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Actio Puniendi in Brevis Momentum Accipitur PDF
Actio Puniendi in Brevis Momentum Accipitur PDF
IN MOMENTUM
BREVIS
ACCIPITUR
大象
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大象城堡
城堡
Actio Puniendi in momentum brevis accipitur
Guia de
Acompanhamento
do Manual ou
Sebenta 1
1
Esta, disponível nos locais habituais. Agradecendo a base que utilizamos da Zu (agraciem-na com a bem-aventurança do
vosso bem querer porque se não fosse ela não teria eu tudo isto, se calhar até o curso): no sentir da injustiça da barbárie
egoísta, ignóbil, concorrência (pior: vivem, parece, olvindando que também os antípodas da solidariedade entendiam que
“o trabalho liberta”, também empecilhando, guardando, rancorosamente pisando no outro (primus inter paribus não é quem se
ergue no sufocar, vergando, dos pares mas o que se ergue na sua comunidade de crescimento simbiótico – até lá, que vivam,
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à vontade, no vosso reino de aparências e sorrisos lamacentos). From dusto to dust – cuidado, não vá a expressão ser,
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verdadeiramente, da merda à merda, na constante necessidade de tudo retratar a verdade material, in casu, fétida da vossa
estúpida e interesseira camaradagem. OBRIGADO ZU PORQUE ISTO NUNCA FOSTE!
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Tramitação do processo
CRIME
Dando início ao
Caso contrário, o
Inquérito processo é nulo
(artigo 262.º, n.º2 CPP) (artigo 119.º, alínea b) CPP)
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Conclusão do inquérito
Suspensão
Existem indícios suficientes? provisória do
processo (artigo
Não
281.º CPP)
Envio para
Arquivamento do inquérito
forma
(artigo 277.º CPP)
sumaríssima
(artigo 392.º
CPP)
Pode existir (artigo 278.º Envio para
CPP): processo de
Intervenção hierárquica; mediação (Lei
Requerimento para Ultrapassado o n.º21/2007, 12
Abertura da Instrução prazo para junho)
intervenção
hierárquica, só
pode haver
abertura do
inquérito perante
elementos novos
(artigo 279.º CPP)
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Despacho de acusação
Crime público e semipúblico
Acusação do Ministério
Público (artigo 283.º CPP)
Crime particular
Acusação particular em 10
dias (artigo 285.º, n.º1 CPP)
O Ministério Público
pode, mas não está
obrigado a deduzir
acusação pelos novos factos
(artigo 285.º, n.º4 CPP)
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Ou seja
Inquérito
Crime Público Crime semipúblico
Denúncia Queixa
Acusação (artigo 283.º CPP) Requerimento para Abertura de Instrução por Alteração
Substancial de Factos (artigo 287.º, n.º1, alínea b) CPP)
Assistente
Acusação igual à do Ministério
Artigo 284.º CPP Público
Arguido
Alteração Não Substancial de
Factos
Alteração da Qualificação
Jurídica
Arguido
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Crime particular
Queixa;
Declaração dos ofendidos que pretendem constituir-se assistentes (artigo 246.º,
n.º4 CPP);
Constituírem-se assistentes (artigo 68.º, n.º2 CPP);
Dedução de acusação particular (artigo 285.º, n.º1 CPP)
Mas só depois do inquérito
Ministério Público
Notifica o assistente
E este ou:
Deduz acusação Não deduz
(artigo 285.º, n.º1 acusação
CPP) (artigo 285.º, n.º1
X CPP)
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Actio Puniendi in momentum brevis accipitur
Está em crescimento uma corrente que acolhe uma criteriosa perspetiva material:
1. Distingue leis processuais penais de conteúdo material das leis processuais penais
de conteúdo formal.
a. Às primeiras são aplicados o princípio da retroatividade da lei mais favorável
e o da irretroatividade da lei desfavorável.
i. Ratio: a proibição da retroatividade da lei penal desfavorável serve
como garantia política contra a arbitrariedade legislativa, judicial ou
penitenciária, tutelando assim os direitos fundamentais do cidadão.
b. Ou seja:
i. Lei Nova (desfavorável): proíbe-se a retroatividade e aplica-se a lei
antiga.
