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Neurofitness: “Bombando” o Cérebro na Era do Conhecimento

As organizações brasileiras percebem cada vez mais a importância da gestão do


conhecimento e do desenvolvimento de ferramentas que ajudem a empresa a
aprender como fator crítico de sucesso para negócios que pretendam vingar até a
chegada do próximo meio século.
Se o conhecimento tácito, ou aquele que reside apenas nas cabeças das pessoas,
precisa ser transformado em explicito na administração do acervo intelectual de
uma empresa, faz-se necessária uma reflexão sobre nossa habilidade de manter o
nível de capacidade operacional ótima de nosso cérebro, exercitando-o, pois
nossas vidas profissionais dependem cada vez mais disso.
Nossos bens intelectuais como inteligência e criatividade determinam nossa
capacidade de sobrevivência frente às demandas que aparecem em formas
diversas e em doses exponenciais.
O neurofitness tem como premissas básicas as capacidades de auto-renovação
do cérebro, de aprendizagem ilimitada e de responder de forma efetiva a atividade
física e treino mental.
Preparamos jovens para carreiras que ainda não foram criadas, o que podemos
garantir então é o estimulo de seus cérebros desafiando-os através do
aprendizado de um idioma, por exemplo, aumentando assim a sua plasticidade
neural, que significa aumentar a capacidade dos neurônios de se adaptarem mais
facilmente a novas necessidades e exigências ambientais.
O neuropsicologo do Centro de Estudos de Neuroeconomia do instituto de
inteligência de Portugal, Nelson Lima, defende a idéia de que existam dois tipos
de neuroplasticidade. “A plasticidade neural de desenvolvimento compreendendo
estágios e realizando-se ao longo da vida dos neurônios a fim de permitir o natural
desenvolvimento do cérebro..e a neuroplasticidade dependente da experiência
que surge especialmente com novas experiências, desafios e aprendizagem.”-
afirma salientando que o resultado desses processos é o que chama de
”expansão do mapa”, ou a reorganização do cérebro a cada aprendizagem que
promove a expansão das conexões neurais.
O neurofitness, é tão poderoso que alem de modificar , ampliar e fixar as
capacidades em nossa memória, incentiva a atividade plástica do cérebro,
podendo, através de uma fisioterapia cerebral, levar a neurogenese, ou
nascimento de novos neurônios, reabilitando lesões cerebrais.
Eu acha que apos o nascimento, nossos neurônios apenas morreriam.
Os benefícios de se estudar idiomas, então ganham novas dimensões, já que uma
criança que aprende inglês desde cedo torna seu cérebro mais ágil, hábil e neuro-
multiconexo. É claro, que ainda ajuda no vestibular, nas possibilidades
profissionais sejam quais se colocarem e em sua interpretação do mundo.
Consequentemente, para os adolescentes, adultos e seniores o mundo nunca
mais será o mesmo apos anos de ginástica mental que vai do básico ao
avançado.
Alem de idiomas para ampliação do mapa mental, ou neurofitness, o esporte físico
na medida em que realizamos movimento de maior complexidade motora, torna-se
um poderoso aliado no combate ao mal de Alzheimer, perda de raciocínio etc.
Como já dizia Juvenal, antigo filosofo, mens sana in corpore sano.
Definitivamente a pratica de uma ou mais atividades físicas como o wakeboard,
Tai Chi Chuan ou simples caminhadas associada ao aprendizado de um idioma
faz, da criança ao cidadão de melhor idade, mentes “bombadas” e preparadas
para tudo o que o futuro puder inventar.

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