Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Capitalismo
Profª. Silvana Braz Wegrzynovski
2015
Copyright © UNIASSELVI 2015
Elaboração:
Profª. Silvana Braz Wegrzynovski
361.3
W474s Wengrzynovski, Silvana Braz
267 p. : il.
ISBN 978-85-7830-871-1
1. Serviço Social.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico, a disciplina que se inicia agora aborda uma das
questões mais controversas da profissão de Serviço Social: o capitalismo.
Esse tema se torna assunto de profunda importância para o estudo da teoria
e prática da formação do assistente social, e também na sua atuação como
profissional, no contexto social, econômico, político e cultural em que está
inserido.
III
Esperamos que, com os conteúdos abordados nessa disciplina, sejam
proporcionados a você, caro acadêmico, elementos para melhor conhecer o
seu espaço de atuação como futuro profissional de Serviço Social, podendo
identificar os seus interlocutores e os desafios propostos.
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO
DA PÓS-MODERNIDADE ........................................................................................ 1
VII
2 O SIGNIFICADO SÓCIO-HISTÓRICO DO SERVIÇO SOCIAL COMO
PROFISSÃO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA ................................................................. 82
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 100
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 102
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 104
VIII
TÓPICO 3 – AS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS E SUAS DIMENSÕES
HISTÓRICAS .......................................................................................................................... 201
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 201
2 O ESTADO E AS CORRELAÇÕES HISTÓRICAS ENTRE AS DEMANDAS SOCIAIS ....... 201
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 221
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 224
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 226
IX
X
UNIDADE 1
A EXPANSÃO E CRISE DO
CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO
DA PÓS-MODERNIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 1 está dividida em quatro tópicos, sendo que ao final de cada
um deles você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos
apresentados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
AS TRANSFORMAÇÕES RECENTES NO
MODELO CAPITALISTA
1 INTRODUÇÃO
A economia política descobre no trabalho o fundamento da atividade
econômica, sendo que por meio desta a riqueza social é determinada, ou seja, o
trabalho é a atividade onde o homem produz e reproduz a sua essência através de
sua história.
3
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
“Muito se tem debatido o real sentido de livre empresa (ou como também pode ser
chamada: livre iniciativa), no aspecto de se verificar se há total liberdade das forças
do mercado (competição) ou mesmo se em proteção ao próprio consumidor final”.
4
TÓPICO 1 | AS TRANSFORMAÇÕES RECENTES NO MODELO CAPITALISTA
Segundo Marx,
A mercadoria é, antes de tudo, um objeto externo, uma coisa, a qual, pelas
suas propriedades, satisfaz necessidades humanas de qualquer espécie.
A natureza dessas necessidades, se elas se originam do estômago ou da
fantasia, não altera nada na coisa. Aqui também não se trata de como a
coisa satisfaz a necessidade humana, se imediatamente, como meio de
subsistência, isto é, objeto de consumo, ou se diretamente, como meio
de produção. (MARX, 1988, p. 45).
Para Marx, a mercadoria é definida por dois fatores: Valor de Uso e Valor
de Troca.
[...] a existência [...] de cada elemento da riqueza material não existente
na natureza, sempre teve de ser mediada por uma atividade especial
produtiva, adequada ao seu fim, que assimila elementos específicos da
natureza a necessidades humanas específicas. Como criador de valores
de uso, como trabalho útil, é o trabalho, por isso, uma condição de
existência do homem, independente de todas as formas de sociedade,
eterna necessidade natural de mediação do metabolismo entre homem
e natureza e, portanto, da vida humana (MARX, 1988, p. 50).
Sendo assim, o valor de uso depende da necessidade de utilidade de um
determinado “bem”, para cada pessoa. O valor de troca pode ser medido, pois está
baseado na propriedade de cada produto.
5
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
FIGURA 2 – MERCADORIA
Para Marx (1985), sempre haverá injustiça social neste modelo de sociedade
capitalista, devido ao trabalhador produzir para seu patrão muito mais que o
próprio valor que custa para a sociedade.
6
TÓPICO 1 | AS TRANSFORMAÇÕES RECENTES NO MODELO CAPITALISTA
UNI
7
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
FIGURA 3 – SUPERPRODUÇÃO
Pode-se afirmar que existem duas causas fundamentais que geram as crises
econômicas, que se relacionam e findam entre si. Uma se baseia na contradição
8
TÓPICO 1 | AS TRANSFORMAÇÕES RECENTES NO MODELO CAPITALISTA
E
IMPORTANT
9
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
UNI
O que se conclui é que, tanto pela relação trabalho x capital quanto pela anarquia
da produção, se tem grandes estoques e queda da produção, resultando no desemprego e
subemprego e baixos salários pela excessiva força de trabalho.
Netto e Braz (2006, p. 162) garantem que: “as crises são funcionais ao
modelo de produção capitalista, constituindo num mecanismo que determina a
restauração das condições de acumulação, sempre em níveis mais complexos e
instáveis, assegurando assim a sua continuidade”.
10
TÓPICO 1 | AS TRANSFORMAÇÕES RECENTES NO MODELO CAPITALISTA
UNI
Os reflexos das crises são diferentes para a classe social dos trabalhadores e a dos patrões.
Fonte: A autora
11
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
DICAS
12
TÓPICO 1 | AS TRANSFORMAÇÕES RECENTES NO MODELO CAPITALISTA
FIGURA 7 – CONSUMO
Para Mészarós (2004), a crise capitalista que está inserida no mundo, desde
os anos 70, está fundamentada em algumas características, sendo elas:
1. Mais do que restringido a uma esfera particular (por exemplo,
financeira, comercial ou de um ou outro ramo da produção, ou de um
ou outro setor particular de trabalho, com a sua gama específica de
capacidades e grau de produtividade etc.), o seu caráter é universal; 2.
Mais do que limitado a uma série particular de países (como foram
todas as mais importantes crises do passado, incluindo a “grande
crise mundial” de 1929-1933), o seu alcance é realmente global (no
sentido mais extremadamente literal do termo); 3. Mais do que restrita
e cíclica, como foram todas as crises anteriores do capitalismo, a
sua escala temporal é alargada, contínua — permanente, se se quiser
— e 4. No que respeita à sua modalidade de desenvolvimento, defini-la
como sub-reptícia poderia ser uma descrição adequada — em contraste
com as erupções e desmoronamentos mais espetaculares do passado
—, com a advertência de que não se excluem para o futuro nem mesmo
as mais veementes e violentas convulsões, uma vez quebrada aquela
complexa máquina hoje ativamente empenhada na “gestão” da crise e
na transferência mais ou menos provisória das crescentes contradições.
Diante disso, percebe-se que as crises geradas pelo sistema capitalista não
possuem reflexos somente no setor econômico de um sistema, mas também no
que se refere ao campo social e político, devido ao papel impotente que o Estado
assume diante dessa nova configuração do modelo de produção econômico.
13
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
E
IMPORTANT
14
TÓPICO 1 | AS TRANSFORMAÇÕES RECENTES NO MODELO CAPITALISTA
FONTE: A autora.
15
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
DICAS
IAMAMOTO, Marilda Villela. Trabalho e Indivíduo Social, 3ª Edição. São Paulo: Cortez, 2008
LEITURA COMPLEMENTAR
Para além das muitas polêmicas que o tema suscita, uma definição
empregada para explicar o que chamo de hipótese desenvolvimentista é
esclarecedora: “[...] o neodesenvolvimentismo é o desenvolvimento possível
dentro do modelo capitalista neoliberal [...]”. Ora, sabemos que o neoliberalismo
se caracteriza justamente por políticas e medidas que obstam o desenvolvimento e
o crescimento econômico, tornando muito difícil sustentar tal afirmação.
18
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico pudemos compreender as crises econômicas do sistema
capitalista. Foram abordados os seguintes itens:
• Nos países centrais, após a Segunda Guerra Mundial, até a década de 70, houve
uma fase de reconstrução, que foi marcada pelo desenvolvimento do capitalismo,
com uma grande intervenção estatal.
19
AUTOATIVIDADE
20
UNIDADE 1
TÓPICO 2
OS DESAFIOS DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE À
CRISE DO CAPITALISMO
1 INTRODUÇÃO
A história do Serviço Social está fundamentada em duas teses distintas uma
da outra. Montaño (2002), na sua primeira afirmação sobre a origem da profissão,
ressalta que a mesma foi oriunda do capitalismo na sociedade.
21
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
22
TÓPICO 2 | OS DESAFIOS DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE À CRISE DO CAPITALISMO
Foi nos anos 1980 que o Serviço Social começou a ter uma relação com a
teoria marxista, resultando em novos referenciais teórico-metodológicos de atuação
para os profissionais, através de amplas reflexões da categoria e de pesquisas com
produções teóricas.
23
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
O Serviço Social não atua apenas sobre a realidade, mas atua na realidade
[...] a conjuntura não é o pano de fundo que emoldura o exercício
profissional; ao contrário, são partes constitutivas da configuração do
trabalho do Serviço Social, devendo ser apreendidas como tais.