ii. Lei Nova (favorável): impõe-se a retroatividade da lei nova (é esta a
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aplicável)
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Actio Puniendi in momentum brevis accipitur
Artigo Conteúdo
Imposição da aplicação retroativa das
29.º, n.º4, 2.ª parte CRP
leis penais mais favoráveis
Proibição da retroatividade das leis
18.º, n.º3, 2.ª parte CRP restritivas dos direitos, liberdades e
garantias
Aplicação imediata das leis processuais
formais, exceto os casos dos n.º2 a 5
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Tempus delicti (artigo 3.º CP): o momento da aplicação das normas em causa é o momento
em que estas se realizam, quer dizer, o momento em que elas produzem e esgotam os
seus efeitos jurídicos.
Os efeitos da prescrição do procedimento criminal são a extinção do procedimento
e a extinção da (eventual) responsabilidade penal:
o Os efeitos produzem-se no dia em que se consumou, se esgotou o respetivo
prazo.
o No caso da liberdade condicional, é o momento em que o condenado
cumpriu integralmente a pena: assim, até este momento, é possível que uma
alteração legislativa produza efeitos.
Atenção: uma eventual declaração de inconstitucionalidade da norma processual
penal material já aplicada pode produzir efeitos, desde que estes sejam favoráveis,
nos termos do artigo 282.º, n.º3, 2.ª parte CRP.
Lei y Lei z
(6 meses) (6-10 anos)
1. Resolução: A Lei Nova (lei z) é mais desfavorável, logo, temos de aplicar a Lei Antiga
(lei y).
No caso de causas de interrupção ou de suspensão da prescrição, o regime aplicável é constituído
pela mistura das normas mais favoráveis.
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Lei penal favorável quanto à sucessão de leis sobre queixa e acusação particular: a queixa
e a acusação particular condicionam a responsabilidade penal, pelo que são condições
positivas (pressupostos processuais de conteúdo material) do procedimento criminal.
Se, quando entra em vigor, numa lei que converte um crime público em semipúblico (ou particular),
ainda não se iniciou o procedimento criminal, o início deste passa a ficar dependente da apresentação
da queixa;
Mas, quando entra em vigor a referida lei, o procedimento criminal já foi iniciado, não é necessária
queixa (pois o processo já está em andamento).
Mas, ainda assim, pode o defendido extinguir o processo, desistindo do prosseguimento da ação
penal.
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§ 大象城堡
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Sujeitos:
1. Ministério Público: é o órgão do Estado ao qual compete representar este e
defender os interesses que a lei determinar, participar na execução da política
criminal (definida pelos órgãos de soberania), exercer a ação penal e defender a
legalidade democrática (artigo 219.º CRP e Estatuto do Ministério Público –
Decreto-Lei n.º60/98, 27 agosto) sendo que no Código a ação penal como seu
exercício fundamental encontra-se no artigo 48.º CPP.
a. Características:
i. Enquanto órgão do Estado é um órgão judicial: pois colabora com
o tribunal na administração da justiça;
ii. Constitui uma magistratura autónoma (artigos 219.º, n.º2 CRP e
2.º, n.º2 CPP):
1. Autonomia funcional: isto está de acordo com a estrutura
acusatória onde a atividade jurisdicional é promovida por
entidades diversa do tribunal que julga:
a. Critério de legalidade;
b. Critério de estrita objetividade.
2. Autonomia orgânica: a Procuradoria Geral da República tem
competência exclusiva para nomeação, colocação,
transferência e desenvolvimento da carreira dos representantes
do Ministério Público (artigo 219.º, n.º5 CRP).
iii. Integrado por magistrados responsáveis mas que são subordinados
hierarquicamente (artigo 219.º, n.º4 CRP): os magistrados têm o
dever de recusar ordens ilegais, podendo fazê-lo, mas só com base na
objeção de consciência.
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A ajuda deve ser realizada nos termos Não há uma subordinação hierárquica
indicados por esta autoridade, pois os entre Órgãos de Polícia Criminal e
atos praticados são primariamente da autoridade judiciária, exceto no exercício
competência desta. da concreta função processual em que o
Órgão de Polícia Criminal coadjuva a
autoridade judiciária.
