salvo o direito de
terceiros.

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Art. 1374. No silêncio do contrato, o prazo da sociedade será indefinido, salvo a
cada sócio o direito de retirar-se mediante aviso com dois meses de antecedência
ao termo do ano social. Se, porém, o objeto da sociedade for negócio ou empresa,
que deva durar certo lapso de tempo, enquanto esse negócio, ou essa empresa,
não se ultime, terão os sócios de manter a sociedade.
SEÇÃO II
DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES RECÍPROCAS DOS SÓCIOS
Art. 1375. As obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, se
este não fixar outra época, e acabam quando, dissolvida a sociedade, estiverem
satisfeitas e extintas as responsabilidades sociais.
Art. 1376. A entrada imposta a cada sócio pode consistir em bens, no seu uso e
gozo, na cessão de direitos, ou, somente na prestação de serviços. No silêncio do
contrato, presumir-se-ão iguais entre si as entradas.
Art. 1377. Se o sócio entrar para a sociedade com objeto determinado, que
venha a ser evicto, responderá aos consócios como vendedor ao comprador.
Art. 1378. Se a entrada consistir em coisas fungíveis, ficarão, salvo declaração
em contrário, pertencendo em comum aos associados.
Art. 1379. Pertencem ao patrimônio social todos os lucros obtidos pelo sócio, na
indústria que se obrigou a exercer em benefício da sociedade.
Art. 1380. Cada sócio indenizará a sociedade dos prejuízos que esta sofrer por
culpa dele, e não poderá compensá-los com os proveitos que lhe houver
granjeado. (Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1381. Se o contrato não declarar a parte de cada sócio nos lucros e perdas,
entender-se-á proporcionada, quanto aos sócios de capital, à soma com que
entraram. Em relação aos sócios de indústria, guardar-se-á o disposto no artigo
1.409, parágrafo único. (Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 1382. O sócio preposto à administração pode exigir da sociedade, além do
que por conta dela despender, a importância das obrigações em boa-fé contraídas
na gerência dos negócios sociais e o valor dos prejuízos, que lhe ela causar.
Art. 1383. O sócio investido na administração por texto expresso do contrato
pode praticar, independentemente dos outros, todos os atos, que não excederem
os limites normais dela, uma vez que proceda sem dolo.
§ 1º. Os poderes, que exercer, serão irrevogáveis durante o prazo estabelecido,
salvo causa legítima superveniente.
§ 2º. Se forem conferidos, porém, depois do contrato, serão revogáveis como os
de simples mandato.
§ 3º. Também serão revogáveis, em qualquer tempo, os dos diretores ou
administradores de sociedades de qualquer espécie, ainda que nomeados nos

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respectivos contratos, ou estatutos, se não forem sócios. (Redação dada ao
parágrafo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1384. Se a administração se incumbir a dois ou mais sócios, não se lhes
discriminando as funções, nem declarando que só funcionarão conjuntamente,
cada um de per si poderá praticar todo os atos, que na administração couberem.
Art. 1385. Estipulando-se que um dos administradores, nada possa fazer sem os
outros, entende-se, a não haver convenção posterior, obrigatório o concurso de
todos, ainda ausentes, ou impossibilitados, na ocasião, de prestá-lo, salvo nos
casos urgentes, em que a omissão, ou tardança, das medidas pudesse ocasionar
dano irreparável, ou grave.
Art. 1386. Em falta de estipulações explícitas quanto à gerência social:
I - Presume-se que cada sócio tem o direito de administrar, e válido é o que fizer,
ainda em relação aos associados que não consentirem, podendo porém, qualquer
destes opor-se, antes de levado o ato a efeito.
II - Cada sócio pode servir-se das coisas pertencentes à sociedade, contanto que
lhes dê o seu destino, não as utilize contra o interesse social, nem tolha aos outros
aproveitá-las nos limites do seu direito.
III - Cada sócio pode obrigar os outros a contribuir com ele para as despesas
necessárias à conservação dos bens sociais.
IV - Nenhum sócio, ainda que lhe pareça vantajoso, pode, sem consentimento
dos outros, fazer alteração nos imóveis da sociedade.
Art. 1387. O sócio que não tiver a administração da sociedade, não poderá
obrigar os bens sociais.
Art. 1388. Para associar um estranho ao seu quinhão social, não necessita o
sócio do concurso dos outros; mas não pode, sem aquiescência deles, associá-lo
à sociedade.
Art. 1389. O sócio que recebeu por inteiro a sua parte em uma dívida ativa da
sociedade, será obrigado a conferi-la, se, por insolvência do devedor, a sociedade
não puder acabar de cobrá-la.
Art. 1390. Se as coisas, cujo uso e gozo exclusivamente constituírem a entrada
do sócio, não forem fungíveis, consistindo em corpos certos e determinados, o
risco, que correrem, será por conta dos respectivos donos. (Redação dada ao
caput pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
§ 1º. Se, porém, forem fungíveis, ou se, ainda guardadas, se deteriorarem, se
forem destinadas a circular no comércio, ou se forem transferidas à sociedade por
um valor determinado e constante de inventário ou balanço autênticos, por conta
da sociedade correrão os riscos, a que estiverem expostas.
§ 2º. Perecendo a coisa de importância determinada nos termos do parágrafo
antecedente, última parte, o dono só lhe poderá exigir o valor constante do
inventário, ou balanço.
Art. 1391. Os sócios têm direito à indenização das perdas e danos, que sofrerem
em seus bens por motivo dos negócios sociais.

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Art. 1392. Havendo comunicação de lucros ilícitos, cada um dos sócios terá de
repor o que recebeu do sócio delinqüente, se este for condenado à restituição.
Art. 1393. O sócio que recebeu de outro lucros ilícitos, conhecendo ou devendo
conhecer-lhes a procedência, incorre em cumplicidade, e fica obrigado
solidariamente a restituir.
Art. 1394. Todos os sócios têm direito de votar nas assembléias gerais, onde,
salvo estipulação em contrário, sempre se deliberará por maioria de votos.
SEÇÃO III
DAS OBRIGAÇÕES DA SOCIEDADE E DOS SÓCIOS PARA COM TERCEIROS
Art. 1395. São dívidas da sociedade as obrigações contraídas conjuntamente
por todos os sócios, ou por alguns deles no exercício do mandato social.
Art. 1396. Se o cabedal social não cobrir as dívidas da sociedade, por elas
responderão os associados, na proporção em que houverem de participar nas
perdas sociais.
Parágrafo único. Se um dos sócios for insolvente, sua parte na dívida será na
mesma razão distribuída entre os outros.
Art. 1397. Os devedores da sociedade não se desobrigam pagando a um sócio
não autorizado para receber
Art. 1398. Os sócios não são solidariamente obrigados pelas dívidas sociais,
nem os atos de um, não autorizado, obrigam os outros, salvo redundando em
proveito da sociedade.
SEÇÃO IV
DA DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE
Art. 1399. Dissolve-se a sociedade:
I - Pelo implemento da condição, a que foi subordinada a sua durabilidade, ou
pelo vencimento do prazo estabelecido no contrato.
II - Pela extinção do capital social, ou seu desfalque em quantidade tamanha que
a impossibilite de continuar. (Redação dada ao inciso pelo Dec. Leg. nº 3.725, de
15.01.1919)
III - Pela consecução do fim social, ou pela verificação de sua inexeqüibilidade.
IV - Pela falência, incapacidade, ou morte de um dos sócios.
V - Pela renúncia de qualquer deles, se a sociedade for de prazo indeterminado
(artigo 1.404).
VI - Pelo consenso unânime dos associados.
Parágrafo único. Os nºs. II, IV e V não se aplicam às sociedades de fins não
econômicos.
Art. 1400. A prorrogação do prazo social só se prova por escrito, nas mesmas
condições do contrato que o fixou (artigos 1.364 e 1.366).
Art. 1401. Se a sociedade se prorrogar depois de vencido o prazo do contrato,

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entender-se-á que se constituiu de novo; se dentro no prazo, ter-se-á por
continuação da anterior.
Art. 1402. É lícito estipular que, morto um dos sócios, continue a sociedade com
os herdeiros, ou só com os associados sobrevivos. Neste segundo caso, o
herdeiro do falecido terá direito à partilha do que houver, quando ele faleceu, mas
não participará nos lucros e perdas ulteriores, que não forem conseqüência direta
de atos anteriores ao falecimento.
Art. 1403. Se o contrato estipular que a sociedade continue com o herdeiro do
sócio falecido, cumprir-se-á a estipulação, toda vez que se possa; mas, sendo
menor o herdeiro, será dissolvido, em relação a ele, o vínculo social, caso o juiz o
determine.
Art. 1404. A renúncia de um dos sócios só dissolve a sociedade (artigo 1.399, nº
V), quando feita de boa-fé, em tempo oportuno, e, notificada aos sócios dois
meses antes.
Art. 1405. A renúncia é de má-fé, quando o sócio renunciante pretende
apropriar-se exclusivamente dos benefícios que os sócios tinham em mente colher
em comum; e haver-se-á por inoportuna, se as coisas não estiverem no seu
estado integral, ou se a sociedade puder ser prejudicada com a dissolução nesse
momento.
Art. 1406. No primeiro caso do artigo antecedente, os demais sócios têm o
direito de excluir desde logo o sócio de má-fé, salvas as suas quotas na vantagem
esperada. No segundo, a sociedade pode continuar, apesar da oposição do
renunciante, até à época do primeiro balanço ordinário, ou até a conclusão do
negócio pendente.
Art. 1407. Subsiste, ainda após a dissolução da sociedade, a responsabilidade
social para com terceiros, pelas dívidas que houver contraído.
Não se tendo estipulada a responsabilidade solidária dos sócios para com
terceiros, a dívida será distribuída por aqueles, em partes proporcionais às suas
entradas.
Art. 1408. Quando a sociedade tiver duração prefixa, nenhum sócio lhe poderá
exigir a dissolução, antes de expirar o prazo social, se não provar algum dos
casos do artigo 1.399, nºs. I a IV.
Art. 1409. São aplicáveis à partilha entre os sócios as regras da partilha entre
herdeiros (artigos 1.772 e segs.).
Parágrafo único. O sócio de indústria, porém, só terá direito a participar nos
lucros da sociedade, sem responsabilidade nas suas perdas, salvo se o contrário
se estipulou no contrato. Se este não declarar a parte dos lucros, entender-se-á
que ela é proporcional à menor das entradas. (Redação dada ao parágrafo pelo
Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
CAPÍTULO XII
DA PARCERIA RURAL

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SEÇÃO I
DA PARCERIA AGRÍCOLA
Art. 1410. Dá-se a parceria agrícola, quando uma pessoa cede um prédio rústico
a outra, para ser por esta cultivado, repartindo-se os frutos entre as duas, na
proporção que estipularem.
Art. 1411. O parceiro incumbido da cultura não responderá pelos encargos do
prédio, se os não assumir.
Art. 1412. Os riscos de caso fortuito, ou força maior, correrão em comum contra
o proprietário e o parceiro.
Art. 1413. A parceria não passa aos herdeiros dos contraentes, exceto se estes
deixaram adiantados os trabalhos de cultura, caso em que durará, quanto baste,
para se ultimar a colheita.
Art. 1414. Aplicam-se a este contrato as regras da locação de prédios rústicos,
em tudo o que nesta seção não se achar regulado.
Art. 1415. A parceria subsiste, quando o prédio se aliena, ficando o adquirente
sub-rogado nos direitos e obrigações do alienante.
SEÇÃO II
DA PARCERIA PECUÁRIA
Art. 1416. Dá-se a parceria pecuária, quando se entregam animais a alguém
para os pastorear, tratar e criar, mediante uma quota nos lucros produzidos.
Art. 1417. Constituem objeto de partilha as crias dos animais e os seus produtos,
como peles, crinas, lãs e leite.
Art. 1418. O parceiro proprietário substituirá por outros, no caso de evicção, os
animais evictos.
Art. 1419. Salvo convenção em contrário, o parceiro proprietário sofrerá os
prejuízos resultantes do caso fortuito, ou força maior.
Art. 1420. Ao proprietário caberá o proveito, que se obtenha dos animais mortos,
pertencentes ao capital.
Art. 1421. Salvo cláusula em contrário, nenhum parceiro, sem licença do outro,
poderá dispor do gado.
Art. 1422. As despesas com o tratamento e criação dos animais, não havendo
acordo em contrário, correrão por conta do parceiro tratador e criador.
Art. 1423. Aplicam-se a este contrato as regras do de sociedade, no que não
estiver regulado por convenção das partes, e, na falta, pelo disposto nesta seção.
CAPÍTULO XIII
DA CONSTITUIÇÃO DA RENDA

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Art. 1424. Mediante ato entre vivos, ou de última vontade, a título oneroso, ou
gratuito, pode constituir-se, por tempo determinado, em benefício próprio ou
alheio, uma renda ou prestação periódica, entregando-se certo capital, em móveis
ou dinheiro a pessoa que se obrigue a satisfazê-la.
Art. 1425. É nula a constituição de renda em favor de pessoa já falecida, ou que,
dentro nos trinta dias seguintes, vier a falecer de moléstia que já sofria, quando foi
celebrado o contrato.
Art. 1426. Os bens dados em compensação da renda caem, desde a tradição,
no domínio da pessoa que por aquela se obrigou.
Art. 1427. Se o rendeiro, ou censuário, deixar de cumprir a obrigação estipulada,
poderá o credor da renda acioná-lo, assim para que lhe pague as prestações
atrasadas, como para que lhe dê garantias das futuras, sob pena de rescisão do
cotrato.
Art. 1428. O credor adquire o direito à renda dia a dia, se a prestação não
houver de ser paga adiantada, no começo de cada um dos períodos prefixos.
Art. 1429. Quando a renda for constituída em benefício de duas ou mais
pessoas, sem determinação da parte de cada uma, entende-se que os seus
direitos são iguais, e, salvo estipulação diversa, não adquirirão os sobrevivos
direito à parte dos que morrerem.
Art. 1430. A renda constituída por título gratuito pode, por ato do instituidor, ficar
isenta de todas as execuções pendentes e futuras. Essa isenção existe de pleno
direito em favor dos montepios e pensões alimentícias.
Art. 1431. A renda vinculada a um imóvel constitui direito real, de acordo com o
estabelecido nos artigos 749 a 754.
CAPÍTULO XIV
DO CONTRATO DE SEGURO

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1432. Considera-se contrato de seguro aquele pelo qual uma das partes se
obriga para com a outra, mediante a paga de um prêmio, a indenizá-la do prejuízo
resultante de riscos futuros, previstos no contrato. (Redação dada ao artigo pelo
Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1433. Este contrato não obriga antes de reduzido a escrito, e considera-se
perfeito desde que o segurador remete a apólice ao segurado, ou faz nos livros o
lançamento usual da operação.
Art. 1434. A apólice consignará os riscos assumidos, o valor do objeto seguro, o
prêmio devido ou pago pelo segurado e quaisquer outras estipulações, que no
contrato se firmarem.

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Art. 1435. As diferentes espécies de seguro previstas neste Código serão
reguladas pelas cláusulas das respectivas apólices, que não contrariarem
disposições legais.
Art. 1436. Nulo será este contrato, quando o risco, de que se ocupa, se filiar a
atos ilícitos do segurado, do beneficiado pelo seguro, ou dos representantes e
prepostos, quer de um, quer de outro.
Art. 1437. Não se pode segurar uma coisa por mais do que valha, nem pelo seu
todo mais de uma vez. É todavia, lícito ao segurado acautelar, mediante novo
seguro, o risco de falência ou insolvência do segurador (artigo 1.439).
Art. 1438. Se o valor do seguro exceder ao da coisa, o segurador poderá, ainda
depois de entregue a apólice, exigir sua redução ao valor real, restituindo ao
segurado o excesso do prêmio; e, provando que o segurado obrou de má-fé, terá
direito a anular o seguro, sem restituição do prêmio, nem prejuízo da ação penal
que no caso couber.
Art. 1439. Salvo o disposto no artigo 1.437, o segundo seguro da coisa já segura
pelo mesmo risco e no seu valor integral, pode ser anulado por qualquer das
partes. O segundo segurador que ignorava o primeiro contrato, pode, sem restituir
o prêmio recebido, recusar o pagamento do objeto seguro, ou recobrar o que por
ele pagou, na parte excedente ao seu valor real, ainda que não tenha reclamado
contra o contrato antes do sinistro.
Art. 1440. A vida e as faculdades humanas também se podem estimar como
objeto segurável, e segurar, no valor ajustado, contra os riscos possíveis, como o
de morte involutária, inabilitação para trabalhar, ou outros semelhantes.
Parágrafo único. Considera-se morte voluntária a recebida em duelo, bem como
o suicídio premeditado por pessoa em seu juízo.
Art. 1441. No caso de seguro sobre a vida, é livre às partes fixar o valor
respectivo e fazer mais de um seguro, no mesmo ou em diversos valores, sem
prejuízo dos antecedentes.
Art. 1442. É também livre às partes fixar entre si a taxa do prêmio. Todavia, o
seguro feito em sociedade ou companhia, que tenha tabela de prêmios, se
presume de conformidade com ela proposto e aceito.
Art. 1443. O segurado e o segurador são obrigados a guardar no contrato a mais
estrita boa-fé e veracidade, assim a respeito do objeto, como das circunstâncias e
declarações a ele concernentes.
Art. 1444. Se o segurado não fizer declarações verdadeiras e completas,
omitindo circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do
prêmio, perderá o direito ao valor do seguro, e pagará o prêmio vencido.
Art. 1445. Quando o segurado contrata o seguro mediante procurador, também
se este faz responsável ao segurador pelas inexatidões, ou lacunas, que possam
influir no contrato.

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Art. 1446. O segurador, que, ao tempo do contrato, sabe estar passado o risco,
de que o segurado se pretende cobrir, e, não obstante, expede a apólice, pagará
em dobro o prêmio estipulado.
Art. 1447. As apólices podem ser nominativas, à ordem ou ao portador. As de
seguro sobre a vida não podem ser ao portador.
Parágrafo único. As apólices nominativas mencionarão o nome do segurador, o
do segurado e o do seu representante, se o houver, ou o do terceiro, em cujo
nome se faz o seguro. (Redação dada ao parágrafo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 1448. A apólice declarará também o começo e o fim dos riscos por ano,
mês, dia e hora.
§ 1º. Em falta de estipulação precisa, contar-se-á o prazo de conformidade com o
artigo 125.
§ 2º. A respeito de coisas que se destinem a transporte de um para outro ponto,
os riscos principiarão a correr, desde que sejam recebidas no primeiro lugar, e
terminarão quando entregues ao destinatário, no segundo.
SEÇÃO II
DAS OBRIGAÇÕES DO SEGURADO
Art. 1449. Salvo convenção em contrário, no ato de receber a apólice pagará o
segurado o prêmio, que estipulou.
Art. 1450. O segurado presume-se obrigado a pagar os juros legais do prêmio
atrasado, independentemente de interpelação do segurador, se a apólice ou os
estatutos não estabelecerem maior taxa.
Art. 1451. Se o segurado vier a falir, ou for declarado interdito, estando em
atraso nos prêmios, ou se atrasar após a interdição, ou a falência, ficará o
segurador isento da responsabilidade pelos riscos, se a massa, ou o
representante do interdito, não pagar antes do sinistro os prêmios atrasados.
Art. 1452. O fato de se não ter verificado o risco, em previsão do qual se fez o
seguro, não exime o segurado de pagar o prêmio, que se estipulou, observadas as
disposições especiais do direito marítimo sobre o estorno. (Redação dada ao
artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1453. Embora se hajam agravado os riscos, além do que era possível
antever no contrato, nem por isso, a não haver nele cláusula expressa, terá direito
o segurador a aumento do prêmio.
Art. 1454. Enquanto vigorar o contrato, o segurado abster-se-á de tudo quanto
possa aumentar os riscos, ou seja contrário aos termos do estipulado, sob pena
de perder o direito ao seguro.
Art. 1455. Sob a mesma pena do artigo antecedente, comunicará o segurado ao
segurador todo incidente, que de qualquer modo possa agravar o risco.

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Art. 1456. No aplicar a pena do artigo 1.454, procederá o juiz com eqüidade,
atentando nas circunstâncias reais, e não em probabilidades infundadas, quando à
agravação dos riscos.
Art. 1457. Verificado o sinistro, o segurado, logo que o saiba, comunica-lo-á ao
segurador.
Parágrafo único. A omissão injustificada exonera o segurador, se este provar
que, oportunamente avisado, lhe teria sido possível evitar, ou atenuar, as
conseqüências do sinistro.
SEÇÃO III
DAS OBRIGAÇÕES DO SEGURADOR
Art. 1458. O segurador é obrigado a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do
risco assumido e, conforme as circunstâncias, o valor total da coisa segura.
Art. 1459. Sempre se presumirá não se ter obrigado o segurador a indenizar
prejuízos resultantes de vício intrínseco à coisa segura.
Art. 1460. Quando a apólice limitar ou particularizar os riscos do seguro, não
responderá por outros o segurador.
Art. 1461. Salvo expressa restrição na apólice, o risco do seguro compreenderá
todos os prejuízos resultantes ou conseqüentes, como sejam os estragos
ocasionados para evitar o sinistro, minorar o dano, ou salvar a coisa.
Art. 1462. Quando ao objeto do contrato se der valor determinado, e o seguro se
fizer por este valor, ficará o segurador obrigado, no caso de perda total, a pagar
pelo valor ajustado a importância da indenização, sem perder por isso o direito,
que lhe asseguram os artigos 1.438 e 1.439.
Art. 1463. O direito à indenização pode ser transmitido a terceiro como acessório
da propriedade, ou de direito real sobre a coisa segura.
Parágrafo único. Opera-se essa transmissão de pleno direito quanto à coisa
hipotecada, ou penhorada, e, fora desses casos, quando a apólice o não vedar.
Art. 1464. No caso de sinistro, o segurador pode opor ao sucessor ou
representante do segurado todos os meios de defesa, que contra ele lhe
assistiriam.
Art. 1465. Se o segurador falir antes de passado o risco, poderá o segurado
recusar-lhe o pagamento dos prêmios atrasados, e fazer outro seguro pelo valor
integral.
SEÇÃO IV
DO SEGURO MÚTUO
Art. 1466. Pode ajustar-se o seguro, pondo certo número de segurados em
comum entre si o prejuízo, que a qualquer deles advenha, do risco por todos
corrido.

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Em tal caso o conjunto dos segurados constitui a pessoa jurídica, a que pertencem
as funções de segurador.
Art. 1467. Nesta forma de seguro, em lugar do prêmio, os segurados contribuem
com as quotas necessárias para ocorrer às despesas da administração e aos
prejuízos verificados. Sendo omissos os estatutos, presume-se que a taxa das
quotas se determinará segundo as contas do ano.
Art. 1468. Será permitido também obrigar a prêmios fixos os segurados, ficando,
porém, estes adstritos, se a importância daqueles não cobrir a dos riscos
verificados, a quotizarem-se pela diferença.
Se, pelo contrário, a soma dos prêmios exceder à dos riscos verificados, poderão
os associados repartir entre si o excesso em dividendo, se não preferirem criar um
fundo de reserva.
Art. 1469. As entradas suplementares e os dividendos serão proporcionais às
quotas de cada associado.
Art. 1470. As quotas dos sócios serão fixadas conforme o valor dos respectivos
seguros, podendo-se também levar em conta riscos diferentes, e estabelecê-los
de duas ou mais categorias.
SEÇÃO V
DO SEGURO DE VIDA
Art. 1471. O seguro de vida tem por objeto garantir, mediante o prêmio anual
que se ajustar, o pagamento de certa soma a determinada ou determinadas
pessoas, por morte do segurado, podendo estipular-se igualmente o pagamento
dessa soma ao próprio segurado, ou terceiro, se aquele sobreviver ao prazo de
seu contrato. (Redação dada ao caput pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Parágrafo único. Quando a liquidação só deva operar-se por morte, o prêmio se
pode ajustar por prazo limitado ou por toda a vida do segurado, sendo lícito às
partes contratantes, durante a vigência do contrato, substituírem, de comum
acordo, um plano por outro, feita a indenização de prêmios que a substituição
exigir.
Art. 1472. Pode uma pessoa fazer o seguro sobre a própria vida, ou sobre a de
outrem, justificando, porém, neste último caso, o seu interesse pela preservação
daquela que segura, sob pena de não valer o seguro, em se provando ser falso o
motivo alegado. (Redação dada caput pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Parágrafo único. Será dispensada a justificação, se o terceiro, cuja vida se quiser
segurar, for descendente, ascendente, irmão ou cônjuge do proponente.
Art. 1473. Se o seguro não tiver por causa declarada a garantia de alguma
obrigação, é lícito ao segurado, em qualquer tempo, substituir o seu benefíciário,
e, sendo a apólice emitida à ordem, instituir o benefício até por ato de última
vontade. Em falta de declaração, neste caso, o segurado será pago aos herdeiros
do segurado, em embargo de quaisquer disposições em contrário dos estatutos da
companhia ou associação.

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Art. 1474. Não se pode instituir beneficiário pessoa que for legalmente inibida de
receber a doação do segurado.
Art. 1475. A soma estipulada como benefício não está sujeita às obrigações, ou
dívidas do segurado.
Art. 1476. É também lícito fazer o seguro de modo que só tenha direito a ele o
segurado, se chegar a certa idade, ou for vivo a certo tempo.
CAPÍTULO XV
DO JOGO E DA APOSTA

Art. 1477. As dívidas de jogo, ou apostas, não obrigam a pagamento; mas não
se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por
dolo, ou se o perdente é menor, ou interdito.
Parágrafo único. Aplica-se esta disposição a qualquer contrato que encubra ou
envolva reconhecimento, novação ou fiança de dívidas de jogo; mas a nulidade
resultante não pode ser oposta ao terceiro de boa-fé.
Art. 1478. Não se pode exigir reembolso do que se emprestou para jogo, ou
aposta, no ato de apostar, ou jogar.
Art. 1479. Não equiparados ao jogo, submetendo-se, como tais, ao disposto nos
artigos antecedentes, os contratos sobre título de bolsa, mercadorias ou valores,
em que se estipule a liquidação exclusivamente pela diferença entre o preço
ajustado e a cotação que eles tiverem, no vencimento do ajuste.
Art. 1480. O sorteio, para dirimir questões, ou dividir coisas comuns, considerar-
se-á sistema de partilha, ou processo de transação, conforme o caso.
CAPÍTULO XVI
DA FIANÇA

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1481. Dá-se o contrato de fiança, quando uma pessoa se obriga por outra,
para com o seu credor, a satisfazer a obrigação, caso o devedor não a cumpra.
Art. 1482. Se o fiador tiver quem lhe abone a solvência, ao abonador se aplicará
o disposto neste capítulo sobre fiança.
Art. 1483. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
Art. 1484. Pode-se estipular a fiança, ainda sem consentimento do devedor.
Art. 1485. As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste
caso, não será demandado senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação
do principal devedor.

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Art. 1486. Não sendo limitada a fiança, compreenderá todos os acessórios da
dívida principal, inclusive as despesas judiciais, desde a citação do fiador.
Art. 1487. A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e
contraída em condições menos onerosas.
Quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa, que ela, não valerá senão
até ao limite da obrigação afiançada.
Art. 1488. As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a
nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor.
Parágrafo único. Esta exceção não abrange o caso do artigo 1.259.
Art. 1489. Quando alguém houver de dar fiador, o credor não pode ser obrigado
a aceitá-lo se não for pessoa idônea, domiciliada no município, onde tenha de
prestar a fiança, e não possua bens suficientes para desempenhar a obrigação.
Art. 1490. Se o fiador se tornar insolvente, ou incapaz, poderá o credor exigir
que seja substituído.
SEÇÃO II
DOS EFEITOS DA FIANÇA
Art. 1491. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até
a contestação da lide, que sejam primeiro excutidos os bens do devedor.
Parágrafo único. O fiador, que alegar o benefício de ordem a que se refere este
artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo município, livres e
desembargados, quantos bastem para solver a débito (artigo 1.504).
Art. 1492. Não aproveita este benefício ao fiador:

I - Se ele o renunciou expressamente.


II - Se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário.
III - Se o devedor for insolvente, ou falido.
Art. 1493. A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma
pessoa, importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente
não se reservaram o benefício da divisão.
Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada fiador responde unicamente
pela parte que, em proporção, lhe couber no pagamento.
Art. 1494. Pode também cada fiador taxar, no contrato, a parte da dívida que
toma sob sua responsabilidade, e, neste caso, não será obrigado a mais.
Art. 1495. O fiador, que pagar integralmente a dívida, fica sub-rogado nos
direitos do credor; mas só poderá demandar a cada um dos outros fiadores pela
respectiva quota.
Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distribuir-se-á pelos outros.
Art. 1496. O devedor responde também ao fiador por todas as perdas e danos
que este pagar, e pelos que sofrer em razão da fiança.
Art. 1497. O fiador tem direito aos juros do desembolso pela taxa estipulada na

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obrigação principal, e, não havendo taxa convencionada, aos juros legais da mora.
Art. 1498. Quando o credor, sem justa causa, demorar a execução iniciada
contra o devedor, poderá o fiador, ou o abonador (artigo 1.482), promover-lhe o
andamento.
Art. 1499. O fiador, ainda antes de haver pago, pode exigir que o devedor
satisfaça a obrigação, ou o exonere da fiança, desde que a dívida se torne
exigível, ou tenha decorrido o prazo dentro no qual o devedor se obrigou a
desonerá-lo.
Art. 1500. O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem
limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando, porém, obrigado por todos os
efeitos da fiança, anteriores ao ato amigável, ou à sentença que o exonerar.
Art. 1501. A obrigação do fiador passa-lhe aos herdeiros; mas a
responsabilidade da fiança se limita ao tempo decorrido até a morte do fiador, e
não pode ultrapassar as forças da herança.
SEÇÃO III
DA EXTINÇÃO DA FIANÇA
Art. 1502. O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais, e
as extintivas da obrigação que compitam ao devedor principal, se não provierem
simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do artigo 1.259.
Art. 1503. O fiador, ainda que solidário com o principal devedor (artigos 1.492 e
1.493), ficará desobrigado:
I - Se, sem consentimento seu, o credor conceder moratória ao devedor.
II - Se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação nos seus direitos e
preferências.
III - Se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavelmente do devedor
objeto diverso do que este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a
perdê-lo por evicção.
Art. 1504. Se, feita a nomeação nas condições do artigo 1.491, parágrafo único,
o devedor, retardando-se a execução, cair em insolvência, ficará exonerado o
fiador, provando que os bens por ele indicados eram, ao tempo da penhora,
suficientes para a solução da dívida afiançada.

TÍTULO VI
DAS OBRIGAÇÕES POR DECLARAÇÃO UNILATERAL DA
VONTADE

CAPÍTULO I
DOS TÍTULOS AO PORTADOR

Art. 1505. O detentor de um título ao portador, quando dele autorizado a dispor,

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pode reclamar do respectivo subscritor ou emissor a prestação devida. O
subscritor, ou emissor, porém, exonera-se, pagando a qualquer detentor, esteja ou
não autorizado a dispor do título.
Art. 1506. A obrigação do emissor subsiste, ainda que o título tenha entrado em
circulação contra a sua vontade.
Art. 1507. Ao portador de boa-fé, o subscritor, ou o emissor, não poderá opor
outra defesa, além da que assente em nulidade interna ou externa do título, ou em
direito pessoal ao emissor, ou subscritor, contra o portador.
Art. 1508. O subscritor, ou emissor, não será obrigado a pagar senão à vista do
título, salvo se este for declarado nulo.
Art. 1509. A pessoa, injustamente desapossada de título ao portador, só
mediante intervenção judicial poderá impedir que ao ilegítimo detentor se pague a
importância do capital, ou seu interesse.
Parágrafo único. Se, citado o detentor desses títulos, não forem apresentados
em três anos dessa data, poderá o juiz declará-los caducos, ordenando ao
devedor que lavre outros, em substituição dos reclamados.
Art. 1510. Se o título, com o nome do credor, trouxer a cláusula de poder ser
paga a prestação ao portador, embolsando a este, o devedor exonerar-se-á
validamente; mas poderá exigir dele que justifique o seu direito, ou preste caução.
Aquele cujo nome se acha inscrito no título, presume-se dono, e pode reivindicá-lo
de quem quer que injustamente o detenha. (Redação dada ao artigo pelo Dec.
Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1511. É nulo o título, em que o signatário, ou emissor, se obrigue, sem
autorização de lei federal, a pagar ao portador quantia certa em dinheiro.
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às obrigações emitidas pelos
Estados ou pelos Municípios, as quais continuarão a ser regidas por lei especial.
CAPÍTULO II
DA PROMESSA DE RECOMPENSA

Art. 1512. Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a recompensar,


ou gratificar, a quem preencha certa condição, ou desempenhe certo serviço,
contrai obrigação de fazer o prometido.
Art. 1513. Quem quer que, nos termos do artigo antecedente, fizer o dito serviço,
ou satisfizer a dita condição, ainda que não pelo interesse da promessa, poderá
exigir a recompensa estipulada.
Art. 1514. Antes de prestado o serviço, ou preenchida a condição, pode o
promitente revogar a promessa, contanto que o faça com a mesma publicidade.
Se, porém, houver assinado prazo à execução da tarefa, entender-se-á que
renuncia o arbítrio de retirar, durante ele, a oferta.
Art. 1515. Se o ato contemplado na promessa for praticado por mais de um

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indivíduo, terá direito à recompensa o que primeiro o executou.
§ 1º. Sendo simultânea a execução, a cada um tocará quinhão igual na
recompensa.
§ 2º. Se essa não for divisível, conferir-se-á por sorteio.
Art. 1516. Nos concursos que se abrirem com promessa pública de recompensa,
é condição essencial, para valerem, a fixação de um prazo, observadas também
as disposições dos parágrafos seguintes.
§ 1º. A decisão da pessoa nomeada, nos anúncios, como juiz, obriga os
interessados.
§ 2º. Em falta de pessoa designada para julgar o mérito dos trabalhos, que se
apresentarem, entender-se-á que o promitente se reservou essa função.
§ 3º. Se os trabalhos tiverem mérito igual, proceder-se-á de acordo com o artigo
antecedente.
Art. 1517. As obras premiadas, nos concursos de que trata o artigo anterior, só
ficarão pertencendo ao promitente, se tal cláusula estipular na publicação da
promessa.

TÍTULO VII
DAS OBRIGAÇÕES POR ATOS ILÍCITOS

Art. 1518. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem


ficam sujeitos à reparação do dano causado, e, se tiver mais de um autor a
ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação.
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores, os cúmplices
e as pessoas designadas no artigo 1.521.
Art. 1519. Se o dono da coisa, no caso do artigo 160, nº II, não for culpado do
perigo, assistir-lhe-á direito à indenização do prejuízo, que sofreu.
Art. 1520. Se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este ficará com a
ação regressiva, no caso do artigo 160, nº II, o autor do dano, para haver a
importância, que tiver ressarcido ao dono da coisa.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se
danificou a coisa (artigo 160, nº I).
Art. 1521. São também responsáveis pela reparação civil:
I - Os pais, pelos filhos menores que estiverem sob seu poder e em sua
companhia.
II - O tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas
condições.
III - O patrão, amo ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no
exercício do trabalho que lhes competir, ou por ocasião dele (artigo 1.522).
IV - Os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos, onde se
albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes,
moradores e educandos.

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V - Os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até à
concorrente quantia.
Art. 1522. A responsabilidade estabelecida no artigo antecedente, nº III, abrange
as pessoas jurídicas, que exercerem exploração industrial. (Redação dada ao
artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1523. Excetuadas as do artigo 1.521, nº V, só serão responsáveis as
pessoas enumeradas nesse e no artigo 1.522, provando-se que elas concorreram
para o dano por culpa, ou negligência de sua parte.
Art. 1524. O que ressarcir o dano causado por outrem, se este não for
descendente seu, pode reaver, daquele por quem pagou, o que houver pago.
Art. 1525. A responsabilidade civil é independente da criminal; não se poderá,
porém, questionar mais sobre a existência do fato, ou quem seja o seu autor,
quando estas questões se acharem decididas no crime.
Art. 1526. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se
com a herança, exceto nos casos que este Código excluir.
Art. 1527. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se
não provar:
I - Que o guardava e vigiava com cuidado preciso.
II - Que o animal foi provocado por outro.
III - Que houve imprudência do ofendido.
IV - Que o fato resultou de caso fortuito, ou força maior.
Art. 1528. O dono do edifício ou construção responde pelos danos que
resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade
fosse manifesta.
Art. 1529. Aquele que habitar uma casa, ou parte dela, responde pelo dano
proveniente das coisas que dela caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Art. 1530. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos
casos em que a lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o
vencimento, a descontar os juros correspondentes, embora estipulados, e a pagar
as custas em dobro.
Art. 1531. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem
ressalvar as quantias recebidas, ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a
pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no
segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se, por lhe estar prescrito o
direito, decair da ação. (Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 1532. Não se aplicarão as penas dos artigos 1.530 e 1.531, quando o autor
desistir da ação antes de contestada a lide.

TÍTULO VIII

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DA LIQUIDAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1533. Considera-se líquida a obrigação certa, quanto à sua existência, e


determinada, quanto ao seu objeto.
Art. 1534. Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada,
substituir-se-á pelo seu valor, em moeda corrente, no lugar onde se execute a
obrigação.
Art. 1535. À execução judicial das obrigações de fazer, ou não fazer, e, em
geral, à indenização de perdas e danos precederá a liquidação do valor
respectivo, toda vez que o não fixe a lei, ou a convenção das partes.
Art. 1536. Para liquidar a importância de uma prestação não cumprida, que
tenha valor oficial no lugar da execução, tomar-se-á o meio-termo do preço, ou da
taxa, entre a data do vencimento e a do pagamento, adicionando-lhe os juros da
mora.
§ 1º. Nos demais casos far-se-á a liquidação por arbitramento.
§ 2º. Contam-se os juros da mora, nas obrigações ilíquidas, desde a citação
inicial.
CAPÍTULO II
DA LIQUIDAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES RESULTANTES DE ATOS
ILÍCITOS

Art. 1537. A indenização, no caso de homicídio, consiste:

I - No pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto


da família.
II - Na prestação de alimentos às pessoas a quem o defunto os devia.
Art. 1538. No caso de ferimento ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o
ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até o fim da
convalescença, além de lhe pagar a importância da multa no grau médio da pena
criminal correspondente. (Redação dada ao caput pelo Dec. Leg. nº 3.725, de
15.01.1919)
§ 1º. Esta soma será duplicada, se do ferimento resultar aleijão ou deformidade.
§ 2º. Se o ofendido, aleijado ou deformado, for mulher solteira ou viúva, ainda
capaz de casar, a indenização consistirá em dotá-la, segundo as posses do
ofensor, as circunstâncias do ofendido e a gravidade do defeito.
Art. 1539. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o
seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua o valor do trabalho, a indenização, além
das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença,
incluirá uma pensão correspondente à importância do trabalho, para que se

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inabilitou, ou da depreciação, que ele sofreu.
Art. 1540. As disposições precedentes aplicam-se ainda ao caso em que a
morte, ou lesão, resulte de ato considerado crime justificável, se não foi
perpetrado pelo ofensor em repulsa de agressão do ofendido.
Art. 1541. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, a indenização consistirá em
se restituir a coisa, mais o valor das suas deteriorações, ou, faltando ela, em se
embolsar o seu equivalente ao prejudicado (artigo 1.543).
Art. 1542. Se a coisa estiver em poder de terceiro, este será obrigado a entregá-
la, correndo a indenização pelos bens do delinqüente.
Art. 1543. Para se restituir o equivalente, quando não exista a própria coisa
(artigo 1.541), estimar-se-á ela pelo seu preço ordinário e pelo de afeição,
contanto que este não se avantaje àquele.
Art. 1544. Além dos juros ordinários, contados proporcionalmente ao valor do
dano, e desde o tempo do crime, a satisfação compreende os juros compostos.
Art. 1545. Os médicos, cirurgiões, farmacêuticos, parteiras e dentistas são
obrigados a satisfazer o dano, sempre que da imprudência, negligência, ou
imperícia em atos profissionais, resultar morte, inabilitação de servir, ou ferimento.
Art. 1546. O farmacêutico responde solidariamente pelos erros e enganos do
seu preposto.
Art. 1547. A indenização por injúria ou calúnia consistirá na reparação do dano
que delas resulte ao ofendido.
Parágrafo único. Se este não puder provar prejuízo material, pagar-lhe-á o
ofensor o dobro da multa no grau máximo de pena criminal respectiva (artigo
1.550).
Art. 1548. A mulher agravada em sua honra tem direito a exigir do ofensor, se
este não puder ou não quiser reparar o mal pelo casamento, um dote
correspondente à sua própria condição e estado: (Redação dada ao caput pelo
Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
I - Se, virgem e menor, for deflorada.
II - Se, mulher honesta, for violentada, ou aterrada por ameaças.
III - Se for seduzida com promessas de casamento.
IV - Se for raptada.
Art. 1549. Nos demais crimes de violência sexual, ou ultraje ao pudor, arbitrar-
se-á judicialmente a indenização.
Art. 1550. A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento
das perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e no de uma soma calculada
nos termos do parágrafo único do artigo 1.547.
Art. 1551. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal (artigo 1.550):

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I - O cárcere privado.
II - A prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé.
III - A prisão ilegal (artigo 1.552).
Art. 1552. No caso do artigo antecedente, nº III, só a autoridade, que ordenou a
prisão, é obrigada a ressarcir o dano.
Art. 1553. Nos casos não previstos neste capítulo, se fixará por arbitramento a
indenização.

TÍTULO IX
DO CONCURSO DE CREDORES DAS PREFERÊNCIAS E
PRIVILÉGIOS CREDITÓRIOS

Art. 1554. Procede-se ao concurso de credores, toda vez que as dívidas


excedam à importância dos bens do devedor.
Art. 1555. A discussão entre os credores pode versar, quer sobre a preferência
entre eles disoutada, quer sobre a nulidade, simulação, fraude ou falsidade das
dívidas e contratos.
Art. 1556. Não havendo título legal à preferência terão os credores igual direito
sobre os bens do devedor comum.
Art. 1557. Os títulos legais de preferência são os privilégios e os direitos reais.
Art. 1558. Conservam seus respectivos direitos os credores, hipotecários ou
privilegiados:
I - Sobre o preço do seguro da coisa gravada com hipoteca ou privilégio, ou
sobre a indenização devida, havendo responsável pela perda ou danificação da
coisa.
II - Sobre o valor da indenização, se a coisa obrigada a hipoteca ou privilégio for
desapropriada, ou submetida a servidão legal.
Art. 1559. Nesses casos, o devedor do preço do seguro, ou da indenização, se
exonera pagando sem oposição dos credores hipotecários ou privilegiados.
Art. 1560. O crédito real prefere ao pessoal de qualquer espécie, salvo a
exceção estabelecida no parágrafo único do artigo 759, o crédito pessoal
privilegiado ao simples, e o privilégio especial, ao geral.
Art. 1561. A preferência resultante de hipoteca, penhor e mais direitos reais
(artigo 674), determinar-se-á de conformidade com o disposto no livro
antecedente.
Art. 1562. Quando concorrerem aos mesmos bens, e por título igual, dois ou
mais credores da mesma classe, especialmente privilegiados, haverá entre eles
rateio, proporcional ao valor dos respectivos créditos, se o produto não bastar para
o pagamento integral de todos. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo
nº 3.725, de 15.01.1919)

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Art. 1563. Os privilégios, excetuado o de que trata o parágrafo único do artigo
759 - se referem somente:
I - Aos bens móveis do devedor, não sujeitos a direito real de outrem.
II - Aos imóveis não hipotecados.
III - Ao saldo do preço dos bens sujeitos a penhor ou hipoteca, depois de pagos
os respectivos credores.
IV - Ao valor do seguro e da desapropriação.
Art. 1564. Do preço do imóvel hipotecado, porém, serão deduzidas as custas
judiciais de sua execução, bem como as despesas de conservação com ele feitas
por terceiro, mediante consenso do devedor e do credor, depois de constituída a
hipoteca.
Art. 1565. O privilégio especial só compreende os bens sujeitos, por expressa
disposição de lei, ao pagamento do crédito, que ele favorece, e o geral, todos os
bens não sujeitos a crédito real, nem a privilégio especial.
Art. 1566. Tem privilégio especial:

I - Sobre a coisa arrecadada e liquidada, o credor de custas e despesas judiciais


feitas com a arrecadação e liquidação.
II - Sobre a coisa salvada, o credor por despesas de salvamento.
III - Sobre a coisa beneficiada, o credor por benfeitorias necessárias ou úteis.
IV - Sobre os prédios rústicos ou urbanos, fábricas, oficinas, ou quaisquer outras
construções, o credor de materiais, dinheiro, ou serviços para a sua edificação,
reconstrução ou melhoramento.
V - Sobre os frutos agrícolas, o credor por sementes, instrumentos e serviços à
cultura, ou à colheita. (Redação dada ao inciso pelo Decreto Legislativo nº 3.725,
de 15.01.1919)
VI - Sobre as alfaias e utensílios de uso doméstico, nos prédios rústicos ou
urbanos, o credor de alugueres, quanto às prestações do ano corrente e do
anterior. (Redação dada ao inciso pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de
15.01.1919)
VII - Sobre os exemplares da obra existente na massa do editor, o autor dela, os
seus legítimos representantes, pelo crédito fundado contra aquele no contrato de
edição.
VIII - Sobre o produto da colheita, para a qual houver concorrido com o seu
trabalho, e precipuamente a quaisquer outros créditos, o trabalhador agrícola,
quanto à dívida dos seus salários (artigo 759, parágrafo único). (Inciso
acrescentado pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1567. Cessa o privilégio estabelecido no artigo antecedente, nº V, desde que
os frutos são reduzidos a outra espécie, ou vendidos depois de recolhidos.
Art. 1568. Havendo, a um tempo, credores com direito ao privilégio do artigo
1.566, nº III, e ao desse artigo, nº IV, aplicar-se-lhes-á o disposto no artigo 1.562.
Art. 1569. Gozam de privilégio geral, na ordem seguinte, sobre os bens do
devedor:

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I - O crédito por despesas do seu funeral, feito sem pompa, segundo a condição
do finado e o costume do lugar.
II - O crédito por custas judiciais, ou por despesas com a arrecadação e
liquidação da massa.
III - O crédito por despesas com o luto do cônjuge sobrevivo e dos filhos do
devedor falecido, se forem moderadas.
IV - O crédito por despesas com a doença de que faleceu o devedor, no
semestre anterior à sua morte.
V - O crédito pelos gastos necessários à mantença do devedor falecido e sua
família, no trimestre anterior ao falecimento.
VI - O crédito pelos impostos devidos à Fazenda Pública, no ano corrente e no
anterior. (Revogado implicitamente pelo Código Tributário Nacional, artigo 186)
VII - O crédito pelo salário dos criados e mais pessoas de serviços domésticos
do devedor, nos seus derradeiros seis meses de vida.
Art. 1570. Na remuneração do artigo 1.569, nº VII, se inclui a dos mestres que,
durante o mesmo período, ensinaram aos descendentes menores do devedor.
Art. 1571. A Fazenda Federal prefere à Estadual, e esta, à Municipal.

LIVRO IV
DO DIREITO DAS SUCESSÕES

TÍTULO I
DA SUCESSÃO EM GERAL

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1572. Aberta a sucessão, o domínio e a posse da herança transmitem-se,


desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
Art. 1573. A sucessão dá-se por disposição de última vontade, ou em virtude da
lei.
Art. 1574. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite-se a herança a seus
herdeiros legítimos. Ocorrerá outro tanto quanto aos bens que não forem
compreendidos no testamento.
Art. 1575. Também subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for
julgado nulo.
Art. 1576. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da
metade da herança.
Art. 1577. A capacidade para suceder é a do tempo da abertura da sucessão,
que se regulará conforme a lei então em vigor.

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CAPÍTULO II
DA TRANSMISSÃO DA HERANÇA

Art. 1578. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido.


Art. 1579. Ao cônjuge sobrevivente, no casamento celebrado sob o regime da
comunhão de bens, cabe continuar, até a partilha, na posse da herança com o
cargo de cabeça do casal.
§ 1º. Se porém o cônjuge sobrevivo for a mulher, será mister, para isso que
estivesse vivendo com o marido ao tempo de sua morte, salvo prova de que essa
convivência se tornou impossível sem culpa dela.
§ 2º. Na falta de cônjuge sobrevivente, a nomeação de inventariante recairá no
co-herdeiro, que se achar na posse corporal e na administração dos bens. Entre
co-herdeiros a preferência se graduará pela idoneidade.
§ 3º. Na falta de cônjuge ou de herdeiro, será inventariante o testamenteiro.
(Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
Art. 1580. Sendo chamadas simultaneamente, a uma herança, duas ou mais
pessoas, será indivisível o seu direito, quanto à posse e ao domínio, até se ultimar
a partilha. (Redação dada ao caput pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Parágrafo único. Qualquer dos co-herdeiros pode reclamar a universalidade da
herança ao terceiro, que indevidamente a possua, não podendo este opor-lhe, em
exceção, o caráter parcial do seu direito nos bens da sucessão.
CAPÍTULO III
DA ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA

Art. 1581. A aceitação da herança pode ser expressa ou tácita, a renúncia,


porém, deverá constar, expressamente, de escritura pública, ou termo judicial.
(Redação dada ao caput pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
§ 1º. É expressa a aceitação, quando se faz por declaração escrita, tácita,
quando resulta de atos compatíveis somente com o caráter de herdeiros.
(Redação dada ao parágrafo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
§ 2º. Não exprimem aceitação da herança os atos oficiosos, como o funeral do
finado, os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda interina.
Art. 1582. Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples,
da herança, aos demais co-herdeiros.
Art. 1583. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição,
ou a termo; mas o herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los,
renunciando a herança, ou, aceitando-a, repudiá-los.
Art. 1584. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança,
poderá, vinte dias depois de aberta a sucessã requerer ao juiz prazo razoável, não
maior de trinta dias, para, dentro nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se
haver a herança por aceita.

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Art. 1585. Falecendo o herdeiro, antes de declarar se aceita a herança, o direito
de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de instituição adstrita a
uma condição suspensiva, ainda não verificada.
Art. 1586. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à
herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do
renunciante.
Nesse caso, e depois de pagas as dívidas do renunciante, o remanescente será
devolvido aos outros herdeiros.
Art. 1587. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da
herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se existir inventário, que
a escuse, demonstrando o valor dos bens herdados.
Art. 1588. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se,
porém, ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma
classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito
próprio, e por cabeça.
Art. 1589. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce às dos outros
herdeiros da mesma classe, e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da
subseqüente.
Art. 1590. É retratável a renúncia, quando proveniente de violência, erro ou dolo,
ouvidos os interessados. A aceitação pode retratar-se, se não resultar prejuízo a
credores, sendo lícito a estes, no caso contrário, reclamar a providência referida
ao artigo 1.586.
CAPÍTULO IV
DA HERANÇA JACENTE

Art. 1591. Não havendo testamento, a herança é jacente, e ficará sob a guarda,
conservação e administração de um curador:
I - Se o falecido não deixar cônjuge, nem herdeiro descendente ou ascendente,
nem colateral sucessível, notoriamente conhecido.
II - Se os herdeiros, descendentes ou ascendentes, renunciarem a herança, e
não houver cônjuge, ou colateral sucessível, notoriamente conhecido.
Art. 1592. Havendo testamento, observar-se-á o disposto no artigo antecedente:
I - Se o falecido não deixar cônjuge, ou herdeiros descendentes ou ascendentes.
II - Se o herdeiro nomeado não existir, ou não aceitar a herança.
III - Se, em qualquer dos casos previstos nos dois números antecedentes, não
houver colateral sucessível, notoriamente conhecido.
IV - Se, verificada alguma das hipóteses dos três números anteriores, não houver
testamenteiro nomeado, o nomeado não existir, ou não aceitar a testamentaria.
Art. 1593. Serão declarados vacantes os bens da herança jacente, se,
praticadas todas as diligências legais, não aparecerem herdeiros.

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Parágrafo único. Esta declaração não se fará senão um ano depois de concluído
o inventário.
Art. 1594. A declaração da vacância da herança não prejudicará os herdeiros
que legalmente se habilitarem; mas, decorridos 5 (cinco) anos da abertura da
sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito
Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao
domínio da União, quando situados em Território Federal. (Redação dada ao
caput pela Lei nº 8.049, de 20.06.1990)
Parágrafo único. Se não forem notoriamente conhecidos, os colaterais ficarão
excluídos da sucessão legítima após a declaração de vacância. (Redação dada ao
parágrafo pelo Dec.-Lei nº 8.207, de 22.11.1945)
CAPÍTULO V
DOS QUE NÃO PODEM SUCEDER

Art. 1595. São excluídos da sucessão (artigo 1.708, nº IV, e 1.741 a 1.745), os
herdeiros, ou legatários:
I - Que houverem sido autores ou cúmplices em crime de homicídio voluntário,
ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar.
II - Que a acusaram caluniosamente em juízo, ou incorreram em crime contra a
sua honra.
III - Que, por violência ou fraude, a inibiram de livremente dispor dos seus bens
em testamento ou codicilo, ou lhe obstaram a execução dos atos de última
vontade.
Art. 1596. A exclusão do herdeiro, ou legatário, em qualquer desses casos de
indignidade, será declarada por sentença em ação ordinária, movida por quem
tenha interesse na sucessão.
Art. 1597. O indivíduo incurso em atos que determinem a exclusão da herança
(artigo 1.595), a ela será, não obstante, admitido, se a pessoa ofendida, cujo
herdeiro ele for, assim o resolveu por ato autêntico, ou testamento.
Art. 1598. O excluído da sucessão é obrigado a restituir os frutos e rendimentos
que dos bens da herança houver percebido.
Art. 1599. São pessoais os efeitos da exclusão. Os descendentes do herdeiro
excluído sucedem, como se ele morto fosse (artigo 1.602).
Art. 1600. São válidas as alienações de bens hereditários, e os atos de
administração legalmente praticados pelo herdeiro excluído, antes da sentença de
exclusão; mas aos co-herdeiros subsiste, quando prejudicados, o direito a
demandar-lhe perdas e danos. (Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725,
de 15.01.1919)
Art. 1601. O herdeiro excluído terá direito a reclamar indenização por quaisquer
despesas feitas com a conservação dos bens hereditários, e cobrar os créditos
que lhe assistam contra a herança.

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Art. 1602. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto e à administração
dos bens, que a seus filhos couberem na herança (artigo 1.599), ou à sucessão
eventual desses bens.

TÍTULO II
DA SUCESSÃO LEGÍTIMA

CAPÍTULO I
DA ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA

Art. 1603. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:


I - Aos descendentes.
II - Aos ascendentes.
III - Ao cônjuge sobrevivente.
IV - Aos colaterais.
V - Aos Municípios, ao Distrito Federal ou à União. (Redação dada ao inciso pela
Lei nº 8.049, de 20.06.1990)
Art. 1604. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros
descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem, ou não, no mesmo
grau.
Art. 1605. Para os efeitos da sucessão, aos filhos legítimos se equiparam os
legitimados, os naturais reconhecidos e os adotivos.
§ 1º. (Revogado pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
§ 2º. Ao filho adotivo, se concorrer com legítimos, supervenientes à adoção
(artigo 368), tocará somente metade da herança cabível a cada um destes.
Art. 1606. Não havendo herdeiros da classe dos descendentes, são chamados à
sucessão os ascendentes.
Art. 1607. Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais
remoto, sem distinção de linhas.
Art. 1608. Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, a herança partir-
se-á entre as duas linhas meio pelo meio.
Art. 1609. Falecendo sem descendência o filho adotivo, se lhe sobreviverem os
pais e o adotante, àqueles tocará por inteiro a herança.
Parágrafo único. Em falta dos pais, embora haja outros ascendentes, devolve-se
a herança ao adotante.
Art. 1610. Quando o descendente ilegítimo tiver direito à sucessão do
ascendente, haverá direito o ascendente ilegítimo à sucessão do descendente.
Art. 1611. À falta de descendentes ou ascendentes será deferida a sucessão ao
cônjuge sobrevivente, se, ao tempo da morte do outro, não estava dissolvida a
sociedade conjugal. (Redação dada ao pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)

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§ 1º. O cônjuge viúvo, se o regime de bens do casamento não era o da
comunhão universal, terá direito, enquanto durar a viuvez, ao usufruto da quarta
parte dos bens do cônjuge falecido, se houver filhos deste ou do casal e à metade
se não houver filhos embora sobrevivam ascendentes do de cujus. (Redação dada
ao parágrafo pela Lei nº 4.121, de 27.08.1962)
§ 2º. Ao cônjuge sobrevivente, casado sob regime de comunhão universal,
enquanto viver e permanecer viúvo, será assegurado, sem prejuízo da
participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao
imóvel destinado à residência da família desde que seja o único bem daquela
natureza a inventariar. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 4.121, de
27.08.1962)
Art. 1612. Se não houver cônjuge sobrevivente, ou ele incorrer na incapacidade
do artigo 1.611, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau.
(Redação dada ao artigo pelo Decreto-Lei nº 9.461, de 15.07.1946)
Art. 1613. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos,
salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos.
Art. 1614. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos
unilaterais, cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar.
Art. 1615. Se com tio ou tios concorrem filhos de irmãos unilateral ou bilateral,
terão eles, por direito de representação, a parte que caberia ao pai ou à mãe, se
vivessem.
Art. 1616. Não concorrendo à herança irmão germano, herdarão, em partes
iguais entre si, os unilaterais.
Art. 1617. Em falta de irmãos, herdarão os filhos destes:
§ 1º. Se só concorrerem à herança filhos de irmãos falecidos, herdarão por
cabeça.
§ 2º. Se concorrerem filhos de irmãos bilaterais, com filhos de irmãos unilaterais,
cada um destes herdará a metade do que herdar cada um daqueles.
§ 3º. Se todos forem filhos de irmãos germanos, ou todos de irmãos unilaterais,
herdarão todos por igual.
Art. 1618. Não há direito de sucessão entre o adotado e os parentes do
adotante. (Revogado implicitamente pelo § 2º do artigo 41 da Lei nº 8.069, de
13.07.1990)
Art. 1619. Não sobrevivendo cônjuge, nem parente algum sucessível, ou tendo
eles renunciado à herança, esta se devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se
localizada nas respectivas circunscrições, ou à União, quando situada em
Território Federal. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.049, de 20.06.1990)
CAPÍTULO II
DO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO

Art. 1620. Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes

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do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivesse.
Art. 1621. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas
nunca na ascendente.
Art. 1622. Na linha transversal, só se dá o direito de representação em favor dos
filhos de irmãos do falecido, quando com irmão deste concorrerem.
Art. 1623. Os representantes só podem herdar, como tais, o que herdaria o
representado, se vivesse.
Art. 1624. O quinhão do representado partir-se-á por igual entre os
representantes.
Art. 1625. O renunciante à herança de uma pessoa poderá representá-la na
sucessão de outra.

TÍTULO III
DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA

CAPÍTULO I
DO TESTAMENTO EM GERAL

Art. 1626. Considera-se testamento o ato revogável pelo qual alguém, de


conformidade com a lei dispõe, no todo ou em parte, do seu patrimônio, para
depois da sua morte.
CAPÍTULO II
DA CAPACIDADE PARA FAZER TESTAMENTO

Art. 1627. São incapazes de testar:


I - Os menores de dezesseis anos.
II - Os loucos de todo o gênero.
III - Os que, ao testar, não estejam em seu perfeito juízo.
IV - Os surdos-mudos, que não puderem manifestar a sua vontade.
Art. 1628. A incapacidade superveniente não invalida o testamento eficaz, nem o
testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade.
CAPÍTULO III
DAS FORMAS ORDINÁRIAS DO TESTAMENTO

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1629. Este Código reconhece como testamentos ordinários:
I - O público.

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II - O cerrado.
III - O particular.
Art. 1630. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou
correspectivo.
Art. 1631. Não se admitem outros testamentos especiais além dos contemplados
neste Código (artigos 1.656 a 1.663).
SEÇÃO II
DO TESTAMENTO PÚBLICO
Art. 1632. São requisitos essenciais do testamento público:
I - Que seja escrito por oficial público em seu livro de notas, de acordo com o
ditado ou as declarações do testador, em presença de cinco testemunhas.
II - Que as testemunhas assistam a todo o ato.
III - Que, depois de escrito, seja lido pelo oficial, na presença do testador e das
testemunhas, ou pelo testador, se o quiser, na presença destas e do oficial.
(Redação dada ao inciso pelo Decreto Legislativo nº 3.725, de 15.01.1919)
IV - Que, em seguida à leitura, seja o ato assinado pelo testador, pelas
testemunhas e pelo oficial.
Parágrafo único. As declarações do testador serão feitas na língua nacional.
Art. 1633. Se o testador não souber, ou não puder assinar, o oficial assim o
declarará, assinando, neste caso, pelo testador, e a seu rogo, uma das
testemunhas instrumentárias.
Art. 1634. O oficial público, especificando cada uma dessas formalidades,
portará por fé, no testamento, haverem sido todas observadas.
Parágrafo único. Se faltar, ou não se mencionar alguma delas, será nulo o
testamento, respondendo o oficial público civil e criminalmente.
Art. 1635. Considera-se habilitado a testar publicamente aquele que puder fazer
de viva voz as suas declarações, e verificar, pela sua leitura, haverem sido
fielmente exaradas.
Art. 1636. O indivíduo inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento, e,
se o não souber, designará quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas.
Art. 1637. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em alta
voz , duas vezes, uma pelo oficial, e a outra por uma das testemunhas, designada
pelo testador; fazendo-se de tudo circunstanciada menção no testamento.
SEÇÃO III
DO TESTAMENTO CERRADO
Art. 1638. São requisitos essenciais do testamento cerrado:
I - Que seja escrito pelo testador, ou por outra pessoa, a seu rogo.
II - Que seja assinado pelo testador.
III - Que não sabendo, ou não podendo o testador assinar, seja assinado pela

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pessoa que lho escreveu.
IV - Que o testador o entregue ao oficial em presença, quando menos, de cinco
testemunhas.
V - Que o oficial, perante as testemunhas, pergunte ao testador se aquele é o
seu testamento, e quer que seja aprovado, quando o testador não se tenha
antecipado em declará-lo.
VI - Que para logo, em presença das testemunhas, o oficial exare o auto de
aprovação, declarando nele que o testador lhe entregou o testamento e o tinha por
seu, bom, firme e valioso.
VII - Que imediatamente depois da sua última palavra comece a instrumento de
aprovação. (Redação dada ao inciso pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
VIII - Que, não sendo isto possível, por falta absoluta de espaço na última folha,
escrita, o oficial ponha nele o seu sinal público e assim o declare no instrumento.
(Redação dada ao inciso pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
IX - Que o instrumento ou auto de aprovação seja lido pelo oficial, assinando ele,
as testemunhas e o testador, se souber e puder.
X - Que, não sabendo, ou não podendo o testador assinar, assine por ele uma
das testemunhas, declarando, ao pé da assinatura, que o faz a rogo do testador,
por não saber ou não puder assinar.
XI - Que o tabelião o cerre e cosa, depois de concluído o instrumento de
aprovação. (Redação dada ao inciso pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1639. Se o oficial tiver escrito o testamento a rogo do testador, podê-lo-á,
não obstante, aprovar.
Art. 1640. O testamento pode ser escrito, em língua nacional ou estrangeira,
pelo próprio testador, ou por outrem, a seu rogo. A assinatura será sempre do
próprio testador, ou de quem lhe escreveu o testamento (artigo 1.638, nº I).
Art. 1641. Não poderá dispor de seus bens em testamento cerrado quem não
saiba, ou não possa ler.
Art. 1642. Pode fazer testamento cerrado o surdo-mudo, contando que o escreva
todo, e o assine de sua mão, e que ao entregá-lo ao oficial público, ante as cinco
testemunhas, escreva, na face externa do papel, ou do envoltório, que aquele é o
seu testamento, cuja aprovação lhe pede.
Art. 1643. Depois de aprovado e cerrado, será o testamento entregue ao
testador, e o oficial lançará, no seu livro, nota do lugar, dia, mês e ano em que o
testamento foi aprovado e entregue.
Art. 1644. O testamento será aberto pelo juiz, que o fará registrar e arquivar no
cartório a que tocar, ordenando que seja cumprido, se lhe não achar vício externo,
que o torne suspeito de nulidade, ou falsidade.
SEÇÃO IV
DO TESTAMENTO PARTICULAR
Art. 1645. São requisitos essenciais do testamento particular:

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I - Que seja escrito e assinado pelo testador.
II - Que nele intervenham cinco testemunhas, além do testador.
III - Que seja lido perante as testemunhas, e, depois de lido, por elas assinado.
Art. 1646. Morto o testador, publicar-se-á em juízo o testamento, com citação
dos herdeiros legítimos.
Art. 1647. Se as testemunhas forem contestes, sobre o fato da disposição, ou,
ao menos, sobre a sua leitura perante elas, e se reconhecerem as próprias
assinaturas, assim como a do testador, será confirmado o testamento.
Art. 1648. Faltando até duas das testemunhas, por morte, ou ausência em lugar
não sabido, o testamento pode ser confirmado, se as três restantes forem
contestes, nos termos do artigo antecedente.
Art. 1649. O testamento particular pode ser escrito em língua estrangeira,
contanto que as testemunhas a compreendam.
SEÇÃO V
DAS TESTEMUNHAS TESTAMENTÁRIAS
Art. 1650. Não podem ser testemunhas em testamentos:
I - Os menores de 16 (dezesseis) anos.
II - Os loucos de todo o gênero.
III - Os surdo-mudos e os cegos.
IV - O herdeiro instituído, seus ascendentes e descendentes, irmãos e cônjuge.
V - Os legatários.
CAPÍTULO IV
DOS CODICILOS

Art. 1651. Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu,
datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro, sobre
esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou,
indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas
ou jóias, não muito valiosas, de seu uso pessoal (artigo 1.797). (Redação dada ao
artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1652. Esses atos, salvo direito de terceiro, valerão como codicilios, deixe, ou
não, testamento o autor.
Art. 1653. Pelo modo estabelecido no artigo 1.651 se poderão nomear ou
substituir testamenteiros.
Art. 1654. Os atos desta espécie revogam-se por atos iguais, e consideram-se
revogados, se, havendo testamento posterior, de qualquer natureza, este os não
confirmar, ou modificar.
Art. 1655. Se estiver fechado o codicilo, abrir-se-á do mesmo modo que o
testamento cerrado (artigo 1644).

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CAPÍTULO V
DOS TESTAMENTOS ESPECIAIS

SEÇÃO I
DO TESTAMENTO MARÍTIMO
Art. 1656. O testamento, nos navios nacionais, de guerra, ou mercantes, em
viagem de alto mar, será lavrado pelo comandante, ou pelo escrivão de bordo, que
redigirá as declarações do testador, ou as escreverá, por ele ditadas, ante duas
testemunhas idôneas, de preferência escolhidas entre os passageiros, e presentes
a todo o ato, cujo instrumento assinarão depois do testador.
Parágrafo único. Se o testador não puder escrever, assinará por ele uma das
testemunhas, declarando que o faz a seu rogo.
Art. 1657. O testador, querendo, poderá escrever ele mesmo o seu testamento,
ou fazê-lo escrever por outrem. No primeiro caso, o próprio testador assinará; no
segundo, quem o escreveu, com a declaração de que o subscreve a rogo do
testador.
§ 1º. O testamento assim feito será pelo testador entregue ao comandante ou
escrivão de bordo, perante duas testemunhas, que reconheçam e entendam o
testador, declarando este, no mesmo ato, ser seu testamento o escrito
apresentado.
§ 2º. O comandante, ou o escrivão, recebê-lo-á, e, em seguida, abaixo do escrito,
certificará todo o ocorrido, datando e assinando com o testador e as testemunhas.
Art. 1658. O testamento marítimo caducará, se o testador não morrer na viagem,
nem nos três meses subseqüentes ao seu desembarque em terra, onde possa
fazer, na forma ordinária, outro testamento.
Art. 1659. Não valerá o testamento marítimo, bem que feito no curso de uma
viagem, se, ao tempo em que se fez, o navio estava em porto, onde o testador
pudesse desembarcar, e testar na forma ordinária.
SEÇÃO II
DO TESTAMENTO MILITAR
Art. 1660. O testamento dos militares e mais pessoas ao serviço do exército em
campanha, dentro ou fora do país, assim como em praça sitiada, ou que esteja de
comunicações cortadas, poderá fazer-se, não havendo oficial público, ante duas
testemunhas, ou três, se o testador não puder, ou não souber assinar, caso em
que assinará por ele a terceira.
§ 1º. Se o testador pertencer a corpo ou seção de corpo destacado, o testamento
será escrito pelo respectivo comandante, ainda que oficial inferior.
§ 2º. Se o testador estiver em tratamento no hospital, o testamento será escrito
pelo respectivo oficial de saúde, ou pelo diretor do estabelecimento.
§ 3º. Se o testador for o oficial mais graduado, o testamento será escrito por
aquele que o substituir.
Art. 1661. Se o testador souber escrever, poderá fazer o testamento de seu

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punho, contanto que o date e assine por extenso, e o apresente aberto ou cerrado,
na presença de duas testemunhas ao auditor, ou ao oficial de patente, que lhe
faça as vezes neste mister.
Parágrafo único. O auditor, ou oficial, a quem o testamento se apresente, notará,
em qualquer parte dele, o lugar, dia, mês e ano, em que lhe for apresentado. Esta
nota será assinada por ele e pelas ditas testemunhas.
Art. 1662. Caduca o testamento militar, desde que, depois dele, o testador
esteja, três meses seguidos em lugar, onde possa testar na forma ordinária, salvo
se esse testamento apresentar as solenidades prescritas no parágrafo único do
artigo antecedente.
Art. 1663. As pessoas designadas no artigo 1.660, estando empenhadas em
combate, ou feridas, podem testar nuncupativamente, confiando a sua última
vontade a duas testemunhas.
Parágrafo único. Não terá, porém, efeito esse testamento, se o testador não
morrer na guerra, e convalescer do ferimento.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS EM GERAL

Art. 1664. A nomeação de herdeiro ou legatário, pode fazer-se pura e


simplesmente, sob condição, para certo fim ou modo, ou por certa causa.
Art. 1665. A designação do tempo em que deva começar ou cessar o direito do
herdeiro, salvo nas disposições fideicomissárias, ter-se-á por não escrito.
Art. 1666. Quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações
diferentes, prevalecerá a que melhor assegure a observância da vontade do
testador.
Art. 1667. É nula a disposição:

I - Que institua herdeiro, ou legatário, sob a condição captatória de que este


disponha, também por testamento, em benefício do testador, ou de terceiro.
II - Que se refira a pessoa incerta, cuja identidade se não possa averiguar.
III - Que favoreça a pessoa incerta, cometendo a determinação de sua identidade
a terceiro.
IV - Que deixe a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor ao legado.
Art. 1668. Valerá, porém, a disposição:

I - Em favor de pessoa incerta que deva ser determinada por terceiro, dentre
duas ou mais pessoas mencionadas pelo testador, ou pertencentes a uma família,
ou a um corpo coletivo, ou a um estabelecimento por ele designado. (Redação
dada ao inciso pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
II - Em remuneração de serviços prestados ao testador, por ocasião da moléstia
de que faleceu, ainda que fique a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, determinar o
valor do legado.
Art. 1669. A disposição geral em favor dos pobres, dos estabelecimentos

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particulares de caridade, ou dos de assistência pública, entender-se-á relativa aos
pobres do lugar do domicílio do testador ao tempo de sua morte, ou dos
estabelecimentos aí sitos, salvo se manifestamente constar que tinha em mente
beneficiar os de outra localidade.
Parágrafo único. Nestes casos, as instituições particulares preferirão sempre às
públicas. (Redação dada ao parágrafo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1670. O erro na designação da pessoa do herdeiro, do legatário, ou da coisa
legada anula a disposição, salvo se, pelo contexto do testamento, por outros
documentos, ou por fatos inequívocos, se puder identificar a pessoa ou coisa, a
que o testador queria referir-se.
Art. 1671. Se o testamento nomear dois ou mais herdeiros, sem discriminar a
parte de cada um, partilhar-se-á por igual, entre todos, a porção disponível do
testador. (Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1672. Se o testador nomear certos herdeiros individualmente, e outros
coletivamente, a herança será dividida em tantas quotas quantos forem os
indivíduos e os grupos designados.
Art. 1673. Se forem determinadas as quotas de cada herdeiro, e não absorverem
toda a herança, o remanescente pertencerá aos herdeiros legítimos, segundo a
ordem da sucessão hereditária.
Art. 1674. Se forem determinados os quinhões de uns e não os de outros
herdeiros, quinhoar-se-á distribuidamente, por igual, a estes últimos o que restar,
depois de completas as porções hereditárias dos primeiros.
Art. 1675. Dispondo o testador que não caiba ao herdeiro instituído certo e
determinado objeto, dentre os da herança, tocará ele aos herdeiros legítimos.
Art. 1676. A cláusula de inalienabilidade temporária, ou vitalícia, imposta aos
bens pelos testadores ou doadores, não poderá, em caso algum, salvo os de
expropriação por necessidade ou utilidade pública, e de execução por dívidas
provenientes de impostos relativos aos respectivos imóveis, ser invalidada ou
dispensada por atos judiciais de qualquer espécie, sob pena de nulidade.
Art. 1677. Quando, nas hipóteses do artigo antecedente, se der alienação de
bens clausulados, o produto se converterá em outros bens, que ficarão sub-
rogados nas obrigações dos primeiros.
CAPÍTULO VII
DOS LEGADOS

Art. 1678. É nulo o legado de coisa alheia. Mas, se a coisa legada, não
pertencendo ao testador, quando testou, se houver depois tornado sua, por
qualquer título, terá efeito a disposição, como se sua fosse a coisa, ao tempo em
que ele fez o testamento.
Art. 1679. Se o testador ordenar que o herdeiro, ou legatário, entregue coisa de

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sua propriedade a outrem, não o cumprindo ele, entender-se-á que renunciou a
herança, ou o legado (artigo 1.704).
Art. 1680. Se tão-somente em parte pertencer ao testador, ou, no caso do artigo
antecedente, ao herdeiro, ou ao legatário, a coisa legada, só quanto a essa parte
valerá o legado.
Art. 1681. Se o legado for de coisa móvel, que se determine pelo gênero, ou pela
espécie, será cumprido, ainda que tal coisa não exista entre os bens deixados
pelo testador.
Art. 1682. Se o testador legar coisa sua, singularizando-a, só valerá o legado,
se, ao tempo do seu falecimento, ela se achava entre os bens da herança. Se,
porém, a coisa legada existir entre os bens do testador, mas em quantidade
inferior à do legado, este só valerá quanto à existente.
Art. 1683. O legado de coisa, ou quantidade, que deva tirar-se de certo lugar, só
valerá se nele for achada, e até à quantidade, que ali se achar.
Art. 1684. Nulo será o legado consistente em coisa certa, que, na data do
testamento, já era do legatário, ou depois lhe foi transferida gratuitamente pelo
testador.
Art. 1685. O legado de crédito, ou de quitação de dívida, valerá tão-somente até
à importância desta, ou daquele, ao tempo da morte do testador.
§ 1º. Cumpre-se este legado, entregando o herdeiro ao legatário o título
respectivo.
§ 2º. Este legado não compreende as dívidas posteriores à data do testamento.
Art. 1686. Não o declarando expressamente o testador, não se reputará
compensão da sua dívida o legado, que ele faça ao credor.
Subsistirá do mesmo modo integralmente esse legado, se a dívida lhe foi
posterior, e o testador a solveu antes de morrer.
Art. 1687. O legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vestuário e a
casa, enquanto o legatário viver, além da educação, se ele for menor.
Art. 1688. O legado de usufruto, sem fixação de tempo, entende-se deixado ao
legatário por toda a sua vida.
Art. 1689. Se aquele que legando alguma propriedade, lhe ajuntar depois novas
aquisições, estas, ainda que contíguas, não se compreendem no imóvel legado,
salvo expressa declaração em contrário do testador.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto neste artigo às benfeitorias
necessárias, úteis ou voluptuárias feitas no prédio legado.
CAPÍTULO VIII
DOS EFEITOS DOS LEGADOS E SEU PAGAMENTO

Art. 1690. O legado puro e simples confere, desde a morte do testador, ao

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legatário o direito, transmissível aos seus sucessores, de pedir aos herdeiros
instituídos a coisa legada.
Parágrafo único. Não pode, porém, o legatário entrar, por autoridade própria, na
posse da coisa legada.
Art. 1691. O direito de pedir o legado não se exercerá, enquanto se litigue sobre
a validade do testamento, e, nos legados condicionais, ou a prazo, enquanto
penda a condição, ou o prazo se não vença. (Redação dada ao artigo pelo Dec.
Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1692. Desde o dia da morte do testador, pertence ao legatário a coisa
legada, com os frutos que produzir.
Art. 1693. O legado em dinheiro só vence juros desde o dia em que se constituir
em mora a pessoa obrigada a prestá-lo.
Art. 1694. Se o legado consistir em renda vitalícia, ou pensão periódica, esta, ou
aquela, correrá da morte do testador.
Art. 1695. Se o legado for de quantidades certas, em prestações periódicas,
datará da morte do testador o primeiro período, e o legatário terá direito a cada
prestação, uma vez encetado cada um dos períodos sucessivos, ainda que antes
do termo dele venha a falecer.
Art. 1696. Sendo períodicas as prestações, só no termo de cada período se
poderão exigir.
Parágrafo único. Se, porém, forem deixadas a título de alimentos, pagar-se-ão no
começo de cada período, sempre que o contrário não disponha o testador.
Art. 1697. Se o legado consiste em coisa determinada pelo gênero, ou pela
espécie, ao herdeiro tocará escolhê-la, guardando, porém, o meio-termo entre as
congêneres da melhor e pior qualidade (artigo 1.699).
Art. 1698. A mesma regra observar-se-á, quando a escolha for deixada ao
arbítrio de terceiro; e, se este a não quiser, ou não puder exercer, ao juiz
competirá fazê-la, guardado o disposto no artigo anterior, última parte.
Art. 1699. Se a opção foi deixada ao legatário, este poderá escolher, do gênero,
ou espécie, determinado, a melhor coisa, que houver na herança; e, se nesta não
existir coisa de tal espécie, dar-lhe-á de outra congênere o herdeiro, observada a
disposição do artigo 1.697, última parte.
Art. 1700. No legado alternativo, presume-se deixada ao herdeiro a opção.
Art. 1701. Se o herdeiro, ou legatário, a quem couber a opção, falecer antes de
exercê-la, passará este direito aos seus herdeiros.
Parágrafo único. Uma vez feita, porém, a opção é irrevogável.
Art. 1702. Instituindo o testador mais de um herdeiro, sem designar os que hão
de executar os legados, por estes responderão, proporcionalmente ao que
herdarem, todos os herdeiros instituídos.

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Art. 1703. Se o testador cometer designadamente a certos herdeiros a execução
dos legados, por estes só aqueles responderão. (Redação dada ao artigo pelo
Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1704. Se algum legado consistir em coisa pertencente a herdeiro ou
legatário (artigo 1.679), só a ele incumbirá cumprí-lo, com regresso contra os co-
herdeiros, pela quota de cada um, salvo se o contrário expressamente dispôs o
testador.
Art. 1705. As despesas e os riscos da entrega do legado correm por conta do
legatário, se não dispuser diversamente o testador.
Art. 1706. A coisa legada entregar-se-á, com seus acessórios, no lugar e estado
em que se achava ao falecer o testador, passando ao legatário com todos os
encargos, que a onerarem.
Art. 1707. Ao legatário, nos legados com encargo, se aplica o disposto no artigo
1.180.
CAPÍTULO IX
DA CADUCIDADE DOS LEGADOS

Art. 1708. Caducará o legado:

I - Se, depois do testamento, o testador modificar a coisa legada, ao ponto de já


não ter a forma, nem lhe caber a denominação, que tinha.
II - Se o testador alienar, por qualquer título, no todo, ou em parte, a coisa
legada. Em tal caso, caducará o legado, até onde ela deixou de pertencer ao
testador.
III - Se a coisa perecer, ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem culpa do
herdeiro.
IV - Se o legatário for excluído da sucessão, nos termos do artigo 1.595.
V - Se o legatário falecer antes do testador.
Art. 1709. Se o legado for de duas ou mais coisas alternativamente, e algumas
delas perecerem, subsistirá, quanto às restantes. Perecendo parte de uma, valerá,
quanto ao seu remanescente, o legado.
CAPÍTULO X
DO DIREITO DE ACRESCER ENTRE HERDEIROS E LEGATÁRIOS

Art. 1710. Verifica-se o direito de acrescer entre co-herdeiros, quando estes,


pela mesma disposição de um testamento, são conjuntamente chamados à
herança em quinhões não determinados (artigo 1.712).
Parágrafo único. Aos co-legatários competirá também este direito, quando
nomeados conjuntamente a respeito de uma só coisa, determinada e certa, ou
quando não se possa dividir o objeto legado, sem risco de se deteriorar.
Art. 1711. Considera-se feita a distribuição das partes, ou quinhões, pelo

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testador, quando este designa a cada um dos nomeados a sua quota, ou o objeto,
que lhe deixa.
Art. 1712. Se um dos herdeiros nomeados morrer antes do testador, renunciar à
herança, ou dela for excluído, e bem assim se a condição, sob a qual foi instituído,
não se verificar, acrescerá o seu quinhão, salvo o direito do substituto à parte dos
co-herdeiros conjuntos (artigo 1.710).
Art. 1713. Quando se não efetua o direito de acrescer, nos termos do artigo
antecedente, transmite-se aos herdeiros legítimos a quota vaga do nomeado.
Art. 1714. Os co-herdeiros, a quem acrescer o quinhão do que deixou de herdar,
ficam sujeitos às obrigações e encargos, que o oneravam.
Parágrafo único. Esta disposição aplica-se igualmente ao co-legatário, a quem
aproveita a caducidade total ou parcial do legado.
Art. 1715. Não existindo o direito de acrescer entre os co-legatários, a quota do
que faltar acresce ao herdeiro, ou legatário, incumbido de satisfazer esse legado,
ou a todos os herdeiros, em proporção dos seus quinhões, se o legado se deduziu
da herança.
Art. 1716. Legado um só usufruto conjuntamente a duas ou mais pessoas, a
parte do que faltar acresce aos co-legatários. Se, porém, não houve conjunção
entre estes, ou se, apesar de conjuntos, só lhes foi legada certa parte do usufruto,
as quotas dos que faltarem consolidar-se-ão na propriedade, à medida que eles
forem faltando. (Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
CAPÍTULO XI
DA CAPACIDADE PARA ADQUIRIR POR TESTAMENTO

Art. 1717. Podem adquirir por testamento as pessoas existentes ao tempo da


morte do testador, que não forem por este Código declaradas incapazes.
Art. 1718. São absolutamente incapazes de adquirir por testamento os
indivíduos não concebidos até a morte do testador, salvo se a disposição deste se
referir à prole eventual de pessoas por ele designadas e existentes ao abrir-se a
sucessão.
Art. 1719. Não podem também ser nomeados herdeiros, nem legatários:

I - A pessoa que, a rogo, escreveu o testamento (artigos 1.638, nº I, 1.656 e


1.657), nem o seu cônjuge, ou os seus ascendentes, descendentes, e irmãos.
II - As testemunhas do testamento.
III - A concubina do testador casado.
IV - O oficial público, civil ou militar, nem o comandante, ou escrivão, perante
quem se fizer, assim como o que fizer, ou aprovar o testamento.
Art. 1720. São nulas as disposições em favor de incapazes (artigos 1.718 e
1.719), ainda quando simulem a forma de contrato oneroso, ou os beneficiem por
interposta pessoa.

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Reputam-se pessoas interpostas o pai, a mãe, os descendentes e o cônjuge do
incapaz.
CAPÍTULO XII
DOS HERDEIROS NECESSÁRIOS

Art. 1721. O testador que tiver descendente ou ascendente sucessível, não


poderá dispor de mais da metade de seus bens; a outra pertencerá de pleno
direito ao descendente e, em sua falta, ao ascendente, dos quais constitui a
legítima, segundo o disposto neste Código (artigos 1.603 a 1.619 e 1.723).
Art. 1722. Calcula-se a metade disponível (artigo 1.721) sobre o total dos bens
existentes ao falecer o testador, abatidas as dívidas e as despesas do funeral.
Parágrafo único. Calculam-se as legítimas sobre a soma, que resultar,
adicionando-se à metade dos bens que então possuía o testador, a importância
das doações por ele feitas aos seus descendentes (artigo 1.785).
Art. 1723. Não obstante o direito reconhecido aos descendentes e ascendentes
no artigo 1.721, pode o testador determinar a conversão dos bens da legítima em
outras espécies, prescrever-lhes a incomunicabilidade, confiá-los à livre
administração da mulher herdeira, e estabelecer-lhes condições de
inalienabilidade temporária ou vitalícia. A cláusula de inalienabilidade, entretanto,
não obstará à livre disposição dos bens por testamento e, em falta deste, à sua
transmissão, desembaraçados de qualquer ônus, aos herdeiros legítimos.
(Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1724. O herdeiro necessário, a quem o testador deixa a sua metade
disponível, ou algum legado, não perderá o direito à legítima.
Art. 1725. Para excluir da sucessão o cônjuge ou os parentes colaterais, basta
que o testador disponha do seu patrimônio, sem os contemplar. (Redação dada ao
artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
CAPÍTULO XIII
DA REDUÇÃO DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS

Art. 1726. Quando o testador só em parte dispuser da sua metade disponível,


entender-se-á que instituiu os herdeiros legítimos no remanescente.
Art. 1727. As disposições, que excederem a metade disponível, reduzir-se-ão
aos limites dela, em conformidade com o disposto nos parágrafos seguintes.
§ 1º. Em se verificando excederem as disposições testamentárias a porção
disponível, serão proporcionalmente reduzidas as quotas do herdeiro ou herdeiros
instituídos, até onde baste, e, não bastando, também os legados, na proporção do
seu valor.
§ 2º. Se o testador, prevenindo o caso, dispuser que se inteirem, de preferência,
certos herdeiros e legatários, a redução far-se-á nos outros quinhões ou legados,
observando-se, a seu respeito, a ordem estabelecida no parágrafo anterior.

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Art. 1728. Quando consistir em prédio divisível o legado sujeito à redução, far-
se-á esta, dividindo-o proporcionalmente.
§ 1º. Se não for possível a divisão, e o excesso do legado montar a mais de um
quarto do valor do prédio, o legatário deixará inteiro na herança o imóvel legado,
ficando com o direito de pedir aos herdeiros o valor que couber na metade
disponível. Se o excesso não for de mais de um quarto, aos herdeiros torna-lo-á
em dinheiro o legatário, que ficará com o prédio. (Redação dada ao parágrafo pelo
Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
§ 2º. Se o legatário for ao mesmo tempo herdeiro necessário poderá inteirar sua
legítima no mesmo imóvel, de preferência aos outros, sempre que ela e a parte
subsistente do legado lhe absorverem o valor.
CAPÍTULO XIV
DAS SUBSTITUIÇÕES

Art. 1729. O testador pode substituir outra pessoa ao herdeiro, ou legatário,


nomeando para o caso de um ou outro não querer ou não poder aceitar a herança,
ou o legado. Presume-se que a substituição foi determinada para as duas
alternativas, ainda que o testador só a uma se refira.
Art. 1730. Também lhe é lícito substituir muitas pessoas a uma só, ou vice-versa,
e ainda substituir com reciprocidade ou sem ela.
Art. 1731. O substituto fica sujeito ao encargo ou condição impostos ao
substituído, quando não for diversa a intenção manifestada pelo testador, ou não
resultar outra coisa da natureza da condição, ou do encargo.
Art. 1732. Se, entre muitos co-herdeiros ou legatários de partes desiguais, for
estabelecida substituição recíproca, a proporção dos quinhões, fixada na primeira
disposição, entender-se-á mantida na segunda.
Se, porém, com as outras anteriormente nomeadas, for incluída mais alguma
pessoa na substituição, o quinhão vago pertencerá em partes iguais aos
substitutos.
Art. 1733. Pode também o testador instituir herdeiros ou legatários por meio de
fideicomisso, impondo a um deles, o gravado ou fiduciário, a obrigação de, por sua
morte, a certo tempo, ou sob certa condição, transmitir a outro, que se qualifica de
fideicomissário, a herança ou o legado.
Art. 1734. O fiduciário tem a propriedade da herança ou legado, mas restrita e
resolúvel.
Parágrafo único. É obrigado, porém, a proceder ao inventário dos bens gravados,
e, se lho exigir o fideicomissário, a prestar caução de restituí-los.
Art. 1735. O fideicomissário pode renunciar à herança, ou legado, e, neste caso,
o fideicomisso caduca, ficando os bens propriedade pura do fiduciário, se não
houver disposição contrária do testador.
Art. 1736. Se o fideicomissário aceitar a herança, ou legado, terá direito à parte

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que, ao fiduciário, em qualquer tempo acrescer.
Art. 1737. O fideicomissário responde pelos encargos da herança que ainda
restarem, quando vier à sucessão.
Art. 1738. Caduca o fideicomisso, se o fideicomissário morrer antes do fiduciário,
ou antes de realizar-se a condição resolutória do direito deste último. Neste caso a
propriedade consolida-se no fiduciário nos termos do artigo 1.735.
Art. 1739. São nulos os fideicomissos além do segundo grau.
Art. 1740. A nulidade da substituição ilegal não prejudica a instituição, que valerá
sem o encargo resolutório.
CAPÍTULO XV
DA DESERDAÇÃO

Art. 1741. Os herdeiros necessários podem ser privados de sua legítima, ou


deserdados, em todos os casos em que podem ser excluídos da sucessão.
Art. 1742. A deserdação só pode ser ordenada em testamento, com expressa
declaração de causa.
Art. 1743. Ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação,
incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador (artigo 1.742).
Parágrafo único. Não se provando a causa invocada para a deserdação, é nula a
instituição, e nulas as disposições, que prejudiquem a legítima do deserdado.
Art. 1744. Além das causas mencionadas no artigo 1.595, autorizam a
deserdação dos descendentes por seus ascendentes:
I - Ofensas físicas.
II - Injúria grave.
III - Desonestidade da filha que vive na casa paterna.
IV - Relações ilícitas com a madrasta, ou o padrasto.
V - Desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
Art. 1745. Semelhantemente, além das causas enumeradas no artigo 1.595,
autorizam a deserdação dos ascendentes pelos descendentes:
I - Ofensas físicas.
II - Injúria grave.
III - Relações ilícitas com a mulher do filho ou neto, ou com o marido da filha ou
neta.
IV - Desamparo do filho ou neto em alienação mental ou grave enfermidade.
(Redação dada ao inciso pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
CAPÍTULO XVI
DA REVOGAÇÃO DOS TESTAMENTOS

Art. 1746. O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma por que

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pode ser feito.
Art. 1747. A revogação do testamento pode ser total ou parcial.