24
TÓPICO 2 | OS DESAFIOS DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE À CRISE DO CAPITALISMO
E
IMPORTANT
Para Iamamoto (2007), essa situação faz com que o assistente social tenha
seu trabalho apropriado por empregadores, fazendo com que o profissional técnico
não tenha muita autonomia nas suas ações.
25
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
DICAS
Para aprofundar melhor seus estudos, não deixe de ler o livro indicado:
E
IMPORTANT
26
TÓPICO 2 | OS DESAFIOS DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE À CRISE DO CAPITALISMO
Esse agir profissional diante das políticas sociais necessita ser através
de mecanismos multidisciplinares e interdisciplinares, formando equipes de
profissionais que consigam olhar a realidade contextualizada de forma crítica,
fazendo com que a população atendida participe desse processo.
Muitos dos profissionais, nas suas práxis sociais, ainda estão com uma
visão retrógrada, com práticas baseadas no imediatismo, fragmentando assim o
que foi conquistado coletivamente por outros assistentes sociais no decorrer da
história teórico-metodológica da profissão.
28
TÓPICO 2 | OS DESAFIOS DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE À CRISE DO CAPITALISMO
UNI
Outro desafio que está imposto aos profissionais de Serviço Social é refletir
sobre o norte que a profissão terá na atual crise da produção capitalista e os
avanços das políticas de globalização. O assistente social deve sempre defender
um novo modelo de sociedade, onde a distribuição da riqueza deve ser igualitária,
estimulando o desenvolvimento de novas políticas públicas, através de projetos e
programas que garantam aos usuários do Serviço Social os seus direitos sociais.
29
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
Diante dos desafios acima descritos, pode-se concluir que o Serviço Social,
frente a qualquer projeto e/ou programa de intervenção, precisa estar organizado
enquanto categoria profissional. Conforme Sant´Ana (1999, p. 73), o Serviço
Social necessita realizar esforços para a “superação do hiato hoje existente entre a
vanguarda profissional e a base da categoria”.
DICAS
30
TÓPICO 2 | OS DESAFIOS DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE À CRISE DO CAPITALISMO
LEITURA COMPLEMENTAR
31
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
FONTE: IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na cena contemporânea. In: Serviço Social:
direitos sociais e competências profissionais. Brasília: CFESS; ABEPSS, 2009. p. 18-20.
32
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
• Os assistentes sociais precisam refletir sobre o norte que a profissão terá sobre a
atual crise da produção capitalista e os avanços das políticas de globalização.
33
AUTOATIVIDADE
2 Como deve ser a intervenção do Serviço Social nas políticas públicas perante
as dimensões: econômica, social, cultural e política na atual conjuntura?
34
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Para entender melhor as dimensões geradas na crise econômica
contemporânea, se faz necessário que se tenha conhecimento do contexto político,
social, cultural e econômico, considerando também as suas repercussões no campo
do conhecimento, das ideias e dos valores em que se constitui uma sociedade.
35
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
Foi nesse período que houve uma mudança da realidade em que se vivia,
através de uma forma diferenciada de ver o mundo. As explicações que estavam
enfatizadas na fé e na religião são substituídas pelo saber científico. Essa nova
forma de pensar o mundo, deixando para trás a percepção dogmática e limitada,
teve interferência em todas as dimensões: econômica, política, cultural, social e
religiosa.
36
TÓPICO 3 | A CIÊNCIA MODERNA, A CRISE DOS PARADIGMAS E SUA RELAÇÃO COM O SERVIÇO SOCIAL
E
IMPORTANT
DICAS
Diante disso, pode-se afirmar que a ciência moderna efetivou com sucesso
o que se chama de processo de desconstrução, ruptura e negação dos modelos que
estavam inseridos nos séculos anteriores aos de XVI e XVII.
37
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
DICAS
Para saber mais sobre pensamento de Descartes, leia ‘‘Os nossos sentidos
enganam”, da coleção Os Pensadores, da quarta parte do Discurso do Método.
DESCARTES. Discurso do método. Trad. J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Abril
Cultural, 1973. (Coleção Os Pensadores).
38
TÓPICO 3 | A CIÊNCIA MODERNA, A CRISE DOS PARADIGMAS E SUA RELAÇÃO COM O SERVIÇO SOCIAL
• A teoria social Marxista: é defendida por Karl Marx, sendo posterior às ideias
positivistas, e se torna uma das maiores demonstrações da modernidade. Para
Marx, ao contrário de Comte, as sociedades são o elemento fundamental do
processo de revolução social, conforme o interesse de cada classe social, através
da razão dialética, razão ontológica, visando a totalidade das práxis do homem.
DICAS
Para aprofundar seu estudo, faça a leitura do livro: KONDER, Leandro. O que é
Dialética. São Paulo: Brasiliense, 2008. (Coleção Primeiros Passos: 23).
39
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
DICAS
40
TÓPICO 3 | A CIÊNCIA MODERNA, A CRISE DOS PARADIGMAS E SUA RELAÇÃO COM O SERVIÇO SOCIAL
41
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
42
TÓPICO 3 | A CIÊNCIA MODERNA, A CRISE DOS PARADIGMAS E SUA RELAÇÃO COM O SERVIÇO SOCIAL
FIGURA 14 – DIALÉTICA
43
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
44
TÓPICO 3 | A CIÊNCIA MODERNA, A CRISE DOS PARADIGMAS E SUA RELAÇÃO COM O SERVIÇO SOCIAL
45
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
E
IMPORTANT
Para que o assistente social supere essa prática imediatista, que impede uma
transformação social, é necessário que compreenda as mais diversas determinações
sociais que estão impostas nas novas configurações societárias.
46
TÓPICO 3 | A CIÊNCIA MODERNA, A CRISE DOS PARADIGMAS E SUA RELAÇÃO COM O SERVIÇO SOCIAL
Os desafios que estão impostos para o Serviço Social, no século XXI, estão
fundamentados nas necessidades de aprofundamento e qualificação do projeto
ético-político da profissão, através dos mecanismos teórico-metodológico e
prático-operativo.
DICAS
A profissão, diante dos desafios, deverá desenvolver então uma teoria social
fundamentada teoricamente na criticidade para combater o conservadorismo que
vem sendo ainda desenvolvido na atuação profissional.
TUROS
ESTUDOS FU
47
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
DEFINIÇÃO
TERMOS
Teve seu início com René Descartes, no século XVI. Uma das
principais características foi a opção ao ceticismo que estava
Tradição Racionalista sendo desenvolvido na época. Para Descartes, a verdade
poderia se dar através de mecanismos fundamentados na
razão.
Foi representada por Francis Bacon, tendo no conhecimento
a origem da experiência, pois compreende o conjunto de
Tradição Empirista
teorias de explicação, definição e justificativas dos conceitos
relacionados com a experiência.
Esse termo é utilizado para explicar o comportamento
filosófico, científico e racional que estava aplicado
na Europa, durante o século XVIII. Esse período foi
denominado de “Século das Luzes”, implementado
Iluminismo
principalmente na França, por filósofos, pensadores e
cientistas, que tinham uma crença na supremacia da
racionalidade, razão, e de seus resultados práticos para
determinar e combater as injustiças sociais.
Na razão dialética ou então razão ontológica, defende-se
que os processos sociais podem ser reconstruídos pelos
Razão dialética/razão ontológica sujeitos, usando a racionalidade e desvendando a sua
aparência através de diversas aparências, afirmando, assim,
um caráter histórico e criador da práxis da humanidade.
O racionalismo formal-abstrato aborda a realidade de uma
maneira formal e instrumental, com uma visão imediatista
Racionalismo formal-abstrato e manipuladora. O principal pensador foi Comte, através
da sua teoria positivista, e defendido também na teoria
neopositivista de Emile Durkheim.
FONTE: A autora.
48
TÓPICO 3 | A CIÊNCIA MODERNA, A CRISE DOS PARADIGMAS E SUA RELAÇÃO COM O SERVIÇO SOCIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
49
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
FONTE: MOTA, Ana Elizabet; AMARAL, Angela Santana do. Reestruturação do capital,
fragmentação do trabalho e Serviço Social. In: MOTA, A. E. (Org). A nova fábrica de consensos.
São Paulo: Cortez, 1998. p. 23-44. Disponível em: <http://www.ts.ucr.ac.cr/binarios/congresos/
reg/slets/slets-016-040.pdf.>. Acesso em: 30 nov. 2014.
50
RESUMO DO TÓPICO 3
Caro acadêmico, nesse tópico você conseguiu compreender:
• Os desafios que estão impostos para o Serviço Social, no século XXI, estão
fundamentados nas necessidades de aprofundamento e qualificação do projeto
ético- político da profissão.
