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Inicial Benefício Assistencial Ao Idoso 88 Masculino
Inicial Benefício Assistencial Ao Idoso 88 Masculino
1. FATOS
2. FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Afirma a parte Requerente que preenche todos os requisitos que autorizam a concessão do
benefício pleiteado, porquanto sua renda mensal per capita é precária, não sendo suficiente para garantir
seu sustento com dignidade. A parte Autora vive com sua esposa, sendo a renda total composta por apenas
um salário mínimo, oriundo do amparo social ao idoso, gozada pela mesma (conforme extrato de
pagamento anexo).
Neste aspecto, salienta que o requisito do limite da renda, previsto no § 3º do art. 20 da Lei n.
8.742/93, não deve ser visto como uma limitação dos meios de prova da condição de miserabilidade da
família do idoso, mas sim, apenas como um parâmetro, sem exclusão de outros, entre eles as condições de
vida da família, devendo-se emprestar ao texto legal interpretação hermenêutica, inclusive com
inteligência analógica das leis nºs 9.533/97 e 10.689/03.
De qualquer sorte, analisando restritamente o grupo familiar conforme a LOAS, mesmo levando-
se em conta a tese de renda per capta familiar superior ao previsto no referido artigo, o que prevalece é o
fato de que a parte Demandante é submetida a viver em estado de miserabilidade.
Nesse sentido, cabe ressaltar o advento do Estatuto do Idoso, lei 10.741/2004, que, no parágrafo
único do seu artigo 34, previu a não computação do valor recebido por benefício assistencial já concedido
a outro membro familiar para o cálculo da renda per capta. Com isto, o diploma reconheceu que a renda
mínima necessária para garantir dignidade a um idoso é a de um salário mínimo, pois a interpretação da
norma leva ao entendimento lógico de que se houver um ou mais idosos no grupo familiar, cada um deles
merece receber um salário mínimo para poder manter-se dignamente.
Assim, é inevitável o raciocínio jurídico que não somente o benefício assistencial percebido por
um idoso deve ser excluído do cômputo da renda familiar per capta, mas também qualquer benefício
previdenciário que ficasse dentro de tal limite de valor, o que, diga-se de passagem, ocorre in casu, POIS
A RENDA DO GRUPO FAMILIAR DA PARTE AUTORA É DE APENAS UM SALÁRIO MÍNIMO.
Portanto, a renda autoriza o deferimento do benefício.
A pretensão da parte Autora vem amparada no art. 203, inciso V, da Constituição Federal de 1988
e demais normas aplicáveis.
3. TUTELA DE URGÊNCIA
A parte Requerente necessita da concessão do benefício em tela para custear a própria vida, tendo
em vista que não reúne condições de patrocinar seu sustento desenvolvendo atividades laborativas.
Vale ressaltar que os requisitos exigidos para a concessão do benefício se confundem com os
necessários para o deferimento desta medida antecipatória, motivo pelo qual, em sentença, se tornará
imperiosa a sua concessão.
Assim, após a realização da perícia pertinente ao caso, ficará claro que a parte Requerente
preenche todos os requisitos necessários para o deferimento da antecipação de tutela, tendo em vista que o
laudo socioeconômico fará prova inequívoca do estado de miserabilidade, tornando, assim, todas as
alegações verossímeis. O periculum in mora se configura pelo fato de que se continuar privada do
recebimento do benefício, a parte Autora terá seu sustento prejudicado (natureza alimentar do benefício).
4. PEDIDO
3) A citação do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, para, querendo, apresentar contestação no
prazo legal;
N.T.P.D
XXXXXXXXXXXXXX
1
Valor da causa = 12 parcelas vincendas (R$ 7.464,00) + parcelas vencidas (R$ 4.229,60) = R$ 11.693,60.