O Ministério Público orienta a investigação mas não a pode realizar materialmente pois a
experiência e o saber científico pertencem aos Órgãos de Polícia Criminal
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248.º e seguintes CPC) que têm depois de ser validados pela autoridade
judiciária.
e. O que deve um Órgão de Polícia Criminal fazer ao deter uma pessoa?
i. Imediata constituição como arguido e dizer a este os seus direitos
(artigo 58.º, n.º1, alínea c) CPP): não é necessário dizer todos mas,
apenas, o direito ao silêncio e à constituição de advogado (artigo 61.º
CPP);
ii. Revista do suspeito arguido (artigos 298.º, n.º1, alínea a) e 174.º, n.º1,
alínea c) CPP);
iii. Comunicação imediata da detenção ao Ministério Público (artigo
259.º, n.º1, alínea b) CPP);
iv. Busca domiciliária (caso haja um perigo de vida que deva ser afastado
– artigos 251.º, n.º1, alínea a), 174.º, n.º5, alínea c) e 177.º, n.º3 CPP);
v. Apreensões (artigos 249.º, n.º2, alínea c) e 178.º, n.º1 e 2 CPP);
vi. Identificação do suspeito (artigo 250.º CPP);
vii. Colheita de informações (artigo 250.º, n.º8 CPP);
viii. Delimitação da área e preservação dos vestígios do crime (artigo 249.º,
n.º2, alínea a) CPP).
2. Tribunal:
a. Competência: a jurisdição penal está exclusivamente atribuída aos tribunais
judiciais ou comuns (artigo 211.º CRP) excetuando a competência do
Tribunal Constitucional para fiscalização da Constitucionalidade (artigos
221.º a 224.º CRP).
b. Princípios:
i. Independência judicial: o Tribunal só está submetido à lei, a qual os
juízes devem aplicar dentro dos limites da própria consciência (artigos
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3. O arguido e o defensor:
Arguido ≠ Suspeito ≠ Lesado
Pessoa contra quem corre o Aquele relativamente ao Aquele que sofre dano com
processo como eventual qual há indícios de que o crime
responsável pelo crime cometeu ou participou ou
se prepara para cometer ou
participar num crime
Não é sujeito processual
São sujeitos processuais
Mas o suspeito também
tem garantias:
Não pode ser
obrigado a fornecer
provas;
Não pode ser
obrigado a prestar
declarações
autoincriminatórias.
a. Constituição como arguido: é necessária a capacidade jurídica passiva:
i. Pessoas físicas maiores de 16 anos (artigo 19.º CP);
ii. Pessoas jurídicas pelos crimes pelos quais possam responder (artigo
11.º CP);
iii. Possuir personalidade judiciária (artigo 11.º CPC).
b. O arguido assume esta qualidade com a acusação ou requerimento para
abertura da instrução (RAI) – artigo 57.º, n.º1 CPP.
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A defesa
Formal versus Material
A cargo do próprio arguido Abrange também a
e do seu defensor atividade do próprio
tribunal enquanto dirigida à
realização da justiça
Pessoal versus Técnica
Exercida pessoalmente Realizada através ou com
pelo arguido assistência do defensor
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iv. Mas um defensor também pode ser substituído por outro, nos termos
do artigo 67.º CPP.
v. Garantias do defensor: artigos 187.º, n.º5, 179.º, n.º2, 135.º CPP e
208.º CRP.
4. Assistente e ofendido:
a. Assistente: definido no artigo 69.º, n.º1 CPP como colaborador do Ministério
Público, a cuja atividade subordina a sua intervenção no processo, salvas as
exceções da lei:
i. Artigo 69.º, n.º2 CPP: mas o assistente tem tantos poderes próprios
de conformação do processo penal como um todo que é um
verdadeiro sujeito processual.
ii. Legitimidade para a sua constituição: têm-na os ofendidos, ou seja, os
titulares dos interesses que a lei quis especialmente proteger com a
incriminação (artigo 68.º, n.º1, alínea a) CPP).
b. Ofendido: tem o seu conceito em divergência:
i. Conceito restrito puro: ofendido é o titular do interesse exclusivo que
a incriminação visa proteger, ou seja, constitui objeto jurídico
imediato do crime [Maia Gonçalves, Germano Marques da Silva Ac. STJ
n.º579/2001]
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5. As partes civis:
Ofendido versus Lesado
Vítima do crime, titular dos Pessoa que sofreu danos
interesses que a lei penal ocasionados pelo crime,
visa proteger ainda que se não tenha
constituído ou não possa
constituir assistente (artigo
74.º, n.º1 CPP).