51
AUTOATIVIDADE
52
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Nesse tópico serão abordados quais são os desafios do projeto ético-
político na conjuntura econômica, social, política e cultural do momento atual,
através de uma análise da sociedade contemporânea e as suas determinações que
são implementadas no cotidiano de uma sociedade.
53
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
54
TÓPICO 4 | OS DESAFIOS DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO PROJETO
DA MODERNIDADE, DA CRISE DO SISTEMA CAPITALISTA E DA IDEOLOGIA PÓS-MODERNISMO
Diante desse contexto, nesse novo período difundido por toda a sociedade,
os indivíduos expandiram todas as suas possibilidades de crescimento no que diz
respeito à sua capacidade de transformação da natureza e constituíram mudanças
no tempo e no espaço através da expansão industrial, dos meios de transportes, da
comunicação, entre outros.
A partir dos estudos e das concepções marxistas, Marx apud Berman (1982,
p. 20) afirma que “[...] todas as relações sociais tornam-se obsoletas antes mesmo
que se ossifiquem, isto é, tudo que é sólido se desmancha no ar [...]”.
55
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
• A primeira fase aconteceu entre os séculos XVI até metade do século XVIII, onde
as pessoas estavam quase que dominadas pelo novo modelo de organização da
sociedade.
UNI
Como vimos no Tópico 1 desta unidade, o sistema capitalista não tem ética
quando se refere à busca de oportunidades para se consolidar, gerando assim uma
grande divisão entre as classes sociais, e a modernidade está interligada com a
chegada do capitalismo e suas maneiras destrutivas na sociedade.
FONTE: A autora.
56
TÓPICO 4 | OS DESAFIOS DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO PROJETO
DA MODERNIDADE, DA CRISE DO SISTEMA CAPITALISTA E DA IDEOLOGIA PÓS-MODERNISMO
57
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
E
IMPORTANT
58
TÓPICO 4 | OS DESAFIOS DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO PROJETO
DA MODERNIDADE, DA CRISE DO SISTEMA CAPITALISTA E DA IDEOLOGIA PÓS-MODERNISMO
59
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
FIGURA 18 – TAYLORISMO
60
TÓPICO 4 | OS DESAFIOS DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO PROJETO
DA MODERNIDADE, DA CRISE DO SISTEMA CAPITALISTA E DA IDEOLOGIA PÓS-MODERNISMO
E
IMPORTANT
Mesmo que o Serviço Social esteja inserido na sociedade capitalista, tem condições
teórico-metodológicas para se contrapor à nova ordem societária.
61
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
O Serviço Social, na década de 50, ganha maior espaço na sua atuação através
do avanço da industrialização e do surgimento das instituições de assistência.
FIGURA 20 – GOLPE DE 64
62
TÓPICO 4 | OS DESAFIOS DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO PROJETO
DA MODERNIDADE, DA CRISE DO SISTEMA CAPITALISTA E DA IDEOLOGIA PÓS-MODERNISMO
E
IMPORTANT
63
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
64
TÓPICO 4 | OS DESAFIOS DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO PROJETO
DA MODERNIDADE, DA CRISE DO SISTEMA CAPITALISTA E DA IDEOLOGIA PÓS-MODERNISMO
DICAS
• Max Weber (1864-1920): defendia que o objeto de estudo é a ação do ser, através
da busca do ideal, onde todos devem chegar ao mesmo resultado se utilizarem
os mesmos mecanismos e instrumentais.
A relação que o Serviço Social tem com essas teorias se justifica quando a
profissão surge, no início do século XX, com o comprometimento de cuidar das
pessoas que estavam em situação de vulnerabilidade social.
65
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
66
TÓPICO 4 | OS DESAFIOS DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO PROJETO
DA MODERNIDADE, DA CRISE DO SISTEMA CAPITALISTA E DA IDEOLOGIA PÓS-MODERNISMO
E
IMPORTANT
67
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
UNI
68
TÓPICO 4 | OS DESAFIOS DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO PROJETO
DA MODERNIDADE, DA CRISE DO SISTEMA CAPITALISTA E DA IDEOLOGIA PÓS-MODERNISMO
UNI
A visão crítica não foi inspirada na teoria social de Marx, como referencial
teórico. Quando se refere à dimensão de totalidade é para identificar os movimentos
da realidade, delimitando assim a atuação profissional.
69
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
DICAS
70
TÓPICO 4 | OS DESAFIOS DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO PROJETO
DA MODERNIDADE, DA CRISE DO SISTEMA CAPITALISTA E DA IDEOLOGIA PÓS-MODERNISMO
71
UNIDADE 1 | A EXPANSÃO E CRISE DO CAPITALISMO NA CONFIGURAÇÃO DA PÓS-MODERNIDADE
DICAS
Caro acadêmico, na sua vida profissional você precisará relacionar sempre a teoria
com a prática. Para aprofundar seus conhecimentos, sugiro que você leia os seguintes livros.
Este livro avalia e analisa as dimensões sociais, políticas e culturais da crise das sociedades atuais.
Trata-se de crise global, que assume formas diversas em diferentes países, em decorrência da
posição que ocupam no sistema mundial.
72
TÓPICO 4 | OS DESAFIOS DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO PROJETO
DA MODERNIDADE, DA CRISE DO SISTEMA CAPITALISTA E DA IDEOLOGIA PÓS-MODERNISMO
LEITURA COMPLEMENTAR
74
TÓPICO 4 | OS DESAFIOS DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO PROJETO
DA MODERNIDADE, DA CRISE DO SISTEMA CAPITALISTA E DA IDEOLOGIA PÓS-MODERNISMO
Para Jamesno (1985), isso significa dizer que a pós-modernidade está bem
mais articulada à lógica do capitalismo avançado do que à substituição a uma
suposta falência do projeto da Ilustração – que mantém seus ideais como uma
ameaça à ordem burguesa. O que temos aqui, de acordo com Santos (2007), é o
chão histórico de um cenário de crise do capitalismo contemporâneo, é um aspecto
determinado do projeto moderno, em que se insere a modernidade burguesa, com
sua tendência totalizante em abarcar as esferas da vida com saídas para suas crises
de acumulação.
75
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você viu que:
• Mediante a crise econômica mundial que se instalou nos anos de 70, os modelos
keynesiano-fordista passaram a ser questionados.
• O Serviço Social não pode atuar isolado para combater os interesses do capital,
precisa de uma articulação com as demais áreas das ciências humanas.
76
• O Serviço Social sofre influências com a mudança da ordem societária, do
espaço/território e da objetivação das questões sociais.
77
AUTOATIVIDADE
78
UNIDADE 2
O SERVIÇO SOCIAL E AS
TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO
CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 2 está dividida em quatro tópicos e ao final de cada um deles você
encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
79
80
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Através deste tópico, da segunda unidade, o(a) acadêmico(a) conhecerá
melhor a trajetória do fazer profissional do assistente social. Nesse contexto, será
fundamental analisarmos e entendermos como o sistema capitalista influenciou o
surgimento do Serviço Social, e também como determina a divisão social e técnica
da profissão nos seus instrumentos de trabalho, enfatizando a forma de intervir no
seu fazer e agir profissional contemporâneo.
81
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
82
TÓPICO 1 | A DIVISÃO SOCIOTÉCNICA DA PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL NA SOCIEDADE CAPITALISTA
E
IMPORTANT
Toda essa ação de reprodução total das relações sociais na sociedade é muito
complexa, pois se torna um mecanismo capaz de gerar mudanças, da diversidade,
da criação do novo, e de uma totalidade em constante movimento de reelaboração,
criando condições de superar os conflitos gerados da relação entre classes sociais.
FONTE: A autora
84
TÓPICO 1 | A DIVISÃO SOCIOTÉCNICA DA PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL NA SOCIEDADE CAPITALISTA
conjuntura social atual, pois “supõe inseri-la no conjunto das condições e relações
sociais que lhe atribuem um sentido histórico e nas quais se torna possível e
necessária”. (IAMAMOTO,1997, p. 88).
E
IMPORTANT
85
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
86
TÓPICO 1 | A DIVISÃO SOCIOTÉCNICA DA PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL NA SOCIEDADE CAPITALISTA
87
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
UNI
88
TÓPICO 1 | A DIVISÃO SOCIOTÉCNICA DA PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL NA SOCIEDADE CAPITALISTA
E
IMPORTANT
89
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
Com esta divisão social do trabalho, o Serviço Social adere a uma posição
especializada variável, pois existem assistentes sociais que ocupam cargos
hierárquicos muito superiores e elevados nas tomadas de decisões, mas também,
em grande porcentual, encontram-se profissionais nos lugares de atuação direta de
base ou de intervenção em instituições sociais. Porém, a intervenção profissional
nas políticas públicas continua tendo a mesma importância na linha graduada de
valores.