Parágrafo único. Se a revogação for parcial, ou se o testamento posterior não


contiver cláusula revogatória expressa, o anterior subsiste em tudo que não for
contrário ao posterior.
Art. 1748. A revogação produzirá seus efeitos, ainda quando o testamento, que a
encerra, caduque por exclusão, incapacidade, ou renúncia do herdeiro nele
nomeado; mas não valerá, se o testamento revogatório for anulado por omissão
ou infração de solenidades essenciais, ou por vícios intrínsecos. (Redação dada
ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1749. O testamento cerrado que o testador abrir ou dilacerar, ou for aberto
ou dilacerado com seu consentimento, haver-se-á como revogado.
Art. 1750. Sobrevindo descendente sucessível ao testador, que o não tinha, ou
não o conhecia, quando testou, rompe-se o testamento em todas as suas
disposições, se esse descendente sobreviver ao testador.
Art. 1751. Rompe-se também o testamento feito na ignorância de existirem
outros herdeiros necessários.
Art. 1752. Não se rompe, porém, o testamento, em que o testador dispuser da
sua metade, não contemplando os herdeiros necessários, de cuja existência
saiba, ou deserdando-os, nessa parte, sem menção de causa legal (artigos 1.741
e 1.742). (Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
CAPÍTULO XVII
DO TESTAMENTEIRO

Art. 1753. O testador pode nomear um ou mais testamenteiros, conjuntos ou


separados, para lhe darem cumprimento às disposições de última vontade.
Art. 1754. O testador pode também conceder ao testamenteiro a posse e
administração da herança, ou de parte dela, não havendo cônjuge ou herdeiros
necessários.
Parágrafo único. Qualquer herdeiro pode, entretanto, requerer partilha imediata,
ou devolução da herança, habilitando o testamenteiro com os meios necessários
para o cumprimento dos legados, ou dando caução de prestá-los.
Art. 1755. Tendo o testamenteiro a posse e administração dos bens, incumbe-
lhe requerer o inventário e cumprir o testamento.
Parágrafo único. Se lhe não competir a posse e a administração, assistir-lhe-á
direito a exigir dos herdeiros os meios de cumprir as disposições testamentárias;
e, se os legatários o demandarem, poderá nomear à execução os bens da
herança.
Art. 1756. O testamenteiro nomeado, ou qualquer parte interessada, pode
requerer, assim como o juiz pode ordenar, de ofício, ao detentor do testamento

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que o leve a registro.
Art. 1757. O testamenteiro é obrigado a cumprir as disposições testamentárias,
no prazo marcado pelo testador, e a dar contas do que recebeu e despendeu,
subsistindo sua responsabilidade enquanto durar a execução do testamento.
Art. 1758. Levar-se-ão em conta ao testamenteiro as despesas feitas com o
desempenho de seu cargo e a execução do testamento.
Art. 1759. Sendo glosadas as despesas por ilegais, ou por não conformes ao
testamento, remover-se-á o testamenteiro, perdendo o prêmio deixado pelo
testador (artigo 1.766).
Art. 1760. Compete ao testamenteiro, com ou sem o concurso do inventariante e
dos herdeiros instituídos, propugnar a validade do testamento.
Art. 1761. Além das atribuições exaradas nos artigos anteriores, terá o
testamenteiro as que lhe conferir o testador, nos limites da lei.
Art. 1762. Não concedendo o testador prazo maior, cumprirá o testamenteiro o
testamento e prestará contas no lapso de um ano, contado da aceitação da
testamentaria.
Parágrafo único. Pode esse prazo prorrogar-se, porém, ocorrendo motivo cabal.
Art. 1763. Na falta de testamenteiro nomeado pelo testador, a execução
testamentária compete ao cabeça-do-casal, e, em falta deste, ao herdeiro
nomeado pelo juiz.
Art. 1764. O encargo da testamentaria não se transmite aos herdeiros do
testamenteiro, nem é delegável. Mas o testamenteiro pode fazer-se representar
em juízo e fora dele, mediante procurador com poderes especiais.
Art. 1765. Havendo simultaneamente mais de um testamenteiro, que tenham
aceitado o cargo, poderá cada qual exercê-lo, em falta dos outros. Mas todos
ficam solidariamente obrigados a dar conta dos bens, que lhes forem confiados,
salvo se cada um tiver, pelo testamento, funções distintas, e a elas se limitar.
Art. 1766. Quando o testamenteiro não for herdeiro, nem legatário, terá direito a
um prêmio, que, se o testador o não houver taxado, será de um a cinco por cento,
arbitrado pelo juiz, sobre toda a herança líquida, conforme a importância dela, e a
maior ou menor dificuldade na execução do testamento (artigos 1.759 e 1.768).
Parágrafo único. Este prêmio deduzir-se-á somente da metade disponível,
quando houver herdeiro necessário. (Revogado implicitamente pelo artigo 1.138
do CPC)
Art. 1767. O testamenteiro que for legatário poderá preferir o prêmio ao legado.
(Revogado implicitamente pelo artigo 1.138 do CPC)
Art. 1768. Reverterá à herança o prêmio, que o testamenteiro perder, por ser
removido, ou não ter cumprido o testamento (artigos 1.759 e 1.766). (Redação
dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)

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Art. 1769. Se o testador tiver distribuído toda a herança em legados, o
testamenteiro exercerá as funções de cabeça-de-casal.

TÍTULO IV
DO INVENTÁRIO E PARTILHA

CAPÍTULO I
DO INVENTÁRIO

Art. 1770. Proceder-se-á ao inventário e partilha judiciais na forma das leis em


vigor no domicílio do falecido, observado o que se dispõe no artigo 1.603,
começando-se dentro de um mês, a contar da abertura da sucessão, e ultimando-
se nos três meses subseqüentes, prazo este que o juiz poderá dilatar, a
requerimento do inventariante, por motivo justo.
Parágrafo único. Quando se exceder o último prazo deste artigo, e por culpa do
inventariante não se achar finda a partilha, poderá o juiz removê-lo, se algum
herdeiro o requerer, e, se for testamenteiro, o privará do prêmio, a que tenha
direito (artigo 1.766).
Art. 1771. No inventário, serão descritos com individuação e clareza todos os
bens da herança, assim como os alheios nela encontrados.
CAPÍTULO II
DA PARTILHA

Art. 1772. O herdeiro pode requerer a partilha, embora lhe seja defeso pelo
testador.
§ 1º. Podem-na requerer também os cessionários e credores do herdeiro
§ 2º. Não obsta à partilha o estar um ou mais herdeiros na posse de certos bens
do espólio, salvo se da morte do proprietário houver decorrido vinte anos.
(Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 2.437, de 07.03.1955)
Art. 1773. Se os herdeiros forem maiores e capazes, poderão fazer partilha
amigável, por escritura pública, termo nos autos do inventário, ou escrito
particular, homologado pelo juiz. (Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725,
de 15.01.1919)
Art. 1774. Será sempre judicial a partilha, se os herdeiros divergirem, assim
como se algum deles for menor, ou incapaz.
Art. 1775. No partilhar os bens, observar-se-á, quanto ao seu valor, natureza e
qualidade, a maior igualdade possível.
Art. 1776. É válida a partilha feita pelo pai, por ato entre vivos ou de última
vontade, contanto que não prejudique a legítima dos herdeiros necessários.
Art. 1777. O imóvel que não couber no quinhão de um só herdeiro, ou não

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admitir divisão cômoda, será vendido em hasta pública, dividindo-se-lhe o preço,
exceto se um ou mais herdeiros requererem lhes seja adjudicado, repondo aos
outros, em dinheiro, o que sobrar. (Redação dada pelo Dec. Leg. nº 3.725, de
15.01.1919)
Art. 1778. Os herdeiros em posse dos bens da herança, o cabeça-de-casal e o
inventariante são obrigados a trazer ao acervo os frutos que, desde a abertura da
sucessão, perceberem, têm direito ao reembolso das despesas necessárias e
úteis, que fizeram, e respondem pelo dano, a que, por dolo, ou culpa, deram
causa.
Art. 1779. Quando parte da herança consistir em bens remotos do lugar do
inventário, litigiosos, ou de liquidação morosa, ou difícil, poderá proceder-se, no
prazo legal, à partilha dos outros, reservando-se aqueles para uma ou mais
sobrepartilhas, sob a guarda e a administração do mesmo, ou diverso
inventariante, a aprazimento da maioria dos herdeiros.
Também ficam sujeitos a sobrepartilha os sonegados e quaisquer outros bens da
herança que se descobrirem depois da partilha.
CAPÍTULO III
DOS SONEGADOS

Art. 1780. O herdeiro que sonegar bens da herança, não os descrevendo no


inventário, quando estejam em seu poder, ou, com ciência sua, no de outrem, ou
que os omitir na colação, a que os deva levar, ou o que deixar de restituí-los,
perderá o direito, que sobre eles lhes cabia. (Redação dada ao artigo pelo Dec.
Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1781. Além da pena cominada no artigo antecedente, se o sonegador for o
próprio inventariante, remover-se-á, em se provando a sonegação, ou negando ele
a existência dos bens, quando indicados.
Art. 1782. A pena de sonegados só se pode requerer e impor em ação ordinária,
movida pelos herdeiros, ou pelos credores da herança.
Parágrafo único. A sentença que se proferir na ação de sonegados, movida por
qualquer dos herdeiros, ou credores, aproveita aos demais interessados.
Art. 1783. Se não se restituírem os bens sonegados, por já os não ter o
sonegador em seu poder, pagará ele a importância dos valores, que ocultou, mais
as perdas e danos.
Art. 1784. Só se pode argüir de sonegação o inventariante depois de encerrada
a descrição dos bens, com a declaração, por ele feita, de não existirem outros por
inventariar e partir, e o herdeiro, depois de declarar no inventário que os não
possui.
CAPÍTULO IV
DAS COLAÇÕES

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Art. 1785. A colação tem por fim igualar as legítimas dos herdeiros. Os bens
conferidos não aumentam a metade disponível (artigos 1.721 e 1.722).
Art. 1786. Os descendentes, que concorrerem à sucessão do ascendente
comum, são obrigados a conferir as doações e os dotes, que dele em vida
receberam.
Art. 1787. No caso do artigo antecedente, se ao tempo do falecimento do
doador, os donatários já não possuírem os bens doados, trarão à colação o seu
valor. (Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725, de 15.01.1919)
Art. 1788. São dispensados da colação os dotes ou as doações que o doador
determinar que saiam de sua metade, contanto que não a excedam, computado o
seu valor ao tempo da doação.
Art. 1789. A dispensa de colação pode ser outorgada pelo doador, ou dotador,
em testamento, ou no próprio título da liberalidade.
Art. 1790. O que renunciou à herança, ou foi dela excluído, deve, não obstante,
conferir as doações recebidas, para o fim de repor a parte inoficiosa.
Parágrafo único. Considera-se inoficiosa a parte da doação, ou do dote, que
exceder a legítima e mais a metade disponível.
Art. 1791. Quando os netos, representando os seus pais, sucederem aos avós,
serão obrigados a trazer à colação, ainda que o não hajam herdado, o que os pais
teriam de conferir.
Art. 1792. Os bens doados, ou dotados, imóveis, ou móveis, serão conferidos
pelo valor certo, ou pela estimação que deles houver sido feita na data da doação.
§ 1º. Se do ato de doação, ou do dote, não constar valor certo, nem houver
estimação feita naquela época, os bens serão conferidos na partilha pelo que
então se calcular valessem ao tempo daqueles atos.
§ 2º. Só o valor dos bens doados ou dotados entrará em colação; não assim o
das benfeitorias acrescidas, as quais pertencerão ao herdeiro donatário, correndo
também por conta deste os danos e perdas, que eles sofrerem.
Art. 1793. Não virão também à colação os gastos ordinários do ascendente com
o descendente, enquanto menor, na sua educação, estudos, sustento, vestuário,
tratamento nas enfermidades, enxoval e despesas de casamento e livramento em
processo crime, de que tenha sido absolvido.
Art. 1794. As doações remuneratórias de serviços feitos os ascendentes também
não estão sujeitas à colação.
Art. 1795. Sendo feita a doação por ambos os cônjuges, no inventário de cada
um se conferirá por metade. (Redação dada ao artigo pelo Decreto Legislativo nº
3.725, de 15.01.1919)
CAPÍTULO V
DO PAGAMENTO DAS DÍVIDAS

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Art. 1796. A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido; mas,
feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte que
na herança lhe coube.
§ 1º. Quando, antes da partilha, for requerido no inventário o pagamento de
dívidas constantes de documentos, revestidos de formalidades legais, constituindo
prova bastante da obrigação, e houver impugnação, que se não funde na
alegação de pagamento, acompanhada de prova valiosa, o juiz mandará reservar
em poder do inventariante, bens suficientes para solução do débito, sobre os quais
venha a recair oportunamente a execução.
§ 2º. No caso figurado no parágrafo antecedente, o credor será obrigado a iniciar
a ação de cobrança dentro no prazo de 30 dias, sob pena de se tornar de nenhum
efeito a providência indicada.
Art. 1797. As despesas funerárias, haja ou não herdeiros legítimos, sairão do
monte da herança. Mas as de sufrágios por alma do finado só obrigarão a
herança, quando ordenadas em testamento ou codicilo (artigo 1.651).
Art. 1798. Sempre que houver ação regressiva de uns contra outros herdeiros, a
parte do co-herdeiro insolvente dividir-se-á em proporção entre os demais.
Art. 1799. Os legatários e credores da herança podem exigir que do patrimônio
do falecido se discrimine o do herdeiro, e, em concurso com os credores deste,
ser-lhes-ão preferidos no pagamento.
Art. 1800. Se o herdeiro for devedor ao espólio, sua dívida será partilhada
igualmente entre todos, salvo se a maioria consentir que o débito seja imputado
inteiramente no quinhão do devedor.
CAPÍTULO VI
DA GARANTIA DOS QUINHÕES HEREDITÁRIOS

Art. 1801. Julgada a partilha, fica o direito de cada um dos herdeiros circunscrito
aos bens do seu quinhão.
Art. 1802. Os co-herdeiros são reciprocamente obrigados a indenizar-se, no
caso de evicção, dos bens aquinhoados.
Art. 1803. Cessa essa obrigação mútua, havendo convenção em contrário, e
bem assim dando-se a evicção por culpa do evicto, ou por fato posterior à partilha.
Art. 1804. O evicto será indenizado pelos co-herdeiros na proporção de suas
quotas hereditárias; mas, se algum deles se achar insolvente, responderão os
demais, na mesma proporção, pela parte desse, menos a quota que
corresponderia ao indenizado. (Redação dada ao artigo pelo Dec. Leg. nº 3.725,
de 15.01.1919)
CAPÍTULO VII
DA NULIDADE DA PARTILHA

LAWBOOK EDITORA
Art. 1805. A partilha, uma vez feita e julgada, só é anulável pelos vícios e
defeitos que invalidam, em geral, os atos jurídicos (artigo 178, § 6º, nº V).
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 1806. O Código Civil entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 1917.


Art. 1807. Ficam revogadas as Ordenações, Alvarás, Leis, Decretos,
Resoluções, Usos e Costumes concernentes às matérias de direito civil reguladas
neste Código.
Rio de janeiro, 1º de janeiro de 1916, 95º da Independência e 28º da República.
Wenceslau Braz P. Gomes
Carlos Maximiliano Pereira dos Santos

LAWBOOK EDITORA
L10406

LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.


Institui o Código Civil.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:

PARTEGERAL

LIVRO I
DAS PESSOAS

TÍTULO I
DAS PESSOAS NATURAIS

CAPÍTULO I
DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE

Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.

Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a
concepção, os direitos do nascituro.

Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:


I - os menores de dezesseis anos;

II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática
desses atos;

III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:


I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento
reduzido;

III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

IV - os pródigos.

Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.

Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os
atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público,

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independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver
dezesseis anos completos;

II - pelo casamento;

III - pelo exercício de emprego público efetivo;

IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos
em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.

Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:


I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o
término da guerra.

Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de
esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos
comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.

Art. 9o Serão registrados em registro público:


I - os nascimentos, casamentos e óbitos;

II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;

III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa;

IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.

Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:

I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o
restabelecimento da sociedade conjugal;

II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;


III - dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoção.

CAPÍTULO II
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE

Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e
danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o
cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

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Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar
diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.

Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em
lei especial.

Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em
parte, para depois da morte.

Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.

Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a
intervenção cirúrgica.

Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a
exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.

Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.

Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.

Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem


pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da
imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber,
se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.

Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o
cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.

Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as
providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.

CAPÍTULO III
DA AUSÊNCIA

Seção I
Da Curadoria dos Bens do Ausente

Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado
representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer
interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.

Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que
não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes.

Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias,
observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.

Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois
anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.

§ 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta
ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.

§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.

§ 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.

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Seção II
Da Sucessão Provisória

Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou
procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra
provisoriamente a sucessão.

Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados:

I - o cônjuge não separado judicialmente;

II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;

III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte;

IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.

Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias
depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento,
se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.

§ 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão provisória, cumpre ao
Ministério Público requerê-la ao juízo competente.

§ 2o Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias depois de passar em
julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente
pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823.

Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a
deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União.

Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles,
mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.

§ 1o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será
excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro
designado pelo juiz, e que preste essa garantia.

§ 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão,
independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.

Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o
ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.

Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e passivamente o
ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas.

Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os
frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade
desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério
Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente.

Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá
ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.

Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando falta de meios, requerer lhe
seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria.

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Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, considerar-se-á,
nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.

Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória,
cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as
medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono.

Seção III
Da Sucessão Definitiva

Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória,
poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas.

Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de
idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele.

Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus
descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem,
os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos
bens alienados depois daquele tempo.
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado
promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito
Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados
em território federal.

TÍTULO II
DAS PESSOAS JURÍDICAS

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado.

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

I - a União;

II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;

III - os Municípios;

IV - as autarquias;

V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.

Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha dado
estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas deste
Código.

Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que
forem regidas pelo direito internacional público.

Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes
que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano,
se houver, por parte destes, culpa ou dolo.

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Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

I - as associações;

II - as sociedades;

III - as fundações.

Parágrafo único. As disposições concernentes às associações aplicam-se, subsidiariamente, às sociedades


que são objeto do Livro II da Parte Especial deste Código.

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo
no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo,
averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado,
por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.

Art. 46. O registro declarará:

I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver;

II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores;

III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;

IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo;

V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais;

VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.

Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes
definidos no ato constitutivo.

Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos dos
presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso.

Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular as decisões a que se refere este artigo, quando
violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.

Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado,
nomear-lhe-á administrador provisório.

Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no
processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens
particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização para seu funcionamento, ela
subsistirá para os fins de liquidação, até que esta se conclua.

§ 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua dissolução.

§ 2o As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais pessoas jurídicas
de direito privado.

§ 3o Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.

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Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.

CAPÍTULO II
DAS ASSOCIAÇÕES

Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.

Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos.

Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:

I - a denominação, os fins e a sede da associação;

II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;

III - os direitos e deveres dos associados;

IV - as fontes de recursos para sua manutenção;

V - o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos;

VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.

Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens
especiais.

Art. 56. A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.

Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a
transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao
herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, obedecido o disposto no estatuto;
sendo este omisso, poderá também ocorrer se for reconhecida a existência de motivos graves, em deliberação
fundamentada, pela maioria absoluta dos presentes à assembléia geral especialmente convocada para esse
fim.

Parágrafo único. Da decisão do órgão que, de conformidade com o estatuto, decretar a exclusão, caberá
sempre recurso à assembléia geral.

Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente
conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.

Art. 59. Compete privativamente à assembléia geral:

I - eleger os administradores;

II - destituir os administradores;

III - aprovar as contas;

IV - alterar o estatuto.

Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos II e IV é exigido o voto concorde de dois
terços dos presentes à assembléia especialmente convocada para esse fim, não podendo ela deliberar, em
primeira convocação, sem a maioria absoluta dos associados, ou com menos de um terço nas convocações
seguintes.

Art. 60. A convocação da assembléia geral far-se-á na forma do estatuto, garantido a um quinto dos
associados o direito de promovê-la.

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Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o
caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins
não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição
municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.

§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, por deliberação dos associados, podem estes, antes da
destinação do remanescente referida neste artigo, receber em restituição, atualizado o respectivo valor, as
contribuições que tiverem prestado ao patrimônio da associação.

§ 2o Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver
sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à
Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.

CAPÍTULO III
DAS FUNDAÇÕES

Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial
de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.

Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de
assistência.

Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não
dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.

Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a
propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela,
por mandado judicial.

Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo,
formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em
seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.

Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou, não havendo prazo,
em cento e oitenta dias, a incumbência caberá ao Ministério Público.

Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.

§ 1o Se funcionarem no Distrito Federal, ou em Território, caberá o encargo ao Ministério Público Federal.

§ 2o Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo
Ministério Público.

Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:

I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;

II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;

III - seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a
requerimento do interessado.

Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação,
ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para
impugná-la, se quiser, em dez dias.

Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua
existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se

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o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação,
designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.

TÍTULO III
Do Domicílio

Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo.

Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á
domicílio seu qualquer delas.

Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta
é exercida.

Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para
as relações que lhe corresponderem.

Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for
encontrada.

Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar.

Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que
deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a
acompanharem.

Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:

I - da União, o Distrito Federal;

II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;

III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;

IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou
onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.

§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será
considerado domicílio para os atos nele praticados.

§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica,
no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no
Brasil, a que ela corresponder.

Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.

Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar
em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio
estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar
onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último ponto do território
brasileiro onde o teve.

Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os
direitos e obrigações deles resultantes.

LIVRO II

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DOS BENS

TÍTULO ÚNICO
Das Diferentes Classes de Bens

CAPÍTULO I
Dos Bens Considerados em Si Mesmos

Seção I
Dos Bens Imóveis

Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:

I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;

II - o direito à sucessão aberta.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local;

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem.

Seção II
Dos Bens Móveis

Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração
da substância ou da destinação econômico-social.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.

Seção III
Dos Bens Fungíveis e Consumíveis

Art. 85. São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e
quantidade.

Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo
também considerados tais os destinados à alienação.

Seção IV
Dos Bens Divisíveis

Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.

Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade

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das partes.

Seção V
Dos Bens Singulares e Coletivos

Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos
demais.

Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa,
tenham destinação unitária.

Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.

Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.

CAPÍTULO II
Dos Bens Reciprocamente Considerados
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência
supõe a do principal.

Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao
uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.

Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o
contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio
jurídico.

Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.

§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o
tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.

§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.

§ 3o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a
intervenção do proprietário, possuidor ou detentor.

CAPÍTULO III
Dos Bens Públicos

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno;
todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da


administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito

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pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas
jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto
conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido
legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

LIVRO III
Dos Fatos Jurídicos

TÍTULO I
Do Negócio Jurídico

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;

III - forma prescrita ou não defesa em lei.

Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio,
nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da
obrigação comum.

Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes
de realizada a condição a que ele estiver subordinado.

Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei
expressamente a exigir.

Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que
visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a
trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.

Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da
substância do ato.

Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer
o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.

Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for
necessária a declaração de vontade expressa.

Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido
literal da linguagem.

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Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua
celebração.

Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.

CAPÍTULO II
Da Representação

Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por lei ou pelo interessado.

Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em
relação ao representado.

Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu
interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.

Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio realizado por aquele
em quem os poderes houverem sido subestabelecidos.

Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua
qualidade e a extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes
excederem.

Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se
tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.

Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade,
o prazo de decadência para pleitear-se a anulação prevista neste artigo.

Art. 120. Os requisitos e os efeitos da representação legal são os estabelecidos nas normas respectivas; os da
representação voluntária são os da Parte Especial deste Código.

CAPÍTULO III
Da Condição, do Termo e do Encargo

Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o
efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.

Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes;
entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao
puro arbítrio de uma das partes.

Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:

I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas;

II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;


III - as condições incompreensíveis ou contraditórias.

Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa
impossível.

Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não
verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.

Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela

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novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis.

Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo
exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.

Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe;
mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em
contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição
pendente e conforme aos ditames de boa-fé.

Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente
obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição
maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento.

Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os
atos destinados a conservá-lo.

Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.

Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do
começo, e incluído o do vencimento.

§ 1o Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.

§ 2o Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia.

§ 3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata
correspondência.

§ 4o Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto.


Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do
devedor, salvo, quanto a esses, se do teor do instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu
a benefício do credor, ou de ambos os contratantes.

Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver
de ser feita em lugar diverso ou depender de tempo.

Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e
resolutiva.

Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente
imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.

Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da
liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico.

CAPÍTULO IV
Dos Defeitos do Negócio Jurídico

Seção I
Do Erro ou Ignorância

Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro
substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do
negócio.

Art. 139. O erro é substancial quando:

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I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele
essenciais;

II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade,


desde que tenha influído nesta de modo relevante;

III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio
jurídico.

Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.

Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em que o é a
declaração direta.

Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o
negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada.

Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade.

Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de
vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante.

Seção II
Do Dolo

Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.

Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o
negócio seria realizado, embora por outro modo.

Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou
qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não
se teria celebrado.

Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele
tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro
responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.

Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até
a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o representado
responderá solidariamente com ele por perdas e danos.

Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou
reclamar indenização.

Seção III
Da Coação

Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de
dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.

Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas
circunstâncias, decidirá se houve coação.

Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do
paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela.

Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor
reverencial.

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Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento
a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos.

Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela
tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que
houver causado ao coacto.

Seção IV
Do Estado de Perigo

Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa
de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.

Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as
circunstâncias.

Seção V
Da Lesão

Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a
prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.

§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o
negócio jurídico.

§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida
concordar com a redução do proveito.

Seção VI
Da Fraude Contra Credores

Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já
insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores
quirografários, como lesivos dos seus direitos.

§ 1o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.

§ 2o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for
notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.

Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e este for,
aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação de todos os
interessados.

Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço que lhes
corresponda ao valor real.

Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa
que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de
má-fé.

Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida,
ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo
que recebeu.

Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor

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insolvente tiver dado a algum credor.

Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de
estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família.

Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo sobre que
se tenha de efetuar o concurso de credores.

Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca,
penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação da preferência ajustada.

CAPÍTULO V
Da Invalidade do Negócio Jurídico

Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:

I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;

II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;

III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;

IV - não revestir a forma prescrita em lei;

V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;

VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;

VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.

Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e
na forma.

§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:


I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou
transmitem;

II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;

III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.

§ 2o Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado.
Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo
Ministério Público, quando lhe couber intervir.

Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos
seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.

Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.

Art. 170. Se, porém, o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que
visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.

Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

I - por incapacidade relativa do agente;

II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.

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Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.

Art. 173. O ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado e a vontade expressa de
mantê-lo.

Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi cumprido em parte pelo devedor, ciente
do vício que o inquinava.

Art. 175. A confirmação expressa, ou a execução voluntária de negócio anulável, nos termos dos arts. 172 a
174, importa a extinção de todas as ações, ou exceções, de que contra ele dispusesse o devedor.

Art. 176. Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro, será validado se este a der
posteriormente.

Art. 177. A anulabilidade não tem efeito antes de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os
interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a alegarem, salvo o caso de solidariedade
ou indivisibilidade.

Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:

I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;

II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio
jurídico;

III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.

Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a
anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.

Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para eximir-se de uma obrigação, invocar a sua
idade se dolosamente a ocultou quando inquirido pela outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, declarou-se
maior.

Art. 181. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz, se não provar que
reverteu em proveito dele a importância paga.

Art. 182. Anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam, e, não
sendo possível restituí-las, serão indenizadas com o equivalente.

Art. 183. A invalidade do instrumento não induz a do negócio jurídico sempre que este puder provar-se por
outro meio.

Art. 184. Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na
parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias,
mas a destas não induz a da obrigação principal.

TÍTULO II
Dos Atos Jurídicos Lícitos

Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que não sejam negócios jurídicos, aplicam-se, no que couber, as
disposições do Título anterior.

TÍTULO III
Dos Atos Ilícitos

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

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Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites
impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:

I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;

II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem
absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.

TÍTULO IV
Da Prescrição e da Decadência

CAPÍTULO I
Da Prescrição

Seção I
Disposições Gerais
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a
que aludem os arts. 205 e 206.

Art. 190. A exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão.

Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de
terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado,
incompatíveis com a prescrição.

Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.

Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita.

Art. 194. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se favorecer a absolutamente
incapaz.

Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes ou
representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.

Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o seu sucessor.

Seção II
Das Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrição

Art. 197. Não corre a prescrição:

I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;

II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;

III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.

Art. 198. Também não corre a prescrição:

I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;


II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;

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III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.

Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

I - pendendo condição suspensiva;

II - não estando vencido o prazo;

III - pendendo ação de evicção.

Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição
antes da respectiva sentença definitiva.

Art. 201. Suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a
obrigação for indivisível.

Seção III
Das Causas que Interrompem a Prescrição

Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:

I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e
na forma da lei processual;

II - por protesto, nas condições do inciso antecedente;

III - por protesto cambial;

IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;

V - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;

VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor.

Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último
ato do processo para a interromper.

Art. 203. A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado.

Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção
operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.

§ 1o A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada
contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros.

§ 2o A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou
devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.

§ 3o A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador.


Seção IV
Dos Prazos da Prescrição

Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.

Art. 206. Prescreve:

§ 1o Em um ano:
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio

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estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;

II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o prazo:

a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado para responder à
ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que a este indeniza, com a anuência do
segurador;

b) quanto aos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão;

III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, pela percepção
de emolumentos, custas e honorários;

IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do capital de
sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o laudo;

V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado o prazo da
publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.

§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.

§ 3o Em três anos:
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos;

II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;

III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em períodos não
maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;

IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;

V - a pretensão de reparação civil;

VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, correndo o prazo da data em que
foi deliberada a distribuição;

VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto, contado o prazo:

a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima;

b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente ao exercício em que
a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia geral que dela deva tomar conhecimento;

c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação;

VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as
disposições de lei especial;

IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso de seguro de


responsabilidade civil obrigatório.

§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.

§ 5o Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores pelos seus

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honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato;

III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.

CAPÍTULO II
Da Decadência

Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem,
suspendem ou interrompem a prescrição.

Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.

Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.

Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.

Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de
jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

TÍTULO V
Da Prova
Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante:

I - confissão;

II - documento;

III - testemunha;

IV - presunção;

V - perícia.

Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do direito a que se referem
os fatos confessados.

Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites em que este pode
vincular o representado.
Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.

Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública, fazendo prova
plena.

§ 1o Salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve conter:
I - data e local de sua realização;

II - reconhecimento da identidade e capacidade das partes e de quantos hajam comparecido ao ato, por si,
como representantes, intervenientes ou testemunhas;

III - nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio e residência das partes e demais comparecentes,
com a indicação, quando necessário, do regime de bens do casamento, nome do outro cônjuge e filiação;

IV - manifestação clara da vontade das partes e dos intervenientes;

V - referência ao cumprimento das exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade do ato;

VI - declaração de ter sido lida na presença das partes e demais comparecentes, ou de que todos a leram;

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VII - assinatura das partes e dos demais comparecentes, bem como a do tabelião ou seu substituto legal,
encerrando o ato.

§ 2o Se algum comparecente não puder ou não souber escrever, outra pessoa capaz assinará por ele, a seu
rogo.

§ 3o A escritura será redigida na língua nacional.

§ 4o Se qualquer dos comparecentes não souber a língua nacional e o tabelião não entender o idioma em que
se expressa, deverá comparecer tradutor público para servir de intérprete, ou, não o havendo na localidade,
outra pessoa capaz que, a juízo do tabelião, tenha idoneidade e conhecimento bastantes.

§ 5o Se algum dos comparecentes não for conhecido do tabelião, nem puder identificar-se por documento,
deverão participar do ato pelo menos duas testemunhas que o conheçam e atestem sua identidade.

Art. 216. Farão a mesma prova que os originais as certidões textuais de qualquer peça judicial, do protocolo
das audiências, ou de outro qualquer livro a cargo do escrivão, sendo extraídas por ele, ou sob a sua
vigilância, e por ele subscritas, assim como os traslados de autos, quando por outro escrivão consertados.

Art. 217. Terão a mesma força probante os traslados e as certidões, extraídos por tabelião ou oficial de
registro, de instrumentos ou documentos lançados em suas notas.

Art. 218. Os traslados e as certidões considerar-se-ão instrumentos públicos, se os originais se houverem


produzido em juízo como prova de algum ato.

Art. 219. As declarações constantes de documentos assinados presumem-se verdadeiras em relação aos
signatários.

Parágrafo único. Não tendo relação direta, porém, com as disposições principais ou com a legitimidade das
partes, as declarações enunciativas não eximem os interessados em sua veracidade do ônus de prová-las.

Art. 220. A anuência ou a autorização de outrem, necessária à validade de um ato, provar-se-á do mesmo
modo que este, e constará, sempre que se possa, do próprio instrumento.

Art. 221. O instrumento particular, feito e assinado, ou somente assinado por quem esteja na livre disposição e
administração de seus bens, prova as obrigações convencionais de qualquer valor; mas os seus efeitos, bem
como os da cessão, não se operam, a respeito de terceiros, antes de registrado no registro público.
Parágrafo único. A prova do instrumento particular pode suprir-se pelas outras de caráter legal.

Art. 222. O telegrama, quando lhe for contestada a autenticidade, faz prova mediante conferência com o
original assinado.

Art. 223. A cópia fotográfica de documento, conferida por tabelião de notas, valerá como prova de declaração
da vontade, mas, impugnada sua autenticidade, deverá ser exibido o original.

Parágrafo único. A prova não supre a ausência do título de crédito, ou do original, nos casos em que a lei ou
as circunstâncias condicionarem o exercício do direito à sua exibição.

Art. 224. Os documentos redigidos em língua estrangeira serão traduzidos para o português para ter efeitos
legais no País.

Art. 225. As reproduções fotográficas, cinematográficas, os registros fonográficos e, em geral, quaisquer


outras reproduções mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de coisas fazem prova plena destes, se a parte,
contra quem forem exibidos, não lhes impugnar a exatidão.

Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e, em
seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios.

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Parágrafo único. A prova resultante dos livros e fichas não é bastante nos casos em que a lei exige escritura
pública, ou escrito particular revestido de requisitos especiais, e pode ser ilidida pela comprovação da
falsidade ou inexatidão dos lançamentos.

Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova exclusivamente testemunhal só se admite nos negócios jurídicos
cujo valor não ultrapasse o décuplo do maior salário mínimo vigente no País ao tempo em que foram
celebrados.

Parágrafo único. Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal é admissível como
subsidiária ou complementar da prova por escrito.

Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:

I - os menores de dezesseis anos;

II - aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem discernimento para a prática dos atos
da vida civil;

III - os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos que lhes faltam;

IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;

V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes,
por consangüinidade, ou afinidade.

Parágrafo único. Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a
que se refere este artigo.

Art. 229. Ninguém pode ser obrigado a depor sobre fato:

I - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar segredo;

II - a que não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, parente em grau sucessível, ou amigo
íntimo;

III - que o exponha, ou às pessoas referidas no inciso antecedente, a perigo de vida, de demanda, ou de dano
patrimonial imediato.

Art. 230. As presunções, que não as legais, não se admitem nos casos em que a lei exclui a prova
testemunhal.

Art. 231. Aquele que se nega a submeter-se a exame médico necessário não poderá aproveitar-se de sua
recusa.

Art. 232. A recusa à perícia médica ordenada pelo juiz poderá suprir a prova que se pretendia obter com o
exame.

PARTE ESPECIAL

LIVRO I
DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

TÍTULO I
DAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES

CAPÍTULO I
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR

Seção I

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Das Obrigações de Dar Coisa Certa

Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o
contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.

Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou
pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de
culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.

Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a
coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.

Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que
se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.

Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais
poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.

Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes.

Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição,
sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.

Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos.

Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem
direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239.

Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do
devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização.

Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará
pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé.

Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Código,
acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé.

Seção II
Das Obrigações de Dar Coisa Incerta
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.

Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o
contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a
melhor.

Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente.

Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força
maior ou caso fortuito.

CAPÍTULO II
Das Obrigações de Fazer

Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só
imposta, ou só por ele exeqüível.

Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por
culpa dele, responderá por perdas e danos.

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Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do
devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.

Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou
mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.

CAPÍTULO III
Das Obrigações de Não Fazer

Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível
abster-se do ato, que se obrigou a não praticar.

Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça,
sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.

Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de
autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.

CAPÍTULO IV
Das Obrigações Alternativas

Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.

§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.

§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada
período.

§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo
por este assinado para a deliberação.

§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha
se não houver acordo entre as partes.

Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, subsistirá
o débito quanto à outra.

Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor
a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos
que o caso determinar.

Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do
devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se,
por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de
qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.

Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação.

CAPÍTULO V
Das Obrigações Divisíveis e Indivisíveis

Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida
em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.

Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de
divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico.

Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela

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dívida toda.

Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros
coobrigados.

Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou
devedores se desobrigarão, pagando:

I - a todos conjuntamente;

II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.

Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de
exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total.

Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só
a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.

Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão.

Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos.

§ 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos por
partes iguais.

§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos.
CAPÍTULO VI
Das Obrigações Solidárias

Seção I
Disposições Gerais

Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor,
cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.

Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e
condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.

Seção II
Da Solidariedade Ativa

Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por
inteiro.

Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles
poderá este pagar.

Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.

Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e
receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.

Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade.

Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que
lhes caiba.

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Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros.

Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais; o julgamento favorável
aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve.

Seção III
Da Solidariedade Passiva

Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a
dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados
solidariamente pelo resto.

Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou
alguns dos devedores.

Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar
senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos
reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.

Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos
outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada.

Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o
credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.

Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o
encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.

Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente
contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.

Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a
todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor.

Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores.

Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.

Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua
quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as
partes de todos os co-devedores.

Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo
credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.

Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela
para com aquele que pagar.

TÍTULO II
Da Transmissão das Obrigações

CAPÍTULO I
Da Cessão de Crédito

Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a
convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se
não constar do instrumento da obrigação.

Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus acessórios.

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Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não celebrar-se mediante
instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do § 1o do art. 654.
Art. 289. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a cessão no registro do imóvel.

Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas
por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita.

Art. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a tradição do título
do crédito cedido.

Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor primitivo, ou
que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, com o título de
cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura pública, prevalecerá a prioridade da
notificação.

Art. 293. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário exercer os atos
conservatórios do direito cedido.

Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no
momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente.

Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao
cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas
cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.

Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.

Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não responde por mais do que
daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o
cessionário houver feito com a cobrança.

Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento da
penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra
o credor os direitos de terceiro.

CAPÍTULO II
Da Assunção de Dívida

Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor,
ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o
ignorava.

Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida,
interpretando-se o seu silêncio como recusa.

Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da
dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor.

Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas garantias,
salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação.

Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo.

Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o
credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento.

TÍTULO III

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L10406

Do Adimplemento e Extinção das Obrigações

CAPÍTULO I
Do Pagamento

Seção I
De Quem Deve Pagar

Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios
conducentes à exoneração do devedor.

Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo
oposição deste.

Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do
que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.

Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento.

Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a
reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação.

Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa
alienar o objeto em que ele consistiu.

Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de
boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.

Seção II
Daqueles a Quem se Deve Pagar

Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois
de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.

Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor.

Art. 310. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não provar que
em benefício dele efetivamente reverteu.

Art. 311. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as circunstâncias
contrariarem a presunção daí resultante.

Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da
impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, que poderão constranger o
devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o credor.

Seção III
Do Objeto do Pagamento e Sua Prova

Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.

Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a
receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.

Art. 315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal,
salvo o disposto nos artigos subseqüentes.

Art. 316. É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.

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Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação
devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure,
quanto possível, o valor real da prestação.

Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para
compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na
legislação especial.

Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja
dada.

Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da
dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a
assinatura do credor, ou do seu representante.

Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou
das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.

Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido este, poderá o devedor exigir,
retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido.

Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em
contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.

Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos.

Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.

Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do
pagamento.

Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer aumento
por fato do credor, suportará este a despesa acrescida.

Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-á, no silêncio das partes, que
aceitaram os do lugar da execução.

Seção IV
Do Lugar do Pagamento

Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem


diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.

Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles.

Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no
lugar onde situado o bem.

Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o
devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor.

Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao
previsto no contrato.

Seção V
Do Tempo do Pagamento

Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor
exigi-lo imediatamente.

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Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a
prova de que deste teve ciência o devedor.

Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou
marcado neste Código:

I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;

II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor;

III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor,


intimado, se negar a reforçá-las.

Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido
quanto aos outros devedores solventes.

CAPÍTULO II
Do Pagamento em Consignação

Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário
da coisa devida, nos casos e forma legais.

Art. 335. A consignação tem lugar:

I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;

II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;

III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de
acesso perigoso ou difícil;

IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;

V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.

Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas,
ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento.

Art. 337. O depósito requerer-se-á no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o depositante,
os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado improcedente.

Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer
o levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências de
direito.

Art. 339. Julgado procedente o depósito, o devedor já não poderá levantá-lo, embora o credor consinta, senão
de acordo com os outros devedores e fiadores.

Art. 340. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito, aquiescer no levantamento, perderá a
preferência e a garantia que lhe competiam com respeito à coisa consignada, ficando para logo desobrigados
os co-devedores e fiadores que não tenham anuído.

Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde está, poderá
o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada.

Art. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob
cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo
devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente.

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Art. 343. As despesas com o depósito, quando julgado procedente, correrão à conta do credor, e, no caso
contrário, à conta do devedor.

Art. 344. O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação, mas, se pagar a qualquer dos
pretendidos credores, tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento.

Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se pretendem mutuamente excluir, poderá
qualquer deles requerer a consignação.

CAPÍTULO III
Do Pagamento com Sub-Rogação

Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor:

I - do credor que paga a dívida do devedor comum;


II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o
pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;

III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.

Art. 347. A sub-rogação é convencional:

I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;

II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição
expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.

Art. 348. Na hipótese do inciso I do artigo antecedente, vigorará o disposto quanto à cessão do crédito.

Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo,
em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.

Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à
soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor.

Art. 351. O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida
restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever.

CAPÍTULO IV
Da Imputação do Pagamento

Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de
indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.

Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento,
se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo
provando haver ele cometido violência ou dolo.

Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital,
salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.

Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se
fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao
mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.

CAPÍTULO V
Da Dação em Pagamento

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Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.

Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas
normas do contrato de compra e venda.

Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.

Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva,
ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.

CAPÍTULO VI
DA NOVAÇÃO

Art. 360. Dá-se a novação:

I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;

II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;

III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com
este.

Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma
simplesmente a primeira.

Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento
deste.

Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro,
salvo se este obteve por má-fé a substituição.

Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em
contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados
em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.

Art. 365. Operada a novação entre o credor e um dos devedores solidários, somente sobre os bens do que
contrair a nova obrigação subsistem as preferências e garantias do crédito novado. Os outros devedores
solidários ficam por esse fato exonerados.

Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal.

Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou
extintas.

CAPÍTULO VII
Da Compensação

Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações
extinguem-se, até onde se compensarem.

Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.

Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas prestações, não se
compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando especificada no contrato.

Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode
compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.

Art. 372. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a compensação.

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Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:

I - se provier de esbulho, furto ou roubo;

II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;

III - se uma for de coisa não suscetível de penhora.

Art. 374. A matéria da compensação, no que concerne às dívidas fiscais e parafiscais, é regida pelo disposto
neste capítulo.

Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia
prévia de uma delas.

Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe
dever.

Art. 377. O devedor que, notificado, nada opõe à cessão que o credor faz a terceiros dos seus direitos, não
pode opor ao cessionário a compensação, que antes da cessão teria podido opor ao cedente. Se, porém, a
cessão lhe não tiver sido notificada, poderá opor ao cessionário compensação do crédito que antes tinha
contra o cedente.

Art. 378. Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução
das despesas necessárias à operação.

Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis, serão observadas, no
compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação do pagamento.

Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do
seu credor, depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exeqüente a compensação, de que contra
o próprio credor disporia.

CAPÍTULO VIII
Da Confusão

Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e
devedor.

Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela.

Art. 383. A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a
concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade.

Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior.

CAPÍTULO IX
Da Remissão das Dívidas

Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.

Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do
devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir.

Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a
extinção da dívida.

Art. 388. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de
modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem
dedução da parte remitida.

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TÍTULO IV
Do Inadimplemento das Obrigações

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização
monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.

Art. 390. Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de
que se devia abster.

Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.

Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e
por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo
as exceções previstas em lei.

Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se
expressamente não se houver por eles responsabilizado.

Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível
evitar ou impedir.

CAPÍTULO II
Da Mora

Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo
no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.

Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores
monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.

Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a
satisfação das perdas e danos.

Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora.

Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o
devedor.

Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial.

Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou.

Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade
resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de
culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.

Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da coisa,
obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação
mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua
efetivação.

Art. 401. Purga-se a mora:

I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos decorrentes do dia da
oferta;

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II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-se aos efeitos da mora até a
mesma data.

CAPÍTULO III
Das Perdas e Danos

Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem,
além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos
efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.

Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização
monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de
advogado, sem prejuízo da pena convencional.

Parágrafo único. Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não havendo pena convencional,
pode o juiz conceder ao credor indenização suplementar.

Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.

CAPÍTULO IV
Dos Juros Legais

Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando
provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do
pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.

Art. 407. Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora que se contarão assim às
dívidas em dinheiro, como às prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário
por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes.

CAPÍTULO V
Da Cláusula Penal

Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a
obrigação ou se constitua em mora.

Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior, pode referir-se à
inexecução completa da obrigação, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à mora.

Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, esta
converter-se-á em alternativa a benefício do credor.

Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança especial de outra
cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o
desempenho da obrigação principal.

Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal.

Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida
em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a
finalidade do negócio.

Art. 414. Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles, incorrerão na pena;
mas esta só se poderá demandar integralmente do culpado, respondendo cada um dos outros somente pela
sua quota.

Parágrafo único. Aos não culpados fica reservada a ação regressiva contra aquele que deu causa à aplicação

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da pena.

Art. 415. Quando a obrigação for divisível, só incorre na pena o devedor ou o herdeiro do devedor que a
infringir, e proporcionalmente à sua parte na obrigação.

Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo.

Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir
indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver sido, a pena vale como mínimo da
indenização, competindo ao credor provar o prejuízo excedente.

CAPÍTULO VI
Das Arras ou Sinal

Art. 417. Se, por ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de arras, dinheiro ou outro
bem móvel, deverão as arras, em caso de execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se
do mesmo gênero da principal.

Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se
a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua
devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, juros e honorários de advogado.

Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras
como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos,
valendo as arras como o mínimo da indenização.

Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal
terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e
quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização
suplementar.
TÍTULO V
Dos Contratos em Geral

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Seção I
Preliminares

Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução,
os princípios de probidade e boa-fé.

Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a
interpretação mais favorável ao aderente.

Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a
direito resultante da natureza do negócio.

Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.

Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.

Seção II
Da Formação dos Contratos

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Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza
do negócio, ou das circunstâncias do caso.

Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:

I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a
pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;

II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao
conhecimento do proponente;

III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;

IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.

Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se
o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos.

Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta
faculdade na oferta realizada.

Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este
comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos.

Art. 431. A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.

Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa, ou o proponente a tiver
dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a tempo a recusa.

Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do
aceitante.

Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:

I - no caso do artigo antecedente;

II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;

III - se ela não chegar no prazo convencionado.

Art. 435. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.

Seção III
Da Estipulação em Favor de Terceiro

Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.

Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando,
todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do
art. 438.

Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução,
não poderá o estipulante exonerar o devedor.

Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato,
independentemente da sua anuência e da do outro contratante.

Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade.

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Seção IV
Da Promessa de Fato de Terceiro

Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não
executar.

Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promitente, dependendo da
sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do casamento, a indenização, de algum modo,
venha a recair sobre os seus bens.

Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter
obrigado, faltar à prestação.

Seção V
Dos Vícios Redibitórios

Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos,
que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.

Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.

Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no
preço.

Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se
o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.

Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se
perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.

Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a
coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo
conta-se da alienação, reduzido à metade.

§ 1o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento
em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de
um ano, para os imóveis.

§ 2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei
especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não
houver regras disciplinando a matéria.

Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o
adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena de
decadência.

Seção VI
Da Evicção

Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a
aquisição se tenha realizado em hasta pública.

Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade pela evicção.

Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a
receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o

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assumiu.

Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das
quantias que pagou:

I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;

II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;

III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.

Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época em que se
evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial.

Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja deteriorada, exceto
havendo dolo do adquirente.

Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido condenado a
indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe houver de dar o alienante.

Art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a evicção, serão pagas pelo
alienante.

Art. 454. Se as benfeitorias abonadas ao que sofreu a evicção tiverem sido feitas pelo alienante, o valor delas
será levado em conta na restituição devida.

Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a
restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente
direito a indenização.

Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante
imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo.

Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da
evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos.

Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.

Seção VII
Dos Contratos Aleatórios

Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo risco de não virem a
existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de receber integralmente o que lhe foi prometido,
desde que de sua parte não tenha havido dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.

Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente a si o risco de virem a
existir em qualquer quantidade, terá também direito o alienante a todo o preço, desde que de sua parte não
tiver concorrido culpa, ainda que a coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.

Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante restituirá o preço
recebido.

Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo
adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou
de todo, no dia do contrato.

Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada como dolosa pelo
prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consumação do risco, a que no contrato se
considerava exposta a coisa.

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Seção VIII
Do Contrato Preliminar

Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato
a ser celebrado.

Art. 463. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo antecedente, e desde que
dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de exigir a celebração do
definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive.

Parágrafo único. O contrato preliminar deverá ser levado ao registro competente.

Art. 464. Esgotado o prazo, poderá o juiz, a pedido do interessado, suprir a vontade da parte inadimplente,
conferindo caráter definitivo ao contrato preliminar, salvo se a isto se opuser a natureza da obrigação.

Art. 465. Se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a outra parte considerá-lo desfeito,
e pedir perdas e danos.

Art. 466. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma sem efeito, deverá
manifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe for razoavelmente assinado pelo
devedor.

Seção IX
Do Contrato com Pessoa a Declarar

Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a
pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.

Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato,
se outro não tiver sido estipulado.

Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as
partes usaram para o contrato.

Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as
obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado.

Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários:


I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la;

II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação.

Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá
seus efeitos entre os contratantes originários.

CAPÍTULO II
Da Extinção do Contrato

Seção I
Do Distrato

Art. 472. O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato.

Art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante
denúncia notificada à outra parte.

Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito investimentos
consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de transcorrido prazo

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compatível com a natureza e o vulto dos investimentos.

Seção II
Da Cláusula Resolutiva

Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial.

Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o
cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.

Seção III
Da Exceção de Contrato não Cumprido

Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o
implemento da do outro.

Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes diminuição em seu
patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra
recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante
de satisfazê-la.

Seção IV
Da Resolução por Onerosidade Excessiva

Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar
excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários
e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar
retroagirão à data da citação.

Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do
contrato.

Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela pleitear que a sua
prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva.

TÍTULO VI
Das Várias Espécies de Contrato

CAPÍTULO I
Da Compra e Venda

Seção I
Disposições Gerais
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa,
e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.

Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes
acordarem no objeto e no preço.

Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura. Neste caso, ficará sem efeito o contrato
se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era de concluir contrato aleatório.

Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á que o vendedor
assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.

Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou diferença com a

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maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.

Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou
prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando
acordarem os contratantes designar outra pessoa.

Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determinado
dia e lugar.

Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, desde que suscetíveis de objetiva
determinação.

Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua determinação, se não
houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do
vendedor.

Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o termo médio.

Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a
fixação do preço.

Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do comprador, e a
cargo do vendedor as da tradição.

Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço.

Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta
do comprador.

§ 1o Todavia, os casos fortuitos, ocorrentes no ato de contar, marcar ou assinalar coisas, que comumente se
recebem, contando, pesando, medindo ou assinalando, e que já tiverem sido postas à disposição do
comprador, correrão por conta deste.

§ 2o Correrão também por conta do comprador os riscos das referidas coisas, se estiver em mora de as
receber, quando postas à sua disposição no tempo, lugar e pelo modo ajustados.

Art. 493. A tradição da coisa vendida, na falta de estipulação expressa, dar-se-á no lugar onde ela se
encontrava, ao tempo da venda.

Art. 494. Se a coisa for expedida para lugar diverso, por ordem do comprador, por sua conta correrão os
riscos, uma vez entregue a quem haja de transportá-la, salvo se das instruções dele se afastar o vendedor.

Art. 495. Não obstante o prazo ajustado para o pagamento, se antes da tradição o comprador cair em
insolvência, poderá o vendedor sobrestar na entrega da coisa, até que o comprador lhe dê caução de pagar no
tempo ajustado.

Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do
alienante expressamente houverem consentido.

Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da
separação obrigatória.

Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:

I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou


administração;

II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam
sob sua administração direta ou indireta;

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III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça,
os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se
estender a sua autoridade;

IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.

Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito.

Art. 498. A proibição contida no inciso III do artigo antecedente, não compreende os casos de compra e venda
ou cessão entre co-herdeiros, ou em pagamento de dívida, ou para garantia de bens já pertencentes a
pessoas designadas no referido inciso.

Art. 499. É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da comunhão.

Art. 500. Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de extensão, ou se determinar a
respectiva área, e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões dadas, o comprador terá o
direito de exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, o de reclamar a resolução do contrato ou
abatimento proporcional ao preço.

§ 1o Presume-se que a referência às dimensões foi simplesmente enunciativa, quando a diferença encontrada
não exceder de um vigésimo da área total enunciada, ressalvado ao comprador o direito de provar que, em
tais circunstâncias, não teria realizado o negócio.

§ 2o Se em vez de falta houver excesso, e o vendedor provar que tinha motivos para ignorar a medida exata
da área vendida, caberá ao comprador, à sua escolha, completar o valor correspondente ao preço ou devolver
o excesso.

§ 3o Não haverá complemento de área, nem devolução de excesso, se o imóvel for vendido como coisa certa
e discriminada, tendo sido apenas enunciativa a referência às suas dimensões, ainda que não conste, de
modo expresso, ter sido a venda ad corpus.

Art. 501. Decai do direito de propor as ações previstas no artigo antecedente o vendedor ou o comprador que
não o fizer no prazo de um ano, a contar do registro do título.

Parágrafo único. Se houver atraso na imissão de posse no imóvel, atribuível ao alienante, a partir dela fluirá o
prazo de decadência.

Art. 502. O vendedor, salvo convenção em contrário, responde por todos os débitos que gravem a coisa até o
momento da tradição.

Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas.

Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a
quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o
preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de
decadência.

Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de
benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que
a quiserem, depositando previamente o preço.

Seção II
Das Cláusulas Especiais à Compra e Venda

Subseção I
Da Retrovenda

Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência

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de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que,
durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias
necessárias.

Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer o direito de
resgate, as depositará judicialmente.

Parágrafo único. Verificada a insuficiência do depósito judicial, não será o vendedor restituído no domínio da
coisa, até e enquanto não for integralmente pago o comprador.

Art. 507. O direito de retrato, que é cessível e transmissível a herdeiros e legatários, poderá ser exercido
contra o terceiro adquirente.

Art. 508. Se a duas ou mais pessoas couber o direito de retrato sobre o mesmo imóvel, e só uma o exercer,
poderá o comprador intimar as outras para nele acordarem, prevalecendo o pacto em favor de quem haja
efetuado o depósito, contanto que seja integral.

Subseção II
Da Venda a Contento e da Sujeita a Prova

Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a
coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado.

Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição suspensiva de que a coisa tenha
as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o fim a que se destina.

Art. 511. Em ambos os casos, as obrigações do comprador, que recebeu, sob condição suspensiva, a coisa
comprada, são as de mero comodatário, enquanto não manifeste aceitá-la.

Art. 512. Não havendo prazo estipulado para a declaração do comprador, o vendedor terá direito de intimá-lo,
judicial ou extrajudicialmente, para que o faça em prazo improrrogável.
Subseção III
Da Preempção ou Preferência

Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao vendedor a coisa que
aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito de prelação na compra, tanto por
tanto.

Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta dias, se a
coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel.
Art. 514. O vendedor pode também exercer o seu direito de prelação, intimando o comprador, quando lhe
constar que este vai vender a coisa.

Art. 515. Aquele que exerce a preferência está, sob pena de a perder, obrigado a pagar, em condições iguais,
o preço encontrado, ou o ajustado.

Art. 516. Inexistindo prazo estipulado, o direito de preempção caducará, se a coisa for móvel, não se
exercendo nos três dias, e, se for imóvel, não se exercendo nos sessenta dias subseqüentes à data em que o
comprador tiver notificado o vendedor.

Art. 517. Quando o direito de preempção for estipulado a favor de dois ou mais indivíduos em comum, só pode
ser exercido em relação à coisa no seu todo. Se alguma das pessoas, a quem ele toque, perder ou não
exercer o seu direito, poderão as demais utilizá-lo na forma sobredita.

Art. 518. Responderá por perdas e danos o comprador, se alienar a coisa sem ter dado ao vendedor ciência
do preço e das vantagens que por ela lhe oferecem. Responderá solidariamente o adquirente, se tiver
procedido de má-fé.

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Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não
tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao
expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa.

Art. 520. O direito de preferência não se pode ceder nem passa aos herdeiros.

Subseção IV
Da Venda com Reserva de Domínio

Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço esteja
integralmente pago.

Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de registro no domicílio do
comprador para valer contra terceiros.

Art. 523. Não pode ser objeto de venda com reserva de domínio a coisa insuscetível de caracterização
perfeita, para estremá-la de outras congêneres. Na dúvida, decide-se a favor do terceiro adquirente de boa-fé.

Art. 524. A transferência de propriedade ao comprador dá-se no momento em que o preço esteja
integralmente pago. Todavia, pelos riscos da coisa responde o comprador, a partir de quando lhe foi entregue.

Art. 525. O vendedor somente poderá executar a cláusula de reserva de domínio após constituir o comprador
em mora, mediante protesto do título ou interpelação judicial.

Art. 526. Verificada a mora do comprador, poderá o vendedor mover contra ele a competente ação de
cobrança das prestações vencidas e vincendas e o mais que lhe for devido; ou poderá recuperar a posse da
coisa vendida.

Art. 527. Na segunda hipótese do artigo antecedente, é facultado ao vendedor reter as prestações pagas até o
necessário para cobrir a depreciação da coisa, as despesas feitas e o mais que de direito lhe for devido. O
excedente será devolvido ao comprador; e o que faltar lhe será cobrado, tudo na forma da lei processual.

Art. 528. Se o vendedor receber o pagamento à vista, ou, posteriormente, mediante financiamento de
instituição do mercado de capitais, a esta caberá exercer os direitos e ações decorrentes do contrato, a
benefício de qualquer outro. A operação financeira e a respectiva ciência do comprador constarão do registro
do contrato.

Subseção V
Da Venda Sobre Documentos

Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela entrega do seu título
representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou, no silêncio deste, pelos usos.
Parágrafo único. Achando-se a documentação em ordem, não pode o comprador recusar o pagamento, a
pretexto de defeito de qualidade ou do estado da coisa vendida, salvo se o defeito já houver sido comprovado.

Art. 530. Não havendo estipulação em contrário, o pagamento deve ser efetuado na data e no lugar da entrega
dos documentos.

Art. 531. Se entre os documentos entregues ao comprador figurar apólice de seguro que cubra os riscos do
transporte, correm estes à conta do comprador, salvo se, ao ser concluído o contrato, tivesse o vendedor
ciência da perda ou avaria da coisa.

Art. 532. Estipulado o pagamento por intermédio de estabelecimento bancário, caberá a este efetuá-lo contra a
entrega dos documentos, sem obrigação de verificar a coisa vendida, pela qual não responde.

Parágrafo único. Nesse caso, somente após a recusa do estabelecimento bancário a efetuar o pagamento,
poderá o vendedor pretendê-lo, diretamente do comprador.

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CAPÍTULO II
Da Troca ou Permuta

Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações:

I - salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com o
instrumento da troca;

II - é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros
descendentes e do cônjuge do alienante.

CAPÍTULO III
Do Contrato Estimatório

Art. 534. Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica autorizado a
vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido, restituir-lhe a coisa
consignada.

Art. 535. O consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a restituição da coisa, em sua
integridade, se tornar impossível, ainda que por fato a ele não imputável.

Art. 536. A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou seqüestro pelos credores do consignatário,
enquanto não pago integralmente o preço.

Art. 537. O consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser comunicada a
restituição.

CAPÍTULO IV
Da Doação

Seção I
Disposições Gerais

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio
bens ou vantagens para o de outra.

Art. 539. O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o
donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não
for sujeita a encargo.

Art. 540. A doação feita em contemplação do merecimento do donatário não perde o caráter de liberalidade,
como não o perde a doação remuneratória, ou a gravada, no excedente ao valor dos serviços remunerados ou
ao encargo imposto.

Art. 541. A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular.

Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe
seguir incontinenti a tradição.

Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal.

Art. 543. Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação, desde que se trate de doação
pura.

Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que
lhes cabe por herança.

Art. 545. A doação em forma de subvenção periódica ao beneficiado extingue-se morrendo o doador, salvo se

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este outra coisa dispuser, mas não poderá ultrapassar a vida do donatário.

Art. 546. A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e determinada pessoa, quer pelos
nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro,
não pode ser impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar.

Art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário.

Parágrafo único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro.

Art. 548. É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do
doador.

Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade,
poderia dispor em testamento.

Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus
herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal.

Art. 551. Salvo declaração em contrário, a doação em comum a mais de uma pessoa entende-se distribuída
entre elas por igual.

Parágrafo único. Se os donatários, em tal caso, forem marido e mulher, subsistirá na totalidade a doação para
o cônjuge sobrevivo.

Art. 552. O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às conseqüências da evicção ou do
vício redibitório. Nas doações para casamento com certa e determinada pessoa, o doador ficará sujeito à
evicção, salvo convenção em contrário.

Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de
terceiro, ou do interesse geral.

Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério Público poderá exigir sua execução,
depois da morte do doador, se este não tiver feito.

Art. 554. A doação a entidade futura caducará se, em dois anos, esta não estiver constituída regularmente.

Seção II
Da Revogação da Doação

Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo.

Art. 556. Não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a liberalidade por ingratidão do
donatário.

Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações:

I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra ele;

II - se cometeu contra ele ofensa física;

III - se o injuriou gravemente ou o caluniou;

IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava.

Art. 558. Pode ocorrer também a revogação quando o ofendido, nos casos do artigo anterior, for o cônjuge,
ascendente, descendente, ainda que adotivo, ou irmão do doador.

Art. 559. A revogação por qualquer desses motivos deverá ser pleiteada dentro de um ano, a contar de

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quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a autorizar, e de ter sido o donatário o seu autor.

Art. 560. O direito de revogar a doação não se transmite aos herdeiros do doador, nem prejudica os do
donatário. Mas aqueles podem prosseguir na ação iniciada pelo doador, continuando-a contra os herdeiros do
donatário, se este falecer depois de ajuizada a lide.

Art. 561. No caso de homicídio doloso do doador, a ação caberá aos seus herdeiros, exceto se aquele houver
perdoado.

Art. 562. A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do encargo, se o donatário incorrer em mora.
Não havendo prazo para o cumprimento, o doador poderá notificar judicialmente o donatário, assinando-lhe
prazo razoável para que cumpra a obrigação assumida.

Art. 563. A revogação por ingratidão não prejudica os direitos adquiridos por terceiros, nem obriga o donatário
a restituir os frutos percebidos antes da citação válida; mas sujeita-o a pagar os posteriores, e, quando não
possa restituir em espécie as coisas doadas, a indenizá-la pelo meio termo do seu valor.

Art. 564. Não se revogam por ingratidão:

I - as doações puramente remuneratórias;

II - as oneradas com encargo já cumprido;

III - as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural;

IV - as feitas para determinado casamento.

CAPÍTULO V
Da Locação de Coisas

Art. 565. Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o
uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição.

Art. 566. O locador é obrigado:

I - a entregar ao locatário a coisa alugada, com suas pertenças, em estado de servir ao uso a que se destina, e
a mantê-la nesse estado, pelo tempo do contrato, salvo cláusula expressa em contrário;

II - a garantir-lhe, durante o tempo do contrato, o uso pacífico da coisa.

Art. 567. Se, durante a locação, se deteriorar a coisa alugada, sem culpa do locatário, a este caberá pedir
redução proporcional do aluguel, ou resolver o contrato, caso já não sirva a coisa para o fim a que se
destinava.

Art. 568. O locador resguardará o locatário dos embaraços e turbações de terceiros, que tenham ou
pretendam ter direitos sobre a coisa alugada, e responderá pelos seus vícios, ou defeitos, anteriores à
locação.

Art. 569. O locatário é obrigado:

I - a servir-se da coisa alugada para os usos convencionados ou presumidos, conforme a natureza dela e as
circunstâncias, bem como tratá-la com o mesmo cuidado como se sua fosse;

II - a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar;

III - a levar ao conhecimento do locador as turbações de terceiros, que se pretendam fundadas em direito;

IV - a restituir a coisa, finda a locação, no estado em que a recebeu, salvas as deteriorações naturais ao uso
regular.

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Art. 570. Se o locatário empregar a coisa em uso diverso do ajustado, ou do a que se destina, ou se ela se
danificar por abuso do locatário, poderá o locador, além de rescindir o contrato, exigir perdas e danos.

Art. 571. Havendo prazo estipulado à duração do contrato, antes do vencimento não poderá o locador reaver a
coisa alugada, senão ressarcindo ao locatário as perdas e danos resultantes, nem o locatário devolvê-la ao
locador, senão pagando, proporcionalmente, a multa prevista no contrato.

Parágrafo único. O locatário gozará do direito de retenção, enquanto não for ressarcido.

Art. 572. Se a obrigação de pagar o aluguel pelo tempo que faltar constituir indenização excessiva, será
facultado ao juiz fixá-la em bases razoáveis.

Art. 573. A locação por tempo determinado cessa de pleno direito findo o prazo estipulado,
independentemente de notificação ou aviso.

Art. 574. Se, findo o prazo, o locatário continuar na posse da coisa alugada, sem oposição do locador,
presumir-se-á prorrogada a locação pelo mesmo aluguel, mas sem prazo determinado.

Art. 575. Se, notificado o locatário, não restituir a coisa, pagará, enquanto a tiver em seu poder, o aluguel que
o locador arbitrar, e responderá pelo dano que ela venha a sofrer, embora proveniente de caso fortuito.

Parágrafo único. Se o aluguel arbitrado for manifestamente excessivo, poderá o juiz reduzi-lo, mas tendo
sempre em conta o seu caráter de penalidade.

Art. 576. Se a coisa for alienada durante a locação, o adquirente não ficará obrigado a respeitar o contrato, se
nele não for consignada a cláusula da sua vigência no caso de alienação, e não constar de registro.

§ 1o O registro a que se refere este artigo será o de Títulos e Documentos do domicílio do locador, quando a
coisa for móvel; e será o Registro de Imóveis da respectiva circunscrição, quando imóvel.

§ 2o Em se tratando de imóvel, e ainda no caso em que o locador não esteja obrigado a respeitar o contrato,
não poderá ele despedir o locatário, senão observado o prazo de noventa dias após a notificação.

Art. 577. Morrendo o locador ou o locatário, transfere-se aos seus herdeiros a locação por tempo determinado.

Art. 578. Salvo disposição em contrário, o locatário goza do direito de retenção, no caso de benfeitorias
necessárias, ou no de benfeitorias úteis, se estas houverem sido feitas com expresso consentimento do
locador.

CAPÍTULO VI
Do Empréstimo

Seção I
Do Comodato

Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.

Art. 580. Os tutores, curadores e em geral todos os administradores de bens alheios não poderão dar em
comodato, sem autorização especial, os bens confiados à sua guarda.

Art. 581. Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário para o uso concedido;
não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e
gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado.

Art. 582. O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo
usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O
comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for
arbitrado pelo comodante.

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Art. 583. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, antepuser este a
salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir
a caso fortuito, ou força maior.

Art. 584. O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da
coisa emprestada.

Art. 585. Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de uma coisa, ficarão solidariamente
responsáveis para com o comodante.

Seção II
Do Mútuo

Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que
dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.

Art. 587. Este empréstimo transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário, por cuja conta correm todos
os riscos dela desde a tradição.

Art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver, não pode ser
reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores.

Art. 589. Cessa a disposição do artigo antecedente:

I - se a pessoa, de cuja autorização necessitava o mutuário para contrair o empréstimo, o ratificar


posteriormente;

II - se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu obrigado a contrair o empréstimo para os seus alimentos
habituais;

III - se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho. Mas, em tal caso, a execução do credor não lhes
poderá ultrapassar as forças;

IV - se o empréstimo reverteu em benefício do menor;

V - se o menor obteve o empréstimo maliciosamente.

Art. 590. O mutuante pode exigir garantia da restituição, se antes do vencimento o mutuário sofrer notória
mudança em sua situação econômica.

Art. 591. Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumem-se devidos juros, os quais, sob pena de
redução, não poderão exceder a taxa a que se refere o art. 406, permitida a capitalização anual.

Art. 592. Não se tendo convencionado expressamente, o prazo do mútuo será:

I - até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas, assim para o consumo, como para semeadura;

II - de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro;

III - do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungível.

CAPÍTULO VII
Da Prestação de Serviço

Art. 593. A prestação de serviço, que não estiver sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial, reger-se-á pelas
disposições deste Capítulo.

Art. 594. Toda a espécie de serviço ou trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser contratada mediante
retribuição.

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Art. 595. No contrato de prestação de serviço, quando qualquer das partes não souber ler, nem escrever, o
instrumento poderá ser assinado a rogo e subscrito por duas testemunhas.

Art. 596. Não se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-se-á por arbitramento a retribuição,
segundo o costume do lugar, o tempo de serviço e sua qualidade.

Art. 597. A retribuição pagar-se-á depois de prestado o serviço, se, por convenção, ou costume, não houver de
ser adiantada, ou paga em prestações.

Art. 598. A prestação de serviço não se poderá convencionar por mais de quatro anos, embora o contrato
tenha por causa o pagamento de dívida de quem o presta, ou se destine à execução de certa e determinada
obra. Neste caso, decorridos quatro anos, dar-se-á por findo o contrato, ainda que não concluída a obra.

Art. 599. Não havendo prazo estipulado, nem se podendo inferir da natureza do contrato, ou do costume do
lugar, qualquer das partes, a seu arbítrio, mediante prévio aviso, pode resolver o contrato.

Parágrafo único. Dar-se-á o aviso:

I - com antecedência de oito dias, se o salário se houver fixado por tempo de um mês, ou mais;

II - com antecipação de quatro dias, se o salário se tiver ajustado por semana, ou quinzena;

III - de véspera, quando se tenha contratado por menos de sete dias.

Art. 600. Não se conta no prazo do contrato o tempo em que o prestador de serviço, por culpa sua, deixou de
servir.

Art. 601. Não sendo o prestador de serviço contratado para certo e determinado trabalho, entender-se-á que
se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com as suas forças e condições.

Art. 602. O prestador de serviço contratado por tempo certo, ou por obra determinada, não se pode ausentar,
ou despedir, sem justa causa, antes de preenchido o tempo, ou concluída a obra.

Parágrafo único. Se se despedir sem justa causa, terá direito à retribuição vencida, mas responderá por
perdas e danos. O mesmo dar-se-á, se despedido por justa causa.

Art. 603. Se o prestador de serviço for despedido sem justa causa, a outra parte será obrigada a pagar-lhe por
inteiro a retribuição vencida, e por metade a que lhe tocaria de então ao termo legal do contrato.

Art. 604. Findo o contrato, o prestador de serviço tem direito a exigir da outra parte a declaração de que o
contrato está findo. Igual direito lhe cabe, se for despedido sem justa causa, ou se tiver havido motivo justo
para deixar o serviço.

Art. 605. Nem aquele a quem os serviços são prestados, poderá transferir a outrem o direito aos serviços
ajustados, nem o prestador de serviços, sem aprazimento da outra parte, dar substituto que os preste.

Art. 606. Se o serviço for prestado por quem não possua título de habilitação, ou não satisfaça requisitos
outros estabelecidos em lei, não poderá quem os prestou cobrar a retribuição normalmente correspondente ao
trabalho executado. Mas se deste resultar benefício para a outra parte, o juiz atribuirá a quem o prestou uma
compensação razoável, desde que tenha agido com boa-fé.

Parágrafo único. Não se aplica a segunda parte deste artigo, quando a proibição da prestação de serviço
resultar de lei de ordem pública.

Art. 607. O contrato de prestação de serviço acaba com a morte de qualquer das partes. Termina, ainda, pelo
escoamento do prazo, pela conclusão da obra, pela rescisão do contrato mediante aviso prévio, por
inadimplemento de qualquer das partes ou pela impossibilidade da continuação do contrato, motivada por
força maior.

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Art. 608. Aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar serviço a outrem pagará a este a
importância que ao prestador de serviço, pelo ajuste desfeito, houvesse de caber durante dois anos.

Art. 609. A alienação do prédio agrícola, onde a prestação dos serviços se opera, não importa a rescisão do
contrato, salvo ao prestador opção entre continuá-lo com o adquirente da propriedade ou com o primitivo
contratante.

CAPÍTULO VIII
Da Empreitada

Art. 610. O empreiteiro de uma obra pode contribuir para ela só com seu trabalho ou com ele e os materiais.

§ 1o A obrigação de fornecer os materiais não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.

§ 2o O contrato para elaboração de um projeto não implica a obrigação de executá-lo, ou de fiscalizar-lhe a


execução.

Art. 611. Quando o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os riscos até o momento da entrega
da obra, a contento de quem a encomendou, se este não estiver em mora de receber. Mas se estiver, por sua
conta correrão os riscos.

Art. 612. Se o empreiteiro só forneceu mão-de-obra, todos os riscos em que não tiver culpa correrão por conta
do dono.

Art. 613. Sendo a empreitada unicamente de lavor (art. 610), se a coisa perecer antes de entregue, sem mora
do dono nem culpa do empreiteiro, este perderá a retribuição, se não provar que a perda resultou de defeito
dos materiais e que em tempo reclamara contra a sua quantidade ou qualidade.

Art. 614. Se a obra constar de partes distintas, ou for de natureza das que se determinam por medida, o
empreiteiro terá direito a que também se verifique por medida, ou segundo as partes em que se dividir,
podendo exigir o pagamento na proporção da obra executada.

§ 1o Tudo o que se pagou presume-se verificado.

§ 2o O que se mediu presume-se verificado se, em trinta dias, a contar da medição, não forem denunciados os
vícios ou defeitos pelo dono da obra ou por quem estiver incumbido da sua fiscalização.

Art. 615. Concluída a obra de acordo com o ajuste, ou o costume do lugar, o dono é obrigado a recebê-la.
Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se afastou das instruções recebidas e dos planos dados, ou das
regras técnicas em trabalhos de tal natureza.

Art. 616. No caso da segunda parte do artigo antecedente, pode quem encomendou a obra, em vez de
enjeitá-la, recebê-la com abatimento no preço.

Art. 617. O empreiteiro é obrigado a pagar os materiais que recebeu, se por imperícia ou negligência os
inutilizar.

Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de
materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do
trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo.

Parágrafo único. Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da obra que não propuser a ação contra o
empreiteiro, nos cento e oitenta dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito.

Art. 619. Salvo estipulação em contrário, o empreiteiro que se incumbir de executar uma obra, segundo plano
aceito por quem a encomendou, não terá direito a exigir acréscimo no preço, ainda que sejam introduzidas
modificações no projeto, a não ser que estas resultem de instruções escritas do dono da obra.

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Parágrafo único. Ainda que não tenha havido autorização escrita, o dono da obra é obrigado a pagar ao
empreiteiro os aumentos e acréscimos, segundo o que for arbitrado, se, sempre presente à obra, por
continuadas visitas, não podia ignorar o que se estava passando, e nunca protestou.

Art. 620. Se ocorrer diminuição no preço do material ou da mão-de-obra superior a um décimo do preço global
convencionado, poderá este ser revisto, a pedido do dono da obra, para que se lhe assegure a diferença
apurada.

Art. 621. Sem anuência de seu autor, não pode o proprietário da obra introduzir modificações no projeto por
ele aprovado, ainda que a execução seja confiada a terceiros, a não ser que, por motivos supervenientes ou
razões de ordem técnica, fique comprovada a inconveniência ou a excessiva onerosidade de execução do
projeto em sua forma originária.

Parágrafo único. A proibição deste artigo não abrange alterações de pouca monta, ressalvada sempre a
unidade estética da obra projetada.

Art. 622. Se a execução da obra for confiada a terceiros, a responsabilidade do autor do projeto respectivo,
desde que não assuma a direção ou fiscalização daquela, ficará limitada aos danos resultantes de defeitos
previstos no art. 618 e seu parágrafo único.

Art. 623. Mesmo após iniciada a construção, pode o dono da obra suspendê-la, desde que pague ao
empreiteiro as despesas e lucros relativos aos serviços já feitos, mais indenização razoável, calculada em
função do que ele teria ganho, se concluída a obra.

Art. 624. Suspensa a execução da empreitada sem justa causa, responde o empreiteiro por perdas e danos.

Art. 625. Poderá o empreiteiro suspender a obra:

I - por culpa do dono, ou por motivo de força maior;

II - quando, no decorrer dos serviços, se manifestarem dificuldades imprevisíveis de execução, resultantes de


causas geológicas ou hídricas, ou outras semelhantes, de modo que torne a empreitada excessivamente
onerosa, e o dono da obra se opuser ao reajuste do preço inerente ao projeto por ele elaborado, observados
os preços;

III - se as modificações exigidas pelo dono da obra, por seu vulto e natureza, forem desproporcionais ao
projeto aprovado, ainda que o dono se disponha a arcar com o acréscimo de preço.

Art. 626. Não se extingue o contrato de empreitada pela morte de qualquer das partes, salvo se ajustado em
consideração às qualidades pessoais do empreiteiro.

CAPÍTULO IX
Do Depósito

Seção I
Do Depósito Voluntário

Art. 627. Pelo contrato de depósito recebe o depositário um objeto móvel, para guardar, até que o depositante
o reclame.

Art. 628. O contrato de depósito é gratuito, exceto se houver convenção em contrário, se resultante de
atividade negocial ou se o depositário o praticar por profissão.

Parágrafo único. Se o depósito for oneroso e a retribuição do depositário não constar de lei, nem resultar de
ajuste, será determinada pelos usos do lugar, e, na falta destes, por arbitramento.

Art. 629. O depositário é obrigado a ter na guarda e conservação da coisa depositada o cuidado e diligência
que costuma com o que lhe pertence, bem como a restituí-la, com todos os frutos e acrescidos, quando o exija
o depositante.

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Art. 630. Se o depósito se entregou fechado, colado, selado, ou lacrado, nesse mesmo estado se manterá.

Art. 631. Salvo disposição em contrário, a restituição da coisa deve dar-se no lugar em que tiver de ser
guardada. As despesas de restituição correm por conta do depositante.

Art. 632. Se a coisa houver sido depositada no interesse de terceiro, e o depositário tiver sido cientificado
deste fato pelo depositante, não poderá ele exonerar-se restituindo a coisa a este, sem consentimento
daquele.

Art. 633. Ainda que o contrato fixe prazo à restituição, o depositário entregará o depósito logo que se lhe exija,
salvo se tiver o direito de retenção a que se refere o art. 644, se o objeto for judicialmente embargado, se
sobre ele pender execução, notificada ao depositário, ou se houver motivo razoável de suspeitar que a coisa
foi dolosamente obtida.

Art. 634. No caso do artigo antecedente, última parte, o depositário, expondo o fundamento da suspeita,
requererá que se recolha o objeto ao Depósito Público.

Art. 635. Ao depositário será facultado, outrossim, requerer depósito judicial da coisa, quando, por motivo
plausível, não a possa guardar, e o depositante não queira recebê-la.
Art. 636. O depositário, que por força maior houver perdido a coisa depositada e recebido outra em seu lugar,
é obrigado a entregar a segunda ao depositante, e ceder-lhe as ações que no caso tiver contra o terceiro
responsável pela restituição da primeira.

Art. 637. O herdeiro do depositário, que de boa-fé vendeu a coisa depositada, é obrigado a assistir o
depositante na reivindicação, e a restituir ao comprador o preço recebido.

Art. 638. Salvo os casos previstos nos arts. 633 e 634, não poderá o depositário furtar-se à restituição do
depósito, alegando não pertencer a coisa ao depositante, ou opondo compensação, exceto se noutro depósito
se fundar.

Art. 639. Sendo dois ou mais depositantes, e divisível a coisa, a cada um só entregará o depositário a
respectiva parte, salvo se houver entre eles solidariedade.

Art. 640. Sob pena de responder por perdas e danos, não poderá o depositário, sem licença expressa do
depositante, servir-se da coisa depositada, nem a dar em depósito a outrem.

Parágrafo único. Se o depositário, devidamente autorizado, confiar a coisa em depósito a terceiro, será
responsável se agiu com culpa na escolha deste.

Art. 641. Se o depositário se tornar incapaz, a pessoa que lhe assumir a administração dos bens diligenciará
imediatamente restituir a coisa depositada e, não querendo ou não podendo o depositante recebê-la,
recolhê-la-á ao Depósito Público ou promoverá nomeação de outro depositário.

Art. 642. O depositário não responde pelos casos de força maior; mas, para que lhe valha a escusa, terá de
prová-los.

Art. 643. O depositante é obrigado a pagar ao depositário as despesas feitas com a coisa, e os prejuízos que
do depósito provierem.

Art. 644. O depositário poderá reter o depósito até que se lhe pague a retribuição devida, o líquido valor das
despesas, ou dos prejuízos a que se refere o artigo anterior, provando imediatamente esses prejuízos ou
essas despesas.

Parágrafo único. Se essas dívidas, despesas ou prejuízos não forem provados suficientemente, ou forem
ilíquidos, o depositário poderá exigir caução idônea do depositante ou, na falta desta, a remoção da coisa para
o Depósito Público, até que se liquidem.

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Art. 645. O depósito de coisas fungíveis, em que o depositário se obrigue a restituir objetos do mesmo gênero,
qualidade e quantidade, regular-se-á pelo disposto acerca do mútuo.

Art. 646. O depósito voluntário provar-se-á por escrito.

Seção II
Do Depósito Necessário

Art. 647. É depósito necessário:

I - o que se faz em desempenho de obrigação legal;

II - o que se efetua por ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a inundação, o naufrágio ou o saque.

Art. 648. O depósito a que se refere o inciso I do artigo antecedente, reger-se-á pela disposição da respectiva
lei, e, no silêncio ou deficiência dela, pelas concernentes ao depósito voluntário.

Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se aos depósitos previstos no inciso II do artigo
antecedente, podendo estes certificarem-se por qualquer meio de prova.

Art. 649. Aos depósitos previstos no artigo antecedente é equiparado o das bagagens dos viajantes ou
hóspedes nas hospedarias onde estiverem.

Parágrafo único. Os hospedeiros responderão como depositários, assim como pelos furtos e roubos que
perpetrarem as pessoas empregadas ou admitidas nos seus estabelecimentos.

Art. 650. Cessa, nos casos do artigo antecedente, a responsabilidade dos hospedeiros, se provarem que os
fatos prejudiciais aos viajantes ou hóspedes não podiam ter sido evitados.

Art. 651. O depósito necessário não se presume gratuito. Na hipótese do art. 649, a remuneração pelo
depósito está incluída no preço da hospedagem.

Art. 652. Seja o depósito voluntário ou necessário, o depositário que não o restituir quando exigido será
compelido a fazê-lo mediante prisão não excedente a um ano, e ressarcir os prejuízos.

CAPÍTULO X
Do Mandato

Seção I
Disposições Gerais

Art. 653. Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou
administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.

Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante instrumento particular, que
valerá desde que tenha a assinatura do outorgante.

§ 1o O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde foi passado, a qualificação do outorgante
e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a designação e a extensão dos poderes conferidos.

§ 2o O terceiro com quem o mandatário tratar poderá exigir que a procuração traga a firma reconhecida.
Art. 655. Ainda quando se outorgue mandato por instrumento público, pode substabelecer-se mediante
instrumento particular.

Art. 656. O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito.

Art. 657. A outorga do mandato está sujeita à forma exigida por lei para o ato a ser praticado. Não se admite
mandato verbal quando o ato deva ser celebrado por escrito.

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Art. 658. O mandato presume-se gratuito quando não houver sido estipulada retribuição, exceto se o seu
objeto corresponder ao daqueles que o mandatário trata por ofício ou profissão lucrativa.

Parágrafo único. Se o mandato for oneroso, caberá ao mandatário a retribuição prevista em lei ou no contrato.
Sendo estes omissos, será ela determinada pelos usos do lugar, ou, na falta destes, por arbitramento.

Art. 659. A aceitação do mandato pode ser tácita, e resulta do começo de execução.

Art. 660. O mandato pode ser especial a um ou mais negócios determinadamente, ou geral a todos os do
mandante.

Art. 661. O mandato em termos gerais só confere poderes de administração.

§ 1o Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos que exorbitem da administração
ordinária, depende a procuração de poderes especiais e expressos.

§ 2o O poder de transigir não importa o de firmar compromisso.


Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o tenha sem poderes suficientes, são ineficazes
em relação àquele em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar.

Parágrafo único. A ratificação há de ser expressa, ou resultar de ato inequívoco, e retroagirá à data do ato.

Art. 663. Sempre que o mandatário estipular negócios expressamente em nome do mandante, será este o
único responsável; ficará, porém, o mandatário pessoalmente obrigado, se agir no seu próprio nome, ainda
que o negócio seja de conta do mandante.

Art. 664. O mandatário tem o direito de reter, do objeto da operação que lhe foi cometida, quanto baste para
pagamento de tudo que lhe for devido em conseqüência do mandato.

Art. 665. O mandatário que exceder os poderes do mandato, ou proceder contra eles, será considerado mero
gestor de negócios, enquanto o mandante lhe não ratificar os atos.
Art. 666. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado pode ser mandatário, mas o
mandante não tem ação contra ele senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obrigações
contraídas por menores.

Seção II
Das Obrigações do Mandatário

Art. 667. O mandatário é obrigado a aplicar toda sua diligência habitual na execução do mandato, e a indenizar
qualquer prejuízo causado por culpa sua ou daquele a quem substabelecer, sem autorização, poderes que
devia exercer pessoalmente.

§ 1o Se, não obstante proibição do mandante, o mandatário se fizer substituir na execução do mandato,
responderá ao seu constituinte pelos prejuízos ocorridos sob a gerência do substituto, embora provenientes de
caso fortuito, salvo provando que o caso teria sobrevindo, ainda que não tivesse havido substabelecimento.

§ 2o Havendo poderes de substabelecer, só serão imputáveis ao mandatário os danos causados pelo


substabelecido, se tiver agido com culpa na escolha deste ou nas instruções dadas a ele.

§ 3o Se a proibição de substabelecer constar da procuração, os atos praticados pelo substabelecido não


obrigam o mandante, salvo ratificação expressa, que retroagirá à data do ato.

§ 4o Sendo omissa a procuração quanto ao substabelecimento, o procurador será responsável se o


substabelecido proceder culposamente.

Art. 668. O mandatário é obrigado a dar contas de sua gerência ao mandante, transferindo-lhe as vantagens

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provenientes do mandato, por qualquer título que seja.

Art. 669. O mandatário não pode compensar os prejuízos a que deu causa com os proveitos que, por outro
lado, tenha granjeado ao seu constituinte.

Art. 670. Pelas somas que devia entregar ao mandante ou recebeu para despesa, mas empregou em proveito
seu, pagará o mandatário juros, desde o momento em que abusou.

Art. 671. Se o mandatário, tendo fundos ou crédito do mandante, comprar, em nome próprio, algo que devera
comprar para o mandante, por ter sido expressamente designado no mandato, terá este ação para obrigá-lo à
entrega da coisa comprada.

Art. 672. Sendo dois ou mais os mandatários nomeados no mesmo instrumento, qualquer deles poderá
exercer os poderes outorgados, se não forem expressamente declarados conjuntos, nem especificamente
designados para atos diferentes, ou subordinados a atos sucessivos. Se os mandatários forem declarados
conjuntos, não terá eficácia o ato praticado sem interferência de todos, salvo havendo ratificação, que
retroagirá à data do ato.

Art. 673. O terceiro que, depois de conhecer os poderes do mandatário, com ele celebrar negócio jurídico
exorbitante do mandato, não tem ação contra o mandatário, salvo se este lhe prometeu ratificação do
mandante ou se responsabilizou pessoalmente.

Art. 674. Embora ciente da morte, interdição ou mudança de estado do mandante, deve o mandatário concluir
o negócio já começado, se houver perigo na demora.

Seção III
Das Obrigações do Mandante

Art. 675. O mandante é obrigado a satisfazer todas as obrigações contraídas pelo mandatário, na
conformidade do mandato conferido, e adiantar a importância das despesas necessárias à execução dele,
quando o mandatário lho pedir.

Art. 676. É obrigado o mandante a pagar ao mandatário a remuneração ajustada e as despesas da execução
do mandato, ainda que o negócio não surta o esperado efeito, salvo tendo o mandatário culpa.

Art. 677. As somas adiantadas pelo mandatário, para a execução do mandato, vencem juros desde a data do
desembolso.

Art. 678. É igualmente obrigado o mandante a ressarcir ao mandatário as perdas que este sofrer com a
execução do mandato, sempre que não resultem de culpa sua ou de excesso de poderes.

Art. 679. Ainda que o mandatário contrarie as instruções do mandante, se não exceder os limites do mandato,
ficará o mandante obrigado para com aqueles com quem o seu procurador contratou; mas terá contra este
ação pelas perdas e danos resultantes da inobservância das instruções.

Art. 680. Se o mandato for outorgado por duas ou mais pessoas, e para negócio comum, cada uma ficará
solidariamente responsável ao mandatário por todos os compromissos e efeitos do mandato, salvo direito
regressivo, pelas quantias que pagar, contra os outros mandantes.

Art. 681. O mandatário tem sobre a coisa de que tenha a posse em virtude do mandato, direito de retenção,
até se reembolsar do que no desempenho do encargo despendeu.

Seção IV
Da Extinção do Mandato

Art. 682. Cessa o mandato:

I - pela revogação ou pela renúncia;

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II - pela morte ou interdição de uma das partes;

III - pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatário para os exercer;

IV - pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio.

Art. 683. Quando o mandato contiver a cláusula de irrevogabilidade e o mandante o revogar, pagará perdas e
danos.

Art. 684. Quando a cláusula de irrevogabilidade for condição de um negócio bilateral, ou tiver sido estipulada
no exclusivo interesse do mandatário, a revogação do mandato será ineficaz.

Art. 685. Conferido o mandato com a cláusula "em causa própria", a sua revogação não terá eficácia, nem se
extinguirá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário dispensado de prestar contas, e podendo
transferir para si os bens móveis ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais.

Art. 686. A revogação do mandato, notificada somente ao mandatário, não se pode opor aos terceiros que,
ignorando-a, de boa-fé com ele trataram; mas ficam salvas ao constituinte as ações que no caso lhe possam
caber contra o procurador.

Parágrafo único. É irrevogável o mandato que contenha poderes de cumprimento ou confirmação de negócios
encetados, aos quais se ache vinculado.

Art. 687. Tanto que for comunicada ao mandatário a nomeação de outro, para o mesmo negócio,
considerar-se-á revogado o mandato anterior.

Art. 688. A renúncia do mandato será comunicada ao mandante, que, se for prejudicado pela sua
inoportunidade, ou pela falta de tempo, a fim de prover à substituição do procurador, será indenizado pelo
mandatário, salvo se este provar que não podia continuar no mandato sem prejuízo considerável, e que não
lhe era dado substabelecer.

Art. 689. São válidos, a respeito dos contratantes de boa-fé, os atos com estes ajustados em nome do
mandante pelo mandatário, enquanto este ignorar a morte daquele ou a extinção do mandato, por qualquer
outra causa.

Art. 690. Se falecer o mandatário, pendente o negócio a ele cometido, os herdeiros, tendo ciência do mandato,
avisarão o mandante, e providenciarão a bem dele, como as circunstâncias exigirem.

Art. 691. Os herdeiros, no caso do artigo antecedente, devem limitar-se às medidas conservatórias, ou
continuar os negócios pendentes que se não possam demorar sem perigo, regulando-se os seus serviços
dentro desse limite, pelas mesmas normas a que os do mandatário estão sujeitos.

Seção V
Do Mandato Judicial

Art. 692. O mandato judicial fica subordinado às normas que lhe dizem respeito, constantes da legislação
processual, e, supletivamente, às estabelecidas neste Código.

CAPÍTULO XI
Da Comissão

Art. 693. O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu
próprio nome, à conta do comitente.

Art. 694. O comissário fica diretamente obrigado para com as pessoas com quem contratar, sem que estas
tenham ação contra o comitente, nem este contra elas, salvo se o comissário ceder seus direitos a qualquer
das partes.

Art. 695. O comissário é obrigado a agir de conformidade com as ordens e instruções do comitente, devendo,

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na falta destas, não podendo pedi-las a tempo, proceder segundo os usos em casos semelhantes.

Parágrafo único. Ter-se-ão por justificados os atos do comissário, se deles houver resultado vantagem para o
comitente, e ainda no caso em que, não admitindo demora a realização do negócio, o comissário agiu de
acordo com os usos.

Art. 696. No desempenho das suas incumbências o comissário é obrigado a agir com cuidado e diligência, não
só para evitar qualquer prejuízo ao comitente, mas ainda para lhe proporcionar o lucro que razoavelmente se
podia esperar do negócio.

Parágrafo único. Responderá o comissário, salvo motivo de força maior, por qualquer prejuízo que, por ação
ou omissão, ocasionar ao comitente.

Art. 697. O comissário não responde pela insolvência das pessoas com quem tratar, exceto em caso de culpa
e no do artigo seguinte.

Art. 698. Se do contrato de comissão constar a cláusula del credere, responderá o comissário solidariamente
com as pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso em que, salvo estipulação em contrário,
o comissário tem direito a remuneração mais elevada, para compensar o ônus assumido.

Art. 699. Presume-se o comissário autorizado a conceder dilação do prazo para pagamento, na conformidade
dos usos do lugar onde se realizar o negócio, se não houver instruções diversas do comitente.

Art. 700. Se houver instruções do comitente proibindo prorrogação de prazos para pagamento, ou se esta não
for conforme os usos locais, poderá o comitente exigir que o comissário pague incontinenti ou responda pelas
conseqüências da dilação concedida, procedendo-se de igual modo se o comissário não der ciência ao
comitente dos prazos concedidos e de quem é seu beneficiário.

Art. 701. Não estipulada a remuneração devida ao comissário, será ela arbitrada segundo os usos correntes
no lugar.
Art. 702. No caso de morte do comissário, ou, quando, por motivo de força maior, não puder concluir o
negócio, será devida pelo comitente uma remuneração proporcional aos trabalhos realizados.

Art. 703. Ainda que tenha dado motivo à dispensa, terá o comissário direito a ser remunerado pelos serviços
úteis prestados ao comitente, ressalvado a este o direito de exigir daquele os prejuízos sofridos.

Art. 704. Salvo disposição em contrário, pode o comitente, a qualquer tempo, alterar as instruções dadas ao
comissário, entendendo-se por elas regidos também os negócios pendentes.