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2. Condições gerais:
a. Taxatividade (artigo 191.º CPP);
b. Prévia constituição de arguido (artigo 192.º, n.º1 e 58.º, n.º1, alínea b) CPP);
3. Pressupostos gerais:
a. Fumus comissi delicti: é necessário formular um juízo de indicação da prática
de certo crime doloso pelo agente;
b. Periculum libertatis: é necessário que se verifique algum dos pericula libertatis
referidos no artigo 204.º (exceto na medida do Termo de Identidade e
Residência – artigo 96.º CPP) e 227.º, n.º1 e 2 CPP.
4. Requisitos gerais: de cada uma das medidas de coação.
§
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Factos novos
defesa defesa
alínea b) CPP) (artigo 358.º, n.º2 CPP) (artigo 358.º, n.1 CPP)
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Factos Alteração
autonomizáveis substancial de
factos
(ASF)
Na instrução
No julgamento
[Problema]
Crimes complexos:
Aqueles que mantêm filiação de especialidade com respeito a dois ou mais tipos
fundamentais
Há uma tendência a converter o crime complexo em duas (ou
mais) infrações separadas e para cada uma delas abrir
inquérito separado.
Mas esta não é a melhor opção pois iria causar entraves à
verdade material imposta pela estrutura acusatória do
processo. [é contrário ao princípio da indivisibilidade
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Factos não
1.ª Corrente [Tese da continuação do processo] – Paulo Sousa autonomizáveis
Mendes
Os factos novos não devem ser conhecidos, devem ser Na instrução
ignorados tanto neste processo como em qualquer outro. O
arguido pronuncia-se pelos factos de que vinha acusado. O
processo segue os seus trâmites com inexorável sacrifício
parcial do conhecimento da verdade material.
2.ª Corrente
Devem conhecer-se os factos em conjunto, esse conhecimento
não poderá ser imediato
o [Tese da repetição do inquérito]
O juiz suspende a instância nos termos dos artigos
276.º, n.º1, alínea c) e 279.º, n.º1, in fine CPP para
realizar a repetição do inquérito
O Ministério Público conclui pela suficiência de
indícios?
Sim Não
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[Problema]
Crimes alternativos:
Casos em que a matéria da alteração substancial de factos implica a subsunção
de factos num tipo legal de crime alternativo com respeito àquele que estava
pressuposto no objeto do processo em curso
Paulo Sousa Mendes: os factos descobertos devem dar lugar à
abertura de um novo processo. No original o juiz deve
proferir um despacho de não pronúncia.
João Caires: a posição anterior não faz sentido – para quê abrir
um novo processo só com factos novos se eles não são
autonomizáveis? O processo está condenado ab initio.
o Solução: regressar ao inquérito no âmbito do processo
penal pendente para conhecer todos os factos em
conjunto, aplicando a anulação do processado por
analogia (artigo 120.º, n.º2, alínea d) CPP).
No julgamento
ou
Organização de um novo Continuação do processo em
processo penal com todos os curso
factos
Caso se trate de ASF não autonomizáveis, o silêncio do arguido não vale como
consenso para efeitos do artigo 359.º, n.º3 CPP:
O acordo previsto nessa norma não é assegurado com declarações tácitas. Tal
corresponderia a uma fraude do regime previsto no Código.
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Prova:
Enquanto resultado
Enquanto atividade Enquanto meios de Enquanto
de uma atividade
probatória prova provas materiais
probatória
É o esforço São os elementos É a motivação da São os objetos
metódico através do com base nos quais convicção da relacionados
qual são os factos podem ser entidade decisora com a
demonstrados os demonstrados acerca da ocorrência preparação e a
factos relevantes dos factos relevantes, prática do facto
para a existência do contanto que essa qualificado como
Regime: são
crime, a punibilidade admissíveis as motivação se crime (artigo
provas que não
do arguido e a conforme com os 174.º, n.º1 CPP):
forem proibidas
demonstração da por lei, segundo o elementos
artigo 125.º CPP.
pena ou medida de adquiridos «objetos
segurança aplicáveis representativamente relacionados com
(artigo 124.º, n.º2 no processo e um crime ou que
CPP) respeite as regras da possam servir de
experiência, as leis prova».
científicas e os
princípios da lógica.