90
TÓPICO 1 | A DIVISÃO SOCIOTÉCNICA DA PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL NA SOCIEDADE CAPITALISTA
DICAS
Acadêmico(a), para você aprofundar seus conhecimentos, não deixe de ler este
livro:
91
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
Para que o assistente social consiga ter sua autonomia profissional, enquanto
trabalhador e inserido no mercado de trabalho, é fundamental que o mesmo tenha
certo “afastamento” ou um olhar analítico e consiga visualizar, compreender,
examinar, avaliar e desenvolver ações para que seu trabalho se concretize.
UNI
92
TÓPICO 1 | A DIVISÃO SOCIOTÉCNICA DA PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL NA SOCIEDADE CAPITALISTA
• Matriz crítica - sua atuação está de acordo com a concepção do projeto societário
das classes subordinadas e da fundamental articulação da prática profissional
com o conhecimento e reconhecimento da realidade social. Através dessa
perspectiva que se entende a atuação do assistente social, se constrói permeada
nos diversos instrumentais que determinam a importância do método histórico
e social que estão inseridos no exercício do fazer profissional. Outro aspecto
dessa perspectiva é demonstrado na fundamentação teórico-metodológica,
técnico-operativa e ético-política que resultará em um diagnóstico a partir da
análise da conjuntura da realidade social e das condições de vida dos usuários.
Nos dias atuais e nos mais diversos campos de trabalho do Serviço Social,
após a renovação da profissão, ainda encontram-se assistentes sociais atuando
nas duas matrizes contraditórias, consequentemente isso gera desordens entre as
mesmas. Como já estudado até o momento, é importante entender que a direção
teórico-metodológica da profissão foi fundamentada na coletividade, e pode
ser assimilada de maneiras diferentes por cada profissional, pela maneira que
compreendem, entendem e assimilam a importância da adequação do Serviço
Social mediante as questões sociais.
UNI
93
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
É por meio das expressões das questões sociais, geradas pelo sistema
capitalista, que o assistente social consegue visualizar, identificar e analisar as
disparidades societárias e a exclusão social dos usuários do Serviço Social e que se
encontram na classe subalterna.
94
TÓPICO 1 | A DIVISÃO SOCIOTÉCNICA DA PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL NA SOCIEDADE CAPITALISTA
UNI
95
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
96
TÓPICO 1 | A DIVISÃO SOCIOTÉCNICA DA PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL NA SOCIEDADE CAPITALISTA
97
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
DICAS
Então, acadêmico, não deixe de conhecer essas leis, citadas acima, pois serão de
fundamental importância na profissão.
E
IMPORTANT
A elaboração desses planos deve ter uma metodologia participativa, que envolva
todos os setores da sociedade: público, privado e não governamental.
98
TÓPICO 1 | A DIVISÃO SOCIOTÉCNICA DA PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL NA SOCIEDADE CAPITALISTA
DICAS
Caro(a) acadêmico(a), sugiro que você leia estes livros, para aprofundar
melhor ainda seus conhecimentos.
99
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
LEITURA COMPLEMENTAR
O Serviço Social não atua apenas sobre a realidade, mas atua na realidade [...]
a conjuntura não é pano de fundo que emoldura o exercício profissional; ao
contrário, são partes constitutivas da configuração do trabalho do Serviço
Social, devendo ser apreendidas como tais. (IAMAMOTO, 2001, p. 55).
100
TÓPICO 1 | A DIVISÃO SOCIOTÉCNICA DA PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL NA SOCIEDADE CAPITALISTA
101
RESUMO DO TÓPICO 1
Acadêmico(a), neste tópico você pôde compreender que:
• O Serviço Social assume uma parte das tarefas que objetivam a reforma social,
ou seja, concretizar atuações no campo psicossocial.
• O sistema capitalista tem como marco a cultura de qualidade total, sendo essa
uma das novas pertinências ao Serviço Social.
103
AUTOATIVIDADE
104
UNIDADE 2 TÓPICO 2
OS ESPAÇOS SÓCIO-OCUPACIONAIS DE
INTERVENÇÃO PROFISSIONAL DO SERVIÇO
SOCIAL NA ESFERA ESTATAL E INSTÂNCIAS
PÚBLICAS DE CONTROLE DEMOCRÁTICO
1 INTRODUÇÃO
O Serviço Social é uma profissão que está fundamentada em um processo de
transformação histórica da sociedade, e que sempre esteve amparado nos valores
humanos, perante a historicidade profissional, que neste tópico será discutido,
sobre os espaços sócio-ocupacionais do assistente social.
105
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
106
TÓPICO 2 | OS ESPAÇOS SÓCIO-OCUPACIONAIS DE INTERVENÇÃO PROFISSIONAL DO SERVIÇO
SOCIAL NA ESFERA ESTATAL E INSTÂNCIAS PÚBLICAS DE CONTROLE DEMOCRÁTICO
E
IMPORTANT
107
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
108
TÓPICO 2 | OS ESPAÇOS SÓCIO-OCUPACIONAIS DE INTERVENÇÃO PROFISSIONAL DO SERVIÇO
SOCIAL NA ESFERA ESTATAL E INSTÂNCIAS PÚBLICAS DE CONTROLE DEMOCRÁTICO
FIGURA 30 – SERVIÇO SOCIAL E TRANSFORMAÇÕES NOS
ESPAÇOS DE TRABALHO.
UNI
109
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
UNI
110
TÓPICO 2 | OS ESPAÇOS SÓCIO-OCUPACIONAIS DE INTERVENÇÃO PROFISSIONAL DO SERVIÇO
SOCIAL NA ESFERA ESTATAL E INSTÂNCIAS PÚBLICAS DE CONTROLE DEMOCRÁTICO
empregatício; 10,31% registram dois vínculos e apenas 0,76, três ou mais. A ausência
de vínculos é expressiva (11,74%), indicando a não inserção no mercado de trabalho
na área de Serviço Social.
111
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
DICAS
UNI
112
TÓPICO 2 | OS ESPAÇOS SÓCIO-OCUPACIONAIS DE INTERVENÇÃO PROFISSIONAL DO SERVIÇO
SOCIAL NA ESFERA ESTATAL E INSTÂNCIAS PÚBLICAS DE CONTROLE DEMOCRÁTICO
intervenção profissional de um assistente social, como encaminhamentos,
informações, solicitação de recursos, capacitação, elaboração e execução de
projetos, são determinadas pela instituição em que está atuando, nas mais diversas
áreas, sejam elas oriundas do setor público, privado e do terceiro setor.
113
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
responder às demandas dos usuários, como a questão social, que constitui seu
compromisso ético profissional de maior importância. E também, é obrigado a
dar respostas aos interesses institucionais, que não estejam vinculados em uma
perspectiva de neutralidade, e de acordo com os princípios da formação teórico-
metodológica e ético-política.
UNI
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais
e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
FONTE: Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 24 dez. 2014.
114
TÓPICO 2 | OS ESPAÇOS SÓCIO-OCUPACIONAIS DE INTERVENÇÃO PROFISSIONAL DO SERVIÇO
SOCIAL NA ESFERA ESTATAL E INSTÂNCIAS PÚBLICAS DE CONTROLE DEMOCRÁTICO
UNI
E ainda:
115
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
DICAS
Para um melhor aprofundamento deste tema, se faz necessário que você leia os
livros abaixo sugeridos.
SILVA, Maria Ozinira Silva (coord.). O Serviço Social e o Popular. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
116
TÓPICO 2 | OS ESPAÇOS SÓCIO-OCUPACIONAIS DE INTERVENÇÃO PROFISSIONAL DO SERVIÇO
SOCIAL NA ESFERA ESTATAL E INSTÂNCIAS PÚBLICAS DE CONTROLE DEMOCRÁTICO
LEITURA COMPLEMENTAR
117
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
118
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você teve a oportunidade de estudar sobre:
119
• As instituições se configuram como sendo espaços de lutas pelo e de poder.
• O poder institucional está focado sobre uma visão de luta das classes organizadas
e articuladas às relações de poder, de hegemonia e contra-hegemonia de uma
instituição.
120
AUTOATIVIDADE
2 Com base no Tópico 2, conceitue o que você compreendeu por espaços sócio-
ocupacionais tradicionais do Serviço Social.
121
122
UNIDADE 2
TÓPICO 3
O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE
SOCIAL NAS EMPRESAS PRIVADAS
1 INTRODUÇÃO
A empresa privada, como foco capitalista, desde as décadas de 80 vem
sofrendo um conjunto de mudanças, que são oriundas do novo modelo de
acumulação do capital, necessitando assim adaptarem-se às necessidades de um
mercado competidor e globalizado.
Essas mudanças, que vêm ocorrendo durante quatro décadas, com aval e
influência estatal, abrangem a organização do modelo de produção, nos processos
internos e externos de trabalho, que é fortalecida pelo desenvolvimento de novas
tecnologias de produção ligadas a novas formas organizacionais. Os trabalhadores
são conduzidos a novas condições de inclusão no mercado de trabalho e sendo
através de requisitos que contrapõem aos instrumentos de proteção social.
123
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
problemas sociais que estão cada vez maiores no Brasil. O setor privado defende
a extinção de projetos e sistemas de proteção social, para com ações que foquem a
erradicação da pobreza.