Art. 705. Se o comissário for despedido sem justa causa, terá direito a ser remunerado pelos trabalhos
prestados, bem como a ser ressarcido pelas perdas e danos resultantes de sua dispensa.

Art. 706. O comitente e o comissário são obrigados a pagar juros um ao outro; o primeiro pelo que o
comissário houver adiantado para cumprimento de suas ordens; e o segundo pela mora na entrega dos fundos
que pertencerem ao comitente.

Art. 707. O crédito do comissário, relativo a comissões e despesas feitas, goza de privilégio geral, no caso de
falência ou insolvência do comitente.

Art. 708. Para reembolso das despesas feitas, bem como para recebimento das comissões devidas, tem o
comissário direito de retenção sobre os bens e valores em seu poder em virtude da comissão.

Art. 709. São aplicáveis à comissão, no que couber, as regras sobre mandato.

CAPÍTULO XII
Da Agência e Distribuição

Art. 710. Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de

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dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos


negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua disposição a
coisa a ser negociada.

Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao agente para que este o represente na conclusão dos
contratos.

Art. 711. Salvo ajuste, o proponente não pode constituir, ao mesmo tempo, mais de um agente, na mesma
zona, com idêntica incumbência; nem pode o agente assumir o encargo de nela tratar de negócios do mesmo
gênero, à conta de outros proponentes.

Art. 712. O agente, no desempenho que lhe foi cometido, deve agir com toda diligência, atendo-se às
instruções recebidas do proponente.

Art. 713. Salvo estipulação diversa, todas as despesas com a agência ou distribuição correm a cargo do
agente ou distribuidor.

Art. 714. Salvo ajuste, o agente ou distribuidor terá direito à remuneração correspondente aos negócios
concluídos dentro de sua zona, ainda que sem a sua interferência.

Art. 715. O agente ou distribuidor tem direito à indenização se o proponente, sem justa causa, cessar o
atendimento das propostas ou reduzi-lo tanto que se torna antieconômica a continuação do contrato.

Art. 716. A remuneração será devida ao agente também quando o negócio deixar de ser realizado por fato
imputável ao proponente.

Art. 717. Ainda que dispensado por justa causa, terá o agente direito a ser remunerado pelos serviços úteis
prestados ao proponente, sem embargo de haver este perdas e danos pelos prejuízos sofridos.

Art. 718. Se a dispensa se der sem culpa do agente, terá ele direito à remuneração até então devida, inclusive
sobre os negócios pendentes, além das indenizações previstas em lei especial.
Art. 719. Se o agente não puder continuar o trabalho por motivo de força maior, terá direito à remuneração
correspondente aos serviços realizados, cabendo esse direito aos herdeiros no caso de morte.

Art. 720. Se o contrato for por tempo indeterminado, qualquer das partes poderá resolvê-lo, mediante aviso
prévio de noventa dias, desde que transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto do investimento
exigido do agente.

Parágrafo único. No caso de divergência entre as partes, o juiz decidirá da razoabilidade do prazo e do valor
devido.
Art. 721. Aplicam-se ao contrato de agência e distribuição, no que couber, as regras concernentes ao mandato
e à comissão e as constantes de lei especial.

CAPÍTULO XIII
Da Corretagem

Art. 722. Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, de prestação
de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou mais negócios,
conforme as instruções recebidas.

Art. 723. O corretor é obrigado a executar a mediação com a diligência e prudência que o negócio requer,
prestando ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento dos negócios; deve, ainda,
sob pena de responder por perdas e danos, prestar ao cliente todos os esclarecimentos que estiverem ao seu
alcance, acerca da segurança ou risco do negócio, das alterações de valores e do mais que possa influir nos
resultados da incumbência.

Art. 724. A remuneração do corretor, se não estiver fixada em lei, nem ajustada entre as partes, será arbitrada

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segundo a natureza do negócio e os usos locais.

Art. 725. A remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha conseguido o resultado previsto no contrato
de mediação, ou ainda que este não se efetive em virtude de arrependimento das partes.

Art. 726. Iniciado e concluído o negócio diretamente entre as partes, nenhuma remuneração será devida ao
corretor; mas se, por escrito, for ajustada a corretagem com exclusividade, terá o corretor direito à
remuneração integral, ainda que realizado o negócio sem a sua mediação, salvo se comprovada sua inércia
ou ociosidade.

Art. 727. Se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio dispensar o corretor, e o negócio se realizar
posteriormente, como fruto da sua mediação, a corretagem lhe será devida; igual solução se adotará se o
negócio se realizar após a decorrência do prazo contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor.

Art. 728. Se o negócio se concluir com a intermediação de mais de um corretor, a remuneração será paga a
todos em partes iguais, salvo ajuste em contrário.

Art. 729. Os preceitos sobre corretagem constantes deste Código não excluem a aplicação de outras normas
da legislação especial.

CAPÍTULO XIV
Do Transporte

Seção I
Disposições Gerais

Art. 730. Pelo contrato de transporte alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar para
outro, pessoas ou coisas.

Art. 731. O transporte exercido em virtude de autorização, permissão ou concessão, rege-se pelas normas
regulamentares e pelo que for estabelecido naqueles atos, sem prejuízo do disposto neste Código.

Art. 732. Aos contratos de transporte, em geral, são aplicáveis, quando couber, desde que não contrariem as
disposições deste Código, os preceitos constantes da legislação especial e de tratados e convenções
internacionais.

Art. 733. Nos contratos de transporte cumulativo, cada transportador se obriga a cumprir o contrato
relativamente ao respectivo percurso, respondendo pelos danos nele causados a pessoas e coisas.

§ 1o O dano, resultante do atraso ou da interrupção da viagem, será determinado em razão da totalidade do


percurso.

§ 2o Se houver substituição de algum dos transportadores no decorrer do percurso, a responsabilidade


solidária estender-se-á ao substituto.

Seção II
Do Transporte de Pessoas

Art. 734. O transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens, salvo
motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade.

Parágrafo único. É lícito ao transportador exigir a declaração do valor da bagagem a fim de fixar o limite da
indenização.

Art. 735. A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageiro não é elidida por culpa
de terceiro, contra o qual tem ação regressiva.

Art. 736. Não se subordina às normas do contrato de transporte o feito gratuitamente, por amizade ou cortesia.

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Parágrafo único. Não se considera gratuito o transporte quando, embora feito sem remuneração, o
transportador auferir vantagens indiretas.

Art. 737. O transportador está sujeito aos horários e itinerários previstos, sob pena de responder por perdas e
danos, salvo motivo de força maior.

Art. 738. A pessoa transportada deve sujeitar-se às normas estabelecidas pelo transportador, constantes no
bilhete ou afixadas à vista dos usuários, abstendo-se de quaisquer atos que causem incômodo ou prejuízo aos
passageiros, danifiquem o veículo, ou dificultem ou impeçam a execução normal do serviço.

Parágrafo único. Se o prejuízo sofrido pela pessoa transportada for atribuível à transgressão de normas e
instruções regulamentares, o juiz reduzirá eqüitativamente a indenização, na medida em que a vítima houver
concorrido para a ocorrência do dano.

Art. 739. O transportador não pode recusar passageiros, salvo os casos previstos nos regulamentos, ou se as
condições de higiene ou de saúde do interessado o justificarem.

Art. 740. O passageiro tem direito a rescindir o contrato de transporte antes de iniciada a viagem, sendo-lhe
devida a restituição do valor da passagem, desde que feita a comunicação ao transportador em tempo de ser
renegociada.

§ 1o Ao passageiro é facultado desistir do transporte, mesmo depois de iniciada a viagem, sendo-lhe devida a
restituição do valor correspondente ao trecho não utilizado, desde que provado que outra pessoa haja sido
transportada em seu lugar.

§ 2o Não terá direito ao reembolso do valor da passagem o usuário que deixar de embarcar, salvo se provado
que outra pessoa foi transportada em seu lugar, caso em que lhe será restituído o valor do bilhete não
utilizado.

§ 3o Nas hipóteses previstas neste artigo, o transportador terá direito de reter até cinco por cento da
importância a ser restituída ao passageiro, a título de multa compensatória.

Art. 741. Interrompendo-se a viagem por qualquer motivo alheio à vontade do transportador, ainda que em
conseqüência de evento imprevisível, fica ele obrigado a concluir o transporte contratado em outro veículo da
mesma categoria, ou, com a anuência do passageiro, por modalidade diferente, à sua custa, correndo também
por sua conta as despesas de estada e alimentação do usuário, durante a espera de novo transporte.

Art. 742. O transportador, uma vez executado o transporte, tem direito de retenção sobre a bagagem de
passageiro e outros objetos pessoais deste, para garantir-se do pagamento do valor da passagem que não
tiver sido feito no início ou durante o percurso.

Seção III
Do Transporte de Coisas

Art. 743. A coisa, entregue ao transportador, deve estar caracterizada pela sua natureza, valor, peso e
quantidade, e o mais que for necessário para que não se confunda com outras, devendo o destinatário ser
indicado ao menos pelo nome e endereço.

Art. 744. Ao receber a coisa, o transportador emitirá conhecimento com a menção dos dados que a
identifiquem, obedecido o disposto em lei especial.

Parágrafo único. O transportador poderá exigir que o remetente lhe entregue, devidamente assinada, a relação
discriminada das coisas a serem transportadas, em duas vias, uma das quais, por ele devidamente
autenticada, ficará fazendo parte integrante do conhecimento.

Art. 745. Em caso de informação inexata ou falsa descrição no documento a que se refere o artigo
antecedente, será o transportador indenizado pelo prejuízo que sofrer, devendo a ação respectiva ser ajuizada
no prazo de cento e vinte dias, a contar daquele ato, sob pena de decadência.

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Art. 746. Poderá o transportador recusar a coisa cuja embalagem seja inadequada, bem como a que possa pôr
em risco a saúde das pessoas, ou danificar o veículo e outros bens.

Art. 747. O transportador deverá obrigatoriamente recusar a coisa cujo transporte ou comercialização não
sejam permitidos, ou que venha desacompanhada dos documentos exigidos por lei ou regulamento.

Art. 748. Até a entrega da coisa, pode o remetente desistir do transporte e pedi-la de volta, ou ordenar seja
entregue a outro destinatário, pagando, em ambos os casos, os acréscimos de despesa decorrentes da
contra-ordem, mais as perdas e danos que houver.

Art. 749. O transportador conduzirá a coisa ao seu destino, tomando todas as cautelas necessárias para
mantê-la em bom estado e entregá-la no prazo ajustado ou previsto.

Art. 750. A responsabilidade do transportador, limitada ao valor constante do conhecimento, começa no


momento em que ele, ou seus prepostos, recebem a coisa; termina quando é entregue ao destinatário, ou
depositada em juízo, se aquele não for encontrado.

Art. 751. A coisa, depositada ou guardada nos armazéns do transportador, em virtude de contrato de
transporte, rege-se, no que couber, pelas disposições relativas a depósito.

Art. 752. Desembarcadas as mercadorias, o transportador não é obrigado a dar aviso ao destinatário, se assim
não foi convencionado, dependendo também de ajuste a entrega a domicílio, e devem constar do
conhecimento de embarque as cláusulas de aviso ou de entrega a domicílio.

Art. 753. Se o transporte não puder ser feito ou sofrer longa interrupção, o transportador solicitará, incontinenti,
instruções ao remetente, e zelará pela coisa, por cujo perecimento ou deterioração responderá, salvo força
maior.

§ 1o Perdurando o impedimento, sem motivo imputável ao transportador e sem manifestação do remetente,


poderá aquele depositar a coisa em juízo, ou vendê-la, obedecidos os preceitos legais e regulamentares, ou
os usos locais, depositando o valor.

§ 2o Se o impedimento for responsabilidade do transportador, este poderá depositar a coisa, por sua conta e
risco, mas só poderá vendê-la se perecível.

§ 3o Em ambos os casos, o transportador deve informar o remetente da efetivação do depósito ou da venda.

§ 4o Se o transportador mantiver a coisa depositada em seus próprios armazéns, continuará a responder pela
sua guarda e conservação, sendo-lhe devida, porém, uma remuneração pela custódia, a qual poderá ser
contratualmente ajustada ou se conformará aos usos adotados em cada sistema de transporte.

Art. 754. As mercadorias devem ser entregues ao destinatário, ou a quem apresentar o conhecimento
endossado, devendo aquele que as receber conferi-las e apresentar as reclamações que tiver, sob pena de
decadência dos direitos.

Parágrafo único. No caso de perda parcial ou de avaria não perceptível à primeira vista, o destinatário
conserva a sua ação contra o transportador, desde que denuncie o dano em dez dias a contar da entrega.

Art. 755. Havendo dúvida acerca de quem seja o destinatário, o transportador deve depositar a mercadoria em
juízo, se não lhe for possível obter instruções do remetente; se a demora puder ocasionar a deterioração da
coisa, o transportador deverá vendê-la, depositando o saldo em juízo.

Art. 756. No caso de transporte cumulativo, todos os transportadores respondem solidariamente pelo dano
causado perante o remetente, ressalvada a apuração final da responsabilidade entre eles, de modo que o
ressarcimento recaia, por inteiro, ou proporcionalmente, naquele ou naqueles em cujo percurso houver
ocorrido o dano.

CAPÍTULO XV

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DO SEGURO

Seção I
Disposições Gerais

Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir
interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados.

Parágrafo único. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade para tal fim
legalmente autorizada.

Art. 758. O contrato de seguro prova-se com a exibição da apólice ou do bilhete do seguro, e, na falta deles,
por documento comprobatório do pagamento do respectivo prêmio.

Art. 759. A emissão da apólice deverá ser precedida de proposta escrita com a declaração dos elementos
essenciais do interesse a ser garantido e do risco.

Art. 760. A apólice ou o bilhete de seguro serão nominativos, à ordem ou ao portador, e mencionarão os riscos
assumidos, o início e o fim de sua validade, o limite da garantia e o prêmio devido, e, quando for o caso, o
nome do segurado e o do beneficiário.

Parágrafo único. No seguro de pessoas, a apólice ou o bilhete não podem ser ao portador.

Art. 761. Quando o risco for assumido em co-seguro, a apólice indicará o segurador que administrará o
contrato e representará os demais, para todos os seus efeitos.

Art. 762. Nulo será o contrato para garantia de risco proveniente de ato doloso do segurado, do beneficiário,
ou de representante de um ou de outro.

Art. 763. Não terá direito a indenização o segurado que estiver em mora no pagamento do prêmio, se ocorrer o
sinistro antes de sua purgação.

Art. 764. Salvo disposição especial, o fato de se não ter verificado o risco, em previsão do qual se faz o
seguro, não exime o segurado de pagar o prêmio.

Art. 765. O segurado e o segurador são obrigados a guardar na conclusão e na execução do contrato, a mais
estrita boa-fé e veracidade, tanto a respeito do objeto como das circunstâncias e declarações a ele
concernentes.
Art. 766. Se o segurado, por si ou por seu representante, fizer declarações inexatas ou omitir circunstâncias
que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do prêmio, perderá o direito à garantia, além de ficar
obrigado ao prêmio vencido.

Parágrafo único. Se a inexatidão ou omissão nas declarações não resultar de má-fé do segurado, o segurador
terá direito a resolver o contrato, ou a cobrar, mesmo após o sinistro, a diferença do prêmio.

Art. 767. No seguro à conta de outrem, o segurador pode opor ao segurado quaisquer defesas que tenha
contra o estipulante, por descumprimento das normas de conclusão do contrato, ou de pagamento do prêmio.

Art. 768. O segurado perderá o direito à garantia se agravar intencionalmente o risco objeto do contrato.

Art. 769. O segurado é obrigado a comunicar ao segurador, logo que saiba, todo incidente suscetível de
agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito à garantia, se provar que silenciou de
má-fé.

§ 1o O segurador, desde que o faça nos quinze dias seguintes ao recebimento do aviso da agravação do risco
sem culpa do segurado, poderá dar-lhe ciência, por escrito, de sua decisão de resolver o contrato.

§ 2o A resolução só será eficaz trinta dias após a notificação, devendo ser restituída pelo segurador a

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diferença do prêmio.

Art. 770. Salvo disposição em contrário, a diminuição do risco no curso do contrato não acarreta a redução do
prêmio estipulado; mas, se a redução do risco for considerável, o segurado poderá exigir a revisão do prêmio,
ou a resolução do contrato.

Art. 771. Sob pena de perder o direito à indenização, o segurado participará o sinistro ao segurador, logo que
o saiba, e tomará as providências imediatas para minorar-lhe as conseqüências.

Parágrafo único. Correm à conta do segurador, até o limite fixado no contrato, as despesas de salvamento
conseqüente ao sinistro.

Art. 772. A mora do segurador em pagar o sinistro obriga à atualização monetária da indenização devida
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, sem prejuízo dos juros moratórios.

Art. 773. O segurador que, ao tempo do contrato, sabe estar passado o risco de que o segurado se pretende
cobrir, e, não obstante, expede a apólice, pagará em dobro o prêmio estipulado.

Art. 774. A recondução tácita do contrato pelo mesmo prazo, mediante expressa cláusula contratual, não
poderá operar mais de uma vez.

Art. 775. Os agentes autorizados do segurador presumem-se seus representantes para todos os atos relativos
aos contratos que agenciarem.

Art. 776. O segurador é obrigado a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do risco assumido, salvo se
convencionada a reposição da coisa.

Art. 777. O disposto no presente Capítulo aplica-se, no que couber, aos seguros regidos por leis próprias.

Seção II
Do Seguro de Dano

Art. 778. Nos seguros de dano, a garantia prometida não pode ultrapassar o valor do interesse segurado no
momento da conclusão do contrato, sob pena do disposto no art. 766, e sem prejuízo da ação penal que no
caso couber.

Art. 779. O risco do seguro compreenderá todos os prejuízos resultantes ou conseqüentes, como sejam os
estragos ocasionados para evitar o sinistro, minorar o dano, ou salvar a coisa.
Art. 780. A vigência da garantia, no seguro de coisas transportadas, começa no momento em que são pelo
transportador recebidas, e cessa com a sua entrega ao destinatário.

Art. 781. A indenização não pode ultrapassar o valor do interesse segurado no momento do sinistro, e, em
hipótese alguma, o limite máximo da garantia fixado na apólice, salvo em caso de mora do segurador.

Art. 782. O segurado que, na vigência do contrato, pretender obter novo seguro sobre o mesmo interesse, e
contra o mesmo risco junto a outro segurador, deve previamente comunicar sua intenção por escrito ao
primeiro, indicando a soma por que pretende segurar-se, a fim de se comprovar a obediência ao disposto no
art. 778.

Art. 783. Salvo disposição em contrário, o seguro de um interesse por menos do que valha acarreta a redução
proporcional da indenização, no caso de sinistro parcial.

Art. 784. Não se inclui na garantia o sinistro provocado por vício intrínseco da coisa segurada, não declarado
pelo segurado.

Parágrafo único. Entende-se por vício intrínseco o defeito próprio da coisa, que se não encontra normalmente
em outras da mesma espécie.

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Art. 785. Salvo disposição em contrário, admite-se a transferência do contrato a terceiro com a alienação ou
cessão do interesse segurado.

§ 1o Se o instrumento contratual é nominativo, a transferência só produz efeitos em relação ao segurador


mediante aviso escrito assinado pelo cedente e pelo cessionário.

§ 2o A apólice ou o bilhete à ordem só se transfere por endosso em preto, datado e assinado pelo endossante
e pelo endossatário.

Art. 786. Paga a indenização, o segurador sub-roga-se, nos limites do valor respectivo, nos direitos e ações
que competirem ao segurado contra o autor do dano.

§ 1o Salvo dolo, a sub-rogação não tem lugar se o dano foi causado pelo cônjuge do segurado, seus
descendentes ou ascendentes, consangüíneos ou afins.

§ 2o É ineficaz qualquer ato do segurado que diminua ou extinga, em prejuízo do segurador, os direitos a que
se refere este artigo.

Art. 787. No seguro de responsabilidade civil, o segurador garante o pagamento de perdas e danos devidos
pelo segurado a terceiro.

§ 1o Tão logo saiba o segurado das conseqüências de ato seu, suscetível de lhe acarretar a responsabilidade
incluída na garantia, comunicará o fato ao segurador.

§ 2o É defeso ao segurado reconhecer sua responsabilidade ou confessar a ação, bem como transigir com o
terceiro prejudicado, ou indenizá-lo diretamente, sem anuência expressa do segurador.

§ 3o Intentada a ação contra o segurado, dará este ciência da lide ao segurador.

§ 4o Subsistirá a responsabilidade do segurado perante o terceiro, se o segurador for insolvente.


Art. 788. Nos seguros de responsabilidade legalmente obrigatórios, a indenização por sinistro será paga pelo
segurador diretamente ao terceiro prejudicado.

Parágrafo único. Demandado em ação direta pela vítima do dano, o segurador não poderá opor a exceção de
contrato não cumprido pelo segurado, sem promover a citação deste para integrar o contraditório.

Seção III
Do Seguro de Pessoa

Art. 789. Nos seguros de pessoas, o capital segurado é livremente estipulado pelo proponente, que pode
contratar mais de um seguro sobre o mesmo interesse, com o mesmo ou diversos seguradores.

Art. 790. No seguro sobre a vida de outros, o proponente é obrigado a declarar, sob pena de falsidade, o seu
interesse pela preservação da vida do segurado.

Parágrafo único. Até prova em contrário, presume-se o interesse, quando o segurado é cônjuge, ascendente
ou descendente do proponente.

Art. 791. Se o segurado não renunciar à faculdade, ou se o seguro não tiver como causa declarada a garantia
de alguma obrigação, é lícita a substituição do beneficiário, por ato entre vivos ou de última vontade.

Parágrafo único. O segurador, que não for cientificado oportunamente da substituição, desobrigar-se-á
pagando o capital segurado ao antigo beneficiário.

Art. 792. Na falta de indicação da pessoa ou beneficiário, ou se por qualquer motivo não prevalecer a que for
feita, o capital segurado será pago por metade ao cônjuge não separado judicialmente, e o restante aos
herdeiros do segurado, obedecida a ordem da vocação hereditária.

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Parágrafo único. Na falta das pessoas indicadas neste artigo, serão beneficiários os que provarem que a morte
do segurado os privou dos meios necessários à subsistência.

Art. 793. É válida a instituição do companheiro como beneficiário, se ao tempo do contrato o segurado era
separado judicialmente, ou já se encontrava separado de fato.

Art. 794. No seguro de vida ou de acidentes pessoais para o caso de morte, o capital estipulado não está
sujeito às dívidas do segurado, nem se considera herança para todos os efeitos de direito.

Art. 795. É nula, no seguro de pessoa, qualquer transação para pagamento reduzido do capital segurado.

Art. 796. O prêmio, no seguro de vida, será conveniado por prazo limitado, ou por toda a vida do segurado.

Parágrafo único. Em qualquer hipótese, no seguro individual, o segurador não terá ação para cobrar o prêmio
vencido, cuja falta de pagamento, nos prazos previstos, acarretará, conforme se estipular, a resolução do
contrato, com a restituição da reserva já formada, ou a redução do capital garantido proporcionalmente ao
prêmio pago.

Art. 797. No seguro de vida para o caso de morte, é lícito estipular-se um prazo de carência, durante o qual o
segurador não responde pela ocorrência do sinistro.

Parágrafo único. No caso deste artigo o segurador é obrigado a devolver ao beneficiário o montante da
reserva técnica já formada.

Art. 798. O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o segurado se suicida nos primeiros dois
anos de vigência inicial do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, observado o disposto no
parágrafo único do artigo antecedente.

Parágrafo único. Ressalvada a hipótese prevista neste artigo, é nula a cláusula contratual que exclui o
pagamento do capital por suicídio do segurado.

Art. 799. O segurador não pode eximir-se ao pagamento do seguro, ainda que da apólice conste a restrição,
se a morte ou a incapacidade do segurado provier da utilização de meio de transporte mais arriscado, da
prestação de serviço militar, da prática de esporte, ou de atos de humanidade em auxílio de outrem.

Art. 800. Nos seguros de pessoas, o segurador não pode sub-rogar-se nos direitos e ações do segurado, ou
do beneficiário, contra o causador do sinistro.

Art. 801. O seguro de pessoas pode ser estipulado por pessoa natural ou jurídica em proveito de grupo que a
ela, de qualquer modo, se vincule.

§ 1o O estipulante não representa o segurador perante o grupo segurado, e é o único responsável, para com o
segurador, pelo cumprimento de todas as obrigações contratuais.

§ 2o A modificação da apólice em vigor dependerá da anuência expressa de segurados que representem três
quartos do grupo.

Art. 802. Não se compreende nas disposições desta Seção a garantia do reembolso de despesas hospitalares
ou de tratamento médico, nem o custeio das despesas de luto e de funeral do segurado.

CAPÍTULO XVI
Da Constituição de Renda

Art. 803. Pode uma pessoa, pelo contrato de constituição de renda, obrigar-se para com outra a uma
prestação periódica, a título gratuito.

Art. 804. O contrato pode ser também a título oneroso, entregando-se bens móveis ou imóveis à pessoa que
se obriga a satisfazer as prestações a favor do credor ou de terceiros.

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Art. 805. Sendo o contrato a título oneroso, pode o credor, ao contratar, exigir que o rendeiro lhe preste
garantia real, ou fidejussória.

Art. 806. O contrato de constituição de renda será feito a prazo certo, ou por vida, podendo ultrapassar a vida
do devedor mas não a do credor, seja ele o contratante, seja terceiro.

Art. 807. O contrato de constituição de renda requer escritura pública.

Art. 808. É nula a constituição de renda em favor de pessoa já falecida, ou que, nos trinta dias seguintes, vier a
falecer de moléstia que já sofria, quando foi celebrado o contrato.

Art. 809. Os bens dados em compensação da renda caem, desde a tradição, no domínio da pessoa que por
aquela se obrigou.

Art. 810. Se o rendeiro, ou censuário, deixar de cumprir a obrigação estipulada, poderá o credor da renda
acioná-lo, tanto para que lhe pague as prestações atrasadas como para que lhe dê garantias das futuras, sob
pena de rescisão do contrato.

Art. 811. O credor adquire o direito à renda dia a dia, se a prestação não houver de ser paga adiantada, no
começo de cada um dos períodos prefixos.

Art. 812. Quando a renda for constituída em benefício de duas ou mais pessoas, sem determinação da parte
de cada uma, entende-se que os seus direitos são iguais; e, salvo estipulação diversa, não adquirirão os
sobrevivos direito à parte dos que morrerem.

Art. 813. A renda constituída por título gratuito pode, por ato do instituidor, ficar isenta de todas as execuções
pendentes e futuras.

Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo prevalece de pleno direito em favor dos montepios e pensões
alimentícias.

CAPÍTULO XVII
Do Jogo e da Aposta

Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que
voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito.

§ 1o Estende-se esta disposição a qualquer contrato que encubra ou envolva reconhecimento, novação ou
fiança de dívida de jogo; mas a nulidade resultante não pode ser oposta ao terceiro de boa-fé.

§ 2o O preceito contido neste artigo tem aplicação, ainda que se trate de jogo não proibido, só se excetuando
os jogos e apostas legalmente permitidos.

§ 3o Excetuam-se, igualmente, os prêmios oferecidos ou prometidos para o vencedor em competição de


natureza esportiva, intelectual ou artística, desde que os interessados se submetam às prescrições legais e
regulamentares.

Art. 815. Não se pode exigir reembolso do que se emprestou para jogo ou aposta, no ato de apostar ou jogar.

Art. 816. As disposições dos arts. 814 e 815 não se aplicam aos contratos sobre títulos de bolsa, mercadorias
ou valores, em que se estipulem a liquidação exclusivamente pela diferença entre o preço ajustado e a
cotação que eles tiverem no vencimento do ajuste.

Art. 817. O sorteio para dirimir questões ou dividir coisas comuns considera-se sistema de partilha ou processo
de transação, conforme o caso.

CAPÍTULO XVIII
DA FIANÇA

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Seção I
Disposições Gerais

Art. 818. Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo
devedor, caso este não a cumpra.

Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.

Art. 820. Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade.

Art. 821. As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão
depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal devedor.

Art. 822. Não sendo limitada, a fiança compreenderá todos os acessórios da dívida principal, inclusive as
despesas judiciais, desde a citação do fiador.

Art. 823. A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições menos
onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá senão até ao limite da
obrigação afiançada.

Art. 824. As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de
incapacidade pessoal do devedor.

Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo não abrange o caso de mútuo feito a menor.

Art. 825. Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não for
pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e não possua bens suficientes para
cumprir a obrigação.

Art. 826. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído.

Seção II
Dos Efeitos da Fiança

Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que
sejam primeiro executados os bens do devedor.

Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do
devedor, sitos no mesmo município, livres e desembargados, quantos bastem para solver o débito.

Art. 828. Não aproveita este benefício ao fiador:

I - se ele o renunciou expressamente;

II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário;

III - se o devedor for insolvente, ou falido.

Art. 829. A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa importa o compromisso de
solidariedade entre elas, se declaradamente não se reservarem o benefício de divisão.

Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada fiador responde unicamente pela parte que, em proporção,
lhe couber no pagamento.

Art. 830. Cada fiador pode fixar no contrato a parte da dívida que toma sob sua responsabilidade, caso em que
não será por mais obrigado.

Art. 831. O fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado nos direitos do credor; mas só poderá
demandar a cada um dos outros fiadores pela respectiva quota.

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Parágrafo único. A parte do fiador insolvente distribuir-se-á pelos outros.

Art. 832. O devedor responde também perante o fiador por todas as perdas e danos que este pagar, e pelos
que sofrer em razão da fiança.

Art. 833. O fiador tem direito aos juros do desembolso pela taxa estipulada na obrigação principal, e, não
havendo taxa convencionada, aos juros legais da mora.

Art. 834. Quando o credor, sem justa causa, demorar a execução iniciada contra o devedor, poderá o fiador
promover-lhe o andamento.

Art. 835. O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe
convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias após a notificação do credor.

Art. 836. A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se limita ao tempo
decorrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança.

Seção III
Da Extinção da Fiança

Art. 837. O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigação que
competem ao devedor principal, se não provierem simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do
mútuo feito a pessoa menor.

Art. 838. O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado:

I - se, sem consentimento seu, o credor conceder moratória ao devedor;

II - se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação nos seus direitos e preferências;

III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavelmente do devedor objeto diverso do que este era
obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perdê-lo por evicção.

Art. 839. Se for invocado o benefício da excussão e o devedor, retardando-se a execução, cair em insolvência,
ficará exonerado o fiador que o invocou, se provar que os bens por ele indicados eram, ao tempo da penhora,
suficientes para a solução da dívida afiançada.

CAPÍTULO XIX
Da Transação

Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas.

Art. 841. Só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a transação.

Art. 842. A transação far-se-á por escritura pública, nas obrigações em que a lei o exige, ou por instrumento
particular, nas em que ela o admite; se recair sobre direitos contestados em juízo, será feita por escritura
pública, ou por termo nos autos, assinado pelos transigentes e homologado pelo juiz.

Art. 843. A transação interpreta-se restritivamente, e por ela não se transmitem, apenas se declaram ou
reconhecem direitos.

Art. 844. A transação não aproveita, nem prejudica senão aos que nela intervierem, ainda que diga respeito a
coisa indivisível.

§ 1o Se for concluída entre o credor e o devedor, desobrigará o fiador.

§ 2o Se entre um dos credores solidários e o devedor, extingue a obrigação deste para com os outros
credores.

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§ 3o Se entre um dos devedores solidários e seu credor, extingue a dívida em relação aos co-devedores.
Art. 845. Dada a evicção da coisa renunciada por um dos transigentes, ou por ele transferida à outra parte,
não revive a obrigação extinta pela transação; mas ao evicto cabe o direito de reclamar perdas e danos.

Parágrafo único. Se um dos transigentes adquirir, depois da transação, novo direito sobre a coisa renunciada
ou transferida, a transação feita não o inibirá de exercê-lo.

Art. 846. A transação concernente a obrigações resultantes de delito não extingue a ação penal pública.

Art. 847. É admissível, na transação, a pena convencional.

Art. 848. Sendo nula qualquer das cláusulas da transação, nula será esta.

Parágrafo único. Quando a transação versar sobre diversos direitos contestados, independentes entre si, o
fato de não prevalecer em relação a um não prejudicará os demais.

Art. 849. A transação só se anula por dolo, coação, ou erro essencial quanto à pessoa ou coisa controversa.

Parágrafo único. A transação não se anula por erro de direito a respeito das questões que foram objeto de
controvérsia entre as partes.

Art. 850. É nula a transação a respeito do litígio decidido por sentença passada em julgado, se dela não tinha
ciência algum dos transatores, ou quando, por título ulteriormente descoberto, se verificar que nenhum deles
tinha direito sobre o objeto da transação.

CAPÍTULO XX
Do Compromisso

Art. 851. É admitido compromisso, judicial ou extrajudicial, para resolver litígios entre pessoas que podem
contratar.

Art. 852. É vedado compromisso para solução de questões de estado, de direito pessoal de família e de outras
que não tenham caráter estritamente patrimonial.

Art. 853. Admite-se nos contratos a cláusula compromissória, para resolver divergências mediante juízo
arbitral, na forma estabelecida em lei especial.

TÍTULO VII
Dos Atos Unilaterais
CAPÍTULO I
Da Promessa de Recompensa

Art. 854. Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha
certa condição, ou desempenhe certo serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido.

Art. 855. Quem quer que, nos termos do artigo antecedente, fizer o serviço, ou satisfizer a condição, ainda que
não pelo interesse da promessa, poderá exigir a recompensa estipulada.

Art. 856. Antes de prestado o serviço ou preenchida a condição, pode o promitente revogar a promessa,
contanto que o faça com a mesma publicidade; se houver assinado prazo à execução da tarefa, entender-se-á
que renuncia o arbítrio de retirar, durante ele, a oferta.

Parágrafo único. O candidato de boa-fé, que houver feito despesas, terá direito a reembolso.

Art. 857. Se o ato contemplado na promessa for praticado por mais de um indivíduo, terá direito à recompensa
o que primeiro o executou.

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Art. 858. Sendo simultânea a execução, a cada um tocará quinhão igual na recompensa; se esta não for
divisível, conferir-se-á por sorteio, e o que obtiver a coisa dará ao outro o valor de seu quinhão.

Art. 859. Nos concursos que se abrirem com promessa pública de recompensa, é condição essencial, para
valerem, a fixação de um prazo, observadas também as disposições dos parágrafos seguintes.

§ 1o A decisão da pessoa nomeada, nos anúncios, como juiz, obriga os interessados.

§ 2o Em falta de pessoa designada para julgar o mérito dos trabalhos que se apresentarem, entender-se-á que
o promitente se reservou essa função.

§ 3o Se os trabalhos tiverem mérito igual, proceder-se-á de acordo com os arts. 857 e 858.
Art. 860. As obras premiadas, nos concursos de que trata o artigo antecedente, só ficarão pertencendo ao
promitente, se assim for estipulado na publicação da promessa.

CAPÍTULO II
Da Gestão de Negócios

Art. 861. Aquele que, sem autorização do interessado, intervém na gestão de negócio alheio, dirigi-lo-á
segundo o interesse e a vontade presumível de seu dono, ficando responsável a este e às pessoas com que
tratar.

Art. 862. Se a gestão foi iniciada contra a vontade manifesta ou presumível do interessado, responderá o
gestor até pelos casos fortuitos, não provando que teriam sobrevindo, ainda quando se houvesse abatido.

Art. 863. No caso do artigo antecedente, se os prejuízos da gestão excederem o seu proveito, poderá o dono
do negócio exigir que o gestor restitua as coisas ao estado anterior, ou o indenize da diferença.

Art. 864. Tanto que se possa, comunicará o gestor ao dono do negócio a gestão que assumiu, aguardando-lhe
a resposta, se da espera não resultar perigo.

Art. 865. Enquanto o dono não providenciar, velará o gestor pelo negócio, até o levar a cabo, esperando, se
aquele falecer durante a gestão, as instruções dos herdeiros, sem se descuidar, entretanto, das medidas que o
caso reclame.

Art. 866. O gestor envidará toda sua diligência habitual na administração do negócio, ressarcindo ao dono o
prejuízo resultante de qualquer culpa na gestão.
Art. 867. Se o gestor se fizer substituir por outrem, responderá pelas faltas do substituto, ainda que seja
pessoa idônea, sem prejuízo da ação que a ele, ou ao dono do negócio, contra ela possa caber.

Parágrafo único. Havendo mais de um gestor, solidária será a sua responsabilidade.

Art. 868. O gestor responde pelo caso fortuito quando fizer operações arriscadas, ainda que o dono
costumasse fazê-las, ou quando preterir interesse deste em proveito de interesses seus.

Parágrafo único. Querendo o dono aproveitar-se da gestão, será obrigado a indenizar o gestor das despesas
necessárias, que tiver feito, e dos prejuízos, que por motivo da gestão, houver sofrido.

Art. 869. Se o negócio for utilmente administrado, cumprirá ao dono as obrigações contraídas em seu nome,
reembolsando ao gestor as despesas necessárias ou úteis que houver feito, com os juros legais, desde o
desembolso, respondendo ainda pelos prejuízos que este houver sofrido por causa da gestão.

§ 1o A utilidade, ou necessidade, da despesa, apreciar-se-á não pelo resultado obtido, mas segundo as
circunstâncias da ocasião em que se fizerem.

§ 2o Vigora o disposto neste artigo, ainda quando o gestor, em erro quanto ao dono do negócio, der a outra
pessoa as contas da gestão.

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Art. 870. Aplica-se a disposição do artigo antecedente, quando a gestão se proponha a acudir a prejuízos
iminentes, ou redunde em proveito do dono do negócio ou da coisa; mas a indenização ao gestor não
excederá, em importância, as vantagens obtidas com a gestão.

Art. 871. Quando alguém, na ausência do indivíduo obrigado a alimentos, por ele os prestar a quem se devem,
poder-lhes-á reaver do devedor a importância, ainda que este não ratifique o ato.

Art. 872. Nas despesas do enterro, proporcionadas aos usos locais e à condição do falecido, feitas por
terceiro, podem ser cobradas da pessoa que teria a obrigação de alimentar a que veio a falecer, ainda mesmo
que esta não tenha deixado bens.

Parágrafo único. Cessa o disposto neste artigo e no antecedente, em se provando que o gestor fez essas
despesas com o simples intento de bem-fazer.

Art. 873. A ratificação pura e simples do dono do negócio retroage ao dia do começo da gestão, e produz
todos os efeitos do mandato.

Art. 874. Se o dono do negócio, ou da coisa, desaprovar a gestão, considerando-a contrária aos seus
interesses, vigorará o disposto nos arts. 862 e 863, salvo o estabelecido nos arts. 869 e 870.

Art. 875. Se os negócios alheios forem conexos ao do gestor, de tal arte que se não possam gerir
separadamente, haver-se-á o gestor por sócio daquele cujos interesses agenciar de envolta com os seus.

Parágrafo único. No caso deste artigo, aquele em cujo benefício interveio o gestor só é obrigado na razão das
vantagens que lograr.

CAPÍTULO III
Do Pagamento Indevido

Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir; obrigação que incumbe
àquele que recebe dívida condicional antes de cumprida a condição.
Art. 877. Àquele que voluntariamente pagou o indevido incumbe a prova de tê-lo feito por erro.

Art. 878. Aos frutos, acessões, benfeitorias e deteriorações sobrevindas à coisa dada em pagamento indevido,
aplica-se o disposto neste Código sobre o possuidor de boa-fé ou de má-fé, conforme o caso.

Art. 879. Se aquele que indevidamente recebeu um imóvel o tiver alienado em boa-fé, por título oneroso,
responde somente pela quantia recebida; mas, se agiu de má-fé, além do valor do imóvel, responde por
perdas e danos.

Parágrafo único. Se o imóvel foi alienado por título gratuito, ou se, alienado por título oneroso, o terceiro
adquirente agiu de má-fé, cabe ao que pagou por erro o direito de reivindicação.

Art. 880. Fica isento de restituir pagamento indevido aquele que, recebendo-o como parte de dívida
verdadeira, inutilizou o título, deixou prescrever a pretensão ou abriu mão das garantias que asseguravam seu
direito; mas aquele que pagou dispõe de ação regressiva contra o verdadeiro devedor e seu fiador.

Art. 881. Se o pagamento indevido tiver consistido no desempenho de obrigação de fazer ou para eximir-se da
obrigação de não fazer, aquele que recebeu a prestação fica na obrigação de indenizar o que a cumpriu, na
medida do lucro obtido.

Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente
inexigível.

Art. 883. Não terá direito à repetição aquele que deu alguma coisa para obter fim ilícito, imoral, ou proibido por
lei.

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Parágrafo único. No caso deste artigo, o que se deu reverterá em favor de estabelecimento local de
beneficência, a critério do juiz.

CAPÍTULO IV
Do Enriquecimento Sem Causa

Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o
indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.

Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a
restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido.

Art. 885. A restituição é devida, não só quando não tenha havido causa que justifique o enriquecimento, mas
também se esta deixou de existir.

Art. 886. Não caberá a restituição por enriquecimento, se a lei conferir ao lesado outros meios para se
ressarcir do prejuízo sofrido.

TÍTULO VIII
Dos Títulos de Crédito

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido,
somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.

Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não
implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.

Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a
assinatura do emitente.

§ 1o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento.

§ 2o Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente.

§ 3o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e
que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo.

Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de
responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade
prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações.

Art. 891. O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de conformidade com os
ajustes realizados.

Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram, não
constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé.

Art. 892. Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura em título de crédito,
como mandatário ou representante de outrem, fica pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem ele os
mesmos direitos que teria o suposto mandante ou representado.

Art. 893. A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes.

Art. 894. O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-lo, de conformidade com
as normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela independentemente de quaisquer
formalidades, além da entrega do título devidamente quitado.

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Art. 895. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto
de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa.

Art. 896. O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o adquiriu de boa-fé e na conformidade
das normas que disciplinam a sua circulação.

Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser
garantido por aval.

Parágrafo único. É vedado o aval parcial.

Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.

§ 1o Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista.

§ 2o Considera-se não escrito o aval cancelado.


Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final.

§ 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados
anteriores.

§ 2o Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipara, a
menos que a nulidade decorra de vício de forma.

Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado.

Art. 901. Fica validamente desonerado o devedor que paga título de crédito ao legítimo portador, no
vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé.

Parágrafo único. Pagando, pode o devedor exigir do credor, além da entrega do título, quitação regular.

Art. 902. Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e aquele que o paga,
antes do vencimento, fica responsável pela validade do pagamento.

§ 1o No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial.

§ 2o No caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, além da quitação em separado,
outra deverá ser firmada no próprio título.

Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código.

CAPÍTULO II
Do Título ao Portador

Art. 904. A transferência de título ao portador se faz por simples tradição.

Art. 905. O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples
apresentação ao devedor.

Parágrafo único. A prestação é devida ainda que o título tenha entrado em circulação contra a vontade do
emitente.

Art. 906. O devedor só poderá opor ao portador exceção fundada em direito pessoal, ou em nulidade de sua
obrigação.

Art. 907. É nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial.

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Art. 908. O possuidor de título dilacerado, porém identificável, tem direito a obter do emitente a substituição do
anterior, mediante a restituição do primeiro e o pagamento das despesas.

Art. 909. O proprietário, que perder ou extraviar título, ou for injustamente desapossado dele, poderá obter
novo título em juízo, bem como impedir sejam pagos a outrem capital e rendimentos.

Parágrafo único. O pagamento, feito antes de ter ciência da ação referida neste artigo, exonera o devedor,
salvo se se provar que ele tinha conhecimento do fato.

CAPÍTULO III
Do Título À Ordem

Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título.

§ 1o Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso, dado no verso do título, é
suficiente a simples assinatura do endossante.

§ 2o A transferência por endosso completa-se com a tradição do título.

§ 3o Considera-se não escrito o endosso cancelado, total ou parcialmente.


Art. 911. Considera-se legítimo possuidor o portador do título à ordem com série regular e ininterrupta de
endossos, ainda que o último seja em branco.

Parágrafo único. Aquele que paga o título está obrigado a verificar a regularidade da série de endossos, mas
não a autenticidade das assinaturas.

Art. 912. Considera-se não escrita no endosso qualquer condição a que o subordine o endossante.

Parágrafo único. É nulo o endosso parcial.

Art. 913. O endossatário de endosso em branco pode mudá-lo para endosso em preto, completando-o com o
seu nome ou de terceiro; pode endossar novamente o título, em branco ou em preto; ou pode transferi-lo sem
novo endosso.

Art. 914. Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo
cumprimento da prestação constante do título.

§ 1o Assumindo responsabilidade pelo pagamento, o endossante se torna devedor solidário.

§ 2o Pagando o título, tem o endossante ação de regresso contra os coobrigados anteriores.


Art. 915. O devedor, além das exceções fundadas nas relações pessoais que tiver com o portador, só poderá
opor a este as exceções relativas à forma do título e ao seu conteúdo literal, à falsidade da própria assinatura,
a defeito de capacidade ou de representação no momento da subscrição, e à falta de requisito necessário ao
exercício da ação.

Art. 916. As exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser
por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé.

Art. 917. A cláusula constitutiva de mandato, lançada no endosso, confere ao endossatário o exercício dos
direitos inerentes ao título, salvo restrição expressamente estatuída.

§ 1o O endossatário de endosso-mandato só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador,


com os mesmos poderes que recebeu.

§ 2o Com a morte ou a superveniente incapacidade do endossante, não perde eficácia o endosso-mandato.

§ 3o Pode o devedor opor ao endossatário de endosso-mandato somente as exceções que tiver contra o

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endossante.

Art. 918. A cláusula constitutiva de penhor, lançada no endosso, confere ao endossatário o exercício dos
direitos inerentes ao título.

§ 1o O endossatário de endosso-penhor só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador.

§ 2o Não pode o devedor opor ao endossatário de endosso-penhor as exceções que tinha contra o
endossante, salvo se aquele tiver agido de má-fé.

Art. 919. A aquisição de título à ordem, por meio diverso do endosso, tem efeito de cessão civil.

Art. 920. O endosso posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anterior.

CAPÍTULO IV
Do Título Nominativo

Art. 921. É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente.

Art. 922. Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietário e
pelo adquirente.

Art. 923. O título nominativo também pode ser transferido por endosso que contenha o nome do endossatário.

§ 1o A transferência mediante endosso só tem eficácia perante o emitente, uma vez feita a competente
averbação em seu registro, podendo o emitente exigir do endossatário que comprove a autenticidade da
assinatura do endossante.

§ 2o O endossatário, legitimado por série regular e ininterrupta de endossos, tem o direito de obter a
averbação no registro do emitente, comprovada a autenticidade das assinaturas de todos os endossantes.

§ 3o Caso o título original contenha o nome do primitivo proprietário, tem direito o adquirente a obter do
emitente novo título, em seu nome, devendo a emissão do novo título constar no registro do emitente.

Art. 924. Ressalvada proibição legal, pode o título nominativo ser transformado em à ordem ou ao portador, a
pedido do proprietário e à sua custa.

Art. 925. Fica desonerado de responsabilidade o emitente que de boa-fé fizer a transferência pelos modos
indicados nos artigos antecedentes.

Art. 926. Qualquer negócio ou medida judicial, que tenha por objeto o título, só produz efeito perante o
emitente ou terceiros, uma vez feita a competente averbação no registro do emitente.

TÍTULO IX
Da Responsabilidade Civil

CAPÍTULO I
Da Obrigação de Indenizar

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados
em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco
para os direitos de outrem.

Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem
obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.

Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do

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necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.

Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do
perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.

Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do
dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.

Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188,
inciso I).

Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas
respondem independentemente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação.

Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;

II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;

III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que
lhes competir, ou em razão dele;

IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para
fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;

V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.

Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte,
responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.

Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem
pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.

Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo
criminal.

Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou
força maior.

Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier
de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.

Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem
ou forem lançadas em lugar indevido.

Art. 939. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a lei o permita,
ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros correspondentes,
embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.

Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas
ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver
cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.

Art. 941. As penas previstas nos arts. 939 e 940 não se aplicarão quando o autor desistir da ação antes de
contestada a lide, salvo ao réu o direito de haver indenização por algum prejuízo que prove ter sofrido.

Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do

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dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.

Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no
art. 932.

Art. 943. O direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança.

CAPÍTULO II
Da Indenização

Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.

Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz
reduzir, eqüitativamente, a indenização.

Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada
tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.

Art. 946. Se a obrigação for indeterminada, e não houver na lei ou no contrato disposição fixando a
indenização devida pelo inadimplente, apurar-se-á o valor das perdas e danos na forma que a lei processual
determinar.

Art. 947. Se o devedor não puder cumprir a prestação na espécie ajustada, substituir-se-á pelo seu valor, em
moeda corrente.

Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:

I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família;

II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável
da vida da vítima.

Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do
tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido
prove haver sofrido.

Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se
lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até
ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou
da depreciação que ele sofreu.

Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só
vez.

Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que,
no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente,
agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.

Art. 952. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a indenização consistirá em
pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de lucros cessantes; faltando a coisa, dever-se-á
reembolsar o seu equivalente ao prejudicado.

Parágrafo único. Para se restituir o equivalente, quando não exista a própria coisa, estimar-se-á ela pelo seu
preço ordinário e pelo de afeição, contanto que este não se avantaje àquele.

Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas resulte ao
ofendido.

Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, eqüitativamente, o

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valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso.

Art. 954. A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento das perdas e danos que
sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar prejuízo, tem aplicação o disposto no parágrafo único do
artigo antecedente.

Parágrafo único. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal:

I - o cárcere privado;

II - a prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé;

III - a prisão ilegal.

TÍTULO X
Das Preferências e Privilégios Creditórios

Art. 955. Procede-se à declaração de insolvência toda vez que as dívidas excedam à importância dos bens do
devedor.

Art. 956. A discussão entre os credores pode versar quer sobre a preferência entre eles disputada, quer sobre
a nulidade, simulação, fraude, ou falsidade das dívidas e contratos.

Art. 957. Não havendo título legal à preferência, terão os credores igual direito sobre os bens do devedor
comum.

Art. 958. Os títulos legais de preferência são os privilégios e os direitos reais.

Art. 959. Conservam seus respectivos direitos os credores, hipotecários ou privilegiados:

I - sobre o preço do seguro da coisa gravada com hipoteca ou privilégio, ou sobre a indenização devida,
havendo responsável pela perda ou danificação da coisa;

II - sobre o valor da indenização, se a coisa obrigada a hipoteca ou privilégio for desapropriada.

Art. 960. Nos casos a que se refere o artigo antecedente, o devedor do seguro, ou da indenização, exonera-se
pagando sem oposição dos credores hipotecários ou privilegiados.

Art. 961. O crédito real prefere ao pessoal de qualquer espécie; o crédito pessoal privilegiado, ao simples; e o
privilégio especial, ao geral.

Art. 962. Quando concorrerem aos mesmos bens, e por título igual, dois ou mais credores da mesma classe
especialmente privilegiados, haverá entre eles rateio proporcional ao valor dos respectivos créditos, se o
produto não bastar para o pagamento integral de todos.

Art. 963. O privilégio especial só compreende os bens sujeitos, por expressa disposição de lei, ao pagamento
do crédito que ele favorece; e o geral, todos os bens não sujeitos a crédito real nem a privilégio especial.

Art. 964. Têm privilégio especial:

I - sobre a coisa arrecadada e liquidada, o credor de custas e despesas judiciais feitas com a arrecadação e
liquidação;

II - sobre a coisa salvada, o credor por despesas de salvamento;

III - sobre a coisa beneficiada, o credor por benfeitorias necessárias ou úteis;

IV - sobre os prédios rústicos ou urbanos, fábricas, oficinas, ou quaisquer outras construções, o credor de
materiais, dinheiro, ou serviços para a sua edificação, reconstrução, ou melhoramento;

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V - sobre os frutos agrícolas, o credor por sementes, instrumentos e serviços à cultura, ou à colheita;

VI - sobre as alfaias e utensílios de uso doméstico, nos prédios rústicos ou urbanos, o credor de aluguéis,
quanto às prestações do ano corrente e do anterior;

VII - sobre os exemplares da obra existente na massa do editor, o autor dela, ou seus legítimos
representantes, pelo crédito fundado contra aquele no contrato da edição;

VIII - sobre o produto da colheita, para a qual houver concorrido com o seu trabalho, e precipuamente a
quaisquer outros créditos, ainda que reais, o trabalhador agrícola, quanto à dívida dos seus salários.

Art. 965. Goza de privilégio geral, na ordem seguinte, sobre os bens do devedor:

I - o crédito por despesa de seu funeral, feito segundo a condição do morto e o costume do lugar;

II - o crédito por custas judiciais, ou por despesas com a arrecadação e liquidação da massa;

III - o crédito por despesas com o luto do cônjuge sobrevivo e dos filhos do devedor falecido, se foram
moderadas;

IV - o crédito por despesas com a doença de que faleceu o devedor, no semestre anterior à sua morte;

V - o crédito pelos gastos necessários à mantença do devedor falecido e sua família, no trimestre anterior ao
falecimento;

VI - o crédito pelos impostos devidos à Fazenda Pública, no ano corrente e no anterior;

VII - o crédito pelos salários dos empregados do serviço doméstico do devedor, nos seus derradeiros seis
meses de vida;

VIII - os demais créditos de privilégio geral.

LIVRO II
Do Direito de Empresa

TÍTULO I
Do Empresário

CAPÍTULO I
Da Caracterização e da Inscrição

Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica,
literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão
constituir elemento de empresa.

Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva
sede, antes do início de sua atividade.

Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:

I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens;

II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa;

III - o capital;

IV - o objeto e a sede da empresa.

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§ 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo no livro próprio do
Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os
empresários inscritos.

§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela
ocorrentes.

Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro
Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.

Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.

Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno
empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.

Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as
formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas
Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao
empresário sujeito a registro.

CAPÍTULO II
Da Capacidade

Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não
forem legalmente impedidos.

Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá
pelas obrigações contraídas.

Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes
exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.

§ 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da
empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos
os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por
terceiros.

§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou
da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a
autorização.

Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, por disposição de lei, não puder exercer
atividade de empresário, nomeará, com a aprovação do juiz, um ou mais gerentes.

§ 1o Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos em que o juiz entender ser conveniente.

§ 2o A aprovação do juiz não exime o representante ou assistente do menor ou do interdito da


responsabilidade pelos atos dos gerentes nomeados.

Art. 976. A prova da emancipação e da autorização do incapaz, nos casos do art. 974, e a de eventual
revogação desta, serão inscritas ou averbadas no Registro Público de Empresas Mercantis.

Parágrafo único. O uso da nova firma caberá, conforme o caso, ao gerente; ou ao representante do incapaz;
ou a este, quando puder ser autorizado.

Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham
casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.

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Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de
bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.

Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, no Registro Público de Empresas
Mercantis, os pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, de
bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade.

Art. 980. A sentença que decretar ou homologar a separação judicial do empresário e o ato de reconciliação
não podem ser opostos a terceiros, antes de arquivados e averbados no Registro Público de Empresas
Mercantis.

TÍTULO II
Da Sociedade

CAPÍTULO ÚNICO
Disposições Gerais

Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens
ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados.

Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados.

Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício
de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.

Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e,
simples, a cooperativa.

Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a
sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se
às normas que lhe são próprias.
Parágrafo único. Ressalvam-se as disposições concernentes à sociedade em conta de participação e à
cooperativa, bem como as constantes de leis especiais que, para o exercício de certas atividades, imponham a
constituição da sociedade segundo determinado tipo.

Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja
constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as
formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em
que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária.

Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrição se
subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a transformação.

Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, dos
seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150).

SUBTÍTULO I
Da Sociedade Não Personificada

CAPÍTULO I
Da Sociedade em Comum

Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por ações em
organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis,
as normas da sociedade simples.

Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem provar a existência da

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sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo.

Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum.

Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto
expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer.

Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício
de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela sociedade.

CAPÍTULO II
Da Sociedade em Conta de Participação

Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é exercida
unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade,
participando os demais dos resultados correspondentes.

Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o
sócio participante, nos termos do contrato social.

Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode
provar-se por todos os meios de direito.

Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento
em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade.

Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o sócio participante não
pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com
este pelas obrigações em que intervier.

Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto
da conta de participação relativa aos negócios sociais.

§ 1o A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios.

§ 2o A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo
saldo constituirá crédito quirografário.

§ 3o Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da falência
nos contratos bilaterais do falido.

Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento
expresso dos demais.

Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no que com ela for compatível, o
disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas,
na forma da lei processual.

Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas serão prestadas e julgadas no
mesmo processo.

SUBTÍTULO II
Da Sociedade Personificada

CAPÍTULO I
Da Sociedade Simples

Seção I
Do Contrato Social

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Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou público, que, além de cláusulas
estipuladas pelas partes, mencionará:

I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a
denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;

II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade;

III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens,
suscetíveis de avaliação pecuniária;

IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la;

V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista em serviços;

VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e seus poderes e atribuições;

VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas;

VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais.

Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no
instrumento do contrato.

Art. 998. Nos trinta dias subseqüentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do contrato
social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede.

§ 1o O pedido de inscrição será acompanhado do instrumento autenticado do contrato, e, se algum sócio nele
houver sido representado por procurador, o da respectiva procuração, bem como, se for o caso, da prova de
autorização da autoridade competente.

§ 2o Com todas as indicações enumeradas no artigo antecedente, será a inscrição tomada por termo no livro
de registro próprio, e obedecerá a número de ordem contínua para todas as sociedades inscritas.

Art. 999. As modificações do contrato social, que tenham por objeto matéria indicada no art. 997, dependem
do consentimento de todos os sócios; as demais podem ser decididas por maioria absoluta de votos, se o
contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime.

Parágrafo único. Qualquer modificação do contrato social será averbada, cumprindo-se as formalidades
previstas no artigo antecedente.

Art. 1.000. A sociedade simples que instituir sucursal, filial ou agência na circunscrição de outro Registro Civil
das Pessoas Jurídicas, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.

Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição da sucursal, filial ou agência deverá ser averbada no
Registro Civil da respectiva sede.

Seção II
Dos Direitos e Obrigações dos Sócios

Art. 1.001. As obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, se este não fixar outra data, e
terminam quando, liquidada a sociedade, se extinguirem as responsabilidades sociais.

Art. 1.002. O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, sem o consentimento dos demais
sócios, expresso em modificação do contrato social.

Art. 1.003. A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação do contrato social com o
consentimento dos demais sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade.

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Parágrafo único. Até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, responde o cedente
solidariamente com o cessionário, perante a sociedade e terceiros, pelas obrigações que tinha como sócio.

Art. 1.004. Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas no contrato
social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos trinta dias seguintes ao da notificação pela sociedade, responderá
perante esta pelo dano emergente da mora.

Parágrafo único. Verificada a mora, poderá a maioria dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão do
sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao montante já realizado, aplicando-se, em ambos os casos, o disposto
no § 1o do art. 1.031.
Art. 1.005. O sócio que, a título de quota social, transmitir domínio, posse ou uso, responde pela evicção; e
pela solvência do devedor, aquele que transferir crédito.

Art. 1.006. O sócio, cuja contribuição consista em serviços, não pode, salvo convenção em contrário,
empregar-se em atividade estranha à sociedade, sob pena de ser privado de seus lucros e dela excluído.

Art. 1.007. Salvo estipulação em contrário, o sócio participa dos lucros e das perdas, na proporção das
respectivas quotas, mas aquele, cuja contribuição consiste em serviços, somente participa dos lucros na
proporção da média do valor das quotas.

Art. 1.008. É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de participar dos lucros e das perdas.

Art. 1.009. A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta responsabilidade solidária dos administradores
que a realizarem e dos sócios que os receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a ilegitimidade.
Seção III
Da Administração

Art. 1.010. Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios decidir sobre os negócios da
sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria de votos, contados segundo o valor das quotas de
cada um.

§ 1o Para formação da maioria absoluta são necessários votos correspondentes a mais de metade do capital.

§ 2o Prevalece a decisão sufragada por maior número de sócios no caso de empate, e, se este persistir,
decidirá o juiz.

§ 3o Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma operação interesse contrário ao da
sociedade, participar da deliberação que a aprove graças a seu voto.

Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência
que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios.

§ 1o Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei especial, os condenados a pena
que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação,
peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional,
contra as normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade,
enquanto perdurarem os efeitos da condenação.

§ 2o Aplicam-se à atividade dos administradores, no que couber, as disposições concernentes ao mandato.


Art. 1.012. O administrador, nomeado por instrumento em separado, deve averbá-lo à margem da inscrição da
sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de requerer a averbação, responde pessoal e solidariamente com
a sociedade.

Art. 1.013. A administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a cada
um dos sócios.

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§ 1o Se a administração competir separadamente a vários administradores, cada um pode impugnar operação


pretendida por outro, cabendo a decisão aos sócios, por maioria de votos.

§ 2o Responde por perdas e danos perante a sociedade o administrador que realizar operações, sabendo ou
devendo saber que estava agindo em desacordo com a maioria.

Art. 1.014. Nos atos de competência conjunta de vários administradores, torna-se necessário o concurso de
todos, salvo nos casos urgentes, em que a omissão ou retardo das providências possa ocasionar dano
irreparável ou grave.

Art. 1.015. No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da
sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria
dos sócios decidir.

Parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros se ocorrer
pelo menos uma das seguintes hipóteses:

I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade;

II - provando-se que era conhecida do terceiro;


III - tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade.

Art. 1.016. Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por
culpa no desempenho de suas funções.

Art. 1.017. O administrador que, sem consentimento escrito dos sócios, aplicar créditos ou bens sociais em
proveito próprio ou de terceiros, terá de restituí-los à sociedade, ou pagar o equivalente, com todos os lucros
resultantes, e, se houver prejuízo, por ele também responderá.

Parágrafo único. Fica sujeito às sanções o administrador que, tendo em qualquer operação interesse contrário
ao da sociedade, tome parte na correspondente deliberação.

Art. 1.018. Ao administrador é vedado fazer-se substituir no exercício de suas funções, sendo-lhe facultado,
nos limites de seus poderes, constituir mandatários da sociedade, especificados no instrumento os atos e
operações que poderão praticar.

Art. 1.019. São irrevogáveis os poderes do sócio investido na administração por cláusula expressa do contrato
social, salvo justa causa, reconhecida judicialmente, a pedido de qualquer dos sócios.

Parágrafo único. São revogáveis, a qualquer tempo, os poderes conferidos a sócio por ato separado, ou a
quem não seja sócio.

Art. 1.020. Os administradores são obrigados a prestar aos sócios contas justificadas de sua administração, e
apresentar-lhes o inventário anualmente, bem como o balanço patrimonial e o de resultado econômico.

Art. 1.021. Salvo estipulação que determine época própria, o sócio pode, a qualquer tempo, examinar os livros
e documentos, e o estado da caixa e da carteira da sociedade.

Seção IV
Das Relações com Terceiros

Art. 1.022. A sociedade adquire direitos, assume obrigações e procede judicialmente, por meio de
administradores com poderes especiais, ou, não os havendo, por intermédio de qualquer administrador.

Art. 1.023. Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na
proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária.

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Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois
de executados os bens sociais.

Art. 1.025. O sócio, admitido em sociedade já constituída, não se exime das dívidas sociais anteriores à
admissão.

Art. 1.026. O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a
execução sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação.

Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da quota do
devedor, cujo valor, apurado na forma do art. 1.031, será depositado em dinheiro, no juízo da execução, até
noventa dias após aquela liquidação.

Art. 1.027. Os herdeiros do cônjuge de sócio, ou o cônjuge do que se separou judicialmente, não podem exigir
desde logo a parte que lhes couber na quota social, mas concorrer à divisão periódica dos lucros, até que se
liquide a sociedade.

Seção V
Da Resolução da Sociedade em Relação a um Sócio

Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo:

I - se o contrato dispuser diferentemente;

II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;

III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.

Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade; se de
prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias; se
de prazo determinado, provando judicialmente justa causa.
Parágrafo único. Nos trinta dias subseqüentes à notificação, podem os demais sócios optar pela dissolução da
sociedade.

Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode o sócio ser excluído judicialmente,
mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas obrigações, ou,
ainda, por incapacidade superveniente.

Parágrafo único. Será de pleno direito excluído da sociedade o sócio declarado falido, ou aquele cuja quota
tenha sido liquidada nos termos do parágrafo único do art. 1.026.

Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota,
considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com
base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente
levantado.

§ 1o O capital social sofrerá a correspondente redução, salvo se os demais sócios suprirem o valor da quota.

§ 2o A quota liquidada será paga em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir da liquidação, salvo acordo,
ou estipulação contratual em contrário.

Art. 1.032. A retirada, exclusão ou morte do sócio, não o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade
pelas obrigações sociais anteriores, até dois anos após averbada a resolução da sociedade; nem nos dois
primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto não se requerer a averbação.

Seção VI
Da Dissolução

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Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:

I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade
em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;

II - o consenso unânime dos sócios;

III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;

IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias;

V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.

Art. 1.034. A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a requerimento de qualquer dos sócios, quando:

I - anulada a sua constituição;

II - exaurido o fim social, ou verificada a sua inexeqüibilidade.

Art. 1.035. O contrato pode prever outras causas de dissolução, a serem verificadas judicialmente quando
contestadas.
Art. 1.036. Ocorrida a dissolução, cumpre aos administradores providenciar imediatamente a investidura do
liquidante, e restringir a gestão própria aos negócios inadiáveis, vedadas novas operações, pelas quais
responderão solidária e ilimitadamente.

Parágrafo único. Dissolvida de pleno direito a sociedade, pode o sócio requerer, desde logo, a liquidação
judicial.

Art. 1.037. Ocorrendo a hipótese prevista no inciso V do art. 1.033, o Ministério Público, tão logo lhe
comunique a autoridade competente, promoverá a liquidação judicial da sociedade, se os administradores não
o tiverem feito nos trinta dias seguintes à perda da autorização, ou se o sócio não houver exercido a faculdade
assegurada no parágrafo único do artigo antecedente.

Parágrafo único. Caso o Ministério Público não promova a liquidação judicial da sociedade nos quinze dias
subseqüentes ao recebimento da comunicação, a autoridade competente para conceder a autorização
nomeará interventor com poderes para requerer a medida e administrar a sociedade até que seja nomeado o
liquidante.

Art. 1.038. Se não estiver designado no contrato social, o liquidante será eleito por deliberação dos sócios,
podendo a escolha recair em pessoa estranha à sociedade.

§ 1o O liquidante pode ser destituído, a todo tempo:


I - se eleito pela forma prevista neste artigo, mediante deliberação dos sócios;

II - em qualquer caso, por via judicial, a requerimento de um ou mais sócios, ocorrendo justa causa.

§ 2o A liquidação da sociedade se processa de conformidade com o disposto no Capítulo IX, deste Subtítulo.
CAPÍTULO II
Da Sociedade em Nome Coletivo

Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos
os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais.

Parágrafo único. Sem prejuízo da responsabilidade perante terceiros, podem os sócios, no ato constitutivo, ou
por unânime convenção posterior, limitar entre si a responsabilidade de cada um.

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Art. 1.040. A sociedade em nome coletivo se rege pelas normas deste Capítulo e, no que seja omisso, pelas
do Capítulo antecedente.

Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas no art. 997, a firma social.

Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a sócios, sendo o uso da firma, nos limites
do contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes.

Art. 1.043. O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da
quota do devedor.

Parágrafo único. Poderá fazê-lo quando:

I - a sociedade houver sido prorrogada tacitamente;

II - tendo ocorrido prorrogação contratual, for acolhida judicialmente oposição do credor, levantada no prazo de
noventa dias, contado da publicação do ato dilatório.

Art. 1.044. A sociedade se dissolve de pleno direito por qualquer das causas enumeradas no art. 1.033 e, se
empresária, também pela declaração da falência.

CAPÍTULO III
Da Sociedade em Comandita Simples

Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os comanditados,
pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários,
obrigados somente pelo valor de sua quota.

Parágrafo único. O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários.

Art. 1.046. Aplicam-se à sociedade em comandita simples as normas da sociedade em nome coletivo, no que
forem compatíveis com as deste Capítulo.

Parágrafo único. Aos comanditados cabem os mesmos direitos e obrigações dos sócios da sociedade em
nome coletivo.

Art. 1.047. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de lhe fiscalizar as
operações, não pode o comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na firma social, sob pena
de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado.

Parágrafo único. Pode o comanditário ser constituído procurador da sociedade, para negócio determinado e
com poderes especiais.

Art. 1.048. Somente após averbada a modificação do contrato, produz efeito, quanto a terceiros, a diminuição
da quota do comanditário, em conseqüência de ter sido reduzido o capital social, sempre sem prejuízo dos
credores preexistentes.

Art. 1.049. O sócio comanditário não é obrigado à reposição de lucros recebidos de boa-fé e de acordo com o
balanço.

Parágrafo único. Diminuído o capital social por perdas supervenientes, não pode o comanditário receber
quaisquer lucros, antes de reintegrado aquele.

Art. 1.050. No caso de morte de sócio comanditário, a sociedade, salvo disposição do contrato, continuará com
os seus sucessores, que designarão quem os represente.

Art. 1.051. Dissolve-se de pleno direito a sociedade:

I - por qualquer das causas previstas no art. 1.044;

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II - quando por mais de cento e oitenta dias perdurar a falta de uma das categorias de sócio.

Parágrafo único. Na falta de sócio comanditado, os comanditários nomearão administrador provisório para
praticar, durante o período referido no inciso II e sem assumir a condição de sócio, os atos de administração.

CAPÍTULO IV
Da Sociedade Limitada

Seção I
Disposições Preliminares

Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas
todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.

Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples.

Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da
sociedade anônima.

Art. 1.054. O contrato mencionará, no que couber, as indicações do art. 997, e, se for o caso, a firma social.

Seção II
Das Quotas

Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.

§ 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os sócios, até
o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.

§ 2o É vedada contribuição que consista em prestação de serviços.


Art. 1.056. A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência, caso em que se
observará o disposto no artigo seguinte.

§ 1o No caso de condomínio de quota, os direitos a ela inerentes somente podem ser exercidos pelo
condômino representante, ou pelo inventariante do espólio de sócio falecido.

§ 2o Sem prejuízo do disposto no art. 1.052, os condôminos de quota indivisa respondem solidariamente pelas
prestações necessárias à sua integralização.
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio,
independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de
um quarto do capital social.

Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, inclusive para os fins do parágrafo
único do art. 1.003, a partir da averbação do respectivo instrumento, subscrito pelos sócios anuentes.

Art. 1.058. Não integralizada a quota de sócio remisso, os outros sócios podem, sem prejuízo do disposto no
art. 1.004 e seu parágrafo único, tomá-la para si ou transferi-la a terceiros, excluindo o primitivo titular e
devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestações estabelecidas no contrato mais
as despesas.

Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer título, ainda
que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se distribuírem com prejuízo do capital.

Seção III
Da Administração

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Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em
ato separado.

Parágrafo único. A administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de pleno direito aos
que posteriormente adquiram essa qualidade.

Art. 1.061. Se o contrato permitir administradores não sócios, a designação deles dependerá de aprovação da
unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver

integralizado, e de dois terços, no mínimo, após a integralização.

Art. 1.062. O administrador designado em ato separado investir-se-á no cargo mediante termo de posse no
livro de atas da administração.

§ 1o Se o termo não for assinado nos trinta dias seguintes à designação, esta se tornará sem efeito.

§ 2o Nos dez dias seguintes ao da investidura, deve o administrador requerer seja averbada sua nomeação no
registro competente, mencionando o seu nome, nacionalidade, estado civil, residência, com exibição de
documento de identidade, o ato e a data da nomeação e o prazo de gestão.

Art. 1.063. O exercício do cargo de administrador cessa pela destituição, em qualquer tempo, do titular, ou
pelo término do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, não houver recondução.

§ 1o Tratando-se de sócio nomeado administrador no contrato, sua destituição somente se opera pela
aprovação de titulares de quotas correspondentes, no mínimo, a dois terços do capital social, salvo disposição
contratual diversa.

§ 2o A cessação do exercício do cargo de administrador deve ser averbada no registro competente, mediante
requerimento apresentado nos dez dias seguintes ao da ocorrência.

§ 3o A renúncia de administrador torna-se eficaz, em relação à sociedade, desde o momento em que esta
toma conhecimento da comunicação escrita do renunciante; e, em relação a terceiros, após a averbação e
publicação.

Art. 1.064. O uso da firma ou denominação social é privativo dos administradores que tenham os necessários
poderes.

Art. 1.065. Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elaboração do inventário, do balanço
patrimonial e do balanço de resultado econômico.

Seção IV
Do Conselho Fiscal

Art. 1.066. Sem prejuízo dos poderes da assembléia dos sócios, pode o contrato instituir conselho fiscal
composto de três ou mais membros e respectivos suplentes, sócios ou não, residentes no País, eleitos na
assembléia anual prevista no art. 1.078.

§ 1o Não podem fazer parte do conselho fiscal, além dos inelegíveis enumerados no § 1o do art. 1.011, os
membros dos demais órgãos da sociedade ou de outra por ela controlada, os empregados de quaisquer delas
ou dos respectivos administradores, o cônjuge ou parente destes até o terceiro grau.

§ 2o É assegurado aos sócios minoritários, que representarem pelo menos um quinto do capital social, o
direito de eleger, separadamente, um dos membros do conselho fiscal e o respectivo suplente.

Art. 1.067. O membro ou suplente eleito, assinando termo de posse lavrado no livro de atas e pareceres do
conselho fiscal, em que se mencione o seu nome, nacionalidade, estado civil, residência e a data da escolha,
ficará investido nas suas funções, que exercerá, salvo cessação anterior, até a subseqüente assembléia anual.

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Parágrafo único. Se o termo não for assinado nos trinta dias seguintes ao da eleição, esta se tornará sem
efeito.

Art. 1.068. A remuneração dos membros do conselho fiscal será fixada, anualmente, pela assembléia dos
sócios que os eleger.

Art. 1.069. Além de outras atribuições determinadas na lei ou no contrato social, aos membros do conselho
fiscal incumbem, individual ou conjuntamente, os deveres seguintes:

I - examinar, pelo menos trimestralmente, os livros e papéis da sociedade e o estado da caixa e da carteira,
devendo os administradores ou liquidantes prestar-lhes as informações solicitadas;

II - lavrar no livro de atas e pareceres do conselho fiscal o resultado dos exames referidos no inciso I deste
artigo;

III - exarar no mesmo livro e apresentar à assembléia anual dos sócios parecer sobre os negócios e as
operações sociais do exercício em que servirem, tomando por base o balanço patrimonial e o de resultado
econômico;

IV - denunciar os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, sugerindo providências úteis à sociedade;

V - convocar a assembléia dos sócios se a diretoria retardar por mais de trinta dias a sua convocação anual,
ou sempre que ocorram motivos graves e urgentes;

VI - praticar, durante o período da liquidação da sociedade, os atos a que se refere este artigo, tendo em vista
as disposições especiais reguladoras da liquidação.

Art. 1.070. As atribuições e poderes conferidos pela lei ao conselho fiscal não podem ser outorgados a outro
órgão da sociedade, e a responsabilidade de seus membros obedece à regra que define a dos
administradores (art. 1.016).

Parágrafo único. O conselho fiscal poderá escolher para assisti-lo no exame dos livros, dos balanços e das
contas, contabilista legalmente habilitado, mediante remuneração aprovada pela assembléia dos sócios.

Seção V
Das Deliberações dos Sócios

Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato:
I - a aprovação das contas da administração;

II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado;

III - a destituição dos administradores;

IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato;

V - a modificação do contrato social;

VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação;

VII - a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas contas;

VIII - o pedido de concordata.

Art. 1.072. As deliberações dos sócios, obedecido o disposto no art. 1.010, serão tomadas em reunião ou em
assembléia, conforme previsto no contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos
previstos em lei ou no contrato.

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§ 1o A deliberação em assembléia será obrigatória se o número dos sócios for superior a dez.

§ 2o Dispensam-se as formalidades de convocação previstas no § 3o do art. 1.152, quando todos os sócios


comparecerem ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia.

§ 3o A reunião ou a assembléia tornam-se dispensáveis quando todos os sócios decidirem, por escrito, sobre a
matéria que seria objeto delas.

§ 4o No caso do inciso VIII do artigo antecedente, os administradores, se houver urgência e com autorização
de titulares de mais da metade do capital social, podem requerer concordata preventiva.

§ 5o As deliberações tomadas de conformidade com a lei e o contrato vinculam todos os sócios, ainda que
ausentes ou dissidentes.

§ 6o Aplica-se às reuniões dos sócios, nos casos omissos no contrato, o disposto na presente Seção sobre a
assembléia.

Art. 1.073. A reunião ou a assembléia podem também ser convocadas:

I - por sócio, quando os administradores retardarem a convocação, por mais de sessenta dias, nos casos
previstos em lei ou no contrato, ou por titulares de mais de um quinto do capital, quando não atendido, no
prazo de oito dias, pedido de convocação fundamentado, com indicação das matérias a serem tratadas;

II - pelo conselho fiscal, se houver, nos casos a que se refere o inciso V do art. 1.069.

Art. 1.074. A assembléia dos sócios instala-se com a presença, em primeira convocação, de titulares de no
mínimo três quartos do capital social, e, em segunda, com qualquer número.

§ 1o O sócio pode ser representado na assembléia por outro sócio, ou por advogado, mediante outorga de
mandato com especificação dos atos autorizados, devendo o instrumento ser levado a registro, juntamente
com a ata.

§ 2o Nenhum sócio, por si ou na condição de mandatário, pode votar matéria que lhe diga respeito
diretamente.

Art. 1.075. A assembléia será presidida e secretariada por sócios escolhidos entre os presentes.

§ 1o Dos trabalhos e deliberações será lavrada, no livro de atas da assembléia, ata assinada pelos membros
da mesa e por sócios participantes da reunião, quantos bastem à validade das deliberações, mas sem prejuízo
dos que queiram assiná-la.

§ 2o Cópia da ata autenticada pelos administradores, ou pela mesa, será, nos vinte dias subseqüentes à
reunião, apresentada ao Registro Público de Empresas Mercantis para arquivamento e averbação.

§ 3o Ao sócio, que a solicitar, será entregue cópia autenticada da ata.

Art. 1.076. Ressalvado o disposto no art. 1.061 e no § 1o do art. 1.063, as deliberações dos sócios serão
tomadas:

I - pelos votos correspondentes, no mínimo, a três quartos do capital social, nos casos previstos nos incisos V
e VI do art. 1.071;

II - pelos votos correspondentes a mais de metade do capital social, nos casos previstos nos incisos II, III, IV e
VIII do art. 1.071;

III - pela maioria de votos dos presentes, nos demais casos previstos na lei ou no contrato, se este não exigir
maioria mais elevada.

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Art. 1.077. Quando houver modificação do contrato, fusão da sociedade, incorporação de outra, ou dela por
outra, terá o sócio que dissentiu o direito de retirar-se da sociedade, nos trinta dias subseqüentes à reunião,
aplicando-se, no silêncio do contrato social antes vigente, o disposto no art. 1.031.

Art. 1.078. A assembléia dos sócios deve realizar-se ao menos uma vez por ano, nos quatro meses seguintes
à ao término do exercício social, com o objetivo de:

I - tomar as contas dos administradores e deliberar sobre o balanço patrimonial e o de resultado econômico;

II - designar administradores, quando for o caso;

III - tratar de qualquer outro assunto constante da ordem do dia.

§ 1o Até trinta dias antes da data marcada para a assembléia, os documentos referidos no inciso I deste artigo
devem ser postos, por escrito, e com a prova do respectivo recebimento, à disposição dos sócios que não
exerçam a administração.

§ 2o Instalada a assembléia, proceder-se-á à leitura dos documentos referidos no parágrafo antecedente, os


quais serão submetidos, pelo presidente, a discussão e votação, nesta não podendo tomar parte os membros
da administração e, se houver, os do conselho fiscal.

§ 3o A aprovação, sem reserva, do balanço patrimonial e do de resultado econômico, salvo erro, dolo ou
simulação, exonera de responsabilidade os membros da administração e, se houver, os do conselho fiscal.

§ 4o Extingue-se em dois anos o direito de anular a aprovação a que se refere o parágrafo antecedente.
Art. 1.079. Aplica-se às reuniões dos sócios, nos casos omissos no contrato, o estabelecido nesta Seção
sobre a assembléia, obedecido o disposto no § 1o do art. 1.072.
Art. 1.080. As deliberações infringentes do contrato ou da lei tornam ilimitada a responsabilidade dos que
expressamente as aprovaram.

Seção VI
Do Aumento e da Redução do Capital

Art. 1.081. Ressalvado o disposto em lei especial, integralizadas as quotas, pode ser o capital aumentado,
com a correspondente modificação do contrato.

§ 1o Até trinta dias após a deliberação, terão os sócios preferência para participar do aumento, na proporção
das quotas de que sejam titulares.

§ 2o À cessão do direito de preferência, aplica-se o disposto no caput do art. 1.057.

§ 3o Decorrido o prazo da preferência, e assumida pelos sócios, ou por terceiros, a totalidade do aumento,
haverá reunião ou assembléia dos sócios, para que seja aprovada a modificação do contrato.

Art. 1.082. Pode a sociedade reduzir o capital, mediante a correspondente modificação do contrato:

I - depois de integralizado, se houver perdas irreparáveis;

II - se excessivo em relação ao objeto da sociedade.

Art. 1.083. No caso do inciso I do artigo antecedente, a redução do capital será realizada com a diminuição
proporcional do valor nominal das quotas, tornando-se efetiva a partir da averbação, no Registro Público de
Empresas Mercantis, da ata da assembléia que a tenha aprovado.

Art. 1.084. No caso do inciso II do art. 1.082, a redução do capital será feita restituindo-se parte do valor das
quotas aos sócios, ou dispensando-se as prestações ainda devidas, com diminuição proporcional, em ambos

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os casos, do valor nominal das quotas.

§ 1o No prazo de noventa dias, contado da data da publicação da ata da assembléia que aprovar a redução, o
credor quirografário, por título líquido anterior a essa data, poderá opor-se ao deliberado.

§ 2o A redução somente se tornará eficaz se, no prazo estabelecido no parágrafo antecedente, não for
impugnada, ou se provado o pagamento da dívida ou o depósito judicial do respectivo valor.

§ 3o Satisfeitas as condições estabelecidas no parágrafo antecedente, proceder-se-á à averbação, no Registro


Público de Empresas Mercantis, da ata que tenha aprovado a redução.

Seção VII
Da Resolução da Sociedade em Relação a Sócios Minoritários

Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos sócios, representativa de mais da
metade do capital social, entender que um ou mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa,
em virtude de atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da sociedade, mediante alteração do contrato
social, desde que prevista neste a exclusão por justa causa.

Parágrafo único. A exclusão somente poderá ser determinada em reunião ou assembléia especialmente
convocada para esse fim, ciente o acusado em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o exercício do
direito de defesa.

Art. 1.086. Efetuado o registro da alteração contratual, aplicar-se-á o disposto nos arts. 1.031 e 1.032.

Seção VIII
Da Dissolução

Art. 1.087. A sociedade dissolve-se, de pleno direito, por qualquer das causas previstas no art. 1.044.

CAPÍTULO V
Da Sociedade Anônima

Seção Única
Da Caracterização

Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-se cada sócio ou
acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir.

Art. 1.089. A sociedade anônima rege-se por lei especial, aplicando-se-lhe, nos casos omissos, as disposições
deste Código.

CAPÍTULO VI
Da Sociedade em Comandita por Ações

Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas
relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes deste Capítulo, e opera sob firma
ou denominação.

Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde
subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.

1o Se houver mais de um diretor, serão solidariamente responsáveis, depois de esgotados os bens sociais.

§ 2o Os diretores serão nomeados no ato constitutivo da sociedade, sem limitação de tempo, e somente
poderão ser destituídos por deliberação de acionistas que representem no mínimo dois terços do capital social.

§ 3o O diretor destituído ou exonerado continua, durante dois anos, responsável pelas obrigações sociais

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contraídas sob sua administração.

Art. 1.092. A assembléia geral não pode, sem o consentimento dos diretores, mudar o objeto essencial da
sociedade, prorrogar-lhe o prazo de duração, aumentar ou diminuir o capital social, criar debêntures, ou partes
beneficiárias.

CAPÍTULO VII
Da Sociedade Cooperativa

Art. 1.093. A sociedade cooperativa reger-se-á pelo disposto no presente Capítulo, ressalvada a legislação
especial.

Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa:

I - variabilidade, ou dispensa do capital social;


II - concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da sociedade, sem limitação
de número máximo;

III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar;

IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que por herança;

V - quorum, para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios presentes à reunião,
e não no capital social representado;

VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, e qualquer que
seja o valor de sua participação;

II - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo sócio com a
sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado;

VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução da sociedade.

Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada.

§ 1o É limitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde somente pelo valor de suas quotas
e pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas
operações.

§ 2o É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas


obrigações sociais.

Art. 1.096. No que a lei for omissa, aplicam-se as disposições referentes à sociedade simples, resguardadas
as características estabelecidas no art. 1.094.

CAPÍTULO VIII
Das Sociedades COLigadas

Art. 1.097. Consideram-se coligadas as sociedades que, em suas relações de capital, são controladas, filiadas,
ou de simples participação, na forma dos artigos seguintes.

Art. 1.098. É controlada:

I - a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou
da assembléia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores;

II - a sociedade cujo controle, referido no inciso antecedente, esteja em poder de outra, mediante ações ou
quotas possuídas por sociedades ou sociedades por esta já controladas.

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Art. 1.099. Diz-se coligada ou filiada a sociedade de cujo capital outra sociedade participa com dez por cento
ou mais, do capital da outra, sem controlá-la.

Art. 1.100. É de simples participação a sociedade de cujo capital outra sociedade possua menos de dez por
cento do capital com direito de voto.

Art. 1.101. Salvo disposição especial de lei, a sociedade não pode participar de outra, que seja sua sócia, por
montante superior, segundo o balanço, ao das próprias reservas, excluída a reserva legal.

Parágrafo único. Aprovado o balanço em que se verifique ter sido excedido esse limite, a sociedade não
poderá exercer o direito de voto correspondente às ações ou quotas em excesso, as quais devem ser
alienadas nos cento e oitenta dias seguintes àquela aprovação.

CAPÍTULO IX
Da Liquidação da Sociedade

Art. 1.102. Dissolvida a sociedade e nomeado o liquidante na forma do disposto neste Livro, procede-se à sua
liquidação, de conformidade com os preceitos deste Capítulo, ressalvado o disposto no ato constitutivo ou no
instrumento da dissolução.

Parágrafo único. O liquidante, que não seja administrador da sociedade, investir-se-á nas funções, averbada a
sua nomeação no registro próprio.

Art. 1.103. Constituem deveres do liquidante:

I - averbar e publicar a ata, sentença ou instrumento de dissolução da sociedade;

II - arrecadar os bens, livros e documentos da sociedade, onde quer que estejam;

III - proceder, nos quinze dias seguintes ao da sua investidura e com a assistência, sempre que possível, dos
administradores, à elaboração do inventário e do balanço geral do ativo e do passivo;

IV - ultimar os negócios da sociedade, realizar o ativo, pagar o passivo e partilhar o remanescente entre os
sócios ou acionistas;

V - exigir dos quotistas, quando insuficiente o ativo à solução do passivo, a integralização de suas quotas e, se
for o caso, as quantias necessárias, nos limites da responsabilidade de cada um e proporcionalmente à
respectiva participação nas perdas, repartindo-se, entre os sócios solventes e na mesma proporção, o devido
pelo insolvente;

VI - convocar assembléia dos quotistas, cada seis meses, para apresentar relatório e balanço do estado da
liquidação, prestando conta dos atos praticados durante o semestre, ou sempre que necessário;

VII - confessar a falência da sociedade e pedir concordata, de acordo com as formalidades prescritas para o
tipo de sociedade liquidanda;

VIII - finda a liquidação, apresentar aos sócios o relatório da liquidação e as suas contas finais;

IX - averbar a ata da reunião ou da assembléia, ou o instrumento firmado pelos sócios, que considerar
encerrada a liquidação.

Parágrafo único. Em todos os atos, documentos ou publicações, o liquidante empregará a firma ou


denominação social sempre seguida da cláusula "em liquidação" e de sua assinatura individual, com a
declaração de sua qualidade.

Art. 1.104. As obrigações e a responsabilidade do liquidante regem-se pelos preceitos peculiares às dos
administradores da sociedade liquidanda.

Art. 1.105. Compete ao liquidante representar a sociedade e praticar todos os atos necessários à sua

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liquidação, inclusive alienar bens móveis ou imóveis, transigir, receber e dar quitação.

Parágrafo único. Sem estar expressamente autorizado pelo contrato social, ou pelo voto da maioria dos
sócios, não pode o liquidante gravar de ônus reais os móveis e imóveis, contrair empréstimos, salvo quando
indispensáveis ao pagamento de obrigações inadiáveis, nem prosseguir, embora para facilitar a liquidação, na
atividade social.

Art. 1.106. Respeitados os direitos dos credores preferenciais, pagará o liquidante as dívidas sociais
proporcionalmente, sem distinção entre vencidas e vincendas, mas, em relação a estas, com desconto.

Parágrafo único. Se o ativo for superior ao passivo, pode o liquidante, sob sua responsabilidade pessoal,
pagar integralmente as dívidas vencidas.

Art. 1.107. Os sócios podem resolver, por maioria de votos, antes de ultimada a liquidação, mas depois de
pagos os credores, que o liquidante faça rateios por antecipação da partilha, à medida em que se apurem os
haveres sociais.

Art. 1.108. Pago o passivo e partilhado o remanescente, convocará o liquidante assembléia dos sócios para a
prestação final de contas.

Art. 1.109. Aprovadas as contas, encerra-se a liquidação, e a sociedade se extingue, ao ser averbada no
registro próprio a ata da assembléia.

Parágrafo único. O dissidente tem o prazo de trinta dias, a contar da publicação da ata, devidamente
averbada, para promover a ação que couber.

Art. 1.110. Encerrada a liquidação, o credor não satisfeito só terá direito a exigir dos sócios, individualmente, o
pagamento do seu crédito, até o limite da soma por eles recebida em partilha, e a propor contra o liquidante
ação de perdas e danos.

Art. 1.111. No caso de liquidação judicial, será observado o disposto na lei processual.
Art. 1.112. No curso de liquidação judicial, o juiz convocará, se necessário, reunião ou assembléia para
deliberar sobre os interesses da liquidação, e as presidirá, resolvendo sumariamente as questões suscitadas.

Parágrafo único. As atas das assembléias serão, em cópia autêntica, apensadas ao processo judicial.

CAPÍTULO X
Da Transformação, da Incorporação, da Fusão e da Cisão das Sociedades

Art. 1.113. O ato de transformação independe de dissolução ou liquidação da sociedade, e obedecerá aos
preceitos reguladores da constituição e inscrição próprios do tipo em que vai converter-se.

Art. 1.114. A transformação depende do consentimento de todos os sócios, salvo se prevista no ato
constitutivo, caso em que o dissidente poderá retirar-se da sociedade, aplicando-se, no silêncio do estatuto ou
do contrato social, o disposto no art. 1.031.

Art. 1.115. A transformação não modificará nem prejudicará, em qualquer caso, os direitos dos credores.

Parágrafo único. A falência da sociedade transformada somente produzirá efeitos em relação aos sócios que,
no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e
somente a estes beneficiará.

Art. 1.116. Na incorporação, uma ou várias sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os
direitos e obrigações, devendo todas aprová-la, na forma estabelecida para os respectivos tipos.

Art. 1.117. A deliberação dos sócios da sociedade incorporada deverá aprovar as bases da operação e o
projeto de reforma do ato constitutivo.

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§ 1o A sociedade que houver de ser incorporada tomará conhecimento desse ato, e, se o aprovar, autorizará
os administradores a praticar o necessário à incorporação, inclusive a subscrição em bens pelo valor da
diferença que se verificar entre o ativo e o passivo.

§ 2o A deliberação dos sócios da sociedade incorporadora compreenderá a nomeação dos peritos para a
avaliação do patrimônio líquido da sociedade, que tenha de ser incorporada.

Art. 1.118. Aprovados os atos da incorporação, a incorporadora declarará extinta a incorporada, e promoverá a
respectiva averbação no registro próprio.

Art. 1.119. A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade nova, que a elas
sucederá nos direitos e obrigações.

Art. 1.120. A fusão será decidida, na forma estabelecida para os respectivos tipos, pelas sociedades que
pretendam unir-se.

§ 1o Em reunião ou assembléia dos sócios de cada sociedade, deliberada a fusão e aprovado o projeto do ato
constitutivo da nova sociedade, bem como o plano de distribuição do capital social, serão nomeados os peritos
para a avaliação do patrimônio da sociedade.

§ 2o Apresentados os laudos, os administradores convocarão reunião ou assembléia dos sócios para tomar
conhecimento deles, decidindo sobre a constituição definitiva da nova sociedade.