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A não taxatividade dos meios de prova que o artigo 125.º CPP estabelece respeita
apenas a meios de prova não previstos e não pode significar liberdade relativamente
aos meios já disciplinados.
Portanto, a única liberdade que existe relativamente à escolha dos meios de prova
consiste na possibilidade de selecionar do catálogo dos meios de prova típicos aqueles
que forem considerados como adequados ao processo em curso.
1. Não admira, pois, que a epígrafe do artigo 125.º CPP seja, muito expressamente,
a legalidade da prova.
O regime legal dos meios de prova típicos visa garantir a máxima credibilidade dos
mesmos para a demonstração dos factos probandos.
1. Nesse campos, são proibidos, por exemplo:
a. O testemunho de ouvir dizer (artigo 129.º, n.º1 CPP);
b. A reprodução de vozes ou rumores públicos (artigo 130.º, n.º1 CPP);
c. O depoimento de uma testemunha não esclarecida sobre a sua faculdade
de recusa de depoimento (artigo 134.º, n.º2 CPP);
d. A leitura em audiência de autos e declarações fora dos casos
expressamente permitidos (artigo 356.º CPP).
2. A própria lei estabelece os casos em que as provas não podem ser produzidas,
nem valoradas.
a. A título de exemplo:
i. O artigo 129.º, n.º1 CPP;
ii. O artigo 130.º, n.º1 CPP;
iii. O artigo 167.º, n.º1 CPP (as reproduções mecânicas só valem
como prova dos factos ou coisas reproduzidas se não forem
ilícitas, nos termos da lei penal.
b. A violação destas disposições gera nulidade dependente de arguição,
embora a lei não comine aqui expressamente a nulidade (artigo 120.º, n.º2
CPP). Mas deve entender-se que a cominação de nulidade não depende
necessariamente da utilização da palavra nulidade, podendo a mesma
consequência retirar-se de expressões como não pode, não é admissível, ou só
valem como prova.
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1. A proibições de prova:
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para a realização das mesmas (artigo 288.º, n.º1 e 290.º, n.º2 CPP).
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investigação da verdade a
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prática. Posto isto, os atos inválidos podem ser eficazes, assim como os atos
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inválidos produzirão muitas vezes efeitos até que sejam declarados nulos,
salvo se forem estruturalmente inaptos para tal.
c. As nulidades extra-sistemáticas e o seu regime sui generis: o Título V do Código não
esgota as espécies de nulidades. Senão, vejamos, o artigo 118.º, n.º3 CPP
sugere a possibilidade de haver um ou vários regimes sui generis para as
nulidades resultantes da violação das normas que estabelecem proibições de
prova. Portanto, de três uma:
i. Ou bem que a lei estabelece tal (ou tais) regime(s) sui generis para (algumas d)as
nulidades resultantes da violação das normas da prova;
ii. Ou bem que a lei comina expressamente a nulidade insanável deste ou daquele
ato em que se verificar a violação das normas da prova;
iii. Ou bem que não estabelece regime algum.
d. Bem vistas as coisas, o legislador criou, pelo menos, um regime sui generis, a
saber: as nulidades do artigo 126.º CPP.
i. Na verdade, a nulidade mencionada no artigo 32.º, n.º8 CRP e 126.º
CPP não é uma nulidade em sentido técnico-processual, mas uma
nulidade dotada de uma autonomia técnica completa em face do
regime das nulidades processuais. Assim,
1. O artigo 126.º, n.º1 CPP proíbe implicitamente a produção das
provas mediante a ofensa à integridade física ou moral das
pessoas, por isso mesmo que comina a nulidade das provas
obtidas dessa maneira. Ademais, o preceito proíbe
expressamente a valoração dessas provas, porquanto
acrescenta que as mesmas não podem ser utilizadas na
fundamentação da acusação, da pronúncia ou da sentença
condenatória.