124
TÓPICO 3 | O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NAS EMPRESAS PRIVADAS
125
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
FIGURA 34 – CIPA
126
TÓPICO 3 | O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NAS EMPRESAS PRIVADAS
UNI
O setor empresarial teve que criar mecanismos de cunho social e político, com a
participação dos trabalhadores, dando legitimidade nesse processo.
FIGURA 35 – CCQs
127
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
128
TÓPICO 3 | O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NAS EMPRESAS PRIVADAS
DICAS
UNI
129
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
130
TÓPICO 3 | O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NAS EMPRESAS PRIVADAS
Administração de
Recursos Humanos
FONTE: A autora
131
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
UNI
132
TÓPICO 3 | O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NAS EMPRESAS PRIVADAS
Essa participação não pode ficar centralizada nos interesses pessoais e/ou
individuais, em uma relação de cidadão trabalhador, e sim em uma base coletiva,
que tenha interesses comuns da classe trabalhadora.
UNI
133
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
empresa onde está prestando seu serviço, - o que ele “quer” fazer – que interfere
no seu comprometimento profissional -, e o que “deve” fazer – conforme sua
competência profissional e de interesse do seu projeto profissional.
O autor César (apud ABREO, 2003) enfatiza quatro das mais importantes
características para o profissional de Serviço Social atuar no setor empresarial
privado:
Outro fator importante, que o assistente social deve buscar, é uma maior
autonomia dos trabalhadores e sua participação, para que sejam incluídos como
indivíduos sociais nas relações sociais e não apenas como classe trabalhadora
assalariada. Ou seja, o empregador precisa compreender a vida do trabalhador em
sua totalidade, e não apenas o trabalho sendo a única relação social.
134
TÓPICO 3 | O EXERCÍCIO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NAS EMPRESAS PRIVADAS
FONTE: A autora
135
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
LEITURA COMPLEMENTAR
[...]
os programas de “qualidade de vida no trabalho” seguem a tendência já
apontada, ou seja, visam conformar um comportamento adequado aos novos
métodos de produção [...].
Condizentes com as novas modalidades de reprodução da força de
trabalho, esses programas buscam, por meio dos serviços sociais e das ações socio-
educativas, o enquadramento de hábitos e cuidados com a saúde, alimentação,
lazer etc., que implica uma intervenção normativa sobre a vida do trabalhador
dentro e fora da em-presa.
[...]
a
“atmosfera da empresa” é considerada um conjunto mensurável de propriedades
do ambiente de trabalho” que, percebidas direta ou indiretamente pelos trabalha-
dores, são capazes de influenciar sua motivação e desempenho. Associada aos
processos de comunicação interna, ela é consi-derada uma condição estratégica [...].
138
RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse tópico você conseguiu conhecer e aprender como o Serviço Social
se adéqua à condição de trabalho na esfera empresarial:
• Nos anos 90, o setor empresarial teve que criar mecanismos e instrumentos de
cunho social e político, com a participação dos trabalhadores.
139
garantir a acumulação capitalista, ou então a fase chamada de “acumulação
flexível”.
140
AUTOATIVIDADE
a) Pós-modernidade;
b) Democracia;
c) Neoliberalismo;
d) Ditadura.
141
142
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Este último tópico da Unidade 2, deste Caderno de Estudos, faz com que
você, acadêmico, pense e reflita sobre a atuação do assistente social nos campos
de trabalho que estão também inseridos na divisão societária do capitalismo
contemporâneo, mas com maiores obstáculos e polêmicas, diante da práxis
profissional no Brasil.
143
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
UNI
DICAS
144
TÓPICO 4 | A ATUAÇÃO DOS ASSISTENTES SOCIAIS NAS ORGANIZAÇÕES DA
CLASSE TRABALHADORA E NAS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS NÃO LUCRATIVAS
145
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
E
IMPORTANT
O Projeto Neoliberal teve seu início no ano de 1979, com a eleição de Margareth
Thatcher para governar a Inglaterra.
FIGURA 38 – MST
146
TÓPICO 4 | A ATUAÇÃO DOS ASSISTENTES SOCIAIS NAS ORGANIZAÇÕES DA
CLASSE TRABALHADORA E NAS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS NÃO LUCRATIVAS
147
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
E
IMPORTANT
148
TÓPICO 4 | A ATUAÇÃO DOS ASSISTENTES SOCIAIS NAS ORGANIZAÇÕES DA
CLASSE TRABALHADORA E NAS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS NÃO LUCRATIVAS
(...) entende que “uma massa humana não se distingue e não se torna
independente por si, sem organizar-se; [...] e não existe organização
sem intelectuais, isto é, sem organizadores e dirigentes [...]”. Isso supõe
um trabalho sistemático de caráter educativo-organizativo para elevar
intelectualmente grupos subalternos cada vez mais amplos e suscitar
o surgimento de intelectuais de tipo novo, que emergindo das massas,
permaneçam a elas vinculados. (GRAMSCI, 1978, p. 21).
FONTE: A autora
Conforme foi estudado nesse tópico, nas organizações de classe, desde
1990, não houve avanço da classe trabalhadora nos seus objetivos de emancipação
da sociedade, tanto em nível político como social, pois o controle do modelo
de produção e do pensamento neoliberal foi mais imbatível que o conjunto de
trabalhadores. Para o Serviço Social, o projeto ético-político-profissional teve outras
perspectivas de intervenção, possibilitando novas ações de atuação profissional.
Como, por exemplo, a Lei Orgânica da Assistência Social.
149
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
150
TÓPICO 4 | A ATUAÇÃO DOS ASSISTENTES SOCIAIS NAS ORGANIZAÇÕES DA
CLASSE TRABALHADORA E NAS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS NÃO LUCRATIVAS
DICAS
SADER, Eder. Quando novos personagens entraram em cena: experiências e lutas dos
trabalhadores da Grande São Paulo (1970-80). 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
LEITURA COMPLEMENTAR
151
UNIDADE 2 | O SERVIÇO SOCIAL E AS TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
O fato é que, por meio das políticas sociais, o Estado intervém sobre as
sequelas da “questão social”, compondo áreas e campos através da intervenção de
uma “instância política que, formal e explicitamente, mostrava-se como expressão
e manifestação da coletividade” (NETTO, 2001, p. 30). Nesse contexto histórico,
funda-se o espaço sócio-ocupacional para a configuração do mercado de trabalho
do assistente social, determinado por um conjunto de demandas específicas que
se adensam a partir de condições histórico-sociais particulares, que abrem “espaço
em que se possam mover práticas profissionais como a dos assistentes sociais”,
ou seja, “cria e funda a profissionalidade do Serviço Social” (NETTO, 2001, p. 69).
No marco do conjunto de procedimentos técnico-operativos, que compõem as
políticas sociais.
152
as tendências de privatização, mercantilização e refilantropização das formas de
enfrentamento da “questão social”.
Por outro lado, observa-se que, com a tendência de redução do Estado, tem-
se a diminuição do espaço profissional do assistente social mediante os processos
de diminuição das despesas estatais na órbita da esfera social, acarretando a
racionalização dos gastos sociais com as políticas sociais, com implicações nos
postos de trabalho para o assistente social na esfera pública, com a diminuição de
demandas, sucateamento do aparato organizacional e institucional, a precarização
das condições de trabalho, principalmente em face do perigo da terceirização.
153
RESUMO DO TÓPICO 4
• No Brasil, através de um aprofundamento teórico-crítico da formação
profissional, os assistentes sociais formulam uma crítica aos modelos de
processos de trabalho, que eram aplicados pelos profissionais de Serviço Social,
apontando para novas concepções históricas de emancipação profissional e
social, envolvendo toda a sociedade.
154
AUTOATIVIDADE
155
156
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 3, última unidade deste Caderno de Estudos, está dividida em
quatro tópicos. Serão apresentados os conceitos de políticas públicas para
que o acadêmico consiga reconhecer os sujeitos e atores que nelas estão en-
volvidos e o papel do Serviço Social como profissão. Para um melhor apro-
fundamento do conteúdo e fixar melhor seus conhecimentos, no final de cada
tópico você terá oportunidade de realizar as atividades propostas.
157
158
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
159
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
As regras, normas e instituições são definidas por leis sociais, que têm
características das leis naturais, e dirigem os fenômenos sociais, independente
da vontade dos indivíduos.
160
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS
um bem comum, tal qual um organismo; ele chega a dizer que, da mesma
maneira que num corpo vivo certos órgãos ou tecidos recebem maior irrigação
sanguínea por desempenharem funções vitais, na sociedade, certas classes que
exercem ocupações fundamentais devem necessariamente ser privilegiadas. Assim
se explicaria inclusive a concentração de poder e riquezas nas mãos da burguesia
industrial, classe à qual o autor, não por acaso, estava ligado.