§ 3o É vedado aos sócios votar o laudo de avaliação do patrimônio da sociedade de que façam parte.
Art. 1.121. Constituída a nova sociedade, aos administradores incumbe fazer inscrever, no registro próprio da
sede, os atos relativos à fusão.

Art. 1.122. Até noventa dias após publicados os atos relativos à incorporação, fusão ou cisão, o credor
anterior, por ela prejudicado, poderá promover judicialmente a anulação deles.

§ 1o A consignação em pagamento prejudicará a anulação pleiteada.

§ 2o Sendo ilíquida a dívida, a sociedade poderá garantir-lhe a execução, suspendendo-se o processo de


anulação.

§ 3o Ocorrendo, no prazo deste artigo, a falência da sociedade incorporadora, da sociedade nova ou da


cindida, qualquer credor anterior terá direito a pedir a separação dos patrimônios, para o fim de serem os
créditos pagos pelos bens das respectivas massas.

CAPÍTULO XI
Da Sociedade Dependente de Autorização

Seção I
Disposições Gerais

Art. 1.123. A sociedade que dependa de autorização do Poder Executivo para funcionar reger-se-á por este
título, sem prejuízo do disposto em lei especial.

Parágrafo único. A competência para a autorização será sempre do Poder Executivo federal.

Art. 1.124. Na falta de prazo estipulado em lei ou em ato do poder público, será considerada caduca a
autorização se a sociedade não entrar em funcionamento nos doze meses seguintes à respectiva publicação.

Art. 1.125. Ao Poder Executivo é facultado, a qualquer tempo, cassar a autorização concedida a sociedade
nacional ou estrangeira que infringir disposição de ordem pública ou praticar atos contrários aos fins
declarados no seu estatuto.

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Seção II
Da Sociedade Nacional

Art. 1.126. É nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que tenha no País a sede
de sua administração.

Parágrafo único. Quando a lei exigir que todos ou alguns sócios sejam brasileiros, as ações da sociedade
anônima revestirão, no silêncio da lei, a forma nominativa. Qualquer que seja o tipo da sociedade, na sua sede
ficará arquivada cópia autêntica do documento comprobatório da nacionalidade dos sócios.

Art. 1.127. Não haverá mudança de nacionalidade de sociedade brasileira sem o consentimento unânime dos
sócios ou acionistas.

Art. 1.128. O requerimento de autorização de sociedade nacional deve ser acompanhado de cópia do contrato,
assinada por todos os sócios, ou, tratando-se de sociedade anônima, de cópia, autenticada pelos fundadores,
dos documentos exigidos pela lei especial.

Parágrafo único. Se a sociedade tiver sido constituída por escritura pública, bastará juntar-se ao requerimento
a respectiva certidão.

Art. 1.129. Ao Poder Executivo é facultado exigir que se procedam a alterações ou aditamento no contrato ou
no estatuto, devendo os sócios, ou, tratando-se de sociedade anônima, os fundadores, cumprir as
formalidades legais para revisão dos atos constitutivos, e juntar ao processo prova regular.

Art. 1.130. Ao Poder Executivo é facultado recusar a autorização, se a sociedade não atender às condições
econômicas, financeiras ou jurídicas especificadas em lei.

Art. 1.131. Expedido o decreto de autorização, cumprirá à sociedade publicar os atos referidos nos arts. 1.128
e 1.129, em trinta dias, no órgão oficial da União, cujo exemplar representará prova para inscrição, no registro
próprio, dos atos constitutivos da sociedade.

Parágrafo único. A sociedade promoverá, também no órgão oficial da União e no prazo de trinta dias, a
publicação do termo de inscrição.

Art. 1.132. As sociedades anônimas nacionais, que dependam de autorização do Poder Executivo para
funcionar, não se constituirão sem obtê-la, quando seus fundadores pretenderem recorrer a subscrição pública
para a formação do capital.

§ 1o Os fundadores deverão juntar ao requerimento cópias autênticas do projeto do estatuto e do prospecto.

§ 2o Obtida a autorização e constituída a sociedade, proceder-se-á à inscrição dos seus atos constitutivos.
Art. 1.133. Dependem de aprovação as modificações do contrato ou do estatuto de sociedade sujeita a
autorização do Poder Executivo, salvo se decorrerem de aumento do capital social, em virtude de utilização de
reservas ou reavaliação do ativo.

Seção III
Da Sociedade Estrangeira

Art. 1.134. A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, não pode, sem autorização do Poder
Executivo, funcionar no País, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os
casos expressos em lei, ser acionista de sociedade anônima brasileira.

§ 1o Ao requerimento de autorização devem juntar-se:


I - prova de se achar a sociedade constituída conforme a lei de seu país;

II - inteiro teor do contrato ou do estatuto;

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III - relação dos membros de todos os órgãos da administração da sociedade, com nome, nacionalidade,
profissão, domicílio e, salvo quanto a ações ao portador, o valor da participação de cada um no capital da
sociedade;

IV - cópia do ato que autorizou o funcionamento no Brasil e fixou o capital destinado às operações no território
nacional;

V - prova de nomeação do representante no Brasil, com poderes expressos para aceitar as condições exigidas
para a autorização;

VI - último balanço.

§ 2o Os documentos serão autenticados, de conformidade com a lei nacional da sociedade requerente,


legalizados no consulado brasileiro da respectiva sede e acompanhados de tradução em vernáculo.

Art. 1.135. É facultado ao Poder Executivo, para conceder a autorização, estabelecer condições convenientes
à defesa dos interesses nacionais.

Parágrafo único. Aceitas as condições, expedirá o Poder Executivo decreto de autorização, do qual constará o
montante de capital destinado às operações no País, cabendo à sociedade promover a publicação dos atos
referidos no art. 1.131 e no § 1o do art. 1.134.
Art. 1.136. A sociedade autorizada não pode iniciar sua atividade antes de inscrita no registro próprio do lugar
em que se deva estabelecer.

§ 1o O requerimento de inscrição será instruído com exemplar da publicação exigida no parágrafo único do
artigo antecedente, acompanhado de documento do depósito em dinheiro, em estabelecimento bancário
oficial, do capital ali mencionado.

§ 2o Arquivados esses documentos, a inscrição será feita por termo em livro especial para as sociedades
estrangeiras, com número de ordem contínuo para todas as sociedades inscritas; no termo constarão:

I - nome, objeto, duração e sede da sociedade no estrangeiro;

II - lugar da sucursal, filial ou agência, no País;

III - data e número do decreto de autorização;

IV - capital destinado às operações no País;

V - individuação do seu representante permanente.

§ 3o Inscrita a sociedade, promover-se-á a publicação determinada no parágrafo único do art. 1.131.


Art. 1.137. A sociedade estrangeira autorizada a funcionar ficará sujeita às leis e aos tribunais brasileiros,
quanto aos atos ou operações praticados no Brasil.

Parágrafo único. A sociedade estrangeira funcionará no território nacional com o nome que tiver em seu país
de origem, podendo acrescentar as palavras "do Brasil" ou "para o Brasil".

Art. 1.138. A sociedade estrangeira autorizada a funcionar é obrigada a ter, permanentemente, representante
no Brasil, com poderes para resolver quaisquer questões e receber citação judicial pela sociedade.

Parágrafo único. O representante somente pode agir perante terceiros depois de arquivado e averbado o
instrumento de sua nomeação.

Art. 1.139. Qualquer modificação no contrato ou no estatuto dependerá da aprovação do Poder Executivo,
para produzir efeitos no território nacional.

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Art. 1.140. A sociedade estrangeira deve, sob pena de lhe ser cassada a autorização, reproduzir no órgão
oficial da União, e do Estado, se for o caso, as publicações que, segundo a sua lei nacional, seja obrigada a
fazer relativamente ao balanço patrimonial e ao de resultado econômico, bem como aos atos de sua
administração.

Parágrafo único. Sob pena, também, de lhe ser cassada a autorização, a sociedade estrangeira deverá
publicar o balanço patrimonial e o de resultado econômico das sucursais, filiais ou agências existentes no
País.

Art. 1.141. Mediante autorização do Poder Executivo, a sociedade estrangeira admitida a funcionar no País
pode nacionalizar-se, transferindo sua sede para o Brasil.

§ 1o Para o fim previsto neste artigo, deverá a sociedade, por seus representantes, oferecer, com o
requerimento, os documentos exigidos no art. 1.134, e ainda a prova da realização do capital, pela forma
declarada no contrato, ou no estatuto, e do ato em que foi deliberada a nacionalização.

§ 2o O Poder Executivo poderá impor as condições que julgar convenientes à defesa dos interesses nacionais.

§ 3o Aceitas as condições pelo representante, proceder-se-á, após a expedição do decreto de autorização, à


inscrição da sociedade e publicação do respectivo termo.

TÍTULO III
Do Estabelecimento

CAPÍTULO ÚNICO
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por
empresário, ou por sociedade empresária.

Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou
constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.

Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só
produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da
sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.

Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do
estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo
expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.

Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência,
desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo
de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência
ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.

Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo
persistirá durante o prazo do contrato.

Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos
estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros
rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa,
ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante.

Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos
respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se

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de boa-fé pagar ao cedente.

TÍTULO IV
Dos Institutos Complementares

CAPÍTULO I
Do Registro

Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a
cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá
obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade
empresária.

Art. 1.151. O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida no artigo antecedente será requerido pela pessoa
obrigada em lei, e, no caso de omissão ou demora, pelo sócio ou qualquer interessado.

§ 1o Os documentos necessários ao registro deverão ser apresentados no prazo de trinta dias, contado da
lavratura dos atos respectivos.

§ 2o Requerido além do prazo previsto neste artigo, o registro somente produzirá efeito a partir da data de sua
concessão.

§ 3o As pessoas obrigadas a requerer o registro responderão por perdas e danos, em caso de omissão ou
demora.

Art. 1.152. Cabe ao órgão incumbido do registro verificar a regularidade das publicações determinadas em lei,
de acordo com o disposto nos parágrafos deste artigo.

§ 1o Salvo exceção expressa, as publicações ordenadas neste Livro serão feitas no órgão oficial da União ou
do Estado, conforme o local da sede do empresário ou da sociedade, e em jornal de grande circulação.

2o As publicações das sociedades estrangeiras serão feitas nos órgãos oficiais da União e do Estado onde
tiverem sucursais, filiais ou agências.

§ 3o O anúncio de convocação da assembléia de sócios será publicado por três vezes, ao menos, devendo
mediar, entre a data da primeira inserção e a da realização da assembléia, o prazo mínimo de oito dias, para a
primeira convocação, e de cinco dias, para as posteriores.

Art. 1.153. Cumpre à autoridade competente, antes de efetivar o registro, verificar a autenticidade e a
legitimidade do signatário do requerimento, bem como fiscalizar a observância das prescrições legais
concernentes ao ato ou aos documentos apresentados.

Parágrafo único. Das irregularidades encontradas deve ser notificado o requerente, que, se for o caso, poderá
saná-las, obedecendo às formalidades da lei.

Art. 1.154. O ato sujeito a registro, ressalvadas disposições especiais da lei, não pode, antes do cumprimento
das respectivas formalidades, ser oposto a terceiro, salvo prova de que este o conhecia.

Parágrafo único. O terceiro não pode alegar ignorância, desde que cumpridas as referidas formalidades.

CAPÍTULO II
DO NOME EMPRESARIAL

Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este
Capítulo, para o exercício de empresa.

Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das
sociedades simples, associações e fundações.

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Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se
quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.

Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual
somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para

formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.

Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social
aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo.

Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou
a sua abreviatura.

§ 1o A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo
da relação social.

§ 2o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais
sócios.

§ 3o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores


que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.

Art. 1.159. A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo vocábulo "cooperativa".

Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas
expressões "sociedade anônima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente.

Parágrafo único. Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido
para o bom êxito da formação da empresa.

Art. 1.161. A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de firma, adotar denominação designativa do
objeto social, aditada da expressão "comandita por ações".

Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação.

Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro.

Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar designação
que o distinga.

Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.

Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o
nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.

Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma
social.

Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas
averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado.
Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma
da lei especial.

Art. 1.167. Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a inscrição do nome empresarial feita
com violação da lei ou do contrato.

Art. 1.168. A inscrição do nome empresarial será cancelada, a requerimento de qualquer interessado, quando

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cessar o exercício da atividade para que foi adotado, ou quando ultimar-se a liquidação da sociedade que o
inscreveu.

CAPÍTULO III
Dos Prepostos

Seção I
Disposições Gerais

Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição,
sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.

Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem
participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de
responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação.

Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo
preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação.

Seção II
Do Gerente

Art. 1.172. Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em
sucursal, filial ou agência.

Art. 1.173. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os
atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados.

Parágrafo único. Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou
mais gerentes.

Art. 1.174. As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, dependem do
arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se provado
serem conhecidas da pessoa que tratou com o gerente.

Parágrafo único. Para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou revogação do mandato
ser arquivada e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis.

Art. 1.175. O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à
conta daquele.

Art. 1.176. O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do exercício
da sua função.

Seção III
Do Contabilista e outros Auxiliares

Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos
encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como
se o fossem por aquele.

Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os
preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos.

Art. 1.178. Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus
estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito.

Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente
nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia

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autêntica do seu teor.

CAPÍTULO IV
Da Escrituração

Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade,
mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a
documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.

§ 1o Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados.

§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por
fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.

Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço
patrimonial e do de resultado econômico.

Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos
em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.

Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empresária,
que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios.

Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista
legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade.
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem
cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco,

nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.

Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio,
regularmente autenticado.

Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia
a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa.

§ 1o Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias,
relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento,
desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados
os documentos que permitam a sua perfeita verificação.

§ 2o Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser
assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade
empresária.

Art. 1.185. O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá
substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades
extrínsecas exigidas para aquele.

Art. 1.186. O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado de modo que registre:

I - a posição diária de cada uma das contas ou títulos contábeis, pelo respectivo saldo, em forma de
balancetes diários;

II - o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no encerramento do exercício.

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Art. 1.187. Na coleta dos elementos para o inventário serão observados os critérios de avaliação a seguir
determinados:

I - os bens destinados à exploração da atividade serão avaliados pelo custo de aquisição, devendo, na
avaliação dos que se desgastam ou depreciam com o uso, pela ação do tempo ou outros fatores, atender-se à
desvalorização respectiva, criando-se fundos de amortização para assegurar-lhes a substituição ou a
conservação do valor;

I - os valores mobiliários, matéria-prima, bens destinados à alienação, ou que constituem produtos ou artigos
da indústria ou comércio da empresa, podem ser estimados pelo custo de aquisição ou de fabricação, ou pelo
preço corrente, sempre que este for inferior ao preço de custo, e quando o preço corrente ou venal estiver
acima do valor do custo de aquisição, ou fabricação, e os bens forem avaliados pelo preço corrente, a
diferença entre este e o preço de custo não será levada em conta para a distribuição de lucros, nem para as
percentagens referentes a fundos de reserva;

III - o valor das ações e dos títulos de renda fixa pode ser determinado com base na respectiva cotação da
Bolsa de Valores; os não cotados e as participações não acionárias serão considerados pelo seu valor de
aquisição;

IV - os créditos serão considerados de conformidade com o presumível valor de realização, não se levando em
conta os prescritos ou de difícil liqüidação, salvo se houver, quanto aos últimos, previsão equivalente.

Parágrafo único. Entre os valores do ativo podem figurar, desde que se preceda, anualmente, à sua
amortização:

I - as despesas de instalação da sociedade, até o limite correspondente a dez por cento do capital social;

II - os juros pagos aos acionistas da sociedade anônima, no período antecedente ao início das operações
sociais, à taxa não superior a doze por cento ao ano, fixada no estatuto;

III - a quantia efetivamente paga a título de aviamento de estabelecimento adquirido pelo empresário ou
sociedade.

Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e,
atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o
ativo e o passivo.

Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que acompanharão o balanço patrimonial, em caso
de sociedades coligadas.

Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o
balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial.

Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto,
poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou
não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.

Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária
para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de
outrem, ou em caso de falência.

§ 1o O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requerimento ou de ofício, ordenar
que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da
sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles se extrair o que
interessar à questão.

§ 2o Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o respectivo juiz.

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Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo antecedente, serão apreendidos
judicialmente e, no do seu § 1o, ter-se-á como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se provar pelos
livros.

Parágrafo único. A confissão resultante da recusa pode ser elidida por prova documental em contrário.

Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não
se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos
estritos das respectivas leis especiais.

Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a
escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição
ou decadência no tocante aos atos neles consignados.

Art. 1.195. As disposições deste Capítulo aplicam-se às sucursais, filiais ou agências, no Brasil, do empresário
ou sociedade com sede em país estrangeiro.

LIVRO III
Do Direito das Coisas

TÍTULO I
Da posse

CAPÍTULO I
Da Posse e sua Classificação

Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos
poderes inerentes à propriedade.

Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito
pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua
posse contra o indireto.

Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro,
conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.

Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao
bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário.

Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos
possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.

Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.

Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.

Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou
quando a lei expressamente não admite esta presunção.

Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias
façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente.

Art. 1.203. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida.

CAPÍTULO II
Da Aquisição da Posse

Art. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de
qualquer dos poderes inerentes à propriedade.

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Art. 1.205. A posse pode ser adquirida:

I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu representante;

II - por terceiro sem mandato, dependendo de ratificação.

Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres.

Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é
facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.

Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua
aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.

Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até prova contrária, a das coisas móveis que nele estiverem.

CAPÍTULO III
Dos Efeitos da Posse

Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e
segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.

§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o
faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou
restituição da posse.

§ 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a
coisa.

Art. 1.211. Quando mais de uma pessoa se disser possuidora, manter-se-á provisoriamente a que tiver a
coisa, se não estiver manifesto que a obteve de alguma das outras por modo vicioso.

Art. 1.212. O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de indenização, contra o terceiro, que recebeu a
coisa esbulhada sabendo que o era.

Art. 1.213. O disposto nos artigos antecedentes não se aplica às servidões não aparentes, salvo quando os
respectivos títulos provierem do possuidor do prédio serviente, ou daqueles de quem este o houve.

Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos.
Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de
deduzidas as despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos os frutos colhidos com
antecipação.

Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis
reputam-se percebidos dia por dia.

Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por
culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da
produção e custeio.

Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que não der causa.

Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo
se provar que de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.

Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como,
quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e

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poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.

Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o
direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.

Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da


evicção ainda existirem.

Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar
entre o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé indenizará pelo valor atual.

CAPÍTULO IV
Da Perda da Posse

Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao
qual se refere o art. 1.196.

Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele,
se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido.

TÍTULO II
Dos Direitos Reais

CAPÍTULO ÚNICO
Disposições Gerais

Art. 1.225. São direitos reais:

I - a propriedade;

II - a superfície;

III - as servidões;

IV - o usufruto;

V - o uso;

VI - a habitação;

VII - o direito do promitente comprador do imóvel;

VIII - o penhor;

IX - a hipoteca;

X - a anticrese.

Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só
se adquirem com a tradição.

Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem
com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos
expressos neste Código.

TÍTULO III
Da Propriedade

CAPÍTULO I
Da Propriedade em Geral

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Seção I
Disposições Preliminares

Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de
quem quer que injustamente a possua ou detenha.

§ 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e
sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a
fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a
poluição do ar e das águas.

§ 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam
animados pela intenção de prejudicar outrem.

§ 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade
pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente.

§ 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na
posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela
houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse
social e econômico relevante.

§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço,
valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores.

Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e
profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas,
por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las.

Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de
energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais.

Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na
construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial.

Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário.

Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao seu proprietário, salvo
se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem.

Seção II
Da Descoberta

Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor.

Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, se não o encontrar, entregará a
coisa achada à autoridade competente.

Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do artigo antecedente, terá direito a uma
recompensa não inferior a cinco por cento do seu valor, e à indenização pelas despesas que houver feito com
a conservação e transporte da coisa, se o dono não preferir abandoná-la.

Parágrafo único. Na determinação do montante da recompensa, considerar-se-á o esforço desenvolvido pelo


descobridor para encontrar o dono, ou o legítimo

possuidor, as possibilidades que teria este de encontrar a coisa e a situação econômica de ambos.

Art. 1.235. O descobridor responde pelos prejuízos causados ao proprietário ou possuidor legítimo, quando

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tiver procedido com dolo.

Art. 1.236. A autoridade competente dará conhecimento da descoberta através da imprensa e outros meios de
informação, somente expedindo editais se o seu valor os comportar.

Art. 1.237. Decorridos sessenta dias da divulgação da notícia pela imprensa, ou do edital, não se
apresentando quem comprove a propriedade sobre a coisa, será esta vendida em hasta pública e, deduzidas
do preço as despesas, mais a recompensa do descobridor, pertencerá o remanescente ao Município em cuja
circunscrição se deparou o objeto perdido.

Parágrafo único. Sendo de diminuto valor, poderá o Município abandonar a coisa em favor de quem a achou.

CAPÍTULO II
Da Aquisição da Propriedade Imóvel

Seção I
Da Usucapião

Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel,
adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o
declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.

Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver
estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.

Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos
ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a
produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.

Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por
cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o
domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,


independentemente do estado civil.

§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Art. 1.241. Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade
imóvel.

Parágrafo único. A declaração obtida na forma deste artigo constituirá título hábil para o registro no Cartório de
Registro de Imóveis.

Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo
título e boa-fé, o possuir por dez anos.

Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido,
onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que
os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e
econômico.

Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos antecedentes, acrescentar à
sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos
do art. 1.242, com justo título e de boa-fé.

Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que obstam, suspendem
ou interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à usucapião.

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Seção II
Da Aquisição pelo Registro do Título

Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de
Imóveis.

§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.

§ 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o
respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel.

Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o
prenotar no protocolo.

Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou
anule.

Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da


boa-fé ou do título do terceiro adquirente.

Seção III
Da Aquisição por Acessão

Art. 1.248. A acessão pode dar-se:


I - por formação de ilhas;

II - por aluvião;

III - por avulsão;

IV - por abandono de álveo;

V - por plantações ou construções.

Subseção I
Das Ilhas

Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários
ribeirinhos fronteiros, observadas as regras seguintes:

I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos
fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes
iguais;

II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos
ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado;

III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários
dos terrenos à custa dos quais se constituíram.

Subseção II
Da Aluvião

Art. 1.250. Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao
longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos
marginais, sem indenização.

Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á

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entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem.

Subseção III
Da Avulsão

Art. 1.251. Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a
outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem
indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.

Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de
terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida.

Subseção IV
Do Álveo Abandonado

Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que
tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os
prédios marginais se estendem até o meio do álveo.

Subseção V
Das Construções e Plantações

Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua
custa, até que se prove o contrário.

Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais
alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e
danos, se agiu de má-fé.

Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as
sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.
Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que,
de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada
judicialmente, se não houver acordo.

Art. 1.256. Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o proprietário as sementes, plantas e construções,
devendo ressarcir o valor das acessões.

Parágrafo único. Presume-se má-fé no proprietário, quando o trabalho de construção, ou lavoura, se fez em
sua presença e sem impugnação sua.
Art. 1.257. O disposto no artigo antecedente aplica-se ao caso de não pertencerem as sementes, plantas ou
materiais a quem de boa-fé os empregou em solo alheio.

Parágrafo único. O proprietário das sementes, plantas ou materiais poderá cobrar do proprietário do solo a
indenização devida, quando não puder havê-la do plantador ou construtor.

Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior
à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da
construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área
perdida e a desvalorização da área remanescente.

Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire
a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção
exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a
construção.

Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima parte deste,

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adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam o valor que a
invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente; se de
má-fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em
dobro.

CAPÍTULO III
Da Aquisição da Propriedade Móvel

Seção I
Da Usucapião

Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com
justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade.

Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente
de título ou boa-fé.

Art. 1.262. Aplica-se à usucapião das coisas móveis o disposto nos arts. 1.243 e 1.244.

Seção II
Da Ocupação

Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa
ocupação defesa por lei.

Seção III
Do Achado do Tesouro

Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido por
igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente.

Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for achado por ele, ou em pesquisa
que ordenou, ou por terceiro não autorizado.

Art. 1.266. Achando-se em terreno aforado, o tesouro será dividido por igual entre o descobridor e o enfiteuta,
ou será deste por inteiro quando ele mesmo seja o descobridor.

Seção IV
Da Tradição

Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição.

Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir pelo constituto
possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se encontra em poder de terceiro;
ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio jurídico.

Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a tradição não aliena a propriedade, exceto se a coisa,
oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial, for transferida em circunstâncias tais que, ao
adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, o alienante se afigurar dono.

§ 1o Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir depois a propriedade, considera-se realizada a


transferência desde o momento em que ocorreu a tradição.

§ 2o Não transfere a propriedade a tradição, quando tiver por título um negócio jurídico nulo.
Seção V
Da Especificação

Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria-prima em parte alheia, obtiver espécie nova, desta será

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proprietário, se não se puder restituir à forma anterior.

Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir à forma precedente, será do especificador de
boa-fé a espécie nova.

§ 1o Sendo praticável a redução, ou quando impraticável, se a espécie nova se obteve de má-fé, pertencerá
ao dono da matéria-prima.

§ 2o Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à tela, da escultura, escritura e outro qualquer
trabalho gráfico em relação à matéria-prima, a espécie nova será do especificador, se o seu valor exceder
consideravelmente o da matéria-prima.

Art. 1.271. Aos prejudicados, nas hipóteses dos arts. 1.269 e 1.270, se ressarcirá o dano que sofrerem, menos
ao especificador de má-fé, no caso do § 1o do artigo antecedente, quando irredutível a especificação.
Seção VI
Da Confusão, da Comissão e da Adjunção

Art. 1.272. As coisas pertencentes a diversos donos, confundidas, misturadas ou adjuntadas sem o
consentimento deles, continuam a pertencer-lhes, sendo possível separá-las sem deterioração.

§ 1o Não sendo possível a separação das coisas, ou exigindo dispêndio excessivo, subsiste indiviso o todo,
cabendo a cada um dos donos quinhão proporcional ao valor da coisa com que entrou para a mistura ou
agregado.

§ 2o Se uma das coisas puder considerar-se principal, o dono sê-lo-á do todo, indenizando os outros.
Art. 1.273. Se a confusão, comissão ou adjunção se operou de má-fé, à outra parte caberá escolher entre
adquirir a propriedade do todo, pagando o que não for seu, abatida a indenização que lhe for devida, ou
renunciar ao que lhe pertencer, caso em que será indenizado.

Art. 1.274. Se da união de matérias de natureza diversa se formar espécie nova, à confusão, comissão ou
adjunção aplicam-se as normas dos arts. 1.272 e 1.273.

CAPÍTULO IV
Da Perda da Propriedade

Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:

I - por alienação;

II - pela renúncia;

III - por abandono;

IV - por perecimento da coisa;

V - por desapropriação.

Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel serão subordinados
ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis.

Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais o conservar em seu
patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar,
três anos depois, à propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas
circunscrições.

§ 1o O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como
bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde quer que ele se localize.

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§ 2o Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo, quando, cessados os atos de
posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.

CAPÍTULO V
Dos Direitos de Vizinhança

Seção I
Do Uso Anormal da Propriedade

Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências
prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade
vizinha.

Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a localização do


prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos
moradores da vizinhança.

Art. 1.278. O direito a que se refere o artigo antecedente não prevalece quando as interferências forem
justificadas por interesse público, caso em que o proprietário ou o possuidor, causador delas, pagará ao
vizinho indenização cabal.

Art. 1.279. Ainda que por decisão judicial devam ser toleradas as interferências, poderá o vizinho exigir a sua
redução, ou eliminação, quando estas se tornarem possíveis.

Art. 1.280. O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou a
reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo dano iminente.

Art. 1.281. O proprietário ou o possuidor de um prédio, em que alguém tenha direito de fazer obras, pode, no
caso de dano iminente, exigir do autor delas as necessárias garantias contra o prejuízo eventual.

Seção II
Das Árvores Limítrofes

Art. 1.282. A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em comum aos donos dos
prédios confinantes.

Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortados, até
o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido.

Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se este for
de propriedade particular.

Seção III
Da Passagem Forçada

Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento
de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se
necessário.

§ 1o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se prestar à passagem.

§ 2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pública,
nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.

§ 3o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação, existia passagem
através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constrangido, depois, a dar uma outra.

Seção IV

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Da Passagem de Cabos e Tubulações

Art. 1.286. Mediante recebimento de indenização que atenda, também, à desvalorização da área
remanescente, o proprietário é obrigado a tolerar a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e
outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública, em proveito de proprietários vizinhos, quando
de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa.

Parágrafo único. O proprietário prejudicado pode exigir que a instalação seja feita de modo menos gravoso ao
prédio onerado, bem como, depois, seja removida, à sua custa, para outro local do imóvel.

Art. 1.287. Se as instalações oferecerem grave risco, será facultado ao proprietário do prédio onerado exigir a
realização de obras de segurança.

Seção V
Das Águas

Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente
do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo; porém a condição natural e anterior do
prédio inferior não pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou possuidor do prédio superior.

Art. 1.289. Quando as águas, artificialmente levadas ao prédio superior, ou aí colhidas, correrem dele para o
inferior, poderá o dono deste reclamar que se desviem, ou se lhe indenize o prejuízo que sofrer.

Parágrafo único. Da indenização será deduzido o valor do benefício obtido.

Art. 1.290. O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais, satisfeitas as necessidades de
seu consumo, não pode impedir, ou desviar o curso natural das águas remanescentes pelos prédios inferiores.

Art. 1.291. O possuidor do imóvel superior não poderá poluir as águas indispensáveis às primeiras
necessidades da vida dos possuidores dos imóveis inferiores; as demais, que poluir, deverá recuperar,
ressarcindo os danos que estes sofrerem, se não for possível a recuperação ou o desvio do curso artificial das
águas.

Art. 1.292. O proprietário tem direito de construir barragens, açudes, ou outras obras para represamento de
água em seu prédio; se as águas represadas invadirem prédio alheio, será o seu proprietário indenizado pelo
dano sofrido, deduzido o valor do benefício obtido.

Art. 1.293. É permitido a quem quer que seja, mediante prévia indenização aos proprietários prejudicados,
construir canais, através de prédios alheios, para receber as águas a que tenha direito, indispensáveis às
primeiras necessidades da vida, e, desde que não cause prejuízo considerável à agricultura e à indústria, bem
como para o escoamento de águas supérfluas ou acumuladas, ou a drenagem de terrenos.

§ 1o Ao proprietário prejudicado, em tal caso, também assiste direito a ressarcimento pelos danos que de
futuro lhe advenham da infiltração ou irrupção das águas, bem como da deterioração das obras destinadas a
canalizá-las.

§ 2o O proprietário prejudicado poderá exigir que seja subterrânea a canalização que atravessa áreas
edificadas, pátios, hortas, jardins ou quintais.

§ 3o O aqueduto será construído de maneira que cause o menor prejuízo aos proprietários dos imóveis
vizinhos, e a expensas do seu dono, a quem incumbem também as despesas de conservação.

Art. 1.294. Aplica-se ao direito de aqueduto o disposto nos arts. 1.286 e 1.287.

Art. 1.295. O aqueduto não impedirá que os proprietários cerquem os imóveis e construam sobre ele, sem
prejuízo para a sua segurança e conservação; os proprietários dos imóveis poderão usar das águas do
aqueduto para as primeiras necessidades da vida.

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Art. 1.296. Havendo no aqueduto águas supérfluas, outros poderão canalizá-las, para os fins previstos no art.
1.293, mediante pagamento de indenização aos proprietários prejudicados e ao dono do aqueduto, de
importância equivalente às despesas que então seriam necessárias para a condução das águas até o ponto
de derivação.

Parágrafo único. Têm preferência os proprietários dos imóveis atravessados pelo aqueduto.

Seção VI
Dos Limites entre Prédios e do Direito de Tapagem

Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou
rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar
rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os
interessados as respectivas despesas.

§ 1o Os intervalos, muros, cercas e os tapumes divisórios, tais como sebes vivas, cercas de arame ou de
madeira, valas ou banquetas, presumem-se, até prova em contrário, pertencer a ambos os proprietários
confinantes, sendo estes obrigados, de conformidade com os costumes da localidade, a concorrer, em partes
iguais, para as despesas de sua construção e conservação.

§ 2o As sebes vivas, as árvores, ou plantas quaisquer, que servem de marco divisório, só podem ser cortadas,
ou arrancadas, de comum acordo entre proprietários.

§ 3o A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de pequeno porte, ou para outro
fim, pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles, pelo proprietário, que não está obrigado a
concorrer para as despesas.

Art. 1.298. Sendo confusos, os limites, em falta de outro meio, se determinarão de conformidade com a posse
justa; e, não se achando ela provada, o terreno contestado se dividirá por partes iguais entre os prédios, ou,
não sendo possível a divisão cômoda, se adjudicará a um deles, mediante indenização ao outro.

Seção VII
Do Direito de Construir

Art. 1.299. O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito dos
vizinhos e os regulamentos administrativos.

Art. 1.300. O proprietário construirá de maneira que o seu prédio não despeje águas, diretamente, sobre o
prédio vizinho.

Art. 1.301. É defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço ou varanda, a menos de metro e meio do terreno
vizinho.

§ 1o As janelas cuja visão não incida sobre a linha divisória, bem como as perpendiculares, não poderão ser
abertas a menos de setenta e cinco centímetros.

§ 2o As disposições deste artigo não abrangem as aberturas para luz ou ventilação, não maiores de dez
centímetros de largura sobre vinte de comprimento e construídas a mais de dois metros de altura de cada
piso.

Art. 1.302. O proprietário pode, no lapso de ano e dia após a conclusão da obra, exigir que se desfaça janela,
sacada, terraço ou goteira sobre o seu prédio; escoado o prazo, não poderá, por sua vez, edificar sem atender
ao disposto no artigo antecedente, nem impedir, ou dificultar, o escoamento das águas da goteira, com
prejuízo para o prédio vizinho.

Parágrafo único. Em se tratando de vãos, ou aberturas para luz, seja qual for a quantidade, altura e
disposição, o vizinho poderá, a todo tempo, levantar a sua edificação, ou contramuro, ainda que lhes vede a
claridade.

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Art. 1.303. Na zona rural, não será permitido levantar edificações a menos de três metros do terreno vizinho.

Art. 1.304. Nas cidades, vilas e povoados cuja edificação estiver adstrita a alinhamento, o dono de um terreno
pode nele edificar, madeirando na parede divisória do prédio contíguo, se ela suportar a nova construção; mas
terá de embolsar ao vizinho metade do valor da parede e do chão correspondentes.

Art. 1.305. O confinante, que primeiro construir, pode assentar a parede divisória até meia espessura no
terreno contíguo, sem perder por isso o direito a haver meio valor dela se o vizinho a travejar, caso em que o
primeiro fixará a largura e a profundidade do alicerce.

Parágrafo único. Se a parede divisória pertencer a um dos vizinhos, e não tiver capacidade para ser travejada
pelo outro, não poderá este fazer-lhe alicerce ao pé sem prestar caução àquele, pelo risco a que expõe a
construção anterior.

Art. 1.306. O condômino da parede-meia pode utilizá-la até ao meio da espessura, não pondo em risco a
segurança ou a separação dos dois prédios, e avisando previamente o outro condômino das obras que ali
tenciona fazer; não pode sem consentimento do outro, fazer, na parede-meia, armários, ou obras
semelhantes, correspondendo a outras, da mesma natureza, já feitas do lado oposto.

Art. 1.307. Qualquer dos confinantes pode altear a parede divisória, se necessário reconstruindo-a, para
suportar o alteamento; arcará com todas as despesas, inclusive de conservação, ou com metade, se o vizinho
adquirir meação também na parte aumentada.

Art. 1.308. Não é lícito encostar à parede divisória chaminés, fogões, fornos ou quaisquer aparelhos ou
depósitos suscetíveis de produzir infiltrações ou interferências prejudiciais ao vizinho.

Parágrafo único. A disposição anterior não abrange as chaminés ordinárias e os fogões de cozinha.

Art. 1.309. São proibidas construções capazes de poluir, ou inutilizar, para uso ordinário, a água do poço, ou
nascente alheia, a elas preexistentes.

Art. 1.310. Não é permitido fazer escavações ou quaisquer obras que tirem ao poço ou à nascente de outrem a
água indispensável às suas necessidades normais.

Art. 1.311. Não é permitida a execução de qualquer obra ou serviço suscetível de provocar desmoronamento
ou deslocação de terra, ou que comprometa a segurança do prédio vizinho, senão após haverem sido feitas as
obras acautelatórias.

Parágrafo único. O proprietário do prédio vizinho tem direito a ressarcimento pelos prejuízos que sofrer, não
obstante haverem sido realizadas as obras acautelatórias.

Art. 1.312. Todo aquele que violar as proibições estabelecidas nesta Seção é obrigado a demolir as
construções feitas, respondendo por perdas e danos.

Art. 1.313. O proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado a tolerar que o vizinho entre no prédio, mediante
prévio aviso, para:

I - dele temporariamente usar, quando indispensável à reparação, construção, reconstrução ou limpeza de sua
casa ou do muro divisório;

II - apoderar-se de coisas suas, inclusive animais que aí se encontrem casualmente.

§ 1o O disposto neste artigo aplica-se aos casos de limpeza ou reparação de esgotos, goteiras, aparelhos
higiênicos, poços e nascentes e ao aparo de cerca viva.

§ 2o Na hipótese do inciso II, uma vez entregues as coisas buscadas pelo vizinho, poderá ser impedida a sua
entrada no imóvel.

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§ 3o Se do exercício do direito assegurado neste artigo provier dano, terá o prejudicado direito a
ressarcimento.

CAPÍTULO VI
Do Condomínio Geral

Seção I
Do Condomínio Voluntário

Subseção I
Dos Direitos e Deveres dos Condôminos

Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos
compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal,
ou gravá-la.

Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou
gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.

Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação
ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.

Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos.

Art. 1.316. Pode o condômino eximir-se do pagamento das despesas e dívidas, renunciando à parte ideal.

§ 1o Se os demais condôminos assumem as despesas e as dívidas, a renúncia lhes aproveita, adquirindo a


parte ideal de quem renunciou, na proporção dos pagamentos que fizerem.

§ 2o Se não há condômino que faça os pagamentos, a coisa comum será dividida.


Art. 1.317. Quando a dívida houver sido contraída por todos os condôminos, sem se discriminar a parte de
cada um na obrigação, nem se estipular solidariedade, entende-se que cada qual se obrigou
proporcionalmente ao seu quinhão na coisa comum.

Art. 1.318. As dívidas contraídas por um dos condôminos em proveito da comunhão, e durante ela, obrigam o
contratante; mas terá este ação regressiva contra os demais.

Art. 1.319. Cada condômino responde aos outros pelos frutos que percebeu da coisa e pelo dano que lhe
causou.

Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o quinhão de
cada um pela sua parte nas despesas da divisão.

§ 1o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de cinco anos,
suscetível de prorrogação ulterior.

§ 2o Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador.

§ 3o A requerimento de qualquer interessado e se graves razões o aconselharem, pode o juiz determinar a


divisão da coisa comum antes do prazo.

Art. 1.321. Aplicam-se à divisão do condomínio, no que couber, as regras de partilha de herança (arts. 2.013 a
2.022).

Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os
outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o
condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as

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havendo, o de quinhão maior.

Parágrafo único. Se nenhum dos condôminos tem benfeitorias na coisa comum e participam todos do
condomínio em partes iguais, realizar-se-á licitação entre estranhos e, antes de adjudicada a coisa àquele que
ofereceu maior lanço, proceder-se-á à licitação entre os condôminos, a fim de que a coisa seja adjudicada a
quem afinal oferecer melhor lanço, preferindo, em condições iguais, o condômino ao estranho.

Subseção II
Da Administração do Condomínio

Art. 1.323. Deliberando a maioria sobre a administração da coisa comum, escolherá o administrador, que
poderá ser estranho ao condomínio; resolvendo alugá-la, preferir-se-á, em condições iguais, o condômino ao
que não o é.

Art. 1.324. O condômino que administrar sem oposição dos outros presume-se representante comum.

Art. 1.325. A maioria será calculada pelo valor dos quinhões.

§ 1o As deliberações serão obrigatórias, sendo tomadas por maioria absoluta.

§ 2o Não sendo possível alcançar maioria absoluta, decidirá o juiz, a requerimento de qualquer condômino,
ouvidos os outros.

§ 3o Havendo dúvida quanto ao valor do quinhão, será este avaliado judicialmente.


Art. 1.326. Os frutos da coisa comum, não havendo em contrário estipulação ou disposição de última vontade,
serão partilhados na proporção dos quinhões.

Seção II
Do Condomínio Necessário

Art. 1.327. O condomínio por meação de paredes, cercas, muros e valas regula-se pelo disposto neste Código
(arts. 1.297 e 1.298; 1.304 a 1.307).

Art. 1.328. O proprietário que tiver direito a estremar um imóvel com paredes, cercas, muros, valas ou valados,
tê-lo-á igualmente a adquirir meação na parede, muro, valado ou cerca do vizinho, embolsando-lhe metade do
que atualmente valer a obra e o terreno por ela ocupado (art. 1.297).

Art. 1.329. Não convindo os dois no preço da obra, será este arbitrado por peritos, a expensas de ambos os
confinantes.

Art. 1.330. Qualquer que seja o valor da meação, enquanto aquele que pretender a divisão não o pagar ou
depositar, nenhum uso poderá fazer na parede, muro, vala, cerca ou qualquer outra obra divisória.

CAPÍTULO VII
Do Condomínio Edilício

Seção I
Disposições Gerais

Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade
comum dos condôminos.

§ 1o As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas,
sobrelojas ou abrigos para veículos, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns,
sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários.

§ 2o O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de distribuição de água, esgoto, gás e eletricidade, a
calefação e refrigeração centrais, e as demais partes comuns, inclusive o acesso ao logradouro público, são

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utilizados em comum pelos condôminos, não podendo ser alienados separadamente, ou divididos.

§ 3o A fração ideal no solo e nas outras partes comuns é proporcional ao valor da unidade imobiliária, o qual
se calcula em relação ao conjunto da edificação.

§ 4o Nenhuma unidade imobiliária pode ser privada do acesso ao logradouro público.

§ 5o O terraço de cobertura é parte comum, salvo disposição contrária da escritura de constituição do


condomínio.

Art. 1.332. Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento, registrado no Cartório de
Registro de Imóveis, devendo constar daquele ato, além do disposto em lei especial:

I - a discriminação e individualização das unidades de propriedade exclusiva, estremadas uma das outras e
das partes comuns;

II - a determinação da fração ideal atribuída a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns;

III - o fim a que as unidades se destinam.

Art. 1.333. A convenção que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita pelos titulares de, no mínimo,
dois terços das frações ideais e torna-se, desde

logo, obrigatória para os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos sobre elas tenham posse ou
detenção.

Parágrafo único. Para ser oponível contra terceiros, a convenção do condomínio deverá ser registrada no
Cartório de Registro de Imóveis.

Art. 1.334. Além das cláusulas referidas no art. 1.332 e das que os interessados houverem por bem estipular,
a convenção determinará:

I - a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender às despesas
ordinárias e extraordinárias do condomínio;

II - sua forma de administração;

III - a competência das assembléias, forma de sua convocação e quorum exigido para as deliberações;
IV - as sanções a que estão sujeitos os condôminos, ou possuidores;

V - o regimento interno.

§ 1o A convenção poderá ser feita por escritura pública ou por instrumento particular.

§ 2o São equiparados aos proprietários, para os fins deste artigo, salvo disposição em contrário, os
promitentes compradores e os cessionários de direitos relativos às unidades autônomas.

Art. 1.335. São direitos do condômino:

I - usar, fruir e livremente dispor das suas unidades;

II - usar das partes comuns, conforme a sua destinação, e contanto que não exclua a utilização dos demais
compossuidores;

III - votar nas deliberações da assembléia e delas participar, estando quite.

Art. 1.336. São deveres do condômino:

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I - Contribuir para as despesas do condomínio, na proporção de suas frações ideais;

II - não realizar obras que comprometam a segurança da edificação;

III - não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas;

IV - dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao
sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes.

§ 1o O condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou,
não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois por cento sobre o débito.

§ 2o O condômino, que não cumprir qualquer dos deveres estabelecidos nos incisos II a IV, pagará a multa
prevista no ato constitutivo ou na convenção, não podendo ela ser superior a cinco vezes o valor de suas
contribuições mensais, independentemente das perdas e danos que se apurarem; não havendo disposição
expressa, caberá à assembléia geral, por dois terços no mínimo dos condôminos restantes, deliberar sobre a
cobrança da multa.

Art. 1337. O condômino, ou possuidor, que não cumpre reiteradamente com os seus deveres perante o
condomínio poderá, por deliberação de três quartos dos condôminos restantes, ser constrangido a pagar multa
correspondente até ao quíntuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, conforme a
gravidade das faltas e a reiteração, independentemente das perdas e danos que se apurem.

Parágrafo único. O condômino ou possuidor que, por seu reiterado comportamento anti-social, gerar
incompatibilidade de convivência com os demais condôminos ou possuidores, poderá ser constrangido a
pagar multa correspondente ao décuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, até
ulterior deliberação da assembléia.

Art. 1.338. Resolvendo o condômino alugar área no abrigo para veículos, preferir-se-á, em condições iguais,
qualquer dos condôminos a estranhos, e, entre todos, os possuidores.

Art. 1.339. Os direitos de cada condômino às partes comuns são inseparáveis de sua propriedade exclusiva;
são também inseparáveis das frações ideais correspondentes as unidades imobiliárias, com as suas partes
acessórias.

§ 1o Nos casos deste artigo é proibido alienar ou gravar os bens em separado.

§ 2o É permitido ao condômino alienar parte acessória de sua unidade imobiliária a outro condômino, só
podendo fazê-lo a terceiro se essa faculdade constar do ato constitutivo do condomínio, e se a ela não se
opuser a respectiva assembléia geral.

Art. 1.340. As despesas relativas a partes comuns de uso exclusivo de um condômino, ou de alguns deles,
incumbem a quem delas se serve.

Art. 1.341. A realização de obras no condomínio depende:

I - se voluptuárias, de voto de dois terços dos condôminos;

II - se úteis, de voto da maioria dos condôminos.

§ 1o As obras ou reparações necessárias podem ser realizadas, independentemente de autorização, pelo


síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer condômino.

§ 2o Se as obras ou reparos necessários forem urgentes e importarem em despesas excessivas, determinada


sua realização, o síndico ou o condômino que tomou a iniciativa delas dará ciência à assembléia, que deverá
ser convocada imediatamente.

§ 3o Não sendo urgentes, as obras ou reparos necessários, que importarem em despesas excessivas,

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somente poderão ser efetuadas após autorização da assembléia, especialmente convocada pelo síndico, ou,
em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer dos condôminos.

§ 4o O condômino que realizar obras ou reparos necessários será reembolsado das despesas que efetuar, não
tendo direito à restituição das que fizer com obras ou reparos de outra natureza, embora de interesse comum.

Art. 1.342. A realização de obras, em partes comuns, em acréscimo às já existentes, a fim de lhes facilitar ou
aumentar a utilização, depende da aprovação de dois terços dos votos dos condôminos, não sendo permitidas
construções, nas partes comuns, suscetíveis de prejudicar a utilização, por qualquer dos condôminos, das
partes próprias, ou comuns.

Art. 1.343. A construção de outro pavimento, ou, no solo comum, de outro edifício, destinado a conter novas
unidades imobiliárias, depende da aprovação da unanimidade dos condôminos.

Art. 1.344. Ao proprietário do terraço de cobertura incumbem as despesas da sua conservação, de modo que
não haja danos às unidades imobiliárias inferiores.

Art. 1.345. O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive
multas e juros moratórios.

Art. 1.346. É obrigatório o seguro de toda a edificação contra o risco de incêndio ou destruição, total ou parcial.

Seção II
Da Administração do Condomínio

Art. 1.347. A assembléia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino, para administrar o
condomínio, por prazo não superior a dois anos, o qual poderá renovar-se.

Art. 1.348. Compete ao síndico:

I - convocar a assembléia dos condôminos;

II - representar, ativa e passivamente, o condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à
defesa dos interesses comuns;

III - dar imediato conhecimento à assembléia da existência de procedimento judicial ou administrativo, de


interesse do condomínio;

IV - cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da assembléia;

V - diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços que
interessem aos possuidores;

VI - elaborar o orçamento da receita e da despesa relativa a cada ano;

VII - cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor e cobrar as multas devidas;

VIII - prestar contas à assembléia, anualmente e quando exigidas;

IX - realizar o seguro da edificação.

§ 1o Poderá a assembléia investir outra pessoa, em lugar do síndico, em poderes de representação.

§ 2o O síndico pode transferir a outrem, total ou parcialmente, os poderes de representação ou as funções


administrativas, mediante aprovação da assembléia, salvo disposição em contrário da convenção.

Art. 1.349. A assembléia, especialmente convocada para o fim estabelecido no § 2o do artigo antecedente,
poderá, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, destituir o síndico que praticar irregularidades, não
prestar contas, ou não administrar convenientemente o condomínio.

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Art. 1.350. Convocará o síndico, anualmente, reunião da assembléia dos condôminos, na forma prevista na
convenção, a fim de aprovar o orçamento das despesas, as contribuições dos condôminos e a prestação de
contas, e eventualmente eleger-lhe o substituto e alterar o regimento interno.

§ 1o Se o síndico não convocar a assembléia, um quarto dos condôminos poderá fazê-lo.

§ 2o Se a assembléia não se reunir, o juiz decidirá, a requerimento de qualquer condômino.


Art. 1.351. Depende da aprovação de dois terços dos votos dos condôminos a alteração da convenção e do
regimento interno; a mudança da destinação do edifício, ou da unidade imobiliária, depende de aprovação pela
unanimidade dos condôminos.

Art. 1.352. Salvo quando exigido quorum especial, as deliberações da assembléia serão tomadas, em primeira
convocação, por maioria de votos dos condôminos presentes que representem pelo menos metade das
frações ideais.

Parágrafo único. Os votos serão proporcionais às frações ideais no solo e nas outras partes comuns
pertencentes a cada condômino, salvo disposição diversa da convenção de constituição do condomínio.

Art. 1.353. Em segunda convocação, a assembléia poderá deliberar por maioria dos votos dos presentes,
salvo quando exigido quorum especial.

Art. 1.354. A assembléia não poderá deliberar se todos os condôminos não forem convocados para a reunião.

Art. 1.355. Assembléias extraordinárias poderão ser convocadas pelo síndico ou por um quarto dos
condôminos.

Art. 1.356. Poderá haver no condomínio um conselho fiscal, composto de três membros, eleitos pela
assembléia, por prazo não superior a dois anos, ao qual compete dar parecer sobre as contas do síndico.

Seção III
Da Extinção do Condomínio

Art. 1.357. Se a edificação for total ou consideravelmente destruída, ou ameace ruína, os condôminos
deliberarão em assembléia sobre a reconstrução, ou venda, por votos que representem metade mais uma das
frações ideais.

§ 1o Deliberada a reconstrução, poderá o condômino eximir-se do pagamento das despesas respectivas,


alienando os seus direitos a outros condôminos, mediante avaliação judicial.

§ 2o Realizada a venda, em que se preferirá, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, será
repartido o apurado entre os condôminos, proporcionalmente ao valor das suas unidades imobiliárias.

Art. 1.358. Se ocorrer desapropriação, a indenização será repartida na proporção a que se refere o § 2o do
artigo antecedente.

CAPÍTULO VIII
Da Propriedade Resolúvel

Art. 1.359. Resolvida a propriedade pelo implemento da condição ou pelo advento do termo, entendem-se
também resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e o proprietário, em cujo favor se opera a
resolução, pode reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou detenha.

Art. 1.360. Se a propriedade se resolver por outra causa superveniente, o possuidor, que a tiver adquirido por
título anterior à sua resolução, será considerado proprietário perfeito, restando à pessoa, em cujo benefício
houve a resolução, ação contra aquele cuja propriedade se resolveu para haver a própria coisa ou o seu valor.

CAPÍTULO IX

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Da Propriedade Fiduciária

Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com
escopo de garantia, transfere ao credor.

§ 1o Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou
particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se
tratando de veículos, na repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de
registro.

§ 2o Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o devedor


possuidor direto da coisa.

§ 3o A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna eficaz, desde o arquivamento, a transferência
da propriedade fiduciária.

Art. 1.362. O contrato, que serve de título à propriedade fiduciária, conterá:

I - o total da dívida, ou sua estimativa;

II - o prazo, ou a época do pagamento;

III - a taxa de juros, se houver;

IV - a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos indispensáveis à sua identificação.

Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, a suas expensas e risco, pode usar a coisa segundo sua
destinação, sendo obrigado, como depositário:

I - a empregar na guarda da coisa a diligência exigida por sua natureza;

II - a entregá-la ao credor, se a dívida não for paga no vencimento.

Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa
a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança, e a entregar o saldo,
se houver, ao devedor.

Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se
a dívida não for paga no vencimento.

Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do credor, dar seu direito eventual à coisa em pagamento
da dívida, após o vencimento desta.

Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da dívida e das despesas de
cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante.

Art. 1.367. Aplica-se à propriedade fiduciária, no que couber, o disposto nos arts. 1.421, 1.425, 1.426, 1.427 e
1.436.

Art. 1.368. O terceiro, interessado ou não, que pagar a dívida, se sub-rogará de pleno direito no crédito e na
propriedade fiduciária.

TÍTULO IV
Da Superfície

Art. 1.369. O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir ou de plantar em seu terreno, por
tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis.

Parágrafo único. O direito de superfície não autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da

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concessão.

Art. 1.370. A concessão da superfície será gratuita ou onerosa; se onerosa, estipularão as partes se o
pagamento será feito de uma só vez, ou parceladamente.

Art. 1.371. O superficiário responderá pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel.

Art. 1.372. O direito de superfície pode transferir-se a terceiros e, por morte do superficiário, aos seus
herdeiros.

Parágrafo único. Não poderá ser estipulado pelo concedente, a nenhum título, qualquer pagamento pela
transferência.

Art. 1.373. Em caso de alienação do imóvel ou do direito de superfície, o superficiário ou o proprietário tem
direito de preferência, em igualdade de condições.

Art. 1.374. Antes do termo final, resolver-se-á a concessão se o superficiário der ao terreno destinação diversa
daquela para que foi concedida.

Art. 1.375. Extinta a concessão, o proprietário passará a ter a propriedade plena sobre o terreno, construção
ou plantação, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário.

Art. 1.376. No caso de extinção do direito de superfície em conseqüência de desapropriação, a indenização


cabe ao proprietário e ao superficiário, no valor correspondente ao direito real de cada um.

Art. 1.377. O direito de superfície, constituído por pessoa jurídica de direito público interno, rege-se por este
Código, no que não for diversamente disciplinado em lei especial.

TÍTULO V
Das Servidões

CAPÍTULO I
Da Constituição das Servidões

Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence
a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e
subseqüente registro no Cartório de Registro de Imóveis.

Art. 1.379. O exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente, por dez anos, nos termos do art.
1.242, autoriza o interessado a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe como título a
sentença que julgar consumado a usucapião.

Parágrafo único. Se o possuidor não tiver título, o prazo da usucapião será de vinte anos.

CAPÍTULO II
Do Exercício das Servidões

Art. 1.380. O dono de uma servidão pode fazer todas as obras necessárias à sua conservação e uso, e, se a
servidão pertencer a mais de um prédio, serão as despesas rateadas entre os respectivos donos.

Art. 1.381. As obras a que se refere o artigo antecedente devem ser feitas pelo dono do prédio dominante, se
o contrário não dispuser expressamente o título.

Art. 1.382. Quando a obrigação incumbir ao dono do prédio serviente, este poderá exonerar-se, abandonando,
total ou parcialmente, a propriedade ao dono do dominante.

Parágrafo único. Se o proprietário do prédio dominante se recusar a receber a propriedade do serviente, ou


parte dela, caber-lhe-á custear as obras.

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Art. 1.383. O dono do prédio serviente não poderá embaraçar de modo algum o exercício legítimo da servidão.

Art. 1.384. A servidão pode ser removida, de um local para outro, pelo dono do prédio serviente e à sua custa,
se em nada diminuir as vantagens do prédio dominante, ou pelo dono deste e à sua custa, se houver
considerável incremento da utilidade e não prejudicar o prédio serviente.

Art. 1.385. Restringir-se-á o exercício da servidão às necessidades do prédio dominante, evitando-se, quanto
possível, agravar o encargo ao prédio serviente.

§ 1o Constituída para certo fim, a servidão não se pode ampliar a outro.

§ 2o Nas servidões de trânsito, a de maior inclui a de menor ônus, e a menor exclui a mais onerosa.

§ 3o Se as necessidades da cultura, ou da indústria, do prédio dominante impuserem à servidão maior


largueza, o dono do serviente é obrigado a sofrê-la; mas tem direito a ser indenizado pelo excesso.

Art. 1.386. As servidões prediais são indivisíveis, e subsistem, no caso de divisão dos imóveis, em benefício
de cada uma das porções do prédio dominante, e continuam a gravar cada uma das do prédio serviente, salvo
se, por natureza, ou destino, só se aplicarem a certa parte de um ou de outro.

CAPÍTULO III
Da Extinção das Servidões

Art. 1.387. Salvo nas desapropriações, a servidão, uma vez registrada, só se extingue, com respeito a
terceiros, quando cancelada.

Parágrafo único. Se o prédio dominante estiver hipotecado, e a servidão se mencionar no título hipotecário,
será também preciso, para a cancelar, o consentimento do credor.

Art. 1.388. O dono do prédio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao cancelamento do registro, embora
o dono do prédio dominante lho impugne:

I - quando o titular houver renunciado a sua servidão;

II - quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou a comodidade, que determinou a constituição
da servidão;

III - quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão.

Art. 1.389. Também se extingue a servidão, ficando ao dono do prédio serviente a faculdade de fazê-la
cancelar, mediante a prova da extinção:

I - pela reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa;

II - pela supressão das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro título expresso;

III - pelo não uso, durante dez anos contínuos.

TÍTULO VI
Do Usufruto

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 1.390. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte
deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.

Art. 1.391. O usufruto de imóveis, quando não resulte de usucapião, constituir-se-á mediante registro no
Cartório de Registro de Imóveis.

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Art. 1.392. Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos acessórios da coisa e seus acrescidos.

§ 1o Se, entre os acessórios e os acrescidos, houver coisas consumíveis, terá o usufrutuário o dever de
restituir, findo o usufruto, as que ainda houver e, das outras, o equivalente em gênero, qualidade e quantidade,
ou, não sendo possível, o seu valor, estimado ao tempo da restituição.

§ 2o Se há no prédio em que recai o usufruto florestas ou os recursos minerais a que se refere o art. 1.230,
devem o dono e o usufrutuário prefixar-lhe a extensão do gozo e a maneira de exploração.

§ 3o Se o usufruto recai sobre universalidade ou quota-parte de bens, o usufrutuário tem direito à parte do
tesouro achado por outrem, e ao preço pago pelo vizinho do prédio usufruído, para obter meação em parede,
cerca, muro, vala ou valado.

Art. 1.393. Não se pode transferir o usufruto por alienação; mas o seu exercício pode ceder-se por título
gratuito ou oneroso.

CAPÍTULO II
Dos Direitos do Usufrutuário

Art. 1.394. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos.

Art. 1.395. Quando o usufruto recai em títulos de crédito, o usufrutuário tem direito a perceber os frutos e a
cobrar as respectivas dívidas.

Parágrafo único. Cobradas as dívidas, o usufrutuário aplicará, de imediato, a importância em títulos da mesma
natureza, ou em títulos da dívida pública federal, com cláusula de atualização monetária segundo índices
oficiais regularmente estabelecidos.

Art. 1.396. Salvo direito adquirido por outrem, o usufrutuário faz seus os frutos naturais, pendentes ao começar
o usufruto, sem encargo de pagar as despesas de produção.

Parágrafo único. Os frutos naturais, pendentes ao tempo em que cessa o usufruto, pertencem ao dono,
também sem compensação das despesas.

Art. 1.397. As crias dos animais pertencem ao usufrutuário, deduzidas quantas bastem para inteirar as
cabeças de gado existentes ao começar o usufruto.

Art. 1.398. Os frutos civis, vencidos na data inicial do usufruto, pertencem ao proprietário, e ao usufrutuário os
vencidos na data em que cessa o usufruto.

Art. 1.399. O usufrutuário pode usufruir em pessoa, ou mediante arrendamento, o prédio, mas não mudar-lhe a
destinação econômica, sem expressa autorização do proprietário.

CAPÍTULO III
Dos Deveres do Usufrutuário

Art. 1.400. O usufrutuário, antes de assumir o usufruto, inventariará, à sua custa, os bens que receber,
determinando o estado em que se acham, e dará caução, fidejussória ou real, se lha exigir o dono, de
velar-lhes pela conservação, e entregá-los findo o usufruto.

Parágrafo único. Não é obrigado à caução o doador que se reservar o usufruto da coisa doada.

Art. 1.401. O usufrutuário que não quiser ou não puder dar caução suficiente perderá o direito de administrar o
usufruto; e, neste caso, os bens serão administrados pelo proprietário, que ficará obrigado, mediante caução,
a entregar ao usufrutuário o rendimento deles, deduzidas as despesas de administração, entre as quais se
incluirá a quantia fixada pelo juiz como remuneração do administrador.

Art. 1.402. O usufrutuário não é obrigado a pagar as deteriorações resultantes do exercício regular do usufruto.

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Art. 1.403 Incumbem ao usufrutuário:

I - as despesas ordinárias de conservação dos bens no estado em que os recebeu;

II - as prestações e os tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa usufruída.

Art. 1.404. Incumbem ao dono as reparações extraordinárias e as que não forem de custo módico; mas o
usufrutuário lhe pagará os juros do capital despendido com as que forem necessárias à conservação, ou
aumentarem o rendimento da coisa usufruída.

§ 1o Não se consideram módicas as despesas superiores a dois terços do líquido rendimento em um ano.

§ 2o Se o dono não fizer as reparações a que está obrigado, e que são indispensáveis à conservação da
coisa, o usufrutuário pode realizá-las, cobrando daquele a importância despendida.

Art. 1.405. Se o usufruto recair num patrimônio, ou parte deste, será o usufrutuário obrigado aos juros da
dívida que onerar o patrimônio ou a parte dele.

Art. 1.406. O usufrutuário é obrigado a dar ciência ao dono de qualquer lesão produzida contra a posse da
coisa, ou os direitos deste.

Art. 1.407. Se a coisa estiver segurada, incumbe ao usufrutuário pagar, durante o usufruto, as contribuições do
seguro.

§ 1o Se o usufrutuário fizer o seguro, ao proprietário caberá o direito dele resultante contra o segurador.

§ 2o Em qualquer hipótese, o direito do usufrutuário fica sub-rogado no valor da indenização do seguro.


Art. 1.408. Se um edifício sujeito a usufruto for destruído sem culpa do proprietário, não será este obrigado a
reconstruí-lo, nem o usufruto se restabelecerá, se o proprietário reconstruir à sua custa o prédio; mas se a
indenização do seguro for aplicada à reconstrução do prédio, restabelecer-se-á o usufruto.

Art. 1.409. Também fica sub-rogada no ônus do usufruto, em lugar do prédio, a indenização paga, se ele for
desapropriado, ou a importância do dano, ressarcido pelo terceiro responsável no caso de danificação ou
perda.

CAPÍTULO IV
Da Extinção do Usufruto

Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de Imóveis:

I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;

II - pelo termo de sua duração;

III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo
decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer;

IV - pela cessação do motivo de que se origina;

V - pela destruição da coisa, guardadas as disposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e 1.409;

VI - pela consolidação;

VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhes acudindo com os
reparos de conservação, ou quando, no usufruto de títulos de crédito, não dá às importâncias recebidas a
aplicação prevista no parágrafo único do art. 1.395;

VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399).

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Art. 1.411. Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguir-se-á a parte em relação a cada
uma das que falecerem, salvo se, por estipulação expressa, o quinhão desses couber ao sobrevivente.

TÍTULO VII
Do Uso

Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de
sua família.

§ 1o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e o lugar onde viver.

§ 2o As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e das
pessoas de seu serviço doméstico.

Art. 1.413. São aplicáveis ao uso, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao
usufruto.

TÍTULO VIII
Da Habitação

Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a
pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família.

Art. 1.415. Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma pessoa, qualquer delas que sozinha
habite a casa não terá de pagar aluguel à outra, ou às outras, mas não as pode inibir de exercerem, querendo,
o direito, que também lhes compete, de habitá-la.

Art. 1.416. São aplicáveis à habitação, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao
usufruto.

TÍTULO IX
Do Direito do Promitente Comprador

Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento, celebrada por
instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente
comprador direito real à aquisição do imóvel.

Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros,
a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o
disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel.

TÍTULO X
Do Penhor, da Hipoteca e da Anticrese

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 1.419. Nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em garantia fica sujeito, por
vínculo real, ao cumprimento da obrigação.

Art. 1.420. Só aquele que pode alienar poderá empenhar, hipotecar ou dar em anticrese; só os bens que se
podem alienar poderão ser dados em penhor, anticrese ou hipoteca.

§ 1o A propriedade superveniente torna eficaz, desde o registro, as garantias reais estabelecidas por quem
não era dono.

§ 2o A coisa comum a dois ou mais proprietários não pode ser dada em garantia real, na sua totalidade, sem o
consentimento de todos; mas cada um pode individualmente dar em garantia real a parte que tiver.

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Art. 1.421. O pagamento de uma ou mais prestações da dívida não importa exoneração correspondente da
garantia, ainda que esta compreenda vários bens, salvo disposição expressa no título ou na quitação.

Art. 1.422. O credor hipotecário e o pignoratício têm o direito de excutir a coisa hipotecada ou empenhada, e
preferir, no pagamento, a outros credores, observada, quanto à hipoteca, a prioridade no registro.

Parágrafo único. Excetuam-se da regra estabelecida neste artigo as dívidas que, em virtude de outras leis,
devam ser pagas precipuamente a quaisquer outros créditos.

Art. 1.423. O credor anticrético tem direito a reter em seu poder o bem, enquanto a dívida não for paga;
extingue-se esse direito decorridos quinze anos da data de sua constituição.

Art. 1.424. Os contratos de penhor, anticrese ou hipoteca declararão, sob pena de não terem eficácia:

I - o valor do crédito, sua estimação, ou valor máximo;


II - o prazo fixado para pagamento;

III - a taxa dos juros, se houver;

IV - o bem dado em garantia com as suas especificações.

Art. 1.425. A dívida considera-se vencida:

I - se, deteriorando-se, ou depreciando-se o bem dado em segurança, desfalcar a garantia, e o devedor,


intimado, não a reforçar ou substituir;

II - se o devedor cair em insolvência ou falir;

III - se as prestações não forem pontualmente pagas, toda vez que deste modo se achar estipulado o
pagamento. Neste caso, o recebimento posterior da prestação

atrasada importa renúncia do credor ao seu direito de execução imediata;

IV - se perecer o bem dado em garantia, e não for substituído;

V - se se desapropriar o bem dado em garantia, hipótese na qual se depositará a parte do preço que for
necessária para o pagamento integral do credor.

§ 1o Nos casos de perecimento da coisa dada em garantia, esta se sub-rogará na indenização do seguro, ou
no ressarcimento do dano, em benefício do credor, a quem assistirá sobre ela preferência até seu completo
reembolso.

§ 2o Nos casos dos incisos IV e V, só se vencerá a hipoteca antes do prazo estipulado, se o perecimento, ou a
desapropriação recair sobre o bem dado em garantia, e esta não abranger outras; subsistindo, no caso
contrário, a dívida reduzida, com a respectiva garantia sobre os demais bens, não desapropriados ou
destruídos.
Art. 1.426. Nas hipóteses do artigo anterior, de vencimento antecipado da dívida, não se compreendem os
juros correspondentes ao tempo ainda não decorrido.

Art. 1.427. Salvo cláusula expressa, o terceiro que presta garantia real por dívida alheia não fica obrigado a
substituí-la, ou reforçá-la, quando, sem culpa sua, se perca, deteriore, ou desvalorize.

Art. 1.428. É nula a cláusula que autoriza o credor pignoratício, anticrético ou hipotecário a ficar com o objeto
da garantia, se a dívida não for paga no vencimento.

Parágrafo único. Após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.

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Art. 1.429. Os sucessores do devedor não podem remir parcialmente o penhor ou a hipoteca na proporção dos
seus quinhões; qualquer deles, porém, pode fazê-lo no todo.

Parágrafo único. O herdeiro ou sucessor que fizer a remição fica sub-rogado nos direitos do credor pelas
quotas que houver satisfeito.

Art. 1.430. Quando, excutido o penhor, ou executada a hipoteca, o produto não bastar para pagamento da
dívida e despesas judiciais, continuará o devedor obrigado pessoalmente pelo restante.

CAPÍTULO II
Do Penhor

Seção I
Da Constituição do Penhor

Art. 1.431. Constitui-se o penhor pela transferência efetiva da posse que, em garantia do débito ao credor ou a
quem o represente, faz o devedor, ou alguém por ele, de uma coisa móvel, suscetível de alienação.

Parágrafo único. No penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas empenhadas continuam em
poder do devedor, que as deve guardar e conservar.

Art. 1.432. O instrumento do penhor deverá ser levado a registro, por qualquer dos contratantes; o do penhor
comum será registrado no Cartório de Títulos e Documentos.

Seção II
Dos Direitos do Credor Pignoratício

Art. 1.433. O credor pignoratício tem direito:

I - à posse da coisa empenhada;

II - à retenção dela, até que o indenizem das despesas devidamente justificadas, que tiver feito, não sendo
ocasionadas por culpa sua;

III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido por vício da coisa empenhada;

IV - a promover a execução judicial, ou a venda amigável, se lhe permitir expressamente o contrato, ou lhe
autorizar o devedor mediante procuração;

V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder;

VI - a promover a venda antecipada, mediante prévia autorização judicial, sempre que haja receio fundado de
que a coisa empenhada se perca ou deteriore, devendo o

preço ser depositado. O dono da coisa empenhada pode impedir a venda antecipada, substituindo-a, ou
oferecendo outra garantia real idônea.

Art. 1.434. O credor não pode ser constrangido a devolver a coisa empenhada, ou uma parte dela, antes de
ser integralmente pago, podendo o juiz, a requerimento do proprietário, determinar que seja vendida apenas
uma das coisas, ou parte da coisa empenhada, suficiente para o pagamento do credor.

Seção III
Das Obrigações do Credor Pignoratício

Art. 1.435. O credor pignoratício é obrigado:

I - à custódia da coisa, como depositário, e a ressarcir ao dono a perda ou deterioração de que for culpado,
podendo ser compensada na dívida, até a concorrente quantia, a importância da responsabilidade;

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II - à defesa da posse da coisa empenhada e a dar ciência, ao dono dela, das circunstâncias que tornarem
necessário o exercício de ação possessória;

III - a imputar o valor dos frutos, de que se apropriar (art. 1.433, inciso V) nas despesas de guarda e
conservação, nos juros e no capital da obrigação garantida, sucessivamente;

IV - a restituí-la, com os respectivos frutos e acessões, uma vez paga a dívida;

V - a entregar o que sobeje do preço, quando a dívida for paga, no caso do inciso IV do art. 1.433.

Seção IV
Da Extinção do Penhor

Art. 1.436. Extingue-se o penhor:

I extinguindo-se a obrigação;

II - perecendo a coisa;

III - renunciando o credor;

IV confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e de dono da coisa;

V - dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por ele
autorizada.

§ 1o Presume-se a renúncia do credor quando consentir na venda particular do penhor sem reserva de preço,
quando restituir a sua posse ao devedor, ou quando anuir à sua substituição por outra garantia.

§ 2o Operando-se a confusão tão-somente quanto a parte da dívida pignoratícia, subsistirá inteiro o penhor
quanto ao resto.

Art. 1.437. Produz efeitos a extinção do penhor depois de averbado o cancelamento do registro, à vista da
respectiva prova.

Seção V
Do Penhor Rural

Subseção I
Disposições Gerais

Art. 1.438. Constitui-se o penhor rural mediante instrumento público ou particular, registrado no Cartório de
Registro de Imóveis da circunscrição em que estiverem situadas as coisas empenhadas.

Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívida, que garante com penhor rural, o devedor poderá
emitir, em favor do credor, cédula rural pignoratícia, na forma determinada em lei especial.

Art. 1.439. O penhor agrícola e o penhor pecuário somente podem ser convencionados, respectivamente,
pelos prazos máximos de três e quatro anos, prorrogáveis, uma só vez, até o limite de igual tempo.

§ 1o Embora vencidos os prazos, permanece a garantia, enquanto subsistirem os bens que a constituem.

§ 2o A prorrogação deve ser averbada à margem do registro respectivo, mediante requerimento do credor e do
devedor.

Art. 1.440. Se o prédio estiver hipotecado, o penhor rural poderá constituir-se independentemente da anuência
do credor hipotecário, mas não lhe prejudica o direito de preferência, nem restringe a extensão da hipoteca, ao
ser executada.

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Art. 1.441. Tem o credor direito a verificar o estado das coisas empenhadas, inspecionando-as onde se
acharem, por si ou por pessoa que credenciar.

Subseção II
Do Penhor Agrícola

Art. 1.442. Podem ser objeto de penhor:

I - máquinas e instrumentos de agricultura;

II - colheitas pendentes, ou em via de formação;

III - frutos acondicionados ou armazenados;

IV - lenha cortada e carvão vegetal;

V - animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola.

Art. 1.443. O penhor agrícola que recai sobre colheita pendente, ou em via de formação, abrange a
imediatamente seguinte, no caso de frustrar-se ou ser insuficiente a que se deu em garantia.

Parágrafo único. Se o credor não financiar a nova safra, poderá o devedor constituir com outrem novo penhor,
em quantia máxima equivalente à do primeiro; o segundo penhor terá preferência sobre o primeiro,
abrangendo este apenas o excesso apurado na colheita seguinte.

Subseção III
Do Penhor Pecuário

Art. 1.444. Podem ser objeto de penhor os animais que integram a atividade pastoril, agrícola ou de lacticínios.

Art. 1.445. O devedor não poderá alienar os animais empenhados sem prévio consentimento, por escrito, do
credor.
Parágrafo único. Quando o devedor pretende alienar o gado empenhado ou, por negligência, ameace
prejudicar o credor, poderá este requerer se depositem os animais sob a guarda de terceiro, ou exigir que se
lhe pague a dívida de imediato.

Art. 1.446. Os animais da mesma espécie, comprados para substituir os mortos, ficam sub-rogados no penhor.

Parágrafo único. Presume-se a substituição prevista neste artigo, mas não terá eficácia contra terceiros, se
não constar de menção adicional ao respectivo contrato, a qual deverá ser averbada.

Seção VI
Do Penhor Industrial e Mercantil

Art. 1.447. Podem ser objeto de penhor máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em
funcionamento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados na indústria; sal e bens destinados à
exploração das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados à industrialização de carnes e derivados;
matérias-primas e produtos industrializados.

Parágrafo único. Regula-se pelas disposições relativas aos armazéns gerais o penhor das mercadorias neles
depositadas.

Art. 1.448. Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil, mediante instrumento público ou particular,
registrado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição onde estiverem situadas as coisas
empenhadas.

Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívida, que garante com penhor industrial ou mercantil, o
devedor poderá emitir, em favor do credor, cédula do respectivo crédito, na forma e para os fins que a lei

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especial determinar.

Art. 1.449. O devedor não pode, sem o consentimento por escrito do credor, alterar as coisas empenhadas ou
mudar-lhes a situação, nem delas dispor. O devedor que, anuindo o credor, alienar as coisas empenhadas,
deverá repor outros bens da mesma natureza, que ficarão sub-rogados no penhor.

Art. 1.450. Tem o credor direito a verificar o estado das coisas empenhadas, inspecionando-as onde se
acharem, por si ou por pessoa que credenciar.

Seção VII
Do Penhor de Direitos e Títulos de Crédito

Art. 1.451. Podem ser objeto de penhor direitos, suscetíveis de cessão, sobre coisas móveis.

Art. 1.452. Constitui-se o penhor de direito mediante instrumento público ou particular, registrado no Registro
de Títulos e Documentos.

Parágrafo único. O titular de direito empenhado deverá entregar ao credor pignoratício os documentos
comprobatórios desse direito, salvo se tiver interesse legítimo em conservá-los.

Art. 1.453. O penhor de crédito não tem eficácia senão quando notificado ao devedor; por notificado tem-se o
devedor que, em instrumento público ou particular, declarar-se ciente da existência do penhor.

Art. 1.454. O credor pignoratício deve praticar os atos necessários à conservação e defesa do direito
empenhado e cobrar os juros e mais prestações acessórias compreendidas na garantia.

Art. 1.455. Deverá o credor pignoratício cobrar o crédito empenhado, assim que se torne exigível. Se este
consistir numa prestação pecuniária, depositará a importância recebida, de acordo com o devedor pignoratício,
ou onde o juiz determinar; se consistir na entrega da coisa, nesta se sub-rogará o penhor.

Parágrafo único. Estando vencido o crédito pignoratício, tem o credor direito a reter, da quantia recebida, o que
lhe é devido, restituindo o restante ao devedor; ou a excutir a coisa a ele entregue.

Art. 1.456. Se o mesmo crédito for objeto de vários penhores, só ao credor pignoratício, cujo direito prefira aos
demais, o devedor deve pagar; responde por perdas e danos aos demais credores o credor preferente que,
notificado por qualquer um deles, não promover oportunamente a cobrança.

Art. 1.457. O titular do crédito empenhado só pode receber o pagamento com a anuência, por escrito, do
credor pignoratício, caso em que o penhor se extinguirá.

Art. 1.458. O penhor, que recai sobre título de crédito, constitui-se mediante instrumento público ou particular
ou endosso pignoratício, com a tradição do título ao credor, regendo-se pelas Disposições Gerais deste Título
e, no que couber, pela presente Seção.

Art. 1.459. Ao credor, em penhor de título de crédito, compete o direito de:

I - conservar a posse do título e recuperá-la de quem quer que o detenha;

II - usar dos meios judiciais convenientes para assegurar os seus direitos, e os do credor do título empenhado;

III - fazer intimar ao devedor do título que não pague ao seu credor, enquanto durar o penhor;

IV - receber a importância consubstanciada no título e os respectivos juros, se exigíveis, restituindo o título ao


devedor, quando este solver a obrigação.

Art. 1.460. O devedor do título empenhado que receber a intimação prevista no inciso III do artigo antecedente,
ou se der por ciente do penhor, não poderá pagar ao seu credor. Se o fizer, responderá solidariamente por
este, por perdas e danos, perante o credor pignoratício.

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Parágrafo único. Se o credor der quitação ao devedor do título empenhado, deverá saldar imediatamente a
dívida, em cuja garantia se constituiu o penhor.

Seção VIII
Do Penhor de Veículos

Art. 1.461. Podem ser objeto de penhor os veículos empregados em qualquer espécie de transporte ou
condução.

Art. 1.462. Constitui-se o penhor, a que se refere o artigo antecedente, mediante instrumento público ou
particular, registrado no Cartório de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, e anotado no certificado de
propriedade.

Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívida garantida com o penhor, poderá o devedor emitir
cédula de crédito, na forma e para os fins que a lei especial determinar.

Art. 1.463. Não se fará o penhor de veículos sem que estejam previamente segurados contra furto, avaria,
perecimento e danos causados a terceiros.

Art. 1.464. Tem o credor direito a verificar o estado do veículo empenhado, inspecionando-o onde se achar,
por si ou por pessoa que credenciar.

Art. 1.465. A alienação, ou a mudança, do veículo empenhado sem prévia comunicação ao credor importa no
vencimento antecipado do crédito pignoratício.

Art. 1.466. O penhor de veículos só se pode convencionar pelo prazo máximo de dois anos, prorrogável até o
limite de igual tempo, averbada a prorrogação à margem do registro respectivo.

Seção IX
Do Penhor Legal

Art. 1.467. São credores pignoratícios, independentemente de convenção:

I - os hospedeiros, ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que
os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas
despesas ou consumo que aí tiverem feito;

II - o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o
mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas.

Art. 1.468. A conta das dívidas enumeradas no inciso I do artigo antecedente será extraída conforme a tabela
impressa, prévia e ostensivamente exposta na casa, dos preços de hospedagem, da pensão ou dos gêneros
fornecidos, sob pena de nulidade do penhor.

Art. 1.469. Em cada um dos casos do art. 1.467, o credor poderá tomar em garantia um ou mais objetos até o
valor da dívida.

Art. 1.470. Os credores, compreendidos no art. 1.467, podem fazer efetivo o penhor, antes de recorrerem à
autoridade judiciária, sempre que haja perigo na demora, dando aos devedores comprovante dos bens de que
se apossarem.

Art. 1.471. Tomado o penhor, requererá o credor, ato contínuo, a sua homologação judicial.

Art. 1.472. Pode o locatário impedir a constituição do penhor mediante caução idônea.

CAPÍTULO III
Da Hipoteca

Seção I

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Disposições Gerais

Art. 1.473. Podem ser objeto de hipoteca:

I - os imóveis e os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles;

II - o domínio direto;

III - o domínio útil;

IV - as estradas de ferro;

V - os recursos naturais a que se refere o art. 1.230, independentemente do solo onde se acham;

VI - os navios;

VII - as aeronaves.

Parágrafo único. A hipoteca dos navios e das aeronaves reger-se-á pelo disposto em lei especial.

Art. 1.474. A hipoteca abrange todas as acessões, melhoramentos ou construções do imóvel. Subsistem os
ônus reais constituídos e registrados, anteriormente à hipoteca, sobre o mesmo imóvel.

Art. 1.475. É nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado.

Parágrafo único. Pode convencionar-se que vencerá o crédito hipotecário, se o imóvel for alienado.

Art. 1.476. O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo título, em
favor do mesmo ou de outro credor.

Art. 1.477. Salvo o caso de insolvência do devedor, o credor da segunda hipoteca, embora vencida, não
poderá executar o imóvel antes de vencida a primeira.

Parágrafo único. Não se considera insolvente o devedor por faltar ao pagamento das obrigações garantidas
por hipotecas posteriores à primeira.

Art. 1.478. Se o devedor da obrigação garantida pela primeira hipoteca não se oferecer, no vencimento, para
pagá-la, o credor da segunda pode promover-lhe a extinção, consignando a importância e citando o primeiro
credor para recebê-la e o devedor para pagá-la; se este não pagar, o segundo credor, efetuando o pagamento,
se sub-rogará nos direitos da hipoteca anterior, sem prejuízo dos que lhe competirem contra o devedor
comum.

Parágrafo único. Se o primeiro credor estiver promovendo a execução da hipoteca, o credor da segunda
depositará a importância do débito e as despesas judiciais.

Art. 1.479. O adquirente do imóvel hipotecado, desde que não se tenha obrigado pessoalmente a pagar as
dívidas aos credores hipotecários, poderá exonerar-se da hipoteca, abandonando-lhes o imóvel.

Art. 1.480. O adquirente notificará o vendedor e os credores hipotecários, deferindo-lhes, conjuntamente, a


posse do imóvel, ou o depositará em juízo.

Parágrafo único. Poderá o adquirente exercer a faculdade de abandonar o imóvel hipotecado, até as vinte e
quatro horas subseqüentes à citação, com que se inicia o procedimento executivo.

Art. 1.481. Dentro em trinta dias, contados do registro do título aquisitivo, tem o adquirente do imóvel
hipotecado o direito de remi-lo, citando os credores hipotecários e propondo importância não inferior ao preço
por que o adquiriu.

§ 1o Se o credor impugnar o preço da aquisição ou a importância oferecida, realizar-se-á licitação,

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efetuando-se a venda judicial a quem oferecer maior preço, assegurada preferência ao adquirente do imóvel.

§ 2o Não impugnado pelo credor, o preço da aquisição ou o preço proposto pelo adquirente, haver-se-á por
definitivamente fixado para a remissão do imóvel, que ficará livre de hipoteca, uma vez pago ou depositado o
preço.

§ 3o Se o adquirente deixar de remir o imóvel, sujeitando-o a execução, ficará obrigado a ressarcir os credores
hipotecários da desvalorização que, por sua culpa, o mesmo vier a sofrer, além das despesas judiciais da
execução.

§ 4o Disporá de ação regressiva contra o vendedor o adquirente que ficar privado do imóvel em conseqüência
de licitação ou penhora, o que pagar a hipoteca, o que, por causa de adjudicação ou licitação, desembolsar
com o pagamento da hipoteca

importância excedente à da compra e o que suportar custas e despesas judiciais.

Art. 1.482. Realizada a praça, o executado poderá, até a assinatura do auto de arrematação ou até que seja
publicada a sentença de adjudicação, remir o imóvel hipotecado, oferecendo preço igual ao da avaliação, se
não tiver havido licitantes, ou ao do maior lance oferecido. Igual direito caberá ao cônjuge, aos descendentes
ou ascendentes do executado.

Art. 1.483. No caso de falência, ou insolvência, do devedor hipotecário, o direito de remição defere-se à
massa, ou aos credores em concurso, não podendo o credor recusar o preço da avaliação do imóvel.

Parágrafo único. Pode o credor hipotecário, para pagamento de seu crédito, requerer a adjudicação do imóvel
avaliado em quantia inferior àquele, desde que dê quitação pela sua totalidade.

Art. 1.484. É lícito aos interessados fazer constar das escrituras o valor entre si ajustado dos imóveis
hipotecados, o qual, devidamente atualizado, será a base para as arrematações, adjudicações e remições,
dispensada a avaliação.

Art. 1.485. Mediante simples averbação, requerida por ambas as partes, poderá prorrogar-se a hipoteca, até
perfazer vinte anos, da data do contrato. Desde que perfaça esse prazo, só poderá subsistir o contrato de
hipoteca, reconstituindo-se por novo título e novo registro; e, nesse caso, lhe será mantida a precedência, que
então lhe competir.

Art. 1.486. Podem o credor e o devedor, no ato constitutivo da hipoteca, autorizar a emissão da
correspondente cédula hipotecária, na forma e para os fins previstos em lei especial.

Art. 1.487. A hipoteca pode ser constituída para garantia de dívida futura ou condicionada, desde que
determinado o valor máximo do crédito a ser garantido.

§ 1o Nos casos deste artigo, a execução da hipoteca dependerá de prévia e expressa concordância do
devedor quanto à verificação da condição, ou ao montante da dívida.

§ 2o Havendo divergência entre o credor e o devedor, caberá àquele fazer prova de seu crédito. Reconhecido
este, o devedor responderá, inclusive, por perdas e

danos, em razão da superveniente desvalorização do imóvel.

Art. 1.488. Se o imóvel, dado em garantia hipotecária, vier a ser loteado, ou se nele se constituir condomínio
edilício, poderá o ônus ser dividido, gravando cada lote ou unidade autônoma, se o requererem ao juiz o
credor, o devedor ou os donos, obedecida a proporção entre o valor de cada um deles e o crédito.

§ 1o O credor só poderá se opor ao pedido de desmembramento do ônus, provando que o mesmo importa em
diminuição de sua garantia.

§ 2o Salvo convenção em contrário, todas as despesas judiciais ou extrajudiciais necessárias ao

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desmembramento do ônus correm por conta de quem o requerer.

§ 3o O desmembramento do ônus não exonera o devedor originário da responsabilidade a que se refere o art.
1.430, salvo anuência do credor.

Seção II
Da Hipoteca Legal

Art. 1.489. A lei confere hipoteca:

I - às pessoas de direito público interno (art. 41) sobre os imóveis pertencentes aos encarregados da
cobrança, guarda ou administração dos respectivos fundos e rendas;

II - aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário do
casal anterior;

III - ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os imóveis do delinqüente, para satisfação do dano causado
pelo delito e pagamento das despesas judiciais;

IV - ao co-herdeiro, para garantia do seu quinhão ou torna da partilha, sobre o imóvel adjudicado ao herdeiro
reponente;
V - ao credor sobre o imóvel arrematado, para garantia do pagamento do restante do preço da arrematação.

Art. 1.490. O credor da hipoteca legal, ou quem o represente, poderá, provando a insuficiência dos imóveis
especializados, exigir do devedor que seja reforçado com outros.

Art. 1.491. A hipoteca legal pode ser substituída por caução de títulos da dívida pública federal ou estadual,
recebidos pelo valor de sua cotação mínima no ano corrente; ou por outra garantia, a critério do juiz, a
requerimento do devedor.

Seção III
Do Registro da Hipoteca

Art. 1.492. As hipotecas serão registradas no cartório do lugar do imóvel, ou no de cada um deles, se o título
se referir a mais de um.

Parágrafo único. Compete aos interessados, exibido o título, requerer o registro da hipoteca.

Art. 1.493. Os registros e averbações seguirão a ordem em que forem requeridas, verificando-se ela pela da
sua numeração sucessiva no protocolo.

Parágrafo único. O número de ordem determina a prioridade, e esta a preferência entre as hipotecas.

Art. 1.494. Não se registrarão no mesmo dia duas hipotecas, ou uma hipoteca e outro direito real, sobre o
mesmo imóvel, em favor de pessoas diversas, salvo se as escrituras, do mesmo dia, indicarem a hora em que
foram lavradas.

Art. 1.495. Quando se apresentar ao oficial do registro título de hipoteca que mencione a constituição de
anterior, não registrada, sobrestará ele na inscrição da nova, depois de a prenotar, até trinta dias, aguardando
que o interessado inscreva a precedente; esgotado o prazo, sem que se requeira a inscrição desta, a hipoteca
ulterior será registrada e obterá preferência.

Art. 1.496. Se tiver dúvida sobre a legalidade do registro requerido, o oficial fará, ainda assim, a prenotação do
pedido. Se a dúvida, dentro em noventa dias, for julgada improcedente, o registro efetuar-se-á com o mesmo
número que teria na data da prenotação; no caso contrário, cancelada esta, receberá o registro o número
correspondente à data em que se tornar a requerer.

Art. 1.497. As hipotecas legais, de qualquer natureza, deverão ser registradas e especializadas.

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§ 1o O registro e a especialização das hipotecas legais incumbem a quem está obrigado a prestar a garantia,
mas os interessados podem promover a inscrição delas, ou solicitar ao Ministério Público que o faça.

§ 2o As pessoas, às quais incumbir o registro e a especialização das hipotecas legais, estão sujeitas a perdas
e danos pela omissão.

Art. 1.498. Vale o registro da hipoteca, enquanto a obrigação perdurar; mas a especialização, em completando
vinte anos, deve ser renovada.

Seção IV
Da Extinção da Hipoteca

Art. 1.499. A hipoteca extingue-se:

I - pela extinção da obrigação principal;

II - pelo perecimento da coisa;

III - pela resolução da propriedade;

IV - pela renúncia do credor;

V - pela remição;

VI - pela arrematação ou adjudicação.

Art. 1.500. Extingue-se ainda a hipoteca com a averbação, no Registro de Imóveis, do cancelamento do
registro, à vista da respectiva prova.

Art. 1.501. Não extinguirá a hipoteca, devidamente registrada, a arrematação ou adjudicação, sem que tenham
sido notificados judicialmente os respectivos credores hipotecários, que não forem de qualquer modo partes na
execução.

Seção V
Da Hipoteca de Vias Férreas

Art. 1.502. As hipotecas sobre as estradas de ferro serão registradas no Município da estação inicial da
respectiva linha.

Art. 1.503. Os credores hipotecários não podem embaraçar a exploração da linha, nem contrariar as
modificações, que a administração deliberar, no leito da estrada, em suas dependências, ou no seu material.

Art. 1.504. A hipoteca será circunscrita à linha ou às linhas especificadas na escritura e ao respectivo material
de exploração, no estado em que ao tempo da execução estiverem; mas os credores hipotecários poderão
opor-se à venda da estrada, à de suas linhas, de seus ramais ou de parte considerável do material de
exploração; bem como à fusão com outra empresa, sempre que com isso a garantia do débito enfraquecer.

Art. 1.505. Na execução das hipotecas será intimado o representante da União ou do Estado, para, dentro em
quinze dias, remir a estrada de ferro hipotecada, pagando o preço da arrematação ou da adjudicação.

CAPÍTULO IV
Da Anticrese

Art. 1.506. Pode o devedor ou outrem por ele, com a entrega do imóvel ao credor, ceder-lhe o direito de
perceber, em compensação da dívida, os frutos e rendimentos.

§ 1o É permitido estipular que os frutos e rendimentos do imóvel sejam percebidos pelo credor à conta de
juros, mas se o seu valor ultrapassar a taxa máxima permitida em lei para as operações financeiras, o

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remanescente será imputado ao capital.

§ 2o Quando a anticrese recair sobre bem imóvel, este poderá ser hipotecado pelo devedor ao credor
anticrético, ou a terceiros, assim como o imóvel hipotecado poderá ser dado em anticrese.

Art. 1.507. O credor anticrético pode administrar os bens dados em anticrese e fruir seus frutos e utilidades,
mas deverá apresentar anualmente balanço, exato e fiel, de sua administração.

§ 1o Se o devedor anticrético não concordar com o que se contém no balanço, por ser inexato, ou ruinosa a
administração, poderá impugná-lo, e, se o quiser, requerer a transformação em arrendamento, fixando o juiz o
valor mensal do aluguel, o qual poderá ser corrigido anualmente.