2. O artigo 126.º, n.º3 CPP diz que são igualmente nulas, não
podendo ser utilizadas, as provas obtidas mediante intromissão
na vida privada, no domicílio, na correspondência ou nas
telecomunicações. Esses métodos configuram contra direitos
de liberdade cuja importância não fica atrás das situações
descritas nos números anteriores do artigo.
a. De mais a mais, a Constituição inclui os direitos à
reserva da intimidade da vida privada e à inviolabilidade
do domicílio e da correspondência ou outros meios de
comunicação nas garantias do processo penal (artigo
32.º, n.º8 CRP).
b. É verdade que, tanto o artigo 32.º, n.º8 CRP como o
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d. Na doutrina:
Defendia como claramente inscrita
Figueiredo Dias
no artigo 32.º CRP esta doutrina
Afirma que a doutrina norte
americana da independent source legitima
a valoração de provas secundárias
sempre que elas foram ou poderiam
ter sido obtidas por via autónoma e
legal, à margem da exclusionary rule que
Casta Andrade impende sobre a prova primária. Tal
só ocorrerá nos casos em que a
produção da prova secundária, por
via independente e legal, se possa, em
concreto, considerar como iminente,
but in fact unrealized source of evidence
(inevitable discovery exception).
Trata do efeito remoto das
proibições de prova e do percurso da
Helena Mourão sua limitação, mas critica a relevância
dos percursos hipotéticos de
investigação
Aceita igualmente limitações ao efeito
à distânicia, mas recusa a invocação
Pinto de Albuquerque de percursos hipotéticos de
investigação e, em especial, a doutrina
da descoberta inevitável
Reconhece que a invocação de
percursos hipotéticos de investigação
não pode ser aceite sem reflexão mas,
com as limitações que a
jurisprudência americana tem vindo
paulatinamente a impor à doutrina da
descoberta inevitável, esta acaba
Paulo Sousa Mendes
sendo a mais adequada aos juízos de
ponderação envolvidos no caso
concreto.
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e. O efeito à distância das proibições de prova no ordenamento jurídico português: tem sido
frequente a referência ao artigo 122.º, n.º1 CPP.
i. Esta referência é, no entanto, duvidosa, atendendo à autonomia
técnica das proibições de prova (Paulo Sousa Mendes defende-o
fortemente) e, portanto, à sua independência relativamente ao regime
das nulidade processuais.
1. O Ac. TC n.º198/2004, 24 março 2004, já teve ocasião de
demonstrar que a afirmação genérica das garantias de defesa
que está contida no artigo 32.º, n.º1 CRP bastaria para que
entre esses direitos de defesa se considerasse incluído o de ver
excluídas do processo as próprias provas ilegais reportadas a
valores constitucionalmente relevantes.
a. Assim, o n.º8 do mesmo artigo 32.º CRP, mais não faz
do que sublinhar e tornar indiscutível esse direito à
exclusão. Não teria sentido, estando em causa valores
(os elencados no artigo 32.º, n.º8 CRP) a que a
Constituição confere tal importância, que a prova que
os atingisse e fosse obtida com inobservância das regras
que permitem a compressão desses mesmos valores,
produzisse consequências processuais que ficassem
aquém da nulidade dessas provas.
2. Helena Mourão: considera que o recurso à norma do artigo
122.º, n.º1 CPP, é desnecessário pois basta o fundamento
constitucional contido no artigo 32.º, n.º8 CRP.
3. Paulo Sousa Mendes: crê que a referência ao artigo 122.º, n.º1
CPP só pode servir de argumento a fortiori, considerando que
se a lei reconhece o efeito à distância das nulidades processuais
quando poderá estar em causa, por exemplo, a violação de
meras formalidades de prova, então por maioria de razão ter-
se-á de reconhecer o efeito à distância das proibições de prova
quando está em causa a violação de direitos de liberdade.
5. As garantias de defesa contra o ato inválido: é admissível o recurso de quaisquer
decisões cuja irrecorribilidade não esteja prevista na lei (artigo 399.º CPP).
a. O recurso dos despachos que decidam a admissibilidade das provas ou o
recurso das decisões de mérito fundadas numa valoração das provas nulas
terá como fundamento o erro de Direito (artigo 410.º, n.º3 CPP).
b. O regime da irrecorribilidade da decisão instrutória que pronunciar o
arguido por factos constantes da acusação do Ministério Público, mesmo na
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Actio Puniendi in momentum brevis accipitur
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