Max Weber (1864-1920): Weber não enxerga a sociedade como algo além ou
acima do indivíduo; os padrões, as convenções, limites, regras etc. se constroem e se
modificam pelas relações sociais estabelecidas no cotidiano dos indivíduos.
Tem a ver com as motivações dos indivíduos e com as relações que atribuem
às suas ações com quem interagem. A sociedade é constituída nas relações sociais.
A visão weberiana tem a ver com a tradição liberal à qual se filia, isto é, a
ênfase dada ao indivíduo como sendo o grande responsável com seus méritos e
fragilidades por tudo o que existe, inclusive pela posição ocupada no quadro de
classes sociais.
161
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
FIGURA 41 – SOCIEDADE
162
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS
FONTE: A autora.
Cooperação
FIGURA 42 – COOPERAÇÃO
163
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
Acomodação
FIGURA 43 – ACOMODAÇÃO
Assimilação
164
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS
FIGURA 44 – ASSIMILAÇÃO
Competição
FIGURA 45 – COMPETIÇÃO
165
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
Conflito
FIGURA 46 – CONFLITO
UNI
166
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS
No senso comum, a grande maioria das pessoas define política como sendo
somente no período eleitoral, onde a disputa pelo cargo eleitoral se dá na promessa
e/ou proposta de uma melhor qualidade de vida social. Porém, muitos desses
candidatos não conhecem ou se fazem de desentendidos a respeito da dimensão
política que envolve o setor público, e usam o eleitor como trampolim para sua
ascensão pessoal e política.
167
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
FONTE: A autora.
168
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS
E
IMPORTANT
Para os autores Ham e Hill (1985), o estudo sobre as análises das políticas
públicas está classificado em duas classes, sendo elas:
E
IMPORTANT
169
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
UNI
170
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS
171
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
O ciclo das políticas pode ser identificado por fases consecutivas, sendo
elas:
172
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS
• A tomada de decisão nem sempre constitui o conjunto final das decisões que
foram tomadas para a resolução do problema, que poderá se tornar uma política
pública, e sim em decisões que poderão auxiliar na formação de um núcleo da
política que poderá ser implementada.
• critérios;
• indicadores;
• padrões.
• economicidade;
• eficiência econômica;
• eficiência administrativa;
• eficácia;
• equidade.
173
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
Implementação
174
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS
DICAS
Acadêmico, a leitura desse livro é fundamental para você aprofundar melhor o seu
conhecimento.
ALENCAR, Mônica Maria Torres de Almeida; NEY, Luiz Teixeira de. Serviço Social: trabalho e
políticas públicas. Imprenta: São Paulo, Saraiva, 2012.
175
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
LEITURA COMPLEMENTAR
176
TÓPICO 1 | CONCEITUANDO AS POLÍTICAS PÚBLICAS
respaldo teórico nas análises que salientam as limitações do mercado, tanto no que
se refere ao crescimento econômico, como no âmbito dos aspectos relacionados às
desigualdades sociais.
177
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você teve a oportunidade de aprender sobre:
• O conceito de sociedade.
• Análise de política pública é uma tarefa multidisciplinar, que tem como objetivo
analisar as ações desenvolvidas no governo, e suas consequências para a
sociedade.
178
• As políticas públicas acontecem em um contexto marcado pelas relações de
poder entre o Estado e a sociedade.
• Os principais critérios que estão sendo usados para avaliações são: economicidade,
eficiência econômica, eficiência administrativa, eficácia e equidade.
179
AUTOATIVIDADE
180
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
181
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
182
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS E OS SEUS CICLOS DE EFETIVAÇÃO
E
IMPORTANT
183
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
184
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS E OS SEUS CICLOS DE EFETIVAÇÃO
Em relação aos atores, existe ainda uma subdivisão interna na sua tipologia,
diante da exposição pública, sendo eles:
• Atores invisíveis: são aqueles que estão envolvidos diretamente com a questão
burocrática na efetivação das ações definidas nas agendas das políticas públicas.
Por exemplo: funcionários de carreira e/ou que são nomeados como cargos de
confiança, que normalmente desenvolvem alguma atividade ou têm vínculos
com os movimentos sociais. Acadêmicos, assessores parlamentares, consultores
que prestam assessoria especializada. Sendo que esses atores possuem uma
maior influência para elaborar alternativas que dão a solução para as demandas
das políticas.
Para Rua (2009), outro fator que influencia na elaboração das agendas
de políticas é a evidência que as demandas ganham perante o processo de suas
efetivações, e que variam da seguinte maneira:
185
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
186
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS E OS SEUS CICLOS DE EFETIVAÇÃO
E
IMPORTANT
“As escolhas feitas nesse momento são expressas em leis, decretos, normas,
resoluções, entre outros atos da administração pública.” (LOPES; AMARAL; CALDAS, 2008, p.
13).
187
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
O que ocorre na maioria das vezes é que as demandas surgem por primeiro,
e em seguida são tomadas providências para a elaboração das decisões, que muitas
vezes são imediatistas, sem uma discussão aprofundada para resolver as causas
do problema; ou então, a elaboração de mecanismo de prevenção, onde muitos
profissionais técnicos nas diversas políticas públicas são levados a “apagar o fogo”,
sem um processo contínuo, sendo que são analisados através de dois modelos de
racionalidade, sendo eles:
188
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS E OS SEUS CICLOS DE EFETIVAÇÃO
189
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
FONTE: A autora
Os atores públicos que estão à frente desse processo precisam levar em conta
um outro aspecto na implementação de uma política pública, o de gerenciamento
das atividades desenvolvidas, podendo identificar as dificuldades legais ou até
190
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS E OS SEUS CICLOS DE EFETIVAÇÃO
• De cima para baixo: que significa a implementação das políticas públicas através
das decisões tomadas pelo poder governamental para com a sociedade, ou para
os usuários da política, essa forma acontece sem que a comunidade participe.
Para saber se uma política pública está tendo êxito durante ou após a sua
implementação é necessário avaliar constantemente as ações que estão sendo
realizadas ou se os objetivos foram alcançados de forma eficiente, eficaz e efetiva.
E
IMPORTANT
Uma avaliação das políticas públicas deve acontecer em todo o seu ciclo, não
apenas no final.
191
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
192
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS E OS SEUS CICLOS DE EFETIVAÇÃO
193
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
DICAS
Assista ao filme: Treze dias que abalaram o mundo, com o autor Kevin Costner,
que discute a crise dos mísseis cubanos.
LEITURA COMPLEMENTAR
194
TÓPICO 2 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS E OS SEUS CICLOS DE EFETIVAÇÃO
Segundo Guba & Lincoln (1990), a trajetória histórica dos processos de avaliação
passa de um primeiro estágio, centrado na medida dos fenômenos analisados, para
a focalização das formas de atingir resultados, evoluindo para um julgamento das
intervenções e, finalmente, tendendo a constituir “um processo de negociação entre
os atores envolvidos na intervenção a ser avaliada” (CONSTANDRIOPOULOS, 1997).
Mokate (2002) identifica algumas das possíveis razões pelas quais a avaliação
não seria facilmente integrada ao ciclo de gestão:
Para uma cultura gerencial que incorpore uso efetivo da avaliação ao ciclo de
gestão, Mokate (2002) aponta algumas condições:
197
RESUMO DO TÓPICO 2
• Existem várias formas utilizadas para o significado das “agendas”, como, por
exemplo: “agendas da sociedade”, “agendas de governo” e/ou “agendas de
Estados”.
• Com relação aos atores, existe ainda uma subdivisão: Atores visíveis e Atores
invisíveis.
• Existem, nas agendas das políticas, três conceitos sobre demandas: Demandas
novas, Demandas recorrentes, Demandas reprimidas.
198
• Avaliar constantemente as ações que estão sendo realizadas ou se os objetivos
foram alcançados de forma eficiente, eficaz e efetiva.
• A dificuldade que se tem em extinguir uma política pública ocorre não apenas
no setor governamental, sendo que a sociedade como um todo pode se fortalecer
através das organizações não governamentais e continuar atuando na defesa
das causas.
199
AUTOATIVIDADE
200
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Esse tópico trará a historicidade das questões sociais que serão abordadas.
Apesar de ser um tanto teórico, se faz necessário ter um olhar histórico para poder
compreender como aconteceu o desenvolvimento das políticas sociais no sistema
capitalista e a forma como as mesmas foram institucionalizadas. Além de conhecer
o processo de efetivação das políticas públicas sociais, também deve-se conhecer a
caminhada histórica das instituições sociais.
201
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
E
IMPORTANT
202
TÓPICO 3 | AS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS E SUAS DIMENSÕES HISTÓRICAS
203
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
E
IMPORTANT
Alguns dos parâmetros que podem ser analisados para redefinir a linha de
pobreza relativa:
• Índices;
• Analfabetismo;
• Dívida externa;
• Renda per capita;
• Produto Interno Bruto;
• IDH – (Índice de Desenvolvimento Humano).