§ 2o O credor anticrético pode, salvo pacto em sentido contrário, arrendar os bens dados em anticrese a
terceiro, mantendo, até ser pago, direito de retenção do imóvel,

embora o aluguel desse arrendamento não seja vinculativo para o devedor.

Art. 1.508. O credor anticrético responde pelas deteriorações que, por culpa sua, o imóvel vier a sofrer, e pelos
frutos e rendimentos que, por sua negligência, deixar de perceber.

Art. 1.509. O credor anticrético pode vindicar os seus direitos contra o adquirente dos bens, os credores
quirografários e os hipotecários posteriores ao registro da anticrese.

§ 1o Se executar os bens por falta de pagamento da dívida, ou permitir que outro credor o execute, sem opor o
seu direito de retenção ao exeqüente, não terá preferência sobre o preço.

§ 2o O credor anticrético não terá preferência sobre a indenização do seguro, quando o prédio seja destruído,
nem, se forem desapropriados os bens, com relação à desapropriação.

Art. 1.510. O adquirente dos bens dados em anticrese poderá remi-los, antes do vencimento da dívida,
pagando a sua totalidade à data do pedido de remição e imitir-se-á, se for o caso, na sua posse.

LIVRO IV
Do Direito de Família

TÍTULO I
Do Direito Pessoal

SUBTÍTULO I
Do Casamento

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres
dos cônjuges.

Art. 1.512. O casamento é civil e gratuita a sua celebração.

Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira certidão serão isentos de selos,
emolumentos e custas, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei.

Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída
pela família.

Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua
vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.

Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil,

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equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua
celebração.

Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento
civil.

§ 1o O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua realização,
mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde
que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro
dependerá de nova habilitação.

§ 2o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a
requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a
autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532.

§ 3o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver
contraído com outrem casamento civil.

CAPÍTULO II
Da Capacidade PARA O CASAMENTO

Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais,
ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.

Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631.

Art. 1.518. Até à celebração do casamento podem os pais, tutores ou curadores revogar a autorização.

Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz.

Art. 1.520. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil (art.
1517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez.

CAPÍTULO III
Dos Impedimentos

Art. 1.521. Não podem casar:

I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil;


II - os afins em linha reta;

III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;

IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;

V - o adotado com o filho do adotante;

VI - as pessoas casadas;

VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.

Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer
pessoa capaz.

Parágrafo único. Se o juiz, ou o oficial de registro, tiver conhecimento da existência de algum impedimento,
será obrigado a declará-lo.
CAPÍTULO IV

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Das causas suspensivas

Art. 1.523. Não devem casar:

I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der
partilha aos herdeiros;

II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do
começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;

III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;

IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa
tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas
contas.

Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas
suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo,
respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso
II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.

Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha
reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também
consangüíneos ou afins.

CAPÍTULO V
Do Processo de Habilitação PARA O CASAMENTO

Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio
punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos:

I - certidão de nascimento ou documento equivalente;

II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra;

III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não
existir impedimento que os iniba de casar;

IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem
conhecidos;

V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento,


transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio.

Art. 1.526. A habilitação será feita perante o oficial do Registro Civil e, após a audiência do Ministério Público,
será homologada pelo juiz.

Art. 1.527. Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que se afixará durante quinze dias
nas circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na imprensa
local, se houver.

Parágrafo único. A autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar a publicação.

Art. 1.528. É dever do oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a
invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens.

Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e
assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas.

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Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota da oposição, indicando os
fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu.

Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova contrária aos fatos alegados, e
promover as ações civis e criminais contra o oponente de má-fé.

Art. 1.531. Cumpridas as formalidades dos arts. 1.526 e 1.527 e verificada a inexistência de fato obstativo, o
oficial do registro extrairá o certificado de habilitação.

Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado.

CAPÍTULO VI
Da Celebração do Casamento

Art. 1.533. Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que
houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes,

que se mostrem habilitados com a certidão do art. 1.531.

Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes
pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a
autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular.

§ 1o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas durante o ato.

§ 2o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos contraentes não souber
ou não puder escrever.

Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas
e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre
e espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos:
"De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e
mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados."

Art. 1.536. Do casamento, logo depois de celebrado, lavrar-se-á o assento no livro de registro. No assento,
assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, as testemunhas, e o oficial do registro, serão exarados:

I os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento, profissão, domicílio e residência atual dos cônjuges;
II os prenomes, sobrenomes, datas de nascimento ou de morte, domicílio e residência atual dos pais;

III o prenome e sobrenome do cônjuge precedente e a data da dissolução do casamento anterior;

IV a data da publicação dos proclamas e da celebração do casamento;

V a relação dos documentos apresentados ao oficial do registro;

VI o prenome, sobrenome, profissão, domicílio e residência atual das testemunhas;

VII - o regime do casamento, com a declaração da data e do cartório em cujas notas foi lavrada a escritura
antenupcial, quando o regime não for o da comunhão parcial, ou o obrigatoriamente estabelecido.

Art. 1.537. O instrumento da autorização para casar transcrever-se-á integralmente na escritura antenupcial.

Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos contraentes:

I - recusar a solene afirmação da sua vontade;

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II - declarar que esta não é livre e espontânea;

III - manifestar-se arrependido.

Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa à suspensão do
ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia.

Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se
encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever.

§ 1o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos
seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato.

§ 2o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro dentro em cinco dias,
perante duas testemunhas, ficando arquivado.

Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da
autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na
presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral,
até segundo grau.

Art. 1.541. Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais
próxima, dentro em dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de:

I - que foram convocadas por parte do enfermo;

II - que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo;

III - que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e
mulher.

§ 1o Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz procederá às diligências necessárias para verificar se
os contraentes podiam ter-se habilitado, na forma ordinária, ouvidos os interessados que o requererem, dentro
em quinze dias.

§ 2o Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento, assim o decidirá a autoridade competente, com
recurso voluntário às partes.

§ 3o Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz
mandará registrá-la no livro do Registro dos Casamentos.

§ 4o O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da
celebração.

§ 5o Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo antecedente, se o enfermo convalescer e puder


ratificar o casamento na presença da autoridade competente e do oficial do registro.

Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes
especiais.

§ 1o A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o


casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o
mandante por perdas e danos.

§ 2o O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento
nuncupativo.

§ 3o A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias.

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§ 4o Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.


CAPÍTULO VII
Das Provas do Casamento

Art. 1.543. O casamento celebrado no Brasil prova-se pela certidão do registro.

Parágrafo único. Justificada a falta ou perda do registro civil, é admissível qualquer outra espécie de prova.

Art. 1.544. O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os


cônsules brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os
cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1o Ofício da Capital do Estado em
que passarem a residir.

Art. 1.545. O casamento de pessoas que, na posse do estado de casadas, não possam manifestar vontade, ou
tenham falecido, não se pode contestar em prejuízo da prole comum, salvo mediante certidão do Registro Civil
que prove que já era casada alguma delas, quando contraiu o casamento impugnado.

Art. 1.546. Quando a prova da celebração legal do casamento resultar de processo judicial, o registro da
sentença no livro do Registro Civil produzirá, tanto no que toca aos cônjuges como no que respeita aos filhos,
todos os efeitos civis desde a data do casamento.

Art. 1.547. Na dúvida entre as provas favoráveis e contrárias, julgar-se-á pelo casamento, se os cônjuges, cujo
casamento se impugna, viverem ou tiverem vivido na posse do estado de casados.

CAPÍTULO VIII
Da Invalidade do Casamento

Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:

I - pelo enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil;

II - por infringência de impedimento.

Art. 1.549. A decretação de nulidade de casamento, pelos motivos previstos no artigo antecedente, pode ser
promovida mediante ação direta, por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público.

Art. 1.550. É anulável o casamento:

I - de quem não completou a idade mínima para casar;

II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;

III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;

IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento;

V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não
sobrevindo coabitação entre os cônjuges;

VI - por incompetência da autoridade celebrante.

Parágrafo único. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada.

Art. 1.551. Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez.

Art. 1.552. A anulação do casamento dos menores de dezesseis anos será requerida:

I - pelo próprio cônjuge menor;

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II - por seus representantes legais;

III - por seus ascendentes.

Art. 1.553. O menor que não atingiu a idade núbil poderá, depois de completá-la, confirmar seu casamento,
com a autorização de seus representantes legais, se necessária, ou com suprimento judicial.

Art. 1.554. Subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competência exigida na lei, exercer
publicamente as funções de juiz de casamentos e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil.

Art. 1.555. O casamento do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal, só
poderá ser anulado se a ação for proposta em cento e oitenta dias, por iniciativa do incapaz, ao deixar de
sê-lo, de seus representantes legais ou de seus herdeiros necessários.

§ 1o O prazo estabelecido neste artigo será contado do dia em que cessou a incapacidade, no primeiro caso; a
partir do casamento, no segundo; e, no terceiro, da morte do incapaz.

§ 2o Não se anulará o casamento quando à sua celebração houverem assistido os representantes legais do
incapaz, ou tiverem, por qualquer modo, manifestado sua aprovação.

Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao
consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro.

Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge:

I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento
ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;

II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;

III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave e transmissível,
pelo contágio ou herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;

IV - a ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua natureza, torne insuportável a
vida em comum ao cônjuge enganado.

Art. 1.558. É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os


cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e
a honra, sua ou de seus familiares.

Art. 1.559. Somente o cônjuge que incidiu em erro, ou sofreu coação, pode demandar a anulação do
casamento; mas a coabitação, havendo ciência do vício, valida o ato, ressalvadas as hipóteses dos incisos III
e IV do art. 1.557.

Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é
de:

I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550;

II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante;

III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557;

IV - quatro anos, se houver coação.

§ 1o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos menores de dezesseis anos,
contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data do casamento, para seus
representantes legais ou ascendentes.

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§ 2o Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do casamento é de cento e oitenta dias, a
partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebração.

Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em
relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.

§ 1o Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos
aproveitarão.

§ 2o Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos
aproveitarão.

Art. 1.562. Antes de mover a ação de nulidade do casamento, a de anulação, a de separação judicial, a de
divórcio direto ou a de dissolução de união estável, poderá requerer a parte, comprovando sua necessidade, a
separação de corpos, que será concedida pelo juiz com a possível brevidade.

Art. 1.563. A sentença que decretar a nulidade do casamento retroagirá à data da sua celebração, sem
prejudicar a aquisição de direitos, a título oneroso, por terceiros de boa-fé, nem a resultante de sentença
transitada em julgado.

Art. 1.564. Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cônjuges, este incorrerá:

I - na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente;

II - na obrigação de cumprir as promessas que lhe fez no contrato antenupcial.


CAPÍTULO IX
Da Eficácia do Casamento

Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros
e responsáveis pelos encargos da família.

§ 1o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro.

§ 2o O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos


educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte de
instituições privadas ou públicas.

Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:

I - fidelidade recíproca;

II - vida em comum, no domicílio conjugal;

III - mútua assistência;

IV - sustento, guarda e educação dos filhos;

V - respeito e consideração mútuos.

Art. 1.567. A direção da sociedade conjugal será exercida, em colaboração, pelo marido e pela mulher, sempre
no interesse do casal e dos filhos.

Parágrafo único. Havendo divergência, qualquer dos cônjuges poderá recorrer ao juiz, que decidirá tendo em
consideração aqueles interesses.

Art. 1.568. Os cônjuges são obrigados a concorrer, na proporção de seus bens e dos rendimentos do trabalho,
para o sustento da família e a educação dos filhos, qualquer que seja o regime patrimonial.

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Art. 1.569. O domicílio do casal será escolhido por ambos os cônjuges, mas um e outro podem ausentar-se do
domicílio conjugal para atender a encargos públicos, ao exercício de sua profissão, ou a interesses
particulares relevantes.

Art. 1.570. Se qualquer dos cônjuges estiver em lugar remoto ou não sabido, encarcerado por mais de cento e
oitenta dias, interditado judicialmente ou privado, episodicamente, de consciência, em virtude de enfermidade
ou de acidente, o outro

exercerá com exclusividade a direção da família, cabendo-lhe a administração dos bens.

CAPÍTULO X
Da Dissolução da Sociedade e do vínculo Conjugal

Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:

I - pela morte de um dos cônjuges;

II pela nulidade ou anulação do casamento;

III - pela separação judicial;

IV - pelo divórcio.

§ 1o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a
presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.

§ 2o Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de
casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial.

Art. 1.572. Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial, imputando ao outro qualquer
ato que importe grave violação dos deveres do casamento e torne insuportável a vida em comum.

§ 1o A separação judicial pode também ser pedida se um dos cônjuges provar ruptura da vida em comum há
mais de um ano e a impossibilidade de sua reconstituição.

§ 2o O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro estiver acometido de doença mental
grave, manifestada após o casamento, que torne impossível a continuação da vida em comum, desde que,
após uma duração de dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável.

§ 3o No caso do parágrafo 2o, reverterão ao cônjuge enfermo, que não houver pedido a separação judicial, os
remanescentes dos bens que levou para o casamento, e se o regime dos bens adotado o permitir, a meação
dos adquiridos na constância da sociedade conjugal.

Art. 1.573. Podem caracterizar a impossibilidade da comunhão de vida a ocorrência de algum dos seguintes
motivos:

I adultério;

II - tentativa de morte;

III - sevícia ou injúria grave;

IV - abandono voluntário do lar conjugal, durante um ano contínuo;

V - condenação por crime infamante;

VI - conduta desonrosa.

Parágrafo único. O juiz poderá considerar outros fatos que tornem evidente a impossibilidade da vida em

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comum.

Art. 1.574. Dar-se-á a separação judicial por mútuo consentimento dos cônjuges se forem casados por mais de
um ano e o manifestarem perante o juiz, sendo por ele devidamente homologada a convenção.

Parágrafo único. O juiz pode recusar a homologação e não decretar a separação judicial se apurar que a
convenção não preserva suficientemente os interesses dos filhos ou de um dos cônjuges.

Art. 1.575. A sentença de separação judicial importa a separação de corpos e a partilha de bens.

Parágrafo único. A partilha de bens poderá ser feita mediante proposta dos cônjuges e homologada pelo juiz
ou por este decidida.

Art. 1.576. A separação judicial põe termo aos deveres de coabitação e fidelidade recíproca e ao regime de
bens.

Parágrafo único. O procedimento judicial da separação caberá somente aos cônjuges, e, no caso de
incapacidade, serão representados pelo curador, pelo ascendente ou pelo irmão.

Art. 1.577. Seja qual for a causa da separação judicial e o modo como esta se faça, é lícito aos cônjuges
restabelecer, a todo tempo, a sociedade conjugal, por ato regular em juízo.

Parágrafo único. A reconciliação em nada prejudicará o direito de terceiros, adquirido antes e durante o estado
de separado, seja qual for o regime de bens.

Art. 1.578. O cônjuge declarado culpado na ação de separação judicial perde o direito de usar o sobrenome do
outro, desde que expressamente requerido pelo cônjuge inocente e se a alteração não acarretar:

I - evidente prejuízo para a sua identificação;

II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da união dissolvida;

III - dano grave reconhecido na decisão judicial.

§ 1o O cônjuge inocente na ação de separação judicial poderá renunciar, a qualquer momento, ao direito de
usar o sobrenome do outro.

§ 2o Nos demais casos caberá a opção pela conservação do nome de casado.


Art. 1.579. O divórcio não modificará os direitos e deveres dos pais em relação aos filhos.

Parágrafo único. Novo casamento de qualquer dos pais, ou de ambos, não poderá importar restrições aos
direitos e deveres previstos neste artigo.

Art. 1.580. Decorrido um ano do trânsito em julgado da sentença que houver decretado a separação judicial,
ou da decisão concessiva da medida cautelar de separação de corpos, qualquer das partes poderá requerer
sua conversão em divórcio.

§ 1o A conversão em divórcio da separação judicial dos cônjuges será decretada por sentença, da qual não
constará referência à causa que a determinou.

§ 2o O divórcio poderá ser requerido, por um ou por ambos os cônjuges, no caso de comprovada separação
de fato por mais de dois anos.

Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de bens.

Art. 1.582. O pedido de divórcio somente competirá aos cônjuges.

Parágrafo único. Se o cônjuge for incapaz para propor a ação ou defender-se, poderá fazê-lo o curador, o

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ascendente ou o irmão.

CAPÍTULO XI
Da Proteção da Pessoa dos Filhos

Art. 1.583. No caso de dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal pela separação judicial por mútuo
consentimento ou pelo divórcio direto consensual, observar-se-á o que os cônjuges acordarem sobre a guarda
dos filhos.

Art. 1.584. Decretada a separação judicial ou o divórcio, sem que haja entre as partes acordo quanto à guarda
dos filhos, será ela atribuída a quem revelar melhores condições para exercê-la.

Parágrafo único. Verificando que os filhos não devem permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, o juiz
deferirá a sua guarda à pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, de preferência levando
em conta o grau de parentesco e relação de afinidade e afetividade, de acordo com o disposto na lei
específica.

Art. 1.585. Em sede de medida cautelar de separação de corpos, aplica-se quanto à guarda dos filhos as
disposições do artigo antecedente.

Art. 1.586. Havendo motivos graves, poderá o juiz, em qualquer caso, a bem dos filhos, regular de maneira
diferente da estabelecida nos artigos antecedentes a situação deles para com os pais.

Art. 1.587. No caso de invalidade do casamento, havendo filhos comuns, observar-se-á o disposto nos arts.
1.584 e 1.586.

Art. 1.588. O pai ou a mãe que contrair novas núpcias não perde o direito de ter consigo os filhos, que só lhe
poderão ser retirados por mandado judicial, provado que não são tratados convenientemente.

Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia,
segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua manutenção e
educação.

Art. 1.590. As disposições relativas à guarda e prestação de alimentos aos filhos menores estendem-se aos
maiores incapazes.

SUBTÍTULO II
Das Relações de Parentesco

CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as outras na relação de
ascendentes e descendentes.

Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas provenientes de um
só tronco, sem descenderem uma da outra.

Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consangüinidade ou outra origem.

Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações, e, na colateral,
também pelo número delas, subindo de um dos parentes até ao ascendente comum, e descendo até encontrar
o outro parente.

Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade.

§ 1o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do cônjuge ou
companheiro.

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§ 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável.
CAPÍTULO II
Da Filiação

Art. 1.596. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e
qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:

I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal;

II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação
judicial, nulidade e anulação do casamento;

III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;

IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção


artificial homóloga;

V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido.

Art. 1.598. Salvo prova em contrário, se, antes de decorrido o prazo previsto no inciso II do art. 1.523, a mulher
contrair novas núpcias e lhe nascer algum filho, este se presume do primeiro marido, se nascido dentro dos
trezentos dias a contar da data do falecimento deste e, do segundo, se o nascimento ocorrer após esse
período e já decorrido o prazo a que se refere o inciso I do art. 1597.

Art. 1.599. A prova da impotência do cônjuge para gerar, à época da concepção, ilide a presunção da
paternidade.

Art. 1.600. Não basta o adultério da mulher, ainda que confessado, para ilidir a presunção legal da
paternidade.

Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de sua mulher, sendo tal
ação imprescritível.

Parágrafo único. Contestada a filiação, os herdeiros do impugnante têm direito de prosseguir na ação.

Art. 1.602. Não basta a confissão materna para excluir a paternidade.

Art. 1.603. A filiação prova-se pela certidão do termo de nascimento registrada no Registro Civil.

Art. 1.604. Ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo
provando-se erro ou falsidade do registro.

Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por qualquer modo
admissível em direito:

I - quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais, conjunta ou separadamente;

II - quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos.

Art. 1.606. A ação de prova de filiação compete ao filho, enquanto viver, passando aos herdeiros, se ele
morrer menor ou incapaz.

Parágrafo único. Se iniciada a ação pelo filho, os herdeiros poderão continuá-la, salvo se julgado extinto o
processo.

CAPÍTULO III

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Do Reconhecimento dos Filhos

Art. 1.607. O filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, conjunta ou separadamente.

Art. 1.608. Quando a maternidade constar do termo do nascimento do filho, a mãe só poderá contestá-la,
provando a falsidade do termo, ou das declarações nele contidas.

Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:

I - no registro do nascimento;

II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;

III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;

IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto
único e principal do ato que o contém.

Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento,
se ele deixar descendentes.

Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando feito em testamento.

Art. 1.611. O filho havido fora do casamento, reconhecido por um dos cônjuges, não poderá residir no lar
conjugal sem o consentimento do outro.

Art. 1.612. O filho reconhecido, enquanto menor, ficará sob a guarda do genitor que o reconheceu, e, se
ambos o reconheceram e não houver acordo, sob a de quem melhor atender aos interesses do menor.

Art. 1.613. São ineficazes a condição e o termo apostos ao ato de reconhecimento do filho.

Art. 1.614. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o
reconhecimento, nos quatro anos que se seguirem à maioridade, ou à emancipação.

Art. 1.615. Qualquer pessoa, que justo interesse tenha, pode contestar a ação de investigação de paternidade,
ou maternidade.

Art. 1.616. A sentença que julgar procedente a ação de investigação produzirá os mesmos efeitos do
reconhecimento; mas poderá ordenar que o filho se crie e eduque fora da companhia dos pais ou daquele que
lhe contestou essa qualidade.

Art. 1.617. A filiação materna ou paterna pode resultar de casamento declarado nulo, ainda mesmo sem as
condições do putativo.

CAPÍTULO IV
Da Adoção

Art. 1.618. Só a pessoa maior de dezoito anos pode adotar.

Parágrafo único. A adoção por ambos os cônjuges ou companheiros poderá ser formalizada, desde que um
deles tenha completado dezoito anos de idade, comprovada a estabilidade da família.

Art. 1.619. O adotante há de ser pelo menos dezesseis anos mais velho que o adotado.

Art. 1.620. Enquanto não der contas de sua administração e não saldar o débito, não poderá o tutor ou o
curador adotar o pupilo ou o curatelado.

Art. 1.621. A adoção depende de consentimento dos pais ou dos representantes legais, de quem se deseja
adotar, e da concordância deste, se contar mais de doze anos.

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§ 1o O consentimento será dispensado em relação à criança ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos
ou tenham sido destituídos do poder familiar.

§ 2o O consentimento previsto no caput é revogável até a publicação da sentença constitutiva da adoção.


Art. 1.622. Ninguém pode ser adotado por duas pessoas, salvo se forem marido e mulher, ou se viverem em
união estável.

Parágrafo único. Os divorciados e os judicialmente separados poderão adotar conjuntamente, contanto que
acordem sobre a guarda e o regime de visitas, e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na
constância da sociedade conjugal.

Art. 1.623. A adoção obedecerá a processo judicial, observados os requisitos estabelecidos neste Código.

Parágrafo único. A adoção de maiores de dezoito anos dependerá, igualmente, da assistência efetiva do
Poder Público e de sentença constitutiva.

Art. 1.624. Não há necessidade do consentimento do representante legal do menor, se provado que se trata
de infante exposto, ou de menor cujos pais sejam desconhecidos, estejam desaparecidos, ou tenham sido
destituídos do poder familiar, sem nomeação de tutor; ou de órfão não reclamado por qualquer parente, por
mais de um ano.

Art. 1.625. Somente será admitida a adoção que constituir efetivo benefício para o adotando.

Art. 1.626. A adoção atribui a situação de filho ao adotado, desligando-o de qualquer vínculo com os pais e
parentes consangüíneos, salvo quanto aos impedimentos para o casamento.

Parágrafo único. Se um dos cônjuges ou companheiros adota o filho do outro, mantêm-se os vínculos de
filiação entre o adotado e o cônjuge ou companheiro do adotante e os respectivos parentes.

Art. 1.627. A decisão confere ao adotado o sobrenome do adotante, podendo determinar a modificação de seu
prenome, se menor, a pedido do adotante ou do adotado.

Art. 1.628. Os efeitos da adoção começam a partir do trânsito em julgado da sentença, exceto se o adotante
vier a falecer no curso do procedimento, caso em que terá força retroativa à data do óbito. As relações de
parentesco se estabelecem não só entre o

adotante e o adotado, como também entre aquele e os descendentes deste e entre o adotado e todos os
parentes do adotante.

Art. 1.629. A adoção por estrangeiro obedecerá aos casos e condições que forem estabelecidos em lei.

CAPÍTULO V
Do Poder FAMILIAR
Seção I
Disposições Gerais

Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores.

Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais; na falta ou impedimento
de um deles, o outro o exercerá com exclusividade.

Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles
recorrer ao juiz para solução do desacordo.

Art. 1.632. A separação judicial, o divórcio e a dissolução da união estável não alteram as relações entre pais
e filhos senão quanto ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos.

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Art. 1.633. O filho, não reconhecido pelo pai, fica sob poder familiar exclusivo da mãe; se a mãe não for
conhecida ou capaz de exercê-lo, dar-se-á tutor ao menor.

Seção II
Do Exercício do Poder Familiar

Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:

I - dirigir-lhes a criação e educação;

II - tê-los em sua companhia e guarda;

III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;

IV - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o
sobrevivo não puder exercer o poder familiar;

V - representá-los, até aos dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em
que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;

VI - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;

VII - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição.

Seção III
Da Suspensão e Extinção do Poder Familiar

Art. 1.635. Extingue-se o poder familiar:

I - pela morte dos pais ou do filho;

II - pela emancipação, nos termos do art. 5o, parágrafo único;


III - pela maioridade;

IV - pela adoção;

V - por decisão judicial, na forma do artigo 1.638.

Art 1.636. O pai ou a mãe que contrai novas núpcias, ou estabelece união estável, não perde, quanto aos
filhos do relacionamento anterior, os direitos ao poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência do
novo cônjuge ou companheiro.

Parágrafo único. Igual preceito ao estabelecido neste artigo aplica-se ao pai ou à mãe solteiros que casarem
ou estabelecerem união estável.

Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando
os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe
pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando
convenha.

Parágrafo único. Suspende-se igualmente o exercício do poder familiar ao pai ou à mãe condenados por
sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão.

Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:

I - castigar imoderadamente o filho;

II - deixar o filho em abandono;

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III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;

IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.

TÍTULO II
Do Direito Patrimonial

SUBTÍTULO I
Do Regime de Bens entre os Cônjuges

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes
aprouver.

§ 1o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.

§ 2o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos
os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.

Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os
cônjuges, o regime da comunhão parcial.

Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes que este
código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto
antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas.

Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:

I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;

II - da pessoa maior de sessenta anos;

III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.

Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente:

I - praticar todos os atos de disposição e de administração necessários ao desempenho de sua profissão, com
as limitações estabelecida no inciso I do art. 1.647;
II - administrar os bens próprios;

III - desobrigar ou reivindicar os imóveis que tenham sido gravados ou alienados sem o seu consentimento ou
sem suprimento judicial;

IV - demandar a rescisão dos contratos de fiança e doação, ou a invalidação do aval, realizados pelo outro
cônjuge com infração do disposto nos incisos III e IV do art. 1.647;

V - reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino,
desde que provado que os bens não foram adquiridos pelo esforço comum destes, se o casal estiver separado
de fato por mais de cinco anos;

VI - praticar todos os atos que não lhes forem vedados expressamente.

Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro:

I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica;

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II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir.

Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do artigo antecedente obrigam solidariamente ambos os
cônjuges.

Art. 1.645. As ações fundadas nos incisos III, IV e V do art. 1.642 competem ao cônjuge prejudicado e a seus
herdeiros.

Art. 1.646. No caso dos incisos III e IV do art. 1.642, o terceiro, prejudicado com a sentença favorável ao autor,
terá direito regressivo contra o cônjuge, que realizou o negócio jurídico, ou seus herdeiros.

Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto
no regime da separação absoluta:

I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;

II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;

III - prestar fiança ou aval;

IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.

Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem
economia separada.

Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônjuges a
denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.

Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará anulável o ato
praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade
conjugal.

Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou particular,
autenticado.

Art. 1.650. A decretação de invalidade dos atos praticados sem outorga, sem consentimento, ou sem
suprimento do juiz, só poderá ser demandada pelo cônjuge a quem cabia concedê-la, ou por seus herdeiros.

Art. 1.651. Quando um dos cônjuges não puder exercer a administração dos bens que lhe incumbe, segundo o
regime de bens, caberá ao outro:

I - gerir os bens comuns e os do consorte;

II - alienar os bens móveis comuns;

III - alienar os imóveis comuns e os móveis ou imóveis do consorte, mediante autorização judicial.

Art. 1.652. O cônjuge, que estiver na posse dos bens particulares do outro, será para com este e seus
herdeiros responsável:

I - como usufrutuário, se o rendimento for comum;

II - como procurador, se tiver mandato expresso ou tácito para os administrar;

III - como depositário, se não for usufrutuário, nem administrador.

CAPÍTULO II
Do Pacto Antenupcial

Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o

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casamento.

Art. 1.654. A eficácia do pacto antenupcial, realizado por menor, fica condicionada à aprovação de seu
representante legal, salvo as hipóteses de regime obrigatório de separação de bens.

Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de lei.

Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aqüestos, poder-se-á
convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.

Art. 1.657. As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois de registradas, em
livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges.

CAPÍTULO III
Do Regime de Comunhão Parcial

Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância
do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.

Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:

I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por
doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;

II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens
particulares;

III - as obrigações anteriores ao casamento;

IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;

V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;

VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;

VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.

Art. 1.660. Entram na comunhão:

I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos
cônjuges;

II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;

III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;

IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;

V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento,
ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.

Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento.

Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se adquiridos na constância do casamento os bens
móveis, quando não se provar que o foram em data anterior.

Art. 1.663. A administração do patrimônio comum compete a qualquer dos cônjuges.

§ 1o As dívidas contraídas no exercício da administração obrigam os bens comuns e particulares do cônjuge


que os administra, e os do outro na razão do proveito que houver auferido.

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§ 2o A anuência de ambos os cônjuges é necessária para os atos, a título gratuito, que impliquem cessão do
uso ou gozo dos bens comuns.

§ 3o Em caso de malversação dos bens, o juiz poderá atribuir a administração a apenas um dos cônjuges.
Art. 1.664. Os bens da comunhão respondem pelas obrigações contraídas pelo marido ou pela mulher para
atender aos encargos da família, às despesas de administração e às decorrentes de imposição legal.

Art. 1.665. A administração e a disposição dos bens constitutivos do patrimônio particular competem ao
cônjuge proprietário, salvo convenção diversa em pacto antenupcial.

Art. 1.666. As dívidas, contraídas por qualquer dos cônjuges na administração de seus bens particulares e em
benefício destes, não obrigam os bens comuns.

CAPÍTULO IV
Do Regime de Comunhão Universal

Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos
cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte.

Art. 1.668. São excluídos da comunhão:

I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;

II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição


suspensiva;

III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem
em proveito comum;

IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade;

V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.

Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende aos frutos,
quando se percebam ou vençam durante o casamento.

Art. 1.670. Aplica-se ao regime da comunhão universal o disposto no Capítulo antecedente, quanto à
administração dos bens.

Art. 1.671. Extinta a comunhão, e efetuada a divisão do ativo e do passivo, cessará a responsabilidade de
cada um dos cônjuges para com os credores do outro.

CAPÍTULO V
Do Regime de Participação Final nos Aqüestos

Art. 1.672. No regime de participação final nos aqüestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante
disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos
bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.

Art. 1.673. Integram o patrimônio próprio os bens que cada cônjuge possuía ao casar e os por ele adquiridos,
a qualquer título, na constância do casamento.

Parágrafo único. A administração desses bens é exclusiva de cada cônjuge, que os poderá livremente alienar,
se forem móveis.

Art. 1.674. Sobrevindo a dissolução da sociedade conjugal, apurar-se-á o montante dos aqüestos,
excluindo-se da soma dos patrimônios próprios:

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I - os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram;

II - os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade;

III - as dívidas relativas a esses bens.

Parágrafo único. Salvo prova em contrário, presumem-se adquiridos durante o casamento os bens móveis.

Art. 1.675. Ao determinar-se o montante dos aqüestos, computar-se-á o valor das doações feitas por um dos
cônjuges, sem a necessária autorização do outro; nesse caso, o bem poderá ser reivindicado pelo cônjuge
prejudicado ou por seus herdeiros, ou declarado no monte partilhável, por valor equivalente ao da época da
dissolução.

Art. 1.676. Incorpora-se ao monte o valor dos bens alienados em detrimento da meação, se não houver
preferência do cônjuge lesado, ou de seus herdeiros, de os reivindicar.

Art. 1.677. Pelas dívidas posteriores ao casamento, contraídas por um dos cônjuges, somente este
responderá, salvo prova de terem revertido, parcial ou totalmente, em benefício do outro.

Art. 1.678. Se um dos cônjuges solveu uma dívida do outro com bens do seu patrimônio, o valor do pagamento
deve ser atualizado e imputado, na data da dissolução, à meação do outro cônjuge.

Art. 1.679. No caso de bens adquiridos pelo trabalho conjunto, terá cada um dos cônjuges uma quota igual no
condomínio ou no crédito por aquele modo estabelecido.

Art. 1.680. As coisas móveis, em face de terceiros, presumem-se do domínio do cônjuge devedor, salvo se o
bem for de uso pessoal do outro.

Art. 1.681. Os bens imóveis são de propriedade do cônjuge cujo nome constar no registro.

Parágrafo único. Impugnada a titularidade, caberá ao cônjuge proprietário provar a aquisição regular dos bens.

Art. 1.682. O direito à meação não é renunciável, cessível ou penhorável na vigência do regime matrimonial.

Art. 1.683. Na dissolução do regime de bens por separação judicial ou por divórcio, verificar-se-á o montante
dos aqüestos à data em que cessou a convivência.

Art. 1.684. Se não for possível nem conveniente a divisão de todos os bens em natureza, calcular-se-á o valor
de alguns ou de todos para reposição em dinheiro ao cônjuge não-proprietário.

Parágrafo único. Não se podendo realizar a reposição em dinheiro, serão avaliados e, mediante autorização
judicial, alienados tantos bens quantos bastarem.

Art. 1.685. Na dissolução da sociedade conjugal por morte, verificar-se-á a meação do cônjuge sobrevivente
de conformidade com os artigos antecedentes, deferindo-se a herança aos herdeiros na forma estabelecida
neste Código.

Art. 1.686. As dívidas de um dos cônjuges, quando superiores à sua meação, não obrigam ao outro, ou a seus
herdeiros.

CAPÍTULO VI
Do Regime de Separação de Bens

Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um
dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.

Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos
rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial.

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SUBTÍTULO II
Do Usufruto e da Administração dos Bens de Filhos Menores

Art. 1.689. O pai e a mãe, enquanto no exercício do poder familiar:

I - são usufrutuários dos bens dos filhos;

II - têm a administração dos bens dos filhos menores sob sua autoridade.

Art. 1.690. Compete aos pais, e na falta de um deles ao outro, com exclusividade, representar os filhos
menores de dezesseis anos, bem como assisti-los até completarem a maioridade ou serem emancipados.

Parágrafo único. Os pais devem decidir em comum as questões relativas aos filhos e a seus bens; havendo
divergência, poderá qualquer deles recorrer ao juiz para a solução necessária.

Art. 1.691. Não podem os pais alienar, ou gravar de ônus real os imóveis dos filhos, nem contrair, em nome
deles, obrigações que ultrapassem os limites da simples administração, salvo por necessidade ou evidente
interesse da prole, mediante prévia autorização do juiz.

Parágrafo único. Podem pleitear a declaração de nulidade dos atos previstos neste artigo:

I - os filhos;

II - os herdeiros;

III - o representante legal.

Art. 1.692. Sempre que no exercício do poder familiar colidir o interesse dos pais com o do filho, a
requerimento deste ou do Ministério Público o juiz lhe dará curador especial.

Art. 1.693. Excluem-se do usufruto e da administração dos pais:

I - os bens adquiridos pelo filho havido fora do casamento, antes do reconhecimento;

II - os valores auferidos pelo filho maior de dezesseis anos, no exercício de atividade profissional e os bens
com tais recursos adquiridos;

III - os bens deixados ou doados ao filho, sob a condição de não serem usufruídos, ou administrados, pelos
pais;

IV - os bens que aos filhos couberem na herança, quando os pais forem excluídos da sucessão.

SUBTÍTULO III
Dos Alimentos

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que
necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades
de sua educação.

§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa
obrigada.

§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de necessidade resultar


de culpa de quem os pleiteia.

Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover,
pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do
necessário ao seu sustento.

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Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os
ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.

Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de sucessão e,
faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.

Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar
totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a
prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra
uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.

Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de
quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou
majoração do encargo.

Art. 1.700. A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do devedor, na forma do art. 1.694.

Art. 1.701. A pessoa obrigada a suprir alimentos poderá pensionar o alimentando, ou dar-lhe hospedagem e
sustento, sem prejuízo do dever de prestar o necessário à sua educação, quando menor.

Parágrafo único. Compete ao juiz, se as circunstâncias o exigirem, fixar a forma do cumprimento da prestação.

Art. 1.702. Na separação judicial litigiosa, sendo um dos cônjuges inocente e desprovido de recursos,
prestar-lhe-á o outro a pensão alimentícia que o juiz fixar, obedecidos os critérios estabelecidos no art. 1.694.

Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção de
seus recursos.

Art. 1.704. Se um dos cônjuges separados judicialmente vier a necessitar de alimentos, será o outro obrigado
a prestá-los mediante pensão a ser fixada pelo juiz, caso não tenha sido declarado culpado na ação de
separação judicial.
Parágrafo único. Se o cônjuge declarado culpado vier a necessitar de alimentos, e não tiver parentes em
condições de prestá-los, nem aptidão para o trabalho, o outro cônjuge será obrigado a assegurá-los, fixando o
juiz o valor indispensável à sobrevivência.

Art. 1.705. Para obter alimentos, o filho havido fora do casamento pode acionar o genitor, sendo facultado ao
juiz determinar, a pedido de qualquer das partes, que a ação se processe em segredo de justiça.

Art. 1.706. Os alimentos provisionais serão fixados pelo juiz, nos termos da lei processual.

Art. 1.707. Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar o direito a alimentos, sendo o respectivo
crédito insuscetível de cessão, compensação ou penhora.

Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, cessa o dever de prestar alimentos.

Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o direito a alimentos, se tiver procedimento indigno
em relação ao devedor.

Art. 1.709. O novo casamento do cônjuge devedor não extingue a obrigação constante da sentença de
divórcio.

Art. 1.710. As prestações alimentícias, de qualquer natureza, serão atualizadas segundo índice oficial
regularmente estabelecido.

SUBTÍTULO IV
Do Bem de Família

Art. 1.711. Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante escritura pública ou testamento, destinar parte

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de seu patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do patrimônio líquido
existente ao tempo da instituição, mantidas as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel residencial
estabelecida em lei especial.

Parágrafo único. O terceiro poderá igualmente instituir bem de família por testamento ou doação, dependendo
a eficácia do ato da aceitação expressa de ambos os cônjuges beneficiados ou da entidade familiar
beneficiada.

Art. 1.712. O bem de família consistirá em prédio residencial urbano ou rural, com suas pertenças e
acessórios, destinando-se em ambos os casos a domicílio familiar, e poderá abranger valores mobiliários, cuja
renda será aplicada na conservação do imóvel e no sustento da família.

Art. 1.713. Os valores mobiliários, destinados aos fins previstos no artigo antecedente, não poderão exceder o
valor do prédio instituído em bem de família, à época de sua instituição.

§ 1o Deverão os valores mobiliários ser devidamente individualizados no instrumento de instituição do bem de


família.

§ 2o Se se tratar de títulos nominativos, a sua instituição como bem de família deverá constar dos respectivos
livros de registro.

§ 3o O instituidor poderá determinar que a administração dos valores mobiliários seja confiada a instituição
financeira, bem como disciplinar a forma de pagamento da respectiva renda aos beneficiários, caso em que a
responsabilidade dos administradores obedecerá às regras do contrato de depósito.

Art. 1.714. O bem de família, quer instituído pelos cônjuges ou por terceiro, constitui-se pelo registro de seu
título no Registro de Imóveis.
Art. 1.715. O bem de família é isento de execução por dívidas posteriores à sua instituição, salvo as que
provierem de tributos relativos ao prédio, ou de despesas de condomínio.

Parágrafo único. No caso de execução pelas dívidas referidas neste artigo, o saldo existente será aplicado em
outro prédio, como bem de família, ou em títulos da dívida pública, para sustento familiar, salvo se motivos
relevantes aconselharem outra solução, a critério do juiz.

Art. 1.716. A isenção de que trata o artigo antecedente durará enquanto viver um dos cônjuges, ou, na falta
destes, até que os filhos completem a maioridade.

Art. 1.717. O prédio e os valores mobiliários, constituídos como bem da família, não podem ter destino diverso
do previsto no art. 1.712 ou serem alienados sem o consentimento dos interessados e seus representantes
legais, ouvido o Ministério Público.

Art. 1.718. Qualquer forma de liquidação da entidade administradora, a que se refere o § 3o do art. 1.713, não
atingirá os valores a ela confiados, ordenando o juiz a sua transferência para outra instituição semelhante,
obedecendo-se, no caso de falência, ao disposto sobre pedido de restituição.

Art. 1.719. Comprovada a impossibilidade da manutenção do bem de família nas condições em que foi
instituído, poderá o juiz, a requerimento dos interessados, extingui-lo ou autorizar a sub-rogação dos bens que
o constituem em outros, ouvidos o instituidor e o Ministério Público.

Art. 1.720. Salvo disposição em contrário do ato de instituição, a administração do bem de família compete a
ambos os cônjuges, resolvendo o juiz em caso de divergência.

Parágrafo único. Com o falecimento de ambos os cônjuges, a administração passará ao filho mais velho, se for
maior, e, do contrário, a seu tutor.

Art. 1.721. A dissolução da sociedade conjugal não extingue o bem de família.

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Parágrafo único. Dissolvida a sociedade conjugal pela morte de um dos cônjuges, o sobrevivente poderá pedir
a extinção do bem de família, se for o único bem do casal.

Art. 1.722. Extingue-se, igualmente, o bem de família com a morte de ambos os cônjuges e a maioridade dos
filhos, desde que não sujeitos a curatela.

TÍTULO III
DA UNIÃO ESTÁVEL

Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na
convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.

§ 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a
incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente.

§ 2o As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável.


Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e
assistência, e de guarda, sustento e educação dos filhos.

Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais,
no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.

Art. 1.726. A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e
assento no Registro Civil.

Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato.

TÍTULO IV
Da Tutela e da Curatela

CAPÍTULO I
Da Tutela

Seção I
Dos Tutores

Art. 1.728. Os filhos menores são postos em tutela:

I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes;

II - em caso de os pais decaírem do poder familiar.

Art. 1.729. O direito de nomear tutor compete aos pais, em conjunto.

Parágrafo único. A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro documento autêntico.

Art. 1.730. É nula a nomeação de tutor pelo pai ou pela mãe que, ao tempo de sua morte, não tinha o poder
familiar.

Art. 1.731. Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a tutela aos parentes consangüíneos do menor, por
esta ordem:

I - aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais remoto;

II - aos colaterais até o terceiro grau, preferindo os mais próximos aos mais remotos, e, no mesmo grau, os
mais velhos aos mais moços; em qualquer dos casos, o juiz escolherá entre eles o mais apto a exercer a tutela
em benefício do menor.

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Art. 1.732. O juiz nomeará tutor idôneo e residente no domicílio do menor:

I - na falta de tutor testamentário ou legítimo;

II - quando estes forem excluídos ou escusados da tutela;

III - quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e o testamentário.

Art. 1.733. Aos irmãos órfãos dar-se-á um só tutor.

§ 1o No caso de ser nomeado mais de um tutor por disposição testamentária sem indicação de precedência,
entende-se que a tutela foi cometida ao primeiro, e que os outros lhe sucederão pela ordem de nomeação, se
ocorrer morte, incapacidade, escusa ou qualquer outro impedimento.

§ 2o Quem institui um menor herdeiro, ou legatário seu, poderá nomear-lhe curador especial para os bens
deixados, ainda que o beneficiário se encontre sob o poder familiar, ou tutela.

Art. 1.734. Os menores abandonados terão tutores nomeados pelo juiz, ou serão recolhidos a estabelecimento
público para este fim destinado, e, na falta desse estabelecimento, ficam sob a tutela das pessoas que,
voluntária e gratuitamente, se encarregarem da sua criação.

Seção II
Dos Incapazes de Exercer a Tutela

Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam:

I - aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens;

II - aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constituídos em obrigação para com o
menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra este, e aqueles cujos pais, filhos ou cônjuges tiverem
demanda contra o menor;

III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes expressamente excluídos da tutela;

IV - os condenados por crime de furto, roubo, estelionato, falsidade, contra a família ou os costumes, tenham
ou não cumprido pena;

V - as pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas de abuso em tutorias anteriores;

VI - aqueles que exercerem função pública incompatível com a boa administração da tutela.

Seção III
Da Escusa dos Tutores

Art. 1.736. Podem escusar-se da tutela:

I - mulheres casadas;

II - maiores de sessenta anos;

III - aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos;

IV - os impossibilitados por enfermidade;

V - aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela;

VI - aqueles que já exercerem tutela ou curatela;

VII - militares em serviço.

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Art. 1.737. Quem não for parente do menor não poderá ser obrigado a aceitar a tutela, se houver no lugar
parente idôneo, consangüíneo ou afim, em condições de exercê-la.

Art. 1.738. A escusa apresentar-se-á nos dez dias subseqüentes à designação, sob pena de entender-se
renunciado o direito de alegá-la; se o motivo escusatório ocorrer depois de aceita a tutela, os dez dias
contar-se-ão do em que ele sobrevier.

Art. 1.739. Se o juiz não admitir a escusa, exercerá o nomeado a tutela, enquanto o recurso interposto não
tiver provimento, e responderá desde logo pelas perdas e danos que o menor venha a sofrer.

Seção IV
Do Exercício da Tutela

Art. 1.740. Incumbe ao tutor, quanto à pessoa do menor:

I - dirigir-lhe a educação, defendê-lo e prestar-lhe alimentos, conforme os seus haveres e condição;

II - reclamar do juiz que providencie, como houver por bem, quando o menor haja mister correção;

III - adimplir os demais deveres que normalmente cabem aos pais, ouvida a opinião do menor, se este já
contar doze anos de idade.

Art. 1.741. Incumbe ao tutor, sob a inspeção do juiz, administrar os bens do tutelado, em proveito deste,
cumprindo seus deveres com zelo e boa-fé.

Art. 1.742. Para fiscalização dos atos do tutor, pode o juiz nomear um protutor.

Art. 1.743. Se os bens e interesses administrativos exigirem conhecimentos técnicos, forem complexos, ou
realizados em lugares distantes do domicílio do tutor, poderá este, mediante aprovação judicial, delegar a
outras pessoas físicas ou jurídicas o exercício parcial da tutela.

Art. 1.744. A responsabilidade do juiz será:

I - direta e pessoal, quando não tiver nomeado o tutor, ou não o houver feito oportunamente;

II - subsidiária, quando não tiver exigido garantia legal do tutor, nem o removido, tanto que se tornou suspeito.

Art. 1.745. Os bens do menor serão entregues ao tutor mediante termo especificado deles e seus valores,
ainda que os pais o tenham dispensado.

Parágrafo único. Se o patrimônio do menor for de valor considerável, poderá o juiz condicionar o exercício da
tutela à prestação de caução bastante, podendo dispensá-la se o tutor for de reconhecida idoneidade.

Art. 1.746. Se o menor possuir bens, será sustentado e educado a expensas deles, arbitrando o juiz para tal
fim as quantias que lhe pareçam necessárias, considerado o rendimento da fortuna do pupilo quando o pai ou
a mãe não as houver fixado.

Art. 1.747. Compete mais ao tutor:

I - representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo, após essa idade, nos atos
em que for parte;

II - receber as rendas e pensões do menor, e as quantias a ele devidas;

III - fazer-lhe as despesas de subsistência e educação, bem como as de administração, conservação e


melhoramentos de seus bens;

IV - alienar os bens do menor destinados a venda;

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V - promover-lhe, mediante preço conveniente, o arrendamento de bens de raiz.

Art. 1.748. Compete também ao tutor, com autorização do juiz:

I - pagar as dívidas do menor;

II - aceitar por ele heranças, legados ou doações, ainda que com encargos;

III - transigir;

IV - vender-lhe os bens móveis, cuja conservação não convier, e os imóveis nos casos em que for permitido;

V - propor em juízo as ações, ou nelas assistir o menor, e promover todas as diligências a bem deste, assim
como defendê-lo nos pleitos contra ele movidos.

Parágrafo único. No caso de falta de autorização, a eficácia de ato do tutor depende da aprovação ulterior do
juiz.

Art. 1.749. Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de nulidade:

I - adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato particular, bens móveis ou imóveis pertencentes
ao menor;

II - dispor dos bens do menor a título gratuito;

III - constituir-se cessionário de crédito ou de direito, contra o menor.

Art. 1.750. Os imóveis pertencentes aos menores sob tutela somente podem ser vendidos quando houver
manifesta vantagem, mediante prévia avaliação judicial e aprovação do juiz.

Art. 1.751. Antes de assumir a tutela, o tutor declarará tudo o que o menor lhe deva, sob pena de não lhe
poder cobrar, enquanto exerça a tutoria, salvo provando que não conhecia o débito quando a assumiu.
Art. 1.752. O tutor responde pelos prejuízos que, por culpa, ou dolo, causar ao tutelado; mas tem direito a ser
pago pelo que realmente despender no exercício da tutela, salvo no caso do art. 1.734, e a perceber
remuneração proporcional à importância dos bens administrados.

§ 1o Ao protutor será arbitrada uma gratificação módica pela fiscalização efetuada.

§ 2o São solidariamente responsáveis pelos prejuízos as pessoas às quais competia fiscalizar a atividade do
tutor, e as que concorreram para o dano.

Seção V
Dos Bens do Tutelado

Art. 1.753. Os tutores não podem conservar em seu poder dinheiro dos tutelados, além do necessário para as
despesas ordinárias com o seu sustento, a sua educação e a administração de seus bens.

§ 1o Se houver necessidade, os objetos de ouro e prata, pedras preciosas e móveis serão avaliados por
pessoa idônea e, após autorização judicial, alienados, e o seu produto convertido em títulos, obrigações e
letras de responsabilidade direta ou indireta da União ou dos Estados, atendendo-se preferentemente à
rentabilidade, e recolhidos ao estabelecimento bancário oficial ou aplicado na aquisição de imóveis, conforme
for determinado pelo juiz.

§ 2o O mesmo destino previsto no parágrafo antecedente terá o dinheiro proveniente de qualquer outra
procedência.

§ 3o Os tutores respondem pela demora na aplicação dos valores acima referidos, pagando os juros legais
desde o dia em que deveriam dar esse destino, o que não os exime da obrigação, que o juiz fará efetiva, da

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L10406

referida aplicação.

Art. 1.754. Os valores que existirem em estabelecimento bancário oficial, na forma do artigo antecedente, não
se poderão retirar, senão mediante ordem do juiz, e somente:

I - para as despesas com o sustento e educação do tutelado, ou a administração de seus bens;

II - para se comprarem bens imóveis e títulos, obrigações ou letras, nas condições previstas no § 1o do artigo
antecedente;

III - para se empregarem em conformidade com o disposto por quem os houver doado, ou deixado;

IV - para se entregarem aos órfãos, quando emancipados, ou maiores, ou, mortos eles, aos seus herdeiros.

Seção VI
Da Prestação de Contas

Art. 1.755. Os tutores, embora o contrário tivessem disposto os pais dos tutelados, são obrigados a prestar
contas da sua administração.

Art. 1.756. No fim de cada ano de administração, os tutores submeterão ao juiz o balanço respectivo, que,
depois de aprovado, se anexará aos autos do inventário.

Art. 1.757. Os tutores prestarão contas de dois em dois anos, e também quando, por qualquer motivo,
deixarem o exercício da tutela ou toda vez que o juiz achar conveniente.

Parágrafo único. As contas serão prestadas em juízo, e julgadas depois da audiência dos interessados,
recolhendo o tutor imediatamente a estabelecimento bancário oficial os saldos, ou adquirindo bens imóveis, ou
títulos, obrigações ou letras, na forma do § 1o do art. 1.753.
Art. 1.758. Finda a tutela pela emancipação ou maioridade, a quitação do menor não produzirá efeito antes de
aprovadas as contas pelo juiz, subsistindo inteira, até então, a responsabilidade do tutor.

Art. 1.759. Nos casos de morte, ausência, ou interdição do tutor, as contas serão prestadas por seus herdeiros
ou representantes.

Art. 1.760. Serão levadas a crédito do tutor todas as despesas justificadas e reconhecidamente proveitosas ao
menor.

Art. 1.761. As despesas com a prestação das contas serão pagas pelo tutelado.

Art. 1.762. O alcance do tutor, bem como o saldo contra o tutelado, são dívidas de valor e vencem juros desde
o julgamento definitivo das contas.

Seção VII
Da Cessação da Tutela

Art. 1.763. Cessa a condição de tutelado:

I - com a maioridade ou a emancipação do menor;

II - ao cair o menor sob o poder familiar, no caso de reconhecimento ou adoção.

Art. 1.764. Cessam as funções do tutor:

I - ao expirar o termo, em que era obrigado a servir;

II - ao sobrevir escusa legítima;

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III - ao ser removido.

Art. 1.765. O tutor é obrigado a servir por espaço de dois anos.

Parágrafo único. Pode o tutor continuar no exercício da tutela, além do prazo previsto neste artigo, se o quiser
e o juiz julgar conveniente ao menor.

Art. 1.766. Será destituído o tutor, quando negligente, prevaricador ou incurso em incapacidade.

CAPÍTULO II
Da Curatela

Seção I
Dos Interditos

Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:

I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos
da vida civil;

II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade;

III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;

IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento mental;

V - os pródigos.

Art. 1.768. A interdição deve ser promovida:

I - pelos pais ou tutores;

II - pelo cônjuge, ou por qualquer parente;

III - pelo Ministério Público.

Art. 1.769. O Ministério Público só promoverá interdição:

I - em caso de doença mental grave;

II - se não existir ou não promover a interdição alguma das pessoas designadas nos incisos I e II do artigo
antecedente;

III - se, existindo, forem incapazes as pessoas mencionadas no inciso antecedente.

Art. 1.770. Nos casos em que a interdição for promovida pelo Ministério Público, o juiz nomeará defensor ao
suposto incapaz; nos demais casos o Ministério Público será o defensor.

Art. 1.771. Antes de pronunciar-se acerca da interdição, o juiz, assistido por especialistas, examinará
pessoalmente o argüido de incapacidade.

Art. 1.772. Pronunciada a interdição das pessoas a que se referem os incisos III e IV do art. 1.767, o juiz
assinará, segundo o estado ou o desenvolvimento mental do interdito, os limites da curatela, que poderão
circunscrever-se às restrições constantes do art. 1.782.

Art. 1.773. A sentença que declara a interdição produz efeitos desde logo, embora sujeita a recurso.

Art. 1.774. Aplicam-se à curatela as disposições concernentes à tutela, com as modificações dos artigos
seguintes.

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Art. 1.775. O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou de fato, é, de direito, curador do outro,
quando interdito.

§1o Na falta do cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o pai ou a mãe; na falta destes, o descendente
que se demonstrar mais apto.

§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos.

§ 3o Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao juiz a escolha do curador.
Art. 1.776. Havendo meio de recuperar o interdito, o curador promover-lhe-á o tratamento em estabelecimento
apropriado.

Art. 1.777. Os interditos referidos nos incisos I, III e IV do art. 1.767 serão recolhidos em estabelecimentos
adequados, quando não se adaptarem ao convívio doméstico.

Art. 1.778. A autoridade do curador estende-se à pessoa e aos bens dos filhos do curatelado, observado o art.
5o.
Seção II
Da Curatela do Nascituro e do Enfermo ou Portador de Deficiência Física

Art. 1.779. Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer estando grávida a mulher, e não tendo o poder
familiar.

Parágrafo único. Se a mulher estiver interdita, seu curador será o do nascituro.

Art. 1.780. A requerimento do enfermo ou portador de deficiência física, ou, na impossibilidade de fazê-lo, de
qualquer das pessoas a que se refere o art. 1.768, dar-se-lhe-á curador para cuidar de todos ou alguns de
seus negócios ou bens.

Seção III
Do Exercício da Curatela
Art. 1.781. As regras a respeito do exercício da tutela aplicam-se ao da curatela, com a restrição do art. 1.772
e as desta Seção.

Art. 1.782. A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar,
hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração.

Art. 1.783. Quando o curador for o cônjuge e o regime de bens do casamento for de comunhão universal, não
será obrigado à prestação de contas, salvo determinação judicial.

LIVRO V
Do Direito das Sucessões

TÍTULO I
Da Sucessão em Geral

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.

Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido.

Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade.

Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela.

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Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo
ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o
testamento caducar, ou for julgado nulo.

Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.

Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos
onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:

I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;

II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um
daqueles;

III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;

IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.

CAPÍTULO II
Da Herança e de sua Administração
Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros.

Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será
indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.

Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-lhe, porém, a
prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados.

Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto
de cessão por escritura pública.

§ 1o Os direitos, conferidos ao herdeiro em conseqüência de substituição ou de direito de acrescer,


presumem-se não abrangidos pela cessão feita anteriormente.

§ 2o É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança
considerado singularmente.

§ 3o Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por qualquer herdeiro, de bem
componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade.

Art. 1.794. O co-herdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa estranha à sucessão, se outro
co-herdeiro a quiser, tanto por tanto.

Art. 1.795. O co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão, poderá, depositado o preço, haver para
si a quota cedida a estranho, se o requerer até cento e oitenta dias após a transmissão.

Parágrafo único. Sendo vários os co-herdeiros a exercer a preferência, entre eles se distribuirá o quinhão
cedido, na proporção das respectivas quotas hereditárias.

Art. 1.796. No prazo de trinta dias, a contar da abertura da sucessão, instaurar-se-á inventário do patrimônio
hereditário, perante o juízo competente no lugar da sucessão, para fins de liquidação e, quando for o caso, de
partilha da herança.

Art. 1.797. Até o compromisso do inventariante, a administração da herança caberá, sucessivamente:

I - ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da sucessão;

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II - ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e, se houver mais de um nessas condições, ao
mais velho;

III - ao testamenteiro;

IV - a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos incisos antecedentes, ou quando
tiverem de ser afastadas por motivo grave levado ao conhecimento do juiz.

CAPÍTULO III
Da Vocação Hereditária

Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da


sucessão.

Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:

I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a
sucessão;

II - as pessoas jurídicas;

III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação.

Art. 1.800. No caso do inciso I do artigo antecedente, os bens da herança serão confiados, após a liquidação
ou partilha, a curador nomeado pelo juiz.

§ 1o Salvo disposição testamentária em contrário, a curatela caberá à pessoa cujo filho o testador esperava ter
por herdeiro, e, sucessivamente, às pessoas indicadas no art. 1.775.

§ 2o Os poderes, deveres e responsabilidades do curador, assim nomeado, regem-se pelas disposições


concernentes à curatela dos incapazes, no que couber.

§ 3o Nascendo com vida o herdeiro esperado, ser-lhe-á deferida a sucessão, com os frutos e rendimentos
relativos à deixa, a partir da morte do testador.

§ 4o Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for concebido o herdeiro esperado, os bens
reservados, salvo disposição em contrário do testador, caberão aos herdeiros legítimos.

Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:


I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes
e irmãos;

II - as testemunhas do testamento;

III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há
mais de cinco anos;

IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou
aprovar o testamento.

Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder, ainda
quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa.

Parágrafo único. Presumem-se pessoas interpostas os ascendentes, os descendentes, os irmãos e o cônjuge


ou companheiro do não legitimado a suceder.

Art. 1.803. É lícita a deixa ao filho do concubino, quando também o for do testador.

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CAPÍTULO IV
Da Aceitação e Renúncia da Herança

Art. 1.804. Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura da sucessão.

Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à herança.

Art. 1.805. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita; quando tácita, há de
resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro.

§ 1o Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os meramente
conservatórios, ou os de administração e guarda provisória.

§ 2o Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos demais
co-herdeiros.

Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial.

Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte dias após
aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, nele, se pronunciar o
herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita.

Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.

§ 1o O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a herança; ou, aceitando-a,
repudiá-los.

§ 2o O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário, sob títulos sucessórios
diversos, pode livremente deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que renuncia.

Art. 1.809. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar passa-lhe aos
herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva, ainda não verificada.

Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação, desde que concordem em
receber a segunda herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira.

Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros herdeiros da mesma classe e,
sendo ele o único desta, devolve-se aos da subseqüente.

Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for o único legítimo da
sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão,
por direito próprio, e por cabeça.

Art. 1.812. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.

Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com
autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.

§ 1o A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato.

§ 2o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos
demais herdeiros.

CAPÍTULO V
Dos Excluídos da Sucessão

Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:

I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a

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pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;

II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua
honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;

III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de
seus bens por ato de última vontade.

Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por
sentença.

Parágrafo único. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos,
contados da abertura da sucessão.

Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele
morto fosse antes da abertura da sucessão.

Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus
sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens.

Art. 1.817. São válidas as alienações onerosas de bens hereditários a terceiros de boa-fé, e os atos de
administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de exclusão; mas aos herdeiros
subsiste, quando prejudicados, o direito de demandar-lhe perdas e danos.

Parágrafo único. O excluído da sucessão é obrigado a restituir os frutos e rendimentos que dos bens da
herança houver percebido, mas tem direito a ser indenizado das despesas com a conservação deles.

Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será admitido a suceder, se o
ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato autêntico.

Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em testamento do ofendido,
quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade, pode suceder no limite da disposição
testamentária.

CAPÍTULO VI
Da Herança Jacente

Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens
da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao
sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância.

Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos editais na forma
da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda
habilitação, será a herança declarada vacante.

Art. 1.821. É assegurado aos credores o direito de pedir o pagamento das dívidas reconhecidas, nos limites
das forças da herança.

Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem;
mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município
ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União
quando situados em território federal.

Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais ficarão excluídos da sucessão.

Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será esta desde logo declarada
vacante.

CAPÍTULO VII

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Da petição de herança

Art. 1.824. O herdeiro pode, em ação de petição de herança, demandar o reconhecimento de seu direito
sucessório, para obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou
mesmo sem título, a possua.

Art. 1.825. A ação de petição de herança, ainda que exercida por um só dos herdeiros, poderá compreender
todos os bens hereditários.

Art. 1.826. O possuidor da herança está obrigado à restituição dos bens do acervo, fixando-se-lhe a
responsabilidade segundo a sua posse, observado o disposto nos arts. 1.214 a 1.222.

Parágrafo único. A partir da citação, a responsabilidade do possuidor se há de aferir pelas regras


concernentes à posse de má-fé e à mora.

Art. 1.827. O herdeiro pode demandar os bens da herança, mesmo em poder de terceiros, sem prejuízo da
responsabilidade do possuidor originário pelo valor dos bens alienados.

Parágrafo único. São eficazes as alienações feitas, a título oneroso, pelo herdeiro aparente a terceiro de
boa-fé.

Art. 1.828. O herdeiro aparente, que de boa-fé houver pago um legado, não está obrigado a prestar o
equivalente ao verdadeiro sucessor, ressalvado a este o direito de proceder contra quem o recebeu.

TÍTULO II
Da Sucessão Legítima

CAPÍTULO I
Da Ordem da Vocação Hereditária

Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no
regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no
regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;

II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

III - ao cônjuge sobrevivente;

IV - aos colaterais.

Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro,
não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso,
de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.

Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da
participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à
residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar.

Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos
que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente
dos herdeiros com que concorrer.

Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais remotos, salvo o direito de
representação.

Art. 1.834. Os descendentes da mesma classe têm os mesmos direitos à sucessão de seus ascendentes.

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Art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descendentes, por cabeça ou por
estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau.

Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o
cônjuge sobrevivente.

§ 1o Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas.

§ 2o Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade,
cabendo a outra aos da linha materna.

Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança;
caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau.

Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge
sobrevivente.

Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a
suceder os colaterais até o quarto grau.

Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de
representação concedido aos filhos de irmãos.

Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes
herdará metade do que cada um daqueles herdar.

Art. 1.842. Não concorrendo à herança irmão bilateral, herdarão, em partes iguais, os unilaterais.

Art. 1.843. Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios.

§ 1o Se concorrerem à herança somente filhos de irmãos falecidos, herdarão por cabeça.

§ 2o Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um destes herdará a
metade do que herdar cada um daqueles.

§ 3o Se todos forem filhos de irmãos bilaterais, ou todos de irmãos unilaterais, herdarão por igual.
Art. 1.844. Não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente algum sucessível, ou tendo eles
renunciado a herança, esta se devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas
circunscrições, ou à União, quando situada em território federal.

CAPÍTULO II
Dos Herdeiros Necessários

Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.

Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a
legítima.

Art. 1.847. Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas as
dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos bens sujeitos a colação.

Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de
inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima.

§ 1o Não é permitido ao testador estabelecer a conversão dos bens da legítima em outros de espécie diversa.

§ 2o Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser alienados os bens gravados,
convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão sub-rogados nos ônus dos primeiros.

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Art. 1.849. O herdeiro necessário, a quem o testador deixar a sua parte disponível, ou algum legado, não
perderá o direito à legítima.

Art. 1.850. Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o testador disponha de seu patrimônio
sem os contemplar.

CAPÍTULO III
Do Direito de Representação

Art. 1.851. Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em
todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse.

Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente.

Art. 1.853. Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em favor dos filhos de irmãos do
falecido, quando com irmãos deste concorrerem.

Art. 1.854. Os representantes só podem herdar, como tais, o que herdaria o representado, se vivo fosse.

Art. 1.855. O quinhão do representado partir-se-á por igual entre os representantes.


Art. 1.856. O renunciante à herança de uma pessoa poderá representá-la na sucessão de outra.

TITULO III
DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA

CAPITULO I
DO TESTAMENTO EM GERAL

Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles,
para depois de sua morte.

§ 1o A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no testamento.

§ 2o São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o testador somente a
elas se tenha limitado.

Art. 1.858. O testamento é ato personalíssimo, podendo ser mudado a qualquer tempo.
Art. 1.859. Extingue-se em cinco anos o direito de impugnar a validade do testamento, contado o prazo da
data do seu registro.

CAPÍTULO II
Da Capacidade de Testar

Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento.

Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.

Art. 1.861. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz
se valida com a superveniência da capacidade.

CAPÍTULO III
Das formas ordinárias do testamento

Seção I
Disposições Gerais

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Art. 1.862. São testamentos ordinários:

I - o público;

II - o cerrado;

III - o particular.

Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo.

Seção II
Do Testamento Público

Art. 1.864. São requisitos essenciais do testamento público:

I - ser escrito por tabelião ou por seu substituto legal em seu livro de notas, de acordo com as declarações do
testador, podendo este servir-se de minuta, notas ou apontamentos;

II - lavrado o instrumento, ser lido em voz alta pelo tabelião ao testador e a duas testemunhas, a um só tempo;
ou pelo testador, se o quiser, na presença destas e do oficial;

III - ser o instrumento, em seguida à leitura, assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo tabelião.

Parágrafo único. O testamento público pode ser escrito manualmente ou mecanicamente, bem como ser feito
pela inserção da declaração de vontade em partes impressas de livro de notas, desde que rubricadas todas as
páginas pelo testador, se mais de uma.

Art. 1.865. Se o testador não souber, ou não puder assinar, o tabelião ou seu substituto legal assim o
declarará, assinando, neste caso, pelo testador, e, a seu rogo, uma das testemunhas instrumentárias.

Art. 1.866. O indivíduo inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o seu testamento, e, se não o souber, designará
quem o leia em seu lugar, presentes as testemunhas.
Art. 1.867. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo
tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo testador, fazendo-se
de tudo circunstanciada menção no testamento.

Seção III
Do Testamento Cerrado

Art. 1.868. O testamento escrito pelo testador, ou por outra pessoa, a seu rogo, e por aquele assinado, será
válido se aprovado pelo tabelião ou seu substituto legal, observadas as seguintes formalidades:

I - que o testador o entregue ao tabelião em presença de duas testemunhas;

II - que o testador declare que aquele é o seu testamento e quer que seja aprovado;

III - que o tabelião lavre, desde logo, o auto de aprovação, na presença de duas testemunhas, e o leia, em
seguida, ao testador e testemunhas;

IV - que o auto de aprovação seja assinado pelo tabelião, pelas testemunhas e pelo testador.

Parágrafo único. O testamento cerrado pode ser escrito mecanicamente, desde que seu subscritor numere e
autentique, com a sua assinatura, todas as paginas.

Art. 1.869. O tabelião deve começar o auto de aprovação imediatamente depois da última palavra do testador,
declarando, sob sua fé, que o testador lhe entregou para ser aprovado na presença das testemunhas;
passando a cerrar e coser o instrumento aprovado.

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Parágrafo único. Se não houver espaço na última folha do testamento, para início da aprovação, o tabelião
aporá nele o seu sinal público, mencionando a circunstância no auto.

Art. 1.870. Se o tabelião tiver escrito o testamento a rogo do testador, poderá, não obstante, aprová-lo.

Art. 1.871. O testamento pode ser escrito em língua nacional ou estrangeira, pelo próprio testador, ou por
outrem, a seu rogo.

Art. 1.872. Não pode dispor de seus bens em testamento cerrado quem não saiba ou não possa ler.

Art. 1.873. Pode fazer testamento cerrado o surdo-mudo, contanto que o escreva todo, e o assine de sua mão,
e que, ao entregá-lo ao oficial público, ante as duas testemunhas, escreva, na face externa do papel ou do
envoltório, que aquele é o seu testamento, cuja aprovação lhe pede.

Art. 1.874. Depois de aprovado e cerrado, será o testamento entregue ao testador, e o tabelião lançará, no seu
livro, nota do lugar, dia, mês e ano em que o testamento foi aprovado e entregue.

Art. 1.875. Falecido o testador, o testamento será apresentado ao juiz, que o abrirá e o fará registrar,
ordenando seja cumprido, se não achar vício externo que o torne eivado de nulidade ou suspeito de falsidade.

Seção IV
Do Testamento Particular

Art. 1.876. O testamento particular pode ser escrito de próprio punho ou mediante processo mecânico.

§ 1o Se escrito de próprio punho, são requisitos essenciais à sua validade seja lido e assinado por quem o
escreveu, na presença de pelo menos três testemunhas, que o devem subscrever.

§ 2o Se elaborado por processo mecânico, não pode conter rasuras ou espaços em branco, devendo ser
assinado pelo testador, depois de o ter lido na presença de pelo menos três testemunhas, que o subscreverão.

Art. 1.877. Morto o testador, publicar-se-á em juízo o testamento, com citação dos herdeiros legítimos.

Art. 1.878. Se as testemunhas forem contestes sobre o fato da disposição, ou, ao menos, sobre a sua leitura
perante elas, e se reconhecerem as próprias assinaturas, assim como a do testador, o testamento será
confirmado.

Parágrafo único. Se faltarem testemunhas, por morte ou ausência, e se pelo menos uma delas o reconhecer, o
testamento poderá ser confirmado, se, a critério do juiz, houver prova suficiente de sua veracidade.

Art. 1.879. Em circunstâncias excepcionais declaradas na cédula, o testamento particular de próprio punho e
assinado pelo testador, sem testemunhas, poderá ser confirmado, a critério do juiz.

Art. 1.880. O testamento particular pode ser escrito em língua estrangeira, contanto que as testemunhas a
compreendam.

CAPÍTULO IV
Dos Codicilos

Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer
disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas,
ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou jóias, de pouco valor,
de seu uso pessoal.

Art. 1.882. Os atos a que se refere o artigo antecedente, salvo direito de terceiro, valerão como codicilos, deixe
ou não testamento o autor.

Art. 1.883. Pelo modo estabelecido no art. 1.881, poder-se-ão nomear ou substituir testamenteiros.

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Art. 1.884. Os atos previstos nos artigos antecedentes revogam-se por atos iguais, e consideram-se
revogados, se, havendo testamento posterior, de qualquer natureza, este os não confirmar ou modificar.

Art. 1.885. Se estiver fechado o codicilo, abrir-se-á do mesmo modo que o testamento cerrado.

CAPÍTULO V
Dos Testamentos Especiais

Seção I
Disposições Gerais

Art. 1.886. São testamentos especiais:

I - o marítimo;

II - o aeronáutico;

III - o militar.

Art. 1.887. Não se admitem outros testamentos especiais além dos contemplados neste Código.

Seção II
Do Testamento Marítimo e do Testamento Aeronáutico

Art. 1.888. Quem estiver em viagem, a bordo de navio nacional, de guerra ou mercante, pode testar perante o
comandante, em presença de duas testemunhas, por forma que corresponda ao testamento público ou ao
cerrado.

Parágrafo único. O registro do testamento será feito no diário de bordo.

Art. 1.889. Quem estiver em viagem, a bordo de aeronave militar ou comercial, pode testar perante pessoa
designada pelo comandante, observado o disposto no artigo antecedente.

Art. 1.890. O testamento marítimo ou aeronáutico ficará sob a guarda do comandante, que o entregará às
autoridades administrativas do primeiro porto ou aeroporto nacional, contra recibo averbado no diário de
bordo.

Art. 1.891. Caducará o testamento marítimo, ou aeronáutico, se o testador não morrer na viagem, nem nos
noventa dias subseqüentes ao seu desembarque em terra, onde possa fazer, na forma ordinária, outro
testamento.

Art. 1.892. Não valerá o testamento marítimo, ainda que feito no curso de uma viagem, se, ao tempo em que
se fez, o navio estava em porto onde o testador pudesse desembarcar e testar na forma ordinária.

Seção III
Do Testamento Militar

Art. 1.893. O testamento dos militares e demais pessoas a serviço das Forças Armadas em campanha, dentro
do País ou fora dele, assim como em praça sitiada, ou que esteja de comunicações interrompidas, poderá
fazer-se, não havendo tabelião ou seu substituto legal, ante duas, ou três testemunhas, se o testador não
puder, ou não souber assinar, caso em que assinará por ele uma delas.

§ 1o Se o testador pertencer a corpo ou seção de corpo destacado, o testamento será escrito pelo respectivo
comandante, ainda que de graduação ou posto inferior.

§ 2o Se o testador estiver em tratamento em hospital, o testamento será escrito pelo respectivo oficial de
saúde, ou pelo diretor do estabelecimento.

§ 3o Se o testador for o oficial mais graduado, o testamento será escrito por aquele que o substituir.

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Art. 1.894. Se o testador souber escrever, poderá fazer o testamento de seu punho, contanto que o date e
assine por extenso, e o apresente aberto ou cerrado, na presença de duas testemunhas ao auditor, ou ao
oficial de patente, que lhe faça as vezes neste mister.

Parágrafo único. O auditor, ou o oficial a quem o testamento se apresente notará, em qualquer parte dele,
lugar, dia, mês e ano, em que lhe for apresentado, nota esta que será assinada por ele e pelas testemunhas.

Art. 1.895. Caduca o testamento militar, desde que, depois dele, o testador esteja, noventa dias seguidos, em
lugar onde possa testar na forma ordinária, salvo se esse testamento apresentar as solenidades prescritas no
parágrafo único do artigo antecedente.

Art. 1.896. As pessoas designadas no art. 1.893, estando empenhadas em combate, ou feridas, podem testar
oralmente, confiando a sua última vontade a duas testemunhas.

Parágrafo único. Não terá efeito o testamento se o testador não morrer na guerra ou convalescer do ferimento.

CAPÍTULO VI
Das Disposições Testamentárias

Art. 1.897. A nomeação de herdeiro, ou legatário, pode fazer-se pura e simplesmente, sob condição, para
certo fim ou modo, ou por certo motivo.

Art. 1.898. A designação do tempo em que deva começar ou cessar o direito do herdeiro, salvo nas
disposições fideicomissárias, ter-se-á por não escrita.

Art. 1.899. Quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações diferentes, prevalecerá a que
melhor assegure a observância da vontade do testador.

Art. 1.900. É nula a disposição:

I - que institua herdeiro ou legatário sob a condição captatória de que este disponha, também por testamento,
em benefício do testador, ou de terceiro;

II - que se refira a pessoa incerta, cuja identidade não se possa averiguar;

III - que favoreça a pessoa incerta, cometendo a determinação de sua identidade a terceiro;

IV - que deixe a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor do legado;

V - que favoreça as pessoas a que se referem os arts. 1.801 e 1.802.

Art. 1.901. Valerá a disposição:

I - em favor de pessoa incerta que deva ser determinada por terceiro, dentre duas ou mais pessoas
mencionadas pelo testador, ou pertencentes a uma família, ou a um corpo coletivo, ou a um estabelecimento
por ele designado;

II - em remuneração de serviços prestados ao testador, por ocasião da moléstia de que faleceu, ainda que
fique ao arbítrio do herdeiro ou de outrem determinar o valor do legado.

Art. 1.902. A disposição geral em favor dos pobres, dos estabelecimentos particulares de caridade, ou dos de
assistência pública, entender-se-á relativa aos pobres do lugar do domicílio do testador ao tempo de sua
morte, ou dos estabelecimentos aí sitos, salvo se manifestamente constar que tinha em mente beneficiar os de
outra localidade.

Parágrafo único. Nos casos deste artigo, as instituições particulares preferirão sempre às públicas.

Art. 1.903. O erro na designação da pessoa do herdeiro, do legatário, ou da coisa legada anula a disposição,
salvo se, pelo contexto do testamento, por outros documentos, ou por fatos inequívocos, se puder identificar a

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pessoa ou coisa a que o testador queria referir-se.

Art. 1.904. Se o testamento nomear dois ou mais herdeiros, sem discriminar a parte de cada um, partilhar-se-á
por igual, entre todos, a porção disponível do testador.

Art. 1.905. Se o testador nomear certos herdeiros individualmente e outros coletivamente, a herança será
dividida em tantas quotas quantos forem os indivíduos e os grupos designados.

Art. 1.906. Se forem determinadas as quotas de cada herdeiro, e não absorverem toda a herança, o
remanescente pertencerá aos herdeiros legítimos, segundo a ordem da vocação hereditária.

Art. 1.907. Se forem determinados os quinhões de uns e não os de outros herdeiros, distribuir-se-á por igual a
estes últimos o que restar, depois de completas as porções hereditárias dos primeiros.

Art. 1.908. Dispondo o testador que não caiba ao herdeiro instituído certo e determinado objeto, dentre os da
herança, tocará ele aos herdeiros legítimos.

Art. 1.909. São anuláveis as disposições testamentárias inquinadas de erro, dolo ou coação.

Parágrafo único. Extingue-se em quatro anos o direito de anular a disposição, contados de quando o
interessado tiver conhecimento do vício.

Art. 1.910. A ineficácia de uma disposição testamentária importa a das outras que, sem aquela, não teriam
sido determinadas pelo testador.

Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade
e incomunicabilidade.

Parágrafo único. No caso de desapropriação de bens clausulados, ou de sua alienação, por conveniência
econômica do donatário ou do herdeiro, mediante autorização judicial, o produto da venda converter-se-á em
outros bens, sobre os quais incidirão as restrições apostas aos primeiros.

CAPÍTULO VII
Dos Legados

Seção I
Disposições Gerais

Art. 1.912. É ineficaz o legado de coisa certa que não pertença ao testador no momento da abertura da
sucessão.

Art. 1.913. Se o testador ordenar que o herdeiro ou legatário entregue coisa de sua propriedade a outrem, não
o cumprindo ele, entender-se-á que renunciou à herança ou ao legado.

Art. 1.914. Se tão-somente em parte a coisa legada pertencer ao testador, ou, no caso do artigo antecedente,
ao herdeiro ou ao legatário, só quanto a essa parte valerá o legado.

Art. 1.915. Se o legado for de coisa que se determine pelo gênero, será o mesmo cumprido, ainda que tal
coisa não exista entre os bens deixados pelo testador.

Art. 1.916. Se o testador legar coisa sua, singularizando-a, só terá eficácia o legado se, ao tempo do seu
falecimento, ela se achava entre os bens da herança; se a coisa legada existir entre os bens do testador, mas
em quantidade inferior à do legado, este será eficaz apenas quanto à existente.

Art. 1.917. O legado de coisa que deva encontrar-se em determinado lugar só terá eficácia se nele for achada,
salvo se removida a título transitório.

Art. 1.918. O legado de crédito, ou de quitação de dívida, terá eficácia somente até a importância desta, ou
daquele, ao tempo da morte do testador.

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§ 1o Cumpre-se o legado, entregando o herdeiro ao legatário o título respectivo.

§ 2o Este legado não compreende as dívidas posteriores à data do testamento.


Art. 1.919. Não o declarando expressamente o testador, não se reputará compensação da sua dívida o legado
que ele faça ao credor.

Parágrafo único. Subsistirá integralmente o legado, se a dívida lhe foi posterior, e o testador a solveu antes de
morrer.

Art. 1.920. O legado de alimentos abrange o sustento, a cura, o vestuário e a casa, enquanto o legatário viver,
além da educação, se ele for menor.

Art. 1.921. O legado de usufruto, sem fixação de tempo, entende-se deixado ao legatário por toda a sua vida.

Art. 1.922. Se aquele que legar um imóvel lhe ajuntar depois novas aquisições, estas, ainda que contíguas,
não se compreendem no legado, salvo expressa declaração em contrário do testador.

Parágrafo único. Não se aplica o disposto neste artigo às benfeitorias necessárias, úteis ou voluptuárias feitas
no prédio legado.

Seção II
Dos Efeitos do Legado e do seu Pagamento

Art. 1.923. Desde a abertura da sucessão, pertence ao legatário a coisa certa, existente no acervo, salvo se o
legado estiver sob condição suspensiva.

§ 1o Não se defere de imediato a posse da coisa, nem nela pode o legatário entrar por autoridade própria.

§ 2o O legado de coisa certa existente na herança transfere também ao legatário os frutos que produzir, desde
a morte do testador, exceto se dependente de condição suspensiva, ou de termo inicial.

Art. 1.924. O direito de pedir o legado não se exercerá, enquanto se litigue sobre a validade do testamento, e,
nos legados condicionais, ou a prazo, enquanto esteja pendente a condição ou o prazo não se vença.

Art. 1.925. O legado em dinheiro só vence juros desde o dia em que se constituir em mora a pessoa obrigada
a prestá-lo.

Art. 1.926. Se o legado consistir em renda vitalícia ou pensão periódica, esta ou aquela correrá da morte do
testador.

Art. 1.927. Se o legado for de quantidades certas, em prestações periódicas, datará da morte do testador o
primeiro período, e o legatário terá direito a cada prestação, uma vez encetado cada um dos períodos
sucessivos, ainda que venha a falecer antes do termo dele.

Art. 1.928. Sendo periódicas as prestações, só no termo de cada período se poderão exigir.

Parágrafo único. Se as prestações forem deixadas a título de alimentos, pagar-se-ão no começo de cada
período, sempre que outra coisa não tenha disposto o testador.

Art. 1.929. Se o legado consiste em coisa determinada pelo gênero, ao herdeiro tocará escolhê-la, guardando
o meio-termo entre as congêneres da melhor e pior qualidade.

Art. 1.930. O estabelecido no artigo antecedente será observado, quando a escolha for deixada a arbítrio de
terceiro; e, se este não a quiser ou não a puder exercer, ao juiz competirá fazê-la, guardado o disposto na
última parte do artigo antecedente.

Art. 1.931. Se a opção foi deixada ao legatário, este poderá escolher, do gênero determinado, a melhor coisa

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que houver na herança; e, se nesta não existir coisa de tal gênero, dar-lhe-á de outra congênere o herdeiro,
observada a disposição na última parte do art. 1.929.

Art. 1.932. No legado alternativo, presume-se deixada ao herdeiro a opção.

Art. 1.933. Se o herdeiro ou legatário a quem couber a opção falecer antes de exercê-la, passará este poder
aos seus herdeiros.

Art. 1.934. No silêncio do testamento, o cumprimento dos legados incumbe aos herdeiros e, não os havendo,
aos legatários, na proporção do que herdaram.

Parágrafo único. O encargo estabelecido neste artigo, não havendo disposição testamentária em contrário,
caberá ao herdeiro ou legatário incumbido pelo testador da execução do legado; quando indicados mais de
um, os onerados dividirão entre si o ônus, na proporção do que recebam da herança.

Art. 1.935. Se algum legado consistir em coisa pertencente a herdeiro ou legatário (art. 1.913), só a ele
incumbirá cumpri-lo, com regresso contra os co-herdeiros, pela quota de cada um, salvo se o contrário
expressamente dispôs o testador.

Art. 1.936. As despesas e os riscos da entrega do legado correm à conta do legatário, se não dispuser
diversamente o testador.

Art. 1.937. A coisa legada entregar-se-á, com seus acessórios, no lugar e estado em que se achava ao falecer
o testador, passando ao legatário com todos os encargos que a onerarem.

Art. 1.938. Nos legados com encargo, aplica-se ao legatário o disposto neste Código quanto às doações de
igual natureza.

Seção III
Da Caducidade dos Legados

Art. 1.939. Caducará o legado:

I - se, depois do testamento, o testador modificar a coisa legada, ao ponto de já não ter a forma nem lhe caber
a denominação que possuía;

II - se o testador, por qualquer título, alienar no todo ou em parte a coisa legada; nesse caso, caducará até
onde ela deixou de pertencer ao testador;
III - se a coisa perecer ou for evicta, vivo ou morto o testador, sem culpa do herdeiro ou legatário incumbido do
seu cumprimento;

IV - se o legatário for excluído da sucessão, nos termos do art. 1.815;

V - se o legatário falecer antes do testador.

Art. 1.940. Se o legado for de duas ou mais coisas alternativamente, e algumas delas perecerem, subsistirá
quanto às restantes; perecendo parte de uma, valerá, quanto ao seu remanescente, o legado.

CAPÍTULO VIII
Do Direito de Acrescer entre Herdeiros e Legatários

Art. 1.941. Quando vários herdeiros, pela mesma disposição testamentária, forem conjuntamente chamados à
herança em quinhões não determinados, e qualquer deles não puder ou não quiser aceitá-la, a sua parte
acrescerá à dos co-herdeiros, salvo o direito do substituto.

Art. 1.942. O direito de acrescer competirá aos co-legatários, quando nomeados conjuntamente a respeito de
uma só coisa, determinada e certa, ou quando o objeto do legado não puder ser dividido sem risco de
desvalorização.

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Art. 1.943. Se um dos co-herdeiros ou co-legatários, nas condições do artigo antecedente, morrer antes do
testador; se renunciar a herança ou legado, ou destes for excluído, e, se a condição sob a qual foi instituído
não se verificar, acrescerá o seu

quinhão, salvo o direito do substituto, à parte dos co-herdeiros ou co-legatários conjuntos.

Parágrafo único. Os co-herdeiros ou co-legatários, aos quais acresceu o quinhão daquele que não quis ou não
pôde suceder, ficam sujeitos às obrigações ou encargos que o oneravam.

Art. 1.944. Quando não se efetua o direito de acrescer, transmite-se aos herdeiros legítimos a quota vaga do
nomeado.

Parágrafo único. Não existindo o direito de acrescer entre os co-legatários, a quota do que faltar acresce ao
herdeiro ou ao legatário incumbido de satisfazer esse legado, ou a todos os herdeiros, na proporção dos seus
quinhões, se o legado se deduziu da herança.

Art. 1.945. Não pode o beneficiário do acréscimo repudiá-lo separadamente da herança ou legado que lhe
caiba, salvo se o acréscimo comportar encargos especiais impostos pelo testador; nesse caso, uma vez
repudiado, reverte o acréscimo para a pessoa a favor de quem os encargos foram instituídos.

Art. 1.946. Legado um só usufruto conjuntamente a duas ou mais pessoas, a parte da que faltar acresce aos
co-legatários.

Parágrafo único. Se não houver conjunção entre os co-legatários, ou se, apesar de conjuntos, só lhes foi
legada certa parte do usufruto, consolidar-se-ão na propriedade as quotas dos que faltarem, à medida que
eles forem faltando.

CAPÍTULO IX
Das Substituições

Seção I
Da Substituição Vulgar e da Recíproca

Art. 1.947. O testador pode substituir outra pessoa ao herdeiro ou ao legatário nomeado, para o caso de um ou
outro não querer ou não poder aceitar a herança ou o legado, presumindo-se que a substituição foi
determinada para as duas alternativas, ainda que o testador só a uma se refira.

Art. 1.948. Também é lícito ao testador substituir muitas pessoas por uma só, ou vice-versa, e ainda substituir
com reciprocidade ou sem ela.

Art. 1.949. O substituto fica sujeito à condição ou encargo imposto ao substituído, quando não for diversa a
intenção manifestada pelo testador, ou não resultar outra coisa da natureza da condição ou do encargo.
Art. 1.950. Se, entre muitos co-herdeiros ou legatários de partes desiguais, for estabelecida substituição
recíproca, a proporção dos quinhões fixada na primeira disposição entender-se-á mantida na segunda; se,
com as outras anteriormente nomeadas, for incluída mais alguma pessoa na substituição, o quinhão vago
pertencerá em partes iguais aos substitutos.

Seção II
Da Substituição Fideicomissária

Art. 1.951. Pode o testador instituir herdeiros ou legatários, estabelecendo que, por ocasião de sua morte, a
herança ou o legado se transmita ao fiduciário, resolvendo-se o direito deste, por sua morte, a certo tempo ou
sob certa condição, em favor de outrem, que se qualifica de fideicomissário.

Art. 1.952. A substituição fideicomissária somente se permite em favor dos não concebidos ao tempo da morte
do testador.

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Parágrafo único. Se, ao tempo da morte do testador, já houver nascido o fideicomissário, adquirirá este a
propriedade dos bens fideicometidos, convertendo-se em usufruto o direito do fiduciário.

Art. 1.953. O fiduciário tem a propriedade da herança ou legado, mas restrita e resolúvel.

Parágrafo único. O fiduciário é obrigado a proceder ao inventário dos bens gravados, e a prestar caução de
restituí-los se o exigir o fideicomissário.

Art. 1.954. Salvo disposição em contrário do testador, se o fiduciário renunciar a herança ou o legado,
defere-se ao fideicomissário o poder de aceitar.

Art. 1.955. O fideicomissário pode renunciar a herança ou o legado, e, neste caso, o fideicomisso caduca,
deixando de ser resolúvel a propriedade do fiduciário, se não houver disposição contrária do testador.

Art. 1.956. Se o fideicomissário aceitar a herança ou o legado, terá direito à parte que, ao fiduciário, em
qualquer tempo acrescer.

Art. 1.957. Ao sobrevir a sucessão, o fideicomissário responde pelos encargos da herança que ainda restarem.

Art. 1.958. Caduca o fideicomisso se o fideicomissário morrer antes do fiduciário, ou antes de realizar-se a
condição resolutória do direito deste último; nesse caso, a propriedade consolida-se no fiduciário, nos termos
do art. 1.955.

Art. 1.959. São nulos os fideicomissos além do segundo grau.

Art. 1.960. A nulidade da substituição ilegal não prejudica a instituição, que valerá sem o encargo resolutório.

CAPÍTULO X
Da Deserdação

Art. 1.961. Os herdeiros necessários podem ser privados de sua legítima, ou deserdados, em todos os casos
em que podem ser excluídos da sucessão.

Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos descendentes por seus
ascendentes:

I - ofensa física;

II - injúria grave;

III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;

IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.

Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos ascendentes pelos
descendentes:

I - ofensa física;

II - injúria grave;

III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da
filha ou o da neta;

IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade.

Art. 1.964. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser ordenada em testamento.

Art. 1.965. Ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação, incumbe provar a veracidade da
causa alegada pelo testador.

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Parágrafo único. O direito de provar a causa da deserdação extingue-se no prazo de quatro anos, a contar da
data da abertura do testamento.

CAPÍTULO XI
Da Redução das Disposições Testamentárias

Art. 1.966. O remanescente pertencerá aos herdeiros legítimos, quando o testador só em parte dispuser da
quota hereditária disponível.

Art. 1.967. As disposições que excederem a parte disponível reduzir-se-ão aos limites dela, de conformidade
com o disposto nos parágrafos seguintes.

§ 1o Em se verificando excederem as disposições testamentárias a porção disponível, serão


proporcionalmente reduzidas as quotas do herdeiro ou herdeiros instituídos, até onde baste, e, não bastando,
também os legados, na proporção do seu valor.

§ 2o Se o testador, prevenindo o caso, dispuser que se inteirem, de preferência, certos herdeiros e legatários,
a redução far-se-á nos outros quinhões ou legados, observando-se a seu respeito a ordem estabelecida no
parágrafo antecedente.

Art. 1.968. Quando consistir em prédio divisível o legado sujeito a redução, far-se-á esta dividindo-o
proporcionalmente.

§ 1o Se não for possível a divisão, e o excesso do legado montar a mais de um quarto do valor do prédio, o
legatário deixará inteiro na herança o imóvel legado, ficando com o direito de pedir aos herdeiros o valor que
couber na parte disponível; se o excesso não for de mais de um quarto, aos herdeiros fará tornar em dinheiro
o legatário, que ficará com o prédio.