204
TÓPICO 3 | AS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS E SUAS DIMENSÕES HISTÓRICAS
Algumas nações (como, por exemplo, o Brasil) não são consideradas como
países pobres, porém a desigualdade social é muito emergente. Mesmo que exista
um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e progressos das condições de vida
de alguns segmentos da sociedade, classe burguesa, não se consegue erradicar o
número de pessoas que estão na linha de pobreza ou abaixo dela.
205
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
DICAS
206
TÓPICO 3 | AS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS E SUAS DIMENSÕES HISTÓRICAS
FIGURA 58 – CIDADANIA
UNI
207
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
O Brasil é considerado hoje um país que tem uma das maiores estruturas
constitucionais, que permite progressos no combate à pobreza e às desigualdades
sociais, mas existe um longo caminho a ser trilhado para que nos tornemos um
país mais igualitário e justo.
Segundo Oliveira e Fleury (1986), a Lei Eloy Chaves seria a primeira fase
de consolidação da política social no Brasil, que se prolongou até 1930, onde os
direitos sociais foram ampliados para outros trabalhadores.
De acordo com os autores citados acima, esta fase, que aconteceu entre
1923-1930, foi marcada por três características, o que a diferenciou da política
social após os anos de 1930, sendo elas:
209
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
210
TÓPICO 3 | AS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS E SUAS DIMENSÕES HISTÓRICAS
E
IMPORTANT
Santos defende:
211
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
DICAS
Um grupo de especialistas dedicou-se durante oito anos a reunir cópias de mais de 700
processos políticos que tramitaram pela Justiça Militar, entre abril de 64 e março de 79. O
resumo desta pesquisa está neste livro. Um relato doloroso da repressão e tortura que se
abateram sobre o Brasil.
ARNS, Paulo Evaristo. Brasil nunca mais. Um relato para a História. Petrópolis: Vozes, 1985.
Perfil dos atingidos. Petrópolis: Vozes, 1988.
212
TÓPICO 3 | AS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS E SUAS DIMENSÕES HISTÓRICAS
Nesse período o Brasil foi tomado por uma forte expansão dos movimentos
sociais de oposição ao regime militar. Durante essa década, de 80, houve uma
redemocratização que consentiu a mobilização da sociedade nos diversos
segmentos societários.
213
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
UNI
215
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
Segundo Médice e Maciel (1995), o gasto social em 1992 foi somente de US$
43 bilhões, quando este já chegou a alcançar o valor próximo de US$ 50 bilhões,
antes da nova Constituição Federal. A área da Saúde foi a mais atingida, através de
uma redução de 30% nos seus gastos, entre os anos de 1990 e 1992.
E
IMPORTANT
216
TÓPICO 3 | AS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS E SUAS DIMENSÕES HISTÓRICAS
217
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
FONTE: A autora
Para os mesmos autores, vários fatores contribuíram para que essa queda
acontecesse, entre eles dois acordos realizados com o FMI, nos anos de 1998 e 2002,
que constituíam metas rígidas de superávit fiscal; bem como a crise cambial que
218
TÓPICO 3 | AS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS E SUAS DIMENSÕES HISTÓRICAS
O ano de 2003, a exemplo dos anos anteriores, foi muito negativo para a
economia brasileira, pois a moeda brasileira, o real, se desvalorizou em relação ao
dólar, e a atividade econômica tolerou recessão, vindo a se recuperar no final do
mesmo ano.
A participação social no governo Lula foi um marco para seu governo, que
conseguiu transformá-la em política pública, tornando as políticas uma construção
coletiva entre governo e sociedade civil. A participação popular, a partir de 2003,
se enfatizou por diversas maneiras, como um instrumento passível de promover o
desenvolvimento do Estado brasileiro fundamentado na promoção da igualdade
e, principalmente, na inclusão social.
219
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
220
TÓPICO 3 | AS POLÍTICAS SOCIAIS BRASILEIRAS E SUAS DIMENSÕES HISTÓRICAS
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Arlete Sampaio
221
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
Apesar dos significativos avanços, as carências do país na área social ainda são
muitas, devido ao legado histórico de reprodução das desigualdades sociais. Embora
o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) já inclua o Brasil entre os países que
apresentam alto desenvolvimento humano, sua posição ainda está muito abaixo de
vários vizinhos latino-americanos.
Os avanços nas políticas sociais, bem como a elevação do PIB per capita, têm
importantes reflexos na melhoria do desenvolvimento humano. Educação e saúde
também melhoraram, mas em ritmo menor, já que o analfabetismo adulto tem caído
pouco e a expectativa de vida ao nascer (único componente do índice de saúde) não
costuma sofrer oscilações bruscas de um ano para outro.
223
RESUMO DO TÓPICO 3
• A forma para definir uma linha de pobreza é através do valor da renda, tanto
individual como familiar, que consiga garantir as necessidades básicas, como
alimentação, vestuário, educação, habitação, saúde, entre outras. As pessoas que
têm renda que está abaixo de custear essas necessidades básicas são consideradas
pobres e, ainda, naquelas em que o rendimento é ainda menor, são de extrema
pobreza.
• O Brasil é considerado, hoje, um país que tem uma das maiores estruturas
constitucionais.
224
prazo de cinco anos, sendo que em 1993 iniciou o debate com diversas propostas
de reforma previdenciária.
225
AUTOATIVIDADE
226
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Uma das políticas públicas que vem se estruturando nas últimas décadas
e se fortalecendo no Brasil é a Política Nacional de Assistência Social, PNAS,
aprovada no ano de 2004, e que tem destaque na agenda governamental, em nível
federal, desde o Governo Lula. Que inclui as demandas relacionadas à Segurança
Alimentar. Novas ações foram criadas e outras remodeladas através de projetos
e programas para combater a fome, e também de transferência de renda para
indivíduos em situação de vulnerabilidade social, além de uma nova estrutura no
sistema de proteção social.
227
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
228
TÓPICO 4 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO ESTADO BRASILEIRO
FONTE: A autora
Nessa pesquisa foi verificado que todos os grupos etários tiveram uma
redução na taxa de analfabetismo entre 2012 e 2013. Entre jovens de 15 e 19 anos
foi registrada uma queda com uma porcentagem de 1%, o que não significa que a
política de educação esteja perfeita, pelo contrário, o Estado precisa investir muito
mais na qualidade da mesma.
229
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
230
TÓPICO 4 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO ESTADO BRASILEIRO
Cada esfera acima descrita está organizada com sua própria estrutura
organizacional, que são as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, com
seus respectivos Conselhos. O Ministério da Educação - MEC tem seu organograma
muito amplo, conforme as secretarias abaixo relacionadas.
Além das secretarias, o MEC possui vários órgãos vinculados que atuam
de forma direta e indireta em todos os níveis de educação, e através de pesquisa e
avaliação do sistema educacional no país.
• Censo Escolar;
• Censo Superior;
• Avaliação dos Cursos de Graduação;
• Avaliação Institucional;
• Sistema Nacional de Avaliação de Educação Superior (SINAES);
• Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM);
• Exame Nacional para Certificação de Competências (ENCEJA);
• Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB).
231
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
DICAS
232
TÓPICO 4 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO ESTADO BRASILEIRO
E
IMPORTANT
Para saber mais sobre o PNE, leia o seguinte material, disponível no link: <http://
pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf>.
UNI
233
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
A partir de 2007 entra em vigor o Pacto pela Saúde, que substitui as NOBs e
as NOAS que foram divulgadas anteriormente. O Pacto pela Saúde consolidou um
conjunto de reformas institucionais do SUS, que entraram em acordo nas esferas
de governo, onde os recursos foram destinados para finalidades afins, sendo elas:
234
TÓPICO 4 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO ESTADO BRASILEIRO
DICAS
235
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
236
TÓPICO 4 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO ESTADO BRASILEIRO
237
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
238
TÓPICO 4 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO ESTADO BRASILEIRO
• População em Idade Ativa – PIA: considerada como uma classificação etária que
envolve todas as pessoas que estão teoricamente aptas para desempenhar uma
atividade econômica. A PIA, no Brasil, é formada por toda a população que tem
10 ou mais anos de idade. Existe uma subdivisão da PIA, que é:
239
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
A OIT adotou duas formas para definir esse tipo de política, que são:
• Passivas: são as que assumem o desemprego como um dado, e que têm como
objetivo pacificar os efeitos causados pelo desemprego. Um exemplo desse
tipo de política acontece no Hemisfério Norte, onde existe a antecipação da
aposentadoria, através de programas específicos.
• Ativas: são as que formam programas de intermediação de emprego, para
buscar uma redução dos custos da procura e da oferta de trabalho, programas
e projetos para qualificação da mão de obra, programas de financiamento da
produção de pequena escala, para gerar formas de autoemprego.
Conforme foi visto acima, essa intermediação de empregos é uma ação que
não é nova no Brasil, vem sendo adotada desde a década de 1970, com a criação
do Sistema Nacional de Empregos (SINE). Os governos estaduais, através de
convênios com o Ministério do Trabalho, implementaram postos de atendimento
ao trabalhador.