§ 2o Se o legatário for ao mesmo tempo herdeiro necessário, poderá inteirar sua legítima no mesmo imóvel, de
preferencia aos outros, sempre que ela e a parte subsistente do legado lhe absorverem o valor.

CAPÍTULO XII
Da Revogação do Testamento

Art. 1.969. O testamento pode ser revogado pelo mesmo modo e forma como pode ser feito.

Art. 1.970. A revogação do testamento pode ser total ou parcial.

Parágrafo único. Se parcial, ou se o testamento posterior não contiver cláusula revogatória expressa, o
anterior subsiste em tudo que não for contrário ao posterior.

Art. 1.971. A revogação produzirá seus efeitos, ainda quando o testamento, que a encerra, vier a caducar por
exclusão, incapacidade ou renúncia do herdeiro nele nomeado; não valerá, se o testamento revogatório for
anulado por omissão ou infração de solenidades essenciais ou por vícios intrínsecos.

Art. 1.972. O testamento cerrado que o testador abrir ou dilacerar, ou for aberto ou dilacerado com seu
consentimento, haver-se-á como revogado.

CAPÍTULO XIII
Do Rompimento do Testamento

Art. 1.973. Sobrevindo descendente sucessível ao testador, que não o tinha ou não o conhecia quando testou,
rompe-se o testamento em todas as suas disposições, se esse descendente sobreviver ao testador.

Art. 1.974. Rompe-se também o testamento feito na ignorância de existirem outros herdeiros necessários.

Art. 1.975. Não se rompe o testamento, se o testador dispuser da sua metade, não contemplando os herdeiros
necessários de cuja existência saiba, ou quando os exclua dessa parte.

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CAPÍTULO XIV
Do Testamenteiro

Art. 1.976. O testador pode nomear um ou mais testamenteiros, conjuntos ou separados, para lhe darem
cumprimento às disposições de última vontade.

Art. 1.977. O testador pode conceder ao testamenteiro a posse e a administração da herança, ou de parte
dela, não havendo cônjuge ou herdeiros necessários.

Parágrafo único. Qualquer herdeiro pode requerer partilha imediata, ou devolução da herança, habilitando o
testamenteiro com os meios necessários para o cumprimento dos legados, ou dando caução de prestá-los.

Art. 1.978. Tendo o testamenteiro a posse e a administração dos bens, incumbe-lhe requerer inventário e
cumprir o testamento.

Art. 1.979. O testamenteiro nomeado, ou qualquer parte interessada, pode requerer, assim como o juiz pode
ordenar, de ofício, ao detentor do testamento, que o leve a registro.

Art. 1.980. O testamenteiro é obrigado a cumprir as disposições testamentárias, no prazo marcado pelo
testador, e a dar contas do que recebeu e despendeu, subsistindo sua responsabilidade enquanto durar a
execução do testamento.

Art. 1.981. Compete ao testamenteiro, com ou sem o concurso do inventariante e dos herdeiros instituídos,
defender a validade do testamento.

Art. 1.982. Além das atribuições exaradas nos artigos antecedentes, terá o testamenteiro as que lhe conferir o
testador, nos limites da lei.

Art. 1.983. Não concedendo o testador prazo maior, cumprirá o testamenteiro o testamento e prestará contas
em cento e oitenta dias, contados da aceitação da testamentaria.

Parágrafo único. Pode esse prazo ser prorrogado se houver motivo suficiente.

Art. 1.984. Na falta de testamenteiro nomeado pelo testador, a execução testamentária compete a um dos
cônjuges, e, em falta destes, ao herdeiro nomeado pelo juiz.

Art. 1.985. O encargo da testamentaria não se transmite aos herdeiros do testamenteiro, nem é delegável;
mas o testamenteiro pode fazer-se representar em juízo e fora dele, mediante mandatário com poderes
especiais.

Art. 1.986. Havendo simultaneamente mais de um testamenteiro, que tenha aceitado o cargo, poderá cada
qual exercê-lo, em falta dos outros; mas todos ficam solidariamente obrigados a dar conta dos bens que lhes
forem confiados, salvo se cada um tiver, pelo testamento, funções distintas, e a elas se limitar.

Art. 1.987. Salvo disposição testamentária em contrário, o testamenteiro, que não seja herdeiro ou legatário,
terá direito a um prêmio, que, se o testador não o houver fixado, será de um a cinco por cento, arbitrado pelo
juiz, sobre a herança líquida, conforme a importância dela e maior ou menor dificuldade na execução do
testamento.

Parágrafo único. O prêmio arbitrado será pago à conta da parte disponível, quando houver herdeiro
necessário.

Art. 1.988. O herdeiro ou o legatário nomeado testamenteiro poderá preferir o prêmio à herança ou ao legado.

Art. 1.989. Reverterá à herança o prêmio que o testamenteiro perder, por ser removido ou por não ter
cumprido o testamento.

Art. 1.990. Se o testador tiver distribuído toda a herança em legados, exercerá o testamenteiro as funções de
inventariante.

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TÍTULO IV
Do Inventário e da Partilha

CAPÍTULO I
Do Inventário

Art. 1.991. Desde a assinatura do compromisso até a homologação da partilha, a administração da herança
será exercida pelo inventariante.

CAPÍTULO II
Dos Sonegados

Art.1.992. O herdeiro que sonegar bens da herança, não os descrevendo no inventário quando estejam em
seu poder, ou, com o seu conhecimento, no de outrem, ou que os omitir na colação, a que os deva levar, ou
que deixar de restituí-los, perderá o direito que sobre eles lhe cabia.

Art. 1.993. Além da pena cominada no artigo antecedente, se o sonegador for o próprio inventariante,
remover-se-á, em se provando a sonegação, ou negando ele a existência dos bens, quando indicados.

Art.1.994. A pena de sonegados só se pode requerer e impor em ação movida pelos herdeiros ou pelos
credores da herança.

Parágrafo único. A sentença que se proferir na ação de sonegados, movida por qualquer dos herdeiros ou
credores, aproveita aos demais interessados.

Art. 1.995. Se não se restituírem os bens sonegados, por já não os ter o sonegador em seu poder, pagará ele
a importância dos valores que ocultou, mais as perdas e danos.

Art. 1.996. Só se pode argüir de sonegação o inventariante depois de encerrada a descrição dos bens, com a
declaração, por ele feita, de não existirem outros por inventariar e partir, assim como argüir o herdeiro, depois
de declarar-se no inventário que não os possui.

CAPÍTULO III
Do Pagamento das Dívidas

Art. 1.997. A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido; mas, feita a partilha, só respondem os
herdeiros, cada qual em proporção da parte que na herança lhe coube.

§ 1o Quando, antes da partilha, for requerido no inventário o pagamento de dívidas constantes de documentos,
revestidos de formalidades legais, constituindo prova bastante da obrigação, e houver impugnação, que não
se funde na alegação de pagamento, acompanhada de prova valiosa, o juiz mandará reservar, em poder do
inventariante, bens suficientes para solução do débito, sobre os quais venha a recair oportunamente a
execução.

§ 2o No caso previsto no parágrafo antecedente, o credor será obrigado a iniciar a ação de cobrança no prazo
de trinta dias, sob pena de se tornar de nenhum efeito a providência indicada.

Art. 1.998. As despesas funerárias, haja ou não herdeiros legítimos, sairão do monte da herança; mas as de
sufrágios por alma do falecido só obrigarão a herança quando ordenadas em testamento ou codicilo.

Art. 1.999. Sempre que houver ação regressiva de uns contra outros herdeiros, a parte do co-herdeiro
insolvente dividir-se-á em proporção entre os demais.

Art. 2.000. Os legatários e credores da herança podem exigir que do patrimônio do falecido se discrimine o do
herdeiro, e, em concurso com os credores deste, ser-lhes-ão preferidos no pagamento.

Art. 2.001. Se o herdeiro for devedor ao espólio, sua dívida será partilhada igualmente entre todos, salvo se a
maioria consentir que o débito seja imputado inteiramente no quinhão do devedor.

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CAPÍTULO IV
Da Colação

Art. 2.002. Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar
as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação.

Parágrafo único. Para cálculo da legítima, o valor dos bens conferidos será computado na parte indisponível,
sem aumentar a disponível.

Art. 2.003. A colação tem por fim igualar, na proporção estabelecida neste Código, as legítimas dos
descendentes e do cônjuge sobrevivente, obrigando também os donatários que, ao tempo do falecimento do
doador, já não possuírem os bens doados.

Parágrafo único. Se, computados os valores das doações feitas em adiantamento de legítima, não houver no
acervo bens suficientes para igualar as legítimas dos descendentes e do cônjuge, os bens assim doados serão
conferidos em espécie, ou, quando deles já não disponha o donatário, pelo seu valor ao tempo da liberalidade.

Art. 2.004. O valor de colação dos bens doados será aquele, certo ou estimativo, que lhes atribuir o ato de
liberalidade.

§ 1o Se do ato de doação não constar valor certo, nem houver estimação feita naquela época, os bens serão
conferidos na partilha pelo que então se calcular valessem ao tempo da liberalidade.

§ 2o Só o valor dos bens doados entrará em colação; não assim o das benfeitorias acrescidas, as quais
pertencerão ao herdeiro donatário, correndo também à conta deste os rendimentos ou lucros, assim como os
danos e perdas que eles sofrerem.

Art. 2.005. São dispensadas da colação as doações que o doador determinar saiam da parte disponível,
contanto que não a excedam, computado o seu valor ao tempo da doação.

Parágrafo único. Presume-se imputada na parte disponível a liberalidade feita a descendente que, ao tempo
do ato, não seria chamado à sucessão na qualidade de herdeiro necessário.

Art. 2.006. A dispensa da colação pode ser outorgada pelo doador em testamento, ou no próprio título de
liberalidade.

Art. 2.007. São sujeitas à redução as doações em que se apurar excesso quanto ao que o doador poderia
dispor, no momento da liberalidade.

§ 1o O excesso será apurado com base no valor que os bens doados tinham, no momento da liberalidade.

§ 2o A redução da liberalidade far-se-á pela restituição ao monte do excesso assim apurado; a restituição será
em espécie, ou, se não mais existir o bem em poder do donatário, em dinheiro, segundo o seu valor ao tempo
da abertura da sucessão, observadas, no que forem aplicáveis, as regras deste Código sobre a redução das
disposições testamentárias.

§ 3o Sujeita-se a redução, nos termos do parágrafo antecedente, a parte da doação feita a herdeiros
necessários que exceder a legítima e mais a quota disponível.

§ 4o Sendo várias as doações a herdeiros necessários, feitas em diferentes datas, serão elas reduzidas a
partir da última, até a eliminação do excesso.

Art. 2.008. Aquele que renunciou a herança ou dela foi excluído, deve, não obstante, conferir as doações
recebidas, para o fim de repor o que exceder o disponível.

Art. 2.009. Quando os netos, representando os seus pais, sucederem aos avós, serão obrigados a trazer à
colação, ainda que não o hajam herdado, o que os pais teriam de conferir.

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Art. 2.010. Não virão à colação os gastos ordinários do ascendente com o descendente, enquanto menor, na
sua educação, estudos, sustento, vestuário, tratamento nas enfermidades, enxoval, assim como as despesas
de casamento, ou as feitas no interesse de sua defesa em processo-crime.

Art. 2.011. As doações remuneratórias de serviços feitos ao ascendente também não estão sujeitas a colação.

Art. 2.012. Sendo feita a doação por ambos os cônjuges, no inventário de cada um se conferirá por metade.

CAPÍTULO V
Da Partilha

Art. 2.013. O herdeiro pode sempre requerer a partilha, ainda que o testador o proíba, cabendo igual faculdade
aos seus cessionários e credores.

Art. 2.014. Pode o testador indicar os bens e valores que devem compor os quinhões hereditários, deliberando
ele próprio a partilha, que prevalecerá, salvo se o valor dos bens não corresponder às quotas estabelecidas.

Art. 2.015. Se os herdeiros forem capazes, poderão fazer partilha amigável, por escritura pública, termo nos
autos do inventário, ou escrito particular, homologado pelo juiz.

Art. 2.016. Será sempre judicial a partilha, se os herdeiros divergirem, assim como se algum deles for incapaz.

Art. 2.017. No partilhar os bens, observar-se-á, quanto ao seu valor, natureza e qualidade, a maior igualdade
possível.

Art. 2.018. É válida a partilha feita por ascendente, por ato entre vivos ou de última vontade, contanto que não
prejudique a legítima dos herdeiros necessários.

Art. 2.019. Os bens insuscetíveis de divisão cômoda, que não couberem na meação do cônjuge sobrevivente
ou no quinhão de um só herdeiro, serão vendidos judicialmente, partilhando-se o valor apurado, a não ser que
haja acordo para serem adjudicados a todos.

§ 1o Não se fará a venda judicial se o cônjuge sobrevivente ou um ou mais herdeiros requererem lhes seja
adjudicado o bem, repondo aos outros, em dinheiro, a diferença, após avaliação atualizada.

§ 2o Se a adjudicação for requerida por mais de um herdeiro, observar-se-á o processo da licitação.


Art. 2.020. Os herdeiros em posse dos bens da herança, o cônjuge sobrevivente e o inventariante são
obrigados a trazer ao acervo os frutos que perceberam, desde a abertura da sucessão; têm direito ao
reembolso das despesas necessárias e úteis que fizeram, e respondem pelo dano a que, por dolo ou culpa,
deram causa.

Art. 2.021. Quando parte da herança consistir em bens remotos do lugar do inventário, litigiosos, ou de
liquidação morosa ou difícil, poderá proceder-se, no prazo legal, à partilha dos outros, reservando-se aqueles
para uma ou mais sobrepartilhas, sob a guarda e a administração do mesmo ou diverso inventariante, e
consentimento da maioria dos herdeiros.

Art. 2.022. Ficam sujeitos a sobrepartilha os bens sonegados e quaisquer outros bens da herança de que se
tiver ciência após a partilha.

CAPÍTULO VI
Da Garantia dos Quinhões Hereditários

Art. 2.023. Julgada a partilha, fica o direito de cada um dos herdeiros circunscrito aos bens do seu quinhão.

Art. 2.024. Os co-herdeiros são reciprocamente obrigados a indenizar-se no caso de evicção dos bens
aquinhoados.

Art. 2.025. Cessa a obrigação mútua estabelecida no artigo antecedente, havendo convenção em contrário, e

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bem assim dando-se a evicção por culpa do evicto, ou por fato posterior à partilha.

Art. 2.026. O evicto será indenizado pelos co-herdeiros na proporção de suas quotas hereditárias, mas, se
algum deles se achar insolvente, responderão os demais na mesma proporção, pela parte desse, menos a
quota que corresponderia ao indenizado.

CAPÍTULO VII
Da Anulação da Partilha

Art. 2.027. A partilha, uma vez feita e julgada, só é anulável pelos vícios e defeitos que invalidam, em geral, os
negócios jurídicos.

Parágrafo único. Extingue-se em um ano o direito de anular a partilha.

LIVRO COMPLEMENTAR
DAS Disposições Finais e Transitórias

Art. 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada
em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada.

Art. 2.029. Até dois anos após a entrada em vigor deste Código, os prazos estabelecidos no parágrafo único
do art. 1.238 e no parágrafo único do art. 1.242 serão acrescidos de dois anos, qualquer que seja o tempo
transcorrido na vigência do anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916.

Art. 2.030. O acréscimo de que trata o artigo antecedente, será feito nos casos a que se refere o § 4o do art.
1.228.

Art. 2.031. As associações, sociedades e fundações, constituídas na forma das leis anteriores, terão o prazo
de um ano para se adaptarem às disposições deste Código, a partir de sua vigência; igual prazo é concedido
aos empresários.
Art. 2.032. As fundações, instituídas segundo a legislação anterior, inclusive as de fins diversos dos previstos
no parágrafo único do art. 62, subordinam-se, quanto ao seu funcionamento, ao disposto neste Código.

Art. 2.033. Salvo o disposto em lei especial, as modificações dos atos constitutivos das pessoas jurídicas
referidas no art. 44, bem como a sua transformação, incorporação, cisão ou fusão, regem-se desde logo por
este Código.

Art. 2.034. A dissolução e a liquidação das pessoas jurídicas referidas no artigo antecedente, quando iniciadas
antes da vigência deste Código, obedecerão ao disposto nas leis anteriores.

Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste
Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após
a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes
determinada forma de execução.

Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os
estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.

Art. 2.036. A locação de prédio urbano, que esteja sujeita à lei especial, por esta continua a ser regida.

Art. 2.037. Salvo disposição em contrário, aplicam-se aos empresários e sociedades empresárias as
disposições de lei não revogadas por este Código, referentes a comerciantes, ou a sociedades comerciais,
bem como a atividades mercantis.

Art. 2.038. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-se as existentes, até sua
extinção, às disposições do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, e leis posteriores.

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L10406

§ 1o Nos aforamentos a que se refere este artigo é defeso:


I - cobrar laudêmio ou prestação análoga nas transmissões de bem aforado, sobre o valor das construções ou
plantações;

II - constituir subenfiteuse.

§ 2o A enfiteuse dos terrenos de marinha e acrescidos regula-se por lei especial.

Art. 2.039. O regime de bens nos casamentos celebrados na vigência do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de
1o de janeiro de 1916, é o por ele estabelecido.
Art. 2.040. A hipoteca legal dos bens do tutor ou curador, inscrita em conformidade com o inciso IV do art. 827
do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, poderá ser cancelada, obedecido o disposto
no parágrafo único do art. 1.745 deste Código.

Art. 2.041. As disposições deste Código relativas à ordem da vocação hereditária (arts. 1.829 a 1.844) não se
aplicam à sucessão aberta antes de sua vigência, prevalecendo o disposto na lei anterior (Lei no 3.071, de 1o
de janeiro de 1916).

Art. 2.042. Aplica-se o disposto no caput do art. 1.848, quando aberta a sucessão no prazo de um ano após a
entrada em vigor deste Código, ainda que o testamento tenha sido feito na vigência do anterior, Lei no 3.071,
de 1o de janeiro de 1916; se, no prazo, o testador não aditar o testamento para declarar a justa causa de
cláusula aposta à legítima, não subsistirá a restrição.

Art. 2.043. Até que por outra forma se disciplinem, continuam em vigor as disposições de natureza processual,
administrativa ou penal, constantes de leis cujos preceitos de natureza civil hajam sido incorporados a este
Código.

Art. 2.044. Este Código entrará em vigor 1 (um) ano após a sua publicação.

Art. 2.045. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916 - Código Civil e a Parte Primeira do Código
Comercial, Lei no 556, de 25 de junho de 1850.
Art. 2.046. Todas as remissões, em diplomas legislativos, aos Códigos referidos no artigo antecedente,
consideram-se feitas às disposições correspondentes deste Código.

Brasília, 10 de janeiro de 2002; 181o da Independência e 114o da República.


FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Aloysio Nunes Ferreira Filho

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Código de Processo Civil
LEI Nº 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973

Institui o Código de Processo Civil


O Presidente da República:
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
LIVRO I
DO PROCESSO DE CONHECIMENTO

TÍTULO I
DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO

CAPÍTULO I
DA JURISDIÇÃO

Art. 1º. A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em


todo o território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece.
Art. 2º. Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o
interessado a requerer, nos casos e forma legais.
CAPÍTULO II
DA AÇÃO

Art. 3º. Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade.
Art. 4º. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:

I - da existência ou da inexistência de relação jurídica;


II - da autenticidade ou falsidade de documento.
Parágrafo único. É admissível a ação declaratória, ainda que tenha ocorrido a
violação do direito.
Art. 5º. Se, no curso do processo, se tornar litigiosa relação jurídica de cuja
existência ou inexistência depender o julgamento da lide, qualquer das partes
poderá requerer que o juiz a declare por sentença. (Redação dada ao artigo pela
Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 6º. Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando
autorizado por lei.

TÍTULO II
DAS PARTES E DOS PROCURADORES

LAWBOOK EDITORA
CAPÍTULO I
DA CAPACIDADE PROCESSUAL

Art. 7º. Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade
para estar em juízo.
Art. 8º. Os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais, tutores
ou curadores, na forma da lei civil.
Art. 9º. O juiz dará curador especial:

I - ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste


colidirem com os daquele;
II - ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa.
Parágrafo único. Nas comarcas onde houver representante judicial de incapazes
ou de ausentes, a este competirá a função de curador especial.
Art. 10. O cônjuge somente necessitará do consentimento do outro para propor
ações que versem sobre direitos reais imobiliários. (Redação dada ao caput pela
Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
§ 1º. Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para as ações:
(Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
I - que versem sobre direitos reais imobiliários; (Redação dada ao inciso pela Lei
nº 8.952, de 13.12.1994)
II - resultantes de fatos que digam respeito a ambos os cônjuges ou de atos
praticados por eles;
III - fundadas em dívidas contraídas pelo marido a bem da família, mas cuja
execução tenha de recair sobre o produto do trabalho da mulher ou os seus bens
reservados;
IV - que tenham por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de
ônus sobre imóveis de um ou de ambos os cônjuges.
§ 2º. Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu
somente é indispensável nos casos de composse ou de ato por ambos praticado.
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
Art. 11. A autorização do marido e a outorga da mulher podem suprir-se
judicialmente, quando um cônjuge a recuse ao outro sem justo motivo, ou lhe seja
impossível dá-la.
Parágrafo único. A falta, não suprida pelo juiz, da autorização ou da outorga,
quando necessária, invalida o processo.
Art. 12. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:

I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, por seus procuradores;


II - o Município, por seu Prefeito ou procurador;
III - a massa falida, pelo síndico;
IV - a herança jacente ou vacante, por seu curador;
V - o espólio, pelo inventariante;
VI - as pessoas jurídicas, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, não

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os designando, por seus diretores;
VII - as sociedades sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a
administração dos seus bens;
VIII - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador
de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil (artigo 88, parágrafo
único);
IX - o condomínio, pelo administrador ou pelo síndico.
§ 1º. Quando o inventariante for dativo, todos os herdeiros e sucessores do
falecido serão autores ou réus nas ações em que o espólio for parte.
§ 2º. As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, não
poderão opor a irregularidade de sua constituição.
§ 3º. O gerente da filial ou agência presume-se autorizado, pela pessoa jurídica
estrangeira, a receber citação inicial para o processo de conhecimento, de
execução, cautelar e especial.
Art. 13. Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da
representação das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcará prazo
razoável para ser sanado o defeito. Não sendo cumprido o despacho dentro do
prazo, se a providência couber:
I - ao autor, o juiz decretará a nulidade do processo;
II - ao réu, reputar-se-á revel;
III - ao terceiro, será excluído do processo.
CAPÍTULO II
DOS DEVERES DAS PARTES E DOS SEUS PROCURADORES

SEÇÃO I
DOS DEVERES
Art. 14. Compete às partes e aos seus procuradores:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - proceder com lealdade e boa-fé;
III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas
de fundamento;
IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à
declaração ou defesa do direito.
Art. 15. É defeso às partes e seus advogados empregar expressões injuriosas
nos escritos apresentados no processo, cabendo ao juiz, de ofício ou a
requerimento do ofendido, mandar riscá-las.
Parágrafo único. Quando as expressões injuriosas forem proferidas em defesa
oral, o juiz advertirá o advogado que não as use, sob pena de lhe ser cassada a
palavra.
SEÇÃO II
DA RESPONSABILIDADE DAS PARTES POR DANO PROCESSUAL
Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor,
réu ou interveniente.

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Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato
incontroverso; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 6.771, de 27.03.1980)
II - alterar a verdade dos fatos; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 6.771, de
27.03.1980)
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; (Redação dada ao inciso
pela Lei nº 6.771, de 27.03.1980)
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; (Redação dada
ao inciso pela Lei nº 6.771, de 27.03.1980)
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 6.771, de 27.03.1980)
VI - provocar incidentes manifestamente infundados; (Redação dada ao inciso
pela Lei nº 6.771, de 27.03.1980)
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. (Inciso
acrescentado pela Lei nº 9.668, de 23.06.1998)
Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de
má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a
indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários
advocatícios e todas as despesas que efetuou. (NR) (Redação dada ao caput pela
Lei nº 9.668, de 23.06.1998)
§ 1º. Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada
um na proporção do seu respectivo interesse na causa, ou solidariamente aqueles
que se coligaram para lesar a parte contrária.
§ 2º. O valor da indenização será desde logo fixado pelo juiz, em quantia não
superior a vinte por cento sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento.
(Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
SEÇÃO III
DAS DESPESAS E DAS MULTAS
Art. 19. Salvo as disposições concernentes à justiça gratuita, cabe às partes
prover as despesas dos atos que realizam ou requerem no processo, antecipando-
lhes o pagamento desde o início até sentença final; e bem ainda, na execução, até
a plena satisfação do direito declarado pela sentença.
§ 1º. O pagamento de que trata este artigo será feito por ocasião de cada ato
processual.
§ 2º. Compete ao autor adiantar as despesas relativas a atos, cuja realização o
juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público.
Art. 20. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que
antecipou e os honorários advocatícios. Essa verba honorária será devida,
também, nos casos em que o advogado funcionar em causa própria. (Redação
dada ao caput pela Lei nº 6.355, de 08.09.1976)
§ 1º. O juiz, ao decidir qualquer incidente ou recurso, condenará nas despesas o
vencido. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
§ 2º. As despesas abrangem não só as custas dos atos do processo, como

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também a indenização de viagem, diária de testemunhas e remuneração do
assistente técnico. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
§ 3º. Os honorários serão fixados entre o mínimo de 10% (dez por cento) e o
máximo de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, atendidos:
a) o grau de zelo do profissional;
b) o lugar de prestação do serviço;
c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o
tempo exigido para o seu serviço. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 5.925,
de 01.10.1973)
§ 4º. Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que
não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções
embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa
do juiz, atendidas as normas das alíneas "a", "b" e "c" do parágrafo anterior.
(Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
§ 5º. Nas ações de indenização por ato ilícito contra pessoa, o valor da
condenação será a soma das prestações vencidas com o capital necessário a
produzir a renda correspondente às prestações vincendas (artigo 602), podendo
estas ser pagas, também mensalmente, na forma do § 2º do referido artigo 602,
inclusive em consignação na folha de pagamento do devedor. (Parágrafo
acrescentado pela Lei nº 6.745, de 05.12.1979)
Art. 21. Se cada litigante for em parte vencedor e vencido, serão recíproca e
proporcionalmente distribuídos e compensados entre eles os honorários e as
despesas.
Parágrafo único. Se um litigante decair de parte mínima do pedido, o outro
responderá, por inteiro, pelas despesas e honorários.
Art. 22. O réu que, por não argüir na sua resposta fato impeditivo, modificativo
ou extintivo do direito do autor, dilatar o julgamento da lide, será condenado nas
custas a partir do saneamento do processo e perderá, ainda que vencedor na
causa, o direito a haver do vencido honorários advocatícios. (Redação dada pela
Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 23. Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos respondem
pelas despesas e honorários em proporção.
Art. 24. Nos procedimentos de jurisdição voluntária, as despesas serão
adiantadas pelo requerente, mas rateadas entre os interessados.
Art. 25. Nos juízos divisórios, não havendo litígio, os interessados pagarão as
despesas proporcionalmente aos seus quinhões.
Art. 26. Se o processo terminar por desistência ou reconhecimento do pedido, as
despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu ou reconheceu.
§ 1º. Sendo parcial a desistência ou o reconhecimento, a responsabilidade pelas
despesas e honorários será proporcional à parte de que se desistiu ou que se
reconheceu.
§ 2º. Havendo transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas,
estas serão divididas igualmente.

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Art. 27. As despesas dos atos processuais, efetuados a requerimento do
Ministério Público ou da Fazenda Pública, serão pagas a final pelo vencido.
Art. 28. Quando, a requerimento do réu, o juiz declarar extinto o processo sem
julgar o mérito (artigo 267, § 2º), o autor não poderá intentar de novo a ação, sem
pagar ou depositar em cartório as despesas e os honorários, em que foi
condenado.
Art. 29. As despesas dos atos, que forem adiados ou tiverem de repetir-se,
ficarão a cargo da parte, do serventuário, do órgão do Ministério Público ou do juiz
que, sem justo motivo, houver dado causa ao adiamento ou à repetição.
Art. 30. Quem receber custas indevidas ou excessivas é obrigado a restituí-las,
incorrendo em multa equivalente ao dobro de seu valor.
Art. 31. As despesas dos atos manifestamente protelatórios, impertinentes ou
supérfluos serão pagas pela parte que os tiver promovido ou praticado, quando
impugnados pela outra.
Art. 32. Se o assistido ficar vencido, o assistente será condenado nas custas em
proporção à atividade que houver exercido no processo.
Art. 33. Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que houver
indicado; a do perito será paga pela parte que houver requerido o exame, ou pelo
autor, quando requerido por ambas as partes ou determinado de ofício pelo juiz.
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo
pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente a
essa remuneração. O numerário, recolhido em depósito bancário à ordem do juízo
e com correção monetária, será entregue ao perito após a apresentação do laudo,
facultada a sua liberação parcial, quando necessária. (Parágrafo acrescentado
pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
Art. 34. Aplicam-se à reconvenção, à oposição, à ação declaratória incidental e
aos procedimentos de jurisdição voluntária, no que couber, as disposições
constantes desta seção. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de
01.10.1973)
Art. 35. As sanções impostas às partes em conseqüência de má-fé serão
contadas como custas e reverterão em benefício da parte contrária; as impostas
aos serventuários pertencerão ao Estado.
CAPÍTULO III
DOS PROCURADORES

Art. 36. A parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado.
Ser-lhe-á lícito, no entanto, postular em causa própria, quando tiver habilitação
legal ou, não a tendo, no caso de falta de advogado no lugar ou recusa ou
impedimento dos que houver.
§ 1º. (Revogado pela Lei nº 9.649, de 27.05.1998)

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§ 2º. (Revogado pela Lei nº 9.649, de 27.05.1998)
Art. 37. Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar
em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar
decadência ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos
reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente
de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias,
prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do juiz.
Parágrafo único. Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por
inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos
Art. 38. A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou
particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do
processo, salvo para receber citação inicial, confessar, reconhecer a procedência
do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação,
receber, dar quitação e firmar compromisso. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
8.952, de 13.12.1994)
Art. 39. Compete ao advogado, ou à parte quando postular em causa própria:
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que receberá
intimação;
II - comunicar ao escrivão do processo qualquer mudança de endereço.
Parágrafo único. Se o advogado não cumprir o disposto no nº I deste artigo, o
juiz, antes de determinar a citação do réu, mandará que se supra a omissão no
prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sob pena de indeferimento da petição; se
infringir o previsto no nº II, reputar-se-ão válidas as intimações enviadas, em carta
registrada, para o endereço constante dos autos.
Art. 40. O advogado tem direito de:

I - examinar, em cartório de justiça e secretaria de tribunal, autos de qualquer


processo, salvo o disposto no artigo 155;
II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo pelo prazo
de 5 (cinco) dias;
III - retirar os autos do cartório ou secretaria, pelo prazo legal, sempre que lhe
competir falar neles por determinação do juiz, nos casos previstos em lei.
§ 1º. Ao receber os autos, o advogado assinará carga no livro competente.
§ 2º. Sendo comum às partes o prazo, só em conjunto ou mediante prévio ajuste
por petição nos autos poderão os seus procuradores retirar os autos.
CAPÍTULO IV
DA SUBSTITUIÇÃO DAS PARTES E DOS PROCURADORES

Art. 41. Só é permitida, no curso do processo, a substituição voluntária das


partes nos casos expressos em lei.
Art. 42. A alienação da coisa ou do direito litigioso, a título particular, por ato
entre vivos, não altera a legitimidade das partes.
§ 1º. O adquirente ou o cessionário não poderá ingressar em juízo, substituindo o

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alienante, ou o cedente, sem que o consinta a parte contrária.
§ 2º. O adquirente ou o cessionário poderá, no entanto, intervir no processo,
assistindo o alienante ou o cedente.
§ 3º. A sentença, proferida entre as partes originárias, estende os seus efeitos ao
adquirente ou ao cessionário.
Art. 43. Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a substituição pelo
seu espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no artigo 265.
Art. 44. A parte, que revogar o mandato outorgado ao seu advogado, no mesmo
ato constituirá outro que assuma o patrocínio da causa.
Art. 45. O advogado poderá, a qualquer tempo, renunciar ao mandato, provando
que cientificou o mandante, a fim de que este nomeie substituto. Durante os dez
dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que
necessário para lhe evitar prejuízo. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.952, de
13.12.1994)
CAPÍTULO V
DO LITISCONSÓRCIO E DA ASSISTÊNCIA

SEÇÃO I
DO LITISCONSÓRCIO
Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto,
ativa ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de
direito;
III - entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;
IV - ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito.
Parágrafo único. O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao
número de litigantes, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou
dificultar a defesa. O pedido de limitação interrompe o prazo para resposta, que
recomeça da intimação da decisão. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.952, de
13.12.1994)
Art. 47. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela
natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para
todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de
todos os litisconsortes no processo.
Parágrafo único. O juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os
litisconsortes necessários, dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar
extinto o processo.
Art. 48. Salvo disposição em contrário, os litisconsortes serão considerados, em
suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos; os atos e as
omissões de um não prejudicarão nem beneficiarão os outros.
Art. 49. Cada litisconsorte tem o direito de promover o andamento do processo e

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todos devem ser intimados dos respectivos atos.
SEÇÃO II
DA ASSISTÊNCIA
Art. 50. Pendendo uma causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver
interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir
no processo para assisti-la.
Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento
e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o processo no estado
em que se encontra.
Art. 51. Não havendo impugnação dentro de 5 (cinco) dias, o pedido do
assistente será deferido. Se qualquer das partes alegar, no entanto, que falece ao
assistente interesse jurídico para intervir a bem do assistido, o juiz:
I - determinará, sem suspensão do processo, o desentranhamento da petição e
da impugnação, a fim de serem autuadas em apenso;
II - autorizará a produção de provas;
III - decidirá, dentro de 5 (cinco) dias, o incidente.
Art. 52. O assistente atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os
mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido.
Parágrafo único. Sendo revel o assistido, o assistente será considerado seu
gestor de negócios.
Art. 53. A assistência não obsta a que a parte principal reconheça a procedência
do pedido, desista da ação ou transija sobre direitos controvertidos; casos em que,
terminando o processo, cessa a intervenção do assistente.
Art. 54. Considera-se litisconsorte da parte principal o assistente, toda vez que a
sentença houver de influir na relação jurídica entre ele e o adversário do assistido.
Parágrafo único. Aplica-se ao assistente litisconsorcial, quanto ao pedido de
intervenção, sua impugnação e julgamento do incidente, o disposto no artigo 51.
Art. 55. Transitada em julgado a sentença, na causa em que interveio o
assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão,
salvo se alegar e provar que:
I - pelo estado em que recebera o processo, ou pelas declarações e atos do
assistido, fora impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
II - desconhecia a existência de alegações ou de provas, de que o assistido, por
dolo ou culpa, não se valeu.
CAPÍTULO VI
DA INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

SEÇÃO I
DA OPOSIÇÃO
Art. 56. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que

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controvertem autor e réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição
contra ambos.
Art. 57. O opoente deduzirá o seu pedido, observando os requisitos exigidos
para a propositura da ação (artigos 282 e 283). Distribuída a oposição por
dependência, serão os opostos citados, na pessoa dos seus respectivos
advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 (quinze) dias.
Parágrafo único. Se o processo principal correr à revelia do réu, este será citado
na forma estabelecida no Título V, Capítulo IV, Seção III, deste Livro.
Art. 58. Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro
prosseguirá o opoente.
Art. 59. A oposição, oferecida antes da audiência, será apensada aos autos
principais e correrá simultaneamente com a ação, sendo ambas julgadas pela
mesma sentença.
Art. 60. Oferecida depois de iniciada a audiência, seguirá a oposição o
procedimento ordinário, sendo julgada sem prejuízo da causa principal. Poderá o
juiz, todavia, sobrestar no andamento do processo, por prazo nunca superior a 90
(noventa) dias, a fim de julgá-la conjuntamente com a oposição.
Art. 61. Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação e a oposição, desta
conhecerá em primeiro lugar.
SEÇÃO II
DA NOMEAÇÃO À AUTORIA
Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em
nome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário ou o possuidor.
Art. 63. Aplica-se também o disposto no artigo antecedente à ação de
indenização, intentada pelo proprietário ou pelo titular de um direito sobre a coisa,
toda vez que o responsável pelos prejuízos alegar que praticou o ato por ordem,
ou em cumprimento de instruções de terceiro.
Art. 64. Em ambos os casos, o réu requererá a nomeação no prazo para a
defesa; o juiz, ao deferir o pedido, suspenderá o processo e mandará ouvir o autor
no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 65. Aceitando o nomeado, ao autor incumbirá promover-lhe a citação;
recusando-o, ficará sem efeito a nomeação.
Art. 66. Se o nomeado reconhecer a qualidade que lhe é atribuída, contra ele
correrá o processo; se a negar, o processo continuará contra o nomeante.
Art. 67. Quando o autor recusar o nomeado, ou quando este negar a qualidade
que lhe é atribuída, assinar-se-á ao nomeante novo prazo para contestar.
Art. 68. Presume-se aceita a nomeação se:

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I - o autor nada requereu, no prazo em que, a seu respeito, lhe competia
manifestar-se;
II - o nomeado não comparecer, ou, comparecendo, nada alegar.
Art. 69. Responderá por perdas e danos aquele a quem incumbia a nomeação:
I - deixando de nomear à autoria, quando lhe competir;
II - nomeando pessoa diversa daquela em cujo nome detém a coisa demandada.
SEÇÃO III
DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE
Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória:
I - ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi
transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção lhe
resulta;
II - ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou
direito, em caso como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu,
citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada;
III - àquele que estiver obrigado, pela lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação
regressiva, o prejuízo do que perder a demanda.
Art. 71. A citação do denunciado será requerida, juntamente com a do réu, se o
denunciante for o autor; e, no prazo para contestar, se o denunciante for o réu.
Art. 72. Ordenada a citação, ficará suspenso o processo.

§ 1º. A citação do alienante, do proprietário, do possuidor indireto ou do


responsável pela indenização far-se-á:
a) quando residir na mesma comarca, dentro de 10 (dez) dias;
b) quando residir em outra comarca, ou em lugar incerto, dentro de 30 (trinta)
dias.
§ 2º. Não se procedendo à citação no prazo marcado, a ação prosseguirá
unicamente em relação ao denunciante.
Art. 73. Para os fins do disposto no artigo 70, o denunciado, por sua vez,
intimará do litígio o alienante, o proprietário, o possuidor indireto ou o responsável
pela indenização e, assim, sucessivamente, observando-se, quanto aos prazos, o
disposto no artigo antecedente.
Art. 74. Feita a denunciação pelo autor, o denunciado, comparecendo, assumirá
a posição de litisconsorte do denunciante e poderá aditar a petição inicial,
procedendo-se em seguida à citação do réu.
Art. 75. Feita a denunciação pelo réu:

I - se o denunciado a aceitar e contestar o pedido, o processo prosseguirá entre


o autor, de um lado, e de outro, como litisconsortes, o denunciante e o
denunciado;
II - se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que
lhe foi atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até final;
III - se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor, poderá o

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denunciante prosseguir na defesa.
Art. 76. A sentença, que julgar procedente a ação, declarará, conforme o caso, o
direito do evicto, ou a responsabilidade por perdas e danos, valendo como título
executivo.
SEÇÃO IV
DO CHAMAMENTO AO PROCESSO
Art. 77. É admissível o chamamento ao processo:

I - do devedor, na ação em que o fiador for réu;


II - dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles;
III - de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns
deles, parcial ou totalmente, a dívida comum. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
5.925, de 01.10.1973)
Art. 78. Para que o juiz declare, na mesma sentença, as responsabilidades dos
obrigados, a que se refere o artigo antecedente, o réu requererá, no prazo para
contestar, a citação do chamado.
Art. 79. O juiz suspenderá o processo, mandando observar, quanto à citação e
aos prazos, o disposto nos artigos 72 e 74.
Art. 80. A sentença, que julgar procedente a ação, condenando os devedores,
valerá como título executivo, em favor do que satisfizer a dívida, para exigi-la, por
inteiro, do devedor principal, ou de cada um dos co-devedores a sua quota, na
proporção que lhes tocar.

TÍTULO III
DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 81. O Ministério Público exercerá o direito de ação nos casos previstos em
lei, cabendo-lhe, no processo, os mesmos poderes e ônus que às partes.
Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir:
I - nas causas em que há interesses de incapazes;
II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela,
interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade;
III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e nas
demais causas em que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou
qualidade da parte. (Redação dada ao inciso pela Lei nº 9.415, de 23.12.1996)
Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público:
I - terá vista nos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do
processo;
II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e
requerer medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade.
Art. 84. Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do Ministério Público, a
parte promover-lhe-á intimação sob pena de nulidade do processo.

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Art. 85. O órgão do Ministério Público será civilmente responsável quando, no
exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude.

TÍTULO IV
DOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS E DOS AUXILIARES DA
JUSTIÇA

CAPÍTULO I
DA COMPETÊNCIA

Art. 86. As causas cíveis serão processadas e decididas, ou simplesmente


decididas, pelos órgãos jurisdicionais, nos limites de sua competência,
ressalvadas às partes a faculdade de instituírem juízo arbitral.
Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta.
São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas
posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a
competência em razão da matéria ou da hierarquia.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA INTERNACIONAL

Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando:

I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;


II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no nº I, reputa-se domiciliada no Brasil a
pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer
outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor
da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional.
Art. 90. A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz litispendência,
nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das
que lhe são conexas.
CAPÍTULO III
DA COMPETÊNCIA INTERNA

SEÇÃO I
DA COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO VALOR E DA MATÉRIA
Art. 91. Regem a competência em razão do valor e da matéria as normas de

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organização judiciária, ressalvados os casos expressos neste Código.
Art. 92. Compete, porém, exclusivamente ao juiz de direito processar e julgar:

I - o processo de insolvência;
II - as ações concernentes ao estado e à capacidade da pessoa.
SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA FUNCIONAL
Art. 93. Regem a competência dos tribunais as normas da Constituição da
República e de organização judiciária. A competência funcional dos juízes de
primeiro grau é disciplinada neste Código.
SEÇÃO III
DA COMPETÊNCIA TERRITORIAL
Art. 94. A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real
sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu.
§ 1º. Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer
deles.
§ 2º. Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado
onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor.
§ 3º. Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será
proposta no foro do domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, a
ação será proposta em qualquer foro.
§ 4º. Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados
no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro
da situação da coisa. Pode o autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de
eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão,
posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova.
Art. 96. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para
o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última
vontade e todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha
ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. É, porém, competente o foro:
I - da situação dos bens, se o autor da herança não possuía domicílio certo;
II - do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não tinha domicílio
certo e possuía bens em lugares diferentes.
Art. 97. As ações em que o ausente for réu correm no foro de seu último
domicílio, que é também o competente para a arrecadação, o inventário, a partilha
e o cumprimento de disposições testamentárias.
Art. 98. A ação em que o incapaz for réu se processará no foro do domicílio de
seu representante.
Art. 99. O foro da Capital do Estado ou do Território é competente:

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I - para as causas em que a União for autora, ré ou interveniente;
II - para as causas em que o Território for autor, réu ou interveniente.
Parágrafo único. Correndo o processo perante outro juiz, serão os autos
remetidos ao juiz competente da Capital do Estado ou Território, tanto que neles
intervenha uma das entidades mencionadas neste artigo.
Excetuam-se:
I - o processo de insolvência;
II - os casos previstos em lei.
Art. 100. É competente o foro:
I - da residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a
conversão desta em divórcio, e para a anulação de casamento. (Redação dada ao
inciso pela Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
II - do domicílio ou da residência do alimentando, para a ação em que se pedem
alimentos;
III - do domicílio do devedor, para a ação de anulação de títulos extraviados ou
destruídos;
IV - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica;
b) onde se acha a agência ou sucursal, quanto às obrigações que ela contraiu;
c) onde exerce a sua atividade principal, para a ação em que for ré a sociedade,
que carece de personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o
cumprimento;
V - do lugar do ato ou fato:
a) para a ação de reparação do dano;
b) para a ação em que for réu o administrador ou gestor de negócios alheios.
Parágrafo único. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou
acidente de veículo, será competente o foro do domicílio do autor ou do local do
fato.
Art. 101. (Revogado pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)

SEÇÃO IV
DAS MODIFICAÇÕES DA COMPETÊNCIA
Art. 102. A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se
pela conexão ou continência, observado o disposto nos artigos seguintes.
Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o
objeto ou a causa de pedir.
Art. 104. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há
identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais
amplo, abrange o das outras.
Art. 105. Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento de
qualquer das partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a
fim de que sejam decididas simultaneamente.

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Art. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a
mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em
primeiro lugar.
Art. 107. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado ou comarca,
determinar-se-á o foro pela prevenção, estendendo-se a competência sobre a
totalidade do imóvel.
Art. 108. A ação acessória será proposta perante o juiz competente para a ação
principal.
Art. 109. O juiz da causa principal é também competente para a reconvenção, a
ação declaratória incidente, as ações de garantia e outras que respeitam ao
terceiro interveniente.
Art. 110. Se o conhecimento da lide depender necessariamente da verificação
da existência de fato delituoso, pode o juiz mandar sobrestar no andamento do
processo até que se pronuncie a justiça criminal.
Parágrafo único. Se a ação penal não for exercida dentro de 30 (trinta) dias,
contados da intimação do despacho de sobrestamento, cessará o efeito deste,
decidindo o juiz cível a questão prejudicial.
Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por
convenção das partes; mas estas podem modificar a competência em razão do
valor e do território, elegendo foro onde serão propostas as ações oriundas de
direitos e obrigações.
§ 1º. O acordo, porém, só produz efeito, quando constar de contrato escrito e
aludir expressamente a determinado negócio jurídico.
§ 2º. O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
SEÇÃO V
DA DECLARAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA
Art. 112. Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência relativa.
Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser
alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção.
§ 1º. Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na primeira
oportunidade em que lhe couber falar nos autos, a parte responderá integralmente
pelas custas.
§ 2º. Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão
nulos, remetendo-se os autos ao juiz competente.
Art. 114. Prorroga-se a competência, se o réu não opuser exceção declinatória
do foro e do juízo, no caso e prazo legais.
Art. 115. Há conflito de competência:

I - quando dois ou mais juízes se declararem competentes;


II - quando dois ou mais juízes se consideram incompetentes;

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III - quando entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou
separação de processos.
Art. 116. O conflito pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério
Público ou pelo juiz.
Parágrafo único. O Ministério Público será ouvido em todos os conflitos de
competência; mas terá qualidade de parte naqueles que suscitar.
Art. 117. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu exceção
de incompetência.
Parágrafo único. O conflito de competência não obsta, porém, a que a parte, que
o não suscitou, ofereça exceção declinatória do foro.
Art. 118. O conflito será suscitado ao presidente do tribunal:
I - pelo juiz, por ofício;
II - pela parte e pelo Ministério Público, por petição.
Parágrafo único. O ofício e a petição serão instruídos com os documentos
necessários à prova do conflito.
Art. 119. Após a distribuição, o relator mandará ouvir ou juízes em conflito, ou
apenas o suscitado, se um deles for suscitante; dentro do prazo assinado pelo
relator, caberá ao juiz ou juízes prestar as informações.
Art. 120. Poderá o relator, de ofício, ou a requerimento de qualquer das partes,
determinar, quando o conflito for positivo, seja sobrestado o processo, mas, neste
caso, bem como no conflito negativo, designará um dos juízes para resolver, em
caráter provisório, as medidas urgentes.
Parágrafo único. Havendo jurisprudência dominante do tribunal sobre a questão
suscitada, o relator poderá decidir de plano o conflito de competência, cabendo
agravo, no prazo de cinco dias, contado da intimação da decisão às partes, para o
órgão recursal competente. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.756, de
17.12.1998, DOU 18.12.1998)
Art. 121. Decorrido o prazo, com informações ou sem elas, será ouvido, em 5
(cinco) dias, o Ministério Público; em seguida o relator apresentará o conflito em
sessão de julgamento.
Art. 122. Ao decidir o conflito, o tribunal declarará qual o juiz competente,
pronunciando-se também sobre a validade dos atos do juiz incompetente.
Parágrafo único. Os autos do processo, em que se manifestou o conflito, serão
remetidos ao juiz declarado competente.
Art. 123. No conflito entre turmas, seções, câmaras, Conselho Superior da
Magistratura, juízes de segundo grau e desembargadores, observar-se-á o que
dispuser a respeito o regimento interno do tribunal.
Art. 124. Os regimentos internos dos tribunais regularão o processo e julgamento
do conflito de atribuições entre autoridade judiciária e autoridade administrativa.
CAPÍTULO IV
DO JUIZ

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SEÇÃO I
DOS PODERES, DOS DEVERES E DA RESPONSABILIDADE DO JUIZ
Art. 125. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,
competindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
II - velar pela rápida solução do litígio;
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da Justiça.
IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes. (Redação dada ao inciso pela
Lei nº 8.952 de 13.12.1994)
Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou
obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais;
não as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de
direito. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 127. O juiz só decidirá por eqüidade nos casos previstos em lei.
Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso
conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da
parte.
Art. 129. Convencendo-se, pelas circunstâncias da causa, de que o autor e réu
se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim proibido por
lei, o juiz proferirá sentença que obste aos objetivos das partes.
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as
provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou
meramente protelatórias.
Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas
deverá indicar, na sentença, os motivos que lhe formaram o convencimento.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 132. O Juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo
se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou
aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o Juiz que proferir a sentença, se
entender necessário, poderá mandar repetir as provas já produzidas. (Redação
dada ao parágrafo pela Lei nº 8.637, de 31.03.1993)
Art. 133. Responderá por perdas e danos o juiz, quando:
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providências que deva ordenar
de ofício, ou a requerimento da parte.
Parágrafo único. Reputar-se-ão verificadas as hipóteses previstas no nº II só
depois que a parte, por intermédio do escrivão, requerer ao juiz que determine a
providência e este não lhe atender o pedido dentro de 10 (dez) dias.

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SEÇÃO II
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou
voluntário:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou
como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha;
III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido sentença
ou decisão;
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou
qualquer parente seu, consangüineo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral
até o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consangüineo ou afim, de alguma das partes, em
linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau;
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte
na causa.
Parágrafo único. No caso do nº IV, o impedimento só se verifica quando o
advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao
advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz.
Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando:

I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;


II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de
parentes deste, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau;
III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes;
IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar alguma
das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atneder às
despesas do litígio;
V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo.
Art. 136. Quando dois ou mais juízes forem parentes, consangüineos ou afins,
em linha reta e no segundo grau na linha colateral, o primeiro, que conhecer da
causa no tribunal, impede que o outro participe do julgamento; caso em que o
segundo se escusará, remetendo o processo ao seu substituto legal.
Art. 137. Aplicam-se os motivos de impedimento e suspeição aos juízes de todos
os tribunais. O juiz que violar o dever de abstenção, ou não se declarar suspeito,
poderá ser recusado por qualquer das partes (artigo 304).
Art. 138. Aplicam-se também os motivos de impedimento e de suspeição:

I - ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo parte, nos
casos previstos nos ns. I a IV do artigo 135;
II - ao serventuário de justiça;
III - ao perito; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.455, de 24.08.1992)
IV - ao intérprete.
§ 1º. A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a suspeição, em

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petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que
lhe couber falar nos autos; o juiz mandará processar o incidente em separado e
sem suspensão da causa, ouvindo o argüido no prazo de 5 (cinco) dias, facultando
a prova quando necessária e julgando o pedido.
§ 2º. Nos tribunais caberá ao relator processar e julgar o incidente.
CAPÍTULO V
DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA

Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros, cujas atribuições são
determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o oficial de
justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete.
SEÇÃO I
DO SERVENTUÁRIO E DO OFICIAL DE JUSTIÇA
Art. 140. Em cada juízo haverá um ou mais ofícios de justiça, cujas atribuições
são determinadas pelas normas de organização judiciária.
Art. 141. Incumbe ao escrivão:
I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e mais atos
que pertencem ao seu ofício;
II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações, bem como
praticando todos os demais atos, que lhe forem atribuídos pelas normas de
organização judiciária;
III - comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar para substituí-
lo escrevente juramentado, de preferência datilógrafo ou taquígrafo;
IV - ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não permitindo que saiam
de cartório, exceto:
a) quando tenham de subir à conclusão do juiz;
b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública;
c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor;
d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a outro juízo;
V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do
processo, observado o disposto no artigo 155.
Art. 142. No impedimento do escrivão, o juiz convocar-lhe-á o substituto, e, não
o havendo, nomeará pessoa idônea para o ato.
Art. 143. Incumbe ao oficial de justiça:
I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais diligências
próprias do seu ofício, certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar,
dia e hora. A diligência, sempre que possível, realizar-se-á na presença de duas
testemunhas;
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido;
IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.
Art. 144. O escrivão e o oficial de justiça são civilmente responsáveis:

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I - quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo, os atos
que lhes impõe a lei, ou os que o juiz, a que estão subordinados, lhes comete;
II - quando praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
SEÇÃO II
DO PERITO
Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou
científico, o juiz será assistido por perito, segundo o disposto no artigo 421.
§ 1º. Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário,
devidamente inscritos no órgão de classe competente, respeitado o disposto no
Capítulo VI, seção VII, deste Código. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.270,
de 10.12.1984)
§ 2º. Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que deverão
opinar, mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos.
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.270, de 10.12.1984)
§ 3º. Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que preencham
os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de livre
escolha do Juiz. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.270, de 10.12.1984)
Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que lhe assina a lei,
empregando toda a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo alegando
motivo legítimo.
Parágrafo único. A escusa será apresentada, dentro de cinco dias, contados da
intimação ou do impedimento superveniente, sob pena de se reputar renunciado o
direito a alegá-la (artigo 423). (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.455, de
24.08.1992)
Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas,
responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos,
a funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.
SEÇÃO III
DO DEPOSITUÁRIO E DO ADMINISTRADOR
Art. 148. A guarda e conservação de bens penhorados, arrestados,
seqüestrados ou arrecadados serão confiadas a depositário ou a administrador,
não dispondo a lei de outro modo.
Art. 149. O depositário ou administrador perceberá, por seu trabalho,
remuneração que o juiz fixará, atendendo à situação dos bens, ao tempo do
serviço e às dificuldades de sua execução.
Parágrafo único. O juiz poderá nomear, por indicação do depositário ou do
administrador, um ou mais prepostos.
Art. 150. O depositário ou o administrador responde pelos prejuízos que, por
dolo ou culpa, causar à parte, perdendo a remuneração que lhe foi arbitrada; mas
tem o direito a haver o que legitimamente despendeu no exercício do encargo.
SEÇÃO IV

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DO INTÉRPRETE
Art. 151. O juiz nomeará intérprete toda vez que o repute necessário para:

I - analisar documento de entendimento duvidoso, redigido em língua


estrangeira;
II - verter em português as declarações das partes e das testemunhas que não
conhecerem o idioma nacional;
III - traduzir a linguagem mímica dos surdos-mudos, que não puderem transmitir
a sua vontade por escrito.
Art. 152. Não pode ser intérprete quem:
I - não tiver a livre administração dos seus bens;
II - for arrolado como testemunha ou serve como perito no processo;
III - estiver inabilitado ao exercício da profissão por sentença penal condenatória,
enquanto durar o seu efeito.
Art. 153. O intérprete, oficial ou não, é obrigado a prestar o seu ofício, aplicando-
se-lhe o disposto nos artigos 146 e 147.

TÍTULO V
DOS ATOS PROCESSUAIS

CAPÍTULO I
DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS

SEÇÃO I
DOS ATOS EM GERAL
Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada
senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que,
realizados de outro modo, lhe preencheram a finalidade essencial.
Art. 155. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de
justiça os processos:
I - em que o exigir o interesse público;
II - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão
desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. (Redação dada ao inciso pela
Lei nº 6.515, de 26.12.1977)
Parágrafo único. O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos
é restrito às partes e a seus procuradores. O terceiro, que de-monstrar interesse
jurídico, pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de
inventário e partilha resultante do desquite.
Art. 156. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso do
vernáculo.
Art. 157. Só poderá ser junto aos autos documento redigido em língua
estrangeira, quando acompanhado de versão em vernáculo, firmada por tradutor

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juramentado.
SEÇÃO II
DOS ATOS DA PARTE
Art. 158. Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou
bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a
extinção de direitos processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeito depois de
homologada por sentença.
Art. 159. Salvo no Distrito Federal e nas Capitais dos Estados, todas as petições
e documentos que instruírem o processo, não constantes de registro público,
serão sempre acompanhados de cópia, datada e assinada por quem os oferecer.
§ 1º. Depois de conferir a cópia, o escrivão ou chefe da secretaria irá formando
autos suplementares, dos quais constará a reprodução de todos os atos e termos
do processo original.
§ 2º. Os autos suplementares só sairão de cartório para conclusão ao juiz, na
falta dos autos originais.
Art. 160. Poderão as partes exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e
documentos que entregarem em cartório.
Art. 161. É defeso lançar, nos autos, cotas marginais ou interlineares; o juiz
mandará riscá-las, impondo a quem as escrever multa correspondente à metade
do salário mínimo vigente na sede do juízo.
SEÇÃO III
DOS ATOS DO JUIZ
Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e
despachos.
§ 1º. Sentença é o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou não
o mérito da causa.
§ 2º. Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve
questão incidente.
§ 3º. São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de
ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.
§ 4º. Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória,
independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e
revistos pelo juiz quando necessários. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº
8.952 de 13.12.1994)
Art. 163. Recebe a denominação de acórdão o julgamento proferido pelos
tribunais.
Art. 164. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos,
datados e assinados pelos juízes. Quando forem proferidos, verbalmente, o
taquígrafo ou o datilógrafo os registrará, submetendo-os aos juízes para revisão e
assinatura.

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Art. 165. As sentenças e acórdão serão proferidos com observância do disposto
no artigo 458; as demais decisões serão fundamentadas, ainda que de modo
conciso.
SEÇÃO IV
DOS ATOS DO ESCRIVÃO OU DO CHEFE DE SECRETARIA
Art. 166. Ao receber a petição inicial de qualquer processo, o escrivão a autuará,
mencionando o juízo, a natureza do feito, o número de seu registro, os nomes das
partes e a data do seu início; e procederá do mesmo modo quanto aos volumes
que se forem formando.
Art. 167. O escrivão numerará e rubricará todas as folhas dos autos, procedendo
da mesma forma quanto aos suplementares.
Parágrafo único. As partes, aos advogados, aos órgãos do Ministério Público,
aos peritos e às testemunhas é facultado rubricar as folhas correspondentes aos
atos em que intervieram.
Art. 168. Os termos da juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão
de notas datadas e rubricadas pelo escrivão.
Art. 169. Os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com
tinta escura e indelével, assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando
estas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão certificará, nos autos, a
ocorrência.
Parágrafo único. É vedado usar abreviaturas.
Art. 170. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia, ou de outro método idôneo,
em qualquer juízo ou tribunal. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.952, de
13.12.1994)
Art. 171. Não se admitem, nos atos e termos, espaços em branco, bem como
entrelinhas, emendas ou rasuras, salvo se aqueles forem inutilizados e estas
expressamente ressalvadas.
CAPÍTULO II
DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS

SEÇÃO I
DO TEMPO
Art. 172. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das seis às vinte
horas.
§ 1º. Serão, todavia, concluídos, depois das vinte horas, os atos iniciados antes,
quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
§ 2º. A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante
autorização expressa do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias
úteis, fora do horário estabelecido neste artigo, observando o disposto no artigo 5,
inciso XI, da Constituição Federal.

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§ 3º. Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de
petição, esta deverá ser apresentada no protocolo, dentro do horário de
expediente, nos termos da lei de organização judiciária local. (Redação dada ao
artigo pela Lei nº 8.952 de 13.12.1994)
Art. 173. Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais.
Excetuam-se:
I - a produção antecipada de provas (artigo 846);
II - a citação, a fim de evitar o perecimento de direito, e bem assim o arresto, o
seqüestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o depósito, a prisão, a
separação de corpos, a abertura de testamento, os embargos de terceiro, a
nunciação de obra nova e outros atos análogos.
Parágrafo único. O prazo para a resposta do réu só começará a correr no
primeiro dia útil seguinte ao feriado ou às férias.
Art. 174. Processam-se durante as férias e não se suspendem pela
superveniência delas:
I - os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de
direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento;
II - as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e
curadores, bem como as mencionadas no artigo 275;
III - todas as causas que a lei federal determinar.
Art. 175. São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por
lei.
SEÇÃO II
DO LUGAR
Art. 176. Os atos processuais realizam-se de ordinário na sede do juízo. Podem,
todavia, efetuar-se em outro lugar, em razão de deferência, de interesse da
justiça, ou de obstáculo argüido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
CAPÍTULO III
DOS PRAZOS

SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 177. Os atos processuais realizar-se-ão nos prazos prescritos em lei.
Quando esta for omissa, o juiz determinará os prazos, tendo em conta a
complexidade da causa.
Art. 178. O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se
interrompendo nos feriados.
Art. 179. A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo; o que lhe
sobejar recomeçará a correr do primeiro dia útil seguinte ao termo das férias.
Art. 180. Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte

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ou ocorrendo qualquer das hipóteses do artigo 265, I e III; casos em que o prazo
será restituído por tempo igual ao que faltava para a sua complementação
Art. 181. Podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo
dilatório; a convenção, porém, só tem eficácia se, requerida antes do vencimento
do prazo, se fundar em motivo legítimo.
§ 1º. O juiz fixará o dia do vencimento do prazo da prorrogação.
§ 2º. As custas acrescidas ficarão a cargo da parte em favor de quem foi
concedida a prorrogação.
Art. 182. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou
prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o
transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.
Parágrafo único. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido o limite
previsto neste artigo para a prorrogação de prazos.
Art. 183. Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração
judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não
realizou por justa causa.
§ 1º. Reputa-se justa causa o evento imprevisto, alheio à vontade da parte, e que
a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.
§ 2º. Verificada a justa causa o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo
que lhe assinar.
Art. 184. Salvo disposição em contrário, computar-se-ão os prazos, excluindo o
dia do começo e incluindo o do vencimento.
§ 1º. Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair
em feriado ou em dia em que:
I - for determinado o fechamento do fórum;
II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal.
§ 2º. Os prazos somente começam a correr a partir do primeiro dia útil após a
intimação (artigo 240 e parágrafo único). (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº
8.079, de 13.09.1990)
Art. 185. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 (cinco)
dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
Art. 186. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu
favor.
Art. 187. Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz
exceder, por igual tempo, os prazos que este Código lhe assina.
Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para
recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.
Art. 189. O juiz proferirá:
I - os despachos de expediente, no prazo de 2 (dois) dias;
II - as decisões, no prazo de 10 (dez) dias.

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Art. 190. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de 24
(vinte e quatro) horas e executar os atos processuais no prazo de 48 (quarenta e
oito) horas, contados:
I - da data em que houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi imposto
pela lei;
II - da data em que tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz.
Parágrafo único. Ao receber os autos, certificará o serventuário o dia e a hora em
que ficou ciente da ordem, referida no nº II.
Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão
contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para
falar nos autos.
Art. 192. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão
a comparecimento depois de decorridas 24 (vinte e quatro) horas.
SEÇÃO II
DA VERIFICAÇÃO DOS PRAZOS E DAS PENALIDADES
Art. 193. Compete ao juiz verificar se o serventuário excedeu, sem motivo
legítimo, os prazos que este Código estabelece.
Art. 194. Apurada a falta, o juiz mandará instaurar procedimento administrativo,
na forma da Lei de Organização Judiciária.
Art. 195. O advogado deve restituir os autos no prazo legal. Não o fazendo,
mandará o juiz, de ofício, riscar o que neles houver escrito e desentranhar
alegações e documentos que apresentar.
Art. 196. É lícito a qualquer interessado cobrar os autos ao advogado que
exceder o prazo legal. Se, intimado, não os devolver dentro em 24 (vinte e quatro)
horas, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa,
correspondente à metade do salário mínimo vigente na sede do juízo.
Parágrafo único. Apurada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da
Ordem dos Advogados do Brasil, para o procedimento disciplinar e imposição da
multa.
Art. 197. Aplicam-se ao órgão do Ministério Público e ao representante da
Fazenda Pública as disposições constantes dos artigos 195 e 196.
Art. 198. Qualquer das partes ou o órgão do Ministério Público poderá
representar ao presidente do Tribunal de Justiça contra o juiz que excedeu os
prazos previstos em lei. Distribuída a representação ao órgão competente,
instaurar-se-á procedimento para apuração da responsabilidade. O relator,
conforme as circunstâncias, poderá avocar os autos em que ocorreu excesso de
prazo, designando outro juiz para decidir a causa.
Art. 199. A disposição do artigo anterior aplicar-se-á aos tribunais superiores na
forma que dispuser o seu regimento interno.

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CAPÍTULO IV
DAS COMUNICAÇÕES DOS ATOS

SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 200. Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial ou requisitados
por carta, conforme hajam de realizar-se dentro ou fora dos limites territoriais da
comarca.
Art. 201. Expedir-se-á carta de ordem se o juiz for subordinado ao tribunal de
que ela emanar; carta rogatória, quando dirigida à autoridade judiciária
estrangeira; e carta precatória nos demais casos.
SEÇÃO II
DAS CARTAS
Art. 202. São requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatória e da
carta rogatória:
I - a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;
II - o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato
conferido ao advogado;
III - a menção do ato processual, que lhe constitui o objeto;
IV - o encerramento com a assinatura do juiz.
§ 1º. O juiz mandará trasladar, na carta, quaisquer outras peças, bem como
instruí-la com mapa, desenho ou gráfico, sempre que estes documentos devam
ser examinados, na diligência, pelas partes, peritos ou testemunhas.
§ 2º. Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será
remetido em original, ficando nos autos reprodução fotográfica.
Art. 203. Em todas as cartas declarará o juiz o prazo dentro do qual deverão ser
cumpridas, atendendo à facilidade das comunicações e à natureza da diligência.
Art. 204. A carta tem caráter itinerante; antes ou depois de lhe ser ordenado o
cumprimento, poderá ser apresentada a juízo diverso do que dela consta, a fim de
se praticar o ato.
Art. 205. Havendo urgência, transmitir-se-ão a carta de ordem e a carta
precatória por telegrama, radiograma ou telefone.
Art. 206. A carta de ordem e a carta precatória, por telegrama ou radiograma,
conterão, em resumo substancial, os requisitos mencionados no artigo 202, bem
como a declaração, pela agência expedidora, de estar reconhecida a assinatura
do juiz.
Art. 207. O secretário do tribunal ou o escrivão do juízo deprecante transmitirá,
pelo telefone, a carta de ordem, ou a carta precatória ao juízo, em que houver de
cumprir-se o ato, por intermédio do escrivão do primeiro ofício da primeira vara, se
houver na comarca mais de um ofício ou de uma vara, observando, quanto aos

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requisitos, o disposto no artigo antecedente.
§ 1º. O escrivão, no mesmo dia ou no dia útil imediato, telefonará ao secretário
do tribunal ou ao escrivão do juízo deprecante, lendo-lhe os termos da carta e
solicitando-lhe que lha confirme.
§ 2º. Sendo confirmada, o escrivão submeterá a carta a despacho.
Art. 208. Executar-se-ão, de ofício, os atos requisitados por telegrama,
radiograma ou telefone. A parte depositará, contudo, na secretaria do tribunal ou
no cartório do juízo deprecante, a importância correspondente às despesas que
serão feitas no juízo em que houver de praticar-se o ato.
Art. 209. O juiz recusará cumprimento à carta precatória, devolvendo-a com
despacho motivado:
I - quando não estiver revestida dos requisitos legais;
II - quando carecer de competência em razão da matéria ou da hierarquia;
III - quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade.
Art. 210. A carta rogatória obedecerá, quanto à sua admissibilidade e modo de
seu cumprimento, ao disposto na convenção internacional; à falta desta, será
remetida à autoridade judiciária estrangeira, por via diplomática, depois de
traduzida para a língua do país em que há de praticar-se o ato.
Art. 211. A concessão de exeqüibilidade às cartas rogatórias das justiças
estrangeiras obedecerá ao disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal.
Art. 212. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem, no prazo de 10
(dez) dias, independentemente de traslado, pagas as custas pela parte.
SEÇÃO III
DAS CITAÇÕES
Art. 213. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim
de se defender.
Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu.
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
§ 1º. O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação.
§ 2º. Comparecendo o réu apenas para argüir a nulidade e sendo esta
decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu advogado for
intimado da decisão.
Art. 215. Far-se-á citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou
ao procurador legalmente autorizado.
§ 1º. Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário,
administrador, feitor ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles
praticados.
§ 2º. O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que
deixou a localidade, onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para

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receber citação, será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do
recebimento dos aluguéis.
Art. 216. A citação efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu.
Parágrafo único. O militar, em serviço ativo, será citado na unidade em que
estiver servindo se não for conhecida a sua residência ou nela não for encontrado.
Art. 217. Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do
direito:
I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso;
II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha
reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete)
dias seguintes;
III - aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas;
IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado. (Redação dada aos incisos pela
Lei nº 8.950, de 13.12.1994, que revogou o nº I e renumerou os demais)
Art. 218. Também não se fará citação, quando se verificar que o réu é demente
ou está impossibilitado de recebê-la.
§ 1º. O oficial de justiça passará certidão, descrevendo minuciosamente a
ocorrência. O juiz nomeará um médico, a fim de examinar o citando. O laudo será
apresentado em 5 (cinco) dias.
§ 2º. Reconhecida a impossibilidade, o juiz dará ao citando um curador,
observando, quanto à sua escolha, a preferência estabelecida na lei civil. A
nomeação é restrita à causa.
§ 3º. A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa do
réu.
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz
litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em
mora o devedor e interrompe a prescrição.
§ 1º. A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação.
(Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.952 de 13.12.1994)
§ 2º. Incumbe à parte, promover a citação do réu nos dez dias subseqüentes ao
despacho que a ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável
exclusivamente ao serviço judiciário. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº
8.952 de 13.12.1994)
§ 3º. Não sendo citado o réu, o juiz prorrogará o prazo até o máximo de noventa
dias. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.952 de 13.12.1994)
§ 4º. Não se efetuando a citação nos prazos mencionados nos parágrafos
antecedentes, haver-se-á por não interrompida a prescrição.
§ 5º. Não se tratando de direitos patrimoniais, o juiz poderá, de ofício, conhecer
da prescrição e decretá-la de imediato.
§ 6º. Passada em julgado a sentença, a que se refere o parágrafo anterior, o
escrivão comunicará ao réu o resultado do julgamento. (Redação dada ao
parágrafo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 220. O disposto no artigo anterior aplica-se a todos os prazos extintivos
previstos na lei.

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Art. 221. A citação far-se-á:
I - pelo correio;
II - por oficial de justiça;
III - por edital.
Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País,
exceto:
a) nas ações de estado;
b) quando for ré pessoa incapaz;
c) quando for ré pessoa de direito público;
d) nos processos de execução;
e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de
correspondência;
f) quando o autor a requerer de outra forma. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
8.710, de 24.09.1993)
Art. 223. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou chefe da secretaria
remeterá ao citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz,
expressamente consignada em seu inteiro teor a advertência a que se refere o
artigo 285, comunicando, ainda, o prazo para a resposta e o juízo e cartório, com
o respectivo endereço.
Parágrafo único. A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o
carteiro, ao fazer a entrega, que assine o recibo. Sendo o réu pessoa jurídica, será
válida a entrega a pessoa com poderes de gerência geral ou de administração.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.710, de 24.09.1993)
Art. 224. Far-se-á a citação por meio de oficial de justiça nos casos ressalvados
no artigo 222, ou quando frustrada a citação pelo correio. (Redação dada ao artigo
pela Lei nº 8.710, de 24.09.1993)
Art. 225. O mandado, que o oficial de justiça tiver de cumprir, deverá conter:

I - os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou


residências;
II - o fim da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial,
bem como a advertência a que se refere o artigo 285, segunda parte, se o litígio
versar sobre direitos disponíveis; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 5.925, de
01.10.1973)
III - a cominação, se houver;
IV - o dia, hora e lugar do comparecimento;
V - a cópia do despacho;
VI - o prazo para defesa;
VII - a assinatura do escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do
juiz.
Parágrafo único. O mandado poderá ser em breve relatório, quando o autor
entregar em cartório, com a petição inicial, tantas cópias desta quantos forem os
réus; caso em que as cópias, depois de conferidas com o original, farão parte
integrante do mandado.

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Art. 226. Incumbe ao oficial de justiça procurar o réu, onde o encontrar, citá-lo:
I - lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;
II - portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;
III - obtendo a nota de ciente, ou certificando que o réu não a apôs no mandado.
Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em
seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de
ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer
vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que
designar.
Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de
novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de
realizar a diligência.
§ 1º. Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se
das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha
ocultado em outra comarca.
§ 2º. Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa
da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta,
telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência.
Art. 230. Nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na
mesma região metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar citações ou
intimações em qualquer delas. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.710, de
24.09.1993)
Art. 231. Far-se-á a citação por edital:
I - quando desconhecido ou incerto o réu;
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar;
III - nos casos expressos em lei.
§ 1º. Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que
recusar o cumprimento de carta rogatória.
§ 2º. No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de
sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de
radiodifusão.
Art. 232. São requisitos da citação por edital:
I - a afirmação do autor, ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias
previstas nos nºs. I e II do artigo antecedente;
II - a afixação do edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão;
III - a publicação do edital no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no
órgão oficial e pelo menos duas vezes em jornal local, onde houver;
IV - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60
(sessenta) dias, correndo da data da primeira publicação;
V - a advertência a que se refere o artigo 285, segunda parte, se o litígio versar
sobre direitos disponíveis. (Inciso acrescentado pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)

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§ 1º. Juntar-se-á aos autos um exemplar de cada publicação, bem como do
anúncio, de que trata o nº II deste artigo.
§ 2º. A publicação do edital será feita apenas no órgão oficial quando a parte for
beneficiária da Assistência Judiciária. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 7.359,
de 10.09.1985)
Art. 233. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente os
requisitos do artigo 231, I e II, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário
mínimo vigente na sede do juízo.
Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando.
SEÇÃO IV
DAS INTIMAÇÕES
Art. 234. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos
do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
Art. 235. As intimações efetuam-se de ofício, em processos pendentes, salvo
disposição em contrário.
Art. 236. No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios,
consideram-se feitas as intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial.
§ 1º. É indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os
nomes das partes e de seus advogados, suficientes para sua identificação.
§ 2º. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita
pessoalmente.
Art. 237. Nas demais comarcas aplicar-se-á o disposto no artigo antecedente, se
houver órgão de publicação dos atos oficiais; não o havendo, competirá ao
escrivão intimar, de todos os atos do processo, os advogados das partes:
I - pessoalmente, tendo domicílio na sede do juízo;
II - por carta registrada, com aviso de recebimento quando domiciliado fora do
juízo.
Art. 238. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes,
aos seus representantes legais e aos advogados pelo correio ou, se presentes em
cartório, diretamente pelo escrivão ou chefe de secretaria. (Redação dada ao
artigo pela Lei nº 8.710, de 24.09.1993)
Art. 239. Far-se-á a intimação por meio de oficial de justiça, quando frustrada a
realização pelo correio. (Redação dada ao caput pela Lei nº 8.710, de 23.09.1993)
Parágrafo único. A certidão de intimação deve conter: (Redação dada pela Lei nº
8.710, de 24.09.1993)
I - a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando
possível, o número de sua carteira de identidade e o órgão que a expediu;
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.710, de 24.09.1993)
II - a declaração de entrega da contrafé; (Redação dada ao inciso pela Lei nº
8.710, de 24.09.1993)
III - a nota de ciente ou certidão de que o intimado não a apôs no mandado.

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(Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
Art. 240. Salvo disposição em contrário, os prazos para as partes, para a
Fazenda Pública e para o Ministério Público contar-se-ão da intimação.
Parágrafo único. As intimações consideram-se realizadas no primeiro dia útil
seguinte, se tiverem ocorrido em dia em que não tenha havido expediente forense.
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.079, de 13.09.1990)
Art. 241. Começa a correr o prazo:

I - quando a citação ou intimação for pelo correio, da data de juntada aos autos
do aviso de recebimento;
II - quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada
aos autos do mandado cumprido;
III - quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do último aviso de
recebimento ou mandado citatório cumprido;
IV - quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatória ou
rogatória, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida;
V - quando a citação for por edital, finda a dilação assinada pelo juiz. (Redação
dada ao artigo pela Lei nº 8.710, de 24.09.1993)
Art. 242. O prazo para a interposição de recurso conta-se da data em que os
advogados são intimados da decisão, da sentença ou do acórdão.
§ 1º. Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada a decisão ou
a sentença.
§ 2º. Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da
parte, mandará intimar pessoalmente os advogados para ciência da nova
designação. (Antigo § 3º renumerado pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994, que
revogou o § 2º)
CAPÍTULO V
DAS NULIDADES

Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a
decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.
Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de
nulidade, o juiz considerará válido o ato, se realizado de outro modo, lhe alcançar
a finalidade.
Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que
couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.
Parágrafo único. Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva
decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo
impedimento.
Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a
acompanhar o feito em que deva intervir.
Parágrafo único. Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do Ministério
Público, o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia ter sido

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intimado.
Art. 247. As citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem
observância das prescrições legais.
Art. 248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes,
que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as
outras, que dela sejam independentes.
Art. 249. O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos,
ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou
retificados.
§ 1º. O ato não se repetirá nem se lhe suprirá a falta quando não prejudicar a
parte.
§ 2º. Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a
declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou
suprir-lhe a falta.
Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos
que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários,
a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais.
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não
resulte prejuízo à defesa.
CAPÍTULO VI
DE OUTROS ATOS PROCESSUAIS

SEÇÃO I
DA DISTRIBUIÇÃO E DO REGISTRO
Art. 251. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos
onde houver mais de um juiz ou mais de um escrivão.
Art. 252. Será alternada a distribuição entre juízes e escrivães, obedecendo a
rigorosa igualdade.
Art. 253. Distribuir-se-ão por dependência os feitos de qualquer natureza,
quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outro já ajuizado.
Parágrafo único. Havendo reconvenção ou intervenção de terceiro, o juiz, de
ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor.
Art. 254. É defeso distribuir a petição não acompanhada do instrumento do
mandato, salvo:
I - se o requerente postular em causa própria;
II - se a procuração estiver junta aos autos principais;
III - no caso previsto no artigo 37.
Art. 255. O juiz, de ofício ou a requerimento do interessado, corrigirá o erro ou a
falta de distribuição, compensando-a.
Art. 256. A distribuição poderá ser fiscalizada pela parte ou por seu procurador.

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Art. 257. Será cancelada a distribuição do feito que, em 30 (trinta) dias, não for
preparado no cartório em que deu entrada.
SEÇÃO II
DO VALOR DA CAUSA
Art. 258. A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não tenha
conteúdo econômico imediato.
Art. 259. O valor da causa constará sempre da petição inicial e será:

I - na ação de cobrança de dívida, a soma do principal, da pena e dos juros


vencidos até a propositura da ação;
II - havendo cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos
valores de todos eles;
III - sendo alternativos os pedidos, o de maior valor;
IV - se houver também pedido subsidiário, o valor do pedido principal;
V - quando o litígio tiver por objeto a existência, validade, cumprimento,
modificação ou rescisão de negócio jurídico, o valor do contrato;
VI - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais, pedidas
pelo autor;
VII - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, a estimativa oficial
para lançamento do imposto.
Art. 260. Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, tomar-se-á em
consideração o valor de umas e outras. O valor das prestações vincendas será
igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado, ou por
tempo superior a 1 (um) ano; se, por tempo inferior, será igual à soma das
prestações.
Art. 261. O réu poderá impugnar, no prazo da contestação, o valor atribuído à
causa pelo autor. A impugnação será autuada em apenso, ouvindo-se o autor no
prazo de 5 (cinco) dias. Em seguida o juiz, sem suspender o processo, servindo-
se, quando necessário, do auxílio de perito, determinará, no prazo de 10 (dez)
dias, o valor da causa.
Parágrafo único. Não havendo impugnação, presume-se aceito o valor atribuído
à causa na petição inicial.
TÍTULO VI
DA FORMAÇÃO, DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO
PROCESSO

CAPÍTULO I
DA FORMAÇÃO DO PROCESSO

Art. 262. O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por
impulso oficial.

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Art. 263. Considera-se proposta a ação, tanto que a petição inicial seja
despachada pelo juiz, ou simplesmente distribuída, onde houver mais de uma
vara. A propositura da ação, todavia, só produz, quanto ao réu, os efeitos
mencionados no artigo 219 depois que for validamente citado.
Art. 264. Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de
pedir, sem o consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as
substituições permitidas por lei.
Parágrafo único. A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma
hipótese será permitida após o saneamento do processo. (Redação dada ao
parágrafo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
CAPÍTULO II
DA SUSPENSÃO DO PROCESSO

Art. 265. Suspende-se o processo:


I - pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu
representante legal ou de seu procurador;
II - pela convenção das partes;
III - quando for oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do
tribunal, bem como de suspeição ou impedimento do juiz;
IV - quando a sentença de mérito:
a) depender do julgamento de outra causa, ou da declaração da existência ou
inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo
pendente;
b) não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de
produzida certa prova, requisitada a outro juízo;
c) tiver pressuposto o julgamento de questão de estado, requerido como
declaração incidente;
V - por motivo de força maior;
VI - nos demais casos, que este Código regula.
§ 1º. No caso de morte ou perda da capacidade processual de qualquer das
partes, ou de seu representante legal, provado o falecimento ou a incapacidade, o
juiz suspenderá o processo, salvo se já tiver iniciado a audiência de instrução e
julgamento; caso em que:
a) o advogado continuará no processo até o encerramento da audiência;
b) o processo só se suspenderá a partir da publicação da sentença ou do
acórdão.
§ 2º. No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada
a audiência de instrução e julgamento, o juiz marcará, a fim de que a parte
constitua novo mandatário, o prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual extinguirá o
processo sem julgamento do mérito, se o autor não nomear novo mandatário, ou
mandará prosseguir no processo, à revelia do réu, tendo falecido o advogado
deste.
§ 3º. A suspensão do processo por convenção das partes, de que trata o nº II,
nunca poderá exceder 6 (seis) meses; findo o prazo, o escrivão fará os autos

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conclusos ao juiz, que ordenará o prosseguimento do processo.
§ 4º. No caso do nº III, a exceção, em primeiro grau de jurisdição, será
processada na forma do disposto neste Livro, Título VIII, Capítulo II, Seção III; e,
no tribunal, consoante lhe estabelecer o regimento interno.
§ 5º. Nos casos enumerados nas letras a, b e c do nº IV, o período de suspensão
nunca poderá exceder 1 (um) ano. Findo este prazo, o juiz mandará proseguir no
processo.
Art. 266. Durante a suspensão é defeso praticar qualquer ato processual; poderá
o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes, a fim de evitar dano
irreparável.
CAPÍTULO III
DA EXTINÇÃO DO PROCESSO

Art. 267. Extingue-se o processo, sem julgamento do mérito:


I - quando o juiz indeferir a petição inicial;
II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de
desenvolvimento válido e regular do processo;
V - quando o juiz acolher a alegação de preempção, litispendência ou de coisa
julgada;
VI - quando não ocorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade
jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;
VII - pela convenção de arbitragem; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 9.307,
de 23.09.1996)
VIII - quando o autor desistir da ação;
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu;
XI - nos demais casos prescritos neste Código.
§ 1º. O juiz ordenará, nos casos dos nºs II e III, o arquivamento dos autos,
declarando a extinção do processo, se a parte, intimada pessoalmente, não suprir
a falta em 48 (quarenta e oito) horas.
§ 2º. No caso do parágrafo anterior, quanto ao nº II, as partes pagarão
proporcionalmente as custas e, quanto ao nº III, o autor será condenado ao
pagamento das despesas e honorários de advogado (artigo 28).
§ 3º. O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição,
enquanto não proferida a sentença de mérito, da matéria constante dos nºs IV, V e
VI; todavia, o réu que a não alegar, na primeira oportunidade em que lhe caiba
falar nos autos, responderá pelas custas de retardamento.
§ 4º. Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor não poderá, sem o
consentimento do réu, desistir da ação.
Art. 268. Salvo o disposto no artigo 267, V, a extinção do processo não obsta a
que o autor intente de novo a ação. A petição inicial, todavia, não será
despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos

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honorários de advogado.
Parágrafo único. Se o autor der causa, por três vezes, à extinção do processo
pelo fundamento previsto no nº III do artigo anterior, não poderá intentar nova
ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a
possibilidade de alegar em defesa o seu direito.
Art. 269. Extingue-se o processo com julgamento de mérito:
I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;
II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; (Redação dada ao inciso
pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
III - quando as partes transigirem;
IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;
V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação.
TÍTULO VII
DO PROCESSO E DO PROCEDIMENTO

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 270. Este Código regula o processo de conhecimento (Livro I), de execução
(Livro II), cautelar (Livro III) e os procedimentos especiais (Livro IV).
Art. 271. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição
em contrário deste Código ou de lei especial.
Art. 272. O procedimento comum é ordinário ou sumário.
Parágrafo único. O procedimento especial e o procedimento sumário regem-se
pelas disposições que lhe são próprias, aplicando-se-lhes, subsidiariamente, as
disposições gerais do procedimento ordinário. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
8.952, de 13.12.1994)
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente,
os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova
inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório do réu.
§ 1º. Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso,
as razões do seu convencimento.
§ 2º. Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de
irreversibilidade do provimento antecipado.
§ 3º. A execução da tutela antecipada observará, no que couber, o disposto nos
incisos II e III do artigo 588.
§ 4º. A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo,
em decisão fundamentada.

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§ 5º. Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final
julgamento. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Art. 274. O procedimento ordinário reger-se-á segundo as disposições dos Livros


I e II deste Código.
CAPÍTULO III
DO PROCEDIMENTO SUMÁRIO

Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário: (Redação dada ao caput pela


Lei nº 9.245, de 26.12.1995, com vigência a partir de 26.02.1996)
I - nas causas, cujo valor não exceder 20 (vinte) vezes o maior salário mínimo
vigente no País;
II - nas causas, qualquer que seja o valor:
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola;
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio;
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico;
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre;
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de
veículo, ressalvados os casos de processo de execução;
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em
legislação especial;
g) nos demais casos previstos em lei. (Redação dada ao inciso pela Lei nº 9.245,
de 26.12.1995, com vigência a partir de 26.02.1996)
Parágrafo único. Este procedimento não será observado nas ações relativas ao
estado e à capacidade das pessoas. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº
9.245, de 26.12.1995, com vigência a partir de 26.02.1996)
Art. 276. Na petição inicial, o autor apresentará o rol de testemunhas e, se
requerer perícia, formulará quesitos, podendo indicar assistente técnico. (Redação
dada ao artigo pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995, com vigência a partir de
26.02.1996)
Art. 277. O juiz designará a audiência de conciliação a ser realizada no prazo de
trinta dias, citando-se o réu com a antecedência mínima de dez dias e sob a
advertência prevista no § 2º deste artigo, determinando o comparecimento das
partes. Sendo ré a Fazenda Pública, os prazos contar-se-ão em dobro.
§ 1º. A conciliação será reduzida a termo e homologada por sentença, podendo o
juiz ser auxiliado por conciliador.
§ 2º. Deixando injustificadamente o réu de comparecer à audiência, reputar-se-
ão verdadeiros os fatos alegados na petição inicial (artigo 319), salvo se o
contrário resultar da prova dos autos, proferindo o juiz, desde logo, a sentença.
§ 3º. As partes comparecerão pessoalmente à audiência, podendo fazer-se
representar por preposto com poderes para transigir.

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§ 4º. O juiz, na audiência, decidirá de plano a impugnação ao valor da causa ou a
controvérsia sobre a natureza da demanda, determinando, se for o caso, a
conversão do procedimento sumário em ordinário.
§ 5º. A conversão também ocorrerá quando houver necessidade de prova técnica
de maior complexidade. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.245, de
26.12.1995, ret. em 04.01.1996, com vigência a partir de 26.02.1996)
Art. 278. Não obtida a conciliação, oferecerá o réu, na própria audiência,
resposta escrita ou oral, acompanhada de documentos e rol de testemunhas e, se
requerer perícia, formulará seus quesitos desde logo, podendo indicar assistente
técnico.
§ 1º. É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu favor, desde que
fundado nos mesmos fatos referidos na inicial.
§ 2º. Havendo necessidade de produção de prova oral e não ocorrendo qualquer
das hipóteses previstas nos artigos 329 e 330, I e II, será designada audiência de
instrução e julgamento para data próxima, não excedente de trinta dias, salvo se
houver determinação de perícia. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.245, de
26.12.1995, com vigência a partir de 26.02.1996)
Art. 279. Os atos probatórios realizados em audiência poderão ser
documentados mediante taquigrafia, estenotipia ou outro método hábil de
documentação, fazendo-se a respectiva transcrição se a determinar o juiz.
Parágrafo único. Nas comarcas ou varas em que não for possível a taquigrafia, a
estenotipia ou outro método de documentação, os depoimentos serão reduzidos a
termo, do qual constará apenas o essencial. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
9.245, de 26.12.1995, ret. em 04.01.1996, com vigência a partir de 26.02.1996)
Art. 280. No procedimento sumário:

I - não será admissível ação declaratória incidental, nem a intervenção de


terceiro, salvo assistência e recurso de terceiro prejudicado;
II - o perito terá o prazo de quinze dias para apresentação do laudo;
III - das decisões sobre matéria probatória, ou proferidas em audiência, o agravo
será sempre retido. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.245, de 26.12.1995, ret.
em 04.01.1996, com vigência a partir de 26.02.1996)
Art. 281. Findos a instrução e os debates orais, o juiz proferirá sentença na
própria audiência ou no prazo de dez dias. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
9.245, de 26.12.1995, ret. em 04.01.1996, com vigência a partir de 26.02.1996)

TÍTULO VIII
DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

CAPÍTULO I
DA PETIÇÃO INICIAL

SEÇÃO I
DOS REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL

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Art. 282. A petição inicial indicará:
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e
do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido, com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos
alegados;
VII - o requerimento para a citação do réu.
Art. 283. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à
propositura da ação. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 7.219, de 19.09.1984)
Art. 284. Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos
exigidos nos artigos 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades
capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor a emende,
ou a complete, no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição
inicial.
Art. 285. Estando em termos a petição inicial, o juiz a despachará, ordenando a
citação do réu, para responder; do mandado constará que, não sendo contestada
a ação, se presumirão aceitos pelo réu, como verdadeiros, os fatos articulados
pelo autor. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
SEÇÃO II
DO PEDIDO
Art. 286. O pedido deve ser certo ou determinado. É lícito, porém, formular
pedido genérico:
I - nas ações universais, se não puder o autor individuar na petição os bens
demandados; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
II - quando não for possível determinar, de modo definitivo, as conseqüências do
ato ou do fato ilícito;
III - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva
ser praticado pelo réu.
Art. 287. Se o autor pedir a condenação do réu a abster-se da prática de algum
ato, a tolerar alguma atividade, ou a prestar fato que não possa ser realizado por
terceiro, constará da petição inicial a cominação da pena pecuniária para o caso
de descumprimento da sentença (artigos 644 e 645).
Art. 288. O pedido será alternativo, quando, pela natureza da obrigação, o
devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor,
o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo,
ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.

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Art. 289. É lícito formular mais de um pedido em ordem sucessiva, a fim de que
o juiz conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior.
Art. 290. Quando a obrigação consistir em prestações períodicas, considerar-se-
ão elas incluídas no pedido, independentemente de declaração expressa do autor;
se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las, a
sentença as incluirá na condenação, enquanto durar a obrigação.
Art. 291. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não
participou do processo receberá a sua parte, deduzidas as despesas na proporção
de seu crédito.
Art. 292. É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de
vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1º. São requisitos de admissibilidade da cumulação:
I - que os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º. Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento,
admitir-se-á a cumulação, se o autor empregar o procedimento ordinário.
Art. 293. Os pedidos são interpretados restritivamente, compreendendo-se,
entretanto, no principal os juros legais.
Art. 294. Antes da citação, o autor poderá aditar o pedido, correndo à sua conta
as custas acrescidas em razão dessa iniciativa. (Redação dada ao artigo pela Lei
nº 8.718, de 14.10.1993)
SEÇÃO III
DO INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
Art. 295. A petição inicial será indeferida:

I - quando for inepta;


II - quando a parte for manifestamente ilegítima;
III - quando o autor carecer de interesse processual;
IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou prescrição (artigo 219, §
5º); (Redação dada ao inciso pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à
natureza da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se
puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal;
VI - quando não atendidas as prescrições dos artigos 39, parágrafo único,
primeira parte, e 284.
Parágrafo único. Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
III - o pedido for juridicamente impossível;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no

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prazo de quarenta e oito horas, reformar sua decisão.
Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente
encaminhados ao tribunal competente. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.952,
de 13.12.1994)
CAPÍTULO II
DA RESPOSTA DO RÉU

SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição
escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção.
Art. 298. Quando forem citados para a ação vários réus, o prazo para responder
ser-lhes-á comum, salvo o disposto no artigo 191.
Parágrafo único. Se o autor desistir da ação quanto a algum réu ainda não
citado, o prazo para a resposta correrá da intimação do despacho que deferir a
desistência.
Art. 299. A contestação e a reconvenção serão oferecidas simultaneamente, em
peças autônomas; a exceção será processada em apenso aos autos principais.
SEÇÃO II
DA CONTESTAÇÃO
Art. 300. Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa,
expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e
especificando as provas que pretende produzir.
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta;
III - inépcia da petição inicial;
IV - perempção; (Inciso acrescentado pela Lei nº 5.925, de 01.101.1973,
renumerando-se os demais)
V - litispendência;
VI - coisa julgada;
VII - conexão;
VIII - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
IX - convenção de arbitragem; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 9.307, de
23.09.1996)
X - carência de ação;
XI - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar.
§ 1º. Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação
anteriormente ajuizada.
§ 2º. Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma
causa de pedir e o mesmo pedido. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 5.925,

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de 01.10.1973)
§ 3º. Há litispendência, quando se repete ação que está em curso; há coisa
julgada, quando se repete ação que já foi decidida por sentença, de que não caiba
recurso.
§ 4º. Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da
matéria enumerada neste artigo.
Art. 302. Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos
narrados na petição inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados,
salvo:
I - se não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei
considerar da substância do ato;
III - se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
Parágrafo único. Esta regra, quanto ao ônus da impugnação especificada dos
fatos, não se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do
Ministério Público.
Art. 303. Depois da contestação, só é lícito deduzir novas alegações quando:

I - relativas a direito superveniente;


II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo
e juízo.
SEÇÃO III
DAS EXCEÇÕES
Art. 304. É lícito a qualquer das partes argüir, por meio de exceção, a
incompetência (artigo 112), o impedimento (artigo 134) ou a suspeição (artigo
135).
Art. 305. Este direito pode ser exercido em qualquer tempo, ou grau de
jurisdição, cabendo à parte oferecer exceção, no prazo de 15 (quinze) dias,
contado do fato que ocasionou a incompetência, o impedimento ou a suspeição.
Art. 306. Recebida a exceção, o processo ficará suspenso (artigo 265, III), até
que seja definitivamente julgada.
Subseção I
Da incompetência
Art. 307. O excipiente argüirá a incompetência em petição fundamentada e
devidamente instruída, indicando o juízo para o qual declina.
Art. 308. Conclusos os autos, o juiz mandará processar a exceção, ouvindo o
excepto dentro em 10 (dez) dias e decidindo em igual prazo.
Art. 309. Havendo necessidade de prova testemunhal, o juiz designará audiência
de instrução, decidindo dentro de 10 (dez) dias. (Redação dada ao artigo pela Lei
nº 5.925, de 01.10.1973)

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Art. 310. O juiz indeferirá a petição inicial da exceção, quando manifestamente
improcedente. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 311. Julgada procedente a exceção, os autos serão remetidos ao juiz
competente.
Subseção II
Do impedimento e da suspeição
Art. 312. A parte oferecerá a exceção de impedimento ou de suspeição,
especificando o motivo da recusa (artigos 134 e 135). A petição, dirigida ao juiz da
causa, poderá ser instruída com documentos em que o excipiente fundar a
alegação e conterá o rol de testemunhas.
Art. 313. Despachando a petição, o juiz, se reconhecer o impedimento ou a
suspeição, ordenará a remessa dos autos ao seu substituto legal; em caso
contrário, dentro de 10 (dez) dias, dará as suas razões, acompanhadas de
documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa dos autos
ao tribunal.
Art. 314. Verificando que a exceção não tem fundamento legal, o tribunal
determinará o seu arquivamento; no caso contrário condenará o juiz nas custas,
mandando remeter os autos ao seu substituto legal.
SEÇÃO IV
DA RECONVENÇÃO
Art. 315. O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que a
reconvenção seja conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Parágrafo único. Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor,
quando este demandar em nome de outrem. (Antigo § 1º renumerado pela Lei nº
9.245, de 26.12.1995, que revogou o § 2º)
Art. 316. Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será intimado, na pessoa
do seu procurador, para contestá-la no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 317. A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a
extinga, não obsta ao prosseguimento da reconvenção.
Art. 318. Julgar-se-ão na mesma sentença a ação e a reconvenção.
CAPÍTULO III
DA REVELIA

Art. 319. Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos


afirmados pelo autor.
Art. 320. A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigo
antecedente:
I - se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;

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II - se o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a
lei considere indispensável à prova do ato.
Art. 321. Ainda que ocorra revelia, o autor não poderá alterar o pedido, ou a
causa de pedir, nem demandar declaração incidente, salvo promovendo nova
citação do réu, a quem será assegurado o direito de responder no prazo de 15
(quinze) dias.
Art. 322. Contra o revel correrão os prazos independentemente de intimação.
Poderá ele, entretanto, intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no
estado em que se encontra.
CAPÍTULO IV
DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES

Art. 323. Findo o prazo para a resposta do réu, o escrivão fará a conclusão dos
autos. O juiz, no prazo de 10 (dez) dias, determinará, conforme o caso, as
providências preliminares, que constam das seções deste Capítulo.
SEÇÃO I
DO EFEITO DA REVELIA
Art. 324. Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando que não ocorreu o
efeito da revelia, mandará que o autor especifique as provas que pretenda
produzir na audiência. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
SEÇÃO II
DA DECLARAÇÃO INCIDENTE
Art. 325. Contestando o réu o direito que constitui fundamento do pedido, o autor
poderá requerer, no prazo de 10 (dez) dias, que sobre ele o juiz profira sentença
incidente, se da declaração da existência ou da inexistência do direito depender,
no todo ou em parte, o julgamento da lide (artigo 5º).
SEÇÃO III
DOS FATOS IMPEDITIVOS, MODIFICATIVOS OU EXTINTIVOS DO PEDIDO
Art. 326. Se o réu, reconhecendo o fato em que se fundou a ação, outro lhe
opuser, impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido
no prazo de 10 (dez) dias, facultando-lhe o juiz produção de prova documental.
SEÇÃO IV
DAS ALEGAÇÕES DO RÉU
Art. 327. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no artigo 301, o juiz
mandará ouvir o autor no prazo de 10 (dez) dias, permitindo-lhe a produção de
prova documental. Verificando a existência de irregularidades ou de nulidades
sanáveis, o juiz mandará supri-las, fixando à parte prazo nunca superior a 30
(trinta) dias.

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Art. 328. Cumpridas as providências preliminares, ou não havendo necessidade
delas, o juiz proferirá julgamento conforme o estado do processo, observando o
que dispõe o capítulo seguinte.
CAPÍTULO V
DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO

SEÇÃO I
DA EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 329. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos artigos 267 e 269, II a
V, o juiz declarará extinto o processo.
SEÇÃO II
DO JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE
Art. 330. O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença:

I - quando a questão de mérito for unicamente de direito, ou, sendo de direito e


de fato, não houver necessidade de produzir prova em audiência;
II - quando ocorrer a revelia (artigo 319). (Redação dada ao inciso pela Lei nº
5.925, de 01.10.1973)
SEÇÃO III
DO SANEAMENTO DO PROCESSO
Art. 331. Se não se verificar qualquer das hipóteses previstas nas seções
precedentes e a causa versar sobre direitos disponíveis, o juiz designará
audiência de conciliação, a realizar-se no prazo máximo de 30 dias, à qual
deverão comparecer as partes ou seus procuradores, habilitados a transigir.
§ 1º. Obtida a conciliação, será reduzida a termo e homologada por sentença.
§ 2º. Se, por qualquer motivo, não for obtida a conciliação, o juiz fixará os pontos
controvertidos, decidirá as questões processuais pendentes e determinará as
provas a serem produzidas, designando audiência de instrução e julgamento, se
necessário. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.952 de 13.12.1994)
CAPÍTULO VI
DAS PROVAS

SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 332. Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que
não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em
que se funda a ação ou a defesa.
Art. 333. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do

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direito do autor.
Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da
prova quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
Art. 334. Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos, no processo, como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade.
Art. 335. Em falta de normas jurídicas particulares, o juiz aplicará as regras de
experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente
acontece e ainda as regras da experiência técnica, ressalvado, quanto a esta, o
exame pericial.
Art. 336. Salvo disposição especial em contrário, as provas devem ser
produzidas em audiência.
Parágrafo único. Quando a parte, ou a testemunha, por enfermidade, ou por
outro motivo relevante, estiver impossibilitada de comparecer à audiência, mas
não de prestar depoimento, o juiz designará, conforme as circunstâncias, dia, hora
e lugar para inquiri-la.
Art. 337. A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou
consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o juiz.
Art. 338. A carta precatória e a carta rogatória não suspendem o processo, no
caso de que trata o artigo 265, IV, b, senão quando requeridas antes do despacho
saneador.
Parágrafo único. A carta precatória e a carta rogatória, não devolvidas dentro do
prazo ou concedidas sem efeito suspensivo, poderão ser juntas aos autos até o
julgamento final.
Art. 339. Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Judiciário para o
descobrimento da verdade.
Art. 340. Além dos deveres enumerados no artigo 14, compete à parte:
I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado;
II - submeter-se à inspeção judicial, que for julgada necessária;
III - praticar o ato que lhe for determinado.
Art. 341. Compete ao terceiro, em relação a qualquer pleito:

I - informar ao juiz os fatos e as circunstâncias, de que tenha conhecimento;


II - exibir coisa ou documento, que esteja em seu poder.
SEÇÃO II
DO DEPOIMENTO PESSOAL
Art. 342. O juiz pode, de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o
comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da

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causa.
Art. 343. Quando o juiz não o determinar de ofício, compete a cada parte
requerer o depoimento pessoal da outra, a fim de interrogá-la na audiência de
instrução e julgamento.
§ 1º. A parte será intimada pessoalmente, constando do mandado que se
presumirão confessados os fatos contra ela alegados, caso não compareça ou,
comparecendo, se recuse a depor.
§ 2º. Se a parte intimada não comparecer, ou comparecendo, se recusar a depor,
o juiz lhe aplicará a pena de confissão.
Art. 344. A parte será interrogada na forma prescrita para a inquirição de
testemunhas.
Parágrafo único. É defeso, a quem ainda não depôs, assistir ao interrogatório da
outra parte.
Art. 345. Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe
for perguntado, ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias
e elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor.
Art. 346. A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, não
podendo servir-se de escritos adrede preparados; o juiz permitirá, todavia, a
consulta a notas breves, desde que objetivem completar esclarecimentos.
Art. 347. A parte não é obrigada a depor de fatos:

I - criminosos ou torpes, que lhe forem imputados;


II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de filiação, de desquite
e de anulação de casamento.
SEÇÃO III
DA CONFISSÃO
Art. 348. Há confissão, quando a parte admite a verdade de um fato, contrário ao
seu interesse e favorável ao adversário. A confissão é judicial ou extrajudicial.
Art. 349. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada. Da confissão
espontânea, tanto que requerida pela parte, se lavrará o respectivo termo nos
autos; a confissão provocada constará do depoimento pessoal prestado pela
parte.
Parágrafo único. A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte, ou por
mandatário com poderes especiais.
Art. 350. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando,
todavia, os litisconsortes.
Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos sobre
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge não valerá sem a do outro.
Art. 351. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a
direitos indisponíveis.

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Art. 352. A confissão, quando emanar de erro, dolo ou coação, pode ser
revogada:
I - por ação anulatória, se pendente o processo em que foi feita;
II - por ação rescisória, depois de transitada em julgado a sentença, da qual
constituir o único fundamento.
Parágrafo único. Cabe ao confitente o direito de propor ação, nos casos de que
trata este artigo; mas, uma vez iniciada, passa aos seus herdeiros.
Art. 353. A confissão extrajudicial, feita por escrito à parte ou a quem a
represente, tem a mesma eficácia probatória da judicial; feita a terceiro, ou contida
em testamento, será livremente apreciada pelo juiz.
Parágrafo único. Todavia, quando feita verbalmente, só terá eficácia nos casos
em que a lei não exija prova literal.
Art. 354. A confissão é, de regra, indivisível, não podendo a parte, que a quiser
invocar como prova, aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for
desfavorável. Cindir-se-á, todavia, quando o confitente lhe aduzir fatos novos,
suscetíveis de constituir fundamento de defesa de direito material ou de
reconvenção.
SEÇÃO IV
DA EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO OU COISA
Art. 355. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa, que se
ache em seu poder.
Art. 356. O pedido formulado pela parte conterá:

I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou coisa;


II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento
ou a coisa;
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o
documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.
Art. 357. O requerido dará a sua resposta nos 5 (cinco) dias subseqüentes à sua
intimação. Se afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que
o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à
verdade.
Art. 358. O juiz não admitirá a recusa:

I - se o requerido tiver obrigação legal de exibir;


II - se o requerido aludiu ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de
constituir prova;
III - se o documento, por seu conteúdo, for comum às partes;
Art. 359. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por
meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar:
I - se o requerido não efetuar a exibição, nem fizer qualquer declaração no prazo
do artigo 357;
II - se a recusa for havida por ilegítima.

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Art. 360. Quando o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, o juiz
mandará citá-lo para responder no prazo de 10 (dez) dias.
Art. 361. Se o terceiro negar a obrigação de exibir, ou a posse do documento ou
da coisa, o juiz designará audiência especial, tomando-lhe o depoimento, bem
como o das partes e, se necessário, de testemunhas; em seguida proferirá a
sentença.
Art. 362. Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibição, o juiz
lhe ordenará que proceda ao respectivo depósito em cartório ou noutro lugar
designado, no prazo de 5 (cinco) dias, impondo ao requerente que o embolse das
despesas que tiver; se o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de
apreensão, requisitando, se necessário, força policial, tudo sem prejuízo da
responsabilidade por crime de desobediência.
Art. 363. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a
coisa:
I - se concernente a negócios da própria vida da família;
II - se a sua apresentação puder violar dever de honra;
III - se a publicidade do documento redundar em desonra à parte ou ao terceiro,
bem como a seus parentes consangüíneos ou afins até o terceiro grau; ou lhes
representar perigo de ação penal;
IV - se a exibição acarretar a divulgação de fatos, a cujo respeito, por estado ou
profissão, devam guardar segredo; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 5.925, de
01.10.1973)
V - se subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do
juiz, justifiquem a recusa da exibição.
Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os nºs. I a V disserem respeito só
a uma parte do conteúdo do documento, da outra se extrairá uma suma para ser
apresentada em juízo. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 5.925, de
01.10.1973)
SEÇÃO V
DA PROVA DOCUMENTAL
Subseção I
Da força probante dos documentos
Art. 364. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também
dos fatos que o escrivão, o tabelião, ou o funcionário declarar que ocorreram em
sua presença.
Art. 365. Fazem a mesma prova que os originais:
I - as certidões textuais de qualquer peça dos autos, do protocolo das audiências,
ou de outro livro a cargo do escrivão, sendo extraídas por ele ou sob sua vigilância
e por ele subscritas;
II - os traslados e as certidões extraídas por oficial público, de instrumentos ou
documentos lançados em suas notas;

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III - as reproduções dos documentos públicos, desde que autenticadas por oficial
público ou conferidas em cartório, com os respectivos originais.
Art. 366. Quando a lei exigir, como da substância do ato, o instrumento público,
nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta.
Art. 367. O documento, feito por oficial público incompetente, ou sem a
observância das formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma
eficácia probatória do documento particular.
Art. 368. As declarações constantes do documento particular, escrito e assinado,
ou somente assinado, presumem-se verdadeiras em relação ao signatário.
Parágrafo único. Quando, todavia, contiver declaração de ciência, relativa a
determinado fato, o documento particular prova a declaração, mas não o fato
declarado, competindo ao interessado em sua veracidade o ônus de provar o fato.
Art. 369. Reputa-se autêntico o documento, quando o tabelião reconhecer a
firma do signatário, declarando que foi aposta em sua presença.
Art. 370. A data do documento particular, quando a seu respeito surgir dúvida ou
impugnação entre os litigantes, provar-se-á por todos os meios de direito. Mas, em
relação a terceiros, considerar-se-á datado o documento particular:
I - no dia em que foi registrado;
II - desde a morte de algum dos signatários;
III - a partir da impossibilidade física, que sobreveio a qualquer dos signatários;
IV - da sua apresentação em repartição pública ou em juízo;
V - do ato ou fato que estabeleça, de modo certo, a anterioridade da formação do
documento.
Art. 371. Reputa-se autor do documento particular:
I - aquele que o fez e o assinou;
II - aquele, por conta de quem foi feito, estando assinado;
III - aquele que, mandando compô-lo, não o firmou, porque, conforme a
experiência comum, não se costuma assinar, como livros comerciais e assentos
domésticos.
Art. 372. Compete à parte, contra quem foi produzido documento particular,
alegar, no prazo estabelecido no artigo 390, se lhe admite ou não a autenticidade
da assinatura e a veracidade do contexto; presumindo-se, com o silêncio, que o
tem por verdadeiro.
Parágrafo único. Cessa, todavia, a eficácia da admissão expressa ou tácita, se o
documento houver sido obtido por erro, dolo ou coação.
Art. 373. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo anterior, o
documento particular, de cuja autenticidade se não duvida, prova que o seu autor
fez a declaração, que lhe é atribuída.
Parágrafo único. O documento particular, admitido expressa ou tacitamente, é
indivisível, sendo defeso à parte, que pretende utilizar-se dele, aceitar os fatos que
lhe são favoráveis e recusar os que são contrários ao seu interesse, salvo se

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provar que estes se não verificaram.
Art. 374. O telegrama, o radiograma ou qualquer outro meio de transmissão tem
a mesma força probatória do documento particular, se o original constante da
estação expedidora foi assinado pelo remetente.
Parágrafo único. A firma do remetente poderá ser reconhecida pelo tabelião,
declarando-se essa circunstância no original depositado na estação expedidora.
Art. 375. O telegrama ou radiograma presume-se conforme com o original,
provando a data de sua expedição e do recebimento pelo destinatário. (Redação
dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 376. As cartas, bem como os registros domésticos, provam contra quem os
escreveu quando:
I - enunciam o recebimento de um crédito;
II - contêm anotação, que visa a suprir a falta de título em favor de quem é
apontado como credor;
III - expressam conhecimento de fatos para os quais não se exija determinada
prova.
Art. 377. A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documento
representativo de obrigação, ainda que não assinada, faz prova em benefício do
devedor.
Parágrafo único. Aplica-se esta regra tanto para o documento, que o credor
conservar em seu poder, como para aquele que se achar em poder do devedor.
Art. 378. Os livros comerciais provam contra o seu autor. É lícito ao comerciante,
todavia, demonstrar, por todos os meios permitidos em direito, que os
lançamentos não correspondem à verdade dos fatos.
Art. 379. Os livros comerciais, que preencham os requisitos exigidos por lei,
provam também a favor do seu autor no litígio entre comerciantes.
Art. 380. A escrituração contábil é indivisível: se dos fatos que resultam dos
lançamentos, uns são favoráveis ao interesse de seu autor e outros lhe são
contrários, ambos serão considerados em conjunto como unidade.
Art. 381. O juiz pode ordenar, a requerimento da parte, a exibição integral dos
livros comerciais e dos documentos do arquivo:
I - na liquidação de sociedade;
II - na sucessão por morte de sócio;
III - quando e como determinar a lei.
Art. 382. O juiz pode, de ofício, ordenar à parte a exibição parcial dos livros e
documentos, extraindo-se deles a suma que interessar ao litígio, bem como
reproduções autenticadas.
Art. 383. Qualquer reprodução mecânica, como a fotográfica, cinematográfica,
fonográfica ou de outra espécie, faz prova dos fatos ou das coisas representadas,
se aquele contra quem foi produzida lhe admitir a conformidade.

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Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da reprodução mecânica, o juiz
ordenará a realização de exame pericial.
Art. 384. As reproduções fotográficas ou obtidas por outros processos de
repetição, dos documentos particulares, valem como certidões, sempre que o
escrivão portar por fé a sua conformidade com o original.
Art. 385. A cópia de documento particular tem o mesmo valor probante que o
original, cabendo ao escrivão, intimadas as partes, proceder à conferência e
certificar a conformidade entre a cópia e o original.
§ 1º. Quando se tratar de fotografia, esta terá de ser acompanhada do respectivo
negativo.
§ 2º. Se a prova for uma fotografia publicada em jornal, exigir-se-ão o original e o
negativo.
Art. 386. O juiz apreciará livremente a fé que deva merecer o documento,
quando em ponto substancial e sem ressalva contiver entrelinha, emenda, borrão
ou cancelamento.
Art. 387. Cessa a fé do documento, público ou particular, sendo-lhe declarada
judicialmente a falsidade.
Parágrafo único. A falsidade consiste:
I - em formar documento não verdadeiro;
II - em alterar documento verdadeiro.
Art. 388. Cessa a fé do documento particular quando:
I - lhe for contestada a assinatura e enquanto não se lhe comprovar a
veracidade;
II - assinado em branco, for abusivamente preenchido.
Parágrafo único. Dar-se-á abuso quando aquele, que recebeu documento
assinado, com texto não escrito no todo ou em parte, o formar ou o completar, por
si ou por meio de outrem, violando o pacto feito com o signatário.
Art. 389. Incumbe o ônus da prova quando:
I - se tratar de falsidade de documento, à parte que a argüir;
II - se tratar de contestação de assinatura, à parte que produziu o documento.
Subseção II
Da argüição de falsidade
Art. 390. O incidente de falsidade tem lugar em qualquer tempo e grau de
jurisdição, incumbindo à parte, contra quem foi produzido o documento, suscitá-lo
na contestação ou no prazo de 10 (dez) dias, contados da intimação da sua
juntada aos autos.
Art. 391. Quando o documento for oferecido antes de encerrada a instrução, a
parte argüirá de falso, em petição dirigida ao juiz da causa, expondo os motivos
em que funda a sua pretensão e os meios com que provará o alegado.
Art. 392. Intimada a parte, que produziu o documento, a responder no prazo de
10 (dez) dias, o juiz ordenará o exame pericial.

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Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial, se a parte, que produziu o
documento, concordar em retirá-lo e a parte contrária não se opuser ao
desentranhamento.
Art. 393. Depois de encerrada a instrução, o incidente de falsidade correrá em
apenso aos autos principais; no tribunal processar-se-á perante o relator,
observando-se o disposto no artigo antecedente.
Art. 394. Logo que for suscitado o incidente de falsidade, o juiz suspenderá o
processo principal.
Art. 395. A sentença, que resolver o incidente, declarará a falsidade ou
autenticidade do documento.
Subseção III
Da produção da prova documental
Art. 396. Compete à parte instruir a petição inicial (artigo 283), ou a resposta
(artigo 297), com os documentos destinados a provar-lhe as alegações.
Art. 397. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos
novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados,
ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.
Art. 398. Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos
autos, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra, no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 399. O juiz requisitará às repartições públicas em qualquer tempo ou grau de
jurisdição:
I - as certidões necessárias à prova das alegações das partes;
II - os procedimentos administrativos nas causas em que forem interessados a
União, o Estado, o Município, ou as respectivas entidades da administração
indireta.
Parágrafo único. Recebidos os autos, o juiz mandará extrair, no prazo máximo e
improrrogável de 30 (trinta) dias, certidões ou reproduções fotográficas das peças
indicadas pelas partes ou de ofício; findo o prazo, devolverá os autos à repartição
de origem.
SEÇÃO VI
DA PROVA TESTEMUNHAL
Subseção I
Da administração e do valor da prova testemunhal
Art. 400. A prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo
diverso. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:
I - já provados por documento ou confissão da parte;
II - que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados.
Art. 401. A prova exclusivamente testemunhal só se admite nos contratos cujo
valor não exceda o décuplo do maior salário mínimo vigente no país, ao tempo em

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que foram celebrados.
Art. 402. Qualquer que seja o valor do contrato, é admissível a prova
testemunhal, quando:
I - houver começo de prova por escrito, reputando-se tal o documento emanado
da parte contra quem se pretende utilizar o documento como prova;
II - o credor não pode ou não podia, moral ou materialmente, obter a prova
escrita da obrigação, em casos como o de parentesco, depósito necessário ou
hospedagem em hotel.
Art. 403. As normas estabelecidas nos dois artigos antecedentes aplicam-se ao
pagamento e à remissão da dívida.
Art. 404. É lícito à parte inocente provar com testemunhas:
I - nos contratos simulados, a divergência entre a vontade real e a vontade
declarada;
II - nos contratos em geral, os vícios do consentimento.
Art. 405. Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as
incapazes, impedidas ou suspeitas.
§ 1º. São incapazes:
I - o interdito por demência;
II - o que, acometido por enfermidade, ou debilidade mental, ao tempo em que
ocorreram os fatos, não podia discerni-los; ou, ao tempo em que deve depor, não
está habilitado a transmitir as percepções;
III - o menor de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes
faltam.
§ 2º. São impedidos:
I - o cônjuge, bem como o ascendente e o descendente em qualquer grau, ou
colateral, até o terceiro grau, de alguma das partes, por consangüinidade ou
afinidade, salvo se o exigir o interesse público, ou, tratando-se de causa relativa
ao estado da pessoa, não se puder obter de outro modo a prova, que o juiz repute
necessária ao julgamento do mérito; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 5.925,
de 01.10.1973)
II - o que é parte na causa;
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor na causa do menor, o
representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros, que assistam
ou tenham assistido as partes.
§ 3º. São suspeitos:
I - o condenado por crime de falso testemunho, havendo transitado em julgado a
sentença;
II - o que, por seus costumes, não for digno de fé;
III - o inimigo capital da parte, ou o seu amigo íntimo;
IV - o que tiver interesse no litígio.
§ 4º. Sendo estritamente necessário, o juiz ouvirá testemunhas impedidas ou
suspeitas; mas os seus depoimentos serão prestados independentemente de

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compromisso (artigo 415) e o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer.
Art. 406. A testemunha não é obrigada a depor de fatos:

I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge e aos seus parentes
consangüíneos ou afins, em linha reta, ou na colateral em segundo grau;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
Subseção II
Da produção da prova testemunhal
Art. 407. Incumbe à parte, 5 (cinco) dias antes da audiência, depositar em
cartório o rol de testemunhas, precisando-lhes o nome, a profissão e a residência.
Parágrafo único. É lícito a cada parte oferecer, no máximo, dez testemunhas;
quando qualquer das partes oferecer mais de três testemunhas para a prova de
cada fato, o juiz poderá dispensar as restantes.
Art. 408. Depois de apresentado o rol, de que trata o artigo antecedente, a parte
só pode substituir a testemunha:
I - que falecer;
II - que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;
III - que, tendo mudado de residência, não for encontrada pelo oficial de justiça.
Art. 409. Quando for arrolado como testemunha o juiz da causa, este:
I - declarar-se-á impedido, se tiver conhecimento de fatos, que possam influir na
decisão; caso em que será defeso à parte, que o incluiu no rol, desistir de seu
depoimento;
II - se nada souber, mandará excluir o seu nome.
Art. 410. As testemunhas depõem, na audiência de instrução, perante o juiz da
causa, exceto:
I - as que prestam depoimento antecipadamente;
II - as que são inquiridas por carta;
III - as que, por doença, ou outro motivo relevante, estão impossibilitadas de
comparecer em juízo (artigo 336, parágrafo único);
IV - as designadas no artigo seguinte.
Art. 411. São inquiridos em sua residência, ou onde exercem a sua função:

I - o Presidente e o Vice-Presidente da República;


II - o presidente do Senado e o da Câmara dos Deputados;
III - os ministros de Estado;
IV - os ministros do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal Federal de Recursos,
do Superior Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do
Trabalho e do Tribunal de Contas da União;
V - o procurador-geral da República;
VI - os senadores e deputados federais;
VII - os governadores dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal;
VIII - os deputados estaduais;
IX - os desembargadores dos Tribunais de Justiça, os juízes dos Tribunais de
Alçada, os juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais

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Eleitorais e os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito
Federal;
X - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa
ao agente diplomático do Brasil.
Parágrafo único. O juiz solicitará à autoridade que designe dia, hora e local a fim
de ser inquirida, remetendo-lhe cópia da petição inicial ou da defesa oferecida pela
parte, que arrolou como testemunha.
Art. 412. A testemunha é intimada a comparecer à audiência, constando do
mandado dia, hora e local, bem como os nomes das partes e a natureza da causa.
Se a testemunha deixar de comparecer, sem motivo justificado, será conduzida,
respondendo pelas despesas do adiamento.
§ 1º. A parte pode comprometer-se a levar à audiência a testemunha,
independentemente de intimação; presumindo-se, caso não compareça, que
desistiu de ouvi-la. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
§ 2º. Quando figurar no rol de testemunhas funcionário público ou militar, o juiz o
requisitará ao chefe de repartição ou ao comando do corpo em que servir.
§ 3º. A intimação poderá ser feita pelo correio, sob registro ou com entrega em
mão própria, quando a testemunha tiver residência certa. (Parágrafo acrescentado
pela Lei nº 8.710, de 24.09.1993)
Art. 413. O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente; primeiro as
do autor e depois as do réu, providenciando de modo que uma não ouça o
depoimento das outras.
Art. 414. Antes de depor, a testemunha será qualificada, declarando o nome por
inteiro, a profissão, a residência e o estado civil, bem como se tem relações de
parentesco com a parte, ou interesse no objeto do processo.
§ 1º. É lícito à parte contraditar a testemunha, argüindo-lhe a incapacidade, o
impedimento ou a suspeição. Se a testemunha negar os fatos que lhe são
imputados, a parte poderá provar a contradita com documentos ou com
testemunhas, até três, apresentadas no ato e inquiridas em separado. Sendo
provados ou confessados os fatos, o juiz dispensará a testemunha, ou lhe tomará
o depoimento, observando o disposto no artigo 405, § 4º.
§ 2º. A testemunha pode requerer ao juiz que a escuse de depor, alegando os
motivos de que trata o artigo 406; ouvidas as partes, o juiz decidirá de plano.
Art. 415. Ao início da inquirição, a testemunha prestará o compromisso de dizer
a verdade do que souber e lhe for perguntado.
Parágrafo único. O juiz advertirá à testemunha que incorre em sanção penal
quem faz a afirmação falsa, cala ou oculta a verdade.
Art. 416. O juiz interrogará a testemunha sobre os fatos articulados, cabendo,
primeiro à parte, que a arrolou, e depois à parte contrária, formular perguntas
tendentes a esclarecer ou completar o depoimento.
§ 1º. As partes devem tratar as testemunhas com urbanidade, não lhes fazendo
perguntas ou considerações impertinentes, capciosas ou vexatórias.
§ 2º. As perguntas que o juiz indeferir serão obrigatoriamente transcritas no

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termo, se a parte o requerer. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 7.005, de
28.06.1982)
Art. 417. O depoimento, datilografado ou registrado por taquigrafia, estenotipia
ou outro método idôneo de documentação, será assinado pelo juiz, pelo depoente
e pelos procuradores, facultando-se às partes a sua gravação.
Parágrafo único. O depoimento será passado para a versão datilográfica quando
houver recurso da sentença, ou noutros casos, quando o juiz o determinar, de
ofício ou a requerimento da parte. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.952, de
13.12.1994)
Art. 418. O juiz pode ordenar, de ofício ou a requerimento da parte:

I - a inquirição de testemunhas referidas nas declarações da parte ou das


testemunhas;
II - a acareação de duas ou mais testemunhas ou de algumas delas com a parte,
quando, sobre fato determinado, que possa influir na decisão da causa, divergirem
as suas declarações.
Art. 419. A testemunha pode requerer ao juiz o pagamento da despesa que
efetuou para comparecimento à audiência, devendo a parte pagá-la logo que
arbitrada, ou depositá-la em cartório dentro de 3 (três) dias.
Parágrafo único. O depoimento prestado em juízo é considerado serviço público.
A testemunha, quando sujeita ao regime de legislação trabalhista, não sofre, por
comparecer à audiência, perda de salário nem desconto no tempo de serviço.
SEÇÃO VII
DA PROVA PERICIAL
Art. 420. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
Parágrafo único. O juiz indeferirá a perícia quando:
I - a prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico;
II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III - a verificação for impraticável.
Art. 421. O juiz nomeará o perito, fixando de imediato, o prazo para a entrega do
laudo. (Redação dada ao caput pela Lei nº 8.455, de 24.08.1992)
§ 1º. Incumbe às partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da intimação do
despacho de nomeação do perito:
I - indicar o assistente técnico;
II - apresentar quesitos.
§ 2º. Quando a natureza do fato o permitir, a perícia poderá consistir apenas na
inquirição pelo juiz do perito e dos assistentes, por ocasião da audiência de
instrução e julgamento a respeito das coisas que houverem informalmente
examinado ou avaliado. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.455, de
24.08.1992)
Art. 422. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido,
independentemente de termo de compromisso. Os assistentes técnicos são de
confiança da parte, não sujeitos a impedimento ou suspeição. (Redação dada ao
artigo pela Lei nº 8.455, de 24.08.1992)

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Art. 423. O perito pode escusar-se (artigo 146), ou ser recusado por
impedimento ou suspeição (artigo 138, III); ao aceitar a escusa ou julgar
procedente a impugnação, o juiz nomeará novo perito. (Redação dada ao
parágrafo pela Lei nº 8.455, de 24.08.1992)
Art. 424. O perito pode ser substituído quando: (Redação dada pela Lei nº 8.455,
de 24.08.1992)
I - carecer de conhecimento técnico ou científico;
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi
assinado. (Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.455, de 24.08.1992)
Parágrafo único. No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à
corporação profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada
tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no
processo. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.455, de 24.08.1992)
Art. 425. Poderão as partes apresentar, durante a diligência, quesitos
suplementares. Da juntada dos quesitos aos autos dará o escrivão ciência à parte
contrária.
Art. 426. Compete ao juiz:

I - indeferir quesitos impertinentes;


II - formular os que entender necessários ao esclarecimento da causa.
Art. 427. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na
contestação, apresentarem sobre as questões de fato pareceres técnicos ou
documentos elucidativos que considerar suficientes. (Redação dada pela Lei nº
8.455/92)
Art. 428. Quando a prova tiver de realizar-se por carta, poderá proceder-se à
nomeação de perito e indicação de assistentes técnicos no juízo, ao qual se
requisitar a perícia.
Art. 429. Para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes
técnicos utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo
informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte ou em
repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias
e outras quaisquer peças.
Art. 430. (Revogado pela Lei nº 8.455, de 24.08.1992)
Art. 431. (Revogado pela Lei nº 8.455, de 24.08.1992)
Art. 432. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro
do prazo, o juiz conceder-lhe-á, por uma vez, prorrogação, segundo o seu
prudente arbítrio.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 8.455, de 24.08.1992)
Art. 433. O perito apresentará o laudo em cartório, no prazo fixado pelo juiz, pelo
menos vinte dias antes da audiência de instrução e julgamento.

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Parágrafo único. Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no prazo
comum de dez dias após a apresentação do laudo, independentemente de
intimação. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.455, de 24.08.1992)
Art. 434. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de
documento, ou for de natureza médico-legal, o perito será escolhido, de
preferência, entre os técnicos dos estabelecimentos oficiais especializados. O juiz
autorizará a remessa dos autos, bem como do material sujeito a exame, ao diretor
do estabelecimento. (Redação dada ao caput pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
Parágrafo único. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra e firma,
o perito poderá requisitar, para efeito de comparação, documentos existentes em
repartições públicas; na falta destes, poderá requerer ao juiz que a pessoa, a
quem se atribuir a autoria do documento, lance em folha de papel, por cópia, ou
sob ditado, dizeres diferentes, para fins de comparação.
Art. 435. A parte, que desejar esclarecimento do perito e do assistente técnico,
requererá ao juiz que mande intimá-lo a comparecer à audiência, formulando
desde logo as perguntas, sob forma de quesitos.
Parágrafo único. O perito e o assistente técnico só estarão obrigados a prestar
os esclarecimentos a que se refere este artigo, quando intimados 5 (cinco) dias
antes da audiência.
Art. 436. O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar a sua
convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos.
Art. 437. O juiz poderá determinar, de ofício ou a requerimento da parte, a
realização de nova perícia, quando a matéria não lhe parecer suficientemente
esclarecida.
Art. 438. A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre que recaiu a
primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a
que esta conduziu.
Art. 439. A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a
primeira.
Parágrafo único. A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz
apreciar livremente o valor de uma e outra.
SEÇÃO VIII
DA INSPEÇÃO JUDICIAL
Art. 440. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do
processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato, que
interesse à decisão da causa.
Art. 441. Ao realizar a inspeção direta, o juiz poderá ser assistido de um ou mais
peritos.
Art. 442. O juiz irá ao local, onde se encontre a pessoa ou coisa, quando:
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que

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deva observar;
II - a coisa não puder ser apresentada em juízo, sem consideráveis despesas ou
graves dificuldades;
III - determinar a reconstituição dos fatos.
Parágrafo único. As partes têm sempre direito a assistir à inspeção, prestando
esclarecimentos e fazendo observações que reputem de interesse para a causa.
Art. 443. Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado,
mencionando nele tudo quanto for útil ao julgamento da causa. (Redação dada ao
caput pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Parágrafo único. O auto poderá ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia.
CAPÍTULO VII
DA AUDIÊNCIA

SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 444. A audiência será pública; nos casos de que trata o artigo 155, realizar-
se-á a portas fechadas.
Art. 445. O juiz exerce o poder de polícia, competindo-lhe:

I - manter a ordem e o decoro na audiência;


II - ordenar que se retirem da sala da audiência os que se comportarem
inconvenientemente;
III - requisitar, quando necessário, a força policial.
Art. 446. Compete ao juiz em especial:

I - dirigir os trabalhos da audiência;


II - proceder direta e pessoalmente à colheita das provas;
III - exortar os advogados e o órgão do Ministério Público a que discutam a causa
com elevação e urbanidade.
Parágrafo único. Enquanto depuserem as partes, o perito, os assistentes
técnicos e as testemunhas, os advogados não podem intervir ou apartar, sem
licença do juiz.
SEÇÃO II
DA CONCILIAÇÃO
Art. 447. Quando o litígio versar sobre direitos patrimoniais de caráter privado, o
juiz, de ofício, determinará o comparecimento das partes ao início da audiência de
instrução e julgamento.
Parágrafo único. Em causas relativas à família, terá lugar igualmente a
conciliação, nos casos e para os fins em que a lei consente a transação.
Art. 448. Antes de iniciar a instrução, o juiz tentará conciliar as partes. Chegando
a acordo, o juiz mandará tomá-lo por termo.
Art. 449. O termo de conciliação, assinado pelas partes e homologado pelo juiz,
terá valor de sentença.

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SEÇÃO III
DA INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
Art. 450. No dia e hora designados, o juiz declarará aberta a audiência,
mandando apregoar as partes e os seus respectivos advogados.
Art. 451. Ao iniciar a instrução, o juiz, ouvidas as partes, fixará os pontos
controvertidos sobre que incidirá a prova.
Art. 452. As provas serão produzidas na audiência nesta ordem:

I - o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de


esclarecimento, requeridos no prazo e na forma do artigo 435;
II - o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu;
III - finalmente, serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu.
Art. 453. A audiência poderá ser adiada:

I - por convenção das partes, caso em que só será admissível uma vez;
II - se não puderem comparecer, por motivo justificado, o perito, as partes, as
testemunhas ou os advogados.
§ 1º. Incumbe ao advogado provar o impedimento até a abertura da audiência;
não o fazendo, o juiz procederá à instrução.
§ 2º. Pode ser dispensada pelo juiz a produção das provas requeridas pela parte
cujo advogado não comparecer à audiência.
§ 3º. Quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas.
Art. 454. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e ao do
réu, bem como ao órgão do Ministério Público, sucessivamente, pelo prazo de 20
(vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez), a critério do juiz.
§ 1º. Havendo litisconsorte ou terceiro, o prazo, que formará com o da
prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não
convencionarem de modo diverso.
§ 2º. No caso previsto no artigo 56, o opoente sustentará as suas razões em
primeiro lugar, seguindo-se-lhe os opostos, cada qual pelo prazo de 20 (vinte)
minutos.
§ 3º. Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o
debate oral poderá ser substituído por memoriais, caso em que o juiz designará
dia e hora para o seu oferecimento.
Art. 455. A audiência é una e contínua. Não sendo possível concluir, num só dia,
a instrução, o debate e o julgamento, o juiz marcará o seu prosseguimento para
dia próximo.
Art. 456. Encerrado o debate ou oferecidos os memoriais, o juiz proferirá a
sentença desde logo ou no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada ao artigo pela
Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 457. O escrivão lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o
ocorrido na audiência, bem como por extenso, os despachos e a sentença, se esta
for proferida no ato.

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§ 1º. Quando o termo for datilografado, o juiz lhe rubricará as folhas, ordenando
que sejam encadernadas em volume próprio.
§ 2º. Subscreverão o termo o juiz, os advogados, o órgão do Ministério Público e
o escrivão.
§ 3º. O escrivão trasladará para os autos cópia autêntica do termo de audiência.
CAPÍTULO VIII
DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA

SEÇÃO I
DOS REQUISITOS E DOS EFEITOS DA SENTENÇA
Art. 458. São requisitos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta
do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do
processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes lhe
submeterem.
Art. 459. O juiz proferirá sentença, acolhendo ou rejeitando, no todo ou em parte,
o pedido formulado pelo autor. Nos casos de extinção do processo sem
julgamento do mérito, o juiz decidirá em forma concisa.
Parágrafo único. Quando o autor tiver formulado pedido certo, é vedado ao juiz
proferir sentença ilíquida.
Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa
da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto
diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único. A sentença deve ser certa, ainda quando decida relação jurídica
condicional. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994)
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou
não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o
pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente
ao do adimplemento.
§ 1º. A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o
requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático
correspondente.
§ 2º. A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (artigo
287)
§ 3º. Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de
ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou
mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada
ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada.
§ 4º. O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor
multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou
compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do

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preceito.
§ 5º. Para a efetivação da tutela específica ou para a obtenção do resultado
prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as
medidas necessárias, tais como a busca e apreensão, remoção de pessoas e
coisas, desfazimento de obras, impedimento de atividade nociva, além da
requisição de força policial. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.952, de
13.12.1994)
Art. 462. Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo
ou extintivo do direito influir no julgamento da lide, caberá ao juiz tomá-lo em
consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a
sentença. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 463. Ao publicar a sentença de mérito, o juiz cumpre e acaba o ofício
jurisdicional, só podendo alterá-la:
I - para lhe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais,
ou lhe retificar erros de cálculo;
II - por meio de embargos de declaração.
Art. 464. (Revogado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Art. 465. (Revogado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Art. 466. A sentença que condenar o réu no pagamento de uma prestação,
consistente em dinheiro ou em coisa, valerá como título constitutivo de hipoteca
judiciária, cuja inscrição será ordenada pelo juiz na forma prescrita na Lei de
Registros Públicos.
Parágrafo único. A sentença condenatória produz a hipoteca judiciária:
I - embora a condenação seja genérica;
II - pendente arresto de bens do devedor;
III - ainda quando o credor possa promover a execução provisória da sentença.
SEÇÃO II
DA COISA JULGADA
Art. 467. Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e
indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.
Art. 468. A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos
limites da lide e das questões decididas.
Art. 469. Não fazem coisa julgada:
I - os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte
dispositiva da sentença;
II - a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença;
III - a apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo.
Art. 470. Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão prejudicial, se a
parte o requerer (artigos 5º e 325), o juiz for competente em razão da matéria e
constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide.

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Art. 471. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à
mesma lide, salvo:
I - se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio modificação no
estado de fato ou de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi
estatuído na sentença;
II - nos demais casos prescritos em lei.
Art. 472. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não
beneficiando, nem prejudicando terceiros. Nas causas relativas ao estado de
pessoa, se houverem sido citados no processo, em litisconsórcio necessário,
todos os interessados, a sentença produz coisa julgada em relação a terceiros.
Art. 473. É defeso à parte discutir, no curso do processo, as questões já
decididas, a cujo respeito se operou a preclusão.
Art. 474. Passada em julgado a sentença de mérito, reputar-se-ão deduzidas e
repelidas todas as alegações e defesas, que a parte poderia opor assim ao
acolhimento como à rejeição do pedido.
Art. 475. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão
depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
I - que anular o casamento;
II - proferida contra a União, o Estado e o Município;
III - que julgar improcedente a execução de dívida ativa da Fazenda Pública
(artigo 585, VI).
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz ordenará a remessa dos
autos ao tribunal, haja ou não apelação voluntária da parte vencida; não o
fazendo, poderá o presidente do tribunal avocá-los.
TÍTULO IX
DO PROCESSO NOS TRIBUNAIS

CAPÍTULO I
DA UNIFORMIZAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA

Art. 476. Compete a qualquer juiz, ao dar voto na turma, câmara, ou grupo de
câmaras, solicitar o pronunciamento prévio do tribunal acerca da interpretação do
direito quando:
I - verificar que, a seu respeito, ocorre divergência;
II - no julgamento recorrido a interpretação for diversa da que lhe haja dado outra
turma, câmara, grupo de câmaras ou câmaras cíveis reunidas.
Parágrafo único. A parte poderá, ao arrazoar o recurso ou em petição avulsa,
requerer, fundamentadamente, que o julgamento obedeça ao disposto neste
artigo.
Art. 477. Reconhecida a divergência, será lavrado o acórdão, indo os autos ao
presidente do tribunal para designar a sessão de julgamento. A secretaria

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distribuirá a todos os juízes cópia do acórdão.
Art. 478. O tribunal, reconhecendo a divergência, dará a interpretação a ser
observada, cabendo a cada juiz emitir o seu voto em exposição fundamentada.
Parágrafo único. Em qualquer caso, será ouvido o chefe do Ministério Público
que funciona perante o tribunal.
Art. 479. O julgamento, tomado pelo voto da maioria absoluta dos membros que
integram o tribunal, será objeto de súmula e constituirá precedente na
uniformização da jurisprudência.
Parágrafo único. Os regimentos internos disporão sobre a publicação no órgão
oficial das súmulas de jurisprudência predominante.
CAPÍTULO II
DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE

Art. 480. Argüida a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder


público, o relator, ouvido o Ministério Público, submeterá a questão à turma ou
câmara, a que tocar o conhecimento do processo.
Art. 481. Se a alegação for rejeitada, prosseguirá o julgamento; se for acolhida,
será lavrado o acórdão, a fim de ser submetida a questão ao tribunal pleno.
Parágrafo único. Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário,
ou ao órgão especial, a argüição de inconstitucionalidade, quando já houver
pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a
questão. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998, DOU
18.12.1998)
Art. 482. Remetida a cópia do acórdão a todos os juízes, o presidente do tribunal
designará a sessão de julgamento.
§ 1º O Ministério Público e as pessoas jurídicas de direito público responsáveis
pela edição do ato questionado, se assim o requererem, poderão manifestar-se no
incidente de inconstitucionalidade, observados os prazos e condições fixados no
Regimento Interno do Tribunal. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.868, de
10.11.1999, DOU 11.11.1999)
§ 2º Os titulares do direito de propositura referidos no artigo 103 da Constituição
poderão manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de
apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, no prazo fixado em
Regimento, sendo-lhes assegurado o direito de apresentar memoriais ou de pedir
a juntada de documentos. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.868, de
10.11.1999, DOU 11.11.1999)
§ 3º O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos
postulantes, poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros
órgãos ou entidades. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.868, de 10.11.1999,
DOU 11.11.1999)
CAPÍTULO III
DA HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA

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Art. 483. A sentença proferida por tribunal estrangeiro não terá eficácia no Brasil
senão depois de homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. A homologação obecederá ao que dispuser o Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal.
Art. 484. A execução far-se-á por carta de sentença extraída dos autos da
homologação e obedecerá às regras estabelecidas para a execução da sentença
nacional da mesma natureza.
CAPÍTULO IV
DA AÇÃO RESCISÓRIA

Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida


quando:
I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de
colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar literal disposição de lei;
VI - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal
ou seja provada na própria ação rescisória;
VII - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência
ignorava, ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar
pronunciamento favorável;
VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em
que se baseou a sentença;
IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa;
§ 1º. Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando
considerar inexistente um fato efetivamente ocorrido.
§ 2º. É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido controvérsia,
nem pronunciamento judicial sobre o fato.
Art. 486. Os atos judiciais, que não dependem de sentença, ou em que esta for
meramente homologatória, podem ser rescindidos, como os atos jurídicos em
geral, nos termos da lei civil.
Art. 487. Tem legitimidade para propor ação:
I - quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular;
II - o terceiro juridicamente interessado;
III - o Ministério Público:
a) se não foi ouvido no processo, em que lhe era obrigatória a intervenção;
b) quando a sentença é o efeito de colusão das partes, a fim de fraudar a lei.
Art. 488. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos
essenciais do artigo 282, devendo o autor:
I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento da causa;

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II - depositar a importância de 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa, a
título de multa, caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada
inadmissível, ou improcedente.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no nº II à União, ao Estado, ao
Município e ao Ministério Público.
Art. 489. A ação rescisória não suspende a execução da sentença rescindenda.
Art. 490. Será indeferida a petição inicial:

I - nos casos previstos no artigo 295;


II - quando não efetuado o depósito, exigido pelo artigo 488, II.
Art. 491. O relator mandará citar o réu, assinando-lhe prazo nunca inferior a 15
(quinze) dias nem superior a 30 (trinta) para responder aos termos da ação. Findo
o prazo com ou sem resposta, observar-se-á no que couber o disposto no Livro I,
Título VIII, Capítulo IV e V.
Art. 492. Se os fatos alegados pelas partes dependerem de prova, o relator
delegará a competência ao juiz de direito da comarca onde deva ser produzida,
fixando prazo de 45 (quarenta e cinco) a 90 (noventa) dias para a devolução dos
autos.
Art. 493. Concluída a instrução, será aberta vista, sucessivamente, ao autor e ao
réu, pelo prazo de 10 (dez) dias, para razões finais. Em seguida, os autos subirão
ao relator, procedendo-se ao julgamento:
I - no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Federal de Recursos, na forma
dos seus Regimentos Internos;
II - nos Estados, conforme dispuser a norma de Organização Judiciária.
Art. 494. Julgando procedente a ação, o tribunal rescindirá a sentença, proferirá,
se for o caso, novo julgamento e determinará a restituição do depósito; declarando
inadmissível ou improcedente a ação, a importância do depósito reverterá a favor
do réu, sem prejuízo do disposto no artigo 20.
Art. 495. O direito de propor ação rescisória se extingue em 2 (dois) anos,
contados do trânsito em julgamento da decisão.

TÍTULO X
DOS RECURSOS

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 496. São cabíveis os seguintes recursos: (Redação dada pela Lei nº 8.038,
de 28.05.1990)
I - apelação; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.038, de 28.05.1990)
II - agravo; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
III - embargos infringentes; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.038, de

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28.05.1990)
IV - embargos de declaração; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.038, de
28.05.1990)
V - recurso ordinário; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.038, de 28.05.1990)
VI - recurso especial; (Inciso acrescentado pela Lei nº 8.038, de 28.05.1990)
VII - recurso extraordinário; (Inciso acrescentado pela Lei nº 8.038, de
28.05.1990)
VIII - embargos de divergência em recurso especial e em recurso extraordinário.
(Inciso acrescentado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Art. 497. O recurso extraordinário e o recurso especial não impedem a execução
da sentença; a interposição do agravo de instrumento não obsta ao andamento do
processo, ressalvado o disposto no artigo 558 desta Lei. (Redação dada ao artigo
pela Lei nº 8.038, de 28.05.1990)
Art. 498. Quando o dispositivo do acórdão contiver julgamento por maioria de
votos e julgamento unânime e forem interpostos simultaneamente embargos
infringentes e recurso extraordinário ou recurso especial, ficarão estes
sobrestados até julgamento daquele. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.038,
de 28.05.1990)
Art. 499. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro
prejudicado e pelo Ministério Público.
§ 1º. Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo de interdependência entre o seu
interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial.
§ 2º. O Ministério Público tem legitimidade para recorrer assim no processo em
que é parte, como naqueles em que oficiou como fiscal da lei.
Art. 500. Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e
observadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso
interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo fica
subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes:
I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso
principal, no prazo de que a parte dispõe para responder; (Redação dada ao inciso
pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso
extraordinário e no recurso especial; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.038,
de 28.05.1990)
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele
declarado inadmissível ou deserto.
Parágrafo único. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso
independente, quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no
tribunal superior.
Art. 501. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou
dos litisconsortes, desistir do recurso.
Art. 502. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra
parte.

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Art. 503. A parte, que aceitar expressa ou tacitamente a sentença ou a decisão,
não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem reserva alguma, de
um ato incompatível com a vontade de recorrer.
Art. 504. Dos despachos de mero expediente não cabe recurso.
Art. 505. A sentença pode ser impugnada no todo ou em parte.
Art. 506. O prazo para a interposição do recurso, aplicável em todos os casos o
disposto no artigo 184 e seus parágrafos, contar-se-á da data:
I - da leitura da sentença em audiência;
II - da intimação às partes, quando a sentença não for proferida em audiência;
III - da publicação da súmula do acórdão no órgão oficial.
Parágrafo único. No prazo para a interposição do recurso, a petição será
protocolada em cartório ou segundo a norma de organização judiciária, ressalvado
o disposto no artigo 24. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Art. 507. Se, durante o prazo para a interposição do recurso, sobrevier o
falecimento da parte ou de seu advogado, ou ocorrer motivo de força maior, que
suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do
herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da
intimação.
Art. 508. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no
recurso especial, extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para
interpor e para responder é de 15 (quinze) dias. (Redação dada ao artigo pela Lei
nº 8.950, de 13.12.1994)
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 6.314, de 16.12.1975)
Art. 509. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo
se distintos ou opostos os seus interesses.
Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recurso interposto por um
devedor aproveitará aos outros, quando as defesas opostas ao credor lhes forem
comuns.
Art. 510. Transitado em julgado o acórdão, o escrivão, ou secretário,
independentemente de despacho, providenciará a baixa dos autos ao juízo de
origem, no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 511. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando
exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de
remessa e de retorno, sob pena de deserção. (NR)
§ 1º. São dispensados de preparo os recursos interpostos pelo Ministério Público,
pela União, pelos Estados e Municípios e respectivas autarquias, e pelos que
gozam de isenção legal.
§ 2º. A insuficiência no valor do preparo implicará deserção, se o recorrente,
intimado, não vier a supri-lo no prazo de cinco dias. (Redação dada ao artigo pela
Lei nº 9.756, de 17.12.1998, DOU 18.12.1998)

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Art. 512. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a sentença ou a decisão
recorrida no que tiver sido objeto de recurso.
CAPÍTULO II
DA APELAÇÃO

Art. 513. Da sentença caberá apelação (artigos 267 e 269).


Art. 514. A apelação, interposta por petição dirigida ao juiz, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - os fundamentos de fato e de direito;
III - o pedido de nova decisão.
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria
impugnada.
§ 1º. Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as
questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha
julgado por inteiro.
§ 2º. Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher
apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
Art. 516. Ficam também submetidas ao tribunal as questões anteriores à
sentença, ainda não decididas. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.950, de
13.12.1994)
Art. 517. As questões de fato, não propostas no juízo inferior, poderão ser
suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de
força maior.
Art. 518. Interposta a apelação, o juiz, declarando os efeitos em que a recebe,
mandará dar vista ao apelado para responder.
Parágrafo único. Apresentada a resposta, é facultado ao juiz o reexame dos
pressupostos de admissibilidade do recurso. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
8.950, de 13.12.1994)
Art. 519. Provando o apelante justo impedimento, o juiz relevará a pena de
deserção, fixando-lhe prazo para efetuar o preparo.
Parágrafo único. A decisão referida neste artigo será irrecorrível, cabendo ao
tribunal apreciar-lhe a legitimidade. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.950, de
13.12.1994)
Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será,
no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que:
I - homologar a divisão ou a demarcação;
II - condenar à prestação de alimentos;
III - julgar a liquidação de sentença;
IV - decidir o processo cautelar;

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V - rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
VI - julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem. (Inciso acrescentado
pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)
Art. 521. Recebida a apelação em ambos os efeitos, o juiz não poderá inovar no
processo; recebida só no efeito devolutivo, o apelado poderá promover, desde
logo, a execução provisória da sentença, extraindo a respectiva carta.
CAPÍTULO III
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Art. 522. Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias,
retido nos autos ou por instrumento.
Parágrafo único. O agravo retido independe de preparo. (Redação dada ao artigo
pela Lei nº 9.139, de 30.11.1995, com vigência a partir de 30.01.1996)
Art. 523. Na modalidade de agravo retido o agravante requererá que o tribunal
dele conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação.
§ 1º. Não se conhecerá do agravo se a parte não requerer expressamente, nas
razões ou na resposta da apelação, sua apreciação pelo Tribunal.
§ 2º. Interposto o agravo, o juiz poderá reformar sua decisão, após ouvida a parte
contrária, em 5 (cinco) dias.
§ 3º. Das decisões interlocutórias proferidas em audiência admitir-se-á
interposição oral do agravo retido, a constar do respectivo termo, expostas
sucintamente as razões que justifiquem o pedido de nova decisão.
§ 4º. Será sempre retido o agravo das decisões posteriores à sentença, salvo
caso de inadmissão da apelação. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.139, de
30.11.1995, com vigência a partir de 30.01.1996)
Art. 524. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal
competente, através de petição com os seguintes requisitos:
I - a exposição do fato e do direito;
II - as razões do pedido de reforma da decisão;
III - o nome e o endereço completo dos advogados, constantes do processo.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.139, de 30.11.1995, com vigência a partir
de 30.01.1996)
Art. 525. A petição de agravo de instrumento será instruída:
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva
intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do
agravado;
II - facultativamente, com outras peças que o agravante entender úteis.
§ 1º. Acompanhará a petição o comprovante de pagamento das respectivas
custas e do porte de retorno, quando devidos, coforme tabela que será publicada
pelos tribunais.
§ 2º. No prazo do recurso, a petição será protocolada no tribunal, ou postada no
correio sob registro com aviso de recebimento, ou, ainda, interposta por outra

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forma prevista na lei local. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.139, de
30.11.1995, com vigência a partir de 30.01.1996)
Art. 526. O agravante, no prazo de três dias, requererá juntada, aos autos do
processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua
interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.139, de 30.11.1995, com vigência a partir
de 30.01.1996)
Art. 527. Recebido o agravo de instrumento no tribunal, e distribuído incontinenti,
se não for caso de indeferimento liminar (artigo 557), o relator:
I - poderá requisitar informações ao juiz da causa, que as prestará no prazo de
10 (dez) dias;
II - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso (artigo 558), comunicando ao juiz
tal decisão;
III - intimará o agravado, na mesma oportunidade, por ofício dirigido ao seu
advogado, sob registro e com aviso de recebimento, para que responda no prazo
de 10 (dez) dias, facultando-lhe juntar cópias das peças que entender
convenientes; nas comarcas sede de tribunal, a intimação far-se-á pelo órgão
oficial;
IV - ultimadas as providências dos incisos anteriores, mandará ouvir o Ministério
Público, se for o caso, no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. Na sua resposta, o agravado observará o disposto no § 2º do
artigo 525. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.139, de 30.11.1995, com
vigência a partir de 30.01.1996)
Art. 528. Em prazo não superior a 30 (trinta) dias da intimação do agravado, o
relator pedirá dia para julgamento. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.139, de
30.11.1995, com vigência a partir de 30.01.1996)
Art. 529. Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator
considerará prejudicado o agravo. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.139, de
30.11.1995, com vigência a partir de 30.01.1996)
CAPÍTULO IV
DOS EMBARGOS INFRINGENTES

Art. 530. Cabem embargos infringentes quando não for unânime o julgado
proferido em apelação e em ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os
embargos serão restritos à matéria objeto da divergência.
Art. 531. Compete ao relator do acórdão embargado apreciar a admissibilidade
do recurso. (Redação dada ao caput pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Art. 532. Da decisão que não admitir os embargos caberá agravo, em cinco dias,
para o órgão competente para o julgamento do recurso. (Redação dada ao artigo
pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Art. 533. Admitidos os embargos, proceder-se-á ao sorteio de novo relator.

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Parágrafo único. A escolha do relator recairá, quando possível, em juiz que não
haja participado do julgamento da apelação ou da ação rescisória. (Redação dada
ao artigo pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Art. 534. Sorteado o relator e independentemente de despacho, a secretaria
abrirá vista ao embargado para a impugnação.
Parágrafo único. Impugnados os embargos, serão os autos conclusos ao relator
e ao revisor pelo prazo de 15 (quinze) dias para cada um, seguindo-se o
julgamento.
CAPÍTULO V
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Art. 535. Cabem embargos de declaração quando:


I - houver na sentença ou no acórdão obscuridade ou contradição;
II - for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal. (Redação
dada ao artigo pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Art. 536. Os embargos serão opostos, no prazo de cinco dias, em petição
dirigida ao juiz ou relator, com indicação do ponto obscuro, contraditório ou
omisso, não estando sujeitos a preparo. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
8.950, de 13.12.1994)
Art. 537. O juiz julgará os embargos em cinco dias; nos tribunais, o relator
apresentará os embargos em mesa na sessão subseqüente, proferindo voto.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Art. 538. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição
de outros recursos, por qualquer das partes.
Parágrafo único. Quando manifestamente protelatórios os embargos, o juiz ou o
tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado
multa não excedente de um por cento sobre o valor da causa. Na reiteração de
embargos protelatórios, a multa é elevada a até dez por cento, ficando
condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor
respectivo. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
CAPÍTULO VI
DOS RECURSOS PARA O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E STJ

SEÇÃO I
DOS RECURSOS ORDINÁRIOS
Art. 539. Serão julgados em recurso ordinário:

I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e


os mandados de injunção decididos em única instância pelos Tribunais
Superiores, quando denegatória a decisão;
II - pelo Superior Tribunal de Justiça:
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais

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Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e
Territórios, quando denegatória a decisão;
b) as causas em forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo
internacional e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
Parágrafo único. Nas causas referidas no inciso II, alínea b, caberá agravo das
decisões interlocutórias. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.950, de
13.12.1994)
Art. 540. Aos recursos mencionados no artigo anterior aplica-se, quanto aos
requisitos de admissibilidade e ao procedimento no juízo de origem, o disposto
nos Capítulos II e III deste Título, observando-se, no Supremo Tribunal Federal e
no Superior Tribunal de Justiça, o disposto nos seus Regimentos Internos.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994))
SEÇÃO II
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO E DO RECURSO ESPECIAL
Art. 541. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na
Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente
do tribunal recorrido, em petições distintas, que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma da decisão recorrida;
Parágrafo único. Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o
recorrente fará a prova da divergência mediante certidão, cópia autenticada ou
pela citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado em que tiver
sido publicada a decisão divergente, mencionando as circunstâncias que
identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. (Artigo revogado pela Lei nº
8.038, de 28.05.1990 e revigorado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Art. 542. Recebida a petição pela secretaria do tribunal e aí protocolada, será
intimado o recorrido, abrindo-se-lhe vista para apresentar contra-razões.
§ 1º. Findo esse prazo, serão os autos conclusos para admissão ou não do
recurso, no prazo de quinze dias, em decisão fundamentada.
§ 2º. Os recursos extraordinário e especial serão recebidos no efeito devolutivo.
(Artigo revogado pela Lei nº 8.038, de 28.05.1990 e revigorado pela Lei nº 8.950,
de 13.12.1994)
§ 3º. O recurso extraordinário, ou o recurso especial, quando interpostos contra
decisão interlocutória em processo de conhecimento, cautelar, ou embargos à
execução ficará retido nos autos e somente será processado se o reiterar a parte,
no prazo para a interposição do recurso contra a decisão final, ou para as contra-
razões. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998, DOU
18.12.1998)
Art. 543. Admitidos ambos os recursos, os autos serão remetidos ao Superior
Tribunal de Justiça.
§ 1º. Concluído o julgamento do recurso especial, serão os autos remetidos ao
Supremo Tribunal Federal, para apreciação do recurso extraordinário, se este não

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estiver prejudicado.
§ 2º. Na hipótese de o relator do recurso especial considerar que o recurso
extraordinário é prejudicial àquele, em decisão irrecorrível, sobrestará o seu
julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal, par o julgamento do
recurso extraordinário.
§ 3º. No caso do parágrafo anterior, se o relator do recurso extraordinário, em
decisão irrecorrível, não considerar prejudicial, devolverá os autos ao Superior
Tribunal de Justiça, para o julgamento do recurso especial. (Artigo revogado pela
Lei nº 8.038, de 28.05.1990 e revigorado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
Art. 544. Não admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, caberá
agravo de instrumento, no prazo de dez dias, para o Supremo Tribunal Federal ou
para o Superior Tribunal de Justiça, conforme o caso.
§ 1º. O agravo de instrumento será instruído com as peças apresentadas pelas
partes, devendo constar, obrigatoriamente, sob pena de não conhecimento, cópia
do acórdão recorrido, da petição de interposição do recurso denegado, das contra-
razões, da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das
procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado.
§ 2º. Distribuído e processado o agravo na forma regimental, o relator proferirá
decisão.
§ 3º. Poderá o relator, se o acórdão recorrido estiver em confronto com a súmula
ou jurisprudência dominante do Superior Tribunal de Justiça, conhecer do agravo
para dar provimento ao próprio recurso especial; poderá ainda, se o instrumento
contiver os elementos necessários ao julgamento do mérito, determinar sua
conversão, observando-se, daí por diante, o procedimento relativo ao recurso
especial. (NR) (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998,
DOU 18.12.1998)
§ 4º. O disposto no parágrafo anterior aplica-se também ao agravo de
instrumento contra denegação de recurso extraordinário, salvo quando, na mesma
causa, houver recurso especial admitido e que deva ser julgado em primeiro lugar.
(Artigo revogado pela Lei nº 8.038, de 28.05.1990 e revigorado pela Lei nº 8.950,
de 13.12.1994)
Art. 545. Da decisão do relator que não admitir o agravo de instrumento, negar-
lhe provimento ou reformar o acórdão recorrido, caberá agravo no prazo de cinco
dias, ao órgão competente para o julgamento do recurso, observado o disposto
nos §§ 1º e 2º do artigo 557. (NR) (Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.756, de
17.12.1998, DOU 18.12.1998)
Art. 546. É embargável a decisão de turma que:

I - em recurso especial, divergir do julgamento de outra turma, da seção ou do


órgão especial;
II - em recurso extraordinário, divergir do julgamento da outra turma ou do
plenário.
Parágrafo único. Observar-se-á, no recurso de embargos, o procedimento
estabelecido no regimento interno. (Artigo revogado pela Lei nº 8.038, de
28.05.1990 e revigorado pela Lei nº 8.950, de 13.12.1994)
CAPÍTULO VII

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DA ORDEM DOS PROCESSOS NO TRIBUNAL

Art. 547. Os autos remetidos ao tribunal serão registrados no protocolo no dia de


sua entrada, cabendo à secretaria verificar-lhes a numeração das folhas e ordená-
los para distribuição.
Art. 548. Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento interno do tribunal,
observando-se os princípios da publicidade, da alternatividade e do sorteio.
Art. 549. Distribuídos, os autos subirão, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, à
conclusão do relator, que, depois de estudá-los, os restituirá à secretaria com o
seu "visto".
Parágrafo único. O relator fará nos autos uma exposição dos pontos
controvertidos sobre que versar o recurso.
Art. 550. Os recursos interpostos nas causas de procedimento sumário deverão
ser julgados no tribunal, dentro de 40 (quarenta) dias. (Redação adequada aos
termos da Lei nº 9.245, de 26.12.1995)
Art. 551. Tratando-se de apelação, de embargos infringentes e de ação
rescisória, os autos serão conclusos ao revisor.
§ 1º. Será revisor o juiz que se seguir ao relator na ordem descendente de
antigüidade.
§ 2º. O revisor aporá nos autos o seu "visto", cabendo-lhe pedir dia para
julgamento.
§ 3º. Nos recursos interpostos nas causas de procedimento sumários, de despejo
e nos casos de indeferimento liminar da petição inicial, não haverá revisor.
(Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.950 de 13.12.1994)
Art. 552. Os autos serão, em seguida, apresentados ao presidente, que
designará dia para julgamento, mandando publicar a pauta no órgão oficial.
§ 1º. Entre a data da publicação da pauta e a sessão de julgamento medirá, pelo
menos, o espaço de 48 (quarenta e oito) horas.
§ 2º. Afixar-se-á a pauta na entrada da sala em que se realizar a sessão de
julgamento.
§ 3º. Salvo caso de força maior, participará do julgamento do recurso o juiz que
houver lançado o "visto" nos autos.
Art. 553. Nos embargos infringentes e na ação rescisória, devolvidos os autos
pelo relator, a secretaria do tribunal expedirá cópias autenticadas do relatório e as
distribuirá entre os juízes que compuserem o tribunal competente para o
julgamento.
Art. 554. Na sessão de julgamento, depois de feita a exposição da causa pelo
relator, o presidente, se o recurso não for de embargos declaratórios ou de agravo
de instrumento, dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente e ao recorrido, pelo
prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem
as razões do recurso.

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Art. 555. O julgamento da turma ou câmara será tomado pelo voto de três juízes,
seguindo-se ao do relator o do revisor e o do terceiro juiz.
Parágrafo único. É facultado a qualquer juiz, que tiver assento na turma ou
câmara, pedir vista, por uma sessão, se não estiver habilitado a proferir
imediatamente o seu voto.
Art. 556. Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento,
designando para redigir o acórdão o relator, ou, se este for vencido, o autor do
primeiro voto vencedor.
Art. 557. O relator negará seguimento a recurso manifestamente inadmissível,
improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência
dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal
Superior. (NR)
§ 1º-A. Se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou
com jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal
Superior, o relator poderá dar provimento ao recurso.
§ 1º. Da decisão caberá agravo, no prazo de cinco dias, ao órgão competente
para o julgamento do recurso, e, se não houver retratação, o relator apresentará o
processo em mesa, proferindo voto; provido o agravo, o recurso terá seguimento.
(NR)
§ 2º. Quando manifestamente inadmissível ou infundado o agravo, o tribunal
condenará o agravante a pagar ao agravado multa entre um e dez por cento do
valor corrigido da causa, ficando a interposição de qualquer outro recurso
condicionada ao depósito do respectivo valor. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
9.756, de 17.12.1998, DOU 18.12.1998)
Art. 558. O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos de prisão
civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheiro sem caução idônea
e em outros casos dos quais possa resultar lesão grave e de difícil reparação,
sendo relevante a fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o
pronunciamento definitivo da turma ou câmara. (Redação dada pela Lei nº 9.139,
de 30.11.1995, com vigência a partir de 30.01.1996)
Parágrafo único. Aplicar-se-á o disposto neste artigo às hipóteses do artigo 520.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 9.139, de 30.11.1995, com vigência a partir
de 30.01.1996)
Art. 559. A apelação não será incluída em pauta antes do agravo de instrumento
interposto no mesmo processo.
Parágrafo único. Se ambos os recursos houverem de ser julgados na mesma
sessão, terá precedência o agravo.
Art. 560. Qualquer questão preliminar suscitada no julgamento será decidida
antes do mérito, deste não se conhecendo se incompatível com a decisão
daquela.
Parágrafo único. Versando a preliminar sobre nulidade suprível, o tribunal,
havendo necessidade, converterá o julgamento em diligência, ordenando a
remessa dos autos ao juiz, a fim de ser sanado o vício. (Redação dada ao

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parágrafo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 561. Rejeitada a preliminar, ou se com ela for compatível a apreciação do
mérito, seguir-se-ão a discussão e julgamento da matéria principal, pronunciando-
se sobre esta os juízes vencidos na preliminar.
Art. 562. Preferirá aos demais o recurso cujo julgamento tenha sido iniciado.
Art. 563. Todo acórdão conterá ementa. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
8.950, de 13.12.1994))
Art. 564. Lavrado o acórdão, serão as suas conclusões publicadas no órgão
oficial dentro de 10 (dez) dias.
Art. 565. Desejando proferir sustentação oral, poderão os advogados requerer
que na sessão imediata seja o feito julgado em primeiro lugar, sem prejuízo das
preferências legais.
Parágrafo único. Se tiverem subscrito o requerimento os advogados de todos os
interessados, a preferência será concedida para a própria sessão.
LIVRO II
DO PROCESSO DE EXECUÇÃO

TÍTULO I
DA EXECUÇÃO EM GERAL

CAPÍTULO I
DAS PARTES

Art. 566. Podem promover a execução forçada:

I - o credor a quem a lei confere título executivo;


II - o Ministério Público, nos casos prescritos em lei.
Art. 567. Podem também promover a execução, ou nela prosseguir:

I - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte


deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;
II - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe foi transferido
por ato entre vivos;
III - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
Art. 568. São sujeitos passivos na execução: (Redação dada pela Lei nº 5.925,
de 01.10.1973)
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
III - o novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação
resultante do título executivo;
IV - o fiador judicial;

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V - o responsável tributário, assim definido na legislação própria.
Art. 569. O credor tem a faculdade de desistir de toda a execução ou de apenas
algumas medidas executivas.
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
a) serão extintos os embargos que versarem apenas sobre questões
processuais, pagando o credor as custas e os honorários advocatícios;
b) nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do embargante.
(Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994)
Art. 570. O devedor pode requerer ao juiz que mande citar o credor a receber em
juízo o que lhe cabe conforme o título executivo judicial, neste caso, o devedor
assume, no processo, posição idêntica à do exeqüente.
Art. 571. Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, este
será citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro em 10 (dez) dias,
se outro prazo não lhe foi determinado em lei, no contrato, ou na sentença.
§ 1º. Devolver-se-á ao credor a opção, se o devedor não a exercitou no prazo
marcado.
§ 2º. Se a escolha couber ao credor, este a indicará na petição inicial da
execução.
Art. 572. Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita à condição ou termo, o
credor não poderá executar a sentença sem provar que se realizou a condição ou
que ocorreu o termo.
Art. 573. É lícito ao credor, sendo o mesmo o devedor, cumular várias
execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, desde que para todas elas
seja competente o juiz e idêntica a forma do processo.
Art. 574. O credor ressarcirá ao devedor os danos que este sofreu, quando a
sentença, passada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a
obrigação, que deu lugar à execução.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA

Art. 575. A execução, fundada em título judicial, processar-se-á perante:

I - os tribunais superiores, nas causas de sua competência originária;


II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;
III - o juízo que homologou a sentença arbitral;
IV - o juízo cível competente, quando o título executivo for a sentença penal
condenatória.
Art. 576. A execução, fundada em título extrajudicial, será processada perante o
juízo competente, na conformidade do disposto no Livro I, Título IV, Capítulos II e
III.
Art. 577. Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os atos
executivos e os oficiais de justiça os cumprirão.

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Art. 578. A execução fiscal (artigo 585, VI) será proposta no foro do domicílio do
réu; se não o tiver, no de sua residência ou do lugar onde for encontrado.
Parágrafo único. Na execução fiscal, a Fazenda Pública poderá escolher o foro
de qualquer um dos devedores, quando houver mais de um, ou o foro de qualquer
dos domicílios do réu; a ação poderá ainda ser proposta no foro do lugar em que
se praticou o ato ou ocorreu o fato que deu origem à dívida, embora nele não mais
resida o réu, ou, ainda, no foro da situação dos bens, quando a dívida deles se
originar.
Art. 579. Sempre que, para efetivar a execução, for necessário o emprego da
força policial, o juiz a requisitará.
CAPÍTULO III
DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA REALIZAR QUALQUER
EXECUÇÃO

SEÇÃO I
DO INADIMPLEMENTO DO DEVEDOR
Art. 580. Verificado o inadimplemento do devedor, cabe ao credor promover a
execução.
Parágrafo único. Considera-se inadimplente o devedor que não satisfaz
espontaneamente o direito reconhecido pela sentença, ou a obrigação, a que a lei
atribuir a eficácia de título executivo.
Art. 581. O credor não poderá iniciar a execução, ou nela prosseguir, se o
devedor cumprir a obrigação; mas poderá recusar o recebimento da prestação,
estabelecida no título executivo, se ela não corresponder ao direito ou à
obrigação; caso em que requererá ao juiz a execução, ressalvado ao devedor o
direito de embargá-la.
Art. 582. Em todos os casos em que é defeso a um contraente, antes de
cumprida a sua obrigação, exigir o implemento da do outro, não se procederá à
execução, se o devedor se propõe satisfazer a prestação, com meios
considerados idôneos pelo juiz, mediante a execução da contraprestação pelo
credor, e este, sem justo motivo, recusar a oferta.
Parágrafo único. O devedor poderá, entretanto, exonerar-se da obrigação,
depositando em juízo a prestação ou a coisa; caso em que o juiz suspenderá a
execução, não permitindo que o credor a receba, sem cumprir a contraprestação,
que lhe tocar.
SEÇÃO II
DO TÍTULO EXECUTIVO
Art. 583. Toda execução tem por base título executivo judicial ou extrajudicial.
Art. 584. São títulos executivos judiciais:

I - a sentença condenatória proferida no processo civil;

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II - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
III - a sentença arbitral e a sentença homologatória de transação ou de
conciliação; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 9.307, de 23.09.1996)
IV - a sentença estrangeira, homologada pelo Supremo Tribunal Federal;
V - o formal e a certidão de partilha.
Parágrafo único. Os títulos a que se refere o nº V deste artigo têm força
executiva exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos
sucessores a título universal ou singular.
Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
(Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
II - a escritura pública ou outro documento público, assinado pelo devedor; o
documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o
instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria
Pública ou pelos advogados dos transatores; (Redação dada ao inciso pela Lei nº
8.953 de 13.12.1994)
III - os contratos de hipoteca, de penhor, de anticrese e de caução, bem como de
seguro de vida e de acidentes pessoais de que resulte morte ou incapacidade
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973);
IV - o crédito decorrente de foro, laudêmio, aluguel ou renda de imóvel, bem
como encargo de condomínio desde que comprovado por contrato escrito;
V - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor,
quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão
judicial;
VI - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, Estado, Distrito
Federal, Território e Município, correspondente aos créditos inscritos na forma da
lei;
VII - todos os demais títulos, a que, por disposição expressa, a lei atribuir força
executiva.
§ 1º. A propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título
executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução. (Redação dada ao
parágrafo pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
§ 2º. Não dependem de homologação pelo Supremo Tribunal Federal, para
serem executados, os títulos executivos extrajudiciais, oriundos de país
estrangeiro. O título, para ter eficácia executiva, há de satisfazer aos requisitos de
formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e indicar o Brasil como o
lugar de cumprimento da obrigação.
Art. 586. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título
líquido, certo e exigível.
§ 1º. Quando o título executivo for sentença, que contenha condenação genérica,
proceder-se-á primeiro à sua liquidação.
§ 2º. Quando na sentença há uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito
promover simultaneamente a execução daquela e a liquidação desta.
Art. 587. A execução é definitiva, quando fundada em sentença transitada em
julgado ou em título extrajudicial; é provisória, quando a sentença for impugnada

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mediante recurso, recebido só no efeito devolutivo.
Art. 588. A execução provisória da sentença far-se-á do mesmo modo que a
definitiva, observados os seguintes princípios:
I - corre por conta e responsabilidade do credor, que prestará caução, obrigando-
se a reparar os danos causados ao devedor;
II - não abrange os atos que importem alienação do domínio, nem permite, sem
caução idônea, o levantamento de depósito em dinheiro;
III - fica sem efeito, sobrevindo sentença que modifique ou anule a que foi objeto
da execução, restituindo-se as coisas no estado anterior.
Parágrafo único. No caso do nº III, deste artigo, se a sentença provisoriamente
executada for modificada ou anulada apenas em parte, somente nessa parte ficará
sem efeito a execução.
Art. 589. A execução definitiva far-se-á nos autos principais; a execução
provisória, nos autos suplementares, onde os houver, ou por carta de sentença,
extraída do processo pelo escrivão e assinada pelo juiz.
Art. 590. São requisitos da carta de sentença:
I - autuação;
II - petição inicial e procuração das partes;
III - contestação;
IV - sentença exeqüenda;
V - despacho do recebimento do recurso.
Parágrafo único. Se houve habilitação, a carta conterá a sentença que a julgou.
CAPÍTULO IV
DA RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL

Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com


todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Art. 592. Ficam sujeitos à execução os bens:

I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução de sentença proferida


em ação fundada em direito real;
II - do sócio, nos termos da lei;
III - do devedor, quando em poder de terceiros;
IV - do cônjuge, nos casos em que os seus bens próprios, reservados ou de sua
meação respondem pela dívida;
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude de execução.
Art. 593. Considera-se em fraude de execução a alienação ou oneração de
bens:
I - quando sobre eles pender ação fundada em direito real;
II - quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor
demanda capaz de reduzi-lo à insolvência;
III - nos demais casos expressos em lei.
Art. 594. O credor, que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa

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pertencente ao devedor, não poderá promover a execução sobre outros bens
senão depois de excutida a coisa que se achar em seu poder.
Art. 595. O fiador, quando executado, poderá nomear à penhora bens livres e
desembargados do devedor. Os bens do fiador ficarão, porém, sujeitos à
execução, se os do devedor forem insuficientes à satisfação do direito do credor.
Parágrafo único. O fiador, que pagar a dívida, poderá executar o afiançado nos
autos do mesmo processo.
Art. 596. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da
sociedade senão nos casos previstos em lei; o sócio, demandado pelo pagamento
da dívida, tem direito a exigir que sejam primeiro excutidos os bens da sociedade.
§ 1º. Cumpre ao sócio, que alegar o benefício deste artigo, nomear bens da
sociedade, sitos na mesma comarca, livres e desembargados, quantos bastem
para pagar o débito.
§ 2º. Aplica-se aos casos deste artigo o disposto no parágrafo único do artigo
anterior.
Art. 597. O espólio responde pelas dívidas do falecido; mas, feita a partilha, cada
herdeiro responde por elas na proporção da parte que na herança lhe coube.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 598. Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições que regem o


processo de conhecimento.
Art. 599. O juiz pode, em qualquer momento do processo: (Redação dada pela
Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
I - ordenar o comparecimento das partes;
II - advertir ao devedor que o seu procedimento constitui ato atentatório à
dignidade da justiça. (Redação dada ao inciso pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 600. Considera-se atentatório à dignidade da justiça o ato do devedor que:

I - fraude a execução;
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III - resiste injustificadamente às ordens judiciais;
IV - não indica ao juiz onde se encontram os bens sujeitos à execução.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 601. Nos casos previstos no artigo anterior, o devedor incidirá em multa
fixada pelo juiz, em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do
débito em execução, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual que
reverterá em proveito do credor, exigível na própria execução. (Redação dada ao
caput pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
Parágrafo único. O juiz relevará a pena, se o devedor se comprometer a não mais
praticar qualquer dos atos definidos no artigo antecedente e der fiador idôneo, que
responda ao credor pela dívida principal, juros, despesas e honorários

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advocatícios.
Art. 602. Toda vez que a indenização por ato ilícito incluir prestação de
alimentos, o juiz, quanto a esta parte, condenará o devedor a constituir um capital,
cuja renda assegure o seu cabal cumprimento.
§ 1º. Este capital, representado por imóveis ou por títulos da dívida pública, será
inalienável e impenhorável:
I - durante a vida da vítima;
II - falecendo a vítima em conseqüência de ato ilícito, enquanto durar a obrigação
do devedor.
§ 2º. O juiz poderá substituir a constituição do capital por caução fideijussória,
que será prestada na forma do artigo 829 e segs.
§ 3º. Se, fixada a prestação de alimentos, sobrevier modificação nas condições
econômicas, poderá a parte pedir ao juiz, conforme as circunstâncias, redução ou
aumento do encargo.
§ 4º. Cessada a obrigação de prestar alimentos, o juiz mandará, conforme o
caso, cancelar a cláusula de inalienabilidade e impenhorabilidade ou exonerar da
caução o devedor. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
CAPÍTULO VI
DA LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA

Art. 603. Procede-se à liquidação, quando a sentença não determinar o valor ou


não individuar o objeto da condenação.
Parágrafo único. A citação do réu, na liquidação por arbitramento e na liquidação
por artigos, far-se-á na pessoa de seu advogado, constituído nos autos.
(Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.898, de 29.06.1994)
Art. 604. Quando a determinação do valor da condenação depender apenas de
cálculo aritmético, o credor procederá à sua execução na forma do artigo 652 e
seguintes, instruindo o pedido com a memória discriminada e atualizada do
cálculo. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.898, de 29.06.1994)
Art. 605. Para os fins do artigo 570, poderá o devedor proceder ao cálculo na
forma do artigo anterior, depositando, de imediato, o valor apurado. (Redação
dada ao artigo pela Lei nº 8.898, de 29.06.1994)
Parágrafo único. Do mandado executivo constará, além do cálculo, a sentença"
Art. 606. Far-se-á a liquidação por arbitramento quando:
I - determinado pela sentença ou convencionado pelas partes;
II - o exigir a natureza do objeto da liquidação.
Art. 607. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e
fixará o prazo para a entrega do laudo.
Parágrafo único. Apresentado o laudo, sobre o qual poderão as partes
manifestar-se no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença ou designará
audiência de instrução e julgamento, se necessário.
Art. 608. Far-se-á liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da

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condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo.
Art. 609. Observar-se-á, na liquidação por artigos, o procedimento comum
regulado no Livro I deste código. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.898, de
29.06.1994)
Art. 610. É defeso, na liquidação, discutir de novo a lide ou modificar a sentença
que a julgou.
Art. 611. Julgada a liquidação, a parte promoverá a execução, citando
pessoalmente o devedor.

TÍTULO II
DAS DIVERSAS ESPÉCIES DE EXECUÇÃO

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 612. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o


concurso universal (artigo 751, III), realiza-se a execução no interesse do credor,
que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados.
Art. 613. Recaindo mais de uma penhora sobre os mesmos bens, cada credor
conservará o seu título de preferência.
Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação do devedor
e instruir a petição inicial:
I - com o título executivo, salvo se ela se fundar em sentença (artigo 584);
II - com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação,
quando se tratar de execução por quantia certa. (Inciso acrescentado pela Lei nº
8.953 de 13.12.1994)
III - com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (artigo 572).
(Antigo inciso II renumerado pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
Art. 615. Cumpre ainda ao credor:
I - indicar a espécie de execução que prefere, quando por mais de um modo
pode ser efetuada;
II - requerer a intimação do credor pignoráticio, hipotecário, ou anticrético, ou
usufrutuário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca,
anticrese ou usufruto;
III - pleitear medidas acautelatórias urgentes;
IV - provar que adimpliu a contraprestação, que lhe corresponde, ou que lhe
assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua
prestação senão mediante a contraprestação do credor.
Art. 616. Verificando o juiz que a petição inicial está incompleta, ou não se acha
acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da execução,
determinará que o credor a corrija, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de ser

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indeferida.
Art. 617. A propositura da execução, deferida pelo juiz, interrompe a prescrição,
mas a citação do devedor deve ser feita com observância do disposto no artigo
219.
Art. 618. É nula a execução:

I - se o título executivo não for líquido, certo e exigível (artigo 586);


II - se o devedor não for regularmente citado;
III - se instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrido o termo, nos
casos do artigo 572.
Art. 619. A alienação de bem aforado ou gravado por penhor, hipoteca, anticrese
ou usufruto será ineficaz em relação ao senhorio direto, ou ao credor pignorático,
hipotecário, anticrético, ou usufrutuário, que não houver sido intimado.
Art. 620. Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz
mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor.
CAPÍTULO II
DA EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA

SEÇÃO I
DA ENTREGA DE COISA CERTA
Art. 621. O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título
executivo, será citado para, dentro de dez dias, satisfazer a obrigação, ou, seguro
o juízo, (artigo 737, II), apresentar embargos. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
8.953 de 13.12.1994)
Art. 622. O devedor poderá depositar a coisa, em vez de entregá-la, quando
quiser opor embargos (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 623. Depositada a coisa, o exeqüente não poderá levantá-la antes do
julgamento dos embargos. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.953, de
13.12.1994)
Art. 624. Se o devedor entregar a coisa, lavrar-se-á o respectivo termo e dar-se-
á por finda a execução, salvo se esta, de acordo com a sentença, tiver de
prosseguir para o pagamento de frutos e ressarcimento de perdas e danos.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 625. Não sendo a coisa entregue ou depositada, nem admitidos embargos
suspensivos da execução, expedir-se-á, em favor do credor, mandado de imissão
na posse ou de busca e apreensão, conforme se tratar de imóvel ou de móvel.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 626. Alienada a coisa quando já litigiosa, expedir-se-á mandado contra o
terceiro adquirente, que somente será ouvido depois de depositá-la.

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Art. 627. O credor tem direito a receber, além de perdas e danos, o valor da
coisa, quando esta não lhe for entregue, se deteriorou, não for encontrada ou não
for reclamada do poder de terceiro adquirente.
§ 1º. Não constando da sentença o valor da coisa, ou sendo impossível a sua
avaliação, o credor far-lhe-á a estimativa, sujeitando-se ao arbitramento judicial.
§ 2º. O valor da coisa e as perdas e danos serão apurados em liquidação de
sentença.
Art. 628. Havendo benfeitorias indenizáveis feitas na coisa pelo devedor ou por
terceiros, de cujo poder houver sido tirado, a liquidação prévia é obrigatória. Se
houver saldo em favor do devedor, o credor o depositará ao requerer a entrega da
coisa; se houver saldo em favor do credor, este poderá cobrá-lo nos autos do
mesmo processo.
SEÇÃO II
DA ENTREGA DA COISA INCERTA
Art. 629. Quando a execução recair sobre coisas determinadas pelo gênero e
quantidade, o devedor será citado para entregá-las individualizadas, se lhe couber
a escolha; mas se essa couber ao credor, este a indicará na petição inicial.
Art. 630. Qualquer das partes poderá, em 48 (quarenta e oito) horas, impugnar a
escolha feita pela outra, e o juiz decidirá de plano, ou, se necessário, ouvindo
perito de sua nomeação.
Art. 631. Aplicar-se-á à execução para entrega de coisa incerta o estatuído na
seção anterior.
CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER E DE NÃO FAZER

SEÇÃO I
DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
Art. 632. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o devedor será
citado para sartisfazê-la no prazo que o juiz lhe assinar, se outro não estiver
determinado no título executivo. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.953, de
13.12.1994)
Art. 633. Se, no prazo fixado, o devedor não satisfizer a obrigação, é lícito ao
credor, nos próprios autos do processo, requerer que ela seja executada à custa
do devedor, ou haver perdas e danos; caso em que ela se converte em
indenização.
Parágrafo único. O valor das perdas e danos será apurado em liquidação,
seguindo-se a execução para cobrança de quantia certa.
Art. 634. Se o fato puder ser prestado por terceiros, é lícito ao juiz, a
requerimento do credor, decidir que aquele o realize à custa do devedor.
(Redação dada ao caput pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)

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§ 1º. O juiz nomeará um perito que avaliará o custo da prestação do fato,
mandando em seguida expedir edital de concorrência pública, com o prazo
máximo de 30 (trinta) dias. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 5.925, de
01.10.1973)
§ 2º. As propostas serão acompanhadas de prova do depósito da importância,
que o juiz estabelecerá a título de caução.
§ 3º. No dia, lugar e hora designada, abertas as propostas, escolherá o juiz a
mais vantajosa.
§ 4º. Se o credor não exercer a preferência a que se refere o artigo 637, o
concorrente, cuja proposta foi aceita, obrigar-se-á, dentro de 5 (cinco) dias, por
termo nos autos, a prestar o fato sob pena de perder a quantia caucionada.
§ 5º. Ao assinar o termo o contratante fará nova caução de 25% (vinte e cinco
por cento) sobre o valor do contrato.
§ 6º. No caso de descumprimento da obrigação assumida pelo concorrente ou
pelo contratante, a caução, referida nos §§ 4º e 5º, reverterá em benefício do
credor.
§ 7º. O credor adiantará ao contratante as quantias estabelecidas na proposta
aceita. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 635. Prestado o fato, o juiz ouvirá as partes no prazo de 10 (dez) dias; não
havendo impugnação, dará por cumprida a obrigação; em caso contrário, decidirá
a impugnação.
Art. 636. Se o contratante não prestar o fato no prazo, ou se o praticar de modo
incompleto ou defeituoso, poderá o credor requerer ao juiz, no prazo de 10 (dez)
dias, que o autorize a concluí-lo, ou a repará-lo, por conta do contratante.
Parágrafo único. Ouvido o contratante no prazo de 5 (cinco) dias, o juiz mandará
avaliar o custo das despesas necessárias e condenará o contratante a pagá-lo.
Art. 637. Se o credor quiser executar, ou mandar executar, sob sua direção e
vigilância, as obras e trabalhos necessários à prestação do fato, terá preferência,
em igualdade de condições de oferta, ao terceiro.
Parágrafo único. O direito de preferência será exercido no prazo de 5 (cinco)
dias, contados da escolha da proposta, a que alude o artigo 634, § 3º.
Art. 638. Nas obrigações de fazer, quando for convencionado que o devedor a
faça pessoalmente, o credor poderá requerer ao juiz que lhe assine prazo para
cumpri-la.
Parágrafo único. Havendo recusa ou mora do devedor, a obrigação pessoal do
devedor converter-se-á em perdas e danos, aplicando-se outrossim o disposto no
artigo 633.
Art. 639. Se aquele que se comprometeu a concluir um contrato não cumprir a
obrigação, a outra parte, sendo isso possível e não excluído pelo título, poderá
obter uma sentença que produza o mesmo efeito do contrato a ser firmado.
Art. 640. Tratando-se de contrato, que tenha por objeto a transferência da
propriedade de coisa determinada, ou de outro direito, a ação não será acolhida
se a parte, que a intentou, não cumprir a sua prestação, nem oferecer, nos casos

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e formas legais, salvo se ainda não exigível.
Art. 641. Condenado o devedor a emitir declaração de vontade, a sentença, uma
vez transitada em julgado, produzirá todos os efeitos da declaração não emitida.
SEÇÃO II
DA OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
Art. 642. Se o devedor praticou o ato, a cuja abstenção estava obrigado pela lei
ou pelo contrato, o credor requererá ao juiz que lhe assine prazo para desfazê-lo.
Art. 643. Havendo recusa ou mora do devedor, o credor requererá ao juiz que
mande desfazer o ato à sua custa, respondendo o devedor por perdas e danos.
Parágrafo único. Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se
em perdas e danos.
SEÇÃO III
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS ÀS SEÇÕES PRECEDENTES
Art. 644. Na execução em que o credor pedir o cumprimento de obrigação de
fazer ou não fazer, determinada em título judicial, o juiz, se omissa a sentença,
fixará multa por dia de atraso e a data a partir da qual ela será devida.
Parágrafo único. O valor da multa poderá ser modificado pelo juiz da execução,
verificado que se tornou insuficiente ou excessivo. (Redação dada ao artigo pela
Lei nº 8.953, de 13.12.1994)
Art. 645. Na execução de obrigação de fazer ou não fazer, fundada em título
extrajudicial, o juiz, ao despachar a inicial, fixará multa por dia de atraso no
cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida.
Parágrafo único. Se o valor da multa estiver previsto no título, o juiz poderá
reduzi-lo, se excessivo. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994)
CAPÍTULO IV
DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR
SOLVENTE

SEÇÃO I
DA PENHORA, DA AVALIAÇÃO E DA ARREMATAÇÃO
Subseção I
Das disposições gerais
Art. 646. A execução por quantia certa tem por objeto expropriar bens do
devedor, a fim de satisfazer o direito do credor (artigo 591).
Art. 647. A expropriação consiste:
I - na alienação de bens do devedor;
II - na adjudicação em favor do credor;
III - no usufruto de imóvel ou de empresa.