240
TÓPICO 4 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO ESTADO BRASILEIRO
Atualmente o governo federal tem atuado nas políticas públicas que dizem
respeito ao trabalho e renda para que as mesmas atendam todos os cidadãos
brasileiros.
Sobre o Pronatec é importante saber que o mesmo foi criado em 2011, por
meio da Lei 11.513/2011, tendo como objetivo expandir, interiorizar e democratizar
a oferta de cursos profissionais e tecnológicos no Brasil. Os cursos são financiados
pelo Governo Federal, gratuitamente, nas instituições da Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica e das redes estaduais, distritais e municipais
de educação profissional e tecnológica. As chamadas instituições do Sistema S,
como SENAI, SENAT, SENAC e SENAR, também oferecem cursos do Pronatec.
Desde 2013, as instituições privadas de educação, reconhecidas e habilitadas pelo
MEC, também podem ofertar os cursos do programa.
241
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
242
TÓPICO 4 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO ESTADO BRASILEIRO
O PBF integra o Plano Brasil sem Miséria, que tem como prioridade de
atuação todos os milhões de brasileiros que possuem renda familiar per capita
menor que R$ 77,00 mensais, e se fundamenta na garantia de renda, na inclusão
produtiva e também no acesso aos serviços públicos.
São três eixos principais que estruturam o Programa Bolsa Família, sendo
eles:
243
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
E
IMPORTANT
A gestão do PBF está instituída pela Lei 10.836, de 2004, e regulamentada pelo
Decreto nº 5.209, de 2004, sendo descentralizada e compartilhada entre União, Distrito Federal,
estados e munícipios. Todos trabalham de forma integrada para ampliar, melhorar e fiscalizar
a execução.
244
TÓPICO 4 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO ESTADO BRASILEIRO
Para gestantes e nutrizes:
245
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
246
TÓPICO 4 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO ESTADO BRASILEIRO
Além do PBF não ser uma política de Estado, mas de governo, podendo ser
cancelada e extinta a qualquer momento da agenda de prioridades do governo.
O segundo aspecto de restrições feitas pelos analistas são as condicionalidades
impostas, mesmo que essas objetivem efetivar um compromisso das famílias com
a redução da pobreza, sendo que as condicionalidades voltadas para a Educação
e Saúde, muitas vezes, não são cumpridas pelas famílias, não porque elas não
querem, e sim pela falta de investimento e de recurso por parte dos três níveis de
governo.
247
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
UNI
• Proteção Social Básica (PSB): destinada à proteção das pessoas que vivem em
situação de vulnerabilidade social, que é decorrente da condição econômica,
fragilização ou privação de vínculos afetivo-relacionais familiares e/ou de
pertencimento social.
• Proteção Social Especial (PSE): destinada para caso de risco social de média e
alta complexidade, famílias e indivíduos em situação de abandono, violência
física ou psíquica, abuso sexual, uso de drogas, cumprimento de medidas
socioeducativas, pessoas em situação de rua, criança na condição de trabalho
infantil, entre outras situações de risco.
A Proteção Social Básica tem como dever ofertar serviços próximos onde
seu público-alvo resida, facilitando assim a participação de todos, e propiciar
acolhimento, convivência e socialização das famílias conforme a vulnerabilidade
apresentada.
248
TÓPICO 4 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO ESTADO BRASILEIRO
UNI
A Proteção Social Especial (PSE) prevê serviços que têm uma interface com
o sistema de garantia de direitos, solicitando, em muitos casos, uma gestão mais
ampla e compartilhada com o Poder Judiciário, Ministério Público e outros órgãos
governamentais.
• Banco de Alimentos;
• Cisternas;
• Carteira Indígena;
• Cozinhas Comunitárias;
• Distribuição de Alimentos;
• Educação Alimentar e Nutricional;
• Programa de Aquisição de Alimentos (PAA);
• Restaurante Popular; e
• Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local (CONSADs).
249
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
250
TÓPICO 4 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO ESTADO BRASILEIRO
LEITURA COMPLEMENTAR
251
UNIDADE 3 | O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL E AS POLÍTICAS PÚBLICAS NO SÉCULO XXI
Com tudo isso, tem-se que a questão social, que deve ser enfrentada
enquanto expressão das desigualdades da sociedade capitalista brasileira, é
construída na organização da sociedade e manifesta-se no espaço societário onde
se encontram a nação, o Estado, a cidadania, o trabalho.
252
TÓPICO 4 | AS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS DO ESTADO BRASILEIRO
Como afirma Iamamoto (2001, p. 28), “o Serviço Social tem como tarefa
decifrar as formas e expressões da questão social na contemporaneidade e atribuir
transparência às iniciativas voltadas à sua reversão ou enfrentamento imediato”.
253
RESUMO DO TÓPICO 4
• A política pública na área da Educação, nos últimos anos, vem tendo significativos
avanços, porém apresenta grandes desafios.
• No ano de 2014 foi aprovada a Lei nº 13.005, de 25 de junho, que aprova o Plano
Nacional de Educação – PNE.
• No ano de 1990 foi aprovada a Lei nº 8.080, de 19 de setembro, que dispõe sobre
as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização
e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências, para
a política de saúde.
• A partir de 2007 entra em vigor o Pacto pela Saúde, que substitui as NOBs e as
254
NOAS que foram divulgadas anteriormente.
• Atualmente o governo federal tem atuado nas políticas públicas que dizem
respeito ao trabalho e renda para que as mesmas atendam todos os cidadãos
brasileiros.
255
também o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), e;
• O programa Fome Zero, para o MDS, está sendo executado juntamente com
outras ações, via PBF, sendo que a criação do programa teve como princípio a
unificação das diversas bolsas e auxílios que tinham sido criados no governo
FHC e no início do governo Lula.
256
AUTOATIVIDADE
257
258
REFERÊNCIAS
ABREO, Ana Carolina Santini; RIBEIRO, Renata Mendes. O fazer profissional
do assistente social de empresas em Londrina. Disponível em: <http://www.
ssrevista.uel.br/c_v6n1_carol.htm>. Acesso em: 30 dez. 2014.
259
gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm>. Acesso em: 11 dez. 1014.
CAPRA, Fritjot. O ponto de mutação. Trad. – Álvaro Cabral. 22. ed. São Paulo:
Edit. Cultrix, 2001.
CASTRO, Manuel M. História do Serviço Social na América Latina. 12. ed. São
Paulo: Cortez, 2011.
CASTRO, Jorge Abrahão de; CARDOSO JUNIOR, José Celso. Políticas Sociais
no Brasil: gasto social do governo federal de 1988 a 2002.In: JACCOUD, Luciana
(Org.). Questão social e políticas sociais no Brasil contemporâneo. Brasília:
IPEA, 2007.
ESTEVÃO, Ana Maria R. O que é Serviço Social?. São Paulo: Brasiliense, 2011.
260
Conselho Federal de Serviço Social – CFESS. Brasília: 2014. Disponível em:
<http://www.cfess.org.br/visualizar/menu/local/perguntas-frequentes> Acessado
em: 22 dez. 2014.
DEY, Thomas R. Understanding policy. 4. ed. New Jersey: Prentice Hall, 1981.
HAM, Christopher; HILL, Michel. The Policy Process in the Modern Capitalist
State. Brighton: Wheatsheaf Books, 1985.
HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos: o breve século XX. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
262
KAUCHAKJE, Samira. Gestão Pública de Serviços Sociais. 3. ed. Curitiba:
Ibpex, 2011.
MARX, Karl. O Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Martin Claret, 2001.
MÉDICE, André Cesar; MACIEL, Marco Cícero. A dinâmica do gasto social nas
três esferas de governo; 1980-92. In: AFFONSO, Rui de Britto Álvares; SILVA,
Pedro Luiz Barros (orgs). Descentralização e políticas sociais. São Paulo:
Fundap, 1995.
NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do Serviço Social no
Brasil pós- 64. São Paulo: Cortez, 2007.
NETTO, José Paulo. Transformações societárias e serviço social – notas para uma
análise prospectiva da profissão no Brasil. Revista Serviço Social e Sociedade.
São Paulo, Cortez, ano X, n. 30, p. 89-103, 1989.
NETTO, José Paulo; BRAZ, Marcelo. Economia Política: uma introdução crítica.
São Paulo: Cortez, 2006.
NOVAK, Joseph Donald. Uma teoria da educação. Trad. Marco Antônio Moreira.
São Paulo: Pioneira, 1981.
ROCHA, Sonia. Pobreza no Brasil. Afinal, do que se trata? 3. ed. Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2008.
RUA, Maria das Graças. Análise de Políticas Públicas: Conceitos Básicos. In:
RUA, Maria das Graças; VALADAO, Maria Izabel. O Estudo da Política: Temas
Selecionados. Brasília: Paralelo 15, 1998.
266
ANOTAÇÕES
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
267