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Art. 648. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera
impenhoráveis ou inalienáveis.
Art. 649. São absolutamente impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à
execução;
II - as provisões de alimento e de combustível, necessárias à manutenção do
devedor e de sua família durante 1 (um) mês;
III - o anel nupcial e os retratos da família;
IV - os vencimentos dos magistrados, dos professores e dos funcionários
públicos, o soldo e os salários, salvo para pagamento de prestação alimentícia;
V - os equipamentos dos militares;
VI - os livros, as máquinas, os utensílios e os instrumentos, necessários ou úteis
ao exercício de qualquer profissão;
VII - as pensões, as tenças ou os montepios, percebidos dos cofres públicos, ou
de institutos de previdência, bem como os provenientes de liberalidade de terceiro,
quando destinados ao sustento do devedor ou da sua família;
VIII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se estas forem
penhoradas;
IX - o seguro de vida;
X - o imóvel rural, até um módulo, desde que este seja o único de que disponha
o devedor, ressalvada a hipoteca para fins de financiamento agropecuário. (Inciso
acrescentado pela Lei nº 7.513, de 09.07.1986)
Art. 650. Podem ser penhorados, à falta de outros bens:
I - os frutos e os rendimentos dos bens inalienáveis, salvo se destinados a
alimentos de incapazes, bem como de mulher viúva, solteira, desquitada, ou de
pessoas idosas;
II - as imagens e os objetos do culto religioso, sendo de grande valor.
Art. 651. Antes de arrematados ou adjudicados os bens, pode o devedor, a todo
tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância da dívida, mais
juros, custas e honorários advocatícios.
Subseção II
Da citação do devedor e da nomeação de bens
Art. 652. O devedor será citado para, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
pagar ou nomear bens à penhora.
§ 1º. O oficial de justiça certificará, no mandado, a hora da citação.
§ 2º. Se não localizar o devedor, o oficial certificará cumpridamente as diligências
realizadas para encontrá-lo.
Art. 653. O oficial de justiça, não encontrando o devedor, arrestar-lhe-á tantos
bens quantos bastem para garantir a execução.
Parágrafo único. Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de
justiça procurará o devedor três vezes em dias distintos; não o encontrando,
certificará o ocorrido.

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Art. 654. Compete ao credor, dentro de 10 (dez) dias, contados da data em que
foi intimado do arresto a que se refere o parágrafo único do artigo anterior,
requerer a citação por edital do devedor. Findo o prazo do edital, terá o devedor o
prazo a que se refere o artigo 652, convertendo-se o arresto em penhora em caso
de não-pagamento.
Art. 655. Incumbe ao devedor, ao fazer a nomeação de bens, observar a
seguinte ordem:
I - dinheiro;
II - pedras e metais preciosos;
III - títulos da dívida pública da União ou dos Estados;
IV - títulos de crédito, que tenham cotação em bolsa;
V - móveis;
VI - veículos;
VII - semoventes;
VIII - imóveis;
IX - navios e aeronaves;
X - direitos e ações.
§ 1º. Incumbe também ao devedor:
I - quanto aos bens imóveis, indicar-lhes as transcrições aquisitivas, situá-los e
mencionar as divisas e confrontações;
II - quanto aos móveis, particularizar-lhes o estado e o lugar em que se
encontram;
III - quanto aos semoventes, especificá-los, indicando o número de cabeças e o
imóvel em que se acham;
IV - quanto aos créditos, identificar o devedor e qualificá-lo, descrevendo a
origem da dívida, o título que a representa e a data do vencimento;
V - atribuir valor aos bens nomeados à penhora. (Inciso acrescentado pela Lei nº
8.953, de 13.12.1994)
§ 2º. Na execução do crédito pignoratício, anticrético ou hipotecário, a penhora,
independentemente de nomeação, recairá sobre a coisa dada em garantia.
Art. 656. Ter-se-á por ineficaz a nomeação, salvo convindo o credor:
I - se não obedecer à ordem legal;
II - se não versar sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o
pagamento;
III - se, havendo bens no foro da execução, outros hajam sido nomeados;
IV - se o devedor, tendo bens livres e desembargados, nomear outros que o não
sejam;
V - se os bens nomeados forem insuficientes para garantir a execução;
VI - se o devedor não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações
a que se referem os nºs. I a IV do § 1º do artigo anterior.
Parágrafo único. Aceita a nomeação, cumpre ao devedor, dentro de prazo
razoável assinado pelo juiz, exibir a prova de propriedade dos bens e, quando for
o caso, a certidão negativa de ônus.
Art. 657. Cumprida a exigência do artigo antecedente, a nomeação será
reduzida a termo, havendo-se por penhorados os bens; em caso contrário,

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devolver-se-á ao credor o direito à nomeação.
Parágrafo único. O juiz decidirá de plano as dúvidas suscitadas pela nomeação.
Art. 658. Se o devedor não tiver bens no foro da causa, far-se-á a execução por
carta, penhorando-se, avaliando-se e alienando-se os bens no foro da situação
(artigo 747).
Subseção III
Da penhora e do depósito
Art. 659. Se o devedor não pagar, nem fizer nomeação válida, o oficial de justiça
penhorar-lhe-á tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal, juros,
custas e honorários advocatícios.
§ 1º. Efetuar-se-á penhora onde quer que se encontrem os bens, ainda que em
repartição pública; caso em que precederá requisição do juiz ao respectivo chefe.
§ 2º. Não se levará a efeito a penhora, quando evidente que o produto da
execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das
custas da execução.
§ 3º. No caso do parágrafo anterior e bem assim quando não encontrar
quaisquer bens penhoráveis, o oficial descreverá na certidão os que guarnecem a
residência ou o estabelecimento do devedor.
§ 4º. A penhora de bens imóveis realizar-se-á mediante auto ou termo de
penhora, e inscrição no respectivo registro. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº
8.953, de 13.12.1994)
Art. 660. Se o devedor fechar as portas da casa, a fim de obstar a penhora dos
bens, o oficial de justiça comunicará o fato ao juiz, solicitando-lhe ordem de
arrombamento.
Art. 661. Deferido o pedido mencionado no artigo antecedente, dois oficiais de
justiça cumprirão o mandado, arrombando portas, móveis e gavetas, onde
presumirem que se achem os bens, e lavrando de tudo auto circunstanciado, que
será assinado por duas testemunhas, presentes à diligência.
Art. 662. Sempre que necessário, o juiz requisitará força policial, a fim de auxiliar
os oficiais de justiça na penhora dos bens e na prisão de quem resistir à ordem.
Art. 663. Os oficiais de justiça lavrarão em duplicata o auto de resistência,
entregando uma via ao escrivão do processo para ser junta aos autos e a outra à
autoridade policial, a quem entregarão o preso.
Parágrafo único. Do auto de resistência constará o rol de testemunhas, com a
sua qualificação.
Art. 664. Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos
bens, lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia.
Parágrafo único. Havendo mais de uma penhora, lavrar-se-á para cada qual um
auto.
Art. 665. O auto de penhora conterá:

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I - a indicação do dia, mês, ano e lugar em que foi feita;
II - os nomes do credor e do devedor;
III - a descrição dos bens penhorados, com os seus característicos;
IV - a nomeação do depositário dos bens.
Art. 666. Se o credor não concordar em que fique como depositário o devedor,
depositar-se-ão:
I - no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, ou em um banco, de que o
Estado-membro da União possua mais de metade do capital social integralizado;
ou, em falta de tais estabelecimentos de crédito, ou agências suas no lugar, em
qualquer estabelecimento de crédito, designado pelo juiz, as quantias em dinheiro,
as pedras e os metais preciosos, bem como os papéis de crédito;
II - em poder do depositário judicial, os móveis e os imóveis urbanos;
III - em mãos de depositário particular, os demais bens, na forma prescrita na
Subseção V deste Capítulo.
Art. 667. Não se procede à segunda penhora, salvo se:

I - a primeira for anulada;


II - executados os bens, o produto da alienação não bastar para o pagamento do
credor;
III - o credor desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens, ou por
estarem penhorados, arrestados ou onerados.
Art. 668. O devedor, ou responsável, pode, a todo tempo, antes da arrematação
ou da adjudicação, requerer a substituição do bem penhorado por dinheiro; caso
em que a execução correrá sobre a quantia depositada.
Art. 669. Feita a penhora, intimar-se-á o devedor para embargar a execução no
prazo de dez dias.
Parágrafo único. Recaindo a penhora em bens imóveis, será intimado também o
cônjuge do devedor. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
Art. 670. O juiz autorizará a alienação antecipada dos bens penhorados quando:
I - sujeitos à deterioração ou depreciação;
II - houver manifesta vantagem.
Parágrafo único. Quando uma das partes requerer a alienação antecipada dos
bens penhorados, o juiz ouvirá sempre a outra antes de decidir.
Subseção IV
Da penhora de crédito e de outros direitos patrimoniais
Art. 671. Quando a penhora recair em crédito do devedor, o oficial de justiça o
penhorará. Enquanto não ocorrer a hipótese prevista no artigo seguinte,
considerar-se-á feita a penhora pela intimação:
I - ao terceiro devedor para que não pague ao seu credor;
II - ao credor do terceiro para que não pratique ato de disposição do crédito.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 672. A penhora de crédito, representada por letra de câmbio, nota
promissória, duplicata, cheque ou outros títulos, far-se-á pela apreensão do

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documento, esteja ou não em poder do devedor.
§ 1º. Se o título não for apreendido, mas o terceiro confessar a dívida, será
havido como depositário da importância.
§ 2º. O terceiro só se exonerará da obrigação, depositando em juízo a
importância da dívida.
§ 3º. Se o terceiro negar o débito em conluio com o devedor, a quitação, que este
lhe der, considerar-se-á em fraude de execução.
§ 4º. A requerimento do credor, o juiz determinará o comparecimento, em
audiência especialmente designada, do devedor e do terceiro, a fim de lhes tomar
os depoimentos.
Art. 673. Feita a penhora em direito e ação do devedor, e não tendo este
oferecido embargos, ou sendo estes rejeitados, o credor fica sub-rogado nos
direitos do devedor até a concorrência do seu crédito.
§ 1º. O credor pode preferir, em vez da sub-rogação, a alienação judicial do
direito penhorado, caso em que declarará a sua vontade no prazo de 10 (dez) dias
contados da realização da penhora.
§ 2º. A sub-rogação não impede ao sub-rogado, se não receber o crédito do
devedor, de prosseguir na execução, nos mesmos autos, penhorando outros bens
do devedor.
Art. 674. Quando o direito estiver sendo pleiteado em juízo, averbar-se-á no
rosto dos autos a penhora, que recair nele e na ação que lhe corresponder, a fim
de se efetivar nos bens, que forem adjudicados ou vierem a caber ao devedor.
Art. 675. Quando a penhora recair sobre dívidas de dinheiro a juros, de direito a
rendas, ou de prestações periódicas, o credor poderá levantar os juros, os
rendimentos ou as prestações à medida que forem sendo depositadas, abatendo-
se do crédito as importâncias recebidas, conforme as regras da imputação em
pagamento.
Art. 676. Recaindo a penhora sobre direito, que tenha por objeto prestação ou
restituição de coisa determinada, o devedor será intimado para, no vencimento,
depositá-la, correndo sobre ela a execução.
Subseção V
Da penhora, do depósito e da administração da empresa de outros
estabelecimentos
Art. 677. Quando a penhora recair em estabelecimento comercial, industrial ou
agrícola, bem como em semoventes, plantações ou edifício em construção, o juiz
nomeará um depositário, determinando-lhe que apresente em 10 (dez) dias a
forma de administração.
§ 1º. Ouvidas as partes, o juiz decidirá.
§ 2º. É lícito, porém, às partes ajustarem a forma de administração, escolhendo o
depositário; caso em que o juiz homologará por despacho a indicação.
Art. 678. A penhora de empresa, que funcione mediante concessão ou
autorização, far-se-á conforme o valor do crédito, sobre a renda, sobre

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determinados bens, ou sobre todo o patrimônio, nomeando o juiz como
depositário, de preferência, um dos seus diretores.
Parágrafo único. Quando a penhora recair sobre a renda, ou sobre determinados
bens, o depositário apresentará a forma de administração e o esquema de
pagamento observando-se, quanto ao mais, o disposto nos artigos 716 a 720;
recaindo, porém, sobre todo o patrimônio, prosseguirá a execução os seus
ulteriores termos, ouvindo-se, antes da arrematação ou da adjudicação, o poder
público, que houver outorgado a concessão.
Art. 679. A penhora sobre navio ou aeronave não obsta a que continue
navegando ou operando até a alienação; mas o juiz, ao conceder a autorização
para navegar ou operar, não permitirá que saia do porto ou aeroporto antes que o
devedor faça o seguro usual contra riscos.
Subseção VI
Da avaliação
Art. 680. Prosseguindo a execução, e não configurada qualquer das hipóteses
do artigo 684, o juiz nomeará um perito para estimar os bens penhorados, se não
houver, na comarca, avaliador oficial, ressalvada a existência de avaliação anterior
(artigo 655, § 1º, V). (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
Art. 681. O laudo do avaliador, que será apresentado em 10 (dez) dias, conterá:
I - a descrição dos bens, com os seus característicos, e a indicação do estado
em que se encontram;
II - o valor dos bens;
Parágrafo único. Quando o imóvel for suscetível de cômoda divisão, o perito,
tendo em conta o crédito reclamado, o avaliará em suas partes, sugerindo os
possíveis desmembramentos.
Art. 682. O valor dos títulos da dívida pública, das ações das sociedades e dos
títulos de crédito negociáveis em bolsa será o da cotação oficial do dia, provada
por certidão ou publicação no órgão oficial.
Art. 683. Não se repetirá a avaliação, salvo quando:
I - se provar erro ou dolo do avaliador;
II - se verificar, posteriormente à avaliação, que houve diminuição do valor dos
bens.
III - houver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem (artigo 655, § 1º, V).
(Inciso acrescentado pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
Art. 684. Não se procederá à avaliação se:

I - o credor aceitar a estimativa feita na nomeação de bens;


II - se tratar de títulos ou de mercadorias, que tenham cotação em bolsa,
comprovada por certidão ou publicação oficial.
III - os bens forem de pequeno valor.
Art. 685. Após a avaliação, poderá mandar o juiz, a requerimento do interessado
e ouvida a parte contrária:

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I - reduzir a penhora aos bens suficientes, ou transferi-la para outros, que bastem
à execução, se o valor dos penhorados for consideravelmente superior ao crédito
do exeqüente e acessórios;
II - ampliar a penhora, ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se o valor
dos penhorados for inferior ao referido crédito.
Parágrafo único. Uma vez cumpridas essas providências, o juiz mandará publicar
os editais de praça.
Subseção VII
Da arrematação
Art. 686. A arrematação será precedida de edital, que conterá:

I - a descrição do bem penhorado com os seus característicos e, tratando-se de


imóvel, a situação, as divisas e a transcrição aquisitiva ou a inscrição;
II - o valor do bem;
III - o lugar onde estiverem os móveis, veículos e semoventes; e, sendo direito e
ação, os autos do processo, em que foram penhorados (Acrescentado pela Lei nº
7.363/85);
IV - o dia, o lugar e a hora da praça ou do leilão;
V - a menção da existência de ônus, recurso ou causa pendente sobre os bens a
serem arrematados; (Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
VI - a comunicação de que, se o bem não alcançar lanço superior à importância
da avaliação, seguir-se-á, em dia e hora que forem desde logo designados entre
os dez e os vinte dias seguintes, a sua alienação pelo maior lanço (artigo 692).
(Redação dada ao inciso pela Lei 8.953 de 13.12.1994)
§ 1º. No caso do artigo 684, II, constará do edital o valor da última cotação
anterior à expedição deste.
§ 2º. A praça realizar-se-á no átrio do edifício do fórum; o leilão, onde estiverem
os bens, ou no lugar designado pelo juiz.
§ 3º. Quando os bens penhorados não excederem o valor correspondente a 20
(vinte) vezes o maior salário mínimo, conforme o artigo 275 desta lei, será
dispensada a publicação de editais, não podendo, neste caso, o preço da
arrematação ser inferior ao da avaliação.
Art. 687. O edital será fixado no local do costume e publicado, em resumo, com
antecedência mínima de cinco dias, pelo menos uma vez em jornal de ampla
circulação local.
§ 1º. A publicação do edital será feita no órgão oficial, quando o beneficiário da
justiça gratuita.
§ 2º. Atendendo ao valor dos bens e às condições da comarca, o juiz poderá
alterar a forma e a freqüência da publicidade na imprensa, mandar divulgar avisos
em emissora local e adotar outras providências tendentes à mais ampla
publicidade da alienação.
§ 3º. Os editais de praça serão divulgados pela imprensa preferencialmente na
seção ou local reservado à publicidade de negócios imobiliários.
§ 4º. O juiz poderá determinar a reunião de publicações em listas referentes a
mais de uma execução.
§ 5º. O devedor será intimado pessoalmente, por mandado, ou carta com aviso

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de recepção, ou por outro meio idôneo, do dia, hora e local da alienação judicial.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
Art. 688. Não se realizando, por motivo justo, a praça ou o leilão, o juiz mandará
publicar pela imprensa local e no órgão oficial a transferência.
Parágrafo único. O escrivão, o porteiro ou o leiloeiro, que culposamente der
causa à transferência, responde pelas despesas da nova publicação, podendo o
juiz aplicar-lhe a pena de suspensão por 5 (cinco) a 30 (trinta) dias.
Art. 689. Sobrevindo a noite, prosseguirá a praça ou o leilão no dia útil imediato,
à mesma hora em que teve início, independentemente de novo edital.
Art. 690. A arrematação far-se-á com dinheiro à vista, ou a prazo de 3 (três) dias,
mediante caução idônea.
§ 1º. É admitido a lançar todo aquele que estiver na livre administração de seus
bens.
Excetuam-se:
I - os tutores, os curadores, os testamenteiros, os administradores, os síndicos,
ou liquidantes, quanto aos bens confiados à sua guarda e responsabilidade;
II - os mandatários, quanto aos bens, de cuja administração ou alienação
estejam encarregados;
III - o juiz, o escrivão, o depositário, o avaliador e o oficial de justiça.
§ 2º. O credor, que arrematar os bens, não está obrigado a exibir o preço; mas
se o valor dos bens exceder o seu crédito, depositará, dentro em 3 (três) dias, a
diferença, sob pena de desfazer-se a arrematação; caso em que os bens serão
levados à praça ou ao leilão à custa do credor.
Art. 691. Se a praça ou o leilão for de diversos bens e houver mais de um
lançador, será preferido aquele que se propuser a arrematá-los englobadamente,
oferecendo para os que não tiverem licitante preço igual ao da avaliação e para os
demais o de maior lanço.
Art. 692. Não será aceito lanço que, em segunda praça ou leilão, ofereça preço
vil.
Parágrafo único. Será suspensa a arrematação, logo que o produto da alienação
dos bens bastar para o pagamento do credor. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
8.953 de 13.12.1994)
Art. 693. A arrematação constará de auto, que será lavrado 24 (vinte e quatro)
horas depois de realizada a praça ou o leilão.
Art. 694. Assinado o auto pelo juiz, pelo escrivão, pelo arrematante e pelo
porteiro ou pelo leiloeiro, a arrematação considerar-se-á perfeita, acabada e
irretratável.
Parágrafo único. Poderá, no entanto, desfazer-se:
I - por vício de nulidade;
II - se não for pago o preço ou se não for prestada a caução;
III - quando o arrematante provar, nos 3 (três) dias seguintes, a existência de
ônus real não mencionado no edital;

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IV - nos casos previstos neste Código (artigos 698 e 699).
Art. 695. Se o arrematante ou o seu fiador não pagar dentro de 3 (três) dias o
preço, o juiz impor-lhe-á, em favor do exeqüente, a multa de 20% (vinte por cento)
calculada sobre o lanço.
§ 1º. Não preferindo o credor que os bens voltem a nova praça ou leilão, poderá
cobrar ao arrematante e ao seu fiador o preço da arrematação e a multa, valendo
a decisão como título executivo.
§ 2º. O credor manifestará a opção, a que se refere o parágrafo antecedente,
dentro em 10 (dez) dias, contados da verificação da mora.
§ 3º. Não serão admitidos a lançar em nova praça ou leilão o arrematante e o
fiador remissos.
Art. 696. O fiador do arrematante, que pagar o valor do lanço e a multa, poderá
requerer que a arrematação lhe seja transferida.
Art. 697. Quando a penhora recair sobre imóvel, far-se-á alienação em praça.
Art. 698. Não se efetuará a praça de imóvel hipotecado ou emprazado, sem que
seja intimado, com 10 (dez) dias pelo menos de antecedência, o credor
hipotecário ou o senhorio direto, que não seja de qualquer modo parte na
execução.
Art. 699. Na execução de hipoteca de vias férreas, não se passará carta ao
maior lançador, nem ao credor adjudicatário, antes de intimar o representante da
Fazenda Nacional, ou do Estado, a que tocar a preferência, para, dentro de 30
(trinta) dias, usá-la se quiser, pagando o preço da arrematação ou da adjudicação.
Art. 700. Poderá o juiz, ouvidas as partes e sem prejuízo da expedição dos
editais, atribuir a corretor de imóveis inscrito na entidade oficial da classe a
intermediação na alienação do imóvel penhorado. Quem estiver interessado em
arrematar o imóvel sem o pagamento imediato da totalidade do preço poderá, até
5 (cinco) dias antes da realização da praça, fazer por escrito o seu lanço, não
inferior à avaliação, propondo pelo menos 40% (quarenta por cento) à vista e o
restante a prazo, garantido por hipoteca sobre o próprio imóvel. (Redação dada ao
"caput" e seus §§ pela Lei nº 6.851/80).
§ 1º. A proposta indicará o prazo, a modalidade e as condições de pagamento do
saldo.
§ 2º. Se as partes concordarem com a proposta, o juiz a homologará, mandando
suspender a praça, e correndo a comissão do mediador, que não poderá exceder
de 5% (cinco por cento) sobre o valor da alienação, por conta do proponente.
§ 3º. Depositada, no prazo que o juiz fixar, a parcela inicial, será expedida a carta
de arrematação (artigo 703), contendo os termos da proposta e a decisão do juiz,
servindo a carta de título para o registro hipotecário. Não depositada a parcela
inicial, o juiz imporá ao proponente, em favor do exeqüente, multa igual a 20%
(vinte por cento) sobre a proposta, valendo a decisão como título executivo.
Art. 701. Quando o imóvel de incapaz não alcançar em praça pelo menos 80%
(oitenta por cento) do valor da avaliação, o juiz o confiará à guarda e
administração de depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a

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1 (um) ano.
§ 1º. Se, durante o adiamento, algum pretendente assegurar, mediante caução
idônea, o preço da avaliação, o juiz ordenará a alienação em praça.
§ 2º. Se o pretendente à arrematação se arrepender, o juiz lhe imporá a multa de
20% (vinte por cento) sobre o valor da avaliação, em benefício do incapaz,
valendo a decisão como título executivo.
§ 3º. Sem prejuízo do disposto nos dois parágrafos antecedentes, o juiz poderá
autorizar a locação do imóvel no prazo do adiamento.
§ 4º. Findo o prazo do adiamento, o imóvel será alienado, na forma prevista no
artigo 686, VI.
Art. 702. Quando o imóvel admitir cômoda divisão, o juiz, a requerimento do
devedor, ordenará a alienação judicial de parte dele, desde que suficiente para
pagar o credor.
Parágrafo único. Não havendo lançador, far-se-á a alienação do imóvel em sua
integridade.
Art. 703. A carta de arrematação conterá:
I - a descrição do imóvel, constante do título, ou, à sua falta, da avaliação;
II - a prova de quitação dos impostos;
III - o auto de arrematação;
IV - o título executivo. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 704. Ressalvados os casos de atribuição de corretores da Bolsa de Valores
e o previsto no artigo 700, todos os demais bens penhorados serão alienados em
leilão público.
Art. 705. Cumpre ao leiloeiro:
I - publicar o edital, anunciando a alienação;
II - realizar o leilão onde se encontrem os bens, ou no lugar designado pelo juiz;
III - expor aos pretendentes os bens ou as amostras das mercadorias;
IV - receber do arrematante a comissão estabelecida em lei ou arbitrada pelo
juiz;
V - receber e depositar, dentro em 24 (vinte e quatro) horas, à ordem do juiz, o
produto da alienação;
VI - prestar contas nas 48 (quarenta e oito) horas subseqüentes ao depósito.
Art. 706. O leiloeiro público será livremente escolhido pelo credor.
Art. 707. Efetuado o leilão, lavrar-se-á o auto, expedindo-se a carta de
arrematação.
SEÇÃO II
DO PAGAMENTO AO CREDOR
Subseção I
Das disposições gerais
Art. 708. O pagamento ao credor far-se-á:

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I - pela entrega do dinheiro;
II - pela adjudicação dos bens penhorados;
III - pelo usufruto de bem imóvel ou de empresa.
Subseção II
Da entrega do dinheiro
Art. 709. O juiz autorizará que o credor levante, até a satisfação integral de seu
crédito, o dinheiro depositado para segurar o juízo ou o produto dos bens
alienados quando:
I - a execução for movida só a benefício do credor singular, a quem, por força da
penhora, cabe o direito de preferência sobre os bens penhorados e alienados;
II - não houver sobre os bens alienados qualquer outro privilégio ou preferência,
instituído anteriormente à penhora.
Parágrafo único. Ao receber o mandado de levantamento, o credor dará ao
devedor, por termo nos autos, quitação da quantia paga.
Art. 710. Estando o credor pago do principal, juros, custas e honorários, a
importância que sobejar será restituída ao devedor.
Art. 711. Concorrendo vários credores, o dinheiro ser-lhes-á distribuído e
entregue consoante a ordem das respectivas prelações; não havendo título legal à
preferência, receberá em primeiro lugar o credor que promoveu a execução,
cabendo aos demais concorrentes direito sobre a importância restante, observada
a anterioridade de cada penhora.
Art. 712. Os credores formularão as suas pretensões, requerendo as provas que
irão produzir em audiência; mas a disputa entre eles versará unicamente sobre o
direito de preferência e a anterioridade da penhora.
Art. 713. Findo o debate, o juiz proferirá a sentença.

Subseção III
Da adjudicação de imóvel
Art. 714. Finda a praça sem lançador, é lícito ao credor, oferecendo preço não
inferior ao que consta do edital, requerer lhe sejam adjudicados os bens
penhorados.
§ 1º. Idêntico direito pode ser exercido pelo credor hipotecário e pelos credores
concorrentes, que penhorarem o mesmo imóvel.
§ 2º. Havendo mais de um pretendente pelo mesmo preço, proceder-se-á entre
eles à licitação; se nenhum deles oferecer maior quantia, o credor hipotecário
preferirá ao exeqüente e aos credores concorrentes.
Art. 715. Havendo um só pretendente, a adjudicação reputa-se perfeita e
acabada com a assinatura do auto e independentemente de sentença, expedindo-
se a respectiva carta com observância dos requisitos exigidos pelo artigo 703.
§ 1º. Deferido o pedido de adjudicação, o auto somente será assinado decorrido
o prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
§ 2º. Surgindo licitação, constará da carta a sentença de adjudicação, além das

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peças exigidas pelo artigo 703.
Subseção IV
Do usufruto de imóvel ou de empresa
Art. 716. O juiz da execução pode conceder ao credor o usufruto de imóvel ou de
empresa, quando o reputar menos gravoso ao devedor e eficiente para o
recebimento da dívida.
Art. 717. Decretado o usufruto, perde o devedor o gozo do imóvel ou da
empresa, até que o credor seja pago do principal, juros, custas e honorários
advocatícios.
Art. 718. O usufruto tem eficácia, assim em relação ao devedor como a terceiros,
a partir da publicação da sentença.
Art. 719. Na sentença, o juiz nomeará administrador que será investido de todos
os poderes que concernem ao`usufrutuário.
Parágrafo único. Pode ser administrador:
I - o credor, consentindo o devedor;
II - o devedor, consentido o credor.
Art. 720. Quando o usufruto recair sobre o quinhão do condômino na co-
propriedade, ou do sócio na empresa, o administrador exercerá os direitos que
numa ou noutra cabiam ao devedor.
Art. 721. É lícito ao credor, antes da realização da praça, requerer-lhe seja
atribuído, em pagamento do crédito, o usufruto do imóvel penhorado.
Art. 722. Se o devedor concordar com o pedido, o juiz nomeará perito para:

I - avaliar os frutos e rendimentos do imóvel;


II - calcular o tempo necessário para a liquidação da dívida.
§ 1º. Ouvidas as partes sobre o laudo, proferirá o juiz a sentença, ordenando a
expedição de carta de constituição de usufruto.
§ 2º. Constarão da carta, além das peças indicadas no artigo 703, a sentença e o
cálculo dos frutos e rendimentos.
§ 3º. A carta de usufruto do imóvel será inscrita no respectivo registro.
Art. 723. Se o imóvel estiver arrendado, o inquilino pagará o aluguel diretamente
ao usufrutuário, salvo se houver administrador.
Art. 724. O usufrutuário poderá celebrar nova locação, aceitando proposta de
contrato, desde que o devedor concorde com todas as suas cláusulas. Havendo
discordância entre o credor e o devedor, o juiz decidirá, podendo aprovar a
proposta, se a julgar conveniente, ou determinar, mediante hasta pública, a
locação.
Art. 725. A constituição do usufruto não impedirá a alienação judicial do imóvel;
fica, porém, ressalvado ao credor o direito a continuar na posse do imóvel durante
o prazo do usufruto.

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Parágrafo único. É lícito ao arrematante, pagando ao credor o saldo a que tem
direito, requerer a extinção do usufruto.
Art. 726. Nos casos previstos nos artigos 677 e 678, o juiz concederá ao credor
usufruto da empresa, desde que este o requeira antes da realização do leilão.
Art. 727. Nomeado o administrador, o devedor far-lhe-á a entrega da empresa.
Art. 728. Cumpre ao administrador:
I - comunicar à Junta Comercial que entrou no exercício das suas funções,
remetendo-lhe certidão do despacho que o nomeou;
II - submeter à aprovação judicial a forma de administração;
III - prestar contas mensalmente, entregando ao credor as quantias recebidas, a
fim de serem imputadas no pagamento da dívida.
Art. 729. A nomeação e a substituição do administrador, bem como os seus
direitos e deveres, regem-se pelo disposto nos artigos 148 a 150.
SEÇÃO III
DA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
Art. 730. Na execução por quantia certa contra a Fazenda Pública, citar-se-á a
devedora para opor embargos em 10 (dez) dias; se esta não os opuser, no prazo
legal, observar-se-ão as seguintes regras:
I - o juiz requisitará o pagamento por intermédio do presidente do tribunal
competente;
II - far-se-á o pagamento na ordem de apresentação do precatório e à conta do
respectivo crédito.
Art. 731. Se o credor for preterido no seu direito de preferência, o presidente do
tribunal, que expediu a ordem, poderá, depois de ouvido o chefe do Ministério
Público, ordenar o seqüestro da quantia necessária para satisfazer o débito.
CAPÍTULO V
DA EXECUÇÃO DE PRESTAÇÃO ALIMENTÍCIA

Art. 732. A execução de sentença, que condena ao pagamento de prestação


alimentícia, far-se-á conforme o disposto no Capítulo IV deste Título.
Parágrafo único. Recaindo a penhora em dinheiro, o oferecimento de embargos
não obsta a que o exeqüente levante mensalmente a importância da prestação.
Art. 733. Na execução de sentença ou de decisão, que fixa os alimentos
provisionais, o juiz mandará citar o devedor para, em 3 (três) dias, efetuar o
pagamento, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
§ 1º. Se o devedor não pagar, nem se escusar, o juiz decretar-lhe-á a prisão pelo
prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
§ 2º. O cumprimento da pena não exime o devedor do pagamento das
prestações vencidas e vincendas. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 6.515,
de 26.12.1977)

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§ 3º. Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem
de prisão.
Art. 734. Quando o devedor for funcionário público, militar, diretor ou gerente de
empresa, bem como empregado sujeito à legislação do trabalho, o juiz mandará
descontar em folha de pagamento a importância da prestação alimentícia.
Parágrafo único. A comunicação será feita à autoridade, à empresa ou ao
empregador por ofício, de que constarão os nomes do credor, do devedor, a
importância da prestação e o tempo de sua duração.
Art. 735. Se o devedor não pagar os alimentos provisionais a que foi condenado,
pode o credor promover a execução da sentença, observando-se o procedimento
estabelecido no Capítulo IV deste Título.

TÍTULO III
DOS EMBARGOS DO DEVEDOR

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 736. O devedor poderá opor-se à execução por meio de embargos, que
serão autuados em apenso aos autos do processo principal.
Art. 737. Não são admissíveis embargos do devedor antes de seguro o juízo:
I - pela penhora, na execução por quantia certa;
II - pelo depósito, na execução para entrega de coisa.
Art. 738. O devedor oferecerá os embargos no prazo de dez dias, contados:
(Redação dada pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
I - da juntada aos autos da prova da intimação da penhora; (Redação dada ao
inciso pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
II - do termo de depósito (artigo 622);
III - da juntada aos autos do mandado de imissão na posse, ou de busca e
apreensão, na execução para a entrega de coisa (artigo 625);
IV - da juntada aos autos do mandado de citação, na execução das obrigações
de fazer ou de não fazer.
Art. 739. O juiz rejeitará liminarmente os embargos:
I - quando apresentados fora do prazo legal;
II - quando não se fundarem em algum dos fatos mencionados no artigo 741;
III - nos casos previstos no artigo 295.
§ 1º. Os embargos serão sempre recebidos com efeito suspensivo. (Redação
dada ao parágrafo pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
§ 2º. Quando os embargos forem parciais, a execução prosseguirá quanto à
parte não embargada. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.953 de
13.12.1994)
§ 3º. O oferecimento dos embargos por um dos devedores não suspenderá a

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execução contra os que não embargaram, quando o respectivo fundamento disser
respeito exclusivamente ao embargante. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº
8.953 de 13.12.1994)
Art. 740. Recebidos os embargos, o juiz mandará intimar o credor para impugná-
los no prazo de 10 (dez) dias, designando em seguida a audiência de instrução e
julgamento.
Parágrafo único. Não se realizará a audiência, se os embargos versarem sobre
matéria de direito ou, sendo de direito e de fato, a prova for exclusivamente
documental; caso em que o juiz proferirá sentença no prazo de 10 (dez) dias.
CAPÍTULO II
DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO FUNDADA EM SENTENÇA

Art. 741. Na execução fundada em título judicial, os embargos só poderão versar


sobre: (Redação dada pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
I - falta ou nulidade de citação no processo de conhecimento, se a ação lhe
correu à revelia;
II - inexigibilidade do título;
III - ilegitimidade das partes;
IV - cumulação indevida de execuções;
V - excesso da execução, ou nulidade desta até a penhora;
VI - qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como
pagamento, novação, compensação com execução aparelhada, transação ou
prescrição, desde que superveniente à sentença;
VII - incompetência do juízo da execução, bem como suspeição ou impedimento
do juiz.
Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II deste artigo, considera-se
também inexigível o título judicial fundado em lei, ou ato normativo declarados
inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação
tidas por incompatíveis com a Constituição Federal. (NR) (Parágrafo acrescentado
pela Medida Provisória nº 1.984-20, de 28.07.2000, DOU 30.07.2000 - Ed. Extra)
Art. 742. Será oferecida, juntamente com os embargos, a exceção de
incompetência do juízo, bem como a de suspeição ou de impedimento do juiz.
Art. 743. Há excesso de execução:

I - quando o credor pleiteia quantia superior à do título;


II - quando recai sobre coisa diversa daquela declarada no título;
III - quando se processa de modo diferente do que foi determinado na sentença;
IV - quando o credor, sem cumprir a prestação que lhe corresponde, exige o
adimplemento da do devedor (artigo 582);
V - se o credor não provar que a condição se realizou.
Art. 744. Na execução de sentença, proferida em ação fundada em direito real,
ou em direito pessoal sobre a coisa, é lícito ao devedor deduzir também embargos
de retenção por benfeitorias.
§ 1º. Nos embargos especificará o devedor, sob pena de não serem recebidos:

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I - as benfeitorias necessárias, úteis ou voluntárias;
II - o estado anterior e atual da coisa;
III - o custo das benfeitorias e o seu valor atual;
IV - a valorização da coisa, decorrente das benfeitorias.
§ 2º. Na impugnação aos embargos poderá o credor oferecer artigos de
liquidação de frutos ou de danos, a fim de se compensarem com as benfeitorias.
§ 3º. O credor poderá, a qualquer tempo, ser imitido na posse da coisa,
prestando caução ou depositando:
I - o preço das benfeitorias;
II - a diferença entre o preço das benfeitorias e o valor dos frutos ou dos danos,
que já tiverem sido liquidados.
CAPÍTULO III
DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO FUNDADA EM TÍTULO
EXTRAJUDICIAL

Art. 745. Quando a execução se fundar em título extrajudicial, o devedor poderá


alegar, em embargos, além das matérias previstas no artigo 741, qualquer outra
que lhe seria lícito deduzir como defesa no processo de conhecimento.
CAPÍTULO IV
DOS EMBARGOS À ARREMATAÇÃO E À ADJUDICAÇÃO

Art. 746. É lícito ao devedor oferecer embargos à arrematação ou à adjudicação,


fundados em nulidade da execução, pagamento, novação, transação ou
prescrição, desde que supervenientes à penhora.
Parágrafo único. Aos embargos opostos na forma deste artigo, aplica-se o
disposto nos Capítulos I e II deste Título.
CAPÍTULO V
DOS EMBARGOS NA EXECUÇÃO POR CARTA

Art. 747. Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo


deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo
deprecante, salvo se versarem unicamente vícios ou defeitos da penhora,
avaliação ou alienação dos bens. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.953, de
13.12.1994)

TÍTULO IV
DA EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA CONTRA DEVEDOR
INSOLVENTE

CAPÍTULO I
DA INSOLVÊNCIA

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Art. 748. Dá-se a insolvência toda vez que as dívidas excederem à importância
dos bens do devedor.
Art. 749. Se o devedor for casado e o outro cônjuge, assumindo a
responsabilidade por dívidas, não possuir bens próprios que bastem ao
pagamento de todos os credores, poderá ser declarada, nos autos do mesmo
processo, a insolvência de ambos.
Art. 750. Presume-se a insolvência quando:

I - o devedor não possuir outros bens livres e desembaraçados para nomear à


penhora;
II - forem arrestados bens do devedor, com fundamento no artigo 813, I, II e III.
Art. 751. A declaração de insolvência do devedor produz:
I - o vencimento antecipado das suas dívidas;
II - a arrecadação de todos os seus bens suscetíveis de penhora, quer os atuais,
quer os adquiridos no curso do processo;
III - a execução por concurso universal dos seus credores.
Art. 752. Declarada a insolvência, o devedor perde o direito de administrar os
seus bens e de dispor deles, até a liquidação total da massa.
Art. 753. A declaração de insolvência pode ser requerida:
I - por qualquer credor quirografário;
II - pelo devedor;
III - pelo inventariante do espólio do devedor.
CAPÍTULO II
DA INSOLVÊNCIA REQUERIDA PELO CREDOR

Art. 754. O credor requererá a declaração de insolvência do devedor, instruindo


o pedido com título executivo judicial ou extrajudicial (artigo 586).
Art. 755. O devedor será citado para, no prazo de 10 (dez) dias, opor embargos;
se os não oferecer, o juiz proferirá, em 10 (dez) dias, a sentença.
Art. 756. Nos embargos pode o devedor alegar:
I - que não paga por ocorrer alguma das causas enumeradas nos artigos 741,
742 e 745, conforme o pedido de insolvência se funde em título judicial ou
extrajudicial;
II - que o seu ativo é superior ao passivo.
Art. 757. O devedor ilidirá o pedido de insolvência se, no prazo para opor
embargos, depositar a importância do crédito, para lhe discutir a legitimidade ou o
valor.
Art. 758. Não havendo provas a produzir, o juiz dará a sentença em 10 (dez)
dias; havendo-as, designará audiência de instrução e julgamento.
CAPÍTULO III

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DA INSOLVÊNCIA REQUERIDA PELO DEVEDOR OU PELO SEU
ESPÓLIO

Art. 759. É lícito ao devedor ou ao seu espólio, a todo tempo, requerer a


declaração de insolvência.
Art. 760. A petição, dirigida ao juiz da comarca em que o devedor tem o seu
domicílio, conterá:
I - a relação nominal de todos os credores, com a indicação do domicílio de cada
um, bem como da importância e da natureza dos respectivos créditos;
II - a individuação de todos os bens, com a estimativa do valor de cada um;
III - o relatório do estado patrimonial, com a exposição das causas que
determinaram a insolvência.
CAPÍTULO IV
DA DECLARAÇÃO JUDICIAL DE INSOLVÊNCIA

Art. 761. Na sentença, que declarar a insolvência, o juiz:

I - nomeará, dentre os maiores credores, um administrador da massa;


II - mandará expedir edital, convocando os credores para que apresentem, no
prazo de 20 (vinte) dias, a declaração do crédito, acompanhada do respectivo
título.
Art. 762. Ao juízo da insolvência concorrerão todos os credores do devedor
comum.
§ 1º. As execuções movidas por credores individuais serão remetidas ao juízo da
insolvência.
§ 2º. Havendo, em alguma execução, dia designado para a praça ou o leilão, far-
se-á a arrematação, entrando para a massa o produto dos bens.
CAPÍTULO V
DAS ATRIBUIÇÕES DO ADMINISTRADOR

Art. 763. A massa dos bens do devedor insolvente ficará sob a custódia e
responsabilidade de um administrador, que exercerá as suas atribuições, sob a
direção e superintendência do juiz.
Art. 764. Nomeado o administrador, o escrivão o intimará a assinar, dentro de 24
(vinte e quatro) horas, termo de compromisso de desempenhar bem e fielmente o
cargo.
Art. 765. Ao assinar o termo, o administrador entregará a declaração de crédito,
acompanhada do título executivo. Não o tendo em seu poder, juntá-lo-á no prazo
fixado pelo artigo 761, II.
Art. 766. Cumpre ao administrador:
I - arrecadar todos os bens do devedor, onde quer que estejam, requerendo para

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esse fim as medidas judiciais necessárias;
II - representar a massa, ativa e passivamente, contratando advogado, cujos
honorários serão previamente ajustados e submetidos à aprovação judicial;
III - praticar todos os atos conservatórios de direitos e de ações, bem como
promover a cobrança das dívidas ativas;
IV - alienar em praça ou em leilão, com autorização judicial, os bens da massa.
Art. 767. O administrador terá direito a uma remuneração, que o juiz arbitrará,
atendendo à sua diligência, ao trabalho, à responsabilidade da função e à
importância da massa.
CAPÍTULO VI
DA VERIFICAÇÃO E DA CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS

Art. 768. Findo o prazo, a que se refere o nº II do artigo 761, o escrivão, dentro
de 5 (cinco) dias, ordenará todas as declarações, autuando cada uma com o seu
respectivo título. Em seguida intimará, por edital, todos os credores para, no prazo
de 20 (vinte) dias, que lhes é comum, alegarem as suas preferências, bem como a
nulidade, simulação, fraude, ou falsidade de dívidas e contratos.
Parágrafo único. No prazo, a que se refere este artigo, o devedor poderá
impugnar quaisquer créditos.
Art. 769. Não havendo impugnações, o escrivão remeterá os autos ao contador,
que organizará o quadro geral dos credores, observando, quanto à classificação
dos créditos e dos títulos legais de preferência, o que dispõe a lei civil.
Parágrafo único. Se concorrerem aos bens apenas credores quirográfarios, o
contador organizará o quadro, relacionando-os em ordem alfabética.
Art. 770. Se, quando for organizado o quadro geral dos credores, os bens da
massa já tiverem sido alienados, o contador indicará a percentagem, que caberá a
cada credor no rateio.
Art. 771. Ouvidos todos os interessados, no prazo de 10 (dez) dias, sobre o
quadro geral dos credores, o juiz proferirá a sentença.
Art. 772. Havendo impugnação pelo credor ou pelo devedor, o juiz deferirá,
quando necessário, a produção de provas e em seguida proferirá sentença.
§ 1º. Se for necessário prova oral, o juiz designará a audiência de instrução e
julgamento.
§ 2º. Transitada em julgado a sentença, observar-se-á o que dispõem os três
artigos antecedentes.
Art. 773. Se os bens não foram alienados antes da organização do quadro geral,
o juiz determinará a alienação em praça ou em leilão, destinando-se o produto ao
pagamento dos credores.
CAPÍTULO VII
DO SALDO DEVEDOR

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Art. 774. Liquidada a massa sem que tenha sido efetuado o pagamento integral
a todos os credores, o devedor insolvente continua obrigado pelo saldo.
Art. 775. Pelo pagamento dos saldos respondem os bens penhoráveis que o
devedor adquirir, até que se lhe declare a extinção das obrigações.
Art. 776. Os bens do devedor poderão ser arrecadados nos autos do mesmo
processo, a requerimento de qualquer credor incluído no quadro geral, a que se
refere o artigo 769, procedendo-se à sua alienação e à distribuição do respectivo
produto aos credores, na proporção dos seus saldos.
CAPÍTULO VIII
DA EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

Art. 777. A prescrição das obrigações, interrompidas com a instauração do


concurso universal de credores, recomeça a correr no dia em que passar em
julgado a sentença que encerrar o processo de insolvência.
Art. 778. Consideram-se extintas todas as obrigações do devedor, decorrido o
prazo de 5 (cinco) anos, contados da data do encerramento do processo de
insolvência.
Art. 779. É lícito ao devedor requerer ao juízo da insolvência a extinção das
obrigações; o juiz mandará publicar edital, com o prazo de 30 (trinta) dias, no
órgão oficial e em outro jornal de grande circulação.
Art. 780. No prazo estabelecido no artigo antecedente, qualquer credor poderá
opor-se ao pedido, alegando que:
I - não transcorreram 5 (cinco) anos da data do encerramento da insolvência;
II - o devedor adquiriu bens, sujeitos à arrecadação (artigo 776).
Art. 781. Ouvido o devedor no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá sentença;
havendo provas a produzir, o juiz designará a audiência de instrução e julgamento.
Art. 782. A sentença, que declarar extintas as obrigações, será publicada por
edital, ficando o devedor habilitado a praticar todos os atos da vida civil.
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 783. O devedor insolvente poderá, depois da aprovação do quadro a que se


refere o artigo 769, acordar com os seus credores, propondo-lhes a forma de
pagamento. Ouvidos os credores, se não houver oposição, o juiz aprovará a
proposta por sentença.
Art. 784. Ao credor retardatário é assegurado o direito de disputar, por ação
direta, antes do rateio final, a prelação ou a cota proporcional ao seu crédito.
Art. 785. O devedor, que caiu em estado de insolvência sem culpa sua, pode
requerer ao juiz, se a massa o comportar, que lhe arbitre uma pensão, até a

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alienação dos bens. Ouvidos os credores, o juiz decidirá.
Art. 786. As disposições deste Título aplicam-se às sociedades civis, qualquer
que seja a sua forma.
Art. 786-A. Os editais referidos neste Título também serão publicados, quando
for o caso, nos órgãos oficiais dos Estados em que o devedor tenha filiais ou
representantes. (Artigo acrescentado pela Lei nº 9.462, de 19.06.1997)

TÍTULO V
DA REMIÇÃO

Art. 787. É lícito ao cônjuge, ao descendente, ou ao ascendente do devedor


remir todos ou quaisquer bens penhorados, ou arrecadados no processo de
insolvência, depositando o preço por que foram alienados ou adjudicados.
Parágrafo único. A remição não pode ser parcial, quando há licitante para todos
os bens.
Art. 788. O direito a remir será exercido no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
que mediar:
I - entre a arrematação dos bens em praça ou leilão e a assinatura do auto
(artigo 693);
II - entre o pedido de adjudicação e a assinatura do auto, havendo um só
pretendente (artigo 715, § 1º); ou entre o pedido de adjudicação e a publicação da
sentença, havendo vários pretendentes (artigo 715, § 2º).
Art. 789. Concorrendo à remição vários pretendentes, preferirá o que oferecer
maior preço; em condições iguais de oferta, deferir-se-á na seguinte ordem:
I - ao cônjuge;
II - aos descendentes;
III - aos ascendentes.
Parágrafo único. Entre descendentes, bem como entre ascendentes, os de grau
mais próximo preferem aos de grau mais remoto; em igualdade de grau, licitarão
entre si os concorrentes, preferindo o que oferecer maior preço.
Art. 790. Deferindo o pedido, o juiz mandará passar carta de remição, que
conterá, além da sentença, as seguintes peças:
I - a autuação;
II - o título executivo;
III - o auto de penhora;
IV - a avaliação
V - a quitação de impostos.
TÍTULO VI
DA SUSPENSÃO E DA EXTINÇÃO DO PROCESSO DE
EXECUÇÃO

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CAPÍTULO I
DA SUSPENSÃO

Art. 791. Suspende-se a execução:


I - no todo ou em parte quando recebidos os embargos do devedor (artigo 739, §
2º); (Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
II - nas hipóteses previstas no artigo 265, I a III;
III - quando o devedor não possuir bens penhoráveis.
Art. 792. Convindo as partes, o juiz declarará suspensa a execução durante o
prazo concedido pelo credor, para que o devedor cumpra voluntariamente a
obrigação.
Parágrafo único. Findo o prazo sem cumprimento da obrigação, o processo
retomará o seu curso. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.953 de 13.12.1994)
Art. 793. Suspensa a execução, é defeso praticar quaisquer atos processuais. O
juiz poderá, entretanto, ordenar providências cautelares urgentes (Redação dada
ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
CAPÍTULO II
DA EXTINÇÃO

Art. 794. Extingue-se a execução quando:


I - o devedor satisfaz a obrigação;
II - o devedor obtém, por transação ou por qualquer outro meio, a remissão total
da dívida;
III - o credor renunciar ao crédito.
Art. 795. A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.

LIVRO III
DO PROCESSO CAUTELAR

TÍTULO ÚNICO
DAS MEDIDAS CAUTELARES

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 796. O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do


processo principal e deste é sempre dependente.
Art. 797. Só em casos excepcionais, expressamente autorizados por lei,
determinará o juiz medidas cautelares sem a audiência das partes.

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Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código
regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias
que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do
julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação.
Art. 799. No caso do artigo anterior, poderá o juiz, para evitar o dano, autorizar
ou vedar a prática de determinados atos, ordenar a guarda judicial de pessoas e
depósito de bens e impor a prestação de caução.
Art. 800. As medidas cautelares serão requeridas ao juiz da causa; e, quando
preparatórias, ao juiz competente para conhecer da ação principal.
Parágrafo único. Interposto o recurso, a medida cautelar será requerida
diretamente ao tribunal. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.952, de
13.12.1994)
Art. 801. O requerente pleiteará a medida cautelar em petição escrita, que
indicará:
I - a autoridade judiciária, a que for dirigida;
II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do
requerido;
III - a lide e seu fundamento;
IV - a exposição sumária do direito ameaçado e o receio da lesão;
V - as provas que serão produzidas.
Parágrafo único. Não se exigirá o requisito do nº III senão quando a medida
cautelar for requerida em procedimento preparatório.
Art. 802. O requerido será citado, qualquer que seja o procedimento cautelar,
para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido, indicando as provas que
pretende produzir.
Parágrafo único. Conta-se o prazo, da juntada aos autos do mandado:
I - de citação devidamente cumprido;
II - da execução da medida cautelar, quando concedida liminarmente ou após
justificação prévia.
Art. 803. Não sendo contestado o pedido, presumir-se-ão aceitos pelo requerido,
como verdadeiros, os fatos alegados pelo requerente (artigos 285 e 319); caso em
que o juiz decidirá dentro em 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Se o requerido contestar no prazo legal, o juiz designará
audiência de instrução e julgamento, havendo prova a ser nela produzida
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 804. É lícito ao juiz conceder liminarmente ou após justificação prévia a
medida cautelar, sem ouvir o réu, quando verificar que este, sendo citado, poderá
torná-la ineficaz; caso em que poderá determinar que o requerente preste caução
real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer.
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 805. A medida cautelar poderá ser substituída, de ofício ou a requerimento
de qualquer das partes, pela prestação de caução ou outra garantia menos

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gravosa para o requerido, sempre que adequada e suficiente para evitar a lesão
ou repará-la integralmente. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.952, de
13.12.1994)
Art. 806. Cabe à parte propor a ação, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da
data da efetivação da medida cautelar, quando esta for concedida em
procedimento preparatório.
Art. 807. As medidas cautelares conservam a sua eficácia no prazo do artigo
antecedente e na pendência do processo principal; mas podem, a qualquer tempo,
ser revogadas ou modificadas.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a medida cautelar
conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
Art. 808. Cessa a eficácia da medida cautelar:

I - se a parte não intentar a ação no prazo estabelecido no artigo 806;


II - se não for executada dentro de 30 (trinta) dias;
III - se o juiz declarar extinto o processo principal, com ou sem julgamento do
mérito.
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a medida, é defeso à parte
repetir o pedido, salvo por novo fundamento.
Art. 809. Os autos do procedimento cautelar serão apensados aos do processo
principal.
Art. 810. O indeferimento da medida não obsta a que a parte intente a ação, nem
influi no julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, acolher a
alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor.
Art. 811. Sem prejuízo do disposto no artigo 16, o requerente do procedimento
cautelar responde ao requerido pelo prejuízo que lhe causar a execução da
medida:
I - se a sentença no processo principal lhe for desfavorável;
II - se, obtida liminarmente a medida no caso do artigo 804 deste Código, não
promover a citação do requerido dentro em 5 (cinco) dias;
III - se ocorrer a cessação da eficácia da medida, em qualquer dos casos
previstos no artigo 808, deste Código;
IV - se o juiz acolher, no procedimento cautelar, a alegação de decadência ou de
prescrição do direito do autor (artigo 810).
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos do procedimento
cautelar.
Art. 812. Aos procedimentos cautelares específicos, regulados no Capítulo
seguinte, aplicam-se as disposições gerais deste Capítulo.
CAPÍTULO II
DOS PROCEDIMENTOS CAUTELARES ESPECÍFICOS

SEÇÃO I

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DO ARRESTO
Art. 813. O arresto tem lugar:

I - quando o devedor sem domicílio certo intenta ausentar-se ou alienar os bens


que possui, ou deixa de pagar a obrigação no prazo estipulado;
II - quando o devedor, que tem domicílio:
a) se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente;
b) caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou
tenta contrair dívidas extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em nome de
terceiros; ou comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar a
execução ou lesar credores;
III - quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los
ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres ou desembargados,
equivalentes às dívidas;
IV - nos demais casos expressos em lei.
Art. 814. Para a concessão do arresto é essencial:

I - prova literal da dívida líquida e certa;


II - prova documental ou justificação de algum dos casos mencionados no artigo
antecedente.
Parágrafo único. Equipara-se à prova literal da dívida líquida e certa, para efeito
de concessão de arresto, a sentença líquida ou ilíquida, pendente de recurso ou o
laudo arbitral pendente de homologação, condenando o devedor no pagamento de
dinheiro ou de prestação que em dinheiro possa converter-se. (Redação dada ao
parágrafo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 815. A justificação prévia, quando ao juiz parecer indispensável, far-se-á em
segredo e de plano, reduzindo-se a termo o depoimento das testemunhas.
Art. 816. O juiz concederá o arresto independentemente de justificação prévia:
I - quando for requerido pela União, Estado ou Município, nos casos previstos em
lei;
II - se o credor prestar caução (artigo 804).
Art. 817. Ressalvado o disposto no artigo 810, a sentença proferida no arresto
não faz coisa julgada na ação principal.
Art. 818. Julgada procedente a ação principal, o arresto se resolve em penhora.
Art. 819. Ficará suspensa a execução do arresto se o devedor:
I - tanto que intimado, pagar ou depositar em juízo a importância da dívida, mais
os honorários de advogado que o juiz arbitrar, e custas;
II - der fiador idôneo, ou prestar caução para garantir a dívida, honorários do
advogado do requerente e custas.
Art. 820. Cessa o arresto:
I - pelo pagamento;
II - pela novação;
III - pela transação.

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Art. 821. Aplicam-se ao arresto as disposições referentes à penhora, não
alteradas na presente Seção.
SEÇÃO II
DO SEQÜESTRO
Art. 822. O juiz, a requerimento da parte, pode decretar o seqüestro:

I - de bens móveis, semoventes ou imóveis, quando lhes for disputada a


propriedade ou a posse, havendo fundado receio de rixas ou danificações;
II - dos frutos e rendimentos do imóvel reivindicando, se o réu, depois de
condenado por sentença ainda sujeita a recurso, os dissipar;
III - dos bens do casal, nas ações de separação judicial e de anulação de
casamento, se o cônjuge os estiver dilapidando;
IV - nos demais casos expressos em lei.
Art. 823. Aplica-se ao seqüestro, no que couber, o que este Código estatui
acerca do arresto.
Art. 824. Incumbe ao juiz nomear o depositário dos bens seqüestrados. A
escolha poderá, todavia, recair:
I - em pessoa indicada, de comum acordo, pelas partes;
II - em uma das partes, desde que ofereça maiores garantias e preste caução
idônea.
Art. 825. A entrega dos bens ao depositário far-se-á logo depois que este assinar
o compromisso.
Parágrafo único. Se houver resistência, o depositário solicitará ao juiz a
requisição de força policial.
SEÇÃO III
DA CAUÇÃO
Art. 826. A caução pode ser real ou fidejussória.
Art. 827. Quando a lei não determinar a espécie de caução, esta poderá ser
prestada mediante depósito em dinheiro, papéis de crédito, títulos da União ou dos
Estados, pedras e metais preciosos, hipoteca, penhor e fiança.
Art. 828. A caução pode ser prestada pelo interessado ou por terceiro.
Art. 829. Aquele que for obrigado a dar caução requererá a citação da pessoa a
favor de quem tiver de ser prestada, indicando na petição inicial:
I - o valor a caucionar;
II - o modo pelo qual a caução vai ser prestada;
III - a estimativa dos bens;
IV - a prova da suficiência da caução ou da idoneidade do fiador.
Art. 830. Aquele em cujo favor há de ser dada a caução requererá a citação do
obrigado para que a preste, sob pena de incorrer na sanção que a lei ou o contrato
cominar para a falta.

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Art. 831. O requerido será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, aceitar a
caução (artigo 829), prestá-la (artigo 830), ou contestar o pedido.
Art. 832. O juiz proferirá imediatamente a sentença:
I - se o requerido não contestar;
II - se a caução oferecida ou prestada for aceita;
III - se a matéria for somente de direito ou, sendo de direito e de fato, já não
houver necessidade de outra prova.
Art. 833. Contestado o pedido, o juiz designará audiência de instrução e
julgamento, salvo o disposto no nº III do artigo anterior.
Art. 834. Julgando procedente o pedido, o juiz determinará a caução e assinará
o prazo em que deve ser prestada, cumprindo-se as diligências que forem
determinadas.
Parágrafo único. Se o requerido não cumprir a sentença no prazo estabelecido, o
juiz declarará:
I - no caso do artigo 829, não prestada a caução;
II - no caso do artigo 830, efetivada a sanção que cominou.
Art. 835. O autor, nacional ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou dele se
ausentar na pendência da demanda, prestará, nas ações que intentar, caução
suficiente às custas e honorários de advogado da parte contrária, se não tiver no
Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento.
Art. 836. Não se exigirá, porém, a caução, de que trata o artigo antecedente:
I - na execução fundada em título extrajudicial;
II - na reconvenção.
Art. 837. Verificando-se no curso do processo que se desfalcou a garantia,
poderá o interessado exigir reforço da caução. Na petição inicial, o requerente
justificará o pedido, indicando a depreciação do bem dado em garantia e a
importância do reforço que pretende obter.
Art. 838. Julgando procedente o pedido, o juiz assinará prazo para que o
obrigado reforce a caução. Não sendo cumprida a sentença, cessarão os efeitos
da caução prestada, presumindo-se que o autor tenha desistido da ação ou o
recorrente desistido do recurso.
SEÇÃO IV
DA BUSCA E APREENSÃO
Art. 839. O juiz pode decretar a busca e apreensão de pessoas ou de coisas.
Art. 840. Na petição inicial exporá o requerente as razões justificativas da
medida e da ciência de estar a pessoa ou a coisa no lugar designado.
Art. 841. A justificação prévia far-se-á em segredo de justiça, se for
indispensável. Provado quanto baste o alegado, expedir-se-á o mandado que
conterá:

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I - a indicação da casa ou do lugar em que deve efetuar-se a diligência;
II - a descrição da pessoa ou da coisa procurada e o destino a lhe dar;
III - a assinatura do juiz, de quem emanar a ordem.
Art. 842. O mandado será cumprido por dois oficiais de justiça, um dos quais o
lerá ao morador, intimando-o a abrir as portas.
§ 1º. Não atendidos, os oficiais de justiça arrombarão as portas externas, bem
como as internas e quaisquer móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa
ou a coisa procurada.
§ 2º. Os oficiais de justiça far-se-ão acompanhar de duas testemunhas.
§ 3º. Tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou
executante, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão, o juiz
designará, para acompanharem os oficiais de justiça, dois peritos aos quais
incumbirá confirmar a ocorrência da violação antes de ser efetivada a apreensão.
Art. 843. Finda a diligência, lavrarão os oficiais de justiça auto circunstanciado,
assinando-o com as testemunhas.
SEÇÃO V
DA EXIBIÇÃO
Art. 844. Tem lugar, como procedimento preparatório, a exibição judicial:
I - de coisa móvel em poder de outrem e que o requerente repute sua ou tenha
interesse em conhecer;
II - de documento próprio ou comum, em poder de co-interessado, sócio,
condômino, credor ou devedor; ou em poder de terceiro que o tenha em sua
guarda, como inventariante, testamenteiro, depositário ou administrador de bens
alheios;
III - da escrituração comercial por inteiro, balanços e documentos de arquivo, nos
casos expressos em lei.
Art. 845. Observar-se-á, quanto ao procedimento, no que couber, o disposto nos
artigos 355 a 363, e 381 e 382.
SEÇÃO VI
DA PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS
Art. 846. A produção antecipada de prova pode consistir em interrogatório da
parte, inquirição de testemunhas e exame pericial.
Art. 847. Far-se-á o interrogatório da parte ou a inquirição das testemunhas
antes da propositura da ação, ou na pendência desta, mas antes da audiência de
instrução:
I - se tiver de ausentar-se;
II - se, por motivo de idade ou de moléstia grave, houver justo receio de que ao
tempo da prova já não exista, ou esteja impossibilitada de depor.
Art. 848. O requerente justificará sumariamente a necessidade da antecipação e
mencionará com precisão os fatos sobre que há de recair a prova.
Parágrafo único. Tratando-se de inquirição de testemunhas, serão intimados os

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interessados a comparecer à audiência em que prestará o depoimento.
Art. 849. Havendo fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito
difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação, é admissível o exame
pericial.
Art. 850. A prova pericial realizar-se-á conforme o disposto nos artigos 420 a
439.
Art. 851. Tomado o depoimento ou feito exame pericial, os autos permanecerão
em cartório, sendo lícito aos interessados solicitar as certidões que quiserem.
SEÇÃO VII
DOS ALIMENTOS PROVISIONAIS
Art. 852. É lícito pedir alimentos provisionais:
I - nas ações de desquite e de anulação de casamento, desde que estejam
separados os cônjuges;
II - nas ações de alimentos, desde o despacho da petição inicial;
III - nos demais casos expressos em lei.
Parágrafo único. No caso previsto no nº I deste artigo, a prestação alimentícia
devida ao requerente abrange, além do que necessitar para sustento, habitação e
vestuário, despesas para custear a demanda.
Art. 853. Ainda que a causa principal penda de julgamento no tribunal,
processar-se-á no primeiro grau de jurisdição o pedido de alimentos provisionais.
Art. 854. Na petição inicial, exporá o requerente as suas necessidades e as
possibilidades do alimentante.
Parágrafo único. O requerente poderá pedir que o juiz, ao despachar a petição
inicial e sem audiência do requerido, lhe arbitre desde logo uma mensalidade para
mantença.
SEÇÃO VIII
DO ARROLAMENTO DOS BENS
Art. 855. Procede-se ao arrolamento sempre que há fundado receio de extravio
ou de dissipação de bens.
Art. 856. Pode requerer o arrolamento todo aquele que tem interesse na
conservação dos bens.
§ 1º. O interesse do requerente pode resultar de direito já constituído ou que
deva ser declarado em ação própria.
§ 2º. Aos credores só é permitido requerer arrolamento nos casos em que tenha
lugar a arrecadação de herança.
Art. 857. Na petição inicial exporá o requerente:
I - o seu direito aos bens;
II - os fatos em que funda o receio de extravio ou de dissipação dos bens.
Art. 858. Produzidas as provas em justificação prévia, o juiz, convencendo-se de

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que o interesse do requerente corre sério risco, deferirá a medida, nomeando
depositário dos bens.
Parágrafo único. O possuidor ou detentor dos bens será ouvido se a audiência
não comprometer a finalidade da medida.
Art. 859. O depositário lavrará auto, descrevendo minuciosamente todos os bens
e registrando quaisquer ocorrências que tenham interesse para sua conservação.
Art. 860. Não sendo possível efetuar desde logo o arrolamento ou concluí-lo no
dia em que foi iniciado, apor-se-ão selos nas portas da casa ou nos móveis em
que estejam os bens, continuando-se a diligência no dia que for designado.
SEÇÃO IX
DA JUSTIFICAÇÃO
Art. 861. Quem pretender justificar a existência de algum fato ou relação jurídica,
seja para simples documento e sem caráter contencioso, seja para servir de prova
em processo regular, exporá, em petição circunstanciada, a sua intenção.
Art. 862. Salvo nos casos expressos em lei, é essencial a citação dos
interessados.
Parágrafo único. Se o interessado não puder ser citado pessoalmente, intervirá
no processo o Ministério Público.
Art. 863. A justificação consistirá na inquirição de testemunhas sobre os fatos
alegados, sendo facultado ao requerente juntar documentos.
Art. 864. Ao interessado é lícito contraditar as testemunhas, reinquiri-las e
manifestar-se sobre os documentos, dos quais terá vista em cartório por 24 (vinte
e quatro) horas.
Art. 865. No processo de justificação não se admite defesa nem recurso.
Art. 866. A justificação será afinal julgada por sentença e os autos serão
entregues ao requerente independentemente de traslado, decorridas 48 (quarenta
e oito) horas da decisão.
Parágrafo único. O juiz não se pronunciará sobre o mérito da prova, limitando-se
a verificar se foram observadas as formalidades legais.
SEÇÃO X
DOS PROTESTOS, NOTIFICAÇÕES E INTERPELAÇÕES
Art. 867. Todo aquele que desejar prevenir responsabilidade, prover a
conservação e ressalva de seus direitos ou manifestar qualquer intenção de modo
formal, poderá fazer por escrito o seu protesto, em petição dirigida ao juiz, e
requerer que do mesmo se intime a quem de direito.
Art. 868. Na petição o requerente exporá os fatos e os fundamentos do protesto.
Art. 869. O juiz indeferirá o pedido, quando o requerente não houver
demonstrado legítimo interesse e o protesto, dando causa a dúvidas e incertezas,

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possa impedir a formação de contrato ou a realização de negócio lícito.
Art. 870. Far-se-á a intimação por editais:

I - se o protesto for para conhecimento do público em geral, nos casos previstos


em lei, ou quando a publicidade seja essencial para que o protesto, notificação ou
interpelação atinja seus fins;
II - se o citando for desconhecido, incerto ou estiver em lugar ignorado ou de
difícil acesso;
III - se a demora da intimação pessoal puder prejudicar os efeitos da interpelação
ou do protesto.
Parágrafo único. Quando se tratar de protesto contra a alienação de bens, pode
o juiz ouvir, em 3 (três) dias, aquele contra quem foi dirigido, desde que lhe pareça
haver no pedido ato emulativo, tentativa de extorsão, ou qualquer outro fim ilícito,
decidindo em seguida sobre o pedido de publicação de editais.
Art. 871. O protesto ou interpelação não admite defesa nem contraprotesto nos
autos; mas o requerido pode contraprotestar em processo distinto.
Art. 872. Feita a intimação, ordenará o juiz que, pagas as custas, e decorridas 48
(quarenta e oito) horas, sejam os autos entregues à parte independentemente de
traslado.
Art. 873. Nos casos previstos em lei processar-se-á a notificação ou interpelação
na conformidade dos artigos antecedentes.
SEÇÃO XI
DA HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL
Art. 874. Tomado o penhor legal nos casos previstos em lei, requererá o credor,
ato contínuo, a homologação. Na petição inicial, instruída com a conta
pormenorizada das despesas, a tabela dos preços e a relação dos objetos retidos,
pedirá a citação do devedor para, em 24 (vinte e quatro) horas, pagar ou alegar
defesa.
Parágrafo único. Estando suficientemente provado o pedido nos termos deste
artigo, o juiz poderá homologar de plano o penhor legal.
Art. 875. A defesa só pode consistir em:

I - nulidade do processo;
II - extinção da obrigação;
III - não estar a dívida compreendida entre as previstas em lei ou não estarem os
bens sujeitos a penhor legal.
Art. 876. Em seguida, o juiz decidirá; homologando o penhor, serão os autos
entregues ao requerente 48 (quarenta e oito) horas depois, independentemente de
traslado, salvo se, dentro desse prazo, a parte houver pedido certidão; não sendo
homologado, o objeto será entregue ao réu, ressalvado ao autor o direito de
cobrar a conta por ação ordinária.
SEÇÃO XII
DA POSSE EM NOME DO NASCITURO

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Art. 877. A mulher que, para garantia dos direitos do filho nascituro, quiser
provar seu estado de gravidez, requererá ao juiz que, ouvido o órgão do Ministério
Público, mande examiná-la por um médico de sua nomeação.
§ 1º. O requerimento será instruído com a certidão de óbito da pessoa, de quem
o nascituro é sucessor.
§ 2º. Será dispensado o exame se os herdeiros do falecido aceitarem a
declaração da requerente.
§ 3º. Em caso algum a falta do exame prejudicará os direitos do nascituro.
Art. 878. Apresentado o laudo que reconheça a gravidez, o juiz, por sentença,
declarará a requerente investida na posse dos direitos que assistam ao nascituro.
Parágrafo único. Se à requerente não couber o exercício do pátrio poder, o juiz
nomeará curador ao nascituro.
SEÇÃO XIII
DO ATENTADO
Art. 879. Comete atentado a parte que no curso do processo:

I - viola penhora, arresto, seqüestro ou imissão na posse;


II - prossegue em obra embargada;
III - pratica outra qualquer inovação ilegal no estado de fato.
Art. 880. A petição inicial será autuada em separado, observando-se, quanto ao
procedimento, o disposto nos artigos 802 e 803.
Parágrafo único. A ação de atentado será processada e julgada pelo juiz que
conheceu originariamente da causa principal, ainda que esta se encontre no
tribunal.
Art. 881. A sentença, que julgar procedente a ação, ordenará o restabelecimento
do estado anterior, a suspensão da causa principal e a proibição de o réu falar nos
autos até a purgação do atentado.
Parágrafo único. A sentença poderá condenar o réu a ressarcir à parte lesada as
perdas e danos que sofreu em conseqüência do atentado.
SEÇÃO XIV
DO PROTESTO E DA APREENSÃO DE TÍTULOS
Art. 882. O protesto de títulos e contas judicialmente verificadas far-se-á nos
casos e com observância da lei especial.
Art. 883. O oficial intimará do protesto o devedor, por carta registrada ou
entregando-lhe em mãos o aviso.
Parágrafo único. Far-se-á, todavia, por edital, a intimação:
I - se o devedor não for encontrado na comarca;
II - quando se tratar de pessoa desconhecida ou incerta.
Art. 884. Se o oficial opuser dúvidas ou dificuldades à tomada do protesto ou à
entrega do respectivo instrumento, poderá a parte reclamar ao juiz. Ouvido o
oficial, o juiz proferirá sentença, que será transcrita no instrumento.

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Art. 885. O juiz poderá ordenar a apreensão de título não restituído ou sonegado
pelo emitente, sacado ou aceitante; mas só decretará a prisão de quem o recebeu
para firmar aceite ou efetuar pagamento, se o portador provar, com justificação ou
por documento, a entrega do título e a recusa da devolução.
Parágrafo único. O juiz mandará processar de plano o pedido, ouvirá
depoimentos se for necessário e, estando provada a alegação, ordenará a prisão.
Art. 886. Cessará a prisão:

I - se o devedor restituir o título, ou pagar o seu valor e as despesas feitas, ou o


exibir para ser levado a depósito;
II - quando o requerente desistir;
III - não sendo iniciada a ação penal dentro do prazo da lei;
IV - não sendo proferido o julgado dentro de 90 (noventa) dias da data da
execução do mandado.
Art. 887. Havendo contestação do crédito, o depósito das importâncias referido
no artigo precedente não será levantado antes de passada em julgado a sentença.
SEÇÃO XV
DE OUTRAS MEDIDAS PROVISIONAIS
Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou
antes de sua propositura:
I - obras de conservação em coisa litigiosa ou judicialmente apreendida;
II - a entrega dos bens de uso pessoal do cônjuge e dos filhos;
III - a posse provisória dos filhos, nos casos de separação judicial ou anulação de
casamento;
IV - o afastamento do menor autorizado a contrair casamento contra a vontade
dos pais;
V - o depósito de menores ou incapazes castigados imoderadamente por seus
pais, tutores ou curadores, ou por eles induzidos à prática de atos contrários à lei
ou à moral;
VI - o afastamento temporário de um dos cônjuges da morada do casal;
VII - a guarda e a educação dos filhos, regulado o direito de visita;
VIII - a interdição ou a demolição de prédio para resguardar a saúde, a
segurança ou outro interesse público.
Art. 889. Na aplicação das medidas enumeradas no artigo antecedente
observar-se-á o procedimento estabelecido nos artigos 801 a 803.
Parágrafo único. Em caso de urgência, o juiz poderá autorizar ou ordenar as
medidas, sem audiência do requerido.
LIVRO IV
DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

TÍTULO I
DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO

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CONTENCIOSA

CAPÍTULO I
DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Art. 890. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com
efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§ 1º. Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o devedor ou terceiro optar
pelo depósito da quantia devida, em estabelecimento bancário oficial, onde
houver, situado no lugar do pagamento, em conta com correção monetária,
cientificando-se o credor por carta com aviso de recepção, assinando o prazo de
dez dias para a manifestação de recusa. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº
8.951, de 13.12.1994)
§ 2º. Decorrido o prazo referido no parágrafo anterior, sem a manifestação de
recusa, reputar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do
credor a quantia depositada. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.951, de
13.12.1994)
§ 3º. Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário,
o devedor ou terceiro poderá propor, dentro de trinta dias, a ação de consignação,
instruindo a inicial com a prova do depósito e da recusa. (Parágrafo acrescentado
pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994)
§ 4º. Não proposta a ação no prazo do parágrafo anterior, ficará sem efeito o
depósito, podendo levantá-lo o depositante. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº
8.951, de 13.12.1994)
Art. 891. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o
devedor, tanto que se efetue o depósito, os juros e os riscos, salvo se for julgada
improcedente.
Parágrafo único. Quando a coisa devida for corpo que deva ser entregue no
lugar em que está, poderá o devedor requerer a consignação no foro em que ela
se encontra.
Art. 892. Tratando-se de prestações periódicas, uma vez consignada a primeira,
pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais
formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados
até 5 (cinco) dias, contados da data do vencimento.
Art. 893. O autor, na petição inicial, requererá:

I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de cinco


dias contado do deferimento, ressalvada a hipótese do § 3º do artigo 890;
II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer resposta. (Redação
dada ao artigo pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994)
Art. 894. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao
credor, será este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro
prazo não constar de lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor o faça,
devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se

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fará a entrega, sob pena de depósito.
Art. 895. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o
pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos que o disputam para
provarem o seu direito.
Art. 896. Na contestação, o réu poderá alegar que: (Redação dada pela Lei nº
8.951, de 13.12.1994)
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisa devida;
II - foi justa a recusa;
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento;
IV - o depósito não é integral.
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação será admissível se o réu
indicar o montante que entende devido. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº
8.951, de 13.12.1994)
Art. 897. Não oferecida a contestação, e ocorrentes os efeitos da revelia, o juiz
julgará procedente o pedido, declarará extinta a obrigação e condenará o réu nas
custas e honorários advocatícios. (Redação dada ao caput pela Lei nº 8.951, de
13.12.1994)
Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der
quitação.
Art. 898. Quando a consignação se fundar em dúvida sobre quem deva
legitimamente receber, não comparecendo nenhum pretendente, converter-se-á o
depósito em arrecadação de bens de ausentes; comparecendo apenas um, o juiz
decidirá de plano; comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito
e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre os
credores; caso em que se observará o procedimento ordinário.
Art. 899. Quando na contestação o réu alegar que o depósito não é integral, é
lícito ao autor completá-lo, dentro em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a
prestação, cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato.
§ 1º. Alegada a insuficiência do depósito, poderá o réu levantar, desde logo, a
quantia ou a coisa depositada, com a conseqüente liberação parcial do autor,
prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida. (Parágrafo acrescentado
pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994)
§ 2º. A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre
que possível, o montante devido, e, neste caso, valerá como título executivo,
facultando ao credor promover-lhe a execução nos mesmos autos. (Parágrafo
acrescentado pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994)
Art. 900. Aplica-se o procedimento estabelecido neste Capítulo, no que couber,
ao resgate do aforamento. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de
01.10.1973)
CAPÍTULO II
DA AÇÃO DE DEPÓSITO

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Art. 901. Esta ação tem por fim exigir a restituição da coisa depositada.
(Redação dada ao artigo pela Lei nº 5.925, de 01.10.1973)
Art. 902. Na petição inicial instruída com a prova literal do depósito e a
estimativa do valor da coisa, se não constar do contrato, o autor pedirá a citação
do réu para, no prazo de 5 (cinco) dias: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de
01.10.1973)
I - entregar a coisa, depositá-la em juízo ou consignar-lhe o equivalente em
dinheiro;
II - contestar a ação.
§ 1º. Do pedido poderá constar, ainda, a cominação da pena de prisão até 1 (um)
ano, que o juiz decretará na forma do artigo 904, parágrafo único.
§ 2º. O réu poderá alegar, além da nulidade ou falsidade do título e da extinção
das obrigações, as defesas previstas na lei civil.
Art. 903. Se o réu contestar a ação, observar-se-á o procedimento ordinário.
Art. 904. Julgada procedente a ação, ordenará o juiz a expedição de mandado
para a entrega, em 24 (vinte e quatro) horas, da coisa ou do equivalente em
dinheiro.
Parágrafo único. Não sendo cumprido o mandado, o juiz decretará a prisão do
depositário infiel.
Art. 905. Sem prejuízo do depósito ou da prisão do réu, é lícito ao autor
promover a busca e apreensão da coisa. Se esta for encontrada ou entregue
voluntariamente pelo réu, cessará a prisão e será devolvido o equivalente em
dinheiro.
Art. 906. Quando não receber a coisa ou o equivalente em dinheiro, poderá o
autor prosseguir nos próprios autos para haver o que lhe for reconhecido na
sentença, observando-se o procedimento da execução por quantia certa.
CAPÍTULO III
DA AÇÃO DE ANULAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE TÍTULOS AO
PORTADOR

Art. 907. Aquele que tiver perdido título ao portador ou dele houver sido
injustamente desapossado poderá:
I - reivindicá-lo da pessoa que o detiver;
II - requerer-lhe a anulação e substituição por outro.
Art. 908. No caso do nº II do artigo antecedente, exporá o autor, na petição
inicial, a quantidade, espécie, valor nominal do título e atributos que o
individualizem, a época e o lugar em que o adquiriu, as circunstâncias em que o
perdeu e quando recebeu os últimos juros e dividendos, requerendo:
I - a citação do detentor e, por edital, de terceiros interessados para contestarem
o pedido;
II - a intimação do devedor, para que deposite em juízo o capital, bem como juros

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ou dividendos vencidos ou vincendos;
III - a intimação da Bolsa de Valores, para conhecimento de seus membros, a fim
de que estes não negociem os títulos.
Art. 909. Justificado quanto baste o alegado, ordenará o juiz a citação do réu e o
cumprimento das providências enumeradas nos nºs. II e III do artigo anterior.
Parágrafo único. A citação abrangerá também terceiros interessados, para
responderem à ação.
Art. 910. Só se admitirá a contestação quando acompanhada do título
reclamado.
Parágrafo único. Recebida a contestação do réu, observar-se-á o procedimento
ordinário.
Art. 911. Julgada procedente a ação, o juiz declarará caduco o título reclamado e
ordenará ao devedor que lavre outro em substituição, dentro do prazo que a
sentença lhe assinar.
Art. 912. Ocorrendo destruição parcial, o portador, exibindo o que restar do título,
pedirá a citação do devedor para em 10 (dez) dias substituí-lo ou contestar a ação.
Parágrafo único. Não havendo contestação, o juiz proferirá desde logo a
sentença; em caso contrário, observar-se-á o procedimento ordinário.
Art. 913. Comprado o título em bolsa ou leilão público, o dono que pretender a
restituição é obrigado a indenizar ao adquirente o preço que este pagou,
ressalvado o direito de reavê-lo do vendedor.
CAPÍTULO IV
DA AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 914. A ação de prestação de contas competirá a quem tiver:


I - o direito de exigi-las;
II - a obrigação de prestá-las.
Art. 915. Aquele que pretender exigir a prestação de contas requererá a citação
do réu para, no prazo de 5 (cinco) dias, as apresentar ou contestar a ação.
§ 1º. Prestadas as contas, terá o autor 5 (cinco) dias para dizer sobre elas;
havendo necessidade de produzir provas, o juiz designará audiência de instrução
e julgamento; em caso contrário, proferirá desde logo a sentença.
§ 2º. Se o réu não contestar a ação ou não negar a obrigação de prestar contas,
observar-se-á o disposto no artigo 330; a sentença, que julgar procedente a ação,
condenará o réu a prestar as contas no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sob
pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar.
§ 3º. Se o réu apresentar as contas dentro do prazo estabelecido no parágrafo
anterior, seguir-se-á o procedimento do § 1º deste artigo; em caso contrário,
apresentá-las-á o autor dentro em 10 (dez) dias, sendo as contas julgadas
segundo o prudente arbítrio do juiz, que poderá determinar, se necessário, a
realização do exame pericial contábil.
Art. 916. Aquele que estiver obrigado a prestar contas requererá a citação do réu

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para, no prazo de 5 (cinco) dias, aceitá-las ou contestar a ação.
§ 1º. Se o réu não contestar a ação ou se declarar que aceita as contas
oferecidas, serão estas julgadas dentro de 10 (dez) dias.
§ 2º. Se o réu contestar a ação ou impugnar as contas e houver necessidade de
produzir provas, o juiz designará audiência de instrução e julgamento.
Art. 917. As contas, assim do autor como do réu, serão apresentadas em forma
mercantil, especificando-se as receitas e a aplicação das despesas, bem como o
respectivo saldo; e serão instruídas com os documentos justificativos.
Art. 918. O saldo credor declarado na sentença poderá ser cobrado em
execução forçada.
Art. 919. As contas do inventariante, do tutor, do curador, do depositário e de
outro qualquer administrador serão prestadas em apenso aos autos do processo
em que tiver sido nomeado. Sendo condenado a pagar o saldo e não o fazendo no
prazo legal, o juiz poderá destituí-lo, seqüestrar os bens sob sua guarda e glosar o
prêmio ou gratificação a que teria direito.
CAPÍTULO V
DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS

SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 920. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a
que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela,
cujos requisitos estejam provados.
Art. 921. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de:
I - condenação em perdas e danos;
II - cominação de pena para caso de nova turbação ou esbulho;
III - desfazimento de construção ou plantação feita em detrimento de sua posse.
Art. 922. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua
posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos
resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor.
Art. 923. Na pendência do processo possessório, é defeso, assim ao autor como
ao réu, intentar a ação de reconhecimento do domínio. (Redação dada ao artigo
pela Lei nº 6.820, de 16.08.1980)
Art. 924. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as
normas da seção seguinte, quando intentado dentro de ano e dia da turbação ou
do esbulho; passado esse prazo, será ordinário, não perdendo, contudo, o caráter
possessório.
Art. 925. Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente
mantido ou reintegrado na posse carece de idoneidade financeira para, no caso de
decair da ação, responder por perdas e danos, o juiz assinar-lhe-á o prazo de 5

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(cinco) dias para requerer caução sob pena de ser depositada a coisa litigiosa.
SEÇÃO II
DA MANUTENÇÃO E DA REINTEGRAÇÃO DE POSSE
Art. 926. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e
reintegrado no de esbulho.
Art. 927. Incumbe ao autor provar:
I - a sua posse;
II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção; a perda
da posse, na ação de reintegração.
Art. 928. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem
ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração;
no caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado,
citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.
Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida
a manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos
representantes judiciais.
Art. 929. Julgada procedente a justificação, o juiz fará logo expedir mandado de
manutenção ou de reintegração.
Art. 930. Concedido ou não o mandado liminar de manutenção ou de
reintegração, o autor promoverá nos 5 (cinco) dias subseqüentes, a citação do réu
para contestar a ação.
Parágrafo único. Quando for ordenada a justificação prévia (artigo 928), o prazo
para contestar contar-se-á da intimação do despacho que deferir ou não a medida
liminar.
Art. 931. Aplica-se, quanto ao mais, o procedimento ordinário.

SEÇÃO III
DO INTERDITO PROIBITÓRIO
Art. 932. O possuidor direto ou indireto, que tenha justo receio de ser molestado
na posse, poderá impetrar ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente,
mediante mandado proibitório, em que se comine ao réu determinada pena
pecuniária, caso transgrida o preceito.
Art. 933. Aplica-se ao interdito proibitório o disposto na seção anterior.
CAPÍTULO VI
DA AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA

Art. 934. Compete esta ação:

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I - ao proprietário ou possuidor, a fim de impedir que a edificação de obra nova
em imóvel vizinho lhe prejudique o prédio, suas servidões ou fins a que é
destinado;
II - ao condômino, para impedir que o co-proprietário execute alguma obra com
prejuízo ou alteração da coisa comum;
III - ao Município, a fim de impedir que o particular construa em contravenção da
lei, do regulamento ou de postura.
Art. 935. Ao prejudicado também é lícito, se o caso for urgente, fazer o embargo
extrajudicial, notificando verbalmente, perante duas testemunhas, o proprietário
ou, em sua falta, o construtor, para não continuar a obra.
Parágrafo único. Dentro de 3 (três) dias requererá o nunciante a ratificação em
juízo, sob pena de cessar o efeito do embargo.
Art. 936. Na petição inicial, elaborada com observância dos requisitos do artigo
282, requererá o nunciante:
I - o embargo para que fique suspensa a obra e se mande afinal reconstituir,
modificar ou demolir o que estiver feito em seu detrimento;
II - a cominação de pena para o caso de inobservância do preceito;
III - a condenação em perdas e danos.
Parágrafo único. Tratando-se de demolição, colheita, corte de madeiras, extração
de minérios e obras semelhantes, pode incluir-se o pedido de apreensão e
depósito dos materiais e produtos já retirados.

Art. 937. É lícito ao juiz conceder o embargo liminarmente ou após justificação


prévia.
Art. 938. Deferido o embargo, o oficial de justiça, encarregado de seu
cumprimento, lavrará auto circunstanciado, descrevendo o estado em que se
encontra a obra; e, ato contínuo, intimará o construtor e os operários a que não
continuem a obra sob pena de desobediência e citará o proprietário a contestar
em 5 (cinco) dias a ação.
Art. 939. Aplica-se a esta ação o disposto no artigo 803.
Art. 940. O nunciado poderá, a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição,
requerer o prosseguimento da obra, desde que preste caução e demonstre
prejuízo resultante da suspensão dela.
§ 1º. A caução será prestada no juízo de origem, embora a causa se encontre no
tribunal.
§ 2º. Em nenhuma hipótese terá lugar o prosseguimento, tratando-se de obra
nova levantada contra determinação de regulamentos administrativos.
CAPÍTULO VII
DA AÇÃO DE USUCAPIÃO DE TERRAS PARTICULARES

Art. 941. Compete a ação de usucapião ao possuidor para que se lhe declare,
nos termos da lei, o domínio do imóvel ou a servidão predial.

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Art. 942. O autor, expondo na petição inicial o fundamento do pedido e juntando
planta do imóvel, requererá a citação daquele em cujo nome estiver registrado o
imóvel usucapiendo, bem como dos confinantes e, por edital, dos réus em lugar
incerto e dos eventuais interessados, observado quanto ao prazo o disposto no
inciso IV do artigo 232. (Redação dada ao artigo pela Lei nº 8.951, de 13.12.1994)
Art. 943. Serão intimados por via postal, para que manifestem interesse na
causa, os representantes da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Territórios e dos Municípios. (Redação dada ao artigo pela Lei nº
8.951, de 13.12.1994)
Art. 944. Intervirá obrigatoriamente em todos os atos do processo o Ministério
Público.
Art. 945. A sentença, que julgar procedente a ação, será transcrita, mediante
mandado, no registro de imóveis, satisfeitas as obrigações fiscais.
CAPÍTULO VIII
DA AÇÃO DE DIVISÃO E DA DEMARCAÇÃO DE TERRAS
PARTICULARES

SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 946. Cabe:
I - a ação de demarcação ao proprietário para obrigar o seu confinante a
estremar os respectivos prédios, fixando-se novos limites entre eles ou
aviventando-se os já apagados;
II - a ação de divisão, ao condômino para obrigar os demais consortes, a partilhar
a coisa comum.
Art. 947. É licito a cumulação destas ações; caso em que deverá processar-se
primeiramente a demarcação total ou parcial da coisa comum, citando-se os
confinantes e condôminos.
Art. 948. Fixados os marcos da linha de demarcação, os confinantes considerar-
se-ão terceiros quanto ao processo di

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